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                                Conceito de Adhocracia	Adhocracia 	 Adhocracy - The Power to Change 	" e corresponde ao oposto daburocracia: enquanto a burocraciacoloca a ênfase na rigidez das rotinas, a Adhocracia coloca a ênfase na simplificação dos processos e na adaptação daorganizaçãoa cada situação particular. Robert Waterman define-a comoqualquer forma deorganizaçãoque corta com todos os processos característicos das organizações burocráticas relacionados com a pesquisa e análise de novas oportunidades, resolução de problemas, e obtenção de resultados.A Adhocracia é, desta forma, aplicável a qualquer organizaçãoque rompa com as tradicionais normas burocráticas, geralmentedominantes emempresasna sua fase de maturidade. O objectivo da Adhocracia é a detecção de novas oportunidades, resolução de problemas e obtenção de resultados através do incentivo à criatividade individual enquanto caminho para a renovação organizacional.  	Características da Adhocracia 	As principais características de uma organização adhocrática são as seguintes:-Estrutura organizacionalmarcadamente orgânica;- Pouca formalização dos procedimentos e comportamentos;- Especialização do trabalho assente na formação;-Coordenaçãoe controlo efectuado pelas próprias equipas de trabalho;- Baixo grau de estandardização dos processos;- Elevado grau de descentralização;- Alguma indefinição de papeis;- Alguma dificuldade nacomunicaçãoformal. 	Ideal AdhocráticoCaracteristicas: 	-Equipe tarefa temporária
 -Autoridade descentralizada-
 Responsabilidades       fluidas de trabalhos
 
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                                Clã - correlacionada positivamente às dimensões Autotranscendência e Abertura à Mudança, segundo os valores Preocupação com a Coletividade, Autonomia e Bem-Estar dos Empregados, e negativamente com Conservação e Autopromoção e respectivos valores, Conformidade e Tradição, Realização, Prestígio e Domínio.
 Hierarquia - correlacionada positivamente com as dimensões Conservação e Autotranscendência, e conseqüentemente, com os respectivos valores organizacionais Conformidade, Tradição e Preocupação com a Coletividade. Com as dimensões opostas, caberiam correlações negativas com Autopromoção mediante os valores Realização, Prestígio e Domínio e com Abertura à Mudança, por meio dos valores Autonomia e Bem-Estar dos Empregados.
 Mercado - apresenta correlações positivas com as dimensões Conservação e Autopromoção e, portanto, com os valores Conformidade e Tradição, Realização, Prestígio e Domínio. Correlações negativas haveria com Autotranscendência e Abertura à Mudança e, por conseqüência com Preocupação com a Coletividade, Autonomia e Bem-Estar dos Empregados.	Adhocracia - teria com as dimensões Abertura à Mudança e Autopromoção, bem como com os valores Autonomia e Bem-Estar dos Empregados e Realização, Prestígio e Domínio, correlações positivas. Por outro lado, com as dimensões Conservação e Autotranscendência e respectivos valores organizacionais Conformidade e Tradição e Preocupação com a Coletividade, evidenciaria correlações negativas. 
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                                Para  os  autores  (1999),  a  cultura  é  vista  como  um  conjunto  de  valores,  crenças  e pressupostos  que  caracterizam  as  organizações  e  seus  membros.  Assim,  a  cultura  é  assumida como um atributo da própria organização, algo que a organização possui (tem) e não meramente como uma  metáfora  (algo  que a  organização é). Os autores assumem que o  modelo  estabelece que  as  organizações  podem  ser  caracterizadas  de  acordo  com  traços  culturais  comuns  e classificam a cultura organizacional  em  quadro tipos (Clã,  Adhocracia,  Mercado  e Hierarquia), adotando  uma  perspectiva  na  qual  as  organizações  têm  culturas  e  na  qual  pesquisadores  e gestores  podem identificar  diferenças  entre  culturas organizacionais,  medí -las  e  modificá -las,  o que contribui para melhorar o desempenho organizacional.
 
 
	Os tipos ou perfis culturais (demonstrados na figura 1), segundo Cameron e Quinn (1999), representam os pressupostos básicos, as orientações e os valores principais de uma organização (os  mesmos  elementos  que  constituem  a  cultura  organizacional),  que,  por  serem  opostos, competem entre si (IBIDEM, 1999): 
	Clã:  tipo  de  cultura  com  foco  interno  à  organização.  É  chamada  desta  forma,  pois demonstra  similaridade  com  organizações  familiares.  Após  estudarem  as  organizações japonesas,  no  final  de  1960  e  começo  de  1970,  alguns  pesquisa dores  observaram diferenças  entre  formas  de  mercado  (que  enfatizam  a  competitividade  e  o  lucro)  e hierarquia  (ênfase  em  regras  e  procedimentos)  na  América  e  formas  tipo  clã  no  Japão (cujo enfoque é nas equipes de trabalho, nos programas de envolvimento dos  empregados e  compromissos  da  empresa  para  com  o  empregado).  Este  tipo  de  cultura  considera  os  
	fornecedores e clientes como parceiros e a empresa preocupa -se com o desenvolvimento de um ambiente  de trabalho  humano, por meio do estímulo do trabalho em equipe  e do envolvimento  dos  empregados  nas  decisões.  Os  líderes  têm  o  papel  de  encorajar  a participação  dos  empregados,  tornando-os  leais  e  permitindo  a  construção  de  um ambiente saudável na organização. 
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                                Adhocracia: tipo  de  cultura na qual a  organização  é orientada para  o ambiente  externo. Cameron e Quinn (1999) consideram que a cultura Adhocrática emergiu da mudança da Era  Industrial  para  a  Era  da  nformação,  na  qual  as  organizações  tiveram  que  dar respostas  ao  ambiente  de  mudança  turbulento  e  acelerado,  típic os  do  mundo organizacional  do  século  XXI.  Nestas  organizações,  o  pioneirismo  e  a  inovação  são  as chaves para o sucesso. Para os autores, este tipo de cultura é freqüentemente encontrada na  indústria  aeronáutica,  de  desenvolvimento  de  software,  de  consultor ias  e  empresas cinematográficas. As empresas deste tipo são dinâmicas, flexíveis e lidam com incertezas. Os líderes estão envolvidos em estimular o empreendedorismo e a criatividade.
 
 
	BARBOSA, Adriana Costa.Cultura Organizacional: um estudo sobre a aplicação do Competing Values Framework  
	em pesquisas nacionais e internacionais.Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, Blumenau, v.5, n.2 , p.11-43,  
	TRI   II . 2011.  ISSN 1980-7031 
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                                Os tipos ou perfis de cultura, segundo Cameron e Quinn (1999) identificam os elementos mais relevantes dos pressupostos básicos , estilos e valores dominantes de uma organização, sendo descritos da seguinte forma:  
 
 
 
 o Hierarquia: tipo de cultura com foco interno à organização, com ambiente de trabalho formal e estruturado, com diversos níveis hierárquicos, preocupada em longo prazo com a estabilidade, previsibilidade e eficiência. Os procedimentos, regras, tarefas e funções em geral são relativamente estáveis, integrados. As lideranças têm o papel de coordenação, monitoramento e organização; 
 
 
 
 Clã: este tipo de cultura apresenta características de maior flexibilidade. O foco, assim como na hierarquia, é interno. Neste tipo de cultura é pressuposto que a melhor forma de obterem-se resultados é por meio de equipes de trabalho. Os clientes são vistos como parceiros, a organização preocupa-se com o desenvolvimento de um ambiente de trabalho humano, e a tarefa da liderança é a facilitação à participação, comprometimento e lealdade;  
 
 
 
 o Mercado: organizações que apresentam este tipo de cultura possuem orientação externa, e estão preocupadas com o mercado competitivo. O foco encontra-se nos resultados e na produtividade. De acordo com este perfil, o ambiente externo não é visto como benigno, mas hostil e com consumidores exigentes. As lideranças encontram-se voltadas para a consecução de objetivos, traduzidos em lucros;  
 
 
 
 o Adhocracia: tipo de cultura onde há flexibilidade e foco externo, dinamismo, empreendedorismo e criatividade, voltada à produção de produtos e serviços inovadores. O pioneirismo é valorizado enquanto a liderança é visionária e orientada ao risco. 
 
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                                Carmeron e Quinn (1999) propuseram quatro tipos de cultura com base no modelo de valores concorrentes, são elas:   Cultura hierarquizada: ênfase no aspecto interno da organização; ambiente de trabalho formal e estruturado; com diversos níveis hieráquicos; preocupação em logo prazo com: a estabilidade, previsibilidade e experiência. procedimentos, regras, tarefas e funções são relativamente estáveis e integrados; lideranças têm o papel de : coordenação, monitoramento e organização;   Cultura clã: apresenta características de maior felxibilidade; ênfase, ou foco, assim como a hierarquia no interno organizacional; acreditam que a melhor forma de obter resultados é através das equipes de trabalho; clientes são vistos como parceiros; há a preocupação por parte da organização de um desenvolvimento de aambiente de trabalho humano; a tarefa da liderança é a facilitação à participação, ao comprometimento e à lealdade;   Cultura de Mercado: possui orientação externa, para fora da organização; está preocupada com o mercado competitivo; foco nos resultados e na produtividade; eles acreditam que o ambiente externo é hostil e que os clientes são exigentes; as lideranças encontram-se voltadas para a consecução de objetivos trazidos em forma de lucro;   Cultura Adhocracia: há flexibilidade e foco externo à organização; possui dinamismo, empreendedorismo e criatividade; é volta a produtos e serviços inovadores; pioneirismo é valorizado; a liderança é visionária e orientada para o risco.   
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                                Se você já estudou estrutura organizacional, certamente já deve ter lido sobre adhocracia. Assim como se já respondeu a questões sobre ldierança, também irá se deparar com adhocracia. Em todos, a flexibilidade, inovação, dinamismo e criatividade são características preponderantes.