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Prova IDIB - 2021 - Câmara de Planaltina - GO - Controlador Interno


ID
5472553
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

A solidão amiga


    A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...

Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz.     Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida. 

    Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis". A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.

    Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.

    Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de mim.!" (...)

    O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...

    A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira. (...)


Rubem Alves

Disponível em https://www.pensador.com/cronicas_de_rubem_alves/

O escritor Rubem Alves, no TEXTO I, citou pensadores que defendem algumas ideias que são pertinentes à reflexão que ele fez sobre a solidão. Assinale a alternativa que relaciona adequadamente os pensamentos e os seus respectivos autores:

1 Bachelard
2 Sartre
3 Kiekeggard
4 Rubem Alves

( ) As comparações impedem que nos sintamos realmente felizes, porque, de uma forma ou de outra, estaremos sempre em desvantagem em relação a alguém.
( ) Nos momentos de solidão, quando podemos ficar a sós com os nossos próprios pensamentos, enxergamos os detalhes da vida que passam despercebidos.
( ) A solidão pode nos ensinar a sermos mais fortes e também a cuidar de nós mesmos.
( ) A forma como nós lidamos com as intempéries que a vida nos impõe é o que vai fazer a diferença nas consequências que elas podem provocar.

Alternativas
Comentários
  • Muitos erram porque têm preguiça de ler o texto.

    O texto é um grande bolo, se dividí-lo bem, encontrará cada parte correspondente.

    Belo texto do Rubens Alves

  • Gabarito LETRA C

    Dá preguiça? esse é o intuito.

    (Kiekeggard ) As comparações impedem que nos sintamos realmente felizes, porque, de uma forma ou de outra, estaremos sempre em desvantagem em relação a alguém.

    "O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. (...) A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada) dos outros, em celebrações cheias de risos..."

    (Bachelard) Nos momentos de solidão, quando podemos ficar a sós com os nossos próprios pensamentos, enxergamos os detalhes da vida que passam despercebidos.

    "Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior."

    (Rubem Alves ) A solidão pode nos ensinar a sermos mais fortes e também a cuidar de nós mesmos.

    Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo.

    ( Sartre ) A forma como nós lidamos com as intempéries que a vida nos impõe é o que vai fazer a diferença nas consequências que elas podem provocar.

    Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você."


ID
5472556
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

A solidão amiga


    A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...

Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz.     Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida. 

    Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis". A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.

    Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.

    Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de mim.!" (...)

    O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...

    A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira. (...)


Rubem Alves

Disponível em https://www.pensador.com/cronicas_de_rubem_alves/

A crônica é um gênero bem diversificado, que pode ser escrito de diversas formas, a depender do objetivo do autor. No caso do TEXTO I, pode-se perceber composições textuais diferentes. A respeito do tema, leia os trechos a seguir:

I. “Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas”.
II. “As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso”.
III. “A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras”.

As tipologias que as caracterizam, predominantemente, os trechos são: 

Alternativas
Comentários
  • GAB:B

    Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado tempo e espaço. Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos e acontecimentos

    Texto argumentativo é aquele que tem como principais características defender uma ideia, hipótese, teoria ou opinião e o objetivo de convencer o leitor para que acredite nela. Tem uma estrutura bem definida: apresenta sua tese e depois a defende.

    Texto descritivo é aquele que detalha de maneira pormenorizada os aspectos de um determinado lugar, acontecimento, pessoa, objeto ou animal. O objetivo do autor é justamente transmitir as impressões, qualidades, sensações, características e observações sobre aquilo que está sendo detalhado.

  • Tipologia narrativa (narração): contar uma história incluindo tempo, espaço e personagens envolvidos.

    Tipologia descritiva (descrição): descrever uma pessoa, um objeto, um local, um acontecimento.

    Tipologia dissertativa (dissertação): defender uma ideia e expor uma opinião através de argumentações.

    Tipologia expositiva (exposição): apresentar um conceito, uma ideia, ou informar sobre algo.

    Tipologia injuntiva: (injunção): ensinar ou instruir sobre algo com o objetivo de levar a uma ação.

    Comentários Qconcursos.

    Nunca desista dos seus sonhos.

  • A questão é de tipologia textual e quer que identifiquemos as tipologias que caracterizam, predominantemente, os trechos abaixo. Vejamos:

     .

    I. “Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas”. 

    NARRAÇÃO. Trata-se da narração sobre a vida de um jovem.

    Narração: visa contar um fato, com narrador, personagens, noção espaço/tempo, enredo... Nela, os verbos se encontram normalmente no pretérito (passado), pois as narrações normalmente remetem a fatos que já ocorreram.

     .

    II. “As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso”. 

    ARGUMENTAÇÃO (dissertação argumentativa). Trata-se da defesa de uma ideia a respeito das "grandes comunhões".

    Dissertação: é um estilo de texto com posicionamentos pessoais e exposição de ideias, apresentada de forma lógica, com razoável grau de objetividade, clareza e coerência. Pode ser expositiva: caracterizada por esclarecer um assunto com o objetivo de explicá-lo de maneira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate. E pode ser argumentativa: com intuito de defender um ponto de vista que convença o interlocutor. Para tal, os verbos se encontram predominantemente no presente.

     .

    III. “A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras”.

    DESCRIÇÃO. O fragmento descreve características da chama da vela.

    Descrição: tem por objetivo fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, um movimento... Os tempos verbais mais frequentes são o presente e o pretérito imperfeito do indicativo.

     .

    Gabarito: Letra B 

  • Gab B

    Narração - elementos básicos

    • verbos no passado (amava, preparava, bastava, assentassem, surgissem);
    • presença de personagem (um jovem);
    • tempo (aos sábados, uma noite); e
    • Enredo

    Argumentação - defesa de tese / ponto de vista

    • Presença de conectivos de coesão e coerência, opinião...;
    • posição do autor Rubem Alves quando diz: "As grandes comunhões...Quem ama sabe disso";

    Descritivo - vc consegue imaginar uma cena


ID
5472559
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

A solidão amiga


    A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...

Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz.     Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida. 

    Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis". A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.

    Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.

    Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de mim.!" (...)

    O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...

    A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira. (...)


Rubem Alves

Disponível em https://www.pensador.com/cronicas_de_rubem_alves/

A coesão é um fenômeno linguístico importante para a ligação entre a ideias de um texto. Alguns escritores, por efeito estilístico literário, suprimem os conectivos propositalmente. No trecho “Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida”, onde o autor empregou as reticências, poderia ter sido colocada, para ligar as duas ideias, a conjunção

Alternativas
Comentários
  • “Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida”,

    Veja que o autor vem se lastimando na oração.

    Aconteceu algo ruim, portanto a noite dele estava perdida.

    Algumas conjunções conclusivas que você pode usar nas suas redações:

    • logo;
    • pois (posposto ao verbo);
    • portanto;
    • assim;
    • então;
    • por isso;
    • por conseguinte;
    • por consequência;
    • consequentemente;
    • de modo que;
    • desse modo;
    • dessarte;
    • destarte;
  • GAB: D

    conclusiva “por isso”.

  • Gab D

    A progressão textual no final do período culminou em dizer que "a noite estava perdida", ou seja, concluiu. Portanto.


ID
5472562
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

A solidão amiga


    A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...

Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz.     Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida. 

    Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis". A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.

    Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.

    Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de mim.!" (...)

    O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...

    A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira. (...)


Rubem Alves

Disponível em https://www.pensador.com/cronicas_de_rubem_alves/

No período composto “Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói, a oração em destaque é classificada como

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    A oração coordenada sindética explicativa está relacionada a noção de justificativa, de explicação do conteúdo da oração anterior.

    Ex: Não vou comer comidas gorduras, pois estou engordando.

    Ela saiu mais cedo do show, porque tinha aula no outro dia.

    Leve um cachecol, que lá faz frio a noite.

    Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/oracoes-coordenadas

  • Coordenada sindética: (oração conectada por conjunção porque).

    Explicativa : Explica a oração anterior.

    Obs: Cuidado para não confundir com a coordenada conclusiva, esta tem uma ideia de conclusão em relação a ideia anterior.

  • Dica rápida pra quem busca carreiras policiais e quer rapidez e qualidade nos estudos:

    1. Mapas Mentais: https://bityli.com/4LNiV
    2. LEI SECA para carreiras policiais: https://bityli.com/QNWkx
    3. Questões do QC

    Seja constante essa é a única formula do sucesso.

  • Uma dica para diferenciar a Oração Coordenada Explicativa da Conclusiva:

    PORQUE será explicativo quando vir antes do verbo.

    PORQUE será conclusivo quando vir depois do verbo, além disso, quando se tratar de conclusão, será SEMPRE isolado por pontuação.

  • Se há modos imperativos é preciso justificar explicando e não concluindo.

  • Nas coordenadas sindéticas explicativas, geralmente o inicio da oração vai expressar, ORDEM/PEDIDO

    EX: ''Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói

    ''Aguarde um estante, pois estou chegando''

  • A questão é de sintaxe e quer saber a classificação da oração destacada em “Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói . Vejamos:

     .

    A) coordenada sindética explicativa.

    Certo. "Porque a solidão dói" é uma oração coordenada sindética explicativa.

    Oração coordenada sindética explicativa: tem valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão. É ligada às outras por meio das seguintes conjunções: porque, pois (antes do verbo), que, porquanto...

    Ex.: Não espere meu apoio, porque seu pedido é absurdo.

     .

    B) subordinada adjetiva explicativa.

    Errado.

    Oração subordinada adjetiva explicativa: É isolada por VÍRGULAS. Explicam ou esclarecem, à maneira do aposto, o termo antecedente, atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma informação.

    Ex.: O homem, que é mortal, tem problemas na vida. (todo homem é mortal e todo homem tem problemas na vida)

     .

    C) coordenada sindética conclusiva.

    Errado.

    Oração coordenada sindética conclusiva: tem o valor semânticos de conclusão, fechamento, finalização ... É ligada às outras por meio das seguintes conjunções: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     .

    D) subordinada adverbial final.

    Errado.

    Oração subordinada adverbial final: exprime ideia de finalidade, intenção em relação ao fato expresso na oração principal. É introduzida pelas conjunções a fim de que, para que, que e porque (= para que)

    Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

     .

    Gabarito: Letra A

  • ECA3 : Explicativa ; Conclusiva; Adversativa; Aditiva; Alternativa .

    O que não estiver no ECA3 é subordinada.

  • Cadê a vírgula obrigatória?

    A banca tem de ser muito fdp para colocar conectivo

  • Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: acrescenta uma qualidade acessória ao antecedente e é separada da oração principal por vírgulas.

    Ex.: A solidão, que dói até na alma, não me fazer esquecer de você.

    Oração coordenada sindética explicativa está relacionada a noção de justificativa, de explicação do conteúdo da oração anterior. Nesse caso, os conectivos devem sempre vir anteposto ao verbo, e sempre usar as vírgulas antes da oração. 

    Ex.: Sofra a dor real da solidão, porque a solidão dói.

    Oração coordenada sindética conclusiva está relacionada a noção de consequência ou conclusão do conteúdo exposto na oração anterior. Além disso, é obrigatório o uso de vírgulas.

    Ex.: Sofro de solidão, por isso vivo trancado no meu quarto.

    Oração subordinada adverbial final está relacionado com a finalidade, objetivo ou fim.

    Ex.: Estou fazendo terapias a fim de que possam acabar com a minha depressão.

  • Eu também senti a falta da vírgula que neste caso é obrigatória, acho sacanagem usar em uma questão de português com erro de português.

ID
5472565
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

A solidão amiga


    A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...

Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz.     Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida. 

    Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis". A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.

    Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.

    Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de mim.!" (...)

    O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...

    A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira. (...)


Rubem Alves

Disponível em https://www.pensador.com/cronicas_de_rubem_alves/

Em “O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação”, as vírgulas destacadas foram empregadas para

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    APOSTO : exemplifica ou especifica melhor outro de valor substantivo ou pronominal, já mencionado anteriormente na oração. Geralmente, a pausa entre um termo e outro vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois pontos, parênteses ou travessão.

  • GABA A

    “O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário[...]”

    As vírgulas foram utilizadas para isolar um APOSTO EXPLICATIVO que explica o termo anterior. 

    senado federal - pertencelemos!


ID
5472568
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

A solidão amiga


    A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...

Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz.     Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida. 

    Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis". A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.

    Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.

    Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de mim.!" (...)

    O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...

    A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira. (...)


Rubem Alves

Disponível em https://www.pensador.com/cronicas_de_rubem_alves/

Em relação à colocação do pronome oblíquo “me” em “As caminhadas pelo deserto me fizeram forte”, analise as afirmativas a seguir:

I. Ocorreu a próclise.
II. Ocorreu a ênclise.
III. A próclise é opcional nessa frase.
IV. A ênclise é obrigatória devido ao verbo no infinitivo.
V. A próclise é obrigatória devido à presença do substantivo “deserto”.

É correto o que se afirma

Alternativas
Comentários
  • Alternativa B).

    ·        O que é próclise? A colocação do pronome oblíquo átono (POA) antes do verbo.

  • Por que a próclise é facultativa?

  • I. Ocorreu a próclise.

    III. A próclise é opcional nessa frase.

  • Regra: Sem fatores atrativos é possível a utilização de ênclise ou próclise.

    A cibernética me atrai.

    A cibernética atrai me 

  • Apenas a opção I está correta, pelo fato de que na tirinha a frase é exclamativa e por isso torna a próclise obrigatória. deveria ser anulada.

  • GABARITO: LETRA B

    COMPLEMENTANDO:

    ► O pronome oblíquo átono pode ocupar três posições em relação ao verbo com o qual se relaciona: a ênclise (depois do verbo); próclise (antes do verbo); e a mesóclise (dentro do verbo). Por ser uma partícula átona, não inicia oração e, entre os verbos de uma locução, liga-se a um deles por hífen.

    PRONOMES ATÓNOS: - me, nos, te, vos, se, o(s), a(s), lhe(s);

    PRÓCLISE

    Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem o pronome:

    1. Palavras que expressam negação tais como “não, ninguém, nunca”:

    Não o quero aqui. / Nunca o vi assim.

    2. Pronomes relativos (que, quem, quando...), indefinidos (alguém, ninguém, tudo…) e demonstrativos (este, esse, isto…):

    Foi ela que o fez. / Alguns lhes deram maus conselhos. / Isso me lembra algo.

    3. Advérbios ou locuções adverbiais:

    Ontem me disseram que havia greve hoje. / Às vezes nos deixa falando sozinhos.

    4. Palavras que expressam desejo e também orações exclamativas:

    Oxalá me dês a boa notícia. / Deus nos dê forças.

    5. Conjunções subordinativas:

    Embora se sentisse melhor, saiu. / Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.

    6. Palavras interrogativas no início das orações:

    Quando te deram a notícia? / Quem te presenteou?

    MESÓCLISE

    Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. Isso acontece com verbos do futuro do presente ou do futuro do pretérito, a não ser que haja palavras que atraiam a próclise:

    Orgulhar-me-ei dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do presente: orgulharei);

    Orgulhar-me-ia dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do pretérito: orgulharia).

    ÊNCLISE

    Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem esse tipo de colocação pronominal:

    1. Verbos no imperativo afirmativo:

    Depois de terminar, chamem-nos. / Para começar, joguem-lhes a bola!

    2. Verbos no infinitivo impessoal:

    Gostaria de pentear-te a minha maneira. / O seu maior sonho é casar-se.

    3. Verbos no início das orações:

    Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo. / Surpreendi-me com o café da manhã.

    TODA MATÉRIA.

  • GABARITO: B

    Colocação Pronominal

    Uso da Próclise

    • Palavras ou expressões negativas: Nada me perturba.
    • Quando empregada corretamente à colocação pronominal ajuda a harmonizar o texto, evitando ambiguidades: Eu não vi ela hoje.
    • Orações com conjunções subordinativas: Quando se trata de falar em inglês ele é um expert.
    • Advérbios: Aqui se tem.
    • Pronomes Relativos, Demonstrativos e Indefinidos: A pessoa que me ligou era minha colega. (relativo)
    • Em frases interrogativas: Quanto cobrará pelo jantar?
    • Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo): Deus nos dê forças.
    • Verbo no gerúndio antecedido da preposição: Em se plantando tudo dá.

    Uso da Mesóclise

    • Futuro do presente: Assim que oportuno, contar-lhe-ei detalhes da cerimônia.
    • Futuro do pretérito: A inovação do setor ajudar-nos-ia significativamente.

    Uso da Ênclise

    • Quando o verbo começa uma oração: Diga-me o que pensas sobre o resultado.
    • Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Quero convidar-te para o meu aniversário.
    • Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo: Sigam-me, por favor.
    • Quando o verbo estiver no gerúndio: A menina desatenta argumentou fazendo-se de boba.

    Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/colocacao-pronominal

  • Dica rápida pra quem busca carreiras policiais e quer rapidez e qualidade nos estudos:

    1. Mapas Mentais: https://bityli.com/4LNiV
    2. LEI SECA para carreiras policiais: https://bityli.com/QNWkx
    3. Questões do QC

    Seja constante essa é a única formula do sucesso.

  • Caso facultativo (próclise ou ênclise):

    1º Pronome pessoal do caso reto;

    Tu te casas amanhã? ou Tu casa-te amanhã?

    2º Sujeito expresso (o caso da frase do exercício);

    João se cortou. ou João cortou-se.

    3º Preposição antes de infinitivo.

    Fiz isso para te ajudar. ou Fiz isso para ajudar-te.

  • FACULTATIVO - Sem palavras atrativas é possível a utilização de ênclise ou próclise.

    Logo, pode ser suprimido o pronome obliquo OU utilizar a ênclise.


ID
5472583
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Uma impressora equipada com dispositivo WiFi para conexão à rede sem fio pode ser compartilhada entre diversos usuários na mesma rede. Sobre o compartilhamento de impressoras em rede, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A- Em rede WiFi, qualquer impressora está limitada a dez usuários conectados ao mesmo tempo.

    Não existe esta Limitação. O que pode acontecer é dela "engasgar" por ter muitos arquivos na fila de impressão quando se tem muitos usuários e ela dispõe de pouca memória de processamento.

    B- Compartilhada em rede cabeada, uma impressora deve ser compartilhada no mesmo ambiente, sala, dos demais computadores.

    Não necessariamente. Num prédio com dois andares, por exemplo, pode um cabeamento vertical ligar os computados da sala acima com os da sala de baixo e ambas as máquinas usar a mesma impressora. É bom que os funcionários fazem uma caminhada! rsrs

    C- A maioria das impressoras permite que a qualidade da impressão seja controlada através de software.

    Está correto. Você pode definir a resolução da qualidade de impressão: 300dpi ou 600dpi etc ou mesmo se em cores, tons de preto e branco etc e é o gabarito da questão.

    D- O número máximo de impressoras, de qualquer tipo ou marca, que pode ser compartilhada em rede é de cinco.

    Não Existe esta Limitação. Um usuário pode ter dezenas de impressoras compartilhadas no seu computador, só vai virar o samba do boneco louco na hora de escolher em qual imprimir.

    Gabarito Letra C

    Bons Estudos!

  • Como eu saberia que A MAIORIA das impressoras permite que a qualidade da impressão seja controlada através de software?

  • GABARITO: LETRA C

    Analisando as alternativas, temos que:

    A – Em rede WiFi, qualquer impressora está limitada a dez usuários conectados ao mesmo tempo.

    Erradanão existe tal limite. Se houver mais de uma solicitação de impressão para uma determinada impressora de rede, o sistema operacional (ou o software de gerenciamento de impressora) cria uma espécie de "fila" (chamada tecnicamente de "spool") de impressão. 

    B – Compartilhada em rede cabeada, uma impressora deve ser compartilhada no mesmo ambiente, sala, dos demais computadores.

    Erradanão existe tal exigência. Uma impressora compartilhada em uma rede pode ficar em qualquer lugar onde chegue o cabo da rede ou o sinal de rádio, no caso de rede wi-fi. 

    C – A maioria das impressoras permite que a qualidade da impressão seja controlada através de software.

    Certa: de fato, além do sistema operacionalhá vários softwares disponíveis para o gerenciamento de impressão, os quais permitem controlar a quantidade de impressão. 

    D – O número máximo de impressoras, de qualquer tipo ou marca, que pode ser compartilhada em rede é de cinco.

    Erradanão existe tal limite. A quantidade de impressoras que podem ser compartilhadas depende da capacidade da rede de gerenciar tais dispositivos, e tal capacidade varia de rede para rede

    FONTE: Professor Maurício Bueno Tec Concursos


ID
5472586
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Utilizando o MS Word, é possível colocar uma lista de nomes em ordem alfabética, por exemplo. A ordem pode ser ascendente ou descendente. A opção que permite que seja feita essa classificação está disponível no menu

Alternativas
Comentários
  • A questão aborda conhecimentos acerca da localização dos comandos no Word, mais especificamente quanto à localização do comando “Classificar”. 

     

    A) Incorreta – A guia “Referências” possui comandos relacionados à adição de informações complementares ao documento, como, por exemplo, legendas, citações, bibliografia, notas de rodapé, sumário etc.

    B) Correta – O comando “Classificar” é utilizado para ordenar um item em ordem alfabética ou numérica. Para acessar esse comando, basta ir à guia “Página Inicial” e, em seguida, ao grupo “Parágrafo” e clicar no comando “Classificar”. 

    C) Incorreta – A guia “Inserir” possui comandos relacionados à inserção de elementos no documento, como, por exemplo, ilustrações, símbolos, smartart, gráficos, links, tabelas etc. Além disso, é possível alterar, através dessa guia, o cabeçalho e rodapé da página, inserir caixas de textos e quebras de página.

    D) Incorreta – A guia “Arquivo” possui comandos relacionados ao gerenciamento do documento, como, por exemplo, comandos relacionados à impressão, abertura de novos documentos, salvação das alterações, proteção contra abertura e edições etc. 

     

    Gabarito – Alternativa B. 

  • Gabarito - B

    1 – Selecione todas as informações no documento do Word. Se preferir, você pode usar o atalho Ctrl+T.

    2 – Vá na guia “Página Inicial”, na parte superior, e clique no símbolo da ferramenta “Classificar”.

    3 – A janela de classificação será aberta. Nela, você pode definir como quer fazer a classificação. Nesse caso, iremos estabelecer que cada nome ficará em uma linha, ou seja, em “Parágrafos”. E como estamos falando de nomes, vamos selecionar o tipo como “Texto”. Escolha se prefere ordem crescente (A-Z) ou decrescente (Z-A). Definido isso, clique em “OK”.

    Espero ter ajudado. Bons estudos!

  • GAB-B

    PAGINA INICIAL>PARÁGRAFO>CLASSIFICAR.

    É UM ICONE COM A LETRA " A EM CIMA DA LETRA Z "

    Você é o caroço da minha azeitona.RSRS!!!!

  • Gabarito Letra B

    Mais precisamente na guia "Página Inicial" da faixa de opções > Grupo "Parágrafo".


ID
5472589
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Os documentos de texto no MS Word 2013 podem ser impressos na quantidade desejada de cópias e também páginas específicas. Assim, para imprimir de um documento contendo 120 páginas apenas as páginas 10, 12, 15 e de 20 a 30, em uma mesma impressão, devemos utilizar qual das opções a seguir? 

Alternativas
Comentários
  • Numa seleção para Impressão:

    Para Páginas Aleatórias você usa a " , "

    Na Questão: 10,12,15

    Para um intervalo sequencial de páginas você usa um traço( hífen) " - "

    Na questão 20-30

    Gabarito Letra "B"

    Bons Estudos!

  • A questão aborda conhecimentos acerca dos caracteres utilizados para definir uma sequência de páginas a serem impressas.

    Antes de analisarmos as alternativas, vale destacar os operadores utilizados para definir as páginas a serem impressas:

    Travessão (-) - O símbolo de travessão (-) é utilizado para inserir um intervalo contínuo de páginas. Portanto, ao colocar o termo “1-3-7”, serão impressas as páginas 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.

    Ponto e vírgula ou vírgula - O ponto e vírgula (;) é utilizado para inserir um intervalo intercalado de páginas. Portanto, ao colocar o termo “1;3;7”, apenas as páginas 1, 3 e 7 serão imprimidas. 

    A) Incorreta – Inserir o termo “10.12.15,20-30” resultará em erro, uma vez que o ponto final (.) não constitui uma forma de definir as páginas a serem impressas. 

    B) Correta – Ao inserir o termo “10,12,15,20-30”, apenas as páginas de número 10, 12, 15 e 20 a 30 serão impressas. 

    C) Incorreta – Inserir o termo “10,12,15,20.30” resultará em erro, uma vez que o ponto final (.) não constitui uma forma de definir as páginas a serem impressas.

    D) Incorreta – Ao inserir o termo “10-12-15,20-30”, as páginas de 10 a 12, 12 a 15 e 20 a 30 serão impressas. 

    Gabarito – Alternativa B. 


ID
5472595
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Entre as funções de DATA existentes no MS Excel, qual deve ser utilizada para retornar o número de dias entre duas datas informadas? 

Alternativas
Comentários
  • GAB A

    DIAS(data_final, data_inicial)

    A sintaxe da função DIAS tem os seguintes argumentos.

    Data_final - Obrigatório. Data_inicial e Data_final são as duas datas entre as quais você deseja saber o número de dias.

    Data_inicial - Obrigatório. Data_inicial e Data_final são as duas datas entre as quais você deseja saber o número de dias.

    Observação: O Excel armazena datas como números de série sequenciais de forma que eles possam ser usados em cálculos. Por padrão, 1º de janeiro de 1900 é o número de série 1 e 1º de janeiro de 2008 é o número de série 39448, porque é 39447 dias depois de 1º de janeiro de 1900.

    Se os dois argumentos de data forem números, DIAS usará DataFinal–DataInicial para calcular o número de dias entre as duas datas.

    Se um dos argumentos de data for texto, esse argumento será tratado como VALORDEDATA(texto_de_data) e retornará uma data inteira em vez de um componente de tempo.

    Se os argumentos de data são valores numéricos que estão fora do intervalo de datas válidas, DAYS retornará o #NUM! valor do erro.

    Se os argumentos de data são cadeias de caracteres que não podem ser analisados como datas válidas, DAYS retornará o #VALUE! valor de erro.

    Fonte:support.microsoft


ID
5472598
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

As páginas eletrônicas da Web são exibidas utilizando-se de programas chamados de navegadores. Para manter a segurança no seu uso, procurando, por exemplo, evitar a leitura dos dados enviados de seu navegador, utiliza-se um protocolo específico de segurança. Assinale a alternativa que traz o nome correto deste protocolo.

Alternativas
Comentários
  • O HTTPS utiliza uma camada adicional de segurança ao protocolo HTTP ( que é o padrão, porém inseguro).

    Como curiosidade, o "S" vem do Termo em Inglês Transport Layer Security (TLS) ou Camada de Transporte Segura, que implementa esta camada de proteção a mais.

    Gabarito Letra "D"

    Bons Estudos!

  • A questão aborda conhecimentos acerca do uso dos protocolos de internet e suas funções, mais especificamente quanto ao protocolo que realiza a transferência dos dados de forma criptografada, aumentando a segurança do usuário. 

     

    A) Incorreta – O protocolo HTTP (em português Protocolo de Transferência de Hipertexto) é o responsável pela transferência de hipertextos, ou seja, é o protocolo que permite abrir páginas da Internet. 

    B) Incorreta – O protocolo FTPS possui a mesma função do protocolo FTP, ou seja, realizar a transferência de arquivos na internet, porém, seu diferencial está em oferecer uma camada de segurança maior ao utilizar o protocolo SSL, ou seja, haverá uma conexão criptografada para transferir um item.  

    C) Incorreta – A WWW está relacionada a um sistema interligado de arquivos. A WWW pode ser acessada através de navegadores web, como, por exemplo, o Google Chrome.

    D) Correta – O protocolo HTTPS é utilizado para proporcionar maior segurança nas comunicações realizadas pela internet, uma vez que, ao utilizar o protocolo SSL, os dados utilizados na transação serão criptografados. 

     

    Gabarito – Alternativa D. 

  • HTTPS

    --------> S de Segurança

  • GAB-D

    HTTPS

    NÃO CONFIE NAS PESSOAS. ELAS SÃO FALSAS, AINDA MAIS QUANDO O SEU DESEMPENHO É MUITO MAIOR DO QUE O DELAS.!!


ID
5472601
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma instituição produziu, em 2016, 10 000 unidades de certa vacina. De 2016 a 2020, a produção dessa vacina teve aumento de 40% a cada ano. Qual foi a quantidade total de vacinas produzidas no período de 2016 a 2020? 

Alternativas
Comentários
  • aumenta 40% a cada ano , como é porcentagem : 40/100=0,4

    2016 =10.000

    2017 = 10.000 x 0,4 = 4.000 ( 14.000)

    2018 = 14.000 x 0,4 = 5.600 ( 19.600)

    2019 = 19.600 x 0,4 = 7.840 (27.440 )

    2020 = 27.440 x 0,4 = 10.976 (38.416)

    soma de 2016 a 2020 = 109.456 alternativa c

  • Essa eu errei de graça. Fiz tudo certo e acabei esquecendo de somar tudo no final. Acabei marcando a letra D...


ID
5472604
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Em um estabelecimento comercial, preços de pacotes contendo produtos de higiene se diferenciam pela variedade e quantidade de produtos. Quatro desses pacotes estão abaixo representados, sendo três deles com os respectivos preços:

Pacote 1: 
2 sabonetes
1 lenço
1 frasco de álcool 
R$ 25,80 

Pacote 2:
1 sabonete
2 lenços
1 frasco de álcool gel 
R$ 24,20 

Pacote 3: 
2 sabonetes
2 frascos de álcool gel
R$ 29,20

Pacote 4:
2 sabonetes
2 lenços
1 frasco de álcool gel
R$ ........ 

A partir dos dados apresentados, qual é o preço do pacote 4?

Alternativas
Comentários
  • Item B correto.

    É uma questão de matriz, pois são 3 incógnitas, Sabonete (X), Lenço (Y), Álcool (Z).

    Cada pacote é uma linha da matriz principal, e cada valor total é uma linha da matriz independente.

    Matriz principal

    __________X Y Z Matriz independente

    Pacote 1: 2 1 1 25,8

    Pacote 2: 1 2 1 24,2

    Pacote 3: 2 0 2 29,2

    Vamos encontrar o valor do Determinante da Matriz principal usando a Regra de Cramer e Sarrus:

    2 1 1 2 1

    1 2 1 1 2

    2 0 2 2 0

    8+2+0-(2+0+9) = 4 (O determinante principal é 4)

    Substituindo a coluna X pela matriz independente vamos encontrar o valor do determinante auxiliar de X

    25,8 1 1 25,8 1

    24,2 2 1 24,2 2

    29,2 0 2 29,2 0

    103,2+29,2+0-(48,4+0+58,4) = 25,6 (O determinante auxiliar de X é 25,6)

    Dividindo o determinante auxiliar de X pelo determinante principal encontraremos o valor de X que corresponde aos sabonetes.

    25,6 / 4 = 6,4 (Cada Sabonete custa R$6,40)

    Substituindo a coluna Y pela matriz independente vamos encontrar o valor do determinante auxiliar de Y

    2 25,8 1 2 25,8

    1 24,2 1 1 24,2

    2 29,2 2 2 29,2

    96,8+51,6+29,2 - (51,6+58,4+48,4) = 19,2 (O determinante auxiliar de Y é 19,2)

    Dividindo o determinante auxiliar de Y pelo determinante principal encontraremos o valor de Y que corresponde aos lenços

    19,2 / 4 = 4,8 (Cada Lenço custa R$4,80)

    O valor de Z é o restante, portanto, vamos voltar ao pacote 1 para desvendar o valor de Z.

    2X + 1Y + 1Z = 25,8

    2(6,4) + 4,8 + Z = 25,8

    12,8 + 4,8 +Z = 25,8

    17,6 + Z = 25,8

    Z = 25,8 - 17,6

    Z = 8,2 (Cada Alcool custa R$8,20)

    Respondendo a questão o pacote 4 será

    Pct = 2(6,4) + 2(4,8) + 8,2

    Pct = 12,8 + 9,6 + 8,2

    Pct = 30,6

    O Pacote 4 custa R$30,60

  • Dá pra resolver por sistemas também. Vejam a resolução:

    https://www.youtube.com/watch?v=-HFA0C0dZGw

  • É possível resolver por sistemas de equações.

    X = sabonetes

    Y = lenços

    Z = frascos de álcool gel

    1º PACOTE => 2X + Y + Z = 25,80

    2º PACOTE => X + 2Y + Z = 24,20

    3º PACOTE => 2X + 2Z = 29,20

    4º PACOTE => 2X + 2Y + Z = ?

    1º PACOTE (2X + 2Z = 29,20) / 2 => X + Z = 14,60

    2º PACOTE 2Y + X + Z = 24,20 => 2Y + 14,60 = 24,20 => 2Y = 9,60 => Y = 4,80

    1º PACOTE 2X + 4,80 + Z = 25,80 => 2X + Z = 21,00

    4º PACOTE 2X + 2Y + Z => 21,00 + 9,60 = 30,60

    GABARITO B


ID
5472607
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um certo dia, parte do quadro de funcionários de uma unidade de saúde compareceu para vacinar pessoas. Se nesse dia cada um dos funcionários vacinasse 50 pessoas, 30 ficariam sem ser vacinadas. Como todas as pessoas foram vacinadas, e cada funcionário vacinou 51 pessoas, quantos funcionários compareceram à unidade de saúde nesse dia?

Alternativas
Comentários
  • resolução pelas alternativas .

    a) 30 funcionários

    I - ele diz que no primeiro dia foram vacinadas 50 pessoas ,faltando 30 a serem vacinadas.

    50.30 = 1500 ( vacinas aplicadas )

    II- cada funcionário vacinou :51 pessoas , no total

    51.30 = 1530 .

    portanto =1530 -1500 = 30 ( referente I - que faltou 30 sem ser vacinados )

    alternativa : A

  • Dá pra resolver por sistemas:

    https://www.youtube.com/watch?v=-HFA0C0dZGw


ID
5472610
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Uma menina tem três máscaras: X, Y e Z. Uma rosa, uma branca e outra azul (não necessariamente nessa ordem). Das afirmações abaixo, somente uma é verdadeira:

I. X é rosa.
II. Y não é rosa.
III. Z não é azul.

Assim, é correto concluir que

Alternativas
Comentários
  • não consigo entender como a letra C está errada.. mt confusa essa resposta ser a D.

  • Vamos lá, a questão nos informa que apenas uma das assertivas é verdadeira, logo, está mentindo em duas outras.

    I. X é rosa. II. Y não é rosa. III. Z não é azul.

    A) X é azul, Y é branca e Z é rosa.

    Se ele nos disse que é rosa e a alternativa fala em ser azul, é mentira.

    "Y é branca" quer dizer que não é rosa, então está falando a verdade.

    "Z não é azul" quer dizer que pode ser rosa, então está falando a verdade.

    Note que: Temos duas verdades e uma mentira, a questão nos referiu em apenas uma verdade

    Errada.

    B) X é branca, Y é azul e Z é rosa.

    Se ele nos disse que é rosa, a alternativa fala em ser branca, é mentira.

    "Y é azul" quer dizer que não é rosa, então está falando a verdade.

    "Z é rosa" quer dizer que não é azul, então está falando a verdade.

    Note que: Temos duas verdades e uma mentira, a questão nos referiu em apenas uma verdade

    Errada.

    C) X é rosa, Y é azul e Z é branca.

    Se ele os disse que é rosa, a alternativa fala em ser rosa, é verdade.

    "Y é azul" também nos mostra que é verdade o que diz na questão.

    "Z é branca" também quer dizer que não é azul, ou seja temos verdade em TUDO.

    Errada.

    D) X é azul, Y é rosa e Z, é branca.

    Se ele nos disse que é rosa e a alternativa fala em ser azul, é mentira.

    "Y é rosa" e a questão fala que não é rosa, então é mentira.

    "Z é branca" e a questão fala que não é azul, logo, está correto

    Assim temos apenas uma afirmação verdadeira e duas falsas.

    Gabarito.

  • gab d

    dica do prof de matemática e RL aqui do qc: o que fala a mesma coisa geralmente é o começo da questão

    • se 1 é verdade, logo quem fala em rosa ta mentindo, segundo esse prof
    • fica Z falando verdade
    • se X e Y mentem = é só inverter suas respostas:
    • X = não é rosa
    • Y = é rosa
    • Z= não é azul (falando verdade)
    • agora só elimine as alternativas e marque :)
  • somente uma é verdadeira - isso mata a questão

  • Errei por não ler o enunciado. Fui seco na C pensando que deveria achar todas verdadeiras.
  • Se III é a única alternativa VERDADEIRA, isso significa que I e II são falsos. Ou seja, Y é rosa e X não é rosa, podendo ser Branca ou Azul. Se Z não é azul, então pode ser Branca ou Rosa, e isso já nos dá um sinal que pode ser a alternativa D. Pois bem, vamos adiante.

    Se Y é falso, então, obrigatoriamente, tem que ser Rosa. Se X não é rosa, então pode ser Branca ou Azul.

    A única alternativa que esse resultado se confirma é na letra D, nosso gabarito.

    Se você errou, refaça a questão; e ainda que considerar I ou II como verdadeiro, verá que não bate com nenhuma das alternativas possíveis.

    Bons estudos! Espero ter ajudado

  • https://www.youtube.com/watch?v=W1bPeLURMR8

  • A questão não quer que encontremos todos os itens corretos, MAS apenas aquela que dentre as 3 hipoteses aquela que apenas uma esteja certa e as outras 2 sejam falsas. Somente Isso!


ID
5472613
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Sobre as proibições de acumulação de cargos públicos, analise as afirmativas a seguir:

I. A proibição constitucional de acumulação remunerada de cargos estende-se também a empregos e funções, bem como abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
II. Mesmo com incompatibilidade de horários, é permitida a acumulação de um cargo público remunerado com outros cargos públicos não remunerados.
III. Não é possível a acumulação remunerada de dois cargos de professor com dois empregos privativos de profissionais de saúde.

É correto o que se afirma

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B.

    I. A proibição constitucional de acumulação remunerada de cargos estende-se também a empregos e funções, bem como abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. (ITEM CORRETO - XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;)

    II. Mesmo com incompatibilidade de horários, é permitida a acumulação de um cargo público remunerado com outros cargos públicos não remunerados. (ITEM INCORRETO - XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;)

    III. Não é possível a acumulação remunerada de dois cargos de professor com dois empregos privativos de profissionais de saúde. (ITEM CORRETO - XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;)

    Resumindo, caso haja compatibilidade de horários:

    • Professor + Professor: PODE!
    • Professor + Técnico: PODE!
    • Professor + Científico: PODE!
    • Saúde + Saúde: PODE!
    • Técnico + Científico: NÃO PODE, MERMÃÃÃO!!

  • "Professor + Professor: PODE!

    Professor + Técnico: PODE!

    Professor + Científico: PODE!

    Saúde + Saúde: PODE!

    Técnico + Científico: NÃO PODE"

  • Questão mal elabora, uma vez que o item III leva a entender que não é possível a acumulação simultânea de 2 cargos de professor com 2 cargos de profissionais da saúde!

  • III. Não é possível a acumulação remunerada de dois cargos de professor com dois empregos privativos de profissionais de saúde.

    Só eu que entendi que iria acumular os 4 cargos? kkkkkkk

  • Mais uma questão que erro por falta de atenção ao anunciado!

  • GABARITO: B

    I - CERTO: Art. 37, XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

    II - ERRADO: XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

    III - CERTO: XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

  • A administração pública pode ser objetivamente compreendida como atividade concreta que o Estado executa com o fim de efetivar os interesses coletivos e subjetivamente como conjunto de órgãos e pessoas jurídicas aos quais a lei determina funções/atribuições da função administrativa do Estado     

    A Constituição Federal 1988 regulamenta em seu título III um capítulo específico para a organização da administração pública, onde são estabelecidos princípios, estrutura e funções no que tange à Administração Pública.

    Nesse ínterim, o artigo 37, CF/88, estabeleceu determinados preceitos/normas que devem ser obedecidos pela Administração Pública, entre eles o da vedação de cumulação de vencimentos no setor público, constante no artigo 37, XVI, onde é claro em afirmar que “é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos."


    No entanto, este mesmo dispositivo traz algumas exceções, quando houver compatibilidade de horários, e desde que observadas as regras existentes no art.37, XI, CF/88. Os casos excepcionais são: dois cargos de professor; um cargo de professor com outro técnico ou científico; dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.

    No que tange ao teto a que faz menção o inciso XI, art.37, CF/88, é interessante mencionar o Plenário do STF, em abril de 2017, os ministros do STF entenderam que deve ser aplicado o teto remuneratório constitucional de forma isolada para cada cargo público acumulado, nas formas autorizadas pela Constituição. Ficou aprovada a seguinte tese para efeito de repercussão geral, sugerida pelo relator da matéria, ministro Marco Aurélio: “Nos casos autorizados, constitucionalmente, de acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal, pressupõe consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público".



    É importante destacar que, conforme entendimento do STF (STF – 2ªT – Rexrt. Nº 141.376 – RJ – Rel. Min. Néri da Silveira, decisão 02-10-02002, Informativo nº244), a vedação do artigo 137, XVI, CF/88. A EC nº19/98 também estende tal proibição a cargos, empregos e funções públicas, abrangendo autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas pelo Poder Público (TRT – 10ª Região – 1ªT – RO nº0517/90 – Rel. Juiz Fernando Damasceno).

    I – CORRETO – Como visto, conforme entendimento do STF (STF – 2ªT – Rexrt. Nº 141.376 – RJ – Rel. Min. Néri da Silveira, decisão 02-10-02002, Informativo nº244), a vedação do artigo 137, XVI, CF/88. A EC nº19/98 também estende tal proibição a cargos, empregos e funções públicas, abrangendo autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas pelo Poder Público (TRT – 10ª Região – 1ªT – RO nº0517/90 – Rel. Juiz Fernando Damasceno).

    II – ERRADO – O artigo 37, XVI, CF/88 estabelece que é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI (determinados cargos).

                A acumulação de cargos é exceção na Administração Pública.

    III – CORRETO – Os cargos passíveis de cumulação são a de dois cargos de professor; a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. Assim, realmente, não é possível a acumulação remunerada de dois cargos de professor com dois empregos privativos de profissionais de saúde.

                Logo, os itens I e III estão corretos.



    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B

  • Acumular dois de professor COM dois da saúde

    4 cargos kkk

  • Pegou um tanto de nós,

    III. Não é possível a acumulação remunerada de dois cargos de professor com dois empregos privativos de profissionais de saúde. (certo) senão será 4 cargos (2 com 2)).

    III. Não é possível a acumulação remunerada de dois cargos de professor; e tamb não é possível, acumulação remunerada dois empregos privativos de profissionais de saúde. (Errado)

    E a gente acha q o examinador vai colocar tudo bem bunitim?! vai tanto... kk


ID
5472616
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a alternativa que não contempla um direito do servidor público submetido ao regime estatutário.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A.

    Direitos do art. 7º aplicáveis aos servidores:

    • Salário mínimo;

    • 13º;

    • Adicional noturno;

    • Salário-família;

    • Limitação de jornada – 8h/dia e 44h/sem;

    • Descanso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

    • Hora extra de, no mínimo, 50%;

    • Férias + ⅓;

    • Licença à gestante – 120 dias;

    • Licença-paternidade – fixada em lei;

    • Proteção ao mercado de trabalho da mulher;

    • Redução de riscos – normas de saúde, higiene e segurança;

    • Proibição de diferença salarial por sexo, idade, cor ou estado civil.

    Fonte: Comunidade QC + anotações pessoais.

  • Nem ao servidor público e nem ao doméstico.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre direitos do servidor público. Atenção: a questão deseja que o candidato assinale a incorreta.

    A- Incorreta. Não se trata de direito do trabalhador aplicável ao servidor público. Art. 39, § 3º, CRFB/88: "Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir".

    Art. 7º, CRFB/88: "São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) III - fundo de garantia do tempo de serviço; (...)".

    B- Correta. Trata-se de direito do trabalhador aplicável ao servidor público. Art. 39, § 3º, CRFB/88: "Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir".

    Art. 7º, CRFB/88: "São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; (...)".

    C- Correta. É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 40: "O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. § 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:  (...) II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (...)".

    D- Correta. Trata-se de direito do trabalhador aplicável ao servidor público. Art. 39, § 3º, CRFB/88: "Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir".

    Art. 7º, CRFB/88: "São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; (...)".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa A (já que a questão pede a incorreta).


ID
5472619
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Constituição Federal prevê a assistência gratuita, em creches e pré-escolas, aos filhos e dependentes dos trabalhadores em geral, como forma de fortalecer a educação básica no Brasil. No âmbito do serviço público, é correto afirmar que 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C.

    Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

    (...)

    XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

    --------------

    Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

    (...)

    IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;

  • GABARITO - C

    Ajuda a memorizar:

    Creches - Cinco anos

    Art. 7º, XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

    Bons estudos!

  • O gabarito é realmente a letra C, mas não pela idade e sim por se tratar de um direito que não se estende aos servidores públicos.

    Afinal, não se pode esquecer que o inciso XXV, do art. 7º, da CF, não se aplica aos servidores públicos, já que não consta do rol do art. 39, §. 3º, também da CF. Ambos a seguir expostos:

    Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

    XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

    CF, art. 39, § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

    Qualquer erro, avisem-me!

  • GABARITO: C

    Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

    XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

    Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

    IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;

  • Gabarito menos errado, Letra C, porém,independente da idade, esse direito não é assegurado a servidores públicos.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre direitos do servidor público.

    A- Incorreta. Se estivéssemos tratando de um trabalhador, a assistência contemplaria os filhos de até 5 anos de idade. No entanto, como se trata de servidor público, não é possível tal direito para filho de nenhuma idade, pois não é direito do trabalhador aplicável ao servidor público, vide alternativa C.

    B- Incorreta. Não há proibição expressa por lei, mas implícita pela Constituição, pois não se trata de direito do trablhador aplicável ao servidor público, vide alternativa C.

    C- Correta. Se estivéssemos tratando de um trabalhador, a assistência contemplaria os filhos de até 5 anos de idade. Como se trata de direito do trabalhador não aplicável ao servidor público, não pode usufruir de tal direito o servidor que tenha filho de sete, seis, cinco anos (ou qualquer outra idade). Art. 39, § 3º, CRFB/88: "Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir".

    Art. 7º, CRFB/88: "São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (...)".

    D- Incorreta. Se estivéssemos tratando de um trabalhador, a assistência contemplaria os filhos de até 5 anos de idade. No entanto, como se trata de servidor público, não é possível tal direito para filho de nenhuma idade, pois não é direito do trabalhador aplicável ao servidor público, vide alternativa C.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa C.

  • GAB C

    " OLHA, EU ACREDITO EM MIM! AGORA FALTA VOCÊ ACREDITAR MAIS EM VOCÊ".

    Monzar

  • Assistência gratuita aos filhos dependentes desde o nascimento até 5 anos de idade em creches e pré-escolas.

  • A questão exige conhecimento acerca da sistemática dos direitos e garantias fundamentais, em especial no que tange aos direitos sociais. Sobre o tema, tem-se que a Constituição Federal prevê a assistência gratuita, em creches e pré-escolas, aos filhos e dependentes dos trabalhadores em geral, como forma de fortalecer a educação básica no Brasil. No âmbito do serviço público, é correto afirmar que não pode usufruir tal direito o servidor público que, por exemplo, tenha um filho de 7 (sete) anos. Nesse sentido, segundo a CF/88:

     

    Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: [...] XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006).

     

    Ademais, além da idade ser de até cinco anos, importante ressaltar que se trata de direito não extensível aos servidores públicos. Conforme art. 39, § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).

     

    O gabarito, portanto, é a letra “c”. Todas as demais alternativas são desvios não compatíveis com o texto constitucional apresentado.

     

    Gabarito do professor: letra c.

  • XXV- Assistência gratuita aos filhos dependentes desde o nascimento até 5 anos de idade em creches e pré-escolas.


ID
5472622
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a alternativa que indica corretamente competência privativa do Presidente da República

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D.

    CF/88:

    Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

    (...)

    IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;

    Demais alternativas:

    A - INCORRETA - Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

    B - INCORRETA - Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;

    C - INCORRETA - Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

  • A questão exige conhecimento acerca do Poder Executivo e pede ao candidato que assinale o item correto, marcando uma competência privativa do Presidente da República. Vejamos:

    a) fixar os subsídios do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado

    Errado. Trata-se de competência exclusiva do Congresso Nacional, nos termos do art. 49, VIII, CF: Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;  

    b) aprovar o estado de defesa e a intervenção federal

    Errado. Trata-se de competência exclusiva do Congresso Nacional, nos termos do art. 49, IV, CF: Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;

    c) resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional 

    Errado. Trata-se de competência exclusiva do Congresso Nacional, nos termos do art. 49, I, CF: Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

    d) decretar o estado de sítio

    Correto e, portanto, gabarito da questão. Trata-se de competência privativa do Presidente da República. Inteligência do art. 84, IX, CF: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;

    Gabarito: D

  •  O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta

    Quem decreta é o Parlamento

  • GABARITO- D

    Competências do CN -

    Autorizar o presidente a decretar o Estado de Sítio.

    Aprovar a intervenção Federal

    Competências do PR -

    Decreta o estado de Sítio

    Decreta o estado de Defesa

    Decretar e executar a intervenção Federal

  • Presidente decreta o estado de SÍTIO, mas a execução depende da autorização do CN.

  • Não é 100% mas ajuda na hora de estudar :

    Compete exclusivamente o Congresso Nacional: Alguns Verbos (Legalista)

    Autorizar

    Aprovar

    Sustar

    Julgar

    Fiscalizar

    Apreciar

    Fixar

    Competência Privativa do Presidente : Alguns verbos (Que executa)

    Nomear

    Exercer

    Iniciar

    Sancionar

    Vetar

    Dispor

    Manter

    Declarar

    Decretar

    Conceder

    Convocar

    Enviar

  • GAB-D

    decretar o estado de sítio

    ART.84

    IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;

    ESTUDE, ENQUANTO SEU PET RASGA SUAS ANOTAÇÕES!!!

  • Art. 84 (Competências exclusivas do Chefe do Executivo), IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio.

  • GAB LETRA D (art. 85, IX, CF)

    **ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA que se dão mediante DECRETO:

    DECRETO: (atenção que algumas bancas colocam "LEI" ao invés de decreto)

    - organização e funcionamento da adm. federal, desde que não implique aumento de despesas nem criação ou extinção de órgãos públicos;

    - extinção de funções ou cargos públicos, quando vago; (ambos art. 85. VI, "a" e "b")

    - Estado de Defesa e de Sítio; (art. 85. IX)

    - DECRETAR + EXECUTAR:

    - Intervenção Federal (art. 85. X)


ID
5472625
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre os bens públicos e o patrimônio público, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    A questão está INCORRETA pelo fato de o enunciado vincular o patrimônio histórico e cultural a somente bens imateriais, excluindo-se os bens móveis ou bens imóveis.

    E esse equívoco se justifica, por exemplo, com o Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro/RJ ou Centro Histórico de Olinda/PE, em que ambos são bens imóveis e também são considerados patrimônio histórico e cultural.

  • A) Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público.  - certo - vide art. 5º, LXXIII CF

    B) São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. - certo, vide art. 98 CC

    C) O patrimônio histórico e cultural faz parte do chamado patrimônio invisível do Estado, pois não se materializa através de bens móveis ou de bens imóveis. - como já dito pelo colega Lussolli, o erro está em excluir os bens móveis e imóveis;

    D) Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. - certo, vide art. 101 CC

  • A questão exige do candidato, conhecimentos sobre bens públicos.

    Os bens públicos, como o próprio nome já denota, são aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito público. E aqui já temos uma questão importante: quais são as pessoas jurídicas de direito público? A resposta para esta pergunta está no art. 41 do Código Civil, quando o legislador estabelece que são pessoas jurídicas de direito público interno: I - União; II - Estados, Distrito Federal e Territórios; III - Municípios; IV - autarquias e associações públicas; V -  demais entidades de caráter público criadas por lei.
     
    Os bens públicos podem ser classificados levando em conta diversos critérios. Quanto à titularidade podem ser: I- bens Federais; II- Bens Estaduais e Distritais; ou III- Bens Municipais.  Quanto à destinação podem ser: I- bens de uso comum do povo; II- Bens de uso especial; III- bens dominicais. Quanto à disponibilidade podem ser: I- bens indisponíveis; II- bens patrimoniais indisponíveis; e bens patrimoniais disponíveis. Para fins desta questão é importante saber a classificação dos bens quanto à sua destinação, e sobre esse ponto vamos discorrer explicando cada uma delas.
     
    Bens de uso comum do povo - são aqueles bens cujo destino é a utilização pelos indivíduos. Importante destacar aqui que, embora serem de uso comum, esse uso é regulamentado pelo Poder Público, que pode, inclusive restringir ou até mesmo impedi-lo.
     
    Bens de uso especial - são aqueles bens utilizados pela própria Administração Pública para execução dos serviços administrativos e dos serviços públicos de modo geral. São os bens que a Administração usa para atingir os seus próprios fins e, ainda que possa ser o utilizado pelos cidadãos, quando vão a uma repartição pública, por exemplo, o uso primordial é pelo próprio ente estatal. (Estão incluídos não apenas bens imóveis, mas também os móveis).
     
    Bens dominicais - a classificação como bens dominicais tem caráter residual, deste modo, todos os bens que não se enquadram como bens de uso especial ou bens de uso comum do povo estão inseridos nesta classificação de bens dominicais. Assim, estão inseridos como bens dominicais as terras devolutas, os prédios públicos abandonados, os bens móveis inservíveis, entre outros.
     
    Os bens públicos afetados são aqueles que possuem uma destinação específica, ou seja, bens aos quais se confere uma destinação pública, caracterizando-o como bem de uso comum do povo ou bem de uso especial. O contrário, quando se tem um bem com destinação (afetado) que sofre processo de desafetação, se tem um bem que possuía finalidade pública deixando de ter, seja por meio de lei ou por meio de um ato administrativo. Neste último caso, tem-se um bem de uso comum do povo ou de uso especial se tornando um bem dominical.
    Feita esta introdução sobre os bens públicos, vamos à análise das alternativas, buscando aquela que está incorreta.

    A) CORRETA - está nos termos do art. 5º, LXXIII, da CF e do art. 1º da Lei federal nº. 4.717/1965 (lei que regula a ação popular).

    Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
    (...)
    LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

    B) CORRETA -  está em conformidade com o art. 98 do Código Civil.

    Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes, às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

    C) ERRADA - o patrimônio histórico e cultural não se limita ao conjunto de bens imateriais, pelo contrário, engloba toda a produção material e imaterial de determinada sociedade que, em razão de sua importância científica em geral e cultural  deve ser preservado. Inclusive, um dos institutos do Direito Administrativo que se presta a esta função é o Tombamento. Logo, a afirmativa está incorreta ao excluir os bens materiais, móveis e imóveis.

    D) CORRETA - os bens dominicais, como explicado acima, são aqueles de caráter residual e que não se enquadram nas definições de bens de uso comum do povo e bens de uso especial. Deste modo, respeitadas as formalidades legais, eles podem ser alienados. A previsão legal está no art. 101 do Código Civil.

    Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C
  • gabarito letra : C de carinho


ID
5472628
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a alternativa que trata de bens públicos de uso especial.

Alternativas
Comentários
  • Bens de uso especial

    -Uso limitado

    -inalienável

    -imprescritível

    -impenhorável

    -aquele que o poder público presta serviço.

  • GABARITO: A

    "Os bens de uso especial são todos aqueles que visam à execução dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral. São os bens de propriedade das pessoas jurídicas de direito público utilizados para a prestação de serviços públicos (em sentido amplo)" (ALEXANDRINO, M.; PAULO, V. Direito Administrativo Descomplicado. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense; MÉTODO, 2021, p. 1088).

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos bens públicos. Vejamos:

    I. Bens de uso comum do povo ou do domínio público.

    Art. 99, CC. São bens públicos: I- os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas ruas e praças.

    Não há uma conceituação e sim uma exemplificação. De forma prática, pode-se dizer que os bens públicos são aqueles que servem para o uso geram das pessoas, não sendo dotados de uma finalidade específica para sua utilização.

    Estes bens podem ser utilizados de maneira gratuita ou onerosa, e, mesmo que haja a cobrança de uma taxa, não haverá a descaracterização do bem, que continuará sendo de uso comum do povo.

    II. Bens de uso especial ou do patrimônio administrativo.

    Art. 99, CC. São bens públicos: II- os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.

    De novo, não há uma conceituação e sim uma exemplificação. Estes bens, por sua vez, no entanto, apresentam uma finalidade específica. Por exemplo, um posto de saúde é um bem público usado especialmente para a promoção da saúde. Podem tanto ser bens móveis (viaturas de polícia) quanto imóveis (prédio deum hospital, uma escola).

    Existem também os ditos bens de uso especial indireto, que são aqueles bens que embora pertencentes a Administração, ela não é a usuária direta deles. Como ocorre, por exemplo, com as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, que são enquadradas como bens de uso especial, em razão da necessidade de preservação da área.

    III. Bens dominicais ou do patrimônio disponível.

    Art. 99, CC. São bens públicos: III- os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

    Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

    Os bens dominicais são aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito público que, no entanto, não estão sendo usados para nenhuma finalidade, seja ela genérica ou específica. São bens desafetados, ou seja, que não apresentam uma utilidade pública. Como exemplos, podemos citar carros da polícia que não estejam mais funcionando, bens móveis sucateados, terras devolutas etc.

    Desta forma:

    A. CERTO. Viaturas policiais e ambulâncias.

    Conforme explicação supra.

    B. ERRADO. Estradas e rios.

    Bens de uso comum do povo ou do domínio público.

    C. ERRADO. Praças e ciclofaixas.

    Bens de uso comum do povo ou do domínio público.

    D. ERRADO. Mares e rios.

    Bens de uso comum do povo ou do domínio público.

    GABARITO: ALTERNATIVA A.

  • GABARITO: A

    A) viaturas policiais e ambulâncias - BENS DE USO ESPECIAIS - Art. 99, II, C.C

    B) estradas e rios - BENS DE USO COMUM DO POVO - Art. 99, I, C.C.

    C) praças e ciclo faixas - BENS DE USO COMUM DO POVO - Art. 99, I, C.C.

    D) mares e rios - BENS DE USO COMUM DO POVO - Art. 99, I, C.C.

    senado federal - pertencelemos!

  • Alternativa.: A

    Os Bens Públicos quanto a sua destinação estão divididos em:

    - Bens de uso comum;

    - Bens de uso especial;

    - Bens dominicais ou dominiciais.

    Sendo que os Bens de uso especial, são bens usados para a prestação de serviço público pela Administração ou conservados pelo Poder Público com finalidade pública.

    Esses bens podem ser bens de uso especial direto que são aqueles que compõem o aparelho estatal. Ex. Escola Pública, logradouro onde se localiza a repartição pública, automóvel oficial, entre outros.

    É possível também se vislumbrar os bens de uso especial indireto. Nesses casos, o ente público não utiliza os bens diretamente, mas conserva os mesmos com a intenção de garantir proteção a determinado bem jurídico de interesse da coletividade. Podem ser citadas como exemplos as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, as terras públicas utilizadas para proteção do meio ambiente.

    Carvalho, Matheus. Manual de direlto administrativo. Salvador: JusPODIVM, 2017.

  • gabarito letra : A de amor


ID
5472631
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre os princípios da Administração Pública, analise as afirmativas a seguir:

I. A violação ao princípio da legalidade é também uma ofensa ao princípio da moralidade, já que, na Administração Pública, a lei e a ética se confundem.
II. O princípio da impessoalidade se destina exclusivamente aos chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, porque juridicamente não há como se cobrar condutas impessoais de servidores públicos do baixo escalão.
III. Por força do princípio da publicidade, nenhum ato estatal pode ser sigiloso.

É correto o que se afirma

Alternativas
Comentários
  • I. A violação ao princípio da legalidade é também uma ofensa ao princípio da moralidade, já que, na Administração Pública, a lei e a ética se confundem.

    Errada. A lei e a ética não se confundem, pelo contrário são princípios complementares e não o mesmo. A ética faz parte da moralidade e a lei da legalidade. Podemos ter atos legais, mas que são contra a moral administrativa. Assim como podemos ter ato que respeitam a moralidade, mas são ilegais.

    II. O princípio da impessoalidade se destina exclusivamente aos chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, porque juridicamente não há como se cobrar condutas impessoais de servidores públicos do baixo escalão.

    Errada. A impessoalidade vincula toda a administração pública.

    III. Por força do princípio da publicidade, nenhum ato estatal pode ser sigiloso.

    Errada. A publicidade é o dever de transparência da Administração Pública, mas em alguns casos terão cunhos sigilosos.

    Art. 5º, XXXIIITodos têm direito a receber, dos órgãos públicos, informações de interesse particular, de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da Lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

  • Complemento: Enquanto a moral comum direciona o homem em sua conduta externa, permitindo-lhe distinguir o bem do mal, a moral administrativa o faz em sua conduta interna, a partir das ideias de boa administração e de função administrativa, conforme os princípios que regem a atividade administrativa.

  • Sua VAGA É MINHA!

  • WelintonMaia vacilo eu já sou SERVIDOR.
  • A questão exige do candidato, conhecimentos sobre os princípios da Administração Pública.

    Como destacado por José dos Santos Carvalho Filho, "os princípios são postulados fundamentais que inspiram o modo de agir da Administração Pública". Alguns destes princípios foram trazidos claramente pelo legislador constituinte, e são chamados de princípios expressos, alguns outros princípios são depreendidos da doutrina, da jurisprudência e de outras fontes, e acabam trazendo consigo uma grande aceitação como regras de proceder da Administração Pública. O autor chama esses princípios "não expressos" de "princípios reconhecidos".  A principal distinção, portanto, entre princípios expressos e reconhecidos é o fato de que os primeiros estão expressamente previstos na Constituição Federal. (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 32 ed. São Paulo: Atlas, 2018, p. 19)

    Os princípios expressos estão no art, 37, caput, da Constituição Federal, que assim prevê:

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    Legalidade - o princípio da legalidade pressupõe a conformação dos atos praticados com as previsões legais. No entanto, não impede o  Poder Executivo de editar atos normativos, desde que tais atos estejam em conformidade com a legislação.
     
    Impessoalidade - o princípio da impessoalidade está expresso no art. 37 da Constituição Federal. Segundo José dos Santos Carvalho Filho este princípio remete à ideia de não pertencimento a ninguém, ou seja, aquilo que não pode ser voltado especialmente para determinadas pessoas em detrimento de outras. O objetivo final deste princípio é o tratamento igualitário para com os administrados, sem qualquer distinção ou privilégio, retratando, portanto, o trecho descrito no enunciado. (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 32 ed. São Paulo: Atlas, 2018, p. 20).
     
    Moralidade - é um princípio expressamente previsto no art. 37 da Constituição Federal e impõe ao administrador público deve atuar conforme preceitos éticos exigidos, devendo, não apenas analisar os critérios de conveniência, oportunidade, e justiça das ações, mas também de ser honesto. 
     
    Publicidade - o princípio da publicidade é considerado um princípio expresso e prega a necessidade de ampla publicidade dos atos administrativos entre os administrados, permitindo, inclusive que estes possam exercer o controle social das ações administrativas, se, mostrando assim como elemento indispensável à participação democrática.
     
    Eficiência - o princípio da eficiência implementou o modelo de administração pública gerencial voltada para um controle de resultados na atuação estatal. Segundo José dos Santos Carvalho Filho o núcleo do princípio é a busca pela produtividade e economicidade, e, o mais importante, a necessidade de redução de desperdícios de dinheiro público, o que impõe a a execução de serviços com presteza, perfeição e rendimento funcional.(CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 32 ed. São Paulo: Atlas, 2018, p. 31).
     Feita a introdução acima, com a explicação breve dos princípios, vamos à análise das afirmativas.

    I - ERRADA - o princípio da legalidade e da moralidade são totalmente distintos, e não se confundem. As questões éticas, voltadas para preceitos de honestidade e que pode ter um viés mais subjetivo, integram a ideia de moralidade, enquanto o cumprimento da lei está ligado com a legalidade. Ética e lei, portanto, não se confundem, mas se complementam e norteiam a atividade administrativa, de modo que a violação tanto da moralidade quanto da legalidade viciam o ato administrativo.

    II -  ERRADA - os princípio da impessoalidade está previsto no caput do art. 37, acima transcrito, e permeia toda a atividade do Estado, não se limitando apenas aos escalões mais altos.

    III - ERRADA - de fato, vigora como regra a publicidade, no entanto, os atos cujo sigilo sejam necessários para manutenção da segurança da sociedade e do Estado, poderá ser preservado o sigilo.

    Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
    (...)
    XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos, informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo, ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

    No âmbito infraconstitucional, a lei de acesso à informação, lei nº. 12,527/2011, disciplina diversos aspectos sobre o dever de publicidade e também ressalva a questão das informações sigilosas.
    Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades, assegurando a sua proteção.      
    § 1º O acesso, a divulgação e o tratamento de informação classificada como sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas na forma do regulamento, sem prejuízo das atribuições dos agentes públicos autorizados por lei.
    § 2º O acesso à informação classificada como sigilosa cria a obrigação para aquele que a obteve de resguardar o sigilo.
    § 3º Regulamento disporá sobre procedimentos e medidas a serem adotados para o tratamento de informação sigilosa, de modo a protegê-la contra perda, alteração indevida, acesso, transmissão e divulgação não autorizados.

    Feitas as explicações acima, vamos identificar o gabarito.

    A) ERRADA
    B) ERRADA
    C) ERRADA
    D) CORRETA

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D


ID
5472634
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

De acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar que o controle interno e externo dos gastos municipais

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B.

    CF/88:

    Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

    § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

    § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

    § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

    § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre controle interno e externo de gastos.

    A- Incorreta. O controle externo é realizado pelo Legislativo, mas o controle interno é realizado pelo Executivo. Art. 31, CRFB/88: "A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei".

    B- CorretaA Constituição veda a criação de conselhos ou órgãos de contas municipais. Art. 31, § 4º, CRFB/88: "É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais".

    C- Incorreta. A decisão, nesse caso, deve ser de dois terços dos membros. Art. 31, § 2º, CRFB/88: "O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal".

    D- Incorreta. O controle externo é realizado pelo Legislativo e o controle interno é realizado pelo Executivo. Além disso, a Constituição não exige lei complementar, mas lei ordinária. Art. 31, CRFB/88: "A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa B.

  • Ouso fazer uma ressalva a essa questão. Dizer que JAMAIS poderia ser exercido o controle por Conselhos ou órgãos municipais é equivocado!

    Temos que fazer a distinção entre Tribunais de Contas DOS Municípios e os Tribunais de Conta DO Município.

    Tribunal de Contas DO MUNICÍPIO (Tribunal de Contas Municipal) – TC do Município x É um órgão MUNICIPAL que tem a função de auxiliar uma única Câmara Municipal no exercício do controle externo em relação a um determinado Município. Atualmente, só existem dois Tribunais de Contas do Município: o Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro e o Tribunal de Contas do Município de São Paulo. Assim, por exemplo, o controle externo em relação às contas do Município de São Paulo é exercido pela Câmara Municipal de São Paulo, com o auxílio técnico do TCM de São Paulo. O controle externo em relação aos demais Municípios do Estado de São Paulo (exs: Santos, Campinas, Guarulhos etc.) é exercido pelas respectivas Câmaras Municipais com o auxílio do TCE de São Paulo.

    Já os Tribunais de Contas DOS MUNICIPIOS são órgãos estaduais que atuam na fiscalização das contas de todos os Municípios de determinado Estado. Há uma faculdade para que o estado concentre a fiscalização das contas municipais junto ao respectivo TCE ou que criem um Tribunal de Contas DOS Municípios(órgão estadual) para esse mister.

    A CF/88 veda a criação de novos TCM's por parte dos Municípios, mas não proíbe por parte dos Estados. Todavia em relação aos TCM/SP e TCM/RJ, esses criados antes da CF/88, continuam o seu funcionamento, porém podem também serem extintos.

    Sendo assim, considero que a afirmação de JAMAIS poder ser exercido por um tribunal de contas municipal é completamente equivocada e contrária à CF/88 e à jurisprudência do STF.

    Ressalto que apesar de entender diferente, o gabarito inicial foi mantido pela banca.

    FONTE: INFO 883/STF(Dizer o direito) e PEDRO LENZA(2021).

    Bons estudos!

  • fazer questão dessas bancas é osso..

  • Salvo melhor juízo, e, salvo eu ter entendido errado a questão, acredito que a resposta é duvidosa, pois, em que pese seja vedado pela CF. a criação de Tribunais de Contas Municipais, existem municípios que já antes da CF. 1988 já tinham Tribunais de Contas, e que consequentemente se mantém atuantes.

  • discordo do gabarito da banca.

  • Acredito que essa é uma daquelas questões feitas para o candidato que estudou errar. Visto que em primeira análise uma das competências dos tribunais de contas é justamente o CONTROLE.

    Contudo, pela letra fria da lei, em âmbito municipal, o controle externo é exercido pela Câmara municipal (cabendo ao Tribunal de Contas o papel de auxílio a essa função), ao passo que o controle interno cabe ao sistemas do controle do próprio executivo. Daí o erro!

  • Questão que deveria ser anulada, pois não há alternativa correta. O item B (Gabarito da banca) está equivocado, visto que, embora a CF vede expressamente a criação de Tribunal ou Conselho de Contas municipais, ainda existem dois Tribunais de Contas do Município (São Paulo e Rio de Janeiro, ambos capital).

  • Aquele erro que tu não considera. Próximo...

  • Então quer dizer que os TCMs de São Paulo e do Rio não executam controle externo em suas respectivas regiões de competência?

  • A banca esqueceu de ler um pequeno trecho da CF:

    Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

    § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

    Logo, não podemos dizer que "jamais poderá ser exercido por Conselhos ou órgãos de Contas Municipais."

  • E os municípios que já tinham tribunais anteriormente à CF?

  • O que aconteceu aqui ?

    Diogo França

  • Questão bem zuada mas correta. Mesmo onde há órgãos de contas municipais, eles não exercem o controle interno, apenas o externo, nesse caso, como órgãos auxiliares do poder legislativo. Nessa linha, o TCE não exerce controle interno e externo sobre os gastos estaduais e o TCU não exerce controle interno e externo dos gastos federais.


ID
5472637
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca da fiscalização dos Tribunais de Contas, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A.

    CF/88:

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    (...)

    XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

  • A questão exige conhecimento acerca das atribuições dos Tribunais de Contas e pede ao candidato que assinale o item correto. Vejamos:

    a) Compete aos Tribunais de Contas representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. Inteligência do art. 71, XI, CF: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

    b) Os conselheiros dos Tribunais de Contas são considerados juízes togados com poderes absolutos de fiscalização.

    Errado. Não são considerados juízes togados. Na verdade, os conselheiros são equiparados aos magistrados, conforme se vê no julgado que segue: PROCESSUAL PENAL. AÇÃO PENAL ORIGINÁRIA. MEMBRO DE TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL. DENÚNCIA. REQUISITOS. ART. 41 DO CPP. LAVAGEM DE DINHEIRO. ART. 1º, V, DA LEI 9.613/98. CRIME ANTECEDENTE. PECULATO. ART. 312 DO CP. APTIDÃO. JUSTA CAUSA. ART. 395, III, DO CPP. LASTRO PROBATÓRIO MÍNIMO. PRESENÇA. ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA. ART. 397 DO CPP. INVIABILIDADE. CONSELHEIRO DE TRIBUNAL DE CONTAS. EQUIPARAÇÃO A MAGISTRADO. AFASTAMENTO DO CARGO. (...) 9. Os conselheiros de Tribunais de Contas são equiparados aos magistrados, por força do princípio da simetria em relação à disposição contida no art. 73, § 3º, da CF/88, sendo-lhes aplicada, por analogia, a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LC nº 35/79), razão pela qual a natureza ou a gravidade do fato imputado a essas autoridades pode ensejar o afastamento do denunciado do cargo público por ele ocupado. [STJ - APn 819 - Rel.ª.: Min.ª Nancy Andrighi - D.J.: 07.03.2018] - grifou-se

    c) O controle externo da Câmara Municipal é exercido privativamente pelo Ministério Público Estadual.

    Errado. É exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver, nos termos do art. 31, § 1º, CF: Art. 31, § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

    d) As decisões dos Tribunais de Contas têm natureza criminal, já que consubstanciam o combate à corrupção pública.

    Errado. Sobre o tema, leciona Pedro Lenza: "(...) o Tribunal de Contas é órgão técnico que, além de emitir pareceres, exercer outras atribuições de fiscalização, de controle e, de fato, também, a de 'julgamento'. (...) No caso de auxílio no controle externo, os atos praticados são de natureza meramente administrativa, podendo ser acarados ou não pelo Legislativo. Em relação às outras atribuições, o Tribunal de Contas também decide administrativa, não produzindo nenhum ato marcado definitividade ou fixação do direito no caso concreto, no sentido de afastamento da pretensão resistida."

    Gabarito: A

    Fonte: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 22.ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

  • GABARITO - A

    Art.71, XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

    Bons estudos!!


ID
5472640
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

“Os contratos administrativos regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, ___________________, os princípios da teoria geral dos contratos e ____________________”:

Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas. 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C.

    Lei N° 8.666:

    Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

  • Lei 14.133/2021 Art.89 Os contratos administrativos regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.
  • A questão exige conhecimentos sobre a lei federal nº. 8.666/1993.

    O conteúdo aqui exigido é pura literalidade da lei. Neste sentido, vale transcrever o art. 54 da legislação.

    Art. 54.  Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

     Diante do exposto, basta identificar a alternativa que preenche corretamente as lacunas.

    A) ERRADA
    B) ERRADA
    C) CORRETA
    D) ERRADA

    GABARITO: Letra C

ID
5472643
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre a dispensa e inexigibilidade de licitação, analise as afirmativas a seguir:

I. É dispensável a licitação, dentre outros casos, para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.
II. O processo de dispensa da licitação será instruído com diversos elementos, como, por exemplo, a caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e iminente risco à segurança pública que justifique a dispensa, quando for o caso.
III. Toda licitação dispensada é inexigível, mas nem toda licitação inexigível pode ser dispensada.

É correto o que se afirma

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B.

    Fundamentos retirados da Lei N° 8.666:

    I - CORRETA - Art. 24. É dispensável a licitação: (...) XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.

    II - CORRETA - Art. 26., Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos: I - caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e iminente risco à segurança pública que justifique a dispensa, quando for o caso;

    III - INCORRETA - Não faz o menor sentido, pois, na inexigibilidade não há como licitar, pelo simples fato de não haver competição ao objeto a ser contratado.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.666/1993. Vejamos:

    Inicialmente importante fazermos menção a nova lei de licitações – Lei 14.133/2021, sancionada em 01/04/2021. Apesar desta sanção, a Lei nº 8.666/93 ainda terá aplicação por mais dois anos.

    Desta forma, nos primeiros 2 anos teremos a aplicação da lei nº 8.666/93, bem como da lei nº 14.133/21. Os órgãos terão a possibilidade de optar em utilizar a lei nº 8.666/93 ou a lei nº 14.133/21, devendo ser justificada a escolha, sendo vedada a combinação das duas leis.

    Como esta presente questão é anterior à nova lei, a lei que a fundamenta ainda é a Lei 8.666/93. Desta forma:

    I. CERTO.

    “Art. 24, Lei 8.666/93. É dispensável a licitação:

    XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.”

    II. CERTO.

    “Art. 26, parágrafo único, Lei 8.666/93. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:

    I - caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e iminente risco à segurança pública que justifique a dispensa, quando for o caso.”

    III. ERRADO.

    Observa-se que apesar de a regra geral que disciplina as contratações públicas possuir como premissa a exigência da realização de licitação para a obtenção de bens e para a execução de serviços e obras, há, na própria Lei de Licitações exceções.

    Na licitação dispensável, rol taxativo presente no art. 24 da Lei 8.666/93, há para o administrador uma faculdade, que poderá realizar o processo licitatório ou não, dependendo das particularidades do caso concreto (ato discricionário).

    A licitação dispensada, rol taxativo presente no art. 17 da Lei 8.666/93, por sua vez, está relacionada às alienações de bens públicos tanto móveis quanto imóveis, não cabendo ao administrador nenhum tipo de juízo de valor, pois há na lei uma imposição (ato vinculado) da contratação direta.

    Por fim, a inexigibilidade de licitação, rol exemplificativo presente no art. 25 da Lei 8.666/93, faz referência aos casos em que o administrador também não tem a faculdade para licitar, porém, aqui o motivo é a ausência/inviabilidade de competição em relação ao objeto a ser contratado, condição indispensável para um procedimento licitatório. Tornando, assim, a licitação impossível.

    Desta forma, é correto o que se afirma:

    B. CERTO. Apenas em I e II.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.

  • Alternativa.: B

    Vale lembrar que:

    1 - restauração de obras de arte e bens de valor histórico -> Inexigibilidade de Licitação.

    2 - aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade -> Dispensa de Licitação.

  • Na dispensa de licitação a Adm Pública pode licitar, mas a lei faculta a dispensa; enquanto que, na Inexigibilidade, não deve haver licitação, pelo simples fato que não há competição no mercado, por exemplo, uma mão de obra altamente especializada que deve ser contratada para execução ou acompanhamento de um determinado serviço.

    Isto posto, a resposta correta é a letra B.


ID
5472646
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Com base no Direito Financeiro, é correto afirmar que os restos a pagar

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: Letra D

    Lei 4320 Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.

  • Processados> Empenhadas e liquidadas. Prontas para o pagamento.

    Não processados> Empenhadas e não liquidadas. Não há, ainda, direito liquido e certo.

    É EXCEÇÃO AO REGIME DE COMPETÊNCIA (Aplicado as despesas).

  • Trata-se de uma questão sobre restos a pagar cuja resposta é encontrada na Lei 4.320/64 (Lei que institui normas gerais de Direito Financeiro)

     
    Primeiramente, vamos fazer a leitura do art. 36 da Lei 4.320/64:

    “Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas".

    Logo, consideram Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.


    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA “D".

ID
5472649
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Os servidores Pedro e João estavam conversando sobre o edital de licitação da Secretária de Saúde para a aquisição de vacinas contra a gripe, quando ingressou na sala um estagiário recém contratado para auxiliar nos trabalhos da Comissão de Licitação. Em determinado momento, o estagiário escutou a expressão “melhor preço” e extraiu corretamente a seguinte conclusão:

Alternativas

ID
5472652
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Sobre as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária, analise as afirmativas a seguir:

I. A operação de crédito por antecipação de receita não pode se destinar a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro.
II. A operação de crédito por antecipação de receita realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício.
III. A operação de crédito por antecipação de receita não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir.

É correto o que se afirma 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C)

    LRF

    Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes:

    I- realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício; (GABARITO)

    III- não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir. (GABARITO)

  • 1) Enunciado da questão
    A questão exige conhecimento sobre operações de crédito por antecipação de receita orçamentária.
    2) Base legal [Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n.º LC n.º 101/00)]
    Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes:
    I) realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício;
    II) deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano;
    III) não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir;
    IV) estará proibida:
    a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada;
    b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.
    § 1º. As operações de que trata este artigo, não serão computadas para efeito do que dispõe o inciso III do art. 167 da Constituição, desde que liquidadas no prazo definido no inciso II do caput.
    § 2º. As operações de crédito por antecipação de receita, realizadas por Estados ou Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito junto à instituição financeira vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil.
    § 3º. O Banco Central do Brasil manterá sistema de acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e, no caso de inobservância dos limites, aplicará as sanções cabíveis à instituição credora.
    3) Exame da questão e identificação da resposta
    I) Errado. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro, nos termos do art. 38, caput, da LRF
    II) Certo. A operação de crédito por antecipação de receita realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício, nos termos do art. 38, inc. I, da LRF.
    III) Certo. A operação de crédito por antecipação de receita não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir, nos termos do art. 38, inc. III, da LRF.

    Gabarito do Professor: C.

ID
5472655
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra B.

    Pessoal, literalidade da LRF:

    Art. 18 1 Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal"

  • Contrato de terceirização de mão de obra entra no computo dos limites. São classificados com outras despesas com pessoal.

    Aqui, se o ente possui quadro de pessoal e contrata terceirizados para realizar o serviço, entra no comuto da Despesa Com Pessoal. Contudo, caso não haja pessoal e contrate terceiros, não entrara com Despesa Com Pessoal.

  • Ou decora essa lei ou nao passa

  • Trata-se de uma questão sobre normas de Direito Financeiro que constam na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n° 101/00).

    Os valores dos contratos de terceirização de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal", entrando no cômputo da despesa total com pessoal segundo art. 18, §1º, da LRF:

    “Art. 18. [...]

    § 1º Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal".

     
    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA “B".

ID
5472658
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Sobre os tributos municipais, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Essas bancas pequenas é um problema. A letra C responde a questão pois, o IPTU têm alíquotas progressivas em razão do Tempo e Valor, e Diferentes em razão da Localização e do Uso.

  • A questão exige conhecimento acerca dos Sistema Tributário Nacional e pede ao candidato que assinale o item correto, no tocante os tributos municipais. Vejamos:

    a) O imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana deverá ser progressivo em razão do valor do imóvel.

    Errado. O IPTU pode (e não deve) ser progressivo em razão do valor do imóvel, nos termos do art. 156, I, combinado com o Art. 156, § 1º, I, CF: Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e 

    b) O ITBI incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital.

    Errado. Ao contrário: não incide o ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nos termos do art. 156, II, combinado com o art. 156, § 2º, I, CF:  Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; § 2º O imposto previsto no inciso II: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;

    c) O imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana deverá ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

    Errado. O IPTU pode (e não deve) ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel, nos termos do art. 156, II, combinado com o § 1º, I, CF: Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. 

    d) No tocante ao imposto sobre serviços de qualquer natureza, cabe à lei complementar fixar as suas alíquotas máximas e mínimas. 

    Correto e, portanto, gabarito da questão. Inteligência do art. 156, III, combinado com o art. 156, § 3º, I, CF: Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar: I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;  

    Gabarito: D

  • IPTU:

    § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: 

    I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e

    II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. 

    Art. 182

    § 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento,    sob pena, sucessivamente, de: [...]

    II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;


ID
5472661
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Sobre a competência tributária dos Municípios, analise as afirmativas a seguir:

I. Os Municípios e o Distrito Federal não poderão instituir tributo para o custeio do serviço de iluminação pública.
II. É vedado aos Municípios instituir impostos sobre fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
III. Compete aos Municípios instituir impostos sobre transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição.

É correto o que se afirma

Alternativas
Comentários
  • I - Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. 

    II - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    [...]

    VI - instituir impostos sobre:

    [...]

    e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.        

    III -  Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

    [...]

    II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

  • A questão exige conhecimento acerca dos Sistema Tributário Nacional e pede ao candidato que julgue os itens que seguem, no tocante à competência tributária dos Municípios. Vejamos:

    I. Os Municípios e o Distrito Federal não poderão instituir tributo para o custeio do serviço de iluminação pública.

    Errado. Ao contrário: os Municípios e o Distrito Federal podem, sim, instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, nos termos do art. 149-A, caput, CF: Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. 

    II. É vedado aos Municípios instituir impostos sobre fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

    Correto. Inteligência do art. 150, VI, "e", CF: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 

    III. Compete aos Municípios instituir impostos sobre transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição.

    Correto. Aplicação do art. 156, II, CF: Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

    Portanto, apenas os itens II e III estão corretos.

    Gabarito: C


ID
5472664
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Com base nas disposições do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa que contempla duas causas de extinção do crédito tributário.

Alternativas
Comentários
  •  Art. 156 do CTN - Extinguem o crédito tributário:

           I - o pagamento;

           II - a compensação;

           III - a transação;

           IV - remissão;

           V - a prescrição e a decadência;

           VI - a conversão de depósito em renda;

           VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento;

           VIII - a consignação em pagamento;

           IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;

           X - a decisão judicial passada em julgado.

            XI – a dação em pagamento em bens imóveis;

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Extinção do crédito tributário.

     

    Para pontuarmos aqui, temos que dominar o artigo do 156 CTN, que trata das hipóteses de extinção do crédito tributário, notadamente seus incisos III e IV:

    Art. 156. Extinguem o crédito tributário:

    I - o pagamento;

    II - a compensação;

    III - a transação;

    IV - remissão;

    V - a prescrição e a decadência;

    VI - a conversão de depósito em renda;

    VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;

    VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;

    IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;

    X - a decisão judicial passada em julgado.

    XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. 

     

    Logo, o enunciado é corretamente completando com a letra D, ficando assim: Com base nas disposições do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa que contempla duas causas de extinção do crédito tributário: transação e remissão.

     

    Gabarito do Professor: Letra D. 

  • Art. 156. Extinguem o crédito tributário:

           I - o pagamento;

           II - a compensação;

           III - a transação;

           IV - remissão;

           V - a prescrição e a decadência;

           VI - a conversão de depósito em renda;

           VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;

           VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;

           IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;

           X - a decisão judicial passada em julgado.

            XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.           

    Art. 175. Excluem o crédito tributário:

           I - a isenção;

           II - a anistia.

           Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.


ID
5472667
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Sabe-se que o crédito tributário é constituído, em regra, pelo lançamento, que é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Nesse cenário, é correto afirmar que o lançamento

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA: LETRA (A)

    Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

    ATENÇÃO: § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.

    § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.

  • Requer a alternativa correta.

    alternativa A - Exata redação do art. 144, CTN, que proclama "O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada".

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Obrigação tributária.

     

    Para pontuarmos aqui, temos que dominar o artigo 144 do CTN, que define característica do lançamento:

    Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

     

    Logo, o enunciado é corretamente completado com a assertiva A, ficando assim: “Sabe-se que o crédito tributário é constituído, em regra, pelo lançamento, que é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Nesse cenário, é correto afirmar que o lançamento: reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.”.

     

    Gabarito do Professor: Letra A. 


ID
5472670
Banca
IDIB
Órgão
Câmara de Planaltina - GO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Sobre a capacidade tributária e a responsabilidade tributária, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B.

    A questão pede a incorreta.

    Correta: (A) A capacidade tributária passiva independe de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. 

    Art. 126, CTN. A capacidade tributária passiva independe: III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.

    INCORRETA: (B) Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária depende da intenção do agente ou do responsável.

    Art. 136, CTN. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária INDEPENDE da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

    CORRETA: (C) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

    Art. 132, CTN. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

    CORRETA: (D) A capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais.

    Art. 126, CTN. A capacidade tributária passiva independe: I - da capacidade civil das pessoas naturais.

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Obrigação tributária.

     

    Abaixo, iremos justificar cada uma das assertivas:

    A) A capacidade tributária passiva independe de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. 

    Correta, por respeitar o CTN:

    Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:

    III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.


    B) Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária depende da intenção do agente ou do responsável.

    Incorreta, por ferir o CTN:

    Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

     

    C) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

    Correta, por respeitar o CTN:

    Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

    D) A capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais.

    Correta, por respeitar o CTN:

    Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:

    I - da capacidade civil das pessoas naturais;

     

    Gabarito do Professor: Letra B.