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Prova IDIB - 2021 - Prefeitura de Verdejante - PE - Agente Administrativo


ID
5344186
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

De acordo com o TEXTO I, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  •   1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    Letra B

  • Excelente texto. Gabarito sem polêmica.

  • GAB: B

    Aparentar felicidade é mais importante para algumas pessoas que a própria sensação de contentamento.

  • GABARITO B

    Por ser a mais correta, porém:

    Texto: "A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar"

    Alternativa: "aparentar felicidade é mais importante para algumas pessoas que a própria sensação de contentamento."

    No texto, diz que "pode" ser mais relevante, na alternativa diz que "é" mais relevante. Não é mesma coisa, IDIB.


ID
5344189
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Em “Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;”, o vocábulo em destaque atende à regra do uso do hífen, segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Assinale a alternativa em que o uso do hífen, nas palavras destacadas, também atende a essa norma.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    Questão muito boa para revisarmos a aplicação do hífen. Observe:

    a) Os médicos receitaram um bom anti-séptico. → Errado. Pessoal, em geral, o prefixo "anti" NÃO possui hífen, porém há exceções. Empregamos o hífen apenas se o segundo elemento se iniciar por I ou por H: "Anti-herói" e "anti-inflamatório".

    Observação: Se o segundo elemento se iniciar por S devemos dobrar a letra: Anti + séptico = Antisséptico. (forma correta para a questão)

    b) Algumas pessoas são classificadas como auto-didatas. → Errado. Somente separamos "auto" quando ele se incia por O ou H, assim: "auto-hipnose" ou "autonibus". Se a primeira palavra começar com R/S, você dobra as letras, como explicado anteriormente: auto + retrato → autorretrato. O correto é: autodidatas.

    c) Alguns acreditam que essa bactéria é super-resistente. → Correto. O prefixo "super" só possui hífen quando há R ou H. Exemplo: "Super-homem" ou "super-resistente"

    d) Os pacientes tiveram que marcar o ultra-som em outra clínica. → Errado. A gente só aplica o hífen quando a outra palavra possuir A ou H: Ultra-amargo ou ultra-humano. Quando há R/S, a gente dobra esses começos: Ultra + som = ultrassom. Outro exemplo: Ultrafarma → Não termina em A ou H, logo não há hífen.

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos! :)

  • Gabarito C.

    SupeR +R =hífen (SupeR-Resistente, SupeR-Realista)

    SupeR+H= hífen (SupeR-Homem, SupeR-Herói)

    SupeR +"outros"= SEM hífen:

    superbonito

    superalimentação

    superpromoção

    supermercado

    Insta: @danizinhaconcurseira

  • Regrinha:

    Quando o primeiro terminar em vogal e o segundo iniciar com " r" ou "s" = duplicamos o " r" ou "s"

    Ultra + som = Ultrassom

    Mini + Saia = Minissaia.

  • a regra base indica que o hífen é utilizado quando o prefixo termina com a mesma letra que começa a segunda palavra ou quando a segunda palavra começa com (H)

    Ex. micro-ondas, micro-organismo. ou anti-higiênico, sobre-humano

    OBS. (é apenas uma regra básica, atentem para outros casos específicos com ou sem o hífen).

  • Gabarito: C

    a) Os médicos receitaram um bom anti-séptico. (antisséptico).

    b) Algumas pessoas são classificadas como auto-didatas. (autodidatas).

    c) Alguns acreditam que essa bactéria é super-resistente.

    d) Os pacientes tiveram que marcar o ultra-som em outra clínica (ultrassom).

  • O emprego do hífen acontece em algumas situações. Veja como e onde ele pode aparecer:

    • Quando as vogais são iguais

    Quando a última letra do prefixo e a primeira letra da segunda palavra é a mesma vogal, usa-se o hífen. Observe os exemplos:

    Micro-ondas;

    Anti-inflamatório;

    Semi-interno;

    Micro-organismo.

    Existem algumas exceções, a exemplo das primeiras palavras iniciadas com os prefixos “co”, “pro”, “pre” e “re”. Nesse caso, descarta-se o uso do hífen e une a primeira com a segunda expressão, mesmo que ela seja iniciada com as vogais “o” ou “e”. 

    Veja alguns exemplos:

    Preenchimento;

    Coadquirido;

    Reeditar;

    Cooperar;

    Reeducação. 

    • Consoantes iguais

    O hífen é utilizado quando a consoante do final da primeira palavra é a mesma consoante do início da segunda. Observe abaixo:

    Inter-regional;

    Inter-racial;

    Super-resistente;

    Hiper-resistente;

    Sub-base.

    • Quando a segunda palavra começa com “r” ou “s”

    O correto quando a segunda palavra começa com “r” ou “s” é duplicar as consoantes. O emprego do hífen somente permanece nas expressões que possuem os prefixos: “hiper”, “inter” e “super”. Veja nos exemplos a seguir:

    Super-rápido;

    Hiper- racional;

    Inter-racial;

    Minissaia;

    Microrregião;

    Ultrassom.

    • Quando a segunda palavra começa com “h”, “m” ou “n” e vogais

    O emprego do hífen é realizado se a primeira palavra for terminada em “h”, “m” ou “n” ou com vogais, e a segunda palavra tiver “h”, “m” ou “n” ou vogais no seu início. Veja a seguir:

    Recém-nascido;

    Sem-modos;

    Pan-americano;

    Bem-humorado.

    • Com os prefixos “ex”, “sota”, “soto”, “vice”

    O hífen é utilizado da seguinte maneira:

    Ex-presidente;

    Vice-prefeito;

    Vice-secretário.

    • Com os prefixos “pré”, “pós” e “pró”

    O emprego do hífen é realizado nos prefixos tônicos acentuados. Caso os prefixos não sejam acentuados, não se usa o hífen, como acontece em: propor; predeterminação; pressuposto. Ele é utilizado da seguinte forma em:

    Pró-reitor;

    Pré-vestibular;

    Pós-Doutorado;

    Pré-nupcial.

    • Quando o prefixo termina ou em vogal ou com as consoantes “b” ou “r” e a segunda palavra começa com “h”

    Quando esse caso acontece algumas palavras são mantidas juntas, como: reaver, reidratar, desumano, etc. No momento que o som da vogal final é perdido também não se usa o hífen, e sim, elimina-se o “h”, como na palavra “cloridato”, que é cloro + hidrato. Observe:

    Sub-humano;

    Contra-habitual;

    Super-homem;

    Anti-herói.

  • A questão exigiu conhecimento sobre a regra do hífen de acordo com O Novo Acordo Ortográfico. O candidato deve assinalar a assertiva com a escrita correta. Analisemos:

    a) Incorreta

    “antisséptico.”⇢ o prefixo “anti” apenas usa hífen se a palavra seguinte que se une inicia com “I” ou “H”. Quando a palavra seguinte iniciar com R ou S, essas devem ser dobradas.

    b) Incorreta

    "autodidatas"⇢ no prefixo “auto” só se usa hífen quando a palavra seguinte iniciar com H ou O.

    c) Correta

    "super-resistente"⇢ o prefixo “super” quando estiver ligado a palavra que inicia com letras diferentes, irá se juntar sem hífen, exceto com H, ou seja, R é letra igual, dessa forma, está correta a separação com hífen.

    d) Correta.

    "ultrassom"⇢ só se usa o hífen com o prefixo “ultra” quando esse iniciar com “H” ou “A”. Quando a palavra seguinte iniciar com R ou S, essas devem ser dobradas.

    Gabarito do monitor: C

  • Importante ressaltar que nesta questão a regra do emprego do hífen com prefixo "bem" se dá pois este prefixo só NÃO tem hífen quando usado antes dos derivados de "querer' e "fazer". Em TODOS os outros HÁ hífen.

  • A questão requer conhecimento sobre as regras do hífen conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

    Alternativa (A) incorreta - Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com “r" ou “s". Nesse caso, dobram-se essas consoantes. O correto seria: antisséptico.

    Alternativa (B) incorreta - Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante. O correto seria: autodidatas.

    Alternativa (C) correta - Usa-se hífen quando o prefixo termina por consoante e o segundo elemento começa pela mesma consoante.

    Alternativa (D) incorreta - Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com “r" ou “s". Nesse caso, dobram-se essas consoantes. O correto seria: ultrassom.

    Gabarito da Professora: Letra C.

  • Usa-se para consoantes iguais: Super-romântico; hiper-resistente; sub-bibliotecário

  • Letra C

    Eu amo ler estes textos das provas!


ID
5344192
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Analise as assertivas a seguir:


I. Em “Depois de um dia de trabalho, de volta para casa...”, a palavra destacada é classificada como trissílaba e paroxítona.

II. No trecho “...sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana...”, as palavras destacadas possuem o mesmo número de sílabas e, quanto à tonicidade, são classificadas respectivamente como: paroxítona e oxítona.

III. Na passagem “É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa...”, as palavras em destaque possuem o mesmo número de sílabas, mas, quanto à tonicidade, possuem classificações diferentes.

IV. Em “Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação?”, o vocábulo em destaque é classificado como polissílabo e oxítono.


É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Alternativa CORRETA Letra A

    Explicação: Genteeee, chama a palavra no portão! Assertiva I TRABAAAALHO.

    Percebemos que a sílaba mais forte é o BA, logo será paroxítona. E possuí 3 sílabas TRA- BA - LHO. IDIB não tenho medo de vc!

    Seja forte e corajosa. Lute como uma garota!

  • Gab. A

    II-

    excluída - 4 sílabas/paraxítona

    felicidade - 5 sílabas/paraxítona

    III- ambas 2 sílabas/ambas paroxítonas

    IV - trissílabo

  • A questão é sobre acentuação e quer que identifiquemos as alternativas corretas. Vejamos:

     .

    I. Em “Depois de um dia de trabalho, de volta para casa...”, a palavra destacada é classificada como trissílaba e paroxítona.

    Certo. "Tra-ba-lho" é uma palavra trissílaba, pois tem três sílabas, e é paroxítona, pois a sílaba tônica (sílaba mais forte) é a penúltima ("ba"). 

     .

    II. No trecho “...sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana...”, as palavras destacadas possuem o mesmo número de sílabas e, quanto à tonicidade, são classificadas respectivamente como: paroxítona e oxítona.

    Errado. "Ex-clu-í-da" possui quatro sílabas e é uma paroxítona, pois a sílaba tônica é a penúltima ("í"). Já "fe-li-ci-da-de" possui cinco sílabas e é uma paroxítona, pois a sílaba tônica é a penúltima ("da").

     .

    III. Na passagem “É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa...”, as palavras em destaque possuem o mesmo número de sílabas, mas, quanto à tonicidade, possuem classificações diferentes.

    Errado. "Jei-to" possui duas sílabas e é uma paroxítona, pois a sílaba tônica é a penúltima ("jei"). Já "fos-sa" possui duas sílabas e é uma paroxítona, pois a sílaba tônica é a penúltima ("fos"). Portanto, o erro está em dizer que elas possuem "classificações diferentes quanto à tonicidade", já que ambas são paroxítonas.

     .

    IV. Em “Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação?”, o vocábulo em destaque é classificado como polissílabo e oxítono.

    Errado. "A-no-tei" é um trissílabo (por possuir três sílabas) e não um polissílabo (que possui quatro ou mais sílabas) e é um oxítono, pois a sílaba tônica é a última ("tei").

     .

    Para complementar:

     .

    Oxítonas: a sílaba tônica é a última. Acentuam-se as oxítonas terminadas em A, E, O (S), mesmo quando seguidas de LO(S), LA(S); e as terminadas em EM, ENS (com duas ou mais sílabas). Acentuam-se também as oxítonas terminadas com ditongos abertos ÉI, ÓI e ÉU, seguidas ou não de “s”.

    Paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em l, n, r, x, i(s), u(s), ps, ã(s), ão(s), ei(s), en, om, ons, um, uns, ditongo (crescente ou decrescente), seguido ou não de "s".

    Proparoxítonas: são palavras que têm a antepenúltima sílaba como sílaba tônica. TODAS as palavras proparoxítonas são acentuadas graficamente, segundo as regras de acentuação.

     .

    Gabarito: Letra A

  • por que "anoitei" não tem acento? já que as oxitonas terminadas em ditongos abertos(ei, oi, eu) são acentuadas? buguei...

    outra dúvida, pq "ameis" e "acheis" não tem acento?

  • A questão requer conhecimento sobre divisão silábica e tonicidade (oxítona, paroxítona e proparoxítona).


    I. Em “Depois de um dia de trabalho, de volta para casa...", a palavra destacada é classificada como trissílaba e paroxítona. Correta. A sílaba tônica está na penúltima, por isso, paroxítona (tra-ba-lho).

    II. No trecho “...sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana...", as palavras destacadas possuem o mesmo número de sílabas e, quanto à tonicidade, são classificadas respectivamente como: paroxítona e oxítona. Incorreta. A palavra “excluída" (ex-clu-í-da) tem quatro sílabas, e a palavra “felicidade" (fe-li-ci-da-de) tem cinco. Quanto à tonicidade, ambas são paroxítonas.


    III. Na passagem “É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa...", as palavras em destaque possuem o mesmo número de sílabas, mas, quanto à tonicidade, possuem classificações diferentes. Incorreta. Ambas as palavras destacadas são dissílabas e paroxítonas (jei-to) (fos-sa).

    IV. Em “Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação?", o vocábulo em destaque é classificado como polissílabo e oxítono. Incorreta. A palavra “anotei" é trissílaba e oxítona, visto que a tonicidade está na última sílaba (a-no-tei).


    Sendo assim, apenas a assertiva I está correta.


    Gabarito da Professora: Letra A.


ID
5344195
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Em “...sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante.”, o vocábulo destacado constitui um caso de derivação

Alternativas
Comentários
  • Mito do QC

  • Mito do QC

  • PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

    Os principais processos de formação são:

    Derivação

    Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra, chamada de primitiva. Os processos de derivação são:

    Derivação Prefixal

    A derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais são acrescentados à palavra primitiva.

    Ex.: re/com/por (dois prefixos), desfazer, impaciente.

    Derivação Sufixal

    A derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais são acrescentados à palavra primitiva.

    Ex.: realmente, folhagem.

    Derivação Prefixal e Sufixal

    A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, mesmo sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo significado.

    Ex.: deslealmente (des- prefixo e -mente sufixo). Você pode observar que os dois afixos são independentes: existem as palavras, desleal e lealmente.

    Derivação Parassintética

    A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devendo ser usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.

    Ex.: anoitecer (a- prefixo e -ecer - sufixo), neste caso, não existem as palavras anoite e noitecer, pois os afixos não podem se separar.

    Derivação Regressiva

    A derivação regressiva existe quando morfemas da palavra primitiva desaparecem.

    Ex.: mengo (flamengo), dança (dançar), portuga (português).

    Derivação Imprópria

    A derivação imprópria, mudança de classe ou conversão ocorre quando a palavra, pertencente a uma classe, é usada como fazendo parte de outra.

    Exemplos:

    coelho - substantivo comum, usado como substantivo próprio - Daniel Coelho da Silva.

    verde, geralmente usado como adjetivo - Comprei uma camisa verde-, é usado como substantivo: O verde do parque comoveu a todos.

    Fonte: https://www.portugues.com.br/gramatica/processos-formacao-palavras-.html

  • Banca sem muito respaldo, gosta de fazer questões que não acrescentam muito no nosso dia a dia !

  • A questão é sobre processo de formação de palavras e quer saber qual o tipo de derivação presente na palavra em destaque em “...sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante”. Vejamos: 

     .

    RADICAL é a estrutura básica da palavra. A parte que contém o significado. É o elemento comum a palavras da mesma família. Ex: LIVRo, LIVReiro, LIVRaria.

    PREFIXO vem antes do radical. Ex.: Anormal, DESleal

    SUFIXO vem depois do radical. Ex: gostOSO, lealDADE

     .

    A) parassintética.

    Errado.

    Derivação parassintética ou parassíntese: ocorre quando há um acréscimo simultâneo de afixos (prefixo e sufixo) à palavra primitiva. Nesse caso, se tirarmos o prefixo ou o sufixo, o que sobra não existe na Língua Portuguesa. Ex.: Anoitecer (a- prefixo e -ecer - sufixo).

     .

    B) prefixal.

    Errado.

    Derivação prefixal: quando acrescentamos o prefixo à palavra primitiva, que fica com o seu significado alterado. Ex.: Leal, desleal.

     .

    C) regressiva.

    Errado.

    Derivação regressiva: ocorre quando há redução da palavra primitiva para a formação da palavra derivada. Ex.: erro (do verbo errar).

     .

    D) sufixal.

    Certo. Em "fantasticamente" foi acrescentado o sufixo "mente" ao radical "fantástico".

    Derivação sufixal: quando acrescentamos o sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical. Ex.: riso (substantivo) risonho (adjetivo).

     .

    Gabarito: Letra D 

  • Sufixo - MENTE-

  • Sufixal vem de sufixo. E o que são sufixos? São os afixos que aparecem depois do radical. Exemplos:

    Lealdade

    Utilizar

    Cafezinho

    Amanhecer


ID
5344198
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Sobre o trecho “E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos...”, assinale a alternativa que apresenta termo em destaque com o mesmo processo de formação de palavras.

Alternativas
Comentários
  • Composição

    • Criação de novas palavras com sentido novo com ou sem modificação da forma.

    a)  Justaposição: sem modificação da palavra.

    Girassol / quinta- feira

    b)  Aglutinação: com modificação da palavra.

    Embora = em + boa + hora

    Planalto = plano + alto

    Gabarito: B ✅

    Fonte: @portugues.mapeado

  • Gabarito: B

  • Resp B.

    Bem-aventuranças tem dois radicais (composição)

    Maldizer = Mal + dizer (dois radicais)

    Logo, são do mesmo processo de formação.

  • [GABARITO: LETRA B]

    COMPLEMENTANDO:

    PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

    Há dois processos mais fortes (presentes) na formação de palavras em Língua Portuguesa: a composição e a derivação. Vejamos suas principais características.

    Composição: é muito mais uma criação de vocábulo. Pode ocorrer por:

    *Justaposição (sem perda de elementos):

    Guarda-chuva, girassol, arranha-céu, passatempo, guarda-noturno, flor-de-lis.

    *Aglutinação (com perda de elementos):

    Embora (em + boa + hora) | Fidalgo (filho de algo) | Aguardente (agua + ardente).

    Hibridismo: consiste na união de radicais oriundos de línguas distintas:

    Alcoômetro – Álcool (árabe) + metro (grego) | Burocracia – Buro (francês) + cracia (grego).

    Derivação: é muito mais uma transformação no vocábulo, não se trata necessariamente da criação de uma palavra nova. Ela pode ocorrer das seguintes maneiras:

    Pelo acréscimo de um prefixo (antes da raiz da palavra). Chamaremos de derivação PREFIXAL.

    Reforma, anfiteatro, desfazer, reescrever, ateu, infeliz.

    Pelo acréscimo de um sufixo (após a raiz da palavra). Chamaremos de derivação SUFIXAL.

    Formalmente, fazimento, felizmente, mocidade, teísmo.

    Pelo acréscimo de um sufixo e de um prefixo ao mesmo tempo (com possibilidade de remoção).

    Chamaremos de derivação PREFIXAL E SUFIXAL.

    Infelizmenteateísmodesordenamento.

    Pelo acréscimo simultâneo e irremovível de prefixo e sufixo. É o que se convencionou chamar de PARASSÍNTESE ou DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA.

    Avermelhadoanoiteceremudeceramanhecer.

    Pela regressão de uma forma verbal. É o que chamaremos de derivação regressiva ou deverbal: advinda de um verbo. Essa derivação usualmente dá origem a substantivos abstratos.

    Abalo (proveniente do verbo “abalar”) | Agito (proveniente do verbo “agitar”).

    Luta (proveniente do verbo “lutar”) | Fuga (proveniente do verbo “fugir”).

    Pelo processo de alteração classe gramatical. Convencionalmente chamada de CONVERSÃO OU “DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA”.

    jantar – “jantar” é um verbo, mas aqui foi transformado em substantivo.

    Um não – “não” é um advérbio, mas foi transformado em substantivo.

    O seu sim – “sim” é um advérbio, mas foi transformado em substantivo.

    Estrangeirismo:

    Pode-se entender como um tipo de empréstimo linguístico. Ele pode ocorrer de duas maneiras:

    *Com aportuguesamento: abajur (do francês "abat-jour"), algodão (do árabe "al-qutun"), lanche (do inglês "lunch") etc.

    *Sem aportuguesamento: networking, software, pizza, show, shopping etc.

    RESUMO RETIRADO DE AULA DO PROF. PABLO JAMILK.

  • Me corrijam se eu estiver errada, mas a palavra em questão (bem-aventuranças) possui um sufixo (anças), e a palavra maldizer não possui sufixo, ambas apenas possuem prefixo. Sendo assim, não concordo com o gabarito!

ID
5344201
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado é classificado como conjunção.

Alternativas
Comentários
  • a) “...ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook”.

    Incorreto. O "se" é pronome;

    b) “...minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras”.

    Incorreto. O "se" é parte integrante do verbo. Vide Dicionário Prático de Regência Verbal, de Celso Pedro Luft;

    c) “E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande...”

    Correto. O "se" é uma conjunção de valor condicional;

    d) “Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana...”.

    Incorreto. O "se" é parte integrante do verbo — para Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Verbal, p. 479, esse "se" é um objeto direto fossilizado, ou seja, que não se desprende do verbo.

    Letra C

  • Gabarito na alternativa C

    Solicita-se construção na qual o termo "se" classifique-se como conjunção.

    A) “...ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook”.

    Incorreto. O termo possui natureza pronominal, agindo na construção como pronome reflexivo.

    B) “...minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras”.

    Incorreto. O termo acompanha verbo acidentalmente pronominal, caracterizando parte integrante do verbo.

    C) “E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande...”

    Correto. O termo é conjunção condicional, introduzindo na construção integra uma oração subordinada adverbial condicional.

    D) “Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana...”.

    Incorreto. O termo acompanha verbo acidentalmente pronominal, caracterizando parte integrante do verbo.

  • Quando os "comentaristas de plantão" irão aprender que nós concurseiros queremos ler o menos possível? Ponham o suficiente, amigos. Chega de textão!

  • gab: C

    trata - se de uma conjunção condicional.

    Exemp:

     Se, caso, quando, conquanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que


ID
5344204
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Em “Depois de um dia de trabalho”, a expressão destacada tem a função de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito na alternativa A

    Solicita-se indicação da função da expressão "de trabalho" em:

    “Depois de um dia de trabalho

    O termo é locução adjetiva, sintaticamente adjunto adnominal, caracterizando o substantivo "dia".

  • Professor Ivan Lucas tem minha admiração. Homem douto!


ID
5344207
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Assinale a alternativa em que a palavra destacada possui a mesma classificação morfológica que o vocábulo sublinhado em “...pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte”.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito na alternativa D

    Solicita-se alternativa na qual o termo destacado possua a mesma classificação morfológica que o termo destacado em:

     “...pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte”.

    O termo destacado, antecedido de artigo, é , no caso em tela, substantivo.

    A) A única maneira de resolver o problema é contando a verdade.

    Incorreta. O termo está ligado ao substantivo "maneira", caracterizando-o. É termo adjetivo.

    B) O filho único da família conseguiu uma bolsa de estudos no exterior.

    Incorreta. O termo está ligado ao substantivo "filho", caracterizando-o. É termo adjetivo.

    C) Tivemos um único problema na construção do edifício.

    Incorreta. O termo está ligado ao substantivo "problema", caracterizando-o. É termo adjetivo.

    D) Poderíamos ter sido as únicas a conseguir a vitória.

    Correta. O termo está substantivado, assumindo forma equivalente à encontrada no enunciado.

  • A questão é de morfologia e quer que marquemos a alternativa em que a palavra destacada possui a mesma classificação morfológica que o vocábulo sublinhado em “...pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte”. Vejamos: 

     .

    Em “...pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte”, "únicos" é um substantivo e, nesse caso, vem antecedido pelo artigo "os".

     .

    A) A única maneira de resolver o problema é contando a verdade.

    Errado. Aqui "única" é um adjetivo e caracteriza o substantivo "maneira".

    Adjetivo: palavra variável em gênero, número e grau que expressa qualidade, característica, defeito, origem, estado do substantivo ou de qualquer palavra substantivada.

     .

    B) O filho único da família conseguiu uma bolsa de estudos no exterior.

    Errado. Aqui "único" é um adjetivo e caracteriza o substantivo "filho".

     .

    C) Tivemos um único problema na construção do edifício.

    Errado. Aqui "único" é um adjetivo e caracteriza o substantivo "problema".

     .

    D) Poderíamos ter sido as únicas a conseguir a vitória.

    Certo. "Únicas" é um substantivo e, nesse caso, vem antecedido pelo artigo "as".

    Substantivo: palavra que usamos para nomear seres, coisas e ideias. Por ser variável, apresenta flexões em gênero, número e grau. Dividem-se os substantivos em comuns, próprios, concretos, abstratos, simples, compostos, primitivos, derivados, coletivos.

     .

    Gabarito: Letra D  

  • Morfologia é o estudo a respeito da estruturaformação e classificação das palavras. Estudar Morfologia significa estudar, isoladamente, as classes das palavras; diferentemente da , que trata do estudo das funções das palavras na .

  • Discordo do gab.


ID
5344210
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

No trecho “Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória...”, o vocábulo em destaque introduz uma ideia de

Alternativas
Comentários
  • A conjunção "pois" só pode ter dois sentidos: explicação e conclusão. Neste último caso, ela, a rigor, estará isolada por vírgula(s), muito embora seja frequente em registros literários, sobretudo nos mais antigos, o desprezo pela virgulação. Para uma prova de concurso público, considere sempre que a conjunção conclusiva "pois" precisa estar isolada por vírgula(s), como nos exemplos a seguir:

    a) Todos estiveram presentes. A reunião, pois, estava repleta de interessados;

    b) A carne vermelha teve disparada no preço; comamos mais legumes e frutas, pois.

    No exemplo A, duas vírgulas isolam a conjunção; no B, apenas uma.

    Facilmente se percebe que a conjunção "pois" apresentada no excerto do enunciado não tem valor conclusivo, porque a vírgula presente não a isola. Ora, portanto o valor dela, da conjunção, é explicativo.

    Letra C

  • Conjunção Pois antes do verbo: Explicativo.

     Conjunção Pois depois do verbo: Conclusivo.

    Letra C ✅

  • GABARITO: C

    As conjunções coordenativas explicativas ligam duas orações em que a segunda oração expressa a explicação da ideia iniciada na primeira oração.

    As principais conjunções explicativas são porque, pois e que.

    Ex: Heloísa ainda deve estar chateada, porque foi muito fria conosco.

    Vou embora para casa, que estou cansada de esperar por ele.

    Ele é muito estranho, ou seja, é diferente do habitual.

    Fonte: https://www.normaculta.com.br/conjuncoes-explicativas/

  • A questão é sobre conjunções e quer saber o valor semântico da conjunção "pois" em “Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória...”. Vejamos: 

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e faz que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) adversidade.

    Errado.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

     .

    B) conclusão.

    Errado.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     .

    C) explicação.

    Certo. "Pois", nesse caso, é conjunção coordenativa explicativa.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...

    Ex.: Vamos indo, pois já é tarde.

     .

    D) finalidade.

    Errado.

    Conjunções subordinativas finais: têm valor semântico de finalidade, objetivo, intenção, intuito...

    São elas: a fim de que, para que, que e porque (= para que)

    Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

     .

    Gabarito: Letra C 

  • POIS + Verbo= Explicação

    Verbo + POIS = Conclusão


ID
5344213
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa”. O uso do artigo indefinido em destaque tem a função de

Alternativas
Comentários
  • Tudo bem que o item D está correto, mas qual o erro do item B?

  • erro da B:

    "UMA" é artigo INDEFINIDO

  • NÃO ENTENDI PQ A ( B) ESTÁ ERRADA

  • Gabarito na alternativa D

    Solicita-se correta função do artigo indefinido destacado em:

    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa”.

    A) exprimir um tom de familiaridade e precisão.

    Incorreta. O artigo indefinido introduz o substantivo de foram vaga, imprecisa, não havendo que se falar em familiaridade ou precisão.

    B) determina o substantivo “amiga”, enfatizando seu valor.

    Incorreta. Ainda que não seja incorreto afirmar que o artigo indefinido "determina" o substantivo, ainda que o faça de forma vaga e imprecisa, não há qualquer tom enfático em sua utilização.

    C) indicar que o termo “amiga” foi citado anteriormente.

    Incorreta. A função descrita na assertiva leva à classe dos elementos coesivos de função anafórica, normalmente pronomes.

    D) introduz um termo ainda não conhecido do leitor.

    Correta. O artigo é a introdução do substantivo, ou termo equivalente, dando-lhe gênero e número. No caso em tela, o termo substantivo introduzido não é familiar ao leitor.

  • Gabarito: D

    • Artigos indefinidos: um , uma, uns, umas
    • Artigo Definidos: a, as, o, os

  • Assertiva D

    introduz um termo ainda não conhecido do leitor. = “Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa”.

  • Sucintamente: artigos indefinidos (um, uns, uma e umas) não determinam ou conferem precisão a termo algum, de modo que você elimina de pronto as alternativas A e B. Note agora que a primeira frase do texto é "uma amiga...". Ora, se a primeira menção à tal amiga é a primeira frase do texto, como pode ter havido menção anterior? Com isso, elimina-se a alternativa C e resta a última.

    Letra D

  • Depois de ler os comentários dos amigos concordo com o gabarito, pois realmente traz a ideia de indefinição do artigo.

    Exemplo: AH! uma amiga aí... (não sei quem é, mas é uma amiga de alguém...)

    GAB D.

  • D

    Obs!

    Diferença entre o artigo definido e indefinido é a SEMÂNTICA

    Definido :define com precisão (o, a,os,as) - usamos em 2 situações:

    1.Indica substantivo já conhecido pelos interlocutores

    Ex: Vou falar sobre o Brasil

    ( o (artigo) indicando subst. já conhecido pelo falante e ouvinte)

    2. Referir a substantivo (explícito) mencionado anteriormente

    Vou passar por uma cirurgia, mas antes vou analisar o procedimento

    (o (artigo) referindo-se algo já mencionado)

    Indefinido:indefine/generaliza (um,uma,uns,umas)

    Ex:Queria conversar sobre um procedimento (=qualquer)

    Bons estudos!

  • Não é a letra B, pois não teria como determinar o substantivo "amiga", porque "um" é um artigo indefinido.
  • Artigo indefinido generaliza as coisas ou apresenta algo que ainda não foi mencionado na oração.

  • A questão requer conhecimento sobre o valor discursivo dos artigos.


    Artigos definidos: o, a, os, as.


    Artigos indefinidos: um, uma, uns, umas.

    Alternativa (A) incorreta - O artigo indefinido determina o substantivo de forma imprecisa. É o artigo definido que caracteriza um tom de familiaridade, intimidade com o substantivo determinado pelo artigo.


    Alternativa (B) incorreta - O artigo indefinido até determina o substantivo, mas não traz esse valor enfático.

    Alternativa (C) incorreta - Os artigos definidos também podem desempenhar uma função remissiva no discurso, isto é, referindo-se a um ser já mencionado anteriormente, no entanto os artigos indefinidos não funcionam como coesão anafórica - quando se refere a um termo mencionado anteriormente.

    Alternativa (D) correta - Emprega-se discursivamente o artigo indefinido quando o referente, ou seja, o substantivo ainda não tem a notoriedade do leitor, isto é, quando este termo ainda não é de conhecimento do interlocutor, é uma informação nova. Por outro lado, quando esta informação já é conhecida, emprega-se o artigo definido. Perceba que a frase Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa" introduzida pelo artigo indefinido é a primeira informação do texto.


    Gabarito da Professora: Letra D.

    A questão requer conhecimento sobre o valor discursivo dos artigos.


    Artigos definidos: o, a, os, as.


    Artigos indefinidos: um, uma, uns, umas.

    Alternativa (A) incorreta - O artigo indefinido determina o substantivo de forma imprecisa. É o artigo definido que caracteriza um tom de familiaridade, intimidade com o substantivo determinado pelo artigo.


    Alternativa (B) incorreta - O artigo indefinido até determina o substantivo, mas não traz esse valor enfático.

    Alternativa (C) incorreta - Os artigos definidos também podem desempenhar uma função remissiva no discurso, isto é, referindo-se a um ser já mencionado anteriormente, no entanto os artigos indefinidos não funcionam como coesão anafórica - quando se refere a um termo mencionado anteriormente.

    Alternativa (D) correta - Emprega-se discursivamente o artigo indefinido quando o referente, ou seja, o substantivo ainda não tem a notoriedade do leitor, isto é, quando este termo ainda não é de conhecimento do interlocutor, é uma informação nova. Por outro lado, quando esta informação já é conhecida, emprega-se o artigo definido. Perceba que a frase Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa" introduzida pelo artigo indefinido é a primeira informação do texto.


    Gabarito da Professora: Letra D.

  • o(s), a(s) : artigos indefinidos;

    um(s), uma(s): artigos indefinidos.

  • Resposta correta: Letra D

    Emprega-se discursivamente o artigo indefinido quando o referente, ou seja, o substantivo ainda não é de conhecimento do leitor, ou seja, quando tal termo ainda é uma informação nova. Por outro lado, quando esta informação já é conhecida, emprega-se o artigo definido. Perceba que a frase “Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa" introduzida pelo artigo indefinido é a primeira informação do texto.

  • introduz um termo ainda não conhecido do leitor.

  • Gabarito na alternativa D

    Solicita-se correta função do artigo indefinido destacado em:

    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa”.

    A) exprimir um tom de familiaridade e precisão.

    Incorreta. O artigo indefinido introduz o substantivo de foram vaga, imprecisa, não havendo que se falar em familiaridade ou precisão.

    B) determina o substantivo “amiga”, enfatizando seu valor.

    Incorreta. Ainda que não seja incorreto afirmar que o artigo indefinido "determina" o substantivo, ainda que o faça de forma vaga e imprecisa, não há qualquer tom enfático em sua utilização.

    C) indicar que o termo “amiga” foi citado anteriormente.

    Incorreta. A função descrita na assertiva leva à classe dos elementos coesivos de função anafórica, normalmente pronomes.

    D) introduz um termo ainda não conhecido do leitor.

    Correta. O artigo é a introdução do substantivo, ou termo equivalente, dando-lhe gênero e número. No caso em tela, o termo substantivo introduzido não é familiar ao leitor.

  • Gabarito na alternativa D

    Solicita-se correta função do artigo indefinido destacado em:

    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa”.

    A) exprimir um tom de familiaridade e precisão.

    Incorreta. O artigo indefinido introduz o substantivo de foram vaga, imprecisa, não havendo que se falar em familiaridade ou precisão.

    B) determina o substantivo “amiga”, enfatizando seu valor.

    Incorreta. Ainda que não seja incorreto afirmar que o artigo indefinido "determina" o substantivo, ainda que o faça de forma vaga e imprecisa, não há qualquer tom enfático em sua utilização.

    C) indicar que o termo “amiga” foi citado anteriormente.

    Incorreta. A função descrita na assertiva leva à classe dos elementos coesivos de função anafórica, normalmente pronomes.

    D) introduz um termo ainda não conhecido do leitor.

    Correta. O artigo é a introdução do substantivo, ou termo equivalente, dando-lhe gênero e número. No caso em tela, o termo substantivo introduzido não é familiar ao leitor.


ID
5344216
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

No período “Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem...”, o uso da forma em destaque indica

Alternativas
Comentários
  • Mais de 1 núcleo do sujeito, na verdade.

  • Gabarito na alternativa A

    Possuímos passagem com verbo em forma nominal de gerúndio;

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem...”

    Com base no sentido próprio da forma verbal, temos ação duradoura ou em andamento. Sintaticamente, temos o termo compondo oração subordinada adverbial temporal reduzida de gerúndio.

  • ANDO, ENDO, INDO = GERÚNDIO. Algo que está acontecendo.

  • VISITANDO, indica uma ação em andamento (presente), um processo ainda não terminado (GERÚNDIO)

  • Gerúndio = Indica continuidade

  • A questão requer conhecimento sobre a semântica dos tempos, modos e formas nominais dos verbos.


    As formas nominais são: infinitivo (-r), gerúndio (-ndo) e particípio (-d/t/s).


    O vocábulo “visitando" é um verbo que está na forma nominal gerúndio.


    Alternativa (A) correta -  O gerúndio representa um fato em curso, em progresso; um processo não concluído.


    Alternativa (B) incorreta - A forma verbal destacada é um verbo de ação, por isso não se pode afirmar que indica um estado expresso pelo sujeito da ação.

    Alternativa (C) incorreta - O que indica o resultado do processo verbal é o particípio.

    Alternativa (D) incorreta - Os tempos verbais do modo subjuntivo que indicam uma ação incerta ou irreal. O futuro do pretérito do modo indicativo também indica um fato futuro incerto ou hipotético, dependente de outro acontecimento.


    Gabarito da Professora: Letra A.

  • No caso, gerúndio!


ID
5344219
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Assinale “C” ou “E”, conforme estejam, respectivamente, certas ou erradas, as seguintes afirmativas.


( ) Em “E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.”, os vocábulos destacados possuem, respectivamente, a seguinte divisão silábica: a – fe – tu – o – sos e fes – tei – ros.

( ) No trecho “Numa dessas noites de fossa e curtição...”, o vocábulo destacado possui o mesmo número de letras e fonemas.

( ) Na oração “...pois a razão nos repete que a significação de nossa existência...”, o termo destacado possui um encontro consonantal (-gn) que é inseparável em uma divisão silábica.

( ) No trecho “...porque não deveríamos nos queixar disso...”, o encontro vocálico (-ei) é classificado como um ditongo crescente.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta obtida no sentido de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito na alternativa B

    Solicita-se julgamento das assertivas abaixo transcritas:

    (C) Em “E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.”, os vocábulos destacados possuem, respectivamente, a seguinte divisão silábica: a – fe – tu – o – sos e fes – tei – ros.

    A separação silábica dos termos está corretamente indicada na assertiva.

    (E) No trecho “Numa dessas noites de fossa e curtição...”, o vocábulo destacado possui o mesmo número de letras e fonemas.

    O termo indicado possui 5 letras e apenas 4 fonemas. Há no termo o dígrafo consonantal "ss".

    (E) Na oração “...pois a razão nos repete que a significação de nossa existência...”, o termo destacado possui um encontro consonantal (-gn) que é inseparável em uma divisão silábica.

    O encontro consonantal indicado é imperfeito, sendo separado na divisão silábica: sig-ni-fi-ca-ção.

    (E) No trecho “...porque não deveríamos nos queixar disso...”, o encontro vocálico (-ei) é classificado como um ditongo crescente.

    O encontro vocálico é formado de vogal + semivogal, caracterizando ditongo decrescente.

  • Gab. B

    ( C ) Em “E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.”, os vocábulos destacados possuem, respectivamente, a seguinte divisão silábica: a – fe – tu – o – sos e fes – tei – ros.

    _________________________________________________________________________________________________

    ( E ) No trecho “Numa dessas noites de fossa e curtição...”, o vocábulo destacado possui o mesmo número de letras e fonemas.

    • Letras: 5 (fossa)
    • Fonemas: 4 (foça)

    _________________________________________________________________________________________________

    ( E ) Na oração “...pois a razão nos repete que a significação de nossa existência...”, o termo destacado possui um encontro consonantal (-gn) que é inseparável em uma divisão silábica.

    • Separação de sílaba: sig - ni - fi - ca - ção

    _________________________________________________________________________________________________

    ( E ) No trecho “...porque não deveríamos nos queixar disso...”, o encontro vocálico (-ei) é classificado como um ditongo crescente.

    • ditongo decrescente: (e) vogal + (i) semivogal

  • Afetuosos = A - fe-tu - o - sos

    Festeiro = Fes - tei - ro

    Fossa

    Letras - F - o - s - s - a = 5 letras

    Fonemas - F - o - ç - a = 4

    Significação = Sig-ni-fi-ca-ção

    Queixar = (E) é uma semivogal e (I) é uma Vogal

    Letra B

  • QUEIXAR:

    Para saber se é crescente ou não, busque ler em voz alta (mas não na prova kkk)

    Repare, que ao lermos quEixar, enfatizando o E, há um decrescimento na tonalidade da fala. quEiiii...

    Agora , se enfatizarmos o I: queIxar... percebemos que não é dessa forma que a ouvimos recorrentemente.Meio que soa estranho!

    Foi assim que conseguir resolver kkkkkk

  • A questão requer conhecimento acerca de fonética (encontros vocálicos: ditongo, tritongo e hiato, encontro consonantal e dígrafo).


    Ditongo - encontro de duas vogais na mesma sílaba. Exemplo: água (á-gua).


    Tritongo - encontro de três vogais na mesma sílaba. Exemplo: saguão (sa-guão).

    Hiato - encontro de duas vogais em sílabas diferentes. Exemplo: sde (sa-ú-de).

    Encontro consonantal - encontro de duas consoantes na mesma sílaba ou em sílabas diferentes. Exemplos: floco; bravo; martela (mar-te-lo).

    Dígrafo - duas letras que representam um só fonema (som). Exemplos: guerra, coelho, campo.

    ( C ) Em “E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.", os vocábulos destacados possuem, respectivamente, a seguinte divisão silábica: a – fe – tu – o – sos e fes – tei – ros. Certa. Há hiato em “afetuosos" e ditongo em “festeiros".



    ( E ) No trecho “Numa dessas noites de fossa e curtição...", o vocábulo destacado possui o mesmo número de letras e fonemas. Errada. Possui 5 letras e 4 fonemas, pois há o dígrafo “ss".



    ( E ) Na oração “...pois a razão nos repete que a significação de nossa existência...", o termo destacado possui um encontro consonantal (-gn) que é inseparável em uma divisão silábica. (sig-ni-fi-ca-ção) Errada. Há o encontro consonantal “gn", no entanto em sílabas diferentes. A isso é chamado encontro consonantal atípico: quando as consoantes se separam.



    ( E ) No trecho “...porque não deveríamos nos queixar disso...", o encontro vocálico (-ei) é classificado como um ditongo crescente. Errada. É um ditongo decrescente formado por vogal + semivogal.



    Sendo assim, a sequência correta obtida no sentido de cima para baixo é C, E, E, E.



    Gabarito da professora: Letra B.


ID
5344222
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Arte de ser feliz


    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava história. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias - e me sentia completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.

    Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos: que sempre parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

    Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


MEIRELES, Cecília. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro,

Editora José Olympio, 1975.

Na oração “Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé.”, foi estabelecida a correta concordância com o verbo em destaque, de acordo com a Norma Padrão da Língua Portuguesa. Assinale a alternativa em que essa concordância não atende à norma padrão.

Alternativas
Comentários
  • Ficou estabelecido, em nossa reunião, os termos do contrato.

    ficaram estabelecido, em nossa reunião, os termos do contrato.

    o que ficaram estabelecido?

    os termos do contrato

    geralmente as bancas colocam um termo intercalado para confundir o candidato mais apressado.

    erros só avisar

  • a) A maioria das pessoas prefere ver o lado ruim da vida.

    Correto. Expressões do tipo "a maioria de", "a maior parte de", "grande maioria de", ou seja, que indicam sentido partitivo, propiciam dupla concordância: com o núcleo da expressão (p.ex.: maioria) ou com o do adjunto adnominal (p.ex.: pessoas) que a determina;

    b) Ficou estabelecido, em nossa reunião, os termos do contrato.

    Incorreto. O verbo "ficar" deve concordar com o núcleo do seu sujeito, isto é, o substantivo "termos", bem como o adjetivo "estabelecido". Correção: "Ficaram estabelecidos, em nossa reunião, os termos do contrato";

    c)  estudos sobre as vantagens do pensamento positivo.

    Correto. O verbo "haver", no sentido de existir, é impessoal (não possui sujeito) e só se flexiona na terceira pessoa do singular. Tudo que está após ele é seu objeto direto;

    d) Mais de um sujeito aceitou participar da pesquisa sobre otimismo.

    Correto. Se o sujeito for constituído pela expressão "mais de um" e não denotar reciprocidade, o verbo deve flexionar-se na terceira pessoa do singular; entretanto, havendo reciprocidade, flexionar-se-á. Ex.: mais de um carro se chocaram no acidente mortal.

    Letra B

  • Gabarito na alternativa B

    Solicita-se construção na qual se possa encontrar solecismo de concordância verbal.

    A) A maioria das pessoas prefere ver o lado ruim da vida.

    Correta. A forma verbal destacada faz correta concordância com o termo partitivo "a maioria". É de se salientar que correta também seria a concordância plural com o adjunto adnominal "das pessoas", sendo caso facultativo de concordância.

    B) Ficou estabelecido, em nossa reunião, os termos do contrato.

    Incorreta. A construção encontra-se fora de sua ordem direta, antepondo a forma verbal ao sujeito da ação. Correta concordância seria feita com a pluralização do verbo: "Os termos do contrato ficaram estabelecidos".

    O termo "estabelecidos", adjetivo e predicativo do sujeito, deve seguir a concordância do verbo.

    C)  estudos sobre as vantagens do pensamento positivo.

    Correta. A forma verbal "" está empregada de maneira impessoal, não variando.

    D) Mais de um sujeito aceitou participar da pesquisa sobre otimismo.

    Correta. A concordância com a construção "mais de um" está corretamente realizada no singular. Com referida expressão, a concordância sempre se dará com o numeral que determina a construção, exceto em caso de reciprocidade ou repetição.

  • Assertiva B não atende à norma padrão.

    Ficou estabelecido, em nossa reunião, os termos do contrato

  • Sobre a letra a)

    A maioria das pessoas prefere ver o lado ruim da vida.

    Concordância com expressões partitivas: O verbo conta com 2 tipos de concordância!

    A maioria das pessoas preferem ...

    A maioria das pessoas prefere

  • O que ficaram estabelecidos?

    Os termos do contratos

  • O único verbo que não concorda com o núcleo do sujeito é o verbo aceitar da Alternativa B Na C o verbo haver é empregado com sentido de existir. Logo estamos diante de um verbo impessoal, sendo assim não aceita sujeito e se não aceita sujeito ele não há de concordar com nada e será empregado sempre no singular.
  • galera coloca na ordem direta:

    os termos do contrato ficou estabelecido em nossa reunião (veja que o sujeito nao concorda com o verbo)

    os termos do contrato ficaram estabelecido em nossa reunião (certa)

    cuidado!

    se houver predicativo a concordância do verbo depois do “que” pode ser feita com o sujeito da oração ou com o predicativo. Ex.:

    1). Fui eu o ultimo que consegui a vaga.

    1). Fui eu o ultimo que conseguiu a vaga. ( nesse caso, está concordando com com o predicativo do sujeito “temo sublinhado”)

  • A maioria das pessoas prefere/preferem ver o lado ruim da vida - expressões partitivas - Correta

    Ficou estabelecido, em nossa reunião, os termos do contrato - Incorreto

    Ficaram..... GAB B

  • Os termos do contrato ficaram estabelecidos em nossa reunião.


ID
5344225
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Arte de ser feliz


    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava história. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias - e me sentia completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.

    Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos: que sempre parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

    Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


MEIRELES, Cecília. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro,

Editora José Olympio, 1975.

Leia as assertivas a seguir:


I. Em “À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher...” e em “...porque isso foi muito longe, num idioma difícil...”, os vocábulos destacados são acentuados seguindo a mesma regra.

II. Em “...para as gotas de água que caíam de seus dedos magros...”, a palavra em destaque é acentuada seguindo a regra do “I” sozinho na sílaba tônica do hiato.

III. No trecho “Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul.”, a palavra sublinhada é uma oxítona terminada em “E”, e, por isso, é acentuada.

IV. As passagens “Tudo está certo, no seu lugar...” e “...quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça...” possuem termos em destaque que seguem a mesma regra de acentuação.


É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I) ERRADA: Ár-vo-re proparoxítona; e Di-fí-cil paroxítona terminada em L. II) CORRETA. III) CORRETA. IV) ERRADA Es-tá com acento, verbo estar conjugado na terceira pessoa do plural, a sílaba tônica é a última, logo é uma oxítona e termina com A, portanto é acentuada, Céu, monossílaba tônica, portanto acentuada! Resposta correta, letra C!

  • Assertiva C

    II. Em “...para as gotas de água que caíam de seus dedos magros...”, a palavra em destaque é acentuada seguindo a regra do “I” sozinho na sílaba tônica do hiato.

    III. No trecho “Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul.”, a palavra sublinhada é uma oxítona terminada em “E”, e, por isso, é acentuada.

  • Recebem o acento gráfico as palavras oxítonas que terminam em: a/as, e/es, o/os e em/ens.

  • I - Árvore > Proparoxítona. Difícil > Paroxítona

    IV - Está > Oxítona. Céu > Monossílabo.

  • I) ERRADA: Ár-vo-re proparoxítona; e Di-fí-cil paroxítona terminada em L.

    II) CORRETA.

    III) CORRETA.

    IV) ERRADA Es-tá com acento, verbo estar conjugado na terceira pessoa do plural, a sílaba tônica é a última, logo é uma oxítona e termina com A, portanto é acentuada, Céu, monossílaba tônica, portanto acentuada!

    Resposta correta, letra C!

  • A questão é sobre acentuação gráfica e quer que identifiquemos as alternativas corretas. Vejamos:

     .

    I. Em “À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher...” e em “...porque isso foi muito longe, num idioma difícil...”, os vocábulos destacados são acentuados seguindo a mesma regra.

    Errado. "Ár-vo-re" é uma proparoxítona e "di-fí-cil" é uma paroxítona terminada em "l".

    Proparoxítonas: são palavras que têm a antepenúltima sílaba como sílaba tônica. TODAS as palavras proparoxítonas são acentuadas graficamente, segundo as regras de acentuação.

    Paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em l, n, r, x, i(s), u(s), ps, ã(s), ão(s), ei(s), en, om, ons, um, uns, ditongo (crescente ou decrescente), seguido ou não de "s".

     .

    II. Em “...para as gotas de água que caíam de seus dedos magros...”, a palavra em destaque é acentuada seguindo a regra do “I” sozinho na sílaba tônica do hiato.

    Certo. "Ca-í-am" é acentuada por ser um hiato.

    Hiato é o encontro entre duas vogais que pertencem a sílabas diferentes. Devemos acentuar as vogais "i" e "u" tônicas dos hiatos, quando aparecem sozinhas na sílaba ou acompanhadas por "s". Ex.: sa·í·da, pa·ís, sa·ú·de, ba·ús.

     .

    III. No trecho “Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul.”, a palavra sublinhada é uma oxítona terminada em “E”, e, por isso, é acentuada.

    Certo. "Cha-lé" é uma oxítona terminada em "e".

    Oxítonas: a sílaba tônica é a última. Acentuam-se as oxítonas terminadas em A, E, O (S), mesmo quando seguidas de LO(S), LA(S); e as terminadas em EM, ENS (com duas ou mais sílabas). Acentuam-se também as oxítonas terminadas com ditongos abertos ÉI, ÓI e ÉU, seguidas ou não de “s”.

     .

    IV. As passagens “Tudo está certo, no seu lugar...” e “...quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça...” possuem termos em destaque que seguem a mesma regra de acentuação.

    Errado. "Es-tá" é uma oxítona terminada em "a". "Céu" é um monossílabo tônico.

    Monossílabo átono: monossílabos são palavras que têm apenas uma sílaba. Os monossílabos átonos são pronunciados de forma fraca. Nunca são acentuados. Em sua maioria são artigos, pronomes oblíquos, preposições e conjunções. Ex.: o, a, os, as (artigos definidos); um, uns (artigos indefinidos); me, nos, te, vos, o, a, lhe, os, as, lhes (pronomes oblíquos); de, em, por, com (preposições); e, nem, mas, que, pois, se (conjunções).

    Monossílabo tônico: monossílabos são palavras que têm apenas uma sílaba. Os monossílabos tônicos são pronunciados de forma forte (Lembrar do BioTÔNICO Fontoura!). Podem ser ou não acentuados. É apenas obrigatória a acentuação dos monossílabos tônicos terminados em a, as, e, es, o, os, éu, éus, éi, éis, ói, óis.

     .

    Gabarito: Letra C 

  • Olá, pessoal. Tudo bem?

    Venho pedir que vocês tenham cuidado com a monitoria oferecida pelo Arthur Carvalho. Quero salientar que ele, quando comenta as questões de Português, é muito sábio e inteligente. 

    Tenho muitas dificuldades na matéria e vendo os seus comentários percebi que dominava muito o assunto e vi que oferecia uma monitoria. Logo me iludi. Comprei a monitoria por 360 reais, um grande investimento quando se trata de estudos para concursos. 

    Entrei em contato com o Arthur via whatsapp e ele me passou umas aulas do Fernando Pestana, que, inclusive, não sei se está autorizado a compartilhar esse tipo de material. O Arthur apenas disse que eu deveria assistir as aulas e ele, depois, me passaria umas questões para fazer e iria corrigir. 

    Foi aí que comecei a achar estranho, pois se fosse para assistir as aulas e responder questões, eu ficaria limitado ao Qconcursos!. Cheguei a falar para ele que tinha me arrependido da compra, pois achava que a monitoria não preenchia a minha necessidade. Pensava que teria uma pessoa ao meu lado para me orientar, me ajudar a seguir um caminho para aprender Português. Às vezes mandava áudio pedindo uma orientação e ele nem se quer ouvia. Enfim, tive a certeza de que não daria certo.

    Solicitei o cancelamento da compra no mercado pago, mas o site disse que talvez o vendedor (Arthur) já tinha retirado o dinheiro da sua conta. Já mandei e-mail, uma mensagem no whats, mas nesse app fui bloqueado, já liguei e até o presente momento não tive respostas. 

    Quero deixar claro que QUEM FEZ ESSA MONITORIA COM ELE E DEU CERTO, PARABÉNS. MAS QUEM, COMO EU, SE ARREPENDEU TEM O DIREITO DE TER O DINHEIRO DE VOLTA. 

    Perdão por esse texto aqui na nossa plataforma.


ID
5344228
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Arte de ser feliz


    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava história. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias - e me sentia completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.

    Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos: que sempre parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

    Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


MEIRELES, Cecília. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro,

Editora José Olympio, 1975.

Assinale a alternativa em que o vocábulo em destaque é classificado como preposição.

Alternativas
Comentários
  • a) “Borboletas brancas, duas a duas...”.

    Correto. A rigor, entre palavras repetidas, quando houver uma vogal "a", esta será uma preposição, classe de palavra que não exerce função sintática. Recorde-se: isso, no entanto, não é regra;

    b) “...e mesmo que a ouvisse, não a entenderia...”

    Incorreto. Esse "a" é um pronome cuja função sintática é a de objeto direto do verbo "ouvir";

    c) “Avisto crianças que vão para a escola”.

    Incorreto. Esse "a" é um artigo definido cuja função sintática é a de adjunto adnominal;

    d) "Eu não a podia ouvir, da altura da janela..."

    Incorreto. Esse "a" é um pronome cuja função sintática é a de objeto direto do verbo "ouvir".

    Letra A

  • Preposições essencias: A - COM - DE - PARA - POR - EM

    Lembrar do sentido de relação que a preposição exerce com os termos.

  • a) “Borboletas brancas, duas a duas...”.

    No presente caso, os termos da oração denotam a ideia de quantidade. um exemplo semelhante: "três em três".

    b)“...e mesmo que a ouvisse, não a entenderia...”

    É a mesma situação vislumbrada na alternativa "d". Quem ouve, ouve A alguma pessoa, ou seja, a vogal grifada é um pronome obliquo que substitui o pronome do caso reto "Ela"

    c) “Avisto crianças que vão para a escola”.

    No assertiva, é preciso considerar a regência do verbo ir (que no caso encontra-se na terceira pessoa do presente do indicativo: "vão"). Pensemos da seguinte forma: quem vai, vai para algum lugar, ou seja, o verbo é regido pela preposição para. Assim sendo, o "a" que antecede a palavra escola (substantivo) é um artigo definido e não uma preposição.

    d) “Eu não a podia ouvir, da altura da janela...”

    Sempre pergunte para o verbo: quem não pode ouvir, não pode ouvir algo (alguma coisa), de alguém (alguma pessoa). No caso, verifica-se então, que que a pessoa não podia ouvir a uma outra do gênero feminino ("a" é pronome oblíquo que substitui o pronome do caso reto "ela"). Logo, o termo grifado é um pronome.

  • Letra B - Pronome Oblíquo Átono em Próclise

    Letra C - Artigo

    Letra D - Pronome Oblíquo Átono em Próclise.

    Gabarito Letra A, pois é a única alternativa que apresenta o que exige o enunciado. Preposição.

  • Artigo varia, preposição, não!

    Na dúvida, tente colocar todas as frases no plural, e se deixar de ser "a" para ser "as", trata-se de artigo.

  • Questão do concurso que fiz! Letra A.
  • Gabarito A

    o/a antes de substantivo = ARTIGO

    o/a retomando termo anterior= PRONOME

  • ALTERNATIVA "A"

    PREPOSIÇÃO: palavra gramatical, invariável, que liga dois elementos de uma frase, estabelecendo uma relação entre eles.

  • A questão requer conhecimento sobre as classes gramaticais (substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição).


    Alternativa (A) correta - Preposição. Em palavras repetidas, não se usa artigo. O “a" é preposição.

    Alternativa (B) incorreta - Pronome pessoal oblíquo átono. Está substituindo o substantivo “mulher", no terceiro parágrafo, segundo período.

    Alternativa (C) incorreta - Artigo definido. Está acompanhando o substantivo “escola".

    Alternativa (D) incorreta - Pronome pessoal oblíquo átono. Está substituindo o substantivo “mulher", no terceiro parágrafo, segundo período.

    Gabarito da Professora: Letra A.

  • 1) Coloca a frase no plural, se o "a" variar não é preposição.

    2) A letra "A" já é suspeita, pois normalmente entre palavras repetidas a letra "a" assume função de preposição.

  • Alternativa (A) correta - Preposição. Entre palavras repetidas, via de regra, não se usa artigo. O “a" é, pois, preposição.

    Alternativa (B) incorreta - Pronome pessoal oblíquo átono. Está substituindo o substantivo “mulher".

    Alternativa (C) incorreta - Artigo definido. Está acompanhando e determinando o substantivo “escola".

    Alternativa (D) incorreta - Pronome pessoal oblíquo átono. Está substituindo o substantivo “mulher", no segundo periodo do terceiro parágrafo.

  • “Borboletas brancas, duas a duas...”.

  • Quando o A é preposição.

    A + masculino

    A + verbo no infinitivo

    A = plural

    A + artigo indefinido

    A + pronome pessoal e indefinido.


ID
5344231
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Arte de ser feliz


    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava história. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias - e me sentia completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.

    Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos: que sempre parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

    Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


MEIRELES, Cecília. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro,

Editora José Olympio, 1975.

O verbo destacado no trecho “Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal.” está conjugado no pretérito imperfeito, no modo indicativo. Assinale a alternativa em que o verbo destacado está conjugado nesse mesmo tempo verbal, no modo indicativo.

Alternativas
Comentários
  • Para conjugar esse verbo, pense: “antigamente eu_____”: Antigamente eu bebia/eles caíam/elas

    levantavam...

    As desinências de pretérito imperfeito do indicativo que você deve procurar são “VA A IA INHA”

    (amava, comprava, era, pretendia, ia, fazia, vinha, tinha).

    Professor Felipe Luccas.

  • Questão referente a tempo e modo verbais. Generosamente, o enunciado já explicita o tempo e o modo da forma verbal do enunciado. Cabe-nos reconhecer a mesma classificação em alguma opção de resposta:

    a) “Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor”.

    Incorreto. Está no presente do indicativo;

    b) “...diante de quem brilhariam, na sua breve existência?”

    Incorreto. Está no futuro do pretérito do indicativo;

    c) “Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino”.

    Incorreto. Novamente, está no presente do indicativo;

    d) “Era uma época de estiagem, de terra esfarelada”.

    Correto. A forma verbal "era", bem como a do enunciado, está no pretérito imperfeito do modo indicativo.

    Letra D

  • A - Presente do indicativo

    B - Futuro do pretérito do indicativo

    C - Presente do Indicativo

    GAB D

  • GABARITO: D

    O pretérito imperfeito do indicativo se refere a um fato ocorrido no passado, mas que não foi completamente terminado. Expressando, assim, uma ideia de continuidade e de duração no tempo.

    É usado em lendas e fábulas e confere um caráter mais polido a pedidos e afirmações. Pode ser utilizado também com sentido de futuro do pretérito para indicar uma ação que seria consequente de outra que acabou por não acontecer.

    Ex: Eu fazia patinação artística quando era criança.

    Eu comia um sorvete todos os domingos com minha avó.

    Ele estudava francês e alemão, mas agora só estuda alemão.

    Fonte: https://www.conjugacao.com.br/preterito-imperfeito-do-indicativo/

  • GABARITO - D

    Ajuda na resolução:

    Terminações " AVA / inha / era " - Pretérito perfeito.

    O pretérito perfeito indica uma ação repetitiva no passado.

    Estudava aos domingos.

  • Pretérito Imperfeito(ANTIGAMENTE) Era...

  • Gab. D

    Imperfeito; ação não concluída ( estava, fazia, amava, tinha, era).

    Perfeito; ação concluída.

  • A questão é sobre verbos e quer que identifiquemos a alternativa em que o verbo destacado está conjugado no modo indicativo, assim como o verbo em destaque em “Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal”, que está conjugado no pretérito imperfeito do modo indicativo. Vejamos:

     .

    A) “Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor”.

    Errado. "Abro" está no presente do indicativo: eu abro, tu abres, ele abre, nós abrimos, vós abris, eles abrem.

    Presente do indicativo: a ação da qual se está falando ocorre no instante da fala e essa ação provavelmente ou certamente está acontecendo ou acontecerá, ou seja, ela tem possibilidades reais de acontecer. Ex.: Eu resolvo questões todos os dias.

     .

    B) “...diante de quem brilhariam, na sua breve existência?”

    Errado. "Brilhariam" está no futuro do pretérito do indicativo: eu brilharia, tu brilharias, ele brilharia, nós brilharíamos, vós brilharíeis, eles brilhariam.

    Futuro do pretérito do indicativo: refere-se a algo que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação no passado e expressa incerteza, surpresa ou indignação. Ex.: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.

     .

    C) “Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino”.

    Errado. "Está" está no presente do indicativo: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais, eles estão.

     .

    D)Era uma época de estiagem, de terra esfarelada”.

    Certo. "Era", assim como "dava", está no pretérito imperfeito do indicativo: eu era, tu eras, ele era, nós éramos, vós éreis, eles eram.

    Pretérito imperfeito do indicativo: refere-se a um fato inacabado ocorrido no passado, transmitindo, portanto, uma ideia de continuidade. Ex.: Ainda era noite, quando me levantei.

     .

    Gabarito: Letra D

  • “Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor”.

    presente do indicativo

    “...diante de quem brilhariam, na sua breve existência?” 

    futuro do pretérito

    “Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino”.

    presente do indicativo

    Era uma época de estiagem.

    pretérito perfeito

  • Pretérito Imperfeito do Indicativo

    “Antigamente” eu ___________ .

    Ex.: Antigamente, eu bebia/ eu era...

    • Pode indicar:

    a)  Fatos repetidos, frequentes, habituais no passado.

    b)  Uma ação que estava ocorrendo (ação durativa ou contínua).

    c)  Ação planejada, esperada que não se realizou.

    Gabarito: D✅

  • A questão requer conhecimento acerca das flexões modo-temporais dos verbos.

    Alternativa (A) incorreta - A forma verbal abro" está conjugada no presente do indicativo.

    Alternativa (B) incorreta - A forma verbal brilhariam" está conjugada no futuro do pretérito do indicativo.

    Alternativa (C) incorreta - A forma verbal está" está conjugada no presente do indicativo.

    Alternativa (D) correta - A forma verbal era" está conjugada no pretérito imperfeito do indicativo.

    Gabarito da Professora: Letra D.

  • A banca foi esperta, colocou um verbo irregular para mudar a terminação. Caso contrário ficaria muito fácil.

  • Indicativo

    Presente - Coloque o hoje - ex. Hoje Eu falo

    Pretérito Imperfeito - Coloque o antigamente - ex. Antigamente eu falava

    Pretérito Perfeito - Coloque o ontem - ex. Ontem eu falei

    Pretérito mais-que-perfeito - ... outrora - ex. Outrora eu falara

    Futuro do Presente - ...amanhã - ex. Amanhã eu irei

    Futuro do pretérito - ... se eu ... ex. Se eu fosse você eu beberia

    Subjuntivo

    Presente - Que eu fale

    Pretérito imperfeito - Se eu falasse

    Futuro - Quando eu falar


ID
5344234
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

O município de Verdejante foi criado pela Lei nº 3.336, de 31 de dezembro de 1958. Todavia, a sua instalação somente teve lugar em 25 de março de 1962, depois de acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal. Em sua origem, Verdejante recebeu o nome de __________________ e era subordinado ao o município de ______________.


Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas contidas no excerto acima.

Alternativas
Comentários
  • Lagoa dos Milagres- Salgueiro


ID
5344237
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Sobre os aspectos geográficos de Verdejante, analise as assertivas abaixo:


I. O município de Verdejante está inserido na unidade geoambiental dos Maciços e Serras Baixas, que se caracterizam por relevo pouco acidentado. Parte da área do município, a sul, está inserida na unidade geoambiental Depressão Sertaneja.

II. Com aproximadamente 9.500 habitantes, Verdejante tem como limites geográficos o estado do Ceará, o município de Salgueiro e o estado da Paraíba.

III. No município de Verdejante predomina a vegetação densa, com árvores de pequeno porte, gramíneas e arbustos, típicas do bioma Caatinga.

IV. Formam o município de Verdejante o distrito sede e os povoados de Grossos, Lagoa, Malhadareia, além dos sítios Boa Vista, Riacho Verde I e II, São Joaquim, Riachinho, dentre outros.


É correto o que se afirma em

Alternativas

ID
5344240
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Tendo por base a classificação em regiões fisiográficas e levando-se em consideração os processos socioeconômicos e as especificidades locais e regionais do sistema produtivo, o espaço pernambucano é dividido pelo IBGE em cinco mesorregiões e 19 microrregiões geográficas. Assinale a alternativa que corresponde respectivamente à Mesorregião e à Microrregião em que está localizado o município de Verdejante.

Alternativas
Comentários
  • Verdejante é um município do sertão.

  • Mesorregião (SERTÃO) e à Microrregião (SERTÃO CENTRAL)

    Vi no Maps, nem sabia desse município.

    Assertiva letra C


ID
5344243
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

O Estado de Pernambuco não apresenta rios de grande extensão, nem de grande volume de água, excetuando-se apenas o São Francisco, limite natural entre os Estados de Pernambuco e da Bahia, na região sertaneja. Quanto ao clima e recursos hídricos do município de Verdejante é incorreto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • B.

    predominante no sertão nordestino, o clima semiárido é também o clima característico da região de Verdejante, apresentando baixas temperaturas, chuvas escassas e mal distribuídas, com longos períodos de estiagem.


ID
5344246
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Governador de Estado deseja convidar um cardeal para evento religioso em homenagem ao Papa. Ao redigir o convite, o agente administrativo deve tratá-lo por Vossa:

Alternativas
Comentários
  • AUTOIDADES ECLESIÁSTICAS 

    VOSSA SANTIDADE > PAPA

    VOSSA EMINÊNCIA > CARDEAIS, BISPOS E ARCEBISPOS 

    VOSSA REVERENDÍSSIMA > DEMAIS AUTORIDADES

  • Lembrando que não se usa mais esse tipo de forma de tratamento nas comunicações oficiais. Banca atrasada é isso daí mesmo, usando coisa que quase ninguém mais usa.

  • Por não se tratar de uma Comunicação Oficial, amigo Francisco José, a forma de tratamento foi utilizada de forma correta.

    Como o convite não foi recebido pelo público, e sim, pelo cardeal, acredito que a questão esteja correta sim.

    GABARITO A.

    comunicação oficial é aquela emitida por diferentes setores do Serviço Público e recebida por ele mesmo ou pelo público. É caracterizada pela formalidade, clareza, concisão, uniformidade, impessoalidade e pelo uso do padrão culto de linguagem. Fonte: https://dicionariodireito.com.br/comunicacao-oficial

    Ótima observação, Sergio Moro_Oficial. Por gentileza, caso tenha me equivocado na afirmativa, responder esse comentário.

  • Governador de Estado deseja convidar um cardeal para evento religioso em homenagem ao Papa. Ao redigir o convite, o agente administrativo deve tratá-lo por Vossa:

    A Eminência.

    B Excelência.

    C Magnificência. Reitores de universidades

    D revendissima

    AUTOIDADES ECLESIÁSTICAS 

    VOSSA SANTIDADE > PAPA

    VOSSA EMINÊNCIA > CARDEAIS, BISPOS E ARCEBISPOS 

    VOSSA REVERENDÍSSIMA > DEMAIS AUTORIDADES

  • corrigindo meu comentário que fiz ontem.

    Um colega QC (esqueci de salvar o nome dele pra dar os créditos) me corrigiu "Calma lá.... O governador convida o cardeal para uma homenagem ao papa. Então o pronome de tratamento é dirigido ao cardeal. Nesse caso o Vossa Eminência é a resposta. Quem gosta do Eminem são os cardeais.

    Eu me confundi ao ler a questão e acabei me referindo ao Papa

    Vlw!!!!!

    "Cardeais são fãs de Eminem"

    "Papas são santos"

  • Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais. Corresponde-lhe o

    vocativo:

    Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou

    Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,

    Essa questao tinha que ser anulada

  • Esta é uma questão que exige do candidato conhecimento referente ao emprego do pronome de tratamento em correspondência oficial destinada ao cardeal.


    a) O Manual de Redação da Presidência da República determina que o pronome Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima deve ser empregado em comunicações dirigidas aos Cardeais. Sendo assim, esta é a alternativa correta.

    b) De acordo com o Manual de Redação, o pronome Vossa Excelência deve ser empregado em comunicações destinadas a autoridades do poder executivo, legislativo e judiciário. Dessa forma, esta não é a alternativa correta.

    c) Conforme orienta o Manual de Redação da Presidência da República, o pronome Vossa Magnificência deve ser empregado em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Portanto, esta não é a alternativa correta.


    d) A partir do que determina o Manual de Redação,  Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima deve ser empregado em comunicações destinadas a Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Assim, esta não é a alternativa correta.




    Gabarito do Professor: Letra A

  • É só pensar no Eminem vestido de padre, eminência. Nunca mais esquecerás...


ID
5344249
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Julgue os itens a seguir.


I. Coerência

II. Concisão.

III. linguagem arcaica.

IV. padronização.

V. pessoalidade.


Dentre as características da redação oficial estão os itens:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C.

    PORÉM pessoalidade?!

  • Gab. letra C

    De acordo com o MRPR, "A redação oficial deve caracterizar-se por:

    • clareza e precisão;
    • objetividade;
    • concisão;
    • coesão e coerência;
    • impessoalidade;
    • formalidade e padronização; e
    • uso da norma padrão da língua portuguesa."

    Bons estudos.

  • ATRIBUTOS DA REDAÇÃO OFICIAL > • clareza e precisão; objetividade; • concisão; • coesão e coerência; • impessoalidade; • formalidade e padronização; • uso da norma padrão da língua portuguesa


ID
5344252
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Nas comunicações oficiais é comum o uso de expressões latinas. O intervalo de tempo entre a publicação de leis ou decretos e sua entrada em vigor é conhecido por:

Alternativas
Comentários
  • Vocatio Legis:

    Expressão latina que significa vacância da lei, correspondendo ao período entre a data da publicação de uma lei e o início de sua vigência. Existe para que haja prazo de assimilação do conteúdo de uma nova lei e, durante tal vacância, continua vigorando a lei antiga. A vacatio legis vem expressa em artigo no final da lei da seguinte forma: "esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial".

    Fonte: Agência Senado

    Letra: A ✅

  • Gabarito: A

    Vacatio legis: Vacância da Lei;

    Ratione legis: Em razão da Lei;

    Ex vi legis: Por força da Lei;

    Ope legis: Com a ajuda da Lei.

  • Um adendo, o tema é bem específico e não costuma ser abordado em concursos, contudo o MRPR aborda o tema em suas páginas 139, 140 e 141, segue um trecho:

    "Caso a lei não defina data ou prazo para entrada em vigor, aplica-se o preceito do art. 1o do Decreto-Lei no 4.657, de 4 de setembro de 1942 – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, segundo o qual, exceto se houver disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias após a data de sua publicação. Contudo, não é de boa técnica legislativa deixar de prever, de modo expresso, a data de entrada em vigor do ato normativo.

    No âmbito do Poder Executivo federal, a tendência atual é reduzir as hipóteses de entrada em vigor imediata de atos normativos; portanto, a cláusula padrão “Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação” não deve ser posta, de modo acrítico e automático, ao final de todas as normas.

    É natural que os interessados na matéria queiram a rápida produção de efeitos, mas sempre convém analisar se a aplicação imediata e incondicionada de ato normativo recém-publicado não causará danos para a organização da administração pública e para as atividades dos particulares maiores do que as pretensas vantagens dos efeitos imediatos.

    O art. 23 do Decreto nº 9.191, de 2017, estabelece a adoção de vacatio legis para os atos normativos:

    I – de maior repercussão;

    II – que demandem tempo para esclarecimentos ou exijam medidas de adaptação pela população;

    III – que exijam medidas administrativas prévias para a aplicação de modo ordenado; ou

    IV – em que não convenha a produção de efeitos antes da edição de ato normativo inferior ainda não publicado. "

    Bons estudos!

  • e prova de direito agora?

  • Questão um tanto absurda...

  • Só era o que faltava agora...ter que decorar o significado de expressões em latim pra fazer concurso de nível médio. Se fosse ao menos na área de direito...

  • Decorar agora os nomes dos feitiços usados em Harry Potter, só me faltava isso.

  • vacatio que lembra vacation que lembra férias que lembra tempo e é isso. Guerra é guerra.

  • Esta é uma questão que exige do candidato conhecimento acerca das expressões latinas que são usadas frequentemente nas comunicações administrativas oficiais.
    a) A expressão vacatio legis significa vacância da lei, correspondendo ao período entre a data da publicação de uma lei e o início de sua vigência. Assim, verificamos que é esta a expressão a que se refere o enunciado.
    b) A expressão latina ratione legis significa "em razão da lei". Ela é muito utilizada para definir o crime penal militar.  Sendo assim, esta alternativa está incorreta.
    c) Ex vi legis é uma expressão latina que significa "por força da lei" ou "em virtude da lei". Sendo assim, verificamos que esta alternativa está incorreta.
    d) Ope legis é uma expressão usada no contexto jurídico, que significa "por força da lei". Nesse sentido, inferimos que esta alternativa está incorreta.

    Gabarito do Professor: Letra A.

  • Só acertei essa porque vi esse termo nos estudos pra PRF

ID
5344255
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Redação Oficial

Sobre o padrão ofício, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • acredito que o erro da alternativa B seja no "pode-se concluir o ofício com o termo respeitosamente." quando deveria ser deve.

    erros só avisar

  • O problema da alternativa A, para mim, é dizer "demais casos".

  • E essa alternativa A, pelo o amor em. "demais casos", ao meu ver, quando fala-se isso acaba que por Ventura incluido os casos em que o endereçado seja superior hierarquico.

  • GAB: A

    Sobre o padrão ofício, assinale a alternativa correta:

    A) Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia inferior ou demais casos, deve-se concluir o ofício utilizando o termo “atenciosamente”. (CERTO)

    Justificativa: Pessoal, o que acontece na assertiva A é que o examinador copiou a letra da lei sem levar em consideração seu contexto. Precedido de comandos introdutórios, tal alinha - no MRPR - não soa estranho, contudo, deslocado - como na questão - pode gerar confusão, vejamos:

    MRPR, pág. 31:

    "5.1.8 Fechos para comunicações

    O fecho das comunicações oficiais objetiva, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, saudar o destinatário. Os modelos para fecho anteriormente utilizados foram regulados pela Portaria no 1, de 1937, do Ministério da Justiça, que estabelecia quinze padrões. Com o objetivo de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial:

    a) Para autoridades de hierarquia superior a do remetente, inclusive o Presidente da República:  Respeitosamente,

    b) Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia inferior ou demais casos: Atenciosamente,

    Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios. O fecho da comunicação deve ser formatado da seguinte maneira:

    a) alinhamento: alinhado à margem esquerda da página; b) recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da margem esquerda;"

    B) Para autoridades de hierarquia superior à do remetente, inclusive o Presidente da República, pode-se concluir o ofício com o termo “respeitosamente”. (ERRADO)

    Justificativa: o MRPR é taxativo, portanto tal termo - pode-se - não é apropriado para o caso, gerando erro na assertiva, vejamos: "a) Para autoridades de hierarquia superior a do remetente, inclusive o Presidente da República." (MRPR, pág. 31)

    C) O fecho da comunicação deve ser formatado com alinhamento à margem direita da página e espaçamento entre linhas simples. (ERRADO)

    Justificativa: "a) alinhamento: alinhado à margem esquerda da página;" (MRPR, pág. 31)

    D) O fecho da comunicação deve ser formatado com alinhamento à margem esquerda da página e espaçamento entre linhas duplo. (ERRADO)

    Justificativa: "c) espaçamento entre linhas: simples;" (MRPR, pág. 31)

    Fiquem na paz!

  • QUESTÃO ANULADA PELA BANCA EXAMINADORA

  • Questão podre, tem mais é que ser anulada mesmo!
  • PARA RESPONDER, SAIBA DISTO: ATENCIOSAMENTE É PARA MESMA HIERARQUIA OU INFERIOR. RESPEITOSAMENTE, POR SUA VEZ, É PARA HIERARQUIA SUPERIOR A DO REMETENTE.

    NÃO EXISTE MARGEM.


ID
5344258
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Na rotina do serviço público, é possível que não haja servidor público com atribuições exclusivas para determinadas funções, de forma que o mesmo pode ser escolhido, pela autoridade superior, para atuar temporiamente em determinado caso, retornando, em seguida, para a sua função principal. Nesse caso, trata-se de uma designação:

Alternativas
Comentários
  • Ad hoc = Para este fim particular. Diz-se de pessoa designada para realizar uma tarefa específica.

    Ad nutum = Segundo a vontade ou o arbítrio. Diz-se de ato que pode ser revogado, sem necessidade de justificação, pela vontade de uma das partes.

    Gabarito: Letra B✅

  • Ad hoc – para o caso, eventualmente. Diz-se de pessoa designada para realizar uma tarefa específica.

    é possível que não haja servidor público com atribuições exclusivas para determinadas funções, de forma que o mesmo pode ser escolhido, pela autoridade superior, para atuar temporiamente em determinado caso, retornando, em seguida, para a sua função principal. Nesse caso, trata-se de uma

    Ad nutum – à vontade, segundo a vontade, ao arbítrio. (O empregado sem estabilidade

    — ministro, secretário de governo, ocupante de cargo de confiança pode ser demitido

    segundo a vontade do patrão, a qualquer hora. Exemplo: O ministro disse que é demissível

    ad nutum.

  • Ad hoc: Para este fim particular. Diz-se de pessoa designada para realizar uma tarefa específica. Tem um caráter temporário.

    g: B

  • Esta questão exige do candidato conhecimento referente ao termo em latim usado para se referir à designação temporária de um servidor para atuar em um caso específico.



    a) Ex nunc é uma expressão em latim que significa “desde agora", de acordo com a tradução literal para o português. Esse termo é bastante comuns no âmbito jurídico, pois classifica o tipo de efeito que determinada sentença ou lei terá. Desse modo, constatamos que não é a alternativa a que o enunciado se refere.
    b) Ad hoc significa “para esta finalidade", “para isso" ou "para este efeito". É uma expressão latina, geralmente usada para informar que determinado acontecimento tem caráter temporário e que se destina para aquele fim específico. Sendo assim, verificamos que esta é a alternativa a que o enunciado se refere.
    c) O termo ad nutum no direito relaciona-se a cargos ad nutum, configuram-se aqueles preenchidos em caráter de confiança, os conhecidos como cargos em comissão. Dessa forma, identificamos que não é esta a alternativa a que o enunciado se refere.
    d) Ex tunc é uma expressão em latim que significa, respectivamente “desde agora", de acordo com a tradução literal para o português. Assim, constatamos que ela não se refere ao que o enunciado apresenta.




    Gabarito do Professor: Letra B.


  • Ad hoc = Adicionar (alguém temporáriamente).

  • ex tunc,- se aplicará desde o início do processo que lhe deu origem, ou seja, de caráter retroativo.

    ex nunc - sua aplicação se iniciará a partir do momento da sua criação, não retroagindo.


ID
5344261
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Assinale abaixo a única oração que está correta sob o ponto de vista da redação oficial:

Alternativas
Comentários
  • LETRA C > GABARITO

    VEJAM QUE OS DEMAIS ITENS TÊM ERROS GRAMATICAIS GRAVES:

    A) FÊZ-LOS

    B) ASSITIRÁ OS EVENTOS

    C) POR QUÊ

  • GAB: C

    Assinale abaixo a única oração que está correta sob o ponto de vista da redação oficial:

    A) O Presidente fêz-los entrarem. (ERRADO)

    Justificativa: a forma "fêz-los" não existe, o correto é "fê-lo" (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo). Ademais, não se acentuam monossílabos tônicos terminados em "z".

    B) O Presidente não assistirá os eventos que ocorreram amanhã. (ERRADO)

    Justificativa:

    1. o verbo assistir possui QUATRO regências, fique atento no contexto. Contudo, quando possui o significado de ver, presenciar, será sempre transitivo indireto. Portanto o correto é "assistirá aos eventos".
    2. o verbo "ocorrer" está no pretérito perfeito do indicativo, em discordância com o verbo "assistir" que está no futuro do presente do indicativo.

    C) Vossa Excelência participará da recepção ao novo cônsul? (CERTO)

    Justificativa: "Modernamente, recebe o título de cônsul o funcionário de um Estado responsável, em país estrangeiro, pela proteção dos interesses dos indivíduos e empresas que sejam nacionais daquele Estado."

    D) Só Sua Excelência sabia o por quê dos Governadores não comparecerão. (ERRADO)

    Justificativa: "por quê" - separado e com acentuo - só deverá ser empregado sozinho ou em final de frases.

    Fiquem na paz!

  • VOSSA = Falo com VOcê (com a autoridade)

    SUA = Fala-se da autoridade

  • Esta é uma questão que exige do candidato conhecimento referente aos aspectos gramaticais e ao uso adequado da linguagem na correspondência oficial.

    a) O presidente, que é sobre quem a frase informa algo, é o sujeito do verbo fazer.  Sendo assim, pelo contexto, observamos que o verbo deve ser flexionado na 3ª pessoa do pretérito perfeito e, portanto, o correto é fê-lo. Além disso, a construção "fêz-los" não existe. Alternativa incorreta.

    b) O verbo assistir, quando empregado no sentido de ver e presenciar, como é o caso dessa frase, é transitivo indireto, portanto, seu complemento deve ser introduzido com preposição (O Presidente não assistirá aos eventos). Ainda, se os eventos vão ocorrer amanhã, o tempo verbal que deve ser empregado é o futuro e, assim, o correto é ocorrerão. Alternativa incorreta.
    c) A frase é clara, concisa, coerente. Além disso, o sinal de pontuação, os acentos, o pronome de tratamento (Vossa Excelência) e o complemento verbal foram empregados corretamente, ou seja, ela atende à norma padrão. Dessa forma, esta alternativa está correta. 
    d) O vocábulo "por quê" só deve ser empregado no final de perguntas, o que não é a função do que está na frase em análise. Ele está sendo utilizado no sentido de motivo, causa, razão. Assim, o correto é que seja escrito junto e com acento: porquê. Além disso, o verbo comparecer deve ser empregado no futuro do subjuntivo comparecerem, não no futuro do presente do indicativo. Alternativa incorreta.

    Gabarito do Professor: Letra C.



ID
5344264
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Nas comunicações oficiais, o pronome de tratamento utilizado para se dirigir a um agente público da administração federal deve ser:

Alternativas
Comentários
  • Decreto Nº 9.758 de 2018.

    Art. 2º O único pronome de tratamento utilizado na comunicação com agentes públicos federais é “senhor”, independentemente do nível hierárquico, da natureza do cargo ou da função ou da ocasião.

    Parágrafo único.  O pronome de tratamento é flexionado para o feminino e para o plural.

  • ÚNICO PRONOME DE TRATAMENTO NA COMUNICAÇÃO COM AGENTES FEDERAIS > SENHOR

  • GAB: B

    CUIDADO, apesar do Decreto nº 9.758 de 2018, muitas bancas continuam adotando somente as prerrogativas contidas no MRPR. Portanto, atente-se a esse fato. Ademais, o que muitos não dizem é que o parágrafo 3º do próprio Decreto faz ressalvas sobre tais normas, vejamos:

    § 3º Este Decreto não se aplica:

    I - às comunicações entre agentes públicos federais e autoridades estrangeiras ou de organismos internacionais; e

    II - às comunicações entre agentes públicos da administração pública federal e agentes públicos do Poder Judiciário, do Poder Legislativo, do Tribunal de Contas, da Defensoria Pública, do Ministério Público ou de outros entes federativos, na hipótese de exigência de tratamento especial pela outra parte, com base em norma aplicável ao órgão, à entidade ou aos ocupantes dos cargos.

    Ou seja, o Decreto se aplica somente às comunicações dentro do Poder Executivo. Os demais agentes, tanto do Legislativo quanto do Judiciário, podem exigir as tradicionais formas de tratamento, uma vez que a eles, não se aplica o Decreto.

    Recomendo que assistam ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=5npzLPZ51_g

    Fiquem na paz!

  • Esta é uma questão que exige do candidato conhecimento referente ao emprego do pronome de tratamento para se dirigir a um agente público da administração federal.


    Com base no que determina o artigo 2º do Decreto nº 9.758, de 11 de abril de 2019, a forma de tratamento que deve ser empregada na comunicação com agentes públicos da administração pública federal direta e indireta é Senhor, independentemente do nível hierárquico, da natureza do cargo, da função ou da ocasião. Sendo assim, a única alternativa que responde este item é a letra B.



    Gabarito do Professor: Letra B
  • art. 2º O único pronome de tratamento utilizado na comunicação com agentes públicos federais é "Senhor", independentemente do nível hierárquico, da natureza do cargo ou da função ou da ocasião.

    art. 3º É vedado na comunicação com agentes públicos federais o uso das formas de tratamento, ainda que abreviadas:

    I - vossa excelência ou excelentíssimo;

    II - vossa senhoria;

    III - vossa magnificência;

    IV - doutor;

    V - ilustre ou ilustríssimo;

    VI - digno ou digníssimo; e

    VII - respeitável.


ID
5344267
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Sobre o uso do e-mail nas comunicações oficiais, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • ERROS NOS ITENS:

    A) > USO DE IMAGENS OFICIAIS COMO O BRASÃO DAS ARMAS NO CORPO DO E-MAIL?

    B) > EMBORA E-MAIL, A COMUNICAÇÃO DEVE SEGUIR OS ATRIBUTOS DA COMUNICAÇÃO OFICIAL

    C) > EMBORA E-MAIL, DEVEM SER SEGUIDOS OS ATRIBUTOS D COMUNICAÇÃO OFICIAL

    D) > GABARITO!

  • GAB: D

    A) Devem-se utilizar imagens oficiais no corpo do e-mail, como o brasão da República Federativa do Brasil, já que o e-mail tem o mesmo padrão dos ofícios. (ERRADO)

    Justificativa: "Evite-se o uso de imagens no corpo do e-mail, inclusive das Armas da República Federativa do Brasil e de logotipos do ente público junto ao texto da assinatura." (MRPR, pág. 48)

    B) Em qualquer caso, para enfatizar bem a mensagem, é possível o uso de emoticons. (ERRADO)

    Justificativa: "O texto profissional dispensa manifestações emocionais. Por isso, ícones e emoticons não devem ser utilizados;" (MRPR, pág. 48)

    C) É aceito o uso de abreviaturas cotidianas, como “vc”, “eh” e “pq”. (ERRADO)

    Justificativa:

    1. "Como gênero textual, o e-mail pode ser considerado um documento oficial, assim como o ofício. Portanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial." (MRPR, pág. 46)
    2. "Os textos das mensagens eletrônicas não podem ser redigidos com abreviações como “vc”, “pq”, usuais das conversas na internet, ou neologismos, como “naum”, “eh”, “aki”;" (MRPR, pág. 48)

    D) Recomenda-se que o e-mail seja redigido em fonte na cor preta. (CERTO)

    Justificativa: "Apesar da imensa lista de fontes disponíveis nos computadores, mantêm-se a recomendação de tipo de fonte, tamanho e cor dos documentos oficiais: Calibri ou Carlito, tamanho 12, cor preta;" (MRPR, pág. 48)

    Fiquem na paz!

  • Esta questão exige do candidato conhecimento acerca das regras para uso do e-mail como comunicação oficial.

    a) De acordo com o Manual de Redação, deve-se evitar o uso de imagens no corpo do e-mail, inclusive das Armas da República Federativa do Brasil e de logotipos do ente público junto ao texto da assinatura. Sendo assim, esta afirmação está incorreta.
    b) O Manual de Redação explica que o texto profissional dispensa manifestações emocionais. Por isso, ícones e emoticons não devem ser utilizados. Dessa forma, verificamos que esta alternativa está incorreta.
    c) Os textos das mensagens eletrônicas não podem ser redigidos com abreviações como “vc", “pq", usuais das conversas na internet, ou neologismos, como “naum", “eh", “aki". Desse modo, esta alternativa está incorreta.
    d) Apesar da imensa lista de fontes disponíveis nos computadores, mantêm-se a recomendação de tipo de fonte, tamanho e cor dos documentos oficiais: Calibri ou Carlito, tamanho 12, cor preta. Assim, constatamos que esta alternativa está correta.
    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
5344270
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre o ambiente de trabalho:


I. No ambiente de trabalho, repudia-se qualquer forma de agressão física, exceto quando ocorrer violência física por questão de gênero, permitindo-se que o sexo mais frágil se defenda com o uso de força bruta.

II. Se o funcionário for convocado pela CIPA, significa que sua conduta está incompatível com a higiene do trabalho.

III. Em caso de incêndio no ambiente de trabalho, deve-se utilizar os extintores, ao invés de baldes ou mangueiras de água.


Assinale:

Alternativas
Comentários
  • I- errado

    No ambiente de trabalho, repudia-se qualquer forma de agressão física, exceto quando ocorrer violência física por questão de gênero, permitindo-se que o sexo mais frágil se defenda com o uso de força bruta.

    II-errado

    A  CIPA age por meio de palestras, fiscalizações e incentivo à utilização de equipamentos de proteção individual () pelos funcionários. E não com conduta incompatível com a higiene do trabalho

    II- errado

    A NR 23 determina que toda empresa que tenha 50 ou mais colaboradores deverá ter pontos de água sob pressão, a fim de extinguir os começos de fogo de Classe A.

    Os pontos de água deverão ser sinalizados e de fácil acesso. Muito importante seguir recomendações para o uso da água no combate a incêndio: nunca usar água no combate de fogos da Classe B e C, salvo quando pulverizada sob a forma de neblina; e nos fogos da Classe D. Sobre os chuveiros automáticos é imprescindível que tenha um espaço de pelo menos 1,0 m entre cada chuveiro, a fim de assegurar um combate de incêndio eficaz.

  • ''permitindo-se que o sexo mais frágil se defenda com o uso de força bruta.'' kkkkkkkkkkkk

  • Qual o erro da III ??


ID
5344273
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) é estruturante e essencial ao modelo de Atenção Integral em Saúde do Trabalhador. Constitui-se de saberes e práticas sanitárias, articulados intra e inter setorialmente. Dentre os seus objetivos está:

Alternativas
Comentários
  • A Vigilância em Saúde do Trabalhador pauta-se nos princípios do Sistema Único de Saúde, em consonância com os Sistemas Nacionais de Vigilância de Vigilância Sanitária e de Vigilância Epidemiológica, articulada com a área assistencial.

    Tem como objetivos:

    1. Conhecer a realidade de saúde da população trabalhadora, independente da forma de inserção no mercado de trabalho e do vínculo trabalhista estabelecido;
    2. Intervir nos fatores determinantes de agravos à saúde da população trabalhadora, visando eliminá-los ou, na sua impossibilidade, atenuá-los;
    3. Avaliar o impacto das medidas adotadas para a eliminação, atenuação e controle dos fatores determinantes e agravos à saúde;
    4. Subsidiar a tomada de decisões dos órgãos competentes;
    5. Estabelecer sistemas de informação em saúde do trabalhador.

    fonte: https://www.saude.go.gov.br/vigilancia-em-saude/saude-ambiental-e-do-trabalhador

  • Identificar o perfil de saúde da população trabalhadora, considerando a analise da situação de saúde:

    a) A caracterização do território, perfil social, econômico e ambiental da população trabalhadora.

    b) Intervir nos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde da população trabalhadora, visando eliminá-los ou, na sua impossibilidade, atenuá-los e controlá-los.

    c) Avaliar o impacto das medidas adotadas para a eliminação, controle e atenuação dos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde, para subsidiar a tomada de decisões das instancias do SUS e dos órgãos competentes, nas três esferas de governo.

    d) Utilizar os diversos sistemas de informação para a VISAT. ()

    Fonte: https://renastonline.ensp.fiocruz.br/temas/vigilancia-saude-trabalhador

    Insta: @danizinhaconcurseira


ID
5344276
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Acerca das licitações públicas, analise as afirmativas a seguir:


I. Toda licitação deve estar em estrita conformidade com a probidade administrativa.

II. Como as licitações públicas trazer vantagens para a Administração Pública, o julgamento das propostas é de natureza subjetiva.

III. O agente público pode frustrar o caráter competitivo da licitação, desde que seja para retificar o instrumento convocatório.


Assinale:

Alternativas
Comentários
  • LEI. 8.666/93

    (I) CERTO.

    (II) ERRADO. Vai de encontro ao princípio do julgamento objetivo (Art. 3º). Também, não haverá discricionariedade (liberdade de poder) por parte da Administração.

    (III). ERRADO. (Art. 82)

  • Sobre o item III.

    Art. 82.  Os agentes administrativos que praticarem atos em desacordo com os preceitos desta Lei ou visando a frustrar os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas nesta Lei e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das responsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar.

  • quem escreveu o item II foi minha sobrinha, ctz

  • O item 2 está errado até na gramática! Deusulivre!!! R: A

  • LETRA A).

    Sobre o item III:

    Lei 8.666/93, Art. 3º, § 1  "É vedado aos agentes públicos:

    I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5 a 12 deste artigo e no art. 3 da Lei n 8.248, de 23 de outubro de 1991".  


ID
5344279
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No âmbito das licitações públicas, é possível afirmar que o registro de preços:

Alternativas
Comentários
  • Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: (Regulamento) (Regulamento)

    (Regulamento) (Vigência) I ­ atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de

    desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas;

    II ­ ser processadas através de sistema de registro de preços; III ­ submeter­se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado; IV ­ ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do

    mercado, visando economicidade; V ­ balizar­se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública. § 1o O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado. § 2o Os preços registrados serão publicados trimestralmente para orientação da Administração, na

    imprensa oficial. § 3o O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades

    regionais, observadas as seguintes condições: I ­ seleção feita mediante concorrência; II ­ estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados; III ­ validade do registro não superior a um ano. § 4o A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as contratações que deles

    poderão advir, ficando­lhe facultada a utilização de outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de condições.

    § 5o O sistema de controle originado no quadro geral de preços, quando possível, deverá ser

    informatizado. § 6o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do quadro geral em razão de

    incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666compilado.htm 8/4413/12/2016 L8666compilado

    § 7o Nas compras deverão ser observadas, ainda: I ­ a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação de marca; II ­ a definição das unidades e das quantidades a serem adquiridas em função do consumo e utilização

    prováveis, cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante adequadas técnicas quantitativas de estimação;

    III ­ as condições de guarda e armazenamento que não permitam a deterioração do material.

  • GABARITO: C

    • Art. 15, L. 8.666/93. As compras, sempre que possível, deverão: (...) II - ser processadas através de sistema de registro de preços; (...) § 1º O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado.
  • GABARITO: C

    Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:

    II - ser processadas através de sistema de registro de preços;

    § 1o O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado.

  • Art. 15, L. 8.666/93. As compras, sempre que possível, deverão: (...) II - ser processadas através de sistema de registro de preços; (...) § 1º O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado.

  • fixando,

    • Através do Sistema de registro de preços serão processadas as compras realizadas por licitação;
    • Só após ampla pesquisa de mercado serão registrados os preços no sistema. VISANDO atender o princípio da isonomia e a proposta mais vantajosa.

ID
5344282
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre as modalidades e regimes de licitação:


I. A concorrência é um regime de licitação caracterizado pelo preço unitário.

II. A tarefa e a empreitada integral são exemplos de regimes de licitação.

III. O concurso e o leilão são modalidades de licitação.


ssinale:

Alternativas
Comentários
  • Concurso e leilão são modalidades de licitação artigo 22 inciso IV e V da lei 8.666/93, opção III está correta.

  • Art. 10.  As obras e serviços poderão ser executados nas seguintes formas: ()

    I - execução direta;

    II - execução indireta, nas seguintes modalidades:

    II - execução indireta, nos seguintes regimes: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

    a) empreitada por preço global;

    b) empreitada por preço unitário;

    c) (VETADO)

    c) (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

    d) tarefa;

    e) empreitada integral.

  • GABARITO: C

    Assertiva I. Incorreta. Concorrência é modalidade de licitação (não é regime). Preço unitário é característica do regime de empreitada por preço unitário.

    Art. 6º, VIII, L. 8.666/93. Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: (...) b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas; (...)

    Assertiva II. Correta. Art. 6º, VIII, L. 8.666/93. Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;

    b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;

    c) (Vetado).  

    d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;

    e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada;

    Assertiva III. Correta. Art. 22, L. 8.666/93. São modalidades de licitação: I - concorrência; II - tomada de preços; III - convite; IV - concurso; V - leilão.

  • ✅LETRA C.

    Direto ao ponto...

    Concorrência é UMA MODALIDADE DE LICITAÇÃO.

    APRENDA, PRATIQUE, TREINE MUITO E VÁ REPETINDO. FIRMEZA NO TREINO!!✍

  • Modalidade # Tipo# Regime

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.666/1993.

    Inicialmente importante fazermos menção a nova lei de licitações – Lei 14.133/2021, sancionada em 01/04/2021. Apesar desta sanção, a Lei nº 8.666/93 ainda terá aplicação por mais dois anos.

    Desta forma, nos primeiros 2 anos teremos a aplicação da lei nº 8.666/93, bem como da lei nº 14.133/21. Os órgãos terão a possibilidade de optar em utilizar a lei nº 8.666/93 ou a lei nº 14.133/21, devendo ser justificada a escolha, sendo vedada a combinação das duas leis.

    Como esta presente questão é anterior à nova lei, a lei que a fundamenta ainda é a Lei 8.666/93. Vejamos:

    I. ERRADO.

    Art. 22, Lei 8.666/93. São modalidades de licitação:

    I – concorrência – (Art. 22, §1º, Lei 8.666/1993 – Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.).

    Art. 6º, Lei 8.666/93. Para os fins desta Lei, considera-se:

    VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes:

    b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas.

    Concorrência é uma modalidade de licitação, não um regime.

    II. CERTO.

    Art. 6º, Lei 8.666/93. Para os fins desta Lei, considera-se:

    VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes:

    d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais.

    e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada.

    III. CERTO.

    Art. 22, Lei 8.666/93. São modalidades de licitação:

    IV – concurso – (Art. 22, §4º, Lei 8.666/93 Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias.);

    V – leilão – (Art. 22, § 5º, Lei 8.666/93 Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. Somente poderá ser utilizado quando a Administração almejar alienar bens, devendo-se, obrigatoriamente, nessa modalidade, usar o tipo maior lance para a seleção da proposta mais vantajosa.).

    Desta forma:

    C. CERTO. Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

    GABARITO: ALTERNATIVA C.

  • A questão demanda conhecimento acerca das modalidades licitatórias e dos regimes licitatórios

    Modalidades licitatórias são os diferentes procedimentos licitatórios adotados a depender do objeto e valor da contratação. São modalidades licitatórias o pregão, a concorrência, o leilão, o diálogo competitivo, o concurso e a tomada de preços e o convite.

    Cabe ressaltar que, em 1º de abril de 2021, foi editada a nova lei de licitações (Lei nº 14.133/2021). A nova lei extinguiu as modalidades tomada de preços e convite, previstas na Lei nº 8.666/1993, e criou a modalidade diálogo competitivo.

    A nova lei, contudo, não revogou imediatamente a Lei nº 8.666/1993, determinou que, pelo prazo dois anos a contar da sua publicação, a Lei nº 8.666/1993 permanecerá em vigor, cabendo ao gestor público escolher em cada licitação e contratação qual diploma legal irá aplicar. O edital da licitação ou no processo de contratação direta devem indicar a lei escolhida, sendo vedada a combinação dos dois diplomas.

    Assim, até que a Lei nº 8.666/1993 seja definitivamente revogada, as modalidades licitatórias tomada de preços e convite seguem existindo.

    Regimes de execução das licitações ou regimes licitatórios são as diferentes formas pelas quais pode ser realizada a contratação e a remuneração da pessoa contratada. Os regimes de execução podem considerar os preços unitários dos bens e serviços que compõem a contratação, podem considerar o preço total da obra ou serviço contratado ou podem considerar tarefas específicas.

    A Lei nº 8.666/1993 já previa os seguintes regimes de execução: empreitada por preço global, empreitada por preço unitário, empreitada integral e tarefa.

    A Lei nº 14.133/2021 prevê os seguintes regimes de execução: empreitada por preço unitário; empreitada por preço global; empreitada integral; contratação por tarefa; contratação integrada; contratação semi-integrada; fornecimento e prestação de serviço associado.

    A modalidade licitatória não se confunde com o regime de execução, sendo possível a combinação de diferentes modalidades licitatórias com diferentes regimes de execução.

    Feitas essas considerações, vejamos as alternativas da questão:

    I. A concorrência é um regime de licitação caracterizado pelo preço unitário.

    Incorreta. A concorrência não é um regime de licitação é uma modalidade licitatória que não se caracteriza pelo preço unitário, dado que o preço unitário se refere ao regime e não à modalidade de licitação.

    II. A tarefa e a empreitada integral são exemplos de regimes de licitação.

    Correta. A tarefa e a empreitada global são exemplos de regimes licitatórios.

    III. O concurso e o leilão são modalidades de licitação.

    Correta. O concurso e o leilão são modalidades licitatórias.

    Verificamos, então, que são corretas as afirmativas II e III, de modo que a resposta da questão é a alternativa C.

    Gabarito do professor: C. 


  • Concorrência, tomada de preço e leilão são modalidades de licitação. Empreitada integral, empreitada integral, empreitada por preço unitário e tarefa são regimes de licitação.

  • O Regime da qual menciona a Lei é referente à execução da obra/serviço,

    Regimes passíveis de serem adotados:

    1. empreitada por preço global, que é “quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;
    2. empreitada por preço unitário, que é “quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas.

    (art. 6º, VIII, “a” e “b”, da Lei nº 8.666/93 - portal cnmp.mp + grifos)


ID
5344285
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com o intuito de realizar uma quermesse beneficente, o padre João Maria pediu autorização ao Prefeito para utilizar a praça da cidade. O pedido foi prontamente deferido, mas, posteriormente, a Secretaria Municipal de Cultura informou que a praça já havia sido requisitada para uma reunião da associação de músicos. O padre, então, foi avisado de que precisaria achar outra data para a quermesse. Nesse caso, a Administração retirou a autorização dada ao padre tendo por base, principalmente, o princípio da:

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    O princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública possui o poder de controlar os próprios atos, anulando-os quando ilegais ou revogando-os quando inconvenientes ou inoportunos. Assim, a Administração não precisa recorrer ao Poder Judiciário para corrigir os seus atos, podendo fazê-lo diretamente.

    Esse princípio possui previsão em duas súmulas do STF, a 346, que estabelece que “A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos”, e 473, que dispõe o seguinte:

    Súmula nº 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revoga-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

  • Assertiva D

    o princípio da: autotutela

  • No princípio da autotutela, a Administração Pública exerce controle sobre seus próprios atos, tendo a possibilidade de anular os ilegais e de revogar os inoportunos. Isso ocorre pois a Administração está vinculada à lei, podendo exercer o controle da legalidade de seus atos.

    GAB D

  • No caso, a autorização passou a ser inconveniente, haja vista que já tinha outro evento para o local, sendo assim, a administração baseado no seu poder de autotutela, pode revogar a autorização dada ao padre. Conforme súmula 473 do STF.

    Súmula nº 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revoga-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

  • Autorização é ato discricionário e Precário , sendo que a Administração Pública poderá revogar estes atos por motivo de conveniência ou oportunidade.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a opção correta.

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:          

    Legalidade

    O Administrador não pode agir, nem deixar de agir, senão de acordo com a lei, na forma determinada.

    Impessoalidade

    A Administração deve atuar de forma a servir a todos, independente de preferências ou aversões partidárias ou pessoais. Encontra-se diretamente relacionado ao princípio da impessoalidade a ideia de igualdade/isonomia.

    Moralidade

    Trata-se aqui não da moral comum, e sim da moral administrativa ou ética profissional, consistindo no conjunto de princípios morais que devem ser observados no exercício de uma profissão.

    Publicidade

    Segundo o princípio da publicidade, os atos públicos devem, como requisito de sua eficácia, ter divulgação oficial, com as exceções previstas em lei (segurança nacional, certas investigações policiais, processos cíveis em segredo de justiça etc.). Quando os atos e contratos tornam-se públicos, há uma maior facilidade de controle pelos interessados e pelo povo de uma maneira geral, e este controle faz referência tanto aos aspectos de legalidade quanto de moralidade.

    Eficiência

    O princípio da eficiência foi introduzido expressamente pela Emenda Constitucional 19 de 4/06/1998, que afirma que não basta a instalação do serviço público. Além disso, o serviço deve ser prestado de forma eficaz e atender plenamente à necessidade para a qual foi criado, através da otimização dos meios para atingir o fim público colimado.

    Assim:

    A. ERRADO. Instrumentalidade.

    Segundo o princípio da instrumentalidade das formas, a existência dos atos processuais é um instrumento utilizado para a obtenção de determinada finalidade. Deste modo, ainda que com vício, caso o ato atinja sua finalidade, não havendo prejuízo às partes, não se declarará sua nulidade.

    B. ERRADO. Publicidade.

    Conforme explicação supra.

    C. ERRADO. Impessoalidade.

    Conforme explicação supra.

    D. CERTO. Autotutela.

    A Administração Pública pode corrigir seus atos, revogando os inoportunos ou irregulares e anulando os ilegais, com respeito aos direitos adquiridos e indenizando os prejudicados, quando for o caso. (Súmula 346 do STF - A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos). (Súmula 473 do STF - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.)

    ALTERNATIVA D.

  • GABARITO: D

    De acordo com o princípio da autotutela, a Administração Pública exerce controle sobre seus próprios atos, tendo a possibilidade de anular os ilegais e de revogar os inoportunos. Isso ocorre pois a Administração está vinculada à lei, podendo exercer o controle da legalidade de seus atos.

    Fonte: https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1026/Auto-tutela

  • GABARITO - D

    " Capacidade de controlar seus atos "

    Refere-se à Autotutela

    Lembre-se de que autorização é um ato discricionário e a análise de oportunidade e conveniência

    refere-se à ( revogação )

  • GABARITO LETRA D

    AUTOTUTELA:

     *O poder de autotutela administrativa está consagrado na seguinte sumula do STF.

     *Súmula do STF 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.  

     

    * o princípio da autotutela possibilita à Administração Pública controlar seus próprios atos, apreciando-os sob dois aspectos, quais sejam:

     I) Legalidade: em que a Administração pode, de ofício ou provocada, anular os seus atos ilegais.

    II)Mérito: em que a Administração reexamina um ato legítimo quanto à conveniência e oportunidade, podendo mantê-lo ou revogá-lo.

  • Gabarito: D

    Autotutela - vide sumula 473

    " (...) a administração pode revogar os seus próprios atos por motivo de conveniência ou oportunidade (...)"

  • 0 princípio da autotutela administrativa permite à Administração Pública a revisão de seus atos, seja por vícios de ilegalidade (invalidação), seja por motivos de conveniência e oportunidade (revogação).

    O caso retrata hipótese de autorização de uso de bem público de uso comum. Trata-se de ato unilateral, que independe de autorização legal e prévia licitação, discricionário e precário pelo qual a Administração legitima o uso de bem público por particular.

    Caracterizam a autorização de uso:

    • a unilateralidade, o que significa que a autorização independe da aquiescência do administrado;
    • a precariedade, que admite a sua revogação a qualquer tempo; e
    • o fato de ser conferida no interesse privado do utente.

    Só a Administração pode revogar seus atos e apenas os atos válidos podem ser revogados, haja vista que, se o ato for inválido, só caberá a sua anulação, não havendo que falar em critérios de conveniência e oportunidade.

    Na revogação, a Administração revê o seu julgamento acerca do mérito do ato administrativo, que passa a ser interpretado como inconveniente, revelando-se necessária a sua retirada do mundo jurídico.

    Observa-se que a autorização de uso em apreço também poderia ser retirada por meio de CONTRAPOSIÇÃO OU DERRUBADA. Explico: neste caso, a extinção do ato administrativo decorre da edição de novo ato que produz efeito contraposto. Diante da contradição dos efeitos entre os dois atos administrativos prevalece apenas o ato mais recente, com a consequente invalidação do mais antigo.

  • RUMO PMCE2021

  • A questão demanda conhecimento acerca dos princípios que regem a Administração Pública. Na situação hipotética descrita no enunciado, a Administração Pública editou ato administrativo consistente na autorização de uso de bem público concedida a um padre. A autorização inicialmente concedida, contudo, foi revogada após a Administração Pública constatar que o uso do bem na mesma data já havia sido concedido a outro particular.

    A autorização de uso de bem público é ato administrativo e, na situação hipotética do enunciado, a autorização concedida foi revista pela Administração Pública.

    O princípio que autoriza a Administração Pública a rever seus próprios atos, revogando-os quando inconvenientes e inoportunos e anulando-os quando ilegais é o princípio da autotutela.

    O princípio da autotutela está consagrado no artigo 54 da Lei nº 9.784/1999 que dispõe o seguinte: 
    Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
    O princípio da autotutela foi também consagrado pela Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal que estabelece o que se segue:

    A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

    Verificamos, então, que o enunciado da questão se refere ao princípio da autotutela administrativa, de modo que a resposta da questão é a alternativa D.

    Gabarito do professor: D. 

  • AUTOTUTELA . A ADM revogou um ato ( a autorização ) por razoes de conveniência e oportunidade. Tudo isso sem recorrer ao Poder Judiciário.

    gab: D)

  • Autotutela > Por Oportunidade e Conveniência - A Consequência é a Revogação

    Autotutela > Por Vícios de Legalidade - A Consequência é a Anulação

    1. A questão demanda conhecimento acerca dos princípios que regem a Administração Pública. Na situação hipotética descrita no enunciado, a Administração Pública editou ato administrativo .
    2.  A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

    Verificamos, então, que o enunciado da questão se refere ao princípio da autotutela administrativa.

    Letra D

  • Gab D

    A autorização é um ato administrativo NEGOCIAL, por meio do qual a administração possibilita a realização de atividade do interesse do privado ou de uso de bem público ao particular - NO CASO A PRAÇA. É um ato administrativo unilateral, discricionário e precário.


ID
5344288
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre a Administração Pública, analise as afirmativas a seguir:


I. No Direito Administrativo, vige a máxima de que onde existir Administração Pública haverá lei como pressuposto de sua existência.

II. A Administração Pública Indireta pode ser composta por pessoas jurídicas de direito público externo.

III. No Brasil, a Administração Pública é classificada tecnicamente como burocrática, corrupta e ineficiente.


Assinale:

Alternativas
Comentários
  • GAB. LETRA A

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    Ps. faltou a afirmativa "somente a III está correta" =# kkk

  • Altarquia e pessoa juridica do direito publico, e faz parte a administracao indireta, e nao esta interna na administracao, entao porque o gab, e a letra A?

  • "São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público" Consegui acertar a questão por pensar exatamente dessa forma.
  • Aline! embora seja verdade, não podemos dizer que é verdade senão erramos na prova kkkkkkkkk

  • essa prova é o tipo de prova de 2a grau, nao da pra viajar muito, é letra A e ponto, se fosse promotor , ai muita gente estaria viajando pra saber o que quer dizer isso hehehehe.

    a proposito, a 3a assertiva nao esta tao errada assim heheh

  • Eu sabia que era a A, mas marquei a C por pura pirraça mesmo. A III está certa. kkk

  • GABARITO - A

    I. No Direito Administrativo, vige a máxima de que onde existir Administração Pública haverá lei como pressuposto de sua existência.✅

    A exemplo da indireta em que temos pessoas jurídicas criadas por lei e outras autorizadas por lei.

    _________________________________________________

    II. A Administração Pública Indireta pode ser composta por pessoas jurídicas de direito público externo.

    CC, Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

    I - a União;

    II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

    III - os Municípios;

    IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)

    V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

    República Federativa do Brasil , quando mantém relações com outros países ,

    é pessoa jurídica de Direito Público Externo

    ___________________________________________________

    III. No Brasil (...)

    A classificação aproximada é de administração GERENCIAL.

    Bons estudos!

  • Alguém pode me dizer o erro da III?

  • Ainda bem que não tinha a opção I e III, se tivesse teria errado! KKKKK

  • A III está errada por causa do termo "tecnicamente"

  • A III é a mais correta de todas kkk

  • Pesada

  • Queria eu pegar uma questão dessa na prática KK

  • Procurei a opção somente a I e a III estão corretas, não encontrei. KKKKKK

    Então GABARITO: Alternativa A

    Bons estudos, e siga firme nos objetivos!

  • Item III: senhora???? !

  • Percebe-se a revolta do examinador ao elaborar o item III, kkkkkkkkkkkkkk

  • Rindo dos comentários kkkkk

  • A questão trata da Administração Pública Direta e Indireta. A Administração Pública Direta é composta pelas pessoas políticas, União, estados, Distrito Federal e municípios que são pessoas jurídicas de direito público interno.

    A Administração Pública Indireta é composta por entidades criadas pelas pessoas políticas que são pessoas jurídicas com personalidade jurídica de direito público ou de direito privado.

    Pessoas jurídicas de direito público externo são pessoas jurídicas regidas pelo direito internacional público, tais como nações estrangeiras e organizações internacionais, por exemplo, a Organização das Nações Unidas.

    Feitas essas considerações, vejamos as afirmativas da questão:

    I. No Direito Administrativo, vige a máxima de que onde existir Administração Pública haverá lei como pressuposto de sua existência.

    Correta. A Administração Pública é regida pelo princípio da legalidade, de modo que todas as pessoas jurídicas da Administração Pública Direta ou Indireta são criadas por lei ou por normas constitucionais. Consequentemente, a existência de lei é pressuposto de existência das pessoas administrativas.

    II. A Administração Pública Indireta pode ser composta por pessoas jurídicas de direito público externo.

    Incorreta. A Administração Pública Indireta não pode ser composta por pessoas jurídicas de direito público externo. A Administração Indireta é composta por entidades com personalidade jurídica própria que pode ser de direito público interno ou de direito privado.

    Autarquias, por exemplo, são pessoas jurídicas da Administração Indireta com personalidade jurídica de direito público interno. Empresas públicas e sociedades de economia mista são entidades da Administração Pública Indireta com personalidade jurídica de direito privado.

    III. No Brasil, a Administração Pública é classificada tecnicamente como burocrática, corrupta e ineficiente.

    Incorreta. A Administração Pública no Brasil não é, em uma perspectiva técnica do direito administrativo, definida como burocrática, corrupta e ineficiente. Pelo contrário, a Administração deve, da perspectiva da doutrina jurídica, ser eficiente, regida pelo princípio da eficiência previsto no artigo 37, caput, da Constituição Federal.

    Vemos, então, que apenas a afirmativa I é correta, logo, a resposta da questão é a alternativa A.

    Gabarito do professor: A. 


  • o examinador estava put4ss0 da vida, hein.

  • "São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público" Consegui acertar a questão por pensar exatamente dessa forma.

  • "São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público" Consegui acertar a questão por pensar exatamente dessa forma.

  • kct o III esta muito certo!!

  • Acho que o gabarito correto não existe kkkkkk
  • Qual o erro do item III ?

  • essa questão cabe recurso.

  • Engraçado ler alguns desses comentários aqui: os caras 'estudando pra concurso' e descendo a lenha no serviço público. Vocês são uns verdadeiros palhaços. Eu sou servidor e não vejo nada disso no lugar que trabalho. Muito pelo contrário: chego trabalhando e saio trabalhando. Visão totalmente deturpada de administração pública. Os senhores e as senhoras jamais passarão; não precisamos de pessoas medíocres na adm. pública. Vão pra iniciativa privada. Lá é o lugar de vcs.

    Enfim, gaba na letra A.

    Pessoas jurídicas de direito público externo não fazem parte da administração pública.

    O item III está absolutamente errado.

  • Eles nunca admite a verdade III

  • Ai tu vai lá fazer a prova e se depara com essa opção III. A vontade de marcar como CERTO é grande, mas ai você se lembra que a prova vem da própria ADM.

    Não faz sentido a Administração Pública falar mal de si mesma, a não ser que seja igual a minha mãe quando me chama de fdp.

  • Bando de idiotas dizendo que a III está correta e ao mesmo tempo estudando pra concurso! Hahaha vão procurar outra coisa pra fazer da vida!

  • Como que a banca considerou a alterntiva III incorreta? rsrs

  • Parem de criticar o colega que tem opnião diferente da sua, cada um tem liberdade de se expressar como bem entende, desde que isso não ofenda a honra do outro. Quer ter razão, tem que primeiro aprender a argumentar, regra nº 1 tenha educação, e 2 tenha senso de humor, pra que tanto MIMIMI, opinar é bem diferente de ser ofensivo.

    Abraços e bons estudos

  • Eu ri, viu kkkkkkk

  • desse jeito vai ser difícil acertar na prova.. hahahahahahah
  • Pessoal se indigna com as brincadeiras. Eu sou funcionário público, mas reconheço que há muita coisa errada. O funcionário público concursado muitas vezes é o mais injustiçado. Mas o grande problema para mim são os cargos comissionados, que são indicações sem qualquer critério de competência, muitos nem aparecem para trabalhar porque possuem "padrinhos". Outro problema são os secretários, que em sua maioria nada entendem da pasta que atuam, visam somente beneficiar a eles mesmos e os "amigos". Fora as várias burocracias desnecessárias que devem ser revistas. Então, acho que devemos ser críticos, não é porque sou funcionário que devo passar pano para as mazelas do serviço público.

  • II - São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. Ver artigo 42 do Código Civil.

  • Tobo brasileiro pensou 2 vezes antes de marcar o enunciado III. A vontade foi grande kkkkkkk

  • O REDATOR DA QUESTÃO QUIS DESABAFAR NA ALTERNATIVA III


ID
5344291
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Nos contratos administrativos, não podem ser modalidades de garantia:

Alternativas
Comentários
  • Gab. B

    Comentário do Professor Erick Alves: 

    Ao estudarmos contratos administrativos, vemos que a Lei 8.666/1993 prevê que a exigência ou não de garantia é decisão discricionária da autoridade competente, existindo três diferentes modalidades, ficando a critério do contratado optar por uma delas. Essas modalidades podem ser resumidas como:

    (I) caução em dinheiro ou títulos da dívida pública;

    (II) seguro-garantia; 

    (III)fiança bancária.

    Em regra, a garantia não pode exceder 5% do valor do contrato e será atualizada nas condições deste. Esse limite, porém, pode ser elevado para até 10% do valor do contrato nas contratações de grande vulto que envolvam alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis.

  • Fudeu DST

    Fiança bancária

    Dinheiro

    Seguro garantia

    Titulos da dívida publica

  • Nesse caso de questão, quanto menos a palavra se repetir entre as alternativas, mais chance de ser a correta. Ainda mais da forma intercalada que veio.

    Lembrando que é só técnica para saída do desespero, não é algo 100% certeiro, o certo é decorar!

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.666/1993.

    Inicialmente importante fazermos menção a nova lei de licitações – Lei 14.133/2021, sancionada em 01/04/2021. Apesar desta sanção, a Lei nº 8.666/93 ainda terá aplicação por mais dois anos.

    Desta forma, nos primeiros 2 anos teremos a aplicação da lei nº 8.666/93, bem como da lei nº 14.133/21. Os órgãos terão a possibilidade de optar em utilizar a lei nº 8.666/93 ou a lei nº 14.133/21, devendo ser justificada a escolha, sendo vedada a combinação das duas leis.

    Como esta presente questão é anterior à nova lei, a lei que a fundamenta ainda é a Lei 8.666/93. Vejamos:

    Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.

    § 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:

    I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda;

    II - seguro-garantia;

    III - fiança bancária.  

    Assim:

    A. CERTO. Caução em dinheiro e fiança bancária.

    Conforme art. 56, §1º, I e III, Lei 8.666/93.

    B. ERRADO. Fiança real e precatória.

    Sem previsão legal.

    C. CERTO. Seguro-garantia e caução em dinheiro.

    Conforme art. 56, §1º, I e II, Lei 8.666/93.

    D. CERTO. Fiança bancária e seguro-garantia.

    Conforme art. 56, §1º, I e II, Lei 8.666/93.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.  

  • GABARITO: B

    Art. 56, § 1o Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:

    I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda;

    II - seguro-garantia;

    III - fiança bancária.

  • OFERECIMENTO DE GARANTIA (COM BASE NA NOVA LEI) - CLÁUSULA EXORBITANTE:

    • ATO DISCRICIONÁRIO DA ADM;
    • MODALIDADE DE GARANTIA - INCUMBÊNCIA DO CONTRATADO;
    • LIMITES:

    REGRA - ATÉ 5%;

    EXCEÇÕES:

    1. ATÉ 10% - COMPLEXIDADE TÉCNICA E DOS RISCOS ENVOLVIDOS;
    2. ATÉ 30% - APENAS NA MODALIDADE SEGURO-GARANTIA, OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA DE GRANDE VULTO.

    MODALIDADES DE GARANTIA:

    • CAUÇÃO EM DINHEIRO OU TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA;
    • FIANÇA BANCÁRIA;
    • SEGURO-GARANTIA.

    NÃO SE CONFUNDE COM A GARANTIA DE PROPOSTA - ATÉ 1% DO VALOR ESTIMADO DA CONTRATAÇÃO.

  • GABARITO - B

    "Segura o caução da fia "

    Seguro garantia

    Caução em dinheiro ou título de dívida pública

    Dinheiro

    Fiança bancária

  • o que seria "fiança real" ?

  • A questão demanda conhecimento acerca das garantias nos contratos administrativos.

    De acordo com o artigo 56, §1º, da Lei nº 8.666/1993 podem ser adotadas nos contratos administrativos as seguintes modalidades de garantias:
     I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda

    II - seguro-garantia.

    III - fiança bancária.   

    A nova lei de licitações e contratos públicos (Lei nº 14.133/2021)  estabelece em seu artigo 96 que poderão ser prestadas as seguintes modalidades de garantia:
    I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil, e avaliados por seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Economia;

    II - seguro-garantia;

    III - fiança bancária emitida por banco ou instituição financeira devidamente autorizada a operar no País pelo Banco Central do Brasil.

    Vemos que não são modalidades de garantia em contratos administrativos “fiança real e precatória", logo, a resposta da questão é a alternativa B.

    Gabarito do professor: B. 

  • CA-SE-TI-FI

    • CA ução em dinheiro
    • SE guro garantia.
    • TI tulos em dívidas públicas.
    • FI ança Bancária.
  • Dava para acertar por eliminação lógica.


ID
5344294
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre os atos administrativos e o controle da Administração Pública, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

    O controle feito pela administração pública é bastante amplo, pois abarca tanto os atos vinculados quanto os discricionários.

    Ademais, tbm há controle feito pelo judiciário, no que diz respeito a legalidade desses atos.

  • lembrando que o controle do judiciário nos atos discricionários só pode atingir a legalidade, nunca o mérito

  • Assertiva C

    O controle administrativo pode alcançar atos vinculados ou discricionários

  • A - Errado

    •Os atos discricionários podem ser anulados (quando ilegais) ou revogados (quando legais, porém inconvenientes e inoportunos), já os atos vinculados só podem ser anulados (quando ilegais).

    B - Errado

    •O Poder Judiciário, no exercício da função jurisdicional, pode anular ato administrativo fazendo um controle de legalidade, mas não pode revogá-lo porque o controle de mérito pertence apenas à própria Administração Pública.

    D - Errado

    •Os atos discricionários podem ser anulados (quando ilegais) ou revogados (quando legais, porém inconvenientes e inoportunos).

    GAB C

  • Sumula do STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

  • GABARITO: C

    A autoexecutoriedade significa que o ato pode ser executado independentemente de ordem judicial. Mas não confunda! Isso não significa que não pode haver controle judicial do ato. Este atributo só poderá estar presente diante de lei ou em casos urgentes.

    Fonte: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/resumo-de-atos-administrativos/

  • CONTROLE DA ADM - P. DA AUTOTUTELA (QUE NÃO SE CONFUNDE COM TUTELA).

  • A ADM faz o controle de seus próprios atos

    De acordo com o princípio da Autotutela.

    - Anular (vinculado) (ato ilegado) atos com vícios de legalidade EFEITO: Ex Tunc

    -Revogar (discricionário) (ato legal) por motivos de conveniência e oportunidade EFEITO: Ex Nunc

    Ambos são provocados pelo Poder Judiciário

    SE HOUVE ALGUM ERRO, PERDÃO!

  • O controle administrativo - é aquele que permite a revisão dos atos praticados pela administração. Ou seja, todos os poderes realizam modalidades de controle interno (CONTROLANDO OS SEUS ATOS ADMINISTRATIVOS PRATICADOS). Portanto, ao realizar atos administrativos, qualquer poder tem o controle sobre eles, analisando se estão de acordo com a LEI e todos os demais princípios do direito administrativo, podendo se for o caso anulado pelo próprio ORGÃO OU ENTE POLÍTICO (controle interno), ou até mesmo pelo PODER JUDICIÁRIO (CONTROLE EXTERNO). Além disso, poder-se-á controlar atos discricionários quanto a sua CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE, ANALISANDO O MÉRITO DO MESMO, ou seja, AS ESCOLHAS do administrador público PARA ATINGIR O INTERESSE PÚBLICO, verificando se SÃO REALMENTE CONVENIENTES E OPORTUNOS e não sendo o caso, serem REVOGADOS;

    ATOS ILEGAIS - SÃO ANULADOS, PELA ADM OU PELO JUDICIÁRIO;

    ATOS INCONVENIENTES OU INOPORTUNOS - são REVOGADOS pelo controle administrativo.

  • Pra conhecimento.

    Os atos da administração são gênero do qual é espécie o ato administrativo, bem como atos políticos ou de governo, atos privados e atos materiais.

    Os atos políticos não se submetem ao controle jurisdicional em abstrato.

  • A questão trata do controle da Administração Pública, abordando o controle de atos administrativos vinculados e discricionários realizado pela própria Administração, bem como o controle de atos administrativos pelo Poder Judiciário.

    Atos administrativos vinculados são aqueles que têm todos seus elementos estabelecidos em lei. Já os atos administrativos discricionários são aqueles em que a lei deixa alguma margem de liberdade para a prática do ato.

    São elementos dos atos administrativos a competência, a forma, o motivo, o objeto e a finalidade. Os elementos competência, forma e finalidade são vinculados em todos os administrativos, sejam eles vinculados ou discricionários. Já os elementos objeto e motivo são vinculados pela lei nos atos administrativos vinculados e nos atos discricionários há uma margem de liberdade para que o gestor público faça um juízo de conveniência e oportunidade acerca do motivo e objeto do ato administrativo. Motivo e objeto constituem o chamado mérito do ato administrativo discricionário.

    O controle dos atos da administração pública pela própria Administração é chamado de controle administrativo. Esse controle decorre do poder de autotutela da Administração Pública que é prerrogativa desta de rever seus próprios atos.

    O controle administrativo é um controle de legalidade e de mérito que alcança tanto atos vinculados quanto atos discricionários. Isto é, um controle que envolve o controle da legalidade dos atos vinculados, o controle da legalidade dos atos discricionários e também o controle de mérito de atos discricionários que podem ser revistos por razões de conveniência e oportunidade.

    O controle administrativo e o poder de autotutela da Administração Público estão descritos na Súmula nº 473 do Supremo Tribunal Federal que determina o seguinte:

    A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
    O controle dos atos administrativos pelo Poder Judiciário é um controle de legalidade dos atos administrativos. O Poder Judiciário pode realizar um controle de legalidade de atos administrativos vinculados e um controle de legalidade dos atos administrativos discricionários.

    O Poder Judiciário, porém, não pode rever o mérito do ato administrativo, não pode substituir o administrador público no seu juízo de conveniência e oportunidade acerca do motivo e objeto de atos discricionários quando este juízo é realizado na forma da lei.

    Feitas essas considerações, vejamos as alternativas da questão:

    A) O ato vinculado não é passível de controle da Administração Pública.

    Incorreta. O ato vinculado é passível de controle administrativo realizado pela própria Administração Pública.

    B) Nenhum ato administrativo está sujeito à análise e revisão pelo Poder Judiciário.

    Incorreta. Os atos administrativos estão sujeitos a controle e revisão pelo Poder Judiciário em tudo que se refere à legalidade desses atos, embora o controle judicial não se estenda ao mérito do ato administrativo discricionário praticado em conformidade com a lei.

    C) O controle administrativo pode alcançar atos vinculados ou discricionários.

    Correta. O controle administrativo é o controle exercido pela própria Administração sobre seus atos e é um controle de legalidade e mérito que alcança todos os atos administrativos sejam estes vinculados ou discricionários.

    D) O ato discricionário não está sujeito ao controle da Administração Pública.

    Incorreta. Os atos discricionários estão sujeitos a controle pela própria Administração Pública.

    Gabarito do professor: C. 

  • Pode não, ele alcança, uma vez que não se confunde com o controle do judiciário!

  • certo. Outra parecida:

    ( QUADRIX ) Acerca de poderes e atos administrativos, julgue o item seguinte.

    Todos os atos administrativos sujeitam-se ao controle de legalidade por parte do Poder Judiciário. ( CERTO )

    comentário=> visto que o judiciário nao atua no mérito. O judiciário atua desde que provocado seja.


ID
5344297
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre os servidores públicos:


I. Se o servidor público for militar, os seus proventos de aposentadoria poderão ser inferiores ao valor mensal do salário-mínimo.

II. A chamada aposentadoria compulsória está abolida do serviço público brasileiro.

III. Toda servidora pública pode se aposentar por idade com cinco anos a menos do que todo servidor público do sexo masculino.


Assinale:

Alternativas
Comentários
  • todas estão incorreta!

    gabarito A

  • Art. 40 CF

    l) § 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16. 

    ll) II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;  

    lll) III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo.  

    g: A

  • Vamos à análise de cada proposição da Banca:

    I- Errado:

    Esta afirmativa encontra vedação expressa na norma do art. 40, §2º, da CRFB, que veda a percepçaõ de aposentadorias, por servidores públicos em geral, em valores inferiores ao do salário mínimo. Confira-se:

    "Art. 40 (...)
    § 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16."

    II- Errado:

    A aposentadoria compulsória persiste prevista em nosso ordenamento jurídico, mais precisamente em seu art.

    "Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.     

    § 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:     

    (...)

    II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;"   

    Assim sendo, equivocada esta proposição.

    III- Errado:

    Por fim, a presente assertiva malfere o teor do art. 40, §1º, III, em vista do qual percebe-se que a diferença de idade estabelecida entre homens e mulheres não é de 5 anos, mas sim de 3 anos. No ponto, é ler:

    "Art. 40 (...)
    §1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:    

    (...)
     
    III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo." 

    Desta forma, todas as proposições são incorretas.


    Gabarito do professor: A

ID
5344300
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Imagine que determinado servidor público titular de cargo efetivo tenha completado as exigências legais para a aposentadoria voluntária, mas optou por permanecer em atividade. Nesse caso, ele poderá fazer jus a um(a):

Alternativas
Comentários
  • tem direito ao abono de permanência no serviço público.

  • Art. 40. CF

    § 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória.  

    g: B

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos agentes públicos. Vejamos:

    “Art. 40, CF. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

    § 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória.”

    O abono de permanência é um incentivo financeiro dado ao servidor público que deseja continuar trabalhando, optando por não se aposentar, mesmo quando já tenha requisitos para isso.

    Desta forma:

    B. CERTO. Abono de permanência.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.


ID
5344303
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre os serviços públicos:


I. Nenhum serviço público é gratuito para os usuários, já que eles pagam impostos para o Estado.

II. De acordo com o princípio da cortesia, os serviços públicos devem ser contínuos e gratuitos.

III. O princípio da continuidade do serviço público impede que o usuário seja prejudicado pela ocorrência de greves ou fenômenos da natureza, devendo a prestadora de serviço público indenizar, em dobro, o dano causado.


Assinale:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    ITEM I. FALSO. Existem alguns serviços que alcançam o mais alto patamar no que concerne ao princípio da modicidade, isto é, são previstos como serviços gratuitos. Ex.: educação básica obrigatória.

    ITEM II. FALSO. Princípio da cortesia: estampa o dever do prestador de serviço público de ser cortês e educado em sua prestação, ao tratar com o usuário. Art. 6º, §1º, Lei 8.987/95. Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, CORTESIA na sua prestação e modicidade das tarifas.

    ITEM III. FALSO. 1º) SERVIDORES PÚBLICOS, EM REGRA, TEM DIREITO À GREVE. Art. 37, CF. VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.

    2º) O SERVIÇO PÚBLICO PODE SER INTERROMPIDO POR RAZÕES DE FENÔMENO DA NATUREZA

    Art. 6º, §3º, Lei 8.987/95. Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:

    I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,

    II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

  • Gratuito é aquilo que não necessita de pagamento. Todo serviço público é pago, direta ou indiretamente, pelo cidadão

  • todosos servidores tem seus dereitos de defesa como cidadão , sendo direta ou indiretamente pagos prestados aos serviços públicos

  • O dever do cidadão é ter seu dever da cidadania prestar serviços ao público, tem seus direitos de exigir seus serviços prestados gratuitamente.

    • Princípios que regem o serviço público:

    a) Continuidade do serviço público: Em regra, devem ser prestados de forma contínua, sem interrupção.

    b) Igualdade: A administração deve tratar os iguais de maneira igual e os desiguais de maneira desigual na medida de sua desigualdade.

    c) Modicidade: O valor cobrado deve ser módico, ou seja, o mais baixo possível.

    d) Atualidade: A prestação de serviço deve ser atual/atualizada.

    e) Generalidade/universalidade: O serviço público deve ser prestado a toda coletividade.

    f) Cortesia: Deve ser prestado com cortesia, educação, gentileza.

    e) Segurança dos usuários: Deve ser prestado com segurança.

  • gab d!

    ps. cortesia não é de grátis, mas sim de gentileza.

    Não há que e falar em gratuidade, mas sim em modicidade.

    Modicidade: O valor cobrado deve ser módico, ou seja, o mais baixo possível.

  • Quer dizer, o item "i" não está totalmente errado kkkk

  • "Não existe almoço grátis", a I tá certa.

  • Não existe serviço Grátis, se o povo paga imposto então não é grátis.

  • A questão da I é que nem todo mundo paga imposto galera.

  • A questão demanda conhecimento acerca dos serviços públicos. Vejamos as afirmativas da questão:

    I. Nenhum serviço público é gratuito para os usuários, já que eles pagam impostos para o Estado.

    Os serviços públicos, de acordo com a sua forma de custeio, são classificados pela doutrina em gratuitos e onerosos.

    Onerosos são os serviços remunerados pelo usuário do serviço que paga pelo serviço utilizado, por meio de taxa ou tarifa, é o caso dos serviços de fornecimento de água e de luz elétrica domiciliar.

    Gratuitos são os serviços custeados pelo Estado sem que sejam cobradas de usuários específicos taxas ou tarifas específicas pelo serviço. É o caso dos serviços públicos de educação, saúde, iluminação público.

    Assim, embora os usuários dos serviços públicos paguem tributos, nem todos os serviços são considerados onerosos, há também serviços públicos gratuitos.

    II. De acordo com o princípio da cortesia, os serviços públicos devem ser contínuos e gratuitos.

    Incorreta. O princípio da cortesia é um dos princípios que regem os serviços públicos e, de acordo com este princípio, os usuários do serviço público têm o direito de ser tratados pelos prestadores dos serviços com cordialidade e urbanidade. Não resulta, portanto, do princípio da cortesia que os serviços públicos devem ser contínuos e gratuitos.

    III. O princípio da continuidade do serviço público impede que o usuário seja prejudicado pela ocorrência de greves ou fenômenos da natureza, devendo a prestadora de serviço público indenizar, em dobro, o dano causado.

    Incorreta. O princípio da continuidade do serviço público determina que os serviços públicos não sejam interrompidos. No entanto, este princípio não é absoluto.

    Em situações de emergência provocadas por fenômenos da natureza, por exemplo, o serviço pode ser interrompido, sem que fique configurada violação ao princípio da continuidade e sem que surja dever da concessionária de indenizar os usuários.

    Nesse sentido, determina o artigo 6º da Lei 
    Art. 6º Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.

    (...)

    § 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:

    I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,

    II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

    Outra hipótese de interrupção do serviço que parte da doutrina não considera como violação ao princípio da continuidade é a paralisação do serviço decorrente de greve de trabalhadores, uma vez que a Constituição Federal garante aos trabalhadores em geral e aos servidores públicos civis o direito de greve (artigos 9º e 37, VII, da Constituição Federal).

    Verificamos que nenhuma das afirmativas é correta, logo, a resposta da questão é a alternativa D.

    Gabarito do professor: D. 

  • Gente, o item I está errado porque imposto não remunera serviços públicos.

    IMPOSTO é uma espécie tributária que é exigida em função da ocorrência de um FATO GERADOR.

    EX: Ser proprietário de veiculo automotor é fato gerador do IPVA.

    O que remunera serviços públicos são taxas ou tarifas.