SóProvas



Questões de Variação Linguística


ID
28075
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Senhor Computador

          Acabo de perder a crônica que havia escrito.
     Sequer tenho onde reescrevê-la, além desse caderninho
     onde inclino com mãos trêmulas uma esferográfica preta,
     desenhando garranchos que não vou entender daqui a meia
5    hora. Explico: tenho, para uso próprio, dois computadores.
     E hoje os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo
     pino, encarando o vazio de suas telas obscuras. A carroça
     de mesa pifou depois de um pico de energia. O portátil,
     que muitas vezes levo para passear como um cachorrinho
10  cheio de idéias, entrou em conflito com a atualização do
     antivírus e não quer "iniciar". O temperamental está fazendo
     beicinho, e não estou a fim de discutir a relação homemmáquina
     com ele.
          Farei isso, pois, com os leitores. Tenho consciência
15  de que a crônica sobre as agruras do escritor com computadores
     indolentes virou um clichê, um subgênero batido
     como são as crônicas sobre falta de idéia. Mas não tenho
     opção que não seja registrar meu desalento com as
     máquinas nos poucos minutos que me restam até que a
20  redação do jornal me telefone cobrando peremptoriamente
     esse texto.
          E registrar a decepção comigo mesmo - com a
     minha dependência estúpida do computador. Não somente
     deste escriba, aliás: somos todos cada vez mais
25 subordinados ao senhor computador. Vemos televisão no
     computador, vamos ao cinema no computador, fazemos
     compras no computador, amigos no computador. Música
     no computador. Trabalho no computador.
     Escritores mais graduados me confessam escrever
30  somente a lápis. Depois de vários tratamentos, passam o
     texto para o computador, "quando já está pronto". Faço
     parte de uma geração que não apenas cria direto no
     computador, mas pensa na frente do computador. Teclamos
     com olhos dilatados e dedos frementes sobre a cortina
35 branca do processador de texto, encarando uma tela que
     esconde, por trás de si, um trilhão de outras janelas,
     "o mundo ao toque de um clique".
          Nada mais ilusório.
          O que assustou por aqui foi minha sincera reação
40  de pânico à possibilidade de perder tudo - como se a
     casa e a biblioteca pegassem fogo. Tenho pelo menos
     seis anos de textos, três mil fotos e umas sete mil
     músicas em cada um dos computadores - a cópia de
     segurança dos arquivos de um estava no outro. Claro, seria
45 impossível que os dois quebrassem - "ainda mais no
     mesmo dia!" Os técnicos e entendidos em informática
     dirão que sou um idiota descuidado. Eles têm razão.
          Há outro lado. Se nada recuperar, vou me sentir
     infinitamente livre para começar tudo de novo. Longe do
50 computador, espero.

CUENCA, João Paulo. Megazine. Jornal O Globo. 20 mar. 2007.
(com adaptações)

Assinale a passagem em que predomina o uso da linguagem informal.

Alternativas
Comentários
  • A expressão "batendo pino" é bem informal ou coloquial. Muito usada quando se refere a motores de carros com defeito ou prestes a fundir. Abs,
  • "bater pino" já diz por si.
  • Eu acho que o que torna a alternativa B mais informal é a questão da colocação pronomial.
  • Para quem teve dúvidas sobre o "Sequer" junto:

     

    “Sequer”

    É um advérbio e podemos pensar nele como o “ao menos”. Geralmente usamos em frases negativas ou que dão um sentido negativo.

    Exemplos:

    Estamos sem água nas represas e não há possibilidades sequer de chuvas.

    Estou doente e sequer tenho um remédio para tomar.

    Como é possível esperar que a humanidade ouça conselhos, se nem sequer ouve as advertências.

    “Se quer”

    É apresentada pela conjunção “se” e do verbo “querer”. Podemos substituí-lo por “se desejar”, geralmente usado em frases condicionais.

    Exemplos:

    Se quer passar em concurso, estude muito.

    Se quer a verdade, ainda estou sofrendo.

     

    [Fonte: http://blog.vanessasueroz.com.br/sequer-e-se-quer/]


ID
96589
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a única alternativa que NÃO contém nenhum erro gramatical considerado barbarismo:

Alternativas
Comentários
  • Comentando...É considerado Barbarismo todo erro de:1. Grafia. Ex.: maizena (em vez de maisena) 2. Flexão (verbal/nominal). Ex.: cidadões ou interviu (em vez de interveio)3. Pronúncia (acentuação). Ex.: récorde (em vez de recorde)Com base nessa informações, vamos corrigir as erradas:a) Quando nada mais couber, bastará um telefonema - de forma expontânea - do seu procurador.b) Caso eles vierem armados, serão pegos pela polícia.c) Com o pronto-socorro grátis ao jornalista, a categoria terá cobertura quando, no exercício de sua profissão, se vir, por qualquer meio legal ou abusivo, tolhida no seu direito de informar. (CORRETA)d) Se o advogado não intervier a tempo, ninguém reaverá o investimento feito e o montante que já tinha gastado.e) Qualquer economista que se dispuser a analisar os dados pedirá que o governo afroxe as medidas objetivando a contenção das despesas.;)
  • Gostaria de acrescentar ao ótimo comentário do colega Paulo Roberto o seguinte:a) (...) - de forma ESPONTÂNEA - (...)e) (...) pedirá que o governo AFROUXE as medidas (...)
  • BARBARISMO - ERRO DE GRAFIA E/OU CONCORDANDIA NOMINAL E VERBAL.

     

    A )Quando nada mais couber, bastará uma telefonema - de forma expontânea - do seu procurador.

    bastará  um telefona..de forma espontanêa..

     

    b) Caso eles virem armados, serão pegos pela polícia.

    Caos eles vierem armados..

     

    c) Com o pronto-socorro grátis ao jornalista, a categoria terá cobertura quando, no exercício de sua profissão, se vir, por qualquer meio legal ou abusivo, tolhida no seu direito de informar.

     

    d) Se o advogado não intervir a tempo, ninguém reaverá o investimento feito e o montante que já tinha gastado.

    Se o avogado nao intervier a tempo..

     

    e) Qualquer economista que se dispor a analisar os dados pedirá que o governo afroxe as medidas objetivando a contenção das despesas.

    Qualquer econimista que se dispuser...Governo afrouxe...

    .

    .

    Créditos aos comentarios abaixo, pois errei nessa questão.. Digo para vocês.. sempre tentem argumentar.. ou comentar nas questões.. estará colocando em pratica..e assim , absorvendo mais a matéria.. ;)

     

  • Dispuser!
    Abraços


ID
127504
Banca
ESAF
Órgão
SET-RN
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a assertiva errada em relação ao seguinte texto:

O momento é de resgatar as essências, guiar-se pelo bom senso e praticar a ética junto a consumidores, fornecedores, acionistas e comunidade. Num mundo estarrecido pelas guerras, pelo terrorismo e pelo imperialismo a qualquer preço, ganham admiração o diálogo, a transparência e a contribuição para uma sociedade melhor. Fora e dentro do meio empresarial.

(Carta Capital, n° 307)

Alternativas
Comentários
  • Num = em + um

    aglutinação de uma preposição com artigo indefinido.

    Claro que pode ser usado em textos dissertativos etc.

    Talvez em correspondência oficial fique de maneira informal, o que não é aconselhavel, mas de maneira geral, pode ser usado sim

  • d) A forma "num" como em "num mundo" só deveria ser empregada em linguagem oral.



    num (num) = Combinação da preposição em com o artigo indefinido um.


    e) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o verbo pode estabelecer concordância com onúcleo do sujeito mais próximo. Convém insistir que isso é uma opção, e não uma obrigação.

    Por Exemplo:
                 Faltaram
     coragem e competência.
                 Faltou coragem e competência.

    Num mundo estarrecido pelas guerras, pelo terrorismo e pelo imperialismo a qualquer preço, ganham (ganha) admiração o diálogo, a transparência e a contribuição para uma sociedade melhor. 

  • Não vejo a alternativa b) como correta... caso alguém possa ajudar.
  • o item c também está errado.
    Contraindo a preposição ao artigo definido masculino plural - aos consumidores -, haverá falta de paralelismo na frase:

    .. aos consumidores, fornecedores, acionistas e comunidade.
  • Roberto, também achei que a letra C pudesse estar errada devido ao paralelismo, mas está correta, pois são os termos seguintes que devem acompanhar o primeiro termo, e não o contrário. Ou seja, se transformássemos "a consumidores" em "aos consumidores", esse trecho estaria correto, os termos seguintes é que estariam errados e precisariam de reajuste. Como a alternativa tá se referindo só ao primeiro termo e não à sequência, então está correta. Repetindo, são os termo da sequência que devem seguir a lógica do primeiro termo, e não o contrário. Então o argumento de "falta paralelismo" não justifica.

  • Infelizmente continuo sem entender por que a alternativa b) está correta. Nela o verbo praticar é transitivo direto. Em "pratica-se a ética" não consigo enxergar onde está a preposição.

    Já na oração: "Ama-se a Deus", tudo bem. Consta o verbo transitivo direto mais a preposição. 
    Mas em "Pratica-se a ética", este "a" é artigo.
    A questão é polêmica.
  • Gabarito: d

     

    A forma "num" como em "num mundo" deveria ser empregada em linguagem oral.

     

    É preciso ficarmos atentos em relação a essas restrições radicais apresentadas pela banca.

    Em textos acadêmicos, por exemplo, não é apropriado o uso aglutinado da preposição com o artigo. Porém, em contextos menos formais, não há problemas. O texto apresentado na assertiva foi retirado da Carta Capital e não de um trabalho de conclusão de curso.

     

    Eu também não entendi o motivo da alternativa b estar correta.  = (


ID
587854
Banca
FDC
Órgão
CREMERJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2 – NÃO APELE PARA A AUTOMEDICAÇÃO

Superinteressante, Nov. 2010

     Diante de uma dor de cabeça alucinante ou de uma queimação no estômago depois do jantar, bate um ímpeto de correr à farmácia e liquidar o mal-estar por conta própria. Ou então, ao acordar com dor de garganta, a saída mais fácil parece ser usar aquele antibiótico receitado para outra pessoa, em outra ocasião. Tentações assim são perigosas, especialmente para quem se automedica com frequência. Para início de conversa, é muito difícil acertar em cheio no tipo de droga, na dose e no tempo de tratamento necessários para resolver um problema de saúde, principalmente uma infecção. A probabilidade de o micro-organismo envolvido na história se tornar resistente e contra-atacar é enorme. Pior: algumas substâncias, à medida que se acumulam no organismo, sobrecarregam órgãos vitais, como rins e fígado. Outras têm o poder de anular ou potencializar os efeitos de medicamentos associados a elas. No último caso, sintomas como sonolência, tontura, enjoo e falta de concentração podem perturbar o sujeito e até desencadear quadros mais graves. Não arrisque sua saú- de! Ouça um profissional antes de engolir qualquer remédio ou até mesmo um suplemento. Só eles conhecem as peculiaridades de cada substância e são capazes de prescrevê-las, garantindo a sua segurança. Você não vai querer arrumar outra dor de cabeça, vai?

O texto é predominantemente expresso em língua culta, mas, em algumas passagens, aparece uma marca de linguagem coloquial. A alternativa em que uma dessas passagens aparece é:

Alternativas
Comentários
  • Resposta correta letra E

  • Gabarito: E

    "...podem pertubar o sujeito..." frase mais próxima do nosso cotidiano. Lembrando que coloquialidade não se refere a apenas uso de gírias mas também uso de expressões mais pobres e ausência de riqueza vocabular.

  • Isso é só a opinião da banca, não tem respaldo nenhum.

  • ...mas em algumas passagens..., na pergunta

ID
649027
Banca
PaqTcPB
Órgão
Prefeitura de Patos - PB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sabe-se que a paráfrase é um importante recurso para garantir a coesão e coerência textuais. Assinale, dentre as alternativas, a que apresenta um item linguístico ou uma expressão que NÃO funciona como indicador parafrástico:

Alternativas
Comentários
  • Paráfrase é uma reafirmação das ideias de um texto ou uma passagem usando outras palavras. O ato de paráfrase é também chamado de parafrasear. É transcrever com suas palavras a mesma ideia do texto. 

    Portanto é uma conjunção conclusiva, que expressa ideia de conclusão e explicação. Está ideia complementa a inicial, e não a transcreve com outras palavras.

    Alternativa E.

  • "Que dizer", letra B, confesso que não entendi o que a banca quis dizer com esse que dizer.


ID
656857
Banca
FAPEC
Órgão
PC-MS
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De acordo com os padrões da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • http://portugues.uol.com.br/colunistas/aprenda-portugues-pesquisando-formas-variantes.html

  • São formas variantes aceitas na Língua Portuguesa os seguintes pares: efeminado – afeminado / hein! – hem! / televisar – televisionar / maquilagem – maquiagem / cotidiano – quotidiano / aluguel – aluguer.

  • ALGUMAS FORMAS VARIANTES:

    abdome e abdômen

    catucar e cutucar

    Afeminado e efeminado

    chipanzé e chimpanzé

    aluguel e aluguer

    clina e crina

    aritmética e arimética

    cociente e quociente

    arrebitar e rebitar

    cota e quota

    arremedar e remedar

    cotidiano e quotidiano

    assoalho e soalho

    cotizar e quotizar

    assobiar e assoviar

    covarde e cobarde

    assoprar e soprar

    cuspe e cuspo

    azalea e azaleia

    degelar e desgelar

    bêbado e bêbedo

    demonstrar e demostrar

    bilhão e bilião

    dependurar e pendurar

    bílis e bile

    desenxavido e desenxabido

    biscoito e biscouto

    elucubração e lucubração

    bravo e brabo

    empanturrar e empaturrar

    cãibra e câimbra

    enfarte e infarto

    carnegão e carnição

    engambelar e engabelar

    carroçaria e carroceria

    enlambuzar e lambuzar

    catorze e quatorze

    entoação e entonação

    entretenimento e entretimento

    louro e loiro

    enumerar e numerar

    maltrapilho e maltrapido

    espuma e escuma

    maquiagem e maquilagem

    estalar e estralar

    marimbondo e maribondo

    este e leste

    melancólico e merencório

    exorcizar e exorcismar

    menosprezo e menospreço

    flauta e frauta

    mobiliar, mobilhar e mobilar

    flecha e frecha

    neblina e nebrina

    fleuma e flegma

    nenê, neném e nenen

    flocos e frocos

    parêntese e parêntesis

    gengibirra e jinjibirra

    percentagem e porcentagem

    geringonça e gerigonça

    peroba e perova

    gorila e gorilha

    pitoresco, pinturesco e pintoresco

    hem? e hein?

    plancha e prancha

    hemorroidas e hemorroides

    pólen e polem

    impingem e impigem

    presépio e presepe

    imundícia, imundície e imundice

    quadriênio e quatriênio

    intrincado e intricado

    radioatividade e radiatividade

    lantejoula e lentejoula

    rastro e rasto

    limpar e alimpar

    registro e registo

    lisonjear e lisonjar

    relampear, relampejar, relampadejar, relampaguear, relampadar e relampar

    louça e loiça

     

    remoinho e redemoinho

    terremoto e terramoto

    ridiculizar e ridicularizar

    tesoura e tesoira

    salobra e salobre

    tesouro e tesoiro

    seção e secção

    toicinho e toucinho

    selvageria e selvajaria

    transvestir e travestir

    sobressalente e sobresselente

    treinar e trenar

    surripiar e surrupiar

    tríade e tríada

    taberna e taverna

    trilhão e trilião

    taramela e tramela

    várzea, várgea, vargem e varge

    televisar e televisionar

    volibol e voleibol

     

    Fonte: http://portugues.uol.com.br/colunistas/aprenda-portugues-pesquisando-formas-variantes.html

  • Sobre a "E":
     

    DICA - O artigo “o” é o coringa, usa-se pra tudo!

     

    O POSSÍVEL TEM QUE CONCORDAR SEMPRE COM O ARTIGO!

    Ex.:

    Visitei cidades as mais lindas possíveis.

    Visitei cidades o mais lindas possível.

    Recebi prêmios os mais valiosos possíveis.

    Recebi prêmios o mais valiosos possível.

     

     

    LOGO:

     

    Os réus devem ficar o mais afastados possível.

  • a) A relação entre a palavra denotativa grifada e a sua classificação está incorreta nas frases: “A Senhora não trabalha e ainda reclama?" (adição) (Contradição) e “Foram assaltados por um mascarado, alias, por dois." (retificação).

    b) Alguns substantivos, ao receberem a desinência s de plural, alteram o timbre de sua vogal tônica, passando de o fechado para aberto, como acontece com as palavras poço / almoço (almoço não muda, poço, sim).

    c) Nas frases “É importante que o empreendimento continue, pois isso não constitue (constitui) problema." e “É possível que o medicamento atenue a febre do paciente, ele possui resistência.", as palavras grifadas estão com a forma verbal flexionada corretamente.

    d) São formas variantes aceitas na Língua Portuguesa os seguintes pares: efeminado – afeminado / hein! – hem! / televisar – televisionar / maquilagem – maquiagem / cotidiano – quotidiano / aluguel – aluguer. CORRETO

    e) Na frase “Comprei a (o) gengibre para fazer remédio, o (a) mascote está com a entorse incomodando.", os substantivos grifados estão com a flexão de gênero correta. E a concordância da frase, a seguir, está correta: “Os réus devem ficar o mais afastados possíveis (possível)".

     

     

  • Denotativo, em tese, não é o figurado

    Abraços

  • Letra C. Quase que eu caio no ConstituE. hehehe Avaaante!

  • A questão está pedindo a alternativa CORRETA. O item (a) afirma que a questão está INCORRETA na frase, mas não está incorreta, porque senão seria a letra A a resposta.

    Acho que tem pegadinha aí pessoal

  • Questão bilíngue.

    PS.: caí no contituE. '-'

  • Aluguer é esculacho. Parece meu primo do interior

  • chocada que aluguer é uma variante de aluguel

  • não me atentei ao INcorreta.

    Eu acertaria por exclusão, mas acabei caindo na pegadinha e marquei A como correta. Acabei caindo na pegadinha.

    É verdade que a A está incorreta? NÃO É VERDADE = Gab. não pode ser a questão A.

    Assim, só sobraria a D mesmo.

  • Aluguer? to chocada kkk sabia não. Vivendo e aprendendo...


ID
693472
Banca
UDESC
Órgão
UDESC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O mulato Praxedes se encheu daquela safadeza toda e resolveu se levantar e, de mão na cintura, soltou seu verbo: – Sabe o que mais seu dotô? Eu vou mais é m’imbora. Deixa esse diabo morrê de uma vez. Então eu, um trabalhadô às direita, pai de família, cambriuzano de nascimento e de coração, fico dês das 6 damanhã im jejum pra sarvá uma merda dessas e ela ainda me chama de sifilítico? Sifilítico [...]. Me descurpe da má palavra, eu que não entendo nada de alemão, sou capaz de jurar que foi isso aí que o senhor disse dejahoje pra ela. Eu lhe peço, seu dotô, deixa esse diabo morrê de uma veiz. Ela não tá xingando só a mim não. Ela tá xingando é a minha raça inteira. É o brasileiro. E xingou a minha raça, xinga a minha mãe! Quinta coluna dos infernos! Ela que vá pros quinto. O Dr. Büchmann, vermelho como um pimentão, os dentes cerrados, a boca aberta, agarrou o mulato, deu um safanão, jogou-o na cama e disse com todas as suas forças e todos os seus erres: “Fai a merrrdaaa!” E isso com os dentes serrilhando. O Praxedes, de mulato que era, passou a meio desbotado e eu cheguei a pensar que o camarada fosse desmaiar. LAUS, Lausimar. O guarda-roupa alemão. Rio de Janeiro, Pallas S.A., 1975, p. 153.

Considerando o Texto 4, a obra O guarda-roupa alemão e as variações linguísticas, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas

ID
693475
Banca
UDESC
Órgão
UDESC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O mulato Praxedes se encheu daquela safadeza toda e resolveu se levantar e, de mão na cintura, soltou seu verbo: – Sabe o que mais seu dotô? Eu vou mais é m’imbora. Deixa esse diabo morrê de uma vez. Então eu, um trabalhadô às direita, pai de família, cambriuzano de nascimento e de coração, fico dês das 6 damanhã im jejum pra sarvá uma merda dessas e ela ainda me chama de sifilítico? Sifilítico [...]. Me descurpe da má palavra, eu que não entendo nada de alemão, sou capaz de jurar que foi isso aí que o senhor disse dejahoje pra ela. Eu lhe peço, seu dotô, deixa esse diabo morrê de uma veiz. Ela não tá xingando só a mim não. Ela tá xingando é a minha raça inteira. É o brasileiro. E xingou a minha raça, xinga a minha mãe! Quinta coluna dos infernos! Ela que vá pros quinto. O Dr. Büchmann, vermelho como um pimentão, os dentes cerrados, a boca aberta, agarrou o mulato, deu um safanão, jogou-o na cama e disse com todas as suas forças e todos os seus erres: “Fai a merrrdaaa!” E isso com os dentes serrilhando. O Praxedes, de mulato que era, passou a meio desbotado e eu cheguei a pensar que o camarada fosse desmaiar. LAUS, Lausimar. O guarda-roupa alemão. Rio de Janeiro, Pallas S.A., 1975, p. 153.

Em relação ao Texto 4, leia e analise as proposições que seguem.
I. Se a expressão “E isso com os dentes serrilhando" (linha 13) for substituída por E isso entre dentes, mantém-se o sentido original da oração.
II. As expressões “m'imbora" (linha 3), “cambriuzano" (linha 4), “damanhã" (linha 5), “im jejum" (linha 5) e “descurpe" (linha 6) são vocábulos que caracterizam somente o linguajar africano – a fala dos escravos.
III. Da expressão “e disse com todas as suas forças e todos os seus erres" (linhas 12 e 13) infere- se que a autora quis ressaltar o sotaque alemão do Dr. Büchmann.
IV. A oração destacada no período “eu cheguei a pensar que o camarada fosse desmaiar" (linha 14) sintaticamente é classificada como uma oração subordinada substantiva subjetiva.
V. O sentido do verbo passar (linha 14) é equivalente a tornar-se, portanto pode ser classificado como verbo de ligação, na oração.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
705718
Banca
FUJB
Órgão
MPE-RJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Abaixo estão declarações de personalidades políticas sobre a inflação.Tais frases foram retiradas do livro O Brasil em mil frases, SP, Publifolha. 1996.

I . Nos últimos dez anos tivemos oito planos de estabilização, cincocongelamentos, quatro trocas de moeda, quinze políticas salariaise cinquenta e quatro formasde controlede preços. E continuamos trocando de ministro como se troca de camisa. (Aloízio Mercadante, 1992)

II. Fiz tudo o que sabia. Essainflação brasileira não tem vergonha. Oque já fizemos! E ela não cai... (Ernane Galveas, 1984)

III. Se o povo nas ruas derrubou a ditadura, derrubará também a inflação. (Franco Montoro,1986)

IV. Não há excesso de liquidez. O que há é uma sensação de excesso de liquidez.(Zélia Cardoso de Mello, 1990)

Entre essas declarações, as que mostram o emprego de umavariação coloquialsão somente:

Alternativas
Comentários
  • Comentário do professor nessa questão!!!!! 


    O item III não seria coloquial tb?

  • Pensei que derrubar fosse coloquial também.

  • Na frase II acredito que o coloquialismo está no trecho "Essa inflação brasileira não tem vergonha". Agora no item III, porque não foi considerada coloquial também?

  • nível coloquial (popular, informal): é a língua do dia a dia, usada sobretudo na fala; nela as regras gramaticais são mais frouxas.


    Agnaldo Martino - Português Esquematizado - Gramática, Interpretação de Texto - 3ª Ed.  - 2014

  • a meu ver, a conjugação dos verbos, em ambas orações, em primeira pessoa foram determinantes!

  • por favor vamos pedir comentários do professor????????????????  eu também quero entender a 3.

  • Seria muito útil o comentário do professor nesta questão.

  • A três segue as regras gramaticais

  • E continuamos trocando de ministro como se troca de camisa.

    Essainflação brasileira não tem vergonha.

    Acho que é isso...

     


ID
705757
Banca
FUJB
Órgão
MPE-RJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O futebol é um tema popular;a frase abaixo em que a linguagem do texto apresenta coloquialidade é:

Alternativas
Comentários
  • ''...dar uma volta nas situações". Uma volta no sentido figurado. Demosntrando a sua coloquialidade.


ID
739240
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A partir de um ponto de vista linguístico, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. Seria equivocado ver uma homologia entre língua e cultura, pois conhecer uma não equivale a conhecer a outra.

II. Na língua, são os usos que se adéquam às formas e não o inverso.

III. Uma língua histórica é um sistema linguístico unitário..

Alternativas
Comentários
  • Pelo amor de Jesus Cristo, alguém poderia explicar melhor esse gabarito? A letra 'A' era a única que eu tinha certeza de estar incorreta, mas era a única correta. Feels bad.

  • I- -  " A língua é uma parte da cultura, mas uma parte tão decisiva que a cultura se molda na língua. No entanto, seria equivocado ver uma homologia entre língua e cultura, pois conhecer uma não equivale a conhecer a outra. " (Marcuschi 2000, p. 35)

    II - “são as formas que se adequam aos usos e não o inverso” Marcuschi (2001) 

    III - “(...) uma língua histórica não é um sistema homogêneo e unitário, mas um diassistema, que abarca diversas realidades diatópicas (isto é, a diversidade de dialetos regionais), diastráticas (isto é, a diversidade de nível social) e diafásicas (isto é, a diversidade de estilos de língua), e que cada porção da linguística realmente possui de direito sua língua funcional.” (BECHARA 2008, p. 15).


ID
739243
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa correta do ponto de vista linguístico.

Alternativas
Comentários
  • c) A norma linguística prescritiva não está a salvo dos efeitos da variabilidade linguistica.

     

    Linguística: funcionamento da língua. Estuda "onde", para saber o "porquê" o falante está usando tal termo. Ela não condena o que é errado. 

     

    Variação linguistica: é regional.

     

     

     


ID
739282
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Com relação à modalidade falada e à modalidade escrita, podemos afirmar que:

Alternativas

ID
739312
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre a diversidade linguistica, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. Os brasileiros, em sua maioria, não sabem português.

II. A língua portuguesa falada no Brasil é homogênea.

III. A gramática normativa não representa a realidade linguística.

Alternativas

ID
739315
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Relacione os tipos de norma da primeira coluna com suas respectivas características e, a seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

1. norma linguistica 

2. norma padrão 

3. norma culta 


( ) A norma estabilizada, que busca neutralizar a variação e controlar a mudança. 

( ) O uso da língua em situações formais de fala e na escrita, característico de um determinado grupo mais diretamente habituado às atividades de escrita.

( ) O uso comum da língua, característico de um determinado grupo sociocultural.

) Reúne as formas contidas e prescritas pelas gramáticas normativas.

( ) Formas depreendidas da fala de individuas plenamente escolarizados. 

Alternativas

ID
802021
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as afirmativas abaixo, de acordo com as regras normativas e, em seguida, assinale a alternativa correta.

I. O Congresso aprovará o novo imposto apesar da população não apoiar a ideia.

II. Minha professora é a pessoa mais inteligente que eu já conversei.

III. A maioria dos brasileiros é a favor das pesquisas com células-tronco.

Alternativas
Comentários
  • O correto na assertiva I seria "...apesar de.."

  • Letra: C

    I. O Congresso aprovará o novo imposto apesar de a população não apoiar a ideia. Obs: deve-se evitar a contração de preposição que inicia orações preposicionadas com o sujeito dela. Observem que "população" é o sujeito do verbo apoiar.

    II. Minha professora é a pessoa mais inteligente com quem eu já conversei. Quem conversa, conversa com alguém.

    III. A maioria dos brasileiros é a favor das pesquisas com células-tronco. Correto. Nesse caso o verbo concorda com "maioria", mas poderia concordar com brasileiros. Neste caso, o verbo iria para o plural "são".


ID
802054
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a palavra cujo significado é resultante de uma mudança semântica causada por contágio:

Alternativas
Comentários
  • Gab.: C

    Foi difícil encontrar o que significa mudança semântica por contágio, que em resumo é, uma associação particular de ideias. No caso da questão: Bata + fritura/fritar = Fritas

    #Deusnocomandosempre


ID
802057
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a afirmativa correta:

Alternativas

ID
802063
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a afirmativa correta:

Alternativas

ID
955654
Banca
FUNRIO
Órgão
DEPEN
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todo o nosso comportamento social está regulado por normas a que devemos obedecer, se quisermos ser corretos. O mesmo acontece com a linguagem, apenas com a diferença de que as suas normas, de um modo geral, são mais complexas e coercitivas. Por isso, e para simplificar as coisas, define-se o “linguisticamente correto” como aquilo que é exigido pela comunidade linguística a que se pertence. (Celso Cunha: “A Noção de Correto”, 1985)

Qual das frases abaixo, embora consagrada pelo uso na imprensa de prestígio, ainda é apontada como um desvio em relação às normas da língua padrão?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E
    Quem prefere algo em relação a outra já é uma maneira de dizer gosta mais de uma coisa do que de outra, então não há necessidade do reforço "mais", caracterizando pleonasmo vicioso.
  • O verbo "Preferir" é um verbo Bitransitivo, ou seja, é Transitivo Direto e Indireto, sempre exigindo a preposição (preferir alguma coisa a outra):

    O homem preferiu a morte à fome. Alanna preferia a matemática à química.

    Obs.: Não se deve usar o verbo "Preferir" com a locução conjuntiva do que nem com o advérbio mais:

    Prefiro morrer a passar fome. (e não Prefiro morrer do que passar fome.) Prefiro suco de laranja. (e não Prefiro mais suco de laranja.)

    Mais informações sobre esse assunto acesse os cursos gratuitos:

  • Verbo preferir:

    Quando empregado com dois complementos (verbo transitivo direto e indireto), o objeto indireto deverá vir regido pela preposição a (quem prefere, prefere alguma coisa - objeto direto - a outra - objeto indireto).

    Prefiro cinema a teatro

    Prefiro estudar a trabalhar

    Na linguagem culta, o verbo preferir NÃO deve ser empregado com termo intensivo (mais, muito mais, mil vezes etc.). Assim, nesse padrão de linguagem NÃO se deve dizer:

    Prefiro mais praia do que campo    

    Prefiro mil vezes estudar que trabalhar

    Na linguagem coloquial, há uma tendência em se usar esse verbo com a preposição de no lugar da preposição a. Tal uso se explica por analogia com o verbo gostar em comparações:    

    Gosto mais de cinema do que teatro => Prefiro mais cinema do que teatro


    Curso Prático de Gramática - Ernani Terra

  • Gabarito E

     

    O público feminino preferia mais a punição da vilâ do que a vingança da heroína.

    O correto seria VILÃ com til e não acento circunflexo.

     

    Vilã - feminino de vilão

  • Luana RJ, é sério mesmo isso q vc escreveu?? kkkkkkkkkkkk

    o erro da questão é o verbo PREFERIR mais ... do que ...

    isso que  tá  errado

    Esse acento creio q foi erro de digitação, sei lá....

    o certo é

    prefiro isso A isso

    Lu Leal, shom!

     

  • A) Custa-me crer que tudo isso ainda seja proibido na sociedade brasileira contemporânea

    B) Quinze por cento da população gaúcha declararam que seus momentos de lazer diminuíram

    C) A maior parte daqueles bairros não tinham nenhuma estrutura para suportar as enchentes

    D) Assim que elas intervieram, a dúvida foi sanada e todos ficamos satisfeitos e felizes

    E) O público feminino preferia mais a punição da vilâ do que a vingança da heroína


  • Não existe esse '' DO QUE '' .


ID
978256
Banca
MPE-MT
Órgão
MPE-MT
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O trecho abaixo é exemplo de linguagem cotidiana em sua modalidade oral ( pessoa dirigindo-se a um segurança de um órgão público ), numa variedade que difere gramaticalmente em vários pontos da norma padrão.

Me fala, por favor, aonde posso queixar das grosseria que o atendente fez pra mim. Não é possível que vocês num respeita os mais velho.

Assinale a alternativa em que a reescritura desse trecho conserva as mesmas informações e obedece às regras da norma culta.

Alternativas
Comentários
  • http://veredasdalingua.blogspot.com.br/2011/04/diferenca-entre-onde-e-aonde.html


ID
1000345
Banca
IDECAN
Órgão
Banestes
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

Diploma garantido

Muitos pais têm contratado planos de previdência para os filhos menores de idade. A diferença é que, ao fazer isso, não estão pensando em investir na aposentadoria dos rebentos, mas sim em oferecer condições para que, ao atingir a maioridade, eles tenham dinheiro para arcar com despesas relacionadas à educação, como uma boa faculdade, um curso de especialização ou um intercâmbio no exterior. 
Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada Vida (FenaPrevi), entidade que reúne empresas do setor, os planos de previdência para menores arrecadaram só no ano passado, 1,7 bilhão de reais – 24% a mais do que em 2010. 

Falta de disciplina para fazer os depósitos e saques não programados prejudicam quem quer poupar para o futuro. “A contribuição deve ser encarada como uma despesa da casa, assim como as contas de água e luz", diz Carolina Wanderley, consultora sênior de previdência privada da empresa de investimentos Mercer. Ou seja, não se deve “pular" o investimento na previdência em meses de dinheiro curto, muito menos usar o montante reservado nela para cobrir despesas acima do normal.

Para contornar imprevistos desse gênero, os especialistas recomendam pedir ao banco que as mensalidades sejam postas em débito automático ou cobradas via boleto e manter um segundo investimento – como uma poupança – destinado a “apagar incêndios".
(Veja, 9 de maio 2012. Com adaptações)

Apesar de possuir uma linguagem predominantemente formal, o texto apresenta o registro de variante linguística coloquial em

Alternativas
Comentários
  • Gab D

    “... não se deve ‘pular’ o investimento na previdência em meses de dinheiro curto...”

  • “... não se deve ‘pular’ o investimento na previdência em meses de dinheiro curto...”  O termo sublinhado sugere que há meses em que o dinheiro é curto, ou seja, se sua nota de dez reais tem 10 centímetros, em alguns meses ela terá 5 centímetros... isso não é possível e configura coloquialidade pelo fato de ser uma linguagem conotativa ( sentido figurado )


ID
1003291
Banca
NUCEPE
Órgão
PM-PI
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Segurança Pública


Carlos Fernando Priolli L'Apiccirella


Delegado de Polícia


Diz o Professor De Plácido e Silva: "Segurança: derivado de segurar, exprime, gramaticalmente, a ação e efeito de tornar seguro, ou de assegurar e garantir alguma coisa. Assim, segurança indica o sentido de tornar a coisa livre de perigos, de incertezas. Tem o mesmo sentido de seguridade que é a qualidade, a condição de estar seguro, livre de perigos e riscos, de estar afastado de danos ou prejuízos eventuais. E Segurança Pública? É o afastamento, por meio de organizações próprias, de todo perigo ou de todo mal que possa afetar a ordem pública, em prejuízo da vida, da liberdade ou dos direitos de propriedade de cada cidadão. A segurança pública, assim, limita a liberdade individual, estabelecendo que a liberdade de cada cidadão, mesmo em fazer aquilo que a lei não lhe veda, não pode turbar a liberdade assegurada aos demais, ofendendo-a".


(WWW.cdcc.usp.br/ciencia/artigos/. Revista eletrônica de ciências. Nº 20, julho de 2003. Acesso em 13.08.20


Assinale a opção cujas palavras preenchem adequadamente os espaços.


Para falar de segurança pública, o autor recorre a ___________, o que confere ao texto um caráter discursivo ____________ . 

Alternativas
Comentários
  • Opção CORRETA, letra "C".

    Para falar de segurança pública, o autor recorre a definições, o que confere ao texto um caráter discursivo instrucional.


    Buscando esclarecer...

    O gênero discursivo é um modelo de texto; é o “jeito” específico que os textos possuem, ou seja, são suas características específicas, a forma própria e, também, um conteúdo específico.

    O tipo textual Instrucional ou diretivo é aquele que apresenta um conjunto de procedimentos que devem ser seguidos em uma determinada circunstância. Procura, de alguma forma, alterar o comportamento ou a conduta, atual ou futura, de seus destinatários (leitores). Por esse motivo, estabelecem sempre uma interlocução direta com o leitor, buscando lhe ajudar ou orientar por meio de sugestões e instruções faseadas. Diferentes gêneros discursivos exemplificam essa estrutura: receitas (culinárias ou não), manuais, regras de jogos, guias de sobrevivência, instruções de montagem, interdições e proibições (Não pise na grama. Dirija com cuidado.), provérbios (Não temas o pavor repentino, nem a arremetida dos perversos), "slogans" publicitários (Dê férias para seus pés, use Ridder).

    A principal característica dos textos instrucionais é, portanto, nos levar a agir de certa maneira, seguindo passos previamente estabelecidos (definições), para conduzir situações específicas.



ID
1059118
Banca
UFBA
Órgão
UFBA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Meu Deus,
      me dá cinco anos.
      Me dá um pé de fedegoso com formiga preta,
      me dá um Natal e sua véspera,
05  o ressonar das pessoas no quartinho.
      Me dá a negrinha Fia pra eu brincar,
      me dá uma noite pra eu dormir com minha mãe.
      Me dá minha mãe, alegria sã e medo remediável,
      me dá a mão, me cura de ser grande,
10  ó meu Deus, meu pai,
      meu pai.

PRADO, A. Orfandade. Bagagem. 29. ed. Rio de Janeiro: Record, 2010. p.12.

No contexto do poema, a repetição do termo “me dá” constitui um exemplo do uso livre e descontraído do idioma, sem submissão à norma padrão.

Alternativas
Comentários
  • Correto, já que no uso padrão da norma culta o correto seria Dá-me.


ID
1065445
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Futebol: “A rebeldia é que muda o mundo"

Conheça a história de Afonsinho, o primeiro jogador do futebol brasileiro a derrotar a cartolagem e a conquistar o Passe Livre, há exatos 40 anos.

Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira vez, então com a camisa do Santos (porque depois voltaria a atuar pelo New York Cosmos, dos Estados Unidos), em 1972, quando foi questionado se, finalmente, sentia-se um homem livre. O Rei respondeu sem titubear:

— Homem livre no futeboi só conheço um: o Afonsinho. Esíe sim pode dizer, usando as suas palavras, que deu o grito de independência ou morte. Ninguém mais O resto é conversa.

Apesar de suas declarações serem motivo de chacota por parte da mídia futebolística e até dos torcedores brasileiros, o At leta do Século acertou. E provavelmente acertaria novamente hoje.

Pela admiração por um de seus colegas de clube daquele ano. Pelo reconhecimento do caráter e personalidade de um dos jogadores mais contestadores do futebol nacional. E principalmente em razão da história de luta — e vitória — de Afonsinho sobre os cartolas.

ANDREUGCI, R.
Disponivef em: http://carosamigos.terra.com.br.
Acesso em: 19 ago. 2011.

O autor utiliza marcas linguísticas que dão ao texto um caráter informal. Uma dessas marcas é identificada em:

Alternativas
Comentários
  • gabarito:

    d) "Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira vez [...]

  • A única frase que apresenta coloquialismo é a d, com a expressão "pra valer"

  • A alternativa d possui contração da preposição+artigo "para a" em "pra".

  • Titubear, embora não seja uma expressão utilizada constantemente em veículos formacionais, não quer significar informalidade, possuindo um significado de ''deslize''. Lembrando que o correto no padrão português não é pra, mas sim para, caracterizando um recurso informal.


ID
1068802
Banca
IFC
Órgão
IFC-SC
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1
                 O futuro do trabalho
       “[...]
            Seja como for, é preciso resolver os problemas do desemprego e da informalidade, que são mais acentuados nos países subdesenvolvidos. O caminho é estabelecer políticas de geração de empregos, além de garantir melhores condições para os trabalhadores em ocupações precárias.
            Uma das saídas é a redução da jornada de trabalho: as pessoas trabalham menos para que se abram vagas para as desempregadas. Outra estratégia é instituir programas de formação profissional e de microcrédito para trabalhadores autônomos, desempregados e pequenas empresas.”

Vestibular-Editora Abril, nov., 2002.




Texto 2

                    Conflito de gerações
“- Marquinhos... Marquinhos! [...]
O filho tentou disfarçar, lá no fundo do quintal, tirando meleca do nariz, mas, quando
a mãe chamava assim, era melhor ir. Na cozinha, a mãe ao lado da geladeira
aberta, com uma garrafa e um saco plástico vazios nas mãos:
- Você comeu toda a salsicha?!
- Não é bem verdade...Eu só usei as salsichas pra acabar com a mostarda. Já
estava até verde! Alguém ia acabar comendo estragado e ficar doente.
[...]
- Você tem resposta pra tudo, não?!
- Não é bem verdade... é a senhora que sempre pergunta.
- Você é uma gentinha! Só uma gentinha, tá entendendo?
O filho ficou olhando praquela mãe batendo com o pé no chão, bem nervosa
mesmo, mais alta que a geladeira e tudo. Aí foi obrigado a dizer:
- É... isso eu acho que é verdade.”

BONASSI, Fernando. In: Folha de São Paulo, 23 nov. 2002.

Ao analisar a linguagem e o discurso do texto 1 e do texto 2 respectivamente. Assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  •  c)

    no texto 1, a linguagem é mais formal, obedecendo à norma culta; consegue-se ainda identificar um discurso indireto, aplicado interpretativamente às questões sociais. Já no texto 2, além de uma linguagem informal, em que se notam repetições e frases, ocorre, também, um diálogo entre mãe e filho. 


ID
1070929
Banca
IDECAN
Órgão
FUNTELPA
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       O Twitter e o cargo público

       O último levantamento do “Politweets” aponta que 391 políticos eleitos no Brasil já aderiram ao Twitter. O número não representa a parcela de políticos presentes na rede de microblogging, visto que muitos estão sem mandato e concorrem ao pleito neste ano. Além disso, há centenas de vereadores nas mais de seis mil cidades brasileiras que ingressam na rede sem se identificar como tal.
       Não há como negar, no entanto, que a cada dia, o Twitter ganha novos adeptos na política – seja para quem a faz diretamente ou simplesmente se interessa por ela – e que a ferramenta vem se consolidando como instrumento necessário para o exercício de qualquer cargo público. É uma maneira fácil e rápida de disseminar uma mensagem, socializar uma agenda, divulgar um espaço (blog, site, endereço em redes sociais) e estreitar o relacionamento com a população, permitindo que ela possa acompanhar o dia a dia de seus eleitos.
       O Twitter é, portanto, um facilitador para o encontro entre eleitor e eleito (ou postulante ao cargo). Não se trata de uma ferramenta que faça ganhar eleição, mas pode ajudar um candidato a perdê-la para um concorrente que esteja mais próximo do seu público, usando a rede de microblogging.
       O desafio é ser ouvido: escândalos afastam o cidadão da política.
       A principal função do Twitter na política é aproximar quem quer falar de quem quer ouvir e o grande desafio é ser ouvido. Com um sistema político complexo e de difícil compreensão para quem não tem intimidade com o tema, uma sucessão de escândalos envolvendo toda a sorte de partidos, o desinteresse pela política brasileira é um fato que assusta e cria um perverso círculo vicioso no qual a maioria das pessoas simplesmente detesta política e políticos. Todos são iguais, é comum ouvir, levando ao raciocínio de que a escolha, no fundo, não faz diferença – uma constatação que em última instância ameaça a própria democracia.
       A esperança é que o Twitter – ainda não se sabe o real potencial transformador da ferramenta – possa fazer com que os eleitores estejam mais abertos a ouvir quem tem o que dizer sobre política. O sucesso da dinâmica desse contato exige tempo e dedicação. Portanto, uma estratégia de atuação política neste espaço vai muito além dos cinco minutos necessários para criar uma conta na rede de microblogging. É preciso ter um bom conteúdo para conquistar e manter os eleitores –usuários.
       Para que possa ser útil para a política e para a democracia, o Twitter exige relacionamento transparente e engajamento de ambas as partes: sociedade e políticos.
       (...)
       Relacionamento em redes sociais não é como campanha, que tem começo e fim. É um trabalho que não possui prazo para terminar, o que é muito positivo – assim espera-se, visto que ainda não sabemos como será o comportamento dos hoje candidatos, amanhã eleitos.
       Com o passar do tempo, a tendência é que os laços entre eleitor e eleito fiquem mais fortes, reduzindo o déficit democrático de nosso atual sistema político e promovendo a necessária participação da população nas decisões do seu representante durante todo o mandato.
       O olhar para uma rede planejada e sólida poderá oferecer ao político um grande panorama das necessidades e anseios do pensamento público. Isso permitirá realizar consultas rápidas antes de uma resolução, a participação popular em projetos ainda em discussão ou ainda corrigir os rumos de algo já decidido. A pressão popular via Twitter tende a crescer e ganhar rumos ainda desconhecidos.
       Tudo isso, do ponto de vista da comunicação e da estratégia política, exige um plano de implantação e, mais do que tudo, de manutenção em longo prazo.
      (...)

(Larissa Squeff é estrategista de política em mídias digitais e redes sociais da Maquina Public Relations. André de Abreu é gestor da Máquina Web, unidade de mídias digitais e redes sociais da Máquina Public Relations, e membro do COM +, grupo de pesquisa em Comunicação, Jornalismo e Mídias Digitais da ECA – USP)

“Relacionamento em redes sociais não é como campanha, que tem começo e fim. É um trabalho que não possui prazo para terminar, o que é muito positivo – assim espera-se, visto que ainda não sabemos como será o comportamento dos hoje candidatos, amanhã eleitos...” No parágrafo anterior verifica-se o emprego de:

Alternativas
Comentários
  • Denotação => Dicionário => Sentido Real, Literal

    Conotação => Criativo => Sentido Figurado

    ^^

  • GABARITO A

    o texto é jornalístico, porem não há conotação.


ID
1077157
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão. 


Herói da Língua


      Vocês se lembram do meu amigo Toninho Vernáculo. Já falei dele uma vez e contei histórias da mania que tem de corrigir erros de português. Daí o apelido. Cansei de falar: deixa, Toninho, esta língua é complicada mesmo, até autor consagrado escreve com dicionários e gramáticas à mão.
      – Pelo menos eles têm a humildade de consultar os mestres antes de dar a público o que escrevem – respondia o Toninho na sua linguagem em roupa de domingo.
      Dom Quixote da gramática, Toninho não se dava descanso. Lia coisas assim nos anúncios classificados dos jornais e ficava indignado: baile “beneficiente”; faça “seu” óculos na ótica tal; “aluga-se” dois galpões. Ex-jornalista, aposentado, telefonava para os encarregados dos pequenos anúncios:
      – No meu tempo não era assim! Os responsáveis eram responsáveis, cuidavam da correção de todos os textos a serem publicados. O povo não sabe escrever, mas os jornais são arquétipos e têm o dever – o dever! – de zelar pela língua!
      No convívio diário, arrumava desafetos, humilhados e ofendidos, mas também alguns – os mais humildes – agradecidos pelo ensinamento. Quixoteava lições, fosse qual fosse o interlocutor.
      Bom, um dia desses, telefonaram-me de madrugada: Toninho havia sido preso como pichador de rua. Quê, um homem de 70 anos? Havia algum engano, com certeza. Fomos para a delegacia, uma trinca de amigos.
      Engano havia e não havia. Nosso amigo fora realmente flagrado pela polícia com spray e latinha de tinta com pincel, atuando na fachada de uma casa comercial do bairro onde mora. Explicou-se: estava corrigindo os erros de português dos pichadores! Começamos os esforços para livrá-lo da multa e da denúncia, explicamos ao delegado que o ocorrido era fruto de uma mania dele, loucura leve. Por que penalizá-lo por coisa tão pouca? Não ia acontecer de novo. Aí o delegado explicou qual era a bronca.
      O Toninho havia pedido para ler seu depoimento, datilografado pelo escrivão, e começou a apontar erros de português no texto do funcionário. Aí melou, “teje” preso por desacato. Com dificuldade convencemos o escrivão da loucura mansa do nosso amigo, e ele liberou o herói da língua pátria.


(Ivan Angelo. Veja SP, 28.10.2011. Adaptado)

Considere os trechos em destaque.

– Pelo menos eles têm a humildade de consultar os mestres antes de dar a público o que escrevem – respondia o Toninho na sua linguagem em roupa de domingo.
Dom Quixote da gramática, Toninho não se dava descanso.

Pelos trechos, conclui-se corretamente que Toninho expressava-se por meio de linguagem

Alternativas
Comentários
  • Aprimorada e pautava-se sempre com a aplicação de uma gramática.  Alternativa e. 

  • Assertiva E

    aprimorada e pautava-se pela aplicação da gramática

    KK Toninho 

  • Ao longo do texto, vê-se que Toninho vivia corrigindo os erros de gramática seja onde eles estiverem.


ID
1087252
Banca
IESES
Órgão
SEPLAG-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   CANTO DE PÁSSARO, LINGUAGEM DE GENTE

                                                                                                                        Por: Sofia Moutinho. Adaptado de:
                                                                                           http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2013/02/can...
                                                                                   linguagem-de-gente Acesso em 20 de outubro de 2013

       Pássaros e humanos estão bem distantes na história evolutiva, mas compartilham uma habilidade rara entre outros animais: a linguagem falada. Não, você não leu errado. Para muitos cientistas, inclusive o neurobiólogo Erich Jarvis, da Universidade Duke (Estados Unidos), não existe diferença biológica entre o canto de alguns pássaros e a fala humana.
      O pesquisador e sua equipe acabam de anunciar, no encontro anual da Sociedade Americana para o Progresso da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), realizado nesta semana em Boston, que identificaram em mandarins-diamante e beija-flores um grupo de 40 genes ligados ao controle da fala semelhantes aos encontrados em humanos.
      Jarvis estuda as bases biológicas da linguagem há 20 anos. Na maior parte de suas pesquisas, examina o comportamento e o cérebro desses dois pássaros e de papagaios - os três têm em comum a capacidade de aprender a vocalizar sons (sejam eles típicos da espécie ou não). Segundo o pesquisador, o que acontece no cérebro dessas aves quando cantam é muito similar ao que ocorre em nosso cérebro quando falamos.
      Os resultados do estudo anunciado durante a conferência ainda não foram publicados, mas depois de analisar moléculas geradas por genes ativos em mais de 4.700 amostras de tecido cerebral de mandarins-diamante e beija-flores - alguns do Brasil - e compará-las às do cérebro humano, Jarvis está seguro de suas conclusões.
      “Nossos resultados apontam que comportamentos e conexões neurais associados à fala e ao canto estão ligados a traços genéticos compartilhados por humanos e alguns pássaros que estão separados de nós por três milhões de anos na história da evolução", diz. “Isso é incrível, pois nem nossos parentes mais próximos, como os chimpanzés, têm essa habilidade de aprender e reproduzir sons".
      Para o cientista, a habilidade teria evoluído independentemente em humanos, pássaros e outros animais que aprendem sons, como as baleias e os golfinhos.

Nada de especial nos humanos

      Jarvis tem uma visão sobre a linguagem bem diferente do senso comum e da dos linguistas. Para ele, a linguagem nada mais é do que “a capacidade de controlar os movimentos da laringe para reproduzir sons". Sendo assim, o pesquisador explica que não há diferença entre o canto dos pássaros e a fala humana.
      “As definições de fala e linguagem falada são diferentes para a neurologia e a linguística ou psicologia comportamental", explica. “Quando se trata de cérebro, linguagem e fala são a mesma coisa. O que diferencia os humanos e esses pássaros dos demais animais é a habilidade de imitar sons. A capacidade de entender a linguagem não é única dos humanos; cães e até galinhas podem entender a linguagem e te obedecer quando você diz 'senta'."
      Para Jarvis, a diferença entre os beija-flores, mandarins-diamante e humanos está apenas na complexidade da linguagem. “Acredito que esses pássaros têm um nível de linguagem mais complexo do que o imaginado; nós não percebemos porque é um trabalho duro medir a complexidade da vocalização de tantas espécies. Mas, dito isso, eles ainda estão muito longe da complexidade que a linguagem humana adquiriu."
      A psicóloga Janet  Werker, da Universidade da Columbia Britânica (Canadá), que estuda a aquisição da linguagem em bebês, acredita que os resultados de Jarvis podem fomentar a compreensão sobre a evolução da linguagem humana.
      Werker aponta que enquanto a maioria das espécies, inclusive as estudadas por Jarvis, usa sons para atrair parceiros para o acasalamento, somente os humanos usam a linguagem majoritariamente para a comunicação.
      “É possível que no início da nossa história evolutiva usássemos, assim como esses pássaros, a fala e o canto como atrativos sexuais e depois passamos a usar como forma de comunicação também", sugere. “O interessante é tentar descobrir como se deu essa mudança."

Sobre os recursos de construção de sentido do texto, analise as proposições a seguir:

I. Os parênteses empregados nos três primeiros parágrafos têm, em todos os três, a mesma função.
II. Em: “depois de analisar moléculas geradas por genes ativos em mais de 4.700 amostras de tecido cerebral de mandarins-diamante e beija-flores [...] e compará- las às do cérebro humano”, o pronome oblíquo empregado gera falta de clareza no entendimento do texto.
III. Há o predomínio do nível formal na linguagem empregada no texto, que é escrito em terceira pessoa. E a linguagem utilizada é a referencial.
IV. Em: “esses pássaros têm um nível de linguagem mais complexo do que o imaginado; nós não percebemos [...]” o ponto e vírgula foi empregado para separar orações de sujeitos diferentes em uma construção que não permitiria o emprego do ponto.

Alternativas
Comentários
  • por favor alguém poderia me responder porque a opção A está certa?

  • I. Os parênteses empregados nos três primeiros parágrafos têm, em todos os três, a mesma função.

    ERRADA. Os dois primeiros parênteses são usados como meio de explicação. Já os terceiros parênteses têm a função de destacar um termo na frase: "(...) os três têm em comum a capacidade de aprender a vocalizar sons (sejam eles típicos da espécie ou não)." Observe que, neste último parágrafo, não se explica nada do que foi dito anteriormente, só se acrescentou uma informação nova ("sejam eles típicos da espécie ou não") e os parênteses foram colocados como forma de ênfase, no que também caberia o uso de travessões.


    I. Em: “depois de analisar moléculas geradas por genes ativos em mais de 4.700 amostras de tecido cerebral de mandarins-diamante e beija-flores [...] e compará- las às do cérebro humano”, o pronome oblíquo empregado gera falta de clareza no entendimento do texto. 

    CERTA. Não se sabe se o pronome oblíquo "las" se refere a "moléculas" ou "amostras". Caso clássico de ambiguidade.


    III. Há o predomínio do nível formal na linguagem empregada no texto, que é escrito em terceira pessoa. E a linguagem utilizada é a referencial. 

    CERTA. Linguagem referencial = ligada ao "referente", ou seja, ao assunto do que se fala. Também é chamada de informativa.


    IV. Em: “esses pássaros têm um nível de linguagem mais complexo do que o imaginado; nós não percebemos [...]” o ponto e vírgula foi empregado para separar orações de sujeitos diferentes em uma construção que não permitiria o emprego do ponto.

    ERRADA. Creio que seja porque o ponto poderia ser empregado neste período sem prejuízo. Alguém sabe certinho o porquê?


ID
1090855
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Tecnologia


     Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende.
Corrige. Uma tela vazia, muda, nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Quer dizer, você se sente como aquele cara que cantou a secretária eletrônica. É um vexame privado. Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas manda errado, ele diz "Errado". Não diz "Burro", mas está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a gente erra, ele faz "bip". Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: "Bip!" "Olha aqui, pessoal: ele errou." "O burro errou!"

     Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior impaciência conosco, jamais faria "bip" em público.

     Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente.
Mas é fascinante. Agora compreendo o entusiasmo de gente como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que dividem a sua vida profissional em antes dele e depois dele. Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora, e que nele foi substituída por um botão, que, além de mais rápido, jamais nos sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca seremos íntimos, mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu amigo, mas retiro tudo o que pensei sobre ele. Claro que você pode concluir que eu só estou querendo agradá-lo, precavidamente, mas juro que é sincero.

Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.

(VERÍSSIMO, Luis Fernando. O Globo)

A norma culta é respeitada nas frases a seguir, à exceção de uma.
Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em (à) casa e bati na (à) minha máquina.

  • Cheguei à casa

  • Quem chega, chega “a” algum lugar

  • Colegas, sobre o verbo BATER, cuidado, vejam:

    bater - transitivodireto quando significa dar pancada em alguma coisa, ou vencer alguém:“bater pregos” ; “ela bateu o irmão no jogo”; transitivoindireto quando significa dar pancadas em alguém: “o pai bateu no filho”.

    Note-se a diferença entre:

    “bater à porta” - alguém batepara se anunciar e

    “bater na porta”-  alguém dá pancadas na porta, não paraanuncia-se, mas por outra razão qualquer. 

    Desta forma entendo que a parte ...", cheguei em casa e bati na minha máquina. " está de acordo com a norma culta!

  • Depois de muito refletir sobre a questão, cheguei a seguinte conclusão: o erro está na falta de vírgula separando a oração intercalada. Vejam:


    Quando saí da redação do jornal (1), depois de (eu) usar o computador pela primeira vez (2), cheguei em casa e bati na minha máquina. 


    Em 1, tem-se oração subordinada adverbial temporal iniciando o período; ela deve vir separada por vírgula da principal. 


    Em 2, há uma oração intercalada entre a subordinada e a principal. A intercalada deve estar entre vírgulas. 


    Em 3, é a oração principal. 

  • Não há problema em ele chegar em casa e espancar a máquinha dele, heheh, o problema está em "em casa". 

    1- Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição “a” e não pela preposição “em”.

  • Tenho que discordar do colega Alisson.

    O erro da frase está justamente na preposição "em" de "cheguei em casa". 

    A vírgula não caberia entre "jornal" e "depois", pois a oração "...depois de usar o computador..." está explicando em qual das muitas vezes que o autor saiu da redação e foi para casar bater na máquina. Se tivesse a vírgula, o sentido mudaria, pois significaria que o autor só saiu uma vez da redação do jornal, a vez que usou o computador pela primeira vez.


    Para completar, como outros colegas já esclareceram:

    Ir a, chegar a, voltar a..  - verbos que indicam movimentação exigem a preposição a.

  • cheguei a casa...

    http://escreverbem.com.br/cheguei-em-ou-a/
  • Ir a, chegar a, voltar a..  - verbos que indicam movimentação exigem a preposição "a"

  • Na c) a forma comparativa "mais inteligente" não exige o complemento ''do que''?

  • Mais um detalhe: chegar em/de - indica o meio de transporte que utilizou pra chegar

  • Letra A.

     

    Comentário:

     

    O problema de regência se encontra na alternativa (A), pois o verbo “chegar” rege a preposição “a”, e não “em”. Assim,

    a construção correta é:
    “Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei a casa e bati na minha máquina”.

    Você verá adiante que a palavra “casa”, sem nenhuma caracterização, não admite crase. Além disso, a expressão “bati na

    maquina” transmite a ideia de dar pancadas, golpes em alguma coisa ou alguém. Essa interpretação tem coerência na frase.

    As demais frases não apresentam dificuldades na regência e estão corretas.

     

     

    Gabarito: A

     

    Prof. Décio Terror

  •  

    Gabarito letra A.

     

     

    "Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina".

     

    Quem vai, vai a...   Quem chega, chega a...

     

    Lembrando que o "a" recebe o acento grave nos casos em que o substantivo "casa" for especificado, delimitado. Exemplo:

    Fui a casa.

    Fui à casa de João.

     

    ---------------------------------------------------------------------------------------------------

     

    "Outra coisa: ele é mais inteligente que você".

     

    Quando há o estabelecimento de uma comparação, como no enunciado acima, o uso do "mais que" ou "mais do que" é facultativo. De maneira que ambas as construções são "agasalhadas", como diria o professor Arenildo, pela gramática.

  • Concordo com Alisson Abreu, o erro considerado pela FGV foi o emprego incorreto da vírgula, o que, aliás, a banca adora.

    Mas eu discordo do gabarito, porque a letra B não respeita a norma culta ao iniciar a frase com gerúndio.

    Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha”.

  • "Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe".

    Não tem nenhum = não é um redundância?

    O correto não seria: "Sabe muito mais coisa e não tem pudor em dizer que sabe"? ou "Sabe muito mais coisa e nenhum pudor em dizer que sabe?"

  • Coisa, na letra d, não era pra está no plural?


ID
1102081
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão
José Roberto Pinto de Góes

Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.
Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.
Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.
O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.



Texto 2

A escrava Isaura
Bernardo Guimarães

Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.
-- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora.
-- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.
-- Não sabia que estava aí me escutando.
-- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?...
-- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar...
-- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?...
-- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano.
-- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.
-- Queixas-te da tua sorte, Isaura?...
-- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.

Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro .
Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012




Texto 3
Cotas: continuidade da Abolição
Eloi Ferreira de Araújo


Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira.
A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País.
O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...)
O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades.


Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares.
Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/.
Acesso em ago. 201

Porque me faz lembrar de minha mãe.
[Texto 2]

Considerando o verbo lembrar, utilizado no fragmento em destaque, extraído do Texto 2, a construção que, embora frequente na linguagem coloquial, contraria a norma culta da Língua Portuguesa é:

Alternativas
Comentários
  • SÉRIO, NICOLE?

  • Lembrar no sentido de recordar é Verbo Transitivo Indireto (exige preposição) e também verbo pronominal, ou seja, exige complemento de pronome oblíquo (o mesmo que ocorre em "sentar-se"). Quem SE lembra, SE lembra DE alguma coisa...

  • "Nenhum deles é tem boa memória..." = letra E, que espécie de frase é essa?

  • Esquecer/Lembrar

    VTD (quando não pronominais)

    ex: O aluno esqueceu a informação da aula anterior.

    No sentido de 'ser semelhante" também é VTD: O filho lembra muito o pai.

    VTI (pronominais (de) )

    ex: O aluno esqueceu-se/ lembrou-se da informação anterior.

    Gabarito: D


ID
1126654
Banca
NC-UFPR
Órgão
UFPR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                     Coisa de menino ou coisa de menina? - Rosely Sayão


        Acompanho com regularidade blogs escritos por mães a respeito da maternidade, do relacionamento com os filhos e das dificuldades que encontram na educação deles. Fico impressionada ao constatar como há gente que reflete, que pensa a educação, que aprende com os erros cometidos e está sempre disposta a compartilhar tudo com outras mães e outros pais. Além disso, é uma delícia ler textos bem escritos, bem-humorados e criativos.
       Um dia desses, em um desses blogs que sigo, vi uma foto que quase não precisou de texto para expressar a opinião dessa mãe. Duas garotas, com menos de oito anos, riam para a câmera exibindo com alegria as fantasias que vestiam. De Batman e Robin. Uma única frase acompanhou a foto: "Para meninas com personalidade". Estava claro. Essa mãe questionava o que convencionamos separar como brinquedos e brincadeiras de meninos e de meninas. É sobre essa questão a nossa conversa.
       Até a primeira metade do século 20, os estereótipos a respeito do que era adequado para meninas e para meninos era quase consenso social. Azul para meninos, rosa para meninas; carrinhos para meninos, bonecas para meninas; certas profissões para homens, outras para mulheres e assim por diante. A partir dos anos 1960 tudo passou a mudar. Desconstruímos os rígidos papéis de homem e mulher e passamos a reconstruir novos, processo esse que ainda está em curso. Foram as crianças que mais ganharam com isso.
       O colorido das fantasias, inclusive de bailarina, dos adereços femininos, da maquiagem, das vestimentas e dos calçados de salto etc. passou também a habitar a vida dos meninos; carros, ferramentas, espadas, bolas etc. se transformaram também em coisas de menina. Não foi - e ainda não é - sem temor por parte dos adultos que isso aconteceu. Meninas jogando futebol? Meninos brincando de casinha? Um estranhamento tomou conta de muitos pais, que manifestam resistência a esse novo estilo de vida. Os motivos? O principal, além da quebra de uma tradição, diz respeito à sexualidade, é claro.
       Professoras e coordenadoras de escolas de educação infantil ainda costumam ouvir reclamações de mães sobre brincadeiras na escola que os filhos relatam e que escapam aos estereótipos em vigor, um pouco mais fracos, mas que ainda valem para muita gente. A maioria das reclamações vem da parte de mães e pais de meninos. Não é interessante esse fato?
       Sabemos que preconceitos e estereótipos solidamente colocados na sociedade demoram a ser transformados e substituídos. É responsabilidade das organizações colaborar nesse processo. Muitas escolas, principalmente de educação infantil, têm dado valiosa contribuição para que esses estereótipos e preconceitos de que falamos enfraqueçam. Mas elas podem melhorar.
       Aí, em pleno século 21, empresas oferecem produtos em embalagens diferentes para meninas e para meninos! Exemplo? Chocolate rosa para elas e azul para eles, com brindes considerados femininos e outros masculinos. E ainda justificam que esse é um anseio do seu grupo consumidor. Ora, se o consumidor sempre tivesse razão, o mundo estaria muito mais atrasado. Talvez não tivéssemos carros e aviões, e sim carroças de boi sofisticadas.
       Muito se fala a respeito da responsabilidade social. Empresas exploram esse conceito principalmente para transformá-lo em marketing. A decisão de comercializar produtos dirigidos para meninas e para meninos é uma ação que expressa uma total irresponsabilidade social, não é verdade?


                     (Rosely Sayão, psicóloga e consultora em educação. Folha de S. Paulo, 28 maio 2013.)


O artigo de Sayão foi elaborado no padrão escrito contemporâneo e publicado no jornal impresso, mas também está disponível no blog da autora e no site do jornal. Assinale a passagem do texto que está mais próxima do registro informal característico dos blogs.

Alternativas
Comentários
  • gab. c por causa do “Aí, em pleno século 21, ~> ai é marca de linguagem falada

  • Achei que o número do século teria que ser em números romanos

     

  • O correto seria século XXI

    Em redações, se você colocasse século 21, perderia ponto.

  • Modernidade líquida... quem decide o que é melhor para sua prole são os genitores e não professor, escola ou "psicólogos".

  • ooooooo ta achando que é quem pra estar filmando os outros ??

  • “Aí, em pleno século 21, empresas oferecem produtos em embalagens diferentes para meninas e para meninos! poderia ser essa também  uma delícia ler textos bem escritos, bem-humorados e criativos.

  • Como cola imagem nos comentários?

  • Como cola imagem nos comentários?

  • versão antiga era Topp


ID
1132669
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O emprego de certas expressões é aceitável em situações familiares, descontraídas, íntimas, nas quais se usa a língua coloquial. Porém, em contextos públicos, como ambientes de trabalho, é exigida mais formalidade e valoriza-se o domínio de uma modalidade da língua considerada como padrão. Nesse caso, a utilização daquelas mesmas expressões torna-se inapropriada, inadequada.

A frase que atende às exigências de correção e adequação ao mundo do trabalho é:

Alternativas
Comentários
  • Para aqueles que não são assinantes do QC:

    Gab. A)

  • a) CORRETA. Não confundir 'vultosa' com 'vultuosa'. 

  • Vultosa está correta - significa. Volumoso, grande.

  • C) Dadas as circunstâncias

    Trata-se de concordância nominal regular entre a forma participial dadas (dado, dada, dados, dadas) e o substantivo feminino plural circunstâncias -> feminino plural/feminino plural. Mais exemplos: Dados os resultados, cancelaram as novas contratações; Dado o mau tempo, adiou a viagem.

  • Complementando...

    A) O prefeito destinou vultosa quantia à execução do projeto. -->

    Destinar = VTDI, quem destina, destina algo A alguém. Por isso ocorre a crase na sentença.

    Por curiosidade: vultoso (volumoso) / vultuoso (pessoa que possui os olhos salientes, os lábios e o rosto avermelhados e inchados)

    B) O motorista dormiu no volante, ocasionando o atropelamento do morador de rua. -->

    O motorista dormiu AO volante...

    C) Dado as circunstâncias, optaram por adiar a operação. -->

    Dadas as circunstâncias...

    (O colega explicou bem abaixo)

    D) Não pôde encaminhar o trabalho no prazo e nem não teve tempo para revisá-lo. -->

    ...e nem teve tempo para revisá-lo.


ID
1133926
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
COMLURB
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

            As doenças endêmicas nos fazem lembrar um pouco da moda: algumas aparecem e desaparecem com igual rapidez, mas outras vêm para ficar. A moda, entretanto, quando pega, vai conquistando mais e mais pessoas espalhadas por todos os cantos. Já as doenças endêmicas restringem-se a uma região e afetam um número mais ou menos constante de pessoas. E, assim como a moda, seguem as estações do ano: algumas doenças endêmicas associam-se às condições climáticas.
            A gripe é um bom exemplo desse fenômeno: quando chega o inverno, cerca de ¼ dos habitantes da região Sudeste do país fica gripada [...] Acontece que, durante o inverno, condições ambientais favorecem os vírus e o equilíbrio que vínhamos mantendo com eles é rompido. Daí caímos doentes. Resiste melhor à gripe quem tem melhor alimentação, melhores condições de habitação, de higiene, menos propensão ao estresse etc.
            Quando o equilíbrio entre parasita e hospedeiro é comprometido, as doenças endêmicas fogem de controle e transformam-se em epidemias.


            Moacyr Scliar (et al.) Saúde pública: histórias, políticas e revolta. São Paulo: Scipione, 2002, p.89.

Em “Daí caímos doentes”, há uso de linguagem coloquial. Mantendo o sentido da frase e empregando a linguagem formal padrão escrita, deve-se escrever:

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

    Por isso caímos doentes.


  • Daí = causa ou consequência

    Pois = conclusão

    Nisso = demonstração

    Por isso = causa ou consequência

    Senão = contrário de


ID
1137559
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
SMA-RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

            Livro, um alvará de soltura

            Costumo brincar que, para conseguir ler todos os livros que me enviam, só se eu pegasse uma prisão perpétua. Pois é de estranhar que, habituada a fazer essa conexão entre isolamento e livros, tenha me passado despercebida a matéria que saiu recentemente nos jornais (da qual fui gentilmente alertada por uma leitora) de que os detentos de penitenciárias federais que se dedicarem à leitura de obras literárias, clássicas, científicas ou filosóficas poderão ter suas penas reduzidas.
            A cada publicação lida, a pena será diminuída em quatro dias, de acordo com a Portaria 276 do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). No total, a redução poderá chegar a 48 dias em um ano, com a leitura de até 12 livros. Para provar que leu mesmo, o detento terá que elaborar uma resenha que será analisada por uma comissão de especialistas em assistência penitenciária.
            A ideia é muito boa, então, por favor , não compliquem. Não exijam resenha (eles lá sabem o que é resenha?) nem nada assim inibidor. Peçam apenas que o sujeito, em poucas linhas, descreva o que sentiu ao ler o livro, se houve identificação com algum personagem, algo simples, só para confirmar a leitura. Não ameacem o pobre coitado com palavras difíceis, ou ele preferirá ficar encarcerado para sempre.
            Há presos dentro e fora das cadeias. Muitos adolescentes estão presos a maquininhas tecnológicas que facilitam sua conexão com os amigos, mas não consigo mesmo. Adultos estão presos às telenovelas e aos reality shows, quando poderiam estar investindo seu tempo em algo muito mais libertador. Milhares de pessoas acreditam que ler é difícil, ler é chato, ler dá sono, e com isso atrasam seu desenvolvimento, atrofiam suas ideias, dão de comer a seus preconceitos, sem imaginar o quanto a leitura as libertaria dessa vida estreita.
            Ler civiliza.
            Essa boa notícia sobre atenuação de pena é praticamente uma metáfora. Leitura = liberdade. Não é preciso ser um criminoso para estar preso. O que não falta é gente confinada na ignorância, sem saber como escrever corretamente as palavras, como se vive em outras culturas, como deixar o pensamento voar. O livro é um passaporte para um universo irrestrito. O livro é a vista panorâmica que o presídio não tem, a viagem pelo mundo que o presídio impede. O livro transporta, transcende, tira você de onde você está.
            Por receber uma quantidade inquietante de livros, e sem ter onde guardá-los todos, costumo fazer doações com frequência para escolas e bibliotecas. Poucos meses atrás, doei alguns exemplares para um presídio do Rio de Janeiro, e sugiro que todas as pessoas que tenham livros servindo de enfeite em casa façam o mesmo. Que se cumpram as penas, mas que se deixe a imaginação solta.

            (Martha Medeiros - publicado na revista de O Globo, em 8 de julho de 2012, página 24.)


Em crônicas, em geral os autores costumam estabelecer intimidade com seus leitores e empregar a língua coloquial, adequada a esse gênero de texto. A exigência de formalidade que caracteriza a escrita padrão no mundo do trabalho é, no entanto, diversa e está contemplada pela seguinte frase ou segmento:

Alternativas
Comentários
  • Gab. B

    “O que não falta é gente confinada na ignorância, sem saber como escrever corretamente as palavras...”


  • Alguém aí pode fazer um comentário que realmente ajude. vlw

  • Caro colega Gustavo Matos, permita-me ser-lhe útil. A questão nos pede a opção com texto formal, beleza? Nada de gírias, opiniões individuais etc. Fique atento, meu amigo, ao quesito IMPESSOALIDADE, pois ele será o nosso fator determinante para a compreensão de um texto formal, impessoal. Percebeu como eu usei gíria (beleza) e deixei claro a minha vontade (ser-lhe útil), fazendo um pedido (permita-me) e conversando com o companheiro (meu amigo)? Pois é, Gustavo. Isso deixa claro que meu comentário é exemplo de texto coloquial, informal e não se adequa ao que pede a questão, ok? Mas sigamos em frente.    a - “Não exijam resenha (eles lá sabem o que é resenha?) nem nada assim inibidor.” apresenta dois problemas para o texto formal: o texto conversa com o leitor e ainda faz uma pergunta retórica entre parênteses.      b - “O que não falta é gente confinada na ignorância, sem saber como escrever corretamente as palavras...” (gabarito)      c - “... para conseguir ler todos os livros que me enviam, só se eu pegasse uma prisão perpétua.” deixa bem clara a marca pessoal do escritor (só se EU), que ainda ironiza ao comparar a dificuldade da leitura de inúmeros livros com o tempo de "prisão perpétua"      d - “... pessoas acreditam que ler é difícil, ler é chato, ler dá sono, e com isso atrasam seu desenvolvimento...” tem a palavra "chato", que não cabe em texto formal.
    P.S.: Para mim, companheiro, sendo honesto com o amigo de estudos, nem a opção "b" me parece exemplo de texto realmente formal, válido como "escrita padrão no mundo do trabalho", conforme reza o comando dessa questão. Está clara a força da opinião de foro íntimo em "gente confinada na ignorância" por não "saber como escrever corretamente". E o pior, companheiro Gustavo: faz uso de linguagem metafórica ao comparar a ignorância com uma cela na qual estariam presos os ignorantes da ortografia. De qualquer modo, espero ter ajudado. Estudemos, estudemos! Abraços.

  • "o que não falta é gente..." descrito como linguagem formal na resposta?! 

  • Também não concordo com nenhuma das opções .. fui na que achei "menos informal" ..

  • Assim como Veríssimo, Martha também é outra autora famosa de crônicas. Caso perguntem o gênero textual em algum texto dela, associem.

  • A propósito, sentido figurado não retira a formalidade de um texto, como afirmou o "sabichão" Helser.

    ex:

    "Na esteira da discussão sobre as relações entre o direito e informática, o Marco Civil da Internet foi regulamentado pelo Decreto nº 8.771/2016, mediante o qual suas disposições passaram a ser (...)"

    Outro ponto: na letra D, o problema não está na palavra chato, e sim na expressão "dá sono".


ID
1141078
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

                              O Brasil como problema

Ao longo dos séculos, vimos atribuindo o atraso do Brasil e a penúria dos brasileiros a falsas causas naturais e históricas, umas e outras imutáveis. Entre elas, fala-se dos inconvenientes do clima tropical, ignorando-se suas evidentes vantagens. Acusa-se, também, a mestiçagem, desconhecendo que somos um povo feito do caldeamento de índios com negros e brancos, e que nos mestiços constituíamos e cerne melhor de nosso povo.

Há quem se refira à colonização lusitana, com nostalgia por uma mirífica colonização holandesa. É tolice de gente que, visivelmente, nunca foi ao Suriname. Existe até quem queira atribuir o nosso atraso a uma suposta juvenilidade do povo brasileiro, que ainda estaria na minoridade. Esses idiotas ignoram que somos cento e tantos anos mais velhos que os Estados Unidos. Dizem, também, que nosso território é pobre - uma balela. Repetem, incansáveis, que nossa sociedade tradicional era muito atrasada - outra balela. Produzimos, no período colonial, muito mais riqueza de exportação que a América do Norte e edificamos cidades majestosas como o Rio, a Bahia, Recife, Olinda, Ouro Preto, que eles jamais conheceram.

Trata-se, obviamente, do discurso ideológico de nossas elites. Muita gente boa, porém, em sua inocência, o interioriza e repete. De fato, o único fator causal inegável de nosso atraso é o caráter das classes dominantes brasileiras, que se escondem atrás desse discurso. Não há como negar que a culpa do atraso nos cabe é a nós, os ricos, os brancos, os educados, que impusemos, desde sempre, ao Brasil, a hegemonia de uma elite retrógrada, que só atua em seu próprio benefício.


RIBEIRO, Darci. O Brasil como problema. Brasília: Editora da UnB, 2010. p. 23-24. [Adaptado]


Considere o trecho abaixo, extraído do texto 2.

Dizem, também, que nosso território é pobre – uma balela. Repetem, incansáveis, que nossa sociedade tradicional era muito atrasada – outra balela. Produzimos, no período colonial, muito mais riqueza de exportação que a América do Norte e edifcamos cidades majestosas como o Rio, a Bahia, Recife, Olinda, Ouro Preto, que eles jamais conheceram.”

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito:E

    No 3º parágrafo temos: "Trata-se, obviamente, do discurso ideológico de nossas elites" 

    Bons Estudos !


  • Vamos lá amigos, analisando:

    a) INCORRETA. Devemos recorrer ao texto , o parágrafo 2ª  em "[..] Existe até quem queira atribuir o nosso atraso a uma suposta juvenilidade do povo brasileiro, que ainda estaria na minoridade. Esses idiotas ....( =eles) .  Podemos verificar que de fato eles é um pronome substantivo de valor anafórico ( retomando um termo ANTERIOR), porém essa retomada faz menção a essas pessoas citadas nesse período transcrito acima ( pessoas que querem atribuir o atraso do país a uma suposta juventude ...........)


    b) INCORRETA. Não tem sentido de outra pessoa do discurso. Apenas um comentário, uma enfatização a mais por parte do locutor. Poderia ser substituído por uma vírgula. Balela = sinônimo de Falsidade, mentira.


    c)INCORRETA  . Existe uma relação de supremacia ou superioridade do Brasil em relação a América do Norte. "[..] Produzimos, no período colonial, muito mais riqueza de exportação que a América do Norte 


    d) INCORRETA. Novamente  a palavra balela  que refere-se á = MENTIRA, FALSIDADE


    e) CORRETO, observe o ultimo parágrafo ... o início do mesmo tem valor anafórico, ou seja o leitor determina quem são os sujeitos dos verbos na 3ª pessoa do plural. " Trata-se, obviamente, do discurso ideológico de nossas elites."


    DEUS NOS ABENÇOE!!!

  • Acabei de fazer essa mesma questão (Q433653) e o gabarito é "c". Errei porque achei que o gabarito era realmente "e".

    E agora, nessa questão, o gabarito é "e".

     

    E ai QC, qual o gabarito?

  •  E a questao Q383426, o gabarito é A. Afinal, qual é a resposta certa?

  • A) ERRADA - não falou nada de portugueses do período colonial no texto.
    B) ERRADA - não tem segunda voz estranha ao texto
    C) ERRADA - COMPARAÇÃO e não conformidade
    D) ERRADA - como que você vai trocar balela por traição?
    E) CORRETA - olha pro último parágrafo, tá falando sobre elites e tal, dai se vc for lendo o texto, vc percebe que tá falando neles várias vezes...


ID
1141972
Banca
IF-MA
Órgão
IF-MA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                            Necessária indignação

                                                                 William dos Anjos

            Seja lá o que motivou você a ler estes escritos, que fique logo combinada uma coisa: ando impaciente com a impaciência das pessoas. Portanto: vá com calma. Percorra mais algumas linhas antes de supor a moral da história. Puxe mais alguns centímetros do fio desta meada. Nada de conclusões ou julgamentos apressados. Afinal, o impaciente aqui sou eu!!

            Tornei-me um tanto intolerante por conta de algo que me parece um bom motivo: estamos quase sempre empenhados em que somente as nossas idéias prevaleçam. Em quase todas as circunstâncias, o que vale mesmo é encontrar culpados para as coisas mais triviais. O importante é fazer de nossas “necessidadezinhas” os reclamos mais urgentes. A todo instante somos dedicados a comparar qualquer coisa que recebemos àquilo que é dado a outrem, só para ver se o outro não está levando alguma vantagem, ainda que seja na bola de sorvete que nos sirvam no parque de diversões.
            Com o pretexto de agirmos com equilíbrio e justiça, pretendemos que tudo tenha a mesma medida, que seja uniformemente considerado, nesta terra de desiguais. E haja “Eu também quero”, “O dele tá maior que o meu”, “Só faço se for do meu jeito”. As gentilezas e os cuidados naturais e espontâneos perdem espaço para o intuito interesseiro, para o intento estúpido e a desfaçatez.
            Nesse andamento personalista do desenvolvimento das nossas precaríssimas vidas, as amizades, os namoros e casamentos, as relações de trabalho, por exemplo, estão se tornando cada vez mais superficiais e tênues. Qualquer discordância, crítica ou comentário tornam-se suficiente e inevitavelmente avassaladores. Motivam atitudes de revide e reciprocidade equivocada e desmedida. Cobramos com juros escandalosos aquilo que nem era preciso pagar na mesma moeda.
            Aliás, como achar a vida divertida e interessante, se há sempre alguém ávido por encontrar resposta satisfatória para a pergunta “E o que é que eu ganho com isso?” Queremos urgentemente ganhar seja lá o que for. Se não para usufruir; para acumular, encher os alforjes e pendurá-los como troféus da opulência à vista de vizinhos e desafetos. O que afinal conseguimos com isso? Apenas enfado, sonolência, modorra, sedentária e obesa expectativa de que os dias se sucedam.
            Eis, pois, a razão para tamanha impaciência. Não dá para continuar assistindo pacientemente ao perecimento da virtude que se afigura na essência do homem. É urgente que se revolvam as suas entranhas para de lá retirar o que ainda haja de mais elementar e embrionariamente humano. É fundamental valorizarmos a capacidade de indignação diante da homogeneização da ignorância. É tempo de voltar ao primeiro amor.



Sobre o texto acima, é correto afirmar:

Alternativas

ID
1148446
Banca
CEPERJ
Órgão
CEDERJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                        OUTRO FRACASSO

Veríssimo, O Globo, 08/09/2013


            Estou escrevendo sem saber se já atacaram a Síria. O que dá para saber sem esperar os fatos é que, mais uma vez, as Nações Unidas não tiveram nada a ver com o assunto. A ONU é um monumento aos melhores sentimentos humanos e ao mesmo tempo uma prova de como os bons sentimentos pouco podem, portanto um monumento à inconsequência.
            O fracasso da ONU na sua missão mais importante, que é evitar as guerras, torna as suas mil e uma utilidades supérfluas. Pouca gente sabe tudo que a ONU faz nos campos da saúde, da agricultura, dos direitos humanos etc., como pouca gente sabia que a Liga das Nações, sua precursora, também promovia cooperação técnica entre nações e programas sociais, além de tentar inutilmente manter a paz. O principal ideal que a ONU herdou da Liga foi a do debate substituindo a guerra, e a racionalidade superando as desavenças tribais. Nisso, suas únicas diferenças da Liga das Nações são que uma sobrevive à frustração que liquidou a outra e tem a adesão dos Estados Unidos, que a outra não tinha.
            Apesar de o presidente americano durante a Primeira Guerra Mundial, Woodrow Wilson, ter sido um entusiasta da Liga que acabaria com todas as guerras, o Congresso americano rejeitou a participação dos Estados Unidos na organização, o que matou Wilson de desgosto. O Congresso aprovou a entrada do país na ONU depois da Segunda Guerra, mas a antipatia continuou. O desdém pela ONU ou por qualquer entidade supranacional é uma constante do conservadorismo americano. E, no entanto, a ONU já dura mais que o dobro que durou a Liga das Nações. Ela também é um monumento à perseverança sem nada que a justifique.
            Talvez se deva adotar a ONU como símbolo justamente dessa insensata insistência, dessa inconsequência heroica. Com todas as suas contradições e frustrações, ela representa a teimosia da razão em existir num mundo que teima em desmoralizá-la. Pode persistir como uma cidadela do Bem, na falta de palavra menos vaporosa, nem que seja só pra gente fingir que acredita neles, na ONU e no Bem, porque a alternativa é a desistência. É aceitar que, incapaz de vencer o desprezo e a prepotência dos que a desacreditam, a ideia de uma comunidade mundial esteja começando a sua segunda agonia.
            A Liga das Nações durou até 1946, mas agonizou durante 20 sangrentos anos, até morrer de irrelevância. A ONU, depois de mais este fracasso, só terá levado mais tempo para se convencer de sua própria irrelevância


O texto é escrito em língua culta, mas, em alguns trechos, permite-se o emprego da linguagem coloquial, que é o que ocorre no seguinte segmento:

Alternativas
Comentários
  • Está certo, porque no trecho "O que dá para saber sem esperar os fatos é que, mais uma vez, as Nações Unidas não tiveram nada a ver com o assunto" ocorre o uso da linguagem coloquial, também chamada de linguagem informal.

  • "nada a ver" = coloquial

    "nenhuma relação" seria uma maneira formal de expressar a mesma ideia

    gabarito b


ID
1148638
Banca
FUNRIO
Órgão
INSS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A crítica à gramatiquice e ao normativismo não significa, como pensam alguns desavisados, o abandono da reflexão gramatical e do ensino da norma padrão. Refletir sobre a estrutura da língua e sobre seu funcionamento social é atividade auxiliar indispensável para o domínio da fala e da escrita. E conhecer a norma padrão é parte integrante do amadurecimento das nossas competências linguístico-culturais. O lema aqui deve ser: reflexão gramatical sem gramatiquice e estudo da norma padrão sem normativismo.

Não cabe, no ensino de português, apenas agir no sentido de os alunos ampliarem seu domínio das atividades de fala e escrita. Junto com esse trabalho (que é, digamos com todas as letras, a parte central do ensino), é necessário realizar sempre uma ação reflexiva sobre a própria língua, integrando as atividades verbais e o pensar sobre elas.

Esse pensar visa à compreensão do funcionamento interno da língua e deve caminhar de uma percepção intuitiva dos fatos a uma progressiva sistematização, acompanhada da introdução do vocabulário gramatical básico (aquele que é indispensável, por exemplo, para se entender as informações contidas nos dicionários). No fundo, trata-se de desenvolver uma atitude científica de observar e descrever a organização estrutural da língua, com destaque para a imensa variedade de formas expressivas alternativas à disposição dos falantes.

Desse modo, se os conteúdos gramaticais não podem desaparecer do ensino, também não podem simplesmente permanecer arrolados e repassados como no ensino tradicional. Só existe sentido em estudar gramática, se esses conteúdos estão claramente subordinados ao domínio das atividades de fala e escrita, isto é, se eles têm efetiva relevância funcional. Ou, dito de outro modo, se conseguimos romper radicalmente com o modelo pedagógico medieval de ensino de língua, conforme descrito anteriormente.

O autor explicita no terceiro parágrafo suas ideias a respeito do que ele chama de “pensar sobre as atividades verbais” e inclui nas atividades descritas.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E,

    Foi a alternativa que mais se assemelhou ao descrito no terceiro parágrafo.

  • e)

    o estudo das variedades linguísticas.

  • Gabarito E

     

    Errei, pois marquei C. MAs vamos tentar entender..

     

    Esse pensar visa à compreensão do funcionamento interno da língua e deve caminhar de uma percepção intuitiva dos fatos (letra D)a uma progressiva sistematização, acompanhada da introdução do vocabulário gramatical básico (letra A) (aquele que é indispensável, por exemplo, para se entender as informações contidas nos dicionários) (letra C).

    No fundo, trata-se de desenvolver uma atitude científica (letra B) de observar e descrever a organização estrutural da língua, com destaque para a imensa variedade de formas expressivas alternativas à disposição dos falantes. (letra E)

     

    a) a introdução do vocabulário gramatical básico. 

    b) o desenvolvimento de uma atitude científica.

    c) para entender as informações contidas nos dicionários.

    d) a percepção intuitiva dos fatos

     


ID
1153519
Banca
FUVEST
Órgão
USP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

            V - O samba

            À direita do terreiro, adumbra-se* na escuridão um maciço de construções, ao qual às vezes recortam no azul do céu os trêmulos vislumbres das labaredas fustigadas pelo vento.
            (...)
            É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome que tem um grande pátio cercado de senzalas, às vezes com alpendrada corrida em volta, e um ou dois portões que o fecham como praça d’armas.
            Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dançam os pretos o samba com um frenesi que toca o delírio. Não se descreve, nem se imagina esse desesperado saracoteio, no qual todo o corpo estremece, pula, sacode, gira, bamboleia, como se quisesse desgrudar- se.
            Tudo salta, até os crioulinhos que esperneiam no cangote das mães, ou se enrolam nas saias das aparigas. Os mais taludos viram cambalhotas e pincham à guisa de sapos em roda do terreiro. Um desses corta jaca no espinhaço do pai, negro fornido, que não sabendo mais como desconjuntar-se, atirou consigo ao chão e começou de rabanar como um peixe em seco. (...)


                                                                                                José de Alencar, Til.

(*) “adumbra-se” = delineia-se, esboça-se.

Para adequar a linguagem ao assunto, o autor lança mão também de um léxico popular, como atestam todas as palavras listadas na alternativa

Alternativas
Comentários
  • Pinchar é popular de que época?


ID
1155334
Banca
PM-RO
Órgão
PM-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os itens apresentam fragmentos adaptados de textos diversos. Julgue-os no que se refere à correção gramatical e ortográfica.

“Seria ingênuo pensar que esse mito desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das pernas, está.” (ANEEL, 2010) O sentido da expressão “mal das pernas”, característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse “mal” por mau.

Alternativas
Comentários
  • Pessoal, pensa numa questão que fiquei em dúvida. Na escrita pode até prejudicar, no entanto, na oralidade não prejudicada.


  • mal= bem

    mau= bom

    só substituir!

  • TB acho que não prejudica na oralidade

  • MAL - BEM - ADVÉRBIO.

    MAU - BOM - ADJETIVO.

    QUALQUER ALTERAÇÃO NESSE SENTIDO TRARÁ PREJUÍZO SEMÂNTICO, OU SEJA, ALTERAÇÃO DO SENTIDO DO TEXTO.

    GABARITO: CERTO.

  • Não perguntou semântica (sentido), mas sim oralidade. Não vejo mudança alguma nessa característica já que mal e mau são homônimos homófonos (mesma pronúncia) 

  • A pargunta é se prejudica o sentido mesmo, e não a oralidade.

  • O SENTIDO da expressão “mal das pernas”, característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse “mal” por mau.

    A pergunta é em relação ao sentindo, então está correta!

  • O sentido da expressão “mal das pernas”, característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse “mal” por mau.

    A parte em negrito é um aposto, no qual está explicando que a expressão "Mal das pernas" é uma característica da oralidade, ou seja, popular na boca do povo e não uma expressão formal escrita. Como é um aposto, sua retirada não prejudicaria o frase, que resultaria:
    O sentido da expressão “mal das pernas” seria prejudicado caso se substituísse “mal” por mau
  • Mal é adverbio
    Mau é adjetivo

  • GABARITO: CERTO

    Mal é adverbio

    Mau é adjetivo = oposto de BOM


ID
1157548
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


A linguagem coloquial aparece seguidas vezes no texto. O segmento que a exemplifica é:

Alternativas
Comentários
  • Olá, alguém poderia explicar melhor essa questão para mim. Obrigada!

  • Na questão acima o uso da palavra "Ora", torna a sentença em linguagem coloquial. Abaixo algumas comparações entre a linguagem coloquial e culta.


    Língua coloquial:

    • Variante espontânea;
    • Utilizada em relações informais;
    • Sem preocupações com as regras rígidas da gramática normativa;
    • Presença de coloquialismos (expressões próprias da fala), tais como: pega levese tocatá rolandoetc.
    • Uso de gírias;
    • Uso de formas reduzidas ou contraídas (pra, cê, peraí, etc.)
    •  Uso de “a gente” no lugar de nós;
    • Uso frequente de palavras para articular ideias (tipo assim, ai, então, etc.);

     Língua culta:

    • Usada em situações formais e em documentos oficiais;
    • Maior preocupação com a pronúncia das palavras;
    • Uso da norma culta;
    • Ausência do uso de gírias;
    • Variante prestigiada.

    A língua coloquial, por ser descontraída, relaciona-se à fala (língua oral), enquanto a culta, à escrita.


    Espero ter ajudado, bons estudos.

  • Entendo que a expressão "...agarrou-nos pela perna..." seja coloquial, assim como: nos deixou de calças curtas. Poderíamos reescrevê-la da seguinte forma para que se torne linguagem culta: ...aquele francês nos surpreendeu com a sua astúcia...

  • e o lá fora da letra d? Não reflete linguagem coloquial? Para ser culto o emprego deveria ser no exterior ou algum outro sinônimo, não?

  • "ora" não torna a frase coloquial. O que a torna coloquial é o "agarrou-nos pela perna".

    Mas entendo que a "c" também esta na forma coloquial quando o autor utiliza "já anda" (a capacidade de adiar não anda, está utilizando de metáfora) e também "lá fora". 

    Se alguem puder esclarecer, à vontade.

  • Também acho que a letra B é informal quando ele fala ...essenciais SOBRE nós e SOBRE nossa terra, ao invés de ...essenciais sobre nós e nossa terra. Criou-se uma redundância. Interpretação é fods

  • O QUE ESTÁ NA LINGUAGEM COLOQUIAL É: "...SEMANA QUE VEM..." 

    NA NORMA CULTA SERIA "SEMANA QUE VIRÁ...", TENDO EM VISTA QUE SE TRATA DE FUTURO E NÃO DE PRESENTE.
  • Se referir ao exterior como "lá fora" é bastante culto. Vejo muito essa expressão nos documentos do Itamaraty.

  • E a palavra "NUMA" da letra C, não seria uma marca da linguagem coloquial?

  • “Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna (COLOQUIAL). O resto eu adio para a semana que vem”;

    Gabarito C, conforme o professor Arenildo.

  • Se “ lá fora “ for culto, não sei mais o que é.

  • Na letra D, a expressão anda também está no sentido conotativo, algm sabe justificar isso ?


ID
1160152
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
FAME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

            Somos uma sociedade injusta e segregacionista


O fenômeno dos centenas de rolezinhos que ocuparam shoppings centers no Rio e em São Paulo suscitaram as mais disparatadas interpretações. (...)

Eu, por minha parte, interpreto da seguinte forma tal irrupção:

Em primeiro lugar, são jovens pobres, das grandes periferias, sem espaços de lazer e de cultura, penalizados por serviços públicos ausentes ou muito ruins como saúde, escola, infra-estrutura sanitária, transporte, lazer e segurança. Veem televisão cujas propagandas os seduzem para um consumo que nunca vão poder realizar. E sabem manejar computadores e entrar nas redes sociais para articular encontros. Seria ridículo exigir deles que teoricamente tematizem sua insatisfação.

Mas sentem na pele o quanto nossa sociedade é malvada porque exclui, despreza e mantém os filhos e filhas da pobreza na invisibilidade forçada. O que se esconde por trás de sua irrupção? O fato de não serem incluídos no contrato social. Não adianta termos uma "constituição cidadã" que neste aspecto é apenas retórica, pois implementou muito pouco do que prometeu em vista da inclusão social. Eles estão fora, não contam, nem sequer servem de carvão para o consumo de nossa fábrica social (Darcy Ribeiro). Estar incluído no contrato social significa ter garantidos os serviços básicos: saúde, educação, moradia, transporte, cultura, lazer e segurança. Quase nada disso funciona nas periferias. O que eles estão dizendo com suas penetrações nos bunkers do consumo? "Oia nóis na fita"; "nois não tamo parado";"nóis tamo aqui para zoar"(incomodar). Eles estão com seu comportamento rompendo as barreiras do aparheid social.(...)

Continuamos uma Brasilíndia: uma Bélgica rica dentro de uma Índia pobre. Tudo isso os rolezinhos denunciam, por atos e menos por palavras.

Em segundo lugar, eles denunciam a nossa maior chaga: a desigualdade social cujo verdadeiro nome é injustiça histórica e social. Releva constatar que, com as políticas sociais do governo do PT, a desigualdade diminuiu, pois, segundo o IPEA, os 10% mais pobres tiveram entre 2001-2011 um crescimento de renda acumulado de 91,2%, enquanto a parte mais rica cresceu 16,6%. Mas esta diferença não atingiu a raiz do problema, pois o que supera a desigualdade é uma infraestrutura social de saúde, escola, transporte, cultura e lazer que funcione e seja acessível a todos. Não é suficiente transferir renda; tem que criar oportunidades e oferecer serviços, coisa que não foi o foco principal no Ministério de Desenvolvimento Social.

O "Atlas da Exclusão Social" de Márcio Poschmann (Cortez 2004) nos mostra que há cerca de 60 milhões de famílias no Brasil, das quais cinco mil famílias extensas detém 45% da riqueza nacional. Democracia sem igualdade, que é seu pressuposto, é farsa e retórica. Os rolezinhos denunciam essa contradição. Eles entram no "paraíso das mercadorias" vistas virtualmente na TV para vê-las realmente e senti-las nas mãos. Eis o sacrilégio insuportável pelos donos dos shoppings. Eles não sabem dialogar, chamam logo a polícia para bater e fecham as portas a esses bárbaros. Sim, bem o viu T.Todorov em seu livro "Os novos bárbaros": os marginalizados do mundo inteiro estão saindo da margem e indo rumo ao centro para suscitar a má consciência dos "consumidores felizes" e lhes dizer: esta ordem é ordem na desordem. Ela os faz frustrados e infelizes, tomados de medo, medo dos próprios semelhantes que somos nós.

Por fim, os rolezinhos não querem apenas consumir. Não são animaizinhos famintos. Eles têm fome sim, mas fome de reconhecimento, de acolhida na sociedade, de lazer, de cultura e de mostrar o que sabem: cantar, dançar, criar poemas críticos, celebrar a convivência humana. E querem trabalhar para ganhar sua vida. Tudo isso lhes é negado, porque, por serem pobres, negros, mestiços sem olhos azuis e cabelos loiros, são desprezados e mantidos longe, na margem.

Esse tipo de sociedade pode ser chamada ainda de humana e civilizada? Ou é uma forma travestida de barbárie? Esta última lhe convém mais. Os rolezinhos mexeram numa pedra que começou a rolar. Só parará se houver mudanças.

BOFF, Leonardo. Jornal Zero Hora. 28 jan. 2014. (adaptado). Disponível em: . Acesso em 05 abr. 2014.


Releia este excerto.


“O que eles estão dizendo com suas penetrações nos bunkers do consumo? "Oia nóis na fita"; "nóis não tamo parado"; "nóis tamo aqui para zoar"(incomodar). Eles estão com seu comportamento rompendo as barreiras do aparheid social.”

O autor optou por escrever essas passagens em discurso direto em uma variedade do português diferente da variedade padrão porque

Alternativas
Comentários
  • Aos não assinantes:

    GABARITO: C


ID
1181569
Banca
FUNRIO
Órgão
IF-PI
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão tomará por base o seguinte texto, que inicia o romance Palha de Arroz:

Ruas quietas dentro duma tarde cinzenta de janeiro. Quase nada de movimento por aqueles becos estreitos e sujos entre casas pobres. O sol assim como se enferrujado. Quase mesmo que querendo se apagar de todo. Era assim uma coisa como se o próprio tempo estivesse de propósito para abafar o movimento daquelas vivalmas que por ali labutavam e faziam outras coisas. Palha de Arroz não era bairro, nem de longe, propenso a tamanha tranquilidade. Já a tarde ia-se findando. E não aparecia um vivente para fechar o ponto do dia, ou mesmo abrir o programa da noite que já vinha vindo bem perto. Tudo silente. Tudo parado que nem água de poço.

Às portas dos armazéns, estivadores trabalhavam dando os últimos pospontos em sacos de oiticica, cera de carnaúba, babaçu. Já outros batiam e dobravam peles e espichados. Foi quando Parente, terminando sua tarefa, saiu assim rumo à ribanceira do rio. Jogou os panos fora e caiu n'água para derreter, mesmo sem sabão, ao menos a metade do grude. Alguns carroceiros, que davam jantar aos burros, atiraram-lhe pilhérias pesadas. Logo Parente lhes deu notícias das mães. Ninguém, entretanto, ao menos de leve se queimou. Qualquer um já bem sabia quem era aquele safado. Já ia para coisa de dez anos que morava na Barrinha. (...)
Já ia pardejando. Genoveva passou rebolando as ancas dentro duma saia de chita, subindo a rampa do cais. Toda imponente, empinada. Dengosa de faceira! Só que com o pescoço duro e meio torto, para a lata d'água não vomitar golfadas em seu corpo. 


 (Fontes Ibiapina: Palha de Arroz. Teresina: Corisco, 2002, p. 11-2)








Assinale a alternativa que reproduz um trecho que serve como exemplo de variante linguística popular.

Alternativas
Comentários
  •  passou rebolando as ancas = é muito popular!!!

  • A variação linguistica popular que temos é o termo dentro duma ( dentro de uma)

  • ancas 

    Região do corpo que se estende da cintura até as coxas. Compreende as partes íntimas femininas quadris e todo o resto desta região

    Que ancas enormes!

    sinonimos= quadris, cadeiras, nádegas...

  • Não conhecia esses termos kkkkk mas fui no instinto...

  • Concordo com o amigo Lázaro, o termo popular aqui é "duma" "de+uma"

  • Alguém poderia explicar por que não é o item B?

    Palha de Arroz não era bairro, nem de longe, propenso a tamanha tranquilidade.

    "Nem de longe" não é popular?


ID
1190926
Banca
FUNRIO
Órgão
IF-PI
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão tomará por base o seguinte texto, que inicia o capítulo XX do romance Palha de Arroz:


  O velho Antônio Batista, mais conhecido por Antônio Cabeça-Branca, tinha para obra de setenta janeiros nos couros. E caminhava para uns quarenta naquela sua profissão de responsos. E a voz do povo era que nunca um trabalho seu mentiu fogo. Fazia coisa de sete cabeças, coisas do arco da velha. Sua fama de responsador corria os quatro cantos da cidade e se alastrava mundo afora. Até de S. Luís do Maranhão, terra de grandes pajés - grandes mestres na arte - vinha gente para ele fazer trabalhos. 

  Maria Piribido não conhecia pessoalmente o velho Antônio Cabeça-Branca. Só de nome. Pela fama. Era agora, porém, chegada a vez. A vez de conhecê-lo de vista. Dava-se que o momento oportuno e necessário batera-lhe à porta. Decerto que iria dar certo. Nunca um outro cristão soube responsar Santo Antônio com tanta perfeição. Nasceu dotado para aquilo. O próprio nome dava certo - Antônio. Um Antônio que responsava Santo Antônio. Cabeça-Branca na certa que significava experiência. Veio ao mundo com aquela sorte, aquele destino, aquele dom. Com a sorte, o destino e o dom de responsar Santo Antônio e encontrar objetos roubados e perdidos. 

  Foi. Falou com ele. 


Contou-lhe tudo. (Fontes Ibiapina: Palha de Arroz. Teresina: Corisco, 2002, p. 128-9)

Observemos de novo o seguinte trecho: “Nasceu dotado para aquilo. O próprio nome dava certo – Antônio. Um Antônio que responsava Santo Antônio.” Esse comentário ou pensamento de Maria Piribido observa a seguinte questão linguística:

Alternativas
Comentários
  • É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica - HOMÔNIMOS.

    Polissemia 
    É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados.
    Exemplos:

    Ele ocupa um alto posto na empresa.
    Abasteci meu carro no posto da esquina.

    Paronímia é a relação entre palavras que apresentam um sentido diferente e forma semelhante a outra, que provoca, com alguma frequência, confusão.
    acender - dar luz ; ascender - subir
  • Gab.: C

    Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados. 

    Exemplos: Os convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.

    Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos.

    Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e origem completamente distintos. Exemplos: São(Presente do verbo ser) - São (santo)

    Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita.


  • um antônio e santo antônio são homônimos perfeitos

     

  • não entedo, polissemia e homonimia parecem tudo a mesma coisa af

  • Acender e ascender são homônimos homógrafos( mesma fonética) não parônimos.


ID
1190929
Banca
FUNRIO
Órgão
IF-PI
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão tomará por base o seguinte texto, que inicia o capítulo XX do romance Palha de Arroz:


  O velho Antônio Batista, mais conhecido por Antônio Cabeça-Branca, tinha para obra de setenta janeiros nos couros. E caminhava para uns quarenta naquela sua profissão de responsos. E a voz do povo era que nunca um trabalho seu mentiu fogo. Fazia coisa de sete cabeças, coisas do arco da velha. Sua fama de responsador corria os quatro cantos da cidade e se alastrava mundo afora. Até de S. Luís do Maranhão, terra de grandes pajés - grandes mestres na arte - vinha gente para ele fazer trabalhos. 

  Maria Piribido não conhecia pessoalmente o velho Antônio Cabeça-Branca. Só de nome. Pela fama. Era agora, porém, chegada a vez. A vez de conhecê-lo de vista. Dava-se que o momento oportuno e necessário batera-lhe à porta. Decerto que iria dar certo. Nunca um outro cristão soube responsar Santo Antônio com tanta perfeição. Nasceu dotado para aquilo. O próprio nome dava certo - Antônio. Um Antônio que responsava Santo Antônio. Cabeça-Branca na certa que significava experiência. Veio ao mundo com aquela sorte, aquele destino, aquele dom. Com a sorte, o destino e o dom de responsar Santo Antônio e encontrar objetos roubados e perdidos. 

  Foi. Falou com ele. 


Contou-lhe tudo. (Fontes Ibiapina: Palha de Arroz. Teresina: Corisco, 2002, p. 128-9)

Assinale a alternativa que reproduz um trecho que serve como exemplo de variante linguística popular e regional.

Alternativas
Comentários
  • gab. A

    o porquê? não sei.... 

  • Variante linguística: duas grafias oficiais para o mesmo vocábulo

    Couro / Coiro

    Fonte: http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=lemma&lemma=8812

  • Gab A - O velho Antônio Batista tinha para obra de setenta janeiros nos couros. Popular porque é de costume de alguns substituir a quantidade de "anos" da idade por "janeiros" e nos "couros"

  • Vivendo e aprendendo......

  • A expressão SETENTA JANEIROS NOS COUROS quer dizer que ele tinha 70 anos de idade. Na região nordeste é bem comum se referir à idade pelo numero de "JANEIROS", sendo que cada "janeiro" corresponde a um ano de idade e a expressão "NOS COUROS" traz a ideia de posse.


ID
1198120
Banca
CEPERJ
Órgão
Prefeitura de Angra dos Reis - RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   BEBIDA EM ALTA

        Ao contrário do que acontece nos países desenvolvidos, o consumo do álcool tem aumentado nos países em desenvolvimento. É o caso do Brasil, onde não há praticamente controle sobre a indústria de bebidas alcoólicas. Segundo os especialistas, é preciso uma política pública para o álcool tão ofensiva quanto a do cigarro. “Um litro de pinga aqui custa menos do que 1 dólar”, diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Nos países desenvolvidos, uma garrafa de destilado não sai por menos de 10 dólares.” Além dos preços baixíssimos, no Brasil o marketing da indústria do álcool é muito agressivo e mira sobretudo os jovens. O levantamento do Ministério da Saúde confirma essa tendência. Os brasileiros que bebem exageradamente têm, em sua maioria, entre 18 e 24 anos.
        Uma das principais preocupações é a tendência de aumento do abuso do álcool pelas mulheres jovens. Um estudo conduzido recentemente pela Unifesp revela que o consumo exagerado de álcool aumenta principalmente entre as meninas adolescentes. Elas já se equiparam aos meninos e três em cada dez bebem com freqüência. Quanto mais se bebe na juventude, maior será a propensão ao alcoolismo na idade adulta.
        Quantidades moderadas de álcool, algo como dois copos de vinho por semana, trazem benefícios ao coração e ao sistema circulatório. Mais do que isso pode resultar em danos irreversíveis ao fígado. Há indícios de que o abuso de álcool pode lesionar o cérebro. Em excesso, a bebida está associada a danos nas regiões cerebrais ligadas à memória e ao aprendizado.

                                            Veja, 05-03-2008


No artigo, predomina a linguagem formal; o segmento que emprega uma variação popular é:

Alternativas
Comentários
  • C) “Segundo os especialistas, é preciso uma política pública para o álcool tão ofensiva quanto a do cigarro. “Um litro de pinga aqui custa menos do que 1 dólar”, diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Nos países desenvolvidos, uma garrafa de destilado não sai por menos de 10 dólares.”;

    Expressão coloquial que costumamos ver muito em lojas:

    Ex: O vendedor chega em você e diz:

    -- Você levando 2 camisetas, a segunda SAI pela metade do preço !

    "Sai" é no sentido conotativo (figurado), com o significado de "será vendida".

    Gabarito: C

  • Se essa fosse a justificativa então a A estaria correta

  • Acho que fica coloquial a partir do momento que ele diz "pinga" e não "bebidas alcoólicas".


ID
1198933
Banca
CEPERJ
Órgão
SEDUC-RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Rapaz, cheguei atrasado na prova e estava assim de gente diante do portão, mas consegui chegar na prova, mas foi fogo! Aí ainda vi que tinha esquecido a droga do lápis em casa... na mesa da sala... foi um sufoco, mas... tudo bem!”

O texto é a reprodução aproximada da fala de um candidato a concurso público. A marca abaixo da variedade de língua falada que não está presente nesse segmento é:

Alternativas
Comentários
  • Rapaz, cheguei atrasado na prova e estava assim de gente diante do portão, mas consegui chegar na prova, mas foi fogo! ainda vi que tinha esquecido a droga do lápis em casa... na mesa da sala... foi um sufoco, mas... tudo bem!”

    A) problemas de desvios da norma culta.

    B) conexões repetitivas e pouco precisas.

    D) reduzida precisão informativa.

    E) presença de gírias e expressões de caráter popular.

    Gabarito: C


ID
1206757
Banca
NUCEPE
Órgão
PC-PI
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia, a seguir, trechos de uma entrevista concedida pelo Presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, à Revista Veja, para responder às questões de 11 a 15. 

Veja: Nos últimos meses, houve uma série de manifestações no Brasil. Agora, há rolezinhos em shopping centers. A sociedade e as autoridades estão sabendo lidar com essas situações?

Ministro: Aquela crença de que o brasileiro é pacífico é falsa. O brasileiro protesta, sim. A situação chegou a um limite extremo, os serviços prestados são tão ruins que há um inconformismo generalizado. Mas a sociedade não é vítima quando a situação política chega a esse ponto, ela é culpada. Reclama do governo e se esquece de que quem colocou os políticos lá foi ela própria. A manifestação é uma maneira legítima de mostrar sua insatisfação com a vida nacional. Razões para protestar não faltam. Ainda mais com a carga tributária que temos, que mais parece um confisco. Mas todos precisam perceber que são culpados pela situação. (...)

Veja: A situação das prisões brasileiras é medieval. A falta de ação dos governos para melhorá-las contribui para o aumento da criminalidade?

Ministro: Exatamente. A população carcerária provisória chegou ao mesmo número da população definitiva, quando se prega na Constituição que só se pode prender depois de assentada a culpa. Mas, no afã de dar uma satisfação vã à sociedade, transformou-se a regra - o cidadão responder ao processo em liberdade - em exceção. Com isso, o Estado não respeita a integridade do preso. As condições são desumanas e não há ressocialização dos presos. Por isso os índices de reincidência são altíssimos. O preso não sai reeducado para a vida em sociedade. Ele sai embrutecido.

(Revista VEJA. Editora ABRIL. Edição 2360 - ano 47 - nº 7 - 12 de fevereiro de 2014 - p. 16. Por Otávio Cabral) 

A entrevista é um evento comunicativo que se realiza sob condições contextuais específicas. A entrevista, acima, desenvolve-se a partir de uma linguagem com características de norma

Alternativas
Comentários
  • Linguagem CULTA: usa-se geralmente na escrita. Situações formais; em redação de documentos oficiais; maior preocupação com a pronúncia das palavras; norma culta; ausência de gírias; variante prestigiada (Ex. de verbos utilizados: passe-me, entrara, ver-se-ia, etc)

    Linguagem COLOQUIAL, INFORMAL ou POPULAR: usa-se geralmente na forma oral. Uma maneira mais "relaxada" de falar; variante espontânea, utilizada em relações informais, sem preocupações com as normas rígidas da dramática, coloquialismo (expressões próprias da fala: pega leve, tá rolando, se toca, etc); uso de gírias, formas reduzidas (pra, cê, perai, etc); uso de "a gente", ao em vez de "nós"; uso frequente de palavras para articular ideias: tipo assim, ai, então, etc; linguagem do cotidiano.

    Resposta letra "A", pois a entrevista segue a linguem formal e por se tratar de uma entrevista é da modalidade oral.

  • Chrystiane, fiquei na duvida, ao ler o primeiro paragrafo que diz ...Agora, há rolezinhos em shopping centers... marquei a letra d, rolezinhos é uma giria usada numa linguarem popular nao é? 

  • Nilson, vamos ver se consigo sanar a sua dúvida.

    Primeiramente sabemos que entrevista é uma modalidade oral, apesar de ter sido publicada pela Revista, primeiramente foi feita uma entrevista oral. >>> Após essa análise podemos eliminar 3 respostas: as letras B, C, e D.

    A entrevista segue uma linguagem culta/formal, pois como podemos ver, em nenhum momento o entrevistador ou entrevistado fazem uso de linguagem informal/coloquial. 

    Tu questionou o uso da palavra "rolezinho". Ela é sim uma giria, mas na entrevista ela (rolezinho) está sendo usada como uma especie de "evento", "movimento social", "acontecimento", e não sendo usada como giria "em si".

    Logo, temos que a letra A será a resposta correta. 


    Espero ter ajudado!

    Bons estudos!

  • Errei de bobeira, faltou prestar mais atenção na questão!

  • O gabarito da banca é letra "A". Culta e Oral.

  • Errei feio....culta para mim tinha que ter vossemecê, deveras e etc.

  • O anúncio da questão já elimina as letras B, C e D...

    A entrevista é um evento comunicativo que se realiza sob condições contextuais específicas. A entrevista, acima, desenvolve-se a partir de uma linguagem com características de norma

    E ao ler a entrevista nota-se que está em norma culta!

    Gabarito: A

  • Que odio da nucepe.


ID
1218346
Banca
VUNESP
Órgão
SEDUC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Calor verbal

  Diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, onde é notória a agressividade da oposição parlamentar ao governo de Barack Obama, o debate ideológico brasileiro tem se destacado por uma singular dualidade de estilos.
  No reino virtual da internet, blogueiros e comentaristas amiúde adotam uma linguagem de extrema virulência. No mundo político real, entretanto, o ambiente vinha se caracterizando há tempos por um relativo marasmo.
  As semanas sufocantes deste verão acumulam, todavia – não tanto pela impaciência com as condições meteorológicas, e bem mais pelo avançar do calendário eleitoral –, claros sinais de que se passa a apostar em novos tons de beligerância política. 
(Folha de S.Paulo, 13.02.2013. Adaptado)



Assim como o título do texto, também está empregada em linguagem figurada a expressão destacada em:

Alternativas
Comentários
  • Da letra A até a letra D são expressões usadas para seu real sentido, entendendo como real sentido o significado pelas palavras dado pelos dicionários. 

    A letra E fala em beligerância política onde beligerância significa guerra. Guerra = luta armada entre nações ou partidos, confronto. Logico nao havera luta armada, eis que pode se dizer que foi no sentido conotativo.

  • Fiquei em dúvida na letra ''c'' linguagem de extrema virulência, alguém pode me explicar?

  • O problema da questão é que beligerância é uma palavra pouco conhecida. :(

    Beligerância = guerra.

    E não há uma real guerra, como no sentido denotativo, do dicionário.

    Logo, letra E.

  • e-

    Nao se trata de uma guerra real, mas sim uma disputa entre ideiais

  • Assertiva E

    claros sinais de que se passa a apostar em novos tons de beligerância política. (3.º §)


ID
1249198
Banca
IDECAN
Órgão
DETRAN-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                             Depois dos táxis, as ‘caronas’ 

 
        No princípio era o táxi.Dezenas de aplicativos de celular para chamar amarelinhos proliferaram no ano passado, seduzindo passageiros e incomodando cooperativas.Agora,a nova onda de soluções móveis para o trânsito tenta abolir taxistas por completo em busca de objetivo mais ambicioso: convencer motoristas a aderirem, de vez, às caronas.
        Um dos modelos é inspirado em softwares que fazem sucesso - e barulho - em São Francisco e Nova York, a exemplo de Uber e Lyft. A primeira experiência do tipo no Brasil atende pelo nome de Zaznu - gíria em hebraico equivalente ao nosso “partiu?” - e começou pelo Rio, mês passado.
        Por meio do app, donos de smartphones solicitam e oferecem caronas a desconhecidos. Tudo começa com o passageiro, que aciona o programa para pedir uma carona. Com base na localização e no perfil da pessoa, motoristas cadastrados que estiverem nas redondezas decidem se topam ou não pegá-lo. Quando a carona é aceita, os dois conversam por telefone para combinar o ponto de encontro.
         Para garantir a segurança dos passageiros, o Zaznu diz entrevistar os motoristas cadastrados,além de checar antecedentes criminais. Já os passageiros precisam registrar um cartão de crédito para pagamentos “voluntários”.
         É justamente por não ser gratuito que o aplicativo já faz barulho.Tão logo surgiu, taxistas abriram a página no FacebookZaznu, a farsa da carona solidária”, que denuncia “o crime que é oferecer serviço de transporte em carro particular”,como explicou o criador do grupo, Allan de Oliveira. O sindicato da categoria no Rio concorda.
         - É irregular,iremos à Justiça.Mas temos certeza de que a prefeitura vai detê-lo - disse o diretor José de Castro.
         Procurada por duas semanas, a Secretaria Municipal de Transportes do Rio não se manifestou.
         Em sua defesa,Yuri Faber,fundador do Zaznu,alegou que o aplicativo não constitui um serviço pago de transportes porque seus termos de uso classificam o pagamento como “doação opcional”. A sugestão de preço equivale a 80% do preço que seria cobrado por um táxi no mesmo trajeto. A Zaznu fica com um quinto do valor, o resto vai para o motorista.
        - O passageiro tem todo o direito de decidir se paga,e quanto paga. O app só sugere um valor - justificou.
                                                                                                                                                (O Globo,20/04/2014.)

Quanto ao nível de formalismo da linguagem, assinale o trecho do texto que apresenta características de uma linguagem coloquial.

Alternativas
Comentários
  • Denotação: palavra com sentido literal, dicionarizado.

    Conotação: palavra com sentido ampliado, permitindo interpretações diversas, é conhecida como linguagem figurada. 
  • Gabarito: "B"

    Língua coloquial:

    • Variante espontânea;
    • Utilizada em relações informais;
    • Sem preocupações com as regras rígidas da gramática normativa;
    • Presença de coloquialismos (expressões próprias da fala), tais como: pega levese tocatá rolando etc.
    • Uso de gírias;
    • Uso de formas reduzidas ou contraídas (pra, cê, peraí, etc.)
    • Uso de “a gente” no lugar de nós;
    • Uso frequente de palavras para articular ideias (tipo assim, ai, então, etc.);

     Língua culta:

    • Usada em situações formais e em documentos oficiais;
    • Maior preocupação com a pronúncia das palavras;
    • Uso da norma culta;
    • Ausência do uso de gírias;
    • Variante prestigiada.

    A língua coloquial, por ser descontraída, relaciona-se à fala (língua oral), enquanto a culta, à escrita.

  • Se não sabe ou, na hora, der um "branco", use apenas a eliminação. No meu caso não tinha certeza do que se tratava a linguagem coloquial. Mas percebi que a B era a única que se diferenciava sinteticamente.

  • RESPOSTA B

    .... a nova onda de solucões móveis. "Onda" é usada no texto não no seu sentido literal e sim figurado (coloquial)


ID
1251961
Banca
CETRO
Órgão
CHS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quanto à ortografia e de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e o contexto, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • erros de ortografia

    b) suavizar

    c) sarjeta

    d) vulgar

    e) pechincha


ID
1256602
Banca
FUNRIO
Órgão
IF-PI
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

        Já ia para três anos, ou mais qualquer coisa, que as lâmpadas feriavam. Mas até que as ruas estavam claras naquela noite. Era uma Lua bonita!... Palha de Arroz, tranquila, parecia um arraial antigo dentro da madrugada. Lá no meio do céu, redonda e bonita, a Lua parecia um disco. Um disco cantando uma canção. Uma canção que poetas não escreveram nem músicos compuseram. Canção de luar de lua cheia por cima duma capital sem luz elétrica. Do tamanho mesmo da lua cheia em pleno e bruto sertão bravio. Daí aqueles pensamentos dançando nos corredores da cabeça do negro Pau de Fumo. Uma canção de luar com a mesma poesia de paragem que nunca sequer ao menos alguém sonhou com eletricidade.
         Madrugada madura. Palha de Arroz tranquila mesma, serena. Calma. Dava-se que o movimento agora estava passando uns dias lá no outro lado do rio – bem ali em Timon.
         Canoeiros atravessando o pessoal para o festejo. Novenas de S. José. Outrora a cidade se chamava S. José das Flores. Mais conhecida mesmo só por Flores, nome que aliás o povo ainda chamava mesmo depois de mudado o nome para Timon.  

(Fontes Ibiapina: Palha de Arroz. Teresina: Corisco, 2002, p. 52-3)

Assinale a alternativa que reproduz um trecho que serve como exemplo de variante linguística popular e regional.

Alternativas
Comentários
  • arraial poderia se encaixar como resposta correta...

  • Banca ridicula 

  • Gab E - Vai entender porque!

  • o correto seria a letra b e não a letra e.

  • Penso que no caso se trata de uma variante linguistica que ocorre na expressão "bem ali". Onde ser faz um "bico" apontando pra onde. É algo comum em comunidades ribeirinhas.

  • Gabarito E

     

    Arraial = Acampamento de militares. Lugar de povoação temporária, mais ou menos densa. Ajuntamento festivo de povo. Lugar onde há festejos e aglomeração popular. Reunião de pequenas casas, à beira de rio ou do mar, onde se agasalham os pescadores e se guardam os instrumentos de pesca.

    Arraial possui vários significados dependendo do contexto, mas não é uma variante linguística, regional.

     

    Lá =  Ali, naquele lugar. Algures, entre eles, naquele país. Àquele ou para aquele lugar. Aí, nesse lugar. 

    Lá é um modalizador deôntico adverbial, variante linguística, regional.

     

     

    http://raquelestdisc.blogspot.com.br/2005/06/modalizao.html

    http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/definicao/la_988731.html

    http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=arraial

  • Resposta da [Luana RJ], explica bem a assertiva. Obrigado!

     

    ---------

    At.te, CW.

  • sertão brávio

  • Pessoal,

    Gabarito E,

    Explicação: Não sei.

    Próxima.


ID
1261300
Banca
CETRO
Órgão
FCP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em relação aos vícios de linguagem, assinale a alternativa que não apresenta um vício de linguagem.

Alternativas
Comentários
  • Acredito que na letra "b" o vício é de colisão (aproximação de sons consonantais idênticos ou semelhantes)

  • Perfeito o comentário do colega Vinícius!
    Muito obrigado e continue assim bjs


ID
1266793
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II - Maracatu Atômico

Atrás do arranha-céu, tem o céu, tem o céu
E depois tem outro céu sem estrelas
Em cima do guarda-chuva, tem a chuva, tem a chuva
Que tem gotas tão lindas que até dá vontade de comê-las

No meio da couve-flor, tem a flor, tem a flor
Que além de ser uma flor, tem sabor
Dentro do porta-luvas, tem a luva, tem a luva
Que alguém de unhas negras e tão afiadas se esqueceu de pôr

Nelson Jacobina e Jorge Mautner; do CD Eu Não Peço Desculpas, de Jorge Mautner e Caetano Veloso (fragmento)


Embora seja característico do uso coloquial brasileiro e esteja sendo incorporado à língua literária, deve ser evitado na escrita formal, o emprego do verbo que se constata em:

Alternativas
Comentários
  • O verbo ter não pode ser usado no sentido de existir

  • Teria de ser usado o verbo Haver. O verbo ter só será usado em sentido de Posse.

  • Quando olhei a questão me lembrei na hora do poema "No meio do caminho tinha uma pedra" de Carlos Drummond de Andrade. O poema data pouco depois da Semana de Arte de Moderna, em 1922. Drummond - como bom modernista -, ao escrever “tinha uma pedra no meio do caminho”, utilizou-se da fala popular, esquivando-se da Gramática padrão, já que o verbo “ter” não deve ser usado no sentido de “existir, ocorrer, acontecer”. No seu lugar, se Drummond quisesse utilizar a norma culta, deveria ter usado o verbo “haver”: havia uma pedra no meio do caminho ou ainda o verbo existir: existia uma pedra no meio do caminho. O verbo "ter", é claro, foi usado ali de maneira proposital. Soa natural a intimidade do verbo "ter" quando o que se exprime é um “drama interior”. Este poema gerou grande polêmica na época.

  • Gab. A

    E depois tem outro céu sem estrelas



ID
1300540
Banca
FGV
Órgão
TJ-AM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Derrota da Censura 


      A decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de aprovar em caráter conclusivo o projeto  que  autoriza  a divulgação  de  imagens,  escritos  e  informações  biográficas  de pessoas públicas pode ser um marco na história da liberdade de expressão no país. 
      Até  agora, o Brasil  vem  caminhando no obscurantismo no tocante  à  publicação  ou  filmagem  de  biografias. O  artigo  20  do Código  Civil  bate  de  frente  com  a  Constituição,  que  veta  a censura.  Só  informações  avalizadas pelo biografado ou pela  sua família  podem  ser  mostradas.  É  o  império  da  chapa  branca, cravado  numa  sociedade  que  caminha para  o  pluralismo,  a transparência, a troca de opiniões. 
      O brasileiro vê estupefato uma biografia de Roberto Carlos  sendo recolhida e queimada; biografias de Guimarães Rosa e Raul Seixas  sendo proibidas de  circular;  inúmeros  filmes  vetados por famílias que  se  julgam no direito de determinar o que pode ou não pode  ser dito  sobre qualquer pessoa. Exatamente o que os generais acreditavam poder  fazer em  relação  a  jornais,  rádios e televisão. 
      [....] O  projeto  aprovado  na  CCJ  abre  caminho  para  que  a sociedade  seja  amplamente  informada  sobre  seus  homens públicos,  seus  políticos,  seus  artistas, não  apenas  através  de denúncias,  mas  também  de  interpretações.  O  livro  publicado sobre Roberto Carlos era  laudatório; o mesmo  acontecia  com o documentário  de  Glauber  Rocha,  também proibido,  sobre  Di Cavalcanti. 
      [....]  A  alteração  votada  abre  um  leque  extraordinário  ao desenvolvimento  da  produção  cultural  neste  país.  Mais  livros serão  escritos,  mais  filmes  serão realizados,  mais  trajetórias políticas e artísticas serão debatidas.
 

                                                                   (Nelson HoineffO Globo, 11/04/2013)

A frase que exemplifica uma variação linguística diferente da dos demais segmentos destacados no texto é:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi essa questão. Alguém, por favor, poderia ajudar?

    Tem a ver com a escrita (ou não) na norma culta? Aí o que pegou foi a expressão "bate de frente", que não pertence à norma culta? 

  • Variação Linguística = formal e informal!

  • por causa da expressão bate de frente

  • tambem nao entendir essa questao 

  • bate  de  frente: linguagem figurada = de encontro a 


  • A questão fala sobre variação linguística que consiste na mudança de como se fala, por influência de alguns fatores. Pesquisando encontrei 3 tipos de variações linguísticas: 

    Variações diafásicas

    Representam as variações que se estabelecem em função do contexto comunicativo, ou seja, a ocasião é que determina a maneira como nos dirigimos ao nosso interlocutor, se deve ser formal ou informal. 

    Variações diatópicas (regionalismo)

    São as variações ocorridas em razão das diferenças regionais, como, por exemplo, a palavra “abóbora”, que pode adquirir acepções semânticas (relacionadas ao significado) em algumas regiões que se divergem umas das outras, como é o caso de “jerimum”, por exemplo. 

    Variações diastráticas

    São aquelas variações que ocorrem em virtude da convivência entre os grupos sociais. Como exemplo podemos citar a linguagem dos advogados, dos surfistas, da classe médica, entre outras.

  • Andre Robson, não tinha nada pra destacar. A expressão "destacado do texto" significa "retirado do texto".


    Realmente, a questão tratava de norma culta/coloquial... letra D.


    Mas poderia em algum momento de muita tensão levar o candidato a confundir com subjetividade e tender marcar a letra C...

  • Variação linguística: o registro coloquial, a informalidade e a norma culta e a formalidade.

    [...] Código Civil bate de frente com a Constituição -> informalidade, linguagem figurada.

    GABARITO LETRA D

  • É necessário ler as alternativas e identificar qual a variação linguística que prevalece: constata-se que é a formal.

    A única com variação informal é a alternativa D, por conta da expressão "bate de frente".

  • a opção c também é coloquial

ID
1313425
Banca
FGV
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que indica a característica que marca a língua escrita e não a língua falada.

Alternativas
Comentários
  • Só Jesus na causa. E é ELE que vai me ajudar!

    Alguém sabe explicar? Obrigada!
  • alguém que saiba poderia explicar....please !!!

  • O enunciado pede para que marquemos a alternativa em que há apenas características de uma linguagem escrita, de um texto escrito e não falado. Sendo assim:

    a) CORRETA. Quando se escreve um texto há apenas a figura do emissor da mensagem. O progresso das ideias do texto depende unicamente dele. Ele dirá apenas o que quiser ao receptor e não poderá ser interrompido por este no decorrer de seu discurso (o receptor não pode interferir no texto do emissor enquanto este o escreve), assim, o texto flui sem dificuldades, sem questionamentos, sem ser interrompido pelo receptor. Já na língua falada, o locutor encontra várias dificuldades no decorrer de seu discurso. Nesse caso, o receptor não está ausente, pelo contrário, está ali, de frente para o emissor, interrompendo seu discurso a todo momento, retificando as ideias, acrescentando informações, opondo-se aos pontos de vista expostos, etc..

  • No texto escrito, o receptor está ausente.

    Diante de eventuais dificuldades do receptor, não há como o escritor detalhar ou explicar ("progressivo refinamento do enunciado") o que já está escrito. A linguagem escrita é estática. Não tem o dinamismo da linguagem falada.

    Acho que é mais ou menos isso. Corrijam, por favor.

  • língua escrita leia-se norma culta. A letra A é a mais adequada, que mais se aproxima disso.

  • Não entendi o que significa o refinamento do enunciado. Seria melhorar o entendimento das ideias?

  • Matheus, 
    Acredita que seja algo como.. estou falando alguma coisa, ae vc me interrompe e diz: "Perae que não entendi esta parte". Algo assim.

  • Indicada para comentário do Professor!

    Mais uma típica questão da abençoada FGV...

  • Erro de concordância crasso na letra C. É uma questão de atenção, só isso e eu também errei por falta dela. O que o enunciado quer é que se identifique uma característica exclusivamente da língua escrita e, nesse sentido, a correta é mesmo a letra A, pela impossibilidade de refinamento do enunciado por conta da ausência do interlocutor. Em palavras mais simples, quando se escreve, o leitor não tem como interagir com o escritor, ou seja, o escritor não tem como melhorar o enunciado ou a explicação para se fazer melhor entendido e por isso o gabarito. 

     

  • Está claro que é a letra A. O receptor é ausente na língua escrita e presente na língua falada.

    Mas sinceramente, o que chama a atenção nessa questão é o incrível erro de concordância verbal e nominal na letra C. Qualquer vacilo nosso, num concurso, é fatal; já alguns elaboradores... Tomara que alguém tenha digitado errado, seria menos grave, mas também não é tolerável.


ID
1318243
Banca
FGV
Órgão
TJ-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Texto 4 – Uma ideia simples


                                                                                           Elio Gaspari, Folha de São Paulo, 27/8/2014


Todos os candidatos prometem crescimento e austeridade. Entre os chavões mais batidos vem sempre a reforma tributária, tema complexo, chato mesmo, acaba sempre em parolagem. Promete - se a simplificação das leis que regulam os tributos, e a cada ano eles ficam mais complicados. Uma coletânea da legislação brasileira pesa seis toneladas. Aqui vai uma contribuição, que foi trazida pelo Instituto Endeavor. Relaciona-se com o regime de cobrança de impostos de pequenas empresas, aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano (R$ 300 mil por mês). É o Simples – pode-se estimar que ele facilita a vida de algo como 3 milhões de empresas ativas.

Sobre a variedade de linguagem mostrada no texto 4, afirma-se corretamente que ela pertence à linguagem:

Alternativas
Comentários
  • “Caramba! To perdido, não sei como chegar no hotel.” – Este trecho está escrito na linguagem informal, visto que, faz uso de gírias cotidianas como “caramba” e de expressões utilizadas oralmente com bastante frequência como o “to”. “Chegar no hotel” também encontra-se escrito de maneira informal, o trecho é uma transcrição fiel da fala. “Estou perdido, não sei como chegar ao hotel.” – Desta vez o mesmo trecho, sem a gíria, está escrito de maneira formal. Observe o uso da palavra “Estou” e não “to”, abreviada e informal, como no trecho anterior e a preposição “ao” em “Não sei como chegar ao hotel” está empregada corretamente em lugar do “no” do trecho anterior. “E aí, como é que ce anda?” – Nesta frase há o uso da expressão “ce” que dá ideia de “você” o que caracteriza a linguagem informal. “Como é que você está?” – Neste caso já vemos o uso da linguagem formal sem que o “você” seja substituído por uma expressão ou abreviação mais informal.


    "Entre os chavões mais batidos vem sempre a reforma tributária, tema complexo, chato mesmo, acaba sempre em parolagem."

    Isso é ser formal????

    Eu marque a letra B por causa da primeira oração :(

    Creio que a FGV deveria reformular essa pergunta e colocar qual seria a predominância de linguagem!!!!



    http://www.estudopratico.com.br/o-que-e-linguagem-formal-e-informal/

  • o texto é PREDOMINANTEMENTE formal com traços de coloquialismo.


  • Língua coloquial:

    Variante espontânea; Utilizada em relações informais; Sem preocupações com as regras rígidas da gramática normativa; Presença de coloquialismos (expressões próprias da fala), tais como: pega leve, se toca, tá rolando etc. Uso de gírias; Uso de formas reduzidas ou contraídas (pra, cê, peraí, etc.)  Uso de “a gente” no lugar de nós; Uso frequente de palavras para articular ideias (tipo assim, ai, então, etc.);

     Língua culta:

    Usada em situações formais e em documentos oficiais; Maior preocupação com a pronúncia das palavras; Uso da norma culta; Ausência do uso de gírias; Variante prestigiada.

    A língua coloquial, por ser descontraída, relaciona-se à fala (língua oral), enquanto a culta, à escrita.

  • Caio, tive o mesmo raciocínio que vc e marquei b. Gabarito louco

  • Não achei o gabarito dos melhores, marquei A por interpretar que mesmo o texto não sendo a formalidade expressa, está claro, coerente e usa de alguns termos coloquiais...A alternativa B, traz consigo o uso de gírias, o que não identifiquei no texto..As demais acho que não gerariam dúvidas..Foi analisando dessa forma que acertei a questão.

  • Concordo com a Juliana.
    A linguagem coloquial é usada no cotidiano, assim há mais fluidez na comunicação, e acredito que esta parte esteja aqui: Entre os chavões mais batidos vem sempre a reforma tributária, tema complexo, chato mesmo, acaba sempre em parolagem. O resto acredito que esteja formal.

    Obs: Essa prova de Analista Judiciário, fiz pelo qconcursos e errei praticamente TODAS de português. Nas das CESPE e FCC estou acertando uma média de 7 para cada 10 questões, a FGV é tão mais difícil do que essas duas bancas? Fiquei na duvida se preciso estudar mais ou a prova ficou um pouco mal elaborada, alguém mais teve dificuldades?
    Obs: Lanço essas duvidas aos senhores, porque eu comecei nessa luta a pouco tempo e nunca fiz uma prova da FGV.

  • José romero, respondendo a sua pergunta.

     A FGV tem um estilo de prova bem diferente da cespe e fcc. Costuma ser bem mais dificil, pq as questões são complicadas de entender e cobra alguns temas pouco abordados em outras bancas. se for fazer uma prova da FGV aconselho fazer muitas questões dessa banca para se acostumar com o estilo. 

  • Banca louca. Totalmente sem noção os examinadores que elaboram as provas de português. Querem que o candidato acerte na sorte. Só pode.

  • Por exclusão letra a

  • tenho muita dificuldade nas questões da fgv. Nunca consigo ter certeza.


  • Todos os candidatos prometem crescimento e austeridade. Entre os chavões mais batidos vem sempre a reforma tributária, tema complexo, chato mesmo, acaba sempre em parolagem. Promete - se a simplificação das leis que regulam os tributos, e a cada ano eles ficam mais complicados. Uma coletânea da legislação brasileira pesa seis toneladas. Aqui vai uma contribuição, que foi trazida pelo Instituto Endeavor. Relaciona-se com o regime de cobrança de impostos de pequenas empresas, aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano (R$ 300 mil por mês). É o Simples – pode-se estimar que ele facilita a vida de algo como 3 milhões de empresas ativas.

     

    De vermelho é exemplo de coloquialismo.

  • Parolagem e pesa seis toneladas, não são gírias?


ID
1329862
Banca
VUNESP
Órgão
SAP-SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                             Seu Firmino e o STF

      Quando eu era um moleque, meu caminho para a escola passava todos os dias bem na frente da quitanda do Seu Firmino,um português de bigodes e sotaque fartos, que costumava ficar na porta do estabelecimento para acompanhar aquela romaria de muitas mães, avós e tias e poucos pais (eram outros tempos) levando a meninada para a escola.
      O velho Firmino ficava na quitanda, entre alfaces e chicórias, batatas e laranjas e aconselhava todo moleque, como eu, que passava com uniforme escolar: “Não esqueças o guarda-chuva.” Podia estar um sol de rachar ou podíamos estar atravessando a maior estiagem, não importava: Seu Firmino não cansava de repetir que a gente tinha de estar pronto para um pé-d’água. Confesso que passei anos escutando e não dando ouvidos para a ladainha. Até o dia em que fui surpreendido por uma tempestade no caminho de volta para casa. Já era grande o suficiente para ir e voltar sozinho, mas não para escutar o conselho. Fui parar, encharcado e despenteado, justamente na quitanda. Lembro que o velho Firmino pegou uma toalha e esfregou primeiro minha cabeça, depois os braços.Logo recuperei a temperatura e fiquei esperando a chuva passar.Assim que a chuva deu um tempo, eu me preparei para sair. Fui detido pelo velho quitandeiro. Ele me deu um guarda-chuva desses antigos, com cabo de madeira, e falou com mais propriedade do que nunca: “Não esqueças mais o guarda-chuva.”
      Foi o que aconteceu. Peguei uma certa mania de ter sempre à mão um guarda-chuva.
      Lembrei dessa história porque muita gente me chama de chato por ser repetitivo em certas coisas. Reconheço que devo mesmo chatear muita gente com essa minha particularidade. Sou repetitivo, sim. Porque num país como o nosso, só repetindo verdades à exaustão a gente tem chance de ser ouvido! Robert Collier,autor de livros de autoajuda, garantia que a repetição constante leva à convicção.
      O fato é que fiquei feliz quando o STF decidiu que dirigir embriagado é crime. E fiquei contente porque foi uma dessas coisas que repeti, repeti e repeti, especialmente no “Brasil Urgente”, programa que apresento na TV.

                                                                 (Diário de S.Paulo, 06 de novembro de 2011. Adaptado)

Em –… só repetindo verdades à exaustão a gente tem chance de ser ouvido! (4.º parágrafo) – substituindo-se a expressão a gente pelo pronome nós, e mantendo-se o mesmo tempo verbal, tem-se o seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • O segredo está no tempo verbal. Muito boa a questão!

  • A) Futuro do Presente
    B)Pretérito Perfeito
    C)Pretérito Imperfeito
    D)Futuro do Pretérito
    E)correta.

  • "só repetindo verdades à exaustão a gente tem chance de ser ouvido!"

    "só repetindo verdades à exaustão nós temos chance de sermos (todos) ouvidos!"

    Presente Indicativo: (TER) Eu Tenho/Tu Tens/Ele Tem/ NósTemos/ Vós Tendes/Eles Têm


          



  • Complementando


    A expressão "a gente" equivale a nós, mas é conjugada na 3ª  pessoa do singular, caso caia uma questão ao inverso desta, já estaremos ligados !

  • Levará um tapa na cara quem errar !!! rsrs

  • Não cai uma dessa na prova.... 

  • Tem que manter o mesmo tempo verbal, ou seja, presente!

    GABARITO -> [E]

  • A) Futuro do Presente

    B)Pretérito Perfeito

    C)Pretérito Imperfeito

    D)Futuro do Pretérito

    E)correta.


ID
1334815
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



O segmento do texto que mostra uma variante coloquial de linguagem é:

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra B
    trecho coloquial: "Dá para se fazer"

  • e qual seria então o padrão culto?

  • Gostaria que me explicassem o porquê do gabarito ser a letra B.

  • Indiquem pra comentário

  • Seguindo o tempo verbal...

    Daria  para se fazer uma guerra nessas condições?

  • Arthur Filho , sua explicação é equivocada . Na verdade o correto é :  "Dá para fazer-se" .

    Isso se deve por que verbo no infinitivo , geralmente , pede ênclise.

    https://www.youtube.com/watch?v=o183Hht3RMA 

  • Explicação do professor por favor

     

  • Acho que é na liguagem formal seria assim:

    Poderia  se fazer uma guerra nessas condições?

    ou

    Seria possível fazer uma guerra nessas condições?

    Letra: B

  • Reforçando o que já foi dito pelos colegas, o certo seria o pronome enclítico quando o verbo está no infinitivo impessoal DESDE qiue não tenha uma condição de próclise "Dá para fazer-se uma guerra " e se fosse " Não dá para se fazer uma guerra" estaria correto pq a palavra negativa invoca a próclise.

    obs: verbo no gerúndio, ínicio de oração, verbo no imperativo afirmativo, infinitivo impesoal  pede ênclise desde que não haja caso de próclise ou mesóclise. É a exceção da exceção.

  • Fiquei em dúvida. Na D não deveria ser "São todos vítimas de um mito original.."?, já que "todos" é terceira pessoa e "somos" é um verbo conjugado em primeira pessoa? Indiquei para comentário do professor tb.


ID
1334962
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - NAUFRÁGIO IMINENTE

Luís Garcia, O Globo, 20/03/2012

É da natureza dos partidos políticos divergirem uns dos outros. O que não indica má índole ou alguma espécie de incompatibilidade congênita, simplesmente, isso acontece porque todos eles buscam o poder - e também acontece que o poder não dá para todos.

Nada é mais natural e até saudável, portanto, que cada um defenda seus interesses e suas ambições baixando o porrete, verbalmente, é claro, nas costas dos demais.

Às vezes, no entanto, eles se juntam na busca de algum objetivo comum. É o que está acontecendo agora. Todas as legendas que compõem o cenário político estão unidas na perseguição de um objetivo comum: derrubar uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

O TSE decidiu, por quatro votos contra três, que, nas eleições deste ano, o registro das candidaturas dependerá da aprovação das contas da campanha de 2010. Não parece ser exigência descabida. Contas não aprovadas são prova óbvia de malandragem ou incompetência - com óbvia tendência, dirão cidadãos mais espertos ou de melhor memória, de mais casos da primeira hipótese.

É preciso registrar que a exigência de ficha limpa está limitada às eleições de dois anos atrás. Provavelmente, os ministros, por bondade de seus corações ou simplesmente por bom-senso, consideraram que poucas legendas - ou, quem sabe, nenhuma delas - sobreviveria a uma inquirição mais ampla.

Note-se, com alguma tristeza - mas talvez sem surpresa -, que estamos diante de uma atitude rara, se não for absolutamente inédita: qual foi mesmo a última vez que todos os partidos políticos brasileiros uniram-se na defesa de uma causa?

É também curioso e lamentável que a iniciativa dos partidos entre em choque com uma exigência que nasceu de um raríssimo - se não tiver sido inédito - movimento de origem popular (ou seja, sem qualquer ligação com políticos e seus partidos), a campanha da Ficha Limpa. E também não há demérito para o TSE numa associação de sua exigência de contas limpas com aquela recente, mas já histórica, campanha popular.

No fim das contas, os partidos, unidos como talvez jamais tenha acontecido antes - pelo menos na discussão de questão intrinsecamente política -, estão remando contra a correnteza duplamente: enfrentam tanto a vontade expressa da opinião pública como uma decisão explícita da Justiça Eleitoral. Um naufrágio parece tão iminente quanto indispensável.

O texto do artigo emprega, algumas vezes, uma variante coloquial de linguagem; os segmentos abaixo que apresentam uma variedade coloquial são:

Alternativas
Comentários
  • gab. D 

    baixando o porrete ~> totalmente coloquial

  • Concurseira Convocada, a letra E também menciona o porrete. E aí?

  • A letra D é a única em que os dois fragmentos do texto utilizam a linguagem coloquial "baixando o porrete" e "o poder não dá pra todos".

  • Tem que ser os dois fragmentos na linguagem coloquial!

  • O enunciado "os segmentos abaixo que apresentam uma variedade coloquial são", já indica q haveria de ter nos dois


ID
1341757
Banca
CONSULPAM
Órgão
SURG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda a questão.

Até nas flores se vê
O destino e a sorte
Umas enfeitam a vida
Outras enfeitam a morte

Sobre a linguagem do texto, podemos AFIRMAR:

Alternativas
Comentários
  • Letra B 

    A linguagem empregada na maioria dos poemas são retratada a cultura popular.

  • Gabarito B

     

    Sorte e destino é uma linguagem popular.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Sorte

  • sim mas...uma coisa é a grafia em norma "culta", adequada a gramática. Outro é o cabimento da terminologia no escopo de validação "científica". Portanto, escrito cfme norma culta se encontra sim, embora trate de temas não científicos.

    Os termos estão corretamente grafados.

    Passível de anulação sob o ponto de vista da demanda da própria banca.


ID
1349200
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRE-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                             Artigo VII

Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.

(Thiago de Mello. Os Estatutos do Homem. Santiago do Chile. Abril de 1964. Fragmento. Disponível em: http://www.revista.agulha.nom.br/ tmello.html#estat)

Em relação à linguagem utilizada por Thiago de Mello, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Realmente o texto traz termos que apresenta mais de um significado - plurissignificativo. Palavras com sentido figurado.
    As demais alternativas podemos ir eliminando por evidências do texto.

  • Gabarito letra A, para quem possui acesso limitado.

  • Na questão Q1223504 (idêntica), o gabarito apontado é letra E.

    Mas acredito tratar-se de um equívoco.

  • Por qual motivo não poderia ser a letra B?

  • podemos chamar este texto de ambíguo, pois eu não entendi foi nada, sobretudo, me despertou dúvida e incerteza sobre ele... Então, amigos concurseiros o que vocês me dizem. ( ) Sim ou ( ) Não


ID
1349365
Banca
CETRO
Órgão
IF-PR
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto aos vícios de linguagem, assinale a alternativa que apresenta um vício de linguagem.

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    Não é o filme que é baseado em fatos reais, e sim a história do filme.


    Como no livro, em que não lemos o autor, e sim, o livro.

  • Com a devida vênia, discordo do colega.

    O fato de usar se usar a palavra "filme" no lugar da "história do filme" não é propriamente um vício de linguagem, mas sim uma figura de linguagem chamada metonímia

    A questão não quer saber em qual das alternativas há figuras de linguagem, pois, caso contrário, a letra "d" também estaria correta, por ser marcada pela hipérbole.

    Assim, creio que o vício de linguagem da assertiva "c" é o pleonasmo em que se incorre ao dizer que "foi baseado em fatos reais".

    Posso estar enganado, mas foi esse o raciocínio que fiz da questão.

    • Se são fatos, significa que aconteceram. Logo, não precisa dizer que são “reais”.

  • Só complementando o que foi dito...
    É o que se chama "pleonasmo vicioso": Vi com meus próprios olhos. 
    O acabamento final ficou ótimo.
    Foi uma surpresa inesperada para mim.
    Ainda que sejam mais sutis do que: Subir para cima.

  • luzes brilhantes também não seria um vício de linguagem? afinal, que luz não é brilhante? essa não é uma característica inerente de luz?

  • Respostas corretas: Letras B,C e D (ao meu ver)

    Acho que há mais de uma resposta para questão, por haver mais de 1 vício de linguagem, como na letra"B", que trata-se de HIPÉRBOLE: Exagero uma ideia com finalidade enfática e na letra"C", que trata-se de  METONÍMIA: Transposição de significado, ou seja, uma  palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Observe o exemplo abaixo, como o da questão:

    1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis(= Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.)

  • Errei a questão. Mas pelo que eu li, está havendo confusão entre figura de linguagem e vício de linguagem. 

    Sendo que vício de linguagem são apenas barbarismo e pleonasmo/redundância.

    Ou seja, caso de metonímia é apenas figura de linguagem, e não caso de vício de linguagem.

  • O "vício de linguagem" de "O filme foi baseado em fatos reais" está no fato de que o verbo "basear" é VTI e, assim, não poderia formar voz passiva. Acontece o mesmo quando se diz "elas foram comunicadas", "essa novela foi muito assistida", etc.

  • "baseado em fatos reais" - Vício de linguagem: Clichê/jargão

  • faltou o agente da passiva, pois está na voz passiva analítica.

    CORRETO: O filme foi baseado pelo cineasta em fatos reais.


  • Não confundam vícios de linguagem com figuras de linguagem.

  • a)Para esta receita, precisarei de um dente de alho - FIGURA DE LINGUAGEM = PROSOPOPÉIA - Compara algo humano com não-humano.

     b)Gosto de ler (LIVROS DE) Fernando Pessoa. FIGURA DE LINGUAGEM = METONÍMIA - Não é comparação e sim substituição.

     c)O filme foi baseado em fatos reais. VÍCIO DE LINGUGEM - PLEONASMO - se são fatos, são reais... Redundância. 

     d) Já tentei mil vezes, mas meu celular não funciona. FIGURA DE LINGUAGEM = HIPÉRBOLE - Exagero. (Dica: Hiper de grande).

     e) As luzes brilhantes olhavam-me com desdém. FIGURA DE LINGUAGEM = PROSOPOPÉIA - Compara algo humano com não-humano.

    # Assisti aos videos da Professora Isabel Veiga. Recomendo. 

  • O que a Camila Murana falou abaixo está QUASE correto.

    Na letra A não se trata de uma prosopopéia, e sim de uma CATACRESE. Prosopopéia é o ato de se dar ações humanas à não-humanos, e não existe nenhuma ação em "dente de alho". Catacrese é uma metáfora que, de tanto ser usada, passou a comum em nossa língua. É o caso de "dente de alho", "pé da mesa", "braço da cadeira", etc. 


ID
1352308
Banca
VUNESP
Órgão
SEDUC-SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A Edição 204, de agosto de 2007, da revista Nova Escola, publicou uma matéria que tinha por título “Vou alfabetizar todos eles até o fim do ano’‘, para divulgar práticas bem sucedidas de uma professora alfabetizadora.

Leia os comentários transcritos do site da revista a esse respeito, para responder à questão.

   Comentário 1

   Apesar de essa matéria ser antiga gostaria de compartilhar minha experiência. Trabalho com essa fundamentação didática há alguns anos e traz resultados formidáveis na aprendizagem da leitura e da escrita. ALÉM DE SER DIVERTIDO! Um abraço.
M.S.A.P. Postado em 15/06/2009 23:58:26.

   Comentário 2

   Parabenizo a professora pela atitude de ensino com as crianças, é um modelo para todos outros educadores, como mãe de um aluno de 1ª série irá ajudar mais ainda no ensino dele, e junto com a professora que está seguindo a mesma meta com os alunos está dando bons resultados. S.H.P.S. . Postado em 15.05.2009 14:20:45.


(http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/vou-alfabetizar-todos-eles-fim-ano-423796.shtml?comments=yes#mostrar Acesso em 03.11.2009)

A respeito desses comentários, pode-se afirmar que são

Alternativas
Comentários
  • Assertiva A

    adequados ao gênero e à situação comunicativa em que estão inseridos.


ID
1352347
Banca
VUNESP
Órgão
SEDUC-SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere a seguinte situação: um professor definiu como expectativa de aprendizagem de seus alunos a capacidade de participarem de situações de intercâmbio oral, ouvindo com atenção e fazendo perguntas sobre o tema tratado. Para isso, planejou uma entrevista com um médico do posto de saúde do bairro.

Assinale a alternativa que contém os comportamentos de linguagem de cada aluno a serem observados e avaliados pelo professor nessa atividade.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ===> regras básicas de conduta e respeito: Elabora perguntas adequadas ao tema; espera sua vez para falar, mantém-se dentro do assunto, ouve com atenção a resposta do entrevistado.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva A

    ]Elabora perguntas adequadas ao tema; espera sua vez para falar, mantém-se dentro do assunto, ouve com atenção a resposta do entrevistado

  • Não entendi o que a questão pedi


ID
1354060
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

eu acho um fato interessante... né... foi como meu pai e minha mãe vieram se conhecer... né... que... minha mãe morava no Piauí com toda família... né... meu... meu avô... materno no caso... era maquinista... ele sofreu um acidente... infelizmente morreu... minha mãe tinha cinco anos... né... e o irmão mais velho dela... meu padrinho... tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar... foi trabalhar no banco... e... ele foi... o banco... no caso... estava... com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro local e pediu transferência prum local mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam e por engano o... o... escrivão entendeu Paraíba... né... e meu... e minha família veio parar em Mossoró que era exatamente o local mais perto onde tinha vaga pra funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do meu pai... né... e começaram a se conhecer... namoraram onze anos... né... pararam algum tempo... brigaram... é lógico... porque todo relacionamento tem uma briga... né... e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma coincidência incrível... né... como vieram a se conhecer... namoraram e hoje... e até hoje estão juntos... dezessete anos de casados...

CUNHA, M. A. F. (Org.) . Corpus discurso & gramática: a língua falada e escrita na cidade do Natal. Natal: EdUFRN, 1998.

Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência pessoal, no qual se observa a frequente repetição de “né”. Essa repetição é um(a)

Alternativas
Comentários
  • Competência e habilidade: Competência de área 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.

    H19 – Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.

    Comentário:O  candidato deve  ler  atentamente o enunciado da  questão e  observar que  a  banca  já avisou  sobre o fato de  que o texto apresentado é  uma  “transcrição de  fala”;  portanto, contém características próprias da linguagem oral, como as  pausas  recorrentes – representadas  na escrita pelas  reticências –  e  recursos linguísticos  utilizados  para  manutenção da  conversa, como o “né”, repetido em  todo o texto.  A função de  linguagem predominante  no  texto  é a fática.

    http://conversadeportugues.com.br/2014/11/enem-2014-questoes-comentadas/

  • Letra B. E nem precisava ler o texto, neh !



  • Exame nacional de bosta. 

  •  é usado sempre no final da frase, e tem sentido equivalente ao não é?. Ocorre em dois tipos de frases:

    Interrogativas (mais comum). Sempre é uma pergunta:

     Você acha que ele é feio, né? 

    Afirmativas (caindo em desuso, serve para reafirmar a afirmação que acabou de ser afirmada):

     Aí, depois do vírus invadir a bactéria, ele injeta seu DNA, né. 

    As frases afirmativas, ao ganharem o , perdem o sentido de afirmação, parecendo uma pergunta ou intimidação. Seu sentido está relacionado à ironia, ou ao desconhecimento de como construir frases corretamente

  • “Né” é uma palavra cujo emprego volta-se inteiramente para “a manutenção da interação oral”, ou seja, para “testar” ou “alimentar” a relação do falante com seu interlocutor. Trata-se do emprego da função fática da linguagem.

     

    Fonte: vestibular.uol

  • A professora que explica usa muito o "Né". hahaha engraçado ela falando disso e usando "sem querer".

  • Achei essa questão bem esquisita, principalmente a resposta. Porque eu quando falo, não coloco "né" em todo final de frase, e não conheço muita gente que faz isso. 

  • Mano, uma galera fala "né", questão foi feita pra ajudar.


ID
1354129
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Óia eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo para xaxar

Vou mostrar pr'esses cabras
Que eu ainda dou no couro
Isso é um desaforo
Que eu não posso levar
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar

Vem cá morena linda
Vestida de chita
Você é a mais bonita
Desse meu lugar V
ai, chama Maria, chama Luzia
Vai, chama Zabé, chama Raque
Diz que eu tou aqui com alegria

BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em: www.luizluagonzaga.mus.br. Acesso em: 5 maio 2013 (fragmento).

A letra da canção de Antônio de Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma característica do falar popular regional é:

Alternativas
Comentários
    •  “Vou mostrar pr'esses cabras”.
  • se avexe não vice

  • OXI EU SOU CABRA DA PESTE DO NORDESTE

  • Finalizei os exercícios de variedade linguística, acertei 4/5

  • Para quem é do nordeste como EU, está questão estava dada:

    CABRA =homem, tem uma origem no interior do nordeste, especificamente, no sertão, em que se tinha o cangaço e etc. O litoral famosa ZONA DA MATA e AGRESTE se usa, porém não foi de onde se originou.

    GAB:C


ID
1354144
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A forte presença de palavras indígenas e africanas e de termos trazidos pelos imigrantes a partir do século XIX é um dos traços que distinguem o português do Brasil e o português de Portugal. Mas, olhando para a história dos empréstimos que o português brasileiro recebeu de línguas europeias a partir do século XX, outra diferença também aparece: com a vinda ao Brasil da família real portuguesa (1808) e, particularmente, com a Independência, Portugal deixou de ser o intermediário obrigatório da assimilação desses empréstimos e, assim, Brasil e Portugal começaram a divergir, não só por terem sofrido influências diferentes, mas também pela maneira como reagiram a elas.

ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006.

Os empréstimos linguísticos, recebidos de diversas línguas, são importantes na constituição do português do Brasil porque

Alternativas
Comentários
  • "Os empréstimos linguísticos são importantes na constituição do português do Brasil porque deixaram marcas da história vivida pela nação, como a colonização e a imigração. O português do Brasil, portanto, nasceu com a diversidade, pois é uma língua formada a partir das vozes de todos os que aqui habitavam e foram, a seu tempo, estabelecendo-se. A heterogeneidade se deve à linguagem adulterada, primeiramente, no momento em que os colonizadores precisaram estabelecer contato com os povos nativos. A outra contribuição linguística que enriqueceu a formação do português brasileiro foi o contato com o negro africano, uma vez que em 1538 iniciou-se o tráfico de africanos que foram trazidos para o Brasil." - Descomplica.

    Bons estudos pessoal!!


ID
1358926
Banca
FGV
Órgão
MPE-MS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                  A Nova Praga

    Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim "arena". E, se qualquer pessoa sabe disso até por um instinto primário, é curioso, para usar um termo educado, como nossos locutores e comentaristas de futebol, debruçados sobre um gramado verde-verdinho, chamam-no de "arena", numa impropriedade gritante.

    Nero dava boas gargalhadas, num comportamento que já trazia latente a sua loucura final, quando via os cristãos lutando contra os leões na arena. Nesse caso, se havia rictus de loucura na face do imperador, pelo menos o termo era totalmente apropriado: o chão da luta dramática entre homem e fera era de areia. Está aí para prová-lo até hoje o Coliseu.

    (....) Mas - ora bolas! - , se o chão é de relva verdejante, é rigorosamente impróprio chamar de "arena" nossos campos de futebol, como fazem hoje. O diabo é que erros infelizmente costumam se espalhar como uma peste, e nem será exagero dizer que, neste caso, o equívoco vem sendo tão contagioso como a peste negra que, em números redondos, matou 50 milhões de pessoas na Europa e na Índia no século XIV. E os nossos pobres ouvidos têm sido obrigados a aturar os nossos profissionais que transmitem espetáculos esportivos se referirem à arena daqui, à arena de lá, à arena não sei de onde. Assim, já são dezenas de arenas por esse Brasilzão. O velho linguista e filólogo mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909-1985), a cujo livro mais conhecido peço emprestado O título deste pequeno artigo, deve estar se revirando no túmulo diante da violência de tal impropriedade. O bom Aires era cego, ou quase isso, mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma.

                                                                      (Marcos de Castro. www.observatoriodaimprensa.com.br)

O artigo do jornalista Marcos de Castro utiliza muitas vezes a linguagem coloquial.

Assinale a alternativa em que não há exemplo desse tipo de linguagem.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    A linguagem coloquial, informal ou popular é uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral. Na linguagem informal usam-se muitas gírias e palavras que na linguagem formal não estão registradas ou tem outro significado.

  • Na letra [E] há coloquialismo também! Visto que crime é termo técnico, de definição regulada por lei. Seu uso no dia a dia é coloquialismo. Informalidade. Por óbvio, não existe crime, na técnica da palavra, contra o idioma.

    e) "...mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma"

    Sujeito é tão feio que comete crime contra a beleza.

    Essa música é um crime contra o bom gosto.

    Esse perna de pau comete crime contra o futebol.

  • Dizer que é um crime contra o idioma isso é uma figura de linguagem, e uma figura de linguagem não foge, necessariamente, da linguagem formal.

  • Essa banca me cansa.

  • As pessoas não entendem que cada banca pede de uma maneira a questão, ao invés de tentar entender como interpretar o que a banca quer, fica tentando mostrar que esta certo (a).

    Simplesmente fui por eliminação, ou seja, à menas errada.

    Se acham que a banca é ruim , estudem para outra, o fórum é para debatermos possíveis duvidas, analisarmos o que a banca pede e como cai na prova.

    Mesmo eu acertando, eu leio os comentários para ver o que é proveitoso, mais só vejo pessoas reclamando.

    OBS: ENTÃO MUDEM DE BANCA!!!


ID
1358932
Banca
FGV
Órgão
MPE-MS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                  A Nova Praga

    Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim "arena". E, se qualquer pessoa sabe disso até por um instinto primário, é curioso, para usar um termo educado, como nossos locutores e comentaristas de futebol, debruçados sobre um gramado verde-verdinho, chamam-no de "arena", numa impropriedade gritante.

    Nero dava boas gargalhadas, num comportamento que já trazia latente a sua loucura final, quando via os cristãos lutando contra os leões na arena. Nesse caso, se havia rictus de loucura na face do imperador, pelo menos o termo era totalmente apropriado: o chão da luta dramática entre homem e fera era de areia. Está aí para prová-lo até hoje o Coliseu.

    (....) Mas - ora bolas! - , se o chão é de relva verdejante, é rigorosamente impróprio chamar de "arena" nossos campos de futebol, como fazem hoje. O diabo é que erros infelizmente costumam se espalhar como uma peste, e nem será exagero dizer que, neste caso, o equívoco vem sendo tão contagioso como a peste negra que, em números redondos, matou 50 milhões de pessoas na Europa e na Índia no século XIV. E os nossos pobres ouvidos têm sido obrigados a aturar os nossos profissionais que transmitem espetáculos esportivos se referirem à arena daqui, à arena de lá, à arena não sei de onde. Assim, já são dezenas de arenas por esse Brasilzão. O velho linguista e filólogo mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909-1985), a cujo livro mais conhecido peço emprestado O título deste pequeno artigo, deve estar se revirando no túmulo diante da violência de tal impropriedade. O bom Aires era cego, ou quase isso, mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma.

                                                                      (Marcos de Castro. www.observatoriodaimprensa.com.br)

"...mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma". No caso de nosso texto, o "crime" cometido contra o idioma é o de

Alternativas
Comentários
  •  d) usar-se um vocábulo cujo significado fica incoerente num novo contexto.

  • O trecho do texto em que ratifica o gabarito :  " para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim "arena"... E, se qualquer pessoa sabe disso até por um instinto primário, é curioso, para usar um termo educado, como nossos locutores e comentaristas de futebol, debruçados sobre um gramado verde-verdinho, chamam-no de "arena", numa impropriedade gritante."

    Gabarito letra D: usar-se um vocábulo cujo significado fica incoerente num novo contexto

  • no paragrafo primeiro ela fala que em latim arena significa areia e no terceiro paragrafo fala da utilização exuberante de ''arena'' como campo

    e o enunciado pede '' ...mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma". No caso de nosso texto, o "crime" cometido contra o idioma é o de ''

    logo alternativa correta ''d''


ID
1358938
Banca
FGV
Órgão
MPE-MS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                  A Nova Praga

    Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim "arena". E, se qualquer pessoa sabe disso até por um instinto primário, é curioso, para usar um termo educado, como nossos locutores e comentaristas de futebol, debruçados sobre um gramado verde-verdinho, chamam-no de "arena", numa impropriedade gritante.

    Nero dava boas gargalhadas, num comportamento que já trazia latente a sua loucura final, quando via os cristãos lutando contra os leões na arena. Nesse caso, se havia rictus de loucura na face do imperador, pelo menos o termo era totalmente apropriado: o chão da luta dramática entre homem e fera era de areia. Está aí para prová-lo até hoje o Coliseu.

    (....) Mas - ora bolas! - , se o chão é de relva verdejante, é rigorosamente impróprio chamar de "arena" nossos campos de futebol, como fazem hoje. O diabo é que erros infelizmente costumam se espalhar como uma peste, e nem será exagero dizer que, neste caso, o equívoco vem sendo tão contagioso como a peste negra que, em números redondos, matou 50 milhões de pessoas na Europa e na Índia no século XIV. E os nossos pobres ouvidos têm sido obrigados a aturar os nossos profissionais que transmitem espetáculos esportivos se referirem à arena daqui, à arena de lá, à arena não sei de onde. Assim, já são dezenas de arenas por esse Brasilzão. O velho linguista e filólogo mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909-1985), a cujo livro mais conhecido peço emprestado O título deste pequeno artigo, deve estar se revirando no túmulo diante da violência de tal impropriedade. O bom Aires era cego, ou quase isso, mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma.

                                                                      (Marcos de Castro. www.observatoriodaimprensa.com.br)

O texto lido pode ser adequadamente classificado como

Alternativas
Comentários
  • O texto argumentativo objetiva persuasão. Para convencer o leitor de seu ponto, o texto precisa de clareza e objetividade. A estrutura de introdução, desenvolvimento e conclusão é o padrão para as redações no vestibular.


  • Um texto argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.

  • Tal texto é dissertativo.

    Apresenta 3 parágrafos: introdução, argumentação e conclusão.

    Para persuadir o leitor da ideia central que é "a palavra arena é usada de forma totalmente errada pelos locutores"

    ele traz dados, faz a etimologia linguística, traz o construção histórica, traz pensadores renomados e também direciona o leitor a uma lógica.


ID
1358947
Banca
FGV
Órgão
MPE-MS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                  A Nova Praga

    Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim "arena". E, se qualquer pessoa sabe disso até por um instinto primário, é curioso, para usar um termo educado, como nossos locutores e comentaristas de futebol, debruçados sobre um gramado verde-verdinho, chamam-no de "arena", numa impropriedade gritante.

    Nero dava boas gargalhadas, num comportamento que já trazia latente a sua loucura final, quando via os cristãos lutando contra os leões na arena. Nesse caso, se havia rictus de loucura na face do imperador, pelo menos o termo era totalmente apropriado: o chão da luta dramática entre homem e fera era de areia. Está aí para prová-lo até hoje o Coliseu.

    (....) Mas - ora bolas! - , se o chão é de relva verdejante, é rigorosamente impróprio chamar de "arena" nossos campos de futebol, como fazem hoje. O diabo é que erros infelizmente costumam se espalhar como uma peste, e nem será exagero dizer que, neste caso, o equívoco vem sendo tão contagioso como a peste negra que, em números redondos, matou 50 milhões de pessoas na Europa e na Índia no século XIV. E os nossos pobres ouvidos têm sido obrigados a aturar os nossos profissionais que transmitem espetáculos esportivos se referirem à arena daqui, à arena de lá, à arena não sei de onde. Assim, já são dezenas de arenas por esse Brasilzão. O velho linguista e filólogo mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909-1985), a cujo livro mais conhecido peço emprestado O título deste pequeno artigo, deve estar se revirando no túmulo diante da violência de tal impropriedade. O bom Aires era cego, ou quase isso, mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma.

                                                                      (Marcos de Castro. www.observatoriodaimprensa.com.br)

Abaixo estão cinco frases retiradas do artigo original, do qual retiramos o fragmento que foi utilizado nessa prova. Nesse artigo original, o autor empregou algumas vezes palavras do jargão gramatical ou linguístico.

Nas frases a seguir ocorre a presença determos “técnicos" do estudo de língua, à exceção de uma . Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • A)Léxico

    B)Substantivo

    C)Semântica

    D)Verbo e Sílabas

    E)? Não exista termo técnico

    Gabarito (E)

  • A) léxico;

    B) étimo (etimologia);

    C) semântica;

    D) reiteração sonora;

    E) correta

  • Na verdade os termos técnicos também poderiam estar empregados de forma errada, em desacordo com a língua portuguesa. Justamente ocorrido na letra E, numa comparação com '' ninguém ''. Ver como ninguém é não ver!  

    Que mérito existe em ver como ninguém?


  • Cobrar termo técnico de língua em prova de nível médio, essa banca deveria ser proibida de organizar concursos.


ID
1362886
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Um pé de milho

Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana.

Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em um anteiro, espremido, junto do portão,numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram ao chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis.

Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor do meu pé de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem.É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.

(Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas, 2001. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, nas duas passagens, há termos empregados em sentido figurado.

Alternativas
Comentários
  • a)... beijado pelo vento do mar... (3º §) / Meu pé de milho é um belo gesto da terra. (3º §)


    Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, (que o vento bate no pé de milho) veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem.É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. (como nasce da terra, para o autor parece um presente desta).


    Sentido figurado: A palavra tem valor conotativo quando seu significado é ampliado ou alterado no contexto em que é empregada, sugerindo idéias que vão além de seu sentido mais usual.

  • Como cediço, não existem 'beijos do mar' ou 'gestos da terra', portanto ambas as orações estão no sentido figurado.

  • Se voce parar um pouquinho, respirar e entender... não tem erro.

     

  • QC, adicionem a opção para acelerar os videoos, por favor! Ferramenta importante !

    SE VOCÊ NÃO PAGAR O PREÇO DO SUCESSO, IRÁ PAGAR O PREÇO DO FRACASSO, VOCÊ ESCOLHE!

  • FOCO E ESTUDE FIGURAS DE LINGUAGEM!

    Conotação= sentido figurado, LOGO normalmente apresentará FIGURAS...

    A) beijado PELO vento(o vento beija alguém? Nao.)LOGO será conotativa a LINGUAGEM. A figura que dar caracteristicas humanas a seres, coisas e fenômenos da natureza é chamada de Personificação(prosopopeia)

    Gestos da terra é o mesmo raciocínio descrito acima.

    Obs: pé de milho também é uma figura de LINGUAGEM chamada catacrese.

    conceito: A catacrese é a  que se estabelece quando uma palavra é empregada com um sentido diferente do literal para suprir a falta de um termo adequado, e esse “empréstimo” da palavra acontece tantas vezes que já não se percebe mais que trata-se de um empréstimo. O sentido figurado é tão utilizado que sequer nos damos conta de que aquela palavra não corresponde exatamente ao que ela está designando. Por essa razão, alguns estudiosos comparam a a uma metáfora que, de tão frequente, já foi incorporada ao nosso vocabulário, e às vezes ela é definida como uma “metáfora obrigatória”.

    Ex:

    1- braço do sofá( nao literal)

    2- embarcar no avião ( nao literal)

    3- pé de mesa( nao literal)

    E etc....

    Entendao definitivamente uma coisa:

    "" nao é literal, logo será figurado( conotativo)

    Poucas alternativas aqui mostram figuras de linguagem, fica até fácil acertar sabendo o conteúdo todo.

    ...o intuito é ajuda-los a estudar corretamente.... tmj

  • Alternativa correta: letra "A'' 

    ▪ Sentido figurado é conotação = Ação que consiste no emprego de uma palavra a partir de um sentido figurado, não literal, e dependente do contexto. Aquilo que uma palavra pode sugerir, além do seu sentido literal, através de associações com outras palavras, outros contextos, outros seres ou objetos. 

    ▪ Sentido literal é denotação = Sentido próprio de uma palavra, ou qualquer outra coisa, desprovido de ampliações ou modificações em seu significado. Relação objetiva de significado entre a representação, símbolo, som, ícone, e o conceito estabelecido por eles. 

    Note que as alternativas B, C, D e E possuem sentido real, denotativo (dicionário) 

    Fonte: Revisaço de Língua Portuguesa – Duda Nogueir

  • Assertiva A

    beijado pelo vento do mar... (3º §) / Meu pé de milho é um belo gesto da terra. (3º §)

  • Essa quase me pegou que sou nordestino, aqui tudo é Pé de planta e quase me esqueci que isso não é literal kkkkkkk justamente pelo costume desde o berço em chamar de pé de algaroba, pé manga, pé de acerola e por ai vai...

  • Resolvendo essa prova vejo que a Vunesp subir bem o patamar daqui até prova de 2018...

    Vamos lá!

  • EAI CONCURSEIRO!!!

    Para você que vai fazer a prova para escrevente do TJSP e está em busca de questões inéditas, o PROJETO META 90 é uma apostila contendo 1410 questões INÉDITAS E COMENTADAS de toda a parte específica (disciplinas de Direito) cobradas no concurso de Escrevente Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça de São Paulo. Estou usando e está me ajudando muito, questões novas trabalham melhor a memoria. Fica minha indicação, pois a VUNESP e traiçoeira HAHAHA.

    Link do site: https://go.hotmart.com/U57661177A


ID
1365883
Banca
FGV
Órgão
AL-MA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

Cobrar responsabilidade

No início do mês, um assaltante matou um jovem em São Paulo com um tiro na cabeça, mesmo depois de a vítima ter lhe passado o celular. Identificado por câmeras do sistema de segurança do prédio do rapaz, o criminoso foi localizado pela polícia, mas - apesar de todos os registros que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato - não ficará um dia preso. Menor de idade, foi "apreendido" e levado a um centro de recolhimento. O máximo de punição a que está sujeito é submeter-se, por três anos, à aplicação de medidas "socioeducativas".

Não é um caso isolado na crônica de crimes cometidos por menores de idade no país. Mas houve, nesse episódio de São Paulo, uma circunstância que o transformou em mais um exemplo emblemático do equivocado abrigo legal que o Estatuto da Criança e do Adolescente confere a criminosos que estão longe de poderem justificar suas ações com o argumento da imaturidade: ao disparar friamente contra o estudante paulista, a assaltante estava a três dias de completar 18 anos. Pela selvageria do assassinato, o caso remete à barbárie de que foi vítima, no Rio, o menino João Hélio, em 2007. Também nesse episódio, um dos bandidos que participaram do martírio do garoto estava a pouco tempo de atingir a maioridade.

Nos dois casos, convencionou-se, ao anteparo do ECA, que a diferença de alguns dias - ou, ainda que o fosse, de alguns meses -teria modificado os padrões de discernimento dos assassinos. Eles não saberiam o que estavam fazendo. É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade, como o emprego de menores em ações - inclusive armadas - de quadrilhas organizadas, ou serve de salvo-conduto a jovens criminosos para afrontar a lei.

O raciocínio, nesses casos, é tão cristalino quanto perverso: colocam-se jovens, muitos dos quais mal entraram na adolescência, na linha de frente de ações criminosas porque, protegidos pelo ECA, e diante da generalizada ruína administrativa dos órgãos encarregados de aplicar as medidas socioeducativas, na prática eles são inimputáveis. Tornam-se, assim, personagens de vestibulares para a entrada em definitivo, sem chances de recuperação, numa vida de crimes.

É dever do Estado (em atendimento a um direito inalienável) prover crianças e adolescentes com cuidados, segurança, oportunidades, inclusive de recuperação diante de deslizes sociais. Neste sentido, o ECA mantém dispositivos importantes, que asseguram proteção a uma parcela da população em geral incapaz de discernir entre o certo e o errado à luz das regras sociais. Mas, se estes são aspectos consideráveis, por outro lado é condenável o viés paternalista de uma lei orgânica que mais contempla direitos do que cobra obrigações daqueles a quem pretende proteger.

O país precisa rever o ECA, principalmente no que tange ao limite de idade para efeitos de responsabilidade criminal. É uma atitude que implica coragem (de enfrentar tabus que não se sustentam no confronto com a realidade) e o abandono da hipocrisia (que tem cercado esse imprescindível debate).

(O Globo, 22/04/2013)

No primeiro parágrafo do texto aparecem entre aspas os vocábulos "apreendido" e "socioeducativas". O motivo da utilização desses sinais gráficos é indicar que esses vocábulos

Alternativas
Comentários
  • Entendi. A banca não quer que façamos nenhuma inferência, quer que nos atenhamos apenas ao texto.

  • Questão ridícula! A alternativa e) não está errada!

  •  e) criticam a linguagem empregada em caso de crimes contra jovens. 

     

    Lucas, a violência não é praticada CONTRA JOVENS como informa a letra E, e sim praticada POR JOVENS.

    Foi esse meu raciocinio para descartar a letra e).

  • FGV, a famosa banca "morde e assopra".

  • Eu não concordo com o gabarito. Na minha opinião para registrar vocábulos empregados em relação a jovens infratores não precisaria de aspas. As aspas seriam uma ironia ao termo a "apreensão" e a medida "socioeducativa" pois não seria uma cobrança de responsabilidade de alguém que não resta duvida matou outra pessoa. eu marquei a letra A.

  • As aspas foram usadas para registrar vocábulos empregados em relação a jovens infratores, criticados pelo autor do texto.

  • Entendi como ironia.


ID
1369984
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nossa Missão

Você e eu estamos na Terra para nos reproduzirmos. Nossa missão é transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espécie e dar o fora. Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou é decorrência ou é passatempo. O que vem antes e depois dos nossos anos férteis é só o prólogo e o epílogo. Se a natureza quisesse otimizar seus métodos já nasceríamos púberes e morreríamos assim que nossos filhos, que também nasceriam púberes, pudessem criar seus filhos (púberes) sem a ajuda dos avós. Daria, no total, aí uns 35, 40 anos de vida, e adeus. O que resolveria a questão demográfica do planeta e, claro, os problemas da Previdência. Mas a Natureza nos dá o resto da vida - a infância e a velhice e todos os prazeres extrarreprodutivos do mundo, inclusive os sexuais - como brinde. Como um chaveiro, um agradecimento pela nossa colaboração.

A laranjeira não existe para dar laranja, existe para produzir e espalhar sua própria semente. A fruta não é o objetivo da planta frutífera, é o que ela usa para carregar suas sementes, é o seu estratagema. Agradecer à laranjeira pela laranja é não entendê- la. Ela não sabe do que nós estamos falando. Suco? Doçura? Vitamina C? Eu?! Você e eu ficamos aí especulando sobre o que a vida quer de nós, e só o que a vida quer é continuar. Seja em nós e na nossa prole, seja na minhoca e na sua. Nossa missão, nossa explicação, é a mesma do rinoceronte e da anêmona. Estamos aqui para fazer outros iguais a nós. Isto que chamamos, carinhosamente, de "eu", com suas peculiaridades e sua biografia única, não é mais do que uma laranja personalizada. Um estratagema da Natureza, a polpa com que a Natureza protege a nossa semente e assegura a continuação da vida. Enfim, um grande mal-entendido.

E os que passam pelo mundo sem se reproduzir? São caronas. Mas ganham o brinde da vida assim mesmo. A Natureza não discrimina.

(VERÍSSIMO, Luis Fernando. O Globo, 22/09/2013)

O segmento do primeiro parágrafo do texto sem qualquer traço de coloquialismo ou oralidade é

Alternativas
Comentários
  • Alternatica correta:

    B. "Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou é decorrência ou é passatempo".

    ...Podemos observar que esta frase é a única que apresenta uma linguagem 100% culta, sem gírias e afins.

  • "Nossa missão é transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espécie e dar o fora". = "dar o fora" 

    "Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou é decorrência ou é passatempo". = CORRETO

    "Daria, no total, aí uns 35, 40 anos de vida, e adeus". = "e adeus"

    "O que resolveria a questão demográfica do planeta e, claro, os problemas da Previdência". = "e, claro"

    "Como um chaveiro, um agradecimento pela nossa colaboração". = "como um chuveiro"

  • e quer dizer que CLARO é coloquialismo?

  • Como um chaveiro, um agradecimento pela nossa colaboração".???????????

  • Ana Carolina, acredito que "claro" seja um sinal de oralidade. A questão pede coloquialismo ou oralidade.

  • Por que um chaveiro é coloquial? É uma metáfora.... Não entendi por que não pode ser a E...

  • "Claro" é coloquialismo?

  • acredito que a palavra Claro ñ seja coloquialismo ou seja oralidade. principalmente no contexto. aff

  • O que é linguagem coloquial?

    Entender o que é linguagem coloquial é muito importante, já que a utilizamos em situações informais de interlocução, isto é, em eventos de fala do nosso cotidiano.

    linguagem coloquial é uma variação de linguagempopular utilizada em situações cotidianas mais informais. Acoloquialidade encontra fluidez na oralidade (fala) e, assim, não requer adequação às normas da gramática tradicional (norma culta/padrão da língua portuguesa). É na linguagem coloquial que encontramos as gíriasestrangeirismosneologismosabreviações, isto é, palavras expressões que não se relacionam à norma culta da língua portuguesa.

    linguagem coloquial é empregada em situações informais, entre amigosfamiliares e em ambientes e/ou situações em que o uso da norma culta da língua possa ser dispensado.

     

     

  • Acredito que o erro está em certa "personificação" de Previdência.

  • Meu entendimento:

    a)"Nossa missão é transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espécie e dar o fora". (COLOQUIALISMO)

    b) "Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou é decorrência ou é passatempo". (GABARITO)

    c) "Daria, no total, aí uns 35, 40 anos de vida, e adeus". (ORALIDADE)

    d) "O que resolveria a questão demográfica do planeta e, claro, os problemas da Previdência". (ORALIDADE)

    e) "Como um chaveiro, um agradecimento pela nossa colaboração". (ORALIDADE)


  • Dica certeira para quem melhorar os acertos nas questões da FGV. Sempre que ficar em dúvida entre dois itens, examine bem os itens e marque o mesmo provável.


ID
1371979
Banca
FGV
Órgão
TJ-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2 - Estamos no trânsito de São Paulo, ano 2030. E não é preciso apertar os cintos: nosso carro agora trafega sozinho pelas ruas, salvo de acidentes, graças a um sistema que o mantém em sincronia com os demais veículos lá fora. O volante, item de uso opcional, inclina-se de um lado para outro como se fosse manuseado por um fantasma. Mas ninguém liga pra ele - até porque o carro do futuro está cheio de novidades bem mais legais. Em vez dos tradicionais quatro assentos, o que temos agora é uma verdadeira sala de estar, com poltronas reclináveis, mesa no centro e telas de LED. As velhas carrocerias de aço foram substituídas por redomas translúcidas, com visibilidade total para o ambiente externo. Se você preferir, é possível torná-la opaca e transformar o carro em um ambiente privado, quase como um quarto ambulante. Como o sistema de navegação é autônomo, basta informar ao computador aonde você quer ir e ele faz o resto. Resta passar o tempo da forma que lhe der na telha: lendo, trabalhando, assistindo ao seu seriado preferido ou até dormindo. A viagem é agradável e silenciosa. (Superinteressante, novembro de 2014).

O segmento do texto 2 que mostra variação culta de linguagem, sem traços de informalidade ou oralidade é:

Alternativas
Comentários
  • não etendi

  • Boa tarde!!!

    gostaria de um comentário a respeito dessa questão, pois, acertei a questão na sorte mesmo.

    de cara eliminei as alternativas : C) "Mas ninguém liga pra ele" (não estar na forma culta devido a contração da preposição "para" por "pra"; D) "está cheio de novidades bem mais legais" (a expressão "bem mais legais" não é uma forma culta, mas uma forma popular). Quanto aos erros das letras A e B, ainda, não percebi. Optei pela letra E devido a regência está certinha.

  • Boa tarde!!!

    gostaria de um comentário a respeito dessa questão, pois, acertei a questão na sorte mesmo.

    de cara eliminei as alternativas : C) "Mas ninguém liga pra ele" (não estar na forma culta devido a contração da preposição "para" por "pra"; D) "está cheio de novidades bem mais legais" (a expressão "bem mais legais" não é uma forma culta, mas uma forma popular). Quanto aos erros das letras A e B, ainda, não percebi. Optei pela letra E devido a regência está certinha.

  • E a A, porque não pode ser?
  • Acredito que "a" está errada pela informalidade do "lá fora"
    "b" pela oralidade, como se o autor estivesse dialogando com o leitor
    "c" pelo uso do "pra"
    "d'' pela oralidade também

    Vejam que o enunciado fala em oralidade e informalidade

  • Oi! 

    Não entendi a questão! 

    Alguém para explicar?

    Obrigada!

  • Vamos por partes:


    A -  nesta frase há uma traço de oralidade, observe que ele usa a expressão "lá fora" , num evidência de pessoalidade na descrição do cenário, já que a expressão não se mostra essencial ao sentido da frase.

    B - opção  cheia  de informalidade, perceba que o autor descreve o cenário tal qual se nos falasse dele, ao invés de descrevê-lo em texto, como deveria.

    C- O uso do "pra" também é fruto da informalidade, mas um retrato de oralidade, já que muitas vezes falamos assim, e o autor reescreve a fala, sem se preocupar com as regras da língua.

    D- é clara a oralidade também, "bem legais" é exemplo da reprodução da fala, bem como de informalidade.

    E - É a única opção que obedece às regras da língua de maneira objetiva  e clara.


    Espero ter ajudado!

  • Eu acho que o "variação culta de linguagem" no enunciado corresponde a letra E)- "Assistindo ao seu seriado preferido". O seriado não é dele, o seu  dá uma falsa ideia de posse, foi por esse aspecto que marquei a letra E). Pode ser loucura minha, vai saber. hehe!

  • "seriado" também não seria marca de informalidade? Acredito que "série de tv" ou "série de programas" seria menos informal.

  • Entre todas as alternativas, observamos com mais clareza a preocupação do autor em seguir uma linguagem formal/culta na letra "E". Há uma preocução em colocar a regência correta do verbo assistir (assistir no sentido de ver) que é VTI e exige a preposição "a".

  • a) �mantém em sincronia com os demais veículos lá fora�; --> "lá fora" (oralidade) 
    b) �o que temos agora é uma verdadeira sala de estar�; --> "sala de estar" (metáfora/informalidade/linguagem conotativa/hipérbole: exagero) 
    c) �Mas ninguém liga pra ele�; --> "pra" (informalidade/oralidade) 
    d) �está cheio de novidades bem mais legais�; --> "legais" (informalidade) 
    e) �assistindo ao seu seriado preferido�. CORRETA

  • Nula por subjetividade.

  • A palavra "seu" que me fez não marcar a E), entendo ela como marca de oralidade, obviamente o seriado não é dele.

  • Eu entendi.

    Por já ter respondido tantas questões da FGV e ter visto sobre artigo antes de pronome possessivo varias e varias

    vezes, achei, depois de 10 minutos, o que a banca quis saber.

    O comando da questão:

    O segmento do texto 2 que mostra variação culta de linguagem, sem traços de informalidade ou oralidade é:

    E) assistir a (regência corretíssima) + o + seu + seriado

    Identifiquei a "variação"= artigo antes de pronome possessivo é facultativo. Acredito que a regra é não ter artigo, mas depois perceberam que nós usamos muito isso e acabaram adaptando, sendo agora facultativo, uma variação culta.

  • Alguém pode explicar o porque das erradas, sem dizer que é da oralidade?!


ID
1378825
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1904.

Meu caro Nabuco,

Tão longe, e em outro meio, chegou-lhe a notícia da minha grande desgraça, e você expressou a sua simpatia por um telegrama. A única palavra com que lhe agradeci é a mesma que ora lhe mando, não sabendo outra que possa dizer tudo o que sinto e me acabrunha. Foi-se a melhor parte da minha vida e aqui estou eu só no mundo. Note que a solidão não me é enfadonha, antes me é grata, porque é um modo de viver com ela, ouvi-la, assistir aos mil cuidados que essa companheira de 35 anos de casados tinha comigo; mas não há imaginação que não acorde, e a vigília aumenta a falta da pessoa amada. Éramos velhos, e eu contava morrer antes dela, o que seria um grande favor; primeiro, porque não acharia a ninguém que melhor me ajudasse a morrer; segundo, porque ela deixa alguns parentes que a consolariam das saudades, e eu não tenho nenhum. Os meus são os amigos, e verdadeiramente são os melhores; mas a vida os dispersa, no espaço, nas preocupações do espírito e na própria carreira que a cada um cabe. Aqui me fco por ora na mesma casa, no mesmo aposento, com os mesmos adornos seus. Tudo lembra-me a minha meiga Carolina.

Como estou à beira do eterno aposento, não gastarei muito tempo em recordá-la. Irei vê-la, ela me esperará.
Não posso, caro amigo, responder agora à sua carta de 8 de outubro; recebi-a dias depois do falecimento de minha mulher, e você compreende que apenas posso falar deste fundo golpe.
Até outra e breve; então lhe direi o que convém ao assunto daquela carta que, pelo afeto e sinceridade, chegou à hora dos melhores remédios. Aceite este abraço do triste amigo velho

Machado de Assis

Adaptado de http://bagagemclandestina.blogspot.com.br/2008/08/meu- caro-nabuco.html

A linguagem utilizada no texto é

Alternativas
Comentários
  • No texto há traços de linguagem informal em vários parágrafos.

    Alguém saberia explicar porque é predominantemente formal?

  • Sim, Matheus.
    Basta olhar o autor da carta: Machado de Assis kkkkk
    Você deveria expor o que viu de informal para nós tentarmos te ajudar...

  • Matheus W., também não concordo com o gabarito. A carta é de um amigo para outro e trata de um assunto íntimo (a morte da esposa do remetente), permitindo o pronome de tratamento mais coloquial como "você" e vocativos íntimos como "caro amigo". Mas acho que a banca valeu-se apenas do prestígio do autor. O que é preocupante por ignorar que, à época, ainda não havia uma gramática normativa do Português brasileiro, resultando em erro de colocação pronominal mesmo o autor sendo Machado de Assis. Note que ele usa o pronome oblíquo "lhe" para referir-se a seu interlocutor, quando sabemos que tal pronome refere-se à 3ª pessoa do singular.

  • Apesar de também não concordar com o gabarito, a opção dada como correta diz "predominantemente formal.", logo, a mesma não diz que a carta é TOTALMENTE formal, e sim que é em sua maioria formal, porém admitindo-se em alguns pontos a informalidade/coloquialismo.

  • Embora seja uma carta pessoal, a linguagem que predomina é a FORMAL em relação a gramatica e a forma como foi redigida!

  • Vejo muita gente errando questões e colocando a culpa no gabarito. Pessoal, o texto está pedindo o que predomina e o que predomina, sem sombra de dúvidas, é a formalidade.

    Mudando de assunto...Que carta, hein? Muito show!

  • gabarito (E)

    predominantemente coloquial.  tambem pode -se chamar de informal ou popular. E A LINGUAGEM DO COTIDIANO DAS PESSOAS.. no caso do texto esta escrito na norma culta. uma linguagem clara!

    predominantemente jornalística. nao tem nada de jornalismo ai. esse texto é pessoal/sentimental

    mistura proporcionalmente linguagem coloquial e formal.. no caso do texto é so formal. 

    predominantemente argumentativa. no texto nao esta argumentando nada

  • Deu foi vontade de chorar :'(

     

    Gabarito letra E). Predominantemente formal, percebe-se facilmente o uso da norma culta.

  • Simples... Tu achas que o Machado de Assis faria uma texto informal kkkkk

  • O que era coloquial em 1904 poder-se-ia considerar formal em 2013... A língua sofre alterações significativas com o tempo... Questão repleta de subjetividade... De qualquer forma, não poderia mesmo esperar nada diferente dessa "gentalha"... "gentalha, gentalha: prrrrrrrrrr!" LIXO DE QUESTÃO

  • Que carta! Tadinho do Machado...

    GAB. E, texto predominantemente formal, apesar de ser dirigido a um amigo, não se nota excesso de coloquialidade, ao contrário.

  • Só por ser uma carta a um amigo, não quer dizer que é necessriamente coloquial. Ao ler só a pergunta, até risquei a letra E das possibilidades nesse raciocínio rápido, mas ao ler o texto, dá para ver claramente a formalidade na carta.

    E ele até pode ter usado o pronome "você", mas fez a concordância direitinho, usando o "lhe" que igualmente é da terceira pessoa, é Machado de Assis né gente?

    Fora isso não vi presença de gírias ou palavras que só se usariam no popular, fiquei desconfiada de "enfadonha" e "acabrunhado", mas ainda acredito que já fazia parte do português oficial da época.

  • Se alguém marcou que Machado de Assis escreveria um texto predominantemente "informal" ou "coloquial" merece uma surra. rs

  • A culpa é sempre da banca, nunca da interpretação do candidato.

    Pessoal chorão demais!

  • Que texto triste!!! a pessoa já tá lascada na hora da prova ai lê um texto desse e pensa: "Pronto, me lasquei!"

  • Imagine se MACHADO DE ASSIS iria escrever um texto coloquial, AINDA QUE fosse uma carta a um amigo.

    É preciso também utilizar nosso conhecimento de mundo, pessoal.


ID
1382524
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara Municipal de Sorocaba
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                          A vida dá voltas
      Sou um tipo meio fatalista. Acho que a vida dá voltas. Um amigo meu, Luís, casou-se com Cláudia, uma mulher egoísta. Ele era filho único, de mãe separada e sem pensão. Durante algum tempo, a mãe de Luís foi sustentada pelo próprio tio, um solteirão. Quando este faleceu, começaram as brigas domésticas: Cláudia não admitia que Luís desse dinheiro à mãe. Ele era um rapaz de classe média. Por algum tempo, arrumou trabalhos extras para ajudar a idosa.
      Convencido pela esposa, ele mudou-se para longe. Visitava a mãe uma vez por ano. Para se livrar da questão financeira, Luís convenceu a mãe a vender o apartamento. Durante alguns anos, ela viveu desse dinheiro. Muitas vezes, lamentava a falta do filho, mas o que fazer? Luís, sempre tão ocupado, viajando pelo mundo todo, não tinha tempo disponível. Na casa da mãe, faltou até o essencial. E ela faleceu sozinha.
      O tempo passou. Hoje, Luís, antes um profissional disputado, está desempregado. Foi obrigado a se instalar com a família na casa dos sogros, onde é atormentado diariamente. A filha de Luís e Cláudia cresceu e saiu de casa. Quer seguir seu próprio rumo!
      Luís não tem renda, nem bens. Está quase se divorciando. Ficou fora do mercado de trabalho. O que vai acontecer? A filha cuidará dele? Tenho dúvidas,porque ele não a ensinou com seu próprio exemplo.
      A vida é um eterno ciclo afetivo. Em uma época todos nós somos filhos. Em outra, tornamo-nos pais: é a nossa vez de cuidar de quem cuidou de nós.
(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br. Acesso em 30.12.2013. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta palavras empregadas em sentido figurado.

Alternativas
Comentários
  • letra a

    "vida da voltas" foi usado no sentido figurado para expressar que um mesmo acontecimento pode ocorrer de novo só que contra vc.

  • Lembrando os caros colegas que a alternativa "D" está com erro de colocação pronominal.

    O correto é "Ele se mudo para longe".
    Pois o sujeito "Ele" atrai o partícula (pronome oblíquo) "Se".
  • Vida da voltas= sentido figurado=conotativo.

  • Assertiva A

    Acho que a vida dá voltas.

  • GABARITO: LETRA  A

    ACRESCENTANDO:

    DENOTAÇÃO:

    Quando a linguagem está no sentido denotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido literal, ou seja, o sentido que carrega o significado básico das palavras, expressões e enunciados de uma língua. Em outras palavras, o sentido denotativo é o sentido realdicionarizado das palavras.

    De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na produção de textos que tenham função referencial

    CONOTAÇÃO:

    Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo significado em situações e contextos particulares de uso.

    De maneira geral, é possível encontrarmos o uso da linguagem conotativa nos gêneros discursivos textuais primários, ou seja, nos diálogos informais do cotidiano.

    FONTE: https://portugues.uol.com.br/redacao/denotacao-conotacao.html


ID
1393021
Banca
VUNESP
Órgão
PC-CE
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                       A morte do narrador

    Recentemente recebi um e-mail de uma leitora perguntando a razão de eu ter, segundo ela, uma visão tão dura para com os idosos. O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e vovós, porque estavam todos na academia querendo parecer com seus netos.


    Claro, minha leitora me entendeu mal. Mas o fato de ela ter me entendido mal, o que acontece com frequência quando se discute o tema da velhice, é comum, principalmente porque o próprio termo “velhice" já pede sinônimos politicamente corretos, como “terceira idade", “melhor idade", “maturidade", entre outros.


    Uma característica do politicamente correto é que, quando ele se manifesta num uso linguístico específico, é porque esse uso se refere a um conceito já considerado como algo ruim. A marca essencial do politicamente correto é a hipocrisia articulada como gesto falso, ideias bem comportadas. 


    Voltando à velhice. Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem se afundar na doença, na solidão e no abandono, e não procurar ser felizes. Mas, quando eu dizia que eles estão fugindo da condição de avós, usava isso como metáfora da mentira (politicamente correta) quanto ao medo que temos de afundar na doença, antes de tudo psicológica, devido ao abandono e à solidão, típicos do mundo contemporâneo. Minha crítica era à nossa cultura, e não às vítimas dela. Ela cultua a juventude como padrão de vida e está intimamente associada ao medo do envelhecimento, da dor e da morte. Sua opção é pela “negação", traço de um dos sintomas neuróticos descritos por Freud. 


        Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que na modernidade o narrador da vida desapareceu. Isso quer dizer que as pessoas encarregadas, antigamente, de narrar a vida e propor sentido para ela perderam esse lugar. Hoje os mais velhos querem “aprender" com os mais jovens (aprender a amar, se relacionar, comprar, vestir, viajar, estar nas redes sociais). Esse fenômeno, além de cruel com o envelhecimento, é também desorganizador da própria juventude. Ouço cotidianamente, na sala de aula, os alunos demonstrarem seu desprezo por pais e mães que querem aprender a viver com eles. 


    Alguns elementos do mundo moderno não ajudam a combater essa desvalorização dos mais velhos. As ferramentas de informação, normalmente mais acessíveis aos jovens, aumentam a percepção negativa dos mais velhos diante do acúmulo de conhecimento posto a serviço dos consumidores, que questionam as “verdades constituídas do passado". A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a invisibilidade dos mais velhos. Em termos humanos, o passado (que “nada" serve ao mundo do progresso) tem um nome: idoso. Enfim, resta aos vovôs e vovós ir para a academia ou para as redes sociais. 


(Luiz Felipe Pondé, Somma, agosto 2014, p. 31. Adaptado)

O termo empregado com sentido figurado está em destaque na seguinte passagem do texto:

Alternativas
Comentários
  • O sentido figurado ou conotativo, é aquele em que se atribui à palavra ou expressão, um sentido ampliado, diferente do sentido literal/usual.

    d) A palavra "Indivisibilidade" foi usada com o sentido de "isolamento", "exclusão" e, portanto, é o gabarito. 

  • Apenas complementando o comentário do colega, o correto é INVISIBILIDADE e não indivisibilidade.

  • kkkkkkkk vcs são bãos!!!

  • Nossa, uma questão dessas pra delegado =O

    Essa é uma daquelas pra ninguém zerar hehe. Tomara que venha várias dessas pra mim \o/

    Bons estudos, galera

  • Parabéns Nilson Silva muitas respostas você cita seus comentários isso tem sido de grande valia para esclarecimentos , obrigada!

  • A ultima também poderia ser , porque a questão não fala qual figura de linguagem ela quer . Metáfora ou metonímia . Certo ? 


  • sentido figurado ou conotativo, questão tranquila

  • d) A palavra "Indivisibilidade" foi usada com o sentido de "isolamento", "exclusão" e, portanto, é o gabarito. 

  • Assertiva D]

    A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a invisibilidade dos mais velhos. (último parágrafo).

  • foi a palavra invisibilidade pelo fato de que ela foi utilizada no sentindo figurado porquê os mais velhos não são invisiveis, apenas estão ficando mais sumidos por causa das atualizções do mundo de hoje. Então ela e o gabarito por dizer que os mais velhos estão ficando invisiveis. ja que isso nao existe ser invisivel


ID
1393306
Banca
VUNESP
Órgão
PC-CE
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ficção universitária

Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e ensino são indissociáveis. É claro que universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas, produzir mais inovação e atrair os alunos mais qualificados, tornando-se assim instituições que se destacam também no ensino.

O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma cristalina: das 20 universidades mais bem avaliadas em termos de ensino, 15 lideram no quesito pesquisa (e as demais estão relativamente bem posicionadas). Das 20 que saem à frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa. Daí não decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, seja capaz de ensinar.

O gasto médio anual por aluno numa das três universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa pesquisa, incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um aluno do ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em renúncias fiscais.

Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não dispõe de recursos para colocar os quase sete milhões de universitários em instituições com o padrão de investimento das estaduais paulistas. E o Brasil precisa aumentar rapidamente sua população universitária. Nossa taxa bruta de escolarização no nível superior beira os 30%, contra 59% do Chile e 63% do Uruguai.

Isso para não mencionar países desenvolvidos como EUA (89%) e Finlândia (92%). Em vez de insistir na ficção constitucional de que todas as universidades do país precisam dedicar-se à pesquisa, faria mais sentido aceitar o mundo como ele é e distinguir entre instituições de elite voltadas para a produção de conhecimento e as que se destinam a difundi-lo. O Brasil tem necessidade de ambas.

(Hélio Schwartsman. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br, 10.09.2013. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a expressão destacada é empregada em sentido figurado.

Alternativas
Comentários
  • Letra A

    ...tendem a reunir a melhor parte dos especialistas...

  • RESPOSTA A 

    nata :na.ta sf (lat matta) 1 Camada que se forma à superfície do leite; creme. 2 A melhor parte de qualquer coisa, o que há de melhor; a fina flor, o escol. N. da terra:nateiro; terra fértil.



    Significado em : http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=nata, sempre consulto  esse dicionário on-line, muito bom !

  • os dados do ranking publicados.... tambem esta no sentido figurado(conotativo).

    porque a questao nao quer dizer q literalmente ira pegar os "dados" do ranking...

    alguem pode confirmar isso...?

  • GABARITO A
    "Nata" está sendo utilizada com sentido figurado, subjetivo, metafórico ou conotativo.
    Esta empregada como: "os melhores" especialistas...
    Sentido literal, denotativo, objetivo: A "nata" do leite.

  • Se vc olhar no dicionário, verá que a palavra "dado" não é somente o cubo numérico.

  • Figurado ou conotativo

  • eu resolvi assim, pensei nas palavras que tenha mais de um sentido.

    Então, despesa e sempre despesa; dispor é sempre dispor; avaliadas e sempre avaliadas. Restou pensar em Dados e Nata. Dados pode ser aquele de jogos e dados no sentido informação. Nata pode ser a camada do leite o que há de melhor. Pensei, nos jogos os dados apesar de ser aquele objeto o que realmente e chamado de dado é o seu resultado que vai causar variações no jogo, logo seu sentido não varia (sim jogo rpg). Nata sim tem uma grande diferença interpretativa. Então foi a minha escolha.

     

  • minha dúvida era entre "dados" e "nata" então pensei que dados de jogos e dados de informação ok e nata como a nata do leite e nata como elite que é o que o texto quer demosntrar referindo-se aos pesquisadores

  • Assertiva A

    universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas...

  • Nata vem daquilo que se forma no leite na sua parte superior. É a parte especial do leite.


ID
1415317
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Tatatá tututudo bem?

     É assim que o personagem desta história começaria a conversar com você. Também não poderia ser diferente. Criado no mundo dos tatus, ele só podia mesmo falar tatuês. Assim, Lino logo aprendeu a falar como tatu, comer como tatu, e viver como tatu. Porque, apesar do mundo dos tatus ser bem diferente do nosso, tem uma coisa que é igualzinha: bicho criado fica igual ao bicho pai. Nisso não há dúvida, é só olhar para o Lino que a gente esquece que ele nasceu passarinho.

     E foi assim que tudo começou: com um PLACT!

     Quando ouviram aquele barulhinho, tatu Raul e dona Malu correram para ver o que era. Que surpresa! Bem ali, no meio da cama deles, tinha caído um ovo, que logo se rachou. De dentro, ainda com cara de passarinho, saiu Lino, que cantava sem parar. Tatu Raul olhou para o teto e disse:
     — Puxa, esqueci de consertatatar essa goteteteira. Deve teteter uma árvore bem aí em cima da gentetete. O coitatatadinho caiu do ninho.

                                Márcia Cristina Silva. Olhos de violino. São Paulo: FTD, p. 5-8 (com adaptações).

Em relação aos sentidos e a aspectos linguísticos e estilísticos do texto acima, julgue o  item  subsequente.

A realização da vogal média e da consoante linguodental surda das palavras “consertar", “goteira" e “gente" é invariável no português do Brasil.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO

      

    Questão diferente do padrão CESPE de português. Vai um palpite do meu raciocínio pra responder essa, não sei se estou certo. Mas acho que faz sentido, veja.

     

    Pra falar essas três palavras da pra perceber que pra pronunciar a letra "T" temos que encostar a língua no dente (linguodental)

      

    Acho que as duas primeiras são linguodentais em qualquer sotaque, mas a última não é. Em Brasília, por exemplo, nós pronunciamos sem levar a língua ao dente e soa algo como "gênthi", mas já ouvi pronúncias linguodentais, principalmente de amigos de Curitiba em que o  T linguodental soa bem forte. "GenTe".  Pensando nisso marquei errado, pois entendo que varia a depender da região.

  • Tanto uma, quanto outra, têm pronúncias diferentes. O "T" é falado diferente em algumas regiões e o "E", em consertar, ora é falado com som de "ê", ora com som de "é".

  • Na boa... o que essa %¨$#*&# vai acrescentar à vida do concurseiro. Isso é conteúdo para mestre em língua portuguesa. Penso que basta sabermos usar a língua culta, saber escrever certo, de forma clara e com a pontuação correta. Pelo amor de Deus!!!!

  • ao ler "consoante linguodental surda" eu começaria a ter um ataque de risos na hora da prova. 

  • Realmente não é facil entrar no legislativo! por sorte não entra mesmo kkkkkkkkk

     

  • Gente não adianta surtar com esse tipo de questão, é questão atípica do CESPE. 

  • Fui marromeno no raciocínio do Kiko, ou seja, entendo que a língua portuguesa é muito variavel, a depender da região, logo, conclui que a questão estava errada.

  • Chutei e acertei. Na prova, não chutaria mesmo.

  • Que viagem é essa véi?

  • UHuahuahuahuahuahu

    Só para matar a curiosidade, fui conferir esse cargo no edital deste concurso e descobri que é para CONSULTOR na área de REDAÇÃO PARLAMENTAR.

    Sabemos que para ser consultor, o candidato tem que ser o melhor do melhor do melhor... alguns aprovados são professores universitários. Então essa questão faz todo sentido para o cargo, mas para mim, que estou fazendo concurso para nível médio, serviu pra provocar crise de pânico apenas.

    Grata.

  • Nunca tinha escutado essa antes: "consoante linguodental"...

    vivendo e aprendendo...

  • Linguodental é a letra T, a língua encosta no dente. E ele quer saber se existe só uma forma de pronunciar essas palavras , as 2 primeiras não tem variação , já a palavra gente tem , podendo ser pronunciada genti.

ID
1420684
Banca
FGV
Órgão
Câmara Municipal do Recife-PE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 – Fonte da juventude

                        Superinteressante, 2009

Sempre existiram jovens e velhos. Mas a noção de juventude que a gente tem é bem mais recente: começou nos EUA e na Europa dos anos 20. Foi quando as universidades se tornaram comuns e atrasaram a idade em que as pessoas casavam e tinham filhos. De uma hora para outra, cada vez mais gente passava a desfrutar esse intervalo que quase não existia antes: o limbo entre a infância e a vida adulta para valer. Um limbo, aliás, que fica cada vez mais longo.

A frase abaixo, retirada do texto 2, que exemplifica a variedade coloquial da linguagem é:

Alternativas
Comentários
  • Por que seria a b? Pelo fato de usar "a gente" como pronome no lugar de "nós"?

  • A gente é usado como sujeito, e essa é uma forma coloquial.

  • a gente tem uma noçao de juventude bem mais recente = temos uma noçao de juventude mais recente.

  • A FGV gosta muito de usar a expressão a gente em linguagem coloquial .


ID
1424140
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho de Vidas secas, de Graciliano Ramos, para responder à  questão.

Fabiano tinha ido à feira da cidade comprar mantimentos. Precisava sal, farinha, feijão e rapaduras. Sinhá Vitória pedira além disso uma garrafa de querosene e um corte de chita vermelha. Mas o querosene de seu Inácio estava misturado com água, e a chita da amostra era cara demais.

Fabiano percorreu as lojas, escolhendo o pano, regateando um tostão em côvado, receoso de ser enganado. Andava irresoluto, uma longa desconfiança dava-­lhe gestos oblíquos. À tarde puxou o dinheiro, meio tentado, e logo se arrependeu, certo de que todos os caixeiros furtavam no preço e na medida: amarrou as notas na ponta do lenço, meteu­-as na algibeira, dirigiu-­se à bodega de seu Inácio.

Aí certificou-­se novamente de que o querosene estava batizado e decidiu beber uma pinga, pois sentia calor. Seu Inácio trouxe a garrafa de aguardente. Fabiano virou o copo de um trago, cuspiu, limpou os beiços à manga, contraiu o rosto. Ia jurar que a cachaça tinha água. Por que seria que seu Inácio botava água em tudo? perguntou mentalmente. Animou-­se e interrogou o bodegueiro:

- Por que é que vossemecê bota água em tudo?

Seu Inácio fingiu não ouvir. E Fabiano foi sentar-­se na calçada, resolvido a conversar. O vocabulário dele era pequeno, mas em horas de comunicabilidade enriquecia­-se com algumas expressões de seu Tomás da bolandeira. Pobre de seu Tomás. Um homem tão direito andar por este mundo de trouxa nas costas. Seu Tomás era pessoa de consideração e votava. Quem diria?

(Graciliano Ramos. Vidas secas. 118. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2012, p. 27­28. Adaptado)

Pode-­se dizer que, no que se referia ao uso da linguagem, Fabiano

Alternativas
Comentários
  • "O vocabulário dele era pequeno mas em horas de comunicabilidade enriquecia­-se com algumas expressões de seu Tomás da bolandeira."

    Ou seja, embora ele não tivesse domínio, ele reconhecia a importância de saber usar as variantes de prestígio social que aprenderá ouvindo algumas expressões de Tomás da bolandeira (pessoa de consideração e que votava).

    Os outros itens estão errados pois comentem extrapolações.

    GABARITO B


ID
1429420
Banca
FGV
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                                                            Caso de Chá

   A casa da velha senhora fica na encosta do morro, tão bem situada que dali se aprecia o bairro inteiro, e o mar é uma de suas riquezas visuais. Mas o terreno em volta da casa vive ao abandono. O jardineiro despediu-se há tempos; hortelão, não se encontra nem por um milagre. A velha moradora resigna-se a ver crescer a tiririca na propriedade que antes era um brinco. Até cobra começou a passear entre a folhagem, com indolência; é uma cobrinha de nada, mas sempre assusta.
   O verdureiro que faz ponto na rua lá embaixo ofereceu-se para matá-la. A boa senhora reluta, mas não pode viver com uma cobra tomando banho de sol junto ao portão, e a bicha é liquidada a pau. Bom rapaz, o verdureiro, cheio de atenções para com os fregueses. Na ocasião, um problema o preocupa: não tem onde guardar à noite a carrocinha de verduras.
   — Ora, o senhor pode guardar aqui em casa. Lugar não falta.
   — Muito agradecido, mas vai incomodar a madame.
   — Incomoda não, meu filho.
   A carrocinha passa a ser recolhida nos fundos do terreno. Todas as manhãs o dono vem retirá-la, trazendo legumes frescos para a gentil senhora. Cobra-lhe menos e até não cobra nada. Bons amigos.
   — Madame gosta de chá?
   — Não posso tomar, me dá dispepsia, me põe nervosa.
   — Pois eu sou doido por chá. Mas está tão caro que nem tenho coragem de comprar. Posso fazer um pedido? Quem sabe se a madame, com este terreno todo sem aproveitar, não me deixa plantar uns pés, pouquinha coisa, só para o meu consumo?
   Claro que deixa. Em poucas horas o quintal é capinado, tudo ganha outro aspecto. Mão boa é a desse moço: o que ele planta é viço de imediato. A pequenina cultura de chá torna alegre outra vez a terra abandonada. Não faz mal que a plantação se vá estendendo por toda a área. A velha senhora sente prazer em ajudar o bom lavrador. Alegando que precisa fazer exercício, caminhando com cautela pois enxerga mal, ela rega as plantinhas, que lhe agradecem a atenção prosperando rapidamente.
   — Madame sabe: minha intenção era colher só uma pequena quantidade. Mas o chá saiu tão bom que os parentes vivem me pedindo um pouco e eu não vou negar a eles. É pena madame não experimentar. Mas não aconselho: se faz mal, não deve mesmo tocar neste chá.
   O filho da velha senhora chegou da Europa esta noite. Lá ficou anos estudando. Achou a mãe lépida, bem disposta.
   — E eu trabalho, sabe, meu querido? Todos os dias rego a plantação de chá que um moço me pediu licença para fazer no quintal. Amanhã de manhã você vai ver que beleza que está.
   O verdureiro já havia saído com a carrocinha. A senhora estende o braço, mostra com orgulho a lavoura que, pelo esforço em comum, é também um pouco sua.
   O filho quase cai duro:
   — A senhora está maluca? Isso nunca foi chá, nem aqui nem na Índia. Isso é maconha, mamãe!

(ANDRADE, Carlos Drummond de. “Caso de Chá”. In: Cadeira de Balanço: crônica. 8.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1976, p. 7-8.)

                                                                      “— Pois eu sou doido por chá.”

O trecho acima traz um uso coloquial da linguagem e pode ser substituído, sem prejuízo semântico, por uma linguagem menos informal, como

Alternativas
Comentários
  • Eu gosto muito de chá.

    A meu ver a letra E também está menos informal, porém mudou o sentido da frase inicial, ou seja, houve prejuízo semântico.


ID
1431400
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o trecho extraído do texto 1 e analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a norma padrão da língua portuguesa.

“Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado."

1. Trata-se de um discurso direto, que tem como interlocutores as pessoas presentes no velório e como finalidade homenagear o morto.

2. A expressão “meus senhores" é um vocativo e pode ser deslocada para o início do enunciado, ou para imediatamente após o pronome inicial, mantendo-se isolada por vírgulas.

3. A forma verbal “têm" não poderia estar no singular “tem", pois estaria ferindo a regra de concordância segundo a qual o verbo deve concordar com seu sujeito.

4. As palavras “sombrio", “escuras" e “azul" estão empregadas como adjetivos.

5. As duas ocorrências de “tudo isso" fazem remissão anafórica a “Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo", e funcionam como aposto resumitivo.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas

Alternativas

ID
1435261
Banca
FUMARC
Órgão
TJM-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que NÃO haja erro.

Alternativas
Comentários
  • Oi pessoal,

    acho que o erro da C seria o emprego de "donde" pelo que pesquisei, donde: expressa proveniência, origem, procedência, ex: donde veio este envelope? (fonte: http://www.dicio.com.br/donde/)

  • Qual o erro da letra A?

  • O erro da a esta na ortografia:

    infligir e não inflingir

  • Resposta- letra D) Segundo o Código Civil, se aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, o alienante terá igualmente direito a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia da celebração do contrato.

  • A palavra inflingir não existe. O correto é infligir, sem o N depois do segundo I.

    Infligir significa "aplicar pena". Ex.: O guarda infligiu uma multa ao homem.

    Infringir significa "desrespeitar uma lei, norma, regulamento, ordem". Ex.: O réu infringiu  as normas de conduta do tribunal.

    FONTE: <>.

  • qual o erro da B?

  • Thaluana,

    O erro da letra B está no uso do pronome relativo "onde".

    Tal pronome só pode ser utilizado quando houver um antecedente locativo (real ou virtual), ao qual ele faça referência.

    Como não há referência alguma de lugar, não podemos utilizar o pronome "onde".

    Deveremos, neste caso, utilizar "no qual".

  • Gabarito Letra D


ID
1455745
Banca
FGV
Órgão
DPE-MT
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

“Brasileiro adora elogio de estrangeiro. Ninguém questiona quando falam bem da gente. Quando nos criticam, porém, a história é outra. Quem nos critica é mal-intencionado – ou quer nos colonizar.

Se a revista Economist publica na capa o Cristo Redentor em forma de foguete, com a manchete 'o Brasil decola', é chamada de “a melhor revista do mundo". Se traz o mesmo Cristo Redentor voando desgovernado, com a pergunta 'O Brasil estragou tudo?', é acusada de 'instrumento do capital internacional'.

Muito da dificuldade que encontramos em lidar com a crítica decorre de insegurança em relação a nossa identidade nacional. Não sabemos bem quem somos."

(Alexandre Vidal Porto. Folha de São Paulo.)

O cronista utiliza uma linguagem cuidada, mas com marcas de coloquialismo.

Assinale a opção que indica a frase que mostra esse coloquialismo.

Alternativas
Comentários
  • da gente ....


  • Presença de coloquialismos (expressões próprias da fala), tais como: pega levese tocatá rolando, da gente, etc.

    letra B

  • Coloquialismo " de boa" , " o que tá pegando" são palavras informais expressões próprias da fala.... Gabarito letra "B"

  • "Da gente" é uma forma de coloquialismo.

  • Por favor indiquem para comentário do Professor.

  • alguém explique.... 

  • "Ninguém questiona quando falam bem da gente". Coloquial

                                          X

    Ninguém questiona quando falam bem de nós. Formal

     

  • Fiquei em dúvida por conta da alternativa C, com a expressão ''a história é outra''. Mas a banca ficou realmente pegando no pé com o uso de ''a gente'' no lugar de nós kkkk anotado


ID
1463011
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                                                        Demarcação das Terras Indígenas

    O Instituto Socioambiental (ISA) vem alertando para a lentidão na demarcação das terras indígenas e para o baixo grau de efetividade nos processos de consulta aos grupos cujas terras estão sujeitas ao impacto de grandes obras públicas.
    Nos governos eleitos sob a égide da Constituição de 1988, foram identificados e demarcados cerca de dois terços das terras indígenas. Grandes batalhas foram travadas e o reconhecimento das terras avançou de forma desigual.
    Hoje, a maior parte dos conflitos está no Sul, Sudeste, Nordeste e em Mato Grosso do Sul, na metade não amazônica do país, onde vivem 40% da população indígena em 1,5% da extensão total das terras dos índios. Nessa metade se concentrou o processo de colonização e é onde estão 85% da população brasileira. A aplicação do artigo 231 da Constituição resultaria no reconhecimento de terras indígenas em extensão suficiente para garantir a reprodução física e cultural de seus ocupantes. Já há e ainda haverá situações em que sua aplicação não será suficiente para prover terras em extensão mínima que garanta a sobrevivência e a reprodução cultural de grupos específicos. Não faz sentido desprover de direitos as pessoas que dispõem de títulos legítimos e às quais não se pode atribuir responsabilidades por políticas impostas aos índios no passado pela União ou pelos estados.
    Assim como na Amazônia, também é maior a extensão das propriedades, dos assentamentos, das unidades de conservação ou de áreas destinadas à defesa nacional.
    No resto do país, diante do denso processo de ocupação econômica e demográfica, o reconhecimento de terras indígenas enfrentou mais dificuldades, assim como tende a afetar mais pessoas e interesses econômicos. Pior ficou a situação de povos, como os Guarani-Kaiowá do Mato Grosso do Sul, que permaneceram invisíveis ao Estado brasileiro por longo tempo, sendo que hoje se sabe tratar-se da mais populosa etnia no Brasil, mas que não dispõe de terras nem sequer na dimensão destinada aos assentados da reforma agrária.
    Há equívoco quando é advogada a revisão pela Embrapa dos laudos antropológicos que embasam as demarcações. O critério de “produtividade”, evocado para excluir áreas com potencial produtivo dos limites das terras a serem demarcados, além de inconstitucional e discriminatório, deixaria a Embrapa na situação de ter que responder, judicialmente, por prejuízos causados aos índios.
    Pior ainda é a iniciativa da bancada ruralista, que pretende emendar a Constituição para exigir a homologação das terras pelo Congresso, que tem exercido com dificuldade a sua função legislativa e não teria como produzir juízo técnico sobre a destinação de terras, tarefa típica do Executivo. O resultado seria a paralisação das demarcações e a transferência das decisões para o Congresso.
    Nos casos em que a aplicação do artigo 231 forem insuficientes, como é o caso dos Guarani-Kayowá, uma solução justa e legal é a desapropriação de áreas, indenizando-se os proprietários pelo valor das terras, o que poderá representar um custo menor do que suportar processos conflitivos, com recurso à violência ou à justiça e com resultados menos efetivos para todos.
    Não é preciso burocratizar o procedimento administrativo para a demarcação, que já foi juridicamente saneado em 1996. É preciso dotar a Funai de instrumentos para desapropriar e indenizar com presteza com títulos de efetivo valor (como os títulos da dívida agrária), para enfrentar situações específicas que geram conflitos e perpetuam injustiças.
    O bater de cabeças entre ministros e parlamentares não resolve a questão. Cabe ao ministro da Justiça a responsabilidade de retomar o processo demarcatório, provendo os instrumentos para que a União conclua, de forma ágil e justa, o resgate de direitos que se espera há 25 anos.

Márcio Santilli. O Globo Amanhã. P.29 28-05-2013. ( Adaptado)

No 2º parágrafo, há um uso da língua que não atende ao exigido pela norma culta, embora aceito como uso informal. Este uso está identificado em

Alternativas
Comentários
  • Por favor alguém poderia explicar!

    Grata.


ID
1463101
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Tijucas - SC
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que está de acordo com a norma escrita culta.

Alternativas
Comentários
  • a) Pratique o bem e evite o mau. Mal

    b) Confira os novos jogos interativos. Clica aqui! Clique

    c) Eu compito com você nessa carreira. CORRETA!

    d) Em caso de dúvidas na estrada, não siga adiante! Pede o apoio de um policial. Peça

    e) Sua maneira de falar é muito semelhante a de sua irmã. Essa acredito que o erro seja o de na minha opinião deveria ser da

  • Anália Meira,

     

    O erro da E, na verdade, é a falta do acento grave indicativo de crase.

     

    Sua maneira de falar é muito semelhante à (maneira de falar) de sua irmã.


ID
1472281
Banca
CS-UFG
Órgão
Prefeitura de Aparecida de Goiânia - GO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

GRAFIA DE SÃO PAULO - A Folha usará "presidente", e não "presidenta", para se referir à petista Dilma Rousseff. Em português, as duas formas estão corretas, "mas a feminina é pouco usada", diz Thaís Nicoleti, consultora de língua portuguesa do Grupo Folha-UOL. De acordo com Pasquale Cipro Neto, o uso da forma "presidenta" causa estranheza aos leitores.

                                          Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj0201201105.htm>. Acesso em 02 jan. 2011.

A regra que justifica a escolha do uso de “presidente” e não “presidenta” pelo jornal é baseada

Alternativas
Comentários
  • ''o uso da forma "presidenta" causa estranheza aos leitores. ''

     D) no julgamento social sobre as duas formas.

  • Causa estranheza, mas apenas em Presidenta e não nas duas formas.. tendi nada


ID
1482739
Banca
CEPERJ
Órgão
SEDUC-RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       A BATALHA PELA PUBLICIDADE INFANTIL

     A publicação de um estudo contratado por uma gigante do entretenimento, em dezembro, esquentou a briga pela legitimidade do mercado publicitário infantil. A pesquisa questiona resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) que considera a publicidade infantil abusiva, e pinta um quadro de desastre para a economia caso a recomendação seja cumprida. Em 2015, o tema deve continuar mobilizando forças dos dois lados, pois será debatido no Congresso.

     Segundo os números do levantamento divulgado pela empresa, a produção destinada ao público infantil gera 51,4 bilhões de reais em produção na economia nacional, 1,17 bilhão de empregos, mais de 10 bilhões de reais em salários e quase 3 bilhões em tributos. Com as propostas do Conanda em prática, que restringem nas peças publicitárias o uso de linguagem infantil, de personagens e de ambientes que remetem à infância, as perdas seriam, segundo a empresa, de 33,3 bilhões em produção, cerca de 728 mil empregos, 6,4 bilhões em salários e 2,2 bilhões em tributos.

     Para Ekaterine Karageorgiadis, advogada do Instituto Alana, dedicado a garantir condições para a vivência plena da infância, a decisão do Conanda é baseada na Constituição, na qual a propaganda infantil é classificada como abusiva, e portanto ilegal. Para Karageorgiadis, o problema é que a fiscalização do material televisivo, impresso e radiofônico não é eficiente. "Justamente porque essa publicidade continua existindo, o Conanda traz uma norma que dá a interpretação, para que o juiz, promotor ou o Procom possam identificar de maneira mais fácil o abuso", afirma. Karageorgiadis rebate a tese de caos econômico apresentada pela empresa. Segundo ela, a resolução não tem impacto sobre a produção de produtos como brinquedos, cadernos e alimentos. Eles poderão continuar a ser produzidos, diz ela, mas terão de ser divulgados aos pais, em propagandas realizadas em canais adultos e sem elementos do universo infantil. "O licenciamento para entretenimento não é afetado: os desenhos continuam existindo, os brinquedos continuam existindo, o problema é a comunicação que se faz disso", diz.

     A advogada relata caso em que a propaganda é feita até mesmo dentro das escolas. "Há denúncias de canais infantis que vão em escolas e distribuem brindes de novelas que estão sendo realizadas", diz. "A novela infantil pode ser realizada, mas um grupo de agentes ir à escola distribuir maquiagens e cadernetas não pode".

     Mônica de Sousa, diretora executiva da empresa, disse que sua principal preocupação é o impedimento da "comunicação mercadológica dirigida à criança", o que afetaria a comercialização de diversos produtos de sua empresa, como cadernos, livros e até uma linha de macarrão instantâneo dos personagens.

     Um exemplo para dar forma à disputa em questão é a peça publicitária desenvolvida pela empresa dirigida por Mônica de Sousa para a Vedacit.

A advogada do Alana questiona o teor da peça publicitária. "Por que um produto químico, um impermeabilizante de telhados, precisa dialogar com a criança? A publicidade se usa de um personagem que não gosta de água, cria novos personagens, os 'amiguinhos Vedacit' e se utiliza de uma linguagem infantil", diz Karageorgiadis. Segundo ela, mesmo sem ser do interesse da criança, ao ir a uma loja de construções com a família, ela será uma intermediária na compra do produto. "Para vender o Vedacit eu preciso mesmo de toda essa estratégia?".

     Do outro lado, Mônica diz que a propaganda não foi destinada às crianças e que a produção das histórias em quadrinhos era voltada ao público adulto. "É bom lembrar que nossos personagens têm 50 anos e portanto fazem parte do imaginário de diversas gerações de adultos", diz Mônica. "Esse é um bom exemplo de como a restrição total e irrestrita proposta na resolução pode afetar a própria existência dos personagens."

                                                                Paloma Rodrigues (Carta Capital, 22/12/2014) (Adaptado de:                                                                      cartacapital.com.br/sociedade/publicidade-infantil-2706.html)

O melhor exemplo do emprego da variedade informal da língua no texto é:

Alternativas
Comentários
  • gab. A

    está no 1ª §
    "A publicação de um estudo contratado por uma gigante do entretenimento, em dezembro, esquentou a briga pela legitimidade do mercado publicitário infantil. A pesquisa questiona resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) que considera a publicidade infantil abusiva, e pinta um quadro de desastre para a economia caso a recomendação seja cumprida. Em 2015, o tema deve continuar mobilizando forças dos dois lados, pois será debatido no Congresso.
    "
  • Gab: A.

    Esquentou 1§, Os conceitos linguagem formal e linguagem informal estão sobretudo associados ao contexto social em que a fala é produzida. Num contexto em que o falante está rodeado pela família ou pelos amigos, normalmente emprega uma linguagem informal, podendo usar expressões normalmente não usadas em discursos públicos (palavrões ou palavras com um sentido figurado que apenas os elementos do grupo conhecem). Um exemplo de uma palavra que tipicamente só é usada na linguagem informal, em português europeu, é o adje(c)tivo “chato”. 
    A linguagem formal, pelo contrário, é aquela que os falantes usam quando não existe essa familiaridade, quando se dirigem aos superiores hierárquicos ou quando têm de falar para um público mais alargado ou desconhecido. É a linguagem que normalmente podemos observar nos discursos públicos, nas reuniões de trabalho, nas salas de aula, etc.

  • A publicização infantil é um atentado terrorista! Mas isso escapa ao entendimento do Direito.

  • "esquentou" foi usado no sentido figurado, utilizando o significado de "aumentou".

  • a) esquentou

    Correta. A publicação de um estudo contratado por uma gigante do entretenimento, em dezembro, esquentou a briga - aqui esquentou não está no sentido literal, mas sim no sentido de uma gíria e que marca o uso informal da língua.

    b) irrestrita

    Incorreta. Esse é um bom exemplo de como a restrição total e irrestrita - irrestrita está no uso formal da língua.

    c) comercialização

    Incorreta. o que afetaria a comercialização de diversos produtos - comercialização está no uso formal da língua.

    d) infantis

    Incorreta. Há denúncias de canais infantis que vão em escolas - infantis está no uso formal da língua.

    e) do outro lado

    Incorreta. Do outro lado, Mônica diz que a propaganda não foi destinada - do outro lado está no uso formal da língua.

    Gabarito do professor: A
  • GABARITO: LETRA A

    COMENTÁRIO DA PROFESSORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    a) esquentou

    CorretaA publicação de um estudo contratado por uma gigante do entretenimento, em dezembro, esquentou a briga - aqui esquentou não está no sentido literal, mas sim no sentido de uma gíria e que marca o uso informal da língua.

    b) irrestrita

    IncorretaEsse é um bom exemplo de como a restrição total e irrestrita - irrestrita está no uso formal da língua.

    c) comercialização

    Incorretao que afetaria a comercialização de diversos produtos - comercialização está no uso formal da língua.

    d) infantis

    IncorretaHá denúncias de canais infantis que vão em escolas - infantis está no uso formal da língua.

    e) do outro lado

    IncorretaDo outro lado, Mônica diz que a propaganda não foi destinada - do outro lado está no uso formal da língua.

    FONTE: Ana Machado, Mestranda em Letras e Ciências Humanas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Especialista em Literatura Brasileira pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Formada em Letras - Português/Literaturas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Professora de Língua Portuguesa, Redação e Literaturas., de Português, Literatura


ID
1483186
Banca
CIEE
Órgão
AGU
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Com relação à concordância verbal e de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gab letra (C)

    (a) O mundo dos psicopatas é incompreensível.
    (b) As crianças daquela escola municipal adoram as professoras.
    (c)gab
    (d)As avenidades da região sul da cidade, por causa da chuva, ficaram alagadas.

  • FOCO E ESTUDE OS VERBOS SEM PREGUIÇA BLZ!

    SEI QUE MUITOS CAIRAM NA FALTA DE CONHECIMENTO DO VERBO ""IR".

    VERBO "IR"=

    "FORA=

    Pretérito Mais-que-perfeito= TEMPO

    INDICATIVO= MODO

    1° OU 3°= PESSOA.

    Singular= número

    eu fora

    tu foras

    ele fora

    nós fôramos

    vós fôreis

    eles foram

    ....apesar de erros também em concordância. Acredito que a raiz do ploblema da maioria da galera nao seja sempre concordância em números, generos e etc..e sim no tempo verbal


ID
1511233
Banca
CEPERJ
Órgão
SEDUC-RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

COMO LER NAS “ENTRELINHAS”?

As conhecidas “entrelinhas” são uma boa metáfora visual para aquilo que poderíamos designar, de maneira mais apropriada, como o “não-dito” de um texto. Entre uma linha e outra não há supostamente nada exceto o branco da página, da mesma maneira que o não-dito obviamente não foi escrito, logo, não pode ser lido.

Entretanto, lembremos que a linguagem humana é simultaneamente pletórica e insu?ciente: sempre se diz mais e menos do que se queria dizer. Até mesmo um texto prosaico e informativo esconde algumas informações e sugere outras, que se nos revelam se soubermos ler... nas entrelinhas. Ora, um texto de ?cção amplia conscientemente o espaço das suas entrelinhas, justamente para poder tanto esconder quanto sugerir mais informações. Desse modo, ele desa?a o seu leitor a decifrá-lo, vale dizer, a escavar as suas entrelinhas.

Nos dois parágrafos acima, por exemplo.
O que se encontra nas entrelinhas?
O que eu não disse?
O que estou escondendo?

Quando digo que “um texto de ficção amplia conscientemente o espaço das suas entrelinhas” e “desafia o seu leitor a decifrá-lo”, vejo-me escondendo nada menos do que o próprio autor do texto, porque empresto consciência e vontade a uma coisa, isto é, a um texto. Se o meu leitor percebe que fiz isto, ou seja, se o meu leitor lê nas entrelinhas do meu texto, ele pode me interpretar ou de um modo conservador ou de um modo mais ousado.

O meu leitor conservador pode entender que apenas recorri a uma metonímia elegante, dizendo “texto” no lugar de “autor do texto” por economia de palavras e para dar estilo ao que escrevo. O meu leitor ousado já pode especular que sobreponho o texto ao seu autor para sugerir que a própria escrita modifica quem escreve, e o faz no momento mesmo do gesto de escrever.

Ambas as interpretações me parecem válidas, embora eu goste mais da segunda. Talvez haja outras leituras igualmente válidas, embora nem tudo se possa enfiar impunemente nas entrelinhas alheias. Em todo caso, creio que achei um bom exemplo de leitura de entrelinhas no próprio texto que fala das entrelinhas...

Se posso ler nas entrelinhas de textos teóricos ou informativos como este que vos fala, o que não dizer de textos de ficção? Este meu texto não se quer propositalmente ambíguo ou plurissignificativo, mas o acaba sendo de algum modo, por força das condições internas de toda a linguagem, o que abre espaço para suas entrelinhas, isto é, para seus não-ditos.

Um texto de ficção, entretanto, já se quer ambíguo e plurissignificativo, assumindo orgulhosamente suas entrelinhas. Estas entrelinhas são maiores ou menores, mais ou menos carregadas de sentido, dependendo, é claro, do texto que contornam. Textos menores e mais densos, por exemplo, tendem a conter entrelinhas às vezes maiores do que eles mesmos.

É o caso do menor conto do mundo, do hondurenho Augusto Monterroso, intitulado “O Dinossauro”. O conto tem apenas sete palavras e cabe em apenas uma linha: “quando acordou, o dinossauro ainda estava ali”.
As entrelinhas cercam este conto, provocando muitas perguntas, como, por exemplo:

1. Quem acordou?
2. Quem fala?
3. Onde é ali?
4. O dinossauro ainda estava ali porque também se encontrava lá antes de a tal pessoa dormir, ou porque ela sonhara com o dinossauro e ele saiu do sonho para a sua realidade?
5. O dinossauro que ainda estava ali é o animal extinto ou um símbolo?
6. Se for o animal extinto e supondo que o conto se passa na nossa época, como ele chegou ali?
7. Se não se passa na nossa época, então em que época se passa a história?
8. Se, todavia, o dinossauro é um símbolo, o que simboliza?

Na verdade, as entrelinhas contêm as perguntas que um texto nos sugere, muito mais do que as respostas que ele porventura esconde. A nossa habilidade de ler nas entrelinhas se desenvolve junto com a nossa habilidade de seguir as sugestões do texto e de formular perguntas a respeito dele e mesmo contra ele, para explorá-las sem necessariamente respondê-las de uma vez para sempre.

Gustavo Bernardo (Adaptado de: revista.vestibular.uerj.br/coluna/)

O emprego da variante coloquial da língua está explicitado principalmente no uso de um vocábulo em:

Alternativas
Comentários
  • Letra B. A palavra "enfiar" está em sentido coloquial (Informal). 

  • GABARITO: LETRA B

    ACRESCENTANDO:

    linguagem coloquial compreende a linguagem informal, popular, que utilizamos frequentemente em situações informais como numa conversa entre amigos, familiares, vizinhos, etc.

    Quando utilizamos a linguagem coloquial, decerto que não estamos preocupados com as normas gramaticais. Por isso, falamos de maneira rápida, espontânea, descontraída, popular e regional com o intuito de interagir com as pessoas.

    Dessa forma, é comum usar gírias, estrangeirismos, abreviar e criar palavras, cometer erros de concordância, os quais não estão de acordo com a norma culta.

    Para tanto, quando escrevemos um texto, é muito importante que utilizemos a linguagem formal (culta), ou seja, gramaticalmente correta.

    Isso é um problema que ocorre muitas vezes com os estudantes que tentam produzir um texto, e por estarem tão familiarizados com a linguagem falada, não conseguem se distanciar da maneira de falar.

    Outro exemplo, é quando fazemos uma entrevista de emprego. Nesse momento, devemos deixar de lado a linguagem coloquial e dar lugar à linguagem formal ou culta.

    FONTE: https://www.todamateria.com.br/linguagem-coloquial/


ID
1552636
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Belo Horizonte - MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                             É O FIM DO MUNDO 
                                                                Andrea Estevam

Humanos percorrem 226 quilômetros em pouco mais de oito horas, utilizando somente a força do próprio corpo para nadar, pedalar e correr ao longo dessa distância. Um cara que teve as pernas amputadas quando ainda era bebê conquista, na marra, um lugar entre os melhores velocistas do mundo. Montanhistas russos se preparam para escalar o K2, a mais mortal das montanhas de mais de 8 mil metros, em pleno inverno, sob a ameaça de temperaturas que podem chegar a 50 graus negativos. Uma menina de 18 anos é campeã mundial de surf. Bikes que podem ser recarregadas na tomada são realidade. Os velhos de pensamento e alma têm razão: é o fim do mundo mesmo – pelo menos do mundo com as fronteiras físicas e mentais que conhecemos. É o fim do ser humano como animal perfeito, obra acabada. Ainda bem! Ao contrário do que nossa presunção e nosso egoísmo possam sugerir, seguimos em evolução, para sempre rascunhos de tudo o que ainda somos capazes de realizar. Que outros sonhos o ser humano pode concretizar nos próximos 2 mil anos? (Se conseguirmos, é claro, recriar a nossa civilização a tempo de não nos extinguirmos.) O mundo acaba e recomeça a cada dia, e da morte do velho nasce a vida e a transformação. Como diz aquela música do R.E.M., ―é o fim do mundo, e eu me sinto bem‖. Go Outside – Janeiro/2012 – Ed. 80 (Texto adaptado)

"Um cara que teve as pernas amputadas quando ainda era bebê conquista, na marra, um lugar entre os melhores velocistas do mundo." (linhas 3-4)
As expressões sublinhadas nessa frase são características da linguagem

Alternativas
Comentários
  • Coloquial...Linguagem do cotidiano uso de expressões e gírias


ID
1553359
Banca
ASSCONPP
Órgão
Prefeitura de Xaxim - SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o recorte do texto de Guimarães Rosa abaixo:



“Havia uma aldeia em algum lugar, nem maior nem menor, com velhos e velhas que velhavam, homens e mulheres que esperavam, e meninos e meninas que nasciam e cresciam."

Assinale a única afirmação correta:


Alternativas
Comentários
  • Gab: "A"

    Neologismo é um fenômeno linguístico que consiste na criação de uma palavra ou expressão nova, ou na atribuição de um novo sentido a uma palavra já existente. Pode ser fruto de um comportamento espontâneo, próprio do ser humano e da linguagem, ou artificial, para fins pejorativos ou não. 

    fonte: https://www.google.com.br/Search/Wikipedia

    A palavra em destaque, “velhavam", é um exemplo de neologismo.


ID
1581709
Banca
UFBA
Órgão
UFBA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Ilha de Moçambique em festival


A ILHA de Moçambique é palco, hoje, do primeiro festival cultural local dedicado à mulher, uma iniciativa da associação feminina local que pretende valorizar as artes e a cultura locais. Dança, música e gastronomia serão as principais componentes do evento.

O festival organizado pela Associação Cultural das Mulheres da Ilha de Moçambique (ACUMIM), a agremiação que promove o evento, escolheu a Fortaleza de São Sebastião para hospedeiro, num festival cujo prato principal é um espectáculo temático denominado “Nikhahe". Esta apresentação, criada pelas integrantes da ACUMIM, contempla números de danças tradicionais locais, casos do tufo, massebua ou nzope.

Para além das artistas da ACUMIM, distribuídas em dez grupos, actuarão no festival os músicos nampulenses Zena Bakar, Aly Fake, Onze Ballas, Dama Ija ou Mr Hama, convidados de honra.

                                                                                                                             (ILHA de Moçambique... 2013).


Com base nesse texto, é correto afirmar:

Escrito em língua portuguesa, na variedade moçambicana, esse texto é uma evidência de que a diversidade cultural não consegue ser alcançada por essa língua, pois cada cultura precisa ter uma língua exclusiva para expressar os seus valores.


Alternativas
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  • Aos não assinantes:

    GABARITO: ERRADO


ID
1581712
Banca
UFBA
Órgão
UFBA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Ilha de Moçambique em festival

A ILHA de Moçambique é palco, hoje, do primeiro festival cultural local dedicado à mulher, uma iniciativa da associação feminina local que pretende valorizar as artes e a cultura locais. Dança, música e gastronomia serão as principais componentes do evento.

O festival organizado pela Associação Cultural das Mulheres da Ilha de Moçambique (ACUMIM), a agremiação que promove o evento, escolheu a Fortaleza de São Sebastião para hospedeiro, num festival cujo prato principal é um espectáculo temático denominado “Nikhahe". Esta apresentação, criada pelas integrantes da ACUMIM, contempla números de danças tradicionais locais, casos do tufo, massebua ou nzope.

Para além das artistas da ACUMIM, distribuídas em dez grupos, actuarão no festival os músicos nampulenses Zena Bakar, Aly Fake, Onze Ballas, Dama Ija ou Mr Hama, convidados de honra.

                                                                                                                              (ILHA de Moçambique... 2013).

Com base nesse texto, é correto afirmar:

A variedade da língua portuguesa em Moçambique apresenta-se semelhante a outras variedades dessa língua em outros países, mesmo que, nesses países, a cultura seja diferente.


Alternativas
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  • Aos não assinantes:

    GABARITO: CERTO


ID
1581715
Banca
UFBA
Órgão
UFBA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

[...] podemos dizer que a cultura é um processo cumulativo de conhecimentos e práticas resultante das interações, conscientes e inconscientes, materiais e não materiais, entre o homem e o mundo, a que corresponde uma língua; é um processo de transmissão pelo homem, de gerações em gerações, das realizações, produções e manifestações, que ele efetua no meio ambiente e na sociedade, por meio de linguagens, história e educação, que formam e modificam sua psicologia e suas relações com o mundo. (NARDI, 2013).

Relacionando-se esse texto, do autor Jean Nardi, com o processo histórico de transmissão da língua portuguesa fora da esfera de Portugal, pode-se dizer que a cultura dos povos dominados por esse país sofreu algum tipo de interferência da língua portuguesa e, consequentemente, da cultura portuguesa.


Alternativas
Comentários
  • Aos não assinantes:

    GABARITO: CERTO


ID
1581724
Banca
UFBA
Órgão
UFBA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque C, se a proposição é certo; E, se a proposição é errado.


A gramática descritiva não se constitui um compêndio gramatical ordinariamente usado nos ambientes escolares, pois, na verdade, essa gramática se constrói a partir dos resultados das pesquisas realizadas pelos estudos linguísticos.

Com base nessa gramática, é possível afirmar que a forma simples do pretérito mais-que-perfeito do indicativo desapareceu do uso natural da língua e que o futuro do indicativo está em franco processo de desaparecimento.


Alternativas
Comentários
  • Aos não assinantes:

    GABARITO: CERTO