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Prova CPCON - 2020 - Câmara de Cerro Corá - RN - Assessor Jurídico


ID
5056156
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Toda produção escrita apresenta fatores de contextualização que ancoram o texto em uma situação comunicativa. Feita a leitura do texto abaixo responda a questão.


O tom da velhice

Pardais são como cantores profissionais: Também têm momentos de auge e declínio em suas carreiras. Entre pássaros, é comum que o canto de um macho invasor sirva como alerta de perigo. Só que pardais mais velhos colocam menos banca usando o gogó que os mais novos. Cientistas descobriram isso, colocando trinta e cinco pardais para ouvir sons de rivais com dois ou dez anos de idade. As cobaias se mostraram preocupadas com ruídos dos jovens, se aproximando desta fonte sonora para investigá-los. Avoz dos anciões, porém, não gerou a mesma comoção. O próximo passo é descobrir se ter um tom idoso afeta o match com as fêmeas.

Fonte: Sessão Fatos. Revista Superinteressante. Edição 412, fevereiro/2020, pag. 14.

Considerando o título do texto em questão, avalie as proposições, assinalando (V) para verdadeiro e (F) para falso.


( ) apresenta pistas que norteiam seu objetivo discursivo, de forma geral, sobre a temática do texto.

( ) desempenha um papel prospectivo que colabora com as expectativas na formulação de hipóteses sobre os assuntos do texto.

( ) é sobremaneira despistador, não favorecendo ao leitor qualquer pista na formulação da temática desenvolvida.


A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é:

Alternativas

ID
5056159
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Toda produção escrita apresenta fatores de contextualização que ancoram o texto em uma situação comunicativa. Feita a leitura do texto abaixo responda a questão.


O tom da velhice

Pardais são como cantores profissionais: Também têm momentos de auge e declínio em suas carreiras. Entre pássaros, é comum que o canto de um macho invasor sirva como alerta de perigo. Só que pardais mais velhos colocam menos banca usando o gogó que os mais novos. Cientistas descobriram isso, colocando trinta e cinco pardais para ouvir sons de rivais com dois ou dez anos de idade. As cobaias se mostraram preocupadas com ruídos dos jovens, se aproximando desta fonte sonora para investigá-los. Avoz dos anciões, porém, não gerou a mesma comoção. O próximo passo é descobrir se ter um tom idoso afeta o match com as fêmeas.

Fonte: Sessão Fatos. Revista Superinteressante. Edição 412, fevereiro/2020, pag. 14.

Sobre o enunciado “Pardais são como cantores profissionais: também têm momentos de auge e declínio em suas carreiras”, é CORRETO afirmar que:


I- há uma comparação explícita na construção linguística, tendo em vista a aproximação de dois seres por alguma semelhança existente.

II- existe na elaboração discursiva, a figura prosopopeia, que atribui aos pardais linguagem, sentimentos e ações próprias dos seres humanos.

III- há uma construção argumentativa na 2ª oração, justificando a oração.


É CORRETO o que se afirma apenas em:

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia me dizer porque o item II é incorreto?

  • Sobre o item II

    a própria alternativa diz onde está o erro. Não existem no texto atitudes ou ações próprias dos seres humanos atribuídas aos pardais. Por isso, não há prosopopeia.

  • Esse item II realmente é questionável.

  • Importante ler e reler o texto quantas vezes forem necessário.

    Percebe que no texto não há em nenhum momento a figura de linguagem Prosopopeia ou personificação que é a atribuição de características humanas a seres não humanos ou inanimados, trata-se de um processo de animação dos personagens em um texto literário ou campanhas publicitárias.

  • Pardais têm carreira?


ID
5056162
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Toda produção escrita apresenta fatores de contextualização que ancoram o texto em uma situação comunicativa. Feita a leitura do texto abaixo responda a questão.


O tom da velhice

Pardais são como cantores profissionais: Também têm momentos de auge e declínio em suas carreiras. Entre pássaros, é comum que o canto de um macho invasor sirva como alerta de perigo. Só que pardais mais velhos colocam menos banca usando o gogó que os mais novos. Cientistas descobriram isso, colocando trinta e cinco pardais para ouvir sons de rivais com dois ou dez anos de idade. As cobaias se mostraram preocupadas com ruídos dos jovens, se aproximando desta fonte sonora para investigá-los. Avoz dos anciões, porém, não gerou a mesma comoção. O próximo passo é descobrir se ter um tom idoso afeta o match com as fêmeas.

Fonte: Sessão Fatos. Revista Superinteressante. Edição 412, fevereiro/2020, pag. 14.

Com relação ao tipo de registro empregado no enunciado “Só que pardais mais velhos colocam menos banca, usando o gogó que os mais novos”, é CORRETO afirmar:


I- A elaboração linguística do enunciado apresenta um registro formal, empregando termos, exclusivos da variedade culta.

II- O enunciado foi construído com a utilização de termos coloquiais, para facilitar a compreensão do leitor.

III- O texto é da esfera jornalistica, sendo necessária uma linguagem objetiva, clara e precisa.


É CORRETO o que se afirma apenas em:

Alternativas

ID
5056165
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Toda produção escrita apresenta fatores de contextualização que ancoram o texto em uma situação comunicativa. Feita a leitura do texto abaixo responda a questão.


O tom da velhice

Pardais são como cantores profissionais: Também têm momentos de auge e declínio em suas carreiras. Entre pássaros, é comum que o canto de um macho invasor sirva como alerta de perigo. Só que pardais mais velhos colocam menos banca usando o gogó que os mais novos. Cientistas descobriram isso, colocando trinta e cinco pardais para ouvir sons de rivais com dois ou dez anos de idade. As cobaias se mostraram preocupadas com ruídos dos jovens, se aproximando desta fonte sonora para investigá-los. Avoz dos anciões, porém, não gerou a mesma comoção. O próximo passo é descobrir se ter um tom idoso afeta o match com as fêmeas.

Fonte: Sessão Fatos. Revista Superinteressante. Edição 412, fevereiro/2020, pag. 14.

No enunciado “Avoz dos anciões,porém, não gerou a mesma comoção”, o termo em destaque foi usado como:

Alternativas

ID
5056168
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Após a leitura do texto abaixo, do gênero “piada”, avalie as proposições, de modo a assinalar (V) para verdadeiro e (F) para falso.


Duas pessoas estavam discutindo sobre a pronúncia de uma certa palavra.

Um dizia:

- É pregunta!

O outro:

- O certo é progunta!

Ficaram nessa teima por algum tempo, até passar um homem com um livro na mão. Então resolveram tirar a dúvida com ele.

- Senhor! Sabe se é pregunta ou progunta que se fala?

Indagou um deles.

- Aí, vai depender da prenúncia.

Respondeu o transeunte.

(Fonte: bentovsales.blogspot.com/2011/03/piadas-gramaticais).


( ) O humor da piada se estabelece a partir dos aspectos referentes ao uso de variantes linguísticas da língua.

( ) O teor do texto nos surpreende por ter como escopo a locução do terceiro interlocutor.

( ) A linguagem da piada se enquadra como exemplo do nível vulgar, tendo em vista as limitações linguísticas dos interlocutores.


A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é:

Alternativas

ID
5056171
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as proposições sobre o poema a seguir, de Patativa do Assaré.


“Avida aqui é assim” de Patativa do Assaré.

Aquele povo que veve

Nas rua da capitá,

Não sabe o quanto padece

Os trabaiadô de cá.

Esse povo da cidade,

Que só veve de vaidade

Nunca foi agricurtô,

Uma roça não conhece,

Não sabe o quanto padece

O povo do interior.

Fonte: ASSARÉ, Patativa. Cante lá que eu canto cá. Petrópolis: Vozes, 1989, p. 81.


I- A estrofe expressa a riqueza poética transmitida em linguagem popular.

II- O poeta procura alcançar a alma do povo e a identificação de seu código de valores.

III- A estrofe resume uma visão de mundo que o sertanejo intui dividido entre a cidade e o campo.


A alternativa CORRETA é:

Alternativas

ID
5056174
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A invenção do horizonte


Deu-me uma angústia danada a notícia de que, num futuro próximo, muito próximo, teremos toda a literatura do mundo na tela do computador. Angústia duplicada. Primeiro, pela minha intolerância figadal a esta maquinazinha dos infernos. Segundo, pela suspeita de desaparecimento dos livros, esses calhamaços impressos, cheirando a novo ou a mofo, roído pelo uso ou pelas traças, mas que são uma gostosura viajá-los pelas trilhas das letras como quem explora um mundo mágico, tanto mais novo quanto mais andado.

Sem o gozo de um livro nas mãos, fico cego, surdo e mudo, fico aleijado, penso, torto, despovoado. Espiá-los enfileirados nas estantes, gordos e magros, novos e velhos, empaletozados e esfarrapados, cobertos de pó e de teias de aranha, essa visão me transporta para todos os mundos e para todas as idades [...].

As minhas mãos ficariam nuas e inúteis quando não pudessem mais sustentar um livro, que não fosse pela velhice dos dedos. Mesmo assim, eles estariam por ali, nas prateleiras, amontoados na mesa, espalhados pelo chão, sempre comungando com o meu tempo, meu espaço, minha vida. Eles são a expressão digital da minha alma [...].

Um livro não é um simples objeto, um amontoado de folhas impressas. Vai mais longe, intangivelmente longe. É corrimão, é degrau, é escada, é caminho, é horizonte. Por mais que sonhe a tecnologia, jamais será capaz de inventar um horizonte.

(MARACAJÁ, Robério. Cerca de Varas. Campina Grande: Latus, 2014, p. 57. 

Analise as proposições a seguir e coloque (V) para verdadeiro e (F) para Falso.


( ) O texto expressa a sensibilidade extrema de um escritor e a luminosa percepção do real sobre um tema marcadamente pessoal.

( ) O autor se insurge contra a irreversível chegada do progresso tecnológico, que rivaliza com o cultivo da experiência humana.

( ) O processo de produção escrita do autor se estabelece ancorado numa percepção de uma implacável passagem do tempo e as implicações dela decorrentes.


A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é:

Alternativas

ID
5056177
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A invenção do horizonte


Deu-me uma angústia danada a notícia de que, num futuro próximo, muito próximo, teremos toda a literatura do mundo na tela do computador. Angústia duplicada. Primeiro, pela minha intolerância figadal a esta maquinazinha dos infernos. Segundo, pela suspeita de desaparecimento dos livros, esses calhamaços impressos, cheirando a novo ou a mofo, roído pelo uso ou pelas traças, mas que são uma gostosura viajá-los pelas trilhas das letras como quem explora um mundo mágico, tanto mais novo quanto mais andado.

Sem o gozo de um livro nas mãos, fico cego, surdo e mudo, fico aleijado, penso, torto, despovoado. Espiá-los enfileirados nas estantes, gordos e magros, novos e velhos, empaletozados e esfarrapados, cobertos de pó e de teias de aranha, essa visão me transporta para todos os mundos e para todas as idades [...].

As minhas mãos ficariam nuas e inúteis quando não pudessem mais sustentar um livro, que não fosse pela velhice dos dedos. Mesmo assim, eles estariam por ali, nas prateleiras, amontoados na mesa, espalhados pelo chão, sempre comungando com o meu tempo, meu espaço, minha vida. Eles são a expressão digital da minha alma [...].

Um livro não é um simples objeto, um amontoado de folhas impressas. Vai mais longe, intangivelmente longe. É corrimão, é degrau, é escada, é caminho, é horizonte. Por mais que sonhe a tecnologia, jamais será capaz de inventar um horizonte.

(MARACAJÁ, Robério. Cerca de Varas. Campina Grande: Latus, 2014, p. 57. 

A linguagem desempenha determinada função, de acordo com a ênfase que se queira dar a cada um dos componentes do ato de comunicação. Nesse sentido, a função predominante do texto é:

Alternativas

ID
5056180
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A invenção do horizonte


Deu-me uma angústia danada a notícia de que, num futuro próximo, muito próximo, teremos toda a literatura do mundo na tela do computador. Angústia duplicada. Primeiro, pela minha intolerância figadal a esta maquinazinha dos infernos. Segundo, pela suspeita de desaparecimento dos livros, esses calhamaços impressos, cheirando a novo ou a mofo, roído pelo uso ou pelas traças, mas que são uma gostosura viajá-los pelas trilhas das letras como quem explora um mundo mágico, tanto mais novo quanto mais andado.

Sem o gozo de um livro nas mãos, fico cego, surdo e mudo, fico aleijado, penso, torto, despovoado. Espiá-los enfileirados nas estantes, gordos e magros, novos e velhos, empaletozados e esfarrapados, cobertos de pó e de teias de aranha, essa visão me transporta para todos os mundos e para todas as idades [...].

As minhas mãos ficariam nuas e inúteis quando não pudessem mais sustentar um livro, que não fosse pela velhice dos dedos. Mesmo assim, eles estariam por ali, nas prateleiras, amontoados na mesa, espalhados pelo chão, sempre comungando com o meu tempo, meu espaço, minha vida. Eles são a expressão digital da minha alma [...].

Um livro não é um simples objeto, um amontoado de folhas impressas. Vai mais longe, intangivelmente longe. É corrimão, é degrau, é escada, é caminho, é horizonte. Por mais que sonhe a tecnologia, jamais será capaz de inventar um horizonte.

(MARACAJÁ, Robério. Cerca de Varas. Campina Grande: Latus, 2014, p. 57. 

Com relação ao enunciado “Sem o gozo de um livro nas mãos, fico cego, surdo e mudo, fico aleijado, penso, torto, despovoado”, é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
5056183
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A invenção do horizonte


Deu-me uma angústia danada a notícia de que, num futuro próximo, muito próximo, teremos toda a literatura do mundo na tela do computador. Angústia duplicada. Primeiro, pela minha intolerância figadal a esta maquinazinha dos infernos. Segundo, pela suspeita de desaparecimento dos livros, esses calhamaços impressos, cheirando a novo ou a mofo, roído pelo uso ou pelas traças, mas que são uma gostosura viajá-los pelas trilhas das letras como quem explora um mundo mágico, tanto mais novo quanto mais andado.

Sem o gozo de um livro nas mãos, fico cego, surdo e mudo, fico aleijado, penso, torto, despovoado. Espiá-los enfileirados nas estantes, gordos e magros, novos e velhos, empaletozados e esfarrapados, cobertos de pó e de teias de aranha, essa visão me transporta para todos os mundos e para todas as idades [...].

As minhas mãos ficariam nuas e inúteis quando não pudessem mais sustentar um livro, que não fosse pela velhice dos dedos. Mesmo assim, eles estariam por ali, nas prateleiras, amontoados na mesa, espalhados pelo chão, sempre comungando com o meu tempo, meu espaço, minha vida. Eles são a expressão digital da minha alma [...].

Um livro não é um simples objeto, um amontoado de folhas impressas. Vai mais longe, intangivelmente longe. É corrimão, é degrau, é escada, é caminho, é horizonte. Por mais que sonhe a tecnologia, jamais será capaz de inventar um horizonte.

(MARACAJÁ, Robério. Cerca de Varas. Campina Grande: Latus, 2014, p. 57. 

Analise as proposições a seguir, sobre a construção do enunciado “Eles são a expressão digital da minha alma”:


I- A construção discursiva é metafórica, porque há um novo sentido no enunciado, que não lhe é comum ou próprio, resultante de uma intersecção entre dois termos.

II- O pronome pessoal “Eles” assume uma função sintática e, ao mesmo tempo, uma função referencial.

III- Aconstrução linguística apresenta um predicado verbal por ser formada com um verbo significativo que é núcleo do predicado.


É CORRETO o que se afirma apenas em:

Alternativas
Comentários
  • III: O predicado é nominal (a expressão digital da minha alma) tendo o são (ser) como verbo de ligação, entre o sujeito Eles e o predicado.


ID
5056186
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A invenção do horizonte


Deu-me uma angústia danada a notícia de que, num futuro próximo, muito próximo, teremos toda a literatura do mundo na tela do computador. Angústia duplicada. Primeiro, pela minha intolerância figadal a esta maquinazinha dos infernos. Segundo, pela suspeita de desaparecimento dos livros, esses calhamaços impressos, cheirando a novo ou a mofo, roído pelo uso ou pelas traças, mas que são uma gostosura viajá-los pelas trilhas das letras como quem explora um mundo mágico, tanto mais novo quanto mais andado.

Sem o gozo de um livro nas mãos, fico cego, surdo e mudo, fico aleijado, penso, torto, despovoado. Espiá-los enfileirados nas estantes, gordos e magros, novos e velhos, empaletozados e esfarrapados, cobertos de pó e de teias de aranha, essa visão me transporta para todos os mundos e para todas as idades [...].

As minhas mãos ficariam nuas e inúteis quando não pudessem mais sustentar um livro, que não fosse pela velhice dos dedos. Mesmo assim, eles estariam por ali, nas prateleiras, amontoados na mesa, espalhados pelo chão, sempre comungando com o meu tempo, meu espaço, minha vida. Eles são a expressão digital da minha alma [...].

Um livro não é um simples objeto, um amontoado de folhas impressas. Vai mais longe, intangivelmente longe. É corrimão, é degrau, é escada, é caminho, é horizonte. Por mais que sonhe a tecnologia, jamais será capaz de inventar um horizonte.

(MARACAJÁ, Robério. Cerca de Varas. Campina Grande: Latus, 2014, p. 57. 

Dado o enunciado “As minhas mãos ficariam nuas e inúteis quando não pudessem mais sustentar um livro, que não fosse pela velhice dos dedos”, analise as proposições relativas ao modo de organização dos períodos:


I- O período é composto por duas orações.

II- “Quando não pudessem mais sustentar um livro” é uma oração subordinada que indica o tempo de ocorrência do fato expresso na oração principal.

III- “Que não fosse pela velhice dos dedos” contém uma negativa justificada pelo uso imperfeito do subjuntivo.


É CORRETO o que se afirma apenas em:

Alternativas
Comentários
  • Negativa justificada pelo uso do subjuntivo ? Então não tem como usar subjuntivo com sentido positivo ?
  • ali ele só quis dizer que o negativo foi justificado pelo uso do "não fosse". a alternativa só quis falar bonito mesmo..
  • CUIDADO

    A questão é anulável por problemas de redação.

    I- O período é composto por duas orações.

    Incorreta. Possuímos, em verdade, três orações compondo o período.

    (1) As minhas mãos ficariam nuas e inúteis (2) quando não pudessem mais sustentar um livro, (3) que não fosse pela velhice dos dedos”

    II- “Quando não pudessem mais sustentar um livro” é uma oração subordinada que indica o tempo de ocorrência do fato expresso na oração principal.

    Correta. Embora se possa falar em um sentido condicional no uso da conjunção "quando" aplicada à construção, é tênue a linha que separa tal sentido de uma abordagem puramente temporal, de modo que não haveria elementos para considerar incorreta a assertiva.

    III- “Que não fosse pela velhice dos dedos” contém uma negativa justificada pelo uso imperfeito do subjuntivo.

    Sem resposta. A redação apresentada pela banca é, de certo modo, confusa, podendo ser interpretada de duas maneiras:

    "...contém uma negativa justificada pelo uso (do tempo) imperfeito do subjuntivo."

    ou

    "...contém uma negativa justificada pelo uso imperfeito (incorreto) do subjuntivo."

    Na primeira interpretação estaríamos diante de uma assertiva correta, visto o verbo de fato apresentar conjugação condizente com o enunciado. Em segunda análise a assertiva poderia ser considerada incorreta, vez que não há incorreção (ou imperfeição) no uso do pretérito imperfeito do subjuntivo como forma de externar possibilidade, ainda que negativa, de ocorrência de fato.

    Gabarito da banca na alternativa A

    Gabarito correto ausente devido ao exposto


ID
5056192
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Números e delongas


Há quem acredite que os números são eloquentes e prescindem de mais delongas. Esta é uma edição de números eloquentes. Como você verá, porém, o que está por trás deles é o que impressiona. Comecemos pela reportagem de capa. O tema é um país de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas – o mais populoso do planeta – cuja economia cresce espantosos dez pontos percentuais ao ano. Por trás desses números, é evidente, há uma revolução em andamento, uma imensa e abrangente revolução que abala a rotina, o pensamento e a tradição da misteriosa China [...].

Fonte: Ronny Hein. Diretor de Redação. Caminhos da Terra, ano 14, nº 165, p.4, jan.2006.

Analise as proposições e, logo após, marque a alternativa CORRETA.


I- Vemos que os numerais podem desempenhar uma importante função persuasiva.

II- O excerto do texto enreda o leitor, a partir do título, dando aos numerais o papel central na busca do convencimento.

III- No primeiro enunciado, o autor consegue se isentar da assertiva exposta, usando um verbo impessoal.

Alternativas
Comentários
  • I, II e III.


ID
5056195
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Números e delongas


Há quem acredite que os números são eloquentes e prescindem de mais delongas. Esta é uma edição de números eloquentes. Como você verá, porém, o que está por trás deles é o que impressiona. Comecemos pela reportagem de capa. O tema é um país de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas – o mais populoso do planeta – cuja economia cresce espantosos dez pontos percentuais ao ano. Por trás desses números, é evidente, há uma revolução em andamento, uma imensa e abrangente revolução que abala a rotina, o pensamento e a tradição da misteriosa China [...].

Fonte: Ronny Hein. Diretor de Redação. Caminhos da Terra, ano 14, nº 165, p.4, jan.2006.

Dado o enunciado “Como você verá, o que está por trás deles é o que impressiona”, avalie as explicações quanto à sua estrutura, assinalando (V) para verdadeiro e (F) para Falso.


( ) A expressão linguística “Como você verá” implica a participação cooperativa do leitor nas intenções pretendidas pelo autor.

( ) Em “o que está por trás deles”, o pronome “eles” retoma o termo “números” num processo de coesão anafórico.

( ) A expressão “o que impressiona” pode ser substituído sem alterar o sentido pelo termo “impressionante”.


A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é:

Alternativas
Comentários
  • Coesão Anafórica

    Paula não compareceu ao curso ontem, pois ela estava muito doente; sabe-se que a estudante não é de faltar a nenhuma aula.

    Os elementos "ela" e "estudante" fazem referência ao substantivo antes "Paula". Nesse caso, chamaremos tais elementos de coesão anafórica

    GAB: LETRA E

  • GABARITO OFICIAL - E

    ( V ) A expressão linguística “Como você verá” implica a participação cooperativa do leitor nas intenções pretendidas pelo autor.

    Com o que foi exposto o autor do texto inclui o leitor .

    _________________________________________

    ( V ) Em “o que está por trás deles”, o pronome “eles” retoma o termo “números” num processo de coesão anafórico.

    Anáfora - retoma o que foi dito

    Catáfora - antecipa o que vai ser dito

    ________________________________________

    ( V ) A expressão “o que impressiona” pode ser substituído sem alterar o sentido pelo termo “impressionante”.

    Redação original : “Como você verá, o que está por trás deles é o que impressiona”,

    “Como você verá, o que está por trás deles é Impressionante ”.

    Bons estudos!


ID
5056198
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Após a Leitura da quadrinha a seguir, analise as proposições com relação a esse gênero, assinalando (V) para verdadeiro e (F) para falso.


Até nas flores se vê

O destino e a sorte

Umas enfeitam a vida

Outras enfeitam a morte.


( ) Há neste gênero o emprego de recursos sonoros, métrica e ritmo que enriquecem a coerência temática do texto.

( ) Os mecanismos utilizados na formatação do gênero ampliam o significado das palavras, o que confere sentido ao texto.

( ) Os dois últimos versos apresentam a figura de linguagem paradoxo.


A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é:

Alternativas
Comentários
  • Ocorre antítese, e não paradoxo!

    Antítese oferece a ideia de oposição. Paradoxo, contradição.

    Paradoxo tbm pode ser chamado como Oxímoro


ID
5056204
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Recentemente, o Estado do Ceará enfrentou uma crise na segurança pública, após policiais militares realizarem motins para pedir reajuste salarial. No início da crise, o Presidente da República afirmou que iria autorizar o emprego das Forças Armadas para operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no estado se, e somente se, o Governador daquele Estado solicitasse e a crise estivesse, de fato, atestando contra a incolumidade das pessoas e do patrimônio do Estado do Ceará. Sabendo que no dia 20 de fevereiro de 2020 foi publicada uma portaria onde o Presidente da República autorizava o emprego das Forças Armadas no Estado do Ceará, no período de 21 a 28 de fevereiro de 2020, pode-se afirmar logicamente que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra D

    Equivalência da BICONDICIONAL (Se e somente se)

    P ↔ Q ≡ (P → Q) ^ (Q → P)

  • Marquei "D" (ou ou)

    Mas a banca deu a "C" como certo. Não entendi.

  • Gabarito: C

    Resposta: o Governador do Ceará solicitou o auxílio das Forças Armadas e a crise estava atestando contra a incolumidade das pessoas e do patrimônio daquele Estado.

    B ^ C, precisam ser verdade para que a bicondicionalA <--> B ^ C, seja verdadeira. Pois na bicondicional os valores diferentes VF/FV dá falso e valores iguais: FF/VV dá verdadeiro. Como a conclusão é A, quer dizer que A é verdade.

    ...Autorizar o emprego das Forças Armadas para operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no estado se, e somente se, o Governador daquele Estado solicitasse e a crise estivesse, de fato, atestando contra a incolumidade das pessoas e do patrimônio do Estado do Ceará.

    A: autorizar o emprego das Forças Armadas...

    B: o Governador daquele Estado solicitasse

    C: a crise estivesse, de fato, atestando contra a incolumidade das pessoas e do patrimônio do Estado do Ceará.

    Conclusão: autorizava o emprego das Forças Armadas no Estado. (Conclusão é = A /// A = V)

    A <--> B ^ C

    V <--> B ^ C

    V <--> V ^ V

    V <--> V

    = V

    Resposta: o Governador do Ceará solicitou o auxílio das Forças Armadas e a crise estava atestando contra a incolumidade das pessoas e do patrimônio daquele Estado.

    B ^ C, precisam ser verdade para que a bicondicionalA <--> B ^ C, seja verdadeira. Pois na bicondicional os valores diferentes VF/FV dá falso e valores iguais: FF/VV dá verdadeiro. Como a conclusão é A, quer dizer que A é verdade.

    Espero ter ajudado, qualquer erro me avisa no privado.

    Bons estudos


ID
5056207
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Para organizar a festa de São João, uma determinada escola arrecadou dinheiro vendendo rifas. Sabendo que 1/7 do valor arrecadado foi gasto com decoração, 5/6 do que sobrou foi gasto com alimentação e que ainda restou R$230,00. Aalternativa que corresponde ao valor total arrecadado pela escola com as rifas é:

Alternativas
Comentários
  • Equação linear (Há uma única variável x a ser descoberta e que representa o $ total)

    Sabendo que 1/7 do valor arrecadado foi gasto com decoração, 5/6 do que sobrou (sobrou 6/7 complementar de 1/7) foi gasto com alimentação e que ainda restou R$230,00

    1/7 de x + 5/6 de 6/7x + 230 = X (de = vezes)

    1/7x + 5/6 . 6/7x + 230 = x (Simplifica 6 com 6 das frações)

    1x/7 + 5x/7 + 230 = x (MMC = 7)

    (1x + 5x + 1610)/7 = x (Multiplica cruzado)

    1x + 5x + 1610 = 7x

    1610 = 7x - 6x

    1610 = x

    GABARITO: A) R$1.610,00


ID
5056210
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Proposições que possuem a mesma tabela-verdade são chamadas de proposições logicamente equivalentes (ou simplesmente equivalentes). Qual das alternativas abaixo é uma equivalência lógica da proposição P→(~P˄ ~Q)?

Alternativas
Comentários
  • Fácil VVFF IGUAL VVFF na tabela verdade.

  • Seria bom um gabarito comentado

  • Faz a regra: Nega o primeiro e repete o segundo.

    Daí fica: ~P u ( ~P ^ ~Q )

    OU SEJA, É NÃO P OU....

    É um ou outro

    esse ~P ou ( ~P ^ ~Q ) esse

    Se observar no campo resposta tem o Não P (~P )

  • Boa! Não tinha pensado por este lado.

  • Façam a tabela verdade que fica bem facinho:

    P Q ~Q ~P (~P ^~Q) P->(~P^~Q)

    V V F F F F

    V F V F F F

    F V F V F V

    F F V V V V

  • ALGUEM PODERIA ME AJUDAR?

    meu raciocinio é :

    p->(~p^~q)

    (~p^~q) = (PvQ)

    P->PvQ equivalencia condicional : ~PvPvQ = Q

  • A questão é bem mais simples que isso;

    Na equivalência do "se.... Então" você tem duas opções certo?

    1: NEYMAR : NEGA A PRIMEIRA E MANTÉM A SEGUNDA.

    2: NEGA TUDO E INVERTE.

    NA QUESTÃO ELE PEDIU A EQUIVALÊNCIA ENTÃO VOCÊ VAI NEGAR A PRIMEIRA E MANTER O RESULTADO DA SEGUNDA.

  • Regrinha da absorção:

    A v (A ^ B) = A

    A ^ (A v B) = A

    Errei a questão por não imaginar que me depararia com ela um dia!

    Que bom! agora mais preparado!

    Obs: Ótima regra para quem não quer ficar fazendo tabela verdade!

  • Alice eu fiz assim: Equivalência

    P --> ( ~P ^ ~q )

    ( inverte negando ) = ( p v q ) --> ~P

    Equivalência da que eu inverti negando

    (~p^~q) v ~p

    P --> ( ~P ^ ~q )

    Agora usa NEYMAR

    ~P V ( ~P ^ ~Q )

    Perceba que o "~P" aparece em todas.

    Por isso marquei ela.

  • melhor comentário é o da Adriana Barilon.

  • so vc fazer a tabela verdade que vc vai achar a equivalente.

  • QConcursos já foi melhor. Está quase impossível ver comentário de professor, principalmente por vídeo. Precisam melhorar muito nesse aspecto.

  • Quem tentou de cara fazer a equivalência do "se então" não achou o gabarito, tendo em vista que você vai precisar literalmente montar a tabela-verdade para saber como fica as combinações das proposições simples. E quando você terminar de montar essa tabela, para a proposição composta da questão, verá que é igual a negação o "P".

    Claro que há outras alternativas de resolver, mas foi a que eu pensei primeiro.

    Gabarito: letra D

  • Não concordo. Na minha opinião essa questão não tem gabarito!!

  • Geralmente não faço Tabela-Verdade na prova, pra não perder muito tempo! Mas nessa questão consegui fazer rapidinho!

    Pra quem não entendeu, tentei fazer o desenho da tabela-verdade e espero que ajude! (Me perdoem a letra, meu mouse não está muito legal, mas espero que entendam rs).

    Fiz o desenho aqui: http://sketchtoy.com/69568503

    Resposta: Letra D: ~P

  • NÃO PRETENDO RENOVAR COM QCONCURSOS ,O COMENTÁRIO DE UM PROFESSOR ME FAZ MUITA FALTA NÃO E TODA VEZ QUE OS COLEGAS CONSEGUEM TIRAR MINHA DÚVIDA

  • REGRA DO >neymar: nego a primeiro (ou) e mantenho a segunda

  • não acredito que tive que fazer tabela verdade kkkkkkk


ID
5056213
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

O surto de coronavírus que atinge várias partes do mundo vem se tornando uma emergência de saúde pública no âmbito internacional e tem feito com que cientistas se dediquem a encontrar respostas às várias questões que envolvem esse vírus. Em um desses estudos, foi selecionado um grupo de 7.600 pessoas que apresentavam pelo menos um dos principais sintomas da doença (febre, tosse e dificuldade de respirar). Os cientistas do referido estudo coletaram as seguintes informações:


• 900 pessoas apresentaram apenas tosse e febre;

• 1.024 pessoas apresentaram apenas tosse e dificuldade de respirar;

• 180 pessoas apresentaram apenas febre e dificuldade de respirar;

• Os que apresentaram apenas um sintoma, ao todo, são 1.336 a mais do que aqueles com os três sintomas.


Com base nessas informações, assinale a alternativa que corresponde ao número de pessoas que apresentaram os três sintomas.

Alternativas
Comentários
  • a+b+c=E E= X + 1336 900+180+1024+×+ x+1336=7600 2104+2× +1336=7600 2x=7600 - 3440 x=2080
  • O comentário do Alysson está correto mas detalhando melhor a resolução: Fiz um diagrama com três círculos, o que formou quatro intercessões. T=Tosse F= Febre D=Dificuldade de respirar A informação mais importante para ser interpretada é a seguinte: > Os que apresentaram apenas um sintoma, AO TODO, são 1336 a mais do que aqueles com os três sintomas. Voltando ao diagrama, tenho: T+F+D= N de pessoas com três sintomas + 1336 Tenho, 900+1024+180 pessoas com dois sintomas (Tosse e febre, tosse e dificuldade de respirar e febre e dificuldade de respirar) Sobre a informação que eu disse que era a mais importante, interpreta-se que o valor de N+1336 é o valor de T+F+D já excluindo as interseções (900+1024+180+x) Então, T+F+D= X+136 T+F+D+900+1024+180+X= 7600 substituindo T+F+D X+1336+900+1024+180+x= 7600 2x+ 1336+900+1024+180= 7600 2x+3440=7600 2x= 7600-3440 2X=4160 X=2080
  • Y = 1 SINTOMA

    X = 2 SINTOMAS

    Z = 3 SINTOMAS

    X = 900(TOSSE/FEBRE) + 1024 (TOSSE/RESPIRAÇÃO) + 180(FEBRE/RESPIRAÇÃO)

    X = 2104

    Os que apresentaram apenas um sintoma, ao todo, são 1.336 a mais do que aqueles com os três sintomas.

    Y = Z + 1336

    Foi selecionado um grupo de 7.600 pessoas que apresentavam pelo menos um dos principais sintomas da doença (febre, tosse e dificuldade de respirar) Y + X + Z = 7.600

    Y + X + Z = 7.600 /// Y + (2.104) + Z = 7.600 /// Y + Z = 7.600 - 2.104 /// Y + Z = 5.496 /// Y = (5.496 - Z)

    Y = Z + 1.336 /// 5.496 - Z = Z + 1.336 /// -Z - Z = 1.336 - 5.496 /// -(-2Z = -4.160) /// 2Z = 4.160 /// Z = 4.160/2 /// Z = 2.080

    Espero ter ajudado, qualquer erro me avisa no pv...

    Bons estudos

  • intersecção =

    t = x + 1336

    ∩ = x

    a + b + c + + t = 7600

    900 + 180 + 1024 + x + x + 1336 = 7600

    2x + 3440 = 7600

    2x = 4160

    x = 2080

  • Já errei esta 7 vezes


ID
5056216
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Considere A, B e C três proposições falsas. Qual o valor lógico da proposição D:[(A˅~C)↔B]↔[(B˄~A)→~B]?

Alternativas
Comentários
  • D:[(A ˅ ~C) ↔ B]↔[(B ˄ ~A) → ~B]

    D:[(F v ~F) ↔ F]↔[(F ^ ~F) → ~F]

    D:[(F v V) ↔ F]↔[(F ^ V) → V]

    D:[V ↔ F] ↔ [F → V]

    D: F ↔ V

    D: F

    Gabarito: B

  • Assertiva B

     D:[(A˅~C)↔B]↔[(B˄~A)→~B] Falso.

    No " E" Basta 1 falsa

  • gaba OFICIAL B

    para mim é alternativa A

    D:[(A˅~C)↔B]↔[(B˄~A)→~B]?

    não são preposições

    • frases afirmativas
    • frases interrogativas
    • frases em aberto

    "aah, mas patlick, ali ele tava perguntando" Fod4-s3, a gente paga inscrição cara pra caramba e estuda dois anos não é pra adivinhar não. Tem que ser claro e objetivo na pergunta. Ele colocou uma opção de resposta que condiz com o que eu penso.

    pertencelemos!

  • Complemento..

    NA CONJUNÇÃO ^

    uma conjunção só será verdadeira, se ambas as proposições componentes forem também verdadeiras.

     basta que uma das proposições componentes seja falsa, e a conjunção será – toda ela – falsa

    NA DISJUNÇÃO V

    uma disjunção será falsa quando as duas partes que a compõem forem ambas falsas! E nos demais casos, a disjunção será verdadeira!

  • Considere A, B e C três proposições falsas. Qual o valor lógico da proposição D:[(A˅~C)↔B]↔[(B˄~A)→~B]?

    [(F v V)↔F]↔[(F˄V)→V]

    [V↔F]↔[F→V]

    F↔V

    F


ID
5056219
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

De Volta Para O Futuro é um filme norte-americano de 1985 que conta a história de Marty McFly, um adolescente que volta no tempo até 1955. Nesse retorno, Marty conhece seus futuros pais no colégio e, acidentalmente, faz sua futura mãe ficar romanticamente interessada por ele. Marty deve consertar o dano na história fazendo com que seus pais se apaixonem e, com a ajuda do excêntrico Dr. Emmett Brown, encontrar um modo de voltar para 1985. Na tentativa de fazer com que seu pai tome coragem de convidar sua mãe para ir a um baile, Marty fala o seguinte para ele:


"Se você usar a sua mente, você pode fazer qualquer coisa".


Esta frase dita por Marty em um dos encontros com o seu pai mais novo se tornou uma das frases mais marcantes do filme. Do ponto de vista lógico, uma afirmação equivalente a afirmação dita por Marty é:

Alternativas
Comentários
  • negue a primeira E mantém a segunda

  • Usando a regra do "Mané" seria a alternativa D. Porém a alternativa E é a negação da D. Pra mim as duas estão corretas.

  • Gabarito letra E

    Não use a mente ou você pode fazer qualquer coisa.

  • Assertiva E

    Não use a mente ou você pode fazer qualquer coisa .

    Se A ->B

    Eq Ou

    ~A ou B

  • Gabarito: E

    Proposição: "Se você usar a sua mente, você pode fazer qualquer coisa".

    A: Você usar sua mente

    B: Você pode fazer qualquer coisa

    Regra da Equivalência: do (Se..., Então)

    NeYMar: Nega a primeira, coloca o OU e mantém a segunda.

    A -> B: "Se você usar a sua mente, (Então) você pode fazer qualquer coisa".

    Ã v B: Não use a mente ou você pode fazer qualquer coisa.

    Regra da Negação: do (Se..., Então)

    MaNé: Mantém a primeira e nega a segunda, e troca o conectivo pelo E(^).

    A -> B

    A ^~B

    Negação:

    (E) = Nega as duas proposições e troca o E(^) pelo OU(v).

    (OU) = Nega as duas proposições e troca o OU(v) pelo E(^).

    (Se e somente se) = Apenas troca pelo OU,OU.

    (OU/OU) = Apenas troca pelo se e somente se.

    Espero ter ajudado. Qualquer erro me avisa.

    Bons estudos

  • Existem duas formas de equivalência para o Se, então

    1. P → Q ≡ ~P v Q
    2. P → Q ≡ ~Q → ~P

    A questão utilizou a primeira forma de equivalência.

    Logo, Não use a mente ou você pode fazer qualquer coisa

    ps: adoro esse filme, um clássico.

    gab. E

  • Questão show de bola!


ID
5056222
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Classifique cada uma das afirmativas a seguir como verdadeira (V) ou falsa (F).


( ) As proposições (p→q)→r e (p˄~r)→q são equivalentes.

( ) A negação disjunta de duas proposições é comutativa.

( ) A negação conjunta de duas proposições é comutativa.

( ) A disjunção exclusiva de duas proposições p e q é equivalente à disjunção das proposições (p˅q) e ~(p˄q).


Marque a alternativa que contém a sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses.

Alternativas
Comentários
  • alguem pode explicar?

  • Boiando.. ZzzZzzZz..

  • (F ) As proposições (p→q)→r e (p˄~r)→q são equivalentes.

    saber se são equivalentes: o operador Se, então só tem um jeito de ser falso. V->F.

    se colocarmos valores para dar falso no final teremos:

    (P->Q) = V R=F

    Agora substituimos os valores na segunda parte:

    (P^~R) = V Q = V

    Temos resultados diferentes logo não são equivalentes.

    (V ) A negação disjunta de duas proposições é comutativa.

    é o mesmo que: ~(PvQ) ou seja, para dar negativo P e Q tem que ser falso. é comutativo, tanto faz a ordem dos operadores o resultado é falso.

    (V ) A negação conjunta de duas proposições é comutativa.

    é o mesmo que: ~(P^Q) para dar falso o conectivo E as duas devem ser falsas, logo comutativo, tanto faz qual vem primeiro, se é P ou se é Q obtem-se o mesmo resultado.

    (F ) A disjunção exclusiva de duas proposições p e q é equivalente à disjunção das proposições (p˅q) e ~(p˄q).

    disjunção exclusiva ou XOR logo é OU P, OU Q dizer que seria equivalente seria dizer (p^~q) v (~p^q) traduzindo, seria dizer que: P é verdadeiro e Q é falso ou P é falso e Q é verdadeiro

  • Isso não é de DEUS.

  • “Comutar” significa “trocar”. As operações que possuem a propriedade comutativa podem sofrer esta troca de ordem sem que o resultado seja modificado. De maneira análoga, quase todas as proposições lógicas possuem a propriedade comutativa, ou seja, se trocarmos a ordem das informações, a ideia passada é a mesma.

    A única proposição que NÃO possui a propriedade comutativa é a CONDICIONAL.

    Veja essas duas frases:

    Se estudo, então trabalho

    Se trabalho, então estudo

    Perceba que, ao trocar a ordem entre o antecedente e o consequente, a ideia passada pela frase muda. 

  • A)  (p→q)r = (p˄~r)→q

    ( inverte negando)

    ~r --> ( p ^ ~p) diferente (p˄~r)→q . ( F )

  • Não entendi essa

  • GABARITO: E.

    A primeira afirmação não pode ser verdadeira, pois há uma troca no lugar das proposições. Veja:

    (P→Q) → R e (P˄~R) → Q

    Rolou uma troca na posição das proposições.

    E a última também não, pois e equivalência da disjunção exclusiva, é a própria disjunção. Veja o exemplo:

    P Q = Q P

    Lembre que uma disjunção exclusiva significa ou…, ou. Ou uma ou a outra, nunca as duas ao mesmo tempo. Logo, ou P é verdadeiro e Q é falso, ou P é falso e Q é verdadeiro. Por isso (P∧¬Q) ∨ (¬P∧Q) é uma equivalência.

    Bons estudos!

  • Me mandem suas dúvidas !!!

  • ( ) A disjunção exclusiva de duas proposições p e q é equivalente à disjunção das proposições (p˅q) e ~(p˄q).

    Se fosse conjunção a assertiva estaria certa.

  • Se eu soubesse responder, iria acertar com toda certeza!

  • Tem pessoas que nos conhece que acha que é fácil passar em concurso! Com MUITA disciplina e foco a gente chega lá ! Mas que não é fácil , ah isto não é mesmo !!
  • Quem tem muita dificuldade neste assuntou , ou nunca viu , assista ao telles no youtube , professor do Gran . Vai mudar sua relação com a matéria !!!

  • Assertiva E

    ( F) As proposições (p→q)→r e (p˄~r)→q são equivalentes.

    ( ) A negação disjunta de duas proposições é comutativa.

    ( ) A negação conjunta de duas proposições é comutativa.

    ( F.A disjunção exclusiva de duas proposições p e q é equivalente à disjunção das proposições (p˅q) e ~(p˄q).

  • Gabarito: E

    ( F ) As proposições (p→q)→r e (p˄~r)→q são equivalentes.

    • Existem dois tipos de equivalência "se... então" => na assertiva tenta mostrar a regra contrapositiva
    • A negação correta => (p→q)→r seria => ~r -> (p ^ ~q)
    • Outra forma seria fazer a tabela verdade das duas proposições compostas para ratificar a não equivalência:

    (p→q)→r (V/F/V/V/V/F/V/V) diferente (p˄~r)→q (V/V/V/F/V/V/V/V)

    ( V ) A negação disjunta de duas proposições é comutativa.

    • A negação da disjunção (OU) => Lei DE MORGAN => ex: ~( A V B)
    • Ficando ~A ^ ~B sendo igual ~B ^ ~A => propriedade comutativa.

    ( V ) A negação conjunta de duas proposições é comutativa.

    • A negação da conjunção (E) => Lei DE MORGAN => ex: ~( A ^ B)
    • Ficando ~A V ~B sendo igual ~B V ~A => propriedade comutativa.

    ( F ) A disjunção exclusiva de duas proposições p e q é equivalente à disjunção das proposições (p˅q) e ~(p˄q).

    • A equivalência existente da disjunção exclusiva (OU...OU) PVQ é P<--> ~Q ; ~P <--> Q ou comutativa (Q V P)
    • Mas para quem não lembrou das fórmulas pode testar os valores lógicos com a tabela verdade e ver se são iguais.

    PVQ (F/V/V/F) diferente da (p˅q) V ~(p˄q) (F/V/V/V)

    Dica: Segue uma aula-questão sobre a disjunção exclusiva para quem também tem dúvida: https://www.youtube.com/watch?v=Wc4RXPcsbUg

    Espero ter ajudado. Bons estudos!


ID
5056225
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico

Severino, Antônio e Júlio são engenheiros de uma empresa. Atente às afirmações e responda o que se pede.


• Severino não é o que trabalha há mais tempo na empresa.

• Severino trabalha nessa empresa há mais tempo do que Júlio.


Se as afirmações são verdadeiras, qual deles trabalha há menos tempo na empresa?

Alternativas

ID
5056228
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Abaixo, apresentam-se duas proposições verdadeiras seguidas de duas conclusões numeradas.


Proposições:

“Todo leão é um mamífero.”

“Alguns mamíferos são terrestres.”


Conclusões:

I- Todo leão é terrestre.

II- Alguns terrestres são mamíferos.


Assinale a alternativa CORRETA, que confirme relação lógica entre as proposições dadas e as respectivas conclusões.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva C

    II- Alguns terrestres são mamíferos.

    Apenas a conclusão II segue logicamente das proposições acima.

    proposições = consegue julgar se é F ou V

  • Discordo do gabarito da assertiva. "Alguns mamíferos são terrestres" não equivale a "alguns terrestres são mamíferos" já que todos os terrestres poderiam ser mamíferos e ainda assim a primeira proposição estaria correta. Para mim o gabarito deveria ser a letra A: "Nenhuma conclusão segue logicamente das proposições acima.".

  • Monica Geller, vc está totalmente enganada, é uma base da lógica, Algum A é B equivale a Algum B é A; ora se eu digo q Algum argentino é brasileiro (poderia ter dupla cidadania) então, por força de coisas, existem brasileiros q são argentinos (pois os mesmos q possuem a dulpa cidadania). Neste caso, p detectar a equivalência, deve fazer o diagrama e perceberá a solução, pois são equivalentes quando o diagrama pode representar as duas afirmações e como estamos falando da Interseção, o diagrama q representa a afirmação Algum A é B, é o mesmo diagrama q representa a afrimação Algum B é A, portanto são equivalentes

  • gaba C

    faça o diagrama, mais fácil.

    https://ibb.co/Ctm0YBB

    pertencelemos!

  • GABARITO: C

    Se alguns mamíferos são terrestres é óbvio que alguns terrestres são mamíferos..

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não podes desistir.

  • Dica: Faça o diagrama para entender melhor 


ID
5056231
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

No que se refere ao mandado de segurança, assinale a opção CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    LETRA A: Art. 7º, § 4o, da Lei 12.016/09: Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade para julgamento.

    LETRA B: Súmula 628/STJ: A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança quando presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos: a) existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que ordenou a prática do ato impugnado; b) manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas; e c) ausência de modificação de competência estabelecida na Constituição Federal.

    LETRA C: A autoridade coatora, de regra, não detém capacidade processual nem personalidade judiciária. É apenas a responsável pelo ato que faz reclamar a impetração do writ. A pessoa jurídica a que pertence, por seu turno ostenta legitimatio ad causam e ad processum, ou seja, tem legitimação e capacidade de ser parte e de estar em juízo.

    LETRA D: Para fins de definição de competência, é importante analisar a matéria veiculada no MS.

    LETRA E: Doutrina e jurisprudência divergem sobre quem efetivamente deve figurar no polo passivo da demanda; se a “autoridade coatora”, ou a pessoa jurídica, ou o órgão público a que esta pertence.

    Há diferentes entendimentos sobre quem de fato é o legitimado passivo no mandamus sintetizados em quatro correntes, a saber: A) a primeira sustenta que a legitimidade passiva é da pessoa jurídica a que pertence a autoridade coatora, uma vez que o agente ocupante do cargo público é o responsável pelo ato que submete a pessoa jurídica à condição de ré; B) a segunda corrente argumenta que o próprio agente coator seria o legitimado passivo; C) a terceira corrente, por sua vez, entende que há um litisconsórcio passivo entre o agente coator e a pessoa jurídica a ele vinculada; e D) a quarta e última corrente sustenta que o agente coator é mero informador no processo.

    Disponível em: https://www.editorajc.com.br/legitimatio-ad-causam-mandado-seguranca/

  • Creio que poderiamos sustentar uma outra corrente, alem dessas colacionadas pelo colega. A saber, a LINDB mitigou a teoria do órgão, assim, havendo erro goreeseiro ou dolo do agente, este será responsabilidado diretamente. Assim, a depender do caso "teoria do depende kkkk", em se tratando de MS, poderíamos sustentar que em casos de dolo ou erro grosseiro, o legitimado para figurar no polo passivo seria o agente que praticou o ato nos termos do artigo 28 da LINDB.

  • b) A teoria da encampação pode ser aplicada no mandado de segurança, quando não existir vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que ordenou a prática do ato impugnado. ERRADO.

    Um dos requisitos para que a teoria da encampação seja aplicada é justamente que haja existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou as informações e a que ordenou a prática do ato impugnado.

    Teoria da Encampação

    O polo passivo no mandado de segurança é ocupado pela autoridade coatora, ou seja, aquela que praticou o ato ou determinou sua prática. Em que pese a doutrina entenda que a autoridade está no processo apenas como uma forma de representante da pessoa jurídica a que pertence, a lei diz que essa autoridade é que integrará o processo e remeterá as informações ao juízo.

    Qual a consequência processual da indicação errônea da autoridade coautora?

    Em regra, o processo é extinto sem resolução de mérito (divergindo a doutrina e a jurisprudência sobre eventual possibilidade de emenda da inicial). Mas, o juiz poderá sim julgar o mérito quando a autoridade superior houver encampado o ato, ou seja, quando o autor tiver indicado autoridade errada, mas essa autoridade for superior àquela que o praticou, bem como o defendeu em suas informações.

    Para que essa encampação da defesa do ato seja válida a ponto de corrigir o equívoco na indicação do polo passivo são necessários os seguintes requisitos: (Súmula 628 STJ)

    a) Existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou as informações e a que ordenou a prática do ato impugnado;

    b) manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas; e

    c) ausência de modificação de competência estabelecida na Constituição Federal.

    Assim, a teoria da encampação, no mandado de segurança, nada mais é do que uma forma de evitar a extinção do processo por ilegitimidade passiva, quando a autoridade superior à coatora prestou as devidas informações e defendeu o mérito do ato impugnado.

    Um indivíduo impetrou mandado de segurança junto ao STJ para questionar ato coator que, conforme afirmava na petição inicial, teria sido praticado por um ministro de Estado. Após a autoridade supostamente coatora apresentar informações sobre o mérito da questão, o relator verificou que o ato, na realidade, havia sido praticado exclusivamente por um servidor subordinado ao ministro e ocupante do cargo de chefe de divisão na pasta ministerial. Nessa situação hipotética, de acordo com a jurisprudência do STJ, a denominada teoria da encampação não deve ser aplicada, porque nesse caso o vício de legitimidade implica a modificação de competência constitucionalmente prevista. CERTO.

    A teoria da encampação não poderia ser adotada, uma vez que não se respeitaria a competência constitucionalmente prevista, ou seja, ausência de modificação de competência estabelecida na Constituição Federal. Sendo assim, o juiz não pode conhecer a ordem e deve extinguir o writ sem resolução do mérito (ilegitimidade passiva).

  • A doutrina sempre diverge de tudo.

  • A questão em comento demanda conhecimento da literalidade da Lei do Mandado de Segurança (Lei 12016/09) e da doutrina sobre mandado de segurança.

    De fato, há divergência doutrinária sobre quem é o legitimado passivo na interposição do mandado de segurança. Há entendimentos no sentido de que a legitimidade passiva reside apenas na autoridade coatora. Por outro giro, há quem defenda que a legitimidade passiva está na pessoa jurídica a qual resta alocada a autoridade coatora. Há ainda quem defenda que ambos são legitimados, formando um litisconsórcio passivo necessário.

    Diante de tais informações, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. Ao contrário do exposto, a concessão da liminar prioriza o julgamento.

    Vejamos o que diz o art. 7º, §4º, da Lei 12016/09:

    “Art. 7º (...)

    § 4o Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade para julgamento."

    LETRA B- INCORRETA. Ao contrário do exposto, a teoria da encampação pode ser aplicada no mandado de segurança justamente quando houver hierarquia entre a autoridade que prestou as informações e a autoridade que ordenou.

    Diz a Súmula 628 do STJ:

    “A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança quando presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos: a) existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que ordenou a prática do ato impugnado; b) manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas; e c) ausência de modificação de competência estabelecida na Constituição Federal."

    LETRA C- INCORRETA. Capacidade processual, via de regra, é da pessoa jurídica a qual está vinculada a autoridade coatora que prestou informações.

    LETRA D- INCORRETA. A depender da matéria tratada no mandado de segurança, até mesmo a competência tributária pode fixar a competência no processo.

    LETRA E- CORRETA. A divergência doutrinária foi reproduzida no introito dos comentários da questão.

     

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA E

    1. MANDADO DE SEGURANÇA - JURISPRUDÊNCIAS ATUALIZADAS:

    *O prazo para a Fazenda Pública interpor agravo interno em Suspensão de Liminar é de 15 dias (e não de 5 dias) e deve ser contado em dobro. (STJ. Corte Especial. SLS nº 2572/DF, julgado em 15/12/2021)

    *Em regra, não cabe pedido de suspensão de segurança à Presidência do STF em face de decisão proferida por ministros do STF, notadamente quando ausente qualquer teratologia na decisão impugnada.(STF. Tribunal Pleno, SL 1424 AgRg, Min. Luiz Fux (Presidente), julgado em 15/09/2021)

    *Partido político não possui legitimidade para postular pedido de suspensão de segurança, já que se trata de pessoa jurídica de direito privado, com base na vedação legal disposta no art. 15 da Lei 12.016/2009.)STF. Tribunal Pleno, SL 1424 AgRg, Min. Luiz Fux (Presidente), julgado em 15/09/2021).

    *O rito procedimental do mandado de segurança é incompatível com a intervenção de terceiros, conforme se extrai do art. 24 da Lei nº 12.016/09, ainda que na modalidade de assistência litisconsorcial.(STJ. 1ª Seção. AgInt na PET no MS 23.310/DF, Rel. Min. Aussete Magalhães, julgado em 28/04/2020)

    *O incidente da suspensão de liminar e de sentença, por não ser sucedâneo recursal, é inadequado para a apreciação do mérito da controvérsia.(STJ. Corte Especial. AgInt na SLS 2.564/SP, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 27/10/2020)

    *Nos casos de anistia política, em sede de mandado de segurança, só é possível a inclusão de juros de mora e correção monetária na fase executiva quando houver decisão expressa nesse sentido.( STJ. 1ª Seção. ExeMS 18782-DF, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 12/09/2018 (Info 634).

    *O mandado de segurança não é o instrumento processual adequado para o controle abstrato de constitucionalidade de leis e atos normativos.(STF. 2ª Turma. RMS 32.482/DF, rel. orig. Min. Teori Zavaski, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 21/8/2018 (Info 912).

  • um órgão jamais poderia figurar como parte, mas tudo bem.


ID
5056234
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

A respeito do processo de cognição, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  •   Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no depois que for validamente citado.

  • Em sentido mais ampliativo, Luiz Guilherme Marinoni entende que o juiz, ao proferir a sentença, qualquer que seja o seu resultado, necessariamente confere tutela jurisdicional ao autor e ao réu. A sentença de improcedência dá tutela jurisdicional ao autor e ao réu. A sentença de procedência presta a tutela jurisdicional do direito solicitada pelo autor e tutela jurisdicional ao réu. A tutela jurisdicional é a resposta da jurisdição ao direito de participação em juízo das partes. Mas o juiz apenas presta a tutela jurisdicional do direito quando a sentença é de procedência

  • O Código de Processo Civil de 2015 extinguiu, como categoria, as condições da ação. Portanto, o instituto foi extinto, mas seus requisitos permaneceram intactos.

    Levando-se em conta que o magistrado, ainda, realiza dois juízos (de admissibilidade e mérito), o novo CPC separou os requisitos das condições da ação alocando-os em pressupostos processuais (relativos ao juízo de admissibilidade da ação) e como questão de mérito.

    Verifica-se, portanto, que o interesse de agir e a legitimidade passaram a ser tratados como pressupostos processuais, nos termos do art. 17, do NCPC, de tal forma que constatando o juiz, ao receber a inicial, a ausência do interesse de agir ou legitimidade, indeferirá a petição inicial, consoante art. 330, II e III, do NCPC.

  • Como que a Sentença de Improcedência não presta Tutela Jurisdicional? Tutela Jurisdicional é a prestação do serviço público realizada pelo Judiciário, e em nada tem a ver com o resultado prático do processo. O princípio da Inafastabilidade da Jurisdição, intimamente relacionado, com a Tutela Jurisdicional, pois a esta lhe serve de base, não ocasiona o Direito à pretensão pelo simples ato de se buscar a Justiça. Tutela Jurisdicional, portanto, é o direito de obter resposta, seja de procedência ou de improcedência. Questão completamente errada de uma banca que demonstra não ter seriedade!!

  • É da famosa polêmica entre Windscheid e Muther que percebemos significativo avanço na ciência processual. Associou-se a ideia da actio romana com a da pretensão de direito material, o que definiu a autonomia entre o direito material e o direito de ação, consubstanciando, assim, definitiva passagem da teoria concreta para a teoria abstrata da ação.

  • Ué, desde quando tutela jurisdicional tem a ver com o resultado prático do processo?

  • Como é que a sentença de improcedência não presta tutela jurisdicional ao direito? O fato de uma sentença ter sido prolatada após a análise da lide e apreciação dos pedidos, por si só, já configura prestação da tutela jurisdicional. GABARITO INCORRETO

  • Hmmm, sei não ein...

  • Wach, mencionado na alternativa E, foi quem desenvolveu a Teoria do direito concreto de ação, que veio logo após a teoria Imanentista.

  • Questão nula.

    Se não existe direito reconhecido, então não existe a posterior execução, mas toda sentença de improcedência tem natureza declaratória negativa (o que é prova de tutela jurisdicional ao direito) e pode ser iniciado o cumprimento de sentença desfavoravelmente ao autor se for reconhecida obrigação.

    Nesse passo, o gabarito (alternativa A) contraria frontalmente o STJ:

    A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de admitir a possibilidade de execução de sentença de qualquer natureza, de procedência ou de improcedência, quando esta possui conteúdo condenatório. Incidência da Súmula nº 568/STJ. Precedentes.

    (AgInt no REsp 1594440 / SP, Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, DJe 28/09/2020)

    To the moon and back

  • Para a teoria ecletica da ação de LIEBMAN, só haveria direito de ação, quando o Estado aprecia o mérito da ação

    Para a teoria da asserção, a análise das condições da ação, se dão logo, com fulcro naquilo que o autor trouxe na inicial, em uma análise perfunctória, se extinguir após a inicial teve análise de mérito.

    Juro que tentei salvar a questão, é a única interpretação que consegui.

    Se tiverem outra melhor, por favor compartilhem.

  • A Capcom devia continuar fazendo jogos, e não essa "belezinha"

  • LUIZ GUILHERME MARINONI faz distinção entre "Tutela Jurisdicional" e "Tutela Jurisdicional de Direito (ou Tutela Jurisdicional ao Direito)". O Juiz, ao proferir a sentença, qualquer que seja o seu resultado (procedente ou improcedente), necessariamente confere "Tutela Jurisdicional" ao autor e ao réu. 

    Entretanto, a pretensão à "Tutela Jurisdicional do Direito" não se contenta com qualquer sentença de mérito, mas tão somente com a sentença de procedência; a sentença de improcedência não presta "Tutela Jurisdicional ao Direito".

    Se em um caso concreto, o autor consegue do Juiz uma sentença de procedência de seu pedido contra um réu, pode-se afirmar que essa sentença de procedência presta a "Tutela Jurisdicional do Direito" ao autor e presta a "Tutela Jurisdicional" ao réu.

    A questão cita no enunciado da resposta "Tutela Jurisdicional ao Direito" e não "Tutela Jurisdicional".

  • Se a sentença é de improcedência, é porque não há o direito material. Logo, não há prestação jurisdicional ao direito, pois ele (dto) sequer existe. Todavia, há tutela jurisdicional às partes.

  • Existe uma diferença entre tutela jurisdicional (a qual acontece tanto no caso de procedência como de improcedência) e tutela jurisdicional DO DIREITO (a qual SÓ ocorre no caso de procedência do pedido do autor - aqui houve uma tutela DO DIREITO DO AUTOR).

    Concluindo:

    Tutela jurisdicional: é relacionada com o princípio da inafastabilidade da jurisdição, a qual consiste na resposta do Estado ao litígio deduzido no processo, . Ela ocorre tanto na procedência (quando a tutela jurisdicional é conferida ao autor), quanto na improcedência (quando a tutela jurisdicional é conferida ao réu). A tutela jurisdicional é dada a quem tem razão no processo.

    Tutela jurisdicional DO DIREITO: só ocorre no caso de PROCEDÊNCIA, pois, somente neste caso será dado ao autor o DIREITO pleiteado no processo. Não há que se falar de tutela jurisdicional na improcedência do pedido, uma vez que, neste caso, não será garantido ao autor o direito material pleiteado.

    Cuidado: NÃO confundir tutela jurisdicional com Jurisdição!

    A jurisdição é a função ou poder do Estado que, através da aplicação das leis previstas, é exercida pelos seus devidos representantes, para solucionar conflitos entre partes litigantes, ou seja, é a responsabilidade do Estado de fornecer a atividade jurisdicional.

  • qual o erro da B?

  • Banca top

  • A questão em comento demanda conhecimento de legislação de Direito Processual Civil e doutrina.

    Tutela jurisdicional de direito, diferente de tutela jurisdicional (prestação de serviço do Estado Juiz na solução de lides) só existe quando há julgamento procedente do pedido aviado na petição inicial.

    Feita tal consideração, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- CORRETA. A tutela jurisdicional de direito, de fato, é exercida quando pedido da petição inicial é julgado procedente.

    LETRA B- INCORRETA. Não é a distribuição da ação o marco para propositura da ação. Tenhamos em mente o disposto no art. 312 do CPC:

    “Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no depois que for validamente citado."

    LETRA C- INCORRETA. No novo CPC não há que se falar em condições da ação. Tanto é assim que nas causas de extinção do processo sem resolução de mérito não mais falamos em carência da ação nas hipóteses do art. 485, VI, do CPC.

    LETRA D- INCORRETA. O direito de participação no processo, o contraditório substancial, o direito de influir no convencimento do julgador, não é obstado por pontuais restrições da lei. Um exemplo: o poder do juiz de indeferir determinadas diligências ou provas.

    Diz o art. 370 do CPC:

    “Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.

    Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias."

    LETRA E- INCORRETA. Os autores mencionados na alternativa ainda se mantiveram presos à ideia do direito de ação como de ordem concreta, atrelado à efetivação do Direito Material, sem evoluir, propriamente, para a concepção de um direito abstrato.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A

  • Gabarito da banca: A

    A questão deveria ser anulada, por não haver resposta correta.

    A banca parece ter se alinhado com Cândido Rangel Dinamarco, que conceitua a tutela jurisdicional como o resultado do processo em que se exerce jurisdição. Não residiria na sentença em si mesma, mas nos efeitos que ela projetaria para fora do processo e sobre as pessoas. Por este incompleto e desatualizado entendimento, a tutela jurisdicional seria apenas concedida quando a sentença fosse procedente.

    Entretanto, a grande maioria doutrinária entende, a exemplo de Luiz Guilherme Marinoni, que o juiz, ao proferir a sentença, qualquer que seja o seu resultado, necessariamente confere tutela jurisdicional ao autor e ao réu. A sentença de improcedência dá tutela jurisdicional ao direito controvertido do autor e do réu.

    Para exemplificar: imagine que João acione Pedro na justiça comum, cobrando uma dívida que na verdade já foi paga. A sentença de improcedência desta ação, por óbvio, presta tutela jurisdicional ao direito do autor e do réu, fazendo coisa julgada do seu mérito.

    Fonte: https://www.rkladvocacia.com/direito-e-processo-tutela-dos-direitos-e-tutela-jurisdicional-na-perspectiva-dos-direitos-fundamentais/

  • 83 % errou, n se assustem

  • Que banca ruim!

  • Não há que se esperar muito de uma banca que separa sujeito de verbo com vírgula.

  • A questão em comento demanda conhecimento de legislação de Direito Processual Civil e doutrina.

    Tutela jurisdicional de direito, diferente de tutela jurisdicional (prestação de serviço do Estado Juiz na solução de lides) só existe quando há julgamento procedente do pedido aviado na petição inicial.

    Feita tal consideração, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- CORRETA. A tutela jurisdicional de direito, de fato, é exercida quando pedido da petição inicial é julgado procedente.

    LETRA B- INCORRETA. Não é a distribuição da ação o marco para propositura da ação. Tenhamos em mente o disposto no art. 312 do CPC:

    “Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no depois que for validamente citado."

    LETRA C- INCORRETA. No novo CPC não há que se falar em condições da ação. Tanto é assim que nas causas de extinção do processo sem resolução de mérito não mais falamos em carência da ação nas hipóteses do art. 485, VI, do CPC.

    LETRA D- INCORRETA. O direito de participação no processo, o contraditório substancial, o direito de influir no convencimento do julgador, não é obstado por pontuais restrições da lei. Um exemplo: o poder do juiz de indeferir determinadas diligências ou provas.

    Diz o art. 370 do CPC:

    “Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.

    Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias."

    LETRA E- INCORRETA. Os autores mencionados na alternativa ainda se mantiveram presos à ideia do direito de ação como de ordem concreta, atrelado à efetivação do Direito Material, sem evoluir, propriamente, para a concepção de um direito abstrato.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A

  • A letra a está errada, já que a sentença de improcedência presta tutela jurisdicional ao direito do réu.

    Prestação jurisdicional e tutela jurisdicional não se confundem:

    a) prestação jurisdicional --> é direito de todos; todos podem provocar o Estado-juiz, mediante o direito de ação, para obter uma manifestação acerca do conflito de interesses;

    b) tutela jurisdicional --> é direito do efetivo titular do direito substancial alegado em juízo.

  • O erro está em uma banca dessas existir.

    Se fosse uma questao absurda, blz, cespe e fcc fazem isso volta e meia.

    O problema é resolver 1 absurda a cada 3.. ai nao da pra tankar nao.

    Dessa banca e de outra do Parana, que esqueci o nome, nao resolvo mais.

  • Finge que nada aconteceu e vai para a próxima questão.

  • Fui direto na E, mas na verdade a polêmica foi entre os alemães Windscheid e Muther, chegando a conclusão que o direito de ação é autônomo do direito material, nesse sentido Humberto Theodoro Jr.:

    "A autonomia do direito de ação consiste em ser ele outro direito, distinto do direito material disputado entre os litigantes; e sua abstração se dá pelo fato de poder existir independente da própria existência do direito material controvertido."

    O direito de ação se subdividiu em duas correntes:

    a. Autônomo e concreto;

    b. Autônomo e abstrato;

    Wach foi adepto da autonomia do direito de ação, mas considerava como sendo o direito a um julgamento favorável.

    Antes dele, o direito de ação era visto como inseparável do direito material. Segundo o mesmo autor:

    "Entendia-se que não podia haver ação sem direito, nem direito sem ação, como ensinava Savigny, e como ficou constando do art. 75 do nosso Código Civil de 1916".

    Há uma frase de Eduardo Juan Couture que muitos doutrinadores citam:

    "A separação do direito e da Ação constituiu para a ciência do Processo, um fenômeno análogo ao que representou para a física a divisão do átomo."

    Fonte: Humberto Theorodo Jr., Curdo de Direito Processual Civil, Vol. 01, 2019.

  • Petição inicial distribuída e protocolada é a mesma coisa !

ID
5056237
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Examine as assertivas abaixo.


I- Há hipótese prevista no Novo Código de Processo Civil, em que o processo de conhecimento pressupõe uma decisão que contenha ao mesmo tempo cognição e execução.

II- O tema da tutela dos direitos pertence ao campo do direito material.

III- O ônus da prova não pode ser modificado pelo juiz.


Assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    Erro do item III - Em resumo do que ocorre no em diferença para o /1973, tem-se a seguinte situação:

    A) A regra permanece sendo a distribuição estática;

    B) Caso haja excessiva dificuldade para cumprir o encargo, somada com maior facilidade da parte adversa, deve o juiz dinamizar o ônus da prova;

    C) Essa distribuição não pode gerar prova diabólica para a outra parte;

    D) A decisão de dinamização deve ser fundamentada, indicando que fatos terão os encargos probatórios alterados e permitir à parte a desincumbência desse ônus.

    Fonte: Fredie Diddier.

  • a pegadinha da II é que as tutelas processuais ( urgência e evidência) tratam da forma somente.Se pedido for negado, elas caem.

  • ITEM I:

    Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.

  • GABARITO: B

    I - CORRETA

    Marinoni: "O processo de conhecimento rigorosamente não é um processo de simples conhecimento, em que o juiz se limita a dar razão a uma das partes diante de um litígio: isso porque o juiz pode no processo de conhecimento, em sendo o caso, antecipar a tutela (art. 294 e ss.), o que pressupõe uma decisão que contenha ao mesmo tempo cognição e execução (art. 297), e pode desenvolver atividade executiva posterior à sentença mediante cumprimento de sentença (arts. 513 e ss.)."

    II - CORRETA.

    No plano material, preocupado apenas em regrar a conduta dos sujeitos de direito e suas relações em sociedade, existem categorias de direito material, a exemplo de uma pretensão a reparar, caracterizada modernamente como “tutela dos direitos“, sendo a forma mais básica de tutela dos direitos a própria norma de direito material.

    FONTE: https://www.rkladvocacia.com/direito-e-processo-tutela-dos-direitos-e-tutela-jurisdicional-na-perspectiva-dos-direitos-fundamentais/#:~:text=No%20plano%20material%2C%20preocupado%20apenas,a%20pr%C3%B3pria%20norma%20de%20direito

    III - ERRADA

    Art. 373.  § 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

    To the moon and back

  • A justificativa do asserto do item I discrepa do que os colegas estão comentando como sendo o seu fundamento.

    A assertiva espelha entendimento doutrinário de Marinoni: "O processo de conhecimento rigorosamente não é um processo de simples conhecimento, em que o juiz se limita a dar razão a uma das partes diante de um litígio: isso porque o juiz pode no processo de conhecimento, em sendo o caso, antecipar a tutela (art. 294 e ss.), o que pressupõe uma decisão que contenha ao mesmo tempo cognição e execução (art. 297), e pode desenvolver atividade executiva posterior à sentença mediante cumprimento de sentença (arts. 513 e ss.)." (Novo Curso de Processo Civil, Vol. 2, 2016, p. 43-52).

    Gabarito: B

  • Errei porque esquecei deste dispositivo legal:

    Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.

  • A questão em comento demanda comentário de todas as assertivas.

    A assertiva I está CORRETA.

    De fato, há feitos onde pode haver ao mesmo tempo cognição e execução.

    Neste sentido, diz o art. 785 do CPC:

    “Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial."

    A assertiva II está CORRETA.

    A tutela de direitos pode se dar no campo do Direito Material. As ações de cunho reparatório são exemplos basilares disto.

    A assertiva III está INCORRETA.

    Há casos nos quais o ônus da prova pode ser modificado pelo juiz.

    Diz o art. 373 do CPC:

    “Art. 373. (...)

      § 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído."

    Diante do exposto, vislumbramos que as assertivas I e II são corretas.

    Cabe analisar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. Apenas I e II estão corretas.

    LETRA B- CORRETA. Apenas I e II estão corretas.

    LETRA C- INCORRETA. Apenas I e II estão corretas.

    LETRA D- INCORRETA. Apenas I e II estão corretas.

    LETRA E- INCORRETA. Apenas I e II estão corretas.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B

  • pesquisem sentença executiva "lato senso" para a assertiva I.
  • setença executiva lato sensu é uma subclassificação das sentenças condenatórias, é o caso da sentença condenatória já comportar em si a execução, sem necessidade de instaurar formalmente o processo executivo, é o caso do despejo, reintegração de posse e etc.

  • Eu acredito que o item I esteja falando sobre o processo sincrético, o antigo processo de conhecimento, pois nele compõe tanto a atividade cognitiva quanto a atividade de cumprimento de sentença.

  • Em relação ao item II:

    "Importante deixar claro que a tutela dos direitos é constituída pela própria norma de direito material. Como bem doutrina MARINONI (2004, p. 145), “As normas de direito material que respondem ao dever de proteção do Estado aos direitos fundamentais – normas que protegem o consumidor e o meio ambiente, por exemplo – evidentemente prestam tutela – ou proteção – a esses direitos”

    Fonte: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/242880/000923079.pdf.


ID
5056240
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Sobre a ordem dos processos nos tribunais, examine as seguintes assertivas considerando (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as falsas :


( ) A fim de garantir a observância do direito fundamental ao juiz natural também nos tribunais, a distribuição será feita de acordo com o regimento interno de cada corte, observando-se necessariamente, porém, a alternatividade, o sorteio e a publicidade.

( ) O julgamento não unanime terá prosseguimento com a ampliação do quórum de julgadores.

( ) Havendo voto vencido, esse será necessariamente declarado e considerado parte integrante do acórdão para todos os fins legais, inclusive de prequestionamento.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses:

Alternativas
Comentários
  • CORRETA - A fim de garantir a observância do direito fundamental ao juiz natural também nos tribunais, a distribuição será feita de acordo com o regimento interno de cada corte, observando-se necessariamente, porém, a alternatividade, o sorteio e a publicidade.

    Art. 930. Far-se-á a distribuição de acordo com o regimento interno do tribunal, observando-se a alternatividade, o sorteio eletrônico e a publicidade.

    Parágrafo único. O primeiro recurso protocolado no tribunal tornará prevento o relator para eventual recurso subsequente interposto no mesmo processo ou em processo conexo.

    CORRETA - O julgamento não unanime terá prosseguimento com a ampliação do quórum de julgadores.

    Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.

    § 1º Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á na mesma sessão, colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão colegiado.

    § 2º Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do prosseguimento do julgamento.

    CORRETA - Havendo voto vencido, esse será necessariamente declarado e considerado parte integrante do acórdão para todos os fins legais, inclusive de prequestionamento.

    Art. 941. Proferidos os votos, o presidente anunciará o resultado do julgamento, designando para redigir o acórdão o relator ou, se vencido este, o autor do primeiro voto vencedor.

    § 1º O voto poderá ser alterado até o momento da proclamação do resultado pelo presidente, salvo aquele já proferido por juiz afastado ou substituído.

    § 2º No julgamento de apelação ou de agravo de instrumento, a decisão será tomada, no órgão colegiado, pelo voto de 3 (três) juízes.

    § 3º O voto vencido será necessariamente declarado e considerado parte integrante do acórdão para todos os fins legais, inclusive de pré-questionamento.

  • Penso que a alternativa esteja errada.

    O art. 942 diz que " Quando o resultado da APELAÇÃO for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores,"

    Não é qualquer julgamento não unânime que tem prosseguimento com aumento no n de julgadores. Por exemplo, não tem isso nos embargos de declaração, REsp, RE, Recurso Ordinário etc.

  • não há julgamento com quorum ampliado em casos tambem de remessa necessária, pelo plenário ou corte especial e tb nos casos de assunção de competencia e IRDR

  • A questão em comento requer comentário de cada uma das assertivas.

    A assertiva I está correta.

    Reproduz o art. 930 do CPC:

     “Art. 930. Far-se-á a distribuição de acordo com o regimento interno do tribunal, observando-se a alternatividade, o sorteio eletrônico e a publicidade."

     A assertiva II está correta.

    Reproduz o art. 942 do CPC:

    “ Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores."

     A assertiva III está CORRETA.

    Reproduz o art. 941 do CPC:

    “ Art. 941. Proferidos os votos, o presidente anunciará o resultado do julgamento, designando para redigir o acórdão o relator ou, se vencido este, o autor do primeiro voto vencedor.

    § 1º O voto poderá ser alterado até o momento da proclamação do resultado pelo presidente, salvo aquele já proferido por juiz afastado ou substituído.

    § 2º No julgamento de apelação ou de agravo de instrumento, a decisão será tomada, no órgão colegiado, pelo voto de 3 (três) juízes.

    § 3º O voto vencido será necessariamente declarado e considerado parte integrante do acórdão para todos os fins legais, inclusive de pré-questionamento."

    Diante do exposto, cabe comentar cada uma das alternativas.

    LETRA A- INCORRETO. Todas as assertivas são verdadeiras.

    LETRA B- INCORRETO. Todas as assertivas são verdadeiras.

    LETRA C- CORRETO. Todas as assertivas são verdadeiras.

    LETRA D- INCORRETO. Todas as assertivas são verdadeiras.

    LETRA E- INCORRETO. Todas as assertivas são verdadeiras.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C

  • Técnica de julgamento do art. 942 do CPC/2015

    O resultado do julgamento da apelação pode ser unânime (quando todos os Desembargadores concordam) ou por maioria (quando no mínimo um Desembargador discorda dos demais).

    Se o resultado se der por maioria, o CPC prevê uma nova “chance” de a parte que “perdeu” a apelação reverter o resultado. Como assim?

    Se o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em uma nova sessão, que será marcada e que contará com a presença de novos Desembargadores que serão convocados, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial.

    Ex: o resultado da apelação foi 2x1; 2 Desembargadores votaram pelo provimento da apelação (em favor de João) e um Desembargador votou pela manutenção da sentença (em favor de Pedro); significa dizer que deverá ser designada uma nova sessão e para essa nova sessão serão convocados dois novos Desembargadores que também irão emitir votos; neste nosso exemplo, foram convocados 2 porque a convocação dos novos julgadores deverá ser em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial (se os dois novos Desembargadores votarem com a minoria, o placar se inverte para 3x2).

    A técnica vale apenas para a apelação?

    NÃO. Além da apelação, a técnica de julgamento prevista no art. 942 aplica-se também para o julgamento não unânime proferido em:

    a) ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno;

    b) agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito;

    c) ação rescisória, se o resultado do acórdão for a rescisão da sentença.

    Fonte: DoD (info 659)

  • Segunda alternativa errada, por omissão de termos: a técnica de ampliação de colegiado só é aplicável em apelação, ação rescisória e agravo de instrumento conta julgamento parcial de mérito.

    Não se aplica, ademais, ao plenário ou órgão especial do Tribunal, bem como ao IRDR, IAC, Resp, Rext, ADI, ADO, ADC, ADPF.

    Apesar disso, foi considerada correta pela banca.

  • A técnica prevista no art. 42, do Código de Processo Civil, não é aplicável a qualquer julgamento feito pelo tribunal, mas apenas nas hipóteses de julgamento de apelação, quando o resultado for não unânime; no julgamento de ação rescisória, quando houver a rescisão da sentença; e no julgamento de agravo de instrumento, quando houver a reforma decisão que julgar parcialmente o mérito, nas hipóteses autorizadas pelo art. 356, do Código de Processo Civil.

  • Bah, nunca sei como responder essas alternativas como a II.


ID
5056243
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

A respeito da Sentença, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA LETRA E.

    Tanto a tutela inibitória executiva quanto a tutela inibitória mandamental, configuram espécies de tutela preventiva. “A diferença é que esta última atua mediante a coação indireta, e assim visa convencer o demandado, ao passo que a primeira atua através de meios executivos que não levam em consideração a vontade do réu” (ARENHART; MARINONI, 2003, p. 493)

  • Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se a declaração:

    I - da existência, da inexistência, ou do modo de ser de uma relação jurídica;

    II - da autenticidade ou da falsidade de documento;

    Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.

  • Alguém pode comentar as alternativas erradas. Obrigada.

    • A) O Código de Processo Civil admite a ação declaratória para que seja declarada a autenticidade ou a falsidade de documento. CORRETA

    Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se a declaração:

    I - da existência, da inexistência, ou do modo de ser de uma relação jurídica;

    II - da autenticidade ou da falsidade de documento;

    Art. 20. É admissível ação meramente declaratóriaainda que tenha ocorrido a violação do direito.

    • B) A tutela específica não se presta a proteger o direito material e, sim, o direito adjetivo, já que busca a utilidade do processo. ERRADO

    NA TUTELA ANTECIPADA: visa assegurar o direito material, tanto é que o Autor deve aditar em 15 dias;

    NA TUTELA CAUTELAR: conservar o direito e aqui em 30 dias

    • C) O juiz poderá, na sentença ou na antecipação da tutela, impor multa ao réu, mas, para isto, é necessário que o autor tenha pedido. ERRADO

    Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.

    • D) A tutela inibitória mandamental configura sempre tutela genuinamente preventiva; já a tutela inibitória executiva nem sempre é preventiva. ERRADO

    Afirma Marinoni (2015b, p. 484- 485) que a tutela inibitória tem natureza genuinamente preventiva e pode ser concedida sob duas modalidades distintas: executiva e mandamental. A sentença que defere uma tutela inibitória, via de regra tem natureza mandamental. Porém, considerando uma perspectiva de funcionalidade, é possível admitir que em alguns casos seja concedida com natureza executiva, a fim de evitar a prática, a repetição e a continuação do ilícito – ou para evitar a ocorrência ou a repetição de um inadimplemento contratual com eficácia instantânea.

    • E) Tutela ressarcitória é apenas a tutela que dá ao autor o equivalente em pecúnia à lesão sofrida. ERRADO

    Não, pois pode ser em pecúnia ou in natura. Nas palavras de Roberto Senise Lisboa (2006, p. 133-134), “(...) A recomposição natural ou restituição in integrum constitui-se a forma mais adequada de reparação pois restaura a situação jurídica do lesado ao estado anterior ao dano”.

  • Gabarito - A.

    A alternativa C, trata da multa cominatória - astreintes, que pode ser aplicada de ofício pelo magistrado, em qualquer fase do processo, conforme o CPC:

    Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito.

  • A questão em comento versa sobre tutelas no CPC.

    Torna-se importante reproduzir o exposto nos arts. 19 e 20 do CPC:

    “Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se a declaração:

    I - da existência, da inexistência, ou do modo de ser de uma relação jurídica;

    II - da autenticidade ou da falsidade de documento."

    “Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito."

    Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- CORRETA. Resta reproduzida nos arts. 19 e 20 do CPC.

    LETRA B- INCORRETA. O escopo da tutela específica, do processo, enquanto instrumento, é proteger o Direito Material, e não o Direito Processual.

    LETRA C- INCORRETA. Cabe imposição de multa de ofício.

    Diz o art. 297 do CPC:

    “Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória."

    LETRA D- INCORRETA. Ao contrário do exposto, a doutrina tem admitido a tutela inibitória com caráter eminentemente preventivo.

    LETRA E- INCORRETA. O ressarcimento não se dá só em pecúnia. O ideal, inclusive, é a recomposição natural do bem violado, sempre que possível.

    Gabarito do professor: A

ID
5056246
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No que concerne aos direitos fundamentais, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A letra “a” está errada, porque os direitos fundamentais se espalham por toda a CF/88.

    A letra “b” está correta, porque a CF/88, ao arrolar os direitos fundamentais, classifica-os em cinco grupos distintos: direitos individuais e coletivos (capítulo I – art. 5º), direitos sociais (capítulo II – arts. 6º a 11), direitos de nacionalidade (capítulo III – arts. 12 e 13), direitos políticos (capítulo IV – arts. 14 a 16) e direitos relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos (capítulo V – art. 17).

    A letra “c” está errada, porque a CF/88 reconhece a possibilidade de restrições ou suspensão temporárias de direitos fundamentais, conforme previsão do art. 15.

    A letra “D”, está errada, porque os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados de acordo com o rito estabelecido para a aprovação das emendas à Constituição será de três quintos dos membros das Casas do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, conforme art. 5º, § 3º, da CF/88.

    A letra “e” está errada, porque o Tratado de Marraqueche (Decreto 9.522/2018) não foi a primeira norma internacional sobre direitos humanos com força de emenda constitucional, tendo em vista ser bem recente. Pelo que pesquisei, a primeira norma com tal status foi o Decreto Legislativo nº 186, de 9/7/2008 (Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência) 

  • gaba B

    A)Os direitos fundamentais são estanques, podem ser reunidos em elenco fixo, constituindo uma categoria jurídica fechada.

    • ERRADO. Os previstos no artigo 5, por exemplo, são exemplificativos, espalhados por toda a constituição.

    B)A Constituição Federal de 1988, ao arrolar os direitos fundamentais, classifica-os em cinco grupos distintos: direitos individuais e coletivos, direitos sociais, direitos de nacionalidade, direitos políticos e direitos relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos.

    • CORRETO

    C)A Constituição Federal não reconhece a possibilidade de restrições ou suspensão temporárias de direitos fundamentais.

    • ERRADO.Nenhum direito é absoluto, salvo a tortura(há divergência)

    D)Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados de acordo com o rito estabelecido para a aprovação das emendas à Constituição (dois quintos dos membros das Casas do Congresso Nacional, em dois turnos de votação) passarão a gozar de statuts constitucional, situando-se no mesmo plano hierárquico das demais normas constitucionais.

    • ERRADO.3/5 dos mesmbos

    E) A primeira norma internacional sobre direitos humanos com força de emenda constitucional foi o Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras Publicadas às Pessoas Cegas, com Deficiência Visual ou com outras Dificuldades para Ter Acesso ao Texto Impresso.

    • ERRADO. O de Marraqueche é o segundo.

    pertencelemos!

  • Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo - 1º Tratado ...

  • Lembrando que há outros direitos fundamentais espalhados na CF.

  • Complementos..

    ( B )

    A) O Rol é EXEMPLIFICATIVO ( Numerus Apertus )

    ___________________________________________________________

    C) Alexandre de Moraes (2016) explica que os direitos fundamentais não podem ser analisados como absolutos e inflexíveis. Ainda, que havendo conflito entre eles, os mesmos deverão ser interpretados para que haja a harmonia entre os mesmos

    ____________________________________________________________

    D) 2 casas

    2 turnos

    3/5 dos votos.

    ____________________________________________________________

    Pra cima deles!

  • Decreto nº 6.949, de 25.8.2009 (Publicado no DOU de 25.8.2009)

    Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.

    Decreto nº 6.949, de 25.8.2009 (Publicado no DOU de 9.10.2018)

    Promulga o Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras Publicadas às Pessoas Cegas, com Deficiência Visual ou com Outras Dificuldades para Ter Acesso ao Texto Impresso, firmado em Marraqueche, em 27 de junho de 2013.

    Correção letra E: A primeira norma internacional sobre direitos humanos com força de emenda constitucional foi a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência de Nova York e não o Tratado de Marraqueche.

    Fonte: http://www4.planalto.gov.br/legislacao/portal-legis/internacional/tratados-equivalentes-a-emendas-constitucionais-1

  • No que concerne aos direitos fundamentais,é correto afirmar que: A Constituição Federal de 1988, ao arrolar os direitos fundamentais, classifica-os em cinco grupos distintos: direitos individuais e coletivos, direitos sociais, direitos de nacionalidade, direitos políticos e direitos relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos.

  • A questão trata sobre os direitos e garantias fundamentais, especialmente no que tange ao artigo 5o da Constituição.

    Importante destacar que o Título II da Constituição Federal apresenta os Direitos e Garantias Fundamentais, sendo que o artigo 5º prevê os direitos e deveres individuais e coletivos; os artigos 6º a 11 preveem os direitos sociais (do artigo 7º ao 11 são tratados os direitos de ótica trabalhista); os artigos 12 a 13 tratam da temática dos direitos de nacionalidade; e, por fim, os artigos 14 a 17 tratam dos direitos políticos e suas múltiplas variáveis.

    Passemos às alternativas.

    A alternativa “A" está incorreta, uma vez que os direitos fundamentais estão espalhados por todo o texto constitucional, não estando, portanto, limitado a um bloco fixo.

    A alternativa “B" está correta, pois traz justamente os cinco grupos de direitos fundamentais. O artigo 5º prevê os direitos e deveres individuais e coletivos; os artigos 6º a 11 preveem os direitos sociais (do artigo 7º ao 11 são tratados os direitos de ótica trabalhista); os artigos 12 a 13 tratam da temática dos direitos de nacionalidade; os artigos 14o a 16 tratam dos direitos políticos e, por fim, o artigo 17 cuida dos direitos relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos.

    A alternativa “C" está incorreta, uma vez que há sim a possibilidade de restrições ou suspensão temporárias de direitos fundamentais, consoante autorização aduzida pelo artigo 15 da CRFB.


     A alternativa “D" está incorreta, pois a aprovação não será por dois quintos, mas sim três quintos dos membros das Casas do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, conforme artigo 5º, § 3º, da CRFB.

    A alternativa “E" está incorreta, pois a primeira norma internacional sobre direitos humanos com força de emenda constitucional foi a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência de Nova York, e não o Tratado de Marraqueche.

     
    Gabarito: letra B.
  • Letra A

    Estanque= taxativo

    Os direitos fundamentais são exemplificativos.

    Letra B

    Correta

    Letra C

    Exemplo: O direito à vida pode ser restringido em caso de guerra.

    Letra D

    2 casas, 2 turnos e 3/5 dos votos.

    Letra E

    Decreto nº 6.949, de 25.8.2009 (Publicado no DOU de 25.8.2009)

    Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.

    Decreto nº 6.949, de 25.8.2009 (Publicado no DOU de 9.10.2018)

    Promulga o Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras Publicadas às Pessoas Cegas, com Deficiência Visual ou com Outras Dificuldades para Ter Acesso ao Texto Impresso, firmado em Marraqueche, em 27 de junho de 2013.

  • Assertiva B

    A Constituição Federal de 1988, ao arrolar os direitos fundamentais, classifica-os em cinco grupos distintos: direitos individuais e coletivos, direitos sociais, direitos de nacionalidade, direitos políticos e direitos relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos.

  • Gerações ou dimensões dos direitos fundamentais

    1 - Geração

    Valor - Liberdade

    Liberdade negativa ou prestação negativa

    Abstenção estatal

    Direitos civis e políticos

    2 - Geração

    Valor - Igualdade

    Liberdade positiva ou prestação positiva

    Atuação estatal

    Direitos econômicos, culturais e sociais

    3 - Geração

    Valor - Solidariedade e Fraternidade

    Direitos difusos e coletivos

    4 - Geração

    Valor - Desenvolvimento ou globalização

    Direito democracia, informação e engenharia genética

    5 - Geração

    Paz

    Características dos direitos fundamentais

    Historicidade

    Direitos Fundamentais são frutos da evolução histórica da humanidade

    Universalidade

    Devem ser direcionados a todos, independente de nacionalidade, cor, raça, crença, convicção política, filosófica ou qualquer outra.

    Vedação ao retrocesso.

    É a vedação da eliminação da concretização já alcançada na proteção de algum direito, admitindo-se somente aprimoramentos e acréscimos

    Inalienabilidade

    Impossibilidade de transferir a outrem 

    Imprescritibilidade

    Não prescrevem, ou seja, os direitos fundamentais estarão sempre a disposição e não se perdem pelo decurso do tempo.

    Irrenunciabilidade

    Não se pode abrir mão dos direitos fundamentais, pode não exercer mas nunca renunciar.

    Relatividade ou imutabilidade

    Não existe direitos e garantias absoluto, os direitos fundamentais podem ser relativizados

    Inviolabilidade

    As autoridades e disposições infraconstitucionais devem observá-los

    Interdependência

    há diversas ligações entre os direitos fundamentais

    Complementariedade

    Devem ser interpretados de forma conjunta

    Efetividade

    O poder público deve garantir sua aplicação

  • No dia 13/05/2021, o Brasil ratificou a Convenção Interamericana contra o Racismo e, quando internalizada, passará a integrar o ordenamento jurídico brasileiro com status equivalente ao de Emenda Constitucional. Sendo assim, será a terceira norma internacional sobre direitos humanos com força de emenda.

    Fonte: https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2021/05/brasil-ratifica-a-convencao-interamericana-contra-o-racismo

  • Gabarito letra ''D'' --> Direitos e Garantias individuais e coletivo titulo II CF/88

  • DIREITO5 FUNDAMENTAI5:

    • INDIVIDUAI5
    • COLETIVO5
    • 5OCIAI5
    • POLÍTICO5
    • EXISTËNCIA, ORGANIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO EM PARTIDO5 POLÍTICO5

  • Gabarito: B

  • direitos fundamentais:

    1 direitos individuais e coletivos;

    2 direitos sociais;

    3 direitos de nacionalidade;

    4 direitos políticos

    5 direitos relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos.

  • A alternativa “A" está incorreta, uma vez que os direitos fundamentais estão espalhados por todo o texto constitucional, não estando, portanto, limitado a um bloco fixo.

    A alternativa “B" está correta, pois traz justamente os cinco grupos de direitos fundamentais. O artigo 5º prevê os direitos e deveres individuais e coletivos; os artigos 6º a 11 preveem os direitos sociais (do artigo 7º ao 11 são tratados os direitos de ótica trabalhista); os artigos 12 a 13 tratam da temática dos direitos de nacionalidade; os artigos 14o a 16 tratam dos direitos políticos e, por fim, o artigo 17 cuida dos direitos relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos.

    A alternativa “C" está incorreta, uma vez que há sim a possibilidade de restrições ou suspensão temporárias de direitos fundamentais, consoante autorização aduzida pelo artigo 15 da CRFB.

     A alternativa “D" está incorreta, pois a aprovação não será por dois quintos, mas sim três quintos dos membros das Casas do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, conforme artigo 5º, § 3º, da CRFB.

    A alternativa “E" está incorreta, pois a primeira norma internacional sobre direitos humanos com força de emenda constitucional foi a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência de Nova York, e não o Tratado de Marraqueche.

     Gabarito: letra B.

  • GABARITO: ALTERNATIVA B!

    Os direitos e garantias fundamentais, por vezes, são entendidos apenas como aqueles previstos no art. 5º da Constituição Federal (direitos e deveres individuais e coletivos). Essa crença é, no entanto, equivocada, pois os direitos sociais, os direitos de nacionalidade, os direitos políticos e os partidos políticos são considerados direitos e garantias fundamentais também.

    Cumpre registrar, ademais, que os direitos e garantias fundamentais não se limitam aos mencionados, uma vez que a CF prevê em todo seu texto direitos desse gênero. 


ID
5056249
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca dos Remédios Constitucionais, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • a) O prazo decadencial só se aplica ao mandado de segurança repressivo. Prazo 120 dias para a impetração.

    b) Nos remédios constitucionais, o HC e o HD são gratuitos (lembrar “do que tem H”). Já o MS e o MI não são gratuitos. (Quem manda sempre paga = MS e MI)

    c) CORRETO. Impetrado ou autoridade coatora, é a autoridade contra quem se impetra o habeas corpus – (o responsável pela restrição ao direito de locomoção).

    Pode ser uma autoridade pública (juízes, delegados de polícia, CPIs) ou também particular (hospitais, clínicas de recuperação etc.). É o único que não precisa de advogado (não se exige capacidade postulatória).

    d) Há previsão! Se ficar comprovada a má-fé, não ficará o autor isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. (art. 5º, LXXIII).

    e) Art. 19. da Lei nº 4.717/65. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo.  

    Qualquer erro é só chamar no privado.

  • Para complementar:

    letra "e" errada - Lei nº 4717, Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo.   

  • GAB: C

    Meu resumo:

    HABEAS CORPUS:

    • protege o direito de locomoção
    • Q1658226 - O habeas corpus, segundo a doutrina moderna, é ação penal popular constitucional não sujeita ao recolhimento de custas processuais. (C)
    • modalidades: repressivo (liberatório), preventivo (salvo-conduto) e suspensivo (quando a prisão foi decretada, mas o mandado ainda não foi cumprido)
    • sujeito ativo / impetrante: qualquer pessoa, MP, DP, até mesmo o juiz de ofício (legitimidade universal)
    • sujeito passivo / impetrado: é a autoridade que restringe a liberdade (pública ou particular)
    • paciente: somente em favor de PF (não pode ser impetrado em favor de PJ)
    • é gratuito
    • não precisa de advogado
    • é cabível mesmo quando a ofensa ao direito de locomoção é indireta
    • se as medidas cautelares diversas da prisão puderem ser convertidas em prisão, quando descumpridas, é possível a concessão de habeas corpus
    • é cabível para questionar medidas de proteção à mulher previstas na lei maria da penha
    • não serve como meio de dilação probatória
    • STF admite que seja impetrado o habeas corpus coletivo
    • é cabível habeas corpus para discutir a legalidade de punições disciplinares militares

    Força!

  • GABARITO - C

    Um exemplo: Um hospital privado que cerceia a liberdade de um particular pelo não pagamento de dívidas.

    A) está sujeito a prazo decadencial - MS - Prazo decadencial de 120 dias.

    _____________________________

    B) O que tem M é pago

    Mandado de segurança

    Mandado de injunção

    Ação popular ( Só se má- fé )

    __________________________________________________________________-

    D) previsão de custas e de ônus de sucumbência para a ação popular.

    Quando está de má-fé.

    ______________________________________________________________________

    Bons estudos!

  • gab C

    o habeas corpus é sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação por ilegalidade ou abuso de poder

    DEUS te deu saúde, então corra atrás do resto.

  • GABARITO: C

    Sobre a assertiva E, atentar que a necessária observância do duplo grau no caso de carência/improcedência da ação popular se denomina REEXAME NECESSÁRIO INVERTIDO, segue explicação do DoD:

    • (...) A Lei nº 4.171/65 prevê que se o juiz concluir pela carência ou pela improcedência da ação popular, essa sentença estará sujeita ao reexame necessário. Veja:
    • Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo.
    • Assim, quando a sentença da ação popular for procedente, não haverá reexame necessário. Perceba, portanto, que o art. 19 inverte a lógica da remessa necessária do CPC. Lá, se a Fazenda “perde”, haverá reexame. Aqui, o reexame necessário ocorre se o cidadão perde. Em virtude disso, podemos dizer que esse art. 19 traz uma hipótese de duplo grau de jurisdição invertido, ou seja, um duplo grau que ocorre em favor do cidadão (e não necessariamente da Fazenda Pública). (...)

    Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Aplica-se às ações de improbidade administrativa o reexame necessário previsto no art. 19 da lei da ação popular. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Acesso em: 16/03/2021

  • Vou entrar com um HC então, o prefeito da minha cidade meteu decreto, que me deixou tão preso que nem na área eu posso ficar, vot,

  • 1) Enunciado da questão

    Exige-se conhecimento acerca dos remédios constitucionais.

    2) Base Constitucional

    Art. 5º [...]

    LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

    LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

    LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania

    3) Base legal

    3.1) Lei nº 12.016/09

    Art. 23.  O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.

    3.2) Lei nº 4.717/65

    Art. 10. As partes só pagarão custas e preparo a final.

    Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo.

    4) Exame das assertivas e identificação da resposta

    A. INCORRETA. Consoante art. 23 da Lei nº 12.016/2009, a impetração do mandado de segurança (e não do habeas data) está sujeita a prazo decadencial.

    B. INCORRETA. À luz do art. 5º, LXXVII, da CF/88, são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.  Mandado de injunção tem custa.

    C. CORRETA. Nos termos do art. 5º, LXVIII, da CF/88, conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Nesse caso, a autoridade coatora pode ser autoridade pública ou agente privado, como hospitais, clínicas, etc.

    D. INCORRETA. Na ação popular, nos termos do art. 5º, LXXIII, não isenção de custas judiciais quando houver má fé. Assim, as partes só pagarão custas e preparo a final, conforme art. 10 da Lei nº 4.717/65.

    E. INCORRETA. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, conforme art. 19 da Lei nº 4.717/65.

    Resposta: C.

  • Sobre a assertiva Letra E

    Lei da Ação Popular (Lei n. 4.717/65) prevê que:

    Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo (Aplica-se à Ação popular o instituto da Remessa necessária).

    Percebe-se que a lei cita somente a carência ou a improcedência da sentença, não sinalizando a aplicação do Duplo grau de jurisdição no caso procedência (Recurso de Apelação).

    FORÇA!

  • A Constituição Federal não distingue, no pólo passivo, a autoridade do particular, de modo que é possível impetrar habeas corpus contra qualquer pessoa que constranja a liberdade de locomoção de outrem. É o meio indiscutivelmente mais seguro e rápido de solucionar o impasse.

    Guilherme Nucci

  • Eu penso sempre no diretor do hospital privado que não me permite sair dali. HC nele!


ID
5056252
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com relação ao Estado de Defesa, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A) O estado de defesa não restringe o direito ao sigilo de comunicação telefônica. (restringe)

    B) O prazo de duração do estado de defesa poderá ser prorrogado por sessenta dias. (30 dias improrrogável)

    C) O estado de defesa não mitiga o direito de reunião. (restringe a reunião ainda que for exercida no seio da associação.)

    D) Como medida mais branda, não exige autorização prévia do Congresso Nacional. (gabarito)

    E) O estado de defesa não limita o direito ao sigilo de correspondência.(restringe)

    Abraços.

  •      Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

    § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:

    I - restrições aos direitos de:

    a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;

    b) sigilo de correspondência;

    c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

    II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.

    § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

  • GAB. D

    Fonte: CF

    A O estado de defesa não restringe o direito ao sigilo de comunicação telefônica. INCORRETA

    Restringe sim.

    Art. 136. § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:

    I - restrições aos direitos de:

    (...)

    c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

    B O prazo de duração do estado de defesa poderá ser prorrogado por sessenta dias. INCORRETA

    Art. 136. § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

    C O estado de defesa não mitiga o direito de reunião. INCORRETA

    Art. 136. § 1º 

    (...)

    I - restrições aos direitos de:

    a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;

    D Como medida mais branda, não exige autorização prévia do Congresso Nacional. CORRETA

    Não exige autorização, mas exige APROVAÇÃO.

    Art. 48

    CN:

    Autoriza → Estado de Sítio

    Aprova → Interv. Federal e Estado de Defesa

    E O estado de defesa não limita o direito ao sigilo de correspondência. INCORRETA

    Art. 136. § 1º 

    (...)

    I - restrições aos direitos de:

    a) sigilo de correspondência;

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB

  • Com relação ao Estado de Defesa, assinale a alternativa CORRETA.

    d) Como medida mais branda, não exige autorização prévia do Congresso Nacional.

    GAB. LETRA "D".

    ----

    CF/88.

    Art. 136.

    § 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.

    § 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.

    § 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.

    Art. 137.

    Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.

  • Quem precisa de autorização é o ESTADO DE SÍTIO

  • 1) Enunciado da questão

    Exige-se conhecimento acerca do Estado de Defesa na Constituição Federal de 1988.

    2) Base constitucional (Constituição Federal de 1988)

    Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

    § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:

    I - restrições aos direitos de:

    a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;

    b) sigilo de correspondência;

    c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

    [...]

    § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

    [...]

    § 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.

    3) Exame das assertivas e identificação da resposta

    a. INCORRETO. À luz do art. 136, §1º, I, c, da CF/88, o estado de defesa restringe o direito ao sigilo de comunicação telefônica.

    b. INCORRETO. Conforme art. 136, §2º, da CF/88, o tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. Assim, só pode ser prorrogado por mais trinta dias.

    c. INCORRETO. À luz do art. 136, §1º, I, a, da CF/88, o estado de defesa restringe o direito de reunião, ainda que exercida no seio das associações.

    d. CORRETO. À luz do art. 136, §4º, da CF/88, decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta. De fato, não se exige autorização prévia. Na verdade, exige-se aprovação do Congresso que é posterior ao decreto do estado de defesa.

    e. INCORRETO. À luz do art. 136, §1º, I, b, da CF/88, o estado de defesa restringe o direito ao sigilo de sigilo de correspondência.

    Resposta: LETRA D.

  • Bizu que ajuda em muitas provas:

    • estado de Defesa: Presidente Decreta.
    • estado de Sítio: Presidente Solicita.
  • A questão exige conhecimento acerca do Estado de Defesa e pede ao candidato que assinale o item correto. Vejamos:

    a) O estado de defesa não restringe o direito ao sigilo de comunicação telefônica.

    Errado. Há restrição, sim, nos termos do art. 136, § 1º, I, "c", CF: Art. 136. § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: I - restrições aos direitos de: c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

    b) O prazo de duração do estado de defesa poderá ser prorrogado por sessenta dias.

    Errado. O Estado de Defesa pode ser prorrogado uma vez, pelo período de 30 dias e não 60, nos termos do art. 136, § 2º, CF: § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

    c) O estado de defesa não mitiga o direito de reunião.

    Errado. O direito de reunião é mitigado. Inteligência do art. 136, § 1º, I, "a", CF: Art. 136. § 1º . I - restrições aos direitos de: a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;

    d) Como medida mais branda, não exige autorização prévia do Congresso Nacional.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. "Uma vez decretado o estado de defesa, compete ao Presidente da República comunicar a edição medida, no prazo de 24 horas, ao Congresso Nacional, que se reunirá para apreciar o decreto presencial (art. 136, § 4º). Caso o Congresso Nacional esteja em recesso, caberá ao Presidente do Senado promover a convocação extraordinária dos parlamentares, no prazo de cinco dias (arts. 57, § 6º, I e 136, § 5º). A aprovação do decreto presencial depende do voto da maioria absoluta dos parlamentares."

    e) O estado de defesa não limita o direito ao sigilo de correspondência.

    Errado. Há limitação, sim, nos termos do art. 136, § 1º, I, "b", CF: Art. 136. § 1º . I - restrições aos direitos de: b) sigilo de correspondência;

    Gabarito: D

    Fonte: BERNARDES, Juliano Taveira; FERREIRA, Olavo Augusto Vianna Alves. Direito Constitucional tomo II - direito constitucional positivo. 7. ed. rev. amp. e atual. Salvador: Juspodivm. 2018.

  • ESTADO DE DEFESA

    Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

    § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:

    I - restrições aos direitos de:

    a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;

    b) sigilo de correspondência

    c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica

    II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.

    Prazo de duração do estado de defesa

    § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a 30 dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

    ESTADO DE SÍTIO

    Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:

    I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;

    II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

    Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.

  • Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

     § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e

     limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:

     I - restrições aos direitos de:

     a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;

     b) sigilo de correspondência;

     c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

     II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.

     

     Duração: 30 dias + 30 dias 

    Gab. D

  • Autorisação - sítio

  • Falou em autorização do congresso já lembra do estado de sítio, falou em aprovação já lembra do estado de defesa. É simples mas confunde e tu pode perder uma questão por isso.
  • A

    O estado de defesa não restringe o direito ao sigilo de comunicação telefônica.

    ERRADA: POIS RESTRINGE SIM

    B

    O prazo de duração do estado de defesa poderá ser prorrogado por sessenta dias.

    ERRADA: 30 +30, DEPOIS SERÁ ESTADO DE SÍTIO

    C

    O estado de defesa não mitiga o direito de reunião.

    ERRADA: MITIGAR SIGNIFICA DIMUNUIR, NESTE CASO, MITIGA SIM O DIREITO DE REUNIÃO

    D

    Como medida mais branda, não exige autorização prévia do Congresso Nacional.

    CORRETA: QUEM PRECISA DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA É O ESTADO DE SÍTIO E NÃO O ESTADO DE DEFESA.

    DEFESA: SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA+ DECRETADO+ DEPOIS APROVAÇÃO DO CN

    SÍTIO: SOLITAÇÃO DO PRESIDENTE+ AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DO CN+ DEPOIS É DECRETADO

    E

    O estado de defesa não limita o direito ao sigilo de correspondência.

    ERRADA: LIMITA SIM

    QUESTÃO BOA PARA SABER AS RESTRIÇÕES E NÃO TER MAIS DÚVIDA RS

  • gab: D

    A manifestação do Congresso Nacional ocorre após a decretação do estado de defesa pelo Presidente da República; trata-se, portanto, de ato de aprovação. Caso o Congresso Nacional rejeite o decreto, cessará imediatamente o estado de defesa. 

    O Congresso Nacional deve aprovar o estado de defesa (manifestação posterior à decretação). 

    Fonte: estratégia

  • Apenas acrescentando:

    PR - Decreta estado de Defesa e Estado de Sítio

    E Decreta e executa Intervenção Federal

    O CN - Autoriza o PR a decretar o Estado de sítio

    E aprova o Estado de Defesa e a Intervenção Federal

  • A banca sai repetindo a mesma questão em vários municípios

  • Estado de Defesa = Decretado pelo Presidente.

    Estado de Sítio = Solicitado pelo Presidente.

  • ESTADO DE DEFESA

    - Para casos de: violação a ordem pública, paz social, ou calamidades da natureza de grandes proporções.

    - Ouve-se o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional.

    - Não é exigido prévia autorização do CN.

    - O controle é POSTERIOR por meio de maioria absoluta para confirmar o Estado de defesa.

    - Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de 24 HORAS submeterá o ato com a respectiva justificação ao CN, que decidirá por maioria absoluta (apreciará o decreto dentro de 10 dias contados de seu recebimento).

    - REGRA: 30 + 30 (o estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado 01 VEZ, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação).

    - Prisão neste período NÃO SUPERIOR A 10 DIAS, salvo quando autorizada pelo Judiciário.

    - incidência: locais restritos e determinados.

    Restrições aos direitos de:

    a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;

    b) sigilo de correspondência;

    c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

  • MACETE

    • PR  decreta o estado de defesa (CN atua aprovando); 
    • PR solicita o estado de sítio (CN atua autorizando)
  • Resposta: LETRA D.

    a. INCORRETO. À luz do art. 136, §1º, I, c, da CF/88, o estado de defesa restringe o direito ao sigilo de comunicação telefônica.

    b. INCORRETO. Conforme art. 136, §2º, da CF/88, o tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. Assim, só pode ser prorrogado por mais trinta dias.

    c. INCORRETO. À luz do art. 136, §1º, I, a, da CF/88, o estado de defesa restringe o direito de reunião, ainda que exercida no seio das associações.

    d. CORRETO. À luz do art. 136, §4º, da CF/88, decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta. De fato, não se exige autorização prévia. Na verdade, exige-se aprovação do Congresso que é posterior ao decreto do estado de defesa.

    e. INCORRETO. À luz do art. 136, §1º, I, b, da CF/88, o estado de defesa restringe o direito ao sigilo de sigilo de correspondência.

    BIZU:

    • estado de Defesa: Presidente Decreta.
    • estado de Sítio: Presidente Solicita.

  • Sistematizando para vocês:

    Estado defesa:

    1. PR decreta
    2. CN AProva (posterior)

    Estado de sítio

    1. PR solicita
    2. CN AUtoriza (prévio)

    Prestem atenção no "aprova, autoriza", a banca pode trocar os conceitos.

    Esse bizu é matador! Bons estudos, amigos. Deus os abençoe!

    Qualquer erro, avisem-me.

  • GAB-D

    § 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.

    ESSA FOI DIFÍCIL.

    DESCANSEM BEM, COMAM BASTANTE E FIQUEM FORTES!!!

  • ESTADO DE DEFESA

    QUEM TEM LEGITIMIDADE PARA DECRETAR?

    PRESIDENTE DA REPÚBLICA, LOGO APÓS OUVIDO O CONSELHO DA REPÚBLICA E CONSELHO DA DEFESA NACIONAL.

    O CONSELHO DA REPU E DEF NAC SÃO DE MERA OPINIÃO, HÁ DISCRICIONARIEDADE DO PRESIDENTE NÃO FICANDO ESTE VINCULADO AOS CONSELHOS PARA DECIDIR SOBRE O MÉRITO DO ESTADO DE

    DEFESA. .

    EM QUAIS CAUSAS?

    PRESERVAR OU PRONTAMENTE RESTABELECER EM LOCAIS RESTRITOS E DETERMINADOS:

    1. A ORDEM PÚBLICA
    2. PAZ SOCIAL

    AMEAÇADAS POR:

    • INSTABILIDADES INSTITUCIONAIS
    • CALAMIDADES DE GRANDE PROPORÇÃO NA NATUREZA

    RESTRIÇÕES:

    1. REUNIÃO INCLUSIVE EM ASSOCIAÇÕES
    2. SIGILO DAS CORRESPONDÊNCIAS
    3. SIGILO DAS COMUNICAÇÕES TELEGRÁFICAS E TELEFÔNICAS
    4. ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes

    DURAÇÃO

    30 DIAS PRORROGÁVEL POR IGUAL PERÍODO

    OBSERVAÇÕES

    I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que RELAXARÁ, se não for legal, FACULTADO ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;

    > aquela obrigatoriedade que há de ser feito o exame do corpo de delito quando o crime deixar vestígios, não podendo suprimi-la a confissão do acusado. não se aplica aos crimes praticados em razão do estado de defesa

    II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação;

    >o que a meu ver vai fazer muito cidadão tomar no cool

    III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário

    IV - é vedada a incomunicabilidade do preso

    > acho que isso foi uma mini referência à ditadura militar

    v- O estado de sítio e o estado de defesa serão fiscalizados através do controle político concomitante, em que a Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas adotadas.

    DECRETAÇÃO

    NÃO EXIGE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL E SIM CONTROLE POSTERIOR

    PRESIDENTE, OUVIDO OS CONSELHOS, DECRETA E SUBMETERÁ O DECRETO AO CN, DENTRO DE 24 HRS, E O CN DECIDIRÁ POR MAIORIA ABSOLUTA SE APRECIARÁ O DECRETO.

    A APRECIAÇÃO DO DECRETO DENTRO DE UM PRAZO DE 10 DIAS.

    SE O CN NÃO APROVAR O ESTADO DE DEFESA É CESSADO IMEDIATAMENTE.

    PRAZO DE 30 DIAS PRORROGÁVEL 1 VEZ POR IGUAL PERÍODO

    ATENÇÃO!!!

    É UMA VEZ POR IGUAL PERÍODO

    ENTÃO SE O PRESIDENTE DECRETAR ESTADO DE DEFESA, OUVIDOS OS CONSELHOS, DE 10 DIAS ELE PODE PRORROGAR POR MAIS 10 DIAS E NÃO POR MAIS 30


ID
5056255
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que tange à licitação e ao contrato administrativo, assinale a alternativa CORRETA

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E) Os Municípios têm competência para legislar sobre questões específicas acerca de licitações públicas.

    Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à União LEGISLAR sobre:

    XXVII- normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III.

    Parágrafo único. LEI COMPLEMENTAR poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

    ATENÇÃO! não é só a União que pode legislar sobre licitação, pois os Estados, o Distrito Federal e os Municípios também têm competência para tanto. A diferença é que cabe à União estabelecer as normas gerais e, por outro lado, as normas específicas são de competência dos demais entes da Federação.

  • Por que a letra A) e c) estão incorretas?

  • ITEM A: ERRADO:

    ITEM B: ERRADO - A LEI DE LICITAÇÕES TRATA SIM SOBRE A IGUALDADE ENTRE OS SEUS PARTICIPANTES.

    Art. 3 o  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

    ITEM C: ERRADO = EFICIÊNCIA NÃO É PRINCÍPIO EXPRESSO

    Art. 3  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

  • Gab. E.

    Art. 22, CF - Compete privativamente à União legislar sobre: (competência delegável apenas para ESTADOS e DF)

    ...

    XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, [...]

    ...

    Art. 30, CF - Compete aos Municípios:

    ...

    II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

    ...

    Em suma, a União possui a competência privativa para legislar sobre normas gerais de licitação, podendo os Municípios legislarem, de forma suplementar, sobre normas específicas da lei federal de licitação.

  • Princípios norteadores da licitação:

    Art. 3  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

  • Queria saber o porque a letra C esta errada, porque não tem nada ver com expresso.


ID
5056258
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto ao serviço público, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Art. 37. XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

    FONTE: CF 1988

  • D - errada - Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

    E - errada - Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.

  • ( B )

    A) Os essencialistas definem uma atividade como serviço público tomando por base o seu regime de prestação.

    Para essa escola, o serviço público é considerado em decorrência das suas características especiais.

    _______________________________________________

    C) A atividade dos notariais e de registro se enquadra como serviço público em sentido estrito e não como atividade jurídica, já que seus delegatários exercem delegação obtida com a aprovação em concurso público de provas e títulos.

    Os serviços de registros públicos, cartorários e notariais são exercidos em caráter privado por delegação do poder público – serviço público não privativo. Os notários e os registradores exercem atividade estatal, entretanto não são titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público. ( Jurisprudência em teses )

    ________________________________________________

    D) Conforme a Constituição Federal, a prestação de serviços públicos incumbe apenas diretamente ao poder público.

    Diretamente ou sob regime de concessão ou permissão

    ______________________________________________

    E) A regulação de serviços públicos é uma atividade que pode ser delegável a particulares.

     Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.

  • O art. 40, § 1º, II, da Constituição do Brasil, na redação que lhe foi conferida pela EC 20/1998, está restrito aos cargos efetivos da União, dos Estados-membros, do Distrito Federal e dos Municípios – incluídas as autarquias e fundações. Os serviços de registros públicos, cartorários e notariais são exercidos em caráter privado por delegação do poder público – serviço público não privativo. Os notários e os registradores exercem atividade estatal, entretanto NÃO são titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público. Não são servidores públicos, não lhes alcançando a compulsoriedade imposta pelo mencionado art. 40 da CF/1988 – aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade.

    [ADI 2.602, rel. p/ o ac. min. Eros Grau, j. 24-11-2005, P, DJ de 31-3-2006.] = MS 28.440 ED-AgR, voto do rel. min. Teori Zavascki, j. 19-6-2013, P, DJE de 7-2-2014 Vide RE 556.504 ED, rel. min. Dias Toffoli, j. 10-8-2010, 1ª T, DJE de 25-10-2010

  • Não sei porque, mas pensei em SERVIDOR PUBLICOS e nao SERVIÇO público. AI ficou dificil achar a certa

  • A presente questão trata do tema serviços públicos.

     

    Em linhas gerais, serviço público é a atividade prestada pelo Estado ou por seus delegados, essencialmente sob regime jurídico de direito público, voltada para o atendimento de necessidades essenciais e/ou secundárias da coletividade.

     

     

    Passemos a analisar cada uma das alternativas:

     

    A – ERRADA – dentre os critérios propostos pela doutrina para a identificação de uma atividade como serviço público, merecem referência as seguintes escolas:

     

    i)                   Essencialistas: os adeptos da escola essencialista defendem a utilização, unicamente, do critério material para definir uma atividade como serviço público. O critério material confere relevância à atividade, em si mesma considerada. Ou seja, para os essencialistas, sempre que uma atividade possa ser considerada imprescindível à satisfação das necessidades existenciais básicas do grupo social, essa atividade deve obrigatoriamente ser considerada serviço público, não importa quem a preste. Assim, os essencialistas jamais definem uma atividade como serviço público tomando por base o seu regime de prestação.

     

    ii)                 Formalistas ou legalistas: para esta corrente, não é possível identificar um núcleo essencial irredutível, concernente à relevância social da atividade, que forçosamente acarretasse a sua classificação como serviço público. Para esta escola, serviço público é toda atividade assim definida pelo ordenamento jurídico. Ou seja, o critério definidor é a definição normativa acerca da matéria.

     

    B – CERTA – assertiva em plena consonância com a Constituição Federal:

     

    “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 

     

    XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público".

     

    C – ERRADA – ensina Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo que

     

    “A atividade dos serviços notariais e de registro não se enquadra como serviço público em sentido estrito (atividade material), mas sim como “atividade jurídica" estatal. Afinal, embora sua atuação não implique coerção direta (uso de força), os serviços notariais e de registro praticam atos indiscutivelmente fundados no poder de império do Estado".

     

    Neste sentido, manifesta-se a jurisprudência:

     

    “Regime jurídico dos servidores notariais e de registro. Trata-se de atividades jurídicas que são próprias do Estado, porém exercidas por particulares mediante delegação. Exercidas ou traspassadas, mas não por conduto da concessão ou da permissão, normadas pelo caput do art. 175 da Constituição como instrumentos contratuais de privatização do exercício dessa atividade material (não jurídica) em que se constituem os serviços públicos. A delegação que lhes timbra a funcionalidade não se traduz, por nenhuma forma, em cláusulas contratuais. A sua delegação somente pode recair sobre pessoa natural, e não sobre uma empresa ou pessoa mercantil, visto que de empresa ou pessoa mercantil é que versa a Magna Carta Federal em tema de concessão ou permissão de serviço público. Para se tornar delegatária do poder público, tal pessoa natural há de ganhar habilitação em concurso público de provas e títulos, e não por adjudicação em processo licitatório, regrado, este, pela Constituição como antecedente necessário do contrato de concessão ou de permissão para o desempenho de serviço público. Cuida-se ainda de atividades estatais cujo exercício privado jaz sob a exclusiva fiscalização do Poder Judiciário, e não sob órgão ou entidade do Poder Executivo, sabido que por órgão ou entidade do Poder Executivo é que se dá a imediata fiscalização das empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos. Por órgãos do Poder Judiciário é que se marca a presença do Estado para conferir certeza e liquidez jurídica às relações inter partes, com esta conhecida diferença: o modo usual de atuação do Poder Judiciário se dá sob o signo da contenciosidade, enquanto o invariável modo de atuação das serventias extraforenses não adentra essa delicada esfera da litigiosidade entre sujeitos de direito. Enfim, as atividades notariais e de registro não se inscrevem no âmbito das remuneráveis por tarifa ou preço público, mas no círculo das que se pautam por uma tabela de emolumentos, jungidos esses a normas gerais que se editam por lei necessariamente federal. (...) As serventias extrajudiciais se compõem de um feixe de competências públicas, embora exercidas em regime de delegação a pessoa privada. Competências que fazem de tais serventias uma instância de formalização de atos de criação, preservação, modificação, transformação e extinção de direitos e obrigações. Se esse feixe de competências públicas investe as serventias extrajudiciais em parcela do poder estatal idônea à colocação de terceiros numa condição de servil acatamento, a modificação dessas competências estatais (criação, extinção, acumulação e desacumulação de unidades) somente é de ser realizada por meio de lei em sentido formal, segundo a regra de que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. (...) Tendo em vista que o STF indeferiu o pedido de medida liminar há mais de dez anos e que, nesse período, mais de setecentas pessoas foram aprovadas em concurso público e receberam, de boa-fé, as delegações do serviço extrajudicial, a desconstituição dos efeitos concretos emanados dos Provimentos 747/2000 e 750/2001 causaria desmesurados prejuízos ao interesse social. Adoção da tese da norma jurídica "ainda constitucional". Preservação: a) da validade dos atos notariais praticados no Estado de São Paulo, à luz dos provimentos impugnados; b) das outorgas regularmente concedidas a delegatários concursados (eventuais vícios na investidura do delegatário, máxime a ausência de aprovação em concurso público, não se encontram a salvo de posterior declaração de nulidade); c) do curso normal do processo seletivo para o recrutamento de novos delegatários".

    (ADI 2.415, rel. min. Ayres Britto, j. 10-11-2011, P, DJE de 9-2-2012)

     

    D – ERRADA – os serviços públicos podem ser prestados diretamente pelo Estado, bem como delegados aos particulares mediante concessão e permissão. Vejamos:

     

    “CF, Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos".

     

    E – ERRADA – a doutrina se posiciona pela indelegabilidade da função de regulação tomando como base a Constituição Federal e a lei das parcerias público-privadas - lei 11.079/2004. Vejamos:

     

    “Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado". 

     

     

    “Art. 4º Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes diretrizes:

     

    (...)

     

    III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de outras atividades exclusivas do Estado".

     

     

     

     

     

     

    Gabarito da banca e do professor: B

    (Direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 26. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018)

  • Gabarito nada a ver com o tema !

    Aleatory mode !

  • Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 

    XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

  • artigo 37, inciso XIII da CF==="É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público".

  • gab b! PS. sobre a e: A regulamentação e o controle do serviço público são totalmente do Ente federado. - Não são delegáveis às concessionais e permissionárias.


ID
5056261
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que concerne à improbidade administrativa, assinale a opção CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Erro da C: "sempre", isso porque compete ao STF processar e julgar ação de improbidade em face de seus membros.

  • A E tb está errada, a ação, prevista nesta lei, de ressarcimento é imprescritível. (tese 07, Ed 38 STJ), ou seja, nem todas tem prazo prescricional de 5 anos.

  • Gabarito letra E

    As ações destinadas à aplicação das sanções previstas na Lei 8.429/1992 sempre prescrevem em cinco anos, contados do término do exercício do mandato, de cargo em comissão ou função de confiança.

  • Não concordo com o gabarito, pois ao dizer que "As ações destinadas à aplicação das sanções previstas na Lei 8.429/1992 sempre prescrevem em cinco anos, contados do término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança", entendo haver uma generalização, dando a entender que até mesmo a ação objetivando o ressarcimento prescreveria em 5 anos, o que é equivocado, tendo em vista que esta se trata de ação imprescritível.

  • Lembrando que de acordo com STF: São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ATO DOLOSO.

    Portanto gabarito letra E.

    Erros? Avisem-me.

    Ótimos estudos para você.

  • O ressarcimento ao erário? Que dizer que depois de 5 anos não precisa devolver nada da vantagem ilícita ?

  • Não é correto afirmar que as ações de improbidade administrativa sempre prescreverão em 05 anos. As ações de ressarcimento ao erário representam a exceção por serem consideradas imprescritíveis.

  • Erro da letra C: Ato ímprobo de ministro do STF é julgado e processado pelo próprio STF.

    Única hipótese que ato de improbidade não será julgado pela instância ordinária de 1º grau.

  • A presente questão trata do tema Improbidade Administrativa, disciplinado na Lei n. 8.429/1992.


    Em linhas gerais, a norma dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário, atos que atentam contra os princípios da Administração Pública, bem como qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao disposto no § 1º, art. 8º-A da Lei Complementar 116/2003, no exercício do mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional.



    Passemos a analisar cada uma das alternativas:


    A – ERRADA – a lei 8.429/1992 não exige dano econômico para a aplicação de todas as sanções previstas na norma. Em regra, na hipótese de prejuízo ao erário a norma traz tal previsão. Contudo, também existe exceção. Vejamos o julgado abaixo:


    “Em regra, para a configuração dos atos de improbidade administrativa previstos no art. 10 da Lei nº 8.429/92 exige-se a presença do efetivo dano ao erário.

    Exceção: no caso da conduta descrita no inciso VIII do art. 10, VIII não se exige a presença do efetivo dano ao erário. Isso porque, neste caso, o dano é presumido (dano in re ipsa)".

    STJ. 1ª Turma. AgInt no REsp 1542025/MG, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 05/06/2018.


    B – ERRADA – o ordenamento prevê quatro modalidades de atos de improbidade, conforme esquema abaixo, proposto pela autora Ana Cláudia Campos:




    C – ERRADA – os Tribunais Superiores já decidiram que a ação de improbidade administrativa deve ser processada e julgada em 1ª instância, ainda que tenha sido proposta contra agente político que tenha foro privilegiado no âmbito penal e nos crimes de responsabilidade. A única exceção diz respeito aos Ministros do Supremo Tribunal Federal. De acordo com a Corte, a competência para julgar ação de improbidade administrativa proposta contra Ministro do STF é do próprio STF (Pet 3211/DF QO).


    D – ERRADA – a ação civil de improbidade seguirá o rito ordinário, ainda que tenha medida cautelar. Vejamos:

    “Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar".


    E – CERTA – entendo que a presente assertiva não está de todo correta, já que a lei 8.429/1992 não prevê somente o prazo prescricional de cinco anos contados do término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança, havendo outros prazos legais. Vejamos:


    “Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:


    I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;


    II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.


    III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei".   


    Ademais, há também a hipótese de imprescritibilidade no caso das ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na lei de improbidade.


    “São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa".

    STF. Plenário. RE 852475/SP, Rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, Rel. para acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 08/08/2018 (repercussão geral) (Info 910).


    Contudo, dentre as alternativas apresentadas, de fato, a letra E é a mais adequada.






    Gabarito da banca: E

    Gabarito do professor: E (com as ressalvas apontadas)

    (Campos, Ana Cláudia. Direito Administrativo Facilitado / Ana Cláudia Campos. São Paulo: Método; Rio de Janeiro: Forense, 2019)
  • Entendo que a alternativa C esteja incorreta, mas considerar a E como correta é bem equivocado. Pela forma como a alternativa está escrita, parece que todas a ações de improbidade prescrevem em 5 anos, o que é errado, já que, conforme alertado pelos colegas, são imprescritíveis as ações que visem o ressarcimento ao erário em virtude de ação dolosa. Além disso, o inciso II do art. 23 da LIA dispõe que o prazo de prescrição pode variar nos casos de exercício de cargo efetivo, dependendo da lei de cada ente. Olha só:

    Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:

    I - até CINCO anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;

    II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

    III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1 desta Lei.                

  • Também errei a questão. No entanto, a alternativa correta, que no caso é a letra ´É´, faz menção ao inciso I, artigo 23 de Improbidade Administrativa. Dentro desse mesmo artigo existem outras possibilidades ( como, por exemplo, casos imprescritíveis), mas não é o caso pedido pela questão analisada.

    Espero ter ajudado.

  • questão desatualizada. atualmente são 8 anos

ID
5056264
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

No que se refere aos contratos administrativos, assinale a alternativa que apresenta INADEQUAÇÃO.

Alternativas

ID
5056267
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Examine as assertivas abaixo.


I- É possível extrair da Constituição Federal a coexistência de responsabilidade por violações às normas ambientais em três diferentes esferas do Direito: a administrativa, a civil e a criminal; a regra, portanto, é a independência entre as instâncias, havendo, contudo, situações em que as decisões proferidas especialmente na esfera criminal irradiam efeito para as esferas administrativa e civil.

II- Os danos ambientais que se revelarem tecnicamente reparáveis deverão ser reparados in natura. Já os danos cuja reparação in natura seja inviável podem ser compensados e/ou indenizados em pecúnia.

III- O caráter propter rem da obrigação de reparar o dano ambiental é inerente ao próprio bem. É o caso, por exemplo, de recompor a cobertura florestal das áreas de preservação permanente, tal como afirmado pela expressa letra do Código Florestal.


É CORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    I - correta, esferas administrativa, civil e penal são independentes. Porém não é possível questionar a respeito de fato ou autoria de crime já decididas na esfera penal.

    II - correta, sempre que possível deverá a reparar in natura; exemplo, plantio de mudas árvores, em razão derruba de mata.

    III - correta, caráter propter rem significa que a obrigação segue com o bem, assim, mesmo que o adquirente não tenha praticado o dano, deverá repara-lo.

    Instagram - @_dudu_melo

  • GABARITO: LETRA D

    I - CERTO: Art. 225, § 3º, da CF - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

    II - CERTO: Na jurisprudência do STJ, 'a responsabilidade civil pelo dano ambiental, qualquer que seja a qualificação jurídica do degradador, público ou privado, é de natureza objetiva, solidária e ilimitada, sendo regida pelos princípios poluidor-pagador, da reparação 'in integrum', da prioridade da reparação 'in natura'.

    Este último princípio significa que o poluidor deve reparar o dano ambiental, buscando, primeiramente que o local degradado retorne ao status quo ante. Assim, somente quando não for possível a recomposição original do meio ambiente é que se admite a compensação pelo dano ambiental causado.

    III - CERTO: De fato, o Código Florestal que “as obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas ao sucessor, de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural” (art. 2º, § 2º, da Lei 12.651/2012). Além disso, a Súmula nº 623 do STJ afirma que "As obrigações ambientais possuem natureza propter rem, sendo admissível cobrá-las do proprietário ou possuidor atual e/ou dos anteriores, à escolha do credor."

  • Excelente questão. Relativa a pontos realmente importantes, objetiva e sem devaneios


ID
5056270
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Sobre a responsabilidade pelo dano ambiental, examine as seguintes assertivas considerando (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as falsas :


( ) O único requisito para a responsabilização criminal da pessoa jurídica é que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal.

( ) O reconhecimento de qualquer infração administrativa exige a observância do princípio da legalidade, por isto, há óbice, porém, que a previsão legal seja complementada e/ou integrada por previsões de atos regulamentares de natureza administrativa.

( ) Atransação penal não é possível nos crimes ambientais.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D (todas falsas).

    I - O único requisito para a responsabilização criminal da pessoa jurídica é que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal. Errado

    Justificativa: quando estamos falando de responsabilidade por danos ambientais devemos ter em mente que a única responsabilidade OBJETIVA é a civil, por força do art. 225, § 3º, da CF, e da Teoria do risco integral. Assim, as responsabilizações penal e administrativa continuam sendo SUBJETIVAS, ou seja, exigem o preenchimento, cumulativamente, dos seguintes pressupostos para sua caracterização: i) atividade de risco ao meio ambiente; ii) dano efetivo ou potencial; iii) nexo de causalidade; iv) resultado lesivo efetivo.

    Ademais, o item tenta confundir o candidato sobre uma suposta necessidade de responsabilização penal da pessoa jurídica, desde que em conjunto com os atos praticados pela pessoa física que a representa. Mas CUIDADO, pois o STJ possuía esse entendimento, ou seja, de que seria possível a responsabilidade penal da pessoa jurídica em crimes ambientais, desde que houvesse a imputação simultânea do ente moral e da pessoa natural que atua em seu nome ou em seu benefício (Teoria da dupla imputação).

    Contudo, há quase 10 anos a Superior Corte alterou radicalmente seu entendimento, alinhando-se com a doutrina majoritária, no sentido de que é plenamente possível a responsabilização penal da pessoa jurídica no caso de crimes ambientais porque assim determinou o do art. 225, § 3º, da CF. Com efeito, a pessoa jurídica pode ser punida penalmente por crimes ambientais ainda que não haja responsabilização de pessoas físicas. Vale ressaltar que, para essa corrente, o do art. da não exige, para que haja responsabilidade penal da pessoa jurídica, que pessoas físicas sejam também, obrigatoriamente, denunciadas.

    II - O reconhecimento de qualquer infração administrativa exige a observância do princípio da legalidade, por isto, há óbice, porém, que a previsão legal seja complementada e/ou integrada por previsões de atos regulamentares de natureza administrativa. Errado

    Justificativa: pelo contrário, não há qualquer óbice legal à Administração Pública para, no exercício do seu Poder regulamentar, instrumentalize a execução de determinada lei, via atos regulamentares, a fim de garantir o fiel cumprimento das normas ambientais.

    III - A transação penal não é possível nos crimes ambientais. Errado.

    Justificativa: o próprio art. 27, da Lei 9.605/98, dispõe sobre a possibilidade de composição entre as partes nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, prevista nos moldes do art. 74 da L. 9099/95, somente podendo ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade.

  • I - O único requisito para a responsabilização criminal da pessoa jurídica é que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal. Errado

    Apesar do Gavião-Real ter mencionado corretamente o entendimento do STJ/STF acerca da teoria da dupla imputação, é preciso ressaltar que a resposta para o item I se encontra no artigo 3º da lei 9.605/98. O mencionado artigo exige que a responsabilização administrativa, civil e penal das pessoas jurídicas sejam derivadas de decisão do seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse e benefício da sua entidade. Há, portanto, dois requisitos.

    Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

  • APROFUNDANDO...

    OBS 1

    Para fins de responsabilização da PJ por crimes ambientais, adotou-se a Teoria da Realidade ou da Personalidade Real OU ORGÂNICA, REALIDADE TÉCNICA (Otto Gierke) e entende que é plenamente possível a responsabilização penal da pessoa jurídica no caso de crimes ambientais porque assim determinou o § 3º do art. 225 da CF/88 e também é entendimento do STF. Esta teoria afirma que a pessoa jurídica tem personalidade real, dotada de volitividade própria, com plena capacidade de ação, bem como capacidade para a prática de ilícitos penais, sendo sujeito de direitos e obrigações, sendo, portanto, capaz de ser responsabilizado civil e penalmente (PRADO, 2005, p. 158).

    Ademais, a pessoa jurídica pode ser punida penalmente por crimes ambientais ainda que não haja responsabilização de pessoas físicas. Pois muitas vezes não é possível identificar quais pessoas estiveram envolvidas no caso concreto, mas, como o objetivo era aumentar o capital ou a influência da empresa, esta deve ser, portanto, punida penalmente, principalmente nos casos ambientais, nos quais os danos são extensos e muitas vezes irreversíveis.

    São requisitos para a responsabilidade penal das pessoas jurídicas:

    • infração por decisão do representante legal ou contratual ou do órgão colegiado da PJ
    • Infração praticada no interesse ou benefício da entidade.

    OBS 2: É ADMISSÍVEL A TRANSAÇÃO PENAL EM CRIMES AMBIENTAIS, CONTUDO A LEI 9605 EXIGE A PRÉVIA COMPOSIÇÃO DOS DANOS!!! VALE DESTACAR QUE A LEI 9099 NÃO EXIGE A PRÉVIA COMPOSIÇÃO DOS DANOS!!!

    ESPERO TER AJUDADO!

  •  A questão exige conhecimento acerca da Lei n. 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais) e pede ao candidato que julgue os itens que seguem.

    (F) O único requisito para a responsabilização criminal da pessoa jurídica é que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal.

    Falso. Na verdade, é preciso que dois pressupostos sejam preenchidos cumulativamente, conforme ensina Frederico Amado: "a infração penal seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de órgão colegiado; a infração penal seja cometida no interesse ou benefício da sua entidade." Inteligência do art. 3º, caput, da Lei de Crimes Ambientais: Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

    (F) O reconhecimento de qualquer infração administrativa exige a observância do princípio da legalidade, por isto, há óbice, porém, que a previsão legal seja complementada e/ou integrada por previsões de atos regulamentares de natureza administrativa.

    Falso. De fato, impera o princípio da legalidade, de modo que "não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal" (art. 5º, XXXIX, CF), todavia, não há impedimento (óbice) algum que a previsão legal seja complementada e/ou integrada por previsões de atos regulamentares de natureza administrativa.

    (F) A transação penal não é possível nos crimes ambientais.

    Falso. O art. 79, da Lei de Crimes Ambientais preceitua que: Art. 79. Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal. Assim, ao contrário do que alega o item, é possível, sim, que haja transação penal em crimes ambientais.

    Portanto, a sequência correta é F - F - F.

    Gabarito: D


ID
5056273
Banca
CPCON
Órgão
Câmara de Cerro Corá - RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

No que tange a competência tributária e ao tributo examine as assertivas abaixo.


I- Acompetência tributária é absolutamente indelegável.

II- Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.

III- É vedado ao Município cobrar IPTU sobre Casa de Umbanda.


É(são) CORRETA(S) a(s) assertiva(s) que se apresenta(m) em:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra "B".

    I - Correto. Art. 7º do CTN: A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do §3º do artigo 18 da Constituição.

    II - Correto. Art. 7º, §3º, do CTN: Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.

    III - Correto. Art. 150 da CF: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: b) templos de qualquer culto.

  • Houve um equivoco da banca nesta questão em especial.

    A competência tributária não é absolutamente indelegável, pois isto é posto como regra.

    Há uma exceção,uma resalva no art-7 do CTN que diz existir delegação de competência tributária nas atribuições das funções de arrecadar e fiscalizar tributos, bem como executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matérias tributárias.

  • Cuidado para não confundir a Competência Tributária com a Capacidade Tributária Ativa:

    "A competência tributária não se confunde com a capacidade tributária ativa, que é a capacidade de figurar no polo ativo da relação jurídica obrigacional tributária ou poder de cobrar, exigir e fiscalizar tributo. O INSS, por exemplo, é uma autarquia federal com o poder de arrecadar e fiscalizar algumas contribuições sociais. mas isso não significa que possui "competência" relativa a tais tributos, que continua sendo exclusiva da União"

    _______________________

    Fonte: Direito Tributário - Roberval Rocha - 8ª Edição (pg. 95). Bons estudos!

  • NÃO CONFUNDIR: A competência tributária (competência para legislar acerca do tributo) é INDELEGÁVEL, mas o legislador pode delegar a SUJEIÇÃO ATIVA, isto é, indicar outra pessoa (normalmente autarquia) para ocupar o polo ativo da obrigação. Como exemplo, podemos citar os conselhos profissionais, eles detêm a sujeição ativa para cobrar as contribuições de interesse das respectivas categorias profissionais.

  • GABARITO: B

    I - CERTO: Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.

    II - CERTO: Art. 7º, § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.

    III - CERTO: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: b) templos de qualquer culto.

  • esse "absolutamente" me quebrou

  • O II diz de direito privado, mas a lei diz direito público;

    I - CorretoArt. 7º do CTN: A competência tributária é indelegávelsalvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do §3º do artigo 18 da Constituição.

  • A questão aborda temas relacionados à competência tributária, partilha e tipologia da mesma. Assim, deve-se pautar no que a Constituição Federal aborda sobre o tema bem como a legislação de forma geral, em especial as normas do CTM, lei complementar em matéria Tributária.


    A competência tributária é indelegável, estando presente na Constituição Federal e, portanto, será dotada de um núcleo rígido afeto ao federalismo. Com isso a assertiva I está correta.


    A Assertiva II está correta já que não será delegada a competência pelo simples fato de se direcionar a pessoas jurídicas de direito privado do encargo e da função arrecadatória tributária tal como dispõe o artigo 7º do CTN.


    A Assertiva III está correta já que a umbanda se trata de uma religião e a casa de umbanda possui finalidade de templo, logo nos termos da Constituição Federal (art. 150, VI, b, da CF) as entidades religiosas possuem a imunidade tributária.


    Considerando que todas as assertivas estão corretas, o gabarito do professor é a alternativa B.