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O período de latência estende-se até a puberdade, antecedente da fase fálica, caracteriza-se por uma diminuição das atividades sexuais, ou seja, há um certo intervalo de tempo submisso a uma maior imunidade à energia da libido, ao estagnar a evolução do desejo sexual, visto que o indivíduo não possuirá um objeto de erotização específico e terá suas pulsões reduzidas.
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Fases Psicossexuais do desenvolvimento:
1. FASE ORAL:
- Ao nascer, o bebê perde a relação simbiótica que possuía com a mãe.
- A criança
inicia sua adaptação ao meio.
- Respirar marca o ponto inicial da independência humana.
- A luta inicial é pela manutenção do equilíbrio homeostático.
- A primeira identidade é marcada pelo “eu corporal”.
- Ao nascer, a estrutura inicial mais desenvolvida é a boca.
- É pela boca que o bebê começará a provar e conhecer o mundo
(balbuciar, colocar objetos na boca, mamar, morder...)
- A primeira e mais importante descoberta afetiva: o seio.
- O seio é o depositário de seus primeiros amores e ódios.
- Neste momento o bebê ama pela boca e a mãe ama pelo seio.
- A libido está organizada em torno da zona oral e o tipo de relação
será a incorporação/ introjeção.
- A criança incorpora o leite e o seio e sente ter a mãe dentro de si.
- Resquícios nos comportamentos adultos: O sarcasmo do
adulto, a fofoca e outras formas de violência verbal.
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CONT....
2. FASE ANAL:
- No segundo ano de vida, a libido passa da organização oral para a
anal.
- No segundo e
terceiro anos de vida, dá-se a maturação do controle muscular (esfíncter) na
criança.
- É o período em
que se inicia o andar, o falar e em que se estabelece o controle dos
esfíncteres (fezes e urina).
- Desenvolve-se o
sentimento de que a criança tem suas coisas, coisas que ela produz e pode
ofertar ou negar ao mundo.
- A libido passa a organizar-se sobre a zona
erógena anal.
- A fantasia
básica será ligada ao valor simbólico das fezes.
- As relações serão estabelecidas em termos de
projeção, soltar ou controle.
- Quando a
criança ama e sente que é amada pelos pais, cada elemento que a criança produz
é sentido como bom e valorizado.
- A criança
sente-se livre e estimulada a produzir.
- Caso as
relações de angústia predominem sobre as relações de amor, os primeiros
produtos infantis passam a ser armas destrutivas que agridem o mundo.
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Resquícios da fase anal na idade adulta: perfeccionismo, liderança, controle,
dificuldade ou facilidade em lidar com o dinheiro e o poder, tendência às
artes.
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CONT....
3. FASE FÁLICA
- Por volta dos três anos de idade, a libido passa a se organizar sobre
os genitais.
- Desenvolve-se o interesse infantil pelos genitais.
- A masturbação torna-se frequente e normal.
- A preocupação com as diferenças sexuais contaminam até a percepção
dos objetos/pessoas.
- A discriminação entre os sexos se dá pela presença ou ausência do
órgão sexual masculino.
- Descoberta da identidade sexual.
- A tarefa básica deste momento consiste em organizar os modelos de
relação entre o homem e a mulher.
- Forma-se na criança uma espécie de busca de prazer junto ao sexo
oposto.
- É aprendendo a amar em casa que a criança se tornará o adulto capaz
de amar fora.
- Se aprender a amar é uma relação positiva, o amor incestuoso é uma
relação proibida (Complexo de Édipo = apaixonar-se pela figura parental do sexo
oposto e odiar a do mesmo sexo).
- O esquema repressor é
desencadeado com a entrada do pai ou da mãe em cena, surgindo o SUPEREGO = leis
morais paternas.
- O pai coloca-se como um
interceptor entre o filho e a mãe.
- O menino mescla sentimentos de
amor e ódio pelo pai.
- A criança configura o desejo de eliminar aquele que lhe impede o
acesso à mãe – Complexo de Édipo.
- O menino teme ser castrado
pelo pai, como punição, e é obrigado a reprimir a atração sentida pela mãe.
- Com esta repressão fica encerrada a etapa
fálica infantil, mas o modelo de busca de um amor heterossexual foi
estabelecido.
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CONT...
3.1 PERÍODO DE LATÊNCIA
- Com a repressão do Édipo, a libido fica deslocada de seus objetivos
sexuais.
- A energia sexual reprimida não pode ser eliminada, mas canalizada
para outros contextos, como o estudo, demarcando o período escolar da criança.
- É canalizada para o
desenvolvimento intelectual e social da criança através da sublimação.
- É um período intermediário
entre a genitalidade infantil e a adulta.
- Não há nova organização de zona erógena.
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CONT...
4. FASE GENITAL
- Alcançar a fase genital constitui atingir o pleno
desenvolvimento do adulto normal.
- Aprendeu a
amar, trabalhar e competir.
- Discriminou seu papel sexual.
- Desenvolveu-se intelectual e socialmente.
- É capaz de amar num sentido genital amplo e de
definir um vínculo significativo e duradouro.
- A
procriação é finalidade da vida e os filhos fonte de prazer
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Ou também conhecido como a dissexualização.
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Período de Latência: a latência prolongada é reforçada pela constante supressão, por parte dos pais e professores, e per sentimentos de vergonha, culpa e moralidade. O impulso sexual, obviamente, ainda existe durante a latência, mas seu alvo foi inibido. A libido sublimada agora se mostra nas realizações sociais e culturais. Durante esse período, as crianças formam grupos ou facções, algo impossível durante o período infantil, quando o impulso sexual era completamente auto-erótico (FEIST, FEIST, 2008).
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Desenvolvimento Psicossexual
--> as crianças passam por uma série de estágios psicossexuais que levam ao desenvolvimento da personalidade adulta
--> as energias do id buscadas pelo prazer se concentravam em certas áreas erógenas
--> a energia psicossexual(libido) é a força motriz por trás do comportamento
--> se os estágios psicossexuais forem completados com sucesso, uma personalidade saudável é o resultado
--> se determinados problemas não forem resolvidos no estágio apropriado, poderão ocorrer fixações
Fases do Desenvolvimento Psicossexual
1- Estágio Oral ( do nascimento até 1 ano)
--> zona erógena: boca
--> o bebê recebe prazer da estimulação oral por meio de atividades gratificantes como degustação e sucção
--> o principal conflito neste estágio é o processo de desmame
--> fixação nesse estágio: problemas com dependência ou agressão/ problemas com beber, comer, fumar ou roer as unhas
2- Estágio Anal (de 1 a 3 anos)
--> zona erógena: intestino e controle da bexiga
--> controle dos movimentos da bexiga e do intestino.
--> o principal conflito neste estágio é o treinamento de toalete – a criança precisa aprender a controlar suas necessidades corporais
--> experiências positivas durante esse estágio:base para as pessoas se tornarem adultos competentes, produtivos e criativos.
--> experiências negativas durante esse estágio:
a) uma abordagem branda demais por parte dos pais pode levar ao desenvolvimento de uma personalidade anal-expulsiva, na qual o indivíduo tem uma personalidade confusa, esbanjadora ou destrutiva
b) uma abordagem rígida demais por parte dos pais pode levar ao desenvolvimento de uma personalidade anal-retentiva se desenvolve em que o indivíduo é rigoroso, ordenado, rígido e obsessivo
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4- Estágio Latente (6 anos até a puberdade)
--> zona erógena: sentimentos sexuais inativos
--> o superego continua a se desenvolver enquanto as energias do id são suprimidas
--> a energia sexual é reprimida ou adormecida (o desenvolvimento do eg0 e do superego contribui para esse período de calma)
--> a energia sexual ainda está presente, mas é sublimada em outras áreas, como atividades intelectuais e interações sociais
--> etapa importante no desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação e autoconfiança
--> a fixação nesta fase pode resultar em imaturidade e incapacidade de formar relacionamentos satisfatórios como um adulto.
5- Estágio Genital (puberdade até a morte)
--> zona erógena: amadurecendo interesses sexuais
--> o início da puberdade faz com que a libido se torne ativa
--> o indivíduo desenvolve um forte interesse sexual pelo sexo oposto