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Prova UEPA - 2013 - SEAD-PA - Fiscal de Receitas Estaduais - Conhecimentos gerais


ID
4908121
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

Quanto à organização, afirma-se corretamente que o Texto I:

Alternativas

ID
4908124
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

O desenvolvimento argumentativo do Texto I permite afirmar corretamente que:

Alternativas
Comentários
  • A

  • Novamente aparecem elementos nas questões que sequer estão no texto, coisa mais estranha

  • Meu Deus... Como não pode ser a A????????


ID
4908127
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

O estudo apresentado no livro ‘A cabeça do brasileiro’:

Alternativas
Comentários
  • O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.


ID
4908130
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

De acordo com o Texto I, uma mentalidade mais igualitária:

Alternativas
Comentários
  • emancipa o homem do jugo da tradição e da autoridade.

    Alguém emancipado é alguém livre, com seus direitos estabelecidos, autossuficiente, é exatamente isso que o texto diz, um povo que corre atrás de seus direitos e se emancipa perante aos seus governantes tende a ser um povo livre e que não aceita algumas condutas erradas.


ID
4908133
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

Com referência às ideias do Texto I, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Letra C


ID
4908136
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

De acordo com o Texto I, as manifestações se caracterizam por:

Alternativas

ID
4908139
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

A dinâmica da mobilidade geográfica da sociedade brasileira expressa a:

Alternativas

ID
4908142
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

No trecho: Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. A repetição do conectivo "e" tem efeito de marcar uma:

Alternativas
Comentários
  • Gab C

    Ideia de coordenar.

     Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres.

    Lembre-se: E, conjunção coordenativa de adição.


ID
4908145
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

Entre as frases, extraídas do Texto I, assinale a alternativa que consiste num raciocínio fundamentado na percepção de uma contradição.

Alternativas

ID
4908148
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

No Texto I, a expressão:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO OFICIAL DA BANCA C

    A) "por isso", em "Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem", tem valor condicional.

    O valor apresentado não é condicional. "Por isso" é conclusivo.

    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------

    B) Os termos são usados para designar os setores da sociedade.

    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------

    C) “isso”, em “Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações”, nas duas ocorrências tem o mesmo referente.

    Trecho:

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    O isso anafórico retoma : a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    D) “ver”, em “faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário”, está empregada em seu sentido literal.

    A justificativa da banca : o verbo ver pode ser usado no sentido de enxergar, assistir, visitar algum lugar ou alguém, reparar em alguma coisa, chegar a uma conclusão, tentar descobrir, procurar fazer algo, fazer avaliação de algo, atender em consulta, lembrar, trazendo à memória, entre outros.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    E) “braço”, em “Retira as pessoas do braço de sua família estendida”, foi usada, em todo o texto, com a mesma acepção.

    Não foi com a mesma acepção.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Fontes: Dício.com

    Só Português.

  • O texto publicado na prova estava incompleto. O original ainda possui mais um parágrafo, e o examinador contou com ele para elaborar a questão, gerando confusão em mais de uma questão da prova. Entretanto, as questões não foram anuladas.

    Nesta, a letra E diz que "braço" tem o mesmo sentido em todo o texto. Considerando o que veio na prova, o termo só aparece uma vez, logo, teria, sim, a mesma acepção, visto que só há um.

    Porém, no parágrafo faltante (que seria o último), a expressão apareceria outras vezes, e com outro sentido:

    "Isso é resultado das melhorias ocorridas nos últimos anos. O aumento da escolarização, a redução da pobreza e da desigualdade, a redução do desemprego e outras melhorias levaram o brasileiro médio a se tornar mais exigente. É o velho ditado em funcionamento: “Dá a mão, quer o braço”. A população obteve a mão nos últimos anos, agora quer que os políticos deem o braço. Uma melhoria puxa a outra. Quando as pessoas são pobres por muitos anos e gerações, passam a acreditar que a pobreza é inevitável. Quando deixam de ser pobres, querem, logo em seguida, obter novos ganhos. As manifestações que presenciamos não ocorrem quando as coisas pioram, mas somente quando elas melhoram. É o que estamos vendo."


ID
4908151
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

A respeito da estrutura e do uso de palavras no Texto I, é correto afirmar que a forma:

Alternativas
Comentários
  • Tô procurando esse "há" no penúltimo parágrafo e "coisas" no último até agora...

  • Deveria ser anulada essa questão. Um absurdo

  • Questão duvidosa...

  • Totalmente mal formulada

  • Não achei até agora os termos citados nos lugares citados: "há" no penúltimo parágrafo e "coisas" no último até agora...

  • Depois de fazer mais de 200 questões achei que já tava vendo coisa, ou não vendo kkkk.... Ainda bem que ninguém achou esse "há" e esse "coisas"
  • Alguém marcou a letra A? Eu não encontrei o erro dessa alternativa. Achei a letra A e B corretas.

  • O termo provavelmente, no trecho, dá mais ideia de hipótese do que de dúvida.

  • Essa banca elabora cada questão, mds..kkkk

  • Também acho que A e B estão corretas, não consigo achar o erro !!

  • Gabarito: B

    Advérbio de Dúvida

    Possivelmente, provavelmente, acaso, porventura, quiçá, será, talvez, casualmente.

  • Gente não entendi!! Mateus onde está você?!! Explica aí por favor!!!

  • Qual o erro da alternativa "a" ???

  • alguém explica o erro da A, por gentileza, não consigo ver o erro, porem letra B também esta correta

  • Responder questões de algumas bancas desafiam nossa paciência. Isso deveria ser punido, pois isso é coisa séria. Não estamos aqui por brincadeira ou por que não temos mais nada a fazer.

  • O erro da letra "a" nem Freud explica!

  • O que há de errado na letra A?

  • 14/01/2021 Até o exato momento, ninguém conseguiu explicar porque a alternativa A está errada.

    O 'Há' que eu encontrei está no último paragrafo, mas como a banca não lançou esta como a certa

    tentou confundir os concurseiros.

  • A questão está bem mal elaborada galera, ela realmente esta toda errada, se vocês observarem, "há" está no ultimo paragrafo e não no penúltimo, e "as coisas" está no paragrafo 8 e não no ultimo

  • Essa ganhou o troféu de esquisitice.

  • Para mim, provavelmente tem sentido de probabilidade positiva invés de dúvida. Presenciamos, reportando-se seja ao presente ou ao passado, inclui autor e leitores, Realmente essa questão merece o gabarito comentado.

  • Alguns advérbios de dúvida são: “talvez”, “quiçá”, “porventura” e palavras que expressem dúvida acrescidas do sufixo -mente, como “possivelmente” e “provavelmente”.


ID
4908154
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

No trecho: “A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa.”:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    A) Ainda mais traz expressa adição.

    https://www.sinonimos.com.br/ainda-para-mais/

    ---------------------------------------------------------------------

    C) o “mais” pode ser substituído por “mas” não provocando alteração de sentido.

    Mas" é uma conjunção adversativa e equivale a "porém", "contudo", "entretanto", "no entanto". 

    Mais" pode atuar como pronome ou advérbio de intensidade, opondo-se geralmente a "menos".

    ------------------------------------------------------------------------------------------

    D) a expressão “mantém-se” pode ser substituída por “manteve-se” sem alteração de sentido.

    Manteve-se pretérito perfeito

    Mantém- se - presente

    ----------------------------------------------------------------------------------------------

    E) o termo “valores” significa, no contexto, dinheiros.

    Valores - virtudes. Não foi usado no sentido de dinheiro.

    -----------------------------------------------------------------------------------------

    Fontes; Só português

    https://www.sinonimos.com.br/ainda-para-mais/

    Gramática Normativa

    José Maria, Concursos públicos.

    Equívocos? Mande msg.

  • Quem é? A primeira geração

  •  “A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa.

    quem é que é INCAPAZ DE MELHORAR SEU NÍVEL ESCOLAR? A primeira geração.

    pertencelemos!

  • Correta, B

    “A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa.”:

    De forma direta:

    A primeira geração é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa.

    Quem é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa ??? A resposta é nosso sujeito: A primeira geração.


ID
4908157
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

Ao falar das três gerações, o autor preserva, como elemento comum, a ideia de que a mudança:

Alternativas
Comentários
  • A) “A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo.” Não é de maneira súbita, acidental.

    B) “No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia.” Mudança mental, que não ocorre da noite para o dia, é diferente de mudança “mecânica”, que é sem pensar, que ocorre automaticamente.

    C) “Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.” Independe da predisposição de quem está no poder.

    D) “No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. (...) Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade.” A mudança vai além dos limites físicos/geográficos que motivaram sair do campo, é mudança na mente.

    E) “Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida”. A mudança é real, não resulta da “imaginação” (“Faculdade com que o espírito cria imagens, representações, fantasias.”). E as novas mentalidades não se veem mais como pobres.


ID
4908160
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

Que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado, é igualmente estranho ao fato de/das:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C, do texto:

    "Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. (...) É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado."


ID
4908163
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

Predomina no Texto I a seguinte característica do gênero reportagem:

Alternativas

ID
4908166
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

Segundo as ideias do Texto I, uma mentalidade mais igualitária nos torna:

Alternativas

ID
4908169
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

O autor utiliza a expressão “por essa inadequação” (penúltimo parágrafo) para:

Alternativas

ID
4908172
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

O primeiro parágrafo do Texto I mostra que os jovens se tornaram:

Alternativas

ID
4908175
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

Na frase: ‘A cabeça do brasileiro’, as aspas se justificam porque a expressão:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO OFERECIDO PELA BANCA > E

    Usamos aspas para :

    1) Antes e depois de citações textuais. – “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”, afirma a editora de opinião do jornal Correio Braziliense e especialista em língua portuguesa Dad Squarisi, 64

    2) Para assinalar estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares ou vulgares, conotativas. – Chávez, com 58 anos, é uma figura doente e fugidia, que hoje representa o “establishment”. (Carta Capital)

    3) Para realçar uma palavra ou expressão imprópria; às vezes com objetivo irônico ou malicioso. – Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não” sonoro

    4) 4) Quando se citam nomes de mídias, livros etc. – Ouvi a notícia no “Jornal Nacional”. – “Os Lusíadas” foi escrito no século XV

    Não consigo vislumbrar algum ponto do texto que nos diga que se trata de nome de obra, mas fazer o q ?

    Fonte: Pestana, 916

  • Parágrafo 6°

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

  • gaba E

    Citação de um livro 'A cabeça do brasileiro'. Que por sinal existe.

    "custa colocar a linha, q concursos?"

    apenas continue....pertencelemos!


ID
4908178
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 


Os protestos da melhora

    As manifestações que presenciamos, promovidas por universitários em cidades grandes, não ocorrem quando a vida piora – mas quando fica melhor.

    A forma como as pessoas veem o mundo não é estática, ela muda com o passar do tempo. Anos atrás, no Brasil, muitos pobres, provavelmente, acreditavam que seriam pobres a vida inteira. A mobilidade geográfica era pequena, a crença no progresso como um valor positivo e altamente desejável era fraca, o desejo de comprar era quase inexistente. Ficar sempre próximo da família, do local de nascimento foi por muito tempo mais importante que buscar empregos melhores.

    A modernização social e econômica faz, lentamente, com que as pessoas mudem sua maneira de ver o mundo. No que se refere à mentalidade, nada muda da noite para o dia. Leva décadas. A geração de mais empregos urbanos que rurais arranca as pessoas do campo e as joga na cidade. Retira as pessoas do braço de sua família estendida.

    A primeira geração que chega às cidades mantém-se fiel a seus valores rurais originários. Ainda mais quando é incapaz de melhorar seu nível escolar de maneira significativa. O mesmo ocorre com seus filhos. Ainda que nascidos e criados em cidades, eles, por causa da baixa escolaridade, continuam extremamente apegados a suas famílias e bastante assíduos a serviços religiosos.

    A mudança mais abrupta ocorre quando os netos daqueles que saíram do campo para a cidade têm a oportunidade de frequentar a universidade. É exatamente o que acontece hoje no Brasil. O ensino superior faz com que eles mudem seu sistema de crenças. Eles passam a acreditar mais no indivíduo do que na comunidade, passam a valorizar mais seu empenho pessoal como maneira de melhorar de vida do que uma eventual ajuda do governo, passam a acreditar que seu destino está mais nas suas mãos que nas mãos de Deus.

    Para alguém que cursa ou completa o ensino superior, uma das mais formidáveis mudanças na forma de ver o mundo diz respeito a sua visão acerca das relações entre os indivíduos. O aumento da escolaridade, algo mais do que provado em meu livro ‘A cabeça do brasileiro’, faz com que as pessoas passem a ver o mundo de modo mais igualitário.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o elevador de serviço não é um elevador de carga e transporte, mas um meio de locomoção de pessoas da parte de baixo da pirâmide social. Até hoje, os prédios residenciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e o elevador de serviço, apropriado para empregados e pobres. Alguém que não tenha cursado a faculdade aceita facilmente essa visão de mundo, concorda que pessoas diferentes têm direito a espaços físicos diferentes.

    Mais que isso, alguém com escolaridade baixa aceita que o tratamento conferido a um pobre possa e deva ser diferente de um rico. As coisas mudam quando se trata de alguém que cursa a faculdade ou completa o ensino superior. Ele é treinado nos bancos universitários a ver o mundo de modo mais igualitário. Sabe que existe elevador social e de serviço, mas isso não combina com seu sistema mental, com sua maneira de ver o mundo – isso é estranho. Só alguém com escolaridade baixa aceita que um pobre possa ser tratado de modo diferente de um rico.

    É igualmente estranho, para alguém que cursa uma faculdade, que os políticos cobrem impostos e não devolvam em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado. Para um pobre, mal escolarizado, do interior do Brasil, a desproporção entre impostos cobrados e serviços prestados é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que ele próprio não tem. Para um não pobre, com curso superior completo, de uma cidade grande, isso é inaceitável. Foi exatamente isso que motivou a recente onda de manifestações.

    As principais manifestações ocorreram em cidades grandes e foram promovidas por estudantes universitários. Eles querem mais igualdade. No outro extremo, o mundo rural e das cidades pequenas, habitadas por pessoas pouco escolarizadas, a forma de ver o mundo é diferente. Em muitos locais, os protestos e as manifestações são até mesmo malvistos e rejeitados.

    Uma mentalidade mais igualitária, uma nova forma de ver o mundo, confrontou uma maneira antiga de definir o papel dos políticos. Nossa simbologia do mundo político diz tudo. Nossos políticos moram e trabalham em palácios. Há palácios para todos os gostos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio Guanabara, Palácio das Laranjeiras, Palácio dos Bandeirantes, Palácio da Liberdade, Palácio das Mangabeiras. Paradoxalmente, quanto mais gente mora em casebres, mais os palácios são aceitáveis. Quando as pessoas passam a morar em apartamentos de classe média, os palácios se tornam incompreensíveis.

    A nova forma de ver o mundo não aceita que os políticos escapem da condenação em casos de corrupção, que tenham foro privilegiado quando processados, que gastem demais quando viajam para o exterior, que não deem transparência a seus atos. Se os políticos não atendem a essas demandas, o povo vai para as ruas. Foi o que aconteceu – e ocorrerá novamente, caso os políticos não sejam permeáveis às demandas.

    Há uma clara inadequação entre a nova mentalidade, mais igualitária, e a antiga forma de os políticos proverem serviços públicos para a população. As manifestações foram motivadas por essa inadequação. Hoje, na sociedade brasileira, está consolidado o sentimento de que os políticos exploram a população e recebem em troca mais do que dão à sociedade.

(Alberto Carlos Almeida. Revista Época, 17/07/2013-adaptado)

Com relação ao tema do Texto I, o último parágrafo funciona como:

Alternativas

ID
4908181
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Os comerciantes A e B contrataram empréstimos nas seguintes condições:


Comerciante A

Pagar o valor R$ 7.500,00 de juros simples, ao final de 6 meses, decorrentes do empréstimo de R$ 50.000,00 a uma taxa mensal iA .

Comerciante B

Ao final de 3 bimestres, pagar o valor de R$ 6.000,00 de juros simples referente ao empréstimo de R$ 40.000,00 a uma taxa bimestral iB.


Tomando por base as informações relativas às propostas efetivadas pelos comerciantes A e B, a respeito das taxas empregadas, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • j = c x i x t

    Comerciante A

    7.500 = 50.000 x i x 6 meses

    i = 0,025 a.m.

    Comerciante B

    6.000 = 40.000 x i x 3 bimestres

    i = 0,05 a.b.

    Em juros simples, 0,05 a.b. equivale a 0,025 a.m.

    1 bimestre = 2 meses

    0,025 a.m. x 2 meses = 0,05 a.b.

    Gabarito: C

  • A: i = 0,3 ao ano

    B: i = 0,05 ao bimestre

    6 x 0,05 ao bimestre = 0,3 ao ano, portanto as taxas se equivalem.


ID
4908184
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Visando reduzir o estoque 2013 de automóveis existente no pátio, uma revendedora de automóveis veicula durante uma semana nos jornais a seguinte promoção:


P R O M O Ç Ã O !!!

Modelo X2 – 2013/2013 – Completo

50 % de ENTRADA – R$ 20.000,00 +

20 parcelas mensais fixas de R$ 1.300,00


Um dos funcionários dessa revendedora explica a um cliente interessado em adquirir o automóvel que os valores promocionais das parcelas resultaram da aplicação de uma taxa semestral a juros simples. Nessas condições, é correto afirmar que o funcionário está:

Alternativas

ID
4908187
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Uma pessoa é informada pelo caixa de uma loja de departamentos que ao antecipar em 20 dias o título de R$1.126,40, obteve um desconto comercial no valor de R$26,40. Nessas condições, a taxa de juros efetiva é:

Alternativas
Comentários
  • No Desconto comercial (por fora) calculado sobre o valor nominal a taxa efetiva é MAIOR que a taxa de desconto.

    Taxa de desconto: A = N (1- it)

    1100 = 1126,4 (1- 20i/30)

    0,976= 1- 2i/3

    i= 0,035 ou 3,5%

    Taxa efetiva: N = A (1+it)

    1126,4 = 1100 ( 1`+ 2i/3)

    1,024 = 1 + 2i/3

    2i/3= 0,024

    i= 0,036 ou 3,6%


ID
4908190
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Durante a renegociação de uma dívida, um empresário efetua a troca de dois títulos com valores nominais de R$4.000,00 e R$ 5.000,00, com vencimento para 60 e 120 dias, respectivamente, por um único título, com vencimento para 8 meses. Sabendo-se que a taxa de desconto comercial simples da transação foi de 2,5% ao mês, ao final do período, para liquidar esse título o empresário deve dispor de:

Alternativas
Comentários
  • Fórmula de Desconto Comecial: A = N ( 1-it)

    a1 = 4000 (1-2*0,025)

    a1 = 4000 * 0,95

    a1= 3800

    a2 = 5000 (1-4*0,025)

    a2 = 5000 * 0,9

    a2 = 4500

    a3 = a1 + a2

    a3 = 8300

    8300 = n3 (1-0,025*8)

    8300 = n3 * 0,8

    n3 = 10375


ID
4908193
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Um investidor consulta as instituições financeiras X e Y para aplicar o capital C durante 2 anos. As instituições X e Y propõem taxa de 24% ao ano e de 12% ao semestre, respectivamente, aplicadas a juro composto. Nessas condições, ao final de 2 anos, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GAB: B

    Para resolver essa questão é necessário que as taxas sejam colocados em um mesmo período de capitalização. Vamos, portanto, converter a taxa de juros ao semestre em taxa de juros ao ano.

     

    Por se tratar de juros compostos temos o chamado “juros sobre juros”. Calculemos a taxa de juros anual da instituição Y:

     

    i=(1+i)2 −1

    i=(1+i)2−1 

    i=(1,12)2 −1

    i=(1,12)2−1

     i=0,2544

    i=0,2544

     

    Assim, o investimento na instituição Y possui o rendimento de 25,44% ao ano.

     

    A única alternativa que apresenta a instituição Y fornecendo um montante maior que a instituição X é a opção “B”.

    FONTE: TECCONCURSOS


ID
4908196
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Na contabilidade de uma empresa consta o pagamento de R$ 18.000,00 referente a um título resgatado 12 meses antes de seu vencimento. Sabendo-se que a taxa de desconto composto aplicada nessa operação foi de 20% ao semestre, o valor nominal desse título era de:

Alternativas
Comentários
  • Mamão com açúcar

    Letra b

  • Dados: A: 18.000,00

    t: 12 meses ..... 2 semestres

    i: 20%a.s. .........0,2

    Resolução:

    N = A.(1 + i) ^ t

    N= 18.000(1+0,2)^2

    N=25.920,00

    Letra B.

  • Essa questão NÃO é de desconto comercial composto. É desconto RACIONAL composto. Importante diferenciar, pois as fórmulas são diferentes e os resultados também.

    Valor nominal no desconto racional composto = 25.920 (letra B)

    Valor nominal no desconto comercial composto = 28.125

  • Alguém sabe responder se quando a questão não informa prevalece o desconto comercial?


ID
4908199
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Auditoria
Assuntos

Um auditor observa que a dívida de uma empresa foi liquidada com o pagamento de 2 parcelas mensais no valor de R$ 5.000,00, a uma taxa de juro composto de 2% ao mês. Considerando que na documentação apresentada não consta o valor total da dívida, é correto afirmar que o valor dessa dívida:

Alternativas
Comentários
  •  

    GABARITO: C

     

    Percebam que não realizamos os cálculos até as casas decimais, visto que as alternativas apresentam faixas de valores, não havendo a necessidade de muita precisão, agilizando a resolução na hora da prova.

     

    Desconto comercial composto

    A=N×(1−i)+N×(1−i)^n

    A=5.000×0,98+5.000×0,98^2

    A=4.900+4.802

    A=9.702


ID
4908202
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Parte da Administração Tributária de um Estado é composta por dois grupos distintos, um formado por 10 auditores de receitas estaduais, sendo 8 homens e 2 mulheres, e o outro formado por 20 fiscais de receitas estaduais, sendo 12 homens e 8 mulheres. Deseja-se indicar uma dupla, composta por um auditor e um fiscal, para representar o Estado num evento nacional. Sorteando ao acaso um auditor e um fiscal, a probabilidade dos sorteados serem duas mulheres:

Alternativas
Comentários
  • 1° situação:

    2 mulheres sobre 10, o espaço amostral, ou seja, 2/10

    multiplica a segunda situação

    2° situação:

    8 mulheres sobre 20, o espaço amostral, ou seja, 8/20

    então, 2/10 . 8/20 = 16/200 .'. 0,08 = 8%


ID
4908205
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um grupo de funcionários da Administração Tributária de um Estado é composto por auditores e fiscais de receitas estaduais conforme quadro abaixo:


Homens 10 – auditam e fiscalizam

15 – apenas fiscalizam

Mulheres 5 - auditam e fiscalizam

20 – apenas auditam


Uma pessoa desse grupo é sorteada ao acaso, a probabilidade de ocorrer no sorteio um homem, sabendo que o funcionário sorteado é auditor:

Alternativas
Comentários
  • Talvez a minha linha de raciocínio esteja errada mas eu fiz o seguinte:

    auditores (independente do sexo) = 30

    n° de homens auditores = 10

    ficando 10/30 = 1/3 = 0,333....

  • Acredito que tenha um equívoco na resposta do colega Kendi. Na verdade a soma de todos os auditores é igual a 35 (independente do sexo e outra função) e o número de homens auditores é 10, o que nos daria a seguinte função:

    10/35 = 0,2857

    igualmente correta no gabarito, porém com resultado diferente.


ID
4908208
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um grupo de auditores de receitas estaduais é composto por 15 homens e 5 mulheres. Sorteando ao acaso uma pessoa desse grupo por mês, durante 4 meses seguidos, a probabilidade de ocorrer no mínimo três mulheres:

Alternativas
Comentários
  • Primeiro:

    4/20= 2%

    segundo:

    3/19= 1,5%

    terceiro:

    2/18= 1%

    quarto:

    1/17= 0,5%

    2% + 1,5%+ 1% + 0,5%= 5%

  • Boa tarde,

    Calculei diferente da resposta do anterior, porém não estou certo de ter calculado corretamente. Entretanto a resposta assinalada foi a mesma do gabarito, vejamos:

    Chances de termos todos mulheres:

    M M M M

    ou seja,

    1/4 x 1/4 x 1/4 x 1/4 = 1/256

    Chances de termos ao menos três mulheres:

    H M M M

    3/4 x 1/4 x 1/4 x 1/4 = 3/256 ou

    M H M M

    1/4 x 3/4 x 1/4 x 1/4 = 3/256 ou

    M M H M

    1/4 x 1/4 x 3/4 x 1/4 = 3/256 ou

    M M M H

    1/4 x 1/4 x 1/4 x 3/4 = 3/256

    ou seja,

    3/256 + 3/256 + 3/256 + 3/256 = 12/256

    Finalizando, temos que a chance será de 1/256 ou 12/256, ou seja, 1/256 + 12/256 = 13/256

    13/256 = 0,05078

    0,05078125 * 100 = 5,07

  • Pra mim, a resposta do Ivan é a correta, errei pq não intercalei as "mulheres". Mas é isso, ao infinito e além....


ID
4908211
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Considere os valores totais lançados em notas fiscais durante um dia de vendas: R$2.000,00; R$4.500,00; R$3.000,00; R$2.500,00; R$3.500,00 e R$2.500,00. Tomando por base esses dados, é correto afirmar sobre média aritmética, mediana e moda que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: (D)

    Média: 3000

    Mediana: 2750

    Moda: 2500

    Bons Estudos !

    #Servidor2021

  • MÉDIA: (SOMA DE TODOS OS ELEMENTOS)/(QUANTIDADE DE ELEMENTOS)

    MÉDIA: (2000+4500+3000+2500+3500+2500)/(6)

    MÉDIA: (18000)/(6)

    MÉDIA: 3000

    MODA: O ITEM QUE MAIS SE REPETE (2500 aparece 2x)

    MODA: 2500

    MEDIANA: O ITEM CENTRAL (COLOCAMOS EM ORDEM CRESCENTE)

    MEDIANA: 2000 - 2500 - 2500 - 3000 - 3500 - 4500

    MEDIANA: 2500 e 300 são os itens centrais, tiramos a média dos dois

    MEDIANA: (2500 + 3000)/(2)

    MEDIANA: 2250

    MODA E MEDIANA < MÉDIA


ID
4908220
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um fiscal pretende avaliar o lucro de um magazine com a venda diária de determinado aparelho eletrônico durante uma semana a partir das informações que se encontram registradas no quadro abaixo, onde Xi representa o número de aparelhos eletrônicos vendidos em uma semana e P(Xi) sua respectiva probabilidade.


Xi 0 1 2 3 4 5

P(Xi) 0,10 0,15 0,15 0,30 0,20 0,10


Nessas condições e considerando que o lucro por aparelho vendido é de R$ 350,00, é correto afirmar que o lucro esperado em uma semana:

Alternativas
Comentários
  • Solução: Seja Xi o número de aparelhos vendidos. Vamos calcular a média de X, isto é, do número de aparelhos vendidos.

     E (X) = 0 × 0, 10 + 1 × 0, 15 + 2 × 0, 15 + 3 × 0, 30 + 4 × 0, 20 + 5 × 0, 10 = 2, 65 aparelhos

     

    Seja L o lucro semanal. Veja que L = 350X. Como conhecemos E(X):

     

    E (L) = 350 x E (X) = R$927,50


ID
4908223
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Uma pessoa investiu R$ 10.000,00, durante 3 anos, a uma taxa de 15% ao ano, em cada uma das instituições financeiras A e B, sendo que na instituição A o investimento foi capitalizado a juros simples e na instituição B, a juros compostos. Nessas condições, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode me mostrar a resolução?

  • ka Viera

    Montante na instituição A = 10.000 . (1 + 0,15.3)

    A = 10.000 . (1 + 0,45)

    A = 10.000 . (1,45) = 14.500

    Montante na instituição B = 10.000 . (1 + 0,15)³

    B = 10.000 . (1,52)

    B = 15.200 (mais exatamente, dá 15.208,75)

    Então ..

    A) Falso, da instituição A ele recebeu R$ 14.500,00

    B) Correto, pois juros simples, se for da mesma porcentagem, sempre vai ser menor que juros composto

    C) Falso, pois a diferença dos montantes é R$ 708,75, e não R$ 1.708,75.

    D) Falso, pelo mesmo raciocinio da B

    E) Falso, da instituição B ele recebeu 15.208, 75.


ID
4908226
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Um investidor, na dúvida quanto ao tempo de aplicação do seu capital em regime de juros simples ou juros compostos, faz a seguinte pergunta a um consultor financeiro:

Em quanto tempo meu capital dobrará de valor?

Considerando a taxa de aplicação de 2,5% ao mês, log(2) = 0,301 e log(1,025) = 0,010 a resposta correta dada pelo consultor financeiro é:

Alternativas
Comentários
  • Gab: D

  • Nem precisaria fazer o cálculo nessa questão. Basta saber que o tempo de aplicação nos juros simples será maior (pois a base de cálculo é menor que a no juros compostos). Logo, a resposta fica entre D e B.

    Se a B fosse verdadeira, a D também seria. Portanto, só poderia ser a letra D.

  • Gostaria do calculo da questão por favor ;-;

  • Alguém por favor, me explica a linha de raciocínio dessa questão, porque eu absolutamente perdido. Nada faz sentido

  • Gente, essa questão pode parecer difícil, mas não é tanto.

    Olha, se a aplicação é de 2,5% ao mês, quanto tempo levaria para dobrar o investimento inicial, num investimento de rendimento em juros simples?

    Em quanto tempo 2,5% viram 100%?

    2,5%.x=100%

    No final, você encontra quarenta.

    Quer dizer, ao rendimento de 2,5% mensal, de acordo com a lógica dos juros simples, somente em 40 meses você dobra o investimento inicial, qualquer que seja ele. Logo, letra D está correta (o tempo será superior a 35 meses).

  • Não sei se o meu raciocinio ta certo, mas acertei a questão. Vou mostrar a minha conta.

    c=capital

    i=0,025 a.m

    m=2c (o montante será duas vezes a capital)

    t=?

    Juros compostos

    m=c(1+i)^t

    2c=c (1+0,025)^t

    corta os dois c, pois e como passar o c da direita pra o outro lado dividindo (2c/c= 2)

    2=1+0,025^t

    2=1,025^t

    log 2= log 1,025^t

    0,301= t* 0,010

    0,301/0,010=t

    t=30,1

    Ou seja o tempo é de 30,1 meses, nesse caso 31 meses.

    Juros simples

    Usei os mesmo dados, porem alterei apenas a formula

    J=c*i*t

    2c=c*0,025*t

    2=0,025*t

    t=80

    Espero que ajude! ^-^

    Porém novamente digo, não tenho certeza se está certa a conta.


ID
4908229
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Um empresário ao financiar R$8.000,00 para adquirir um equipamento para sua indústria é informado que a taxa de juros cobrada é de 1,6% ao mês em regime de juros compostos e que deve liquidar o financiamento por meio de um único pagamento ao final de um bimestre, após a liberação dos recursos. Posteriormente, a financeira informa a esse empresário que a taxa será desdobrada em duas parcelas, uma taxa mensal de 1% ao mês, cobrada de forma postecipada ao longo do bimestre e uma parcela antecipada, cobrada no ato da liberação dos recursos. Considerando que o percentual cobrado pela financeira é tal que a taxa de 1,6% ao mês é obtida, o valor líquido desse financiamento:

Alternativas
Comentários
  • Primeira proposta de financiamento (Nem precisava fazer)

    A taxa cobrada é de 1,6% ao mês, e o pagamento da dívida ocorrerá em 2 meses, sob o regime composto. Logo, o montante que quita a dívida após dois meses é:

    M=C(1+i)

    8.000×(1+1,6%)=8.258,048

    Segunda proposta de financiamento.

    Na segunda proposta, o empresário paga uma taxa de 1% ao mês sobre os 8.000,00. Logo, após dois meses do empréstimo, o empresário terá que pagar:

    M=C(1+i)

    8.000×(1+1%)2=8.160,80

     No entanto, o exercício nos diz que isso não passa de uma "proposta enganosa". Isto porque a taxa efetiva continuará sendo de 1,6% ao mês. Ou seja, o valor atual desta prestação, na data do financiamento, será de:

     

    M=C(1+i)

    M/ (1+i) =C

    8.160,80/ (1+1,6%)7.905

    O valor atual é menor que R$ 8.000,00. Para que isso ocorra, a financeira deve ter cobrado, já no ato do empréstimo, um valor igual a:

    8.000−7.905=958.000−7.905=95

     Com isso, em termos líquidos, ela empresta R$ 7.905,00 (gabarito letra D). Contudo, para fazer propaganda enganosa, calcula os juros de 1% sobre o valor cheio (R$ 8.000,00).

    No entanto, se calcularmos os juros sobre o valor efetivamente emprestado (R$ 7.905,00), veremos que a taxa efetiva é de 1,6%.


ID
4908232
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Durante uma reunião com os fiscais observou-se que estão presentes 30 mulheres e 50 homens, sendo que 50% das mulheres e 3/5 dos homens foram aprovados no último concurso. Escolhendo-se ao acaso um desses fiscais, a probabilidade de que ele seja um homem ou um dos aprovados no último concurso :

Alternativas
Comentários
  • Eu fiz o seguinte:

    50% de 30 = 15

    3/5 de 50 = 30

    Ele quer a probabilidade de homens ou um dos aprovados, logo:

    50(total de homens) + 45 (total de aprovados) - 30 ( esses 30 já tão inclusos nos 50 dos homens, por isso a subtração)

    Totalizando 65/80

    Basta aplicar a regra te três:

    80 ----- 100%

    65 ----- x

    80x = 6500%

    x= 6500/80

    x= 81,25

    Gabarito: B

  • 50/80 é a chance de homens.

    e no caso de novatos seria 15/80 que seria os 50% das mulheres e excluindo os homens, ja que eles já entraram na outra situação.

    50/80 deu 62,5%

    "e"

    15/80 deu 18,75%

    como é uma situação ou a outra então soma:

    totalizando 81,25%

  • 15/80 x30/79 =45/6230x100=72,22

  • A questão pede a probabilidade de que o escolhido seja “homem” (aprovado ou não no último concurso) ou(+) “aprovado no último concurso” (restando apenas as mulheres, já que os homens aprovados entraram na contagem dos homens).

    1.     Homens (aprovados no último ou não): 50

    2.     Mulheres aprovadas no último concurso: 15

    3.     Total de fiscais: 80

     

    ·      Logo, calculando a probabilidade:

     

    P = (50+15) / 80

    P = 81,25%


ID
4908241
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Texto II

“A China é a nação mais populosa do mundo, a quarta mais extensa, a segunda maior economia e a mais antiga e contínua civilização, representando o epicentro da Ásia. A rapidez com que tem se modernizado e sua economia crescido, com formas peculiares em termos político-econômicos, estão alterando a correlação de forças no mundo”.

VISENTINI, P. F. China, potencia emergente: pivô da transformação mundial. In BRICs: as potências emergentes. Vozes, RJ, 2013. (Com adaptações) 

Tomando o Texto II como referência marque a alternativa correta.

Alternativas

ID
4908244
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

As relações regionais do Brasil adquiriram, na matriz neoliberal dos anos de 1990, um novo sentido estratégico a partir do aprofundamento da política regional desenvolvimentista. O projeto neoliberal brasileiro ganhou centralidade na busca pela sua inserção internacional. Neste contexto:

Alternativas

ID
4908247
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Texto III

“Projetos de mineração da Vale pressionam territórios

quilombolas no Maranhão e Pará”

    No mês de julho o maior empreendimento da Vale, Projeto Serra Sul (S11D) recebeu dos órgãos ambientais do governo federal, o Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) a licença de instalação do projeto da mina e da usina de beneficiamento do minério de ferro, apesar de parte da área integrar a reserva ambiental da Floresta Nacional de Carajás. A pressão sobre reservas ambientais e territórios das populações originárias é uma das características de tais projetos na Amazônia”.

Jornal Amazônia online- agosto/2013 (com adaptações)

Considerando a situação descrita no Texto III, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
4908250
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Texto IV

    “Melgaço, no Arquipélago do Marajó, no interior do Pará, ficou conhecida recentemente por ser o município com menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) municipal do país. Em uma escala que vai de 0 a 1, a nota obtida pela cidade foi de 0,418, o que faz com que figure na faixa de áreas com muito pouco desenvolvimento humano. A cidade, onde ainda é comum moradores viverem em palafitas, convive com problemas em todas as áreas e enfrenta uma realidade em que falta quase tudo: saneamento, educação, saúde de qualidade e até carros”.

Notícias UOL -http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ ultimas-noticias/2013/08/12/isolada-cidade-com-pior-idh-do-pais-convive-com-palafitas-e-falta-de-saneamento.htm 

Considerando que o IDH engloba três dimensões do desenvolvimento humano: longevidade, educação e renda, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL. REPERCUSSÕES (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

    A gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias e do aviso prévio, ainda que indenizados. Repercute, contudo, pelo seu duodécimo na indenização por antigüidade e na gratificação natalina.

  • Sobre o item II:

    Empregado(da iniciativa privada ou pública) é o regido pela CLT, diferente do servidor público(sob regime estatutário - 8112).

    Os temas de servidores públicos serão cobrados em Direito Constitucional e Administrativo.

    Quando estudarmos Direito do Trabalho e Processual, falaremos do celetista.

    Ademais, a competência da Justiça do Trabalho limita-se a CLT, segundo a Carta Magna e o entendimento do STF.

    Isso é bem básico mas pode gerar confusão aos "estudantes iniciantes".

    Vide comentário:

    Adriana Abreu Biondo

    Quanto ao item II, seguem os dispositivos correlatos:

    CLT, Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior.

    Súmula 171, TST: Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses.


ID
4908253
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Texto V

Protesto no Egito termina em massacre com mais de 500 mortos.

    Manifestantes pediam a volta de Morsi ao poder e foram surpreendidos por tiros de armas letais. Mais de 500 morreram e milhares ficaram feridos. Os analistas dizem que a sociedade egípcia, a mais plural e diversa do Oriente Médio, depois de quarta-feira (14) se vê reduzida a dois campos opostos: os que apoiam os islâmicos e os que apoiam os militares.

Portal G1. Globo – agosto/2013http://g1.globo.com/ bom-dia-brasil/noticia/2013/08/protesto-no-egito-termina-em-massacre-com-mais-de-500-mortos.html 

As manifestações recentes ocorridas no Egito podem ser relacionadas ao/a:

Alternativas

ID
4908256
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O terrorismo tornou-se parte significativa da agenda política internacional, especialmente após o ataque de 11 de setembro de 2001 ocorrido nos Estados Unidos da América. Considerando os conflitos atuais onde repercuti o tema do terrorismo destaca-se:

Alternativas

ID
4908259
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Texto VI

    “Há, sem dúvida, uma estreita relação entre a pobreza e a degradação do meio ambiente. No entanto, existem diversas maneiras de analisar esta correspondência, dependendo dos interesses de quem faz o estudo. Uma ideia bastante aceita, por exemplo, é a de que populações pobres têm um impacto maior sobre o ambiente em que vivem, do que outros grupos de maior renda. De maneira superficial, este raciocínio parece correto, se pensarmos na ocupação irregular de áreas de proteção a mananciais, florestas urbanas e encostas de morro. Exemplos deste tipo de situação é a fixação de populações em áreas no entorno das represas de Guarapiranga e Billings, em São Paulo; o avanço das favelas cariocas sobre a floresta da Tijuca; e a ocupação de morros em cidades litorâneas do Sudeste do país”.

Disponível em http://tesmotetas.blogspot.com.br/2012/06/pobreza-e-meio-ambiente-ricardo-rose.html

Considerando a relação meio ambiente e sociedade abordada pelo Texto VI indique a alternativa correta.

Alternativas

ID
4908262
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Texto VII

“O aquecimento global é uma consequência das

alterações climáticas ocorridas no planeta."

    Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura média global. Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco séculos, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. "Esse crescimento pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais".

Brasil Escola, disponível: http://www.brasilescola.com/ geografia/aquecimento-global.htm (com adaptações)

Sobre o aquecimento global é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4908265
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

No início do século XXI as potências emergentes buscaram estabelecer coalizões para atuar no plano internacional. No âmbito da política mundial destaca-se o BRICs, sigla que ficou conhecida a partir do advento da crise mundial de 2008. Sobre o BRICs é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Bom dia t.me/cacdista !

    B. ERRADO o ingresso da África do Sul no Brics representou o enfraquecimento do grupo e seus mecanismos de cooperação criados no início do século XXI, em decorrência de sua fragilidade econômica.

    Desde então, o acrônimo, criado alguns anos antes pelo mercado financeiro, não mais se limitou a identificar quatro economias emergentes. O BRIC passou a constituir mecanismo de cooperação em áreas que tenham o potencial de gerar resultados concretos aos brasileiros e às populações dos demais integrantes. Em 2011, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, acrescentando o "S" ao acrônimo, agora BRICS.

    fonte https://www.gov.br/mre/pt-br/assuntos/mecanismos-internacionais/mecanismos-inter-regionais/brics

  • D. ERRADO

    o Brics apresenta como objetivo contribuir para a constituição de um sistema internacional bipolar, governado por instituições multilaterais e priorização do desenvolvimento econômico e social.

    "We reiterate our common vision of ongoing profound shifts in the world as it transitions to a more just, democratic, and multi-polar international order based on the central role of the United Nations, and respect for international law. "


ID
4908268
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Texto VIII

    “A água, alertam os especialistas, será o grande problema da humanidade em futuro próximo, se não forem tomadas certas medidas políticas e não forem desenvolvidas novas tecnologias a esse respeito”.

GOHN, M. G. Movimentos sociais e redes de mobilizações civis no Brasil Contemporânea. Petropolis.Vozes, 2010 9(p. 123).

Nos últimos anos a sociedade civil brasileira vem se mobilizando em torno da questão da água, com destaque para:

Alternativas

ID
4908271
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

A partir da Constituição de 1946 o Brasil busca a efetivação de um Estado de Bem Estar Social. Dessa forma, a organização dos serviços de utilidade pública convergem para o chamado “modelo europeu”. A característica especifica desse modelo é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

  • Modelo europeu é o mesmo que burocrático ?

  • Sobre o "modelo europeu", refere-se ao período de Gestão Pública burocrática, que estabeleceu o ESTADO DE BEM-ESTAR social, no Brasil:

    ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL

    No Brasil, manifestou-se no governo de Getúlio Vargas, na década de 1940. O período foi marcado pelo estabelecimento dos direitos sociais, como as leis trabalhistas, sobretudo o salário-mínimo. A partir disso, o país seguiu a tradição de proteger os direitos sociais, seja através de legislação ou de medidas assistencialistas.

    Atualmente, o Brasil conta com diversas medidas características do Estado de bem-estar social, tais como licença maternidade, cotas raciais, seguro-desemprego, segurança social, etc.

    O regime de bem-estar social no Brasil pode ser comparado com o modelo social-democrata europeu, apesar das especificidades e diferenças que aqui adquiriu.

    Esse paradigma político-administrativo estabeleceu um pacto entre política e burocracia, que sobreviveu e continuou desenvolvendo-se durante o período 1946-1964.

    A CONSTITUIÇÃO DE 1946

    Diante da crise que se instalara no governo de Getúlio Vargas, houve um golpe de Estado em 1945 e imediata convocação de Assembleia Constituinte, que se deu em 1946.

    A Assembleia Constituinte de 1946,

    foi contemporânea de uma importante ‘onda’ de constitucionalismo global, que se seguiu ao fim da II Guerra Mundial. Mais ou menos na mesma época, vários estados elaboraram constituições que hoje são referência mundial, como a Itália (1947), a Alemanha (1948) e a Índia (1946), e outros aprovaram textos que acabariam não resistindo ao tempo, como a França. (SOUZA NETO e SARMENTO, 2012)

    Ou seja, no Brasil, assim como ocorreu em outros países na mesma época, veio a surgir uma nova ordem constitucional.

    E, por isso, conforme observa Novelino (2012),

    Na tentativa de romper com a centralização política implementada durante o Estado Novo, a Constituição de 1946 restaurou o federalismo, assegurando à União competências privativas e outorgando as competências residuais aos Estados, além de competências complementares e supletivas. Aos municípios assegurou uma ampla autonomia, com a possibilidade de eleição de prefeitos e de vice-prefeitos, competência para organizar serviços públicos locais e competências supletivas.

    Destarte, a Constituição de 1946, rompendo com o Estado Novo, trouxe de volta a forma federativa de Estado ao Brasil, mas, assim como ocorreu nas demais constituições que adotaram a forma federativa de Estado, permaneceu a tendência centralizadora de poder.

    São estes, inclusive, os ensinamentos de Ferreira Filho (2012),

    A tendência à centralização, praticamente ao fortalecimento da União, não foi detida pela Constituição de 1946. Na verdade, vigendo esta, a preocupação desenvolvimentista veio a reforçar a tendência centralizadora. Para tanto confluíram as tentativas de planejamento, as iniciativas destinadas a reduzir as desigualdades regionais (como a SUDENE) e os grandes investimentos estatais, mormente na indústria de base.


ID
4908274
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

A Reforma Administrativa de 1967 representa um avanço na busca de romper com a rigidez do modelo burocrático instalado na Gestão Pública Brasileira. Diante de alguns preceitos balizadores dessa inovação, afirma-se que:


I. A reforma desacelerou o dinamismo operacional por meio da descentralização funcional.

II. Foram instituídos como princípios de racionalidade administrativa o planejamento e o orçamento.

III. Foram transferidas a execução de várias atividades para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.

IV. Foram criados o Ministério da Desburocratização e o Programa Nacional de Desburocratização (PrND)

V. O Estado passa a ser gerencial, com atuação descentralizada e baseada no controle por resultados.


A alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas é:

Alternativas
Comentários
  • E)

    Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais:

    I - Planejamento.

    II - Coordenação.

    III - Descentralização.

    IV - Delegação de Competência.

    V - Contrôle.

  • Programa da Desburocratiação: reforma inédita, social e polícita.


ID
4908277
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

A Administração Pública burocrática nasce com o objetivo de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista, pregando o desenvolvimento, a profissionalização, a ideia de carreira pública hierárquica funcional, a impessoalidade e o formalismo. Entre as características da Administração Pública Burocrática encontram-se:


I. Uma auto-referência, concentrando-se no processo, em suas próprias necessidades e perspectivas.

II. A racionalidade absoluta garantida pela burocracia.

III. Uma forma descentralizada de gestão.

IV. O formalismo, rigidez e rigor técnico.

V. A formação de um administrador público que se preocupa em oferecer serviços, e não em gerir programas.


A alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas é:

Alternativas
Comentários
  • C)

    Administração Pública burocrática

    Em face da desorganização do Estado em termos de prestação de serviços públicos e da ausência de um projeto de desenvolvimento para a nação, aliadas à corrupção e ao nepotismo comuns na área pública, um novo modelo de administração se fazia necessário. Era preciso reestruturar e fortalecer a Administração Pública para que pudesse cumprir suas novas funções. O surgimento das organizações de grande porte, a pressão pelo atendimento de demandas sociais, o crescimento da burguesia comercial e industrial indicavam que o Estado liberal deveria ceder seu espaço a um Estado mais organizado e de cunho econômico.

    Atenção → Enquanto no mundo a burocracia surge envolta no capitalismo e na democracia, no Brasil ela surge no período militar e se desenvolve em plena ditadura.

    A Administração Pública burocrática surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Constituem princípios orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese: o poder racional-legal. Os controles administrativos visando evitar a corrupção e o nepotismo são sempre a priori. Parte-se de uma desconfiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles dirigem demandas. Por isso são sempre necessários controles rígidos dos processos, como, por exemplo, na admissão de pessoal, nas compras e no atendimento a demandas (Pdrae, 1995).16

    Atenção → A Administração Pública burocrática surgiu com a filosofia de combater as práticas patrimonialistas.

    Por outro lado, o controle – a garantia do poder do Estado – transforma-se na própria razão de ser do funcionário. Em consequência, o Estado volta-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. A qualidade fundamental da Administração Pública burocrática é a efetividade no controle dos abusos; seu defeito, a ineficiência, a autorreferência e a incapacidade de voltar-se para o serviço aos cidadãos. Este defeito, entretanto, não se revelou determinante na época do surgimento da Administração Pública burocrática porque os serviços do Estado eram muito reduzidos. Nessa época, o Estado limitava-se a manter a ordem e administrar a justiça, a garantir os contratos e a propriedade.

  • C)

    Administração Pública burocrática

    Em face da desorganização do Estado em termos de prestação de serviços públicos e da ausência de um projeto de desenvolvimento para a nação, aliadas à corrupção e ao nepotismo comuns na área pública, um novo modelo de administração se fazia necessário. Era preciso reestruturar e fortalecer a Administração Pública para que pudesse cumprir suas novas funções. O surgimento das organizações de grande porte, a pressão pelo atendimento de demandas sociais, o crescimento da burguesia comercial e industrial indicavam que o Estado liberal deveria ceder seu espaço a um Estado mais organizado e de cunho econômico.

    Atenção → Enquanto no mundo a burocracia surge envolta no capitalismo e na democracia, no Brasil ela surge no período militar e se desenvolve em plena ditadura.

    A Administração Pública burocrática surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Constituem princípios orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese: o poder racional-legal. Os controles administrativos visando evitar a corrupção e o nepotismo são sempre a priori. Parte-se de uma desconfiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles dirigem demandas. Por isso são sempre necessários controles rígidos dos processos, como, por exemplo, na admissão de pessoal, nas compras e no atendimento a demandas (Pdrae, 1995).16

    Atenção → A Administração Pública burocrática surgiu com a filosofia de combater as práticas patrimonialistas.

    Por outro lado, o controle – a garantia do poder do Estado – transforma-se na própria razão de ser do funcionário. Em consequência, o Estado volta-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. A qualidade fundamental da Administração Pública burocrática é a efetividade no controle dos abusos; seu defeito, a ineficiência, a autorreferência e a incapacidade de voltar-se para o serviço aos cidadãos. Este defeito, entretanto, não se revelou determinante na época do surgimento da Administração Pública burocrática porque os serviços do Estado eram muito reduzidos. Nessa época, o Estado limitava-se a manter a ordem e administrar a justiça, a garantir os contratos e a propriedade.

  • A questão em análise exige que tenhamos conhecimento sobre o modelo burocrático de administração pública. Para responder corretamente, precisamos indicar quais características apresentadas estão corretas.

    I. CORRETO. A burocracia é insulada, guia-se por si mesma, é autorreferida e considera seus interesses mais importantes do que os dos cidadãos.

    II. CORRETO. A burocracia busca assegurar uma racionalidade absoluta na atuação dos administradores públicos.

    III. INCORRETA. A burocracia é uma forma centralizada de gestão, a descentralização passa a ser incentivada apenas no modelo seguinte

    IV. CORRETO. Na administração burocrática temos a presença do formalismo, rigidez e rigor técnico.

    V. INCORRETO. A formação de um administrador público que se preocupa em gerir programas, o que acaba deixando de lado a oferta de serviços.

    Após analisar as alternativas apresentadas, concluímos que a alternativa "C" é a correta.

    GABARITO: C


ID
4908280
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

A atual abordagem sobre Administração Pública torna a definição dos conceitos sobre eficiência, eficácia e efetividade essenciais para a compreensão e implementação das políticas públicas. Dessa forma, levando em consideração eficiência e eficácia, afirma-se que:


I. A eficiência é uma medida normativa do alcance de resultados.

II. A eficiência é uma medida normativa da utilização de recursos no processo.

III. A eficiência é uma relação entre custos e benefícios.

IV. A eficiência se preocupa em fazer corretamente as ações e/ou atividades a que se propõe, da melhor maneira possível.

V. A eficácia é uma relação entre custos e benefícios.


A alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas é:

Alternativas
Comentários
  • I. A eficiência é uma medida normativa do alcance de resultados. (ERRADO) - Se refere a EFICÁCIA.

    II. A eficiência é uma medida normativa da utilização de recursos no processo. (CERTO)

    III. A eficiência é uma relação entre custos e benefícios. (CERTO)

    IV. A eficiência se preocupa em fazer corretamente as ações e/ou atividades a que se propõe, da melhor maneira

    possível. (CERTO)

    V. A eficácia é uma relação entre custos e benefícios. (ERRADO) - Se refere a EFICIÊNCIA.

    Gabarito D. II, III, e IV.

  • Imagina que você fez um bolo pra vender.

    Comprou baratinho os ingredientes e de boa qualidade (eficiente)

    Fez o bolo certinho, seguiu direitinho a receita da sua vó (utilizou bem os recursos durante o processo) eficiente

    Porém, você não conseguiu vender nenhum pedaço do bolo (não alcançou a meta- ineficaz)

    Se você foi eficiente mas foi ineficaz, então o resultado não foi efetivo

    Caso o resultado tivesse sido a venda do bolo inteiro, então você teria sido eficiente, eficaz e efetivo.

    Espero que os ajude a guardar isso na mente.

    Fonte: Giovana Carranza


ID
4908283
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

No que se refere ao conceito de governabilidade, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    Governabilidade se refere às condições sistêmicas gerais por meio das quais se dá o exercício do poder em determinada sociedade. É um conceito associado à capacidade política de governar e à legitimidade. 

    Stefan Fantini

  • Se tornou muito confuso, alguns comentários dizem que governabilidade e exercício não combinam.

  • Complemento:

    GOVERNABILIDADE - CAPACIDADE DE TOMAR DECISÕES

    REPRESENTANDO OS INTERESSES DA SOCIEDADE

    GOVERNANÇA - CAPACIDADE DE ADMINISTRAR / IMPLEMENTAR AS POLÍTICAS

    PÚBLICAS DE FORMA EFICIENTE.

  • A questão exige que tenhamos conhecimentos sobre o conceito de governabilidade. Vejamos qual das alternativas pode ser marcada.

    A Governabilidade refere-se às condições sistêmicas, substantivas e materiais do exercício do poder, para que exerça sua missão. Envolve o sistema político, a forma de governo, as relações entre os poderes, o sistema partidário etc. Ou como a questão bem disse, diz respeito às condições do exercício da autoridade política.

    Outro conceito que vale trazer aqui é o de governança, o qual as bancas tentam confundir com governabilidade.

    Governança diz respeito às condições adjetivas ou instrumentais. A governança está intimamente ligada à maneira como o poder é exercido na administração dos recursos, sejam eles humanos, financeiros ou administrativos. Refere-se ao processo de tomada de decisão que antecipa e ultrapassa ao governo; ao modo como a autoridade é exercida; à repartição do poder entre os governados etc.

    A conclusão é que a alternativa "B" é a correta.

    GABARITO: B

    Fonte:

    MOREIRA, Elisabete de Abreu e Lima. Administração Geral e Pública para Concursos. Salvador: Juspodivm, 2016.

  • Gabarito: B.

    Análise das alternativas:

    a) Incorreta.

    É na governança que surgem e desenvolvem-se as condições acordadas com a sociedade. Ou seja, enquanto que na governabilidade esses interesses são agregados, na governança eles são representados.

    b) Correta.

    A governabilidade são as condições substantivas gerais ou materiais por meio das quais se dá o exercício do poder em determinada sociedade. É um conceito associado à capacidade política de governar e à legitimidade do Estado – condições sistêmicas e institucionais.

    c) Incorreta.

    É a ingovernabilidade ou a não governabilidade que se associa às relações de conflitos entre Estado e sociedade.

    d) Incorreta.

    De fato, a governabilidade reflete nas condições substantivas ou materiais de exercício do poder e de legitimidade do Estado – condições sistêmicas e institucionais. No entanto, a governabilidade é um sistema de intermediação de interesses, em que se processa diversas coalizões.

    e) Incorreta.

    governança, e não a governabilidade, é a capacidade governamental de criar regras universalistas e assegurar sua prevalência nas transações sociais, políticas e econômicas, penalizando ou desincentivando condutas, promovendo arranjos cooperativos e reduzindo os custos de transação. Do ponto de vista político, significa a capacidade de resistência à captura por grupos de interesse por parte das elites governamentais, além da promoção da “accountability”, ou seja, tornar os governos responsáveis por suas ações.

  • Acho que o que matou a D foi o "em detrimento".


ID
4908289
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

A avaliação de desempenho tem sido inserida como instrumento de gestão no serviço público nas últimas décadas com o objetivo de alinhar desempenho às metas e diretrizes na maioria dos serviços executados. A avaliação de desempenho no Setor Público deve sempre levar em consideração:

Alternativas
Comentários
  • Gab: E

    A) o desempenho do trabalho é resultante exclusivamente da competência individual.

    B) que as relações interpessoais não interferem no desempenho de uma equipe de trabalho.

    C) que o controle, que é a garantia do desempenho eficiente dos indivíduos, independe da avaliação de desempenho.

    D) que o ambiente de trabalho e seu clima organizacional são irrelevantes para a avaliação de desempenho na gestão pública.

    E) que a avaliação de desempenho, dentre outras funções, visa acompanhar o trabalho e objetivos propostos aos indivíduos, e dar feedback a essas pessoas.

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ID
4908292
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Entre os princípios abaixo, o que NÃO se aplica a boa governança pública é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E)

    Governança pública, no entanto, é compreendida como a capacidade de governar, capacidade de decidir e implementar políticas públicas que atendam às necessidades da população. Segundo Bresser-Pereira (1998), “governança é a capacidade financeira e administrativa, em sentido amplo, de um governo implementar políticas”.

    Governança relaciona-se com a competência técnica, que abrange as capacidades gerencial, financeira e técnica propriamente dita, e tem nos agentes públicos, em sentido amplo, e nos servidores públicos, em sentido estrito, a sua fonte de origem. “Existe governança em um Estado quando seu governo tem as condições financeiras e administrativas para transformar em realidade as decisões que toma.”

    O Caderno Mare no 01 menciona que a governança será alcançada quando o Estado se tornar mais forte, embora menor: mais forte financeiramente, superando a crise fiscal que o abalou nos anos 1980; mais forte estruturalmente, com uma clara delimitação de sua área de atuação e uma precisa distinção entre seu núcleo estratégico, em que as decisões são tomadas, e suas unidades descentralizadas; mais forte estrategicamente, dotado de elites políticas capazes de tomar as decisões políticas e econômicas necessárias; e administrativamente forte, contando com uma alta burocracia tecnicamente capaz e motivada.

    A governança envolve o modo/forma pelo qual o Governo se organiza para prestar serviços à sociedade; o modo/forma de gestão dos recursos públicos; o modo/forma como divulga suas informações; o modo/forma como se relaciona com a sociedade civil; e o modo/forma como constrói os arranjos/acordos institucionais necessários à implementação das políticas públicas.

    A governança é instrumental, é o braço operacional da governabilidade, “pode ser entendida como a outra face de um mesmo processo, ou seja, como os aspectos adjetivos/instrumentais da governabilidade” (Vinícius Araujo, 2002). Por ser um instrumento da governabilidade para a realização dos fins do Estado, a governança pressupõe condições mínimas de governabilidade, ou seja, em situações de crise grave ou de ruptura institucional, que afetem a governabilidade, a governança restará comprometida, haja vista o seu caráter instrumental. “Sem governabilidade é impossível governança” (Caderno Mare no 01).

  • GABARITO: E

    A relações éticas

    B conformidade, em todas as suas dimensões

    C transparência

    D prestação responsável de contas

    E acesso a informação restrito aos técnicos governamentais

  • GABARITO: E

    A relações éticas

    B conformidade, em todas as suas dimensões

    C transparência

    D prestação responsável de contas

    E acesso a informação restrito aos técnicos governamentais

  • A TRANSPARENCIA Faz parte do PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE, que determina que todos tenhamos acesso aos dados relacionados aos atos da Administração publica, todo e qualquer gasto deve ser publicado. (Geralmente no diário oficial). Não havendo publicidade, os efeitos do ato serão anulados. (pesquise sobre as exceções).


ID
4908295
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

No modelo de Gestão Pública Gerencial a adoção da Nova Administração Pública (NAP) passou a ser algo recorrente a partir dos anos 80 nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. No Brasil a implementação efetiva do modelo NAP tem início com o governo Fernando Henrique Cardoso (entre 1995 e 2002). Nesse sentido, afirma-se que:


I. Uma mudança de ênfase do processo de elaboração de políticas para habilidades gerenciais.

II. Uma mudança de ênfase de pessoas para resultado.

III. Uma mudança de ênfase de hierarquias ordenadas para bases mais competitivas e para a provisão de serviços.

IV. A busca de redução ou remoção de diferenças entre o setor público e o privado.

V. O crescimento do estado através de um modelo agregador de serviços públicos concedidos a autarquias, empresas públicas e de economia mista.


A alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

  • Essa banca deveria ser banida de concursos.

  • Como características fundamentais da NAP, identificam-se algumas mudanças que representam uma diminuição das distâncias entre o setor público e o privado:

     

    (1) ênfase na elaboração de políticas para habilidades gerenciais;

    (2) ênfase nos processos para os resultados;

    (3) ênfase nas hierarquias ordenadas para bases mais competitivas; e

    (4) a provisão de serviços, de pagamentos fixos para variados, e de serviços uniformes e inclusivos para contratos de provisão (BEVIR, RHODES e WELLER, 2003).

    Assim, podemos perceber que a questão estaria passível de anulaçãoA afirmativa II não pode ser considerada correta, já que a NAP é orientada para o cidadão (pessoas). A mudança ocorre na ênfase de processos para resultados, e não de pessoas para resultados. Assim, não há alternativa possível para a correção da questão.

    FONTE: TEC


ID
4908298
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

O desafio da implementação de um modelo de gestão pública baseada por resultados requer a organização de novos padrões no setor público. Dos padrões listados abaixo o que NÃO se aplica a gestão pública baseada por resultados, é:

Alternativas
Comentários
  • →Indicadores de desempenho - Gespública

     

    → Eficiência - relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos utilizados; relação custos – produtividade (maneira correta )

    →capacidade de produzir o máximo resultado com a mínima quantidade de recursos disponíveis. (maneira correta)- (gerencialismo)

     → Eficácia - quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário. Foco: metas ,independe de custos. (fazer a coisa certa )

     → Efetividade impactos gerados pelos produtos/serviços, processos, projetos. (satisfação)L

    → indica se o projeto tem efeitos (positivos) ou negativos no ambiente externo em que interveio, em termos técnicos, econômicos, socioculturais, institucionais e ambientais.

     

    → Execução realização dos processos, projetos, planos de ação conforme estabelecidos.

     → Excelência - conformidade com critérios e padrões de qualidade/ excelência       

    →Economicidade: expressa variação positiva da relação custo (menor) / benefício (maior), na qual se busca a otimização dos resultados na escolha dos menores custos em relação aos maiores benefícios.

    Obs : As propriedades essenciais dos indicadores utilizados para a mensuração do desempenho governamental são as seguintes: Utilidade, Validade, Confiabilidade e Disponibilidade.


ID
4908301
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Dos aspectos listados a seguir, o que NÃO se enquadra na perspectiva de governança no setor público, é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    De acordo com o Referencial Básico de Governança, as funções básicas da governança são:

    -Avaliar o ambiente, o desempenho e os resultados atuais e futuros.

    -Direcionar e orientar a preparação, a articulação e a coordenação de políticas e planos.

    -Monitorar os resultados, o desempenho e o cumprimento das políticas e planos, comparando-os com as metas anteriormente estabelecidas.

    Portanto, não fortalece a preocupação com processos, mas sim com os resultados.

    Stefan Fantini

  • atenção à palavra "detrimento"


ID
4908304
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Um dos aspectos fundamentais para a implementação de um modelo de gestão pública por resultados é o comprometimento da Direção em uma série de práticas na busca do desempenho ideal, dentre eles:


I. Desenvolvem e facilitam o alcançar da missão e da visão da organização.

II. Não se envolvem pessoalmente para assegurar que o modelo de gestão da organização seja desenvolvido e implementado.

III. Patrocinam a mudança cultural da organização.

IV. Atuam em busca do desenvolvimento institucional, estimulando a iniciativa e a criatividade.

V. Preferem a análise do desenvolvimento individual em detrimento ao desempenho global da organização.


A alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D

    Nota: Procurei referências bibliográficas no Edital do concurso em questão, mas o mesmo só forneceu conteúdo programático (dei uma olhada geral, sem procurar em todos documentos disponíveis).

    Explicação:

    A questão nos fornece a expressão "gestão pública por resultados", que conhemos como característica atual do modelo de Administração Pública Gerencial. A partir disso, diante das opções dadas, baseando-se nas práticas que a Direção deveria ter para alcançar o desempenho ideal, apliquei meu conhecimento PRÓPRIO (derivado de estudos, é claro) dentro das opções.

    I. Desenvolvem e facilitam o alcançar da missão e da visão da organização. (CORRETO - Uma Direção iria optar sempre, ou desenvolver se necessário, a possibilidade de alcançar a missão e visão da organização que eles representam).

    II. Não se envolvem pessoalmente para assegurar que o modelo de gestão da organização seja desenvolvido e implementado. (INCORRETO - É necessário o envolvimento pessoal da Direção para assegurar que o modelo de gestão venha a ser desenvolvido e, também, aplicado. Sem uma Direção norteando tais fatos, com certeza o modelo teria, minimamente, dificuldade de implementação).

    III. Patrocinam a mudança cultural da organização. (CORRETO - A Direção tem papel fundamental na mudança cultural da organização, de tal forma que é necessário seu patrocínio e acompanhamento/alinhamento para que ocorra).

    IV. Atuam em busca do desenvolvimento institucional, estimulando a iniciativa e a criatividade. (CORRETO - Atualmente, a Direção numa estrutura gerencial busca ainda mais a iniciativa e a criatividade como forma de inovação para a instituição).

    V. Preferem a análise do desenvolvimento individual em detrimento ao desempenho global da organização. (INCORRETO - O ser individual já não é mais foco da análise, e sim o desempenho do grupo, global).

    Só ratificando que tal resposta foi montada em cima do que achei mais alinhado para o pensamento de uma Direção da Adm Pública Gerencial, não estando baseado, diretamente, em fontes de livros, estudos e artigos, apenas no que estudo atualmente. Logo, é possível que há respostas certas, mas com a justificativa inaqueada, errada ou incompleta.


ID
4908307
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Assinale a alternativa que NÃO representa as vantagens apregoadas pelo modelo de gestão pública burocrática.

Alternativas
Comentários
  • A questão em análise exige que tenhamos conhecimentos dos modelos teóricos de administração pública. Para responder corretamente, precisamos indicar qual das alternativas não traz as vantagens do modelo burocrático de administração.

    Podemos organizar as principais características da burocracia assim;

    A) Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização.

    B) Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exato dos seus deveres.

    C) Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e por quem.

    D) Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e escrita.

    Tendo dito quais são suas características, temos que a inconstância no que diz respeito a tomada de decisão não é comum à burocracia, pelo contrário, a constância, sim, pois sua rotinas e procedimentos previamente definidos não serão alterados por causa de circunstâncias específicas.

    Por falar em constância e previsibilidade, nestas características residem uma das críticas ao modelo burocrático, pois por causa delas, as organizações burocráticas ignoram o ambiente externo, a qualificação do pessoal e a tecnologia e seus avanços.

    Após analisar as alternativas apresentadas, concluímos que a letra "E" é a correta.

    GABARITO: E

  • Agora, rapidez nas decisões seria no plano ideal apenas, pois esta foi considerada uma das disfunções que levou a se repensar o modelo burocrático


ID
4908310
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Das alternativas abaixo a que corresponde a preceitos de governabilidade nas atuais democracias é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E.

     governabilidade refere-se ao poder político em si, que deve ser legítimo e contar com o apoio da população e de seus representantes. No dizer de Bresser-Pereira (1998), significa capacidade política de governar, “governabilidade é uma capacidade política de governar derivada da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade”. Nesse mesmo sentido, o Caderno Mare no 01 esclarece que um governo tem governabilidade “na medida em que seus dirigentes contem com os necessários apoios políticos para governar”, e que a capacidade política de governar ou governabilidade decorre do relacionamento “do Estado e do seu governo com a sociedade”.

    Para Vinicius Araújo (2002), a governabilidade “refere-se às próprias condições substantivas/materiais de exercício do poder e legitimidade do Estado e do seu governo, derivadas de sua postura diante da sociedade civil e do mercado”. Portanto, legitimidade está relacionada com governabilidade, visto que se os governos não forem legitimados não haverá condições necessárias para governar.

    Mas governabilidade significa também que o governo deve tomar decisões amparadas num processo que inclua a participação dos diversos setores da sociedade, dos poderes constituídos, das instituições públicas e privadas e segmentos representativos da sociedade, para garantir que as escolhas efetivamente atendam aos anseios da sociedade, e contem com seu apoio na implementação dos programas/projetos e na fiscalização dos serviços públicos.

    Os governos legítimos, segundo Lamartine Braga et al. (2008),

    têm Constituição e leis duradouras em espírito e ações; tratam os cidadãos imparcialmente, respeitam os indivíduos e a comunidade; tomam decisões transparentes; usam poder coercivo; protegem os interesses coletivos de ganhos privados; usam políticas atuais que satisfazem as necessidades dos cidadãos envolvidos; cuidam dos interesses coletivos; constroem e mantêm a confiança nas instituições públicas.

    A fonte ou origem da governabilidade são os cidadãos e a cidadania organizada, os partidos políticos, as associações e demais agrupamentos representativos da sociedade. Vinicius Araujo (2002) descreve essa fonte de legitimidade como “o apoio obtido pelo Estado às suas políticas” e como a capacidade dos governos de “articular alianças e coalizões/pactos entre os diferentes grupos sociopolíticos para viabilizar o projeto de Estado e sociedade a ser implementado”.

  • bancas dos infernos


ID
4908313
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Assinale a alternativa que contém um requisito dos Novos Modelos de Gestão Pública.

Alternativas

ID
4908316
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando os efeitos de determinados tributos no equilíbrio das firmas nos mercados competitivos e no monopólio, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4908319
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Quanto à origem dos recursos, a classificação adotada pelo Código Tributário Brasileiro estabelece, dentre as categorias de receita, as tributárias. Dentre elas, tem-se impostos sobre as vendas de mercadorias e serviços e impostos sobre a renda, sobre os quais é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4908322
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

De acordo com a teoria da tributação, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4908325
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A elasticidade-preço da demanda é uma medida para avaliar o impacto de mudanças no preço de mercado no consumo de um bem. A elasticidade-renda, por sua vez, mede o impacto de mudanças na renda dos consumidores na quantidade demandada de um bem. Sobre esses conceitos, derivações e suas aplicações, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Letra A) - ERRADA

    A Elasticidade-renda da Demanda compara a variação percentual na quantidade demandada com a variação percentual da renda do consumidor

    ELASTICIDADE RENDA DA DEMANDA (ERD) > 1 = Tipo de bem considerado de LUXO

    Letra B) - ERRADA

    A elasticidade-preço cruzada da demanda mede a variação na quantidade demandada de um bem diante da mudança no preço de outro bem. Se for positiva, teremos um BEM SUBSTITUTO.

    Letra C) - CORRETA

    A elasticidade cruzada da demanda será negativa quando um aumento no preço de um bem X provocar uma redução na quantidade demandada do bem Y, o que ocorre no caso dos bens complementares. Por exemplo, se o preço do ARROZ (Bem X) sobe, a procura por FEIJÃO (Bem Y) tende a diminuir, já que são complementares.

    Letra D) - ERRADA

    ERD negativa: Bem inferior. Se a renda aumentar, a demanda desses bens diminui (carne de segunda, etc).

    Letra E) - ERRADA

    [ELASTICIDADE-PREÇO] Demanda Inelástica: Elasticidade maior que 0 e menor que 1. Se uma mudança significativa de preço (P) provoca pouca ou nenhuma mudança da quantidade vendida (Q), dizemos que o produto é insensível ao preço, ou que tem uma demanda inelástica. Isso costuma acontecer com produtos ditos "essenciais", como um cafezinho que tomamos. Se antes era 1.00 e aumentou para 1.50, teremos pouca mudança na demanda. Não há correlação entre aumento da receita e diminuição do preço.


ID
4908328
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Quanto à utilidade e escolha do consumidor, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.


I. Para maximizar a utilidade que as compras dos diferentes bens proporcionam a um consumidor, a utilidade marginal proporcionada pela última unidade consumida do bem X deve ser maior à utilidade marginal proporcionada pela última unidade consumida do bem Y, dado que X é um bem de luxo.

II. Para maximizar a utilidade derivada de suas compras, o consumidor distribuirá seu consumo entre todos os bens, de maneira que cada um lhe ofereça uma utilidade marginal proporcional a seu preço.

III. A teoria da escolha não aplica o princípio da utilidade ordinal por assumir a hipótese comportamental, segundo a qual consumidores racionais escolhem a melhor cesta de consumo factível, ou seja, dentro do conjunto seu orçamentário.

IV. Um dos princípios básicos da escolha e da conduta do consumidor é a de que os indivíduos tendem a escolher aqueles bens e serviços que lhes apontam maior utilidade, maximizam sua utilidade, entendida como sentimento subjetivo de prazer ou satisfação que uma pessoa experimenta como consequência do consumo de determinado bem ou serviço.

V. O consumidor que pretende maximizar a utilidade que as compras dos diferentes bens lhe proporcionam não pode esperar que a utilidade marginal proporcionada pela última unidade consumida do bem X seja igual à utilidade marginal proporcionada pela última unidade consumida do bem Y.


A alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas é:

Alternativas

ID
4908331
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:


I. Quando se calcula o Produto Interno Bruto (PIB) pelo método do dispêndio divide-se a produção em quatro categorias: consumo das famílias, investimentos privados, gasto público e exportações líquidas. As exportações líquidas entram no cálculo do PIB com sinal negativo.

II. O gasto público compreende o consumo do setor público. As aquisições de bens de capital em uma economia são computadas na categoria “investimentos” para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB).

III. O Produto Interno Bruto (PIB) nominal é medido a preços correntes. Quando se objetiva medir o PIB a preços constantes de um dado ano qualquer, é preciso utilizar um deflator que represente o crescimento da inflação no período. Assim, o PIB real será dado pela equação: PIB real = ((PIB nominal/Índice de preços) x 100).

IV. A variação de estoques não deve ser incluída no cálculo do investimento privado, a ser considerado no Produto Interno Bruto (PIB) de uma economia. Assim, o investimento líquido é que é relevante para esse fim.


A alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas é:

Alternativas
Comentários
  • Espero que em 6 anos tu tenha tirado essa dúvida hahaha. Tá correto sim o uso da virgula, ela introduz uma oração subordinada adjetiva explicativa.

  • Espero que em 6 anos tu tenha tirado essa dúvida hahaha. Tá correto sim o uso da virgula, ela introduz uma oração subordinada adjetiva explicativa.

  • Gabarito A

    I. as exportações líquidas não entram com sinal negativo.

    II. não encontrei erro algum, de fato o gasto público compreende o consumo do setor público e a aquisição de bens de capital é incluída nos investimentos pela Formação Bruta de Capital Fixo. Acredito que deduzindo que a III era a única outra opção correta e que não há opção com a II e a III juntas, o lógico seria marcar apenas a III

    III. está correta e é o gabarito

    IV. A variação de estoque é incluída sim nos investimentos.

  • I.ERRADO - O PIB sob a ótica da despesa agregadaou dispêndioresume-se à soma do consumo das famílias, dos investimentos privados, dos gastos do governo e das exportações líquidas. O erro da afirmação está ao indagar o sinal das exportações líquidas, pois não entram com sinal negativo.

    II.ERRADO Os gastos do governo compreendem não apenas o consumo do governo (gastos administrativos das funções típicas do governo), mas também incluem os investimentos públicos e a aquisição de bens de capital por parte do governo.

    III.CERTO - está correta e é o gabarito, é a própria descrição do cálculo do PIB real.

    IV.ERRADO Os investimentos privados a nível agregado correspondem às aquisições de maquinas, equipamentos e bens de capital em gerala chamada formação bruta de capital fixo –, além da acumulação (variação) de estoques. Logo, a variação de estoque é incluída, sim, nos investimentos.


ID
4908334
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A microeconomia aborda problemas relativos às unidades primárias de decisão no mercado, utilizando o esquema de análise baseado na oferta e na demanda. Em relação ao tema, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra e.

    Bens com substitutos próximos tendem a ter uma demanda mais elástica. A primeira parte da alternativa está correta.

  • Gabarito: letra e.

    A assertiva A está correta. A escolha ótima feita pelo consumidor é determinada pela igualdade entre a taxa marginal de substituiçãodefinida pela razão entre as utilidades marginais dos bense a razão de preços dos bens.

    A assertiva B está correta. De acordo com a teoria do consumidor, o efeito final de uma mudança de preços de um determinado bem é determinada por dois efeitos naturais e simultâneos: o efeito rendavariação na quantidade consumida devido à variação do poder de compra do consumidor – e o efeito substituiçãovariação na quantidade consumida dos bens que tornaram relativamente mais baratos. Mais precisamente, o efeito renda mede a variação na demanda do bem supondo que a renda varia enquanto o preço do mesmo se mantem constante. Já o efeito substituição mede a variação na demanda do bem supondo que tanto o preço quanto a renda variam ao mesmo tempo. A soma dos efeitos renda e substituição é sintetizada na relação denominada de equação de Slutsky. Dado que o efeito substituição é sempre negativo, no caso de bens normais o efeito renda reforça o efeito substituição, isto é, ambos são negativos de modo que a relação inversa entre e quantidade é plenamente satisfeitaa curva de demanda é negativamente inclinada. No caso dos bens inferiores o efeito renda é positivo e pode compensar parcialmente ou plenamente o efeito substituição. No caso de bens meramente inferioresem que o efeito renda, embora positivo, não supera o efeito substituiçãoa curva de demanda é negativamente inclinada. Por sua vez, bens de Giffen são considerados um caso especial em economia, uma vez que eles são bens tão inferioreso efeito renda supera o efeito substituiçãoque a curva de demanda é positivamente inclinada, contrariando a intuição econômica.

    A assertiva C está correta. Vide comentário anterior.

    A assertiva D está correta. É a própria definição de excedente do consumidor.

    A assertiva E está incorreta. De acordo com a teoria microeconômica, a elasticidade preço da demanda mede como a função demanda reage à variações de preço e a elasticidade preço cruzada mede a reação da função demanda de um bem reage à variações percentuais de preço de outro bem. Em relação à elasticidade preço da demanda, tem-se que o bem analisado é considerado comum se o valor da elasticidade preço da demanda for positivo; se o valor da elasticidade preço da demanda for negativo, trata-se de um bem de Giffen. Já a elasticidade preço cruzada avalia se dois bens são considerados complementares ou substitutos uns dos outros. Se a elasticidade preço cruzada for negativa, os bens são considerados complementares entre si; caso a elasticidade preço cruzada seja positiva, os bens são considerados substitutos entre si. Note que os conceitos são distintos entre si de modo que não é possível estabelecer relação genéricas entre eles. Bens com substitutos próximos tendem a ter uma demanda mais elástica do que os que não o são.


ID
4908337
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O modelo OA-DA (de Oferta Agregada -Demanda Agregada) é utilizado na macroeconomia. Considerando esse modelo e as políticas fiscal e monetária, analise os itens abaixo e julgue em Verdadeiro ou Falso.


( ) O modelo descreve os movimentos do produto e do nível de preços quando se leva em conta o equilíbrio do mercado de bens dos mercados financeiros e do mercado de trabalho.

( ) Um aumento no nível de preços diminui o estoque real de moeda, aumentando a taxa de juros e diminuindo o produto.

( ) Uma política monetária expansionista leva, no curto prazo, a um aumento do estoque real de moeda, a uma diminuição da taxa de juros e a um aumento do produto. Ao longo do tempo, o nível de preços aumenta e o estoque real de moeda diminui até que o produto retorne a seu nível natural.

( ) Uma redução do déficit público leva, no curto prazo, a um aumento do produto. Ao longo do tempo, o nível de preços aumenta, apesar da redução da taxa de juros.

( ) Um fluxo contínuo de choques na oferta agregada ou na demanda agregada e os efeitos dinâmicos de cada um desses choques sobre o produto resultam em flutuações econômicas.


A sequência correta é:

Alternativas

ID
4908340
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Sobre a macroeconomia, leia as afirmativas abaixo e julgue em Verdadeiro ou Falso.


( ) Uma das hipóteses keynesianas básicas sustenta que um aumento na renda gera um aumento menor no consumo, tornando a propensão marginal a consumir sempre positiva e menor que a unidade.

( ) Em uma economia em equilíbrio, o produto é igual ao gasto autônomo vezes o multiplicador, calculado a partir da propensão a consumir dessa economia.

( ) A curva IS expressa a condição de equilíbrio no mercado de bens. Esse equilíbrio implica que um aumento da taxa de juros diminua o produto, daí essa curva ser negativamente inclinada. Mudanças em fatores que diminuem a demanda por bens, dada a taxa de juros, deslocam a IS para a esquerda.

( ) Uma política fiscal contracionista como o aumento de impostos desloca a curva de equilíbrio do mercado de bens (IS) para a esquerda e a economia se move sobre a curva de equilíbrio no mercado monetário (LM). Isso leva a uma diminuição do nível do produto de equilíbrio e da taxa de juros de equilíbrio.

( ) Uma política monetária expansionista desloca a curva de equilíbrio do mercado monetário (LM) para baixo. Porém, com a queda dos investimentos e considerando que a curva de equilíbrio do mercado de bens (IS) é negativamente inclinada, essa expansão monetária terá efeitos reais apenas no curto prazo.


A sequência correta é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

  • Gabarito: D (V, V, V, V, F)

    Item FALSO:

    ( ) Uma política monetária expansionista desloca a curva de equilíbrio do mercado monetário (LM) . Porém, com dos investimentos e considerando que a curva de equilíbrio do mercado de bens (IS) é negativamente inclinada, essa expansão monetária terá efeitos reais apenas no curto prazo.

    Política Monetária Expansionista

    Um aumento da oferta de moeda torna o dinheiro mais abundante no mercado, o que reduz a taxa de juros, provocando três efeitos paralelos:

    *SOBRE A IS: com a queda de i, o investimento agregado se eleva, a DA (demanda agregada) e a renda Y se elevam (movimento ao longo da IS);

    *o aumento da renda real Y aumenta a demanda de moeda por transações;

    *aumenta a demanda de moeda por motivo de especulação devido à queda na taxa de juros.

    Ao fazer isso, temos que a CURVA LM IRÁ SE DESLOCAR PARA A DIREITA e PARA BAIXO (passando de LM para LM).

    Como dito, temos um aumento na produção, pois a queda nos juros INDUZIRÁ OS INVESTIMENTOS A CRESCEREM.

    Neutralidade da moeda

    A quantidade de moeda não afeta a produção de uma economia de forma permanente – ou seja, um aumento da quantidade de moeda pode gerar um aumento da produção real no curto prazo, mas esse efeito não é permanente. Para os monetaristas, a moeda conseguiria induzir um crescimento do produto apenas no curto prazo, gerando, no longo, apenas inflação.

     


ID
4908343
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Sobre a dívida pública, política fiscal e política monetária é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: (A)

    A assertiva A é verdadeira. Um governo incapaz de aumentar as receitas através da política fiscal, normalmente pode fazê-lo por meio de senhoriagem (do inglês, seigniorage), isto é, através manutenção de encaixes reais monetários em relação aos agentes. Tal processo é também denominado como imposto inflacionário. Quanto maior a taxa de inflação, maior é o nível arrecadado por senhoriagem. Contudo, a taxa de inflação pode chegar a níveis tão elevadosuma vez que a própria prática de senhoriagem realimenta o processo inflacionárioque as pessoas deixariam de realizar suas transações com dinheiro, fazendo com que o sistema entre em colapso.

    A assertiva B é falsa. A relação entre déficit público e o resultado das contas externas pode ser observado pelas contas nacionais. Simplificadamente, o déficit público depende da condução da política fiscal e da taxa de juros que incide nos encargos da dívida. Quanto mais alto o nível de juros, mais alto tende a ser a variação da dívida pública, caso o superávit primário, assim como o nível de crescimento não forem suficientes para compensar os encargos dos juros. Por outro lado, as contas externas dependem essencialmente da taxa de câmbio, visto que desvalorizações cambiais favorecem as exportações líquidas e vice-versa. Entretanto, em geral, parte do déficit público pode ser mensurado em moeda internacional, de modo que a política cambial, assim como a taxa de juros, influencia-o exigindo, assim, uma coordenação de políticas e objetivos.

    A assertiva C é falsa. No longo prazo, políticas fiscais são ineficazes para alterarem o nível de produto da economia, porém afetam a composição dos agregados macroeconômicos. Essencialmente, déficits fiscais frequentes são compensados por reduções equivalentes no nível de investimento privado – o chamado efeito crowding-out. Como a economia permanece no nível de pleno emprego, não há modificações no nível de poupança nem no mercado de trabalho que determinam o nível de emprego e salários.

    A assertiva D é falsa. Na visão keynesiana sob o modelo IS-LM, POLÍTICAS FISCAIS EXPANSIONISTAS elevam tanto a renda quanto a taxa de juros para um nível acima do inicial.

    A assertiva E é falsa. Políticas fiscais expansionistas, no modelo keynesiano, elevam o nível de renda da economia. Se esta política é financiada via redução de impostos, há um acréscimo na renda disponível dos agentes.


ID
4908346
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No que diz respeito à Microeconomia, leia as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.


I. A receita marginal de uma empresa competitiva é igual a seu preço, enquanto a do monopólio é menor que seu preço.

II. A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem e o preço desse bem deve-se ao fato de que, coeteris paribus, um aumento no preço de mercado eleva a rentabilidade das empresas, estimulando-as a elevar a produção.

III. A relação entre a oferta de um bem e o custo dos fatores de produção é negativa. Uma elevação desses custos deve provocar, coeteris paribus, uma retração dessa oferta.

IV. Em mercados competitivos, as firmas têm lucro econômico nulo no longo prazo. Assim, o preço é igual ao custo médio de longo prazo e ao custo marginal na concorrência perfeita.

V. Em um mercado livre, os preços tendem a se mover até o nível de equilíbrio.


A alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas é:

Alternativas

ID
4908349
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Por desempenhar funções econômicas essenciais, a moeda é procurada pelos agentes que transacionam em sistemas economicamente organizados. Do outro lado do mercado, as autoridades monetárias dispõem de instrumentos para influenciar a oferta de moeda da economia. Nesse estudo da demanda e da oferta de moeda, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4908352
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando a oferta e a demanda de divisas e que a taxa de câmbio real, na cotação do incerto, é dada pelo produto entre a taxa de câmbio nominal (e) e a razão entre o nível de preço externo e interno (P*/P), analise as afirmativas abaixo e identifique-as em Verdadeiro ou Falso:


( ) Uma desvalorização real terá efeitos positivos sobre as exportações.

( ) Uma elevação da taxa de câmbio nominal terá efeitos positivos sobre as exportações.

( ) A taxa nominal de câmbio é uma paridade entre moedas, enquanto a taxa real de câmbio é uma paridade entre produtos (bens e serviços).

( ) Se o diferencial entre a taxa de juros nacional e a taxa de juros estrangeira aumenta, há uma tendência para a queda da taxa de câmbio.

( ) Aumentos da renda do país estrangeiro têm o mesmo efeito que um aumento de preços nacionais sobre a taxa de câmbio.


A sequência correta é:

Alternativas

ID
4908355
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Sobre a taxa de câmbio e política cambial, analise as afirmativas abaixo e as identifique em Verdadeiro ou Falso.


( ) A paridade de poder de compra (PPC) significa manter a taxa real de câmbio constante. Para calcular as desvalorizações nominais que corrigem as valorizações reais causadas pela inflação de maneira a se manter a PPC, usa-se a fórmula de Cassel.

( ) Paridade de poder de compra (PPC) significa fazer desvalorizações nominais para compensar a valorização real causada pela inflação, de maneira a manter o câmbio real constante.

( ) Quando há arbitragem a lei do preço único ocorre.

( ) Uma desvalorização real da moeda nacional, na cotação do incerto, gera uma tendência a um superávit na balança comercial.

( ) Quando o regime de câmbio é fixo, a política cambial e a política monetária são exógenas, pois a autoridade monetária tem o controle sobre a taxa de câmbio e a taxa de juros.


A sequência correta é:

Alternativas

ID
4908358
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O imposto sobre a renda é um importante instrumento de política econômica. Nesse sentido, assinale a alternativa correta relativa ao tema.

Alternativas
Comentários
  • Em situações de desequilíbrio, a maior progressividade desse imposto é, para os keynesianos, um instrumento automático de estabilização. Se a situação é inflacionária, o imposto progressivo eleva a renda nominal, o que permite o governo acumular superávits orçamentários para retirar o excesso de demanda do mercado.

    Intervenção do Estado na economia / estabilização pela demanda efetiva ,política monetária restritiva