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Prova IDIB - 2021 - Prefeitura de Verdejante - PE - Agente de Arrecadação


ID
5344186
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

De acordo com o TEXTO I, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  •   1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    Letra B

  • Excelente texto. Gabarito sem polêmica.

  • GAB: B

    Aparentar felicidade é mais importante para algumas pessoas que a própria sensação de contentamento.

  • GABARITO B

    Por ser a mais correta, porém:

    Texto: "A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar"

    Alternativa: "aparentar felicidade é mais importante para algumas pessoas que a própria sensação de contentamento."

    No texto, diz que "pode" ser mais relevante, na alternativa diz que "é" mais relevante. Não é mesma coisa, IDIB.


ID
5344189
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Em “Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;”, o vocábulo em destaque atende à regra do uso do hífen, segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Assinale a alternativa em que o uso do hífen, nas palavras destacadas, também atende a essa norma.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    Questão muito boa para revisarmos a aplicação do hífen. Observe:

    a) Os médicos receitaram um bom anti-séptico. → Errado. Pessoal, em geral, o prefixo "anti" NÃO possui hífen, porém há exceções. Empregamos o hífen apenas se o segundo elemento se iniciar por I ou por H: "Anti-herói" e "anti-inflamatório".

    Observação: Se o segundo elemento se iniciar por S devemos dobrar a letra: Anti + séptico = Antisséptico. (forma correta para a questão)

    b) Algumas pessoas são classificadas como auto-didatas. → Errado. Somente separamos "auto" quando ele se incia por O ou H, assim: "auto-hipnose" ou "autonibus". Se a primeira palavra começar com R/S, você dobra as letras, como explicado anteriormente: auto + retrato → autorretrato. O correto é: autodidatas.

    c) Alguns acreditam que essa bactéria é super-resistente. → Correto. O prefixo "super" só possui hífen quando há R ou H. Exemplo: "Super-homem" ou "super-resistente"

    d) Os pacientes tiveram que marcar o ultra-som em outra clínica. → Errado. A gente só aplica o hífen quando a outra palavra possuir A ou H: Ultra-amargo ou ultra-humano. Quando há R/S, a gente dobra esses começos: Ultra + som = ultrassom. Outro exemplo: Ultrafarma → Não termina em A ou H, logo não há hífen.

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos! :)

  • Gabarito C.

    SupeR +R =hífen (SupeR-Resistente, SupeR-Realista)

    SupeR+H= hífen (SupeR-Homem, SupeR-Herói)

    SupeR +"outros"= SEM hífen:

    superbonito

    superalimentação

    superpromoção

    supermercado

    Insta: @danizinhaconcurseira

  • Regrinha:

    Quando o primeiro terminar em vogal e o segundo iniciar com " r" ou "s" = duplicamos o " r" ou "s"

    Ultra + som = Ultrassom

    Mini + Saia = Minissaia.

  • a regra base indica que o hífen é utilizado quando o prefixo termina com a mesma letra que começa a segunda palavra ou quando a segunda palavra começa com (H)

    Ex. micro-ondas, micro-organismo. ou anti-higiênico, sobre-humano

    OBS. (é apenas uma regra básica, atentem para outros casos específicos com ou sem o hífen).

  • Gabarito: C

    a) Os médicos receitaram um bom anti-séptico. (antisséptico).

    b) Algumas pessoas são classificadas como auto-didatas. (autodidatas).

    c) Alguns acreditam que essa bactéria é super-resistente.

    d) Os pacientes tiveram que marcar o ultra-som em outra clínica (ultrassom).

  • O emprego do hífen acontece em algumas situações. Veja como e onde ele pode aparecer:

    • Quando as vogais são iguais

    Quando a última letra do prefixo e a primeira letra da segunda palavra é a mesma vogal, usa-se o hífen. Observe os exemplos:

    Micro-ondas;

    Anti-inflamatório;

    Semi-interno;

    Micro-organismo.

    Existem algumas exceções, a exemplo das primeiras palavras iniciadas com os prefixos “co”, “pro”, “pre” e “re”. Nesse caso, descarta-se o uso do hífen e une a primeira com a segunda expressão, mesmo que ela seja iniciada com as vogais “o” ou “e”. 

    Veja alguns exemplos:

    Preenchimento;

    Coadquirido;

    Reeditar;

    Cooperar;

    Reeducação. 

    • Consoantes iguais

    O hífen é utilizado quando a consoante do final da primeira palavra é a mesma consoante do início da segunda. Observe abaixo:

    Inter-regional;

    Inter-racial;

    Super-resistente;

    Hiper-resistente;

    Sub-base.

    • Quando a segunda palavra começa com “r” ou “s”

    O correto quando a segunda palavra começa com “r” ou “s” é duplicar as consoantes. O emprego do hífen somente permanece nas expressões que possuem os prefixos: “hiper”, “inter” e “super”. Veja nos exemplos a seguir:

    Super-rápido;

    Hiper- racional;

    Inter-racial;

    Minissaia;

    Microrregião;

    Ultrassom.

    • Quando a segunda palavra começa com “h”, “m” ou “n” e vogais

    O emprego do hífen é realizado se a primeira palavra for terminada em “h”, “m” ou “n” ou com vogais, e a segunda palavra tiver “h”, “m” ou “n” ou vogais no seu início. Veja a seguir:

    Recém-nascido;

    Sem-modos;

    Pan-americano;

    Bem-humorado.

    • Com os prefixos “ex”, “sota”, “soto”, “vice”

    O hífen é utilizado da seguinte maneira:

    Ex-presidente;

    Vice-prefeito;

    Vice-secretário.

    • Com os prefixos “pré”, “pós” e “pró”

    O emprego do hífen é realizado nos prefixos tônicos acentuados. Caso os prefixos não sejam acentuados, não se usa o hífen, como acontece em: propor; predeterminação; pressuposto. Ele é utilizado da seguinte forma em:

    Pró-reitor;

    Pré-vestibular;

    Pós-Doutorado;

    Pré-nupcial.

    • Quando o prefixo termina ou em vogal ou com as consoantes “b” ou “r” e a segunda palavra começa com “h”

    Quando esse caso acontece algumas palavras são mantidas juntas, como: reaver, reidratar, desumano, etc. No momento que o som da vogal final é perdido também não se usa o hífen, e sim, elimina-se o “h”, como na palavra “cloridato”, que é cloro + hidrato. Observe:

    Sub-humano;

    Contra-habitual;

    Super-homem;

    Anti-herói.

  • A questão exigiu conhecimento sobre a regra do hífen de acordo com O Novo Acordo Ortográfico. O candidato deve assinalar a assertiva com a escrita correta. Analisemos:

    a) Incorreta

    “antisséptico.”⇢ o prefixo “anti” apenas usa hífen se a palavra seguinte que se une inicia com “I” ou “H”. Quando a palavra seguinte iniciar com R ou S, essas devem ser dobradas.

    b) Incorreta

    "autodidatas"⇢ no prefixo “auto” só se usa hífen quando a palavra seguinte iniciar com H ou O.

    c) Correta

    "super-resistente"⇢ o prefixo “super” quando estiver ligado a palavra que inicia com letras diferentes, irá se juntar sem hífen, exceto com H, ou seja, R é letra igual, dessa forma, está correta a separação com hífen.

    d) Correta.

    "ultrassom"⇢ só se usa o hífen com o prefixo “ultra” quando esse iniciar com “H” ou “A”. Quando a palavra seguinte iniciar com R ou S, essas devem ser dobradas.

    Gabarito do monitor: C

  • Importante ressaltar que nesta questão a regra do emprego do hífen com prefixo "bem" se dá pois este prefixo só NÃO tem hífen quando usado antes dos derivados de "querer' e "fazer". Em TODOS os outros HÁ hífen.

  • A questão requer conhecimento sobre as regras do hífen conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

    Alternativa (A) incorreta - Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com “r" ou “s". Nesse caso, dobram-se essas consoantes. O correto seria: antisséptico.

    Alternativa (B) incorreta - Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante. O correto seria: autodidatas.

    Alternativa (C) correta - Usa-se hífen quando o prefixo termina por consoante e o segundo elemento começa pela mesma consoante.

    Alternativa (D) incorreta - Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com “r" ou “s". Nesse caso, dobram-se essas consoantes. O correto seria: ultrassom.

    Gabarito da Professora: Letra C.

  • Usa-se para consoantes iguais: Super-romântico; hiper-resistente; sub-bibliotecário

  • Letra C

    Eu amo ler estes textos das provas!


ID
5344192
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Analise as assertivas a seguir:


I. Em “Depois de um dia de trabalho, de volta para casa...”, a palavra destacada é classificada como trissílaba e paroxítona.

II. No trecho “...sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana...”, as palavras destacadas possuem o mesmo número de sílabas e, quanto à tonicidade, são classificadas respectivamente como: paroxítona e oxítona.

III. Na passagem “É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa...”, as palavras em destaque possuem o mesmo número de sílabas, mas, quanto à tonicidade, possuem classificações diferentes.

IV. Em “Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação?”, o vocábulo em destaque é classificado como polissílabo e oxítono.


É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Alternativa CORRETA Letra A

    Explicação: Genteeee, chama a palavra no portão! Assertiva I TRABAAAALHO.

    Percebemos que a sílaba mais forte é o BA, logo será paroxítona. E possuí 3 sílabas TRA- BA - LHO. IDIB não tenho medo de vc!

    Seja forte e corajosa. Lute como uma garota!

  • Gab. A

    II-

    excluída - 4 sílabas/paraxítona

    felicidade - 5 sílabas/paraxítona

    III- ambas 2 sílabas/ambas paroxítonas

    IV - trissílabo

  • A questão é sobre acentuação e quer que identifiquemos as alternativas corretas. Vejamos:

     .

    I. Em “Depois de um dia de trabalho, de volta para casa...”, a palavra destacada é classificada como trissílaba e paroxítona.

    Certo. "Tra-ba-lho" é uma palavra trissílaba, pois tem três sílabas, e é paroxítona, pois a sílaba tônica (sílaba mais forte) é a penúltima ("ba"). 

     .

    II. No trecho “...sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana...”, as palavras destacadas possuem o mesmo número de sílabas e, quanto à tonicidade, são classificadas respectivamente como: paroxítona e oxítona.

    Errado. "Ex-clu-í-da" possui quatro sílabas e é uma paroxítona, pois a sílaba tônica é a penúltima ("í"). Já "fe-li-ci-da-de" possui cinco sílabas e é uma paroxítona, pois a sílaba tônica é a penúltima ("da").

     .

    III. Na passagem “É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa...”, as palavras em destaque possuem o mesmo número de sílabas, mas, quanto à tonicidade, possuem classificações diferentes.

    Errado. "Jei-to" possui duas sílabas e é uma paroxítona, pois a sílaba tônica é a penúltima ("jei"). Já "fos-sa" possui duas sílabas e é uma paroxítona, pois a sílaba tônica é a penúltima ("fos"). Portanto, o erro está em dizer que elas possuem "classificações diferentes quanto à tonicidade", já que ambas são paroxítonas.

     .

    IV. Em “Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação?”, o vocábulo em destaque é classificado como polissílabo e oxítono.

    Errado. "A-no-tei" é um trissílabo (por possuir três sílabas) e não um polissílabo (que possui quatro ou mais sílabas) e é um oxítono, pois a sílaba tônica é a última ("tei").

     .

    Para complementar:

     .

    Oxítonas: a sílaba tônica é a última. Acentuam-se as oxítonas terminadas em A, E, O (S), mesmo quando seguidas de LO(S), LA(S); e as terminadas em EM, ENS (com duas ou mais sílabas). Acentuam-se também as oxítonas terminadas com ditongos abertos ÉI, ÓI e ÉU, seguidas ou não de “s”.

    Paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em l, n, r, x, i(s), u(s), ps, ã(s), ão(s), ei(s), en, om, ons, um, uns, ditongo (crescente ou decrescente), seguido ou não de "s".

    Proparoxítonas: são palavras que têm a antepenúltima sílaba como sílaba tônica. TODAS as palavras proparoxítonas são acentuadas graficamente, segundo as regras de acentuação.

     .

    Gabarito: Letra A

  • por que "anoitei" não tem acento? já que as oxitonas terminadas em ditongos abertos(ei, oi, eu) são acentuadas? buguei...

    outra dúvida, pq "ameis" e "acheis" não tem acento?

  • A questão requer conhecimento sobre divisão silábica e tonicidade (oxítona, paroxítona e proparoxítona).


    I. Em “Depois de um dia de trabalho, de volta para casa...", a palavra destacada é classificada como trissílaba e paroxítona. Correta. A sílaba tônica está na penúltima, por isso, paroxítona (tra-ba-lho).

    II. No trecho “...sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana...", as palavras destacadas possuem o mesmo número de sílabas e, quanto à tonicidade, são classificadas respectivamente como: paroxítona e oxítona. Incorreta. A palavra “excluída" (ex-clu-í-da) tem quatro sílabas, e a palavra “felicidade" (fe-li-ci-da-de) tem cinco. Quanto à tonicidade, ambas são paroxítonas.


    III. Na passagem “É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa...", as palavras em destaque possuem o mesmo número de sílabas, mas, quanto à tonicidade, possuem classificações diferentes. Incorreta. Ambas as palavras destacadas são dissílabas e paroxítonas (jei-to) (fos-sa).

    IV. Em “Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação?", o vocábulo em destaque é classificado como polissílabo e oxítono. Incorreta. A palavra “anotei" é trissílaba e oxítona, visto que a tonicidade está na última sílaba (a-no-tei).


    Sendo assim, apenas a assertiva I está correta.


    Gabarito da Professora: Letra A.


ID
5344195
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Em “...sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante.”, o vocábulo destacado constitui um caso de derivação

Alternativas
Comentários
  • Mito do QC

  • Mito do QC

  • PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

    Os principais processos de formação são:

    Derivação

    Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra, chamada de primitiva. Os processos de derivação são:

    Derivação Prefixal

    A derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais são acrescentados à palavra primitiva.

    Ex.: re/com/por (dois prefixos), desfazer, impaciente.

    Derivação Sufixal

    A derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais são acrescentados à palavra primitiva.

    Ex.: realmente, folhagem.

    Derivação Prefixal e Sufixal

    A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, mesmo sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo significado.

    Ex.: deslealmente (des- prefixo e -mente sufixo). Você pode observar que os dois afixos são independentes: existem as palavras, desleal e lealmente.

    Derivação Parassintética

    A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devendo ser usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.

    Ex.: anoitecer (a- prefixo e -ecer - sufixo), neste caso, não existem as palavras anoite e noitecer, pois os afixos não podem se separar.

    Derivação Regressiva

    A derivação regressiva existe quando morfemas da palavra primitiva desaparecem.

    Ex.: mengo (flamengo), dança (dançar), portuga (português).

    Derivação Imprópria

    A derivação imprópria, mudança de classe ou conversão ocorre quando a palavra, pertencente a uma classe, é usada como fazendo parte de outra.

    Exemplos:

    coelho - substantivo comum, usado como substantivo próprio - Daniel Coelho da Silva.

    verde, geralmente usado como adjetivo - Comprei uma camisa verde-, é usado como substantivo: O verde do parque comoveu a todos.

    Fonte: https://www.portugues.com.br/gramatica/processos-formacao-palavras-.html

  • Banca sem muito respaldo, gosta de fazer questões que não acrescentam muito no nosso dia a dia !

  • A questão é sobre processo de formação de palavras e quer saber qual o tipo de derivação presente na palavra em destaque em “...sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante”. Vejamos: 

     .

    RADICAL é a estrutura básica da palavra. A parte que contém o significado. É o elemento comum a palavras da mesma família. Ex: LIVRo, LIVReiro, LIVRaria.

    PREFIXO vem antes do radical. Ex.: Anormal, DESleal

    SUFIXO vem depois do radical. Ex: gostOSO, lealDADE

     .

    A) parassintética.

    Errado.

    Derivação parassintética ou parassíntese: ocorre quando há um acréscimo simultâneo de afixos (prefixo e sufixo) à palavra primitiva. Nesse caso, se tirarmos o prefixo ou o sufixo, o que sobra não existe na Língua Portuguesa. Ex.: Anoitecer (a- prefixo e -ecer - sufixo).

     .

    B) prefixal.

    Errado.

    Derivação prefixal: quando acrescentamos o prefixo à palavra primitiva, que fica com o seu significado alterado. Ex.: Leal, desleal.

     .

    C) regressiva.

    Errado.

    Derivação regressiva: ocorre quando há redução da palavra primitiva para a formação da palavra derivada. Ex.: erro (do verbo errar).

     .

    D) sufixal.

    Certo. Em "fantasticamente" foi acrescentado o sufixo "mente" ao radical "fantástico".

    Derivação sufixal: quando acrescentamos o sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical. Ex.: riso (substantivo) risonho (adjetivo).

     .

    Gabarito: Letra D 

  • Sufixo - MENTE-

  • Sufixal vem de sufixo. E o que são sufixos? São os afixos que aparecem depois do radical. Exemplos:

    Lealdade

    Utilizar

    Cafezinho

    Amanhecer


ID
5344198
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Sobre o trecho “E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos...”, assinale a alternativa que apresenta termo em destaque com o mesmo processo de formação de palavras.

Alternativas
Comentários
  • Composição

    • Criação de novas palavras com sentido novo com ou sem modificação da forma.

    a)  Justaposição: sem modificação da palavra.

    Girassol / quinta- feira

    b)  Aglutinação: com modificação da palavra.

    Embora = em + boa + hora

    Planalto = plano + alto

    Gabarito: B ✅

    Fonte: @portugues.mapeado

  • Gabarito: B

  • Resp B.

    Bem-aventuranças tem dois radicais (composição)

    Maldizer = Mal + dizer (dois radicais)

    Logo, são do mesmo processo de formação.

  • [GABARITO: LETRA B]

    COMPLEMENTANDO:

    PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

    Há dois processos mais fortes (presentes) na formação de palavras em Língua Portuguesa: a composição e a derivação. Vejamos suas principais características.

    Composição: é muito mais uma criação de vocábulo. Pode ocorrer por:

    *Justaposição (sem perda de elementos):

    Guarda-chuva, girassol, arranha-céu, passatempo, guarda-noturno, flor-de-lis.

    *Aglutinação (com perda de elementos):

    Embora (em + boa + hora) | Fidalgo (filho de algo) | Aguardente (agua + ardente).

    Hibridismo: consiste na união de radicais oriundos de línguas distintas:

    Alcoômetro – Álcool (árabe) + metro (grego) | Burocracia – Buro (francês) + cracia (grego).

    Derivação: é muito mais uma transformação no vocábulo, não se trata necessariamente da criação de uma palavra nova. Ela pode ocorrer das seguintes maneiras:

    Pelo acréscimo de um prefixo (antes da raiz da palavra). Chamaremos de derivação PREFIXAL.

    Reforma, anfiteatro, desfazer, reescrever, ateu, infeliz.

    Pelo acréscimo de um sufixo (após a raiz da palavra). Chamaremos de derivação SUFIXAL.

    Formalmente, fazimento, felizmente, mocidade, teísmo.

    Pelo acréscimo de um sufixo e de um prefixo ao mesmo tempo (com possibilidade de remoção).

    Chamaremos de derivação PREFIXAL E SUFIXAL.

    Infelizmenteateísmodesordenamento.

    Pelo acréscimo simultâneo e irremovível de prefixo e sufixo. É o que se convencionou chamar de PARASSÍNTESE ou DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA.

    Avermelhadoanoiteceremudeceramanhecer.

    Pela regressão de uma forma verbal. É o que chamaremos de derivação regressiva ou deverbal: advinda de um verbo. Essa derivação usualmente dá origem a substantivos abstratos.

    Abalo (proveniente do verbo “abalar”) | Agito (proveniente do verbo “agitar”).

    Luta (proveniente do verbo “lutar”) | Fuga (proveniente do verbo “fugir”).

    Pelo processo de alteração classe gramatical. Convencionalmente chamada de CONVERSÃO OU “DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA”.

    jantar – “jantar” é um verbo, mas aqui foi transformado em substantivo.

    Um não – “não” é um advérbio, mas foi transformado em substantivo.

    O seu sim – “sim” é um advérbio, mas foi transformado em substantivo.

    Estrangeirismo:

    Pode-se entender como um tipo de empréstimo linguístico. Ele pode ocorrer de duas maneiras:

    *Com aportuguesamento: abajur (do francês "abat-jour"), algodão (do árabe "al-qutun"), lanche (do inglês "lunch") etc.

    *Sem aportuguesamento: networking, software, pizza, show, shopping etc.

    RESUMO RETIRADO DE AULA DO PROF. PABLO JAMILK.

  • Me corrijam se eu estiver errada, mas a palavra em questão (bem-aventuranças) possui um sufixo (anças), e a palavra maldizer não possui sufixo, ambas apenas possuem prefixo. Sendo assim, não concordo com o gabarito!

ID
5344201
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado é classificado como conjunção.

Alternativas
Comentários
  • a) “...ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook”.

    Incorreto. O "se" é pronome;

    b) “...minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras”.

    Incorreto. O "se" é parte integrante do verbo. Vide Dicionário Prático de Regência Verbal, de Celso Pedro Luft;

    c) “E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande...”

    Correto. O "se" é uma conjunção de valor condicional;

    d) “Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana...”.

    Incorreto. O "se" é parte integrante do verbo — para Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Verbal, p. 479, esse "se" é um objeto direto fossilizado, ou seja, que não se desprende do verbo.

    Letra C

  • Gabarito na alternativa C

    Solicita-se construção na qual o termo "se" classifique-se como conjunção.

    A) “...ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook”.

    Incorreto. O termo possui natureza pronominal, agindo na construção como pronome reflexivo.

    B) “...minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras”.

    Incorreto. O termo acompanha verbo acidentalmente pronominal, caracterizando parte integrante do verbo.

    C) “E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande...”

    Correto. O termo é conjunção condicional, introduzindo na construção integra uma oração subordinada adverbial condicional.

    D) “Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana...”.

    Incorreto. O termo acompanha verbo acidentalmente pronominal, caracterizando parte integrante do verbo.

  • Quando os "comentaristas de plantão" irão aprender que nós concurseiros queremos ler o menos possível? Ponham o suficiente, amigos. Chega de textão!

  • gab: C

    trata - se de uma conjunção condicional.

    Exemp:

     Se, caso, quando, conquanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que


ID
5344204
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Em “Depois de um dia de trabalho”, a expressão destacada tem a função de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito na alternativa A

    Solicita-se indicação da função da expressão "de trabalho" em:

    “Depois de um dia de trabalho

    O termo é locução adjetiva, sintaticamente adjunto adnominal, caracterizando o substantivo "dia".

  • Professor Ivan Lucas tem minha admiração. Homem douto!


ID
5344207
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Assinale a alternativa em que a palavra destacada possui a mesma classificação morfológica que o vocábulo sublinhado em “...pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte”.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito na alternativa D

    Solicita-se alternativa na qual o termo destacado possua a mesma classificação morfológica que o termo destacado em:

     “...pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte”.

    O termo destacado, antecedido de artigo, é , no caso em tela, substantivo.

    A) A única maneira de resolver o problema é contando a verdade.

    Incorreta. O termo está ligado ao substantivo "maneira", caracterizando-o. É termo adjetivo.

    B) O filho único da família conseguiu uma bolsa de estudos no exterior.

    Incorreta. O termo está ligado ao substantivo "filho", caracterizando-o. É termo adjetivo.

    C) Tivemos um único problema na construção do edifício.

    Incorreta. O termo está ligado ao substantivo "problema", caracterizando-o. É termo adjetivo.

    D) Poderíamos ter sido as únicas a conseguir a vitória.

    Correta. O termo está substantivado, assumindo forma equivalente à encontrada no enunciado.

  • A questão é de morfologia e quer que marquemos a alternativa em que a palavra destacada possui a mesma classificação morfológica que o vocábulo sublinhado em “...pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte”. Vejamos: 

     .

    Em “...pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte”, "únicos" é um substantivo e, nesse caso, vem antecedido pelo artigo "os".

     .

    A) A única maneira de resolver o problema é contando a verdade.

    Errado. Aqui "única" é um adjetivo e caracteriza o substantivo "maneira".

    Adjetivo: palavra variável em gênero, número e grau que expressa qualidade, característica, defeito, origem, estado do substantivo ou de qualquer palavra substantivada.

     .

    B) O filho único da família conseguiu uma bolsa de estudos no exterior.

    Errado. Aqui "único" é um adjetivo e caracteriza o substantivo "filho".

     .

    C) Tivemos um único problema na construção do edifício.

    Errado. Aqui "único" é um adjetivo e caracteriza o substantivo "problema".

     .

    D) Poderíamos ter sido as únicas a conseguir a vitória.

    Certo. "Únicas" é um substantivo e, nesse caso, vem antecedido pelo artigo "as".

    Substantivo: palavra que usamos para nomear seres, coisas e ideias. Por ser variável, apresenta flexões em gênero, número e grau. Dividem-se os substantivos em comuns, próprios, concretos, abstratos, simples, compostos, primitivos, derivados, coletivos.

     .

    Gabarito: Letra D  

  • Morfologia é o estudo a respeito da estruturaformação e classificação das palavras. Estudar Morfologia significa estudar, isoladamente, as classes das palavras; diferentemente da , que trata do estudo das funções das palavras na .

  • Discordo do gab.


ID
5344210
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

No trecho “Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória...”, o vocábulo em destaque introduz uma ideia de

Alternativas
Comentários
  • A conjunção "pois" só pode ter dois sentidos: explicação e conclusão. Neste último caso, ela, a rigor, estará isolada por vírgula(s), muito embora seja frequente em registros literários, sobretudo nos mais antigos, o desprezo pela virgulação. Para uma prova de concurso público, considere sempre que a conjunção conclusiva "pois" precisa estar isolada por vírgula(s), como nos exemplos a seguir:

    a) Todos estiveram presentes. A reunião, pois, estava repleta de interessados;

    b) A carne vermelha teve disparada no preço; comamos mais legumes e frutas, pois.

    No exemplo A, duas vírgulas isolam a conjunção; no B, apenas uma.

    Facilmente se percebe que a conjunção "pois" apresentada no excerto do enunciado não tem valor conclusivo, porque a vírgula presente não a isola. Ora, portanto o valor dela, da conjunção, é explicativo.

    Letra C

  • Conjunção Pois antes do verbo: Explicativo.

     Conjunção Pois depois do verbo: Conclusivo.

    Letra C ✅

  • GABARITO: C

    As conjunções coordenativas explicativas ligam duas orações em que a segunda oração expressa a explicação da ideia iniciada na primeira oração.

    As principais conjunções explicativas são porque, pois e que.

    Ex: Heloísa ainda deve estar chateada, porque foi muito fria conosco.

    Vou embora para casa, que estou cansada de esperar por ele.

    Ele é muito estranho, ou seja, é diferente do habitual.

    Fonte: https://www.normaculta.com.br/conjuncoes-explicativas/

  • A questão é sobre conjunções e quer saber o valor semântico da conjunção "pois" em “Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória...”. Vejamos: 

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e faz que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) adversidade.

    Errado.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

     .

    B) conclusão.

    Errado.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     .

    C) explicação.

    Certo. "Pois", nesse caso, é conjunção coordenativa explicativa.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...

    Ex.: Vamos indo, pois já é tarde.

     .

    D) finalidade.

    Errado.

    Conjunções subordinativas finais: têm valor semântico de finalidade, objetivo, intenção, intuito...

    São elas: a fim de que, para que, que e porque (= para que)

    Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

     .

    Gabarito: Letra C 

  • POIS + Verbo= Explicação

    Verbo + POIS = Conclusão


ID
5344213
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa”. O uso do artigo indefinido em destaque tem a função de

Alternativas
Comentários
  • Tudo bem que o item D está correto, mas qual o erro do item B?

  • erro da B:

    "UMA" é artigo INDEFINIDO

  • NÃO ENTENDI PQ A ( B) ESTÁ ERRADA

  • Gabarito na alternativa D

    Solicita-se correta função do artigo indefinido destacado em:

    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa”.

    A) exprimir um tom de familiaridade e precisão.

    Incorreta. O artigo indefinido introduz o substantivo de foram vaga, imprecisa, não havendo que se falar em familiaridade ou precisão.

    B) determina o substantivo “amiga”, enfatizando seu valor.

    Incorreta. Ainda que não seja incorreto afirmar que o artigo indefinido "determina" o substantivo, ainda que o faça de forma vaga e imprecisa, não há qualquer tom enfático em sua utilização.

    C) indicar que o termo “amiga” foi citado anteriormente.

    Incorreta. A função descrita na assertiva leva à classe dos elementos coesivos de função anafórica, normalmente pronomes.

    D) introduz um termo ainda não conhecido do leitor.

    Correta. O artigo é a introdução do substantivo, ou termo equivalente, dando-lhe gênero e número. No caso em tela, o termo substantivo introduzido não é familiar ao leitor.

  • Gabarito: D

    • Artigos indefinidos: um , uma, uns, umas
    • Artigo Definidos: a, as, o, os

  • Assertiva D

    introduz um termo ainda não conhecido do leitor. = “Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa”.

  • Sucintamente: artigos indefinidos (um, uns, uma e umas) não determinam ou conferem precisão a termo algum, de modo que você elimina de pronto as alternativas A e B. Note agora que a primeira frase do texto é "uma amiga...". Ora, se a primeira menção à tal amiga é a primeira frase do texto, como pode ter havido menção anterior? Com isso, elimina-se a alternativa C e resta a última.

    Letra D

  • Depois de ler os comentários dos amigos concordo com o gabarito, pois realmente traz a ideia de indefinição do artigo.

    Exemplo: AH! uma amiga aí... (não sei quem é, mas é uma amiga de alguém...)

    GAB D.

  • D

    Obs!

    Diferença entre o artigo definido e indefinido é a SEMÂNTICA

    Definido :define com precisão (o, a,os,as) - usamos em 2 situações:

    1.Indica substantivo já conhecido pelos interlocutores

    Ex: Vou falar sobre o Brasil

    ( o (artigo) indicando subst. já conhecido pelo falante e ouvinte)

    2. Referir a substantivo (explícito) mencionado anteriormente

    Vou passar por uma cirurgia, mas antes vou analisar o procedimento

    (o (artigo) referindo-se algo já mencionado)

    Indefinido:indefine/generaliza (um,uma,uns,umas)

    Ex:Queria conversar sobre um procedimento (=qualquer)

    Bons estudos!

  • Não é a letra B, pois não teria como determinar o substantivo "amiga", porque "um" é um artigo indefinido.
  • Artigo indefinido generaliza as coisas ou apresenta algo que ainda não foi mencionado na oração.

  • A questão requer conhecimento sobre o valor discursivo dos artigos.


    Artigos definidos: o, a, os, as.


    Artigos indefinidos: um, uma, uns, umas.

    Alternativa (A) incorreta - O artigo indefinido determina o substantivo de forma imprecisa. É o artigo definido que caracteriza um tom de familiaridade, intimidade com o substantivo determinado pelo artigo.


    Alternativa (B) incorreta - O artigo indefinido até determina o substantivo, mas não traz esse valor enfático.

    Alternativa (C) incorreta - Os artigos definidos também podem desempenhar uma função remissiva no discurso, isto é, referindo-se a um ser já mencionado anteriormente, no entanto os artigos indefinidos não funcionam como coesão anafórica - quando se refere a um termo mencionado anteriormente.

    Alternativa (D) correta - Emprega-se discursivamente o artigo indefinido quando o referente, ou seja, o substantivo ainda não tem a notoriedade do leitor, isto é, quando este termo ainda não é de conhecimento do interlocutor, é uma informação nova. Por outro lado, quando esta informação já é conhecida, emprega-se o artigo definido. Perceba que a frase Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa" introduzida pelo artigo indefinido é a primeira informação do texto.


    Gabarito da Professora: Letra D.

    A questão requer conhecimento sobre o valor discursivo dos artigos.


    Artigos definidos: o, a, os, as.


    Artigos indefinidos: um, uma, uns, umas.

    Alternativa (A) incorreta - O artigo indefinido determina o substantivo de forma imprecisa. É o artigo definido que caracteriza um tom de familiaridade, intimidade com o substantivo determinado pelo artigo.


    Alternativa (B) incorreta - O artigo indefinido até determina o substantivo, mas não traz esse valor enfático.

    Alternativa (C) incorreta - Os artigos definidos também podem desempenhar uma função remissiva no discurso, isto é, referindo-se a um ser já mencionado anteriormente, no entanto os artigos indefinidos não funcionam como coesão anafórica - quando se refere a um termo mencionado anteriormente.

    Alternativa (D) correta - Emprega-se discursivamente o artigo indefinido quando o referente, ou seja, o substantivo ainda não tem a notoriedade do leitor, isto é, quando este termo ainda não é de conhecimento do interlocutor, é uma informação nova. Por outro lado, quando esta informação já é conhecida, emprega-se o artigo definido. Perceba que a frase Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa" introduzida pelo artigo indefinido é a primeira informação do texto.


    Gabarito da Professora: Letra D.

  • o(s), a(s) : artigos indefinidos;

    um(s), uma(s): artigos indefinidos.

  • Resposta correta: Letra D

    Emprega-se discursivamente o artigo indefinido quando o referente, ou seja, o substantivo ainda não é de conhecimento do leitor, ou seja, quando tal termo ainda é uma informação nova. Por outro lado, quando esta informação já é conhecida, emprega-se o artigo definido. Perceba que a frase “Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa" introduzida pelo artigo indefinido é a primeira informação do texto.

  • introduz um termo ainda não conhecido do leitor.

  • Gabarito na alternativa D

    Solicita-se correta função do artigo indefinido destacado em:

    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa”.

    A) exprimir um tom de familiaridade e precisão.

    Incorreta. O artigo indefinido introduz o substantivo de foram vaga, imprecisa, não havendo que se falar em familiaridade ou precisão.

    B) determina o substantivo “amiga”, enfatizando seu valor.

    Incorreta. Ainda que não seja incorreto afirmar que o artigo indefinido "determina" o substantivo, ainda que o faça de forma vaga e imprecisa, não há qualquer tom enfático em sua utilização.

    C) indicar que o termo “amiga” foi citado anteriormente.

    Incorreta. A função descrita na assertiva leva à classe dos elementos coesivos de função anafórica, normalmente pronomes.

    D) introduz um termo ainda não conhecido do leitor.

    Correta. O artigo é a introdução do substantivo, ou termo equivalente, dando-lhe gênero e número. No caso em tela, o termo substantivo introduzido não é familiar ao leitor.

  • Gabarito na alternativa D

    Solicita-se correta função do artigo indefinido destacado em:

    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa”.

    A) exprimir um tom de familiaridade e precisão.

    Incorreta. O artigo indefinido introduz o substantivo de foram vaga, imprecisa, não havendo que se falar em familiaridade ou precisão.

    B) determina o substantivo “amiga”, enfatizando seu valor.

    Incorreta. Ainda que não seja incorreto afirmar que o artigo indefinido "determina" o substantivo, ainda que o faça de forma vaga e imprecisa, não há qualquer tom enfático em sua utilização.

    C) indicar que o termo “amiga” foi citado anteriormente.

    Incorreta. A função descrita na assertiva leva à classe dos elementos coesivos de função anafórica, normalmente pronomes.

    D) introduz um termo ainda não conhecido do leitor.

    Correta. O artigo é a introdução do substantivo, ou termo equivalente, dando-lhe gênero e número. No caso em tela, o termo substantivo introduzido não é familiar ao leitor.


ID
5344216
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

No período “Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem...”, o uso da forma em destaque indica

Alternativas
Comentários
  • Mais de 1 núcleo do sujeito, na verdade.

  • Gabarito na alternativa A

    Possuímos passagem com verbo em forma nominal de gerúndio;

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem...”

    Com base no sentido próprio da forma verbal, temos ação duradoura ou em andamento. Sintaticamente, temos o termo compondo oração subordinada adverbial temporal reduzida de gerúndio.

  • ANDO, ENDO, INDO = GERÚNDIO. Algo que está acontecendo.

  • VISITANDO, indica uma ação em andamento (presente), um processo ainda não terminado (GERÚNDIO)

  • Gerúndio = Indica continuidade

  • A questão requer conhecimento sobre a semântica dos tempos, modos e formas nominais dos verbos.


    As formas nominais são: infinitivo (-r), gerúndio (-ndo) e particípio (-d/t/s).


    O vocábulo “visitando" é um verbo que está na forma nominal gerúndio.


    Alternativa (A) correta -  O gerúndio representa um fato em curso, em progresso; um processo não concluído.


    Alternativa (B) incorreta - A forma verbal destacada é um verbo de ação, por isso não se pode afirmar que indica um estado expresso pelo sujeito da ação.

    Alternativa (C) incorreta - O que indica o resultado do processo verbal é o particípio.

    Alternativa (D) incorreta - Os tempos verbais do modo subjuntivo que indicam uma ação incerta ou irreal. O futuro do pretérito do modo indicativo também indica um fato futuro incerto ou hipotético, dependente de outro acontecimento.


    Gabarito da Professora: Letra A.

  • No caso, gerúndio!


ID
5344219
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Assinale “C” ou “E”, conforme estejam, respectivamente, certas ou erradas, as seguintes afirmativas.


( ) Em “E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.”, os vocábulos destacados possuem, respectivamente, a seguinte divisão silábica: a – fe – tu – o – sos e fes – tei – ros.

( ) No trecho “Numa dessas noites de fossa e curtição...”, o vocábulo destacado possui o mesmo número de letras e fonemas.

( ) Na oração “...pois a razão nos repete que a significação de nossa existência...”, o termo destacado possui um encontro consonantal (-gn) que é inseparável em uma divisão silábica.

( ) No trecho “...porque não deveríamos nos queixar disso...”, o encontro vocálico (-ei) é classificado como um ditongo crescente.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta obtida no sentido de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito na alternativa B

    Solicita-se julgamento das assertivas abaixo transcritas:

    (C) Em “E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.”, os vocábulos destacados possuem, respectivamente, a seguinte divisão silábica: a – fe – tu – o – sos e fes – tei – ros.

    A separação silábica dos termos está corretamente indicada na assertiva.

    (E) No trecho “Numa dessas noites de fossa e curtição...”, o vocábulo destacado possui o mesmo número de letras e fonemas.

    O termo indicado possui 5 letras e apenas 4 fonemas. Há no termo o dígrafo consonantal "ss".

    (E) Na oração “...pois a razão nos repete que a significação de nossa existência...”, o termo destacado possui um encontro consonantal (-gn) que é inseparável em uma divisão silábica.

    O encontro consonantal indicado é imperfeito, sendo separado na divisão silábica: sig-ni-fi-ca-ção.

    (E) No trecho “...porque não deveríamos nos queixar disso...”, o encontro vocálico (-ei) é classificado como um ditongo crescente.

    O encontro vocálico é formado de vogal + semivogal, caracterizando ditongo decrescente.

  • Gab. B

    ( C ) Em “E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.”, os vocábulos destacados possuem, respectivamente, a seguinte divisão silábica: a – fe – tu – o – sos e fes – tei – ros.

    _________________________________________________________________________________________________

    ( E ) No trecho “Numa dessas noites de fossa e curtição...”, o vocábulo destacado possui o mesmo número de letras e fonemas.

    • Letras: 5 (fossa)
    • Fonemas: 4 (foça)

    _________________________________________________________________________________________________

    ( E ) Na oração “...pois a razão nos repete que a significação de nossa existência...”, o termo destacado possui um encontro consonantal (-gn) que é inseparável em uma divisão silábica.

    • Separação de sílaba: sig - ni - fi - ca - ção

    _________________________________________________________________________________________________

    ( E ) No trecho “...porque não deveríamos nos queixar disso...”, o encontro vocálico (-ei) é classificado como um ditongo crescente.

    • ditongo decrescente: (e) vogal + (i) semivogal

  • Afetuosos = A - fe-tu - o - sos

    Festeiro = Fes - tei - ro

    Fossa

    Letras - F - o - s - s - a = 5 letras

    Fonemas - F - o - ç - a = 4

    Significação = Sig-ni-fi-ca-ção

    Queixar = (E) é uma semivogal e (I) é uma Vogal

    Letra B

  • QUEIXAR:

    Para saber se é crescente ou não, busque ler em voz alta (mas não na prova kkk)

    Repare, que ao lermos quEixar, enfatizando o E, há um decrescimento na tonalidade da fala. quEiiii...

    Agora , se enfatizarmos o I: queIxar... percebemos que não é dessa forma que a ouvimos recorrentemente.Meio que soa estranho!

    Foi assim que conseguir resolver kkkkkk

  • A questão requer conhecimento acerca de fonética (encontros vocálicos: ditongo, tritongo e hiato, encontro consonantal e dígrafo).


    Ditongo - encontro de duas vogais na mesma sílaba. Exemplo: água (á-gua).


    Tritongo - encontro de três vogais na mesma sílaba. Exemplo: saguão (sa-guão).

    Hiato - encontro de duas vogais em sílabas diferentes. Exemplo: sde (sa-ú-de).

    Encontro consonantal - encontro de duas consoantes na mesma sílaba ou em sílabas diferentes. Exemplos: floco; bravo; martela (mar-te-lo).

    Dígrafo - duas letras que representam um só fonema (som). Exemplos: guerra, coelho, campo.

    ( C ) Em “E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.", os vocábulos destacados possuem, respectivamente, a seguinte divisão silábica: a – fe – tu – o – sos e fes – tei – ros. Certa. Há hiato em “afetuosos" e ditongo em “festeiros".



    ( E ) No trecho “Numa dessas noites de fossa e curtição...", o vocábulo destacado possui o mesmo número de letras e fonemas. Errada. Possui 5 letras e 4 fonemas, pois há o dígrafo “ss".



    ( E ) Na oração “...pois a razão nos repete que a significação de nossa existência...", o termo destacado possui um encontro consonantal (-gn) que é inseparável em uma divisão silábica. (sig-ni-fi-ca-ção) Errada. Há o encontro consonantal “gn", no entanto em sílabas diferentes. A isso é chamado encontro consonantal atípico: quando as consoantes se separam.



    ( E ) No trecho “...porque não deveríamos nos queixar disso...", o encontro vocálico (-ei) é classificado como um ditongo crescente. Errada. É um ditongo decrescente formado por vogal + semivogal.



    Sendo assim, a sequência correta obtida no sentido de cima para baixo é C, E, E, E.



    Gabarito da professora: Letra B.


ID
5344222
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Arte de ser feliz


    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava história. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias - e me sentia completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.

    Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos: que sempre parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

    Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


MEIRELES, Cecília. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro,

Editora José Olympio, 1975.

Na oração “Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé.”, foi estabelecida a correta concordância com o verbo em destaque, de acordo com a Norma Padrão da Língua Portuguesa. Assinale a alternativa em que essa concordância não atende à norma padrão.

Alternativas
Comentários
  • Ficou estabelecido, em nossa reunião, os termos do contrato.

    ficaram estabelecido, em nossa reunião, os termos do contrato.

    o que ficaram estabelecido?

    os termos do contrato

    geralmente as bancas colocam um termo intercalado para confundir o candidato mais apressado.

    erros só avisar

  • a) A maioria das pessoas prefere ver o lado ruim da vida.

    Correto. Expressões do tipo "a maioria de", "a maior parte de", "grande maioria de", ou seja, que indicam sentido partitivo, propiciam dupla concordância: com o núcleo da expressão (p.ex.: maioria) ou com o do adjunto adnominal (p.ex.: pessoas) que a determina;

    b) Ficou estabelecido, em nossa reunião, os termos do contrato.

    Incorreto. O verbo "ficar" deve concordar com o núcleo do seu sujeito, isto é, o substantivo "termos", bem como o adjetivo "estabelecido". Correção: "Ficaram estabelecidos, em nossa reunião, os termos do contrato";

    c)  estudos sobre as vantagens do pensamento positivo.

    Correto. O verbo "haver", no sentido de existir, é impessoal (não possui sujeito) e só se flexiona na terceira pessoa do singular. Tudo que está após ele é seu objeto direto;

    d) Mais de um sujeito aceitou participar da pesquisa sobre otimismo.

    Correto. Se o sujeito for constituído pela expressão "mais de um" e não denotar reciprocidade, o verbo deve flexionar-se na terceira pessoa do singular; entretanto, havendo reciprocidade, flexionar-se-á. Ex.: mais de um carro se chocaram no acidente mortal.

    Letra B

  • Gabarito na alternativa B

    Solicita-se construção na qual se possa encontrar solecismo de concordância verbal.

    A) A maioria das pessoas prefere ver o lado ruim da vida.

    Correta. A forma verbal destacada faz correta concordância com o termo partitivo "a maioria". É de se salientar que correta também seria a concordância plural com o adjunto adnominal "das pessoas", sendo caso facultativo de concordância.

    B) Ficou estabelecido, em nossa reunião, os termos do contrato.

    Incorreta. A construção encontra-se fora de sua ordem direta, antepondo a forma verbal ao sujeito da ação. Correta concordância seria feita com a pluralização do verbo: "Os termos do contrato ficaram estabelecidos".

    O termo "estabelecidos", adjetivo e predicativo do sujeito, deve seguir a concordância do verbo.

    C)  estudos sobre as vantagens do pensamento positivo.

    Correta. A forma verbal "" está empregada de maneira impessoal, não variando.

    D) Mais de um sujeito aceitou participar da pesquisa sobre otimismo.

    Correta. A concordância com a construção "mais de um" está corretamente realizada no singular. Com referida expressão, a concordância sempre se dará com o numeral que determina a construção, exceto em caso de reciprocidade ou repetição.

  • Assertiva B não atende à norma padrão.

    Ficou estabelecido, em nossa reunião, os termos do contrato

  • Sobre a letra a)

    A maioria das pessoas prefere ver o lado ruim da vida.

    Concordância com expressões partitivas: O verbo conta com 2 tipos de concordância!

    A maioria das pessoas preferem ...

    A maioria das pessoas prefere

  • O que ficaram estabelecidos?

    Os termos do contratos

  • O único verbo que não concorda com o núcleo do sujeito é o verbo aceitar da Alternativa B Na C o verbo haver é empregado com sentido de existir. Logo estamos diante de um verbo impessoal, sendo assim não aceita sujeito e se não aceita sujeito ele não há de concordar com nada e será empregado sempre no singular.
  • galera coloca na ordem direta:

    os termos do contrato ficou estabelecido em nossa reunião (veja que o sujeito nao concorda com o verbo)

    os termos do contrato ficaram estabelecido em nossa reunião (certa)

    cuidado!

    se houver predicativo a concordância do verbo depois do “que” pode ser feita com o sujeito da oração ou com o predicativo. Ex.:

    1). Fui eu o ultimo que consegui a vaga.

    1). Fui eu o ultimo que conseguiu a vaga. ( nesse caso, está concordando com com o predicativo do sujeito “temo sublinhado”)

  • A maioria das pessoas prefere/preferem ver o lado ruim da vida - expressões partitivas - Correta

    Ficou estabelecido, em nossa reunião, os termos do contrato - Incorreto

    Ficaram..... GAB B

  • Os termos do contrato ficaram estabelecidos em nossa reunião.


ID
5344225
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Arte de ser feliz


    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava história. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias - e me sentia completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.

    Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos: que sempre parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

    Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


MEIRELES, Cecília. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro,

Editora José Olympio, 1975.

Leia as assertivas a seguir:


I. Em “À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher...” e em “...porque isso foi muito longe, num idioma difícil...”, os vocábulos destacados são acentuados seguindo a mesma regra.

II. Em “...para as gotas de água que caíam de seus dedos magros...”, a palavra em destaque é acentuada seguindo a regra do “I” sozinho na sílaba tônica do hiato.

III. No trecho “Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul.”, a palavra sublinhada é uma oxítona terminada em “E”, e, por isso, é acentuada.

IV. As passagens “Tudo está certo, no seu lugar...” e “...quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça...” possuem termos em destaque que seguem a mesma regra de acentuação.


É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I) ERRADA: Ár-vo-re proparoxítona; e Di-fí-cil paroxítona terminada em L. II) CORRETA. III) CORRETA. IV) ERRADA Es-tá com acento, verbo estar conjugado na terceira pessoa do plural, a sílaba tônica é a última, logo é uma oxítona e termina com A, portanto é acentuada, Céu, monossílaba tônica, portanto acentuada! Resposta correta, letra C!

  • Assertiva C

    II. Em “...para as gotas de água que caíam de seus dedos magros...”, a palavra em destaque é acentuada seguindo a regra do “I” sozinho na sílaba tônica do hiato.

    III. No trecho “Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul.”, a palavra sublinhada é uma oxítona terminada em “E”, e, por isso, é acentuada.

  • Recebem o acento gráfico as palavras oxítonas que terminam em: a/as, e/es, o/os e em/ens.

  • I - Árvore > Proparoxítona. Difícil > Paroxítona

    IV - Está > Oxítona. Céu > Monossílabo.

  • I) ERRADA: Ár-vo-re proparoxítona; e Di-fí-cil paroxítona terminada em L.

    II) CORRETA.

    III) CORRETA.

    IV) ERRADA Es-tá com acento, verbo estar conjugado na terceira pessoa do plural, a sílaba tônica é a última, logo é uma oxítona e termina com A, portanto é acentuada, Céu, monossílaba tônica, portanto acentuada!

    Resposta correta, letra C!

  • A questão é sobre acentuação gráfica e quer que identifiquemos as alternativas corretas. Vejamos:

     .

    I. Em “À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher...” e em “...porque isso foi muito longe, num idioma difícil...”, os vocábulos destacados são acentuados seguindo a mesma regra.

    Errado. "Ár-vo-re" é uma proparoxítona e "di-fí-cil" é uma paroxítona terminada em "l".

    Proparoxítonas: são palavras que têm a antepenúltima sílaba como sílaba tônica. TODAS as palavras proparoxítonas são acentuadas graficamente, segundo as regras de acentuação.

    Paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em l, n, r, x, i(s), u(s), ps, ã(s), ão(s), ei(s), en, om, ons, um, uns, ditongo (crescente ou decrescente), seguido ou não de "s".

     .

    II. Em “...para as gotas de água que caíam de seus dedos magros...”, a palavra em destaque é acentuada seguindo a regra do “I” sozinho na sílaba tônica do hiato.

    Certo. "Ca-í-am" é acentuada por ser um hiato.

    Hiato é o encontro entre duas vogais que pertencem a sílabas diferentes. Devemos acentuar as vogais "i" e "u" tônicas dos hiatos, quando aparecem sozinhas na sílaba ou acompanhadas por "s". Ex.: sa·í·da, pa·ís, sa·ú·de, ba·ús.

     .

    III. No trecho “Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul.”, a palavra sublinhada é uma oxítona terminada em “E”, e, por isso, é acentuada.

    Certo. "Cha-lé" é uma oxítona terminada em "e".

    Oxítonas: a sílaba tônica é a última. Acentuam-se as oxítonas terminadas em A, E, O (S), mesmo quando seguidas de LO(S), LA(S); e as terminadas em EM, ENS (com duas ou mais sílabas). Acentuam-se também as oxítonas terminadas com ditongos abertos ÉI, ÓI e ÉU, seguidas ou não de “s”.

     .

    IV. As passagens “Tudo está certo, no seu lugar...” e “...quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça...” possuem termos em destaque que seguem a mesma regra de acentuação.

    Errado. "Es-tá" é uma oxítona terminada em "a". "Céu" é um monossílabo tônico.

    Monossílabo átono: monossílabos são palavras que têm apenas uma sílaba. Os monossílabos átonos são pronunciados de forma fraca. Nunca são acentuados. Em sua maioria são artigos, pronomes oblíquos, preposições e conjunções. Ex.: o, a, os, as (artigos definidos); um, uns (artigos indefinidos); me, nos, te, vos, o, a, lhe, os, as, lhes (pronomes oblíquos); de, em, por, com (preposições); e, nem, mas, que, pois, se (conjunções).

    Monossílabo tônico: monossílabos são palavras que têm apenas uma sílaba. Os monossílabos tônicos são pronunciados de forma forte (Lembrar do BioTÔNICO Fontoura!). Podem ser ou não acentuados. É apenas obrigatória a acentuação dos monossílabos tônicos terminados em a, as, e, es, o, os, éu, éus, éi, éis, ói, óis.

     .

    Gabarito: Letra C 

  • Olá, pessoal. Tudo bem?

    Venho pedir que vocês tenham cuidado com a monitoria oferecida pelo Arthur Carvalho. Quero salientar que ele, quando comenta as questões de Português, é muito sábio e inteligente. 

    Tenho muitas dificuldades na matéria e vendo os seus comentários percebi que dominava muito o assunto e vi que oferecia uma monitoria. Logo me iludi. Comprei a monitoria por 360 reais, um grande investimento quando se trata de estudos para concursos. 

    Entrei em contato com o Arthur via whatsapp e ele me passou umas aulas do Fernando Pestana, que, inclusive, não sei se está autorizado a compartilhar esse tipo de material. O Arthur apenas disse que eu deveria assistir as aulas e ele, depois, me passaria umas questões para fazer e iria corrigir. 

    Foi aí que comecei a achar estranho, pois se fosse para assistir as aulas e responder questões, eu ficaria limitado ao Qconcursos!. Cheguei a falar para ele que tinha me arrependido da compra, pois achava que a monitoria não preenchia a minha necessidade. Pensava que teria uma pessoa ao meu lado para me orientar, me ajudar a seguir um caminho para aprender Português. Às vezes mandava áudio pedindo uma orientação e ele nem se quer ouvia. Enfim, tive a certeza de que não daria certo.

    Solicitei o cancelamento da compra no mercado pago, mas o site disse que talvez o vendedor (Arthur) já tinha retirado o dinheiro da sua conta. Já mandei e-mail, uma mensagem no whats, mas nesse app fui bloqueado, já liguei e até o presente momento não tive respostas. 

    Quero deixar claro que QUEM FEZ ESSA MONITORIA COM ELE E DEU CERTO, PARABÉNS. MAS QUEM, COMO EU, SE ARREPENDEU TEM O DIREITO DE TER O DINHEIRO DE VOLTA. 

    Perdão por esse texto aqui na nossa plataforma.


ID
5344228
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Arte de ser feliz


    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava história. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias - e me sentia completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.

    Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos: que sempre parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

    Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


MEIRELES, Cecília. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro,

Editora José Olympio, 1975.

Assinale a alternativa em que o vocábulo em destaque é classificado como preposição.

Alternativas
Comentários
  • a) “Borboletas brancas, duas a duas...”.

    Correto. A rigor, entre palavras repetidas, quando houver uma vogal "a", esta será uma preposição, classe de palavra que não exerce função sintática. Recorde-se: isso, no entanto, não é regra;

    b) “...e mesmo que a ouvisse, não a entenderia...”

    Incorreto. Esse "a" é um pronome cuja função sintática é a de objeto direto do verbo "ouvir";

    c) “Avisto crianças que vão para a escola”.

    Incorreto. Esse "a" é um artigo definido cuja função sintática é a de adjunto adnominal;

    d) "Eu não a podia ouvir, da altura da janela..."

    Incorreto. Esse "a" é um pronome cuja função sintática é a de objeto direto do verbo "ouvir".

    Letra A

  • Preposições essencias: A - COM - DE - PARA - POR - EM

    Lembrar do sentido de relação que a preposição exerce com os termos.

  • a) “Borboletas brancas, duas a duas...”.

    No presente caso, os termos da oração denotam a ideia de quantidade. um exemplo semelhante: "três em três".

    b)“...e mesmo que a ouvisse, não a entenderia...”

    É a mesma situação vislumbrada na alternativa "d". Quem ouve, ouve A alguma pessoa, ou seja, a vogal grifada é um pronome obliquo que substitui o pronome do caso reto "Ela"

    c) “Avisto crianças que vão para a escola”.

    No assertiva, é preciso considerar a regência do verbo ir (que no caso encontra-se na terceira pessoa do presente do indicativo: "vão"). Pensemos da seguinte forma: quem vai, vai para algum lugar, ou seja, o verbo é regido pela preposição para. Assim sendo, o "a" que antecede a palavra escola (substantivo) é um artigo definido e não uma preposição.

    d) “Eu não a podia ouvir, da altura da janela...”

    Sempre pergunte para o verbo: quem não pode ouvir, não pode ouvir algo (alguma coisa), de alguém (alguma pessoa). No caso, verifica-se então, que que a pessoa não podia ouvir a uma outra do gênero feminino ("a" é pronome oblíquo que substitui o pronome do caso reto "ela"). Logo, o termo grifado é um pronome.

  • Letra B - Pronome Oblíquo Átono em Próclise

    Letra C - Artigo

    Letra D - Pronome Oblíquo Átono em Próclise.

    Gabarito Letra A, pois é a única alternativa que apresenta o que exige o enunciado. Preposição.

  • Artigo varia, preposição, não!

    Na dúvida, tente colocar todas as frases no plural, e se deixar de ser "a" para ser "as", trata-se de artigo.

  • Questão do concurso que fiz! Letra A.
  • Gabarito A

    o/a antes de substantivo = ARTIGO

    o/a retomando termo anterior= PRONOME

  • ALTERNATIVA "A"

    PREPOSIÇÃO: palavra gramatical, invariável, que liga dois elementos de uma frase, estabelecendo uma relação entre eles.

  • A questão requer conhecimento sobre as classes gramaticais (substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição).


    Alternativa (A) correta - Preposição. Em palavras repetidas, não se usa artigo. O “a" é preposição.

    Alternativa (B) incorreta - Pronome pessoal oblíquo átono. Está substituindo o substantivo “mulher", no terceiro parágrafo, segundo período.

    Alternativa (C) incorreta - Artigo definido. Está acompanhando o substantivo “escola".

    Alternativa (D) incorreta - Pronome pessoal oblíquo átono. Está substituindo o substantivo “mulher", no terceiro parágrafo, segundo período.

    Gabarito da Professora: Letra A.

  • 1) Coloca a frase no plural, se o "a" variar não é preposição.

    2) A letra "A" já é suspeita, pois normalmente entre palavras repetidas a letra "a" assume função de preposição.

  • Alternativa (A) correta - Preposição. Entre palavras repetidas, via de regra, não se usa artigo. O “a" é, pois, preposição.

    Alternativa (B) incorreta - Pronome pessoal oblíquo átono. Está substituindo o substantivo “mulher".

    Alternativa (C) incorreta - Artigo definido. Está acompanhando e determinando o substantivo “escola".

    Alternativa (D) incorreta - Pronome pessoal oblíquo átono. Está substituindo o substantivo “mulher", no segundo periodo do terceiro parágrafo.

  • “Borboletas brancas, duas a duas...”.

  • Quando o A é preposição.

    A + masculino

    A + verbo no infinitivo

    A = plural

    A + artigo indefinido

    A + pronome pessoal e indefinido.


ID
5344231
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Arte de ser feliz


    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava história. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias - e me sentia completamente feliz.

    Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.

    Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos: que sempre parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

    Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


MEIRELES, Cecília. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro,

Editora José Olympio, 1975.

O verbo destacado no trecho “Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal.” está conjugado no pretérito imperfeito, no modo indicativo. Assinale a alternativa em que o verbo destacado está conjugado nesse mesmo tempo verbal, no modo indicativo.

Alternativas
Comentários
  • Para conjugar esse verbo, pense: “antigamente eu_____”: Antigamente eu bebia/eles caíam/elas

    levantavam...

    As desinências de pretérito imperfeito do indicativo que você deve procurar são “VA A IA INHA”

    (amava, comprava, era, pretendia, ia, fazia, vinha, tinha).

    Professor Felipe Luccas.

  • Questão referente a tempo e modo verbais. Generosamente, o enunciado já explicita o tempo e o modo da forma verbal do enunciado. Cabe-nos reconhecer a mesma classificação em alguma opção de resposta:

    a) “Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor”.

    Incorreto. Está no presente do indicativo;

    b) “...diante de quem brilhariam, na sua breve existência?”

    Incorreto. Está no futuro do pretérito do indicativo;

    c) “Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino”.

    Incorreto. Novamente, está no presente do indicativo;

    d) “Era uma época de estiagem, de terra esfarelada”.

    Correto. A forma verbal "era", bem como a do enunciado, está no pretérito imperfeito do modo indicativo.

    Letra D

  • A - Presente do indicativo

    B - Futuro do pretérito do indicativo

    C - Presente do Indicativo

    GAB D

  • GABARITO: D

    O pretérito imperfeito do indicativo se refere a um fato ocorrido no passado, mas que não foi completamente terminado. Expressando, assim, uma ideia de continuidade e de duração no tempo.

    É usado em lendas e fábulas e confere um caráter mais polido a pedidos e afirmações. Pode ser utilizado também com sentido de futuro do pretérito para indicar uma ação que seria consequente de outra que acabou por não acontecer.

    Ex: Eu fazia patinação artística quando era criança.

    Eu comia um sorvete todos os domingos com minha avó.

    Ele estudava francês e alemão, mas agora só estuda alemão.

    Fonte: https://www.conjugacao.com.br/preterito-imperfeito-do-indicativo/

  • GABARITO - D

    Ajuda na resolução:

    Terminações " AVA / inha / era " - Pretérito perfeito.

    O pretérito perfeito indica uma ação repetitiva no passado.

    Estudava aos domingos.

  • Pretérito Imperfeito(ANTIGAMENTE) Era...

  • Gab. D

    Imperfeito; ação não concluída ( estava, fazia, amava, tinha, era).

    Perfeito; ação concluída.

  • A questão é sobre verbos e quer que identifiquemos a alternativa em que o verbo destacado está conjugado no modo indicativo, assim como o verbo em destaque em “Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal”, que está conjugado no pretérito imperfeito do modo indicativo. Vejamos:

     .

    A) “Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor”.

    Errado. "Abro" está no presente do indicativo: eu abro, tu abres, ele abre, nós abrimos, vós abris, eles abrem.

    Presente do indicativo: a ação da qual se está falando ocorre no instante da fala e essa ação provavelmente ou certamente está acontecendo ou acontecerá, ou seja, ela tem possibilidades reais de acontecer. Ex.: Eu resolvo questões todos os dias.

     .

    B) “...diante de quem brilhariam, na sua breve existência?”

    Errado. "Brilhariam" está no futuro do pretérito do indicativo: eu brilharia, tu brilharias, ele brilharia, nós brilharíamos, vós brilharíeis, eles brilhariam.

    Futuro do pretérito do indicativo: refere-se a algo que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação no passado e expressa incerteza, surpresa ou indignação. Ex.: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.

     .

    C) “Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino”.

    Errado. "Está" está no presente do indicativo: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais, eles estão.

     .

    D)Era uma época de estiagem, de terra esfarelada”.

    Certo. "Era", assim como "dava", está no pretérito imperfeito do indicativo: eu era, tu eras, ele era, nós éramos, vós éreis, eles eram.

    Pretérito imperfeito do indicativo: refere-se a um fato inacabado ocorrido no passado, transmitindo, portanto, uma ideia de continuidade. Ex.: Ainda era noite, quando me levantei.

     .

    Gabarito: Letra D

  • “Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor”.

    presente do indicativo

    “...diante de quem brilhariam, na sua breve existência?” 

    futuro do pretérito

    “Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino”.

    presente do indicativo

    Era uma época de estiagem.

    pretérito perfeito

  • Pretérito Imperfeito do Indicativo

    “Antigamente” eu ___________ .

    Ex.: Antigamente, eu bebia/ eu era...

    • Pode indicar:

    a)  Fatos repetidos, frequentes, habituais no passado.

    b)  Uma ação que estava ocorrendo (ação durativa ou contínua).

    c)  Ação planejada, esperada que não se realizou.

    Gabarito: D✅

  • A questão requer conhecimento acerca das flexões modo-temporais dos verbos.

    Alternativa (A) incorreta - A forma verbal abro" está conjugada no presente do indicativo.

    Alternativa (B) incorreta - A forma verbal brilhariam" está conjugada no futuro do pretérito do indicativo.

    Alternativa (C) incorreta - A forma verbal está" está conjugada no presente do indicativo.

    Alternativa (D) correta - A forma verbal era" está conjugada no pretérito imperfeito do indicativo.

    Gabarito da Professora: Letra D.

  • A banca foi esperta, colocou um verbo irregular para mudar a terminação. Caso contrário ficaria muito fácil.

  • Indicativo

    Presente - Coloque o hoje - ex. Hoje Eu falo

    Pretérito Imperfeito - Coloque o antigamente - ex. Antigamente eu falava

    Pretérito Perfeito - Coloque o ontem - ex. Ontem eu falei

    Pretérito mais-que-perfeito - ... outrora - ex. Outrora eu falara

    Futuro do Presente - ...amanhã - ex. Amanhã eu irei

    Futuro do pretérito - ... se eu ... ex. Se eu fosse você eu beberia

    Subjuntivo

    Presente - Que eu fale

    Pretérito imperfeito - Se eu falasse

    Futuro - Quando eu falar


ID
5344234
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

O município de Verdejante foi criado pela Lei nº 3.336, de 31 de dezembro de 1958. Todavia, a sua instalação somente teve lugar em 25 de março de 1962, depois de acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal. Em sua origem, Verdejante recebeu o nome de __________________ e era subordinado ao o município de ______________.


Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas contidas no excerto acima.

Alternativas
Comentários
  • Lagoa dos Milagres- Salgueiro


ID
5344237
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Sobre os aspectos geográficos de Verdejante, analise as assertivas abaixo:


I. O município de Verdejante está inserido na unidade geoambiental dos Maciços e Serras Baixas, que se caracterizam por relevo pouco acidentado. Parte da área do município, a sul, está inserida na unidade geoambiental Depressão Sertaneja.

II. Com aproximadamente 9.500 habitantes, Verdejante tem como limites geográficos o estado do Ceará, o município de Salgueiro e o estado da Paraíba.

III. No município de Verdejante predomina a vegetação densa, com árvores de pequeno porte, gramíneas e arbustos, típicas do bioma Caatinga.

IV. Formam o município de Verdejante o distrito sede e os povoados de Grossos, Lagoa, Malhadareia, além dos sítios Boa Vista, Riacho Verde I e II, São Joaquim, Riachinho, dentre outros.


É correto o que se afirma em

Alternativas

ID
5344240
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Tendo por base a classificação em regiões fisiográficas e levando-se em consideração os processos socioeconômicos e as especificidades locais e regionais do sistema produtivo, o espaço pernambucano é dividido pelo IBGE em cinco mesorregiões e 19 microrregiões geográficas. Assinale a alternativa que corresponde respectivamente à Mesorregião e à Microrregião em que está localizado o município de Verdejante.

Alternativas
Comentários
  • Verdejante é um município do sertão.

  • Mesorregião (SERTÃO) e à Microrregião (SERTÃO CENTRAL)

    Vi no Maps, nem sabia desse município.

    Assertiva letra C


ID
5344243
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

O Estado de Pernambuco não apresenta rios de grande extensão, nem de grande volume de água, excetuando-se apenas o São Francisco, limite natural entre os Estados de Pernambuco e da Bahia, na região sertaneja. Quanto ao clima e recursos hídricos do município de Verdejante é incorreto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • B.

    predominante no sertão nordestino, o clima semiárido é também o clima característico da região de Verdejante, apresentando baixas temperaturas, chuvas escassas e mal distribuídas, com longos períodos de estiagem.


ID
5373229
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Determinado Município resolveu instituir, mediante lei ordinária, empréstimo compulsório para atender a despesa ordinária decorrente de calamidade pública. Nesse caso, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    CF, art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios.

  • Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

    I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

    II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".

    Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de E.C. será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

  • GABARITO: C

    Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

    I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

    II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".

    Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

  • IMPORTANTE!

    Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

    I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; -> NÃO RESPEITA ANTERIORIDADE

    II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". -> RESPEITA A ANTERIORIDADE ANUAL

    Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

    Bons estudos!

  • Determinado Município resolveu instituir, mediante lei ordinária, empréstimo compulsório para atender a despesa ordinária decorrente de calamidade pública. Nesse caso, é correto afirmar que:

    A

    Como não se trata de tributo, o empréstimo compulsório não exige aprovação por lei complementar.

    B

    Embora seja permitido ao Município instituir o empréstimo compulsório, não pode fazê-lo para atender despesa ordinária.

    C

    O Município, independentemente do tipo de lei, não poderia ter instituído o empréstimo compulsório.

    Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

    I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

    II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".

    Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

    D

    Tal tributo somente poderia ter sido instituído pelo Município por meio de lei complementar.

  • GABARITO: C

    Pelo texto constitucional (ART. 148), há reserva de Lei Complementar para o empréstimo compulsório, não sendo possível a sua criação mediante lei ordinária, lei delegada ou medida provisória.

    #Avante

  • Olá!

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia.

  • Empréstimo Compulsório

    • espécie autônoma de tributo
    • previsto na CF
    • Devem ser instituído por lei complementar
    • Não pode via MP.
    • Competência Exclusiva da UNIÃO.
    • Deve ser devolvido.

    1. Hipóteses: (situações autorizadas - não é fato gerador)

    • atender despesas extraordinárias decorrentes de:
    • calamidade pública, guerra externa ou sua iminência
    • exceção ao princípio da noventena e anterioridade.

    2. Investimento público

    • caráter urgente
    • relevante interesse nacional
    • respeita a anterioridade e a noventena

    3.Fato Gerador

    • Foi deixado a cargo do legislador (não há hipóteses de incidência previstos, apenas situações que autorizam).

    4.Recursos arrecadados:

    • São vinculados à situação autorizadora
    • Poder ser vinculado ou não, a depender do fato gerador eleito pelo legislador.

    5.Restituição (devolução)

    • A lei instituidora deve fixar: prazo do empréstimo, condições do resgate (deve ser feito na mesma espécie que o recolhimento (dinheiro).

    Bons estudos!

  • EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS

    -Instituído por LC

    -Competência exclusiva da União

    -Arrecadação Vinculada (destinação específica)

    Deus é o senhor <3

  • Letra C

    A competência para criação de empréstimos compulsórios é exclusiva da União. Essa é uma regra sem exceções. Por mais urgente, grave e relevante que seja a situação concreta, não será possível a instituição da exação por parte dos Estados, dos Municípios ou do Distrito Federal (Direito Tributário / Ricardo Alexandre – 15 ed. rev., atual. e ampl. – Salvador – Ed. JusPodivm.2021

  • Empréstimo compulsório: é tributo de competência da União, sendo instituído somente por lei complementar

    a) Como não se trata de tributo, o empréstimo compulsório não exige aprovação por lei complementar.

    b) Embora seja permitido ao Município instituir o empréstimo compulsório, não pode fazê-lo para atender despesa ordinária.

    c) O Município, independentemente do tipo de lei, não poderia ter instituído o empréstimo compulsório. = GABARITO

    d) Tal tributo somente poderia ter sido instituído pelo Município por meio de lei complementar.

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Tributos.

     

    Abaixo, iremos justificar cada uma das assertivas:

    A) Como não se trata de tributo, o empréstimo compulsório não exige aprovação por lei complementar.

    Falso, pois é um tributo (de acordo com a teoria quinária) e está previsto na Constituição Federal a necessidade de lei:

    Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

     

    B) Embora seja permitido ao Município instituir o empréstimo compulsório, não pode fazê-lo para atender despesa ordinária.

    Falso, pois é um tributo federal, de acordo com a Constituição Federal:

    Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

     


    C) O Município, independentemente do tipo de lei, não poderia ter instituído o empréstimo compulsório.

    Correto, pois é um tributo federal, de acordo com a Constituição Federal:

    Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:



    D) Tal tributo somente poderia ter sido instituído pelo Município por meio de lei complementar.

    Falso, pois é um tributo federal, de acordo com a Constituição Federal:

    Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

     

    Gabarito do Professor: Letra C. 

  • Apenas a UNIÃO pode instituir empréstimos compulsórios, por meio de LEI COMPLEMENTAR, cujo quórum de aprovação é maior do que o de uma lei ordinária.


ID
5373232
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Julgue os itens a seguir.

I. Imposto de importação;
II. Imposto sobre produtos industrializados;
III. Imposto sobre a propriedade rural;
IV. Imposto sobre grandes fortunas.
V. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores.

Os impostos sujeitos ao princípio da anterioridade de exercício, nos termos da Constituição Federal, estão nos itens:

Alternativas
Comentários
  • Em regra o princípio da anterioridade do exercício financeiro e a nonagesimal aplicam-se a todos a todas as leis que instituam ou majorem tributos. Porém, a própria Constituição Federal excepciona os dois princípios da seguinte forma:

    A anterioridade anual não se aplica ao II, IE, IOF, IPI, Imposto Extraordinário, Empréstimo Compulsório de Guerra, Cide-Combustível, ICMS-Combustível e Contribuições da Seguridade Social.

    A anterioridade nonagesimal não se aplica ao II, IE, IOF, IR, Imposto Extraordinário, Empréstimo Compulsório de Guerra, Base de Cálculo do IPTU e IPVA. (PAULO, Vicente, ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Tributário na Constituição e no STF. Niterói: Impetus, 2011, pag. 147.)

    Portanto, gabarito letra D.

  • GABARITO D

    Exceções à anterioridade anual: II, IE, IOF, IPI, empréstimo compulsório de guerra/calamidade, imposto extraordinário de guerra.

    Exceções à legalidade: II, IE, IOF, IPI

    Exceções à anterioridade nonagesimal: II, IE, IOF (note que aqui não consta IPI), mposto extraordinário de guerra, IR, base de cálculo de IPVA e IPTU ( note que nesse 2 imposto é a BC e não a alíquota que pode ser antes de 90 dias).

  • Olá!

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia.

  • 1) Enunciado da questão

    Exige-se conhecimento acerca da tributação e do orçamento na Constituição Federal.

    2) Base Constitucional (Constituição Federal de 1988)

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    III - cobrar tributos:

    b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

    3) Base doutrinária

    Em regra, o princípio da anterioridade do exercício financeiro e a nonagesimal aplicam-se a todos a todas as leis que instituam ou majorem tributos. Porém, a própria Constituição Federal excepciona os dois princípios da seguinte forma:

    A anterioridade anual não se aplica ao II, IE, IOF, IPI, Imposto Extraordinário, Empréstimo Compulsório de Guerra, Cide-Combustível, ICMS-Combustível e Contribuições da Seguridade Social.

    A anterioridade nonagesimal não se aplica ao II, IE, IOF, IR, Imposto Extraordinário, Empréstimo Compulsório de Guerra, Base de Cálculo do IPTU e IPVA. (PAULO, Vicente, ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Tributário na Constituição e no STF. Niterói: Impetus, 2011, pag. 147.)

    4) Exame do enunciado e identificação da resposta

    À luz, do art. 150, III, b, da CF/88, é vedado cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Trata-se do princípio da anterioridade.

    Todavia, conforme bem pontuou a doutrina supracitada, “a anterioridade anual não se aplica ao II, IE, IOF, IPI, Imposto Extraordinário, Empréstimo Compulsório de Guerra, Cide-Combustível, ICMS-Combustível e Contribuições da Seguridade Social".

    Portanto, os únicos itens sujeitos ao princípio da anterioridade são o III (Imposto sobre a propriedade rural); IV (Imposto sobre grandes fortunas); e V (Imposto sobre a propriedade de veículos automotores).

    Resposta: D.


ID
5373235
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

De acordo com a Constituição Federal, o imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, é da competência dos Estados e do Distrito Federal, e não da União ou dos Municípios. Sobre o tributo em questão, é correto afirmar também que suas alíquotas máximas serão fixadas pelo:

Alternativas
Comentários
  • Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

    I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;  

    [...]

    § 1º O imposto previsto no inciso I: 

    [...] 

    IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

  • Dica:

    Impostos Estaduais -> fixação de alíquotas pelo Senado:

    ITCMD: alíquota máxima (obrigatório) - art. 155, §1º, IV

    ICMS: alíquota máxima e mínima (faculdade) - art. 155, §2º, V

    IPVA: alíquota mínima (obrigatório) - art. 155, §6º, I

  • A questão exige conhecimento acerca do Sistema Tributário Nacional e pede ao candidato que assinale o item correto, marcando a quem compete fixar a alíquota máxima do ITCMD.

    Para responder a questão, necessário conhecimento do art. 155, I, § 1º, IV, CF, que preceitua:

    Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

    I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;  

    § 1º O imposto previsto no inciso I:    

    IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

    Portanto, compete ao Senado Federal fixar a alíquota máxima do ITCMD, de modo que somente o item "A" encontra-se correto.

    Gabarito: A

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre sistema tributário nacional.

    A- Correta. É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 155: "Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (...) § 1º O imposto previsto no inciso I: (...) IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; (...)”.

    B- Incorreta. Não é o que dispõe a CRFB/88 a respeito do tema, vide alternativa A.

    C- Incorreta. Não é o que dispõe a CRFB/88 a respeito do tema, vide alternativa A.

    D- Incorreta. Não é o que dispõe a CRFB/88 a respeito do tema, vide alternativa A.

    E- Incorreta. Não é o que dispõe a CRFB/88 a respeito do tema, vide alternativa A.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa A.

  • GABARITO: A

    Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

    I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 

    § 1º O imposto previsto no inciso I:

    IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

  • Oi!

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -O resultado da sua aprovação é construído todos os dias.

  • Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

    I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 

    § 1º O imposto previsto no inciso I:

    IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

    obs: vale lembrar que cabe ao Senado Federal ainda:

    ICMS: alíquota máxima e mínima (faculdade) - art. 155, §2º, V

    IPVA: alíquota mínima (obrigatório) - art. 155, §6º, I


ID
5373238
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Governador do Estado editou decreto no sentido de que incluir, na base de cálculo do ICMS, o montante do IPI sempre que a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configurasse fato gerador dos dois impostos. Sob a ótica constitucional, é possível afirmar que o referido decreto:

Alternativas
Comentários
  • Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

    [...]

    II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 

    § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:   

    [...] 

    XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos;

  • GAB: B

    Com base no artigo 155 da Constituição Federal, o caso apresentado é completamente inconstitucional.

    Governador do Estado editou decreto no sentido de que incluir, na base de cálculo do ICMS, o montante do IPI sempre que a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configurasse fato gerador dos dois impostos. Sob a ótica constitucional, é possível afirmar que o referido decreto é completamente inconstitucional.

    Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

    (...)

    II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;

    § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

    XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, não configure fato gerador dos dois impostos;

  • Em complemento ao comentário dos colegas, acredito que a inconstitucionalidade do caso derive também do fato de a alíquota ter sido alterada via decreto e não por lei, como traz o Art. 97 do CTN.

  • GABARITO: B

    Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

    II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;

    § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte

    XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, não configure fato gerador dos dois impostos;

  • GABARITO: B

    CTN, Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:

    (...)

    IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21 (imposto de importação), 26 (imposto de exportação), 39 (ITBI), 57 (ICMS - artigo revogado) e 65 (IOF);

  • Inicialmente, é interessante explicitar que Imposto é um tributo não vinculado, isto é, o fato gerador dessa espécie tributária é definido como sendo uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Ou seja, a obrigação de pagar impostos decorre de fatos do contribuinte. Como exemplo podemos citar o IPTU, em que a pessoa que possui um imóvel urbano está obrigada a pagá-lo, independentemente de qualquer atividade estatal específica a ela relativa.

    A Constituição, em uma clara observância da autonomia das entidades federativas, pressupõe repartição de competências legislativas, administrativas e tributárias, sendo, pois, um dos pontos caracterizadores e asseguradores do convívio no Estado Federal. Assim, temos impostos federais, estaduais e municipais.


                A questão versa sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, estabelecido no artigo 155, II, CF/88, de competência estadual.

                Para respondê-la, é importante que o candidato conheça o teor do artigo 155, § 2º, XI, CF/88, o qual estabelece que o ICMS não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos.             Desta forma, com base no dispositivo acima mencionado, pode-se afirmar que o decreto em comento seria totalmente inconstitucional.





    Gabarito do professor: B

ID
5373241
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Levando em conta as disposições constitucionais sobre o ICMS, assinale abaixo a alternativa que não prevê situação a ser tratada por lei complementar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;

    § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

    XII - cabe à lei complementar:

    a) definir seus contribuintes; (letra B)

    b) dispor sobre substituição tributária;

    c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

    d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;

    e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a" (LETRA A)

    f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;

    g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. (LETRA C

    h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, ;                 

    i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. (LETRA D)

  • Levando em conta as disposições constitucionais sobre o ICMS, assinale abaixo a alternativa que não prevê situação a ser tratada por lei complementar:

    A

    fixação da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, sobre serviços e quaisquer produtos.

    Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 

    II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;

    e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a" (LETRA A)

    B

    definição dos contribuintes do ICMS.

    § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

    XII - cabe à lei complementar:

    a) definir seus contribuintes; (letra B)

    C

    regulação da forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

    g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. (LETRA C

    D

    fixação da base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço.

    i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. (LETRA D)

  • 1) Enunciado da questão
    A questão exige conhecimento sobre as disposições constitucionais sobre o ICMS.

    2) Base constitucional (CF de 1988)
    Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
    II) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
    e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a".
    § 2º. O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
    XII) cabe à lei complementar:
    a) definir seus contribuintes;
    g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
    i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço.

    3) Exame da questão e identificação da resposta
    a) Certo. A fixação da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, sobre serviços e quaisquer produtos pode ser disciplinada em lei ordinária, posto que o art. 155, inc. II, alínea “e", da CF não exige a edição de lei complementar.
    b) Errado. A definição dos contribuintes do ICMS deve ser prevista em lei complementar, nos termos do art. 155, § 2.º, inc. XII, alínea “a", da CF.
    c) Errado. A regulação da forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados deve ser objeto de lei complementar, nos termos do art. 155, § 2.º, inc. XII, alínea “g", da CF.
    d) Errado. A fixação da base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço deve ser objeto de lei complementar, nos termos do art. 155, § 2.º, inc. XII, alínea “i", da CF.

    Resposta: A.



ID
5373244
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional

Preencha corretamente as seguintes lacunas:


”Compete aos Municípios instituir impostos sobre a transmissão ________________, a qualquer título, por ato oneroso, de __________________, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre _________________, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição”. 

Alternativas
Comentários
  • LETRA C.

    Constituição Federal: Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

    I - propriedade predial e territorial urbana;

    II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

  • A questão exige conhecimento acerca do sistema tributário nacional e pede ao candidato que preencha corretamente as lacunas que seguem: "Compete aos Municípios instituir impostos sobre a transmissão ______, a qualquer título, por ato oneroso, de ______, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre ______, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição”.

    Para responder a questão, necessário conhecimento do art. 156, II, CF, que preceitua:

    Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

    Assim, os termos que preenchem corretamente as lacunas são, respectivamente: inter vivos - bens imóveis - imóveis, de modo que somente o item "C" encontra-se correto.

    Gabarito: C

  • GABARITO: C

    Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

    II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Tentar não significa conseguir, mas quem conseguiu, com certeza tentou. E muito.

  • Perdi foi tudo com o inter mortis kkkkkkkkkkk

ID
5373247
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Constituição Federal prevê que determinado imposto pode ser progressivo em razão do valor do imóvel e ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. É correto afirmar que preenche tais requisitos:

Alternativas
Comentários
  • O famoso IPTU:

    Imposto sobre Propriedade predial e Territorial Urbana

  • A questão exige conhecimento acerca do sistema tributário nacional e pede ao candidato que assinale o item correto, marcando o imposto que pode ser progressivo em razão do valor do imóvel e ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

    Para responder a questão, necessário conhecimento do art. 156, I, § 1º, I e II, CF, que preceitua:

    Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana;

    § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

    Portanto, a questão abordou o o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU), de modo que somente o item "B" encontra-se correto.

    Gabarito: B

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre sistema tributário nacional.

    A- Incorreta. Não é o que dispõe a CRFB/88 a respeito do tema, vide alternativa B.

    B- Correta. É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 156: "Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; (...) § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. (...)”.

    C- Incorreta. Não é o que dispõe a CRFB/88 a respeito do tema, vide alternativa B.

    D- Incorreta. Não é o que dispõe a CRFB/88 a respeito do tema, vide alternativa B.

    E- Incorreta. Não é o que dispõe a CRFB/88 a respeito do tema, vide alternativa B.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa B.

  • Oi!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -O resultado da sua aprovação é construído todos os dias.

  • LETRA B

    Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana;

    § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

    Portanto, a questão abordou o o imposto sobre a propriedade predial e 

  • Com fundamento no art. 156, da CF/88:

    "Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; (...) § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. (...)”.


ID
5373250
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre o imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR):

I. A competência tributária para instituição do ITR pertence à União e aos Municípios.
II. O ITR será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.
III. O ITR será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Art. 153 da CF: Compete à União instituir impostos sobre: VI - propriedade territorial rural.

    §4º O imposto previsto no inciso VI do caput:

    I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas;

    II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;

    III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique em redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

  • COMPETÊNCIA Tributária x CAPACIDADE Tributária.

    A Competência tributária, em síntese, é dada pela Constituição Federal. Esta atribui aos entes políticos a faculdade de implementar (criar) tributos específicos, conforme o texto constitucional descreve. Visto que é facultativo, o não exercício da competência tributária não a defere a outro ente.

    Ex: Compete aos Estados instituir o IPVA. A União e os Municípios, com o texto constitucional vigente, não podem criar esse imposto.

    No que se refere à capacidade tributária (ativa), esta se refere a quem pode cobrar ou fiscalizar o tributo.

    Ex: o ITR é um imposto de competência da União, todavia, poderá ser cobrado pelos Municípios caso haja convênio entre os respectivos entes.

    Trata-se apenas de um resumão. Qualquer erro, avise-me.

  • Analise as afirmativas a seguir sobre o imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR):

    I. A competência tributária para instituição do ITR pertence à União e aos Municípios.

    Art. 153 da CF: Compete à União instituir impostos sobre:

    VI - propriedade territorial rural.

    II. O ITR será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.

    §4º O imposto previsto no inciso VI do caput:

    I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas;

    III. O ITR será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

    II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;

    III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique em redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

    Assinale:

    A

    se todas as afirmativas estiverem corretas.

    B

    se apenas a afirmativa I estiver correta.

    C

    se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

    D

    se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Você nunca sai perdendo quando ganha CONHECIMENTO!

  • 1) Enunciado da questão
    A questão exige conhecimento sobre o imposto territorial rural (ITR).

    2) Base constitucional (CF de 1988)
    Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
    VI) propriedade territorial rural.
    §4º. O imposto previsto no inciso VI do caput:
    I) será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.
    II) não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;
    III) será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique em redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

    3) Exame da questão e identificação da resposta
    I) Errado. A competência tributária para instituição do ITR pertence à União (e não aos Municípios), nos termos do art. 153, inc. VI, da CF.
    II) Certo. O ITR será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas, nos termos do art. 153, § 4.º, inc. I, da CF.
    III) Certo. O ITR será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal, nos termos do art. 153, § 4.º, inc. III, da CF.

    Resposta: D.

  • A TRANSFERÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DO ITR DA UNIÃO PARA OS MUNICIPIOS IMPORTA EM DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA?

    RESPOSTA: NÃO. A pergunta se refere a faculdade que os Municípios tem, se optarem, em arrecadar e fiscalizar a cobrança do ITR (de competência da União), conforme art. 153, § 4º, inciso III da CF/88. Nesse caso, apenas a arrecadação é transferida para o Município (a competência legislativa para legislar sobre ITR continua com a União, pois, como sabido, a competência legislativa tributária é indelegável, art. 7º CTN).

    Nesse sentido Lei 11.250/2005: Art.1º A União, por intermédio da Secretaria da Receita Federal, para fins do disposto no inciso III do § 4º do art. 153 da Constituição Federal, poderá celebrar CONVÊNIOS com o Distrito Federal e os Municípios que assim optarem, visando a delegar as atribuições de fiscalização, inclusive a de lançamento dos créditos tributários, e de cobrança do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, de que trata o inciso VI do art. 153 da Constituição Federal, sem prejuízo da competência supletiva da Secretaria da Receita Federal.

     

    São requisitos para a transferência da atribuição:

    a) opção do Município;

    b) formalização da opção por meio de CONVÊNIO entre Município o RFB (Receita Federal do Brasil)

    c) Manutenção da carga tributária prevista na Legislação federal

    d) há regulamentos que preveem que tal transferência requer prova de que o Município tem capacidade material para desempenhar tal mister.


ID
5373253
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

O servidor público João de Deus estava ingressando na Secretaria Municipal de Finanças quando presenciou dois contadores conversando. Naquele momento, um deles citou a seguinte frase: “A empresa Padre Cícero foi indevidamente excluída do Simples Nacional”. Sobre a situação em questão, assinale a alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Não sei João de Deus, mas eu cheguei à conclusão de que não perco mais meu tempo respondendo questões dessa banca...

  • Na conversa afirma que a empresa foi excluida do Simples indevidamente. Como não foi por vontade dos sócios leva-se a concluir que a empresa esta sendo prejudicada. Ahei a questão muital mal feita. Há outras conclusões possíveis

  • Só iluminação divina para SUBentender alguma coisa minha gentee ....

  • O servidor público João de Deus estava ingressando na Secretaria Municipal de Finanças quando presenciou dois contadores conversando. Naquele momento, um deles citou a seguinte frase: “A empresa Padre Cícero foi indevidamente excluída do Simples Nacional”. Sobre a situação em questão, assinale a alternativa:

    A

    João de Deus tem a obrigação legal de reincluir a empresa Padre Cícero no Simples Nacional.

    B

    A única conclusão possível é que algum contador cometeu erros profissionais, pois a empresa Padre Cícero não deveria ser excluída do Simples Nacional.

    C

    João de Deus deve concluir que a empresa Padre Cícero não pagou os impostos devidos.

    D

    João de Deus pode tirar, como conclusão da conversa entre os contadores, que a empresa Padre Cícero está sendo prejudicada de alguma forma por não conseguir mais recolher os tributos sob a sistemática do Simples Nacional.

    Sabe-se que as hipóteses de exclusão de empresa optante pelo Simples Nacional encontram-se previstas na Resolução CGSN nº 140, de 2018. Tais hipóteses de exclusão podem ser resumidas nos três seguintes grupos:

    1) Exclusão por comunicação opcional. Nessa modalidade de exclusão é a própria empresa que, espontaneamente, opta por deixar o Simples Nacional, conforme permissivo encampado no art. 81, I, “a” e “b”, da resolução supramencionada.

    2) Exclusão por comunicação obrigatória. Nesse caso, a comunicação pelo contribuinte constitui um dever quando a empresa optante pelo Simples Nacional tiver incorrido em alguma das hipóteses de vedação contidas no art. 81, II, “a”, “b”, “c”, “d, e “e”, da resolução em comento.

    3) Exclusão de ofício. A exclusão é realizada pela própria Administração Pública, conforme art. 83, quando diante das hipóteses previstas no art. 84, I, II, III, “a” e “b”, IV, “a”, “b”, “c”, “d”, “e”, “f”, “g”, “h”, “i”, “j” e “k”, V e VI, da resolução supracitada.

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Você nunca sai perdendo quando ganha CONHECIMENTO!

  • 1) Enunciado da questão
    A questão exige conhecimento sobre exclusão da empresa do Simples Nacional, bem como de um pouquinho de raciocínio lógico (rs).

    2) Base legal (Resolução CGSN n.º 140, de 24/05/2018, que dispõe sobre o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional)
    Art. 81. A exclusão do Simples Nacional, mediante comunicação da ME ou da EPP à RFB, em aplicativo disponibilizado no Portal do Simples Nacional, dar-se-á:
    I) por opção, a qualquer tempo [...];
    II) obrigatoriamente, quando:
    a) a receita bruta acumulada ultrapassar um dos limites previstos no § 1º do art. 2º [...];
    b) a receita bruta acumulada, no ano-calendário de início de atividade, ultrapassar um dos limites previstos no caput do art. 3º [...];
    c) incorrer nas hipóteses de vedação previstas nos incisos II a XIV e XVI a XXV do art. 15 [...];
    d) possuir débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa [...];
    e) for constatado que, quando do ingresso no Simples Nacional, a ME ou a EPP incorria em alguma das vedações previstas no art. 15 [...];
    Parágrafo único. Na hipótese prevista na alínea "c" do inciso II do caput, deverão ser consideradas as disposições específicas relativas ao MEI, quando se tratar de ausência de inscrição ou de irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, § 4º).

    3) Exame da questão e identificação da resposta
    O servidor público João de Deus estava ingressando na Secretaria Municipal de Finanças quando presenciou dois contadores conversando.
    Naquele momento, um deles citou a seguinte frase: “A empresa Padre Cícero foi indevidamente excluída do Simples Nacional".
    Sobre a situação em questão, assinale a alternativa:
    a) Errado. João de Deus não tem a obrigação legal de reincluir a empresa Padre Cícero no Simples Nacional. A reinclusão no sistema dependerá de análise de pedido administrativo feito pela empresa e somente após a constatação de que não há pendências legais.
    b) Errado. A única conclusão possível não é que algum contador cometeu erros profissionais, pois a empresa Padre Cícero poderia ter sido excluída do Simples Nacional por um dos motivos contidos no art. 81 da Resolução CGSN n.º 140/18.
    c) Errado. João de Deus não deve concluir que a empresa Padre Cícero não pagou os impostos devidos. A exclusão do Simples Nacional não se dá tão-somente pelo não pagamento de tributos.
    d) Certo. João de Deus pode tirar, como conclusão da conversa entre os contadores, que a empresa Padre Cícero está sendo prejudicada de alguma forma por, ao ter sido excluída, não conseguir mais recolher os tributos sob a sistemática do Simples Nacional.

    Resposta: D.
  • ESSA É BOA !!! CONCURSEIRO AGORA TEM QUE SER FOFOQUEIRO E ADIVINHO ?!?!?!

    HUÁ HUÁ HUÁ

  • Creio que o examinador usou a questão pra dar alguma indireta para alguém rsrs

  • Misericórdia.


ID
5373256
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

No Direito Tributário, a sigla CIDE é comumente conhecida por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - B

    Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas.

    CIDE = Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.

  • No Direito Tributário, a sigla CIDE é comumente conhecida por:

    A

    Contribuição sobre a Importação de Domínios Econômicos.

    B

    Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.

    Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas.

    CIDE = Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.

    C

    Cadastro Internacional de Devedores Estrangeiros.

    D

    Cadastro Informativo sobre Declarações Estrangeiras.

  • 1) Enunciado da questão
    A questão exige conhecimento sobre qual o tributo tem por sigla CIDE.

    2) Base constitucional (Constituição Federal de 1988)
    Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir (...) contribuição de intervenção no domínio econômico (...).

    3) Exame da questão e identificação da resposta
    No Direito Tributário, a sigla CIDE é comumente conhecida por Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, nos termos do art. 149, caput, da Constituição Federal.

    Resposta: B.


ID
5373259
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Acerca do fato gerador, analise as afirmativas a seguir:

I. O fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
II. Considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos desde o momento em que esteja definitivamente constituída a situação de fato.
III. A definição legal do fato gerador é interpretada levando em conta os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • I. CORRETA (art. 115 do CTN); II. ERRADA (art. 116, incisos I e II do CTN); III. ERRADA (art. 118, II do CTN).
  •  Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:

           I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;

     Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:

          II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos

  • Alternativa A

    CTN

    I - correto: Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

    II - errado: Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:

    I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;

    II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.

    II - errado: Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:

    I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

    II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

  • GABARITO: A

    I - CERTO: Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

    II - ERRADO: Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios; II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.

    III - ERRADO: Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

  • Acerca do fato gerador, analise as afirmativas a seguir:

    I. O fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

    Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

    II. Considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos desde o momento em que esteja definitivamente constituída a situação de fato.

    Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:

    I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;

    II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.

    III. A definição legal do fato gerador é interpretada levando em conta os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

    Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:

    I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

    II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

    Assinale:

    A

    se apenas a afirmativa I estiver correta.

    B

    se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

    C

    se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

    D

    se todas as afirmativas estiverem corretas.

  • A questão apresentada trata de conhecimento acerca do fato gerador.

     

    A Alternativa I encontra-se correta, posto que dispõe o CTN em seu Art. 115: Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

     

    A Alternativa II encontra-se incorreta, posto que dispõe o CTN em seu Art. 116: Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:

     

    I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;

     

    II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.

     

     

    A Alternativa III encontra-se incorreta, posto que dispõe o CTN em seu Art. 118: A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:

    I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

    II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

     

     

    A alternativa A encontra-se correta, considerando que apenas a opção I esta correta.

    A alternativa B encontra-se incorreta, considerando que apenas a opção I esta correta.

    A alternativa C encontra-se incorreta, considerando que apenas a opção I esta correta.

    A alternativa D encontra-se incorreta, considerando que apenas a opção I esta correta.

    A alternativa E encontra-se incorreta, considerando que apenas a opção I esta correta. 






    Desta forma, o gabarito do professor é a alternativa A.




ID
5373262
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Acerca do imposto sobre serviços de qualquer natureza, assinale a alternativa incorreta:

Alternativas
Comentários
  • LC 116

    Art. 1º, § 4  A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado.

  • Alternativa C

    CF

    Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

    III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.

    § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:         

    I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;         

    II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.         

    III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

    ________________________

    LC 116

    Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.

    § 4º A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado.

    Art. 2º O imposto não incide sobre:

    I - as exportações de serviços para o exterior do País;

    II - a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados;

    III - o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições financeiras.

    Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no inciso I os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.

  • Acerca do imposto sobre serviços de qualquer natureza, assinale a alternativa incorreta:

    A

    Cabe à lei complementar, por exemplo, fixar as suas alíquotas máximas.

    Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

    III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.

    § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:         

    I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;  

    B

    O referido imposto não incide sobre as exportações de serviços para o exterior.

    II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.         

    C

    A incidência do imposto em questão depende da denominação dada ao serviço prestado.

    Art.1º § 4º A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado.

    D

    Cabe à lei complementar, por exemplo, fixar as suas alíquotas mínimas.

    § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:         

    I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;  

  • 1) Enunciado da questão
    A questão exige conhecimento sobre o imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN)

    2) Base constitucional (Constituição Federal de 1988)
    Art. 156. Compete aos Municípios (e ao Distrito Federal) instituir impostos sobre:
    III) serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.
    § 3º. Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:
    I) fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
    II) excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior;

    3) Base legal (Lei Complementar n.º 116, de 31/07/03, que dispõe sobre o ISSQN, de competência dos Municípios e do Distrito Federal)
    Art. 1º. O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.
    § 4º. A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado.

    4) Exame da questão e identificação da resposta
    a) Certo. Cabe à lei complementar, por exemplo, fixar as suas alíquotas máximas, nos termos do art. 156, § 3.º, inc. I, da CF.
    b) Certo. O referido imposto não incide sobre as exportações de serviços para o exterior, nos termos do art. 156, § 3.º, inc. II, da CF.
    c) Errado. A incidência do imposto em questão não depende da denominação dada ao serviço prestado, nos termos do art. 1.º, § 4.º, da LC n.º 116/03.
    d) Certo. Cabe à lei complementar, por exemplo, fixar as suas alíquotas mínimas, nos termos do art. 156, § 3.º, inc. I, da CF.

    Resposta: C (a única incorreta).


ID
5373265
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre a capacidade tributária:

I. A capacidade tributária é sempre passiva, pois o sujeito ativo da relação tributária é a pessoa jurídica de direito público.
II. A capacidade tributária não está vinculada à capacidade civil das pessoas naturais.
III. A pessoa jurídica não regularmente constituída, desde que configure uma unidade econômica ou profissional, pode ter capacidade tributária passiva.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    I. A capacidade tributária é sempre passiva, pois o sujeito ativo da relação tributária é a pessoa jurídica de direito público.

    ERRADO. Capacidade tributária ativa (natureza administrativa) é a prerrogativa de fiscalizar, arrecadar e executar as normas do direito tributário. Pode ser delegada (art. 7º, CTN). Ex.: os Municípios podem fiscalizar, executar e arrecadar o ITR (art. 153, § 4º, III, da CF).

    II. A capacidade tributária não está vinculada à capacidade civil das pessoas naturais.

    CERTO. Art. 126, CTN. A capacidade tributária passiva independe:

    I - da capacidade civil das pessoas naturais;

    III. A pessoa jurídica não regularmente constituída, desde que configure uma unidade econômica ou profissional, pode ter capacidade tributária passiva.

    CERTO. Art. 126, CTN. A capacidade tributária passiva independe:

    III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.

  • Analise as afirmativas a seguir sobre a capacidade tributária:

    I. A capacidade tributária é sempre passiva, pois o sujeito ativo da relação tributária é a pessoa jurídica de direito público.

    Capacidade tributária ativa (natureza administrativa) é a prerrogativa de fiscalizar, arrecadar e executar as normas do direito tributário. Pode ser delegada (art. 7º, CTN).

    Ex.: os Municípios podem fiscalizar, executar e arrecadar o ITR (art. 153, § 4º, III, da CF).

    II. A capacidade tributária não está vinculada à capacidade civil das pessoas naturais.

    Art. 126, CTN. A capacidade tributária passiva independe:

    I - da capacidade civil das pessoas naturais;

    III. A pessoa jurídica não regularmente constituída, desde que configure uma unidade econômica ou profissional, pode ter capacidade tributária passiva.

    Art. 126, CTN. A capacidade tributária passiva independe:

    III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.

    Assinale:

    A

    se todas as afirmativas estiverem corretas.

    B

    se apenas a afirmativa I estiver correta.

    C

    se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

    D

    se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Capacidade tributária.

     

    Abaixo, iremos justificar cada uma das assertivas:

    I. A capacidade tributária é sempre passiva, pois o sujeito ativo da relação tributária é a pessoa jurídica de direito público.

    Falso, pois ela pode ser ativa também.

     

    II. A capacidade tributária não está vinculada à capacidade civil das pessoas naturais.

    Correto, por respeitar o CTN:

    Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:

    I - da capacidade civil das pessoas naturais;

    II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;

    III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.

     

    III. A pessoa jurídica não regularmente constituída, desde que configure uma unidade econômica ou profissional, pode ter capacidade tributária passiva.

    Correto, por respeitar o CTN:

    Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:

    III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.

     

    Logo, apenas as assertivas II e III estão corretas.

     

    Gabarito do Professor: Letra D. 

  • A capacidade tributária passiva independe:

           I - da capacidade civil das pessoas naturais;

           II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;

           III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.


ID
5373268
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

De acordo com o Código Tributário Nacional, é possível afirmar que o concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público se verifica da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • Oi, pessoal. Gabarito: Letra "C".

    Segundo o CTN, o concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem (Art. 187, Parágrafo único, CTN):

    I - União;

    II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;

    III - Municípios, conjuntamente e pró rata.

    Obs.: o dispositivo foi considerado NÃO-RECEPCIONADO pelo STF. Segundo a Corte, o concurso de preferência entre os entes federados na cobrança judicial dos créditos tributários e não tributários, previsto no parágrafo único do art. 187 da Lei 5.172/1966 (Código Tributário Nacional) e no parágrafo único do art. 29 da Lei 6.830/1980 (Lei de Execuções Fiscais), não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. E isso porque ameaça o pacto federativo e contraria o inc. III do art. 19 da CF/1988 a definição de hierarquia na cobrança judicial dos créditos da dívida pública da União aos estados e Distrito Federal e esses aos Municípios.

    ADPF 357/DF, relatora Min. Cármen Lúcia, julgamento em 24.6.2021.

    Como o comando da questão foi claro ("de acordo com o Código Tributário Nacional [...]"), ela não está desatualizada ou é nula.

  • Em complemento ao excelente comentário do colega Roger Vitório, vale destacar que o STF cancelou sua súmula 563, cujo texto segue abaixo:

    Súmula 563-STF: O concurso de preferência a que se refere o parágrafo único, do art. 187, do Código Tributário Nacional, é compatível com o disposto no art. 9º, inciso I, da Constituição Federal.

  • GABARITO: C

    Art. 187. Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem:

    I - União;  

    II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;   

    III - Municípios, conjuntamente e pró rata.

  • De acordo com o Código Tributário Nacional, é possível afirmar que o concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público se verifica da seguinte forma:

    A

    Os Municípios recebem antes da União.

    B

    Os Territórios recebem antes dos Municípios.

    C

    A União recebe antes de Estados, Distrito Federal e Territórios.

    Art. 187. Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem:

    I - União;  

    II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;   

    III - Municípios, conjuntamente e pró rata.

    D

    Os Municípios recebem antes dos Estados, do Distrito Federal e da União.

  • Questão desatualizada, visto que o concurso de preferências entre Fazendas (parágrafo único do art. 187 do CTN) foi declarado pelo STF como não recepcionado pela CF/88, de acordo com julgamento da ADPF 357.

  • Idib cobrando letra seca não-recepcionada.

  • A questão apresentada trata de conhecimento acerca do concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público conforme disposto ao CTN.

     

     

    A alternativa A encontra-se incorreta. Nos termos do o concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na ordem prevista ao Art. 187, Parágrafo único:

    I - União;

    II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;

    III - Municípios, conjuntamente e pró rata.

    A alternativa B encontra-se incorreta. Nos termos do o concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na ordem prevista ao Art. 187, Parágrafo único:

    I - União;

    II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;

    III - Municípios, conjuntamente e pró rata.

     

    A alternativa C encontra-se correta. Nos termos do o concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na ordem prevista ao Art. 187, Parágrafo único:

    I - União;

    II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;

    III - Municípios, conjuntamente e pró rata.

    Todavia, devemos lembrar que o STF entende que o concurso de preferência entre os entes federados na cobrança judicial dos créditos tributários e não tributários, previsto no parágrafo único do art. 187 da Lei 5.172/1966 (Código Tributário Nacional) e no parágrafo único do art. 29 da Lei 6.830/1980 (Lei de Execuções Fiscais), não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. E isso porque ameaça o pacto federativo e contraria o inc. III do art. 19 da CF/1988 a definição de hierarquia na cobrança judicial dos créditos da dívida pública da União aos estados e Distrito Federal e esses aos Municípios. ADPF 357/DF, relatora Min. Cármen Lúcia, julgamento em 24.6.2021.

    A alternativa D encontra-se incorreta. Nos termos do o concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na ordem prevista ao Art. 187, Parágrafo único:

    I - União;

    II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;

    III - Municípios, conjuntamente e pró rata.




    Desta forma, o gabarito do professor é a alternativa C.


  • Cuidado com o comando da questão - De acordo com o Código Tributário Nacional...


ID
5373271
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Com relação ao imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU), analise as afirmativas a seguir:

I. A base do cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel.
II. Na determinação da base de cálculo do IPTU, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.
III. O contribuinte do IPTU é o proprietário do imóvel, e não o titular do seu domínio útil ou o possuidor.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: D.

    O item III está errado: Art. 34, CTN. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.

  • GABARITO - D

    Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.

    Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.

    Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.

  • GABARITO: D

    I - CERTO: Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.

    II - CERTO: Art. 33, Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.

    III - ERRADO: Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.

  • Com relação ao imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU), analise as afirmativas a seguir:

    I. A base do cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel.

    Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.

    II. Na determinação da base de cálculo do IPTU, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.

    Art. 33, Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.

    III. O contribuinte do IPTU é o proprietário do imóvel, e não o titular do seu domínio útil ou o possuidor.

    Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.

    Assinale:

    A

    se nenhuma afirmativa estiver correta.

    B

    se apenas a afirmativa I estiver correta

    C

    se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

    D

    se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

  • A questão apresentada trata de conhecimento referente ao IPTU - ao imposto sobre propriedade predial e territorial urbana.

     

    A alternativa I encontra-se correta, posto que, conforme dispõe o art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.

     

    A alternativa II encontra-se correta, visto que na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade, tal como previsto ao Art. 33 - Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.

     

    A alternativa III encontra-se incorreta, posto que o Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.

     

    A alternativa A encontra-se incorreta. Apenas as afirmativas I e II encontram-se corretas.

    A alternativa B encontra-se incorreta. Apenas as afirmativas I e II encontram-se corretas.

    A alternativa C encontra-se incorreta. Apenas as afirmativas I e II encontram-se corretas.

    A alternativa D encontra-se correta. Apenas as afirmativas I e II encontram-se corretas.





    Desta forma, o gabarito do professor é a alternativa D.




ID
5373274
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
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Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Município A e Município B estão cobrando de Maria das Luzes o pagamento de ITBI em razão do mesmo fato gerador. Sobre a situação em questão, é possível afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Art. 156 da CF: Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

    II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

    §2º O imposto previsto no inciso II:

    II - compete ao Município da situação dos bem.

  • GABARITO: B

    Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

    II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

    § 2º O imposto previsto no inciso II:

    II - compete ao Município da situação do bem.

  • Município A e Município B estão cobrando de Maria das Luzes o pagamento de ITBI em razão do mesmo fato gerador. Sobre a situação em questão, é possível afirmar que:

    A

    os Municípios A e B estão agindo com amparo na Constituição Federal.

    B

    o ITBI deve ser cobrado apenas pelo Município da situação do bem.

    GABARITO: B

    Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

    II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

    § 2º O imposto previsto no inciso II:

    II - compete ao Município da situação do bem.

    C

    Se Maria das Luzes residir no Município C, é este que deve fazer a cobrança do ITBI, cancelando-se os demais débitos perante o Município A e o Município B.

    D

    Como se verifica a duplicidade de incidência, os Municípios A e B devem isentar a cobrança do ITBI nesse caso.

    Responder

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -É praticando que se aprende e a prática leva á aprovação.

  • a) os Municípios A e B estão agindo com amparo na Constituição Federal. = ERRADO, pois é um caso de bitributação.

    b) o ITBI deve ser cobrado apenas pelo Município da situação do bem. = CERTO.

    c) Se Maria das Luzes residir no Município C, é este que deve fazer a cobrança do ITBI, cancelando-se os demais débitos perante o Município A e o Município B. = ERRADO, pois o ITBI independe do local de residência do comprador ou do vendedor, mas sim do Município da situação do imóvel, que é onde será cobrado o ITBI.

    d) Como se verifica a duplicidade de incidência, os Municípios A e B devem isentar a cobrança do ITBI nesse caso. = ERRADO. Nesse caso, Maria deverá realizar uma consignação em pagamento em favor do Município da situação do imóvel, em razão da bitributação.

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Impostos em espécie.

     

    Para pontuarmos aqui, temos que dominar o artigo 156, §2º, II, da Constituição Federal, que tem a seguinte redação:

    Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

    II – transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

    § 2º O imposto previsto no inciso II:

    II – compete ao Município da situação do bem.

     

    Logo, não importa a residência da pessoa, por exemplo, apenas o local onde se encontra o bem (não havendo que se falar, então, em duplicidade de cobrança).

     

    Gabarito do Professor: Letra B. 


ID
5373277
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
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Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Sobre as contribuições de melhoria, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Olá amigos do QC,

    contribuição de melhoria é um tributo que pode ser exigido pelo Poder Público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) quando houver a realização de uma obra pública e uma valorização imobiliária decorrente desta obra.

    Grande abraço, bons estudos e Deus é bom

  • Contribuição de Melhoria

           Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

           Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:

           I - publicação prévia dos seguintes elementos:

           a) memorial descritivo do projeto;

           b) orçamento do custo da obra;

           c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;

           d) delimitação da zona beneficiada;

           e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;

           II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;

           III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.

           § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.

           § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.

  • Letra B de bom dia.

    A contribuição de melhoria pode ser cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições.

  • Pq a letra C está errada ?

  • Gabrito: Letra B

    Contribuições de Melhoria

    • Competência COMUM dada aos 4 entes. O ente que construir a obra pública é quem será competente.  
    • Criado por meio de LEI ORDINÁRIA para criar, extinguir, restituir etc.  
    • Deve observar a anterioridade e noventena.  
    • FG: uma obra pública + valorização de imóvel particular. 
    • É também tributo vinculado e contraprestacional.  
    • NÃO incide sobre a contribuição de melhoria a manutenção da obra. Ex.: se o asfalto vai ficando ruim e é preciso fazer obra de recapeamento. Nesse caso, não incide contribuição de melhoria.  
    • Se for feito um encanamento de água, esgoto => pagará a contribuição de melhoria.
    • Se forem construídos UPA, delegacia, escola próximo aos imóveis, haverá valorização do local e, portanto, será cabível contribuição de melhoria. 
    • E se for um presidio e um cemitério? Isso desvaloriza ao bairro! Logo, não paga contribuição de melhoria.

    Fonte: meus resumos - mege

  • Sobre as contribuições de melhoria, assinale a alternativa correta:

    A

    As contribuições de melhoria não são consideradas tributos, já que estão sujeitas à facultatividade do contribuinte.

    • É também tributo vinculado e contraprestacional.  

    B

    A contribuição de melhoria pode ser cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições.

    Contribuição de Melhoria

           Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

    Contribuições de Melhoria

    • Competência COMUM dada aos 4 entes. O ente que construir a obra pública é quem será competente.  
    • Criado por meio de LEI ORDINÁRIA para criar, extinguir, restituir etc.  
    • Deve observar a anterioridade e noventena.  
    • FG: uma obra pública + valorização de imóvel particular. 
    • É também tributo vinculado e contraprestacional.  
    • NÃO incide sobre a contribuição de melhoria a manutenção da obra. Ex.: se o asfalto vai ficando ruim e é preciso fazer obra de recapeamento. Nesse caso, não incide contribuição de melhoria.  
    • Se for feito um encanamento de água, esgoto => pagará a contribuição de melhoria.
    • Se forem construídos UPA, delegacia, escola próximo aos imóveis, haverá valorização do local e, portanto, será cabível contribuição de melhoria. 
    • E se for um presidio e um cemitério? Isso desvaloriza ao bairro! Logo, não paga contribuição de melhoria.

    C

    Pode ser instituída contribuição de melhoria em razão da prestação de serviço público específico.

    D

    A contribuição de melhoria tem nítido escopo arrecadatório, pois não tem vinculação com o total da despesa gasta na obra pública, e sim com a valorização individual do imóvel.

    https://www.politize.com.br/contribuicao-de-melhoria-tributos/#:~:text=Apesar%20de%20existir%20autoriza%C3%A7%C3%A3o%20para,opte%20por%20instituir%20o%20tributo.

    https://jus.com.br/artigos/33165/as-contribuicoes-de-melhorias-e-demais-contribuicoes-presentes-na-atual-constituicao-brasileira-e-no-codigo-tributario-nacional#:~:text=De%20acordo%20com%20o%20artigo,diferente%20de%20custear%20a%20obra.

  • A. As contribuições de melhoria não são consideradas tributos, já que estão sujeitas à facultatividade do contribuinte. ERRADO. TANTO DENTRO DA TEORIA TRIPARTIDA, QUANTO DA PENTAPARTIDA HÁ PREVISÃO DESTA CATEGOTIA COMO TRIBUTO. ADEMAIS, NÃO É FACULTATIVA, O ESCOPO É ARRECADAR, SE FOR FACULTATIVO..."POBRE" ESTADO NUNCA VERÁ.

    B. A contribuição de melhoria pode ser cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições. GABARITO - ART. 81, CTN.

    C - Pode ser instituída contribuição de melhoria em razão da prestação de serviço público específico. NÃO, ISSO SERIA A TAXA.

    D - A contribuição de melhoria tem nítido escopo arrecadatório, pois não tem vinculação com o total da despesa gasta na obra pública, e sim com a valorização individual do imóvel. TAMBÉM NÃO, A CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, DECORRENTE DA VALORIZAÇÃO OBTIDA PELAS OBRAS PÚBLICAS, VISA EVITAR O ENRRIQUECIMENTO SEM CAUSA DO CONTRIBUINTE.

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Você nunca sai perdendo quando ganha CONHECIMENTO!

  • a) As contribuições de melhoria não são consideradas tributos, já que estão sujeitas à facultatividade do contribuinte. = ERRADO, não tributos.

    b) A contribuição de melhoria pode ser cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições. = GAB.

    c) Pode ser instituída contribuição de melhoria em razão da prestação de serviço público específico. = ERRADO, essa é a hipótese de incidência de TAXAS.

    d) A contribuição de melhoria tem nítido escopo arrecadatório, pois não tem vinculação com o total da despesa gasta na obra pública, e sim com a valorização individual do imóvel. = ERRADO, pois um dos parâmetros para a BC da contribuição de melhoria, além da valorização individual do imóvel, é a despesa realizada/gasta na obra pública.

  • 1) Enunciado da questão

    A questão exige conhecimento sobre contribuição de melhoria.

    2) Base constitucional (Constituição Federal de 1988)

    Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

    I) impostos;

    II) taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

    III) contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

    3) Base legal (Código Tributário Nacional – CTN)

    Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

    4) Exame da questão e identificação da resposta

    a) Errado. As contribuições de melhoria, a exemplo dos impostos e taxas (CF, art. 145, incs. I a III) são considerados tributos, já que estão sujeitas à obrigatoriedade (e não facultatividade) do contribuinte.

    b) Certo. A contribuição de melhoria pode ser cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, nos termos do art. 145, inc. III, da CF.

    c) Errado. Pode ser instituída contribuição de melhoria em razão da execução de obra pública (e não prestação de serviço público específico), nos termos do art. 145, inc. III, da CF. A utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição pode ensejar a cobrança de taxas.

    d) Errado. A contribuição de melhoria não tem nítido escopo arrecadatório. Ela se destina a fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária. Ademais, é incorreto afirmar que o tributo não tem vinculação com o total da despesa gasta na obra, já que o limite total é a despesa realizada e o limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado, nos termos do art. 81 do CTN.

    Resposta: B.


ID
5373280
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre as taxas:

I. A taxa somente pode ser cobrada se houver a efetiva prestação do serviço público.
II. A taxa, quando é cobrada em razão do exercício do poder de polícia, se chama tarifa.
III. As taxas em razão da prestação de serviço público são classificadas em dois tipos: a tarifada e a tarifária.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Olá amigos do QC,

    As taxas estão sujeitas a todas as limitações legais, sendo que a sua cobrança está vinculada à efetiva prestação do serviço, ou ao menos, que seja disponibilizado.

    A Constituição estabelece que a taxa pode ser exigida em decorrência da utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ou colocado à disposição do usuário ou, ainda, em razão do exercício do poder de polícia.

    Grande abraço, bons estudos e Deus é bom.

  • Taxas - Efetiva ou potencial - Serviço específico e divisível. Anota ai: A cobrança está vinculada a utilização do serviço ou a disponibilização dele

  • Não entendi pq a assertiva I "I. A taxa somente pode ser cobrada se houver a efetiva prestação do serviço público." está errada.

  • O que é taxa tarifada e tarifária?

  • Tarifa ou Preço Público = Regime jurídico de direito privado, informado pelo princípio da autonomia da vontade.

    Súmula 545 STF: " preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daquelas, são compulsórias e tem sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu".

  • Analise as afirmativas a seguir sobre as taxas:

    I. A taxa somente pode ser cobrada se houver a efetiva prestação do serviço público.

    Taxas - Efetiva ou potencial - Serviço específico e divisível. Anota ai: A cobrança está vinculada a utilização do serviço ou a disponibilização dele

    II. A taxa, quando é cobrada em razão do exercício do poder de polícia, se chama tarifa.

    Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

    (...)

    II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; (o destaque é nosso).

    III. As taxas em razão da prestação de serviço público são classificadas em dois tipos: a tarifada e a tarifária.

    Tarifa ou Preço Público = Regime jurídico de direito privado, informado pelo princípio da autonomia da vontade.

    Súmula 545 STF: " preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daquelas, são compulsórias e tem sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu".

    Assinale:

    A

    se apenas a afirmativa I estiver correta.

    B

    se apenas a afirmativa II estiver correta.

    C

    se apenas a afirmativa III estiver correta.

    D

    se nenhuma afirmativa estiver correta.

  • Em relação ao Conceito:

    tarifa é uma contraprestação de serviços de natureza comercial ou industrial. As tarifas são cobradas pelas empresas associadas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos federais estaduais e municipais, para permitir a justa remuneração do capital, o melhoramento e a expansão dos serviços e assegurar o equilíbrio econômico e financeiro do contrato; É PREÇO PÚBLICO.

    A taxa é uma contraprestação de serviços de natureza administrativa ou jurisdicional; é um preço tabelado.

    A tarifa visa o lucro, a taxa visa o ressarcimento.

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Tentar não significa conseguir, mas quem conseguiu, com certeza tentou. E muito.

  • As taxas podem ser exigidas dos cidadãos em duas situações: (1) quando o Poder Público prestar ao contribuinte um serviço público, específico e divisível. Neste caso denominamos de taxa de serviço. Ou então (2) quando houver o exercício regular do Poder de Polícia.
  • A questão aborda o tema das taxas e suas características.

    Para resolução da questão, é necessário conhecer sobre taxas e saber diferenciá-las de preços públicos.

    A alternativa (A) está incorreta nos moldes do art. 77 do CTN.

    A alternativa (B) está incorreta nos moldes da súmula nº 545 do STF.

    A alternativa (C) está incorreta nos moldes do art. 77 do CTN e da súmula nº 545 do STF.

    A alternativa (D) está correta.




    Desta forma, o gabarito do professor é a letra D.


ID
5373283
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre a prescrição e a decadência tributárias:

I. Enquanto a decadência está relacionada com a constituição do crédito tributário, a prescrição está associada à cobrança dele.
II. O prazo de decadência, no direito tributário, é de 05 (cinco) anos, contados do dia em que o contribuinte reconhece a existência do fato gerador em declaração enviada ao Fisco.
III. A prescrição tributária não pode ser suspensa e nem interrompida.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Item I - CORRETO.

    Art. 173 do CTN: O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:

    I - do primeiro dia do exercício seguinte àquela em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

    II - da data em que tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.

    Art. 174 do CTN: A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.

    Item II - INCORRETO. Súmula 555 do STJ: Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do CTN, art. 173, I, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.

    Item III - INCORRETO.

    Art. 174, p.u, do CTN: A prescrição se interrompe:

    I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;

    II - pelo protesto judicial;

    III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

    IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.

  • GABARITO: A

    I - CERTO: Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.

    II - ERRADO: Súmula 555/STJ: Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do CTN, art. 173, I, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.

    IV - ERRADO: Art. 174, Parágrafo único. A prescrição se interrompe:

  • Gente, alguém pode explicar melhor porque o Item II está INCORRETO?

    Ora, houve declaração do débito, logo não faz sentido aplicar a Súmula 555 do STJ.

  • Na verdade o item II está incorreto em razão do disposto na Súmula 436, STJ (“A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco”). Ou seja, inicia-se o prazo prescricional, não o decadencial como dispõe a questão.
  • Analise as afirmativas a seguir sobre a prescrição e a decadência tributárias:

    I. Enquanto a decadência está relacionada com a constituição do crédito tributário, a prescrição está associada à cobrança dele.

    Art. 173 do CTN: O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:

    I - do primeiro dia do exercício seguinte àquela em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

    II - da data em que tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.

    Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.

    II. O prazo de decadência, no direito tributário, é de 05 (cinco) anos, contados do dia em que o contribuinte reconhece a existência do fato gerador em declaração enviada ao Fisco.

    Súmula 555/STJ: Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do CTN, art. 173, I, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.

    III. A prescrição tributária não pode ser suspensa e nem interrompida.

    Art. 174, p.u, do CTNA prescrição se interrompe:

    I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;

    II - pelo protesto judicial;

    III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

    IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.

    Assinale:

    A

    se apenas a afirmativa I estiver correta.

    B

    se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

    C

    se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

    D

    se nenhuma afirmativa estiver correta.

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Se você não está disposto a arriscar, esteja disposto a uma vida comum. – Jim Rohn

  • I. Enquanto a decadência está relacionada com a constituição do crédito tributário, a prescrição está associada à cobrança dele. = CERTO.

    II. O prazo de decadência, no direito tributário, é de 05 (cinco) anos, contados do dia em que o contribuinte reconhece a existência do fato gerador em declaração enviada ao Fisco. = ERRADO, pois é da EFETIVA data de ocorrência do fato gerador.

    III. A prescrição tributária não pode ser suspensa e nem interrompida. = ERRADO, a prescrição pode ser interrompida (exemplo: despacho do juiz que ordena a citação) ou suspensa (exemplo: moratória)

    GAB: A

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre os temas: Decadência e prescrição.

     

    Abaixo, iremos justificar cada uma das assertivas:

    I. Enquanto a decadência está relacionada com a constituição do crédito tributário, a prescrição está associada à cobrança dele.

    Correto, conforme de extraí dos seguintes artigos do CTN:

    Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:

    I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

    II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.

    Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.

     

    II. O prazo de decadência, no direito tributário, é de 05 (cinco) anos, contados do dia em que o contribuinte reconhece a existência do fato gerador em declaração enviada ao Fisco.

    Falso, por não respeitar o art. 173 supracitado.

     

    III. A prescrição tributária não pode ser suspensa e nem interrompida.

    Falso, pois ela pode ser interrompida:

    Art. 174. Parágrafo único. A prescrição se interrompe:

    I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;

    II - pelo protesto judicial;

    III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

    IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.

     

    Gabarito do Professor: Letra A. 

  • GABARITO A

    Importante lembrar que a decadência se dá antes da constituição do crédito tributário.

    Já a prescrição refere-se ao prazo de cobrança (execução tributária) deste crédito.

    Cuidado para não confundir! São momentos diferentes!

    ESQUEMATIZANDO:

    PRESCRIÇÃO / DECADÊNCIA = 1º decadência(constituir) / 2º prescrição(cobrar)

    D ANTES DE P

    • Decadência: é o instituto jurídico que se refere à perda do direito subjetivo de constituir o crédito tributário pelo lançamento, em virtude da omissão estatal. Vale dizer que a decadência poderá ser arguida diante da ausência de lançamento ou do lançamento a destempo (fora do prazo).
    • Prescrição: perda do direito de ação (perda do direito à cobrança judicial do crédito tributário. É o instituto jurídico que indica a perda do direito subjetivo da ação de execução fiscal, a ser desencadeada pela Fazenda Pública ma cobrança judicial do tributo exequível. 

    Art 173, CTN: Direito de a Fazenda CONSTITUIR o crédito tributário - 5 anos (PRAZO DECADENCIAL):

    - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

    - da data em que tornar definitiva decisão que houver anulado, por vício formal, lançamento anterior.

    Esse direito extingue definitivamente com decurso desse prazo - contado da data que tenha iniciado a constituição do crédito tributário pela notificação do sujeito passivo, de medida preparatória indispensável ao lançamento. 

    Art. 174, CTN: Ação para COBRANÇA do crédito tributário PRESCREVE em 5 anos da data da sua constituição definitva

    Decadencial: anos prazo para constituição definitiva do crédito tributário

      Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:

           I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

           II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.

            Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. 

    Prescrição: prazo para a cobrança do crédito tributário é de 5 (cinco)

            Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.

            Parágrafo único. A prescrição se interrompe:

            I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)

           II - pelo protesto judicial;

           III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

           IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.

    HIPÓTESES PRATICAMENTE IGUAIS AO CC

  • Item II - Errado, pois se o contribuinte declarou a existência de um débito não há o que falar em decadência, mas sim prescrição.


ID
5373286
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Verdejante - PE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Na cobrança da Dívida Ativa de natureza tributária, é possível que o devedor, desde que haja previsão legal, efetue o parcelamento do débito perante a Fazenda Pública. Nesse caso, é possível afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Oi, pessoal. Gabarito: Letra "C".

    Segundo o CTN, Art. 151, "[s]uspendem a exigibilidade do crédito tributário: [...] VI – o parcelamento."

    Lembrando que, em âmbito federal, Lei 10.522/02, Art. 12, "[o] pedido de parcelamento deferido constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário, podendo a exatidão dos valores parcelados ser objeto de verificação".

  • Alternativa C

    CTN

    Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

    I - moratória;

    II - o depósito do seu montante integral;

    III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;

    IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

    V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

    VI - o parcelamento.

    Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes.

  • GABARITO: C

    Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

    VI – o parcelamento.

  • Suspendem o crédito tributário:

    MOratória

    DEpósito do seu montante integral

    REclamações e REcursos

    COnsessão de liminar em MS/ COncessão de liminar/ tutela antecipada

    PArcelamento

    MO DE RE CO PA

  • Na cobrança da Dívida Ativa de natureza tributária, é possível que o devedor, desde que haja previsão legal, efetue o parcelamento do débito perante a Fazenda Pública. Nesse caso, é possível afirmar que:

    A

    a mera adesão ao parcelamento configura causa de extinção do crédito tributário.

    B

    o parcelamento gera automaticamente a expedição de certidão negativa de débitos, ainda que existam outros débitos pendentes.

    C

    o parcelamento configura causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário.

    Suspendem o crédito tributário:

    MOratória

    DEpósito do seu montante integral

    REclamações e REcursos

    COnsessão de liminar em MS/ COncessão de liminar/ tutela antecipada

    PArcelamento

    MO DE RE CO PA

    CTN

    Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

    I - moratória;

    II - o depósito do seu montante integral;

    III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;

    IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

    V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

    VI - o parcelamento.

    Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes.

    Lembrando que, em âmbito federal, Lei 10.522/02, Art. 12, "[o] pedido de parcelamento deferido constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário, podendo a exatidão dos valores parcelados ser objeto de verificação".

    D

    o parcelamento não influencia no ajuizamento da execução fiscal, já que o débito continua líquido, certo e exigível mesmo com o acordo.

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -O resultado da sua aprovação é construído todos os dias.

  • suspenção - Parcelamento, art. 151, CTN

    Acertei por causa desse mnemônico: PARCEMODERELA

    Parce- lamento

    Mo- atória

    De- pósito

    Re-clamação e Rec.administrativo

    Li-minares em mand. segurança

    A-ntecipação de tutela.

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre os temas: Parcelamento.

     

    Para pontuarmos nessa questão, temos que dominar o artigo 151, VI do CTN:

    Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

    I - moratória;

    II - o depósito do seu montante integral;

    III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;

    IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

    V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;    

    VI – o parcelamento.

     

    Logo, o gabarito é corretamente completado com a letra C, ficando assim: Na cobrança da Dívida Ativa de natureza tributária, é possível que o devedor, desde que haja previsão legal, efetue o parcelamento do débito perante a Fazenda Pública. Nesse caso, é possível afirmar que: o parcelamento configura causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário.

     

    Gabarito do Professor: Letra C.