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Prova IDECAN - 2016 - SEARH - RN - Professor de Língua Portuguesa


ID
1821235
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder à questão.

                                                Caça aos racistas


      Alunos da Universidade Princeton querem tirar o nome de Woodrow Wilson de uma das mais importantes faculdades da instituição, a Woodrow Wilson School of Public and International Affairs. O motivo, é claro, é o racismo.

      Thomas Woodrow Wilson (1856‐1924) ocupou a Presidência dos EUA por dois mandatos (1913‐1921). Era membro do Partido Democrata, levou o Nobel da Paz em 1919 e foi reitor da própria universidade. Mas Wilson era inapelavelmente racista. Achava que negros não deveriam ser considerados cidadãos plenos e tinha simpatias pela Ku Klux Klan. Merece ter seu nome cassado?

      A resposta é, obviamente, “tanto faz". Um nome é só um nome e, para quem já morreu, homenagens não costumam mesmo fazer muita diferença. De resto, discussões sobre racismo são bem‐vindas. Receio, porém, que a demanda dos alunos caminhe perigosamente perto do anacronismo. Sim, Wilson era racista, mas não podemos esquecer que a época também o era. O 28º presidente dos EUA não está sozinho.

      “Não sou nem nunca fui favorável a promover a igualdade social e política das raças branca e negra... há uma diferença física entre as raças que, acredito, sempre as impedirá de viver juntas como iguais em termos sociais e políticos. E eu, como qualquer outro homem, sou a favor de que os brancos mantenham a posição de superioridade." Essa frase, que soa particularmente odiosa a nossos ouvidos modernos, é de Abraham Lincoln, que, não obstante, continua sendo considerado um campeão dos direitos civis.

      O problema são os americanos; eles são atavicamente racistas, dirá o observador antiimperialista. Talvez não. “O negro é indolente e sonhador, e gasta seu dinheiro com frivolidades e bebida". Essa pérola é de Che Guevara. Alguns dizem que, depois, mudou de opinião. Quem não for prisioneiro de seu próprio tempo que atire a primeira pedra.


                                      (SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de S. Paulo, 13 de dezembro de 2015.)

Em relação às ideias e informações expressas nos parágrafos do texto, considere as seguintes afirmativas:

(     ) A intertextualidade pode ser observada como um dos recursos linguísticos utilizados pelo autor.   

(     ) Após breve enumeração, o autor apresenta características que se opõem às atribuições anteriores.  

(     ) O autor utiliza uma citação como recurso de sua argumentação para compor a maior parte do parágrafo.  

(     ) O autor do texto apresenta uma informação que pode ser considerada o fato motivador para a construção do texto.  

(     ) Um novo posicionamento é introduzido e apresentado mediante argumentos consistentes que se seguem no texto.  

A sequência, de acordo com a ordem do conteúdo dos parágrafos, está correta em:  


Alternativas
Comentários
  • Gabarito 

    a)

    5, 2, 4, 1, 3.

  • Sabendo que a quarta frase - (   ) O autor do texto apresenta uma informação que pode ser considerada o fato motivador para a construção do texto, se refere ao item 1 já se elimina as alternativas erradas, deixando apenas a letra A

  • Usa a questão a teu favor.

    Procura uma afirmação aplicável ao início do texto(primeiro parágrafo), e depois uma afirmação certeira que não gere dúvidas.

    Depois é só excluir alternativas. O elaborador das questões tem um número limitado de sequências para apresentar.

    Resposta A de Acerto

    Leiam o livro O PEQUENO PRÍNCIPE Antonie de Saint-Exupéry

  • Gabarito 

    a)

    5, 2, 4, 1, 3.

  • A de Acertei ! 

  • Somente precisou acertar um quesito, por isso a questão se tornou fácil. ex: "O autor utiliza uma citação como recurso de sua argumentação para compor a maior parte do parágrafo".  Essa citação segue:  E eu, como qualquer outro homem, sou a favor de que os brancos mantenham a posição de superioridade.”- Abraham Lincoln, 

  • Acertei, no 2 º parágrafo é utilizado  o autor apresenta características que se opõem às atribuições anteriores a respeito do Woodrow Wilson.

  • Só precisava achar a numeração do primeiro parágrafo pra encontrar a resposta.

  • Resposta: Letra A.

    Há intertextualidade especialmente no quarto e no quinto parágrafo, nos quais o autor apresenta citações atribuídas, respectivamente, a Abraham Lincoln e a Che Guevara.

    Verifica-se, no segundo parágrafo, enumeração dos cargos ocupados por Woodrow Wilson ao longo de sua vida, que, em seguida, são contrapostos a seu evidente racismo.

    Identifica-se longa citação, atribuída a Abraham Lincoln, no quarto parágrafo, com o objetivo de sustentar seu argumento.

    O primeiro parágrafo inicia com a apresentação de fator motivador de debate: a retirada do nome de Woodrow Wilson de uma das faculdades da Universidade de Princeton. Com base nessa ideia, o autor discorre sobre o racismo no mundo.

    No terceiro parágrafo, o autor apresenta seu posicionamento de indiferença à retirada do nome do ex-presidente americano e introduz nova ideia: criticar o racismo alheio sem considerar o contexto histórico-social é anacronismo.

    Espero ter contribuído...

    Abraços!

     

  • Faz parte do perfil dessa banca não dificultar com as alternativas: encontrou uma certa, vai nela!

  • a questão está dizendo que somente sera punido pela ética quem é servidor efetivo e concursado. isso é verdade?

    Onde a questão está levando a entender isso? Em momento algum ela restringiu. Tirou isso da sua cabeça, né?


ID
1821265
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder à questão.

                           A divisão do trabalho social cria a solidariedade

[...]

      Bem diverso [da solidariedade mecânica] é o caso da solidariedade produzida pela divisão do trabalho. Enquanto a precedente implica que os indivíduos se assemelham, esta supõe que eles diferem uns dos outros. A primeira só é possível na medida em que a personalidade individual é absorvida na personalidade coletiva; a segunda só é possível se cada um tiver uma esfera de ação própria, por conseguinte, uma personalidade.  É necessário, pois, que a consciência coletiva deixe descoberta uma parte da consciência individual, para que nela se estabeleçam essas funções especiais que ela não pode regulamentar; e quanto mais essa região é extensa, mais forte é a coesão que resulta dessa solidariedade. De fato, de um lado, cada um depende tanto mais estreitamente da sociedade quanto mais dividido for o trabalho nela e, de outro, a atividade de cada um é tanto mais pessoal quanto mais for especializada. Sem dúvida, por mais circunscrita que seja, ela nunca é completamente original; mesmo no exercício de nossa profissão, conformamo‐ nos a usos, a práticas que são comuns a nós e a toda a nossa corporação.  Mas, mesmo nesse caso, o jugo que sofremos é muito menos pesado do que quando a sociedade inteira pesa sobre nós, e ele proporciona muito mais espaço para o livre jogo de nossa iniciativa. Aqui, pois, a individualidade do todo aumenta ao mesmo tempo que a das partes; a sociedade torna‐se mais capaz de se mover em conjunto, ao mesmo tempo em que cada um de seus elementos tem mais movimentos próprios. Essa solidariedade se assemelha à que observamos entre os animais superiores. De fato, cada órgão aí tem sua fisionomia especial, sua autonomia, e contudo a unidade do organismo é tanto maior quanto mais acentuada essa individualização das partes. Devido a essa analogia, propomos chamar de orgânica a solidariedade devida à divisão do trabalho.

[...]

(DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. )

Analise os trechos a seguir.

I.É necessário, pois, que a consciência coletiva deixe descoberta uma parte da consciência individual,..."

II. “... se cada um tiver uma esfera de ação própria, por conseguinte, uma personalidade."

III. “... e quanto mais essa região é extensa, mais forte é a coesão que resulta dessa solidariedade."

IV. “... para que nela se estabeleçam essas funções especiais que ela não pode regulamentar;..."

Em relação aos segmentos destacados anteriormente, identificam‐se termos/expressões que indicam o mesmo sentido apenas em


Alternativas
Comentários
  • gab 

    a)

    I e II

  • Gabarito: a


    I e II possuem sentido de conclusão!
  • Há uma relação direta de sentido envolvendo o POIS e a expressão POR CONSEGUINTE. Ambas são conjunções coordenativas conclusivas.
    "Pois" depois de verbo = portanto. 
  • Para resolver esta questão, é só olhares as conjunções coordenadas sindéticas, logo:

    I)Conclusiva

    II)Conclusiva

    III)Aditiva

    IV)Explicativa.

    Logo a resposta é a letra "a".

  • Conjunções conclusivas - logo, portanto, por isso, pois (DEPOIS DO VERBO E ENTRE VÍRGULAS), por conseguinte, assim, enfim, então, dessarte, destarte etc.

  • Se a banca cobrou a análise das conjunções porquê sublinhou outros termos ? 

    Isso que dificulta... :(

  • Essa banca adora dificultar as coisas.

  • Questão diabólica..

  • São conclusivas... Por conseguinte,  por isso, assim, então de modo que, em vista disso, logo, portanto, pois (depois do verbo).

  • Conjunções conclusivas - LOGO, POIS (DESLOCADO), PORTANTO, POR CONSEGUINTE, ASSIM, ENTÃO, POR ISSO.

  • I) Conclusiva

    II) Conclusiva

    III) Como ele quer saber da expressão ( no todo), não acredito que seja de adição.Vejamos :

    " [...] e quanto mais essa região é extensa, mais forte é a coesão que resulta dessa solidariedade."

    A ideia é de proporção. Ex: "Quanto mais estuda, mais inteligente é."

    IV) Finalidade " [...]  a consciência coletiva deixe descoberta uma parte da consciência individual, para que ( com o propósito de que ) nela se estabeleçam essas funções especiais [...]"

     

  • Gab A - I e II

    Ambas são conclusivas.

    Pois -  Depois do verbo -  Conclusiva ( D e ) Consoante => Consoante 

    Pois -  Antes do verbo - Explicativa (E) Vogal => Vogal 

    Decorei assim! 

     

  • I. "Pois" depois do verbo (equivale a portanto): conclusiva
    II. "Por conseguinte": conclusiva
    III. "Quanto mais": proporcional
    IV: "para que": final

  • Li umas 7 vezes o enunciado e nao entendi o que a banca estava pedindo. 

     


ID
1821280
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases, Lei nº 9.394/1996, em seu Art. 47, que trata da educação superior, analise.

I. O ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos e vinte dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver.

II. As instituições informarão aos interessados, antes de cada período letivo, os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duração, requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de avaliação, obrigando‐se a cumprir as respectivas condições.

III. Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino.

IV. É obrigatória a frequência de alunos e professores, incluindo os programas de educação a distância.

V. As instituições oferecerão, no período noturno, cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade mantidos no período diurno, sendo obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas, garantida a necessária previsão orçamentária.

Estão corretas as afirmativas


Alternativas
Comentários
  • I- Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver. 

    IV - Art. 47. § 3º É obrigatória a freqüência de alunos e professores, salvo nos programas de educação a distância.

    Portanto, opção C de correto. (:

  • I. Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver.


    II. (Art. 47) § 1º 

    III. (Art. 47) § 2º

    IV. (Art. 47) § 3º É obrigatória a freqüência de alunos e professores, salvo nos programas de educação a distância.

     

    V. (Art. 47) § 4º

  • Art. 47.

    I-    Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver.

     

    II -    § 1o  As instituições informarão aos interessados, antes de cada período letivo, os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duração, requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-se a cumprir as respectivas condições, e a publicação deve ser feita, sendo as 3 (três) primeiras formas concomitantemente:

        

    III -    § 2º Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino.

     

    IV-   § 3º É obrigatória a freqüência de alunos e professores, salvo nos programas de educação a distância.

     

    V -  § 4º As instituições de educação superior oferecerão, no período noturno, cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade mantidos no período diurno, sendo obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas, garantida a necessária previsão orçamentária.

  • Galera, o art 47 sofreu recente modificação. Confiram abaixo:

     

    LEI Nº 13.168, DE 6 DE OUTUBRO DE 2015.

     

    Altera a redação do § 1o do art. 47 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

    A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1o  O § 1o do art. 47 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

    “Art. 47.  ........................................................................

    § 1º  As instituições informarão aos interessados, antes de cada período letivo, os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duração, requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-se a cumprir as respectivas condições, e a publicação deve ser feita, sendo as 3 (três) primeiras formas concomitantemente:

    I - em página específica na internet no sítio eletrônico oficial da instituição de ensino superior, obedecido o seguinte:

    a) toda publicação a que se refere esta Lei deve ter como título “Grade e Corpo Docente”;

    b) a página principal da instituição de ensino superior, bem como a página da oferta de seus cursos aos ingressantes sob a forma de vestibulares, processo seletivo e outras com a mesma finalidade, deve conter a ligação desta com a página específica prevista neste inciso;

    c) caso a instituição de ensino superior não possua sítio eletrônico, deve criar página específica para divulgação das informações de que trata esta Lei;

    d) a página específica deve conter a data completa de sua última atualização;

    II - em toda propaganda eletrônica da instituição de ensino superior, por meio de ligação para a página referida no inciso I;

    III - em local visível da instituição de ensino superior e de fácil acesso ao público;

    IV - deve ser atualizada semestralmente ou anualmente, de acordo com a duração das disciplinas de cada curso oferecido, observando o seguinte:

    a) caso o curso mantenha disciplinas com duração diferenciada, a publicação deve ser semestral;

    b) a publicação deve ser feita até 1 (um) mês antes do início das aulas;

    c) caso haja mudança na grade do curso ou no corpo docente até o início das aulas, os alunos devem ser comunicados sobre as alterações;

    V - deve conter as seguintes informações:

    a) a lista de todos os cursos oferecidos pela instituição de ensino superior;

    b) a lista das disciplinas que compõem a grade curricular de cada curso e as respectivas cargas horárias;

    c) a identificação dos docentes que ministrarão as aulas em cada curso, as disciplinas que efetivamente ministrará naquele curso ou cursos, sua titulação, abrangendo a qualificação profissional do docente e o tempo de casa do docente, de forma total, contínua ou intermitente.

    ............................................................................” (NR)

    Art. 2o  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

     

  • QUESTÃO I : LEIA-SE  duzentos ( 200 ) DIAS de trabalho acadêmico efetivo      

     

     

    QUESTÃO IV-  LEIA-SE: SALVO  os programas de educação a distância.

     

     

    SALVO        200  DIAS

     

  • I -> Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, independente do
    ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico

    efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver.

    200 dias de trabalho acadêmico efetivo!

     

    IV -  Salvo educação à distância!

  • I. O ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos e vinte dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver.

    Errado! Nos termos literais do art. 47, caput:

    Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver.

    II. As instituições informarão aos interessados, antes de cada período letivo, os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duração, requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de avaliação, obrigando‐se a cumprir as respectivas condições.

    Correto, consoante art. 47, § 1.º:

    As instituições informarão aos interessados, antes de cada período letivo, os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duração, requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-se a cumprir as respectivas condições [...]

    III. Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino.

    Correto, conforme art. 47, § 2.º:

    Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino.

    IV. É obrigatória a frequência de alunos e professores, incluindo os programas de educação a distância.

    Certo, de acordo com o art. 47, § 3.º:

    É obrigatória a frequência de alunos e professores, salvo nos programas de educação a distância.

    V. As instituições oferecerão, no período noturno, cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade mantidos no período diurno, sendo obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas, garantida a necessária previsão orçamentária.

    Correto, nos termos do art. 47, § 4.º:

    As instituições de educação superior oferecerão, no período noturno, cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade mantidos no período diurno, sendo obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas, garantida a necessária previsão orçamentária.

    GABARITO: alternativa “C”


ID
1821283
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo Samuel Rocha Barros (op. cit., p. 170‐1), em sentido amplo o currículo escolar abrange todas as experiências escolares. Por currículo escolar entende‐se todas as atividades planejadas e desenvolvidas na escola, as experiências de aprendizagem às quais os alunos passam bem como as matérias previstas para cada nível de ensino, o que o torna uma espécie de mapa, que guia os profissionais a uma boa prática, visto que cada escola está inserida em um contexto, seja temporal ou regional. Considerando os tipos de currículos (real, oculto e previsto), analise as afirmativas a seguir. 

I. Currículo __________ é aquele preestabelecido em todo um território, seja nacional ou estatal, que todos os professores devem seguir e executar. Ele atribui à escola o papel de reproduzir a cultura e é imposto por documentos oficiais como Lei de Diretrizes e Bases e Parâmetros Curriculares Nacionais.

II. Currículo __________ é aquele que acontece dentro da sala de aula entre educadores e seus alunos. Tendo caráter bem prático e flexível, ele diz respeito às atividades planejadas e desenvolvidas no Projeto Político‐Pedagógico da escola e os planos de aula realizados pelos professores.

III. Currículo __________ são as influências externas e internas que afetam a aprendizagem dos alunos de alguma maneira, as manifestações e simbologias no ambiente escolar. Este tipo de currículo diz respeito aos conteúdos diários que os alunos aprendem durante as aulas, seus atos, comportamentos, gestos, percepções, mas que não são oficiais, ou seja, não se encontram documentados em papel.

Assinale a alternativa que completa corretamente e sequencialmente as afirmativas anteriores.


Alternativas
Comentários
  • PRESCRITO- SEGUIR NORMAS ETC...
    REAL- ACONTECE NA SALA 
    OCULTO- ALGO QUE ELES APRENDEM MAS NÃO É OFICIAL
  • Currículo formal:aquele que é pronto para a rede, para uma secretaria municipal, estadual e também uma secretaria de ensino, ou seja, aquele 
    currículo pronto que terá que ser adequado, a realidade dos educandos.

    Currículo real:aquele currículo que vai estar de acordo com a realidade  dos educandos e professores.


    Currículo oculto:aquele que é feito no dia a dia com os alunos em sala  de aula. Quando se faz juízos de valores com o aluno, está sendo feito um  currículo oculto, valores que estão atrelados dentro das diretrizes curriculares nacionais.

  • Currículo formal PRESCRITO aquele que é pronto para a rede, para uma secretaria municipal, estadual e também uma secretaria de ensino, ou seja, aquele 

    currículo pronto que terá que ser adequado, a realidade dos educandos.

    Currículo real:aquele currículo que vai estar de acordo com a realidade dos educandos e professores.

    Currículo oculto:aquele que é feito no dia a dia com os alunos em sala de aula. Quando se faz juízos de valores com o aluno, está sendo feito um currículo oculto, valores que estão atrelados dentro das diretrizes curriculares nacionais.


ID
1821289
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Significativo avanço nas tendências pedagógicas e, consequentemente, na ação docente foi, sem dúvida, o surgimento das teorias construtivistas e interacionistas fundamentadas no pensamento de Piaget. Considerando o exposto, analise as afirmativas a seguir.

I. Quando a concepção de aprendizagem está vinculada ao processo de conhecimento, também denominado de processo cognitivo, e não mais no processo de condicionamento, ou seja, através da inteligência, o ser humano age, aprende e constrói conhecimentos que lhe possibilitam uma interação cada vez melhor com o meio, por mais adverso que este lhe seja. 

II. Uma maneira adequada de ampliar e/ou modificar as estruturas do aluno consiste em provocar discordâncias ou conflitos cognitivos que representem desequilíbrios a partir dos quais, mediante atividades, o aluno consiga reequilibrar‐se, superando a discordância reconstruindo o conhecimento.

III. A contribuição desses fundamentos teóricos na aprendizagem escolar tem como objetivo principal alcançar comportamentos apropriados por parte dos alunos, basicamente entendidos como apropriação e modificação de respostas. Assim, se a resposta emitida for desejada haverá reforço, cuja natureza dependerá, necessariamente, do nível etário e do esforço dos alunos.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Item III - Refere-se a Skinner

  • iten 3 refere-se a teoria behaviorista...estimulo-resposta e reforço


ID
1821295
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Considerando a pedagogia crítico‐social dos conteúdos ou histórico‐crítica, tendência esta que começou a partir das teorias “crítico‐reprodutivistas", ou seja, da escola como reprodutora das desigualdades sociais, analise.

I. Valoriza os conteúdos científicos e racionais, em oposição aos conteúdos dogmáticos e místicos da escola oficial e da escola religiosa. Interessa‐se mais pela forma de apreensão dos conteúdos.

II. Tem uma postura antiautoritária. Propõe a abolição do sistema punitivo de notas, exames, frequência. Utilizam trabalhos individuais e coletivos, aulas expositivas, métodos de estudo em grupo.

III. A escola não é o único segmento da sociedade responsável pelo processo de ampliação da conscientização política do cidadão, ocorre também na prática social ampla e concreta do cidadão.  

IV. Preocupa‐se com os conteúdos culturais universais. Esses conteúdos científicos foram gerados por toda a humanidade, mas, historicamente, têm sido monopólio de uma minoria que usa como fator de dominação.

V. Não existe um método didático único, abstrato, capaz de servir a todos os conteúdos. Os métodos devem estar subordinados aos conteúdos. Métodos de ensino eficazes, que estimulam a atividade e incentiva o aluno; tem que favorecer o diálogo, o interesse do aluno. O professor é o mediador da relação pedagógica, um elemento insubstituível.

Estão corretas apenas as afirmativas


Alternativas
Comentários
  • Tendência Progressista "Crítico Social dos Conteúdos ou "Histórico-crítica":
    Papel da Escola: difusão dos conteúdos.
    Conteúdos: conteúdos culturais universais que são incorporados pela humanidade frente à realidade social.
    Métodos: o método parte de uma relação direta da experiência do aluno confrontada com o saber sistematizado.
    Professor x Aluno: papel do aluno como participador e do professor como mediador entre o saber e o aluno.
    Aprendizagem: baseadas nas estruturas cognitivas já estruturadas nos alunos.
    Principais Pensadores/Autores: Makarenko; B. Charlot; Suchodoski; Manacorda; G. Snyders; Demerval Saviani.

  • c) III, IV e V.

  • I) pedagogia libertária : Valoriza os conteúdos  científicos e racionais, em oposição aos conteúdos dogmáticos e místicos da escola oficial e da escola religiosa. Interessa-se mais pela forma de  apreensão dos conteúdos.

    II) pedagogia libertária:  Tem uma postura antiautoritária. Propõe a abolição do sistema punitivo de notas, exames, frequência. Utilizam trabalhos individuais e coletivos, aulas expositivas, métodos de estudo em grupo. 

    fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/6405059/tendencias-pedagogicas 

  • Pedagogia crítico social dos conteúdos e histórico crítica não são distintas?

ID
1821298
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No âmbito educacional, a gestão democrática tem sido defendida como dinâmica a ser efetivada nas unidades escolares, visando a garantir processos coletivos de participação e decisão. Sobre a gestão pedagógica nas escolas, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

(     ) A LDB trata da questão da gestão da educação, ao determinar os princípios que devem reger o ensino, indica que um deles é a gestão democrática. Mais adiante (Art. 14), a referida lei define que a construção da gestão democrática implica na garantia de tomada de decisões e ações referentes à unidade escolar centralizada na figura do diretor e seus assistentes. A tomada de decisões e participação dos docentes, discentes e pais se restringem às atividades pedagógicas.  

(     ) A democratização da gestão é defendida enquanto possibilidade de melhoria na qualidade pedagógica do processo educacional das escolas, na construção de um currículo pautado na realidade local, na maior integração entre os agentes envolvidos na escola – diretor, professores, estudantes, coordenadores, técnico‐administrativos, vigias, auxiliares de serviços – no apoio efetivo da comunidade às escolas, como participante ativa e sujeito do processo de desenvolvimento do trabalho escolar.

(     ) A ideia básica é a da gestão como um processo de idas e vindas, construído por meio da articulação entre os diferentes atores, que vão tecendo a feição que esse processo vai assumindo. A gestão democrática é a expressão de um aprendizado de participação pautado pelo dissenso, pela convivência e pelo respeito às diferenças, em prol do estabelecimento de espaços de discussão e deliberação coletivos.

(     ) A gestão democrática define que normas devem, primeiro, estar de acordo com as peculiaridades de cada sistema e, segundo, garantir a “participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola", além da “participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes".

A sequência está correta em


Alternativas
Comentários
  • "A" esta errada pois os pais não se restringem

  • "A" está errada... porque a tomada de decisões e ações referentes à unidade escolar não está centralizada na figura do diretor e seus assistentes.


  • Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

    I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

    II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

  • Eu só não entendi pq na terceira assertiva está a palavra "dissenso", que quer dizer discordância, não devia ser consenso não? 

    "... A gestão democrática é a expressão de um aprendizado de participação pautado pelo dissenso, pela convivência e pelo respeito às diferenças... "

  • Estela, esse " dissenso" está no sentido de discussão/debate, conceitos típicos de uma gestão democrática.

    Acho que é isso...

    :)

  • a) Considerando esse processo e, ainda, entendendo que a gestão democrática não se decreta, mas se constrói coletiva e permanentemente, alguns desafios se colocam para sua efetivação nos sistemas de ensino. Nessa direção, os processos formativos escolares que acontecem em todos os espaços da escola revelam a construção de uma nova gestão pautada pela efetivação de canais de participação, de descentralização do poder e, portanto, de exercício de cidadania.

     

    Na Lei n. 9.394/1996, a gestão democrática, enquanto princípio, o aparece no artigo 3 , inciso VIII: "Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas de ensino”. Sobre os princípios norteadores da gestão democrática nas escolas públicas de educação básica, a LDB dispõe: Art. 14 - Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

    I - participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Político-Pedagógico da escola;

    II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

     

    Questão extraída do: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11591-gestaodaeducacaoescolar-140912&category_slug=setembro-2012-pdf&Itemid=30192

     

  • (     ) A ideia básica é a da gestão como um processo de idas e vindas, construído por meio da articulação entre os diferentes atores, que vão tecendo a feição que esse processo vai assumindo. A gestão democrática é a expressão de um aprendizado de participação pautado pelo dissenso, pela convivência e pelo respeito às diferenças, em prol do estabelecimento de espaços de discussão e deliberação coletivos. 

    Eu também achei a colocação da palavra destacada acima estranha. Posso está errada, me corrijam se estiver e me explique direito se o emprego dela está correto, pois:

    A palavra dissenso se refere ao desacordo, a discordância, entre duas ou mais pessoas sobre uma questão em particular. Isto é, o dissenso é a falta de acordo, de senso sobre algo.

    O conceito oposto ao dissenso é o consenso, que é o contrário, o acordo de todas as pessoas que compõem uma organização, entidade, empresa, entre outros, em torno de um tema de interesse para o grupo.

     

    Vale destacar que muitas vezes através do dissenso se pode chegar ao consenso sobre um determinado tema, e isso é possível justamente por causa das discussões e dos debates. Por exemplo, a solução de um problema que divide as opiniões de uma comunidade que causa dissenso pode ser superada a partir de uma discussão tranquila, e embora as diversas partes opostas não mudem suas posturas, o que se pode fazer é chegar a um consenso para resolver a questão da melhor maneira possível.

     

    ... Artigo http://queconceito.com.br/dissenso


    A gestão democrática não seria então pautada pelo concenso, ou seja, acordo entre todos os envolvidos?Fiquei um pouco confusa.

  • Exatamente porque A está errada que a respostas certa é a letra B, mas concordo que erraram ao colocar dissenso....

  • Letra B

     

  • Esse dissenso da alternativa III me pegou. Ainda acho que o certo seria consenso

  • " A gestão democrática é a expressão de um aprendizado de participação pautado pelo dissenso, pela convivência e pelo respeito às diferenças, em prol do estabelecimento de espaços de discussão e deliberação coletivos"

    entendo que a participação pautada pelo dissenso seria uma expressão dessa gestão democrática, justamente, pela possibilidade de coexistência pontos de vistas distintos, e não a uniformização, o consenso, que em muitos casos pode ser violento com a diferença.

  • "A ideia básica é a da gestão como um processo de idas e vindas, construído por meio da articulação entre os diferentes atores, que vão tecendo a feição que esse processo vai assumindo. A gestão democrática é a expressão de um aprendizado de participação pautado pelo dissenso, pela convivência e pelo respeito às diferenças, em prol do estabelecimento de espaços de discussão e deliberação coletivos."

    Em relação ao "dissenso", eu interpretei como a frase seguinte: "convivência e pelo respeito às diferenças", ou seja, dentro do espaço de discussão TEM QUE EXISTIR as diferenças. O consenso só existe se houver o dissenso. O dissenso só não existe se houver uma gestão centralizada na figura de uma só pessoa - como se fosse uma ditadura.

  • A LDB trata da questão da gestão da educação, ao determinar os princípios que devem reger o ensino, indica que um deles é a gestão democrática. Mais adiante (Art. 14), a referida lei define que a construção da gestão democrática implica na garantia de tomada de decisões e ações referentes à unidade escolar centralizada na figura do diretor e seus assistentes. A tomada de decisões e participação dos docentes, discentes e pais se restringem às atividades pedagógicas

    A a está errada esse final.

  • Democracia não significa consenso, mas sim a vitória de uma maioria sobre uma minoria.


ID
1821304
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Analise os trechos correlatos.

I.   “A Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9.394/1996) declara que a finalidade da educação é o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. E, ainda, no Art. 3º, que o ensino deva ser ministrado com observância de princípios de: igualdade de condições para acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância; coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais; valorização do profissional da educação escolar; gestão democrática do ensino público na forma dessa lei e da legislação dos sistemas de ensino; garantia de padrão de qualidade; valorização da experiência extraescolar; vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais."

                                              ASSIM

II. “A educação como direito social, conforme o Art. 6º, da Constituição Federal, deverá ser garantido para todos e de forma equânime, por isso os princípios do direito à educação constante na LDB, nos Arts. 2º e 3º.  Com a  nova Lei nº 12.796, de 2013, incluiu‐se nova redação ao Art. 3º,  onde acrescenta como uns dos princípios, a  consideração com a diversidade étnico‐racial."

Assinale a alternativa correta.


Alternativas
Comentários
  • A referida Lei acrescenta o inciso XII ao artigo citado da LDB. Gabarito "C".

  • Excelente Questão!

  •  ARTIGO 3º.  XII - consideração com a diversidade étnico-racial.  (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

    GABARITO : C

  • c) O trecho I é verdadeiro e II complementa o I.

  • Equânime significa imparcialidade, igualdade, constância

  • Para responder a esta questão, exige-se conhecimento sobre a Constituição federal de 1988 (CF/1988) e dos princípios da educação conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei n° 9394/1996. O candidato deve indicar a veracidade das assertivas. Vejamos:

    I- Verdadeira.

    LDB: "Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho."

    "Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

    • I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
    • II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
    • III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
    • IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
    • V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
    • VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
    • VII - valorização do profissional da educação escolar;
    • VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
    • IX - garantia de padrão de qualidade;
    • X - valorização da experiência extraescolar;
    • XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
    • XII - consideração com a diversidade étnico-racial.  (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
    • XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida.             
    • XIV - respeito à diversidade humana, linguística, cultural e identitária das pessoas surdas, surdo-cegas e com deficiência auditiva."     

    II- Verdadeira.

    CF/1988: "Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição."  

    Esta assertiva explica o motivo que foi incluído o inciso XII como princípio da educação. Os direitos sociais sendo de forma "equânime" , isto é, para todos sem distinção, fez necessário colocar como princípio a consideração com a diversidade ético-racial, a fim de que se fortaleça a falta de preconceito racial.

    Portanto, O trecho I é verdadeiro e II complementa o I.

    Gabarito: C


ID
1821307
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Algumas teorias sobre o currículo apresentam‐se como teorias tradicionais, procuram ser neutras, enquanto outras, chamadas teorias críticas e pós‐críticas, argumentam que nenhuma teoria é neutra ou desinteressada, mas que implica relações de poder e demonstra a preocupação com as conexões entre saber, identidade e poder. As diferentes teorias do currículo se diferenciam, inclusive, pela ênfase que dão à natureza da aprendizagem, do conhecimento, da cultura, da sociedade, enfim, à natureza humana. Considerando as teorias citadas, relacione‐as adequadamente com suas respectivas características.

1. Teoria tradicional.

2. Teoria crítica.

3. Teoria pós‐crítica.

(     ) As relações de gênero constituem um dos enfoques mais presentes nesta teoria, que questionam, não apenas as desigualdades de classes sociais.

(     ) Preocupam‐se em desenvolver conceitos que permitem compreender, com base em uma análise marxista, o que o currículo faz. No desenvolvimento desses conceitos, existe uma ligação entre educação e ideologia.  

(     ) Procura ser científica e objetiva, tendo como principal foco identificar os objetivos da educação escolarizada, formar o trabalhador especializado ou proporcionar à população uma educação geral, acadêmica.

(     ) Esta teoria faz análise do currículo multiculturalista que destaca a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo. O multiculturalismo, mesmo sendo considerado estudo da antropologia, mostra que nenhuma cultura pode ser julgada superior a outra.  

(     ) A tarefa dos especialistas em currículo, nesta teoria, consiste em fazer um levantamento das habilidades, em desenvolver currículos que permitam que essas habilidades fossem desenvolvidas e, finalmente, em planejar e elaborar instrumentos de medição para dizer com precisão se elas foram aprendidas.  

(     ) As bases desta teoria são estudos sociológicos, filosóficos e antropológicos, sendo as ideias de Marx bastante marcantes. A partir dessas ideias, o currículo passou a ser um espaço de poder, um meio pelo qual é reproduzida e mantida uma ideologia dominante, podendo também ser um espaço de construção, de libertação e de autonomia.

A sequência está correta em


Alternativas
Comentários
  • Alternativa B :)

     

    Teorias tradicionais ou estruturalistas: marcadas pela era Fordista e Taylorista. Foca o ensino, a aprendizagem, a avaliação, a metodologia, o aspecto didático, o planejamento e a eficiência. Voltada à transmissão de conteúdos e preparo do indivíduo para o trabalho.

    Teorias críticas: marcadas pelas teorias de Marx. Focam em aspectos ideológicos, de reprodução cultural e social, no poder do capitalismo, nas relações de trabalho, na emancipação e libertação.

    Teorias pós críticas ou pós estruturalistas: Focam nos aspectos de identidade, alteridade, na valorização das diferenças, no multiculturalismo, na subjetividade, no saber e no poder (era da informação), na cultura, gênero e etnia.

  •  Alternativa B

    TRADICIONAL/ACRÍTICA/ESTRUTURALISTA- Não permite a dialética, gera alienação, causa da ignorância, também chamaa de acrítica. Modelo ford, transmissão de conteúdo e preparando o individuo para o trabalho.

    TEÓRIAS CRÍTICAS- Não existe neutralidade na educação, prega a liberdade e desigualdade, um espçao social, cultural e de lutas, emancipação humana e transformação social. Representantes: Bourdier, passeron, althusser.

    TEÓRIA S PÓS-CRÍTICAS- Currículo como discurso de representações, identidade e subjetividade, gênero, raça, étnia, sexualidade; multiculturalismo.

     

    Fonte: Hamurabe Messeder

  • FOI MAL, mas essa alternativa não tá correta.

    (   2 ) As relações de gênero constituem um dos enfoques mais presentes nesta teoria, que questionam, não apenas as desigualdades de classes sociais. 

    As desigualdades de classes sociais são referência da teória CRÍTICA do currículo.

    Posso afirmar que a questão é passiva de anulação.

     

    FOCO...FORÇA...FÉ...
     

  • Thiago Rose você está completamente errado.

    As relações de gênero constituem um dos enfoques mais presentes nesta teoria, que questionam, não apenas as desigualdades de classes sociais. 

    Estão presentes sim na Teoria Pós Crítica, essa teoria além de envolver relações de gênero, multiculturalismo, cultura, sexualidade envolve outros assuntos.Elas criticavam inclusive a desvalorização de alguns grupos étnicos dentro da sociedade, era uma tentativa de dar voz aos excluídos.

    Não cabendo anulação de qualquer palavra na questão.

     

     

  • Letra B

    Pela primeira vez esta banca elaborou uma questão fácil.

  • ( ) As relações de gênero constituem um dos enfoques mais presentes nesta teoria, que questionam, não apenas as desigualdades de classes sociais. Teoria pós‐crítica.

    ( ) Esta teoria faz análise do currículo multiculturalista que destaca a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo. O multiculturalismo, mesmo sendo considerado estudo da antropologia, mostra que nenhuma cultura pode ser julgada superior a outra.  Teoria pós‐crítica.

    ( ) Preocupam‐se em desenvolver conceitos que permitem compreender, com base em uma análise marxista, o que o currículo faz. No desenvolvimento desses conceitos, existe uma ligação entre educação e ideologia. Teoria crítica

     

    ( ) As bases desta teoria são estudos sociológicos, filosóficos e antropológicos, sendo as ideias de Marx bastante marcantes. A partir dessas ideias, o currículo passou a ser um espaço de poder, um meio pelo qual é reproduzida e mantida uma ideologia dominante, podendo também ser um espaço de construção, de libertação e de autonomia.

    Teoria critica.

    ( ) Procura ser científica e objetiva, tendo como principal foco identificar os objetivos da educação escolarizada, formar o trabalhador especializado ou proporcionar à população uma educação geral, acadêmica. Teoria tradicional.

    ( ) A tarefa dos especialistas em currículo, nesta teoria, consiste em fazer um levantamento das habilidades, em desenvolver currículos que permitam que essas habilidades fossem desenvolvidas e, finalmente, em planejar e elaborar instrumentos de medição para dizer com precisão se elas foram aprendidas.  Teoria tradicional

  • Gabarito B

    TEORIA TRADICIONAL

    Procura ser científica e objetiva, tendo como principal foco identificar os objetivos da educação escolarizada, formar o trabalhador especializado ou proporcionar à população uma educação geral, acadêmica.

    A tarefa dos especialistas em currículo, nesta teoria, consiste em fazer um levantamento das habilidades, em desenvolver currículos que permitam que essas habilidades fossem desenvolvidas e, finalmente, em planejar e elaborar instrumentos de medição para dizer com precisão se elas foram aprendidas.  

    TEORIA CRÍTICA

    Preocupam‐se em desenvolver conceitos que permitem compreender, com base em uma análise marxista, o que o currículo faz. No desenvolvimento desses conceitos, existe uma ligação entre educação e ideologia.  

    As bases desta teoria são estudos sociológicos, filosóficos e antropológicos, sendo as ideias de Marx bastante marcantes. A partir dessas ideias, o currículo passou a ser um espaço de poder, um meio pelo qual é reproduzida e mantida uma ideologia dominante, podendo também ser um espaço de construção, de libertação e de autonomia.

    TEORIA PÓS-CRÍTICA

    As relações de gênero constituem um dos enfoques mais presentes nesta teoria, que questionam, não apenas as desigualdades de classes sociais.

    Esta teoria faz análise do currículo multiculturalista que destaca a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo. O multiculturalismo, mesmo sendo considerado estudo da antropologia, mostra que nenhuma cultura pode ser julgada superior a outra.


ID
1821310
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Analise os trechos correlatos.

I.   “Neste começo de um novo milênio, a educação apresenta‐se numa dupla encruzilhada: de um lado, o desempenho do sistema escolar não tem dado conta da universalização da educação básica de qualidade; de outro, as novas matrizes teóricas não apresentam ainda a consistência global necessária para indicar caminhos realmente seguros numa época de profundas e rápidas transformações. Essa é uma das preocupações do Instituto Paulo Freire, buscando, a partir do legado de Paulo Freire, consolidar o seu 'Projeto da Escola Cidadã', como resposta à crise de paradigmas."

                                                 ASSIM

II.  “O docente deve formar‐se com a capacidade de refletir sobre sua prática educacional, sobre sua docência, já que é através do processo reflexo que irá se tornar um profissional capaz de construir sua identidade profissional docente. A prática e o ato de reflexão dessa prática exercida no espaço da sala de aula contribuem para o surgimento de uma ressignificação do conceito de professor, de aluno, de aula e de aprendizagem."

Assinale a alternativa correta.


Alternativas
Comentários
  • Questão 01 -  encontra-se no texto: segundo  (GADOTTI, 2000,p.4)

    Questão 02-         http://www.infoescola.com/educacao/formacao-continuada-de-professores/

     

     

  • Não li aos links expostos pelo colega abaixo, mas pelo o que compreendi com esses dois textos é que:

    - o primeiro está apresentando os ideais do Instituto Paulo Freire.

    - o segundo fala sobre as caracteristicas do professor.

    Ambos os textos estão corretos, porém não se complementam.

  • Alternativa Correta : D


ID
1821316
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Construir uma nova lógica de gestão que conte com a participação da sociedade e dos atores diretamente envolvidos com a prática pedagógica implica rever o modelo adotado pelos sistemas públicos, cuja estruturação e funcionamento são, até hoje, característicos de um modelo centralizador. A autonomia pedagógica e financeira e a implementação de um Projeto Político‐Pedagógico próprio da unidade escolar encontram vários limites no paradigma de gestão escolar vigente. Acerca deste pressuposto, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Não entendi essa questão. Alguem poderia explicar?

  • Também não entendi "uma vírgula".

     

  • Pelo que entendi, ( mas sem certeza absoluta) ele elenca fatores que impedem a gestão democrática, e temos que dizer qual afirmação não é um impedimento, entendo que seja a letra C. 

     

    Participação nas decisões e a efetivação de novos processos de organização e gestão, baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e participativos de decisão.

  • Tambem nao entendi!!!

     

  • A questão, mal elaborada ao meu ver, apresenta alternativas que mostram os "vários limites na programa de gestão escolar vigente". A única questão que não se encaixaria nessa limitação seria a alternativa C.

  • O problema da questão é entender o quê a banca quer na questão.

  • É uma questão bem elaborada, pois destoa completamente do que estamos acostumados a ler. Ela quer que se explicite práticas que estão impermeadas no ambiente escolar, ou seja, a realidade, não o que as belas teorias dizem.
  • Consegui entender numa segunda leitura da questão, no enunciado ela fala do modelo de gestão que é centralizador, até nos dias de hoje, e pediu a alternativa que "contraria" esse modelo atual. Se fomos por eliminação, a correta é a C, porque traz um modelo de gestão democrático que por sinal é lindo no papel, mas não é a realidade das escolas brasileiras.

  • A banca quer o que não é um "paradgma" para a implementação do PPP, ou seja, quer a questão incorreta.

    Gaba C

  • Li, re li os comentarios, voltei an questao e entendi bulhufas do que a banca quis perguntar...

  • OLHA SÓ FIZ ASSIM!

    A autonomia pedagógica e financeira e a implementação de um Projeto Político‐Pedagógico próprio da unidade escolar encontram vários limites no paradigma de gestão escolar vigente      (SÃO ELES) EXETO!

  • A questão fala sobre os limites que uma unidade escolar encontra para alcançar a sua autonomia e a implementação do PPP. Acerca desses limites ela pergunta qual a INCORRETA. Ou seja, qual das alternativas não apresenta um limite.

    O gabarito é letra C, pois é a única alternativa que não apresenta uma limitação na implementação do PPP.

  • Alternativa C, visto que as demais so reafirmam os entraves da gestão centralizadora, o que causa um controvérsia, pois temos na letra c as praticas democráticas e é exatamente isso que a questão se refere.

  • Acho que o erro esta na C por falar em algo participativo ou coletivo, sendo que a questão pede algo sobre a Autonomia.

  • Que dhabo de questão é essa q ñ tem pergunta?

  • questão realmente confusa, tem que fazer a leitura varias vezes para entender!

  • Interpretação e ler com atenção é essencial. Ótima questão.


ID
1821319
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo Luckesi (2003, p. 205): “avaliação é ato ou efeito de avaliar‐se, apreciação de análise. Desta forma, a avaliação é algo que pode ser medido, apreciado por alguém. Na avaliação o professor mede, determina, analisa e, finalmente, julga e determina os rumos a serem traçados no trabalho do educando".  Ainda, para o referido autor, a avaliação pode ser classificada em avaliação formativa ou somativa.

De acordo com este pressuposto, complete as afirmativas com os dois tipos de avaliação citadas pelo autor.

I. A avaliação __________ é o processo realizado no decorrer de um programa institucional, visando aperfeiçoá‐lo e identificar suas dificuldades e lhe dar solução.

II. A avaliação __________ é o processo realizado ao final de um programa institucional visando a julgar sua capacidade para sua promoção para outra série.

III. A avaliação __________ é utilizada para conhecer cada aluno ao longo do processo ensino‐aprendizagem. Através dela, percebe‐se como o aluno está se adaptando às novas necessidades que se colocam.  

IV. A __________ permite que se desenvolva o plano previsto pelo professor diariamente, para que o aluno atinja os resultados previstos para o processo de ensino‐aprendizagem. Quanto ao desempenho do aluno, possibilita avaliar a adequação e a eficácia do ensino.  

V. A avaliação __________ é aquela que considera os resultados e que pode ser baseada em testes e outros instrumentos. O resultado final é a promoção ou retenção do aluno. Este tipo de avaliação tem por objetivo responder o que o aluno aprendeu em termos de resultados, para verificar o grau de aprendizagem.

A sequência está correta em  


Alternativas
Comentários
  • A FORMATIVA É COMO A DIAGNÓSTICA, IDENTIFICA AS DIFICULDADES DO ALUNO..

    A SOMATIVA  JULGA A CAPACIDADE DO ALUNO, CONSIDERA RESULTADOS PARA APROVAÇÃO OU REPROVAÇÃO. 

  • Para Bloom (1993) 

    AVALIAÇÃO FORMATIVA (CONTROLADORA) é aquela que tem como função controlar, devendo ser realizada durante todo o período letivo, com o intuito de verificar se os estudantes estão alcançando os objetivos propostos anteriormente. Esta função da avaliação visa, basicamente, avaliar se o aluno domina gradativamente e hierarquicamente cada etapa da aprendizagem, antes de avançar para outra etapa subsequente de ensino-aprendizagem. Oaluno toma conhecimento dos seus erros e acertos e encontra estimulo para continuar os estudos de forma sistemática. Para que esta forma de avaliação ocorra é necessário que seja controlada, porque orienta o estudo do aluno ao trabalho do professor, também podemos dizer que é motivadora porque evita as tensões causadas pela as avaliações tradicionais.

    A avaliação permite aoprofessor detectar e identificar deficiências na forma de ensinar, auxiliando na reformulação do seu trabalho didático, visando aperfeiçoá-lo. Para que seja realizada com eficiência, ela deve ser planejada em função de todos os objetivos.

    C) A AVALIAÇÃO SOMATIVA (CLASSIFICATÓRIA), tem como função básica a classificação dos alunos, sendo realizada ao final de um curso ou unidade de ensino. Classificando os estudantes de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos. O objetivo é avaliar de maneira geral o grau em que os resultados mais amplos têm sido alcançados ao longo e final de um curso. 

    Fonte: http://www.pedagogia.com.br/artigos/funcoes_avaliacao/index.php?pagina=2


  • Gabarito B

     

     

    Bons estudos....

  • Eu não sabia essa questão, mas resolvi interpretando os enunciados:

    A primeira, terceira e quarta questões falam da mesma coisa, enquanto que a segunda e a quinta falam de outra (mesma) coisa. Olhando as alternativas, cheguei a letra B.

    Diferente das provas de Português e Legislação da IDECAN, as de Pedagogia seguem um padrão de conhecimento real e não a mera memorização do termo exato.


ID
1821322
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos."                  

                                                                                                                 (Art. 26 da LDB.)  

Sobre este artigo, analise as afirmativas.

I. Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil.

II. O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.  

III. Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição.

IV. O ensino da história do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia.

V. A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática também obrigatória ao aluno.

Estão corretas apenas as afirmativas


Alternativas
Comentários
  • Resposta D! O erro da afirmação V é a generalização  " sua prática também obrigatória ao aluno",  sendo que a Ldb prevê casos que é facultativa:

     

    § 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: 

    I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; 

    II – maior de trinta anos de idade; 

    III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física; 

    IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

    V-Vetado

    VI – que tenha prole. 

     

     

     

     

  • Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.

    I - § 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e
    da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil.

    II - § 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular
    obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.

    V - § 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da
    educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:

    IV - § 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a
    formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia.

    III - § 5º Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de
    pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição.

    GABARITO: D

  • É obrigatória ao aluno SIM. Por regra é obrigatório, apenas em alguns casos estabelece casos de excusa legais. 

  • Parabéns Benara Modesto!!! Pelo menos uma Interpretação correta.

  • A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática também obrigatória ao aluno. 

    Questão errada.

    Devido  prática de educação fisica ser facultativa e não obrigatória.

    Obs: lógico que para torna-se facultativa o aluno precisa está amparado dentro da lei  9.394/96 que rege o § 3º  incisos (I,II.III.IV.VI).

  • Como não foi utilizada a palavra SOMENTE, considera-se que seja obrigatório ao aluno.

  • ATENÇÃO A MP 746 aprovada pelo golpista (já vale para concursos)

    https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/alteracoes-ldb-mp-746-e-reforma-do-ensino-medio/

    “Art. 26. ……………………………………………………………..
    § 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente da República Federativa do Brasil, observado, na educação infantil, o disposto no art. 31, no ensino fundamental, o disposto no art. 32, e no ensino médio, o disposto no art. 36.

    § 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino fundamental, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.

    § 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino fundamental, sendo sua prática facultativa ao aluno:

    § 5º No currículo do ensino fundamental, será ofertada a língua inglesa a partir do sexto ano.

    § 7º A Base Nacional Comum Curricular disporá sobre os temas transversais que poderão ser incluídos nos currículos de que trata o caput.

    § 10. A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório na Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de Educação e de homologação pelo Ministro de Estado da Educação, ouvidos o Conselho Nacional de Secretários de Educação – Consed e a União Nacional de Dirigentes de Educação – Undime.” (NR)

  • I. Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil. (errada)

    Art. 26 § 1º  Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente da República Federativa do Brasil, ... (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

    II. O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.   (errada)

    Art. 26 § 2º  O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino fundamental, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.   (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

    III. Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição. (errada)

    Art. 26 § 5º  No currículo do ensino fundamental, será ofertada a língua inglesa a partir do sexto ano.  (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

    IV. O ensino da história do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia. (certa)

    V. A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática também obrigatória ao aluno. (errada)

    Art. 26 § 3º  A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino fundamental, sendo sua prática facultativa ao aluno:   (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

    Então a questão a cima não tem resposta.

  •  

     § 5º  No currículo do ensino fundamental, será ofertada a língua inglesa a partir do sexto ano.  (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

  • Questão desatualizada de acordo com a Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016.

    Maria Jesus fez um brilhante comentário!

  • Questão desatualizada!!!!!

     


ID
1821331
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069/1990, caso ocorra a prática de algum ato infracional, além das medidas protetivas de acordo com a supracitada lei, a autoridade competente poderá aplicar medida socioeducativa de acordo com a capacidade do ofensor, circunstâncias do fato e a gravidade da infração. De acordo com o exposto, analise as alternativas a seguir.

I. Advertências.

II. Obrigação de reparar o dano.  

III. Prestação de serviços à comunidade.  

IV. Liberdade assistida.

V. Semiliberdade.

VI. Internação.

Estão corretas as alternativas


Alternativas
Comentários
  • Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:

    I – advertência;

    II – obrigação de reparar o dano;

    III – prestação de serviços à comunidade;

    IV – liberdade assistida;

    V – inserção em regime de semiliberdade;

    VI – internação em estabelecimento educacional;

    VII – qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.

  • o certo é Advertencia! não Advertências.

  • Resposta: Letra A.

    O art. 112 da Lei 8.069/1990 (Estatudo da Criança e do Adolescente) apresenta expressamente seis medidas socioeducativas para a prática de ato infracional pelo adolescente: advertência, reparação de danos, serviço comunitário, liberdade assistida, semiliberdade e internação.

    Evidentemente, quem conhece o tema abordado sabe que as opções consistem em medidas socioeducativas previstas no ECA, porém destaco a existência de erro material na questão. O enunciado solicita que o candidato analise as alternativas e que indique as corretas, contudo não estabelece os critérios de correção dos itens.  Efetivamente, o enunciado não pergunta se as alternativas se referem a medidas socioeducativas; na verdade, não há comando definido. Nesse caso, considero que haveria possibilidade de anulação.

    Espero ter contribuído...

    Abraços!

  • Macete: Medidas socioeducativas

    Prestação de serviços à comunidade

    Advertência

    Internação

     

    Liberdade assistida

    Inserção em regime de semiliberdade

    Obrigação de reparar o dano

  • Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:

    I – advertência;

    II – obrigação de reparar o dano;

    III – prestação de serviços à comunidade;

    IV – liberdade assistida;

    V – inserção em regime de semiliberdade;

    VI – internação em estabelecimento educacional;

    VII – qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.

    MACETE: SIPOLA 
    Semiliberdade. 
    Internação. 

    Prestação de serviços à comunidade. 

    Obrigação de reparar o dano. 

    Liberdade assistida. 

    Advertências.

  • LEI Nº 8.069/1990

    Estratégia mnemônica para as modalidades de medidas socioeducativas: O LÁPIS 

    Obrigação de reparar o dano;

    Liberdade assistida;

    Advertência;

    Prestação de serviço à comunidade;

    Internação;

    Semiliberdade;

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    Gabarito: A

  • A questão apresenta corretamente as medidas socioeducativas previstas no artigo 112 do ECA:

    Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:

    I - advertência;

    II - obrigação de reparar o dano;

    III - prestação de serviços à comunidade;

    IV - liberdade assistida;

    V - inserção em regime de semi-liberdade;

    VI - internação em estabelecimento educacional;

    VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.

    Gabarito: A

  • A questão exige o conhecimento das medidas socioeducativas em espécie. Antes de adentrar nas alternativas, destaco o conceito de medida socioeducativa: quando da prática de um ato infracional, a autoridade competente poderá adotar algumas medidas, de forma a reparar o dano que foi gerado pela infração, evitar que novas infrações sejam praticadas e ressocializar o adolescente. Assim, o Ministério Público deverá promover a ação socioeducativa, sendo processada na Vara da Infância e Juventude.

    Art. 112 ECA: verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:

    I - advertência; (item I)

    II - obrigação de reparar o dano; (item II)

    III - prestação de serviços à comunidade; (item III)

    IV - liberdade assistida; (item IV)

    V - inserção em regime de semiliberdade; (item V)

    VI - internação em estabelecimento educacional; (item VI)

    VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.

    Vamos aos itens:

    I - certo. A advertência é a admoestação verbal, que será reduzida a termo e assinada (art. 115 ECA).

    II - certo. A obrigação de reparar o dano ocorre no ato infracional que gera reflexos patrimoniais. Nesses casos, a autoridade poderá determinar, se for o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da vítima (art. 116 ECA).

    III - certo. A prestação de serviços à comunidade consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não excedente a 6 meses, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais (art. 117 ECA).

    IV - certo. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente (art. 118 ECA).

    V - certo. O regime de semiliberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de atividades externas, independentemente de autorização judicial (art. 120 ECA).

    VI - certo. A internação constitui medida privativa de liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento (art. 121 ECA).

    Gabarito: A


ID
1821334
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“Na organização e gestão do currículo, as abordagens disciplinar, pluridisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar requerem a atenção criteriosa da instituição escolar, porque revelam a visão de mundo que orienta as práticas pedagógicas dos educadores e organizam o trabalho do estudante. Perpassam todos os aspectos da organização escolar, desde o planejamento do trabalho pedagógico, a gestão administrativo‐acadêmica, até a organização do tempo e do espaço físico e a seleção, disposição e utilização dos equipamentos e mobiliário da instituição, ou seja, todo o conjunto das atividades que se realizam no espaço escolar, em seus diferentes âmbitos."  

                          (Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica, 2013.)

As abordagens multidisciplinar, pluridisciplinar e interdisciplinar fundamentam‐se nas mesmas bases, que são as disciplinas, ou seja, o recorte do conhecimento. Considerando essas abordagens, analise a afirmativa a seguir.

“A ______________ expressa frações do conhecimento e o hierarquiza, a _____________ estuda um objeto de uma disciplina pelo ângulo de várias outras ao mesmo tempo. A ______________ refere‐se ao conhecimento próprio da disciplina, mas está para além dela. O conhecimento situa‐se na disciplina, nas diferentes disciplinas e além delas, tanto no espaço quanto no tempo. A ______________ pressupõe a transferência de métodos de uma disciplina para outra. Ultrapassa‐as, mas sua finalidade inscreve‐se no estudo disciplinar."  

Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.



Alternativas
Comentários
  • Resposta certa (A) multidisciplinaridade- pluridisciplinaridade - transdisciplinaridade - interdisciplinaridade

  • Multidisciplinaridade => mais de uma disciplina; aparentemente, não tem relação uma com a outra;  cada disciplina permanece com sua metodologia própria; não há um resultado integrado.

    Plurisciplinaridade => Sistema de um só nível e de objetivos múltiplos; cooperação mas sem coordenação; há troca entre elas, ainda que não seja organizada; propõe estudar o mesmo objeto em várias disciplinas ao mesmo tempo. 

    Transdisciplinaridade => Etapa superior a interdisciplinaridade; não atinge apenas as interações ou reciprocidades, mas situa essas relações no interior de um sistema total;  interação global das várias ciências; inovador; não é possível separar as matérias.

    Interdisciplinaridade =>Intercâmbio mútuo e interação de diversos conhecimentos de forma recíproca e coordenada; perspectiva metodológica comum a todos; integrar os resultados; permanecem os interesses próprios de cada disciplina, porém, buscam soluções dos seus próprios problemas através da articulação com as outras disciplinas.

  • Na organização e gestão do currículo,

    As abordagens "disciplinar, pluridisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar"

    Requerem a atenção criteriosa da --> instituição escolar, organização escolar 

     

    As abordagens "multidisciplinar, pluridisciplinar e interdisciplinar" 

    fundamentam-se nas mesmas bases, --> que são as disciplinas, ou seja, o recorte do conhecimento

  • CAPÍTULO I
    FORMAS PARA A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

    § 3º A organização do percurso formativo, aberto e contextualizado, deve ser construída em função das peculiaridades do meio e das características, interesses e necessidades dos estudantes, incluindo não só os componentes curriculares centrais obrigatórios, previstos na legislação e nas normas educacionais, mas outros, também, de
    modo flexível e variável, conforme cada projeto escolar, e assegurando:

    III - escolha da abordagem didático-pedagógica disciplinar, pluridisciplinar,
    interdisciplinar ou transdisciplinar pela escola, que oriente o projeto político-pedagógico e resulte de pacto estabelecido entre os profissionais da escola, conselhos escolares e comunidade, subsidiando a organização da matriz curricular, a definição de eixos temáticos e a constituição de redes de aprendizagem;

    § 4º A transversalidade é entendida como uma forma de organizar o trabalho didáticopedagógico em que temas e eixos temáticos são integrados às disciplinas e às áreas ditas convencionais, de forma a estarem presentes em todas elas.


    § 5º A transversalidade difere da interdisciplinaridade e ambas complementam-se, rejeitando a concepção de conhecimento que toma a realidade como algo estável, pronto e acabado.


    § 6º A transversalidade refere-se à dimensão didático-pedagógica, e a
    interdisciplinaridade, à abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento.


     

  • Muito bem elaborada, assim como a grande maioria da referida banca!

  • essa é difícil!

  • multidisciplinaridade / frações do conhecimento

    pluridisciplinaridade / pluri se referi a várias

    transdisciplinaridade / está além delas

    interdisciplinaridade/ transferência de métodos de uma disciplina para outra.


ID
1821337
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Para Paulo Freire (1984, p. 23), é necessário entender a educação não apenas como ensino, não no sentido de habilitar, de “dar" competência, mas no sentido de humanizar. A pedagogia que trata dos processos de humanização, a escola, a teoria pedagógica e a pesquisa, nas instâncias educativas, devem assumir a educação enquanto processos temporal, dinâmico e libertador, aqueles em que todos desejam se tornar cada vez mais humanos. A escola demonstra ter se esquecido disso, tanto nas relações que exerce com a criança, quanto com a pessoa adolescente, jovem e adulta.

A gestão democrática, educa‐se para a conquista da cidadania plena, mediante a ação conjunta que busca, nos movimentos sociais, elementos para criar e recriar o trabalho na escola, mediante:

I. Compreensão da globalidade da pessoa, enquanto ser que aprende, que sonha e ousa, em busca da conquista de uma convivência social libertadora fundamentada na ética cidadã.

II. Implementação dos processos e procedimentos burocráticos, assumindo os planos pedagógicos, os objetivos institucionais e educacionais pelo corpo pedagógico e técnico a escola as atividades educacionais como forma de buscar soluções conjuntas.

III. Restrição das relações interpessoais, tornando‐se mais solitários, gerindo‐se de tal modo, que se sintam independentes a conhecer melhor os seus propósitos, e a trabalhar individualmente sem traduzir as suas dificuldades e expectativas pessoais e profissionais, pois isto pode causar desconforto a si e aos demais.

IV. Instauração de relações entre os estudantes, proporcionando‐lhes espaços de convivência e situações de aprendizagem, por meio dos quais aprendam a se compreender e se organizar em equipes de estudos e de práticas esportivas, artísticas e políticas.

V. Presença articuladora e mobilizadora do gestor no cotidiano da instituição e nos espaços com os quais a instituição escolar interage, em busca da qualidade social das aprendizagens que lhe caiba desenvolver, com transparência e responsabilidade.

Estão corretas apenas as afirmativas


Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra b:

    UMA vez que 

    II- ERRADA- Burocracia não é necessária para gestão democrática

    III- ERRADA- Ser solitário não ajuda à gestão democrática(todos juntos tomando uma decisão) 

  • ESSAS DESCRIÇÕES ESTÃO NAS DCNs. ALTERNATIVA B CORRETA


ID
1821406
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Teologia

Segundo Marilena Chauí, em seu livro Convite à Filosofia (2008), a disciplina denominada ética nasce quando se passa a indagar o que são, de onde vêm e o que valem os costumes, ou seja, nasce quando também se busca compreender o caráter de cada pessoa. Considerando um ambiente de trabalho, muitos processos ético‐disciplinares são esperados do profissional. Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma conduta ética coerente num grupo de trabalho.

Alternativas

ID
1821409
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Teologia

Muitos são os autores que discutem e conceituam ética. Uma das possíveis definições é de que ela seria uma parte da filosofia que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata‐se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo quanto no âmbito individual. Analise as afirmativas a seguir, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

(     ) Sócrates, Platão e Aristóteles foram responsáveis por propor uma espécie de “estudo" sobre o que de fato poderia ser compreendido como valores universais a todos os homens, buscando, dessa forma, ser correto, virtuoso, ético.

(     ) Os sociólogos clássicos foram os primeiros a discutir sobre ética, num esforço pelo exercício de um pensamento crítico e reflexivo quanto aos valores e costumes dos seres humanos.

(     ) A ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, nossa forma de conduta.

(     ) Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis à vida ética ou moralmente correta.

A sequência está correta em


Alternativas
Comentários
  • uuuh primeiro a comentar :)

    e talvez o único :(

  • Letra: C

    O exercício de um pensamento crítico e reflexivo quanto aos valores e costumes vigentes tem início, na cultura ocidental, na Antiguidade Clássica com os primeiros grandes filósofos, a exemplo de Sócrates, Platão e Aristóteles. Questionadores que eram, propunham uma espécie de “estudo” sobre o que de fato poderia ser compreendido como valores universais a todos os homens, buscando dessa forma ser correto, virtuoso, ético

    A ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas prescrições de conduta, 

     Enquanto agente moral, o indivíduo colocará em prática seu senso e consciência, pois são importantes para a vida em grupo entre vários outros agentes morais.

    http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-etica.htm

  • os filósofos gregos foram os primeiros a pensar o conceito de ética, associando a tal palavra a idéia de moral e cidadania.


ID
1883896
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         Cultura


      Ele disse: “O teu sorriso é como o primeiro suave susto de Julieta quando, das sombras perfumadas do jardim sob a janela insone, Romeu deu voz ao sublime Bardo e a própria noite aguçou seus ouvidos”.

       E ela disse: “Corta essa.”

       E ele disse: “A tua modéstia é como o rubor que assoma à face de rústicas campônias acossadas num quadro de Bruegel, pai, enaltecendo seu rubicundo encanto e derrotando o próprio simular de recato que a natureza, ao     deflagrá‐lo, quis.”

       E ela disse: “Cumé que é?”

       E ele:“Eu te amo como jamais um homem amou, como o Amor mesmo, em seu autoamor, jamais se considerou capaz de amar.”

       E ela: “Tô sabendo…”

       “Tu és a chuva e eu sou a terra; tu és ar e eu sou fogo; tu és estrume, eu sou raiz.”

       “Pô!”

       “Desculpe. Esquece este último símile. Minha amada, minha vida. A inspiração é tanta que transborda e me foge, eu estou bêbado de paixão, o estilo tropeça no meio‐fio, as frases caem do bolso…”

       “Sei…

       “Os teus olhos são dois poços de águas claras onde brinca a luz da manhã, minha amada. A tua fronte é como o muro de alabastro do templo de Zamaz‐al‐Kaad, onde os sábios iam roçar o nariz e pensar na Eternidade.

        A tua boca é uma tâmara partida… Não, a tua boca é como um… um… Pera só um pouquinho…”

        “Tô só te cuidando.”

        “A tua boca, a tua boca, a tua boca… (Uma imagem, meu Deus!)”

        “Que qui tem a minha boca?”

        “A tua boca, a tua boca… Bom, vamos pular a boca. O teu pescoço é como o pescoço de Greta Garbo na famosa cena da nuca em Madame Walewska, com Charles Boyer,dirigido por Clawrence Brown, iluminado por…

        “Escuta aqui…”

        “Eu tremo! Eu desfaleço! Ela quer que eu a escute! Como se todo o meu ser não fosse uma membrana que espera a sua voz para reverberar de amor, como se o céu não fosse a campana e o Sol o badalo desta sinfonia especial: uma palavra dela…”

        “Tá ficando tarde”.

        “Sim, envelhecemos. O Tempo, soturno cocheiro deste carro fúnebre que é a Vida. Como disse Eliot, aliás, Yeats – ou foi Lampedusa? –, o Tempo, esse surdo‐mudo que nos leva às costas…”

        “Vamos logo que hoje eu não posso ficar toda a noite.”

        “Vamos! Para o Congresso Carnal. O monstro de duas costas do Bardo, acima citado. Que nossos espíritos entrelaçados alcem voo e fujam, e os sentidos libertos ergam o timão e insuflem as velas para a tormentosa viagem ao vórtice da existência humana, onde, que, a, e, o, um, como, quando, por que, sei lá…”

        “Vem logo.”

        “Palavras, palavras…”

        “Depressa!”

        “Já vou. Ah, se com estas roupas eu pudesse despir tudo, civilização, educação, passado, história, nome, CPF, derme, epiderme… Uma união visceral, pâncreas e pâncreas, os dois corações se beijando através das grades das caixas torácicas como Glenn Ford e Diana Lynn em…”

         “Vem. Assim. Isso. Acho que hoje vamos conseguir. Agora fica quieto e…”

         “Já sei!”

         “O quê? Volta aqui, pô”…”

         “Como um punhado de amoras na neve das estepes. A tua boca é como um punhado de amoras na neve das estepes!

                           

   (VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Cultura. In: As mentiras que os homens contam. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.)

A partir da linguagem apresentada no diálogo, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • ele a descreve-C

  • É óbvio que há uma superioridade de uma linguagem em relação à outra.. ah desculpe.. isso seria considerado preconceito contra a linguagem coloquial.. seria muita opressão

  • No texto, pelas diferenças de linguagem que cada personagem utiliza, pode-se perceber quem é cada personagem. Um é bem poético, mas a outra não parece entender direito e fala de forma bem coloquial.

  • Também achei que existiu superioridade.

  •  a) a intenção comunicativa dos personagens é anulada em virtude da inadequação linguística. INCORRETA! De alguma forma eles conseguem, ainda que com muitos "ruídos" pela diferença de comunicação, se comunicar.

     

     b) há uma superioridade de uma variedade apresentada em relação à outra considerando‐se o contexto apresentado.INCORRETA! A palavra correta não é superioridade, e sim, diferença. Há diferenças no modo de se comunicar: ele faz uso de uma linguagem mais culta, enquanto ela de forma coloquial.

     

     c) ela é a grande responsável pela caracterização de cada um dos personagens, permitindo reconhecê‐los de forma definida.CORRETA! A linguagem é a grande responsável pela caracterização de cada um dos personagens. Nota-se que no começo o autor identifica no diálogo quem fala, usando a príncipio a expressão "ele disse" e "ela disse". Depois passa a usar: "e ele" e "e ela";  até que daí por diante não precisa mais identificar quem fala, pois fica óbvio para o leitor quem é que a cada momento fala no diálogo.

     

     d) revela particularidades de vocabulário demonstrando neologismos e regionalismos, características das linguagens utilizadas pela personagem feminina e pela personagem masculina, respectivamente.  INCORRETA! No diálogo da personagem feminina nota-se um vocabulário mais regional, mas não em relação ao personagem masculino.

  • Não existe hierarquia entre a linguagem formal(neste caso bastante enfadonha) e a coloquial(neste caso muito mais prática e objetiva). Algumas pessoas viram essa superioridade de maneira bem subjetiva.

  • Acho que estas alternativas são demasiado subjetivas! O autor pode escolher a que ele quiser aí com exceção da letra D.

  • A partir da linguagem apresentada no diálogo, é correto afirmar que (....)

    c) ela é a grande responsável pela caracterização de cada um dos personagens, permitindo reconhecê‐los de forma definida.

    E eu achando que esse "ela" seria a personagem do texto, sono bateu kkkkkk


ID
1883899
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         Cultura


      Ele disse: “O teu sorriso é como o primeiro suave susto de Julieta quando, das sombras perfumadas do jardim sob a janela insone, Romeu deu voz ao sublime Bardo e a própria noite aguçou seus ouvidos”.

       E ela disse: “Corta essa.”

       E ele disse: “A tua modéstia é como o rubor que assoma à face de rústicas campônias acossadas num quadro de Bruegel, pai, enaltecendo seu rubicundo encanto e derrotando o próprio simular de recato que a natureza, ao     deflagrá‐lo, quis.”

       E ela disse: “Cumé que é?”

       E ele:“Eu te amo como jamais um homem amou, como o Amor mesmo, em seu autoamor, jamais se considerou capaz de amar.”

       E ela: “Tô sabendo…”

       “Tu és a chuva e eu sou a terra; tu és ar e eu sou fogo; tu és estrume, eu sou raiz.”

       “Pô!”

       “Desculpe. Esquece este último símile. Minha amada, minha vida. A inspiração é tanta que transborda e me foge, eu estou bêbado de paixão, o estilo tropeça no meio‐fio, as frases caem do bolso…”

       “Sei…

       “Os teus olhos são dois poços de águas claras onde brinca a luz da manhã, minha amada. A tua fronte é como o muro de alabastro do templo de Zamaz‐al‐Kaad, onde os sábios iam roçar o nariz e pensar na Eternidade.

        A tua boca é uma tâmara partida… Não, a tua boca é como um… um… Pera só um pouquinho…”

        “Tô só te cuidando.”

        “A tua boca, a tua boca, a tua boca… (Uma imagem, meu Deus!)”

        “Que qui tem a minha boca?”

        “A tua boca, a tua boca… Bom, vamos pular a boca. O teu pescoço é como o pescoço de Greta Garbo na famosa cena da nuca em Madame Walewska, com Charles Boyer,dirigido por Clawrence Brown, iluminado por…

        “Escuta aqui…”

        “Eu tremo! Eu desfaleço! Ela quer que eu a escute! Como se todo o meu ser não fosse uma membrana que espera a sua voz para reverberar de amor, como se o céu não fosse a campana e o Sol o badalo desta sinfonia especial: uma palavra dela…”

        “Tá ficando tarde”.

        “Sim, envelhecemos. O Tempo, soturno cocheiro deste carro fúnebre que é a Vida. Como disse Eliot, aliás, Yeats – ou foi Lampedusa? –, o Tempo, esse surdo‐mudo que nos leva às costas…”

        “Vamos logo que hoje eu não posso ficar toda a noite.”

        “Vamos! Para o Congresso Carnal. O monstro de duas costas do Bardo, acima citado. Que nossos espíritos entrelaçados alcem voo e fujam, e os sentidos libertos ergam o timão e insuflem as velas para a tormentosa viagem ao vórtice da existência humana, onde, que, a, e, o, um, como, quando, por que, sei lá…”

        “Vem logo.”

        “Palavras, palavras…”

        “Depressa!”

        “Já vou. Ah, se com estas roupas eu pudesse despir tudo, civilização, educação, passado, história, nome, CPF, derme, epiderme… Uma união visceral, pâncreas e pâncreas, os dois corações se beijando através das grades das caixas torácicas como Glenn Ford e Diana Lynn em…”

         “Vem. Assim. Isso. Acho que hoje vamos conseguir. Agora fica quieto e…”

         “Já sei!”

         “O quê? Volta aqui, pô”…”

         “Como um punhado de amoras na neve das estepes. A tua boca é como um punhado de amoras na neve das estepes!

                           

   (VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Cultura. In: As mentiras que os homens contam. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.)

Além do diálogo inusitado em que os personagens apresentam distanciamento quanto à linguagem utilizada, o autor utiliza, como recurso, expressões que produzem efeito de humor. Assinale o segmento em destaque em que tal fato pode ser observado.

Alternativas
Comentários
  • Tá certo isso? Esta não é a única alternativa onde não há traço de humor?

  • Concordo com o Randolpho!

    Acho que tem algum erro nessa questão...

  • A causa de tremer e desfalecer é ficar "nervoso" e esse é humor. 

  • Será que é só eu que não concordo de jeito nenhum com alguns gabaritos dessa banca??? As questões de compreensão de texto são deveras subjetivas. Claramente a alternativa D também carrega um traço de humor muito mais acentuado que a B

  • Bom, cada pessoa acha engraçado coisas diferentes...

  • Essa banca, pelas questões que respondi até agora, merece o "Oscar" de como aplicar o português a seu belo gosto.

     

  • O que produz efeito de humor é não saber o que essa banca pensa !

  • Efeito de humor maior é entender o que a IDECAN quer.

  • A maioria ficou dividida entre B e D

    na D o autor apenas idealiza a boca da personagem.

    na B é que ha efeitos de humor! e o tremer e o desfalecer é a ação dramatica, devido a personagem ouvinte reagir com indiferença às elucidacoes dele.

  • DECISÃO DA BANCA DOS RECURSOS. 

     

    A) “Que qui tem a minha boca?” (15º§) não pode ser considerada correta, pois, há apenas uma irritação da personagem feminina.

     

    B) “Eu tremo! Eu desfaleço! Ela quer que eu a escute!” (18º§) demonstra humor, pois, a expressão “escuta aqui” é interpretada de forma particular pela personagem masculina, em seu sentido literal.

     

    C) “Vamos logo que hoje eu não posso ficar toda a noite.” (21º§) indica a pressa da personagem feminina, portanto, também não pode ser considerada correta. 

     

    D) “A tua boca, a tua boca, a tua boca… (Uma imagem, meu Deus!)” (14º§) não pode ser considerada correta, pois, a demonstração de falta de uma comparação ideal não demonstra algum tipo de humor.

  • “Escuta aqui…”

    “Eu tremo! Eu desfaleço! Ela quer que eu a escute!...”

    O efeito de humor produzido está na quebra do discurso. Na frase “escuta aqui...”, mostra que a personagem quer resolver o impasse, porém o outro personagem entendeu como se fosse seu sentido literal. Pois este personagem só está preocupado em ser ouvido e dar continuidade ao seu discurso formal e prolixo. Ele se espanta e diz: “,,,ela quer que eu a escute!”

     

  • Para mim todas as alternativas apresentam efeito de humor.... complicado...

  • Engraçado é chutar e dizer vibrando que acertou.

  • tumor e piabas, muito engrado K

  • Essa B parece mais dramático.

    Simples: o examinador achou mais engraçada essa parte do item B. Aceitemos! kkkk

  • rapaz...vou fazer prova da IDECAN,mas pelo jeito estou lascado.

  • E, pelo visto, senso de humor é algo que o examinador não tem. Pronto, falei.

  • gente, tem pessoas que se expressa engraçado tipo se tremer desfalecer vi literalmente por ai e num é que deu certo estou entrando devagar na mente da banca . Bons estudos!


ID
1883902
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         Cultura


      Ele disse: “O teu sorriso é como o primeiro suave susto de Julieta quando, das sombras perfumadas do jardim sob a janela insone, Romeu deu voz ao sublime Bardo e a própria noite aguçou seus ouvidos”.

       E ela disse: “Corta essa.”

       E ele disse: “A tua modéstia é como o rubor que assoma à face de rústicas campônias acossadas num quadro de Bruegel, pai, enaltecendo seu rubicundo encanto e derrotando o próprio simular de recato que a natureza, ao     deflagrá‐lo, quis.”

       E ela disse: “Cumé que é?”

       E ele:“Eu te amo como jamais um homem amou, como o Amor mesmo, em seu autoamor, jamais se considerou capaz de amar.”

       E ela: “Tô sabendo…”

       “Tu és a chuva e eu sou a terra; tu és ar e eu sou fogo; tu és estrume, eu sou raiz.”

       “Pô!”

       “Desculpe. Esquece este último símile. Minha amada, minha vida. A inspiração é tanta que transborda e me foge, eu estou bêbado de paixão, o estilo tropeça no meio‐fio, as frases caem do bolso…”

       “Sei…

       “Os teus olhos são dois poços de águas claras onde brinca a luz da manhã, minha amada. A tua fronte é como o muro de alabastro do templo de Zamaz‐al‐Kaad, onde os sábios iam roçar o nariz e pensar na Eternidade.

        A tua boca é uma tâmara partida… Não, a tua boca é como um… um… Pera só um pouquinho…”

        “Tô só te cuidando.”

        “A tua boca, a tua boca, a tua boca… (Uma imagem, meu Deus!)”

        “Que qui tem a minha boca?”

        “A tua boca, a tua boca… Bom, vamos pular a boca. O teu pescoço é como o pescoço de Greta Garbo na famosa cena da nuca em Madame Walewska, com Charles Boyer,dirigido por Clawrence Brown, iluminado por…

        “Escuta aqui…”

        “Eu tremo! Eu desfaleço! Ela quer que eu a escute! Como se todo o meu ser não fosse uma membrana que espera a sua voz para reverberar de amor, como se o céu não fosse a campana e o Sol o badalo desta sinfonia especial: uma palavra dela…”

        “Tá ficando tarde”.

        “Sim, envelhecemos. O Tempo, soturno cocheiro deste carro fúnebre que é a Vida. Como disse Eliot, aliás, Yeats – ou foi Lampedusa? –, o Tempo, esse surdo‐mudo que nos leva às costas…”

        “Vamos logo que hoje eu não posso ficar toda a noite.”

        “Vamos! Para o Congresso Carnal. O monstro de duas costas do Bardo, acima citado. Que nossos espíritos entrelaçados alcem voo e fujam, e os sentidos libertos ergam o timão e insuflem as velas para a tormentosa viagem ao vórtice da existência humana, onde, que, a, e, o, um, como, quando, por que, sei lá…”

        “Vem logo.”

        “Palavras, palavras…”

        “Depressa!”

        “Já vou. Ah, se com estas roupas eu pudesse despir tudo, civilização, educação, passado, história, nome, CPF, derme, epiderme… Uma união visceral, pâncreas e pâncreas, os dois corações se beijando através das grades das caixas torácicas como Glenn Ford e Diana Lynn em…”

         “Vem. Assim. Isso. Acho que hoje vamos conseguir. Agora fica quieto e…”

         “Já sei!”

         “O quê? Volta aqui, pô”…”

         “Como um punhado de amoras na neve das estepes. A tua boca é como um punhado de amoras na neve das estepes!

                           

   (VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Cultura. In: As mentiras que os homens contam. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.)

Em relação à construção “Tu és a chuva e eu sou a terra;” (7º§) o personagem utiliza

Alternativas
Comentários
  • O texto está repleto de figuras de linguagem. Predominantemente metáforas, comparações e metonímias.

    Gab D

  • Empregando palavras de determinado domínio - choro secreto, raiva oculta e desprezo dissimulado -  para VERBALIZAR minha indignação por essa banca !

  • Banca infernal, interpretação de texto nível: BOB MARLEY DEITADO EM UMA MOITA DE MACONHA fumando um baseado. avvvv 

  • Tu és a chuva e eu sou a terra;

    A) intensificação daquilo que é anunciado. (A frase não intensifica. É uma metáfora.)

    B) possibilidade de haver realização simultânea de opostos. (Chuva não é oposto de Terra. O Idecan as vezes usa essa pegadinha sutil. Além disso a frase não expressa a realização desses elementos.)

    C) equiparação entre elementos através de uma relação de contiguidade. (equiparação = ato de igualar / contiguidade = proximidade. Não iguala a Chuva e a Terra. Nem faz relação de aproximação. Até poderia dizer uma relação de complementariedade... mas não de igualdade nem aproximação)

    D) o emprego de palavras de um determinado domínio de conhecimento para verbalizar experiências de outro domínio. (Palavras de um determinado domínio de conhecimento: Terra e Chuva = elementos da natureza / para verbalizar experiências de outro domínio: relação entre pessoas, entre o homem e a mulher)

  • Esta banca é do HELL.


ID
1883905
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         Cultura


      Ele disse: “O teu sorriso é como o primeiro suave susto de Julieta quando, das sombras perfumadas do jardim sob a janela insone, Romeu deu voz ao sublime Bardo e a própria noite aguçou seus ouvidos”.

       E ela disse: “Corta essa.”

       E ele disse: “A tua modéstia é como o rubor que assoma à face de rústicas campônias acossadas num quadro de Bruegel, pai, enaltecendo seu rubicundo encanto e derrotando o próprio simular de recato que a natureza, ao     deflagrá‐lo, quis.”

       E ela disse: “Cumé que é?”

       E ele:“Eu te amo como jamais um homem amou, como o Amor mesmo, em seu autoamor, jamais se considerou capaz de amar.”

       E ela: “Tô sabendo…”

       “Tu és a chuva e eu sou a terra; tu és ar e eu sou fogo; tu és estrume, eu sou raiz.”

       “Pô!”

       “Desculpe. Esquece este último símile. Minha amada, minha vida. A inspiração é tanta que transborda e me foge, eu estou bêbado de paixão, o estilo tropeça no meio‐fio, as frases caem do bolso…”

       “Sei…

       “Os teus olhos são dois poços de águas claras onde brinca a luz da manhã, minha amada. A tua fronte é como o muro de alabastro do templo de Zamaz‐al‐Kaad, onde os sábios iam roçar o nariz e pensar na Eternidade.

        A tua boca é uma tâmara partida… Não, a tua boca é como um… um… Pera só um pouquinho…”

        “Tô só te cuidando.”

        “A tua boca, a tua boca, a tua boca… (Uma imagem, meu Deus!)”

        “Que qui tem a minha boca?”

        “A tua boca, a tua boca… Bom, vamos pular a boca. O teu pescoço é como o pescoço de Greta Garbo na famosa cena da nuca em Madame Walewska, com Charles Boyer,dirigido por Clawrence Brown, iluminado por…

        “Escuta aqui…”

        “Eu tremo! Eu desfaleço! Ela quer que eu a escute! Como se todo o meu ser não fosse uma membrana que espera a sua voz para reverberar de amor, como se o céu não fosse a campana e o Sol o badalo desta sinfonia especial: uma palavra dela…”

        “Tá ficando tarde”.

        “Sim, envelhecemos. O Tempo, soturno cocheiro deste carro fúnebre que é a Vida. Como disse Eliot, aliás, Yeats – ou foi Lampedusa? –, o Tempo, esse surdo‐mudo que nos leva às costas…”

        “Vamos logo que hoje eu não posso ficar toda a noite.”

        “Vamos! Para o Congresso Carnal. O monstro de duas costas do Bardo, acima citado. Que nossos espíritos entrelaçados alcem voo e fujam, e os sentidos libertos ergam o timão e insuflem as velas para a tormentosa viagem ao vórtice da existência humana, onde, que, a, e, o, um, como, quando, por que, sei lá…”

        “Vem logo.”

        “Palavras, palavras…”

        “Depressa!”

        “Já vou. Ah, se com estas roupas eu pudesse despir tudo, civilização, educação, passado, história, nome, CPF, derme, epiderme… Uma união visceral, pâncreas e pâncreas, os dois corações se beijando através das grades das caixas torácicas como Glenn Ford e Diana Lynn em…”

         “Vem. Assim. Isso. Acho que hoje vamos conseguir. Agora fica quieto e…”

         “Já sei!”

         “O quê? Volta aqui, pô”…”

         “Como um punhado de amoras na neve das estepes. A tua boca é como um punhado de amoras na neve das estepes!

                           

   (VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Cultura. In: As mentiras que os homens contam. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.)

Em “Romeu deu voz ao sublime Bardo e a própria noite aguçou seus ouvidos.” (1º§) é correto afirmar em relação aos termos destacados, que

Alternativas
Comentários
  • “Romeu deu voz ao sublime Bardo e a própria noite aguçou seus ouvidos.

         Deu é um VTDI, deu algo ( voz-->objeto direto) a alguem ( ao sublime Bardo--> objeto indireto) ( 1 oração)

        Aguçou é um VTD. aguçou algo (seus ouvidos--> objeto direto)

     

    a)

    há apenas dois termos adjacentes, ou complementares, da forma verbal “deu”. (RESPOSTA--> um complemento com preposição obrigatória e outro sem))

     b)

    há três complementos verbais, sendo a relação de transitividade diferente entre os mesmos. ( Existem três complementos verbais, mas dois sao iguais ( objeto direto), logo os três não são diferentes).

     c)

    apenas dois deles podem ser identificados como complementos verbais que possuem uma relação indireta com o verbo ao qual estão ligados. ( Só um tem relação indireta com o verbo, está ligado a ele por meio de uma preposição obrigatória--> ( ao sublime Bardo--> objeto indireto))

     d)

    o primeiro termo em destaque é o único complemento da forma verbal “deu” no segmento em análise, os demais são complementos de termos diferentes. ( o outro termo em destaque não é complemento de verbo nenhum, ele é o sujeito da segunda oraç;ão)

        

     

  • A resposta considerada pela banca está correta, porém incompleta.  

     

    Alternativa A 

  • Boa a explicação da colega Thais Linharres.

  • A primeira forma destacada demonstra o verbo DAR como sendo VTDI, necessitando de dois complementos os quais foram expressos, já no segundo termo em destaque temos o sujeito da oração, é por demais sabido que sujeito é termo principal, não acessório, complementar ou adjacente.

    Caminhando com Fé!

  • As questões dessa banca desafiam o candidato, muito mais, em entende-las do que resolve-las.

  • O enigma não é nem em saber o conteúdo, mas em decifrar oq essa banca quer dizer.

  • A questão quer saber sobre os termos destacados:

    "voz" : Objeto direto

    "sublime Bardo" : Objeto indireto

    " a própria noite" : sujeito


ID
1883908
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         Cultura


      Ele disse: “O teu sorriso é como o primeiro suave susto de Julieta quando, das sombras perfumadas do jardim sob a janela insone, Romeu deu voz ao sublime Bardo e a própria noite aguçou seus ouvidos”.

       E ela disse: “Corta essa.”

       E ele disse: “A tua modéstia é como o rubor que assoma à face de rústicas campônias acossadas num quadro de Bruegel, pai, enaltecendo seu rubicundo encanto e derrotando o próprio simular de recato que a natureza, ao     deflagrá‐lo, quis.”

       E ela disse: “Cumé que é?”

       E ele:“Eu te amo como jamais um homem amou, como o Amor mesmo, em seu autoamor, jamais se considerou capaz de amar.”

       E ela: “Tô sabendo…”

       “Tu és a chuva e eu sou a terra; tu és ar e eu sou fogo; tu és estrume, eu sou raiz.”

       “Pô!”

       “Desculpe. Esquece este último símile. Minha amada, minha vida. A inspiração é tanta que transborda e me foge, eu estou bêbado de paixão, o estilo tropeça no meio‐fio, as frases caem do bolso…”

       “Sei…

       “Os teus olhos são dois poços de águas claras onde brinca a luz da manhã, minha amada. A tua fronte é como o muro de alabastro do templo de Zamaz‐al‐Kaad, onde os sábios iam roçar o nariz e pensar na Eternidade.

        A tua boca é uma tâmara partida… Não, a tua boca é como um… um… Pera só um pouquinho…”

        “Tô só te cuidando.”

        “A tua boca, a tua boca, a tua boca… (Uma imagem, meu Deus!)”

        “Que qui tem a minha boca?”

        “A tua boca, a tua boca… Bom, vamos pular a boca. O teu pescoço é como o pescoço de Greta Garbo na famosa cena da nuca em Madame Walewska, com Charles Boyer,dirigido por Clawrence Brown, iluminado por…

        “Escuta aqui…”

        “Eu tremo! Eu desfaleço! Ela quer que eu a escute! Como se todo o meu ser não fosse uma membrana que espera a sua voz para reverberar de amor, como se o céu não fosse a campana e o Sol o badalo desta sinfonia especial: uma palavra dela…”

        “Tá ficando tarde”.

        “Sim, envelhecemos. O Tempo, soturno cocheiro deste carro fúnebre que é a Vida. Como disse Eliot, aliás, Yeats – ou foi Lampedusa? –, o Tempo, esse surdo‐mudo que nos leva às costas…”

        “Vamos logo que hoje eu não posso ficar toda a noite.”

        “Vamos! Para o Congresso Carnal. O monstro de duas costas do Bardo, acima citado. Que nossos espíritos entrelaçados alcem voo e fujam, e os sentidos libertos ergam o timão e insuflem as velas para a tormentosa viagem ao vórtice da existência humana, onde, que, a, e, o, um, como, quando, por que, sei lá…”

        “Vem logo.”

        “Palavras, palavras…”

        “Depressa!”

        “Já vou. Ah, se com estas roupas eu pudesse despir tudo, civilização, educação, passado, história, nome, CPF, derme, epiderme… Uma união visceral, pâncreas e pâncreas, os dois corações se beijando através das grades das caixas torácicas como Glenn Ford e Diana Lynn em…”

         “Vem. Assim. Isso. Acho que hoje vamos conseguir. Agora fica quieto e…”

         “Já sei!”

         “O quê? Volta aqui, pô”…”

         “Como um punhado de amoras na neve das estepes. A tua boca é como um punhado de amoras na neve das estepes!

                           

   (VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Cultura. In: As mentiras que os homens contam. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.)

Na linguagem utilizada pelo personagem masculino há predominância de determinada variedade linguística, porém, uma mudança quanto a tal escolha em razão de certa dificuldade na formulação do enunciado ocorre em

Alternativas
Comentários
  • Gab. D - "Pera só um...""

    Trata-se de linguagem informal.


ID
1883911
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia um trecho do texto do professor Sírio Possenti (A fonte completa foi omitida propositadamente).


“Saber falar significa saber uma língua. Saber uma língua significa saber uma gramática. [...] As crianças, por exemplo, não estudam sintaxe da colocação antes de ir à escola, mas, sempre que falam sequências que envolvem, digamos, um artigo e um nome, dizem o artigo antes e o nome depois [...]”              

                                                                                                  (POSSENTI, Sírio.)


Acerca do trecho lido, pode‐se afirmar que as considerações feitas refletem características da  

Alternativas
Comentários
  • A gramática latente é aquela que nasce com cada um, é um conhecimento empírico e aprendido de forma natural e espontânea. Está oculta, subentendida.

  • Tipos de Gramática

    1. Gramática Normativa

    É aquela que busca a padronização da língua, estabelecendo as normas do falar e escrever corretamente.Costuma ser utilizada em sala de aula e em livros didáticos. É também o tipo adotado no Só Português.

    2. Gramática Descritiva

    Ocupa-se da descrição dos fatos da língua, com o objetivo de investigá-los e não de estabelecer o que é certo ou errado. Enfatiza o uso oral da língua e suas variações.

    3. Gramática Histórica

    Estuda a origem e a evolução histórica de uma língua.

    4. Gramática Comparativa

    Dedica-se ao estudo comparado de uma família de línguas. O Português, por exemplo, faz parte da Gramática Comparativa das línguas românicas.

     

    P.S: não achei gramática latente no Dr. Google, porém achei algo sobre linguagem latente.

    fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/gramatica/

  • Essa questão foge do conhecimento habitual, sem condições de saber.

  • Sem stress. Prova para professor de língua portuguesa.

  • gabaritei graças ao seriado DR. Hause, pois foi nele que aprendi o que é latência.

    latência:  período durante o qual algo se elabora, antes de assumir existência efetiva 

  • Essa questão permite duas respostas, na minha opinião. A letra D, gramática universal, também seria possível, pois essa gramática também trata de modo de funcionamento de uma língua, sem ser parte de uma gramática normativa.


ID
1883914
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Uma esperança


      Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica‐se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.

      Houve um grito abafado de um de meus filhos:

      – Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.

      – Ela quase não tem corpo, queixei‐me.

      – Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.

      Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.

      – Ela é burrinha, comentou o menino.

      – Sei disso, respondi um pouco trágica.

      – Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.

      – Sei, é assim mesmo.

      – Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.

      – Sei, continuei mais infeliz ainda.

      Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando‐a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.

      – Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.

      Andava mesmo devagar – estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.

      Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a” aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar‐se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê‐la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:

      – É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...

      – Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com ferocidade.

      – Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da esperança.

      O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.

      Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá‐la.

      Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: “e essa agora? que devo fazer?” Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.

               

  (LISPECTOR, Clarice. Uma esperança. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

Considerando‐se o gênero textual apresentado, leia as características a seguir e assinale apenas as que lhe podem ser atribuídas.


I. Desenrolar de um conflito interior.

II. Narração de duas histórias simultâneas.

III. Independência textual em relação ao leitor. 

IV. Temporalidade narrativa composta por dois tipos temporais diferentes.  

Estão presentes no texto apenas as características

Alternativas
Comentários
  • d

     


ID
1883917
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Uma esperança


      Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica‐se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.

      Houve um grito abafado de um de meus filhos:

      – Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.

      – Ela quase não tem corpo, queixei‐me.

      – Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.

      Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.

      – Ela é burrinha, comentou o menino.

      – Sei disso, respondi um pouco trágica.

      – Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.

      – Sei, é assim mesmo.

      – Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.

      – Sei, continuei mais infeliz ainda.

      Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando‐a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.

      – Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.

      Andava mesmo devagar – estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.

      Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a” aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar‐se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê‐la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:

      – É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...

      – Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com ferocidade.

      – Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da esperança.

      O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.

      Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá‐la.

      Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: “e essa agora? que devo fazer?” Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.

               

  (LISPECTOR, Clarice. Uma esperança. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

Em relação ao conto de Clarice Lispector, é correto afirmar que sua construção acontece, principalmente em função

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D

    " esperança " no texto tem conotação tanto de inseto como o dos entimento.

    bons estudos
     


ID
1883920
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Uma esperança


      Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica‐se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.

      Houve um grito abafado de um de meus filhos:

      – Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.

      – Ela quase não tem corpo, queixei‐me.

      – Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.

      Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.

      – Ela é burrinha, comentou o menino.

      – Sei disso, respondi um pouco trágica.

      – Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.

      – Sei, é assim mesmo.

      – Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.

      – Sei, continuei mais infeliz ainda.

      Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando‐a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.

      – Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.

      Andava mesmo devagar – estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.

      Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a” aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar‐se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê‐la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:

      – É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...

      – Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com ferocidade.

      – Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da esperança.

      O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.

      Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá‐la.

      Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: “e essa agora? que devo fazer?” Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.

               

  (LISPECTOR, Clarice. Uma esperança. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

Quanto à classificação sintática dos termos da oração, identifique o que DIFERE dos demais destacados nos segmentos a seguir:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B
    A) SUJEITO  - NADA
    B) OBJETO DIRETO - UM GRITO ABAFADO - VERBO IMPESSOAL - HAVER COM SENTIDO DE EXISTIR
    C) SUJEITO - MEU FILHO
    D) SUJEITO - ELA

  • Todos são sujeitos, menos a b) que é uma oração com o verbo haver( oração sem sujeito), logo não ter a função sintática marcada nas outras e a que esta marcada nela é um objeto direto.

  • A letra B é oração sem sujeito, conforme a explicação da Thais, e NÃO objeto direto!

    Portanto, ignorem o comentário do Junior em relação à letra B!

     

    Fonte:

    http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint9.php

  • A explicação de Junior Silva está correta um grito abafado é OD do verbo haver que é VTD.

  • é oração sem sujeito ou objeto Direto. 

    já deu um nó, pois, dá a entender que o grito abafado é uma ação praticada por um dos filhos. 

    /

     

    Um erro muito comum, observado principalmente na comunicação oral, é a flexão do verbo “haver”. Esse verbo, no sentido de “ocorrer” ou “existir”, é impessoal. Isso significa que permanece na terceira pessoa do singular, pois não tem sujeito. Portanto, é errônea a flexão do verbo no plural. É provável que a origem do erro seja a associação da conjugação do verbo “haver” com os verbos “existir” e “ocorrer”. Estes têm sujeito e, portanto, flexionam-se de acordo com o número e a pessoa.

    fonte: http://escreverbem.com.br/como-flexionar-o-verbo-haver-2/

  • Não entendi o comentário do Antonio Souza!! A oração da letra B é realmente Oração Sem Sujeito, justamente pelo verbo HAVER estar no sentido de EXISTIR. Nesse caso se trata de um verbo impessoal que é VTD, tendo "um grito abafado" como seu complemento (OD), assim como colocou o colega Junior Silva. A questão pede que se identifique o que DIFERE dos demais, logo, o termo destacado da letra B se difere dos demais por não ser um sujeito, e sim um objeto direto. O Fato da oração ser sem sujeito não descaracteriza o termo como sendo objeto direto. 

  • A) Função de sujeito da oração. (O que não aconteceu? NADA)

    B) Complemento verbal com função de Objeto Direto. (o termo grifado completa o sentido do verbo)

                                       *  (O verbo haver no sentido de existir/ ocorrer/ acontecer, não possui sujeito.)

    C) Função de sujeito da oração. (Peguntamos ao verbo, quem explicou?) ( resposta = meu filho - (sujeito)

    D) Função de sujeito da oração. (Quem lá estava?) (resposta= ela - Sujeito da oração.)

    Resposta: Letra B

  • Na alternativa (A), o verbo “aconteceu” é intransitivo e “nada é
    o sujeito.
    Para ficar mais fácil, basta reordenar os termos na sua posição
    natural sujeito + verbo.
    Veja: nada aconteceu. Se colocarmos um plural, o
    verbo se flexionará no plural, o que também reforça que temos sujeito.
    Compare:

    Nada aconteceu.

    ALTERNATIVA (B), o verbo haver, no sentido de existir, é transitivo direto e
    não possui sujeito
    . Assim, o verbo “Houve” é transitivo direto e o termo “um
    grito abafado” é o objeto direto.     
    GABARITO ( TEM FUNÇÃO DIFERENTE DAS OUTRAS )


    Na alternativa (C), o verbo “explicou” encontra-se no singular porque
    seu sujeito “meu filho” também está no singular
    . Para ficar mais fácil, basta
    reordenar os termos na sua posição natural
    sujeito + verbo. Veja: meu filho
    explicou. Se colocarmos um plural, o verbo se flexionará no plural, o que
    também reforça que temos sujeito.

    Compare:
    meu filho explicou.
    meus filhos explicaram.

    Na alternativa (D), o verbo “estava”, neste contexto, é intransitivo, pois
    “ela” é o sujeito e
    “lá” é um adjunto adverbial de lugar. Note que a pergunta
    feita ao verbo tem relação com lugar: Onde ela estava?

  • QC vcs estão prestando um mau serviço, não há comentário de professores, sinceramente!!! Pra uma banca que é conhecida pelas sua dificuldade. O pior é quando aparece professor para explicar as relativamente fáceis


ID
1883923
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Uma esperança


      Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica‐se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.

      Houve um grito abafado de um de meus filhos:

      – Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.

      – Ela quase não tem corpo, queixei‐me.

      – Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.

      Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.

      – Ela é burrinha, comentou o menino.

      – Sei disso, respondi um pouco trágica.

      – Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.

      – Sei, é assim mesmo.

      – Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.

      – Sei, continuei mais infeliz ainda.

      Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando‐a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.

      – Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.

      Andava mesmo devagar – estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.

      Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a” aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar‐se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê‐la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:

      – É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...

      – Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com ferocidade.

      – Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da esperança.

      O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.

      Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá‐la.

      Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: “e essa agora? que devo fazer?” Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.

               

  (LISPECTOR, Clarice. Uma esperança. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

Considere o trecho “[...] e como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.” (5º§) e os comentários a seguir assinalando o verdadeiro.

Alternativas
Comentários
  •    – Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.

    a) A forma verbal são concorda com o sujeito "filhos"

    B) “que se falavam das duas esperanças”, mudaria o sentido pois "ele" o filho é quem falava.

    C) Se o "ele" fosse retirado, o verbo não iria obrigatoriamente para o plural.

    D) "como filho é surpresas para nós", estaria correto pois o verbo deve ser flexionado de acordo com o sujeito. 

  • Por favor!

    Qual a explicação para "surpresas" ficar no plural na letra D?

  • Alguém reparou que no texto o trecho aparece da seguinte forma: "– Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós,"? Ou seja, com vírgula depois do "e", o passo que no comando da questão não apresenta essa vírgula!

    Erro da banca? 
           ou
    Erro do Qc?

  • O idecan é campeã de recursos! pqp! cada questão! 

  • Questão TOP!

  • Banca podre

  • Cliquem em "Indicar para comentário" para que o professor comente a questão!!!

  • Mas que SURPRESAS de questão, espero não ter uma SURPRESAS dessa na prova. =D

  • Concodância ideológica. Analisem a idéia e verão que faz sentido. Comparem com "meus filhos é minha alegria". Parece feio, mas a alegria do sujeito é uma só, sendo tal alegria os filhos. =D

  • Então galera, eu acertei a questão, e, como vi que o pessoal tá com dúvida, vou expor como cheguei à solução.

    Bom, sabemos que o verbo ser tem algumas regras especiais de concordância, podendo concordar com o sujeito ou com o predicado. O ponto aqui é que quando um dos elementos (sujeito ou predicado) for pessoa e o outro for uma coisa, faz-se a concordância com a pessoa. Por esse motivo, discordo da posição do colega ali em baixo. Vamos lá:

    "como filho (pessoa - singular) é (concorda com a pessoa) surpresas (coisa - plural) para nós."

    "Meus filhos (pessoa - plural) são (concorda com a pessoa) minha alegria (coisa - singular)"

     

     

     

  • Pessoal, o entendimento é da seguinte forma:

    Foco no verbo "É" (ser) e pergunte para "ele": quem é surpresas? RESPOSTA: filho - portanto, filho é o sujeito desse verbo, que deve, obrigatoriamente, concordar com ele. 

    Pronto, só isso!

  • Posição oficial da banca quanto ao gabarito:

     

    "Recurso Improcedente. Ratifica-se a opção divulgada no gabarito preliminar.

    A alternativa D) Uma possibilidade de reescrita em que há correção gramatical, desconsiderando alteração de sentido, seria: “... e como filho é surpresas para nós...” não afirma que o texto original esteja em desacordo com a norma padrão da língua. A alternativa D) Uma possibilidade de reescrita em que há correção gramatical, desconsiderando alteração de sentido, seria: “... e como filho é surpresas para nós...” é considerada correta, pois, o verbo “ser” fica obrigatoriamente no singular quando se deseja fazer prevalecer a importância do sujeito sobre a do predicativo. Ex.: “Justiça é tudo, é as virtudes todas.” “Minha vida é essas duas crianças.” A alternativa “C) Caso o termo “ele” fosse omitido, a forma verbal “falava” seria empregada, obrigatoriamente, no plural; tendo em vista seu antecedente.” não pode ser considerada correta, pois, o trecho “[...] e como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.” (5º§) ficaria “[...] e como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que falavam das duas esperanças.” (5º§) não podendo ser aceita. A forma verbal “falava” está ligada ao sujeito “ele” ( singular) que, mesmo sendo omitido, o trecho “– Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.” mostra que o pronome “ele” é remissivo, fazendo referência a “meu filho”, a forma verbal permanece no singular."

     

    Fonte: https://idecan.s3.amazonaws.com/concursos/228/62_01022016091845.pdf

  • MONTE DE BISONHO!

  • Ordem de prioridade do verbo SER:


    1º - nomes próprios

    2º - pronomes pessoais

    3º - nomes personativos ( aluno, filho, médico, sobrinho, esposa)

    4º - palavras no plural

    5º - palavras no singular


    Ex.: Minhas filhas(3º) são (5º)benção.

  • Essa realmente cobra daqueles que estudam :D

  • Concordância com o verbo "SER"

    Obs.: admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer um elemento sobre o outro. Por exemplo:A vida é ilusões.

    gabarito (D) e como filho é surpresas para nós...”

  • a) "São" concorda com filhos, então tem que ficar no plural mesmo.

    b) Não mantém o sentido porque altera o sujeito. Reparem que, no primeiro caso, o sujeito é "ele". Já no segundo, o sujeito é simplesmente ignorado.

    c) O sujeito ficaria implícito, mas, dentro do contexto, seria possível saber que o referente é "filho" no singular. Sem falar que itens muito extremistas tendem a ser incorretos.

    d) Existe uma regra que diz que, com o verbo ser, a concordância pode ser com o Sujeito ou com o Predicativo.

    Ele é surpresas = correto/ Ele são surpresas = correto.

  • Cuidado com a letra C. É importante considerar a contextualização no texto

  • Q estranho!!!

  • Excelente Questão!!!                    gabarito: D

    a) "são" está concordando perfeitamente com o sujeito

    b) "se falavam" é uma construção com uso do índice de indeterminação do sujeito, o que torna o sujeito indeterminado. Se o sujeito passa a ser indeterminado, há alteração de conteúdo.

    c) retirar "ele" implica fazer sujeito oculto, nada impede

    d) Concordancia de acordo!!

  • Questão de quem realmente domina concordância verbal. Normalmente não é tão comum bancas cobrando regras de concordância tão específicas para o verbo ''ser'', que inclusive, são variadas.

    Porém, (Dá para fazer a questão por eliminação também!)

  • Acertei por eliminação e um pouco de sorte. Acho que essa banca só pode ta querendo pegar o título de "carrasca" da FGV

  • Gabarito: D

  • GABARITO - D

    A) A forma verbal “são” prejudica a compreensão textual tendo em vista a expressão no singular “uma surpresa”.

     filhos são uma surpresa para nós

    Na concordância com o verbo ser é possível estabelecer a concordância com o sujeito ou com o predicativo.

    ________________________________________________

    B) Uma alternativa de construção , mantendo o sentido original, para “que ele falava das duas esperanças” é “que se falavam das duas esperanças”.

    ele falava das duas esperanças

    se falavam das duas esperanças

    Há uma alteração de sentido..

    ________________________________________________

    C) Caso o termo “ele” fosse omitido, a forma verbal “falava” seria empregada, obrigatoriamente, no plural; tendo em vista seu antecedente.

     descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.”

    A omissão do sujeito não levaria o verbo ao plural.

     descobri com surpresa que falava das duas esperanças.”

    ______________________________________________

    D) Uma possibilidade de reescrita em que há correção gramatical, desconsiderando alteração de sentido, seria: “... e como filho é surpresas para nós...”

    Na concordância com o verbo ser é possível estabelecer a concordância com o sujeito ou com o predicativo.

  • Perdi uns 4 min, mas deu certo


ID
1883926
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Uma esperança


      Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica‐se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.

      Houve um grito abafado de um de meus filhos:

      – Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.

      – Ela quase não tem corpo, queixei‐me.

      – Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.

      Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.

      – Ela é burrinha, comentou o menino.

      – Sei disso, respondi um pouco trágica.

      – Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.

      – Sei, é assim mesmo.

      – Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.

      – Sei, continuei mais infeliz ainda.

      Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando‐a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.

      – Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.

      Andava mesmo devagar – estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.

      Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a” aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar‐se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê‐la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:

      – É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...

      – Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com ferocidade.

      – Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da esperança.

      O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.

      Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá‐la.

      Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: “e essa agora? que devo fazer?” Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.

               

  (LISPECTOR, Clarice. Uma esperança. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

Tendo em vista o processo de comunicação e os elementos que o compõem, pode‐se afirmar que o último parágrafo do texto pode ser visto com um exemplo em que

Alternativas
Comentários
  • Funça da linguagem emotiva ou expressiva.

  • Funções da Linguagem

    1 - Referencial ou denotativa - Usada para expressar a realidade, o fato externo, a informação. Ela põe em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual mensagem se refere.  Ex.: o noticiário  do jornal, da TV.
     
     2 - Conativa ou apelativa - Usada para dar conselhos, avisos, ordens ou pedidos:
          Cuidado!
          É proibido fumar!
          Vem cá, menino!
          Ajude-me!
     
     3 - Emotiva ou expressiva - Serve para expressar atitudes e emoções. Reflete o estado de ânimo do emissor, seus sentimentos e emoções.
    Como é o caso do texto! 


     4 - Fática - Esta função serve para manter o diálogo, mesmo sem transmitir mensagens precisas. Não comunica nada, mas mantém aberto o canal de comunicação entre o emissor e o receptor:
          E aí, tudo bem?
          Alô, está me ouvindo?
     
     5 - Poética - Usamos esta linguagem para produzir efeitos artísticos. A mensagem, elaborada, trabalhada artisticamente, visa a encantar quem a ouve ou lê. Ex.: uma peça teatral, um poema...
     
    6 - Metalinguística - Utilizamos esta linguagem para explicar o significado de outra linguagem. Ela possibilita a um código se referir a ele mesmo, explicando-se.
    É a palavra comentando a palavra.  Exemplos:

    a) Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido completo.
    (Note que, para darmos a definição de frase, empregamos uma frase. O código utilizado foi a língua portuguesa).
    b) O português é uma das línguas mais difíceis do mundo.
    (Para falar das dificuldades da língua, usamos o próprio idioma).

    fonte: recantodasletras.com.br

  • Deu como Gab a C.

  • Para quem conhece Clarice Lispector fica muito mais fácil rs

  • Funções da Linguagem: 

    - As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante. Elas são classificadas em 6 tipos: função referencial, função emotiva, função poética, função fática, função conativa e função metalinguística. Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na comunicação: emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto. Assim, elas determinam o objetivo dos atos comunicativos.

    1 Emissor = função emotiva (ou expressiva)

    2 Contexto = função referencial 

    3 Mensagem = função poética

    4 Código = função metalinguística

    5 Interlocutor = função conativa (ou apelativa)

    6 Canal = função fática 

    - Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem podem estar presentes num mesmo texto.

    • Função Emotiva ou Expressiva 

    - Também chamada de função expressiva, na função emotiva o emissor tem como objetivo principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por meio da própria opinião. Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o EMISSOR, uma vez que possui um caráter pessoal. 

    - Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários. Todos eles são marcados pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação, etc.

    - Exemplo de e-mail da mãe para os filhos:

    Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se preocupem, em breve a mamãe chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui adiantar a viagem em uma semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje e amanhã.... Quando chegar, quero encontrar essa casa em ordem, combinado?!?

  • que texto boinito


ID
1883929
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Uma esperança


      Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica‐se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.

      Houve um grito abafado de um de meus filhos:

      – Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.

      – Ela quase não tem corpo, queixei‐me.

      – Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.

      Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.

      – Ela é burrinha, comentou o menino.

      – Sei disso, respondi um pouco trágica.

      – Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.

      – Sei, é assim mesmo.

      – Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.

      – Sei, continuei mais infeliz ainda.

      Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando‐a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.

      – Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.

      Andava mesmo devagar – estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.

      Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a” aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar‐se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê‐la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:

      – É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...

      – Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com ferocidade.

      – Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da esperança.

      O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.

      Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá‐la.

      Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: “e essa agora? que devo fazer?” Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.

               

  (LISPECTOR, Clarice. Uma esperança. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

As palavras, de acordo com sua classificação morfológica e funções comunicativas, podem apresentar diferentes efeitos discursivos. De acordo com o exposto, analise dois segmentos a seguir.


I.Mas ela vai esmigalhar a esperança!” (18º§)

II.Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive...” (21º§)


Sobre os dois segmentos destacados anteriormente, é correto afirmar que  

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra "D".

    “Mas ela vai esmigalhar a esperança!” (18º§) - oposição/contraste

    “Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive...” (21º§) - adição

     

     

  • I - Conjunção adversativa

    II - Palavra denotativa de realce

  • Gabarito Letra "D".

    “Mas ela vai esmigalhar a esperança!”- oposição/contraste - O.C.ADVERSATIVA

    “Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive... - O.C.ADITIVA

  • Item 1 é uma conjunção adversativa e no 2 é uma partícula expletiva. 

  • I. “Mas ela vai esmigalhar a esperança!” (18º§) - Conjunção Adversativa com sentido de quebra contraposição/contraste

    II. “Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive...” (21º§) - Conjunção Adversativa com sentido de realce/reforço

  • GABARITO - D

    I. “Mas ela vai esmigalhar a esperança!

    ( Traz ideia de adversidade )

    _______________________________________________________

    II. “Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive...”

    Uma partícula/expressão expletiva (ou de realce) tem o papel de realçar ou enfatizar um vocábulo ou um segmento da frase. Ela nunca exerce função sintática. Pode ser retirada da frase sem prejuízo sintático ou semântico

    _______________________________________________________

    Bons estudos!


ID
1883932
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Uma esperança


      Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica‐se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.

      Houve um grito abafado de um de meus filhos:

      – Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.

      – Ela quase não tem corpo, queixei‐me.

      – Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.

      Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.

      – Ela é burrinha, comentou o menino.

      – Sei disso, respondi um pouco trágica.

      – Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.

      – Sei, é assim mesmo.

      – Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.

      – Sei, continuei mais infeliz ainda.

      Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando‐a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.

      – Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.

      Andava mesmo devagar – estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.

      Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a” aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar‐se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê‐la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:

      – É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...

      – Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com ferocidade.

      – Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da esperança.

      O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.

      Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá‐la.

      Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: “e essa agora? que devo fazer?” Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.

               

  (LISPECTOR, Clarice. Uma esperança. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

Acerca da expressão das intenções comunicativas do enunciador, considere o segmento “E, acho que não aconteceu nada.” (22º§) e assinale dentre o grupo de exemplos a seguir, o que mais se aproxima em relação à modalização enunciativa.

Alternativas
Comentários
  • "E acho que não aconteceu nada" - gera um sentimento de dúvida, pois não se tem certeza, bem como no sentido expresso na frase: "É possível que tenha obtido sucesso neste empreeendimento".

  • GABARITO LETRA D.

  • Misericórdia! Jamais imaginei que se tratava de dúvida...


ID
1883935
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Uma esperança


      Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica‐se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.

      Houve um grito abafado de um de meus filhos:

      – Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.

      – Ela quase não tem corpo, queixei‐me.

      – Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.

      Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.

      – Ela é burrinha, comentou o menino.

      – Sei disso, respondi um pouco trágica.

      – Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.

      – Sei, é assim mesmo.

      – Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.

      – Sei, continuei mais infeliz ainda.

      Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando‐a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.

      – Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.

      Andava mesmo devagar – estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.

      Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a” aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar‐se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê‐la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:

      – É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...

      – Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com ferocidade.

      – Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da esperança.

      O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.

      Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá‐la.

      Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: “e essa agora? que devo fazer?” Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.

               

  (LISPECTOR, Clarice. Uma esperança. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

Dentre as expressões destacadas, apenas uma NÃO produz o mesmo efeito de sentido visto nas demais; assinale‐a.

Alternativas
Comentários
  • a)"Aqui em casa" : advérbio de lugar

    b)"com ferocidade": advérbio de modo (resposta)

    c)"na parede" : advérbio de lugar

    d)"em mim": advérbio de lugar

    Corrija-me se estiver errada. Bons Estudos!

  • adjunto adverbial se liga ao verbo com ou sem preposição,indica uma circunstãncia

    se liga tambem ao adjetivo ou ao advérbio para intensificar o sentido

     

  •  a) “Aqui em casa pousou uma esperança.” (1º§)     (ERRADO)     OBS.   Adjunto adverbial de lugar

     

     b)“... respondeu o menino com ferocidade.” (18º§)    (CORRETO)     OBS.   Adjunto adverbial de modo, ou seja, o modo como o menino respondeu.

     

     c)“– Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira!” (3º§)     (ERRADO)     OBS.   Adjunto adverbial de lugar

     

     d) “... esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim,...” (3º§)    (ERRADO)     OBS.   Adjunto adverbial de lugar

  • Todos são discursos diretos, menos a B.
  •        Nas alternativas os termos grifados são adjuntos adverbiais. Há três termos com valor de lugar e um com valor de modo. Para ficar mais fácil perceber isso, basta lembrar que achamos o lugar com a pergunta “Onde?” e o modo com a pergunta “Como?”.
           Assim, notamos que as alternativas (A), (C) e (D) apresentam os termos com adjunto adverbial de lugar: Pousou onde? Uma esperança onde? Pousar onde?
           Já na alternativa (B) a pergunta que se faz é como o menino respondeu?
           Assim, confirmamos que a alternativa (B) é a que NÃO produz o mesmo efeito de sentido visto nas demais.

    Prof. Décio Terror
    Estratégia Concursos

  • (B )

    Na letra B) temos uma que não expressa modo.


ID
1883938
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Uma esperança


      Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica‐se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.

      Houve um grito abafado de um de meus filhos:

      – Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.

      – Ela quase não tem corpo, queixei‐me.

      – Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.

      Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.

      – Ela é burrinha, comentou o menino.

      – Sei disso, respondi um pouco trágica.

      – Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.

      – Sei, é assim mesmo.

      – Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.

      – Sei, continuei mais infeliz ainda.

      Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando‐a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.

      – Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.

      Andava mesmo devagar – estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.

      Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a” aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar‐se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê‐la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:

      – É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...

      – Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com ferocidade.

      – Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da esperança.

      O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.

      Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá‐la.

      Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: “e essa agora? que devo fazer?” Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.

               

  (LISPECTOR, Clarice. Uma esperança. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

Acerca do processo que consiste em combinar duas unidades livres, através do uso de conectivos destacados, identifique a correta relação indicada entre os dois termos associados.

Alternativas
Comentários
  • PARA= Expressa ideia de FINALIDADE.

    Tais como: para que, a fim de que, de modo que, de forma que, de sorte que, porque.

  • No contexto da questão,  sim!  Porém,  o "Para" nem sempre indicará FINALIDADE. 


ID
1883941
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Uma esperança


      Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica‐se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.

      Houve um grito abafado de um de meus filhos:

      – Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.

      – Ela quase não tem corpo, queixei‐me.

      – Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.

      Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.

      – Ela é burrinha, comentou o menino.

      – Sei disso, respondi um pouco trágica.

      – Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.

      – Sei, é assim mesmo.

      – Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.

      – Sei, continuei mais infeliz ainda.

      Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando‐a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.

      – Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.

      Andava mesmo devagar – estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.

      Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a” aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar‐se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê‐la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:

      – É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...

      – Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com ferocidade.

      – Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da esperança.

      O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.

      Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá‐la.

      Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: “e essa agora? que devo fazer?” Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.

               

  (LISPECTOR, Clarice. Uma esperança. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

Quanto à formação de palavras, em português há cinco processos principais, dentre eles a derivação e composição. Em “Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.” (3º§) o termo destacado é formado por meio de acréscimo de afixo cujo sentido equivale ao visto em todos os vocábulos da alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Diferentes significados do radical -i -in -im: movimento para dentro, revestimento, sentido contrário, privação, negação.

    A questão pede palavras que contenham o mesmo significado de -in em indubitável = que não se pode duvidar (negação, contrário):

    a) insolar - expor ao sol; inscrever - escrever em; INATIVO (certo)

    b) INDELICADO (certo); inserir - fazer entrar; INFIXO (certo)

    c) influir - correr para dentro; incrustar - cobrir com crosta; incriminar

    d) CORRETA - todos apresentam sentido de negação do radical

    imprestável: que não presta

    imberbe: que não tem barba

    indispensável: que não se pode dispensar

  • Significado de Imberbe

    adj. Jovem; de pouca idade; que ainda está na juventude. Sem barba; cujo rosto ou o queixo não possui pelos. s.m.Indivíduo jovem ou desprovido de barba.

    (Etm. do latim: imberbis.e)

  • Não entendi o que a questão pediu, achei que não seria a alternativa 'd' pois a palavra "indispensável" é uma derivação prefixal e sufixal.

    Me corrijam caso eu esteja errada.

  • *AFIXOS:* são palavras formadas por PREFIXO E SUFIXO


ID
1883947
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Eu tinha vontade de fazer como os dois homens que vi sentados na terra escovando osso. No começo achei que aqueles homens não batiam bem. Porque ficavam sentados na terra o dia inteiro escovando osso. Depois aprendi que aqueles homens eram arqueólogos. E que eles faziam o serviço de escovar osso por amor. E que eles queriam encontrar nos ossos vestígios de antigas civilizações que estariam enterradas por séculos naquele chão. Logo pensei de escovar palavras. Porque eu havia lido em algum lugar que as palavras eram conchas de clamores antigos. Eu queria ir atrás dos clamores antigos que estariam guardados dentro das palavras. Eu já sabia também que as palavras possuem no corpo muitas oralidades remontadas e muitas significâncias remontadas. Eu queria então escovar as palavras para escutar o primeiro esgar de cada uma. Para escutar os primeiros sons, mesmo que ainda bígrafos. Comecei a fazer isso sentado em minha escrivaninha. Passava horas inteiras, dias inteiros fechado no quarto, trancado, a escovar palavras. Logo a turma perguntou: o que eu fazia o dia inteiro trancado naquele quarto? Eu respondi a eles, meio entresonhado, que eu estava escovando palavras. Eles acharam que eu não batia bem. Então eu joguei a escova fora.   


               (BARROS, Manoel de. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003.)

Outra alternativa estrutural em que há correção gramatical e semântica para comunicar o mesmo conteúdo de “Eles acharam que eu não batia bem. Então eu joguei a escova fora.” está em, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO C

    POIS OUVE UMA TROCA DE SENTIDO NA ALTERNATIVA !

  • Essa análise é uma questão de saber o que aconteceu primeiro. Na frase original, primeiro "eles acharam que eu não batia bem". Depois "eu joguei a escova fora". A palavra "então" reforça isso. Em relação às alternativas, a única que muda essa ordem é a alternativa "c". A palavra "quando", na oração, indica uma precedência, ou seja, que aconteceu primeiro. A alternativa diz: "quando eu joguei a escova fora, eles acharam que eu não batia bem". Nessa caso, primeiro ele jogou a escova fora e depois eles acharam que ele não batia bem. Portanto, a alternativa que diverge da frase original é a "c".

    Corrijam-me, se estiver errado, por favor.

  • Alternativa

    Porque ele colocou o "Quando" (Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.

    Então podemos dizer que de acordo com a opnião deles ele joga de imediato a escova fora.

     

  • Trata-se de uma questão sequencial, primeiro "eles acharam que eu não batia bem", para então "jogar a escova fora".


ID
1883950
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A) Joguei a escova fora quando eles acharam que não batia bem.

B) Quando eles acharam que eu não batia bem, joguei a escova fora.

C) Quando eu joguei a escova fora, eles acharam que eu não batia bem.

D) Eles acharam que eu não batia bem; nessa ocasião, joguei a escova fora.

Considerando que as alternativas de A a D da questão anterior apresentam períodos constituídos, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Alguém para explicar a questão?

  • Acredito que a tal "questão anterior " seja essa :

    Outra alternativa estrutural em que há correção gramatical e semântica para comunicar o mesmo conteúdo de “Eles acharam que eu não batia bem. Então eu joguei a escova fora.” está em, EXCETO: 

    a)  Joguei a escova fora quando eles acharam que não batia bem.

    b) Quando eles acharam que eu não batia bem, joguei a escova fora.

    c) Quando eu joguei a escova fora, eles acharam que eu não batia bem.

    d) Eles acharam que eu não batia bem; nessa ocasião, joguei a escova fora.

  • Joguei a escova fora (or. principal) quando eles acharam que não batia bem (or. subordinada adverbial temporal) - que não batia bem (or. subordinada substantiva objetiva direta).

    Eles acharam que eu não batia bem (or. coordenada assindética); nessa ocasião (ajdunto adverbial de tempo), joguei a escova fora (or. coordenada assindética).

  • C

     


ID
1883953
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Eu tinha vontade de fazer como os dois homens que vi sentados na terra escovando osso. No começo achei que aqueles homens não batiam bem. Porque ficavam sentados na terra o dia inteiro escovando osso. Depois aprendi que aqueles homens eram arqueólogos. E que eles faziam o serviço de escovar osso por amor. E que eles queriam encontrar nos ossos vestígios de antigas civilizações que estariam enterradas por séculos naquele chão. Logo pensei de escovar palavras. Porque eu havia lido em algum lugar que as palavras eram conchas de clamores antigos. Eu queria ir atrás dos clamores antigos que estariam guardados dentro das palavras. Eu já sabia também que as palavras possuem no corpo muitas oralidades remontadas e muitas significâncias remontadas. Eu queria então escovar as palavras para escutar o primeiro esgar de cada uma. Para escutar os primeiros sons, mesmo que ainda bígrafos. Comecei a fazer isso sentado em minha escrivaninha. Passava horas inteiras, dias inteiros fechado no quarto, trancado, a escovar palavras. Logo a turma perguntou: o que eu fazia o dia inteiro trancado naquele quarto? Eu respondi a eles, meio entresonhado, que eu estava escovando palavras. Eles acharam que eu não batia bem. Então eu joguei a escova fora.   


               (BARROS, Manoel de. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003.)

No texto transcrito, o autor fala de uma relação pessoal com a palavra que de igual modo pode ser observada através do segmento a seguir, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Pelo o que eu entedi ele quer que você ache uma relação pessoal mesmo. Algo do proprio autor.

    Então, eu tinha ficado na duvida entre B e D. Mas marquei a alternativa D, porque achei que ele quis se expressar mais o lado pessoal dele.

  • Ele quer saber qual das alternativas a palavra não é tratada como objeto ou não está personificada ou não está no sentido conotativo.

    A) Está como se fosse um objeto que sofre ações de ser torcida, aprimorada, limada
    B) Está personificada no sentido de várias faces. Da mesma forma que conotativamente dizemos que uma pessoa também tem muitas faces
    C) As palavras tem o poder de ação; de levantar algo
    D) As palavras estão empregadas no sentido denotativo de palavras (CERTO)


ID
1883956
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

I. “Falar contra a ‘gramatiquice’ não significa propor que a escola só seja ‘prática’, não reflita sobre questões de língua. Seria contraditório propor esta atitude, principalmente porque se sabe que refletir sobre a língua é uma das atividades usuais dos falantes e não há razão para reprimi‐la na escola. Trata‐se apenas de reorganizar a discussão, de alterar prioridades [...]”                       

                                                                                                  (POSSENTI, Sírio.)


II. “Desse modo, a glotodidática não pode, sem uma análise mais profunda, adotar como normais na gramática escolar ‘desvios’ da chamada língua padrão só pelo peso da sua frequência na chamada língua coloquial ou familiar.”

                                                                                          (BECHARA, Evanildo.)  

*(As fontes completas foram omitidas propositadamente).


Em relação aos fragmentos e aos pontos de vista apresentados, pode‐se afirmar que os dois

Alternativas
Comentários
  • Gente, o gabarito dessa questão está errado com certeza! Indiquem para comentário por gentileza.

  • Gabriela, as questões dessa banca carregam um peso de subjetividade muito grande, infelizmente. Mas nessa questão realizando uma profunda interpretação concordo com o gabarito.

    no primeito item: o texto crítica o estudo da gramática engessada recheada de normas, porém isso não quer dizer que não haverá um equilibrio entre a gramática e a lingua falada (linguística). Tem que haver sim essa harmonia.

    no segundo item: afirma que não pode exagerar do uso da língua falada, achando que todo "vício de linguagem" é normal. Devendo haver um equílibrio entre a língua falada e a norma.


    Dessa forma, os dois itens se convergem. Realmente, a questão B está correta até na parte que: tratam-se de formas diferentes do mesmo assunto, mas o final não tem nada haver. Dessa forma o gabarito mais correto é o item D

  • Não apresenta qualquer tipo de divergência?? Também acredito que este gabarito esteja errado.

  • Também errei a questão. Lendo com mais atenção, a parte "não apresentando qualquer tipo de divergência quanto ao assunto tratado" realmente faz sentido, uma vez que o assunto tratado nas duas frases é o mesmo. O que é diferente, ao meu ver, é a forma como o mesmo assunto é tratado nas duas frases. 


ID
1883959
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Durante um trabalho de reescritas de textos de uma turma, o professor se depara com a seguinte frase: “Foi difícil para mim perceber o erro”. Com o objetivo de ampliar o conhecimento do aluno em relação à atividade proposta, o professor deverá

Alternativas
Comentários
  • Quando dizemos “Foi difícil para mim perceber o erro”, não cometemos erro nenhum. Neste caso, “mim” não está escalado no papel de sujeito do verbo perceber. Na verdade, “perceber o erro” é que é sujeito (oracional) do verbo ser. “Para mim” é apenas adjunto adverbial, um termo acessório com o sentido de “em minha opinião”.


ID
2247646
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                          Caça aos racistas

Alunos da Universidade Princeton querem tirar o nome de Woodrow Wilson de uma das mais importantes faculdades da instituição, a Woodrow Wilson School of Public and International Affairs. O motivo, é claro, é o racismo.

Thomas Woodrow Wilson (1856‐1924) ocupou a Presidência dos EUA por dois mandatos (1913‐1921). Era membro do Partido Democrata, levou o Nobel da Paz em 1919 e foi reitor da própria universidade. Mas Wilson era inapelavelmente racista. Achava que negros não deveriam ser considerados cidadãos plenos e tinha simpatias pela Ku Klux Klan. Merece ter seu nome cassado?

A resposta é, obviamente, “tanto faz”. Um nome é só um nome e, para quem já morreu, homenagens não costumam mesmo fazer muita diferença. De resto, discussões sobre racismo são bem‐vindas. Receio, porém, que a demanda dos alunos caminhe perigosamente perto do anacronismo. Sim, Wilson era racista, mas não podemos esquecer que a época também o era. O 28º presidente dos EUA não está sozinho.

“Não sou nem nunca fui favorável a promover a igualdade social e política das raças branca e negra... há uma diferença física entre as raças que, acredito, sempre as impedirá de viver juntas como iguais em termos sociais e políticos. E eu, como qualquer outro homem, sou a favor de que os brancos mantenham a posição de superioridade.” Essa frase, que soa particularmente odiosa a nossos ouvidos modernos, é de Abraham Lincoln, que, não obstante, continua sendo considerado um campeão dos direitos civis.

O problema são os americanos; eles são atavicamente racistas, dirá o observador antiimperialista. Talvez não. “O negro é indolente e sonhador, e gasta seu dinheiro com frivolidades e bebida”. Essa pérola é de Che Guevara. Alguns dizem que, depois, mudou de opinião. Quem não for prisioneiro de seu próprio tempo que atire a primeira pedra.

(SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de S. Paulo, 13 de dezembro de 2015.)

De acordo com a estrutura e os recursos textuais apresentados, é correto afirmar acerca do texto em análise que sua principal finalidade é

Alternativas
Comentários
  • frases do tipo:


    ...A resposta é, obviamente, “tanto faz”.

     ...Um nome é só um nome e, para quem já morreu, homenagens não costumam mesmo fazer muita diferença. De resto, discussões sobre racismo são bem‐vindas. Receio, porém, que... 


    Já deixa bem claro que o autor expressa sua opinião pessoal em várias partes do texto. 

  • desenvolver o conceito de racismo relacionado a épocas diferentes.  O conceito é sempre o mesmo, o que acontece é a apresentação de citações controversas de personagens históricos considerados heróis;

    oferecer esclarecimentos sobre o fato motivador para o desenvolvimento do texto. Hã? O texto explicando o texto? Seria a metalinguagem;

    apresentar opinião pessoal para um debate público acerca de uma questão de caráter social. Por enquanto esta, sugestiva, simplista, mas, vamos à frente;

    buscar, através do discurso social, a expressão da subjetividade utilizando uma linguagem amplamente metafórica. O tal amplamente não acontece, e metáforas não, não para um texto informativo;

    Assinalemos C de certo.

  • Resposta: Letra C.

    O texto é dissertativo-argumentativo, caracterizado pela explicação de determinado tema e exposição de perspectiva sobre o assunto. O autor tem o evidente objetivo de promover debate sobre o racismo e expor alguns de seus pensamentos sobre o assunto, afirmando que acusar o ex-presidente americano de racismo sem considerar o contexto histórico seria anacronismo. Basicamente, o artigo argumenta em favor dessa ideia.

    Em resposta a recurso, a Banca Examinadora apresenta a seguinte justificativa: "A alternativa 'A) desenvolver o conceito de racismo relacionado a épocas diferentes.' não pode ser considerada correta, pois, a palavra 'conceito' segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, significa 'concepção que alguém tem de uma palavra, noção, concepção, ideia; noção abstrata contida nas palavras de uma língua para designar as propriedades e características de uma classe de seres, objetos ou entidades abstratas'. Portanto, não é possível identificar no texto em análise o conceito de racismo, ou seja, o que é racismo, em momento algum. Poderíamos afirmar que há exemplos de racismo, mas não conceito. A alternativa 'C) apresentar opinião pessoal para um debate público acerca de uma questão de caráter social.' é adequadamente considerada correta, pois, trata-se de um artigo de opinião. Nos meios jornalísticos, o artigo de opinião representa um espaço aberto à participação de especialistas que desejam tornar público seu ponto de vista sobre uma questão polêmica. O artigo expressa uma opinião com o objetivo de contribuir para o debate público. Todo o texto, as informações apresentadas, citações, etc. são recursos utilizados na construção do raciocínio da argumentação".

    Espero ter contribuído...

    Abraços!

  • Eu concordo que a letra C esteja correta, porém não entendi porque a B está errada...
     

  • Gab. C

     

     a) desenvolver o conceito de racismo relacionado a épocas diferentes.  

    # Por mais que o autor cite, em alguns parágrafos, a "opnião" de algumas pessoas, de determinada época,  não foi a sua "principal finalidade", apenas utilizou o recurso para dar credibilidade ao texto.

     

     b) oferecer esclarecimentos sobre o fato motivador para o desenvolvimento do texto

    # o fato motivador é o racismo, conforme segue no 1º parágrado, "Alunos da Universidade Princeton querem tirar o nome de Woodrow Wilson de uma das mais importantes faculdades da instituição, a Woodrow Wilson School of Public and International Affairs. O motivo, é claro, é o racismo."

    # Mas, não há esclarecimentos a respeito do racismo, o que existe são posicionamentos e opniões sobre o racisto. Em nenhum momento foi explicado, ou procurou deixar claro o queé o racismo, essa não foi a principal finalidade do texto.

     

    Significado de Esclarecer

    v. t.
    1. tornar claro ou compreensível: esclarecer um ponto; esclarecer um mistério
    2. explicar, informar: esclarecer alguém

     

    c) apresentar opinião pessoal para um debate público acerca de uma questão de caráter social.

    # Correto. Embasado pelo seguintes parágrafos:

    3º par. "A resposta é, obviamente, “tanto faz”. Um nome é só um nome e, para quem já morreu, homenagens não costumam mesmo fazer muita diferença. De resto, discussões sobre racismo são bem‐vindas. Receio, porém, que a demanda dos alunos caminhe perigosamente perto do anacronismo. Sim, Wilson era racista, mas não podemos esquecer que a época também o era. O 28º presidente dos EUA não está sozinho.

     

    5º par. "O problema são os americanos; eles são atavicamente racistas, dirá o observador antiimperialista. Talvez não. 'O negro é indolente e sonhador, e gasta seu dinheiro com frivolidades e bebida'. Essa pérola é de Che Guevara. Alguns dizem que, depois, mudou de opinião. Quem não for prisioneiro de seu próprio tempo que atire a primeira pedra."

     

     d) buscar, através do discurso social, a expressão da subjetividade utilizando uma linguagem amplamente metafórica.  

    # primeira que descartei... Não vi nenhuma ligação.

     


ID
2247649
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                          Caça aos racistas

Alunos da Universidade Princeton querem tirar o nome de Woodrow Wilson de uma das mais importantes faculdades da instituição, a Woodrow Wilson School of Public and International Affairs. O motivo, é claro, é o racismo.

Thomas Woodrow Wilson (1856‐1924) ocupou a Presidência dos EUA por dois mandatos (1913‐1921). Era membro do Partido Democrata, levou o Nobel da Paz em 1919 e foi reitor da própria universidade. Mas Wilson era inapelavelmente racista. Achava que negros não deveriam ser considerados cidadãos plenos e tinha simpatias pela Ku Klux Klan. Merece ter seu nome cassado?

A resposta é, obviamente, “tanto faz”. Um nome é só um nome e, para quem já morreu, homenagens não costumam mesmo fazer muita diferença. De resto, discussões sobre racismo são bem‐vindas. Receio, porém, que a demanda dos alunos caminhe perigosamente perto do anacronismo. Sim, Wilson era racista, mas não podemos esquecer que a época também o era. O 28º presidente dos EUA não está sozinho.

“Não sou nem nunca fui favorável a promover a igualdade social e política das raças branca e negra... há uma diferença física entre as raças que, acredito, sempre as impedirá de viver juntas como iguais em termos sociais e políticos. E eu, como qualquer outro homem, sou a favor de que os brancos mantenham a posição de superioridade.” Essa frase, que soa particularmente odiosa a nossos ouvidos modernos, é de Abraham Lincoln, que, não obstante, continua sendo considerado um campeão dos direitos civis.

O problema são os americanos; eles são atavicamente racistas, dirá o observador antiimperialista. Talvez não. “O negro é indolente e sonhador, e gasta seu dinheiro com frivolidades e bebida”. Essa pérola é de Che Guevara. Alguns dizem que, depois, mudou de opinião. Quem não for prisioneiro de seu próprio tempo que atire a primeira pedra.

(SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de S. Paulo, 13 de dezembro de 2015.)

Alguns recursos de linguagem são utilizados com o propósito de conferir maior credibilidade ao texto. Dentre os que foram empregados com tal fim, estão:

I. Refutação de argumentos contrários.

II. A escolha do tipo de linguagem utilizada.

III. Inserção de citações que reforçam a tese construída pelo autor.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • esse item I lascou geral. 


    fui pesquisar o significado da palavra Refutação, e quer dizer negar, rejeitar, dar combate por meio de argumentos, ou seja, opor-se a pensamentos contrários.



  • Mesmo que apareçam os elementos no texto, deveremos observar seu propósito, o qual deve ser "dar credibilidade".
    I.
    Refutação de argumentos contrários.
    Não há. O comentarista apenas amplia a visão do argumentador, dando a noção do indivíduo em sua geração/época, e hoje é dificílimo afirmar todas essas ideias sem fatos, nomes ou citações;

    II. A escolha do tipo de linguagem utilizada.
    Usa uma linguagem séria/grave e eu não sei o melhor termo mas o texto é informativo, não-literário, sem humor, sem trocadilhos, sem elementos vagos;

    III. Inserção de citações que reforçam a tese construída pelo autor.
    Alternativa mais lógica. As citações hodiernamente são as melhores fontes para uma redação. Transmitimos a responsabilidade de uma frase controversa, como as presentes no texto; aparentamos cultura e leitura; dividimos o mérito de informações enquanto inspiramos respeito no fato de ser generosos ao citar personagens honrados.
    ...
    Bons estudos! Leiam A ARTE DA GUERRA Sun Tzu

  • Refutação significa argumento..

  • Resposta: Letra D.

    O gabarito preliminar apresentava a Letra A como alternativa correta. Após os recursos, houve mudança de gabarito, adotando-se a alternativa D.

    Segundo a Banca Examinadora, em resposta a recurso: "O gênero textual apresentado deve ser crível, coerente e consistente. Para isso alguns recursos são utilizados conferindo-lhe maior credibilidade. A refutação de argumentos contrários é um recurso argumentativo que ocorre quando o autor expõe com clareza as objeções conhecidas à tese por ele defendida e consegue refutá-las com argumentos sólidos. Trata-se, portanto, de uma estratégia argumentativa, de persuasão, de convencimento e não de credibilidade. A escolha do tipo de linguagem utilizada confere ao texto credibilidade, o uso da linguagem padrão - considerando-se o tipo textual apresentado e o público a que se destina – é adequado; caso fosse utilizada a linguagem informal de forma predominante, ou alguma outra variedade linguística ( como a regional, por exemplo) não haveria o mesmo nível de aceitação/credibilidade considerando-se o veículo de comunicação e o público alvo. A inserção de citações tais como as apresentadas no texto têm a função de autorizar determinadas afirmações. O autor do texto demonstra através delas que grandes personalidades do passado, reverenciadas nos dias atuais, declararam expressões racistas de acordo com o contexto histórico-cultural do qual faziam parte. Tal recurso confere credibilidade ao texto em análise".

    Espero ter contribuído...

    Abraços!

  • A refutação de argumento contrário que encontrei foi esta:

    O problema são os americanos; eles são atavicamente racistas, dirá o observador antiimperialista. Talvez não. “O negro é indolente e sonhador, e gasta seu dinheiro com frivolidades e bebida". Essa pérola é de Che Guevara.

  • Se o argumeto dele é que à época as pessoas eram racistas, um argumento contrário seria dizer que as pessoas não eram racistas naquela época. Portanto não são apresentados no texto argumentos contrários a serem refutados.

  • Também encontrei o argumento refutado nesse trecho:

    O problema são os americanos; eles são atavicamente racistas, dirá o observador antiimperialista. Talvez não. “O negro é indolente e sonhador, e gasta seu dinheiro com frivolidades e bebida". Essa pérola é de Che Guevara.

    O argumento "O problema são os americanos" é refutado em "Talvez não [...] Essa pérola é de Che Guevara"

    Alguém sabe qual é o erro do item I?


ID
2247652
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                          Caça aos racistas

Alunos da Universidade Princeton querem tirar o nome de Woodrow Wilson de uma das mais importantes faculdades da instituição, a Woodrow Wilson School of Public and International Affairs. O motivo, é claro, é o racismo.

Thomas Woodrow Wilson (1856‐1924) ocupou a Presidência dos EUA por dois mandatos (1913‐1921). Era membro do Partido Democrata, levou o Nobel da Paz em 1919 e foi reitor da própria universidade. Mas Wilson era inapelavelmente racista. Achava que negros não deveriam ser considerados cidadãos plenos e tinha simpatias pela Ku Klux Klan. Merece ter seu nome cassado?

A resposta é, obviamente, “tanto faz”. Um nome é só um nome e, para quem já morreu, homenagens não costumam mesmo fazer muita diferença. De resto, discussões sobre racismo são bem‐vindas. Receio, porém, que a demanda dos alunos caminhe perigosamente perto do anacronismo. Sim, Wilson era racista, mas não podemos esquecer que a época também o era. O 28º presidente dos EUA não está sozinho.

“Não sou nem nunca fui favorável a promover a igualdade social e política das raças branca e negra... há uma diferença física entre as raças que, acredito, sempre as impedirá de viver juntas como iguais em termos sociais e políticos. E eu, como qualquer outro homem, sou a favor de que os brancos mantenham a posição de superioridade.” Essa frase, que soa particularmente odiosa a nossos ouvidos modernos, é de Abraham Lincoln, que, não obstante, continua sendo considerado um campeão dos direitos civis.

O problema são os americanos; eles são atavicamente racistas, dirá o observador antiimperialista. Talvez não. “O negro é indolente e sonhador, e gasta seu dinheiro com frivolidades e bebida”. Essa pérola é de Che Guevara. Alguns dizem que, depois, mudou de opinião. Quem não for prisioneiro de seu próprio tempo que atire a primeira pedra.

(SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de S. Paulo, 13 de dezembro de 2015.)

Considerando o contexto em que as palavras aparecem no texto, assinale o significado corretamente atribuído ao vocábulo em destaque a seguir:

Alternativas
Comentários
  • "atavicamente" = semelhante, hereditário. [Gab.C]

  • GABARITO: Letra C

    a) INDOLENTE: 1- ocioso; preguiçoso; 2- indiferente; apático; inerte; 3- negligente; descuidado.

    b) INAPELAVELMENTE: que não há apelação ou recurso; irrecorrível. 

    c) ATAVICAMENTE: De modo atávico; semelhantemente; hereditariamente; (de acordo com a banca: geneticamente = hereditariamente)

    d) ANACRONISMO: Anacronismo é a falta contra a cronologia.Consiste em atribuir a uma época, a um personagem da história, sentimentos, costumes que são de outra época.

  • atavicamente... essa acho que erraria na prova. o.o

  • Complementando: não confundir INDOLENTE com INSOLENTE (Adj. Quando uma pessoa se comporta com impertinência, arrogância, irreverência ou orgulho; malcriado; que se comporta de modo desrespeitoso; que diz desaforos).

    ANACRONISMO: de cronus. Tudo que se refira a tempo.

  • indolente 
    (latim indolens, -entisque não sofre)

    adjetivo de dois gêneros

    1. [Pouco usado]  Insensível à dor. 

    2. Que não causa dor. = INDOLOR ≠ DOLOROSO

    adjetivo de dois gêneros e substantivo de dois gêneros

    3. Que ou quem não mostra emoção ou interesse; que ou quem é apático ou indiferente.

    4. Que ou quem mostra preguiça; que ou quem não gosta de trabalhar ou de estudar. = MANDRIÃO, PREGUIÇOSO ≠ DILIGENTE

    5. Que ou quem é negligente ou descuidado.

    inapelável 
    (in- + apelável)

    adjetivo de dois gêneros

    De que se não pode apelar. ≠ APELÁVEL


    "inapelável", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/DLPO/inapel%C3%A1vel [consultado em 29-02-2016].


    atavismo 
    (francês atavisme)

    substantivo masculino

    1. Propriedade de os seres reprodutores comunicarem aos seus descendentes, com intervalo de geração, qualidades ou defeitos que lhe eram particulares.

    2. Semelhança com os antepassados.


    "atavismo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/DLPO/atavismo [consultado em 29-02-2016].



    "indolente", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/DLPO/indolente [consultado em 29-02-2016].

    anacronismo 
    (grego anakhronismós)

    substantivo masculino

    1. Erro cronológico.

    2. Coisa a que se atribui uma época em que ela não tinha razão de ser.


    "anacronismo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/DLPO/anacronismo [consultado em 29-02-2016].


  • Geral colocando a definição aí mas, aquele que não fez "colando" ou por eliminação (assim como eu), atire a primeira pedra! Atavicamente... esse autor queria muito aparecer em concurso. rsrs
  • Doideira!


ID
2247655
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                          Caça aos racistas

Alunos da Universidade Princeton querem tirar o nome de Woodrow Wilson de uma das mais importantes faculdades da instituição, a Woodrow Wilson School of Public and International Affairs. O motivo, é claro, é o racismo.

Thomas Woodrow Wilson (1856‐1924) ocupou a Presidência dos EUA por dois mandatos (1913‐1921). Era membro do Partido Democrata, levou o Nobel da Paz em 1919 e foi reitor da própria universidade. Mas Wilson era inapelavelmente racista. Achava que negros não deveriam ser considerados cidadãos plenos e tinha simpatias pela Ku Klux Klan. Merece ter seu nome cassado?

A resposta é, obviamente, “tanto faz”. Um nome é só um nome e, para quem já morreu, homenagens não costumam mesmo fazer muita diferença. De resto, discussões sobre racismo são bem‐vindas. Receio, porém, que a demanda dos alunos caminhe perigosamente perto do anacronismo. Sim, Wilson era racista, mas não podemos esquecer que a época também o era. O 28º presidente dos EUA não está sozinho.

“Não sou nem nunca fui favorável a promover a igualdade social e política das raças branca e negra... há uma diferença física entre as raças que, acredito, sempre as impedirá de viver juntas como iguais em termos sociais e políticos. E eu, como qualquer outro homem, sou a favor de que os brancos mantenham a posição de superioridade.” Essa frase, que soa particularmente odiosa a nossos ouvidos modernos, é de Abraham Lincoln, que, não obstante, continua sendo considerado um campeão dos direitos civis.

O problema são os americanos; eles são atavicamente racistas, dirá o observador antiimperialista. Talvez não. “O negro é indolente e sonhador, e gasta seu dinheiro com frivolidades e bebida”. Essa pérola é de Che Guevara. Alguns dizem que, depois, mudou de opinião. Quem não for prisioneiro de seu próprio tempo que atire a primeira pedra.

(SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de S. Paulo, 13 de dezembro de 2015.)

Para que haja manutenção da coerência, consistência e sentidos textuais; assinale a reescrita correta a seguir.

Alternativas
Comentários
  • Questão louca! Compreendi a dica entre vírgulas da atlernativa C, e na verdade, é A.

  • Alguém aí ajuda?

  • Vou deixar aqui como foi meu raciocínio na resolução:

    A) CORRETA

    B) Foi a alternativa que me deixou com a maior dúvida, mas a considerei errada pois houve uma mudança no artigo, que passou de INdefinido "só UM nome" para definido "só O nome", o que pode alterar o sentido.

    C) Houve mudança clara de sentido. Antes, a frase dizia que "a resposta É 'tanto faz'". Ou seja, a resposta é clara: TANTO FAZ. Depois das alterações, o texto passou a ideia de que TANTO FAZ A RESPOSTA, ou seja, não interessa qual a resposta.

    D) O texto original afirma que ele mudou de opinão DEPOIS, mas não diz quando, nem confirma se de fato aconteceu ("ALGUNS dizem" me pareceu muito vago). Depois das alterações, era como se dissesse que A PARTIR DAQUELE MOMENTO ele mudou de opinião.

  • Realmente a questão é duvidosa, mas a questão pede o termo que mantém a coerência, consistência e sentidos textuais. Na frase "O motivo, é claro, é o racismo" o termo "é claro" é uma oração coordenada assindética deslocada. Já na frase "O motivo é claro: o racismo" o termo "é claro" é o predicativo seguido de um aposto ("o racismo").


    Há uma mudança clara na estrutura da frase quanto aos complementos, mas a questão pede o termo que mantém a coerência, consistência e sentidos textuais
  • Juro que não sei como acertei esta questão,fui pela lógica de manter o sentido da frase como o enunciado diz.Sempre achei essa disciplina uma das mais complicadas.Certa vez ouvi o professor Carlos Zambeli  dizer que além de saber enumeras regras o mais importante e entender o sentido do texto.Muita leitura e o segredo.


  • Questão mal elaborada!! PLDS

  • Devemos considerar também que na letra C, o adjetivo claro deve ser flexionado no feminino concordando com resposta, cuja correção fica: "A resposta, é CLARA, 'tanto faz'". Veja, se ainda trocarmos claro por óbvio temos: "A resposta, é ÓBVIA, 'tanto faz'".

    Enfim, gabarito letra "A".

    :

  • (estou meramente subindo este comentário, deveria estar mais acima.)
    Vou deixar aqui como foi meu raciocínio na resolução:

    A) CORRETA 

    B) Foi a alternativa que me deixou com a maior dúvida, mas a considerei errada pois houve uma mudança no artigo, que passou de INdefinido "só UM nome" para definido "só O nome", o que alterar o sentido da frase.

    C) Houve mudança clara de sentido. Antes, a frase dizia que "a resposta É 'tanto faz'". Ou seja, a resposta é clara: TANTO FAZ. Depois das alterações, o texto passou a ideia de que TANTO FAZ A RESPOSTA, ou seja, não interessa qual a resposta.

    D) O texto original afirma que ele mudou de opinão DEPOIS, mas não diz quando, nem confirma se de fato aconteceu ("ALGUNS dizem" me pareceu muito vago). Depois das alterações, era como se dissesse que A PARTIR DAQUELE MOMENTO ele mudou de opinião.

  • Resposta: Letra A.

    A questão é ardilosa, mas a única proposição que não apresenta inclusão de novas ideias em sua reconstrução é a primeira.

    Em resposta a recurso, a Banca Examinadora argumentou: "Em 'O motivo, é claro, é o racismo.' (1º§) a expressão separada por vírgulas 'é claro' não constitui vocativo. Vocativo é um termo acessório da oração que serve para pôr em evidência o ser a quem nos dirigimos, sem manter relação sintática com outro como em 'Amigos, peçam alegria a Deus.' ( amigos = vocativo), não é o que ocorre em 'é claro'. A alternativa 'C) 'A resposta é, obviamente, ‘tanto faz'' (3º§) / A resposta, é claro, 'tanto faz'.' não pode ser considerada correta, pois, no texto original, a expressão “tanto faz” é a resposta; já na reescrita sugerida, não se sabe qual é a resposta, fica uma lacuna através da expressão 'tanto faz', ou seja, existe a afirmação de que a resposta pode ser qualquer uma".

    Por fim, a alternativa B apresenta duas alterações de sentido: a inclusão do advérbio obviamente, adicionando informação ao texto, e a troca do artigo indefinido por artigo definido, alterando o sentido do substantivo nome.

    Espero ter contribuído...

    Abraços!


ID
2247658
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                          Caça aos racistas

Alunos da Universidade Princeton querem tirar o nome de Woodrow Wilson de uma das mais importantes faculdades da instituição, a Woodrow Wilson School of Public and International Affairs. O motivo, é claro, é o racismo.

Thomas Woodrow Wilson (1856‐1924) ocupou a Presidência dos EUA por dois mandatos (1913‐1921). Era membro do Partido Democrata, levou o Nobel da Paz em 1919 e foi reitor da própria universidade. Mas Wilson era inapelavelmente racista. Achava que negros não deveriam ser considerados cidadãos plenos e tinha simpatias pela Ku Klux Klan. Merece ter seu nome cassado?

A resposta é, obviamente, “tanto faz”. Um nome é só um nome e, para quem já morreu, homenagens não costumam mesmo fazer muita diferença. De resto, discussões sobre racismo são bem‐vindas. Receio, porém, que a demanda dos alunos caminhe perigosamente perto do anacronismo. Sim, Wilson era racista, mas não podemos esquecer que a época também o era. O 28º presidente dos EUA não está sozinho.

“Não sou nem nunca fui favorável a promover a igualdade social e política das raças branca e negra... há uma diferença física entre as raças que, acredito, sempre as impedirá de viver juntas como iguais em termos sociais e políticos. E eu, como qualquer outro homem, sou a favor de que os brancos mantenham a posição de superioridade.” Essa frase, que soa particularmente odiosa a nossos ouvidos modernos, é de Abraham Lincoln, que, não obstante, continua sendo considerado um campeão dos direitos civis.

O problema são os americanos; eles são atavicamente racistas, dirá o observador antiimperialista. Talvez não. “O negro é indolente e sonhador, e gasta seu dinheiro com frivolidades e bebida”. Essa pérola é de Che Guevara. Alguns dizem que, depois, mudou de opinião. Quem não for prisioneiro de seu próprio tempo que atire a primeira pedra.

(SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de S. Paulo, 13 de dezembro de 2015.)

Acerca da expressão “De resto” em “De resto, discussões sobre racismo são bem‐vindas.” (3º§), pode‐se inferir que para o autor.

Alternativas
Comentários
  • Para o autor do texto, "tanto faz" se o nome de Woodrow Wilson deveria ou não ser retirado do nome da faculdade, pois o que importaria diante daquela informação (de que era racista) era o debate sobre o tema, uma vez que era só um nome e que ele estava morto (e homenagens não costumam fazer diferença para os mortos).

    Gabarito: letra D

  • "pode-se INFERIR (deduzir) que o autor"...."De resto, discussões sobre racismo, são bem-vindas." Deixa claro que se são bem-vindas todas as discussões sobre racismo é porquê o tema não morreu com Wilson, permanece vivo. Letra B de bola. Se optar pela literalidade do tema, pela ratificação do pensamento, aí sim, letra D.

  • Erivaldo Braga, concordo com o teu ponto de vista. Resolvi algumas questões da banca Idecan acerca de " compreensão vs interpretação" e pude perceber que mesmo quando o comando da questão é de interpretação a banca cobra a literalidade, isso mata qualquer um. Marquei a B, mas o gabarito, segundo a banca, é a D.


ID
2247661
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                          Caça aos racistas

Alunos da Universidade Princeton querem tirar o nome de Woodrow Wilson de uma das mais importantes faculdades da instituição, a Woodrow Wilson School of Public and International Affairs. O motivo, é claro, é o racismo.

Thomas Woodrow Wilson (1856‐1924) ocupou a Presidência dos EUA por dois mandatos (1913‐1921). Era membro do Partido Democrata, levou o Nobel da Paz em 1919 e foi reitor da própria universidade. Mas Wilson era inapelavelmente racista. Achava que negros não deveriam ser considerados cidadãos plenos e tinha simpatias pela Ku Klux Klan. Merece ter seu nome cassado?

A resposta é, obviamente, “tanto faz”. Um nome é só um nome e, para quem já morreu, homenagens não costumam mesmo fazer muita diferença. De resto, discussões sobre racismo são bem‐vindas. Receio, porém, que a demanda dos alunos caminhe perigosamente perto do anacronismo. Sim, Wilson era racista, mas não podemos esquecer que a época também o era. O 28º presidente dos EUA não está sozinho.

“Não sou nem nunca fui favorável a promover a igualdade social e política das raças branca e negra... há uma diferença física entre as raças que, acredito, sempre as impedirá de viver juntas como iguais em termos sociais e políticos. E eu, como qualquer outro homem, sou a favor de que os brancos mantenham a posição de superioridade.” Essa frase, que soa particularmente odiosa a nossos ouvidos modernos, é de Abraham Lincoln, que, não obstante, continua sendo considerado um campeão dos direitos civis.

O problema são os americanos; eles são atavicamente racistas, dirá o observador antiimperialista. Talvez não. “O negro é indolente e sonhador, e gasta seu dinheiro com frivolidades e bebida”. Essa pérola é de Che Guevara. Alguns dizem que, depois, mudou de opinião. Quem não for prisioneiro de seu próprio tempo que atire a primeira pedra.

(SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de S. Paulo, 13 de dezembro de 2015.)

O termo “o” em “Sim, Wilson era racista, mas não podemos esquecer que a época também o era.” (3º§) possui classificação morfológica equivalente ao destacado em, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Na alternativa A,  "o" é artigo. Nas demais é pronome. 

  • racista, mas não podemos esquecer que a época também o era = que a época também era racista (classificação morfológica = classificação gramatical) pronome. Substitui o termo racista

    a) “Todo o (artigo definido) País pensa assim.” 
    b) “Nem tudo o (pronome demonstrativo) que reluz é ouro.” 
    c) “Perguntei?lhe se gostaria de vir conosco, mas ele não o (pronome) quis.” 
    d) “Estes vinhos são muito apreciados nessa região, e o (pronome substitui vinhos) são com todo o merecimento.”

  • Às vezes esse "Exceto" tem o poder de separar a gente dos nossos sonhos,como agora :(

  • A falta de atenção custa um ponto na prova. 

    possui classificação morfológica equivalente ao destacado em, EXCETO:

    A questão é muito fácil, porém quem não se ligar no exceto erra, como eu errei.

     

  • VERDADE MARCELO PINHEIRO, O COSTUME DE RESPONDER, NA MAIORIA DAS VEZES, A ALTERNATIVA CORRETA FAZ A GENTE ESQUECER O QUE O ENUNCIADO PEDE, COMO AGORA.....DÁ MUITA RAIVA.

  • GABARITO: A

    O termo “o” em “Sim, Wilson era racista, mas não podemos esquecer que a época também o era.” (3º§) possui classificação morfológica equivalente ao destacado em, EXCETO:

    A) “Todo o País pensa assim.”

    O = ARTIGO DEFINIDO ACOMPANHANDO O SUBSTANTIVO PAÍS.

    B) “Nem tudo o que reluz é ouro.”

    O = PRONOME DEMOSTRATIVO ACOMPANHANDO UM PRONOME RELATIVO( QUE ).

    C) “Perguntei‐lhe se gostaria de vir conosco, mas ele não o quis.”

    O = PRONOME REFERENCIADOR RETOMANDO POR MEIO DE ANÁFORA O REFERENTE VIR CONOSCO.

    D) “Estes vinhos são muito apreciados nessa região, e o são com todo o merecimento.”

    O = PRONOME REFERENCIADOR RETOMANDO POR MEIO DE ANÁFORA O REFERENTE ESTES VINHOS.

  • EXCETO EXCETO EXCETO EXCETO EXCETO

ID
2247664
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                         A divisão do trabalho social cria a solidariedade

[...]

Bem diverso [da solidariedade mecânica] é o caso da solidariedade produzida pela divisão do trabalho. Enquanto a precedente implica que os indivíduos se assemelham, esta supõe que eles diferem uns dos outros. A primeira só é possível na medida em que a personalidade individual é absorvida na personalidade coletiva; a segunda só é possível se cada um tiver uma esfera de ação própria, por conseguinte, uma personalidade.  É necessário, pois, que a consciência coletiva deixe descoberta uma parte da consciência individual, para que nela se estabeleçam essas funções especiais que ela não pode regulamentar; e quanto mais essa região é extensa, mais forte é a coesão que resulta dessa solidariedade. De fato, de um lado, cada um depende tanto mais estreitamente da sociedade quanto mais dividido for o trabalho nela e, de outro, a atividade de cada um é tanto mais pessoal quanto mais for especializada. Sem dúvida, por mais circunscrita que seja, ela nunca é completamente original; mesmo no exercício de nossa profissão, conformamo‐ nos a usos, a práticas que são comuns a nós e a toda a nossa corporação.  Mas, mesmo nesse caso, o jugo que sofremos é muito menos pesado do que quando a sociedade inteira pesa sobre nós, e ele proporciona muito mais espaço para o livre jogo de nossa iniciativa. Aqui, pois, a individualidade do todo aumenta ao mesmo tempo que a das partes; a sociedade torna‐se mais capaz de se mover em conjunto, ao mesmo tempo em que cada um de seus elementos tem mais movimentos próprios. Essa solidariedade se assemelha à que observamos entre os animais superiores. De fato, cada órgão aí tem sua fisionomia especial, sua autonomia, e contudo a unidade do organismo é tanto maior quanto mais acentuada essa individualização das partes. Devido a essa analogia, propomos chamar de orgânica a solidariedade devida à divisão do trabalho.

[...]

(DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.) 

Considerando as ideias do trecho “Bem diverso [da solidariedade mecânica] é o caso da solidariedade produzida pela divisão do trabalho. Enquanto a precedente implica que os indivíduos se assemelham, esta supõe que eles diferem uns dos outros.”, analise as afirmativas a seguir.
I. Há uma distinção clara e objetiva acerca de conceitos diferenciados estabelecidos.
II. As duas vertentes apresentadas a partir de um mesmo conceito podem ser consideradas complementares.
III. Ocorre o estabelecimento de uma comparação entre características diferentes atribuídas a um mesmo conceito.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe mim explicar porque é um mesmo conceito?


  • GABARITO: Letra B

    III. Enquanto a precedente... (Enquanto: introduz o estabelecimento de uma comparação)

    Mesmo conceito: de SOLIDARIEDADE (e suas vertentes: mecânica - indivíduos semelhantes; e da divisão do trabalho - os indivíduos diferem-se, atividade pessoal).

  • Se são diverso (diferentes) são duas vertentes (conceitos) que geram desigualdades nos individuos. Numa se assemelham, noutra são diferentes. Alguém entendeu?


  • só complementando...

    A frase chave para resposta é o trecho  "Bem diverso [da solidariedade mecânica] é o caso da solidariedade produzida pela divisão do trabalho. " , conforme Erivaldo informou! 

    Ambas vertentes discursam sobre Solidariedade: solidariedade mecânica e a solidariedade produzida pela divisão do trabalho.

  • Monalisa Brito, nem DURKHEIM saberia te explicar a sua indagação.


ID
2247667
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                         A divisão do trabalho social cria a solidariedade

[...]

Bem diverso [da solidariedade mecânica] é o caso da solidariedade produzida pela divisão do trabalho. Enquanto a precedente implica que os indivíduos se assemelham, esta supõe que eles diferem uns dos outros. A primeira só é possível na medida em que a personalidade individual é absorvida na personalidade coletiva; a segunda só é possível se cada um tiver uma esfera de ação própria, por conseguinte, uma personalidade.  É necessário, pois, que a consciência coletiva deixe descoberta uma parte da consciência individual, para que nela se estabeleçam essas funções especiais que ela não pode regulamentar; e quanto mais essa região é extensa, mais forte é a coesão que resulta dessa solidariedade. De fato, de um lado, cada um depende tanto mais estreitamente da sociedade quanto mais dividido for o trabalho nela e, de outro, a atividade de cada um é tanto mais pessoal quanto mais for especializada. Sem dúvida, por mais circunscrita que seja, ela nunca é completamente original; mesmo no exercício de nossa profissão, conformamo‐ nos a usos, a práticas que são comuns a nós e a toda a nossa corporação.  Mas, mesmo nesse caso, o jugo que sofremos é muito menos pesado do que quando a sociedade inteira pesa sobre nós, e ele proporciona muito mais espaço para o livre jogo de nossa iniciativa. Aqui, pois, a individualidade do todo aumenta ao mesmo tempo que a das partes; a sociedade torna‐se mais capaz de se mover em conjunto, ao mesmo tempo em que cada um de seus elementos tem mais movimentos próprios. Essa solidariedade se assemelha à que observamos entre os animais superiores. De fato, cada órgão aí tem sua fisionomia especial, sua autonomia, e contudo a unidade do organismo é tanto maior quanto mais acentuada essa individualização das partes. Devido a essa analogia, propomos chamar de orgânica a solidariedade devida à divisão do trabalho.

[...]

(DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.) 

De acordo com os aspectos da construção do texto, analise as considerações a seguir e assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • MUITO MENOS – Expressão de comparação; QUANDO – Expressão de tempo. 

  • Letra C

    Comparativas

    Ligam duas orações, sendo que a segunda contém o segundo termo de uma comparação.

    Principais conjunções: 

    como

    (tal)... tal, 

    (menos)... do que, 

    (mais)... do que, 

    (tal)... qual, 

    quanto, 

    assim como, 

    bem como, etc.:


    “é muito menos pesado do que quando”

  • a) A expressão “em conjunto” é empregada para qualificar uma ação verbal atribuindo?lhe sentido temporal. 
    ... a sociedade torna?se mais capaz de se mover em conjunto (complementa o verbo = advérbio ; sentido= forma de mover .: modo


    b) O pronome demonstrativo “o” em “Mas, mesmo nesse caso, o jugo que sofremos [...]” é invariável e equivale a “isso”. 
    Mas, mesmo nesse caso, o (artigo def.) jugo que sofremos ...


    c) O segmento “é muito menos pesado do que quando” é constituído de expressões que indicam, respectivamente, referências a comparação e temporalidade. certo 



    d) A forma verbal em destaque, apresenta?se no singular, em " É necessário, pois, que a consciência coletiva (sujeito: consciência coletiva) deixe descoberta uma parte da consciência individual, [...]” já que o sujeito é constituído de orações.

  • a) "em conjunto" complementa o verbo, porém sem sentido temporal. errado

    b) O pronome demonstrativo “o” em “Mas, mesmo nesse caso, o jugo que sofremos [...]” é invariável e equivale a “isso”. 
    Aqui substitui "o" por "esse" ficando "Mas, mesmo nesse caso, esse jugo que sofremos [...]. errado

    c) "é muito menos pesado do que quando", repare no "do que" o qual seria a comparação e no "quando" que seria a temporalidade.

    certo.

    d) Sujeito: consciência coletiva, não é uma oração. errado

  • Letra D) sujeito oracional!!!!!

    item correto - Letra C)

  • A letra D está errada porque o sujeito é constituído de UMA ORAÇÃO. O sujeito é sim uma oração ("que a consciência coletiva deixe descoberta uma parte da consciência individual,"), inclusive essa oração é classificada como or. subordinada substantiva subjetiva (exerce função sintática de sujeito). Se substituir a oração por isso e colocar na forma direta (suj + verbo + predicado), o período ficaria: "Isso é necessário". Eu errei a questão pois não me atentei para a questão do plural, porém discordo das explicações de que apenas consciência coletiva seja o sujeito. 


ID
2247670
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                         A divisão do trabalho social cria a solidariedade

[...]

Bem diverso [da solidariedade mecânica] é o caso da solidariedade produzida pela divisão do trabalho. Enquanto a precedente implica que os indivíduos se assemelham, esta supõe que eles diferem uns dos outros. A primeira só é possível na medida em que a personalidade individual é absorvida na personalidade coletiva; a segunda só é possível se cada um tiver uma esfera de ação própria, por conseguinte, uma personalidade.  É necessário, pois, que a consciência coletiva deixe descoberta uma parte da consciência individual, para que nela se estabeleçam essas funções especiais que ela não pode regulamentar; e quanto mais essa região é extensa, mais forte é a coesão que resulta dessa solidariedade. De fato, de um lado, cada um depende tanto mais estreitamente da sociedade quanto mais dividido for o trabalho nela e, de outro, a atividade de cada um é tanto mais pessoal quanto mais for especializada. Sem dúvida, por mais circunscrita que seja, ela nunca é completamente original; mesmo no exercício de nossa profissão, conformamo‐ nos a usos, a práticas que são comuns a nós e a toda a nossa corporação.  Mas, mesmo nesse caso, o jugo que sofremos é muito menos pesado do que quando a sociedade inteira pesa sobre nós, e ele proporciona muito mais espaço para o livre jogo de nossa iniciativa. Aqui, pois, a individualidade do todo aumenta ao mesmo tempo que a das partes; a sociedade torna‐se mais capaz de se mover em conjunto, ao mesmo tempo em que cada um de seus elementos tem mais movimentos próprios. Essa solidariedade se assemelha à que observamos entre os animais superiores. De fato, cada órgão aí tem sua fisionomia especial, sua autonomia, e contudo a unidade do organismo é tanto maior quanto mais acentuada essa individualização das partes. Devido a essa analogia, propomos chamar de orgânica a solidariedade devida à divisão do trabalho.

[...]

(DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.) 

De acordo com o autor, a solidariedade advinda da divisão do trabalho social.

Alternativas
Comentários
  • (...) a segunda só é possível se cada um tiver uma esfera de ação própria, por conseguinte, uma personalidade. 

    A partir desse trecho só se fala da solidariedade produzida pela divisão de trabalho. 
    Até que chegamos ao ponto de que fala a alternativa a: 

    Aqui, pois, a individualidade do todo aumenta ao mesmo tempo que a das partes; a sociedade torna‐se mais capaz de se mover em conjunto, ao mesmo tempo em que cada um de seus elementos tem mais movimentos próprios.


ID
2247676
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                         A divisão do trabalho social cria a solidariedade

[...]

Bem diverso [da solidariedade mecânica] é o caso da solidariedade produzida pela divisão do trabalho. Enquanto a precedente implica que os indivíduos se assemelham, esta supõe que eles diferem uns dos outros. A primeira só é possível na medida em que a personalidade individual é absorvida na personalidade coletiva; a segunda só é possível se cada um tiver uma esfera de ação própria, por conseguinte, uma personalidade.  É necessário, pois, que a consciência coletiva deixe descoberta uma parte da consciência individual, para que nela se estabeleçam essas funções especiais que ela não pode regulamentar; e quanto mais essa região é extensa, mais forte é a coesão que resulta dessa solidariedade. De fato, de um lado, cada um depende tanto mais estreitamente da sociedade quanto mais dividido for o trabalho nela e, de outro, a atividade de cada um é tanto mais pessoal quanto mais for especializada. Sem dúvida, por mais circunscrita que seja, ela nunca é completamente original; mesmo no exercício de nossa profissão, conformamo‐ nos a usos, a práticas que são comuns a nós e a toda a nossa corporação.  Mas, mesmo nesse caso, o jugo que sofremos é muito menos pesado do que quando a sociedade inteira pesa sobre nós, e ele proporciona muito mais espaço para o livre jogo de nossa iniciativa. Aqui, pois, a individualidade do todo aumenta ao mesmo tempo que a das partes; a sociedade torna‐se mais capaz de se mover em conjunto, ao mesmo tempo em que cada um de seus elementos tem mais movimentos próprios. Essa solidariedade se assemelha à que observamos entre os animais superiores. De fato, cada órgão aí tem sua fisionomia especial, sua autonomia, e contudo a unidade do organismo é tanto maior quanto mais acentuada essa individualização das partes. Devido a essa analogia, propomos chamar de orgânica a solidariedade devida à divisão do trabalho.

[...]

(DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.) 

Na construção da expressão “o jugo que sofremos”, é correto afirmar que – em relação a recursos da linguagem – pode ser observada a utilização de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D

    "o jugo que sofremos" encontra-se num contexto com sentido afetivo, pois entendo que o autor do texto faz uma reflexão quanto a sujeição na solidariedade dentro da divisão do trabalho social, ou seja, a consciência do indivíduo cobra uma iniciativa em prol de determinado objetivo.

  • O sentido afetivo está evidenciado no trecho: " mesmo no exercicio de nossa profissão....

  • Linguagem afetiva:
    Diz-se do texto, narrativa, discurso ou tipo de expressão linguística em que os sentimentos do escritor ou do interlocutor se infiltram na sua linguagem ou na comunicação de suas ideias.

    https://www.dicio.com.br/afetivo/

     

    errei saporra!

  • Afetivo está relacionado a emoções. "jugo (opressão) que sofremos" tem forte carga emocional.


ID
2247679
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                         A divisão do trabalho social cria a solidariedade

[...]

Bem diverso [da solidariedade mecânica] é o caso da solidariedade produzida pela divisão do trabalho. Enquanto a precedente implica que os indivíduos se assemelham, esta supõe que eles diferem uns dos outros. A primeira só é possível na medida em que a personalidade individual é absorvida na personalidade coletiva; a segunda só é possível se cada um tiver uma esfera de ação própria, por conseguinte, uma personalidade.  É necessário, pois, que a consciência coletiva deixe descoberta uma parte da consciência individual, para que nela se estabeleçam essas funções especiais que ela não pode regulamentar; e quanto mais essa região é extensa, mais forte é a coesão que resulta dessa solidariedade. De fato, de um lado, cada um depende tanto mais estreitamente da sociedade quanto mais dividido for o trabalho nela e, de outro, a atividade de cada um é tanto mais pessoal quanto mais for especializada. Sem dúvida, por mais circunscrita que seja, ela nunca é completamente original; mesmo no exercício de nossa profissão, conformamo‐ nos a usos, a práticas que são comuns a nós e a toda a nossa corporação.  Mas, mesmo nesse caso, o jugo que sofremos é muito menos pesado do que quando a sociedade inteira pesa sobre nós, e ele proporciona muito mais espaço para o livre jogo de nossa iniciativa. Aqui, pois, a individualidade do todo aumenta ao mesmo tempo que a das partes; a sociedade torna‐se mais capaz de se mover em conjunto, ao mesmo tempo em que cada um de seus elementos tem mais movimentos próprios. Essa solidariedade se assemelha à que observamos entre os animais superiores. De fato, cada órgão aí tem sua fisionomia especial, sua autonomia, e contudo a unidade do organismo é tanto maior quanto mais acentuada essa individualização das partes. Devido a essa analogia, propomos chamar de orgânica a solidariedade devida à divisão do trabalho.

[...]

(DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.) 

Considere o segmento a seguir para responder a questão.

“Enquanto a precedente implica que os indivíduos se assemelham, esta supõe que eles diferem uns dos outros. A primeira só é possível na medida em que a personalidade individual é absorvida na personalidade coletiva; a segunda só é possível se cada um tiver uma esfera de ação própria, por conseguinte, uma personalidade.”

Acerca do segmento transcrito anteriormente, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: b


    Esse é o primeiro trecho do texto, equivalente a tese do mesmo, constituída de afirmação inicial desenvolvida por argumentos posteriores.

  • Conjução - Enquanto =   b) inicia a ampliação de uma afirmativa inicial, desenvolvida a seguir.

  • Gab.: B

    Esse tipo de questão pode ser resolvido pelo método da eliminação:

    A letra A jamais poderia ser, pois há uma quantidade maior de palavras, um detalhamento do que já havia sido dito. Portanto, jamais poderia ser considerada resumo.

    A letra C não enumera fatos.

    E da maioria das pessoas que erraram, a letra D foi a mais escolhida. Porém podemos observar que não há uma contra argumentação, e sim uma complementação, uma continuação do que fora dito anteriormente.


ID
2247682
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                         A divisão do trabalho social cria a solidariedade

[...]

Bem diverso [da solidariedade mecânica] é o caso da solidariedade produzida pela divisão do trabalho. Enquanto a precedente implica que os indivíduos se assemelham, esta supõe que eles diferem uns dos outros. A primeira só é possível na medida em que a personalidade individual é absorvida na personalidade coletiva; a segunda só é possível se cada um tiver uma esfera de ação própria, por conseguinte, uma personalidade.  É necessário, pois, que a consciência coletiva deixe descoberta uma parte da consciência individual, para que nela se estabeleçam essas funções especiais que ela não pode regulamentar; e quanto mais essa região é extensa, mais forte é a coesão que resulta dessa solidariedade. De fato, de um lado, cada um depende tanto mais estreitamente da sociedade quanto mais dividido for o trabalho nela e, de outro, a atividade de cada um é tanto mais pessoal quanto mais for especializada. Sem dúvida, por mais circunscrita que seja, ela nunca é completamente original; mesmo no exercício de nossa profissão, conformamo‐ nos a usos, a práticas que são comuns a nós e a toda a nossa corporação.  Mas, mesmo nesse caso, o jugo que sofremos é muito menos pesado do que quando a sociedade inteira pesa sobre nós, e ele proporciona muito mais espaço para o livre jogo de nossa iniciativa. Aqui, pois, a individualidade do todo aumenta ao mesmo tempo que a das partes; a sociedade torna‐se mais capaz de se mover em conjunto, ao mesmo tempo em que cada um de seus elementos tem mais movimentos próprios. Essa solidariedade se assemelha à que observamos entre os animais superiores. De fato, cada órgão aí tem sua fisionomia especial, sua autonomia, e contudo a unidade do organismo é tanto maior quanto mais acentuada essa individualização das partes. Devido a essa analogia, propomos chamar de orgânica a solidariedade devida à divisão do trabalho.

[...]

(DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.) 

Sabendo‐se que os pronomes demonstrativos são empregados – entre outros – para localizar, em relação às pessoas do discurso, os objetos que entram no conteúdo do enunciado; assinale a alteração a seguir que está de acordo com a determinação remissiva vista no segmento em análise.

Alternativas
Comentários
  • Aquela = a precedente. O uso de "aquela" se justifica por fazer referência à "solidariedade mecânica", termo que está mais distante na frase.
    "Esta" é mantida por fazer referência ao termo mais próximo: solidariedade produzida pela divisão do trabalho.

  • Determinante remissivo – informa que o conceito é conhecido do interlocutor ou faz parte da situação comunicativa.Expresso, geralmente, por artigos definidos,pronomes demonstrativos com função anafórica e os pronomes indefinidos : outros, mesmo,demais, mais, menos e tal.

  • Gab C

    Aquela, para o termo mais distante.

    Esta, para o termo mais próximo.

  • GABARITO: C

    Bem diverso [da solidariedade mecânica] é o caso da solidariedade produzida pela divisão do trabalho. Enquanto AQUELA (solidariedade mecânica) a precedente implica que os indivíduos se assemelham, ESTA(solidariedade produzida) supõe que eles diferem uns dos outros. 

    PRONOME DEMOSTRATIVO

    SENTIDO TEMPORAL

    ISTO, ESTE(s), ESTA(s) => PRESENTE

    ISSO, ESSE(s), ESSA(s) => PASSADO OU FUTURO PRÓXIMO

    AQUILO, AQUELE(s), AQUELA(s) => PASSADO OU FUTURO DISTANTE

    SENTIDO ESPACIAL

    ISTO, ESTE(s), ESTA(s) => PERTO DE QUEM SE FALA ( AQUI )

    ISSO, ESSE(s), ESSA(s) => PERTO DE COM QUEM SE FALA ( )

    AQUILO, AQUELE(s), AQUELA(s) => DISTANTE DE COM QUEM SE FALA EDE QUEM FALA ()

  • ESTE ⇒ Mais próximo

    AQUELE ⇒ Mais distante

    Ex: Português e Penal esta Gosto aquela ainda mais.

  • POR QUE A LETRA B ESTARIA ERRADA AINDA NÃO ENTENDI


ID
2247685
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                         A divisão do trabalho social cria a solidariedade

[...]

Bem diverso [da solidariedade mecânica] é o caso da solidariedade produzida pela divisão do trabalho. Enquanto a precedente implica que os indivíduos se assemelham, esta supõe que eles diferem uns dos outros. A primeira só é possível na medida em que a personalidade individual é absorvida na personalidade coletiva; a segunda só é possível se cada um tiver uma esfera de ação própria, por conseguinte, uma personalidade.  É necessário, pois, que a consciência coletiva deixe descoberta uma parte da consciência individual, para que nela se estabeleçam essas funções especiais que ela não pode regulamentar; e quanto mais essa região é extensa, mais forte é a coesão que resulta dessa solidariedade. De fato, de um lado, cada um depende tanto mais estreitamente da sociedade quanto mais dividido for o trabalho nela e, de outro, a atividade de cada um é tanto mais pessoal quanto mais for especializada. Sem dúvida, por mais circunscrita que seja, ela nunca é completamente original; mesmo no exercício de nossa profissão, conformamo‐ nos a usos, a práticas que são comuns a nós e a toda a nossa corporação.  Mas, mesmo nesse caso, o jugo que sofremos é muito menos pesado do que quando a sociedade inteira pesa sobre nós, e ele proporciona muito mais espaço para o livre jogo de nossa iniciativa. Aqui, pois, a individualidade do todo aumenta ao mesmo tempo que a das partes; a sociedade torna‐se mais capaz de se mover em conjunto, ao mesmo tempo em que cada um de seus elementos tem mais movimentos próprios. Essa solidariedade se assemelha à que observamos entre os animais superiores. De fato, cada órgão aí tem sua fisionomia especial, sua autonomia, e contudo a unidade do organismo é tanto maior quanto mais acentuada essa individualização das partes. Devido a essa analogia, propomos chamar de orgânica a solidariedade devida à divisão do trabalho.

[...]

(DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.) 

Através da forma verbal empregada no título do texto, é correto afirmar que há indicação de que

Alternativas
Comentários
  • O tempo verbal PRESENTE DO INDICATIVO, representado no título do texto, aponta uma SITUAÇÃO PERMANENTE, DE VALIDADE ILIMITADA.

  • Presente do Indicativo
    eu crio
    tu crias
    ele cria
    nós criamos
    vós criais
    eles criam

  • Qual seria o erro da D ?

  •  

     A divisão do trabalho social cria a solidariedade

    O verbo criar estar no imperativo afirmativo!

    ou seja ele afirmou!


  • Resposta: Letra C.

    O presente do indicativo é usado, principalmente, para indicar ação permanente, repetida ou habitual. Nesse sentido, não dependem de decurso de tempo, sendo verificáveis em eventos passados, presentes ou futuros. Por exemplo, nas orações A Terra gira em torno do Sol ou Todos os dias, acordo às 8 horas da manhã. Evidentemente, a alternativa correta é a letra C, porquanto apresenta a ideia de processo contínuo frequentemente relacionada ao presente do indicativo. Nesse sentido, a criação de solidariedade mediante a divisão social do trabalho é fenômeno permanente ou habitual, criado ou repetido a qualquer momento.
    As opções A, B e D estão evidentemente erradas, porquanto circunscreveriam o fenômeno indicado no título (a criação de solidariedade) a determinado momento, respectivamente ao passado, ao futuro ou ao presente. Nesses casos, excluir-se-ia a ideia de situação permanente, de validade ilimitada, que poderia ser repetida a qualquer momento.
    Espero ter contribuído...
    Abraços!
  • Questão requer alteração de gabarito para letra "D".

    Presente do indicativo, indica um fato: 
    1) como regra geral, que ocorre no momento em que se fala (aspecto pontual ou momentâneo).

    ex: 1) A  torcida grita o nome do artilheiro
    1) O Brasil está jogando contra a Argentina.

    By Pestana

  • Marquei a letra D, achando que era a correta, errei.

    Indicativo

    É o modo da certeza, empregado para expressar que algo seguramente acontece, aconteceu ou acontecerá:

    “Só vendo a dinheiro!”.

    fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_indicativo

  • pq a letra D está errada?

  • Já é a segunda vez que faço essa questão e marco a letra D mais uma vez e não consigo entender o erro. Procuro na gramática e nos gramáticos. Quem puder me ajudar.Agradeceria.


ID
2247709
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“(...) vinculada ao processo de ensino e de aprendizagem precisamos elaborar um projeto de avaliação que em primeira instância e, através dos instrumentos nele instituído, possa servir a todo instante como feedback para avaliar não só o aluno, seu conhecimento, mas também toda uma proposta da escola, possibilitando, assim, validar e/ou rever o trabalho pedagógico a cada momento em que isto se fizer necessário.”

(Rabelo, 1999, p. 12.)

Considerando o exposto, a avaliação nessa ótica deverá ser

Alternativas
Comentários
  • "O conceito de avaliação diagnóstica não recebe uma definição uniforme de todos os especialistas. No entanto pode-se, de maneira geral, entendê-la como uma ação avaliativa realizada no início de um processo de aprendizagem, que tem a função de obter informações sobre os conhecimentos, aptidões e competências dos estudantes com vista à organização dos processos de ensino e aprendizagem de acordo com as situações identificadas".


    Fonte: http://www.portalavaliacao.caedufjf.net/pagina-exemplo/tipos-de-avaliacao/avaliacao-diagnostica/


    Desistir nem tão cedo!!

  • Só eu achei o conceito descrito mais para uma avaliação Formativa? 

  • Se tivesse formativa nas opções, seria esta que eu marcaria. 

  • Acho que esqueceram de colocar o item: FORMATIVA

  • Formativa?


ID
2247721
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Lei nº 9.394 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996, é a que estabelece a finalidade da educação no Brasil, como esta deve estar organizada, quais são os órgãos administrativos responsáveis, quais são os níveis e modalidades de ensino, entre outros aspectos em que se define e se regulariza o sistema de educação brasileiro com base nos princípios presentes na Constituição. De acordo com o Art. 21 da Lei n.º 9.394/1996, a educação escolar é composta pela educação básica e ensino superior. Acerca das outras modalidades brasileiras de ensino, e de acordo com a LDB, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • MODALIDADE: EDUCAÇÃO NO CAMPO, ESPECIAL, EJA, DISTÂNCIA MAS A EDUCAÇÃO INFANTIL FAZ PARTE DO NÍVEL DA EDUCAÇÃO BÁSICA.

  • Alternativa A, educação infantil não é modalidade :

     

    CAPÍTULO I

    Da Composição dos Níveis Escolares

    Art. 21. A educação escolar compõe-se de:

    I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;

    II - educação superior.

    Art. 29.  A educação infantil, primeira etapa da educação básica......

     

  • A educação infantil é a PRIMEIRA ETAPA do NÍVEL/MODALIDADE de ensino básico.

  • Segundo a lei a Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica!

    LDBE - Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996

    Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

    Art. 21. A educação escolar compõe-se de:

    - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;

    II - educação superior.

  • É cada coisa que vejo nesses comentários...comentários incompletos, e acreditem muitas vezes errados!!!!. Por exemplo, o colega Jhonny Flores colocou o ENSINO BÁSICO como Nível/modalidade está erradooooooooooooo, ENSINO BÁSICO É NÍVEL, não MODALIDADE!!!!.

    Vejamos;

     De acordo com o titulo V da LDB/96, a educação escolar brasileira é composta de DOIS níveis: EDUCAÇÃO BÁSICA, que é dividida em: ensino infantil, ensino fundamental e ensino médio; e EDUCAÇÃO SUPERIOR.

    Apresenta também TRÊS modalidades de educação: 1. ED. de JOVENS E ADULTOS, 2. ED. PROFISSIONAL e por fim,  3. ED. ESPECIAL,

     AINDA TEMOS, as modalidades complementares QUE SÃO: educação indígena, educação no campo, educação de igualdade racial e educação a distância.

    Espero ter ajudado. 

    Bons estudos!!!

  • NEM TODO MUNDO SABE DE TUDO E CONCURSO NÃO MEDE CONHECIMENTO DE NINGUÉM, QUER, NA VERDADE, ELIMINAR.   É COMUM CONFUNDIRMOS "NÍVEIS DE EDUCAÇÃO" COM "MODALIDADES DE EDUCAÇÃO".  QUEM É UM POUCO ESPERTO NÃO PERDE ESSA QUESTÃO. DICA: BASTA IMAGINAR  UM REBANHO DE GADO NELORE (SÓ VACA BRANQUINHA) E PERCEBER QUE TEM UMA VACA PRETA NO MEIO (NO CASO, É A EDUCAÇÃO INFANTIL). QUESTÃO BOA, MAS SÓ PARA QUEM DOMINA O ASSUNTO, OU PARA QUEM É ESPERTO!!!

  • Gab A

     

    Modalidades de ensino:

    EAD – Educação a Distância

    EBC – Educação Básica do Campo

    EE – Educação Especial

    EEI – Educação Escolar Indígena

    EEQ – Educação Escolar Quilombola

    EJA – Educação de Jovens e Adultos

    EPT – Educação Profissional e Tecnológica

  • a) Educação infantil.  

  • Educação infantil não é modalidade. É uma etapa.

  • Até o enuciado da questão está eivado de erro. O mesmo diz; ENSINO superior, sendo que o correto seria EDUCAÇÃO superior.

  •  

    Modalidades de ensino:

    EAD – Educação a Distância

    EBC – Educação Básica do Campo

    EE – Educação Especial

    EEI – Educação Escolar Indígena

    EEQ – Educação Escolar Quilombola

    EJA – Educação de Jovens e Adultos

    EPT – Educação Profissional e Tecnológica

  • Ensino Infantil está enquadrado no nível de  ensino básico  e dessa forma não é uma modalidade isolada.

     

    Sendo que são consideradas modalidades de ensino :::

    EAD – Educação a Distância

    EBC – Educação Básica do Campo

    EE – Educação Especial

    EEI – Educação Escolar Indígena

    EEQ – Educação Escolar Quilombola

    EJA – Educação de Jovens e Adultos

    EPT – Educação Profissional e Tecnológica

  • NEGATIVO: Educação Infantil é uma Etapa. Não é Nivel e nem mesmo modalidade.

  • Questão mal elaborada. Entendi que a banca interpretou equivocadamente o trecho da lei abaixo. Faltou conhecimento de outros documentos que definem modalidades de ensino.


    Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:


    I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma:      (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)


    a) pré-escola;       (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)


    b) ensino fundamental;      (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)


    c) ensino médio;      (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)


    II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade;      (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)



  • Muito bom, athalita oliveira!

    Obrigada!


    Gabarito: A

  • IDECAN e suas questões mal formuladas... por que choras concurseiros?! hahahah

  • De acordo com a LDB 9.394/96

    Art. 21. A educação escolar compõe-se de:

    I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;

    II - educação superior

    A educação infantil faz parte da atenção básica, excluindo-se de outros tipos de modalidades brasileiras de ensino.

  • A Educação Básica é formada por três grandes etapas:

    a Educação Infantil,

    o Ensino Fundamental

    e o Ensino Médio.

  • Entre as modalidades de Ensino e a Educação Infantil não é uma delas.

    Educação Especial, Eduacação Tecnologica, Educação a Distancia, Educaçao para Jovens e Adultos, Educação Indigena, Educação do Campo e Educação Bilingue pra Surdos...


ID
2247733
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, o currículo do ensino fundamental tem uma base nacional comum, complementada em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar por uma parte diversificada. A base nacional comum e a parte diversificada constituem um todo integrado e não podem ser consideradas como dois blocos distintos. A articulação entre a base nacional comum e a parte diversificada do currículo do ensino fundamental possibilita a sintonia dos interesses mais amplos de formação básica do cidadão com a realidade local, as necessidades dos alunos, as características regionais da sociedade, da cultura e da economia e perpassa todo o currículo.

Considerando o exposto, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • § 6o  A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que trata o § 2o deste artigo.

  • Por favor, alguém pode me responder, se o ensino religioso é obrigatório?

  • O ensino religioso é de oferta obrigatória, mas de matrícula facultativa, respondendo a pergunta do colega Eder Rios. 

    Sobre o erro da questão, falta dizer que a prática de educação física não será obrigatória ao aluno com mais de 30 anos, ou que tenha prole, que tenha carga horária igual ou superior a 6 horas de trabalho ou que esteja prestando serviço militar em que deva praticar educação física.

  • Ensino de artes: obrigatório

    Ensino da música: obrigatório, mas não exclusivo (está contido dentro do ensino de artes).

    Ensino religioso: obrigatório, matrícula facultativa, no horário escolar, vedado o proselitismo.

  • Complementando...

    Lei 9394/96

    Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.

  • (  c  )  errada  -    A música constitui conteúdo obrigatório e exclusivo ao  componente curriculararte o qual compreende, também, as artes visuais, o teatro e a dança. A educação física, componente obrigatório do currículo do ensino fundamental, integra a proposta político‐pedagógica da escola e será facultativa ao aluno apenas nas circunstâncias previstas na LDB, ou seja, do curso noturno, ou em atestado médico.

     

    (c) correta -  A música constitui conteúdo obrigatório e não exclusivo ao  componente curriculararte o qual compreende, também, as artes visuais, o teatro e a dança. A educação física, componente obrigatório do currículo do ensino fundamental, integra a proposta político‐pedagógica da escola e será facultativa ao aluno apenas nas circunstâncias previstas na LDB, ou seja, do curso noturno, ou em atestado médico. se for usar a lei ao pé da letra tem mais ítens. ( ver na lei 9394/96 abaixo).**

     

    RESOLUÇÃO Nº 7, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2010,  art. 15  inciso 4º  /   **art. 26 da Lei nº 9.394/96 inciso 3.

  • § 6o  As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que constituirão o componente curricular de que trata o § 2o deste artigo.        (Redação dada pela Lei nº 13.278, de 2016)

  • ATENÇÃO, QUESTÃO DESATUALIZADA RECENTEMENTE

    § 6o  A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que trata o § 2odeste artigo.           (Incluído pela Lei nº 11.769, de 2008) (revogado)

    § 6o  As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que constituirão o componente curricular de que trata o § 2o deste artigo.        (Redação dada pela Lei nº 13.278, 02 MAIO de 2016).

  • O ensino religioso é obrigatório para a escola ofertar e FACULTATIVO ao aluno. Ver na LDB!!!

  • § 2º  O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.

    § 6o  As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que constituirão o componente curricular de que trata o § 2o deste artigo.

    OBS:  O PARAGRAFO 6º FAZ REFERÊNCIA AO SEGUNDO.

  • a letra b fala sobre especialmente do brasil, mas a ldb diz republica federativa

  • Um erro da letra C é restringir as circunstâncias previstas na LDB, vejam: "[...]A educação física, componente obrigatório do currículo do ensino fundamental, integra a proposta político‐pedagógica da escola e será facultativa ao aluno apenas nas circunstâncias previstas na LDB, ou seja, do curso noturno, ou em atestado médico".

     

    Lei 9.394/96 - LDB

     

    Art.26 

    § 3º  A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino fundamental, sendo sua prática facultativa ao aluno:

    I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;

    II – maior de trinta anos de idade;

    III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física;

    IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969;  

    V – (VETADO)     

    VI – que tenha prole.      

  • gente , qual a resposta dessa questão ??

  • Qual a resposta? A, B, C OU D???


ID
2247736
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica e a revisão e a atualização das diretrizes específicas de cada etapa e modalidade devem ocorrer mediante diálogo vertical e horizontal, de modo simultâneo e indissociável, para que se possa assegurar a necessária coesão dos fundamentos que as norteiam. Quanto às etapas correspondentes aos diferentes momentos constitutivos do desenvolvimento educacional, a Educação Básica compreende:

I. A educação infantil, obrigatória e gratuita, que compreende da creche, englobando as diferentes etapas do desenvolvimento da criança até 3 anos e 11 meses; e a pré‐escola, com duração de dois anos.

II. O ensino fundamental, obrigatório e gratuito, com duração de 9 anos, é organizado e tratado em duas fases: a dos 5 anos iniciais e a dos 4 anos finais.

III. O ensino médio, com duração mínima de 3 anos.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Iten I.A educação infantil, obrigatória e gratuita, que compreende da creche, englobando as diferentes etapas do desenvolvimento da criança até 3 anos e 11 meses; e a pré‐escola, com duração de dois anos. 

    .

    Erro: "obrigatória e gratuita.


  • Observação bem feita, Luana, apenas o Ens Fund é obrigatório e gratuito. Até mesmo é médio tem previsão de "progressiva universalização", isto é, pode ser gratuito, mas nem é oferecido obrigatoriamente (como antigamente).

  • Complementando...

    Gab: D

    Lei 9394/96 - Art. 30. A educação infantil será oferecida em:

     

    I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;

    II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.  

  • A Emenda Constitucional nº 59 dá nova redação ao Art. 208, I da CF/88, garantindo a educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria. Portanto, o erro da questão está em garantir a obrigatoriedade e gratuidade da creche (1ª fase da Ed. Infantil), que vai de 0 a 3 anos de idade.

  • GAB.: D

    LDB - Art. 4º 
    I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade [...] 
    a) pré-escola; (4 a 5 anos de idade) 
    b) ensino fundamental; (6 aos 15 anos de idade - duração de 9 anos)
    c) ensino médio; (15 aos 17anos de idade - duração mínima de 3 anos)

    OBS: creche não é obrigatória e gratuita.

  • Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

    I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

    b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

    c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

    II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade;  (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria;  (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

    VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

    VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;

    VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.

    X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).

  • O erro da afirmativa I está em dizer que a Educação Infantil é "obrigatória e gratuita". Segue o artigo das DCN...

     

    Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica - RESOLUÇÃO Nº 4 DE 2010

     

    Art. 21. São etapas correspondentes a diferentes momentos constitutivos do desenvolvimento educacional:
    I - a Educação Infantil, que compreende: a Creche, englobando as diferentes etapas do desenvolvimento da criança até 3 (três) anos e 11 (onze) meses; e a Pré-Escola, com duração de 2 (dois) anos;

    II - o Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, com duração de 9 (nove) anos, é organizado e tratado em duas fases: a dos 5 (cinco) anos iniciais e a dos 4 (quatro) anos finais;
    III - o Ensino Médio, com duração mínima de 3 (três) anos.

  • Questão mal elaborada, mais precisamente a alternativa A, pois a pré-escola dos 4 aos 5 anos de idade é obrigatório e gratuirto, e a pré-escola faz parte da Educação Infantil.


ID
2247820
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Pensar no compromisso ético de um profissional é pensar no significado de seus atos, como o ato de ensinar para um professor. Ser ético é buscar a reflexão sobre o que é bom ou mau, justo ou injusto, correto ou incorreto e adequado ou inadequado, para encontrar bons caminhos na atuação profissional. Esta reflexão sobre a ação humana é que caracteriza a ética. A propósito desta temática, cabe ao profissional:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    Pensar a relação sujeito e objeto, buscando a síntese das múltiplas determinações pessoais, particularidades e estruturais.

  • Entendi nada das opções.

  • Que viagem rsrs

  • completamente crazy

  • kkkkkkkkkkkkk

  • gente sério hahaha n entendi foi nada rsrsrs

  • A questão foi formulada para professores de ensino religioso... requer serenidade, suavidade, a busca da essência, mesmo que o frasco de perfume esteja vazio....

  • Dá para responder usando o verbo (Pensar) do comando da questão.

    Gabarito: D

  • Só sei que nada sei
  • O examinador curti um Bob Marley

    Don't worry about a thing

    'Cause every little thing

    Gonna be all right