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Prova FGV - 2014 - Prefeitura de Osasco - SP - Fiscal Tributário


ID
1723528
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

“Festa”, título do texto, justifica-se porque a Copa de 2014:

Alternativas
Comentários
  • Passagem do texto que justifica a correção da letra "B" :

    "Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou..."
  • Letra B. Penúltimo parágrafo: "Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. (...) Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria".

  • FGV ama questões com título, fiz um mapeamento e existem um total de 50 questões:

    Q587841

    Q878401

    Q870973

    Q628240

    Q633825

    Q74582

    Q574507

    Q623771

    Q110094

    Q691826

    Q603128

    Q110503

    Q837906


ID
1723531
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Observe: “(...) um país que aboliu a escravidão, mas não a sua herança” (1º parágrafo).

Pelo contexto, pode-se inferir que, no Brasil, a “herança” da escravidão a que a autora se refere é:

Alternativas
Comentários
  • Letra A. Os negros conquistaram a liberdade, mas não os meios de produção. Consequentemente, hoje formam a parte mais pobre da sociedade, segregados nas favelas e nos subúrbios. O "menino pobre, quase sempre negro ou mulato," vê no futebol uma "oportunidade rara, quase única", de glória e fortuna.

    A letra D está errada porque o "menino pobre" é "quase sempre negro ou mulato", mas não necessariamente mulato. Seria redução.

    As letras C e E estão erradas porque os campinhos de terra batida se proliferam "nas favelas e nos subúrbios". Ou seja, a pobreza reside não só nas favelas, mas também nos subúrbios. Escolher uma deixaria a outra de fora, assim essas opções se invalidam mutuamente.

    A letra B está errada porque futebol é a chance de mudar de vida, e não a herança da escravidão. Seria contradição.

  • Valeu Leonardo. 

    Eu marquei a "D" , com sua explicação eu enxerguei a redução. 

ID
1723534
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Segundo o texto, a centralidade do futebol na vida dos brasileiros pode ser explicada pela oportunidade rara de o povo, ao espelhar-se nos craques do time, viver a esperança de:

Alternativas
Comentários
  • Letra C. "Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo." 

  • Gab : C

    Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo


ID
1723537
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Segundo o a autora, as transmissões visuais da Copa do Mundo revelam ambiguidades do nosso tempo entre:

Alternativas
Comentários
  • Letra B. "A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos."


ID
1723540
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Ao cantar o hino a capela, o time e o público desafiam “o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história".

Nesse trecho, a autora assume em relação à FIFA uma postura:

Alternativas
Comentários
  • Letra B. Entidade sem pertencimento = entidade ilegítima. A autora ainda exemplifica, mostrando que, embora os torcedores tenham no seu hino "a evocação emocionada de sua história", a FIFA "salpica umas poucas notas mal tocadas".

  • "o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história"

    A opinião da autora expressa uma crítica à FIFA.


ID
1723543
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

“O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis.”

Pela expressão destacada, entende-se que, na prática, o futebol:

Alternativas
Comentários
  • Letra D. Escreve-se vezeiro (de vezo + -eiro) e significa «que tem vezo ou costume; habituado; reincidente». Vezo é «hábito mau; reincidência; costume; propensão; direcção». Quanto à expressão «ser useiro e vezeiro», quer dizer «ter por costume fazer repetidas vezes as mesmas coisas, sobretudo más; ser reincidente».

    Fonte: Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/ser-useiro-e-vezeiro/25615

  • Não tenho a mínima ideia de como acertei essa!


  • Questão mal formulada.

  • D)

     Que costuma fazer alguma coisa (ex.: elas são useiras neste tipo de situação). Reincidente em determinado comportamento ou na prática de alguma coisa (ex.: ele é useiro e vezeiro em insultar os outros).


ID
1723546
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Assinale a alternativa em que a troca da posição dos termos e da expressão destacados NÃO acarreta mudança de significação:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa D. A dúvida que restou, dentre as alternativas, foi em relação as alternativas "a" e "d". A letra D não acarreta mudança alguma. Recorri ao texto para solucionar a dúvida entre as duas alternativas. 

  • Ana, "simples explicação" é diferente, mesmo, de "explicação simples". A FGV já cobrou isso em outras provas.

  • Alguém pode explicar a letra "a" e a "c"?

  • na A... uma explicação simples... tem sentido amplo... qualquer explicação simples que seja... no entanto ao trocar os elementos temos uma simples explicação... só existe uma explicação. muda o sentido... por isso D de dado. pensei assim e deu certo... 

  • Gustavo... na C no primeiro período temos às mesmas imagens... as imagens da TV... no segundo período às imagens mesmas seria em relação a imagens das próprias pessoas se vendo... TV desligada... rs

  • pensei assim: "Não necessariamente uma simples explicação, é uma explicação simples."

    Explico: (rs.)
    Simples explicação = Vc vai explicar alguma coisa, vc vai simplesmente explicar alguma coisa.
    Explicação simples: Vc vai dar uma explicação para alguma coisa, e esta explicação será simples.

  •  a) explicação simples = explicação que não é complicada. (sentido denotativo)

    simples explicação = explicação que é comum. (sentido conotativo)

    ...

     b) menino pobre = menino sem recursos. (sentido denotativo)

    pobre menino = menino sofredor. (sentido conotativo)

    ...

     c) mesmas imagens = imagens semelhantes.

    imagens mesmas = as próprias imagens.

    ...

     d) cenários previsíveis = previsíveis cenários.

    ...

     e) jogo da vida = a vida possui o jogo.

    vida do jogo = o jogo possui a vida.

  • Quando o mesmo puder ser substituído por (Visto ou conhecido)

    = adjetivo...

    Fomos ao mesmo bairro de sempre.

    Fonte= Recanto das letras..

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Às vezes, só na técnica não se resolve uma questão como esta. É preciso recorrer ao respectivo texto, a fim de evitar extrapolação.

ID
1723549
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

O elemento abaixo destacado que exerce uma função discursiva diferente das demais pelo fato de a referência não estar no texto (função anafórica), mas fora dele é:

Alternativas
Comentários
  • Letra C. Algumas palavras têm função exofórica (também chamada dêitica ou díctica), isto é, fazem referência a elementos que estão fora do texto, pois estão atrelados à situação estabelecida no momento de produção do texto. Essas expressões têm seu valor semântico dependente da situação geral em que o texto foi produzido. Normalmente são palavras dêiticas:

    1. os pronomes pessoais de primeira pessoa, para o falante;

    2. os pronomes pessoais de segunda pessoa e os pronomes de tratamento, para o ouvinte;

    3. os referenciadores do momento da produção textual;

    4. os referenciadores do local de produção textual.

  • A questão NÃO é difícil, mas que derruba por ser trabalhosa de buscar a resposta.  Vira e volta ao texto várias vezes. Quase 15minuts só pra responde-la e ainda acabar errando.

  •  a) (...) o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva (1º §);

    Qual fenômeno? O futebol!

     b) (...) Pelé ou Neymar, esse menino serve (...) ( 2º §); 

    Qual menino? Neymar!

     c) (...) para vivermos este mês em estado de euforia (...) (2º §); 

    Qual mês? O mês em que se escreve o texto. (Não está mencionado no texto, mas sabemos ser Junho/Julho por causa da Copa).

     d) (...) essa massa habitada pela nostalgia da glória (5º §);

    Qual massa? A multidão que se identifica com os craques...

     e) (...) precisamos muito dessa alegria (...) (8º §).

    Qual alegria? A alegria de torcer.

  • letra C é um DEITICO ...

  • uma dica para esta questão, é procura o pronome que não tem um referente anteriormente já citado.

  • Acrescentando:

    Em relação ao Tempo:

    este/ esta / isto - tempo presente

    esta semana tive muito trabalho.

    ------------------------------------------------------

    esse / essa / isso - Tempo passado ou próximo

    essa semana tive muito trabalho.

    ------------------------------------------

    Aquele / aquela / aquilo - Tempo em passado remoto.

    Naquele ano fui à praia.

  • Dêitico

    pois o mês não está especificado no texto.

    Gab: C


ID
1723552
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

No trecho do 5º parágrafo: “essa massa (...) deifica os jogadores e esquece − e por isso não perdoa – que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo”, o uso do travessão duplo tem a função de:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E. Trata-se de aposto explicativo, utilizando pausa óbvia, que pode ser parênteses, travessão ou vírgula.

  • Mas o restante também é opinião da autora...

  • "e por isso não perdoa"

    Para mim essa questão é uma aberração da natureza, pois aposto não possui verbo; é somente uma expressão nominal. No caso de um "aposto" possuir verbos ele torna-se uma oração subordinada apositiva (na maioria dos casos)

    Se eu estiver errado, por favor me corrija

  •  (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

    É QUESTÃO DE ATENÇÃO MEU POVO, NO FINAL DO TEXTO VOCÊ ENCONTRA A RESPOSTA, A FGV É ASSIM TEM QUE IR ALÉM PRA ENCONTRAR A RESPOSTA.

  • Aposto com verbo ???


ID
1723555
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Assinale a alternativa em que o verbo “assistir” tem valor semântico diferente do conteúdo presente nas demais opções:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E
    Embora haja erros de regência verbal nas letras D e E, o enunciado pede o valor semântico diferente, ou seja, que tenha sentido diferente. 

    Letra E ) Os bandeirinhas assistem ao juiz durante os jogos de futebol 
    ( O correto seria "assistem o juiz" , pois dão assistência a ele. Porém, é a única afirmativa com valor semântico diferente)
  • É bizarro o entendimento que a FGV tem do verbo "assistir".

    Ela entende que o verbo "assistir' pode ser tanto VTD quanto VTI que o sentido não se altera. Nesse caso, devemos nos apegar à semântica para resolver as suas questões.

  • A FGV foi tão fofa nesta questão!

    Me sentindo na quarta série de novo...


ID
1723558
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Na passagem: ” (...).essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece (...) que deuses às vezes tropeçam (...)” (5º parágrafo), o verbo destacado poderia ser substituído por:

Alternativas
Comentários
  • Gab.: B

    Deificar:  Divinizar, endeusar, colocar entre os deuses: os romanos deificavam os seus imperadores.

  • fui pelo faro de gol que a questão deu "que deuses às vezes tropeçam"

    a própria questão põe "deus" nela, então, chutei nesse canto e foi só correr pro abraço <3 

  • achei que "endeusar" fosse muito óbvio para a FGV, alterei para "mitificar", errei.

  • kkkkkkkkkkkkk' fiquei um tempão nessa porcaria também pelo mesmo motivo, Concurseiro Jedi!¬¬'

  • Deifica = Transformar em Deus, divinizar, endeusar, colocar entre os deuses:

  • Texto:  "A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

    A multidão trata os jogadores como deuses, então eles são endeusados.

    Editais da FGV: os itens deste programa serão considerados sob o ponto de vista textual, ou seja, deverão ser estudados sob o foco de sua participação na estruturação significativa dos textos.

    GAB B

  • Essa banca e meio louca ou e 8 ou e 80


ID
1723561
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Assinale a alternativa em que o termo sublinhado NÃO estabelece coesão com segmento(s) anterior(es):

Alternativas
Comentários
  • Alguém explica? 

  • Futebol é um termo posterior ao artigo "o". O comando pede coesão com termos anteriores. Questão maléfica.

  • Pensei que o "o" pronome demonstrativo referia-se a " Nem sempre a vida é justa"( termo anterior). Como deduzir que se refere a futebol? Nada a ver. Só acho. Alguém pode ex0licar de forma mais clara. 

  • Galera... a letra D é a única que não tem referencia anterior... o ''o'' é um simples artigo definido... na letra C o ''o'' refere-se ao ''nem sempre a vida é justa" o futebol ensina isso! isso = que a avida nem sempre é justa. 

  •  a) (...) , o que já o situa em um país (...) (1º §.);

    Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o (MENINO POBRE NEGRO OU MULATO )  situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

     b) (...) que para cada povo é a evocação (...) (3º §); 

     O nosso (HINO) é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o (CANTO DO HINO) que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

     c) (...) é que o futebol ensina (6º §); 

     d) (...) é o que futebol ensina (6º §); o "o" é adjunto adnominal (artigo)  e se refere a futebol (termo anteposto)  é a resposta. 

     e)(...) sinais de mudança no que os causou (9º §). 

  • Na verdade o 'o' é um pronome demonstrativo, equivalente a aquilo. Reescrevendo: O futebol ensina aquilo. Ou seja, é objeto direto, não tem coesão com o pronome relativo 'que'


ID
1723564
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Em: “É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável”, os elementos coesivos destacados se referem a:

Alternativas
Comentários
  • Acertei mas fiquei em dúvida entra a C e D. 

    Alguém sabe justificar porque não poderia ser a C?

  • Bom, Thaís Trindade, a Alternativa D é a correta, visto que "cujo" faz ponte entre dois substantivos: possuidor e possuído. O possuidor é o termo antecessor da palavra "cujo". Portanto, a palavra "jogo" trata-se do possuidor. Já o possuído (a palavra emoção), vem posposto à palavra "cujo" e ainda concorda com ela. Sendo assim, o pronome relativo "cujo" no trecho se refere à palavra "jogo" e concorda com a palavra "emoção". Se ainda ficou alguma dúvida sobre a explicação, pode me passar seu e-mail que encaminho um esquema com a explicação mais detalhada. 

    Bons estudos!

ID
1723567
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Assinale a opção em que o termo destacado destoa dos demais por NÃO indicar finalidade:

Alternativas
Comentários
  •  a) PREPOSIÇÃO

    uma explicação simples para a proliferação (...) (1º §); 

     b) CONJUNÇÃO

    (...) para vivermos este mês em estado de euforia (2º §); 

     c) CONJUNÇÃO

    (...) e que conta com eles para realizar o gesto (...) (5º §) ; 

    d)  CONJUNÇÃO

     (...) se reúnem os amigos para misturar ansiedades (8º §);

    e)  CONJUNÇÃO

     (...).razão a mais para valorizar esse tempo de alegria (9º§).

  • Alternativa A. É a única opção de não traz a ideia de finalidade ou intuito, mas de causa e consequência. Podemos substituir a palavra "para" pela locução "a fim de" para confirmar: 

    A) uma explicação simples a fim de a proliferação...

    B) ...a fim de vivermos este mês em estado de euforia

    C) ...e que conta com eles a fim de realizar o gesto...

    D) ...se reúnem os amigos a fim de misturar ansiedades

    E) ...razão a mais a fim de valorizar esse tempo de alegria

    Bons estudos!

  • Letra A: PREPOSIÇÃO!

    Nas demais temos a conjunção PARA + verbos no infinitivo que consequentemente indicam FINALIDADE!

    *Letra B temos um infinitivo PESSOAL (deverá ser usado: sempre que houver um sujeito definido, quando se quiser definir o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente e para indicar uma ação recíproca - neste caso VIVERMOS -> NÓS, nos incluindo)


ID
1723570
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

O pronome relativo sublinhado exerce a função de objeto direto (e não de sujeito) em:

Alternativas
Comentários
  • Letra D.  É o que o futebol ensina → O futebol ensina aquilo. O relativo "que" retoma o demonstrativo "o" (=aquilo) com função de objeto direto.

    Nas demais, o pronome relativo exerce a função de sujeito:

    - Letra A: Aquilo é a evocação para cada povo.

    - Letra B: Multidão se identifica com os craques.

    - Letra C: Irrupção faz do futebol...

    - Letra E: Aquilo causou desencanto e mau humor.


  • Faltou você dizer que não há preposição por conta do valor "que" na frase. Eu tive dúvida, pois para encontrar o valor na retomada da frase anterior, pensei que este fosse um sujeito e não o objeto direto. Esses exemplos são mais difíceis entender, pois quando existe uma frase simples, qualquer um que tenha a base vai acertar. A frase: "É essa irrupção do acaso que faz do futebol", o "que" neste momento está assumindo qual forma? Sujeito. E quando for retomada é bom estar atento porque não me pareceu correto mesmo e foi por isso que gerou a confusão.

  • Resposta letra d) - nem sempre a vida é justa. É o que o futebol ensina - Nesse caso, o pronome relativo "que" está retomando o pronome demonstrativo "o" que é objeto direto do verbo ensinar cujo sujeito é "futebol".

  • Substitual o "que"(pronome relativo) por "da qual" que estará retomando o termo anterior (sujeito).
    Substitua o "que" (conjução integrante)  por "isso" que se referirá a termo sucessor. Todas as vezes que a conjunção integrante "que" for substituída por "isso" será uma oração subordinada substantiva.

  • O que o futebol nos ensina? Nem sempre a vida é justa.

    Complemento sem preposição ao verbo transitivo direto. Quem ensina, ensina algo.

    Gabarito: D

    #avagaéminha

  • Quem tentar responder sem ler o texto vai errar, pois a banca mudou a estrutura das frases nas opções A e D. Sacanagem.

  • Kd o comentário do professor??

  • nem sempre a vida é justa. É o que o futebol ensina

    o que o futebol ensina ? que nem sempre a vida é justa.

    veja que o complemento não é preposicionado, logo se trata de um objeto direto.

    exemplificando: o futebol ensina que nem sempre a vida é justa.

    quem que ensina ? o futebol. logo o sujeito é futebol e seu completento não preposicionado( objeto direto) é: que nem sempre a vida é justa.

  • Em "nem sempre a vida é justa. É o que o futebol ensina", a oração subordinada adjetiva restritiva "que o futebol ensina" começa com o pronome relativo "que", que substitui o "o", pronome indefinido, que, por sua vez, substitui a ideia de que "nem sempre a vida é justa". Enfim, a ordem seria "o futebol ensina que" (que=nem sempre a vida é justa. pois se refere ao "o").

    Lucas Gonçalves Lemos

  • questão mais dificil pra mim de todas que já vi em relação a pronome..

    vc precisa achar uma oração onde POSSUA SUJEITO na ORAÇÃO PRINCIPAL, e possua um COMPLEMENTO PRO VERBO (sem preposição, pq daí seria objeto indireto)

  • Cadê o comentário do professor?

  • Comentário do professor...?

  • Gaba. D

    Sabendo que o Pronome relativo tem a mesma função sintática do termo a que ele se refere:

    " é o que o futebol ensina "

    é (aquilo) que o futebol ensina

    Vrb.Ensinar: VTD 

    -Ensina o que? 

    R: Aquilo ( OD )

    PMCE 2021

  • Gente é só fazer a análise sintática que dá certo. Achem primeiro o Suj, depois os complementos verbais
  • O futebol ensina que nem sempre a vida é justa.

    o que está se referindo ao termo:"a vida é justa".

  • Só vem PM CE!!

  • que = S/ sujeito e 3 PS

    só concurseiro vai acertar essa

  • Eu encontrei a resposta mudando o objeto por ISSO, "nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina".

    O que o futebol ensina?

    Ele ensina isso...Que a vida nem sempre é justa.

    Logo se pode trocar por ISSO é objeto direto!

    Gabarito letra D

    Espero ter ajudado, se algo estiver errado por favor me avise.

    Alexandre soares, Alfacon


ID
1723573
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Segundo a autora, o ensinamento do futebol é:

Alternativas
Comentários
  • Letra E. "Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina."

  • Gabarito: e

    --

    Percebam que a banca perguntou "Segundo a autora,...". Então, ela quer aquilo que está explícito no texto.

    A resposta está no sexto parágrafo do texto. "Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina." §6ª


ID
1723576
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos, intactos, o desencanto e o mau humor (...) “ (9º §).

A oração que corresponde adequadamente à reduzida de particípio acima destacada é:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E. Orações reduzidas - também chamadas de formas nominais: -nd (reduzida de gerúndio); -ar, -er, -ir (reduzida de infinitivo); 

    -da/-do (reduzida de particípio).  Bons estudos!
  • SEMÂNTICA - IDEIA DE TEMPO 

    “Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos, intactos, o desencanto e o mau humor (...) “ (9º §).QUANDO?

    E)  quando a Copa tiver passado. 

  • CORRETA LETRA E

    A_ proporção

    B_ concessão

    C_ condição

    D_ proporção

    E_ ideia de tempo, temporal.

  • na medida em que - causal

    à medida que - proporcional

  • passado a copa..... ou seja, quando a copa tiver acabado, outra coisa vai ter acontecido....

    “QUANDO A COPA TIVER PASSADO, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos, intactos, o desencanto e o mau humor.

    SUBSTITUI E DEU CERTO.


ID
1723579
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Assinale a passagem do texto que exemplifica uma estrutura passiva pronominal (também chamada de passiva sintética):

Alternativas
Comentários
  • Alguém explica ?

  • Dica:Na alternativa, tem que ter o SE partícula apassivadora. Transforme-o em verbo SER, mantendo o sentido original da frase.  Resposta letra B: comunicação e mobilidade são feitas

    Fonte: http://espacohebervieira.net/informativos/2014/09/25/183/
  • Sempre que pedirem voz passiva sintética, querem uma frase que tenha um "se" na função de partícula apassivadora. Para que isso ocorra, faz-se necessário que o verbo ligado ao si seja transitivo direto ou transitivo indireto. Quando isso ocorrer, o objeto direto da frase deixará de exercer função sintática de OD para ser sujeito.

    Reparem que é o que ocorre na letra "b", na qual temos um verbo VTD (fazer, quem faz, faz algo). Por esse motivo, "comunição e mobilidade" exercem  a função de sujeito da oração. Repare que se tirassemos um deles, deixando, por exemplo, apenas "comunicação", o verbo passaria para o singular, o que prova que são sujeitos.

  • Letra B.

     

     a)  oportunidade (...) de se sentir o melhor do mundo (2º §); - Oportunidade de quê? Então é verbo VTI, portanto o "se" é Índice de indeterminação do sujeito.

     b) comunicação e mobilidade se fazem em escala global (3º §); - Fazem o quê? Verbo VTD, portanto o "se" é Partícula apassivadora.

     c) o nosso [hino] é cantado a capela pelos jogadores (...) (3º §); - Cantado nesse caso só indica passado, está na forma de particípio.

     d) a multidão que se identifica com os craques (...) (5º §); - Identifica com quem? Então é verbo VTI, portanto o "se" é Índice de indeterminação do sujeito.

     e) é, como poderia não ter sido (8º §). Ser nesse caso só indica passado, está na forma de particípio.

  • Gabarito B. Primeiro de tudo, tem que see VTD ou VTDI. Caso nao consiga com apenas essa análise, veja a concordancia, passando para o plural ou vice-versa, pois na PA há concordancia.
  • GABARITO - B

    Voz passiva analítica - Verbo auxiliar " ser" + Principal no particípio .

    " o nosso [hino] é cantado a capela pelos jogadores"

    Voz passiva sintética -

    Comunicação e mobilidade se fazem em escala global

    Comunicação e mobilidade são feitas em escala global.


ID
1723582
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Pode-se identificar a presença de linguagem metafórica no seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • Metáfora é uma figura de linguagem onde se usa uma palavra ou uma expressão em um sentido que não é muito comum, revelando uma relação de semelhança entre dois termos.

  • Metáfora



    A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças. É importante notar que a metáfora tem um caráter subjetivo momentâneo; se a metáfora se cristalizar, deixará de ser metáfora e passará a ser catacrese (é o que ocorre, por exemplo, com "pé de alface", "perna da mesa", "braço da cadeira").


    Obs.: toda metáfora é uma espécie de comparação implícita, em que o elemento comparativo não aparece.


    Observe a gradação no processo metafórico abaixo:


    Seus olhos são como luzes brilhantes.

    O exemplo acima mostra uma comparação evidente, através do emprego da palavra como.


    Observe agora:


    Seus olhos são luzes brilhantes.

    Nesse exemplo não há mais uma comparação (note a ausência da partícula comparativa), e sim um símile, ou seja, qualidade do que é 

    semelhante.


    Por fim, no exemplo:


    As luzes brilhantes olhavam-me.

    Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Essa  é a verdadeira metáfora.


    Observe outros exemplos:


    1) "Meu pensamento é um rio subterrâneo." (Fernando Pessoa)


    Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando a fluidez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.).


    2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar algum.


    Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na frase acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa expressão que indica uma alma rústica e abandonada (e angustiadamente inútil), há uma comparação subentendida: Minha alma é tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma estrada de terra que leva a lugar algum.


    fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil2.php

  • nao entendi !

  • Gabarito: Letra C

     

    (...), mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância (3º §);  =>> os sentimentos são como as cores da infância

  • GABARITO: LETRA C

    A metáfora representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo termo comparativo fica subentendido na frase.

    Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)

    FONTE: TODAMATÉRIA.COM.BR

  • Primeiro para resolver questões de FGV, precisamos de muita concentração.Não que as outras bancas não precise, mas essa está num degrau a mais...E para resolver essas de metáfora, não sei se revolve com todas as do gênero, eu coloco a expressão "como se fosse(m)".Sei lá...Prá essa deu certo.


ID
1723585
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Observe: “Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas” (9º §).

Nas passagens destacadas, o deslocamento do campo semântico do futebol para “o jogo da vida” e o uso de “sofrer faltas”, em uma acepção diferente da mesma expressão usada naquele esporte, proporcionam ao texto um efeito:

Alternativas
Comentários
  •  Alternativa D. A questão pode ser resolvida por eliminação, face à neutralidade da banca FGV perante os textos.

  • Primeira prova da FGV em que acertei todas de português.

  • Prova totalmente atípica da FGV: muita gramática e respostas bem claras no texto.


ID
1723597
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

João quer comprar um televisor. Na loja A, o preço do aparelho escolhido por João é 100% maior que o preço da loja B. Entretanto, como João conhece o gerente da loja A, é possível negociar um desconto.

Nessas condições, o desconto mínimo que João precisaria obter na loja A para não pagar mais do que pagaria na loja B é de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D

    Vamos supor os valores
    ele quer a TV na loja A, que custa 100% a mais que na loja, portanto:

    LojaA: 200$
    LojaB:100$


    Se ele quiser pagar o mesmo que na loja B, ele deve pagar só a metade do valor, (200 --> 100), portanto o valor do desconto seria de 50%.

    bons estudos


ID
1723600
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Seja O um conjunto de objetos e P, Q, R, S propriedades sobre esses objetos. Sabendo-se que para todo objeto x em O:


1. P(x) é verdadeiro.

2. Q(x) é verdadeiro.

3. Se P(x), Q(x) e R(x) são verdadeiros então S(x) é verdadeiro.

Pode-se concluir, para todo x em O, que:

Alternativas
Comentários
  • Fiz por tabela-verdade. 

    P*Q*R S       R→S

    V V V V       VV=V

    V V V V**     VV=V

    V V F V       FV=V

    V V F F       FF=V

    A questão diz que:

    * P e Q são sempre V (essas colunas serão sempre V). 

    ** Quando P, Q e R são verdadeiros, S também é.

    R→S é a única proposição que dá tudo V na tabela-verdade. As demais dão:

    B) S∧R = VVFF

    C) P∧Q→R = VVFF

    D) P∨Q→R = VVFF

    E) S∧Q→P∧R = VVFV

  • Não entendi pq não poderia ser a alternativa "E" 

    Fiquei na dúvida entre A e E

  • Patrick, também tive essa dúvida e errei.. mas depois compreendi.

    É preciso discernir as condições suficientes e necessárias para entender.

    Observe a proposição:

    "Se P(x), Q(x) e R(x) são verdadeiros então S(x) é verdadeiro."

    P(x), Q(x) e R(x) serem verdadeiros é uma condição suficiente para S(x) ser verdadeiro.

    S(x) é uma condição necessária para P(x), Q(x) e R(x) serem verdadeiros.

    S(x) pode ser verdadeiro por diversos outros motivos.. não depende só de P,Q e R serem verdadeiros.

    Um exemplo para ilustrar melhor:

    Se ele é catarinense, então ele é brasileiro.

    Ser catarinense é uma condição suficiente para ser brasileiro.

    Ser brasileiro é uma condição necessária para ser catarinense.. pois você tem que ser brasileiro para ser catarinense. Contudo  o fato de você ser brasileiro não significa dizer que é catarinense.

    Isso vem do assunto de lógica, tabelas verdade.. da parte condicional (se A então B)

    Não sei se fui claro.. essas assertivas dão um nó na cabeça hehe

  • Valeu Éros Filho,

    Entendi seu raciocínio :D


ID
1723606
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Observe o texto a seguir, trecho de um documento do MS Word 2010.

Aos 20 minutos, um dos melhores jogadores da Alemanha falhou. Kroos deu uma de Messi e deu um senhor passe para Higuaín, que perdeu. Os argentinos chegaram a festejar um gol de Higuaín que, corretamente, foi anulado.


Considere que tenha sido efetuado um procedimento de substituição no texto, que alterou o texto para o que é mostrado abaixo.

Aaes 20 minutaes, um daes melhaeres jaegadaeres da Alemanha falhaeu. Kraeaes deu uma de Messi e deu um senhaer passe para Higuaín, que perdeu. AEs argentinaes chegaram a festejar um gael de Higuaín que, caerretamente, faei anuladae.


É correto concluir que o texto a localizar e o texto que substitui que foram usados no procedimento são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • item correto a)  “o” e “ae”;  

    Tecla de atalho: Ctrl +U.
    localizar:o . substituir por: ae.
  • Guia Página Inicial> Grupo edição> substituir

    Gabarito A

  • Não esqueçam que a tecla de atalho que abra a janela "Localizar e Substituir" é o Ctrl + U

    PARTIU SENADO FEDERAL!!!!!


ID
1723612
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Joana precisa distribuir uma tabela de preços para um grupo de fornecedores da sua empresa. Os dados estão numa planilha MS Excel 2010, mas Joana gostaria de fazer a distribuição por meio de um arquivo no formato PDF. Para tanto, Joana deve selecionar a região da planilha que contém os dados e:

Alternativas
Comentários
  • Mesmo procedimento do Microsoft Word!!!!

    Letra D.

  • No CALC não da para SALVAR como PDF, tem que EXPORTAR COMO PDF, na guia ARQUIVO

  • NO WORD 2016, além do GABARITO LETRA D, existe também a opção abaixo:

    ARQUIVO > EXPORTAR > CRIAR DOCUMENTO PDF/XPS

  • a resposta E tb é um caminho possível...


ID
1723618
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

De acordo com o Código Civil, são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil

    I - os menores de dezesseis anos; 

    II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; 

    III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

    Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: 

    I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 

    II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido

    III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

    IV - os pródigos


    bons estudos

  • CUIDADO!!!!!  ALTERADO PELA LEI 13.146/2015:

    Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. 

    Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

    I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

    I - os ébrios habituais e os viciados em tóxico

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade (Antes eram absolutamente incapazes)

    IV - os pródigos.


  • Questão desatualizada. 

  • questão assim acaba confundindo quem está começando a estudar!

  • Pessoal, quando selecionarem as questões podem marcar apenas aquelas atualizadas. Observer no topo ao lado da palavra FILTRAR, tem como excluir as desatualizadas! ;)

    ATUALMENTE SÓ OS MENORES DE 16 ANOS SÃO ABSOLUTAMENTE INCAPAZES! Art. 3º do CC.

    Bons estudos!


ID
1723621
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre o poder de polícia, é lícito afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D

    A) O poder de polícia é remunerado por meio de TAXA, ou seja, preço público que é exigível pelo poder público ao particular sobre o qual recai a atuação do administrador

    CF Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
    II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição

    B) No tocante aos tipos de poder de polícia, citam-se dois: polícia judiciária é privativa de corporações especializadas (polícia civil, polícia militar, polícia federal), enquanto a polícia administrativa é exercida por diversos órgãos da Administração, inclusive pelas próprias corporações policiais especializadas.

    C) Nesse caso a atuação da administração pública por meio do poder de polícia retrata um direito relativo, e não absoluto, em prol do interesse público.

    D) CERTO: Segundo Hely Lopes Meirelles,o atributo da autoexecutoriedade do poder de polícia consiste na “faculdade de a Administração decidir e executar diretamente sua decisão por seus próprios meios, sem intervenção do Judiciário”.

    E) O poder de polícia tem por fundamento a supremacia do interesse público sobre o privado , respeitados os limites legais

    bons estudos

  • Questão tranquila, valendo apenas lembrar de que o direito é relativo no que tange ao poder de polícia, logo resta redondinha a letra D como a afirmativa correta. Bons estudos...

  •  d)

    tem como característica a autoexecutoriedade, segundo a qual a Administração não depende da intervenção de outro poder para tornar o ato efetivo; 

  • Apesar de o gabarito ser de fato a letra D, eu diria que o conceito de autoexecutoriedade está minimamente equivocado.

    Não é necessário o aval do Judiciário dentro da autoexecutoriedade, entretanto, podemos enxergar traços de anterior intervenção do legislativo, prevendo situações taxativas ou exemplificativas que levaram a construir as hipóteses em que a autoexecutoriedade é viável.

    Corrijam-me se eu estiver errado.

  • a)é remunerado por meio de tarifa, ou seja, preço público que é exigível pelo poder público ao particular sobre o qual recai a atuação do administrador;

    FALSO. Taxa.

    b)se restringe à atuação das forças de segurança pública, com escopo de prevenir e reprimir a criminalidade;

    FALSO. Guarda municipal, Agente de Trânsito.

    c)se trata de direito absoluto da Administração Pública limitar a atuação do particular em prol do interesse público;

    FALSO. Não existe direito absoluto.

    d)tem como característica a autoexecutoriedade, segundo a qual a Administração não depende da intervenção de outro poder para tornar o ato efetivo;

    CORRETO

    e)tem por fundamento a supremacia do interesse privado sobre o público, respeitados os limites legais.

    FALSO. Público sobre privado

  • a)é remunerado por meio de tarifa, ou seja, preço público que é exigível pelo poder público ao particular sobre o qual recai a atuação do administrador;

    FALSO. Taxa.

    b)se restringe à atuação das forças de segurança pública, com escopo de prevenir e reprimir a criminalidade;

    FALSO. Guarda municipal, Agente de Trânsito.

    c)se trata de direito absoluto da Administração Pública limitar a atuação do particular em prol do interesse público;

    FALSO. Não existe direito absoluto.

    d)tem como característica a autoexecutoriedade, segundo a qual a Administração não depende da intervenção de outro poder para tornar o ato efetivo;

    CORRETO

    e)tem por fundamento a supremacia do interesse privado sobre o público, respeitados os limites legais.

    FALSO. Público sobre privado

  • A respeito do gabarito, eu entendi pelo enunciado que todo ato da adm teria como característica a autoexecutoriedade.

    Mas isso não seria uma afirmação correta, certo?!

  • FGV ama poder de polícia.

  • Questão pode ser considerada problemática, tendo em vista que a alternativa "C", considerada correta, aduz que "a Administração não depende da intervenção de outro poder para tornar o ato efetivo;". Na minha visão, a Administração realmente não depende da intervenção do Poder Judiciário, todavia, depende fundamentalmente da intervenção do Poder Legislativo, uma vez que todo ato administrativo submete-se, primariamente, à legislação atinente.

    Para que a alternativa fosse completamente certa, não deveria dizer que a Administração não depende de "intervenção de outro poder", mas sim que ela não depende da "intervenção do Poder Judiciário" .

  • TAXA


ID
1723624
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

É exemplo de espécie de ato administrativo sob o aspecto material, ou seja, relacionado a seu conteúdo, o ato de consentimento estatal chamado:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    A) CERTO: Licença – ato administrativo unilateral, vinculado e definitivo pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado atendeu a todos os requisitos legais, faculta-lhe a realização de determinada atividade ou fato material

    B) Permissão – ato administrativo unilateral, discricionário e precário pelo qual o Poder Público faculta ao particular a execução de serviços de interesse coletivo ou o uso especial de bens públicos.

    C) Autorização – ato unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração faculta a alguém a realização de algum serviço, atividade material ou a utilização de bens públicos ou particulares

    D) auto de infração e multa são atos punitivos: Os atos punitivos são aqueles que aplicam alguma sanção em decorrência do descumprimento de disposições legais ou normativas, ou seja, não são discricionários

    E) Pelo mesmos motivos da "D", não há discricionariedade.

    bons estudos

  • Renato, seus comentários são ótimos !! Sempre ajudam muito.

    Valeu !!

  • realmente o renato é show!

  • Grande Renato

  • Liçença ( ato vinculado)

     

     Tipo de Ato Negocial que pressupõe um acordo de vontades entre a administração e o particular. 

     

     

  •  a)

    licença, que é um ato administrativo vinculado, em que o administrador não possui liberdade para agir, porque se o interessado preencher os requisitos legais para sua concessão ele tem direito a obtê-la; 

  • Gabarito A

    AUTORIZAÇÃO

    § Ato unilateral, discricionário, precário e sem licitação.

    § Interesse predominantemente privado.

    PERMISSÃO

    § É formalizada por contrato de adesão (qualquer modalidade)

    § Ato unilateral, discricionário, precário.

    § Interesse predominantemente público.

    CONCESSÃO

    § É formalizada por contrato administrativo

    § Contrato administrativo bilateral, mediante prévia licitação. Uso obrigatório por prazo determinado e a rescisão antecipada pode ensejar o dever de indenizar.

  • Las Vegas Ama Dinheiro

    Licença - Vinculado

    Autorização - Discricionário

    P.S: Peguei esse bizu de um colega do QC, não me lembro o nome, mas me ajudou a resolver essa questão.

  • Esse Renato eh Juiz e ``paga de gatinho`` aq no QC kkkkk

  • Licença

    -Vinculado

    -Não Revogável

    -Interesse: público e privado

    -Ex.: licença para dirigir, alvarás

    Autorização

    -Discricionário

    -Revogável

    -Particular

    -Ex.: porte de arma

    Permissão

    -Discricionário

    -Coletividade

    -Revogável

    -Ex.: permissão para uso de bem público (espaços)

  • Las Vegas Ama Dinheiro

    Licença - Vinculado

    Autorização - Discricionário

    Segui ::bizus https://www.instagram.com/invites/contact/?i=1kddhs0quzt17&utm_content=54y7z4r

  • Um jeito mais simples ainda que uso, para diferenciar os vinculados dos discricionários, é que todo ato

    DISCRICIONÁRIO tem "R"

    Permissão

    autorização

    Renúncia

    Se NÃO tem é ato VINCULADO

    Licença 

    Admissão

    Homologação


ID
1723627
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Fernando é ocupante de cargo em comissão no Município. O Prefeito resolve exonerá-lo, sem prévio processo administrativo disciplinar, fundamentando o ato com argumento de que Fernando não cumpria corretamente a carga horária de trabalho. Ocorre que, logo após o ato, Fernando conseguiu comprovar que nunca faltou ao trabalho e que cumpria regularmente o horário de expediente. No caso em tela, haverá:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    A teoria dos motivos determinantes se baseia na ideia de que o motivo do ato administrativo deve sempre guardar compatibilidade com a situação de fato que gerou a manifestação da vontade administrativa, vinculando a sua validade.

    Nesse sentido, a doutrina cita o caso do ato de exoneração ad nutum de servidor ocupante de cargo comissionado. Esse tipo de ato não exige motivação. Contudo, se a autoridade competente alega que a exoneração decorre da impontualidade habitual do comissionado, a validade do ato exoneratório passa a depender da existência do motivo declarado. Se o interessado apresentar “folha de ponto” comprovando ineludivelmente sua pontualidade, a exoneração deverá ser anulada, seja pela via administrativa, seja pela judicial.

    FONTE: DA Esquematizado P395

    bons estudos

  • A teoria dos motivos determinantes aplica-se tanto a ATOS VINCULADOS quanto a ATOS DISCRICIONÁRIOS, mesmo  aos atos discricionários em que, embora não fosse obrigatória, tenha havido a motivação.

     

     

    Fonte: Direito Administrativo Descomplicado

  • Questão fácil. A dúvida que me veio foi somente se não seria o caso de, por motivo inexistente, viciadamente fundamentada, DESTITUIÇÃO em vez de EXONERAÇÃO. 

  • Eu ia direto na D, se não fosse um detalhe na questão!

  • Importante ressaltar que se o prefeito não tivesse apontado um motivo para a exoneração, a resposta correta seria letra D!

     

     

    Fé em Deus! Vai dar certo!

  • Prefeito besta, por que foi motivar o ato?

    Esse é o problema de políticos que ingressam na Adm. Pública sem conhecer como funcionam os atos administrativos.

  • Errei porque achei que independente do que ela tivesse motivado, o ato continuaria válido, já que a exoneração até independe de motivação =(

  • A exoneração de cargos em comissão é ato discricionário do prefeito( no caso da questão), podendo o chefe do executivo exonerar o servidor quando achar necessário, sem precisar fundamentar o ato. Porém, como ele resolveu motivar o ato, tal motivação deve se pautar pela verdade e o ato fica vinculado aos motivos alegados,

  • O prefeito, desconhecedor da teoria dos motivos determinantes, inventou uma desculpa pra exonerar o cara e se fudeu, pois o o cara foi e recorreu ao judiciário e teve a sentença favorável. E agora? o que sucede ao prefeito? o comissionado vai voltar e será obrigado a trabalhar junto com esse FDP?

  • Essa fui pela lógica.

  • Exoneração de cargo em comissão: discricionário.

    Destituição de cargo em comissão: vinculado (punição) equivalente a demissão.

  • Atirou no próprio pé quando motivou... ( Teoria dos motivos determinantes).

    Gabarito letra A.

  • Vamos analisar cada alternativa:

    a) CERTA. Pela teoria dos motivos determinantes, a validade do ato está adstrita aos motivos indicados como seu fundamento, de maneira que, se os motivos forem inexistentes ou falsos, o ato será nulo. No caso, foi apresentado como motivo para a exoneração de Fernando o fato de que ele não cumpria corretamente a carga horária de trabalho. Uma vez comprovado que este motivo era falso, ou seja, na realidade, Fernando cumpria corretamente sua jornada, o ato de exoneração passa a ser nulo, devendo ser invalidado.

    b) ERRADA. O erro é que a exoneração de cargo em comissão é ato administrativo discricionário, uma vez que a Constituição estipula que esses cargos são de livre nomeação e exoneração. Ressalte-se que, justamente por ser livre, o ato de exoneração de cargo em comissão, a princípio, não precisa de motivação (externalização dos motivos), mas, se a autoridade competente o fizer, o ato ficará sujeito à validade dos motivos expostos.

    c) ERRADA. De fato, a ausência de processo administrativo seria razão para invalidar a exoneração. O erro, porém, está na afirmação de que a exoneração de cargo em comissão é ato administrativo vinculado (pois é discricionário).

    d) ERRADA. De fato, não há necessidade de apresentar os motivos para a exoneração de cargos em comissão. Porém, caso a autoridade competente o faça (como na situação apresentada no enunciado), a validade do ato ficará condicionada à veracidade dos motivos apresentados. Portanto, a exoneração de Fernando deve ser invalidada, pois foi fundamentada no descumprimento na jornada de trabalho, fato que, posteriormente, se mostrou inverídico.

    e) ERRADA. Como demonstrado nas alternativas anteriores, a exoneração de Fernando deve ser invalidada (e não mantida), com base na teoria dos motivos determinantes. Ressalte-se que tal invalidação não representa controle de mérito, e sim de legalidade, razão pela qual o ato deve anulado (e não revogado).

    Gabarito: alternativa “a”

  • ´Verdade Lilia, por isso errei.

  • Motivou pq quis

  • Esse tipo de situação é no mínimo engraçada. Aí o camarada vai lá e reverte a exoneração na justiça. Então, o prefeito exonera ele de novo sem expor os motivos e pronto, não há irregularidade posterior visto que os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração pelo Prefeito municipal, não havendo sequer necessidade de fundamentação. kkkkkkkk

  • A FGV NÃO É UMA BANCA FÁCIL DE SE ENTENDER.

    Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: PGE-RO Prova: FGV - 2015 - PGE-RO - Técnico da Procuradoria - Sem Especialidade

    O Governador do Estado exonerou, com motivação genérica de atender ao interesse público, Juliano, ocupante exclusivamente do cargo em comissão de Assessor Parlamentar de seu gabinete. Inconformado, Juliano ingressa com pedido administrativo de reconsideração, pretendendo voltar ao cargo. Instada a opinar sobre a matéria, a Procuradoria-Geral do Estado emite, corretamente, parecer no sentido da:

    GABARITO: (A) inviabilidade do pleito, eis que o cargo em comissão é de livre exoneração, razão pela qual o Governador, no regular exercício da discricionariedade administrativa, por razões de oportunidade e conveniência, pode praticar o ato sem necessidade de especificar a motivação;

    Todo mundo ficou questionando o gabarito dessa questão pq a banca não levou em consideração a Teoria dos Motivos Determinantes, já que o Governador, genérica ou não, expôs uma motivação.

    AGORA, nesta questão aqui, a banca levou em consideração a Teoria.

    Eu acertei as duas questões. Só estou frisando como a banca pode ser contraditória. Isso atrapalha a nossa definição de padrão.


ID
1723630
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Controle da administração pública é o conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos por meio dos quais se exerce o poder de fiscalização e de revisão da atividade administrativa em qualquer das esferas de Poder. Nesse contexto, afirma-se que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    A) Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder

    B) CERTO: Art. 66 § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto

    C) o Poder Judiciário controla os Poderes Executivo e Legislativo, por meio do controle da legalidade.

    D) Errado, pois o Executivo também controle o Legislativo, vide correção da alternativa B,.

    E) Errado, o Poder Judiciário sofre controle dos Poderes Executivo e Legislativo.

    bons estudos

  • Não concordo com a resposta, já que os vetos do Executivo serão submetidos  ao  crivo do Legislativo.

  • E o congresso derruba o veto depois, e aí? Que controle frágil esse. Pra mim é letra D

  • O verdadeiro problema é que a questão fala especificamente em "controle da administração", isto é, "o poder de fiscalização e de revisão da atividade administrativa em qualquer das esferas de Poder". E o veto não é controle da atividade administrativa, mas de ato legislativo. A questão confunde controle da administração com controle de legalidade/constitucionalidade.

  • Leonardo, o enunciado apenas traz o conceito de controle. E o veto é sim um tipo de controle (político e externo). Questão correta e sem maiores problemas.

  • Gabarito B


    União: Controle Interno – Poder Executivo, Legislativo, Judiciário / Controle Externo – Congresso Nacional com auxílio do TCU

    CF Art. 70, 71, 74.


    Estados: Controle Interno - Poder Executivo, Legislativo, Judiciário / Controle Externo – Assembléia Legislativa com auxílio do TCE

    CERJ Art. 122, 123 e 129


    DF: Controle Interno - Poder Executivo, Legislativo, Judiciário / Controle Externo – Senado Federal com auxílio do TCDF (enquanto não tiver Câmara Legislativa)

    ADCT – Art. 16.


    Municípios: Controle Interno – Poder Executivo / Controle Externo – Câmara Legislativa com auxílio do TCE / TCM / Conselhos

    CERJ Art. 124 e 129; CF art. 31, §1.


  • Luana RJ

     

    No Dristito Federal não é Senado Federal + TCDF, mas Câmara Legislativa (esta já existe rsrsrs) + TCDF.

  • Família Cabral,

    Obrigada pela dica. Eu apenas coloquei o que está na lei.

     

    :)

     

     

     

     

  • CONTROLE EXTERNO (FORMA GENÉRICA)= CONTROLE DE UM PODER SOBRE O OUTRO

  • D)o poder legislativo exerce o controle externo sobre o poder executivo,quando a camara analiza as contas da municipalidade,mas não é controlado pelo executivo:

    OBS:veja que o final da questão que a descaracteriza,pois controlada ou não pelo executivo,ela pode sofrer sanções do legislativo,lembre-se um poder fiscaliza o outro essa é a ideia do controle.

  • Olha que questão mais bosta: mistura controle da administração com controle político e de constitucionalidade ( o primeiro quando o presidente veta por razões de conveniência e oportunidade determinado dispositivo de projeto de lei, e o segundo quando o faz em razão da inconstitucionalidade do dispositivo).

     

    Escreve numa prova aberta que "O executivo controla o legislativo". A jirombada não vem não mongolão, podeconfiá!

  • O Poder Executivo exerce controle sobre o Poder Legislativo como, por exemplo, através do veto aos projetos de lei oriundos do Legislativo;

    Correto, conforme o Sistema de Freios e Contrapesos: ideia de que só o poder controla o poder, por isso, o sistema de freios e contrapesos, onde cada poder é autônomo e deve exercer determinada função, porém, este poder deve ser controlado pelos outros poderes, sendo então independentes e harmônicos entre si. 

     

    http://www.perret.com.br/2013/05/30/montesquieu-e-a-divisao-de-poderes-sistema-de-freios-e-contrapesos/

  • Não sei porquê não vem assim nas minhas provas. :(

  • Em um contexto administrativo, admitir que o veto a projetos do Poder Legislativo, pelo Poder Executivo, siginifica controle é fazer um saladão de frutas sem tamanho...

  • O Poder Legislativo sofre sim Controle Externo (por outro Poder), a exemplo do VETO do Poder Executivo.

    Harmonia e Independência dos Poderes - Sistema de Freios e Contrapesos (Os Poderes se controlam entre si).

  • 27-05-2019 Errei

    Gab D

  • B

    Gabarito letra "B"

    o Poder Executivo exerce controle sobre o Poder Legislativo como, por exemplo, através do veto aos projetos de lei oriundos do Legislativo

    Bons estudos

  • O controle da Administração Pública diz respeito à função administrativa. /// Elaborar projetos de lei é função fim do legislativo e não função meio (administrativa). /// A questão fala sobre "poder de fiscalização e de revisão da atividade administrativa". O executivo vetar projetos de lei do legislativo pode ser considerado controle da atividade administrativa???

    Só eu que achei estranho??? rsrs


ID
1723633
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A Lei Orgânica do Município de Osasco assegura que a participação popular será garantida mediante:

Alternativas
Comentários
  • art 36 A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:

    III - de iniciativa popular, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento (5%) do eleitorado do Município.

  • LETRA D CORRETA -

    Art. 47 - Aparticipação popular será garantida mediante:
    (...)
    III - iniciativa popular de leis;

    (...)

    § 2° A iniciativa popular de leis obedecerá ao disposto no “caput” do art. 37.

    Art. 37 - A iniciativa das leis cabe a qualquer Vereador e ao Prefeito, bem como ao eleitorado que a exercerá sob a forma de moção articulada, subscrita, no mínimo, por cinco por cento (5%) do total do número de eleitores do Município.


ID
1723636
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Em matéria tributária, a Lei Orgânica de Osasco estabelece que:

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

     

  • art 132 o Município divulgará, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os recursos transferidos e recebidos;

  • A - ERRADA: Art. 127, § 4° - É vedado ao Município estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

    B - ERRADA: Art. 128 - Não é devida a taxa relativa ao direito de petição, defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder e à obtenção de certidões para defesa de direitos ou esclarecimento de situações de interesse pessoal.

    C - CORRETA: Art. 132 - O Município divulgará, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os recursos transferidos e recebidos.

    D - ERRADA: Art. 134, § 1° - Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária só poderá ser concedida através da lei específica.

    E - ERRADA: Art. 150 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
    I - o plano plurianual;
    II - as diretrizes orçamentárias;
    III - os orçamentos anuais.


ID
1723639
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Compete privativamente ao Município de Osasco, segundo sua Lei Orgânica:

Alternativas
Comentários
  • COMPETE PRIVATIVAMENTE AO MUNICIPIO DE OSASCO:

    A) CORRETA

    Art. 4° Ao Município compete prover a tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse e ao bem-estar de sua população, cabendo-lhe, privativamente, dentre outras, as seguintes atribuições:

    XII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

    B) ERRADA -

    Art. 5° - É da competência comum do Município, da União e do Estado, observada a lei complementar federal, o exercício das seguintes medidas:

    III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos

    C)  ERRADA -

    Art. 5° - (...)

    IX - promover programas de construção de moradias e melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;

    D) ERRADA -  

    Art. 5° - (...)

    XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direito de pesquisa e exploração de recursos hídricos e mineraisemseu território

    E) ERRADA -

    Art. 36° - A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:

    (...)

    § 1° Aproposta será votada em dois (2) turnos, com interstício mínimo de dez (10) dias, e aprovada por dois terços (2/3) dos membros da Câmara Municipal.


ID
1723642
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com a Lei Orgânica do Município de Osasco:

Alternativas
Comentários
  • a. São Poderes do Município independentes e harmônicos entre si o Legislativo e o Executivo.

    b. Correta

    c. Os Vereadores são invioláveis no exercício do mandato e na circunscrição do Município, por suas opiniões, palavras e votos.

    d. 21 anos

    e. Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela remuneração;

  • Correta b.

    Complementando a alternativa e)

    art. 63  É vedado ao Prefeito assumir outro cargo, emprego ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 77, I, IV e V.
    § 1° É igualmente vedado ao Prefeito e ao Vice-Prefeito desempenharem função de administraçãoemqualquer empresa privada.


ID
1723645
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Em tema de limitações da competência tributária, a Lei Orgânica de Osasco dispõe que é vedado ao Município:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

    CF Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
    [...]
    V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público

    bons estudos

  • Lei Orgânica do Município de Osasco: 

    Art. 7º Ao Município é vedado:

    (...)

    XII - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos;

  • A questão pede o que deve ser VEDADO pela Lei Orgânica Municipal (LOM). Vamos analisar cada item da questão:

    a) o CTN,  em seu artigo 7º, determina que “a competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra”, portanto não existe a vedação citada no item “A”.

    b) Desde que seja por lei específica, que regule exclusivamente sobre isenção e/ou anistia ou sobre o correspondente tributo ou contribuição, não existe vedação para que sejam concedidas anistia ou isenção ainda que em caráter genérico e fundadas em interesse público justificado.

    c) A Constituição veda aos Municípios estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos intermunicipais, ressalvadas a cobrança de pedágio pela utilização em vias conservadas pelo Poder Público. É a literalidade do artigo 150, V e a resposta da nossa questão.

    d) A Constituição dá aos Municípios a competência para instituir imposto sobre transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (art. 156, II). Não há razão para a LOM prever essa vedação.

    e) Até a Emenda Constitucional nº 3/1993, havia a previsão de que os municípios poderiam instituir o imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel. Hoje em dia não é mais possível a criação desse tributo pelos Municípios, mas não precisa estar previsto na LOM (se fosse assim, a Lei Orgânica também teria que vedar a instituição de todos os tributos de competência estadual e federal e não há essa necessidade).

    GABARITO: C

  • Pode delegar a função de fiscalização e arrecadar . Só não pode competência de criar .

  • se alguém quiser comentar:

    um munícipio não tem como criar uma lei intermunicipal (que crie obrigações fora do seu território), apenas intramunicipal.

    generalizaram o texto constitucional. questão mal formulada.


ID
1723648
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

No que se refere à competência e capacidade tributárias, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D

    A) a competência tributária pode ser conceituada como a repartição do poder de tributar, conferido pela Constituição Federal aos diversos entes públicos, atribuindo, assim, o poder de instituir os tributos de sua exclusiva responsabilidade

    B) A competência tributária (política) é indelegável, seja expressa (CTN, art. 7.º), seja tacitamente (CTN, art. 8.º); já a capacidade ativa (administrativa) é delegável de uma pessoa jurídica de direito público a outra, relativamente às funções de arrecadar, fiscalizar e executar.

    C) São características da competência tributária: Facultatividade, Imprescritibilidade, Irrenunciabilidade, Indelegabilidade, Inalterável.

    D) CERTO: Embora haja a possibilidade de sobreposição no tocante ao imposto extraordinário de guerra, as demais estão inquestionavelmente erradas.

    E) Art. 154. A União poderá instituir:

    I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição


    bons estudos
  • A letra E não esta errada, mas não é literal da Constituição. Qualquer EC pode instituir novos impostos.

  • letra d) ainda existe a invasão de competência pela União no que diz respeito a isenção heterônoma do iss exportação.

  • No que se refere à competência e capacidade tributárias, é correto afirmar que:

     a) a capacidade tributária pode ser conceituada como a repartição do poder de tributar, conferido pela Constituição Federal aos diversos entes públicos, atribuindo, assim, o poder de instituir os tributos de sua exclusiva responsabilidade;

    CONCEITO TRATA-SE DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA E NÃO CAPACIDADE ATIVA TRIBUTÁRIA.

     b) a competência tributária e a capacidade tributária ativa são indelegáveis, ainda que por meio de lei; 

    A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA PRESCINDE DE DELEGAÇÃO PARA QUE EXISTA, VISTO QUE SERÁ O ENTE FEDERATIVO, DIREFERENTE DE QUEM O INSTITUIU, QUEM IRÁ ARRECADAR E FISCALIZAR O TRIBUTO.

     c) são atributos da capacidade tributária a exclusividade e a intransferibilidade pelo não exercício;

     d) no Brasil, cada nível de governo possui competência para instituir os impostos que lhe são atribuídos, conforme a estrita atribuição dada pela Constituição Federal, não havendo possibilidade de sobreposição de competências em relação aos impostos e grande parte das contribuições;

     e) a União Federal poderá instituir impostos não previstos na Constituição Federal, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos nela discriminados, mediante emenda constitucional

    A INSTITUIÇÃO DE IMPOSTOS RESIDUAIS É FEITA MEDIANTE LEI COMPLEMENTAR.

  • Não diz respeito ao poder de instituir o tributo,porém diz respeito à capacidade de fazer a cobrança.

  • Já é a terceira vez que faço essa questão e leio competência, na letra A

  • Capacidade ativa que é fiscalizar e arrecadar pode ser delegada .

    Competência tributária de criar é indelegavél .

  • Sobre a Letra E;

    Emenda a constituição não serve para criar impostos e sim para alterar impostos já existentes, por isso que a reforma tributária é uma Emenda, não uma Lei complementar ou ordinária.

  • a) ERRADA. A competência (não a capacidade) tributária pode ser conceituada como a repartição do poder de tributar, conferido pela Constituição Federal aos diversos entes públicos, atribuindo, assim, o poder de instituir os tributos de sua exclusiva responsabilidade.

    b) ERRADA. A competência tributária (política) é indelegável, seja expressa (CTN, art. 7.º), seja tacitamente (CTN, art. 8.º); já a capacidade ativa (administrativa) é delegável de uma pessoa jurídica de direito público a outra, relativamente às funções de arrecadar, fiscalizar e executar.

    c) ERRADA. São características da competência tributária: Facultatividade, Imprescritibilidade, Irrenunciabilidade, Indelegabilidade, Inalterável.

    d) CERTA. Em regra, no Brasil, cada nível de governo possui competência para instituir os impostos que lhe são atribuídos, conforme a estrita atribuição dada pela Constituição Federal, não havendo possibilidade de sobreposição de competências em relação aos impostos e grande parte das contribuições, sendo que, embora haja a possibilidade de sobreposição no tocante ao imposto extraordinário de guerra, as demais estão inquestionavelmente erradas.

    e) ERRADA.  Art. 154. I da CF: A União poderá instituir mediante lei complementar, impostos não previstos na Constituição, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios

    dos discriminados na Constituição.

    Resposta: Letra D


ID
1723651
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

A empresa Longosanos foi contratada para fazer a limpeza das festas de fim de ano do ano X1 por $ 100,00 e do Carnaval de X2 por $ 150,00. Os valores foram integralmente recebidos pela Longosanos em março de X2.

Considerando apenas as informações acima, o impacto da operação no patrimônio da empresa em X1 é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    A questão exigiu o conhecimento da diferença entre regime de competencia x caixa.

    No regime de competência, registramos as variações de acordo com a ocorrência do respectivo fato gerador
    No regime de caixa, registramos as variações de acordo com o desembolso/recebimento dessas prestações.

    como a limpeza das festas de fim de ano ocorreu em X1, computa-se para o regime de competência em X1
    Portanto, como o Carnaval ocorreu em X2, computa-se a receita somente em X2 pelo regime de competência

    Competência
    X1 = 100
    X2 = 150

    Caixa
    X1 = 0
    X2 = 250

    bons estudos

  • Pra mim, a limpeza das festas de fim de ano de X1 só ocorrem em X2...


ID
1723654
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Ao adquirir uma máquina por $ 500, a empresa Semvagas pagou $ 100 de entrada e vai financiar o restante em 12 meses. Ainda foram feitos pagamentos relacionados à máquina de $ 10 de frete e mais $ 50 de custos com testes para verificar se o ativo está funcionando adequadamente.

O lançamento abaixo que melhor retrata a operação descrita é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    De acordo com o CPC 27 ativo imobilizado, O custo de um item do ativo imobilizado compreende quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração, como, por exemplo, custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação) e custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento).
    (ler itens 16 e 17)

    custo do imobilizado:500+10+50 = 560
    Total já pago: 100+10+50 = 160

    lançamento

    D – Imobilizado $ 560

    C – Caixa $ 160

    C – Financiamento $ 400 


    bons estudos

  • O custo de um item do ativo imobilizado compreende:

    (a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;

    (b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;

    (c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

    Desta forma, o custo total do imobilizado será de:

    Preço de Aquisição                          $ 500,00

    Frete                                                  $ 10,00

    Testes                                                 $ 50,00

    Custo do Imobilizado               $ 560,00

    Considerando que a empresa pagou $ 100 de entrada e vai financiar o restante em 12 meses o lançamento contábil será:

    D – Imobilizado                                 $ 560,00 (Ativo Não Circulante)

    C – Caixa                                       $ 160,00 (Ativo Circulante)

    C – Financiamentos                         $ 400,00 (Passivo Circulante)


ID
1723657
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

A alternativa que contém apenas relatórios que integram o conjunto completo de demonstrações contábeis exigidas pelo Pronunciamento Técnico CPC – 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações Contábeis é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

    CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis

    10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

    (a) balanço patrimonial ao final do período;


    (b1)
    demonstração do resultado do período;


    (b2)
    demonstração do resultado abrangente do período;


    (c)
    demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;


    (d)
    demonstração dos fluxos de caixa do período;


    (e) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas


    (ea)
    informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 38A; (Incluída pela Revisão CPC 03)


    (f)
    balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando a entidade aplicar uma política contábil retrospectivamente ou proceder à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando proceder à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D; e (Alterada pela Revisão CPC 03)


    (f1)
    demonstração do valor adicionado do período, conforme Pronunciamento Técnico CPC 09, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente


    bons estudos


ID
1723660
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

A empresa Capa Bacana investiu $ 1.000 em propaganda e publicidade em uma campanha para mudar a sua marca. O contador deve classificar esse desembolso como:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    De acordo com o CPC 04 que trata dos intangíveis

    29. Exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível:

      (a) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais) ;

      (b) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento) ; e

      (c) custos administrativos e outros custos indiretos.


    Portanto, sendo a marca da empresa bacana um exemplo de intangível, segundo a norma acima, os gastos com propaganda não integrarão o custo do intangível, devendo ser classificado como despesa operacional.

    bons estudos


ID
1723669
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

A empresa Semclientes possui três unidades. A primeira produz pneus, a segunda fabrica tapetes e a terceira produz perucas. Verificando que não há sinergia das duas primeiras unidades com a de perucas, a empresa colocou essa unidade a venda em X1 e entrou em contato com compradores. A venda só depende de advogados redigirem o contrato e deve ser finalizada no início de X2. Ao apurar o resultado do exercício de X1, o contador verificou que a unidade de perucas teve um lucro de R$ 125,00.

A melhor classificação do lucro na demonstração de resultado é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

    CP 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada

    32. Uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi baixado ou está classificado como mantido para venda e

    (a) representa uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações;

    (b) é parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; ou

    (c) é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda


    O ganho ou perda na alienação dessas máquinas será classificado como resultado de operações descontinuadas. Assim, pode-se dizer que o resultado de operações descontinuadas representa na essência aquilo que tradicionalmente se identifica no Brasil como resultados não operacionais.

    FONTE: ricardo ferreira.

    bons estudos

  • O enunciado traz um caso de um ativo não circulante mantido para venda, já que seu valor contábil vai ser recuperado, principalmente, por meio de transação de venda em vez do uso contínuo.

    O CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada diz que a venda deve ser altamente provável, devendo-se esperar que a venda se qualifique como concluída em até um ano a partir da data da classificação (acontecimentos ou circunstâncias fora do controle da entidade podem estender o período de conclusão da venda para além de um ano).

    Uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi baixado ou está classificado como mantido para venda e

    (a) representa uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações;

    (b) é parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; ou

    (c) é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda.

    Desta forma, o lucro de R$ 125,00 apurado pela unidade de perucas deverá ser classificado nos resultados de operações descontinuadas. 

  • #Respondi errado!!!


ID
1723672
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Conforme a Lei nº 6.404/76, e suas alterações posteriores, as aplicações financeiras destinadas à negociação ou disponíveis para venda devem ser avaliadas pelo:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    Com base na 6.404/76

    Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

    I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo

    a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda

    bons estudos

  • A) Valor Justo

    Lei 6404/76
    Art. 183.

    I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

    a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

    b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)


ID
1723675
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Pelas práticas contábeis adotadas no Brasil, um ativo só pode ser reconhecido no balanço patrimonial quando:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D

    CPC 00 Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro

    Posição patrimonial e financeira

    4.4. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e financeira são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Estes são definidos como segue:


    (a) ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade


    bons estudos

  • "Provável que gere caixa". Está errado, pois há registros em ativos que não geram caixa, exemplo são investimentos, que é aumentada por resultado de equivalência patrimonial e que não gera caixa. O termo correto seria "benefícios econômicos". Caixa está relacionada ao financeiro, enquanto benefícios econômicos está relacionado ao resultado. Nem tudo que é dinheiro(caixa) é resultado(lucro) e vice-versa. Questão anulável.

  • Gabarito : item D)

    Questão retirada do MCASP:

    Segundo o MCASP , um ativo deve ser reconhecido no patrimônio público quando:

    a)for provável que benefícios futuros dele provenientes fluirão para a entidade; e

    b) seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis

    Cuidado! O uso do termo provável pode parecer estranho, pois ,segundo a NBC TSP Estrutura Conceitual:

    ATIVO é um recurso controlado no presente pela entidade como resultado de evento passado. Já o recurso

    é um item com potencial de serviços ou com a capacidade de gerar benefícios econômicos.

    Mas cobrou a literalidade do MCASP. Então, segue o baile.

    Fonte: Estratégia

    Qualquer erro podem avisar no privado!

    Namastê

  • Reconhecimento dos elementos das demonstrações contábeis

    4.37.Reconhecimento é o processo que consiste na incorporação ao balanço patrimonial ou à

    demonstração do resultado de item que se enquadre na definição de elemento e que satisfaça os critérios

    de reconhecimento mencionados no item 4.38. Envolve a descrição do item, a mensuração do seu

    montante monetário e a sua inclusão no balanço patrimonial ou na demonstração do resultado. Os itens

    que satisfazem os critérios de reconhecimento devem ser reconhecidos no balanço patrimonial ou na

    demonstração do resultado. A falta de reconhecimento de tais itens não é corrigida pela divulgação das

    práticas contábeis adotadas nem tampouco pelas notas explicativas ou material elucidativo.

    4.38.Um item que se enquadre na definição de um elemento deve ser reconhecido se:

    a) For provável que algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a entidade ou flua

    da entidade; e

    b) O item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade (*).

    (*) A informação é confiável quando ela é completa, neutra e livre de erro.

  • Um item que se enquadre na definição de um elemento deve ser reconhecido se: § for provável que algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a entidade ou flua da entidade; e § o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade.

    Destaca-se que a informação é confiável (representa fidedignamente o fenômeno retratado) quando ela é completa, neutra e livre de erro.

    Apesar de o texto da questão estar baseado na revisão 1, vigente à época da prova, em essência permanece válido de acordo com o atual texto da revisão 2.

    (Fonte: estratégia)

     


ID
1723678
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

São modalidades de exclusão do crédito tributário:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D

    CTN Art. 175. Excluem o crédito tributário:

    I - a isenção;

    II - a anistia


    bons estudos

  • São modalidades de exclusão do crédito tributário: 

    a) o pagamento e a anistia; (Extinção, Exclusão)

      b) a isenção e o pagamento; (Exclusão, Extinção)

    c) o parcelamento e o pagamento; (Suspensão, Extinção)

    d) a isenção e a anistia;(Exclusão, Exclusão) Alternativa Correta

  • Confundir com extinção. Bons Estudos, Galera!

     

  • GABARITO LETRA D

     

    LEI Nº 5172/1966 (DISPÕE SOBRE O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E INSTITUI NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO APLICÁVEIS À UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS) 

     

    ARTIGO 175. Excluem o crédito tributário:

     

    I - a isenção;

    II - a anistia.

  • SUSPENDEM a exigibilidade do crédito tributário:

    I - moratória;

    II - o depósito do seu montante integral;

    III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;

    IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

    V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

    VI – o parcelamento.

    EXTINGUEM o crédito tributário:

    I - o pagamento;

    II - a compensação;

    III - a transação;

    IV - remissão;

    V - a prescrição e a decadência;

    VI - a conversão de depósito em renda;

    VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;

    VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;

    IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;

    X - a decisão judicial passada em julgado.

    XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.

    EXCLUEM o crédito tributário:

    I - a isenção;

    II - a anistia.


ID
1723681
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    LC 101 - LRF

    Art. 14.A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias [...]

    bons estudos

  • Art. 14. A CONCESSÃO ou AMPLIAÇÃO de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra RENÚNCIA DE RECEITA deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos 2 SEGUINTES, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a PELO MENOS UMA das seguintes condições: (...)

    GABARITO -> [E]

     

  • A banca gosta desse tema (renúncia de receita), não é?

    Vejamos como ele é tratado na LRF:

    Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual

    decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto

    orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois

    seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma

    das seguintes condições:

    I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de

    receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de

    resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;

    II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput,

    por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base

    de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.

    Portanto, a renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto

    orçamentário-financeiro, atender ao disposto na LDO e a pelo menos uma das seguintes

    condições: demonstração pelo proponente de que a renúncia já foi considerada e não afetará as

    metas de resultados fiscais; ou adoção de medidas de compensação (no exercício em que deva

    iniciar sua vigência e nos dois seguintes).

    Aqui não tem nada de Relatório Resumido Da Execução Orçamentária – RREO (alternativa A),

    relatório das despesas de pessoal (alternativa B), Relatório De Gestão Fiscal – RGF (alternativa C) e

    demonstração das variações patrimoniais (alternativa D). A demonstração que teremos na renúncia de receita é se o ente escolher demonstrar que a renúncia já foi considerada e não afetará as

    metas de resultados fiscais (em vez de optar pela adoção de medidas de compensação).

    Gabarito: E

  • Gabarito Letra E

    LC 101 - LRF

    Art. 14.A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de

    natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de

    estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua

    vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentária

  • QC contrate o RENATO


ID
1723684
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

O ISS é um tributo municipal incidente sobre serviços prestados por empresa ou profissional autônomo, previsto em lei complementar. Esse tributo municipal:

Alternativas
Comentários
  • Art. 6o Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais.

    § 1o Os responsáveis a que se refere este artigo estão obrigados ao recolhimento integral do imposto devido, multa e acréscimos legais, independentemente de ter sido efetuada sua retenção na fonte.

    I – o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País;

    LC 116/2003

    Ótimos estudos

  • a) A Emenda Constitucional 37/2002, em seu artigo 3º, incluiu o artigo 88 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, fixando a alíquota mínima do ISS em 2% (dois por cento), a partir da data da publicação da Emenda (13.06.2002). Já a alíquota máxima de incidência do ISS foi fixada em 5% pelo artigo 8º, II, da LC116/03.


    b) A CF não exige o uso de lei complementar, bastando lei ordinária.


    c)  A incidência do ISS independe de a empresa de serviços ou profissional autônomo ter estabelecimento fixo.


    d) Correta.


    e) Súmula 163, STJ: "O fornecimento de mercadorias com simultânea prestação de serviços em bares, restaurantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da operação.

  • GABARITO LETRA D 

     

    LEI COMPLEMENTAR Nº 116/2003 (DISPÕE SOBRE O IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA, DE COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS E DO DISTRITO FEDERAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS)

     

    ARTIGO 6o Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais.

     

    § 1o Os responsáveis a que se refere este artigo estão obrigados ao recolhimento integral do imposto devido, multa e acréscimos legais, independentemente de ter sido efetuada sua retenção na fonte.

     

    § 2o Sem prejuízo do disposto no caput e no § 1o deste artigo, são responsáveis: (Vide Lei Complementar nº 123, de 2006).

     

    I – o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País;

     

    II – a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos nos subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10 da lista anexa.

     

    III - a pessoa jurídica tomadora ou intermediária de serviços, ainda que imune ou isenta, na hipótese prevista no § 4o do art. 3o desta Lei Complementar. 


ID
1723687
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Município da Federação exige taxa de um sindicato de trabalhadores, em virtude de um serviço público específico e divisível a este prestado. Tal exigência:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    cuidado com essa questão, pois a imunidade relativa aos sindicatos dos trabalhadores é somente no que tange aos impostos, de acordo com o constante no artigo 150, VI da CF

    Art. 150 VI - instituir impostos sobre:
    c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei

    respeitando os pressupostos da cobrança da taxa (serviço público específico e divisível) será possível a instituição da taxa, desde que seja feita por lei (princ. legalidade tributária)

    bons estudos

  • complementando o comentário do colega, tomar cuidado também em relação ao Sindicato, pois a imunidade é apenas para o sindicato dos trabalhadores.

  • Uma observação muito importante:

    Os sindicatos de empregadores (patronais) não são imunes. Corrente Majoritária.

    Em conclusão, sindicatos, federações sindicais, confederações sindicais e as

    centrais sindicais não pagam nenhum imposto. Todavia, taxas, contribuições e

    empréstimos compulsórios são devidos integralmente.

    Fonte: Alexandre Mazza 2018.

  • RESOLUÇÃO:

    A, B e C – Devemos sempre lembrar que a imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores abrangem apenas os impostos. Assim dispõe o art. 150:

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    VI - instituir impostos sobre:

    a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

    b) templos de qualquer culto;

    c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

    d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;

    e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (Alínea acrescida pela Emenda Constitucional nº 75, de 2013)

    Dessa forma, não há que se falar nessa imunidade para as taxas, como a mencionada na questão.

    D – Taxas demandam lei formal para sua instituição e cobrança.

    E – É o gabarito

    Gabarito E

  • Imunidade do sindicato dos trabalhadores é em relação a impostos e não a taxa .

  • A questão versa sobre IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DOS SIDICATOS DE TRABALAHADORES prevista no Art. 150, VI, C, da CF/88.

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    (...)

    VI - instituir impostos sobre: 

    (...)

    c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

    Conforme o dispositivo a imunidade abrange apenas os  IMPOSTOS. Não há restrição quanto a exigência por parte do Município de taxa de um sindicato de trabalhadores. De acordo com as informações trazidas no enunciado, o serviço público prestado é específico e divisível ( Atendendo as características previstas no Art. 145, II , CF). Sendo a taxa instituída por Lei também terá sido observado o Princípio da Legalidade.

    Pontos Importantes:

    1) Os sindicatos de empregadores (patronais) não são beneficiários da regra imunizante. ( Entendimento do STJ)

    2) IMUNIDADE ALCANÇA IOF - Em Abril de 2021 o STF fixou a seguinte Tese em repercussão geral :

    "A imunidade assegurada pelo art. 150, VI, 'c', da Constituição da República aos partidos políticos, inclusive suas fundações, às entidades sindicais dos trabalhadores e às instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, que atendam aos requisitos da lei, alcança o IOF, inclusive o incidente sobre aplicações financeiras."

      


ID
1723690
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

São espécies de tributos os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais. No que se refere à classificação dos tributos, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

    A) Classificação quanto à hipótese de incidência
    Tributos não vinculados:  têm por fato gerador um “fato do Estado”,
    Tributos vinculados: têm por fato gerador um “fato do contribuinte”,

    B) Quanto à possibilidade de repercussão do encargo econômico-financeiro:
    Tributo direto: a pessoa definida em lei como sujeito passivo é a mesma que sofre o impacto econômico-financeiro do tributo.
    Tributo indireto: a pessoa definida em lei como sujeito passivo não sofre o impacto econômico-financeiro do tributo, pois ela repassa esse encargo para o contribuinte de fato.

    C) CERTO:  Tributo progressivo: Diz-se do imposto em que a alíquota aumenta à proporção que os valores sobre os quais incide são maiores. Um exemplo disto é a Tabela do Imposto de Renda – Pessoa Física, cuja alíquota varia de 15 a 27,5%, conforme a renda
    Tributo regressivo: Diz-se do imposto em que a alíquota diminui à proporção que os valores sobre os quais incide são maiores

    D) Quanto à finalidade
    Fiscais Finalidade arrecadatória
    Extrafiscais Finalidade interventiva na economia

    E) Quanto aos aspectos subjetivos e objetivos da hipótese de incidência
    Reais: Incidem objetivamente sobre coisas, desprezando aspectos subjetivos.
    Pessoais: Incidem de forma subjetiva, levando em consideração aspectos pessoais do sujeito passivo

    FONTE: Ricardo alexandre 9ed.

    bons estudos

  • Parabéns pelos ótimos comentários, Renato.

    Só acrescentaria:

    são denominados parafiscais os tributos cujo principal objetivo é a arrecadação de recursos para custeio de atividades específicas realizadas paralelamente às funções próprias do Estado, como a fiscalização do exercício de profissões ou a Seguridade Social;

  • Renato, seus comentários são muito bons, mas você se esqueceu de que a tabela de IR varia de 7,5 a 27,5%.

    Vejamos os valores atuais.

    A partir do mês de abril do ano-calendário de 2015:

    Base de cálculo (R$)

    Alíquota (%)

    Parcela a deduzir do IRPF (R$)

    Até 1.903,98

    -

    -

    De 1.903,99 até 2.826,65

    7,5

    142,80

    De 2.826,66 até 3.751,05

    15

    354,80

    De 3.751,06 até 4.664,68

    22,5

    636,13

    Acima de 4.664,68

    27,5

    869,36


  • Renato, não seria o contrário do exposto por vc na alternativa "a"?

    A) Classificação quanto à hipótese de incidência
    Tributos não vinculados:  têm por fato gerador um “fato do contribuinte”, ex: Impostos ( contribuinte adquiriu autóvel, paga IPVA)
    Tributos vinculados: têm por fato gerador um “fato do Estado”, ex: Taxas ( Estado recolhe lixo, logo a taxa de lixo tem de ser paga)

    Não seria isso?

    No mais, obrigada pelo excelente comentário à questão.

    Bons estudos!

  • O Renato trocou os itens da letra A.

  • Gabarito C.

    De acordo com critério específico = Tributo progressivo e regressivo.

  • A está errado: no caso de tributos vinculados, a cobrança depende de uma atuação estatal em relação ao contribuinte; 

    B está errado: os tributos indiretos são aqueles em que o contribuinte tem possibilidade de transferir o ônus econômico da carga fiscal. 
    O item D definiu o que são tributos PARAfiscais. 
    O item E trocou as definições de tributos reais e pessoais: a instituição de tributos pessoais deve observar o princípio da capacidade contributiva, enquanto os reais estão desobrigados dessa observância.  
    Finalmente o item C, a resposta da nossa questão. Vamos lembrar do IRPF: ele aumenta à medida que a renda do contribuinte aumenta e ele diminui à medida que renda diminui. Não resta dúvida, portanto, que estamos falando de um imposto progressivo, ou seja, suas “alíquotas aumentam ou diminuem de acordo com critério específico”. E se fosse o contrário, se ele aumentasse quando a renda diminuísse (alíquota maior para uma renda menor) ou sua alíquota diminuísse quando a renda do contribuinte aumentasse? Estaríamos tratando de um tributo regressivo e, novamente, suas “alíquotas aumentam ou diminuem de acordo com critério específico”. 
    GABARITO: C 
     

  • O erro do item A é o “não”: tributos não vinculados são aqueles cuja cobrança depende de uma atuação estatal em relação ao contribuinte.

    O “não” também é o erro do item B: os tributos indiretos são aqueles em que o contribuinte não tem possibilidade de transferir o ônus econômico da carga fiscal.

    O item D definiu o que são tributos PARAfiscais.

    O item E trocou as definições de tributos reais e pessoais: a instituição de tributos pessoais deve observar o princípio da capacidade contributiva, enquanto os reais estão desobrigados dessa observância.

    Finalmente o item C, a resposta da nossa questão. Vamos lembrar do IRPF: ele aumenta à medida que a renda do contribuinte aumenta e ele diminui à medida que renda diminui. Não resta dúvida, portanto, que estamos falando de um imposto progressivo, ou seja, suas “alíquotas aumentam ou diminuem de acordo com critério específico”. E se fosse o contrário, se ele aumentasse quando a renda diminuísse (alíquota maior para uma renda menor) ou sua alíquota diminuísse quando a renda do contribuinte aumentasse? Estaríamos tratando de um tributo regressivo e, novamente, suas “alíquotas aumentam ou diminuem de acordo com critério específico”.

    GABARITO: C

  • No entanto, nos casos dos tributos regressivos há sim tributos com alíquotas fixas, mas que são considerados regressivos. O ICMS por exemplo. Por isso o paradigma de que tributos regressivos tem somente alíquotas regressivas nao vale de todo

  • A) no caso de tributos não vinculados, a cobrança depende de uma atuação estatal em relação ao contribuinte; 

    A está errado: no caso de tributos vinculados, a cobrança depende de uma atuação estatal em relação ao

    contribuinte; 

    Tributos não vinculados: têm por fato gerador um “fato do Estado”,

    Tributos vinculados: têm por fato gerador um “fato do contribuinte”,

    B) são indiretos os tributos em que o contribuinte não tem possibilidade de transferir o ônus econômico da carga fiscal; 

    ERRADA:

    os impostos classificados como diretos são aqueles cuja causa de nascimento, ou seja, cujo fato gerador incide sobre o contribuinte de direito (pessoa que realizou a hipótese de incidência, descrita na lei, e por isso tem a obrigação legal de recolher o tributo aos cofres públicos), que não tem a possibilidade de transferir o encargo fiscal a quem quer que seja. Ele é ao mesmo tempo contribuinte de fato e de direito. Exemplo: IPVA”.

    “Imposto direto é o que recai, direta e definitivamente, sobre o contribuinte, que suporta a carga tributária sem possibilidade de transferir o encargo financeiro. Exemplifica-se com os impostos que gravam a renda (IR) ou o patrimônio do contribuinte (imposto predial, territorial urbano e rural).

    Já os impostos indiretos são aqueles em que o contribuinte de direito é diferente do contribuinte de fato. São aqueles que incidem sobre o contribuinte de direito que, por sua vez, transfere o encargo fiscal a uma pessoa alheia à relação jurídica, usualmente chamada de contribuinte de fato. Exemplos: ICMS e IPI”

    Por outro lado, imposto indireto é o que recai sobre o contribuinte que se liberta do sacrifício, transferindo a terceiros o imposto pago, pelo fenômeno da repercussão ou translação. Na prática, designa-se por contribuinte de direito aquele que recolhe o imposto e contribuinte de fato aquele que, afinal, suporta efetivamente o gravame”

    O contribuinte de fato não detém legitimidade ativa para pleitear a restituição de valores pagos a titulo de tributo indireto recolhido pelo contribuinte de direito, por não integrar a relação jurídica tributária pertinente.

    C) tributos progressivos ou regressivos são aqueles cujas alíquotas aumentam ou diminuem de acordo com critério específico; 

    CERTA

    D) são denominados extrafiscais os tributos cujo principal objetivo é a arrecadação de recursos para custeio de atividades específicas realizadas paralelamente às funções próprias do Estado, como a fiscalização do exercício de profissões ou a Seguridade Social; ERRADA

    Fiscais Finalidade arrecadatória

    Extrafiscais Finalidade interventiva na economia

    E) a instituição de tributos reais deve observar o princípio da capacidade contributiva, enquanto os pessoais estão desobrigados dessa observância. ERRADA

    Quanto aos aspectos subjetivos e objetivos da hipótese de incidência

    Reais: Incidem objetivamente sobre coisas, desprezando aspectos subjetivos.

    Pessoais: Incidem de forma subjetiva, levando em consideração aspectos pessoais do sujeito passivo

  • a) no caso de tributos não vinculados, a cobrança depende de uma atuação estatal em relação ao contribuinte;

    ERRADA. É exatamente o contrário, no caso de tributos não vinculados, a cobrança independe de uma atuação estatal específica em relação ao contribuinte.

    b) são indiretos os tributos em que o contribuinte não tem possibilidade de transferir o ônus econômico da carga fiscal;

    ERRADA. Novamente a banca examinadora inverteu o conceito, pois são diretos os tributos em que o contribuinte não tem possibilidade de transferir o ônus econômico da carga fiscal. 

    c) tributos progressivos ou regressivos são aqueles cujas alíquotas aumentam ou diminuem de acordo com critério específico;

    CERTA. Tributo progressivo: Diz-se do imposto em que a alíquota aumenta à proporção que os valores sobre

    os quais incide são maiores. Já o tributo regressivo: Diz-se do imposto em que a alíquota diminui à proporção que os valores sobre os quais incide são maiores.

    d) são denominados extrafiscais os tributos cujo principal objetivo é a arrecadação de recursos para custeio de atividades específicas realizadas paralelamente às funções próprias do Estado, como a fiscalização do exercício de profissões ou a Seguridade Social;

    ERRADA. O tributo é conhecido como parafiscal quando o seu objetivo é a arrecadação de recursos para o custeio de atividades que, em princípio, não integram funções próprias do Estado, mas este as desenvolve por meio de entidades específicas, como no caso mencionado na questão.

    e) a instituição de tributos reais deve observar o princípio da capacidade contributiva, enquanto os pessoais estão desobrigados dessa observância.

    ERRADA. Os conceitos estão invertidos. Vamos relembrar: Quanto aos aspectos subjetivos e objetivos da hipótese de incidência, os tributos reais incidem objetivamente sobre coisas, desprezando aspectos subjetivos, enquanto os tributos pessoais incidem de forma subjetiva, levando em consideração aspectos pessoais do sujeito passivo.

    Resposta: Letra C

  • Letra c.

    a) Errada. Os tributos não vinculados independem de qualquer atividade estatal específica.

    b) Errada. Nos tributos indiretos ocorre a transferência do ônus econômico da carga fiscal para o contribuinte de fato.

    c) Certa. Exato. Definição está adequada aos conceitos acima.

    d) Errada. Os tributos FISCAIS possuem como principal objetivo a arrecadação de recursos.

    e) Errada. O imposto real considera tão somente o valor do bem/evento objeto do fato gerador para determinação da carga tributária, desconsiderando qualquer característica de quem praticou o fato gerador. Já na cobrança de um imposto pessoal, nos termos da redação do art. 145, par. único, da CF, é necessário levar em consideração as características pessoais do praticante do fato gerador (contribuinte) para determinação da carga tributária, em atenção ao Princípio da Capacidade Contributiva.

  • Nessa fui por eliminação.


ID
1723693
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

No âmbito tributário, a expressão monetária sobre a qual deve ser aplicado o percentual para que se possa apurar o montante do tributo a pagar, definido por meio de Lei Complementar, é denominada:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    Em Direito tributário, a base de cálculo é a grandeza econômica sobre a qual se aplica a alíquota para calcular a quantia a pagar prevista em lei complementar (Art. 146, III, a)

    Em Previdência Social, a base de cálculo é o salário de contribuição e serve para a fixação dos valores das prestações asseguradas aos beneficiários. Nada mais é do que a média aritmética de todo o período contributivo a partir de 1994. Antes desse período, se considerará as 80% maiores contribuições, corrigidas mês a mês

    bons estudos

  • Art. 146 CF/88. Cabe à LEI COMPLEMENTAR: III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;

     

    Art. 97. CTN. Somente a lei pode estabelecer: IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

     

    Art. 24. CTN. A base de cálculo do imposto é:I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.

  • base caLCulo - LC 

  • GABARITO LETRA B 

     

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

     

    ARTIGO 146. Cabe à lei complementar:

     

    I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

    II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;

    III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

     

    a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;

     

  • Letra b.

    A apuração do valor do montante tributário a pagar geralmente se dá pela aplicação de uma alíquota percentual a uma grandeza econômica representada pela base cálculo. Esse é o aspecto quantitativo do tributo. Base de cálculo – geralmente uma grandeza monetária – multiplicada por um percentual atribuído pela lei, a alíquota, gera o valor do tributo.


ID
1723696
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

As fontes do Direito Tributário encontram-se delineadas no art. 96, incluindo-se no conceito de "legislação tributária" as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que tratem, total ou parcialmente, dos tributos e das relações jurídicas a eles relacionadas. Assim, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    A) CERTO: Embora o CTN seja formalmente uma lei ordinária, ele foi recepcionado materialmente como lei complementar na nova ordem constitucional por versar sobre temas tratados à reserva daquela lei, nos termos do art. 146.

    B) As cláusulas pétreas não podem ser objeto de deliberação de proposta de emenda para serem abolidas (Art. 60 §4 CF).

    C) a Constituição Federal defere a competência tributária para que o Poder Legislativo institua e regularize os impostos nela delineadas.

    D) a norma geral e abstrata aprovada pelo legislativo, aprovada por maioria simples, sendo a fonte das obrigações tributárias é denominada lei ordinária.

    E) Nem sempre, segue os impostos instituídos mediante lei complementar:
    IGF
    Empréstimos compulsórios
    Impostos residuais
    Contribuições Residuais

    bons estudos

  • Questão muito controversa, especificamente sobre as letras A e B, vejamos.

    a) o Código Tributário Nacional (Lei 5.172/66), aprovado como lei ordinária, foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988 como lei complementar; 

    De acordo com excelente explicação do Ricardo Alexandre Direito Tributário Esquematizado 9° Edição), o CTN  não foi recepcionado pela CF88 como LC, foi apenas mantido como LC. Segue importante entendimento constante no livro:

    "Existem duas afirmativas frequentes que se revelam, mediante uma análise mais aprofundada, como clássicos enganos.

    A primeira diz que o Código Tributário Nacional foi editado como lei ordinária e se transformou em   lei complementar com a Constituição Federal de 1988. O erro decorre de uma incorreta compreensão do fenômeno da recepção normativa.

    (...)Enfim, a maneira correta de se referir ao fenômeno ocorrido com o CTN é afirmar que foi editada como lei ordinária (Lei 5.172/1966), tendo sido recepcionado com força de lei complementar pela Constituição Federal de 1967, e mantido tal status com o advento da Constituição Federal de 1988, visto que, tanto esta quanto aquela Magna Carta reservavam à lei complementar a veiculação das normas gerais em matéria tributária, a regulação das limitações ao poder de tributar e as disposições sobre conflitos de competência."


    b) as denominadas “cláusulas pétreas” só podem ser modificadas por emendas constitucionais; 

    Certo, nenhum outro instituto pode modificar uma clausula pétrea ( LC, LO, MP etc). Há de se ressaltar que a modificação é plenamente possível, podendo ampliar o conteudo constitucional. O que não pode acontecer uma emenda que tente abolir ou restringir  norma da CF.


  • O Código Tributário Nacional é formalmente lei ordinária, pois foi aprovado em 1966 como LO, em consonância com a CF à época, com a CF de 1967 o CTN foi recepcionado como LC, tendo sido recepcionado materialmente TAMBÉM pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 com status de lei complementar.

    Fonte: comentários QC.

    Cuidado com as sutilezas das palavras, pois esse tema já foi cobrado dessa forma em outras provas! 

  • A letra B também está certa, porque a cláusula pétrea pode ser modificada para aumentar e melhor a cláusula. O que não se pode é modificar para ABOLIR, porém pode se modificar para melhorar a cláusula.


ID
1723699
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

O proprietário de um bem imóvel localizado na zona urbana de determinado Município deve recolher anualmente um tributo em decorrência dessa propriedade, o IPTU. A base de cálculo desse imposto e o tipo de lançamento são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

     Visão geral Imposto sobre a Propriedade predial e Territorial Urbana – IPTU


    Função predominante: Fiscal (exceção: extrafiscal – art. 182, § 4.º, II, da CF/1988)
    Princípio da legalidade: Está sujeito
    Princípio da anterioridade: Está sujeito
    Princípio da noventena: Está sujeito (exceto em relação às alterações da base de cálculo do tributo)
    Fato gerador: A propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil,
    localizado na zona urbana do Município
    Base de cálculo: É o valor venal do imóvel
    Contribuintes: É o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título
    Lançamento: De ofício

    CTN: Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel

    FONTE: Ricardo Alexandre 9ed

    bons estudos

  • IPTU:

    Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.

    x

    ITR:

    Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário.

    bons estudos!

     

  • GABARITO LETRA E 

     

    LEI Nº 5172/1966 (DISPÕE SOBRE O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E INSTITUI NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO APLICÁVEIS À UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS) 

     

    ARTIGO 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.

  • Questão A base de calculo do IPTU é o valor venal. O lançamento do IPTU é de ofício, já que não há qualquer participação do sujeito passivo no lançamento

    Resposta: Letra E


ID
1723702
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com a legislação municipal de Osasco relacionada à nota fiscal eletrônica, o tomador de serviços fará jus a crédito proveniente de parcela do ISS incidente sobre os serviços. Esse crédito poderá ser utilizado exclusivamente para o abatimento do valor do seguinte tributo:

Alternativas

ID
1723705
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com o Código Tributário do Município de Osasco, estará sujeito ao IPTU progressivo no tempo o imóvel cuja utilização não esteja adequada às determinações do Plano Diretor e demais normas de Direito Urbanístico, deixando de atender à função social da propriedade urbana, conforme apurado em regular processo administrativo. Para tanto, determina que seja respeitada a seguinte alíquota máxima:

Alternativas