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Apesar da importância crucial dos militares, em especial a Escola Superior de Guerra, na preparação para o golpe, outros atores tiveram papel de destaque no período pré-1964. Entre eles, os empresários, que comumente ocupavam também cargos dentro da administração pública e nos partidos políticos. Seus interesses políticos eram respaldados por grupos midiáticos.
Tal fato não era algo recente. Desde o governo Vargas, os círculos internos das várias administrações eram predominantemente formados por industriais e banqueiros ou políticos com fortes ligações empresariais.
Segundo René Dreifuss, esse bloco de poder deu origem a uma elite orgânica que promoveu diversos estágios de organização para a ação contra o governo de João Goulart, além de esforços para moldar tanto a economia quanto o sistema político, a fim de favorecer seus interesses e consolidar sua expansão.
A forma de ação política mais ativa coordenada pelos empresários foi a campanha dirigida por duas entidades irmãs: o IPES ( Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais), criado em 1962 e o IBAD ( Instituto Brasileiro de Ação Democrática), criado em 1959. O complexo IPES/IBAD, formado por intelectuais, diretores de empresas, donos de jornais, grandes proprietários de terras, empresários e industriais, tinha como objetivo agir contra o governo nacional reformista de Jango e contra o alinhamento de forças sociais que apoiavam a sua administração.
Com o auxílio dos militares da ESG, esse complexo empreendeu uma campanha ideológica e político-militar em diversas frentes, amplamente aceita pelas classes médias urbanas, através de uma série de instituições e organizações de classe. Em especial, montou um serviço de inteligência, chefiado pelo general Golbery do Couto e Silva, que recolheu dados de aproximadamente 400 mil brasileiros e serviu de base para a formação do arquivo do Serviço Nacional de Informação (SNI) após o golpe.
Gabarito : D
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Apesar da importância crucial dos militares, em especial a Escola Superior de Guerra, na preparação para o golpe, outros atores tiveram papel de destaque no período pré-1964. Entre eles, os empresários, que comumente ocupavam também cargos dentro da administração pública e nos partidos políticos. Seus interesses políticos eram respaldados por grupos midiáticos.
Tal fato não era algo recente. Desde o governo Vargas, os círculos internos das várias administrações eram predominantemente formados por industriais e banqueiros ou políticos com fortes ligações empresariais.
Segundo René Dreifuss, esse bloco de poder deu origem a uma elite orgânica que promoveu diversos estágios de organização para a ação contra o governo de João Goulart, além de esforços para moldar tanto a economia quanto o sistema político, a fim de favorecer seus interesses e consolidar sua expansão.
A forma de ação política mais ativa coordenada pelos empresários foi a campanha dirigida por duas entidades irmãs: o IPES ( Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais), criado em 1962 e o IBAD ( Instituto Brasileiro de Ação Democrática), criado em 1959. O complexo IPES/IBAD, formado por intelectuais, diretores de empresas, donos de jornais, grandes proprietários de terras, empresários e industriais, tinha como objetivo agir contra o governo nacional reformista de Jango e contra o alinhamento de forças sociais que apoiavam a sua administração.
Com o auxílio dos militares da ESG, esse complexo empreendeu uma campanha ideológica e político-militar em diversas frentes, amplamente aceita pelas classes médias urbanas, através de uma série de instituições e organizações de classe. Em especial, montou um serviço de inteligência, chefiado pelo general Golbery do Couto e Silva, que recolheu dados de aproximadamente 400 mil brasileiros e serviu de base para a formação do arquivo do Serviço Nacional de Informação (SNI) após o golpe.
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Apesar da importância crucial dos militares, em especial a Escola Superior de Guerra, na preparação para o golpe, outros atores tiveram papel de destaque no período pré-1964. Entre eles, os empresários, que comumente ocupavam também cargos dentro da administração pública e nos partidos políticos. Seus interesses políticos eram respaldados por grupos midiáticos.
Tal fato não era algo recente. Desde o governo Vargas, os círculos internos das várias administrações eram predominantemente formados por industriais e banqueiros ou políticos com fortes ligações empresariais.
Segundo René Dreifuss, esse bloco de poder deu origem a uma elite orgânica que promoveu diversos estágios de organização para a ação contra o governo de João Goulart, além de esforços para moldar tanto a economia quanto o sistema político, a fim de favorecer seus interesses e consolidar sua expansão.
A forma de ação política mais ativa coordenada pelos empresários foi a campanha dirigida por duas entidades irmãs: o IPES ( Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais), criado em 1962 e o IBAD ( Instituto Brasileiro de Ação Democrática), criado em 1959. O complexo IPES/IBAD, formado por intelectuais, diretores de empresas, donos de jornais, grandes proprietários de terras, empresários e industriais, tinha como objetivo agir contra o governo nacional reformista de Jango e contra o alinhamento de forças sociais que apoiavam a sua administração.
Com o auxílio dos militares da ESG, esse complexo empreendeu uma campanha ideológica e político-militar em diversas frentes, amplamente aceita pelas classes médias urbanas, através de uma série de instituições e organizações de classe. Em especial, montou um serviço de inteligência, chefiado pelo general Golbery do Couto e Silva, que recolheu dados de aproximadamente 400 mil brasileiros e serviu de base para a formação do arquivo do Serviço Nacional de Informação (SNI) após o golpe.