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Prova Quadrix - 2019 - CRO - RS - Advogado


ID
3757798
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Assinale a alternativa em que o trecho apresentado é gramaticalmente correto e adequado à correspondência oficial.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

     a) Aos vinte dias do mês de julho do ano de dois mil e dezenove, os membros desta Comissão de Fiscalização e Controle reuniu‐se, em caráter extraordinário, para tratar da denúncia de irregularidades verificado no controle de contas da entidade → INCORRETO. Temos um sujeito simples com núcleo no plural, o correto é "reuniram-se".
     b) Em 25 de abril de 2019, esta Comissão inquiriu dois funcionários do setor de compras para verificar denúncia de favorecimento indevido a empresa XYZ, fornecedora de equipamento odontológico → INCORRETO. Favorecimento indevido a alguém (=preposição "a") + artigo definido "a" que acompanha o substantivo feminino "empresa" (=crase= à empresa).
     c) Após análise e manifestação, favor retornar à Gerência de Pessoal, com o devido encaminhamento seguido da rúbrica do responsável, para prosseguimento do trâmite burocrático → INCORRETO. O correto é "rubrica" (=paroxítona terminada em -a, ela não é acentuada).
     d) Em caso de não se tratarem a matéria de suas competências, ou de não se exaurir no âmbito de suas atribuições, o pleito deverá ser redirecionado ao setor competente, com efeito intinerante → INCORRETO. O correto é "se tratar" (=no singular).
     e) Segue anexa a este documento, para avaliação dessa Comissão de Controle e Fiscalização, a planilha de custos elaborada pela Gerência de Compras para o segundo semestre de 2019 → CORRETO

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Esta questão exige do candidato conhecimento referente à correção gramatical e à linguagem na correspondência oficial.

    a) Neste período ocorrem dois erros de concordância. O 1º é referente ao verbo 'reunir', que deve concordar com o sujeito simples com núcleo no plural "membros". Então, o correto é "reuniram-se". O 2º erro diz respeito à concordância do verbo 'verificar', que deve concordar com "denúncia", que está no feminino. Então, o correto é "para tratar da denúncia de irregularidades verificada no controle de contas da entidade".

    b) Neste período ocorre apenas um erro, que é referente à ausência de crase na construção "favorecimento indevido a empresa XYZ". Se o favorecimento é indevido a alguém, então, há necessidade de preposição "a" + artigo definido "a" antes do substantivo feminino "empresa". Assim, há necessidade de crase e, portanto, a construção correta é "favorecimento indevido à empresa XYZ".

    c) Neste período há apenas um erro referente à acentuação do vocábulo "rúbrica". Sendo ele uma paroxítona terminada em -a, não ocorre acentuação e, portanto, o correto é 'rubrica'.

    d) Neste período ocorre apenas um erro referente à concordância do verbo 'tratar', que deve concordar com 'matéria', que está no singular. Assim, o correto é que tal verbo também esteja no singular para que ocorra a correta concordância.

    e) Verificamos que este período atende ao uso da norma padrão, pois é claro, conciso e coerente. Além disso, todos as vírgulas foram empregadas corretamente, bem como as palavras grafadas e acentuadas de forma devida. Dessa forma, esta é a alternativa correta.

    Gabarito: Letra E



  • Acertei na "cagada". :)

  • Putz, errei na pronúncia viciada de rúbrica por rubrica.
  • Se é pra ser rigoroso com a gramática, o correto seria "desTa" Comissão, por ser uma informação que vem à frente - e não mencionada antes, caso em que seria adequado deSSa. ¬¬'

  • D Em caso de não se tratarem a matéria de suas competências, ou de não se exaurir no âmbito de suas atribuições, o pleito deverá ser redirecionado ao setor competente, com efeito intinerante. Dois erros e não apenas um como dito no comentário feito pelo professor.


ID
3757801
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma sacola opaca, há 3 bolas azuis, 4 amarelas e 5 vermelhas.


Com base nessa situação hipotética, a probabilidade de se retirar ao acaso duas bolas de mesma cor é igual a

Alternativas
Comentários
  • 3 - azul

    4 - amarela

    5 - vermelha

    12 - bolas no total

    3/12 . 2/11 = 6/132 para as azuis

    4/12 . 3/11 = 12/132 para as amarelas

    5/12 . 4/11 = 20/132 para as vermelhas

    como a questão quer duas bolas iguais pode ser OU azuis OU amarelas OU vermelhas então vamos somar os resultados que vai dar

    38/132 letra E

  • Gratidão, Valeska.

  • gabarito errado, ele não disse que era sem reposição!
  • A probabilidade de se retirar ao acaso duas bolas de mesma cor é igual a =

    (azul E azul) OU (amarela E amarela) OU (vermelha E vermelha) =

    (3/12 x 2/11) + (4/12 x 3/11) + (5/12 x 4/11) =

    (6/132) + (12/132) + (20/132) =

    Resposta = 38/132


ID
3757804
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Deseja‐se revestir, com azulejos quadrados, um piso retangular de dimensões 2,10 m por 2,40 m.

Com base nesse caso hipotético, a dimensão do maior azulejo possível para se revestir o piso de maneira exata (ou seja, sem recortes) é igual a

Alternativas
Comentários
  • Não entendi o gabarito, pois com 60 Cm também é possível, serão 14 pisos.

  • 210 divido por 60 = 3,5, portanto por 60 nao daria pq haveria recortes

  • Transforme todas as medidas em centímetros

    2,4m = 240 cm

    2,1m = 210 cm

    240 / 30 8 Pedaços

    210 / 30 7 Pedaços

    240 / 60 = 3,5

    240 / 70 = 3,4...

    Portanto, como as divisões por 60 e 70 dão um valor em fração, não podemos utilizar, pois os pedaços sairiam cortados, portanto o maior valor possível, sem cortes é 30 Letra C

  • 210 cm

    240 cm

    MDC

    240 210

    10x3= 30 cm

    15 pisos


ID
3757807
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta a quantidade de anagramas da palavra PARAGUAI que não começam com vogal.

Alternativas
Comentários
  • Particularmente, às vezes, é preferível fazer os cálculos.

    A conta natural ficaria 3.7.6.5.4.3.2.1/3.2.1 --> ou resumindo 3x7! / 3!

    Logo, 7!/2 = 7x6x5x4x3x2x1/ 2 > ele só cortou os dois 3, os quais estão em negrito.

    Qualquer equivoco, comunique-me :!

  • Gabarito letra A.

    Sempre que for anagrama e tiver repetição de letra, vc tem que dividir pela repetição.

    Ex 1: Palavra "Pata" -> A letra "a" repete 2 vezes, então o anagrama dessa palavra fica 4! / 2!.

    Ex 2: Palavra "Banana" -> A letra "a" repete 3 e "n" repete 2, então: 6! / 3! x 2!.

  • Para não começar com vogal deve-se começar com P, R ou G = 3

    Restam 2 consoantes entre P, R e G mais as vogais AAUAI para a fatoração, ou seja:

    3 (consoantes) X 7! (5 vogais + 2 consoantes, porque 1 delas já está no início da palavra)

    Além disso, observe que a letra A aparece 3 vezes, logo, deve-se dividir a equação acima pelo número de repetições da letra A fatorado, ficando assim:

    3 X 7! / 3!. Que é igual a 3 X 7! / 6, simplificando por 3 temos 7! / 2. Gabarito alternativa A.

  • A conta natural ficaria 3.7.6.5.4.3.2.1/3.2.1 --> ou resumindo 3x7! / 3!


ID
3757810
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Todo palhaço é fraco.
Todo malabarista é magro.
Alguns apresentadores não são magros.
Nenhum trapezista é fraco.
Alguns domadores são fracos.


A partir das proposições acima, é correto inferir que

Alternativas
Comentários
  • Se todo palhaço é fraco e nenhum trapezista é fraco, não tem como palhaço ser trapezista.

  • Da para resolver com diagramas lógicos também. Letra C

  • Eu acertei, mas domadores não poderia ser palhaço já que alguns domadores são fracos e todos os palhaços são fracos?

  • ops agora q via dava pra fazer por conjuntos...

  • Todo palhaço é fraco.

    Nenhum trapezista é fraco

    Se todo palhaço é fraco, não tem como um palhaço ser trapezista.

  • Demorei um pouco para resolver, mas a resolução por diagramas lógicos é assim: http://sketchtoy.com/69241369

    Assertiva: C

  • Apesar de ter acertado esta questão, me embananei muito com o desenho dos diagramas dela. Continuei resolvendo as questões do caderno e caí no comentário do professor da Q1252530. Vou desenhar os diagramas conforme o raciocínio dele, porque pra mim ficou mais claro e facil de analisar as alternativas.

    Segue rascunho: https://sketchtoy.com/69529753

    1. Percebam que existem 3 possibilidades pra colocar a "bolinha" do palhaço, do malabarista e do trapezista no diagrama. Se a gente começa a questão fazendo o diagrama do "todo x é y", acaba fixando num lugar só a "bolinha de dentro" e isso atrapalha a visualização; :/
    2. AVALIANDO ITEM POR ITEM:
    • (A) Com as informações que a questão deu, não é possível inferir isso. F
    • (B) Pelo diagrama, é possível verificar que existem 3 possibilidades. Para que este item (B) seja falso, basta que uma das possibilidades (m1, m2, m3) seja falsa também. Se for na posição m1 = F, pois todo malabarista seria apresentador; m2 = F, pois alguns seriam apresentadores; no m3, nenhum seria apresentador, então V. Como ficou FFV, portanto: F
    • (C) Correto. E essa não precisava nem do diagrama.
    • (D) Mesmo raciocínio do item b. Se na posição p1, todo palhaço seria domador, então V. Se na posição p2, alguns palhaços seriam domadores, então V. Mas, se na posição p3, nenhum palhaço seria domador, então F. Como ficou VVF, portanto: F
    • (E) Mesmo raciocínio de b e d. se na posição t1 = V, pois não há intersecção. Na t2 e t3 seria V. Como ficou FVV, portanto: F

    Disso tudo eu concluo: talvez seja melhor começar a fazer os diagramas pelas intersecções (algum é... algum não é...) e só depois ir pra o "todo x é y", porque ai vc vai visualizar melhor as possibilidades. Claro, cada um tem que buscar o que melhor funciona pra si :) e isso funcionou comigo. Espero que funcione com alguém tbm. Bons estudos, gente!

    • São dois grandes grupos: Fracos e Magros.
    • Fracos:
    • Todos os Palhaços.
    • Parte dos Domadores.

    • Está fora do grupo dos Fracos:
    • Todos os trapezistas. (não são fracos)

    • Magros:
    • Malabaristas.
    • Apresentadores.

    • Não tem como um palhaço ser trapezista.
    • O grupo dos magros não se comunica com o grupo dos fracos.
    • Cuidado com as extrapolações.

ID
3757813
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

3 impressoras imprimem 100 páginas em 12 minutos.


Com base nessa situação hipotética, 2 impressoras imprimem 150 páginas em

Alternativas
Comentários
  • 3 * 12 * 150 = 2 * x * 100

    x = 3*12*150 / 2*100

    x=5400 / 200

    x=27

  • Imp Pag Min

    3 100 12

    2 150 X

    X = 12 * 150 * 3 / 100 * 2

    (SIMPLICA DIVIDINDO o 150 por 2) = 75

    X = 12 * 75 * 3 = 2700 / 100

    X = 2700/100

    X = 27

    GAB: D

  • [impressoras] 3 ----------------- [pág] 100 -------------- [min] 12

    [impressoras] 2 ----------------- [pág] 150 ---------------[min] X

    Diminui o número de impressoras.

    Aumenta o número de páginas.

    Aumenta as horas de trabalho.

    Devemos inverter a grandeza "impressora".

    12/x = 100/150 * 2/3 [ 100/150 * 2/3 = 100 *2 e 150 * 3 ]

    12/x = 200/450 [ 200/450 simplificando por 2 ]

    12/x = 100/225

    100*x = 225*12 [ Inverte os lados, inverte a operação]

    100x = 2700

    x = 2700/100

    x = 27

  • Simplificando, tudo fica mais simples.

    X.2.100= 12.3.150

    Vamos simplificar: 2 e 12 por 2, fica:

    X.100= 6.3.150

    Cortando o 0 do 100 com o do 150, fica:

    X.10= 6.3.15

    Simplificando o 10 e o 15 por 5, vai ficar:

    X. 2= 6.3.3

    Ainda dar para simplificar o 2 e o 6 por 6, vai ficar:

    X= 3.3.3

    X= 27

  • O segredo da matemática é a solidez da base. Não se preocupe se tiver que descer dois degraus pra depois subi-los novamente. Força!!!


ID
3757816
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Ana dorme ou Manuela corre.
Se Ana não dorme, então Manuela come uvas.
Se Manuela não corre, então Ana não come uvas.


Considerando as proposições acima, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Se Manuela não corre, então Ana não come uvas

    Se Ana come uvas, então Manuela corre

    Uma é equivalência da outra (A->B = ~B->~A)

    Letra B

  • Letra B. Para resolver é só tentar deixar as alternativas falsas ao mesmo tempo que as premissas são verdadeiras. Se você conseguir, o argumento é inválido e a alternativa não serve.

    No caso da letra B quando se tenta deixar ela falsa e as alternativas verdadeiras, temos uma contradição. Por isso, a única alternativa (conclusão válida) é a letra B.

  • DILEMA CONSTRUTIVO:

    (P--->Q) E (R--->S)

    P V R

    CONCLUSÃO

    Q V S

    DILEMA DESTRUTIVO:

    (P--->Q) E (R--->S)

    ~Q V ~S

    CONCLUSÃO

    ~P V ~R

    Se Ana não dorme, então Manuela come uvas.

    Se Manuela não corre, então Ana não come uvas

    Ana dorme ou Manuela corre.

    P=ANA DORME

    Q=MANUELA CORRE

    (~P--->Q) E (~R--->S)

    P V R

    CONCLUSÃO

    ~Q V ~S

    B)

    Se Ana come uvas, então Manuela corre.

  • não consegui enterder alguém me explica?

  • Gabarito(B)

    O enunciado traz as premissas e as alternativas de A a E são as possíveis conclusões do argumento.

    Fui testando as alternativas, supondo que a alternativa fosse falsa, pois se a conclusão for falsa e mesmo assim eu conseguir deixar as premissas verdadeiras, a conclusão será falsa e não será nosso gabarito. Agora, supondo que tornando a alternativa falsa alguma das premissas ficar falsa, ou seja, eu não conseguir deixá-la verdadeira, então quer dizer que a conclusão é válida. Vou demonstrar com A e B para vocês entenderem:

    Ana dorme(V) ou Manuela corre(F). (VERDADEIRA)

    Se Ana não dorme(F), então Manuela come uvas(V). (VERDADEIRA)

    Se Manuela não corre(F), então Ana não come uvas(F). (VERDADEIRA)

    A) Se Ana dorme(V), então Manuela não come uvas(F). (FALSA)

    Premissas verdadeiras e conclusão falsa, significa que essa não é a nossa conclusão, pois mesmo com a possível conclusão falsa, as premissas continuaram verdadeiras.

    _________________________

    Ana dorme(V) ou Manuela corre(F). (VERDADEIRA)

    Se Ana não dorme(F), então Manuela come uvas(V). (VERDADEIRA)

    Se Manuela não corre(V), então Ana não come uvas(F). (FALSA)

    B) Se Ana come uvas(V), então Manuela corre(F). (FALSA)

    Veja na alternativa B que, tornando a conclusão falsa, uma das premissas ficou falsa, então quer dizer que essa é a nossa conclusão.

  • Assertiva b

    Se Ana come uvas, então Manuela corre.

  • Pode fazer equivalência

    P -> q = ~q -> ~p

    Usando o teorema da contra positiva

  • Não entendi porque é letra B e não letra A

  • É um caso de "Teorema contrarrecíproco": (A -> B) equivale a (~B -> ~A) Mas como a Amanda disse, pra resolver e encontrar a única resposta testando todas, basta considerar todas as premissas falsas (já que só assim no caso das duas premissas de "Se, então" vc só terá uma hipótese q será V e F levando a premissa ao resultado falso) e a partir daí quando considerar tudo falso, vc procura a contradição que no caso daria resultado verdadeiro, já que teria que ser falso pra não ser contraditório. A única que daria Falso seria a alternativa B. Ou seja, não caiu em contradição com as premissas que foram consideradas falsas pra resolver a situação. (Espero que tenha dado pra entender.) Força guerreiros!
  • Equivalência: Se ~B -> ~A ("volta negando")

  • Acho que por dilema destrutivo não dá para fazer!!!

  • b

    certa

  • Resposta: B

    Primeiramente, considerei como falsas as 3 proposições apresentadas. Desta forma, alguma das alternativas (a, b, c, d, e) que dessem como resposta errada, seria a certa.

    Ana dorme ou Manuela corre. F v F = F

    Se Ana não dorme, então Manuela come uvas. V---> F = F

    Se Manuela não corre, então Ana não come uvas. V---> F = F

    A partir destas indicações acima fui identificando as alternativas, para saber qual delas daria como errada, que na verdade, é a resposta correta.

    a) Se Ana dorme, então Manuela não come uvas. F ---> F = V

    b) Se Ana come uvas, então Manuela corre. V ---> F = F

    c) Se Manuela corre, então Ana come uvas. F ----> = V = V

    d) Se Manuela corre, então Ana não dorme. F ----> V = V

    e) Se Ana dorme, então Manuela não corre. F ---> V = V

  • AMIGOS, EU CHEGUEI NA RESPOSTA CONSIDERANDO TUDO VERDADEIRO...RACIOCINEI PELO VERA FISHER...A UNICA QUE NAO DA VERA FISHER É A LETRA B...

  • Se considerar todas as premissas verdadeiras (ajustando o Valor lógico de cada uma para não errar) também se consegue encontrar a resposta.

  • usar a contra positiva

    Ana dorme ou Manuela corre.

    Se Ana não dorme, então Manuela come uvas.

    Se Manuela não corre, então Ana não come uvas.

    A) Se Ana dorme(v), então Manuela não come uvas.(F)_________(F)

    Se Ana não dorme(F) então Manuela come uvas(V)_____(V)

    1°passo: valore a alternativa como falsa

    2°passo:valorar as sentenças conforme está na alternativa

    3° sentença (v), argumento (F)= argumento inválido q deixa a resposta ERRADA

    4° sentença (F), argumento (F)= argumento válido q deixa a questão CERTA

    _____________________________________________

    b) Se Ana come uvas(V) então Manuela corre(F)_____(F)

    Se Manuela não corre (V)então Ana não come uvas(F)____(F)

  • Pessoal, eu resolvi pelas regras de equivalência.

    E encontrei a equivalência do SE - ENTÃO: NEGAR as duas partes, e depois inverter a posição das proposições, mantendo o conectivo SE – ENTÃO.

    Logo:

    Se Manuela não corre, então Ana não come uvas. Se Ana come uvas, então Manuela corre.

  • Parece que o padrão da Quadrix eles só querem a equivalencia da condicional:

    P -> Q = ~Q -> ~P / ~P ou Q

  • Utilizei a regra da conclusão falsa!


ID
3757819
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Sabendo‐se que o número X = 0,2333... é uma dízima periódica, é correto afirmar que X pertence ao conjunto dos números

Alternativas
Comentários
  • Gabarito(D)

    Naturais => números que usamos para contar. {0,1,2,3,4,5...}

    Racionais => números que podem ser escritos sob forma de fração. {ex.: 4 = 2/2}

    Irracionais => números que não podem ser escritos sob forma de fração. {ex.: raíz de 2, raíz de 3, número pi 3.14...}

    A dízima periódica é um número racional pois tem sua fração geratriz.

  • ímpares: 1, 3, 5, 7...

    naturais: conjunto N ( 0, 1, 2, 3, 4...)

    inteiros: números sem vírgula

    racionais: números que podem ser escritos como uma fração

    irracionais: números que não escritos como uma fração

    a dízima periódica é quociente de uma divisão, portanto, é um número racional (veio de uma fração)

  • Uma dízima periódica é um número racional que pode ser escrito na forma decimal, utilizando-se uma série infinita de algarismos decimais que, a partir de um certo algarismo, se repetem, sempre na mesma ordem.

    fonte: Matemática e Lógica para Concursos/José Luiz de Morais

  • NÚMEROS RACIONAIS SÃO OS QUE PODEM SER ESCRITOS NA FORMA DE FRAÇÃO.


ID
3757822
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Ao se aumentar a aresta de um cubo em 10%, seu volume deverá aumentar em, aproximadamente,

Alternativas
Comentários
  • Suponhamos que a resta do cubo seja 1 mt, logo seu volume sera de 1x1x1 = 1 m^3

    Se aumentarmos 10% sera 1,1x1,1x1,1 = 1,331 m^3

    logo, 33% de aumento.

  • **Sempre atribua um valor quando a questão não der

    Volume do Cubo

    V= a3

    Arestas= Lados

    Arestas= 20

    V= 20 x 20 x 20

    V= 8.ooo

    10% de aumento = 22

    V= 22 x 22 x 22

    V= 10.648

    8.ooo ---- 100%

    10.648---- x

    x = 133 %

    133% - 100% = 33%

    B

  • V = l^3

    V = [(1+0,1)*l]^3

    V = (1,1*l)^3

    V = 1,33*l^3

    33%


ID
3757825
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

A partir da Lei n.º 4.324/1964, assinale a alternativa que apresenta parte da constituição da renda do Conselho Federal.

Alternativas
Comentários
  • D

    Art. 8    f) subvenções oficiais

  • Pefeito!!!!!!!!


ID
3757828
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Com relação às penas disciplinares aplicáveis pelos Conselhos Regionais segundo a Lei n.º 4.324/1964, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • B

    Art. 17    d) suspensão do exercício profissional até 30 dias

  • A- censura confidencial, em aviso reservado \ censura pública, em publicação oficial

    B- recurso com efeito suspensivo nos casos de suspensão do exercício profissional até 30 dias e cassação do exercício profissinal

    C- Em matéria disciplinar, o Conselho Regional deliberará, de ofício ou em consequência de representação de autoridade, de qualquer membro, ou de pessoa estranha ao Conselho, interessada no caso.

    D-As denúncias contra membros dos Conselhos Regionais só serão recebidas quando devidamente assinadas e acompanhadas de indicação de elementos comprobatórios do alegado

    E- Em matéria disciplinar, o Conselho Regional deliberará, de ofício ou em consequência de representação de autoridade, de qualquer membro, ou de pessoa estranha ao Conselho, interessada no caso.


ID
3757831
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

De acordo com a Lei n.º 4.324/1964, assinale a alternativa correta acerca da votação no âmbito dos Conselhos Regionais.

Alternativas
Comentários
  • LETRA E).

    A) (ERRADO). O voto é PESSOAL e OBRIGATÓRIO.

    Trata-se do art. 22, da Lei 4.324/1964.

    B) (ERRADO).

    C) (ERRADO). O voto é PESSOAL e OBRIGATÓRIO.

    Trata-se do art. 22, da Lei 4.324/1964.

    D) (ERRADO). O voto é PESSOAL e OBRIGATÓRIO.

    Trata-se do art. 22, da Lei 4.324/1964.

    E) (CERTO). Trata-se do § 5º, art. 22, da Lei 4.324/1964.

  • a)  O voto é pessoal, mas facultativo. 

     

     Art. 22. O voto é pessoal e obrigatório em toda eleição, salvo doença ou ausência comprovada plenamente.

    b)É admitido o voto em trânsitodepositado perante o Conselho Regional da unidade da Federação em que se encontrar o inscrito

     Art. 22. O voto é pessoal e obrigatório em toda eleição, salvo doença ou ausência comprovada plenamente. § 2º Os cirurgiões-dentistas que se encontrarem fora da sede das eleições por ocasião destas, poderão dar seu voto em dupla sobrecarta, opaca, fechada e remetida pelo correio sob registro, por ofício, com firma reconhecida, ao Presidente do Conselho Regional.

     c) O voto é obrigatório, mas pode ser exercido por procuração com poderes específicos.

     Art. 22. O voto é pessoal e obrigatório em toda eleição, salvo doença ou ausência comprovada plenamente

     D) embora o voto seja facultativo, a não votação em três eleições consecutivas acarretará a perda do direito  ao voto.

    Obrigatório

     E) O voto é secreto e exercido perante o Conselho, podendo, todavia, ocorrer em localidades diversas na hipótese legal. 

    Art.22,§ 5º As eleições serão feitas por escrutínio secreto, perante o Conselho, podendo, quando haja mais de duzentos votantes, determinarem-se locais diversos para recebimento dos votos, permanecendo, nesse caso, em cada local, dois profissionais designados pelo Conselho.

     

    Bons estudos

     


ID
3757834
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Compete ao técnico em saúde bucal, sob supervisão do cirurgião‐dentista,

Alternativas
Comentários
  • a)  Ministrar e coordenar o treinamento dos auxiliares em saúde bucal.

    Lei n 11.889/08

    • Art. 5 Competem ao Técnico em Saúde Bucal, sempre sob a supervisão do cirurgião-dentista, as seguintes atividades, além das estabelecidas para os auxiliares em saúde bucal: 
    • I - participar do treinamento e capacitação de Auxiliar em Saúde Bucal e de agentes multiplicadores das ações de promoção à saúde

     

    b)  Limpar e esterilizar o campo operatório após atos cirúrgicos em consultório, mas não em ambiente hospitalar.

     

    LEI N°11.889/08

    • Art. 5 Competem ao Técnico em Saúde Bucal, sempre sob a supervisão do cirurgião-dentista, as seguintes atividades, além das estabelecidas para os auxiliares em saúde bucal: 
    • IX - Proceder à limpeza e à anti-sepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, inclusive em ambientes hospitalares; 

     

    c)  Realizar e remover suturas.

    Apenas remover.

    ART. 5°... X - remover suturas;

    d)  Aplicar medidas de biossegurança no descarte de produtos e resíduos odontológicos.

    XI - aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos;

    e)  Conduzir e coordenar pesquisas na área odontológica.

     

    Art.5°-§ 1 Dada a sua formação, o Técnico em Saúde Bucal é credenciado a compor a equipe de saúde, desenvolver atividades auxiliares em Odontologia e colaborar em pesquisas


ID
3757837
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Conforme a regulamentação do exercício da profissão de auxiliar em saúde bucal, assinale a alternativa correta acerca de suas competências, sob supervisão do cirurgião‐dentista.

Alternativas
Comentários
  • (A)  O auxiliar em saúde bucal somente pode prestar assistência ao paciente sob a supervisão conjunta do cirurgião‐dentista e do técnico em saúde bucal.

     

    LEI 11.889/08

     

    Art. 9 Compete ao Auxiliar em Saúde Bucal, sempre sob a supervisão do cirurgião-dentista ou do Técnico em Saúde Bucal (ou um, ou outro e nunca sozinho)

    Art. 10. É vedado ao Auxiliar em Saúde Bucal:

     II - prestar assistência, direta ou indiretamente, a paciente, sem a indispensável supervisão do cirurgião-dentista ou do Técnico em Saúde Bucal; 

     

    (B)    É vedado ao auxiliar em saúde bucal fazer propaganda de seus serviços, ressalvadas as publicações técnico‐especializadas em odontologia.

     

    Não há nenhuma ressalva!

     

    LEI 11.889/08

     

    Art. 10. É vedado ao Auxiliar em Saúde Bucal

    IV - fazer propaganda de seus serviços, mesmo em revistas, jornais ou folhetos especializados da área odontológica. 

     

     

     

    (C)  Compete ao auxiliar em saúde bucal realizar, individualmente, o levantamento das necessidades em saúde bucal

     

    LEI 11.889/08

     

    Art. 9 Compete ao Auxiliar em Saúde Bucal, sempre sob a supervisão do cirurgião-dentista ou do Técnico em Saúde Bucal:

     XIII - realizar em equipe levantamento de necessidades em saúde bucal

     

    e

    Art. 10. É vedado ao Auxiliar em Saúde Bucal: 

    I - exercer a atividade de forma autônoma; 

     

    (D)   É vedada ao auxiliar em saúde bucal a adoção de medidas de biossegurança, visando ao controle de infecção.

     

    É uma de suas atribuições:

    LEI 11.889/08

     

    Art. 9 Compete ao Auxiliar em Saúde Bucal, sempre sob a supervisão do cirurgião-dentista ou do Técnico em Saúde Bucal: 

    XI - aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos; 

    XII - desenvolver ações de promoção da saúde e prevenção de riscos ambientais e sanitários

    XIV - adotar medidas de biossegurança visando ao controle de infecção

     

     

     

     

     

    (E)    Compete ao auxiliar em saúde bucal instrumentar profissionais de odontologia em intervenções clínicas, inclusive em ambiente hospitalar. 

     

    LEI 11.889/08

     

    Art. 9°...IV - auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas, inclusive em ambientes hospitalares


ID
3757840
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No que concerne aos direitos e às garantias fundamentais na Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Correta, A

    CF.Art.5.VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta E recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

    Escusa de consciência é o direito que a pessoa possui de se recusar a cumprir determinada obrigação ou a praticar certo ato por ser ele contrário às suas crenças religiosas ou à sua convicção filosófica ou política. Trata-se de direito fundamental assegurado pelo art. 5°, VIII, da CF/88.

    Atenção: A Constituição determina que, se o indivíduo se recusar a cumprir a obrigação legal imposta, ele deverá, em contrapartida, realizar uma prestação alternativa fixada em lei. Caso se recuse a cumprir a obrigação originária e alternativa, o indivíduo poderá ter seus direitos políticos suspensos, nos termos do art. 15, IV, da CF/88.

  • A) O descumprimento de obrigação legal a todos imposta + Prestação alternativa = Suspensão dos direitos políticos.

    B) Precisa ser pequena nos termos da lei. + Trabalhada pela família + débitos da atividade produtiva:

    XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

    C)

    RA GA 3TH

    RACISMO

    Grupos armados

    tortura

    , tráfico ilícitos de entorpecentes ,

    Terrorismo

    Hediondos

    Inafiançáveis:

    RACISMO

    Grupos armados

    tortura , tráfico ilícitos de entorpecentes , Terrorismo e Hediondos

    Insuscetíveis: tortura , tráfico ilícitos de entorpecentes , Terrorismo e Hediondos

    Imprescritíveis: RACISMO

    Grupos armados

    D) O princípio da individualização de pena tem a finalidade de expor critérios subjetivos para o cumprimento de penas que garante que as penas dos infratores não sejam igualadas.

    E) LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; 

  • Para que o imóvel rural seja impenhorável, nos termos do art. 5° XXVI da CF/88 e do art. 883, VIII do CPC, é necessário que cumpra apenas dois requisitos cumulativos

    a) seja enquadrado como pequena propriedade rural

    b) seja trabalhado pela família

    STJ (INFO 616)

  • A letra D se refere ao PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA DA PENA (tb chamado de Princ da Pessoalidade da Pena).

    O Princ da Individualização, conforme já exposto pelo colega Matheus Oliveira, "tem a finalidade de expor critérios subjetivos para o cumprimento de penas que garante que as penas dos infratores não sejam igualadas".

  • Olá pessoal! aqui temos uma questão que cobra basicamente um conhecimento da letra seca da Constituição, mais especificamente no art.5º. Vejamos as alternativas:

    b) conforme inciso XXVI, a alternativa não aponta que ela só não poderá ser objeto de penhora caso seja trabalhada pela família e seja uma pequena propriedade rural. ERRADA;

    c) como podemos ver no inciso XLII, ele somente é imprescritível e inafiançável. ERRADA;

    d) inciso XLV, não é sua integral satisfação, e sim, até o limite do valor do patrimônio transferido. ERRADA;

    e) inciso LVIII, não é absoluta, uma vez que o inciso mesmo ressalta existir hipóteses legais onde ocorrerá a identificação. ERRADA.

    GABARITO LETRA A) conforme o inciso VIII do art. 5º  da Constituição.
  • Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei

    XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento

    XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

    XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

    LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;

    OBSERVAÇÃO

       Art. 3 Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:

    I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;

    II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;

    III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;

    IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;

    V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;

    VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.

      

  • Em relação à letra "A", a banca Cespe considera como perda dos direitos políticos!

  • Se você cometer crime de racismo, em tese, pode receber graça ou anistia.

    • O descumprimento de obrigação legal a todos imposta + Prestação alternativa = Suspensão dos direitos políticos.

    • A propriedade rural precisa ser pequena nos termos da lei. + Trabalhada pela família + débitos da atividade produtiva:

    XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

    • É só lembrar que 3TH não tem graça, os demais são imprescritíveis e todos, inafiançáveis

    CF, XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

     A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;             

    • Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

    * O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei

  • Cara, na A era pra ser obrigação LEGAL a todos , não? registro aqui minha indignação...

  • A) A escusa de consciência não pode ensejar punição, a não ser quando invocada como fundamento para a negativa de cumprimento de obrigação imposta a todos e, adicionalmente, quando houver recusa do cumprimento de prestação alternativa. (CERTA)

    VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

    B) A propriedade rural produtiva não poderá ser objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade. (ERRADA)

    XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

    C) O racismo é crime imprescritível, inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. (ERRADA)

    XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

    Bizu: "3TH não tem graça" → Terrorismo, Tortura e Tráfico de Drogas são insuscetíveis de graça ou anistia e inafiançáveis, o resto é inafiançável e imprescritível. Qual é o resto ? Racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.

    D) O princípio da individualização da pena é, em certa medida, relativizado pela possibilidade de a reparação de dano e o perdimento de bens poderem ser transferidos aos herdeiros, até sua integral satisfação. (ERRADA)

    XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

    Entendimento do inciso → Se uma pessoa for condenada à 10 anos de prisão e apenas cumprir 5 devido a sua morte, seus sucessores não cumprirão o restante. No entanto, se houver alguma reparação a ser feita na esfera civil os sucessores arcarão com os custos até o limite da herança, ou seja, a pessoa que morreu deixou herança de 10 mil e a reparação dos danos ficou em 50 mil, a reparação será feita até o limite de 10 mil que foi o patrimônio deixado.

    E) É absoluta a vedação a que o civilmente identificado seja criminalmente identificado. (ERRADA)

    LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; 

    A regra é o civilmente identificado não ser submetido a identificação criminal. No entanto, existem hipóteses onde haverá exceção.

  • Vale lembrar para não confundir na letra "B":

    A propriedade rural produtiva não poderá ser desapropriada para fins de reforma agrária.


ID
3757843
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com relação aos direitos sociais na Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 6, inciso XXVIII - Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (LETRA C)

  • a) É vedada a redução salarial por acordo ou convenção coletiva de trabalho. Errada!

    R: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:[...] VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

    b) A remuneração por serviço extraordinário deve superar a comum em exatos cinquenta porcento. Errada!

    R: Art. 7º [...] XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; 

    c) O seguro contra acidentes de trabalho não exclui a indenização devida pelo empregador quando incorrer em dolo ou culpa. Correta!

    R: Art. 7º [...] XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

    d) O adicional de férias deve corresponder a, exatamente, um terço do salário normal. Errada!

    R: Art. 7º [...] XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

    e) O décimo terceiro salário deve ser estimado com base no valor do último vencimento. Errada!

    R: Art. 7º [...] VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

    Complementar:

    No Direito Administrativo: "Vencimento é um conceito mais restrito, pois consiste na retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público, com valor fixado em lei. Já a remuneração, noção de alcance mais abrangente, é o vencimento do cargo, somado às vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei" (MAZZA, 2019). Remuneração = vencimento + vantagens.

    No Direito do Trabalho: Art. 457, CLT - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. Remuneração = salário + gorjeta.

  • Gabarito C

    Mesmo pagando seguro contra acidentes de trabalho, o empregador continua sujeito à indenização caso estes ocorram.Porém, é necessário que haja dolo ou culpa.

    Art. 7º,XXVIII, da CF/88 - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

  • GABA C

    OUTROS PONTOS QUE PODEM SER RELEVANTES!

    décimo terceiro -----------> salário com base na remuneração integral

    trabalho noturno ----------> superior ao diurno

    repouso semanal ---------> preferencialmente aos domingos(banca adora trocar por obrigatoriamente)

    remuneração extraordinária (horas extras)----------------->superior NO MÍNIMO 50% à do normal

    gozo de férias ----------> pelo menos 1/3 a mais

    - O prazo quinquenal refere-se aos direitos que podem ser cobrados, durante a vigência do contrato;

    - O prazo bienal é contado a partir do término do pacto laboral.

    O art 7ª da CF aplica-se :

       - Trabalhadores urbanos e rurais; [TODOS]

       - Avulsos;[TODOS]

       - Domésticos; [ALGUNS, parágrafo único, art. 7º]

       - Servidores Públicos. [ALGUNS, art.37, §3º]

    Greve dos Servidores Públicos = eficácia limitada

    Grave dos Empregados Públicos = eficácia contida

    PARAMENTE-SE!


ID
3757846
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a alternativa correta a respeito da nacionalidade na Constituição Federal de 1988.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D

    CF. Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

        § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.

        § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

  • GABARITO: D

    .

    a) A legislação infraconstitucional poderá estabelecer distinções entre brasileiros natos e naturalizados, desde que atendido o pressuposto da razoabilidade. INCORRETO

    Art. 12, § 2º, CF/88 - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.

    b) Há perda da nacionalidade brasileira sempre que houver a aquisição de nacionalidade diversa. INCORRETO

    Art. 12, § 4º, CF/88 - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

    II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

    a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;  

    b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;

    c) O cargo de ministro de Estado é privativo de brasileiro nato.INCORRETO

    Art.12, § 3º, CF/88- São privativos de brasileiro nato os cargos:

    VII - de Ministro de Estado da Defesa  

    d) Os símbolos não são uma prerrogativa exclusiva da República Federativa do Brasil, podendo os estados, o Distrito Federal e os municípios adotar bandeira, hino, armas e selos próprios.CORRETO

    Art. 13, CF/88 - A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

    § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.

    § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

    e) O cargo de senador da República é privativo de brasileiro nato. INCORRETO

    Art. 12, § 3º, CF/88 - São privativos de brasileiro nato os cargos:

    III - de Presidente do Senado Federal;

  • NADA VER COM NACIONALIDADE.

  • Gab. D

    Pensa nas BAHIAS

    BAndeira

    HIno

    Armas

    Selo

  • GABARITO D

    Art. 13. da CF de 88, A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.(...)

    § 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

  • BIZU:

    PERDA do RECAdo =

    REcusa de cumprir obrigação a todos imposta (...);

    CAncelamento da naturalização por sentença tej.

    --------------

    SUSPENSÃO do INCA de COIMbra =

    INCApacidade civil absoluta;

    COndenação criminal tej; (interdição judicial)

    IMprobidade administrativa.

  • DA NACIONALIDADE

    Art. 12. São brasileiros:

    I - natos: NACIONALIDADE PRIMÁRIA OU ORIGINÁRIA - INVOLUNTÁRIA

    a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país (CRITÉRIO JUS SOLIS)

    b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; (CRITÉRIO JUS SANGUINIS)

    c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira (CRITÉRIO JUS SANGUINIS)       

    II - naturalizados: NACIONALIDADE SECUNDÁRIA OU ADQUIRIDA- VOLUNTÁRIA

    NACIONALIDADE ORDINÁRIA CONSTITUCIONAL

    a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;

    NACIONALIDADE EXTRAORDINÁRIA CONSTITUCIONAL OU QUINZENÁRIA  

    b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.  

     

    § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.

    (somente a constituição federal pode estabelecer distinção entre brasileiro nato e naturalizado)

    CARGOS PRIVATIVOS DE BRASILEIRO NATO

    § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

    I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

    II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

    III - de Presidente do Senado Federal;

    IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

    V - da carreira diplomática;

    VI - de oficial das Forças Armadas.

    VII - de Ministro de Estado da Defesa.

    PERDA DA NACIONALIDADE

    § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

    I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;

    II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:        

    a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;        

    b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;       

      

    Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

    § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.

    § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

  • Gabarito''D''.

    Art. 13, CF. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

    § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.

    § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

    Não desista em dias ruins. Lute pelo seus sonhos!

  • - Não há distinção entre brasileiro nato e naturalizado, exceto nos casos previstos expressamente NA CONSTITUIÇÃO;

    - Há perda da nacionalidade brasileira nas hipóteses constitucionalmente elencadas (rol taxativo);

    - O cargo privativo de brasileiro nato é o de ministro de Estado da Defesa;

    - O cargo privativo de brasileiro nato é o de Presidente do Senado.


ID
3757849
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Não definido

No que se refere aos partidos políticos na Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3757852
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Quanto aos municípios na Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    Assertiva A. Correta. Art. 31, CF. (...) § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. (...)

    Assertiva B. Incorreta. Art. 29, CF. (...) XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;  (...)

    Assertiva C. Incorreta. Art. 31, CF. (...) § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. (...)

    Assertiva D. Incorreta. Art. 31, CF. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

    Assertiva E. Incorreta. Art. 30, CF. Compete aos Municípios: (...) V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; (...)

  • 1) Enunciado da questão

    Exige-se conhecimento acerca da Organização do Estado, mais especificamente sobre os Municípios na Constituição Federal.

    2) Base Constitucional (Constituição Federal de 1988)

    Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

    XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;

    Art. 30. Compete aos Municípios:

    V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

    Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

    § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

    § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

    3) Exame das assertivas

    A) CORRETA. É vedada a criação de tribunais, conselhos ou órgãos de contas, nos termos do art. 31, §4º, da CF/88.

    B) ERRADA. A lei orgânica do município preverá a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do próprio Município, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado, nos termos do art. 29, XIII, da CF/88. Assim, a própria Constituição já ficou o percentual mínimo de eleitores exigidos para a iniciativa popular.

    C) ERRADA. O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver, nos termos do art. 31, §1º, da CF/88.

    D) ERRADO. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei, nos termos do art. 31, caput, da CF/88.

    E) ERRADO. Nos termos do art. 30, V, da Constituição Federal, compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.

    Resposta: A.

  • A) CORRETA. É vedada a criação de tribunais, conselhos ou órgãos de contas, nos termos do art. 31, §4º, da CF/88.

    B) ERRADA. A lei orgânica do município preverá a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do próprio Município, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado, nos termos do art. 29, XIII, da CF/88. Assim, a própria Constituição já ficou o percentual mínimo de eleitores exigidos para a iniciativa popular.

    C) ERRADA. O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver, nos termos do art. 31, §1º, da CF/88.

    D) ERRADO. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da leinos termos do art. 31, caput, da CF/88.

    E) ERRADO. Nos termos do art. 30, V, da Constituição Federal, compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.

  • TRIBUNAIS DE CONTAS DOS MUNICIPIOS: Órgãos estaduais.

    TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICIPIO: Órgão municipal sendo vedada a criação, e que existem alguns no Brasil por terem sido criados antes da CF/88 como o da cidade de SP.


ID
3757855
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com base na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, assinale a alternativa correta no que se refere ao poder disciplinar da Administração Pública.

Alternativas
Comentários
  • ➢ O indiciado se defende dos fatos que lhe são imputados e não de sua classificação legal, de sorte que a posterior alteração da capitulação legal da conduta, não tem o condão de inquinar de nulidade o Processo Administrativo Disciplinar; a descrição dos fatos ocorridos, desde que feita de modo a viabilizar a defesa do acusado, afasta a alegação de ofensa ao princípio da ampla defesa. (MS 19.726/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/12/2017, DJe 18/12/2017)

  • Recurso Administrativo:

    serve para rediscutir decisão que acabou de ser proferida

    tudo será reanalisado pelo órgão superior

    pode haver até agravamento da situação do recorrente

    Pedido de Revisão:

    vem depois do recurso

    ocorre uma reabertura do processo

    quando da ocorrência de fatos novos

    há uma reapreciação total do caso

    não pode haver agravamento de situação

  • B) CORRETA - Como o indiciado se defende dos fatos e não de seu enquadramento legal, é plenamente admitida a mudança, no curso de processo administrativo disciplinar, da tipificação imputada ao servidor.

  • Vejamos cada uma das assertivas propostas pela Banca:

    a) Errado:

    Ao contrário do aduzido neste item, inexiste uma liberdade ampla da autoridade julgadora para divergir das conclusões obtidas pela comissão processante. Em rigor, a lei até permite que haja tal divergência, porém, observando-se balizas rígidas, vale dizer, apenas se a conclusão externada pela comissão se mostrar contrária à prova dos autos e, ainda, mediante decisão fundamentada.

    Na linha do exposto, o teor do art. 168 da Lei 8.112/90, do qual se depreende, ainda, que o regra geral consiste no acatamento da conclusão lançada pela comissão. É ler:

    "Art. 168.  O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.

    Parágrafo único.  Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade."

    b) Certo:

    Cuida-se de proposição acertada, visto que alinhada à jurisprudência do STJ, consoante se depreende do seguinte trecho de julgado:

    "O indiciado se defende dos fatos que lhe são imputados e não de sua classificação legal, de sorte que a posterior alteração da capitulação legal da conduta, não tem o condão de inquinar de nulidade o Processo Administrativo Disciplinar; a descrição dos fatos ocorridos, desde que feita de modo a viabilizar a defesa do acusado, afasta a alegação de ofensa ao princípio da ampla defesa."
    (MS 19726, rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA SEÇÃO, DJE 18/12/2017)

    c) Errado:

    A presente opção contraria a jurisprudência firmada pelo STJ, como se observa, por exemplo, do seguinte precedente:

    "Não é necessário que a portaria instauradora do Processo Administrativo Disciplinar tenha a minuciosa descrição dos fatos que serão apurados pela Comissão Processante, exigência feita apenas quando do indiciamento do servidor público. Precedente: MS 22.563/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/09/2017, DJe 10/10/2017."
    (MS 23464, rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, DJE 13/12/2019)

    d) Errado:

    Na realidade, a revisão do processo administrativo não pode resultar no agravamento da sanção imposto, por expressa vedação legal contida no art. 182, parágrafo único, da Lei 8.112/90, que abaixo transcrevo:

    "Art. 182.  Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que será convertida em exoneração.

    Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade."

    e) Errado:

    Por fim, trata-se novamente de afirmativa em desconformidade à jurisprudência do STJ, como se percebe do exame deste julgado:

    "É pacificado no âmbito do STJ que o excesso de prazo para a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar não gera, por si só, a nulidade do feito, desde que não haja prejuízo ao acusado, em observância ao princípio do pas de nulité sans grief."
    (RESP 1762489, rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJE DATA:16/11/2018)


    Gabarito do professor: B
  • Erro da C?

  • a) ERRADA. Dada a discricionariedade de que se reveste o poder disciplinar, a autoridade julgadora está totalmente livre para divergir da sanção proposta pela comissão disciplinar.

    Quando a Autoridade Julgadora divergir do parecer, deverá motivar a divergência, conforme expresso na Lei 9784.

    Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: (...)

    VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; (...)

    § 1 A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

    b) CORRETA. Como o indiciado se defende dos fatos e não de seu enquadramento legal, é plenamente admitida a mudança, no curso de processo administrativo disciplinar, da tipificação imputada ao servidor.

    O indiciado se defende dos fatos que lhe são imputados e não de sua classificação legal. Assim, a posterior alteração da capitulação legal da conduta, não tem o condão de gerar nulidade o Processo Administrativo Disciplinar. A descrição dos fatos ocorridos, desde que feita de modo a viabilizar a defesa do acusado, afasta a alegação de ofensa ao princípio da ampla defesa. STJ. 1ª Seção. MS 19.726/DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 13/12/2017.

    c) ERRADA. A bem do contraditório, a portaria de instauração de processo disciplinar exige descrição minuciosa e detalhada dos fatos imputados ao servidor.

    Súmula 641-STJ: A portaria de instauração do processo administrativo disciplinar prescinde da exposição detalhada dos fatos a serem apurados. STJ. 1ª Seção. Aprovada em 18/02/2020, DJe 19/02/2020.

    d) ERRADA. A revisão de processo administrativo disciplinar admite o agravamento da sanção imposta ao servidor quando a decisão anterior não observar o princípio da legalidade.

    Lei 9784. Art. 65, Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.

    e) ERRADA. O excesso de prazo para conclusão do processo administrativo disciplinar conduz, automaticamente, à nulidade de eventual decisão posterior e intempestiva.

    Lei 9784. Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

  • Gabarito Letra B

    Jurisprudência do STJ.
    "O indiciado se defende dos fatos que lhe são imputados e não de sua classificação legal, de sorte que a posterior alteração da capitulação legal da conduta, não tem o condão de inquinar de nulidade o Processo Administrativo Disciplinar; a descrição dos fatos ocorridos, desde que feita de modo a viabilizar a defesa do acusado, afasta a alegação de ofensa ao princípio da ampla defesa."

  • O erro da C é que não exige a descrição minuciosa dos fatos. É prescindível.

  • a) Errada. É possível haver discrepância entre a penalidade sugerida pela comissão disciplinar e a aplicada pela autoridade julgadora desde que a conclusão lançada no relatório final não guarde sintonia com as provas dos autos e a sanção imposta esteja devidamente motivada. (STJ. 1ª Seção. MS 21.544/DF, Rel. Min Mauro Campbell Marques, julgado em 22/02/2017).

    b) Correta. No PAD, alteração da capitulação legal imputada ao acusado não enseja nulidade, uma vez que o indiciado se defende dos fatos nele descritos e não dos enquadramentos legais. (STJ. 1ª Seção. MS 19.726/DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 13/12/2017).

    c) Errada. A portaria de instauração do PAD dispensa a descrição minuciosa da imputação, a qual é exigida somente após a instrução do feito, na fase de indiciamento. (STJ. 3ª Seção. RO nos EDcl no MS 11.493/DF, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 25/10/2017).

    d) Errada. Da revisão do PAD não poderá resultar agravamento da sanção aplicada, em virtude da proibição do bis in idem e da reformatio in pejus. (STJ. 1ª Seção. MS 11.749/DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 11/06/2014).

    e) Errada. Súmula 592, STJ: o excesso de prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar só causa nulidade se houver demonstração de prejuízo à defesa.

  • A) Dada a discricionariedade de que se reveste o poder disciplinar, a autoridade julgadora está totalmente livre para divergir da sanção proposta pela comissão disciplinar.

    R = Há uma certa discricionariedade, visto que há alguns conceitos jurídicos indeterminados na Lei nº 8.112/90, mas isso não significa que está totalmente livre, devendo sempre se pautar na proporcionalidade e razoabilidade. Quanto ao caso de divergir da proposta da comissão, isso poderá acontecer, mas a autoridade competente que divergir deverá revelar os motivos.

    Art. 168. O julgamento ACATARÁ O RELATÓRIO da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos. (UM DEVER acatar o relatório)

    MAS...

    Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.

    C) A bem do contraditório, a portaria de instauração de processo disciplinar exige descrição minuciosa e detalhada dos

    fatos imputados ao servidor.

    R = Súmula 641-STJ: A PORTARIA (O objetivo principal da portaria de instauração informar quem serão os servidores responsáveis pela instrução do feito) de instauração do processo administrativo disciplinar prescinde (DISPENSA) da exposição detalhada dos fatos a serem apurados. (BREVE RESUMO DOS FATOS). STJ. 1ª Seção. Aprovada em 18/02/2020, DJe 19/02/2020.

    D) A revisão de processo administrativo disciplinar admite o agravamento da sanção imposta ao servidor quando a decisão anterior não observar o princípio da legalidade.

    R = Não existe reformatio in pejus no caso de Revisão.

    Art. 182.  

    Parágrafo único.  Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

    E) O excesso de prazo para conclusão do processo administrativo disciplinar conduz, automaticamente, à nulidade de eventual decisão posterior e intempestiva.

    R = Prazos impróprios – o excesso desses prazos NÃO GERA NULIDADE - prazos orientadores.

    Art. 169.  

    § 1  O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.

  • Súmula 641-STJ: A portaria de instauração do processo administrativo disciplinar prescinde da exposição detalhada dos fatos a serem apurados.

    STJ. 1ª Seção. Aprovada em 18/02/2020, DJe 19/02/2020.

  • GAB. B

    a) Errado:

    Ao contrário do aduzido neste item, inexiste uma liberdade ampla da autoridade julgadora para divergir das conclusões obtidas pela comissão processante. Em rigor, a lei até permite que haja tal divergência, porém, observando-se balizas rígidas, vale dizer, apenas se a conclusão externada pela comissão se mostrar contrária à prova dos autos e, ainda, mediante decisão fundamentada.

    Na linha do exposto, o teor do art. 168 da Lei 8.112/90, do qual se depreende, ainda, que o regra geral consiste no acatamento da conclusão lançada pela comissão. É ler:

    "Art. 168.  O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.

    Parágrafo único.  Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade."

    b) Certo: "O indiciado se defende dos fatos que lhe são imputados e não de sua classificação legal, de sorte que a posterior alteração da capitulação legal da conduta, não tem o condão de inquinar de nulidade o Processo Administrativo Disciplinar; a descrição dos fatos ocorridos, desde que feita de modo a viabilizar a defesa do acusado, afasta a alegação de ofensa ao princípio da ampla defesa."

    (MS 19726, rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA SEÇÃO, DJE 18/12/2017)

    c) Errado: "Não é necessário que a portaria instauradora do Processo Administrativo Disciplinar tenha a minuciosa descrição dos fatos que serão apurados pela Comissão Processante, exigência feita apenas quando do indiciamento do servidor público. Precedente: MS 22.563/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/09/2017, DJe 10/10/2017."

    (MS 23464, rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, DJE 13/12/2019)

    d) Errado: "Art. 182.  Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que será convertida em exoneração.

    Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade."

    e) Errado: "É pacificado no âmbito do STJ que o excesso de prazo para a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar não gera, por si só, a nulidade do feito, desde que não haja prejuízo ao acusado, em observância ao princípio do pas de nulité sans grief."

    (RESP 1762489, rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJE DATA:16/11/2018)

  • Estou chorando de felicidade com as questões que esse professor comentou! Finalmente qconcursos!

  • Como o indiciado se defende dos fatos e não de seu enquadramento legal, é plenamente admitida a mudança, no curso de processo administrativo disciplinar, da tipificação imputada ao servidor.


ID
3757858
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto ao entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça acerca da improbidade administrativa, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Para que o terceiro seja responsabilizado pelas sanções da Lei n.° 8.429/92 é indispensável que seja identificado algum agente público como autor da prática do ato de improbidade.

    Assim, não é possível a propositura de ação de improbidade exclusivamente contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda.

    STJ. 1ª Turma. REsp 1.171.017-PA, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 25/2/2014 (Info 535).

  • Gabarito: C.

    Sobre a alternativa E:

    Art. 7°, LIA. Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.

    Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.

    - Finalidade: assegurar resultado útil do processo e a futura execução da condenação para reparar dano causado ao patrimônio público ou perdimento dos bens acrescidos ilicitamente ao patrimônio do agente (a finalidade da cautelar é garantir o $ para satisfazer o pagamento ao final do processo, por exemplo).

    A indisponibilidade dos bens possui finalidade patrimonial, para garantir a futura ação de ressarcimento de danos.

    - Efeitos: os bens declarados indisponíveis se tornam coisa fora de comércio, não podem ser alienados e não se admite transmissão de domínio. Embora indisponíveis, o agente público não é desapossado dos bens.

    O MP, quando entender necessário, pode fazer o pedido da indisponibilidade, independente de provocação (atuação do MP é incondicionada à representação da autoridade adm).

    Autoridade administrativa representa para o MP

    Ou

    MP faz o pedido de indisponibilidade

    - Requisitos: periculum in mora e fumus boni iuris

    Periculum in mora é presumido por presunção constitucional, art. 37, §4º, CF.

    Art. 37, CF, § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

    Fumus boni iuris: são os indícios da prática do ato de improbidade.

    Art. 300, CPC. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

  • C) Não tem lugar a ação de improbidade administrativa ajuizada exclusivamente como particular, sem que figure, no polo passivo, agente público.

    Não seria contra o particular?

  • Vejamos as opções lançadas pela Banca:

    a) Errado:

    Na verdade, para o cometimento de atos de improbidade administrativa, via de regra, exige-se o dolo, sendo admissível, apenas excepcionalmente, a via culposa, no tocante aos atos que ocasionem prejuízos ao erário (Lei 8.429/92, art. 10). Ademais, a responsabilidade objetiva não é aceita em hipótese alguma, ao contrário do aduzido neste item.

    b) Errado:

    Em rigor, a falta de notificação para defesa preliminar, consoante determina o art. 17, §7º, da Lei 8.429/92, não gera nulidade automática, devendo o réu, isto sim, demonstrar a efetiva ocorrência de prejuízo à sua defesa. Neste sentido, por exemplo, confira-se:

    "Ademais, o STJ já firmou o entendimento de que somente a nulidade que sacrifica os fins da justiça é que deve ser declarada, baseada no princípio pas des nullités sans grief. Eventual ausência de notificação prévia somente seria declarada se efetivamente demonstrado o prejuízo. Nesse sentido: AgRg no REsp 1435627/BA, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Turma, DJe 14/11/2014, e AgRg no REsp 1336055/GO, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 14/08/2014."
    (RESP 1536913, rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJE DATA:12/09/2017)

    c) Certo:

    Realmente, é firme a jurisprudência do STJ na linha de que não é possível a propositura de ação de improbidade administrativa apenas contra particulares, devendo haver a presença de agente público no polo passivo, tendo em vista que o particular não pode, sozinho, cometer atos ímprobos, na esteira do que preceitua o art. 3º da Lei 8.429/92. No ponto, confira-se:

    "PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LITISCONSÓRCIO PASSIVO. AUSÊNCIA DE INCLUSÃO DE AGENTE PÚBLICO NO PÓLO PASSIVO. IMPOSSIBILIDADE DE APENAS O PARTICULAR RESPONDER PELO ATO ÍMPROBO. PRECEDENTES. 1. Os particulares que induzam, concorram, ou se beneficiem de improbidade administrativa estão sujeitos aos ditames da Lei nº 8.429/1992, não sendo, portanto, o conceito de sujeito ativo do ato de improbidade restrito aos agentes públicos (inteligência do art. 3º da LIA). 2. Inviável, contudo, o manejo da ação civil de improbidade exclusivamente e apenas contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda. 3. Recursos especiais improvidos."
    (RESP 1171017, rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:06/03/2014)

    d) Errado:

    Nada impede que a providência cautelar de indisponibilidade de bens seja decretada desde logo, sem que tenha havido citação/notificação da parte contrária. Entende-se, neste caso, que o contraditório é diferido, não sendo eliminado, portanto.

    A propósito, confira-se:

    "No tocante à violação do art. 17, § 7º, da Lei n. 8.429/92, cediço que a prévia notificação integra o procedimento especialíssimo direcionado aos processos que apuram a prática de ato de improbidade. Entretanto, é assente o entendimento desta Corte sobre a possibilidade de concessão de liminar de indisponibilidade anteriormente ao referido ato processual e ao recebimento da inicial. Nesse sentido: AgInt no REsp n. 1.522.656/MT, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, julgado em 9/3/2017, DJe 17/4/2017; REsp n. 1.385.582/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 1º/10/2013, DJe 15/8/2014.)"
    (AIRESP 1801269, rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, DJE DATA:09/12/2019

    e) Errado:

    Na realidade, em relação à medida de indisponibilidade de bens, a jurisprudência é remansosa quanto à desnecessidade de demonstração da intenção de dilapidar o patrimônio (periculum in mora), que se considera presumido, em nome do interesse público em assegurar a eficácia de eventual sentença condenatória. Assim, dentre tantos outros, confira-se:

    "DIREITO SANCIONADOR. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO EM RESP. MEDIDA ACAUTELATÓRIA DE INDISPONIBILIDADE DE BENS DO ACIONADO POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRETENSÃO DO ÓRGÃO ACUSADOR DE REFORMA DO JULGADO DE ORIGEM QUE AFASTOU A MEDIDA CONSTRICTIVA. ESTA CORTE SUPERIOR, COM A RESSALVA DE ENTENDIMENTO PESSOAL DO RELATOR, TEM A DIRETRIZ ACERCA DO PERIGO DA DEMORA PRESUMIDO, QUE DISPENSA A COMPROVAÇÃO DE ATOS DILAPIDATÓRIOS PARA QUE OCORRA O BLOQUEIO PATRIMONIAL. O TRIBUNAL DE ORIGEM AFASTOU, DE FORMA AMIÚDE, A ALTA PLAUSIBILIDADE DO DIREITO ALEGADO, CONSISTENTE EM POSSÍVEL PRÁTICA DE CONDUTAS ÍMPROBAS. NÃO OCORREU VIOLAÇÃO NA ESPÉCIE DO ART. 7o. DA LEI 8.429/1992. AGRAVO INTERNO DO AUTOR DA AÇÃO DESPROVIDO. 1. Esta Corte Superior firmou o entendimento de que a decretação de indisponibilidade de bens em ACP por Improbidade Administrativa dispensa a demonstração de dilapidação ou a tentativa de dilapidação do patrimônio para a configuração do periculum in mora, o qual está implícito ao comando normativo do art. 7o. da Lei 8.429/1992, bastando a demonstração do fumus boni juris, que consiste em indícios de atos ímprobos (REsp. 1.366.721/BA, Rel. p/acórdão Min. OG FERNANDES, DJe 19.9.2014). 2. Na presente demanda, a Corte Catarinense registrou que, muito embora o Ministério Público discuta a legalidade das contratações perfectibilizadas pela Santur, inexistem nos autos indícios de superfaturamento e de não prestação dos serviços contratados, não se podendo falar, por isso, ao menos em sede de cognição perfunctória, em locupletamento ilícito ou prejuízo ao erário capazes de justificar a indisponibilidade de bens dos agravantes, motivo pelo qual deve ser revista a decisão recorrida (fls. 127/128). 3. Por essa razão, não houve violação alguma dos dispositivos da lei processual referentes à fundamentação das decisões judiciais quanto ao bloqueio patrimonial cautelar, uma vez que as Instâncias Ordinárias, de acordo como a moldura fático-probatória que se decantou na espécie, apontaram a ausência da fumaça do bom direito e do perigo da demora, razão pela qual não se mostra autorizada a medida garantidora de eficácia útil de eventual sentença condenatória, no caso, a indisponibilização patrimonial do implicado. 4. Agravo Interno do Órgão Acusador desprovido."
    (AIRESP 1765843, rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:19/12/2019)

    De tal maneira, incorreta esta opção.


    Gabarito do professor: C

  • Jurisprudencia em teses edição 38.

    Os tipos dos atos de improbidade administrativa, via de regra, admitem a culpa e o dolo como elementos subjetivos, somente excepcionalmente tendo lugar a responsabilidade objetiva.

    R: errado. É inadmissível a responsabilidade objetiva na aplicação da Lei n. 8.429/1992, exigindo- se a presença de dolo nos casos dos arts. 9º e 11 (que coíbem o enriquecimento ilícito e o atentado aos princípios administrativos, respectivamente) e ao menos de culpa nos termos do art. 10, que censura os atos de improbidade por dano ao Erário.

    A bem do contraditório, a falta de notificação para a apresentação de defesa preliminar induz à automática nulidade dos atos processuais praticados posteriormente.

    R: errado. A ausência da notificação do réu para a defesa prévia, prevista no art. 17, § 7º, da Lei de Improbidade Administrativa, só acarreta nulidade processual se houver comprovado prejuízo (pas de nullité sans grief).

    Não tem lugar a ação de improbidade administrativa ajuizada exclusivamente como particular, sem que figure, no polo passivo, agente público.

    R: correta. É inviável a propositura de ação civil de improbidade administrativa exclusivamente contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda.

    A bem do contraditório e da ampla defesa, a providência cautelar de indisponibilidade de bens exige prévia oitiva da parte requerida.

    R: errado. É possível o deferimento da medida acautelatória de indisponibilidade de bens em ação de improbidade administrativa nos autos da ação principal sem audiência da parte adversa e, portanto, antes da notificação a que se refere o art. 17, § 7º, da Lei n. 8.429/92.

    Somente se admite a indisponibilidade de bens quando amplamente demonstrada a prática ou o risco de ato de dilapidação patrimonial.

    R: errado. É possível que o juiz decrete, cautelarmente, a indisponibilidade de bens do demandado quando presentes fortes indícios de responsabilidade pela prática de ato ímprobo que cause dano ao Erário. A medida cautelar de indisponibilidade de bens, prevista no art. 7º da Lei de improbidade administrativa, pode ser decretada mesmo que o requerido não esteja dilapidando seu patrimônio, ou na iminência de fazê-lo, tendo em vista que o periculum in mora encontra-se implícito na lei. Assim, para que a indisponibilidade seja decretada basta que estejam presentes fortes indícios da prática de atos de improbidade administrativa. STJ. 1ª Seção. REsp 1.366.721-BA, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para acórdão Min. Og Fernandes, julgado em 26/2/2014 (recurso repetitivo) (Info 547).  

  • atos praticados posteriormente não, né chefe

  • Não seria no polo ativo? No polo passivo está a entidade que foi lesada.

  • Já a memória ROM não são voláteis e não perdem os dados diante da interrupção de energia.

  • Jr Almeida pelo que entendi , quando o processo é ajuizado o ativo é quem iniciou o processo ou denunciante e o passivo é o denunciado, e quando está na instrução processual o passivo passa a ser o denunciante(vítima) e o ativo o denunciado (não sei se to certa)

  • O comentário do professor para esta questão está espetacular. Geralmente tenho até dor de barriga com alguns, mas esse... perfeito!

  • DESATUALIZADA

  • CUIDADO.

    A existência de processo conexo em que se busque a responsabilização de agentes públicos por atos contra a administração pública é suficiente para permitir que uma ação de improbidade administrativa tramite apenas contra um particular.

    Segundo a jurisprudência do STJ, é inviável manejo de ação de improbidade exclusivamente contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo. Esse não é o caso, no entanto.

    Relator, o desembargador convocado Manoel Erhardt observou que o próprio STJ já fez essa diferenciação em outras oportunidades.

    Destacou que não é o caso de aplicar a jurisprudência do STJ, segundo a qual os particulares não podem ser responsabilizados com base na LIA sem que figure no polo passivo um agente público responsável, pois houve a devida pretensão de responsabilizar os agentes públicos em outra demanda conexa à originária do recurso em discussão

    AREsp 1.402.806 - DJe 24.09.2020


ID
3757861
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação à jurisprudência aplicada ao concurso público, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • ATENÇÃO: LIMITE DE IDADE X REQUISITO MÍNIMO DE IDADE

    REQUISITO MÍNIMO DE IDADE: momento da posse

    Comprovação de exigência de HABILITAÇÃO: momento da posse

    LIMITE DE IDADE: momento da inscrição

    O atendimento ao REQUISITO MÍNIMO DE IDADE deve se dar no momento da posse em cargo público, e não no momento da inscrição para submissão a concurso público.

    ➢ A exigência de idade mínima para o ingresso em cargo público mediante concurso orienta-se no sentido de que o requisito etário deve ser aferido no momento da posse, e não no da inscrição para o provimento do cargo, por ser tal exigência relativa à ATUAÇÃO DA FUNÇÃO. Súmula 266/STJ. (REsp 1462659/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 01/12/2015, DJe 04/02/2016)

     

    O LIMITE DE IDADE, quando regularmente fixado em lei e no edital de determinado concurso público, há de ser comprovado no momento da inscrição do certame, ao passo que a comprovação de exigência de HABILITAÇÃO para o exercício do cargo, em regra, deve ser feita no momento da posse.

    ➢ O Supremo Tribunal Federal possui jurisprudência no sentido de que o limite de idade, quando regularmente fixado em lei e no edital de determinado concurso público, há de ser comprovado no momento da inscrição do certame. Precedente. 2. Hipótese em que o Tribunal de origem assentou que o recorrido, na data da inscrição preenchia o requisito de idade previsto no edital e, em razão da desídia da Administração Pública, alcançou a idade limite. Irrazoabilidade da exclusão do candidato, tendo em conta a impossibilidade de se antever a data em que será realizada a fase fixada como parâmetro para aferição do requisito da idade. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (ARE 840592 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 23/06/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-156 DIVULG 07-08-2015 PUBLIC 10-08-2015

  • Sobre a alternativa B

    SV 44: “Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público”.

    Info 535 STJ: É admitida a realização de exame psicotécnico em concursos públicos se forem atendidos os seguintes requisitos: previsão em lei, previsão no edital com a devida publicidade dos critérios objetivos fixados e possibilidade de recurso.

  • GAB. A.

  • A execução de exame psicotécnico exige previsão em LEI!

  • Erros dos itens D e E?

  • Eis os comentários sobre cada opção:

    a) Foi considerada certa pela Banca. Todavia, discordamos. Diga-se o porquê:

    O STF possui compreensão sedimentada na linha de que a comprovação do limite de idade fixado no edital deve ser efetivada no momento da inscrição no certame, e não no momento da posse. A este respeito, confira-se:

    "AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. IMPOSIÇÃO DE LIMITE DE IDADE. RE 678.112-RG. COMPROVAÇÃO DA IDADE NO MOMENTO DA INSCRIÇÃO. 1. O Supremo Tribunal Federal entende possível a imposição de limite de idade para inscrição em concurso público, desde que haja anterior previsão legal e que a exigência seja razoável diante das atribuições do cargo público. Precedente: ARE 678.112-RG, Rel. Min. Luiz Fux (Tema 646). 2. O limite de idade, quando regularmente fixado em lei e no edital de determinado concurso público, há de ser comprovado no momento da inscrição do certame, tendo em vista a impossibilidade de se antever a data em que será realizada a fase fixada como parâmetro para aferição do requisito da idade. Precedentes. 3. Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC/2015, uma vez que não é cabível, na hipótese, condenação em honorários advocatícios (art. 25 da Lei nº 12.016/2009 e Súmula 512/STF). 4. Agravo interno a que se nega provimento."
    (ARE-AgR 1210221, rel. Ministro ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, Sessão Virtual de 29.5.2020 a 5.6.2020)

    A Banca, no entanto, seguiu o entendimento firmado pelo STJ, na linha do qual o limite mínimo de idade deve ser aferido no momento da posse, o que teria apoio na Súmula 266/STJ, que assim estabelece: "O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público."

    A propósito, confira-se:

    "PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. AUXILIAR DE BIBLIOTECA. IDADE MÍNIMA. EMANCIPAÇÃO. AUSÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO DA EXIGÊNCIA LEGAL PARA EXERCÍCIO DA ATRIBUIÇÃO DO CARGO. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 683/STF. 1. A Teoria do Fato Consumado tem sido rechaçada pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça em casos como o dos autos, em que a participação do candidato no certame seletivo se dá de forma precária, em virtude de decisão judicial. 2. O Supremo Tribunal Federal consolidou sua jurisprudência quanto à constitucionalidade dos limites etários, na súmula 683, segundo a qual: "O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido". 3. A exigência de idade mínima para o ingresso em cargo público mediante concurso orienta-se no sentido de que o requisito etário deve ser aferido no momento da posse, e não no da inscrição para o provimento do cargo, por ser tal exigência relativa à atuação da função. Súmula 266/STJ. 4. O requisito de idade mínima de 18 anos deve ser flexibilizado pela natureza das atribuições do cargo de auxiliar de biblioteca, principalmente porque a impetrante possuía dezessete anos e dez meses na data da sua posse, encontrava-se emancipada havia quatro meses e a atividade para qual foi nomeada é plenamente compatível com sua idade, conforme entendeu o Tribunal de origem. 5. Recurso Especial não provido."
    (RESP 1462659, rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJE DATA:04/02/2016)

    Em havendo, portanto, um aparente confronto entre as posturas jurisprudenciais do STF e do STJ, e por se tratar, em última análise, de matéria constitucional (concurso público), parece-me deva ser preconizada a linha adotada pelo STF, motivo pelo qual entendo por incorreta esta opção, malgrado ter sido reputada como correta pela Banca.

    b) Errado:

    Não basta a previsão em edital, para que o exame psicotécnico possa ser legitimamente aplicado, no âmbito de concursos públicos. No ponto, o STF estabeleceu a necessidade, ainda, de base legal para tanto, conforme se depreende da Súmula Vinculante n.º 44: "Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público."

    É bem verdade que a previsão em edital é, também, exigida, para além da legal. A incorreção, aqui, seria, portanto, em vista de sugerir que apenas a base editalícia seria suficiente, o que não é verdadeiro.

    Logo, equivocada esta opção.

    c) Errado:

    Outra vez, o caso aqui é de assertiva que diverge da jurisprudência do STF, na linha da qual, à luz do princípio da presunção de inocência, não é legítima a exclusão de candidato em concurso público, baseado em investigação social, com fulcro em anotação em cadastro restritivo de crédito.

    A este respeito, é ler:

    "AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONCURSO PÚBLICO. INVESTIGAÇÃO SOCIAL. EXCLUSÃO DE CANDIDATO. ATO ILEGAL RECONHECIDO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES NÃO CONFIGURADA. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE NÃO CULPABILIDADE. INEXISTÊNCIA. PRECEDENTES. O acórdão do Tribunal de origem alinha-se à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que não ofende o princípio da separação dos Poderes a decisão judicial que reconhece a ilegalidade de ato administrativo. Precedente. O Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que viola o princípio constitucional da não culpabilidade (art. 5º, LVII) a exclusão de candidato de certame que responde a inquérito policial. Nesse contexto, conclui-se igualmente ofensiva à Constituição a exclusão de candidato que tenha contra si a existência de termo circunstanciado, cujo crime já está com a punibilidade extinta, e a inscrição de seu nome em cadastro de restrição ao crédito. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento.
    (ARE-AgR 700066, rel. Ministro ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, 24.6.2014)

    d) Errado:

    "A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que a omissão em prestar informações, conforme demandado por edital, na fase de investigação social ou de sindicância da vida pregressa, enseja a eliminação de candidato do concurso público."
    (ROMS 56376, rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJE DATA:13/11/2018)

    De acordo com este entendimento, portanto, o fato de a informação ser acessível não é bastante para afastar a eliminação do candidato que omite as informações solicitadas.

    e) Errado:

    Novamente, cuida-se de assertiva que diverge da jurisprudência do STJ, na linha qual "não ocorre a perda do objeto da ação mandamental em que se discute a ocorrência de ilegalidade em etapa de concurso público, anterior ao Curso de Formação, na hipótese em que se verifica o seu término ou até mesmo a homologação final do certame." (AIRMS 34150, rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, DJE DATA:28/09/2017)


    Gabarito do professor: sem resposta certa

    Gabarito oficial: A


  • Seguem justificativas conforme jurisprudência em teses do STJ, edição n.09:

    A) O atendimento ao requisito mínimo de idade deve se dar no momento da posse em cargo público, e não no momento da inscrição para submissão a concurso público. GABARITO

    5) A aferição do cumprimento do requisito de idade deve se dar no momento da posse no cargo público e não no momento da inscrição.

    B) A execução de exame psicotécnico exige previsão em edital, além da fundamentação da avaliação dos candidatos.

    8) A exigência de exame psicotécnico é legítima quando prevista em lei e no edital, a avaliação estiver pautada em critérios objetivos e o resultado for público e passível de recurso.

    C) A inscrição em cadastro restritivo de crédito é motivo hábil a fundamentar reprovação, em fase de investigação social, em concurso público.

    15) O candidato não pode ser eliminado de concurso público, na fase de investigação social, em virtude da existência de registro em órgãos de proteção ao crédito.

    D) A omissão de informações, pelo candidato, na fase de investigação social, quando sejam elas acessíveis por outras vias, não acarreta sua reprovação.

    16) O candidato pode ser eliminado de concurso público quando omitir informações relevantes na fase de investigação social.

    E) A conclusão do concurso público induz à automática perda de objeto de medidas administrativas e judiciais, visando a impugnar etapas anteriores do certame de seleção.

    18: O termo inicial do prazo decadencial para a impetração de mandado segurança, na hipótese em que o candidato aprovado em concurso público não é nomeado, é o término do prazo de validade do concurso.

  • NAO EXISTE GABARITO CERTO......segue comentario do professor...

    Eis os comentários sobre cada opção:

    a) Foi considerada certa pela Banca. Todavia, discordamos. Diga-se o porquê:

    O STF possui compreensão sedimentada na linha de que a comprovação do limite de idade fixado no edital deve ser efetivada no momento da inscrição no certame, e não no momento da posse. A este respeito, confira-se:

    "AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. IMPOSIÇÃO DE LIMITE DE IDADE. RE 678.112-RG. COMPROVAÇÃO DA IDADE NO MOMENTO DA INSCRIÇÃO. 1. O Supremo Tribunal Federal entende possível a imposição de limite de idade para inscrição em concurso público, desde que haja anterior previsão legal e que a exigência seja razoável diante das atribuições do cargo público. Precedente: ARE 678.112-RG, Rel. Min. Luiz Fux (Tema 646). 2. O limite de idade, quando regularmente fixado em lei e no edital de determinado concurso público, há de ser comprovado no momento da inscrição do certame, tendo em vista a impossibilidade de se antever a data em que será realizada a fase fixada como parâmetro para aferição do requisito da idade. Precedentes. 3. Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC/2015, uma vez que não é cabível, na hipótese, condenação em honorários advocatícios (art. 25 da Lei nº 12.016/2009 e Súmula 512/STF). 4. Agravo interno a que se nega provimento."

    (ARE-AgR 1210221, rel. Ministro ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, Sessão Virtual de 29.5.2020 a 5.6.2020)

    A Banca, no entanto, seguiu o entendimento firmado pelo STJ, na linha do qual o limite mínimo de idade deve ser aferido no momento da posse, o que teria apoio na Súmula 266/STJ, que assim estabelece: "O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público."

    AS OUTRA OPÇÕES TAMBEM ESTAO ERRADAS.

  • eai, ta em dia leitura das sumulas vinculantes ? Aqui pelo jeito, não estava kkk

  • Alternativa A vc tira quando sabe que pra fazer prova de juiz no momento da inscrição voce comprava os 3 anos

  • Nos concursos públicos para ingresso na Magistratura ou no Ministério Público a comprovação dos requisitos exigidos deve ser feita na inscrição definitiva e não na posse!!


ID
3757864
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

De acordo com a Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta a respeito da nacionalidade.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra D

    Art. 12, paragráfo 4º: Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

    II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:   

    a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;   

  • Letra c - erro

    c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira 

  • Erro da B?

  • Jus Soli (territoio) e Jus Sanguinis (sangue)

    O Brasil adota o critério Jus Soli Temperado, ou seja, a aquisição de nacionalidade leva em consideração o território, mas também admiti-se a nacionalização por questões sanguíneas

  • A) As hipóteses de aquisição originária de nacionalidade estão previstas, de modo não taxativo, na Constituição, podendo a lei estabelecer situações adicionais.

    "Lembrar que o art. 12,I, traz hipóteses taxativas de previsão de aquisição da nacionalidade brasileira[...]" Pedro Lenza, 2020, pag 1373

    B) Muito embora a regra adotada pela Constituição para aquisição originária de nacionalidade seja o critério jus sanguinis, há hipóteses em que se admite o critério jus soli, aliado ao atendimento de outros requisitos previstos na Carta.

    Ao contrário. A regra é jus solis, exceção jus sanguinis.

    "Como regra gera prevista no art. 12,I, o Brasil, país de imigração, adotou o critério do ius solis. Essa regra, porém, é atenuada em diversas situações [...]" Pedro Lenza, 2020, pag 1373

    C) A chamada nacionalidade potestativa consiste na aquisição originária por aquele que, nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, venha a residir na República Federativa do Brasil, optando, no prazo máximo de um ano após o atingimento da maioridade, pela nacionalidade brasileira.

    Pode optar a qualquer tempo após atingida a maioridade. Será Brasileiro nato.

    D) Não perde a nacionalidade brasileira aquele que tenha, em virtude do critério jus sanguinis, nacionalidade originária reconhecida por Estado estrangeiro.

    Art.12 § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

    II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;  

    (CORRETA)

    E) Somente aos portugueses naturalizados são reconhecidos os mesmos direitos dos brasileiros.

    Como regra brasileiros natos e naturalizados (advindos de qualquer país) possuem os mesmos direitos. Exceções apenas as previstas na constituição.

    Art. 12, § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.

  • Gab. D (Art. 12, parágrafo 4º, inciso II, alínea a) da Constituição Federal)

    A REGRA adota pela Constituição para aquisição da nacionalidade originária brasileira é o critério "Jus Solis",

    admitindo-se também (como EXCEÇÃO) o critério "Jus Sanguinis"

  • DA NACIONALIDADE

    Art. 12. São brasileiros:

    I - natos: NACIONALIDADE PRIMÁRIA OU ORIGINÁRIA - INVOLUNTÁRIA

    a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país (CRITÉRIO JUS SOLIS)

    b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; (CRITÉRIO JUS SANGUINIS)

    c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira (CRITÉRIO JUS SANGUINIS)       

    II - naturalizados: NACIONALIDADE SECUNDÁRIA OU ADQUIRIDA- VOLUNTÁRIA

    NACIONALIDADE ORDINÁRIA CONSTITUCIONAL

    a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;

    NACIONALIDADE EXTRAORDINÁRIA CONSTITUCIONAL OU QUINZENÁRIA  

    b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.  

     

    PERDA DA NACIONALIDADE

    § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

    I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;

    II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:       

    a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;        

    b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;        

  • Sobre o item B, entendi que a regra é ius soli, sendo ius sanguini aplicada de forma subsidiária. O item D está pacífico, tendo em vista o parágrafo 4° do art. 12, inciso II, alínea a da CF/88.
  • A letra B inverteu as disposições, conforme colocado pelos colegas.

  • Complemento...

    a) As hipóteses são taxativas

    -------------------------------------------------

    b) A regra é o critério jus soli.

    --------------------------------------------------

    c) A chamada nacionalidade potestativa consiste na aquisição originária por aquele que, nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, venha a residir na República Federativa do Brasil, optando, no prazo máximo de um ano após o atingimento da maioridade, pela nacionalidade brasileira.

    NACIONALIDADE POTESTATIVA:

    é uma das hipóteses de nacionalidade originária: o Estado brasileiro atribui sua nacionalidade aos nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira (que não estejam a serviço do Brasil), desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;   

    Art. 12, I, c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira

    --------------------------------------

    d) Não perde a nacionalidade:

    a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;         

    b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; 

    ------------------------------------------

    e) Somente aos portugueses naturalizados são reconhecidos os mesmos direitos dos brasileiros.

    Art. 12, § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. 

  • Gabarito''D''.

    Segundo o Art. 12 da CF/88, o critério "jus sanguinis" pode estabelecer a nacionalidade originária, aliado ao atendimento de outros requisitos.

    Já o § 4º do Art. 12 da CF/88dispõe que não perde a nacionalidade brasileira aquele que tenha nacionalidade originária reconhecida por Estado estrangeiro.

    Art. 12. São brasileiros: (...)

    § 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

    I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;

    II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

    a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;

    b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.

    Não desista em dias ruins. Lute pelo seus sonhos!

  • Quando a CF diz: são brasileiros natos os.....nascidos na República Federativa.....deixa claro q o 1° critério adotado é o do Jus Solis

  • No Brasil, o jus soli é a regra, ao passo que o jus sanguinis é a exceção

  • A) As hipóteses de aquisição originária de nacionalidade estão previstas de forma taxativa na Constituição;

    C) A qualquer tempo, depois de atingida a maioridade.

  • A letra "D" é a famosa "dupla cidadania".

  • Brasileiro com com descendência Italiana pode requerer a cidadania italiana sem perder a nacionalidade brasilieira, possuindo assima dupla cidadania, jus solis (Brasil) e a jus saguinis (Itália)


ID
3757867
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca dos direitos sociais e políticos na Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    As hipóteses de perda e suspensão de direitos políticos estão expressas e taxativamente previstas no art. 15, incisos I a V, da CF/88.

    Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

            I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

            II - incapacidade civil absoluta;

            III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

            IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;

            V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

    ---

    LETRA A ERRADO

    ART. 14 CF/88 ....

    § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

    LEI COMPLEMENTAR Nº 135, DE 4 DE JUNHO DE 2010 (ficha limpa)

     [...] que estabelece, de acordo com o § 9 do art. 14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato.

    ---

    LETRA B ERRADO

    Frase totalmente errada.

    Todo inelegível é inalistável, mas nem todo inalistável é inelegível. (errado)

    Inalistável: As pessoas que não podem votar.

    Inelegível: As pessoas que não podem ser candidatas.

    Todo inelegível é inalistável [errado] >>>> Tendo em vista que ao menos um inelegível, a exemplo do analfabeto que não pode ser eleito (inelegível), mas tem seu direito ao voto.

     

    [...] nem todo inalistável é inelegível. [errado] >>>> Se a pessoa não pode nem votar, imagina ser votada. (Art. 14, §4º, CF/88: "São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos"). Logo, todos inalistáveis são inelegíveis, tendo em vista que o alistamento eleitoral é condição de elegibilidade (art. 14, §3º, III, CF/88)

    ---

    LETRA D ERRADO

    Sem maiores comentários, não se pode dispor amplamente, apenas os trabalhistas podem ser dispostos através de convenção ou acordo coletivo de trabalho.

    ---

    LETRA E ERRADO

    Creio que pecou pela generalidade do alcance dos direitos sociais. Os direitos sociais são marcadamente direitos protetivos dos empregados, em especial o art. 7º, dentro de preceitos constitucionais, dado a relação trabalhista em que o empregado é parte mais fraca dessa relação, possuindo, portanto, essa proteção constitucional. Evidentemente, empresário e empreendedores não dispõem do direito ao 13º, férias remuneradas, dentre outros direitos assegurados aos empregados.

    Erro da alternativa é atribuir os direitos sociais aplicáveis a todos, inclusive empresário e empreendedor, o que não é necessariamente verdade.

  • CLARO QUE NÃO QUADRIXXXX!! a alternativa C está errada. a lei de improbidade administrativa prevê a suspensão de direitos políticos, bem como a lei da ficha limpa.

  • OXEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

    e a lei de improbidade??? ta errado isso ai...

  • 75% de respostas erradas.. só por ai, da para tirar um mapa...

  • Engraçado que os professores do qconcursos não comentam as questões da BANCA QUADRIX, pq será?

    Essa banca vc não perde nada errando com ela

  • Pior banca que existe, impressionante a sua capacidade de ser ruim.

  • Me perdi aqui...

  • A perda e suspensão dos direitos políticos estão elencados no art. 15, da CF/88.

  • Qual o erro do item E, pelo amor de Deus?

    Tem alguém excluído dos direitos sociais? Era só o que faltava

  • Art. 15, CF– Rol Taxativo

  • Não entendi essa questão

  • Meu Deus, como assim a letra E está incorreta?

  • Banca fuleira

  • NÃÃÃÃOOOO QUADRIX,, NÃO É ASSIIIIMM

  • Como diria Clovis CA-RA-LHO

  • Sinceramente, não vou responder mais questões da Quadrix. A impressão que passa é que eles querem seguir o nível das pegadinhas da CESPE, mas criam as mesmas muitas vezes trazendo gabarito errado ou duvidoso. Nessa questão, como pode a E estar errada??????

  • Quadrix vc não é a CESPE, não inventa...

  • Quanto à alternativa E

    Os Direitos Sociais na CF abarcam os Sociais (Art. 6º), os dos Trabalhadores (Art. 7º) e os relacionados à Sindicalização (Art.8º~11)

    Para usufruir dos direitos dos Trabalhadores, p ex, é necessário ter/ter tido uma relação trabalhista. Além disso, alguns direitos do Art. 7º não são extensíveis a todas categorias como Servidores Públicos e Trabalhadores Domésticos, logo a generalização erra.

    Art. 7º. [...]

    Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.

    Art. 39[...]

    § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.  

  • A CESPE DO PARAGUAI pode te ajudar somente no QUANDO não responder.

  • Para essa banca ser ruim, precisa melhorar muito ainda.✅
  • O pior não é a QUADRIX, mas a professora corroborar o gabarito.

  • Mas essa CUdrix é uma sapequinha mesmo, ein! rsrs

  • O QC poderia ter a função de excluir as questões das bancas no filtro.

  • Banca horrorosa.

  • A QUADRIX QUER SER CESPE. NUNCA SERÁ!

  • ART 6º/CF88 - São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

    >> Acho que quem formulou essa questão para a QUADRIX "comeu bola" no artigo e se esqueceu que os direitos sociais não se restringem à seara trabalhista>>.

    SAÚDE, LAZER, SEGURANÇA (por exemplo) também são direitos sociais e acho que os EMPRESÁRIOS E EMPREENDEDORES estão incluídos também ou estou errada QUADRIX?

    Lamentável.

  • ao meu ver essa questão deveria ser anulada .
  • Questão ridícula e o pior é ver a professora endossando

  • GABARITO: C

    As hipóteses de perda e suspensão de direitos políticos estão expressas e taxativamente previstas no art. 15, incisos I a V, da CF/88.

    Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

            I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

            II - incapacidade civil absoluta;

            III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

            IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;

            V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

    ---

    LETRA A ERRADO

    ART. 14 CF/88 ....

    § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

    LEI COMPLEMENTAR Nº 135, DE 4 DE JUNHO DE 2010 (ficha limpa)

     [...] que estabelece, de acordo com o § 9 do art. 14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato.

    ---

    LETRA ERRADO

    Frase totalmente errada.

    Todo inelegível é inalistável, mas nem todo inalistável é inelegível. (errado)

    Inalistável: As pessoas que não podem votar.

    Inelegível: As pessoas que não podem ser candidatas.

    Todo inelegível é inalistável [errado] >>>> Tendo em vista que ao menos um inelegível, a exemplo do analfabeto que não pode ser eleito (inelegível), mas tem seu direito ao voto.

     

    [...] nem todo inalistável é inelegível. [errado] >>>> Se a pessoa não pode nem votar, imagina ser votada. (Art. 14, §4º, CF/88: "São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos"). Logo, todos inalistáveis são inelegíveis, tendo em vista que o alistamento eleitoral é condição de elegibilidade (art. 14, §3º, III, CF/88)

    ---

    LETRA D ERRADO

    Sem maiores comentários, não se pode dispor amplamente, apenas os trabalhistas podem ser dispostos através de convenção ou acordo coletivo de trabalho.

    ---

    LETRA E ERRADO

    Creio que pecou pela generalidade do alcance dos direitos sociais. Os direitos sociais são marcadamente direitos protetivos dos empregados, em especial o art. 7º, dentro de preceitos constitucionais, dado a relação trabalhista em que o empregado é parte mais fraca dessa relação, possuindo, portanto, essa proteção constitucional. Evidentemente, empresário e empreendedores não dispõem do direito ao 13º, férias remuneradas, dentre outros direitos assegurados aos empregados.

    Erro da alternativa é atribuir os direitos sociais aplicáveis a todos, inclusive empresário e empreendedor, o que não é necessariamente verdade.

  • A questão pede direitos sociais...

  • A alternativa E está correta, por mais estranha que nos pareça. Fiquei com dúvida e fui aprofundar o assunto. Veja:

    Segundo José Afonso da Silva, os direitos sociais “disciplinam situações subjetivas pessoais ou grupais de caráter concreto”, sendo que "os direitos econômicos constituirão pressupostos da existência dos direitos sociais, pois sem uma política econômica orientada para a intervenção e participação estatal na economia não se comporão as premissas necessárias ao surgimento de um regime democrático de conteúdo tutelar dos fracos e dos mais numerosos”. Assim, os direitos sociais, direitos de segunda dimensão, apresentam-se como prestações positivas a serem implementadas pelo Estado (Social de Direito) e tendem a concretizar a perspectiva de uma isonomia substancial e social na busca de melhores e adequadas condições de vida, estando, ainda, consagrados como fundamentos da República Federativa do Brasil (art. 1.º, IV, da CF/88). Trecho retirado do livro do Pedro Lenza, 2019, pág. 2013.

    Do mesmo modo, Vicente de Paulo & Marcelo Alexandrino, no livro Direito Constitucional Descomplicado (2017, pág. 232) afirmam: "Os direitos sociais constituem as liberdades positivas, de observância obrigatória em um Estado Social de Direito, tendo por objetivo a melhoria as condições de vida dos hipossuficientes, visando à concretização da igualdade social".

    Observa-se então que os direitos sociais visam igualar os desiguais, os hipossuficientes, os desamparados. Por isso, em tese, não se aplicariam a todos os indivíduos, como empresários. A questão é pode parecer um pouco confusa, mas acredito que a Banca queria que diferenciássemos a aplicabilidade dos direitos sociais.

    Veja outra questão da Quadrix (Q960388):

    Os direitos sociais, como dimensão dos direitos fundamentais do homem, são prestações positivas proporcionadas pelo Estado, direta ou indiretamente, enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de situações sociais desiguais.

    Qualquer erro, comunicar-me.

  • Então não briguemos com a banca temos que interpretar e pensar como ela então a lei da improbidade administrativa também prevê a suspensão dos direitos políticos mas Ela a LIA veio bem depois da constituição!! CF 88 LIA 92.

  • GAB: C

    Não entendi o choro.

  • nossa, inacreditável. e ainda tem gente que tenta justificar o injustificável.

  • QCONCURSOS POR FAVOR ATIVE MODO DE EXCLUIR QUESTÕES DA QUADRIX

  • meu deus

  • Quadrix sendo Quadrix kkkkk


ID
3757870
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Não definido

Com base na Constituição Federal de 1988 e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta quanto ao controle de constitucionalidade.

Alternativas

ID
3757873
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Conforme a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    A) As decisões de invalidação de ato ou contrato nas esferas administrativa, controladora ou judicial deverão observar a dimensão consequencialista, assim considerada a projeção de seus efeitos e desdobramentos, indicando ainda condições para a regularização da irregularidade, sem imposição de ônus ou perdas que, à luz do caso concreto, se apresentem como excessivos. CORRETO.

    B) A interpretação das normas sobre gestão pública leva em consideração, sobretudo, a legalidade estrita, independentemente dos obstáculos e das dificuldades enfrentados pelo gestor e naturais a qualquer gestão. ERRADO.

    Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.

    C) A bem da segurança jurídica, a decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo aberto deverá, sempre, prever regime de transição. ERRADO.

    Art. 23A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.   

    D) O agente público somente responderá pessoalmente por suas opiniões técnicas em caso de dolo. ERRADO.

    Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.    

    E) As súmulas administrativas e as respostas a consultas são instrumentos à disposição das autoridades públicas para promoção da segurança jurídica, possuindo, contudo, eficácia apenas persuasiva, e não vinculante, no âmbito do órgão ou da entidade em que foram produzidas. ERRADO.

    Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas.

    Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão.        

  • GABARITO: A

    a) CERTO: Art. 21, Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos.   

    b) ERRADO: Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.

    c) ERRADO: Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais. 

    d) ERRADO: Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.   

    e) ERRADO: Art. 30, Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão.     

  • Sobre a C:

    Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.   

  • A fim de encontrarmos a resposta correta, iremos analisar cada uma das alternativas a seguir:

    A) A questão exige do candidato o conhecimento da LINDB, lei de introdução às normas do Direito Brasileiro. Vejamos o que dispõe o art. 21:

    “A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas".

    § ú: “A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos".

    No caput do dispositivo legal, o legislador deixa claro que é incompatível com o Direito as decisões que desconsiderem situações juridicamente constituídas e suas possíveis consequências aos envolvidos, devendo o legislador valorizar o consequencialismo.

    No § único, ele acaba por possibilitar o reconhecimento da irregularidade do ato público sem a decretação de nulidade, quando a sua invalidade gerar prejuízos excessivos, acontecendo o que a doutrina denomina de declaração de irregularidade sem pronúncia de invalidade Correta;

    B) No art. 22 da LINDB o legislador preocupa-se com a regra de interpretação relativa às normas de gestão pública, prevendo que “na interpretação de normas sobre gestão pública, SERÃO CONSIDERADOS os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados". Incorreta;

    C) De acordo com o art. 23 da LINDB, “a decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de CONTEÚDO DETERMINADO, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição QUANDO INDISPENSÁVEL para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais". A finalidade é que o agente público não seja surpreendido. Incorreta;

    D) No art. 28, o legislador traz a responsabilidade pessoal do agente público, prevendo que “o agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo OU ERRO GROSSEIRO". Incorreta;

    E) Dispõe o caput do art. 30 que “as autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas". De acordo com o seu § ú, “os instrumentos previstos no caput deste artigo TERÃO CARÁTER VINCULANTE em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão". Cuida-se do caráter vinculativo das decisões em relação ao órgão ou entidade a que se destinam Incorreta.

    TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Lei de Introdução e Parte Geral. 15. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. v. 1




    Gabarito do Professor: Letra A 
  • Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.

    *somente qdo indispensável.

    Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.      

    Art. 28 O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.    

    Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas.                          

    Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão.                         


ID
3757876
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Considerando a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, assinale a alternativa correta a respeito da responsabilidade civil e dos danos morais.

Alternativas
Comentários
  • E - alternativa correta

    - A pessoa jurídica de direito público não tem direito à indenização por danos morais relacionados à violação da honra ou da imagem.

    Não é possível pessoa jurídica de direito público pleitear, contra particular, indenização por dano moral relacionado à violação da honra ou da imagem.

    STJ. 4ª Turma. REsp 1258389-PB, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 17/12/2013 (Info 534).

  • Sobre o abandono afetivo de filho (Letra C), o STJ entende que deve ser comprovado

    CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. FAMÍLIA. ABANDONO AFETIVO. COMPENSAÇÃO POR DANO MORAL. POSSIBILIDADE.

    1. Inexistem restrições legais à aplicação das regras concernentes à responsabilidade civil e o consequente dever de indenizar/compensar no Direito de Família.

    2. O cuidado como valor jurídico objetivo está incorporado no ordenamento jurídico brasileiro não com essa expressão, mas com locuções e termos que manifestam suas diversas desinências, como se observa do art. 227 da CF/88.

    3. Comprovar que a imposição legal de cuidar da prole foi descumprida implica em se reconhecer a ocorrência de ilicitude civil, sob a forma de omissão. Isso porque o non facere, que atinge um bem juridicamente tutelado, leia-se, o necessário dever de criação, educação e companhia - de cuidado - importa em vulneração da imposição legal, exsurgindo, daí, a possibilidade de se pleitear compensação por danos morais por abandono psicológico.

    4. Apesar das inúmeras hipóteses que minimizam a possibilidade de pleno cuidado de um dos genitores em relação à sua prole, existe um núcleo mínimo de cuidados parentais que, para além do mero cumprimento da lei, garantam aos filhos, ao menos quanto à afetividade, condições para uma adequada formação psicológica e inserção social.

    5. A caracterização do abandono afetivo, a existência de excludentes ou, ainda, fatores atenuantes - por demandarem revolvimento de matéria fática - não podem ser objeto de reavaliação na estreita via do recurso especial.

    6. A alteração do valor fixado a título de compensação por danos morais é possível, em recurso especial, nas hipóteses em que a quantia estipulada pelo Tribunal de origem revela-se irrisória ou exagerada.

    7. Recurso especial parcialmente provido.

    (REsp 1159242/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 24/04/2012, DJe 10/05/2012)

  • Não confundam...

    SÚMULA N. 227, STJ - A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.

    Quem não pode sofrer dano moral são as pessoas jurídicas de DIREITO PÚBLICO.

  • A) O dano moral coletivo não admite a modalidade in re ipsa, ou presumida, exigindo minuciosa demonstração e comprovação. ERRADA! "O dano moral coletivo, aferível in re ipsa, é categoria autônoma de dano relacionado à violação injusta e intolerável de valores fundamentais da coletividade."

    B) Sendo a honra e a intimidade direitos fundamentais personalíssimos, somente possui legitimidade para pleitear indenização por dano moral, em todo caso, o próprio ofendido. ERRADA! A legitimidade para pleitear a reparação por danos morais é, em regra, do próprio ofendido, no entanto, em certas situações, são colegitimadas também aquelas pessoas que, sendo muito próximas afetivamente à vítima, são atingidas indiretamente pelo evento danoso, reconhecendo-se, em tais casos, o chamado dano moral reflexo ou em ricochete.

    C) O abandono afetivo de filho, independentemente de reconhecimento de paternidade, gera dano moral in re ipsa, ou presumido. ERRADA! O abandono afetivo de filho, em regra, não gera dano moral indenizável, podendo, em hipóteses excepcionais, se comprovada a ocorrência de ilícito civil que ultrapasse o mero dissabor, ser reconhecida a existência do dever de indenizar.

    D) A pessoa jurídica é passível de sofrer dano moral, sendo desnecessária, contudo, a demonstração da ofensa à honra por inexistir, no caso da entidade, honra a ser ofendida. ERRADA! A pessoa jurídica pode sofrer dano moral, desde que demonstrada ofensa à sua honra objetiva.

    E) As pessoas jurídicas de direito público não são titulares de direito à indenização por dano moral por ofensa à honra ou à imagem. CERTO! A pessoa jurídica de direito público não é titular de direito à indenização por dano moral relacionado à ofensa de sua honra ou imagem, porquanto, tratando-se de direito fundamental, seu titular imediato é o particular e o reconhecimento desse direito ao Estado acarreta a subversão da ordem natural dos direitos fundamentais.

    FONTE: Teses sobre responsabilidade civil por dano moral STJ.

  • O Erro da C pode ser encontrado nas seguintes Teses do STJ:

    1ª O abandono afetivo de filho, em regra, não gera dano moral indenizável, podendo, em hipóteses excepcionais, se comprovada a ocorrência de ilícito civil que ultrapasse o mero dissabor, ser reconhecida a existência do dever de indenizar.

    2ª Não há responsabilidade por dano moral decorrente de abandono afetivo antes do reconhecimento da paternidade.

    3ª O prazo prescricional da pretensão reparatória de abandono afetivo começa a fluir a partir da maioridade do autor.

  • O examinador explora, na presente questão, o conhecimento do candidato acerca do que prevê o ordenamento jurídico brasileiro sobre o instituto da Responsabilidade Civil, considerando a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. Para tanto, pede-se a alternativa CORRETA. Senão vejamos:


    A) INCORRETA. O dano moral coletivo não admite a modalidade in re ipsa, ou presumida, exigindo minuciosa demonstração e comprovação. 

    A alternativa está incorreta, pois o Superior Tribunal de Justiça, na edição 125 da Jurisprudência em Teses, possui entendimento consolidado no sentido de que o dano moral coletivo, aferível in re ipsa, é categoria autônoma de dano relacionado à violação injusta e intolerável de valores fundamentais da coletividade. Ressalte-se que sendo in re ipsa, não é necessária a apresentação de provas que demonstrem a ofensa moral da pessoa, pois o próprio fato já configura o dano.

    B) INCORRETA. Sendo a honra e a intimidade direitos fundamentais personalíssimos, somente possui legitimidade para pleitear indenização por dano moral, em todo caso, o próprio ofendido. 

    A alternativa está incorreta, pois o Superior Tribunal de Justiça, na edição 125 da Jurisprudência em Teses, possui entendimento consolidado no sentido de que a legitimidade para pleitear a reparação por danos morais é, em regra, do próprio ofendido, no entanto, em certas situações, são colegitimadas também aquelas pessoas que, sendo muito próximas afetivamente à vítima, são atingidas indiretamente pelo evento danoso, reconhecendo-se, em tais casos, o chamado dano moral reflexo ou em ricochete.

    C) INCORRETA. O abandono afetivo de filho, independentemente de reconhecimento de paternidade, gera dano moral in re ipsa, ou presumido. 

    A alternativa está incorreta, pois o Superior Tribunal de Justiça, na edição 125 da Jurisprudência em Teses, possui entendimento consolidado no sentido de que não há responsabilidade por dano moral decorrente de abandono afetivo antes do reconhecimento da paternidade.

    D) INCORRETA. A pessoa jurídica é passível de sofrer dano moral, sendo desnecessária, contudo, a demonstração da ofensa à honra por inexistir, no caso da entidade, honra a ser ofendida. 

    A alternativa está incorreta, pois o Superior Tribunal de Justiça, na edição 125 da Jurisprudência em Teses, possui entendimento consolidado no sentido de que a pessoa jurídica pode sofrer dano moral, desde que demonstrada ofensa à sua honra objetiva.

    E) CORRETA. As pessoas jurídicas de direito público não são titulares de direito à indenização por dano moral por ofensa à honra ou à imagem.

    A alternativa está correta, pois o Superior Tribunal de Justiça, na edição 125 da Jurisprudência em Teses, possui entendimento consolidado no sentido de que a pessoa jurídica de direito público não é titular de direito à indenização por dano moral relacionado à ofensa de sua honra ou imagem, porquanto, tratando-se de direito fundamental, seu titular imediato é o particular e o reconhecimento desse direito ao Estado acarreta a subversão da ordem natural dos direitos fundamentais.

    Gabarito do Professor: E

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


    Jurisprudência disponível no site do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

  • →  Súmula 227 STJ - A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.

    → Segundo o STJ, o se admite que o dano moral de pessoa jurídica seja considerado como in re ipsa (que dispensa prova de prejuízo, bastando a prova de que o fato ocorreu), sendo necessária a comprovação nos autos do prejuízo sofrido. 

    →  Ainda em consonância com a jurisprudência do STJ, a pessoa jurídica de direito público não é titular de direito à indenização por dano moral relacionado à ofensa de sua honra ou imagem, porquanto, tratando-se de direito fundamental, seu titular imediato é o particular e o reconhecimento desse direito ao Estado acarreta a subversão da ordem natural dos direitos fundamentais.

    Letra E

  •  Segundo o STJ, o se admite que o dano moral de pessoa jurídica seja considerado como in re ipsa (que dispensa prova de prejuízo, bastando a prova de que o fato ocorreu), sendo necessária a comprovação nos autos do prejuízo sofrido. 

  • Súmula 642: "O direito à indenização por danos morais transmite-se com o falecimento do titular, possuindo os herdeiros da vítima legitimidade para ajuizarem ou prosseguirem na ação indenizatória."

    Nova Súmula do STJ, de 03/12/2020.

  • A pessoa jurídica de direito público não tem direito à indenização por danos morais relacionados à violação da honra ou da imagem. Não é possível pessoa jurídica de direito público pleitear, contra particular, indenização por dano moral relacionado à violação da honra ou da imagem. STJ. 4ª Turma. REsp 1258389-PB, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 17/12/2013 (Info 534).

  • A pessoa jurídica de direito público não tem direito à indenização por danos morais relacionados à violação da honra ou da imagem.

    Não é possível pessoa jurídica de direito público pleitear, contra particular, indenização por dano moral relacionado à violação da honra ou da imagem.

    STJ. 4ª Turma. REsp 1258389-PB, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 17/12/2013 (Info 534).

    MAS, ATENÇÃO:

    SEGUNDO ENTENDIMENTO RECENTE DO STJ (Info 684), pessoa jurídica de direito público tem direito à indenização por danos morais relacionados à violação da honra ou da imagem, quando a credibilidade institucional for fortemente agredida e o dano reflexo sobre os demais jurisdicionados em geral for evidente.


ID
3757879
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Segundo o Código de Processo Civil (Lei n.º 13.105/2015), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E

    Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:

    (...)

    § 3º. O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.

  • Gabarito: Alternativa E.

    A) O valor da causa é dispensado quando o pedido deduzido for genérico ou indeterminado.

    Errada: Nos termos do art. 291, CPC, a "toda a causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível".

    B) O valor da causa possui diferentes finalidades processuais, servindo como base de cálculo de honorários sucumbenciais, de sanções processuais pecuniárias e de custas processuais, além de funcionar sempre como critério de fixação de competência absoluta.

    Errada: Ao contrário da afirmativa, o valor da causa não será usado sempre como critério de fixação de competência absoluta, mas poderá funcionar como critério de competência relativa (ex.: Juizados Especiais).

    C) O valor da causa limita o pedido da parte, não podendo ser ultrapassado pela condenação.

    Errada: A condenação não está limitada ao valor da causa, podendo ultrapassá-lo.

    D) O valor da causa, quando indispensável, poderá ser atribuído em salários mínimos ou em outros parâmetros de aferição pecuniária, como sacas de soja.

    Errada: O valor da causa deverá ser atribuído expressamente em moeda nacional.

    E) O valor da causa pode ser corrigido de ofício pelo juiz se não corresponder ao conteúdo patrimonial almejado pelo autor.

    Certa: Nos ternos do art. 292, § 3º, CPC, o valor da causa poderá ser corrigido de ofício pelo juiz, vejamos:

    Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:

    (...)

    § 3º. O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.

  • A questão exige do candidato o conhecimento das disposições sobre o valor da causa, as quais constam nos arts. 291 a 293, do CPC/15.

    Alternativa A) Em sentido diverso, dispõe o art. 291, do CPC/15, que "a toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível". Desse modo, ainda que o pedido seja genérico ou indeterminado, à causa deverá ser atribuído um valor, ainda que por estimativa do autor. Os processualistas explicam que "existem causas que, por sua natureza, não têm conteúdo econômico imediatamente aferível, hipótese em que o valor da causa deverá ser certo, mas será indicado por estimativa da própria parte" e que "a parte estará, assim, autorizada a indicar o valor da causa por estimativa apenas quando (i) a demanda não tiver conteúdo econômico imediato, como ocorre, exemplificativamente, nas ações de estado, habeas data, restauração de autos e procedimentos de jurisdição voluntária; (ii) embora tendo um conteúdo econômico, não existam elementos para quantificá-lo, ainda que minimamente, no momento do ajuizamento da ação" (DE FARIA, Juliana Cordeiro. In: WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; e outros. Breves comentários ao novo Código de Processo Civil. 2 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016, p. 806). Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) É certo que o valor da causa possui diferentes finalidades processuais, servindo como base de cálculo de honorários sucumbenciais, de sanções processuais pecuniárias e de custas processuais, porém, quando é utilizado para fixação de competência, pode determinar uma competência absoluta (como ocorre nos Juizados Especiais Federais e nos Juizados Especiais da Fazenda Pública) ou pode determinar uma competência relativa (como ocorre nos Juizados Especiais Estaduais). Afirmativa incorreta. 
    Alternativa C) O valor atribuído à causa corresponde, como regra, à expressão econômica pretendida com a demanda, mas não limita - nem para mais e nem para menos - o juiz ao definir o conteúdo da condenação. Ademais, o valor da condenação também pode ser ultrapassar o valor da causa ao se considerar a incidência de multas, de juros de mora... Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) O valor da causa deverá ser expresso em moeda corrente e, ademais, não poderá ser fixado em salários-mínimos, devendo ser indicado um valor certo (art. 291, CPC/15). Afirmativa incorreta.
    Alternativa E) Nesses termos, dispõe expressamente o art. 292, §3º, do CPC/15, senão vejamos: "O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes". Afirmativa correta.

    Gabarito do professor: Letra E.
  • O valor da causa fixa apenas a competência absoluta para a tramitação no Juizado Especial Federal, ou seja, nas hipóteses em que esse valor for fixado abaixo de 60 salários mínimos, a parte autora não poderá optar por ajuizar a demanda pelo procedimento ordinário. No Juizado Especial Cível a parte autora tem a possibilidade de optar pelo procedimento ordinário, independentemente do valor da causa.

    Lei nº 10.259/2001:

    Art. 3  Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças.

    (...)

    § 3  No foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a sua competência é absoluta.

  • eeita, jeova

    a primeira que tirei pq pensei q o juiz nao corrigia valor da causa

  • Gabarito: E

    Fundamento: Artigo 292, parágrafo terceiro.

  • E como fica a excepcionalidade do art. 491, II?

  • Segundo o Código de Processo Civil (Lei n.º 13.105/2015), é correto afirmar que:  O valor da causa pode ser corrigido de ofício pelo juiz se não corresponder ao conteúdo patrimonial almejado pelo autor.

  • Pensava que a condenação não poderia passar o valor da causa, mas pensando bem, como a tramitação do processo pode demorar vários anos, com a atualização e correção do valor, poderá sim ser ultrapassado.


ID
3757882
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Quanto à intervenção de terceiros, assinale a alternativa correta de acordo com o Código de Processo Civil (Lei n.º 13.105/2015).

Alternativas
Comentários
  • Letra B.

    Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que:

    I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;

    II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.

  • A - ERRADA

    Art. 119. Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.

    B - CERTA

    Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que: (...)

    C - ERRADA

     Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:

    I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;

    D - ERRADA

    Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento.

    E - ERRADA

    Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.

  • Chamamento ao processo = somente o réu na contestação

  • GABARITO: B

    a) ERRADO: Art. 119. Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.

    b) CERTO: Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que:

    c) ERRADO:  Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;

    d) ERRADO: Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento.

    e) ERRADO: Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.

  • Quanto à intervenção de terceiros, é correto afirmar de acordo com o Código de Processo Civil (Lei n.º 13.105/2015) que: A assistência simples possui eficácia preclusiva, assim entendida como a impossibilidade, em regra, de o assistente, diante do trânsito em julgado de decisão desfavorável ao seu interesse, pretender discutir, em outro feito, a justiça do provimento jurisdicional.

  • O Código de Processo Civil - Lei nº 13.105/15, prevê as seguintes modalidades de intervenção de terceiros: assistência (simples e litisconsorcial), denunciação da lide, chamamento ao processo, desconsideração da personalidade jurídica e amicus curiae. Essas modalidades estão regulamentadas em seus artigos 119 a 138 e trataremos cada uma delas na medida em que forem exigidas pelas alternativas.

    Alternativa A) Dispõe a lei processual que "pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la", e que "a assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre" (art. 119, CPC/15). Tendo a assistência cabimento em qualquer procedimento, pode-se afirmar que ela é admissível também na execução ou no cumprimento de sentença. Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) De fato, essa é a regra contida no art. 123, do CPC/15, senão vejamos: "Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que: I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença; II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu". Conforme se nota, a eficácia preclusiva descrita na afirmativa é mesmo a regra, porém, é preciso lembrar das exceções trazidas pelo mesmo dispositivo legal. Afirmativa correta.
    Alternativa C) "A denunciação da lide é uma forma de intervenção forçada de terceiro em um processo já pendente que tem cabimento à vista da afirmação, pelo denunciante, da existência de um dever legal ou contratual de garantia do denunciado de sua posição jurídica. Com a litisdenunciação convoca-se o terceiro para participar do processo auxiliando o denunciante ao mesmo tempo em que contra esse mesmo terceiro se propõe uma demanda de regresso para a eventualidade de o denunciante sucumbir na causa" (MARINONI, Luiz Guilherme, e outros. Novo Código de Processo Civil Comentado. São Paulo: Revista dos Tribunais. 1 ed. 2015. p. 201). A denunciação da lide per saltum, embora já tenha sido admitida, não mais encontra guarida no ordenamento jurídico, dispondo a lei processual que a denunciação deve ser feita ao alienante imediato ou àquele que estiver obrigado a indenizar, sendo admissível somente uma denunciação sucessiva pelo denunciado (art. 125, CPC/15). A respeito do tema, em uma obra coletiva sobre os dispositivos legais do Código de Processo Civil, explica-se: "Denunciação per saltum, sucessiva e coletiva. Por força do previsto no caput do art. 456 do CC/2002, segundo o qual o direito de evicção pode ser exercido perante 'o alienante direto, ou qualquer dos anteriores', surgiu a discussão se o adquirente pode denunciar um sujeito com o qual não tem qualquer relação jurídica de direito material, desde que ele tenha participado da cadeia de transmissão do bem, o que se designa como per saltum. Esse mesmo art. 456 do CC/2002, no entanto, em sua parte final, estabeleceu que essa possibilidade far-se-á 'como lhe determinarem as leis do processo'. Muito embora essa discussão pudesse restar superada com a expressa revogação do art. 456 do CC/2002 pelo CPC/2015, como se vê do art. 1.072, II, ao regular a denunciação, o dispositivo em questão do CPC/2015, que corresponde às 'leis do processo', sepultou de vez qualquer dúvida, uma vez que a redação do inc. I e a do §2º deixam claro não ser admitida a denunciação per saltum, permitindo o manejo da denunciação da lide apenas contra o 'alienante imediato', nada tratando dos 'anteriores'. Aliás, o §2º vai além, e limita a apenas uma única denunciação, vedando, assim, uma ilimitada denunciação sucessiva, isto é, de qualquer um dos demais alienantes anteriores, ainda que sempre por iniciativa do respectivo adquirente. Essa vedação não importará em perda ao direito de evicção, pois, como assegura o §2º, o denunciado poderá promover sua pretensão contra o alienante antecedente por via de ação autônoma. Vale dizer: haverá direito resultante da evicção independentemente da litisdenunciação, o que reforça a ideia de que a denunciação não é obrigatória (item III acima). Certamente, o legislador entendeu que tanto a denunciação per saltum quanto à ilimitada denunciação sucessiva não poderia ser admitida por comprometer os princípios da celeridade e da economia processual. Pela mesma razão, não se poderá admitir possa o adquirente denunciar a todos os integrantes anteriores da cadeia, de forma coletiva e solidária, embora tal hipótese já tenha encontrado guarda na jurisprudência (STJ, REsp 4.589/PR, 4a T., j. 19.06.1991, rel. Min. Athos Carneiro, DJ 18.11.1991)" (MARTINS, Sandro Gilbert. In: WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; e outros. Breves comentários ao novo Código de Processo Civil. 2 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016, p. 441-442). Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) "Chamamento ao processo é hipótese de intervenção forçada de terceiro que tem por objetivo chamar ao processo todos os possíveis devedores de determinada obrigação comum a fim de que se forme título executivo que a todos apanhe. Não tem por pressuposto unicamente obrigação solidária. Basta que a dívida seja comum para que se legitime o chamamento ao processo. Com o chamamento, dá-se ampliação subjetiva no polo passivo do processo. Aceitando o chamamento, forma-se um litisconsórcio facultativo simples entre chamante e chamado. Havendo procuradores diferentes, há prazo em dobro (art. 229, CPC). Se o chamado nega o cabimento do chamamento, negando a existência de relação jurídica com o chamante, há pluralidade de partes, mera cumulação subjetiva, não incidindo o art. 229, CPC". (MARINONI, Luiz Guilherme, e outros. Novo Código de Processo Civil Comentado. São Paulo: Revista dos Tribunais. 1 ed. 2015. p. 205). No que se refere ao momento em que o réu deve proceder ao chamamento ao processo, a lei processual é expressa em afirmar que este momento é o da contestação, senão vejamos: "Art. 131, caput, CPC/15. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento". Afirmativa incorreta.
    Alternativa E) O incidente de desconsideração da personalidade jurídica está regulamentado nos arts. 133 a 137, do CPC/15. Em linhas gerais, trata-se de medida excepcional, admitida pela lei mediante o preenchimento determinados requisitos, que tem a finalidade de atingir o patrimônio pessoal dos sócios administradores quando a sociedade estiver se utilizando de sua personalidade jurídica para cometer fraude ou abuso de direito. Ao contrário do que se afirma, o incidente de desconsideração da personalidade jurídica só pode ser instaurado mediante requerimento da parte ou do Ministério Público, não podendo o juiz instaurá-lo de ofício. Isso porque o art. 133, caput, do CPC/15, dispõe que "o incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo". Afirmativa incorreta.

    Gabarito do professor: Letra B.
  • Sobre o Item D, para não confundir (vide art. 131, CPC): réu requere (só ele pode) na contestação + promove em 30d (senão = sem efeito o chamamento)

  • Acredito que a fundamentação da alternativa B esteja aqui:

    Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la.

    Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.

    (ou seja, os atos já praticados no processo estarão protegidos pela preclusão, não serão mais repetidos)

  • Após a transato em julgado, o assistente não pode pedir repeteco.

     salvo se alegar e provar que:

    I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;

    II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.

  • AMICUS CURIAE : eh a única intervenção de terceiro q eh cabível de ofício

    IDPJ : eh a única intervenção de terceiro que suspende o processo

  • letra B

    assistência simples por estar diretamente subordinado à atuação da parte, CPC impôs que não seria passível de coisa julgada, mas de uma eficácia preclusiva da Justiça da decisão.


ID
3757885
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Assinale a alternativa correta no que concerne às limitações ao poder de tributar.

Alternativas
Comentários
  • Talvez o equívoco da alternativa "D" (no qual incorri também) tenha sido o de mencionar que as limitações ao poder de tributar "são regras ao exercício de competência constitucional" que "exigem, de igual modo, previsão constitucional expressa". Isso por que o Capítulo II, do Título II do CTN (arts. 9º/11), trata exatamente das "Limitações da Competência Tributária".

    Ou seja, apesar de ser tema expressamente previsto na CF/88 (arts. 150/152), as Limitações da Competência Tributária não são "regras ao exercício de competência constitucional que exigem, de igual modo, previsão constitucional expressa", afinal também têm previsão no CTN.

    Entretanto, ao invés do princípio da razoabilidade, não seria o princípio do não-confisco que impede que "multas sejam desvirtuadas para funcionar como instrumento de incremento de arrecadação" (alternativa E)?

    O próprio STF assim fundamentou para definir em reiteradas decisões que multas punitivas teriam caráter confiscatório no caso de sanção que ultrapasse o valor da própria obrigação tributária principal (100%); e que as multas moratórias - pela mesma razão - têm limite de 20% do tributo devido, também para evitar o efeito confiscatório.

    Fiquei com essa dúvida (edição: dúvida já sanada pelo colega Daniel Silva Gomes = leiam o seu comentário, por gentileza).

  • Na minha humilde visão a alternativa letra D foi mal elaborada, porque em nenhum momento me parece equivocada a ideia de afirmar que deverá ter norma expressa na constituição quanto a limitação ao poder de tributar, primeiro que a figura das imunidades está diretamente ligada ao assunto que é trabalhado no 150 CF e só poderia ser imunidade se tiver na constituição, então, posso afirmar que as limitações ao poder de tributar precisam estar expressas na constituição.

  • Nunca será. Quadrix quer, mas nunca será CESPE.

    Tem que comer muito feijão, se não vai escorregar nessas cascas de bananas, elaborando questões como estas.

  • Sobre a D:

    Ricardo Alexandre, 13ª Edição, pg. 126:

    "A Cata Magna estatui as principais limitações ao exercício da competência tributária, mas não necessariamente todas. Isto é percebido pela simples leitura do art. 150 da CF. O dispositivo inaugura a Seção denominada "Das limitações do poder de tributar", deixando claro que as garantias que estatui existem "sem prejuízo de outras (...) asseguradas ao contribuinte".

    Assim, é lídimo afirmar que as garantias ali estatuídas formam um rol não exaustivo, pois existem outras estipuladas em dispositivos diversos da Constituição Federal (art. 5º, XXXIV, por exemplo), além daquelas que decorrem do regime e dos princípio s adotados pela própria Carta ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte (CF, art. 5º, §2º)."

    Sobre a E:

    Já sobre o princípio da razoabilidade, não achei ainda nada em doutrina, mas multas não tem finalidade arrecadatória (são moratórias ou punitivas), portanto não se afigura razoável utilizá-las como incremento para a arrecadação, apesar de que, de fato, é o que acontece (as multas estão previstas nos orçamentos de vários entes).

  • Para responder essa questão, o candidato precisa conhecer a aplicação do princípio da vedação ao confisco.


    Trata-se de uma limitação ao poder de tributar, sendo vedado que os entes federativos instituam tributo que produzam o efeito de confisco, ou seja, de retirada por completo do direito de propriedade do contribuinte.


    Recomenda-se a leitura dos seguintes dispositivos:

    "Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
    (...)
    IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
    (...)"


    Feitas essas considerações, vamos à análise das alternativas.


    a) Pela leitura do dispositivo constitucional, nota-se que se trata de expressão bastante vaga, e não há parâmetros objetivos para aferir o que é uma cobrança confiscatória ou não. Pela leitura de precedentes, verifica-se que a análise utiliza como parâmetro a razoabilidade, mas não unicamente. Cito como exemplo o RE 656089, que tratou do aumento da contribuição previdenciária devida por instituições financeiras (alcance do art. 195, § 9º, da CF/88). Uma das alegações das instituições financeiras era que o aumento seria confiscatório. Por sua vez, o tribunal analisou o caso sob o prisma de diversos outros princípios, como o princípio da igualdade e capacidade contributiva. Assim, o erro da alternativa é afirmar que a análise se limita à razoabilidade. Errado.


    b)  Destaca-se que o art. 150, §1º, CF  estende a imunidade tributária  às autarquias e fundações instituídas pelo Poder Público. A imunidade tributária recíproca está prevista no art. 150, VI, a, da Constituição Federal, e implica na vedação de que os entes tributantes cobrem impostos um dos outros. É preciso ter atenção que essa vedação se restringe apenas a uma espécie tributária (impostos), não se aplicando às demais. Errado.


    c) O princípio da liberdade de tráfego de pessoas e bens está previsto no art. 150, V, CF. Contudo, nota-se que o esse dispositivo ressalva a possibilidade de cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. Errado.


    d) As limitações do poder de tributar é uma seção específica do Capítulo I do Título VI, da Constituição Federal. Essa seção tem início no art. 150, que expressamente prevê que "sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios". Logo, as limitações previstas na Constituição não são exaustivas. Errado.


    e) Apesar do texto constitucional se referir apenas ao tributo quando trata do princípio da vedação ao confisco, a jurisprudência do STF estende a aplicação desse princípio às multas, em função do princípio da proporcionalidade e razoabilidade. Há diversos julgados nesse sentido. O precedente mais conhecido é a ADI 551, que analisou dispositivos da Constituição Estadual do Rio de Janeiro que previa multas tributárias de 200% e 500%. Correto.


    Resposta: E

  • alternativa D (correta)

    Imunidade não pode decorrer de outro lugar que não da CF/88.

  • Para não assinantes: GABARITO LETRA E

  • Acerca da letra D.

    (...) A imunidade tributária é, assim, a qualidade da situação que não pode ser atingida pelo tributo, em razão de norma constitucional que, à vista de alguma especificidade pessoal ou material dessa situação, deixou-a de fora do campo sobre que é autorizada a instituição do tributo.

    O fundamento das imunidades é a preservação de valores que a Constituição reputa relevantes...

    (...)

    Boa parte das imunidades tributárias encontra-se na seção atinente às "Limitações do Poder de Tributar" (arts. 150 a 152 da CF), mas há normas esparsas sobre imunidade noutros dispositivos da Constituição, inclusive fora do capítulo pertinente ao Sistema Tributário Nacional.

    Luciano Amaro - 21ª Edição. Pág. 176.

    Quando o artigo 150 da CF fala "sem prejuízo de outras", se refere à normas dentro da própria Constituição, como tratou o Autor: "normas esparsas noutros dispositivos da CF".

  • Sobre a alternativa "d'

    Explicação retirada do Livro do Ricardo Alexandre (2017)

    LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR - Rol não exaustivo na CF

    Ricardo Alexandre: " as garantias ali estatuídas formam um rol não exaustivo, pois existem outras estipuladas em dispositivos diversos da CF, (art. 5º, XXXIV - imunidade de pgto de taxas para direito de petição e certidão para defesa de direitos. Também em virtude de princípios e de Tratados Internacionais incorporados no BR. CESPE AGU 2002 : "O poder do Estado criar e cobrar tributos não é ilimitado...., esse poder sofre diversas limitações, boa parte delas, mas nem todas, está no capítulo que regula o Sistema Tributário Nacional". 

  • Acredito que, quanto a letra "D", o examinador quis referir-se, indiretamente, às imunidades. As limitações ao poder de tributar não necessariamente possuem previsão constitucional expressa. Primeiro, porque a própria CF assegura "sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte" (art. 150, primeira parte). Segundo, porque o CTN também dispõe sobre limitações ao poder de tributar.

    Diferentemente, as IMUNIDADES necessariamente devem possuir envergadura CONSTITUCIONAL, não podendo ser instituídas por lei ordinária ou complementar.

    Lendo novamente a assertiva:

    As limitações ao poder de tributar, na medida em que são regras ao exercício de competência constitucional, exigem, de igual modo, previsão constitucional expressa. ERRADO (pelos motivos expostos).

    As IMUNIDADES exigem previsão constitucional expressa. CORRETO.


ID
3757888
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - RS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A respeito da obrigação tributária, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Fatos geradores confrontantes

    Os fatos econômicos, eleitos pelo legislador como veículos de incidência tributária, nem sempre estão distantes e inconfundíveis uns dos outros, acarretando o risco de bitributação, que a Constituição veda. Às vezes são confrontantes, isto é, contíguos uns dos outros. Situam-se esses fatos geradores em uma zona cinzenta, dificultando a identificação do sujeito ativo do tributo, elemento subjetivo do fato gerador. Nem sempre é fácil identificar, por exemplo, se determinada atividade insere-se na competência impositiva municipal (ISS), ou na competência da União (IPI) e do Estado-membro (ICMS).

    Direito financeiro e tributário / Kiyoshi Harada. – 27. ed. rev. e atual. – São Paulo: Atlas, 2018, não paginado.

  • A) O que pode ser delegado é a capacidade tributária ativa, creio que a questão erra, também , ao falar que a quem delega pode instituir.

    B)acredito que o erro seja falar "ao mesmo tempo" já que a obrigação acessória é independente da principal.

    D)Aspecto espacial = Abrangência.

    E)Aspecto temporal = Quando ocorre o fato gerador.

    Caso tenha erro avise-me.

  • Para responder essa questão, o candidato precisa conhecer conhecer o conceito de fatos geradores confrontantes, que é uma classificação doutrinária pouco difundida entre os autores.

    Feitas essas considerações, vamos à análise das alternativas.

    a) Nos termos do art. 7º, CTN, a competência tributária é indelegável. A atribuição de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas pode ser delegada, mas não a instituição do tributo. Além disso, não há maiores dificuldades em se identificar o sujeito ativo. Errado.

    b) Nos termos do art. 121, o "sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária". Não necessariamente recairá sob o mesmo sujeito a obrigação acessória. Errado.

    c) Essa classificação de "fatos geradores confrontantes" não está prevista na legislação, tampouco é consolidada na jurisprudência. A doutrina se refere aos casos em que é difícil definir qual é o imposto sobre o qual deve incidir. Um exemplo seria os casos em que há dúvida se determinada operação é um serviço, sujeito ao ISS, ou uma mercadoria, sujeita ao ICMS. Correto.

    d) O aspecto espacial diz respeito à abrangência territorial da norma que institui o tributo. Ao aplicar essa norma, a autoridade segue critérios. A mudança de critérios não pode ser efetivada a fatos geradores anteriores, mas apenas aos posteriores à decisão administrativa ou judicial que altera esses critérios, conforme previsto no art. 146, CTN. Errado.

    e) O aspecto temporal revela a legislação aplicável, que é aquela vigente no momento que o fato gerador ocorre. Isso não tem qualquer relação com o prazo de pagamento do tributo. Errado.

    Resposta: C

  • É pra morrer a falta de clareza dessa banca

  • Precisamos de algum filtro específico para poder excluir questões de determinadas bancas (quadrix, admtec, inaz, dedalus, ibade...)

  • ASPECTOS DO FG:

     Aspecto Espacial => Especifica o local de ocorrência do FG, permitindo a identificação da entidade competente para exigir o cumprimento da obrigação inaugurada pelo FG (sujeito ativo);

    Aspecto Quantitativo / Dimensível => É a identificação do valor da prestação tributária (tributos fixos) ou dos elementos que permitam sua apuração: BC e alíquota;

    Aspecto Temporal => Momento em que ocorre o FG, definindo a legislação aplicável em cada caso concreto.

    Fonte: amazonaws.com – Master Juris professores associados e genjuridico.com.br – Fato Gerador da Obrigação Tributária: noção fundamental

  • Fatos geradores confrontantes

    Os fatos econômicos, eleitos pelo legislador como veículos de incidência tributária, nem sempre estão distantes e inconfundíveis uns dos outros, acarretando o risco de bitributação, que a Constituição veda. Às vezes são confrontantes, isto é, contíguos uns dos outros. Situam-se esses fatos geradores em uma zona cinzenta, dificultando a identificação do sujeito ativo do tributo, elemento subjetivo do fato gerador. Nem sempre é fácil identificar, por exemplo, se determinada atividade insere-se na competência impositiva municipal (ISS), ou na competência da União (IPI) e do Estado-membro (ICMS).