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Prova FEPESE - 2014 - MPE-SC - Analista - Letras - Reaplicação


ID
2379739
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No Writer em Português, na sua versão 2.4, deseja­-se habilitar o controle de modificações.
Assinale a alternativa que permite ao usuário atingir esse objetivo.

Alternativas
Comentários
  • Nas versões mais recentes do Writer, a opção para controlar as modificações está em: EDITAR > REGISTRAR ALTERAÇÕES > REGISTRAR.

    Outra opção seria as teclas de atalho CTRL + SHIFT + E

  • Um detalhe:

    Em algumas versões ( Mais antigas ) O atalho aparece como CTRL + SHIFT + E

    Nas mais atuais =  CTRL + SHIFT + C

    Bons estudos!


ID
2379742
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Em uma tabela no Writer temos na primeira coluna um conjunto de valores que se deseja totalizar. Na última linha da tabela, na mesma coluna dos valores inserimos uma função para obter o resultado da soma dos valores imediatamente acima.
Assinale a alternativa que apresenta o conteúdo correto inserido na célula:

Alternativas
Comentários
  • Fórmulas do libreoffice


    https://help.libreoffice.org/Writer/Formula/pt-BR

  • Funções WRITE

    Principais que já vi em questões:

    = SUM <A1> (soma)

    = ROUND <A1> (arredonda)

    = PHD (%)

    = SQRT (raiz quadrada)

    = POW (potência)

    Fonte: QC + meus cadernos

    Ainda há:

    1) Há funções de ângulos (seno, cosseno, arco-seno...)

    2) operadores (Lógicoscomo: >, <, E, OU, NÃO...

    3) estatística: = mean (média), = min (mínimo) = max (máximo)

    GABARITO: LETRA D) sum<A1:A2>


ID
2379745
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um usuário do navegador Firefox 27.0.1 em português está reclamando que o navegador está abrindo em tela cheia. O usuário quer sair desse modo de visualização.
Assinale a alternativa que apresenta uma opção para solucionar o problema do usuário.

Alternativas
Comentários
  •  

    F11 > tela cheia em todos os navegadores

     

     

  • No meu foi Fn+F11. Em qualquer navegador.


ID
2379748
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Assinale a alternativa que contém um protocolo de transferência de arquivos entre computadores, um protocolo de transferência de mensagens de correio eletrônico e um protocolo para resolução de nomes (encontrar o endereço IP referente a um dado nome de domínio), respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • DNS - protocolo de resolução de nomes

     

    Sinceramente, quem souber só isso já acerta a questão!

  • Basta saber que o FTP é o protocolo de transferência de aquivos que mata a questão!


ID
2379751
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma peixaria tem em sua vitrine uma bacia com capacidade para 4 quilos de camarão, a qual esta cheia com uma mistura contando com 3 quilos de camarão sete barbas e 1 quilo de camarão legítimo. A peixaria vende a mistura de camarão desta bacia por R$ 30,00 o quilo.
Em determinado momento uma parte da mistura de camarão na bacia é vendida a José e a bacia é completada com camarão legítimo, de maneira que agora a mistura de camarão na bacia conta com partes iguais de camarão legítimo e camarão sete barbas.
Quanto foi arrecadado com a venda de camarão a José?

Alternativas
Comentários
  • A logica está em compensar a quantia que sai de sete barbas equivale a quantia de camarao legítimo que é reposto:

    (3-3X/4)=X+(1-1X/4)

    X=4/3

    Multiplicando por R$30/kg= R$40


ID
2379754
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O dono de um restaurante observou que 20 clientes comem 450 quilos de carne a cada 15 dias, e que o restaurante atende 500 pessoas a cada 30 dias.
Se o número de pessoas que o restaurante atende aumentar em 15%, quantos quilos de carne são necessários para atender à demanda de 10 dias?

Alternativas
Comentários
  • https://youtu.be/c_Ty4snWIxo?t=76

  • Aumentar em 15 % o número de pessoas = 500 + (15% de 500) = 575 pessoas a cada 30 dias

    Encontrar o número de pessoas para os 10 dias 

    575 ------ 30

       x  ------ 10

    x = 192 pessoas 

     Separar o processo do produto

    Processo                                    Produto

    Clientes       dias                         Carne

    192               10                               x

    20                 15                             450

    192 x 10 x 450 = 20 x 15 x X

    864.000 = 300 X

    X = 2.880 kg de carne

     

    RESPOSTA "E"

  • Com o aumento de demanda, passamos a ter 1,15 x 500 = 575 clientes por mês.

    Em 10 dias, teremos 575 / 3 clientes. Assim,

    Clientes Carne Dias

    20                    450     15

    575/3              C          10

    Quanto mais carne, mais clientes podem ser atendidos, e por mais dias. Grandezas diretamente proporcionais. Montando a proporção: 450/C = 20/(575/3) x (15/10) C = 2875 kg

    Resposta: E

    Fonte: Estratégia Concursos


ID
2379757
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

João e Maria chegam juntos ao banco.
João tem direito a atendimento preferencial e sua fila tem 5 pessoas na sua frente e um caixa que atende 8 pessoas a cada 20 minutos.
Maria utiliza o atendimento convencional. há 19 pessoas a sua frente e seu caixa atende 18 pessoas a cada 30 minutos.
Com base nessas informações podemos dizer que João será atendido quanto tempo antes de Maria?

Alternativas

ID
2379760
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Não definido

João reúne seus primos e primas em sua casa.
Sabe-se que João tem o dobro de primos do que de primas presentes na reunião. Joana, uma das primas presentes, faz uma contagem e nota que estão presentes 10 primos a mais do que primas.
Logo, o número total de pessoas presentes na reunião é:

Alternativas

ID
2379763
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

De acordo com a definição de tributo prevista na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

     

    Lei 4.320/64

    Art. 9o Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e as contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou específicas exercidas por essas entidades.


ID
2379766
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Conforme previsto na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2.000, considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo, que fixe para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito "B" 

    LC 101\00

    Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios.


ID
2379769
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra (c)

     

    A supervisão ministerial ou controle finalístico visa assegurar a eficiência e a autonomia administrativas, operacionais e financeiras da entidade (Decreto-Lei 200/1967, art. 26). A supervisão compreende, na maioria das vezes, a indicação ou a nomeação pelo Ministro dos dirigentes das entidades da Administração Indireta, aprovação de suas contas, de relatórios e de balanços, de auditorias e de avaliações periódicas, além da possibilidade de intervenção por superior interesse público. Assim, a entidade da Administração Indireta precisa estar organizada para prestar as contas de sua gestão, além de dar informações ao Congresso Nacional (Decreto-Lei 200/1967, art. 28).

     

    Curso de Direito Administrativo, 3ª edição, São Paulo: Método, 2009, p. 846; Direito Administrativo – teoria resumida, São Paulo: Método, 2009, p. 300; Servidor Público Federal – Lei 8.112/90, São Paulo: Método, 2009, p. 330 (obras do autor)

  • a) Os órgãos da Administração Pública SÓ podem ter natureza jurídica de direito público.

    b) A DESCENTRALIZAÇÃO administrativa provoca a criação de entidades com personalidade jurí­dica de direito público OU PRIVADO.

    c) A Administração Pública Indireta, face à vinculação administrativa, se submete ao controle finalístico ou ministerial.

    d) A Administração Pública INDIRETA se estrutura através da descentralização administrativa, não admitindo, portanto, controle hierárquico.

    e) A Administração Pública Indireta SE COMPÕE de entidades que podem ter natureza jurídica de direito público, como uma Autarquia, ou direito privado, como uma Sociedade de Economia Mista.

  • Não há hierarquia nem subordinação entre administração direita e administração indireta!

  • A Administração Pública Indireta, face à vinculação administrativa, se submete ao controle finalístico ou ministerial.

  • Depois de tanto apanhar!!!!

  • Ajuda na resolução:

    Concentração :

    técnica de cumprimento de competências administrativas por meio de órgãos públicos despersonalizados e sem divisões internas

    desconcentração:

    as atribuições são repartidas entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica, mantendo a vinculação hierárquica

    Centralização :

    a técnica de cumprimento de competências administrativas por uma única pessoa jurídica governamental.

    descentralização:

    competências administrativas são distribuídas a pessoas jurídicas autônomas, criadas pelo Estado para tal finalidade. Exemplos: autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. 

  • GABARITO: LETRA C

    Centralização é a técnica de cumprimento de competências administrativas por uma única pessoa jurídica governamental. É o que ocorre, por exemplo, com as atribuições exercidas diretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

    Já na descentralização, as competências administrativas são distribuídas a pessoas jurídicas autônomas, criadas pelo Estado para tal finalidade. Exemplos: autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.

    A descentralização, nos termos do art. 6º do Decreto-Lei n. 200/67, tem natureza jurídica de princípio fundamental da organização administrativa.

    O conjunto de pessoas jurídicas autônomas criadas pelo Estado recebe o nome de Administração Pública Indireta ou Descentralizada.

    Concentração é a técnica de cumprimento de competências administrativas por meio de órgãos públicos despersonalizados e sem divisões internas. Trata-se de situação raríssima, pois pressupõe a ausência completa de distribuição de tarefas entre repartições públicas internas.

    Na desconcentração as atribuições são repartidas entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica, mantendo a vinculação hierárquica. Exemplos de desconcentração são os Ministérios da União, as Secretarias estaduais e municipais, as delegacias de polícia, os postos de atendimento da Receita Federal, as Subprefeituras, os Tribunais e as Casas Legislativas.

    FONTE: Manual de Direito Administrativo (2019) - Alexandre Mazza. 


ID
2379772
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto à intervenção do Estado na propriedade privada, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa "A"

    O erro da assertiva consiste em dizer que o acordo também deverá ser celebrado judicialmente ("...mediante acordo ou sentença judicial")

    "As servidões administrativas podem ser instituídas por duas fonnas distintas:
    a) acordo administrativo;
    b) sentença judicial.
    Pelo acordo administrativo, o proprietário do imóvel particular e o Poder Público celebram um acordo formal por escritura pública, que garante ao Estado o direito de uso da propriedade, para determinada finalidade pública. Esse acordo deve ser sempre precedido da declaração de necessidade pública de instituir a servidão por parte do Estado. A segunda forma de instituição da servidão administrativa é por sentença judicial, quando não há acordo entre as partes. Não havendo acordo, o Poder Público promove ação contra o proprietário, demonstrando ao juiz a existência do decreto específico, indicativo da declaração de utilidade pública". (DIREITO ADMINISTRATIVO DESCOMPLICADO • Marcelo Alexandrino & Vicente Paulo, p. 1095)
    .

    Alternativa "B"

    Nem sempre a desapropriação é proveniente de ato discricionário. A título ilustrativo, cite-se o art. 243 da CF: "As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas (não há juízo de conveniência ou oportunidade - a administração é obrigada a desapropriar) e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º". 

    .

    Alternativa "C"

    (CF) Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.

    (...)

    § 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

    I - parcelamento ou edificação compulsórios;

    II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

    III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

    .

  • Alternativa "D"

    "Ocupação temporária é a forma de intervenção pela qual o Poder Público usa transitoriamente imóveis privados, como meio de apoio à execução de obras e serviços públicos. (...) A instituição da ocupação temporária dá-se por meio da expedição de ato pela autoridade administrativa competente, que deverá fixar, desde logo, e se for o caso, a justa indenização devida ao proprietário do imóvel ocupado. É ato autoexecutório, que não depende de apreciação prévia do Poder Judiciário". (DIREITO ADMINISTRATIVO DESCOMPLICADO • Marcelo Alexandrino & Vicente Paulo, p. 1099)

    .

    Alternativa "E"

    Quem pode executar um tombamento

    "O Tombamento pode ser feito pela União, através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, pelo Governo Estadual, através da Secretaria de Estado da Cultura - CPC, ou pelas administrações municipais que dispuserem de leis específicas. O tombamento também pode ocorrer em escala mundial, reconhecendo algo como Patrimônio da Humanidade, o que é feito pelo ICOMOS/UNESCO". (http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=4#3)

    .

  • GABARITO: E

    Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

  • A servidão administrativa é uma imposição oriunda do Poder de Polícia, portanto, independe de acordo ou ação judicial.


ID
2379775
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação do Ministério Público
Assuntos

De acordo com a Lei Complementar nº 197, de 13 de julho de 2000, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
2379778
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a alternativa que completa corretamente a sentença abaixo.
O Poder de Polícia:

Alternativas
Comentários
  • (D)

    ATRIBUTOS DO PODER DE POLICIA

    • Discricionariedade: Consiste na livre escolha, pela Administração Pública, dos meios adequados para exercer o poder de policia, bem como, na opção quanto ao conteúdo, das normas que cuidam de tal poder.

    • Autoexecutoriedade: Possibilidade efetiva que a Administração tem de proceder ao exercício imediato de seus atos, sem necessidade de recorrer, previamente, ao Poder Judiciário.

    • Coercibilidade: É a imposição imperativa do ato de policia a seu destinatário, admitindo-se até o emprego da força pública para seu normal cumprimento, quando houver resistência por parte do administrado.


    Sobre a assertiva (A) que pode gerar dúvidas:

    O poder de polícia, por ser atividade exclusiva do Estado, não pode ser delegado a particulares , mas é possível sua outorga a entidades de Direito Público da Administração Indireta, como as agências reguladoras (ANA, ANEEL, ANATEL, etc.), as autarquias corporativas (CFM, CFO, CONFEA, etc.) e o Banco Central. Eventualmente, particulares podem executar atos de polícia, mas sob o comando direto da Administração Pública. Ex.: destruição de armas apreendidas. Nesses casos, não há delegação, pois o particular atua sob as ordens estritas dos agentes públicos.

    Porém, de acordo com recente entendimento do STJ, devem ser consideradas as quatro atividades relativas ao poder de polícia: legislação, consentimento, fiscalização e sanção. Assim, legislação e sanção constituem atividades típicas da Administração Pública e, portanto, indelegáveis. Consentimento e fiscalização, por outro lado, não realizam poder coercitivo e, por isso podem ser delegados.

  • São atributos do poder de policia:         Discricionariedade ( mas existem casos que será vinculado ----> Ex: Licença 

                                                                   Coercibilidade ( Que se divide em imperatividade e compulsoriedade ) 

                                                                  Autoexecutoriedade ( Que se divide em  exigibilidade: capacidade de exigir algo do particular (meios indiretos)  Ex: notificar um bar por alguma irregularidade, dando umprazo para adequação; e executoriedade: de chegar lá e fazer ( meios diretos) Ex: Chegar lá e fechar o bar

    A executoriedade nem sempre estará presente---> Ex: multa ----> O poder de policia vai aplicar a multa (exigibilidade), mas não terá meios de obrigar o particular a pagá-la----> terá que recorrer ao judiciário.

        

     

                                     

     

  • A discricionariedade no exercício do poder de polícia significa que a Administração, em regra, possui certa liberdade de atuação. Ela pode, por exemplo, segundo critérios de conveniência e de oportunidade, determinar quais atividades irá fiscalizar em um determinado momento e definir quais sanções serão aplicadas e em quais gradações, sempreobservando, é claro, os limites estabelecidos em lei e os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.

     

    A autoexecutoriedade consiste na possibilidade de que certos atos administrativos sejam executados de forma imediata e direta pela própria Administração, independentemente de ordem judicial.

     

    A coercibilidade se traduz na possibilidade de as medidas adotadas pela Administração Pública com base no exercício do poder polícia serem impostas ao administrado, inclusive mediante o emprego da força eindependentemente de prévia autorização judicial.

     

    Erick Alves

  • É possível, como exceção, no poder de polícia, delegar os atos materiais necessários à execução do poder de polícia. Sendo assim, apenas as ativiades de execulão. 

  • ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS (PATI)

    PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE

    AUTOEXECUTORIEDADE

    TIPICIDADE

    IMPERATIVIDADE

    ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA (DAC)

    DISCRICIONARIEDADE

    AUTOEXECUTORIEDADE

    COERCIBILIDADE


ID
2379781
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

De acordo com a Lei nº 6.745 de 1985, Estatuto dos Servidores Civis do Estado de Santa Catarina, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

     

     a) Nos dias úteis, só por determinação da autoridade competente poderão deixar de funcionar as repartições públicas ou serem suspensos os seus trabalhos. (CORRETA)

     

     b) A posse é o ato pelo qual o nomeado para um cargo público manifesta, expressa ou tacitamente nos casos previstos em lei, a sua vontade em aceitar a nomeação e inicia o exercício das respectivas funções. (pessoal e expressamente)

     

     c) Redistribuição é o deslocamento motivado por interesse da Administração ou do servidor, de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central de pessoal, observados os requisitos determinados no Estatuto. (Não é no interesse do servidor)

     

     d) A readaptação funcional, decorrente de modificação do estado físico do servidor, poderá acarretar aumento de remuneração. (não acarretará nem aumento nem decesso da remuneração)

     

     e) A substituição, necessária nos casos de impedimento de ocupante de cargo efetivo ou em comissão, dependerá de ato da autoridade competente. (será automática ou dependerá de ato da autoridade competente)

  • gabarito A

    art. 23 §2º Nos dias úteis, só por determinação da autoridade competente poderão deixar de funcionar as repartições públicas ou serem suspensos os seus trabalhos.


ID
2379784
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • (E)

    A revogação é o ato pelo qual a Administração Pública retira definitivamente um ato do ordenamento jurídico, mediante outro ato administrativo, ou seja, a Administração Pública, por razões de mérito – conveniência e oportunidade – retira o ato que não mais atende ao interesse público, podendo a revogação ser total (ab-rogação), ou parcial (derrogação).


    Fonte:http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2729/Revogacao-e-invalidacao-dos-atos-administrativos

  • A) Errado. A cassação ocorre quando o beneficiado do ato administrativo deixa de cumprir os requisitos de quando teve o ato deferido, ou seja, o ato foi válido e eficaz, mas o seu destinatário não respeitou suas condições, por isso a cassação. 

    B) Errado. A presunção de legitimidade é relativa.

    C) Errado. Todo ato administrativo admite apreciação do Judiciário, se o ato contrariar lei o Poder Judiciário pode intervir.

    D) Errado. O ato discricionário é aquele que pode ser revogado por motivos de conveniência e oportunidade. O sentido do ato está em seu mérito, e não em sua legalidade, sendo assim, admite apreciação subjetiva por parte da Administração.

    E) Correto.

    http://robertoborba.blogspot.com.br/2016/09/questoes-de-concursos-d-administrativo_4.html

  • Revogação é a retirada de um ato administrativo válido do mundo jurídico por razões de conveniência e oportunidade.

     

    Não são passíveis de revogação os atos:

     

     

    - Exauridos ou consumados: afinal, o efeito da revogação é não retroativo, para o futuro; como o ato já não tem mais efeitos a produzir, a sua revogação não faz sentido;

     

    - Vinculados: haja vista que a revogação tem por fundamento razões de conveniência e de oportunidade, inexistentes nos atos vinculados; que geraram

     

    - Direitos adquiridos: é uma garantia constitucional (CF, art. 5º, XXXVI12); se nem a lei pode prejudicar um direito adquirido, muito menos o poderia um juízo de conveniência e oportunidade;

     

    - Integrantes de um procedimento administrativo: porque a prática do ato sucessivo acarreta a preclusão do ato anterior, ou seja, ocorre a preclusão administrativa em relação à etapa anterior, tornando incabível uma nova apreciação do ato anterior quanto ao seu mérito (ex: no procedimento licitatório, a celebração de contrato administrativo impede a revogação do ato de adjudicação).

     

    - Meros atos administrativos: como são os atestados, os pareceres e as certidões, porque os efeitos deles decorrentes são estabelecidos pela lei;

     

    - Complexos: uma vez que tais atos são formados pela conjugação de vontades autônomas de órgãos diversos, e, com isso, a vontade de um dos órgãos não pode desfazer o ato; e

     

    - Quando se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato (ex: o ato foi objeto de recurso administrativo cuja apreciação compete a instância superior; nesse caso, a autoridade que praticou o ato recorrido não mais poderá revogá-lo, pois sua competência no processo já se exauriu).

     

     

    Erick Alves

  • Professor Eduardo Tanaka, recomendo que vejam a playlist, Atos Administrativos,

  • A questão exige conhecimento acerca dos atos administrativos e pede ao candidato que assinale o item correto. Vejamos:

    a) A cassação representa a extinção de um ato administrativo inválido e eficaz.

    Errado. A cassação ocorre a extinção do ato administrativo em decorrência do particular deixar de preencher a(s) condição(ões) imposta(s) quando teve o ato deferido.

    b) A presunção de legitimidade, atributo dos atos administrativos quer vinculados ou discricionários, é absoluta.

    Errado. A presunção de legitimidade é relativa. Ou seja, até prova em contrária, os atos são válidos para o Direito.

    c) Nem todo ato administrativo admite apreciação pelo judiciário.

    Errado. A Constituição Federal determina, em seu art. 5º, XXXV, que: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Deste modo, cabe a apreciação do judiciário, sim, em todos os atos, no tocante a (i)legalidade.

    d) O ato administrativo discricionário não admite apreciação subjetiva por parte da Administração.

    Errado. "Observa-se uma tendência à aceitação do controle exercido pelo Poder Judiciário sobre a discricionariedade especialmente quanto a três aspectos fundamentais: a) razoabilidade/proporcionalidade da decisão; b) teoria dos motivos determinantes: se o ato atendeu aos pressupostos fáticos ensejadores de sua prática; c) ausência do desvio de finalidade: se o ato foi praticado visando atender ao interesse público geral."

    e) A revogação, prerrogativa da Administração Pública, representa controle quanto ao mérito de um ato administrativo discricionário.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. A revogação é a extinção do ato pela Administração Pública, fundados nos motivos de conveniência e oportunidade, com eficácia ex nunc (do momento da extinção do ato para frente).

    Gabarito: E

    Fonte: MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 5ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. 


ID
2379787
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a alternativa correta .

Alternativas
Comentários
  • Os contratos administrativos não são paritários, uma vez que não existe a igualdade de condições entre as partes.

  • Gabarito letra d).

     

     

    a) Lei 8.666, Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à multa de mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato.

     

    Lei 8.666, Art. 86, § 1° A multa a que alude este artigo não impede que a Administração rescinda unilateralmente o contrato e aplique as outras sanções previstas nesta Lei.

     

    Lei 8.666, Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

     

    I - advertência;

     

    II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

     

    III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

     

    IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

     

    § 2° As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.

     

     

    b) Lei 8.666, Art. 79.  A rescisão do contrato poderá ser:

     

    I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior.

     

    * A rescisão unilateral do contrato feita pela Administração não depende de provocação do Judiciário.

     

     

    c) Os contratos administrativos são, via de regra, formais e pessoais (intuitu personae). Porém, eles não são paritários, visto que esse contrato possui natureza de contrato de adesão. Segue a diferenciação abaixo:

     

    1) Contratos paritários: derivam da vontade das partes, elas que irão estipular as cláusulas do contrato. As partes livremente estipulam o conteúdo.

     

    2) Contratos de adesão: a predisposição de cláusulas contratuais é condição indispensável para desenvolvimento de certas atividades empresarias, neste caso, uma das partes elabora as cláusulas e a outra adere. Ex.: banco x cliente

     

     

    d) Interferências imprevistas: são ocorrências materiais não coitadas pelas partes na celebração contratual, mas surgem durante a execução do mesmo, de forma surpreendente e excepcional, dificultando e onerando muito o prosseguimento e a conclusão dos trabalhos.

     

     

    e) Lei 8.666, Art. 58, § 1° As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.

     

     

    Fontes:

     

    https://dhg1h5j42swfq.cloudfront.net/2016/05/05231959/Lei-8666-93-atualizada-e-esquematizada_nova1.pdf

     

    https://amandastp.jusbrasil.com.br/artigos/339494237/contratos-empresariais

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/


ID
2379790
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A - Art. 79.  A rescisão do contrato poderá ser:

    § 1o A rescisão administrativa ou amigável deverá ser precedida de autorização escrita e fundamentada da autoridade competente.

     

    B - Art. 100.  Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada, cabendo ao Ministério Público promovê-la.

     

    C - Art. 81.  A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza o descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando-o às penalidades legalmente estabelecidas.

     

    D - Art. 89.  Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade: Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.

     

    E - Art. 110.  Na contagem dos prazos estabelecidos nesta Lei, excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento, e considerar-se-ão os dias consecutivos, exceto quando for explicitamente disposto em contrário. GABARITO

     

  • Uma infinidade de matérias, assuntos, conceitos e regras para se estudar durante anos, amontoá-las na cabeça e descarregar em cima de um papel em um momento decisivo cheio de estresse e tensão, e o examinador ainda exige atenção à mínimos detalhes como jogo de palavras (pode x deve; dias úteis x dias corridos; justificado x injustificado e etc.) Aprovação em concurso exige, além do conhecimento, coisas que estão além das nossas forças.

    Segue o jogo.


ID
2379793
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Afinal, o que é a língua?

A língua é uma das realidades mais fantásticas da nossa vida. Ela está presente em todas as nossas atividades; nós vivemos entrelaçados (às vezes soterrados!) pelas palavras; elas estabelecem todas as nossas relações e nossos limites, dizem ou tentam dizer quem somos, quem são os outros, onde estamos, o que vamos fazer, o que fizemos. Nossos sonhos são povoados de palavras; os outros se definem por palavras; todas as nossas emoções e sentimentos se revestem de palavras. O mundo inteiro é um magnífico e gigantesco bate-papo, dos chefes de Estado negociando a paz e a guerra às primeiras sílabas de uma criança em alguma favela brasileira ou numa vila africana. É pela linguagem, afinal, que somos indivíduos únicos: somos o que somos depois de um processo de conquista da nossa palavra, afirmada no meio de milhares de outras palavras e com elas compostas.

Apesar dessa presença absoluta na nossa vida (ou talvez justamente por isso), ainda sabemos pouco sobre a linguagem e, em geral, temos uma relação problemática com ela, principalmente em sua forma escrita. Isto é, embora não sejamos nada sem a língua, parece que ela permanece alguma coisa estranha em nossa vida, como se ela não nos pertencesse.

FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. Prática de texto para estudantes universitários. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. p. 9. 

 

Com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização, assinale a alternativa correta em relação ao texto 1.

Alternativas
Comentários
  • a) nao sei explicar.

    b) GABARITO

    c) Repare que apenas as duas últimas orações têm paralelismo na estrutura:

    Eles são povoados de palavras.

    Eles se definem por palavras.

    Eles se revestem de palavras

    d) Todo mundo é um magnífico... (Todo mundo = todos) muda o sentido.

    e) às vezes = advérbio de tempo.

  • Quanto à alternativa a), "de Estado" é locução adjetiva que introduz um adjunto adnominal de "chefes", não introduz, portanto, complemento.

    Quanto a alternativa c), a primeira oração está na voz ativa e as duas últimas na voz passiva analítica, logo não há paralelismo entre seus predicados.

  • Apenas complementando as informações dos colegas.

    Na alternativa "a", "de estado" trata-se de Adjunto Adnominal, tendo em vista que "chefes" é substantivo concreto.

  • – diferença entre ADJUNTO ADNOMINAL e COMPLEMENTO NOMINAL:

     

    ADJUNTO ADNOMINAL

    – Termo acessório da oração

    – Pode ou não ter preposição

    – Pode indicar posse.

    – Tem sentido ativo.

    – Ligado a substantivo concreto ou abstrato.

     

    Ex: As críticas do treinador ....

     

    COMPLEMENTO NOMINAL

    – Termo integrante da oração;

    – Exige preposição (é o que a questão pede);

    – Não indica posse;

    – Tem sentido passivo;

    – Ligado a substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio.

     

    Ex: As críticas ao treinador ....

  • Com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização, assinale a alternativa correta em relação ao texto 1.


    A) Na quarta frase, em "dos chefes de Estado'; a preposição "de" funciona dentro do sistema de transitividade introduzindo um complemento. (ERRADA)


    B) Na quarta frase do texto, em "em alguma favela brasileira ou numa vila africana', os itens sublinhados podem ser intercambiados sem prejuízo gramatical e de sentido no enunciado. (CORRETA)

    Intercambiados é o termo para "trocar" as palavras, ou seja, trocar "em alguma" por "numa". De fato se houver esta mudança, não alterará o sentido nem prejudicará a gramática.


    C) As três orações que constituem a terceira frase do texto ("Nossos sonhos [...] de palavras.") apresentam paralelismo estrutural na configuração morfossintática de seus predicados. (ERRADA)


    D) Na quarta frase, em "O mundo inteiro é um magnífico e gigantesco bate-papo", o termo sublinhado poderia ser substituído por "Todo mundo', sem prejuízo gramatical e de sentido no enunciado. (ERRADA)

     

    E) Na segunda frase do texto, em "nós vivemos entrelaçados (às vezes soterrados!) pelas palavras", há um sujeito pronominal, que é redundante, um verbo transitivo indireto e um adjunto adverbial de modo. (ERRADA)


ID
2379796
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Afinal, o que é a língua?

A língua é uma das realidades mais fantásticas da nossa vida. Ela está presente em todas as nossas atividades; nós vivemos entrelaçados (às vezes soterrados!) pelas palavras; elas estabelecem todas as nossas relações e nossos limites, dizem ou tentam dizer quem somos, quem são os outros, onde estamos, o que vamos fazer, o que fizemos. Nossos sonhos são povoados de palavras; os outros se definem por palavras; todas as nossas emoções e sentimentos se revestem de palavras. O mundo inteiro é um magnífico e gigantesco bate-papo, dos chefes de Estado negociando a paz e a guerra às primeiras sílabas de uma criança em alguma favela brasileira ou numa vila africana. É pela linguagem, afinal, que somos indivíduos únicos: somos o que somos depois de um processo de conquista da nossa palavra, afirmada no meio de milhares de outras palavras e com elas compostas.

Apesar dessa presença absoluta na nossa vida (ou talvez justamente por isso), ainda sabemos pouco sobre a linguagem e, em geral, temos uma relação problemática com ela, principalmente em sua forma escrita. Isto é, embora não sejamos nada sem a língua, parece que ela permanece alguma coisa estranha em nossa vida, como se ela não nos pertencesse.

FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. Prática de texto para estudantes universitários. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. p. 9. 

 

Assinale a alternativa correta, considerando o texto 1.

Alternativas

ID
2379799
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Afinal, o que é a língua?

A língua é uma das realidades mais fantásticas da nossa vida. Ela está presente em todas as nossas atividades; nós vivemos entrelaçados (às vezes soterrados!) pelas palavras; elas estabelecem todas as nossas relações e nossos limites, dizem ou tentam dizer quem somos, quem são os outros, onde estamos, o que vamos fazer, o que fizemos. Nossos sonhos são povoados de palavras; os outros se definem por palavras; todas as nossas emoções e sentimentos se revestem de palavras. O mundo inteiro é um magnífico e gigantesco bate-papo, dos chefes de Estado negociando a paz e a guerra às primeiras sílabas de uma criança em alguma favela brasileira ou numa vila africana. É pela linguagem, afinal, que somos indivíduos únicos: somos o que somos depois de um processo de conquista da nossa palavra, afirmada no meio de milhares de outras palavras e com elas compostas.

Apesar dessa presença absoluta na nossa vida (ou talvez justamente por isso), ainda sabemos pouco sobre a linguagem e, em geral, temos uma relação problemática com ela, principalmente em sua forma escrita. Isto é, embora não sejamos nada sem a língua, parece que ela permanece alguma coisa estranha em nossa vida, como se ela não nos pertencesse.

FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. Prática de texto para estudantes universitários. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. p. 9. 

 

Analise as afirmativas abaixo, considerando o texto 1.
1. Os termos "língua" e "linguagem" são usados sem distinção pelos autores.
2. Os pronomes de primeira pessoa do plural, recorrentes no texto, fazem remissão aos interlocutores de um evento comunicativo específico: os autores e os leitores do texto.
3. O primeiro parágrafo caracteriza-se por ser mais asseverativo em relação ao segundo, que é marcado por diferentes recursos de modalização.
4. No início do segundo parágrafo do texto, os conectores "apesar de" e "por" introduzem, de modo divergente, o mesmo conteúdo pressuposto.
5. Na última frase do texto, "Isto é" funciona como um conector lógico-semântico de exemplificação.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • LETRA C


ID
2379802
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2
Dicionarização de "quando"
Nos dicionários Houaiss e Aurélio, a entrada de quando abriga as categorias advérbio e conjunção. Vejamos as acepções apresentadas para a categoria conjunção.
No Houaiss:
quando (...) • Conj. 2 conj.sub. introduz oração subord. adv., dando ideia de: 2.1 conj. temp. tempo: durante o tempo que, no tempo em que, sempre que; enquanto 2.2 conj. prop. proporção: à medida que, ao passo que 2.3 conj. cond. condição: se, acaso 2.4 conj. concs. concessão: ainda que, apesar de que <costuma convidá-la para jantar, q. sabe muito bem que ela está de regime>.

No Aurélio: 
quando (...) • Conj. 2 No tempo em que; no momento em que: "Quando chegaste, os violoncelos/Que andam no ar cantaram hinos" (A. G. Obra poética, p. 212). 3 Ainda que; mesmo que; se acaso; se: "- De maneira que te sacrificas a um desejo nosso? / Quando fosse sacrifício, fá-lo-ia de boa cara; mas não é." (M. A., Helena, p. 180). 4 Apesar de que: "Puseram-nos no almoço manteiga, rabanetes e azeitonas, quando nós só comemos azeitonas." (F. J., Folhetins, p. 288). 5 ao passo que: Eles têm todas as regalias, guando nós temos só os encargos. 
NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática passada a limpo: conceitos, análises eparâmetros. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. p. 110-111. [Adaptado]

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), considerando o texto 2.
( ) O Houaiss apresenta uma subclassificação seguida de algumas conjunções/locuções conjuntivas sinônimas acompanhadas de exemplo, ao passo que o Aurélio não subclassifica gramaticalmente, apresentando apenas uma listagem de acepções exemplificadas.
( ) As ideias de tempo, proporção, condição e concessão estão presentes, nessa ordem, nos dois dicionários.
( ) Há categorizações não coincidentes entre os dois dicionários no que se refere às ideias de concessão e condição, as quais podem ser interpretadas como indício de expansão polissêmica gradual, típica de certas mudanças linguísticas.
( ) Em ambos os dicionários, o registro das acep­ções parte de um valor mais abstrato (tempo), estendendo-se gradativamente para valores mais concretos.
( ) Em "Prometeu visitá-la mas não disse quando", a categoria do vocábulo sublinhado não é contemplada em nenhuma das acepções apresentadas.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. 

Alternativas

ID
2379805
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2
Dicionarização de "quando"
Nos dicionários Houaiss e Aurélio, a entrada de quando abriga as categorias advérbio e conjunção. Vejamos as acepções apresentadas para a categoria conjunção.
No Houaiss:
quando (...) • Conj. 2 conj.sub. introduz oração subord. adv., dando ideia de: 2.1 conj. temp. tempo: durante o tempo que, no tempo em que, sempre que; enquanto 2.2 conj. prop. proporção: à medida que, ao passo que 2.3 conj. cond. condição: se, acaso 2.4 conj. concs. concessão: ainda que, apesar de que <costuma convidá-la para jantar, q. sabe muito bem que ela está de regime>.

No Aurélio: 
quando (...) • Conj. 2 No tempo em que; no momento em que: "Quando chegaste, os violoncelos/Que andam no ar cantaram hinos" (A. G. Obra poética, p. 212). 3 Ainda que; mesmo que; se acaso; se: "- De maneira que te sacrificas a um desejo nosso? / Quando fosse sacrifício, fá-lo-ia de boa cara; mas não é." (M. A., Helena, p. 180). 4 Apesar de que: "Puseram-nos no almoço manteiga, rabanetes e azeitonas, quando nós só comemos azeitonas." (F. J., Folhetins, p. 288). 5 ao passo que: Eles têm todas as regalias, guando nós temos só os encargos. 
NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática passada a limpo: conceitos, análises eparâmetros. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. p. 110-111. [Adaptado]

Correlacione as colunas, tendo em vista os diferentes valores atribuídos a "quando" no dicionário Houaiss, de acordo com o texto 2. 
Coluna 1
1. tempo
2. proporção
3. condição
4. concessão
Coluna 2
( ) Pediu pudim de sobremesa, quando devia ter pedido uma fruta.
( ) A criança é considerada curada quando não apresenta sinais de leucemia nos cinco anos seguintes.
( ) Quando a casa tem três quartos, dá para abrigar toda a família.
( ) Quando se aproxima o verão, a cidade recebe mais turistas.
( ) Ela interrompeu a viagem quando soube da morte do avô.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo

Alternativas
Comentários
  • Pediu pudim de sobremesa, embora [conquanto/posto que] devia ter pedido uma fruta. [Concessão] 

    A criança é considerada curada se [caso nao apresente] não apresentar sinais de leucemia nos cinco anos seguintes [Condicional]

    Caso a casa tenha três quartos, dará para abrigar toda a familia [Condicional] 

    À medida que se aproxima o verão, a cidade recebe mais turistas [Proporcional]

    Ela interrompeu a viagem assim que soube da morte da avô. [Temporal]


ID
2379808
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3 

Do prescritivismo preconceituoso ao normativismo racional 

O que aqui defendemos é um prescritivismo funcional e ilustrado, que caracterizamos por três traços: relativismo, gradação e elasticidade. Um prescritivismo relativista, que proclama a importância pragmática e simbólica da diversidade linguística, reconhece o valor de cada uma das variedades da língua e assume a convencionalidade dos padrões. Um prescritivismo graduado, que sustenta que as prescrições têm mais força e validade para certos estilos de comunicação que para outros, e inclusive que carecem de justificação para alguns, ao mesmo tempo em que defende que as exigências de conformidade à língua normativa não devem ser as mesmas para todos os falantes em todas as situações. Um prescritivismo elástico, que postula que as normas linguísticas devem se oferecer como orientações para o comportamento linguístico e não se impor como ditames imperativos para o comum dos falantes. Resumindo, um prescritivismo atento ao uso comum, e preocupado com que os padrões linguísticos não se afastem desnecessariamente dele.

Com tais pressupostos, talvez estejamos mais bem equipados para responder aos desafios de uma melhora significativa, equitativamente compartilhada, das competências linguístico-comunicativas do conjunto dos falantes, e da imprescindível e urgente democratização dos complexos instrumentos de poder e de saber que são as línguas.

MONTEAGUDO, Henrique. Variação e norma linguística: subsídios para uma (re)visão. In: LAGARES, Xoán C.; G BAGNO, Marcos (orgs.) Políticas da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. p. 46. [Adaptado]

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), a partir do texto 3.
( ) O texto apresenta uma valoração positiva do autor em relação ao que ele concebe como "normativismo racional".
( ) Infere-se que o "prescritivismo preconceituoso" seria dogmático, impositivo, rígido e alheio ao uso linguístico, em oposição ao "normativismo racional".
( ) O "normativismo racional" é uma forma velada de prescritivismo, pois ainda defende o ensino da norma padrão como forma de empoderamento.
( ) A compreensão de uma norma linguística contextualizada, situada e variável traria efeitos benéficos para a democratização das línguas tomadas como instrumentos de poder.
( ) Os três traços que definem o prescritivismo funcional e ilustrado são incompatíveis entre si, pois mesclam concepções pragmáticas, discursivas e sociolinguísticas de língua.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas

ID
2379811
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3 

Do prescritivismo preconceituoso ao normativismo racional 

O que aqui defendemos é um prescritivismo funcional e ilustrado, que caracterizamos por três traços: relativismo, gradação e elasticidade. Um prescritivismo relativista, que proclama a importância pragmática e simbólica da diversidade linguística, reconhece o valor de cada uma das variedades da língua e assume a convencionalidade dos padrões. Um prescritivismo graduado, que sustenta que as prescrições têm mais força e validade para certos estilos de comunicação que para outros, e inclusive que carecem de justificação para alguns, ao mesmo tempo em que defende que as exigências de conformidade à língua normativa não devem ser as mesmas para todos os falantes em todas as situações. Um prescritivismo elástico, que postula que as normas linguísticas devem se oferecer como orientações para o comportamento linguístico e não se impor como ditames imperativos para o comum dos falantes. Resumindo, um prescritivismo atento ao uso comum, e preocupado com que os padrões linguísticos não se afastem desnecessariamente dele.

Com tais pressupostos, talvez estejamos mais bem equipados para responder aos desafios de uma melhora significativa, equitativamente compartilhada, das competências linguístico-comunicativas do conjunto dos falantes, e da imprescindível e urgente democratização dos complexos instrumentos de poder e de saber que são as línguas.

MONTEAGUDO, Henrique. Variação e norma linguística: subsídios para uma (re)visão. In: LAGARES, Xoán C.; G BAGNO, Marcos (orgs.) Políticas da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. p. 46. [Adaptado]

Considere as afirmativas abaixo no que se refere a aspectos linguísticos do texto 3.
1. O texto se inicia com uma construção enfática que atribui relevo à informação "um prescritivismo funcional e ilustrado".
2. No primeiro período do texto, o segmento "relativismo, gradação e elasticidade" está funcionando como um aposto enumerativo.
3. Nos três períodos cujo início está, respectivamente, sublinhado no texto, há paralelismo estrutural entre os complementos dos verbos das orações adjetivas.
4. Ao final do primeiro parágrafo, a forma verbal "Resumindo" atua como uma espécie de operador que especifica o modo como o enunciado é formulado pelo autor.
5. No segundo parágrafo, a construção sublinhada em "majs bem equipados" é uma variante do item sublinhado em "melhor equipados": a forma analítica da construção comparativa é considerada a inovadora e a forma sintética é a clássica, em conformidade com a norma padrão da língua portuguesa.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas

ID
2379814
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) no que se refere à formação de palavras.
( ) De acordo com o princípio de constituintes imediatos, na análise mórfica a ordenação não é linear, mas hierárquica.
( ) A palavra "normativismo" segue as seguintes etapas de formação derivacional: norma > normal > normalizar > normativismo.
( ) A cadeia derivacional de "desnecessariamente" é: necessário > necessariamente > desnecessariamente.
( ) As palavras "prescritivismo" e "elasticidade" resultam de um mesmo processo de formação: são nomes derivados de adjetivos - o primeiro pelo acréscimo do sufixo -ismo e o último pelo acréscimo de -dade.
( ) A palavra "imprescindível" é formada por derivação parassintética.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • A palavra "imprescindível" é formada por derivação parassintética. -> Falsa.

    A derivação parassintética ocorre quando em uma palavra há o prefixo e sufixo. Ex: Envelhecer = en (prefixo) + velho + ecer (sufixo); Desalmado = des (prefixo) + alma + ado (sufixo).

    Para saber se ocorre a derivação parassintética, deve ser retirado um dos afixos (sufixo ou prefixo), caso sobre uma paravra existente na Língua Portuguesa, mantendo o sentido de radical, NÃO ocorrerá a derivação parassintética.

    No caso de imprescindível não ocorre, pois se retirarmos um dos afixos (o sufixo), a palavra que sobra não mantem sentido: "imprescindi".

    (me corrijam se estiver errada).

  • Gabarito: E

  • Gab. E

    vou tentar se objetivo..

    Derivação Parassintética: Existe prefixo e sufixo, mas eles NÃO saem, ou seja, fazem parte da formação da palavra.

    Ex: AMOLECER

    AMOLECER

    A - prefixo MOLE - radical CER - sufixo

    Não existe as palavras Amole ou Molecer! O que existe é Amolecer que deriva de Mole.

    Isso é derivação parassintética!

    Fonte: Prof. Grazy Souza

    Usando a palavra da questão. "imprescindível" que deriva de prescinde.

    Imprescindível: Que não se pode dispensar ou renunciar; indispensável

    Imprescinde: Necessário; não pode faltar

    Prescindível: Que é desnecessário; que se pode prescindir, descartar; descartável.

    Viu?!! as três palavras existem.. ta aí o motivo de não ser derivação parassintética e a afirmação ser FALSA


ID
2379817
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere as afirmativas abaixo no que diz respeito à classificação de morfemas sob o ponto de vista descritivo.
1. O radical das palavras pode ser depreendido em graus, sendo que o radical primário corresponde à raiz. Considerando-se a palavra "marinho'; temos: [mar] = radical primário ou raiz; [marinh] = radical secundário.
2. O conjunto formado por radical e vogal temá­tica constitui o tema. Considerando as palavras "mesa" e "comprar', os respectivos temas são "mesa" e "compra".
3. A categoria de gênero é marcada nos substantivos e adjetivos em português pelos morfemas flexionais -a e -o, para o feminino e masculino, respectivamente.
4. A desinência verbal modo-temporal constitui­-se em morfema cumulativo em português, diferentemente da desinência número-pessoal, dada a existência de morfema zero para representar certas pessoas do discurso.
5. As palavras "invalidar', "impróprio', "ilegal', "ingerir" e "incorrer'' são formadas por derivação pelo acréscimo do prefixo de origem latina -in, com valor geral de negação.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • Vamos pedir para comentar pessoal!achei difícil essa..se alguém souber explicar agradeço de coração!

  • 1) RAIZ: é o elemento fundamental da palavra: não pode mais ser decomposto e nele se concentra o sentido básico.

    RADICAL: (ou radical secundário) é a raiz acrescida de afixos (afixos são elementos de significação secundária (geralmente sem vida própria) que se agregam à raiz para formar uma nova palavra, derivada da primeira).

    Assim, acha-se o radical separando a palavra de seus elementos secundários.

    MARINHEIRO logo MAR (raiz ou radical primario) MARINH (radical secundario)

    2) TEMA: é o radical acrescido de uma vogal, denominada vogal temática.

    Nos verbos o tema se obtém destacando-se o -r do infinitivo: CANTA-r, BATE-r,PARTI-r, etc.

    Nos nomes nem sempre é fácil apontar a vogal temática, quando coincide com as desinências do gênero, ou não passa de simples semivogal.

    3) Fiquem atentos pois isto não é uma regra para os Substantivos, a ausencia do Morfema -o pode também indicar o masculino, como o caso do Substantivo Biforme de formação irregular: Peru - Perua.  Marca de gênero: A flexão de gênero em português acontece pelo acréscimo do morfema flexional [a] à forma masculina: o feminino é a forma marcada pela presença do morfema / a /. Sua ausência é significativa como característica de masculino – morfema zero para o masculino em português.

    Exemplos: marca de gênero: mestre / mestra; leitor / leitora; professor / professora; marquês/ marquesa; menino/menina.

     

    5) O prefixo in- pode referir:

    — privação ou negação: invalidar, improprio, ilegal, incorrer.

    — movimento para dentro: ingerir

    O prefixo in- que refere «movimento para dentro» pode ainda possuir as variantes em- ou en- : Exemplo: engolir (sinonimo de ingerir).

     


ID
2379820
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Correlacione as colunas, considerando os tipos de alomorfia indicados. 
Coluna 1
1. alomorfia na raiz
2. alomorfia no sufixo
3. alomorfia na vogal temática
4. alomorfia na desinência modo-temporal
5. alomorfia na desinência número-pessoal
Coluna 2
( ) compras / compraste
( ) cabelo / capilar
( ) mar / mares
( ) partirás / partiremos
( ) descartável / descartabilidade
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Não compreendi o modo com que ficou associado a 4 e a 5.

    compras / compraste /// Tu compras /// Tu compraste. A pessoa continua a mesma. É certo dizer que há uma alomorfia numero-pessoal?

    partirás / partiremos /// Tu partirás /// Nós partiremos. Nas duas ocasiões se trata de Futuro do presente, o tempo continua o mesmo, o que mudou foi a pessoa. É certo dizer que há uma alomorfia modo-temporal?

    Acredito que esteja invertido isso na questão. Não concordo com o gabarito.


ID
2379823
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 4 

A coesão, o léxico e a gramática

A coesão do texto tem uma dupla função: a de promover e a de sinalizar as articulações de segmentos, de modo a possibilitar a sua continuidade e a sua unidade. Dessa forma, a coesão não apenas estabelece os nexos que ligam as subpartes do texto como também marca onde estão esses nexos e quais os pontos que eles articulam.

A gramática é uma condição para que aquilo que dizemos, numa determinada situação, faça sentido e possa funcionar como atividade de interação. O uso de certas categorias gramaticais promove e sinaliza a continuidade do texto e é, por isso, uma das condições de sua coerência. O vocabulário de um texto, por sua vez, não cumpre apenas uma função ligada ao significado do que se pretende dizer, mas cumpre também a função de marcar as ligações que se quer fazer no texto, para que ele tenha a necessária continuidade e unidade. São, portanto, mais do que palavras com significados.

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. p. 164-173. [Adaptado]

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), considerando o texto 4.
( ) A coesão diz respeito à ocorrência de elementos linguísticos na superfície do texto; não tem correlação, portanto, com a coerência textual, que corresponde a relações conceituais subjacentes.
( ) Na produção de um texto, a escolha de um pronome para retomar um referente, ou a escolha de um artigo definido para introduzir um referente são estratégias de natureza gramatical.
( ) Nos textos que circulam oralmente e por escrito, a presença de um componente gramatical é secundária para que o sentido se expresse e a interação aconteça.
( ) A proximidade semântica entre as palavras de um texto, através do recurso da associação, constitui um recurso coesivo no âmbito lexical.
( ) Não se faz um texto sem gramática; mas, também, não se faz um texto apenas com gramática.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Quem acertou no chute ? rs.


ID
2379826
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 4 

A coesão, o léxico e a gramática

A coesão do texto tem uma dupla função: a de promover e a de sinalizar as articulações de segmentos, de modo a possibilitar a sua continuidade e a sua unidade. Dessa forma, a coesão não apenas estabelece os nexos que ligam as subpartes do texto como também marca onde estão esses nexos e quais os pontos que eles articulam.

A gramática é uma condição para que aquilo que dizemos, numa determinada situação, faça sentido e possa funcionar como atividade de interação. O uso de certas categorias gramaticais promove e sinaliza a continuidade do texto e é, por isso, uma das condições de sua coerência. O vocabulário de um texto, por sua vez, não cumpre apenas uma função ligada ao significado do que se pretende dizer, mas cumpre também a função de marcar as ligações que se quer fazer no texto, para que ele tenha a necessária continuidade e unidade. São, portanto, mais do que palavras com significados.

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. p. 164-173. [Adaptado]

Verifique se as afirmativas abaixo estão em consonância com a concepção de gramática presente no texto 4.
1. Gramática é um compêndio descritivo-normativo cuja principal finalidade é apresentar a descrição das classes gramaticais e as regras de sua combinação, funcionando como um guia na correção de erros.
2. A gramática representa um conjunto de possibilidades que regulam o funcionamento de uma língua, para que ela se efetive socialmente.
3. A gramática tem um papel prescritivo, de natureza ideológica, funcionando como parâ­metro normatizador dos usos orais e escritos da língua.
4. A gramática está presente em qualquer atividade verbal - formal ou informal, prestigiada ou não -, tenhamos ou não consciência disso.
5. A gramática confere à língua um caráter social de mediação, e não de discriminação e exclusão.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas

ID
2379829
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Correlacione as colunas, considerando os recursos de coesão remissiva indicados.
Coluna 1
1. pronominalização
2. elipse
3. substituição lexical
4. inferência
Coluna 2
( ) A jovem acordou sobressaltada. Ela não conseguia lembrar-se do que havia acontecido.
( ) A mãe de Paulo está hospitalizada. A senhora sofreu um acidente.
( ) João ganhou uma bicicleta. Maria quer também.
( ) Escolha um peixe fresco e prepare-o para ir ao forno.
( ) Os alunos chegaram cedo à Universidade e a biblioteca ainda estava fechada.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta,de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • De cara sabia o seguinte

     

    (? ) A jovem acordou sobressaltada. Ela não conseguia lembrar-se do que havia acontecido.

    (3- substituição lexical) A mãe de Paulo está hospitalizada. A senhora sofreu um acidente.

    (2- elipse ) João ganhou uma bicicleta. Maria quer também.

    (? ) Escolha um peixe fresco e prepare-o para ir ao forno.

    (? ) Os alunos chegaram cedo à Universidade e a biblioteca ainda estava fechada. 

     

    E foi o suficiente para acertar. 

  • (1) A jovem acordou sobressaltada. Ela não conseguia lembrar-se do que havia acontecido.

      Aqui houve o recurso de coesão pronominalização, pois o termo " A jovem" foi substituído pelo pronome reto "Ela".

     

    (3) A mãe de Paulo está hospitalizada. A senhora sofreu um acidente.

      Aqui houve o recurso de coesão lexical, pois houve a substituiução de termos sinônimos referenciais: "A mãe de Paulo" por "A senhora".

     

    (2) João ganhou uma bicicleta. Maria quer também.

    Aqui houve o recurso de coesão lexica elipse, pois o termo "bicicleta" foi omitido na oração: "Maria quer também."

     

    (1) Escolha um peixe fresco e prepare-o para ir ao forno.

    Aqui houve o recurso de coesão pronominalização, pois o termo "peixe fresco" foi substituído pelo pronome oblíquo "o".

     

    (4) Os alunos chegaram cedo à Universidade e a biblioteca ainda estava fechada. 

    Aqui houve o recurso de coesão da inferência, quando o autor informou sobre a biblioteca.


ID
2379832
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Correlacione as colunas, considerando as relações semânticas e/ou discursivas estabelecidas por "mas" na articulação das orações em cada período.
Coluna 1
1. oposição de dois conteúdos
2. quebra de uma expectativa
3. atenuação de um pressuposto
4. focalização de uma circunstância
5. compensação
Coluna 2
( ) Guarde a louça, mas com cuidado.
( ) Aquele foi um dia inesquecível: perdeu o vôo, mas conheceu o marido.
( ) A bola bateu com força na janela da casa, mas não quebrou o vidraça.
( ) João é aplicado, mas Pedro é muito preguiçoso.
( ) A polícia não tem pistas dos assaltantes, mas as falhas na segurança do banco são visíveis.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E.

  • Correlacione as colunas, considerando as relações semânticas e/ou discursivas estabelecidas por "mas" na articulação das orações em cada período

    .Coluna 1

    1. oposição de dois conteúdos

    2. quebra de uma expectativa

    3. atenuação de um pressuposto

    4. focalização de uma circunstância

    5. compensação


    Coluna 2

    (4) Guarde a louça, mas com cuidado.

    (5) Aquele foi um dia inesquecível: perdeu o vôo, mas conheceu o marido.

    (2) A bola bateu com força na janela da casa, mas não quebrou o vidraça.

    (1) João é aplicado, mas Pedro é muito preguiçoso.

    (3) A polícia não tem pistas dos assaltantes, mas as falhas na segurança do banco são visíveis.


    Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.


    A) 1 - 2 - 3 - 4 - 5

    B) 2 - 5 - 4 - 1 - 3

    C) 3 - 1 - 4 - 5 - 2

    D) 4 - 3 - 5 - 1 - 2

    E) 4 - 5 - 2 - 1 - 3 CERTA

    Obs: Acredito que a alternativa que "pegou mais" seria a QUEBRA DE UMA EXPECTATIVA, como também poderia ser por ela a forma mais fácil de encontrar a resposta. Quebra de Expectativa é nada mais e nada menos que uma conjunção CONCESSIVA, ou seja, se colocássemos a conjunção "EMBORA" no "Mas" do item 3, poderíamos encontrar a resposta facilmente, vejamos: A bola bateu com força na janela da casa, mas não quebrou o vidraça. A bola bateu com força na janela da casa, embora não quebrou o vidraça.


    Extra: Se mesmo assim você ainda tiver dificuldade em entender o que é uma quebra de expectativa ou uma conjunção concessiva, basta pensar no FINAL lógico, se não correr, será concessiva. Ex: João foi alvejado com 1.000 (mil) TIROS/BALAS. Qual seria o FINAL LÓGICO? Ele morrer! Mas se ele sobreviveu. Além de um MILAGRE, É Também uma Quebra de Expectativa. Outro exemplo: O concurseiro acertou TODAS as questões da prova. Qual seria o FINAL/RESULTADO LÓGICO? Ele ser aprovado, mas não foi.


ID
2379835
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 5
Planejando seu texto: falado e escrito
Vamos supor que começássemos a escrever usando a mesma variedade da língua que se usa na fala: chamei ela, a casa que eu moro, tá bem etc. Isso não significaria, em absoluto, que os textos escritos ficariam idênticos ao que vou chamar, por comodidade, de textos falados. Acontece que há outras diferenças, que acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais, e que são impossíveis de eliminar, porque não decorrem de convenção social, mas das limitações e recursos do meio empregado: a fala ou a escrita.
Para dar um exemplo: um leitor pode diminuir a velocidade de leitura, e pode reler um trecho se achar que não entendeu direito. Mas um ouvinte não tem esses recursos: se não entendeu, precisa pedir ao falante que repita - e não pode ficar fazendo isso o tempo todo, para não perturbar a própria situação de comunicação, e acabarem os dois se confundindo na conversa. Isso tem consequências para a estruturação do texto. Um autor pode escrever de maneira muito mais sintética, sem repetições e construindo suas frases em um plano amplo, como por exemplo:
O Durval, que toma conta da escola, saiu correndo atrás dos meninos da terceira série, que tinham ido para a rua, a fim de vigiá-los.
Essa frase funciona perfeitamente na escrita. Mas se for falada desse jeito - e principalmente se as outras frases do texto forem todas estruturadas assim - vai ficar difícil de entender. O ouvinte, que não pode voltar atrás, pode não se lembrar de quem é que vai "vigiar'; ou quem são "-los" ou quem é que tinha ido para a rua. Essa passagem apareceria (e, na verdade, apareceu) em um texto falado com a seguinte forma:
aí, saiu o Durval saiu correndo atrás dos menino, né, o que toma conta lá da escola, pra poder, saiu correndo atrás dos menino, poder tomar conta dos menino. Os menino tinha ido pra rua, menino da terceira série.
PERINI, Mário A. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. p. 65-67.

Observe as formas verbais sublinhadas no texto 5 e assinale a alternativa correta

Alternativas
Comentários
  • Não tenho muita certeza do que vou escrever:

    Quando na alternativa fala em referência temporal, quer dizer que é o significado temporal no texto. Seria uma coisa mais interpretativa. Veja que a resposta é esta e por que seria essa a certa?

    As formas verbais "significaria" e "ficariam'; embora apresentem a mesma morfologia modo-temporal, remetem a referências temporais distintas: presente e futuro do pretérito, respectivamente.

    Substituindo a palavra significaria no texto por significa:

    ...Isso não significa, em absoluto,...

    Veja que, lendo os trechos anteriores em conjunto, faz sentido se assim deixar.

     

    Substituindo a palavra ficariam no texto por ficam, ficaram...:

    que os textos escritos ficam idênticos ao que vou chamar, por comodidade, de textos falados. (perde o sentido)

    que os textos escritos ficaram idênticos ao que vou chamar, por comodidade, de textos falados. (perde o sentido)

    Só se encaixa mesmo o ficariam por exprimir esta ideia temporal.

     

    Se eu estiver enganado, podem me corrigir. Aqui tento apenas dar uma contribuição, mas fiz isto por dedução.

  • ???????

  • Buguei... Vamos aguardar os professores se pronunciarem.

  • Por que a C estaria errada?

  • Fui na C

    :(

  • A) Errada. As cinco ocorrências de gerundio são: usando, sendo, fazendo, confundindo e construindo. A definição de locução verbal é: grupo de verbos que expressam ideia unica, sentido unico, compostos por um verbo auxiliar + verbo principal. Logo, nem todas as ocorrências são locuções.

    B) Correta. Os dois verbos estão no futuro do pretérito porém significaria poderia ser substituído por significa, mas o mesmo não pode ser feito com o outro verbo;

    C) Errada. Vou chamar e vai ficar tem valor de futuro mas o vamos supor tem ideia de presente. Ele poderia ser substituído pela conjugação do presente do subjuntivo ( suponhamos)

    D) Errada.

    E) Errada.

  • Que viagem...


ID
2379838
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 5
Planejando seu texto: falado e escrito
Vamos supor que começássemos a escrever usando a mesma variedade da língua que se usa na fala: chamei ela, a casa que eu moro, tá bem etc. Isso não significaria, em absoluto, que os textos escritos ficariam idênticos ao que vou chamar, por comodidade, de textos falados. Acontece que há outras diferenças, que acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais, e que são impossíveis de eliminar, porque não decorrem de convenção social, mas das limitações e recursos do meio empregado: a fala ou a escrita.
Para dar um exemplo: um leitor pode diminuir a velocidade de leitura, e pode reler um trecho se achar que não entendeu direito. Mas um ouvinte não tem esses recursos: se não entendeu, precisa pedir ao falante que repita - e não pode ficar fazendo isso o tempo todo, para não perturbar a própria situação de comunicação, e acabarem os dois se confundindo na conversa. Isso tem consequências para a estruturação do texto. Um autor pode escrever de maneira muito mais sintética, sem repetições e construindo suas frases em um plano amplo, como por exemplo:
O Durval, que toma conta da escola, saiu correndo atrás dos meninos da terceira série, que tinham ido para a rua, a fim de vigiá-los.
Essa frase funciona perfeitamente na escrita. Mas se for falada desse jeito - e principalmente se as outras frases do texto forem todas estruturadas assim - vai ficar difícil de entender. O ouvinte, que não pode voltar atrás, pode não se lembrar de quem é que vai "vigiar'; ou quem são "-los" ou quem é que tinha ido para a rua. Essa passagem apareceria (e, na verdade, apareceu) em um texto falado com a seguinte forma:
aí, saiu o Durval saiu correndo atrás dos menino, né, o que toma conta lá da escola, pra poder, saiu correndo atrás dos menino, poder tomar conta dos menino. Os menino tinha ido pra rua, menino da terceira série.
PERINI, Mário A. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. p. 65-67.

Considere os trechos extraídos do texto 5.
1. "Para dar um exemplo: um leitor pode diminuir a velocidade de leitura, e pode reler um trecho se achar que não entendeu direito. Mas um ouvinte não tem esses recursos: se não entendeu, precisa pedir ao falante que repita - e não pode ficar fazendo isso o tempo todo, para não perturbar a própria situação de comunicação, e acabarem os dois se confundindo na conversa."
2. "O ouvinte, que não pode voltar atrás, pode não se lembrar de quem é que vai 'vigiar; ou quem são '-los, ou quem é que tinha ido para a rua." Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ).
( ) Em 1, o artigo indefinido, sublinhado nas duas ocorrências, particulariza, respectivamente, um leitor e um ouvinte específico que o autor tem em mente.
( ) Em 1, a ordenação das sentenças condicionais sublinhadas relativamente às respectivas principais promove a manutenção do paralelismo estrutural entre os períodos.
( ) Em 1, "esses recursos" e "isso" são mecanismos coesivos para indicar progressão referencial, caracterizados, respectivamente, como uso de descrição definida e de forma remissiva demonstrativa.
( ) Em 2, as duas orações sublinhadas apresentam valores distintos para o auxiliar modal "poder": modalidade voltada ao eixo da conduta e modalidade voltada ao eixo da possibilidade epistêmica, respectivamente.
( ) Em 2, as duas ocorrências de "é que" sinalizam focalização do conteúdo de orações objetivas diretas.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. 

Alternativas
Comentários
  • Na última: Em 2, as duas ocorrências de "é que" sinalizam focalização do conteúdo de orações objetivas diretas.ERRADA.

     

    Temos uma expletiva: Diz-se da palavra ou expressão empregada para produzir ênfase, realce. As expressões formadas pelo verbo “ser + que” são expletivas, como é o caso da usual é que: “Nós é que o convencemos a ficar”.

    Observe que dá para retirar o "é que" da frase sem prejudicar o sentido, então ela não focaiza mas apenas realça a frase.


ID
2379841
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 5
Planejando seu texto: falado e escrito
Vamos supor que começássemos a escrever usando a mesma variedade da língua que se usa na fala: chamei ela, a casa que eu moro, tá bem etc. Isso não significaria, em absoluto, que os textos escritos ficariam idênticos ao que vou chamar, por comodidade, de textos falados. Acontece que há outras diferenças, que acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais, e que são impossíveis de eliminar, porque não decorrem de convenção social, mas das limitações e recursos do meio empregado: a fala ou a escrita.
Para dar um exemplo: um leitor pode diminuir a velocidade de leitura, e pode reler um trecho se achar que não entendeu direito. Mas um ouvinte não tem esses recursos: se não entendeu, precisa pedir ao falante que repita - e não pode ficar fazendo isso o tempo todo, para não perturbar a própria situação de comunicação, e acabarem os dois se confundindo na conversa. Isso tem consequências para a estruturação do texto. Um autor pode escrever de maneira muito mais sintética, sem repetições e construindo suas frases em um plano amplo, como por exemplo:
O Durval, que toma conta da escola, saiu correndo atrás dos meninos da terceira série, que tinham ido para a rua, a fim de vigiá-los.
Essa frase funciona perfeitamente na escrita. Mas se for falada desse jeito - e principalmente se as outras frases do texto forem todas estruturadas assim - vai ficar difícil de entender. O ouvinte, que não pode voltar atrás, pode não se lembrar de quem é que vai "vigiar'; ou quem são "-los" ou quem é que tinha ido para a rua. Essa passagem apareceria (e, na verdade, apareceu) em um texto falado com a seguinte forma:
aí, saiu o Durval saiu correndo atrás dos menino, né, o que toma conta lá da escola, pra poder, saiu correndo atrás dos menino, poder tomar conta dos menino. Os menino tinha ido pra rua, menino da terceira série.
PERINI, Mário A. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. p. 65-67.

Considere os segmentos extraídos do texto 5.
1. "Isso não significaria, em absoluto' que os textos escritos ficariam idênticos ao que vou chamar, por comodidade, de textos falados"
2. "Acontece que há outras diferenças, que acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais, e que são impossíveis de eliminar, porque não decorrem de convenção social, mas das limitações e recursos do meio empregado: a fala ou a escrita"
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ).
( ) Em 1, a expressão "em absoluto" está funcionando como um modalizador epistêmico asseverativo, indicando que o autor demonstra comprometimento em seu argumento.
( ) Em 1, a expressão "por comodidade" está funcionando como um modalizador avaliativo, cujo escopo recai sobre todo o enunciado.
( ) Em 2, "porque" é um conector que estabelece uma relação lógico-semântica de causa e consequência relativamente ao evento representado no enunciado anterior.
( ) Em 2, o segmento "que acabam [...]diferenças gramaticais" é uma oração adjetiva explicativa, intercalada entre o sujeito e o predicado da oração principal.
( ) Em 2, o sintagma nominal "o meio empregado" estabelece uma remissão por referenciação catafórica.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • "Acontece que há outras diferenças, que (o qual - pronome relativo) acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais, e que são impossíveis de eliminar, porque não decorrem de convenção social, mas das limitações e recursos do meio empregado: a fala ou a escrita"

    Poxa, jurava que era uma Oração Subordinada Adjetiva Explicativa, pois:

    Esse que tem valor de o qual, sendo assim, pronome relativo. (Oração Adjetiva)

    Essas vírgulas tem função de explicar a expressão.

    Alguém pode ajudar?

    Forte abraço.

  • Machado,

    Acredito que essa oração é apositiva, em lugar de adjetiva. Lembrando que o aposto também pode ser uma explicação.

    "acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais" = não tem valor adjetivo. Você não consegue associar essa frase as mesmas funções de um adjetivo. Então esse "que" é na verdade, uma conjunção integrante que inicia orações subordinadas substantivas e não um pronome relativo.

    Os adjetivos servem para indicar:

    I. Uma qualidade ou defeito

    II. O modo de ser.

    III. Aspecto ou aparência

    IV. O estado.

    (segundo Cunha e Cintra)

    Então para ser uma oração adjetiva, ela deve conter as mesmas características da classe gramatical do Adjetivo.

    Então nessa questão, podemos perceber que a oração "acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais" não tem função adjetiva.

  • Machado e Luciana Oliveira,

    Julguei a alternativa "Em 2, o segmento "que acabam [...]diferenças gramaticais" é uma oração adjetiva explicativa, intercalada entre o sujeito e o predicado da oração principal." FALSA, pelo fato de que o período 2. "Acontece que há outras diferenças, que acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais, e que são impossíveis de eliminar, porque não decorrem de convenção social, mas das limitações e recursos do meio empregado: a fala ou a escrita" não apresenta sujeito, dado que "outras diferenças" é O.D. do verbo haver.

    Alguém pode confirmar se o raciocínio está correto?

  • mesma duvida !

  • "Acontece que há outras diferenças..." Onde está o sujeito dessa frase?

    Acho que é aí que está o motivo de não ser uma oração adjetiva, pois a oração entre vírgulas está adjetivando o que, afinal?

    Não consegui entender muito bem, mas acredito que seja uma oração subordinada substantiva apositiva.

  • Pessoal, vou deixar minha contribuição acerca da questão que nos deixou meio confusos (a 4a afirmação)

    Alguns colegas estão classificando a oração adjetiva explicativa como apositiva, mas não consegui achar justificativa para que se enquadrasse como aposto.

    O aposto serve para reforçar, reiterar o explicitado anteriormente.

    Ex: "Miguel de Cervantes, escritor espanhol , é o autor da obra Dom Quixote"

    Percebe-se que "escritor espanhol" é um reforço, uma reiteração ao nome "Miguel de Cervantes".

    Isso não aconteceu na oração intercalada da questão, pois o termo intercalado não é um reforço, mas sim uma explicação acerca do termo "diferenças".

    Além disso, a meu ver, o "que" é um pronome relativo que está retomando o termo "diferenças".

    Veja: "que acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais" = essas diferenças acabam sendo..."

    Na minha opinião, acho que o erro da questão está em afirmar que a oração adjetiva está intercalada entre o sujeito e o predicado da oração principal.

    Perceba que há uma conjunção aditiva "e":

    "..., e que são impossíveis de eliminar," 

    se retirássemos a explicativa "que acabam sendo mais importantes", o trecho permaneceria com a ideia de explicação, e a conjunção "e" estaria meio que "boiando" ali:

    "Acontece que há outras diferenças, ... , e que são impossíveis de eliminar, ...

    Nesse caso, classifiquei esse segundo trecho como outra oração explicativa e não como predicado.

    Por favor, se alguém achar que eu me equivoquei neste comentário, avise-me! :*

  • 1. "Isso não significaria, em absoluto' que os textos escritos ficariam idênticos ao que vou chamar, por comodidade, de textos falados"

    2. "Acontece que há outras diferenças, que acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais, e que são impossíveis de eliminar, porque não decorrem de convenção social, mas das limitações e recursos do meio empregado: a fala ou a escrita"

     

    A meu ver...

    (V) ("em absoluto" - modalizador que exprime certeza do emissor em relação ao discurso pronunciado).

    (F) Em 1, a expressão "por comodidade" está funcionando como um modalizador , cujo escopo recai sobre o enunciado. (Trata-se de um modalizador epistêmico delimitador, similar a "comodamente", ou seja, declarado no âmbito de uma região de conforto do enunciador. Além disso, o modalizador não recai sobre todo o enunciado, mas sim sobre o verbo "chamar")

    (F) Em 2, "porque" é um conector que estabelece uma relação lógico-semântica de causa e relativamente ao evento representado no enunciado anterior. (A conjunção porque é usada para estabelecer relação de causa ou explicação. No trecho apontado, ela reflete causa. Como não decorrem de convenções sociais, tais diferenças são mais importantes do que diferenças gramaticais e são impossíveis de eliminar)

    (F) Em 2, o segmento "que acabam [...] diferenças gramaticais" é uma oração adjetiva explicativa, . ("que acabam [...] diferenças gramaticais" é uma oração adjetiva explicativa introduzida pelo pronome relativo "que" que retoma "diferenças". Entretanto, essa oração não está intercalada entre o sujeito e o predicado da oração principal, uma vez que o trecho inicial é uma oração completa. Veja! Acontecer é verbo transitivo indireto -algo aconteceu a alguém ou com alguém- ou intransitivo -alguma coisa acontece-. No trecho em questão, não há preposições indicando que o que vem após ao verbo é um complemento verbal indireto e também não há sujeito expresso antes do verbo, o que nos deixa uma pista de que se trata de uma oração subordinada substantiva subjetiva - ISSO acontece. Se ficar em dúvida quanto a essa conclusão, procure explicações sobre verbos unipessoais, uma das possibilidades de formação de orações subordinadas substantivas subjetivas).

    Esmiuçando:

    1ª oração - Acontece que há outras diferenças, (or. sub. subst. subjetiva - ISSO acontece)

    2ª oração - que acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais, (or. sub. adj. explicativa)

    3ª oração - e que são impossíveis de eliminar, (or. sub. adj. explicativa em relação a 1ª oração e coordenada aditiva em relação a 2ª oração)

    4ª oração - porque não decorrem de convenção social, (or. sub. adv. causal em relação a 2ª e/ou 3ª oração)  

    5ª oração - mas das limitações e recursos do meio empregado: a fala ou a escrita" (or. sub. adv. adversativa em relação a 4ª oração, tendo verbo elíptico)

    (V) (cita algo ainda a ser explicitado, "a fala ou a escrita")


ID
2379844
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 5
Planejando seu texto: falado e escrito
Vamos supor que começássemos a escrever usando a mesma variedade da língua que se usa na fala: chamei ela, a casa que eu moro, tá bem etc. Isso não significaria, em absoluto, que os textos escritos ficariam idênticos ao que vou chamar, por comodidade, de textos falados. Acontece que há outras diferenças, que acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais, e que são impossíveis de eliminar, porque não decorrem de convenção social, mas das limitações e recursos do meio empregado: a fala ou a escrita.
Para dar um exemplo: um leitor pode diminuir a velocidade de leitura, e pode reler um trecho se achar que não entendeu direito. Mas um ouvinte não tem esses recursos: se não entendeu, precisa pedir ao falante que repita - e não pode ficar fazendo isso o tempo todo, para não perturbar a própria situação de comunicação, e acabarem os dois se confundindo na conversa. Isso tem consequências para a estruturação do texto. Um autor pode escrever de maneira muito mais sintética, sem repetições e construindo suas frases em um plano amplo, como por exemplo:
O Durval, que toma conta da escola, saiu correndo atrás dos meninos da terceira série, que tinham ido para a rua, a fim de vigiá-los.
Essa frase funciona perfeitamente na escrita. Mas se for falada desse jeito - e principalmente se as outras frases do texto forem todas estruturadas assim - vai ficar difícil de entender. O ouvinte, que não pode voltar atrás, pode não se lembrar de quem é que vai "vigiar'; ou quem são "-los" ou quem é que tinha ido para a rua. Essa passagem apareceria (e, na verdade, apareceu) em um texto falado com a seguinte forma:
aí, saiu o Durval saiu correndo atrás dos menino, né, o que toma conta lá da escola, pra poder, saiu correndo atrás dos menino, poder tomar conta dos menino. Os menino tinha ido pra rua, menino da terceira série.
PERINI, Mário A. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. p. 65-67.

Considerando as versões escrita e falada do exemplo dado no texto 5, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    O trecho do texto que deixa implícito que é necessária a repetição de termos na fala para melhor compreensão do ouvinte é: " Essa frase funciona perfeitamente na escrita. Mas se for falada desse jeito - e principalmente se as outras frases do texto forem todas estruturadas assim - vai ficar difícil de entender. O ouvinte, que não pode voltar atrás, pode não se lembrar de quem é que vai "vigiar'; ou quem são "-los" ou quem é que tinha ido para a rua."

     

    Bons estudos... Avante!!!


ID
2379847
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerando o emprego do gerúndio, identifique se são verdadeiras ( V ) ou falsas ( F ) as relações sintáticas e os valores semânticos indicados a seguir.
( ) Tendo livres as mãos, poderia fugir do cativeiro. (adverbial/condição)
( ) Meu irmão, conhecendo o histórico do pai,
alterou o itinerário do passeio. (adjetiva/ causalidade)
( ) Todos os dias, Maria subia o morro cantando. (adverbial/modo)
( ) Os brados de guerra começavam a soar ao longe como um trovão ribombando no vale. (adjetiva/atividade passageira)
( ) Pensando bem, tudo aquilo era muito estranho. (adverbial/concessão)
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra A

    1° alternativa: verdadeira - só poderia fugir do cativeiro caso a condição de ter as mãos livres fosse verdadeira;

    2° alternativa: a ideia é de causa;

    3° alternativa: a maneira como ela subia era cantando;

    4° alternativa: soavam como um trovão: de modo intenso mas passageiro

    5° alternativa: errada. modo.

    Funcionando como advérbio, o gerúndio tem os seguintes valores semânticos: tempo, modo, concessão, condição e causa. Tal valor deve ser descoberto pelo contexto da frase.


ID
2379850
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Correlacione as colunas, considerando os tipos de construções condicionais.
Coluna 1
1. factual
2. contrafactual
3. eventual
Coluna 2
( ) Se ele não responde aos teus telefonemas é porque deixaste de cumprir o compromisso assumido.
( ) Se eu estivesse de férias naquele período, teria acompanhado meus filhos em sua viagem a Paris.
( ) Se não concordarem com a decisão da assembleia, então cada um que lute por si.
( ) Se você não consegue relaxar, você não consegue dormir.
( ) Se os homens letrados eram poucos, as mulheres alfabetizadas formavam um número bem reduzido.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas

ID
2379853
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 6
Os gêneros do discurso
A competência sociocomunicativa dos falantes/ ouvintes leva-os à detecção do que é adequado ou inadequado em cada uma das práticas sociais. Essa competência leva ainda à diferenciação de determinados gêneros de textos, como saber se se está perante uma anedota, um poema, um enigma, uma explicação, uma conversa telefônica etc. Há o conhecimento, pelo menos intuitivo, de estratégias de construção e interpretação de um texto. A competência textual de um falante permite-lhe, ainda, averiguar se em um texto predominam sequências de caráter narrativo, descritivo, expositivo e/ou argumentativo.
O contato com os textos da vida quotidiana exercita a nossa capacidade metatextual para a construção e intelecção de textos.
Bakhtin [1953] (1992, p. 179) escreve:
Todas as esferas da atividade humana, por mais variadas que sejam, estão relacionadas com a utilização da língua. Não é de surpreender que o caráter e os modos dessa utilização sejam tão variados como as próprias esferas da atividade humana [...]. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas, não só por seu conteúdo temático e por seu estilo verbal, ou seja, pela seleção operada nos recursos da língua - recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais - mas também, e sobretudo, por sua construção composicional.
KOCH, Ingedore G. Villaça. Desvendando os segredos do texto. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2003. p. 53-54.

Assinale a alternativa correta que se encontra em consonância com a noção de gênero discursivo presente na citação do texto 6.

Alternativas

ID
2379856
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 6
Os gêneros do discurso
A competência sociocomunicativa dos falantes/ ouvintes leva-os à detecção do que é adequado ou inadequado em cada uma das práticas sociais. Essa competência leva ainda à diferenciação de determinados gêneros de textos, como saber se se está perante uma anedota, um poema, um enigma, uma explicação, uma conversa telefônica etc. Há o conhecimento, pelo menos intuitivo, de estratégias de construção e interpretação de um texto. A competência textual de um falante permite-lhe, ainda, averiguar se em um texto predominam sequências de caráter narrativo, descritivo, expositivo e/ou argumentativo.
O contato com os textos da vida quotidiana exercita a nossa capacidade metatextual para a construção e intelecção de textos.
Bakhtin [1953] (1992, p. 179) escreve:
Todas as esferas da atividade humana, por mais variadas que sejam, estão relacionadas com a utilização da língua. Não é de surpreender que o caráter e os modos dessa utilização sejam tão variados como as próprias esferas da atividade humana [...]. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas, não só por seu conteúdo temático e por seu estilo verbal, ou seja, pela seleção operada nos recursos da língua - recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais - mas também, e sobretudo, por sua construção composicional.
KOCH, Ingedore G. Villaça. Desvendando os segredos do texto. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2003. p. 53-54.

Considere a citação abaixo.
"A união sintática de dois sintagmas ou de duas orações pode ser expressa por um par de palavras ou locuções que separadamente assinalam cada um dos termos conectados. Trata-se da correlação, processo usual na linguagem da argumentação, utilizado para dar idêntico realce às unidades conectadas". (AZEREDO, 2008. p. 351.)
Assinale a alternativa onde não ocorre correlação.

Alternativas

ID
2379859
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 6
Os gêneros do discurso
A competência sociocomunicativa dos falantes/ ouvintes leva-os à detecção do que é adequado ou inadequado em cada uma das práticas sociais. Essa competência leva ainda à diferenciação de determinados gêneros de textos, como saber se se está perante uma anedota, um poema, um enigma, uma explicação, uma conversa telefônica etc. Há o conhecimento, pelo menos intuitivo, de estratégias de construção e interpretação de um texto. A competência textual de um falante permite-lhe, ainda, averiguar se em um texto predominam sequências de caráter narrativo, descritivo, expositivo e/ou argumentativo.
O contato com os textos da vida quotidiana exercita a nossa capacidade metatextual para a construção e intelecção de textos.
Bakhtin [1953] (1992, p. 179) escreve:
Todas as esferas da atividade humana, por mais variadas que sejam, estão relacionadas com a utilização da língua. Não é de surpreender que o caráter e os modos dessa utilização sejam tão variados como as próprias esferas da atividade humana [...]. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas, não só por seu conteúdo temático e por seu estilo verbal, ou seja, pela seleção operada nos recursos da língua - recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais - mas também, e sobretudo, por sua construção composicional.
KOCH, Ingedore G. Villaça. Desvendando os segredos do texto. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2003. p. 53-54.

Considere o trecho extraído do texto 6.
"Todas as esferas da atividade humana, por mais variadas que sejam, estão relacionadas com a utilização da língua. Não é de surpreender que o caráter e os modos dessa utilização sejam tão variados como as próprias esferas da atividade humana [...]. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas, não só por seu conteúdo temático e por seu estilo verbal, ou seja, pela seleção operada nos recursos da língua - recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais - mas também, e sobretudo, por sua construção composicional."
Em relação aos aspectos linguísticos, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Para o cargo, é uma questão fácil.

  • Vemos como correta a alternativa "e". 
    É possível a substituição de "dessa" e "dessas" por "da" e "das", respectivamente, visto que os pronomes demonstrativos e os artigos definidos são determinantes que compartilham os mesmos contextos sintáticos e textual-discursivos.

    "– As (= aquelas) que ficam na frente da sala são normalmente discriminadas, já os (=aqueles) do “fundão” são os carismáticos, sendo meninos ou meninas. A verdade é que uma turma só é boa se seus componentes também o (isso = bons) forem."  Pg 329, http://www.mktgen.com.br/MET/ELSEVIER/9788535270976_SUM.pdf 

    "O artigo pode ter valor de pronome demonstrativo (este, esse, aquele) para indicar que algo está próximo do falante e/ou algo é conhecido do ouvinte: – Finalmente o prefeito prometeu investir na (= nesta, = naquela) região." Pg 331, http://www.mktgen.com.br/MET/ELSEVIER/9788535270976_SUM.pdf 

     

     

     

  • A) A preposição "por'; nas quatro ocorrências sublinhadas no texto, tem valor causal

    por 

    preposição

    1. Designativa de várias relações: modo (ex.: por força), causa (ex.: por doença), meio (ex.: por terra ou por água), tempo (ex.: por um ano), etc.

    "por", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,

    Todas as esferas da atividade humana, por (sentido = modo) mais variadas que sejam, estão relacionadas com a utilização da língua. Não é de surpreender que o caráter e os modos dessa utilização sejam tão variados como as próprias esferas da atividade humana [...]. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas, não só por (sentido = meio) seu conteúdo temático e por (sentido = meio) seu estilo verbal, ou seja, pela seleção operada nos recursos da língua - recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais - mas também, e sobretudo, por (sentido = meio) sua construção composicional." Em relação aos aspectos linguísticos, assinale a alternativa correta.

    B) O escopo do constituinte introduzido por "ou seja" recai sobre "por seu conteúdo temático e por seu estilo verbal".

    Recai sobre "pela seleção operada nos recursos da língua".

    C) O segmento "que o caráter e os modos [...] da atividade humana" é uma oração subordinada substantiva subjetiva.

    Correta.

    D) "Ou seja" é um operador argumentativo que, no texto acima, redefine o ato de fala precedente.

    Não redefine, somente explica.

    E) possível a substituição de "dessa" e "dessas" por "da" e "das", respectivamente, visto que os pronomes demonstrativos e os artigos definidos são determinantes que compartilham os mesmos contextos sintáticos e textual-discursivos.

    Já explicada pelos colegas.

    Fontes pesquisadas

      [consultado em 02-04-2019].

    Erros, comuniquem no privado!

  • a) Errada. A preposição por tem valor de meio nas duas ultimas ocorrências. A dica é verificar o sentido do termo que vem após ela e/ou encaixar o valor semântico diretamente na frase. Em sua primeira ocorrência, o seu valor é de modo.

    b) errada. Ou seja recai sobre "pela seleção operada nos recursos da língua";

    c) correta. Ao ser substituída por isto e vindo após um verbo em forma nominal (surpreender, infinitivo), vê-se que a função desempenhada pelo segmento é de oração subordinada substantiva subjetiva;

    d) errada. Ou seja não redefine, não muda significado mas apenas reafirma e explica;

    e) errada.


ID
2379862
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 7
Intertextualidade e polifonia
O conceito de polifonia é mais amplo que o de intertextualidade. Enquanto nesta faz-se necessária a presença de um intertexto, cuja fonte é explicitamente mencionada ou não, o conceito de polifonia, tal como elaborado por Ducrot (1980, 1984), a partir da obra de Bakhtin (1929), em que este denomina de polifônico o romance de Dostoievski, exige apenas que se representem, encenem (no sentido teatral), em dado texto, perspectivas ou pontos de vista de enunciadores (reais ou virtuais) diferentes.
Ducrot, ao apresentar a teoria polifônica da enunciação, postula a existência, em cada texto/enunciado, de mais de um enunciador, que representam perspectivas, pontos de vista diferentes, sendo uma delas aquela a que o locutor adere em seu discurso. Isto é, no discurso de um locutor, encenam-se, representam­ -se pontos de vista diversos.
Segundo Ducrot, são os seguintes os principais índices de polifonia: negação; marcadores de pressuposição; determinados operadores argumentativos; futuro do pretérito com valor de metáfora temporal; operadores concessivos; operadores conclusivos; aspas; e expressões do tipo parece que, segundo X; entre outros.
Tanto a polifonia como a intertextualidade são atestações cabais da presença do outro em nossos discursos, do dialogismo tal como postulado por Bakhtin e da incontornável argumentatividade inerente aos jogos de linguagem.
KOCH, Ingedore G. Villaça; BENTES, Anna Christina; CAVALCANTE, Mônica Magalhães. Intertextualidade: diálogos possíveis. São Paulo: Cortez, 2007. p.79-83 [Adaptado]

Verifique se as afirmativas abaixo estão em consonância com o texto 7 e identifique as verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ).
( ) Para que haja polifonia não é necessária a menção direta ou indireta a determinados textos.
( ) A polifonia se realiza através de determinados recursos linguísticos que operam introduzindo diferentes vozes sociais no texto.
( ) O conceito de polifonia de Ducrot e de Bakhtin implica uma relação hierárquica entre os enunciadores, sendo que a voz do locutor é a dominante.
( ) A polifonia é uma categoria discursiva e, por isso mesmo, não se materializa em elementos linguísticos, cabendo a sua identificação à prática da interpretação.
( ) Os conceitos de polifonia e de intertextualidade se diferem: enquanto o primeiro é de caráter mais discursivo, o segundo é mais textual.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Gab. Letra B


ID
2379865
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 7
Intertextualidade e polifonia
O conceito de polifonia é mais amplo que o de intertextualidade. Enquanto nesta faz-se necessária a presença de um intertexto, cuja fonte é explicitamente mencionada ou não, o conceito de polifonia, tal como elaborado por Ducrot (1980, 1984), a partir da obra de Bakhtin (1929), em que este denomina de polifônico o romance de Dostoievski, exige apenas que se representem, encenem (no sentido teatral), em dado texto, perspectivas ou pontos de vista de enunciadores (reais ou virtuais) diferentes.
Ducrot, ao apresentar a teoria polifônica da enunciação, postula a existência, em cada texto/enunciado, de mais de um enunciador, que representam perspectivas, pontos de vista diferentes, sendo uma delas aquela a que o locutor adere em seu discurso. Isto é, no discurso de um locutor, encenam-se, representam­ -se pontos de vista diversos.
Segundo Ducrot, são os seguintes os principais índices de polifonia: negação; marcadores de pressuposição; determinados operadores argumentativos; futuro do pretérito com valor de metáfora temporal; operadores concessivos; operadores conclusivos; aspas; e expressões do tipo parece que, segundo X; entre outros.
Tanto a polifonia como a intertextualidade são atestações cabais da presença do outro em nossos discursos, do dialogismo tal como postulado por Bakhtin e da incontornável argumentatividade inerente aos jogos de linguagem.
KOCH, Ingedore G. Villaça; BENTES, Anna Christina; CAVALCANTE, Mônica Magalhães. Intertextualidade: diálogos possíveis. São Paulo: Cortez, 2007. p.79-83 [Adaptado]

Considerando o texto 7, assinale a alternativa que não apresenta índice de polifonia, dentre os enumerados por Ducrot.

Alternativas
Comentários
  •  

    Polifonia é a multiplicidade de diferentes sons reproduzidos em harmonia ritmo, geralmente as expicações dsse termo se referem à musicalidade, por isso a dificulda  de entendê-la..pelo menos para mim...

    se alguém puder ajudar..agradeço de coração!

     

     

  • A questão está pedindo o significado de polifonia segundo o texto: "Segundo Ducrot, são os seguintes os principais índices de polifonia: negação; marcadores de pressuposição; determinados operadores argumentativos; futuro do pretérito com valor de metáfora temporal; operadores concessivos; operadores conclusivos; aspas; e expressões do tipo parece que, segundo X; entre outros."

    A alternativa A parece ser a mais correta, caso fosse seguido o que está no texto...mas, enfim...

    GAB: D

  • Por que não a A?


ID
2379868
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 8
Sobre os estudos do discurso
O discurso é produto de uma enunciação, que é realizada por um dado sujeito, num dado tempo e num determinado lugar. Por isso, o discurso é integralmente linguístico e integralmente histórico. O texto é a manifestação do discurso. Portanto, analisar o texto é estudar um discurso produzido por uma enunciação radicada numa dada formação social, num determinado momento da história. As teorias do discurso, no entanto, dividem-se, grosso modo, em dois blocos, segundo a maneira que analisam os fatores sócio- -históricos que determinam o processo enunciativo. O primeiro é constituído por aquelas que pensam que é preciso conhecer as circunstâncias em que o texto foi produzido [...]. O segundo grupo de teorias é daquelas que afirmam que todo discurso é constituído a partir de outro discurso, é uma resposta, uma tomada de posição em relação a outro discurso. Isso significa que todo discurso é ocupado, atravessado, habitado pelo discurso do outro e, por isso, ele é constitutivamente heterogêneo.
FIORIN, José Luiz. Entrevista. Disponível em < http://www.letramagna.com/fiorin.htm> [Adaptado]. 

Verifique se as afirmativas abaixo estão em consonância com o texto 8.
1. As noções de texto e de discurso não se contrapõem, sendo o primeiro a realização material do segundo.
2. Um dos blocos das teorias sobre o discurso supõe o seu estudo a partir das condições históricas, o que inclui aspectos como autoria, época e lugar de produção dos enunciados.
3. Os estudos linguísticos não têm muito a contribuir para os estudos do discurso, uma vez que a enunciação é um ato que extrapola a dimensão linguística.
4. O segundo bloco de estudos sobre o discurso inclui a concepção dialógica dos sentidos.
5. Os dois blocos de estudos do discurso são antagônicos e excludentes, sendo que a perspectiva histórica não interage com o olhar sincrônico sobre os textos.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas

ID
2379871
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 9
Etimologias?
Um dos mitos mais sólidos relativos às línguas é o da existência, em algum momento da história, de uma língua perfeita, da qual as línguas hoje existentes seriam formas decaídas. Há pelo menos duas manifestações diárias desse mito: uma é a etimologia (feita a sério ou a golpes de picareta, a forma mais comum e de mais sucesso, por parecer simples); outra é o clamor contra qualquer forma popular ou inovadora da língua (por exemplo, uma variação da concordância ou da expressão da possibilidade, da hipótese, do desejo, o tal do subjuntivo, quando não pela ocorrência de grafias 'erradas; como se viu pela reação diante do nome da bola da Copa, 'brazuca, com 'z').
POSSENTI, Sírio. Etimologias? Instituto Ciência Hoje. Publicado em 28/09/2012. Disponível em http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/ palavreado/etimologias. Acesso em 24/05/2014.

Assinale a alternativa correta, considerando o texto 9.

Alternativas

ID
2379874
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 9
Etimologias?
Um dos mitos mais sólidos relativos às línguas é o da existência, em algum momento da história, de uma língua perfeita, da qual as línguas hoje existentes seriam formas decaídas. Há pelo menos duas manifestações diárias desse mito: uma é a etimologia (feita a sério ou a golpes de picareta, a forma mais comum e de mais sucesso, por parecer simples); outra é o clamor contra qualquer forma popular ou inovadora da língua (por exemplo, uma variação da concordância ou da expressão da possibilidade, da hipótese, do desejo, o tal do subjuntivo, quando não pela ocorrência de grafias 'erradas; como se viu pela reação diante do nome da bola da Copa, 'brazuca, com 'z').
POSSENTI, Sírio. Etimologias? Instituto Ciência Hoje. Publicado em 28/09/2012. Disponível em http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/ palavreado/etimologias. Acesso em 24/05/2014.

Assinale a alternativa correta em consonância com o texto 9.

Alternativas

ID
2379877
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o excerto abaixo.
"[P]ode-se dizer que se a modalidade é, essencialmente, um conjunto de relações entre o locutor, o enunciado e a realidade objetiva, é cabível propor que não existam enunciados não-modalizados. Do ponto de vista comunicativo-pragmático, na verdade, a modalidade pode ser considerada uma categoria automática, já que não se concebe que o falante deixe de marcar de algum modo o seu enunciado em termos de verdade do fato expresso, bem como que deixe de imprimir nele certo grau de certeza sobre essa marca." (NEVES, M. H. M. Texto e Gramática. São Paulo: Contexto, 2010, p. 152)
Analise as afirmativas a seguir:
1. A intenção dos falantes não interfere na modalização dos enunciados, uma vez que a modalidade é uma categoria automática.
2. O excerto faz menção à modalidade epistêmica, que concerne à atitude do falante em face do conteúdo enunciado.
3. Modalidade e modalização dizem respeito a fenômenos diferentes, estando o primeiro vinculado à dimensão gramatical das categorias verbais e o segundo à dimensão discursiva.
4. A modalidade deve ser vista como uma categoria gradiente e não polarizada.
5. O estudo da modalidade deve considerar aspectos extralinguísticos relacionados à interação social.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas

Alternativas

ID
2379880
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 10
A complicada arte de ver
Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca" Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales" de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.
William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê" Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.
Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra" Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
ALVES, Rubem. A complicada arte de ver. Disponível em: Acessado em 31 de março de 2014. 

Assinale a alternativa correta em relação ao texto 10.

Alternativas
Comentários
    1. Gabarito A - O texto se mostra dialógico, ao sintaticamente incorporar diferentes vozes sociais.

ID
2379883
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 10
A complicada arte de ver
Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca" Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales" de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.
William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê" Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.
Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra" Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
ALVES, Rubem. A complicada arte de ver. Disponível em: Acessado em 31 de março de 2014. 

Verifique se as afirmativas abaixo estão em consonância com o texto 10 e identifique as verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ).
( ) No início do texto, em "Ela entrou, deitou-se no divã e disse", a coesão sequencial é estabelecida por encadeamento temporal das ações que culmina com a introdução de discurso direto por verbo dicendi.
( ) Em "Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria!" (primeiro parágrafo), o uso do travessão intercala a fala do narrador no discurso da personagem.
( ) O enunciado "Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente" (quarto parágrafo) apresenta rela­ções de temporalidade e de comparação entre os constituintes.
( ) O termo "epifania" (quarto parágrafo) pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por "ilustração".
( ) Em "Seus olhos não viam a beleza. viam o lixo." (quarto parágrafo), o item sublinhado tem valor persuasivo, estabelecendo uma contrajunção ao introduzir uma proposição que orienta em direção contrária a força argumentativa do enunciado anterior.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. 

Alternativas
Comentários
  • O termo "epifania" (quarto parágrafo) pode ser substituído por:  revelações, iluminaçãos.

  • qconcursos, favor organizar melhor esse tipo de questão, oque toma muito tempo do concurseiro, tentando identificar as proposições....muito embaralhadas...


ID
2379886
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 10
A complicada arte de ver
Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca" Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales" de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.
William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê" Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.
Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra" Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
ALVES, Rubem. A complicada arte de ver. Disponível em: Acessado em 31 de março de 2014. 

Considerando aspectos linguísticos do texto 10, identifique se são verdadeiras ( V ) ou falsas ( F ) as afirmativas abaixo.
( ) Em "Eu fiquei em silêncio aguardando que [...]" (primeiro parágrafo) e "Ela se calou, esperando o meu diagnóstico" (segundo parágrafo), o gerúndio introduz orações subordinadas adverbiais temporais reduzidas.
( ) O segmento "Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as 'Odes Elementales, de Pablo Neruda." (segundo parágrafo) é constitu­ído por três orações coordenadas cuja ordem reflete a sequência cronológica dos eventos.
( ) No segundo parágrafo, os pronomes ela ("ela se calou"), lhe ("lhe disse"), a ("a acometeu") e você ("você não está louca") remetem ao mesmo referente.
( ) Em "Isso é estranho" (terceiro parágrafo), o pronome demonstrativo retoma "ver".
( ) Em "sabia disso" e "sei disso" (quarto pará­grafo), as duas ocorrências de "disso" estabelecem a mesma referência, sendo, portanto, correferenciais.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • ( V ) Em "Eu fiquei em silêncio aguardando que [...]" (primeiro parágrafo) e "Ela se calou, esperando o meu diagnóstico" (segundo parágrafo), o gerúndio introduz orações subordinadas adverbiais temporais reduzidas.(esperando e aguardando dá ideia de tempo,e como está no gerúndio é uma oração reduzida)

    ( V ) O segmento "Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as 'Odes Elementales, de Pablo Neruda." (segundo parágrafo) é constitu­ído por três orações coordenadas cuja ordem reflete a sequência cronológica dos eventos.( percebe-se que são orações coordenadas pois elas são independentes sintaticamente se vc ler direito dá para ver que tem uma sequencia,na ordem,de eventos)

    ( V ) No segundo parágrafo, os pronomes ela ("ela se calou"), lhe ("lhe disse"), a ("a acometeu") e você ("você não está louca") remetem ao mesmo referente.(lendo o texto vc descobre que tem o mesmo referente)

    ( F ) Em "Isso é estranho" (terceiro parágrafo), o pronome demonstrativo retoma "ver".

    ( F ) Em "sabia disso" e "sei disso" (quarto pará­grafo), as duas ocorrências de "disso" estabelecem a mesma referência, sendo, portanto, correferenciai

  • deviam organizar melhor esses textos, todo bagunçado dificulta a leitura

  • Esse tipo de questão não tem comentário do professor...

  • ( V ) Em "Eu fiquei em silêncio aguardando que [...]" (primeiro parágrafo) e "Ela se calou, esperando o meu diagnóstico" (segundo parágrafo), o gerúndio introduz orações subordinadas adverbiais temporais reduzidas.

    A idéia é de tempo.

    Gerundio = contínuo.

    Desenvolvendo seria

    Eu fiquei em silêncio enquanto aguardava que...

    Ela se calou, enquanto esperava o meu ...

    ( V ) O segmento "Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as 'Odes Elementales, de Pablo Neruda." (segundo parágrafo) é constitu­ído por três orações coordenadas cuja ordem reflete a sequência cronológica dos eventos. Uma oração não exerce função sintatica para a outra, mas apenas semântica com a idéia de sequencia nos eventos.

    Coordenadas aditivas. sendo (, de Pablo Neruda) aposto.

    ( V ) No segundo parágrafo, os pronomes ela ("ela se calou"), lhe ("lhe disse"), a ("a acometeu") e você ("você não está louca")

    Todos remetem ao mesmo referente.

    Ela se calou , (lhe) disse a ela, (a) acometeu a ela, e (você) não está louca. tanto o verbo de ligação (está) quanto o predicativo do sujeito (louca) se flexionam ao sujeito (ela).

    ( F ) Em "Isso é estranho" (terceiro parágrafo), o pronome demonstrativo retoma "ver". Retoma o substântivo ou termo substantivado mais próximo. (complicado) Ver não é estranho , o estranho é que seja complicado.

    ( F ) Em "sabia disso" e "sei disso" (quarto pará­grafo), as duas ocorrências de "disso" estabelecem a mesma referência, sendo, portanto, correferenciai

    Falso pois o primeiro sabia disso se refere ao termo anterior mencionado.

    William Blake sabia disso (algo mencionado anteriormente) e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê" Sei disso (se refere a o que William Blake afirmou.)

  • Texto xarope


ID
2379889
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 10
A complicada arte de ver
Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca" Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales" de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.
William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê" Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.
Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra" Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
ALVES, Rubem. A complicada arte de ver. Disponível em: Acessado em 31 de março de 2014. 

Considere o trecho abaixo extraído do texto 10.
"Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, çortada_a_ cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."
Analise as afirmativas a seguir:

1. A informação do período introduzido por "entretanto" contrasta com a informação do período precedente.

2. O segmento "cortada a cebola" é uma oração subordinada adverbial temporal reduzida de particípio.

3. As formas verbais "fizera" e "havia visto" correspondem ao tempo verbal pretérito mais-que- -perfeito, podendo ser reescritas como "tinha feito" e "vira', respectivamente, mantendo-se o mesmo valor temporal.

4. A expressão "o mesmo" é uma retomada por encapsulamento, cujo escopo é o trecho "Percebi que [...] para ser vista!".

5. "Agora" está funcionando como operador argumentativo que introduz uma conclusão relativamente a argumentos apresentadas nos enunciados anteriores.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 

Alternativas
Comentários
  • Qual a diferença de precedente e antecedente na questão?

  • Dai Schwebel.

    Só para acrescentar uma forma de analisar a questão, não acredito que o problema da afirmativa I seja a palavra "precedente" visto que esta possui, dentro desse contexto, o mesmo significado de "antecedente". = anterioridade.

    Então, a primeira alternativa diz:

    1. A informação do período introduzido por "entretanto" contrasta com a informação do período precedente.

    Se a questão está pedindo para analisar as informações, temos que fazer uma análise semântica (analisar o sentido) e não puramente sintática. Pela sintaxe, estamos acostumados a ver o "entretanto" como uma conjunção adversativa. Analisando, porém as informações, percebemos que o período iniciado por "entretanto" não se opõe ao período anterior. Por quê?

     "Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria!"

     "[Entretanto], faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas."

    Percebem que narrador não fez nada de diferente? Ele ainda foi para cozinha e ainda cortou cebolas.

    Então, segundo uma análise semântica, as informações não são contrárias. Portanto, sintaticamente, "entretanto" não é aqui uma conjunção adversativa, pois não se opõe a nada, mas é um advérbio. Segundo o dicionário, o "entretanto" funcionaria como advérbio, caso expressasse uma noção temporal.

    "Neste meio-tempo; inserido no espaço de tempo entre duas ações"

    Espero ter ajudado na sua dúvida, Dai. <3

    Bom estudos a todos.

  • Na alternativa 1, a análise tem que ser semântica. Como o período é "Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas", não há ideia de contraste entre esse período e o anterior.

    Na alternativa 2, temos que a oração é subordinada (não tem sentido independente), adverbial temporal (da a ideia de quando ocorreu a ação descrita pela oração principal) reduzida de particípio (verbo cortar)

    Alternativa 3 correta

    Alternativa 4: o mesmo retoma uma informação descrita no período anterior

    Alternativa 5: agora não expressa conclusão.

  • Alguém pode me explicar porque o "havia visto" correspondem ao tempo verbal pretérito mais-que-perfeito" ?


ID
2379892
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 11
Teses
A jovem estudante queria 'qualquer coisa, dona Célia, que fale sobre A mulher e seu condicionamento de explorada pelo machismo. Era este o título da obra. 'Vale muitos pontos, sabe?' Cursava a última série do segundo grau e usava muito mal as palavras, o que me predispunha a uma raiva perigosa das escolas, que eu certamente iria descontar nela. Fiz de desentendida: condicionamento de explorada? É, ela falou meio confusa, essas coisas de apanhar de homem, ser estrupada, ganhar de menos que eles, a senhora entende, né? Serve uma poesia? Perguntei já com um autor na cabeça. Não, poesia, não, poesia é sempre coisa muito - como é que é gente? -, muito assim de leve, não é? E eu quero uma coisa forte, a senhora entende, a professora é fogo na jaca. Meio macha? Ah, dona Célia, como é que a senhora adivinhou? Eu estava gostando da tortura: então, você quer um texto em prosa? Em prosa? Repetiu como se ouvisse língua estrangeira. Não, decidiu categórica, não. Não é nem em poesia, nem em prosa. Quero é um artigo de umas vinte linhas, tipo artigo de jornal, arrematou quase doutora, olhando no relógio. Dá pra senhora fazer? Nem repare eu não entrar, tenho ainda pesquisa de ecologia pra fazer. A moça era muito bonita e preferia que fosse analfabeta. A deficientíssjma instrução burlava nela algo muito delicado, punha em sua voz uns meios- -tons acima do natural, tisnava de ansiedade sua respiração, com a horrível qualidade dos males inconsdentes. É sal em carne podre, pensei, não vou fazer artigo nenhum. Primeiro, porque as mulheres são as culpadas de todo mal, portanto merecem o que sofrem. Segundo, porque não vou salvar a escola do Brasil, nem esta menina, escrevendo lugares-comuns sobre nossa condição. Terceiro porque não quero colaborar com esta mania estúpida das escolas de 'trabalharem o folclore, 'trabalharem o social' e o que mais seja, nestas ocasiões fixas como calendários lunares: trabalhinhos, textinhos, exposiçõezinhas, tudo como num ritual de boas maneiras. Nada desce aos intestinos, vero lugar da aprendizagem. Dia da Mulher? Ah, sei. E daí? Não posso te ajudar, não, Neide Ângela. Não?? Ela falou assustada. Mas vou te emprestar um livro. Livro? Ah, disse decepcionada demais. Não tenho tempo de ler, não, dona Célia, é matéria demais, uma outra hora a senhora me empresta. Tão bonita ela, podia cuidar da vida enquanto descobria sua vocação real, ser uma manicura competente, uma doceira de fama, mas não, quer 'fazer faculdade. Quer porque quer. De quem é a culpa, já que as escolas são ma-ra-vi-lho-sas? Ela periga tomar bomba. Está aí, vou contribuir caprichadamente para que ela tome bomba, para que volte este acontecimento formidável da escola antiga, a Bomba, e recuperemos todos a capacidade de sentir medo e respeito. E nem vale ela me olhar com este olhar pidão.
PRADO, Adélia. Filandras. Rio de Janeiro: Record, 2001. p.129-131. 

Em relação ao texto 11, selecione a alternativa correta.

Alternativas

ID
2379895
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 11
Teses
A jovem estudante queria 'qualquer coisa, dona Célia, que fale sobre A mulher e seu condicionamento de explorada pelo machismo. Era este o título da obra. 'Vale muitos pontos, sabe?' Cursava a última série do segundo grau e usava muito mal as palavras, o que me predispunha a uma raiva perigosa das escolas, que eu certamente iria descontar nela. Fiz de desentendida: condicionamento de explorada? É, ela falou meio confusa, essas coisas de apanhar de homem, ser estrupada, ganhar de menos que eles, a senhora entende, né? Serve uma poesia? Perguntei já com um autor na cabeça. Não, poesia, não, poesia é sempre coisa muito - como é que é gente? -, muito assim de leve, não é? E eu quero uma coisa forte, a senhora entende, a professora é fogo na jaca. Meio macha? Ah, dona Célia, como é que a senhora adivinhou? Eu estava gostando da tortura: então, você quer um texto em prosa? Em prosa? Repetiu como se ouvisse língua estrangeira. Não, decidiu categórica, não. Não é nem em poesia, nem em prosa. Quero é um artigo de umas vinte linhas, tipo artigo de jornal, arrematou quase doutora, olhando no relógio. Dá pra senhora fazer? Nem repare eu não entrar, tenho ainda pesquisa de ecologia pra fazer. A moça era muito bonita e preferia que fosse analfabeta. A deficientíssjma instrução burlava nela algo muito delicado, punha em sua voz uns meios- -tons acima do natural, tisnava de ansiedade sua respiração, com a horrível qualidade dos males inconsdentes. É sal em carne podre, pensei, não vou fazer artigo nenhum. Primeiro, porque as mulheres são as culpadas de todo mal, portanto merecem o que sofrem. Segundo, porque não vou salvar a escola do Brasil, nem esta menina, escrevendo lugares-comuns sobre nossa condição. Terceiro porque não quero colaborar com esta mania estúpida das escolas de 'trabalharem o folclore, 'trabalharem o social' e o que mais seja, nestas ocasiões fixas como calendários lunares: trabalhinhos, textinhos, exposiçõezinhas, tudo como num ritual de boas maneiras. Nada desce aos intestinos, vero lugar da aprendizagem. Dia da Mulher? Ah, sei. E daí? Não posso te ajudar, não, Neide Ângela. Não?? Ela falou assustada. Mas vou te emprestar um livro. Livro? Ah, disse decepcionada demais. Não tenho tempo de ler, não, dona Célia, é matéria demais, uma outra hora a senhora me empresta. Tão bonita ela, podia cuidar da vida enquanto descobria sua vocação real, ser uma manicura competente, uma doceira de fama, mas não, quer 'fazer faculdade. Quer porque quer. De quem é a culpa, já que as escolas são ma-ra-vi-lho-sas? Ela periga tomar bomba. Está aí, vou contribuir caprichadamente para que ela tome bomba, para que volte este acontecimento formidável da escola antiga, a Bomba, e recuperemos todos a capacidade de sentir medo e respeito. E nem vale ela me olhar com este olhar pidão.
PRADO, Adélia. Filandras. Rio de Janeiro: Record, 2001. p.129-131. 

Observe as frases abaixo.
1. Não o vejo.............. vários dias.
2. As lojas abrirão..............9h.
3. Pedro é contrário.............. compra do carro.
4. Demoraram e se colocar face..............face.
5. As compras feitas..............prestação saíram
bem em conta.
6. Estamos..............duas horas da capital.
7. É preciso deixar tudo.............. claras.
8. Já respondemos.............. cartas aos leitores.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas, de acordo com a ordem em que aparecem nas frases acima.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D.

  • GABARITO D


    Ocorre CRASE quando:

    ·  Antes de palavras femininas

    ·  Na indicação de horas exatas

    ·  Com os demonstrativos aquilo, aqueles (s), aquela (s)

    ·  Com locuções adverbiais prepositivas e conjuntivas (femininas)

    ·  Antes dos relativos que, qual e quais, quando o A ou AS puderem ser substituídos por AO ou AOS

    ·  Quando se subentende à moda de, à maneira de.

    ·  Os pronomes de tratamento senhora senhorita (Sempre usa)

    ·  O pronome de tratamento dona, quando vem modificado por adjetivo

    Exemplo: O médico dirigiu-se à bela dona que esperava na recepção

    ·  Antes das palavras casa e distância, quando determinadas.

    Exemplo: Faça seu preparatório para concurso à distância de um click

    ·  Antes da palavra terra em oposição a bordo

    ·  Exemplo: Os turistas voltaram à terra depois de um mês inteiro no cruzeiro 


    bons estudos

  • sobre o comentário da Débora Oliveira:

    A palavra TERRA, no sentido de “terra firme, chão” (= oposto de bordo), não recebe artigo definido, logo não haverá crase.

    Observe o macete: “volto DE terra”.

    Diferente de quando for especificada:

    O astronauta voltou à Terra. (=planeta)

    Fernanda retornou à terra natal. (=terra em que ela nasceu)

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

     


ID
2379898
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 11
Teses
A jovem estudante queria 'qualquer coisa, dona Célia, que fale sobre A mulher e seu condicionamento de explorada pelo machismo. Era este o título da obra. 'Vale muitos pontos, sabe?' Cursava a última série do segundo grau e usava muito mal as palavras, o que me predispunha a uma raiva perigosa das escolas, que eu certamente iria descontar nela. Fiz de desentendida: condicionamento de explorada? É, ela falou meio confusa, essas coisas de apanhar de homem, ser estrupada, ganhar de menos que eles, a senhora entende, né? Serve uma poesia? Perguntei já com um autor na cabeça. Não, poesia, não, poesia é sempre coisa muito - como é que é gente? -, muito assim de leve, não é? E eu quero uma coisa forte, a senhora entende, a professora é fogo na jaca. Meio macha? Ah, dona Célia, como é que a senhora adivinhou? Eu estava gostando da tortura: então, você quer um texto em prosa? Em prosa? Repetiu como se ouvisse língua estrangeira. Não, decidiu categórica, não. Não é nem em poesia, nem em prosa. Quero é um artigo de umas vinte linhas, tipo artigo de jornal, arrematou quase doutora, olhando no relógio. Dá pra senhora fazer? Nem repare eu não entrar, tenho ainda pesquisa de ecologia pra fazer. A moça era muito bonita e preferia que fosse analfabeta. A deficientíssjma instrução burlava nela algo muito delicado, punha em sua voz uns meios- -tons acima do natural, tisnava de ansiedade sua respiração, com a horrível qualidade dos males inconsdentes. É sal em carne podre, pensei, não vou fazer artigo nenhum. Primeiro, porque as mulheres são as culpadas de todo mal, portanto merecem o que sofrem. Segundo, porque não vou salvar a escola do Brasil, nem esta menina, escrevendo lugares-comuns sobre nossa condição. Terceiro porque não quero colaborar com esta mania estúpida das escolas de 'trabalharem o folclore, 'trabalharem o social' e o que mais seja, nestas ocasiões fixas como calendários lunares: trabalhinhos, textinhos, exposiçõezinhas, tudo como num ritual de boas maneiras. Nada desce aos intestinos, vero lugar da aprendizagem. Dia da Mulher? Ah, sei. E daí? Não posso te ajudar, não, Neide Ângela. Não?? Ela falou assustada. Mas vou te emprestar um livro. Livro? Ah, disse decepcionada demais. Não tenho tempo de ler, não, dona Célia, é matéria demais, uma outra hora a senhora me empresta. Tão bonita ela, podia cuidar da vida enquanto descobria sua vocação real, ser uma manicura competente, uma doceira de fama, mas não, quer 'fazer faculdade. Quer porque quer. De quem é a culpa, já que as escolas são ma-ra-vi-lho-sas? Ela periga tomar bomba. Está aí, vou contribuir caprichadamente para que ela tome bomba, para que volte este acontecimento formidável da escola antiga, a Bomba, e recuperemos todos a capacidade de sentir medo e respeito. E nem vale ela me olhar com este olhar pidão.
PRADO, Adélia. Filandras. Rio de Janeiro: Record, 2001. p.129-131. 

Verifique se as afirmativas abaixo estão em consonância com o texto 11.
1. O enunciado "Cursava a última série do segundo grau e usava muito mal as palavras" é um exemplo de função ideacional em que os verbos indicam processos relacionais que duraram um determinado período de tempo no passado.
2. Em "Vale muitos pontos, sabe?" e " [...]como é que é gente?", os vocábulos sublinhados funcionam como marcadores discursivos interacionais e são usados para solicitar informação.
3. Em "Eu estava gostando da tortura: então, você quer um texto em prosa? Em prosa? Repetiu como se ouvisse língua estrangeira", há duas vozes sociais configurando uma relação dialógica entre a narradora e a personagem.
4. Em "trabalhinhos, textinhos, exposiçõezinhas, tudo como num ritual de boas maneiras'; o uso do diminutivo expressa uma valoração crítica da autora em relação a certas práticas escolares.
5. Em "Terceiro porque não quero colaborar com esta mania estúpida" e "Não posso te ajudar, não [...]" os verbos sublinhados expressam reiteradamente a mesma intenção do sujeito agente direcionada diretamente ao interlocutor.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • 3. Em "Eu estava gostando da tortura: então, você quer um texto em prosa? Em prosa? Repetiu como se ouvisse língua estrangeira", há duas vozes sociais configurando uma relação dialógica entre a narradora e a personagem.

    4. Em "trabalhinhos, textinhos, exposiçõezinhas, tudo como num ritual de boas maneiras'; o uso do diminutivo expressa uma valoração crítica da autora (sim) em relação a certas práticas escolares.

    B


ID
2379901
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 11
Teses
A jovem estudante queria 'qualquer coisa, dona Célia, que fale sobre A mulher e seu condicionamento de explorada pelo machismo. Era este o título da obra. 'Vale muitos pontos, sabe?' Cursava a última série do segundo grau e usava muito mal as palavras, o que me predispunha a uma raiva perigosa das escolas, que eu certamente iria descontar nela. Fiz de desentendida: condicionamento de explorada? É, ela falou meio confusa, essas coisas de apanhar de homem, ser estrupada, ganhar de menos que eles, a senhora entende, né? Serve uma poesia? Perguntei já com um autor na cabeça. Não, poesia, não, poesia é sempre coisa muito - como é que é gente? -, muito assim de leve, não é? E eu quero uma coisa forte, a senhora entende, a professora é fogo na jaca. Meio macha? Ah, dona Célia, como é que a senhora adivinhou? Eu estava gostando da tortura: então, você quer um texto em prosa? Em prosa? Repetiu como se ouvisse língua estrangeira. Não, decidiu categórica, não. Não é nem em poesia, nem em prosa. Quero é um artigo de umas vinte linhas, tipo artigo de jornal, arrematou quase doutora, olhando no relógio. Dá pra senhora fazer? Nem repare eu não entrar, tenho ainda pesquisa de ecologia pra fazer. A moça era muito bonita e preferia que fosse analfabeta. A deficientíssjma instrução burlava nela algo muito delicado, punha em sua voz uns meios- -tons acima do natural, tisnava de ansiedade sua respiração, com a horrível qualidade dos males inconsdentes. É sal em carne podre, pensei, não vou fazer artigo nenhum. Primeiro, porque as mulheres são as culpadas de todo mal, portanto merecem o que sofrem. Segundo, porque não vou salvar a escola do Brasil, nem esta menina, escrevendo lugares-comuns sobre nossa condição. Terceiro porque não quero colaborar com esta mania estúpida das escolas de 'trabalharem o folclore, 'trabalharem o social' e o que mais seja, nestas ocasiões fixas como calendários lunares: trabalhinhos, textinhos, exposiçõezinhas, tudo como num ritual de boas maneiras. Nada desce aos intestinos, vero lugar da aprendizagem. Dia da Mulher? Ah, sei. E daí? Não posso te ajudar, não, Neide Ângela. Não?? Ela falou assustada. Mas vou te emprestar um livro. Livro? Ah, disse decepcionada demais. Não tenho tempo de ler, não, dona Célia, é matéria demais, uma outra hora a senhora me empresta. Tão bonita ela, podia cuidar da vida enquanto descobria sua vocação real, ser uma manicura competente, uma doceira de fama, mas não, quer 'fazer faculdade. Quer porque quer. De quem é a culpa, já que as escolas são ma-ra-vi-lho-sas? Ela periga tomar bomba. Está aí, vou contribuir caprichadamente para que ela tome bomba, para que volte este acontecimento formidável da escola antiga, a Bomba, e recuperemos todos a capacidade de sentir medo e respeito. E nem vale ela me olhar com este olhar pidão.
PRADO, Adélia. Filandras. Rio de Janeiro: Record, 2001. p.129-131. 

Considerando o texto 11, assinale a alternativa correta, em conformidade com a norma padrão da língua portuguesa.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra C

     

    Olá, amigos, vamos analisar o ítem correto:

     

    Frase original do texto: ...Nada desce aos intestinos, vero lugar da aprendizagem. Dia da Mulher? Ah, sei. E daí? Não posso te ajudar, não, Neide Ângela. Não?? Ela falou assustada. Mas vou te emprestar um livro....

     

    Na frase "Não posso te ajudar" o correto seria "Não posso a ajudar", pois o verbo ajudar é transitivo direto ( quem ajuda, ajuda alguém). A regra diz que os pronomes “o” e “a” são empregados como objeto direto e, portanto, não haverá complemento precedido por preposição.

     

    Na frase "vou te emprestar um livro", o correto seria "vou lhe emprestar um livro" , pois o verbo empretar é transitivo direto e indireto ( Quem empresta, empresta algo a alguem, nessa caso empretar um livro a alguem...). A regra diz que o pronome “lhe” é usado para substituir o complemento de um verbo transitivo indireto, ou seja, que exige a preposição (a, para ) como antecedente.

     

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    Pessoal, sigam o instagram que fiz voltado para concursos, lá irei postar dicas, motivações e mapas mentais https://www.instagram.com/missao_concurseiro/

  • SERÁ QUE ALGUÉM PODE ME AJUDAR COM ESTA QUESTÃO?

  • eu entendi a substituição dos pronomes, entretando o verbo "deveriam" em vez de "poderiam" na assertiva me confundiu um pouco, uma vez que o pronome oblíquo átono "te" pode ser usado como objeto direto e indireto.

  • Achei a questão um pouco mal elaborada, porque na verdade não está errada "Não posso te ajudar", visto que o pronome oblíquo "te" pode ser usado como segunda pessoa, ou estou errado?

  • por que a D) está errada?!?! É sempre assim, eu aprendo de um jeito e na prática é SEMPRE diferente! Eu aprendo que Futuro do Pretérito combina apenas com o Pretérito do Subjuntivo (é lógico, além de qualquer outro no indicativo). Aí chega na hora da prova e pode combinar também com Presente do Subjuntivo! Eu deveria ter ido pra exatas mesmo viu, pelo menos lá 1+1 é sempre 2. No português a teoria é assim, na prática a resposta pode ser 3, 5, 7...

  • por que a D) está errada?!?! É sempre assim, eu aprendo de um jeito e na prática é SEMPRE diferente! Eu aprendo que Futuro do Pretérito combina apenas com o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo (é lógico, além de qualquer outro no indicativo). Aí chega na hora da prova e pode combinar também com Presente do Subjuntivo! Eu deveria ter ido pra exatas mesmo viu, pelo menos lá 1+1 é sempre 2. No português a teoria é assim, na prática a resposta pode ser 3, 5, 7...


ID
2379904
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 11
Teses
A jovem estudante queria 'qualquer coisa, dona Célia, que fale sobre A mulher e seu condicionamento de explorada pelo machismo. Era este o título da obra. 'Vale muitos pontos, sabe?' Cursava a última série do segundo grau e usava muito mal as palavras, o que me predispunha a uma raiva perigosa das escolas, que eu certamente iria descontar nela. Fiz de desentendida: condicionamento de explorada? É, ela falou meio confusa, essas coisas de apanhar de homem, ser estrupada, ganhar de menos que eles, a senhora entende, né? Serve uma poesia? Perguntei já com um autor na cabeça. Não, poesia, não, poesia é sempre coisa muito - como é que é gente? -, muito assim de leve, não é? E eu quero uma coisa forte, a senhora entende, a professora é fogo na jaca. Meio macha? Ah, dona Célia, como é que a senhora adivinhou? Eu estava gostando da tortura: então, você quer um texto em prosa? Em prosa? Repetiu como se ouvisse língua estrangeira. Não, decidiu categórica, não. Não é nem em poesia, nem em prosa. Quero é um artigo de umas vinte linhas, tipo artigo de jornal, arrematou quase doutora, olhando no relógio. Dá pra senhora fazer? Nem repare eu não entrar, tenho ainda pesquisa de ecologia pra fazer. A moça era muito bonita e preferia que fosse analfabeta. A deficientíssjma instrução burlava nela algo muito delicado, punha em sua voz uns meios- -tons acima do natural, tisnava de ansiedade sua respiração, com a horrível qualidade dos males inconsdentes. É sal em carne podre, pensei, não vou fazer artigo nenhum. Primeiro, porque as mulheres são as culpadas de todo mal, portanto merecem o que sofrem. Segundo, porque não vou salvar a escola do Brasil, nem esta menina, escrevendo lugares-comuns sobre nossa condição. Terceiro porque não quero colaborar com esta mania estúpida das escolas de 'trabalharem o folclore, 'trabalharem o social' e o que mais seja, nestas ocasiões fixas como calendários lunares: trabalhinhos, textinhos, exposiçõezinhas, tudo como num ritual de boas maneiras. Nada desce aos intestinos, vero lugar da aprendizagem. Dia da Mulher? Ah, sei. E daí? Não posso te ajudar, não, Neide Ângela. Não?? Ela falou assustada. Mas vou te emprestar um livro. Livro? Ah, disse decepcionada demais. Não tenho tempo de ler, não, dona Célia, é matéria demais, uma outra hora a senhora me empresta. Tão bonita ela, podia cuidar da vida enquanto descobria sua vocação real, ser uma manicura competente, uma doceira de fama, mas não, quer 'fazer faculdade. Quer porque quer. De quem é a culpa, já que as escolas são ma-ra-vi-lho-sas? Ela periga tomar bomba. Está aí, vou contribuir caprichadamente para que ela tome bomba, para que volte este acontecimento formidável da escola antiga, a Bomba, e recuperemos todos a capacidade de sentir medo e respeito. E nem vale ela me olhar com este olhar pidão.
PRADO, Adélia. Filandras. Rio de Janeiro: Record, 2001. p.129-131. 

Assinale a alternativa correta de acordo com o texto 11.

Alternativas
Comentários
  • Gab. B - Ironia.


ID
2379907
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerando as regras de concordância verbal preconizadas pelas gramáticas em geral, correlacione as colunas.
Coluna 1 O verbo (entre parêntese)
1. deve ficar no plural
2. deve ficar no singular
3. pode ficar no plural ou no singular
Coluna 2
( ) Uma das coisas que mais me (impressionar) é a falta de fiscalização no comércio.
( ) Afirmava-se que nem um, nem outro (falar) a verdade.
( ) A metade dos alunos da sala (participar) da passeata.
( ) A conciliação e a harmonia entre uns e outros (ser) possível.
( ) Estima-se que 80% dos funcionários (estar) na assembleia.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E 

     

     

    (3) Uma das coisas que mais me (impressionar) é a falta de fiscalização no comércio. 

    Com a expressão "um dos que", embora alguns gramáticos considerem a concordância facultativa, a preferência é pelo uso verbo no plural, para concordar com a palavra que antecede o pronome relativo “que”.

     

     

    (2) Afirmava-se que nem um, nem outro (falar) a verdade.

    Com as expressões "um ou outro" "nem um nem outro", a concordância costuma ser feita no singular, embora o plural também seja praticado.

     

     

    (3) A metade dos alunos da sala (participar) da passeata.

    Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.

     

     

    (3) A conciliação e a harmonia entre uns e outros (ser) possível.

    Com as expressões "um ou outro" e "nem um nem outro"a concordância costuma ser feita no singular, embora o plural também seja praticado

     

     

    (1) Estima-se que 80% dos funcionários (estar) na assembleia.

    Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo.

    Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o número:

    25% querem a mudança.
    1% conhece o assunto.

  • UM DOS QUE - tanto faz, plural ou singular.

    NENHUM NEM OUTRO - tanto faz, plural ou singular
    Nenhum nem outro + substantivo - fica sempre no singular. Ex; Nenhum nem outro ALUNO passou no certame. 

    EXPRESSÃO PARTITIVA - (A maioria de, a menor parte de, grande parte de...) - tanto faz, plural ou singular.
     1- concordando com maioria - A maioria dos jovens participou do evento.
     2- concordando com jovens - A maioria dos jovens participaram do evento. 

    SUJEITO COMPOSTO- Antes do sujeito = singular / Depois do sujeito= plural
    Ex; Chegou o aluno e a aluna. / O aluno e a aluna chegaram

    1- Sujeito composto com núcleos de sentidos equivalentes: Ex; Rancor, ódio, ressentimento não (bastam ou basta). Facultativo, concorda com o sujeito composto ou com o último elemento.
    2- Sujeito composto com núcleos em gradação: Ex; Um olhar, um abraço, um beijo não (bastam ou basta. Facultativo, concorda com o sujeito composto ou com o último elemento.

    APOSTO RESUMIDOR: Amor, dinheiro, fama, nada bastava - O verbo concorda com o aposto.

    EXPRESSÃO MAIS DE UM indicando (RECIPROCIDADE) sempre no plural. Ex; Mais de um deputado se OFENDERAM no plenário. 

    QUANTIDADE OU MEDIDA - VERBO SER- sempre no singular - Ex; Trezentos gramas É muito. Dois séculos seria pouco para esquecermos isso. 

    CONECTOR OU-
    1- Indicando EXCLUSÃO fica no singular. Ex; Pedro ou João casará com maria (perceba que somente um vai casar, se um casar exclui o outro).
    2- Indicando INCLUSÃO fica no plural.    Ex; Calor excessivo ou frio intenso fazem mal às plantas. (perceba que não excluiu, tanto faz se é calor ou frio, ambos fazem mal às plantas. 

    EXPRESSÃO UM E OUTRO - tanto faz, plural ou singular

    EXPRESSÃO UM OU OUTRO - singular

    Professor Felipe Oberg.


ID
2379910
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os fonemas, por virem combinados na cadeia da fala, estão sujeitos a alterações fonéticas que muitas vezes se refletem na escrita.
Correlacione as colunas considerando os processos fonológicos envolvidos.
Coluna 1
1. harmonização vocálica
2. vocalização
3. síncope
4. epêntese
5. metátese
Coluna 2
( ) tábua > tauba; faculdade > falcudade
( ) mordida > murdida; peruca > piruca
( ) xícara > xicra; abóbora > abobra
( ) advogado > adevogado; pneu > pineu
( ) anil > aniu; calda > cauda
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Questão correta letra "D"

    Vocalização -  fenômeno fonético que consiste na transformação de uma consoante em vogal.

    Síncope-  são alterações fonéticas que ocorrem em determinadas palavras ao longo da evolução de uma língua.

    Epêntese-  adição de fonemas ao longo da evolução de uma língua.

    Metátesesmudança linguística que consiste na troca de lugares de fonemas ou sílabas dentro de um vocábulo.

    Harmonização vocálica-  é o processo de elevação de vogal por influência de uma vogal alta em sílaba subsequente.

     

     

  • Acredito que "tábua > tauba; faculdade > falcudade" não sejam uma metátese, mas uma hipértese.

  • Leituras interessantes para quem quer se aprofundar em processos fonológicos:

    Artigo 1 - Processos Fonológicos na aquisição da linguagem pela criança

    http://www.revel.inf.br/files/artigos/revel_5_processos_fonologicos.pdf

    Artigo 2 - Processos fonológicos segmentais na língua portuguesa


ID
2379913
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ordene numericamente os fragmentos abaixo de modo a constituir um parágrafo temático coeso e coerente.
Adaptado de PERINI, Mário. Gramática do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. p. 35.
( ) Assim como a biologia estuda os seres vivos e a química estuda os elementos e suas combinações, a gramática estuda um aspecto da linguagem.
( ) Então, o que é que a gramática poderia fazer enquanto disciplina escolar?
( ) Nenhum linguista questiona a necessidade de se adquirir competência em português padrão, aquela língua escrita que é tão diferente da que realmente se fala.
( ) Para justificar a presença da gramática no currículo, diz-se que é preciso estudar gramática para se falar ou escrever melhor (leia-se: no português padrão).
( ) Minha resposta é que a gramática é uma disciplina científica, tal como a química, a geografia e a biologia.
( ) A questão é se estudar gramática é o caminho para se adquirir essa competência.
( ) Um fenômeno tão presente em nossas vidas quanto os seres vivos ou os elementos químicos. ( ) E toda a evidência indica que não é.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. 

Alternativas
Comentários
  • (1 ) Assim como a biologia estuda os seres vivos e a química estuda os elementos e suas combinações, a gramática estuda um aspecto da linguagem.

    (2 ) Então, o que é que a gramática poderia fazer enquanto disciplina escolar?

    (3 ) Nenhum linguista questiona a necessidade de se adquirir competência em português padrão, aquela língua escrita que é tão diferente da que realmente se fala.

    (4 ) Para justificar a presença da gramática no currículo, diz-se que é preciso estudar gramática para se falar ou escrever melhor (leia-se: no português padrão).

    (5) Minha resposta é que a gramática é uma disciplina científica, tal como a química, a geografia e a biologia.

    (6 ) A questão é se estudar gramática é o caminho para se adquirir essa competência.

    ( 7) Um fenômeno tão presente em nossas vidas quanto os seres vivos ou os elementos químicos.

    (8 ) E toda a evidência indica que não é.

    E 7 - 5 - 2 - 1 - 6 - 3 - 8 - 4

    Um fenômeno tão presente em nossas vidas quanto os seres vivos ou os elementos químicos. Minha resposta é que a gramática é uma disciplina científica, tal como a química, a geografia e a biologia. Então, o que é que a gramática poderia fazer enquanto disciplina escolar?. Assim como a biologia estuda os seres vivos e a química estuda os elementos e suas combinações, a gramática estuda um aspecto da linguagem. A questão é se estudar gramática é o caminho para se adquirir essa competência. Nenhum linguista questiona a necessidade de se adquirir competência em português padrão, aquela língua escrita que é tão diferente da que realmente se fala. E toda a evidência indica que não é. Para justificar a presença da gramática no currículo, diz-se que é preciso estudar gramática para se falar ou escrever melhor (leia-se: no português padrão).

  • Com certeza a E não é...só por esse início do parágrafo.

    Esse gabarito deve estar errado, eu sugiro que seja a C.