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Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2018 - Prefeitura de Pará de Minas - MG - Advogado


ID
3347296
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


[...]

Tenho fama de ser bom “dedicador” de livros. Amigos pedem-me conselhos quando se sentem embaraçados com a folha em branco e a necessidade de escrever nela algumas linhas para que o presente fique, por assim dizer, mais personalizado. Creio mesmo que esta minha pequena glória não seja imerecida e, para mantê-la, tenho minhas regras e truques. Revelo aqui apenas um: em desespero, grito por socorro – por exemplo, adaptei para uso próprio, muitas vezes, aquela dedicatória feita por meu pai, “Para você, o amor nos tempos do... amor”. Mas, para minha danação eterna, tendo à verborragia quando Cupido entra em cena. Há alguns anos, quando aquela que desorganizou o que estava organizado entrou em minha vida, passei a dar-lhe dezenas de livros, todos com longas e digressivas dedicatórias. Em troca, ganhava dela livros e presentes com cartões — quando havia algum cartão — com poucas linhas, geralmente algo direto do tipo “Para Marcelo” ou “Feliz aniversário”, e essa concisão, comparada com os meus cartapácios, me roubava noites de sono. Não gosto de pensar que meu caos interno tenha ficado preservado em dezenas de dedicatórias amontoadas em estantes alheias (há aí, percebo agora, uma sutil e freudiana forma de poder na relação entre um verborrágico e uma comedida). Contudo, noutras vezes acertei, ainda que também estivesse confuso: a uma mulher especial que meus transtornos não permitiram que fôssemos além, digamos, de uma espécie de modus vivendi sentimental, dei “Amor em Veneza”, de Andrea di Robilant, e, aproveitando o próprio título impresso na folha de rosto, escrevi: “Para B., AMOR EM VENEZA – e também em Goiânia”.

Em “O Complexo de Portnoy”, de Philip Roth, estruturado como se fosse uma longa sessão de análise, apenas repeti a única frase que o psicanalista diz a Portnoy depois de mais de duzentos e cinquenta páginas de reclamações do seu paciente (talvez, imagino, como reconhecimento da minha própria tagarelice): “Para B.: agora a gente pode começar?”. Tenho o consolo de pensar que ela, daqui a muitos anos, possa dar de cara por acaso, numa tarde preguiçosa ou numa noite insone, com esses livros perdidos nas estantes e, lendo o que escrevi, sinta condescendência pela minha desorganização sentimental, ternura pelo pouco que tivemos e uma vaga decepção pelas promessas não cumpridas dessas dedicatórias.

[...]

FRANCO, Marcelo. Revista Bula. Disponível em:<http://twixar.me/S5n3>. Acesso em: 8 fev. 2018 [Fragmento adaptado].

Analise as afirmativas a seguir.


I. O autor do texto reconhece que o romance vivido com B. foi desastroso para sua vida.

II. Embora reconhecido como bom dedicador de livros, o autor assume que nem sempre desempenha bem essa tarefa.

III. É possível depreender, pelos relatos do autor, que sua ex-namorada não o amava.


De acordo com o texto, estão incorretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Erro da alternativa II, 2 linha:  Creio mesmo que esta minha pequena glória não seja imerecida e, para mantê-la, tenho minhas regras e truques.

  • Marcador de pressuposição

    ''Contudo, noutras vezes acertei''

    O trecho acima conversa com a alternativa II ao indicar que noutras vezes acertei, certamente, noutras ele errou. Logo, ele próprio adimite nem sempre ter obtido êxito nesse tarefa.

    Alternativas incorretas:

    I - Em nenhum momento isso é abordado no texto

    III - Informação extratextual- visto que o trecho que revela a causa do término da relação não condiz com a alternativa.

    ''meus transtornos não permitiram que fôssemos além''


ID
3347299
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


[...]

Tenho fama de ser bom “dedicador” de livros. Amigos pedem-me conselhos quando se sentem embaraçados com a folha em branco e a necessidade de escrever nela algumas linhas para que o presente fique, por assim dizer, mais personalizado. Creio mesmo que esta minha pequena glória não seja imerecida e, para mantê-la, tenho minhas regras e truques. Revelo aqui apenas um: em desespero, grito por socorro – por exemplo, adaptei para uso próprio, muitas vezes, aquela dedicatória feita por meu pai, “Para você, o amor nos tempos do... amor”. Mas, para minha danação eterna, tendo à verborragia quando Cupido entra em cena. Há alguns anos, quando aquela que desorganizou o que estava organizado entrou em minha vida, passei a dar-lhe dezenas de livros, todos com longas e digressivas dedicatórias. Em troca, ganhava dela livros e presentes com cartões — quando havia algum cartão — com poucas linhas, geralmente algo direto do tipo “Para Marcelo” ou “Feliz aniversário”, e essa concisão, comparada com os meus cartapácios, me roubava noites de sono. Não gosto de pensar que meu caos interno tenha ficado preservado em dezenas de dedicatórias amontoadas em estantes alheias (há aí, percebo agora, uma sutil e freudiana forma de poder na relação entre um verborrágico e uma comedida). Contudo, noutras vezes acertei, ainda que também estivesse confuso: a uma mulher especial que meus transtornos não permitiram que fôssemos além, digamos, de uma espécie de modus vivendi sentimental, dei “Amor em Veneza”, de Andrea di Robilant, e, aproveitando o próprio título impresso na folha de rosto, escrevi: “Para B., AMOR EM VENEZA – e também em Goiânia”.

Em “O Complexo de Portnoy”, de Philip Roth, estruturado como se fosse uma longa sessão de análise, apenas repeti a única frase que o psicanalista diz a Portnoy depois de mais de duzentos e cinquenta páginas de reclamações do seu paciente (talvez, imagino, como reconhecimento da minha própria tagarelice): “Para B.: agora a gente pode começar?”. Tenho o consolo de pensar que ela, daqui a muitos anos, possa dar de cara por acaso, numa tarde preguiçosa ou numa noite insone, com esses livros perdidos nas estantes e, lendo o que escrevi, sinta condescendência pela minha desorganização sentimental, ternura pelo pouco que tivemos e uma vaga decepção pelas promessas não cumpridas dessas dedicatórias.

[...]

FRANCO, Marcelo. Revista Bula. Disponível em:<http://twixar.me/S5n3>. Acesso em: 8 fev. 2018 [Fragmento adaptado].

Segundo o autor, quando o amor está envolvido em suas dedicatórias:

Alternativas
Comentários
  • Mas, para minha danação eterna, tendo à verborragia quando Cupido entra em cena. Há alguns anos, quando aquela que desorganizou o que estava organizado entrou em minha vida, passei a dar-lhe dezenas de livros, todos com longas e digressivas dedicatórias. 

    +

    sinta condescendência pela minha desorganização sentimental

    a junção destes dois trechos do texto comunicam com a alternativa correta !

    Por favor, corrija-me se estiver errada !


ID
3347302
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


[...]

Tenho fama de ser bom “dedicador” de livros. Amigos pedem-me conselhos quando se sentem embaraçados com a folha em branco e a necessidade de escrever nela algumas linhas para que o presente fique, por assim dizer, mais personalizado. Creio mesmo que esta minha pequena glória não seja imerecida e, para mantê-la, tenho minhas regras e truques. Revelo aqui apenas um: em desespero, grito por socorro – por exemplo, adaptei para uso próprio, muitas vezes, aquela dedicatória feita por meu pai, “Para você, o amor nos tempos do... amor”. Mas, para minha danação eterna, tendo à verborragia quando Cupido entra em cena. Há alguns anos, quando aquela que desorganizou o que estava organizado entrou em minha vida, passei a dar-lhe dezenas de livros, todos com longas e digressivas dedicatórias. Em troca, ganhava dela livros e presentes com cartões — quando havia algum cartão — com poucas linhas, geralmente algo direto do tipo “Para Marcelo” ou “Feliz aniversário”, e essa concisão, comparada com os meus cartapácios, me roubava noites de sono. Não gosto de pensar que meu caos interno tenha ficado preservado em dezenas de dedicatórias amontoadas em estantes alheias (há aí, percebo agora, uma sutil e freudiana forma de poder na relação entre um verborrágico e uma comedida). Contudo, noutras vezes acertei, ainda que também estivesse confuso: a uma mulher especial que meus transtornos não permitiram que fôssemos além, digamos, de uma espécie de modus vivendi sentimental, dei “Amor em Veneza”, de Andrea di Robilant, e, aproveitando o próprio título impresso na folha de rosto, escrevi: “Para B., AMOR EM VENEZA – e também em Goiânia”.

Em “O Complexo de Portnoy”, de Philip Roth, estruturado como se fosse uma longa sessão de análise, apenas repeti a única frase que o psicanalista diz a Portnoy depois de mais de duzentos e cinquenta páginas de reclamações do seu paciente (talvez, imagino, como reconhecimento da minha própria tagarelice): “Para B.: agora a gente pode começar?”. Tenho o consolo de pensar que ela, daqui a muitos anos, possa dar de cara por acaso, numa tarde preguiçosa ou numa noite insone, com esses livros perdidos nas estantes e, lendo o que escrevi, sinta condescendência pela minha desorganização sentimental, ternura pelo pouco que tivemos e uma vaga decepção pelas promessas não cumpridas dessas dedicatórias.

[...]

FRANCO, Marcelo. Revista Bula. Disponível em:<http://twixar.me/S5n3>. Acesso em: 8 fev. 2018 [Fragmento adaptado].

Releia o trecho a seguir.


“[...] passei a dar-lhe dezenas de livros, todos com longas e digressivas dedicatórias.”


A palavra destacada indica que, em suas dedicatórias, o autor:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?[...] passei a dar-lhe dezenas de livros, todos com longas e digressivas dedicatórias.?

    ? O adjetivo em destaque significa aquilo que não mantém o foco, aquilo que se afasta do rumo.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • gabarito C

    digressivo: adjetivo, em que há digressões. Que se afasta do rumo. Que divaga.

    é sinônimo de: divergente, afastador, desviante ...

    portanto, condiz com a resposta: "não conseguia manter foco no assunto que desejava"

  • DUPLO GABARITO

    A natureza da digressão é sair do assunto por determinado momento. A natureza dela é dizer mais do que deve ser dito. Não existe dicotomia entre o gabarito e a B.


ID
3347305
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


[...]

Tenho fama de ser bom “dedicador” de livros. Amigos pedem-me conselhos quando se sentem embaraçados com a folha em branco e a necessidade de escrever nela algumas linhas para que o presente fique, por assim dizer, mais personalizado. Creio mesmo que esta minha pequena glória não seja imerecida e, para mantê-la, tenho minhas regras e truques. Revelo aqui apenas um: em desespero, grito por socorro – por exemplo, adaptei para uso próprio, muitas vezes, aquela dedicatória feita por meu pai, “Para você, o amor nos tempos do... amor”. Mas, para minha danação eterna, tendo à verborragia quando Cupido entra em cena. Há alguns anos, quando aquela que desorganizou o que estava organizado entrou em minha vida, passei a dar-lhe dezenas de livros, todos com longas e digressivas dedicatórias. Em troca, ganhava dela livros e presentes com cartões — quando havia algum cartão — com poucas linhas, geralmente algo direto do tipo “Para Marcelo” ou “Feliz aniversário”, e essa concisão, comparada com os meus cartapácios, me roubava noites de sono. Não gosto de pensar que meu caos interno tenha ficado preservado em dezenas de dedicatórias amontoadas em estantes alheias (há aí, percebo agora, uma sutil e freudiana forma de poder na relação entre um verborrágico e uma comedida). Contudo, noutras vezes acertei, ainda que também estivesse confuso: a uma mulher especial que meus transtornos não permitiram que fôssemos além, digamos, de uma espécie de modus vivendi sentimental, dei “Amor em Veneza”, de Andrea di Robilant, e, aproveitando o próprio título impresso na folha de rosto, escrevi: “Para B., AMOR EM VENEZA – e também em Goiânia”.

Em “O Complexo de Portnoy”, de Philip Roth, estruturado como se fosse uma longa sessão de análise, apenas repeti a única frase que o psicanalista diz a Portnoy depois de mais de duzentos e cinquenta páginas de reclamações do seu paciente (talvez, imagino, como reconhecimento da minha própria tagarelice): “Para B.: agora a gente pode começar?”. Tenho o consolo de pensar que ela, daqui a muitos anos, possa dar de cara por acaso, numa tarde preguiçosa ou numa noite insone, com esses livros perdidos nas estantes e, lendo o que escrevi, sinta condescendência pela minha desorganização sentimental, ternura pelo pouco que tivemos e uma vaga decepção pelas promessas não cumpridas dessas dedicatórias.

[...]

FRANCO, Marcelo. Revista Bula. Disponível em:<http://twixar.me/S5n3>. Acesso em: 8 fev. 2018 [Fragmento adaptado].

Releia o trecho a seguir.


“[...] e essa concisão, comparada com os meus cartapácios, me roubava noites de sono.”


Assinale a alternativa que apresenta uma ideia que não está presente nesse trecho.

Alternativas
Comentários
  • “[...] e essa concisão, comparada com os meus cartapácios, me roubava noites de sono.”

    gabarito A

    Similaridade (característica do que é similar, semelhante, equivalente) :  ideia que não está presente nesse trecho. há justamente o contrário, vê-se ocorrência de contrataste e dissemelhança entre a "concisão" de B. (brevidade, exatidão) e os "cartapácios" do autor.

    Profusão (em grande quantidade; abundância) ==> "cartapácios" carta ('mensagem') muito grande.

    Relação (consideração da comparação de dois ou mais objetos) ==> "comparada com os meus cartapácios..."

    Estilística (parte dos estudos da linguagem que denota, a linguagem pode ser utilizada para fins estéticos, conferindo à palavra dados emotivos. A afetividade extrapolar a informação com uso de figuras, vícios e funções da linguagem na intenção estético-expressiva) ===> "me roubava noites de sono.”

  • Parabéns aos envolvidos


ID
3347308
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português

TEXTO I


[...]

Tenho fama de ser bom “dedicador” de livros. Amigos pedem-me conselhos quando se sentem embaraçados com a folha em branco e a necessidade de escrever nela algumas linhas para que o presente fique, por assim dizer, mais personalizado. Creio mesmo que esta minha pequena glória não seja imerecida e, para mantê-la, tenho minhas regras e truques. Revelo aqui apenas um: em desespero, grito por socorro – por exemplo, adaptei para uso próprio, muitas vezes, aquela dedicatória feita por meu pai, “Para você, o amor nos tempos do... amor”. Mas, para minha danação eterna, tendo à verborragia quando Cupido entra em cena. Há alguns anos, quando aquela que desorganizou o que estava organizado entrou em minha vida, passei a dar-lhe dezenas de livros, todos com longas e digressivas dedicatórias. Em troca, ganhava dela livros e presentes com cartões — quando havia algum cartão — com poucas linhas, geralmente algo direto do tipo “Para Marcelo” ou “Feliz aniversário”, e essa concisão, comparada com os meus cartapácios, me roubava noites de sono. Não gosto de pensar que meu caos interno tenha ficado preservado em dezenas de dedicatórias amontoadas em estantes alheias (há aí, percebo agora, uma sutil e freudiana forma de poder na relação entre um verborrágico e uma comedida). Contudo, noutras vezes acertei, ainda que também estivesse confuso: a uma mulher especial que meus transtornos não permitiram que fôssemos além, digamos, de uma espécie de modus vivendi sentimental, dei “Amor em Veneza”, de Andrea di Robilant, e, aproveitando o próprio título impresso na folha de rosto, escrevi: “Para B., AMOR EM VENEZA – e também em Goiânia”.

Em “O Complexo de Portnoy”, de Philip Roth, estruturado como se fosse uma longa sessão de análise, apenas repeti a única frase que o psicanalista diz a Portnoy depois de mais de duzentos e cinquenta páginas de reclamações do seu paciente (talvez, imagino, como reconhecimento da minha própria tagarelice): “Para B.: agora a gente pode começar?”. Tenho o consolo de pensar que ela, daqui a muitos anos, possa dar de cara por acaso, numa tarde preguiçosa ou numa noite insone, com esses livros perdidos nas estantes e, lendo o que escrevi, sinta condescendência pela minha desorganização sentimental, ternura pelo pouco que tivemos e uma vaga decepção pelas promessas não cumpridas dessas dedicatórias.

[...]

FRANCO, Marcelo. Revista Bula. Disponível em:<http://twixar.me/S5n3>. Acesso em: 8 fev. 2018 [Fragmento adaptado].

Assinale a alternativa em que a palavra destacada não é uma palavra formada pelo mesmo processo de derivação das demais.

Alternativas

ID
3347311
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


[...]

Tenho fama de ser bom “dedicador” de livros. Amigos pedem-me conselhos quando se sentem embaraçados com a folha em branco e a necessidade de escrever nela algumas linhas para que o presente fique, por assim dizer, mais personalizado. Creio mesmo que esta minha pequena glória não seja imerecida e, para mantê-la, tenho minhas regras e truques. Revelo aqui apenas um: em desespero, grito por socorro – por exemplo, adaptei para uso próprio, muitas vezes, aquela dedicatória feita por meu pai, “Para você, o amor nos tempos do... amor”. Mas, para minha danação eterna, tendo à verborragia quando Cupido entra em cena. Há alguns anos, quando aquela que desorganizou o que estava organizado entrou em minha vida, passei a dar-lhe dezenas de livros, todos com longas e digressivas dedicatórias. Em troca, ganhava dela livros e presentes com cartões — quando havia algum cartão — com poucas linhas, geralmente algo direto do tipo “Para Marcelo” ou “Feliz aniversário”, e essa concisão, comparada com os meus cartapácios, me roubava noites de sono. Não gosto de pensar que meu caos interno tenha ficado preservado em dezenas de dedicatórias amontoadas em estantes alheias (há aí, percebo agora, uma sutil e freudiana forma de poder na relação entre um verborrágico e uma comedida). Contudo, noutras vezes acertei, ainda que também estivesse confuso: a uma mulher especial que meus transtornos não permitiram que fôssemos além, digamos, de uma espécie de modus vivendi sentimental, dei “Amor em Veneza”, de Andrea di Robilant, e, aproveitando o próprio título impresso na folha de rosto, escrevi: “Para B., AMOR EM VENEZA – e também em Goiânia”.

Em “O Complexo de Portnoy”, de Philip Roth, estruturado como se fosse uma longa sessão de análise, apenas repeti a única frase que o psicanalista diz a Portnoy depois de mais de duzentos e cinquenta páginas de reclamações do seu paciente (talvez, imagino, como reconhecimento da minha própria tagarelice): “Para B.: agora a gente pode começar?”. Tenho o consolo de pensar que ela, daqui a muitos anos, possa dar de cara por acaso, numa tarde preguiçosa ou numa noite insone, com esses livros perdidos nas estantes e, lendo o que escrevi, sinta condescendência pela minha desorganização sentimental, ternura pelo pouco que tivemos e uma vaga decepção pelas promessas não cumpridas dessas dedicatórias.

[...]

FRANCO, Marcelo. Revista Bula. Disponível em:<http://twixar.me/S5n3>. Acesso em: 8 fev. 2018 [Fragmento adaptado].

Releia o trecho a seguir.


Contudo, noutras vezes acertei, ainda que também estivesse confuso [...]”


A seguir, analise as afirmativas e a relação proposta entre elas.

I. “Contudo” indica que a ideia exposta nesse trecho pelo autor é diferente da ideia exposta na frase anterior,


PORQUE


II. a preposição destacada possui valor adversativo.


Sobre esse trecho, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ?Contudo, noutras vezes acertei, ainda que também estivesse confuso [...]?

    ? Temos uma conjunção coordenativa adversativa e não uma preposição.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Contudo é conjunção!

  • Contudo é conjunção já errei uma vez com uma questão parecida com essa agora não erro mais!!!!

  • Esta questão exige muito atenção, pois faz a troca de uma simples palavra que muda tudo (conjunção por preposição).

    d) a afirmativa II é falsa, mas a I é verdadeira - Contudo é conjunção, não 'preposição'.

  • II. a preposição destacada possui valor adversativo.

    não é preposição e sim conjunção;;;;;;;;

  • A questão é sobre conjunções e quer que marquemos a alternativa correta. Vejamos:

     

    Contudo, noutras vezes acertei, ainda que também estivesse confuso [...]”

     

    I. “Contudo” indica que a ideia exposta nesse trecho pelo autor é diferente da ideia exposta na frase anterior,

    Verdadeiro. "Contudo" é uma conjunção coordenativa adversativa e traz ideia de oposição, adversidade, contraste.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, contudo passou nas provas.

     

    II. ...PORQUE a preposição destacada possui valor adversativo.

    Falso. "Contudo" não é preposição, mas, sim, conjunção.

    Preposição: palavra invariável que une dois termos, subordinando um ao outro.

    As preposições essenciais são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

     

    Gabarito: Letra D


ID
3347314
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


[...]

Tenho fama de ser bom “dedicador” de livros. Amigos pedem-me conselhos quando se sentem embaraçados com a folha em branco e a necessidade de escrever nela algumas linhas para que o presente fique, por assim dizer, mais personalizado. Creio mesmo que esta minha pequena glória não seja imerecida e, para mantê-la, tenho minhas regras e truques. Revelo aqui apenas um: em desespero, grito por socorro – por exemplo, adaptei para uso próprio, muitas vezes, aquela dedicatória feita por meu pai, “Para você, o amor nos tempos do... amor”. Mas, para minha danação eterna, tendo à verborragia quando Cupido entra em cena. Há alguns anos, quando aquela que desorganizou o que estava organizado entrou em minha vida, passei a dar-lhe dezenas de livros, todos com longas e digressivas dedicatórias. Em troca, ganhava dela livros e presentes com cartões — quando havia algum cartão — com poucas linhas, geralmente algo direto do tipo “Para Marcelo” ou “Feliz aniversário”, e essa concisão, comparada com os meus cartapácios, me roubava noites de sono. Não gosto de pensar que meu caos interno tenha ficado preservado em dezenas de dedicatórias amontoadas em estantes alheias (há aí, percebo agora, uma sutil e freudiana forma de poder na relação entre um verborrágico e uma comedida). Contudo, noutras vezes acertei, ainda que também estivesse confuso: a uma mulher especial que meus transtornos não permitiram que fôssemos além, digamos, de uma espécie de modus vivendi sentimental, dei “Amor em Veneza”, de Andrea di Robilant, e, aproveitando o próprio título impresso na folha de rosto, escrevi: “Para B., AMOR EM VENEZA – e também em Goiânia”.

Em “O Complexo de Portnoy”, de Philip Roth, estruturado como se fosse uma longa sessão de análise, apenas repeti a única frase que o psicanalista diz a Portnoy depois de mais de duzentos e cinquenta páginas de reclamações do seu paciente (talvez, imagino, como reconhecimento da minha própria tagarelice): “Para B.: agora a gente pode começar?”. Tenho o consolo de pensar que ela, daqui a muitos anos, possa dar de cara por acaso, numa tarde preguiçosa ou numa noite insone, com esses livros perdidos nas estantes e, lendo o que escrevi, sinta condescendência pela minha desorganização sentimental, ternura pelo pouco que tivemos e uma vaga decepção pelas promessas não cumpridas dessas dedicatórias.

[...]

FRANCO, Marcelo. Revista Bula. Disponível em:<http://twixar.me/S5n3>. Acesso em: 8 fev. 2018 [Fragmento adaptado].

Releia o trecho a seguir.


“Em troca, ganhava dela livros e presentes com cartões — quando havia algum cartão — com poucas linhas [...]”


Sobre os travessões utilizados no trecho, analise as afirmativas a seguir.

I. Podem ser substituídos por vírgulas.

II. Servem para separar um comentário dispensável no texto.

III. Foram utilizados para isolar uma oração.


De acordo com o texto e com a norma-padrão, estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • travessão é um sinal de pontuação representado por um traço na horizontal (—) e tem como objetivo marcar o discurso direto ou destacar trechos em textos.

    O uso mais comum do travessão é marcar o discurso direto. Para esse fim, pode-se utilizar também as aspas.

    Os travessões também são utilizados em textos substituindo as vírgulas para intercalar trechos em que se pretende dar ênfase.

    travessão é um sinal de pontuação representado por um traço na horizontal () maior que o hífen e que tem como finalidade indicar o discurso direto ou enfatizar trechos intercalados de textos, substituindo o papel da vírgula. 

    Gabarito Letra B

  • 'Quando havia cartão..' Não pode ser retirado sem prejuízo ? Tendi foi nada ..
  • 'Quando havia cartão..'  - Se retirado, há prejuízo semântico, mas não há prejuízo sintático.

  • A II é só a opinião da banca, não tem respaldo nenhum


ID
3347317
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


[...]

Tenho fama de ser bom “dedicador” de livros. Amigos pedem-me conselhos quando se sentem embaraçados com a folha em branco e a necessidade de escrever nela algumas linhas para que o presente fique, por assim dizer, mais personalizado. Creio mesmo que esta minha pequena glória não seja imerecida e, para mantê-la, tenho minhas regras e truques. Revelo aqui apenas um: em desespero, grito por socorro – por exemplo, adaptei para uso próprio, muitas vezes, aquela dedicatória feita por meu pai, “Para você, o amor nos tempos do... amor”. Mas, para minha danação eterna, tendo à verborragia quando Cupido entra em cena. Há alguns anos, quando aquela que desorganizou o que estava organizado entrou em minha vida, passei a dar-lhe dezenas de livros, todos com longas e digressivas dedicatórias. Em troca, ganhava dela livros e presentes com cartões — quando havia algum cartão — com poucas linhas, geralmente algo direto do tipo “Para Marcelo” ou “Feliz aniversário”, e essa concisão, comparada com os meus cartapácios, me roubava noites de sono. Não gosto de pensar que meu caos interno tenha ficado preservado em dezenas de dedicatórias amontoadas em estantes alheias (há aí, percebo agora, uma sutil e freudiana forma de poder na relação entre um verborrágico e uma comedida). Contudo, noutras vezes acertei, ainda que também estivesse confuso: a uma mulher especial que meus transtornos não permitiram que fôssemos além, digamos, de uma espécie de modus vivendi sentimental, dei “Amor em Veneza”, de Andrea di Robilant, e, aproveitando o próprio título impresso na folha de rosto, escrevi: “Para B., AMOR EM VENEZA – e também em Goiânia”.

Em “O Complexo de Portnoy”, de Philip Roth, estruturado como se fosse uma longa sessão de análise, apenas repeti a única frase que o psicanalista diz a Portnoy depois de mais de duzentos e cinquenta páginas de reclamações do seu paciente (talvez, imagino, como reconhecimento da minha própria tagarelice): “Para B.: agora a gente pode começar?”. Tenho o consolo de pensar que ela, daqui a muitos anos, possa dar de cara por acaso, numa tarde preguiçosa ou numa noite insone, com esses livros perdidos nas estantes e, lendo o que escrevi, sinta condescendência pela minha desorganização sentimental, ternura pelo pouco que tivemos e uma vaga decepção pelas promessas não cumpridas dessas dedicatórias.

[...]

FRANCO, Marcelo. Revista Bula. Disponível em:<http://twixar.me/S5n3>. Acesso em: 8 fev. 2018 [Fragmento adaptado].

Releia o trecho a seguir.


“[...] para minha danação eterna, tendo à verborragia [...]”


A seguir, analise as afirmativas e a relação proposta entre elas.

I. O acento indicativo de crase nesse trecho é obrigatório,


PORQUANTO


II. o acento indicativo de crase é regido pelo verbo “tender”, que é transitivo indireto.


Sobre o acento indicativo de crase, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Eu fui de "d" e continuo achando essa II incorreta:

    I. O acento indicativo de crase nesse trecho é obrigatório,

    PORQUANTO

    II. o acento indicativo de crase é regido pelo verbo ?tender?, que é transitivo indireto ? o verbo "tender" rege a preposição "a" e não um acento, para mim, é incorreto.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3347320
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

                          O segredo das orelhas de livros


Indicação de amigos, crítica literária, resenha de jornal. São muitas as referências que influenciam o leitor a se decidir na hora de comprar um livro. Ainda assim, poucos se aventuram a iniciar a leitura sem conferir um elemento-chave da publicação: a orelha do livro. Um pedaço da capa dobrado para dentro que possui o privilégio de ser mais lido que o próprio livro e o poder de interessar leitores ou encalhar edições inteiras.

Vista hoje como parte integrante quase indispensável do apelo comercial da obra, a orelha tem um estilo livre e híbrido: não é apenas uma sinopse como também não é resenha crítica. “A orelha precisa convidar o leitor a querer ler o livro, seduzi-lo”, conta o escritor Flávio Izhaki, responsável por muitas orelhas publicadas pela editora Record.

Izakhi conta que existem dois tipos de orelhas: as anônimas e as assinadas. O critério fica por conta do próprio autor do livro, que pode convidar um escritor para fazer a apresentação de sua obra em uma orelha assinada ou delegar o trabalho a funcionários da editora, que mantém profissionais especializados no assunto, e nesse caso a orelha dificilmente conterá uma assinatura. Essa diferença não passa despercebida pelos leitores.

O estudante Marcello Zaithammer afirma que uma orelha assinada chama mais a sua atenção. “Gosto quando um livro tem na sua orelha um elogio de outro autor que eu gosto. Embora válido, não acho que seja legal um elogio do editor”, comenta. O escritor Miguel Sanches Neto, que frequentemente é convidado para escrever orelhas assinadas, também comenta esta distinção: “Na orelha assinada nós doamos os nossos leitores, nós somamos o nosso nome ao do autor. É um ato de entrega total, como se disséssemos: esse autor faz parte da minha família, do meu círculo de referências”, diz o escritor, e completa que a orelha não assinada é mais fria e técnica por se tratar de um relacionamento entre textos, e não entre autores.

Os critérios para convencer o leitor a ler o livro pela orelha são os mais diversos. Por isso, para Miguel Sanches Neto o texto de apresentação, embora promocional, não deve ser encarado como algo de caráter mercadológico para sua composição. “Uma orelha é sempre um texto de admiração, não é um espaço crítico para mim. Trata-se, sobretudo, de um texto que se manifesta no campo do discurso amoroso, e exige um olhar terno”, explica. Para ele, a orelha do livro deve funcionar como uma indicação de alguém que conhece intimamente a obra.

O publicitário carioca Luiz Augusto Ramos compartilha dessa visão. Para ele, independentemente da existência de assinatura, o conteúdo da orelha deve complementar as indicações que recebe por outros meios: “Leio a orelha como mais um amigo me indicando um livro, mas que escreve de um jeito que me deixe intrigado o suficiente para desejar lê-lo”.

Flávio Izhaki defende a ideia de apresentação da obra que a orelha passa. Para ele, é importante falar do conteúdo, das questões propostas pela obra e o estilo do autor, e o que mais for relevante para familiarizar o leitor.

“Quem compra um livro após ler a orelha acredita que o que foi introduzido ali será desenvolvido ao longo do livro”. Izhaki, que produziu, entre outras, a orelha da premiada obra O Filho Eterno, do escritor Cristovão Tezza (colaborador da Gazeta do Povo), usa o exemplo para ilustrar a tarefa desafiadora de fazer tal apresentação. “O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal, então a orelha tinha de transparecer a mesma coisa”, conta, e acrescenta que quando uma orelha não é assinada, deve-se ter o cuidado de apresentar a obra em um estilo que não se diferencia muito daquele do autor. “Escrever orelha não pode ser sobre quem está escrevendo, mas sempre sobre o livro e para o leitor. Quem escreve orelhas não pode perder isso de vista”, adverte o escritor.

AL’HANATI, Yuri. Gazeta do Povo. Disponível em:<http://twixar.me/RSn3>  . Acesso em: 9 fev. 2018 (Adaptação).

De acordo com o texto II, assinale a alternativa incorreta sobre a orelha de livro.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Queremos a alternativa incorreta:

    ? É um ato de entrega total, como se disséssemos: esse autor faz parte da minha família, do meu círculo de referências?, diz o escritor, e completa que a orelha não assinada é mais fria e técnica por se tratar de um relacionamento entre textos, e não entre autores.

    ? A orelha assinada cria uma PROXIMIDADE com o leitor e não um distanciamento.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3347323
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

                          O segredo das orelhas de livros


Indicação de amigos, crítica literária, resenha de jornal. São muitas as referências que influenciam o leitor a se decidir na hora de comprar um livro. Ainda assim, poucos se aventuram a iniciar a leitura sem conferir um elemento-chave da publicação: a orelha do livro. Um pedaço da capa dobrado para dentro que possui o privilégio de ser mais lido que o próprio livro e o poder de interessar leitores ou encalhar edições inteiras.

Vista hoje como parte integrante quase indispensável do apelo comercial da obra, a orelha tem um estilo livre e híbrido: não é apenas uma sinopse como também não é resenha crítica. “A orelha precisa convidar o leitor a querer ler o livro, seduzi-lo”, conta o escritor Flávio Izhaki, responsável por muitas orelhas publicadas pela editora Record.

Izakhi conta que existem dois tipos de orelhas: as anônimas e as assinadas. O critério fica por conta do próprio autor do livro, que pode convidar um escritor para fazer a apresentação de sua obra em uma orelha assinada ou delegar o trabalho a funcionários da editora, que mantém profissionais especializados no assunto, e nesse caso a orelha dificilmente conterá uma assinatura. Essa diferença não passa despercebida pelos leitores.

O estudante Marcello Zaithammer afirma que uma orelha assinada chama mais a sua atenção. “Gosto quando um livro tem na sua orelha um elogio de outro autor que eu gosto. Embora válido, não acho que seja legal um elogio do editor”, comenta. O escritor Miguel Sanches Neto, que frequentemente é convidado para escrever orelhas assinadas, também comenta esta distinção: “Na orelha assinada nós doamos os nossos leitores, nós somamos o nosso nome ao do autor. É um ato de entrega total, como se disséssemos: esse autor faz parte da minha família, do meu círculo de referências”, diz o escritor, e completa que a orelha não assinada é mais fria e técnica por se tratar de um relacionamento entre textos, e não entre autores.

Os critérios para convencer o leitor a ler o livro pela orelha são os mais diversos. Por isso, para Miguel Sanches Neto o texto de apresentação, embora promocional, não deve ser encarado como algo de caráter mercadológico para sua composição. “Uma orelha é sempre um texto de admiração, não é um espaço crítico para mim. Trata-se, sobretudo, de um texto que se manifesta no campo do discurso amoroso, e exige um olhar terno”, explica. Para ele, a orelha do livro deve funcionar como uma indicação de alguém que conhece intimamente a obra.

O publicitário carioca Luiz Augusto Ramos compartilha dessa visão. Para ele, independentemente da existência de assinatura, o conteúdo da orelha deve complementar as indicações que recebe por outros meios: “Leio a orelha como mais um amigo me indicando um livro, mas que escreve de um jeito que me deixe intrigado o suficiente para desejar lê-lo”.

Flávio Izhaki defende a ideia de apresentação da obra que a orelha passa. Para ele, é importante falar do conteúdo, das questões propostas pela obra e o estilo do autor, e o que mais for relevante para familiarizar o leitor.

“Quem compra um livro após ler a orelha acredita que o que foi introduzido ali será desenvolvido ao longo do livro”. Izhaki, que produziu, entre outras, a orelha da premiada obra O Filho Eterno, do escritor Cristovão Tezza (colaborador da Gazeta do Povo), usa o exemplo para ilustrar a tarefa desafiadora de fazer tal apresentação. “O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal, então a orelha tinha de transparecer a mesma coisa”, conta, e acrescenta que quando uma orelha não é assinada, deve-se ter o cuidado de apresentar a obra em um estilo que não se diferencia muito daquele do autor. “Escrever orelha não pode ser sobre quem está escrevendo, mas sempre sobre o livro e para o leitor. Quem escreve orelhas não pode perder isso de vista”, adverte o escritor.

AL’HANATI, Yuri. Gazeta do Povo. Disponível em:<http://twixar.me/RSn3>  . Acesso em: 9 fev. 2018 (Adaptação).

Analise os trechos a seguir.


I. “[...] poucos se aventuram a iniciar a leitura sem conferir um elemento-chave da publicação [...]

II. “[...] e completa que a orelha não assinada é mais fria e técnica [...]”

III. “O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal [...]”


De acordo com a norma-padrão, em relação ao uso do hífen, as palavras ou locuções destacadas que não admitem outra grafia são:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    I. ?[...] poucos se aventuram a iniciar a leitura sem conferir um elemento-chave da publicação [...] ? temos uma palavra formada por justaposição em que um significado único é criado, hífen correto e obrigatório.

    II. ?[...] e completa que a orelha não assinada é mais fria e técnica [...]? ? correto, sem hífen.

    III. ?O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal [...]? ? prefixo "auto" e palavra começada com vogal diferente daquela que termina o prefixo (=junto e sem hífen).

    ? Todas palavras estão grafas corretamente e não admitem outra grafia.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • autobiográfico - O falso prefixo "auto" somente é separado do segundo elemento por hífen nos casos em que este inicia por "o" ou "h". Caso o segundo elemento inicie com a consoante "s" ou "r", é necessário dobrá-la, sem usar hífen.

    Exemplos com hífen:

    auto-observação

    auto-hipnose

    Exemplos sem hífen (dobrando as consoantes "r" ou "s")

    autorregeneração

    autosserviço

    Demais casos, sempre sem hífen:

    autoajuda

    autodisciplina

    fonte:soportugues

  • Analise rápida..

    I. elemento-chave da publicação [...]

    Usamos hífen em palavras que são formadas por justaposição e cujos elementos mantêm uma relação entre si.

    exemplos: primeiro-sargento, médico-cirurgião, tenente-coronel..

    II. Não usamos hífen para separar elementos iguais..."os diferentes se atarem e os iguais se repelem".

    micro-ondas...

    III. “O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal [...]”

    Os prefixos em que usamos hífen são:

    recém, além, sem, vice, pós, ex, vizo, vice..exemplos:

    Vice-diretor, vizo-rei, ex-namorada...

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Resumindo: A questão perguntou o que estava correto, estão todas corretas.

  • ridícula questão com esse enunciado: as palavras ou locuções destacadas que não admitem outra grafia são:

    Elemento-chave é palavra composta, por isso será usado o hífen; já elemento e chave são palavras distintas que podem ser usada separadamente, sem o emprego do hífen.

  • Todas estão corretas:

    elemento-chave: palavra criada por justaposição; cada palavra tem significado próprio quando separada e obtêm outro sentido quando se juntam;

    não assinada: não se usa hífen após NÃO ou QUASE;

    autobiográfico: palavra formada por prefixo que termina em letra diferente da que começa o segundo termo.

  • Só não concordo com HÍFEN OBRIGATÓRIO na primeira, por favor onde diz que é obrigatório conforme norma.?


ID
3347326
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

                          O segredo das orelhas de livros


Indicação de amigos, crítica literária, resenha de jornal. São muitas as referências que influenciam o leitor a se decidir na hora de comprar um livro. Ainda assim, poucos se aventuram a iniciar a leitura sem conferir um elemento-chave da publicação: a orelha do livro. Um pedaço da capa dobrado para dentro que possui o privilégio de ser mais lido que o próprio livro e o poder de interessar leitores ou encalhar edições inteiras.

Vista hoje como parte integrante quase indispensável do apelo comercial da obra, a orelha tem um estilo livre e híbrido: não é apenas uma sinopse como também não é resenha crítica. “A orelha precisa convidar o leitor a querer ler o livro, seduzi-lo”, conta o escritor Flávio Izhaki, responsável por muitas orelhas publicadas pela editora Record.

Izakhi conta que existem dois tipos de orelhas: as anônimas e as assinadas. O critério fica por conta do próprio autor do livro, que pode convidar um escritor para fazer a apresentação de sua obra em uma orelha assinada ou delegar o trabalho a funcionários da editora, que mantém profissionais especializados no assunto, e nesse caso a orelha dificilmente conterá uma assinatura. Essa diferença não passa despercebida pelos leitores.

O estudante Marcello Zaithammer afirma que uma orelha assinada chama mais a sua atenção. “Gosto quando um livro tem na sua orelha um elogio de outro autor que eu gosto. Embora válido, não acho que seja legal um elogio do editor”, comenta. O escritor Miguel Sanches Neto, que frequentemente é convidado para escrever orelhas assinadas, também comenta esta distinção: “Na orelha assinada nós doamos os nossos leitores, nós somamos o nosso nome ao do autor. É um ato de entrega total, como se disséssemos: esse autor faz parte da minha família, do meu círculo de referências”, diz o escritor, e completa que a orelha não assinada é mais fria e técnica por se tratar de um relacionamento entre textos, e não entre autores.

Os critérios para convencer o leitor a ler o livro pela orelha são os mais diversos. Por isso, para Miguel Sanches Neto o texto de apresentação, embora promocional, não deve ser encarado como algo de caráter mercadológico para sua composição. “Uma orelha é sempre um texto de admiração, não é um espaço crítico para mim. Trata-se, sobretudo, de um texto que se manifesta no campo do discurso amoroso, e exige um olhar terno”, explica. Para ele, a orelha do livro deve funcionar como uma indicação de alguém que conhece intimamente a obra.

O publicitário carioca Luiz Augusto Ramos compartilha dessa visão. Para ele, independentemente da existência de assinatura, o conteúdo da orelha deve complementar as indicações que recebe por outros meios: “Leio a orelha como mais um amigo me indicando um livro, mas que escreve de um jeito que me deixe intrigado o suficiente para desejar lê-lo”.

Flávio Izhaki defende a ideia de apresentação da obra que a orelha passa. Para ele, é importante falar do conteúdo, das questões propostas pela obra e o estilo do autor, e o que mais for relevante para familiarizar o leitor.

“Quem compra um livro após ler a orelha acredita que o que foi introduzido ali será desenvolvido ao longo do livro”. Izhaki, que produziu, entre outras, a orelha da premiada obra O Filho Eterno, do escritor Cristovão Tezza (colaborador da Gazeta do Povo), usa o exemplo para ilustrar a tarefa desafiadora de fazer tal apresentação. “O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal, então a orelha tinha de transparecer a mesma coisa”, conta, e acrescenta que quando uma orelha não é assinada, deve-se ter o cuidado de apresentar a obra em um estilo que não se diferencia muito daquele do autor. “Escrever orelha não pode ser sobre quem está escrevendo, mas sempre sobre o livro e para o leitor. Quem escreve orelhas não pode perder isso de vista”, adverte o escritor.

AL’HANATI, Yuri. Gazeta do Povo. Disponível em:<http://twixar.me/RSn3>  . Acesso em: 9 fev. 2018 (Adaptação).

Assinale a alternativa em que a palavra destacada não desempenha função adjetival.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ?O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal [...]?

    ? Temos uma palavra com teor pronominal, ele é um pronome demonstrativo substantivo (=substitui um substantivo).

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  • Qual o problema com a C? Na minha concepção houve uma substantivação. "AS anônimas e AS assinadas"

  • prezado Vitor na C temos ocultação do substantivo orelhas e esses artigos regem tal substantivos ocultados.no caso.. as orelhas anonimas...

  • GABARITO: D

  • Sintaticamente (as anônimas e as assinadas.) funcionam como aposto explicativo?


ID
3347329
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
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TEXTO II

                          O segredo das orelhas de livros


Indicação de amigos, crítica literária, resenha de jornal. São muitas as referências que influenciam o leitor a se decidir na hora de comprar um livro. Ainda assim, poucos se aventuram a iniciar a leitura sem conferir um elemento-chave da publicação: a orelha do livro. Um pedaço da capa dobrado para dentro que possui o privilégio de ser mais lido que o próprio livro e o poder de interessar leitores ou encalhar edições inteiras.

Vista hoje como parte integrante quase indispensável do apelo comercial da obra, a orelha tem um estilo livre e híbrido: não é apenas uma sinopse como também não é resenha crítica. “A orelha precisa convidar o leitor a querer ler o livro, seduzi-lo”, conta o escritor Flávio Izhaki, responsável por muitas orelhas publicadas pela editora Record.

Izakhi conta que existem dois tipos de orelhas: as anônimas e as assinadas. O critério fica por conta do próprio autor do livro, que pode convidar um escritor para fazer a apresentação de sua obra em uma orelha assinada ou delegar o trabalho a funcionários da editora, que mantém profissionais especializados no assunto, e nesse caso a orelha dificilmente conterá uma assinatura. Essa diferença não passa despercebida pelos leitores.

O estudante Marcello Zaithammer afirma que uma orelha assinada chama mais a sua atenção. “Gosto quando um livro tem na sua orelha um elogio de outro autor que eu gosto. Embora válido, não acho que seja legal um elogio do editor”, comenta. O escritor Miguel Sanches Neto, que frequentemente é convidado para escrever orelhas assinadas, também comenta esta distinção: “Na orelha assinada nós doamos os nossos leitores, nós somamos o nosso nome ao do autor. É um ato de entrega total, como se disséssemos: esse autor faz parte da minha família, do meu círculo de referências”, diz o escritor, e completa que a orelha não assinada é mais fria e técnica por se tratar de um relacionamento entre textos, e não entre autores.

Os critérios para convencer o leitor a ler o livro pela orelha são os mais diversos. Por isso, para Miguel Sanches Neto o texto de apresentação, embora promocional, não deve ser encarado como algo de caráter mercadológico para sua composição. “Uma orelha é sempre um texto de admiração, não é um espaço crítico para mim. Trata-se, sobretudo, de um texto que se manifesta no campo do discurso amoroso, e exige um olhar terno”, explica. Para ele, a orelha do livro deve funcionar como uma indicação de alguém que conhece intimamente a obra.

O publicitário carioca Luiz Augusto Ramos compartilha dessa visão. Para ele, independentemente da existência de assinatura, o conteúdo da orelha deve complementar as indicações que recebe por outros meios: “Leio a orelha como mais um amigo me indicando um livro, mas que escreve de um jeito que me deixe intrigado o suficiente para desejar lê-lo”.

Flávio Izhaki defende a ideia de apresentação da obra que a orelha passa. Para ele, é importante falar do conteúdo, das questões propostas pela obra e o estilo do autor, e o que mais for relevante para familiarizar o leitor.

“Quem compra um livro após ler a orelha acredita que o que foi introduzido ali será desenvolvido ao longo do livro”. Izhaki, que produziu, entre outras, a orelha da premiada obra O Filho Eterno, do escritor Cristovão Tezza (colaborador da Gazeta do Povo), usa o exemplo para ilustrar a tarefa desafiadora de fazer tal apresentação. “O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal, então a orelha tinha de transparecer a mesma coisa”, conta, e acrescenta que quando uma orelha não é assinada, deve-se ter o cuidado de apresentar a obra em um estilo que não se diferencia muito daquele do autor. “Escrever orelha não pode ser sobre quem está escrevendo, mas sempre sobre o livro e para o leitor. Quem escreve orelhas não pode perder isso de vista”, adverte o escritor.

AL’HANATI, Yuri. Gazeta do Povo. Disponível em:<http://twixar.me/RSn3>  . Acesso em: 9 fev. 2018 (Adaptação).

Releia o trecho a seguir.


“Trata-se, sobretudo, de um texto que se manifesta no campo do discurso amoroso [...]”


Sobre a palavra destacada nesse trecho, analise as afirmativas a seguir.

I. O uso de vírgulas, isolando a palavra destacada nesse contexto, é imprescindível.

II. Significa que o autor do trecho está dando ênfase a essa informação.

III. Trata-se, nesse contexto, de um advérbio, mas em outros pode pertencer a outra classe gramatical.


De acordo com o texto e com a norma-padrão, estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi o gabarito desta questão ser letra D, pois, quando temos locuções adverbiais de pequena extensão, ou adjuntos adverbiais de um só vocábulo como é o caso de sobretudo, entendo ser facultativa a colocação de vírgulas, sendo que, no contexto da questão as vírgulas foram colocadas para dar mais ênfase ao adjunto adverbial. Para mim, o gabarito com toda certeza seria a letra C.

  • GABARITO LETRA D

    sobretudo no sentido de principalmente, mormente. (advérbio)

  • Acredito que o imprescindível se deu ao contexto, nesse contexto a intenção era dar ênfase. Em nenhum momento foi dito que era obrigatório, mas sim imprescindível. Por isso a questão D e não a C.

  • Estranho ser letra D, porque foi colocada por estilo, ele quis dar ênfase, uma vez que é de pequena extensão, seria facultativa.

  • fundep está parecendo a banca FGV. Completamente subjetiva!! Temos que adivinhar o que o examinador estava pensando quando elaborou a questão??


ID
3347332
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

                          O segredo das orelhas de livros


Indicação de amigos, crítica literária, resenha de jornal. São muitas as referências que influenciam o leitor a se decidir na hora de comprar um livro. Ainda assim, poucos se aventuram a iniciar a leitura sem conferir um elemento-chave da publicação: a orelha do livro. Um pedaço da capa dobrado para dentro que possui o privilégio de ser mais lido que o próprio livro e o poder de interessar leitores ou encalhar edições inteiras.

Vista hoje como parte integrante quase indispensável do apelo comercial da obra, a orelha tem um estilo livre e híbrido: não é apenas uma sinopse como também não é resenha crítica. “A orelha precisa convidar o leitor a querer ler o livro, seduzi-lo”, conta o escritor Flávio Izhaki, responsável por muitas orelhas publicadas pela editora Record.

Izakhi conta que existem dois tipos de orelhas: as anônimas e as assinadas. O critério fica por conta do próprio autor do livro, que pode convidar um escritor para fazer a apresentação de sua obra em uma orelha assinada ou delegar o trabalho a funcionários da editora, que mantém profissionais especializados no assunto, e nesse caso a orelha dificilmente conterá uma assinatura. Essa diferença não passa despercebida pelos leitores.

O estudante Marcello Zaithammer afirma que uma orelha assinada chama mais a sua atenção. “Gosto quando um livro tem na sua orelha um elogio de outro autor que eu gosto. Embora válido, não acho que seja legal um elogio do editor”, comenta. O escritor Miguel Sanches Neto, que frequentemente é convidado para escrever orelhas assinadas, também comenta esta distinção: “Na orelha assinada nós doamos os nossos leitores, nós somamos o nosso nome ao do autor. É um ato de entrega total, como se disséssemos: esse autor faz parte da minha família, do meu círculo de referências”, diz o escritor, e completa que a orelha não assinada é mais fria e técnica por se tratar de um relacionamento entre textos, e não entre autores.

Os critérios para convencer o leitor a ler o livro pela orelha são os mais diversos. Por isso, para Miguel Sanches Neto o texto de apresentação, embora promocional, não deve ser encarado como algo de caráter mercadológico para sua composição. “Uma orelha é sempre um texto de admiração, não é um espaço crítico para mim. Trata-se, sobretudo, de um texto que se manifesta no campo do discurso amoroso, e exige um olhar terno”, explica. Para ele, a orelha do livro deve funcionar como uma indicação de alguém que conhece intimamente a obra.

O publicitário carioca Luiz Augusto Ramos compartilha dessa visão. Para ele, independentemente da existência de assinatura, o conteúdo da orelha deve complementar as indicações que recebe por outros meios: “Leio a orelha como mais um amigo me indicando um livro, mas que escreve de um jeito que me deixe intrigado o suficiente para desejar lê-lo”.

Flávio Izhaki defende a ideia de apresentação da obra que a orelha passa. Para ele, é importante falar do conteúdo, das questões propostas pela obra e o estilo do autor, e o que mais for relevante para familiarizar o leitor.

“Quem compra um livro após ler a orelha acredita que o que foi introduzido ali será desenvolvido ao longo do livro”. Izhaki, que produziu, entre outras, a orelha da premiada obra O Filho Eterno, do escritor Cristovão Tezza (colaborador da Gazeta do Povo), usa o exemplo para ilustrar a tarefa desafiadora de fazer tal apresentação. “O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal, então a orelha tinha de transparecer a mesma coisa”, conta, e acrescenta que quando uma orelha não é assinada, deve-se ter o cuidado de apresentar a obra em um estilo que não se diferencia muito daquele do autor. “Escrever orelha não pode ser sobre quem está escrevendo, mas sempre sobre o livro e para o leitor. Quem escreve orelhas não pode perder isso de vista”, adverte o escritor.

AL’HANATI, Yuri. Gazeta do Povo. Disponível em:<http://twixar.me/RSn3>  . Acesso em: 9 fev. 2018 (Adaptação).

Analise as afirmativas a seguir.


I. O autor da obra é quem define se a orelha deve ou não ser assinada.

II. A orelha de livro é apenas mais uma entre muitas formas de indicação de um livro.

III. Atualmente, a orelha é considerada parte quase imprescindível da obra.


Estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra A

    Item I correto- Início do 3º parágrafo: Izakhi conta que existem dois tipos de orelhas: as anônimas e as assinadas. O critério fica por conta do próprio autor do livro...

    Item II correto-Parágrafo 6º: O publicitário carioca Luiz Augusto Ramos compartilha dessa visão. Para ele, independentemente da existência de assinatura, o conteúdo da orelha deve complementar as indicações que recebe por outros meios

    Item III errado: 2ºparágrafo: Vista hoje como parte integrante quase indispensável do apelo comercial da obra

  • III-Atualmente, a orelha é considerada parte quase imprescindível da obra.

    Equívoco da alternativa III:

    Vista hoje como parte integrante quase indispensável do apelo comercial da obra

  • achei forçada a letra III, não percebo um grande erro aí não.

    Corrija-me se eu estiver errado.

  • A questão é de interpretação de texto e quer que marquemos as alternativas corretas. Vejamos:

    .

    I. O autor da obra é quem define se a orelha deve ou não ser assinada.

    Certo. De acordo com o texto, o critério de assinar ou não a orelha fica por conta do próprio autor do livro.

    Texto: "Izakhi conta que existem dois tipos de orelhas: as anônimas e as assinadas. O critério fica por conta do próprio autor do livro, que pode convidar um escritor para fazer a apresentação de sua obra em uma orelha assinada ou delegar o trabalho a funcionários da editora, que mantém profissionais especializados no assunto, e nesse caso a orelha dificilmente conterá uma assinatura."

    .

    II. A orelha de livro é apenas mais uma entre muitas formas de indicação de um livro.

    Certo. De acordo com o texto, a orelha do livro é um complemento das indicações recebidas por outros meios.

    Texto: "O publicitário carioca Luiz Augusto Ramos compartilha dessa visão. Para ele, independentemente da existência de assinatura, o conteúdo da orelha deve complementar as indicações que recebe por outros meios: “Leio a orelha como mais um amigo me indicando um livro, mas que escreve de um jeito que me deixe intrigado o suficiente para desejar lê-lo”."

    .

    III. Atualmente, a orelha é considerada parte quase imprescindível da obra.

    Errado. De acordo com o texto, a orelha é considerada parte quase indispensável do apelo comercial da obra, e não parte imprescindível (indispensável) da obra em si.

    Texto: "Vista hoje como parte integrante quase indispensável do apelo comercial da obra, a orelha tem um estilo livre e híbrido: não é apenas uma sinopse como também não é resenha crítica."

    .

    Gabarito: Letra A

  • Que banca hein...

  • Poxa, fundep sempre com seus "peguinhas " macabros


ID
3347335
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o trecho a seguir para responder à questão.


“O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal, então a orelha tinha de transparecer a mesma coisa”

O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal, então a orelha tinha de transparecer a mesma coisa”


Esse trecho, sem alteração de seu sentido original, não pode ser reescrito da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal, então a orelha tinha de transparecer a mesma coisa? ? queremos uma palavra em destaque que não possa substituir:

    Em todas alternativas nós temos conjunções coordenativas conclusivas, exceto na letra "b":

    ? O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal, contudo a orelha tinha de transparecer a mesma coisa ? temos uma conjunção coordenativa adversativa.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Na oração "O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal, então a orelha tinha de transparecer a mesma coisa”, a questão quer saber por qual conjunção abaixo não podemos fazer uma reescritura. Vejamos:

    A ... LOGO ...

    "Logo" é conjunção coordenativa conclusiva.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, logo passaremos no concurso.

    B ... CONTUDO ...

    Contudo é conjunção coordenativa adversativa

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva ...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim) ...

    Ex.: Não estudou muito, contudo passou nas provas.

    C ... PORTANTO ...

    "Portanto" é conjunção coordenativa conclusiva.

    D ... ASSIM ...

    "Assim" é conjunção coordenativa conclusiva.

    Gabarito: Letra B


ID
3347338
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o trecho a seguir para responder à questão.


“O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal, então a orelha tinha de transparecer a mesma coisa”

A palavra destacada confere ao trecho um valor:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Faltou colocar a frase:

    ? ?O livro tem um tom autobiográfico, mas não se assume como tal, então a orelha tinha de transparecer a mesma coisa?

    ? Temos uma conjunção coordenativa conclusiva, ela expressa valor semântico de conclusãoBaixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! .

  • A adversativo.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva ...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim) ...

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

    B conclusivo.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização ...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), então, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

    C aditivo.

    Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo ...

    São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, ademais, outrossim, etc.

    Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso.

    D concessivo.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: (muito) embora, ainda que, se bem que, mesmo que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Embora discordasse, aceitei sua explicação.

    .

    Em relação à questão, "ENTÃO" confere ao trecho um valor CONCLUSIVO.

    Gabarito: Letra B


ID
3347341
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Analise as seguintes afirmativas sobre a administração pública.


I. As funções de confiança e os cargos em comissão destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

II. O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável por igual período.

III. É vedada a investidura de estrangeiro em cargo público.


Segundo o que dispõe a Constituição da República, está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Comentários
  • V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

    alguma notícia a respeito do gabarito oficial da questão? Não consegui vislumbrar o erro do ITEM I

  • Eu tbm não consegui ver o erro

  • O art. , inciso  da  de 1988 dispõe que: "as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento".

    A partir do texto acima, nota-se que não há uma distinção precisa entre as funções de confiança e os cargos em comissão. A maior diferença está no lugar ocupado no quadro funcional da Administração, sendo que, enquanto o cargo em comissão ocupa um espaço na sua estrutura, uma vez que se nomeia uma pessoa qualquer para exercê-lo (nomeação baseada na confiança da autoridade nomeante para com o nomeado) reservado o limite mínimo exigido por lei, atribuindo-lhe um conjunto de responsabilidades, a função de confiança é atribuída a um servidor efetivo, que já pertence aos quadros da Administração, não modificando, então, a estrutura organizacional da Administração Pública.

  • Assinalei a letra "B" não consegui identificar a erroneidade do item um.
  • Questão mal elaborada. Na alternativa II, a falta dos termos "uma única vez", leva a crer que poderá ser sucessivamente prorrogado.

    II. O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável (UMA ÚNICA VEZ) por igual período.

    Ademais, assim como os demais colegas, não vislumbro erro na alternativa I.

  • Confiança --> Cervidor!

    Tosco, mas ok!

  • II. O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável UMA ÚNICA VEZ, por igual período.

    PORTANTO, ALTERNATIVA A, AO MEU VER.

  • Qual é o erro da I ?
  • Sobre o Item III.

    § 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.1997)

  • Resposta correta letra C. Apenas o item II está correto.

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

    III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

    V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

  • A palavra VEDADA dá nó na cabeça. Se eu tivesse imprimido as questões teria escrito por cima "PROIBIDO" (assim msm, em letras garrafais), pra nao errar, mas como que faz isso no site? rsrsrs

  • Não existe erro na alternativa I. É questão de concordância. Na voz passiva analítica ficaria: As atribuições de direção, chefia e assessoramento são destinadas às funções de confiança e aos cargos em comissão.

    O resto do enunciado é informação assessoria, no contexto da questão não tem importância.

  • Não entendi o que tem de errado na I, pois de fato esses dois cargos são destinados, apenas, a atribuições de direção, chefia e assessoramento.

  • Apesar do examinador ter tido a intenção de que marcássemos a literalidade da Lei, ainda assim a ausência de alguns termos não tornou por si só as assertivas erradas, pois é possível encontrar questões que estejam perguntando de forma objetiva tal qual.

  • Dei uma olhada nos comentários e vi que muita gente está com a mesma dúvida, que inclusive eu estou. Acho pertinente marcarmos a questão para comentário do professor, se já não o fizeram.

  • Calma, galera!

    Gabarito oficial da banca: letra B.

    O erro foi do QConcursos.

  • II. O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável por igual período.

    Ao meu ver esse item esta incorreto ao afirmar que o concurso é prorrogável por igual período (dando a entender que se pode ficar prorrogando por períodos sucessivos) sendo que na lei esta escrito que é prorrogável uma vez por igual período.

  • GABARITO B DA BANCA QUESTIONÁVEL

    PARA MIM, O GABARITO DEVERIA SER A LETRA A, HAJA VISTA QUE A OMISSÃO DE "UMA ÚNICA VEZ" NO ITEM II DÁ A ENTENDER QUE ESSE PRAZO PODE SER PRORROGADO SUSCETÍVEIS VEZES E NÃO É ASSIM QUE A BANDA TOCA , A LEI EXPRESSA VEEMENTEMENTE QUE O CONCURSO PÚBLICO TERÁ O PRAZO DE VALIDADE DE ATÉ 2 ANOS PRORROGÁVEL UMA ÚNICA VEZ POR IGUAL PERIODO

  • ERRO DA III

    Art. 37, I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;         

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre Administração Pública. 

    I- Correta - É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 37, V: "as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento".

    II- Correta - É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 37, III: "o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período".

    III- Incorreta - Os cargos são acessíveis a estrangeiros. Art. 37, I: "os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa B (I e II, apenas).

  • Trata-se de questão acerca da Administração Pública.

    I. As funções de confiança e os cargos em comissão destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

    CERTO. Conforme o art. 37, V, “as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento".

    II. O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável por igual período.

    CERTO. Conforme o art. 37, III, “o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período".

    III. É vedada a investidura de estrangeiro em cargo público.

    ERRADO. Conforme o art. 37, I, “os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei".

    GABARITO DO PROFESSOR: letra B.

  • Deveria ser a letra A (apenas a I). A alternativa B contém um sútil vício (faltando UMA ÚNICA VEZ), isso permite ao examinador utilizar o gabarito que quiser.

ID
3347344
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Considere que Caio, que exerce o cargo público de médico de uma autarquia estadual, é eleito prefeito de um determinado município.


Na hipótese, é correto afirmar que Caio:

Alternativas
Comentários
  • Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:         

    II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

  • Gabarito: C

    rumo a #PMTO

  • Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:       

    I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;

    II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

    III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

    IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

    V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse regime, no ente federativo de origem.  

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Constitucional e o assunto inerente à possibilidade de acumulação de mandato eletivo com cargo público.

    A partir do artigo 38, da Constituição Federal, depreende-se que ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

    1) Tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função.

    * Neste caso, o servidor público deverá se afastar do seu cargo e receberá o subsídio do mandato eletivo (não há a opção de optar pela remuneração). Alguns exemplos de mandato eletivo referentes ao item "1" são o de Senador, Deputado Federal e Estadual.

    2) Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

    ** Neste caso, o servidor público deverá se afastar do seu cargo e poderá optar pela remuneração.

    3) Investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma referente ao item "2".

    *** Neste caso, se houver compatibilidade de horários com o cargo de Vereador, o servidor perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo. Todavia, caso não haja compatibilidade de horários, aplica-se o mesmo caso do Prefeito (afasta-se do seu cargo e poderá optar pela remuneração).

    4) Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.

    5) Na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse regime, no ente federativo de origem.

    ANALISANDO AS ALTERNATIVAS

    Levando em consideração o que foi explanado, percebe-se que a única alternativa que se encontra em consonância com o que foi explanado é a letra "c".

    GABARITO: LETRA "C".

  • Decorem: PREFEITO NÃO PODE ACUMULAR CARGOS PÚBLICOS.


ID
3347347
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Considere que Otávio, que não é servidor público, é nomeado para cargo público de provimento em comissão da administração do município de Pará de Minas.

Na hipótese, é incorreto afirmar que o cargo para o qual Otávio foi nomeado:

Alternativas
Comentários
  • Letra A

    Art. 37º, V, CF/88 - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento

    "Que a Força esteja com você!" - Yoda

  • Art. 37º, V, CF/88 - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento

    Os percentuais míninos previstos não seriam uma espécie de limitação?

  • SEGUNDO O DECRETO LEI 2.403/1987 O QUAL FOI REVOGADO TENDO EM VISTA QUE FOI REJEITADO PELO ADC (ATO DECLARATÓRIO), DE 14/06 D.O. 15/06/1989 P. 9597 DISPUSERA:

    Art. 4° Os cargos em comissão são de recrutamento amplo ou restrito.

           1° Os cargos em comissão de recrutamento amplo são de livre nomeação e exoneração pela autoridade competente.

           2° Os cargos em comissão de recrutamento restrito são vinculados a carreiras

    ESSE DECRETO FIXAVA DIRETRIZES DO SISTEMA DE CARREIRA DO SERVIÇO CIVIL DA UNIÃO E DOS TERRITÓRIOS FEDERAIS E DA OUTRAS PROVIDENCIAS. ACREDITO, mas não tenho certeza, QUE SEJA DAÍ ESSA DENOMINAÇÃO.

  • Além de se destinarem apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento, acredito que a vedação ao nepotismo, por exemplo, seria sim uma limitação ao recrutamento de servidores, já que não poderia a autoridade ilimitadamente nomear seu filho, cônjuge e afins para o cargo.

  • QUE LOUCURA!

    O NEPOTISMO SERIA UMA LIMITAÇÃO? JÁ QUE A AUTORIDADE NOMEANTE NÃO PODE NOMEAR SEUS FAMILIARES,PARENTES,CÔNJUGE E AFINS ATÉ 3 GRAU CONSANGUÍNEO COLATERAL. ASSIM SENDO SE ISSO É UMA LIMITAÇÃO, LOGO A ALTERNATIVA A) ESTÁ TAMBÉM CORRETA, COMO O COMANDO DA QUESTÃO QUER A ALTERNATIVA INCORRETA MERECIA ANULAMENTO DA QUESTÃO. OU EU ESTOU ERRADA? VEJO AINDA COMO LIMITAÇÃO A QUESTÃO DE QUE O SERVIDOR NOMEADO PARA CARGO EM COMISSÃO NÃO TEM PRAZO DEFINIDO PARA O CARGO, OUTRA LIMITAÇÃO. JÁ QUE É DE LIVRE NOMEAÇÃO E EXONERAÇÃO PELA AUTORIDADE.

  • Eu acho que a banca colocou "recrutamento limitado" pra confundir com os agentes temporários e de prazo determinado. Mas também fiquei com a dúvida de Natalia, visto que existe uma % para definir o limite de cargos comissionados...

  • Questão complicada... Não dá pra ignorar a súmula vinculante n° 13 (vedação ao nepotismo) mesmo se considerar as decisões do STF que dizem não haver nepotismo em nomeações para cargos de natureza política, dizer que seria recrutamento "ilimitado" dá margem a entendimento que não teria limite para a quantidade de pessoas que poderiam ser contratadas para o mesmo cargo: "cargo público de provimento em comissão da administração " quantos assessores? 01? 10? 100? 10.000,00? sei lá...

  • Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração e destina-se apenas as funções de direção,chefia e assessoramento sendo estruturado em carreira.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e o Estatuto do servidor do Município de Pará de Minas dispõem sobre cargo em comissão. ATENÇÃO: a questão deseja que o candidato assinale a incorreta.

    A– Incorreta - De acordo com o Estatuto do servidor do Município de Pará de Minas, o cargo em comissão pode ser amplo ou limitado. Art. 7º do Estatuto: "Os cargos públicos de provimento em comissão são de recrutamento amplo ou limitado, na forma da lei. § 1º - Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração. § 2º - As funções gratificadas serão providas por servidor público efetivo, na forma da legislação de regência. § 3º - Os cargos em comissão de recrutamento amplo são providos por qualquer pessoa que preencha os requisitos estabelecidos em lei. § 4º - Os cargos em comissão destinam-se, exclusivamente, às atribuições de direção, chefia e assessoramento. § 5º - As funções gratificadas são todas de recrutamento limitado".

    B– Correta - É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 37, II: "a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração".

    C– Correta - É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 37, V: "as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento".

    D- Correta - É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 37: "(...) II - (...) ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (...) V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, (...)".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa A (já que a questão pede a incorreta).

  • A– é de recrutamento limitado.

    Questão mal feita, mas segue a explicação: "De acordo com o Estatuto do servidor do Município de Pará de Minas, o cargo em comissão pode ser amplo ou limitado".


ID
3347350
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Analise a situação a seguir.


Aprovado em concurso público para cargo da administração direta do Poder Executivo do município de Pará de Minas, Paulo tem o prazo máximo de ____ dias contados da data da publicação do ato de nomeação para tomar posse.


Segundo o que dispõe o Estatuto do Servidor Público do município de Pará de Minas, assinale a alternativa que preenche corretamente essa lacuna.

Alternativas
Comentários
  • ESTA QUESTÃO NÃO PERTENCE A LEI 8.112 E SIM AO Estatuto do Servidor Público do município de Pará de Minas.

  • Salvo engano, o período da nomeação até a posse são 30 dias.

    Me corrijam se eu estive equivocada.

  • Art. 27 LEI No 5264/ 2011 (DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DO SERVIDOR PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE PARÁ DE MINAS.)

    § 1o É de 10 (dez) dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse no caso de nomeação, e da data do ato nos demais casos de provimento.

    Ja na lei 8.112

    O § 1o dos arts. 13 e 15 da Lei no 8.112, de 1990, facultam ao servidor o prazo de 30 dias para posse e 15 dias para exercício, respectivamente, contados da publicação do ato de nomeação

  • Bem feliz marquei a C.. kkkkkkkk

    Mais feliz ainda, quando vi as estatísticas.

  • A maioria das leis estaduais/municipais copia a 8.112/90, mas o prazo poderia ser diferente!

  • PARABÉNS AOS QUE ERRARAM.

    SINAL QUE ESTUDARAM A LEI 8.112/90

  • Reportem o erro pessoal, trata-se de uma questão envolvendo o Estatuto dos Servidores do Município do Pará de MG e não a 8.112/90

  • se vc errou, é pq está estudando
  • Vc que marcou 30 dias, estaria correta se fosse a 8112

  • MARQUEI A OPÇÃO QUE CONTÉM 30 DIAS, PORÉM O ESTATUTO NÃO É O DO SERVIDOR FEDERAL!

  • ESSE CÓD-PRAZO NÃO PERTENCE AO COD ETICA E ESTATUDO DOS SERVIDOR PÚBLICO DE MINAS GERAIS.

    ART 14 DO CÓD DE ÉTICA E ESTATUTO DE MG DIZ QUE: "PRAZO PARA NOMEAÇÃO É DE 30 DIAS PODENDO SER PRORROGADO POR +30 DIAS.


ID
3347353
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Segundo o que prevê a Lei Orgânica do município de Pará de Minas sobre os membros do poder legislativo municipal, é correto afirmar:

Alternativas

ID
3347356
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“[...] De 2001 a 2015, os 10% mais ricos abocanharam de 54% a 55% da renda nacional [...]. Quando se observa o topo do topo, isto é, o 0,1% mais rico, percebe-se uma variação maior. Esse grupo controlava 11% da renda nacional em 2001, aumentou a participação para mais de 16% em 2007, e depois viu a fatia recuar para 14%, com pequenas oscilações nos anos seguintes.”

MARTINS, Rodrigo. A brutal desigualdade de renda continua a ser o traço definidor do Brasil. Carta Capital. 4 out. de 2017. p. 22.


Considerando os dados relativos à renda concentrada pela parcela mais rica do Brasil, é correto afirmar:

Alternativas

ID
3347359
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O jornal O Tempo, do dia 21 de outubro de 2017, apresentou o seguinte título para uma matéria que publicou ao noticiar o crime ocorrido em uma escola particular da cidade de Goiânia: “Aluno que matou colegas se inspirou em outros massacres”.


A maior parte dos atentados com tiros em escolas e / ou locais públicos, comumente noticiados pela imprensa, ocorreu:

Alternativas

ID
3347368
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O Supremo Tribunal Federal (STF) é o órgão de cúpula do Poder Judiciário brasileiro.

Sobre a formação do STF, é correto afirmar:

Alternativas

ID
3347371
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

“Os princípios instrumentais de interpretação constitucional constituem premissas conceituais, metodológicas ou finalísticas que devem anteceder, no processo intelectual do intérprete, a solução concreta da questão posta. Nenhum deles encontra-se expresso no texto da Constituição, mas são reconhecidos pacificamente pela doutrina e pela jurisprudência.”

BARROSO, Luis Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2011. p. 322.


Sobre a interpretação constitucional, seus métodos e princípios, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A é a incorreta!

  • A questão pede para que seja marcada a alternativa INCORRETA. Feita essa consideração verica-se que a alternativa ''A'' está incorreta, pois, devemos entender o Princípio da Unidade da Constituição da seguinte forma:

     

    Princípio da unidade da Constituição: A Constituição deve ser sempre interpretada em sua globalidade como um todo e, assim, as aparentes antinomias deverão ser afastadas. As normas deverão ser vistas como preceitos integrados em um sistema unitário de regras e princípios. Conforme anota Canotilho, “como ‘ponto de orientação’, ‘guia de discussão’ e ‘factor hermenêutico de decisão’, o princípio da unidade obriga o intérprete a considerar a Constituição na sua globalidade e a procurar harmonizar os espaços de tensão (...) existentes entre as normas constitucionais a concretizar (ex.: princípio do Estado de Direito e princípio democrático, princípio unitário e princípio da autonomia regional e local).

     

     Referência: J. J. G. Canotilho, Direito constitucional e teoria da Constituição, 6. ed., p. 226. 

  • A alternativa A trata de presunção de constitucionalidade das normas.

  • Alternativa A está incorreta!

    Deve-se levar em conta que a ideia do princípio da unidade é evitar contradições (devem ser eliminadas as antinomias). Nesse sentido, as normas constitucionais devem ser consideradas em um sistema unitário de regras e princípios. Por ele podemos entender que todas as normas constitucionais possuem a mesma hierarquia.

  • E desde quando uma interpretação gramatical levaria em conta perquirir o espírito da norma ? Do meu ponto de vista, a letra B também estaria incorreta.

  • Concordo com Rafael Prates

    Ao meu ver, a alternativa B também está incorreta.

    A alternativa, aparentemente, mesclou dois conceitos: interpretação gramatical com a interpretação axiológica fazendo parecer que tudo significava aquela.

  • SMJ a letra B também está incorreta:

    A interpretação gramatical funda-se nos conceitos contidos na forma e nas possibilidades semânticas das palavras que integram o seu relato. (Interpretação Semântica)

    Como regra geral, nessa interpretação a atitude do intérprete jamais poderá ser a mera abordagem conceitual ou semântica do texto, cabendo-lhe perquirir o espírito da norma e as perspectivas de sentido oferecidas pela combinação com outros elementos de interpretação. (Interpretação Teleológica)

  • Tanto a alternativa A quanto a B estão incorretas!

  • O problema é que a banca colocou na alternativa B um pedaço que não demonstra toda a explicação do autor, nem um pedaço da conclusão. Causando confusão. Se tivessem adicionado somente a parte grifada abaixo, já faria sentido. Mas não tem como dizer que a alternativa tá errada, só que tiraram um pedaço que sozinho, faz a gente se confundir.

    .

    Logo após esse parágrafo, Barroso diz em seu livro que "[...]a interpretação gramatical não poderá trabalhar com sentidos únicos a serem extraídos dos relativos normativos. Assentadas essas premissas, deve-se enfatizar sua contrapartida: os conceitos e possibilidades semânticas do texto figuram como ponto de partida e como limita máximo da interpretação. O intérprete não pode ignorar ou torcer o sentido das palavras, sob pena de sobrepor a retórica à legitimidade democrática, à lógica e à segurança jurídica. A cor cinza pode compreender uma variedade de tonalidades entre o preto e o branco, mas não é vermelha nem amarela.[...]"

  • Princípio da Unidade da Constituição

    Dotado de acentuada importância, o princípio da unidade da Constituição visa conferir um caráter ordenado e sistematizado para as disposições constitucionais, permitindo que o texto da Carta Maior seja compreendido como um todo unitário e harmônico, desprovido de antinomias reais. Muito mais que um conjunto caótico de normas desconectadas e esparsas, o texto constitucional é um agrupamento de preceitos integrados, alinhavados pelo ideal de unidade. Muito mais que um conjunto caótico de normas desconectadas e esparsas, o texto constitucional é um agrupamento de preceitos integrados, alinhavados pelo ideal de unidade. Portanto, referido princípio não é decorrência do princípio da separação dos poderes, motivo pelo qual a alternativa "A" está incorreta.

    Fonte: Manual de Direito Constitucional da Nathalia Masson.

  • Ao meu ver a letra "C" descreveu a inconstitucionalidade parcial sem redução de texto e não a interpretação conforme a Constituição.

    Na interpretação conforme, afirma-se que apenas aquela interpretação é possível. Na inconstitucionalidade parcial, afasta apenas uma forma de interpretação que está em desacordo.

  • "A" - Trata-se do princípio da CORREÇÃO FUNCIONAL

     

    Respeitar o sistema de repartição de funções entre os órgãos e pessoas designadas pela constituição. Respeitando as competências das esferas da federação ou entre os poderes constituídos.

    "B" - Acompanho os colegas que também acham que a alternativa está em dissonância do conceito de interpretação gramatical.

    ATT.

    Força galera!

  • A Constituição deve ser sempre interpretada em sua globalidade como um todo e, assim, as aparentes antinomias deverão ser afastadas. As normas deverão ser vistas como preceitos integrados em um sistema unitário de regras e princípios. Conforme anota Canotilho, “como ‘ponto de orientação’, ‘guia de discussão’ e ‘factor hermenêutico de decisão’, o princípio da unidade obriga o intérprete a considerar a Constituição na sua globalidade e a procurar harmonizar os espaços de tensão (...) existentes entre as normas constitucionais a concretizar (ex.: princípio do Estado de Direito e princípio democrático, princípio unitário e princípio da autonomia regional e local).

    OBSERVAÇÃO A LETRA "A" - Trata-se do princípio da CORREÇÃO FUNCIONAL

     

    Respeitar o sistema de repartição de funções entre os órgãos e pessoas designadas pela constituição. Respeitando as competências das esferas da federação ou entre os poderes constituídos.

  • GABARITO: letra A.

    Obs.: todas as alternativas foram extraídas do Curso de Direito Constitucional do Ministro Barroso.

    Inequívoco o erro da letra A, pois segundo Barroso (Curso de Direito Constitucional Contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2020. p. 297-298. E-Book): "A presunção de constitucionalidade, portanto, é uma decorrência do

    princípio da separação de Poderes e funciona como fator de autolimitação da atuação judicial. Em razão disso, não devem juízes e tribunais, como regra, declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo quando: a) a inconstitucionalidade não for patente e inequívoca, existindo tese jurídica razoável para preservação da norma;".

    Desse modo, a alternativa A não trata do princípio da unidade da Constituição, mas sim da presunção de constitucionalidade.

    Quanto à letra B, sem prejuízo da controvérsia presente em seus termos, é reprodução fria da obra supra: "A interpretação gramatical funda-se nos conceitos contidos na norma e nas possibilidades semânticas das palavras que integram o seu relato. [...] como regra geral, a atitude do intérprete jamais poderá ser a mera abordagem conceitual ou semântica do texto. Ao contrário, cabe lhe perquirir o espírito da norma e as perspectivas de sentido oferecidas pela combinação com outros elementos de interpretação.". (op. cit. p. 287-288).

    O conceito de interpretação gramatical de Barroso não é bem o que costumamos ler em livros voltados para concurso (como Lenza e MAVP) ou em aulas e PDFs para concurso. Essas fontes dão muito enfoque na leitura fria da interpretação gramatical, que seria literal e textual (nada mencionando sobre espírito e semântica).

  • gente LEIA marcar a MAIS errada

  • Falou em princípio da unidade, lembre-se de SISTEMA. Só um complexo de normas sistemático possui unidade.

  • • Interpretação gramatical: leva em consideração enunciados linguísticos; leva em consideração palavras que são estabelecidas, pontuações e conexões entre elas.

    • histórica: leva em consideração antecedentes históricos.

    • Interpretação sistemática: leva em consideração o caráter sistemático; harmonização entre o sistema.

    • Interpretação lógica: concordâncias lógicas entre as normas da constituição.

    • Interpretação teleológica: leva em consideração a finalidade normativa.

    Manual Caseiro.

  • Princípios de Interpretação Constitucional:

    • Unidade: conflitos são aparentes, no plano abstrato (não há hierarquia entre normas constitucionais - NC). Interpretação deve ser global para evitar antinomias

    • Concordância prática/Harmonizaçãobens jurídicos constitucionalizados deverão coexistir de forma harmônica. A redução de um deles, no caso concreto, deve ser proporcional (evita o sacrifício total).

    • Máxima efetividade, eficiência ou interpretação efetiva: Norma const. devem ter a mais ampla efetividade social.

    • Efeito integrador: deve-se favorecer a integração política-social + reforço da unidade política.

    • Força normativa (Hesse): otimização na concretização da CF, dando máxima efetividade às NC.

    • Justeza/Correção funcional: interpretação não pode chegar a um resultado que subverta ou perturbe o esquema organizatório-funcional (separação poderes) estabelecido pelo constituinte originário.

  • A letra B está super errada. Uma coisa é o conceito de interpretação gramatical, outra coisa é o juízo de valor sobre ela. O conceito ignora qualquer finalidade ou objetivo metalinguístico, a interpretação é literal.

  • Trata-se de questão acerca da interpretação constitucional.

    A) O princípio da unidade da Constituição é uma decorrência do princípio da separação de Poderes e funciona como fator de autolimitação da atuação judicial. Em razão disso, os juízes de tribunais não devem, como regra, declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo quando a inconstitucionalidade não for patente e inequívoca, existindo tese jurídica razoável para preservação da norma.

    ERRRADO. Segundo Marcelo Novelino, o princípio da unidade da constituição significa que o intérprete deve suavizar as tensões e contradições existentes entre as normas constitucionais. Isso significa que seus preceitos não devem ser analisados isoladamente, e sim em conjunto com as demais normas integrantes do sistema constitucional.

    B) A interpretação gramatical funda-se nos conceitos contidos na forma e nas possibilidades semânticas das palavras que integram o seu relato. Como regra geral, nessa interpretação a atitude do intérprete jamais poderá ser a mera abordagem conceitual ou semântica do texto, cabendo-lhe perquirir o espírito da norma e as perspectivas de sentido oferecidas pela combinação com outros elementos de interpretação.

    CERTO. Trata-se do conceito de interpretação gramatical.

    C) Como mecanismo de controle de constitucionalidade, a interpretação conforme a Constituição permite que o intérprete, sobretudo o tribunal constitucional, preserve a validade de uma lei que, na sua leitura mais óbvia, seria inconstitucional. Nessa hipótese, o tribunal, simultaneamente, infirma uma das interpretações possíveis, declarando-a inconstitucional, e afirma outra, que compatibiliza a norma com a Constituição.

    CERTO. Trata-se do conceito de interpretação conforme a Constituição.

    D) Aplicando o princípio da efetividade, entre interpretações alternativas e plausíveis, deverá o intérprete constitucional prestigiar aquela que permita a atuação da vontade constitucional, evitando, no limite do possível, soluções que se refugiem no argumento da não autoaplicabilidade da norma ou na ocorrência de omissão do legislador.

    CERTO. Trata-se do conceito do princípio da efetividade.

    GABARITO DO PROFESSOR: letra A.

  • A alternativa B, ao meu ver, está errada. Perquirir o espírito da norma remete a interpretação teleológica. Interpretação gramatical e sinônimo de interpretação literal.
  • Bom, a letra A está erradíssima, mas a letra B não fica atrás.

    O examinador usou o conceito de interpretação gramatical de Barroso, sem mencionar que era um conceito de Barroso, bem diferente do conceito adotado pela doutrina majoritária

    Affemaria. Isso é mta injustiça com o candidato.


ID
3347374
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre a organização dos Poderes, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas.


( ) As imunidades, enquanto garantias institucionais conferidas ao Poder Legislativo a partir da posse, são irrenunciáveis e perduram até o fim do mandato.

( ) Compete ao Tribunal de Contas da União julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal.

( ) O Superior Tribunal de Justiça é composto por 33 ministros nomeados pelo Presidente da República, escolhidos entre juízes dos Tribunais Regionais Federais, desembargadores dos Tribunais de Justiça, advogados e membros do Ministério Público.

( ) A substituição do presidente da República ocorre quando há um impedimento temporário, que pode ser voluntário ou involuntário. Já a sucessão é definitiva e se dá com a vacância do cargo, hipótese em que apenas o vice-presidente pode suceder o presidente de forma definitiva.


Assinale a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • questao nula

    são no mínimo 33 ministros no STJ e nao 33

  • Gabarito: Letra A (F, V, V, V).

    1) FALSA: Os Deputados Federais e Senadores detêm "Imunidade Formal" e "Imunidade Material", desde a expedição do diploma. Constituição Federal: Art. 53:

    "Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Imunidade Material)

    §1º. Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. (Foro por Prerrogativa de Função)

    §2º. Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão (...)" (Imunidade Formal). 

    2) VERDADEIRA: Constituição Federal. Art. 71, inciso II:

    "Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...).

    II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público (...)".

    Segue o restante:

  • 3) VERDADEIRA: Constituição Federal. Art. 104, parágrafo único, incisos I e II.

    "Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.

    Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:

    I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;

    II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94".

    4) VERDADEIRA: Constituição Federal. Artigo 79:

    Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.

    OBS: Somente o Vice-Presidente sucede definitivamente o Presidente da República, isso porque, em havendo sucessão de ambos os cargos, convocar-se-á eleição, direta ou indireta, na forma do artigo 81:

    "Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

    § 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.

    § 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores".

  • (F) As imunidades, enquanto garantias institucionais conferidas ao Poder Legislativo a partir da posse (não) expedição do diploma, são irrenunciáveis (sim) e perduram até o fim do mandato.

    As imunidades realmente são IRRENUNCIÁVEIS, entretanto os seus efeitos temporais podem se prolongar no tempo, como acontece na imunidade material. Logo, não podemos afirmar que aS imunidadeS, FORMAL E MATERIAL, perduram apenas até o fim do mandato.

    No que tange à irrenunciabilidade de imunidades:

    Segundo, Alexandre de Moraes, "As prerrogativas parlamentares protegem exclusivamente um bem público, a instituição, e como tais, não são suscetíveis de renúncia".

    Direito constitucional / Alexandre de Moraes. - 34. ed, Atlas, 2018.

    De acordo com Gilmar Mendes, "a imunidade não é concebida para gerar um privilégio ao indivíduo que por acaso esteja no desempenho de mandato popular; tem por escopo, sim, assegurar o livre desempenho do mandato e prevenir ameaças ao funcionamento normal do Legislativo".

    Gilmar Ferreira Mendes, Saraiva, 2015

    As imunidades são dividas em material e formal, quanto aos efeitos temporais:

    a) Da imunidade material: De acordo com a lição de Uadi Lammêgo , os efeitos da imunidade material se prologariam no tempo. Nesse sentido, mesmo após o término da legislatura, o parlamentar não poderia sofrer incriminações pelas palavras e votos que ocorreram no exercício de sua atuação funcional. 

    b) Da imunidade formal: Já a imunidade processual lograria seus efeitos em dimensão limitada, pois protege o parlamentar somente no período de exercício do mandato.

    Bulos, Uadi Lammêgo - Curso de direito constitucional - 9. ed. Saraiva, 2015


ID
3347377
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto aos contratos administrativos e sua disciplina legal pela Lei Nº 8.666 de 21 de junho de 1993, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B.

    Letra A - Incorreta: não achei previsão legal.

    Letra B - Correta: Aparentemente é cópia de uma doutrina do "Passei Direito", mas não obtive acesso.

    Letra C e D - Incorretas: Art. 58 da Lei Federal n° 8.666/93:

    "Art. 58.  O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:

    I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;

    II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;

    III - fiscalizar-lhes a execução;

    IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;

    V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.

    § 1  As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.

    § 2 . Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual".

  • GABARITO: "B"

    A) incorreta (acho que a assertiva tentou confundir com o conceito de compra)Art. 6   Para os fins desta Lei, considera-se:[...] II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais;[...]

    III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente;

    B) correta- Art. 1  Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

    Parágrafo único.  Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

    Fonte: 8.666/93

  • Eu entendo que não há alternativa correta.

    A lei aplicável, pois, às estatais que exploram atividade econômica (empresas públicas e sociedade de economia mista), é a LEI No 13.303, DE 30 DE JUNHO DE 2016, que dispõe: "sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios."

    A lei supracitada contém capítulo próprio para licitações, considerando justamente a peculiaridade dessas pessoas em relação àquelas que prestam serviço público, eis que se encontram em regime jurídico preponderantemente privado, devendo-se evitar prejuízos injustificados à livre concorrência e à ordem econômica.

    Referida lei, portanto, derrogou a lei 8.666 no que diz respeito à aplicação às estatais de modo genérico. Em verdade, a 8.666 apenas se aplica de modo excepcional, quando a própria lei, de modo expresso, faz referência a ela.

    Ex: "Art. 41. Aplicam-se às licitações e contratos regidos por esta Lei as normas de direito penal contidas nos  arts. 89  99 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993 ".

    estou enganado?

  • CERTO: B

    B) RUI CIRNE LIMA foi quem fixou o alcance da expressão "pessoas administrativas". São pessoas administrativas a União, Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, porque exercem administração pública. Mais do que isso, ou além disso, são pessoas políticas (dotadas de poder legislativo). Mas são também pessoas administrativas as criaturas legais incumbidas de exercer atividade administrativa: autarquias, fundações públicas e empresas estatais. Na medida em que exercem função administrativa, são pessoas administrativas e submetem-se a igual regime, o administrativo, com todas as suas restrições, ônus, encargos, limitações, prerrogativas e poderes instrumentais (necessários à plena eficácia da lei que devem cumprir e fazer cumprir. 

    FUNDEB apenas pegou um conceito doutrinário fundo de garagem, que ninguém ouviu falar, a não ser ele mesmo e seus alunos, e jogou na prova. É desesperador o que essa banca faz para afundar o candidato...

    C) a prerrogativa de ocupar provisoriamente bens nos casos de serviços essenciais e não todo e qualquer objeto de contrato administrativo.

  • Na verdade eu discordo do gabarito, pois da forma como foi redigida a alternativa B dá a entender que todos os contratos das exploradoras de atividade econômica serão contratos administrativos, o que não procede.

    O regime jurídico administrativo somente caberá para as atividades-meio dessas empresas, quando atuam na função administrativa.

    Já pensou comprar e vender petróleo com base em contrato administrativo? Abrir conta em banco? Locar peça comercial?

  • Muita dúvida nessa questão. Peçam comentário do professor

  • Eis os comentários sobre cada opção:

    a) Errado:

    Confira-se o que se deve entender por serviços, nos termos do art. 6º, II, da Lei 8.666/93:

    "Art. 6o  Para os fins desta Lei, considera-se:

    (...)

    II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais;"

    Ora, em sendo o serviço uma atividade, é evidente que o contrato de serviços jamais poderia consistir na aquisição de bens, tal como sugerido neste item da questão, o que o torna equivocado. O conceito exposto, em rigor, assemelha-se ao contrato de compra de bens pela Administração.

    b) Errado:

    Foi tida como acertada pela Banca. No entanto, discordo do entendimento adotado. Vejamos:

    De início, é importante dizer que, de fato, as empresas estatais exploradoras de atividades econômicas devem, em princípio, se submeter ao dever de licitar, o que encontra fundamento constitucional no art. 37, XXI, da CRFB, que se destina a toda a Administração Pública, direta ou indireta, o que abarca, portanto, as pessoas administrativas que desenvolvem atividades econômicas.

    No mesmo sentido, ainda, o art. 1º da Lei 8.666/93, que contempla expressamente empresas estatais, sem estabelecer distinções quanto ao objeto de cada uma delas, litteris:

    "Art. 1o  Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

    Parágrafo único.  Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios."

    Sem embargo, com o advento da Lei 13.303/2016 (Estatuto das Estatais), as regras pertinentes ao tema das licitações passaram a constar expressamente deste diploma, que tem, é claro, caráter especial sobre a Lei 8.666/93, de maneira que, no atual cenário, não me parece acertado dizer que a Lei Geral de Licitações aplique-se, de forma genérica, no tocante às empresas estatais exploradoras de atividades econômicas.

    A propósito, confira-se o teor do art. 28 da Lei 13.303/2016:

    "Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às empresas públicas e às sociedades de economia mista, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação de bens, à alienação de bens e ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras a serem integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais bens, serão precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 29 e 30."

    Para além deste primeiro equívoco, também não me parece correto dizer que os contratos celebrados pelas entidades que desenvolvem atividades econômicas sejam dotados dos mesmos "privilégios normalmente atribuídos às pessoas que prestam serviços públicos".

    Nesse sentido, eis a doutrina de Rafael Oliveira:

    "Em relação aos contratos celebrados pelas empresas estatais, a respectiva natureza jurídica depende da atividade desenvolvida. As estatais econômicas somente celebram contratos privados da Administração, despidos, em regra, das cláusulas exorbitantes e regidos, predominantemente, por normas de direito privado (art. 62, §3º, I, da Lei 8.666/93), tendo em vista a submissão ao mesmo regime jurídico das empresas privadas (art. 173, §1º, II, da CRFB)."

    Do exposto, não vejo como concordar com o acerto da presente opção, malgrado tenha sido considerada correta pela Banca.

    c) Errado:

    O equívoco aqui repousa em sustentar que a prerrogativa de ocupação provisória de bens destine-se a todo e qualquer contrato administrativo, quando, na verdade, refere-se apenas a serviços essenciais, o que se vê do art. 58, V, da Lei 8.666/93:

    "Art. 58.  O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:

    (...)

    V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.

    d) Errado:

    Assertiva que diverge frontalmente do teor do art. 58, §1º, da Lei 8.666/93:

    "Art. 58 (...)
    § 1o  As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado."


    Gabarito do professor: sem resposta correta

    Gabarito oficial: B

    Referências Bibliográficas:

    OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito Administrativo. 5ª ed. São Paulo: Método, 2017, p. 133.


ID
3347380
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a alternativa em que as noções aplicadas à organização funcional dos agentes e servidores públicos estão corretamente descritas.

Alternativas
Comentários
  • GAB: C

    Quanto à A - Não é toda função que pressupõe a existência de um cargo. Como exemplo podemos elencar a contratação temporária. Nesse caso, os contratados exercem APENAS uma função pública.

    Quanto à B - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

    Quanto à D - O correto seria Recondução.

  • LETRA A: CICLOS: "A função pública é o conjunto de atividades atribuídas a um cargo ou emprego público, isolado ou decarreira, para provimento efetivo, vitalício ou em comissão. Com efeito, pode-se definir que todo cargo ou emprego público deve ter função estipulada por lei, que corresponde às tarefas a serem executadas pelo servidor público que, de forma lícita, o ocupar. Trata-se da atividade pública, propriamente dita e, cada uma destas funções, deve ser criada e extinta mediante a edição de lei, haja vista integrar a estrutura organizacional da Administração Pública, para cumprimento de suas finalidades".

    LETRA B: O art. 3o da Lei n o 8.112/1990 define o cargo público como sendo o conjunto de atribuições e Responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor..

    LETRA C: CORRETA.

    LETRA D:

    READAPTAÇÃO: investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental,verificada em inspeção médica".

    RECONDUÇÃO (correto): Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante.

  • Gabarito: C

    Readaptação → limitação física ou mental.

  • Comissionado, relação de apadrinhamento e trocas políticas, em uma boa parte não sabem nem o que estão fazendo lá.

    Respício que ainda existe da administração patrimonialista. Isso tem que acabar logo!

  • GABARITO: LETRA C

    COMPLEMENTANDO:

    Seção X

    Da Recondução

    Art. 29.  Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

    I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

    II - reintegração do anterior ocupante.

    Parágrafo único.  Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.

    FONTE: LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990. 

  • Entendo que, na alternativa 'c', a utilização de "podendo" - ao invés de "devendo", torna a assertiva incorreta.

  • Analisemos cada uma das alternativas propostas:

    a) Errado:

    Não é verdade que toda função pressuponha a existência de cargos. Pode haver exercício de função pública sem estar atrelada a um determinado cargo. A este respeito, Maria Sylvia Di Pietro ensina:

    "No entanto, ao lado do cargo e do emprego, que têm uma individualidade própria, definida em lei, existem atribuições também exercidas por servidores públicos, mas sem que lhes corresponda um cargo ou emprego. Fala-se, então, em função dando-se-lhe um conceito residual: é o conjunto de atribuições às quais não corresponde um cargo ou emprego."

    b) Errado:

    Os cargos públicos não são formados por carreiras, como aqui sustentado, mas sim o oposto. As carreiras é que são compostas por um conjunto de cargos públicos. Estes últimos, na realidade, são, de acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello "as mais simples e indivisíveis unidades de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo, com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de Direito Público e criadas por lei(...)"

    c) Certo:

    Realmente, os cargos em comissão destinam-se a serem ocupados por servidores de maneira transitória, eis que sujeitos a livre nomeação e exoneração por parte da autoridade competente. Ademais, de fato, têm por objetivo o desempenho de funções de chefia, direção e assessoramento, tudo nos termos do art. 37, II e V, da CRFB:

    "Art. 37 (...)
    II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;  

    (...)

    V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;"

    d) Errado:

    O conceito exposto neste item vem a ser pertinente, na verdade, à chamada recondução, conforme expresso no art. 29 da Lei 8.112/90:

    "Art. 29.  Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

    I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

    II - reintegração do anterior ocupante."

    De seu turno, a readaptação está conceituada no art. 24 do mesmo diploma legal, in verbis

    "Art. 24.  Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica."


    Gabarito do professor: C

    Referências Bibliográficas:

    BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 30ª ed. São Paulo: Malheiros, 2002, p. 259.

    DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2013, p. 594.


ID
3347383
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Urbanístico
Assuntos

“É preciso então que se entenda que o plano diretor, muito mais do que instrumento técnico e / ou método de organização territorial, é o processo sociopolítico pelo qual se determina e se preenche o conteúdo para o exercício dos direitos individuais de propriedade imobiliária urbana. O plano diretor, portanto, não se reduz à mera lei reguladora do uso, parcelamento e ocupação do solo urbano, mas também, e sobretudo, deve ser uma lei fundiária essencial, responsável pela garantia das funções sociais da cidade para a totalidade do território municipal.”

FERNANDES, Edésio. Estatuto da Cidade: razão de descrença ou otimismo? Adicionando complexidades à reflexão sobre a efetividade da lei. FDUA – Fórum de Direito Urbano e Ambiental 47, set.-out./2009. p. 22.


Considerando esse contexto, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gaba: B - "O plano diretor é obrigatório para cidades com até 20.000 habitantes, integrantes de aglomerações urbanas e de áreas de interesse turístico."

    Estatuto da cidade,

    "Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:,

    [...]

    IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico;"

  • Um outro erro na questão é que o plano diretor é obrigatório para cidades com MAIS de 20 mil habitantes e não para cidades com ATÉ 20 mi.

    Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:

    I – com mais de vinte mil habitantes;

  • Letra D:

    § 2  No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido.


ID
3347386
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em relação à classificação dos atos administrativos apresentada pela doutrina especializada, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra C (Incorreta).

    Letra C - Incorreta: Para mim, a resposta estaria na seguinte lição de José dos Santos Carvalho Filho (Manual de Direito Administrativo, 25ª ed. 2012, p. 125), vejamos: "(...)1.3. Instruções, Circulares, Portarias, Ordens de Serviço, Provimentos e Avisos. Todos esses atos servem para a Administração organize sua atividade e seus órgãos, e, por essa razão, são denominados por alguns autores de ordinatórios. Apesar de auxiliarem a Administração a definir melhor sua organização interna, a verdade é que, na prática, encontramos muitos deles ostentando caráter normativo, fato que provoca a imposição de regras gerais e abstratas (...)".

    OBS: Desse modo, em que pesem na prática assume caráter normativo (geral e abstrato), em verdade, regulam internamente a Administração Pública, logo, sujeitos determinados (e não indeterminados como afirmou a questão).

    Letra A - Correta: Conforme lição de José dos Santos Carvalho Filho (Manual de Direito Administrativo, 25ª ed. 2012, p. 128), vejamos: "(...). Atos de império são os que se caracterizam pelo poder de coerção decorrente do poder de império (ius imperii), não intervindo a vontade dos administrados para a sua prática. (...). Não tendo a coercibilidade dos atos de Império, os atos de gestão reclamam na maioria das vezes soluções negociadas, não dispondo o Estado da garantia da unilateralidade que caracteriza sua atuação (...)".

    Letra B - Correta: Quanto a Classificação dos Efeitos dos Atos Administrativos, temos a seguinte lição de José dos Santos Carvalho Filho (Manual de Direito Administrativo, 25ª ed. 2012, p. 131), vejamos: "(...). Atos constitutivos são aqueles que alteram uma relação jurídica, criando, modificando ou extinguindo direitos. Exemplo: a autorização, a sanção disciplinar, o ato de revogação (...)".

    Letra D - Correta: Conforme lição de Carvalho Filho (2010, p. 143) (Fonte: ): "(...). A valoração incidirá sobre o motivo e o objeto do ato, de modo que este, na atividade discricionária, resulta essencialmente da liberdade de escolha entre alternativas igualmente justas, traduzindo, portanto, um certo grau de subjetivismo (...)".

  • Exemplo de atos concretos, as instruções normativas regulam uma quantidade indeterminada de pessoas que se encontram na mesma situação jurídica.

    Atos normativos.

  • GABARITO: LETRA C!

    Complementando:

    Referente à alternativa C:

    Exemplo de atos concretos, as instruções normativas regulam uma quantidade indeterminada de pessoas que se encontram na mesma situação jurídica.

    Os atos gerais são dotados de “generalidade e abstração”, tal como as leis, destinando-se a destinatários indeterminados, que lhe estarão submetidos se se enquadrarem nas hipóteses abstratamente previstas pelo ato.

    Por apresentarem hipóteses normativas abstratas, são também denominados atos normativos: aproximam-se das leis quanto ao aspecto material, diferindo quanto ao aspecto formal [vez que as leis são editadas pelo PL], enquanto que esses atos administrativos ditos normativos emanam de órgão ou entidade da AP.

    Embora se assemelhem materialmente às leis pela generalidade e abstração, os atos administrativos ditos normativos não podem inovar a ordem jurídica, criando direitos e obrigações sem qualquer respaldo da lei. Tratando-se de exercício de função administrativa [e não legislativa], eles continuam limitados ao conteúdo da lei, cabendo-lhes apenas dar fiel execução.

    Exemplos: decretos regulamentares, instruções normativas, resoluções administrativas, etc.

  • Complemento..

    a) Nos atos de Império a administração age com supremacia.

    ex: Fechar um estabelecimento comercial que vende mercadoria estragada.

    Nos atos de Gestão a administração age sem supremacia na qualidade de particular.

    Locar um galpão para guardar viaturas.

    -------------------------------------------------------------------------

    b) Atos constitutivos são aqueles que alteram uma relação jurídica, criando, modificando ou extinguindo direitos.

    A doutrina de Mazza separa assim:

    atos constitutivos: criam novas situações jurídicas. Exemplo: admissão de aluno em escola pública

    atos extintivos ou desconstitutivos: extinguem situações jurídicas. Exemplo: demissão de servidor;

    atos declaratórios ou enunciativos: visam preservar direitos e afirmar situações preexistentes. Exemplos: certidão e atestado;

    Essas divisões variam a depender do doutrinador.

    -----------------------------------------------------------------------------

    c) Exemplo de atos concretos, as instruções normativas regulam uma quantidade indeterminada de pessoas que se encontram na mesma situação jurídica.

    Cara, existe a Instrução x Instrução Normativa

    As Normativas -  atos expedidos por quaisquer autoridades públicas ou órgãos públicos que tenham atribuição legal para a execução de decretos e regulamentos ( 290 )

    E

    As consideradas ordinatórias ( Colega citou - tratadas por algumas doutrinas como a do José D. C. Filho )

    exemplos : instruções normativas expedidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil para estabelecer normas referentes às suas atividades.

    ---------------------------------------------------------------------------------

    d) Um exemplo: Um fiscal da vigilância Sanitária ao encontrar uma mercadoria irregular tem a opção de aplicar uma dentre três sanções possíveis.

    ---------------------------------------------------------------------------------

    CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 2.ed. Bahia: editora JusPODIVM 2015.

    MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo, 2ª edição. São Paulo. Editora Saraiva, 2012.

  • Não tendo a coercibilidade dos atos de império,

    PRA MIM, isso já deixou errado a A

  • Vejamos cada opção:

    a) Certo:

    Realmente, nos atos de gestão, a Administração situa-se em um plano de igualdade jurídica em relação ao particular, motivo pelo qual não dispõe do atributo da coercibilidade. Por isso mesmo, está correto dizer que, nesses casos, adotam-se soluções negociadas, bem como está ausente a unilateralidade que marca, em regra, a atuação administrativa.

    Aqui se inserem, por exemplo, os atos negociais, como a autorização de uso de bem público e a exoneração a pedido de um servidor.

    b) Certo:

    O conceito aqui exposto não possui qualquer equívoco a ser apontado, estando em perfeita conformidade com os ensinamentos doutrinários, como se vê da lição exposta por Maria Sylvia Di Pietro:

    "Ato constitutivo é aquele pelo qual a Administração cria, modifica ou extingue um direito ou uma situação do administrado."

    c) Errado:

    As Instruções Normativas, na realidade, vêm a constituir exemplos de atos gerais ou abstratos, e não de atos concretos ou individuais. Isto porque são editadas, justamente, com as características de generalidade e abstração, e não para disciplinarem uma dada situação jurídica específica.

    d) Certo:

    O conteúdo deste item não padece de incorreções. De fato, a doutrina majoritária sustenta que a discricionariedade incide sobre os elementos motivo e objeto dos atos administrativos (há quem diga, todavia, que a forma também seria passível de discricionariedade, mas, pensamos, cuida-se de posição minoritária).

    No mais, a assertiva apresenta a essência do que vem a ser a discricionariedade, vale dizer, a possibilidade, nos limites da lei, de eleger a providência que, dentre as possíveis e legítimas, melhor atenda, no caso concreto, ao interesse público.


    Gabarito do professor: C

    Referências Bibliográficas:

    DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2013, p. 233.

  • Ato normativo: possui autonomia jurídica + generalidade abstrata + impessoalidade.

    Ex: resoluções, instruções normativas etc.


ID
3347389
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Para garantir a utilização do meio ambiente ecologicamente equilibrado pelas presentes gerações, sem prejudicar o direito das futuras gerações, tanto doutrina quanto legislação tratam de diversos instrumentos aptos a concretizar tal intento.


Na análise dos estudos e licenciamentos ambientais, são considerados os seguintes aspectos, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D (Incorreta). 

    Letra D – Incorreta: “(...). O que se pode dizer é que, a rigor, a licença ambiental é realmente uma licença administrativa, especialmente por seu caráter definitivo, cujo cancelamento pode gerar direito do particular a receber uma indenização (...)” (Marcelo Abelha. Direito Ambiental Esquematizado. 2013. p. 611).

    OBS: Em que pese a complexidade do tema, a doutrina acima entende ser possível sim uma "licença ambiental vinculada", porém, é claro, surgindo situações que justifiquem eventual anulação/revogação da licença, essa poderá ser cancelada, analisando-se, caso a caso, eventual direito à indenização do empreendedor, nos termos do artigo 19, da Resolução CONAMA n° 237/97.

    "Art. 19 – O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer:

    I - Violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais.

    II - Omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da licença.

    III - superveniência de graves riscos ambientais e de saúde".

  • A letra "D" está incorreta.

    Sabe-se que a realização do EIA/RIMA não confere direito ao deferimento da licença ao empreendedor, até porque o estudo é elaborado pelo particular, em interesse próprio. Todavia, caso o EIA/RIMA seja aprovado pelo órgão do meio ambiente competente, será obrigatória a expedição da licença ambiental.

  • Em regra, a licença ambiental é marcada como ato administrativo discricionário, e não como ato administrativo vinculado, aspecto característico da licença administrativa.

    Celso Antônio Pacheco Fiorillo, com relação à discricionariedade da licença ambiental, diz que a existência de um EIA/RIMA favorável condiciona a autoridade à outorga da licença ambiental, existindo, dessa feita, o direito do empreendedor desenvolver sua atividade econômica. Tem-se nessa hipótese o único caso de uma licença ambiental que vincula. De fato, se a defesa do meio ambiente é limitadora da livre iniciativa (art. 170, VI), e inexistem danos àquele, não haverá razão para que o empreendimento não seja desenvolvido (2003, p. 64).

  • Eu achei a letra C estranha, a palavra insuprimíveis para mim torna a questão errada, uma vez que, pode haver o licenciamento de forma simplificada.

  • A C está errada. existe licenciamento bifasico (só LP e LI por ex) e monofasico (LAS licença ambiental simplificada).

  • Naray Pereira,CONCORDO com vc. Ora, não cabe restringir o conceito, quando na assertiva não delimita.

    Onde já se viu falar que a licença ambiental simplificada tem três fases ????

  • Alguém sabe o fundamento para a letra A) ser considerada correta ??

  • Sobre a Alternativa C

    Resolução 237/97

    Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças:

    I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;

    II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantesda qual constituem motivo determinante;

    III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

    Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade. (não existe supressão como aduz a alternativa)

  • O banquinha ruim. Deus me free!

  • C e D incorretas. Questão anulável.

    Pode haver procedimento de licenciamento bifásico, por exemplo.

    Estudo com resultado favorável é diferente de estudo aprovado. Logo, não vincula o o deferimento do pedido de licença.


ID
3347392
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Urbanístico
Assuntos

De acordo com o Estatuto da Cidade, Lei Nº 10.257 de 10 de julho de 2001, que estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Estatuto das Cidades

    Art. 46. O poder público municipal poderá facultar ao proprietário da área atingida pela obrigação de que trata o caput do art. 5 desta Lei, ou objeto de regularização fundiária urbana para fins de regularização fundiária, o estabelecimento de consórcio imobiliário como forma de viabilização financeira do aproveitamento do imóvel.                   

    § 1  Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de planos de urbanização, de regularização fundiária ou de reforma, conservação ou construção de edificação por meio da qual o proprietário transfere ao poder público municipal seu imóvel e, após a realização das obras, recebe, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas, ficando as demais unidades incorporadas ao patrimônio público.               

    § 2  O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário será correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras.                  

    § 3  A instauração do consórcio imobiliário por proprietários que tenham dado causa à formação de núcleos urbanos informais, ou por seus sucessores, não os eximirá das responsabilidades administrativa, civil ou criminal      

  • GABARITO LETRA 'A'

    ESTATUTO DA CIDADE

    A Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. CORRETA

    Art. 10

    B Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de planos de urbanização, de regularização fundiária ou de reforma, conservação ou construção de edificação por meio do qual o proprietário transfere ao incorporador privado seu imóvel e, após a realização das obras, recebe como pagamento unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas, ficando as demais unidades transferidas ao incorporador privado. INCORRETA

    Art. 46. (...) § 1  Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de planos de urbanização, de regularização fundiária ou de reforma, conservação ou construção de edificação por meio da qual o proprietário transfere ao poder público municipal seu imóvel e, após a realização das obras, recebe, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas, ficando as demais unidades incorporadas ao patrimônio público.     

    C Considerando a intenção legítima de regularizar a situação na ocupação, a instauração do consórcio imobiliário por proprietários que tenham dado causa à formação de núcleos urbanos informais, ou por seus sucessores, os eximirá das responsabilidades administrativa, civil ou criminal. INCORRETA

    Art. 46. (...) § 3  A instauração do consórcio imobiliário por proprietários que tenham dado causa à formação de núcleos urbanos informais, ou por seus sucessores, NÃO os eximirá das responsabilidades administrativa, civil ou criminal      

    D A adoção, pelo município, do parcelamento e edificação compulsórios, imposto sobre a propriedade territorial urbana progressivo no tempo, e desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública decorre da aplicação direta do Estatuto da Cidade, não havendo necessidade de previsão ou delimitação de áreas específicas em plano diretor. INCORRETA

    Art. 5. Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação.

  • Fique esperto !

    - Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (usucapião especial urbano ATÉ 250m e 5 anos)

    -  Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.    (usucapião coletivo INFERIOR a 250m e há mais de 5 anos)

  • e esperto !

    - Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (usucapião especial urbano ATÉ 250m e 5 anos)

    -  Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.    (usucapião coletivo INFERIOR a 250m e há mais de 5 an

  • Gab. A

    a) Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.✅

    b) Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de planos de urbanização, de regularização fundiária ou de reforma, conservação ou construção de edificação por meio do qual o proprietário transfere ao incorporador privado❌ seu imóvel e, após a realização das obras, recebe como pagamento unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas, ficando as demais unidades transferidas ao incorporador privado.

    poder público municipal

    incorporadas ao patrimônio público.  

    c) Considerando a intenção legítima de regularizar a situação na ocupação, a instauração do consórcio imobiliário por proprietários que tenham dado causa à formação de núcleos urbanos informais, ou por seus sucessores, os eximirá das responsabilidades administrativa, civil ou criminal.

    De forma alguma os eximirá.

    Art. 46. § 3  A instauração do consórcio imobiliário por proprietários que tenham dado causa à formação de núcleos urbanos informais, ou por seus sucessores, não os eximirá das responsabilidades administrativa, civil ou criminal.

    d) A adoção, pelo município, do parcelamento e edificação compulsórios, imposto sobre a propriedade territorial urbana progressivo no tempo, e desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública decorre da aplicação direta do Estatuto da Cidade, não havendo necessidade de previsão ou delimitação de áreas específicas em plano diretor.

    Art. 5. Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação.


ID
3347395
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

A partir do estudo em matéria ambiental da Lei Nº 12.651 de 25 de maio de 2012, com suas alterações posteriores, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra C (Correta).

    Letra C - Correta: Art. 27, da Lei Federal n° 12.651/2012: "Art. 27. Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supressão de vegetação que abrigue espécie da flora ou da fauna ameaçada de extinção, segundo lista oficial publicada pelos órgãos federal ou estadual ou municipal do Sisnama, ou espécies migratórias, dependerá da adoção de medidas compensatórias e mitigadoras que assegurem a conservação da espécie".

    Letra A - Incorreta: Art. 64, da Lei Federal n° 12.651/2012: "Art. 64. Na Reurb-S dos núcleos urbanos informais que ocupam Áreas de Preservação Permanente, a regularização fundiária será admitida por meio da aprovação do projeto de regularização fundiária, na forma da lei específica de regularização fundiária urbana". OBS: É admitido, desde que por meio de aprovação do Projeto de Regularização Fundiária, nos termos da Lei Federal n° 13.465/2017.

    Letra B - Incorreta: Art. 25, da Lei Federal n° 12.651/2012: " Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural - CAR, no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento". OBS: o CAR - Cadastro Ambiental Rural é obrigatório para todos os imóveis rurais.

    Letra D - Incorreta: Conforme recente Súmula do STJ, a obrigação ambiental é propter rem, podendo ser responsabilizado qualquer "devedores solidários" à escolha do credor: "SÚMULA N. 623. As obrigações ambientais possuem natureza propter rem, sendo admissível cobrá-las do proprietário ou possuidor atual e/ou dos anteriores, à escolha do credor".

  • Gab C.

    Regularização Fundiária de Interesse Social (REURB-S)

    Regularização Fundiária de Interesse Específico (REURB-E)

  • GAB. C

    A Nas Reurb-S dos núcleos urbanos informais que ocupam Áreas de Preservação Permanente, não será admitida a regularização fundiária, devendo ser retirados os ocupantes de referida área e realocados em imóveis previamente previstos em lei específica de regularização fundiária urbana. ❌

     Código Florestal. Art. 64. ...será admitida por meio da aprovação do projeto de regularização fundiária, na forma da lei específica de regularização fundiária urbana

    B O Cadastro Ambiental Rural é registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório somente para os imóveis rurais acima de 150 hectares, com a finalidade de integrar as informações ambientais das grandes propriedades rurais e propiciar o planejamento ambiental e econômico das áreas em questão. ❌

    Código Florestal. Art. 29.... obrigatório para todos os imóveis rurais, .... 

    C Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supressão de vegetação que abrigue espécie da flora ou da fauna ameaçada de extinção, segundo lista oficial publicada pelos órgãos federal, estadual ou municipal do Sisnama, ou espécies migratórias, dependerá da adoção de medidas compensatórias e mitigadoras que assegurem a conservação da espécie.

    Art. 27 do Código Florestal

    D Por se constituir como obrigação propter rem, o ônus de conservação da reserva legal com cobertura de vegetação nativa é outorgado apenas ao proprietário do imóvel rural, pelo que, na prática, fica impedido o órgão ambiental de aplicar eventuais sanções a meros posseiros que degradem as áreas ocupadas a título precário. ❌

    STJ SÚM. Nº 623. As obrigações ambientais possuem natureza propter rem, sendo admissível cobrá-las do proprietário ou possuidor atual e/ou dos anteriores, à escolha do credor.

    Letra A - Incorreta: Art. 64, da Lei Federal n° 12.651/2012: "Art. 64. Na Reurb-S dos núcleos urbanos informais que ocupam Áreas de Preservação Permanentea regularização fundiária será admitida por meio da aprovação do projeto de regularização fundiária, na forma da lei específica de regularização fundiária urbana"OBS: É admitido, desde que por meio de aprovação do Projeto de Regularização Fundiária, nos termos da Lei Federal n° 13.465/2017.

    Letra B - Incorreta: Art. 25, da Lei Federal n° 12.651/2012: " 

    Letra D - Incorreta:

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!


ID
3347398
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir relativas às relações trabalhistas, contrato de trabalho e equiparação salarial.


I. A existência de quadro de carreira organizado não representa obstáculo à equiparação salarial, tampouco ao pedido de reenquadramento, quando o empregado se sentir preterido em eventual promoção ou quando discordar da forma como o empregador interpretou os critérios do quadro de carreira.

II. Na hipótese de empregado readaptado, o empregador não está promovendo diferenciações ilegítimas, mas, sim, dignificando a pessoa do trabalhador, pelo que o empregado pode vir a receber salário superior, sem discriminação quanto aos demais empregados que exerçam idêntica função.

III. Com o advento da Lei Nº 13.467, de 13/07/2017, a equiparação salarial passa a ter dois critérios temporais: diferença na função, superior a três anos, e diferença de tempo no emprego, superior a seis anos.

IV. O paradigma, que serve de modelo para fins de equiparação salarial, é identificado como o empregado que, não obstante o exercício de idêntica função, ganhe salário superior a outro colega nas mesmas condições.


Estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • I. A existência de quadro de carreira organizado não representa obstáculo à equiparação salarial, tampouco ao pedido de reenquadramento, quando o empregado se sentir preterido em eventual promoção ou quando discordar da forma como o empregador interpretou os critérios do quadro de carreira. ERRADA

    Art. 461. Art. 461. Sendo identica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. 

    (...)

    § 2  Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. 

    II. Na hipótese de empregado readaptado, o empregador não está promovendo diferenciações ilegítimas, mas, sim, dignificando a pessoa do trabalhador, pelo que o empregado pode vir a receber salário superior, sem discriminação quanto aos demais empregados que exerçam idêntica função. CORRETA

    § 4o - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiencia física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdencia Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial.

    III. Com o advento da Lei No 13.467, de 13/07/2017, a equiparação salarial passa a ter dois critérios temporais: diferença na função, superior a três anos, e diferença de tempo no emprego, superior a seis anos. ERRADA

    § 1  Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. 

    V. O paradigma, que serve de modelo para fins de equiparação salarial, é identificado como o empregado que, não obstante o exercício de idêntica função, ganhe salário superior a outro colega nas mesmas condições. CORRETA

    Art. 461. Art. 461. Sendo identica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. 

    #Dica: IG @ilawcast (legislação em audio)

  • Honestamente fiquei em dúvida com relação ao item I em razão da Súmula 127/TST:

    27/TST - Quadro de pessoal organizado em carreira, aprovado pelo órgão competente, excluída a hipótese de equiparação salarial, não obsta reclamação fundada em preterição, enquadramento ou reclassificação.

    Acredito que o quadro organizado em carreira impede a equiparação, mas não a reclamação de preterição ou enquadramento.

    Caso alguém possua uma explicação mais concreta eu agradeço!

  • Gustavo, também fiquei com a mesma dúvida. A questão tratou como absoluto o quadro organizado de carreira, não considerando as exceções da súmula. No mínimo, contraditório o item. Paciência :(.

  • RESPOSTA: B

    Art. 461, CLT

    EQUIPARAÇÃO SALARIAL:

    REQUISITOS:

    1) Identidade de Função;

    2) Trabalho de Igual Valor;

    -Igual Produtividade

    -Mesma Perfeição Técnica

    -Com diferença de tempo:

    ->Na empresa: Não superior a 4 anos

    ->Na função: Não superior a 2 anos

    3) Mesmo empregador;

    4) Mesmo ESTABELECIMENTO empresarial;

    5) Sem distinção de:

    -Sexo (cabe multa de 50% do RGPS)

    -Etnia (cabe multa de 50% do RGPS)

    -Nacionalidade

    -Idade

    6) Contemporaneidade no serviço do equiparando e equiparado.

    7) Não cabe equiparação:

    -Quando a forma de salário for diferente (Ex. Por Hora X Por Tarefa)

    -Quando houver quadros de carreira ou PCS (Plano de Cargos e Salário) ---> Não necessita de HOMOLOGAÇÃO

    -Não cabe equiparação em cadeia (§ 5º).

    Obs 2. Readaptado não serve de paradigma de equiparação salarial.

    "A vitória está reservada para aqueles que estão dispostos a pagar o preço".

    ~A Arte da Guerra

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ID
3347401
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Considere as seguintes características apresentadas pela doutrina do estudo das espécies tributárias.


“a) São instituídos mediante a previsão legal de fatos típicos (em regra descritos na forma definidora de competência), que, uma vez ocorridos, dão nascimento à obrigação tributária; b) não se relacionam a nenhuma atuação estatal divisível e referível ao sujeito passivo; c) não se afetam a determinado aparelhamento estatal ou paraestatal, nem a entidades privadas que persigam fins reputados de interesse público.”

AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 103.


O trecho anterior reflete características de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    CTN >> Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

  • art. 16,CTN.

  • GABARITO: A.

    IMPOSTOS: Contributivo, independe da finalidade

    Tributos não vinculado: Fato gerador nao vinculado

    Tributos de arrecadaçao não vinculada: CF... art. 167 IV.

    Tributos de competência privativa: Cada ente vai instituir seus respectivos impostos.

    Art 16° Imposto é o tributo cuja obrigação independe de qualquer atividade estatel específica, relativa ao contribuinte (CTN).

  • Pressuposto a: todos os tributos são instituídos por lei: impostos, taxas, contribuições e empréstimos.

    Pressuposto b: As taxas se relacionam com a atuação do Estado (fato do Estado). Os impostos, contribuições e empréstimos compulsórios não estão atrelados à atividade prestada pelo Estado ao contribuinte.

    Pressuposto c: Contribuição visa financiar os benefícios voltados para segurados (afetado). Empréstimo compulsório visam ajudar o Estado em momento específico (afetado). Logo resta apenas imposto.

    Gabarito: A

  • "a) São instituídos mediante a previsão legal de fatos típicos (em regra descritos na forma definidora de competência), que, uma vez ocorridos, dão nascimento à obrigação tributária; b) não se relacionam a nenhuma atuação estatal divisível e referível ao sujeito passivo; c) não se afetam a determinado aparelhamento estatal ou paraestatal, nem a entidades privadas que persigam fins reputados de interesse público."

    1º destaque: já corta empréstimos compulsórios pois eles não possuem um rol taxativo, são criados mediantes as situações que se enquadrem no art 145, tanto que a lá diz que a União "poderá" instituí-los

    2º é imposto pois o fato gerador está previsto em lei, quando alguém o pratica caiu na arapuca, tem que pagar.

    3º corta taxa que conforme o art 145, II é exatamente serviço divisível prestado pela adm

    4º corta contribuições especiais pois elas tem a finalidade de financiar entidades privadas como o sistema S (senai, sesc) se sociais.

    Logo A

  • "São instituídos mediante a previsão legal de fatos típicos (em regra descritos na forma definidora de competência), que, uma vez ocorridos, dão nascimento à obrigação tributária".

    Apenas para registrar que ocorreu erro na redação da assertiva, porque o examinador, ao transcrever o trecho doutrinário, trocou NORMA por FORMA...


ID
3347404
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

“A LC 101/2000 veio sanar espaço punitivo contra o mau administrador público, pois estabelece ela requisitos imprescindíveis no âmbito financeiro público, para cumprimento pelos administradores. O político que gerencia o ente estatal como se fosse coisa sua passará a ter problemas sérios. O desequilíbrio orçamentário, o gasto excessivo com pessoal, as operações irresponsáveis de crédito, o descuido com o patrimônio público, tudo passa a ser fiscalizado e sancionado pela lei nova.”

OLIVEIRA, Regis Fernandes. Curso de Direito Financeiro. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014. p. 684.


Quanto à Lei de Responsabilidade Fiscal e o tratamento dado pela doutrina à matéria, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D (incorreta).

    Letra D (Incorreta): LRF. Artigo 4, §1°. "Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no  e: (...).

    § 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes".

    OBS: A alternativa suprimiu o trecho "e para os dois seguintes" e apontou que o Anexo de Metas Fiscais será integrado à LOA, mas é à LDO, conforme comentário da colega @luciana da silva.

    Letra A - Correta: LRF. Artigo 2°, inciso IV, alínea "b". "Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:(...).

    IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos: (...).

    b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional (...)".

    Letra B - Correta: LRF. Artigo 5°, §1°. "Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar: (...).

    §1o. Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual (...)".

    Letra C - Correta: De fato, não achei previsão sobre moeda, câmbio e contratos internacionais na LRF, porém não tenho certeza em qual lei essas questões foram regulamentadas, talvez nas Leis Federais n°s 6.385/1976 e 4.728/1965.

  • Obrigado @luciana da silva, já arrumei o comentário.

  • Integrará o projeto de lei orçamentária anual Integrará o projeto de lei diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem.


ID
3347407
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre os direitos reais disciplinados pelo Código Civil, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • B) Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho.

    C) Art. 1.295. O aqueduto não impedirá que os proprietários cerquem os imóveis e construam sobre ele, sem prejuízo para a sua segurança e conservação; os proprietários dos imóveis poderão usar das águas do aqueduto para as primeiras necessidades da vida.

    D) Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscrições.

    § 1 O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União, onde quer que ele se localize.

  • Gabarito: A

  • Na verdade, a assertiva A peca pela palavra "TODAS", conforme se infere do disposto no art. 1.258, do CC:

    Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção não superior à VIGÉSIMA PARTE deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o VALOR DA CONSTRUÇÃO EXCEDER o dessa parte, e responde por INDENIZAÇÃO que represente, também, o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente.

    Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e NÃO SE PUDER DEMOLIR a porção invasora sem grave prejuízo para a construção.

    A letra A é a menos, errada, porque inteiramente correta não está.

  • Resposta letra A.

    Os direitos de vizinhança têm por finalidade harmonizar conflitos de concorrências entre proprietários e vizinhos para que seja respeitado o convívio social entre todos.

    Dessa forma, tais institutos limitadores da propriedade, repercutem no aspecto material e processual, viabilizando medidas especificas para a proteção da propriedade prejudicada. Nos casos em que há uso anormal da propriedade, o prejudicado, poderá adotar três remédios processuais: ação de dano infecto, ação demolitória e a ação de nunciação de obra nova. Possibilitando ao prejudicado cessar o dano causado ou a reparação deste, sendo normatizados no art. 1280 do CCB. 

    Pela ação de nunciação de obra nova, o prejudicado, visa evitar abuso do direito de construir, embargando uma obra iniciada ou em execução, protegendo os seus interesses. Essa ação é cabível na existência de uma “obra nova”, devendo a mesma ser capaz de alterar o estado da coisa existente. Nos casos em que durante o tramite da ação, a obra nova for concluída, o procedimento processual continua cabível, sendo admissível a conversão em ação demolitória.

    A ação demolitória, por sua vez, visa a demolição de obra determinada que cause dano permanente ao prejudicado, ou, aos usuários das unidades vizinhas. Ocorrendo abuso no direito de construir caberá à ação demolitória, preservando o principio da normalidade do exercício do direito de propriedade. Sendo plenamente permitida a cumulação de uma obrigação de não fazer.

    Por outro lado, a ação de dano infecto, visa precaver um possível dano causado por um prédio em ruinas, em má conservação, portanto se estiver diante de um caso em que o mau estado do prédio coloque em risco a construção vizinha a ação é a de dano infecto. Além disso, visa à fixação de uma caução, nos casos de lesão ou de receio de lesão à propriedade, com fulcro nos arts. 1280 e 1281 do CCB.

    As medidas processuais cabíveis, consistem em uma ampla proteção relacionada com a segurança, sossego e a saúde dos habitantes dos imóveis vizinhos. Ocorrendo o excesso/abuso, o possuidor ou proprietário poderá tomar as medidas necessárias para a sua cessação, inteligência do art. 1277 do CCB.

  • GABARITO: LETRA A!

    Complementando:

    (A) CC, art. 1.312. Todo aquele que violar as proibições estabelecidas nesta Seção [Do Direito de Construir] é obrigado a demolir as construções feitas, respondendo por perdas e danos.

  • A fim de encontrarmos a resposta correta, iremos analisar cada uma das alternativas a seguir:

    A) Em harmonia com o art. 1.312 do CC: “Todo aquele que violar as proibições estabelecidas nesta Seção é obrigado a demolir as construções feitas, respondendo por perdas e danos". Esse dispositivo serve de fundamento para a propositura de ação demolitória, que pode ser cumulada com pedido de indenização dos prejuízos causados, em perfeita sintonia com o princípio da reparação integral dos danos. Correta;

    B) De acordo com o art. 1.301 do CC, “é defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de METRO E MEIO do terreno vizinho".

    A norma visa proteger a vida privada de qualquer forma de perturbação de vizinhos e evitar que objetos possam cair de uma propriedade na outra, causando transtornos entre os confinantes. Ressalte-se que essa distância de um metro e meio é o mínimo imposto de distanciamento pela lei federal, pois nada impede que a legislação local amplie ainda mais a distância entre os prédios (FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. Reais. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015. v. 5, p. 572-573). Incorreta;

    C) Diz o legislador, no art. 1.295 do CC, que “o aqueduto NÃO IMPEDIRÁ que os proprietários cerquem os imóveis e construam sobre ele, sem prejuízo para a sua segurança e conservação; os proprietários dos imóveis poderão usar das águas do aqueduto para as primeiras necessidades da vida". Incorreta;

    D) Dispõe o § 1º do art. 1.276 do CC que “o imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à PROPRIEDADE DA UNIÃO, onde quer que ele se localize".

    O município ou Distrito Federal adquirem a propriedade quando se tratar de imóvel urbano, conforme o caput do art. 1.276 do CC: “O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscrições".

    Vale a pena recordar do Enunciado 242 do CJF. “A aplicação do art. 1.276 depende do devido processo legal, em que seja assegurado ao interessado demonstrar a não-cessação da posse." Assim, a caracterização do abandono não pode ser automática, havendo a necessidade de um processo para a sua declaração. Deve ser assegurada a ampla-defesa e o contraditório. Incorreta.




    Resposta: A 
  • GABARITO: LETRA A!

    Complementando:

    (A) CC, art. 1.312. Todo aquele que violar as proibições estabelecidas nesta Seção [Do Direito de Construiré obrigado a demolir as construções feitas, respondendo por perdas e danos.

    B) Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho.

    C) Art. 1.295. O aqueduto não impedirá que os proprietários cerquem os imóveis e construam sobre ele, sem prejuízo para a sua segurança e conservação; os proprietários dos imóveis poderão usar das águas do aqueduto para as primeiras necessidades da vida.

    D) Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonarcom a intenção de não mais o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscrições.

    § 1 O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União, onde quer que ele se localize.

  • A alternativa "A" está INCORRETA. Essa questão deveria ter sido ANULADA.

    Vejam o que dispõe o art. 1.302 do CC:

    "Art. 1.302. O proprietário pode, no lapso de ano e dia após a conclusão da obra, exigir que se desfaça janela, sacada, terraço ou goteira sobre o seu prédio; escoado o prazo, não poderá, por sua vez, edificar sem atender ao disposto no artigo antecedente, nem impedir, ou dificultar, o escoamento das águas da goteira, com prejuízo para o prédio vizinho".

    Assim sendo, a ação demolitória está subordinara ao prazo decadencial de ANO E DIA.

    Exposta tal consideração, leiam o enunciado da alternativa A:

    "Em todas as hipóteses envolvendo abusos no direito de construir, caberá, por parte do proprietário prejudicado, a ação demolitória (...)".

    Essa alternativa está evidentemente ERRADA porque não é em todas as hipóteses que caberá ação demolitória, uma vez que, transcorrido o prazo de ano e dia, não pode a mesma ser ajuizada.

    Existe, ainda, outra exceção a essa regra, uma vez que é pacífico o entendimento de que, AINDA QUE HAJA ABUSO NO DIREITO DE CONSTRUIR, não cabe ação demolitória se a construção for em área comum de condomínio.

    Destarte, deveria a questão ser ANULADA!

    Essa questão não está "menos errada", pois está INCORRETA! O enunciado é claro ao requere a resposta CORRETA e não a "MENOS ERRADA".


ID
3347410
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Uma vez citado, é facultado ao réu apresentar respostas no processo civil ou manter-se inerte, o que gerará, em regra, a sua revelia.


Quanto às respostas do réu e matérias que poderão ser por ele alegadas, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • a - tanto a incompetência absoluta quanto a relativa têm a contestação protocolada no foro do réu [faculdade].

    Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico.

    b - da juntada, nos autos, do mandado de citação cumprido como termo inicial do prazo de resposta.

    § 4o A audiência não será realizada: I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;

    § 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.

    Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:

    II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do ;

    c - Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.

    d - correta

    Todo o conteúdo da reconvenção está no Art. 343.

  • A resposta é a letra E, nos termos da Súmula 258 - STF: É admissível reconvenção em ação declaratória.

  • A) Caso seja alegada incompetência absoluta, a contestação deverá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da causa; em se tratando de incompetência relativa, fica facultado ao réu o protocolo da contestação no foro de seu domicílio ou de eleição pelo autor.

    Incorreta - Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico.

    B) No caso de ambas as partes se manifestarem expressamente contra a realização da audiência de conciliação ou mediação e não sendo esta realizada, o Código de Processo Civil prevê a data da juntada, nos autos, do mandado de citação cumprido como termo inicial do prazo de resposta.

    Incorreta

    Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.

    § 4º A audiência não será realizada:

    I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;

    Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:

    II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do ;

    C) Haverá continência quando dois ou mais processos idênticos existirem concomitantemente, caracterizando-se a identidade pela verificação no caso concreto de mesmas partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido.

    Incorreta - Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.

    A alternativa conceitua LITISPENDÊNCIA:

    Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:

    § 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.

    § 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.

    § 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.

    D) A reconvenção é uma mera faculdade processual, podendo o réu que deixar de reconvir ingressar de forma autônoma com a mesma ação que teria ingressado sob a forma de reconvenção.

    Correta

    "Essa resposta do réu, que tem verdadeiramente natureza jurídica de ação, constitui uma mera faculdade processual, podendo o réu que deixar de reconvir ingressar de forma autônoma com a mesma ação que teria sob a forma de reconvenção."

    Fonte: Site do Professor Daniel Neves (QC não está me deixando colocar o link aqui)

  • A questão em comento encontra resposta na literalidade do CPC.

    É preciso ter em mente que nada no CPC diz que a reconvenção é obrigatória e, uma vez não interposta, não veda o contra-ataque processual do réu em face do autor, o qual pode ser manejado via ação própria.

    Vamos analisar cada uma das alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. O CPC não fala em “deverá" ser protocolada contestação no foro do domicílio do réu, mas sim em “poderá". Ademais, não há distinção de tratamento entre postura do réu para incompetência absoluta ou relativa.

    Diz o art. 340 do CPC:

     Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico.

    LETRA. B- INCORRETA. Não concordando as partes quanto à realização de audiência de conciliação ou mediação, o prazo para contestação passa a fluir do protocolo do pedido do réu de não realização de audiência. Diz o art. 335, II, do CPC:

     Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:

    (...)

    II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do ;

     

     LETRA C- INCORRETA. Há uma confusão de conceitos. O que temos aqui retratado é um caso clássico de LITISPENDÊNCIA:

    Diz o art. 337, §§§1º, 2º e 3º do CPC:

     Art. 337.(....)

    § 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.

     

    § 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.

     

    § 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.

     LETRA D- CORRETA. Conforme já exposto, a reconvenção não é obrigatória. É uma opção do réu, que pode optar por aviar seu contra-ataque processual em outra ação dirigida contra o autor.


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D

  • Oi, pessoal!

    Um BIZÚ sobre CONTINÊNCIA, pois sei que muitos têm dúvida sobre isso:

    "Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas."

    • Ação de PEDIDO MAIOR (CONTINENTE) vem ANTES da ação de PEDIDO MENOR (CONTIDA) -> haverá EXTINÇÃO da ação CONTIDA, sem resolução do mérito.

    Para fixar, veja dessa forma: um continente é enorme, é grande. Então, a ação CONTINENTE (que vem antes) "engole" a ação CONTIDA (posterior), e esta acaba sendo EXTINTA.

    • Ação de PEDIDO MENOR (CONTIDA) vem ANTES da ação de PEDIDO MAIOR (CONTINENTE) -> haverá a REUNIÃO OBRIGATÓRIA das ações.

    Veja, nesse caso, não tem como o menor "engolir" o maior, então, se reúne as ações.

     

    Foi a partir desse modo de pensar que decorei e espero que tu também consiga entender e decorar.

     

    XOXO,

    Concurseira de Aquário (:

  • Basta saber que, nesse caso da propositura de algo que poderia ser meramente uma reconvenção, e o autor optar por uma propositura de nova ação, estaríamos diante de um caso de continência.


ID
3347413
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Pará de Minas - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Analise as seguintes afirmativas sobre as provas no processo civil e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.


( ) Poderá a testemunha requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, situação na qual a parte que a arrolou pagará logo que arbitrado o valor ou depositará em cartório no prazo de três dias.

( ) Quando autor e réu forem intimados para depor pessoalmente e comparecerem à audiência, o autor será ouvido antes, devendo o réu se ausentar da sala de audiência.Após o depoimento do autor, será realizado o depoimento do réu, não havendo necessidade de o autor se retirar da sala de audiências.

( ) A presunção de veracidade do documento público atinge tanto os fatos que tenham ocorrido na presença do oficial público, quanto os fatos trazidos ao seu conhecimento pelas partes.

( ) O perito pode escusar-se da tarefa que lhe foi outorgada de realizar uma perícia, devendo a escusa ser apresentada dentro de quinze dias da intimação ou do impedimento superveniente, de forma que decorrido o prazo sem a manifestação do perito não mais poderá este requerer sua dispensa em razão do fenômeno da preclusão temporal.


Assinale a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • art. 462. A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la logo que arbitrada ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias.

  • Art. 405. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que ocorreram em sua presença.

  • Art. 462. A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la logo que arbitrada ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias.

    Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente:

    I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do , caso não respondidos anteriormente por escrito;

    II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

    III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

    Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.

    Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.

    § 1º Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.

    § 2º É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

    Art. 405. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que ocorreram em sua presença.

  • O segundo item encontra-se correto, porque o autor já havia sido inquirido e, por isso, nada o impedia de assistir o depoimento do réu. O fundamento encontra-se no parágrafo segundo do ART. 385, CPC, segundo o qual é vedado a quem ainda não prestou depoimento assistir o interrogatório da outra parte.

    Bons estdudos!

  • Gabarito: Letra D

    Complementando a resposta da colega CAROLINA THOZO VIEIRA

    "Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.

    § 1º A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la."

    Bons estudos!

  • 2. A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la logo que arbitrada ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias.

    Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente:

    I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do , caso não respondidos anteriormente por escrito;

    II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

    III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

    Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.

    Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.

    § 1º Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.

    § 2º É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

    Art. 405. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que ocorreram em sua presença.

  • GABARITO: Letra "D"

    ( V ) Poderá a testemunha requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, situação na qual a parte que a arrolou pagará logo que arbitrado o valor ou depositará em cartório no prazo de três dias.

    Art. 462. A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la logo que arbitrada ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias.

    ( V ) Quando autor e réu forem intimados para depor pessoalmente e comparecerem à audiência, o autor será ouvido antes, devendo o réu se ausentar da sala de audiência.Após o depoimento do autor, será realizado o depoimento do réu, não havendo necessidade de o autor se retirar da sala de audiências.

    Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente:

    [...]

    II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

    III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

    Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.

    [...]

    § 2º É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

    ( F ) A presunção de veracidade do documento público atinge tanto os fatos que tenham ocorrido na presença do oficial público, quanto os fatos trazidos ao seu conhecimento pelas partes.

    Art. 405. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que ocorreram em sua presença.

    ( V ) O perito pode escusar-se da tarefa que lhe foi outorgada de realizar uma perícia, devendo a escusa ser apresentada dentro de quinze dias da intimação ou do impedimento superveniente, de forma que decorrido o prazo sem a manifestação do perito não mais poderá este requerer sua dispensa em razão do fenômeno da preclusão temporal.

    "Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.

    § 1º A escusa será apresentada no prazo de 15 dias, contado da intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la."

    Copiado de CAROLINA THOZO VIEIRA com algumas alterações.

  • GABARITO: D

    (V) - Art. 462. A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la logo que arbitrada ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias.

    (V) - Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente: II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais; III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas. Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício. § 2º É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

    (F) - Art. 405. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que ocorreram em sua presença.

    (V) - Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo. § 1º A escusa será apresentada no prazo de 15 dias, contado da intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la.

  • Art. 462. A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la logo que arbitrada ou depositá-la em cartório dentro de 3 dias.

    Art. 463. O depoimento prestado em juízo é considerado serviço público.

    Parágrafo único. A testemunha, quando sujeita ao regime da legislação trabalhista, não sofre, por comparecer à audiência, perda de salário nem desconto no tempo de serviço.

    Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

    § 1º Incumbe às partes, dentro de 15 dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito:

    I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;

    II - indicar assistente técnico;

    III - apresentar quesitos.

    § 2º Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 dias:

    I - proposta de honorários;

    II - currículo, com comprovação de especialização;

    III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais.

    § 3º As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no prazo comum de 5 dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os fins do art. 95.

    § 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de até 50% dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

    § 5º Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.