SóProvas



Prova VUNESP - 2018 - Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP - Professor de Educação Básica II - História


ID
3459802
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.


Escolas fazem diferença?


        As matérias são ministradas em inglês, e a mensalidade pode chegar a R$ 10 mil. Estamos falando de uma das novas escolas internacionais que se instalaram em São Paulo. Ela se soma a vários colégios bilíngues e a outros mais tradicionais na cada dia mais acirrada disputa pelo público endinheirado.
         Vale a pena gastar tanto com educação? O que a escola agrega ao conhecimento do aluno? Essas são questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores desde os anos 60, quando James Coleman mostrou que a extração familiar e a condição socioeconômica do estudante eram fatores mais importantes para explicar seu desempenho acadêmico do que variáveis mais específicas como a qualidade dos professores, investimento por aluno etc.
       Isso já explica parte do segredo do sucesso das escolas de elite: elas são boas porque recrutam alunos mais ricos, que tendem a sair-se melhor do que a média dos estudantes. E o que acontece quando você põe um desses alunos de elite numa escola normal? Seu desempenho piora?
      Essa é uma pergunta mais traiçoeira, já que depende muito do tipo de estudante de que estamos falando e da escola.
        De todo modo, um belo trabalho de 2011 de Atila Abdulkadiroglu mostrou que, ao menos no caso de bons alunos, a escola não faz diferença. Ele comparou o desempenho de alunos que conseguiram entrar nas concorridíssimas “exam schools” de Nova York e Boston com o daqueles que por muito pouco não passaram e tiveram de contentar-se em estudar em colégios normais. No final, os dois grupos se saíram igualmente bem no SAT, o Enem dos EUA.
         Escolas, vale lembrar, atuam numa via de mão dupla. Elas dão conhecimento aos alunos, mas também extraem algo deles: a sua excelência.


(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)

A conclusão do autor, no último parágrafo do texto, é a de que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? Conforme o último parágrafo: Escolas, vale lembrar, atuam numa via de mão dupla. Elas dão conhecimento aos alunos, mas também extraem algo deles: a sua excelência.

    ? Em resumo, as instituições se tornam de "excelência" devido a essa extração realizada (o bom desempenho, a excelência dos alunos é que faz com que as escolas se tornem de excelência).

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva E

    o bom desempenho dos alunos que apresentam aproveitamento acadêmico acima da média contribui para a excelência das instituições de ensino.

    De todo modo, um belo trabalho de 2011 de Atila Abdulkadiroglu mostrou que, ao menos no caso de bons alunos, a escola não faz diferença. Ele comparou o desempenho de alunos que conseguiram entrar nas concorridíssimas “exam schools” de Nova York e Boston com o daqueles que por muito pouco não passaram e tiveram de contentar-se em estudar em colégios normais. No final, os dois grupos se saíram igualmente bem no SAT, o Enem dos EUA.

         Escolas, vale lembrar, atuam numa via de mão dupla. Elas dão conhecimento aos alunos, mas também extraem algo deles: a sua excelência.


ID
3459805
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.


Escolas fazem diferença?


        As matérias são ministradas em inglês, e a mensalidade pode chegar a R$ 10 mil. Estamos falando de uma das novas escolas internacionais que se instalaram em São Paulo. Ela se soma a vários colégios bilíngues e a outros mais tradicionais na cada dia mais acirrada disputa pelo público endinheirado.
         Vale a pena gastar tanto com educação? O que a escola agrega ao conhecimento do aluno? Essas são questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores desde os anos 60, quando James Coleman mostrou que a extração familiar e a condição socioeconômica do estudante eram fatores mais importantes para explicar seu desempenho acadêmico do que variáveis mais específicas como a qualidade dos professores, investimento por aluno etc.
       Isso já explica parte do segredo do sucesso das escolas de elite: elas são boas porque recrutam alunos mais ricos, que tendem a sair-se melhor do que a média dos estudantes. E o que acontece quando você põe um desses alunos de elite numa escola normal? Seu desempenho piora?
      Essa é uma pergunta mais traiçoeira, já que depende muito do tipo de estudante de que estamos falando e da escola.
        De todo modo, um belo trabalho de 2011 de Atila Abdulkadiroglu mostrou que, ao menos no caso de bons alunos, a escola não faz diferença. Ele comparou o desempenho de alunos que conseguiram entrar nas concorridíssimas “exam schools” de Nova York e Boston com o daqueles que por muito pouco não passaram e tiveram de contentar-se em estudar em colégios normais. No final, os dois grupos se saíram igualmente bem no SAT, o Enem dos EUA.
         Escolas, vale lembrar, atuam numa via de mão dupla. Elas dão conhecimento aos alunos, mas também extraem algo deles: a sua excelência.


(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)

O autor do texto cita a obra de Atila Abdulkadiroglu

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Segundo o texto: De todo modo, um belo trabalho de 2011 de Atila Abdulkadiroglu mostrou que, ao menos no caso de bons alunos, a escola não faz diferença. Ele comparou o desempenho de alunos que conseguiram entrar nas concorridíssimas ?exam schools? de Nova York e Boston com o daqueles que por muito pouco não passaram e tiveram de contentar-se em estudar em colégios normais. No final, os dois grupos se saíram igualmente bem no SAT, o Enem dos EUA.

    ? Ou seja, o desempenho é algo subjetivo, algo pessoal do aluno e possui menor relação com as qualificações técnicas do ambiente escolar.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva c

    como argumento para defender que o aproveitamento acadêmico estaria menos relacionado à instituição de ensino do que às condições que favorecem a aprendizagem.

  • Para quem marcou a alternativa "E":

    O autor do texto cita a obra de Atila Abdulkadiroglu (...) [E] "...para refutar a ideia..."

    Na verdade,a alusão ao estudo do Atila vem justamente para corroborar(defender) a tese do autor e não refutá-la (=afirmar o contrário,negar).


ID
3459808
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.


Escolas fazem diferença?


        As matérias são ministradas em inglês, e a mensalidade pode chegar a R$ 10 mil. Estamos falando de uma das novas escolas internacionais que se instalaram em São Paulo. Ela se soma a vários colégios bilíngues e a outros mais tradicionais na cada dia mais acirrada disputa pelo público endinheirado.
         Vale a pena gastar tanto com educação? O que a escola agrega ao conhecimento do aluno? Essas são questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores desde os anos 60, quando James Coleman mostrou que a extração familiar e a condição socioeconômica do estudante eram fatores mais importantes para explicar seu desempenho acadêmico do que variáveis mais específicas como a qualidade dos professores, investimento por aluno etc.
       Isso já explica parte do segredo do sucesso das escolas de elite: elas são boas porque recrutam alunos mais ricos, que tendem a sair-se melhor do que a média dos estudantes. E o que acontece quando você põe um desses alunos de elite numa escola normal? Seu desempenho piora?
      Essa é uma pergunta mais traiçoeira, já que depende muito do tipo de estudante de que estamos falando e da escola.
        De todo modo, um belo trabalho de 2011 de Atila Abdulkadiroglu mostrou que, ao menos no caso de bons alunos, a escola não faz diferença. Ele comparou o desempenho de alunos que conseguiram entrar nas concorridíssimas “exam schools” de Nova York e Boston com o daqueles que por muito pouco não passaram e tiveram de contentar-se em estudar em colégios normais. No final, os dois grupos se saíram igualmente bem no SAT, o Enem dos EUA.
         Escolas, vale lembrar, atuam numa via de mão dupla. Elas dão conhecimento aos alunos, mas também extraem algo deles: a sua excelência.


(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)

Considere as frases:


• ... questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores... (2º parágrafo)

• ... elas são boas porque recrutam alunos mais ricos... (3º parágrafo)

• Elas dão conhecimento aos alunos... (último parágrafo)


A substituição das expressões em destaque por pronomes está correta, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, respectivamente, em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ... questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores... (2º parágrafo) ? despertando-lhes o interesse/despertando-os o interesse; o correto é o uso de "lhes" com função sintática de adjunto adnominal (interesse DELES).

    ? ... elas são boas porque recrutam alunos mais ricos... (3º parágrafo) ? os recrutam/lhes recrutam; recrutam alguém (=não poderia ser usado o "lhes", visto que o verbo é transitivo direto e o pronome oblíquo átono "lhe" e sua variação não pode ser usado como objeto direto, como um complemento verbal sem preposição).

    ? Elas dão conhecimento aos alunos... (último parágrafo) ? lhes dão conhecimento/os dão conhecimento; dão algo a alguém (=o correto é "lhes" equivalendo a "a eles", função sintática de objeto indireto, equivale a um complemento verbal preposicionado).

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva D

    despertando-lhes o interesse; os recrutam; lhes dão conhecimento.

  • Letra D

    • ... questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores... (2º parágrafo)

    -> Precedido de preposição "de" e no plural -> Utiliza o "lhes"

    • ... elas são boas porque recrutam alunos mais ricos... (3º parágrafo)

    -> Sem preposição e masculino no plural -> Utiliza o "os"

    • Elas dão conhecimento aos alunos... (último parágrafo)

    -> Precedido de preposição "a" e no plural -> Utiliza o "lhes"

    "Que a Força esteja com você!" - Yoda

  • Quem desperta, desperta alguma coisa em alguém

    Quem dá conhecimento, dá conhecimento a alguém.


ID
3459811
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.


Escolas fazem diferença?


        As matérias são ministradas em inglês, e a mensalidade pode chegar a R$ 10 mil. Estamos falando de uma das novas escolas internacionais que se instalaram em São Paulo. Ela se soma a vários colégios bilíngues e a outros mais tradicionais na cada dia mais acirrada disputa pelo público endinheirado.
         Vale a pena gastar tanto com educação? O que a escola agrega ao conhecimento do aluno? Essas são questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores desde os anos 60, quando James Coleman mostrou que a extração familiar e a condição socioeconômica do estudante eram fatores mais importantes para explicar seu desempenho acadêmico do que variáveis mais específicas como a qualidade dos professores, investimento por aluno etc.
       Isso já explica parte do segredo do sucesso das escolas de elite: elas são boas porque recrutam alunos mais ricos, que tendem a sair-se melhor do que a média dos estudantes. E o que acontece quando você põe um desses alunos de elite numa escola normal? Seu desempenho piora?
      Essa é uma pergunta mais traiçoeira, já que depende muito do tipo de estudante de que estamos falando e da escola.
        De todo modo, um belo trabalho de 2011 de Atila Abdulkadiroglu mostrou que, ao menos no caso de bons alunos, a escola não faz diferença. Ele comparou o desempenho de alunos que conseguiram entrar nas concorridíssimas “exam schools” de Nova York e Boston com o daqueles que por muito pouco não passaram e tiveram de contentar-se em estudar em colégios normais. No final, os dois grupos se saíram igualmente bem no SAT, o Enem dos EUA.
         Escolas, vale lembrar, atuam numa via de mão dupla. Elas dão conhecimento aos alunos, mas também extraem algo deles: a sua excelência.


(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)

Considere as frases:


• ... mostrou que a extração familiar e a condição socioeconômica do estudante... (2º parágrafo)


• ... mas também extraem algo deles: a sua excelência. (último parágrafo)


No contexto em que são empregadas, as expressões em destaque podem ser substituídas, sem prejuízo de sentido, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Queremos expressões sinônimas (com sentidos semelhantes):

    ? ... mostrou que a extração familiar e a condição socioeconômica do estudante... (2º parágrafo) ? o substantivo em destaque significa origem, nascimento, ascendência).

    ? ... mas também extraem algo deles: a sua excelência. (último parágrafo) ? o verbo em destaque significa o ato de retirar, de tomar algo de outrem.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva A

    mas também extraem algo deles: a sua excelência. (último parágrafo)

    retiram = extraem


ID
3459814
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.


Escolas fazem diferença?


        As matérias são ministradas em inglês, e a mensalidade pode chegar a R$ 10 mil. Estamos falando de uma das novas escolas internacionais que se instalaram em São Paulo. Ela se soma a vários colégios bilíngues e a outros mais tradicionais na cada dia mais acirrada disputa pelo público endinheirado.
         Vale a pena gastar tanto com educação? O que a escola agrega ao conhecimento do aluno? Essas são questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores desde os anos 60, quando James Coleman mostrou que a extração familiar e a condição socioeconômica do estudante eram fatores mais importantes para explicar seu desempenho acadêmico do que variáveis mais específicas como a qualidade dos professores, investimento por aluno etc.
       Isso já explica parte do segredo do sucesso das escolas de elite: elas são boas porque recrutam alunos mais ricos, que tendem a sair-se melhor do que a média dos estudantes. E o que acontece quando você põe um desses alunos de elite numa escola normal? Seu desempenho piora?
      Essa é uma pergunta mais traiçoeira, já que depende muito do tipo de estudante de que estamos falando e da escola.
        De todo modo, um belo trabalho de 2011 de Atila Abdulkadiroglu mostrou que, ao menos no caso de bons alunos, a escola não faz diferença. Ele comparou o desempenho de alunos que conseguiram entrar nas concorridíssimas “exam schools” de Nova York e Boston com o daqueles que por muito pouco não passaram e tiveram de contentar-se em estudar em colégios normais. No final, os dois grupos se saíram igualmente bem no SAT, o Enem dos EUA.
         Escolas, vale lembrar, atuam numa via de mão dupla. Elas dão conhecimento aos alunos, mas também extraem algo deles: a sua excelência.


(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que há emprego de palavra ou expressão em sentido figurado.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? Escolas, vale lembrar, atuam numa via de mão dupla.

    ? A expressão em destaque está sendo usada em sentido irreal, sentido conotativo (conto de fadas), sentido figurado, marca a ideia da autação das escolas de dar conhecimento e também exigir algo em troca desse conhecimento..

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva E

    expressão em sentido figurado = Escolas, vale lembrar, atuam numa via de mão dupla.


ID
3459817
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.


Escolas fazem diferença?


        As matérias são ministradas em inglês, e a mensalidade pode chegar a R$ 10 mil. Estamos falando de uma das novas escolas internacionais que se instalaram em São Paulo. Ela se soma a vários colégios bilíngues e a outros mais tradicionais na cada dia mais acirrada disputa pelo público endinheirado.
         Vale a pena gastar tanto com educação? O que a escola agrega ao conhecimento do aluno? Essas são questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores desde os anos 60, quando James Coleman mostrou que a extração familiar e a condição socioeconômica do estudante eram fatores mais importantes para explicar seu desempenho acadêmico do que variáveis mais específicas como a qualidade dos professores, investimento por aluno etc.
       Isso já explica parte do segredo do sucesso das escolas de elite: elas são boas porque recrutam alunos mais ricos, que tendem a sair-se melhor do que a média dos estudantes. E o que acontece quando você põe um desses alunos de elite numa escola normal? Seu desempenho piora?
      Essa é uma pergunta mais traiçoeira, já que depende muito do tipo de estudante de que estamos falando e da escola.
        De todo modo, um belo trabalho de 2011 de Atila Abdulkadiroglu mostrou que, ao menos no caso de bons alunos, a escola não faz diferença. Ele comparou o desempenho de alunos que conseguiram entrar nas concorridíssimas “exam schools” de Nova York e Boston com o daqueles que por muito pouco não passaram e tiveram de contentar-se em estudar em colégios normais. No final, os dois grupos se saíram igualmente bem no SAT, o Enem dos EUA.
         Escolas, vale lembrar, atuam numa via de mão dupla. Elas dão conhecimento aos alunos, mas também extraem algo deles: a sua excelência.


(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)

Considere as frases:

• ... que tendem a sair-se melhor do que a média dos estudantes. (3º parágrafo)

• ... depende muito do tipo de estudante de que estamos falando... (4º parágrafo)

Assinale a alternativa que substitui, correta e respectivamente, as expressões verbais destacadas, no que diz respeito à regência, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

     a) são propensos a; a que estamos aludindo ? correto, propensos a alguma coisa e aludindo a alguma coisa (preposição usada corretamente antes do pronome relativo "que").
     b) são predispostos por; a que estamos mencionando ? predispostos a alguma coisa e não "por".
     c) têm aptidão em; de que estamos citando ? têm aptidão por alguma coisa e não "em".
     d) são inclinados de; com que estamos tratando ? são inclinados a alguma coisa e não "de".
     e) têm vocação com; em que estamos pensando ? tem vocação para alguma coisa e não "com".

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva A

    são propensos a; a que estamos aludindo.

    tendem a  = propensos a

  • Gabarito: A

    a) são propensos a

    a que estamos aludindo;

    b) são predispostos por;

    O correto seria: são predispostos a;

    a que estamos mencionando;

    O correto seria: que estamos mencionando. Mencionar é transitivo direto e não exige preposição.

    c) têm aptidão em;

    O correto seria: têm aptidão para;

    de que estamos citando;

    O correto seria: que estamos citando; Citar é transitivo direto e não exige preposição.

    d) são inclinados de;

    O correto seria: são inclinados a;

    com que estamos tratando;

    e) têm vocação com;

    O correto seria: tem vocação para;

    em que estamos pensando;

  • A) Correto, pois quem é propenso é propenso a alguma coisa e quem alude, alude a alguma coisa ou a alguém;

    B) Incorreto, pois quem é prediposto é predisposto a alguma coisa;

    C) Incorreto, pois quem cita, cita alguma coisa ou cita de alguém

    D) Incorreto, quem é inclinado, é inclinado a algo/alguma coisa;

    E) Errado, pois quem tem vocação, tem vocação para alguma coisa.

  •  a) Propensos a; aludir a (ambos VTI)

     b) Predispostos a; Mencionar, verbo bitransitivo, quem menciona, menciona algo a alguém.

     c) Aptidão por/a.Citar VTD, Quem cita, cita algo;

     d) Inclinar a.Tratar, bitransitivo; tratar algo, trata-se de algo.

     e) têm vocação para. Pensar VTI, Quem pensa, pensa em algo.

    É preciso ter disciplina pois nem sempre estaremos motivados.

  • GAB. A)

    são propensos a; a que estamos aludindo.


ID
3459820
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.


Escolas fazem diferença?


        As matérias são ministradas em inglês, e a mensalidade pode chegar a R$ 10 mil. Estamos falando de uma das novas escolas internacionais que se instalaram em São Paulo. Ela se soma a vários colégios bilíngues e a outros mais tradicionais na cada dia mais acirrada disputa pelo público endinheirado.
         Vale a pena gastar tanto com educação? O que a escola agrega ao conhecimento do aluno? Essas são questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores desde os anos 60, quando James Coleman mostrou que a extração familiar e a condição socioeconômica do estudante eram fatores mais importantes para explicar seu desempenho acadêmico do que variáveis mais específicas como a qualidade dos professores, investimento por aluno etc.
       Isso já explica parte do segredo do sucesso das escolas de elite: elas são boas porque recrutam alunos mais ricos, que tendem a sair-se melhor do que a média dos estudantes. E o que acontece quando você põe um desses alunos de elite numa escola normal? Seu desempenho piora?
      Essa é uma pergunta mais traiçoeira, já que depende muito do tipo de estudante de que estamos falando e da escola.
        De todo modo, um belo trabalho de 2011 de Atila Abdulkadiroglu mostrou que, ao menos no caso de bons alunos, a escola não faz diferença. Ele comparou o desempenho de alunos que conseguiram entrar nas concorridíssimas “exam schools” de Nova York e Boston com o daqueles que por muito pouco não passaram e tiveram de contentar-se em estudar em colégios normais. No final, os dois grupos se saíram igualmente bem no SAT, o Enem dos EUA.
         Escolas, vale lembrar, atuam numa via de mão dupla. Elas dão conhecimento aos alunos, mas também extraem algo deles: a sua excelência.


(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)

Exprime ideia de causa a expressão destacada na seguinte alternativa:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

     a) ... eram fatores mais importantes para explicar seu desempenho acadêmico... (2º parágrafo) ? temos uma preposição expressando valor de finalidade, fim, objetivo (dá início a uma oração subordinada adverbial final reduzida do infinitivo).
     b) ... variáveis mais específicas como a qualidade dos professores, investimento por aluno etc. (2º parágrafo) ? o termo em destaque dá início a exemplificações, não tem valor de causa.
     c) E o que acontece quando você põe um desses alunos de elite numa escola normal? (3º parágrafo) ? conjunção subordinativa temporal (ideia de tempo).
     d) Essa é uma pergunta mais traiçoeira, já que depende muito do tipo de estudante... (4º parágrafo) ? correto, conjunção subordinativa causal (a famosa JAQUE causa).
     e) Elas dão conhecimento aos alunos, mas também extraem algo deles... (último parágrafo) ? conjunção coordenativa adversativa (ideia de adversidade, contraposição).

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva D

    Essa é uma pergunta mais traiçoeira, já que depende muito do tipo de estudante... (4º parágrafo)

    Já que = causa

    Obs

    "Como " pode tbm expressar " Causa " a vunesp gosta de usar o "como" com sentido de Causa ,


ID
3459823
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.


Escolas fazem diferença?


        As matérias são ministradas em inglês, e a mensalidade pode chegar a R$ 10 mil. Estamos falando de uma das novas escolas internacionais que se instalaram em São Paulo. Ela se soma a vários colégios bilíngues e a outros mais tradicionais na cada dia mais acirrada disputa pelo público endinheirado.
         Vale a pena gastar tanto com educação? O que a escola agrega ao conhecimento do aluno? Essas são questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores desde os anos 60, quando James Coleman mostrou que a extração familiar e a condição socioeconômica do estudante eram fatores mais importantes para explicar seu desempenho acadêmico do que variáveis mais específicas como a qualidade dos professores, investimento por aluno etc.
       Isso já explica parte do segredo do sucesso das escolas de elite: elas são boas porque recrutam alunos mais ricos, que tendem a sair-se melhor do que a média dos estudantes. E o que acontece quando você põe um desses alunos de elite numa escola normal? Seu desempenho piora?
      Essa é uma pergunta mais traiçoeira, já que depende muito do tipo de estudante de que estamos falando e da escola.
        De todo modo, um belo trabalho de 2011 de Atila Abdulkadiroglu mostrou que, ao menos no caso de bons alunos, a escola não faz diferença. Ele comparou o desempenho de alunos que conseguiram entrar nas concorridíssimas “exam schools” de Nova York e Boston com o daqueles que por muito pouco não passaram e tiveram de contentar-se em estudar em colégios normais. No final, os dois grupos se saíram igualmente bem no SAT, o Enem dos EUA.
         Escolas, vale lembrar, atuam numa via de mão dupla. Elas dão conhecimento aos alunos, mas também extraem algo deles: a sua excelência.


(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)

As vírgulas estão corretamente empregadas, conforme a norma-padrão da língua, em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Estamos falando sobre escolas particulares que, presumidamente, cobram mensalidades de até dez mil reais.

    ? Temos um adjunto adverbial de curta extensão intercalado, o uso das vírgulas está correto e é opcional (facultativo).

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva b

    Estamos falando sobre escolas particulares que, presumidamente, cobram mensalidades de até dez mil reais.

    Adverbio deslocado.


ID
3459826
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.


Escolas fazem diferença?


        As matérias são ministradas em inglês, e a mensalidade pode chegar a R$ 10 mil. Estamos falando de uma das novas escolas internacionais que se instalaram em São Paulo. Ela se soma a vários colégios bilíngues e a outros mais tradicionais na cada dia mais acirrada disputa pelo público endinheirado.
         Vale a pena gastar tanto com educação? O que a escola agrega ao conhecimento do aluno? Essas são questões que vêm despertando o interesse de pesquisadores desde os anos 60, quando James Coleman mostrou que a extração familiar e a condição socioeconômica do estudante eram fatores mais importantes para explicar seu desempenho acadêmico do que variáveis mais específicas como a qualidade dos professores, investimento por aluno etc.
       Isso já explica parte do segredo do sucesso das escolas de elite: elas são boas porque recrutam alunos mais ricos, que tendem a sair-se melhor do que a média dos estudantes. E o que acontece quando você põe um desses alunos de elite numa escola normal? Seu desempenho piora?
      Essa é uma pergunta mais traiçoeira, já que depende muito do tipo de estudante de que estamos falando e da escola.
        De todo modo, um belo trabalho de 2011 de Atila Abdulkadiroglu mostrou que, ao menos no caso de bons alunos, a escola não faz diferença. Ele comparou o desempenho de alunos que conseguiram entrar nas concorridíssimas “exam schools” de Nova York e Boston com o daqueles que por muito pouco não passaram e tiveram de contentar-se em estudar em colégios normais. No final, os dois grupos se saíram igualmente bem no SAT, o Enem dos EUA.
         Escolas, vale lembrar, atuam numa via de mão dupla. Elas dão conhecimento aos alunos, mas também extraem algo deles: a sua excelência.


(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase, escrita a partir do texto, está correta quanto à norma-padrão de concordância.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

     a) É acirrada a disputa entre as escolas de elite instaladas em São Paulo, cuja mensalidades chegam a dez mil ? O correto é "cujas" (concorda com o substantivo "mensalidades").
     b) Em meio a tantas variáveis, o apoio familiar constitui um dos mais importantes diferenciais para a aprendizagem.
     c) Recentemente instalada em São Paulo, essas novas instituições de ensino desfrutam de prestígio internacional ? o correto é "instaladas" (concorda com "instituições").
     d) Some-se às demais variáveis que favorece a educação a qualidade dos professores e a participação da família ? o correto é "favorecem" (concorda com o pronome relativo "que", o qual retoma o termo "demais variáveis").
     e) A proliferação de escolas particulares de elite refletem a preocupação crescente com a qualidade da educação ? o correto é "reflete" (concorda com o núcleo do sujeito simples no singular "proliferação").

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva b

    Em meio a tantas variáveis, o apoio familiar constitui um dos mais importantes diferenciais para a aprendizagem.


ID
3459832
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo Queiroz e Moita (2007), “o Conceito de Educação não é consenso, ao contrário, abrange uma diversidade significativa de concepções e correntes de pensamento, que estão relacionadas diretamente ao período histórico, ao movimento social, econômico, cultural, político nacional e internacional”. Conforme essas autoras, Émile Durkheim, que viveu em um rico e conturbado momento histórico (de um lado, a Revolução Francesa; de outro, a Revolução Industrial), entendia que “Educação é essencialmente o processo pelo qual aprendemos a ser

Alternativas
Comentários
  • Membros da sociedade

  • Essa questão envolve conhecimentos sobre sociologia da educação. Deve-se indicar a alternativa que apresenta como o sociólogo Émile Durkheim entendia a educação. 

    Para Durkheim (1978), a Educação é socialização. Dessa forma, a educação é, essencialmente, o processo pelo qual aprendemos a ser membros da sociedade. A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto e pelo meio moral a que a criança, particularmente, se destine.

    Fonte: DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. São Paulo: Abril Cultural, 1978. 

    Portanto, a resposta correta é a letra A: membros da sociedade. 

    Gabarito do Professor: Letra A.
  • Durkheim defendia a educação como meio de manutenção da estrutura social, por isso, é correto afirmar que a educação é essencialmente o processo pelo qual aprendemos a ser membros da sociedade.

    GABARITO: alternativa “A”

  • Émile Durkhein é considerado o pai da sociologia.


ID
3459835
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Constituição Federal de 1988 estabelece a educação como direito público subjetivo e como dever do Estado a ser efetivado mediante a garantia de educação básica a todos, inclusive atendimento educacional especializado a quem dele necessitar. Maria Teresa E. Mantoan (2001) reconhece ter havido, no Brasil, avanço legal no sentido de uma educação inclusiva e argumenta que

Alternativas
Comentários
  • Ensino para TODOS

  • Gabarito: B

    para sua real efetivação, é necessário ter consciência das diferenças inerentes ao ser humano e recriar o modelo educativo escolar, tendo como eixo o ensino para todos.

  • Essa questão requer conhecimentos sobre educação inclusiva. Com base na obra “Inclusão escolar : o que é? por quê? como fazer?", de autoria de Maria Teresa E. Mantoan (2001), deve-se indicar a alternativa que apresenta os argumentos da autora a respeito da educação inclusiva. 

    A) esta diz respeito às diferenças em geral, principalmente as étnico-raciais e as de classe social, mas, para os mais diferentes, os que têm deficiências, o melhor são as classes especiais, nas quais eles realmente aprendem. 
    ERRADO – De acordo com a autora, os sistemas escolares estão montados a partir de um pensamento que recorta a realidade, que permite dividir os alunos em normais e deficientes, as modalidades de ensino em regular e especial, os professores em especialistas nesta e naquela manifestação das diferenças. A lógica dessa organização é marcada por uma visão determinista, mecanicista, formalista, reducionista, própria do pensamento científico moderno, que ignora o subjetivo, o afetivo, o criador, sem os quais não conseguimos romper com o velho modelo escolar para produzir a reviravolta que a inclusão impõe. A inclusão visa superar a seleção, a dicotomização do ensino nas modalidades especial e regular, as especializações e os especialistas, o poder das avaliações e da visão clínica do ensino e da aprendizagem. Por meio da integração escolar, o aluno tem acesso às escolas através de variadas possibilidades educacionais, que vão da inserção às salas de aula do ensino regular ao ensino em escolas especiais. O processo de integração ocorre dentro de uma estrutura educacional que oferece ao aluno a oportunidade de transitar no sistema escolar — da classe regular ao ensino especial — em todos os seus tipos de atendimento: escolas especiais, classes especiais em escolas comuns, ensino itinerante, salas de recursos, classes hospitalares, ensino domiciliar e outros. Esta é uma concepção de inserção parcial, porque o sistema prevê serviços educacionais segregados. E os alunos que migram das escolas comuns para os serviços de educação especial muito raramente se deslocam para os menos segregados e, também raramente, retornam/ingressam às salas de aula do ensino regular. 

    B) para sua real efetivação, é necessário ter consciência das diferenças inerentes ao ser humano e recriar o modelo educativo escolar, tendo como eixo o ensino para todos. 
    CORRETO – Para a autora Maria Teresa E. Mantoan (2001), a escola aberta a todos é o grande alvo e, ao mesmo tempo, o grande problema da educação nestes novos tempos. Mudar a escola é enfrentar muitas frentes de trabalho, cujas tarefas fundamentais são: Recriar o modelo educativo escolar, tendo como eixo o ensino para todos; Reorganizar pedagogicamente as escolas, abrindo espaços para que a cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico sejam exercitados nas escolas, por professores, administradores, funcionários e alunos, porque são habilidades mínimas para o exercício da verdadeira cidadania; Garantir aos alunos tempo e liberdade para aprender, bem como um ensino que não segrega e que reprova a repetência; Formar, aprimorar continuamente e valorizar o professor, para que tenha condições e estímulo para ensinar a turma toda, sem exclusões e exceções. Ainda de acordo com a autora, não é possível encaixar um projeto novo, como é o da inclusão, em uma velha matriz de concepção escolar — daí a necessidade de se recriar o modelo educacional vigente. As escolas que reconhecem e valorizam as diferenças têm projetos inclusivos de educação e o ensino que ministram difere radicalmente do proposto para atender às especificidades dos educandos que não conseguem acompanhar seus colegas de turma, por problemas que vão desde as deficiências até outras dificuldades de natureza relacional, motivacional ou cultural dos alunos. 

    C) sua consolidação exige a especialização dos professores para atendimento das deficiências apresentadas pelos alunos matriculados na classe comum para a qual ensinam. 
    ERRADO – A autora coloca que o argumento mais frequente dos professores que resistem à inclusão é não estarem ou não terem sido preparados para esse trabalho. No caso de uma formação inicial e continuada direcionada à inclusão escolar, a proposta de trabalho não se encaixa em uma especialização, extensão ou atualização de conhecimentos pedagógicos. Ensinar, na perspectiva inclusiva, significa ressignificar o papel do professor, da escola, da educação e de práticas pedagógicas que são usuais no contexto excludente do nosso ensino, em todos os seus níveis. A inclusão escolar não cabe em um paradigma tradicional de educação e, assim sendo, uma preparação do professor nessa direção requer propostas diferentes de profissionalização e de uma formação em serviço que também muda, porque as escolas não serão mais as mesmas, se abraçarem esse novo projeto educacional. 

    D) esta implica oferecer, nas classes comuns, apenas a convivência respeitosa e, nas classes especiais, atendimento educacional especializado. 
    ERRADO - No Capítulo III da Constituição Federal, “Da Educação, da Cultura e do Desporto", está colocado o dever do Estado com a educação, sendo efetivado mediante a garantia de [...] atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. Dessa forma, o atendimento educacional especializado se refere ao que é necessariamente diferente no ensino para melhor atender às especificidades dos alunos com deficiência, abrangendo principalmente instrumentos necessários à eliminação das barreiras que as pessoas com deficiência naturalmente têm para relacionar-se com o ambiente externo, como, por exemplo: ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), do código braile, uso de recursos de informática, e outras ferramentas e linguagens que precisam estar disponíveis nas escolas ditas regulares. Na concepção inclusiva e na lei, esse atendimento especializado deve estar disponível em todos os níveis de ensino, de preferência na rede regular, desde a educação infantil até a universidade. A escola comum é o ambiente mais adequado para se garantir o relacionamento dos alunos com ou sem deficiência e de mesma idade cronológica, a quebra de qualquer ação discriminatória e todo tipo de interação que possa beneficiar o desenvolvimento cognitivo, social, motor, afetivo dos alunos, em geral. 

    E) a teoria socioconstrutivista garante, no plano didático, a consolidação da inclusão escolar, conquistada, legalmente, pela extinção das classes especiais. 
    ERRADO – A teoria socioconstrutivista não garante a consolidação da inclusão escolar. Além disso, a extinção das classes especiais não resolve ou minimiza, por si só, o problema da discriminação/segregação na escola. A questão da identificação e rotulação de crianças como diferentes envolvem dimensões complexas que extrapolam o fato de existir ou não classes especiais. Por fim, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, estabelecem que, para aqueles alunos que apresentem dificuldades acentuadas de aprendizagem ou dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandem ajuda e apoio intenso e contínuo e cujas necessidades especiais não puderem ser atendidas nas classes comuns, os sistemas de ensino poderão organizar, extraordinariamente, classes especiais, nas quais será realizado o atendimento em caráter transitório. 

    Fontes: BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na educação básica. Brasília, DF: MEC/ SEESP. 2001. Disponível no portal do MEC. 

    Mantoan. Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar : o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna, 2001. 

    Torezan, A. M., & Caiado, K. R. M. Classes especiais: Manter, ampliar ou extinguir? Revista Brasileira de Educação Especial, Piracicaba, 1995. 

    Portanto, a letra B é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
3459838
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

As sociedades urbano-industriais contemporâneas trazem, “embutido”, o conhecimento sistematizado. Desse modo, a educação escolar, socialmente incumbida de transmiti-lo às novas gerações, é imprescindível às práticas sociais em geral e às práticas produtivas, particularmente, havendo uma articulação da desigualdade social com o sucesso ou o fracasso escolar dos indivíduos, os quais entram na definição dos papéis que eles terão e dos lugares sociais que ocuparão, nessas sociedades. Como afirma Contreras (2002): “A educação não é um problema da vida privada dos professores, mas uma ocupação socialmente encomendada e responsabilizada publicamente.” Corresponde a compromisso ético e social que exige competência profissional. Terezinha Rios (2001) articula suas reflexões às desse autor e analisa que a competência do professor compreende as dimensões técnica, estética, política e ética, sendo esta última fundante da competência, pois as demais dimensões, embora apoiadas em fundamentos próprios, guiam-se por princípios éticos, quando, nas experiências docentes,

Alternativas
Comentários
  • LETRA D

    são enfrentadas situações dilemáticas e conflitos em que estão em jogo o sentido educativo e as consequências da prática escolar.

  • Essa questão aborda a temática da educação enquanto compromisso ético e social. O candidato deve indicar a alternativa que apresenta as experiências docentes que, embora apoiadas em fundamentos próprios, guiam-se por princípios éticos, segundo as ideias da autora Terezinha Rios (2001). 

    A) a política vigente manda cumprir programações fechadas, tirando do professor tanto o ônus, quanto o bônus pelos resultados. 
    ERRADO – Os sistemas de ensino devem conseguir contemplar as diversidades de necessidades presentes nas escolas, identificando onde se localizam as inadaptações à aprendizagem e levando o aluno a descobrir sua própria modalidade de aprendizagem. 

    B) são vividas relações cotidianas de desrespeito entre os alunos e deles para com o professor, cabendo a este punir os culpados. 
    ERRADO – A ética permeia os comportamentos e atitudes dos indivíduos, estando presente em todas as relações. Nas relações guiadas por princípios éticos, os sujeitos ponderam seus atos no respeito ao outro e no direito comum. Em casos de desrespeito dos alunos, deve-se promover um trabalho educativo de conscientização e de promoção do respeito ao próximo, e não a punição.

    C) os professores devem ensinar os mesmos conteúdos para todos, uniformemente, para que se destaquem os mais capazes. 
    ERRADO – Nas experiências docentes são enfrentadas situações dilemáticas e conflitos em que estão em jogo o sentido educativo e as consequências da prática escolar. Uma prática escolar onde os professores ensinam os mesmos conteúdos para todos, uniformemente, para que se destaquem os mais capazes, não está guiada por princípios éticos e gerará desigualdades, exclusões e, consequentemente, fracasso escolar. 

    D) são enfrentadas situações dilemáticas e conflitos em que estão em jogo o sentido educativo e as consequências da prática escolar. 
    CORRETO - A autora defende a tese de que a ética é a dimensão fundante da competência profissional. Havia uma discussão sobre a prevalência da dimensão técnica ou da dimensão política no trabalho docente. Ou seja, havia uma dicotomia entre essas dimensões, valorizando-se ora uma, ora outra. Para ela, não há possibilidade de dissociação entre as dimensões e a ética, por ser um elemento requerido nas demais dimensões, serve de mediadora entre elas. Por sua vez, a ética consiste em uma reflexão sobre os valores que estão presentes em nossas ações e relações. Já os valores são as significações que são atribuídas aos fatos. Tais significações existem conforme os indivíduos não se mantém indiferentes diante da realidade. O valor é aquilo que confere consistência ao humano. As transformações materiais que o homem opera na realidade só têm sentido na medida que significações são atribuídas a elas. Nesse sentido, a neutralidade pretendida pelo tecnicismo não se sustenta. Ainda segundo a autora, o espaço da ética é dilemático e ela aparece justamente porque não há, de imediato, uma resposta. É a reflexão sobre as circunstâncias e os seus efeitos que pode indicar a atitude que atenderá melhor ao bem comum. Assim, os princípios éticos dizem respeito à ação fundada no princípio do respeito e da solidariedade, com vistas à realização do bem coletivo. 

    E) os alunos são oriundos de classe social desprovida de letramento, e os professores são culpabilizados pelo fracasso, injustamente. 
    ERRADO - As causas do fracasso escolar também são oriundas dos sistemas de ensino que não conseguem atender às diversidades de necessidades presentes nas escolas, deixando de identificar onde se localizam as inadaptações à aprendizagem e levar o aluno a descobrir sua própria modalidade de aprendizagem. A questão da desigualdade e da justiça social colocam como reflexão se seria ético compactuar com a segmentação da sociedade e, no ambiente escolar, manter crianças e jovens na condição de fracassados e excluídos. 

    Fonte: RIOS, Terezinha A. Ética e competência. São Paulo: Cortez, 2001.
    RIOS, Terezinha A. Compreender e ensinar: por uma docência da melhor qualidade. São Paulo: Cortez, 2001. 

    Portanto, a letra D é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra D.
  • Essa questão aborda a temática da educação enquanto compromisso ético e social. O candidato deve indicar a alternativa que apresenta as experiências docentes que, embora apoiadas em fundamentos próprios, guiam-se por princípios éticos, segundo as ideias da autora Terezinha Rios (2001). 

    A)a política vigente manda cumprir programações fechadas, tirando do professor tanto o ônus, quanto o bônus pelos resultados. 
    ERRADO – Os sistemas de ensino devem conseguir contemplar as diversidades de necessidades presentes nas escolas, identificando onde se localizam as inadaptações à aprendizagem e levando o aluno a descobrir sua própria modalidade de aprendizagem. 

    B)são vividas relações cotidianas de desrespeito entre os alunos e deles para com o professor, cabendo a este punir os culpados. 
    ERRADO – A ética permeia os comportamentos e atitudes dos indivíduos, estando presente em todas as relações. Nas relações guiadas por princípios éticos, os sujeitos ponderam seus atos no respeito ao outro e no direito comum. Em casos de desrespeito dos alunos, deve-se promover um trabalho educativo de conscientização e de promoção do respeito ao próximo, e não a punição.

    C)os professores devem ensinar os mesmos conteúdos para todos, uniformemente, para que se destaquem os mais capazes. 
    ERRADO – Nas experiências docentes são enfrentadas situações dilemáticas e conflitos em que estão em jogo o sentido educativo e as consequências da prática escolar. Uma prática escolar onde os professores ensinam os mesmos conteúdos para todos, uniformemente, para que se destaquem os mais capazes, não está guiada por princípios éticos e gerará desigualdades, exclusões e, consequentemente, fracasso escolar. 

    D)são enfrentadas situações dilemáticas e conflitos em que estão em jogo o sentido educativo e as consequências da prática escolar. 
    CORRETO - A autora defende a tese de que a ética é a dimensão fundante da competência profissional. havia uma discussão sobre a prevalência da dimensão técnica ou da dimensão política no trabalho docente. Ou seja, havia uma dicotomia entre essas dimensões, valorizando-se ora uma, ora outra. Para ela, não há possibilidade de dissociação entre as dimensões e a ética, por ser um elemento requerido nas demais dimensões, serve de mediadora entre elas. Por sua vez, a ética consiste em uma reflexão sobre os valores que estão presentes em nossas ações e relações. Já os valores são as significações que atribuídas aos fatos. Tais significações existem conforme os indivíduos não se mantém indiferentes diante da realidade. O valor é aquilo que confere consistência ao humano. As transformações materiais que o homem opera na realidade só têm sentido na medida que significações são atribuídas a elas. Nesse sentido, a neutralidade pretendida pelo tecnicismo não se sustenta. Ainda segundo a autora, o espaço da ética é dilemático e ela aparece justamente porque não há, de imediato, uma resposta. É a reflexão sobre as circunstâncias e os seus efeitos que pode indicar a atitude que atenderá melhor ao bem comum. Assim, os princípios éticos dizem respeito à ação fundada no princípio do respeito e da solidariedade, com vistas à realização do bem coletivo. 

    E)os alunos são oriundos de classe social desprovida de letramento, e os professores são culpabilizados pelo fracasso, injustamente. 
    ERRADO - As causas do fracasso escolar também são oriundas dos sistemas de ensino que não conseguem atender as diversidades de necessidades presentes nas escolas, deixando de identificar onde se localizam as inadaptações à aprendizagem e levar o aluno a descobrir sua própria modalidade de aprendizagem. A questão da desigualdade e da justiça social colocam como reflexão se seria ético compactuar com a segmentação da sociedade e, no ambiente escolar, manter crianças e jovens na condição de fracassados e excluídos. 

    Fonte: RIOS, Terezinha A. Ética e competência. São Paulo: Cortez, 2001.
    RIOS, Terezinha A. Compreender e ensinar: por uma docência da melhor qualidade. São Paulo: Cortez, 2001. 

    Portanto, a letra D é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
3459841
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 206, preconiza, como um dos princípios que devem reger a educação nacional, a gestão democrática do ensino público. Nesse sentido, a Lei Federal nº 9.394/96 (LDBEN), no art. 14, estabelece que os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os princípios: da participação _____________ na elaboração do projeto pedagógico da escola e da participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. A Lei Orgânica de Ferraz de Vasconcelos, em seu art. 188, estabelece que “será criado o ______________ , com sua composição, organização e competência fixada em lei”, e que ele “contará na elaboração e controle das políticas de educação, bem como na formulação, fiscalização e acompanhamento de todas as atividades relativas ________________ , com a participação de representantes da comunidade, em especial, dos trabalhadores, entidades prestadoras de serviços”.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas, conforme a legislação citada.

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

    Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

    I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

    II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

  • A questão requer conhecimentos sobre legislação educacional. Com base na Lei Federal nº 9.394/96 (LDBEN) e na Lei Orgânica de Ferraz de Vasconcelos, deve-se indicar a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto apresentado no enunciado. 

    A) da diretoria e da coordenadoria ... Serviço de Merenda Escolar ... ao bem-estar das crianças 
    ERRADO - De acordo com a legislação citada, as lacunas são preenchidas corretamente por: “dos profissionais da educação ... Conselho Municipal de Educação ... ao sistema educacional". 

    B) dos profissionais da educação ... Conselho Municipal de Educação ... ao sistema educacional 
    CORRETO – A Lei Federal nº 9.394/96 (LDBEN), no art. 14, estabelece que: Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os princípios: da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e da participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Já a Lei Orgânica de Ferraz de Vasconcelos, em seu art. 188, estabelece que “será criado o Conselho Municipal de Educação, com sua composição, organização e competência fixada em lei", e que ele “contará na elaboração e controle das políticas de educação, bem como na formulação, fiscalização e acompanhamento de todas as atividades relativas ao sistema educacional, com a participação de representantes da comunidade, em especial, dos trabalhadores, entidades prestadoras de serviços". Portanto, de acordo com a legislação citada, as lacunas são preenchidas corretamente por: “dos profissionais da educação ... Conselho Municipal de Educação ... ao sistema educacional". 

    C) dos professores e alunos ... Comitê de Cidadania e Progresso ... à disciplina e ao rendimento escolar 
    ERRADO - De acordo com a legislação citada, as lacunas são preenchidas corretamente por: “dos profissionais da educação ... Conselho Municipal de Educação ... ao sistema educacional". 

    D) dos professores concursados ... Conselho de Ética, Cultura e Cidadania ... à inclusão escolar 
    ERRADO - De acordo com a legislação citada, as lacunas são preenchidas corretamente por: “dos profissionais da educação ... Conselho Municipal de Educação ... ao sistema educacional". 

    E) da direção e da supervisão ... Comissariado Municipal de Educação ... ao combate da evasão escolar 
    ERRADO - De acordo com a legislação citada, as lacunas são preenchidas corretamente por: “dos profissionais da educação ... Conselho Municipal de Educação ... ao sistema educacional". 

    Portanto, a letra B é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra B.
  • B DE BOLA


ID
3459844
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Resolução CNE/CEB nº 4/2010 (Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica), em seu art. 20, ao estabelecer a organização desse nível de ensino, aponta que é responsabilidade dos sistemas a criação de condições para que as crianças, os adolescentes, os jovens e os adultos, com sua diversidade, tenham a oportunidade de receber a formação que corresponda à idade própria de percurso escolar, destacando a relevância de considerar o respeito aos educandos e a seus tempos mentais, socioemocionais, culturais e identitários, como

Alternativas
Comentários
  • LETRA A

    Artigo 20. O respeito aos educandos e a seus tempos mentais, socioemocionais, culturais e identitários é um princípio orientador de toda a ação educativa, sendo responsabilidade dos sistemas a criação de condições para que crianças, adolescentes, jovens e adultos, com sua diversidade, tenham a oportunidade de receber a formação que corresponda à idade própria de percurso escolar.

  • Essa questão requer conhecimento sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (Resolução CNE/CEB nº 4/2010). O candidato deve indicar a alternativa que apresenta em que consiste o respeito aos educandos e a seus tempos mentais, socioemocionais, culturais e identitários, de acordo com as Diretrizes. 

    A) um princípio orientador de toda a ação educativa. 
    CORRETO – Conforme consta no artigo 20 das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, o respeito aos educandos e a seus tempos mentais, socioemocionais, culturais e identitários é um princípio orientador de toda a ação educativa, sendo responsabilidade dos sistemas a criação de condições para que crianças, adolescentes, jovens e adultos, com sua diversidade, tenham a oportunidade de receber a formação que corresponda à idade própria de percurso escolar.

    B) uma medida de caráter humanitário. 
    ERRADO – De acordo com o artigo 20 das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, o respeito aos educandos e a seus tempos mentais, socioemocionais, culturais e identitários é um princípio orientador de toda a ação educativa. 

    C) um mecanismo de nivelamento. 
    ERRADO – De acordo com o artigo 20 das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, o respeito aos educandos e a seus tempos mentais, socioemocionais, culturais e identitários é um princípio orientador de toda a ação educativa. 

    D) uma estratégia multicultural. 
    ERRADO – De acordo com o artigo 20 das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, o respeito aos educandos e a seus tempos mentais, socioemocionais, culturais e identitários é um princípio orientador de toda a ação educativa. 

    E) um procedimento valioso. 
    ERRADO – De acordo com o artigo 20 das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, o respeito aos educandos e a seus tempos mentais, socioemocionais, culturais e identitários é um princípio orientador de toda a ação educativa. 

    Portanto, a letra A é a resposta correta. 

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
3459847
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Patrícia, estudando para o concurso de Professor de Educação Básica de Ferraz de Vasconcelos, leu as Resoluções CNE/CEB nº 4 e nº 7, ambas de 2010. Verificou que, nas duas, constam o cuidar e o educar como dimensões inseparáveis, na Educação Básica. No parágrafo único do art. 23 da Resolução CNE/CEB nº 4/2010, consta que, no Ensino Fundamental, ______________ significa também cuidar e educar, como forma de garantir a aprendizagem dos conteúdos curriculares, para que o estudante desenvolva interesses e _________________que lhe permitam usufruir dos bens culturais disponíveis na comunidade, na sua cidade ou na sociedade em geral, e que lhe possibilitem ainda se sentir como produtor valorizado desses bens.

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas, de acordo com o documento legal citado.

Alternativas
Comentários
  • LETRA C acolher ... sensibilidades

    Artigo 23. O Ensino Fundamental com 9 (nove) anos de duração, de matrícula obrigatória para as crianças a partir dos 6 (seis) anos de idade, tem duas fases sequentes com características próprias, chamadas de anos iniciais, com 5 (cinco) anos de duração, em regra para estudantes de 6 (seis) a 10 (dez) anos de idade; e anos finais, com 4 (quatro) anos de duração, para os de 11 (onze) a 14 (quatorze) anos.

    Parágrafo único. No Ensino Fundamental, acolher significa também cuidar e educar, como forma de garantir a aprendizagem dos conteúdos curriculares, para que o estudante desenvolva interesses e sensibilidades que lhe permitam usufruir dos bens culturais disponíveis na comunidade, na sua cidade ou na sociedade em geral, e que lhe possibilitem ainda sentir-se como produtor valorizado desses bens. 

  • Para responder essa questão, o candidato deve indicar a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto apresentado no enunciado, de acordo com a Resolução CNE/CEB nº 4/2010, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica.

    A) disciplinar ... amizades 
    ERRADO – De acordo com o conteúdo do Parágrafo único do Artigo 23 da Resolução CNE/CEB nº 4/2010, as lacunas são corretamente preenchidas por “acolher ... sensibilidades". 

    B) abrigar ... preferências 
    ERRADO – De acordo com o conteúdo do Parágrafo único do Artigo 23 da Resolução CNE/CEB nº 4/2010, as lacunas são corretamente preenchidas por “acolher ... sensibilidades". 

    C) acolher ... sensibilidades 
    CORRETO – Conforme consta no Parágrafo único do Artigo 23 da Resolução CNE/CEB nº 4/2010: “No Ensino Fundamental, acolher significa também cuidar e educar, como forma de garantir a aprendizagem dos conteúdos curriculares, para que o estudante desenvolva interesses e sensibilidades que lhe permitam usufruir dos bens culturais disponíveis na comunidade, na sua cidade ou na sociedade em geral, e que lhe possibilitem ainda sentir-se como produtor valorizado desses bens". Portanto, as lacunas são corretamente preenchidas por “acolher ... sensibilidades". 

    D) tutelar ... iniciativas
    ERRADO – De acordo com o conteúdo do Parágrafo único do Artigo 23 da Resolução CNE/CEB nº 4/2010, as lacunas são corretamente preenchidas por “acolher ... sensibilidades". 

    E) vigiar ... curiosidades 
    ERRADO – De acordo com o conteúdo do Parágrafo único do Artigo 23 da Resolução CNE/CEB nº 4/2010, as lacunas são corretamente preenchidas por “acolher ... sensibilidades". 

    Portanto, a letra C completa, correta e respectivamente, as lacunas, de acordo com o documento legal citado, sendo a resposta certa. 

    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3459850
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo Veiga (1996), “O projeto político-pedagógico é entendido (...) como a própria organização do trabalho pedagógico da escola. A construção do projeto político- -pedagógico parte dos princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério. A escola é concebida como espaço social marcado pela manifestação de práticas contraditórias, que apontam para a luta e/ou acomodação de todos os envolvidos na organização do trabalho pedagógico”. No que diz respeito à implementação das ações educativas da escola, Veiga afirma que “Na dimensão pedagógica, reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA A

    Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade.

  • Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade.

  • Essa questão engloba conhecimentos sobre o projeto político-pedagógico (PPP). Com base na obra “Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível", de autoria de Ilma Veiga, o candidato deve indicar a alternativa que completa o trecho citado no enunciado, sobre o sentido pedagógico do PPP, de acordo com a autora. 

    De acordo com Veiga (1996), o projeto político-pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio – político e com os interesses reais e coletivos da população majoritária. Na dimensão pedagógica reside a possibilidade de efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de se definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade. 

    Fonte: VEIGA, Ilma. (org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 1996. 

    Portanto, a letra A: “seus propósitos e sua intencionalidade", é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
3459853
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Um dos documentos mais importantes da escola é o projeto político-pedagógico (PPP), pois nele encontramos as concepções de Educação e de Ensino nas quais a escola está pautada. Segundo Pimenta (1990), quando se trata da Escola Pública, “o ponto de partida para o projeto real é a explicitação de que queremos uma Escola Pública democrática”, portanto “a organização da escola é competência tanto dos profissionais docentes como dos não docentes”. Assim, a “participação dos professores na organização da escola, nos conteúdos a serem ensinados, nas suas formas de administração, será tão mais efetivamente democrática na medida em que estes

Alternativas
Comentários
  • LETRA E

    dominarem os conteúdos e as metodologias dos seus campos específicos, bem como o seu significado social”.

  • Essa questão aborda a temática do projeto político-pedagógico (PPP). Deve-se indicar a alternativa que completa corretamente o trecho citado no enunciado, de acordo com a autora Selma Garrido Pimenta (1990), em sua obra “A construção do projeto de ensino na escola de 1º grau". 

    De acordo com a autora, a participação dos professores na organização da escola, nos conteúdos a serem ensinados, nas suas formas de administração, será tão mais efetivamente democrática na medida em que estes dominarem os conteúdos e as metodologias dos seus campos específicos, bem como o seu significado social, pois só quem domina as suas especificidades numa perspectiva de totalidade (significado social da prática de cada um) é capaz de exercer a autonomia na reorganização da escola, a fim de melhor propiciar a sua finalidade: democratização da sociedade pela democratização do saber. 

    Fonte: PIMENTA, Selma G. A construção do projeto de ensino na escola de 1º grau. Ideias, São Paulo, n.8, 1990. 

    Portanto, a letra E: “dominarem os conteúdos e as metodologias dos seus campos específicos, bem como o seu significado social", é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra E.

ID
3459856
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Lenise A. M. Garcia, estudando a transversalidade e a interdisciplinaridade, afirma que, por meio delas, procura-se “conseguir uma visão mais ampla e adequada da realidade”, uma aproximação “com mais propriedade dos fenômenos naturais e sociais, que são normalmente complexos”. Tal é o caso do multiculturalismo como perspectiva para o projeto político-pedagógico, o qual Resende (in Veiga, 1998) discute, relacionando democracia e direito à educação com igualdade e diversidade. Resende argumenta que esses temas demandam ultrapassar os discursos e instaurar práticas de combate à discriminação e ao preconceito dentro e fora da escola. A autora destaca que o grande desafio na escola é a “incorporação do multiculturalismo ao currículo, de forma que sua transversalidade possa perpassar os conteúdos a serem tratados no cotidiano

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

    do processo de aprendizagem”

  • Multiculturalismo: A não hierarquia entre as culturas, defende a participação das minorias no currículo escolar.

  • Essa questão engloba conhecimentos sobre o multiculturalismo e o projeto político-pedagógico. Considerando o texto “A perspectiva multicultural no projeto político-pedagógico", de autoria de Lucia Maria Gonçalves Resende, presente no livro “Escola: espaço do projeto político pedagógico", deve-se indicar a alternativa que completa o trecho citado no enunciado, sobre o desafio de incorporação do multiculturalismo ao currículo da escola, de acordo com a autora. 

    De acordo com Resende (in Veiga, 1998), na tentativa de criar os chamados espaços multiculturais, há o risco de se desenvolver condutas reducionistas que tornam esporádicas a preocupação e as ações de apresentação e respeito à diversidade cultural. Assim, acaba-se por desenvolver atividades que pouco interagem com o currículo. O grande desafio na escola é a incorporação do multiculturalismo ao currículo, de forma que sua transversalidade possa perpassar os conteúdos tratados no cotidiano do processo de aprendizagem. Pensar o currículo é pensar o projeto da escola.

    Fonte: RESENDE, Lucia Maria Gonçalves. A perspectiva multicultural no projeto político-pedagógico. In. Veiga, Ilma e Resende, Lúcia. (Org) Escola: espaço do projeto político pedagógico. Campinas, SP: Papiros, 1998. 

    Portanto, a letra C, “do processo de aprendizagem", é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3459859
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 4/2010, em seu artigo 9º , “a escola de qualidade social adota como centralidade o estudante e a aprendizagem, o que pressupõe atendimento”, entre outros, ao seguinte requisito:

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    consideração sobre a inclusão, a valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e à diversidade cultural, resgatando e respeitando as várias manifestações de cada comunidade.

  • Essa questão requer conhecimentos sobre legislação educacional. O candidato deve indicar a alternativa que apresenta um dos requisitos constantes no artigo 9º Resolução CNE/CEB nº 4/2010, sobre a escola de qualidade social. 

    A Resolução CNE/CEB nº 4/2010 Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Em seu art. 9º determina que a escola de qualidade social adota como centralidade o estudante e a aprendizagem, o que pressupõe atendimento aos seguintes requisitos: 

    I - revisão das referências conceituais quanto aos diferentes espaços e tempos educativos, abrangendo espaços sociais na escola e fora dela; 
    II - consideração sobre a inclusão, a valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e à diversidade cultural, resgatando e respeitando as várias manifestações de cada comunidade; 
    III - foco no projeto político-pedagógico, no gosto pela aprendizagem e na avaliação das aprendizagens como instrumento de contínua progressão dos estudantes; 
    IV - inter-relação entre organização do currículo, do trabalho pedagógico e da jornada de trabalho do professor, tendo como objetivo a aprendizagem do estudante; 
    V - preparação dos profissionais da educação, gestores, professores, especialistas, técnicos, monitores e outros; 
    VI - compatibilidade entre a proposta curricular e a infraestrutura entendida como espaço formativo dotado de efetiva disponibilidade de tempos para a sua utilização e acessibilidade; 
    VII - integração dos profissionais da educação, dos estudantes, das famílias, dos agentes da comunidade interessados na educação; 
    VIII - valorização dos profissionais da educação, com programa de formação continuada, critérios de acesso, permanência, remuneração compatível com a jornada de trabalho definida no projeto político-pedagógico; 
    IX - realização de parceria com órgãos, tais como os de assistência social e desenvolvimento humano, cidadania, ciência e tecnologia, esporte, turismo, cultura e arte, saúde, meio ambiente.


    Dessa forma, a letra B apresenta o conteúdo do item II do artigo 9º da Resolução CNE/CEB nº 4/2010, que estabelece como requisito a consideração sobre a inclusão, a valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e à diversidade cultural, resgatando e respeitando as várias manifestações de cada comunidade. 

    Portanto, a letra B é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
3459862
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

As diferenças de gênero articulam-se com todas as demais diferenças: psicológicas individuais, étnicas, socioculturais, de classe social. O respeito às diferenças consta como um direito humano na legislação internacional, na Constituição Federal de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Daniela Auad (2016), na obra Educar meninas e meninos, reflete sobre as diferenças de gênero, problematizando-as por meio de pesquisa em que observou práticas educativas em sala de aula e em outros espaços de convivência, analisando-as criticamente, na perspectiva de “educar homens e mulheres para uma sociedade democrática”. Tal processo, argumenta a autora, requer

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    uma reflexão coletiva, dinâmica e permanente sobre as relações de gênero, pois, sem isso, juntar meninos e meninas pode redundar em aprofundamento das desigualdades.

  • .A correta é a letra D.

  • Para responder essa questão, o candidato deve possuir conhecimentos sobre a temática das diferenças de gênero. Com base na obra “Educar meninas e meninos", de Daniela Auad, deve-se indicar a alternativa que apresenta o que a prática educativa, em uma perspectiva de educação de homens e mulheres para uma sociedade democrática, requer. 

    A) o reconhecimento de que as diferenças entre masculino e feminino são naturais, cabendo à educação ajustar-se a elas. 
    ERRADO – A autora traz o questionamento das supostas desigualdades “naturais" entre os sexos, veiculadas pelos discursos positivistas. Muitas diferenças entre homens e mulheres são socialmente construídas e também decorrem da cultura. A categoria gênero pode ser utilizada para desvendar relações de poder desiguais dentro da escola. 

    B) a consciência de que o essencial na coeducação é garantir idêntica educação para meninos e meninas, nas mesmas turmas ou classes. 
    ERRADO – A autora defende que a escola não deve discriminar meninos e meninas de forma a justificar desigualdades. Deve, ao contrário, promover transformações no sentido da igualdade a partir do respeito às diferenças. 

    C) escolas e classes mistas, as quais revolucionaram a educação de meninos e meninas, promovendo o avanço da igualdade entre os gêneros. 
    ERRADO – Conforme colocado pela autora, juntar meninos e meninas sem uma reflexão coletiva, dinâmica e permanente sobre as relações de gênero pode redundar em aprofundamento das desigualdades. 

    D) uma reflexão coletiva, dinâmica e permanente sobre as relações de gênero, pois, sem isso, juntar meninos e meninas pode redundar em aprofundamento das desigualdades. 
    CORRETO - Conforme sugere a autora Daniela Auad, educar homens e mulheres para uma sociedade democrática e igualitária, requer reflexão coletiva, dinâmica e permanente. E esta reflexão deve ser realizada nas várias instâncias sociais, incluindo família, escola e mídia. Transformar as relações de gênero é algo que vai muito além do que juntar meninos e meninas. Requer uma reflexão conceitual sobre educação, diferenças e desigualdade. Não é somente uma mudança racional. Trata-se de uma mudança que engloba as emoções e as estruturas institucionais (família, escola, política etc.) que organizam a vida em sociedade. É preciso o reconhecimento da diversidade como positiva e não como base para a reprodução das desigualdades. 

    E) a humilde constatação de que escolas mistas ajudam na democratização, mas que classes mistas prejudicam o aprendizado das meninas, tornando-as tão dispersas quanto os meninos. 
    ERRADO – A autora defende o argumento de que a escola mista pressupõe a coeducação, mas não é suficiente para a efetivação da mesma. Ainda conforme a autora, as supostas diferenças sexuais naturais entre meninos e meninas são utilizadas pelo professor para conduzir a classe e manter a disciplina. Como, por exemplo, as diferentes formas de distribuição de meninos e meninas no espaço da sala de aula. Através das práticas escolares, a escola pode se constituir como um espaço privilegiado para o “aprendizado da separação" que discrimina meninos e meninas de forma a justificar desigualdades. Contudo, a escola também pode promover transformações no sentido da igualdade a partir do respeito às diferenças. Ela propõe uma transformação de diversos níveis da educação, englobando a legislação, o sistema educativo, as unidades escolares, os currículos, a formação profissional, a paridade do professorado, os livros didáticos e a interação entre professoras, professores, alunos e alunas. Dessa forma, esboça caminhos para uma política pública de igualdade de gênero a partir da escola. 

    Fonte: AUAD, Daniela. Educar meninas e meninos: relações de gênero na escola. São Paulo: Contexto, 2006. 
    AUAD, Daniela. Educar meninas e meninos: relações de gênero na escola. São Paulo: Contexto, 2006. Resenha de: LIMA, Aline Galvão. Educar em Revista, no.36, Curitiba, 2010. Disponível na biblioteca eletrônica SCIELO. 

    Portanto, a letra D é a resposta correta. 

    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
3459865
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com o artigo de Onrubia (in Coll, 1999), “o ensino como ajuda ajustada sempre pretende, a partir da realização, compartilhada ou apoiada, de tarefas, incrementar a capacidade de compreensão e atuação autônoma do aluno.” A premissa subjacente a tal enfoque “é que aquilo que o aluno realizar com ajuda, em determinado momento, poderá realizar de maneira independente mais tarde, e que o fato de participar da tarefa conjuntamente com um colega mais competente ou experiente

Alternativas
Comentários
  • LETRA E

    é, precisamente, o que provoca as reestruturações e as mudanças nos esquemas de conhecimento que tornarão possível essa atuação independente.”

  • Livro " O construtivismo na sala de aula", p. 127. "A premissa subjacente a esse ponto é que aquilo que o aluno pode realizar com ajuda, em determinado momento, poderá realizar de maneira independente mais tarde, e que o fato de participar da tarefa conjuntamente com um colega mais competente ou experiente é, precisamente, o que provoca as reestruturações e as mudanças nos esquemas de conhecimento que tornarão possível essa atuação independente".
  • Para responder essa questão, deve-se indicar a alternativa que completa corretamente o trecho citado no enunciado, de autoria de Javier Onrubia. 

    A) acaba por levar o aluno menos experiente ou competente a considerar-se rejeitado pelo seu professor." 
    ERRADO – De acordo com o autor, o fato de participar de uma tarefa conjuntamente com um colega mais competente ou experiente provoca reestruturações e mudanças nos esquemas de conhecimento do aluno que tornarão possível uma posterior atuação independente. 

    B) é um procedimento dispensável, porque só a ajuda do professor assegura independência ao aluno menos competente." 
    ERRADO – Segundo o autor, a ajuda de um colega mais competente ou experiente na realização de uma tarefa provoca reestruturações e mudanças nos esquemas de conhecimento do aluno, que tornarão possível uma posterior atuação independente. 

    C) constitui uma prática a ser rejeitada, pois o aluno menos competente sente-se inferiorizado diante de um parceiro superior a ele." 
    ERRADO – Conforme o autor, o ensino como ajuda ajustada sempre pretende, a partir da realização, compartilhada ou apoiada, de tarefas, incrementar a capacidade de compreensão e atuação autônoma do aluno. E aquilo que o aluno realizar com ajuda, poderá realizar de maneira independente mais tarde. 

    D) pode, em geral, dificultar a formação dos esquemas de conhecimento que proporcionam o trabalho independente do aluno com dificuldades." 
    ERRADO – O autor defende a criação de zonas de desenvolvimento proximal para que, nelas, seja oferecida a ajuda pedagógica ajustada. 

    E) é, precisamente, o que provoca as reestruturações e as mudanças nos esquemas de conhecimento que tornarão possível essa atuação independente." 
    CORRETO - Conforme Onrubia, em seu artigo “Ensinar: criar zonas de desenvolvimento proximal e nelas intervir" (in Coll, 1999), o princípio da ajuda pedagógica pressupõe uma intervenção didática ajustada à atividade construtiva dos alunos, a cada etapa do processo de aprendizagem. Nesse sentido, a repetição de um único método de ensino não é capaz de atender às necessidades de ajuda de todos os alunos ao mesmo tempo, uma vez que a atividade construtiva deles é diversa. Ele defende a criação de zonas de desenvolvimento proximal para que, nelas, seja oferecida a ajuda pedagógica ajustada. O autor enfatiza que “aquilo que o aluno realizar com ajuda, em determinado momento, poderá realizar de maneira independente mais tarde, e que o fato de participar da tarefa conjuntamente com um colega mais competente ou experiente é, precisamente, o que provoca as reestruturações e as mudanças nos esquemas de conhecimento que tornarão possível essa atuação independente."  

    Fonte: ONRUBIA, J. Ensinar: criar zonas de desenvolvimento proximal e nelas intervir. In, César Coll; Elena Martín; Teresa Mauri, entre outros. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Editora Ática, 1999. 

    Portanto, a letra E é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra E.

ID
3459868
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No capítulo 6 da obra Democratização da Escola Pública, Libâneo (1985) trata das tendências pedagógicas para introduzir “a pedagogia crítico-social dos conteúdos”. Conforme essa tendência, a educação está inserida no movimento da prática social global como tarefa crítico- -transformadora, e, daí, segundo o autor, decorrem duas consequências práticas para o trabalho docente. Uma delas é que esse trabalho deve ser contextualizado histórica e socialmente, isto é, articular ensino e realidade. A outra diz respeito ao trabalho docente ser um processo simultâneo de transmissão/assimilação ativa, no qual o professor intervém trazendo o conhecimento sistematizado, e o aluno

Alternativas
Comentários
  • é capaz de reelaborá-lo criticamente, com os recursos que traz para a situação de aprendizagem.

  • LETRA D.

    O aluno compreende melhor a realidade a partir dos conteúdos.

  • Essa questão engloba conhecimentos sobre o trabalho docente e as tendências pedagógicas. O candidato deve indicar a alternativa que apresenta aquilo que o aluno realiza no processo simultâneo de transmissão/assimilação ativa, de acordo com o autor José Carlos Libâneo, em sua obra “Democratização da Escola Pública". 

    A) deve reproduzir exatamente o que lhe foi transmitido. 
    ERRADO – De acordo com Libâneo, o aluno deve ser capaz de reelaborar o conhecimento criticamente, com os recursos que traz para a situação de aprendizagem. 

    B) desenvolve a apropriação espontânea a partir de sua criatividade. 
    ERRADO – Para o autor, o trabalho docente não se reduz à pura transmissão de conhecimentos nem à crença na sua apropriação espontânea pelo aluno. O aluno reelabora o conhecimento criticamente. 

    C) acaba por ter uma mera formação política com o conhecimento ensinado. 
    ERRADO – Para o autor, o trabalho docente não se reduz à pura transmissão de conhecimentos nem à crença na sua apropriação espontânea pelo aluno, nem à mera formação política. 

    D) é capaz de reelaborá-lo criticamente, com os recursos que traz para a situação de aprendizagem. 
    CORRETO – De acordo com Libâneo, o trabalho docente não se reduz à pura transmissão de conhecimentos nem à crença na sua apropriação espontânea pelo aluno, nem à mera formação política. É um processo simultâneo de transmissão/assimilação ativa, onde o professor intervém trazendo um conhecimento sistematizado e onde o aluno é capaz de reelaborá-lo criticamente com os recursos que traz para a situação de aprendizagem. Processo esse cujo ponto de partida e ponto de chegada é a prática social; supõe-se, aí, um trabalho competente do professor, seja no domínio da matéria, seja no domínio metodológico, a fim de que o trabalho docente tenha efeitos formativos duradouros, em termos de sua relevância para a transformação do mundo social. 

    E) precisa contestar grande parte dos saberes transmitidos na escola para vir a ser vitorioso no mundo atual. 
    ERRADO – Não se trata de contestar grande parte dos saberes transmitidos na escola. O trabalho do professor é inseparável da prática social. Há um processo simultâneo de transmissão/assimilação ativa, onde o professor intervém trazendo um conhecimento sistematizado e onde o aluno é capaz de reelaborá-lo criticamente com os recursos que traz para a situação de aprendizagem. 

    Fonte: LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: A pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1985. 

    Portanto, a letra D é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra D.
  • Sempre que respondo questões da Vunesp eu fico entre duas, sempre!


ID
3459871
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Conforme o art. 205 da Constituição Federal de 1988, “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. No mundo contemporâneo, para que essa disposição se cumpra, a Resolução CNE/CEB nº 7/2010 estabelece, em seu art. 30, a necessidade de assegurar à pessoa, até o terceiro ano do ensino fundamental,

Alternativas
Comentários
  • a alfabetização e o letramento.

  • LETRA B

    Art. 30 Os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem assegurar:

    I – a alfabetização e o letramento;

    II – o desenvolvimento das diversas formas de expressão, incluindo o aprendizado da Língua Portuguesa, a Literatura, a Música e demais artes, a Educação Física, assim como o aprendizado da Matemática, da Ciência, da História e da Geografia;

    III – a continuidade da aprendizagem, tendo em conta a complexidade do processo de alfabetização e os prejuízos que a repetência pode causar no Ensino Fundamental como um todo e, particularmente, na passagem do primeiro para o segundo ano de escolaridade e deste para o terceiro.

  • Essa questão engloba conhecimentos sobre legislação educacional. Com base na Resolução CNE/CEB nº 7/2010, que Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, deve-se indicar a alternativa que apresenta o que os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem assegurar, de acordo com o Art. 30 da Resolução.

    O Art. 30 da Resolução CNE/CEB nº 7/2010 estabelece que os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem assegurar: 

    I – a alfabetização e o letramento; 
    II – o desenvolvimento das diversas formas de expressão, incluindo o aprendizado da Língua Portuguesa, a Literatura, a Música e demais artes, a Educação Física, assim como o aprendizado da Matemática, da Ciência, da História e da Geografia; 
    III – a continuidade da aprendizagem, tendo em conta a complexidade do processo de alfabetização e os prejuízos que a repetência pode causar no Ensino Fundamental como um todo e, particularmente, na passagem do primeiro para o segundo ano de escolaridade e deste para o terceiro. 

    Portanto, a letra B, a alfabetização e o letramento, apresenta o item I do Art. 30 da Resolução CNE/CEB nº 7/2010, sendo a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
3459874
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Zabala, no capítulo 2 da obra A prática educativa – como ensinar (1998), critica a forma de situar os diferentes conteúdos de aprendizagem sob a perspectiva disciplinar e propõe que os abordemos sob o ponto de vista do processo de aprendizagem vivido pelo educando, no qual são diferentemente aprendidos os diferentes tipos de conteúdo: factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais. Em relação à aprendizagem dos conteúdos conceituais, Zabala afirma que ela depende de atividades

Alternativas
Comentários
  • complexas que provocam um verdadeiro processo de elaboração e construção do conceito.

  • LETRA D

    Todos os conteúdos necessitam de uma base teórica, denominados conceitos. Os conceitos nos transportam pela vida sejam: científicos, intelectuais, filosóficos, calculistas ou de outros parâmetros. Estes nos revelam a verdadeira base da descoberta do saber, estimulando a curiosidade de aprender. Os conceitos passam a desenvolver a parte cognitiva do ser levando este a desenvolver o intelecto, o raciocínio, a dedução, a memória, proporcionando a construção do conhecimento.

    O conceito é considerado um instrumento do conhecimento, através dele é que ser humano desenvolve sua compreensão do mundo que o rodeia, ele capacita para o mercado de trabalho e torna-se o maior alvo de pesquisa estudantil.

    Os conteúdos conceituais fazem parte da construção do pensamento, nele o indivíduo aprende a discernir o real do abstrato; ou ilusório. Abrem-se as portas da dúvida, esta dúvida estimula a descoberta do conhecimento, gerando novas duvidas possibilitando descobertas infinitas. Sendo este, um processo onde: "o conhecimento é múltiplo e evolui infinitamente [...],o processo de aprendizagem do conhecimento nunca está acabado" 

    Os conteúdos conceituais são a base do aprender a conhecer concebendo-nos a oportunidade de lembrar que aprendemos vastamente com as experiências que adquirimos durante a nossa vivência, e acrescentando que "aprender a conhecer e aprender a fazer são, em larga medida, indissociáveis" 

  • Essa questão requer conhecimentos sobre a prática educativa e os conteúdos de aprendizagem. O candidato deve indicar a alternativa que apresenta as atividades das quais depende a aprendizagem dos conteúdos conceituais, de acordo com o autor Antoni Zabala.

    A) sequenciadas, partindo da definição científica para sua aplicação em exercícios de complexidade crescente. 
    ERRADO – A aprendizagem dos conteúdos conceituais depende de atividades complexas que provocam um verdadeiro processo de elaboração e construção do conceito. 

    B) complexas, que demandam um real esforço para rememorar os conceitos explicados pelo professor. 
    ERRADO – Para a aprendizagem dos conteúdos conceituais é preciso o entendimento dos seus significados. Não se trata de um esforço de rememoração e o educando deve ser capaz não só de repetir a definição de um conceito, mas saber utilizá-lo para interpretação, compreensão ou exposição de fenômenos ou situações, como também, para situar os fatos, objetos ou situações concretas no conceito que os inclui. 

    C) de leitura e cópia para repetição verbal e memorização da definição do objeto conceituado. 
    ERRADO – A aprendizagem dos conteúdos conceituais requer o entendimento dos seus significados. Não se trata de leitura e cópia para repetição verbal e memorização, devendo o educando ser capaz não só de repetir a definição de um conceito, mas saber utilizá-lo para interpretação, compreensão ou exposição de fenômenos ou situações, como também, para situar os fatos, objetos ou situações concretas no conceito que os inclui. Requer uma compreensão que vai muito além da reprodução. 

    D) complexas que provocam um verdadeiro processo de elaboração e construção do conceito.
    CORRETO – De acordo com o autor, conceitos e princípios são termos abstratos. Para aprender um conceito ou princípio, o educando precisa entender o seu significado, sendo capaz não só de repetir sua definição, mas sabendo utilizá-lo para interpretação, compreensão ou exposição de fenômenos ou situações, como também, para situar os fatos, objetos ou situações concretas no conceito que os inclui. Dessa forma, a aprendizagem dos conteúdos conceituais depende de atividades complexas que provocam um verdadeiro processo de elaboração e construção do conceito. Tais atividades provocam um processo de elaboração e construção pessoal do conceito. Essa aprendizagem compreende atividades experimentais, atividades que promovam uma forte atividade mental, atividades que concedam significado e funcionalidade aos novos conceitos, atividades que suponham desafios ajustados às possibilidades reais, atividades que propiciem a compreensão do conceito para a sua utilização para o conhecimento, a interpretação e a construção de outras ideias. A aprendizagem dos conteúdos conceituais quase nunca pode ser considerada concluída, pois sempre há a possibilidade de ampliar ou aprofundar o conhecimento. 

    E) de repetição de ações para dominar habilidades cognitivas e socioafetivas. 
    ERRADO – Conceitos e princípios são termos abstratos. A aprendizagem dos conteúdos conceituais depende de atividades complexas que provocam um verdadeiro processo de elaboração e construção do conceito. Tais atividades provocam um processo de elaboração e construção pessoal do conceito. 

    Fonte: ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre, Artmed, 1998. 

    Portanto, a letra D é a resposta correta. 

    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
3459877
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Moura (2010) afirma que “A Educação de hoje precisa atender a uma clientela que exige e que também é exigida cada vez mais. Pois, o mundo está mudando e, consequentemente, a educação deve inserir-se nessa mudança a fim de não perder sua finalidade”. Partindo dessa consideração, a autora critica o trabalho pedagógico com objetivos e conteúdos pré-fixados, pré-determinados, apresentando uma sequência regular, prevista e segura, aplicando fórmulas ou regras. Para ela, é necessário um trabalho pedagógico no qual o ensino-aprendizagem se realize mediante um percurso nunca fixo, ordenado, mas que se abra para o desconhecido, para o não determinado, que tenha flexibilidade para a reformulação das metas e dos percursos à medida que as ações intencionadas evidenciam novos problemas e dúvidas. O que Moura propõe recebe o nome de

Alternativas
Comentários
  • Pedagogia de Projetos.

  • Pedagogia de Projetos pode ser definida como um método no qual a classe se ocupa em atividades proveitosas e com propósitos definidos. ... No trabalho com projetos o próprio aluno constrói o conhecimento. O professor apenas propõe situações de ensino baseadas nas descobertas espontâneas e significativas dos alunos.

  • Essa questão aborda conhecimentos sobre o trabalho pedagógico. O candidato deve indicar a alternativa que apresenta o nome do trabalho pedagógico proposto pela autora Daniela Pereira Moura. 

    A) Didática de Freinet. 
    ERRADO - A pedagogia de Freinet tem como princípios e objetivos básicos a autonomia e a cooperação. Tem o trabalho/jogo como atividade fundamental, baseada na crença de que o desejo de conhecer mais e melhor nasce de uma situação de trabalho concreta e problematizadora. A prática pedagógica parte das necessidades da criança, como a livre expressão, comunicação, pesquisa (criar, agir, conhecer), organização e avaliação. Com seus alunos, Freinet desenvolveu variadas práticas pedagógicas, que tinham como objetivo aproximar a escola da vida. Como exemplos, temos as aulas-passeio, o Livro da vida, a imprensa escolar, entre outras. 

    B) Método Montessori. 
    ERRADO - O método Montessori tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da vida da criança, de maneira profunda e integral. Fundamentado na observação, o método Montessori dá suporte ao desenvolvimento infantil, incluindo aspectos cognitivos, sociais, emocionais, de conteúdo e de desenvolvimento cerebral. A educação deve ser desenvolvida com base na evolução da criança, e não o contrário. 

    C) Método da Descoberta. 
    ERRADO – O método ou pedagogia da descoberta privilegia a curiosidade do aluno e o papel do professor como instigador dessa curiosidade. Inspirado nas ideias de Jerome Bruner, o método visa fazer com que os alunos realizem descobertas de maneira ativa e construtiva. Para o teórico, a aprendizagem não deve se limitar à memorização mecânica. Nessa proposta pedagógica, os alunos são colocados frente a uma situação-problema e são estimulados a descobrir uma solução. Tal estratégia visa conduzir os estudantes à reflexão sobre a situação que enfrentam e ao desenvolvimento de sua capacidade de solucionar problemas. 

    D) Pedagogia da Pergunta. 
    ERRADO – A pedagogia da pergunta tem como princípio que o conhecimento é construído a partir de uma curiosidade ou pergunta. Na obra “Por uma Pedagogia da Pergunta", os autores Paulo Freire e Antonio Faundez propõem um ensino mediado pelo diálogo, onde educador e educando buscam juntos o conhecimento, promovendo uma educação para a libertação. Nessa perspectiva, as perguntas possuem um papel mediador, sendo o ato de perguntar, ou a própria pergunta, princípios de conhecimento. Assim, ao invés de reprimir, há uma necessidade de estimular permanentemente a curiosidade do aluno, através do ato de perguntar. 

    E) Pedagogia de Projetos. 
    CORRETO - De acordo com Moura (2010), a Pedagogia de Projetos é a construção de uma prática pedagógica centrada na formação global dos alunos. O trabalho por projetos visa promover uma formação integral que contribua não só para a vida escolar, como também para a vida social do educando. Constitui uma postura pedagógica que apoia as aprendizagens em situações reais, estimulando a atividade globalizada e o trabalho colaborativo. A autora coloca que, para o trabalho nessa perspectiva, é necessário que haja uma alteração profunda na forma de compreensão e organizar o conhecimento, com a redefinição dos conteúdos escolares, dos tempos, espaços e processos educativos, bem como do agrupamento de alunos. Portanto, a Pedagogia de Projetos abarca uma visão diferente de conhecimento e currículo. Permite a aproximação entre a identidade, as experiências dos alunos e os conteúdos, bem como entre os conteúdos escolares, os conhecimentos e saberes produzidos no contexto social e cultural, e os problemas que dele emergem. A Pedagogia de Projetos implica o desenvolvimento de atividades práticas, estratégias de pesquisa, análise, interpretação e representação, englobando conteúdos atitudinais, procedimentais e conceituais. Um dos aspectos mais importantes no trabalho com projetos, é a possibilidade de o aluno desenvolver uma atitude ativa e reflexiva frente às suas aprendizagens e ao conhecimento, uma vez que passa a compreender o sentido do conhecimento para a compreensão do mundo, para a vida. 

    Fonte: MOURA, Daniela Pereira. Pedagogia de Projetos: Contribuições para Uma Educação Transformadora, 2010. 
    FREIRE, Paulo; FAUNDEZ, Antonio. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. 

    Portanto, a letra E é a resposta correta. 

    Gabarito do Professor: Letra E.
  • Pedagogia de projetos é um método que ensina por meio da experiência. Essa metodologia propõe que o estudante se conecte a um projeto de pesquisa e que se interesse por ele. Aqui, o papel do  é o de favorecer o  com base em descobertas surgidas das pesquisas realizadas sob sua orientação. É uma metodologia alternativa à qual a escola pode recorrer para formar cidadãos independentes, críticos e participativos. Quando a escola propõe uma abordagem baseada em projetos, incentiva uma visão interdisciplinar do conhecimento, além de estimular o aprendizado por meio da experiência e o desenvolvimento da autonomia de seus alunos. 

    A Pedagogia de projetos estimula o pensamento crítico, que contribui para formar indivíduos autônomos e socialmente ativos.


ID
3459880
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Conforme a Resolução CNE/CEB nº 7/2010, a avaliação dos alunos a ser realizada pelos professores e pela escola é parte integrante do currículo e deve “assumir um caráter processual, formativo, participativo, ser contínua, cumulativa e diagnóstica”. Em relação ao disposto nessa legislação, Hoffmann, em Ideias nº 22, propõe a avaliação mediadora como uma ação avaliativa

Alternativas
Comentários
  • educador, em termos de favorecer a troca de ideias entre e com seus alunos, num movimento em direção a uma produção de um saber enriquecido e construído a partir da compreensão dos fenômenos estudados.

  • LETRA A

    reflexiva e desafiadora do educador, em termos de favorecer a troca de ideias entre e com seus alunos, num movimento em direção a uma produção de um saber enriquecido e construído a partir da compreensão dos fenômenos estudados.

  • Essa questão aborda a temática da avaliação, mais especificamente sobre a avaliação mediadora. Deve-se indicar a alternativa que apresenta como a autora Jussara Hoffmann propõe a avaliação mediadora. 

    A) reflexiva e desafiadora do educador, em termos de favorecer a troca de ideias entre e com seus alunos, num movimento em direção a uma produção de um saber enriquecido e construído a partir da compreensão dos fenômenos estudados. 
    CORRETO - De acordo com a autora Jussara Hoffmann, a avaliação mediadora é uma perspectiva da ação avaliativa enquanto uma das mediações que estimula a reorganização do saber. Professor e aluno buscam coordenar seus pontos de vista, trocando ideias e as reorganizando. Tal paradigma pretende opor-se ao modelo do "transmitir-verificar-registrar" e evoluir no sentido de uma ação avaliativa reflexiva e desafiadora do educador, em termos de favorecer a troca de ideias entre e com seus alunos, num movimento em direção a uma produção de um saber enriquecido e construído a partir da compreensão dos fenômenos estudados. 

    B) bem delimitada e classificatória, desenvolvida pelo professor, a qual assegura ao aluno e a seus pais o acompanhamento preciso de seu grau de saber absorvido durante o curso frequentado. 
    ERRADO – De acordo com a autora, a avaliação mediadora se opõe ao paradigma sentencioso, classificatório. 

    C) que possibilita ao aluno a continuidade de seus estudos, de modo que ele saiba se reproduz corretamente o conhecimento sistematizado transmitido por seus professores. 
    ERRADO – A avaliação mediadora visa a superação do saber transmitido, em direção a uma produção de saber enriquecido, construído a partir da compreensão dos fenômenos estudados. 

    D) com o significado de controle permanentemente exercido pelo professor sobre o aluno, no intuito de este atingir os desempenhos definidos como ideais pelo docente. 
    ERRADO – Uma proposta de avaliação mediadora requer do professor uma relação de troca com o aluno, com uma reflexão aprofundada sobre as formas como a compreensão do educando sobre o objeto do conhecimento se estabelece. 

    E) compatível com o modelo do “transmitir, verificar, registrar e evoluir", de modo que o aluno alcance progressivamente notas cada vez mais altas, na avaliação externa. 
    ERRADO - A avaliação, enquanto relação dialógica, concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e também pelo professor, em direção a um saber enriquecido, carregado de significados, de compreensão. A avaliação mediadora se opõe ao modelo do “transmitir, verificar, registrar e evoluir".

    Fontes: HOFFMAN, Jussara M.L. Avaliação mediadora: uma relação dialógica na construção do conhecimento In: SE/SP/FDE. Revista IDEIAS nº 22, 1994. 
    HOFFMANN, Jussara M.L. Avaliação: mito e desafio-uma perspectiva construtivista. Educação e Realidade, Porto Alegre, 1991. 

    Portanto, a letra A é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra A.
  • Mas esta explicito no texto.


ID
3459883
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Leia atentamente o seguinte trecho escrito por Fontana (1996) sobre o desenvolvimento da conceitualização na criança.

“Do caráter sócio-histórico do processo de conceitualização, emerge o papel da linguagem, do outro e do aprendizado na sua gênese e desenvolvimento. A ontogênese, destaca Vygotsky, não repete a filogênese. O desenvolvimento da conceitualização na criança transcorre no processo de incorporação da experiência geral da humanidade, mediada pela prática social, pela palavra (também ela é uma prática social),

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

    na interação com o(s) outro(s)”.

  • Essa questão requer conhecimentos sobre o desenvolvimento da conceitualização na criança. O candidato deve indicar a alternativa que completa corretamente o trecho citado no enunciado, da autora Roseli Fontana (1996). 

    Fontana, em sua obra “Mediação Pedagógica na sala de aula" (1996), afirma que a criança, inserida em um contexto cultural historicamente constituído, desde seus primeiros momentos de vida, está imersa em um sistema de significações sociais. [...] Na mediação do/pelo outro revestida de gestos, atos e palavras (signos) a criança vai integrando-se, ativamente, às formas de atividade consolidadas (e emergentes) de sua cultura, num processo em que pensamento e linguagem articulam-se dinamicamente. Do caráter sócio-histórico do processo de conceitualização emerge o papel da linguagem, do outro e do aprendizado na sua gênese e desenvolvimento. A ontogênese, destaca Vygotsky, não repete a filogênese. O desenvolvimento da conceitualização na criança transcorre no processo de incorporação da experiência geral da humanidade, mediada pela prática social, pela palavra (também ela uma prática social), na interação com o(s) outro(s). 

    Fonte: FONTANA, R. A. C. Mediação Pedagógica na sala de aula, SP: Autores Associados, 1996. 

    Portanto, a letra C, “na interação com o(s) outro(s)", é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra C.
  • Pares e signos.


ID
3459886
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com Weisz (2000), nos últimos anos, têm ocorrido um aumento significativo das discussões sobre a formação continuada de professores e, também, uma maior oferta de ações de formação em serviço, tanto nas redes públicas quanto nas privadas de ensino. Para essa formação, há uma maior exigência quanto ao papel do professor, que precisa se tornar capaz de criar ou adaptar boas situações de aprendizagem, adequadas a seus alunos reais, cujos percursos de aprendizagem ele precisa saber reconhecer.

Diante do exposto e de acordo com a autora, é correto afirmar que se exige uma revisão da estrutura organizacional da escola, um esforço de atualização permanente e de acesso ao conhecimento recente que a ciência produz, o qual é proporcionado, em especial, por meio da

Alternativas
Comentários
  • letra A

    tematização da prática.

  • A tematização da prática se opõe à tradicional visão aplicacionista da formação de professores, que oferece a eles um corpo de ideias e teorias para aplicar em sala de aula. "Tematizar é fazer com que o professor seja capaz de desentranhar as teorias que guiam a prática pedagógica real", diz Telma. Para chegar a essa capacidade de análise, há três caminhos: estudar, estudar e estudar.

    Fonte: Nova Escola

  • Para responder essa questão, o candidato deve indicar por qual meio é proporcionada uma revisão da estrutura organizacional da escola, um esforço de atualização permanente e de acesso ao conhecimento recente que a ciência produz, de acordo com a autora Telma Weisz.

    Conforme coloca Weisz (2000), tematizar é olhar para algo e tratá-lo como um objeto de reflexão, criando teorias a seu respeito. O trabalho de tematização é uma análise que parte da prática para explicitar as hipóteses didáticas subjacentes. Este trabalho é chamado de tematização da prática porque se trata de olhar para a prática de sala de aula como um objeto sobre o qual se pode pensar. A tematização da prática consiste em analisar as atividades didáticas, com vistas ao estudo das teorias que podem ajudar os docentes a perceber as intervenções necessárias no ensino. Com isso, é possível visualizar como prática e teoria estão inter-relacionadas. Diante do exposto e de acordo com a autora, é correto afirmar que se exige uma revisão da estrutura organizacional da escola, um esforço de atualização permanente e de acesso ao conhecimento recente que a ciência produz, o qual é proporcionado, em especial, por meio da tematização da prática. 

    Fonte: WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Ática, 2000.

    Portanto, a letra A, “tematização da prática", é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
3459889
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo Moran (2004), é necessário compreendermos que “É fundamental hoje planejar e flexibilizar, no currículo de cada curso, o tempo e as atividades de presença física em sala de aula e o tempo e as atividades de aprendizagem conectadas, a distância. Só assim avançaremos de verdade e poderemos falar de

Alternativas
Comentários
  • resposta certa letra ¨ D ¨

  • Para responder essa questão, o candidato deve indicar a alternativa que completa corretamente o trecho citado no enunciado, de autoria de José Manuel Moran. 

    Moran, no texto “Os novos espaços de atuação do professor com as tecnologias" (2004), coloca a ampliação dos espaços de ensino-aprendizagem com as tecnologias. Argumenta essas tecnologias e a internet trouxeram novos desafios pedagógicos para o campo educacional. Nesse contexto, os professores precisam aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora. 
    Segundo o autor, “é fundamental hoje planejar e flexibilizar, no currículo de cada curso, o tempo e as atividades de presença física em sala de aula e o tempo e as atividades de aprendizagem conectadas, a distância. Só assim avançaremos de verdade e poderemos falar de qualidade na educação e de uma nova didática". 

    Fonte: MORAN, José Manuel. Os novos espaços de atuação do professor com as tecnologias. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 4, n.12, p.13-21, maio/ago. 2004. 

    Dessa forma, a letra D, “qualidade na educação e de uma nova didática", é a alternativa correta.  

    Gabarito do Professor: Letra D.
  • É fundamental hoje planejar e flexibilizar, no currículo de cada curso, o tempo e as atividades de presença física em sala de aula e o tempo e as atividades de aprendizagem conectadas, a distância. Só assim avançaremos de verdade e poderemos falar de qualidade na educação e de uma nova didática.


ID
3537583
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Não se aprende História apenas no espaço escolar. As crianças e jovens têm acesso a inúmeras informações, imagens e explicações no convívio social e familiar, nos festejos de caráter local, regional, nacional e mundial. São atentos às transformações e aos ciclos da natureza, envolvem-se com os ritmos acelerados da vida urbana, da televisão e dos videoclipes, são seduzidos pelos apelos de consumo da sociedade contemporânea e preenchem a imaginação com ícones recriados a partir de fontes e épocas diversas. Nas convivências entre as gerações, nas fotos e lembranças dos antepassados e de outros tempos, crianças e jovens socializam-se, aprendem regras sociais e costumes, agregam valores, projetam o futuro e questionam o tempo
[...]
É preciso diferenciar, entretanto, o saber que os alunos adquirem de modo informal daquele que aprendem na escola.
(Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. História.)


Nesse sentido, segundo os PCNs, o saber histórico escolar

Alternativas

ID
3537586
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

[...] não é difícil encontrar nos livros didáticos afirmações, algumas vezes contundentes e fortes, contra o racismo e o preconceito e, portanto, encorajando os alunos a terem uma visão de “respeito e tolerância em relação aos grupos etnicamente diversos”. Há, em quase todos, uma valorização de “uma nacionalidade que surge da diversidade”. A congruência de três raças – brancos, negros e índios – na formação do povo brasileiro é sempre lembrada. Mas uma leitura mais atenta destes manuais mostra as dificuldades em lidar com a existência de diferenças étnicas e sociais na sociedade brasileira atual.
(Luís D. B. Grupioni. “Livros didáticos e fontes de informações sobre as sociedades indígenas no Brasil”. Em Aracy L. da Silva e Luís D. B. Grupioni (orgs.). A temática indígena na escola.)


Grupioni, entre outras críticas, aponta que os livros didáticos

Alternativas

ID
3537589
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

As propostas curriculares de História elaboradas nos últimos anos estão relacionadas aos debates e confrontos surgidos no final do período da ditadura militar quando se impôs Estudos Sociais em substituição à História e Geografia para as oito séries iniciais da escolarização, mantendo-se precariamente as duas disciplinas no 2o grau, para atender, na prática, aos exames vestibulares e não como proposta de formação geral necessária para um ensino terminal profissionalizante ou técnico, conforme estava prescrito no texto oficial do currículo para esse nível de escolarização. (Circe Bittencourt.
“Capitalismo e cidadania nas atuais propostas curriculares de História”. Em Circe Bittencourt (org.). O saber histórico na sala de aula.)


Também na ditadura militar, segundo Circe Bittencourt,

Alternativas

ID
3537592
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Os programas [de 1942] eram periodizados fazendo usos das épocas consagradas pela historiografia clássica. No caso da História Geral e quanto à História do Brasil, a periodização era a mesma que o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro havia estabelecido a partir das sugestões de seus sócios, que discutiam como deveria ser escrita a História do Brasil. Considerando a História como a genealogia da nação, esta se iniciava com a História da formação de Portugal e os grandes descobrimentos que incluíam o Brasil no processo civilizatório. (Kátia Abud. “Currículos de História e políticas públicas: os programas de História do Brasil na escola secundária”.
Em Circe Bittencourt (org.). O saber histórico na sala de aula.)

Nesses programas, a História era pensada como

Alternativas

ID
3537595
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

[...] os conteúdos a serem trabalhados com os alunos não se restringem unicamente ao estudo de acontecimentos e conceituações históricas. É preciso ensinar procedimentos e incentivar atitudes nos estudantes que sejam coerentes com os objetivos da História.
(Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. História.)


Entre outros procedimentos, os PCNs destacam

Alternativas

ID
3537598
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Para que uma atividade seja caracterizada como estudo do meio, segundo os PCNs, é necessária a

Alternativas

ID
3537601
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Não deve existir preocupação em ensinar formalmente aos alunos os ritmos de tempo predominantes em uma ou em outra sociedade histórica. Deve-se estudar relações e estabelecer distinções ao se realizar estudos de épocas.
(Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. História.)

Desse cuidado, decorre a possibilidade de o estudante

Alternativas

ID
3537604
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A transposição didática do fazer histórico pressupõe, entre outros procedimentos, que se trabalhe a compreensão e a explicação histórica. Podem ser priorizados alguns pontos da explicação histórica para serem transpostos para a sala de aula e comporem o que se denominaria a Educação Histórica.
(Maria Auxiliadora Schmidt. “A formação do professor de História e o cotidiano da sala de aula”. Em Circe Bittencourt (org.). O saber histórico na sala de aula.)


Entre esses procedimentos, a autora destaca

Alternativas

ID
3537607
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Das figuras políticas, é interessante destacar como têm sido representados os dois imperadores do Brasil: D. Pedro I, sempre jovem, porque afinal morreu com 34 anos; seu filho D. Pedro II, sempre velho, apesar dos textos escolares darem destaque ao episódio da “Maioridade”, que tornou D. Pedro II chefe de Estado com apenas 15 anos. A ilustração do pai jovem e do filho velho tem causado certa perplexidade aos jovens leitores e falta a explicação do aparente paradoxo.
(Circe Bittencourt. Livros didáticos entre textos e imagens. Em Circe Bittencourt (org.). O saber histórico na sala de aula. Adaptado)


A imagem de um D. Pedro II velho

Alternativas
Comentários
  • Essa questão está com a resposta errada. O correto seria Letra E. A imagem de um Pedro II velho, era para dar validade ao imperador que era novo, mas precisava se mostrar preparado, para poder ter legitimidade e ter um governo estável.

  • fez parte de uma estratégia dos apoiadores de D. Pedro II para reforçar a ideia de uma ordem secular e estável.gabarito errado LETRA E está correta. tem até uma questão do ENEM, bem famosa sobre esse tema.

  • Em 26/03/21 às 19:29, você respondeu a opção E. Você acertou!

    Em 14/01/21 às 16:53, você respondeu a opção E.! Você errou!

    WHAAAAT?

  • Circe Bittencourt, historiadora e professora da PUC-SP, estuda a história dos livros didáticos e conteúdos relativos ao ensino de História em sala de aula. O seu livro O saber histórico na sala de aula contem análises e experiências de construção do saber escolar na disciplina de História. No capítulo referente às imagens e fontes históricas introduzidas em livros didáticos, a autora analisou as representações imagéticas de D. Pedro I que faleceu aos 34 anos ter sido representado mais jovem que D. Pedro II, apesar deste ter subido ao trono aos 15 anos após o Golpe da Maioridade.
    Os argumentos para a representação de D.Pedro II mais velho que D.Pedro I são diversos. Algumas correntes historiográficas acreditam que foi para conferir legitimidade ao golpe da Maioridade, quando D. Pedro II foi coroado com 15 anos para assumir o controle do Brasil. Outros historiadores acreditam que tenha sido para a representação do Imperador como um herói responsável pela consolidação da independência do Brasil. Os quadros e as suas variantes imagéticas são importantes fontes para a compreensão da história do período. 

    Para responder a questão precisa ter conhecimento de como os saberes acerca de D. Pedro I e D.Pedro II são retratados e, os discursos historiográficos utilizados por trás das imagens. Finalmente, como isso é apropriado em sala de aula. O trabalho de Circe Bittencourt é conhecido pelos estudantes de graduação de História, assim como as interpretações possíveis para a representação imagética de Pedro I e Pedro II.
    A) INCORRETA - Esta alternativa está incorreta, porque as imagens de D. Pedro II velho foi divulgada pelos apoiadores da Monarquia e também pelos integrantes do Partido Liberal. A imagem de D. Pedro II mais velho fortaleceria o regime, uma vez que daria legitimidade para que assumisse pessoalmente o poder após o Golpe da Maioridade . Também consolidaria a imagem de Imperador do país e herói da Independência.
    B) INCORRETA – Esta afirmativa está incorreta, pois o Senado institucionalizou o Golpe da Maioridade a favor de D. Pedro II como Imperador do país. O objetivo era diminuir a ação do Partido Conservador, minimizar as rebeliões do Período Regencial e conferir uma estabilidade política ao Brasil. 
    C) INCORRETA – Esta afirmativa está incorreta, pois as imagens de D. Pedro II velho o representavam trajado de forma militar revelando a sua disponibilidade para o combate. As fontes apresentavam D. Pedro II como um defensor do seu território e, por esse motivo , conferiu apoio e se voluntariou à Guerra do Paraguai. 
    D) INCORRETA – Esta afirmativa está incorreta, pois a imagem de D. Pedro II velho foi construída pelo Partido Liberal para que ele possuísse legitimidade para assumir o Império apesar da pouca idade. 
    E) CORRETA – O Período Regencial foi cheio de incertezas , de instabilidade política e , econômica. Havia rebeliões por todo o território e uma dificuldade de contê-las com a Guarda Nacional. O Partido Conservador tomava medidas que reprimiam o povo e limitavam o raio de ação do Partido Liberal. Por isso, o Partido Liberal e o povo pressionaram o Senado Federal para a aprovação do Golpe da Maioridade. O retorno da família Real ao poder conferia a ideia de estabilidade apoiada no histórico da Monarquia, por esse motivo a afirmativa está correta.

    Gabarito do Professor: Letra E.
  • Eu tenho o livro e na realidade a alternativa mais próxima que se chega ao que autora comentou sobre a imagem velha de D.Pedro II é a D.

    Vou escrever aqui para vocês o que a autora no livro de fato escreveu:

    "A Imagem de um D. Pedro II velho foi construída no período PÓS-MONÁRQUICO E DEMONSTRA A INTENÇÃO DOS REPUBLICANOS EM EXPLICAR A QUEDA DE UMA MONARQUIA ENVELHECIDA QUE NÃO TERIA CONTINUIDADE". (p. 80).

    Ou seja, a questão DEVERIA TER SIDO ANULADA, porque a autora diz que a imagem de um D. Pedro II velho foi construída após a monarquia e não PELOS APOIADORES DE D.PEDRO II. Caberia recurso fácil nessa.

    Infelizmente o gabarito tá completamente errado.


ID
3537610
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Os documentos são fundamentais no trabalho de produção do conhecimento histórico. Mas, a noção que se tem de documento, as abordagens e os tratamentos que fundamentam a sua utilização têm sofrido transformações ao longo do tempo.
(Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. História.)


Nesse sentido, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A história é uma ciência subjetiva e a interpretação dos seus fatos se modifica ao longo do tempo e do espaço na qual ela está sendo construída . A metodologia da produção historiográfica sofre a mesma transformação com o decorrer dos anos. A ferramenta principal do historiador é a fonte histórica. Entretanto, este conceito foi sendo modificado , englobando mais objetos ao longo dos anos e, segundo a referência historiográfica do pesquisador. 

    O conhecimento sobre as diferentes metodologias da História ao longo do tempo é fundamental para a resposta das questão. Para o graduado em História não apresenta grande dificuldade por ser a essência da cadeira de Teoria de História. Uma das alternativas mostra uma ideia correta acerca de documentos usados pelo historiador. 
    A) INCORRETA - Esta afirmativa está incorreta pois os historiadores contemporâneos acreditam que os documentos oficiais, cartas, jornais, revistas e todo tipo de documento escrito deve ser considerado uma fonte histórica. Assim, como obras de artes, fotografias e os registros que o homem tenha deixado como marcas de sua existência. 
    B) INCORRETA – Esta afirmativa está incorreta pois para os historiadores marxistas o homem é um sujeito histórico e o que produz e deixa como registro deve ser considerado uma fonte histórica, independente da classe que o indivíduo pertença. 
    C) INCORRETA – Esta afirmativa está incorreta, uma vez que para contar a história dos vencidos o historiador precisa ter a perspectiva da história dos vencedores, que é escrita tendo por base os documentos oficiais que contem a versão dos dominantes.
    D) INCORRETA - Esta afirmativa está incorreta, pois a História Nova não faz escolha acerca dos registros que considera como fonte histórica. A definição de registro histórico para os historiadores deste movimento é a que o pesquisador precisa abarcar o máximo de registros da experiência humana, ao longo do tempo e do espaço e, por conseguinte, isso inclui os registros visuais. 
    E) CORRETA – A História dos positivistas é construída por aqueles que acreditam que a história deveria servir para o progresso e para o crescimento da Nação. Sendo assim, os documentos utilizados para a construção da história positivista eram os oficiais , produzidos para retratar os feitos públicos e construídos a partir da perspectiva de agente público. Portanto, esta afirmativa está correta. 

    Gabarito do Professor: Letra E.

ID
3537613
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Não se discute mais se o patrimônio cultural do país constitui-se apenas dos bens de valor excepcional ou também daqueles de valor cotidiano; se inclui monumentos individualizados ou em conjunto; se apenas a arte erudita merece proteção ou também as manifestações populares; se contém apenas os bens produzidos pelo homem ou se engloba também bens naturais; se esses bens da natureza envolvem somente os dotados de excepcional valor paisagístico ou inclusive o simples ecossistema.


(Ricardo Oriá. Memória e ensino de História.

Em Circe Bittencourt (org.). O saber histórico na sala de aula.)




Dessa forma, são considerados patrimônio cultural os bens que

Alternativas
Comentários
  • É  fundamental definir, a princípio, o que é entendido como patrimônio cultural de uma civilização ou comunidade. Quais são os bens que devem ser considerados patrimônios. Há debates entre os historiadores, antropólogos e sociólogos -  Bens materiais , imateriais ? Riquezas ambientais? As ideias são variadas . 
    Uma das alternativas indica os bens que, segundo o trecho transcrito, podem ser entendidos como patrimônio cultural de uma comunidade. No caso, do Brasil. É possível responder a questão a partir da leitura e interpretação 
    A) INCORRETA- Os bens que são patrimônio não são apenas aqueles que representam momentos e pessoas emblemáticas no processo histórico da comunidade em pauta. Vão além disso. 
    B) CORRETA – Bens que formam patrimônio cultural são aqueles que se referem “à identidade, à ação e à memória dos diferentes elementos étnico -culturais formadores da nação brasileira." 
    C) INCORRETA- Bens que são patrimônio não são elementos que demonstrem a “tolerância religiosa" ao longo da história do Brasil desde a ocupação portuguesa. Essas seriam, no caso, características da cultura brasileira. 
    D) INCORRETA – Bens que são parte de um dado patrimônio cultural refletem heróis nacionais e lideranças religiosas sim mas, também, bens que representam o povo e suas manifestações culturais tais como suas músicas e forma de alimentação. 
    E) INCORRETA- Nem todos são vinculados à construção de uma pretensa democratização racial.

    Gabarito do Professor: Letra B.
  • Segundo a professora Juliana Bezerra

    " Patrimônio cultural são bens materiais ou imateriais que formam a identidade de um povo e ajudam a contar a sua história.

    Bens materiais podem ser edifícios, monumentos, obras de arte; e os bens imateriais, são elementos como a dança, a música.

    Se o patrimônio cultural desaparecesse ficaria difícil contar as tradições e a história de uma cultura. Por isso, a sua preservação é importante para a conservação da memória de um lugar ou povo."


ID
3537616
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Houve um episódio curioso ocorrido no ano de 1971, num pequeno e longínquo povoado amazônico, durante a inauguração de um trecho da Rodovia Transamazônica. Sabemos que a própria rodovia é, hoje, uma imensa ficção, mas isto é um “detalhe”. A tal inauguração coincidiu com a exibição, no único cinema do povoado, de um filme sobre vampiros, que causou grande impressão sobre todos os habitantes. No dia da inauguração, foram vistos automóveis pretos, em grande número, certamente ligados à comitiva presidencial. Imediatamente espalhou-se a notícia por todo o povoado de que os vampiros estavam chegando à região, que já tinham atacado outros lugares oferecendo bombons às crianças, para, a seguir, agarrá- -las e chupar o seu sangue. Como consequência desses boatos, estabeleceu-se um pânico generalizado no povoado: homens agarrando suas armas, gente rezando, e mães desesperadas buscando seus filhos.
(Elias Thomé Saliba. “Experiências e representações sociais sobre o consumo de imagens”. Em Circe Bittencourt (org.).O saber histórico na sala de aula. Adaptado)


Para Saliba, esse episódio permite

Alternativas
Comentários
  • A entrada da questão mostra um trecho que descreve a reação de uma população interiorana face às imagens e ideias veiculadas pelas imagens de um filme, em combinação com um fato real interpretado à luz da decodificação que a comunidade fez das imagens. 
    O trecho é parte de um texto de Elias Thomé Saliba. “Experiências e representações sociais sobre o consumo de imagens", publicado na obra de Circe Bittencourt (org.).O saber histórico na sala de aula. 
    A questão pede que seja apontada uma conclusão que o autor acredita ser possível a partir da interpretação do episódio

      A) INCORRETA- Não é possível inferir que os filmes de ficção são responsáveis pela ausência de capacidade crítica e sim a falta de Educação. 

    B) INCORRETA-A História do Imaginário não tem como objetivo “reproduzir a realidade com exatidão", exatamente por trabalhar com o Imaginário dentro das sociedades. E, nem sempre as imagens reproduzem a realidade. Elas podem vivificar o imaginário. 

    C) INCORRETA- Existe uma função pedagógica do cinema que, no entanto, não se limita à ilustração de conhecimentos científicos. O cinema pode ser um documento imagético sobre determinado momento histórico ou de uma biografia ou ainda de uma proposta artística e cultural. Além disso, não é que o trecho transmite.

    D) CORRETA- A História Cultural dever ter um cuidado especial com a investigação acerca da “recepção, do consumo e dos usos sociais da imagem" Esta representa, talvez, a função mais importante da História Cultural. 

    E) INCORRETA- A mensagem das imagens podem variar de acordo com os que as veem, pois a visão não é neutra. 

    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
3537619
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o trecho de uma entrevista com o historiador Peter Burke.

Eu me identifiquei com os heróis do movimento e sua luta contra a dominação de uma história mais tradicional, identificação que foi ajudada pelo fato de que o tipo de história contra a qual Bloch e Febvre se rebelaram ainda ser a história dominante em Oxford. Pensei vagamente em estudar com Braudel em Paris, mas a vida que levava em Oxford também me cativava, e desisti da ideia. O ideal que desenvolvi, entretanto, foi de escrever história ao modo do movimento, mais ou menos sozinho. Tentei fazer isso num livro que escrevi nos anos 60 sobre o Renascimento italiano. Nesse livro, tentei combinar histoire sérielle com a abordagem alemã de história cultural.
(Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke. As muitas faces da história. Nove entrevistas. Adaptado.)


Peter Burke faz referência, nesse excerto,

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    escola dos Annales é um movimento  do século XX que se constituiu em torno do periódico acadêmico francês , tendo se destacado por incorporar métodos das  à . Fundada por  e  em , propunha-se a ir além da visão  a história como crônica de acontecimentos (histoire événementielle), substituindo o tempo breve da história dos acontecimentos pelos processos de , com o objetivo de tornar inteligíveis a civilização e as .

    Fonte: Wikpédia

  • Peter Burke, importante historiador britânico, enuncia, neste trecho transcrito de uma entrevista que havia dado, uma determinada proposta de trabalho com História, com a qual se identifica. Ela está indicada em uma das alternativas.
    O entendimento das alternativas e a possibilidade de assinalar a resposta correta depende de um conhecimento específico de Historiografia, que faz parte do currículo da graduação em História em instituições de 3º grau. Na medida em que a questão é proposta para aqueles que estão buscando colocação como professor de História de escola básica, não deve apresentar maiores dificuldades. Desde que, é claro, haja a leitura de bibliografia específica de Teoria de História. 

    A) INCORRETA- Positivismo lógico e empirismo lógico, o neopositivismo, denomina uma corrente filosófica que caracteriza o ponto de vista de um grupo de filósofos que constituíram o "Círculo de Viena". formado por homens da ciência e matemáticos. Surgiu na década de 1920-30, em torno de Martz Schlick (professor de Filosofia na Universidade de Viena). Partem da premissa que se uma proposição não conseguisse expressar nada que fosse formalmente verdadeiro ou falso, nem expressar algo que pudesse submeter-se a prova empírica, ela não constituía uma proposição em absoluto.  A sua atitude empírica estende-se a todos os domínios do pensamento. Para eles o tratamento matemático e lógico dos fatos e a prova empírica são as fontes exclusivas do conhecimento científico. Não é o que Peter Burke defende 

    B) INCORRETA- A pós-modernidade é um conceito da sociologia histórica. Designa a condição sociocultural e estética dominante após a queda do Muro de Berlim (1989), o colapso da União Soviética e a crise das ideologias nas sociedades ocidentais no final do século XX . O marcante do período é a dissolução da referência à razão como uma garantia de possibilidade de compreensão do mundo através de esquemas totalizantes. Ou seja, há que ir além da análise puramente racional e lógica para poder abarcar o máximo possível do real. A Escola dos Annales, a qual se refere Burke, é anterior . 

    C) CORRETA. A Escola dos Annales é um movimento historiográfico do século XX que se constituiu em torno do periódico acadêmico francês "Annales d'histoire économique et social"  tendo se destacado por incorporar métodos das Ciências Sociais à História. Foi fundada por Lucien Febvre e Marc Bloch em 1929. A proposta é a de fugir da proposta analítica positivista e substituir a narrativa de acontecimentos por uma história de longa duração, buscando explicitar mentalidades e como se constituem as civilizações. É a essa proposta que se refere Burke . 

    D) INCORRETA- História do tempo presente não é uma proposta exatamente metodológica. Mostra o objeto de estudo do historiador : o tempo que ele presencia. Visa analisar as rupturas e permanências do passado no presente. 

    E) INCORRETA- Escola Metódica- ou escola positivista- visava o estudo dos fatos assim como verdadeiramente aconteceram de acordo com sua época específica, quais são as  datas e personagens importantes. O historiador teria o propósito de apenas narrar tais fatos, com uma postura neutra e objetiva, sem exprimir suas opiniões. É o oposto do que se propõe a Escola dos Annales. 

    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3537622
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O aprofundamento de estudos culturais, principalmente no diálogo da História com a Antropologia, tem contribuído para um debate sobre os conceitos de cultura e de civilização. Alguns historiadores rejeitam o conceito de civilização [...].
(Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. História.)


Essa rejeição

Alternativas
Comentários
  • O trecho apresentado, embora bem pequeno, é bastante claro . E, sua interpretação não é difícil. Porém, a leitura não é suficiente para apontar a reposta correta. É necessário conhecimento acerca dos rumos teóricos das pesquisas e trabalhos de cientistas sociais contemporâneos, principalmente historiadores e antropólogos. Assim é possível distinguir porque muitos  dentre eles discordam do uso do conceito de “ civilização". 
    Pergunta-se acerca do porquê desta discordância. 
    A) INCORRETA- A afirmativa apresenta ideias que são o exato oposto do que os estudos de Antropologia e de História tem apresentado como fundamentos de trabalho de pesquisadores . 
    B) INCORRETA – O conceito de civilização não é específico do materialismo histórico. 
    C) INCORRETA- O trabalho de historiadores, ao contrário do que aponta a alternativa, tem-se voltado também para a análise de sociedades sem Estado. Não se pode dizer, em absoluto que os historiadores sociais das últimas décadas", tenham sido “pouco atentos à necessidade de leituras mais abrangentes sobre os povos sem Estado e sem economia de mercado". Ao contrário. 
    D) INCORRETA- O equívoco desta alternativa reside na ideia de que historiadores entendem que as “ferramentas teóricas oferecidas pelas outras ciências humanas são insuficientes para construir análises críticas". Na verdade o diálogo entre as ferramentas de várias ciências humanas trouxe uma maior riqueza para a análise de processos históricos. 
    E) CORRETA- Há historiadores que acreditam ser o conceito de “civilização" dotado de uma conotação evolucionista e etnocêntrica., o que não se coaduna com uma análise de comunidades humanas de acordo com as suas especificidades, sem valoração e o estabelecimento de culturas “superiores" e “inferiores" 

    Gabarito do Professor: Letra E.

ID
3537625
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Desde Frei Vicente de Salvador iniciara-se a construção da imagem de absoluta exploração e pilhagem dos portugueses nas terras coloniais da América. Também inaugurava-se a imagem da incompetência administrativa portuguesa no Brasil, base do não desenvolvimento material e da permanência do atraso cultural brasileiros. Este argumento atravessaria os séculos XVII, XVIII e XIX, encontrando forte ressonância ainda no século XX.
(Eduardo França Paiva. “De português a mestiço: o imaginário brasileiro sobre a colonização e sobre o Brasil”. Em: Lana M. de C. Simam e Thais N. de L. Fonseca (orgs.). Inaugurando a História e construindo a nação. Discursos e imagens no ensino de História. Adaptado)


Sobre esse debate, segundo o artigo citado, há historiadores no Brasil que, com a contribuição da História Cultural, têm comprovado

Alternativas
Comentários
  • Neste trecho "Também inaugurava-se a imagem da incompetência administrativa portuguesa no Brasil, base do não desenvolvimento material e da permanência do atraso cultural brasileiros." o enunciado dá a entender que que houveram descuidos estruturais na formação das colônias, que é encontrado na letra D. Não compreendi o porquê da letra B ser verdadeira.

  • O trecho transcrito mostra a narrativa mais comum acerca da dominação portuguesa . O português foi, durante muito tempo, apresentado como um mau colonizador e administrador negligente. As falhas de Portugal seriam , então, a base do subdesenvolvimento das áreas de seu antigo Império Colonial.
    Uma das afirmativas mostra uma outra maneira de analisar a dominação portuguesa. 

    A) INCORRETA- A área de dominação portuguesa na América- Brasil – tinha muito contato comercial com áreas de domínio português na costa atlântica do continente africano. Houve momentos em que as rotas comerciais com Luanda foram mais intensas do que com Lisboa. 
    B) CORRETA – Ao contrário do que durante muito tempo foi a crença geral, que apresentava os portugueses como maus administradores e, por isso, a pobreza e a instabilidade e desorganização das regiões que foram suas áreas de domínio, a colonização portuguesa era bem planejada e a forma de administração de uma nova área colonial já havia sido testada em outra. Ademais, é preciso não esquecer que o objetivo de uma dominação é o enriquecimento do dominador e não o desenvolvimento autônomo da região dominada. 
    C) INCORRETA- A descrição da questão econômica da colonização não está incorreta mas, a preocupação com educação era dos missionários, que tinham por objetivo “civilizar" e “salvar almas" para aumentar o número de membros da Igreja Católica. Não havia a preocupação com a Educação. Tanto que publicações eram proibidas.
    D) INCORRETA - Por conta da queda dos lucros com o comércio oriental as terras americanas ou seja, o Brasil, tornaram-se extremamente importantes para a manutenção da economia portuguesa. Daí a preocupação constante de Portugal com as áreas de dominação na América. Os domínios na costa africana eram essencialmente para o fornecimento de especiarias e escravos, um comércio lucrativo e que exigia pouca ocupação de território.
    E) INCORRETA- Não se pode determinar exatamente a existência de corrupção mas de relações de compadrio , a prática do nepotismo e a troca de favores que marcava também a administração da metrópole. 

    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
3537628
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A consumação das lutas contra o domínio português é apresentada através de uma das obras mais célebres da arte brasileira, representação ímpar da independência do Brasil: o quadro Independência ou Morte!, também conhecido como O Grito do Ipiranga, de Pedro Américo, de 1888. Ele abre o capítulo sobre a proclamação da independência, referendando a proeminência dada pelo autor à atuação do príncipe D. Pedro no episódio.
(Thais N. de L. e Fonseca. “Ver para compreender: arte, livro didático e a história da nação”. Em: Lana M. de C. Simam e Thais N. de L. Fonseca (orgs.). Inaugurando a História e construindo a nação. Discursos e imagens no ensino de História. Adaptado)


A obra de Pedro Américo faz parte de

Alternativas
Comentários
  • O trecho transcrito descreve a obra de Pedro Américo, Independência ou Morte, também conhecida como Grito do Ipiranga. O quadro em questão tornou-se o grande símbolo da independência e da figura de D. Pedro I. Já foi reproduzido um sem número de vezes, principalmente em livros didáticos de História para a escola básica, sendo elemento de construção de uma dada versão do processo histórico brasileiro. 
    É pedido que seja assinalada a alternativa que apresenta o contexto no qual está inserido o quadro. 
    A) INCORRETA- A preocupação de Pedro Américo não era de crítica ao colonialismo português e sim satisfazer a proposta de D. Pedro II, que encomendou o quadro.
    B) INCORRETA – A obra do pintor não tem ligação com as faculdades de Direito. 
    C) CORRETA- A obra de Pedro Américo não é realista. Ela é simbólica. Ela faz parte do projeto de construção da Nação Brasileira através da legitimação da monarquia brasileira. Por isso Pedro I é apresentado em destaque, personificando um herói. 
    D) INCORRETA -Os republicanos e abolicionistas, que constroem a república em 1889, buscaram criar heróis que simbolizassem a ideia de liberdade que esperavam ser a república. Liberdade que não existia, segundo eles, durante o período monárquico. Por conseguinte, não usariam a figura de D. Pedro I. O herói construído pela república foi Tiradentes. 
    E) INCORRETA- Pedro Américo não foi um artista que participasse de grupos de oposição à monarquia. E, sua obra não esteve ligada à representação de nativos e africanos escravizados. 

    Gabarito do Professor: Letra C.
  • Resposta letra C.

    A obra de Pedro Américo foi uma forma de ufanismo e revalorização de Monarquia Brasileira, já em seus últimos anos de existência.

  • O império de D.Pedro II se preocupou sobretudo com a formação de uma elite intelectual que pudesse fornecer a construção da origem do Brasil, não é atoa que nesse período várias instituições educacionais e culturais foram criadas, como o IHGB, Colégio D. Pedro II e outros.

    O quadro de Pedro Américo representa a importância que a monarquia dava a "história do Brasil" (obviamente o interesse por trás era promover o próprio governo), e diga-se de passagem, essa história foi construída aos olhos de Portugal. Somente a partir da república que a história vai passar por uma reconstrução aderindo a um certo romantismo sobre os índios e negros e super valorização da natureza brasileira com a vinda do modernismo.

    Gabarito C


ID
3537631
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

As reflexões iniciais de Antonio Candido no prefácio da quinta edição de Raízes do Brasil apontaram para o significado que esse livro tivera no processo de constituição das novas formas de pensar o Brasil, a partir da segunda metade dos anos 30: “os homens que estão hoje [1967] um pouco para cá ou pouco para lá dos cinquenta anos aprenderam a refletir e a se interessar pelo Brasil sobretudo em termos de passado e em função de três livros: Casa-Grande & Senzala, publicado quando estávamos no ginásio; Raízes do Brasil, publicado quando estávamos no curso complementar; Formação do Brasil contemporâneo, publicado quando estávamos na escola superior”.
(Paulo Miceli. “Sobre História, Braudel e os Vaga-Lumes”. Em Marcos Cezar de Freitas (org.). Historiografia brasileira em perspectiva. Adaptado)


São os autores das obras citadas, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Paulo Miceli, em “Sobre História, Braudel e os Vaga-Lumes", cita obras que são basilares para qualquer um que pretenda aprofundar o estudo e pesquisa sobre história do Brasil: Casa Grande e Senzala, Raízes do Brasil e Formação do Brasil Contemporâneo. Aqueles que cursam graduação de História, em qualquer instituição de ensino superior do país, devem ter conhecimento e devem ter lido as obras em questão. 
    Em uma das alternativas estão listados os nomes dos historiadores que escreveram as obras citadas. 
    A) INCORRETA- Os estudiosos citados não se relacionam às obras destacadas. 
    B) INCORRETA – Todos três são historiadores importantes mas, nenhum é autor das obras citadas. 
    C) INCORRETA- Nenhum dos autores citados é autor das obras descritas. 
    D) INCORRETA – Os autores citados não se relacionam com as obras apontadas. 
    E) CORRETA- Gilberto Freyre é o autor de Casa Grande e Senzala. Sérgio Buarque de Holanda escreveu Raízes do Brasil e Formação do Brasil Contemporâneo é de Caio Pardo Junior. 

    Gabarito do Professor: Letra E.
  • Alternativa E

    Questão para professor de história mesmo, oh loko kkkkkk


ID
3537634
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

É certo que a história operária adquiriu, em pouco mais de duas décadas, um status acadêmico e um determinado espaço institucional, ainda que dificilmente voltará a ter o prestígio extra-acadêmico do início dos anos 80. [...] A história operária viveu seu momento de glória no início dos anos 80 [...].
(Cláudio H. M. Batalha. “A historiografia da classe operária no Brasil: trajetória e tendências”. Em Marcos Cezar de Freitas (org.). Historiografia brasileira em perspectiva.)


A importância da história operária, no período citado, tem forte relação com

Alternativas
Comentários
  • A ascensão do movimento operário está relacionado com a forte industrialização na região do ABC paulista gerando até a criação do partido dos trabalhadores no ano de 1980.

  • A história da classe operária é tema bastante específico dentre os temas mais presentes na historiografia contemporânea brasileira. É um dos temas que não são “ clássicos", por assim dizer, na medida em que a perspectiva não é aquela dos dominantes mas dos dominados. No entanto, as pesquisas e publicações sobre o tema aumentaram, particularmente na década de 1980. 
    Para responder a questão não é necessário conhecimento mais aprofundado acerca da historiografia da classe operária mas sim do movimento operário em si no Brasil das décadas de 1960, 1970 e 1980. 
    Assim será possível associar uma das alternativas à maior produção da historiografia do operariado na década de 1980, já que “ a história operária viveu seu momento de glória no início dos anos 80" segundo o trecho transcrito, de Cláudio H. M. Batalha 
    A) INCORRETA- A Capes é uma fundação que tem por objetivo a maior qualificação de professores de nível superior. E não está vinculada a este ou aquele tema específico. 
    B) INCORRETA – A história da classe operária não se relaciona diretamente com a história das mentalidades de origem francesa. 
    C) CORRETA- O movimento operário foi muito atuante no Brasil  no final da década de 1970 e toda a década de 1980. Isso estimulou a pesquisa. 
    D) INCORRETA – As modificações pelas quais passaram as universidades e os currículos das diferentes graduações não tem uma relação direta com a historiografia sobre a classe operária. 
    E) INCORRETA- A criação dos cursos com tal temática se relaciona com o crescimento do movimento operário. A opção desta alternativa propõe uma explicação tautológica. 
    Gabarito do Professor: Letra C.
  • Alternativa C


ID
3537637
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tema constantemente retomado na História do país e do estado, o ensaio de sedição ocorrido em 1788-89 em Minas Gerais é, talvez, um dos fatos históricos de maior repercussão e conhecimento popular, largamente presente, tanto no imaginário político nacional quanto no sistema escolar fundamental e médio. Marcada desde suas origens por uma série de vicissitudes a ela exteriores ou extemporâneas, a Inconfidência Mineira precisa, hoje, ser submetida a um “jogo de luz” que distinga e identifique com mais clareza o que é próprio do evento e – sem propriamente desprezar ou descartar – o que é fruto da ação do tempo e das práticas sociais em suas “leituras” e “releituras” sobre o evento. O que se procura fazer nesse trabalho, é recuar no tempo e retomar em sua historicidade alguns aspectos da natureza, sentido e alcance das fontes que nos informam sobre o evento, bem como investigar como se deu sua apropriação e exame pela historiografia ao longo do tempo, bem como sua disseminação no sistema escolar.
(João Pinto Furtado. “Imaginando a nação: o ensino da história da Inconfidência Mineira na perspectiva da crítica historiográfica”. Em: Lana M. de C. Simam e Thais N. de L. Fonseca (orgs.). Inaugurando a História e construindo a nação. Discursos e imagens no ensino de História.)


Para o autor do artigo citado, a Inconfidência Mineira era

Alternativas
Comentários
  • uma rebelião organizada pela elite mais esclarecida de Minas Gerais, formada por grandes mineradores e comerciantes-financistas e que pretendia retirar a capitania do jugo português, principalmente por causa da opressão fiscal, representada pelo aumento constante de tributos sobre o ouro. algúem poderia me mandar msg explicando o erro? obrigado

  • Marquei a alternativa E que está marcada como errada, acredito que tenha um erro do Qc.

    se alguém puder comentar a questão agradeço.

  • Está certa essa questão? Para mim a questão correta seria a alternativa E

  • Gabarito está correto!! Letra A

    Na verdade a questão trata-se muito mais de interpretação de texto, do que da história propriamente dita.

    O enunciado da questão diz: PARA O AUTOR do artigo citado, a Inconfidência Mineira era...

    Em momento nenhum, no texto que acompanha a questão, o autor faz menção a quem foram os responsáveis pela Inconfidência Mineira, mas sim que foi um período da história pouco compreendido, carregado de dicotomias interpretativas, no sentido de se entender quais foram as reais motivações da "revolta", motivos políticos, sociais, etc.

    Veja bem, não se nega que os responsáveis e os motivos da Inconfidência são estes presentes na ALTERNATIVA E, mas PARA O AUTOR, de acordo com o texto, a alternativa A é a correta.

  • Tem que ser essa BANCA do capeta .I.

  • O autor da obra de onde foi retirado o trecho transcrito, João Pinto Furtado, apresenta a importância do movimento da Inconfidência Mineira daí a sua presença no ensino de História na escola básica. No entanto, contesta as leituras variadas que foram feitas ao longo do tempo e, de acordo com objetivos variados de diferentes momentos históricos. 
    É uma questão que demanda um conhecimento mais específico de Historiografia brasileira, além das especificidades do processo histórico apresentado. Uma das alternativas expressa a proposta do autor. 

    A) CORRETA- O autor propõe uma análise do movimento sem a interferência de interpretações outras que não aquelas fornecidas pelas fontes. Ele entende ser importante descartar “ o que é fruto da ação do tempo e das práticas sociais em suas “leituras" e “releituras" sobre o evento." 
    B) INCORRETA- A revolta foi liderada por intelectuais e elementos da classe proprietária da região das minas. Eles  pretendiam a libertação em relação a Portugal também em função do Alvará de 1785 que proibia manufaturas. Porém, há outras questões igualmente importantes. 
    C) INCORRETA - O único elemento correto desta alternativa é a proposta de separação de Minas Gerais em relação a Portugal. 
    D) INCORRETA- A liderança da Inconfidência mineira não foi popular e sim de intelectuais e elementos das camadas mais abastadas da população. Havia propostas em relação aos privilégios dados aos portugueses mas, não havia projetos no que diz respeito à escravidão de nativos e de africanos. 
    E) INCORRETA- O que é apresentado na alternativa é correto mas, não expressa o que diz o autor do trecho transcrito. 

    Gabarito do Professor: Letra A.
  • No qual não cabia a presença de contraposição de dicotomias interpretativas?

    É sério isso! kkkkk ai ai

  • Motivo da inconfidência: Quinto e mais pela derrama. Era elitista e praticamente homogenea, pois tiradentes nao mandava em nada. Autor fumou maconha


ID
3537640
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Os primeiros jesuítas dedicaram particular atenção à língua tupi, estudando-a e elaborando, ainda em Quinhentos, algumas obras sobre o tema. O primeiro Vocabulário na língua brasílica foi composto pelo padre Leonardo do Vale (c. 1538-1591), que viveu quase 40 anos entre os índios da Bahia, Porto Seguro e São Paulo, tendo sido, no início da década de 1570, nomeado lente de Língua Brasílica no Colégio da Bahia. Elaborou ainda uma Doutrina geral na língua do Brasil (1574), bem como sermões e avisos para a educação e instrução dos índios na Língua do Brasil.
O padre José de Anchieta redigiu a primeira Arte de grammatica da lingoa mais usada na costa do Brasil, que circulou manuscrita largo tempo, tendo merecido honras de impressão em Coimbra, em 1595, na oficina de Antônio de Mariz. Esta obra, de cariz fortemente comparatista, designadamente com o latim, “representa uma nova estratégia de abordagem das línguas exóticas que entram no colóquio universalizante do mundo descoberto”. Compôs, ainda, um Dialogo da doctrina christãa, um Confessionário brasílico, sermões, poesias, cantigas e outras obras em língua tupi.
(Jorge Couto. “A gênese do Brasil”. Em: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta. A experiência brasileira. Formação: histórias (1500-2000).)


Considerando o excerto e as discussões do artigo citado, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • a língua tupi constitui-se em um veículo fundamental de contato entre os europeus e os indígenas e no século XVII recebeu a designação de língua geral. língua geral criada pelos grandes jesuítas. que teve como ponto de partida, a língua tupi

  • O trecho transcrito, retirado do trabalho de Jorge Couto. “A gênese do Brasil", publicado em Viagem incompleta. A experiência brasileira. Formação: histórias (1500-2000).), organizado por Carlos Guilherme Mota ,- é bastante explícito acerca do significado das línguas tupi e portuguesa para a dominação portuguesa no Brasil.
    Para responder a questão proposta é necessário um conhecimento acerca da questão de dominação cultural de uma povo e, conhecimento acerca da dominação portuguesa no Brasil. São temas mais estudados na historiografia mais contemporânea, mais preocupada com a questão cultural do que com as questões econômicas da historiografia de vertente marxista strictu sensu.
    As alternativas mostram afirmativas acerca do tema colocado em pauta pelo excerto. Uma delas é correta. 
    A) INCORRETA- A Carta Régia de 1570 foi a primeira vez em que a escravidão dos indígenas foi proibida. Mas não há o estabelecimento de condições para a liberdade. Há condições para a possibilidade de escravidão : a “guerra justa" , isto é, quando os nativos se opunham ao colonizador. 
    B) CORRETA – O trecho transcrito mostra a preocupação de jesuítas com a elaboração de vocabulário e de dicionário da chamada “ língua brasílica", por conta da necessidade de comunicação entre os colonizadores e os nativos. Daí ter sido o tupi ter sido designado “ língua geral" . 
    C) INCORRETA- A disseminação da língua portuguesa foi uma das formas de solidificação da dominação da metrópole. No entanto, não existiu a resistência dos religiosos por conta de sua preferência pelas línguas nativas. Na verdade, a catequização era uma das formas de difusão da cultura europeia. 
    D) INCORRETA- Houve revoltas de nativos durante o período da dominação portuguesa. A resistência indígena se dava pelas fugas dos aldeamentos missionários e de outros tipos de cativeiro, pela defesa das aldeias contra os Bandeirantes, por ataques a vilas e fazendas, , bem como pelo suicídio quando presos. No entanto, os motivos de revolta eram , mais do que tudo, a invasão de suas terras e a escravização. 
    E) INCORRETA- A imposição da língua portuguesa não era exatamente uma política de Estado mas uma resultante da ocupação do território e do domínio da população nativa. 

    Gabarito do Professor: Letra B.
  • LETRA B. A resposta está no próprio texto do enunciado da questão.

    Pequena observação quanto a banca. Tenho notado que as questões de História do Brasil da VUNESP que são mais específicas sempre trazem a resposta em seu próprio enunciado e as questões que tratam de temas mais gerais, necessitam um conhecimento prévio da matéria.


ID
3537643
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O Brasil não era, em realidade, apenas um, mas era constituído por uma série de colônias. Os ingleses tinham razão quando falavam, nos séculos XVII e XVIII, dos “Brasis”, pois havia de fato mais de uma colônia.
(Stuart B. Schwatz. “Gente da terra brazilinese da nasção. Pensando o Brasil: a construção de um povo”. Em: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta. A experiência brasileira. Formação: histórias (1500-2000), p. 112.)


A expressão “Brasis”, no contexto referido, está relacionada com

Alternativas
Comentários
  • Quando a América Espanhola se tornou independente em relação à Espanha houve a tendência de formação de vários estados. Isto se deu em função da extensão geográfica da área colonial e, acima de tudo, pela diversidade de interesses e de modos de vida desde o que é hoje o México até a Patagônia argentina e chilena. O idioma comum a todos e a transposição de costumes espanhóis não foram suficientes para que pudesse ser concretizado o sonho de Bolívar de uma Confederação de Estados Hispano-americanos.
    Quando da independência, o Brasil manteve sua unidade territorial. Tal situação se deu por conta da imposição, pela força das armas, da independência em torno da corte – Rio de Janeiro. E, também, pela existência de uma estrutura de Estado anterior à independência desde a vinda da corte portuguesa para o Brasil, em 1808. 
    Tal situação pode levar à conclusão de que o Brasil é um corpo único, no qual os regionalismos têm caráter superficial e folclórico. Esta ideia não contempla o que é território brasileiro. É um Estado só mas, marcado por profundas diferenças regionais, em função da ocupação e organização sócio econômica distinta em cada uma das áreas, desde a época colonial. 
    De acordo com as ideias desenvolvidas no mini texto de entrada da questão, é pedido que seja assinalada a alternativa que indica a relação que pode ser estabelecida entre o termo de “Brasis", termo utilizado pelos ingleses nos séculos XVII e XVIII e a realidade da época. 
    A) INCORRETA- Não se pode negar que houve conflitos de jurisdição mas entre os donatários das diferentes capitanias e não entre estes e os grandes proprietários pois os donatários eram grandes proprietários!
    B) INCORRETA- Houve diferenças de administração portuguesa nas áreas coloniais em função do maior ou menor interesse de Portugal, vinculado à maior ou menor possibilidade de enriquecimento da metrópole. No entanto, a proibição de escravização do elemento nativo era vigente para todas as regiões. Em algumas, como em São Paulo, não era obedecida. 
    C) INCORRETA— A parte da afirmativa que apresenta incorreções é aquela que se refere à produção das regiões citadas. Até o século XIX, quando se estabelece a produção de café para exportação, São Paulo produzia, essencialmente, para mercado interno. Quanto ao Nordeste, não há clima para produção de trigo. A região destacou-se pela produção de açúcar, cacau e, eventualmente, tabaco.
    D) CORRETA- Em função do tamanho do território – mesmo que apenas o litoral, e as diferenças climáticas, de vegetação e de possibilidades de produção, os portugueses estabelecem diversas formas de exploração, de ocupação e de administração no 'Brasil' colonial. Desta forma pode-se perceber que a “costa entre Pernambuco e Rio de Janeiro, (era) espaço dedicado à produção voltada ao mercado externo, e São Paulo, (...) permaneceu uma área rústica até o século XVIII". 
    E) INCORRETA- Apesar da descentralização político -administrativa, de fato embora não exatamente de direito, os dominadores portugueses conseguiram estabelecer de forma efetiva o monopólio comercial que era a grande meta da colonização de caráter mercantilista, através dos comerciantes reinóis, agentes deste monopólio em nome da coroa. 
    RESPOSTA: D
  • GAB D)A grande extensão territorial da América portuguesa, na qual se estabeleceram diversas formas de exploração colonial, casos da costa entre Pernambuco e Rio de Janeiro, espaço dedicado à produção voltada ao mercado externo, e São Paulo, que permaneceu uma área rústica até o século XVIII.

  • PM-PR E PC-PR

  • O termo "Brasis" era comum por conta de haver mais de um tipo de colônias. Enquanto que nas regiões do Rio de Janeiro e Pernambuco se desenvolvia a urbanidade a moda europeia, com muitos imigrantes que trazia a cultura da Europa a colônia, inclusive a língua predominante nessas regiões era o português. Em outras isso não havia.

    Grande parte da população, por exemplo nas regiões de Maranhão, São Paulo e Sul eram de mestiços e negros., e a língua dominante era o Tupi. Os governos locais dessas regiões também não obedeciam os governadores gerais da colônia, mas respondiam diretamente à Lisboa, ao Rei.

    Essas diferenciações entre regiões não permitia identificar uma unidade colonial com características comum a todos, daí decorre dos ingleses, por exemplo, acharem que na colônia, cuja terra foi intitulada de "Brasil", existiam vários "brasis".

    Gabarito D


ID
3537646
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Afirmar que a formação do Estado brasileiro foi um processo de grande complexidade não apresenta nenhuma novidade, e a historiografia recente tem revelado razoável consenso quanto a evitar o equívoco de reduzi-lo à ruptura unilateral do pacto político que integrava as partes da América no império português.
(István Jancsó e João Paulo G. Pimenta. “Peças de um mosaico (ou apontamentos para o estudo da emergência da identidade nacional brasileira)”. Em: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta. A experiência brasileira. Formação: histórias (1500-2000).)


Tal “grande complexidade” pode ser verificada na obra de

Alternativas
Comentários
  • Sérgio Buarque de Holanda, que aboliu definitivamente a dicotomia entre “brasileiros” e “portugueses” como chave de explicação para o processo de emancipação política do Brasil.

  • A questão proposta exige o estudo de historiografia brasileira, o que não é muito comum em cursos de graduação de História, a não ser como cadeira eletiva. A cadeira de Teoria de História é, via de regra, mais voltada para a história da historiografia em geral.
    Cabe então um estudo adicional, buscando uma bibliografia específica como-  Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil de José Adil Blanco De Lima e Raphael Guilherme De Carvalho Helder Silva Lima . 
    Ou ainda Historiografia brasileira em perspectiva , compilação de Marcos Cezar Freitas .

     A proposta é de indicar uma breve indicação de como um dos historiadores trata a complexidade do processo de independência do Brasil. A questão não é fácil e sua redação está confusa. Há que ler e reler para que se tenha clareza do que está sendo pedido.
    A) CORRETA- A obra de Sérgio Buarque de Holanda não foi marcada por uma visão dicotômica. Por conseguinte, abre espaço para a visão da complexidade do processo político e social brasileiro. 


    B) INCORRETA- Capistrano de Abreu, em que pese sua enorme contribuição para os estudos de História do Brasil, defendeu a ideia de que a miscigenação era negativa para o progresso do país, assim como muitos colonizadores. Sua preocupação foi a de estabelecer uma história da formação social brasileira, ainda que possa ser considerada um esboço.

    C) INCORRETA- Embora esta aliança seja fato inconteste e, esteja presente na obra de Emília Viotti, a classe proprietária era profundamente escravista na medida em que dependia do braço escravo, principalmente aquele de origem africana, para a manutenção da estrutura de produção e da sua situação de elite.

    D) INCORRETA- Laura de Mello e Souza Foi a primeira a tratar dos “desclassificados" em Desclassificados do ouro (1983) e seus livros sempre trazem uma relação forte com uma leitura mais engajada do Brasil, sem abrir mão do rigor dos documentos. Pela orientação de seu trabalho é possível afirmar que a análise da questão político -ideológica da elite colonial não é sua preocupação primeira.

    E) INCORRETA- O trabalho de Caio Prado teve como embasamento teórico o materialismo histórico marxista. Ele trabalhou sobre a ideia base de que a colonização brasileira foi baseada na exploração, e não na povoação (como ocorreu nos Estados Unidos). 

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
3537649
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante o período Médici, a política externa orientou-se por um projeto de ampliação de influência e poder na América Latina.
(Maria Helena Capelato. “O ‘gigante brasileiro’ na América latina: ser ou não ser latino-americano”. Em: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta. A experiência brasileira (1500-2000): a grande transação.)


Diante dessa orientação da política externa, o governo Médici

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

    A Operação Condor foi uma articulação político-militar internacional firmada entre países da América do Sul a partir da segunda metade da década de 1970.

    O objetivo da operação era debelar estruturas de organizações político-revolucionárias de orientação comunista a partir do compartilhamento de informações dos sistemas de inteligência e da ação conjunta das forças de repressão desses países.

  • Apesar de ter uma razoável popularidade, em função de um momento favorável da economia e da propaganda a favor do governo, o período Médici é de intensa repressão.
    Para melhor entender a etapa Médici  é preciso tomar em consideração que é marcada pelo Milagre Econômico, tendo como principal fator interno a maior capacidade do governo em arrecadar recursos, tendo condições de reduzir o déficit público e a inflação. Há fatores favoráveis externos como a disponibilidade de recursos (empréstimos externos e aumento do investimento em capital estrangeiro), o aumento do comércio exterior e a diversificação das exportações.
    No entanto, não se deve perder de perspectiva os pontos negativos do Milagre: excessiva dependência do sistema financeiro e do comércio internacionais, maior necessidade de importados, maior concentração de renda (resultante do arrocho salarial) e disparidade entre o avanço econômico e o retardo nas políticas sociais 
    A política externa da época apresenta proposições contraditórias porquanto apoia quaisquer lutas contra “terroristas" e “comunistas" na América do Sul, mas também procura aproximação com Estados com governos ditos de “esquerda" na América e fora dela. 
    O trecho apresentado defende que a política externa brasileira tinha, entre seus objetivos, a ampliação do poder e da influência do Brasil na América. Uma das alternativas mostra uma das ações da política externa que se coaduna com o seu objetivo maior.
    A) INCORRETA- O Brasil votou contra o bloqueio à Cuba entre 1992 e 2019 e não na época apresentada no trecho
    B) INCORRETA- Não foi articulado um mercado comum na América até 1991 quando se estrutura  o Mercosul. 
    C) CORRETA- Dentro de sua proposta de lutar contra terroristas e comunistas o Brasil apoiou golpes de Estado na Bolívia, Chile e Uruguai, objetivando uma ampliação da esfera de influência. 
    D,) INCORRETA- Os conflitos entre Peru e Equador, por conta de disputa de território não aconteceram durante o governo Médici 
    E) INCORRETA- O governo Médici não investiu em obras no exterior. 

    Gabarito do Professor: Letra C.
  • Operação Condor foi uma articulação político-militar internacional firmada entre países da América do Sul a partir da segunda metade da década de 1970. Entre esses países, estavam ArgentinaUruguaiChileParaguaiBolívia e Brasil, à época em que neles prevaleciam regimes políticos comandados por militares. O objetivo da operação era debelar estruturas de organizações político-revolucionárias de orientação comunista a partir do compartilhamento de informações dos sistemas de inteligência e da ação conjunta das forças de repressão desses países. A Operação Condor tornou-se tema de grandes discussões após o fim dos regimes militares e o consequente processo de redemocratização dos países citados.

    Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/operacao-condor.htm

  • Em 30/03/22 às 16:39, você respondeu a opção A.Você errou!

    Em 27/02/22 às 16:55, você respondeu a opção B. Você errou!

    Estou chegando perto de acertar hein, alternativa correta C rsrs

    Desistir jamais!

    #estudaqueavidamuda


ID
3537652
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

No final da primeira metade do século XIX, os Estados Unidos completavam a conquista do Oeste, preparando a expansão para além de suas fronteiras nacionais. Em 1898, inaugurava-se a era de intervenções armadas no Caribe, com a intromissão dos Estados Unidos na guerra de independência de Cuba. Depois de breve campanha, os estadunidenses venciam [...]
(Maria Lígia Prado. “Davi e Golias: as relações entre Brasil e Estados Unidos no século XX.” Em Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta. A experiência brasileira (1500-2000): a grande transação.)


A vitória estadunidense nessa guerra garantiu aos Estados Unidos

Alternativas
Comentários
  • Alt. A

    A chamada Emenda Platt foi um dispositivo legal, inserido na Carta Constitucional de Cuba, que autorizava os Estados Unidos a intervir naquele país a qualquer momento em que interesses recíprocos de ambos os países fossem ameaçados. Desta forma, na prática, Cuba passou a ser um protetorado estadunidense.

  • No século XIX a conquista de territórios à oeste da América do Norte pelos EUA era corroborada pela ideologia do Destino Manifesto, mesmo que ela não fosse consenso entre toda a classe política. Não era uma prioridade nacional mas, justificava as ações expansionistas em direção ao México e depois em direção à ilhas do Caribe e Alaska. A criação do termo é atribuída ao jornalista John O´Sullivan, em 1845, por descrever a essência deste pensamento, que era um tom retórico. O editorial, sem autoria assinada, intitulado "Anexação" onde o termo foi usado pela primeira vez, foi, provavelmente, escrito pelo jornalista e expansionista Jane Cazneau. 

    Segundo a proposta, cabe aos norte-americanos a missão, ou o dever, de “civilizar" todo o continente. Haveria entre as suas instituições valores fundamentais “necessários" a todos os povos. O povo americano teria sido escolhido por Deus para essa missão civilizatória na América. A questão proposta não se refere diretamente ao destino Manifesto mas aponta a expansão dos EUA , particularmente em direção ao Caribe, com especial destaque para a interferência em Cuba. Tal interferência efetivou-se de forma clara com a “ajuda" dos EUA na guerra de independência em relação à Espanha.

    Acerca dos efeitos da participação dos EUA na guerra de independência de Cuba uma das alternativas apresenta uma ideia historicamente correta. 

    A) CORRETA- A emenda Platt foi “negociada" entre EUA e Cuba, como forma de garantir a “democracia" na região recém liberta do domínio espanhol. Por ter vencido a Espanha os EUA passam a ter o controle de Porto Rico, Filipinas e Guam, possibilitando seu acesso não só ao Caribe mas também ao Pacífico.

    B) INCORRETA- Cuba não se torna uma colônia oficial dos EUA. Os EUA interferem nas eleições através da Emenda Platt até a eclosão da revolução de 1959 mas a ilha é um Estado soberano 

    C) INCORRETA- Havia, sim, a interferência dos EUA na escolha de governantes cubanos mas, a concessão para a construção do canal coube ao Panamá já que a construção seria – como o foi – em seu território. Não se relaciona com a independência de Cuba. 

    D) INCORRETA-A influência dos EUA em Cuba resulta da guerra da independência mas, a Espanha não tinha autoridade para dispor de territórios do México que já era, ao final do século XIX, um Estado Soberano. 

    E) INCORRETA- A compra do Alaska foi feita por sete milhões de dólares (valor da época) em 1867 e a guerra de independência de Cuba aconteceu em 1898. Portanto, quando houve a Guerra Hispano-americana o Alaska já pertencia aos EUA. E o apoio, ou não, da Europa à anexação do Havaí não se relaciona com a questão de Cuba 

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
3537655
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Ao pensarmos a Igreja Católica na América Latina contemporânea, de imediato nos vem à mente suas divisões internas com relação ao poder político e aos problemas sociais; colocam-se frente a frente os seguidores da Teologia da Libertação e os defensores da hierarquia conservadora. É possível fazer um paralelo entre o presente e o período da independência.
(Maria Ligia Coelho Prado. América Latina no século XIX – Tramas, telas e textos.)


Sobre esse paralelo, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • O texto introdutório da questão, extrato de uma obra de Maria Lígia Coelho Prado, explicita em linhas gerais questões internas da Igreja Católica no século XX. Apresenta como grande oposição de um lado os defensores da Teologia da Libertação, engajada nas questões sociais e, do outro lado, aqueles que defendem a hierarquia conservadores que, via de regra, dialogam com o poder político estabelecido. 
    Ainda segundo Maria Lígia Prado é possível estabelecer um paralelo entre as dissensões da Igreja Católica contemporânea e,  aquelas da época da independência das colônias ibéricas na América.
    Da mesma forma que há mais de uma orientação da ação do clero católico na Igreja de hoje, havia na primeira metade do século XIX, momento dos processos de independência. No passado, entretanto, a importância da atuação, politica ou não, dos membros do clero católico ainda era mais relevante do que o é agora.
    Uma das alternativas apresenta uma ideia de história correta acerca do paralelo possível. 
    A) CORRETA- A Igreja Católica na América, desde seu estabelecimento, pela distância e dificuldade de comunicação, sempre teve algum afastamento de Roma. O clero atuou, desde a época da colonização, segundo as demandas e circunstâncias que o momento histórico e geográfico apresentava. Daí, muitas vezes, uma ação pendular entre o apoio aos rebeldes que lutavam pela independência e o suporte às autoridades coloniais. 
    B) INCORRETA – A divergência entre a instituição Igreja e o clero não procede. Houve, e há, dissensões na Instituição e entre o clero. 
    C) INCORRETA- As divisões político-administrativas da América Espanhola não correspondem à uma separação ou distinção de ação da Igreja Católica. Ademais, são divisões estabelecidas pela coroa espanhola e não pela Igreja. 
    D) INCORRETA- Tanto o clero secular quanto o regular estão submetidos à autoridade de Roma. Portanto, a afirmativa apresentada defende uma ideia incorreta. 
    E) INCORRETA- Não só a hierarquia da Igreja ficou dividida. Os sacerdotes também. Houve aqueles engajados nas lutas pela libertação e os que permaneceram a favor da dominação espanhola.
    RESPOSTA: A

ID
3537658
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A derivação original de instituições feudais específicas muitas vezes parece emaranhada em qualquer caso, dada a ambiguidade das fontes e o paralelismo de desenvolvimentos dentro dos dois sistemas sociais antecedentes.
(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo, p. 127.)


Nesse sentido, o feudalismo

Alternativas
Comentários
  • As duas frases transcritas da obra de Perry Anderson não são muito elucidativas da questão das origens do feudalismo. Mas, é um tema clássico da historiografia. Por conseguinte, o estudo das origens do Feudalismo perpassa qualquer currículo de uma graduação de História. A bibliografia sobre o tema é farta e de fácil acesso. E, a obra de Perry Anderson é uma das mais completas a respeito. 
    Entre as alternativas estão indicados elementos culturais que embasam o sistema feudal: 
    A) INCORRETA- Semitas são do oriente médio, região onde não se estruturou o feudalismo strictu sensu. E suevos são apenas um dos grupos germanos que migraram do norte da Europa. 
    B) INCORRETA – O feudalismo não tem suas bases nas estruturas das culturas da antiguidade oriental. 
    C) INCORRETA- O helenismo cedeu características à civilização romana que, por sua vez, é uma das bases fundamentais do feudalismo. No entanto, a cultura muçulmana não se relaciona com as origens do sistema feudal.
    D) INCORRETA – Os mecanismos de controle social nas cidades -estado gregas , de onde vai se derivar a democracia, não se relacionam com os do feudalismo.
    E) CORRETA- O feudalismo nasce, antes de tudo, do amálgama da cultura romana decadente com elementos da cultura dos grupos germanos que entraram pelas fronteiras do Império Romano do Ocidente, a partir do século II. 

    Gabarito do Professor: Letra E.
  • O feudalismo começou a se formar no século V, com a decadência do Império Romano no Ocidente. No século III, por causa da crise econômica provocada pela falta de escravos e das invasões germânicas, os romanos abandonaram as cidades e migraram para o campo com o objetivo de encontrar proteção e trabalho.

    Uma das causas da queda do Império Romano do Ocidente foi a invasão bárbara. Os povos que estavam fora dos limites do grande império atravessaram as suas fronteiras e adentraram no território, alcançando Roma. A capital do império foi saqueada pelos povos germânicos. Essa ação desestruturou o Império Romano e fez com que os moradores das cidades fugissem para o campo em busca de proteção e trabalho.

    Por estar na transição entre o fim do Império Romano e a chegada de povos germânicos, o feudalismo compreendeu uma fusão entre elementos legados das tradições romanas e germânicas.

    Resposta: E

  • o inicio das ivasões barbaras destacaram esse encontro de costumes romanos e bárbaros na idade média .


ID
3537661
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Extremamente manobráveis, as pirogas e outros barcos africanos eram a um só tempo rápidos e tinham capacidade para carregar até uma centena de guerreiros. Um primeiro alerta foi dado em 1446, advertindo os portugueses de Nuno Tristão do perigo que representavam as flotilhas da Senegâmbia. Sua expedição teve uma triste sina, e outras passaram pela mesma experiência, até que o rei de Portugal enviasse Diogo Gomes para negociar as condições de um entreposto no litoral. Ora, o Mali e seus vizinhos dominavam todo um sistema de rios e riachos em torno do Níger, do Senegal, da Gâmbia, e foi a ação concertada das flotilhas armadas que barrou os invasores. Foi também essa resistência militar que obrigou os europeus a negociar a maneira de fazer comércio com as populações. Assim, o rei do Congo comunicou a João Afonso, um negociante português a serviço de Francisco I, as condições em que ele poderia penetrar no Zaire. Um tratado devidamente negociado está na origem da primeira feitoria dos portugueses em Angola (1571), onde também foi controlado o comércio dos portugueses naquelas regiões, em especial o tráfico negreiro.
(Marc Ferro. História das colonizações – Das conquistas às independências – século XIII a XX.)


A partir do excerto e das discussões presentes na obra citada, é correto afirmar que Portugal

Alternativas
Comentários
  • A obra de Marc Ferro, “ História das colonizações – Das conquistas às independências – século XIII a XX" mostra, de forma detalhada, a colonização europeia em regiões africanas e asiáticas. O trecho apresentado mostra a reação de povos africanos à entrada de europeus. No caso, portugueses.
    Ao contrário do que normalmente se acredita, a penetração do elemento europeu pela costa atlântica não foi tão fácil. Houve reação dos povos locais e, muitas vezes, a negociação com governos foram vitais para o estabelecimento de postos de comércio. 

    Uma das alternativas indica uma situação acerca da entrada de portugueses nas costas de África. 
    A) INCORRETA- O comércio com regiões africanas é anterior à chegada ao que será o Brasil. Além disso, a produção e e comércio do açúcar começam a ser estabelecidos após 1530. 

    B) INCORRETA – Portugal não desistiu de sua presença na África atlântica, mesmo com a reação dos povos da região. Portugueses negociam suas posições sempre que possível e atuam com violência quando julgam necessário para o estabelecimento de seus interesses. 

    C) CORRETA- O trecho mostra, de maneira clara e inequívoca, a necessidade de negociação entre portugueses e governantes africanos de áreas litorâneas para o estabelecimento de feitorias. O estabelecimento do europeu foi mais difícil do que se imaginava em função da habilidade militar dos povos da área do Senegâmbia. 

    D) INCORRETA – As feitorias nas costas africanas eram importantes até mesmo para a manutenção do comércio de especiarias com a Ásia. As feitorias africanas eram postos de comércio e postos de aguada , além de portos para reparos das caravelas e naus que iam e vinham da Índia para Portugal. 

    E) INCORRETA- O comércio mais importante era o de escravos, seguido pelo de marfim e de ouro. Outros produtos de menor importância eram também comerciados. Para viabilizar tal comércio era necessária a interiorização e a fixação no território. 

    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3537664
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A guerra começou, o terrorismo atacou cada vez mais forte, independentemente da luta armada decidida desde o início de 1955; os atos mais cruéis ocorreram nos dias 20 e 21 de agosto, em Collo e Philippeville, onde foram executados tanto pieds-noirs quanto metropolitanos e muçulmanos, como Abbas Allou, sobrinho de Ferhat Abbas. Tratava-se, para a FLN, de liquidar com todos os interlocutores possíveis da nova autoridade francesa, Jacques Soustelle, e em especial com os beneficiários do plano de terras implantado pelo governo.
(Marc Ferro. História das colonizações – Das conquistas às independências – século XIII a XX.)


O excerto trata

Alternativas
Comentários
  • Gab.A

    Gab. A

    da Argélia.

  • O trecho transcrito trata de uma guerra de libertação de uma região do continente africano em relação à França. Embora tenha havido em alguns locais uma negociação para a construção da independência, não se deve ignorar as ações dos nativos em prol da libertação. Muitas vezes tais ações levaram à violentas guerras, como aconteceu em várias regiões coloniais francesas. A libertação não foi um “ presente" das metrópoles europeias enfraquecidas pelas duas guerras mas uma conquista dos povos dominados. 
    Sobre o tema há vasta bibliografia tanto acadêmica como em manuais e para-didáticos destinados à escola básica Entre as alternativas está indicado o país africano ao qual se refere o trecho 
    A) CORRETA- O trecho se refere à luta pela libertação da Argélia em relação do domínio francês.
    B) INCORRETA- O Marrocos libertou-se da França por negociação na época em que a metrópole estava envolvida na sangrenta guerra contra a Argélia. Não valia, ao menos para os franceses, ampliar o conflito. 
    C) INCORRETA- A guerra de libertação da Tunísia aconteceu entre 1952 e 1955. No inicio do ano de 1955, em que se localiza o texto, o processo tunisiano estava em seu final e não no início 
    D) INCORRETA- A libertação de Burkina Faso aconteceu em 1960
    E) INCORRETA- O Senegal tornou-se um Estado independente sob a presidência de Senghor, com apoio francês, em agosto de 1960.
    Gabarito do Gabarito: Letra A.

ID
3537667
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Não está claro em que momento os velhos impérios compreenderam que a Era dos Impérios acabara definitivamente. Sem dúvida, em retrospecto, a tentativa da Grã- -Bretanha e da França de reafirmar-se como potências imperiais globais na aventura de Suez em 1956 parece mais condenada ao insucesso do que evidentemente parecia aos governos de Londres e Paris, que planejaram junto com Israel uma operação militar para derrubar o governo revolucionário do coronel Nasser, no Egito. O episódio foi um fracasso catastrófico (exceto do ponto de vista de Israel), tanto mais ridículo pela combinação de indecisão, hesitação e inconvincente desfaçatez do primeiro-ministro britânico, Anthony Éden.
(Eric Hobsbawm. Era dos extremos – O breve século XX – 1914-1991.)


Sobre a “aventura do Suez”, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • EGITO, URSS X FRANÇA, INGLATERRA E ISRAEL

    o lado de Israel, frança e inglaterra chamam o EUA para dar apoio, porem EUA recusa e respeita o outro lado que estava seu maior concorrente, a URSS.

    EGITO E URSS saem vitoriosos, principalmente o Egito, onte teve o Canal de Suez NACIONALIZADO, através do presidente Nasser.

  • A Crise de Suez começou em julho de 1956. O principal evento motivador foi a nacionalização do Canal de Suez, que possibilita a ligação entre o Oriente e Ocidente, sem que seja necessária a realização de um périplo ao redor da África. Antes de 1956, o território estava sob o domínio privados dos negociantes ingleses e franceses que ficaram diretamente prejudicados com a decisão do Egito. Por isso, juntaram-se a Israel, que foi prejudicado pelo fechamento do estreito ( o porto israelense de Eilat ficaria bloqueado, assim como o acesso de Israel ao mar Vermelho, através do estreito de Tiran, no golfo de Acaba) e prepararam uma ofensiva militar ao Egito . Em outubro de 1956 os israelenses invadiram a península de Sinai e ocuparam ,junto com os britânicos e franceses, o território. A Organização das Nações Unidas interferiu no confronto com o objetivo de evitar um conflito armado de proporções nucleares. O Conselho de Segurança, com o apoio dos Estados Unidos e União Soviética, decidiu pela retirada das tropas militares da França, Inglaterra e Israel. No ano de 1957 aconteceu a reabertura do Canal de Suez. 

    Há que ter conhecimento acerca das questões envolvendo a nacionalização do Canal de Suez no contexto da Guerra Fria. É elucidativa a leitura da obra “ Diplomacia" de Henry Kissinger, que foi um pesquisador que também atuou como Secretário de Estado dos EUA.
    Uma das opções apresenta uma afirmativa correta acerca da Crise de Suez
    A)INCORRETA - O Egito alinhou-se ao bloco soviético e assim o bloco capitalista se sentiu ameaçado economicamente, uma vez que o Canal de Suez é importante para o escoamento de produção e recebimento de matérias primas , entre elas o vital petróleo, até os dias atuais já que evita o périplo pela África. Os países que se uniram após a aliança Egito e URSS e a nacionalização do Canal de Suez foram a França, Inglaterra e Israel. Esta afirmativa está incorreta, pois os Estados Unidos se absteve deste conflito, em função do contexto da Guerra Fria, para que não houvesse retaliação soviética. 
    B) INCORRETA - O governo egípcio chefiado por Gamal Abdel Nasser decidiu, em 1956, nacionalizar o Canal de Suez que era o principal local de escoamento do petróleo dos países árabes para a Europa. Esta nacionalização prejudicou empresas francesas e britânicas. Em contrapartida França e Inglaterra se uniram a Israel para invadir a península egípcia do Sinai. Nasser era um defensor do nacionalismo pan-árabe e, a nacionalização da Companhia do Canal De Suez fez com que ganhasse possuía prestigio no mundo árabe. e estes são os motivos da alternativa estar incorreta.

    C) INCORRETA - O presidente egípcio Gamal Nasser adotou uma política de equidistância durante a Guerra Fria. Não houve um alinhamento com nenhuma das superpotências, mas sim momentos de cooperação entre Egito e as potências em disputa, que projetaram o Egito como uma ponte entre os dois blocos. Quando da nacionalização do Canal de Suez, no ano de 1956, o Egito teve o apoio soviético. E não pode ter como consequência a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte(OTAN) , que ocorreu no ano de 1949. Isto demonstra que a afirmativa está incorreta. 

    D) CORRETA - O Egito desejava construir a Barragem de Assuã com o objetivo de controlar as cheias do Rio Nilo e, assim, ampliar a sua produção econômica além de gerar energia hidrelétrica através da barragem. Assim foi pedir empréstimos para conseguir recursos para tal. Porém os ingleses que perderam parte de suas colônias no mundo árabe na ocasião não fizeram a concessão. Os Estados Unidos, aliados à Inglaterra não concederam os recursos, uma vez que periodicamente o Egito mantinha algum tipo de laço político, militar e comercial com a União Soviética. Dessa forma, os soviéticos auxiliaram os egípcios na nacionalização do Canal de Suez e na construção da Barragem, respectivamente, o que afetou os interesses comerciais da Inglaterra e da França que escoavam suas produções pelo dito Canal. 

    E) INCORRETA - O presidente egípcio Gamal Nasser nacionalizou o Canal de Suez com o objetivo de que as taxas de trafego pagas por quem cruzasse o canal pudessem financiar a construção da Represa de Assuã no Rio Nilo. Esta afirmativa está incorreta, pois a motivação para a nacionalização teve por função principal a economia do país e a reafirmação da sua identidade como nação.

    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
3537670
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, afirma que “Os homens nascem e vivem livres e iguais perante as leis”, dizia seu primeiro artigo; mas ela também prevê a existência de distinções sociais, ainda que “somente no terreno da utilidade comum”. A propriedade privada era um direito natural, sagrado, inalienável e inviolável. Os homens eram iguais perante a lei e as profissões estavam igualmente abertas ao talento; mas, se a corrida começasse sem handicaps, era igualmente entendido como fato consumado que os corredores não terminariam juntos.
(Eric Hobsbawm. A era das revoluções. Adaptado)


Dessa forma, para Hobsbawm, o documento citado revela-se

Alternativas
Comentários
  • Eric Hobsbawn é considerado um dos maiores historiadores do século XX, sendo que viveu praticamente todos as grandes transformações do século, já que nasceu em 1917 e faleceu em 2012. Sua vasta obra abrange uma gama diversa de temas dentro da História mas, suas obras mais conhecidas são as “Eras". “Era das revoluções", “Era do Capital", “Era dos Impérios" e “Era dos Extremos". Uma de suas últimas publicações é a auto-biografia “Tempos Interessantes''. São também emblemáticos “Nações e Nacionalismo" e “Ecos da Marselhesa". 
    São obras que analisam o processo histórico do período tradicionalmente conhecido como Idade Contemporânea, que tem como símbolo a Revolução Francesa (1789 – 1815). O trecho é da obra “Era das Revoluções" , cuja temática gira em torno das revoluções liberais que levaram à formação de Estados Liberais na Europa e na América, permitindo a ruptura com o chamado Antigo Regime, caracterizado pela sociedade de ordens baseada nos privilégios de nascimento; pela atuação do Estado na regulamentação da economia, pelo colonialismo monopolista e pela autoridade política concentrada nas mãos de reis. 
    No que se refere à concepção de indivíduo, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, do início da Revolução Francesa de 1789, pode ser considerada a síntese das propostas do liberalismo. Uma das alternativas mostra a interpretação de Hobsbawn acerca do documento histórico.
    A) INCORRETA- Ao contrário. O documento está de acordo com as ideias de Locke acerca do que denomina Direitos Naturais do Homem. Ademais não defende a universalização indistinta de direitos políticos e da cidadania.
    B) CORRETA- A Declaração dos Direitos da Revolução Francesa propõe uma sociedade na qual os indivíduos não terão sua posição e privilégios determinados pelo seu nascimento mas, a partir de suas capacidades. Não defende uma democracia igualitária e sim a ideia de construção de diferenças a partir de um início igual para todos – o nascimento. Hobsbawn usa a metáfora de que a vida seria uma corrida na qual nem todos chegariam juntos. 
    C) INCORRETA-O Documento reflete os pensamentos iluministas que privilegiam a sociedade civil em relação ao Estado. 
    D) INCORRETA-A proposta é de, exatamente, apresentar uma ruptura com a sociedade do Antigo Regime. 
    E) INCORRETA- A proposta de Rousseau vai além de um projeto liberal. Ele defendia uma democracia igualitária. 
    Gabarito da professora: Letra B
  • Resposta letra B.

    A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão é a definição do que se espera da sociedade liberal. Na qual, a igualdade esperada não era de base material mas sim, jurídica. Mantendo a desigualdade econômica e social, baseada na propriedade privada.