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Questões de Traumatologia Forense


ID
35812
Banca
FCC
Órgão
MPE-PE
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em matéria de perícias médico-legais, o médico produz documentos que apresentam configuração que varia conforme sua situação e finalidade. Nesse sentido, analise:

I. Caso em que uma consulta médico-legal envolve divergências importantes quanto à interpretação dos achados de uma perícia, de modo a impedir uma orientação correta dos julgadores, estes podem solicitar esclarecimentos mais aprofundados tecnicamente de uma instituição que tem competência in- questionável, ou de um professor cuja autoridade na matéria seja reconhecida.

II. Afirmação simples e por escrito de um fato médico e suas conseqüências, podendo ter uso oficioso, administrativo e judiciário, sem exigência de compromisso legal, mas sem abrir mão do compromisso com a verdade.

III. Narração escrita e minuciosa de todas as operações de uma perícia médica determinada por auto- ridade policial ou judiciária a um ou mais profissio- nais anteriormente nomeados e compromissados na forma da lei, feito, geralmente por dois peritos.

Referidos documentos denominam-se, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • 3. Relatórios

    Auto pericial: O médico dita para o escrivão, na presença de testemunha.

    Laudo Pericial: São redigidos pelos próprios peritos, após investigações, consultas, análises, discussões e conclusão acerca do fato que determinou a perícia.

    Laudo: após a perícia.

    Auto: durante a perícia
    FONTE: APOSTILA MEDICINA LEGAL-
    Luciano Ribeiro de Castro

  • 2. Pareceres

    É uma opinião especializada de um expert no assunto. Os pareceristas devem ter idoneidade e competência na área de convocação; e a falta deste pressuposto é motivo de nulidade.

  • 1.Atestados

    É no atestado que o médico afirma ou nega, sem maiores considerações, um fato médico. Gera também todos os efeitos jurídicos, com efeito legal.

    Tipos de atestados

    · Oficiosos: São aqueles para fatos comuns, sem envolver a justiça. Se for destinado a serviço, somente abaixo de 15 dias.

    · Administrativos: Feitos para utilização no serviço em prazos acima de 15 dias, seguros (DPVAT), licença maternidade, aposentadoria, pecúlios, etc.

    · Judiciários: Envolvem faltas a compromissos com a justiça.

  • Atestado Médico
    É o mais simples dos documentos médico-legais. É no atestado que o médico afirma ou nega, sem maiores considerações, um fato médico. Gera também todos os efeitos jurídicos, com efeito legal. O documento não exige na sua definição nenhum esclarecimento maior, basta que o médico afirme que “fulano de tal não pode comparecer”. Não há necessidade de nenhuma outra afirmação. O médico afirma ou nega um fato de natureza médica.

    Parecer Médico-Legal
    Numa situação de dúvida ou de desencontro de perícia, podem as partes ou o Magistrado se socorrerem de um parecer. É necessário que ele seja elaborado por alguém que tenha certas características aceitas pelas partes, que seja uma pessoa de notável saber, cuja sabedoria seja pertinente ao trabalho a ser realizado. Nenhum Juiz está adstrito a laudo.
    No cível, um perito é indicado pelo Magistrado. As partes podem contratar assistentes técnicos, indicando-os ao Juiz.
    Ainda que contratado por uma parte, o assistente técnico está preso às regras, deveres e direitos da função de perito.
    O Código de Processo Civil dispõe que o perito, o assistente e o Juiz podem realizar a perícia conjuntamente, elaborando um mesmo laudo, caso as partes concordem.
    No campo penal  faz-se necessária a existência de dois peritos.

    A perícia pode ser realizada através de relatório (laudo ou auto), parecer (opinião) e atestado (constatação).
  • essa questao foi feita em 2008, por isso que a opção III fala que o laudo é feito normalmente por 2 peritos. Atualmente se pede apenas 1 perito (só haverá 2 em pericia complexa, ou seja, que envolva mais de 1 área de conhecimento).
  • O artigo 159 do CPP não faz mais menção a quantidade de perito oficial, devendo a penas ser observada a quantidade de peritos do parágrafo 1º, no caso 2, quando forem juramentados, ou seja pessoas idôneas e que não sejam peritos oficiais, neste caso aplicando-se a súm. 361 do STF.

  • PARECER MÉDICO LEGALI. Caso em que uma consulta médico-legal envolve divergências importantes quanto à interpretação dos achados de uma perícia, de modo a impedir uma orientação correta dos julgadores, estes podem solicitar esclarecimentos mais aprofundados tecnicamente de uma instituição que tem competência in- questionável, ou de um professor cuja autoridade na matéria seja reconhecida.

    ATESTADO . II. Afirmação simples e por escrito de um fato médico e suas conseqüências, podendo ter uso oficioso, administrativo e judiciário, sem exigência de compromisso legal, mas sem abrir mão do compromisso com a verdade.

    RELATÓRIO MÉDICO LEGAL. III. Narração escrita e minuciosa de todas as operações de uma perícia médica determinada por autoridade policial ou judiciária a um ou mais profissionais anteriormente nomeados e compromissados na forma da lei, feito, geralmente por dois peritos. 

  • II -  Atestados

    Denominados, também, certificados médicos, são a afirmação simples e redigida de um fato médico e de suas possíveis consequências.

    Classificam-se os atestados em oficiosos, administrativos e judiciários.

    Os primeiros são solicitados pelos pacientes para justificar ausência ao trabalho, às aulas etc. Os atestados administrativos são os reclamados pelo serviço público para efeito de licenças, de aposentadorias ou abono de faltas, vacinações etc. E, finalmente, judiciários são os atestados que interessam à Justiça, requisitados sempre pelos juízes.

    Somente os atestados judiciários constituem documentos médico-legais.

    III - Relatório médico-legal

    É o registro escriturado minudente de todos os fatos de natureza específica e caráter permanente pertinentes a uma perícia médica, requisitada por autoridade competente a peritos oficiais ou, onde não os houver, a expertus não ofi­ciais portadores de diploma de curso superior, compromissados moralmente.

    Se o relatório é ditado diretamente ao escrivão, na presença de testemunhas, chamar-se-á auto, e, se redigido posteriormente pelos peritos, ou seja, após suas investigações e consultas ou não a tratados especializados, recebe o nome de laudo.


    FONTE: DELTON CROCE.


  • GAB. "A".

    I -  Parecer médico-legal

    Um relatório médico-legal que suscite dúvidas enseja, das partes, solicitação de esclarecimento a perito oficial e mesmo a médico que não tenha participado da perícia, objetivando dirimi-las. Para isso, consultam, escrita ou verbalmente, um ou vários especialistas, sobre o valor científico do laudo em questão, buscando elucidar dúvidas; a resposta à consulta é o parecer médico--legal, laudo extrapericial ou, ainda, perícia extrajudicial. O parecer é, então, a resposta da questão referente a assunto médico-forense, suscitadora de dúvidas em relatório pertinente ao mesmo, feita por uma das ou pelas partes a profissional de Medicina ou a uma comissão científica.

    O parecer é documento particular que vale pelo conceito científico de quem o subscreve, ao qual se atribui moralmente o mesmo dever de veracidade atinente aos peritos e às testemunhas. Contudo, se o parecerista falta a essa obrigação, não incide no crime de falsa perícia definido no art. 342 do Código Penal.

    Possui o valor de simples prova técnica a ser estimada de maneira muito relativa pelo juiz, que dará a esse documento particular a importância que entender (art. 182 do CPP), fundamentando a sua decisão de modo a possibilitar às partes a apreciação crítica da mesma. Assim, se o honrado sentenciador sequer dignar-se motivar a refutação ao laudo extrajudicial, que contraria a peça oficial e é o fulcro principal da defesa do réu, acaba contaminando de nulidade o processo, pois a não fundamentação do peritus peritorum é pedra entravadora do rolar sereno da caleça judiciária no macadame sem ressaltos da Justiça.

    Outrossim, nada obsta ao Magistrado optar pela orientação científica porventura existente no parecer médico-legal.

    Insta dizer que somente o parecer escrito faz fé e se integra nos autos; dessarte, a consulta e o parecer verbal são juridicamente despidos de valor.

    Excetuada a descrição ou visum et repertum, todas as demais partes do relatório integram o laudo extrajudicial.

    À guisa de todo documento legal, o parecer deve ser redigido com meridiana clareza e concisão e apoiar-se em documentação rigorosamente científica, visando exclusivamente dissolver dúvidas, objetos da consulta.


  • Bastava saber que II era atestado, porque "d" e "e" são alternativas idênticas e como não poderia haver duas alternativas corretas, só sobrou uma com atestado na posição II.  ;)

  • PARECER- consiste em respostas técnicas fornecidas às consultas médico-legais. Possui as mesmas partes que o RELATÓRIO, a exceção da DESCRIÇÃO. É realizado quando uma consulta médico-legal apresenta divergências quanto à interpretação da perícia, podendo ser solicitados esclarecimentos a uma instituição, a outro perito ou um professor. Seu valor técnico está associado a quem o assina, e na citação de autores que embasam o parecer. O parecer tem caráter opinativo, não sendo assim, sua conclusão determinante.

    ATESTADO- também chamado de certificados médicos são a afirmação de um fato médico e suas consequências. Eles podem ser atestados: oficiosos, administrativos e judiciários.

    RELATÓRIO MÉDICO-LEGAL- é um documento detalhado sobre uma perícia-médica, podendo ser apresentado na forma de LAUDO ou AUTO. Laudo se o documento é realizado após a investigação dos peritos. Auto se ditado ao escrivão perante testemunhas. O relatório tem 7 (sete) partes : 1. Preâmbulo; 2. Quesitos; 3. Histórico; 4. Descrição; 5. Discussão; 6. Conclusão; 7. Respostas aos quesitos.

    Mnemônico: Poxa Que História Doida Do Caramba Rapaz

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A


  • I - Quando há problema, ou divergencia dos fatos, um parecer é realizado por um médico, avaliando o de outro. 

    II - Atestado médico é idôneo, porém simples

    III - Narração dos fatos criteriosamente é feito no relatório, o qual é divido em 7 partes.

  • PARECER ATESTADO E RELATÓRIO

    GAB LETRA A


ID
35815
Banca
FCC
Órgão
MPE-PE
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Nas lesões punctórias observa-se que, se o instrumento for cilíndrico ou cilindro-cônico, não diminuto, mas com maior diâmetro,

Alternativas
Comentários
  • a) A lesão que ocorre por deslizamento, e frequentemente deixa cauda de escoriação ou de saída, é a cortante, e não a punctória (instrumento perfurante).

    b) CORRETA - Trata-se da 1ª lei de Filhos, em que as feridas com solução de continuidade "[...] assemelham-se às produzidas por instrumentos perfurocortantes de dois gumes" (CROCE-CROCE JR., p. 329).

    c) INCORRETA - Os projéteis de arma de fogo ("bala") não produzem lesões perfurantes, mas lesões mistas (perfuro-contundente).

    d) INCORRETA - Lesão punctória não é produzida por ação dilacerante, mas por ação perfurante (punctória, relativo à ponto, perfuração...).

    e) INCORRETA - O conceito refere-se à Lei de Langer, e não à Lei de Filhos; nesse sentido: "Lei de Langer - Um instrumento cilíndrico, exercendo ação perfurante em um ponto da pele onde convergem linhas de força de sentidos diferentes, produz ferida triangular, ou em ponta de seta, ou mesmo em quadrilátero" (CROCE-CROCE JR., Manual de Medicina Legal, 2010, p. 329).

  • Feridas punctórias (produzidas por instrumentos perfurantes)
    Feridas punctórias são feridas produzidas por instrumentos perfurantes, porém apresentam características de corte, como a casa de um botão; em razão disso, surgem três leis a respeito das feridas punctórias:
    1.ª Lei: as feridas punctórias provocam, quando retirado o instrumento, a forma de casa de botão ou botoeira;
    2.ª Lei: feridas punctórias numa mesma região de linhas de tensão ou linhas de Languer, têm todas o mesmo sentido;
    3.ª Lei: diz respeito às feridas que acontecem coincidentemente numa mesma região de linhas de tensão, e diz respeito à forma que a lesão vai apresentar, ou seja, forma triangular.
                As feridas na zona de confluência das linhas de força tomam a forma de triângulo.
                A importância desses instrumentos perfurantes na Medicina Legal localiza-se no fato de serem esses instrumentos inoculares de infecção, pois as feridas produzidas, embora aparentemente pequenas, são profundas.
                Esses instrumentos também têm uma propriedade do sinal do acordeão, ou sinal de Lacassagne, cuja ferida, em virtude de ser comprimida, apresenta uma extensão maior do que o instrumento que a produziu.
  • Por exclusão, chega-se a alternativa B. No entanto ela fala em instrumento perfurante de dois gumes quando o correto seria perfurocortante.

  • A) Não há deslizamento. Ações perfurantes atuam sobre pressão ou percussão. INCORRETA

    Ações cortantes atuam por deslizamento.

    B) Reprodução da 1ª Lei de Filhos.Também denominada "casa de botão". CORRETA    

    C) PAFs são instrumentos perfurocontundentes. ERRADA

    D) Viaje Total do examinador.  Dilaceração --->Cortocontundente. ERRADA

    E) Msiturou a Lei de Filhos com Langer ---> ERRADA

  • Instrumentos perfurantes de dois gumes? Tá de brincs.

  • Sobre a E:

    Em certas regiões onde há cruzamento de fibrilas, o afastamento das bordas da lesão, assume o aspecto de seta, de triângulo, ou mesmo de quadrilátero em conformidade com a Lei de LANGUER, não lei de Filhos como trouxe a assertiva.

    LEIS DE FILHOS: costuma cair:

    Primeira Lei de Filhos: Paralalismo

    Segunda Lei de Filhos: Semelhança

     

    Acho que é isso. Se estiver equiocado, corrijam-me.

  • A) INCORRETO- lesão produzida por ação cortante.

    B) CORRETO- Falou em leis de Edouard Filhos e Karl Ritter Von Langer lembre SEMPRE em instrumento PERFURANTE DE MEDIO CALIBRE.

    FILHOS TEM DUAS LEIS:

    PRIMEIRA LEI DE FILHOS (lei da semelhança)- solução de continuidade dessa ferida ASSEMELHA-SE às de instrumentos de dois gumes, possuindo aspecto de CASA DE BOTÃO.

    SEGUNDA LEI DE FILHOS (lei do paralelismo)- quando essas feridas ocorrem em um local em que as linhas de força tem sentido único, seu maior eixo apresentará a mesma direção. Assim, as lesões de médio calibre obedecem ao sentido das forças das fibras elásticas da pele.

    Já LANGER disse: a ação de um instrumento de médio calibre em regiões que as fibras estão aglomeradas na pele, podem apresentar formas irregulares (forma de “V"). Assim, onde existir linhas de forças diferentes, a lesão pode ter aspecto de seta, triângulo e até quadrilátero.

    Qual é a importância disso para a medicina legal? Diferenciar as lesões produzidas por instrumento perfurante de médio calibre das lesões produzidas por instrumentos cortantes.

    C) INCORRETO- as lesões dos projéteis de arma de fogo são produzidas por agentes perfurocontundentes e produzem lesões/feridas perfurocontusas.

    D) INCORRETO- NÃO HÁ NO ÂMBITO DA MEDICINA LEGAL FERIDA DILACERANTE ou ferida que apresente alguma derivação da palavra dilacerante. Não há ferida cortodilacerante, perfurodilacerante, etc.

    E) INCORRETO-conforme explicação LETRA B

    Obs: no concurso de delegado para Minas Gerais realizado pela banca FUMARC foi cobrada uma questão abordando o assunto de ferida produzida por uma explosão. Veja: Q905826

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B

  • b) ocorrerá um afastamento maior dos tecidos e, em razão das linhas de tensão da pele, assumirá a conformação de um ferimento produzido por um instrumento perfurante de dois gumes.

     

     

    LETRA B – CORRETA  - Segundo Neusa Bittar (in Medicina legal e noções de criminalística – 7ª Ed. – Salvador: Ed. JusPodivm,2018. p. 223):

     

    “Para diferenciar as lesões em fenda ou botoeira causadas pelos instrumentos perfurantes de médio calibre das produzidas pelos instrumentos perfurocortantes, Filhós e Langer estabeleceram princípios direcionados aos instrumentos perfurantes de médio calibre.

     

    Leis ou princípios de Filhós e Langer

     

    Dizem respeito aos instrumentos perfurantes de médio calibre. Para fins didáticos, estão relacionados após a descrição das lesões causadas pelos instrumentos perfurocortantes, a fim de facilitar a diferenciação entre as lesões.

     

    1ª) Primeira Lei de Filhós (também chamada de Lei da Semelhança)

     

    As feridas causadas por instrumento perfurante de médio calibre têm aspecto semelhante às produzidas por instrumentos perfurocortantes de dois gumes ou tomam a aparência de casa de botão.

     

    2ª) Segunda Lei de Filhós (também chamada de Lei do Paralelismo)

     

    As feridas causadas por instrumento perfurante de médio calibre têm sempre a mesma direção  em uma mesma região do corpo, cujas linhas de força tenham o mesmo sentido, ficando paralelas entre si (Filhós).

     

    3ª) Terceira Lei de Langer (também chamada de Lei da Elasticidade)

     

    As feridas causadas por instrumento perfurante de médio calibre podem ter formas diferentes (triangulares, forma de ponta de lança ou de quadrilátero), bizarras, nos pontos de encontro das linhas de força, em decorrência da elasticidade da pele (Langer).

     

    Para gravar:

     

    P – paralelismo;

     

    E – elasticidade

     

    S - semelhança

    (Grifamos)

  • LETRA D – ERRADA – Não existe esse tipo de lesão. Croce, Delton Jr. (in Manual de medicina legal— 8. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012. P. 293)

     

    Classificação dos instrumentos mecânicos

     


    Segundo o contato, o modo de ação e as características que imprimem às lesões, classificam-se os instrumentos mecânicos em: cortantes, contundentes, perfurantes, cortocontundentes,  perfurocortantes e perfurocontundentes. Destarte, eles produzem, respectivamente, feridas incisas, contusas (e contusões), punctórias, perfuroincisas, cortocontusas e perfurocontusas.


     

    Não existem instrumentos dilacerantes, contusodilacerantes, perfurodilacerantes, cortodilacerantes; dessa forma, não há de falar o perito em feridas dilacerantes, contusodilacerantes, perfurodilacerantes, cortodilacerantes, teoricamente produzidas por esses inexistentes instrumentos.


    Desse modo, ferimento lacerocontuso nada mais é que solução de continuidade em meio a uma ação contundente, ou seja, ferida contusa.” (Grifamos)

  • e) em certas regiões onde há cruzamento de fibrilas, o afastamento das bordas da lesão, assume o aspecto de seta, de triângulo, ou mesmo de quadrilátero em conformidade com a Lei de Filhós. 

     

    LETRA E - ERRADA - Não é Lei de Filhós, e sim, Lei de Langer. Nesse sentido, Neusa Bittar (in Medicina legal e noções de criminalística – 7ª Ed. – Salvador: Ed. JusPodivm,2018. p. 223):

     

     

    "3ª) Terceira Lei de Langer (também chamada de Lei da Elasticidade)

     

    As feridas causadas por instrumento perfurante de médio calibre podem ter formas diferentes (triangulares, forma de ponta de lança ou de quadrilátero), bizarras, nos pontos de encontro das linhas de força, em decorrência da elasticidade da pele (Langer)." (Grifamos)

  • a questão menciona que o objeto é de pequeno calibre (punctórias), porém, na sinopse do wilson palermo o mesmo afirma que a lei de filhos e langer se aplicam aos instrumentos de medio calibre (fusiforme ou botoeira)...nesse caso, pq a b estaria correta ?

  • Gabarito discutível.

    Vejamos a análise da assertiva apresentada pela Banca como a correta:

    Nas lesões punctórias observa-se que, se o instrumento for cilíndrico ou cilindro-cônico, não diminuto, mas com maior diâmetro,

    b) ocorrerá um afastamento maior dos tecidos e, em razão das linhas de tensão da pele, assumirá a conformação de um ferimento produzido por um instrumento perfurante de dois gumes.

    Não necessariamente assumirá a conformação de um ferimento produzido por um instrumento perfurante de dois gumes. Isso porque faltou dizer que a "continuidade dessas feridas" apresentariam características semelhantes dos ferimentos produzidos por instrumentos perfurantes de dois gumes. Ou seja, se a aplicação do instrumento produziu apenas uma ferida a assertiva fica errada, tendo em vista que não apresentará esta caraterística.

    Genival Veloso de França diz que:

    a) primeira lei de Filhos: as soluções de continuidade dessas feridas assemelham-se às produzidas por instrumentos de dois gumes ou tomam a aparência de "casa de botão" (figura 4.2. - lesões produzidas por instrumentos de médio calibre (furador de gelo).

    11ª Ed. (2019). Medicina Legal. p. 102.

  • Instrumento perfurante de medio calibre tem lesao semelhante ao perfurocortante de dois gumes ( 1 lei de Filhos) entao a letra B esta errada

    na letra E trata-se da lei de langer

    na minha opiniao nao ha resposta e era passivel de recurso


ID
61087
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STF
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em relação à perícia em odontologia forense, julgue os
próximos itens.

O exame radiográfico é a análise mais adequada para a determinação de idade de um indivíduo em perícia forense.

Alternativas
Comentários
  • A análise radiográfica é um dos métodos, porém depende de inúmeros fatores. Em adultos, por exemplo, já não é tão eficaz como em indivíduos na dentição mista ou até os 18 anos.


ID
116254
Banca
FCC
Órgão
MPE-PE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Quanto aos documentos médico-legais, é correto dizer que

Alternativas
Comentários
  • Documentos médico-legais: São todas as informações de conteúdo médico e que tenham interesse judicial.
    Características: emitidos por médicos habilitados; decorrentes de exames médicos; apresentados geralmente por escrito; objetivam o esclarecimento de questão judicial.
    Classificação: Atestados: Podem ser: Atestados clínicos: simples declarações para certificar condições de sanidade ou enfermidade, p.ex., para justificar ausência do paciente ao trabalho (é sempre fornecido a pedido do interessado).
    Atestados para fins previdenciários: para comprovação de estado patológico (INSS)
    Atestados de óbito: em casos de morte natural, atribuição do próprio médico desde que tenha assistido o paciente; natural, mas por doenças mal definidas: médicos do SVO – Serviço de Verificação de Óbito; violenta (acidente, suicídio e crime) e suspeita (inesperada, sem causa evidente): IML – Instituto Médico Legal.
  • Notificações compulsórias: São notificações OBRIGATÓRIAS às autoridades competentes por razões sociais ou sanitárias. Doenças de notificação obrigatória: dengue, hanseníase, Aids, tuberculose, comunicação de acidente de trabalho CAT: inclui também doença profissional e do trabalho, comunicação de ocorrência de crime de ação penal pública incondicionada (desde que não exponha o cliente a procedimento criminal), comunicação de ocorrência de morte encefálica: para captação e distribuição de órgãos (Lei 9.434/1997), ocorrências induzidas ou causadas por alguém não médico: óbitos , lesão corporal, danos à saúde (comunicação ao CRM e à Polícia), ocorrência de violência contra a mulher: p.ex., esterilizações cirúrgicas (Lei 10.778/2003).
    Relatórios médico-legais:São resultantes da atuação médico legal. Podem ser: Auto: relatório ditado ao escrivão ou ao escrevente na presença do delegado ou do juiz, é normalmente elaborado por peritos “ad hoc”, é assinado pelos peritos nomeados, pelo escrivão e pelo delegado.
    Laudo: elaborado pelos próprios médicos, é o mais comum dos relatórios. Não existe forma legal para sua apresentação. O laudo apresenta no mínimo: preâmbulo, quesitos, histórico, descrição, discussão e conclusão.
  • Pareceres: Compõe-se de quatro partes (não possui descrição): Preâmbulo: qualificação do médico consultado; Exposição: transcrição dos quesitos e do objeto da consulta; Discussão: parte mais importante do parecer, onde os fatos apresentados serão analisados em minúcias; Conclusões: resposta aos quesitos formulados.
    Depoimentos Orais: Dados pelo médico perante autoridade policial ou judicial, objetivando o esclarecimento de questão médica de interesse judicial.http://www.slideshare.net/grupodeestudo1/medicina-legal-aplicacao-pericia-peritos-documentos-questoes
  • Resolução:

    a)Moléstias, doenças infecto-contagiosas e do trabalho se incluem entre as notificações que devem ser enviadas compulsoriamente as autoridades

    b)Relatório consta outros quesitos alem destes como por exemplo o Preambulo

    c)Atestados são documentos médicos legais

    d)Segundo alguns autores não existe a figura do atestado de óbito e sim certidão de óbito

    e)Correta

    Fonte: Genival Veloso
    Bons Estudos Galera!!
  • Só completando o comentário de Lucas Daniel acerca da alternativa "D". Esta alternativa condiciona o Atestado de Óbito a documento médico-legal se for assinado por médico-legista no exercício da função. Entretanto, o artigo 77 da Lei de Registros Públicos apresenta uma exceção a esta regra, quando se tratar de localidade sem a presença de médico, o atestado poderá ser realizado por duas testemunhas que tiverem verificado ou presenciado a morte. Vejamos:


    "Art. 77 - Nenhum sepultamento será feito sem certidão, do oficial de registro do lugar do falecimento, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte."

    Espero ter ajudado.

  • e) o depoimento oral é um deles, quando o perito é chamado a prestar esclarecimentos sobre o laudo, seja explicando a terminologia técnica, seja respondendo objetivamente às perguntas formuladas.

     

     

     

    LETRA E – CORRETA – Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 112):

     

     

    Documentos médico-legais: Notificações, atestados, prontuários, relatórios, pareceres e depoimento oral.

     

    (...)

     

    Depoimento oral

     

    Cabe ainda ao juiz a faculdade de convocar os peritos, a fim de esclarecerem oralmente certos pontos duvidosos de perícias realizadas por eles ou por outrem ou para relatarem sobre qualquer assunto de interesse da lei. É o esclarecimento ou depoimento oral. Consiste na declaração tomada ou não a termo em audiências de instrução e julgamento sobre fatos obscuros ou conflitantes.” (Grifamos)

  • d) o atestado de óbito somente se enquadra na categoria de documento médico-legal quando assinado por médico-legista no exercício de sua função oficial.

     

    LETRA D – ERRADO -  Segundo Neusa Bittar (in Medicina legal e noções de criminalística – 7ª Ed. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2018. p. 66):

     

    “Observe-se que, nas mortes naturais, o médico assistente está obrigado a assinar o atestado de óbito, mas se na localidade inexistirem médicos, o atestado pode ser assinado por qualquer pessoa qualificada (enfermeira, dentista, biólogo, médico veterinário, parteira).” (Grifamos)

  • b)o relatório, que pode ser um auto ou um laudo, é o documento médico-legal por excelência e dele devem constar, exclusivamente, o histórico, os quesitos e suas respostas objetivas.

     

    LETRA B - ERRADA - Só lembrar do mnemônico: Porra.Que História Doida Do Caralho Rapaz, que significa as sete partes do Relatório Médico-Legal:

     

    PREÂMBULO, QUESITOS, HISTÓRICO, DESCRIÇÃO, DISCUSSÃO, CONCLUSÃO, RESPOSTA AOS QUESITOS.

  • a) a notificação às autoridades competentes sobre moléstias infecto-contagiosas e doenças do trabalho não se inclui entre eles, por ser facultativa em respeito à regra do sigilo profissional.


     

     

     

    LETRA A – ERRADA – É um dos documentos médico-legais. Nesse sentido,  Croce, Delton Jr. (in Manual de medicina legal— 8. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012. P. 49):

     

    Notificações


    As notificações são comunicações compulsórias às autoridades competentes de um fato médico sobre moléstias infectocontagiosas e doenças do trabalho. Embora se impute a todo ser humano, por dever de solidariedade, a notificação de doenças infectocontagiosas de que tenha conhecimento, e assim impedir o evento, só o médico que se omite, não havendo participação criminosa, comete o crime tipificado no art. 269 do Código Penal: “Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória”.” (Grifamos)

  • A) INCORRETA- Notificação é uma comunicação de um fato por necessidade social ou sanitária. Ex: doenças infecto-contagiosas.

    B) INCORRETA- O Relatório médico-legal é um documento detalhado sobre uma perícia-médica, podendo ser apresentado na forma de LAUDO ou AUTO. Laudo se o documento é realizado após a investigação dos peritos. Auto se ditado ao escrivão perante testemunhas. Mnemônico: Poxa Que História Doida Do Caramba Rapaz O relatório tem 7 (sete) partes: 1. Preâmbulo; 2. Quesitos. 3. Histórico. 4. Descrição. 5. Discussão; 6. Conclusão; 7. Respostas aos quesitos.

    C) INCORRETA- Os atestados são documentos médico-legais de grande importância para medicina legal. Atestado médico também chamado de certificados médicos são a afirmação de um fato médico e suas consequências. Eles podem ser atestados: oficiosos, administrativos e judiciários.

    D) INCORRETA- a declaração de óbito ou atestado de óbito é um documento de atividade privativa de um médico. Registra-se que não há a necessidade de ser sempre elaborada por um médico legista, a depender se a morte foi natural, violenta ou acidental. Além disso, nas localidades onde não exista médico e a morte tenha sido natural, o responsável pelo falecido juntamente com duas testemunhas, comparecerão a um Cartório de Registro para confecção da declaração de óbito perante um funcionário.

    E)CORRETA- Conforme disposição do art. 159, § 5º, I do CPP- o juiz pode chamar os peritos em juízo para o esclarecimento de eventual dúvida.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA E

  • GABARITO E

     

    DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS:

     

    1) NOTIFICAÇÕES: SÃO COMUNICAÇÕES COMPULSÓRIAS REALIZAS PELO MÉDICO  À AUTORIDADE COMPETENTE, VERSANDO SOBRE UM FATO PROFISSIONAL, QUE SEJA POR NECESSIDADE SOCIAL, DOENÇAS CONTAGIOSAS, NECESSIDADE SANITÁRIA ETC;

     

    2) ATESTADOS: PODEM SER DE FORMA ADMINISTATIVA, JUDICIAL OU OFICIOSOS. SÃO DOCUMENTOS PARTICULARES, SEM EXIGÊNCIA DE COMPROMISSO FORMAL, DEVENDO SER CEDIDO POR MÉDICO QUE ESTEJA NO EXERCÍCIO REGULAR DA MEDICINA;

     

    3) PRONTUÁRIO: É O REGISTRO SOBRE O PACIENTE, REFERENTE AOS CUIDADOS MÉDICOS QUE FORAM PRESTADOS PELO MÉDICO NA UNIDADE A QUAL TRABALHA;

     

    4) RELATÓRIO: É O DOCUMENTO PELO QUAL É RESPONDIDO AS SOLICITAÇÕES FEITAS PELA AUTORIDADE JUDIAL OU POLICIAL. IMPORTANTE RESSALTAR AQUI QUE ELE É O DOCUMENTO MÉDICO-LEGAL  MAIS MINUCIOSO QUE EXISTE NA PERÍCIA MÉDICAIntegram o relatório: preâmbulo, histórico, descrição, discussão, conclusão e resposta aos quesitos. 

    O relatório recebe o nome de AUTO quando é ditado pelo perito ao escrivão, durante ou logo após, e denominado de LAUDO quando é redigido pelo(s) próprio(s) perito(s), posteriormente ao exame.

     

    5) CONSULTA MÉDICO-LEGAL: É UTILIZADO NOS CASOS EM QUE AINDA RESTA DÚVIDA SOBRE OS PONTOS CONTIDOS NO RELATÓRIO MÉDICO-LEGAL;

     

    6) PARECERES: SÃO AS RESPOSTAS ESPECIFICAMENTE TÉCNICAS DADAS ÀS CONSULTAS MÉDICO-LEGAIS; Consta de: preâmbulo, exposição, discussão e conclusão. Não possui DESCRIÇÃO, e os QUESITOS estão inseridos no âmbito da exposição.

     

    7) DEPOIMENTO ORAL: SIM! ELE TAMBÉM É UM DOCUMENTO MÉDICO-LEGAL, USADO DE FORMA SUBSIDIÁRIA, CASO SEJA NECESSÁRIO, O CPP AUTORIZA O MAGISTRADO A CHAMAR OS PERITOS PARA SEREM OUVIDOS EM JUÍZO PARA ESCLARECEM EVENTUAIS DÚVIDAS;

     

    8) ATESTADO OU DECLARAÇÃO DE ÓBITO: É O DOCUMENTO QUE TEM A IMPORTÂNCIA DE ATESTAR A MORTE DE DETERMINADO INDIVÍDUO.

     

     

    CUIDADO: Receita Declaração não são documentos médico-legais.

     

  • Depoimento oral, por mais que não pareça  ser expresso em papel, também é  um documento

  • GABARITO: E

    Depoimento oral pode ser um documento médico legal.

  • Lembrar que o relatório médico legal é composto de SETE partes:

    1- Preâmbulo

    2- Quesitos

    3- Histórico (anamnese)

    4- DESCRIÇÃO (parte mais importante, "ver e repetir", é o exame propriamente dito)

    5- Discussão

    6- Conclusão

    7- Respostas aos quesitos

  • Gabarito E; A Notificação é um documento médico-legal em que a autoridade médica é obrigada a informar as autoridades sanitárias a ocorrência de doença ou moléstias infectocontagiosas ou de acidente de trabalho, não estando abarcadas pelo sigilo profissional, inclusive incorrendo em crime o médico que deixar de comunicar doença, cuja notificação é compulsória.

    Nos pareceres médicos, os peritos são chamados a esclarecer dúvida a responder a questionamento sobre o laudo médico de perícia médica realizada.

  • GABARITO E

    O depoimento oral é um relato ou esclarecimento oral realizado pelo perito, quando convocado pelo juiz, no âmbito dos tribunais.

  • letra A - a notificação é compulsória.

    letra B - O relatório deve conter: preambulo; quesitos; histórico; descrição; discussão; conclusão; resposta aos quesitos.

    letra C - pode vir a ser interesse da Medicina Legal.

    letra D - qualquer médico pode atestar o óbito, portanto, todo atestado será considerado documento médico-legal.

    Letra E; o relatório é admitido na verbal e será considerado documento. (CORRETA)

  • a) INCORRETA- Notificações são comunicações compulsórias feitas pelos médicos às autoridades competentes acerca de um fato profissional, seja por necessidade social, sanitária, doenças contagiosas....

    B) INCORRETA- O Relatório médico-legal é um documento detalhado (mais minucioso) sobre uma perícia-médica, podendo ser apresentado na forma de LAUDO ou AUTO. Laudo é o documento realizado após a investigação dos peritos. Auto é o documento ditado ao escrivão perante testemunhas. Partes: Preâmbulo, Quesitos, Histórico, Descrição, discussão, Conclusão, Resposta aos quesitos e Assinatura.

    C) INCORRETA- Os atestados, também chamados de certificados, são documentos quem possuem por objetivo firmar a veracidade de um fato ou a existência de determinado estado. É uma declaração de um fato médico e sua possíveis consequências e possui grande importância para medicina legal. Eles podem ser atestados: oficiosos (dados no interesse particular das pessoas físicas e jurídicas), administrativos (quando for destinado aos fatos relativos ao servidor público) e judiciários (solicitação da administração judiciária).

    D) INCORRETA- a declaração de óbito ou atestado de óbito é um documento de atividade privativa de um médico. Não há a necessidade de ser sempre elaborada por um médico legista, a depender se a morte foi natural, violenta ou acidental. O médico assistente está impedido de firmar a declaração de óbito quando se tratar de morte em que a causa tenha sido claramente violente ou com suspeita de violência. Além disso, nas localidades onde não exista médico e a morte tenha sido natural, o responsável pelo falecido juntamente com duas testemunhas, comparecerão a um Cartório de Registro para confecção da declaração de óbito perante um funcionário.

    E)CORRETA- Conforme disposição do art. 159, § 5º, I do CPP- o juiz pode chamar os peritos em juízo para o esclarecimento de eventual dúvida.


ID
141172
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-PB
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considerando que o laudo de exame de corpo de delito descreva ferida com bordas regulares e cauda de escoriação medindo 5 cm na região escapular esquerda, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Um exemplo de Instrumento com duplo gume é o punhal, que tem os dois lados da lâmina cortantes.

    Quando a questão disser que a ferida tem bordas regulares e lisas, significa que houve corte.

  • Resposta Letra B

    Características das lesões do tipo CORTANTE
    pouco profundas profundidade inicial maior e terminal menor cauda de escoriação bordas regulares - boa coaptação sangrantes - seção de vasos
  • Alguém saberia dizer porque a "d" está errada? nao consigo imaginar uma faca ou algo similar com largura superior a 5cm...

  •     Questão passível de anulação. Isso por que um instrumento de duplo gume (punhal) causa uma ferida perfuro-cortante, ou seja, ao mesmo tempo em que perfura (penetra) os tecidos, também corta. Por exemplo é uma ferida  de punhal que corta as fibra musculares, de forma regular, e perfura, ou seja, fura o corpo.
        A ferida da questão me parece ter sido feita por um instrumento cortante, por exemplo um bisturi de hospital.


    Se não concordarem com a minha opinião digam algum argumento contrário, por que esse espaço foi feito para isso...

    Bons estudos.
  • Respondendo ao questionamento do colega acima: Instrumento é o modo como um objeto, em ação sob manipulação, age sobre a vítima. Um mesmo objeto, usado de forma diversa pode caracterizar um instrumento diferente. Ou seja, uma faca pode produzir lesões cortantes ou perfurocortantes, dependendo de como foi feita a manipulação.

  • Só para descontrair.
  • Na minha opinião a alternativa E também é correta. Não vejo a possibilide de ser lesão grave ou gravíssima, já que o perigo de vida tem que ser CONCRETO e constatado na perícia.
  • É claro que pode ser grave ou gravíssima... É só tu imaginar que esse corte foi feito bem na jugular. A pessoa pode morrer rapidamente fera!
  • Fera, e a veia jugular passa pela região escapular esquerda? Acho que não..rsrs
  • Senhores. Dá para matar a questão quando o examinador fala em" cauda de escoriação", a qual só pode ser produzida pela ação cortante.

    A ação cortante, por sua vez, só pode ser produzida por instrumentos cortantes, perfuro-cortantes ou corto-contundentes. 

    Assim, quando a alternativa diz que a lesão pode ter sido causada por um instrumento de dois gumes, achamos o item correto.
  • Neneco, a alternativa D que trata de Lesão leve NÃO SERIA VIÁVEL, pois a questão não narrou nada para que pudéssemos pensar isso, pois é muito subjetivo..depende de cada caso.. Imagina só , por exemplo no caso de um HEMOFÍLICO ( falta dos fatores de coagulação- HEMOFILIA). No caso deste, um pequeno corte poderia ser uma Lesão corporal grave, podendo causar sua morte.


    Espero ter ajudado. :)

    Vlw!!
  • Observando a alternativa:

    e) No caso em questão, é correto concluir que se trata de lesão corporal de natureza leve.


    Conclui-se que faltam elementos suficientes para qualificar a referida lesão. Ela PODERIA sim ser de natureza leve, mas também de natureza no mínimo grave caso tivesse atingido um nervo por exemplo, causando debilidade permanente de membro ou impossibilitando o indivíduo de exercer suas ocupações habituais por mais de 30 dias.
    A alternativa estaria correta se fosse colocada a palvra PODE após o "que".
  •  A lesão só pode ser LEVE, GRAVE ou GRAVÍSSIMA. No caso da questão, a ÚNICA maneira de NÃO ser LEVE é no caso de perigo de vida, art.129 § 1º, II. Acontece que, para ficar carecterizada esse tipo de lesão, o perigo tem que ser concreto e constatado em laudo pericial. Fato este não expresso na questão. Logo, a alternativa "E" também está correta, afinal, considerá-la errada é o mesmo que a afirmar que é lesão GRAVE ou GRAVÍSSIMA (conclusão impossível de se chegar com as informações do enunciado, fora que, a lesão descrita na questão deixa bem claro que se trata de uma lesão leve).

    Vale salientar que, em medicina legal, se ficar imaginando o "pode ser" nenhuma questão teria gabarito correto. Já que praticamente todo instituto da matéria comporta diversas exceções e devemos nos ater ao caso da questão ( o que exclui o comentário do colega sobre hemofílico).

    Questão mal elaborada (que não é nenhuma novidade quando se resolve questões de Medicina Legal).
  • a) A lesão descrita foi produzida por instrumento perfurocontundente. ERRADO 

    Predominância de ação cortante.

    B) A lesão em apreço pode ter sido causada por instrumento com duplo gume. CORRETO

    Veja bem " PODE". Pode sim ter sido causado por ação cortante ou perfurocortante (duplo gume) , por exemplo, punhal.

    c) De acordo com a descrição, trata-se de lesão causada por arma disparada a curta distância.ERRADO

    Lesão por PAFs são perfurocontusas, não há cauda de escoriação.

    d) Na situação considerada, o instrumento causador da lesão possui, necessariamente, menos que 5 cm de largura.ERRADO

    "NECESSARIAMENTE"

    E) No caso em questão, é correto concluir que se trata de lesão corporal de natureza leve. ERRADO

    Podem ser fatais esses tipos de lesões devido a hemorragia abundante.

  • Questão passível de anulação, no que concerne a letra "D". Muito difícil de se imaginar, "in casu", instrumento cortante, uma situação em que a largura seja maior que o comprimento ou igual, tendo em vista a elasticidade da pele!!!

  • As lesões provocadas por instrumento perfurocortante de dois gumes apresentam duas comissuras de ângulos agudos, diferentemente das lesões provocadas por instrumentos de gume único, as quais apresentam comissura aguda (na parte do gume) e arredondada (na parte posterior do instrumento), semelhante a uma casa de botão.

    .

    Não parece crível que, se ambas as caudas da ferida pérfurocortante fossem idênticas, o perito chamaria atenção apenas para a da esquerda. Infere-se do enunciado, ao meu ver, tratar-se de instrumento pérfurocontundente de um gume. O que acham?

  • Provavelmente foi introduzido um punhal ou  outro instrumento com os dois lados da lãmina afiados. O que garante esta afirmação é o seguinte trecho do enunciado "ferida com bordas regulares". Com relação "a cauda de escoriação" descrita no enunciado, provavelmente na retirada do instrumento (punhal) o executor não o puxou de forma perpendicular, de forma que um dos gumes deslisou sobre a superfície do corpo até a completa  retirada e isso ocasionou a escoriação medindo 5 cm.

  • Instrumento cortante------> lesão incisa

    -regularidade de bordas

    -instrumentos com gumes em ação deslizante

    -hemorragia abundante

    -Sinal de Romanese e Sinal de Lacassagne: representam o último ponto de contato/saída do instrumento cortante com a pele.

     

    FONTE: WILSOM Parlermo, Sinopses Juspodvium 2018

  • FRANÇA estabelece que as feridas produzidas por instrumentos cortantes diferenciam-se das demais lesões pelas seguintes características: -forma linear -regularidade das bordas -regularidade do fundo da lesão -ausência de vestígios traumáticos em torno da ferida hemorragia quase sempre abundante -predominância do comprimento sobre a profundidade afastamento das bordas da ferida -presença de cauda de escoriação voltada para o lado onde terminou a ação do instrumento -vertentes cortadas obliquamente -centro da ferida mais profundo que as extremidades -paredes da ferida lisas e regulares -perfil de corte de aspecto angular, quando o instrumento atua de forma perpendicular, ou em forma de bisel, quando o instrumento atua em sentido oblíquo ao plano atingido. FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 224 .

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B

  • FRANÇA estabelece que as feridas produzidas por instrumentos cortantes diferenciam-se das demais lesões pelas seguintes características: forma linear; regularidade das bordas; regularidade do fundo da lesão; ausência de vestígios traumáticos em torno da ferida hemorragia quase sempre abundante; predominância do comprimento sobre a profundidade afastamento das bordas da ferida; presença de cauda de escoriação voltada para o lado onde terminou a ação do instrumento; vertentes cortadas obliquamente; centro da ferida mais profundo que as extremidades; paredes da ferida lisas e regulares; perfil de corte de aspecto angular, quando o instrumento atua de forma perpendicular, ou em forma de bisel, quando o instrumento atua em sentido oblíquo ao plano atingido.

    Fonte: FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 224 .

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B

  • COMENTÁRIOS

    Vamos analisar as informações relevantes mencionadas no comando da questão: ferida com bordas regulares e cauda de escoriação.

    Essas são características de lesões incisas, provocadas por instrumento que age por ação cortante, contendo gume(s). Cauda de escoriação é a grande dica para esse tipo de ação.

    Vamos analisar as alternativas apresentadas.

    a) A lesão descrita foi produzida por instrumento perfurocontundente.

    ERRADO. Os agentes perfurocontundentes são aqueles que agem inicialmente por pressão em uma superfície e posteriormente perfuram a região atingida.

    As lesões produzidas pelos instrumentos perfurocontundentes são denominadas perfurocontusas e são as lesões típicas dos projéteis de arma de fogo. Porém, não temos essa lesão acima mencionada.

    b) A lesão em apreço pode ter sido causada por instrumento com duplo gume.

    CERTO. Poderia. Desde que esse instrumento seja usado de forma a causar lesão incisa não faz diferença se tem dois ou um gume. Bastaria um gume. Mas, um punhal, por exemplo, é instrumento com dois gumes e poderia deslizar apenas um dos gumes para causar a lesão.

    c) De acordo com a descrição, trata-se de lesão causada por arma disparada a curta distância.

    ERRADO. A lesão acima mencionada se refere a uso de instrumento cortante. Não por instrumento perfurocontundente.

    d) Na situação considerada, o instrumento causador da lesão possui, necessariamente, menos que 5 cm de largura.

    ERRADO. Não há a necessidade de se ter 5cm de largura. Essa dimensão se dá pelo deslizamento do gume, da lâmina e independe do tamanho desta.

    e) No caso em questão, é correto concluir que se trata de lesão corporal de natureza leve. Não podemos classificar a lesão apenas pelo tamanho da cauda de escoriação. Precisaríamos ter mais informações sobre a gravidade da lesão, pois, dependendo da localização lesões incisas podem ser graves, dependendo da hemorragia que vier a causar.

    GABARITO: letra B

    Prof Wagner Bertolini

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  • resposta sem sentido kkkkkkk


ID
141175
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-PB
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Um médico legista, ao chegar à sala de necropsia, deparou-se com três cadáveres cuja causa da morte foi asfixia. O primeiro apresentava elementos sinaléticos que constavam de sulco único, com profundidade variável e direção oblíqua ao eixo do pescoço; no segundo, os sulcos eram duplos, de profundidade constante e transversais ao eixo do pescoço; no terceiro, em vez de sulcos, havia equimoses e escoriações nos dois lados do pescoço.

Na situação acima descrita, os tipos de morte mais prováveis são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
    • Enforcamento:a força que aperta o laço (de uma corda, por exemplo) é o peso do próprio corpo.
    • Estrangulamento:a força que aperta o laço é qualquer outra força que não seja a do próprio corpo. Pode ser feita pela mão de alguém, mas apertando o laço.
    • Esganadura:mãos humanas apertando o pescoço de alguém. Não há laço.

    Essas ações deixam “sulco” na vítima.

  • A) Enforcamento:
     
    É o impedimento da passagem de arrespirável pela constrição do pescoço por um laçofixo, acionado pelo peso da própria vítima, comoforça ativa. Suicídio é o mais comum, mas também pode ocorrer em um Homicídio, em um Acidente ou em uma execução judicial (nos lugares, onde permitido).
     
    Tipos de Enforcamento: 1) Completo: Caracteriza-se pela suspensão completa do corpo ou 2) Incompleto: Ocorre suspensão parcial do corpo, que fica apoiado em alguma superfície.
     
    Características da Lesão: Lesão externa: Sulco geralmente único, oblíquo e ascendente. O laço é interrompido no nível do nó. Nó na região occipital é o mais comum (típico).
     
    B) Estrangulamento
     
    É o impedimento da passagem de ar respirável, que ocorre pela constrição do pescoço através de um laço acionado por uma força estranha, de forma ativa. Homicídio é o mais comum, mas também pode ocorrer por acidente e suicídio (suicídio é raríssimo).
     
    Características da Lesão: Lesão externa: freqüentemente duplo ou múltiplo, horizontal, contínuo e uniforme em todo o pescoço, por baixo da cartilagem tireóidea. Ausência de nó.
      
    C) Esganadura:
     
    Também conhecido como estrangulamentopelas mãos, é o impedimento da passagem de arrespirável pela constrição do pescoço pelas mãos.Sempre Homicídio, é impossível ocorrer por acidente ou suicídio.
     

    Sinais externos e internos de asfixias
     
    1. Congestão de face;
    2. Cogumelo de espuma;
    3. Equimoses de pele e mucosa;
    4. Fenômenos cadavéricos alterados;
    5. Projeção da língua;
    6. Exoftalmia;
    7. Fluidez e cor do sangue;
    8. Congestão polivisceral;
    9. Equimoses viscerais (Petéquias de Tardieu e Paltauf)
  • ENFORCAMENTO



    ENE
     
  • Pessoal,
    - Para responder a questão, bastava a descrição do terceiro cadáver.
    - É indubitável que se trata de esganadura, visto que, das três modalidades apresentadas (enforcamento, estrangulamento e esganadura), a única que não deixa sulco é a esganadura.
    - Como os colegas já bem disseram, a esganadura deixa apenas "equimoses e escoriações provocadas pela pressão violenta de dedos e unhas". Nela, os sinais externos podem faltar.
  • ASFIXIOLÓGIA FORENSE

    1. Modalidades de Asfixias:
         1.1 - Impedir que o ar chegue aos pulmões:
                    (A) SUFOCAMENTO:
                          (i) Direta : osbtrução dos orifícios respiratórios (boca e nariz) ou das vias aéreas superiores( laringe, traqueia, etc...)
                          (ii) Indireta: Compressão do toráx; crucificação; paralisia mucular respirtória.
         
         1.2 - Modificação do Ambiente respirável:
                    (A) AFOGAMENTO: é a dificuldade respiratória causada pela aspiração de líquido não corporal por submersão ou imersão.
                    (B) SOTERRAMENTO: É o preenchimento das vias respiratórias por material pulverulento, de forma a impedir a circulação de oxigênio. Tem que entrar na árvore respiratória, se não será morte causada pela compressão do tórax.  
                (C) CONFINAMENTO: Asfixia em que o indivíduo fica preso em um ambiente sem adequada renovação do ar.
       
        1.3 - Constrição do pescoço:
                (A) ENFORCAMENTO: Constrição do pescoço com fio, laço, sem utilização das mãos fazendo força. O próprio corpo aperta o laço. Ex: Suicida que amarra ponta de uma corda em uma árvore alta e com a outra ponta faz um laço e amarra ao redor do seu pescoço. Ao pular, o peso do seu próprio corpo o enforcará.
                    (i) Completo: Todo o corpo fora do chão
                    (ii) Incompleto: Alguma parte do corpo encosta no chão 
                (B) ESTRANGULAMENTO: Constrição do pescoço com um fio, arame, laço, ou qualquer instrumento apertado pelas mãos do autor da ação. Ex: Dexter entra sorrateiramente no carro de uma de suas vítimas e, utilizando-se de um fio, coloca- o em volta do pescoço da vítima e aperta com a força de suas mãos.
                (C) ESGANADURA: Constrição do pescoço com as próprias mãos.

    Espero ter ajudado...
  • Eu matei a questão da seguinte maneira, olhando a parte final do texto "  havia equimoses e escoriações nos dois lados do pescoço. " Quando a questão fala dois lados remete-se a uma mão de um lado e outra mão do outro, possibilidade das unhas fazerem arranhões ou escoriações

    cabendo SOMENTE no terceiro caso ser ESGANADURA

    sendo assim a única questão que tinha esganadura em terceiro lugar é a letra A

     a) enforcamento, estrangulamento e esganadura. X

     b) esganadura, enforcamento e estrangulamento.

     c) estrangulamento, esganadura e enforcamento.

     d) esganadura, estrangulamento e enforcamento.

     e) enforcamento, esganadura e estrangulamento.

  • Gabarito: LETRA A

     

    ENFORCAMENTO

    Modalidade de asfixia em que a constrição do pescoço é exercida por um laço, cuja extremidade se acha fixa em um determinado ponto dado. A força atuante é o próprio peso do corpo da vítima.0 enforcamento pode ser completo ou incompleto (atípico), sendo que, naquele, a vítima fica totalmente suspensa, e, neste, parcialmente suspensa. As lesões se caracterizam por um sulco oblíquo, ascendente, mais acentuado no nível da alça e interrompido rio nível do nó.

     

    ESTRANGULAMENTO

    É a modalidade de asfixia mecânica, na qual a constrição do pescoço se faz por um laço cuja força atuante é a mão humana, que o traciona, ou ainda ação similar. Ex.: o garrote. As vias aéreas são obstaculizadas, por constrição externa, devido ao laço acionado pela força muscular ou mecanismo equivalente. As lesões se caracterizam por um sulco transversal contínuo no pescoço, apresentando a mesma profundidade em toda a sua volta.

     

    ESGANADURA

    É a modalidade de asfixia em que a constrição do pescoço é executada diretamente pela mão. É a ação da mão que, por constrição externa, obstaculiza as vias aéreas. Identifica-se facilmente pela presença de estigmas ungueais (lesões semilunares, causadas pelas unhas) ao redor do pescoço. Se tais estigmas estiverem ao redor do nariz e/ou boca, será sinal de sufocação direta.

  • Enforcamento típico - nó se encontera na parte da nuca;

    Enforcamento atípico - nó em qualquer outra parte que não seja na nuca

    OBS: para saber onde está o nó, basta ver o local em que há a interrupção do sulco.

     

    Enforcamento completo - corpo completamente suspenso

    Enforcamento incompleto - corpo parcialmente suspenso (pés no chão, por exemplo)

     

  • Quais são as principais diferenças entre o ENFORCAMENTO, ESTRANGULAMENTO e ESGANADURA?

    ENFORCAMENTO geralmente apresenta sulco único, acima da laringe (no alto), de profundidade variável, apergaminhado, tendo uma interrupção na proximidade do nó, sendo mais profundo na parte da alça, apresentando DIREÇÃO OBLÍQUA ASCENDENTE.

    ESTRANGULAMENTO sulco quase sempre múltiplo, profundidade uniforme, contínuo, direção horizontal, sobre a laringe, não apergaminha.

    ESGANADURA- asfixia mecânica que provoca a constrição do pescoço com as mãos. É sempre homicida. Apresenta equimoses puntiformes na face e pescoço, além disso, podemos verificar escoriações produzidas pelas unhas no pescoço em formato semilunar (estigmas ou marcas ungueais).

    Dica: - ENFORCAMENTO- EnFORCAmento- lembre-se daquela famosa brincadeira de criança "FORCA", em que um bonequinho fica pendurado por uma corda.

    -ESGANADURA- EsGANAdura- Gana, vontade, poder, lembre-se das "mãos".

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A

  • GABARITO A

     

     

    Características do sulco do enforcamento:

    É descontínuo, interrompendo-se nas zonas em que há cabelo e barba, ou nas proximidades do nó;

    situa-se em posição alta no pescoço;

    é profundo na região do pescoço oposta ao nó e superficial ou ausente perto do nó;

    a direção do sulco é oblíqua ascedente;

    o aspecto é pálido e frequentemente pergaminhado.

     

     

    Características do sulco do estrangulamento:

    É contínuo, abrangendo todo o pescoço com a mesma profundidade;

    situa-se em posição baixa no pescoço;

    É horizontal;

    Frequentemente se identifica mais de uma volta do laço;

    não costuma haver pergaminhamento porque a força constritiva cessa com a morte da vítima, momento em que o agressor afrouxa o laço.

     

     

    bons estudos

  • Quais são as principais diferenças entre o ENFORCAMENTO, ESTRANGULAMENTO e ESGANADURA? 

    ENFORCAMENTO geralmente apresenta sulco único, acima da laringe (no alto), de profundidade variável, apergaminhado, tendo uma interrupção na proximidade do nó, sendo mais profundo na parte da alça, apresentando DIREÇÃO OBLÍQUA ASCENDENTE. 

    ESTRANGULAMENTO sulco quase sempre múltiplo, profundidade uniforme, contínuo, direção horizontal, sobre a laringe, não apergaminha. 

    ESGANADURA- asfixia mecânica que provoca a constrição do pescoço com as mãos. É sempre homicida. Apresenta equimoses puntiformes na face e pescoço, além disso, podemos verificar escoriações produzidas pelas unhas no pescoço em formato semilunar (estigmas ou marcas ungueais). 

    Dica: - ENFORCAMENTO- EnFORCAmento- lembre-se daquela famosa brincadeira de criança "FORCA", em que um bonequinho fica pendurado por uma corda. 

    -ESGANADURA- EsGANAdura- Gana, vontade, poder, lembre-se das "mãos".

    GABARITO DO PROFESSOR DO QC: LETRA A

  • pra quem não ta ligado no que é um sulco cervical, é "aquela marca" geralmente deixada no pescoço pelo laço usado no estrangulamento ou enforcamento.

    https://www.google.com/search?q=O+QUE+%C3%89+UM+SULCO+CERVICAL&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjy4-3Rm8PoAhUoD7kGHWZ7C-cQ_AUoAXoECA0QAw&biw=1366&bih=657#imgrc=d8iUEkfqrLwJjM

  • O primeiro apresentava elementos sinaléticos que constavam de sulco único, com profundidade variável e direção oblíqua ao eixo do pescoço;  (Enforcamento) no segundo, os sulcos eram duplos, de profundidade constante e transversais ao eixo do pescoço;(ESTRANGULAMENTO) no terceiro, em vez de sulcos, havia equimoses e escoriações nos dois lados do pescoço.(ESGANADURA)

  • Dica: professor do Gran Jurídico Laércio Carneiro traz tudo mastigado no YT.

  • GABARITO: A

    ENFORCAMENTO:

    1. sulco único, oblíquo e ascendente
    2. variável segundo a zona do pescoço
    3. heterogêneo e descontínuo
    4. profundidade desigual
    5. no alto, acima do osso da hioide
    6. sulco mais marcado

    ESTRANGULAMENTO:

    1. sulco múltiplo, horizontal
    2. uniforme em toda periferia do pescoço
    3. homogêneo e contínuo
    4. profundidade uniforme e constante
    5. abaixo do osso da hioide
    6. sulco menos marcado

    ESGANADURA:

    1. PETÉQUIAS NA FACE: PONTO DE SANGRAMENTO
    2. MARCA DE FRANÇA: MARCA DE FORMA DE MEIO LUA OU SEMILUNARES
    3. ESTIGMAS UNGUENAIS: MARCA DE UNHA DO AGRESSOR
  • Quais são as principais diferenças entre o ENFORCAMENTO, ESTRANGULAMENTO e ESGANADURA?

    ENFORCAMENTO geralmente apresenta sulco único, acima da laringe (no alto), de profundidade variável, apergaminhado, tendo uma interrupção na proximidade do nó, sendo mais profundo na parte da alça, apresentando DIREÇÃO OBLÍQUA ASCENDENTE.

    ESTRANGULAMENTO sulco quase sempre múltiplo, profundidade uniforme, contínuo, direção horizontal, sobre a laringe, não apergaminha.

    ESGANADURA- asfixia mecânica que provoca a constrição do pescoço com as mãos. É sempre homicida. Apresenta equimoses puntiformes na face e pescoço, além disso, podemos verificar escoriações produzidas pelas unhas no pescoço em formato semilunar (estigmas ou marcas ungueais).

    Dica: - ENFORCAMENTO- EnFORCAmento- lembre-se daquela famosa brincadeira de criança "FORCA", em que um bonequinho fica pendurado por uma corda.

    -ESGANADURA- EsGANAdura- Gana, vontade, poder, lembre-se das "mãos".

    Comentário do professor!

  • Tem um vídeo no Youtube da perita criminal Amanda CSI que é bem prático sobre esse tema. Para quem tem interesse, coloque assim no youtube: "AULÃO: CONHEÇA O UNIVERSO DA ASFIXIOLOGIA COM AMANDA CSI". Bons estudos!


ID
141181
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-PB
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considerando que um delegado receba laudo necroscópico que aponte como causa de morte asfixia, relativo a boletim de ocorrência policial que informe tratar-se de vítima de choque elétrico, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Três teorias tentam explicar a morte decorrente da passagem elétrica:

    1) Morte pulmonar ou por asfixia: oóbito decorre da tetanização dos músculos respiratórios e dos fenômenos vasomotores decorrentes, como edema pulmonar e congestão. A morte pulmonar é observada em tensões entre 120 e 1200 volts.

    2) Morte cardíaca: sobrevém da fibrilação cardíaca produzida pela passagem da corrente elétrica. Ocorre nas tensões geralmente abaixo de 120 volts.

    3) Morte cerebral: é observada nas tensões acima de 1200 volts e apresenta lesões como hemoragia das meninges e demais estruturas do cérebro.

    Fonte: Livro da coleção Curso & Conscurso da Editora Saraiva.

  • Galera, dá pra resolver por exclusão:

    Letra D: o laudo pericial nunca pode ser desconsiderado.
    Letras A, B, e E: falam da mesma coisa, ou seja, que houve contradição, incompatibilidade. Então não teria como estas 3 alternativas estarem corretas.

    Resta-nos a letra C.

    Abraço.
  • LETRA E. A FUNÇÃO DE UM DELEGADO, COMO POLICIA JUDICIARIA, É INVESTIGAR QUALQUER CONTRADIÇÃO DENTRO DE UM FATO DE SUA COMPETENCIA. 
  • EU só acertei pois sou da saúde! como sempre cespe é cespe!
  • Galera, a CESPE até que não pegou tão pesado assim.

    Vocês já deram uma olhada nas questões de Medicina Legal na Prova de Delegado do Rio ?

  • Colegas, com a devida vênia, a questão é simples.
    Quando uma pessoa leva um choque elétrico, várias coisas podem acontecer no seu organismo. Por exemplo, o choque pode ocasionar contrações violentas dos músculos.
    E o maior músculo do corpo humano é justamente o diafragma, que desempenha importante papel importantíssimo nas contrações da respiração.
    A asfixia advém do fato do diafragma da respiração se contrair tetanicamente, cessando assim, a respiração. Se não for aplicada a respiração artificial dentro de um intervalo de tempo inferior a três minutos, ocorrerá sérias lesões cerebrais e possível morte.
    Olhando para a questão, 4 das 5 alternativas apontam vício no laudo, o que de fato não existe. Por exclusão, sobra então a letra C!
  • Pessoal,

    Tudo bem que a questão é chatinha, mas às vezes precisamos usar o tirocínio. Analisando as alternativas, percebe-se que todas indicam que as situações são imcompatíveis, que o laudo deve ser desconsiderado, e que há contradição.

    Ora, há uma única alternativa que indica que o choque elétrico pode causar asfixia e que o boletim de ocorrência e o laudo são compatíveis. 

    Assim, mesmo não sabendo a questão, seria possível acertar a questão.




    Força e Honra!

  • Questão mulambenta essa.

  • Ano: 2009

    Banca: CEPERJ

    Órgão: PC-RJ

    Prova: Delegado de Polícia

    Alternativa correta: Letra D

    A morte pela corrente elétrica de alta voltagem decorre do aumento da temperatura cerebral e parada respiratória central. 

  • MORTE PULMONAR É A ASFIXIA CAUSADA POR CORRENTE ELETRICA DOS MUSCULOS RESPIRATORIOS CAUSADA POR CORRENTE ELETRICA DE 20 A 30mA. 

     

     

     

  • Até concordo que choque elétrico pode causar asfixia, porém não é suficiente para não haver contradição.
    Se seguir a logica nada indica que a pessoa não foi asfixiada antes e depois colocada para parecer um choque elétrico. Nesse caso deveria haver uma contradição.

    Na minha opinião a questão é vaga demais.

  • ENTÃO O DELEGADO NÃO PODE AVERIGUAR A CONTRADIÇÃO EXISTENTE ENTRE O LAUDO E O BOLETIM DE OCORRÊNCIA. QUESTÃO PESSIMAMENTE FORMULADA!

  • AHAHAHAHAHAHA essa questão é uma piada

  • França:

    A etiologia da morte pela corrente elétrica é justificada por três teorias:

    -Morte pulmonar. Os defensores desse conceito inspiram-se nos achados necroscópicos compatíveis com a asfixia: edema dos pulmões, enfisema subpleural, congestão polivisceral, coração mole contendo sangue escuro e líquido; hemorragias puntiformes subpleurais esubpericárdicas; congestão da traqueia e dos brônquios, com secreção espumosa e sanguinolenta. Esses resultados são decorrentes da tetanização dos músculos respiratórios (diafragma e intercostais) e dos fenômenos vasomotores. A observação tem demonstrado que a parada de respiração antecede a parada do coração.

    - Morte cardíaca. Explicada pelo efeito da corrente elétrica sobre o coração, provocando contração fibrilar do ventrículo, alternando-lhe a condução elétrica normal.

    - Morte cerebral. Ocasionada pela hemorragia das meninges, hiperemia dos centros nervosos, hemorragia das paredes ventriculares do cérebro, do bulbo, dos cornos anteriores da medula espinal, e edema da substância branca e cinzenta do cérebro, lesões estas com que sempre se defronta a necropsia. Ao que nos parece, essas causas variam conforme a intensidade da corrente: na alta-tensão, acima de 1.200 volts, a morte é cerebral, bulbar e cardiorrespiratória; nas tensões de 1.200 a 120 volts, a morte é por tetanização respiratória e asfixia; e, abaixo de 120 volts, por fibrilação
    ventricular e parada cardíaca.

    Ao que nos parece, essas causas variam conforme a intensidade da corrente:

    - na alta-tensão, acima de 1.200 volts, a morte é cerebral, bulbar e cardiorrespiratória;

    - nas tensões de 1.200 a 120 volts, a morte é por tetanização respiratória e asfixia; (OBS MINHA:acredito que deva ser a maioria!)

    - abaixo de 120 volts, por fibrilação ventricular e parada cardíaca.

     

  • Lesões provocadas por correntes elétricas:

    1. Alta tensão (+ de 1200v): morte cerebral, bulbar e cardiorrespiratória;

     

    2. Média tensão (entre 120v e 1200v): eletrocutado azul, morte por asfixia devido à contração continuada e involutária (tetanização);

     

    3. Baixa tensão (abaixo de 120v): fibrilação ventricular e parada cardíaca.  Se resultar em morte, chama-se de eletrocutado branco, pois há ausencia de sinais que permitam indicar a causa da morte.

  • acima de 1200 v ... ocorre a morte cerebral

    entre 120 v e 1200 v .. ocorre a morte por parada respiratória .. tetanização .. asfixia por constrição muscular .. a pessoa fica "grudada" e não consegue respirar devido a sua musculatura ficar toda contraída.

    abaixo de 120 v ... ocorre a morte por parada cardíaca

  • LETRA C – CORRETA - Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 342 e 343):

     

    “A etiologia da morte pela corrente elétrica é justificada por três teorias:

     

    Morte pulmonar. Os defensores desse conceito inspiram-se nos achados necroscópicos compatíveis com a asfixia: edema dos pulmões, enfisema subpleural, congestão polivisceral, coração mole contendo sangue escuro e líquido; hemorragias puntiformes subpleurais e subpericárdicas; congestão da traqueia e dos brônquios, com secreção espumosa e sanguinolenta. Esses resultados são decorrentes da tetanização dos músculos respiratórios (diafragma e intercostais) e dos fenômenos vasomotores. A observação tem demonstrado que a parada de respiração antecede a parada do coração.

     

    Morte cardíaca. Explicada pelo efeito da corrente elétrica sobre o coração, provocando contração fibrilar do ventrículo, alternando-lhe a condução elétrica normal

     

    Morte cerebral. Ocasionada pela hemorragia das meninges, hiperemia dos centros nervosos, hemorragia das paredes ventriculares do cérebro, do bulbo, dos cornos anteriores da medula espinal, e edema da substância branca e cinzenta do cérebro, lesões estas com que sempre se defronta a necropsia.

     

    Ao que nos parece, essas causas variam conforme a intensidade da corrente: na alta-tensão, acima de 1.200 volts, a morte é cerebral, bulbar e cardiorrespiratória; nas tensões de 1.200 a 120 volts, a morte é por tetanização respiratória e asfixia; e, abaixo de 120 volts, por fibrilação ventricular e parada cardíaca.” (Grifamos)

  • Essa questão traz um dado: vítima com laudo necroscópico tendo como causa da morte asfixia decorrente de choque elétrico. Com esse dado excluímos as letras A, B, D e E, pois elas não apresentam nenhuma correção com o enunciado. Poderiam, sim, ser a resposta, caso a questão trouxesse outros dados. O que não foi o caso.

    A letra c está correta, pois temos nas LESÕES PRODUZIDAS POR CORRENTES DE BAIXA, MÉDIA E ALTA TENSÃO: - BAIXA TENSÃO- ABAIXO DE 120 V- Fibrilação ventricular, parada cardíaca. Caso venha a óbito será o eletrocutado BRANCO (AUSÊNCIA DE SINAIS INDICATIVOS DA MORTE) - MÉDIA TENSÃO- ENTRE 120 V e 1200V- Há tetanização respiratória (provoca asfixia). Chama-se ELETROCUTADO AZUL - ALTA TENSÃO:- ACIMA DE 1200 V- morte cerebral, bulbar e cardiorrespiratória, parada respiratória central.

    GABARITO PROFESSOR: LETRA C

  • Essa questão traz um dado: vítima com laudo necroscópico tendo como causa da morte asfixia decorrente de choque elétrico. Com esse dado excluímos as letras A, B, D e E, pois elas não apresentam nenhuma correção com o enunciado. Poderiam, sim, ser a resposta, caso a questão trouxesse outros dados. O que não foi o caso. 

    A letra c está correta, pois temos nas LESÕES PRODUZIDAS POR CORRENTES DE BAIXA, MÉDIA E ALTA TENSÃO: - BAIXA TENSÃO- ABAIXO DE 120 V- Fibrilação ventricular, parada cardíaca. Caso venha a óbito será o eletrocutado BRANCO (AUSÊNCIA DE SINAIS INDICATIVOS DA MORTE) - MÉDIA TENSÃO- ENTRE 120 V e 1200V- Há tetanização respiratória (provoca asfixia). Chama-se ELETROCUTADO AZUL - ALTA TENSÃO:- ACIMA DE 1200 V- morte cerebral, bulbar e cardiorrespiratória, parada respiratória central.

    GABARITO PROFESSOR DO QC: LETRA C

  • A eletricidade causa parada respiratória que pode ser central ou periférica.

    Média tensão gera asfixia por parada respiratória periférica = tronco = tórax pulmão.

    Alta tensão gera asfixia por parada respiratória central = tronco encefálico = bulbo = sistema nervoso central

  • trata-se do eletrocutado azul. Ocorrendo lesão por média tensão (120 e 1200v) a morte é por tetanização respiratória e asfixia. A tetanização é a contração continuada e involuntária, que provoca asfixia.

    fonte: Sinopses para concursos, Medicina legal, Wilson Luiz Palermo. Pag.156

  • Alta tensão ( >1200v) : morte cerebral, bulbar e cardiorrespiratória. Parada respiratória central, podendo ocorrer também por parada cardíaca ou por hemorragia tardia.

    Média tensão (entre 120 e 100v) : tetanização respiratória e asfixia. Eletrocutado azul

    Baixa tensão (abaixo de 120v): fibrilação ventricular e parada cardíaca. Se houver morte, é o eletrocutado branco (ausência de sinais que permitam indicar a causa da morte);

    fonte: Medicina legal - Wilson Luiz Palermo Ferreira

  • Pra mim, a resposta não tem nenhuma relação com o enunciado...

  • Que questão maravilhosa.

  • Gab. C

    Entendimento: laudo necroscópico aponta morte por asfixia e boletim de ocorrência trata como choque elétrico.

    O médico legísta apontou a causa mortis com exatidão e em concordância com o boletim de ocorrência.

    Uma contração tetânica (estado tetânico ou tétano) ocorre quando uma unidade motora é estimulada ao máximo pelo seu moto-neurónio. Isto acontece quando essa unidade motora é estimulada por múltiplos impulsos com frequência suficientemente alta.

    As correntes elétricas podem causar contração tetânica flexora em membros, quando o fluxo de corrente passa através do tronco e apartir disso, provocar asfixia.

  • a meu ver, as assertivas A, B e E se equivalem, e, desconsiderando de plano a D, resta somente a alternativa C. Gabarito.
  • Eu também fiquei em dúvida em relação à alternativa E. Vi um professor explicando assim: mas há de fato conrtadição entre o laudo e o BO que afirma ter sido choque? o choque pode causar asfixia? sim. Então não há necessariamente contradição. Muitas questões dessa banca analisam o raciocínio do candadito, ou seja, não é só saber o conteúdo, precisamos saber aplicá-lo.

    Então temos de ter mais malícia com a Cespe.


ID
232753
Banca
MPE-PB
Órgão
MPE-PB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A respeito das lesões produzidas por projétil de arma de fogo, considere as proposições abaixo e, em seguida, indique a alternativa que contenha o julgamento devido sobre elas:

I - A apresentação de aréola equimótica no ferimento de entrada afasta a possibilidade de ter sido o tiro deflagrado a curta distância.

II - A orla de escoriação ou de contusão é um dos sinais comprovadores de ferimento de entrada nos tiros dados a qualquer distância.

III - O ferimento de saída terá forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e halo de enxugo, não apresentando orla de escoriação e nem elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

Alternativas
Comentários
  • Apenas a título de conhecimento, achei que seria interessante conceituar os dois institutos abordados na questão, quais sejam: Aréola Equimótica e Orla de Contusão ou Escoriação.
     

    Aréola Equimótica é “decorrente da ruptura de pequenos capilares superficiais e conseqüente extravasamento de sangue para os tecidos ao redor dos orifícios de entrada e saída do projétil. Apresenta-se difusa e de coloração violácea”


    Orla de Contusão ou Escoriação “é a escoriação tegumentar ao redor do orifício de entrada produzida pelo impacto rotatório e atrito do projétil).


    (in: Viviane Monnerat e Deyse C. Santoro; Conhecendo as lesões por Projétil de Arma de Fogo; Fonte: www.bombeirosemergencia.com.br).

  • Ao tempo da saída, o projétil apresenta características diversas das da entrada: menor energia cinética, perda das impurezas no percurso e aquisição de material orgânico, maior capacidade dilacerante do que perfurante e eventual mudança de direção. Conseqüentemente, é de se esperar que o orifício de saída seja diverso do de entrada em suas particularidades. Entretanto, nem sempre as coisas são simples e esquemáticas. Se aparecer, na saída, uma orla de contusão e ocorrer proximidade de entrada, já não será tão fácil a diferenciação entra ambos ( entrada e saída). Também, se o projétil antes de penetrar no organismo tiver sofrido ricochete, características da saída poderão estar presentes na entrada. A diferenciação, entretanto, tem grande importância, pois pode fornecer subsídios para o estudo da direção do disparo, de alta valia no estudo da natureza jurídica do evento letal. Numa perícia não é aceitável simples anotação: orifício de entrada ou orifício de saída.
    É imprescindível que o examinador proceda a minuciosa descrição das características de ambos orifícios (se existirem). Dessa forma uma reanálise será viável, mesmo após a inumação do cadáver.

    http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=4&ved=0CCgQFjAD&url=http%3A%2F%2Fdelicti.blogspot.com%2F2011%2F03%2Flesoes-produzidas-por-projeteis-de-arma.html&ei=KGD2TZeNMYj50gHLxNnvDA&usg=AFQjCNGNQ3V7VeCWzCQGyS679CvuqW_c3Q
  • I - A apresentação de aréola equimótica no ferimento de entrada não afasta a possibilidade de ter sido o tiro deflagrado a curta distância.

    II - A orla de escoriação ou de contusão é um dos sinais comprovadores de ferimento de entrada nos tiros dados a qualquer distância.

    III - O ferimento de saída terá forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e halo de enxugo, não apresentando orla de escoriação e nem elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.
  • I - A apresentação de aréola equimótica no ferimento de entrada afasta a possibilidade de ter sido o tiro deflagrado a curta distância.INCORRETA

    Está errada pq independentemente do tiro ser a curta distância ou não, o furo de entrada, nas armas de fogo, apresentará aréola equimótica .

    Aréola equimótica: ruptura de pequenos vasos localizados na vizinhança do ferimento.

    II- A orla de escoriação ou de contusão é um dos sinais comprovadores de ferimento de entrada nos tiros dados a qualquer distância.  CORRETA

    A orla de escoriação tb está presente em todos os ferimentos de entrada.

    III -O ferimento de saída terá forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e halo de enxugo, não apresentando orla de escoriação e nem elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora. INORRETA
     
    Não há halo de enxugo, porque as impurezas do projétil ficam retidas através de sua passagem pelo corpo.
    A lesão de saída das feridas produzidas por projéteis de arma de fogo tem forma: Irregular Bordas reviradas para fora, Maior sangramento
    Não apresenta:
    Orla de escoriação Halo de enxugo Elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora
    As feridas são irregulares, em forma de fenda ou de desgarro
    O diâmetro é maior que o do orifício de entrada, pois: O projétil que sai não é o mesmo que entrou
    O projétil:
    Deforma-se pela resistência encontrada nos diversos planos Nunca conserva seu eixo longitudinal
    As bordas são:
    Reviradas para fora, em virtude de a ação do projétil se processar em sentido contrário ao de entrada São mais sangrantes pelo maior diâmetro, pela irregularidade de sua forma e pela eversão das bordas
    Não há halo de enxugo, porque as impurezas do projétil ficam retidas através de sua passagem pelo corpo

    Não apresentam orla de escoriação em decorrência de sua ação no complexo dermo epidérmico, atuando de dentro para fora
     
       
  • de acordo com o livro do França 9a edição...orla de escoriação = orififico de entrada de tiro a qualquer distancia...
    porém logo a diante, ele cita que pode existir orla de escoriação em ferimento de saída.
    Se esse concurso foir baseado no França, essa questão poderia ser anulada.
  • Medicina Legal é complicada. Cada autor fala um coisa diferente. Ja vi autores que falam que pode existir Horla de Enxugo nas  lesões de saída do projétil, pois o mesmo pode levar tecidos, até mesmo fragmentos de osso.

  • infelizemente tem que analisar a Banca e a bibliografia; FRANÇA, P. 111 ( 2011) DIZ QUE " não tem  halo de enxugo, porque as impurezas do projétil ficam  retidas através de sua passagem pelo corpo". 

  • Grave isso:

    LESÕES DE ENTRADA: Em regra apresentam: bordas viradas para dentro, diâmetro menor do que o do projétil, forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, enxugo ou equimose. Nos tiros a curta distância apresentam orla de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento/tisnado, além da orla de escoriação, enxugo ou equimose. Já os tiros à queima roupa, acrescenta-se a orla de queimadura/chamuscamento.

    LESÕES DE SAÍDA: Em regra apresentam- no caso de projétil único: bordas reviradas para fora, forma irregular, maior sangramento, não apresentam orla de escoriação nem de enxugo, sequer elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

    I- INCORRETA- veja que nas lesões de entrada a regra é apresentar aréola equimótica

    II- CORRETA 

    III- INCORRETA- não apresenta halo de enxugo.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C
  • ITEM – ERRADO – Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 294 e 295):

     

    I - A apresentação de aréola equimótica no ferimento de entrada afasta a possibilidade de ter sido o tiro deflagrado a curta distância. 

     

    ITEM I – ERRADO – Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 294 e 295):

     

     

    “Ferimentos de entrada nos tiros a curta distância. Estes ferimentos podem mostrar: forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, bordas invertidas, halo de enxugo, halo ou zona de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de compressão de gases. Diz-se que um tiro é a curta distância quando, desferido contra um alvo, além da lesão de entrada produzida pelo impacto do projétil (efeito primário) são encontradas manifestações provocadas pela ação dos resíduos de combustão ou semicombustão da pólvora e das partículas sólidas do próprio projétil expelido pelo cano da arma (efeitos secundários). Quando além das zonas de tatuagens e de esfumaçamento há alterações produzidas pela elevada temperatura dos gases, como crestação de pelos e cabelos (entortilhados e quebradiços), manifestações de queimadura sobre a pele (apergaminhada e escura ou amarelada) e zona de compressão de gases (no vivo), considera-se essa forma de tiro a curta distância como à queima-roupa.” (Grifamos)

  • III - O ferimento de saída terá forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e halo de enxugo, não apresentando orla de escoriação e nem elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

     

     

    ITEM III – ERRADA- Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 297):

     

    Ferimento de saída

     

    A lesão de saída das feridas produzidas por projéteis de arma de fogo tem forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e não apresenta orla de escoriação nem halo de enxugo e nem a presença dos elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora (Figura 4.35).” (Grifamos)

  • Bom, alguns amigos aqui passaram a posição de Genival de França, entendo pela possibilidade de existir orla de escoriação nas lesões de saída. Assim também pensa Hygino C. Hércules. Vejamos sua posição: "Por vezes a orla de enxugo só é observada nas roupas da vítimas. É orla exclusiva dos orifícios de entrada. O mesmo, no entanto, não se pode dizer em relação à escoriação, que pode estar presente no orifício de saída quando a pele for espremida pelo projétil contra algum anteparo(...)" (Medicina Legal- Texto e Atlas, 2008, pág. 235)

    Então, não sei qual a biografia que a banca utilizou, se é que seguiu alguma doutrina. Se bobear foi posição pessoal de algum componente da banca. Enfim... aí é a peculiaridade de cada edital. Agora, a explicação do professor foi bem rasa, não citou a polêmica doutrinária....

  • Pra mim a 2 também está errada, pois até onde sei, não há orla de contusão em tiros encostados.

  • Tiros encostados

    • Estes ferimentos (Figura 4.27), com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo.
    • sem zonas e orlas;
    • bordas evertidas;
    • Diâmetro das lesões de entrada pode ser maior que o do PAF

    Câmara de mina de Hofmann

    • É o ferimento geralmente em forma de estrela/cratera causado não pelo projétil, mas pela expansão dos gases originados pelo disparo encostado em região com barreira óssea (os gases batem no osso e voltam rompendo a pele),
    • Pólvora na pele
    • Em plano ósseo subjacente
    • ex.: tiro na cabeça.

    sinal do funil de Bonnet

    • Cone truncado
    • Em plano ósseo subjacente
    • O projetil de arma de fogo produz um orifício regular e MENOR na primeira tábua óssea e outro MAIOR na segunda tábua óssea.

    Sinal de Benassi

    • Esfumaçamento/queimadura óssea, especialmente no crânio.
    • pólvora no osso
    • Em plano ósseo subjacente
    • Desaparece com lavagem ou putrefação, pois é fuligem.
    • Difere da zona de tatuagem, uma vez que não são decorrentes de pólvora combusta deixados sobre a pele. Um anel acinzentado no osso que delimita a face externa desse orifício.
    • Ocorre em tiros no crânio, escápulas ou costelas.

    sinal de Puppe-Wekgartner

    • desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.
    • Não tem plano ósseo subjacente

    sinal do schusskanol

    • Representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil entre as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio.
    • Q576235. Sobre o Sinal de Schusskanol, no estudo da Balística forense, é correto afirmar que: é o esfumaçamento encontrado no túnel do tiro diante de tiros de cano encostado ou a curta distância.

    É importante, como aconselha Gisbert Calabuig, para um diagnóstico seguro de tiro encostado, encontrar carboxi-hemoglobina no sangue do ferimento, assim como nitratos da pólvora, nitritos de sua degradação e enxofre decorrente da combustão da pólvora

    Fonte: livro do Genival ed. 11

  • I ) - errada ; A apresentação de aréola equimótica no ferimento de entrada afasta a possibilidade de ter sido o tiro deflagrado a curta distância. 

    ARÉOLA EQUIMÓTICA: presente tiros

    a) À CURTA DISTÂNCIA

    b) À DISTÂNCIA

    " Ferimentos de entrada em tiro de CURTA distância

    1. Halo de enxugo ou orla de Chavigny 
    2. Zona de tatuagem 
    3. Zona de esfumaçamento ou tisnado 
    4. Aréola equimótica 
    5. Orla de escoriação ou contusão "

    "Tiro À DISTÂNCIA:

     

    1. Apenas o projétil atinge a vítima; 
    2. Forma arredondada ou ovalada; 
    3. Bordas invertidas; 
    4. Diâmetro menor que o do projétil; 
    5. Apresentam orlas de enxugo;
    6. Orla de escoriação/contusão;
    7. Aréola equimótica;

    Aréola equimótica : Zona de sangramento ao redor do orifício, em decorrência da ruptura de pequenos vasos sanguíneos."

    ________

    II ) - correta ; A orla de escoriação ou de contusão é um dos sinais comprovadores de ferimento de entrada nos tiros dados a qualquer distância

    ORLA DE ESCORIACAO ou CONTUSAO: presente tiros

    a) À CURTA DISTÂNCIA

    b) À DISTÂNCIA

    e serve para comprovar ferimento de entrada dos tiros;

    " Ferimentos de entrada em tiro de CURTA distância

    1. Halo de enxugo ou orla de Chavigny 
    2. Zona de tatuagem 
    3. Zona de esfumaçamento ou tisnado 
    4. Aréola equimótica 
    5. Orla de escoriação ou contusão "

    "Tiro À DISTÂNCIA:

     

    1. Apenas o projétil atinge a vítima; 
    2. Forma arredondada ou ovalada; 
    3. Bordas invertidas; 
    4. Diâmetro menor que o do projétil; 
    5. Apresentam orlas de enxugo
    6. Orla de escoriação/contusão e
    7. Aréola equimótica;

    Orla de escoriação ou contusão : Zona com o arrancamento da epiderme pelo movimento de rotação do projétil "

    ________

    III - errada ; O ferimento de saída terá forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e halo de enxugo, não apresentando orla de escoriação e nem elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

    "Características dos ferimentos de saída

    - Forma irregular; 

    - Bordas reviradas para fora: evertidas/evaginadas; 

    -Diâmetro maior que o do orifício de entrada; 

    - Maior sangramento; 

    - Não tem halo de enxugo nem orla de escoriação; (enxugo e escoriação = sinais indiscutíveis de entrada). 

    - Não apresentam os efeitos secundários (Residuograma)..."


ID
232759
Banca
MPE-PB
Órgão
MPE-PB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Nos itens abaixo, assinale a alternativa que contém característica não encontrada em feridas produzidas por instrumento cortante:

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra (A)
    a) presença de golpe de mina.
     
    Causada por instrumento perfuro contundente.
    Lesão de entrada do tiro encostado, produzida pela pressão dos gases com plano ósseo subjacente.
    Quando a bala entra, a ferida é mais ou menos circular. No entanto, sai muito gás no momento do tiro; a ação mecânica dele faz com que o gás "bata e volte" na superfície. Isto alarga muito a ferida e faz com que os bordos da mesma fiquem invertidos. Este sinal é uma ferida ampla, irregular, suja, anegrada e de bordos invertidos conhecida como “Buraco ou Câmara de Mina de Hoffmann”.
     
    Buraco ou Câmara de Mina de Hoffmann: Ferida estrelada com bordas
    solapadas e escurecidas.
     
    Fonte:ENERGIAS MECÂNICAS CAUSADORAS DE DANOS
    Miguel Angel Martínez Vila, Médico-legista, IMOL





     
  • O Aldízio fez confusão, que pretendo esclarecer. Ocorre, colega, que, em seu livro, o França diz que as feridas causadas por instrumentos cortantes são mais compridas do que profundas. E isso está certo mesmo. E você não deve confundir essa afirmativa com a idéia genérica acerca do local onde o corte é mais profundo. Isto porque é nas extremidades do corte em que se percebe, em regra, que a abertura é mais superficial do que quando se compara com a abertura em sua parte central. Repito: isso é uma generalização, afinal o corte é linear quando originado de incisão, por exemplo.
    Questão perfeita, portanto!
  • Mina de Holfman: Ocorre em tiros com arma encostada, ou seja, instrumento pérfuro-contundente. Quando existe uma estrutura óssea embaixo do tecido (exemplo o crânio), ocorrerá a expansão de gases entre o osso e a pele, provocando a ruptura irregular, de dentro para fora,  o que caracterizará a chamada "boca de mina de Hoffmann". 
  • golpe ou câmara da mina de hoffmam é um efeito dos tiros enconstados, portanto produzidos por instrumento perfurocontuso, jamais cortante.
  • Os instrumentos cortantes que produzem feridas é todo objeto dotado de lâmina apresentando fio, lume ou corte, por exemplo, navalha, faca, gilete, canivete, louça, papel, vidro, folha de flandres, plástico e outros.

    Tais lesões têm as características de formato linear, com regularidade nas bordas, sendo o centro mais profundo que as extremidades e quando o instrumento atua em sentido obliquo, apresenta aspecto de bisel.

    Já a característica de golpe de mina se dá quando há uma lesão causada por tiro encostado: o cano da arma encosta na pele. Ale do ferimento do projétil, uma série de gases acompanham-no, dilacerando a pele, produzindo uma lesão ampla e extremamente irregular. A lesão é denominada de Buraco da Mina de Hoffman ou Explosão da Mina de Hoffman. No caso do tiro encostado, pode ocorrer uma exceção e as bordas podem estar voltadas para fora.

    Alternativa correta: A


  • Os instrumentos cortantes que produzem feridas é todo objeto dotado de lâmina apresentando fio, lume ou corte, por exemplo, navalha, faca, gilete, canivete, louça, papel, vidro, folha de flandres, plástico e outros.

    Tais lesões têm as características de formato linear, com regularidade nas bordas, sendo o centro mais profundo que as extremidades e quando o instrumento atua em sentido obliquo, apresenta aspecto de bisel. 
     

    Já a característica de golpe de mina se dá quando há uma lesão causada por tiro encostado: o cano da arma encosta na pele. Ale do ferimento do projétil, uma série de gases acompanham-no, dilacerando a pele, produzindo uma lesão ampla e extremamente irregular. A lesão é denominada de Buraco da Mina de Hoffman ou Explosão da Mina de Hoffman. No caso do tiro encostado, pode ocorrer uma exceção e as bordas podem estar voltadas para fora.

    Alternativa correta: A

  • TIRO ENCOSTADO
    - Forma irregular (estrelado) pela dilaceração dos tecidos pelos gases explosivos (mina de Hoffmann)
    - Sem zona de tatuagem ou de esfumaçamento
    - Diâmetro do ferimento maior que o projétil (explosão dos gases)
    - Halo fuliginoso nos ossos: (sinal de Benassi)
    - Impressão (pressão) do cano da arma (sinal de Pupe-Werkgaertner)
    - Quando transfixante: trajeto com orifício de entrada e saída

     

    LUIS - QG

  • Questão muito boba para o cargo.

  • Características da ferida incisa, feita por instrumento cortante:

    Regulardade das bordas e do fundo da lesão.

    Sem escoriação e equimose no entorno da ferida.

    Hemorragia abundante.

    Predominância no comprimento sobre a profundidade.

    Cauda de escoriação.

    Age por deslizamento.

  • Sobre a letra E)

    Corte de aspecto ANGULAR - o meio atuou PERPENDICULARMENTE.

    Corte em forma de BISEL - o meio atuou OBLIQUAMENTE.

  • Que diabos significa "Golpe de Mina"??kkk


ID
243613
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-RN
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca de criminalística, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADA.
    Art.162 do CPP: A autópsia será feita pelo menos 6 horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem uqe possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.

    b) ERRADA

    Art.167 do CPP: Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

    c) CORRETA

    Art.159 do CPP: O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. 

    d) ERRADA
    Art.174 do CPP:  No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar-se-á o seguinte:
    (...)
    IV-quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever.

    e) ERRADA
  • O erro da assertiva "b" encontra-se na prescindibilidade da realização do exame de corpo de delito feita pessoalmente por peritos.
    Conforme dispõe o § 1º do art. 159, é permitida a realização de perícia por profissionais idôneos, com diploma universitário, em caso de falta de peritos oficiais.
    Portanto é importante deixar claro que
    Em crimes que deixem vestígios materiais, deve haver sempre exame de corpo de delito.
  • A assertiva "e" traz o conceito de prova indireta. Esta sim exige um raciocínio.
  • A) ERRADA...o perito poderá realizar antes do prazo se pelas evidências dos sinais de morte, julgar que possa ser feito antes de seis horas, devendo constar no auto
    B) errada..."devem, pessoalmente, analiar o rastro deixado" o exame pode ser indireto
    D)errada...pode ser feita por precatória
    E)errada... é na prova indireta

  • Sobre a alternativa E,


    Classificação das provas Quanto ao objeto: a) direta – a própria prova consegue demonstrar o fato; b) indireta – quando o fato é demonstrado por meio de raciocínio lógico-dedutivo.
    Fonte: http://pt.shvoong.com/law-and-politics/criminal-law/1621823-prova-processo-penal/#ixzz1lH4Q7r9L
  • Na aceritva b, não acredito estar o erro onde os colegasmensionaram acima. Os peritos louvaveis (não oficiais) tambem são peritos, certo? (mesmo que não oficiais, ao prestar compromisso se tornam para aquele ato peritos). Que a analise deveser feita pessoalmente me parece correto, afinal o perito não fará analise por meio de terceiro ou absurdamente em sua propria ausencia. E por fim. os peritos farão sim o exame sobre os rastros deixados, ora são esses mesmos os corpos de delito.

    Assim sendo o unico "erro" que posso apontar é a questão usar o termo peritoS, indicando pluralidade. mesmo sendo permitida a análise por mais de um perito o cpp usa o termo no singular em seu art. 159. Atentem que a questão é de 2009 ano posterior a reescritura do referido artigo e ano tambem em que o cerpe perguntou por varias vezes sobre a necessidade da pluralidade de peritos.

    Espero ter ajudado!
    Bons estudos
  • Luiz, eu segui outra linha de raciocínio que não foi nem a sua e nem a dos colegas acima. Vejamos a assertiva:

    "b) Em crimes que deixem vestígios materiais, deve haver sempre exame de corpo de delito e os peritos devem, pessoalmente, analisar o rastro deixado."

    O problema está na palavra "sempre", pois há uma exceção, ou seja, há um tipo de crime que deixa vestígio e o ECD não é obrigatório, qual seja o abuso de autoridade. Nesse caso, o ECD pode ser substituído por duas testemunhas. Isso consta na Lei 4.898/65 (Lei do Abuso de Autoridade), em seu art. 14, alínea a. Vejamos o citado dispositivo:

    "
    Art. 14. Se a ato ou fato constitutivo do abuso de autoridade houver deixado vestígios o ofendido ou o acusado poderá:
    a) promover a comprovação da existência de tais vestígios, por meio de duas testemunhas qualificadas;"
  • O erro da questão "B" está no fato de o examinador confundir os conceitos de exame direto e indireto.
    A primeira parte -  Em crimes que deixem vestígios materiais, deve haver sempre exame de corpo de delito... - refere-se ao exame DIRETO. Os vestígios estão no próprio CORPO DE DELITO.
    A segunda parte - ...
     e os peritos devem, pessoalmente, analisar o rastro deixado. - refere-se ao exame INDIRETO pois osperitos não tem a materialidade do crime de forma latente, sendo necessário a disposição de elementos acessórios para se chegar à materialidade do delito.
  • Alternativa B. Não está errada, está incompleta,  porque cita apenas a possibilidade do exame direto, quando fala que "os peritos devem, pessoalmente, analisar o rastro deixado."
    Conforme o Art 158 CPP, que foca a disciplina exigida na questão (direito Processual Penal). Em crimes que deixem vestígios materiais, deve haver sempre exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
    O exame indireto pode ser feito por boletim médico, fotografias, e até mesmo por depoimento testemunhal ou qualquer outro meio de prova que permita que o perito possa realizar uma avaliação técnica a partir dessa prova e emitir um laudo.
    Já na confissão do acusado, a testemunha irá a juízo narrar o que viu.
    Essa última questão parece controversa e confusa mesmo.
  • Pessoal, corrijam-me se eu estiver errado, por gentileza.
    Na minha humilde opinião o exame de corpo de delito não pode ser considerada uma espécie de prova pericial. É, sim, uma meio ou um procedimento através do qual o perito chega a uma conclusão (laudo pericial). O laudo, SIM, é uma espécie de prova pericial.
    Alguém corrobora?
  • concordo com o Phellipe Lisboa Santos Teixeira, o "EXAME DE CORPO DE DELITO" é um procedimento e não um tipo de prova. A melhor redação para a questão seria: "O CORPO DE DELITO" apenas...


  • não é prova pericial??? então qual é o nome do exame pericial quando se quer comprovar por exemplo um ferimento devido a um soco no rosto??? 

    Ludos periciais são provas, claro que exame de corpo de delito é espécie de prova pericil...

  • PROVA QUANTO AO OBJETO

    Divide-se em:

     

    a) Direta - “Orienta-se no sentido de demonstrar a ocorrência dos elementos típicos de uma norma que se quer aplicar”. (TORNAGHI, 1997, p. 275). Refere-se ao fato principal e ocorre de forma direta como no caso da testemunha visual do delito. Malatesta assevera que essa hipótese “considera o caso de a prova ter por objeto imediato o delito ou algo diverso do delito”, e enfatiza que se refere à “categoria das provas pessoais”, pois “é objeto imediato da verificação e uma prova pessoal direta”. (2001, p. 148/149).

     

    b) Indireta - “Objetiva outros fatos, estranhos a tipicidade da norma aplicada” e chega-se ao fato principal através do raciocínio, da lógica ou da dedução. (TORNAGHI, 1997, p. 275).

    Leva-se em conta elementos ou circunstâncias (secundários) como no fato de uma testemunha que presencia o suspeito sujo de sangue deixando o local onde ocorreu crime de homicídio ou o caso de se ter um álibi. Para Malatesta essa fórmula “supõe o caso de a prova consistir nem elemento incriminatório ou numa coisa diversa do delito, refere-se às provas reais”. (2001, p. 149).

     

    Fonte: 

    https://jus.com.br/artigos/28563/classificacao-das-provas-processo-penal

  • Há também o exame de corpo de delito indireto

    Abraços

  • Fiquei confuso pensei que o exame de corpo delito era um meio de prova e não uma prova.

  • cheguei no ponto em que só sei que nada sei...

  • Sobre a letra A, os sinais de certeza de morte, chamados de abióticos consecutivos/tardios/mediatos, quando presentes, autorizam a antecipação da autópsia, que, em regra, deve ocorrer pelo menos 6 horas após o óbito. São eles: rigidez cadavérica, resfriamento do corpo, dessecamento, espasmo cadavérico e manchas de hipóstase ou livores cadavéricos.

  • Redação horrível. Como dizem aqui na minha região " querem falar difícil e inventam marmota".

    O entendimento que tive quando a questão diz " peritos devem, pessoalmente, analisar o rastro deixado." foi no sentido de que ele não poderia delegar essa função para outra pessoa. Ele mesmo teria que realizar o procedimento.

  • (A) Incorreta! Tomem sempre cuidado, pois no Direito para toda regra costuma ter exceções. Nesse caso, se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o exame necroscópico poderá ser realizado antes das seis horas do óbito, conforme preconizado pelo Art. 162 do CPP. ALERTA PARA ESSE ARTIGO!

    (B) Muita gente marcaria essa alternativa, mas o exame de corpo de delito pode ser realizado indiretamente (exame indireto), não necessariamente ser realizado PESSOALMENTE pelo perito designado, dependendo do caso concreto.

    (C) é a melhor alternativa para a questão!

    (D) incorreta, pois determinado exame, denominado exame grafotécnico, pode ser realizado por meio de precatória nos termos do art. 174, inciso IV do CPP.

    (E) incorreta, pois a definição tratada na questão é da prova indireta. No Direito, a prova direta dirá respeito ao próprio fato probando, como a prova testemunhal, exame do corpo de delito, a confissão do acusado.

    Gabarito: C

  • CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS QUANTO AO OBJETO

    • DIRETA

    a própria prova consegue demonstrar o fato;

    • INDIRETA

    quando o fato é demonstrado por meio de raciocínio lógico-dedutivo.

    Copiado de @Nando Coutinho


ID
243625
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-RN
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em relação à perícia médico-legal, podem ocorrer várias circunstâncias no decorrer do processo. Acerca dessas circunstâncias, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Correto!!!

    Código Penal:

    "Falso testemunho ou falsa perícia

            Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

            Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

            § 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

            § 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)"

  • A meu ver, administrativamente e civilmente ele poderá sim ser punido. A questão é falha.
  • Comentário para letra D:

    Código de Processo Penal.

    Art. 180.  Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.
  • A alternativa "A" está incorreta, pois a falsa perícia deixa de ser punível se antes da SENTENÇA no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade (art. 342, § 2º, CPP).

    A letra A" diz que o agente não será punido se confessar antes da CONCLUSÃO DO PROCESSO. Isso está ERRADO. Ele só pode confessar ANTES DA SENTENÇA para que o fato deixe de ser punível. Como é possível a prova ser "teste" e a Banca elaborar pergunta que contraria tão claramente o texto de lei (se a jurisprudência entende de outro jeito, é outra questão)?
  • Conclusão do processo nada tem a ver com sentença. Questão erradíssima! Depois do trânsito em julgado da decisão, que pode ser sentença ou acórdão, não adianta mais a confissão e o processo entra na fase executória.
  • Concordo com os demais colegas. 
    Questão que MERECIA SER ANULADA.
    A lei e a jurisprudência entendem ser possível a retratação até a SENTENÇA do processo onde ocorreu o ilícito.
    Bons estudos.
  • BOA TARDE!

    NO MEU ENTENDIMENTO - APESAR DE NÃO RESPONDER PELO CRIME DE FALSA PERÍCIA - O PERITO PODE PLENAMENTE RESPONDE PERANTE O ÓRGÃO / ENTIDADE ADMINISTRATIVO DO QUAL FAZ PARTE, BEM COMO CIVILMENTE.
    PORTANTO, A LETRA "A" TAMBÉM É INCORRETA, PORQUANTO INCOMPLETA!
  • A letra "A" está verdadeira... pois se antes da sentença o perito declarar a verdade, ele não será punido... imagine antes do processo!
    Em outras palavras: para existir sentença precisa ter processo... logo se o perito declarar a verdade antes do processo, obrigatoriamente estará declarando antes da sentença!!! 

    Logo, na minha interpretação a letra "A" é VERDADEIRA!!!!  

    A questão não deve ser anulada! taí meu comentário.

    Saudações.
  • Na assertiva que causa indignação por estar supostamente incompleta. Verifica-se na afirmação:

    - "O perito que confessar ter agido de má-fé antes da conclusão do processo não será punido por isso.".

    Alguns colegas alegam que essa afirmação encontra-se errada e, para chegar a essa conclusão, colacionam um julgado que demonstra que deveria ser até ANTES da SENTENÇA. Cuidado! A banca cespe gosta de brincar com o chamado "a contrário sensu".

    Há um equívoco simples em pensar que a questão está errada pelos argumentos acima exposto. Isso porque demonstra que a pessoa desconhece as fases do processo ou então desconhece o termo "a contrário sensu".

    Conforme o colega do comentário anterior disse, para se ter sentença deveremos, necessariamente, perquirir o processo com todas suas fases. Sem delongar...

    Prezados, se o perito pode se retratar até a sentença (conforme o julgado) com identidade de razão ele poderia se retratar antes do processo, sem, contudo, estar essa afirmação incompleta ou inverídica.

    Imaginemos a seguinte situação hipotética:

      "João, perito, antes de iniciar o processo, resolve retratar-se.".

    Nessa hipótese teremos duas situações, conforme os comentários:

    - 1ª: (posicionamento correto, prático e jurisprudencial) O agente não será punido, pois poderia fazê-lo até a sentença. Uma vez que a retratação ocorreu em momento anterior à sentença, logo, por consecução lógica mínima, não será punido; e

    - 2ª:(suposição dos comentários equivocados de alguns colegas que julgam a assertiva incompleta) O agente não estaria isento, uma vez que não ocorreu antes da sentença. (?)

    Perceberam a ilogicidade da segunda posição?!

    Bons estudos guerreiros!


  •  Para responder a essa questão, primeiramente é preciso distinguir, no curso da marcha processual a diferença entre sentença  e quando se dá o fim do processo. Assim, a sentença encerra uma fase do processo de conhecimento e, não necessariamente põe fim ao processo que, só será encerrado após o trânsito em julgado da sentença. Sendo assim,de acordo com a letra da lei a assertiva "A" deveria ser considerada incorreta, pois preceitua o § 2º do art. 342 do CPB, que o fato não será punível se; antes da sentença (que não significa fim do processo, repito) no processo que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.

  • Cespe ferrando a vida de quem estuda.

  • Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:

    (...)

      § 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.


    Alternativa incorreta: "b"

    Bastava ler a "a" e a "b" pra ver que só poderia ser uma das duas.

  • Macete: tente fazer a questão como se um leigo (exemplo: médico) tivesse a elaborado. Não olhe muito com os olhos de um penalista. Assim, a questão fará todo o sentido.

  • Gostaria de saber se as expressões CONCLUSÃO DO PROCESSO e PROLAÇÃO DA SENTENÇA são sinônimas.

     

    A meu ver não há sinonímia no caso.

     

    De qualquer forma, o entendimento do CESPE é soberano.

     

    Fica o registro para não errar mais em questões desse tipo.

  • A) CORRETA- Em um primeiro momento, poderia haver dúvidas quanto à expressão "antes da conclusão do processo", tendo em vista que o Art. 342, § 2º, CP traz como causa de EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE a expressão "ANTES DA SENTENÇA NO PROCESSO". Concordo que, literalmente, a questão estaria errada, no entanto, devemos ter um pouco de sensibilidade em questões múltipla escolha e analisar as demais alternativas. Friso que não houve alteração ou anulação da questão pela banca. Outro motivo é que, possivelmente, a questão foi elaborada por um perito e não por um operador do direito.

    B)INCORRETA- conforme EXCLUDENTE DA PUNIBILIDADE do art. 342, §2º, CP.

    C) CORRETA- perícia falsa é aquela que distorce a verdade.

    D) CORRETA- Com base no art. 182 do CPP "o juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo no todo ou em parte". Assim, opde o juiz, de ofício, determinar a realização de uma nova perícia, desde que a primeira não tenha lhe fornecido os subsídios necessários ao esclarecimento da questão. A segunda perícia não substitui a primeira e cabe ao juiz apreciar livremente o valor de ambas. No caso, a segunda perícia analisará os mesmos fatos que foram objeto da primeira, e corrigirá eventual incongruência ou omissão.

    E) CORRETA- Art. 342, "caput", CP- "em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral".

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B

  • Com certeza essa questão não foi elaborada por um Jurista.....QUESTÃO HORRÍVEL, o que explica o nível de erros apresentados. 

  • Realmente A ALTERNATIVA "A" NÃO CONFERE COM O TEXTO LEGAL, pois o PROCESSO será concluído com o trânsito em julgado, que poderá ocorrer após a sentença(na segunda ou terceira instância). Nesta esteria, se considerarmos que somente o juiz monocrático profere sentença e que é garantido o direito de recurso no mesmo processo, o direito do perito se retratar acaba NA SENTENÇA de primeiro grau (JÁ QUE O ARTIGO 342§2º FALA EM SENTENÇA) , sendo que o PROCESSO continua no segundo grau e só termina com o trânsito em julgado e aí já será ACORDÃO e não sentença.

    Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:

    (...)

      § 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.

    Concordo com a irresignação dos colegas apesar de ter acertado por considerar a "B" errada.

  • Gab. B

     

    Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:

     

    § 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. ( excludente de punibilidade prevista no CP)

  • Questão sem atentar para termos tecnicos-juridicos prejudica quem estuda!!

  • Gostaria de lembrar da independência de instâncias, em razão do que o perito, conquanto ainda se safasse da punição na seara criminal, ainda poderia sofrer sanção na esfera administrativa ou civil. Concordo com FERNANDO ANTÔNIO.

  • A "sentença", de que trata o parágrafo 2° do artigo 342, não se refere ao trânsito em julgado. Imagine um processo em que o perito formule um laudo completamente distorcido da realidade, e só confesse o crime na última instância, após anos de processo. O fato será punível. Essa sentença se refere ao 1° grau. A conclusão do processo remete ao seu trânsito em julgado, portanto, letra A completamente errada e questão sem gabarito.

  • E como fica a questão da responsabilidade civil e administrativa?

  • Gab.: B

    No crime de falsa perícia, a confissão do perito ANTES DA SENTENÇA é motivo de extinção da sua punibilidade.

    A retratação mencionada no dispositivo não significa apenas negar ou confessar a prática do delito. Trata-se de escusar-se, retirando o que afirmou, ou revelando que ocultou, demonstrando sincero arrependimento. ROGÉRIO SANCHES, Código Penal para concursos.

     Falso testemunho ou falsa perícia

           Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: 

            Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.          

           § 1 As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.

           § 2 O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.

  • A questão esta totalmente correto, o pessoal que confunde o português, só pode. Conclusão não é sinônimo de fim, não esta dizendo que pode ser até o fim do processo e sim até a conclusão do processo. Todo mundo que já foi em um fórum ou trabalho, enfim, sabe que quando o juiz vai dar uma sentença no processo, a gente diz que o processo foi encaminhado para a conclusão do juiz. Ou seja, a questão está correta, antes da conclusão do processo (sentença do juiz).

  • Então o cara pode se retratar até em sede de um recurso extraordinário que extingue a punibilidade é? BRINCADEIRA uma questão dessa, perco até a vontade de estudar!

  • Questão bem estranha...

    O Código Penal relata sobre a letra

    B)

    Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

    § 2 O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

    Resposta Correta.

  • Questão correta! Gab. B

    Tome base o Código Penal em seu artigo 342, inciso 2°:

    Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: 

    (...)

           § 2 O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.

    Sobre a allternativa A)

    A) O perito que confessar ter agido de má-fé antes da conclusão do processo não será punido por isso.

    O CP fala "antes da sentença no processo" e a questão "antes da conclusão do processo" acredito que possa ter ocorrido aqui, erro do redator da questão.

  •  Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

        Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.   (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013)   (Vigência)

        § 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

        § 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

  • Em relação à perícia médico-legal, podem ocorrer várias circunstâncias no decorrer do processo. Acerca dessas circunstâncias, assinale a opção incorreta.

    As alternativas "A" e "B" se contradizem. Logo, o erro esta entre elas.

    (A) O perito que confessar ter agido de má-fé antes da conclusão do processo não será punido por isso.

    (B) Tendo o perito confessado ter agido de má-fé, sua conduta será considerada dolosa e, portanto, ele será punido.

    • Código Penal em seu artigo 342, inciso 2°:

    Fontre:projeto_1902

    Atenção!!!

    • A justificativa do erro esta no comentário da colega Mayra Oliveira @periciamayra

ID
243628
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-RN
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca da elaboração do relatório médico-legal, documento que constitui a descrição minuciosa de uma perícia, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Por quê?

    Penso que porque as letras "a" e "b" estão corretas.
  • Acerca da elaboração do relatório médico-legal, documento que constitui a descrição minuciosa de uma perícia, assinale a opção correta.

     a) O laudo é um documento feito por peritos aos quais são permitidos consultas ou outros recursos. Certo
    "O relatório é a descrição mais minuciosa de uma perícia médica a fim de responder à solicitação da autoridade policial ou judiciária frente ao inquérito. 
    Se esse relatório é realizado pelos peritos após suas investigações, contando para isso com a ajuda de outros recursos ou consultas a tratados especializados, chama-se laudo. E quando o exame é ditado diretamente a um escrivão e diante de testemunhas, dá-se-á o nome de auto."

    Genival Veloso de França. Medicina Legal, 9 ed. pag. 28.


    b) O auto é um procedimento em que o perito dita para o escrivão as suas conclusões. Certo
    E quando o exame é ditado diretamente a um escrivão e diante de testemunhas, dá-se-á o nome de auto.



     c) Na justiça penal, o laudo deverá ser concluído em 10 dias prorrogáveis. Certo
    Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. 
     Parágrafo único.  O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos




    d) Em se tratando de casos urgentes, o prazo para conclusão do laudo será de cinco dias. Errado
    Não há previsão.



     e) O laudo deve ser assinado por dois peritos. Errado



    Desta forma vejo 3 gabaritos como corretos. Se alguém por favor souber o porquê dessa anulação e puder mandar uma mensagem pra mim ficarei muito agradecida!! 

  • Meus amigos, me parece que as assertivas que estão corretas são as letras "b" e "c".

    A letra "a" está errada porque usa a expressão "peritos" (plural), quando na verdade, depois da 11.690, o laudo passou a ser assinado por um único perito. Assim o erro está na letra "s". Que maldade não???
  • Luiz, não creio que a assertiva "a" esteja errada, eis que fala apenas em peritos de um modo geral, e não "peritos oficiais",necessariamente. De fato, se tratar-se de perito oficial, com a mudança da lei, será necessário apenas 1, no entanto, nos termos do art. 159, CPP, em se tratando de peritos não oficiais será necessário a presença de ao menos 2.
  • lembrem-se que, de acordo com o art. 159, §7º poderá haver mais de 1 perito oficial se a perícia for complexa (envolver mais de 1 área diferente).

        § 7o  Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
  • Creio que as assertivas a) e c) estejam corretas pelos motivos já mencionados.

    Na alternativa b) o erro estaria no fato de o perito ditar as conclusões, no auto o perito dita o relatório como um todo não apenas as conclusões
                              e) Devido a necessidade de dois peritos revogada pela lei  11690/08 que diz: “Art. 159.  O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.
                        d) errada, sem previsão legal.
  • A) Relatório (laudo ou auto) é um documento médico-legal, e a consulta é outro. Este último pode ser requisitado pelo perito para complementar o seu relatório. (CERTA)


    RELATÓRIO - é a descrição minuciosa e por escrito de todas as etapas de uma perícia  médica, requisitada por autoridade policial ou judiciária, a um ou mais peritos, previamente nomeados e compromissados na forma das leis. No foro criminal são dois os peritos, o que redige o documento é o relator, sendo e segundo o revisor. Pode ser AUTO: ditado para o escrivão ou LAUDO : redigido de próprio punho


    CONSULTA - esclarecimento requisitado em consequência de duvidas ou omissões de ordem médica, sendo necessário ouvir a opinião de um mestre da medicina legal ou de uma instituição renomada. Deve ser feita com clareza e por escrito, devendo vir acompanhada de tudo que for pertinente ao caso, para facilitar o trabalho do especialista consultado (exames médico-legais, laudos, decisões judiciais e os próprios autos processuais). Pode ser solicitada pela Autoridade ou mesmo por outro perito, com a finalidade de complementar o seu laudo. 



    B) O relatório contém além de conclusões do perito, o preâmbulo, histórico, descrições, discussão e quesito. (ERRADA)



    C) (CERTA)

    CPP. Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
    Parágrafo único.  O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. 


    D) Não existe essa previsão legal. (ERRADA)


    E) Antes de junho de 2008, exigia-se que o laudo fosse assinado por dois peritos. 
    (ERRADA)
     

    CPP. Art. 159 - Os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos por dois peritos oficiais. (antiga redação)

    CPP. Art. 159 - O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. (nova redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)

     

     

  • a) O laudo é um documento feito por peritos aos quais são permitidos consultas ou outros recursos.

    Acredito que o erro principal neste item é tratar a "consulta médico-legal" como um forma de recurso contra o laudo expedido pelo perito oficial, verificado na expressão "consultas ou outros recursos".

    Conforme aponta Eduardo Roberto Alcântara, as consultas não são recursos:

    7.6. Pareceres ou consultas médico-legais
    Os pareceres médico-legais são consultas feitas a profissionais de reconhecido renome na área médica para utilização como prova em processo judicial ou administrativo. São documentos oficiosos, particulares, geralmente encomendados pelas partes para reforçar sua tese sobre determinado assunto de interesse e, por isso mesmo, não obstante o renome do autor, devem ser analisados com cautela, raramente se sobrepondo aos exames oficiais.

    b) O auto é um procedimento em que o perito dita para o escrivão as suas conclusões.

    Acredito que esse item B também esteja incorreto, visto que o auto médico-legal não pode ser reduzido a um mero "procedimento" em que o perito simplesmente dita suas conclusões ao escrivão. O auto é um relatório extenso, com todas as formalidades de praxe, do mesmo modo que o laudo pericial.

    Nesse sentido leciona Eduardo Roberto Alcântara,

    "Não há, em essência, diferença entre auto e laudo médico-legal. Se o relatório for ditado ao escrivão ou escrevente, na presença da
    autoridade, policial ou judiciária, será chamado de auto médico-legal. Por outro lado, caso seja elaborado posteriormente pelo próprio
    perito, estaremos diante do laudo médico-legal (mais comum)."

  • Ainda bem que foi anulada!! Pra mim as questões A, B e C estão corretas!


ID
250762
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Julgue os itens a seguir, acerca de documentos médico-legais,
perícia e peritos, e da interpretação de laudos periciais
médico-legais.

Compete ao perito médico-legista, por meio do laudo pericial, estabelecer a autoria e a materialidade de fato delituoso cujo corpo de delito seja corpo de pessoa.

Alternativas
Comentários
  • Indicar autoria e materialidade é função do delegado (utlizando-se, inclusive, da perícia para formar o seu convencimento), não do perito. O perito se limita apenas a afirmar o que observou do exame de corpo de delito, respondendo aos quesitos formulados pelo delegado ou pelo juiz. 

     

    CPP, Art. 160 - Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.

  • Autoria e a materialidade são objetos do inquérito policial, cuja presidência fica a cargo da autoridade policial.
  • A atuação do perito é limitida,pois ele não julga, não defende e não acusa.(...) Compete ao perito somente examinar e relatar fatos de natureza específica e carater pemanente de esclarecimento necessário num processo,  vê e refere; visum et repertum; visto e referido, está concluída sua nobilante missão. Delton Croce.MANUAL DE MEDIICINA LEGAL. P.41
  • Finalidade do relatório médico legal é, precipuamente, comprovar a materialidade do crime, ex: Laudo de conjunção carnal (estupro), Laudo de exame de corpo de delito (lesão corporal). 

  • Errado.

    A causa jurídica de um evento é determinado pela autoridade policial 

    O laudo pericial apenas auxilia na convicção do juiz, que pode rejeitá-lo ou aceitá-lo, em partes ou num todo.

    A medicina legal é um ramo que visa por meio de técnicas científicas e médicas esclarecer um fato de interesse da Justiça. ou seja, é um ramo subsidiário das relaçõe jurídicas.

  • GABARITO: ERRADO


    A atuação do perito se limita à análise dos vestígios do crime; enquanto a atuação da autoridade policial deve conduzir a sua atuação para alcançar indícios do crime. O vestígio é material; enquanto o indício é subjetivo.

  • Resposta: Errado

    Como bem mencionou a colega Bárbara, a finalidade de um relatório médico legal é perpetuar a materialidade do delito, é justamente esta a finalidade do exame de corpo de delito. Já a autoria se comprova com outros meios, como, por exemplo, a prova testemunhal apontado que aquele sujeito é autor de determinado delito. 

  • Gab. E

     

  • Cabe ao perito analisar os vestígos (material).

    Cabe a autoridade policial analisar os indícios (subjetivo), autoria e  materialidade:

    -Quem?

    -Porque?... 

  • DELEGADO - AUTORIDADE POLICIAL 

  • Lei 12.830/2013 Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia

    Art. 2o  As FUNÇÕES DE POLÍCIA JUDICIÁRIA e a APURAÇÃO DE INFRAÇÕES PENAIS exercidas pelo DELEGADO DE POLÍCIA são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado

    § 1o  Ao DELEGADO DE POLÍCIA, na QUALIDADE de autoridade policial, CABE a condução da investigação criminal por MEIO de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como OBJETIVO a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais.

     

    CPP

    Art. 160. Os PERITOS elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

    Parágrafo único.  O LAUDO PERICIAL será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

  • Estabelecer autoria e materialidade cabe ao delegado de polícia e não ao médico-legista. Veja o art. 2º, § 1º da Lei 12.830 que estabelece que: § 1o Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais.

    Cabe ao médico legista na necropsia determinar a causa da morte e, se possível, identificar a causa jurídica da morte, o tempo em que a morte ocorreu, se há lesões, o que causou a morte e quem seria o morto (FRANÇA, 2015).

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

  • Gab Errada

     

    Apenas auxilia a Autoridade Policial 

  • Quem estabelece a autoria, a materialidade e as circunstâncias da infração penal é o delegado de polícia, através de inquérito policial, mediante análise técnico-jurídica, subsidiando o Ministério Público na propositura da ação penal com elementos informativos sólidos. O perito, no desempenho de seu mister, o faz de forma objetiva, analisando o corpo de delito (conjunto de elementos sensíveis denunciadores do fato criminoso).

  • Errada, o perito jamais vai determinar ou imputar autoria, ou emitir juízo de valor.

  • ERRADO!

    O perito deve ser objetivo, deve ver as lesões e reportar. Não pode julgar, defender ou acusar. Tem que ser imparcial. O perito não pode emitir juízo de valor no sentido de julgar mas pode ponderar elementos (discussão de acordo com a sua experiência). Trata-se de uma parte relativamente subjetiva da perícia (o que não afasta o dever de objetividade pericial).

    "Visum et repertum": ver e reportar / visto e referido.

  • O perito deve ser imparcial, tendo apenas como função analisar os vestígios do crime, não podendo imputar a autoria.

  • o médico pedido deve sim verificar o nexo de causalidade, mas apenas entre o objeto e o corpo da vítima. Não imputa a autoria.
  • ERRADO!

    O perito deve ser objetivo, deve ver as lesões e reportar. Não pode julgar, defender ou acusar. Tem que ser imparcial. O perito não pode emitir juízo de valor no sentido de julgar mas pode ponderar elementos (discussão de acordo com a sua experiência). Trata-se de uma parte relativamente subjetiva da perícia (o que não afasta o dever de objetividade pericial).

    "Visum et repertum": ver e reportar / visto e referido.


ID
250765
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Julgue os itens a seguir, acerca de documentos médico-legais,
perícia e peritos, e da interpretação de laudos periciais
médico-legais.

Em caso de incêndio em edificações, o agente causador que sempre explica a morte de pessoas é o físico, o calor, provocando, nos cadáveres, sempre, queimaduras graves - de segundo e terceiro grau.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO

    Nos grandes incêndios, as pessoas, em geral, não morrem queimadas, pois a fuligem produzida pela combustão dos materiais leva à morte por asfixia. Na maior parte dos casos, o cadáver encontra-se carbonizado, porém, a causa da morte foi asfixia.
    Nesses casos, a alta temperatura do ar no ambiente incendiado queima as vias aéreas, a fumaça e a fuligem com partículas de materiais é aspirado até o pulmão e a grande quantidade de CO2 no pulmão impede a troca gasosa no sangue. Com isso, atinge-se a morte por asfixia mecânica (pulmão entupido de resíduos) ou física (pela falta de O2). Observação: Há casos de pessoa que se salvam do incêndio, mas há a possibilidade de ficar com seqüelas graves, dependendo do material que foi queimado.
  • COMENTAR MAIS O QUE?

    CINCO ESTRELAS PARA VOCÊ.


    BONS ESTUDOS.
  • ERRADO!
    - No incêndio pode haver combustão de muitos compostos que geram resíduos altamente tóxicos para o corpo: gás cianídrico (HCN), monóxido de carbono (CO), óxidos sulfurosos. Por isso, muitas vezes em incêndio são os gases tóxicos que matam e não as queimaduras. Quando o fogo chega na pessoa, às vezes ela já está até morta. Essa fumaça tóxica ao ser inalada pode causar a morte por asfixia ou inibição de enzimas mitocondriais.
    - A intoxicação causada pelo monóxido de carbono geram uma tonalidade carminada (cor de cereja) nas vísceras e no sangue. Na análise, deve se buscar o sangue mais interno (ex. veia femural), pois o mais externo sofre mais influência de gases mesmo depois da morte. Também se constata isso por pesquisa de carboxiemoglobina (acima de 50%).
    - A fumaça do incêndio produz lesões na mucosa respiratória e facilitam infecções na parede da árvore respiratória. Esse ar vai para o pulmão e é muito comum aparecer pneumonias muitas vezes mortais.
    - Essa fumaça tóxica ao ser inalada pode causar a morte por infecção respiratória grave em razão da formação de ácidos cáusticos na mucosa respiratória pela lesão de inalação. As lesões de inalação representam uma das maiores causas de morte de quem não morre queimado no incêndio, e sim ficam hospitalizadas depois dele.
  • Gostaria de parabenizar o Nilson Junior pelo seu comentário esclarecedor relacionado a presente questão!!! Nada a acrescentar...
  • Só acrescentar que o "Sinal de Montalti" é o que indica que a pessoa estava viva durante o incêndio, por ter respirado fuligem que se prende ao muco presente nas vias respiratórias, resultando em asfixia.
  • Só queria saber o que tem nessa questão de "documentos médicos-legais", para que ela seja classificada assim.
  • Complementando oque foi falado, apenas uma observação, nas asfixias mecânicas as energias vulnerantes são físico-químicas, física pela compressão e química pela hipóxia e hipercapnia.


    A luta continua!

  • TJ-PR - Conflito de Jurisdição CJ 9700047 PR 970004-7 (Acórdão) (TJ-PR)

    Ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - INCÊNDIO DENTRO DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL - MORTE DE DETENTO POR ASFIXIA - NEGLIGÊNCIA DA SEGURANÇA DENTRO DO ESTABELECIMENTO - AO ESTADO CABIA O DEVER DE VIGILÂNCIA E GUARDA DO PRESO,

  • Observem:

     "o agente causador que sempre explica a morte de pessoas é o físico".

    Pode ser agente físico, em casos de carbonização, caracterizando uma redução do volume do corpo e a posição de "Boxer" ou lutador.

    Pode ser agente físico-químico em casos  de asfixia mecânica, por inalação de monóxido de carbono ( CO) , para isso verifica-se a presença de fuligem nas vias respiratórias do indivíduo lesado ( Sinal de Montalti)


    Questão ERRADA

  • Além de todas as teorias e explicações cientificas, é possível constatar o erro, pelo menos desconfiar, pelos dois "sempre" do enunciado.

  • Contatei o erro pelo fato de que ocorre queimaduras de 4º grau (carbonização letal), pela classificação de Hoffmam.

    Queimadura de 2º grau não explica a morte de pessoas num incêndio.

  • Errado.

     

    Por calor(queimaduras) ou asfixia.

  • Quimico (gás tóxico) ou Fisico (queimadura)

  • A queimadura decorre de uma lesão em que a fonte térmica está tocando o corpo, portanto, conforme a intensidade do calor poderá haver alguns graus de queimadura.

    Sendo importante, ademais, trabalharmos duas classificações, a primeira delas, baseada em Lussena-Hoffman, envolve 4 graus de lesão, iniciando pela queimadura de 1º grau, a qual resulta em eritema, com uma vermelhidão na pele. Seguida pela queimadura de 2º grau, a qual gera uma lesão denominada flictena, produtora de uma lesão que gera a formação de bolhas na pele. Por sua vez, a queimadura de 3º grau ocasiona uma escarificação da derme, com lesões permanentes. Por fim, o 4º grau gera carbonização.

     

    Fonte: Medicina Legal - Material de Apoio - Curso Mege (www.mege.com.br).

     

  • Sinal de Sommer-Lacher - Mancha acastanhada horizontal, correspondente à dimensão da fenda palpebral, na conjuntiva bulbar, indicativo de morte não recente.

    Sinal de Tardieu - Equimoses punctiformes subserosas (asfixias).

    Sinal de Vargas Alvarado - Hemorragia da lâmina crivosa do etmóide, que aparece com muita freqüência no afogamento e permanece mesmo após a putrefação.

    Sinal de Paltauf - Manchas equimóticas subserosas (asfixias, mais freqüentes no afogamento).

    Sinal de Lichtemberg - Lesão arboriforme ou dardítica correspondendo à passagem de corrente elétrica naquele segmento anatômico

    Sinal de Hoffmann - Caverna formada no subcutâneo, pela expansão de gases nos tiros disparados com o cano da arma encostado à pele.

    Sinal de Benassi - Impregnação de pólvora e chumbo na tábua óssea do crânio nos tiros

    disparados à curta distância ou encostados.

    Sinal de Montalti - presença de fuligem ao longo das vias respiratórias.


  • Nos incêndios, é mais comum que as pessoas morram não pela ação direta ou indireta das chamas, mas sim pela asfixia por monóxido de carbono mediante a inalação de produtos residuais da combustão.

    Devido a inalação da fumaça do incêndio, as vias respiratórias da vítima ficam enegrecidas por causa do acúmulo de fuligem. À este aspecto deu-se o nome de Sinal de Montalti.

    A presença deste Sinal indica que a vítima estava VIVA durante o incêndio.

    Além disso, em um cenário de incêndio, inúmeras podem ser as complicações respiratórias, tais como: Queimadura nas vias respiratórias, Asfixia/Falta de oxigênio, Intoxicação por substâncias tóxicas na fumaça, Síndrome da angústia respiratória, Pneumonia, dentre outras.

    Muitas vezes o indivíduo já estava morto antes mesmo que as chamas atingissem seu corpo. Para se saber se a vítima já estava morta ou não, faz-se o EXAME ESPECTROSCÓPICO, em que é colhido o sangue das cavidades cardíacas, aferindo-se a quantidade de monóxido de carbono. Caso o exame dê positivo para o monóxido de carbono, significa que a vítima estava viva durante a ocorrência do incêndio.

    A questão ainda diz: “o agente causador que sempre explica a morte de pessoas é o físico, o calor...'. Errado, pois pode ocorrer em decorrência de: a) Morte por ação térmica (ordem física)- gerando queimaduras (atuação do calor de modo direto) b) Asfixia pura por monóxido de carbono (CO), dentre outras.

    Com relação a parte da questão que afirma que há sempre queimaduras de segundo e terceiro grau, isso não procede. Inicialmente, tenha muito cuidado com afirmativas que não admitem exceções. No caso dos incêndios, as queimaduras podem variar de primeiro a quarto grau, pois como já foi dito, a morte pode ocorrer da asfixia e não necessariamente do contato das chamas com o corpo da vitima.

    GABARITO DO PROFESSOR: INCORRETO




  • As principais causas de mortes estão relacionadas a lesões provocadas pela inalação do material queimado (asfixia por intoxicação de monóxido de carbono).

  • A causa da morte pode ser o calor ou a asfixia.

    O calor pode causar queimadura ou intermação.

    A fuligem e fumaça tornam o ar irrespirável causando asfixia. Nesse caso: sinal de Montalti - fuligem nas vias respiratórias.

  • As denominadas lesões de inalação geralmente matam antes que o calor do fogo.

    O legista, quando da autópsia, deve buscar o "Sinal de Montalti", que  se trata de fuligem que nas vias respiratórias.

    Por fim, a posição de boxe, pugilista, sinal de DEVERGIE, trata-se de lesão post-mortem.

    "O caminho é longo e a porta é estreita"

  • Em locais de incêndio, nem sempre as vítimas morrerão por ação física do calor. Pode haver a asfixia por confinamento ( baixa do oxigênio e aumento do monóxido de carbono- CO.), ou até mesmo pela entrada de fuligem nas vias respiratórias - sinal de Sinal de Montalti, ou até mesmo a junção dos dois últimos fatores.

  • Em locais de incêndio, nem sempre as vítimas morrerão por ação física do calor. Pode haver a asfixia por confinamento ( baixa do oxigênio e aumento do monóxido de carbono- CO.), ou até mesmo pela entrada de fuligem nas vias respiratórias - sinal de Sinal de Montalti, ou até mesmo a junção dos dois últimos fatores.

  • Impecável o comentário do professor:

    Nos incêndios, é mais comum que as pessoas morram não pela ação direta ou indireta das chamas, mas sim pela asfixia por monóxido de carbono mediante a inalação de produtos residuais da combustão.

    Devido a inalação da fumaça do incêndio, as vias respiratórias da vítima ficam enegrecidas por causa do acúmulo de fuligem. À este aspecto deu-se o nome de Sinal de Montalti.

    A presença deste Sinal indica que a vítima estava VIVA durante o incêndio.

    Além disso, em um cenário de incêndio, inúmeras podem ser as complicações respiratórias, tais como: Queimadura nas vias respiratórias, Asfixia/Falta de oxigênio, Intoxicação por substâncias tóxicas na fumaça, Síndrome da angústia respiratória, Pneumonia, dentre outras.

    Muitas vezes o indivíduo já estava morto antes mesmo que as chamas atingissem seu corpo. Para se saber se a vítima já estava morta ou não, faz-se o EXAME ESPECTROSCÓPICO, em que é colhido o sangue das cavidades cardíacas, aferindo-se a quantidade de monóxido de carbono. Caso o exame dê positivo para o monóxido de carbono, significa que a vítima estava viva durante a ocorrência do incêndio.

    A questão ainda diz: “o agente causador que sempre explica a morte de pessoas é o físico, o calor...'. Errado, pois pode ocorrer em decorrência de: a) Morte por ação térmica (ordem física)- gerando queimaduras (atuação do calor de modo direto) b) Asfixia pura por monóxido de carbono (CO), dentre outras.

    Com relação a parte da questão que afirma que há sempre queimaduras de segundo e terceiro grau, isso não procede. Inicialmente, tenha muito cuidado com afirmativas que não admitem exceções. No caso dos incêndios, as queimaduras podem variar de primeiro a quarto grau, pois como já foi dito, a morte pode ocorrer da asfixia e não necessariamente do contato das chamas com o corpo da vitima.

    GABARITO DO PROFESSOR: INCORRETO

  • A fumaça e a fuligem com partículas de materiais é aspirado até o pulmão e a grande quantidade de CO2 no pulmão impede a troca gasosa no sangue.

  • Recente caso das crianças de POÁ. Morreram por asfixia por monóxido de carbono.

  • Nas perícias, segundo FRANÇA, nos casos de carbonização total a primeira providência é identificar o morto. Tem que identificar se a pessoa morreu em decorrência do incêndio ou foi queimado após a morte.

    Primeiramente: Deve procurar no corpo lesões distintas da queimadura

    Segundamente: Ver se o individuo respirou durante o incêndio (por meio do óxido de carbono no sangue e fuligem ao longo das vias respiratórias, conhecida como SINAL DE MONTALTI)

    O calor da fumaça também provoca HIPEREMIA E EDEMA na laringe, faringe, parte superior do esôfago e da mucosa traqueobrônquica, nesta com acentuado aumento de muco. 

  • E nesta presente data, estudando e acompanhando o julgamento de Luis Felipe Manvailer no caso Tatiane Spitzner, vai uma citação que o Professor de medicina legal, médico legista, e como assistente técnico neste julgamento, Luis Airton Saavedra de Paiva fez: "A medicina é como o amor, nem nunca, nem sempre".

  • O "sempre" levanta um alerta em questões erradas.

  • GAB. E

    SINAL DE MONTALTI

    • Quando entra fuligem no trato/árvore respiratória (laringe/traqueia/brônquios)
    • Fuligem fica impregnada na mucosa
    • Prova que a pessoa estava viva durante o incêndio.

    --------------------------

    Asfixia (CO2) → carboxiemoglobina → sangue carminado

    Citocromooxidase → cianeto → inibe enzimas mitocondriais (para de produzir ATP)


ID
250768
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Julgue os itens a seguir, acerca de documentos médico-legais,
perícia e peritos, e da interpretação de laudos periciais
médico-legais.

A expressão instrumento perfurocontundente geralmente refere-se a projétil de arma de fogo.

Alternativas
Comentários
  • Instrumentos perfurocontundentes são aqueles que agem inicialmente por pressão em uma superfície e posteriormente perfuram a região atingida. As lesões produzidas por tais instrumentos são denominadas perfurocontusas e são as lesões típicas dos projéteis de arma de fogo, não obstante não sejam eles os únicos agentes capazes de produzir este tipo de ferimento.

  • Desculpem aos demais colegas, mas sirvo-me da presente para resgistrar minha indignação àqueles que respondem qualquer coisa para conseguir "estrelinhas". Para eles, não devemos votar como forma de repúdio. Este espaço é para respostas que visam o esclarecimento das dúvidas. Robledo... poderia retirar essa sua resposta. Desculpem mais uma vez.
  • CORRETO!
    Excelente a definição do colega Ricardo!
    A título de complementação, outros exemplos de instrumentos pérfurocontundentes são: flecha, grade de jardim, vergalhão, ponteiro do guardachuva, etc.
    Mas o mais comum em lesões corporais que interessam à perícia criminal é a lesão causada por prejéteis de arma de fogo.
  • As lesões causadas pelos instrumentos perfuro-contundentes são caracterizadas pelaaçãodeummecanismoqueperfuraecontundeaomesmotempo,sendoquetais ferimentos são geralmente produzidos pela utilização de armas de fogo. Apesar de normalmente essas lesões servem causadas por armas de fogo, elas podem ser causadas por outros instrumentos, como, vergalhões, flechas, lanças, entre outros.

    Alternativa correta: Certo


  • O PAF é o instrumento perfurocontudente por excelência.

  • A expressão instrumento perfurocontundente geralmente refere-se a projétil de arma de fogo.


    Correto. Apesar de abranger outros como, ponta de guarda-chuva, chave de fenda, o grande interesse decorrente desse tipo de ação é o estudo da Balística Forense.


    Resumidamente, observa-se

    1)Ferimentos de entrada

    2) Ferimentos de saída

    3) Trajeto do projétil.

  • Quando vejo o exemplo da flecha fico pensando, se cai na prova deve vir dando o formato da ponta dessa flecha ou lança.

  • Perfuro-cortante seria a ponta de uma faca, por exemplo, né?

     

  • Não se fazem mais provas como antigamente.... kkkkkkk

  • ITEM – CORRETO - Croce, Delton Jr. (in Manual de medicina legal— 8. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012. P. 293)

     

    Classificação dos instrumentos mecânicos

     


    Segundo o contato, o modo de ação e as características que imprimem às lesões, classificam-se os instrumentos mecânicos em: cortantes, contundentes, cortocontundentes, perfurantes, perfurocortantes e perfurocontundentes. Destarte, eles produzem, respectivamente, feridas incisas, contusas (e contusões), punctórias, perfuroincisas, cortocontusas e perfurocontusas.
     

    Não existem instrumentos dilacerantes, contusodilacerantes, perfurodilacerantes, cortodilacerantes; dessa forma, não há de falar o perito em feridas dilacerantes, contusodilacerantes, perfurodilacerantes, cortodilacerantes, teoricamente produzidas por esses inexistentes instrumentos.
    Desse modo, ferimento lacerocontuso nada mais é que solução de continuidade em meio a uma ação contundente, ou seja, ferida contusa.” (Grifamos)

     

  • ''A FERIDA OCASIONADA PELO PROJÉTIL DA ARMA É A PERFURO-CONTUSA. HÁ SEMPRE UM ORIFÍCIO DE ENTRADA NO CORPO DO INDIVÍDUO E UM TRAJETO FEITO PELO PROJÉTIL. PODE HAVER UM ORIFÍCIO DE SAÍDA. QUANDO HOUVER UM ORIFÍCIO DE SAÍDA DO PROJÉTIL DIZ-SE QUE HOUVE A TRANSFIXAÇÃO.

    SE O PROJÉTIL PASSAR DE RASPÃO PELO CORPO, DIZ-SE QUE HOUVE APENAS UMA CONTUSÃO.''

  • CORRETO.

    Instrumentos perfurocontundentes produzem feridas que perfuram e contundem ao mesmo tempo. Tais ferimentos são produzidor quase sempre por projéteis de arma de fogo; no entanto também pode ser visualizado em feridas produzidas pela ponta de um guarda-chuva, por exemplo.

    Fonte: Genival Veloso França, 2017.

    Qualquer erro ou equívoco, avisem-me!


ID
250771
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considerando que um senhor com 65 anos de idade tenha-se
submetido a um exame ambulatorial no instituto médico legal após
ter sofrido, trinta dias antes, um acidente automobilístico de que
resultou fratura de membro inferior, julgue os itens que se seguem.

Após o exame desse idoso, o delegado deve determinar ao legista que apresente relatório conclusivo, caso o laudo esteja inconcluso.

Alternativas
Comentários
  • O delegado deveria pedir exame complementar. "Inconcluso", aqui, pode estar sendo utilizado como sinônimo de incompleto. A perícia deve ser refeita a cada 30 dias, para se determinar se a lesão é grave ou gravíssima, até que se defina que não há mais necessidade de novos exames.

    CPP, Art. 168 - Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
    § 1º - No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
    § 2º - Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no Art. 129, § 1º, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do crime.
    § 3º - A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.
  • Levando em consideração o art. 168 do CPP, o delegado pode sim pedir laudo complementar sobre exame pericial, tornando a questão verdadeira se levarmos em consideração que inconcluso quer dizer incompleto.

    P.S: questão mal elaborada

  • O RELATÓRIO é composto por preambulo, quesitos, historicos, descrição, discussão, conclusão e resposta aos quesitos, porem muitos deles nao contem discussão e conclusão, por serem de conteudo mais claro.
  • O delegado não pode determinar que o laudo seja conclusivo ou não. O legista possui autonomia técnica.
  • O Delegado deverá requisitar laudo complementar, nos termos do art.168, §2º, do CPP visto que ainda não decorrido o prazo de 30 dias. Só a partir do 31º dia de incapacidade para as ocupações habituais é que ficará caracterizada a incidência da qualificadora.

  • Ainda não compreendi a questão
  • "Após o exame desse idoso, o delegado deve determinar ao legista que apresente relatório conclusivo, caso o laudo esteja inconcluso." (grifo nosso) 

    No meu entendimento, a  assertiva está ERRADA, não em virtude da terminologia empregada, vez que conforme o art. 168, caput, do CPP, a autoridade policial deve determinar que se proceda a EXAME complementar, e de acordo com o § 2º do art. 168, o referido exame deverá ser realizado logo que decorra o trigésimo dia, caso a perícia tenha sido incompleta para comprovação da incapacidade laboral por mais de 30 dias. 

    Sendo o RELATÓRIO documento médico-legal pelo qual o legista expõe de maneira minuciosa o LAUDO ou AUTO do exame pericial realizado, podendo ser CONCLUSIVO ou não, tem assim o mesmo significado de LAUDO CONCLUSO ou INCONCLUSO e de EXAME COMPLETO ou INCOMPLETO. 

    No entanto, o erro reside em o delegado determinar ao legista que apresente relatório conclusivo, ou seja, por meio de Laudo do exame complementar, porém, somente a Autoridade judiciária pode determinar ou exigir que o perito apresente novo Relatório, vez que o primeiro está sem conclusão, configurando assim um RELATÓRIO OMISSO, conforme art. 181, do CPP. 
  • Na minha opinião, com todo respeito aos comentários dos colegas, o erro está no fato de o delegado determinar que o legista apresente relatório conclusivo, por simples OMISSÃO LEGAL.
    Senão vejamos, Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.  (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) Parágrafo único.  A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente.
    Logo, só quem pode determinar a apresentação de outro laudo é o JUIZ, visto que a conclusão faz parte do relatório, e se o mesmo não estiver com conclusão, configura-se um caso de Relatório OMISSO!

    Bons estudos.

  • Senhores, com a devida venia, a questão está com o gabarito adequado, pois o que torna incorreta a conduta descrita é o fato de o delegado não pode obrigar, determinar ou exigir que o perito lance mão de um laudo conclusivo se, por exemplo, não são conclusivas suas análises...
    Enfim, devemos ter cuidado com essas questões da Cespe.. Num primeiro momento eu até cheguei a concordar com o colga acima, dando como incompatível o gabarito apresentado, sob o argumento do art. 181, do CPP... Porém, em análise mais detida, não há que se entrar nessa seara de discussão...
    att
    Henrique


  • Um  laudo  pericial  que  relata,  detalha  e/ou  descreve  –  mesmo  que  com  maestria  –  todos  os aspectos sobre  a  conduta (ação ou omissão)  e o resultado danoso, é inconclusivo quando deixa de analisar se há relação de causa e efeito entre a conduta e o resultado. Ou seja, se o laudo não
    aborda a eventual existência de nexo causal é, por isso, inconclusivo, já que a existência de nexo causal  é  condição  essencial  para  a  responsabilização  do  causador  do  dano. 
    Somente com a verificação da existência do nexo causal é que um laudo pericial pode receber o status  de  conclusivo,  pois,  ao  contrário,  não  será  possível,  ao  tomador  de  decisão,  definir  a responsabilidade pelas conseqüências ou danos causados.
    Ou seja, o delegado nada pode fazer [em relação ao legista] diante de um laudo inconclusivo.
  • QUESTÃO RIDICULAMENTE ABSURDA !

    DEUS NOS LIVRE !
  • Após o exame desse idoso, o delegado deve determinar ao legista que apresente relatório conclusivo, caso o laudo esteja inconcluso.

    Nem sempre a perícia é capaz de responder conclusivamente aos quesitos. No caso em questão, após 30 dias da esão alegada, exista bem a possibilidade de o exame estar prejudicado pela perda de alguns elementos que configuram a lesão corporal, como reparo tecidual, cicatrização, reepitelização (em caso de escoriações), etc. Assim, nas respostas ao quesitos, pode constar: "inconclusivo"; o que não quer dizer que o laudo ou o exame estariam incompletos!
  • "A impossibilidade de concluir já é uma conclusão. O perito dirá que não tem elementos para afirmar ou negar determinada situação, não podendo o delegado determinar a conclusão do laudo. Todavia, é de se destacar que a autoridade poderá ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente (artigo 181, parágrafo único, CPP)". Revisaço Delegado de Polícia Civil, ed. Juspodivm.

  • Acredito que o cerne da questão é o seguinte:

    Exame ambulatorial em decorrência de acidente automobilístico. "Após o exame desse idoso, o delegado deve determinar ao legista que apresente relatório conclusivo, caso o laudo esteja inconcluso." O art. 168 CPP, reza que"em caso de lesões corporais, se o primeiro exame tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária... Então o erro é justamente este, a banca trocou exame conclusivo por complementar.

  • Após o exame desse idoso, o delegado deve determinar ao legista que apresente relatório conclusivo, caso o laudo esteja inconcluso.

    INCONCLUSO = INCOMPLETO,

    CPP, Art. 168 - Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.

    Conforme art. 168, CPP, se o laudo estiver incompleto pode o DELEGADO OU JUIZ requerer exame COMPLEMENTAR, e não relatório conclusivo como reza a questão.

     

  • Como assim? Se o auto e o laudo são especies de relatórios.... não configura equívoco a questão mencionar "relatório conclusivo"...

  • RELATÓRIO (gênero):  que  pode ser exteriorizado por meio de LAUDO ( elaborado pelo próprio perito) ou AUTO (ditado pelo perito e elaborado pelo escrivão), que são espécies.

  • ERRADO! Na verdade se o laudo estiver inconclusivo SOMENTE O JUIZ pode determinar o esclarecimento desse laudo seja por meio de novo relatorio ou novo laudo.É o que diz o art. 181 do CPP, in verbis:

    "Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo. 

    Parágrafo Único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente." 

    Portanto, depois que o perito expediu o seu laudo, somente o juiz poderá determinar a sua revisão ou mesmo a feitura de um novo exame por outros peritos. O Delegado de Polícia, se entender que ocorreu algumas das falhas citadas no caput do artigo 181, deverá levantá-las em seu relatório e sugerir ao Magistrado que tome as providências necessárias

  • Perfeito o comentário da Ana Mendonça, só para complementar, a intenção do examinador nessa questão foi de nos induzir a uma situação que se enquadraria nos moldes do art. 168, CPP, em que tanto a autoridade policial quanto a judiciária seriam competentes para determinar a elaboração de um novo laudo. No entanto, tal artigo refere-se ao exame complementar para constatar uma qualificadora da Lesão Corporal.

    Na situação exposta na questão não há o que se falar em exame complementar visto que se trata de um laudo inconcluso, com obscuridades ou sem observância das formalidades, aos moldes, portanto, do art. 181 do CPP, como comentado pela Ana Mendonça.

     

    Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.

     

    Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.
    Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente.

  • Laudo/exame incompleto em lesões corporais (ex. deixou de se referir a algum aspecto importante do objeto da prova)--> Autoridade policial ou judicial de ofício.

    Laudo/exame com omissão das formalidades legais (ex. ausência de conclusão)--> Autoridade judicial de ofício.

  • A questão cobrou o conhecimento da letra seca. Vejamos:

    Art. 168 CPP- aborda a necessidade de EXAME COMPLEMENTAR, diante de EXAME PERICIAL INCOMPLETO.

    Já o art. 181 do CPP nos dá a resposta, pois em caso de INOBSERVÂNCIA DE FORMALIDADES, OMISSÕES, OBSCURIDADES OU CONTRADIÇÕES, o JUIZ mandará suprir a formalidade.

    Não confunda o disposto no art. 168 do CPP com o art. 181 do CPP.

    Dica: CAPÍTULO II DO CPP- DO EXAME DO CORPO DE DELITO E DAS PERÍCIAS EM GERAL- art. 158 a 184 do CPP- são MUITO COBRADOS EM PROVA!

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO
  • GABARITO ... ERRADO 
    EXPLICAÇÃO..

    Considerando que um senhor com 65 anos de idade tenha-se submetido a um exame ambulatorial no instituto médico legal após
    ter sofrido, trinta dias antes,
    um acidente automobilístico de que resultou fratura de membro inferior, julgue os itens que se seguem.
    Após o exame desse idoso, o delegado deve determinar ao legista que apresente relatório conclusivo, caso o laudo esteja inconcluso.

    >>>> primeira coisa .. DELEGADO DETERMINA A REALIZAÇÃO DE UM EXAME COMPLEMENTARRRRRRR! CASO O EXAME PERICIAL ESTEJA INCOMPLETOOOOO..    ART. 168 CPP        dessa forma...não podemos falar em "relatório conclusivo" .. 

    >>> outra coisa ... SEEEEE... O LAUDO ESTIVER INCONCLUSO ... ou seja .. que não se concluiu, não foi terminado; inacabado, incompleto...

    por óbvio está havendo uma OMISSÃO ....e com isso ...deverá o Juiz suprir as formalidades ...complementar ou esclarecer o laudo = art. 181CPP

     

     

     

     

  • A perícia, por mais bem feita que seja, às vezes não consegue chegar a uma conclusão final. Assim, quando a perícia não é conclusiva (em português claro: não ajuda em nada), cai no livre convencimento do juiz.

    Diferente é a perícia incompleta. Aqui cabe perícia complementar a pedido, requisição do Delegado ou de ofício.

  • Creio que o ponto da questão não foi em relação ao relatorio ser conclusivo, inconclusivo ou omisso! O fato é que A AUTORIDADE NÃO DETERMINA NADA AO LEGISTA. Ela requisita ao diretor da repartição de pericia segundo o art. 178 do CPP.

    Vejamos: Art. 178.  No caso do  , o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da repartição, juntando-se ao processo o laudo assinado pelos peritos.

  • Questão ruim.... Porém, caso ainda reste alguma DÚVIDA acerca do relatório médico-legal, a autoridade policial poderá requerer q seja esclarecido determinados pontos CONTROVERTIDOS do relatório, podendo fazer novos quesitos (quesitos complementares), através de uma CONSULTA MÉDICO-LEGAL.

  • O erro da questão estar em dizer relatorio conclusivo. Na verdade trata-se de exame complementar, para fins de classificar as lesoes sofridas, pois se as lesões perdurarem por mais de trinta dias, temos, em tese, lesões graves.

  • Thalita Sousa

    Não procede. O enunciado da questão, faz referência a um caso de lesão corporal, bem como de laudo/exame inconclusivo, se adequando mais ao art.168, onde o delegado determina sim e o erro da questão se encontra de fato na parte de trocar exame complementar por relatório conclusivo .

      Art. 168.  Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.

    Gabarito:errado

  • Segundo a explicação do professor, o erro está em "delegado". Neste caso, somente o JUIZ mandará completar ou esclarecer o laudo, conforme art. 181, CPP.

  • Nem sempre o laudo será conclusivo. Isso independe do querer do perito.

  • EXAME COMPLEMENTAR

    EXAME COMPLEMENTAR

  • Laudo INCONCLUSIVO é diferente de INCOMPLETO.

    Se não foi possível ao perito concluir, como pode o juiz, delegado ou seja lá quem for obrigá-lo a emitir um laudo em determinado sentido??

    Um laudo complementar (seja porque o primeiro estava incompleto ou inconcluso) poderá ser feito e, mesmo assim, restar igualmente inconclusivo. Fim da história.

    Se a instrução probatória, analisada como um todo, for incapaz de subsidiar o entendimento do juiz a fim de condenar: in dúbio pro reo.

  • errado,

    bem , li alguns comentários mas penso que foram muito além do fundamento base da questão.

    Se o laudo é inconclusivo, temos que se ater ao seguinte artigo:

    Código de Processo Civil.

    Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida.

    § 1º A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu.

    § 2º A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira.

    § 3º A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de outra.

    Em suma, havendo laudo inconclusivo, o JUIZ é o ÚNICO competente para determinar que se proceda nova perícia corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados.

    Ainda, ainda que a situação se trate do exame complementar sobredito no CPP - § 2   Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no  , deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime. - a questão levanta a situação de exame complementar inconclusivo, e qualquer laudo inconclusivo tem como base o art. 480.

    As pessoas foram muito além em usar como tese o exame complementar, mas este não se aplica na questão!!

  • Artigo 168 CPP, o erro está em laudo inconclusivo, onde o certo deveria ser laudo incompleto.

    "in verbis" Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.

  • Falso, pq o exame a ser feito 30 dias após o acidente em questão é o exame complementar, que serve para precisar a classificação do delito (se lesões graves ou gravíssimas)... vejamos o dispositivo:

    Art. 168.  Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.

    § 1  No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.

    § 2  Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no , deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.

    -->Se for para completar laudo omisso, deve haver determinação do juiz para que se supra a omissão, já que...

    "Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo."

  • GAB. E

    168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.


ID
250774
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considerando que um senhor com 65 anos de idade tenha-se
submetido a um exame ambulatorial no instituto médico legal após
ter sofrido, trinta dias antes, um acidente automobilístico de que
resultou fratura de membro inferior, julgue os itens que se seguem.

Estando o paciente incapacitado para exercício de suas atividades habituais por tempo superior a trinta dias, sempre é possível descartar que a natureza da lesão seja leve.

Alternativas
Comentários
  • ART. 129, §1, CP

    Lesão corporal grave se resulta:

    II-incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias.
  • GABARITO: CERTO

    O artigo 129 CP, em seu caput, traz a modalidade de lesão corporal leve. Vejamos:

    Lesão corporal

    Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

    Pena - detenção, de três meses a um ano.

    Ademais, o que deixa a assertiva CORRETA está no parágrafo 1o  que traz em seu bojo as lesões graves, onde se encontra o elemento do tipo pedido na questão "Incapacidade para o exercício de suas atividades habituais por tempo superior a trinta dias".
     

    Lesão corporal de natureza grave

    § 1º Se resulta:

    I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;

  •  Incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias

    Entende-se por ocupação habitual, qualquer atividade corporal costumeira, tradicional, não necessariamente ligada a trabalho ou ocupação lucrativa, devendo ser lícita, não importando se moral ou imoral. Desse modo, mesmo um bebê pode ser sujeito passivo desta espécie de lesão, vez que tem de estar confortável para dormir, mamar, tomar banho, ter suas vezes trocadas etc. DAMÁSIO DE JESUS – a relutância, por vergonha, de praticar as ocupações habituais não agrava o crime. Ex.: o ofendido deixa de trabalhar por mais de 30 dias em face de apresentar ferimentos no rosto.

    Não estão abrangidas as atividades ilícitas, como por ex: ladrão que não consegue mais roubar. OBS.: prostituta está garantida por tal inciso.

    Deve ser comprovado por exame complementar (de diagnóstico). Tal prazo de 30 dias é prazo penal. O exame deve ser realizado após 30 dias, não tendo problema se for realizado 35 dias depois do acidente, por ex. Não sendo feito o exame complementar, o agente pode ainda ser condenado – nada impede que testemunhas deponham que o sujeito não pode trabalhar durante tal tempo.

  • Correto.
    Fundamentação de acordo com o Código Penal: 
    Lesão corporal
          Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
          Pena - detenção, de três meses a um ano.

            Lesão corporal de natureza grave

            § 1º Se resulta:

            I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;

    Ora, a lesão, in casu, será, no mínimo, de natureza grave.

    Bons estudos.

  • A questão está correta.
    No entanto, vale observar que "sempre é possível descartar" é uma afirmação categórica demais.
    Isso porque pode sim haver casos excepcionais. Um deles é o decorrente de concausa superveniente absolutamente/relativamente independente, a exemplo do disposto no art. 13 §1º do Código Penal (relativamente independente). Como exemplo, podemos citar um exempo exagerado de que, numa briga, o agente intencionalmente pisa no pé do seu desafeto; este, ao ser atendido no hospital, adquire uma séria infecção hospitalar que progride negativamente e acarreta amputação da perna. O exemplo é exagerado, mas didático.
  • Caros colegas, 

    O texto associado a questão narra um acidente de trânsito. Assim, conforme o CTB, haverá o crime de lesões corporais culposas em que não incide a classificação do art. 129 do CPB. 

    Acredito que deveria ter sido anulada.
  • Questão absurda. Os colegas estão apenas olhando o que diz o CP, e esquecendo de ler a questão.

    Em momento nenhum a questão falou que o acidente foi por culpa ou dolo de outro. Se o idoso tivesse dormido no volante e batido em uma árvore, não haveria crime a ser apurado. A lesão poderá ser grave, mas não tem artigo 129 conforme alguns estão dizendo ai.

  • O crime de lesão corporal no Direito Penal Brasileiro está presente no artigo 129 e em seus parágrafos. Por ser crime comum, pode ser praticado por qualquer pessoa. Se o paciente ficou incapacitado para exercício de suas atividades habituais por tempo superior a trinta dias, pode-se concluir que essa lesão dificilmente sera uma lesão leve. Como foi um acidente de trânsito, como narra o texto, é preciso averiguar com cuidado para poder fazer essa afirmação, mesmo porque, a frase (sempre é possível) pode em algum caso, não se aplicar.

    Alternativa correta: Certo.


  • Prezado Murilo,


    A questão é de Medicina Legal! O perito analisa as lesões em si, independentemente de haver crime a apurar ou não. Não cabe ao perito entrar no mério do dolo ou da culpa. Somente ao delegado cabe fazer juízo de valor quanto ao dolo ou culpa.

  • Por causa do termo "sempre" muita gente erra a questão e depois fica tentando justificar o erro com coisas absurdas.
  • KKKKKKKKK! Essa pegou muita gente pelo pé( naquele macete de que: toda vez que a questão disser_ SEMPRE, JAMAIS, NUNCA, fique desconfiado). A questão é de medicina legal. Na confecção do laudo pericial, o perito, nos exames de lesão corporal deve responder a diversos quesitos, dentre os quais, se a lesão incapacita/ou incapacitou ( exame complementar, logo após os 30 dias) a vítima para suas ocupações habituais por mais de 30 dias. Como se trata de prova pericial que servira á autoridade policial, MP ou Juiz para avaliar o tipo de lesão produzida, tais quesitos são retirados do Art 129 do CP. 

  • Boa questão.

    CERTO. Pois, de fato, objetivamente o art. 129, §1, II, do CP, fala em 30 dias de incapacidade para as ocupações habituais para caracterizar lesão corporal grave, ou seja, é um critério objetivo e absoluto. Portanto, SEMPRE que a vitima ficar mais de 30 dias incapacitada, por lesão, esta será grave, conforme o dispositivo citado, e isso é claro e objetivo, não resta duvida. Interessante questão.

    Em suma, é isto.

     

  • Questão, extremamente mal elaborada. Vejam o seguinte exemplo: existiu o acidente, mas no vigésimo dia a vítima quebra o pé por motivos outros, depois de 30 dias é feito o exame complementar e determina-se que ele passou mais de 30 dias incapacitados, mas que os últimos 10 dias o fato não cumpriu nexo de causalidade com o pretérito. Me digam... é SEMPRE? Deve ser avaliado cada caso concreto!

  • A questão está correta porque a quebra (fratura) de um membro sempre gerará um período de tempo necessário à cura (recuperação) e, fratura dos ossos humanos, não cura em menos de 30 dias, ainda mais que era pessoa de idade que demora muito mais tempo que uma criança, por exemplo. Assim, conforme o art. abaixo, passou de 30 dias a lesão necessariamente, em princípio, será no mínimo GRAVE, sendo descartável (jamais será leve) a lesão que ultrapassar os 30 dias.

    Lesão corporal

    Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

    Lesão corporal de natureza grave

    § 1º Se resulta:

    I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;

    Espero ter ajudado!!!

  • Não concordo com o gabarito, haja vista que texto associado diz que o idoso teve as lesões em virtude de acidente automobilistico, desta feita, a lesão corporal de trânsito, prevista no art. 303 CTB não possui gradação de leve, grave ou gravissima. Se a questão versasse apenas sobre o art. 129 CP seria correta, mas como há um texto que serve de base que diz outra coisa, o gabarito deveria ser: errado. 

  • Pessoal, não vamos confundir medicina legal com direito penal. A medicina legal apenas diz que a lesão é leve, grave ou gravíssiva. Com relação a acidente, excludente ou qualquer outra situação que possa ou não excluir o crime, aí foge da alçada da medicina legal, que apenas analisa a lesão e ponto final.

  • Não vi na questão dizer q sempre será grave, como estão tentando justificar... Inclusive pelo texto se referir a acidente de trânsito. A questão fala que sempre descartará a hipótese de se considerar leve. Pois bem, de fato, passando de 30 dias a incapacidade de exercer as atividades habituais nunca será considerado lesão corporal leve mesmo. Poderá ser lesão grave, se intencional; Lesão corporal culposa, se ausente o dolo, ou; Fato atípico, se a vítima auto lesionar-se. Mas lesão corporal leve jamais.
  • Peço que me corrijam em caso de erro, mas  meu ver,por se tratar de lesão produzida em acidente automobilístico, trata-se de lesão culposa de trânsito, e por isso, não há que se falar em leve, grave ou gravíssima. 

     Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:

            Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

            Parágrafo único.  Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1o do art. 302.            (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência)

  • Gabarito errado na minha opinião, a qual se fundamenta nas seguintes situações hipotéticas, todas capazes de contradizer a afirmação do enunciado:

    1. Lesão corporal culposa (grave e gravíssima são formas qualificadas das lesões dolosas apenas)

    2. Ausência de nexo de causalidade entre a conduta e a lesão (atipicidade)

    3. Autolesão (atipicidade)

    E para os caros colegas que defendem a questão dizendo que para respondê-la deveríamos levar em consideração apenas conhecimentos de medicina-legal e não de direito, devo lembrar que não cabe ao perito seque calssificar a lesão como leve, grave ou gravíssima. Este deve se ater a afirmar ou negar a existência das circunstâncias previstas nos parágrafos de cada delito.

    Abraços

  • Lesões corporais GRAVE:

    "DE PAI"

    DE- debilidade permantente

    P- perigo de vida

    A-aceleração do parto

    I- incapacidade por mais de 30 dias.

  • Caros colegas, 

    O texto associado a questão narra um acidente de trânsito. Assim, conforme o CTB, haverá o crime de lesões corporais culposas em que não incide a classificação do art. 129 do CPB. 

    Errei por ter esse conhecimento, ou seja, em algumas questões é melhor saber menos para ir na resposta que a banca quer...
     

  • A questão está correta com base em quê? Ela avalia o conhecimento a respeito da classificação das lesões quanto à sua gravidade (Leve, grave ou gravíssima). Alguns colegas argumentaram que "não se pode confundir a classificação do Direito Penal com a da Medicina Legal". Entretanto, sempre que estudei esta, a classificação utilizada quanto à gravidade das lesões fora emprestada do Direito Penal. Assim, a resposta da questão só poderia ser baseada nesta classificação, o que tornaria a questão incorreta, pois haveria exceções, como por exemplo a lesão culposa de trânsito, que não é passível de classificação em leve, grave e gravíssima, conforme já mencionado lucidamente em alguns comentários.

    Portanto, no meu entender, a anulação da presente questão é medida que se impõe.

    Enfim, engulamos o choro.. E prossigamos avante!

    "SEMPRE FIEL"

  • Julguei errado, visto que a lesão poderia ser culposa ( e em si tratando de acidente de trânsito obrigatoriamente seria culposa, visto que todas as lesões do CTB são culposas), nesse caso não haveria graduação, pois essa é uma classificação das lesões dolosas.

  • Acertei a questão, porém olhando o comentário do Ícaro L vejo coerência; Tratando - se de lesão culposa inexistira a gradação em leve, grave e gravíssima (esta imposição doutrinária).

    Supondo que a lesão seja culposa e ainda sim incapacite a vítima para suas ocupações habituais por mais de 30 dias, ainda sim a lesão seria culposa, sem a gradação prevista para as lesões dolosas.

    Quem acertou essa questão (assim como eu), na verdade errou.

  • Samuel Bruno de Aguiar, se você pensar bem, está indo contra a sua própria explicação. Partindo da ideia, como você citou, de que uma lesão corporal culposa não possui a classificação de leve, grave e gravíssima, caso haja incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias, poderemos sim descartar, sempre, que se trata de lesão leve. Se for dolosa, será grave (ou gravíssima, analisando as especificidades do caso concreto). Se for culposa, não há que se falar em graus, também excluindo a leve por conseguinte. Questão correta, sem margem para anulação.

  • O "sempre" dá um medinho de marcar.

  • critério residual

  • Ao responder esse tipo de questão, devemos ter em mente que o conteúdo é de medicina legal. Se misturarmos com o direito, a resposta a se marcar seria a alternativa errada, basta imaginar que o caboclo é traficante, sofreu uma lesão e ficou incapacitado por mais de trinta dias de ir na boca. Haveria crime de lesão grave? Não.

  • lesão corporal culposa em decorrência de acidente automobilístico, também pode ser mencionada como uma exceção, pois independe do grau da lesão (se incapacitante por mais de 30 dias).

  • Sabia que a questão estava correta, mas esse "SEMPRE É POSSÍVEL" me deixou pensando por uns dois minutos antes de responder kkkkkkk


ID
254563
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Julgue o item a seguir, acerca de documentos médico-legais,
perícia e peritos.

Declarações, laudos, receitas e atestados são documentos médico-legais emitidos por médico.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO


    Documentos médico-legais emitidos por médico: Atestado médico para isenção de falta ao serviço, Atestado de Óbito, Atestado de Nascido Vivo, Atestado de Saúde Ocupacional, Comunicação de Acidente de Trabalho, parecer médico, relatório médico, os quais têm por finalidade isentar ou afastar funcionários, trabalhadores, depoentes, ou os laudos periciais, emitidos por órgãos oficiais e que implicam na suspensão de responsabilidades, ou acréscimo destas.
  • Hélio Gomes ensina que documentos médico-judiciários são instrumentos escritos ou simples exposições verbais, mediante os quais o médico fornece esclarecimentos à justiça. Os documentos médicos também são chamados de atós-médicos legais.
    Hélio Gomes nomeia ainda cinco modalidades:
    1. atestado;

    2. relatório;

    3. consulta;

    4. parecer e

    5. depoimento oral.

    O segredo é um só: DISCIPLINA! Espero ter ajudado.
  • O que o examinador  quer saber e se o candidato sabe quais são os documentos médicos-judiciários ou médicos-legais.São cinco espécies:

    1-notificações
    2-atestados
    3-relatórios
    4-pareceres
    5-depoimentos orais

    As especiés variam de autor. MANUAL DE MEDICINA LEGAL, Delton Croce e Delton Croce Junior, Ed saraiva.p. 55

    Nessa questão há somente uma espécie. Portanto a questão está ERRADA.
  • França traz em seu livro os seguintes documentos:

    Notificações

    Atestados

    Prontuários

    Relatórios (laudos e autos)

    Pareceres 

    Depoimento oral.


    Logo, receita e declaração não são documentos médico-legais.
  • Simplificando:


    O erro da questão está em RECEITA, que não é um documento médico-legal.
  • Acrescento ainda: Os erros são DECLARAÇÕES e RECEITAS, conforme ensina o Manual de Med. Legal do professor Genival França.

    Abraços
  • Repasso aos colegas palavrinha que me ajudou a memorizar:
    NOTificação;
    ATEstado;
    PAreceres ou consultas;
    RElatório médico-legal;
    DEpoimento oral.

    NOTA-TE PAREDE
  • Decorei assim:

    PRANO "D":

    Pareceres ou consultas;

    Relatório médico-legal;

    Atestado;

    NOtificação;

    Depoimento oral.

  • DECLARAÇÃO E RECEITA ---> NÃO SÃO DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS.

  • O Prontuário Médico também é considerado documento médico-legal e acontece que alguns doutrinadores consideram como prontuário médico o boletim e até mesmo a receita médica.

    Quanto mais eu estudo mais complica...

  • GABARITO: ERRADO


    Há cinco documentos médico-legais trazidos pela doutrina:


    1. Notificações;

    2. Atestados;

    3. Relatórios;

    4. Pareceres;e

    5. Depoimentos orais.

  • Gostei do método mnemônico do colega Mathias albuquerque :
    "PRANO" D

    -Parecer

    -Relatório médico-legal

    -Atestato

    -Notificação

    -Depoimento oral

  • COMENTÁRIO:

     

    A literatura específica elenca como documentos médico-legais:

    1. Notificações;

    2. Atestados;

    3. Pareceres;

    4. Depoimentos Orais;

    5. Relatórios;

    CUIDADO: Receita e Declaração não são documentos médico-legais.

    --> Ao relatório redigido pelo perito dá-se o nome de Laudo;

    -->  Enquanto o ditado diretamente ao escrivão dá-se o nome de Auto.

    Os documentos médico-judiciários podem ser escritos ou verbais.

    Os documentos médico-judiciários ou médico-legais são de cinco espécies:

  • NOTIFICAÇÕES

    ATESTADOS JURÍDICOS

    RELATÓRIOS

    PARECER

    DEPOIMENTO ORAL

  • São tipos de documentos médico-legais: Notificações, atestados ou certificados, prontuário, relatório, consulta médico-legal, pareceres, depoimento oral e atestado ou declaração de óbito.

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

  • Errada.

    #Receitas e declaração não estão dentre os documentos medico legais

  • Receitas e declarações NÃO são documentos médico-legais.

  • mas Declaração de óbito não é documento médico-legal?

  • Declarações, laudos, receitas e atestados são documentos médico-legais emitidos por médico.

    CUIDADO: Receita e Declaração não são documentos médico-legais.

  • Já está errada porque RECEITA não é documento médico-legal. Declaração tem - Declaração de óbito - também chamada de Atestado de Óbito.

  • Gravei assim - DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS SÃO 7 - PRAND - DP

    PARECER / RELATÓRIO / ATESTADO / NOTIFICAÇÃO - DECLARAÇÃO (ou atesta) de óbito / PRONTUÁRIO médico.


ID
254566
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Julgue o item a seguir, acerca de documentos médico-legais,
perícia e peritos.

Laudo pericial é o relatório emitido pelo perito acerca do exame realizado no corpo de delito.

Alternativas
Comentários
  • CERTO

    CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

    Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
  • Certo
    Laudo é o relatório de perícia redigido por um dos peritos.
    Auto é quando o relatório é ditado a um escrivão. 
  • mais laudo pericial se resume apenas em exame realizado no corpo de delito?A questão induz a crer que o conceito de de laudo pericial é esse a cerca do corpo de delito!!!Vai demorar pra entender a cespe!Aff!!!
  • Concordo com o seu comentário. Pela questão houve redução acerca do objeto do laudo pericial, definindo-o apenas como aquele emitido sobre o exame de corpo delito que visa tão só comprovar a materialidade do delito.
  • Correta. Sem maiores discussões

    Realiza-se a perícia( exame de corpo de delito), produz-se a prova, e materializa-se por meio do laudo.

  • Engraçado que nos comentarios de todas as perguntas tem pessoas que querem a anulação da questão. É pra rir ou pra chorar?

  • Laudo e relatório são a mesma coisa nesse caso?

  • Como estou começando a estudar agora Medicina-Legal,eu achei que fosse uma pegadinha.

    Relatório: É o documento Médico Legal mais minucioso de uma pericia.

    Laudo: Documentos realizados nas investigações dos peritos.

    Resumindo: LAUDOs E RELATÓRIOs são a mesma coisa.

  • questão correta, Corpo de delito engloba tudo que o perito faz, incluindo o exame no corpo do ser humano, vulgo corpo de delito das depol de plantão. contudo o termo e mais abrangente.

ID
254569
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Julgue o item a seguir, acerca de documentos médico-legais,
perícia e peritos.

Não tem valor legal o laudo de exame de corpo de delito por via indireta, pois a vítima, nesse caso, não é examinada pessoalmente pelo perito.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO

    CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

    Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

    Exame de corpo de delito direto é o exame feito no próprio corpo de delito (cadáver, documento, etc.).
    Exame de corpo de delito indireto é aquele que advém de um raciocínio lógico de dedução ou indução, em regra em razão de fato narrado por testemunhas. Só é admissível quando impossível a realização do exame direto.
    Por exemplo, no caso de pessoas jogadas em um alto forno, não havendo como realizar o exame direto. Leva-se em consideração o relato das testemunhas.
    No entanto, há outras modos do exame. Por exemplo, quando um perito realiza um laudo com base em um atestado de um médico, que por sua vez socorreu a vítima de lesões corporais.
    Nesse caso, a lesão pode ter sido realizada há muito tempo, mas o juiz pode satisfaz-se com o laudo do perito.
    Geralmente se cita como norma legal suporte do exame de corpo de delito indireto o art. 167 do Código de Processo Penal.

  • Errado, É sabido que quando a infração deixar vestígio, é indispensável a realização do exame de corpo de delito, seja ele direto ou indireto, não podendo ser suprido pela confissão do acusado.

    O exame de corpo de delito indireto tem total valor pericial ; é realizado sobre prova testemunhal, boletins médicos, prontuários etc.
  • Majoritariamente, o chamado "LAUDO INDIRETO" ou "EXAME DE CORPO DE DELITO INDIRETO" é aceito, tanto na doutrina médico-legal, processualistas e na jurisprudência. Portanto, a questão está errada, pois diz que o "laudo indireto" não tem valor legal, mas na prática é AMPLAMENTE aceito.


    Vale colacionar a crítica feita por FRANÇA (2015), que não aceita a figura do laudo indireto, entendendo que o mesmo é imprestável para fins probantes e que violaria o Código de Ética Médica. No sentido de FRANÇA, a alternativa estaria correta (ressalta-se que se trata de posição MINORITÁRIA). Vejam: Há de se considerar ainda o que se passou a chamar de “exame de corpo de delito indireto” ou de “laudo indireito”. Não existe laudo indireto. Todo laudo é direto, mesmo porque ele está consagrado pela expressão “visum et repertum” (ver e repetir ou ver e referir), significando aquilo que foi examinado e é dado a conhecer. Os exames, portanto, são feitos de forma incorreta usando-se dados contidos em cópias de prontuários, relatórios de hospital ou simples boletins de atendimento médico, quando diante da impossibilidade do exame no periciando, principalmente em casos de lesões corporais ou necropsias. Entendemos que os peritos, para elaborarem os laudos ou autos de corpo de delito, devem imperiosamente examinar o paciente, constatando as lesões existentes e analisando com critérios a quantidade e a qualidade do dano, assim como toda e qualquer circunstância digna de registro, respondendo em seguida aos quesitos formulados. Por isso, não podem eles se valer exclusivamente de cópias de prontuários ou relatórios hospitalares. Estes documentos, quando existirem, devem servir, isto sim, para uma análise a critério da autoridade. Nunca solicitar dos peritos, que não examinaram a vítima, tal exame de corpo de delito baseado tão só em prontuários ou boletins de atendimento médico. O máximo que a autoridade pode exigir da perícia, em forma de parecer, é a interpretação de alguns pontos mais obscuros ou controversos contidos naqueles documentos, como, por exemplo, a existência ou não do perigo de vida configurado em circunstâncias iguais àquela. Jamais a reconstituição de um quadro, principalmente quando decorrido um certo tempo. Insistindo-se em tal procedimento, pode-se dizer que este documento médico-legal é imprestável para fins probantes, pois a lei processual penal reporta-se de maneira muito clara: “quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado”. O perito ainda pode responder por infração ao artigo 92 do Código de Ética Médica que assim se expressa: “É vedado ao médico: Assinar laudos periciais, auditorias ou de verificação médico-legal quando não tenha realizado ou participado pessoalmente do exame.”

  • Ótimo! Felipe Almeida... apertem útil haha
  • GABARITO ERRADO

     

    Classificação das Perícias:

     

    a) direta: exame de corpo de delito direto (art. 158 do CPP);

     

    b) indireta: exame de corpo de delito indireto (art. 158 e 172, § único) - quando os vestígios forem destruídos, tendo o perito que colher dados fornecidos anteriormente pelo fato, exemplos: através de prontuários médicos, prova testemunhal (doutrina majoritária);

     

    c) contraditória: (arts. 180 e 182 do CPP, arts. 436 e 437 do CPC) diferentes peritos apresentam conclusões divergentes sobre a mesma matéria;

     

    d) complementares: (art. 168, § 1o e 2o do CPP) a segunda perícia complementa a primeira em função de erros e omissões;

     

    e) perícias retrospectivas: realizadas sobre fatos passados;

     

    f) contra-perícia: realizada com o intuito de impugnar ou tornar sem efeito a primeira.

     

     

    bons estudos

  • Atenção ao artigo 12, da Lei Maria da Penha, §3º: "Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.”

  • EXAME DE CORPO DE DELITO INDIRETO - Quando realizado de modo supletivo por meio de prova testemunhal.


ID
254572
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca da disciplina constitucional sobre o Poder Legislativo,
julgue o item a seguir.

Se, durante a interpretação do laudo pericial, o escrivão observa que o quesito que indaga sobre perigo de vida foi respondido afirmativamente, conclui-se que a lesão é de natureza grave.

Alternativas
Comentários
  • CERTO

    CÓDIGO PENAL

    CAPÍTULO II
    DAS LESÕES CORPORAIS

    Lesão corporal

    Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

    Pena - detenção, de três meses a um ano.

    Lesão corporal de natureza grave

    § 1º Se resulta:

    I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;

    II - perigo de vida;

    III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;

    IV - aceleração de parto:

    Pena - reclusão, de um a cinco anos.

  • e quem falou que cabe ao escrivão interpretar o laudo??? não seria esta atribuição do DELPOL, destinatário do laudo pericial??? Me ajuda ai!!!
  • Respondendo ao Fernando:"escrivão observa"...A Q não disse q ele interpreta, observa a interpretação perito.Foi falha no seu entendimento da Q.
  • Acredito que está "Errada", tem que obsevar os outros quesitos, pois a lesão corporal pode ser considerada gravíssima. Por exemplo, se a lesão gerou risco de vida e também incapacidade permanente para o trabalho. Também não cabe ao escrivão interpretar o laudo, a conclusão é atribuição do julgador.
  • Quer dizer que se a vítima sofreu perigo de vida e teve as duas pernas amputadas, conclui-se que a lesão foi de natureza grave? Claro que não!!!! 
    Apenas afirmar que houve perigo de vida não é suficiente para fazer tal afirmação.
    Para a questão ficar correta deveria concluir que a lesão é, no mínimo, de natureza grave. 
  • De acordo com o Código Processo Penal, que trata de Lesão Corporal, no Art.129- Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

    Lesão Corporal de Natureza Grave

    § 1º- Se resulta:

    I- incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 (trinta) dias;

    4:Classificação dos Crimes

    II- perigo de vida;

    III- debilidade permanente;

    IV- aceleração de parto:

    Se a resposta foi afirmativa, pode concluir corretamente que a questão é correta.


  • Perigo de vida da questão é o do código penal. E neste o perigo de vida é considerado lesão grave.

    Lesão corporal de natureza grave

    § 1º Se resulta:

    I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;

    II - perigo de vida;

    III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;

    IV - aceleração de parto:

    Pena - reclusão, de um a cinco anos.


  • A questão fala (interpretando) que a pessoa teve uma lesão e que ao obter essa lesão ela estava em perigo de vida. Toda lesão ocorrida em perigo de vida é lesão grave. Lembrando que lesão grave para o CP é diferente de conceitos de lesão grave e gravíssima para a doutrina. 

    Vale lembrar tb que perigo de vida # de risco de vida.



  • ERREI, pois por ser uma prova para área policial, pensei que o CESPE iria cobrar a responsabilidade de quem fazer a interpretação, no caso, nao seria o escrivão.

  • Pra mim, a interpretação foi clara que pertenceu ao laudo pericial e não ao escrivão (ele apenas "observou"), portanto eu responderia CERTO.

  • Amigos para ajudar:

    PERIGO DE VIDA = LESÃO GRAVE.

    RISCO DE VIDA = MÉRA PROBABILIDADE.

  • NÃO SEI SE ESTOU ERRADA, MAIS O TEXTO ASSOCIADO, NÃO CORREPONDE A RESPOSTA. SEI LA. TA ESTRANHO.

  • Lesão corporal de natureza grave

    § 1º Se resulta:

    I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;

    II - perigo de vida;

    Então agora o escrivão faz o papel de perito e médico? Esse "perigo de vida" deveria fiz atestado por um médico.

    Fonte: Aula Alfacon

  • PESSOAL TÊM QUE APRENDER A INTERPRETAR, O QUESITO DE PERIGO DE VIDA FOI RESPONDIDO AFIRMATIVAMENTE, QUEM RESPONDEU FOI O PERITO...

  • Respondendo às críticas feitas pelos colegas:


    - Toda lesão em que ocorre perigo de vida é lesão grave. Isso não muda com lesões que a tornem gravíssima.

    - A questão não disse que o perito estaria usurpando a competência do Delegado de Polícia. Não cabe ao candidato ler na questão coisas que não estão escritas

    - No Código Penal, tanto as lesões do §1º e do §2º do art. 129 são consideradas lesões GRAVES. Essa classificação de "lesão gravíssima" é construção doutrinária.

     

    Portanto, o gabarito está correto.

  • Gab. Certo

    Lesões GRAVES = PIDA

    Perigo de vida;

    Incapacidade para as ocupações habituais, por MAIS de trinta dias;

    Debilidade permanente de membro, sentido ou função;

    Aceleração de parto.


    Lesões Gravíssimas = PEIDA

    Perda ou inutilização do membro, sentido ou função;

    Enfermidade incurável;

    Incapacidade permanente para o trabalho;

    Deformidade permanente;

    Aborto.

  • ERRADO.

    No meu sentir, escrivão não tem autonomia legal para interpretar LAUDO, mas sim as autoridades (Delegado, MP e Juiz)


ID
254575
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca da disciplina constitucional sobre o Poder Legislativo,
julgue o item a seguir.

A autoridade requerente da perícia não tem a prerrogativa de solicitar esclarecimentos acerca do relatório, pois a autonomia do perito deve ser respeitada.

Alternativas
Comentários
  • Resposta (ERRADO)

    CPP Art. 159. § 5º
    Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:

    I - requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar; 

  • A questão se refere a autoridade requerente e não às partes. No caso o artigo referente seria o
     art.181 co CPP.

            Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.  (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

            Parágrafo único.  A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente.

  • Na verdade, ao ler o texto associado à questão você percebe que o examinador refere-se à CPI. Dessa forma a fundamentação para a resposta é a associação do art. 58 § 3º da CF/88 com o art. 181 CPP.

  • Não percebo nenhum vínculo da questão com as CPI's. 

    Segue o paragrafo 3o do art. 58 da CF Citado pelo colega acima: § 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.



ID
286786
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-RN
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considerando as perícias médico-legais, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários

  • a) Errado. Quaisquer vestigios deixados na cena do crime são considerados Corpo de Delito.
    Corpo de Delito – Conjunto de vestígios deixados pela ação criminosa.

    b) Errado. Não há limite de horário.
    Art. 161.  O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.

    c) Correto - Após a Lei 11690, passou a ser necessário apenas 1 perito oficial. Apenas na falta deste é que se torna necessário 2 peritos.
    Art. 159.  O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.
    § 1o  Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

    d) Correta. Art. 160.
    Parágrafo único.  O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.

    e) Errado. Ambos tem o mesmo significado.
  • Gabarito letra D. Questão correta. Sem possibilidade de anulação.

    A alternativa C está incorreta pelo fato do termo "apenas" restringir a possibilidade dos laudos serem aferidos de outra forma, como, por exemplo, na falta de perito, por duas pessoas idôneas.

  • Justificativa para alternativa "D" estar errada: a prorrogação do prazo para entrega do laudo, não é regra, só ocorrerá em casos excepcionais. Portanto, NEM sempre são prorrogáveis.
  • Amigo fernando,
     nao esta errado pois "prorrogavel" quer dizer passivel de ser prorrogado,  sim ou nao, a depender de certas circunstancias, como no caso.
    errado seria      " , prorrogado."
  • A letra C está correta já que o termo PODERÃO, indica possibilidade de apenasum perito assinar o laudo conforme art. 159 CPP. Já a letra "d" está errada pois o p. único do art. 160 CPP diz que o laudo pericial será ELABORADO no prazo máximo de 10 dias, ao passo que a questão diz que o laudo pericial deverá ser ENTREGUE EM 10 dias.
  • A questão possui 2 alternativas corretas, letras "c" e "d", respectivamente nos artigos, 159 e 160, parágrafo único do CPP.
  • Eita que quando a banca cespe quer complicar, ela complica mesmo.... puts!!!!

    c) Os laudos poderão ser assinados por um perito apenas. -> CORRETO.... a expressão "apenas" não torna incorreta a alternativa, pois pós-posta ao elemento "perito", ao qual se refere, indicando, no sentido da reforma introduzina pela lei 11.690/2008, que será necessário  um perito apenas para a assinatura do laudo.

    d) O laudo pericial deve ser entregue no prazo de dez dias, prorrogáveis. -> Olha, eu considero está no mínimo mal redigida essa questão, pois, pela forma como utilizada a expressão "prorrogáveis, dar a entender que a prorrogação, senao regra, é um evento simples de ser levado  a efeito, quando, na verdade, é uma execeção excepcionalissima, reforçada pela expressão "em casos excepcionais"......
  • gente, o da letra C voces estao esquecendo do art. 159, §7º que diz:

     § 7o  Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

    Por causa disso pode ser assinado por 2 peritos oficiais também, em vez de apenas por 1.
  • Falcon, devo lembrar-lhe que você errou quanto à lei que estabeleceu a exigência de apenas um perito. 

    Na verdade a lei que modificou o caput do art. 159 do CPP foi a lei 11.690/2008 do mes de junho, com entrada em vigor 60 dias após a sua publicação e não a Lei 12.030/2009. 

    Desta forma, não há falar, nem que a questão está desatualizada, visto que a prova foi aplicada em 2009, portanto, pelo menos 04 meses após a vigência da referida lei. 

    Outrossim, falar que o laudo pericial poderão ser assinados por um perito apenas, é o mesmo que afirmar que os laudos periciais só podem ser assinados apenas por um perito. Dá na mesma. 

    Não há razão para anulação, nem questão desatualizada, nem nada. 

    Vamos ter responsabilidade e nos informar melhor, pelo menos quanto ao critério temporal de vigência das leis e a sua relação às provas, pois há muitos usuários que não tem a curiosidade ou o tempo para correrem atrás da veracidade ou dos fundamentos dos comentários. 

    Espero ter ajudado. 

    Bons estudos a todos
  • Letra C - INCORRETA
    No caso de perícias complexas, quando envolve mais de uma especialidade ou área, o juiz pode nomear mais de uma perito, e assim o laudo vai ser assinado por mais de um perito (todos os peritos nomeados pelo juiz assinam o laudo)
  • É verdade, Erich Feitosa. Corrijo meu erro quanto ao número da lei postado, porém a fundamentação é a mesma, a questão merecia, sim, ser anulada.
    Lei 12.030/2009 trata das perícias oficiais criminais, e a reforma se deu em 2008.
    Porém, a lei que alterou o processo das perícias falhou em não alterar a redação do art. 178, que traz: Art. 178.  No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da repartição, juntando-se ao processo o laudo assinado pelos peritos.
    Ora, se apenas um perito realiza a perícia, não há motivos para que a mesma seja assinada por dois peritos, logo, a alternatica C também estaria correta. A questão é passível de anulação, por conter duas assertivas corretas (C e D).

    Logo, o art. 178 não tem mais aplicabilidade.
    Abraços e bons estudos.

  • PREZADOS AMIGOS! ASSISTE RAZÃO AO COLEGA FALCON. PEDINDO VÊNIA AOS COLEGAS QUE DIVERGEM, ENTENDO QUE O VERBO PODERÃO INDICA UMA POSSIBILIDADE E NÃO UMA EXCLUSIVIDADE. A BANCA EFETIVAMENTE SE EQUIVOCOU EM NÃO ANULAR ESTA QUESTÃO. O ITÉM NÃO AFIRMA QUE APENAS UM PERITO PODERÁ, MAS SUGERE SER POSSÍVEL TAL CIRCUNSTÂNCIA. REFERENDO MAIS UMA VEZ OS COMENTÁRIOS DO COLEGA CONCURSEIRO. 
  • Pessoal,
    A opção letra "C", está errada não pelo fato da palavra "apenas" no final, mas porque o CESPE colocou o texto (questão letra "C") como  a exceção e não como a regra, usando nesse caso a expressão "poderão" quando se deveria usar "deverão" (REGRA):
    Ou seja, a regra está no (art. 159 caput) "O exame de corpo de delito e outras perícias serão (ou deverão. Não é uma possibilidade) realizados por perito oficial (apenas 1), portador de diploma de curso superior." (REGRA)
    A exceção já sabemos que ocorre quando "Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior..." ou quando "Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficia..." e é o que diz a letra(C): "Os laudos poderão (é possível) ser assinados por um perito apenas."  Está errada, pois a palavra "poderão" colocou a frase como a exceção. E ter apenas 1 perito é a regra.

    VIAGEI? rsrsrs
  • Fala galera!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


          Gente não vija, quando o EDITAL do concurso foi lança a reforma não estava valendo, mas a PROVA ja foi na vigência da reforma e como foi um ponto importante muito batido por todos os professores lógico que o cespe veio com mais essa. Pois bem, se a questão fosse nas epocas atuais ela seria passivel de anulação por haver duas questões certas, a letra D não se comenta é letra de lei, a letra C a confusão esta so no portugues da questão, quando fala poderão ser por apenas 1 é que se so tiver um pode ser feito o laudo só por ele, se a pericia for complexa poderá ser feita por 1, 2 ;3 ;4 seja lá quantos forem nescessario. 
  • Sheldon, concordadíssimo!
  • Não concordo. Não tem "apenas" que seja maior que um "poderão". Quando a alternativa diz: Os laudos PODERÃO ser assinados por um perito apenas, com certeza poderão uai! Perícia complexa é excessão. Com a nova vigência um laudo PODE sim ser assinado por um perito. Se eu precisasse da questão e a banca não anulasse eu mandava um MS porque não tem como sustentar isso aí não.
  • Caros colegas, 

    apesar de acreditar que a letra "c" pode estar certa, pois, há uma série de variantes que podem levar a interpretações diferentes, gostaria apenas de questionar o gabarito da letra "d", pois o parágrafo único do art. 160 fala que "será 'ELABORADO em 10 dias" e não "ENTREGUE". Essa distinção sempre foi mais que suficiente para o CESPE considerar suas questões erradas, ainda que houvesse recursos em sentido contrário.

    Abraços.

ID
286789
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-RN
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considerando as lesões corporais quanto ao seu meio ou instrumento, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra c)

    c) A zona de tatuagem acha-se presente nos tiros de curta distância ou a queima-roupa.            

    Zona de tatuagem - Partículas de póvora incombusta que sai pelo cano e se dispersa como um cone.

    Tiro de contato        - distância zero                 - Projétil, gases, partículas, fuligem e chama  
    Tiro queima roupa   - distância até 10cm         - Projétil, partículas, fuligem e chama
    Tiro curta distância  - distância de 10 a 50cm  - Projétil, particulas e fuligem
    Tiro média distância -distância de 50 a 70cm  - Projétil, particulas
    Tiro longa distância  - 70cm ou mais                - Só projétil
       -     
  • a) A faca é um instrumento CORTANTE.

    b) O soco é um instrumento CONTUNDENTE.

    d) Rubefação - vermelhidão em volta da região do impacto, pode também estar presente nas demais lesões contusas.

    e) Lesão Contusa - ferimentos causados por pressão, sem corte ou perfuração. lembrar de contusão (esporte).
    Lesão Incisa - ferimento causado por instrumento de corte (pressão + deslizamento) lembrar de incisão.
  • Caberia recurso, visto que a faca ela pode sim ser um instrumento contuso.
    Vide o exemplo, você pode provocar uma ferida contusa com a parte oposta ao gume caso seja desferido o golpe, como também com a parte lateral da faca.
  • Olá Celso...
    A faca é um agente perfurocortante.
    Ela pode ser contudente, mas a principal característica dela é ser perfurocortante.
    A questão estaria certa se dissesse que ela é um agente perfurocortante, com possibilidade de ser contudente.
  • A faca é considerada instrumento "misto": perfurante + cortante = perfuro-cortante.
    Concordo que há possibilidade de ser contundente, mas a questão deve dizer.
  • Considerando as lesões corporais quanto ao seu meio ou instrumento, temos:

    - lesões contundentes: Lesão não penetrante, de profundidade variável, criada devido a um impacto, podendo ou não causar lesões subcutâneas. Ocasionadas por impactos.

    - lesões cortantes: Possui bordas nítidas, geralmente regulares. O comprimento da lesão é maior que a profundidade, e em geral, o centro é mais profundo que as extremidades. Normalmente ocasionadas por facas.

    - zona de tatuagem: presente nos tiros de curta distância ou a queima-roupa

    - rubefação: Vermelhidão da pele produzida por inflamação ou por rubefaciente.

    - lesões contusas: ferimentos causados por pressões, sem cortes ou perfuração. Já as lesões incisas é um ferimento causado por um instrumento de corte.

    Alternativa correta: C


  • Pessoal.. nunca entendi a diferença de zona de esfumaçamento e zona de tatuagem. Por favor alguém pode me esclarecer?

    * Sem querer ser abusado, peço que por favor me responda nos recados. Aqui é provável que não veja.



    Agradeço.

  • Zona de tatuagem --> presença de grãos de pólvora incombusta

  • Zona de Tatuagem: Ocorre por tiro próximo ao corpo -
    É formada por grânulos de pólvora que grudam na pele ao redor do orifício. Tal
    zona de tatuagemé fixa, ou seja, não é possível de ser removida
    (“tatuagem verdadeira”) -não é tiro encostado.

    Zona de esfumaçamento: Tiro ainda mais próximo do corpo
    (quando comparada à zona de tatuagem), sendo que tal zona será formada pela
    fumaça (de pólvora) expelida pela arma de fogo quando do disparo. Tal zona de
    esfumaçamentoé removível(“tatuagem falsa”) -não é tiro encostado.


  • Único soco cortante é o do Wolverine. Trata-se de ação contundente. 

  • Eu diria q o soco do wolverine é perfurocortante.

  •  a) A faca é um instrumento contundente. ERRADA: perfurocortante

     

     b) O soco é um instrumento cortante. ERRADA: contudente

     

    c)A zona de tatuagem acha-se presente nos tiros de curta distância ou a queima-roupa. 

     

    CORRETA: Zona de Tatuagem resulta da impregnação de grãos de pólvora incombusta que alcançam o corpo e se incrustam na pele. Orienta a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. É sinal indiscutível de orifício de entrada. Não sai com a lavagem, somente com procedimento cirúrgico (somente presente no tiros a curta distância ou com cano encostado) 

     

     d) A rubefação é uma lesão provocada por instrumento incisivo.

     

    ERRADA: contudente. RUBEFAÇÃO é lesão leve e fugaz, caracterizada pela vermelhidão (rubor) na pele em virtude de contusão. Não há extravasamento de sangue (vasodilatação periférica); só pode ocorrer em vivos, derivada de distúrbio vasomotor. Segundo a doutrina, a rubefação demora cerca de 21 dias para sarar. Trata-se da mais básica e transitória lesão causada pela contusão.

     

    e)As lesões contusas e as incisas são provocadas pelo mesmo instrumento.

     

    ERRADA:

    Lesões contusas: instrumentos contudentes

    Lesões incisas: instrumentos cortantes

  • Faca - Instrumento PERFUROCORTANTE. Obs.: O cabo da faca pode caracterizar um instrumento contundente;

    Soco - Instrumento contundente. Obs.: Importante destacar nesse ponto, se a ação é direta, indireta ou mista. Todas essas são provocadoras de lesões contundentes, contudo, a ação se caracteriza de forma diversa; 

    Zona de Tatuagem - Em resumo bem "Chulo" é a marca deixada pela Pólvora; 

    Rubefação - É causada por instrumento CONTUNDENTE, como à exemplo do soco na letra B. Obs.: Na Rubefação não há extravazamento de sangue; 

    Lesão contusa é produzida por instumento contundente, exemplo: ação indireta do corpo sobre o chão; Ferida incisa é causada por instrumento cortante, exemplo: navalha, bisturí, dentre outros. 

     

     

     

  • d) A rubefação é uma lesão provocada por instrumento incisivo.


     

    LETRA D – ERRADA – É causada por instrumento contundente. Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 257):

     

    “A rubefação ou eritema traumático caracteriza-se pela congestão repentina e momentânea de uma região do corpo atingida pelo traumatismo, evidenciada por uma mancha avermelhada, efêmera e fugaz, que desaparece em alguns minutos, daí sua necessidade de averiguação exigir brevidade. Seu surgimento é imediato ao trauma. A bofetada na face ou nas nádegas de uma criança, onde muitas vezes ficam impressos os dedos do agressor, configura exemplo dessa tipificação lesional. Ao se restabelecer a normalidade circulatória regional atingida, desaparecem todos os seus vestígios. A rubefação é a mais humilde e transitória de todas as lesões produzidas por ação contundente.” (Grifamos)

  • LETRA C – CORRETA Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 296 e 297):

     

    “O halo ou zona de tatuagem é mais ou menos arredondado nos tiros perpendiculares, ou em forma de crescente, nos oblíquos. Essa tatuagem varia de cor, forma, extensão e intensidade conforme a pólvora. É resultante da impregnação de grãos de pólvora incombustos que alcançam o corpo.

     

    Pela análise desse halo, a perícia pode determinar a distância exata do tiro, usando-se a mesma arma e a mesma munição em vários tiros de prova, até alcançar um halo de mesmo diâmetro que o original. Serve para orientar a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. Nos tiros oblíquos, a tatuagem é mais intensa e menos extensa do lado do ângulo menor de inclinação da arma.

     

    A tatuagem é um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância (Figura 4.30). Nas armas com “compensador de recuo”, tanto o halo de tatuagem como a orla de esfumaçamento e a zona de queimadura sofrem alterações.” (Grifamos)

     

    FOTOS, IMAGENS FORTES:

     

    http://www.malthus.com.br/mg_imagem_zoom.asp?id=2019#set

     

    FONTE: www.malthus.com.br

  • O soco do mãos de tesoura tbm é cortante

  • GABARITO: LETRA C

    INDICO OS VÍDEOS DA PERITA AMANDA MELO, PROFISSIONAL SUPER COMPETENTE COM UM ALTO NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE MEDICINA LEGAL.

    SEGUE UM VÍDEO DELA EXPLICANDO O QUE É ZONA DE TATUAGEM:

    https://www.youtube.com/watch?v=_DrFb6m4uH4

  • Há comentários com bastante likes que estão errados, a Faca não é um instrumento cortante, e sim  Perfurocortante

  • Dá pra fazer polêmica na questão...

    De forma geral, a faca é um instrumento perfurocortante, porém, o cabo da faca pode servir como um agente contudente. kkkk Já vi pegadinha assim.

  • Essa daí era mais fácil o mestre Genival Veloso errar do que eu, kk. Facílima, brincadeiras à parte.

  • Lesões contundentes no comentário da professora foi pra acabar em :S


ID
346447
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Provar se houve ou não a infração penal, demonstrar a ação do sujeito ativo na ação penal, fornecer subsídios de conhecimento técnico, científico e artísticos necessários à tipificação penal, comprovar o nexo de causalidade entre o sujeito ativo e a infração penal trata-se de

Alternativas
Comentários
  • Corpo de delito

    Ato judicial que demonstra, ou comprova, a existência de fato ou ato imputado criminoso. Registro do conjunto de elementos materiais, com todas as suas circunstâncias, que resultam da prática de um crime. O conceito de corpo de delito, como originalmente aparece no Código de Processo Penal, um Decreto-lei publicado em 3 de outubro de 1941, referia-se, com certeza, apenas ao corpo humano. Todavia, do ponto de vista técnico-pericial atual, entende-se corpo de delito como qualquer coisa material relacionada a um crime passível de um exame pericial. É o delito em sua corporação física. Desta forma, o corpo de delito constitui-se no elemento principal de um local de crime, em torno do qual gravitam os vestígios e para o qual convergem as evidências. É o elemento desencadeador da perícia e o motivo e a razão última de sua implementação.


  • GAB: LETRA D.

    A prova, em sua origem, é aquilo que serve para estabelecer uma verdade por verificação ou demonstração, aquilo que mostra ou confirma a verdade de um fato. O exame de corpo de delito torna-se assim, de fundamental importância para a ciência processual, constituindo-se elemento essencial para a decisão em um processo penal o qual determina mecanismos para o livre convencimento do juiz e consequentemente a formação da justiça como pressuposto fundamental.

  • se alguém tiver a referência bi... do gabarito manda aqui. obrigado

  • ACIMA DE 10.000KM . A questão nao falou extamanete 10.000km, logo 20.200km é maior que 10.000


ID
346450
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Entre as modalidades de exames de corpo de delito realizados por Peritos Criminais, incluem-se

Alternativas
Comentários
  • Para os diferentes tipos de exames de Corpo de Delito (Perícias) existem duas classes de peritos oficiais:

    PERITO MÉDICO LEGISTA: é o responsável pela realização das seguintes perícias: necroscópicas, exumações, lesões corporais, exame clínico de embriaguez, conjunção carnal, atentado violento ao pudor etc.

    PERITO CRIMINAL: é o responsável pela realização das seguintes perícias: local de crime contra a pessoa, local de incêndio, local de explosão, local de desmoronamento, local de acidente de trabalho, local de acidente de trânsito, local de danos à propriedade, local de arrombamento, papiloscópicos, grafotécnicos, contábeis, balística, toxicológicos, biológicos, avaliações, etc.

    Gabarito: D.

  • Entre as modalidades de exames de corpo de delito realizados por Peritos Criminais, incluem-se 

     a) desmoronamentos, lesões corporais (medico legista), acidentes de trabalho.

     b) incêndios, arrombamentos, conjunções carnais (médico legista).

     c) crimes contra a pessoa, biológicos, exumações (médico legista). 

     d) crimes de trânsito, grafotécnicos, toxicológicos. (Perito Criminais) Gabarito Correto.

     e) necroscópicos, embriaguês,(médico legista). explosão.

  • Para os diferentes tipos de exames de Corpo de Delito (Perícias) existem duas classes de peritos oficiais:

    PERITO MÉDICO LEGISTA: é o responsável pela realização das seguintes perícias: necroscópicas, exumações, lesões corporais, exame clínico de embriaguez, conjunção carnal, atentado violento ao pudor etc.

    PERITO CRIMINAL: é o responsável pela realização das seguintes perícias: local de crime contra a pessoa,

    local de incêndio, local de explosão, local de desmoronamento, local de acidente de trabalho, local de acidente de trânsito, local de danos à propriedade, local de arrombamento, papiloscópicos, grafotécnicos, contábeis, balística, toxicológicos, biológicos, avaliações, etc.

    Fonte: PDF Estratégia Concursos

  • >classes de peritos oficiais: MACETE

    >PERITO MÉDICO LEGISTA:

    Na pessoa

    Tudo oq for NA PESSOA

    >PERITO CRIMINAL:

    VINDO DA PESSOA OU SITUAÇÕES OU COISAS


ID
346453
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Qual tipo de perícia busca a identificação das pessoas mediante estudo das impressões papilares?

Alternativas
Comentários
  • O próprio nome "papilares" indica --> Papiloscopia

  • Achei até que era pegadinha uai! kkk

  • até chorei com essa questão, deve ser para o cara acertar alguma coisa na prova

  • espero que "caiam" questões assim pra mim

  • Papiloscopia é a ciência forense que trata da identificação humana por meio das papilas dérmicas (Papilas dérmicas são saliências presentes na camada dérmica da pele, mais precisamente na camada papilar da derme).

  • Gabarito: C

    Papiloscopia: É a ciência que trata da identificação humana através das papilas dérmicas existentes na palma das mãos e na sola dos pés, mais conhecida pelo estudo das Impressões Digitais.

    Fonte: http://www.papiloscopia.com.br/

    A expressão Engenharia Legal surge em 11/12/1933 – decreto 23.569, que regulamentou o exercício profissional do engenheiro. Este ramo da engenharia atua na interface direito-engenharia, colaborando com juízes, advogados e as partes, para esclarecer aspectos técnicos envolvidos em demandas, normalmente relacionados a avaliações imobiliárias, arbitramentos, obras irregulares, patologias construtivas, desapropriações, impactos em vizinhanças, entre outros.

    Entomologia é a ciência responsável pelo estudo das características físicas, comportamentais e reprodutivas dos insetos. Estuda também as relações dos insetos com outros seres, entre eles o ser humano. Apesar de serem associados (na maioria das vezes) como pragas, sua importância ecológica é incalculável.

    O DNA (Ácido Desoxirribonucleico) é uma molécula presente no núcleo das células de todos os seres vivos e que carrega toda a informação genética de um organismo.

    A documentoscopia é a ciência ligada à criminalística que permite a identificação da autenticidade dos documentos para fins judiciais.


ID
346456
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A doutrina criminalística estabelece que balística forense

Alternativas
Comentários
  • "Uma disciplina, integrante da criminalística, que estuda as armas de fogo, sua munição e os efeitos dos tiros por elas produzidos, sempre que tiverem uma relação direta ou indireta com infrações penais, visando esclarecer e provar sua ocorrência."

    Domingos Tochetto

     

    Gabarito: A

     

  • A Balística Forense é uma disciplina, integrante da criminalística, que estuda as armas de fogo, sua munição e os efeitos dos tiros por elas produzidos, sempre que tiverem uma relação direta ou indireta com infrações penais, visando esclarecer e provar sua ocorrência.

    O setor de Balística Forense é responsável pela realização dos exames periciais abaixo relacionados:

    Exame de eficiência: Este exame tem por finalidade verificar se a arma de fogo é eficiente para a realização de disparos. Os procedimentos periciais iniciam pela identificação da arma, descrição de suas característica, avaliação de sua estrutura, testes de eficiência e avaliação dos resultados.

    Exame metalográfico: Este exame destina-se a recuperação das numerações de série destruídas. A metodologia utilizada consiste em polir a área a ser investigada e em seguida aplicar os reagentes químicos apropriados para a revelação da numeração.

    Exame de comparação: O exame de comparação balística visa estabelecer a conexão entre a arma de fogo e o projétil, entre a arma e o estojo, entre projéteis e entre estojos. O procedimento pericial adotado segue rotina padronizada no Brasil e no Exterior, com o emprego de um moderno microscópio comparador auxiliado por processo de captura de imagens permitindo a análise em vídeo de alta resolução.

    Exame de segurança: Este exame é utilizado quando se busca identificar se os mecanismos de segurança da arma de fogo questionada está eficiente, assim, esclarecendo as dúvidas quando a possibilidade de disparos acidentais.


ID
346459
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Com relação aos cartuchos para armas de fogo raiadas, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  •  

    CANO DE ALMA RAIADA

     

    Sulcos paralelos e helicoidais imprimem no projétil um movimento giratório em torno do seu eixo, estabilizando a sua trajetória.

     

    RAIAMENTO possui um passo (é a distância necessária para que o projétil realize uma volta completa em torno de seu eixo). A ORIENTAÇÃO do raiamento pode ser: DESTROGIRA (sentido de giro horário ou para a direita) ou SINISTROGIRA (sentido de giro anti-horário ou para a esquerda).

     

    QUANTIDADE: Número de sulcos helicoidais existentes. O fabricante  decide  sobre  a  melhor concepção  do  raiamento  nos  canos  de  suas  armas,  seguindo características  e  dimensões  próprias,  em  especial  quanto  ao número,  orientação,  largura,  profundidade  e  ângulo  de inclinação; objetivando o melhor desempenho balístico.

     

    CARTUCHOS DAS ARMAS RAIADAS possuem os seguintes componentes: estojo, espoleta, carga de projeção e o projétil ou projetil.

     

  • Na minha opinião a correta é a Letra D... Alguém pode me explicar porque não é?

    A pólvora negra é composta de ingredientes granulares: Enxofre (S), Carvão vegetal (provê o carbono) e Nitrato de potássio (salitre - KNO3, que provê o oxigênio).A proporção ótima para a pólvora é: salitre 74,64%, enxofre 11,64% e carvão vegetal 13,51%.

    A pólvora sem fumaça, consiste, quase que exclusivamente, de pura nitrocelulose (pólvoras de base simples), frequentemente combinada com até 50% de nitroglicerina(pólvoras de base dupla), e algumas vezes com nitroguanidina (pólvoras de base tripla), embebida em pequenas pelotas esféricas, lâminas ou cilindros extrudados, usando éter como solvente. Pólvora "sem fumaça" queima somente na superfície dos grãos. Grãos maiores queimam mais vagarosamente, e a taxa de queima é controlada por uma camada superficial de detenção de chama. A intenção é regular a taxa de queima, de modo que uma pressão relativamente constante seja exercida para propelir o projétil ao longo de todo o seu percurso dentro do cano da arma, para se obter a maior velocidade possível.

  • A alternativa D, afirma que a pólvora de base química apresenta apenas um único tipo de componente, que nesse caso é a nitrocelulose. No entanto, ela também pode ser constituída de nitroglicerina.

  • Concurseira Mãe, a pólvora branca, ou piroxilada, pode ser de base dupla, que contém nitroglicerina. Por esse motivo, a afirmação de que contém "apenas um único tipo de componente" torna a alternativa INCORRETA.

  • (A) CORRETA! Descrição perfeita sobre o estojo.

              (B) Incorreta, pois a espoleta não contém a pólvora (propelente), mas sim a mistura explosiva iniciadora que promoverá a combustão da pólvora.

              (C) Incorreta, pois as características da pólvora estão completamente erradas.

              (D) Incorreta, pois a pólvora química (sem fumaça) pode ser de base simples, dupla ou tripla, apresentando outros componentes além da nitrocelulose.

              (E) Incorreta. Alternativa repetiu a letra C.

    Gabarito: A

  • GAB: A

    A) o estojo é o componente externo de maior dimensão, possui forma bastante variada, apresenta o culote saliente, semi-saliente e sem saliência (rim, semirrim e rimless) e geralmente é confeccionado em latão 70:30.

    • Um estojo, em termos de munição, é um recipiente tubular que serve para conter uma espoleta, uma carga propelente e um ou mais projéteis. É o invólucro e suporte dos demais elementos de munição
    • Os estojos geralmente são feitos de latão.

    B) a espoleta ou cápsula de espoletamento é um pequeno recipiente metálico que contém a pólvora ou a carga de projeção, localizada no centro do culote do estojo.

    • Errado.
    • Questão. A percussão é o choque de dois corpos; no cão o percurssor atinge a espoleta para transmitir fogo à pólvora. (CERTO).
    • Ou seja, a pólvora não é um componente da espoleta, a espoleta contém mistura iniciadora. A grande maioria das munições apresenta, como mistura iniciadora, o estifnato de chumbo, nitrato de bário e sulfeto de antimônio..
    • O propelente mais usado é a pólvora sem fumaça, que é à base de nitrocelulose e nitroglicerina.

    C) a pólvora, ou carga de projeção, é um combustível líquido, agranular, apresentando sempre os mesmos tipos de formatos de grãos, produzindo grandes quantidades de gases e elevação da temperatura e necessita de oxigênio externo.

    • Errado. não é um combustível líquido. Ademais, os grãos não são sempre do mesmo tipo de formato.

    D) a pólvora antiga, ou pólvora negra ou preta, é composta por 75% de salitre, 13% de carvão vegetal e 12% de enxofre; e a pólvora de base química ou sem fumaça apresenta apenas um único tipo de componente, que é a nitrocelulose.

    • Errado. O propelente mais usado é a pólvora sem fumaça, que é à base de nitrocelulose e nitroglicerina.

    E) a pólvora, ou carga de projeção, é um combustível sólido, agranular, apresentando sempre os mesmos tipos de formatos de grãos, produzindo grandes quantidades de gases e elevação da temperatura e necessita de oxigênio externo.

    • Errado. Não é necessário que os grãos apresentem sempre o mesmo tamanho e formato.

ID
346462
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Com relação às pistolas semiautomáticas, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • TIRO UNITÁRIO (Carregamento Manual)

    SIMPLES: Comporta carga para um único tiro.

    MULTIPLO: Comporta-se  como  se fossem  duas  ou  mais armas  de  tiro  unitário simples,  montadas  numa só coronha.


    REPETIÇÃO

    NÃO AUTOMÁTICA : Funcionam  pelo  princípio  da  força  muscular  do atirador,  que  através  de  suas  ações  desencadeará cada fase do funcionamento.

    SEMI-AUTOMÁTICA: Funcionam  pelo  princípio  de  aproveitamento dos  gases  resultantes  da  queima  da  carga  de projeção,  o  qual  realiza  quase  todas  as  fases  do funcionamento,  exceto  a  liberação  da  massa percutente.

    AUTOMÁTICA: Funcionam  pelo  princípio  de aproveitamento  dos  gases  resultantes  da queima  da  carga  de  projeção,  que  realiza quase todas as fases do funcionamento.


    Fonte: Manual da PMSC

  • Desde quando uma pistola semiautomática pode ser utilizada de forma automática? Pra ela fazer isso, é preciso que haja modificações internas e a questão é bem clara no enunciado dizendo ''pistola semiautomática''. A letra A está correta com exceção dessa parte. Eu não posso pegar uma Sig Sauer P226 e fazer ela disparar em automático. Ela tem ação simples e ação dupla, mas nunca vai disparar no automático a menos que haja modificações e assim ela deixará de ser semiautomática. Péssima questão.

  • A - As armas semiautomáticas trabalham aproveitando os gases resultantes da queima dos propelentes, o qual realiza o ciclo (todas as fases) do funcionamento. Com isso, a Ação simples – No acionamento do gatilho apenas uma operação ocorre, o disparo; sendo que a operação de armar o conjunto de disparo já foi feita antes. Já na Ação dupla – No acionamento do gatilho ocorrem duas operações, a primeira é o armar do conjunto de disparo e a segunda é o disparo propriamente dito. (CORRETA)

    B - Ferrolho é a designação da parte de uma arma de repetição que carrega a câmara com um novo cartucho e bloqueia a abertura traseira (culatra) permitindo que o propelente queime e o disparo seja efetuado. Em geral o ferrolho se move para frente e para trás de forma repetitiva usando um sistema manual ou automatizado descarregando o cartucho deflagrado e carregando um novo na câmara. O extrator e o pino de disparo costumam ser parte integrante do ferrolho. (ERRADA)

    C- são armas de fogo curtas, de porte, com o mecanismo de disparo agindo somente por movimento simples. (ERRADA)

    D - Armação é a parte de uma arma de fogo que integra outros componentes, fornecendo alojamento para componentes de ação interna, como "cão", ferrolho ou bloco da culatra, percutor e extrator, e pode ter interfaces roscadas para anexar externamente componentes como o cano, coronha, mecanismo de gatilho e mira ótica/de ferro. (ERRADA)

    E - Pistola é uma- arma de fogo de porte, geralmente semi-automática, cuja única câmara faz parte do corpo do cano e cujo carregador, quando em posição fixa, mantém os cartuchos em fila e os apresenta sequencialmente para o carregamento inicial e após cada disparo; há pistolas de repetição que não dispõem de carregador e cujo carregamento é feito manualmente, tiro-a-tiro, pelo atirador. (Art. 3º, inciso LXVII do Decreto 3.665/00 – R 105) - Pode ser de ação simples, ação dupla ou dupla ação (ERRADA).


ID
346465
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considere o caso de abalroamento transversal entre dois veículos em uma confluência ortogonal entre duas vias tendo um deles postergado a placa PARE e invadido o cruzamento, no momento em que o outro trafegava em condição preferencial. Quanto às discussões técnicas a respeito do evento, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    No caso do acidente analisado, deverá ser feito no local o levantamento do maior número possível de elementos relacionados, possibilitando dessa forma a reconstituição física do acidente, e assim se chegar à causa determinante.


ID
346474
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Uma pessoa, de identificação ignorada, caminhava por calçada em Goiânia-GO, quando um indivíduo, também não identificado, aproximou-se e efetuou três tiros contra aquela pessoa, alvejando-a mortalmente. Os projéteis de arma de fogo que atingiram o corpo da vítima são considerados

Alternativas
Comentários
  • Feridas perfurocontusas: são produzidas por agentes perfurocontundentes, onde o agente perfura e contunde, cujo melhor exemplo é o PAF. Entretanto, há outros agentes perfuro-contundentes que causam feridas perfuro-contusas como o vergalhão, a ponteira de um guarda-chuva, etc.

  • Gab: Letra E

     

    Instrumentos perfurocontundentes são aqueles que, ao atuarem sobre o alvo, perfuram-no e o contundem, com uma ação que partilha estas duas características. O instrumento típico deste grupo de agentes lesivos é o projétil de arma de fogo (PAF)

  • GABARITO E

     

    Acrescentando conhecimento:

     

    Percurso realizado pelo projétil fora do corpo: TRAJETÓRIA

    Percurso realizado pelo projétil dentro do corpo: TRAJETO

  • ''A FERIDA OCASIONADA PELO PROJÉTIL DA ARMA É A PERFURO-CONTUSA. HÁ SEMPRE UM ORIFÍCIO DE ENTRADA NO CORPO DO INDIVÍDUO E UM TRAJETO FEITO PELO PROJÉTIL. PODE HAVER UM ORIFÍCIO DE SAÍDA. QUANDO HOUVER UM ORIFÍCIO DE SAÍDA DO PROJÉTIL DIZ-SE QUE HOUVE A TRANSFIXAÇÃO.

    SE O PROJÉTIL PASSAR DE RASPÃO PELO CORPO, DIZ-SE QUE HOUVE APENAS UMA CONTUSÃO.''


ID
346477
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em local de alegado cometimento de suicídio, perpetrado mediante projétil disparado por arma de fogo, o perito criminal obrigatoriamente deverá

Alternativas
Comentários
  • o cara se matou, deve ter pólvora nas mãos.. hehe

  • pode ser que seja homicídio, se não houver pólvora nas mãos.

  • que viagem...

  • A alternativa A é o gabarito da questão. No caso de alegado cometimento de suicídio, é obrigatória a realização de pesquisa de resíduos produzidos por tiro nas mãos da vítima. Em determinados casos, tal pesquisa deverá ser também realizada nas mãos de eventuais pessoas que estavam no local no exato momento da ocorrência do fato. Ainda, neste tipo de caso, deverá o perito proceder pormenorizada varredura nos ambientes do local, visando localizar eventuais cartas ou bilhetes, documentos esses que, se encontrados, deverão ser coletados, assim como, ainda no próprio local do evento, peças padrões produzidas em vida pela vítima, com todo o material devendo ser encaminhado para a Seção de Documentoscopia, para os devidos exames laboratoriais. Nos casos em que sejam encontrados no local de crime armas de fogo, projéteis ou estojos, estes devem ser fotografados e plotados em desenho esquemático, de modo a estabelecer detalhadamente suas posições em relação ao corpo da vítima.

    Prof.: Alexandre Herculano

  • Em local de alegado cometimento de suicídio, perpetrado mediante projétil disparado por arma de fogo, o perito criminal obrigatoriamente deverá

    A proceder à pesquisa de resíduos de tiro nas mãos da vítima e pormenorizada varredura, visando localizar eventuais cartas ou bilhetes.

    • CERTO

    B confeccionar auto de exibição e apreensão de todos os objetos encontrados.

    • delegado

    C elaborar recognição visuográfica do evento.

    • delegado

    D proceder à gravação em vídeo de todas as entrevistas realizadas.

    • delegado

    E reduzir a termo todos os depoimentos obtidos.

    • delegado

ID
346498
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Esgorjamento significa

Alternativas
Comentários
  • Degola --> posterior

    Esgorja --> lateral e anterior 

    Decapitação --> separação da cabeça 

  • PDAE

    Posterior = Degolamento

    Anterior = Esgorjamento

  • GABARITO E

     

    Esgorjamento são as lesões produzidas por instrumentos cortantes (eventualmente, por instrumentos cortocontundentes) nas regiões anterior, lateral, anterolateral ou laterolateral do pescoço. 

     

     

    Resumo:

     

    Esgorja = região anterior, lateral ou anterolateral do pescoço. 

    Degola = região posterior do pescoço (nuca)  

    Decapitação = ocorre quando corta toda a cabeça

     

     

    bons estudos

  • ESGORJAMENTO = região anterior, lateral ou anterolateral do pescoço. (esgorja = garganta).


ID
346501
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Uma equimose de coloração amarelada significa, em geral, trauma ocorrido

Alternativas
Comentários

  • Espectro equimótico de Legrand du Saulle:

    vermelho 1dia
    violáceo - 2 e 3 dia 
    azul 4 ao 6 dia 
    esverdeado 7ao 10 dia

    amarelado 11ao 17 dia

  • ESPECTRO EQUIMÓTICO DE LEGRAND DU SAULLE

     

     1º dia --> VERMELHO

    2º e 3º dia --> ARROXEADO

    4º ao 6º --> AZUL

    7º ao 10º --> VERDE

    11º ao15º --> AMARELO até desaparecer

     

    Lembrar que as equimoses na conjuntiva ocular não mudam de cor, permanecendo vermelha até seu desaparecimento.

     

     

    Bons estudos!

  • GABARITO C


    "Equimose. Trata-se de lesões que se traduzem por infiltração hemorrágica nas malhas dos tecidos Para que ela se verifique, é necessária a presença de um plano mais resistente abaixo da região traumatizada e de ruptura capilar, permitindo, assim, o extravasamento sanguíneo. Em geral, são superficiais, mas podem surgir nas massas musculares, nas vísceras e no periósteo. Thoinot dizia que a equimose era uma prova irrefutável de reação vital."


    Esse trecho foi questão da prova de escrivão pcmg/2018.

    "De início, é sempre avermelhada. Depois, com o correr do tempo, ela se apresenta vermelhoescura, violácea, azulada, esverdeada e, finalmente, amarelada, desaparecendo, em média, entre 15 e 20 dias. Essa mudança de tonalidades que se processa em uma equimose tem o nome de “espectro equimótico de Legrand du Saulle”. Em geral, é vermelha no primeiro dia, violácea no segundo e no terceiro, azul do quarto ao sexto, esverdeada do sétimo ao 10º , amarelada por volta do 12º dia, desaparecendo em torno do 15º ao 20º . O valor cronológico dessas alterações é relativo. "


    FRANÇA


    bons estudos

  • A tonalidade da equimose é outro aspecto de grande interesse médico-pericial. De início, é sempre avermelhada. Depois, com o correr do tempo, ela se apresenta vermelho escura, violácea, azulada, esverdeada e, finalmente, amarelada, desaparecendo, em média, entre 15 e 20 dias.

    1º dia  ---> VERMELHO

    2º e 3º dia  ---> ARROXEADO

    4º, 5º e 6º dia  ---> AZUL

    7º, 8º, 9º e 10º dia  ---> VERDE

    11º, 12º, 13º, 14º e 15º dia  ---> AMARELO

    Desaparecendo, em média, entre 15 e 20 dias.

  • Como a própria colega Débora Oliveira citou, tal aspecto só ocorre nos vivos, em mortos não há de se falar em lesão com acúmulo de sangue pois ele é parte do processo de reação vital.


ID
346504
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considere que tenha sido encontrado um veículo abandonado, com histórico de desaparecimento do proprietário. Considere, também, que um perito plantonista tenha sido requisitado para comparecer ao local e vistoriar o veículo e, que no local, ele constate a existência de diversas superfícies com potenciais impressões papilares latentes e que ele dispunha apenas do pó químico preto para levantamento de impressões. Nessa situação, assinale a alternativa que apresenta o melhor procedimento a ser seguido pelo perito.

Alternativas
Comentários
  • Impressão visível - ocorre quando houve o manuseio de substâncias. Ex: sangue, tinta, graxa.

    Impressão latente - é produzida por substâncias do próprio corpo. Ex: suor, gorduras.

  • Em nenhuma lei ou regulamento diz qual o procedimento a seguir n este caso. Acho esta questão fora do contexto.

  • Gab C

     

  • Se os vestígios digitais estão empreguinados com o pó , promover o deslocamento fará com que danifique
  • Gabarito - Letra C

    No caso em si, o perito constatou a existência de diversas superfícies com potenciais impressões papilares latentes (impressões digitais não visíveis) e dispunha apenas de pó químico preto. Nessa situação, como parte do carro é de material preto e o único pó químico que ele tinha no momento era da cor preta, a melhor alternativa é remover o veículo para o Instituto de Criminalística, pois lá haverá pós reveladores multicoloridos.

  • Quero saber qual a diferença de levar o carro ou trazer a equipe com material adequado .Talvez o erro esteja no termo papiloscopista, pois só o material adequado já resolvia.

  • De acordo com o POP (Procedimento Operacional Padrão) apenas o pó químico preto não é suficiente para caracterizar impressões digitais latentes, devendo portanto o perito marcar, acondicionar e transportar os materiais para o laboratório. Nesse caso, como se trata de superfície móvel, o veículo deve ser transportado para o IC para uma vistoria adequada.

  • Questão sem fundamento teórico.


ID
346507
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considere que uma árvore caia sobre um veículo particular, vazio e regularmente estacionado na via pública. Com base nessa situação, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A Entomologia Urbana, como parte integrante da Criminalística, poderia ser aplicada nesse caso com o intuito de demonstrar um descuido na manutenção adequada das árvores por parte da prefeitura (ex.: larvas se alimentando das raízes das árvores), objetivando uma Responsabilidade Civil do Estado.


ID
346510
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Quanto à conclusão dos laudos periciais, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

     

    O Laudo é o parecer técnico resultante do trabalho realizado pelo Perito, via de regra escrito. Deve ser redigido pelo próprio Perito, mesmo quando existem Assistentes Técnicos. Um laudo pericial é uma forma de prova, cuja produção exije conhecimentos técnicos e científicos, e que se destina a estabelecer, na medida do possível, uma certeza a respeito de determinados fatos e de seus efeitos. O Perito fala somente sobre os efeitos técnicos e científicos. O Juiz declara os efeitos jurídicos desses fatos referidos pelo perito e das conclusões deste.O Perito esclarece os efeitos de fato. O Juiz fixa os efeitos de direito.


ID
346513
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Quanto à apresentação dos laudos periciais, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Os laudos são relatórios escritos e pormenorizados de tudo o quanto os peritos julgarem útil informar à autoridade judiciária. O
    relatório é a descrição minuciosa de um fato médico e suas consequências, composto das seguintes partes :preâmbulo, histórico,
    descrição, discussão, conclusão e resposta aos quesitos. Para sua elaboração bem cuidada deve-se observar o seguinte roteiro:


    - preâmbulo: no âmbito do qual, inicialmente, o perito se qualifica (se se tratar de repartição oficial, esta medida é dispensável).
    Indicará qual a autoridade que lhe atribuiu o encargo pericial e, sempre que possível, o processo a que está vinculado.


    -histórico e antecedentes


    -descrição que se consubstancia na parte mais importante do laudo pelas seguintes razões: pode ser que o perito esteja lidando
    com matéria perecível e, por isso, se não fizer um convincente registro, depois lhe faltará outra oportunidade;
    -a descrição lida com “matéria de fato”, isto é, resulta do que pode ser efetivamente observado e deve ser tão cuidadosa a ponto de
    não ensejar jamais divergências com outros examinadores; este registro servirá de base às mais importantes conclusões, que certamente implicarão consequências jurídicas. A descrição é o fundamento de tudo que se analisa no laudo.


    -a discussão e a conclusão são feitas com base no observado e
    registrado, passa-se a uma análise cuidadosa e pormenorizada da
    matéria.
     

  • Gabriel, relatorio não é a descricao minuciosa de um fato medico e suas consequências! Acho que você misturou conceitos e se confundiu com atestado médico. Laudo é um tipo de relatório, que se difere do auto por ser escrito pelo perito após a pericia. É um documento que reflete o exame pericial de forma minuciosa e descritiva

ID
364987
Banca
FCC
Órgão
TRT - 1ª REGIÃO (RJ)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

No que concerne ao exame de corpo de delito e às perícias em geral, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários

  • Código de Processo Penal.

    Art. 167.  Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

  • a) ERRADA.
     

    art. 162, CPP: A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.

    b) ERRADA.

    art. 161, CPP: O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.

    c) ERRADA.
     

    art. 165, CPP: Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.


    d) ERRADA.

    art. 158, CPP: Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

  •  A- errada, pois conforme o CPP;? Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
    B-Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
    C-Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados
    D-Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado
     a autópsia só poderá ser feita pelo menos seis horas depois do óbito, ainda que os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes desse prazo 
  • De acordo com o Código de Processo Penal, podemos eliminar algumas alternativas dadas pela questão:

    a)  Errada. (Artigo 162 - A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.)

    b)  Errada. (Art. 161 - O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.)

    c)  Errada. (Art. 165 - Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.)

    d)  Errada. (Art. 158 - Quando a infração deixar vestígios será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.)

    e)  Alternativa correta.


  • Exame de Corpo de Delito Indireto.


     "A prova testemunhal poderá suprir a falta do exame de corpo de delito, se este não puder ser realizado por haverem desaparecido os vestígios do crime".

    Letra e)


ID
366676
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-RO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Ao ler um laudo cadavérico, um delegado encontra a seguinte descrição: ferida na região occipital, com sinais de Benassi e de Werkgaertner. Esta ferida caracteriza:

Alternativas
Comentários
  • REGIÃO OCCIPITAL: Que pertence ao occipício. Occipício é a parte posterior e inferior da cabeça, formada pelo osso occipital.
    SINAL DE BENASSI: caracteriza-se pela impregnação de pólvora e chumbo na tábua óssea do crânio nos tiros disparados à curta distância ou encostados.
    SINAL DE PUPPE WERKGAERTNER: caracteriza-se pela marca do cano da arma tatuada ao redor do orfício nos tiros encostados.
  • Questão um pouco confusa.

    O sinal de Puppe-Werkgaertner caracteriza-se pela não apresentação de osso por baixo da pele, já o sinal de Benassi ocorre o inverso (há osso por baixo).

    Logo, mesmo que a medicina legal não seja uma ciência exata, e sim de probabildiades, a questão não foi das mais bem elaboradas, embora, por exclusão, dê pra chegar à resposta.

    Bons estudos.
  • Sinal de Benassi é a fuligem preta que fica marcada no osso da vítima quando o tiro é disparado com o cano encostado e sobre um osso.
    Os tiros encostados ainda permitem deixar impressos na pele o chamado sinal de Werkgaertner representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.
    Fonte: Genival Veloso de França

  • Concordo com o colega Falcon. 
    Quando ocorre tiro com cano encostado e plano ósseo logo abaixo o que aparece é :
    Câmara de Mina de Hofmann e Sinal de Benassi.
  • Sinal de PUPPE-WERKGAERTNER – desenho da boca da arma no orifício de entrada do projétil de arma de fogo. Nem sempre aparece, mas se aparecer, sabe-se que o tiro foi disparado com o cano encostado. Para isso acontecer, o tiro deve ser dado na barrica, tórax etc – lugar para os gases entrarem e se espalharem. Isso ocorre quando não há osso por baixo. 

    Bem, como o colega disse não é uma matéria exata, todavia no material que tenho aqui do curso Praetorium fala isso ai!
  • De acordo com as alternativas dadas pela questão pode-se chegar à conclusão que a resposta correta, por exclusão, é facilmente detectada pelo fato de ser uma ferida na região occipital (região parte póstero-inferior do cérebro), com sinais de Benassi (a zona ou orla do esfumaçamento aparece ao redor do orifício de entrada, nos tiros encostados e impregnação de pólvora na tábua óssea) e ainda os sinais de Werkgaertner (marca da boca do cano da arma de fogo em tiro encostado).

    Alternativa correta: D


  • Nos tiros encostados, pode-se encontrar um halo de fuligem na lâmina

    externa do crânio, costelas e escápulas (Sinal de Benassi) e, na pele, o

    desenho da boca e da massa de mira do cano (Sinal de Werkgaertner).

    Bons Estudos!

  • Falou de Benassi e Werkgaertner

    Falou de Tiro Encostado

    Letra d)

  • letra D será Camara de Mina de Hoffman.. questão deveria sera anulada!

  • Resposta do qconcursos!

     

    De acordo com as alternativas dadas pela questão pode-se chegar à conclusão que a resposta correta, por exclusão, é facilmente detectada pelo fato de ser uma ferida na região occipital (região parte póstero-inferior do cérebro), com sinais de Benassi (a zona ou orla do esfumaçamento aparece ao redor do orifício de entrada, nos tiros encostados e impregnação de pólvora na tábua óssea) e ainda os sinais de Werkgaertner (marca da boca do cano da arma de fogo em tiro encostado).
     

    Alternativa correta: D

  • Gabarito “D”

     

    Região occiptal é a parte traseira (posterior) e inferior do crânio. Sinal de Benassi é o esfumaceamento ósseo nos disparos encostados, ou seja, fuligens que ficam grudadas na camada externa do osso que é atingido por um disparo encostado (no caso do crânio) e sinal de Werkgaertne é o desenho impressona pele pela boca do cano e massa de mira de uma arma de fogo, produzido pela ação contundente ou pelo aquecimento (ocorrendo também no caso de tiro encostado).

  • Acertei, mas acho que seria Hoffman.

  • Marquei a letra D mas para mim não tem nenhuma certa. Roberto Blanco afirma que o sinal de Werkgaertner se dá quando o tiro é encostado E NÃO HÁ PLANO ÓSSEO logo abaixo. Se tiver plano osseo abaixo não haverá o sinal de Werkgaertner uma vez que a pele vai explodir. Já o Sinal de Benassi e Mina de Hoffmann é tiro encostado com o plano osseo logo abaixo. Lembrando que o sinal de benaSSi é no oSSo e a câmara de minas de Hoffmann é na pele!

  • TIRO ENCOSTADO


    - Forma irregular (estrelado) pela dilaceração dos tecidos pelos gases explosivos (mina de Hoffmann)
    - Sem zona de tatuagem ou de esfumaçamento
    - Diâmetro do ferimento maior que o projétil (explosão dos gases)
    - Halo fuliginoso nos ossos: (sinal de Benassi)
    - Impressão (pressão) do cano da arma (sinal de Pupe-Werkgaertner)
    - Quando transfixante: trajeto com orifício de entrada e saída

     

    LUIS - QG

  • Questão absurda. Werkgaertner não tem plano ósseo por baixo. Com plano ósseo o sinal na pele seria Lesão em Boca de Mina de Hoffmann. Já o sinal de Benassi tá certo (é o sinal que aparece no osso no tiro com cano encostado). 

  • Comentário do professor

     

     

    De acordo com as alternativas dadas pela questão pode-se chegar à conclusão que a resposta corre...

    Autor: Daniele Duó , Mestra em Química (UERJ), Doutora em Química Ambiental (UERJ) e Doutoranda em Ecologia e Evolução (UERJ)

     

    De acordo com as alternativas dadas pela questão pode-se chegar à conclusão que a resposta correta, por exclusão, é facilmente detectada pelo fato de ser uma ferida na região occipital (região parte póstero-inferior do cérebro), com sinais de Benassi (a zona ou orla do esfumaçamento aparece ao redor do orifício de entrada, nos tiros encostados e impregnação de pólvora na tábua óssea) e ainda os sinais de Werkgaertner (marca da boca do cano da arma de fogo em tiro encostado).

  • GABARITO D


    CARACTERÍSTICAS DOS TIROS:

    Longa distância:

    -bordas invertidas;

    -orla de escoriação;

    -orla de enxugo (zona de alimpadura);

    -orla equimótica (zona de contusão).


    Curta distância:

    -zona de chamuscamento;

    -zona de tatuagem;

    -zona de esfumaçamento.


    Encostados:

    -câmara (boca) de mina de Hofmann;

    -sinal do funil de Bonnet;

    -sinal de Benassi;

    -sinal de Puppe-Wekgartner.


    Sinal de Benassi: Zona de tatuagem ou zona de esfumaçamento presente em Tiros encostados sobre superfícies ósseas - os sinais ficarão marcados ao redor do próprio osso (orifício de entrada).

    Sinal de Werkgaertner: Somente em tiros encostados, porém pode surgir em qualquer lugar do corpo. Basicamente é o desenho da boca do cano da arma sobre a superfície (por fuligem) quando o tiro é encostado.

     

    bons estudos

  • Sinal de Werkgaertner não tem plano osseo (pelo menos subjacente) embaixo...

  • Questão bastante confusa. Marquei a D, pois, ao meu ver é a "menos" errada.

    No entanto, Sinal de Puppe- Werkgaertner: Tiro disparado com o cano encostado na pele SEM osso por baixo, há um decalque da boca da arma na pele (representação da boca da arma).

    Ferida de boca de mina de Hoffman (na pele): tiro com cano encostado COM osso por baixo. 

    Sinal de Benassi: A fumaça suja o osso, mancha, resíduo/ sujeira de pólvora que tem no osso ao redor do ferimento. 

    Logo, incompatível o sinal Benassi e de Werkgaertner (se tratando de uma única lesão).

    O mais correto seria a presença do Sinal de Benassi e a ferida de boca de mina de Hoffman.


ID
453226
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-PB
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A respeito dos tipos de lesão que ocorrem no pescoço, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Salvo melhor juízo:

    a) ERRADA: não há feridas multiplas, mas uma lesão única anterior (parte de trás do pescoço) de um lado para o outro;

    b) CORRETA: 

    c) ERRADA: esse é o conceito de esgorjamento, estrangulamento é a constrição do pescoço com um laço, gerado por força humana;

    d) ERRADA: tal lesão é a decaptação;

    e) ERRADA: na decaptação a cabeça se separa totalmente do corpo.

  • na verdade, acho que o erro da letra a é que a degola ocorre na nuca, parte posterior do pescoço.

  • ALTERNATIVA "A" - Mneumônico "PDAE" - Posterior Degolamento, Anterior Esgorjamento; O erro da assertiva está em dizer que o degolamento ocorre na parte anterior.

     

    ALTERNATIVA "B" - Roberto Blanco, citando G. V. França, aduz que a lesão de esgorjamento é tipicamente uma lesão cortocontusa, mas há casos em que será produzida por instrumento cortante, sendo, portanto, lesão incisa.

     

    ALTERNATIVA "C" - No estragulamento não há secção do pescoço, mas sim sua constrição.

     

    ALTERNATIVA "D" - Guilhotina irá gerar a lesão de decapitação, onde a cabeça se separa por completo do corpo.

     

    ALTERNATIVA "E" - Vide comentário à alternativa D.

  • O comentário do colega Wilix Silva em relação a letra C está incorreto. 

    A alternativa trata do DEGOLAMENTO. Só lembrar da gola da camisa que fica na parte posterior do pescoço.

    Já o ESGORJAMENTO é na parte anterior do pescoço (lembrar de garganta).

  • Esgorjamento: Lesão profunda na parte anterior e laterais do pescoço.

    Degola: Lesão profunda na parte posterior do pescoço. 

    Decapitação: Secção total do pescoço. 

    Esquartejamento: Separação do corpo em quatro partes. 

    Espostejamento: Separação do corpo em diversas partes. 

  • Esgorjamento: quando ocorre corte na parte anterior (da frente) do pescoço e a garganta fica exposta, é  geralmente produzida por instrumento cortante ou cortocontundente e pode ser única ou múltipla. Lembre que o esgorjamento é no: “GÓGÓ”.

    - Degolamento: Ferimento produzido na parte posterior (nuca) do pescoço, por instrumento cortante ou corto-contundente. Lembrar de: “GOLA”

    - Decapitação: é o ato de separar completamente a cabeça do corpo, produzido, em regra, por instrumentos corto-contundentes.

  • De trás - Degolamento

    Da frente - esgorjamento


ID
453235
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-PB
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O exame de corpo de delito consiste na perícia realizada sobre vestígios materiais deixados por um delito. Acerca de perito, perícias e documentos médico-legais, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A) ERRADO Ao encerrarem o relatório, respondem os peritos de forma sintética e convincente, afirmando ou negando, não deixando escapar nenhum quesito sem resposta. É certo que, na Medicina Legal, que é ciência de vastas proporções e de extraordinária diversificação, em que a certeza é às vezes relativa, nem sempre podem os peritos concluir afirmativa ou negativamente. Não há nenhum demérito se, em certas ocasiões, eles responderem "sem elementos de convicção”, se, por motivo justo, não se puder ser categórico. (Genival Veloso, Medicina Legal, 2015, p. 93)

    B) ERRADO  sob o ponto de vista técnico recomenda-se que as necropsias médico-legais sejam feitas, sempre que possível, à luz do dia, pois a luz artificial além de criar sombras em diversos ângulos de incidência, principalmente no interior do corpo, jamais substitui a luz natural, podendo, com isso, desvirtuar a boa observação do perito. (Genival Veloso, Medicina Legal, 2015, p. 1085)

    C) ERRADO O exame de corpo de delito indireto é aquele instrumento utilizado para provar a materialidade do crime por meio de prova testemunhal e ficha de registro médico. (ASPECTOS PROCESSUAIS E MÉDICO LEGAIS DO EXAME DE CORPO DE DELITO E DAS PERÍCIAS EM GERAL  - ELIANE ALFRADIQUE Juíza de Direito  p 1)

    D) ERRADO O perito não é testemunha, mas sim um profissional técnico e, como tal, não se submete à “inquirição” seja das partes, de qualquer interessado, do Ministério Público e muito menos do magistrado que preside a Audiência de Instrução e Julgamento, para fins de registro na assentada. http://www.impetus.com.br/artigo/908/perito:-tecnico-ou-testemunha-na-audiencia

    E) CERTO  O exame de corpo de delito pode ser direto, quando os peritos o realizam diretamente sobre a pessoa ou objeto da ação delituosa, ou indireto, quando não é propriamente um exame, uma vez que os peritos se baseiam nos depoimentos das testemunhas por haverem desaparecido os vestígios, nessa hipótese, o exame pode ser suprimido pela prova testemunhal. http://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1135/Corpo-de-delito

  • A afirmativa A para mim esta errada também. Deve-se responder todos quesitos

  • Pessoal, creio que o erro da alternativa A está no fato de que o juiz poderá mandar sanar erros ou obscuridades do laudo, conforme art 181 do CPP:

     

             Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.  (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

            Parágrafo único.  A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente.

     

    Isso quer dizer que não necessariamente o laudo será nulo por ausência de resposta aos quesitos.

  • A assertiva E, por sua redação, a meu ver, menos errada; uma perícia realizada em um aparelho de telefone que não foi encontrado na cena do crime, mas entregue pela vítima posteriormente, é uma perícia direta e não é feita sobre a pessoa ou sobre o instrumento no local do crime.

  • A parte mais importante do Relatório é a DESCRIÇÃO. Posto isso, a resposta aos quesitos são afirmações ou negações, de modo que o conteúdo de maior valor está na descrição (visum et repertum). Lembrem-se do Bizu:

    Documentos médicos legais mais importantes: N-A-Pa-Re-De

    Notificações

    Atestados

    Pareceres

    Relatórios

    Depoimento oral

    Sobre o Relatório: este se divide em 07 partes: lembrar do mnemônico: PRE-QUE-HIS-DE-DI-CO-RESPOSTAS

    PREÂMBULO

    QUESITOS

    HISTÓRICO

    DESCRIÇÃO - parte mais importante

    DISCUSSÃO

    CONCLUSÃO

    RESPOSTA AOS QUESITOS

    O parecer possui a mesma estrutura do relatório, com exceção da descrição, sendo sua parte mais importante a discussão

  • Direto - Realizado nos vestígios deixados pela infração penal;

    Indireto - Quando realizado de modo supletivo por meio de prova testemunhal.

  • A diferença entre a testemunha e o perito é que a primeira é solicitada porque já tem conhecimento do fato e o segundo para que conheça e explique os fundamentos da questão discutida, por meio de uma análise técnico-científica. 


ID
453241
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-PB
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Assinale a opção correta no que se refere a procedimentos da perícia médico-legal e seus documentos.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra D

    Para conservação de fragmentos de vísceras retirados de cadáveres, com vistas à realização de exame histopatológico, a adição de formol ao frasco é a medida mais adequada.

     

     

  • O auto é ditado ao escrivão e o laudo redigido de próprio punho pelo perito.

  • Letra "A" - Se assim fizer, inviabiliza uma possível comparação balística no futuro.

    Letra "B" - O formol no sangue atrapalharia no exame de alcoolemia.

    Letra "C" - O exame pericial começa com a observação do cadáver da forma que ele chegou ao IML, o Legista irá descrever as roupas (cor, tipo, etc), depois disso é que elas são retiradas, o cadáver e lavado, etc...

    Letra "D" - CORRETA.

    Letra "E" - O LAUDO pode (e não "deve") ser ditado. Quando é ditado, será denominado "auto".

  • Complementando o comentário do colega LHBN:

    O erro da letra E além do deve ser ditado , que deveria ser *pode* ser ditado, é que ele não é ditado ao auxiliar de necropsia e sim ao escrivão.

    O laudo pericial *deve* ser ditado ao *auxiliar de necropsia*, passando, então, a denominar-se auto.

  •  O formol é um fixador de células que impede a decomposição.


ID
453250
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-PB
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Assinale a opção correta em relação à traumatologia forense.

Alternativas
Comentários
  • Segue os instrumentos lesivos e as feridas causadas:

    Instrumentos Lesivos - feridas

    Cortantes - incisa

    Corto contundente - corto contusa

    Perfurantes - punctória

    Perfuro cortante - perfuro incisa

    Contundente - contusão

     

    Gabarito: C

  • ALTERNATIVA "A" - Não necessariamente, vários fatores podem influenciar para que o PAF faça tal trajetória, como ser projetil transfixante (pontiagudos) ou penetrante (ponta arredondada), ser de alta energia (velocidade superior a 600 m/s) ou normal (baixa energia até 300 m/s e média energia maior que 300 e menor que 600 m/s);

     

    ALTERNATIVA "B" -  É a parte final da ferida produzida por meio cortante, que age por deslizamento sobre a pele, ou seja, indica o local de saída do golpe de uma lesão incisa.

     

    ALTERNATIVA "C" - CORRETA.

     

    ALTERNATIVA "D" - As características foram invertidas.

     

    ALTERNATIVA "E" - São características das feridas perfurocontusas produzidas por projetil de arma de fogo.

  • A - ERRADA - a possibilidade de transfixação do crânio não tem relação somente com a distância do disparo, como afirma a questão. Vai depender da capacidade de transfixação do projétil, a energia cinética transferida, a estabilidade do projetil etc. Inclusive projéteis disparados à longa distância podem atingir tanto o osso frontal quanto o occiptal num mesmo disparo.

     

    B - ERRADA - ferida produzida por instrumentos cortantes e perfurocortantes produzem a chamada "cauda de escoriação" ou "cauda de rato"

     

    C - CORRETA - com a ressalva de que nos instrumentos perfurantes de médio calibre, as soluções de continuidade dessas feridas assemelham-se às produzidas por instrumento de dois gumes ou tomam a aparência de “casa de botão” (1ª lei de Filhos - lei da semelhança). Entretanto, a questão está correta, porque informa a regra, qual seja, a formação de feridas punctórias (principalmente nos instrumentos perfurantes de pequeno calibre).

     

    D - ERRADA - as características foram invertidas pela alternativa.

     

    E - ERRADA - as características apontadas são das lesões por PAF, e não por arma branca.

     

    FONTE: FRANÇA

  • Bordas Invertidas: ferimentos de entrada

    Bordas Evertidas: ferimentos de saída

  • importante destacar qual a referencia bibliográfica usada pela banca. No caso do França, ao se referir à lesões provocadas por instrumentos cortantes, a lesão será CORTANTE. ( Para frança o termo lesao INCISA, decorre de incisão cirúrgica). Destaca se ainda que, o termo INCISA ( a depender da fonte) é utilizada em criminalistica, aí sim usada para referir se a lesao provocada por instrumento cortante.
  • Eu aprendi que a ação que faz determinada lesão, e não o instrumento em si.. segue o jogo.

  • Não dá para entender essa banca, uma hora a regra vale, outra hora não. É uma piada mesmo.


ID
545797
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Quando um corpo é atingido por um tiro, ao penetrar no corpo, o projétil provocará duas cavidades. Uma delas será responsável pela compressão dos tecidos por onde passar, interrompendo os impulsos nervosos emitidos pelo cérebro e fazendo com que esse corpo caia. Tal cavidade e efeito são denominados, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • A cavidade temporária é mais difícil de ser observada, pois consiste em uma grande abertura dos tecidos moles poucos instantes após o choque do projétil, que permanece assim apenas por frações de segundo, devido à elasticidade dos tecidos do corpo humano.

     

    1) Penetração. O tipo de tecido pelo qual o projétil passa, e quais estruturas são rompidas ou destruídas;

    (2) Cavidade permanente. O volume de espaço que era ocupado por tecido e que foi destruído pela passagem do projétil. Ocorre em função da penetração e da área frontal do projétil. É o canal que permanece após a passagem do projétil;

    (3) Cavidade temporária. A expansão da cavidade permanente, estirada devido à transferência de energia cinética durante a passagem do projétil;

    (4) Fragmentação. Pedaços de projétil ou fragmentos secundários de ossos que são impelidos além da cavidade permanente e podem cortar tecido muscular, vasos, etc.


ID
590740
Banca
FDRH
Órgão
IGP-RS
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em relação às feridas contusas, pode-se afirmar que
I – são lesões em que a profundidade predomina sobre o comprimento, sendo visíveis a superficialização e a exteriorização do instrumento causador da lesão.
II – são feridas geralmente muito sangrantes.
III – são lesões que apresentam fundo irregular e bordas irregulares e equimosadas.
Quais afirmações estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Ferida/lesão contusa: é aquela feita por agente vulnerante físico-mecânico contundentecom bordas, paredes e fundos sujos e irregulares, rasga a pele, como uma paulada, uma pedrada, tijolada, um soco, por exemplo.

     

    - Instrumentos típicos: Piso, Parede, Mão, Pé, Veículo, Pedra, Pau

     

    - Gravidade da lesão (generalização - classificação médico-legal e não a do CP):

               Leves: Rubefação, Edema traumático, Equimose, Escoriação, Bossa

              Média: Ferida contusa, Entorse, Luxação

              Intensa: Fratura, Rotura visceral, Esmagamento, Avulsão

  • Corrigindo as assertivas:

    I – são lesões em que o comprimento predomina sobre a profundidade, não sendo visíveis a superficialização e a exteriorização do instrumento causador da lesão.

    II – são feridas menos sangrantes que as cortantes.

    III – são lesões que apresentam fundo irregular e bordas irregulares e equimosadas. (CORRETO)

  • Incisas ou cortantes - predomínio do comprimento sobre a profundidade

    lesões profundas: puntiformes


ID
590743
Banca
FDRH
Órgão
IGP-RS
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

No estudo de um cadáver, vítima de homicídio por disparos de arma de fogo, o encontro, no entorno (orla) dos orifícios, do denominado anel de Fish, sem outros achados adicionais, caracteriza que

Alternativas
Comentários
  • ANEL DE FISH: Em linguagem médico-legal, significa ferimento perfuro-contuso.
    Em um disparo à distância somente o projétil disparado alcança a vítima.


  •  

    Todas as lesões de entrada de PAF, independentemente da distância do disparo, terão a orla de enxugo, a orla de escoriação e a orla de equimose, efeitos primários causados pelo projetil, formando o denominado anel de Fisch – anel de fisch, portanto, é a orla de escoriação por fora e a orla de enxugo por dentro.

     

    Diz-se que o tiro foi a distância pq somente o projetil atingiu a vítima, ou seja, a distância entre o atirador e a vítima era maior que o alcance do cone de dispersão (pólvora, chama, gases produzidos pelo disparo da arma de fogo); Quando os elementos do cone de dispersão alcançam a vítima, então, o tiro será à curta distância.

     

  • FRANÇA (2015): A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância. Nas vísceras, principalmente no pulmão, o ferimento de entrada apresenta o halo hemorrágico visceral de Bonnet (Figuras 4.33 e 4.34). Não se observa no de saída (Figura 4.35).


    a) CERTO - a questão indica que os tiros foram à longa distância, em razão da presença do anel de Fisch, dos efeitos primários do projetil de arma de fogo, e da ausência dos efeitos secundários do disparo de PAF.


    b) ERRADO - não há qualquer evidência de tiro com cano encostado, tampouco seus sinais característicos, como o Sinal de Benassi ou o Sinal da Câmara de Mina de Hoffmann, ou ainda o Sinal de Puppe Werkgartner.


    c) ERRADO - não há presença de sinais dos efeitos secundários do disparo de PAF.


    d) ERRADO - não há presença de sinais dos efeitos secundários do disparo de PAF.


    e) ERRADO - o anel de fisch é característico das lesões de entrada de PAF.

     

  • Gabarito: Letra A

     

    A orla de escoriação, ou anel de Fisch, é um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância, tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Como a questão citou que não houve outros achados adicionais, pode-se concluir que o tiro foi à longa distância.

     

     

    Fonte: Medicina Legal - Genival Veloso França

  • Orla de enxugo ou alimpadura ou sinal de Chavigny. Aparece só a alimpadura ou o enxugo. É uma lesão decorrente da entrada do projétil de arma de fogo, que deixa uma sujeira na pele decorrente do resíduo deixado pelo projétil.

    Orla de escoriação ou contusão ou desepitalização. É a derme exposta em razão da ferida produzida pela entrada do projétil. Quando o projétil entra ele empurra as fibras da pele, porém, ao penetrar no corpo, como a pele é elástica, ela volta. Ocorre que a derme volta mais do que a epiderme, assim, fica aparecendo a derme fechada, já que há um arrancamento da epiderme.

    Anel de Fisch. Fisch chamou o somatório da orla de escoriação e da orla de enxugo de anel de Fisch, que nada mais é do que a característica de uma entrada de projétil formada pela orla de escoriação e orla de enxugo. Quanto menor o círculo do anel, mais próximo o tiro, quando maior o anel, mais distante foi o tiro.

    Zona de chamuscamento ou orla de queimadura. Essa queimadura é provocada pela chama que sai do cone. O projétil em si não queima, o que queima são os gases incandescentes que saem da boca da arma. Ocorre nos tiros disparados de perto, produzem a orla de queimadura ou chamuscamento.

    Zona de esfumaçamento ou tisnado. Junto com a nuvem do cone vem uma fumaça que suja o alvo.

    Zona de tatuagem. Junto com a fumaça vem conjunto de pólvora que não queimou (incombusta), metal do cano e resíduos sólidos. Esses resíduos entram na pele, atravessam a epiderme e vão impregnar na derme, forma-se uma tatuagem, as quais não saem nem com limpeza, ficando impresso.

  • "O movimento giratório escoria (esfola) a pele, dando origem à orla de escoriação ou orla de Fisch, e permite que o projétil se limpe, deixando as impurezas com graza, óleo de limpeza da arma e fuligem da quema da pólvora na entrada do corpo, formando uma zona  escura, mais interna, chamada orla de enxugo". 

    Neusa Bittar. 

  • O chamado Anel de Fisch (não Fish de peixe em inglês), consiste na conhecida orla de contusão causada pela penetração do PAF no tecido. A presença apenas deste elemento na pele, sem elementos secundários (zonas), pode caracterizar que os tiros foram efetuados à longa distância.

    Portanto, a letra A é a melhor alternativa como resposta. Entretanto, cumpre consignar que, se a vítima estivesse trajando vestes na região impactada, os elementos secundários seriam mascarados e estariam presentes impregnados na roupa. Fiquem ligados!

    Gabarito: A

  • Que viagem é essa???? A única coisa que pode-se concluir com certeza é que o orifício é de entrada. Somente!

  • No estudo de um cadáver, vítima de homicídio por disparos de arma de fogo, o encontro, no entorno (orla) dos orifícios, do denominado anel de Fish, sem outros achados adicionais, caracteriza que:

    Antes é preciso inferir que o anel de Fish representa a entrada do projétil (sobreposição da orla); a falta de achados adicionais, como zona de tatuagem para inferir a curta distância, e sinais de tiro encostado, torna conclusivo que representa a entrada de um tiro efetuada à distância.


ID
592249
Banca
PC-MG
Órgão
PC-MG
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Uma lesão caracterizada por infiltração hemorrágica nas tramas dos tecidos é denominada

Alternativas
Comentários
  • ENTORSE: Distensão violenta e dilaceração dos ligamentos de uma articulação, acompanhada de inchação dolorosa.
    EQUIMOSE: Trata-se de uma nódoa formada na pele por extravasão de sangue resultante de contusão, e cuja cor passa do vermelho ao azulado e finalmente ao amarelado.
    ESCORIAÇÃO: Ligeira esfoladura que atinge a epiderme, chaga superficial da pele; ferimento. 
    RUBEFAÇÃO: Vermelhidão da pele produzida por inflamação ou por rubefaciente (Diz-se do/ou medicamento irritante, cuja aplicação à pele produz congestão intensa e passageira: a mostarda é um rubefaciente).
  •  

    RUBEFAÇÃO

     

                 Congestão repentina, efêmera e fugaz que se forma no local atingido pelo trauma. Ao voltar a normalidade circulatória, desaparecem os sinais.

                 O autor França afirma ser a rubefação a mais humilde e transitória de todas as lesões produzidas por ação contundente

     

    EXEMPLO




    ESCORIAÇÃO

     

    Arrancamento da derme e desnudamento da epiderme de onde flui serosidade.

    Sinonimos: erosão epidérmica e abrasão.

    Quando atinge a derme não é mais escoriação e sim ferida. Escoriação não deixa cicatriz.

    Escoriação post mort - derme branca - não sangra - sem serosidade.

     

    EXEMPLO



    TUMEFAÇÃO

     

    É uma forma de hematoma que se localiza sobre superfície ósseas. É o popular "galo".

     

    EXEMPLO

       

     

     

     

    EQUIMOSES

     

    São infiltrações hemorrágicas nas malhas dos tecidos.

     

    Podem se apresentar quanto a forma:

    Sugilação - firma de pequenos grãos.

    Petéquias - equimoses puntiformes.

    Vibices - equimoses em estrias.

    Equimoma - quando de grandes proporções.

     

    Quanto ao local:

    Local - no local do trauma.

    Distância - fora do local de trauma (equimose orbitária na fratura da base do crânio.

     

    EQUIMOSES POR ASSINATURA

    Ocorre quando há a impressão na epiderme do objeto agressor

     

    EXEMPLO: estrias pneumáticas de Simonin (estrias do pneu do carro que se imprimem contra a pele no esmagamento do atropelamento); Vibices (impressões características de cassetetes e bastões. 

       

     

     

    ESPECTRO EQUIMÓTICO
    Le Grand Du Salle  
    CORES DIAS
    Vermelha 01
    Violácea 02 / 03
    Azul 04 à 06
    Esverdeada 06 à 10
    Amarelada 10 à 12

     

    DIFERÊNCIAÇÃO DE EQUIMOSES E LIVORES

    EQUIMOSES - sangue coagulado, malhas de fibrina, infiltração hemorrágica, qualquer lugar.

    LIVOR HIPOSTASE - sangue não coagulado, ausência de malha de fibrinas, localiza-se nas Zonas de decúbito.

     

    EXEMPLO

    Estigmas Ungueais

     

     

  • 8. Equimoses e hematomas - na equimose há rompimento dos capilares, porém sem perda da continuidade da pele, sendo que no hematoma, o sangue extravasado forma uma cavidade.

    Também as feridas podem ser classificadas de acordo com o GRAU DE CONTAMINAÇÃO. Esta classificação tem importância pois orienta o tratamento antibiótico e também nos fornece o risco de desenvolvimento de infecção.

  • Em lesões, como hematomas, as partes moles abaixo da pele são danificadas. Existem alguns tipos de lesões, como mostrado abaixo:

    - entorse: é uma lesão quando ocorre a ultrapassagem do limite de movimentação da articulação, normalmente ocorre distenções e rompimento de ligamentos.

    - equimose: é uma lesão que causa infiltração de sangue na malha dos tecidos. Surge com a ruptura dos capilares.


    - escoriação: trata-se de uma lesão superficial da pele causada normalmente pelo atrito com superfícies rugosas.

    - rubefação: ocorre o avermelhamento decorrente da vasodilatação da área afetada.

    Portanto, de acordo com a questão, a alternativa correta é equimose.


    Alternativa correta: B


  • Todas as lesões acima são contusas.

    Entorse: Lesões nas articulações e ligamentos

    Equimose: infiltração hemorrágica nos diferentes planos teciduais com extravasamento sanguíneo. Existem as denominadas "equimoses figuradas" que por muita das vezes trazem a marca dos instrumentos na pele; destaco aqui a famosa estrias pneumáticas de Simonin ( = trazem as marcas de pneu na superfície da pele).

    Escoriação --> Envolve o arrancamento da epiderme, e desnudamento da derme. Não cicatrizam, apenas regeneram.

    Rubefação-->. não há rompimento de vaso sanguíneo, apenas uma dilatação do mesmo. Exteriorizada na forma de macha vermelha e transitória, deve ser diagnosticada com certa rapidez.

  • A equimose se diferencia da rubefação, pois, na equimose, o sangue extravasou e pode ser visto através da camada da pele (infiltração hemorrágica no tecido).

  • Se há infiltração sanguínea, há o chamado extravasamento de sangue, que é característica das EQUIMOSES. Nesse caso, em diferenciação desta com a rubefação, não há nesta o extravasamento, mas apenas uma vermelhidão causada por ação de instrumento contundente. Obs. Rub = Vermelho. Uma outra observação reside na ESCORIAÇÃO, nessa não há a cicatrização, típica das FERIDAS, mas sim a regeneração. Então, ferida cicatriza e escoriação regenera. Sobre as ENTORSES, essas são produzidas quando há um trauma envolvendo os ligamentos nos encontros de dois ossos (por exemplo, e, sendo bem atécnico). Nesse caso, essa é uma característica que diferencia as entorses das luxações. 

  • Rubefação= bofetada

  • LETRA D - ERRADA - Quanto o que vem a ser rubefação,  Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 257):

     

    “A rubefação ou eritema traumático caracteriza-se pela congestão repentina e momentânea de uma região do corpo atingida pelo traumatismo, evidenciada por uma mancha avermelhada, efêmera e fugaz, que desaparece em alguns minutos, daí sua necessidade de averiguação exigir brevidade. Seu surgimento é imediato ao trauma. A bofetada na face ou nas nádegas de uma criança, onde muitas vezes ficam impressos os dedos do agressor, configura exemplo dessa tipificação lesional. Ao se restabelecer a normalidade circulatória regional atingida, desaparecem todos os seus vestígios. A rubefação é a mais humilde e transitória de todas as lesões produzidas por ação contundente.” (Grifamos)

  • LETRA C - ERRADA - Quanto ao que vem a ser escoriação, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 257):

     

    “Escoriação. Tem quase sempre como origem a ação tangencial dos meios contundentes. Pode ser encontrada isolada ou associada a outras modalidades de lesões contusas mais graves. Tem pouco significado clínico, mas assume um valor indiscutível na perícia médico-legal. Define-se, de forma mais simples, como o arrancamento da epiderme e o desnudamento da derme, de onde fluem serosidade e sangue. Simonin chamou-a de erosão epidérmica e Dalla Volta de abrasão.

     

    (...)

     

    Escoriação típica é aquela em que apenas a epiderme sofre a ação da violência. Quando a derme é atingida, não é mais escoriação, e sim uma ferida. A escoriação não cicatriza, não deixa marcas. A regeneração da área lesada é por reepitelização. Há o restitutio ad integrum.” (Grifamos)

  • LETRA A - ERRADO - Quanto o que vem a ser entorse, Croce, Delton Jr. (in Manual de medicina legal— 8. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012.p. 314):

     

    Entorse — Na entorse, as extremidades ósseas da articulação executam um movimento que ultrapassa os limites fisiológicos, afastando-se temporariamente uma da outra para, a seguir, retomarem as suas relações anatô­micas normais, acompanhado de ruptura ligamentar parcial ou completa. Consiste, então, a entorse na ruptura dos ligamentos consequente ao afastamento brusco das superfícies articulares sem luxações e quando sujeito à ação violenta e indireta do agente vulnerante.” (Grifamos)

  •  b) equimose.

     

    Para Wilson Luiz Palermo Ferreira (in Medicina Legal. Sinopses Jurídicas. 2016. p. 92), a diferença é:

     

    “Nas equimoses o sangue está infiltrado, espalhado nas malhas dos tecidos. Nos hematomas, os tecidos vizinhos são deslocados e comprimidos.” (Grifamos)

     

    Para Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 259):

     

    Equimose. Trata-se de lesões que se traduzem por infiltração hemorrágica nas malhas dos tecidos (Figura 4.9). Para que ela se verifique, é necessária a presença de um plano mais resistente abaixo da região traumatizada e de ruptura capilar, permitindo, assim, o extravasamento sanguíneo.” (Grifamos)

  • Entorse: Lesões nas articulações e ligamentos

    Equimose: infiltração hemorrágica

    Escoriação --> Epiderme esfolada

    Rubefação-->. Bufetada

  • DOS MEUS RESUMOS

    EQUIMOSE

    Infiltração hemorrágica nas malhas dos tecidos vista pela transparência de uma membrana. Nem sempre surge de imediato. É necessária a presença de um plano mais resistente abaixo da região traumatizada por ação contundente. SÓ OCORRE NOS VIVOS. Ocorre a rotura de capilares e a infiltração dos tecidos por sangue. Espécies:

    1)     Sugilação: pequenos grãos (aglomerado de petéquias), ex: chupão;

    2)     Víbice: forma de estrias/frisados/faixas duplas;

    3)     Petéquia: pontilhado hemorrágico;

    4)     Sufusão/equinoma: equimoses mais difusas/espalhadas;

    5)     Mancha de PAUTALF: grande lençol hemorrágico.

    6)     ENquimose: equimose de fundo emocioNal.

     

    OBS: as equimoses em regra têm formas pouco definidas, mas existem lesões com “assinaturas” que demonstram o instrumento, ex: dentes. 

    OBS: evolução cromática da lesão/espectro equimótico de LEGRAUND DU SAULLE (a cor ajuda a descobrir o tempo da agressão): 1º dia: vermelho; 2º e 3º dia: vermelho violáceo/arroxeado; 4º ao 6º dia: azulado; 7º ao 10º dia: esverdeado; em torno do 12º dia: amarelado (causada por hemossiderina); 15º ao 20º dia: desaparece. TOURDES: recente; 3-6; 7-12; 12-17. DEVERGIE: 1-2; 3; 5-6; 7. 

    OBS: nas equimoses subconjuntivais não há essas fases de cores e nexo temporal da lesão, começa e termina vermelho vivo.

    OBS: equimose post mortem: não são equimoses, são livores hipostáticos, acúmulo de sangue decorrente de região de maior declive do cadáver e é sinal de certeza de morte. TÉCNICA DE CORTE DE BONNET com a incisão: se o sangue não sair, ficando infiltrado nas malhas dos tecidos: equimose em vida; se o sangue sair dos vasos: livores. Ex. livores em um cadáver enforcado (pendurado): membros inferiores, mãos, antebraços, língua e face... após 8 horas, se mexer no cadáver, não muda a posição do livor.

    HEMATOMA

    Coleção hemática produzida pelo sangue extravasado dos vasos (fora dos vasos), deslocando a pele e os tecidos, formando uma cavidade onde se aninha e criando uma bolsa de sangue. Ocorre em locais de tecido frouxo/mole (sem plano ósseo, ou será Bossa). Com o passar do tempo o organismo absorve o sangue, havendo ali as mesmas variações de cores da equimose, só que o processo é mais demorado. Ex: socos nos olhos, que ficam inchado/roxo. Tipos:

    1)     Extradural: entre a dura-máter e o osso do crânio;

    2)     Sub-dural: abaixo da dura-máter e acima da aracnóide;

    3)     Sub-aracnodeio: abaixo da aracnoide e acima da pia-máter.

    4)     Intracefálico: hematoma dentro do encéfalo.

    EQUIMOSES VERSUS HEMATOMA

    Na equimose o sangue ESTÁ INFILTRADO, mas não afastou as fibras e no hematoma NÃO HÁ INFILTRAÇÃO DE SANGUE nas malhas dos tecidos, irá afastar e comprimir os tecidos formando uma cavidade nova.


ID
592270
Banca
PC-MG
Órgão
PC-MG
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O percurso realizado por um projétil de arma de fogo no interior do corpo humano é denominado

Alternativas
Comentários
  • PERCUSSO SO PROJETIL ATE O CORPO HUMANO DENOMINA-SE TRAJETÓRIA E DENTRO DO CORPO HUMANO DENOMINA-SE TRAJETÓRIA.
  • Trajeto -> É o caminho percorrido pelo projétil no interior do corpo.
    Pode ser: transfixante (termina no orifício de saída), terminar em fundo cego ou perder-se em uma cavidade (coração, estômago, etc).
    Órgãos contendo líquidos, podem apresentar o fenômeno da explosão (pelo princípio físico de Pascal). Pode haver a formação de projéteis secundários por fragmentação em planos ósseos.
    A redução da força viva do projétil, torna-o cada vez mais contundente e menos perfurante, fazendo com que o trajeto se expanda em amplitude, em forma de cone, com o vértice voltado para o orifício de entrada.

  • De acordo com o Prof. Genival Veloso de França, trajeto é o caminho percorrido pelo projétil  no interior do corpo. Ainda segundo o autor, alguns usam a expressão trajetória  para todo o percurso do projétil, desde a sua saída da boca do cano até o local de sua parada final.

    Medicina Legal - Nona Edição.


  • O percurso realizado por um projétil de arma de fogo no interior do corpo humano é denominado trajeto. Já trajetória é o nome dado ao percurso que o projétil realizou entre a arma de fogo e a vítima. Halo e deformações são características do orifício de entrada do projétil na vitima ou resultante de alguma lesão.

    Alternativa correta: C


  • Trajeto --> caminho percorrido pelo PAF no interior do corpo.

    Trajetória --> considera-se o caminho percorrido desde o disparo até a vítima

  • TrajetO = dentrO

    TrejatóriA = forA

  • Trajetória - Caminho do projetil da saída do cano da arma até o alvo. 

    Trajeto - Caminho percorrido pelo projetil dentro do corpo do agente lesionado. 

    ETO - DENTRO - Eu aprendi assim, fica a dica, mas cada um tem uma maneira mais adequada para memorizar. Abs.

  • Para os que não são assinantes, segue a resposta do QC:

    O percurso realizado por um projétil de arma de fogo no interior do corpo humano é denominado trajeto.

    trajetória é o nome dado ao percurso que o projétil realizou entre a arma de fogo e a vítima.

    Halo e deformações são características do orifício de entrada do projétil na vitima ou resultante de alguma lesão. 

    Alternativa correta: C

  • Trajeto significa o percurso que o PAF (projétil de arma de fogo) faz dentro do alvo. Trajetória é o percurso que o PAF faz da boca da arma até o alvo.

  • PRA NÃO ERRAR

    TRAJET"O" TERMINA COM "O" DE CORP"O"

    TRAJETÓRI"A" TERMINA COM "A" DE BAL"A"

  • --> Seja seu próprio exemplo de superação!

    "SEMPRE FIEL"

  • TRAJETO - DENTRO

    TRAJETÓRIA - FORA

  • So pra lembrar

    Balística Interna: Dentro do Cano

    Balística Externa: Saída do cano ate o alvo

    Balística Terminal: Dentro do Alvo


ID
593335
Banca
CEPERJ
Órgão
PC-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Com relação às granadas, artefatos bélicos de arremesso, que atualmente vêm sendo utilizadas pelos traficantes cariocas, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) ao lado de cada uma das afirmativas abaixo e determine qual a sequência correta.

( ) Possuem trajetória retilínea, sua forma pode ser esférica, cilíndrica ou oval, são munidas de espoleta e dotadas de carga interior variável segundo sua aplicação.

( ) Podem ser lançadas com a mão ou com o auxílio de uma arma de fogo e detonam por tempo ou percussão.

( ) As ofensivas atuam basicamente pelo estilhaçamento ou fragmentação do invólucro.


( ) As defensivas agem principalmente pela onda explosiva, resultante da detonação da carga de arrebentamento.

( ) As especiais contêm um agente químico que produz um efeito tóxico ou irritante, cortinas de fumaça, ações incendiárias e luminosas ou qualquer combinação das mesmas.

( ) Seus efeitos lesivos mecânicos dependem da sua carga e mecanismo de ação.

Alternativas
Comentários
  • com relação as granadas ofensivas e defensivas:

    SEgunda guerra mundia.. As granadas pinneaple eram defensivas, porque tinham um exterior mais grosso e com aquelas escamas. Esse design servia para produzir o máximo de estilhaços possível. E o temporizador demora mais tempo a rebentar. Elas eram usadas para defender áreas, ou seja, atiravas a granada, escondias-te para que quando ela rebentasse, não te acertasse com os estilhaços e "limpasse" a maior área possível. Como correr em direcção a estilhaços não era muito agradável, foram desenvolvidas granadas ofensivas, cujo melhor exemplo que encontro é a "stick" dos alemães. Esta granada tinha um temporizador que rebentava mais cedo e além disso a parede era o mais fina possível, para que não produzisse estilhaços e se vaporizasse. Este tipo de granadas ofensivas usam a pressão e força da explosão para matar, e não os estilhaços, como as granadas defensivas
  • Possuem trajetória retilínea, sua forma pode ser esférica, cilíndrica ou oval, são munidas de espoleta e dotadas de carga interior variável segundo sua aplicação. FALSO. Se a granada é lançada, não pode ter uma trajetória RETILÍNEA (reta), e sim cuvilínea (em curva), para buscar o maior alcance possível.

    Podem ser lançadas com a mão ou com o auxílio de uma arma de fogo e detonam por tempo ou percussão. VERDADEIRO. Em regra, a granada é lançada a mão, mas existem dispositivos feitos para o lançamento das mesmas, o mais conhecido é aquele acoplável ao fuzil m4a1 que aparece em diversos filmes.

    ( ) As ofensivas atuam basicamente pelo estilhaçamento ou fragmentação do invólucro.
    ( ) As defensivas agem principalmente pela onda explosiva, resultante da detonação da carga de arrebentamento.

    ERRADAS.Se a intenção é defender, a tática mais adequada é a preservação ao máximo do ambiente/defesa, logo, o estilhaçamento é mais viável. Já no ataque/ofensiva, a intenção é destruir, logo, aumentar o poder de destruição/explosão. Trocaram as granadas.

    ( ) Seus efeitos lesivos mecânicos dependem da sua carga e mecanismo de ação. Precisa comentar? É claro que qualquer efeito lesivo depende da carga e do mecanismo.

    Único gaba possível, letra D.
  • Colega, as granadas ofensivas atuam principalmente pela ONDA DE PROPULSÃO. Fragmentação do invólucro toda e qualquer granada terá, a não ser que exista alguma grana que não tenha algum invólucro para segurar sua carga. As granadas DEFENSIVAS atuam pela dispersão dos estilhaços ao redor da explosão.
  • G M   O F E N S I V A

    São granadas de fraco raio de ação que em geral, não excede 15 metros e que atuam principalmente pelo efeito moral através do som, ou do choque violento do ar sobre os seres animados que alcança (sopro). O seu corpo é sempre de muito fraca espessura, de folha dferro, de zinco ou de plástico, de modo que devido ao seu reduzido peso, os estilhaços não têm nunca alcances superiores a 15 metros. Empregam-se quando as tropas que alançam se encontram descoberto.       

    Ex: GM Ofensiva de Guerra M/962. 


    G M    D E F E N S I V A

    São granadas cujo raio de ação perigoso pode atingir cerca de 200 metros, muito embora raio de ação eficaz não ultrapasse 20 metros e que atuam fundamentalmente pela ação dos estilhaços do próprio corpo que é em geral espesso feito de ferro ou aço pela ação de fragmentos que se encontram no seu interior. Destinam-se a ser empregues quando as tropas que as lançam se encontram abrigadas em obstáculos que as defendam dos efeitos da própria granada.

    Ex: GM Defensiva de Guerra M/962

    Colegas, percebam que a granada "defensiva" possui tal denominação vez que usualmente é utilizada por combatentes entrincheirados, entretanto, estas apresentam maior potencial ofensivo.

    Em contrapartida, as granadas "ofensivas", na realidade possuem maior aplicabilidade na dispersão de multidões, como as famigeradas "bombas de efeito moral".



  • Meus caros, muito cuidado com o nome.

    As granadas OFENSIVAS são usadas para DEFENDER os arremessadores. Embora se chame ofensiva na verdade ela está te defendendo, pois libera uma grande quantidade de fumaça que o individuo que se encontrava cercado possui agora a chance de fugir na nuvem de fumaça.

    Já as granadas DEFENSIVAS, são destinadas a provocar lesões nos oponentes. Apesar do nome DEFENSIVA, GRAVEM: Ela OFENDE A INTEGRIDADE FISÍCA DO INIMIGO.

     

    Bons estudos!!!!!

  • GRANADAS OFENSIVAS X DEFENSIVAS:

    - Granadas Defensivas: diferentemente do que se pensa à primeira vista, são destinadas a provocar lesões nos oponentes. Podem atuar através da produção de lesões causadas pelos estilhaços de metal provenientes da fragmentação da carapaça externa, ou pelas queimaduras decorrentes do calor proveniente da explosão do propelente existente no interior da mesma, ou inda, como resultado da ação de substâncias tóxicas contidas nas granadas de efeitos especiais.

    - Granadas Ofensivas: são destinadas a defender os arremessadores. Podem ter o objetivo de oculta-los em nuvens de fumaça, ou indicar a presença dos mesmos, com fumaças coloridas, por exemplo, com função de sinalizadores. Além disso, podem ter o objetivo de produzir estampidos de efeito moral, destinados a dissipar tumultos em ambientes urbanos.

    Fonte: Medicina Legal - Material de Apoio - Curso Mege.

  • As defensivas atuam basicamente pelo estilhaçamento ou fragmentação do invólucro (que atingem de forma ofensiva as tropas a descoberto)

    As ofensivas agem principalmente pela onda explosiva, resultante da detonação da carga de arrebentamento (as ondas que possuem efeito de forma sonora, arrebatando as tropas pelo som, como o frag)


ID
593338
Banca
CEPERJ
Órgão
PC-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Diante das duas afirmações: 1ª) A flecha com ponta metálica e haste de madeira tende a ter maior estabilidade em atingir o alvo do que um projétil de arma de fogo não-raiada e 2ª) O centro de pressão próximo à ponta e ao centro de massa junto à base favorecem maior estabilidade do projétil na trajetória, responda:

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO FORA DO EDITAL.
    NEM DERAM O TRABALHO DE ANULAR
    DESRESPEITO AOS ESTUDANTES.

    QUE DEUS NOS PROTEJA.

    BONS ESTUDOS.

    E

    SORTE.
  • 1ª) A flecha com ponta metálica e haste de madeira tende a ter maior estabilidade em atingir o alvo do que um projétil de arma de fogo não-raiada e
    CORRETO.

    São as raias que permitem o projétil iniciar os movimentos de rotação que darão maior estabilidade ao PAF. A precisão das armas sem cano raiado são poucos metros. Dependendo do arco, um British Long Bow (arco longo inglês) tinha uma precisão absurda a longa distância, o que garantiu à Inglaterra a supremacia nas batalhas medievais. A batalha de Azincourt foi um exemplo do estrago que esse arco fazia em um campo de batalha.

    As armas sem cano raiado, como o mosquete por exemplo, utilizado nas guerras napoleonicas, não tinha uma precisão de mais de 20 metros, é justamente por isso que quando os filmes retraram as guerras da época, ambas as infantarias ficam alinhadas frente a frente a poucos metros de distância, o os sargentos sempre gritam "AIM HIGH"(mirem alto), porque o PAF devido a falta de rotação chegava ao solo bastante rápido, ou seja, ou o soldado erraria o alvo ou acertaria a perna do inimigo.

    Foi nessa época que surgiu o Fuzil Baker de cano raiado e os famosos fuzileiros Ingleses.


    2ª) O centro de massa próximo à ponta e ao centro de pressão junto à base favorecem maior estabilidade do projétil na trajetória, responda:

    Inverteram a ordem da segunda alternativa,seria correta da maneira que coloquei, é justamente a teoria que dá a estabilidade no caso da flecha. Tem isso na apostila do professor Blanco. Questão prevista no edital.

    Centro de massa na ponta da flecha (metal), centro de pressão no final da haste (contato da flecha com a corda que dará o impulso).
  • O Neneco parece o MacGyver galera! Só faltava usar um canivete suíço na hora das provas...

    Brincadeira Neneco, também curto essa temática bélica, mas acho que a banca pegou pesado no quesito técnico dessa prova, principalmente na parte de "Noções sobre Balística".

  • Pro amigo que citou Azincourt, talvez tenha lido o livro homonimo do Cornwell, um autor saxão... excelente leitura...

     

  • Dava pra matar sabendo: a) as raias é que dão estabilidade ao projétil... Quanto a flecha, já vi índio atirar bem, então deve ter estabilidade kkkk

     

    na segunda afirmação provavelmente (falo pelo que penso, então pode estar errado) seria na base, já que os projéteis tendem a descer conforme a trajetória... Se centro de pressão for na base dá a estabilidade... Não sei se deu pra entender... mas matei assim...

  • Bom, eu achei que a segunda assertiva falava dos projétis de arma de fogo, mas pelo visto se referia às flechas. Enfim, redação truncada. Eu sabia dos conceitos, mas acabei errando. Sorte que foi aqui...rs

  • Direto ao ponto:

    1ª) A flecha com ponta metálica e haste de madeira tende a ter maior estabilidade em atingir o alvo do que um projétil de arma de fogo não-raiada e

    CERTO!!!

    2ª) O centro de pressão próximo à ponta e ao centro de massa junto à base favorecem maior estabilidade do projétil na trajetória

    ERRADO!!!!

    O ideal é que o centro de massa fique na ponta.

    O centro de pressão atrás (na cauda) para dará maior estabilidade.

    Deus no comando!!!!

    IHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU

  • Assertiva 1 - CERTA

    Quanto a alma do cano, a arma pode ser classificada em alma lisa e alma raiada.

    A alma é a parte oca do interior do cano de uma arma de fogo, destinado a resistir pressão dos gases produzidos pela combustão do propelente e orientar o projétil.

    Alma lisa: interior do cano é totalmente polido, sem raiamento, pois não há necessidade de estabilização dos projéteis. Ex.: espingardas.

    Alma raiada: são sulcos feitos na parte interna (alma) dos canos ou tubos das armas de fogo, geralmente em forma helicoidal, propiciando movimento de rotação dos projéteis, que lhes garante estabilidade na trajetória.

    As flechas que possuem a ponta mais pesada (como a de metal, no caso), irão influenciar em muito na estabilidade das mesmas, por isso, o tipo de material usado torna-se relevante. Arcos mais fortes precisam de flechas com pontas mais pesadas para manter o seu equilíbrio. Estas pontas mais pesadas tornam as flechas mais lentas, e, em compensação, possuem maior estabilidade. No que concerne às madeiras, as mesmas apresentam os chamados “grãs (arranjos e a direção das células que estão dispostas ao longo do eixo vertical do tronco)” que irão influenciar na qualidade, estabilidade e dureza das usadas nos arcos.

    Assertiva 2 - ERRADA

    Centro de massa deve ficar na ponta, centro de pressão deve ficar na cauda, assim gerará maior estabilidade.

  • O problema é que a questão não especificou o tipo de armamento utilizado.

    De acordo com Hygino Hércules, na obra de Hélio Gomes, no caso dos projéteis de fuzil, este ponto imaginário, que é o centro de pressão, está localizado mais próximo à ponta, estando o centro de massa mais atrás. Por esse motivo, há mais facilidade em tombar, quando em turbulência devido ao atrito.

    ► Observação:

    0 ideal é que, além de ficarem distantes entre si, o centro de massa fique na ponta e 0 centro de pressão atrás (na cauda do projétil), para dar maior estabilidade.


ID
593344
Banca
CEPERJ
Órgão
PC-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

No caso de encontro de cadáver, o exame de perinecroscopia esclareceu a presença de uma ferida perfuro-contusa e transfixante do crânio, motivada por tiro encostado na região temporal direita. Diante das assertivas abaixo, assinalar aquela que não deixa dúvida quanto à possibilidade de suicídio:

Alternativas
Comentários
  • Letra D:  A presença de gotículas de sangue de forma alongada na mão da vítima. - É a única que nãi deixa dúvidas!
  • A única assertiva que pode gerar dúvidas é a deltra A. Disparo realizado de forma apoiada ou encostada SOBRE A PELE DA VÍTIMA (SINAL DE PUPPE-WERKGARTNER) efetuados à distância 0 (zero). É diferente do tiro à "queima-roupa" pois a arma  não está apoiada na pele, mas muito próxima.
  • POR FAVOR ALGUEM PODE COMPLEMTAR COM AS DIFERENÇAS DOS ASPECTOS SUICIDAS.

    OBRIGADA.
  • Complementando com mais Características: Nos tiros encostados no crânio, nas costelas e escápulas, podemos encontrarum halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entradachamado de Sinal de Benassi. Ainda na entrada podemos observar o Sinal deWerkgartner, que representa o desenho da boca e da alça de mira da arma (pelazona de tatuagem e esfumaçamento).
  • hipoteticamente, é possível um homicídio onde a vítima está c a mão próxima à cabeça (defesa) e de lado para o agressor no momento do disparo sem q o tiro atinja as palmas da mão ou a parte posterior do antebraço da vítima (lesões de defesa/luta corporal);
    desta forma o sangue respingaria na mão da vítima igualmente como se ele fosse um suicida empunhando sua arma.

    marina,
    as lesões d suicídio são comuns na região interna dos punhos, frontal e lateral do pescoço e cabeça - então um tiro e lesões na nuca provavelmente seriam homicídio;
    o suicídio costuma apresentar "lesões de hesitação", q são várias marcas pequenas, antigas ou recentes ao redor da lesão princip81al devido às tentativas anteriores, sendo q a lesão principal geralmente é modesta, um corte suficiente e necessário para levar a óbito, q não desfigura o suicida - o homicídio geralmente apresenta uma/pouca lesão, porém intensa, profunda, exagerada, violenta;
    o suicídio tb leva em consideração se a pessoa é destra ou canhota, pois a destra geralmente atira do mesmo lado da cabeça, porém, qdo pretende usar um instrumento cortante, inicia pelo lado esquerdo, realizando um movimento d fora para dentro.

    a gota com "raios" indica q a vítima estava parada no momento do tiro, pois cai concentrada, espalhando-se p lados; e gota alongada indica corpo em movimento (o suicida geralmente encontra-se parado)
  • Eu ainda nao consegui entender essa resposta. Acontece mesmo de ficar com sangue na mao da vítima? pq que eu saiba fica polvora. O sangue, eu acho que nao ficaria porque o orificio de entrada da bala tem pouquissimo ou tem ausencia de sangue, enquanto o de saida que sangra.
    Quando alguem atira o sangue se projeta ao redor do local. num suicidio onde o tiro fosse dado do lado direito o sangue sairia pelo lado esquerdo batendo na parede ou em outros objetos.
    Alguem poderia me dizer o que é um aspecto radiado? =x
    Segue as caracteristicas de suicidio que eu encontrei:
    A) Suicídio (50%)
    - Um ferimento, ponto de eleição (têmporas, boca, pregão precordial).
    - Presença da arma na mão da vítima.
    - Disparo a curta distância, queima roupa ou com a arma apoiada.
    - Mãos escurecidas pela pólvora.
  • Savo melo juízo está questão deveria ser anulada, pois em todas as situações sendo o autor do fato delituoso uma pessoa com conhecimentos especificos, por exemplo, um policial, um médico ou até mesmo um perito poderia simular a situação, portanto nenhuma das situações, ainda mais isoladas, descarta a possibilidade de um homicídio ou garanto que foi um suicídio. Seria prematuro e imprudente fazer uma afirmação, sem um maior aprofundamento do caso, por isso se não a certeza, mantem-se a dulvida.

  • Respondendo a colega, acredito que aspecto radiado seja aquele em forma de raio.
  • Na A a vítima pode ter sido executada.

    Na B pode-se ter forjado e posto a arma perto pra "fingir suícidio"

    Na E a vítima pode ter sido pega de surpresa daí a ausência de lesão defesa e um só tiro.

    Não resta dúvida a D mesmo..

    * É errado mesmo presumir por um sinal deste, mas a questão impõe que escolhemos uma alternativa. E por óbvio que tal presunção será objeto de melhores embasamentos.

    ** Não sei o que é sangue com aspecto raiado, já que nunca vi uma gota de sangue parecendo raio.. só o sangue do The Flash.

    *** Errei e marquei a E.. falta de atenção é a D mesmo.


  • Aê galera, essa questão foi palhaçada!

    OVO DE GALINHA PRETA!

  • D-

    ...gotículas de sangue de forma alongada na mão da vítima. 

    A ação do projétil contra o crânio que devolverá reação de líquido. Neste caso sangue. É como o parabrisa do carro quando você entra numa chuva. Lembrou? Gotículasalongadas e não raiadas como dizem.

  • Observe que a questão pede uma assertiva que demonstre a CERTEZA DO SUICÍDIO.

    A) INCORRETO- não há nenhum sinal indicativo de suicídio. Os tiros encostados e apoiados são extremamente comuns nos casos de homicídio.
    B) INCORRETO- não há nenhum indicativo significativo de suicídio nesse caso. Lembre-se que pode ter ocorrido um homicídio e o autor pode ter deixado uma arma ao lado do corpo da vítima.
    C) INCORRETO- não podemos afirmar só com essa informação que se trata de um caso de suicídio.
    D) INCORRETO- não é possível afirmar com tais informações que é um caso de suicídio.
    E) INCORRETO- a questão deveria ter falado em ocorrência de lesões de hesitação.

    Hércules afirma que "para que se estabeleça o diagnóstico de suicídio como causa jurídica da morte, é preciso que haja uma história nesse sentido, um exame de local que afaste a possibilidade de homicídio, ausência de lesões de defesa, bem como vestes íntegras, e a presença de lesões situadas em locais de eleição. A presença de lesões resultantes de tentativas anteriores malsucedidas é um dado muito importante. Há certas formas de morte violenta que são eminentemente suicidas, como o enforcamento e a imolação pela ação do fogo." HÉRCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal, Texto e Atlas. Ed. Atheneu, 2005, p. 115.

    No caso dos locais de eleição dos pontos de eleição dos suicidas temos: região temporal, cavidade oral, região precordial, conduto auditivo. Além disso, geralmente, nos casos de suicídio, há apenas um único disparo.

    Complementando: "É importante observar que no tocante à identificação do atirador tem como base diversas técnicas desenvolvidas para tentar esclarecer (...) se a pessoa atirou ou não, estão fundamentadas na detecção dos resíduos da combustão da espoleta e da pólvora, principalmente da primeira. As regiões da mão do atirador atingidas com maior frequência pelos resíduos são as faces radial e palmar do indicador, a prega entre esse e o polegar, as faces dorsal e interdigital do polegar e o resto do dorso da mão. Nos casos de suicídio, com lesão de entrada na região precordial, a pesquisa deve envolver as duas mãos porque a vítima pode ter apertado o gatilho com os dois polegares.(...) Os resíduos produzidos pela queima da espoleta, contudo, são bem mais confiáveis."HÉRCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal, Texto e Atlas. Ed. Atheneu, 2005, p. 241
    GABARITO DO PROFESSOR: ANULAÇÃO DA QUESTÃO

  • Diante das assertivas abaixo, assinalar aquela que não deixa dúvida quanto à *possibilidade* de suicídio:

    A presença de gotículas de sangue de forma alongada na mão da vítima

    -> não deixa dúvida quanto à *possibilidade* de suicídio

  • QUE PROVA DIABÓLICA ESSA DA FUNCAB DELTA RJ


ID
593350
Banca
CEPERJ
Órgão
PC-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

. Analise os itens abaixo e marque a opção correta:

1- A metalização refere-se à imantação de metais produzida pela corrente elétrica, que desaparece após 24 horas.

2- A morte pela corrente elétrica de alta voltagem decorre do aumento da temperatura cerebral e parada respiratória central.

3- A morte tardia por eletroplessão ocorre por depressão do centro respiratório e parada respiratória periférica.

4- As lesões da fulguração são profundas e com destruição da derme, formando escaras secas.

Alternativas
Comentários
  • 1- A metalização refere-se à imantação de metais produzida pela corrente elétrica, que desaparece após 24 horas.
    Não sei.

    2- A morte pela corrente elétrica de alta voltagem decorre do aumento da temperatura cerebral e parada respiratória central.
    Está correta.

    3- INCORRETA - A morte tardia por eletroplessão ocorre por depressão do centro respiratório e parada respiratória periférica.CONCEITO DA ELETROCUÇÃO
    Eletroplessão: é a descarga elétrica decorrente de eletricidade industrial - JELLINEK (transformada e explorada pelo homem, como a corrente elétrica que abastece as cidades), não letal na qual o indivíduo sofre variadas lesões, como por exemplo queimaduras.

    4- INCORRETA - As lesões da fulguração são profundas e com destruição da derme, formando escaras secas. CONCEITO DA FULMINAÇÃO
    Fulguração: é a descarga elétrica natural - LICHTEMBERG (é a que provém da natureza) não letal. Pode gerar lesões, mas não chega a matar a pessoa.
  • Complementando o exposto...

    ... item 1. imantação ocorre quando os metais, atingidos pelas descargas elétricas, ficam energizados por certo período de tempo. Já a metalização ocorre quando da descarga elétrica os metais se pregam ao corpo da vítima, ou seja, há a confusão dos metais com os tecidos do corpo.

  • A metalização elétrica (destacamento da pele, com fundo da lesão impregnado de partículas da fusão e vaporização dos condutores elétricos).

    Fonte: http://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id_curso=869&id_titulo=10956&pagina=21
  • 1 - A metalização refere-se à imantação de metais produzida pela corrente elétrica, que desaparece após 24 horas.

    O erro está no fato de que a metalização não desaparece, ela mistura-se à pele. 
  • Segundo o bom e velho Hélio Gomes:

    "Metalizações Elétricas - são formadas pela impregnação da pele por partículas elétricas, que se fundiram ou evaporaram.  Podem apresentar a forma de salpicos ou ser difusas... ...O local da metalização apresenta superfície áspera, dura, rígida e seca.  A cura processa-se sob a forma de esfoliação da pele."

    Imagino que não seja necessário esfoliar a pele por 24h, sob pena de esfolá-la, haha.
  • A alternativa 4 está errada porque a fulguração é uma ação lesiva ao organismo vivo, provocada pelo raio, sem causar a morte do individuo (Sinal de Lichtemberg:  desenho vascular arboriforme (em forma de árvore) "folha de samambaia" na pele. 

  • 1 - Metalização elétrica é o destacamento da pele, com o fundo da lesão impregnado de partículs de fusão e vaporização dos condutores elétricos;

  • Gabarito D

     

    1) metalização é a fusão entre a parte metálica em contato com a pele após a descarga elétrica sofrida. Imantação é outra coisa, tem haver com magnetismo

     

    2) correto. A morte por alta votagem é gerada pela destruição da massa encefálica através de um aumento absurdo da temperatura intracraniana, além de fazer parar a respiração central uma vez que o sistema nervoso entra em colapso total

     

    3) não existe morte tardia por eletroplessão. A eletroplessão pode ser fatal ou não (sinal de jellinek); sendo fatal é imediata, nunca tardia 

     

    4) a Fulguração não destrói a derme já que ela fica praticamente intacta, mas há uma depressão superficial da derme e um enrigessimento temporário.

  • Metalização são os objtos impregnados na pele.

  • 1- A metalização refere-se à imantação de metais produzida pela corrente elétrica, que desaparece após 24 horas- INCORRETO- METALIZAÇÃO ELÉTRICA É UM FERIMENTO SUPERFICIAL.

    Segundo FRANÇA: “metalização elétrica, cuja característica é o destacamento da pele, com o fundo da lesão impregnado de partículas da fusão e vaporização dos condutores elétricos. Podem surgir também os salpicos metálicos, caracterizados pela incrustação de pequenas partículas de metal distribuídas de forma dispersa. E, finalmente, pelas pigmentações que se originam da impregnação de minúsculas partículas metálicas que se desprendem do condutor- FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 310


    2- A morte pela corrente elétrica de alta voltagem decorre do aumento da temperatura cerebral e parada respiratória central- CORRETO

    Vejamos um breve esquema que nos auxilia na resolução de questões: LESÕES PRODUZIDAS POR CORRENTES DE BAIXA, MÉDIA E ALTA TENSÃO: - BAIXA TENSÃO- ABAIXO DE 120 V- Fibrilação ventricular, parada cardíaca. Caso venha a óbito será o eletrocutado BRANCO (AUSÊNCIA DE SINAIS INDICATIVOS DA MORTE) - MÉDIA TENSÃO- ENTRE 120 V e 1200V- Há tetanização respiratória (provoca asfixia). Chama-se ELETROCUTADO AZUL - ALTA TENSÃO:- ACIMA DE 1200 V- morte cerebral, bulbar e cardiorrespiratória, parada respiratória central e consequente aumento da temperatura cerebral.


    3- A morte tardia por eletroplessão ocorre por depressão do centro respiratório e parada respiratória periférica- INCORRETO

    Sabe-se que há casos em que indivíduos são atingidos por corrente de alta tensão, no entanto, diante de reanimação, foi verificado que nem todos os indivíduos que são atingidos por corrente de alta tensão morrem.
    Além disso, HÉRCULES ressalta que a morte dos eletrocutados verifica-se nos casos de acidente de alta tensão por parada respiratória central, parada cardíaca em assistolia e hemorragia tardia. Já nos de baixa tensão, o mais comum é a fibrilação ventricular, podendo também por parada respiratória periférica.


    4- As lesões da fulguração são profundas e com destruição da derme, formando escaras secas- INCORRETO

    Conforme salienta HÉRCULES, “a pele apresenta queimaduras de forma e profundidade variadas. Algumas são decorrentes diretamente da ação térmica da corrente, podendo ser puntiformes e profundas ou lineares e mais superficiais. Outras estão relacionadas ora com o aquecimento de metais que o indivíduo porta, como colares, medalhas, brincos, fecho ecler e fivelas; ora com a ignição das roupas. Por vezes, as queimaduras relacionadas com o aquecimento e possível fusão de metais imitam de modo preciso sua forma”. HÉRCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal, Texto e Atlas. Ed. Atheneu, 2005, p. 355.

    GABARITO PROFESSOR: LETRA D

  • ITEM II – CORRETO Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 343):

     

     

    “Ao que nos parece, essas causas variam conforme a intensidade da corrente: na alta-tensão, acima de 1.200 volts, a morte é cerebral, bulbar e cardiorrespiratória; nas tensões de 1.200 a 120 volts, a morte é por tetanização respiratória e asfixia; e, abaixo de 120 volts, por fibrilação ventricular e parada cardíaca.” (Grifamos)

  • 1- A metalização refere-se à imantação de metais produzida pela corrente elétrica, que desaparece após 24 horas- INCORRETO- METALIZAÇÃO ELÉTRICA É UM FERIMENTO SUPERFICIAL.

    Segundo FRANÇA: “metalização elétrica, cuja característica é o destacamento da pele, com o fundo da lesão impregnado de partículas da fusão e vaporização dos condutores elétricos. Podem surgir também os salpicos metálicos, caracterizados pela incrustação de pequenas partículas de metal distribuídas de forma dispersa. E, finalmente, pelas pigmentações que se originam da impregnação de minúsculas partículas metálicas que se desprendem do condutor- FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 310 

    2- A morte pela corrente elétrica de alta voltagem decorre do aumento da temperatura cerebral e parada respiratória central- CORRETO 

    Vejamos um breve esquema que nos auxilia na resolução de questões: LESÕES PRODUZIDAS POR CORRENTES DE BAIXA, MÉDIA E ALTA TENSÃO: - BAIXA TENSÃO- ABAIXO DE 120 V- Fibrilação ventricular, parada cardíaca. Caso venha a óbito será o eletrocutado BRANCO (AUSÊNCIA DE SINAIS INDICATIVOS DA MORTE) - MÉDIA TENSÃO- ENTRE 120 V e 1200V- Há tetanização respiratória (provoca asfixia). Chama-se ELETROCUTADO AZUL - ALTA TENSÃO:- ACIMA DE 1200 V- morte cerebral, bulbar e cardiorrespiratória, parada respiratória central e consequente aumento da temperatura cerebral.

    3- A morte tardia por eletroplessão ocorre por depressão do centro respiratório e parada respiratória periférica- INCORRETO 

    Sabe-se que há casos em que indivíduos são atingidos por corrente de alta tensão, no entanto, diante de reanimação, foi verificado que nem todos os indivíduos que são atingidos por corrente de alta tensão morrem. 

    Além disso, HÉRCULES ressalta que a morte dos eletrocutados verifica-se nos casos de acidente de alta tensão por parada respiratória central, parada cardíaca em assistolia e hemorragia tardia. Já nos de baixa tensão, o mais comum é a fibrilação ventricular, podendo também por parada respiratória periférica.

    4- As lesões da fulguração são profundas e com destruição da derme, formando escaras secas- INCORRETO 

    Conforme salienta HÉRCULES, “a pele apresenta queimaduras de forma e profundidade variadas. Algumas são decorrentes diretamente da ação térmica da corrente, podendo ser puntiformes e profundas ou lineares e mais superficiais. Outras estão relacionadas ora com o aquecimento de metais que o indivíduo porta, como colares, medalhas, brincos, fecho ecler e fivelas; ora com a ignição das roupas. Por vezes, as queimaduras relacionadas com o aquecimento e possível fusão de metais imitam de modo preciso sua forma”. HÉRCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal, Texto e Atlas. Ed. Atheneu, 2005, p. 355.

    GABARITO PROFESSOR DO QC: LETRA D

  • Gabarito D

    1 - METALIZAÇÃO: É a impregnação na pele de um objeto metálico que a vítima estava manuseando, no momento da descarga elétrica, que se fundiu e se vaporizou de modo explosivo.

    IMANTAÇÃO: É a energização do material metálico por certo período de tempo.

    2 - CORRETA.

    3 - ELETROPLESSÃO: Morte por parada respiratória, central ou periférica, parada cardíaca ou hemorragia tardia.

    4 - LESÕES DA FULGURAÇÃO: Na maioria das vezes, são lesões superficiais. A pele apresenta queimadura de forma e profundidade variadas. Sinal de Lichtenberg (figura arborescente na pele, formadas por marcas avermelhadas, e que, em caso de sobrevivência da vítima, desaparecem em até 24 horas).

    Fonte: Hygino Hércules.

  • Foram tantos comentários confusos que resolvi me manifestar.

    Galera é o seguinte:

    Item 1- A metalização refere-se à imantação de metais produzida pela corrente elétrica, que desaparece após 24 horas.

    ERRADO!!!

    Imantação ocorre quando os metais, atingidos pelas descargas elétricas, ficam energizados por certo período de tempo.

    Já a metalização ocorre quando da descarga elétrica os metais se pregam ao corpo da vítima, ou seja, há a confusão dos metais com os tecidos do corpo.

    item 2- A morte pela corrente elétrica de alta voltagem decorre do aumento da temperatura cerebral e parada respiratória central.

    CERTO!!!!

    3- A morte tardia por eletroplessão ocorre por depressão do centro respiratório e parada respiratória periférica.

    Errado!

    Três teorias tentam explicar a morte decorrente da passagem elétrica:

    a) Morte pulmonar ou por asfixia: óbito decorre da tetanização dos músculos respiratórios e dos fenômenos vasomotores decorrentes, como edema pulmonar e congestão. A morte pulmonar é observada em tensões entre 120 e 1200 volts.

    b) Morte cardíaca: sobrevém da fibrilação cardíaca produzida pela passagem da corrente elétrica. Ocorre nas tensões geralmente abaixo de 120 volts.

    c) Morte cerebral: é observada nas tensões acima de 1200 volts e apresenta lesões como hemorragia das meninges e demais estruturas do cérebro.

    4- As lesões da fulguração são profundas e com destruição da derme, formando escaras secas.

    ERRADO!!!

    A fulguração é uma ação lesiva ao organismo vivo, provocada pelo raio, sem causar a morte do individuo (Sinal de Lichtemberg: desenho vascular arboriforme (em forma de árvore) "folha de samambaia" na pele.

  • 1- A metalização refere-se à imantação de metais produzida pela corrente elétrica, que desaparece após 24 horas. ERRADO

    Metalização é a deposição cutânea de metal em decorrência de correntes elétricas. Pode ocorrer nos casos de eletricidade natural e artificial.

    Marca de Jellinek - Nódulo endurecido de cor branca amarela, possuindo na região central um ponto mais escuro chamado metalização (outra lesão de eletricidade – deposição na pele do metal do fio condutor). Geralmente o local mais comum é nas mãos, diante da frequência com que se mexe com fios nos casos de correntes artificiais (doméstica ou industrial). Porta de entrada da corrente elétrica.

    2- A morte pela corrente elétrica de alta voltagem decorre do aumento da temperatura cerebral e parada respiratória central. CERTO

    Baixa tensão - abaixo de 120 V - fibrilação ventricular, parada cardíaca.

    Média tensão - entre 120 V e 1.200 V-  tetanização respiratória (asfixia).

    Alta tensão - acima de 1.200 V- morte cerebral, bulbar e cardiorrespiratória, parada respiratória central e consequente aumento da temperatura cerebral.

    3- A morte tardia por eletroplessão ocorre por depressão do centro respiratório e parada respiratória periférica. ERRADO

    Quando ocorrido por corrente elétrica de baixa tensão o mais característico é a ocorrência de fibrilação ventricular e parada cardíaca.

    4- As lesões da fulguração são profundas e com destruição da derme, formando escaras secas. ERRADO

    As lesões características da fulguração dependem de caso a caso - os fatores que determinam a natureza, a intensidade e a gravidade das lesões são os seguintes: corrente contínua da eletricidade atmosférica; resistência de corpo atingido; tensão elétrica (voltagem); intensidade da corrente; duração do contato da vítima com a corrente; trajeto da corrente através do corpo da vítima

  • Prova de ML absurdamente difícil. Estão procurando juristas ou médico-legistas?

  • MORTE

    1)     Baixa tensão - abaixo de 120v: fibrilação ventricular, parada cardíaca. Eletrocutado branco (ausência de sinais indicativos da morte);

    2)     Média tensão - entre 120 v e 1200v: há tetanização respiratória (provoca asfixia). Eletrocutado azul;

    3)     Alta tensão: - acima de 1200v: morte cerebral, bulbar e cardiorrespiratória, parada respiratória central.

  • GABARITO: D)

    1- A metalização refere-se à imantação de metais produzida pela corrente elétrica, que desaparece após 24 horas.

    A metalização elétrica caracteriza-se pelo destacamento da pele, com o fundo da lesão impregnado de partículas da fusão e vaporização dos condutores elétricos. Em outras palavras, há deposição cutânea do metal do fio condutor. Ela não desaparece.

    2- A morte pela corrente elétrica de alta voltagem decorre do aumento da temperatura cerebral e parada respiratória central.

    A morte por altas voltagens (acima de 1200 volts) é cerebral, bulbar e cardiorrespiratória.

    3- A morte tardia por eletroplessão ocorre por depressão do centro respiratório e parada respiratória periférica.

    Não há menção sobre morte tardia por eletroplessão. A etiologia da morte pela corrente elétrica é justificada por três teorias: morte pulmonar, morte cardíaca e morte cerebral. Tais causas variam conforme a intensidade da corrente.

    4- As lesões da fulguração são profundas e com destruição da derme, formando escaras secas.

    As lesões na fulguração são em forma de samambaia (Sinal de Lichtenberg). Não há destruição da derme.

  • Metalização elétrica (causado por energia elétrica) é o destacamento da pele, com fundo da lesão impregnado de partículas de fusão e vaporização dos condutores elétricos. Aqui surgem os salpicos metálicos, caracterizados pela incrustação de pequenas partículas de metal que são impregnas de forma diversa. 

  • Gab. D

    Etiologia da morte por corrente elétrica:

    Alta-tensão, acima de 1.200 volts --> a morte é cerebral, bulbar e cardiorrespiratória.

    Tensões de 1.200 a 120 volts --> a morte é por tetanização respiratória e asfixia.

    Abaixo de 120 volts --> por fibrilação ventricular e parada cardíaca.


ID
617539
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Julgue os itens seguintes, acerca dos peritos e dos documentos
médico-legais.


Caso se sinta pressionado para realizar de modo inadequado o exame, o perito deve negar-se a fazê-lo e, por sua recusa, não poderá sofrer sanções administrativas.

Alternativas
Comentários
  • Não pode deixar de fazer o exame.
    Deve, por outro lado, fazê-lo do modo correto.
  • Em regra, o Perito é obrigado a aceitar o encargo.

    Mas, pode recusar embasado nos mesmos fundamentos da suspeição (juiz).

    Porém, se rejeitar sem justa causa, o CCP em seu art. 277 prevê o pagamento de multa.

    Espero ter ajudado.

    Att,

    UP Neto.
  • CPP, art. 278 - No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução.
  • Nao entendi o por que a questao esta errada se a lei diz que o perito só sofrerá sanção se a recusa for sem justa causa, e no caso da questao a recusa é justificável ja que foi pressionado a faer de modo inadequado.

  • Nas palavras do prof. Genival Velosa de França: "Assim como o perito está cercado de deveres, tem ele determinados direitos que lhe fazem jus em virtude da importância e do significado de seu trabalho em favor da ordem pública e social. Dentre eles:
    - Do direito de recusar o encargo. Pode o perito não aceitar o encargo, desde que se justifique no prazo legal.Tal alegação deve ser sempre por motivo legítimo e com respaldo na p. único doart. 146 do CPC.
    Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que Ihe assina a lei, empregando toda a sua diligência; pode, todavia, escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.

    Parágrafo único. A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco) dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob pena de se reputar renunciado o direito a alegá-la (art. 423)
     Art. 423. O perito pode escusar-se (art. 146), ou ser recusado por impedimento ou suspeição (art. 138, III); ao aceitar a escusa ou julgar procedente a impugnação, o juiz nomeará novo perito.
    Ainda segundo o autor, constituem motivos legítimos para a escusa, entre outras justificativas, por motivo de força maior, em perícia relativa à matéria sobre a qual se considere inabilitado para apreciá-la, seja por falta de um melhor domínio sobre o assunto controverso ou ainda se o assunto não tover pertinência com a sua especialidade; versar a perícia sobre questão à qual não possa responder sem grave dano a si próprio ou a seu cônjuge e parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou na colateral em segundo grau.
    Em síntese, a mera pressão externa para realizar o exame não autorizaria o perito a negar-se a realizar o exame. 

     

  • Para complementar o debate, a opinião específica sobre o assunto:

    "Se o perito sentir-se pressionado, poderá recusar-se a fazer a perícia e não será penalizado porque haverá justa causa" (BITTAR, Neusa. Medicina Legal Descompicada. 2ª ed. São Paulo: Riddel, 2011. p. 13)

  • Em qualquer trabalho vai haver pressão. Isso não é justificativa para o perito deixar de fazer seu trabalho. Ele tem que fazer a sua função dentro da lei, apesar de força contrária.

    Valeu! 
  • Mas ele tá pressionado para fazer algo inadequado, concurseiro de cima!
  • ERRADA

    QUESTÃO:

    ''Caso se sinta pressionado para realizar de modo inadequado o exame, o perito deve negar-se a fazê-lo...''


    (BITTAR, Neusa. Medicina Legal Descompicada. 2ª ed. São Paulo: Riddel, 2011. p. 13)
    "Se o perito sentir-se pressionado, poderá recusar-se a fazer a perícia e não será penalizado porque haverá justa causa"

    ''Deve negar-se'' é diferente de ''poderá recusar-se.''


  • Poder é uma coisa, Dever é outra totalmente diferente.

  • Para  Hygino C. H.(2014: pg 19), nesta hipótese o perito deve recusar - se a fazer o exame, mesmo que sua recusa o exponha a possíveis e injustas sanções administrativas.

    RJGR
  • Ótimo o comentário de "RAFAEL".

    Em relação ao "poder" ou "dever", acredito que a afirmativa Cespe está correta quando diz que o perito DEVERÁ negar-se a fazer o exame caso se sinta pressionado para realizar de modo inadequado. Isto porque, uma vez realizado de forma inadequada, ele pode cometer o crime de falsa perícia na modalidade "fazer afirmação falsa", previsto no art. 342, CP.


  • Nao faz sentido a questao esta errada. O perito agi dentro da lei nao realizando o exame inadequado, e agindo conforme a lei nao poderá ser punido. É o caso de um funcionario público receber uma ordem ilegal de superior, mesmo assim nao deverar cumprir, e nao poderá sofre sançoes. Já para o cespe o entendimento é variado.             

  • Questão controversa... 

  • Segundo Hércules temos: " Caso se sinta pressionado e sem liberdade para realizar de modo adequado o exame, o perito deve recusar-se a fazê-lo, mesmo que a recusa o exponha a possíveis e injustas sanções administrativas. Por exemplo, não é apropriado querer que o exame de preso que alega ter sido torturado seja feito nas dependências da própria delegacia policial...Para se efetuar uma perícia, há necessidade de ambiente tranquilo e livre de interferências de pessoas não- incumbidas da tarefa.” HÉRCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal, Texto e Atlas. Ed. Atheneu, 2005

    GABARITO DO PROFESSOR: INCORRETA

  • PODERÁ.

  • Não o fará nessas condições, irá contra e fará de forma correta. Este não pode deixar de fazer!

  • “ e por recusa” esse trecho garante o q diz na lei. Para mim está correto.
  • Fonte:@projeto_1902

    Caso se sinta pressionado para realizar de modo inadequado o exame,

    #o perito DEVE negar-se a fazê-lo e, por sua recusa, não poderá sofrer sanções administrativas. (ERRADO)

    1) o médico-legista, está preso aos princípios éticos fundamentais que regem a Medicina, devendo obedecer às resoluções emanadas pelos CRMs e CFM. Assim o médico-legista tem o direito de recusar-se a trabalhar em locais que sejam inadequados ou impróprios para o exercício de sua função. ELE PODERÁ RECUSAR E NÃO DEVERÁ, POIS TAL RECUSA DEVE SER JUSTIFICADA

    3) o médico-legista: via de regra é um servidor público e ao exercer esse papel ele está sujeito ao PAD e também a possíveis sanções adm;

    4) O PERITO OFICIAL OU AD HOC, ESTARÃO SUJEITOS À DISCIPLINA JUDICIÁRIA:

    • REGRA: Não poderão recusar o encargo,
    • EXCEÇÃO: ressalvada a hipótese de escusa justificada.

    5) Alguns motivos que permite a recusa:

    • art. 135 do CPC, PODEM alegar motivo de suspeição para escusar-se da perícia: 
    • Art. 467. O perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou suspeição.
    • Art. 423 do CPC/73
    • Art. 468. O perito pode ser substituído quando: faltar-lhe conhecimento técnico ou científico;

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    ATENÇÃO!!!

    Ex.: Em regra o perito do INSS NÃO TEM O DEVER de se deslocar até a casa de um individuo para realizar o exame pericial (devido o sujeit@ esta acamado e impedido de se deslocar), nesse caso o perito pode se recursar a não ir.

    • Caso surja uma determinação judicial, ai meu caro colega, ele vai escolher em ir realizar o exame na casa do individuo ou responder pela recusa

ID
617542
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Julgue os itens seguintes, acerca dos peritos e dos documentos
médico-legais.


Em razão de ter de trabalhar em segredo, o perito não deve ser perturbado pela mídia nem por autoridades que não estejam exercendo atividade de extrema relevância no local de realização da perícia.

Alternativas
Comentários
  • Não há segredo algum:

            Art. 792.  As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e se realizarão nas sedes dos juízos e tribunais, com assistência dos escrivães, do secretário, do oficial de justiça que servir de porteiro, em dia e hora certos, ou previamente designados.


     
  • Acredito ser distinta a justificativa. 

    Genival Veloso de França, em "Medicina Legal. 9ª edição, 2011", ao cuidar dos direitos e deveres dos peritos, elenca dois aos quais se dá relevo:

    a) direito de desempenho livre da função pericial
    b) direito de reserva de prestar esclarecimentos: direito conferido ao perito de prestar esclarecimentos apenas à autoridade competente quando devidamente intimado e no devido prazo legal. 

    Esses direitos tornariam a assertiva correta, porém, o que torna a questão errada é afirmar: "Em razão de ter de trabalhar em segredo", visto que entre os deveres do perito encontra-se o dever de informação (vide página 21 do livro do autor supra mencionado). 

    Espero ter ajudado. 
  • Desabafo: a cespe eh escrota demais 85% das questoes maldosas sao do teibunal cespe

  • O perito não é obrigado a trabalhar em segredo. Como o perito iria trabalhar em segredo em uma perícia em local de crime contra a vida ou em local de acidente de veículo, por exemplo? Pelo contrário, nessas circuntâncias sempre há uma multidão de "expectadores".

  • Trabalhar em segredo? É um perito ou é o Batman?


ID
617572
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca da lesonologia médico-legal, julgue os itens a seguir.

A lesonologia médico-legal consiste na área em que se estudam as lesões e os estados patológicos imediatos ou tardios, produzidos por violência sobre o corpo humano, bem como as diversas modalidades de energias causadoras desses danos.

Alternativas
Comentários
  •  traumatologia ou lesonologia médico-legal estuda as lesões e estados patológicos, imediatas ou tardias, produzidas por violência sobre o corpo humano, nos seus aspectos do diagnóstico, prognóstico e das suas implicações legais e sócio-econômicas.
  • França  define a traumatologia forense ou lesonologia médico-legal como o estudo das lesões e estados patológicos, imediatos ou tardios, produzidos por violência sobre o corpo humano, nos seus aspectos do diagnostico, do prognostico e das suas implicações legais e sócio-econômicas, tratando também das diversas modalidades de energias causadoras desses danos.

    Os grupos de energias produtoras de lesão são divididos em sete categorias, segundo Croce e Croce Júnior (2007):

    1.Mecânica

    2.Física

    3.Química

    4.Físico-química

    5.Bioquímica

    6.Biodinâmica

    7.Mista


    Fonte:
    http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/16358/lesoes-corporais#ixzz31hGgBCAZ

  • Lesonologia  =  Traumatologia
    Estuda as lesões e estados patológicos, mediatos ou tardios, produzidos por violência sobre o corpo humano. (França)

  • Excelente definição

    A traumatologia médico legal ou forense, também é denominada de Lesonologia.

    O estudo da mesma remete-nos as lesões decorrentes de instrumentos e meios, que podem surgir imediatamente ou tardiamente.

    Em geral, os instrumentos transferem energia mecânica e os meios transferem as demais formas de energia( química, física, físico -química, entre outras).

  • ... Importa ressaltar que, dependendo do caso (sob judici), há que se utilizar dos diferentes ramos da medicina legal a exemplo da Traumatologia Forense, conhecida também como “Lesonologia Médico – Legal que estuda as lesões e estados patológicos, imediatos ou tardios, produzidos por violência sobre o corpo humano (...)” (FRANÇA, 2008, p. 75), ...

  • Traumatologia fica mais bonito.

  • TRAUMATOLOGIA = LESONOLOGIA

    São sinômos no âmbito da medicina legal.

  • A lesonologia médico-legal consiste na área em que se estudam as lesões e os estados patológicos imediatos ou tardios, produzidos por violência sobre o corpo humano, bem como as diversas modalidades de energias causadoras desses danos.

     

    ITEM – CORRETO - Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 244):

     

    “A Traumatologia ou Lesonologia Médico-legal estuda as lesões e estados patológicos, imediatos ou tardios, produzidos por violência sobre o corpo humano, nos seus aspectos do diagnóstico, do prognóstico e das suas implicações legais e socioeconômicas. Trata também do estudo das diversas modalidades de energias causadoras desses danos.” (Grifamos)

  • LESONOLOGIA É SINÔNIMO DE TRAUMATOLOGIA

  • TRAUMATOLOGIA = LESONOLOGIA


ID
617575
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca da lesonologia médico-legal, julgue os itens a seguir.

Os meios mecânicos perfurantes produzem feridas puntiformes e, os contusos, feridas contundentes.

Alternativas
Comentários
  • Os meios mecânicos perfurantes produzem feridas puntiformes e, os contundentes, feridas contusas.
  • no caso estaria certo se estivesse assim:

    Os meios mecânicos perfurantes produzem feridas puntiformes e, as contundentes, feridas contusas

    é assim?.
  • Errado, instrmento CONTUNDENTE causa ferida CONTUSA.

    Quanto ao formato e agente causador de ferida traumática:

    • Ferida puntiforme: formato punctual e de bordas ligeiramente irregulares, geralmente causada por instrumento perfurante de pequena área de secção transversal (como espinhos, pregos, agulhas etc.);
    • Ferida incisa: formato linear e de bordas geralmente regulares, geralmente causado por lâminas (faca, lâmina de barbear etc.);
    • Ferida corto-contusa: formato irregular, geralmente com diversos segmentos ulcerados, perdas de tecidos e de bordas de segmentos de ferida irregulares e possibilidade de se observar áreas de equimoses e hematomas adjacentes às áreas de ulcerações, normalmente causado por objetos que produzem lesões simultaneamente por corte e impacto (machado, foice, aresta de um tijolo etc.);
    • Ferida pérfuro-contusa: formato quase regular, geralmente com bordas de ferida ligeiramente irregulares (a depender do tipo de elemento causador da lesão) e possibilidade de se observar áreas de equimoses e hematomas adjacentes às áreas de ulcerações, normalmente causado por objetos que penetram a pele mediante impacto (como um projetil de arma-de-fogo);
    • Ferida pérfuro-incisa: formato habitualmente regular, geralmente com bordas de ferida regulares (também a depender do tipo de elemento causador da lesão), normalmente causado por objetos que penetram a pele com pouco impacto mas com bom potencial de divulsão de tecidos (como uma lâmina comprida, por exemplo).


    Fonte: Wikipedia
  • Segundo Blanco não são as feridas que são contundentes, cortantes ou perfurantes e sim a ação dos instrumentos físicos mecanicos. 

    Ele ainda ensina:

    Ação cortante - ferida em linha.
    Ação perfurante - ferida em ponto (puntiformes). 
    Ação contundente  - ferida em plano. 

    Portanto, um instrumento contundente (ex: cassetete) pode provocar uma lesão em plano. 

    Nesse caso, a alternativa deveria ser reescrita de maneita correta da seguinte forma: "Os meios mecânicos (ou intrumentos mecanicos) perfurantes produzem feridas puntiformes e, os contusos, feridas planas". 
  • Bom dia!

    Veja esta tabela, ela é bem elucidativa:


    Os instrumentos são classificados conforme o quadro abaixo:

    INSTRUMENTO FERIMENTO (LESÃO) EXEMPLOS

    Perfurante Punctório Alfinete, agulha, prego

    Cortante Inciso Navalha, gilete

    Contundente Contuso Cassetete, chão, muro, pau

    Perfurocortante Perfuroinciso Peixeira, faca, bisturi

    Perfurocontundente Perfurocontuso Projétil de arma de fogo, chave

    de fenda, ponta do guarda-chuva

    Cortocontundente Cortocontuso Machado, dente, foice, facão



    Obrigada, Natália.

  • Também acho que o erro está no fato de se afirmar que a lesão é "contundente" e o agente é "contuso". Acho que houve uma inversão aí.

  • Pegadinha!!

    Trocou as "bolas"!
  • PEGADINHA DO MALANDRO!


    ATENÇÃO GALERA:

    Ação                                          lesão

    Perfurante                                 puntiforme

    Contundente                                 contusa

  • Não sei se chamo isso de pegadinha, ou de algo um pouquiiiiiiinho pior!!!

  • Só lembrar que ação, lembra gerúndio (fazendo, correndo, andando...). Assim, lembro sempre que os que acabam em ante ou ente indicam a ação.

  • Os instrumentos perfurantes produzem feridas punctórias e não puntiformes. Os instrumentos são contundentes e as feridas contusas. 

  • Questão filha da puuuuuuta!! hahaha...

  • Uma questão simples mas que requer concentração para não errar .

  • Os agente perfurantes produzem lesões punctórias ou puntiformes (ambas começadas por "pun" que lembra ponta). 
    Na segunda parte da frase houve inversão dos conceitos, o agente mecânico é contundente e a lesão é contusa.

  • Realmente, questões desse tipo, muito fáceis, mas muito indutivas ao erro (eu errei, hehehhehe), mas são excelentes para nos alertar que não se pode subestimar nenhum tipo de questão na sua prova, por mais fácil que ela seja, preste mta atenção sempre!!! Aqui é o momento de errar, para aprender com o erro, e não cometê-lo na prova.

    Bons estudos garela!!!

  • feridas contundendes está errado , pois contundente é o objeto utilizado.

  • Sem misterios nunca mais erre

    AGENTE TERMINA EM ( NTE ) .... ENTAO PERFURANTE , CORTANTE, DILACERANTE, CONTUNDENTE

    JA AS FERIDAS SAO QUALQUER TERMINACAO .... PUNCTORIA, CONTUSA, INCISA.....NUNCA , NUNCA, JAMAIS FERIDA TERMINA EM ( NTE ) E SEMPRE SEMPRE O INSTRUMENTO UTILIZADO PODE TER OUTRA TERMINACAO QUE NAO (NTE )

     

     

  • Contundente é o instrumento e não a ferida. (E)
  • Grave isso:

    Tome cuidado, pois o CESPE troca muitas vezes os agentes pela lesão/ferida.

    MEIOS/MECANISMOS/AGENTES             LESÃO/FERIDA                
    PerfurantePuntiforme ou punctória
    CortanteCortante
    ContundenteContusa
    PerfurocortantePerfurocortante
    PerfurocontundentePerfurocontusa
    CortocontundenteCortucontusa


    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO


  • INSTRUMENTOS ou  MEIOS - Fiquem ligados. Nessa eu naõ caí..kkkkk!!!!

  • ITEM – ERRADO - Croce, Delton Jr. (in Manual de medicina legal— 8. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012. P. 293)

     

    Classificação dos instrumentos mecânicos

     


    Segundo o contato, o modo de ação e as características que imprimem às lesões, classificam-se os instrumentos mecânicos em: cortantes, contundentes, cortocontundentes, perfurantes, perfurocortantes e perfurocontundentes. Destarte, eles produzem, respectivamente, feridas incisas, contusas (e contusões), punctórias, perfuroincisas, cortocontusas e perfurocontusas.
     

     

    Não existem instrumentos dilacerantes, contusodilacerantes, perfurodilacerantes, cortodilacerantes; dessa forma, não há de falar o perito em feridas dilacerantes, contusodilacerantes, perfurodilacerantes, cortodilacerantes, teoricamente produzidas por esses inexistentes instrumentos.


    Desse modo, ferimento lacerocontuso nada mais é que solução de continuidade em meio a uma ação contundente, ou seja, ferida contusa.” (Grifamos)

  • Conceitos invertidos, CESPE sua maldita kkkk

     

    Os meios mecânicos perfurantes produzem feridas puntiformes e, os contusos, feridas contundentes ( CONCEITOS INVERTIDOS )

     

     

  • ERRADO Os meios mecânicos perfurantes produzem feridas puntiformes e, os contusos, feridas contundentes.

    CERTO Os meios mecânicos perfurantes produzem feridas puntiformes ou punctorias as de médio calibre e, os contundentes, feridas contusas.

  • Errado

    INTRUMENTO

    1- Perfurante

    2- Cortante

    3- Contundente

    4- Perfuro-cortante

    5- Perfuro-contundente

    6- Corto-contundente

    LESÃO

    1- Punctória ou puntiforme

    2- Incisa (cortante para FRANÇA)

    3- Contusa

    4- Perfuro-incisa

    5- Perfuro-contusa

    6- Corto-contusa

  • O meio/agente contundente causa ferida contusa.

  • Meios PERFURANTES - Lesões PUNCTÓRIAS

    Meios CONTUNDENTES - Lesões CONTUSAS.

  • CESPE ama essa troca

    O agente (meio/instrumento) é que é perfurante e contundente. (cortante, perfuro-cortante, perfuro-contundente, corto-contundente)

    As lesões é que são punctórias (ou puntiforme) e contusas. (incisa, perfuro-incisa, perfuro-contusa, corto-contusa)


ID
617578
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A polícia encaminhou ao IML o corpo de um adulto
jovem, do sexo masculino, morto em decorrência de lesões
causadas por arma de fogo e navalha. No exame necroscópico,
constatou-se, na região torácica direita, duas feridas cortantes com
cauda de escoriação voltada para o lado direito, que, se pudessem
ser mostradas em corte sagital, apresentariam perfil de aspecto
angular. Soube-se que dois tiros foram disparados a distância,
transfixantes, e atingiram a região torácica esquerda da vítima.
Constatou-se um ferimento de entrada, produzido por arma de fogo,
na fronte, de forma irregular, sem zona de tatuagem, com bordas
voltadas para fora, com diâmetro maior do que o do projétil.

Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens
subsequentes.

Nas feridas que apresentam cauda de escoriação, essa cauda aponta para o lado em que teve início a ação do instrumento.

Alternativas
Comentários
  • Errado. O correto é término da ação do instrumento
  • Feridas produzidas por materias cortantes:
    - Presença de cauda de escoriação voltada para o lado onde terminou a ação do instrumento;

  • Também denominada de cauda de rato, caractéristica da saída do corte.
  • A calda de escoriação é, em regra, maior no local onde se deu a saída do instrumento cortante do que onde se iniciou a incisão.
    Isso ocorre em regra. É possível que a incisão comece mais suavemente e vá se aprofundando, saindo, ao final, de forma abrupta; isso acarretaria uma cauda de saída menor. No entanto, é raríssimo e não decorre de movimento natural desse tipo de ferimento. Pode ocorrer em caso de intenção do agente em induzir a perícia em erro.
  • ERRADO.

    INDICA O TÉRMINO DO MOVIMENTO

    IMPORTANTE, PARA DISTINGUIR ÓBITO DECORRENTE DE HOMICÍDIO OU SUICÍDIO.

  • cauda <> calda.

  • Errada, pois indica a parte final da cauda.

  • As questões de Médico-Legista são formuladas para Delegado, e as de Delegado são formuladas para Médico-Legista! Vai entender!

     

  • Ninguém mencionou, mais é importante lembrar dos SINAIS DE ROMANESE E DE LACASSAGNE.

    Estes sinais são comuns quando se fala na lesão incisa e auxiliam na descrição ou na determinação do sentido da lesão.

    Sinal de Romanese: também conhecido como "cauda de escoriação".

    Sinal de Lacassagne: é conhecido como "cauda de rato".

    Fonte: Medicina Legal, Wilson Luiz Palermo Ferreira.

  • A cauda de escoriação ou cauda de saída é produzida na epiderme no instante que precede a ação final do instrumento sobre a pele. É encontrada na extremidade distal do ferimento inciso, onde o instrumento cortante foi afastado do corpo.

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

  • ITEM – ERRADO - Aponta para o final. Nesse sentido, Neusa Bittar (in Medicina legal e noções de criminalística – 7ª Ed. – Salvador: Ed. JusPodivm,2018. p. 218):

     

    Dessa forma, a cauda de escoriação aponta para o final do movimento do instrumento, podendo indicar se o agressor é destro ou canhoto, após a reconstituição do crime, que vai evidenciar as posições do agressor e da vítima no momento dos golpes.” (Grifamos)

  • no final


ID
617581
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A polícia encaminhou ao IML o corpo de um adulto
jovem, do sexo masculino, morto em decorrência de lesões
causadas por arma de fogo e navalha. No exame necroscópico,
constatou-se, na região torácica direita, duas feridas cortantes com
cauda de escoriação voltada para o lado direito, que, se pudessem
ser mostradas em corte sagital, apresentariam perfil de aspecto
angular. Soube-se que dois tiros foram disparados a distância,
transfixantes, e atingiram a região torácica esquerda da vítima.
Constatou-se um ferimento de entrada, produzido por arma de fogo,
na fronte, de forma irregular, sem zona de tatuagem, com bordas
voltadas para fora, com diâmetro maior do que o do projétil.

Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens
subsequentes.

Em relação à situação acima, é correto concluir que os dois ferimentos de entrada de bala na região torácica esquerda da vítima tinham as bordas reviradas para dentro, em formato de buraco de fechadura.

Alternativas
Comentários
  • Nas lesões em cima de técidos moles (Pela não junta ao osso, ex. cránio) a lesão produzida por projétil (unitário "bala") de arma de fogo, tende a causar lesões de forma circular ou elipítica. 
    A questão fala em forma de "buraco de fechadura", isso apenas pode ocorrer se durante o trajeto o projétil  recochetiar e entrar de lado na  corpo da vítima, nesses casos geralmente a lesão assume a forma de entrada "D".
    O ferimento geralmente tem bordas invertidas, invaginados, voltadas para o interior do corpo (Salvo no caso da Câmara de Hoffmann)
  • Eu errei a questão, porque como o ferimento foi maior que o projétil, a despeito de a pele ser elástica e tender a se retrair após a passagem do mencionado agente vulnerante, pensei justamente na possibilidade de ele ter entrado no corpo de lado. Alguém pode explicar qual foi a dinâmica da lesão? Se puder, por favor, avise no meu perfil. Abraço.
  • Victor, faltou na verdade só um pouco de atenção na leitura do texto. Vejamos:

    "Soube-se que dois tiros foram disparados a distância,
    transfixantes, e atingiram a região torácica esquerda da vítima."

    Aqui foi um momento. O indivíduo foi alvejado duas vezes, à distância, na região torácica esquerda.


    "Constatou-se um ferimento de entrada, produzido por arma de fogo,
    na fronte, de forma irregular, sem zona de tatuagem, com bordas
    voltadas para fora, com diâmetro maior do que o do projétil."

    Este foi um segundo momento. O orifício aqui é na fronte ou seja, no rosto, e não no tórax. Aqui podemos inferir que o disparo foi encostado (orifício de entrada maior que o projétil e irregular, com bordas voltadas para fora (tudo isso característico da Mina de Hoffman), e sem zona de tatuagem, visto que todos os elementos da carga penetram o orifício).


    Todavia, a questão pergunta apenas em relação aos primeiros dois disparos, os que atingiram o tórax.

    Neste caso, o máximo que podemos saber é: Esse foi o ferimento de entrada, porque o autor da questão nos informa que "atingiram a região torácica esquerda", ou seja, eles entraram pela região torácica esquerda. O disparo foi realizado à distância, ou seja, não haverá Mina de Hoffman. Assim, o orifício será menor que o projétil, a não ser que seja fornecida informação que indique o contrário. Com base nestas informações vamos julgar a assertiva:

    "Em relação à situação acima, é correto concluir que os dois ferimentos de entrada de bala na região torácica esquerda da vítima tinham as bordas reviradas para dentroem formato de buraco de fechadura."

    Correto. Como é o orifício de entrada, as bordas serão reviradas para dentro.

    Errado. Não se pode afirmar isso pelas informações fornecidas. Não sabemos se o projétil sofreu desvio, nem o ângulo do disparo.
  • Saudações prezados estudiosos.
    Esse modelo de grupo de discussões de questões é de grande valia para o sucesso nas aprovações.
    Sempre excelentes contribuições.
    Vou deixar aqui, também, minha humilde contribuição:

    Questão típica do CESPE:
    Segundo o professor Genival Veloso de França em sua obra Medicina Legal Nona Edição, pág. 109, o ferimento de entrada em formato de buraco de fechadura, nos ossos da calvária, quando o projétil tem incidência tangencial, porém com um mínimo de inclinação suficiente para penetrar na cavidade craniana. Assim, de início o projétil atinge tangencialmente o crânio, depois sua ponta começa a levantar um fragmento de osso e em seguida se verifica a sua penetração na cavidade craniana.
  • Bala??

     

    São Cosme e Damião??

     

    Nunca vi um doce transfixar vítima nenhuma..

     

    No máximo engoradar.

  • Enunciado = "...com bordas voltadas para fora..."

    Alternativa = "...bordas reviradas para dentro..."

     

    Só eu achei isso ridículo de fácil?

  • Camila focoforçafe nem ao menos entendeu o enunciado...
  • Verifique que a questão fala em lesões produzidas por ARMA DE FOGO e NAVALHA.

    A pergunta é com relação aos dois ferimentos de entrada de projétil (a questão inapropriadamente fala bala) na região torácica esquerda da vítima - Lembre-se que a questão diz que eles foram transfixantes. Aí a questão diz que eles teriam as bordas reviradas para dentro em formato de buraco de fechadura- INCORRETO. Vejamos:

    LESÕES DE ENTRADA: Em regra apresentam: bordas viradas para dentro, diâmetro menor do que o do projétil, forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, enxugo ou equimose. Nos tiros a curta distância apresentam orla de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento/tisnado. Já os tiros à queima roupa apresentam orla de queimadura/chamuscamento.

    LESÕES DE SAÍDA: Em regra apresentam- no caso de projétil único: bordas reviradas para fora, forma irregular, maior sangramento, não apresentam orla de escoriação nem de enxugo, sequer elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

    Para apresentar borda virada para dentro deve ser uma LESÃO DE ENTRADA. No entanto, a lesão não é compatível com o BURACO DE FECHADURA que ocorre na região do osso da calvária.

    BURACO DE FECHADURA- ocorre nos ossos da calvária (parte superior do crânio) quando o projétil tem incidência tangencial- tem esse nome, pois o próprio nome já diz: é como se fosse uma fechadura, pois como apresenta incidência tangencial, ao se aproximar de um dos buracos do projétil, poder-se-ia ver o outro lado (saída do projétil). Literalmente, é como se fosse um buraco de fechadura.

    GABARITO DO PROFESSOR: INCORRETO

  • Engraçado que es questões de medicina legal para medico-legista são mais faceis que as de escrivão, investigador, delegado etc

  • O formato em buraco de fechadura ocorre nos tiros tangenciais na calvária e não no tórax.

    "Finalmente, chamamos a atenção para um tipo de ferimento de entrada em formato de “buraco de fechadura”, nos ossos da calvária, quando o projétil tem incidência tangencial, porém com um mínimo de inclinação suficiente para penetrar na cavidade craniana. Assim, de início o projétil atinge tangencialmente o crânio, depois sua ponta começa a levantar um fragmento do osso e em seguida se verifica a sua penetração na cavidade craniana (Figura 4.38)."

    França, Genival Veloso de. Medicina Legal (p. 125). Guanabara Koogan. Edição do Kindle. 

  • "Bala"... os professores de balística se remoendo com a cespe, certeza

  • Fabrício de Lima Feliciano. Pula tudo e vai nele, o melhor e direto ao ponto!


ID
617584
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A polícia encaminhou ao IML o corpo de um adulto
jovem, do sexo masculino, morto em decorrência de lesões
causadas por arma de fogo e navalha. No exame necroscópico,
constatou-se, na região torácica direita, duas feridas cortantes com
cauda de escoriação voltada para o lado direito, que, se pudessem
ser mostradas em corte sagital, apresentariam perfil de aspecto
angular. Soube-se que dois tiros foram disparados a distância,
transfixantes, e atingiram a região torácica esquerda da vítima.
Constatou-se um ferimento de entrada, produzido por arma de fogo,
na fronte, de forma irregular, sem zona de tatuagem, com bordas
voltadas para fora, com diâmetro maior do que o do projétil.

Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens
subsequentes.

A presença de carboxiemoglobina no sangue periférico, assim como de enxofre, nitratos da pólvora e nitritos no sangue do ferimento da fronte da vítima consistem em importantes dados para a realização de diagnóstico seguro de tiro encostado.

Alternativas
Comentários
  • Tiro encostado é aquele que é dado com a boca da arma encostada no alvo. Logo, todos os elementos que saem da arma penetram na vítima.
    A ferida de entrada adquire o aspecto denominado de Câmara de mina de Hoffmann: orifício de grande tamanho, estrelado, de bordas laceradas, evertidas e irregulares, com descolamento dos tecidos do crânio, com o aspecto da cratera de uma mina, nos disparos encostados ou apoiados no crânio;
    Casos especiais podem ser observados em alguns tipos de disparo:
    -Sinal de Benassi: esfumaçamento da tábua externa dos ossos do crânio, em casos de tiro encostado;
    Sinal de Puppe-Werkgarten: queimadura na pele pela estampa do cano da arma, no disparo apoiado.É fruto da pressão do cano da arma.

     
    -Sinal do telão de Raffo: zonas decorrentes da combustão da carga do cartucho e dos gases produzidos, sobre as vestes, que servem de anteparo (telão ou biombo): sinal do desfiamento em cruz; sinal do cocar e sinal do decalque.
  • Excelente o comentário do colega.
    Só basta esta pequena modificação: Puppe-Werkgaertner

    Bons estudos.
  • Segundo o Livro de Medicina Legal do França:
    "É importante para um diagnóstico seguro de tiro encostado, encontrar carboxiemoglobina no sangue do ferimento, assim como nitratos da pólvora, nitritos de sua degradação e enxofre decorrente da combustão da polvora."
  • Questão mal formulada.
    Tentaram copiar um trecho do livro do professor França e cometeram um deslize.
    " É importante, como aconselha Gisbert Calabuig, para um diagnóstico seguro de tiro encostado, encontrar carboxiemoglobina no sangue do ferimento,..."
    E não no sangue periférico. Em medicina, sangue periférico remete-nos a sangue coletado de veia periférica.
  • Muito bons os comentários. Só esse pequeno detalhe: Sinal de Nerio Rojas.

    Sucesso.

  • Facon,

    Com todo respeito ao  colega, temos que nos alertar a não levar nossos colegas ao erro, sinal de Puppe-Werkgaertner não se da na região da fronte (crâneo), sinal de PUPPE és sim com o cano escostado mas em local onde não há osso "achatado" por baixo, esse sinal a que se refere somente irá deixar uma zona de tatuagem (não confundir com o cone de dispersão), identica ao cano da arma, juntamente com o orifício de entrada, quase que uma marca patoguinomônica!!!

    Bons estudos

  • FRANÇA nos ensina que "para um diagnóstico seguro de tiro encostado, encontrar carboxi-hemoglobina no sangue do ferimento, assim como nitratos da pólvora, nitritos de sua degradação e enxofre decorrente da combustão da pólvora" FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 268.

    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO

ID
617587
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A polícia encaminhou ao IML o corpo de um adulto
jovem, do sexo masculino, morto em decorrência de lesões
causadas por arma de fogo e navalha. No exame necroscópico,
constatou-se, na região torácica direita, duas feridas cortantes com
cauda de escoriação voltada para o lado direito, que, se pudessem
ser mostradas em corte sagital, apresentariam perfil de aspecto
angular. Soube-se que dois tiros foram disparados a distância,
transfixantes, e atingiram a região torácica esquerda da vítima.
Constatou-se um ferimento de entrada, produzido por arma de fogo,
na fronte, de forma irregular, sem zona de tatuagem, com bordas
voltadas para fora, com diâmetro maior do que o do projétil.

Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens
subsequentes.

Nos tiros encostados, em geral, apresenta-se zona de tatuagem e esfumaçamento.

Alternativas
Comentários
  • TIROS ENCOSTADOS
    a)forma irregular(estrelado) pela dilaceração dos tecidospelos gases explosivos (mina de Hoffmann) b)sem zona de tatuagem ou de esfumaçamento c)diâmetrodo ferimento maiorque oprojétil (explosão dos gases) d)halo fuliginosonosossos: (sinal de Benassi) e)impressão (pressão) do cano da arma(sinalde Werkgaertner) f)quando transfixante: trajeto com orifício de entrada e saída
  • Assertiva CORRETA.Nos tiros próximos é comum formarem as zonas de tatuagem e esfumacamento, sendo a de chamuscamento formada somente quando há a aproximacao da boca do cano muito pr,oximo a pele. Nesses casos, denominamos tiros "à queima roupa", haverá formacao das 3 ZONAS da areola equimótica: TATUAGEM, ESFUMACAMENTO e CHAMUSCAMENTO. 
  • A questão está errada, pois teria essas caracteristicas se fossem a curta distância, o que não é o caso, a questão falou em "tiro encostado".
    Bons Estudos !!
  • Como o colega Ubiracy comentou a questão fala em tiro encostado, nesse caso toda fuligem vai entrar no corpo, juntamente com o projétil, não sendo possível a visulaização da zona de tatuagem, zona de chamuscamento e esfumaçamento. 
    A câmara de Hoffmann não é caracterisicas de todos os tiros encostados, mas daqueles em que haja uma tábua ossea por baixo da pele.
  • Caro Marcelo Marciel, creio que tua resposta está equivocada !! Pois a questão fala em ''tiro encostado'' e não de ''tiro à curta distância''. 
  • No tiro encostado, em geral, não há zona de esfumaçamento e zona de tatuagem pois todos os elementos da carga penetram pelo orifício da bala.É comum neste tipo de tiro a presença do sinal da "Câmara de mina de Hoffman" (vertentes enegrecidas e desgarradas formadas pelos elementos do tiro que penetram na ferida). 
  • Por dispararos enconstados, tem carácteristicas próprias:
    * Câmara (boca) de mina de hofmann, paque que ocorra, é necessário que o disparo ocorra em um tecido suprajacente a um plano ósseo ou a um plano aponeurótico muito firme e fibroso. Assim, fincnado com orifício maior que o diâmetro do projétil, geralmente estrelado, de bordas laceradas, evertidas e irregulares, com descolamento dos tecidos, apresentando o aspecto de cratera de uma miina terrestre.
    Já no disparo de CURTA distância, temzona de chamuscamento, zona de esfuçamento, zona de tatuagem.
    O examinador queria saber se o candidado sabia a diferença apresentada, do disparo encostado e o disparo de curta distância.




  • questão duvidosa pois quando a pele é retirada da ferida em boca de mina de Hoffmann é perceptível o esfumaçamento/tatuagem de pólvora no osso que fica por baixo dessa pele (Sinal de Benassi)
  • TIROS ENCOSTADOS --> NÃO TEM CARACTERISTICAS DE EFEITOS SECUNDARIOS (Pólvora incombusta, chama)

    PORÉM PODEM APARECER

    GABARITO: ERRADO

    TIRO ENCONSTADO

    BENASSI E WERKGAERTNER

  • Questão errada, no sinal de Puppe-Werkgaertner não ira apatecer zona de esfumaçamento, sinal de PUPPE é sim com o cano escostado mas em local onde não há osso "achatado" por baixo, esse sinal  somente irá deixar uma zona de tatuagem (não confundir com o cone de dispersão), identica ao cano da arma, juntamente com o orifício de entrada, quase que uma marca patoguinomônica!!!

    Bons estudos

  • Grave isso:

    LESÕES DE ENTRADA: Em regra apresentam: bordas viradas para dentro, diâmetro menor do que o do projétil, forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, enxugo ou equimose.
    Nos tiros a curta distância apresentam orla de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento/tisnado, além da orla de escoriação, enxugo ou equimose.

    Já os tiros à queima roupa, orla de queimadura/chamuscamento, muitas das vezes apresenta formato em boca de mina.

    LESÕES DE SAÍDA: Em regra apresentam- no caso de projétil único: bordas reviradas para fora, forma irregular, maior sangramento, não apresentam orla de escoriação nem de enxugo, sequer elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO
  • TIROS À CURTA DISTÂNCIA É QUE DEIXAM ESSES VESTÍGIOS (SINAIS). 

  • ITEM – ERRADO – Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 294 e 295):

     

     

    “Ferimentos de entrada nos tiros a curta distância. Estes ferimentos podem mostrar: forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, bordas invertidas, halo de enxugo, halo ou zona de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de compressão de gases. Diz-se que um tiro é a curta distância quando, desferido contra um alvo, além da lesão de entrada produzida pelo impacto do projétil (efeito primário) são encontradas manifestações provocadas pela ação dos resíduos de combustão ou semicombustão da pólvora e das partículas sólidas do próprio projétil expelido pelo cano da arma (efeitos secundários). Quando além das zonas de tatuagens e de esfumaçamento há alterações produzidas pela elevada temperatura dos gases, como crestação de pelos e cabelos (entortilhados e quebradiços), manifestações de queimadura sobre a pele (apergaminhada e escura ou amarelada) e zona de compressão de gases (no vivo), considera-se essa forma de tiro a curta distância como à queima-roupa.” (Grifamos)

  • Tiro encostado apresenta=== -câmara de mina de hoffman

    -sinas de benassi

    -sinais de werkgaertener

    -orifício de entrada é amplo e irregular

    -sinal de schusskanol

    -efeitos primários e secundários

  • Errado! isto porque, no tiro encostado ocorre a "CÂMARA DE MINA DE HOFFMANAN", ou seja, considerando que comumente o tiro encostado é realizado em regiões onde hpa osso por baixo, o projetil destrói o osso, e os gases da explosão do tiro encontram de imediato um anteparo, qual vão bater no osso e voltar (refluir), causando uma lesão explosiva na região.

    Além de: bordas para fora, grande e irregular, gerando uma impressão de lesão de saída, mas não é.

    Com tais caracteristicas, percebe-se impossivel VISUALIZAR os fenômenos da zona de tatuagem, pois destruída a região, bem como aparecem em tiros a curta distancia e queima roupa; zona de esfumaçamento, dado que a pele da região estará destruída e chamuscamento [zona de queimadura], pela mesma razão.

    O esfumaçamento visto nos TIROS ESCOSTADOS é chamado de "Sinal de Schusskanol(osso), que é o esfumaçamento no conduto interno produzido pelo TUNEL do tiro no osso.


ID
617590
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A polícia encaminhou ao IML o corpo de um adulto
jovem, do sexo masculino, morto em decorrência de lesões
causadas por arma de fogo e navalha. No exame necroscópico,
constatou-se, na região torácica direita, duas feridas cortantes com
cauda de escoriação voltada para o lado direito, que, se pudessem
ser mostradas em corte sagital, apresentariam perfil de aspecto
angular. Soube-se que dois tiros foram disparados a distância,
transfixantes, e atingiram a região torácica esquerda da vítima.
Constatou-se um ferimento de entrada, produzido por arma de fogo,
na fronte, de forma irregular, sem zona de tatuagem, com bordas
voltadas para fora, com diâmetro maior do que o do projétil.

Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens
subsequentes.

Na situação em apreço, as feridas cortantes foram produzidas pelo instrumento de corte, que atuou obliquamente.

Alternativas
Comentários
  • Se a ferida tem aspecto angular, o instrumento atuou de forma perpendicular. A questão esá errada.
  • Errado.

    Outro elemento também dá pra matar a questão.

    CORTE SAGITAL = CORTE VERTICAL.
    Bons estudos.
  • Instrumento de corte ?

    existe Instrumento de Ação Cortante ou Incisa.
  • Instrumentos cortantes atuam linearmente produzindo feridas incisas (cortantes).
     
  • Se o instrumento de corte atua obliquamente, sua forma é em bisel.
  • perfil de corte :

     de aspecto angular (se o meio atuou perpendicularmente)  

     forma de bisel (se o meio atuou  obliquamente);

  • Atua em MOVIMENTO DE ARCO DE VIOLINO..

     

    Isto é, por deslizamento, atraves de pressão feita sobre o istrumento cortante.

  • Fui direto na questão e marquei errado ao ler feridas cortantes, nem li o resto.

    Lesão - incisa

    Instrumento - Cortante

  • nao existe ferida cortante, e sim ferida incisa do instrumento cortante.

  • Nas feridas cortantes teremos um perfil de corte de aspecto angular, quando o instrumento atua de forma perpendicular. Quando o instrumento atua em sentido oblíquo ao plano atingido, será em forma de bisel.

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

  • Angular = perpendicular

    Bisel = oblíqua

  • Eu tenho que admitir que os comentários daqui são melhores do que os dos professores. kkkk


ID
617608
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Sabendo que a medicina legal, área bastante abrangente,
compreende a relação entre a aplicação dos conhecimentos médicos
e as matérias jurídicas, nos seus diversos campos — criminal, cível,
trabalhista e administrativo —, com objetivo de instruir os
inquéritos e processos e elucidar questões, julgue os itens a seguir,
relativos à medicina legal, à perícia e aos peritos.

Os peritos não oficiais e os assistentes técnicos diferem na sua concepção em relação aos peritos oficiais, visto que os peritos não oficiais (ad hoc), peritos do juízo, só podem atuar na ausência do perito oficial e depois de firmar o compromisso de bem e desempenhar, fielmente, o encargo perante a autoridade solicitante da perícia; e os assistentes técnicos, peritos da parte, só podem atuar após a sua admissão pelo juiz. Já o perito oficial prescinde de firmar o compromisso, que é inerente à sua titulação, e sua atuação precede a do assistente técnico.

Alternativas
Comentários
  • Peritos do juizo tambem chamados de LOUVADOS (area civil). Sao indicados pelo presidente do juizo.
  • Ao meu ver, existem alguns erros. 

    1) ...visto que os peritos não oficiais (ad hoc), peritos do juízo, só podem atuar...

    O termo ..., peritos do juízo,... entre vírgulas dá uma ideia de aposto de "peritos não oficiais" como se considerasse que ambos os termos possuem o mesmo significado.

    2) ...
    encargo perante a autoridade solicitante da perícia.

    O compromisso é prestado em juízo e não perante a autoridade solicitante da perícia, já que as autoridades judiciárias, policiais e do MP podem solicitar perícias.

    3) ...
    os assistentes técnicos, peritos da parte,...

    Os assistentes técnicos não são peritos no sentido estrito da palavra, eles não realizam perícias, mas apenas as acompanham e fiscalizam, ao final da perícia, emitem um parecer sobre a mesma.


    Eu observei esses pontos, caso algum colega queira retificar pode sentir-se a vontade.
  • Concordo com o Amigo Luiz Felipe.

    Na minha opnião gabarito equivocado, pois o termo " Perito do Juízo é específico da Área Cível", ou seja, não há perito oficial na área cível. O mesmo é indicado quando existe necessidade, passando à atuar no caso (Cível) como perito oficial. Portanto não há que se falar em perito do juízo poder atuar apenas na ausência de perito oficial.  - Termo Equivocado...

    Caso haja discordância da minha resposta, favor responder tecnicamente !
  • Questão correta, senão vejamos:

    Art. 159.  O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)

            § 1o  Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)

            § 2o  Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)

            § 3o  Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

            § 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

  • OUTRA OBS:
    § 2o  Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.

    .....Já o perito oficial prescinde de firmar o compromisso, que é inerente à sua titulação, e sua atuação precede a do assistente técnico.   
    JÁ NÃO É INERENTE À SUA TITULAÇÃO?  

    ERRADA²
    BONS ESTUDOS.


  • "assistentes técnicos, peritos da parte"....


    Como assim?! Assistentes técnicos não podem ser considerados peritos....


    Não concordo com o gabarito por causa dessa parte!

    Se alguém quiser discordar e diz o porquê...


    Bons estudos!!!

  • Preste atenção Marina com a palavra prescinde. Nesse caso quer dizer assim "...Já o perito oficial não necessita de firmar compromisso, que é inerente à sua titulação" Quando o perito é aprovado em um concurso público ele firma o compromisso , não precisando mais fazer isso toda vez que realizar uma perícia.

  • Essa questão acredito que caberia recurso.

     

  • resposta correta: logo que prescindi significa dispensar, o perito oficial não precisa firmar compromisso.

    e sua atuação antecede a do assistente tecnico 

  • perfeita a assertiva!!

  • peritos do juízo são peritos judiciais, atuam em âmbito civil e trabalhista. Em âmbito civil, o perito não presta compromisso.

    CPC, Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso.

  • ELES JÁ PRESTAM COMPROMISSO QUANDO ASSUMEM O CARGO, PORÉM ENTENDO QUE TODOS PRESTAM COMPROMISSOS, PORÉM EM MOMENTOS DISTINTOS.


ID
617611
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Sabendo que a medicina legal, área bastante abrangente,
compreende a relação entre a aplicação dos conhecimentos médicos
e as matérias jurídicas, nos seus diversos campos — criminal, cível,
trabalhista e administrativo —, com objetivo de instruir os
inquéritos e processos e elucidar questões, julgue os itens a seguir,
relativos à medicina legal, à perícia e aos peritos.

O resultado do trabalho do perito médico legista é apresentado na forma de laudo, que consiste em um relatório com formato definido em que são respondidos quesitos formulados por assistente técnico.

Alternativas
Comentários
  • Quesitos Nas ações penais, já se encontram formulados os chamados quesitos oficiais Mesmo assim, podem, à vontade da autoridade competente, existir quesitos acessórios
  • O Relatório Medico legal é constituido das seguintes partes:

    a) PREÂMBULO ( hora, local, nome da autoridade que requereu a perícia e qualificação do examinando);

    b) QUESITOS ( nas ações penais, já se encontram formulados os chamados quesitos oficiais, mesmo assim, pode a autoridade competente fazer quesitos ascessórios);

    c)  HISTÓRICO (registro dos fatos mais significativos);

    d) DESCRIÇÃO (parte mais importante do relatório medico legal. É necessário que se exponham todas as particularidades que a lesão apresenta);

    e) DISCUSSÃO ( diagnóstico lógico);

    f) CONCLUSÃO  (compreende a análise sumária daquilo que os peritos puderam concluir);

    g) RESPOSTAS AOS QUESITOS (os peritos afirmam ou negam os quesitos).
    Fonte: genival França.

     

  • Complementando o colega acima.

    O laudo pericial deve conter a Autenticação, que é a formalidade sem a qual o laudo perde sua validade jurídica para o Processo Penal. É a parte final do laudo que contém a data e a assinatura dos peritos.

    Fonte: Coleção estudos direcionados, Perguntas e Respostas de Medicina Legal, Ricardo Bina, ED. Saraiva.
  • ninguém dissecou o erro da questão.... " que consiste em um laudo com formato definido em que são respondidos os quesitos formulados pelo MP, assistente de acusação, ofendido, querelante e acusado, o asssitente técnico atuará após a conclusão dos exames e da elaboração do laudo pelos preitos oficiais." Consoante artigo 159, parágrafos 3º e 4º do CPP.

  • Na minha modesta opnião, a definição em comento refere-se a parecer médico, e não Laudo (relatório médico).

  • Os assistentes só serão admitidos após conclusão dos trabalhos dos peritos, nos termos do CPP. Desta forma, não seria possível formulação de quesitos por parte deles, se o laudo sequer estava pronto. Ademais, a resposta aos quesitos formulados pelo assistente será respondida em laudo complementar. Obs: questão trata do assistente TÉCNICO e não de ACUSAÇÃO
  • O assistente técnico somente atuará após finalização da elaboração do laudo pericial. 

  • Há pessoas confundindo algumas informações. Na verdade, há 2 tipos de quesitos os OFICIAIS e os NÃO-OFICIAIS.

    Os oficiais são aqueles que já tem um formato pre-determinado de acordo com cada tipo de crime.

    Já os NÃO-OFICIAIS são que eles complementares formulados pelo Juiz, Delegado ou MP ao assistente de acusação, ofendido, querelante e ao acusado.

  • Pelo Pacote Anticrime, é possível a admissão do assistente técnico também na fase do inquérito policial. Estando este Artigo do CPP suspenso por decisão do Ministro Luiz Fux do STF.


ID
617653
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considere que um cadáver de pessoa de sexo masculino, de
identidade ignorada, submetido a necropsia no IML, apresentava
palidez acentuada, rigidez completa e livores tênues em dorso.
Considere, ainda, que, nesse cadáver, apresentava-se ferida incisa
no epigástrio, com penetração em cavidade. Com base nesse caso
hipotético, julgue os próximos itens.

A ferida incisa caracteriza a ocorrência de disparo com o cano da arma encostado.

Alternativas
Comentários
  • Nessa situação a ferida é pérfuro contusa.
  • A ferida incisa é aquela causada por uma ação cortante.

    O projétil de arma de fogo é exemplo de objeto pérfuro-contundente.

    O que poderia caracterizar a ocorrência de disparo com o cano da arma encostado seria a presença de:

    1) "Boca de Mina de Hoffman" (normalmente, quando o disparo é feito num local em que há osso por baixo da pele) ou

    2) "Sinal de Puppe Werkgaetner" (caso em que o disparo é feito num local em que não há osso por baixo e fica um desenho da boca da arma na pele)

    3) "Sinal de Benassi" (impregnação da fuligem/pólvora no osso).
  • Ferida incisa ( ou cortante) decorre de agentes como: navalhas, bisturi, "cerol". Atuam por deslizamento linear sobre os tecidos.

    Já as lesões decorrentes de PAFs( projetil de arma de fogo) causam lesões perfurocontusas. Ou seja, atuam por percussão e pressão.



    Para analisarmos a balística forense decorrente dos efeitos dos PAFs, devemos observar:


    1) ferimento de entrada 

    2) ferimento de saída

    3) trajeto do PAF


    Cabe salientar que apesar das ações perfurocontundentes predominarem no estudo que tange a balística  forense, outros objetos podem ser utilizados como instrumentos perfurocontundentes, por exemplo, ponta de guarda-chuva e chave de fenda.

  • A ferida incisa é causado por instrumento cortante, o que poderíamos observar como consequências do tiro encostados são :

    Sinal de Hoffman, necessariamente quando há ossos por baixo do tecido de onde ocorreu o tiro.
    Sinal de Benassi, quando há fixação de fuligem ou pólvora no tecido ou osso.

  • Interessante colocar que Genival Veloso de França adota no seu livro o termo lesão cortante, pois prefere deixar o termo incisão (lesão incisiva) somente para casos derivados de procedimentos cirúrgicos o que para o legista é de suma importância a diferenciaçã e para o operador do direito também.
  • ERRADO

     

    As lesões produzidas por projéteis de arma de fogo, quer seja de tiro a longa distância, curta distância ou encostado, são de características perfurocontusas e não incisas. 


ID
617656
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considere que um cadáver de pessoa de sexo masculino, de
identidade ignorada, submetido a necropsia no IML, apresentava
palidez acentuada, rigidez completa e livores tênues em dorso.
Considere, ainda, que, nesse cadáver, apresentava-se ferida incisa
no epigástrio, com penetração em cavidade. Com base nesse caso
hipotético, julgue os próximos itens.

Nessa situação, apresenta-se evidência de morte decorrente de hemorragia provocada por instrumento perfurocontundente, ou seja, por projétil de arma de fogo, que atingiu o abdome, lesando a estrutura vital, como o fígado ou a artéria aorta abdominal.

Alternativas
Comentários
  • As feridas incisas ou cirúrgicas são aquelas produzidas por um instrumento cortante.
  • Projétil de arma de fogo produz ferida PÉRFURO-CONTUSA, logo, mata-se a questão.

    Bons estudos.
  • As lesões produzidas por ações mecânicas podem ser classificadas como ativas, passivas ou ainda, mistas de acordo com o movimento. Se for um movimento do instrumento para o corpo, caracteriza lesão ativa. Se for ao contrário, passiva. Há uma terceira classificação que pode ser mista, gerando ações ativas e passivas.  Essas lesões são determinadas também quanto à sua lesão, podendo ser perfurante, cortante, contundente ou mistas, por exemplo, perfuro contundente, perfuro cortante e corto contundente. As lesões perfuro contundente são causadas por objeto pesado com superfície de corte impulsionado pelos membros do agressor. Ex.: machado, facão, foice, enxada, dentes.

    Alternativa correta: Errada.


  • O Comentário do professor sobre a questão esta equivocado uma vez que instrumentos como machado, facão, enxada são classificados como Corto-Contusos/Corto-Contundentes.


  • Na verdade a professora cometeu um "vacilo" que passou despercebido.

    Conforme o amigo abaixo, todos esses instrumentos por ela apontado como sendo perfurocontundentes na verdade são perfurocortantes, exemplos: unhas, foice, machado.

    Mas focando na questão, a lesão não poderia ser causada por um PAF(projétil de arma de fogo), tendo em vista que o mesmo atua por percussão e pressão ou seja são lesões perfurocontusas, e não incisas conforme foi encontrado no cadáver.

    A morte do índiviuo ocorreu possivelmente, por uma navalha, lâmina de barbear, bisturi, entre outras possibilidades.

  • tanto o comentário do Professor como o do Thiago Trigo estão errados, vejam:

    Machado, facão, foice... produzem feridas corto-contundente e não perfuro-contundente, muito menos perfuro-cortante.

    O enunciado está falando de Ferida  Incisas - são provocadas por instrumentos cortantes, como faca, bisturi, lâminas, etc.; suas características são o predomínio do comprimento sobre a profundidade, bordas regulares e nítidas, geralmente retilíneas. Na ferida incisa o corte geralmente possui profundidade igual de um extremo à outro da lesão, sendo que na ferida cortante, a parte mediana é mais profunda.

    Portanto, está errada pois a afirmativa fala em ferida perfurocontundente, que geralmente são produzidas por PAF (projetil de arma de fogo).

    o correto seria, "apresenta-se evidência de morte decorrente de hemorragia provocada por instrumento cortante...";

  • creio que há falha no comentário do colega Bolsonaro Presidente, pois ele relata que as feridas são " corto-contundente e não perfuro-contundente". Contundente é o instrumento, a ferida é contusa. Favor me corrijam se eu estiver errada.

  • A questão está errada porque lesões incisas não podem ter sido ocasionadas por uma ação perfurocontundente, mas sim cortante!

  • Um detalhe do enunciado elimina a hipótese de ação de instrumento perfurocontundente - Ferida Incisa. Segundo a literatura médico legal, esse tipo de ferimento é causado por instrumento cortante (navalha, por exemplo), e, pode ser de um ou dois gumes - depende do caso em concreto. O fato é que não há a possibilidade de um instrumento cortante gerar uma lesão do tipo PERFURTOCONTUNDENTE (um bom exemplo de instrumento perfurocontudente citado pelo professor Roberto Blanco é o Projetil de Arma de Fogo, a Arcada Dentária e um Vergalhão; mas é importante destacar um ponto: o Projetil de Arma de Fogo gera a lesão Perfurocontundente, contudo, a arma em si, gera uma lesão do tipo CONTUNDENTE, se utilizada como instrumento de um crime - já caiu em provas (PEGADINHA).

  • Com todo respeito, o sr Delta está equivocado! O instrumento é que pode ser Perfurocontundente; Cortante... A Lesão não tem "NTE"... será Perfurocontusa; Incisa.... Bons Estudos!

  • Croce, Delton Jr. (in Manual de medicina legal— 8. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012. P. 293)

     

    Classificação dos instrumentos mecânicos

     


    Segundo o contato, o modo de ação e as características que imprimem às lesões, classificam-se os instrumentos mecânicos em: cortantes, contundentes, cortocontundentes, perfurantes, perfurocortantes e perfurocontundentes. Destarte, eles produzem, respectivamente, feridas incisas, contusas (e contusões), punctórias, perfuroincisas, cortocontusas e perfurocontusas.
     

    Não existem instrumentos dilacerantes, contusodilacerantes, perfurodilacerantes, cortodilacerantes; dessa forma, não há de falar o perito em feridas dilacerantes, contusodilacerantes, perfurodilacerantes, cortodilacerantes, teoricamente produzidas por esses inexistentes instrumentos.
    Desse modo, ferimento lacerocontuso nada mais é que solução de continuidade em meio a uma ação contundente, ou seja, ferida contusa.” (Grifamos)

     

  • Feridas causadas por uso de projétil de arma de fogo são sempre perfurocontundentes, e o texto trouxe uma ferida incisa, que decorre de um objeto cortante.


    Gabarito: Errado.

  • Errado, pois o instrumento é perfurocontusa.” Arma balística” ex: projétil de arma de fogo.

  • Foi FACADA !!!

  • LESÃO INCISA E NÃO PERFURO-CONTUNDENTE.


ID
617659
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Um idoso de 65 anos de idade submeteu-se a exame
ambulatorial no IML logo após 30 dias da ocorrência de acidente
automobilístico. O idoso apresentava andar claudicante, cicatriz
hipocrômica e hipertrófica na face anterior de perna direita,
consequente de traumatismo provocado pela alavanca de câmbio
que o atingiu durante a colisão do veículo que dirigia. O idoso havia
renovado sua carteira nacional de habilitação quinze dias antes do
acidente e constava em seu prontuário que ele estava apto, sem
restrições para dirigir veículo automotor.

A partir da situação acima apresentada, julgue os itens subsecutivos.

Nessa situação, mesmo que a lesão esteja em evolução, o legista deve concluir o laudo nesse momento, visto que, no Código de Processo Penal, não há previsão de outros exames em tempo superior a trinta dias.

Alternativas
Comentários
  • A PARTE FINAL DA QUESTÃO CONTRADIZ O PRÓPRIO ENUNCIADO. É JUSTAMENTE NESTE PONTO QUE RESIDE O ERRO, JÁ QUE O CPP PREVÊ A POSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA APÓS 30 DIAS PARA VERIFICAR SE A LESÃO É GRAVE OU LEVE, TAL COMO DISPOSTO NO ART. 168, §2º DO CPP.
  •    Questão correta:


    Art. 168.  Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.

            § 1o  No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.

            § 2o  Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.

  • questão errada:

    no caso do caput do art. 168, o CPP não estabelece prazo para o exaem complementar.

    e, mesmo no caso do §2º, há entendimento de que o prazo de 30 dias não é peremptório, senão vejamos:

    STF: “O prazo de 30 dias a que alude o §2º do artigo 168 do CPP não é peremptório, mas visa a prevenir que, pelo decurso de tempo, desapareçam os elementos necessários à verificação da existência de lesões graves. Portanto, se, mesmo depois da fluência do prazo de 30 dias, houver elementos que permitam a afirmação da ocorrência de lesões graves em decorrência da agressão, nada impede que se faça o exame complementar depois de fluído esse prazo” (DJU, 11-10-1996, p. 38499).
  • De acordo com a Lei 3.689/1941, no Art. 168, do Código do Processo Penal e como o próprio texto do enunciado da questão já diz, o exame pericial pode sim ser realizado após 30 dias do ocorrido.

    Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.

    § 1o No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.

    § 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.

    § 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.


    Alternativa correta: Errado


  • Gente, nesse caso específico, como há uma lesão claudicante, poderá subsistir DEBILIDADE PERMANENTE DE MEMBRO, SENTIDO OU FUNÇÃO. Uma nova perícia já não terá em escopo a duração em si, mas a possibilidade de permanecia da debilidade.


ID
617662
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Um idoso de 65 anos de idade submeteu-se a exame
ambulatorial no IML logo após 30 dias da ocorrência de acidente
automobilístico. O idoso apresentava andar claudicante, cicatriz
hipocrômica e hipertrófica na face anterior de perna direita,
consequente de traumatismo provocado pela alavanca de câmbio
que o atingiu durante a colisão do veículo que dirigia. O idoso havia
renovado sua carteira nacional de habilitação quinze dias antes do
acidente e constava em seu prontuário que ele estava apto, sem
restrições para dirigir veículo automotor.

A partir da situação acima apresentada, julgue os itens subsecutivos.

O exame acima descrito configura exame médico legal complementar, cujo objetivo consiste em evidenciar a resposta ao quesito relativo ao tempo de impossibilidade de exercício de ocupações habituais, que, juridicamente, possibilita a distinção da natureza da lesão, ou seja, se corresponde a lesão leve ou grave.

Alternativas
Comentários
  • Questão Correta.

    Conferir no art. 168, e seus parágrafos, do CPP.
    O parágrafo 2º deste artigo citado diz que "Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, parág. 1º, I, do CP, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime." A questão nos informa que o idoso fez exame trinta dias após o ocorrido; o parágrafo 1º trata de exame complementar e o 2º é seu complemento, então a questão refere-se a isso. Espero ter ajudado àqueles que ficaram com dúvida na questão.

    Bom estudos à todos e todas!
  • No enunciado da questão não há dados suficientes para concluir que se tratava de exame complementar, nem se era para aferir a gravidade da lesão.

    Alguém sabe informar se a banca manteve o gabarito?
  •  (lesão leve ou grave)
    Essa parte que achei estranha na questão.
    Não deveria ser GRAVE ou GRAVÍSSIMA?
  • A questão menciona um acidente automobilístico que, sem mais detalhes, remete à conduta culposa. Daí, não há que se cogitar lesão grave. Se a conduta é culposa, salvo engano, não há que se cogitar lesão grave.
  • Somente lesão leve (menos que 30dias) e lesão grave ( mais que 30 dias) citam o tempo de debilidade. Na lesao gravíssima nao cita tempo pois se trata de incapacidade.

  • Conncordo com o Gustavo Henrique. A questão não dá dados para concluir que se tratava de exame complementar, já que fala que o idoso "submeteu-se a exame ambulatorial no IML logo após 30 dias da ocorrência de acidente". Para se falar em exame complementar é necessário que tenha havido um exame prévio. Pelo enunciado, entende-se que o idoso procurou o IML somente uma vez, após os 30 dias do acidente.

  • Art. 168, § 2 º, CPP- Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1 º , I, do Código Penal (LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE) , deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime. O conceito de lesão corporal leve é feito por exclusão, excluindo, no caso, as lesões que não são graves, nem gravíssimas e também as seguidas de morte.

    Art. 129, § 1º, CP- LESÃO CORPORAL GRAVE: a) incapacidade para as ocupações habituais POR MAIS DE 30 DIAS; b) aceleração do parto, c) perigo de vida, d) debilidade permanente de membro, sentido ou função.

    Art. 129, § 2º, CP- LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA: a) incapacidade permanente para o trabalho, b) enfermidade incurável, c) perda ou inutilização de membro, sentido ou função, d) deformidade permanente, e) aborto.

    Caso haja incapacidade para ocupações habituais por menos de 30 dias, a lesão será leve.

    GABARITO PROFESSOR: CERTO

ID
617674
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Sabendo que, durante a atividade médico-legal, o legista necessita
emitir documento médico que comprove a identidade e a causa da
morte, julgue os itens que se seguem.

Não sendo confirmada tecnicamente a identidade do morto, o médico fica impedido de assinar o documento que comprove a morte e a sua causa.

Alternativas
Comentários
  • É logico, ele vai emitir a declaraçao de óbito em nome de quem???

    Ossada numero 230/2011???       Cadaver n 2.345/2011??

    E como fica a emissão da certidão de óbito após??
  • Algum colega tem fundamentos para a resposta (ERRADA)?

    Creio que independente da identidade do morto, não há nenhum impedimento para que o médico ateste a morte e a respectica causa. Posteriormente poderia ser identificado.

    Bons estudos!!
  • As normas existentes nesta situação encontram-se estabelecidasna Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que trata dos RegistrosPúblicos, mais especificamente em seu artigo 81 in verbis:
    “Sendo o finado desconhecido, o assento deverá conter declaração de estaturaou medida, se for possível, cor, sinais aparentes, idade presumida,vestuário e qualquer outra indicação que possa auxiliar no futuro oseu reconhecimento...”
    “Parágrafo único: Neste caso, será extraída a individualdactiloscópica, se no local existir esse serviço.”
    Neste sentido, deve o médico assistente emitir documento a ser anexado ao prontuário do paciente, contendo as informações acima e, se possível, acompanhado de foto do falecido. Ademais, deve-seentrar em contato com o Instituto de Identificação para que possa serextraída a individual dactiloscópica (impressões digitais).O corpo deverá ser encaminhado ao Serviço de Anatomia Pato-lógica, onde deverá permanecer guardado por um período de até 15dias e, em não sendo identificado após este período, poderá ser enca-minhado à Faculdade de Medicina para fins de estudo ou ser sepulta-do como indigente.
    Fonte : http://pt.scribd.com/doc/76123145/5/ATESTADO-DE-OBITO-DE-PACIENTE-SEM-IDENTIFICACAO

    e
     ai???
  • Concordo em gênero, número e grau com o colega Leonardo. Seria registrado o Laudo Cadavérico com a causa morte e as caracterìsticas do cadáver (estatura, idade aproximada, cicatrizes, tatuagens etc.), visto que, numa posterior busca pelo morto, seria possível que o próprio IML, realizasse buscar em um "Banco de dados" dos cadáveres que deram entrada no Instituto. Acho que a questão está incorreta.
  • Creio que a questão está incorreta, até porque, é possível o enterro do cadáver como indigente. E nesse caso, será necessário a feitura do atestado de óbito assinado pelo médico legista
  • Pessoal percebam que a questão fala apenas em MÉDICO, e não em MÉDICO LEGISTA ou PERITO MÉDICO...



    Não sendo confirmada tecnicamente a identidade do morto, o médico fica impedido de assinar o documento que comprove a morte e a sua causa.


    O erro nesta questão ao meu ver esta no ponto que só o perito medico poderá atestar a
    causa da morte... a morte ele pode atestar mas não a causa...
  • O erro está no médico não ser médico legista, quando o corpo não está identificado ele tem que se encaminhado para o IML, ai sim o médico LEGISTA pode assinar a D.O., é assim que acontece nos casos de morte com identidade desconhecida. O corpo é liberado como Identidade desconhecida. Espero ter ajudado.
  • Sim, mas e o texto oculto?

    Sabendo que, durante a atividade médico-legal, o legista necessita
    emitir documento médico que comprove a identidade e a causa da
    morte, julgue os itens que se seguem.

    Acho q ao mecionarem "médico" em seguida, subentende-se tratar-se do legista.

  • QUER DIZER ENTAO QUE ATE DESCOBRIR A IDENTIDDE O MORTO NAO PODE SAIR DO IML? ALGUNS VAO FICAR DECADAS

  • Em ML identidade não se confunde com identificação. Identidade é o conjunto de caracteres próprios e exclusivo das pessoas, animais, coisas, objetos; soma de sinais, marcas de caracteres positivos ou negativos que, no conjunto individualizam o ser humano ou uma coisa, distinguindo-os dos demais. (Delton). Identificação é o processo pelo qual se determina a identidade de pessoas ou coisa de forma técnica científica, executada por perito relevante para o Direito.

     

  • Agora eu ri kkkkkkkk boa Vinicius ! 

  • Pegadinha. Comentário do João Paulo e Adão está perfeito.

  • Que banca lixo
  • Infelizmente, não houve clareza por parte do examinador na elaboração dessa questão.

    Entendo que a questão por apresentar incongruência e falta de informação deveria ter sido anulada, pois não há qualquer impedimento na assinatura do documento, desde que observada a Portaria 116 de 11 de fevereiro de 2009 do Ministério da Saúde, artigo 19, incisos, temos que:

    I) óbitos por causas naturais COM ASSISTÊNCIA MÉDICA:

    a) DO (declaração de óbito) será fornecida, sempre que possível, pelo médico que prestou assistência ao paciente. Podendo ainda, ser fornecida pelo médico assistente e, na sua ausência ou impedimento, pelo médico substituto;

    b)DO do paciente em tratamento ambulatorial- prestada pelo médico que prestava assistência médica ou SVO (serviço de verificação de óbitos);

    c) Nas localidades sem SVO, cabe ao médico da ESF (Estratégia de saúde da família) mais próxima verificar a realidade da morte, identificar o falecido e emitir a DO;

    II) óbitos com causas naturais SEM ASSISTÊNCIA MÉDICA DURANTE A DOENÇA que ocasionou a morte:

    a) Onde há SVO, será emitida pelos médicos do SVO;

    b) Onde não há SVO, a DO deverá ser fornecida pelos médicos do serviço público de saúde mais próximo do local onde ocorreu o evento e, na sua ausência, por qualquer médico da localidade. Se a causa da morte for desconhecida, poderá registrar "causa indeterminada" na Parte I do atestado da DO, devendo, entretanto se tiver conhecimento, informar doenças pré-existentes na Parte II desse documento.

    Gabarito da banca: CERTO
    Gabarito do professor: ERRADO
  • A questão está correta, mas o problema dessas questões é que os enunciados são incompletos. Faltou dizer que não pode emitir a DO até que haja a identificação do cadáver por algum dos métodos de identificação conhecidos, principalmente a papiloscopia, a arcada dentária ou pelo DNA. Ainda não havendo o reconhecimento a DO é preenchido como Pós-Mortem (PM) núm......./2018. Não havendo família ele é sepultado assim após 15 dias, havendo família e ainda não ter sido reconhecido por nenhum dos métodos, somente por reconhecimento judicial para poder colocar o nome alegado na DO e poder entregar o corpo para a família.

  • Pessoal percebam que a questão fala apenas em MÉDICO, e não em MÉDICO LEGISTA ou PERITO MÉDICO...

    Não sendo confirmada tecnicamente a identidade do morto, o médico fica impedido de assinar o documento que comprove a morte e a sua causa.

    O erro nesta questão ao meu ver esta no ponto que só o perito medico poderá atestar a causa da morte... a morte ele pode atestar mas não a causa...

    (Comentário copiado do colega Adão - Comentando de novo, pois o dele ficou lá pra baixo)


ID
626905
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A capacidade de diagnosticar e mensurar a dor, alegada em um exame pericial, constitui um desafio da medicina legal, por se tratar de um dado subjetivo. O sinal de dor, avaliado pela contagem prévia do pulso radial, compressão do ponto doloroso alegado e nova contagem do pulso, é denominado pelo epônimo de sinal de

Alternativas
Comentários
  • O  perito  deverá  realizar  exames  especiais  para  afastar  as  possibilidades  de simulação, meta-simulação e dissimulação. A simulação tem como sintoma mais referido a  dor. Para pesquisar a existência ou não deste fenômeno, utilizam-se os sinais da dor, como os seguintes: sinal de Mankoff, sinal de Imbert, sinal de Müller, sinal de Levi.  
     sinal  de  Mankoff  consiste  em  deixar  em  repouso  o  paciente  durante  alguns minutos,  depois  de  prévia  contagem  de  seu  pulso  radial.  Em  seguida,  rapidamente comprime-se a região dolorosa alegada e contam-se novamente os batimentos do pulso. Seu aumento faz o diagnóstico de existência da dor referida.  
    O  sinal  de  Imbert,  utilizado  para  os  casos  de  simulação  dolorosa  dos  membros, consiste em colocar o paciente em repouso e contar suas pulsações radiais, para em seguida, mandá-lo ficar apoiado na perna referida ou segurar um peso com o braço afetado. Quando a dor alegada realmente existir ocorrerá aumento das pulsações.  
    sinal de Müller é pesquisado, marcando-se com um compasso a região onde a dor é  referida.  Em  seguida,  assinala-se  o  ponto  doloroso  e  mantendo  o  indivíduo  de  olhos vendados,  comprime-se  com  o  dedo  um  ponto  que  não  seja  sensível  à  dor.  Dentro  do mesmo círculo, passa-se rapidamente a comprimir o ponto doloroso. Quando existe meta-simulação, o examinando não percebe a mudança.  
    sinal de Levi é feito pedindo-se ao paciente que mantenha seu olhar a distância e no  local  referido  como  doloroso  faz-se  uma  compressão.  Quando  a  dor  realmente  existe, verificam-se contrações e dilatações pupilares.  
  • De acordo com França:
    Mankof:contagem prévia do pulso radial, compressão do ponto doloroso e nova contagem do pulso;
    Levi: percebido atavés das contrações e dilatações da pupila, quando se comprime o ponto doloroso;
    Mulher: delimitado o ponto doloroso dentro de um círculo táctil, sem que o examinado olhe, cumprime-se com o dedo um local que não seja doloroso dentro do mesmo círculo e, imediatamente, passa-se a comprimir o ponto doloroso.
    Imbert: quando a região dolorosa é um braço ou uma perna, coloca-se o paciente em repouso, contam-se as pulsaçoes radiais e, em seguida, manda-se que ele se apoie na perna dolorosa ou segure um peso com o braço ofendido. O aumento da pulsação  leva a concluir pela existência da dor.

     

     

     

  • Livro do professor Genival Veloso de França:

    Ainda hoje, usam-se os chamados sinais da dor:

    sinal de Mankof: contagem prévia do pulso radial, compressão do ponto doloso e nova contagem do pulso. O aumento dos batimentos seria traduzido como existência de dor;

     

    sinal de Levi: percebido através das contrações e dilatações da pupila, quando se comprime o ponto doloroso;

     

    sinal de Müller: com um compasso apropriado, marca-se uma zona circular tátil de uma certa região onde a dor se localiza. Delimitado o ponto doloroso dentro desse círculo tátil, sem que o examinado olhe, comprime-se com o dedo um local que não seja doloroso dentro do mesmo círculo e, imediatamente, passa-se a comprimir o ponto doloroso. Quando existe simulação, o doente não se apercebe da mudança;

     

    sinal de Imbert: quando a região dolorosa é um braço ou uma perna, coloca-se o paciente em repouso, contam-se as pulsações radiais e, em seguida, manda-se que ele se apoie na perna dolorosa ou segure um peso com o braço ofendido. O aumento do número de pulsações leva a concluir pela existência da dor.

  • Vamos analisar as alternativas:

    A) INCORRETA- SINAL DE MÜLLER- o legisla irá desenhar um círculo na região que a vítima diz sentir dor. Após vendar o paciente, irá apertar vários locais e verificar se onde o paciente alega sentir dor, corresponde ou não, a área que está circundada. Esse teste verifica se há simulação ou não por parte do paciente.

    B) INCORRETA- SINAL DE LEVI- a vítima irá fixar sua visão em um ponto no horizonte. Após isso, o médico legisla irá avaliar a dilatação das pupilas quando houver compressão do local da dor. Havendo variação na dilatação das pupilas, há chances de que tenha ocorrido agressão.

    C) INCORRETA- SINAL DE IMBERT- nesse teste o paciente ou segura um peso ou fica apoiado no membro que alega estar doendo. Em seguida, o perito irá analisar seus batimentos cardíacos. Caso não haja alteração nos batimentos, há indícios de simulação por parte do paciente.

    D) CORRETA- SINAL DE MANKOF- mede-se a pulsação do paciente em repouso. Em seguida, aperta-se o ponto da dor. Mede-se novamente o pulso do paciente. Caso não haja alteração na pulsação, há indícios de simulação.


    GABARITO PROFESSOR: LETRA D
  • Vamos analisas as alternativas:

    A) INCORRETA- SINAL DE MÜLLER- o legisla irá desenhar um círculo na região que a vítima diz sentir dor. Após vendar o paciente, irá apertar vários locais e verificar se onde o paciente alega sentir dor, corresponde ou não, a área que está circundada. Esse teste verifica se há simulação ou não por parte do paciente.

    B) INCORRETA- SINAL DE LEVI- a vítima irá fixar sua visão em um ponto no horizonte. Após isso, o médico legisla irá avaliar a dilatação das pupilas quando houver compressão do local da dor. Havendo variação na dilatação das pupilas, há chances de que tenha ocorrido agressão.

    C) INCORRETA- SINAL DE IMBERT-

    D) CORRETA- SINAL DE MANKOF-







  • "Os que fazem perícia médico-legal não desconhecem a dificuldade de estabelecer com precisão,
    no exame de lesão corporal, o fenômeno “dor”, principalmente, quando ele não vem acompanhado de
    um vestígio de trauma.
    Os antigos legistas, diante da alegação da dor sem evidência de traumatismo ou de qualquer
    alteração sugestiva de doença, voltam-se para o estudo da mímica, para os batimentos cardíacos,
    para o pulso e para a pressão arterial como elementos capazes de sofrer modificações frente a uma
    sensação dolorosa. A algesimetria sempre foi o sonho da legisperícia.
    Ainda hoje, usam-se os chamados sinais da dor: sinal de Mankof: contagem prévia do pulso
    radial, compressão do ponto doloso e nova contagem do pulso. O aumento dos batimentos seria
    traduzido como existência de dor; sinal de Levi: percebido através das contrações e dilatações da
    pupila, quando se comprime o ponto doloroso; sinal de Müller: com um compasso apropriado,
    marca-se uma zona circular tátil de uma certa região onde a dor se localiza. Delimitado o ponto
    doloroso dentro desse círculo tátil, sem que o examinado olhe, comprime-se com o dedo um local
    que não seja doloroso dentro do mesmo círculo e, imediatamente, passa-se a comprimir o ponto
    doloroso. Quando existe simulação, o doente não se apercebe da mudança; sinal de Imbert: quando a
    região dolorosa é um braço ou uma perna, coloca-se o paciente em repouso, contam-se as pulsações
    radiais e, em seguida, manda-se que ele se apoie na perna dolorosa ou segure um peso com o braço
    ofendido. O aumento do número de pulsações leva a concluir pela existência da dor."

    (FRANÇA, Genival Veloso. Medicina legal, 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015, PÁG. 466) edição digital

     

    Bons Estudos!!!

     

  • Mnemônicos:
    sinal de Mankoff = o manco precisa ficar em repouso, falou de repouso, lembrou de Mankoff.
    sinal de Imbert = também tem que ficar em repouso, mas, é específico para dores nos membros. o L no início e o T do final, podem ser relacionado a membros. (sim, é forçado, mas é o que vc irá mais lembrar, rsrsrs)
    sinal de Müller: lembrar que as duas letras "L" parecem as perninhas de um compasso.
    sinal de Levy: tenho um tio Levy que gosta de uma cerveja, e a pupila dele sempre está dilatada

  • Sinal de Mankof= contagem prévia do pulso radial,compreensão do ponto doloso e nova contagem do pulso.

  • Palavras chaves

    Mankof: pulso radial

    Levi: dilatações da pupila

    Mulher: círculo táctil

    Imbert: região dolorosa é um braço ou uma perna

  • Precisamos de mais comentários objetivos como esse do Órion Junior.

     

     

  • LETRA C – CORRETA - Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 512):

     

     

    “ Sinal de Imbert: quando a região dolorosa é um braço ou uma perna, coloca-se o paciente em repouso, contam-se as pulsações radiais e, em seguida, manda-se que ele se apoie na perna dolorosa ou segure um peso com o braço ofendido. O aumento do número de pulsações leva a concluir pela existência da dor.” (Grifamos)

  •  

    LETRA B – ERRADO - Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 512):

     

    “Sinal de Levi: percebido através das contrações e dilatações da pupila, quando se comprime o ponto doloroso.” (Grifamos)

  • LETRA D – ERRADO - Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 512):

     

    “Sinal de Mankof: contagem prévia do pulso radial, compressão do ponto doloso e nova contagem do pulso. O aumento dos batimentos seria traduzido como existência de dor.” (Grifamos)

  • LETRA A – ERRADO - Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 512):

     

    “Sinal de Müller: com um compasso apropriado, marca-se uma zona circular tátil de uma certa região onde a dor se localiza. Delimitado o ponto doloroso dentro desse círculo tátil, sem que o examinado olhe, comprime-se com o dedo um local que não seja doloroso dentro do mesmo círculo e, imediatamente, passa-se a comprimir o ponto doloroso. Quando existe simulação, o doente não se apercebe da mudança;” (Grifamos)

  • Fiz isso para tentar gravar: 

    sinal de MankOff = PulsO

    sinal de LevI = PupIla

    sinal de Müller = CircUlo

    sinal de ImBErt = Braço, pErna

  • A) INCORRETA- SINAL DE MÜLLER- o legisla irá desenhar um círculo na região que a vítima diz sentir dor. Após vendar o paciente, irá apertar vários locais e verificar se onde o paciente alega sentir dor, corresponde ou não, a área que está circundada. Esse teste verifica se há simulação ou não por parte do paciente. 

    B) INCORRETA- SINAL DE LEVI- a vítima irá fixar sua visão em um ponto no horizonte. Após isso, o médico legisla irá avaliar a dilatação das pupilas quando houver compressão do local da dor. Havendo variação na dilatação das pupilas, há chances de que tenha ocorrido agressão. 

    C) INCORRETA- SINAL DE IMBERT- nesse teste o paciente ou segura um peso ou fica apoiado no membro que alega estar doendo. Em seguida, o perito irá analisar seus batimentos cardíacos. Caso não haja alteração nos batimentos, há indícios de simulação por parte do paciente. 

    D) CORRETA- SINAL DE MANKOF- mede-se a pulsação do paciente em repouso. Em seguida, aperta-se o ponto da dor. Mede-se novamente o pulso do paciente. Caso não haja alteração na pulsação, há indícios de simulação.

    GABARITO PROFESSOR DO QC: LETRA D

  • Um método que eu desenvolvi, e que passo para os amigos, é o seguinte:

    MUCI - MUller- CIrculos.

    LEPU - LEvi - PUpila (dilatação)

    IMEM - Imbert- MEMbros

    MANCA - MANkoff - CArdiácos (batimentos)

    Pra facilitar: como" muci" / ouço "lepu, lepu"/ virgem tem "imem"/ conheço uma pessoa "manca"

    Parece meio patético, mas funciona comigo... kkkkkkk

  • Achei Mankof bonito e marquei... Meu Deus que nomes são esses?!

  • MANKOF (MANCA) - A PESSOA MANCA DE DOR NA HORA QUE APERTA. PODE SER ONDE FOR QUE APERTE Q SE ESTIVER DEITADO ATE LEVANTA A PERNA KKKK .

  • Alternativa D

    Quando eu era criança era apaixonadinha por um menino moreninho de olhos verdes chamado Levi rsrsrsr por isso nunca esqueço que esse método de diagnóstico é feito através da dilatação das pupilas.

    PS: nunca mais vi o Levi, nem sei por onde anda.

    Ainda não encontrei um mnemônico para memorizar os demais métodos, mas já é alguma coisa.

  • GAB. D

    sinal de MankOff = PulsO

    sinal de LevI = PupIla

    sinal de Müller = CircUlo

    sinal de ImBErt = BraçopErna


ID
626914
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considerando as lesões corporais dolosas graves relativas à eventualidade “perigo de vida", pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • II - perigo de vida;
     
    - Há que se provar que houve perigo de vida devido a eminente situação de morte da vítima.
    - Decorre de um diagnóstico e não de mero prognóstico.
    - É preciso para que ocorra essa agravante da lesão, que pelo menos em determinado momento do processo patológico, mais ou mesmos longo, tenha se verificado uma efetiva probabilidade de êxito letal. O perigo, em suma, há que ser sério, atual e efetivo, e não remoto ou presumido.
    - A situação de perigo deve ser real, séria, e ter nexo com a lesão.
    Ex: lesões de crânio e de órgãos internos.

    Fonte: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5155
  • Perigo de vida: Diagnóstico (Não prognostico); em uma das três situações (coma, choque, insuficiência respiratória aguda) queimadura em mais de 50% do corpo; Tratamento arbitrário (Dar tratamento independente do consentimento dela).

    Fonte: Roberto Blanco

    SOFRIMENTO É PASSAGEIRO, DESISTIR É PARA SEMPRE.
  • MACETE IMPORTANTE: Lembrar sempre que "Perigo de vida" em Medicina Legal, não obstante ao nome, é sempre algo concreto, não mera possibilidade.
    Assim, por dedução, percebe-se que o termo "prognóstico" da alternativa A e o termo "provável" da alternativa B tornam equivocadas tais assertivas.
    Por isso, por exclusão, correta é a alternativa C.
  • Prognostico= risco de vida

    EX: Paraquedista caindo em queda livre. Existe o prognostico( aquilo que possivelmente vai acontecer).

    Diagnostico= perigo de vida

    EX: Pessoa que levou um tiro no coração. Embora respirando, sabe-se que uma lesão em um órgão vital o levará à morte. Vulgarmente conhecido como: Pé na cova!!rs

  • Rogério Sanches Cunha,em Manual de Direito Penal, 7ª ed., pág. 101: "perigo de vida consiste na probabilidade séria, concreta e imediata do êxito letal, devidamente comprovado por perícia. Percebe-se assim que o perigo deve ser presente, real, e não somente opinado, resultado de simples conjecturas. (...) A lesão grave só existe, portant, se, em um dado momento, a vida do sujeito passivo esteve efetivamente em perigo".

     

    Alternativa correta "C"

  • *Difere do risco de vida.

    *Deve existir o perigo iminente de morte que só não ocorre devido uma intervenção de socorro.

    *Só o fato da localização da lesão ser no tórax ou no abdômen não caracteriza, por si só, perigo de vida.

     

    Fonte: Paulo Vasques

  • Perigo de vida: Entende-se por perigo de vida uma probabilidade concreta e iminente de um êxito letal. Não pode ser condicionada a possíveis resultados. Mesmo que esse juízo de presunção esteja fundado em conceitos objetivo-subjetivos, exige-se uma realidade palpável, demonstrando de maneira atual e iminente que a vítima esteja ou tenha estado em perigo de vida, em face da gravidade da lesão.

     

    O risco de vida é uma probabilidade remota, condicionada a possíveis complicações e meramente presumido. O risco de vida é um
    prognóstico, uma presunção, uma hipótese. Há inclusive aqueles que graduam o risco de vida em mínimo, médio e máximo.


    O perigo de vida não está sob a dependência da extensão do dano, senão da efetiva ameaça de morte. Por mais transitória que seja a
    gravidade, não vem a alterar a idéia que se possa ter sobre a caracterização do perigo.

     


    Dessa forma, se um homem é jogado do alto de um edifício e por um milagre cai ileso, sem nenhum agravamento de suas funções vitais,
    diríamos ter existido simplesmente um risco. Todavia, tivesse um outro recebido um ferimento no pescoço, com lesão da carótida comum e hemorragia aguda, estaria configurado o perigo de vida.

  • Risco de vida x Perigo de vida

    Risco de vida: é uma probabilidade. O evento morte é provável.

    Perigo de vida: é um diagnóstico. Aqui já houve algum fato que gerou uma possibilidade real e iminente de morte.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C

  • "As lesões com perigo de vida são aquelas que comprometem determinados órgãos ou estruturas importantes sob o ponto de vista vital, cuja evolução pode levar ao óbito, mas que pode ser evitado caso haja uma pronta intervenção e que estes meios salvadores sejam eficazes."

    (FRANÇA, Genival Veloso. Medicina legal, 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015, PÁG. 1066) edição digital

  • Gab. C

    Prognostico= risco de vida

    EX: Paraquedista caindo em queda livre. Existe o prognostico( aquilo que possivelmente vai acontecer).

    Diagnostico= perigo de vida

    EX: Pessoa que levou um tiro no coração. Embora respirando, sabe-se que uma lesão em um órgão vital o levará à morte. Vulgarmente conhecido como: Pé na cova!!rs

     

    Mnemônico: 

    DIagnostico: a pessoa só tem mais um DIA de vida (ajuda-me a diferenciar de prognostico hehe)

  • LETRA C – CORRETA - Direito penal esquematizado : parte especial – vol. 2 / Cleber Masson. – 7.ª ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro : Forense ; São Paulo : MÉTODO, 2015. P. 151”

     

    Perigo de vida: inciso II

     

    Perigo de vida é a possibilidade grave, concreta e imediata de a vítima morrer em consequência das lesões sofridas. Trata-se de perigo concreto, comprovado por perícia médica, que deve indicar, de modo preciso e fundamentado, no que consistiu o perigo de vida proporcionado à vítima. Não se autoriza a presunção do perigo de vida pela sede ou pela extensão das lesões sofridas. Na linha de raciocínio historicamente adotada pelo Supremo Tribunal Federal:

     

    Não basta o risco potencial, aferido pela natureza e sede das lesões, para caracterizar a qualificadora prevista no inciso II do aludido dispositivo do Código Penal. O perigo de vida somente deve ser reconhecido segundo critérios objetivos comprobatórios do perigo real a que ficou sujeita a vítima, mesmo que por um “pequeno lapso de tempo.91”

     

    (...)

     

    A perícia efetua um diagnóstico do perigo de vida, e não um prognóstico. Analisa-se o perigo de vida suportado pela vítima em razão das lesões corporais (diagnóstico = visão para o passado), e não o perigo que poderá advir no futuro (prognóstico = visão para o futuro, conhecimento antecipado sobre algo).” (Grifamos)

  • Risco de vida x Perigo de vida 

    Risco de vida: é uma probabilidade. O evento morte é provável. 

    Perigo de vida: é um diagnóstico. Aqui já houve algum fato que gerou uma possibilidade real e iminente de morte.

  • bizu:

    "PC" Perigo = Concreto

    "RP" Risco = Probabilidade

  • a questão A) Prognóstico é uma previsão baseada em fatos ou dados reais e atuais, que pode indicar o provável estágio futuro de um processo. Em suma, oprognóstico é todo o resultado que é tido como uma hipótese ou probabilidade, ou seja, algo que pode acontecer devido as circunstâncias observadas no presente.

    a questão B  )Esperável; que provavelmente acontecerá; com grande possibilidade para que aconteça ou se realize.

    a questão C) correta 

    a questão D) foi anulada pela a e b.

  • Tem CTL C , CTRL V Descaradamente em alguns comentários de outros ,rsrsrs

  • PERIGO DE VIDA em Medicina Legal significa algo concreto.

  • Para os que não são assinantes, segue a resposta do QC:

    Risco de vida x Perigo de vida 

    a) Risco de vida: é uma probabilidade. O evento morte é provável. 

    b) Perigo de vida: é um diagnóstico. Aqui já houve algum fato que gerou uma possibilidade real e iminente de morte.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C

  • O termo "´perigo de vida" pode ser compreendido como um conjunto de condições clínicas que acarretam uma condição concreta de morte iminente, uma ameaça imediata à vida. O risco à vida deve ser provável e não meramente possível; deve ser concreto e não apenas abstrato ou estático.

    Várias expressões (ainda quem possuam breves diferenças terminológicas) são corretamente usadas na prática forense como sinônimos de "perigo de vida": perigo de vida, risco de morte, perigo de morte, risco à vida, risco de vida. Contudo, um prognóstico de morte apenas possível, futura ou vindoura não tem condão de caracterizar qualificadora.

    O risco de morte deve ser concreto e imediato, iminente, muito próximo de sua ocorrência.

    Fonte: Professora Luciana Gazolla.

  • Compilado de alguns comentários aqui constantes:

    Considerando as lesões corporais dolosas graves relativas à eventualidade “perigo de vida", pode-se afirmar que constitui situação concreta de morte iminente.

    Risco de vida x Perigo de vida 

    a) Risco de vida: é um prognóstico, uma probabilidade. O evento morte é provável. 

    b) Perigo de vida: é um diagnóstico. Aqui já houve algum fato que gerou uma possibilidade real e iminente de morte.

    "As lesões com perigo de vida são aquelas que comprometem determinados órgãos ou estruturas importantes sob o ponto de vista vital, cuja evolução pode levar ao óbito, mas que pode ser evitado caso haja uma pronta intervenção e que estes meios salvadores sejam eficazes."

  • PERIGO DE VIDA, constitui situação concreta de morte iminente.


ID
626923
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Uma luxação do ombro, caracteriza a ação de um instrumento

Alternativas
Comentários
  • Luxação é o deslocamento permanente das superficies articulares.
    As luxações costumam ser provocadas por uma ação a distância do agente contundente. As causas por trauma direto sobre a articulação são pouco comuns.
    De acordo com a posição final dos ossos articulados, as luxações são chamadas de completas quando as superficies articulares perdem totalmente as relações anatômicas; e de incompletas (subluxação) quando ainda resta algum contato entre as duas peças.
    FONTE: Higino de C. Hercules. 2011.

  • objetos CONTUNDENTES criam os seguintes traumas:
    -Eritema
    -Edema
    -Esquimose (que possui o Espectro Equimótico de Legrand de Saulle - roxo, azul, verde e amarelo)
    -Hematoma
    -Escoriação
    -Luxação
    -Fratura
    -Rotura de Visceras (ferimento dos órgaos)
    -Evisceração (os órgaos saem do corpo), e
    -Traumatismo Craniano.
  • Lesões contundentes

    São causadas por instrumentos de saliência obtusa (martelo), (obtusa: que não é agudo, arredondado) e de supefície dura que se chocam com violência contra o corpo humano. Podem ser causadas de três formas: ativa: o objeto (agente lesivo) se move em direção ao corpo (vítima); passivo: o corpo (vítima) se projeta em direção do instrumento contundente (quedas); mista, ou biconvergentes, vítima e corpo estão em movimento.

    Tipos de lesões encontradas nas contusões superficiais

    Rubefação, edema traumático, bossas sanguíneas, hematoma, equimose e escoriações e feridas contusas.

    Lesões encontradas nas contusões profundas

    Entorse, luxação, fratura, rotura visceral e esmagamento.
  • ILUSTRAÇÃO


  • Luxação: Perda de contato da superfície da articulação de dois ossos

    Ação contundente.

  • AGENTES CONTUNDENTES
    O choque de superfícies pode se dar de forma
    – ativa (quando o instrumento é projetado contra a vítima) ou
    – passiva (quando a vítima vai ao encontro do objeto, p.ex., em uma queda) ou
    – Mista (ambos em movimentação)

    LESÃO CONTUSA
    • Características da lesão:
    Presença: Eritema
    Edema
    Equimose
    Hematoma
    Impressão cutânea do agente: dentada, marca de pneu, cassetete.

     

    LUIS - QG

     

  • LUXAÇÃO- deslocamento permanente de suas superfícies articulares. Resultante de lesão produzida por ação contundente.

    Para complementar: temos as seguintes lesões decorrentes de ação contundente:
    A) RUBEFAÇÃO
    B) EQUIMOSE 
    C) HEMATOMA
    D) BOSSAS
    E) ESCORIAÇÃO
    F) FERIDA CONTUSA
    G) ENTORSE
    H) LUXAÇÃO
    I) FRATURAS 
    J) RUPTURAS VISCERAIS
    L) LESÕES PROVOCADAS POR MARTELO
    M) DEFENESTRAÇÃO
    N) ENCRAVAMENTO
    O) EMPALAMENTO
    P) LESÕES POR ACIDENTE AÉREO

    GABARITO PROFESSOR: LETRA C
  • Luxação é o deslocamento de dois ossos.

    Ação contundente.

  • LUXAÇÃO- deslocamento permanente de suas superfícies articulares. Resultante de lesão produzida por ação contundente

  • GABARITO: Letra C

  • Luxação: deslocamento de dois ossos = AÇÃO CONTUNDENTE.

  • Contusão

    • é conhecida como a "pancada" -> inchaço, vermelhidão

    Entorse

    • lesão no ligamento, "torção"

    Luxação

    • desarticução de dois ossos

    Fratura

    • Quebra do osso


ID
626929
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A classificação das queimaduras, que considera a profundidade das lesões, é definida em graus, do primeiro ao quarto. Uma queimadura que apresenta vesículas ou flictenas, contendo líquido seroso, remete-se:

Alternativas
Comentários
  • Sinal de Chambert nas queimaduras de segundo grau.

  • CRITÉRIO MÉDICO-LEGAL

    I   grau - o eritema II  grau - as flictenas III grau - a necrose (escaras, úlceras) IV  grau - a carbonização
  • Graus de queimaduras, segundo Lussena/Hofmann

    Academicamente, fala-se em 4 graus de queimaduras:

     (i) Queimadura de 1° grau � Há apenas a formação de eritema (uma simples vermelhidão) como característica. É passageira, deve desaparecer em 24 horas. A pele fica vermelha, pois no momento em que o local é queimado, ocorre um grande afluxo de sangue no local como resposta do corpo para esfriar a região que esta sendo queimada. Toda vez que há uma exposição leve formando o eritema será queimadura de primeiro grau. Apenas atinge a epiderme;

     (ii) Queimadura de 2° grau - Há o flictema que são vesículas com líquido seroso, vulgarmente chamada de "bolhas". Geralmente há uma região de queimaduras de primeiro grau em torno da queimadura de segundo grau. Forma-se quando, com o calor, o sangue é direcionado para resfriar o local, e o soro � em razão do calor � extravasa das veias, formando a bolha.

     (iii) Queimadura 3° grau - Há a perda da pele e tecidos subcutâneos. A lesão é chamada de escara, havendo a exposição do tecido subjacente podendo até haver a exposição do osso; há pedaços carbonizados. Geralmente ocorre pelo contato com objetos sólidos, que arrancam a pele. A escara pode ser classificada como lesão corporal gravíssima, pois atinge a proteção do corpo, ficando sujeito à germes no ambiente, o que explica o alto índice de mortes de queimados por septicemia (infecção generalizada). A cicatriz em geral é escura em forma de pergaminho (efeito de pergaminhamento da pele, pois há a perda da elasticidade da pele). O pergaminhamento ocorre porque a cicatrização é defeituosa. A cicatriz é acastanhada (é mais intensa quando a pigmentação da pele é muito forte), tem pergaminhamento, é radiada (indica um centro em que a pele foi repuxada).

    (iv) Queimadura de 4° Grau - em razão da alta temperatura, o carbono presente no organismo se queima, criando uma lesão de tonalidade escura, a carbonização.

    Pode ser total ou parcial:

    a) Carbonização total - A carbonização é uma exposição da vítima por tanto tempo que provoca a combustão do elemento químico carbono presente no corpo, ou seja, a carbonização é a perda do elemento químico carbono no local em que a pessoa foi atingida. Há a desidratação intensa da pele, ocorrendo o seu repuxamento pela perda de água, retraindo os músculos, podendo ocasionar na vitima a posição de "boxeador" (braços repuxados); a boca abre e os dentes aprecem pelas queimaduras dos lábios dando a impressão que a pessoa morreu gritando; ocorrem fraturas espontâneas, e desprendimentos das genitálias masculinas;

    b) Carbonização parcial - é possível que a pessoa sobreviva desde que a parte carbonizada seja muito pequena e tenha sido removida.



    Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/queimaduras-na-medicina-legal/25720/#ixzz28G4DhFfe
  • Queimaduras - classificação:
    Primeiro grau -
    São as queimaduras menos problemáticas. Os vasos sangüíneos que irrigam a superfície se dilatam, deixando a pele vermelha
    Segundo grau - Com a dilatação das veias, uma parte de líquido transparente do plasma sangüíneo transborda, formando bolhas
    Terceiro grau - Lesão grave, que provoca a destruição de parte da pele e de sua camada inferior - a hipoderme - atingindo o tecido adiposo (a gordura)
    Quarto grau - Lesão gravíssima: destrói quase toda a pele, deixando-a carbonizada. Danifica até os ossos, podendo causar a morte

  • ERITEMAS: pele avermelhada, queimaduras superficial de 1º grau. FLICTEMAS(bolhas): queimaduras de 2º grau. ESCARIFICAÇÃO DA DERME: queimaduras de 3º grau. OBS: no frio haverá necrose ou granguena e posteriormente amputação. OBS: na radiação ionizante haverá ulceração. CARBONIZAÇÃO:4º grau. Não significa que vai causar morte. Não é causa de morte. É fenômeno de post mortem
  • Queimaduras de 2º grau: Eritemas, flictenas ou vesículas com conteúdo líquido seroso amarelado claro,Sinal de Chambert -

  • Como é a queimadura de 2° grau para a escala de Hoffman e Lussena? Além da vermelhidão decorrente da ruborização (1°- grau), nas queimaduras de 2°- grau constata-se a formação de bolhas em razão da ação do calor sobre a derme (tecido subjacente à epiderme). Essas bolhas são chamadas de flictemas.

  • Queimaduras 

    Ocorrem quando a fonte de calor encosta no corpo e, com isso, causa a lesão naquela localidade. As queimaduras são classificadas em quatro espécies/graus:


    - 1º grau: eritemaa queimadura é leve, faz apenas com que a pele fique avermelhada;

    - 2º grau: flictenao calor se aprofunda na pele causando lesões que apresentam bolhas de soro sanguíneo (proteína plasmática);

    - 3º grau: escarificação da dermeo calor se aprofunda ainda mais na pele, destruindo a epiderme e ferindo a derme;

    - 4º grau: carbonizaçãoos tecidos corporais se transformam em carvão. A carbonização pode ser local, superficial, profunda ou geral.


    Essa classificação das queimaduras foi proposta por Lussena-Hoffman.


    Fonte: Meu caderno - Aulas Roberto Blanco

  • 1.º grau — Eritema simples (sinal de Christinson)


     2.º grau — Vesicação, em que as flictenas apresentam
    líquido límpido ou de colorido amarelo rico em albumina e
    cloretos (sinal de Chambert). Alguns autores mencionam
    que a queimadura de 2.º grau pode ser de espessura
    parcial superficial ou de espessura parcial profunda. Na
    queimadura de 2.º grau de espessura parcial superficial, há
    uma pequena destruição da epiderme e de parte do derma,
    com preservação de grande quantidade células
    germinativas (camada basal da pele), capazes de
    regenerar espontaneamente o tegumento lesado,
    “cicatrizando-o” ao cabo de duas a três semanas. Na
    queimadura de 2.º grau de espessura parcial profunda, são
    conservados apenas uma parte do derma e alguns
    elementos germinativos (ductos glandulares, folículos
    pilosos), o que explica por que a regeneração local do
    epitélio demanda seis a sete semanas;


     3.º grau — Escarificação, por comprometimento e
    posterior necrose de todo o tecido dermoepidérmico e da
    tela celular subcutânea e formação de escaras em ferida
    aberta. A cicatrização é morosa da periferia para o
    centro de escarificação, resultando, de forma repetida,
    cicatriz retrátil e até queloide, porque o calor desencadeia
    coagulação necrótica da camada basal de Malpighi, que é

     4.º grau — Carbonização, superficial ou profunda, de
    todos os tecidos, inclusive ósseos, acarretando a morte do
    indivíduo. A carbonização representa o grau máximo das
    queimaduras, comprometendo, parcial ou totalmente, as
    partes profundas dos vários segmentos do corpo, atingindo
    os próprios ossos e ocasionando êxito letal.

     

    Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br

     

    EX NUNC.

  • Classificação quanto à profundidade (intensidade):


     queimaduras de 1º Grau (sinal de Christinson): a pele fica avermelhada por causa da vasodilatação dos vasos sanguíneos da derme;


     queimaduras de 2º Grau (sinal de Chambert): há um acumulo de líquido abaixo da epiderme com formação de bolhas (flictenas). No ser vivo, as bolhas detém um líquido seroso (plasma). No caso da queimadura “post mortem” não existe este líquido seroso nas flictenas;


     queimaduras de 3º Grau: ocorre morte celular da pele e tecidos moles, por coagulação, com formação de placas chamadas “escaras”. Esses tecidos são substituídos por outros, chamados de tecidos de granulação, resultante da cicatrização por segunda intenção (de dentro para fora). As cicatrizes são retrateis e queloides;

    queimaduras de 4º Grau: é a mais grave de todas, ocorrendo a destruição dos tecidos moles e até dos ossos por ação direta do calor através da carbonização que pode ser local ou generalizada. Na carbonização generalizada há uma redução do volume do corpo por condensação dos tecidos .
     

                  “Nenhum obstáculo é tão grande se sua vontade de vencer for maior”

  • Classificação de Hoffmann ou de Lussena:

    -1.º grau — Eritema simples (sinal de Christinson), há vasodilatação cutânea; pele é mantida íntegra; é muito comum na exposição ao sol;

    -2º grau- formação de vesículas ou flictenas contendo líquido seroso; há formação de bolhas;

    - 3.º grau — Escarificação, por comprometimento e posterior necrose de todo o tecido dermoepidérmico; há formação de escaras em ferida aberta; a cicatrização decorre de um processo lento, gerando uma cicatriz retrátil ou a formação de um queloide;

     -4.º grau — Carbonização, superficial ou profunda, de todos os tecidos, inclusive ósseos, acarretando a morte do indivíduo. 

    GABARITO PROFESSOR: LETRA B

  • Classificação das Queimaduras por Hoffman:

     

    1°- Grau: Eritema simples, em que apenas a epiderme é afetada. Suas características principais são Eritema, edema e dor ( Sinal de Christinson) EX: Queimaduras por raios solares.

     

    2°- Grau: Apresentam além do eritema, vesículas ou flictenas, existindo em seu interior líquido amarelo-claro, seroso, rico em albuminas e cloretos ( Sinal de Chambert) 

     

    3°- Grau: Produzidas geralmente por chamas ou sólidos superaquecidos, seguindo de coagulação necrótica dos tecidos moles.

     

    4°- Grau: São mais destrutivas que as queimaduras do 3° grau e se particularizam pela carbonização do plano ósseo. 

     

    OBS: A carbonização generalizada tem como escopo a redução do volume do corpo por condensação dos tecidos. O morto toma a posição de lutar em face da semiflexão dos membros superiores. " Posição de Boxer" 

     

    Fonte: Genival Veloso França 11° edição

  • LETRA B – CORRETA  - Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 333):

     

    “(1) Primeiro grau. Distinguem-se pelo eritema simples, em que apenas a epiderme é afetada pela vasodilatação capilar, como, por exemplo, nas queimaduras por raios solares. A pele conserva-se íntegra. O tecido subepitelial pode apresentar-se edemaciado e, no período de cura, não raramente ocorre a descamação dos planos mais superficiais da epiderme. Não produzem cicatrizes, embora possam mostrar-se posteriormente de pigmentação desigual ao restante da pele. Em regra, as vestes protegem o corpo das vítimas desta forma de lesão. Suas características principais são: eritema, edema e dor (sinal de Christinson). Finalmente, como o eritema representa uma reação vital, as queimaduras de 1o grau não se evidenciam no cadáver.

     

    (2) Segundo grau. Além do eritema, apresentam as lesões desse grau vesículas ou flictenas, existindo em seu interior líquido amarelo-claro, seroso, rico em albuminas e cloretos (sinal de Chambert). Quando a flictena se rompe, a derme fica desnuda, de cor escura e, pela ação do ar, disseca-se, ostentando uma rede capilar fina e de aspecto apergaminhado.

     

    (3) Terceiro grau . São produzidas geralmente por chamas ou sólidos superaquecidos, seguindo então a coagulação necrótica dos tecidos moles. Esses tecidos, depois de algum tempo, são substituídos por outros de granulação formados por cicatrizes de segunda intenção. A cicatriz pode ser retrátil ou meramente queloidiana. A queimadura do 3° grau incide até os planos musculares. São mais facilmente infectadas e menos dolorosas em virtude da destruição dos corpúsculos sensíveis da epiderme (Figura 4.54).

     

    (4) Quarto grau. São mais destrutivas que as queimaduras do 3° grau e se particularizam pela carbonização do plano ósseo. Podem ser locais ou generalizadas (Figura 4.55).” (Grifamos)

  • -2º grau- formação de vesículas ou flictenas contendo líquido seroso; há formação de bolhas;

  • Classificação de Hoffmann ou de Lussena:

    -1.º grau — Eritema simples (sinal de Christinson), há vasodilatação cutânea; pele é mantida íntegra; é muito comum na exposição ao sol;

    -2º grau- formação de vesículas ou flictenas contendo líquido seroso; há formação de bolhas;

    - 3.º grau — Escarificação, por comprometimento e posterior necrose de todo o tecido dermoepidérmico; há formação de escaras em ferida aberta; a cicatrização decorre de um processo lento, gerando uma cicatriz retrátil ou a formação de um queloide;

     -4.º grau — Carbonização, superficial ou profunda, de todos os tecidos, inclusive ósseos, acarretando a morte do indivíduo.

  • a) Primeiro Grau = Eritema.

    b) Segundo Grau = Flictenas.

    c) Terceiro Grau = Necrose.

    d) Quarto Grau = Carbonização.

  • CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS – LUSSENA-HOFFMAN

     

    1º GRAU

    -- Resulta em eritema, com uma vermelhidão na pele

     

    2º GRAU

    -- Gera uma lesão denominada flictena, produtora de uma lesão que gera a formação de bolhas na pele.

     

    3º GRAU

    -- Ocasiona uma escarificação da derme, com lesões permanentes.

     

    4º GRAU

    -- Gera carbonização.

    Fonte: Medicina Legal - Material de Apoio - Curso Mege.

  • GABARITO: B

     

    Eritemas causam pele avermelhada, são as queimaduras superficiais de 1º grau.

    Flictemas são as queimaduras de 2º grau.
    Escarificação da derme temos a queimaduras de 3º grau.

  • LETRA B)

    1)     Direta/Queimaduras: local, a fonte de calor encosta no corpo e o calor se propaga por condução (contato). 4 graus (LUSSENA-HOFFMANN e KRISEK):

    a)      1°- Eritemas: vermelhidão (SINAL DE CHRISTINSON). Pele quente, a área atingida é apenas a epiderme; ERISON

    b)     2°- Flictenas (bolhas) há exposição da derme. Há presença de proteína no líquido das bolhas (quando em VIDA, REAÇÃO/SINAL DE CHAMBERT positivo) e sem proteína (em morte, na fase gasosa da PUTREFAÇÃO, REAÇÃO/SINAL DE CHAMBERT negativo). FLICHA

    OBS: as bolhas podem ser rotas: rompidas ou íntegras: não rompidas.

    c)      3°- Escarificação: lesão da derme: o plano subcutâneo é alcançado, escaras, atingindo o plano muscular, partes ósseas e deixando sequelas;

    d)     4°- Carbonização: podendo ser locais ou generalizadas. O tecido se transforma em carvão. Funciona até certo grau como um bom isolante térmico e elétrico, que permite que por dentro as vísceras possam estar íntegras.

    SINAL DE MONTALTI: inalação de fuligem que impregna a traqueia da vítima e demonstra que estava VIVA durante o incêndio

  • Não sei se acontece com vocês, mas em algumas questões eu trocava o Eritema pelo Flictena e seus respectivos graus.

    Para não esquecer mais eu pensei na ordem do alfabeto para a primeira letra dessas duas palavras e a ordem numérica:

    Eritema: Grau

    Flictenas : Grau

    Os outros graus, lembro sempre da maior gravidade.

    Escaras: 3º Grau

    Carbonização: 4º Grau

    Infelizmente, algumas provas cobram apenas o "decoreba" e como é humanamente normal não lembrarmos de tudo, é bom termos alguns métodos simples de memorização. Enfim, sei que foi bobo, mas me ajudou, pode ajudar alguém aqui também :)

  • > Classificação quanto a profundidade:

    Queimadura de 1º grau (sinais de christinson): a pele fica avermelhada por causa da vasodilatação dos vasos sanguíneos da derme.

    Queimaduras de 2º grau (sinal de chambert): há acumulo de líquido abaixo da epiderme com formação de bolhas flictenas. No ser vivo, as bolhas detém um líquido seroso, plasma.

    Queimaduras de 3º grau: ocorre a morte celular da pele e tecidos moles, por coagulação, com formação de placas chamadas escaras.

    Queimaduras de 4º grau: é a mais grave, tendo em vista que destrói os tecidos moles e até os ossos por ação direta do calor por meio da carbonização que pode ser local ou generalizada. Obs: as bancas podem perguntar a posição de boxer (redução do corpo entre 100 a 120cm em caso de carbonização), a posição de epistotomo ou boxer.

  • Letra b.

    De acordo com o professor Genival França (2017), as queimaduras de 2º grau além do eritema, apresentam vesículas ou flictenas, existindo em seu interior líquido amarelo-claro, seroso, rico em albuminas e cloretos (sinal de Chambert). Quando a flictena se rompe, a derme fica desnuda, de cor escura e, pela ação do ar, disseca-se, ostentando uma rede capilar fina e de aspecto apergaminhado.

  • Gab B

    Ação do Calor Direto - Queimadura: 

    Provoca queimaduras que causam a morte instantânea de algumas células no ponto mais quente, e morte tardia de outras, além de reações gerais. 

    Classificação de Hoffman: 

    1°- Grau: Provoca vermelhidão da pele ( Eritema). 

    • Edema - Inchaço
    • Eritema que caracteriza a queimadura de primeir grau é o Sinal de Christinson

    2°- Grau: Formam-se as Flictenas ( Bolhas) 

    • Conteúdo líquido amarelado
    • Rico em proteínas
    • Sinal de Chambert. 
    • Queimadura dolorosa, pois atinge a Derme, consequentemente atingindo os ramos dos nervos. 

    3°- Grau: Terá uma lesão denominada Escara ( mais profunda. 

    • Coagulação necrótica. 
    • Placa de necrose dura e de cor preta
    • Necrose é a morte de um grupo de células, com reação inflamatória. 

    4°- Carbonização: Quando a queimadura atinge também os ossos. 

    • O volume do corpo é diminuído na carbonização generalizada, chegando entre 100 e 120 cm, pela condensação dos tecidos. 

    OBS: Se o indvíduo foi carbonizado quanto vivo ou logo após a morte, mesmo que de outras causas, a retratação dos músculos leva à posição de boxer

    FONTE: Meus Resumos.

  • GAB. B

    QUEIMADURAS apresenta vesículas ou flictenas, contendo líquido seroso = SEGUNDO GRAU.

    1º grau: Eritema

    A queimadura é leve, faz apenas com que a pele fique avermelhada;

    2º grau: Flictena 

    O calor se aprofunda na pele causando lesões que apresentam bolhas de soro sanguíneo (proteína

    plasmática);

    3º grau: Escarificação da derme 

    O calor se aprofunda ainda mais na pele, destruindo a epiderme e ferindo a derme;

    4º grau: Carbonização 

    Os tecidos corporais se transformam em carvão. A carbonização pode ser local,

    superficial, profunda ou geral.

  • Classificação em graus.  De acordo com esta classificação, a queimadura é dividida em graus, conforme a menor ou maior gravidade da lesão causada, costumando-se utilizar a denominação crescente para este fim. Hoffman teria dividido estas lesões em 4 graus, enquanto que Dupuytren teria dividido em 6 graus (eritema, flictena, desorganização da epiderme com comprometimento da camada de Malpighi, destruição total da pele, formação de escaras negras e carbonização).

     

    Queimadura de primeiro grau (eritema/sinal de Christinson): neste grau pode ser observada vermelhidão, pele quente, seca e ardida. A pele escurece e depois escasca. No eritema, a área lesada é apenas a epiderme. Há restitutio ad integrum, ou seja, regeneração de tecidos.

     

    Queimadura de segundo grau (flictenas/sinal de Chambert): este tipo de lesão atinge a derme superficial e profunda, podendo deixar cicatrizes residuais. Além do eritema, há presença de proteínas no líquido da bolha. A derme não pode estar comprometida.

     

    Queimadura de terceiro grau (escaras): no terceiro grau os planos subcutâneos são alcançados. Filetes nervosos são destruídos. As lesões são chamadas de escaras e são feridas mais ou menos profundas provocadas pela deficiente circulação no local. A escarificação atinge o tecido subcutâneo, plano muscular e partes ósseas, deixando sequelas.

     

    Queimadura de quarto grau (carbonização): as lesões provocadas são mais destrutivas que as queimaduras de terceiro grau e se particularizam pela carbonização. Podem ser locais ou generalizadas. É importante destacar que a carbonização pode proporcionar proteção elétrica e térmica.

    OBS. Cuidado ao diferenciar as lesões provocadas por queimaduras intra vitam, onde há proteínas, das bolhas que surgem post mortem, cujo conteúdo é liquido podre (sinal de Janesie-Jeliac).

     

     

  • Sem enrolação:

    FLICTENAS = São as bolhas, as bolhas só aparecem na queimadura de 2ºgrau, pois também atinge a derme!

    Pronto!

  • dEFECa

    dEritema

    Flictena

    Escara

    Carboniza

  • Uma queimadura que apresenta vesículas ou flictenas(BOLHAS), contendo líquido seroso, remete-se segundo grau.

    OBS: BOLHA SO APARECE EM QUEIMADURA DE 2 GRAU.

  • Líquido seroso + bolhas(flictenas) = queimadura de 2 GRAU


ID
636697
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A eletricidade natural ou cósmica, reportando ao capítulo das energias lesivas de ordem física, agindo letalmente sobre o homem, denomina-se:

Alternativas
Comentários
  • MATERIAL DE APOIO - CURSO DAMÁSIO - PROFESSOR PAULO TIREPO

    A ação lesiva da eletricidade pode decorrer de eletricidade natural (raios) ou artificial (industrial).

    A eletricidade natural pode agir de forma sistêmica e letal, denominada fulminação, ou de forma local, constituindo a fulguração. Sinal de Lichtemberg ocorre na ação da eletricidade natural. Sinais arbiformes (com aspecto de árvores) que decorre da rede vascular danificada, não sabe-se porque aparecem.
      A ação da eletricidade artificial é denominada eletroplessão e produz contração espasmódica de toda musculatura atravessada pela corrente que só é interrompida pelo desligamento do circuito. Pode levar a fratura e luxação de ossos.
      Marca de Jellinek é uma forma especial de queimadura produzida por eletricidade industrial. Consiste em ferida pequena, de pequena profundidade, seca, pode ter a forma que imita o condutor.
      A eletricidade artificial pode causar:
      ? Parada respiratória central – lesão dos neurônios pela elevação da temperatura corporal – execução em cadeira elétrica.
    ? Parada respiratória periférica – Corrente passa pelo tronco do indivíduo e causa contração espasmódica da musculatura respiratória (processo de asfixia) - QUESTÃO DE CONCURSO
      ? Parada cardíaca – fibrilação verticular
    ? Hemorragia tardia – trombose, rotura vascular, hemorragia das meninges.

    BONS ESTUDOS!!!!
  • TABELA

    Energias de Ordem Fisica

    Natureza          Descarga Não Letal       Descarga Letal       Ferimento


    Industrial          Eletroplessão                  Eletrocução             Marca Elétrica de Jellinek


    Natural              Fulguração                       Fulminação             Marca de Lichtemberg 
  • No RJ: eletricidade natural, cósmica ou meteórica = FULGURAÇÃO

    Em outros Estados:
    Eletricidade natural letal = FULMINAÇÃO
    Eletricidade natural não letal = FULGURAÇÃO
  • É evidente que chama-se fulguração ou fulminação são sinônimos.

  • Dr. Hygino, referência para as provas do RJ, entende que não existe a figura da fulminação , designado como sendo fulguração qualquer tipo de consequencia advinda de eletricidade natural.
  • Delton Croce discorda. Para ele, Fulminação é a morte instantânea pelas descargas elétricas cósmicas ou raios. Fulguração é a perturbação causada no organismo vivo por descargas elétricas cósmicas ou raios, sem ocorrência de êxito letal.
  • Os editais da PCMG adotam o Dr. Genival França como referência bibliografica, portanto, a reposta correta é FULMINAÇÃO.
  • JB tenho a impressão que o colega se equivocou quanto ao posicionamento do prof. Delton Croce Jr.

    Segue in verbis: " A eletricidade atmosférica, representade especialmente pelos raios, agindo letalmente sobre homens e animais, chama-se fulminação, e, quando apenas determina danos corporais, fulguração."  Delton Croce e Delton Croce Jr. 7ª edição,2011, pág. 368, Editora Saraiva.

    Veja que a questão utiliza a "letalmente" da mesma forma que vem posto no livro.

    Bons Estudos! 
  • Gidalton, o comentário que postei encontra-se na pág. 369 do livro. Mesmo assim, entendo que tanto o seu comentário quanto o meu estão corretos, por serem similares.

    Valeu.
  • Eletricidade natural ou cósmica:

    -Fulminação:ação letal

    -Fulguração:ação não letal

    Sinal de Licthemberg: lesões arboriformes

    Eletricidade industrial ou artificial

    -Eletroplessão ( Letal ou não letal).

    Sinal de Jellinek: bordas elavadas, contéudo amarelado ao redor da ferida, formato circular ou elíptico.


    Opção c)

  • Deixo um bizu na Energia Eletrica ou artificial.

    Jelinetrica ( jellineck e eletrica)

    Eletroplessao - P de provado, não morreu

    Eletrocessao - C de cemiterio, morreu apos a passagem da energia

  • Os tipos de eletricidade são:

    Industrial: se subdivide em eletroplessão (sem êxito letal) e eletrocussão (com êxito letal). OBS: Frnça não reconhece essa ultima nomenclatura.

    Natural: fulguração (sem êxito letal)  e fulminação (com êxito letal).

     

  • Natural:

    - letal: fulminação

    - não letal: fulguração

     

    Artificial:

    - letal ou não: eletroplessão 

  • Eletricidade Natural ou cósmica: - Fulminação:  Morte instantânea
                                                         - Fulguração:  Lesão
    *Sinal de Lichtsmberg (lesão externa Aboriforme)


    Eletricidade industrial ou Artificial: - Eletrocussão: Morte
                                                           - EletropLessão: Lesão

    *Marca de Jellineck (não é queimadura).

  • ELETRICIDADE NATURAL -Quando atinge letalmente o ser humano- FULMINAÇÃO; Quando provoca apenas lesões corporais- FULGURAÇÃO

    Importante saber:

    SINAL DE LICHTEMBERG- sinal provocado pela ação de eletricidade natural. Apresenta aspecto arboriforme ou de samambaia.

    ELETRICIDADE INDUSTRIAL (ELETROPLESSÃO) - SINAL DE JELLINEK- sinal específico da lesão provocado por eletricidade industrial; é uma forma especial de queimadura.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C

  • c) Fulminação.

     

     

    LETRA C – CORRETA - Croce, Delton Jr. (in Manual de medicina legal— 8. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012. P. 354)

     

    Fulminação é a morte instantânea pelas descargas elétricas cósmicas ou raios. Fulguração é a perturbação causada no organismo vivo por descargas elétricas cósmicas ou raios, sem ocorrência de êxito letal.” (Grifamos)



  • ELETROPLESSÃO - Natureza: Industrial, Não Letal. Ferimento: Marca Elétrica de Jellinek.

    ELETROCUSSÃO - Natureza: Industrial, Letal. Ferimento: Marca Elétrica de Jellinek.


    FULGURAÇÃO - Natureza: Natural, Não Letal. Ferimento: Marca de Lichtemberg.

    FULMINAÇÃO - Natureza: Natural, Letal. Ferimento: Marca de Lichtemberg.



  • GABARITO: C

     

    Como eu disse, a etricidade é uma forma de energia de ordem física, cósmica ou industrial, cujas manifestações são conhecidas desde tempos remotíssimos, capaz de agir sobre o corpo humano e dos demais seres vivos, provocando graves danos e frequentemente a morte.
    A eletricidade atmosférica, representada especialmente pelos raios, agindo letalmente sobre o homem e animais, chama-se fulminação, e, quando apenas determina danos corporais, fulguração.

     

    Professor Alexandre Herculano - Estratégia Concursos

  • RESPOSTA: LETRA C): alguns autores dividem em FULGURAÇÃO (não ocorre morte, apenas lesões) e FULMINAÇÃO (ocorre a Morte).

    LESÕES CAUSADAS POR ENERGIA ELÉTRICA

    Gerada através da água, vento, elétrons em movimento.

    1)     Eletricidade cósmica/natural: apresenta o SINAL DE LICHTENBERG, visível na pele, porém ocorre nos VASOS, os vasos ficam inflamados (vasculite elétrica). Apresenta aspecto arboriforme ou de samambaia. A lesão é temporária.

    2)     Energia industrial: ocorre a SÍNDROME DE ELETROPLESSÃO/ELETROCUSSÃO ocorre em todas as lesões (com ou sem morte). Sinal característico é o SINAL DE JELLINEK, marca de entrada da corrente elétrica na pele da vítima (queimadura, lesão dura, seca, indolor de bordos elevados e pode ser patognomônica, reproduzindo a forma do condutor), mas nem sempre está presente

  • para lembra: Energia NATURAL (começa com consoante), são fulguração e fulminação (fatal). Energia ARTIFICIAL (começa com vogal), são eletroplessao e eletrocussao (fatal).
  • Eu li lentamente

  • GAb C

    [x]Energia Elétrica:

    Eletricidade Natural: É causada por raios por exemplo. 

    • Fulminação: Ação letal
    • Fulguração: Não Causa a morte - Não letal

    Eletricidade Industrial: Produz a síndrome da Eletroplessão. Engloba todas as formas de lesão, levando ou não à morte. 

  • GAB. C

    Fulminação: Ação letal.

  • GAB. C

    LETALMENTE = FULMINACAO.

  • GABARITO LETRA "C"

    A eletricidade natural, quando agindo letalmente sobre o homem, denomina-se fulminação e, quando apenas provoca lesões corporais, chama-se fulguração. Esses fenômenos são os mais comuns entre os chamados fenômenos naturais.

    Fonte: FRANÇA, Genival Veloso de. Op.cit. 338.

    "O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia." -Robert Collier

  • (C)

                                 AÇÃO PELA ELETRICIDADE - Ordem FÍSICA

     

    Eletricidade Natural  ---->  Conhecida como CÓSMICA

          (eletrofulminação)      Fulminação --> LETAL (Fuuuuulminante, morte)

          (eletrofulguração)       Fulguração --> Apenas lesões corporais

                          Sinal de Lichtemberg --> Aspecto arboriforme ou de samambaia com intensa vasculite local. (para lembrar desse sinal, pensa nos ICEBERGS (lichtemberg), são naturais, vêm da natureza, logo relaciona com a eletricidade NATURAL. )            

     

     

    Eletricidade Industrial ----> Conhecida como ELETROPLESSÃO

                             Sinal de Jellinek --> lesão com marca elétrica, forma especial de queimadura, indolor em razão da destruição dos filetes nervosos locais e pode ter forma circular ou estrelada. (para lembrar desse sinal, pensa nas LONG NEKS (jellinek), são feitas industrialmente, articiais, logo relaciona com a eletricidade artificial.)

    Crédito: Débora Oliveira

  • >Eletricidade natural ou cósmica: começa com consoante

    -FulMinação:ação letal (ocorre Morte)

    -Fulguração:ação não letal

    Sinal de Licthemberg: lesões arboriformes ou de samambaia(ocorre nos VASOS, os vasos ficam inflamados (vasculite elétrica).)(temporária)

     

    >Eletricidade industrial ou artificial: começa com vogal

    -Eletroplessão ( Letal ou não letal).

    -Eletrocussao (Letal)

    Sinal de Jellinek: (marca de entrada da corrente elétrica na pele da vítima (queimadura, lesão dura, seca, indolor de bordos elevados e pode ser patognomônica, reproduzindo a forma do condutor), mas nem sempre está presente. )

  • Natural ou Cósmica - sempre inicia com CONSOANTE: Fulminação e Fulguração.

    Artificial ou Industrial: sempre inicia com VOGAL: Eletropessão e Eletrocussão.

  • ELETRICIDADE NATURAL ou cósmica = LETAL = FULMINAÇÃO.

  • AÇÃO ELÉTRICA: As lesões oriundas de ação elétrica podem ter origem natural ou industrial.

    ELETRICIDADE NATURAL (cósmica): Por exemplo raios.

    Segundo Genival Veloso de França:

        FULMINAÇÃO: Morte do ser humano.

        FULGURAÇÃO: provoca apenas lesões corporais. (Para Higino é tudo fulguração).

    ELETRICIDADE INDUSTRIAL (ELETROPLESSÃO): São as mais comuns, tendo em vista a grande disponibilidade.

    OBS: tanto a morte como a lesão corporal é eletroplessão.


ID
636703
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considerando as lesões produzidas por projéteis de arma de fogo, o diagnóstico diferencial entre o ferimento de entrada e o de saída no plano ósseo craniano, é feito pelo sinal de

Alternativas
Comentários
  • Sinal de Bonnet ou funil de Bonnet: dá o diagnóstico diferencial entre o orifício de entrada e saída no plano ósseo, principalmente no crânio e outro ossos chatos.
  • Sinal do Funil de Bonnet: quando o projétil atravessa um osso chato (exemplo: costela, esterno, etc.), ao entrar no mesmo provoca um orifício do mesmo diâmetro seu, mas ao sair, provoca um orifício bem maior, dando um aspecto de V invertido, ou de um funil .
  • Cuidado com as palavras normalmente usadase acabam por confundir...

    è formado um BISEL divergente ou convergente (CONE TRUNCADO) indicando a entrada e saída do projetil.
    A direção é dada pela base menor (entrada) e base maior (saída).....
  • Essa eu errei e tive que dar uma pesquisada: Aqui está a minha conclusão:

    Os outros 3 sinais (Carrara, Strassmann e Terraza de Hoffmann) são lesões causadas por MARTELO.
    Fratura "Perfurante" de Strassmann: é o afundamento ósseo do segmento golpeado, reproduzindo a forma e a dimensão do objeto contundente.
    Sinal do "Mapa-mundi" de Carrara: é o afundamento parcial e uniforme com inúmeras fisuras, em forma de arcos e meridionais.
    Sinal em "Terraza" de Hoffmann: traumatismo tangencial; praduz uma fratura de forma triangular com a base aderia à porção óssea vizinha e com o vértice solto e dirigido para dento da cavidade craniana.

    > o Sinal de Bonnet é o único, dos 4, que diz respeito à projétil de bala. Como ja informaram em ossos chatos ou no crânio o orificio de entrada será da mesma forma que o projetil, mas o de saída será um rombo.
  • Sinal de funil de Bonnet: diferencia o ferimento de entrada e o de saída na estrutura óssea, em especial no crânio. Na lâmina externa do osso, o de entrada é arredondado, regular e em forma de 'saca-bocado'. Na lâmina interna, é maior, irregular e com bisel em formato de funil. O de saída é o contrário: amplo bisel externo com mesmo formato, mas com a base voltada para fora.


  • Sinal de Funil de Bonnet --> a entrada do projétil no indivíduo carrega toda a "massa" do corpo, em um formato de funil, na qual o ferimento de saída é maior que o de entrada.

    Saída do PAF( projétil de arma de fogo) em qualquer modalidade, possui bordas evertidas( p/ fora)



    ps: Em ações perfurantes o ferimento de saída é menor que o de entrada.

  • pessoal; tem que tomar cuidado com os comentários. 

    FRANÇA diz que (p.97)"ação é em sentido perpendicular estas lesões são conhecidas como fratura perfurante, ou fratura de vazador ou fratura em saca-bocados de STRASSMANN". "... afundamento parcial e uniforme com inúmeras fissuras, em forma de arcos e meridianos, e por isso denominado sinal de mapa-mundo de CARRARA"."o traumatismo se verifica TANGENCIALMENTE, produz fratura de forma triangular  com base aderida à porção óssea vizinha e cm vértice solto e dirigido para dentro  da cavidade craniana  - terraza de HOFFMANN. "
  • A questão esta falando do Sinal de Funil de Bonnet. A entrada é menor e a saida é maior. É como se o formato fosse um "FUNIL". 

  • Minha forma de decorar: :)

    Bonnet  ------- Connet ( Cone)

  • SINAL DE (FUNIL) BONNET: É visualizado na superfície óssea do crânio - ajuda a determinar o orifício de saída no crânio (fragmentos ósseos).

     

    – A presença de um orifício circular na face interna da calota craniana que apresenta bordas talhadas em bisel na sua face externa, de modo a formar um vazio em forma de tronco de cone, com a base maior voltada para a tábua óssea externa, indica lesão causada por:

    – saída de projétil de arma de fogo.

    – O osso da cabeça é esponjoso, isto é, tem duas tábuas compactas e uma camada de osso esponjoso entre elas (como um biscoito wafer).

    – O projétil fura a camada compacta externa, fragmentando o osso nesse ponto e imprimindo velocidade aos fragmentos.

    – Assim, a camada interna é atingida pelo projétil e pelos pedaços de osso, ficando com um BURACO MAIOR.

    – Então, o orifício do lado do osso por onde entra o projétil é menor do que o orifício do lado de saída do projétil, com bordas talhadas em bisel (angulado com arestas) pelo lado interno e formando no osso um trajeto em forma de cone truncado (com bico cortado).

    – Esse é o SINAL DE BONNET, que permite identificar o orifício de entrada do projétil, quando outros sinais falharem.

    – Quando o projétil transfixar a cabeça, isto é, entrar por um lado e sair pelo outro, no orifício de entrada, a parte mais estreita do cone estará na camada externa do osso, enquanto no orifício de saída, a parte mais estreita estará na camada interna do osso.

    – Dessa forma, o orifício na parte externa do osso é menor na entrada e maior na saída do projétil. (Neusa Bittar)

  • Sinal de Bonnet

    - aspecto lembra um cone ou funil

    - cuja base encontra-se voltada no sentido da saída do projétil

    LUIS - QG

  • É só lembrar de osso em inglês (Bone) - Sinal de Bonnet, que se dá nos ossos chatos (esterno, costela, e principalmente no crânio — osso occipital, parietal e frontal).

  • Gab A

     

    O diagnóstico diferencial entre o ferimento de entrada e saída no plano ósseo, é feito pelo Sinal de funil de Bonnet ou Cone Truncado de Pousold. 

     

    Fonte: 11°- edição- Genival Veloso França.

  • Vejamos as alternativas:

    A) CORRETO- Sinal de Bonnet- ocorre nos tiros encostados/apoiados- ocorre nos ossos díploe (normalmente encontrado no crânio- trata-se de uma camada esponjosa) em que a incidência do projétil apresenta uma formatação de um cone. A parte mais estreita (tronco do cone) indica a sua entrada. Já a base do tronco, a sua saída.

    B) INCORRETO- CARRARA- Sinal do “mapa-múndi" de Carrara: afundamento parcial e uniforme com inúmeras fissuras, em forma de arcos e meridianos.

    C) INCORRETO- Sinal de Strassmann: fraturas perfurante (afundamento ósseo) produzidas por martelo.

    D) INCORRETO- TERRAZA DE HOFFMANN- Nessa lesão, verifica-se que a ação tangencial do objeto produz fratura em formato triangular, com a base ligada ao tecido ósseo adjacente e o vértice solto, voltado para o interior da cavidade craniana.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A
  •  

    Sinal de bonnet  ou Sinal do tronco de cone de Bonnet : Indica a passagem de um projetil de arma de fogo através de um osso achatado: crânio, costelas, esterno, ilíaco, etc.  Só fala a direção do tiro, ou seja, onde ele entrou, e onde ele saiu. O tronco de cone indica por onde o projetil saiu, a parte mais longa é onde o tiro saiu.

     

    FONTE: ROBERTO BLANCO, PROFESSOR DO CERS.

     

  • A) CORRETO- Sinal de Bonnet- ocorre nos tiros encostados/apoiados- ocorre nos ossos díploe (normalmente encontrado no crânio- trata-se de uma camada esponjosa) em que a incidência do projétil apresenta uma formatação de um cone. A parte mais estreita (tronco do cone) indica a sua entrada. Já a base do tronco, a sua saída.

    B) INCORRETO- CARRARA- Sinal do “mapa-múndi" de Carrara: afundamento parcial e uniforme com inúmeras fissuras, em forma de arcos e meridianos.

    C) INCORRETO- Sinal de Strassmann: fraturas perfurante (afundamento ósseo) produzidas por martelo.

    D) INCORRETO- TERRAZA DE HOFFMANN- Nessa lesão, verifica-se que a ação tangencial do objeto produz fratura em formato triangular, com a base ligada ao tecido ósseo adjacente e o vértice solto, voltado para o interior da cavidade craniana.

     

  • O disgnóstico diferencial entre o ferimento de entrada e o de saída no plano ósseo, principalmente nos ossos do crânio, é feito pelo sinal de funil de Bonnet ou do Cone truncado de Poulsold.


    " Que não tenha pressa, mas que não perca tempo".

    Bons estudos a todos!

  • cara, eu não sei vocês, mas eu achei o enunciado beem ruim.

    só lendo nos comentários que fui entender....

  • O Sinal do Funil de Bonnet, quando o projétil atravessa um osso chato (exemplo: costela, esterno, etc.), ao entrar no mesmo provoca um orifício do mesmo diâmetro seu, mas ao sair, provoca um orifício bem maior, dando um aspecto de V invertido, ou de um funil.


    Nos outros três sinais (Carrara, Strassmann e Terraza de Hoffmann) são lesões causadas por martelo.

  • Lesões por martelo provocam os sinais: 1. Mapa-Múndi de Carrara; 2. Síndrome de Strassmann (fratura perfurante); 3. Sinal em "Terraza" de Hoffmann (traumatismo tangencial, fratura triangular).

  • LETRA A.

    O Sinal de funil de Bonnet diferencia o ferimento de entrada e o

    de saída na estrutura óssea, em especial no crânio.

    Na lâmina externa do osso, o de entrada é arredondado, regular e em forma de 'saca-bocado'.

    Na lâmina interna, é maior, irregular e com bisel em formato de funil. O de saída é o contrário: amplo bisel externo com mesmo formato, mas com a base voltada para fora.

  • Quais são as lesões provocadas por martelo?

    Mapa Mundi de Carrara: pela visão interna - 1) afundamento parcial; 2) fissuras uniformes.

    Strassmann: ou saca bocados ou fratura perfurante - indica instrumento em sentido perpendicular.

    "Terraza" de Hoffmann: ação em sentido tangencial, provoca fratura triangular com vértice solto e a base aderida.

    Fonte: Medicina Legal, Wilson Luiz Palermo.

  • GAB. A

     Lesões produzidas por projéteis de arma de fogo, o diagnóstico diferencial entre o ferimento de entrada e o de saída no plano ósseo craniano = Bonnet.

  • GABARITO: LETRA A

    Todos os ossos planos possuem duas camadas. Na entrada, o PAF (projétil de arma de fogo) causa uma lesão maior na área interna, ou seja, ficará um cone com a base voltada para dentro. No orifício de saída, a base do cone estará voltada para fora. Esse é Sinal de funil de Bonnet ou final do cone truncado de Pousold.

    OBS: Nesses casos, a distância do tiro é irrelevante.

  • Sair da Video aula para PC MG aqui agora, na cabeça vinha todos esses Carrara, Strassmann e Hoffmann. Mas esse Bonnet não lembrei. Mas eu sei que os primeiros são em relação a Martelo. Acredito que é isso.

  • Pra quem gosta de anime, nesta cena o Sasuke descobre o que é o Sinal de Bonnet:

    www.youtube.com/watch?v=6-EH71mSHbQ

  • Sinais

     

    SINAL DE WEKGARTENER: Marca da boca do cano da arma na pele

    SINAL DE HOFFMAN (BOCA DE MINA):

    • Forma estrelada, fica entre a pele e osso.
    • É causado pela forte expansão dos gases oriundos da queima da pólvora.

    SINAL DE BENASSI (Pólvora no Osso)

    • Esfumaçamento/Queimadura óssea
    • Tiros dados no crânio
    • É constituído de fuligem, tende a desaparecer c/ a lavagem ou c/ a putrefação

    SINAL DE BONNET (Sinal do funil) Indica entrada e saída do projétil.

  • sinal de Bonnet: escoriação em forma de funil 

  • Tiros encostados

    • Estes ferimentos (Figura 4.27), com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo.
    • sem zonas e orlas;
    • bordas evertidas;
    • Diâmetro das lesões de entrada pode ser maior que o do PAF

    Câmara de mina de Hofmann

    • É o ferimento geralmente em forma de estrela/cratera causado não pelo projétil, mas pela expansão dos gases originados pelo disparo encostado em região com barreira óssea (os gases batem no osso e voltam rompendo a pele),
    • Pólvora na pele
    • Em plano ósseo subjacente
    • ex.: tiro na cabeça.

    sinal do funil de Bonnet

    • Cone truncado
    • Em plano ósseo subjacente
    • O projetil de arma de fogo produz um orifício regular e MENOR na primeira tábua óssea e outro MAIOR na segunda tábua óssea.

    Sinal de Benassi

    • Esfumaçamento/queimadura óssea, especialmente no crânio.
    • pólvora no osso
    • Em plano ósseo subjacente
    • Desaparece com lavagem ou putrefação, pois é fuligem.
    • Difere da zona de tatuagem, uma vez que não são decorrentes de pólvora combusta deixados sobre a pele. Um anel acinzentado no osso que delimita a face externa desse orifício.
    • Ocorre em tiros no crânio, escápulas ou costelas.

    sinal de Puppe-Wekgartner

    • desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.
    • Não tem plano ósseo subjacente

    sinal do schusskanol

    • Representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil entre as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio.
    • Q576235. Sobre o Sinal de Schusskanol, no estudo da Balística forense, é correto afirmar que: é o esfumaçamento encontrado no túnel do tiro diante de tiros de cano encostado ou a curta distância.

    É importante, como aconselha Gisbert Calabuig, para um diagnóstico seguro de tiro encostado, encontrar carboxi-hemoglobina no sangue do ferimento, assim como nitratos da pólvora, nitritos de sua degradação e enxofre decorrente da combustão da pólvora

    Fonte: livro do Genival ed. 11


ID
636706
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Diante de uma ferida linear, com regularidade de suas bordas, associada a abundante hemorragia, predominância do comprimento sobre a profundidade e apresentando cauda de escoriação, pode-se afrmar que a lesão foi produzida por instrumento:

Alternativas
Comentários
  • Lesões produzidas por ação de cortante:
    1. regularidade das bordas
    2. regularidade do fundo da lesão
    3. ausência de vestigios traumáticos em torno da ferida
    4. hemorragia quase sempre abundante
    5. predominância do comprimento sobre a profundidade
    6. afastamento das bordas da ferida
    7. presença de cauda de escoriação voltada para o lado onde terminou a ação do instrumento
    8. vertentes cortadas obliquamente
    9. centro da ferida mais profunda que as extremidades
    10. perfil de corte de aspecto angular, quando o instrumento atua de forma perpendicular, ou em forma de bisel, quando o intrumento atua em sentido oblíquo.
  • Só temos que tomar cuidado com uma coisa. no caso em questão o objeto é de ação cortante e não cortante, pq pode a esse objeto causar uma lesão contundente com seu cabo por exemplo. 
  • É só pensar em um estilete passando em seu braço e imaginar o estrago...

  • FERIDAS INCISAS (POR INSTRUMENTO CORTANTE)

    Produzidas por qualquer agente vulnerante que possua gume afiado. São mais extensas do que proundas. Ação por deslizamento do instrumento, como se fosse um "arco de violino". Bordas regulares, vertentes regulares, fundo regular e vasos seccionados. E irão sangrar bastante.  A cauda de escoreação é sempre na saída (Romanese ou Lacassegne).

    Ex: lâmina de barbear, navalha.

    Bons estudos!!

  • AGENTES CORTANTES
    • Atuam por pressão e deslizamento (pressão e deslocamento), com “gume afiado”, atingindo a superfície em ângulos variados, produzindo feridas incisas ou ferimentos incisos


    Exemplos: navalha, gilete, cutelo, bisturi, lâminas metálicas afiladas, papel, guilhotina, estilhaços de vidros, capim-navalha e outros


    CARACTERÍSTICAS
    1. Margens e bordas lisas, nítidas e regulares
    2. Hemorragia quase sempre abundante
    3. Predomínio do comprimento sobre a profundidade
    4. Forma navicular ou fusiforme
    5. 2 caudas (entrada / saída)

     

    LUIS - QG

  • Instrumento cortante - a ferida é incisa (ATENÇÃO) - Atua por pressão e deslizamento.

     

    OBSERVAÇÃO

     

    Alguns autores falam também na cauda de entrada, sendo esta mais curta e mais profunda em relação à de saída. 

     

    Lesões características

     

    * De defesa: borda cubital do antebraço, mão, palma da mão e dedos.

    * Esgorja: região anterior, lateral ou anterolateral do pescoço.

    * Degola: região posterior do pescoço (nuca) - LEMBRAR DA GOLA DE CAMISA

     

    Fonte: Paulo Vasques

  • Colegas, observem isso

    "Se em determinada perícia encontram-se ferimentos produzidos por arma branca e outros provenientes de incisões cirúrgicas, temos de fazer a diferença entre eles. "

    [...]

    "Malgrado todo esforço, “cortante” foi a expressão encontrada para rotular a ferida produzida por instrumento de gume diverso do bisturi. A ferida da incisão cirúrgica começa e termina a pique, em uma mesma profundidade que se estende de um extremo ao outro. Tem bordas bem regulares e excepcionalmente apresenta cauda de escoriação. Já as feridas cortantes têm suas extremidades mais superficiais e a parte mediana mais profunda, nem sempre se apresentando de forma regular. Tem como característica principal a chamada “cauda de escoriação”. São também conhecidas como feridas fusiformes (em forma de fuso)" (França, 223,224. 2015)

  • Gab D

     

    Regularidade das bordas: Deve-se ao gume mais ou menos afiado do instrumento usado. 

     

    Regularidade do fundo da lesão: Tem-se a mesma explicação da regularidade das bordas.

     

    Obs: Nesse tipo de lesão quase sempre a hemorragia é vultosa, ou seja, em excesso devido à fácil secção dos vasos. 

     

    O comprimento predomina sobre a profundidade: Fato este devido à ação deslizante do instrumento, à extensão usual do gume, ao movimento em arco exercido pelo braço do agente. 

     

    O afastamento das bordas da ferida cortante: Tem explicação na elasticidade e tonicidade dos tecidos e é mais acentuado onde os tecidos são mais solicitados pela ação muscular.

     

    OBS: Levando-se em conta que geralmente o ferimento começa e termina mais superficial, pela ação em arco, o centro da ferida é sempre mais profundo . 

     

    As paredes da ferida são lisas e regulares: exceto quando atingidas em planos superpostos de estrutura e elasticidade diferentes, o que provoca desigualdade deste segmento de tecido. 

     

    ****OBS: Uma questão importante são quando duas lesões se cruzam, uma segunda produzida sobre a primeira, coaptando-se às margens de uma das feridas, sendo ela a primeira a ser produzida, a outra não segue um trajeto em linha reta. ( Sinal de Chavigny ) 

  •  A) - INCORRETA -LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÃO CORTOCONTUNDENTE-" Têm forma bem variável, dependendo da região atingida e da inclinação, do peso, do gume e da força viva que atua. Sendo o instrumento mais afiado, predominam as características dos ferimentos cortantes. Quando o fio de corte não for vivo, prevalecem os caracteres de contusão nos tecidos. São lesões quase sempre graves, fundas, alcançando mais profundamente os planos interiores e determinando as mais variadas formas de ferimentos, inclusive fraturas. Não apresentam cauda de escoriação nem pontes de tecidos íntegros entre as vertentes da ferida, o que as diferencia das feridas cortantes e contusas, respectivamente". FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p 288.

    B) - INCORRETA -Lembre-se que são lesões produzidas por ação contundente sofrem uma incrível variação, sendo algumas delas: a) rubefação, b) equimose, c) hematoma, d) bossas, e) escoriação, f) ferida contusa, g) entorse, h) luxação, i) fraturas, j) rupturas viscerais, l) lesões provocadas por martelo, dentre outras.

    C)INCORRETA-LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÃO PERFURANTE- “As lesões oriundas desse tipo de ação denominam-se feridas punctiformes ou punctórias, pela sua exteriorização em forma de ponto. Têm como características a abertura estreita; são de raro sangramento, de pouca nocividade na superfície e, às vezes, de certa gravidade na profundidade, em face desse ou daquele órgão atingido; e, por fim, quase sempre de menor diâmetro que o do instrumento causador, graças à elasticidade e à retratilidade dos tecidos cutâneos".FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p 221.

    D) CORRETA-LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÃO CORTANTE- "Essas feridas diferenciam-se das demais lesões pelas seguintes características:forma linear, regularidade das bordas regularidade do fundo da lesão, ausência de vestígios traumáticos em torno da ferida, hemorragia quase sempre abundante, predominância do comprimento sobre a profundidade, afastamento das bordas da ferida, presença de cauda de escoriação voltada para o lado onde terminou a ação do instrumento, vertentes cortadas obliquamente centro da ferida mais profundo que as extremidades paredes da ferida lisas e regulares, perfil de corte de aspecto angular, quando o instrumento atua de forma perpendicular, ou em forma de bisel, quando o instrumento atua em sentido oblíquo ao plano atingido". FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p 224.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D

  • LETRA D - CORRRETA - Nesse sentido, Neusa Bittar (in Medicina legal e noções de criminalística – 7ª Ed. – Salvador: Ed. JusPodivm,2018. p. 218):

     

    “Nas lesões incisas, as bordas são regulares, há predomínio da extensão sobre a profundidade e o sangramento é abundante porque os vasos são cortados. Essas feridas são mais profundas no terço inicial, superficializando-se a seguir, para terminar em uma escoriação linear ao longo da epiderme, chamada de cauda de escoriação.

     

    Dessa forma, a cauda de escoriação aponta para o final do movimento do instrumento, podendo indicar se o agressor é destro ou canhoto, após a reconstituição do crime, que vai evidenciar as posições do agressor e da vítima no momento dos golpes.” (Grifamos)

  • A) - INCORRETA -LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÃO CORTOCONTUNDENTE-" Têm forma bem variável, dependendo da região atingida e da inclinação, do peso, do gume e da força viva que atua. Sendo o instrumento mais afiado, predominam as características dos ferimentos cortantes. Quando o fio de corte não for vivo, prevalecem os caracteres de contusão nos tecidos. São lesões quase sempre graves, fundas, alcançando mais profundamente os planos interiores e determinando as mais variadas formas de ferimentos, inclusive fraturas. Não apresentam cauda de escoriação nem pontes de tecidos íntegros entre as vertentes da ferida, o que as diferencia das feridas cortantes e contusas, respectivamente". FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p 288.

    B) - INCORRETA -Lembre-se que são lesões produzidas por ação contundente sofrem uma incrível variação, sendo algumas delas: a) rubefação, b) equimose, c) hematoma, d) bossas, e) escoriação, f) ferida contusa, g) entorse, h) luxação, i) fraturas, j) rupturas viscerais, l) lesões provocadas por martelo, dentre outras. 

    C)INCORRETA-LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÃO PERFURANTE- “As lesões oriundas desse tipo de ação denominam-se feridas punctiformes ou punctórias, pela sua exteriorização em forma de ponto. Têm como características a abertura estreita; são de raro sangramento, de pouca nocividade na superfície e, às vezes, de certa gravidade na profundidade, em face desse ou daquele órgão atingido; e, por fim, quase sempre de menor diâmetro que o do instrumento causador, graças à elasticidade e à retratilidade dos tecidos cutâneos".FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p 221. 

    D) CORRETA-LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÃO CORTANTE- "Essas feridas diferenciam-se das demais lesões pelas seguintes características:forma linear, regularidade das bordas regularidade do fundo da lesão, ausência de vestígios traumáticos em torno da ferida, hemorragia quase sempre abundante, predominância do comprimento sobre a profundidade, afastamento das bordas da ferida, presença de cauda de escoriação voltada para o lado onde terminou a ação do instrumento, vertentes cortadas obliquamente centro da ferida mais profundo que as extremidades paredes da ferida lisas e regulares, perfil de corte de aspecto angular, quando o instrumento atua de forma perpendicular, ou em forma de bisel, quando o instrumento atua em sentido oblíquo ao plano atingido". FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p 224.

  • AGENTES CORTANTES

     

    Atuam por pressão e deslizamento (pressão e deslocamento), com “gume afiado”, atingindo a superfície em ângulos variados, produzindo feridas incisas ou ferimentos incisos •

     

    Exemplos: navalha, gilete, cutelo, bisturi, lâminas metálicas afiladas, papel, guilhotina, estilhaços de vidros, capim-navalha e outros

  • LETRA D. As lesões cortantes (ou incisas) possuem exatamente as

    características descritas no enunciado: forma linear, bordos regulares,

    hemorragia abundante, comprimento predomina sobre a profundidade,

    presença de cauda de escoriação (voltada para o lado onde terminou a

    ação do instrumento).

  • LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÃO CORTANTE:

    Diferenciam-se das demais lesões por tais características:

    • Forma linear regularidade das bordas
    • Regularidade do fundo da lesão ausência de vestígios traumáticos em torno da ferida
    • Hemorragia quase sempre abundante
    • Predominância do comprimento sobre a profundidade
    • Afastamento das bordas da ferida
    • presença de cauda de escoriação voltada para o lado onde terminou a ação do instrumento
    • Vertentes cortadas obliquamente
    • Centro da ferida mais profundo que as extremidades
    • Paredes da ferida lisas e regulares
    • Perfil de corte de aspecto angular, quando o instrumento atua de forma perpendicular, ou em forma de bisel, quando o instrumento atua em sentido oblíquo ao plano atingido.

    Fonte: Ciclos


ID
652906
Banca
CEFET-BA
Órgão
PC-BA
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O documento médico legal, ditado ao escrivão logo após a realização do exame pericial, é denominado

Alternativas
Comentários
  • Documentos resultantes da atuação médico legal:
    Auto - relatório ditado ao escrivão após o exame na presença de delegado ou juiz;
    Laudo - é elaborado pelo próprio médico.
  • Quando é ditado a um escrivão durante o exame, chama-se auto; se redigido depois de terminada a perícia, deve ser chamado de laudo.

    (Hygino de C. Hercules - Medicina Legal)
  • Pra lembrar: para que o escrvão escute, tem que falar ALTO! 

    Auto é o documento ditado ao escrivão. 
  • Auto = o períto DITA AUTO para o escrivão.

  • Auto - redigido pelo escrivão, na presença de testemunhas.

    Laudo - Elaborado pelo próprio perito

  • A diferença entre laudo e auto médico-legal é: o primeiro é escrito e o segundo é ditado a um escrivão perante testemunhas.

  • GABARITO ( LETRA A )

    Relatório ditado ao escrivão: AUTO.
    Relatório redigido pelos próprios peritos: LAUDO
    MNEMÔNICO: Para ditar ao escrivão tem que falar “AUTO”(ALTO). Já o perito
    LAUDA o relatório.

     

  • Quanto ao auto e ao laudo, se for ditado logo após o exame: auto; se for redigido posteriormente pelos peritos: laudo.

  • Auto =Escrivão

    Laudo= Perito 

  • *Laudo: relatório redigido pelo próprio perito após a realização do exame.

     

    *Auto: relatório ditado ao escrivão de polícia durante a realização da perícia e habitualmente perante a presença de testemunhas (essa presença de testemunhas não é um requisito legal, mas sim doutrinário). E, o principal exemplo de Auto é o Auto de Reconhecimento e Exumação.


ID
652909
Banca
CEFET-BA
Órgão
PC-BA
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Num ferimento de entrada de projétil de arma de fogo, geralmente se encontra a presença de

Alternativas
Comentários
  • Os ferimentos de entrada nos tiros a curta distância podem mostrar:

    a) forma arredondada ou elíptica;
    b) orla de escoriação;
    c) bordas invertidas, halo de enxugo;
    d) halo ou zona da tatuagem;
    e) orla ou zona de esfumaçamento;
    f) zona de queimadura;
    g) aréola equimótica e
    i) zona de compressão de gases.
    FONTE: Genival Veloso de França, nona edição, p.105.


     
  • RESPOSTA LETRA "D".  FERIMENTO DE FORMA REGULAR E BORDAS INVERTIDAS. 

    Obs. Em caso de tiro encostado a borda fica evertida.
  • FERIMENTO DE ENTRADA                                    FERIMENTO DE SAIDA
    forma arredondada (regular)                                   forma irregular (rombo)
    borda  invertida                                                           borda evertida
    possui as orlas e zonas                                           nao possuem orlas e zonas
    o diâmetro é proporcional ao projétil                     o diâmetro é desproporcional
    há pouco ou nenhum sangramento                      há muito sangramento
  • Pessoal.. o ferimento de entrada é proporcional ao projétil ok..

    Mas pela elasticidade da pele ele pode ser de MENOR diâmetro do que o da bala correto?

    Isso é se explica pela elasticidade da pele né?

  • Impossível analisar a questão, sem saber se o tiro é encostado, a curta distância ou a longa distância.


    TOTALMENTE passível de ANULAÇÃO.

  • -Ferimento de entrada  com arma de fogo sempre terás as bordas invertidas...eliminando a letra a...

    -abundante sangramento ocorre em lesões de carater inciso, e não perfuro- contundente como o da arma de fogo, sendo assim eliminamos a letra b.

    -

    Ferida perfurocontusa: formato quase regular, geralmente com bordas de ferida ligeiramente irregulares (a depender do tipo de elemento causador da lesão) e possibilidade de se observar áreas de equimoses e hematomas adjacentes às áreas de ulcerações, normalmente causado por objetos que penetram a pele mediante impacto (como um projetil de arma-de-fogo); só as bordas costumam ser irregulares...a ferida em si costuma ser regular.

  • kkk tá serto, ferimento por paf só sangra se atravessar a pessoa e sair do outro lado kkk acredito

  • "o ferimento de entrada é proporcional ao projétil"

    Nem sempre isso é verdade, depende da estabilidade que o PAF, vai chegar no alvo.

    Se tiver estável o ferimento de entrada será proporcional, no entanto, se o PAF vier "rodando, girando", enfim, sem qualquer estabilidade, o ferimento de entrada pode ser enorme e o PAF pequeno.

    Bons estudos!!!?!!!!

     

  • Bordas Invertidas: ferimentos de entrada

    Bordas Evertidas: ferimentos de saida

  • Dica besta mas pode ser que ajude.

    Borda Evertida=Exit=Saída

  • GABARITO D

     

    Pessoal, eles querem saber quais as características em comum nos ferimentos de entrada nas lesões de PAF.

  • FERIMENTO DE ENTRADA

    Forma arredondada (regular)

    Borda invertida

    Possui as orlas e zonas

    O diâmetro é proporcional ao projétil

    Há pouco sangramento



    FERIMENTO DE SAÍDA

    Forma irregular ("rombo")

    Borda evertida

    Não possuem orlas e zonas

    O diâmetro é desproporcional

    Há muito sangramento

  • Bordas Invertidas: ferimentos de entrada (IN)

    Bordas Evertidas: ferimentos de saída (Exit)

  • Essa situação exposta tem muitas variantes para se analisar. Acredito que a questão deveria ser anulada.

  • A questão tem que ser anulada. O enunciado não diz se o disparo foi perpendicular ou obliquo, se foi a curta, média ou longa distância. Assim sendo não tem como fazer o julgamento das assertivas

  • Sem saber a distancia do tiro, é impossivel achar o gabarito. Questão deve ser anulada

  • Creio que a questão deveria ser mais especifica no que tange a distância, pois as características podem variar de acordo com a proximidade ou não da vítima.


ID
652912
Banca
CEFET-BA
Órgão
PC-BA
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Nas feridas cortantes ou incisas, geralmente se encontra a presença de

Alternativas
Comentários
  • As lesões produzidas pelos instrumentos cortantes são denominadas lesões incisas.
    ex: navalha, gilete, bsituri, guilhotina, estilhaços de vidro, etc
    Carascterísticas:
    - regularidade e nitidez de suas margens e bordas
    - hemorragia quase sempre abundante
    - predomínio da extensão sobre a profundidade
    - afastamento das bordas da ferida (mais acentuada nas lesões post-mortem)
  • Corrigindo a colega Andreza Gurgel, a guilhotina não se trata de um instrumento cortante, mas sim de um instrumento cortocontundente, haja vista que os instrumentos cortantes são aqueles que APENAS corta, não contunde.
    vale o mesmo para os intrumentos contundentes (APENAS contunde) e perfurantes (APENAS perfura).
    diferentemente da guilhotina que se trata de um instrumento misto, é cortocontundente (corta e contunde).
  • Apenas complementando o comentário do colega Pedro Ian, a GUILHOTINA se caracteriza como um Instrumento Corto-Contundente, por sua ação se dar pela pressão da queda da navalha.
  • De acordo com o Prof. Genival Veloso de França, os meios ou instrumentos de ação cortante agem através de um gume mais ou menos afiado, por um mecanismo de deslizamento sobre os tecidos e, na maioria das vezes, em sentido linear.
    Apresentam como características: forma linear; regularidade das bordas; regularidade do fundo da lesão; ausência de vestígios traumáticos em torno da ferida; hemerrogia quase sempre abundande; predominância do comprimento sobre a profundidade; ( item A) afastamento das bordas da ferida; presença de caude de escoriação voltada para o lado onde terminou a ação do instrumento; vertentes cortadas obliquamente; centro da ferida mais profundo que as extremidades; parede s da ferida lisas e regulares
  • a) Correta

    b) Errado. Hemorragia é caracteristica básica e bordas regulares

    c) Vide a)

    d) São profundas apenas no centro da ferida, e bordas são regulares

    e) Energia transferida por deslizamento: bisturi, lâmina, "cerol".

  • Feridas CORTANTES?!?!? Bancas, melhorem!

  • Tamires, alguns autores entre eles o França, preferem chama-lá de cortante msm. Ja o Hygino chama de ferida incisa.

  • AGENTES CORTANTES
    • Atuam por pressão e deslizamento (pressão e deslocamento), com “gume afiado”, atingindo a superfície em ângulos variados, produzindo feridas incisas ou ferimentos incisos
    Exemplos: navalha, gilete, cutelo, bisturi, lâminas metálicas afiladas, papel, guilhotina, estilhaços de vidros, capim-navalha e outros

    CARACTERÍSTICAS
    1. Margens e bordas lisas, nítidas e regulares
    2. Hemorragia quase sempre abundante
    ***3. Predomínio do comprimento sobre a profundidade***
    4. Forma navicular ou fusiforme
    5. 2 caudas (entrada / saída)

     

    LUIS - QG

  • Nas feridas cortantes ou incisas, geralmente se encontra a presença de 

     a) extensão maior que profundidade.

    > Correto

     

     b) pouco sangramento e bordas irregulares.

    > sangram mais do que as feridas contusas

    > bordas lisas e regulares

     

     c) predomínio da profundidade em relação à extensão.

    > são mais extensas do que profundas 

     

     d) bordas evertidas e com grande profundidade.

    > bordas lisas e regulares (vétices e o fundo apresentam regularidade)

     

    e) lesões cujo instrumento transfere a energia por pressão.

    > é utilizada ação deslizante para provocar a lesão.

     

  • a) extensão maior que profundidade.

     

     

    LETRA A – CORRETA - Nesse sentido, Neusa Bittar (in Medicina legal e noções de criminalística – 7ª Ed. – Salvador: Ed. JusPodivm,2018. p. 218):

     

    “Nas lesões incisas, as bordas são regulares, há predomínio da extensão sobre a profundidade e o sangramento é abundante porque os vasos são cortados. Essas feridas são mais profundas no terço inicial, superficializando-se a seguir, para terminar em uma escoriação linear ao longo da epiderme, chamada de cauda de escoriação.

  • De acordo com o Prof. Genival Veloso de França, os meios ou instrumentos de ação cortante agem através de um gume mais ou menos afiado, por um mecanismo de deslizamento sobre os tecidos e, na maioria das vezes, em sentido linear. Apresentam como características: forma linear; regularidade das bordas; regularidade do fundo da lesão; ausência de vestígios traumáticos em torno da ferida; hemerrogia quase sempre abundande; predominância do comprimento sobre a profundidade (nossa resposta); afastamento das bordas da ferida; presença de caude de escoriação voltada para o lado onde terminou a ação do instrumento; vertentes cortadas obliquamente; centro da ferida mais profundo que as extremidades e parede s da ferida lisas e regulares.


ID
652996
Banca
CEFET-BA
Órgão
PC-BA
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Essa pergunta quem assiste CSI acerta. Não achei de um nível muito difícil.

    Os exames períciais irão buscar vestígios como digitais ou sangue do criminoso que possam levar a sua identificação.

    Resposta letra A.
  • Resposta:

    a)Correta

    b)Existem outros métodos para identificar o criminoso, por exemplo, o exame de DNA.

    c) A Análise e fundamentos da Investigação Segundo Rocha (2003), o esclarecimento de um delito não pode ser desenvolvido mediante a aplicação de processos antiquados ou anacrônicos, mediante palpites ou suposições não fundamentadas. Deve-se utilizar critérios técnicos, observando objetivamente todos os detalhes do fato que está sendo investigado, atentando particularmente para a dinâmica da atividade criminal, o modus operandi. Diante de uma autoria desconhecida de um crime, o investigador pensa e formula uma hipótese, desenvolve conjecturas e suposições preliminares sobre o modo, segundo o qual o crime foi cometido (Rocha, 2003). Os pensamentos desenvolvidos representam inferências que podem transformar-se em argumentos logicamente válidos e que devem ser distinguidos dos argumentos logicamente não válidos. A lógica , como ciência do raciocínio, trata de argumentos e inferências, sendo este um dos seus princípios básicos.

    d)Testemunhas são as pessoas que depõem com base no conhecimento dos fatos criminosos.

    e) Segundo Machado, identificação criminal genética é uma providência muito especial, tanto que somente será levada a efeito no âmbito do inquérito por meio de ordem judicial (art. 5º, IV da Lei nº 12.037/09), e mesmo assim, apenas quando ela for essencial às investigações policiais. Porta nto, a identificação por meio do material genético do indiciado, ao contrário da identificação digital e fotográfica, não é uma providência corriqueira nem automática, a ser realizada rotineiramente dentro do inquérito.

    Bons Estudos!
  • Só não entendi pq a questão está classificada como sendo de criminologia, matéria que nem foi cobrada nesse concurso!

  • Quem errar isso morre!!! puff

  • Se esse era o nível das questões 10 anos atrás, queria eu ter me formado uma década antes

  • Me impressiona como o nível das questões foram se tornando cada vez mais hard core com o passar dos anos. Uma questão como essa dificilmente "cairia" hoje (2019).

  • As questões poderiam ter continuado nesse nível haha

  • Essa questão parece piada, não dá para acreditar que um foi assim.

  • Boba eu de não ter estudado pra concurso antes...agora pago o sabor amargo pela escolha tardia..

  • Para não tirar 0

  • Misericórdia que questão foi essa ? Puts....

  • Os exames periciais podem determinar a identidade do criminoso.

  • Gente a realidade da época era outra. Eu lembro que so se estudava em cursinho. Não se tinha video aulas, curso on-line e etc. o cara se matava pra fazer 50 da prova e ficava entre os primeiro. hj vc estudar para concurso pelo tube , tem tudo grátis, em qualquer lugar com um celular na mão , é por isso que o nível estár a altura da realidade de hj. Vivemos na era da informação, quem mais reter inforomação se dará bem, e as vezes nem sempre!


ID
652999
Banca
CEFET-BA
Órgão
PC-BA
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Uma das funções da perícia é

Alternativas
Comentários
  • Eu sinceramente devia ter feito esse tipo de prova... As perguntinhas que nem precisa estudar... kkkkkk....
  • Quem dera se as questões de concursos sobre criminalística fossem todas assim...
  • Questão boba, do tipo que nem da graça de ter em sua prova pois qualquer concorrente acerta, porem vamos comentar.

    Perícia Criminal e Judicial

    A função da perícia é processar os vestígios e indícios, interpretando-os, resultando na elaboração do laudo pericial que dará suporte ao processo de investigação criminal. Atualmente, o testemunho e a confissão não são considerados tão próximos da verdade quanto a prova material. Não é a toa que a prova pericial é reconhecida como a rainha das provas e grande companheira na defesa dos direitos humanos. A idéia de que a verdade está presente na perícia vem pelo fato de estarmos buscando, de forma imparcial, a dinâmica, a materialidade e a autoria de um fato criminoso por meio de exames e análises sempre fundamentadas em conceitos e conhecimentos científicos reconhecidos.

    Fonte: http://ww1.tavarespericias.com

    A preservação do local de crime e sua caracterização é um ponto de extrema relevância na demanda persecutória criminal, onde, o Código de Processo Penal Brasileiro, em seu artigo 6º, inciso I, já previamente citado, dispõe que logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá dirigir-se ao local, providenciando que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais.

    Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br

    Bons Estudos!!
  • Francamente não entendi essa questão..:-(

  • É atribuição do Delegado de Polícia não permitir que o local seja alterado

    Abraços

  • Entendi nada! quem deve preservar o local é o delegado. Justamente para não comprometer o trabalho da perícia. Já o perito não ira conservar o local (alternativa D), pois terá de remexer, revirar o corpo, recolher os objetos etc

    A função da perícia é não promover a conservação do local (d), que é da polícia até a chegada dos peritos.

    Como o perito trabalha sem remexer o local?

  • De acordo com o CPP essa seria a função do delegado:

    Art. 6  Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:

    I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;

    Art. 169.  Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.                

    Ainda tem uns espertalhoes dizendo que a questão ta fácil. Acertou no chute

  • De fato, a competência, com fincas no CPP, de preservar o local da infração penal é da autoridade policial. Mas logicamente, o perito também terá o dever de proteger contra qualquer violação, ou seu trabalho será comprometido.

  • Não entendi nada, mas suprimindo o não do início de todas as assertivas, a única função que com certeza não é afeta à perícia seria permitir a violação do local.Só consegui chegar ao gabarito de desta forma ''/

  • Quanto mais eu lia essa questão mais eu ficava confuso. Mas por exclusão chaga na alternativa A, que é atribuição do Delegado de polícia e não da perícia.

    Avante...

  • Queria questões assim no meu concurso... hahahaha

  • A menos errada e logicamente certa.

  • Questão possivelmente desatualizada com pacote de 2019.

    Art 158 A

    § 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.     

    158 C § 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização.   

  • Pensei que só eu tivesse não entendido. QUE " M" Robin!!!!

  • Que questão estranha

  • Li, reli, treli e não entendi kkkkk demorei para entender que a "a" era a correta...

  • Ei pessoal! A questão não cobra conhecimentos jurídicos, mas sim de português hahaha.

  • Essa questão não tem gabarito... PORÉM,...

    b, c, d, e NÃO FAZEM SENTIDO NENHUM!!!

    Diante disso, vai na A e seja feliz!

  • Resposta ART 6 CPP

    Art. 6

    II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 

    O agente público preserva (o perito também), mas só o perito libera (permite a violação).


ID
653014
Banca
CEFET-BA
Órgão
PC-BA
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.

( ) O exame de microcomparação com os projéteis disparados possibilita a identificação individual de uma espingarda.

( ) A microcomparação entre projéteis coletados em diferentes locais de crime pode propiciar o estabelecimento de uma correlação entre os respectivos eventos.

( ) A identificação indireta de uma arma de fogo pode ser feita mediante o confronto balístico das deformações examinadas nos estojos da munição disparada.

A alternativa que contém a seqüência correta, de cima para baixo, é a

Alternativas
Comentários
  • Analisando as assertivas:

    ( ) O exame de microcomparação com os projéteis disparados possibilita a identificação individual de uma espingarda. 

    Falso. As espingardas são armas de "alma lisa"  que utilizam munição de projéteis múltiplos, ou seja, não possuem estrias no interior do cano, que servem para fazer o projétil girar sobre seu próprio eixo e ganhar momento angular, garantindo assim a estabilidade do projétil durante o trajeto.  Essas estrias no interior do cano é que possibilitam a microcomparação entre os projéteis disparados, já que elas criam ranhuras específicas nos projéteis disparados pela arma.  

    ( ) A microcomparação entre projéteis coletados em diferentes locais de crime pode propiciar o estabelecimento de uma correlação entre os respectivos eventos. 

    Verdadeiro. Com a microcomparação dos projéteis pode ser constatada a utilização de uma mesma arma de fogo em dois locais de crime diferentes, estabelecendo-se uma relação entre os eventos (ex.: mesma autoria).

    ( ) A identificação indireta de uma arma de fogo pode ser feita mediante o confronto balístico das deformações examinadas nos estojos da munição disparada. 

    Verdadeiro. Cada arma de fogo deixa uma espécie de "assinatura" nos estojos acionados em seu interior, e estas ranhuras e deformações podem ser comparadas com auxílio de microscópio, possibilitando a identificação indireta da arma.
  • Mega Objetivo:

    Espingarda NÃO POSSUI RAIA, logo, não é possível deixar suas características nos "projétis"
  • Na balística forense, para armas de fogo, existem dois métodos de identificação: identificação direta e a identificação indireta. Na identificação direta ou imediata, o exame é realizado nela própria, ou seja, das suas características e peculiaridades distintivas. Já na identificação indireta ocorre o exame é feito através de estudo comparativo de características deixadas pela arma nos elementos de sua munição. Na identificação indireta, usam-se métodos comparativos macro e microscópicos nas deformações verificadas nos elementos da munição da arma questionada ou suspeita.

  • Espingarda = alma lisa = não dá pra fazer microcomparação balística. 

  • Empirismo; interdisciplinaridade (saberes parciais que se entegram e cooperam entre si)

    Abraços

  • Tecnicamente a marco do percussor fina na ESPOLETA e não no estojo. Mas por eliminação dava para acertar a questão.

  • A 1ª está ERRADA pois a espingarda é uma arma com cano de alma lisa, conforme preconiza o Art. 3º, V, f da Portaria nº 001-DLog, de 17 de janeiro de 2006. Tal fato não permite comparação entre os projéteis, pois nestes não há marcas deixadas pelo cano;

    A 2ª é VERDADEIRA pois é possível identificar projéteis disparados pela mesma arma, desde que seja de cano de alma raiada, ou seja, tenha ranhuras que deixam marcas nos projéteis;

    A 3ª acredito que esteja ERRADA por conta do termo "estojo" utilizado ("deformações examinadas nos estojos da munição disparada"), a parte da munição que passa pelo cano e fica com as marcas das raias é o projétil e não estojo.

    COM ISSO, ACREDITO QUE ESTA QUESTÃO SEJA PASSÍVEL DE ANULAÇÃO, POIS O GABARITO SERIA: F, V, F

  • a título de explicação, também podem haver marcar características nos estojos, uma vez que o extrator deles pode deixar marcas específicas, principalmente quando seu funcionamento não estiver perfeito. acredito que é por essa razão que está correta assertiva

  • A identificação indireta de uma arma de fogo pode ser feita mediante o confronto balístico das deformações examinadas nos estojos da munição disparada.

    ERRADO!!! O Certo seria PROJETIL, e não ESTOJO.

  • Na identificação indireta, usam-se métodos comparativos macro e microscópicos nas deformações verificadas nos elementos da munição. Nas armas de alma raiada, a análise é nas deformações contidas no projétil, e nas armas de alma lisa, a identificação é feita nas deformações impressas no estojo. Logo, a assertiva III está correta!


ID
653017
Banca
CEFET-BA
Órgão
PC-BA
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A designação do calibre nominal de uma espingarda indica o

Alternativas
Comentários
  • Resposta correta: letra "e"

    O calibre nominal, utilizado nas armas de "alma lisa", não possui relação com o diâmetro interno do cano ou da câmara de explosão, mas sim com a unidade de medida Gauge, que se refere ao número de esferas de chumbo cuja soma da massa dá uma libra (aproximadamente 450g).
    Exemplo: na famosa "calibre 12" , doze esferas de chumbo somariam a massa de uma libra, e é por isso que seu cartucho é maior que um cartucho calibre 20 Gauge, pois nesse último a massa de uma libra seria alcançada com 20 esferas de chumbo, e não 12 (esferas calibre 20 < esferas calibre 12).
  • Calibre é o diâmetro interno do cano da arma e sua munição, medido na saída do cano; nas armas de projétil múltiplo, o calibre é dado pelo peso.

    Abraços

  • As armas de cano liso utilizam cartuchos específicos, em que o cartucho tem vários projéteis chamados balins.

    O cartucho é que vai medir o calibre da escopeta ou espingarda, seja utilizando-se balins, seja balote, areia, sal grosso, borracha, não importa o que está dentro do cartucho, será ele sempre o definidor do calibre.

  • Resposta correta é a letra E, conforme prevê o Art. 3º, inciso V, f c/c inciso II da Portaria nº 001-DLog, de 17 de janeiro de 2006. Não dá para acertar esta questão apenas com conhecimento do estatuto do desarmamento, é necessário conhecimento da referida portaria.

  • Calibre Real de uma arma nada mais é do que a medição do diâmetro do projétil depois de sair da boca do cano hora que estará totalmente calibrado ou a medição do diâmetro interno do cano, que caso ele seja raiado, é feita medindo-se entre dois cheios diametralmente opostos nas armas com auxílio de um paquímetro. Ja nos canos de alma lisa é a medida correspondente ao diâmetro interno do cano, tomada na região mediana. Geralmente é expresso em mm.

    Calibre Nominal é aquele correspondente ao nome que lhe é dado pelo fabricante. Podemos citar como exemplo 38 L, 32, 9mm, 45LC, etc.

    Calibre de arma não raiada (espingardas genéricas) – obtém-se o calibre de arma não raiada pelo número de esferas de chumbo puro, de diâmetro igual ao do cano em referência, necessário para atingir 1 (uma) libra de peso (454g). Ex.: num calibre 12, são necessárias 12 esferas de chumbo com o diâmetro igual ao diâmetro interno do cano para se atingir 1 (uma) libra de peso. Assim, quanto maior o número, menor o diâmetro do cano. Em inglês, diz-se que essas armas têm gauge (medida, pronunciada guêigue), e não calibre. Existem, porém, exceções, como o calibre 36, que também é conhecido como .410, que é o diâmetro interno do cano.

  • Só um detalhe, armas de ALMA LISA (canho sem ranhuras internas) também podem possuir um munição com apenas um projetil. Costuma chamar-se essa munição (muitas vezes no formato de bola) de BALOTE. O exemplo mais comum de arma de alma lisa que PODE utilizar uma munição de balote, é a famosa calibre 12 (espingarda ou nome popular de escopeta). Todavia há revólveres, como o próprio Taurus The Judge que não possui alma raiada (nos EUA é vendido raiado, uma vez que aumenta em muito a funcionalidade da arma).

  • Na espingarda, arma longa de alma de cano polida ou lisa, o calibre nominal é relacionado à quantidade de esferas de chumbo do diâmetro do cano da arma (calibre real tomado na região mediana do cano) necessária para atingir a massa de 1 libra. A espingarda de calibre 12, por exemplo, possui 12 esferas de chumbo de mesma dimensão, totalizando a massa de 1 lb.

    Gabarito: E

  • ESPINGARDA: CANO DE ALMA LISA!

  • Como é feita a medição do calibre real?

    Cano com alma lisa: é feito através da quantidade de esferas de chumbo com o diâmetro idêntico ao do cano até completar uma libra (453,59 g). Por exemplo, no caso de uma espingarda "calibre 12" , que possui cano de alma lisa, significa dizer que para e atingir a quantidade de uma libra, são necessárias doze esferas de chumbo de tamanho idêntico ao diâmetro do cano.

    Fonte: Wilson Luiz Palermo Medicina Legal - 2016 ,Juspodivm, pag. 113.


ID
653020
Banca
CEFET-BA
Órgão
PC-BA
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.

( ) Tecnicamente, o tiro só é acidental quando efetuado sem o acionamento do gatilho.

( ) A simples comparação visual do projétil já permite a identificação individual da arma.

( ) Chamuscamento, esfumaçamento e tatuagem são indicativos de tiro à curta distância.

A alternativa que contém a seqüência correta, de cima para baixo, é a

Alternativas
Comentários
  • Questão com pegadinha, muito BOA!!

    Primeira Opção - CORRETA
    É necessário estabelecer a diferença entre disparo acidental e tiro acidental, pois disparar é colocar o mecanismo de disparo da arma em movimento. E, para que um disparo acidental produza um tiro acidental, é necessário que ocorra a detonação e deflagração de um cartucho e a projeção de um projétil através do cano da arma, sendo que nem todo disparo dá origem a um tiro, mas todo tiro é precedido do disparo do mecanismo da arma. Daí o tiro acidental ser todo tiro que se produz em circunstâncias anormais, sem o acionamento regular do mecanismo de disparo, devido a defeitos ou falta do mecanismo de segurança da arma.

    Segunda Opção - FALSA
    Dentre os elementos de munição mediante os quais é possível a identificação mediata das armas de fogo, os projéteis são os que possuem maior soma de características indiciárias, permitindo, geralmente, o estabelecimento do nexo causal entre a lesão ou o dano material produzidos por um ou mais tiros da arma considerada, sendo os mais freqüentemente submetidos ao exame pericial.
    Geralmente o projétil encontra-se no corpo da vítima ou no local do crime, sendo mais freqüente o primeiro caso.
    Em qualquer das hipóteses, o perito balístico irá examinar o projétil, verificando seu peso, formato, comprimento, diâmetro, composição, calibre, raiamento, estriações laterais finas e deformações.
    O calibre da arma serve para demonstrar a medida do cano, a raiação indica o tipo de arma e a estriação lateral fina individualiza a arma.
    O perito ao estudar o raiamento deverá observar a sua correspondência com a arma suspeita, mencionando o seu número, a sua largura, o seu aspecto se estas são dextroversas ou sinistroversas, ou seja, se são obliquamente dirigidas para a direita ou para a esquerda.

    Terceira Opção - CORRETA
    Tiro a curta distância: mostram forma arredondada ou ovalar, orla de escoriação, bordas invertidas, halo de enxugo (passagem do projétil pelos tecidos, atritando e contundindo e limpando neles suas impurezas) , halo de tatuagem (impregnação de grânulos de pólvora incombustos), orla de esfumaçamento (depósito de fuligem), zona de queimadura (zona de chama), aréola equimótica (sufusão hemorrágica de rotura de pequenos vasos ) e zona de compressão de gases (depressão da pele pela ação mecânica da coluna de gases que segue o projétil).


    FONTE: http://jus.com.br

  • Zonas: chamuscamento (próximo, 5 cm); esfumaçamento (médio, 30cm); tatuagem (mais distante, 50 cm).

    Abraços

  • incidente de tiro--------- sem danos materiais ou pessoais

    acidente de tiro---------- com danos materiais ou pessoais

    tiro acidental----------- não há o acionamento regular do gatilho ( necessariamente há o acionamento da espoleta)

    disparo acidental----- há o acionamento regular do gatilho ( independe do acionamento da espoleta)

  • indique a fonte das respostas, por favor

  • KD A FONTE???

  • KD A FONTE???

  • Ta bom examinador, eu vou tirar a minha arma do coldre e sem querer eu aciono o gatilho, nesse caso o disparo foi intencional ne? É cada questão que vou te contar.

  • https://www.youtube.com/watch?v=k-CMolPJ7JI

    Achei uma explicação dessa questão.

  • Devemos fazer a distinção entre tiro acidental e tiro involuntário. O primeiro é provocado sem acionamento regular do mecanismo de disparo, ao passo que tiro involuntário pressupõe ação do atirador no mecanismo de disparo, mesmo que essa ação seja involuntária, não intencional.

  • INCIDENTE DE TIRO

    • sem danos materiais ou pessoais

    ACIDENTE DE TIRO

    • com danos materiais ou pessoais

    TIRO ACIDENTAL

    • Disparo produzido em circunstâncias anormais, sem o acionamento intencional e regular dos mecanismos de disparo.
    • Normalmente, os tiros acidentais ocorrem devido a defeitos ou falhas nos mecanismos gerais e de segurança da arma.

    DISPARO ACIDENTAL

    • Acionamento regular do gatilho por parte do atirador, sem o propósito para isso

    FONTE: infoarmas.com.br/disparo-acidental-x-tiro-acidental/

  • a) Tiro acidental é aquele resultante do disparo da arma de fogo que não foi causado pela ação humana nos mecanismos de acionamento do gatilho. O gatilho foi acionado, mas não foi o ato humano que realizou esse acionamento. Segundo Rabello (Rabello, 2011, p. 228), tiro acidental é “Todo tiro que se produz em circunstâncias anormais, sem o acionamento regular do mecanismo de disparo, devido a defeitos ou falta de segurança do mecanismo da arma”

    b) Tiro involuntário é aquele produzido pelo normal acionamento do gatilho por meio dos mecanismos de acionamento da arma, porém, o atirador não tinha intenção alguma de realizar o disparo.

    c) Acidente de tiro é aquele em que um mecanismo da arma falhou e ocorreu dano no atirador ou mesmo na arma. Esse funcionamento anormal prejudica o atirador e/ou o seu armamento, como no caso da arma, literalmente, explodir durante o tiro. 


ID
667825
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em relação às perícias médicas, é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • ART. 159. CPP. o exame de corpo de delito e outras perícias serão realizadas por perito oficial, portador de diploma de curso superior.

    § 1º na falta de perito oficial, o exame será realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na area especifica, dentre as que teiverm habilitação técnicas relacionada com a natureza do exame


  • CORRETA LETRA       "A"


    a. Art. 159 § 1 do CPP. CORRETA
    b. Art. 159 do CPP  § 5o  Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

            I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com  antecedência  mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;

    d. Art. 159 do CPP.  Só na falta de períto oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas,
    e.  Art. 274. do CPP.  As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça, no que Ihes for aplicável.
  • LETRA A. CORRETA: Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. § 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

    LETRA B. INCORRETA: Art. 159. § 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;

    LETRA C. INCORRETA: Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.

    LETRA D. INCORRETA: Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes.

  • A letra A já nos traz a alternativa correta sobre a possibilidade de atuação do perito ad hoc! Vamos analisar as demais alternativas incorretas.

              (B) os peritos podem sim prestar esclarecimentos orais em juízo (art. 159, § 5º, inciso I, CPP)

              (C) o atual CPP exige 1 (um) perito oficial, portador de diploma de curso superior (art. 159, caput, CPP).

              (D) os peritos estão sim sujeitos a suspeição (art. 280 CPP).

    Gabarito: A


ID
667828
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Quando o projétil de arma de fogo é transfixante observa-se, no corpo humano, um segundo orifício, ou seja, o orifício de saída, cuja lesão apresenta a seguinte característica:

Alternativas
Comentários
  • O Orifício de saída é geralmente maior que o orifício de entrada e, ao contrário deste, pode apresentar fragmentos de ossos e/ ou tecidos. No OS a lesão é de dentro para fora.

    Algumas observações: 

    1) Na pele e nos tecidos moles, o orifício de entrada tem seus bordos invertidos, cone de entrada encontrado em todas as feridas, enquanto o OS tem os bordos evertidos;

    2) No crânio, o orifício de entrada tem seus bordos evertidos, devido à hipertensão intracraniana e pressão dos vasos internos do crânio, sendo o OS igual ao de tecidos moles;

    3) Um mesmo prójetil pode fazer mais de um OS, podendo isto ocorrer pela formação  de projéteis secundários devido à fragmentação do projétil durante a entrada ou à fragmentação do tecido ósseo atingido pelo projétil primário.

    Roberto Blanco assinala que é possível haver OS com orla de escoriação. Isso ocorre quando o projétil encontra no orifício de saída um anteparo, o que acarretará o atrito da pele com este anteparo, gerando escoriações na mesma.

    OS = Orificio de saída.

    Comentários tirados do livro Medicina Legal à luz do Direito Penal e do Direito de Processo Penal. 9 edição. Editora Impetus. página 74.

  • é só lembrar que, tudo que sai  faz um estrago maior....#dica
  • SINAL BONNET --> Sinal de saída maior que a de entrada
  • Ferimento de saída

    - Menor que o de entrada ( diâmetro). Sinal de Funil de Bonnet ou cone de Bonnet 

    - Não há efeitos secundários

    - Bordas Evertidas

    - Não há orla de escoriação nem enxugo

    - Caracterizada pela presença de sangue

    - Forma irregular

    - Pode haver aréola equimótica.

  • Mas sinal de Bonet( cone de Bonet) OE menor diâmetro, OS maior diâmetro formando um bisel não se verifica somente quando da presença de ossos achatados perfurados por PAF?

  • Excepcionalmente admite-se orla de escoriação no orifício de saída, quando o alvo estiver justaposto ao anteparo duro (encostado no muro por exemplo). Recebendo o nome de Sinal de Romanese.

  • ALTERNATIVA C - Os projetos transfixante são de alta energia, ou seja, quando entra no corpo humano "empurra" tudo que está a sua frente, então a saída "explode" sendo normalmente maior que o orifício de entrada. Como diria o Capitão Nascimento quando o Matias matou o Beirada no tropa II o "orifício de saída é do tamanho de uma tangerina".....kkkkkkkkkkkk

  • ENTRADA

    Regular

    Invertido

    Normalmente proporcional ao diâmetro do projétil (exceção aos projéteis de ponta oca, principalmente os expansivos)

    Com orlas e zonas

    SAÍDA

    Dilacerado

    Evertido

    Desproporcional ao diâmetro do projétil

    Sem Orlas e Zonas

     

    *LEMBRANDO QUE TEM EXCEÇÕES

    Tiro Encostado

    Ricochete

    2 ou mais disparos sucessivos no mesmo ponto

     

    LUIS - QG

  • Cuidado com a informação. O sinal de Bonnet acontece no osso craniano. Não tem nada a ver com o orifício de saída em partes moles.

  • Sinal de Bonnet: é encontrado em várias lesões, como as decorrentes de enforcamento ou estrangulamento, mas também possui importância médico-legal na lesão produzida por disparos de PAF, guardando a peculiaridade de que no tiro ele aparece no osso. Normalmente no osso do crânio, no lugar de entrada do projétil, o buraco é menor, na saída é maior, fazendo uma figura como se fosse um cone truncado. Ou seja, fica uma parte estreita onde o projétil entra, com uma parte ampla onde o projétil sai.

     

    Fonte: Medicina Legal - Material de Apoio - Curso Mege.

  • olho essas perguntas antigas de Med Legal e me pergunto pq demorei tanto para estudar.

  • As lesões de saída não apresentam enxugo, pois os resíduos costumam ficar no orifício de entrada, quando do primeiro contato com a derme.

    Estas lesões tendem mais a apresentarem bordas irregulares por alguns motivos, principalmente pela possibilidade de termos projéteis secundários (esquírolas ósseas, por exemplo), e tb pela posição daquele, que devido à força de arrasto do corpo humano, perde estabilidade e tendem a sair em uma posição “menos anatômica”

    Tb se percebe ausência de escoriações nestas lesões de saída. Mas atente para os ensinamentos do Mestre Roberto Blanco : “na medicina e no amor, nem nunca, nem sempre”.

  • Mas gente, o sinal de Bonnet é em ossos achatados, como crânio, costela, esterno, ilíaco... A questão não fala que local o projétil transfixou. Mas por eliminação seria a menos errada, já que a A só ocorre em lesões de entrada, e na B é justamente ao contrário (lesões de saída são irregulares e podem ter formas bizarras). A letra E também é o inverso, haja vista que as lesões de saída causam maior sangramento. Porém, as lesões de saída podem sim ter dimensões menores que as de entrada, logo a alternativa D é a menos errada.

    ’’ A lesão de saída pode ser maior ou menor do que a de entrada (variando em função de diversos fatores, como o tamanho do trajeto e as partes fragmentadas). De acordo com Higyno Hercules, se a saída coincidir com a cavidade temporária, será muito grande. Se ficar além do plano da cavitação, a saída de apenas uma parte do projétil produzirá uma lesão de área inferior á de entrada’’. (Pg. 224, Ferreira, Wilson Luiz Palermo, Medicina Legal, Volume.41, sinopse juspodivm, 5 edição, 2020).

  • Gente, a questão fala de um projetil transfixante, isso ocorre em projeteis de alta energia, não tem nada haver com sinal de BONNET, que aparece quando há superfície óssea na área que é atingida pelo projétil.

  •  O que é lesão em chuleio?: Trata-se de ferimento, (geralmente produzido por PAF) produzido por um único golpe que transfixa várias partes do corpo. Ex: Lesão por PAF que transfixa o braço, penetra no tórax, podendo transfixá-lo, ou não, e entra no outro braço, podendo transfixá-lo, ou não. Um tiro que transfixa vários dedos da mão..." - (Professor Roberto Blanco) O que é lesão em chuleio?: Trata-se de ferimento, (geralmente produzido por PAF) produzido por um único golpe que transfixa várias partes do corpo. Ex: Lesão por PAF que transfixa o braço, penetra no tórax, podendo transfixá-lo, ou não, e entra no outro braço, podendo transfixá-lo, ou não. Um tiro que transfixa vários dedos da mão..." - (Professor Roberto Blanco) O que é lesão em chuleio?: Trata-se de ferimento, (geralmente produzido por PAF) produzido por um único golpe que transfixa várias partes do corpo. Ex: Lesão por PAF que transfixa o braço, penetra no tórax, podendo transfixá-lo, ou não, e entra no outro braço, podendo transfixá-lo, ou não. Um tiro que transfixa vários dedos da mão..." - (Professor Roberto Blanco)

  • é só lembrar da batalha de naruto vs sasuke, na qual o naruto utilizando um rasengan (alta energia) acerta uma "caixa d'água" resultando em um ofício pequeno na entrada, porém um orifício enorme na saída. o que teria acabado com o sazuke. kkk

    bons estudos!


ID
667831
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A lesão conhecida como mordedura ou dentada produzida pela arcada dental humana, em razão de suas características, classifica-se como

Alternativas
Comentários
  • cortocontundentes

    (cortante e contundente) – é aquele que age mais pelo peso e pela violência de manejo, do que pelo gume; a lesão produzida é a cortocontusa; ex.:facão, foice, machado, enxada, dente etc

  • Acho que cortocontundente é o instrumento, neste caso os dentes...
    A lesão é cortocontusa... 
    Questão mal formulada
    Corrijam-me se eu estiver errado.
  • REALMENTE QUESTÃO MAL FORMULADA!!!

    NÃO SERIA A LESÃO E SIM O INSTRUMENTO

    A MEU VER PASSÍVEL DE ANULAÇÃO


    ATENÇÃO!!!

    A lesão que denomina o agente, não é o agente que denomina a lesão.

    Não se deve confundir o nome do instrumento com a lesão.

    Ex. instrumento cortante – ferida incisa

    DICA:

    Instrumento – sufixo ante, dente

    Lesão – sufixo Isa(o) uso(a)

    Lesão punctória – instrumento perfurante;
    Lesão incisa – instrumento cortante;
    Lesão contusa – instrumento contundente;
    Lesão pérfuro-incisa – instrumento pérfuro-cortante;
    Lesão pérfuro-contusa – instrumento pérfuro-contundente;
    Lesão corto-contusa – instrumento corto-contundente.


    Bons estudos!!!!
  • Vale lembrar que a dentada causa uma LESÃO PATOGNOMÔNICA, ou seja, a dentada causa uma lesão absolutamente característica que permite dizer qual é o agente vulnerante.
  • CORTOCONTUDENTE OU CORTOCONTUSA!!!!
    Isso não é motivo para anulação.
  • MORDEDURAS

    "Um exemplo bem peculiar dessas lesões corto contudentes, que se apresentam com carcteristicas próprias, é a mordedura ou dentada", produzida pelo homem ou por animais, atuam por pressão e secção.

    Nesse sentido Genival V. de França.

  • O agente vulnerante é CORTOCONTUDENTE
    a lesão é CORTOCONTUSA
  • O enunciado da questão fala em lesão, portanto questão cabível de recurso.
     
    Instrumento  Ação   Lesão
      Cortante Pressão Contusa Perfurante Percussão Puntiforme Cortante Deslizamento Incisa Perfuro-contundente Pressão + percussão Perfuro-contusa Perfuro-cortante Percussão + deslizamento Perfuro-incisa Corto-contundente Deslizamento + pressão Corto-contusa
  • A lesão é cortocontusa


    Questão anulada

  • o agente vulnerante é cortocontundente, a lesão é corto conteusa.

  • Não poderia deixar de comentar essa questão. É um exemplo típico de como o ser humano quer encontrar todos os meios pra tentar se dar bem encima de seu erro no  mundo dos concursos.Como disse um amigo abaixo, Cortocontundente ou cortocontusa não é motivo suficiente para anular a questão. Quem conhece o mínimo da matéria sabe que a forma 100% correta de a questão ser formulada seria ao invés de "lesão" ser colocada "agente vulnerante", mas espera ae gente.Quem sabia que a resposta correta seria "cortocontusa" só poderia marcar a questão que trazia "cortocontundente".Anular uma questão dessa seria beneficiar àqueles que não sabiam da matéria e prejudicar àqueles que conheciam o assunto ate ao ponto de saber que a respota mais correta seria "cortocontusa".Com certeza quem entra com um recurso nessa questão é porque não sabia do assunto, pois tenho certeza que não deixaria de marcar a questão "cortocontundente" mesmo sabendo que o enunciado não foi o mais correto.O que percebo  é que sempre tem uma justiça para amparar quem perde , mas nem sempre há justiça para amparar quem ganha, quem fez por merecer.

  • Não sei se já comentaram isso, mas o tipo de lesão vai depender da região dentária.

    Arriscaria dizer que se for uma mordida pelos dentes incisivos, a lesão seria cortocontusa.

    Tratando-se de mordida pelos dentes molares, a lesão seria contusa.


  • Cortocontundente = Instrumento

    CortoCONTUSA = Lesão

     

    Essa questão deve ser anulada.

  • AQUI TEM A MESMA QUESTAO, PORÉM, COM GABARITO DISTINTO (CORTOCONTUSA)

     

  • INSTRUMENTOS CORTO-CONTUNDENTES
    • Exemplos:  mordedura ou dentada, foice, facão, machado, enxada, rodas de trem etc.

     

    LUIS - QG

  • Lesão do Mike Tyson em Evander Holifield foi cortocontundente.

  • Tecnicamente, o gabarito está errado. O examinador confundiu o instrumento (cortocontundente) com a lesão (cortocontusa). 

  • Características das lesões corto-contusas

    Os ferimentos podem apresentar bordas nítidas e regulares, se o instrumento tiver gume afiado, ou irregulares com equimoses nas adjacências e muitas nos planos mais profundos, se o seu corte não for afiado, predominando, neste caso, o peso do instrumento e a força que foi aplicada.

    Um dos tipos mais interessantes desses ferimentos é o provocado pela dentada feita pelo homem ou animal. Quando a dentada é leve, ficam apenas as marcas dos dentes alinhados na pele, mas as mordidas de animais geralmente provocam lesões mais graves e profundas acompanhadas de arrancamento de tecidos como nas orelhas, dedos, mãos etc.

  • Promotor Balboa tem razão. Croce, Delton Jr. (in Manual de medicina legal— 8. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012. P. 293)

     

    Classificação dos instrumentos mecânicos

     


    Segundo o contato, o modo de ação e as características que imprimem às lesões, classificam-se os instrumentos mecânicos em: cortantes, contundentes, cortocontundentes, perfurantes, perfurocortantes e perfurocontundentes. Destarte, eles produzem, respectivamente, feridas incisas, contusas (e contusões), punctórias, perfuroincisas, cortocontusas e perfurocontusas.
     

    Não existem instrumentos dilacerantes, contusodilacerantes, perfurodilacerantes, cortodilacerantes; dessa forma, não há de falar o perito em feridas dilacerantes, contusodilacerantes, perfurodilacerantes, cortodilacerantes, teoricamente produzidas por esses inexistentes instrumentos.
    Desse modo, ferimento lacerocontuso nada mais é que solução de continuidade em meio a uma ação contundente, ou seja, ferida contusa.” (Grifamos)

  • A forma das feridas corto-contusas varia conforme a região comprometida e a intensidade de manejo, inclinação, peso e o fio cortante do instrumento. Destarte, sendo o corte afiado, preponderam as propriedades distintivas das feridas incisas; caso contrário, prevalecem, nos tecidos, as características próprias de um ferimento contuso.


    O diagnóstico diferencial do dano corto-contundente far-se-á com as feridas incisas e com as feridas contusas - como por exemplo: machados, mordidas, foices, etc. - através de criterioso estudo das margens da lesão, sua profundidade, comprometimento dos planos subjacentes, órgãos e peças constitutivas do esqueleto, inclusive

  • O examinador ERROOOU ...

    confundiu o instrumento (cortocontundente) com a lesão (cortocontusa). 

  • Mesmo que o examinador tenha falhado na precisão técnica, vai por eliminação: qual a função dos dentes? Cortante + contundente....

  • lesão (cortocontusa) - mordedura

  • lesão cortocontusa segundo Genival França
  • Sobre a dúvida entre ser lesão cortocontusa ou perfurocontusa:

    é uma lesão incisa e não perfurante porque há predomínio do comprimento sobre a profundidade!

  • basta lembrar do Mike Tyson quando arrancou parte da orelha do irmão com uma mordida...

  • Atenção PCRJ --> Wilson Palermo fala que uma lesão feita por dente, só será cortocontundente se causar uma lesão que faça um "rasgo" na parte tocada, caso seja somente uma equimose, será caso de uma lesão contundente.


ID
667843
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

É impossível que a morte tenha ocorrido em virtude de suicídio ou acidente, na hipótese de

Alternativas
Comentários
  • estrangulamento - constrição do pescoço por um laço acionado por uma força estranha. O mais comum é estrangulamento-HOMICÍDIO, porém pode ser suicida ou acidental. enforcamento - constrição do pescoço é acionada pelo próprio peso do corpo da vítima. ex: suicídio afogamento - penetração de líquido pelas vias a éreas.  esganadura - constrição da região anterior do pescoço pelas mãos. SEMPRE homicida. Impossível a forma suicida ou acidental.
  • no que tange a questão apresentada, fica explicito que a opção mais adequada sera a de afogamento.
  • RESPOSTA CERTA  LETRA    D)

    POIS NA ESGANADURA É NECESSÁRIO 2 AGENTES VULNERANTES OCORRENDO AO MESMO TEMPO:
    O AGENTE VULNERANTE FISICO QUE É O PROCESSO DE FORÇA PARA ESGANAR E O QUIMICO QUE É A CESSAÇÃO DE OXIGENIO (HIPOXICIA) E O AUMENTO DE CO2 (HIPERCAPILIA); E ESSES PROCESSOS NÃO SÃO POSSIVEIS PELA AÇÃO DA PROPRIA PESSOA, NEM CAUSADA POR ACIDENTE.
  • Enforcamento - geralmente suícidio ou acidente, como por exemplo no caso de auto-erotismo, em que o  indivíduo se "enforca" para sentir prazer, e acaba sendo asfixiado.

    Estrangulamento - Geralmente configura homicídio

    Esganadura - SEMPRE configura homicídio.
  • Não consigo visualizar um exemplo de estrangulamento acidental. 
    Visto que a força no laço deverá ser de outro, ninguém brinca com a amiguinho de ficar apertando laço no pescoço dele.

    Enfim, acho que essa questão tem duas respostas, A e D.
  • De acordo com o professor ROBERTO BLANCO esganadura é sempre homicídio, e se observa pela lógica. Não pode ser estrangulamento o gabarito porque, apesar de a causa mais comum no estrangulamento ser o homicídio (causa jurídica mais frequente), pode ocorrer em suicídio e acidental, visto que , ao perder os sentidos, com o estrangulamento, e, se atingindo o que o professor chama de nervo vago, mesmo finda a constrição, a consciência nao volta, podendo ocasionar parada cardíaca e a morte. Portanto, sendo mais rara, mas possível no suicídio, e também acidental, neste caso, quando , numa "brincadeira sexual" ou asfixia auto-erótica, o indivíduo, para aumentar o prazer, pode provocar sua asfixia desse modo, e nao conseguir mais recuperar os sentidos, vindo a óbito. (liçoes do professor Roberto B).
  • Em que pese o raciocínio levar a responder o gabarido ''d'' e, consecutivelmente, esta é a resposta correta, não podemos afirmar que será IMPOSSÍVEL a morte acidental por meio da esganadura.

    Notem:

    ''... um indivíduo, com intenção  de estuprar outrem, agressivamente lhe tira a roupa e, em meio dessa situação, constringe o pescoço da vítima com tremenda força para alcançar seu desiderato (estupro) que, sem notar, vem a matar a vítima por asfixia.

    Logo, não será impossível a morte acidental por esganadura.
  • ACREDITO QUE DURANTE UM TREINO DE ARTES MARCIAIS (JIU-JITSU), QUANDO UM DOS LUTADORES RECEBE UMA GRAVATA (MATA-LEÃO) E INCISTE EM "NÃO BATER" NO TATAME, ATO QUE INDICA SUA SUBMISSÃO AO ADVERSÁRIO, PODE OCORRER UM CASO ACIDENTAL DE MORTE POR ESGANADURA.
  • Professor Genival Veloso França é categórico nessa afirmação: A esganadura "é sempre homicida, sendo IMPOSSÍVEL a forma suicida ou acidental."

    Fonte: Medicina Legal, Genival Veloso França, 2013 - p. 157.

  • Bom saber que pro França esganadura é sempre homicídio. 

    Penso, ao contrário, que esganadura pode ser homicida ou acidental (como no caso daqueles que têm prazer pela privação de oxigênio).

    Mas França é França né..

  • Concordo com o colega abaixo, só explanando melhor sua posição:

    é certo que a Esganadura é SEMPRE homicida, mas ela também pode ser acidental, no caso de homicídio culposo, por exemplo durante o ato sexual, o parceiro aperta o pescoço da parceira para proporcionar-lhe mais prazer e sem perceber que exagerava na medida da força acaba causando-lhe a morte (não se confunde com auto-herotísmo, neste caso é impossível) . O que se pode afirmar é impossível a esganadura suicida ou  acidental suicida. 

    Obs: O exemplo do lutador de jj que encaixa o mata Leão não se aplica no caso, pois a gravata configura estrangulamento e não esganadura.

  • Gabarito: Letra D

     

    Questão que pode gerar polêmica, mas a banca usou como fonte o livro de Medicina Legal do Genival Veloso França. Para este autor, a esganadura é sempre homicida.

     

     

  • GABARITO D

     

    Esganadura pois precisa das mãos para constrição do pescoço. Sendo assim, será sempre de causa HOMICIDA.

  • Esganadura = lembrem-se do Homer Simpson esganando o Bart Simpson.

  • Mas a esganadura pode ser consequencia tanto do homicídio quanto do suicídio!

  • li possível em vez de impossível.... ok . vou parar, já deu

  • ESTRANGULAMENTO ACIDENTAL

    Imagine a hipótese de uma criança usando um longo cachecol, ao cair da cadeira o cachecol fica preso e a estrangula de modo acidental.

  • A esganadura em regra será homicida, mas a doutrina entende que em raras exceções pode ser oriunda de fetiche na prática sexual.

  • FALTA DE SERIEDADE KKKK

  • HIGYNO: esganadura é só com as mãos; os DEMAIS AUTORES entendem que a esganadura pode ser feita também com o ANTEBRAÇO e com as PERNAS.

     

    OBS: para FRANÇA se trata de morte sempre homicida. MAJORITÁRIA. ACIDENTE: é considerada a inexistência de esganadura por acidente/culposa. Temos como causa jurídica da morte o HOMICÍDIO e uma forma claramente intencional pelo próprio mecanismo de formação da esganadura. A esganadura é SEMPRE HOMICIDA! Não havendo forma acidental/culposa.

  • Tem uma outra questão semelhante a essa, onde afirma que existe sim, a possibilidade de haver esganadura de forma acidental, no caso de fetiches sexuais
  • passivel de recurso

  • A questão de fundo é o seguinte: é possível uma pessoa suicidar auto esganando? Constranger o pescoço com as próprias mãos?

    Agora fica fácil de responder.

    Para parte da doutrina não. A própria reação corporal faria o contrário, impedindo a morte. Não tenho a fonte. Acredito que França.


ID
667852
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A perícia médico-legal, conhecida como docimásia, serve para esclarecer

Alternativas
Comentários
  • DOCIMÁSIA HIDROSTÁTICA DE GALENO.

    Após a respiração o feto tem os pulmões cheios de ar e quando colocados numa vasilhame com água, flutuam; não acontecendo o mesmo com os pulmões que não respiram. Se afundarem, é porque não houve respiração; se não afundarem é porque houve respiração e, conseqüentemente, vida. Daí, a denominação docimasia pulmonar hidrostática de Galeno.
  • DOCIMÁSIAS (do grego dokimos = eu provo): São provas da possível respiraçãoou dos seus efeitos. Existem inúmeras docimásias, entretanto as mais freqüentes incluem:- Docimásia Hidrostática Pulmonar de Galeno: Realizada em 4 fases, somente temvalor nas primeiras 24 horas post mortem.- Docimásia Histológica de Balthazard: Análise microscópica do pulmão. Pode serusada em fetos putrefeitos.- Contribuiem para o diagnóstico de vida extra-uterina: presença de corpos estranhos nas vias respiratórias e de substâncias alimentares no tubo digestivo.
  • Docimásias são exames que buscam comprovar o nascimento com vida.

    Dividem-se em:
    1) Respiratórias
    a. Pulmonares
    b. Extrapulmonares

    2) Circulatórias

    Os livros indicam mais de 30 tipos. As bancas costumam cobrar algumas com certa frequência.

    As que merecem destaque são:

    "Hidrostática Pulmonar de Galeno" - baseia-se na premissa de que o pulmão daquele que estava vivo flutua quando colocado na água. Não tecerei maiores comentários, já que os colegas explicaram bem.

    "Gastrintestinal de Breslau" - mesmo princípio da anterior. O pulmão, o intestestino delgado e o grosso daquele que nasceu vivo flutuam quando colocados na água.

    "Miscroscópica de Baltazar" - identifica se o álveolo pulmonar estava aberto pelo gás da respiração ou de uma bolha da putrefação.

    Atenção! Ela é importante porque no caso de um feto em estado de putrefação, os gases da putrefação fazem o pulmão flutuar, o que representa um resultado falso-positivo para as docimasias anteriores.

    "Visual de Bouchut" - o perito analisa o pulmão. Se não tiver respirado: suas bordas serão finas; aparência achatada como o fígado; e a consistência/densidade será firme. 

  • TJ-MG - Inteiro Teor. 1760297 MG 1.0000.00.176029-7/000(1) (TJMG)

    Decisão: : INFANTICÍDIO - PRONÚNCIA - HAVENDO PROVA DO FATO, POR TER SIDO POSITIVA A DOCIMASIA DE GALENO, COMPROVANDO... TER HAVIDO RESPIRAÇÃO EXTRA-UTERINA; COMPROVADA QUE A MORTE DO RECÉM NASCIDO FOI DECORRÊNCIA... do crime, ou seja, de ter a criança nascido com vida. No mérito, pugna pela despronúncia da ré...


  • Docimacia....constatação de vida extra-uterina

    juridicamente....o feto respirou

     

  •  a) se houve estado puerperal. ERRADA

    Não existe na medicina legal um exame nominado para aferir se a mãe encontrava-se em estado puerperal, uma vez que é uma alteração temporária de comportamento, um disturbio comportamental.

     b) se houve vida extra-uterina. CORRETA

     c) se houve vida intra-uterina. ERRADA

    Para diagnosticar o tempo de morte intra-uterina, utiliza-se o sinal da MACERAÇÃO FETAL, dividida por Laugley em quatro graus:

    a. Grau zero: a pele tem aspecto bolhoso – menos de 8 horas

    b. Grau um: a epiderme começa a se descolar – entre 8-24 horas

    c. Grau dois: extensas áreas de descolamento epidérmico e nas cavidades serosas aparecem efusões avermelhadas – mais de 24 horas

    d. Grau três: o fígado toma a coloração amarelo-amarronzado e as efusões das cavidades serosas tornam-se turvas – mais de 48 horas.

     d) o tempo de vida gestacional. ERRADA

    Não existe um exame com nome expecífico, uma vez que a idade gestacional é verificada de acordo com o peso e o cumprimento do feto. A idade de 28 semanas corresponde a um peso de 1000g ou cumprimento de 35 centimetros. Importante lembrar que só é considerado cadáver o feto com idade gestacional entre 20-27 semanas (peso entre 500 e 1000 g; comprimento mínimo de 25 cm). O feto com idade inferior a 20 semanas é juridicamente considerado parte da mãe, sendo desnecessária a Declaração de Óbito por parte do Registro Civil.

     

    FONTE: 

    http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,infanticidio-o-desafio-da-pericia-medico-legal,50989.html

    https://www.tjdft.jus.br/institucional/corregedoria/MANUALDEROTINASIML.pdf

  • Nunca nem vi!

  • Docimásia pulmonar hidrostática de galeno, verifica se houve vida extra-uterina se nascituro-natimorto, respirou, se houve a passagem de ar pelos alvéolos, submergindo o pulmão em um tanque com água.

  • GAB.B

    Docimásia de Galeno.

    O exame consiste em colocar o pulmão ou fragmento pulmonar do feto em um aquário. Se o pulmão flutuar em meio à água significa que teve AR no pulmão. Logo, teve vida extrauterina e posteriormente veio a falecer. Agora, se o pulmão afundar não teve vida, logo, nasceu morto (natimorto)


ID
699691
Banca
FUNIVERSA
Órgão
PC-DF
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Com relação às marcas de mordidas, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra E:

    A técnica fotográfica deve ser cuidadosa para que possa ser efetivada como evidência.

    Alguns passos devem ser seguidos para se evitar distorções:

    Fazer fotografia de orientação com visão mais afastada e em “close”;

    Utilizar resolução que permita qualidade;

    Fazer fotografia com e sem escala (escala American Board of Forensic Odontology - ABFO);

    Utilizar escala no mesmo plano e adjacente a mordida;

    Fotografar mantendo a angulação de 90°, com  câmera perpendicular ao centro da marca de mordida;

    Fazer fotografias em série.


  • GABARITO: E

    A) Na análise das mordidas, o perito deve observar se a mordida é humana ou animal, não descartar a possibilidade de que seja uma mordida simulada, verificar a localização topográfica bem como observar se a lesão representa a impressão de duplo arco ou não. CORRETA

    B )O estudo das impressões dentárias na pele humana é de grande relevância. A escolha do material de moldagem é de preferência pessoal do perito, desde que sejam seguidas as instruções do fabricante quanto à manipulação e ao preparo do material. CORRETA

    C )Além da possibilidade de identificação do suspeito, as técnicas para análise de marcas de mordidas também são úteis para avaliar a violência da agressão e a reação vital das lesões para determinar se foram produzidas intra vitam ou post mortem. CORRETA

    D) A evidência biológica da saliva presente no local da mordida pode ser utilizada na elucidação de crimes. Para a recuperação da saliva, pode-se proceder à técnica do swab duplo, que utiliza um swab umedecido em água destilada e outro seco. CORRETA

    E) O registro fotográfico é um excelente método para documentar a análise de mordidas. Segundo o ABFO (American Board of Forensic Odontology), deve-se fazer fotografia de orientação com visão mais afastada e em close, em ângulo que vise eliminar distorções e sem a presença de escala no local. ERRADA ( AS FOTOGRAFIAS DEVEM SER REALIZADAS COM A PRESENÇA DE ESCALA)

  • Sinceramente, o material de moldagem não é o de preferência do Perito não... O material deve possuir a maior precisão possível...


ID
699694
Banca
FUNIVERSA
Órgão
PC-DF
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Assinale a alternativa correta com relação aos documentos médico-legais.

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADA - Notificações são comunicações não compulsórias feitas pelos médicos às autoridades competentes de um fato médico, por necessidade social ou sanitária, tais como acidentes de trabalho, doenças infectocontagiosas ou crimes de ação pública de que tiveram conhecimento.

    b) ERRADA - Atestado é a declaração escrita de determinado fato médico e suas possíveis consequências. Resume, de forma objetiva, o resultado da avaliação realizada no paciente, o teor de sua doença ou sanidade. Atende às solicitações de caráter administrativo, mas não é válido para fins judiciais.

    c) ERRADA - O laudo é um tipo de relatório elaborado por peritos após as análises que julgarem convenientes, sendo dividido nas seguintes partes: preâmbulo, quesitos, história médica (atuais e pregressas), exame clínico,  (Histórico dos fatos geradores da perícia), descrição, discussão e conclusão.

    d) CERTA

    e) ERRADA - O auto possui estruturação e características semelhantes às do laudo. É definido como um tipo de parecer (relatório) com o seu conteúdo ditado diante de testemunhas a um escrivão e um delegado, como, por exemplo, o auto de exame cadavérico na gestante.

  • Complementando a letra C, após a conclusão, tem-se as respostas aos quesitos.

    Preâmbulo, quesitos, histórico, descrição, discussão, conclusão, resposta aos quesitos.

  • DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS:

     

    1) NOTIFICAÇÕES: SÃO COMUNICAÇÕES COMPULSÓRIAS REALIZAS PELO MÉDICO  À AUTORIDADE COMPETENTE, VERSANDO SOBRE UM FATO PROFISSIONAL, QUE SEJA POR NECESSIDADE SOCIAL, DOENÇAS CONTAGIOSAS, NECESSIDADE SANITÁRIA ETC;

     

    2) ATESTADOS: PODEM SER DE FORMA ADMINISTATIVA, JUDICIAL OU OFICIOSOS. SÃO DOCUMENTOS PARTICULARES, SEM EXIGÊNCIA DE COMPROMISSO FORMAL, DEVENDO SER CEDIDO POR MÉDICO QUE ESTEJA NO EXERCÍCIO REGULAR DA MEDICINA;

     

    3) PRONTUÁRIO: É O REGISTRO SOBRE O PACIENTE, REFERENTE AOS CUIDADOS MÉDICOS QUE FORAM PRESTADOS PELO MÉDICO NA UNIDADE A QUAL TRABALHA;

     

    4) RELATÓRIO: É O DOCUMENTO PELO QUAL É RESPONDIDO AS SOLICITAÇÕES FEITAS PELA AUTORIDADE JUDIAL OU POLICIAL. IMPORTANTE RESSALTAR AQUI QUE ELE É O DOCUMENTO MÉDICO-LEGAL  MAIS MINUCIOSO QUE EXISTE NA PERÍCIA MÉDICAIntegram o relatório: preâmbulo, histórico, descrição, discussão, conclusão, quesitos e resposta aos quesitos. 

    O relatório recebe o nome de AUTO quando é ditado pelo perito ao escrivão, durante ou logo após, e denominado de LAUDO quando é redigido pelo(s) próprio(s) perito(s), posteriormente ao exame.

     

    5) CONSULTA MÉDICO-LEGAL: É UTILIZADO NOS CASOS EM QUE AINDA RESTA DÚVIDA SOBRE OS PONTOS CONTIDOS NO RELATÓRIO MÉDICO-LEGAL;

     

    6) PARECERES: SÃO AS RESPOSTAS ESPECIFICAMENTE TÉCNICAS DADAS ÀS CONSULTAS MÉDICO-LEGAIS; Consta de: preâmbulo, exposição, discussão e conclusão. Não possui DESCRIÇÃO, e os QUESITOS estão inseridos no âmbito da exposição.

     

    7) DEPOIMENTO ORAL: SIM! ELE TAMBÉM É UM DOCUMENTO MÉDICO-LEGAL, USADO DE FORMA SUBSIDIÁRIA, CASO SEJA NECESSÁRIO, O CPP AUTORIZA O MAGISTRADO A CHAMAR OS PERITOS PARA SEREM OUVIDOS EM JUÍZO PARA ESCLARECEM EVENTUAIS DÚVIDAS;

     

    8) ATESTADO OU DECLARAÇÃO DE ÓBITO: E O DOCUMENTO CUJO O QUAL TEM A IMPORTÂNCIA DE ATESTAR A MORTE DE DETERMINADO INDIVÍDUO.

     

    CUIDADO: Receita e Declaração não são documentos médico-legais.

  • Gabarito: D

    A) ERRADA

    NOTIFICAÇÕES COMPULSÓRIAS

    "São comunicações compulsórias feitas pelos médicos às autoridades competentes de um fato profissional, por necessidade social ou sanitária, como acidentes de trabalho, doenças infectocontagiosas, crimes de ação pública que tiverem conhecimento e não exponham o cliente a procedimento criminal e a morte encefálica, quando em instituição de saúde pública ou privada, de acordo com o artigo 12 da Lei no 8.489, de 18 de novembro de 1992. Não são mais notificados, de forma compulsória, os viciados em substâncias capazes de determinar dependência física ou psíquica, conforme determinava a Lei no 6.368, de 21 de outubro de 1976."

    B) ERRADA

    ATESTADOS

    "Entende-se por atestado ou certificado o documento que tem por objetivo firmar a veracidade de um fato ou a existência de determinado estado, ocorrência ou obrigação. É um instrumento destinado a reproduzir, com idoneidade, uma específica manifestação do pensamento. O atestado ou certificado médico, portanto, é uma declaração pura e simples, por escrito, de um

    fato médico e suas possíveis consequências."

    No que concerne à classificação quanto à finalidade, os atestados podem ser: judiciários, administrativos ou oficiosos.

    C) ERRADA

    O Relatório médico legal, que pode ser laudo ou auto, é dividido em sete partes, quais sejam: preâmbulo, quesitos, histórico, descrição, discussão, conclusão e resposta aos quesitos.

    D) CORRETA

    "Quando na marcha de um processo um estudioso da Medicina Legal é nomeado para intervir na qualidade de perito, e quando a questão de fato é pacífica, mas apenas o mérito médico legal é discutido, cabe-lhe, apenas, emitir suas impressões sob forma de parecer e responder aos quesitos formulados pelas partes (pericia deducendi). E o documento final dessa análise chama-se parecer médico-legal, em que suas convicções científicas e, até, doutrinárias são expostas, sem sofrer limitações ou insinuações de quem quer que seja."

    E) ERRADA

    Auto não é um tipo de parecer.

    "O relatório médico-legal é a descrição mais minuciosa de uma perícia médica a fim de responder à solicitação da autoridade policial ou judiciária frente ao inquérito (peritia percipiendi). Se esse relatório é realizado pelos peritos após suas investigações, contando para isso com a ajuda de outros recursos ou consultas a tratados especializados, chama-se laudo. E quando o exame é

    ditado diretamente a um escrivão e diante de testemunhas, dá-se-lhe o nome de auto."

    FONTE: FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina legal -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. Págs 105-111.

  • GAB D - Parecer médico-legal

    Assim, quando na marcha do processo um estudioso da Medicina Legal é nomeado para intervir como perito, e quando a questão de fato é pacífica, mas apenas o mérito médico-legal é discutido, cabe-lhe, apenas emitir suas impressões sobre forma de parecer e responder os quesitos formulados pelas partes (peritia deducendi). E o documento final dessa análise chama-se parecer médico-legal, em que suas convicções cientificas e até doutrinárias são expostas, sem sofrer limitações ou insinuações de quem quer que seja. Desta forma, o juiz para munir de subsídios de convicção, precisa de informações especializadas e não apenas de meros exames, clínicos, técnicos, frios, simplistas, distante da realidade que se quer configurar. O parecer médico legal é constituído de todas as partes do relatório, com exceção da descrição. A discussão e a conclusão passam a ser os pontos de maior relevo desse documento. Os pareceres médico-legais são consultas feitas a profissionais de renome na área médica para utilização como prova em processo judicial ou administrativo. São documentos oficiosos particulares, geralmente encomendados pelas partes para reforçar sua tese sobre determinado assunto de interesse, e por isso, não obstante o renome do autor, devem ser analisados com cautela, raramente se sobrepondo aos exames oficiais. ( parte em itálico não está no livro do França, está no Eduardo Roberto Alcântra Del-Campo)

    SOBRE A LETRA A- NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

    São comunicações compulsórias feitas pelos médicos às autoridades competentes, por razões sociais ou sanitárias.

    Caso o médico (apenas para o médico) deixe de fazer a comunicação, estará enquadrado no crime de omissão de notificação de doença (art.269, CP):

    Art. 269. Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória

    Situações que ensejam notificação compulsória

    ·        Doenças ou agravos, que constam da portaria 104 do ministério da saúde

    ·        Ação penal pública incondionada cujo conhecimento deu-se em função do exercício da medicina

    ·        Lesão ou morte causada por atuação de não médico

    ·        Esterilizações cirúrgicas

    ·        Diagnóstico de morte encefálica

    ·        Violência contra a mulher e maus-tratos contra criança, adolescente ou idoso;

    ·        Tortura;


ID
699775
Banca
FUNIVERSA
Órgão
PC-DF
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Durante um desentendimento, Pedro agrediu João com um cassetete no rosto. João, em decorrência dessa agressão, caiu sobre o corte de um machado que estava no chão. Ainda insatisfeito com o resultado, Pedro sacou uma navalha e desferiu três golpes em João, um no rosto e outros dois no abdômen. Finalizando a agressão, deu uma mordida na orelha esquerda de João. Nesse caso, os instrumentos de agressão utilizados por Pedro, na ordem de ocorrência no texto, são classificados, respectivamente, como

Alternativas
Comentários
  • Nesse caso, os instrumentos de agressão utilizados por Pedro, na ordem de ocorrência no texto, são:
    Na minha opinião não tem resposta certa, pois o machado não foi utilizado por Pedro.

    João, em decorrência dessa agressão, caiu sobre o corte de um machado que estava no chão.
    Bons estudos!

  • Pedro estava com muita raiva do João.

  • GABARITO E

     

     

     Pedro agrediu João com um cassetete no rosto. João, em decorrência dessa agressão, caiu sobre o corte de um machado que estava no chão. Ainda insatisfeito com o resultado, Pedro sacou uma navalha e desferiu três golpes em João, um no rosto e outros dois no abdômen. Finalizando a agressão, deu uma mordida na orelha esquerda de João. Nesse caso, os instrumentos de agressão utilizados por Pedro, na ordem de ocorrência no texto, são classificados, respectivamente, como :

     

    com um cassetete no rosto : Instrumento contundente / Lesão contusa

    caiu sobre o corte de um machado :  Instrumento Corto - contundente / Lesão Corto - contusa

    uma navalha e desferiu três golpes em João : Instrumento Cortante / Lesão incisa

    caiu sobre o corte de um machado​ : Instrumento Corto - contundente/ Lesão Corto - contusa

     

     

    bons estudos

     

     

  • Pense no ódio...

  • (E) contundente, cortocontundente, cortante e cortocontundente.

    Cassetete: Instrumento contundente

    Machado: Instrumento Cortocontundente

    Navalha: Instrumento Cortante

    Mordida: Instrumento Cortocontundente

    Observação:

    • O fato de João ter caido sobre o Machado caracteriza uma lesão passiva (quando a vítima vai ao encontro do objeto). Entretando, não especifica se foi usado intencionalmente ou não por Pedro. Acho que poderiam ter melhorado no enunciado.

    • Muito cuidado com lesão por modidas. Podem ser tanto contudentes quanto cortocontundentes.

    "passar em concurso é questão de tempo para quem não desiste"

    Bom estudo a todos!

  • Cabra violento danado!

    Pedro estava com muita raiva do João. [2]


ID
699784
Banca
FUNIVERSA
Órgão
PC-DF
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca da localização, as lesões contusas superficiais são

Alternativas
Comentários
  • Tipos de lesões encontradas nas contusões superficiaisRubefação, edema traumático, bossas sanguíneas, hematoma, equimose e escoriações e feridas contusas.Lesões encontradas nas contusões profundasEntorse, luxação, fratura, rotura visceral e esmagamento.RubefaçãoÉ uma mancha avermelhada, efêmera e fugaz na pele, que desaparece em alguns minutos. Não deixa marca nem sequela. A pele solta “istamina” e fica vermelha, pois aumenta a chegada de sangue no local.Edema traumáticoÉ o aumento de volume na região traumatizada (é o inchaço). É provocada pela saída do plasma do interior dos vasos sangüíneos que se infiltra nos tecidos. Possui intensidade variada, depende da gravidade e da presença de outras lesões no local.Bossa sanguíneaÉ o derramamento de sangue (proveniente de vaso vermelho) numa região pequena do tecido subcutâneo (embaixo da pele), delimitada por outras estruturas impermeáveis, como, por exemplo, osso. Formam uma saliência localizada na pele. São comuns no couro cabeludo e são vulgarmente chamadas de “galo”.HematomaÉ a ruptura de vasos sanguíneos (mais volumosos, médio ou grosso calibre), formando coleção de sangue represado, deixando a pele com uma coloração roxa. Difere do hematoma subdural (o sangue comprime o cérebro) e do intradural (dentro da cabeça).Equimose e sugilaçãoEquimose é o derramamento sanguíneo onde o sangue se infiltra e coagula nas malhas dos tecidos (manchas roxas). Sugilação é uma forma de equimose, caracterizada por vários pontinhos como grão de areia, que geralmente é superficial, não forma coleção, mas pode ter dentro dos órgãos, na área do traumatismo ou pode até se estender.Petéquas e sufusõesPetéqueas e sufusões são formas de equimoses. As petéqueas são mais ou menos isoladas, com tamanho de cabeça de alfinete, já as sufusões são equimoses extensas.

  • Lesões contusas

    Superficiais

    • rubefação
    • bossas linfáticas e sanguíneas
    • hematoma
    • equimose
    • escoriação
    • laceração/ferida contusa

    Profundas

    • entorse e luxação
    • fratura
    • ruptura visceral
    • esmagamento
    • lesões produzidas por artefatos explosivos
    • encravamento/empalamento
    • outras...

    "passar em concurso é questão de tempo para quem não desiste"

  • Esmagamento NÃO é lesão contusa SUPERFICIAL, e sim PROFUNDA.

    Com isso, você ja eliminaria as alternativas A, B, C, E

    Gabarito D

  • Outra questão que ajuda a resolver essa:

    Quando há verdadeira trituração dos diversos planos do seguimento atingido, com ou sem abertura da pele, a lesão é denominada: A) Esmagamento


ID
699787
Banca
FUNIVERSA
Órgão
PC-DF
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

As equimoses são lesões que se traduzem por infiltração hemorrágica nas malhas dos tecidos. As equimoses, quando se apresentam como pequenos grãos, em forma de estrias e pequenas equimoses agrupadas e caracterizadas por um pontilhado hemorrágico, são denominadas, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Existem diversos tipos de equimoses (é gênero que comporta espécies):

     

    - petéquia: é uma equimose puntiforme, similar a pontas de alfinetes. São também denominadas “manchas de Tardieu”, podendo aparecer em mortes por sufocação ou também em outros tipos de morte, até mesmo na natural – p.ex. a morte por picada de uma formiga -, logo, não é patognomonica de sufocação.

     

    - sugilação: é a aglomeração de petéquias formadas por pressão de compressão ou por sucção – p.ex. a morte por picada de várias formigas; o chupão no pescoço.

     

    - sinal do zorro ou do guaxinim: aparece em fraturas na base do crânio, onde o sangue dessa fratura desce e se aloja atrás das pálpebras, fazendo com que surja uma equimose bipalpebral.

     

    - víbice: é a sugilação (equimose) em formato de faixa – p.ex. é o caso da lesão causada por um cassetete, por um cano de PVC, cinto, mangueira de jardim, pneus de carro, formando faixas duplas paralelas.

     

    - sufusão: é uma mancha mais extensa que todas as outras espécies de equimoses.

  • Mancha de Tardieu apenas quando a petéquia for subpericárdica.

  • A intensidade e o tamanho dependem do instrumento, do grau de violência, da vascularização da região, da constituição pessoal, do sexo, da idade e da higidez do ofendido.

    Petéquias: pontilhado hemorrágico

    Víbices: estrias alongadas

    Sugilação: forma de pequenos grãos

    Sufusão: ampla área de efusão sanguínea

    Equimona: equimose de grande proporção


ID
699790
Banca
FUNIVERSA
Órgão
PC-DF
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A tonalidade da equimose é um aspecto de grande interesse pericial. De início, é sempre avermelhada; depois, com o passar do tempo, ocorrem mudanças cromáticas que têm o nome de espectro equimótico de Legrand Du Saulle. Essas alterações cromáticas ocorrem da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • Espectro equimótico de Legrand du Saulle:É a variação cromática (1 – respeitante a cores) da equimose, produzida desde que o material foi extravasado até ser reabsorvido, e vai do início ao pleno reparo da lesão: - vermelho: do 1º ao 2º dia; - vermelho violáceo: do 3º ao 6º dia; - azulado e esverdeado: do 7º ao 12º dia; - amarelo: do 13º ao 20º dia. Ele nos permite dizer qual o ponto onde se produziu a violência, afirmar se o indivíduo estava vivo ou morto, natureza do atentado, data provável da violência. É diferente de quando houver tal ocorrido nos olhos, a mancha sempre fica vermelha, não muda de cor.

  • Bizu: Verox Azuverama


    Vermelho: 1º dia


    Roxo: 2º e 3º dia


    Azul: do 4º ao 6º dia


    Verde: do 7º ao 10º dia


    Amarelado-esverdiado: do 10º ao 12º dia


    Amarelada: do 12º ao 17º dia


    Quanto aos dias, eu decorei assim: 1ª cor, 1 dia; 2ª cor, 2 dias subsequentes; 3ª cor, 3 dias subsequentes; 4ª cor, 4 dias subsequentes; amarelo, 8 dias

  • A tonalidade da equimose é outro aspecto de grande interesse médico-pericial. De início, é sempre avermelhada. Depois, com o correr do tempo, ela se apresenta vermelho escura, violácea, azulada, esverdeada e, finalmente, amarelada, desaparecendo, em média, entre 15 e 20 dias.

    vermelha no primeiro dia.

    violácea no segundo e no terceiro.

    azul do quarto ao sexto.

    esverdeada do sétimo ao 10°.

    amarelada por volta do 12º dia.

    desaparecendo em torno do 15º ao 20º.

  • Vc nunca mais vai errar o tempo de presença de cada coloração:

    decore a ordem das cores. Em seguida, perceba que, para cada cor, o intervalo de dias vai aumentando progressivamente em 1, ou seja, vermelho (1 dia - 1°), arroxeado (2 dias - 2° e 3°), azul (3 dias - 4°, 5° e 6°), verde (4 dias), amarelo (5 dias). Fica mais fácil de decorar assim.


ID
699793
Banca
FUNIVERSA
Órgão
PC-DF
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A lesão muito comum e vulgarmente conhecida como galo, na literatura médico legal, recebe a denominação de

Alternativas
Comentários
  • Bossa sanguínea :É o derramamento de sangue (proveniente de vaso vermelho) numa região pequena do tecido subcutâneo (embaixo da pele), delimitada por outras estruturas impermeáveis, como, por exemplo, osso. Formam uma saliência localizada na pele. São comuns no couro cabeludo e são vulgarmente chamadas de “galo”.

  • Gab: Letra D

     

    A bossa sanguínea diferencia-se do hematoma por apresentar-se sempre sobre um plano ósseo e pela sua saliência bem pronunciada na superfície cutânea. É muito comum nos traumatismos do couro cabeludo e é vulgarmente conhecida por “galo”.

  • BOSSA SANGUÍNEA

    É um hematoma no qual o derramamento sanguíneo se apresenta sempre sobre um plano ósseo, impedindo a difusão de sangue nas malhas dos tecidos e formando saliência bem pronunciada. O derramamento pode ser de sangue OU de líquido.

    OBS: quando o conteúdo for a LINFA, será bossa linfática/serosa: derramamento subcutâneos de serosidade de MORRELL-LAVALLÉE.

    OBS: é muito comum nos traumatismos do couro cabeludo e é vulgarmente conhecida por “galo”. Também é comum em casos de recém-nascidos (parto).


ID
699814
Banca
FUNIVERSA
Órgão
PC-DF
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Um aliado importante na identificação de criminosos e de grande relevância no exame realizado pelo odontolegista é a marca de mordida humana encontrada em vítimas de violência. No exame visual dessas lesões, uma marca de mordida humana típica será composta, de fora da lesão para dentro, das seguintes zonas:

Alternativas
Comentários
  • ZONAS DAS MARCAS DE MORDIDA


    1.Equimose: em área difusa, mais ou menos intensa, limitando externamente a área, provocada pela pressão dos lábios.


    2.Escoriações ou lesões corto-contusas: marcas deixadas pelos dentes anteriores – incisivos e caninos, ou pela superfície do palato.


    3.Equimoses de sucção: provocada pela língua ou pelo vácuo criado pelo agente........

  • Resp."E"

    COMENTÁRIO: A lesão causada pela mordedura, são lesões corto-contusas, consequencias do instrumento contudente (os dentes humanos ou de animais). Visivelmente serão vistos de fora para dentro

    = a ação causou uma hemorragia que atingiu vaso de pouco calibre, as esquimoses nas adjacências

    = na mesma região, haverá uma ação mais intensa, pois a intensidade da força no uso do objeto causara lesão por abrasão que arrancará a epiderme, as escoriações, seguida de cortes que dará causa aos ferimentos (traumas) irregulares, traumas ou lesões corto-contusas.

    3º = No mesmo planos, de forma mais profunda da pele haverá uma lesões especifica da dentição do ser humano, uma equimoses de sucção.

    Portanto a sequencia correta é equimose, escoriações ou lesões corto-contusas e equimose de sucção.

    Força Mulheres, futuras DELEGADAS. Rumo, novamente, as primeiras colocações


ID
718240
Banca
PC-SP
Órgão
PC-SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O sinal de Werkgaertner é:

Alternativas
Comentários
  • questão anulada
    Sinal de Werkgaertner. É a marca da boca do cano da arma de fogo na pele.

    a alça de mira é a parte perto do cão em uma arma como a pistola ou revólver, ou seja, na parte de trás da arma. só se a pessoa foi morta a coronhada, pistolada, revolvada é que vai fica essa marca. 

    questão anuladíssima.
  • Como que o desenho da alça de mira pode ficar desenhada na pele do individuo sendo que ela fica alojada na parte de traz da arma?
  •    É que equivocadamente o colega colocou a imagem de um rifle, e no casoo sinal de werkgaertner, é formado pelo tiro encostado de um Revolver, comopor exemplo, um pistola 9mm ou uma calibre 38, e não por um fizil, uma metralhadora,uma escopeta, que logicamente não formarão esse desenho. 
  • Pessoal:

    O colega postou a imagem do fuzil para que possamos visualizar o erro da questão, razão pela qual a mesma foi anulada.

    O "Sinal de Puppe Werkgaertner" normalmente indica que o disparo foi realizado com o cano encostado em um local em que não há osso por debaixo da pele, restando assim a marca da boca da arma na pele. A questão afirmava que ficava marcada a "alça de mira" e como os colegas comentaram e demonstraram, isso é meramente impossível, já que esta fica na parte posterior da arma. Ao contrário do que o colega afirmou, o sinal não faz distinção se o tiro foi de revólver, pistola, rifle, fuzil, escopeta etc. 

    Caso o disparo seja efetuado com o cano encostado em uma região em que há osso por debaixo da pele, teremos o "Sinal da Boca de Mina de Hoffman".
  • Com todo o respeito, numa aula da Pretorium o Professor falou que o "Buraco de mina de Hoffman" é um sinal característico de todos os tiros enconstados, porém, nos casos onde haja osso logo abaixo da pele (ex: tiro enconstado na cabeça) o sinal diferenciador para saber qual o orifício de entrada e de saída é o "sinal de Benassi".

    Abraço a todos!
  • Fabiano, creio que estamos discutindo acerca do mesmo fenômeno:
    A Câmara de Mina de Hoffmann e sinal Benassi ou Benassi Cueli fazem parte da mesma lesão.  Ocorre que na Mina de Hoffman analisa-se o refluxo de gás nos tiros sób tábuas ósseas ocasionando aquele tipo de lesão em que o orifício de entrada vai se "esfolar para fora" se confundindo com a lesão de saída, ocasionando a mina. No sinal de Benassi teremos também o tiro sób tábua óssea, mas aqui vou analisar o halo de fuligem que ficou na tábua óssoa, lembra-se daquela zona de tatuagem e fuligem, nesses tiros encostados devido o refluxo da pele essa fuligem vai se encontrar na tábua óssea por baixo dessa "esfolação" e não na parte de fora (na pele), como nos tiros a curta distância.
    O sinal de Werkgaeter, também é uma marca de tiros encostados, porém não sei afirmar se haverá tábua óssea ou não por baixo, mas sei que seu sinal é deixar impresso na pele a boca e a massa de mira da arma.
  • brilhante o comentário acima:

    para complementar o que ele deixou em aberto!

    "Sinal de Puppe Werkgaetner: é o caso em que o disparo é feito num local em que não há osso por baixo, de modo que fica um desenho da boca da arma na pele.
  • Somente algumas considerações:

    Quanto à questão.
    Realmente está errada. A massa de tiro fica na ponta do cano, por onde sai o tiro. A alça de tiro fica próxima da coronha. Chama-se alça de tiro porque a massa deve se encaixar nela, para que o objeto visado esteja na direção do disparo. Como um colega disse acima, só tem como deixar o sinal da massa se  bater com a arma na pessoa. Mas daí não vai ser o sinal de Werkgaertner. Vai ser uma provavelmente uma ferida contusa.

    Quanto à arma que poderia ter dado o tiro e a imagem que o colega colocou acima.
    A intenção do colega foi a de ilustrar mais facilmente as partes da arma. Obviamente que um tiro de fuzil ou de outra arma com poder semelhante jamais irá deixar o sinal de Werkgaertner. Isso porque esse tipo de arma, devido ao grande impacto e velocidade do projetil, literalmente "arranca tudo".

    Por fim, vale lembrar que o sinal de Werkgaertner vai surgir quando for tiro encostado (para que possa ficar impresso o desenho circular do cano e, às vezes, a massa de mira), desde que seja em local do corpo que não tenha imediatamente osso embaixo. Isso porque, se tiver, todo o conteúdo da explosão (fumaça, fogo, pólvora incombusta) irá encontrar resistência no osso e irá voltar ("bate e volta"). Nesse caso, ocorre outro fenômeno, chamado de [vários nomes +] Hoffmann: câmara de mina de Hoffmann, boca de Hoffmann, mina de Hoffmann, câmara de Hoffmann, sinal de Hoffmann etc. 

  • Alguém poderia me dizer se a lesão descrita no item "e" tem alguma classificação específica?  Algum nome?

    "o arrancamento da epiderme causado pela rotação do projétil sobre a pele"

  • lesões produzidas por PAF:  lesões produzidas por ação perfuro-contundente, ou seja, ao atuarem sobre o alvo eles perfuram-no e o contundem
  • QUESTÃO ABSURDA!

    NÃO FOI ANULADA?
  • Quem concordou com a questão é porque não sabe a diferença entre ALÇA e MASSA de mira. Vejam os desenhos postados pelos colegas. Questão anulada!
  • Sinal de

    Werkgaertner 

    O Professor Genival Veloso de França (1995, p.

    377) enfatiza que “Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso o desenho da “boca” e da alça de mira na pele através de um halo de tatuagem e esfumaçamento conhecido como sinal de Werkgaertner .''


    É a lesão de queimadura, produzida pelo cano da arma ainda quente, ao ponto de imprimir na pele da vítima a marca circular do cano e, em alguns casos, marcas de outras características de que a arma dispõe, como por exemplo da massa de mira, guia da mola real, parte frontal da armação nas pistolas, visto que o esfumaçamento,dependendo do tipo e das características do propelente usado, pode não ser bem notado pelo Perito. Ressalte-se que o meio de produção deste sinal é diferente daquele que produz a zona de chama, ou seja, esta é produzida pela chama proveniente da alta temperatura dos gases quando de sua expansão, ao passo que o sinal de Werkgartner é fruto do contato da pele com o cano (da arma)aquecido.


    No volume IV da apostila do Professor Roberto Blanco, pgs 79 e 80, ano 2012, há a explicação acerca do Sinal de Puppe- Werkgartner:

    Ocorre quando há o tiro com o cano apoiado sem osso por baixo. O disparo foi feito com a boca de fogo da arma apoiada no corpo.

    É possível, que apesar da boca de fogo estar encostada na pele, o recuo da arma por ocasião do disparo pode impregnar a pele, ao redor do ferimento com pólvora. Assim , nao estranhe se eventualmente presenciar um sinal de PUPPE - WERKGAERTNER tendo ao lado uma área de sfumaçamento.

    Nesse sinal, às vezes, pode-se notar a impressão da boca da arma e, ou da massa de mira ou , até mesmo , do extrator da arma, decalcados na pele da vítima.

    Para alguns autores, essa lesão é decorrente da queimadura proveniente dos gases superaquecidos que emanam da boca de fogo por ocasião do disparo. Para outros, resulta do impacto da boca de fogo contra a pele, por ação termo- mecânica. De qualquer forma, mesmo indefinida a fisiopatologia, esta marca rara, é o sinal de PUPPE- WERKGAERTNER, e sem dúvida. significa que a arma estava encostada no corpo.


    Logo, alternativa LETRA D!

  • kkk impossível a alça da mira ficar marcada na pele..

    Anulada

  • kkkk Talvez o elaborador da questão não saiba a localização da massa e da alça de mira de uma arma. Na ordem do campo de visão do olho diretor de um atirador seria a sigla "AMA" Alça, Massa e Alvo, bizu para não esquecer.

  • O examinador estava muito louco ao elaborar essa questão, não merece nem comentário!, ridícula!!!!

  • Tiro encostado

    O tiro a queima-roupa é diferente do tiro encostado, onde os resíduos do disparo (cone de dispersão) vão para dentro da pele causando, quando há osso por baixo do local do tiro, uma dilatação da pele (os gases batem no osso e voltam, estufando e queimando a pele), gerando a chamada boca de mina de Hoffman, onde a forma estrelada da lesão é causado pelos gases e não pelo projetil (imagem abaixo).


    Contudo, quando não houver osso por baixo do local do tiro encostado, não haverá a explosão na ferida, característica da boca (ou câmara) de mina de Hoffman, mas somente o desenho do orifício de saída do cano (boca) da arma de fogo, sendo essa lesão denominada de sinal de Puppe-Wergaerter.

  • Faltou a questão especificar que o PAF não encontrou osso logo na entrada, dai, estando livre de osso e tratando-se de tiro encostado na pele, haverá sinal Puppe Werkgartner( marca do cano da arma e da massa de mira "gravado" na pele). Se houver osso achatado por trás da pele e o tiro for encostado( ex: Têmpora), os gases batem no osso e retornam arrebentando a pele ( estrelada), formando nessa pele a boca de mina de Hoffman e no osso que recebeu esses gases direto, irá se formar o chamado sinal de Bennassi.  

  • Resposta: Alternativa "D"

    São caracteristíscas do tiro encostado:
    a) Todos os elementos do disparo penetram na pele, logo, NÃO há zona de enxurgo e zona de tatuagem. Há a expansão dos gases que invadem o subcutâneo. Orifício irregular, estrelado, com grande diâmetro, maior que o do projétil.
    b) Há formação de pequenas cavidades enegrecidas (escurecidas) pela pólvora no tecido subcutâneo – sinal de câmara de mina de Hoffman.
    c) Nos disparos SOBRE a superfície óssea ocorre impregnação de partículas incombustas na tábua óssea externa – sinal de Benassi.
    d) Nos disparos em regiões SEM plano ósseo há distensão de gases distende a pele que contunde a arma – impressão cutânea da boca da arma – sinal de Puppe-Werkgartner.

  • Questão anulada. A letra D é errada, o sinal citado não deixamarca da alça de mira na pele do vitimado. O que deixa éo cano e a massa de mira.

     

    Banca da casa da nisso.... Tanta ansia para dar questões faceis pros apadrinhados que erram feio.

  • Uma questão de polícia o kra que elaborou não sabe a diferença entre alça de mira e de tiro!!!!

  • Gabarito “D”  ERRADO.

     

    Sinal de Werkgaertne é o desenho impresso na pele pela boca do cano e massa de mira de uma arma de fogo, produzido pela ação contundente ou pelo aquecimento. Característica de tiro encostado (Medicina Legal, Francisco Benfica, 3ª ed. pág 74).

     

    A alça de mira fica na parte posterior da arma de fogo. Assertiva inverteu massa por alça e tornou a questão com nenhuma alternativa correta.

     

  • LETRA D

     

    O Sinal de Werkgartner representa a marca da boca da arma tatuada ao redor do orifício nos tiros encostados (pela zona de tatuagem esfumaçamento).

  • ALT. "D"

     

    Resumo: A Boca de Mina de Hoffmann, é o tiro encostado com osso por baixo, neste caso a pele ‘explodirá’. O osso por baixo da pele fica sujo, o sinal de Benassi, é a sujeira no osso, sempre que houver a Boca de Mina - Haverá o Sinal de Benassi. Quando não houver osso por baixo haverá o sinal de Puppe-Werkgaertner, e ficará o desenho da arma no local do disparo.

     

    BONS ESTUDOS. 

  • Pra acertar essa questão, só se o candidato não souber a diferença entre alça e massa. Fiquei procurando a alternativa menos errada. Deveria ser anulada!

  • Questão super recorrente em concursos públicos.

    - Sinal de Puppe-Werkgaertner Werkgaertner- ocorre nos tiros encostados/apoiados- desenho da boca e da massa da mira do cano.

    RESPOSTA DO PROFESSOR: LETRA D
  • d)o desenho da boca e da alça de mira da arma sobre a pele.

     

    LETRA D – CORRETA - Nesse sentido, Genival Veloso de França  (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 293):

     

    “Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner (Figura 4.29), representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.” (Grifamos)

     

    O professor Roberto Blanco do CERS aduz que o sinal de puppe-werkgartner, que é o tiro com a boca de fogo da arma encostada na pele, sem osso por baixo. Deixa o decalque da boca de fogo na pele, não faz a boca de mina de Hoffman pq não tem osso.

  •  a) o halo fuliginoso deixado sobre as peças ósseas nos disparos encostados. SINAL DE BENASSI

     b) a zona de tatuagem deixada pela pólvora sobre a pele nos disparos a curta distância. ZONA DE TATUAGEM (Deixada pela pólvora)

     c) o ângulo oblíquo do orifício de entrada nos disparos efetuados a longa distância. ZONA DE FICH

     d) o desenho da boca (e da alça de mira) da arma sobre a pele MOLE. SINAL DE WERKGAETNER

     e) o arrancamento da epiderme causado pela rotação do projétil sobre a pele.  NÃO SEI :(

  • TIRO ENCOSTADO SEM OSSO POR BAIXO


    Com o cano encostado o projétil e os gases entram, porém, não haverá a explosão e fuligem por fora, tampouco tatuagem. Para saber se o cano foi encostado analisa-se o sinal de Puppe-Werkgaertner, o qual surge pela pancada que a pele dá na boca da arma, fica um carimbo da boca do cano da arma na pele onde o projétil entrou.


    Fonte: Medicina Legal - Material de apoio - Curso Mege.

  • A alternativa D não fala massa de mira (que fica próximo à boca do cano), ela fala da alça de mira, que fica na parte de trás da arma. Pode parecer apenas um detalhe, mas deve ser levado em consideração, principalmente por ser um concurso para a área policial. A questão é passível de anulação, não sei se foi anulada pela banca.

  • Questão totalmente anulável, como bem demonstrado por alguns colegas. A banca trocou o termo "Massa de Mira" por "Alça de Mira".

    Alça de Mira - Localiza-se na parte de trás da arma de fogo.

    Massa de Mira - Localiza-se na parte da frente da arma de fogo.

    Portanto, o Sinal de Werkgaetner ocorre quando há o desenho da boca e da MASSA DE MIRA da arma sobre a pele.

    "SEMPRE FIEL"

  • A-sinal sinal de Benassi.

    C- me parece que a banca faz referência à orla de escoriação, cuja importância medico-legal é justamente indicar o sentido do tiro. Mas tb podemos admitir uma referência ao anel de fish (alguns preferem halo de Fish) que é a junção da orla de escoriação e orla de enxugo, daí, além de apontar o sentido, indica que trata-se de uma lesão de entrada (devido ao enxugo).

    D- acho que tb faz referência à orla de escoriação.

  • Questão dada! CORRETA - D.

  • Na alternativa "D"

    Só corringindo, tecnicamente: não é alça de mira, mas, sim, MASSA DE MIRA (que fica acima da boca do cano da arma), compondo o “aparelho de pontaria”.

  • Se foi anulada não deveria aparecer essa questão pra mim, tendo em vista minha opção por excluir do filtro as questões anuladas e desatualizadas. Desperta QConcursos!!

  • assa questão foi muito é grotesca, realmente, a alça fica posicionada atrás e a massa ,na frente, as duas juntas alça e massa formam a mira . Mas mesmo assim, a massa fica à alguns milímetros distante da boca da arma. portanto mesmo se foce a massa ,assim mesmo seria difícil encostar .por conseguinte a questão está errada.
  • Deveria ser "Massa de mira," e não alça de mira.

    Contudo, explicando melhor, no tiro encostado sem plano ósseo subjacente observa-se uma escoriação causada pela massa de mira ou a do pino da mola recuperadora, dependendo de se tratar de revólver ou pistola, respectivamente. Essa escoriação é conhecida como sinal de Puppe- Werkgaertner

  • OBRIGADO AOS ALUNOS PELOS COMENTÁRIOS. SE DEPENDERMOS DESSES PROFESSORES ESTAMOS FERRADOS.


ID
718246
Banca
PC-SP
Órgão
PC-SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em um relatório médico-legal, o chamado visum et repertum refere-se:

Alternativas
Comentários
  • Visum et repertum. É a descrição minuciosa, clara, metódica, singela de todos os fatos apurados diretamente pelo perito, (exame interno e externo).
  • visum et repertum  está escrito, por exemplo, no símbolo do instituto de criminalística de São Paulo, e como o colega acima já mencionou significa: "ver e referir", "ver e reportar", "ver e repetir", grande parte dos peritos não concorda apenas com essa acepção, já que o trabalho deles vai além do ver e repetir, tanto é assim que o Prof. Luiz Eduardo Dorea, perito criminal do Estado da Bahia, afirmou: "significa aquilo que foi examinado e descoberto, com o sentido de aquilo que foi observado e é dado a conhecer". Assim, ver e repetir seria papel da testemunha, o perito vai  além, ele interpreta o que é observado. Nessa perspectiva,surgiu uma nova alternativa para o termo: "visum, repertum et interpretandum", proposta pelo Prof. Lamartine Bizarro Mendes e que foi aprovada no congresso de criminalística.
    Bons estudos, Deus dê forças a todos que o buscam ;)

  • ""HABEAS CORPUS"- CRIME SEXUAL COMETIDO CONTRA VÍTIMA MENOR (CRIANÇA DE 7 ANOS) - EXAME DE CORPO DE DELITO INDIRETO - VALIDADE - PRESUNÇAO LEGAL DE VIOLÊNCIA - ALEGAÇAO DE FRAGILIDADE DAS PROVAS TESTEMUNHAIS - INDAGAÇAO PROBATÓRIA EM TORNO DOS ELEMENTOS INSTRUTÓRIOS - INVIABILIDADE NA VIA SUMARÍSSIMA DO"HABEAS CORPUS"- PEDIDO INDEFERIDO. -

    O trabalho pericial, como regra, se desdobra em duas fases. Na primeira fase, o perito faz um levantamento e registro dos vestígios materiais deixados pela infração ao acontece No caso do exame de corpo de delito, claro. ou do objeto de sua observação. É o que os doutrinadores chamam de visum et repertum . Constitui a inspeção pericial , substitutiva da inspeção judicial , um levantamento dos informes necessários ao objeto da perícia e sua perpetuação (dos informes) mediante registros descritivos e objetivos. Na segunda fase , o perito interpreta os dados levantados, realiza a avaliação pericial , que não substitui, mas orienta a avaliação judicial .
    Por vezes, a intervenção do perito pode se resumir apenas à inspeção pericial (primeira fase) quando o vestígio constituir evidência do fato pretendido conhece Para provar os danos, basta registrá-los. O mesmo não ocorre em relação ao modo como eles foram realizados ou quanto a quem possa ter sido o autor. , é perfeitamente dispensável a interpretação do perito ou à avaliação pericial (segunda fase) quando a inspeção já foi realizada por outro ou é, simplesmente, dispensável. É justamente isso que está na raiz da diferença estabelecida pelo douto condutor do voto vencido entre o que seja exame e perícia , em seu dizer.
  • visum et repertum é a parte mais importante do relatório,  é a descrição minuciosa, clara, metódica, singela de todos os fatos apurados diretamente pelo perito, pormenoriza as estapas dos exames realizados, com apresentação dos elementos colhidos no decorrer dos exames.
  • Relatório médico-legal é composto das seguintes fases:

    PREÂMBULO

    Descreve do que se trata o documento.
    Quem é o perito responsável; que tipo de exame será feito; local onde ocorrerá a perícia;...  


    QUESITOS

    Perguntas formuladas previamente a serem observadas no local periciado.

    HISTÓRICO/ COMEMORATIVO

    O que dizem que aconteceu. Relato de alguém que presenciou o fato.

    DESCRIÇÃO

    VISUM ET REPERTUM

    O perito descreve as características do local e tudo que for observado.
    Deve ser objetivo, ver e referir-se o que está vendo.


    DISCUSSÃO

    Discute todos os fatos minunciosamente encontrados (ocorridos).
    Hipóteses a respeito do diagnóstico e das etiologias das lesões. Descreve o que pode ter ocorrido.


    CONCLUSÃO

    Conclusão final. Parecer/opnião do que o perito observou.

    RESPOSTAS AOS QUESITOS
    Respostas objetivas às perguntas previamente formuladas.
    ASSINATURA DO PERITO 

     


  • PARTE MAIS IMPORTANTE DO RELATÓRIO

    DESCRIÇÃO --> VISUM ET REPERTUM ( VER E REPORTAR)

  • Lembrando que no PARECER resposta, por escrito ,à consulta e é composto pelas seguintes partes :  preâmbulo, histórico, discussão, conclusão e resposta aos quesitos.

    Assim, nós NÃO temos a DESCRIÇÃO.

  • É a parte principal do laudo, significa visto e relatado na qual o perito descreve, minuciosamente, o que verificou no exame.Devem ser descritas as lesões encontradas no seu relevo, contorno, tamanho, forma coloração, número , localização e arranjo. Deve sempre que for possível incluir filmes ou fotos que possam ilustrar. Deve também vir de cima para baixo.

  • DESCRIÇÃO: É a principal parte do laudo, corresponde ao visum et repertum (visto e relatado), em que o perito descreve, minuciosamente, o que encontrou no exame.

  • ALT. "C"

     

    Relatório: Descrição minuciosa de uma perícia médica a fim de responder a autoridade policial ou judiciária. É o documento médico legal por excelência. É o principal documento médico-legal. Relatório (gênero): Laudo (espécie) – redigido pelo perito após a realização da perícia; Auto (espécie) – e aquele que é ditado a um escrivão durante a realização da perícia.

     

    O relatório tem 7 (sete) partes:

    1. Preâmbulo; 

    2. Quesitos; 

    3. Histórico; 

    4. Descrição: “Visum et repertum” (ver e reportar), descrever de forma objetiva o que foi visto no laudo, poderá indagar com doutrina, pesquisas, responderá os quesitos. É um das diferenças que haverá entre o parecer e o relatório, não há descrição no parecer. No parecer é mais importante a discussão e a conclusão. 

    5. Discussão; 

    6. Conclusão;

    7. Respostas aos quesitos.

     

    Bons estudos. 

  • Segundo Neusa Bittar (in Medicina legal e noções de criminalística – 7ª Ed. – Salvador: Ed. JusPodivm,2018. p. 57 e 58):

     

    O Relatório Médico legal compõe-se de sete partes:

     

    PREÂMBULO: É uma introdução na qual consta a qualificação da autoridade solicitante, dos peritos, do diretor que os designou, do examinando, além de local, data, hora e tipo de perícia. Quando no local não houver médico-legista oficial, o perito médico será designado pela própria autoridade requisitante, que lavrará um termo de compromisso no qual o médico se compromete a fielmente desempenhar suas atribuições (art. 179 do CPP).

     

    QUESITOS: São perguntas sobre fatos relevantes que originaram o processo penal, oficiais, padronizados em impressos utilizados pelas instituições médico-legais de cada Estado, que serão respondidas de forma afirmativa ou negativa pelo perito, objetivamente. Nas perícias psiquiátricas e nas exumações não existem quesitos padronizados, assim como no foro civil.

     

    HISTÓRICO OU COMEMORATIVO: Breve relato dos fatos ocorridos por informação da vítima ou do indiciado, quando também alvo da perícia, ou dos dados transcritos da guia de remoção do cadáver e das suspeitas que pairam sobre o caso.

     

    DESCRIÇÃO: É a principal parte do laudo, correspondente ao visum et repertum (visto e relatado), em que o perito descreve, minuciosamente, o que encontrou no exame. É a parte principal do laudo pericial, devendo ser descritas as lesões encontradas no seu tamanho, forma, contorno, relevo, coloração, número, arranjo e localização, de acordo com os segmentos corporais, no sentido craniocaudal (de cima para baixo), incluindo, sempre que possível, filmes ou fotos ilustrativas.

     

    DISCUSSÃO: As lesões encontradas e descritas são analisadas cientificamente e comparadas com os dados do histórico, dando origem à formulação de hipóteses a respeito da mecânica do crime.

     

    CONCLUSÃO: É a tomada de postura quanto à ocorrência ou não do fato, baseada no confronto dos dados do histórico e do exame realizado, de forma concisa e clara, com deduções afirmativas, negativas ou impossibilidade de firmar uma posição, se houver dúvida.

     

    RESPOSTAS AOS QUESITOS: Tem como finalidade estabelecer a existência de um fato típico, sem deixar margem para dúvidas, devendo o perito responder de forma sucinta e objetiva, inclusive alegando, na falta de elementos significantes e conclusivos, que o quesito está prejudicado.”

    (Grifamos)

  • visum et repertum >> descrição das características do local e tudo que for observado na perícia médica. 

  • visum et repertum (visto e relatado).

    @dr.douglasalexperfer

  • DESCRIÇÃO: corresponde ao visum et repertum que significa visto e relatado, é também a parte mais importante do relatório.

  • Diante da premissa do VISUM ET REPERTUM, o perito se limita somente em ver e reportar, (descrever).

  • DESCRIÇÃO: É a principal parte do laudo, correspondente ao visum et repertum (visto e relatado),

  • Visum et repertum = visto e relatado, refere-se à descrição (parte mais importante de um laudo pericial).