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Prova VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica I


ID
3770437
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

De acordo com o texto, o livro Tantãs

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    Segundo o texto: São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama [...].

    ➥ Ou seja, o livro Tantãs foge de toda lógica possível, instiga o leitor criando tipos que escapam das convenções sociais.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva E

    instiga o leitor criando tipos que escapam das convenções sociais.

  • GAB. E (instiga o leitor criando tipos que escapam das convenções sociais.)

    "Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta"

  • A questão requer Compreensão e Interpretação Textual.


    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – O livro Tantãs não cria personagens com comportamento pautado em códigos morais, ao contrário, a autora do livro pretende justamente mostrar, principalmente às crianças, através de seus personagens que não existe essa questão de ter uma convenção. A autora quer dar espaço à simplicidade, ao inusitado, à liberdade de expor várias possibilidades da leitura.


    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – Os contos não tratam de temática inadequada e duvidosa para as crianças. São contos que atiçam a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor, são histórias que não agridem a lógica dos pequenos. Tal afirmação pode ser corroborada no 2º parágrafo.


     ALTERNATIVA (C) INCORRETA – Não emprega uma linguagem rebuscada. A intenção da autora é usar uma linguagem simples, uma linguagem que faça parte do cotidiano do leitor. Tal afirmação pode ser corroborada no 3º parágrafo.


    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – A autora não dialoga com obras realistas da literatura infantil, pois ela quer construir novas possibilidades de leitura a esse público infantil.


    ALTERNATIVA (E) CORRETA – A intenção da autora é que as crianças não desprezem a magia das palavras, as coisas belas que elas podem adquirir com a leitura, por isso ela cria personagens que não se atêm a convenções sociais.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (E)

  • A questão requer Compreensão e Interpretação Textual.

    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – O livro Tantãs não cria personagens com comportamento pautado em códigos morais, ao contrário, a autora do livro pretende justamente mostrar, principalmente às crianças, através de seus personagens que não existe essa questão de ter uma convenção. A autora quer dar espaço à simplicidade, ao inusitado, à liberdade de expor várias possibilidades da leitura.

    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – Os contos não tratam de temática inadequada e duvidosa para as crianças. São contos que atiçam a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor, são histórias que não agridem a lógica dos pequenos. Tal afirmação pode ser corroborada no 2º parágrafo.

     ALTERNATIVA (C) INCORRETA – Não emprega uma linguagem rebuscada. A intenção da autora é usar uma linguagem simples, uma linguagem que faça parte do cotidiano do leitor. Tal afirmação pode ser corroborada no 3º parágrafo.

    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – A autora não dialoga com obras realistas da literatura infantil, pois ela quer construir novas possibilidades de leitura a esse público infantil.

    ALTERNATIVA (E) CORRETA – A intenção da autora é que as crianças não desprezem a magia das palavras, as coisas belas que elas podem adquirir com a leitura, por isso ela cria personagens que não se atêm a convenções sociais.

    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (E)


ID
3770440
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

Pode-se afirmar, corretamente, que a escritora Eva Furnari

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    ➥ Segundo o texto: Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros [...].

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva b

    contabiliza dezenas de obras escritas e ilustradas de literatura infantil.

  • Gabarito(B)

    Só para não restar dúvidas de que é a resposta B, além da parte citada que diz que ela é autora de mais de 60 livros, temos esta parte que comprova que todos os livros são infantis, ou seja, realmente Eva é autora de livros infantis.

     ''São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor.''

  • GAB. B (contabiliza dezenas de obras escritas e ilustradas de literatura infantil.)

    "São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor."

    "Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados..."

  • A questão requer Compreensão e Interpretação Textual.


    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – A escritora Eva Furnari escreve obras com o intuito de não se prender a nenhuma conduta moral. As obras dels têm o intuito de despertar o inesperado, o incomum.


    ALTERNATIVA (B) CORRETA – A autora já escreveu mais de 60 livros publicados de literatura infantil. Tal afirmação se encontra no 3º parágrafo.


    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – Ao contrário. Ela escreve narrativas que fogem às regras do convívio social. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor. (2º parágrafo)


    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – Em suas narrativas, a autora foge às regras gramaticais, utilizando uma linguagem simples e acessível a todos os leitores.


    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – A autora não deixa em nenhum momento se influenciar por escritores estrangeiros; ela entende a lição passada por Manoel de Barros, poeta brasileiro.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (B)

  • Não fosse encontrar a assertiva correta, eu cairia na dúvida que Manoel de Barros era brasileiro ou português.

  • Em momento algum consegui concluir que ela escreveu dezenas de livros ilustrados, como assim é afirmado pelo gabarito.

    Vejamos:

    1 ª frase: 'São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor.''

    Como é possível observar, o trecho destacado trata-se de características da pessoa em comento (autora e exímia ilustradora), não necessariamente uma propriedade de seus 60 livros publicados, ou seja, não é possível concluir que os referidos livros fazem uso de qualquer ilustração, com excecção da obra lançada, a qual não é suficiente para formar uma dezena.

    2º frase: "E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’."

    A pergunta que fica é: por ela ser exímia ilustradora, necessariamente todos os seus 60 livros fazem uso de alguma ilustração, ou quanto desses livros assim o são?? Como eu posso aferir com precisão, que ela possui "dezenas de obras escritas e ilustradas de literatura infantil", quando na verdade, as únicas informações dispostas tratam-se de uma habilidade inerente a produção de livros e um quantitativo meramente declaratório?

    Reconheço que por eliminação é possível alcançar o provável gabarito, mas de igual modo, acredito que reflexões assim são necessárias para evitarmos bancas e questões catastróficas.

    Abraços!!

  • fiquei entrei C e B. não coloquei a (B), pois o texto em nenhum momento menciona que Todas as suas obras são de carater infantil, achei uma extrapolação!

  • GABARITO: B

    Confesso que fiquei na dúvida, mas reli o texto e me apeguei nesse trecho para responder a questão:

    ''São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor.''


ID
3770443
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

Ao separar a literatura da linguagem comum, conforme o 4º parágrafo, a escritora cria um cenário

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    ✓ Segundo o texto, no 4º parágrafo: Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura [...].

    ➥ Isto é, a escritora cria um universo lúdico, avesso (=contrário) aos rigores da lógica.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva A

    lúdico, avesso aos rigores da lógica.

      Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura.

  • A questão requer Compreensão e Interpretação Textual.


    ALTERNATIVA (A) CORRETA - Ao separar a literatura da linguagem comum, a escritora cria um cenário lúdico porque ela cria personagens inusitados para atiçar a imaginação das crianças e, de certa forma, fazer com que adultos e crianças não percam jamais a pureza, a criatividade, o bom humor ao ler suas histórias.


    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – Não cria um cenário fantasmagórico para assustar os leitores. Ela foge do ilógico, mas sempre usando o bom humor, tanto que seus personagens não beira à loucura, no sentido doentio.


    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – Não cria um cenário lírico capaz de provocar sensações desmedidas até porque suas narrativas não exprimem um subjetivismo, um sentimentalismo.


    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – Não cria um cenário científico até porque sua meta é fugir das convenções sociais sem se preocupar com o papel da ciência.


    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – Não cria um cenário complexo, ao contrário, cria um cenário lúdico, com uma linguagem bem simples a fim de que todos tenham acesso.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (A)


ID
3770446
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

O sentido do trecho – autora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado – (2º parágrafo) é reescrito com outras palavras em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    Autora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado ➥ EXÍMIA (=Que ultrapassa os demais em qualidade, mérito, capacidade; superior; algo exemplar); ATIÇAR (=impelir (alguém) a (algo); estimular, incitar, suscitar); INUSITADO (=ocorrência, fato, circunstância fora do comum; inabitual).

    ➥ autora exemplar em suscitar a curiosidade das crianças por meio do inabitual.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva b

    autora exemplar em suscitar a curiosidade das crianças por meio do inabitual.

  • A questão requer conhecimento da significação das palavras a fim de reescrever o texto com outras palavras mantendo o sentido original.


    Para responder a esta questão, é necessário conhecer o significado de três palavras que, de certa forma, não são corriqueiras. Tais palavras são:

    Exímia = excelente; habilíssima; eminente; distinta; exemplar; competente.

    Atiçar = incitar; estimular; provocar; suscitar.

    Inusitado = inabitual; extraordinária; rara; incomum; que não se usa com frequência.


    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – O trecho “autora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado" não pode ser reescrito por “autora competente em minimizar a curiosidade das crianças por meio do convencional" porque minimizar não é sinônimo de atiçar, e convencional significa comum, pouco original oposto de inusitado.


    ALTERNATIVA (B) CORRETA –  O trecho “autora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado" pode ser reescrito por “autora exemplar em suscitar a curiosidade das crianças por meio do inabitual" porque as palavras substituídas mantêm o sentido original.


    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – O trecho “autora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado" não pode ser reescrito por “autora talentosa em neutralizar a curiosidade das crianças por meio do incomum" porque a única palavra que não manteria o sentido original é neutralizar, que não tem relação com atiçar.


    ALTERNATIVA (D) INCORRETA –  O trecho “autora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado" não pode ser reescrito por “autora rigorosa em provocar a curiosidade das crianças por meio do corriqueiro" porque rigorosa não tem relação com exímia, e corriqueiro é antônimo de inusitado, pois corriqueiro quer dizer comum, habitual.


    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – O trecho “autora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado" não pode ser reescrito por “autora excêntrica em idealizar a curiosidade das crianças por meio do aceitável" porque as palavras destacadas não são sinônimas. Dessa forma, não manteria o sentido original.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (B)


ID
3770449
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

A autora empregou o diminutivo na palavra “loucurinha” em – No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. (4º parágrafo) – para

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    ✓ No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. (4º parágrafo)

    ➥ A autora empregou o diminutivo para trazer a ideia que é uma loucura mínima, uma locura que não é prejudicial às crianças, uma loucura que as fazem imaginar algo fora dos padrões da sociedade, algo inabitual. 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva D

     (4º parágrafo) – para afirmar que a loucura de seus personagens não é doentia.

  • A questão requer Compreensão e Interpretação Textual.


    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – A autora escreve suas narrativas para estimular a criatividade, o bom humor, a pureza dos leitores de toda a faixa etária.


    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – A loucura a que a autora se refere às suas histórias é uma loucura saudável no que tange a trazer reflexões que as pessoas saudáveis não estão acostumadas a fazer.


    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – Em nenhum momento ela pretende minimizar a importância de seus livros para a literatura infantil, o que ela pretende é fazer com que os leitores se divirtam, fujam do senso comum ao ler suas narrativas, é fazer com que o leitor veja a paixão da autora em relação à linguagem empregada e que passem a olhar o mundo com outros olhos.


    ALTERNATIVA (D) CORRETA – Quando a autora usa a palavra loucura no diminutivo, ela pretende mostrar que é uma loucura sã, em que seus personagens fogem do senso comum, mas com bastante lucidez para trazer reflexões ao leitor.


    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – Em nenhum momento a autora previne o leitor para tomar cuidado com sua leitura. O objetivo dela é mostrar às crianças sobre a liberdade de fugir do senso comum, sempre com o objetivo de trazer reflexões.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (D)

  • Mas com essas opções nem teria como desconfiar que não seria a letra D a correta

  • Gab -> D

    Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer.

    #Persistamos!!


ID
3770452
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

Considerando que a expressão destacada em – Olham o mundo com frescor. (2º parágrafo) – significa olhar o mundo com vivacidade, com confiança, de maneira aprazível, assinale a alternativa que apresenta, por meio de um advérbio, o sentido contrário da expressão.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    ✓ Olham o mundo com frescor. (2º parágrafo) – significa olhar o mundo com vivacidade, com confiança, de maneira aprazível.

    ➥ O advérbio de modo "desalentadoramente" significa de modo desalentado, desalentador; desanimador; esmorecedor (=sentido contrário ao termo original, sentido antônimo). 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva D

    Olham o mundo desalentadoramente # com frescor. (

  • Traduzindo esse palavrão: desalentadoramente=que deixa de estimular; que faz com que não haja ânimo

  • O CABRA TEM QUE GRAVAR O DICIONÁRIO COMPLETO, PARA RESPONDER ESSE TIPO DE QUESTÃO. KKKKKKKK

  • A questão requer Interpretação Textual e conhecimento sobre Significação das Palavras: sinônimos e antônimos; Classes Gramaticais: Advérbio ou Locução Adverbial.


    A questão pede justamente, por meio de um advérbio, o oposto, o antônimo da expressão “com frescor” (2º parágrafo).


    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – Esta alternativa até poderia estar correta, pois ao olhar o mundo de forma estranha seria o oposto de olhar com frescor, com confiança.


    O candidato deve atentar-se ao que o enunciado pede, uma vez que requer a alternativa que apresente por meio de um advérbio e não locução adverbial. Dito isso, a alternativa está errada porque “de forma estranha” é locução adverbial.


     

    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – Está errada porque o advérbio “superficialmente” apresenta o mesmo sentido de “com frescor”.


    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – Está errada porque está sendo expressa por uma locução adverbial “com leveza” e que apresenta o mesmo sentido de “com frescor”.


    ALTERNATIVA (D) CORRETA – Está correta porque o advérbio “desalentadoramente” significa “de forma desanimadora”, “esmorecimento”, ou seja, é oposto de “com frescor”, e está expresso por um advérbio e não locução adverbial.


    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – Está errada porque está sendo expressa por uma locução adverbial “com confiança” e que apresenta o mesmo sentido de “com frescor”.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (D)

     

  • Característica do que desalenta; que deixa de estimular; que faz com que não haja ânimo; desanimador.

    Fonte: https://www.dicio.com.br/desalentador/

  • advérbios palavras terminadas em mente

  • terminou em "mente" grande chances de ser advérbios, eliminamos a metade das alternativas (gabarito D).

  • A questão pede justamente, por meio de um advérbioo oposto, o antônimo da expressão “com frescor”

    (2º parágrafo).

    Atente-se ao que o enunciado pede, uma vez que requer a alternativa que apresente por meio de um advérbio e não locução adverbial. 

    ALTERNATIVA (A), errada: “de forma estranha” é locução adverbial.

    ALTERNATIVA (B), está errada porque o advérbio “superficialmente” apresenta o mesmo sentido de “com frescor”.

    ALTERNATIVA (C), “com leveza” e que apresenta o mesmo sentido de “com frescor”. Locução adverbial

    ALTERNATIVA (E), errada porque está sendo expressa por uma locução adverbial “com confiança” e que apresenta o mesmo sentido de “com frescor”

    ALTERNATIVA (D) CORRETA – Está correta porque o advérbio “desalentadoramente” significa “de forma desanimadora”, “esmorecimento”, ou seja, é oposto de “com frescor”, e está expresso por um advérbio e não locução adverbial.

    GABARITO ALTERNATIVA (D)

  • Não foquei em olhar se é ou não advérbio. Procurei por um antônimo, já que a questão pede sentido contrário da expressão.

    Nisso, já da pra eliminar as alternativas D e E que possuem o mesmo sentido.

    desalentadoramente = significa de modo desalentado, desanimador. Sendo assim:

    GABARITO: D

  • a maioria dos advérbios mente. Por isso terminou em mente pode ter grande chance de ser um advérbio. Porque ele mente. rsrsr Bons estudos

    fonte: Vozes da minha cabeça. Confia.

    Gabarito: D

  • Considerando que a expressão destacada em – Olham o mundo com frescor. (2º parágrafo) – significa olhar o mundo com vivacidade, com confiança, de maneira aprazível, assinale a alternativa que apresenta, por meio de um advérbio, o sentido contrário da expressão.

    A) Olham o mundo de forma estranha.

     “de forma estranha” é locução adverbial.

    -----------------------------

    B) Olham o mundo superficialmente.

    Está errada porque o advérbio “superficialmente” apresenta o mesmo sentido de “com frescor”.

    -----------------------------

    C) Olham o mundo com leveza.

     “com leveza” e que apresenta o mesmo sentido de “com frescor”. Locução adverbial

    -----------------------------

    D) Olham o mundo desalentadoramente. [Gabarito]

    Está correta porque o advérbio “desalentadoramente” significa “de forma desanimadora”, “esmorecimento”, ou seja, é oposto de “com frescor”, e está expresso por um advérbio e não locução adverbial.

    Desalento = estado de quem se mostra sem alento; desânimo, abatimento, esmorecimento.

    -----------------------------

    E) Olham o mundo com confiança.

    Está sendo expressa por uma locução adverbialcom confiança” e que apresenta o mesmo sentido de “com frescor”

    By: Glória a Deus por isso!


ID
3770455
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

Assinale a frase correta, elaborada a partir do texto, de acordo com a norma-padrão da concordância.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

     a) Deve também os advogados ser defensor dos excluídos, daqueles que se exclui do contexto social? → INCORRETO. Quem deve ser defensor? Os advogados devem ser defensores (=sujeito simples com núcleo no plural, a concordância deve ser realizada no plural).
     b) A autora nos fazem acreditar que é plausíveis entrar na loja e comprar meio litro de botões de cor amarelado → INCORRETO. Quem nos faz acreditar? A autora nos faz acreditar (=sujeito simples com núcleo no singular, a concordância deve ser realizada no singular).
     c) Será que existirá ainda os tantãs na literatura infantil depois dos irrefreáveis excesso da tecnologia? → INCORRETO. O verbo "existir" é pessoal e deve concordar com o sujeito que vem após ele, sujeito posposto, o qual está no plural (=os tantãs ainda existirão).
     d) As pessoas olham o mundo pelo olhar ingênuos da criança e é isso que dão graça aos livros → INCORRETO. O correto é "ingênuo" (=concordância nominal deve ser realizada com o substantivo no singular "olhar"); o correto é "dá" (=concorda com o pronome "isso", o qual é retomado pelo pronome relativo "que").

     e) Há os loucos, os artistas, as pessoas intuitivas que veem o que os sãos não conseguem → CORRETO!!

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva E

    Há os loucos, os artistas, as pessoas intuitivas que veem o que os sãos não conseguem.

  • Veja :

    A)

    Os advogados devem

    B) A autora faz alguém acreditar.

    C) os tantãs -existirão

    D) o olhar ingênuo

    E) Há os loucos, os artistas, as pessoas intuitivas que veem o que os sãos não conseguem.

    Os verbos

    dar

    crer

    ler e ver = duplicam o "e" e não possuem acento.

    Eles leem , veem, leem, creem

    Haver no sentido de existir = impessoal

  • Não possuem acentos na terceira pessoa do indicativo no plural os verbos veem, preveem.

  • Não entndi o gabarito, já que, Verbo Haver no sentido de existir é impessoal, o verbo ver não tinha que estar no singular?

  • A questão requer conhecimentos sobre Concordância Verbal e Nominal.


    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – É preciso atentar-se que o sujeito da 1ª oração (os advogados) está posposto ao verbo. Na ordem direta, temos: “Os advogados também devem ser defensores dos excluídos, daqueles que se excluem do contexto social?"

    Há uma locução verbal (deve ser) em que o verbo auxiliar está afastado do verbo principal. Os erros de concordância ocorridos são: o verbo auxiliar “deve" não está concordando com o seu sujeito no plural (os advogados); o adjetivo “defensor" não está concordando com o sujeito no plural; na 2ª oração, o verbo “excluir" não está concordando com o sujeito (daqueles).


    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – Há erro de concordância com o verbo auxiliar “fazem", ele deveria estar flexionado na 3ª pessoa do singular, tendo em vista que o sujeito (A autora) está no singular.

    Há erro de concordância nominal com o adjetivo/predicativo do sujeito “plausíveis", pois o sujeito da 2ª oração (entrar na loja) é oracional, nesse caso, tanto o verbo quanto o adjetivo ficam no singular.

    Há erro de concordância nominal com o adjetivo “amarelado", este deveria estar concordando em gênero com o substantivo “cor".

    A sentença correta seria: “A autora nos faz acreditar que é plausível entrar na loja e comprar meio litro de botões de cor amarelada."


    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – Há erro de concordância com o verbo “existirá", tendo em vista que a regra geral é o verbo concordar com o sujeito e, nesse caso, o núcleo do sujeito (tantãs) está no plural, e o verbo no singular.

    Há também erro de concordância nominal em “os irrefreáveis". De acordo com a regra geral, os determinantes (artigo, adjetivo, pronome adjetivo, numeral adjetivo) sempre concordam em gênero e número com o determinado (substantivo ou pronome substantivo). O substantivo “excesso" está no singular.

    A sentença correta seria: “Será que existirão ainda os tantãs na literatura infantil depois do irrefreável excesso da tecnologia?"



    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – Há erro de concordância nominal com o adjetivo “ingênuos", ele deveria estar no singular por conta do substantivo “olhar" estar no singular. Também há erro de concordância com o verbo “dão", na 3ª oração, pois o seu sujeito – o qual está na 2ª oração – é um pronome demonstrativo neutro, tal pronome leva o verbo à 3ª pessoa do singular.

    O que dá graça aos livros? Resposta: Isso.


    ALTERNATIVA (E) CORRETA – Não há nenhum erro de concordância verbal nem nominal. Lembrando que o verbo HAVER no sentido de existir, acontecer, ocorrer e indicando tempo passado não se flexiona, devendo ficar na 3ª pessoa do singular, constituindo uma ORAÇÃO SEM SUJEITO.

    Na sentença, o verbo “haver" está no sentido de “existir".


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (E)

  • Gabarito: E

    O verbo haver no sentido de existir é impessoal e NÃO flexiona.

    O verbo haver no sentido de existir é impessoal e NÃO flexiona.

    E)---> os loucos, os artistas, as pessoas intuitivas que veem o que os sãos não conseguem.

    ---->EXISTEM os loucos, os artistas, as pessoas intuitivas que veem o que os sãos não conseguem.

  • ...... pelo olhar ingênuo da criança...


ID
3770458
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa correta, de acordo com a regência e com o acento indicativo da crase.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

     a) O livro de Eva expõe o leitor à uma linguagem simbólica → INCORRETO. Expõe o leitor a algo (=somente a preposição "a" regida pelo verbo deve ser usada antes do artigo indefinido "uma"= a uma).
     b) As pessoas apreciam à linguagem da escritora → INCORRETO. Apreciam alguma coisa (=verbo transitivo direto, trata-se de um verbo que não pede um complemento iniciado por preposição; somente o artigo definido "a" deve ser usado= a linguagem).
     c) A autora refere-se à obra do poeta com emoção → CORRETO. Refere-se a algo (=preposição "a" regida pelo verbo) + artigo definido "a" que acompanha o substantivo feminino "obra"= crase= à obra.
     d) Ao simplificar à linguagem, a escritora facilita a leitura → INCORRETO. Simplificar alguma coisa (=verbo transitivo direto, trata-se de um verbo que não pede um complemento iniciado por preposição; somente o artigo definido "a" deve ser usado= a linguagem).
     e) As histórias conduzem os leitores à um mundo de fantasias → INCORRETO. Conduzem os leitores a algo (=somente a preposição "a" regida pelo verbo deve ser usada antes do artigo indefinido "um"= a um).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva C

    A autora refere-se à obra do poeta com emoção.

  • Complementando..

    A)não usamos crase diante de artigo indefinido.

    B) para Saber se há crase faça a troca da palavra feminina pela masculina.. Se aparecer "ao" = crase.

    Apreciam o escrito.

    C) Refere-se ao invento.

    D) simplificar o escrito.

    E) Não há crase diante de artigo indefinido.

  • Assertiva C.

    Quem se refere, se refere A+Algo...

  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    Principais casos em que não ocorre a crase:

    * Antes de palavra masculina

    * Em locução feminina que indique instrumento (ex: Ela escreveu o texto a caneta)

    * Antes de verbo

    * Entre palavras repetidas que formem uma expressão (ex: cara a cara)

    * Antes de artigo indefinido

    * Quando o A estiver no singular e a palavra posterior estiver no plural

    * Antes dos seguintes pronomes: 

       a) De tratamento (exceções: senhora, senhorita, dona e madame)

       b) Relativos (exceção: à qual, às quais)

       c) Indefinidos (exceção: outra(as))

       d) Demonstrativos (exceções: àquele, àquela, àquilo)

       e) Pessoais

    FONTE: QC

  • A autora refere-se à obra do poeta com emoção.

    quem se refere, se refere a algo

    no caso: refere-se a(prep) a(art) obra do poeta.

    Principais casos em que não ocorre a crase:

    * Antes de palavra masculina

    * Em locução feminina que indique instrumento (ex: Ela escreveu o texto a caneta)

    * Antes de verbo

    * Entre palavras repetidas que formem uma expressão (ex: cara a cara)

    * Antes de artigo indefinido

    * Quando o A estiver no singular e a palavra posterior estiver no plural

    * Antes dos seguintes pronomes: 

       a) De tratamento (exceções: senhora, senhorita, dona e madame)

       b) Relativos (exceção: à qual, às quais)

       c) Indefinidos (exceção: outra(as))

       d) Demonstrativos (exceções: àquele, àquela, àquilo)

       e) Pessoais

  • A questão requer conhecimentos sobre regência verbal e nominal e acento indicativo de crase.


    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – Não se usa o acento indicativo de crase em palavras indefinidas por não serem determinadas pelo artigo definido. No caso da oração, a palavra “uma” é artigo indefinido.


    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – O uso do acento indicativo da crase está errado porque o verbo “apreciar” é transitivo direto, portanto dispensa a preposição.


    ALTERNATIVA (C) CORRETA – O uso do acento indicativo da crase está correto porque o verbo “referir-se” é transitivo indireto e exige a preposição “a”, e o substantivo “obra” exige o artigo definido “a”, havendo a fusão das duas vogais idênticas.


    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – O uso do acento indicativo da crase está errado porque o verbo “simplificar” é transitivo direto, portanto dispensa a preposição.


    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – Não se usa o acento indicativo de crase em palavras indefinidas por não serem determinadas pelo artigo definido. No caso da oração, a palavra “um” é artigo indefinido.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (C)

  • Um macete pra quem tem muita dificuldade em decorar regras de crase, e só fazer a pergunta ao verbo, por ex quem se refere, se refere A alguma coisa, após isso é só ver se o substantivo aceita o artigo, se você não sabe encontrar o artigo, basta colocar o substantivo no início da frase, se não ficar estranho e porque aceita o artigo A Por exemplo : A obra do poeta que a autora se refere (encaixou sem soar estranho, então tem artigo)
  • Um macete top:

    A........ESTAVA BONITA


ID
3770461
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

Substituindo-se o termo em destaque em – A personagem é um advogado que defende um passarinho. –, por um pronome pessoal, de acordo com a norma-padrão de colocação, obtém-se versão correta em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    ✓ A personagem é um advogado que defende um passarinho → DEFENDE ALGUMA COISA (=verbo transitivo direto, trata-se de um verbo que pede um objeto direto, complemento verbal que não é iniciado por preposição).

     a) … que lhe defende → INCORRETO. O pronome oblíquo átono "lhe" não pode ser usado como um objeto direto.
     b) … que defende-lhe → INCORRETO. Vide letra "a", além disso, temos o pronome relativo "que" sendo fator de atração do pronome oblíquo átono, fator de próclise (=que lhe defende).
     c) … que o defende → CORRETO. Pronome relativo "que" sendo fator de atração do pronome oblíquo átono, fator de próclise (=que o defende) e pronome oblíquo átono "o" exercendo corretamente a função sintática de objeto direto.
     d) … que defende-lo → INCORRETO. Pronome relativo "que" sendo fator de atração do pronome oblíquo átono, fator de próclise (=que o defende). Em verbos terminados em R, S ou Z, retira-se a última letra do verbo e emprega-se os pronomes oblíquos LO, LA, LOS ou LAS.
     e) … que defende a ele → INCORRETO. "A ele" exerceria a função de objeto indireto, o verbo em questão é transitivo direto e pede um objeto direto.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva C

     obtém-se versão correta em:que o defende.

  • Vamos às regras básicas:

    O(s), A (s) , Lo (S), L a (S) = substituem objetos direitos

    Lhe (s) = objetos indiretos.

     um advogado que defende um passarinho. –

    Defende - algo-OD = um passarinho

    perceba que ( pronome relativo) fator de próclise ..puxa para trás.

    Bora !!

  • Quem defende, defende algo, logo é um VTD, para substituir OD o Pronome Oblíquos Átono é o "a, o, as, os".

    A frase tem o pronome relativo "que" que é um fator de atração, portanto o P.O.A vem antes do verbo (próclise).

    Letra C) "A personagem é um advogado que o defende."

  • A questão requer conhecimento sobre Sintaxe: Transitividade Verbal; Emprego dos Pronomes Pessoais e Colocação Pronominal.


    Ao fazer esta questão, é preciso, primeiramente, reconhecer a predicação do verbo “defender” para saber qual pronome átono usar como complemento verbal. Tal verbo é transitivo direto, logo seu complemento é objeto direto. Depois, é preciso saber quais são as palavras atrativas para, então, posicionar corretamente os pronomes átonos em relação ao verbo.


    PRONOMES OBLÍQUOS EM FUNÇÃO DE COMPLEMENTO VERBAL:


     

    o, a, os, as – sempre objetos diretos

    lhe, lhes – sempre objetos indiretos

    me, te, se, nos, vos – dependem da transitividade verbal


     

    POSIÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS EM RELAÇÃO AOS VERBOS:


     

    1. PRÓCLISE – quando o pronome átono vem antes do verbo.

    2. ÊNCLISE - quando o pronome átono vem após do verbo.

    3. MESÓCLISE - quando o pronome átono vem no meio do verbo.


    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – O erro está no emprego do pronome átono “lhe” que não pode ser complemento do verbo transitivo direto devido ele exercer a função sintática de objeto indireto.


    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – O erro está tanto no emprego do pronome átono “lhe” quanto na colocação pronominal, visto que a palavra “que” é pronome relativo e este atrai o pronome para perto dele, ficando antes do verbo (proclítico).


    ALTERNATIVA (C) CORRETA – O emprego do pronome átono “o” está correto, uma vez que exerce a função de objeto direto complementando o verbo transitivo direto. Em relação à colocação pronominal, de acordo com a norma-padrão, está correta. Ocorre a próclise sempre que houver um pronome relativo antes do verbo.


    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – O erro está tanto no emprego do pronome átono “lo” quanto na colocação pronominal, visto que a palavra “que” é pronome relativo e este atrai o pronome para perto dele, ficando antes do verbo (proclítico).


    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – O verbo “defender” é transitivo direto, seu complemento deve ser objeto direto. O complemento “a ele” é expresso por um pronome oblíquo tônico regido da preposição “a”.

    Todavia, o objeto direto pode estar antecedido de preposição. Nesse caso, a preposição não é exigida pelo verbo, seu emprego se justifica por clareza, por razões estilísticas ou por obrigação.

    Uma das razões de o objeto direto ser obrigatoriamente preposicionado é com o pronome pessoal oblíquo tônico.

    Poderíamos marcar esta alternativa como correta caso não houvesse a alternativa (C), pois seguindo uma regra geral, usamos os pronomes pessoais oblíquos átonos (o, a, os, as) como complementos dos verbos transitivos diretos.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (C)

  • Lembrando que, embora possa ter a atribuição de VTI, o verbo ASSISTIR não admite o pronome LHE em sua estrutura pronominal: Assistir-lhe.

  • C

    O pronome relativo QUE atrai próclise, ou seja, pronome oblíquo átono antes do verbo.

  • GAB. C)

    que o defende.


ID
3770464
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase quanto à conjugação verbal.

Que nenhum leitor se ______________ nem _____________ se a bruxinha _________________ pedir um vestido rosa ao Papai Noel.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    ✓ Que nenhum leitor se surpreenda nem estranhe se a bruxinha quiser pedir um vestido rosa ao Papai Noel.

     a) surpreenda … estranhe … quiser → CORRETO.
     b) surpreende … estranha … querer → INCORRETO. O correto é "supreenda" (=3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo do verbo "surpreender"= que ele se surpreenda).
     c) surpreenda … estranha … quiser → INCORRETO. O correto é "estranhe" (=3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo do verbo "estranhar"= que ele se estranhe).
     d) surpreenda … estranhe … querer → INCORRETO. O correto é "quiser" (=3ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo do verbo "querer"= se ela quiser).
     e) surpreende … estranhe … quiser → INCORRETO. Vide letra "b"

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva A

    surpreenda … estranhe … quiser

  • Só uma dúvida: é Surprend(a) pois concorda com vestido rosa? ou não tem relação?

  • DOUGLAS, "SURPREENDA", PORQUANTO ESTÁ NO MODO SUBJUNTIVO (PRESENTE DO SUBJUNTIVO - POSSIBILIDADE).

  • A questão requer conhecimento sobre Conjugação Verbal.


    A frase expressa valores de desejo e possibilidade. Quando ocorre isso, empregamos os verbos no modo subjuntivo.


    ALTERNATIVA (A) CORRETA – Os verbos “surpreender-se" e “estranhar" estão conjugados perfeitamente no presente do subjuntivo porque a frase indica desejo e geralmente esse tempo e modo verbal é conjugado com o conectivo que. O verbo “querer" está conjugado perfeitamente no futuro do subjuntivo porque a frase expressa uma possibilidade, uma hipótese e geralmente esse tempo e modo verbal é conjugado com os conectivos se / quando.


    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – Os verbos “surpreende" e “estranha" estão conjugados no presente do indicativo e o verbo “querer" no infinitivo flexionado. Suas conjugações não estão coerentes com o contexto.


    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – O verbo “estranha" está conjugado no presente do indicativo, não está coerente com o contexto.


    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – O verbo “querer" está conjugado no infinitivo flexionado, não está coerente com o contexto.


    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – O verbo “surpreende" está conjugado no presente do indicativo, não está coerente com o contexto.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (A)

  • errei,mas fé em deus

  • Dicas, subj pres. Verbo terminado emm,

    Ar troca por E

    Er troca por A

    Ir troca por A


ID
3770467
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

Considere o trecho para responder a questão.

Assim, Dona Tinzinha vai à loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho – ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer – conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.

Ao se eliminar o primeiro travessão e substituí-lo por uma conjunção de causa, a frase seguinte deve se iniciar por:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    ✓ Ao se eliminar o primeiro travessão e substituí-lo por uma conjunção de causa, a frase seguinte deve se iniciar por:

     a) a fim de que ela descobrisse → INCORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa final e não causal.
     b) já que ela descobriu → CORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa causal, são aquelas que indicam uma oração subordinada que denota causa (=oração subordinada adverbial causal), são elas: Porque, pois, porquanto, como (no sentido de porque), pois que, por isso que, á que, uma vez que, visto que, visto como, que. JAQUE CAUSA (=já que= causa).
     c) logo que ela descobriu → INCORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa temporal e não causal.
     d) à medida que ela descobriu → INCORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa proporcional e não causal.
     e) para que ela descobrisse → INCORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa final e não causal.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva b

    conjunção de causa = já que

  • Só para fins de complementação:

    Não Confunda o na medida em que = Causa

    À medida que= proporção.

  • GAB. B

    A) a fim de... (finalidade)

    B) já que... (CAUSA)

    C) logo que... (tempo)

    D) à medida que... (proporcionalidade)

    E) para que... (finalidade)

  • Lembre-se:

    – À medida que significa “à proporção que”, “conforme”.

    – À medida em que NÃO EXISTE!

    – Na medida em que corresponde a “tendo em vista que”, “já que”, “uma vez que”.

  • RESP: B

    CONJUNÇÃO

    CAUSAIS OU CAUSA.

    EX: PORQUE , POIS , JÁ QUE ETC...

  • A questão requer conhecimento sobre o valor semântico das conjunções ou locuções conjuntivas subordinativas adverbiais.


    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – A locução conjuntiva a fim de que tem relação de finalidade.


    ALTERNATIVA (B) CORRETA – A locução conjuntiva já que tem relação de causa.


    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – A locução conjuntiva logo que tem relação de tempo.


    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – A locução conjuntiva à medida que tem relação de proporção.


    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – A locução conjuntiva para que tem relação de finalidade.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (B)

  • a causa para parar de fazer xixi é a cor. kkk
  • Se tem uma dica que me deram um dia e que fez uma "baita" diferença em minha vida de concurseiro, foi a de "DECORE AS CONJUNÇÕES".

    Sabendo elas, dificilmente erra questões sobre o assunto e ainda ajuda na prova discursiva.

    BONS ESTUDOS!!!

  • Na medida em que = causa

    À medida que = proporção

  • Observação:

    São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na medida em que.

    A forma correta é : à medida que.

    "À medida que os anos passam, as minhas possibilidades aumentam. "

  • Sendo menos técnico....

    Já que ela descobriu, então...

    Causa.......................Consequência

  • Eu sempre confundia o "Na medida que" e o "À medida que", e então fiz este bizu:

    1. Na medida que = Causal (Eu lembro assim: "Só Jesus na causa")
    2. À medida que = Proporção
    3. À medida em que = ERRADO!
  • Causaisintroduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que.

  • Causais = porque, dado que , porquanto ,visto como , pois , ja que , como, uma vez que ,na medida em que ,sendo que , que visto que .

  • A FIM DE QUE - FINALIDADE

    JÁ QUE - CAUSA (GABARITO)

    LOGO QUE - CONCLUSÃO

    À MEDIDA QUE - PROPORÇÃO

    PARA QUE - FINALIDADE

    Diogo França

  • A Jaque causa

  • Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. Por exemplo:

    Toque o sinal para que todos entrem no salão.

    Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor.

    Causaisintroduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. Por exemplo:

    Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.

    Como não se interessa por arte, desistiu do curso.

    Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos), etc. Por exemplo:

    O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam.

    Quanto mais reclamava menos atenção recebia.

    Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que e na medida que.

    Temporaisintroduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. Por exemplo:

    A briga começou assim que saímos da festa.

    A cidade ficou mais triste depois que ele partiu.

    Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. Por exemplo:

    O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.

    Ele é preguiçoso tal como o irmão.

    Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. Por exemplo:

    Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame.

    A dor era tanta que a moça desmaiou.

  • GABARITO: B

    A) a fim de... (finalidade)

    B) já que... (CAUSA)

    C) logo que... (tempo)

    D) à medida que... (proporcionalidade)

    E) para que... (finalidade)

  • GABARITO B

    Complementando:

    Relação de causa e consequência:

    ''Como secretamente sou uma pessoa má, parei de repente e dei meia volta''

    O como, no início da oração, geralmente, exprime valor causal. É bom perceber isso, pois, na prova, você liga o radar quando ele pedir: "... apresenta relação de causa e consequência". Mas, para não ficar na dúvida, troque por "visto que":

    "Como sou português, gosto de bacalhau" → "Visto que sou português, gosto de bacalhau".

    • Macete para perceber a relação causal em um frase: o fato de... (causa), faz com que ... (consequência).
    • O fato de eu ser português (causa), faz com que eu goste de bacalhau (consequência).

    O como, no início da oração, poderá ser comparativo também: "como você, eu também gosto de bacalhau" → "igual a você, eu também gosto de bacalhau".


ID
3770470
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

Considere o trecho para responder a questão.

Assim, Dona Tinzinha vai à loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho – ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer – conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.

Se a palavra “loja” fosse usada no plural (lojas), o pronome “onde” seria substituído por

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    ✓ Assim, Dona Tinzinha vai à loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho – ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer – conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.

    ➥ O pronome relativo "onde" equivale a "em que"; LOJAS (=nas quais; artigo definido "as" + preposição "em"= nas + pronome relativo "quais"; retoma um substantivo no plural= lojas, nas quais...). 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva D

     o pronome “onde” seria substituído por nas quais.

  • Apenas reforçando:

    Onde = em que = preposição (em )

    Não esquecer que retoma a ideia de lugar.

    Aonde = preposição (A)

    Donde = preposição (De )

  • A questão requer conhecimento sobre o uso dos Pronomes Relativos.


    Ao se referir a lugares, usa-se os pronomes relativos onde, em que ou no qual (e flexões).


    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – Só se usa o pronome relativo aonde quando o verbo for de movimento. O verbo da Oração Subordinada Adjetiva – pedir – não é um verbo de movimento, é um verbo estático, por isso dispensa a preposição “a".


     

    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – Está faltando a preposição “em".


    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – O pronome está no singular e, como estaria se referindo ao substantivo locativo no plural, o correto é o pronome relativo “na qual" também estar no plural.


    ALTERNATIVA (D) CORRETA – O pronome relativo “nas quais" pode substituir o pronome “onde" e está concordando em número com o substantivo “lojas".


    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – O uso da preposição “por/per" contraído com pronome pessoal “elas" está errado. O correto seria “nas" (em + as).


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (D)
  • "Onde" no sentido de lugares, pode ser permutado. Em que " no qual

  • Onde = em que lugar

    Aonde = Para qual lugar

  • 1. Identificar o pronome relativo e o seu referente.

    2. Substituir o pronome pelo referente na O.S. Adj.

    3. Fazer a análise sintática

     Ex:

    A-)Eles conheceram os diretores que convocaram a nova reunião.

    1.Que = os quais

    2.Referente do pronome relativo = os diretores

    3. Os diretores convocaram uma nova reunião → Fazer a análise sintática

    b-) As coisas que o mundo oferecia me impediam de te encontrar.

    1.Que = as quais

    2.Referente do pronome relativo = as coisas

    3.As coisas o mundo oferecia→ Fazer a análise sintática

    .

  • Demorei para entender, espero ajudar , o qual , a qual, retoma o que veio antes ,e tem que concordar em número e gênero, então as lojas= as quais

  • O PRONOME QUAL, FLEXIONA COM O VERBO ANTECEDENTE, CONCORDANDO COM NÚMERO E GÊNERO.

    QUEM VAI , VAI EM ALGUM LUGAR, PORTANTO NAS QUAIS.

  • PC-PR 2021

  • Olhe para o verbo após o pronome relativo e complete com seu antecedente. "Pede nas lojas de armarinhos". O verbo exige preposição "em".

    LETRA A) AONDE - Incorreta, pois o verbo não pede preposição "a"

    LETRA B) QUAIS - Incorreta pois o pronome relativo "quais" sempre deve vir antecedido por artigo.

    LETRA C) NA QUAL - Incorreta pois "lojas" iria para o plural.

    LETRA D) NAS QUAIS - Correta, pois é a junção de "em+as quais = nas quais". Obedecendo então o plural (lojas) e a preposição exigida pelo verbo.

    LETRA E) PELAS QUAIS - Incorreta, pois o verbo não pede a preposição "por+as".


ID
3770473
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

A preposição “de” destacada na frase – São crianças que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. – tem sentido de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

     São crianças que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência.

    ➥ A preposição "de" traz uma ideia de especificação, especifica quais regras são essas, tanto que o termo "de convivência" exerce a função sintática de adjunto adnominal. 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva C

    especificação. = regras de convivência

  • Arthur Carvalho, você se equivocou quando falou de que o "de" (preposição) exerce a função de sintática de ADJUNTO ADNOMINAL, porque a preposição não pode exercer essa função. No caso em questão, a LOCUÇÃO ADJETIVA "de convivência" exerce a função de adjunto adnominal

  • Gabarito(C)

    Não são quaisquer regras, são regras de convivência. Está especificando ''regras''.

  • GAB: C

    Que tipo de regras? de convivência.

  • colega, neste caso , Artur está correto em sua análise ao dizer que o termo " de consciências " pode ser classificado como adjunto adnominal.

    Já que tocaram no assunto permitam -me explaná-lo.

    I) quando aparecem termos ligados por preposição podemos ter adjuntos ou a postos especificativos.

    Como diferenciar?

    # Se vc troca o termo pelo substantivo = aposto especificativo . Se não for possível = adjunto adnominal.

    Veja:

    Cidade de Fortaleza..

    Fortaleza equivale a cidade = aposto especificativo.

    regras de convivência.

    Não há equivalência = adjunto adnominal

  • ESPECIFICAÇÃ0 --- não são quaisquer regras, mas sim regras de convivencia.

    Nota-se que neste caso existe uma especificação.

  • A questão requer conhecimento sobre valor semântico das preposições.


    A preposição “de” tem sentido, dentre outros, de tempo, lugar, causa, posse, instrumento, finalidade etc. Na frase em questão, ela expressa um valor nocional de especificação (= tipo), tendo em vista que as crianças ainda não foram contaminadas por um tipo, uma espécie de convivência.

    Um exemplo em que a preposição “de” expressa um sentido de especificação: “Sou uma pessoa de coragem.”


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (C)

  • A preposição de pode apresentar varias circunstâncias (tempo, lugar, modo, finalidade, especificação, etc.), desse modo observa-se que é um pronome essencial que apresenta determinada circunstância de acordo com o contexto, podendo ser Relacional ou Nocional.

    Na presente questão, específica o tipo de regra: "de convivência".

    ALTERNATIVA: C

  • A preposição de pode apresentar varias circunstâncias (tempo, lugar, modo, finalidade, especificação, etc.), desse modo observa-se que é um pronome essencial que apresenta determinada circunstância de acordo com o contexto, podendo ser Relacional ou Nocional.

  • especifica quais sao as regras, de futebol? De basquete? De convivencia?

  • Se fosse a FGV seria LETRA A sem dúvida

  • A Dica para saber o valor semântico da preposição é olhar sempre para o que vem depois da preposição e não o que vem antes.

    olhar para a palavra da frente (convivência) que tem sentido de especificação em relação a palavra(regras) – regras desse tipo.

    Fonte: Anotações das aulas da profª Adriana Figueredo


ID
3770476
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

Observa-se nos termos destacados na frase – “Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”. – uso de expressão de sentido figurado, o que ocorre também em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    ✓ “No osso da fala dos loucos, há lírios”. – é o que escreveu um dos nossos poetas.

    ➥ Temos uma linguagem irreal, figurada, conotativa (=dos contos de fadas). 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva D

    “No osso da fala dos loucos, há lírios”. – é o que escreveu um dos nossos poetas.

  • A fala não possui "osso". Logo linguagem figurada.

  • A questão requer Compreensão e Interpretação Textual; conhecimento sobre Aspectos Semânticos: Denotação e Conotação.


    1. Denotação – quando uma palavra é usada no seu sentido real, objetivo, próprio, o sentido do dicionário.

    Exemplo: Comprei uma joia rara para mim. (A palavra “joia" está sendo usada no seu sentido real.)


    2. Conotação – quando uma palavra é usada no sentido figurado.

    Exemplo: Aquela menina é uma joia rara. (A palavra “joia" está sendo usada no sentido figurado, pois pessoa não é joia; com certeza, a menina deve ser uma pessoa bacana, prestativa, que o falante a acha uma preciosidade assim como uma joia.)


    A única alternativa em que a frase está sendo usada no sentido figurado, conotativo é a ALTERNATIVA (D). A frase escrita entre aspas pertence a um gênero da poesia e um texto poético tende a usar uma linguagem literária, figurada, em que as palavras tenham valores plurissêmicos. Até porque fala não tem osso, osso não tem lírios.

    Nas outras alternativas, as frases estão sendo usadas no sentido real, próprio, denotativo.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (D)

  • Uau, primeira criança com poderes que eu vi :()

  • Livro apresenta alguma coisa desde quando? É uma pessoa para apresentar algo?

  • Gabarito: D

    Porém:

    Observa-se nos termos destacados na frase – “Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”. – uso de expressão de sentido figurado, o que ocorre também em:

    E) Os livros apresentam uma linguagem isenta de convenções gramaticais.

    ----------------------------------------

    Q1258056

    Assinale a alternativa em que consta palavra com sentido figurado.

    D) ... depressão, que apresenta alta incidência nessa faixa etária... [Gabarito]

    ...Rogério, que apresenta seus desenhos para o público...

    Obs: Gabarito apresentado pelo professor.

    E agora José? rsrs

  • Crianças com poderes???


ID
3770485
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma criança ganhou um jogo com 30 cartas. Desse total, 1/5 tinha desenhos de flores, 1/3 tinha desenhos de figuras geométricas e as demais tinham desenhos de animais. O número de cartas com desenhos de animais é igual a

Alternativas
Comentários
  • Gabarito(D)

    Total de cartas = 30

    1/5 de 30 são de flores => 30/5 = 6 são de flores.

    1/3 de 30 são de figuras geométricas => 30/3 = 10 são de figuras geométricas.

    O restante são de animais => se 6 são de flores e 10 são geométricas, o que faltar para 30 serão de animais => 30 - 16 = 14 cartas de animais.

  • 6+10+x=30

    16+x=30

    x=30-16

    x=14

  • gabarito: d 1/5 de 30 = 6 (desenho de flores) 1/3 de 30 =10 (desenho geométrico) 6+10= 16 restou 14 (cartas de animais)
  • TOTAL = 30 CARTAS

    FLORES = 1/5 DE 30 = 6

    GEOMÉTRICAS = 1/3 DE 30 = 10

    ANIMAIS = 30 – 16 = 14

  • Resolução em Vídeo:

    https://youtu.be/ecHQiULCBDY

    ----------------------------------------------------------------

  • 6 desenho de flores

    10 desenho de figura geométricas

    E 14 as demais Q são de animais


ID
3770488
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um colégio, 80 alunos inscreveram-se para participar de oficinas culturais. Desse total, 30% optaram pela oficina A, 36 alunos optaram pela oficina B, e os demais alunos, pela oficina C. Sabendo que todos esses alunos participaram de uma só oficina, então, em relação ao número total de alunos inscritos, aqueles que participaram da oficina C representam

Alternativas
Comentários
  • Gabarito(A)

    Total de alunos => 80

    30% optaram pela oficina A => 0,3* 80 = 24 optaram pela oficina A.

    36 optaram pela oficina B => 36 optaram por B.

    O restante optou pela oficina C => o restante será a subtração de A e B do total de 80 => 36+24 = 60.

    80 - 60 = 20 optaram pela oficina C.

    Porcentagem dos que participaram da oficina C em relação ao total:

    participaram da oficina C / total

    20 / 80 (corta os 0 e simplifica por 2)

    = 1/4

    1/4 é 1 dividido por 4 ou 1 parte de 4, que equivale à 25%.

  • Gabarito letra A

    O enunciado te dá as informações:

    Total de alunos: 80

    Oficina A: 30%

    Oficina B: 36 alunos

    Oficina C: os demais

    Em seguida, pede o total daqueles que participaram da oficina C

    (observe que as respostas estão em % )

    Primeiro, converti os 36 alunos da oficina B em porcentagem, por regra de três simples:

    se 80 alunos = 100%

    36 alunos = B

    B = 36.100/80

    B = 45%

    Então, foi só subtrair do total 100%, os 30% da oficina A e os 45% da oficina B, chegando ao resultado de 25% da oficina C.

  • A = 24

    B = 36

    C = 20

    20/80 X 100 = 25 %

  • muito facil 30% de 80=24 24-80= 55 55- O total 80=25

  • resolução em vídeo

    https://youtu.be/WVKqviSAU0U

    ==================================

  • T: 80 alunos inscritos

    A: 30%de 80: 24 alunos

    B:36 alunos

    C:36+24=60

    80-60=20 alunos

    80 ----100%

    20-----x%

    80x: 20.100

    x: 25%


ID
3770491
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um professor ensaiou uma peça de teatro com seus alunos, e cada ensaio teve duração de 1 hora e 15 minutos. Sabendo que, ao todo, foram realizados 9 ensaios, o tempo total utilizado nesses ensaios foi

Alternativas
Comentários
  • Gabarito(E)

    Primeiro some todas as horas de depois todos os minutos, para que não haja confusão.

    Se foram 9 ensaios de 1h e 15 min cada, então:

    total de horas => 9*1 = 9 horas.

    total de minutos => 9*15 = 135 minutos.

    Como 1 hora tem 60 minutos, divida 135 por 60 => 135 / 60 = 2 horas e 15 minutos.

    Portanto, o tempo total é de 9 horas + 2 horas e 15 minutos = 11 horas e 15 minutos.

  • 75 x 9 = 675

    575 / 60 = 11h e 15 min

  • Transformando tudo em minutos:

    1h15 = 75 min.

    75 min. x 9 ensaios = 675 min.

    Agora vamos destrinchar estes 675 min.:

    600 min. = 10h

    75 min. = 1h15min.

    10h + 1h15min. = 11h15 min.

    GAB. E (espero que seja de alguma ajuda).

  • Simples:

    Transformando o 1 hora e 15 minutos, tudo isso, em minutos, vai ficar 75.

    75 x9= 675

    675 dividido pelo total de hora, ou seja, cada hora tem 60 minutos> 675/60

    675/60 = dar 11 horas e sobra 15, multiplica esse 15 por 60(hora) , vai dar 900.

    900/60= 15 minutos.

    Ou seja, 11 horas e 15 minutos.

  • Não entendi por que deu 11h15min. estou dividindo 135/60, mas só da 2,25. Teria que da 2,15, correto? Me ajudem aí, por favor!

  • Eu fiz assim: multipliquei 9x1h e 15 min= 9h e 135 min

    1h=60 min

    2h= 120 min

    Subtraindo: 135-120= 15 min

    Ficando assim: 9h+2hs=11hs e 15 min

  • É simples

    A QUESTÃO FALA QUE CADA ENSAIO TEVE DURAÇAO DE 1 HORA E 15 MINUTOS , SABENDO QUE AO TODO FORAM 9 ENSAIOS , SÓ PRECISAMOS MULTIPLICAR O 9 POR 1 ( 9*1 ) = 9

    E MULTIPLICAR O 15 POR 9 ( 15*9 ) = 135

    SABENDO QUE 135 EQUIVALE A 2 HORAS E 25 MINUTOS , NÃO PODERIAMOS SOMAR COM 9 COMO MUITA GENTE FEZ PORQUE AI DARIA 11 HRS E 25 MINUTOS

    TERIAMOS QUE SUBTRAIR O 135 POR 60 = 75 , JÁ QUE 60 MINUTOS EQUIVALE A 1 HORA É SÓ SOMAR 9 HRS MAIS 1 HORA = 10 HRS

    MAS TEMOS AINDA O 75 É SÓ SUBTRAIR POR 60 TAMBÉM QUE É IGUAL 15

    SABENDO NOVAMENTE QUE O 60 É IGUAL A 1 HORA É SÓ SOMAR 10 HRS MAIS 1 HORA É IGUAL A 11 HORAS

    11 HRS MAIS 15 MINUTOS É IGUAL A 11 HORAS E 15 MINUTOS.

    GAB. LETRA E

    EU GOSTO DE EXPLICAR PASSO A PASSO MSM PORQUE TEM GENTE QUE É NOVA NESSE MUNDO COMO EU TAMBÉM SOU !!! KKKK

  • 75 . 9 =675

    60 . 11=660

    11Hr e 15 min

    Morreu neves!

  • Gabarito:E

    Principais Dicas:

    • Simples: Separa as duas variáveis e faz uma análise de quem é diretamente (quando uma sobe, a outra sobe na mesma proporcionalidade) ou inversa (quando uma sobe, a outra decresce na mesma proporcionalidade). Se for direta = meio pelos extremos e se for inversa multiplica em forma de linha.
    • Composta: Separa as três variáveis ou mais. Fez isso? Coloca a variável que possui o "X" de um lado e depois separa por uma igualdade e coloca o símbolo de multiplicação. Posteriormente, toda a análise é feita com base nela e aplica a regra da setinha. Quer descobrir mais? Ver a dica abaixo.

     

    FICA A DICA: Pessoal, querem gabaritar todas as questões de RLM? Acessem tinyurl.com/DuarteRLM .Lá vocês encontraram materiais produzidos por mim para auxiliar nos seus estudos. Inclusive, acessem meu perfil e me sigam lá pois tem diversos cadernos de questões para outras matérias. Vamos em busca juntos da nossa aprovação juntos !!

  • - 0,25 hora = 25% de hora = 15 minutos

    - 11,25 horas = 11 horas e 15 minutos


ID
3770494
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um estudante comprou determinado número de pastas para guardar seus trabalhos e quer colocar, em cada uma delas, o mesmo número de trabalhos. Se ele colocar 5 trabalhos em cada pasta, usará todas as pastas compradas, mas, se colocar 8 trabalhos em cada pasta, 3 delas não serão utilizadas. Considerando que todos os trabalhos foram guardados nas pastas, o número total de trabalhos é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito(B)

    Falou em ''mesmo número'', ''quantidades iguais'', usaremos o MMC.

    Nessa questão bastava achar o MMC entre 5 e 8 e o resultado será o número total de trabalhos.

    5,8 | 2

    5,4 | 2

    5, 2| 2

    5,1 | 5

    1, 1| 2*2*2*5 = 40 trabalhos.

  • T = Total de trabalhos

    P = Nº de pastas

    Se o estudante colocar 5 trabalhos em cada pasta, usará todas as pastas compradas, ou seja, o total de trabalhos dividido por 5 (quantidade de trabalhos por pasta) será igual à quantidade total de pastas, tendo em vista que todas as pastas serão usadas neste caso:

    T/5 = P

    Por outro lado, se ele colocar 8 trabalhos em cada pasta, 3 delas não serão utilizadas, ou seja, restarão 3 pastas:

    T/8 = P - 3

    Das equações anteriores, temos que:

    T = 5P

    T = 8 (P - 3) = 8P - 24

    5P = 8P - 24

    3P = 24

    P = 8

    Retornando na primeira equação:

    T/5 = 8

    T = 40

    Gabarito: b

    Qualquer erro, me avisem. Bons estudos!

  • Fiz pelas alternativas

    8 x 5 = 40

    5 x 8 = 40

  • Fiz por sistema de equações:

    X: Nº de trabalhos

    Y: Nº de pastas

    INFORMAÇÕES:

    Nenhuma pasta sobra se existir 5 trabalhos por pasta, logo número de trabalhos é:

    X = 5Y

    Sobram 3 pastas se existir 8 trabalhos por pasta, logo:

    X = 8(Y-3)

    IGUALANDO

    5Y=8Y-24

    3Y=24

    Y=8 (PASTAS)

    5x8 = 40 TRABALHOS

    Gab. B

  • 5x=8(x-3)

    5x=8x-24

    24=8x-5x

    24=3x

    x=24/3

    x=8

    substituindo:

    5x= 5.8= 40

    8(x-3)= 8.(8-3)= 8.5= 40

  • 8 16 24 32 ..(40).. 48 56.

    5 10 15 20 25 30 35 ..(40).. 45 50 55.

    Ou

    M.M.C DE 5,8.

  • Fiz um MMC é muito mais fácil.

  • MMC: 5, 8, 3 = 120

    120/3 = 40

  • MMC.

    8, 5|2

    4, 5|2

    2, 5|2

    1, 5|5 (2.2.2.5 = 40)

  • Resolvi por MMC

  • A questão fala " - 3 " caixas

    5 5 5 5 5 5 5 5 = 40

    8 8 8 8 8 = 40

  • essa foi para não zera. PMCE 2021

  • Falou em ''mesmo número'', ''quantidades iguais'', usaremos o MMC.

    Nessa questão bastava achar o MMC entre 5 e 8 e o resultado será o número total de trabalhos.

    5,8 | 2

    5,4 | 2

    5, 2| 2

    5,1 | 5

    1, 1| 2*2*2*5 = 40 trabalhos.


ID
3770497
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Uma pessoa comprou vasos com plantas, alguns de temperos, e outros de flores, no total de 21 unidades. Sabendo que o número de vasos com flores superou o número de vasos com temperos em 3 unidades, então o número de vasos com flores era

Alternativas
Comentários
  • Gabarito(D)

    Total de vasos => 21

    O total de vasos de flores supera em 3 o total de vasos de temperos => Então quer dizer que se temperos = T, então flores = T+3.

    Resolvendo a equação:

    Temperos + flores = 21

    T + T + 3 = 21

    2T + 3 = 21

    2T = 18

    T = 18/2

    T = 9

    Se são 9 vasos de tempero, então os de flores serão 9 + 3 = 12 vasos de flores.

  • T = F = 21

    F = T + 3

    2T = 18

    T = 9

    F = 12

  • x = flores

    y = temperos

    x + y = 21

    x = y+ 3 (vasos com flores superou o número de vasos com temperos em 3 unidades)

    Substituindo x por y + 3, temos:

    x + y = 21

    y+3+y = 21

    2y = 21 - 3

    2y = 18

    y = 18/2

    y = 9

    x = y + 3 ----> x = 9 + 3 ------> x = 12 vasos de flores

  • comentário em vídeo:

    https://youtu.be/k7XnWcM9V90

    ==================================

  • Em outras palavras: qual das respostas ao somar um número três unidades menor da 21? R=12

  • Flores + Temperos = 21

    vasos com flores superou o número de vasos com temperos em 3 unidades

    F+T=21-3

    F+T=18

    18/2 = 9

    9+3=12

    12 flores

    9 temperos

  • Minha maior dificuldade foi descobrir que "vasos com plantas" não era um dos produtos que ela comprou. Depois disso, a questão ficou absurdamente fácil.

  • Alternativa D

    • Vamos utilizar T para "tempero" e F para "flores":

    T + F = 21

    F = T + 3 (o exercício diz que o número de flores supera em 3 o número de temperos)

    • Agora é só substituir o F por T + 3 na primeira equação:

    T + (T+3) = 21

    2T = 21 - 3

    2T = 18

    T = 9

    Se temos 9 vasos com Tempero, para dar o total de 21 vasos, temos 12 com flores

  • Perdi muito tempo tentando entender, achando que vaso de plantas eram mais um produto

  • E eu aqui tentando fazer a conta contando ''vasos com plantas'', mds! kk

    Depois que desconsiderei isso, cheguei no resultado rapidinho rs.

  • 21-3 ( é o que os torna desiguais).

    18÷2=9

    9 de tempero, 12 de flores ( 9+ a desigualdade).

  • 21 Vasos

    X Temperos

    X+3 Flores

    Igualando a 21:

    X+X+3=21

    2X+3=21

    2X=21-3

    2X=18

    X=18/2

    X=9

    Substituir depois de encontrar o valor de X:

    X+3

    9+3

    12 vasos de flores

  • Cada enunciado mais tosco do que o outro...afff

  • achei que eram 3 tipos de vasos as com plantas, de temperos e de flores. Alguém mais percebeu assim?

  • achei que "vasos de plantas" era um produto, rs

  • Fiz da seguinte forma : 21 : 2 = 9 , sobra 3 .

    depois somei o resto com o quociente = 12


ID
3770500
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um pote há 20 balas de morango com recheio de chocolate, 15 balas de café com recheio de chocolate e 10 balas de leite sem recheio. Retirando-se aleatoriamente uma bala desse pote, a probabilidade de ela ter recheio de chocolate é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito(A)

    Probabilidade = casos favoráveis / casos possíveis

    favorável => ter recheio de chocolate, que são 35 balas, pois devemos somar as 20 de morango com as 15 de café.

    possíveis => total de balas, no caso, será 45.

    P = 35 / 45 (simplifica por 5)

    P = 7/9

  • 35/45= 7/9

  • Gabarito: A

    Tudo que pode acontecer:

    20+15+10= 45

    O que eu quero é que tenha sabor de chocolate, quais têm esse ingrediente?

    Morango + café

    20+15= 35

    Montando:

    35/45= 7/9.

  • Probabilidade é:

    quantidade de casos favoráveis/total

    20 balas de morango com recheio de chocolate

    15 balas de café com recheio de chocolate

    10 balas de leite sem recheio

    total de balas 45.

    35 ---> com recheio chocolate

    10----> sem recheio

    então fica 35/45, simplificando, 7/9.

    OBSERVAÇÃO!!!!

    A Melhor dica dessa questão que eu posso dar, não é nem a resolução, mas SEMPRE, SEMPRE, SEMPRE refaça a conta quando a alternativa correta for a A com a VUNESP. São inúmeras as questões que ela joga um "suposto gabarito na letra A"

    pertencelemos!

  • 35/45 simplifica por 5

    7/9

  • balas com recheio de chocolate = 35

    total de balar = 45

    Dai fazemos: 35/45 (simplificado por 5 = 7/9)


ID
3770512
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

É comum haver algumas dúvidas quanto às denominações e aos tipos que caracterizam as instituições de Educação Infantil. A esse respeito, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A

  • alternativa correta: A

    A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) determina a distinção entre creche e pré-escola, sendo a primeira direcionada a crianças de até 3 anos de idade, ofertada gratuitamente mas não é obrigatória.Já a segunda direcionada a crianças de 4 e 5 anos é obrigatória e gratuita..

  • Art. 30. A educação infantil será oferecida em:

    I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;

    II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.  

  • Art. 30. A educação infantil será oferecida em:

    I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;

    II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.  

  • Essa questão envolve conhecimentos sobre educação infantil e legislação. Para responde-la, o candidato deve indicar a alternativa correta a respeito das denominações e dos tipos que caracterizam as instituições de Educação Infantil. 

    A) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) determina a distinção entre creche e pré-escola, sendo a primeira direcionada a crianças de até 3 anos de idade, e a segunda direcionada a crianças de 4 e 5 anos. 
    CORRETO – Conforme o art. 30 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a educação infantil é oferecida em: 
    I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; 
    II – pré-escolas, para crianças de quatro a seis anos de idade. 

    B) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) determina a distinção entre creche e pré-escola, sendo a primeira referente às instituições públicas, e a segunda referente às instituições particulares. 
    ERRADO - Conforme o art. 30 da LDB, a educação infantil será oferecida em: 
    I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; 
    II – pré-escolas, para crianças de quatro a seis anos de idade. 
    Não há distinção entre creche e pré-escola no que se refere às instituições públicas e privadas. De acordo com os artigos 208 e 209 da Constituição Federal de 1988, é dever do Estado a oferta gratuita da educação básica. E o ensino é livre à iniciativa privada, mediante o cumprimento das normas gerais da educação nacional, bem como a autorização e avaliação de qualidade pelo poder público. 

    C) As diferenças entre creche e pré-escola são definidas no credenciamento da instituição junto à entidade governamental competente, a depender do contexto regional em que se situa e do tipo de contrato a ser estabelecido com as famílias. 
    ERRADO – As diferenças entre creche e pré-escola são definidas na LDB, sendo as creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; e as pré-escolas para crianças de quatro a seis anos de idade. 

    D) A Constituição Federal (1988), antecipando direitos garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), determinou o dever do Estado perante as funções de cuidar e educar, atribuindo-as, respectivamente, à creche e à pré-escola. 
    ERRADO – De acordo com o art. 205 da Constituição Federal, a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. No art. 227, a Constituição estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu art. 4º, determina como dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Portanto, as funções de cuidar e educar não são somente do Estado. 

    E) Creche e pré-escola são sinônimos tanto no âmbito teórico quanto no âmbito jurídico; porém, no jargão popular, há a prática usual de denominar creches as instituições situadas em bairros mais pobres, onde estão as famílias com menor renda. 
    ERRADO – No Brasil, as primeiras creches surgiram com um caráter assistencialista, voltadas para as crianças de famílias pobres, que precisavam ter onde deixar seus filhos para poderem trabalhar. Essa origem resultou em uma associação entre creche, criança pobre e o caráter assistencial da creche. Com o passar dos anos, surge a preocupação com o atendimento a todas as crianças, independente de classe social, dando início à regulamentação desse atendimento na legislação. A Constituição Federal de 1988 incluiu a creche e a pré-escola no sistema educativo sob a responsabilidade da educação e não mais da assistência social. Além das ações relacionadas ao cuidar, o caráter educacional passou a fazer parte do trabalho. A divisão entre creche e pré-escola deixou de estar ligada à classe social, sendo feita apenas pela faixa etária. Portanto, creche e pré-escola não são sinônimos. As creches são destinadas às crianças de até três anos de idade e as pré-escolas para as crianças de quatro a seis anos de idade. 

    Portanto, a letra A é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra A.
  • A DE AMOR


ID
3770515
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (publicadas em 2009 e inseridas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, de 2013) estabelecem que, na transição para o Ensino Fundamental, a proposta pedagógica deve prever formas de garantir a continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças. Deve, além disso,

Alternativas
Comentários
  • Respeitar as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental

  • Essa questão requer conhecimentos acerca das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009), posteriormente inseridas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (2013). O candidato deve indicar a alternativa correta a respeito da transição para o Ensino Fundamental, de acordo com o estabelecido nas Diretrizes. 

    A Resolução CNE/CEB 5/2009 fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Em seu Art. 11 estabelece que, na transição para o Ensino Fundamental, a proposta pedagógica deve prever formas para garantir a continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental. 

    Dessa forma, a letra B, “respeitar as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental", é a resposta correta. 

    Gabarito do Professor: Letra B.
  • Resposta: b) respeitar as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental.

    Art. 11. Na transição para o Ensino Fundamental a proposta pedagógica deve prever formas para garantir a continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental.

    Fonte: portal.mec.gov.br

  • Alguém pode me tirar uma dúvida.

    Estou com dificuldade de entender sobre estudar esse conteúdo.

    No meu edital pede para estudar diretrizes curriculares para Educação Básica.

    Não sei o que está atualizado o que está desatualizado e o que estudar.

    Alguém pode me ajudar.


ID
3770518
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

As denominadas entidades conveniadas constituem parte de uma política recorrente em determinados municípios, a fim de atender à demanda da Educação Infantil. Trata-se de instituições particulares que se conveniam com o poder público, passando a receber recursos estatais para seu funcionamento e sua manutenção. Apesar de ser alvo de críticas, tal expediente encontra respaldo no artigo 213 da Constituição Federal, o qual afirma que os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que 

Alternativas
Comentários
  • I – comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação; II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades

  • Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:

    I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;

    II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.

    § 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.

    § 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

  • Essa questão requer conhecimentos sobre legislação, mais especificamente sobre a Constituição Federal. O candidato deve indicar a alternativa correta a respeito do conteúdo do artigo 213 da Constituição Federal, que se refere à destinação de recursos públicos para financiamento da educação. 
    A Constituição Federal, em seu Capítulo III, trata da educação, da cultura e do desporto. 
    Na Seção I, que trata da Educação, o Art. 213 estabelece que os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: 
    I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação; 
    II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao poder público, no caso de encerramento de suas atividades. 
    Os parágrafos 1º e 2º do referido artigo ainda determinam que: 
    § 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o poder público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade. 
    § 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 

    Portanto, a letra C é a resposta correta. 

    Gabarito do Professor: Letra C.
  • c

    letra da lei


ID
3770521
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com o texto do documento Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil, o fato de em muitas creches predominar um modelo de atendimento voltado principalmente à alimentação, à higiene e ao controle das crianças evidencia

Alternativas
Comentários
  • a não superação do caráter compensatório da Educação Infantil

  • Essa questão requer conhecimentos sobre educação infantil e políticas educacionais. Deve-se indicar a alternativa que apresenta o que o fato de em muitas creches predominar um modelo de atendimento voltado principalmente à alimentação, à higiene e ao controle das crianças evidencia, de acordo com o texto do documento Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil. 

    A) o cumprimento dos indicadores de qualidade previstos para a Educação Infantil. 
    ERRADO – O documento Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil tem como objetivo estabelecer padrões de referência orientadores para o sistema educacional no que se refere à organização e funcionamento das instituições de Educação Infantil. Os parâmetros são a norma, o padrão, podem ser definidos como referência, ponto de partida, ponto de chegada ou linha de fronteira. Já os indicadores presumem a possibilidade de quantificação, servindo, portanto, como instrumento para aferir o nível de aplicabilidade do parâmetro. Parâmetros são mais amplos e genéricos, indicadores mais específicos e precisos. De acordo com o documento do MEC Indicadores da Qualidade na Educação Infantil, os indicadores apresentam a qualidade da instituição de educação infantil em relação a importantes elementos de sua realidade. Com um conjunto de indicadores é possível ter um quadro que permite identificar o que vai bem e o que vai mal na instituição de educação infantil, de forma que todos tomem conhecimento e possam discutir e decidir as prioridades de ação para sua melhoria. O documento apresenta os aspectos fundamentais para a qualidade da instituição de educação infantil, expressos em dimensões dessa qualidade, que são: o planejamento institucional; a multiplicidade de experiências e linguagens; as interações; a promoção da saúde; os espaços, materiais e mobiliários; a formação e condições de trabalho das professoras e demais profissionais; a cooperação e troca com as famílias e participação na rede de proteção social. Dessa forma, na avaliação de uma instituição de educação infantil, é preciso questionar, entre outros aspectos, se o trabalho educativo procura desenvolver e ampliar as diversas formas de a criança conhecer o mundo e se expressar, e se as rotinas e as práticas adotadas favorecem essa multiplicidade. Portanto, a predominância de um modelo de atendimento voltado principalmente à alimentação, à higiene e ao controle das crianças evidencia o não cumprimento dos indicadores de qualidade previstos para a Educação Infantil. 

    B) a superação da polarização assistência versus educação. 
    ERRADO – Cuidar e educar são dimensões indissociáveis da educação infantil. Conforme consta no documento dos Parâmetros, as relações educativas na instituição de Educação Infantil são perpassadas pela função indissociável do cuidar/educar, tendo em vista os direitos e as necessidades próprios das crianças no que se refere à alimentação, à saúde, à higiene, à proteção e ao acesso ao conhecimento sistematizado. O documento ressalta o caso das creches no Brasil, onde em muitas delas ainda predomina um modelo de atendimento voltado principalmente à alimentação, à higiene e ao controle das crianças, como demonstra a maioria dos diagnósticos e dos estudos de caso realizados em creches brasileiras. Tal afirmação evidencia a não-superação do caráter compensatório da Educação Infantil denunciado por Kramer (1987) que ainda se manifesta nos dias atuais, como também a polarização assistência versus educação, apontada por Kuhlmann Jr. (1998). 

    C) o emprego de uma visão integral de educação que respeita o educar e o cuidar. 
    ERRADO – Conforme consta no documento dos Parâmetros, as relações educativas na instituição de Educação Infantil são perpassadas pela função indissociável do cuidar/educar, tendo em vista os direitos e as necessidades próprios das crianças no que se refere à alimentação, à saúde, à higiene, à proteção e ao acesso ao conhecimento sistematizado. O documento ressalta o caso das creches no Brasil, onde em muitas delas ainda predomina um modelo de atendimento voltado principalmente à alimentação, à higiene e ao controle das crianças, como demonstra a maioria dos diagnósticos e dos estudos de caso realizados em creches brasileiras. Tal afirmação evidencia a não-superação do caráter compensatório da Educação Infantil denunciado por Kramer (1987) que ainda se manifesta nos dias atuais, como também a polarização assistência versus educação, apontada por Kuhlmann Jr. (1998). Nesse sentido, a predominância de um modelo de atendimento voltado principalmente à alimentação, à higiene e ao controle das crianças evidencia o emprego de uma visão de educação que privilegia o cuidar. 

    D) o desvio de atuação da Educação Infantil para funções que não fazem parte de seu escopo. 
    ERRADO – Tendo em vista os direitos e as necessidades próprios das crianças no que se refere à alimentação, à saúde, à higiene, à proteção e ao acesso ao conhecimento sistematizado, as funções de cuidado fazem parte do escopo de atuação da Educação Infantil. Contudo, a predominância de um modelo de atendimento voltado principalmente à alimentação, à higiene e ao controle das crianças evidencia uma atuação que não superou o caráter compensatório da Educação Infantil. 

    E) a não superação do caráter compensatório da Educação Infantil. 
    CORRETO - As relações educativas na instituição de Educação Infantil são perpassadas pela função indissociável do cuidar/educar, tendo em vista os direitos e as necessidades próprios das crianças no que se refere à alimentação, à saúde, à higiene, à proteção e ao acesso ao conhecimento sistematizado. O documento ressalta o caso das creches no Brasil, onde em muitas delas ainda predomina um modelo de atendimento voltado principalmente à alimentação, à higiene e ao controle das crianças, como demonstra a maioria dos diagnósticos e dos estudos de caso realizados em creches brasileiras. Tal afirmação evidencia a não-superação do caráter compensatório da Educação Infantil denunciado por Kramer (1987) que ainda se manifesta nos dias atuais, como também a polarização assistência versus educação, apontada por Kuhlmann Jr. (1998). 

    Fontes: Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. Disponível no portal do MEC. 
    Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros nacionais de qualidade para a educação infantil. Brasília. DF, 2006. Disponível no portal do MEC. 
    Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Indicadores da Qualidade na Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2009. Disponível no portal do MEC. 
    KRAMER, Sonia. A política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce. Rio de Janeiro: Dois Pontos, 1987. 
    KUHLMANN, Jr., Moysés. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Editora Mediação, 1998. 

    Portanto, a letra E é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra E.

ID
3770524
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Leia o excerto a seguir:

“Partimos de que os profissionais da educação infantil, fundamental, média, de EJA, da educação especial vêm se constituindo ‘outros’ como profissionais. Sua identidade profissional tem sido redefinida, o que os leva a ter uma postura crítica sobre sua prática e sobre as concepções que orientam suas escolhas. Essa postura os leva a indagar o currículo desde sua identidade.”

(M. Arroyo. Educandos e educadores: seus direitos e o currículo.
In: Brasil. Indagações sobre o currículo. Caderno 2)

Segundo o autor do texto, tais transformações da identidade do professor e a postura crítica delas derivada ocasionam

Alternativas
Comentários
  • maior sensibilidade para com o currículo nas escolas, associada à percepção de que ele condiciona o trabalho docente

  • Totalmente incongruente essa resposta. O livro é um manifesto contra o currículo.

  • essa questão não condiz com uma proposta de professor critico reflexivo. esta contraditório

  • Essa questão envolve conhecimentos sobre currículo. Com base no trecho citado no enunciado, deve-se indicar a opção que apresenta o que as transformações da identidade do professor e a postura crítica delas derivada ocasionam, de acordo com o autor Miguel Gonzáles Arroyo. 

    A coleção “Indagações sobre o currículo", elaborada pelo MEC, tem como objetivo principal deflagrar um processo de debate sobre a concepção de currículo e seu processo de elaboração. Foram elaborados cinco cadernos que priorizam os seguintes eixos organizadores: Currículo e Desenvolvimento Humano; Educandos e Educadores: seus Direitos e o Currículo; Currículo, Conhecimento e Cultura; Diversidade e Currículo; Currículo e Avaliação. 

    No caderno 2, “Educandos e Educadores: seus Direitos e o Currículo", o autor Miguel Gonzáles Arroyo, traz uma abordagem sobre o currículo e os sujeitos da ação educativa, ressaltando a importância do trabalho coletivo dos profissionais da Educação para a construção de parâmetros de sua ação profissional. Os educandos são situados como sujeitos de direito ao conhecimento e ao conhecimento dos mundos do trabalho. Há ênfase quanto à necessidade de se mapearem imagens e concepções dos alunos, para subsidiar o debate sobre os currículos. O autor faz uma crítica ao aprendizado desenvolvido por competências e habilidades como balizadores da catalogação de alunos desejados e aponta o direito à educação, entendido como o direito à formação e ao desenvolvimento humano pleno. 

    Arroyo aponta que a identidade profissional dos educadores tem sido redefinida, o que os leva a uma postura crítica sobre a prática docente e sobre as concepções que orientam suas escolhas. Essa postura os leva a indagar o currículo desde sua identidade. Esta indagação está posta à categoria docente e merece ser explicitada, assumida e trabalhada nas escolas e Redes. Por outro lado, as identidades pessoais vêm sendo redefinidas. Identidades femininas, negras, indígenas, do campo. A identificação de tantas e tantos docentes com os movimentos sociais suscita novas sensibilidades humanas, sociais, culturais e pedagógicas, que se refletem na forma de ser professora-educadora, professor-educador. Refletem-se na forma de ver os educandos, o conhecimento, os processos de ensinar-aprender. A identidade profissional passa cada vez mais pela identidade de trabalhadores em educação. Esta consciência coloca o trabalho no cerne da organização escolar, dos tempos e espaços de trabalho, seu ordenamento e intensidade. Dessa forma, crescem as sensibilidades para com o currículo das escolas, porque percebe-se que a organização curricular afeta a organização do trabalho docente e do trabalho dos educandos. 

    Fonte: BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Indagações sobre currículo - educandos e educadores: seus direitos e o currículo / [Miguel Gonzáles Arroyo]. Brasília, 2007. Disponível no portal do MEC. 

    Portanto, a letra B, “maior sensibilidade para com o currículo nas escolas, associada à percepção de que ele condiciona o trabalho docente", é a resposta correta. 

    Gabarito do Professor: Letra B.
  • Essa questão envolve conhecimentos sobre currículo. Com base no trecho citado no enunciado, deve-se indicar a opção que apresenta o que as transformações da identidade do professor e a postura crítica delas derivada ocasionam, de acordo com o autor Miguel Gonzáles Arroyo. 

    A coleção “Indagações sobre o currículo", elaborada pelo MEC, tem como objetivo principal deflagrar um processo de debate sobre a concepção de currículo e seu processo de elaboração. Foram elaborados cinco cadernos que priorizam os seguintes eixos organizadores: Currículo e Desenvolvimento Humano; Educandos e Educadores: seus Direitos e o Currículo; Currículo, Conhecimento e Cultura; Diversidade e Currículo; Currículo e Avaliação. 

    No caderno 2, “Educandos e Educadores: seus Direitos e o Currículo", o autor Miguel Gonzáles Arroyo, traz uma abordagem sobre o currículo e os sujeitos da ação educativa, ressaltando a importância do trabalho coletivo dos profissionais da Educação para a construção de parâmetros de sua ação profissional. Os educandos são situados como sujeitos de direito ao conhecimento e ao conhecimento dos mundos do trabalho. Há ênfase quanto à necessidade de se mapearem imagens e concepções dos alunos, para subsidiar o debate sobre os currículos. O autor faz uma crítica ao aprendizado desenvolvido por competências e habilidades como balizadores da catalogação de alunos desejados e aponta o direito à educação, entendido como o direito à formação e ao desenvolvimento humano pleno. 

    Arroyo aponta que a identidade profissional dos educadores tem sido redefinida, o que os leva a uma postura crítica sobre a prática docente e sobre as concepções que orientam suas escolhas. Essa postura os leva a indagar o currículo desde sua identidade. Esta indagação está posta à categoria docente e merece ser explicitada, assumida e trabalhada nas escolas e Redes. Por outro lado, as identidades pessoais vêm sendo redefinidas. Identidades femininas, negras, indígenas, do campo. A identificação de tantas e tantos docentes com os movimentos sociais suscita novas sensibilidades humanas, sociais, culturais e pedagógicas, que se refletem na forma de ser professora-educadora, professor-educador. Refletem-se na forma de ver os educandos, o conhecimento, os processos de ensinar-aprender. A identidade profissional passa cada vez mais pela identidade de trabalhadores em educação. Esta consciência coloca o trabalho no cerne da organização escolar, dos tempos e espaços de trabalho, seu ordenamento e intensidade. Dessa forma, crescem as sensibilidades para com o currículo das escolas, porque percebe-se que a organização curricular afeta a organização do trabalho docente e do trabalho dos educandos. 

    Fonte: BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Indagações sobre currículo - educandos e educadores: seus direitos e o currículo / [Miguel Gonzáles Arroyo]. Brasília, 2007. Disponível no portal do MEC. 

    Portanto, a letra B, “maior sensibilidade para com o currículo nas escolas, associada à percepção de que ele condiciona o trabalho docente", é a resposta correta. 

    Gabarito do Professor: Letra B.
  • Essa questão envolve conhecimentos sobre currículo. Com base no trecho citado no enunciado, deve-se indicar a opção que apresenta o que as transformações da identidade do professor e a postura crítica delas derivada ocasionam, de acordo com o autor Miguel Gonzáles Arroyo. 

    A coleção “Indagações sobre o currículo", elaborada pelo MEC, tem como objetivo principal deflagrar um processo de debate sobre a concepção de currículo e seu processo de elaboração. Foram elaborados cinco cadernos que priorizam os seguintes eixos organizadores: Currículo e Desenvolvimento Humano; Educandos e Educadores: seus Direitos e o Currículo; Currículo, Conhecimento e Cultura; Diversidade e Currículo; Currículo e Avaliação. 

    No caderno 2, “Educandos e Educadores: seus Direitos e o Currículo", o autor Miguel Gonzáles Arroyo, traz uma abordagem sobre o currículo e os sujeitos da ação educativa, ressaltando a importância do trabalho coletivo dos profissionais da Educação para a construção de parâmetros de sua ação profissional. Os educandos são situados como sujeitos de direito ao conhecimento e ao conhecimento dos mundos do trabalho. Há ênfase quanto à necessidade de se mapearem imagens e concepções dos alunos, para subsidiar o debate sobre os currículos. O autor faz uma crítica ao aprendizado desenvolvido por competências e habilidades como balizadores da catalogação de alunos desejados e aponta o direito à educação, entendido como o direito à formação e ao desenvolvimento humano pleno. 

    Arroyo aponta que a identidade profissional dos educadores tem sido redefinida, o que os leva a uma postura crítica sobre a prática docente e sobre as concepções que orientam suas escolhas. Essa postura os leva a indagar o currículo desde sua identidade. Esta indagação está posta à categoria docente e merece ser explicitada, assumida e trabalhada nas escolas e Redes. Por outro lado, as identidades pessoais vêm sendo redefinidas. Identidades femininas, negras, indígenas, do campo. A identificação de tantas e tantos docentes com os movimentos sociais suscita novas sensibilidades humanas, sociais, culturais e pedagógicas, que se refletem na forma de ser professora-educadora, professor-educador. Refletem-se na forma de ver os educandos, o conhecimento, os processos de ensinar-aprender. A identidade profissional passa cada vez mais pela identidade de trabalhadores em educação. Esta consciência coloca o trabalho no cerne da organização escolar, dos tempos e espaços de trabalho, seu ordenamento e intensidade. Dessa forma, crescem as sensibilidades para com o currículo das escolas, porque percebe-se que a organização curricular afeta a organização do trabalho docente e do trabalho dos educandos. 

    Fonte: BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Indagações sobre currículo - educandos e educadores: seus direitos e o currículo / [Miguel Gonzáles Arroyo]. Brasília, 2007. Disponível no portal do MEC. 

    Portanto, a letra B, “maior sensibilidade para com o currículo nas escolas, associada à percepção de que ele condiciona o trabalho docente", é a resposta correta. 

    Gabarito do Professor: Letra B.
  • Essa questão envolve conhecimentos sobre currículo. Com base no trecho citado no enunciado, deve-se indicar a opção que apresenta o que as transformações da identidade do professor e a postura crítica delas derivada ocasionam, de acordo com o autor Miguel Gonzáles Arroyo. 

    A coleção “Indagações sobre o currículo", elaborada pelo MEC, tem como objetivo principal deflagrar um processo de debate sobre a concepção de currículo e seu processo de elaboração. Foram elaborados cinco cadernos que priorizam os seguintes eixos organizadores: Currículo e Desenvolvimento Humano; Educandos e Educadores: seus Direitos e o Currículo; Currículo, Conhecimento e Cultura; Diversidade e Currículo; Currículo e Avaliação. 

    No caderno 2, “Educandos e Educadores: seus Direitos e o Currículo", o autor Miguel Gonzáles Arroyo, traz uma abordagem sobre o currículo e os sujeitos da ação educativa, ressaltando a importância do trabalho coletivo dos profissionais da Educação para a construção de parâmetros de sua ação profissional. Os educandos são situados como sujeitos de direito ao conhecimento e ao conhecimento dos mundos do trabalho. Há ênfase quanto à necessidade de se mapearem imagens e concepções dos alunos, para subsidiar o debate sobre os currículos. O autor faz uma crítica ao aprendizado desenvolvido por competências e habilidades como balizadores da catalogação de alunos desejados e aponta o direito à educação, entendido como o direito à formação e ao desenvolvimento humano pleno. 

    Arroyo aponta que a identidade profissional dos educadores tem sido redefinida, o que os leva a uma postura crítica sobre a prática docente e sobre as concepções que orientam suas escolhas. Essa postura os leva a indagar o currículo desde sua identidade. Esta indagação está posta à categoria docente e merece ser explicitada, assumida e trabalhada nas escolas e Redes. Por outro lado, as identidades pessoais vêm sendo redefinidas. Identidades femininas, negras, indígenas, do campo. A identificação de tantas e tantos docentes com os movimentos sociais suscita novas sensibilidades humanas, sociais, culturais e pedagógicas, que se refletem na forma de ser professora-educadora, professor-educador. Refletem-se na forma de ver os educandos, o conhecimento, os processos de ensinar-aprender. A identidade profissional passa cada vez mais pela identidade de trabalhadores em educação. Esta consciência coloca o trabalho no cerne da organização escolar, dos tempos e espaços de trabalho, seu ordenamento e intensidade. Dessa forma, crescem as sensibilidades para com o currículo das escolas, porque percebe-se que a organização curricular afeta a organização do trabalho docente e do trabalho dos educandos. 

    Fonte: BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Indagações sobre currículo - educandos e educadores: seus direitos e o currículo / [Miguel Gonzáles Arroyo]. Brasília, 2007. Disponível no portal do MEC. 

    Portanto, a letra B, “maior sensibilidade para com o currículo nas escolas, associada à percepção de que ele condiciona o trabalho docente", é a resposta correta. 

    Gabarito do Professor: Letra B.
  • Essa questão envolve conhecimentos sobre currículo. Com base no trecho citado no enunciado, deve-se indicar a opção que apresenta o que as transformações da identidade do professor e a postura crítica delas derivada ocasionam, de acordo com o autor Miguel Gonzáles Arroyo. 

    A coleção “Indagações sobre o currículo", elaborada pelo MEC, tem como objetivo principal deflagrar um processo de debate sobre a concepção de currículo e seu processo de elaboração. Foram elaborados cinco cadernos que priorizam os seguintes eixos organizadores: Currículo e Desenvolvimento Humano; Educandos e Educadores: seus Direitos e o Currículo; Currículo, Conhecimento e Cultura; Diversidade e Currículo; Currículo e Avaliação. 

    No caderno 2, “Educandos e Educadores: seus Direitos e o Currículo", o autor Miguel Gonzáles Arroyo, traz uma abordagem sobre o currículo e os sujeitos da ação educativa, ressaltando a importância do trabalho coletivo dos profissionais da Educação para a construção de parâmetros de sua ação profissional. Os educandos são situados como sujeitos de direito ao conhecimento e ao conhecimento dos mundos do trabalho. Há ênfase quanto à necessidade de se mapearem imagens e concepções dos alunos, para subsidiar o debate sobre os currículos. O autor faz uma crítica ao aprendizado desenvolvido por competências e habilidades como balizadores da catalogação de alunos desejados e aponta o direito à educação, entendido como o direito à formação e ao desenvolvimento humano pleno. 

    Arroyo aponta que a identidade profissional dos educadores tem sido redefinida, o que os leva a uma postura crítica sobre a prática docente e sobre as concepções que orientam suas escolhas. Essa postura os leva a indagar o currículo desde sua identidade. Esta indagação está posta à categoria docente e merece ser explicitada, assumida e trabalhada nas escolas e Redes. Por outro lado, as identidades pessoais vêm sendo redefinidas. Identidades femininas, negras, indígenas, do campo. A identificação de tantas e tantos docentes com os movimentos sociais suscita novas sensibilidades humanas, sociais, culturais e pedagógicas, que se refletem na forma de ser professora-educadora, professor-educador. Refletem-se na forma de ver os educandos, o conhecimento, os processos de ensinar-aprender. A identidade profissional passa cada vez mais pela identidade de trabalhadores em educação. Esta consciência coloca o trabalho no cerne da organização escolar, dos tempos e espaços de trabalho, seu ordenamento e intensidade. Dessa forma, crescem as sensibilidades para com o currículo das escolas, porque percebe-se que a organização curricular afeta a organização do trabalho docente e do trabalho dos educandos. 

    Fonte: BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Indagações sobre currículo - educandos e educadores: seus direitos e o currículo / [Miguel Gonzáles Arroyo]. Brasília, 2007. Disponível no portal do MEC. 

    Portanto, a letra B, “maior sensibilidade para com o currículo nas escolas, associada à percepção de que ele condiciona o trabalho docente", é a resposta correta. 

    Gabarito do Professor: Letra B.
  • Essa questão envolve conhecimentos sobre currículo. Com base no trecho citado no enunciado, deve-se indicar a opção que apresenta o que as transformações da identidade do professor e a postura crítica delas derivada ocasionam, de acordo com o autor Miguel Gonzáles Arroyo. 

    A coleção “Indagações sobre o currículo", elaborada pelo MEC, tem como objetivo principal deflagrar um processo de debate sobre a concepção de currículo e seu processo de elaboração. Foram elaborados cinco cadernos que priorizam os seguintes eixos organizadores: Currículo e Desenvolvimento Humano; Educandos e Educadores: seus Direitos e o Currículo; Currículo, Conhecimento e Cultura; Diversidade e Currículo; Currículo e Avaliação. 

    No caderno 2, “Educandos e Educadores: seus Direitos e o Currículo", o autor Miguel Gonzáles Arroyo, traz uma abordagem sobre o currículo e os sujeitos da ação educativa, ressaltando a importância do trabalho coletivo dos profissionais da Educação para a construção de parâmetros de sua ação profissional. Os educandos são situados como sujeitos de direito ao conhecimento e ao conhecimento dos mundos do trabalho. Há ênfase quanto à necessidade de se mapearem imagens e concepções dos alunos, para subsidiar o debate sobre os currículos. O autor faz uma crítica ao aprendizado desenvolvido por competências e habilidades como balizadores da catalogação de alunos desejados e aponta o direito à educação, entendido como o direito à formação e ao desenvolvimento humano pleno. 

    Arroyo aponta que a identidade profissional dos educadores tem sido redefinida, o que os leva a uma postura crítica sobre a prática docente e sobre as concepções que orientam suas escolhas. Essa postura os leva a indagar o currículo desde sua identidade. Esta indagação está posta à categoria docente e merece ser explicitada, assumida e trabalhada nas escolas e Redes. Por outro lado, as identidades pessoais vêm sendo redefinidas. Identidades femininas, negras, indígenas, do campo. A identificação de tantas e tantos docentes com os movimentos sociais suscita novas sensibilidades humanas, sociais, culturais e pedagógicas, que se refletem na forma de ser professora-educadora, professor-educador. Refletem-se na forma de ver os educandos, o conhecimento, os processos de ensinar-aprender. A identidade profissional passa cada vez mais pela identidade de trabalhadores em educação. Esta consciência coloca o trabalho no cerne da organização escolar, dos tempos e espaços de trabalho, seu ordenamento e intensidade. Dessa forma, crescem as sensibilidades para com o currículo das escolas, porque percebe-se que a organização curricular afeta a organização do trabalho docente e do trabalho dos educandos. 

    Fonte: BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Indagações sobre currículo - educandos e educadores: seus direitos e o currículo / [Miguel Gonzáles Arroyo]. Brasília, 2007. Disponível no portal do MEC. 

    Portanto, a letra B, “maior sensibilidade para com o currículo nas escolas, associada à percepção de que ele condiciona o trabalho docente", é a resposta correta. 

    Gabarito do Professor: Letra B.
  • E qual é a resposta certa então??

  • pela forma que fala, passa a impressão de que é um gênio. Falta saber se passou em 2015 ou em algum outro de lá pra cá...

  • Não tem como afirmar que a Luíza é dentista... Isso não consta no enunciado. Eu pelo menos eliminei essa de cara.


ID
3770527
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Conforme Terezinha A. Rios, considerando a discussão proposta pela autora no livro Ética e competência, a especificidade do processo educativo que se desenvolve na escola tem como objetivo

Alternativas
Comentários
  • a socialização do conhecimento elaborado, ou seja, a transmissão do saber historicamente acumulado pela sociedade, levando à criação de novos saberes.

  • Para responder essa questão, o candidato deve indicar a alternativa que apresenta o objetivo do processo educativo que se desenvolve na escola, de acordo com as ideias da autora Terezinha A. Rios, em seu livro “Ética e competência". 

    A) ser alavanca da mudança social, nos termos do seguinte slogan: “Deem-nos uma boa escola e teremos a sociedade desejada". 
    ERRADO – A autora aponta a dimensão política da competência do educador. Nesse sentido, a educação tem um papel político, na medida em que ele sempre se cumpre na perspectiva de determinado interesse. Terezinha cita Saviani (1980), para afirmar que a escola está sempre posicionada no âmbito na correlação de forças da sociedade em que se insere e, portanto, está sempre servindo às forças que lutam para perpetuar e/ou transformar a sociedade. Ou seja, o processo educativo pode ter como objetivo tanto a mudança social como a sua manutenção.

    B) algo que infelizmente é irrealizável no contexto social em que se insere, uma vez que não há o que efetivamente fazer na escola enquanto a sociedade se apresentar com tantas limitações. 
    ERRADO – A autora aponta a dimensão política da competência do educador. Nesse sentido, a educação tem um papel político, na medida em que ele sempre se cumpre na perspectiva de determinado interesse. Terezinha cita Saviani (1980), para afirmar que a escola está sempre posicionada no âmbito na correlação de forças da sociedade em que se insere e, portanto, está sempre servindo às forças que lutam para perpetuar e/ou transformar a sociedade. Ou seja, o processo educativo pode ter como objetivo tanto a mudança social como a sua manutenção. A escola pode ser um agente de transformação social. Nesse contexto, a autora ainda traz uma crítica à escola, afirmando que ela tem estado a serviço da classe dominante, e ressalta a necessidade de que se encontrem caminhos para a sua transformação. 

    C) evitar configurar-se como um conjunto de práticas capazes de, ao mesmo tempo, manter e transformar a estrutura do social, uma vez que a escola deve ter autonomia. 
    ERRADO – O processo educativo configura-se como um conjunto de práticas capazes de manter ou transformar a estrutura do social. Nesse sentido, a educação tem um papel político, na medida em que ele sempre se cumpre na perspectiva de determinado interesse. A escola não está fora da sociedade, com uma autonomia absoluta. Sua autonomia é relativa diante do sistema social como um todo. 

    D) garantir o cumprimento de uma função política e de uma função ética, esquivando-se do que seria da ordem de uma função caracterizada como técnica. 
    ERRADO – A educação tem uma dimensão ética, política e técnica. 

    E) a socialização do conhecimento elaborado, ou seja, a transmissão do saber historicamente acumulado pela sociedade, levando à criação de novos saberes. 
    CORRETO – O livro “Ética e competência" é fruto da dissertação de mestrado da autora Terezinha A. Rios. Tem como objetivo refletir, do ponto de vista da filosofia, sobre a questão da competência do educador, procurando apontar a dimensão ética como elemento de mediação entre a dimensão técnica e a dimensão política. De acordo com a autora, a especificidade do processo educativo que se desenvolve na escola reside no fato de que ele tem como objetivo a socialização do conhecimento elaborado, ou seja, a transmissão do saber historicamente acumulado pela sociedade, levando à criação de novos saberes. Do ponto de vista técnico, isto implica a criação de conteúdos e técnicas que possam garantir a apreensão do saber pelos sujeitos e a atuação no sentido da descoberta e da invenção. Contudo, estes conteúdos e técnicas não são neutros, sendo selecionados, transmitidos e transformados em função de certos interesses existentes na sociedade. Neste aspecto se releva o papel político da educação, na medida em que ele sempre se cumpre na perspectiva de determinado interesse. A autora conclui a ideia citando Saviani (1980), que afirma que a escola está sempre posicionada no âmbito na correlação de forças da sociedade em que se insere e, portanto, está sempre servindo às forças que lutam para perpetuar e/ou transformar a sociedade. 

    Fonte: RIOS, Terezinha Azeredo. Ética e Competência. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

    Portanto, a letra E é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra E.

ID
3770530
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No que diz respeito à relação entre os profissionais da Educação Infantil e as famílias, os documentos oficiais nacionais definem que o atendimento aos direitos da criança em sua integralidade depende, entre outros aspectos, do respeito e da valorização das diferentes formas em que as famílias se organizam. Tendo isso em vista, o Parecer CNE/CEB nº 20/2009 determina que eventuais preocupações dos professores sobre a forma como algumas crianças parecem ser tratadas em casa (descuido, violência, discriminação, superproteção e outras) devem ser

Alternativas
Comentários
  • discutidas com a direção de cada instituição, para que formas produtivas de esclarecimento e eventuais encaminhamentos possam ser pensados

  • Essa questão envolve conhecimentos sobre educação infantil, legislação e políticas educacionais. Com base no Parecer CNE/CEB nº 20/2009, deve-se indicar a opção que apresenta a conduta a ser adotada pelos professores no caso de eventuais preocupações sobre a forma como algumas crianças parecem ser tratadas em casa (descuido, violência, discriminação, superproteção e outras). 

    O Parecer CNE/CEB nº 20/2009, do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica, trata da revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. 

    No trecho que aborda a parceria com as famílias na Educação Infantil, o documento pontua que o atendimento aos direitos da criança na sua integralidade requer que as instituições de Educação Infantil, na organização de sua proposta pedagógica e curricular, assegurem espaços e tempos para participação, o diálogo e a escuta cotidiana das famílias, o respeito e a valorização das diferentes formas em que elas se organizam. A integração com a família necessita ser mantida e desenvolvida ao longo da permanência da criança na creche e pré-escola. 

    O documento segue explicitando que o trabalho com as famílias requer que as equipes de educadores as compreendam como parceiras, reconhecendo-as como criadoras de diferentes ambientes e papéis para seus membros. Ressalta ainda que é importante acolher as diferentes formas de organização familiar e respeitar as opiniões e aspirações dos pais sobre seus filhos. Nessa perspectiva, os profissionais da educação infantil devem compreender que, embora compartilhem a educação das crianças com os membros da família, exercem funções diferentes destes. Outros pontos fundamentais do trabalho com as famílias estão relacionados à participação destas na gestão da proposta pedagógica e pelo acompanhamento partilhado do desenvolvimento da criança. Nesse processo, os pais devem ser ouvidos tanto como usuários diretos do serviço prestado como também como mais uma voz das crianças, em particular daquelas muito pequenas. 

    Por fim, o documento orienta que preocupações dos professores sobre a forma como algumas crianças parecem ser tratadas em casa – descuido, violência, discriminação, superproteção e outras – devem ser discutidas com a direção de cada instituição para que formas produtivas de esclarecimento e eventuais encaminhamentos possam ser pensados. 

    Portanto, a letra D, “discutidas com a direção de cada instituição, para que formas produtivas de esclarecimento e eventuais encaminhamentos possam ser pensados", é a resposta correta.

    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
3770533
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No livro Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico, Celso dos S. Vasconcellos refere-se a diferentes níveis de abrangência do planejamento no contexto educacional.

Assinale a alternativa que apresenta uma definição correta, de acordo com a perspectiva do autor.

Alternativas
Comentários
  • planejamento curricular é a proposta geral das experiências de aprendizagem que serão oferecidas pela escola, incorporada nos diversos componentes curriculares

  • Alternativa B

    O que é planejamento curricular?

    É o processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar.

    É a previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno.

    É o instrumento que orienta a educação como um processo dinâmico e integrado de todos os elementos que interagem para consecução dos objetivos, tanto os dos alunos como os da escola.

    O Planejamento curricular, enquanto um dos níveis dos planejamentos da educação escolar é a proposta geral das experiências de aprendizagem que serão oferecidas pela escola, incorporada nos diversos componentes curriculares.

    A proposta curricular pode ter como referência os seguintes elementos:

    - Fundamentos da disciplina;

    - Área de estudo;

    - Desafios Pedagógicos;

    - Encaminhamento Metodológico;

    - Propostas de Conteúdos;

    - Processos de Avaliação.

  • Nessa questão, deve-se indicar a alternativa que apresenta uma definição correta a respeito dos diferentes níveis de abrangência do planejamento no contexto educacional, de acordo o autor Celso dos S. Vasconcellos, no livro “Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico". 

    A) O planejamento da escola é o planejamento mais próximo da prática do professor e da sala de aula. Diz respeito mais ao aspecto didático. 
    ERRADO - O planejamento da escola é o plano integral da instituição, trata-se do projeto político-pedagógico, que se compõe de marco referencial, diagnóstico e programação. 

    B) O planejamento curricular é a proposta geral das experiências de aprendizagem que serão oferecidas pela escola, incorporada nos diversos componentes curriculares. 
    CORRETO – De acordo com o autor, o planejamento curricular é a proposta geral das experiências de aprendizagem que serão oferecidas pela escola, incorporada nos diversos componentes curriculares. Dá a espinha dorsal da escola, desde as séries iniciais até às terminais. 

    C) O planejamento do sistema de educação consiste no que chamamos de Projeto Político-Pedagógico, que se compõe de marco referencial, diagnóstico e programação. 
    ERRADO - O planejamento do sistema de educação é o de maior abrangência. Corresponde ao planejamento feito em nível nacional, estadual ou municipal. Incorpora e reflete as grandes políticas educacionais. Enfrenta os problemas de atendimento à demanda, alocação e gerenciamento de recursos etc. 

    D) O projeto de ensino-aprendizagem é o planejamento da ação educativa baseado no trabalho por projeto. Trata-se, muitas vezes, mais de uma metodologia de trabalho que incorpora a concepção de projeto. 
    ERRADO - O projeto de ensino-aprendizagem corresponde ao plano didático. O autor ressalta que, tradicionalmente, fala-se de plano de ensino-aprendizagem e não de projeto. Os conceitos de projeto e plano podem ser aproximados. Em sua obra, Vasconcellos opta pro utilizar o conceito de projeto em função do significado mais vivo, dinâmico e potencialmente mobilizador. Enquanto plano traz uma ideia de produto, projeto remete a ideia de processo-produto, incluindo e transcendendo o conceito de plano. 

    E) O planejamento setorial é o de maior abrangência, correspondendo ao planejamento que é feito em nível nacional, estadual ou municipal. Enfrenta os problemas de atendimento à demanda, alocação e gerenciamento de recursos etc. 
    ERRADO – É o plano dos níveis intermediários (cursos, departamentos, áreas) ou dos serviços no interior da escola (direção, coordenação/supervisão, orientação, secretaria, etc.). 

    Fonte: Vasconcellos, Celso dos Santos. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. 10ªed. São Paulo: Libertad, 2002. 

    Portanto, a letra B é a resposta certa. 

    Gabarito do Professor: Letra B.
  • B

  • O erro da C é o "planejamento do sistema de educação". O PPP é o planejamento de ensino.


ID
3770536
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Ao discutir princípios norteadores do Projeto Político-Pedagógico, Ilma Passos A. Veiga, em seu livro Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção possível, aborda o princípio da liberdade. Para a autora, tal princípio está sempre associado à ideia de

Alternativas
Comentários
  • autonomia

  • liberdade e autonomia fazem parte da própria natureza do ato pedagogico.

  • Letra C autonomía e o que o projeto político pedagógico deve conter segundo ilmas Veiga.

  • Nessa questão, o candidato deve indicar a alternativa que apresenta a ideia a qual o princípio da liberdade está sempre associado, de acordo com a autora Ilma Passos A. Veiga, no livro Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção possível. 

    No livro “Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção possível", Ilma Passos A. Veiga busca levar às instituições públicas de ensino uma visão global, abrangente e possível do projeto político-pedagógico, subsidiando as práticas dos profissionais que desejam construir coletivamente a autonomia da escola. Os textos norteiam-se por uma concepção de projeto político-pedagógico fundamentada na ideia de que ele é a própria essência do trabalho que a escola desenvolve no âmbito de seu contexto histórico, o que significa a singularidade de cada projeto. 

    De acordo com a autora, a abordagem do projeto político-pedagógico, como organização do trabalho da escola como um todo, está fundada nos princípios que deverão nortear a escola democrática, pública e gratuita. Os princípios são: Igualdade; Qualidade; Gestão democrática; Liberdade; Valorização do magistério. 

    O princípio da liberdade está sempre associado à ideia de autonomia. O que é necessário como ponto de partida é o resgate do sentido dos conceitos de autonomia e liberdade. A autonomia e a liberdade fazem parte da própria natureza do ato pedagógico. O significado de autonomia remete-nos para regras e orientações criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa, sem imposições externas. A autora cita Rios (1982), ao afirmar que a escola tem uma autonomia relativa e a liberdade é algo que se experimenta em situação e esta é uma articulação de limites e possibilidades. 

    Fonte: VEIGA, Ilma Passos A. Projeto político pedagógico da escola, uma construção possível. 29 ed. Campinas, SP: Papirus, 2013.

    Portanto, a letra C, “autonomia", é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3770539
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017, institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular no âmbito da Educação Básica. Considerando que a BNCC respeita os princípios de autonomia pedagógica e gestão democrática determinados pela legislação educacional, é correto dizer que as propostas pedagógicas das instituições ou redes de ensino devem

Alternativas
Comentários
  • er elaboradas e executadas com efetiva participação de seus docentes.

  • Para responder essa questão, considerando a Base Nacional Comum Curricular – BNCC (Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017), o candidato deve indicar a alternativa que apresenta a afirmativa correta sobre as propostas pedagógicas das instituições ou redes de ensino. 

    A) ser elaboradas e executadas com efetiva participação de seus docentes. 
    CORRETO – O art. 6º da Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017, determina que as propostas pedagógicas das instituições ou redes de ensino, para desenvolvimento dos currículos de seus cursos, devem ser elaboradas e executadas com efetiva participação de seus docentes, os quais devem definir seus planos de trabalho coerentemente com as respectivas propostas pedagógicas. 

    B) ser elaboradas por gestores, mas executadas com a participação de seus docentes. 
    ERRADO - O art. 6º da Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017, determina que as propostas pedagógicas das instituições ou redes de ensino devem ser elaboradas e executadas com efetiva participação de seus docentes. 

    C) ser executadas por seus docentes, tendo em vista que sua elaboração já está integralmente concluída na própria BNCC. 
    ERRADO - O art. 6º da Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017, determina que as propostas pedagógicas das instituições ou redes de ensino devem ser elaboradas e executadas com efetiva participação de seus docentes. 

    D) ser elaboradas com participação de seus docentes, tomando os parâmetros da BNCC como altamente recomendados, mas não obrigatórios. 
    ERRADO – A Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017, institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica. 

    E) ser democraticamente elaboradas em consonância com os valores das famílias e da comunidade escolar local, os quais são prioritários perante os parâmetros da BNCC. 
    ERRADO – Conforme consta em seu art. 1º, a Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017, institui a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais como direito das crianças, jovens e adultos no âmbito da Educação Básica escolar, e orientam sua implementação pelos sistemas de ensino das diferentes instâncias federativas, bem como pelas instituições ou redes escolares. O art. 2º estabelece que as aprendizagens essenciais são os conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e a capacidade de os mobilizar, articular e integrar, expressando-se em competências. Já o art. 3º define que, no âmbito da BNCC, a competência compreende a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores, para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. O texto da Resolução menciona outras leis, como a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), considerando o respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais; a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; e a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade para nortear os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum. 

    Portanto, a letra A é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra A.
  • A

    ser elaboradas e executadas com efetiva participação de seus docentes.


ID
3770542
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Leia o excerto a seguir:

“Nas profissões do humano há uma ligação forte entre as dimensões pessoais e as dimensões profissionais. No caso da docência, entre aquilo que somos e a maneira como ensinamos. Aprender a ser professor exige um trabalho metódico, sistemático, de aprofundamento de três dimensões centrais.”

(A. Nóvoa. Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente.
Cadernos de Pesquisa, v. 47, no 16, 2017)

As três dimensões a que se refere o autor são:

Alternativas
Comentários
  • o desenvolvimento de uma vida cultural e científica; a dimensão ética; a compreensão de que um professor tem que se preparar para agir num ambiente de incerteza e imprevisibilidade

  • Nessa questão, o candidato deve indicar a alternativa que apresenta as três dimensões a que o autor António Nóvoa se refere, no artigo “Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente". 

    No artigo “Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente", António Nóvoa aborda a necessidade de se pensar a formação de professores como uma formação profissional. Para isso, é fundamental construir um novo lugar institucional, que traga a profissão para dentro das instituições de formação. Ele defende que a formação deve consolidar a posição de cada pessoa como profissional e a própria posição da profissão, ressaltando a necessidade de reorganizar o lugar da formação de professores e insiste sobre a importância da profissão para a formação e da formação para a profissão. 

    De acordo com o autor, nas profissões do humano há uma ligação forte entre as dimensões pessoais e as dimensões profissionais. No caso da docência, entre aquilo que somos e a maneira como ensinamos. Aprender a ser professor exige um trabalho metódico, sistemático, de aprofundamento de três dimensões centrais. A primeira é o desenvolvimento de uma vida cultural e científica própria. Facilmente se compreende que os professores, como pessoas, devem ter um contacto regular com a ciência, com a literatura, com a arte. É necessário ter uma espessura, uma densidade cultural, para que o diálogo com os alunos tenha riqueza formativa. A segunda é a dimensão ética, a construção de um ethos profissional. Nóvoa cita Paul Ricoeur (1977), ao pontuar que “o discurso da ação precede o discurso ético" ou, dito de outra maneira, que há uma responsabilidade da ação e que o discurso ético não pode ser unicamente analítico e descritivo. No caso dos professores, a ética profissional tem de ser vista, sempre, em relação com a ação docente, com um compromisso concreto com a educação de todas as crianças. A terceira dimensão é a compreensão de que um professor tem de se preparar para agir num ambiente de incerteza e imprevisibilidade. Tão importante como o planejamento é estar preparado para responder e decidir perante situações inesperadas. O dia a dia das escolas chama a responder dilemas que não têm uma resposta pronta e que exigem uma formação humana que permita estar à altura das responsabilidades. 

    Portanto, a letra B, “o desenvolvimento de uma vida cultural e científica; a dimensão ética; a compreensão de que um professor tem que se preparar para agir num ambiente de incerteza e imprevisibilidade", é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
3770545
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Leia o excerto a seguir:

“Para não ser autoritária e conservadora, a avaliação terá de ser ________________, ou seja, deverá ser o instrumento dialético do avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos. [...] A avaliação educacional escolar como instrumento de ____________ [...] não serve em nada para a transformação; contudo, é extremamente eficiente para a conservação da sociedade, pela domesticação dos educandos.”
(C. Luckesi. Avaliação da aprendizagem escolar)

Considerando a perspectiva do autor, assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas, na sequência correta

Alternativas
Comentários
  • diagnóstica ... classificação

  • AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: A avaliação diagnóstica permite a captação de progressos e dificuldades do aluno. Estes progressos são construídos gradativamente a medida que o professor for identificando que o aluno está compreendendo o conteúdo didático.  

  • Essa questão requer conhecimentos sobre avaliação. Considerando a perspectiva do autor Cipriano Luckesi, deve-se indicar a alternativa que completa adequadamente as lacunas do trecho do livro "Avaliação da aprendizagem escolar", apresentado no enunciado.

    Cipriano Carlos Luckesi é um dos autores de referência na temática da avaliação da aprendizagem escolar. Ele pontua que a avaliação não se dá em um vazio conceitual, que é dimensionada por um modelo teórico de mundo e de educação, traduzido em prática pedagógica. 
    O autor ressalta a importância da avaliação diagnóstica, compreendida como parte de um conjunto de avaliações realizadas ao longo do processo de ensino-aprendizagem, que permitem a compreensão desse processo e o diagnóstico de capacidades e eventuais dificuldades, possibilitando ações corretivas na ação educativa com vistas ao desenvolvimento dos alunos. 
    De acordo com Luckesi, para não ser autoritária e conservadora, a avaliação terá de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento dialético do avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos. A avaliação educacional escolar como instrumento de classificação [...] não serve em nada para a transformação; contudo, é extremamente eficiente para a conservação da sociedade, pela domesticação dos educandos. 

    Fonte: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições -17 ed.-São Paulo: Cortez, 2005.

    Portanto, a letra C, “diagnóstica ... classificação", é a resposta correta. 

    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3770548
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Assinale a alternativa que contém uma prática coerente com uma ação avaliativa mediadora, conforme a perspectiva de Jussara Hoffmann em seu livro Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade.

Alternativas
Comentários
  • Realizar várias tarefas individuais, menores e sucessivas, investigando teoricamente e procurando entender razões para as respostas apresentadas pelos estudantes.

  • segundo HOFFMANN (2003) a avaliação mediadora deve:

     

     

    1.    Oportunizar aos alunos muitos momentos de expressar suas ideias;

    2.    oportunizar discussão entre os alunos a partir de situações desencadeadoras;

    3.    realizar várias tarefas individuais, menores e sucessivas, investigando teoricamente, procurando entender razões para as respostas apresentadas pelos estudantes;

    4.    ao invés de certo/errado e da atribuição de pontos fazer comentários sobre as tarefas dos alunos, auxiliando-os a localizar as dificuldades, oferecendo-lhes oportunidades de descobrirem melhores soluções;

    5.    transformar os registros de avaliação em anotações significativas sobre o acompanhamento dos alunos em seu processo de construção de conhecimento.

  • A avaliação ela é mediadora no sentido que media o conhecimento, oferecendo suporte ao professor, ou seja, do que ele precisa saber sobre o aluno e sobre si mesmo na prática educacional para poder melhorá-la.

    Logo, podemos dizer que ela pode ser representada por meio de tarefas individuais que busca entender as razões para as respostas dos alunos

    Gabarito A

  • Essa questão requer conhecimentos sobre avaliação da aprendizagem, em especial, sobre a avaliação mediadora. Com base nas ideias da autora Jussara Hoffmann em seu livro “Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade", deve-se indicar a alternativa que contém uma prática coerente com uma ação avaliativa mediadora.

    Para a autora, a aprendizagem é uma construção do aluno para atribuir significado à uma nova informação. Nesse contexto, a avaliação mediadora exige a observação individual de cada aluno, com atenção ao seu processo de construção de conhecimento. Isso requer uma relação direta com o aluno, por meio de diversas tarefas, interpretando-as, refletindo e investigando teoricamente razões para soluções apresentadas, em termos do desenvolvimento do pensamento, da área do conhecimento em questão, bem como das experiências de vida do aluno. 

    Hoffmann aponta alguns princípios coerentes a uma ação avaliativa mediadora, entre eles: oportunizar aos alunos diversos momentos para expressar suas ideias; Oportunizar discussões entre os alunos a partir de situações desencadeadoras; Realizar várias tarefas individuais, menores e sucessivas, investigando teoricamente e procurando entender razões para as respostas apresentadas pelos estudantes; Ao invés do certo/errado e da atribuição de pontos, fazer comentários sobre as tarefas dos alunos, auxiliando-os a localizar as dificuldades, oferecendo-lhes oportunidades de descobrirem melhores soluções; Transformar os registros de avaliação em anotações significativas sobre o acompanhamento dos alunos em seu processo de construção do conhecimento. 

    Portanto, “realizar várias tarefas individuais, menores e sucessivas, investigando teoricamente e procurando entender razões para as respostas apresentadas pelos estudantes" é uma prática coerente com uma ação avaliativa mediadora. A letra A é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
3770551
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

As autoras do texto Projeto didático e interdisciplinaridade no ciclo de alfabetização, Rosimeire A. M. P. Ferreira e Telma F. Leal, defendem que um dos modos de garantir a proposta interdisciplinar é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

  • Para responder essa questão, o candidato deve indicar a alternativa que apresenta um dos modos de garantir a proposta interdisciplinar, de acordo com as autoras Rosimeire A. M. P. Ferreira e Telma F. Leal, em seu texto “Projeto didático e interdisciplinaridade no ciclo de alfabetização". 

    O texto “Projeto didático e interdisciplinaridade no ciclo de alfabetização" faz parte do Caderno 03 do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, elaborado pelo Ministério da Educação e intitulado “Interdisciplinaridade no Ciclo de Alfabetização". 

    O referido caderno tem como objetivos: compreender o conceito de interdisciplinaridade e sua importância no Ciclo de Alfabetização; compreender o currículo em uma perspectiva interdisciplinar; refletir sobre como crianças e professores avaliam experiências de aulas desenvolvidas em uma perspectiva interdisciplinar; conhecer possibilidades do uso da leitura no trabalho interdisciplinar; conhecer, analisar e planejar formas de organização do trabalho pedagógico como possibilidades de realização de um trabalho interdisciplinar, mais especificamente, por meio de sequências didáticas e projetos no Ciclo de Alfabetização. 

    No texto “Projeto didático e interdisciplinaridade no ciclo de alfabetização", as autoras Rosimeire A. M. P. Ferreira e Telma F. Leal, buscam contribuir com as discussões sobre a organização do trabalho pedagógico com foco na interdisciplinaridade, defendendo que um dos modos de garantir essa proposta é por meio do desenvolvimento de projetos didáticos. Para cumprir tal tarefa, analisam uma experiência de projeto didático com o uso do jornal, já que esse suporte textual possibilita o contato da criança com diferentes temas e gêneros textuais. 

    As autoras apontam que a Pedagogia de Projetos, proposta em diferentes momentos da história da Educação, parece ainda atual, na medida em que propõe uma mudança na maneira de refletir sobre a escola e o currículo escolar, ao mesmo tempo em que permite uma abordagem interdisciplinar da prática pedagógica. Além disso, constitui-se como forma de engajar estudantes e professores no processo de aprendizagem e de intervenção social. Elas elencam algumas características centrais do trabalho com projetos: A base na pesquisa; O caráter intencional e social da atividade, que contempla um problema, objetivos e produtos concretos; A abordagem do conhecimento em uso, enfocando conhecimentos relevantes para resolver o problema proposto; A efetiva consideração das competências e dos conhecimentos prévios dos alunos; A promoção da interdisciplinaridade; A forma dinâmica de tratar os conteúdos; A aprendizagem significativa; Os conteúdos tratados de forma helicoidal, pois os conhecimentos são retomados ao longo das etapas do projeto; A exigência da participação dos estudantes em todo o desenvolvimento das ações; O estímulo à cooperação, com responsabilidade mútua; O estímulo à autonomia e à iniciativa; A exigência de uma produção autêntica, resultante das decisões tomadas; A divulgação dos trabalhos. 

    O trabalho pedagógico com projetos didáticos, portanto, valoriza a participação de alunos e professores nos processos de ensinar e aprender. Mais que isso, é uma forma de ação educativa que pode favorecer a articulação de diferentes grupos/pessoas, no interior da escola. As vozes e experiências dos participantes, sobretudo dos estudantes, são importantes na consolidação das propostas de trabalho por meio de projetos. Os objetivos são voltados para a aprendizagem das crianças mais pela mediação dos professores e menos pela transmissão de conhecimentos. Os projetos didáticos delineiam situações-problema que conduzem à investigação, à busca de informações, à seleção e análise de dados, aos registros, enfim, à produção de conhecimentos sobre os temas escolhidos. Esses procedimentos levam os alunos a pensar sobre os conteúdos a serem aprendidos, relacionando-os à realidade com vistas a refletir sobre ela e nela intervir, se necessário, para a sua transformação. Desse modo, é necessário romper com a fragmentação do currículo e buscar conhecimentos relativos a diferentes áreas de conhecimento, para que os problemas sejam resolvidos. A interdisciplinaridade, portanto, é princípio fundante do trabalho com projetos didáticos. 

    Fonte: Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Interdisciplinaridade no ciclo de alfabetização. Caderno 03. Brasília, 2015. Disponível no portal do MEC. 

    Portanto, a letra D, “o trabalho pedagógico com projetos didáticos", é a alternativa correta.

    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
3770554
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva define como público-alvo da educação especial os alunos

Alternativas
Comentários
  • com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação

  • Essa questão engloba conhecimentos sobre políticas educacionais e educação especial. Deve-se indicar a alternativa que apresenta o público-alvo da educação especial, de acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. 

    O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, criou a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, com o objetivo de constituir políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para todos os alunos. A partir do reconhecimento de que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino demonstram a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume papel central no debate sobre a sociedade contemporânea e o papel da escola na superação da exclusão. Por meio dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas. 

    Agora, vamos analisar as alternativas... 

    A) com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. 
    CORRETO – Conforme consta no documento “Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva", na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a constituir a proposta pedagógica da escola, definindo como seu público-alvo os alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos. 

    B) com deficiência física, mental, intelectual ou sensorial, seja de curto ou de longo prazo. 
    ERRADO – De acordo com o documento da Política Nacional de Educação Especial, consideram-se alunos com deficiência àqueles que têm impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade. 

    C) com defasagem na correspondência idade-ano, com dificuldade de aprendizagem comprovada e com deficiência física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo. 
    ERRADO - Defasagem na correspondência idade-ano e dificuldade de aprendizagem não são deficiências. Portanto, esses alunos não constituem o público-alvo da educação especial.

    D) com qualquer tipo de deficiência, com defasagem na correspondência idade-ano e com prejuízos educacionais decorrentes de bullying comprovado pelo Conselho Tutelar. 
    ERRADO - De acordo com o documento da Política Nacional de Educação Especial, o público-alvo da educação especial é composto por os alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. O desenvolvimento de estudos no campo da educação e a defesa dos direitos humanos têm modificado os conceitos, as legislações e as práticas pedagógicas e de gestão, promovendo a reestruturação do ensino regular e especial. Em 1994, com a Declaração de Salamanca se estabelece como princípio que as escolas do ensino regular devem educar todos os alunos, enfrentando a situação de exclusão escolar das crianças com deficiência, das que vivem nas ruas ou que trabalham, das superdotadas, em desvantagem social e das que apresentam diferenças linguísticas, étnicas ou culturais. 

    E) com necessidades educacionais especiais, sejam elas decorrentes de deficiência, de abandono familiar (ou por responsável) ou de defasagem na correspondência idade-ano. 
    ERRADO – Conforme consta no documento da Política Nacional de Educação Especial, o conceito de necessidades educacionais especiais, a partir da Declaração de Salamanca, ressalta a interação das características individuais dos alunos com o ambiente educacional e social, chamando a atenção do ensino regular para o desafio de atender às diferenças. No entanto, mesmo com essa perspectiva conceitual transformadora, as políticas educacionais implementadas não alcançaram o objetivo de levar a escola comum a assumir o desafio de atender as necessidades educacionais de todos os alunos. Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a constituir a proposta pedagógica da escola, definindo como seu público-alvo os alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos. 

    Fonte: Brasil. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, 2008. Disponível no portal do MEC. 

    Portanto, a letra A é a resposta correta. 

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
3770557
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Conforme Nilma Lino Gomes, autora de Diversidade e currículo (In: BRASIL. Indagações sobre o currículo. Caderno 4), falar sobre diversidade e diferença implica posicionar-se contra processos

Alternativas
Comentários
  • de colonização e dominação

  • Para responder essa questão, com base no caderno “Indagações sobre currículo: Diversidade e currículo", de autoria de Nilma Lino Gomes, o candidato deve indicar a alternativa que apresenta contra que processos falar sobre diversidade e diferença implica se posicionar. 

    No caderno “Indagações sobre currículo: Diversidade e currículo", Nilma Lino Gomes aborda o conceito de diversidade, como ela tem sido pensada nos diferentes espaços sociais, como é possível lidar pedagogicamente com ela e que diversidade pretendemos que esteja contemplada no currículo das escolas e nas políticas de currículo. 

    Ao tratar da luta política pelo direito à diversidade, a autora afirma que a inserção da diversidade nos currículos implica compreender as causas políticas, econômicas e sociais de fenômenos como etnocentrismo, racismo, sexismo, homofobia e xenofobia. Falar sobre diversidade e diferença implica posicionar-se contra processos de colonização e dominação. É perceber como, nesses contextos, algumas diferenças foram naturalizadas e inferiorizadas sendo, portanto, tratadas de forma desigual e discriminatória. É entender o impacto subjetivo destes processos na vida dos sujeitos sociais e no cotidiano da escola. É incorporar no currículo, nos livros didáticos, no plano de aula, nos projetos pedagógicos das escolas os saberes produzidos pelas diversas áreas e ciências articulados com os saberes produzidos pelos movimentos sociais e pela comunidade. 

    Nesse sentido, a diversidade é muito mais do que o conjunto das diferenças. Ao trabalhar a diversidade, lidamos com a construção histórica, social e cultural das diferenças, que está ligada às relações de poder, aos processos de colonização e dominação. Ao falar sobre a diversidade (biológica e cultural) não é possível desconsiderar a construção das identidades, o contexto das desigualdades e das lutas sociais. 

    Fonte: Brasil. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Indagações sobre currículo: diversidade e currículo / [Nilma Lino Gomes]. Brasília, 2007. Disponível no portal do MEC. 

    Portanto, a letra C, “de colonização e dominação", é a alternativa correta.

    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3770560
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Leia o excerto a seguir:

“A presente Resolução institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a serem observadas pelas Instituições de ensino _________________ e, em especial, por Instituições que desenvolvem programas de formação inicial e continuada de professores.”
(BRASIL. Resolução CNE/CP nº 01/04)

Assinale a alternativa que completa adequadamente a lacuna, conforme o texto original.

Alternativas
Comentários
  • que atuam nos níveis e modalidades da Educação Brasileira

  • Essa questão requer conhecimentos sobre legislação e políticas educacionais. Deve-se indicar a alternativa que completa adequadamente a lacuna do texto apresentado no enunciado, retirado da Resolução CNE/CP nº 01/04. 

    A Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004, elaborada pelo Conselho Nacional de Educação, institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. 

    Conforme consta em seu Art. 1°, “a presente Resolução institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a serem observadas pelas Instituições de ensino, que atuam nos níveis e modalidades da Educação Brasileira e, em especial, por Instituições que desenvolvem programas de formação inicial e continuada de professores. 

    Portanto, a letra E, “que atuam nos níveis e modalidades da Educação Brasileira", é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra E.
  • Essa questão requer conhecimentos sobre legislação e políticas educacionais. Deve-se indicar a alternativa que completa adequadamente a lacuna do texto apresentado no enunciado, retirado da Resolução CNE/CP nº 01/04. 

    A Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004, elaborada pelo Conselho Nacional de Educação, institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. 
    De acordo com o seu Art. 1°, “a presente Resolução institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a serem observadas pelas Instituições de ensino, que atuam nos níveis e modalidades da Educação Brasileira e, em especial, por Instituições que desenvolvem programas de formação inicial e continuada de professores. 

    Portanto, a letra E, “que atuam nos níveis e modalidades da Educação Brasileira", é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra E.
  • Gabarito "E"

    Art. 1° A presente Resolução institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a serem observadas pelas Instituições de ensino, que atuam nos níveis e modalidades da Educação Brasileira e, em especial, por Instituições que desenvolvem programas de formação inicial e continuada de professores.


ID
3770563
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com Maria Carmem Barbosa, autora do texto Especificidades da ação pedagógica com os bebês, as propostas pedagógicas dirigidas a bebês devem ter como propósito garantir

Alternativas
Comentários
  • o acesso aos processos de apropriação, renovação e articulação de diferentes linguagens

  • Nessa questão, o candidato deve indicar a alternativa que apresenta o que as propostas pedagógicas dirigidas a bebês devem ter como propósito garantir, de acordo com Maria Carmem Barbosa, autora do texto Especificidades da ação pedagógica com os bebês. 

    A) o cumprimento de objetivos de curto prazo, pois a formação humana ocorre em tempo presente. 
    ERRADO – De acordo com a autora, para organizar um percurso de aprendizagem e desenvolvimento para os bebês, é preciso que se tenha um Projeto Político-pedagógico que defina objetivos de longo prazo, pois a formação humana é algo que necessita de tempo. 

    B) o acesso aos processos de apropriação, renovação e articulação de diferentes linguagens. 
    CORRETO – Ao falar sobre um currículo para os bebês, a autora afirma que, para eles, a ida para a creche significa a ampliação dos contatos com o mundo. As práticas sociais que as famílias e a escola ensinam para os bebês e as crianças bem pequenas são as primeiras aprendizagens das crianças e constituem o repertório inicial sobre o qual será continuamente constituída a identidade pessoal e as novas aprendizagens das crianças. Por exemplo, os bebês aprendem a se vestir ao serem agasalhados pelos adultos; aos poucos, os pequenos iniciam um processo de participação na ação de vestir-se e, finalmente, vão aprendendo a se vestir sozinhos, até mesmo a escolher suas roupas e a demonstrar suas preferências. Esses conhecimentos sociais e culturais, apesar de pouco valorizados nas escolas de educação infantil, são extremamente importantes para a constituição das crianças, dos seus hábitos, dos modos de proceder, das suas relações e das construções sociocognitivas. Essas práticas sociais são estruturadas por meio de linguagens simbólicas com conteúdos culturais. Assim, as propostas pedagógicas dirigidas aos bebês devem ter como objetivo garantir às crianças acesso aos processos de apropriação, renovação e articulação de diferentes linguagens. É importante ter em vista que o currículo é vivenciado pelas crianças pequenas não apenas por meio de propostas de atividades dirigidas, mas principalmente mediante a imersão em experiências com pessoas e objetos, constituindo uma história, uma narrativa de vida, bem como na interação com diferentes linguagens, em situações contextualizadas. Desse modo, as crianças adquirem o progressivo domínio das linguagens gestuais, verbais, plásticas, dramáticas, musicais e outras e de suas formas específicas de expressão, de comunicação, de produção humana. 

    C) o acesso às ferramentas necessárias para compreensão do mundo, independentemente das especificidades dos mundos sociais e familiares de onde cada criança provém. 
    ERRADO – Barbosa aponta que, ao nascer, as crianças se defrontam com um mundo em processo contínuo de constituição. Para receber estas crianças, os adultos responsáveis selecionam de seu patrimônio afetivo, social e cultural as práticas de cuidado e educação que consideram mais adequadas para oferecer bem-estar a esses bebês e para educá-los. Contudo, a autora ressalta que essa não é uma tarefa simples, pois os responsáveis, os pais das crianças, provêm de mundos sociais diversos e necessitam de muito diálogo para estabelecer parâmetros para a educação de seus filhos. Cada família tem um modo de alimentar, embalar, acariciar, brincar, tranquilizar ou higienizar as crianças. A escola precisa estabelecer uma relação efetiva com as famílias e a comunidade local para conhecer e considerar, de modo crítico e reflexivo, os saberes, as crenças, os valores e a diversidade de práticas sociais e culturais que cada grupo social tem para criar seus bebês. Ao ingressar numa turma de berçário, o bebê vai conectar-se com universos familiares bastante diferenciados e ampliar seu universo pessoal. Obviamente, a escola, apesar de seu relacionamento com a comunidade e com as famílias, terá estratégias educativas diferenciadas, pois ela precisa atender às crianças na perspectiva da vida coletiva, e não individualmente, como acontece nos lares. A escola, com a participação dos pais, organiza, em seu projeto político e pedagógico, um modo de conceber a educação das crianças pequenas e oferecer práticas de vida coletiva, sem se descuidar das singularidades de cada família, de cada bebê e de cada profissional. 

    D) a variedade e a pluralidade de atividades e experiências com o tempo e com o espaço, evitando a repetição e a rotina. 
    ERRADO – Para a autora, as rotinas, ou a jornada diária da sala de bebês, são aquelas experiências que se realizam ao longo do dia. Essa repetição oferece aos bebês certo domínio sobre o mundo em que vive e segurança, isto é, a possibilidade de antecipar aquilo que vai acontecer. A recorrência dos eventos faz com que se possa construir um eixo de história e memória para a construção de uma identidade social, de grupo. Afinal, todos os dias, no mesmo lugar, juntamente com as mesmas pessoas, serão realizadas certas atividades e repetidos alguns rituais. É nesse lugar que as crianças vão se encontrar com outras crianças, aprender a se relacionar, a conviver, a cooperar, discordar. É nesse espaço social que irão, com seus corpos, perceber os odores, escutar as vozes, olhar, observar, tocar, pois as crianças têm grande capacidade de compreender a realidade através dos sentidos. É preciso ter muita atenção aos momentos de vida cotidiana dos bebês, pois é nesses momentos que acontecem as primeiras aprendizagens, que as crianças aprendem a cuidar de si e a se relacionar com os outros e o mundo. Assim, fazendo as tarefas cotidianas com o apoio de um outro, em geral o adulto, mas também outras crianças, os bebês aprendem a viver a vida e vão construindo sua independência. 

    E) o atendimento em uma perspectiva individualizada, e não coletivizada, a fim de evitar rupturas com as dinâmicas familiares que os bebês têm em seus lares. 
    ERRADO – De acordo com a autora, ao ingressar numa turma de berçário, o bebê vai conectar-se com universos familiares bastante diferenciados e ampliar seu universo pessoal. A escola, apesar de seu relacionamento com a comunidade e com as famílias, terá estratégias educativas diferenciadas, pois ela precisa atender às crianças na perspectiva da vida coletiva, e não individualmente, como acontece nos lares. Com a participação dos pais, a escola organiza, em seu projeto político e pedagógico, um modo de conceber a educação das crianças pequenas e oferecer práticas de vida coletiva, sem se descuidar das singularidades de cada família, de cada bebê e de cada profissional. 

    Fonte: Barbosa, Maria Carmem. Especificidades da ação pedagógica com os bebês. Anais do I Seminário Nacional: Currículo Em Movimento – Perspectivas Atuais. Belo Horizonte, 2010.

    Portanto, a letra B é a resposta certa. 

    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
3770566
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Pode-se dizer que a perspectiva vygotskyana dedica-se, entre outros temas, a compreender o desenvolvimento da linguagem como instrumento de pensamento e de comunicação. Em outros termos, tais usos podem ser descritos como intercâmbio social e discurso interior. A esse respeito, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A criança primeiramente utiliza a fala socializada, com a função de comunicar, de manter contato social. Com o desenvolvimento é que ela passa a ser capaz de utilizar a linguagem como instrumento de pensamento, com a função de adaptação pessoal.

  • Intercâmbio Social:

    É a criação e utilização de sistemas de linguagem que o homem utiliza para se comunicar com os seus semelhantes. Em outras palavras, são as trocas que os indivíduos fazem entre si.

    Discurso Social:

    A criança usa a linguagem fundamentalmente para se comunicar. O pensamento e a linguagem têm funções independentes.

    Quando a criança começa a usar a fala para regular seu comportamento e seus pensamentos. A criança pode falar em voz alta consigo mesma enquanto realiza alguma tarefa.

    Discurso Egocêntrico (que também é social)

    Discurso Comunicativo (além de social é interior)É usado para dirigir o comportamento e pensamento.

    As crianças podem fazer uma reflexão sobre a solução de problemas e a seqüência das ações manipulando a em sua cabeça, interiormente.

  • Essa questão requer conhecimentos sobre o desenvolvimento da linguagem como instrumento de pensamento e de comunicação. Deve-se indicar a alternativa correta a respeito do tema, de acordo com a perspectiva vygotskyana. 

    De acordo com Vygotsky, a linguagem é social. Sua função inicial é a comunicação, expressão e compreensão. Há uma estreita relação entre a função comunicativa e o pensamento. Nesse sentido, a comunicação permite, ao mesmo tempo, a interação social e a organização do pensamento. Para o autor, a aquisição da linguagem passa por três fases: a linguagem social, que tem por função denominar e comunicar, sendo a primeira linguagem a surgir. Posteriormente teríamos a linguagem egocêntrica e a linguagem interior, intimamente ligada ao pensamento. 

    Primeiro a criança utiliza a fala socializada, com a função de comunicação, de contato social e interação. A progressão da fala social para a fala interna representa a transição da função comunicativa para a função intelectual. Nesse processo de transição, surge a chamada fala egocêntrica, que a criança emite para si mesma, em voz baixa, enquanto está concentrado em alguma atividade. A fala egocêntrica consiste em uma linguagem para a própria pessoa, e não uma linguagem social, para comunicação e interação. Posteriormente à fala egocêntrica, surge o discurso interior, quando as palavras passam a ser pensadas, sem que necessariamente sejam faladas. O pensamento é um plano mais profundo do discurso interior, que tem por função criar conexões e resolver problemas, o que não necessariamente é feito em palavras. Muitas vezes nem conseguimos verbalizar nossas ideias, ou demoramos até encontrar palavras para expressar um pensamento. Dessa forma, é possível concluir que o pensamento não se reflete na palavra, mas realiza-se nela, na medida em que é a linguagem que permite a transmissão do seu pensamento para os demais. 

    Fonte: VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1998.

    Portanto, a letra D é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
3770569
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com Solange Jobim e Souza, em Infância e linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin, uma premissa coerente com o pensamento de Vygotsky acerca da relação entre desenvolvimento, pensamento e palavra é:

Alternativas
Comentários
  • O significado das palavras evolui e se modifica ao longo do desenvolvimento.

  • Nessa questão, o candidato deve indicar a alternativa correta acerca da relação entre desenvolvimento, pensamento e palavra, de acordo com Solange Jobim e Souza, em “Infância e linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin". 

    A) Há uma imutabilidade do significado das palavras, o que influencia no percurso do desenvolvimento. 
    ERRADO – O postulado da imutabilidade do significado das palavras foi substituído pela tesa de que o significado das palavras evolui e se modifica. A compreensão das palavras vai se modificando à medida que as funções mentais da criança se desenvolvem. 

    B) Ao longo do desenvolvimento, pensamento e palavra tornam-se independentes um do outro. 
    ERRADO - Os processos de desenvolvimento do pensamento e da linguagem não são independentes um do outro. Eles se cruzam, formando o pensamento verbal. 

    C) A relação entre pensamento e palavra não se modifica à medida que a criança se aproxima da idade adulta. 
    ERRADO – A relação entre pensamento e palavra se modifica à medida que a criança se desenvolve. 

    D) O pensamento e a palavra são ligados por um elo primário, genético. 
    ERRADO - Para Vygotsky, o pensamento e a palavra não são ligados por um elo primário, genético. Há uma conexão entre ambos, que se modifica e se desenvolve ao longo da evolução do pensamento e da fala. Ainda conforme o autor, o estudo genético do pensamento e da fala revelou que a relação entre ambos passa por várias transformações. 

    E) O significado das palavras evolui e se modifica ao longo do desenvolvimento. 
    CORRETO – Os significados das palavras são formações dinâmicas que se modificam e evoluem à medida que a criança se desenvolve e de acordo com as várias formas pelas quais o pensamento funciona. 

    Fonte: JOBIM e SOUZA, Solange. Infância e Linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. Campinas, SP: Papirus, 1994. 

    Portanto, a letra E é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra E.

ID
3770572
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Ao investigar o papel da brincadeira de faz-de-conta no desenvolvimento psicológico de crianças entre 2 e 3 anos de idade, Maria Teresa F. Coelho e Maria Isabel Pedrosa (In: OLIVEIRA, Z. M. R. A criança e seu desenvolvimento: perspectivas para se discutir a Educação Infantil), referenciadas no pensamento de Henri Wallon, consideram que a importância de tal dimensão lúdica nessa fase da infância está relacionada ao fato de que

Alternativas
Comentários
  • o faz-de-conta serve como um meio pelo qual a criança experimenta as diferentes representações que tem das coisas e dos outros que a cercam.

  • Essa questão requer conhecimentos sobre o desenvolvimento psicológico infantil e o papel da brincadeira nesse processo. Com base no pensando das autoras Maria Teresa F. Coelho e Maria Isabel Pedrosa, deve-se indicar a alternativa que apresenta o fato relacionado à importância da dimensão lúdica na fase da infância entre 2 e 3 anos de idade.

    A) a criança, logo no início de sua vida, já tem habilidade para agir sobre as coisas que a cercam. 
    ERRADO - As crianças não têm autonomia sobre seus atos e poucas habilidades para agir sobre determinadas coisas que as rodeiam. Nesse momento, o outro, em especial o adulto, é necessário para mediar as situações que aparecerem. O brincar, como expressão da liberdade, é a forma que possibilita que as crianças experimentem o que o mundo tem a oferecer e, com isso, tenham contato com os mais diversos conhecimentos. 

    B) uma particularidade biológica da espécie humana é a relação imediata entre indivíduo e meio. 
    ERRADO – O brincar é um processo psicológico em que a criança utiliza aquilo que já possui (ações e significados resultados da experiência) e descobre o novo, sendo um meio para variadas aprendizagens. 

    C) no faz-de-conta, a criança está em um mundo só seu, em um mundo de fantasia. 
    ERRADO – Conforme as autoras, o aprendizado acontece nas brincadeiras de uma forma peculiar, muitas vezes, se distanciando da vida real, mesmo que ela esteja explícita na ação. Por exemplo, em brincadeiras de faz-de-conta, a criança demonstra estar em um novo plano, num mundo particular, de fantasia. Ela transforma objetos, espaços físicos, representa personagens, animais e zela por objetos inanimados. Por meio desses recursos, as crianças tanto retomam, no espaço da brincadeira, significados já experienciados no seu dia-a-dia, quanto constroem significados que fazem sentido naquele momento de seu processo interacional. E, para realizar tais funções, as crianças transformam e organizam seus pensamentos e suas ações. 

    D) o faz-de-conta serve como um meio pelo qual a criança experimenta as diferentes representações que têm das coisas e dos outros que a cercam. 
    CORRETO - De acordo com Coelho e Pedrosa (1995), o faz-de-conta serve como um meio pelo qual a criança experimenta as diferentes representações que têm das coisas e dos outros que a cercam, o que contribui para discriminar essas representações entre si. As crianças, portanto, criam ligações entre objetos e circunstâncias, usam de seu próprio corpo para expressar situações e, assim, demonstram e vivenciam diversos significados que apresentam das coisas e do outro. 

    E) o faz-de-conta auxilia a criança a não se dissociar das situações de que participa e da identidade das pessoas ao seu redor. 
    ERRADO - O faz-de-conta serve como um meio pelo qual a criança experimenta as diferentes representações que têm das coisas e dos outros que a cercam. 

    Fonte: COELHO, Maria Teresa Falcão; PEDROSA, Maria Isabel. Faz-de-conta: construção e compartilhamento de significados in OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos (org.). A criança e seu desenvolvimento: perspectivas para se discutir a educação infantil. São Paulo: Cortez, 1995.

    Portanto, a letra D é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
3770575
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Tizuko M. Kishimoto, em seu texto Brinquedos e brincadeiras na Educação Infantil, tematiza a relação entre o brincar livre e o brincar dirigido.

Assinale a alternativa que contém uma asserção correta, de acordo com a autora

Alternativas
Comentários
  • A oposição entre eles é equivocada, afinal a criança aproveita tanto a liberdade para escolher um brinquedo, quanto a mediação adulta para aprender novas brincade

  • Para responder essa questão, sobre a relação entre o brincar livre e o brincar dirigido, o candidato deve indicar a alternativa que contém uma asserção correta, de acordo com a autora Tizuko M. Kishimoto, em seu texto Brinquedos e brincadeiras na Educação Infantil. 

    A) A oposição entre eles é equivocada, afinal a criança aproveita tanto a liberdade para escolher um brinquedo, quanto a mediação adulta para aprender novas brincadeiras. 
    CORRETO – De acordo com a autora, para a criança, o brincar é a atividade principal do dia-a-dia. É importante porque dá a ela o poder de tomar decisões, expressar sentimentos e valores, conhecer a si, aos outros e o mundo, de repetir ações prazerosas, de partilhar, expressar sua individualidade e identidade por meio de diferentes linguagens, de usar o corpo, os sentidos, os movimentos, de solucionar problemas e criar. Ao brincar, a criança experimenta o poder de explorar o mundo dos objetos, das pessoas, da natureza e da cultura, para compreendê-lo e expressá-lo por meio de variadas linguagens. Mas é no plano da imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos significados. Enfim, sua importância se relaciona com a cultura da infância, que coloca a brincadeira como ferramenta para a criança se expressar, aprender e se desenvolver. Ainda conforme Kishimoto, a pouca qualidade da educação infantil pode estar relacionada com a oposição que alguns estabelecem entre o brincar livre e o dirigido. É preciso desconstruir essa visão equivocada para pensar na criança inteira, que, em sua subjetividade, aproveita a liberdade que tem para escolher um brinquedo para brincar e a mediação do adulto ou de outra criança, para aprender novas brincadeiras. A criança não nasce sabendo brincar, ela precisa aprender, por meio das interações com outras crianças e com os adultos. Ela descobre, em contato com objetos e brinquedos, certas formas de uso desses materiais. Observando outras crianças e as intervenções da professora, ela aprende novas brincadeiras e suas regras. Depois que aprende, pode reproduzir ou recriar novas brincadeiras. Assim, ela vai garantindo a circulação e preservação da cultura lúdica. Para educar a criança na creche, é necessário integrar não apenas a educação ao cuidado, mas também a educação, o cuidado e a brincadeira. Essa tarefa depende do projeto curricular. Portanto, a oposição entre o brincar livre e o brincar dirigido é equivocada. 

    B) Há uma oposição evidente entre eles, sendo que o brincar livre deve ser privilegiado em toda a Educação Infantil. 
    ERRADO - Há uma oposição equivocada entre eles. Para educar a criança na creche, é necessário integrar não apenas a educação ao cuidado, mas também a educação, o cuidado e a brincadeira. 

    C) Há uma oposição evidente entre eles, sendo que o brincar dirigido deve ser privilegiado em toda a Educação Infantil. 
    ERRADO - Há uma oposição equivocada entre eles. Para educar a criança na creche, é necessário integrar não apenas a educação ao cuidado, mas também a educação, o cuidado e a brincadeira. 

    D) Há uma oposição evidente entre eles, sendo que o brincar livre deve ser privilegiado na educação da criança de 0 a 3 anos, e o brincar dirigido na educação da criança de 4 a 6 anos. 
    ERRADO - Há uma oposição equivocada entre eles. É preciso pensar na criança que criança aproveita a liberdade que tem para escolher um brinquedo para brincar e a mediação do adulto ou de outra criança, para aprender novas brincadeiras. Para educar a criança na creche, é necessário integrar não apenas a educação ao cuidado, mas também a educação, o cuidado e a brincadeira. 

    E) A oposição entre eles apenas existe na perspectiva do adulto, e não da criança, uma vez que esta nasce sabendo brincar. 
    ERRADO - A criança não nasce sabendo brincar, ela precisa aprender, por meio das interações com outras crianças e com os adultos. Ela descobre, em contato com objetos e brinquedos, certas formas de uso desses materiais. Observando outras crianças e as intervenções da professora, ela aprende novas brincadeiras e suas regras. Depois que aprende, pode reproduzir ou recriar novas brincadeiras. Assim, ela vai garantindo a circulação e preservação da cultura lúdica. 

    Fonte: KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Brinquedos e Brincadeiras na Educação Infantil. Anais do I Seminário Nacional: Currículo em Movimento – Perspectivas Atuais: Belo Horizonte, 2010. 

    Portanto, a letra A é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
3770578
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Os jogos de regras atualmente comercializados, assim como os demais brinquedos, costumam indicar uma classificação etária. Se seguirmos as teorizações piagetianas, também é possível depreender uma classificação dos jogos conforme o desenvolvimento do juízo moral. Segundo Yves de La Taille (em Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão), as pesquisas de Piaget sobre os jogos de regras indicam que a evolução da prática e da consciência da regra pode ser dividida em três etapas, na seguinte sequência:

Alternativas
Comentários
  • Essa questão engloba conhecimentos sobre as teorias de desenvolvimento de Jean Piaget. Com base na obra “Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão", o candidato deve indicar a alternativa que apresenta as três etapas da evolução da prática e da consciência da regra, segundo Piaget. 

    De acordo com a obra “Piaget, Vygotsky, Wallon: Teorias Psicogenéticas em Discussão", de autoria de Yves de La Taille, Marta Kohl de Oliveira e Heloysa Dantas, a evolução da prática e da consciência da regra pode ser dividida em três etapas: anomia, heteronomia e autonomia. 

    As autoras afirmam que, ao optar pelo estudo do jogo de regras, Piaget evidencia sua interpretação contratual da moralidade humana. Ele pesquisou a prática e a consciência da regra. A partir dos estudos realizados, concluiu que a evolução da prática e da consciência da regra pode ser dividida em três etapas, sendo a primeira delas a etapa da anomia, que vai até os 5/6 anos de idade, quando as crianças não seguem regras coletivas. A segunda etapa, que acontece até os 9/10 anos de idade, é a da heteronomia, onde é possível notar um interesse da criança em participar de atividades coletivas e regradas. Contudo, duas características desta participação explicitam a heteronomia: a interpretação das origens das regras e da possibilidade de modificá-las, que faz com que a criança desta fase não consiga conceber as regras como um acordo legitimado coletivamente entre os jogadores, mas sim como algo sagrado e imutável pois imposto pela "tradição". A segunda característica consiste na forma como acontece a aplicação das regras. Nessa etapa, quando joga, a criança mostra um desrespeito prático sobre a intangibilidade das regras. Dessa forma, pode-se dizer que, na etapa da heteronomia, a criança ainda não compreendeu o sentido da existência de regras. Por fim, tendo início aos 10 anos, a terceira etapa é a da autonomia. Com características opostas às da fase de heteronomia, nessa fase as crianças jogam seguindo as regras, correspondendo à concepção adulta do jogo. 

    Fonte: LA TAILLE, Y et al. Teorias Psicogenéticas em Discussão: Piaget, Vygotski, Wallon. São Paulo: Summus, 1992. 

    Portanto, a letra C, “anomia, heteronomia e autonomia", é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra C.
  • anomia, heteronomia e autonomia.


ID
3770581
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No livro Sala de aula interativa, o sociólogo Marco Silva aborda a relação entre as novas tecnologias e a educação, discutindo especialmente os desafios que a interatividade apresenta à prática pedagógica. Segundo o autor, considerando as mudanças produzidas pelos avanços tecnológicos, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Para responder essa questão, o candidato deve indicar a alternativa que apresenta a afirmativa correta a respeito das mudanças produzidas pelos avanços tecnológicos e a educação, de acordo com os argumentos do sociólogo Marco Silva. 

    A)a aprendizagem estará cada vez mais dependente da sala de aula, mas a socialização prescindirá cada vez mais desse ambiente. 
    ERRADO – De acordo com o autor, a aprendizagem estará cada vez mais independente da sala de aula, mas a socialização necessitará cada vez mais desse ambiente. 

    B)a aprendizagem estará cada vez mais independente da sala de aula, mas a socialização necessitará cada vez mais desse ambiente. 
    CORRETO – Com as mudanças produzidas pelos avanços tecnológicos, de acordo com Marco Silva (2001), a aprendizagem estará cada vez mais independente da sala de aula, mas a socialização necessitará cada vez mais desse ambiente, onde o indivíduo aprende a respeitar determinadas regras comuns a todos, a ser tolerante perante o diferente e a considerar outros interesses além dos próprios, não mais a partir de lições-padrão e sim na confrontação com outras subjetividades. A comunicação e o conhecimento são elementos fundamentais da sociedade contemporânea, cada vez mais os sujeitos necessitam da tecnologia digital e da informação on-line em suas vidas. Nesse contexto, a educação online cresce, com a perspectiva da flexibilidade e da interatividade próprias da internet. Já a escola segue como lugar de socialização, preservação e recriação da cultura. 

    C) tanto a aprendizagem quanto a socialização estarão cada vez mais independentes da sala de aula. 
    ERRADO – De acordo com o autor, a socialização necessitará cada vez mais da sala de aula. 

    D)tanto a aprendizagem quanto a socialização estarão cada vez mais dependentes da sala de aula. 
    ERRADO – Conforme o autor, com as mudanças produzidas pelos avanços tecnológicos, a aprendizagem estará cada vez menos dependente da sala de aula. Já a socialização necessitará cada vez mais desse ambiente.  

    E)a aprendizagem e a socialização, enquanto funções tradicionalmente atribuídas à escola, não devem ser afetadas pela interatividade. 
    ERRADO – A aprendizagem e a socialização são afetadas pela interatividade. 

    Fonte: SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2001. 

    Portanto, a letra B é a resposta certa. 

    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
3770584
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) determina que o ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constitui componente curricular obrigatório da Educação Básica. Incluem-se em tal componente curricular as seguintes linguagens: artes visuais, dança, música e teatro. Antonio Flavio B. Moreira e Vera Maria Candau (autores de Currículo, conhecimento e cultura. In: BRASIL. Indagações sobre o currículo. Caderno 3) apresentam um olhar crítico com relação ao modo como tais artefatos culturais devem ser abordados na escola, defendendo que

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E

  • Essa questão envolve conhecimentos sobre legislação e políticas educacionais, bem como sobre currículo e cultura. O candidato deve indicar a opção que apresenta o que os autores Antonio Flavio B. Moreira e Vera Maria Candau defendem sobre o modo como os artefatos culturais devem ser abordados na escola. 

    A)o ensino da arte deve promover refinamento para que todos se tornem cultos, tal como as classes privilegiadas. 
    ERRADO – De acordo com os autores, a cultura dos estudantes e da comunidade deve poder interagir com outras manifestações e outros espaços culturais como museus, exposições, centros culturais, música erudita, clássicos da literatura. Para abrir espaço na escola para a complexa interpenetração das culturas e para a pluralidade cultural, tanto as manifestações culturais hegemônicas como as subalternizadas precisam integrar o currículo e ser objeto de apreciação e crítica. 

    B)os grandes autores, os grandes artistas e as grandes obras devem constituir o núcleo central do currículo das escolas. 
    ERRADO – Essa compreensão está ligada a uma ideia de cultura como a mente humana cultivada, afirmando-se que somente alguns indivíduos, grupos ou classes sociais apresentam mentes e maneiras cultivadas e que somente algumas nações apresentam elevado padrão de cultura ou civilização. Trata-se de uma concepção classista de cultura. O sentido de cultura, que ainda hoje a associa às artes, tem suas origens nessa concepção: cultura, tal como as elites a concebem, corresponde ao bem apreciar música, literatura, cinema, teatro, pintura, escultura, filosofia. Os autores questionam o fato de ainda ser possível encontrar vestígios dessa concepção tanto em alguns dos currículos atuais como em textos sobre currículo. Exemplificam que, para alguns docentes, o estudo da literatura ainda tende a se restringir a escritores e livros tidos como clássicos. Ainda trazem a denúncia de que, para alguns estudiosos da cultura e da educação, os grandes autores, as grandes obras e as grandes ideias deveriam constituir o núcleo central dos currículos das escolas. Moreira e Candau sugerem princípios para intensificar a sensibilidade dos educadores para a pluralidade de valores e universos culturais, para a necessidade de um maior intercâmbio cultural no interior de cada sociedade e entre diferentes sociedades, para a conveniência de resgatar manifestações culturais de determinados grupos cujas identidades se encontram ameaçadas, para a importância da participação de todos no esforço por tornar o mundo menos opressivo e injusto, para a urgência de se reduzirem discriminações e preconceitos. Têm como propósito a contextualização e compreensão do processo de construção das diferenças e das desigualdades, fazendo com os currículos tornem evidente que elas não são naturais. Ao contrário, tais diferenças e desigualdades são “invenções/construções" históricas de homens e mulheres, sendo, portanto, passíveis de serem desestabilizadas e mesmo transformadas. Dessa forma, o existente nem pode ser aceito sem questionamento nem é imutável; constitui-se, sim, em estímulo para resistências, para críticas e para a formulação e a promoção de novas situações pedagógicas e novas relações sociais. 

    C)o trabalho pedagógico com artefatos artísticos deve ter como propósitos centrais a identificação e o incentivo de talentos potenciais, sobretudo aqueles afinados à cultura elevada. 
    ERRADO – Os autores pontuam que é importante que se considere a escola como um espaço de cruzamento de culturas e saberes. A responsabilidade específica que distingue a escola de outros espaços de socialização e lhe confere identidade e relativa autonomia é exatamente a possibilidade de promover análises e interações das influências plurais que as diferentes culturas exercem, de forma permanente, sobre as novas gerações. Dessa forma, a escola precisa acolher, criticar e colocar em contato diferentes saberes, diferentes manifestações culturais e diferentes óticas. 

    D)o ensino da arte seja efetivado sem inviabilizar a posição hierárquica das disciplinas científicas. 
    ERRADO - Moreira e Candau evidenciam a existência de uma tendência a se ensinar conhecimentos que possam ser, de algum modo, avaliados. Nesse contexto, os conhecimentos que historicamente têm sido vistos como os mais “importantes" costumam ser avaliados segundo padrões vistos como mais “rigorosos", ainda que não se problematize quem ganha e quem perde com essa “hierarquia". Os autores seguem sugerindo que nos situemos, na prática pedagógica culturalmente orientada, além da visão das culturas como inter-relacionadas, como mutuamente geradas e influenciadas, e procuremos facilitar a compreensão do mundo pelo olhar do subalternizado. No currículo, trata-se de desestabilizar o modo como o outro é mobilizado e representado. Trata-se de desafiar a ótica do dominante e de promover o atrito de diferentes abordagens, diferentes obras literárias, diferentes interpretações de eventos históricos, para que se favoreça ao aluno entender como o conhecimento socialmente valorizado tem sido escrito de uma dada forma e como pode, então, ser reescrito. Destacam a importância de propiciar aos estudantes a compreensão das relações de poder envolvidas na hierarquização das manifestações culturais e dos saberes, assim como nas diversas imagens e leituras que resultam quando certos olhares são privilegiados em detrimento de outros. Portanto, os autores defendem que a posição hierárquica das disciplinas científicas seja alvo de questionamento e análise crítica. 

    E)o currículo seja transformado em um espaço de crítica cultural, abrindo espaço para a pluralidade cultural. 
    CORRETO – Conforme consta no documento “Indagações sobre currículo – Currículo, Conhecimento e Cultura", os autores sugerem que se expandam os conteúdos curriculares usuais, de modo a neles incluir alguns dos artefatos culturais que circundam o aluno. A ideia é tornar o currículo um espaço de crítica cultural, abrindo as portas, na escola, a diferentes manifestações da cultura popular, além das que compõem a chamada cultura erudita. Músicas populares, danças, filmes, programas de televisão, festas populares, anúncios, brincadeiras, jogos, peças de teatro, poemas, revistas e romances precisam fazer-se presentes nas salas de aula. Da mesma forma, levando-se em conta a importância de ampliar os horizontes culturais dos estudantes, bem como de promover interações entre diferentes culturas, outras manifestações, mais associadas aos grupos dominantes, precisam ser incluídas no currículo. 

    Fonte: Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Indagações sobre currículo : currículo, conhecimento e cultura. [Antônio Flávio Barbosa Moreira , Vera Maria Candau] ; organização do documento Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. Brasília, 2007. Disponível no portal do MEC. 

    Portanto, a letra E é a resposta certa. 

    Gabarito do Professor: Letra E.