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Prova IDECAN - 2021 - PEFOCE - Odontologia


ID
5473105
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Em relação à matriz elétrica brasileira, a energia eólica, em dados de fevereiro de 2021, alcançou o percentual de, aproximadamente,

Alternativas
Comentários
  • GAB-A

    De acordo com o ONS, a energia eólica hoje representa 10,9% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue a 13,6% ao fim de 2025. Já a energia solar representa 2% da matriz, com expectativa de atingir 2,9% até o fim deste ano.

    A matriz energética brasileira encerrou o primeiro semestre de 2021 com potência adicional de 1.787,4 MW, sendo 1.422,9 MW provenientes de centrais eólicas, equivalente a 83% da capacidade instalada desde o início do ano, informa levantamento da Aneel.

    QUESTÃO MAL FEITA, VÁRIOS DADOS. POREM NO CHUTE E POR ELIMINAÇÃO MARQUEM A LETRA -A

    A DE APROVADO


ID
5473108
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

No atual cenário de pandemia, o papel da OMS se revela essencial para as diretrizes mundiais de combate ao coronavírus.

A Organização Mundial da Saúde é, atualmente, dirigida por 

Alternativas
Comentários
  • A mulher do GranConcurso falou dele...

  • GAB-B

    Tedros Adhanom, biólogo etíope. 

    PARE DE MIMIMI E VÁ ESTUDAR SEU FRANGO!!!


ID
5473111
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O atual Ministro da Infraestrutura se chama 

Alternativas
Comentários
  • Tarcísio Gomes de Freitas.  

  • GAB-D

    Tarcísio Gomes de Freitas.  

    O DIA MAIS FÁCIL FOI ONTEM. VÁ ESTUDAR!!!


ID
5473114
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

No final de 2020, foi leiloado um quadro de um(a) artista brasileiro(a) que alcançou o maior valor já obtido num leilão no Brasil. Trata-se de 

Alternativas
Comentários
  • Letra C

  • GAB-C

    A Caipirinha, de Tarsila do Amaral. 

    SAIA DA ACADEMIA, PARE DE TIRAR FOTO E VÁ FAZER SIMULADOS!!!


ID
5473117
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

No primeiro trimestre de 2021, o PIB brasileiro  

Alternativas
Comentários
  • GAB-D

    A economia brasileira avançou 1,2% no primeiro trimestre de 2021, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O DIA MAIS FÁCIL FOI ONTEM. CONTINUE ESTUDANDO!!!


ID
5473123
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No que se refere aos aspectos da segurança da informação e da internet a serem observados por peritos em suas atividades, um se refere a um termo relacionado à realização de uma cópia de segurança que se faz em outro dispositivo de armazenamento, como HD externo, armazenamento na nuvem ou pendrive, por exemplo, para o caso de perda dos dados originais na máquina devido a vírus, dados corrompidos ou outros motivos, e assim seja possível recuperá-los. Esse termo é conhecido por

Alternativas
Comentários
  • Assertivas:

    A) Incorreta - hotfix é um programa de atualização projetada para corrigir um erro ou falha de segurança em um programa. Diferentemente das atualizações de versão típicas, os hotfixes são desenvolvidos e lançados com urgência o mais rápido possível para limitar os efeitos do problema de software. Eles geralmente são lançados entre atualizações de versão incrementais

    B) Incorreta - Sniffer (farejador, em tradução livre) é um software ou hardware que permite ao usuário “farejar” ou monitorar o tráfego de internet em tempo real, capturando todos os dados que entram e saem de um computador.

    C) Correta

    D) Incorreta - Firewall é um dispositivo, podendo existir na forma de software ou hardware, de uma rede de computadores, que possui a função de filtrar o tráfego nocivo recebido e impedir que esses dados sejam propagados.

    E) Incorreta - Deadlock (interbloqueio, blocagem, impasse), no contexto de sistemas operacionais (SO), refere-se a uma situação em que ocorre um impasse, e dois ou mais processos ficam impedidos de continuar suas execuções - ou seja, ficam bloqueados, esperando uns pelos outros.

    Fonte: Google! Se estiver algo errado, corrijam-me por favor.

    é preciso estar atento e forte .....

  • Acrescentando!!

    Existem 4 tipos de Backup:

    1. Backup Completo

    2. Backup Incremental

    3. Backup Diferencial

    4. Backup Diário

  • GAB-C

    NÃO CONFIE NAS PESSOAS. ELAS SÃO FALSAS, AINDA MAIS QUANDO O SEU DESEMPENHO É MUITO MAIOR DO QUE O DELAS.!!

  • pocha a gente paga um plano tão caro, paguei 10x98 e quando vou resolver questões os filtros repetem as questões, ou vem questões de curso de formação! outra coisa que o concorrente tem que Aqui não tem é filtro por carreira, achei isso muito bom!

ID
5473132
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um perito criminal está navegando em sites da internet por meio do browser Firefox Mozilla, em um notebook com sistema operacional Windows 10 BR. Nesse ambiente, ele realizou dois procedimentos, listados a seguir:

I. Executou um atalho de teclado para verificar o andamento de downloads realizados.
II. Executou um atalho de teclado para imprimir o conteúdo selecionado na página atual e visualizado na tela do monitor de vídeo.

Os atalhos de teclado em I e II são, respectivamente, 

Alternativas
Comentários
  • Gab. A

    Ctrl + J - Exibe o histórico de downloads;

    Ctrl + P - imprimir

    Ctrl + R - Recarrega a página

    Ctrl + I - itálico no word

    Ctrl + D - adiciona página a favoritos

    fonte: anotações e https://www.techtudo.com.br/listas/noticia/2015/07/google-chrome-lista-tem-30-atalhos-de-teclado-ninjas-do-navegador.html

  • No google chrome é igual

  • CTRL+J - Jownloads

  • PARA MIM DEU CERTO ESSE "BIZU"

    EU BAIXO JOGOS!

  • A questão aborda conhecimentos acerca do uso dos atalhos e suas funções no Mozilla Firefox.

     

    A) Correta – O atalho CTRL + J é utilizado para exibir a aba de downloads, onde é possível visualizar os downloads realizados e os em andamento. Já o atalho CTRL + P exibe o menu de impressão que permite ao usuário realizar a alteração nas configurações de impressão da página.

    B) Incorreta – O atalho para imprimir a página atual é o CTRL + P e não o CTRL + R, que tem como função atualizar a página atual.

    C) Incorreta – O atalho para imprimir a página atual é o CTRL + P e não o CTRL + I, que exibe uma caixa chamada “Informações da página”, onde é possível visualizar informações da página atual, como, por exemplo, endereço, tipo do site, última modificação, título da página etc.

    D) Incorreta – Os atalhos CTRL + D e CTRL + R são utilizados para, respectivamente, adicionar a página atual nos favoritos e recarregar/atualizar a página.

    E) Incorreta – O atalho CTRL + D tem como função salvar a página atual nos favoritos.

     

    Gabarito – Alternativa A.

  • GABA: A

    CTRL + J = Jownload 

    CTRL + R = Refazer 

    CTRL + D = Desktop(mostra área de trabalho

    CTRL + P = imPrimir

    ATENÇÃO!

    o CTRL + P = IMPRIMIR, contudo o WINKEY(tecla windows) + P = Projetor.

    senado federal - pertencelemos!

  • Vale lembrar que para Microsoft Edge e Google Chrome também vale a mesma config. Ressalto que o Microsoft Edge segue a mesma linha de comandos que o Chrome. Isso porque o Edge foi desenvolvido pela linha de comando do chromium.

  • GAB-A

    CTRL+J

    CTRL+P

    QUEM VAI SER APROVADO ESSE ANO DEPOIS DE VÁRIAS REPROVAÇÕES, DEIXA O LIKE!!!

  • Fala meu aluno(a)!

    Gabarito: Letra A

    I. Executou um atalho de teclado para verificar o andamento de downloads realizados. Ctrl + J

    II. Executou um atalho de teclado para imprimir o conteúdo selecionado na página atual e visualizado na tela do monitor de vídeo. Ctrl + P.

    Professor, o que é Downloads?

    R. significa transferir (baixar) um ou mais arquivos de um servidor remoto para um computador local. É um procedimento muito comum e necessário quando o objetivo é obter dados disponibilizados na internet. Os arquivos para download podem ser textos, imagens, vídeos, programas etc.

    Rumo à aprovação meu aluno(a)!

    Bons Estudos!


ID
5473135
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Acerca das disposições constitucionais aplicáveis ao processo penal, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    Assertiva A. Incorreta. (...) Aquele que sofre persecução penal instaurada pelo Estado tem, dentre outras outras prerrogativas básicas, (a) o direito de permaneces em silêncio, (b) o direito de não ser compelido a produzir elementos de incriminação contra si próprio nem de ser constrangido a apresentar provas que lhe comprometam a defesa e (c) o direito de se recusar a participar, ativa ou passivamente, de procedimentos probatórios que lhe possam a afetar a esfera jurídica, tais como a reprodução simulada (reconstituição) do evento delituoso e o fornecimento de padrões gráficos ou de padrões vocais para o efeito de perícia criminal (HC 92.219-MC/SP, Rel. Min. Celso de Mello). (...) (STF, 2ª Turma, HC 99.289/RS, Rel. Min. Celso de Mello, j. 23/06/2009, DJe 149 03/08/2011)

    Assertiva B. Correta. Info 912, STF: (...) O STF pode, de ofício, arquivar inquérito quando verificar que, mesmo após terem sido feitas diligências de investigação e terem sido descumpridos os prazos para a instrução do inquérito, não foram reunidos indícios mínimos de autoria ou materialidade (art. 231, § 4º, “e” do RISTF). A pendência de investigação, por prazo irrazoável, sem amparo em suspeita contundente, ofende o direito à razoável duração do processo (art. 5º, LXXVIII, da CF/88) e a dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88). (...) (STF. 2ª Turma. Inq 4420/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 21/8/2018)

    • (...) Para Gustavo Henrique Badaró e Aury Lopes Jr., o prazo razoável a que se refere o art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal, incide desde a fase pré-processual, com a abertura do respectivo procedimento investigatório. Segundo os autores, “o fato de o dispositivo constitucional assegurar a razoável duração do ‘processo’ não pode ser argumento para excluir sua incidência na fase pré-processual. Pensamos que o legislador referiu-se a processo como o todo, incluindo as fases de investigação e judicial”. (Direito ao processo penal no prazo razoável. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2009. p. 90). (...) (Lima, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal - 8. ed. -Salvador: JusPODIVM, 2020. fl. 196)

    Assertiva C. Incorreta. (...) Tendo em conta que a norma constitucional da inadmissibilidade da utilização no processo de provas obtidas por meios ilícitos (CF, art. 5º, LVI) representa uma limitação ao direito de punir do Estado, depreende-se que o juiz pode, com base em uma prova ilícita, proferir uma sentença absolutória. A rigor, doutrina e jurisprudência têm admitido a possibilidade de utilização de prova ilícita no processo quando ela for produzida em benefício do acusado. E isso por conta do princípio da proporcionalidade. Entende-se que o direito de defesa (CF, art. 5º, LV) e o princípio da presunção de inocência (CF, art. 5º, LVII) devem preponderar no confronto com o direito de punir. (...) (Lima, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal - 8. ed. -Salvador: JusPODIVM, 2020. fl. 707)

  • Assertiva D. Incorreta. (...) Afinal, para a decretação dessas medidas, exige-se do magistrado uma tomada de decisão, que deve obrigatoriamente examinar os elementos indiciários colhidos na investigação preliminar de modo a formar um juízo provisório no tocante ao denominado fumus comissi delicti, quer sobre a existência do crime – em grau de certeza –, quer sobre a presença de indícios suficientes de autoria ou de participação – geralmente em grau de probabilidade. (...) (Lima, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal - 8. ed. -Salvador: JusPODIVM, 2020. fl. 169)

    Assertiva E. Incorreta. (...) Apesar da influência recíproca entre o direito de defesa e o contraditório, os dois não se confundem. Com efeito, por força do princípio do devido processo legal, o processo penal exige partes em posições antagônicas, uma delas obrigatoriamente em posição de defesa (ampla defesa), havendo a necessidade de que cada uma tenha o direito de se contrapor aos atos e termos da parte contrária (contraditório). Como se vê, a defesa e o contraditório são manifestações simultâneas, intimamente ligadas pelo processo, sem que daí se possa concluir que uma derive da outra. O contraditório deve ser aplicado em relação a ambas as partes, além da obrigatória observância pelo próprio magistrado. Logo, se o acusador não for comunicado em relação a determinado ato processual, ou se lhe for negado o direito de reagir à determinada prova ou alegação da defesa, conquanto não se possa falar em violação ao direito de defesa, certamente terá havido violação ao contraditório, pois este se manifesta em relação a ambas as partes, ao passo que a defesa diz respeito apenas ao acusado. (...) (Lima, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal - 8. ed. -Salvador: JusPODIVM, 2020. fl. 58)

  • trancamento de ip põe excesso tudo bem, mas de ação penal? sei não
  • GABARITO - B

    A) A doutrina ao tratar sobre a presunção de inocência ( nemo tenetur se detegere)

    dispõe que o acusado não é obrigado a fornecer provas para sua autoincriminação.

    o fornecimento de padrões grafotécnicos, apesar de não invasivos, não é obrigatório ao acusado/réu, que pode se negar a fornecê-los, como meio de defesa.

    ------------------------------------------------------------------

    B) É o posicionamento dos tribunais superiores:

    Responsabilidade civil do Estado – demora excessiva na prestação jurisdicional – violação ao princípio da razoável duração do processo

    A administração pública está obrigada a garantir a tutela jurisdicional em tempo razoável, ainda quando a dilação se deva a carências estruturais do Poder Judiciário, pois não é possível restringir o alcance e o conteúdo deste direito, dado o lugar que a reta e eficaz prestação da tutela jurisdicional ocupa em uma sociedade democrática. A insuficiência dos meios disponíveis ou o imenso volume de trabalho que pesa sobre determinados órgãos judiciais isenta os juízes de responsabilização pessoal pelos atrasos, mas não priva os cidadãos de reagir diante de tal demora, nem permite considerá-la inexistente.

    STJ, REsp 1383776/AM

    Habeas corpus – alegação de excesso de prazo da prisão preventiva – inocorrência

     

    “1. A jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é no sentido de que a razoável duração do processo deve ser aferida à luz da complexidade da causa, da atuação das partes e do Estado-Juiz. Inexistência de ilegalidade.” AGR NO HC 180.649/PI

    --------------------------------------------------

    C) O STF já admitiu a excepcionalidade para benefício do réu, mas não em seu desfavor.

    Mostra-se, portanto , inviável.

    Nesse sentido:

    O Tribunal, por maioria, reconheceu a existência de repercussão geral no tema objeto de recurso extraordinário interposto contra acórdão de Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais de Comarca do Estado do Rio de Janeiro, reafirmou a jurisprudência da Corte acerca da admissibilidade do uso, como meio de prova, de gravação ambiental realizada por um dos interlocutores, e deu provimento ao apelo extremo da Defensoria Pública, para anular o processo desde o indeferimento da prova admissível e ora admitida

    --------------------------------------------

    D) Esse princípio não é flexibilizado diante de prisões cautelares.

    Na verdade, exige-se a presença dos requisitos legais, nos termos dos artigos 301 e 312

    ------------------------------------

    E) Não se confundem, apesar de complementarem-se, os princípios do contraditório e da ampla defesa!

     força do princípio do devido processo legal, o processo penal exige partes em posições antagônicas, uma delas obrigatoriamente em posição de defesa (ampla defesa), havendo necessidade de que cada uma tenha o direito de se contrapor aos atos e termos da parte contrária (contraditório).

  • Será se só eu li "trancamento de ação penal em curso"?

  • A questão exige domínio acerca dos princípios constitucionais aplicáveis ao Processo Penal, sobretudo quanto à máxima da Presunção de Inocência (nemo tenetur se detegere), bem como quanto ao posicionamento dominante na jurisprudência, o que possibilitará o apontamento da assertiva correta. Vejamos a seguir:

    a) Incorreta. A assertiva revela-se equivocada por ventilar a possibilidade de o indiciado ser obrigado a fornecer padrões gráficos para realização de perícia grafotécnica, o que não coaduna com direito processual penal pátrio, uma vez que é garantido ao acusado o direito de não praticar comportamento ativo incriminador.  

    b)
    Correta. A assertiva tem sustento no posicionamento adotado pelos Tribunais Superiores de que a duração razoável do processo deve ser respeitada em todas as esferas da persecução penal, à exemplo: Sexta Turma do STJ - RHC 135.299/CE e Terceira Turma Criminal - Acórdão 1316672, 07019292620208079000, Relator: NILSONI DE FREITAS CUSTODIO, data de julgamento: 11/2/2021, publicado no PJe: 12/2/2021.PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. GESTÃO FRAUDULENTA OU TEMERÁRIA. TRANCAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL. ATIPICIDADE NÃO CONFIGURADA. EXCESSO DE PRAZO. OCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. RECURSO ORDINÁRIO PROVIDO.

    1. Em princípio, o trancamento do inquérito policial, assim como da ação penal, é medida excepcional, só sendo admitida quando dos autos emergirem, de plano, e sem a necessidade de exame aprofundado e exauriente das provas, a atipicidade da conduta, a existência de causa de extinção da punibilidade ou a ausência de indícios de autoria e provas sobre a materialidade do delito.

    [...]

    6. Embora tenha explicitado a Corte de origem que “uma tramitação delongada de tal procedimento ensejaria um pedido de relaxamento de prisão", mas que o recorrente nem sequer está custodiado, deve-se asseverar que, ainda que não decretada a prisão preventiva ou outra medida cautelar diversa, o prolongamento do inquérito policial por prazo indefinido revela inegável constrangimento ilegal ao indivíduo, mormente pela estigmatização decorrente da condição de suspeito de prática delitiva.

    7. Recurso ordinário provido para determinar o trancamento do inquérito policial na origem contra o recorrente. (RHC 135.299/CE, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 16/03/2021, DJe 25/03/2021)

    c)
    Incorreta. A assertiva contraria o Princípio da Inadmissibilidade das Provas Ilícitas, que rege o direito processual penal. A prova ilícita somente poderá ser usada em caráter excepcional, para garantir a presunção de inocência e a liberdade do indivíduo, ou seja, em favor do réu, nunca em seu prejuízo.

    d)
    Incorreta. A assertiva diverge da norma disposta no art. 312 do Código de Processo Penal. Não basta a prova de materialidade do delito para que as prisões cautelares sejam cabíveis, os demais requisitos legais do artigo devem ser respeitados, bem como o princípio da presunção de inocência não deve ser flexibilizado em prejuízo do réu.

    e)
    Incorreta. A assertiva não encontra respaldo no ordenamento jurídico, dado que os princípios do contraditório e da ampla defesa se complementam e são corolários do princípio do devido processo legal, mas não são sinônimos. 

    Devido processo legal é a tramitação regular e legal de um processo, é a garantia de que os direitos do cidadão serão respeitados. O devido processo legal é o princípio reitor de todo o arcabouço jurídico processual. Todos os outros derivam dele. Sem o devido processo legal, não pode haver contraditório.

     Contraditório é a oportunidade de desdizer afirmações feitas, é o direito que a parte tem de ser ouvida. Diz-se que no contraditório há informação e reação, pois é a ciência bilateral dos atos e termos do processo e possibilidade de contrariá-los (Almeida, Joaquim Canuto Mendes de. Princípios Fundamentais do Processo Penal. São Paulo: RT, 1973, p. 82).
    Ampla defesa é a garantia de que a parte pode utilizar de todos os meios de prova em direito admitidas para sua defesa.

    Gabarito do Professor: Alternativa B.

ID
5473138
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Jorge Henrique, 45 anos, capaz, em 2/1/2021, foi vítima de delito de estelionato praticado por Ana Cláudia. Jorge Henrique tomou conhecimento da autoria do delito em 5/1/2021 e, nesse mesmo dia, noticiou os fatos à autoridade policial, com a respectiva representação, tendo sido, em decorrência, instaurado inquérito policial. Nessa hipótese, assinale a alternativa correta. 

Alternativas
Comentários
  • A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

  • ESTELIONATO- EM REGRA- condicionado a representação. 6 MESES PARA EXERCER ESSE DIREITO A PARTIR DO MOMENTO EM QUE SABE QUEM É O AUTOR DO CRIME.

    MACETE- R-->é O

    representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

  • GABARITO - C

    A) Jorge Henrique poderá retratar-se da representação até o dia 4/7/2021, independentemente do oferecimento ou não da denúncia.

    1º O crime de estelionato por regra é de ação penal pública condicionada à representação. Nesse sentido,

    a retratação pode ser feita até antes do Oferecimento da denúncia.

    CPP, Art. 25.  A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

    CUIDADO!

    CPP - Oferecimento da denúncia

    MaRia da Penha - Recebimento da denúncia.

    ------------------------------------------------------------------------

    B) Jorge Henrique não poderá se retratar da representação feita, pois a ação penal, embora seja condicionada, é pública, razão pela qual o Ministério Público é o único dominus litis.

    Ele poderia retratar-se até antes do oferecimento da denúncia.

    ----------------------------------------------------------------------

    D) Jorge Henrique poderá retratar-se da representação a qualquer tempo, desde que ainda não tenha ocorrido o trânsito em julgado da condenação. 

    Vide itens anteriores!

    -----------------------------------------------------------------------

    E) Jorge Henrique poderá retratar-se da representação até o dia 1/7/2021, independentemente do oferecimento ou não da denúncia.

    Vide itens anteriores!

  • GABARITO: LETRA "C"

    DICAS PARA PROVA SOBRE ESSE TEMA:

    Trata-se de condição imprescindível, nos termos do art. 24 do CPP. VEJA:

    Art. 24.  Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

    A representação admite retratação, mas somente até o oferecimento da denúncia (cuidado! Costumam colocar em provas de concurso que a retratação pode ocorrer até o recebimento da denúncia. Isto está errado! É uma pegadinha!)

    Admite-se, ainda, a retratação da retratação. Ou seja, a vítima oferece a representação e se retrata (volta atrás). Posteriormente, a vítima resolve oferecer novamente a representação.

    Não se exige forma específica para a representação, bastando que descreva claramente a intenção de ver o infrator ser processado. Pode ser escrita ou oral (neste último caso, deverá ser reduzida a termo, ou seja, ser “passada para o papel”). A jurisprudência admite que o simples registro de ocorrência em sede policial, desde que conste informação de que a vítima pretende ver o infrator punido, PODE ser considerado como representação.

    O prazo para representação é de SEIS MESES, contados da data em que a vítima veio a saber quem é o autor do delito (art. 38 do CPP). VEJA:

    Art. 38.  Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do  , do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.

  • Bizu:

    REGRA GERAL: Retratação ATÉ O OFERECIMENTO da denúncia

    LEI MARIA DA PENHA: Retratação ATÉ O RECEBIMENTO da denúncia

    Obs. No caso da Lei Maria da Penha, essa retratação deverá ser feita em audiência específica perante o juiz, e atualmente essa retratação só cabe no delito de AMEAÇA.

    Obs. É possível a retratação da retratação?

    Sim. É possível que o ofendido se retrate de sua retratação da representação, ou seja, a representação original, passa a valer novamente.

    - Isso só é possível desde que dentro do prazo decadencial (6 meses).

    - Aqui, enquanto não se retratar da retratação haverá o arquivamento provisório, que ocorre enquanto não vence o prazo decadência para o arquivamento definitivo.

  • A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia

  • GABARITO – C

     

    CPP, Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

    X

    Lei Maria da Penha, Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que o Código de Processo Penal dispõe sobre ação penal.

    A- Incorreta. A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia, vide alternativa C.

    B- Incorreta. O crime de estelionato é perseguido por ação penal pública condicionada à representação, que, é de titularidade do Ministério Público. No entanto, como depende de representação da vítima, não pode existir sem ela. Ainda que concedida a representação, é possível a retratação da vítima, desde que até o oferecimento da denúncia.

    Art. 24/CPP: "Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

    Art. 25/CPP: "A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia".

    Art. 171/CP: "Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. (...) § 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: I - a Administração Pública, direta ou indireta; II - criança ou adolescente; III - pessoa com deficiência mental; ou IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz".

    C- Correta. É o que dispõe o CPP, em seu art. 25: "A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia”.

    D- Incorreta. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia, vide alternativa C.

    E- Incorreta. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia, vide alternativa C.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa C.

  • gab: C

    AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO:  A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. A doutrina entende possível a retratação da retratação, ou a revogação da retratação, no caso de o ofendido oferecer nova representação após haver se retratado. Porém tudo isso deve ser feito antes de oferecida a denúncia.

    Art. 25 CPP - A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

  • A questão cobrou conhecimentos acerca da retratação da representação.

    Com a lei n° 13.964/2019 (pacote anticrime) o crime de estelionato passou a ser, em regra, de ação penal pública condicionada à representação.


    O prazo para o oferecimento da representação é de 6 meses a contar da data em que a vítima tomar conhecimento do autor do fato, conforme as regras dos art. 38 do CPP e 103 do Código Penal:

    Art. 38 do CPP:

    Art. 38.  Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.

    Art. 103 do CP:

    Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia.

    Assim, Jorge Henrique apresentou representação dentro do prazo legal.

    Jorge Henrique poderá desistir de prosseguir com o processo e para isso precisa apresentar uma retratação da representação.

    A retratação da representação poderá ser oferecida até o oferecimento da denúncia, ou seja, após o oferecimento da denúncia não poderá mais haver retratação, conforme o art. 25 do Código de Processo Penal:


    Art. 25.  A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

    Gabarito, letra C.


  • GABARITO: C

    Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

    1. Arrependimento posterior - até o recebimento da denúncia.
    2. Retratação da representação na LMP - até o recebimento da denúncia
    3. retratação da representação no CPP - até o Oferecimento da denúncia.
    4. retratação na calúnia e difamação - antes da sentença, de maneira cabal. isenta de pena
    5. retratação no crime de falso testemunho - antes da sentença - fato deixa de ser punível.


ID
5473141
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

O Título I do Livro I do Código de Processo Penal estabelece as disposições preliminares da referida lei processual. Nesse sentido, de acordo com as disposições legais, assinale a alternativa correta relativamente ao tema.  

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E

    Assertiva A. Incorreta. Art. 1º, CPP. O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; (...)

    Assertiva B. Incorreta. Art. 2º, CPP. A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.

    Assertiva C. Incorreta. Art. 3º, CPP. A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.

    Assertiva D. Incorreta. Art. 1º, CPP. O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: (...) II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100);

    Assertiva E. Correta. Art. 3º-A, CPP. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação.  

  • Juiz das Garantias (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

    Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)                       

    Gab.: E

  • Gabarito: E

    Código de Processo penal

    Juiz das Garantias

    Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação.     

  • Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação.

    E.

  • GABARITO - E

    A) O Código de Processo Penal será aplicado a todo e qualquer crime cometido em território nacional, prevalecendo, inclusive, sobre tratados e convenções.  

    Art. 1 O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:

    (....)

    II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (, , , e );

    III - os processos da competência da Justiça Militar;

    IV - os processos da competência do tribunal especial ();

    V - os processos por crimes de imprensa.

    ----------------------------------------------------------------

    B) A lei processual penal será aplicada desde logo, determinando-se o refazimento dos atos praticados sob a égide de lei revogada enquanto não houver sentença.

    Teoria do Isolamento dos atos processuais

    O direito processual brasileiro adota o sistema do isolamento dos atos processuais, de maneira que, se uma lei processual penal passa a vigorar estando o processo em curso, ela será imediatamente aplicada, sem prejuízo dos atos já realizados sob a vigência da lei anterior.

    ---------------------------------------------------------------------

    C) A lei processual penal não admite interpretação extensiva nem aplicação analógica. 

     Art. 3 A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.

    ---------------------------------------------------------------------

    D) O Código de Processo Penal será aplicado aos crimes de responsabilidade do Presidente da República, independente de prerrogativas constitucionais.  

    Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:

    (....)

    II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade

    ---------------------------------------------------------------------

    E)  Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação.                      

  • Essa porrha desse Juiz de garantias vale ou não vale? ai a gente vai lá no artigo e ver que é objeto de ADI, ai como saber quais dessas merdas estão valendo? na dúvida estuda tudo mesmo sabendo que pode ser uma perda de tempo?

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que o Código de Processo Penal dispõe sobre temas diversos.

     A- Incorreta. O CPP é aplicado em todo o território nacional, ressalvados os tratados, convenções e regras de direito internacional. Art. 1º/CPP: "O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; (...)".

    B- Incorreta. De fato, a lei processual é aplicada desde logo (tempus regit actum); no entanto, os atos já praticados sob a égide da lei revogada permanecem válidos. Art. 2º/CPP: "A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior".

    C- Incorreta. A lei processual penal admite interpretação extensiva e aplicação analógica. Art. 3º/CPP: "A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito".

    D- Incorreta. O CPP não será aplicado nessa hipótese. Art. 1º/CPP: "O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: (...) II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100); (...)".

    E- Correta. É o que dispõe o CPP em seu art. 3º-A: "O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa E.

  • GAB E

    A) O Código de Processo Penal será aplicado a todo e qualquer crime cometido em território nacional, prevalecendo, inclusive, sobre tratados e convenções.  

    Art. 1 O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:

    (....)

    II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (, , , e );

    III - os processos da competência da Justiça Militar;

    IV - os processos da competência do tribunal especial ();

    V - os processos por crimes de imprensa.

    ----------------------------------------------------------------

    B) A lei processual penal será aplicada desde logo, determinando-se o refazimento dos atos praticados sob a égide de lei revogada enquanto não houver sentença.

    Teoria do Isolamento dos atos processuais

    O direito processual brasileiro adota o sistema do isolamento dos atos processuais, de maneira que, se uma lei processual penal passa a vigorar estando o processo em curso, ela será imediatamente aplicada, sem prejuízo dos atos já realizados sob a vigência da lei anterior.

    ---------------------------------------------------------------------

    C) A lei processual penal não admite interpretação extensiva nem aplicação analógica. 

     Art. 3 A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.

    ---------------------------------------------------------------------

    D) O Código de Processo Penal será aplicado aos crimes de responsabilidade do Presidente da República, independente de prerrogativas constitucionais.  

    Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:

    (....)

    II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade

    ---------------------------------------------------------------------

    E) Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação.    

  • A questão veste simplicidade, pois não exige nada além da clássica letra de lei acerca das disposições preliminares do Código de Processo Penal. O gabarito pode ser apontado apenas com a leitura de dos artigos 1º a 3º-A do CPP. Observemos uma por vez:

    a) Incorreta. A assertiva revela-se equivocada, pois, conforme o inciso I do art. 1º do CPP, os tratados, as convenções e as regras de direito internacional não se submetem ao processo penal.

    b) Incorreta.
    O equívoco da assertiva reside no apontamento de que os atos praticados sob a égide da lei revogada precisariam ser refeitos. Conforme art. 2º do CPP, “a lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior".

    c) Incorreta
    . O art. 3º do CPP dispõe expressamente que a lei processual penal admitirá ambos, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito, o que confirma o erro da assertiva.

    d) Incorreta.
    A assertiva não corresponde com o disposto no inciso II do art. 1º do CPP, uma vez que as prerrogativas constitucionais do Presidente da República estão ressalvadas frente à regência do processo penal.

    e) Correta.
    A assertiva tem sustento na literalidade do art. 3º-A do CPP. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação.

    Para facilitar sua visualização dos fundamentos legais, coleciono a seguir:

    Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:

    I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
    II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100);
    III - os processos da competência da Justiça Militar;
    IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
    V - os processos por crimes de imprensa.         (Vide ADPF nº 130)
    Parágrafo único.  Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.
     Art. 2o  A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
     Art. 3o 
    A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.
    Juiz das Garantia (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)       (Vigência)
     Art. 3º-A.
    O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação.   

    Gabarito do Professor: alternativa E.


  • GABARITO: E

    a) ERRADO: Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;

    b) ERRADO: Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.

    c) ERRADO: Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.

    d) ERRADO: Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100);

    e) CERTO: Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação.

  • Assertiva E

    O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão da acusação.  


ID
5473144
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Juarez, identificado civilmente e com residência fixa, está sendo investigado pela prática de homicídio com culpa consciente. Delegado de Polícia e Ministério Público entendem que a prisão temporária é essencial para as investigações, pois verificaram fortes indícios de que Juarez estaria ameaçando as testemunhas do delito. Nessa hipótese, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    As hipóteses de PRISÃO TEMPORÁRIA estão previstas na lei 7.960 e são TAXATIVAS.

    Art. 1° Caberá prisão temporária:

    I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

    II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;

    III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:

    a) homicídio doloso

    >> HOMICÍDIO CULPOSO não está previsto na lei de prisão temporária, sendo assim, inaplicável.

  • A LEI 7960/89 QUE REGULA A PRISÃO A PRISÃO TEMPORÁRIA ELENCA UM ROL TAXATIVO DE CRIMES, DENTRE OS QUAIS NÃO CONSTA O HOMICÍDIO CULPOSO, SOMENTE O DOLOSO.

    Art. 1° Caberá prisão temporária:

    I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

    II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;

    III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:

    a) homicídio doloso ;

    b) seqüestro ou cárcere privado

    c) roubo 

    d) extorsão 

    e) extorsão mediante seqüestro ;

    f) estupro , e sua combinação com o ;          

    g) atentado violento ao pudor , e sua combinação com o ;          

    h) rapto violento , e sua combinação com o ;         

    i) epidemia com resultado de morte ;

    j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);

    l) quadrilha ou bando , todos do Código Penal;

    m) genocídio ,  e ), em qualquer de sua formas típicas;

    n) tráfico de drogas ;

    o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).

    p) crimes previstos na Lei de Terrorismo.

  •  'homicídio com culpa consciente'

    Cuidado ao interpretar demais a questão, dar-se a entender que foi doloso.

  • GABARITO: B 

    Aos colegas com dúvida sobre a culpa consciente:

    • (...) 13.5.1. Culpa inconsciente e culpa consciente. Essa divisão tem como fator distintivo a previsão do agente acerca do resultado naturalístico provocado pela sua conduta.
    • Culpa inconsciente, sem previsão ou ex ignorantia é aquela em que o agente não prevê o resultado objetivamente previsível.
    • Culpa consciente, com previsão ou ex lascivia é a que ocorre quando o agente, após prever o resultado objetivamente previsível, realiza a conduta acreditando sinceramente que ele não ocorrerá. Representa o estágio mais avançado da culpa, pois se aproxima do dolo eventual. Dele, todavia, se diferencia.
    • Na culpa consciente, o sujeito não quer o resultado, nem assume o risco de produzi-lo. Apesar de sabê-lo possível, acredita sinceramente ser capaz de evitá-lo, o que apenas não acontece por erro de cálculo ou por erro na execução. No dolo eventual o agente não somente prevê o resultado naturalístico, como também, apesar de tudo, o aceita como uma das alternativas possíveis. (...) (Masson, Cleber. Direito Penal: Parte Geral. vol.1. 13. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2019. fl. 467)
  • Juarez, identificado civilmente e com residência fixa, está sendo investigado pela prática de homicídio com culpa consciente. Delegado de Polícia e Ministério Público entendem que a prisão temporária é essencial para as investigações, pois verificaram fortes indícios de que Juarez estaria ameaçando as testemunhas do delito

    Art. 1° Caberá prisão temporária:

    I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

    II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;

    III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:

    a) homicídio doloso.

    Não é cabível a prisão temporária por falta de previsão legal para a hipótese.

    Gabarito B de Boas notícias. Me dê uma. Você passar no concurso. Me dê outra. Você CONHECER um CRUSH que também passou aí é só alegria.

  • primeiro ao irem responder lembre-se que- não cabe de oficio e o rol é taxativo.

    A

    É cabível prisão temporária pelo prazo de 5 dias prorrogáveis por igual período.( não é cabível, pois não consta no rol.)

    B

    Não é cabível a prisão temporária por falta de previsão legal para a hipótese. CORRETA

    C

    Não cabe prisão temporária porque ainda não existe processo, e sim apenas investigação. ( prisão temporária é apenas na investigação, essa assertiva diz tudo ao contrario )

    D

    O juiz, ciente das atitudes de Juarez, poderá decretar a prisão temporária de ofício. ( não cabe NUNCA de oficio)

    E

    Não cabe prisão temporária, mas sim prisão preventiva, tendo em vista as atitudes de Juarez. ( se dolos com penas max superiores a 4 anos ou reincidentes em doloso com transito em julgado... tem outras hipóteses.)

  • SIMPLIFICANDO (...)

    GABARITO B

    Homicídio praticado com culpa consciente é considerado homicídio culposo. Insta salientar que a culpa consciente é a materialização das faculdades mentais do agente que vislumbra o que pode ocorrer da sua conduta no caso concreto específico, mas acredita que pode evitar por suas habilidades mentais ou motoras.

    Homicídio Culposo não admite prisão temporária, por falta de previsão legal.

    Diogo França

  • GABARITO - B

    A) É cabível prisão temporária pelo prazo de 5 dias prorrogáveis por igual período.( ERRADO)

    Não há previsão de prisão temporária em crime culposo.

    -------------------------------------------------------------------------------------

    C) Não cabe prisão temporária porque ainda não existe processo, e sim apenas investigação. ( ERRADO)

    A prisão temporária é uma prisão típica da fase investigativa ao passo que a preventiva

    pode ser aplicada nessa fase ou na fase da ação penal.

    ---------------------------------------------------------------------------------------

    D) O juiz, ciente das atitudes de Juarez, poderá decretar a prisão temporária de ofício.( ERRADO)

    Juiz não decreta preventiva de ofício.

    Juiz não decreta Temporária de ofício.

    -------------------------------------------------

    E) Não cabe prisão temporária, mas sim prisão preventiva, tendo em vista as atitudes de Juarez.( ERRADO)

    Para decretação de preventiva é preciso observar os requisitos do 312 conjugados com os do 313.

    O que não acontece na situação narrada.

  • O rol de crimes previstos na prisão temporária são taxativos, ou seja, não pode ser retirados nem acrescentados no caso concreto

    logo o homicídio culposo não faz parte desse rol

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Lei 7.960/89 dispõe sobre prisão temporária e o CPP dispõe sobre prisão preventiva.

    Antes de analisar as alternativas, deve-se ter em mente que a culpa consciente, segundo Cleber Masson (2016), “(...) é a que ocorre quando o agente, após prever o resultado objetivamente previsível, realiza a conduta acreditando sinceramente que ele não ocorrerá. (...) O Código Penal dispensa igual tratamento à culpa consciente e à culpa inconsciente. (...)”. Logo, ambas são tratadas como homicídio culposo.

    A- Incorreta. Só é cabível prisão temporária para os crimes previstos no rol do art. 1º, III, da Lei 7.960/89, não estando o homicídio culposo previsto dentre eles (vide alternativa B).

    B- Correta. Não há previsão do homicídio culposo dentre os crimes previstos no rol do art. art. 1º, III, da Lei 7.960/89: “Caberá prisão temporária: (...) III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986); p) crimes previstos na Lei de Terrorismo”.

    C- Incorreta. A prisão temporária é cabível quando imprescindível para as investigações do inquérito policial. Art. 1°, Lei 7.960/89: "Caberá prisão temporária: I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; (...)”.

    D- Incorreta. Não pode o juiz decretar a prisão temporária de ofício, dependendo de representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público. Art. 2°, Lei 7.960/89: "A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade”.

    E- Incorreta. Também não cabe prisão preventiva, eis que se trata de crime culposo. Art. 313/CPP: "Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; (...)”.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa B

    Referência

    MASSON, Cleber. Direito penal esquematizado – Parte geral – vol.1. 10ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016, p. 325 e 326.

  • A presente questão traz caso hipotético em que Juarez, identificado civilmente e com residência fixa, está sendo investigado pela prática de homicídio com culpa consciente. Demanda conhecimento acerca do cabimento da prisão temporária no presente cenário. Vejamos.

    A) Incorreta. Aduz a assertiva que a prisão temporária é cabível pelo prazo de 5 dias, prorrogáveis por igual período. Embora o prazo esteja correto, a medida cautelar não se aplica ao presente caso, uma vez que o delito cometido (homicídio culposo), não está elencado no rol do art. 1º, III da Lei 7.960/89.

    B) Correta. A assertiva conclui que não é cabível a prisão temporária por falta de previsão legal para a hipótese, o que se mostra adequado, haja vista que o crime imputado, como dito acima, não está elencado no rol do art. 1º, III da Lei 7.960/89, o qual prevê as hipóteses de decretação da prisão temporária.

    C) Incorreta. A assertiva infere que não cabe prisão temporária porque ainda não existe processo, e sim apenas investigação. De fato, não há cabimento para a medida cautelar no presente caso, todavia, esta não é a justificativa adequada, até porque, a prisão temporária só tem cabimento na fase investigatória, nunca no curso da ação penal.

    Art. 1° da Lei 7.960/89: Caberá prisão temporária: I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

    D) Incorreta. Aduz a assertiva que, o juiz, ciente das atitudes de Juarez, poderá decretar a prisão temporária de ofício. Como visto não há cabimento para a medida cautelar, ademais disso, o magistrado somente pode decretá-la mediante requerimento da autoridade policial ou requisição do Ministério Público, nunca de ofício.

    Art. 2° da Lei 7.960/89. A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

    E) Incorreta. A assertiva infere que não cabe prisão temporária, mas sim prisão preventiva, tendo em vista as atitudes de Juarez. Até seria possível cogitar a possibilidade de decretação da prisão preventiva, haja vista que no caso concreto está presente a conveniência da instrução criminal, pois Juarez supostamente estaria ameaçando testemunhas. Contudo, por se tratar de imputação relacionada a crime culposo, na hipótese a decretação da preventiva padeceria de fundamento legal, de acordo com a análise conjunta dos art. 312, caput e 313, I e §1º do CPP.

    Art. 312 do CPP. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
    (...)

    Art. 313 do CPP.  Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:
    I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 
    (...) § 1º. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

    Gabarito do professor: alternativa B.

  • Questão boa.

    Homicídio culposo não tem necessidade.

    Como a cidade derrubada, sem muro, assim é o homem que não pode conter o seu espírito.

  • ADENDO

    Conceito temporária (BRASILEIRO): espécie de prisão cautelar decretada pelo juiz competente durante a fase preliminar de investigações, com prazo preestabelecido de duração, quando a privação da liberdade de locomoção do indivíduo for indispensável para a obtenção de elementos de informação quanto à autoria e materialidade das infrações penais mencionadas no art. 1º, inciso III, da Lei nº 7.960/89, assim como em relação aos crimes hediondos e equiparados (Lei nº 8.072/90, art. 2º, § 4º), viabilizando a instauração da persecutio criminis in judicio. 

    • Como espécie de medida cautelar, visa assegurar a eficácia das investigações – tutela-meio –, para, em momento posterior, fornecer elementos informativos capazes de justificar o oferecimento de uma denúncia, fornecendo justa causa para a instauração de um processo penal, e, enfim, garantir eventual sentença condenatória – tutela-fim.

ID
5473147
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Karoline, estudante de 25 anos, foi acusada de praticar delito de homicídio, tendo como vítima sua vizinha Jéssica, manicure de 21 anos. O motivo, segundo se apurou, foi uma dívida financeira que Jéssica tinha com Karoline. Ocorre que o corpo da vítima não foi encontrado. Nessa hipótese, assinale a alternativa correta.  

Alternativas
Comentários
  • Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

    Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva:

    I - violência doméstica e familiar contra mulher;

    II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.

    Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

  • GABARITO - E

    A) Enquanto não for encontrado o corpo da vítima, não poderá haver processo criminal contra Karoline, pois o delito é crime que deixa vestígios, e a perícia é essencial.   ( ERRADO )

    O crime é não transeunte = Deixa vestígios, contudo, é possível o exame de corpo de delito indireto.

    ou seja,   os peritos se baseiam nos depoimentos das testemunhas em razão do desaparecimento dos vestígios, nessa hipótese, o exame pode ser suprimido pela prova testemunhal.

    Esquematizando:

    Crime transeunte - Não deixa vestígios

    Crime não transeunte - deixa vestígios.

    -----------------------------------------------------------------------------

    B) Embora o delito de homicídio seja classificado como infração não transeunte, a confissão de Karoline, caso ocorra, dispensará a perícia. Isso porque, conforme a lei, o juiz não fica adstrito ao laudo pericial.    ( ERRADO )

    A confissão não supre o exame de corpo de delito.

    Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

    -----------------------------------------------------------------------

    C) Se o corpo de Jéssica for encontrado e não houver perito oficial para realizar a perícia, o exame poderá ser realizado por uma pessoa idônea, portadora de diploma de curso superior, preferencialmente na área específica. ( ERRADO )

    CPP - 1 perito oficial ou na falta duas pessoas idôneas

    Lei de drogas - 1 perito oficial ou na falta 1 pessoa idônea

    Art. 159, § 1 Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.  

    -------------------------------------------------------------------------

    D) Se o corpo de Jéssica for encontrado, teremos uma hipótese de prioridade na perícia em função do gênero da vítima, ou seja, a perícia no corpo de Jéssica terá preferência sobre demais casos cujas vítimas não sejam mulheres. 

    ( ERRADO )

    Não é o fato de a vítima ser mulher , mas nos casos de violência doméstica e familiar.

    Art. 158, Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva:  

    I - violência doméstica e familiar contra mulher;

    --------------------------------------------------------------------------------

    Bons estudos!

  • Gabarito aos não assinantes: Letra E.

    [1] De fato, exame de corpo de delito é essencial, pois trata-se de infração que deixa vestígios:

    Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado

    [2] O exame de direto (quando se atua diretamente sobre o objeto - cadáver) também é preferencial. No entanto, pode ser realizado o exame de corpo de delito indireto, que é realizado por outros meios (fotos, filmagens). O exemplo clássico é o caso do goleiro Bruno. O corpo de Eliza não foi encontrado, no entanto, para a condenação foram utilizados meios indiretos (testemunhas).

    [3] No meu entender, a parte final da alternativa peca, pois, pelo texto legal, a prioridade ocorre em casos de "violência doméstica e familiar contra a mulher".

    Porém, das alternativas, é a mais coerente.

    __

    Bons estudos!

  • Questão muito boa! Essa D ai é sacanagem. Acertei porque lembrei que a prioridade é somente em caso de violência doméstica, vide artigo 158, parágrafo único, I.

  • Na perícia indireta, o corpo de delito advém da prova testemunhal.

  • A questão cobrou conhecimentos acerca das provas perciais.

    A – Incorreta. De acordo com o art. 158 do Código de Processo Penal “Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado". Assim, no caso do enunciado da questão, não há como realizar o exame de corpo de delito direto, pois não há corpo, mas isso não impede o processo, pois poderá haver exame de corpo de delito indireto e outras provas que atestem a materialidade do crime. Basta lembrar o caso do goleiro Bruno.

    B – Incorreta. Delito não transeunte é aquele que deixa vestígio, e assim, por força do o art. 158 do Código de Processo Penal “Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado".
    C – Incorreta.  Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame, conforme art. 159, § 1° do CPP.


    D – Incorreta. Conforme a regra do art. 158, paragrafo único, I e II, CPP quando se tratar de crime que envolva violência doméstica e familiar contra mulher e/ou violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito. Não é o caso da questão, pois o enunciado afirma que a motivação do crime foi uma dívida, assim não há violência doméstica contra a mulher.

    E – Correta. (vide comentários da letra A).

    Gabarito, letra E.
  • GAB: E

    A) Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

    B) Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

    C) Art. 159, § 1 Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.  

    D) Só haveria prioridade se Jéssica fosse vítima de violência doméstica e familiar

    E) CERTO.


ID
5473150
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

A lei processual penal determina que, em audiência de instrução e julgamento, as testemunhas de acusação sejam ouvidas antes das testemunhas de defesa. Nesse sentido, suponha que determinado juiz, observando já estarem presentes as testemunhas de defesa e tendo determinado a condução coercitiva das testemunhas de acusação, decida ouvir primeiro aquelas, enquanto aguarda as últimas, fundamentando, sua decisão, no princípio da instrumentalidade das formas. Relativamente ao caso e tendo em conta as disposições constitucionais aplicáveis ao direito processual penal, assinale a alternativa correta. 

Alternativas
Comentários
  • Por exclusão, a alternativa correta é "A", mas deve ser dada atenção. Ofende-se o devido processo legal? Sim. Mas, ao mesmo tempo, o processo não é um fim em si mesmo - tanto que existe o princípio da instrumentalidade das formas.

    Seja como for, a não observância da ordem para oitiva de testemunhas (acusação - defesa) constitui nulidade relativa.

  • GABARITO - A

    O princípio do Devido Processo legal assegura a todos o direito a um processo com todas as etapas previstas em lei e todas as garantias constitucionais. Se no processo não forem observadas as regras básicas, ele se tornará nulo.

    Como bem dito, a inobservância do procedimento gera nulidade relativa em respeito ao nullité sans grief

    (não há nulidade sem prejuízo)

  • GABARITO: A A) Nulidade em razão da violação ao devido processo legal. Isso porque, de acordo com o Art. 400 do CPP, na audiência, primeiro devem ser ouvidas as testemunhas da acusação. Somente após a produção de provas pela acusação poderiam ser ouvidas as testemunhas de defesa e interrogado o acusado, ficando claro o prejuízo com eventual condenação.
  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que o Código de Processo Penal dispõe e os Tribunais Superiores entendem sobre provas.

    A- Correta. Segundo entendimento dos Tribunais Superiores, a inversão da ordem de oitiva das testemunhas é hipótese de nulidade relativa, a ser demonstrada pela defesa. Veja-se: “I — Não deve ser reconhecida a nulidade pela inobservância da ordem de formulação de perguntas às testemunhas (art. 212 do CPP), se a parte não demonstrou prejuízo. II — A inobservância do procedimento previsto no art. 212 do CPP pode gerar, quando muito, nulidade relativa, cujo reconhecimento necessita da demonstração de prejuízo. III — A demonstração de prejuízo é essencial à alegação de nulidade, seja ela relativa ou absoluta, eis que o princípio do pas de nullité sans grief compreende as nulidades absolutas”. STF. 2ª Turma. RHC 110623/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 13/3/2012; “A inobservância da ordem de inquirição de testemunhas prevista no art. 212 do CPP é causa de NULIDADE RELATIVA. Logo, o reconhecimento do vício depende de: a) arguição em momento oportuno e b) comprovação do prejuízo para a defesa" (STJ, 6ª Turma. HC 212618-RS, Rel. originário Min. Og Fernandes, Rel. para acórdão Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 24/4/20120.

    B- Incorreta. Vide alternativa A.

    C- Incorreta. Vide alternativa A.

    D- Incorreta. Vide alternativa A.

    E- Incorreta. Vide alternativa A.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa A.

  • A questão cobrou conhecimentos acerca das nulidades no Processo Penal.

    A – Correta.  De acordo com o art. 400 do Código de Processo Penal, as testemunhas de acusação deverão ser ouvidas antes das testemunhas de defesa. Inverter essa ordem causa nulidade processual por violar o devido processo legal.

    B – Incorreta. (vide comentários da letra A).

    C – Incorreta. De acordo com o princípio da verdade real o juiz buscará se aproximar o mais próximo possível da reconstrução dos fatos. Contudo, o juiz para alcançar esse fim (de alcançar o mais próximo possível a realidade dos fatos) não pode ir de encontro com outros princípios, como o do devido processo legal, e violar as regras processuais estabelecidas no Código de Processo Penal.

    D – Incorreta. (vide comentário da letra A).

    E – Incorreta. (vide comentários da letra A).

    Gabarito, letra A.

  • Tanto a A quanto a B pra mim estão corretas.

  • GABARITO: A

    A defesa alegou nulidade processual por desrespeito ao art. 212 do CPP, por ter o juízo inquerido diretamente as testemunhas. A magistrada que presidia a audiência reputou observados o contraditório e a ampla defesa, porque depois de perguntar, ela permitiu que os defensores e o MP fizessem questionamentos. A 1ª Turma do STF discutiu se houve nulidade. Dois Ministros (Marco Aurélio e Rosa Weber) consideraram que não foi respeitada a aludida norma processual. Assim, votaram por conceder a ordem de habeas corpus para declarar a nulidade processual a partir da audiência de instrução e julgamento. Os outros dois Ministros (Alexandre de Moraes e Luiz Fux) entenderam que não deveria ser declarada a nulidade do processo porque a alteração efetuada no art. 212 do CPP, ao permitir que as partes façam diretamente perguntas às testemunhas, não retirou do juiz, como instrutor do processo, a possibilidade de inquiri-las diretamente. Diante do empate na votação, prevaleceu a decisão mais favorável ao paciente. STF. 1ª Turma. HC 161658/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 2/6/2020 (Info 980).

  • Art. 456. O juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente, primeiro as do autor e depois as do réu, e providenciará para que uma não ouça o depoimento das outras. Parágrafo único: O juiz poderá alterar a ordem estabelecida no caput se as partes concordarem.

    Como a questão não cita um acordo entre as partes para que ocorra a alteração de ordem a resposta certa não pode ser a alternativa b.


ID
5473153
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Jorge já tinha sido ameaçado de morte várias vezes por Manoel e, com receio de que os fatos pudessem vir a se concretizar, adquiriu uma arma legalmente e obteve a autorização de porte com a entidade legal. Quando Jorge estava descendo a rua da casa de sua namorada em direção à sua, já de madrugada, com pouca visibilidade, identificou Manoel entrando na rua, ainda bem distante. Receoso, Jorge ficou prestando bastante atenção nos passos de Manoel, embora este ainda estivesse longe. Em dado momento, Jorge percebeu que Manoel o reconheceu e que, imediatamente, colocou a mão no bolso de seu casaco e sacou algo reluzente. Imaginando se tratar de uma arma de fogo, Jorge sacou sua pistola e disparou três vezes em direção a Manoel, vindo a atingi-lo. Ao chegar próximo de Manoel, Jorge identificou que não era uma arma, mas sim um isqueiro. Quando do primeiro tiro, algumas pessoas foram para a rua ver o que estava acontecendo e, imediatamente após o terceiro tiro, Jorge foi preso em flagrante por um policial à paisana que residia no local. Acerca das espécies de flagrante, é correto afirmar que se trata de flagrante 

Alternativas
Comentários
  • Flagrante Próprio

    I - Está cometendo --> Certeza visual do crime

    II - Acabou de cometer --> Certeza visual do crime

    Flagrante Impróprio / Quase Flagrante

    III - Logo Após + perseguido --> Perseguição Ininterrupta

    Flagrante Presumido / Ficto

    IV - Logo Depois + instrumentos (armas, objetos) 

    #PMCE2021

  • Que história hein!

    O cara foi pegue no momento que acabou de cometer o crime. Logo, flagrante próprio

    • Tipos de flagrante 

    • Está cometendo -----------------> Certeza visual do crime -------> Flagrante Próprio
    • Acabou de cometer --------------> Certeza visual do crime -------> Flagrante Próprio
    • Logo após + Perseguição -------> Perseguição Ininterrupta -----> Flagrante Impróprio / Quase Flagrante
    • Logo depois + instrumentos (armas, objetos) ---------------------> Flagrante Presumido / Ficto)
  • Flagrante próprio, perfeito, real ou verdadeiro: São os elencados no incisos I e II, do Art 302 do CPP, quando o autor é surpreendido cometendo ou logo após cometer a infração penal. A expressão “acaba de cometê-la” deve ser interpretada de maneira restrita, ou seja, no momento de absoluta imediatidade. O agente não conseguiu se afastar da vítima ou do local do crime.

  • GABARITO - C

    No CPP :

    FLAGRANTE FACULTATIVO: "Qualquer do povo PODERÁ (...)" Art. 301, 1ª parte, CPP.

     

    -FLAGRANTE OBRIGATÓRIO/COERCITIVO: "autoridades policiais e seus agentes DEVERÃO (...)" Art. 301, 2ª parte, CPP.

     

    -FLAGRANTE PRÓPRIO/REAL/PERFEITO/VERDADEIRO: Art. 302, CPP, I (comentendo) e II (acaba de cometê-la).

     

    -FLAGRANTE IMPRÓPRIO/IMPERFEITO/IRREAL/QUASE-FLAGRANTE: Art. 302, CPP, III (perseguido, logo após). Para que configure a prisão em flagrante impróprio, é necessário que a perseguição do agente delituoso seja contínua.

     

    -FLAGRANTE PRESUMIDO/ASSIMILADO/FICTO: Art. 302, CPP, IV (encontrado, logo depois) - aqui não há perseguição

     

    -FLAGRANTE PREPARADO/PROVOCADO/DELITO DE ENSAIO: ocorre quando o agente é instigado a praticar o delito, caracterizando verdadeiro crime impossíve (Art, 17,CP)l. Nessa espécie há a figura de um agente provocador que induz o delituoso a praticar o crime. Portanto, dois são os elementos do flagrante provocado: a) existência de agente provocador; b) providências para que o crime não se consume.

     

    -FLAGRANTE FORJADO/FABRICADO/URDIDO/ARMADO/MAQUIADO:  situação falsa de flagrante criada para incriminar alguém, realizado para incriminar pessoa inocente.

     

    -FLAGRANTE ESPERADO: é campana. Ocorre quando terceiros (policiais ou particulares) dirigem-se ao local onde irá ocorrer o crime e aguardam a sua execução. Não há figura do agente provocador

     

    -FLAGRANTE PRORROGADO/DIFERIDO/PROTELADO/AÇÃO CONTROLADA: quando, mediante autorização judicial, o agente policial retarda o momento da sua intervenção, para um momento futuro, mais eficaz e oportuno para o colhimento das provas ou por conveniência da investigação. Ex: Lei 11.343/2006, Art. 53, II.

    Obs: Ação Controlada na Lei 12.850/2013 exige mera comunicação ao juiz competente, que estabelece os limites da intervenção policial.

     

    -FLAGRANTE FRACIONADO: ocorre em crime continuado...

  • GABARITO: LETRA "C".

    O artigo 302 do Código de Processo Penal, ao regular a prisão em flagrante, descreve as situações em que a pessoa pode ser considerada como em flagrante delito. O mencionado artigo prevê 3 modalidades: 

    1) Flagrante Próprio - previsto nos incisos I e II: ocorre quando a pessoa é pega no momento em que pratica a infração penal ou logo após de ter cometido o crime. 

    2) Flagrante Impróprio - previsto no inciso III: é quando a pessoa é perseguida logo após a ocorrência do crime, em situação na qual aparente ser a autora do delito.

    3) Presumido - previsto no inciso IV: nessa hipótese a pessoa é encontrada logo depois do crime, portando instrumentos, armas ou ferramentas que demonstrem ser a possível autora da infração penal. 

    Importa ressaltar que, a doutrina elenca outros tipos de flagrante que não estão previstos na lei, tais como: preparado, forjado, esperado e prorrogado. 

    Conforme o texto do artigo 306 do CPP, a prisão de qualquer pessoa deve ser comunicada ao juiz competente no prazo de 24 horas, além de também ter que ser informada ao Ministério Público, família do preso ou pessoa que ele indique. Com a alteração trazida pela Lei nº 13.964, de 2019, após o juiz receber o auto de prisão, deve marcar audiência de custódia, no prazo de 24 horas para avaliar a legalidade do ato de restrição de liberdade. 

  • -FLAGRANTE PRÓPRIO/REAL/PERFEITO/VERDADEIRO: Art. 302, CPP, I (comentendo) e II (acaba de cometê-la).

  • Uma dessa, não cai na minha prova...rs

  • Flagrante Próprio: Está cometendo ou acabou de cometer ( na mesma hora do crime)

    Flagrante Impróprio: Com perseguição, é pegue após isso

    Flagrante Presumido: não tem perseguição, é pegue logo depois com (Papéis, Instrumentos, Armas ou Objetos)

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que o CPP dispõe sobre prisão em flagrante.

    A- Incorreto. O flagrante impróprio é aquele previsto no CPP em seu art. 302, III: “Considera-se em flagrante delito quem: (...) III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; (...)”. No caso apresentado, Jorge foi preso em flagrante logo após ter cometido o crime, vide alternativa C.

    B- Incorreta. O flagrante presumido é aquele previsto no CPP em seu art. 302, IV: “Considera-se em flagrante delito quem: (...) IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração”. No caso apresentado, Jorge foi preso em flagrante logo após ter cometido o crime, vide alternativa C.

    C- Correta. O flagrante próprio é aquele previsto no CPP em seu art. 302, I e II: “Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; (...)”. No caso apresentado, Jorge foi preso em flagrante logo após ter cometido o crime.

    D- Incorreta. O crime no caso apresentado é instantâneo, cuja consumação ocorre em determinado e único instante, e não permanente, que é aquele cuja consumação se protrai (prolonga) no tempo. Logo, não há que se falar em flagrante em crime permanente.

    E- Incorreta. O crime no caso apresentado é instantâneo, cuja consumação ocorre em determinado e único instante, e não habitual, que é aquele que demanda a prática reiterada de determinada conduta. Logo, não há que se falar em flagrante em crime habitual.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa C.

  • GAB: C

    FLAGRANTE PRÓPRIO: Está cometendo a infração penal; acaba de cometê-la.

  • A questão cobrou conhecimentos acerca da prisão em flagrante.

    A prisão em flagrante está prevista no art. 302 do Código de Processo Penal, vejam:

    Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem:

    I - está cometendo a infração penal;

    II - acaba de cometê-la;

    III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;

    IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

    A doutrina classifica as espécies de flagrante em flagrante próprio, impróprio, presumido, preparado, forjado e esperado.

    Flagrante próprio: são as espécies de flagrante previstas nos incisos I e II do art. 302 do CPP, ou seja, Considera-se em flagrante delito quem está cometendo a infração penal ou quem acaba de cometê-la.

    Flagrante impróprio: é a espécie de flagrante previsto no inc. III do art. 302,CPP, ou seja, quem é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração.

    Flagrante presumindo: é a espécie de flagrante previsto no inc. IV do art. 302, CPP, ou seja, quem é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

    Flagrante preparado: ocorre quando a polícia incita o suspeito a cometer o crime. Neste caso, o flagrante seria ilegal, pois o crime é impossível de consumar-se, pois o agente provocador ao mesmo tempo em que provoca a ação do investigado age para impedir que ela ocorra.  Ex. um agente policial incita a um traficante a vender drogas, no momento em que o traficante vai lhe passar a droga é preso pelo próprio policial que o incitou a vender.

    Flagrante forjado: é o flagrante criado, ou seja, alguém cria uma situação de fato que enseja a prisão em flagrante de outra pessoa. Ex. A põe drogas na mochila de B e o denuncia a polícia.

    Flagrante esperado: ocorre quando a polícia fica observando, esperando o cometimento do crime para efetuar a prisão.

    Não existe flagrante permanente, existe crime permanente (aquele no qual a conduta de protrai no tempo, por exemplo: sequestro) que autoriza a prisão em flagrante (flagrante próprio), e também não existe flagrante habitual, existe crime habitual (segundo a maioria da doutrina não admite prisão em flagrante).

    Assim, o fato do enunciado da questão se amolda ao conceito de flagrante próprio, pois Jorge foi preso ao acabar de cometer a infração penal.

    Gabarito, letra C.


  • GABARITO: C

    As duas primeiras hipóteses, dos incisos I e II, são praticamente auto explicativas, sendo chamadas de flagrante próprio ou perfeito, em que o indivíduo ainda está cometendo o crime ou acabou de cometer.

  • questão toda voltada para perguntar acerca de legitima defesa putativa e o examinador me manda qual hipótese de flagrante. hahahahahha


ID
5473159
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Leandro e Paula estão sendo investigados pela prática de determinada infração penal. No curso da investigação, fica demonstrado que ambos atuaram na prática do delito, em verdadeira conexão intersubjetiva concursal. Relatado o inquérito policial e enviado ao Ministério Público, este oferece denúncia apenas em relação a Leandro, nada mencionando em relação a Paula. O Magistrado competente para avaliar a denúncia não percebe esse equívoco do Ministério Público e recebe a peça processual, dando início à ação penal exclusivamente em relação a Leandro. Atento à doutrina que aceita o denominado arquivamento implícito do inquérito policial, assinale a afirmativa INCORRETA

Alternativas
Comentários
  • Lembrem-se que a questão deve ser respondida de acordo com “a doutrina que aceita o denominado arquivamento implícito do inquérito policial”.

  • Pelos meus estudos, doutrina majoritária e jurisprudência não aceitam o arquivamento implícito. Errei por não interpretar que a resposta era na linha da doutrina que aceita o arquivamento implícito.
  • (D)

    Inicialmente, atente-se para o enunciado que pede para ser assinalada a alternativa INCORRETA.

     

    d)  No curso da instrução criminal, caso o Ministério Público perceba o equívoco de não ter oferecido denúncia em relação a Paula, poderá aditar a denúncia para incluir Paula na relação processualINCORRETA.

     

    Distintamente do afirmado, recebida a denúncia, ocorre a preclusão consumativa, fenômeno processual que impede a rediscussão da matéria.

     

    Vejamos a posição da doutrina sobre o tema, in verbis:

    O artigo 384, parágrafo único, não admite seja a acusação ampliada a novos fatos através do aditamento à denúncia, pois a mutatio acusationis está restrita à "nova definição jurídica do fato" constante da imputação inicial e não à correção de equívocos na incriminação ou à apresentação de nova imputação, providências que são compatíveis apenas com a propositura de nova ação penal (MIRABETE, Julio Fabbrini. Processo penal. 2005. p. 492-493).

    Dessa maneira, INCORRETA a assertiva.

     

    Ressalte-se, por oportuno, que se trata da única assertiva que não necessitava do conhecimento da doutrina minoritária, comportando resolução pelo conhecimento da legislação ou da doutrina majoritária.

     

     

  • Resumo sobre Arquivamento Implícito:

    O Ministério Público deixa de oferecer a denúncia acerca de determinado indiciado (subjetivo) ou fato (objetivo), sem sua expressa manifestação ou justificação deste procedimento e sem determinar o arquivamento.

    Este arquivamento se consuma quando o Juiz não se pronuncia na forma do art. 28 com relação a quem ou ao que foi omitido na peça acusatória.

    Arquivamento implícito não é admitido pela jurisprudência pátria.

    Doutrina do professor Afrânio Silva Jardim:

    arquivamento implícito poderia ser objetivo (quando a omissão se dá com relação às infrações praticadas) ou subjetivo (quando a omissão se dá com relação aos acusados).

    O arquivamento implícito ocorre quando Ministério Público ou Juiz, cada um em sua função processual, não percebem a ausência de um fato investigado ou de um dos indiciados na peça inaugural da ação penal.

    Caso o Juiz perceba o equívoco do membro do Ministério Público e inste o órgão do MP a se pronunciar sobre todos os fatos e as pessoas tratados na investigação policial, o MP poderá aditar e acrescentar o que foi omitido, não configurando o arquivamento implícito.

    Mas se o juiz nada perceber e o Ministério Público se omitir, o MP, no curso da instrução criminal, fica impedido de aditar a denúncia para incluir a autoria omitida na relação processual, pois o MP tinha conhecimento da autoria que participou do delito antes do oferecimento da denúncia, quando teve acesso aos autos do IP, e deixou de incluí-la na peça processual, logo ocorre o denominado arquivamento implícito.

    Comentário do nobre colega Elói na questão Q1824472

  • Resumo sobre Arquivamento Implícito:

    O Ministério Público deixa de oferecer a denúncia acerca de determinado indiciado (subjetivo) ou fato (objetivo), sem sua expressa manifestação ou justificação deste procedimento e sem determinar o arquivamento.

    Este arquivamento se consuma quando o Juiz não se pronuncia na forma do art. 28 com relação a quem ou ao que foi omitido na peça acusatória.

    Arquivamento implícito não é admitido pela jurisprudência pátria.

    Doutrina do professor Afrânio Silva Jardim:

    arquivamento implícito poderia ser objetivo (quando a omissão se dá com relação às infrações praticadas) ou subjetivo (quando a omissão se dá com relação aos acusados).

    O arquivamento implícito ocorre quando Ministério Público ou Juiz, cada um em sua função processual, não percebem a ausência de um fato investigado ou de um dos indiciados na peça inaugural da ação penal.

    Caso o Juiz perceba o equívoco do membro do Ministério Público e inste o órgão do MP a se pronunciar sobre todos os fatos e as pessoas tratados na investigação policial, o MP poderá aditar e acrescentar o que foi omitido, não configurando o arquivamento implícito.

    Mas se o juiz nada perceber e o Ministério Público se omitir, o MP, no curso da instrução criminal, fica impedido de aditar a denúncia para incluir a autoria omitida na relação processual, pois o MP tinha conhecimento da autoria que participou do delito antes do oferecimento da denúncia, quando teve acesso aos autos do IP, e deixou de incluí-la na peça processual, logo ocorre o denominado arquivamento implícito.

    Comentário do nobre colega Elói na questão Q1824472

  • A questão cobrou conhecimentos acerca do arquivamento implícito do inquérito policial.

    A – Correta. Ocorrerá arquivamento implícito quando o órgão do Ministério Público deixar de incluir na denúncia algum fato criminoso ou algum dos indiciados e o magistrado não percebe essa omissão e recebe a denúncia. Vale lembrar que o arquivamento implícito não é aceito pela maioria da doutrina e da jurisprudência por ausência de previsão legal.

    B – Correta. Caso o juiz percebe-se a omissão remeteria os autos  ao Procurador Geral, nos termos do art. 28 do Código de Processo Penal.

    C – Correta. (vide comentários da letra A)

    D – Incorreta. Ocorrendo o arquivamento implícito, o Ministério Público somente poderá aditar a denúncia para incluir o fato ou o indiciado que havia sido omitido (esquecido) se houver novas provas.

    E – Correta. Ocorrido arquivamento implícito o Ministério Público somente poderá aditar a denúncia se houver novas provas.

    Gabarito, letra D.


  • Prova pra dentista da IDECAN .... inacreditável....
  • Quanto ao arquivamento subjetivo, até compreendo ser possível em razão do princípio da divisibilidade da ação penal pública, todavia, no tocante ao arquivamento objetivo, sobre os fatos, a qualquer tempo em razão de novas provas poderá ser revista a denúncia, inclusive, após o trânsito em julgado quando em favor do réu.

    Ou seja, se o MP entende que carece de maiores informações sobre determinado fato, não ocorrerá arquivamento, o que não obsta a propositura da ação penal desde que existam indícios mínimos de autoria e materialidade, haja vista a imperiosidade dos fenômenos da "emendatio e mutatio libelli".

  • Os médicos da PC-CE vão chegar prontos para dar aula de direito para muito delegado no Brasil, haha. Que prova sem noção da IDECAN. Cobrando o entendimento minoritário referente ao arquivamento implícito.

  • O Q.C. continua com esse erro gravíssimo de repetir a mesma questão várias vezes, é incrível como esse erro tão grotesco ainda aparece com tanta recorrência. Os concorrentes tal erro é difícil de ser observado em suas plataforma de questões.

  • Médico Dr. em estudo avançado de Direito Processual Penal.

  • É aí que mora o perigo...


ID
5473162
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O remédio constitucional do Habeas Corpus é uma das mais importantes garantias previstas na Carta Magna de 1988, visando preservar o direito de locomoção diante de uma ameaça de sofrer violência ou de uma coação ao seu direito de ir e vir, por ilegalidade ou abuso de poder. A respeito da legitimidade ativa no Habeas Corpus, assinale a afirmativa INCORRETA

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA E

    O analfabeto PODE impetrar HC.

  • O Ministério Público pode impetrar ordem de habeas corpus (compete ao MP a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis – art. 127, CRFB), mas o Juiz não pode, a menos que seja ele o paciente.

    OK.

    O Ministério Público pode ingressar como habeas corpus em favor de qualquer pessoa, inclusive do réu do processo no qual ele (promotor ou procurador da República) figura como acusador. O delegado e o juiz somente podem impetrar habeas corpus com relação a pessoa que não se vincule com investigação ou processo por eles presidido.

    --------------------------------------------------------------------------------

    habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, independentemente de ser habilitado legalmente ou representada por advogado.

    OK.

    Qualquer pessoa (denominada impetrante) física ou jurídica, nacional ou estrangeira, pode impetrar habeas corpus em favor de alguém (denominado paciente), independentemente de possuir habilitação técnica para tanto (desnecessário o patrocínio de advogado).

    ---------------------------------------------------------------------------------

    habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, nacional ou estrangeira, maior ou menor, inclusive pelo próprio beneficiário.

    OK.

    Vide comentário anterior.

    ---------------------------------------------------------------------------------

    A pessoa jurídica pode impetrar ordem de habeas corpus, mas não pode ser paciente, pois ela não tem liberdade ambulatória, que é o que o writ tutela.

    OK.

    Pessoa jurídica não pode sofrer restrição a sua liberdade de locomoção, pois ela não se locomove.

    ----------------------------------------------------------------------------------

    O analfabeto não pode impetrar ordem de habeas corpus, ainda que alguém assine a seu rogo.

    Pode sim. Bastando alguém assinar em nome dele.

  • GABA: E

    a) CERTO: O MP pode impetrar o writ, desde que o faça para beneficia o réu (sim, é possível impetrar para prejudicar). O juiz não possui capacidade postulatória para impetrar o writ e ele mesmo julgar, mas possui capacidade postulatória para impetrar perante outro juízo, bem como para conceder de ofício.

    b) CERTO: O art. 654 fala que o HC poderá ser impetrado por qualquer pessoa. O conceito de "pessoa" é o mais amplo possível: pode ser PN ou PJ, nacional ou estrangeira, maior ou menor, pode, inclusive, ser o próprio beneficiário, independentemente de capacidade postulatória.

    c) CERTO: Veja comentário anterior

    d) CERTO: Como dito no item b, a PJ pode impetrar HC, mas não pode figurar no polo passivo dessa ação, pois não possui liberdade de locomoção, que é o objeto do writ.

    e) ERRADO: Carece de previsão legal a afirmação de que o analfabeto não pode impetrar HC. Como visto no item b, o remédio heróico pode ser impetrado por qualquer pessoa, sendo este termo empregado em sentido amplo.

  • GABARITO - E

    CUIDADO!

    Geralmente aprendemos que qualquer pessoa pode impetrar um HC , todavia, há entendimento

    que sustenta que o juiz não poderá impetrar "habeas corpus" em decorrência de sua função, a não ser que seja o paciente da ação.

    Analfabeto - Pode

    Pessoa Jurídica - Pode, mas não pode ser paciente.

    Bons estudos!

  • gab: E

    menor de idade, o analfabeto e o absolutamente incapaz em razão de insanidade mental são, todos, legitimados ativamente ao manejo de habeas corpus.

     

    1. Impetrante: pode ser qualquer pessoa FÍSICA ou JURÍDICA nacional ou estrangeira.
    2. Paciente: apenas pessoas naturais

    ------------------------------------------------------------------------------------------------

    1. conclusão:  não pode o "habeas corpus" ser impetrado em favor de pessoa jurídica.
  • A questão exige conhecimento acerca do remédio constitucional do habeas corpus. Analisemos as alternativas, para identificar a incorreta:

     

    Alternativa “a”: está correta. Conforme o STJ, [...] o Ministério Público somente pode impetrar habeas corpus em favor do réu, nunca para satisfazer os interesses, ainda que legítimos, da acusação (Recurso em Habeas Corpus nº 19.809-RN, STJ, Rel. Min. Felix Fischer, 5ª Turma, unânime, publicado no DJ em 12.11.2007). Ademais, o juiz não poderá impetrar "habeas corpus" em decorrência de sua função, a não ser que seja o paciente da ação.

     

    Alternativa “b”: está correta. Conforme art. 654, do CPP - O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.

     

    Alternativa “c”: está correta. Conforme o STF, “O súdito estrangeiro, mesmo aquele sem domicílio no Brasil, tem direito a todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a preservação do status libertatis e a observância, pelo Poder Público, da cláusula constitucional do due process. O súdito estrangeiro, mesmo o não domiciliado no Brasil, tem plena legitimidade para impetrar o remédio constitucional do habeas corpus (...)” HC 94404 SP/2008 – Ministro Celso de Mello.

     

    Alternativa “d”: está correta. Segundo o STF, “(...) O habeas corpus é via de verdadeiro atalho que só pode ter por alvo - lógico - a "liberdade de locomoção" do indivíduo, pessoa física. E o fato é que esse tipo de liberdade espacial ou geográfica é o bem jurídico mais fortemente protegido por uma ação constitucional. Não podia ser diferente, no corpo de uma Constituição que faz a mais avançada democracia coincidir com o mais depurado humanismo. Afinal, habeas corpus é, literalmente, ter a posse desse bem personalíssimo que é o próprio corpo. Significa requerer ao Poder Judiciário um salvo-conduto que outra coisa não é senão uma expressa ordem para que o requerente preserve, ou, então, recupere a sua autonomia de vontade para fazer do seu corpo um instrumento de geográficas idas e vindas. Ou de espontânea imobilidade, que já corresponde ao direito de nem ir nem vir, mas simplesmente ficar. (...) Pessoa Jurídica que somente poderá ser punida com multa e pena restritiva de direitos. Noutro falar: a liberdade de locomoção do agravante não está, nem mesmo indiretamente, ameaçada ou restringida” (HC 88747 AgR, Relator: Min. Carlos Britto, Primeira Turma, julgado em 15/09/2009).

     

    Alternativa “e”: está incorreta. Conforme leciona TOURINHO (1986), “O Habeas Corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, inclusive pelo próprio beneficiário, tenha ou não capacidade postulatória. Se o paciente for analfabeto, alguém poderá assiná-lo a seu rogo”.

     

    Gabarito do professor: letra e.

     

     

    Referências:

     

    TOURINHO Filho, Fernando da Costa Prática de Processo Penal Editora Jalovi - 1986


ID
5473168
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Artigo 5º, XII, da Constituição Federal: “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal”. Essa norma exposta acima é a da Lei 9.296/96, que regulamentou a garantia constitucional supramencionada. Acerca do tema interceptação telefônica, assinale a afirmativa INCORRETA

Alternativas
Comentários
  • LEI 9296/96 INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

    Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.

  • GABARITO - C

    A lei permite a prorrogação das interceptações diante da indispensabilidade da prova, sendo que as razões tanto podem manter-se idênticas à do pedido original como alterar-se, desde que a prova seja ainda considerada indispensável.

    A repetição dos fundamentos na decisão de prorrogação, como nas seguintes, não representa falta de fundamentação legal a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal assentou que é possível a prorrogação da escuta, mesmo que sucessivas vezes, especialmente quando o caso é complexo e a prova indispensável.

    (HC 143.805/SP, Rel. Ministro ADILSON VIEIRA MACABU (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RJ), Rel. p/ Acórdão Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA, julgado em 14/02/2012, DJe 09/05/2012)

    ------------------------------------------------

    a) Art. 2º, III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

    -------------------------------------------------

    b) Art. 8° A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza, ocorrerá em autos apartados, apensados aos autos do inquérito policial ou do processo criminal, preservando-se o sigilo das diligências, gravações e transcrições respectivas.

    -----------------------------------------------------

    c) Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.

    -------------------------------------------------------

    d) Art. 8-A, “§ 2º A instalação do dispositivo de captação ambiental poderá ser realizada, quando necessária, por meio de operação policial disfarçada ou no período noturno, exceto na casa, nos termos do inciso XI do caput do art. 5º da Constituição Federal.”

    -------------------------------------------------------

    e) Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada.

    Parágrafo único. O incidente de inutilização será assistido pelo Ministério Público, sendo facultada a presença do acusado ou de seu representante legal.

  • ALTERNATIVA INCORRETA - C

    Interceptação telefônica ( Breve resumo)

    I - Dependerá de ordem do juiz da ação principal, sob segredo de justiça.

    II - Não cabe: 

    a) se não houver indícios razoáveis de autoria ou participação em infração penal; 

    b) a prova puder ser feita por outro meios

    c) o fato constituir no máximo pena de detenção

    III - Pode ser de Oficio pelo juiz (no processo), requerimento mp (no I.P e no Processo), Delegado (no I.P.)

    IV - Excepcionalmente o juiz pode admitir pedido verbal, mas concessão tá condicionada a redução a termo

    V - Juiz prazo máximo de 24 horas pra decidir, 

    VI - Não pode exceder a 15 dias, renovável por igual período, comprovada indispensabilidade da prova. (pode ser renovada várias vezes, mas sempre de 15 em 15). O prazo de 15 dias começa a contar a partir do momento da primeira escuta e não da autorização; 

    VII - se possibilitar gravação, será determinada sua transcrição

    VIII - autos apartados, para sigilo.

    IX - Gravação que não interessar será inutilizada por decisão do juiz, em qualquer fase, até mesmo após a sentença, por requerimento mp ou da parte interessada. (incidente de inutilização será assistido pelo MP, facultada presença do acusado ou representante legal)

    X- é crime realizar interceptação sem autorização ou com objetivos não autorizados em lei, ou quebrar segredo de justiça. reclusão de 2 a 4 anos.

    XI - O princípio da serendipidade pode ser utilizado quando o crime está relacionado. Ex.: lavagem de dinheiro. 

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Lei 9.296/96 dispõe. Atenção: a questão deseja que o candidato assinale a incorreta.

    A- Correta. É o que dispõe a Lei 9296/96 em seu art. 2º, III: “Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses: (...) III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção. (...)”.

    B- Correta. É o que dispõe a Lei 9.296/96 em seu art. 8º, caput: "A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza, ocorrerá em autos apartados, apensados aos autos do inquérito policial ou do processo criminal, preservando-se o sigilo das diligências, gravações e transcrições respectivas. (...)”.

    C- Incorreta. Na verdade, a diligência não poderá exceder o prazo de 15 dias, e não de 30 dias, renovável por igual tempo. Art. 5°, Lei 9.296/96: "A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova”.

    D- Correta. É o que dispõe a Lei 9.296/96 em seu art. 8º-A, §2º: “A instalação do dispositivo de captação ambiental poderá ser realizada, quando necessária, por meio de operação policial disfarçada ou no período noturno, exceto na casa, nos termos do inciso XI do caput do art. 5º da Constituição Federal. (...)”.

    E- Correta. É o que dispõe a Lei 9.296/96 em seu art. 9º, caput: “A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada. (...)”.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa C (já que a questão pede a incorreta).

  • A presente questão requer conhecimento com relação a inviolabilidade das comunicações telefônicas prevista na CF/88 em seu artigo 5º, XII: “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal”, e os requisitos previstos na lei para a realização da interceptação telefônica (lei 9.296/96).

     

    A lei 9.296/96 traz em seu artigo 2º as hipóteses em que não poderá ser feita a interceptação telefônica, ou seja, quando:

    1) não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;

    2) a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;

    3) o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

     

    A referida lei traz ainda que a interceptação telefônica poderá ser determinada pelo juiz: 1) de ofício; 2) mediante representação da autoridade policial durante a investigação criminal; 3) mediante requerimento do Ministério Público durante a investigação criminal ou instrução processual penal; pelo prazo de 15 (quinze) dias, renovável por igual período, desde que seja imprescindível.   

    Vejamos algumas teses sobre o tema interceptação telefônica publicadas pelo Superior Tribunal de Justiça:

     

    1)    A alteração da competência não torna inválida a decisão acerca da interceptação telefônica determinada por juízo inicialmente competente para o processamento do feito. (edição nº 117 do Jurisprudência em Teses do STJ);

     

    2)    É possível a determinação de interceptações telefônicas com base em denúncia anônima, desde que corroborada por outros elementos que confirmem a necessidade da medida excepcional.” (edição nº 117 do Jurisprudência em Teses do STJ);

     

    3)    É legítima a prova obtida por meio de interceptação telefônica para apuração de delito punido com detenção, se conexo com outro crime apenado com reclusão” (edição nº 117 do Jurisprudência em Teses do STJ);

     

    4)    É desnecessária a realização de perícia para a identificação de voz captada nas interceptações telefônicas, salvo quando houver dúvida plausível que justifique a medida” (edição nº 117 do Jurisprudência em Teses do STJ);

     

    5)    Em razão da ausência de previsão na Lei n. 9.296/1996, é desnecessário que as degravações das escutas sejam feitas por peritos oficiais” (edição nº 117 do Jurisprudência em Teses do STJ).  

     

    A) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta, visto que o artigo 2º, III, da lei 9.296/96 é expresso com relação ao fato de que não será admitida a interceptação telefônica quando a infração penal for punida com pena máxima de detenção:

     

    “Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses:

    (...)

    III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.”


    B) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta e traz o disposto no artigo 8º, caput, da lei 9.296/96, vejamos:

     

    “Art. 8° A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza, ocorrerá em autos apartados, apensados aos autos do inquérito policial ou do processo criminal, preservando-se o sigilo das diligências, gravações e transcrições respectivas.”


    C) CORRETA (a alternativa): a afirmativa da presente alternativa está incorreta com relação ao prazo da interceptação telefônica, visto que este não poderá exceder a 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período, desde que comprovada sua indispensabilidade, artigo 5º da lei 9.296/96:

     

    “Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.”


    D) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta e traz o disposto no artigo 8º-A, §2º, da lei 9.296/96:

     

    “Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá ser autorizada pelo juiz, a requerimento da autoridade policial ou do Ministério Público, a captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, quando:      (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

    (...)

    § 2º A instalação do dispositivo de captação ambiental poderá ser realizada, quando necessária, por meio de operação policial disfarçada ou no período noturno, exceto na casa, nos termos do inciso XI do caput do art. 5º da Constituição Federal.”


    E) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta e traz o disposto no artigo 9º, caput, da lei 9.296/96:

     

    Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada.

    Parágrafo único. O incidente de inutilização será assistido pelo Ministério Público, sendo facultada a presença do acusado ou de seu representante legal.”


    Resposta: C

     

    DICA: Leia sempre mais de uma vez o enunciado das questões, a partir da segunda leitura os detalhes que não haviam sido percebidos anteriormente começam a aparecer.

  • A presente questão requer conhecimento com relação a inviolabilidade das comunicações telefônicas prevista na CF/88 em seu artigo 5º, XII: “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal”, e os requisitos previstos na lei para a realização da interceptação telefônica (lei 9.296/96).

     

    A lei 9.296/96 traz em seu artigo 2º as hipóteses em que não poderá ser feita a interceptação telefônica, ou seja, quando:

    1) não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;

    2) a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;

    3) o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

     

    A referida lei traz ainda que a interceptação telefônica poderá ser determinada pelo juiz: 1) de ofício; 2) mediante representação da autoridade policial durante a investigação criminal; 3) mediante requerimento do Ministério Público durante a investigação criminal ou instrução processual penal; pelo prazo de 15 (quinze) dias, renovável por igual período, desde que seja imprescindível.   

    Vejamos algumas teses sobre o tema interceptação telefônica publicadas pelo Superior Tribunal de Justiça:

     

    1)    A alteração da competência não torna inválida a decisão acerca da interceptação telefônica determinada por juízo inicialmente competente para o processamento do feito. (edição nº 117 do Jurisprudência em Teses do STJ);

     

    2)    É possível a determinação de interceptações telefônicas com base em denúncia anônima, desde que corroborada por outros elementos que confirmem a necessidade da medida excepcional.” (edição nº 117 do Jurisprudência em Teses do STJ);

     

    3)    É legítima a prova obtida por meio de interceptação telefônica para apuração de delito punido com detenção, se conexo com outro crime apenado com reclusão” (edição nº 117 do Jurisprudência em Teses do STJ);

     

    4)    É desnecessária a realização de perícia para a identificação de voz captada nas interceptações telefônicas, salvo quando houver dúvida plausível que justifique a medida” (edição nº 117 do Jurisprudência em Teses do STJ);

     

    5)    Em razão da ausência de previsão na Lei n. 9.296/1996, é desnecessário que as degravações das escutas sejam feitas por peritos oficiais” (edição nº 117 do Jurisprudência em Teses do STJ).  

     

    A) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta, visto que o artigo 2º, III, da lei 9.296/96 é expresso com relação ao fato de que não será admitida a interceptação telefônica quando a infração penal for punida com pena máxima de detenção:

     

    “Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses:

    (...)

    III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.”


    B) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta e traz o disposto no artigo 8º, caput, da lei 9.296/96, vejamos:

     

    “Art. 8° A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza, ocorrerá em autos apartados, apensados aos autos do inquérito policial ou do processo criminal, preservando-se o sigilo das diligências, gravações e transcrições respectivas.”


    C) CORRETA (a alternativa): a afirmativa da presente alternativa está incorreta com relação ao prazo da interceptação telefônica, visto que este não poderá exceder a 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período, desde que comprovada sua indispensabilidade, artigo 5º da lei 9.296/96:

     

    “Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.”


    D) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta e traz o disposto no artigo 8º-A, §2º, da lei 9.296/96:

     

    “Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá ser autorizada pelo juiz, a requerimento da autoridade policial ou do Ministério Público, a captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, quando:      (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

    (...)

    § 2º A instalação do dispositivo de captação ambiental poderá ser realizada, quando necessária, por meio de operação policial disfarçada ou no período noturno, exceto na casa, nos termos do inciso XI do caput do art. 5º da Constituição Federal.”


    E) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta e traz o disposto no artigo 9º, caput, da lei 9.296/96:

     

    Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada.

    Parágrafo único. O incidente de inutilização será assistido pelo Ministério Público, sendo facultada a presença do acusado ou de seu representante legal.”


    Resposta: C

     

    DICA: Leia sempre mais de uma vez o enunciado das questões, a partir da segunda leitura os detalhes que não haviam sido percebidos anteriormente começam a aparecer.

  • GABARITO: C

    a) CERTO: Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses: III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

    b) CERTO: Art. 8° A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza, ocorrerá em autos apartados, apensados aos autos do inquérito policial ou do processo criminal, preservando-se o sigilo das diligências, gravações e transcrições respectivas.

    c) ERRADO: Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.

    d) CERTO: Art. 8º-A, § 2º A instalação do dispositivo de captação ambiental poderá ser realizada, quando necessária, por meio de operação policial disfarçada ou no período noturno, exceto na casa, nos termos do inciso XI do caput do art. 5º da Constituição Federal.  

    e) CERTO: Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada. Parágrafo único. O incidente de inutilização será assistido pelo Ministério Público, sendo facultada a presença do acusado ou de seu representante legal.

  • Questão: C

    Segundo tribunais superiores, é admitido que a interceptação telefônica tenha prazo indeterminado.

  • IMPORTANTE 1

    A lei fala em crime apenado com reclusão. MAS já se decidiu que é válida a prova decorrente da serendipidade (encontro fortuito de provas (pode recair sobre novos fatos ou novos criminosos) recaindo sobre crime apenado com detenção, quando se apura crime apenado com reclusão através de interceptação telefonica legalmente autorizada (STF. HC 83.515, rel. Min. Nelson Jobim; HC 102.304, rel. Min. Cármen Lucia, j. 25.05.10).

    IMPORTANTE 2

    Na interceptação telefônica, o legislador exige que o crime seja punido com reclusão, independentemente do quantum de pena. No caso da captação ambiental, o legislador não exige reclusão, mas a pena máxima deve ser superior a 4 anos.


ID
5473171
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

A doutrina brasileira considera a persecução penal como a soma da atividade investigatória com a ação penal promovida pelo Ministério Público. No estudo da ação penal, observamse algumas espécies, como a ação penal pública e a ação penal privada, que ainda se subdividem. Com relação às espécies de ação penal, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A ação penal nas contravenções penais, de acordo com o art. 17 do Decreto-lei nº 3.688/41, é sempre pública incondicionada e não condicionadas à representação. Logo, o gabarito é a letra A.

  • SOBRE O ESTELIONATO:

    Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:

    Reclusão, de um a cinco anos, e multa - CABE SUSPENSÃO DO PROCESSO ART. 89, DA LEI 9.099/95.

    § 4 Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. 

    § 5º Somente se procede MEDIANTE REPRESENTAÇÃO, SALVO se a vítima for:

     II - criança ou adolescente;           

     III - pessoa com deficiência MENTAL; ou           

     IV - maior de 70 (setenta) anos de idade OU INCAPAZ

    Admite-se o privilégio:

     § 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º. Diminuição de 1 a 2/3 ou multa

    Cuida-se de CRIME MATERIAL, pois exige resultado naturalístico para a sua consumação. Exige-se o duplo resultado, consistente na vantagem ilícita e no prejuízo alheio. É crime de forma livre.

    ÚNICA modalidade equiparada ao estelionato que é de consumação antecipada (crime formal) é a fraude para o recebimento de indenização ou valor de seguro (art. 171, V, CP), ou seja, se empregar a fraude, o crime se consuma independentemente do recebimento da indenização

    O prejuízo alheio, necessário à configuração do crime tipificado no art. 171 do Diploma Penalista, deve ser patrimonial e avaliado concretamente

    O silêncio pode ser meio de execução do crime de estelionato, que pode se configurar, portanto, através de uma conduta omissiva

  • Com base no pacote anticrime a letra B não estaria INCORRETA TBM?

  • GABARITO OFICIAL - A

    A) As contravenções penais SÃO DE AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.

    ---------------------------------------------------------------------------

    B) Em regra, a ação penal no crime de estelionato é de ação penal pública condicionada à representação. 

    Regra: o 171 é condicionado à representação!

    Se for contra alguém de idade igual ou maior de 60 : Ainda continua sendo, mas na forma Majorada, porque envolve idoso!

      Estelionato contra idoso ou vulnerável        

    171 , § 4º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é cometido contra idoso ou vulnerável, considerada a relevância do resultado gravoso. 

    Se for contra maior de 70 - Incondicionada.

    --------------------------------------------------------------------------

    C) Nos crimes de lesões corporais leves – art. 129, caput –, a ação penal é pública condicionada à representação. 

    CERTO!

    A lei 9.099/95 com seu artigo 88 explica que em ações de lesão corporal leve e lesão corporal culposa a ação penal será pública condicionada à representação. 

    CUIDADO!

    No âmbito da lei Maria da penha:

    As lesões, ainda que leves e somadas ao contexto de violência doméstica e familiar, são incondicionadas.

    -----------------------------------------------------------------------------

    D) Nos crimes contra a honra, a ação penal é privada, via de regra. 

    NOS CRIMES CONTRA A HONRA:

    Regra geral > Ação privada

    Contra o presidente da República ou chefe de governo estrangeiro > Condicionada à Requisição do ministro da justiça.

    Injúria real > SEM lesões corporais > Privada

    com lesões corporais leves >  é condicionada à representação!

    Incondicionada > com lesão grave ou gravíssima!

    Injúria preconceito / racial > Condicionada à representação.

    Funcionário público e ofensa relacionada à função> condicionada à representação ou privada. Súmula 714

    -----------------------------------------------------------------------------------

    E) Súmula 542 do STJ

    "A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada. "Quando o crime de lesão corporal leve for praticado no âmbito da violência doméstica, a ação penal será pública incondicionada. 

  • Reforçando sobre a mudança legislativa no crime de estelionato!

    AÇÃO PENAL CABÍVEL NOS CRIMES DE ESTELIONATO:

    O delito de estelionato é de ação penal pública condicionada a representação. STJ, Inf. 691

    Essa mudança é mais favorável, considerando que agora existe, como regra, uma nova condição para que o Ministério Público possa ajuizar a ação penal contra o autor do estelionato: a representação da vítima.

    Assim, o § 5º do art. 171 do CP, que apresenta caráter híbrido (norma mista) por ser mais favorável ao autor do fato, tem caráter retroativo.

    A mudança na ação penal do crime de estelionato, promovida pela Lei 13.964/2019, retroage para alcançar os processos penais que já estavam em curso? Mesmo que já houvesse denúncia oferecida, será necessário intimar a vítima para que ela manifeste interesse na continuidade do processo?

    Havia divergência entre as Turmas do STJ, no entanto, o tema foi pacificado. Ficou decidido que:

    A MUDANÇA NA AÇÃO PENAL DO CRIME DE ESTELIONATO, PROMOVIDA PELA LEI 13.964/2019, NÃO RETROAGE PARA ALCANÇAR OS PROCESSOS PENAIS QUE JÁ ESTAVAM EM CURSO

    assim,

    A EXIGÊNCIA DE REPRESENTAÇÃO DA VÍTIMA NO CRIME DE ESTELIONATO NÃO RETROAGE

    AOS PROCESSOS CUJA DENÚNCIA JÁ FOI OFERECIDA

  • Gabarito: A

    Quanto a letra B :

    A regra, com o pacote anticrime é que o estelionato seja ação penal pública condicionada a representação, com a exceção para A.P.P.Incondicionada quando :

    70 M A CR  I  A

    70 = maior de 70 anos

    M = doente Mental

    A= Adolescente

    CR= criança

    I= Incapaz

    A= Adm 

    Não confundir o I com o IDOSO, pois o IDOSO são aqueles maior de 60 e nesse caso são os maiores de 70 ANOS. Ademais, cabe ressaltar quanto ao idoso, que é causa majorante em DOBRO.

  • A) As contravenções penais são de ação penal pública INCONDICIONADA

  • Sobre a letra E

    Súm. 542 do STJ: “A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada”.

    Se o crime for de ameaça praticado em situação de violência doméstica e familiar contra a mulher é pública condicionada à representação.

  •  ✅LETRA A

    BIZU acerca dos tipos de ações penais.

    -------------------------------------------------------

    Código de Processo Penal Comum:

    • Pública Incondicionada: Onde o crime fere muito esfera social + CONTRAVENÇÕES QUE SERÃO SEMPRE INCONDICIONADA;

    • Pública Condicionada: Aqui existe um grande apelo social, mas sua reverberação é mais na vida privada;

    • Privada: O interesse na ação é puramente intrínseco a pessoa, sem gerar grandes, ou nenhum, apelo social;

    • Privada Subsidiária da Pública: Quando o MP por total inércia perde o prazo decadencial para a propositura da ação;

    Código de Processo Penal Militar:

    • Pública Incondicionada: Essa é a regra para toda ação penal militar;

    • Pública Condicionada: Nos crimes do Art. 136 a 141 CPM.

    • Privada Subsidiária da Pública: Quando o MP por total inércia perde o prazo decadencial para a propositura da ação;

  • incondicionada
  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que o Código de Processo Penal, o Código Penal e a legislação extravagante dispõem sobre ação penal. Atenção: a questão deseja que o candidato assinale a incorreta.

    A- Incorreta. As contravenções penais são todas de ação penal pública. Art. 17, Decreto-Lei 3688/41 (Lei de Contravenções Penais): "A ação penal é pública, devendo a autoridade proceder de ofício”.

    Obs.: não que as ações penais condicionadas à representação não sejam públicas, mas quando a Lei de Contravenções Penais fala somente em "pública", sem especificar, está se referindo à ação penal pública incondicionada.

    B- Correta. É o que dispõe o CP em seu art. 171, §5º: “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. § 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: I - a Administração Pública, direta ou indireta; II - criança ou adolescente; III - pessoa com deficiência mental; ou IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz”.

    C- Correta. É o que dispõe a Lei 9099/95 em seu art. 88: “Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas”.

    D- Correta. É o que dispõe o CP em seu art. 145: “Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código.

    E- Correta. É o entendimento do STJ, pacificado em sua Súmula 542: “A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada”.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa A (já que a questão pede a incorreta).

  • As contravenções penais são pública incondicionada.

  • As ações penais podem classificadas como públicas, que têm como titular o Ministério Público, as quais podem ser públicas incondicionadas e públicas condicionadas, conforme previsto no parágrafo primeiro do artigo 100 do Código Penal.


    Nas ações penais públicas condicionadas a titularidade continua a ser do Ministério Público, mas este para atuar depende da manifestação/autorização da vítima, sendo a representação uma condição de procedibilidade.


    Já nas ações penais privadas o direito de punir continua com o Estado, mas a iniciativa passa a ser do ofendido ou de seu representante legal, vez que os fatos atingem a intimidade da vítima, que pode preferir ou não o ajuizamento da ação e discussão do fato em juízo.       


    Nas ações penais privadas a peça inicial é a queixa-crime, pode ser ajuizada pelo ofendido ou por seu representante legal e no caso de morte do ofendido ou de este ser declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer a queixa ou prosseguir na ação penal passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (artigos 30 e 31 do CPP).    


    O prazo para a oferta da queixa-crime é de 6 (seis) meses, contado do dia em que tomar conhecimento da autoria do delito (artigo 38 do Código de Processo Penal).


    O Ministério Público atua na ação penal privada como custos legis, nos termos do artigo 45 do Código de Processo Penal.


    Os princípios aplicáveis a ação penal pública são:


    1) PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE: o Ministério Público está obrigado a promover a ação penal quando presentes os requisitos legais. Tenha atenção que com relação as exceções a obrigatoriedade, como ocorre com a oferta da transação penal (artigo 76 da lei 9.099/95), o que se denomina de obrigatoriedade mitigada ou discricionariedade regrada.


    2) PRINCIPIO DA DIVISIBILIDADE: o Ministério Público pode ajuizar a ação penal em face de um réu e a investigação prosseguir em face de outros. Nesse sentido o julgamento do HC 34.233/SP:


    “PROCESSUAL PENAL. ACÓRDÃO DE TRIBUNAL DE JUSTIÇA DENEGATÓRIO DE HABEAS CORPUS. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO AO INVÉS DE RECURSO ORDINÁRIO. ERRO GROSSEIRO. FUNGIBILIDADE. NÃO APLICAÇÃO. CONHECIMENTO DA SÚPLICA COMO IMPETRAÇÃO SUBSTITUTIVA DE RECURSO ORDINÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE FLAGRANTE ILEGALIDADE. PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE. NÃO INCIDÊNCIA À AÇÃO PENAL PÚBLICA. PRECEDENTES ITERATIVOS DO STJ.        
    1 - A interposição de recurso em sentido estrito no lugar de recurso ordinário, contra acórdão que denega habeas corpus, em única instância, em Tribunal de Justiça, configura erro grosseiro, apto a impedir a aplicação da fungibilidade, ainda mais se, como na espécie, a súplica somente foi protocolada mais de trinta depois da publicação do julgado atacado, inviabilizando qualquer tipo de recurso.
    2 - Hipótese expressa na Constituição Federal acerca do cabimento do recurso ordinário e ausência de previsão, no Código de Processo Penal, em uma das hipóteses taxativas referentes ao recurso em sentido estrito.    
    3 - Não vigora o princípio da indivisibilidade na ação penal pública. O Parquet é livre para formar sua convicção incluindo na increpação as pessoas que entenda terem praticados ilícitos penais, ou seja, mediante a constatação de indícios de autoria e materialidade, não se podendo falar em arquivamento implícito em relação a quem não foi denunciado.      
    4 - Recurso não conhecido.”


    3) PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA: aplicável a ação penal pública e privada, decorre do princípio da pessoalidade da pena, artigo 5º, XLV, da Constituição Federal de 1988: “XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;”


    4) PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE: a ação penal pública deverá ser ajuizada por órgão oficial, ou seja, o Ministério Público, artigo 129, I, da Constituição Federal de 1988:


    “Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

    I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

    (...)”


    5) PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE: o Ministério Público não pode desistir da ação penal e do recurso interposto, artigos 42 e 576 do CPP:


    “Art. 42.  O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.”

    “Art. 576.  O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.”


    Já os princípios aplicáveis a ação penal privada são:


    1) PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE OU CONVENIÊNCIA: a vítima tem a faculdade de ofertar ou não a ação penal;  


    2) PRINCÍPIO DISPONIBILIDADE: na ação penal privada a vítima pode desistir da ação, pelo perdão ou pela perempção, esta última de acordo com as hipóteses do artigo 60 do CPP:


    “Art. 60.  Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:

    I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;

    II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;

    III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;

    IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor”.


    3) PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE: quando a parte optar por oferecer a ação penal deverá realizar em face de todos os autores, artigo 48 do CPP: “Art. 48.  A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade”.


    A) CORRETA (a alternativa): as contravenções penais são de ação penal pública incondicionada, artigo 17 da LCP:


    “Art. 17. A ação penal é pública, devendo a autoridade proceder de ofício.”


    B) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta, visto que a regra é que o crime de estelionato é de ação penal pública condicionada, salvo nos casos previsto no artigo 171, §5º, I, II, III, IV:


    “Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:

    (...)

    § 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for:           (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

    I - a Administração Pública, direta ou indireta;           (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

    II - criança ou adolescente;           (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

    III - pessoa com deficiência mental; ou           (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

    IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.”    


    C) INCORRETA (a alternativa): os crimes de lesão corporal leve e culposa são de ação penal pública condicionada a representação, artigo 88 da lei 9.099/95, vejamos:


    “Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.”


    D) INCORRETA (a alternativa): os crimes contra a honra estão previstos no capítulo V do Código Penal e o artigo 145, caput, do CP traz que os crimes previstos no citado capítulo são de ação penal privada, com as exceções previstas, vejamos:


    “Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.

    Parágrafo único.  Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código.”


    E) INCORRETA (a alternativa): o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou a ADI 4424 no sentido de que a lesão corporal resultante de violência doméstica e familiar é de ação penal pública INCONDICIONADA.


    “Órgão julgador: Tribunal Pleno

    Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO

    Julgamento: 09/02/2012

    Publicação: 01/08/2014

    Ementa

    AÇÃO PENAL – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER – LESÃO CORPORAL – NATUREZA. A ação penal relativa a lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada – considerações.


    Resposta: A


    DICA: Atenção com relação a leitura dos julgados, informativos e súmulas do STF e STJ.

  • a) As ações penais nas contravenções penais são públicas incondicionadas, nos termos do artigo 17 da LCP, vejamos:

    • Art. 17. A ação penal é pública, devendo a autoridade proceder de ofício.
    • Haja vista o legislador não trazer qualquer menção acerca da necessidade de representação, prevalece a regra geral de ser incondicionada a ação.

    b) Em regra, a ação penal no crime de estelionato é de ação penal pública condicionada à representação.

    • Com a alteração promovida pela Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime), o crime de estelionato passou a ser processado, em regra, mediante representação da vítima, ou seja, via ação penal pública condicionada à representação.
    • Se for contra maior de 70 - Incondicionada.

    c) Em regra, os crimes de lesão corporal leve (e culposa também) serão processados mediante ação penal pública condicionada à representação.

    • Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.

    d) Os crimes contra a honra a ação penal será, em regra, privada , isto é, mediante o oferecimento de queixa-crime.

    e) Tratando-se de lesão corporal no âmbito da violência doméstica, a ação penal será pública incondicionada, consoante o teor da súmula 542 do Superior Tribunal de Justiça, vejamos:

    • Súmula 542, STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada.

    GABARITO A


ID
5473174
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A garantia constitucional do Habeas Corpus (art. 5º, LXVIII) tem sido constantemente interpretada pelos Tribunais Superiores, que, por meio de suas jurisprudências e súmulas, vêm delimitando o aspecto de abrangência dessa verdadeira ação popular com assento constitucional, voltada à liberdade. Levando em conta o entendimento do STF sobre o tema, assinale a afirmativa INCORRETA

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA B

    na verdade compete aos TJ's e TRF's o julgamento de habeas corpus contra decisão de turma recursal

    erros? avisar pls

  • No julgamento do HC 86.834-7/SP (23/08/2006), o STF reviu seu posicionamento sobre a matéria e decidiu que a competência para julgar HC contra ato da Turma Recursal é do próprio TJ (em caso de Turma Recursal estadual) ou do TRF respectivo (em caso de Turma Recursal do JEF). Fonte: Dizer o Direito.
  • Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.

    OK.

    A súmula 691 do STF estabelece: “Não compete ao STF conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

    Essa súmula continua sendo aplicada pelo STF. Entretanto, admite-se uma flexibilização em caso de decisão teratológica.

    --------------------------------------------------------------------

    Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de habeas corpus contra decisão de turma recursal de juizados especiais criminais. 

    Errado.

    No julgamento do HC 86.834-7/SP (23/08/2006), o STF reviu seu posicionamento sobre a matéria e decidiu que a competência para julgar HC contra ato da Turma Recursal é do próprio TJ (em caso de Turma Recursal estadual) ou do TRF respectivo (em caso de Turma Recursal do JEF).

    ----------------------------------------------------------------------

    Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade. 

    OK.

    Súmula 695 do STF: Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.

    -------------------------------------------------------------------------

    Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. 

    OK.

    Súmula 693, STF: Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. 

    Esse entendimento decorre do fato de que a pena de multa não pode ser convertida em pena privativa de liberdade (art. 51 do Código de Penal), razão pela qual não há, segundo o STF, risco à liberdade, de modo que não seria admissível a impetração de habeas corpus.

    --------------------------------------------------------------------------

    Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão de Turma, ou do Plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso. 

    OK.

    Súmula 606, STF: Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão de Turma, ou do Plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso. 

  • GABA: B

    a) CERTO: Se o HC c/ liminar for dirigido a um tribunal, o relator decide esta, mas aquele é julgado pela respectiva turma ou câmara. Assim, prevalece que, se o relator indeferir a liminar, não cabe HC. Nesse sentido: Súmula 691 - STF: não compete ao STF conhecer HC impetrado contra decisão do relator que, em HC requerido a Tribunal Superior, indefere liminar. Todavia, não se trata de regra absoluta: os TS's e o próprio STF entendem que essa súmula pode ser mitigada diante de manifesta ilegalidade ou abuso de poder (ex: rejeição da liminar sem fundamentação).

    b) ERRADO: A Súmula 690 do STF dizia que competia ao STF o julgamento de HC contra decisão da turma recursal do JECRIM. Porém, o próprio STF e o STJ passaram a entender que o julgamento desse HC cabe ao TJ ou ao TRF, estando superada a súmula 690.

    c) CERTO: Súmula 695 do STF: não cabe HC quando já extinta a PPL.

    d) CERTO: Súmula 693 do STF: Não cabe HC contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única aplicada

    e) CERTO: Súmula 606 do STF: Não cabe HC originário para o Tribunal Pleno de decisão de turma, ou do plenário, proferida em HC ou no respectivo recurso (RHC).

  • Jurisprudência•Data de publicação: 20/09/2004

    LIMINAR. DENEGAÇÃO. 1. Não cabe habeas corpus para obter a concessão de liminar, negada em outra impetração, salvo flagrante ilegalidade ou decisão teratológica.

  • GABARITO - B

    Resta superado o entendimento da Súmula 690

    No julgamento do HC 86.834-7/SP (23/08/2006), o STF reviu seu posicionamento sobre o tema e passou a decidir que a competência para julgar HC impetrado contra ato da Turma Recursal é do Tribunal de Justiça (se for turma recursal estadual) ou do Tribunal Regional Federal (se a turma recursal for do JEF).

  • GABARITO B

    Compete aos Tribunais de Justiça ou aos Tribunais Regionais Federais o julgamento dos pedidos de habeas corpus quando a autoridade coatora for Turma Recursal dos Juizados Especiais. HC 369717/MS, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 25/04/2017 (Teses 93).

    Bons estudos!

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que o STF entende sobre direitos e garantias fundamentais. Atenção: a questão deseja que o candidato assinale a incorreta.

    A- Correta. É o entendimento do STF, consagrado em sua Súmula 691: “Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

    B- Incorreta. Era o entendimento do STF, que se encontra superado. No julgamento do HC 86.834-7/SP (23/08/2006), o STF reviu seu posicionamento sobre o tema e passou a decidir que a competência para julgar HC impetrado contra ato da Turma Recursal é do Tribunal de Justiça (se for turma recursal estadual) ou do Tribunal Regional Federal (se a turma recursal for do JEF). (CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 690-STFSTF. Buscador Dizer o Direito, Manaus).

    C- Correta. É o entendimento do STF, consagrado em sua Súmula 695: “Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade”.

    D- Correta. É o entendimento do STF, consagrado em sua Súmula 693: “Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada”.

    E- Correta. É o entendimento do STF, consagrado em sua Súmula 606: “Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão de turma, ou do plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso”.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa B (já que a questão pede a incorreta).

  • GABARITO: B

    a) CERTO: Súmula 691/STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.

    b) ERRADO: Quanto ao pedido de análise do aduzido cerceamento de defesa em sede de habeas corpus, ressalto que a Súmula 690/STF não mais prevalece a partir do julgamento pelo Pleno do HC 86834/SP, relatado pelo Rel. Ministro Marco Aurélio (DJ em 9.3.2007), no qual foi consolidado o entendimento de que compete ao Tribunal de Justiça ou ao Tribunal Regional Federal, conforme o caso, julgar habeas corpus impetrado contra ato praticado por integrantes de Turmas Recursais de Juizado Especial. [ARE 676.275 AgR, rel. min. Gilmar Mendes, 2ª T, j. 12-6-2012, DJE 150 de 1º-8-2012.]

    c) CERTO: Súmula 695/STF: Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.

    d) CERTO: Súmula 693/STF: Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.

    e) CERTO: Súmula 606/STF: Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão de Turma, ou do Plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso.


ID
5473177
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Bruno foi preso em flagrante delito pelo crime de sequestro e cárcere privado. O flagrante ocorreu de forma regular e, no prazo correto, realizou-se a audiência de custódia. Em referida audiência, o advogado de Bruno destacou que seu cliente é primário, possui bons antecedentes, tem emprego e residência fixos e compromete-se a comparecer sempre que solicitado. Nessa hipótese, o pedido a ser feito para restituir a liberdade de Bruno é 

Alternativas
Comentários
  • ART. 310. III CPP A liberdade provisória é uma medida para combater a prisão em flagrante LEGAL, mas desnecessária. Obs. Prisão Ilegal - Relaxamento da prisão.
  • Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória

  • GABARITO - C

    Trata-se da Liberdade provisória.

    Incialmente, não podemos esquecer que consiste em uma medida para combater a prisão em flagrante LEGAL (mas desnecessária), impedindo a decretação da prisão cautelar, de forma que o agente se comprometa a cumprir algumas condições para garantir sua liberdade.

    Posso chamar de direito subjetivo?

    Para grande parte da doutrina, sim!

    “é um direito subjetivo do não condenado, quando presentes os requisitos autorizadores”.

    Posso aplicar a crimes hediondos ou equiparados?

    Com o advento da Lei 11.464/07, houve alteração art. 2º, II, da Lei 8.072/90, suprimindo a expressão “liberdade provisória", Por isso , a maioria entende ser possível.

    Observações no CPP:

    I) Na audiência de custódia o juiz pode conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.  

    II) O juiz pode denegar a liberdade provisória:

    Art. 310, § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares. 

    III) O juiz pode conceder a liberdade provisória em casos de excludente de ilicitude:

    Art. 310, § 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de revogação.

    Bons estudos!

  • Prisao ilegal...................... RELAXA

    Ausentes requisitos da preventiva............ LIBERDADE PROVISORIA

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que o CPP dispõe sobre prisão e liberdade.

    A- Incorreta. O relaxamento de prisão apenas é cabível quando se tratar de prisão ilegal. Art. 310/CPP: "Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: I - relaxar a prisão ilegal; (...).

    B- Incorreta. O habeas corpus é o meio para se requerer a liberdade de ir e vir daquele que sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal. Art. 647/CPP: "Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar”.

    C- Correta. A liberdade provisória é concedida quando estão ausentes os requisitos da prisão preventiva. É o que dispõe o CPP em seus arts. 310, III, e 321.

    Art. 310/CPP: "Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: (...) III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança; (...)".

    Art. 321/CPP: "Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código”.

    D- Incorreta. A revogação da prisão preventiva ocorre quando o juiz verifica que falta de motivo para que ela subsista. Art. 316/CPP: "O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem”.

    E- Incorreta. A revisão criminal somente é admitida em relação a processos findos. Art. 621/CPP: "A revisão dos processos findos será admitida: I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos; II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos; III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena”.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa C.

  • A questão cobrou conhecimentos acerca da prisão.


    A – Incorreta. De acordo com o enunciado da questão a prisão foi legal. O relaxamento de prisão só poderá ocorrer quando a prisão for ilegal, conforme Art. 5°, inc. LXV da Constituição Federal e art. 310, inc. I do Código de Processo Penal.

    B – Incorreta. De acordo com o art. 5°, LXVIII da Constituição Federal “conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder".

    No mesmo sentido o art. 647 do Código de Processo Penal “Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar".

    Como a prisão foi legal não cabe habeas corpus, pois este remédio constitucional só terá cabimento se houver ilegalidade ou abuso de poder.

    C – Correta. Não estando presentes os motivos que ensejam a decretação da prisão preventiva o pedido a ser feito será o da liberdade provisória, nos termos do art. 310, inc. III do CPP.

    D – Incorreta.  De acordo com o enunciado da questão não havia prisão preventiva a ser revogada, havia uma prisão em flagrante que poderia ser convertida ou não em prisão preventiva.

    E – Incorreta. A revisão criminal é possível em três hipóteses: quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos; quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos e quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena, conforme art. 621, incisos I, II e III do CPP. Não é o caso do enunciado da questão.


    Gabarito, letra C


  • Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

    I - relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

    II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

    III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

  • GUIA DE REVISÃO!!

    Liberdade provisória  X relaxamento da prisão X  revogação da prisão

    A liberdade provisória pode ser concedida, com ou sem fiança, no caso de prisão em flagrante, em que o procedimento não tiver nenhuma violação das normas previstas em lei, conforme o artigo 310, inciso III do Código de Processo Penal. Apesar da prisão ser legal, o magistrado pode entender que não é mais necessária para o procedimento criminal e, assim, determinar a liberdade provisória.

    Não cabe liberdade provisória em:

    ·        REINCIDENTE

    ·        MILICIA PRIVADA

    ·        ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

    ·        PORTA ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO

    ____________________________________________________________

    O relaxamento da prisão ocorre nas hipóteses de prisão preventiva, que sofreu algum tipo de ilegalidade, ou não possui os requisitos para sua decretação.

    ____________________________________________________________

    A revogação da prisão cabe tanto para prisão preventiva quanto para a prisão temporária, que ocorreram dentro da legalidade, mas que não são mais úteis para o processo criminal. 

    gab/C

     


ID
5473183
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

José, funcionário público, foi investigado pela prática de peculato. Ao final do inquérito policial, foi indiciado pela autoridade policial, e o procedimento foi encaminhado ao Ministério Público, que ofereceu denúncia, diante da farta documentação dando conta da prática criminosa. Em relação ao procedimento nos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, assinale a alternativa correta. 

Alternativas
Comentários
  • Súmula 330-STJ: É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.

    ATENÇÃO:

    Há decisões do STF defendendo que nesses casos a defesa prévia é INDISPENSÁVEL, mesmo sendo lastreada por IP. Contudo o STJ permanece aplicando a súmula 330.

  • Assistam a aula abaixo da questão que vão matar qualquer questão sobre procedimentos de crimes contra a administração pública.

  • CUIDADO!! ESSE ENTENDIMENTO É DE ACORDO COM STJ

  • A questão possui, em verdade, duas respostas corretas ("letra A" e "letra D") a depender do posicionamento que se adote: se do STJ ou do STF.

    Isso porque, apesar da Súmula n. 330 do STJ ("É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial"), o STF entende que "é indispensável a defesa prévia nas hipóteses do art. 514 do Código de Processo Penal, mesmo quando a denúncia é lastreada em inquérito policial" (HC 110361, j. 05/06/2012).

    Assim, se adotado o entendimento do STJ, o gabarito será a letra A.

    Mas, se pautado no entendimento do STF, o gabarito é a letra B, pois aplica-se normalmente ao caso o art. 514 do CPP, segundo o qual: "Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.".

  • a letra D está errada companheiro, não receberá a denúncia , e sim mandará autuá-la.

  • Art. 514.  Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.

    Parágrafo único.  Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta preliminar.

    VEJAM, PESSOAL, A LETRA D N ESTARIA CERTA DE JEITO NENHUM

  • A solução da questão exige o conhecimento acerca do procedimento especial dos crimes praticados por servidores públicos contra a administração em geral. Analisemos as alternativas:   
    a) CORRETA. Há entendimento do STJ sumulado afirmando que é desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial, de acordo com a súmula 330 do STJ. 
    b) ERRADA. O erro da alternativa está no prazo, vez que o prazo é de 15 dias, de acordo com o art. 514 do CPP. 
    c) ERRADA. O processo e o curso do prazo não ficarão suspensos, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta preliminar, de acordo com o art. 514, § único do CPP. 
    d) ERRADA. Neste caso, o juiz não receberá a denúncia, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias, consoante o art. 514, caput do CPP. 
    e) ERRADA. O erro da alternativa está no prazo, vez que o prazo é de 15 dias, de acordo com o art. 514 do CPP.   
    GABARITO DA PROFESSORA: LETRA A.
  • Para o STJ - Se tem inquérito não precisa de defesa prévia !

    Para o STF - Mesmo havendo inquérito, é indispensável a defesa prévia !

  • GABARITO - A

    Para o STF -----> DEVE HAVER DEFESA PRELIMINAR

    ·        Informativo 457, STF: "OBRIGATORIEDADE DE DEFESA PRÉVIA. ART. 514 DO CPP. [...] A partir do julgamento do HC 85.779/RJ, passou-se a entender, nesta Corte, que é indispensável a defesa prévia nas hipóteses do art. 514 do Código de Processo Penal, mesmo quando a denúncia é lastreada em inquérito policial".

    Para o STJ ----> NÃO PRECISA DE DEFESA PRELIMINAR

    Súmula 330 do STJ: “É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514, do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial”


ID
5473186
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir. Nesse sentido, de acordo com a lei, será cabível habeas corpus no listado nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a. 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Art. 648 CPP. A coação considerar-se-á ilegal:

    I - quando não houver justa causa; ( letra C )

    II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;

    III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo; (letra B)

    IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;

    V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza; ( letra E )

    VI - quando o processo for manifestamente nulo;

    VII - quando extinta a punibilidade. ( letra D ).

    Portanto, a alternativa A se encontra incorreta, pois não há previsão legal de HC quando estiver extinta a pena privativa de liberdade.

  • GABARITO: A

    • Súmula 695, STF: NÃO CABE "HABEAS CORPUS" QUANDO JÁ EXTINTA A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE.
  • É simples, Habeas Corpus protege o direito de locomoção, então se já houve extinta a pena não cabe HC !

  • A questão cobrou conhecimentos acerca do habeas corpus.

    De acordo com o art. 5°, LXVIII da Constituição Federalconceder-se-á habeas-corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder".

    No mesmo sentido o art. 647 do Código de Processo Penal “Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar"

    Dessa forma, extraímos dos dois dispositivos legais que o habeas corpus só é possível nos casos em que a liberdade de ir e vir de uma pessoa estão sob coação ilegal (ameaça).

    O art. 648 do Código de Processo Penal conceitua o que é coação ilegal para efeitos de habeas corpus:

    Art. 648.  A coação considerar-se-á ilegal:

    I - quando não houver justa causa; (Alternativa C).

    II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;

    III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo; (Alternativa B).

    IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;

    V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza; (Alternativa E).

    VI - quando o processo for manifestamente nulo;

    VII - quando extinta a punibilidade. (Alternativa D).

    Já a Súmula 695 do Supremo Tribunal Federal afirma que “Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade".

    Portanto, o gabarito é a alternativa A.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que o Código de Processo Penal dispõe e os Tribunais Superiores entendem sobre habeas corpus. Atenção: a questão deseja que o candidato assinale a incorreta.

    A- Incorreta. O STF entende não ser cabível HC quando já extinta a pena privativa de liberdade. Súmula 695: “Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade”.

    B- Correta. É o que dispõe o CPP em seu art. 648, III: “A coação considerar-se-á ilegal: (...) III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo; (...)”.

    C- Correta. É o que dispõe o CPP em seu art. 648, I: “A coação considerar-se-á ilegal: I - quando não houver justa causa; (...)”.

    D- Correta. É o que dispõe o CPP em seu art. 648, VII: “A coação considerar-se-á ilegal: (...) VII - quando extinta a punibilidade”.

    E- Correta. É o que dispõe o CPP em seu art. 648, V: “A coação considerar-se-á ilegal: (...) V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza; (...)”.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa A (já que a questão pede a incorreta).

  • JURISPRUDÊNCIA - HABEAS CORPUS NO PROCESSO PENAL

    1.O STJ não admite que o remédio constitucional seja utilizado em substituição ao recurso próprio (apelação, agravo em execução, recurso especial), tampouco à revisão criminal, ressalvadas as situações em que, à vista da flagrante ilegalidade do ato apontado como coator, em prejuízo da liberdade da paciente

    2.O conhecimento do habeas corpus pressupõe prova pré-constituída do direito alegado, devendo a parte demonstrar de maneira inequívoca a pretensão deduzida e a existência do evidente constrangimento ilegal

    3.O trancamento da ação penal pela via do habeas corpus é medida excepcional, admissível apenas quando demonstrada a falta de justa causa (materialidade do crime e indícios de autoria), a atipicidade da conduta ou a extinção da punibilidade

    4.É incabível a impetração de habeas corpus para afastar penas acessórias de perda de cargo público ou graduação de militar imposta em sentença penal condenatória, por não existir lesão ou ameaça ao direito de locomoção

    5.O habeas corpus não é via idônea para discussão da pena de multa ou prestação pecuniária, ante a ausência de ameaça ou violação à liberdade de locomoção.

    6.É inadmissível a intervenção do assistente de acusação na ação de habeas corpus. (STF, AgRg no HC 203.737, Rel. Min. Cármen Lúcia, decisão monocrática de 31/08/2021) \ (HC 411.123/RJ, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 06/03/2018, DJe 22/06/2018)

    7.Súmula 648-STJ: A superveniência da sentença condenatória prejudica o pedido de trancamento da ação penal por falta de justa causa feito em habeas corpus. (STJ. 3ª Seção. Aprovada em 14/04/2021, DJe 19/04/2021).

    8.Quando a liberdade de alguém estiver direta ou indiretamente ameaçada, cabe habeas corpus ainda que para solucionar questões de natureza processual. (STF. 2ª Turma. HC 163943 AgR/PR, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 4/8/2020 (Info 985).

    9.A celebração de acordo de transação penal não acarreta a perda de objeto de habeas corpus em que se alega atipicidade da conduta e ausência de justa causa. (HC 176785, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 17/12/2019)

    10.Não se admite agravo regimental contra decisão do Ministro Relator que, motivadamente, defere ou indefere liminar em habeas corpus. (STF. 2ª Turma. HC 157.604/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 4/9/2018 (Info 914).

    11.A superveniência da sentença condenatória faz com que o habeas corpus que estava aguardando ser julgado fique prejudicado?

    • STF: SIM

    • STJ: NÃO

  • De início, insta destacar que a súmula 695 do STF dispõe: “Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade”. A aplicabilidade dessa súmula foi recentemente reiterada em um julgado de março de 2017 (HC 132906 AgR, Relator: Min. Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 24/03/2017).

  • QUANDO CABE HC

    • quando não houver justa causa;
    • quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
    • quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
    • quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
    • quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
    • quando o processo for manifestamente nulo;
    • quando extinta a punibilidade.

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    QUANDO NÃO CABE HC

    • CONTRA A IMPOSIÇÃO DA PENA DE EXCLUSÃO DE MILITAR OU DE PERDA DE PATENTE OU DE FUNÇÃO PÚBLICA. (SÚMULA Nº. 694)
    • Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições disciplinares militares. Contudo, segundo entendimento do STF, os aspectos relativos à legalidade da imposição de punição constritiva da liberdade, em procedimento administrativo castrense, podem ser discutidos por meio de habeas corpus. O STF não poderá entrar no mérito, mas poderá perfeitamente analisar questões inerentes a legalidade. (ART. 142, § 2° da CF)
    • Em favor de pessoa jurídica (informativo 516)
    • Súmula 693, STF: Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. 
    • Súmula 606, STF: Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão de Turma, ou do Plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso.
    • Súmula 695 do STF: Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.

    @studyeduzinho


ID
5473189
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Eleitoral
Assuntos

De acordo com os artigos 10 e 11 da Lei 6.091/74, constitui crime eleitoral o fornecimento de transporte irregular de eleitores. Nesse sentido, considere que Armando, desempregado, furte um veículo no dia da eleição com a finalidade específica de utilizar o bem para realizar transporte irregular de eleitores. Nessa hipótese, acerca da competência e levando em conta a disposição legal sobre o tema, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E

    Conforme a jurisprudência do TSE, os crimes eleitorais e os comuns conexos a eles são de competência da Justiça Eleitoral.

    “[...] Crimes conexos. Competência da Justiça Eleitoral. [...] 5. A competência criminal da Justiça Eleitoral estende-se aos crimes conexos aos crimes eleitorais, nos termos dos arts. 78, inciso IV, e 81 do Código de Processo Penal, podendo estender-se aos crimes de responsabilidade de prefeitos previstos no Decreto-Lei nº 201/1967. 6. O Supremo Tribunal Federal reafirmou, em julgado recente, a competência da Justiça Eleitoral para julgar os crimes conexos, conforme acórdão do Inq. nº 4435, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 14.3.2019 (pendente de publicação). [...]” (Ac. de 3.9.2019 no REspe nº 4210, rel. Min. Edson Fachin, red. designado Min. Tarcisio Vieira de Carvalho Neto.)

    ----------------------------------------------------

    Todavia, existe uma exceção quando há crime doloso contra a vida conexo com crime eleitoral. Nesse caso, a doutrina majoritária entende que deve haver a separação dos processos, conforme ensina Norberto Avena:

    Necessária a separação entre as duas jurisdições, de sorte que ao Tribunal do Júri competirá o julgamento do crime doloso contra a vida, e, à Justiça Eleitoral, o crime eleitoral. A respeito deste entendimento, Fernando Capez esclarece que "leis infraconstitucionais, como os dispositivos do CPP, que preveem o deslocamento da competência e consequente reunião de processos pela conexão ou continência, não podem se sobrepor às regras constitucionais de fixação de competência, como são as do Tribunal do Júri". Na esteira da maioria doutrinária, concordamos inteiramente com essa corrente.

  • A Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar crime comum conexo com crime eleitoral, ainda que haja o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva do delito eleitoral.

    STF. 2ª Turma. RHC 177243/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 29/6/2021 (Info 1024).


ID
5473192
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

A Lei 13.964/2019, mais conhecida como “pacote anticrime”, alterou o Código de Processo Penal para incluir no capítulo do exame de corpo de delito o tema cadeia de custódia da prova penal. Trata-se de importante dispositivo processual com a finalidade de assegurar a integridade dos elementos probatórios. Acerca do tema, assinale a afirmativa INCORRETA

Alternativas
Comentários
  • Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.

    § 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.

    Logo o próprio servidor será o responsável pelo material colhido.

  • GAB: B

    A) Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal.  

    R: correta. Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. § 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal.

    B) O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial encaminhará ao Delegado de Polícia, que ficará responsável por sua preservação. 

    R: incorreta. Art. 158-A. § 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.

    C) É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização. 

    R: correta. Art. 158-C. § 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização.  

    D) Todos os recipientes para acondicionamento dos vestígios deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte.  

    R: correta. Art. 158-D. § 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte. 

    E) Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. 

    R: correta. Art. 158-E. § 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso.

  • b) O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial encaminhará ao Delegado de Polícia, que ficará responsável por sua preservação

    O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que o Código de Processo Penal dispõe sobre cadeia de custódia da prova penal. Atenção: a questão deseja que o candidato assinale a incorreta.

    A- Correta. É o que dispõe o CPP em seu art. 158-A, § 3º: "Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal".

    B- Incorreta. O agente público que reconhecer é quem ficará responsável pela preservação do elemento. Art. 158-A, § 2º CPP: "O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação".

    C- Correta. É o que dispõe o CPP em seu art. 158- C, § 2º: "É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização".

    D- Correta. É o que dispõe o CPP em seu art. 158-D, § 1º: "Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte".

    E- Correta. É o que dispõe o CPP em seu art. 158-E, § 3º: "Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa B (já que a questão pede a incorreta).

  • A presente questão aborda temática relacionada à cadeia de custódia, e faz uma abordagem voltada para a literalidade do texto legal, exigindo o apontamento da alternativa incorreta. Vejamos.

    A) Correta. Infere a assertiva que vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal.  Trata-se da fiel reprodução do art. 158-A, §3º do CPP.

    Art. 158-A, § 3º do CPP. Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal.

    B) Incorreta. Infere a assertiva que, na hipótese do agente público reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial, encaminhará ao Delegado de Polícia, que ficará responsável por sua preservação, o que contraria a regra processual, a qual estabelece que nesta situação o agente público ficará responsável pela preservação do elemento.

    Art. 158-A, § 2º do CPP. O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.

    C) Correta. Dispõe a assertiva que é proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização. Trata-se de transcrição literal do art. 158-C, §2º do CPP.

    158-C, § 2º do CPP. É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização.

    D) Correta. Infere a assertiva que todos os recipientes para acondicionamento dos vestígios deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte.  Nestes exatos termos é a redação do art. 158-D, §1º do CPP.

    158-D, § 1º do CPP. Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte.

    E) Correta. A assertiva aduz que todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. Assim é a determinação do art. 158-E, §3º do CPP.

    Art. 158-E, § 3º do CPP. Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso.

    Gabarito do professor: alternativa B.

  • GABARITO: B

    a) CERTO: Art. 158-A, § 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal. 

    b) ERRADO: Art. 158-A, § 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.

    c) CERTO: Art. 158-C, § 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização.

    d) CERTO: Art. 158-D, § 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte.

    e) CERTO: Art. 158-E, § 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso.  

  • O agente reconheceu e ele mesmo o preserva!


ID
5473441
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Marcus, usuário de grandes quantidades de droga, resolveu comprar a substância ilícita pela internet. Pesquisando no buscador do seu laptop, encontrou um vendedor fora do país que possuía uma página na internet específica para tais negociações. Marcus fez sua compra e pagou com seu cartão de crédito internacional e colocou seu endereço residencial (RJ) para receber sua encomenda internacional. A encomenda entrou no Brasil por Guarulhos-SP e seguiu para Curitiba, direto para o Centro Internacional de Curitiba (CEINT) dos Correios, onde se identificou que se tratava de substâncias ilícitas – drogas. Foram encaminhadas todas as informações da apreensão ocorrida no CEINT/Curitiba para a Receita Federal, para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal, a fim de que fosse dado andamento à questão na forma processual penal. De acordo com o entendimento sumulado dos Tribunais Superiores, a competência para julgamento pelo crime de tráfico internacional de drogas será 

Alternativas
Comentários
  • Súmula 528-STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.

    Embora houve flexibilização dessa súmula pelo próprio STJ como veremos: Na hipótese de importação da droga via correio cumulada com o conhecimento do destinatário por meio do endereço aposto na correspondência, a Súmula 528/STJ deva ser flexibilizada para se fixar a competência no Juízo do local de destino da droga, em favor da facilitação da fase investigativa, da busca da verdade e da duração razoável do processo.

    STJ. 3ª Seção. CC 177.882-PR, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 26/05/2021 (Info 698).

    A questão pede o entendimento de acordo com o endimento SUMULADO.

    Gab A

  • Súmula 528 STJ (CANCELADA).  Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.

    Novo entendimento do STJ: na importação da droga via correio cumulada com o conhecimento do destinatário por meio do endereço aposto na correspondência, a Súmula deve ser flexibilizada para se fixar a competência no Juízo do local de destino da droga, em favor da facilitação da fase investigativa, da busca da verdade e da duração razoável do processo.

    Assim, se a questão perguntasse o posicionamento atual, competiria ao juízo federal do Rio de Janeiro processar e julgar o crime de tráfico internacional de drogas.

  • Achei bem difícil a questão, ainda mais por ser para engenheiro civil. Como ficaria a questão do art.28 em âmbito internacional? Eu nunca parei pra pensar nisso....mas é uma boa questão.

  • quando houver destinatário certo a súmula 528 STJ é flexibilizada.

  •  ✅ LETRA "A"

    -*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-

    Súm. 522, STF > Tráfico Internacional: Justiça federal / Tráfico dentro do território: Justiça estadual

    Súm. 528, STJ: Tráfico internacional realizado via serviço postal

    Sabe quem iria receber a droga?

    SIM, Competência do local do destinatário.

    NÃO, Competência do local da apreensão.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que os Tribunais Superiores entendem sobre competência.

    A- Correta. É o que dispõe a súmula 528 do STJ: “Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional”. ATENÇÃO: A questão pede o entendimento sumulado dos Tribunais Superiores, sendo, portanto, esta a resposta para a questão.

    No entanto, importante se atentar para o fato de que tal entendimento foi flexibilizado pelo próprio STJ: “Na hipótese de importação da droga via correio cumulada com o conhecimento do destinatário por meio do endereço aposto na correspondência, a Súmula 528/STJ deve ser flexibilizada para se fixar a competência no Juízo do local de destino da droga, em favor da facilitação da fase investigativa, da busca da verdade e da duração razoável do processo” (3ª Seção. CC 177.882-PR, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, j. em 26/05/2021 (Info 698)).

    B- Incorreta. Vide alternativa A.

    C- Incorreta. Vide alternativa A.

    D- Incorreta. Vide alternativa A.

    E- Incorreta. Vide alternativa A.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa A.

  • GABARITO "A".

    Lembrando que a banca pediu o entendimento SUMULADO do STJ, todavia, é de se ressaltar que a referida súmula (nº528, STJ) pode ser mitigada em alguns casos, conforme decisão recente do STJ (INFO nº 698, STJ), vejamos:

    No caso de importação da droga via correio, se o destinatário for conhecido porque consta seu endereço na correspondência, a Súmula 528/STJ deve ser flexibilizada para se fixar a competência no Juízo do local de destino da droga, em favor da facilitação da fase investigativa, da busca da verdade e da duração razoável do processo. Importação da droga via postal (Correios) configura tráfico transnacional de drogas (art. 33 c/c art. 40, I, da Lei nº 11.343/2006). A competência para julgar esse delito será do local onde a droga foi apreendida ou do local de destino da droga?

    Entendimento anterior do STJ: local de apreensão da droga Essa posição estava manifestada na Súmula 528 do STJ, aprovada em 13/05/2015: Súmula 528-STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.

    Entendimento atual do STJ: local de destino da droga. Na hipótese de importação da droga via correio cumulada com o conhecimento do destinatário por meio do endereço aposto na correspondência, a Súmula 528/STJ deve ser flexibilizada para se fixar a competência no Juízo do local de destino da droga, em favor da facilitação da fase investigativa, da busca da verdade e da duração razoável do processo. STJ. 3ª Seção. CC 177.882-PR, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 26/05/2021 (Info 698).

    Disponível em: https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2021/07/info-698-stj-2.pdf. Acesso em: 18/11/2021.

    :)

  • Na presente questão é importante mencionar e destacar o estudo da competência, que é a delimitação da jurisdição, tendo o Código de Processo Penal adotado em seu artigo 70 a teria do resultado, vejamos:


    “A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução”.


    Já nos CRIMES A DISTÂNCIA, nos quais o último ato de execução é praticado em território nacional ou o último ato de execução é praticado fora do território nacional e no território nacional ele produza, ainda que parcialmente, o resultado, se aplica a TEORIA DA UBIQÜIDADE, sendo competente tanto o local da ação quanto o do resultado, vejamos os parágrafos segundo e terceiro do artigo 70 do Código de Processo Penal:


    “§ 1o  Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.

    § 2o  Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado”.


    A) CORRETA: A presente afirmativa está correta e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já editou a súmula 528 sobre o tema, vejamos: “Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.” Tenha atenção que o Superior Tribunal de Justiça em decisão recente flexibilizou a aplicação da referida súmula no CC 177882, vejamos:


    “CONFLITO DE COMPETÊNCIA. PROCESSUAL PENAL. TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS VIA CORREIO. IMPORTAÇÃO. APREENSÃO DA DROGA EM CENTRO INTERNACIONAL DOS CORREIOS DISTANTE DO LOCAL DE DESTINO. FACILIDADE PARA COLHEITA DE PROVAS DA AUTORIA DELITIVA NO ENDEREÇO DO DESTINATÁRIO DA DROGA. MITIGAÇÃO DA SÚMULA N. 528 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – STJ. COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITADO. 1. O presente conflito de competência deve ser conhecido, por se tratar de incidente instaurado entre juízos vinculados a Tribunais distintos, nos termos do art. 105, inciso I, alínea "d", da Constituição Federal – CF. 2. No caso dos autos, a Polícia Federal em Sinop/MT instaurou inquérito policial para apurar a suposta prática de crime de tráfico internacional de drogas, tipificado no art. 33 c.c. os arts. 40, inciso I, e 70, todos da Lei nº. 11.343/2006, uma vez que, nos dias 23/12/2016, 5/4/2017 e 11/5/2017, no Centro Internacional dos Correios em Pinhais/PR, foram apreendidos objetos postais que continham, respectivamente, 148,47, 30 e 75 g de ecstasy. Apurou-se no procedimento investigatório tratar-se de importação de droga, visto que os objetos postais foram remetidos da Holanda e tinham como destinatários pessoas residentes no município de Sinop/MT, de acordo com o recibo dos Correios. 3. O núcleo da controvérsia consiste em verificar a possibilidade de redimensionar o alcance da Súmula n. 528/STJ, a qual cuida de tráfico de drogas praticado via postal, nos mesmos moldes em que a Terceira Seção desta Corte Superior de Justiça, no precedente do CC 172.392/SP, de minha relatoria, DJe 29/6/2020, flexibilizou a incidência da Súmula n. 151/STJ, no caso de contrabando e descaminho, quando a mercadoria apreendida estiver em trânsito e conhece-se o endereço da empresa importadora destinatária da mercadoria. 4. Conforme Súmula n. 528/STJ, "Compete ao Juiz Federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional". Feita a necessária digressão sobre os julgados inspiradores da Súmula n. 528/STJ, constatase que o ilustre Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, no julgamento do CC 134.421/TJ (DJe 4/12/2014), propôs a revisão do seu posicionamento para, exclusivamente no caso de importação de droga via correio (ou seja, quando conhecido o destinatário), reconhecer como competente o Juízo do local de destino da droga. Malgrado tenha vencido a tese pela competência do local da apreensão da droga, em nome da segurança jurídica, a dinâmica do tempo continua revelando as dificuldades investigativas no caso de importação via correios, quando a droga é apreendida em local distante do destino conhecido. 5. "Em situações excepcionais, a jurisprudência desta Corte tem admitido a fixação da competência para o julgamento do delito no local onde tiveram início os atos executórios, em nome da facilidade para a coleta de provas e para a instrução do processo, tendo em conta os princípios que atendem à finalidade maior do processo que é a busca da verdade real" (CC 151.836/GO, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, TERCEIRA SEÇÃO, DJe 26/6/2017). Ademais, uma vez abraçada a tese de que a consumação da importação da droga ocorre no momento da entabulação do negócio jurídico, o local de apreensão da mercadoria em trânsito não se confunde com o local da consumação do delito, o qual já se encontrava perfeito e acabado desde a negociação. 6. Prestação jurisdicional efetiva depende de investigação policial eficiente. Caso inicialmente o local da apreensão da droga possa apresentar-se como facilitador da colheita de provas no tocante à materialidade delitiva, em um segundo momento, a distância do local de destino da droga dificulta sobremaneira as investigações da autoria delitiva, sendo inegável que os autores do crime possuam alguma ligação com o endereço aposto na correspondência. 7. A fixação da competência no local de destino da droga, quando houver postagem do exterior para o Brasil com o conhecimento do endereço designado para a entrega, proporcionará eficiência da colheita de provas relativamente à autoria e, consequentemente, também viabilizará o exercício da defesa de forma mais ampla. Em suma, deve ser estabelecida a competência no Juízo do local de destino do entorpecente, mediante flexibilização da Súmula n. 528/STJ, em favor da facilitação da fase investigativa, da busca da verdade e da duração razoável do processo. 8. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo Federal da 2ª Vara Cível e Criminal de Sinop - SJ/MT, o suscitado.”


    B) INCORRETA: Como se trata de crime de tráfico internacional de drogas a competência será da Justiça Federal, vejamos o artigo 70 da lei 11.343/2006:


    “Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito transnacional, são da competência da Justiça Federal.”


    C) INCORRETA: o crime de tráfico internacional de drogas é de competência da Justiça Federal, artigo 70 da lei 11.343/2006. Atenção que o crime de tráfico de drogas interestadual é de competência da Justiça Estadual, vejamos a súmula 522 do STF:


    “Salvo ocorrência de tráfico para o Exterior, quando, então, a competência será da Justiça Federal, compete à Justiça dos Estados o processo e julgamento dos crimes relativos a entorpecentes.”


    D) INCORRETA: a competência para o julgamento do caso hipotético realmente será da Justiça Federal (artigo 70 da lei 11.343/2006), mas o STJ tem súmula (528) no sentido de que a competência será do local da apreensão da droga (atenção com relação ao fato de que o STJ recentemente flexibilizou o entendimento da súmula, conforme descrito nos comentários da alternativa “a”).


    E) INCORRETA: o crime de tráfico internacional de drogas é de competência da Justiça Federal, artigo 70 da lei 11.343/2006. Atenção que o crime de tráfico de drogas intermunicipal é de competência da Justiça Estadual, súmula 522 do STF (descrita no comentário da alternativa “c”).


    Resposta: A


    DICA: Faça sempre a leitura dos julgados, informativos e súmulas, principalmente do STF e do STJ. 

  • GABARITO: A

    Súmula 528/STJ - Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.

  • A respeito do crime de trafico internacional de drogas, Súmula 522 do STF assevera: "Salvo ocorrência de tráfico para o exterior, quando, então, a competência será da Justiça Federal, compete à Justiça dos Estados o processo e julgamento dos crimes relativos a entorpecentes."

    Além disso, nos termos da Súmula 528 do STJ, "Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.".

  • No caso de importação da droga via correio, se o destinatário for conhecido porque consta seu endereço na correspondência, a Súmula 528/STJ deve ser flexibilizada para se fixar a competência no Juízo do local de destino da droga, em favor da facilitação da fase investigativa da busca da verdade e da duração razoável do processo

    Importação da droga via postal (Correios) configura tráfico transnacional de drogas (art. 33 c/c art. 40, I da Lei nº 11.343/2006). A competência para julgar esse delito será do local onde a droga foi apreendida ou do local de destino da droga?

    • Entendimento anterior do STJ: local de apreensão da droga

    Essa posição estava manifestada na Súmula 528 do STJ, aprovada em 13/05/2015:

    Súmula 528-STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.

    • Entendimento atual do STJ: local de destino da droga.

    Na hipótese de importação da droga via correio cumulada com o conhecimento do destinatário por meio do endereço aposto na correspondência, a Súmula 528/STJ deve ser flexibilizada para se fixar a competência no Juízo do local de destino da droga, em favor da facilitação da fase investigativa da busca da verdade e da duração razoável do processo.

    STJ. 3ª Seção. CC 177882-PR, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 26/05/2021 (Info 698).

    Qual foi o delito, em tese, praticado pela pessoa que seria destinatária da droga (que encomendou o entorpecente)?

    Tráfico transnacional de drogas (art. 33 c/c art. 40, I da Lei nº 11.343/2006). Lucas importou a droga.

     

    A competência para julgar será da Justiça Estadual ou Federal?

    Justiça Federal, nos termos do art. 109, V da CF/88 e art. 70 da Lei nº 11.343/2006:

    Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

    (...)

    V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;

     

    Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito transnacional, são da competência da Justiça Federal.

    CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Compete ao Juízo Federal do endereço do destinatário da droga, importada via Correio, processar e julgar o crime de tráfico internacional. Buscador Dizer o Direito, Manaus.

  • Lembrando recente decisão do STJ (25.02.2022), cancelando o teor da Súmula 528, STJ. Q uestão já desatualizada.

    "A 3º Seção do Superior Tribunal de Justiça cancelou um enunciado de súmula, de número 528, que tratava da competência do juízo federal para julgar crime cometido por pessoa que importou droga por via postal."

  • A 3º Seção do Superior Tribunal de Justiça cancelou um enunciado de súmula, de número 528, que tratava da competência do juízo federal para julgar crime cometido por pessoa que importou droga por via postal.

    "Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional", dizia a súmula. 

    Segundo o relator, ministro Sebastião Reis Júnior, o cancelamento se justifica porque, após a aprovação da súmula, em 2015, várias decisões do STJ adotaram entendimento em sentido contrário, e "mais prático". 

    Ele mencionou o Conflito de Competência 177.882, no qual se flexibilizou o enunciado sumular para estabelecer a competência do juízo do local de destino do entorpecente, proporcionando maior eficiência na colheita de provas e o exercício da defesa de forma mais ampla.


ID
5473450
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Pedro, um hábil motorista que jamais fez o exame do DetranRJ para possuir sua carteira nacional de habilitação, comprou um carro e resolveu se deslocar com ele, já que entendeu que seria um risco muito menor para sua saúde do que andar de transporte público durante a pandemia. Para tanto, Pedro adquiriu uma carteira falsa de um famoso falsificador de sua cidade (Rio de Janeiro) e, num belo dia de sol, resolveu ir passear na cidade vizinha (Niterói). Já em Niterói, foi parado por uma blitz de trânsito da Polícia Rodoviária Federal na saída da Ponte Presidente Costa e Silva, que liga os dois municípios. Ao receber a “carteira nacional de habilitação” de Pedro e passando a consultá-la no sistema, o policial identificou que se tratava de um documento falso, encaminhando Pedro à Delegacia Policial. Atento à jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre o crime de uso de documento falso, a competência para julgamento do crime narrado acima é 

Alternativas
Comentários
  • Súmula 546 do STJ – A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.

    c/c

    Art. 70 do CPP -  A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.

    .

    gabarito letra E

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que os Tribunais Superiores entendem sobre competência.

    A- Incorreta. A competência será da Justiça Federal de Niterói, já que o documento falsificado foi apresentado a um Policial Rodoviário Federal em Niterói, vide alternativa E.

    B- Incorreta. A competência será da Justiça Federal de Niterói, já que o documento falsificado foi apresentado a um Policial Rodoviário Federal em Niterói, vide alternativa E.

    C- Incorreta. A competência será da Justiça Federal de Niterói, já que o documento falsificado foi apresentado a um Policial Rodoviário Federal em Niterói, vide alternativa E.

    D- Incorreta. A competência será da Justiça Federal de Niterói, já que o documento falsificado foi apresentado a um Policial Rodoviário Federal em Niterói, vide alternativa E.

    E- Correta. É o que dispõe a súmula 546 do STJ: “A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor”.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa E.

    • Se o documento é apresentado perante órgão, entidade ou agente federal, a competência será da Justiça Federal (ainda que o documento seja particular ou expedido por órgão estadual ou municipal). Exemplo: O agente apresenta Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa a policiais rodoviários federais. Neste caso, apesar do documento ser expedido pelo DETRAN – que é órgão do Poder Executivo Estadual -, a competência será da Justiça Federal. [4]
    1. Se o documento é apresentado perante órgão, entidade ou agente estadual, municipal ou particular, a competência será da Justiça Estadual (ainda que se trate de documento expedido por órgão federal). Exemplo: O agente apresenta CPF falso para abertura de conta em bancos privados. Nesse caso, a competência será da Justiça Estadual. [5]

    https://alice.jusbrasil.com.br/artigos/261099992/fixacao-da-competencia-no-crime-de-uso-de-documento-falso-nova-sumula-546-do-stj

  •  ``Já em Niterói, foi parado por uma blitz de trânsito da Polícia Rodoviária Federal na saída da Ponte Presidente Costa e Silva``, 

    Súmula 546 do STJ – A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.

    GAB LETRA E

  • GAB. E

    Súmula 546 do STJ – A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor

  • Súmula 546, STJ: A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou do órgão ao qual foi apresentado o documento público (NO CASO EM TELA - PRF DE NITERÓI) não importando a qualificação do órgão expedidor.

  • A banca explorou o tema "competência", no âmbito do processo penal, demonstrando-nos a importância de conhecer o entendimento majoritário dos Tribunais Superiores. Observe que o examinador adequou a questão de forma que o gabarito coubesse exatamente em um tema já sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça.

    Conforme o STJ, em sua súmula nº 546, “a competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor".

    O gabarito é de solução simplificada quando a súmula supracitada é combinada com o que disciplina o Código de Processo Penal, em seu art. 70, “a competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução".

    Portanto, uma vez que Pedro apresentou o documento falso a um agente da Polícia Rodoviária Federal em Niterói, a competência para julgamento do crime será da Justiça Federal de Niterói.

    Gabarito do Professor: Alternativa E.

  • Tem que ler TODAS as alternativas, até o final...


ID
5473465
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Kátia foi vítima de tentativa de feminicídio. Habilitou-se, portanto, como assistente de acusação e, por intermédio de seu advogado, enquanto assistente de acusação, poderá praticar os atos listados nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a. 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E

    A) Art. 271.  Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos  , e  .

    B) Art. 159. § 3 Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.

    C) Art. 282. § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código.

    D) Art. 473. Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária quando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação.

  • GABARITO - E

    Art. 268.  Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no .

    Art. 269.  O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença e receberá a causa no estado em que se achar.

    Art. 271.  Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos 584 § 1, e 598 .

  • Poderes do assistente

    Ao assistente será permitido:

    a) propor meios de prova;

    b) formular quesitos para a perícia e indicar assistente técnico;

    c) formular perguntas às testemunhas (sempre depois do MP);

    d) aditar os articulados, ou seja, complementar as peças escritas apresentadas pelo MP;

    e) participar do debate oral;

    f) arrazoar os recursos  interpostos  pelo  MP

    g) interpor e arrazoar seus próprios recursos;

    h) requerer a decretação da prisão preventiva e de outras medidas cautelares;

    i) requerer o desaforamento no rito do júri.

    Obs1: segundo entendimento do STJ, o CPP prevê taxativamente o rol dos atos que o assistente de acusação pode praticar.

    Obs2: o assistente da acusação não poderá aditar a denúncia formulada pelo MP.

    Fonte: DOD

  • DICAS:

    • OS ASSISTENTES DE ACUSAÇÃO SÓ SÃO ADMITIDOS DURANTE O PROCESSO, JAMAIS FORA DELE (EX: IP E EXECUÇÃO PENAL);
    • DA DECISÃO QUE ADMITE OU INADMITE A FIGURA DO ASSISTENTE NÃO CABE RECURSO, CABÍVEL MANDADO DE SEGURANÇA;
    • ESSA FIGURA SOMENTE É ADMITIDA NAS AÇÕES PENAIS PÚBLICAS, INCABÍVEL NA AÇÃO PENAL PRIVADA;
    • A VÍTIMA PODE DER ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO;
    • SÓ É ADMITIDO ATÉ O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA;
    • NÃO PODE ADITAR A DENÚNCIA OFERTADA PELO MP;
    • SOMENTE RECORRE QUANDO O MP NÃO RECORRER (ATUAÇÃO SUBSIDIÁRIA).
  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que o Código de Processo Penal dispõe sobre poderes do assistente de acusação. Atenção: a questão deseja que o candidato assinale a incorreta.

    A- Correta. É o que dispõe o CPP em seu art. 271, caput: “Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598”.

    B- Correta. É o que dispõe o CPP em seu art. 159, §3º: “Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico”. 

    C- Correta. É o que dispõe o CPP em seu art. 282, §4º: “No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código”.

    D- Correta. É o que dispõe o CPP em seu art. 473, caput: “Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária quando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação”.

    E- Incorreta. Não há permissão no CPP para o assistente de acusação aditar a denúncia formulada pelo Ministério Público.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa E (já que a questão pede a incorreta).

  • OUTRAS JURISPRUDÊNCIAS - ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO

    1.Pode manejar recurso de apelação que objetive o aumento da pena do sentenciado:

    "A legitimidade do assistente de acusação para apelar, quando inexistente recurso do Ministério Público, é ampla, podendo impugnar tanto a sentença absolutória quanto a condenatória, visando ao aumento da pena imposta, já que a sua atuação justifica-se pelo desejo legítimo de buscar justiça, e não apenas eventual reparação cível. Doutrina. Precedentes do STJ e do STF. (...)"(HC 137.339/RS, Rel. Min. Jorge Mussi, Quinta Turma, julgado em 09/11/2010)

    2.assistente de acusação NÃO detém legitimidade para recorrer de decisão judicial que conceda a suspensão condicional do processo.

    Contudo, o acórdão impugnado não contém manifesta ilegalidade tampouco teratologia, estando amparado na jurisprudência do STJ que é pacífica no no sentido de que o assistente de acusação não tem legitimidade para recorrer, em nome próprio, de decisão que concedeu a suspensão do processo, porque o rol do art. 271 do CPP é taxativo.( AgRg no Ag n. 880.214/RJ, relatado pelo Ministro Nilson Naves, e o REsp n. 604.379/SP, relatado pelo Ministro Gilson Dipp)

    3.A interveniência do assistente de acusação NÃO é permitida no curso do inquérito policial ou da execução penal.

  • A afirmativa requer conhecimento do candidato com relação a matéria referente aos sujeitos processuais.


    O processo pressupõe necessariamente a presença de três sujeitos: 1) o autor (Ministério Público ou o querelante); 2) o réu/acusado e 3) o Juiz, este último imparcial.


    Há ainda os sujeitos acessórios, como os auxiliares da justiça e assistentes da acusação.


    Tenha atenção que a testemunha é a pessoa que não está entre os sujeitos processuais e é chamada a Juízo para declarar sobre os fatos relacionados ao caso, tem o dever de comparecer em Juízo, falar a verdade e informar o endereço ao Juízo dentro de 1 (um) ano.


    A) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta e o assistente de acusação poderá propor meios de provas, artigo 271, caput, do Código de Processo Penal:


    “Art. 271.  Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598.”


    B) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta e o assistente de acusação poderá formular quesitos e indicar assistente técnico, artigo 159, §3º, do Código de Processo Penal:


    “Art. 159.  O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.       

    (...)

    § 3o  Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.” 


    C) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta e o assistente de acusação poderá requerer a prisão preventiva do réu, artigo 311, caput, do Código de Processo Penal:


    “Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.”


    D) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta e o assistente de acusação poderá formular perguntas as testemunhas, artigo 271, caput, do Código de Processo Penal (descrito no comentário da alternativa “a”), sempre após o Ministério Público.


    E) INCORRETA: Somente o Ministério Público é que pode fazer o aditamento da denúncia.


    Resposta: E


    DICA: Leia sempre mais de uma vez o enunciado das questões, a partir da segunda leitura os detalhes que não haviam sido percebidos anteriormente começam a aparecer.






ID
5484607
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A respeito do DNA (ácido desoxirribonucleico), analise as seguintes afirmativas:

I. A testagem forense de DNA aproveita as variações de sequência do DNA ou polimorfismos que ocorrem entre indivíduos.
II. Qualquer resto de tecido orgânico, qualquer fragmento de osso, com exceção apenas dos carbonizados, pode ser utilizado para a pesquisa de DNA (ácido desoxirribonucleico).
III. O DNA mitocondrial é encontrado no citoplasma celular e é uma herança exclusivamente materna; entretanto, não é abundante em restos humanos.

Assinale  

Alternativas
Comentários
  • A alternativa I está perfeita!

    A alternativa II fica errada por dizer que qualquer tecido orgânico pode ser utilizado EXCETUANDO-SE apenas os carbonizados. Não é bem assim. Uma amostra extremamente degradada por outros motivos tb não poderá ser analisada. Não apenas a carbonização torna inviável. A própria putrefação torna inviável a utilização de alguns tecidos orgânicos. Por exemplo o sangue fica impróprio para análise em um cadáver encontrado com 30 dias!

    A alternativa III erra ao dizer que a mitocôndria não é abundante em restos humanos. Poxa... o ser humano morre a as mitocôndrias simplesmente desaparecem? Claro que não. Continuam lá. Porém segue o mesmo raciocínio dito aqui antes. Tem-se que buscar um tecido adequado para análise.

  • DNA mitocondrial NÃO é encontrado no citoplasma celular...e sim dentro da organela (mitocôndria), mais especificamente na matriz mitocondrial.


ID
5484610
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A utilização de radiografia dental, nos casos de Odontologia Legal, é uma necessidade absoluta. Quando se dispõe de radiografias ante mortem, as radiografias dentais post mortem permitem a identificação positiva das vítimas, uma vez que permitem visualizar radiograficamente o listado nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a. 

Alternativas

ID
5484613
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Os problemas mais importantes para uma Central de Identificação em casos de desastres em massa são 

Alternativas

ID
5484616
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O método matemático que utiliza medidas do traçado do arco e da corda entre a face mesial do primeiro incisivo inferior e a face distal do canino inferior do mesmo lado possibilitam determinar  

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    Há autores que entendem possível a determinação da estatura através dos dentes. Nesse caso as medições são feitas em milímetros, dos dentes incisivos medial e distal e canino, por suas faces externa e interna. A tomada de medida externa aplica-se à determinação da altura máxima do examinando e a interna à sua altura mínima (assim temos: altura máxima = a x 6 (em mm) x Pi/2 (em cm) e altura mínima = a x 6 (em mm) x Pi/2 (em cm)). Então somam-se os resultados e divide-se por dois.

    Fonte: Estratégia

  • Índice de Carrea: É feita passando uma linha começando pela mesial do incísivo central, até a distal do canino (inferiores do mesmo lado). Tanto por vestibular, quanto por palatino.

    A linha que se forma por vestibular, chamamos de arco... E a linha reta, que se forma por palatino, chamamos de corda.

    Para calcularmos a altura máxima e mínima do indivíduo, faz-se os seguintes cálculos:

    30π x arco = [ALTURA MÁXIMA]

    30π x corda = [ALTURA MÍNIMA]

    Não confundir com a classificação de Carrea para rugosidades palatinas, que é outro assunto.


ID
5484619
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A Interpol elaborou e atualiza o Guia de Desastres de Massa (DVI GUIDE: INTERPOL, 2014). Esse instrumento estabelece a categorização dos métodos de identificação em desastres em massa. Assinale a alternativa que indique um método primário de identificação. 

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA: letra A

    MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO:

    PRIMÁRIO: necropapiloscopia; datiloscopia; análise de DNA; odontologia legal...

    SECUNDÁRIO: reconhecimento facial, de roupas, tatuagens, próteses e outros.

  • PRIMÁRIOS

    Papiloscopia

    Odontologia Forense

    DNA

    SECUNDÁRIOS

    Antropologia Forense

    Vestes / Pertences

    E QUALQUER OUTRO QUE NÃO ESTIVER NO PRIMÁRIO.

  • De acordo com o protocolo da INTERPOL os métodos primários de identificação humana são: análise da impressão digital, arcada dentária e DNA.

    Fonte: Apostila de Medicina Legal - Gabriella Nóbrega

  • Métodos primários de identificação: DDD

    Datiloscopia Dentes DNA


ID
5484622
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O documento odontolegal que pode ser definido como “a resposta escrita a uma consulta formulada com o intuito de esclarecer questões de interesse jurídico, feita pela parte ou pelo advogado de uma das partes em processo judicial, procurando interpretar e esclarecer dúvidas levantadas em relação a um relatório odontoloegal” é chamado 

Alternativas
Comentários
  • gabarito: B

    Em relação às definições constantes das normas brasileiras, uma questão sempre debatida é a diferenciação entre o que é um laudo e o que é um parecer técnico. Em decorrência das prescrições contidas no , apenas o perito judicial produz um laudo, enquanto os assistentes técnicos e consultores elaboram pareceres técnicos, muitas vezes denominados de laudo complementar.

  • Parecer: Expressão da opinião de um ou mais especialistas (assistente técnico). Cujo valor é baseado no prestígio de quem o escreve.

  • GAB. B

    O Parecer médico-legal representa o estudo de fatos definidos, figurando como uma segunda opinião sobre determinado tema. O parecer possui as mesmas partes do relatório, à exceção da descrição. As partes mais importantes de um parecer são a discussão e a conclusão. Perícia deduciendi, de fatos passados, gera parecer.

    As Notificações são comunicações compulsórias (obrigatórias) feitas pelos médicos às autoridades competentes sobre fato profissional (necessidade social ou sanitária). Se o médico não fizer a notificação compulsória poderá incorrer no crime de omissão de notificação de doença, previsto no art. 269 do Código Penal, que tem pena de 6 meses a 2 anos e multa.

    O Atestado é documento elementar, tratando-se de uma declaração pura e simples sobre fato médico e suas consequências. Podem ser atestados oficiosos, administrativos e judiciários, sendo que somente este último é considerado documento médico-legal. Importante lembrar que o médico que dá atestado médico falso comete o crime previsto no art. 302 do Código Penal, com pena cominada de detenção de 1 mês a 1 ano. Quem faz uso do atestado falso também incorre na mesma pena, conforme art. 304 do CP.

    O Relatório médico-legal é a descrição minuciosa de perícia médica e responde à requisição do delegado de polícia ou do juiz para fins de subsidiar o inquérito policial ou o processo penal.

    O relatório pode ser um laudo ou um auto.

    O laudo é realizado pelos próprios peritos, conforme art. 160 do CPP.

    O auto é o exame ditado a um escrivão, que reduz a termo o conteúdo, conforme art. 179 do CPP.

    O relatório possui sete partes, a saber: preâmbulo, quesitos (perguntas), histórico ou comemorativo, descrição (visum et repertum – ver e repetir – parte mais importante), discussão, conclusões e resposta aos quesitos. Perícia percipiendi, de fatos atuais, gera relatório.

    Os Depoimentos Orais, como documentos médico-legais, são àqueles prestados pelo perito, de forma oral, em tribunal ou audiência, versando sobre o laudo que ele, perito, realizou.

    De acordo com o art. 159, § 5º, I do CPP, as partes podem requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou responderem a quesitos, sendo facultado ao perito apresentar as respostas em laudo complementar. É possível a condução coercitiva do perito que não comparece à audiência em que foi convocado a depor, conforme artigos 278 e 411, § 7º do CPP. Importante lembrar que a falsa perícia é crime previsto no art. 342 do CP com pena cominada de 2 a 4 anos e multa, com aumento de pena de 1/6 a 1/3 se a prova é destinada a produzir efeito em processo penal.

    FONTE

    https://bebendodireito.com.br/os-principais-documentos-medicos-legais/


ID
5484625
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A técnica de Biologia Molecular utilizada quando há presença de material biológico deteriorado e/ou em ínfimas quantidades (como, por exemplo, havendo somente vestígios de sangue sobre o substrato; poucas células do epitélio de transição do lábio, no filtro de uma bituca de cigarro; a saliva deixada ao passar a língua no selo ou no envelope para colá-los; na borda de um boné ensebado; e em algumas peças dentárias de restos esqueletizados, achados em cemitérios clandestinos), é denominada

Alternativas
Comentários
  • Muitas vezes a quantidade de DNA disponível para análise é limitado, com a técnica de PCR, o menor vestígio de DNA encontrado pode ser amplificado, aumentando a quantidade de material e proporcionando o suficiente traçar o perfil genético e assim garantir a análise.

    A PCR ou Reação em Cadeia da Polimerase é uma técnica utilizada diariamente nos laboratórios e possibilita a amplificação de um dado fragmento da amostra de DNA inicial de forma exponencial. Graças ela, um teste genético pode ser iniciado a partir de uma única célula, pois o DNA será́ multiplicado in vitro em quantidade suficiente para ser detectado no teste. Assim, pequenas quantidades de amostras recolhidas a partir de uma cena de crime podem ser comparadas com o DNA de outras pessoas, identificando ou descartando suspeitos durante uma investigação.  A PCR também pode ser usada no teste de paternidade, em que existe uma comparação entre os indivíduos, confirmando ou descartando seu parentesco, identificando os pais biológicos da criança.

    fonte: kasvi.com.br

    transborde seu conhecimento

  • DNA mitocondrial= Utilizado para materiais géneticos(DNA) muito degradados. Muito utilizado para casos de acidentes aéreos, pode ser encontrado em fios de cabelo sem o bulbo e é de herança matrilinear.


ID
5484628
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O Sinal de Bonnet consiste em 

Alternativas
Comentários
  • Tá de sacanagem

  • ADENDO AO MEU COMENTÁRIO, POIS CONSTAVA UM EQUÍVOCO:

    Galere, vamos lá.

    . Pesquisando sobre a questão, vi que existem vários tópicos da medicina legal que utilizam como expressão "sinal de Bonnet", isso a depender da doutrina utilizada e da matéria também. No que tange a "ODONTOLOGIA LEGAL utiliza-se tal expressão para esgorjamento;

    A doutrina majoritária utiliza o Genival Veloso de França por isso ATENÇÃO qual banca você faz a questão e a matéria também pq não dá para ficar resmungando sem saber do que se trata (igual eu fiz, rs);

    Sinal de Bonnet para ESGORJAMENTO (tópico da traumatologia lesões de ordem mecânica; provocando lesões incisas, por instrumento cortante): lembrar que esgorja é realizada pela parte da cervical, pela parte anterior e lateral.

    "ESGORJAMENTO: Características Especiais: Sinal de Bonnet ( ou do espelho ). Consiste em respingos de sangue no espelho em casos de esgorjamento suicida. Lesões de defesa: são lesões na face cubital do ante-braço e da palma das mãos, quando na palma das mãos decorrem de tentativa de segurar a lamina."

    TAMBÉM HÁ:

    Sinal de Bonnet para TIRO ENCOSTADO EM SUPERFÍCIE ÓSSEA (tópico da traumatologia lesões de ordem mecânica; perfuro-contuntende; provocando lesões perfuro-contusas) onde a "marca" indica o trajeto do projétil (projeto de entrada e saída);

    "..Nestes casos como identificar os orifícios de entrada e de saída? 

    Em ossos achatados (como os do crânio), existe um sinal (muito cobrado em prova) para diferenciarmos os orifícios de entrada e de saída. Tal sinal é conhecido como: “Sinal de Funil de Bonnet” ou do “Cone Truncado de Pousld”."

    "Ferimentos no plano ósseo - Sinal do funil de Bonnet - serve para diferenciar orifício de entrada e saída de projétil de arma de fogo." manual caseiro, med. legal, pág. 58 e 59

    E TAMBÉM:

    Sinal de Bonnet para ENFORCAMENTO (tópico da traumatologia lesões de ordem física) - peso do próprio corpo da vítima, há sulco na "cabeça" de forma horizontal; etc etc... onde NESSE CASO HÁ OBSTRUÇÃO DAS CORDAS VOCAIS;

    "Constrições Cervicais (sinais mais comuns no enforcamento) 

    Sinais importantes: ✓ Sinal de Amussat ✓ Sinal de Friedberg ✓ Sinal de Dotto ✓ Sinal de Bonnet ✓ Sinal de Argêntica"

    "➢ Sinal de Bonnet (Obs: (mesmo Bonnet do sinal de entrada e saída de projétil de arma de fogo no crânio). 

    Sinal de Bonnet no enforcamento é a ruptura das cordas vocais."

  • Nunca vi essa marca de sangue no espelho

  • A banca tava assistindo Dexter quando fez essa questão?

  • Nunca nem vi. 15% de acertos.

    GAB: D

    • sinal do funil de Bonnet; EM PLANO ÓSSEO SUBJACENTE; O projetil de arma de fogo produz um orifício MENOR na primeira tábua óssea e outro MAIOR na segunda tábua óssea.

    Pesquisando, achei isso:

    • Sinal do espelho (de Bonnet): Borrifo ou respingos de sangue no espelho nos casos de escorjamento suicida. (nunca tinha visto isso).
  • Confesso que primeiro eu dei um pulo da cadeira e quase engasguei com o café kkkk

    Mas pesquisando, encontrei um material o qual afirma "ESGORJAMENTO Características Especiais

    Sinal de Bonnet ( ou do espelho ). Consiste em respingos de sangue no espelho em casos de esgorjamento suicida."

    Além do mais, olhando bem a questão C, creio que não está correta, pois o sinal de Bonnet relacionados ao PAF são feitos no tiro encostado, não a curta distancia como afirma a questão.

    Vivendo e aprendendo.. Ou melhor, errando e aprendendo haha

    Fonte - https://slideplayer.com.br/slide/7280689/ (item 133)

  • Sinal de Bonnet no esgorjamento – em função dos vasos sanguíneos seccionados na região lateral ou posterior do pescoço, há um borrifamento de sangue, que, feito no espelho, é chamado de sinal de Bonnet no espelho.

    SINAL DE BONNET (Tronco de cone de Bonnet) – esse sinal, que é um tronco de um cone, aparece em ossos achatados (normalmente no do crânio, que possui duas tábuas ósseas), indicando a direção do projétil.

  • Sinal de bonnet está presente tbm em tiros a distância contra o cranio.

  • O sinal de Bonnet remete a vários sinais, desde o de PAF no crânio quanto o de esgorjamento. Memorizar epônimos e suas variáveis gente!
  • Sinal do espelho (de Bonnet): Borrifo ou respingos de sangue no espelho nos casos de escorjamento suicida.

  • GAB. C

    EM FERIMENTO POR ARMA DE FOGO.

    Vistas externa e interna de orifício na calota craniana produzido por projetil de arma de fogo. O sinal do funil (Bonnet) indica o sentido do trajeto, sempre do menor orifício para o maior, independentemente de estar entrando ou saindo do crânio. No caso, saindo, pois o orifício se apresenta maior na tábua externa do crânio.

    X

    EM FERIMENTOS INCISOS

    Sinal de Bonnet ( ou do espelho ). Consiste em respingos de sangue no espelho em casos de esgorjamento suicida. Na maioria das vezes, a mão da vítima que segura a arma está suja com sangue (França, 2008).

    O "sinal do espelho”. São borrifos ou respingos de sangue presentes no espelho nos casos de esgorjamento suicida (Santos, 2005) (Wolfbert, 2003). A direcção da inclinação da lesão de esgorjamento suicida é mais oblíqua de que em situações homicídias. Nesta última assume uma trajecto mais horizontal (DiMaio & DiMaio, 2001) (Aguiar, 1958). Nas situações homicidas, o mais comum, é o agressor colocar-se por de trás da vítima e, puxando-lhe a cabeça para trás, ficando ela com o pescoço exposto, produzir uma lesão longa que começa do lado contrário à mão que segura a arma (DiMaio & DiMaio, 2001) (Aguiar, 1958). 

    IDECÃO SENDO IDECÃO.

    ESTA SIM ME REPRESENTA.

  • SE EU JÁ VI, EU CEGUE!

  • sinal de bonnet é tronco de cone . só no c. que na b.... faz menino!!!!


ID
5484631
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em 6 de setembro de 2018 o então deputado federal Jair Bolsonaro sofreu um atentado durante um comício que promovia sua campanha eleitoral para a presidência do Brasil. Enquanto era carregado em meio a uma multidão de apoiadores, o deputado sofreu um golpe de faca na região do abdômen desferido por Adélio Bispo de Oliveira. Imediatamente após o ataque, Bolsonaro foi levado à Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, onde foi constatado que o esfaqueamento havia causado três lesões no intestino delgado e uma lesão em uma veia do abdômen, que gerou uma forte hemorragia. A ação desferida pode ser classificada como  

Alternativas
Comentários
  • Não posso concordar com o gabarito.... Lesões corto contusas, são produzidas por instrumentos corto contundentes, que possuem ao menos um gume, como uma faca, por exemplo. no caso em tela, a arma usada foi uma faca, então, é corto contundente, e não perfuro contundente como o gabarito afirma....alguém consegue achar lógica?

  • O instrumento agiu por pressão ( perfuração) e corte dos tecidos (gume). A faca foi estocada, enfiada, ocorreu por pressão. E somado à pressão, o gume efetua o corte voltado para sua face. AÇÃO PÉRFURO CORTANTE. Lesão perfuro incisa.

    A faca é um instrumente de AÇÃO MISTA!!!!! Não apenas cortante. Sempre há que se considerar a forma como o instrumento foi utilizado, Observar a AÇÃO.

    Para não confundir com o cortocontundente, lembre-se que nesse o peso do instrumento conta mais em sua ação do que o gume ( machado, foice, facão). No caso a faca não tem por ação a sua massa, seu peso como fator preponderante na questão elencada.

  • Discordo do gabarito!!!!!

    FACA é considerado instrumento CORTANTE que produz lesão incisa;

    PERFURO-CORTANTE produz lesão perfuro-incisa, geralmente produzida por faca de dois gumes. Aqui, tem-se lesões por ação mista (isto é, dois instrumentos).

  • Gente...

    FACA tem PONTA = perfura - então o instrumento perfurante age por pressão em um ponto e a lesão é punctória ou puntiforme.

    FACA também tem GUME = corta, age por deslizamento - então é instrumento cortante e a lesão é incisa.

    essa ação mista do instrumento é chamado de PERFUROCORTANTE = PERFURA+CORTANTE

    A expressão "ação" diz respeito ao ato do agressor, o que o examidor queria saber é a espécie de instrumento, tanto é que apresentou somente essas opções.

  • Acredito que se a faca tivesse sido utilizada apenas por deslizamento, a ação seria apenas cortante. Contudo, a vítima sofreu um golpe (uma ação por pressão) que perfurou seu abdômen e depois cortou alguns de seus órgãos. Logo, o objeto agiu por duas ações: Perfurante e cortante.

    Não se apeguem tanto ao instrumento, mas sim a forma como ele foi utilizado (sua ação).

    Peça a Deus saúde e bom ânimo. O resto, vá atrás! Avante!

  • MACETADA QUE ME AJUDA

    PERFURANTE: Tranquilão; não mata; Fraquinho. Ex: Agulha, alfinete

    CORTANTE: Só passou; Tem lâmina; Sem pressão; De leve mais machucou. Ex: Gilete, navalha

    CONTUNDENTE: Porrada forte; Pressão; Sem lâmina; Instrumento robusto/pesado. Ex: Porrete, Cassetete

    PERFUROCORTANTE: Pressão; Deslizamento; Perfuro e corto; Machuca pacarai. Ex: Faca, Bisturi

    PERFURO CONTUNDENTE: Te fura com uma pressão; Não corta; Ex: Projétil

    CORTO CONTUNDENTE: Te corto com pressão com porrada; Instrumento grande; Pra rancar cabeça. Ex: Machado, facão. Obs: Mordida é corto contundente, não sei o porque, aceita que dó menos

    PCMG 2021

  • A REGRA É CLARA:

    As lesões perfurocortantes são provocadas por instrumentos de ponta e gume, atuando por um mecanismo misto: penetram perfurando com a ponta e cortam com a borda afiada os planos superficiais e profundos do corpo da vítima. Agem, portanto, por pressão e secção. (ex. FACA-PEIXEIRA, CANIVETE, ESPADA, PUNHAL, FACA VAZADA, LIMA).

    Genival Veloso de França, 11 ed., pág. 118.

    Questão perfeita e de acordo com a doutrina médico-legal.

  • Na verdade nem um nem outro, deve-se observar os dois, a lesão e o instrumento e o tipo de ação empregada (Ativa ou Passiva), no caso da faca, ela tem caráter cortante e perfurante, nesse caso foi perfurante e o gume da lamine fez a ação cortante automaticamente pelo movimento empregado.

  • Lembrando que para Hygino:

    Faca= instrumento perfurocortante ; Facão= instrumento cortocontundente.

  • AÇÃO: PÉRFURO-CORTANTE

    LESÃO: PÉRFURO- INCISA

  • Lesão mista, sem maiores discussões. Se a lesão fosse unicamente cortante (superficial), não teria atingido os órgãos internos.

ID
5484634
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Pericianda relata ter sido agredida a socos por seu marido e, por consequência, ter sofrido uma fratura no incisivo central superior direito. Ao exame clínico, o perito observa uma perda de substância na face mesial do referido elemento dentário, em forma de cavidade, de cor acastanhada, cujo conteúdo desprende-se do dente, em placas, quando sondado. O perito pode concluir que

Alternativas
Comentários
  • Alguém explica essa questão ae, maluco

  • Trata-se de doença cárie cavitada, sem nexo com a lesão provocada.

  • doidera

  • Questão específica para a área odontológica. Precisaria saber que tal substância é essa para saber se haveria nexo com a lesão provocada ou não.

  • acertei mas a mulher poderia estar c o dente todo cariado, oco por dentro, cheio de cárie, com tecido amolecido e ai num soco leve do marido o dente fraturaria. o soco seria uma causa que se junta a outra preexistente para a produção de certo efeito; causa concomitante. o q em um dente sadio n ocorreria.

  • Questao de odontologia forense. Tá na hora da plataforma colocar umas aulas disso .
  • "Dente podre", não tem nexo causal com agressão física. KKKKKK =)

  • Minha esposa é dentista, socorri dos conhecimentos dela. Só para esclarecer: face mesial = face média (meio) do dente. Quando a questão fala em cavidade, significa que o dente já possuía cárie. Essa "cor acastanhada, cujo conteúdo se desprende isso é tártaro ou seja, alimentos fermentados no dente, decorrente de má escovação. Pode-se concluir que não houve nexo causal

  • a galera tem que ver para qual cargo aparece esse tipo de questão, e o cargo é muito específico senhores. Só depois de ler os comentários foi que aprendi que se trata de um dente podre kkkkkkkkk

  • TA DE SACANAGEMMMMMM, DENTE PODRE?? SÉRIO KKK


ID
5484637
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Numa situação de depoimento para reconhecimento e identificação de um cadáver, um parente da vítima omite dados essenciais a fim de obter benefício próprio. Trata-se de

Alternativas

ID
5484640
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

No Brasil, a Odontologia Legal, como aplicação técnica em casos de identificação humana, teve a sua consolidação na década de 1930, com a inserção da Odontologia Legal no Serviço de Identificação da Polícia Civil de São Paulo, por meio do Decreto 7.013/1935, cujo fundador foi  

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    A Odontologia Legal, conforme conceituada por Luiz Lustosa da Silva (1924), criador desta especialidade no Brasil, é a arte de “aplicar os conhecimentos odontológicos à ação dos poderes públicos – administrativo, judiciário e legislativo”, ou seja, é a especialidade odontológica que disponibiliza todos os conhecimentos odontológicos a serviço do Direito e da Justiça, conceito este já consagrado no âmbito odontológico e nas Ciências Forenses.

    Fonte: Artigo A HISTÓRIA DA ODONTOLOGIA LEGAL NO BRASIL. PARTE 1: ORIGEM ENQUANTO TÉCNICA E CIÊNCIA

    Autores: Rhonan Ferreira SILVA , Ademir FRANCO , Rogério Nogueira de OLIVEIRA , Eduardo DARUGE JÚNIOR , Ricardo Henrique Alves da SILVA .

  • A Odontologia legal ou forense é um ramo da odontologia (e parte da Ciência forense), especializado no auxílio ao Poder Judiciário através da identificação de pessoas pela arcada dentária, que, assim como a impressão digital e o DNA são únicas para cada ser humano.

    No Brasil o pioneiro dessa prática foi o professor-doutor Luiz Lustosa da Silva (1897-1974), cujos primeiros estudos remontam ao ano de 1923. Posteriormente o doutor Lustosa ingressou na força policial paulista (sendo professor de odontologia legal na Academia de Polícia do Estado de São Paulo) e, através da odontologia forense, auxiliou as autoridades na elucidação de diversos casos como o do Monstro de Guaianases (1954)- identificado positivamente por conta de marcas de mordidas que deixava em suas vítimas.

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Odontologia_legal


ID
5484643
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Ao observar um cadáver, o perito nota duas lesões cortantes, que se cruzam, denominadas X e Y, endereçando a região abdominal do cadáver em questão. A lesão cortante X adota um trajeto em linha reta. Já a lesão cortante Y foi produzida sobre a lesão X, porém não adota um trajeto em linha reta, sofrendo um desnível ao cruzar a lesão X. Tais características permitem ao perito concluir que  

Alternativas
Comentários
  • SINAL DE CHAVIGNY: quando há lesões incisas sobrepostas, para que saibamos qual delas foi causada primeiro é feito um processo que ajuda a estabelecer a ordem das lesões incisas produzidas em uma mesma região. Isso porque a pele tem elasticidade e uma vez causada a primeira lesão, as bordas destas são afastadas. No momento em que a segunda lesão é provocada, esta se dará sobre as bordas da anterior que não estão mais na posição original, tendo em vista a retração dos tecidos. Consequentemente, através da junção das bordas, observa-se que a primeira lesão é aquela cujas bordas coaptadas determinam que a segunda não siga um trajeto linear.

    Fonte: Medicina Legal. Wilson Luiz Palermo Ferreira. página 160.

    No mesmo sentido,

  • GAB: A

    Sinal de Chavigny: quando duas lesões pérfuro-cortantes se cruzam, pode-se determinar qual lesão foi feita primeiro aproximando-se os bordos da ferida. A ferida primária apresentará os bordos alinhados, enquanto que a ferida secundária apresentará desalinho, pois foi gerada quando as bordas da primeira ferida já estavam afastadas.

    Tomar cuidado pra não confundir o Sinal de Chavigny (cortes que se cruzam) com a Orla de Chavigny (orla de enxugo em ferimentos causados por PAF)

  • Resposta no próprio enunciado.

  • Pois é rsrs: "Já a lesão cortante Y foi produzida sobre a lesão X".

  • QUASE ERRO, ACREDITAMDO QUE A OPCÃO ÓBVIA ERA PEGADINHA.

  • SINAL DE CHAVIGNY: quando há lesões incisas sobrepostas.

  • Sinal de Chavigny: estabelece a ordem das lesões incisas produzidas numa mesma região. A que foi feita primeiro tem as bordas coaptadas num trajeto linear, e a segunda em um não linear.

  • Achei que o certo era Lesão Incisa

  • A Regra de Puppe observa os traços das fraturas produzidas pelos projéteis. Esses traços são mais fáceis de serem observados em estruturas rígidas, como nos ossos, principalmente do crânio.

    O traço que for visualizado sendo interrompido por outro significa que foi produzido posteriormente. Com isso, é possível determinar a sequência de disparos.

    Nessa caso, a linha Y foi realizada posteriormente a lesão X. O que significa que a lesão X foi feita antes da Y.

    LETRA A


ID
5484646
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Considere hipoteticamente que um casal resolve visitar um parente. Ao chegar ao local, o casal foi atacado, inesperadamente, por um cachorro, causando lesões pela mordida com mecanismos de pressão e esmagamento. Nesse caso, o meio de ocorrência, quanto à ação mecânica e às características que imprime às lesões, é classificado como

Alternativas

ID
5484649
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

As lesões corporais descritas nos incisos do §1º do art. 129 do Código Penal, prevendo pena de reclusão de 1 a 5 anos em razão dos resultados (incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias; perigo de vida; debilidade permanente de membro, sentido ou função; e/ou aceleração do parto), são consideradas lesões corporais de natureza

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C)

    Código Penal

    Art. 129.

    Lesão corporal de natureza grave

    § 1º Se resulta:

    I- incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;

    II- perigo de vida;

    III- debilidade permanente de membro, sentido ou função;

    IV- aceleração de parto:

    Pena- Reclusão, de um a cinco anos.

  • Corroborando, para a configuração da lesão corporal grave mediante inabilitação para funções habituais por mais de 30 dias, deve ser realizada uma perícia a partir do 31º dia comprovando a tal.

  • BIZU: LESÃO GRAVE - PIDA

    Perigo de vida

    Incapacidade por mais de 30 dias

    Debilidade permanente

    Aceleração do parto (com vida - preterdoloso)

  • Há uma correlação lógica entre as gravidades:

    ==

    Incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias

    Incapacidade permanente para o trabalho

    ==

    Debilidade permanente de membro, sentido ou função

    Perda ou inutilização do membro, sentido ou função | Deformidade permanente | Enfermidade incurável

    ==

    Aceleração de parto

    Aborto

    ==

    Perigo de vida

    ==

    Muitos erram ao confundir a expressão "permanente", que é utilizada na LC grave e na gravíssima. Sugestão: atentem-se à consequência em si: debilidade é tornar fraco, mas é gravíssimo perder, inutilizar, deformar ou ser incurável.

    Ex.: um braço com debilidade tem força de 50%. Mas é gravíssimo perder um braço, inutilizar um braço (100%), deformar um braço ou ter uma doença incurável num braço.

    ==

    Em suma: o que não tem volta tem natureza gravíssima (incapacidade permanente para o trabalho; perda; inutilização; deformidade; incurável; aborto).

  • GAB: C

    Enquanto na lesão corporal grave há hipótese de qualificação pela debilidade permanente de membro, sentido ou função (CP, art. 129, § 1º, III), na lesão corporal gravíssima, paralelamente, tem-se situação qualificadora arrimada na perda ou inutilização de membro, sentido ou função (CP, art. 129, § 1º, III).

    • crime de lesão corporal de natureza grave:

    incapacidade para ocupações habituais por mais de 30 dias

    perigo de vida

    debilidade permanente de membro, sentido, função

    aceleração de parto

    -reclusão de 1 a 5 anos

    -cabe suspensão condicional do processo

  • Na dúvida compare!

    Debilidade é menos que deformidade, POR ISSO GRAVE

    ACeleracao de parto é menos que ABORTO, POR ISSO GRAVE...

    ASSIM QUE ME AJUDOU

  • GABARITO - C

    LESÕES GRAVES: P.I.D.A

    Perigo de vida

    Incapacidade para as ocupações Habituais por mais de 30 dias

    Debilidade permanente

    Aceleração do parto

    LESÕES GRAVÍSSIMAS: PEIDA

     perda ou inutilização do membro, sentido ou função

    enfermidade incurável

    Incapacidade permanente para o trabalho

    deformidade permanente

    aborto

  • questão boa para revisão

  • Minha contribuição.

    Lesão corporal grave: PIDA

    Perigo de vida

    Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 dias

    Debilidade permanente de membro, sentido ou função

    Aceleração de parto

    ---------------------------------------------

    Lesão corporal gravíssima: PEIDA

    Perda ou inutilização do membro, sentido ou função

    Enfermidade incurável

    Incapacidade permanente para o trabalho

    Deformidade permanente

    Aborto

    Abraço!!!

  • A questão versa sobre o crime de lesão corporal e suas modalidades, previstas no artigo 129 do Código Penal. O tipo penal básico da lesão corporal, previsto no caput do artigo 129 do Código Penal, é denominado doutrinariamente e até mesmo pela Lei 9.099/1995 (artigo 88) como lesão corporal leve. Tal nomenclatura se contrapõe as modalidades denominadas no próprio dispositivo legal como lesões corporais graves (§§ 1º e 2º do artigo 129 do CP). A doutrina, no entanto, se refere às modalidades de lesões corporais previstas no § 1º do artigo 129 do Código Penal como lesões corporais graves, e as modalidades de lesões corporais previstas no § 2º do mesmo dispositivo como lesões corporais gravíssimas. Assim sendo, os resultados mencionados no enunciado, elencados no § 1º do artigo 129 do Código Penal, e que se sujeitam a pena de reclusão, de 1 a 5 anos, são considerados modalidades de lesões corporais de natureza grave.

     

    Gabarito do Professor: Letra C

  • Lesão corporal grave: PIDA

    Perigo de vida

    Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 dias

    Debilidade permanente de membro, sentido ou função

    Aceleração de parto

    ---------------------------------------------

    Lesão corporal gravíssima: PEIDA

    Perda ou inutilização do membro, sentido ou função

    Enfermidade incurável

    Incapacidade permanente para o trabalho

    Deformidade permanente

    Aborto

    copiado

  • Se for grave PIDA, não fique calado não!


ID
5484652
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

O Código Penal brasileiro define o crime de lesão corporal como sendo o resultado de uma ação ou omissão humana capaz de causar dano à integridade corporal ou à saúde de um indivíduo qualquer que seja esse dano, de ordem fisiológica, anatômica ou mental. O momento consumativo do crime de lesão corporal ocorre no momento da efetiva violação à integridade física ou à saúde da vítima e, via de regra, exige a comprovação do dano mediante de um exame 

Alternativas
Comentários
  • Como o crime de lesão corporal é, em sua maioria, crime vestigial, o exame de corpo de delito é indispensável (quando possível de realização).

  • Pegando um "gancho" do cpp : Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

    Entretanto: " Para verificar a incapacidade prevista no art. 129°, I , não é obrigatória o Laudo Pericial" AlfaCon 2020.

  • Gab.: E

    ->Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

    Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva:

    I - violência doméstica e familiar contra mulher;

    II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.

    ->Qual a exceção na qual pode faltar o exame de corpo de delito?

    167 do CPP, “Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta”, não se confundindo com exame de corpo de delito indireto, sendo neste caso prova exclusivamente testemunhal.

    ->Em suma, o exame de corpo de delito indireto é a coleta dos vestígios através do raciocínio dos “peritos”, que analisam os fatos e constroem uma lógica.

    ->Segundo o art. 168 do CPP, se, para apurar as características da lesão corporal, o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, faz-se um exame complementar. 

  • Se o crime deixa vestígios tem que a ver o exame de corpo de delito.

    o que é crime TRANSEUNTES NÃO TRANSEUNTES.

    crime TRANSEUNTES ---> não deixam vestígio.

    não necessita de exame de corpo de delito

    ex.: Calúnia.

    crime NÃO TRANSEUNTES ---> deixam vestígios.

    necessita de exame de corpo de delito

    ex.: Homicídio, lesão corporal

  • GABARITO - E

    Transeuntes - Crime que não deixa vestígios

    Não Transeuntes - Crimes que deixam vestígios

    _______

    Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

    • Grafotécnico - é um profissional responsável por analisar e identificar a veracidade de assinaturas em contratos, cheques, escrituras, entre outros documentos.

    • Constatação da Veracidade. - mesmo que Grafotécnico 

    • Papiloscópica - esponsável por atividades como: recolhimento de impressões digitais de pessoas vivas e mortas.

    • Corpo de delito são todos os vestígios materiais deixados por um determinada ação delituosa e que indicam a existência de um crime.

    • Testemunhas indiretas depõem sobre fatos que não presenciaram, mas que apenas ouviram falar, daí porque também são chamadas de testemunhas auriculares.

    PCAM/2021 - só indio, jacaré e onça, não venham para cá! uga uga!

  • OBS:

    O crime de lesão corporal de natureza grave com resultado de incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias (artigo 129, § 1º, inciso I, do CP). é também denominado de crime a prazo.

  • Pra não zerar kkkkk

  • A questão versa sobre o crime de lesão corporal e suas modalidades, previstas no artigo 129 do Código Penal. Tratando-se de crime material, por apresentar resultado naturalístico, as vítimas desta modalidade de delito precisam ser submetidas a exame de corpo delito, consoante estabelece o artigo 158 do Código de Processo Penal. É também chamado de crime não transeunte, justamente pelo fato de deixar vestígio.  Importante destacar a previsão contida no artigo 168 do mesmo diploma legal, que estabelece a possibilidade de realização de exame complementar, no caso de lesões corporais. Com isso, se constata que está correta a letra E. Considerando as demais alternativas, insta salientar que o exame grafotécnico é aquele que tem como objetivo averiguar a veracidade de assinaturas em documentos, e o exame papiloscópico é aquele que se presta a aferir impressões digitais de pessoas vivas ou mortas. Por fim, quanto ao exame testemunhal indireto, está previsto no artigo 167 do Código de Processo Penal, sendo admissível para suprir a falta do exame de corpo de delito, quando este não for possível de se realizar, diante do desaparecimento dos vestígios.

     

    Gabarito do Professor: Letra E

  • idecao, é vc?

  • De acordo com o Plínio, no show do 3º Batalhão, é exame de corpo do Benito.


ID
5484655
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em relação ao espectro equimótico de Legrand du Saulle, assinale a afirmativa INCORRETA. 

Alternativas
Comentários
  •  Amarelada – 12º dia (LETRA C)

    EQUIMOSE: São as famosas "manchas roxas". Aqui os vasos superficiais rompem-se, causando extravasamento do sangue internamente, o qual fica entremeado nas tramas teciduais;

    *Espectro equimótico de Legrand du Saulle

    O sangue rico em oxigênio é vermelho vivo, pois é composto do Fe que se liga ao O , formando a hemoglobina. Quando a célula morre ocorre a decomposição da molécula de hemoglobina, que se transforme em outros compostos químicos: hematoidina →hemossiderina→ bilirrubina→ biliverdina.

    ·        Vermelho – 1º dia

    ·        Violácea – 2º ao 3º dia

    ·        Azul – 4º ao 6º dia

    ·        Esverdeada – 7º ao 10º dia

    ·        Amarelada – 12º dia

    ·        Esvanece – 15º ao 20º dia

    Obs. A equimose subconjuntival não segue esse aspecto, não passa pela variação cromática. A maioria da doutrina afirma que a região é muito oxigenada, começa e evolui vermelho vivo. Segundo Hygino a razão não é a região ser muito oxigenada, contudo afirma que a medicina não explica o motivo.

    Valor médico legal – comprovar o tempo da lesão.

    a evolução da tonalidade das equimoses tem valor relativo, pois segundo Genival França, depende da área equimótica, região e profundidade atingida, elasticidade dos tecidos, calibre do vaso roto, idade da vítima, sexo, estado geral, entre outras.

    As equimoses da conjuntiva ocular não sofrem a sucessão de tonalidade característica do espectro equimótico.

    A depender da sua forma, as equimoses podem ser classificadas em:

    • PETÉQUIA - Hemorragias puntiformes. Pequenos pontinhos de sangue.
    • SUGILAÇÃO - Aglomeração de petéquias numa área de maior pressão. Podem ser por COMPRESSÃO (empurradas de dentro para fora) ou por SUCÇÃO (de fora puxando para fora). Ex.: chupão.
    • VÍBICE - Duas equimoses lineares, paralelas e com centro livre. Ex.: lesões produzidas por cassetete. São uma sugilação em faixa.

    SUFUSÃO HEMORRÁGICA - Mancha mais extensa de sangue; Equimose extensa, com enorme área extravasada de sangue

    RESUMO COM BASE EM COMENTÁRIOS DOS COLEGAS AQUI DO QCONCURSOS!

  • Gab C

    Espectro Equimótico de Le Grand Du Saulle:

    1° dia: Avermelhada

    2° ao 3° dia: Violácea

    4° ao 6° dia: Azulada

    7° ao 11° dia: Esverdeada

    12° dia: Amarelada

    15° ao 20° dia: Desaparece

  • Fala a verdade, vc tb fica contando nos dedos as cores do espectro equimótico. Se ainda não, tá esperando o que? ajuda muito no dia da prova hahaha

    Avante! A vitória está logo ali.

  • OBS: EVOLUÇÃO CROMÁTICA DA LESÃO/ESPECTRO EQUIMÓTICO DE LEGRAUND DU SAULLE (a cor ajuda a ESTIMATIVA - não inequívoca - do tempo da agressão): 1º dia: vermelho; 2º/3º dia: vermelho violáceo/arroxeado; 4º ao 6º dia: azulado; 7º ao 11º dia: esverdeado; em torno do 12º dia: amarelado (causada por hemossiderina); 15º ao 20º dia: desaparece. TOURDES: recente; 3-6; 7-12; 12-17. DEVERGIE: 1-2; 3; 5-6; 7

    Meu MNEMÔNICO: VE-R A BANDEIRA: VE= VERMELHO 1º dia; R= ROXO 2º ao 3º; CORES DA BANDEIRA: AZUL 4º ao 6º dia, VERDE 7º ao 11º dias e AMARELO 12º ao 17º dia. 

  • V R A V A

    V - Vermelho

    R - Roxo

    A - Azul

    V - Verde

    A - Amarelo

  • Espectro equimótico de Legrand du Saulle

    1° dia - avermelhada

    2° e 3° dia - violácea

    4° e 6° dia - azul

    7° ao 10° dia - esverdeada

    12° dia - amarelada

    15° ao 20°dia desaparece.

  • é o tal do VRAVA, que ocorre no intervalo de 20 dias.

    Vermelho

    Roxo/violáceo

    azul

    verde

    amarelo

  • Mesmo que o candidato não soubesse o espectro equimotico decorado, daria pra dar um chute consciente, considerando que as alternativas C e E fazem referência ao quinto dia da escala e não tem como uma equimose ser azulada e amarelada ao mesmo tempo.
  • V V A.....V V A


ID
5484658
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Historicamente, a Odontologia Legal surgiu em seus primórdios como um ramo da Medicina Legal em decorrência das necessidades de identificar tecnicamente os cadáveres pelas características odontológicas, como ocorreu em diversos episódios nos Estados Unidos e na Europa, especialmente nos séculos XVIII e XIX. No Brasil, a técnica e a ciência que eram bases para a prática da Odontologia Legal também surgiram no seio da Medicina Legal, praticamente simultâneas, com a obra intitulada Medicina Legal aplicada à Arte Dentária, escrita por

Alternativas
Comentários
  • "No Brasil, a primeira obra destinada ao estudo da Odontologia Legal foi o livro publicado por Henrique Tanner de Abreu, Entretanto, o primeiro livro publicado no Brasil com o título Odontologia Legal , em 1924, é de autoria de Luiz Lustosa da Silva."

    FONTE: ARTIGO A HISTÓRIA DA ODONTOLOGIA LEGAL NO BRASIL. PARTE 1: ORIGEM ENQUANTO TÉCNICA E CIÊNCIA.

    Autores: Rhonan Ferreira SILVA , Ademir FRANCO , Rogério Nogueira de OLIVEIRA, Eduardo DARUGE JÚNIOR, Ricardo Henrique Alves da SILVA. 

  • GABARITO:D - Henrique Tanner de Abreu


ID
5484661
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Um casal foi encontrado morto em um apartamento em São Paulo. Os corpos das vítimas, ambos de 40 anos, estavam caídos no box do banheiro. O banheiro possui gás encanado, e o chuveiro estava aberto quando os corpos foram encontrados. O laudo do perito indica que a causa das mortes foi intoxicação por monóxido de carbono (CO). Com relação à intoxicação por CO, analise as afirmativas a seguir:

I. A ligação entre o monóxido de carbono e a hemoglobina resultam em carboxiemoglobina, produzindo uma anóxia anêmica, podendo levar à morte.
II. A espectroscopia possibilita avaliar as bandas de absorção características da carboxiemoglobina, da oxiemoglobina, bem como de outras eventuais combinações.
III. Durante a perinecroscopia, é possível observar pele e mucosas com coloração carmim característica ou uma nuança levemente cianótica.

Assinale

Alternativas

ID
5484664
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

A Lei 5.081, de 24 de agosto de 1966, regula o exercício da Odontologia. Com relação às competências do cirurgião-dentista, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa: 

( ) Atestar, no setor de sua atividade profissional, estados mórbidos e outros, inclusive, para justificação de faltas ao emprego.
( ) Proceder à perícia odontolegal em foro civil, criminal, trabalhista e em sede administrativa.
( ) Utilizar, no exercício da função de perito-odontólogo, em casos de necropsia, as vias de acesso do tórax, pescoço e da cabeça.

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Art. 6º Compete ao cirurgião-dentista:

    I - praticar todos os atos pertinentes a Odontologia, decorrentes de conhecimentos adquiridos em curso regular ou em cursos de pós-graduação;

    II - prescrever e aplicar especialidades farmacêuticas de uso interno e externo, indicadas em Odontologia;

    III - atestar, no setor de sua atividade profissional, estados mórbidos e outros, inclusive, para justificação de faltas ao emprego. (Inciso com redação dada pela Lei nº 6.215, de 30/6/1975)

    IV - proceder à perícia odontolegal em foro civil, criminal, trabalhista e em sede administrativa;

    V - aplicar anestesia local e truncular;

    VI - empregar a analgesia e a hipnose, desde que comprovadamente habilitado, quando constituírem meios eficazes para o tratamento;

    VII - manter, anexo ao consultório, laboratório de prótese, aparelhagem e instalação adequadas para pesquisas e análises clínicas, relacionadas com os casos específicos de sua especialidade, bem como aparelhos de Raios X, para diagnóstico, e aparelhagem de fisioterapia;

    VIII - prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de acidentes graves que comprometam a vida e a saúde do paciente;

    IX - utilizar, no exercício da função de perito-odontólogo, em casos de necropsia, as vias de acesso do pescoço e da cabeça.


ID
5484667
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

O Código de Ética Odontológica regula os direitos e deveres do cirurgião-dentista, profissionais técnicos e auxiliares, e pessoas jurídicas que exerçam atividades na área da Odontologia. Segundo o art. 10 do Código, NÃO constitui infração ética exercer a função de perito ao 

Alternativas
Comentários
  • Art. 10. Constitui infração ética

    III - acumular as funções de perito/auditor e procedimentos terapêuticos odontológicos na mesma entidade prestadora de serviços odontológicos;

    GABARITO: D


ID
5484670
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A fim de se estimar o momento de uma morte recente, de acordo com as técnicas cronotanatognóticas, é correto afirmar que se pode fazer 

Alternativas
Comentários
  • GAB: D

    "O humor vítreo, também conhecido por corpo vítreo do olho ou simplesmente por vítreo, é a substância gelatinosa e viscosa, formada por uma substância amorfa semilíquida, fibras e células, que se encontra no segmento posterior, entre o cristalino e a retina, sob pressão, de modo a manter a forma esférica do olho.

    O humor aquoso é o líquido incolor, constituído por água (98%) e sais dissolvidos (2%) - predominantemente cloreto de sódio - que preenche as câmaras oculares (cavidade do olho, entre a córnea e o cristalino). Ele é produzido incessantemente, com valor médio de 3 ml por dia, no processo ciliar, uma região recoberta por uma camada de células epiteliais, que transportam ativamente o humor vítreo desses processos ciliares para a parte posterior da córnea e à parte anterior da íris. Para manter a pressão do globo ocular constante, é drenado da região trabecular para o um vaso chamado "canal de schlemm's", que circunda todo o olho, na qual está ligado à veia episcleral pelo arqueduto venoso".

    Fonte: Wikipédia

    Q354551. O nível do potássio no humor vítreo auxilia o legista a estabelecer a hora da morte. Níveis de potássio acima de 12 mEq/L sugerem que a morte ocorreu a mais de nove horas do exame. (CERTO)

  • "A fim de se estimar o momento de uma morte recente"

    • Os Cristais de Westenhöfer-Rocha-Valverde surgem depois do terceiro dia da morte no sangue putrefeito
    • Putrefação e Fauna entomológica não serão recentes.
    • A prova hidrostática de Galeno serve para analisar se houve ou não respiração.

    Resta a alternativa D (que nunca ouvi falar kkkk)

  • Em seguida, poderia ser a letra a):

    CRISTAIS DE WESTENHÖFFER-ROCHA-VALVERDE: constituem lâminas cristaloides frágeis encontradas no SANGRE PUTREFEITO a partir do 3º dia e podendo permanecer ATÉ 35 dias após a morte.

  • "Os olhos são a janela da alma."

  • Tem que verificar o "humor" do cadáver galera kkkkk

  • Não sei se estou vivendo ou errando questões dessa prova que parece que tinha 1000 questões de ML

  • a prova foi no Ceará, terra do humor. letra D. #confia

ID
5484673
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Naiara compareceu ao consultório odontológico privado do Dr. João procurando atendimento, pois sentia dor em dente inferior do lado direito. Após o exame radiográfico e clínico, o dentista diagnosticou um quadro de pericoronarite, havendo necessidade de exodontia do elemento em questão. O procedimento ocorreu sem complicações, e o Dr. João emitiu atestado para que Naiara permanecesse em repouso de suas atividades trabalhistas por 3 dias. Em relação à sua procedência e à sua finalidade, é correto classificar o documento odontolegal, respectivamente, como 

Alternativas
Comentários
  • GAB: D

    Dava pra matar pelo ofocioso - PF de dir. privado

    Espécies de atestados médicos

    • administrativo, quando serve ao interesse do serviço ou do servidor público
    •  judiciário, quando por solicitação da administração da justiça
    •  oficioso, quando dado no interesse das pessoas física ou jurídica de direito privado, como para justificar situações menos formais em ausência das aulas ou para dispensar alunos da prática da educação física.  
  • Gabarito D.

    .

    Atestados administrativos: interesse do serviço ou do servidor público

    Quanto à finalidade:

    1. Administrativo: serve ao interesse do serviço ou do servidor público
    2. Judiciais: solicitação da administração da justiça
    3. Oficiosos: dado no interesse das pessoas física ou jurídica de direito privado, como para justificar situações menos formais

    Quanto ao conteúdo:

    1. Idôneo: verdadeiro, ético
    2. Gracioso (de favor): feito a pedido do paciente
    3. Imprudente: sem realização do exame
    4. Falso: uso criminoso e indevido. O médico comete o art. 302 do CP. Falsidade de cunho ideológico

    Não possui forma definida, mas deve conter:

    • Cabeçalho, com a qualificação do médico e do interessado
    • A finalidade a que se destina
    • O fato médico
    • Suas consequências, tempo de repouso
    • Local, data e assinatura
  • ATESTADO: Feito por um médico. É um atestado médico mesmo

    Resume de forma objetiva a avaliação do paciente

    Afirmação de um fato médico e suas consequências

    FINALIDADE DO ATESTADO:

    • Particular/Oficioso: Não pude ir no meu trabalho e dou um atestado
    • Administrativo: Sou PCMG e dou um atestado para administração
    • Judiciário: Tenho uma audiência marcada e dou um atestado

    TIPOS DE ATESTADO:

    • Idôneo: Atestado válido, ok
    • Gracioso: (PROIBIDO) Sou amigo do médico e ele me dá.
    • Imprudente: (PROIBIDO) Médico nem me examina e fala que não tenho nada
    • Falso: Médico me examina e mente no atestado
  • Ué, mas oficioso também é quanto à procedência.

  • Questão totalmente sem noção!!!! Putz..


ID
5484676
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Os Documentos Odontolegais compreendem o conjunto das declarações, orais ou escritas, firmadas por cirurgião-dentista, no exercício da profissão, para servir como prova, que podem ser utilizadas com finalidade jurídica. Com relação a esses documentos, analise as afirmativas a seguir:

I. As notificações de Acidente de Trabalho são feitas por documento próprio, a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), em cinco vias, a primeira das quais deve ser encaminhada ao Sindicato dos Trabalhadores.
II. Só é permitido ao cirurgião-dentista atestar, certificar, testemunhar ou declarar, para qualquer fim, o que tenha examinado ou verificado pessoalmente.
III. Do Relatório devem constar, necessariamente, as seguintes partes: Preâmbulo, Histórico ou Comemorativo, Descrição, Discussão, Conclusão e Respostas aos Quesitos.

Assinale

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C.

    MAS, curiosamente a alternativa III lista 6 tópicos e parece juntar o "quesitos" com a "resposta aos quesitos" em apenas um tópico:

    1. Preâmbulo – hora, data e local; qualificações e tipo da perícia
    2. Quesitos – parte constituída de perguntas, quesitos oficiais
    3. Histórico ou comemorativo – registro dos fatos mais importantes que deram origem à requisição; Hygino assevera que tais informações são obtidas através da anamnese (entrevista) do próprio examinando. Obs.: O médico não responde pela veracidade do histórico, pois são informações coletadas do paciente
    4. Descrição ou exposição (parte mais importante) – visum et repertum (ver e repetir) – os peritos devem expor todas as particularidades que a lesão apresenta – evitar realizar diagnósticos
    5. Discussão – discussão de todas as hipóteses eventualmente elencadas quando da descrição – não emitir juízo pessoal
    6. Conclusão – síntese da parte descritiva com a de discussão
    7. Resposta aos quesitos – responder de forma objetiva e concisa
  • Complicado. A gente estuda que são 7 itens no relatório!

  • Vale lembrar que relatório é um dos documentos médico mais importante e se difere do parecer apenas porque este não possui a descrição. Assim, O relatório é contituído 07 passos: Preâmbulo, Quesitos, Histórico, Descrição, Discurssão, Conclusão e Resposta aos quesitos. Vide Q283174

    OBS: Quando o exame é ditado a um escrivão e diante de testemunhas chama-se Auto. Quando o próprio médico elabora denomina-se LAUDO.

    Continue! Se não for por vc, que seja por aqueles que, até aqui, acreditaram em ti. Avante!

  • Componentes dos relatórios

    a. Preâmbulo: qualificação do examinado, de quem solicitou a perícia, data, hora da perícia. É uma parte introdutória do relatório.

    b. Quesitos: transcrição das perguntas objetivas que vão nortear o resultado da perícia. Buscam orientar a direção da perícia. Quesitos oficiais (obrigatórios – padronizados no foro criminal) e suplementares (formulados pelas autoridades, partes).

    c. Histórico (ou comemorativo): anamnese médico-legal, ou seja, a entrevista médico-legal. Atenção! As informações são dadas pelo periciando (paciente), o perito não tem como saber se as informações não verídicas ou não. Logo, o perito não responde pela veracidade do histórico.

    d. Descrição: é feito o visum et repertum (ver e reportar), a descrição de todos os achados, elementos materiais observados pelo perito, vai descrever tudo que observou. Atenção! Descrição é o componente mais importante do relatório e serve para diferenciar o relatório do parecer (o parecer não tem descrição!!!!!!!!!!!).

    e. Discussão: debate, discutir hipóteses com base na doutrina médico-legal, debater controvérsias doutrinárias.

    f. Conclusão: síntese diagnóstica clara, objetiva e precisa.

    g. Resposta aos quesitos: de forma objetiva. 

  • como tem resposta aos quesitos se não há quesito?
  • Pois é galera, na verdade existem autores que colocam os quesitos dentro do preâmbulo, no final.

    1. Deverão ser emitidas quatro vias da CAT, sendo:
    • 1ª via ao INSS;
    • 2ª via ao segurado ou dependente;
    • 3ª via do sindicato de classe do trabalhador;
    • 4ª via à empresa.

  • Sobre o relatório:

    Pra Quem veio Hoje DeDiCo a Resposta

    Preâmbulo, Quesitos, Histórico, Descrição, Discussão, Conclusão, Resposta aos quesitos.

  • questao muito boa


ID
5484679
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em relação ao estado de supressão do fenômeno respiratório chamada de asfixia, qual lesão associada resulta da coexistência de movimentos respiratórios, mesmo que ineficazes, com extravasamento se secreções proteicas para o interior da luz da árvore respiratória? 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A (certo).

    Há o extravasamento de secreções proteicas para o interior da luz da árvore respiratória combinado com movimentos respiratórios, formando uma "espuminha" que é vista na boca. Tipo quando você aperta uma esponja de lavar prato que tá com detergente.

    .

    • Sinal do funil (cone?) de Bonnet: tronco de cone com orifício menor. Base do tronco com orifício maior. Tiro encostado.
    • Manchas de Tardieu: manchas equimóticas lenticulares de Tardieu. Asfixia por sufocação direta. Manchas de Tardieu.
    • Sinal de Benassi/Benassi-Cueli – halo fuliginoso no crânio (zona de esfumaçamento em superfície óssea). Tiro encostado.
    • Protrusão da língua: sinal geral externo da asfixia. Ocorre em asfixias mecânicas.

    .

    .

    .

    ps.: se encontrar algum comentário errado, mande uma mensagem alertando.

  • Cogumelo de espuma: é formado de uma bola de finas bolhas de espuma que cobre a boca e as narinas e se continua pelas vias respiratórias inferiores. É mais comum nos afogados, mas pode surgir em outras formas de asfixias mecânicas, no edema agudo do pulmão e nos casos de morte precedida de grandes convulsões.

    Projeção da língua e exoftalmia: são achados comuns nas asfixias mecânicas, mas não esquecer que os cadáveres putrefeitos na fase gasosa ou enfisematosa também apresentam exoftalmia e projeção da língua, mesmo sem ter nenhuma relação com a morte por asfixia.

    Fonte: Genival Veloso de França.

  • A) Cogumelo de espuma.

    Cogumelo de espuma é um dos sinais de asfixia, é a formação de espuma na boca em razão da secreção das vias aéreas, sua formação depende da entrada de água no interior das vias respiratórias, do muco e do ar. Geralmente surge apenas nas pessoas que reagiram, e é um sinal de afogamento.

  • Gab. A

    A) Cogumelo de espuma externo Correto!

    MAIS COMUM NOS AFOGADOS, MAS PODE SURGIR EM OUTRAS FORMAS DE ASFIXIAS MECÂNICAS.

    SÓ SE FORMA PELA ENTRADA DE LÍQUIDO NAS VIAS AÉREAS E POR EXPULSÃO DE AR E MUCO NOS INDIVÍDUOS QUE REAGIRAM À PROXIMIDADE DA MORTE E CUJOS CADÁVERES FORAM RETIRADOS PRECOCEMENTE DA ÁGUA.

    B) Sinal do funil de Bonnet. Incorreto.

    -> Trata-se de lesão provocada por instrumentos do tipo perfurocontudente, no casos, projéteis de armas de fogo.

    C) Manchas de Tardieu. Incorreto.

    -> Equimose ou mancha de Tardieu encontramos nas regiões sub-conjuntival (OLHOS), sub-pleural (PULMÃO) e sub-epicardica (CORAÇÃO).

    D) Sinal de Benassi. Incorreto.

    > Trata-se de lesão provocada por instrumentos do tipo perfurocontudente, no casos, projéteis de armas de fogo.

    > Plano ósseo.

    E) Protrusão da língua. Incorreto.

    > São achados comuns nas asfixias mecânicas, mas não esquecer que os cadáveres putrefeitos na fase gasosa ou enfisematosa também apresentam exoftalmia e projeção da língua, mesmo sem ter nenhuma relação com a morte por asfixia.


ID
5484682
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

As queimaduras ocorrem por contato direto do calor com o corpo, por meio de chama, de sólido, de gás ou de líquidos quentes. Quanto à classificação, de acordo com Hoffmann e Lussena, há queimaduras de quatro graus distintos. Relacione os graus de queimaduras com suas respectivas particularidades.

1. Primeiro grau 
2. Segundo grau 
3. Terceiro grau 
4. Quarto grau

( ) Observa-se combustão dos tecidos mais profundos. O calor produz a calcinação dos ossos, que se transformam em um material branco-acinzentado, bastante friável. 
( ) Hiperemia dos capilares superficiais, com vermelhidão da pele. A recuperação é total, depois de um período variável de descamação epidérmica. 
( ) Ocorre quando a temperatura atinge os 180ºC. A área necrótica exibe uma consistência firme e maior que a dos tecidos vizinhos não queimados, discretamente deprimida, de cor castanha. 
( ) Formações cheias de líquido seroso, que levantam o estrato córneo da epiderme, podendo variar em número e volume. O liquido que contêm é rico da presença de albumina e cloretos.

Assinale a alternativa que apresente a sequência correta, de cima para baixo.  

Alternativas
Comentários
  • Quarto grau (4) Observa-se combustão dos tecidos mais profundos. O calor produz a calcinação dos ossos, que se transformam em um material branco-acinzentado, bastante friável.

    Primeiro grau (1) Hiperemia dos capilares superficiais, com vermelhidão da pele. A recuperação é total, depois de um período variável de descamação epidérmica.

    Terceiro grau (3) Ocorre quando a temperatura atinge os 180ºC. A área necrótica exibe uma consistência firme e maior que a dos tecidos vizinhos não queimados, discretamente deprimida, de cor castanha.

    Segundo grau (2) Formações cheias de líquido seroso, que levantam o estrato córneo da epiderme, podendo variar em número e volume. O liquido que contêm é rico da presença de albumina e cloretos.

    Gabarito: B (certo)

  • Queimaduras 

    Ocorrem quando a fonte de calor encosta no corpo e, com isso, causa a lesões naquela localidade. As queimaduras são classificadas em quatro espécies:

    1º grau: eritema – a queimadura é leve, faz apenas com que a pele fique avermelhada, atingido somente a epiderme;

    2º grau: flictena – o calor se aprofunda na pele causando lesões que apresentam bolhas de soro sanguíneo (proteína plasmática);

    3º grau: escarificação da derme – o calor se aprofunda ainda mais na pele, destruindo a epiderme e ferindo a derme;

    4º grau: carbonização – os tecidos corporais se transformam em carvão. A carbonização pode ser local, superficial, profunda ou geral.

  • No que tange as queimaduras de 2º (flictenas ou SINAL DE CHAMBERT), vale lembrar que bolhas também podem ser encontradas em cadáveres e o que vai determinar se foram produzidas ainda em vida é justamente o líquido seroso contendo proteína plasmática. Na sua ausência, as bolhas não foram produzidas em vida e, possivelmente, serão apenas gases oriundos da putrefação.

    Fontes - Da minha lembrança hahaha (Por isso, qualquer equívoco, favor avisar)

    Avante! A vitória está logo ali...

  • Copiado do Leonardo para revisar:

    Queimaduras 

    Ocorrem quando a fonte de calor encosta no corpo e, com isso, causa a lesões naquela localidade. As queimaduras são classificadas em quatro espécies:

    1º grau: eritema – a queimadura é leve, faz apenas com que a pele fique avermelhada, atingido somente a epiderme;

    2º grau: flictena – o calor se aprofunda na pele causando lesões que apresentam bolhas de soro sanguíneo (proteína plasmática);

    3º grau: escarificação da derme – o calor se aprofunda ainda mais na pele, destruindo a epiderme e ferindo a derme;

    4º grau: carbonização – os tecidos corporais se transformam em carvão. A carbonização pode ser local, superficial, profunda ou geral.

  • Gabarito: B

  • Queimaduras por calor direto:

    1º Grau: Sinal de Christinson.

    2º Grau: Sinal de Chambert.

    3º Grau: Necrose dos tecidos moles.

    4º Grau: Sinal de Devergie (Posição de boxer).

    Sinal de Montalti: Fuligem nas vias respiratórias (Sinal de respiração in vida)

    Sinéquia: Retração da pele queimada.

  • Queimaduras 

    1º grau: eritema – a queimadura é leve, faz apenas com que a pele fique avermelhada, atingido somente a epiderme;vermelhidão da pele.

    2º grau: flictena – o calor se aprofunda na pele causando lesões que apresentam bolhas de soro sanguíneo (proteína plasmática);  Formações cheias de líquido seroso

    3º grau: escarificação da derme – o calor se aprofunda ainda mais na pele, destruindo a epiderme e ferindo a derme; atinge os 180ºC. A área necrótica >> cor castanha.

    4º grau: carbonização – os tecidos corporais se transformam em carvão. A carbonização pode ser local, superficial, profunda ou geral.calcinação dos ossos >>branco-acinzentado

  • É F E C ( torcedores do " lião " terão mais facilidade para recordar )

    Eritema 1°

    Flictema 2°

    Escarificação 3 °

    Carbonização 4 °

  • GAB LETRA B;

    1. Primeiro grau 2. Segundo grau 3. Terceiro grau 4. Quarto grau 

    ( 4 ) Quarto grau : carbonização dos tecidos

    Observa-se combustão dos tecidos mais profundos. O calor produz a calcinação dos ossos, que se transformam em um material branco-acinzentado, bastante friável. 

    ( 1 ) Primeiro grau : provocam vermelhidão

    Hiperemia dos capilares superficiais, com vermelhidão da pele. A recuperação é total, depois de um período variável de descamação epidérmica. 

    ( 3 ) Terceiro grau : queimam todos os sensores da derme - DOR

    Ocorre quando a temperatura atinge os 180ºC. A área necrótica exibe uma consistência firme e maior que a dos tecidos vizinhos não queimados, discretamente deprimida, de cor castanha. 

    ( 2 ) Segundo grau : formação de bolhas, flictenas + DOR

    Formações cheias de líquido seroso, que levantam o estrato córneo da epiderme, podendo variar em número e volume. O liquido que contêm é rico da presença de albumina e cloretos. 

    "Profundidade - Classificação de Hoffmann 

    A avaliação da gravidade pela profundida de acordo com a classificação de Hoffmann divide a queimadura em 04 graus. 

    Classificação de Hoffmann - Queimaduras 

    1º grau 

    2º grau 

    2º grau 

    4º grau 

    Queimadura de 1º grau: aquela caracterizada pela tríade: Eritema (vermelhão, congestão), Edema (inchaço) e dor. Geralmente ocorre dos casos de queimaduras de sol. 

    Queimadura 2º grau: presença de flictenas/vesículas (bolhas) que são muito dolorosas. 

    Queimadura 3º grau: trata-se de queimadura mais profunda que irá incidir até os planos musculares. Nesses casos não temos mais a presença das bolhas (flictenas/vesículas), mas sim de escaras (casca/crosta). Temos ainda que essa queimadura de 3º grau é menos dolorosa.

    Queimadura 4º grau: queimadura de 4º grau é a chamada Carbonização. Essa carbonização poderá ocorrer de forma total ou localizada." 

    MANUAL CASEIRO, MED LEGAL PÁG 102 e 103


ID
5484685
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considera-se que um paciente se encontra em morte cerebral quando, mesmo conservando atividade cardíaca na vigência de assistência respiratória mecânica, apresenta coma arreativo a apnéico (CAA) de causa bem conhecida e apto a provocar lesões totais e definitivas do encéfalo. São sinais diagnósticos de CAA o listado nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • O desequilíbrio hidroeletrolítico diz respeito a uma redução dos níveis de eletrólitos - como sódio e potássio - no corpo. Dessa forma, não tem relação direta com o processo de morte encefálica. Gabarito letra B.

  • Amigos, é só pensar direitinho... Se morte cerebral é quando mesmo conservando atividade cardíaca na vigência de assistência respiratória mecânica, apresenta coma arreativo a apnéico (CAA), então podemos concluir que:

    Qual das alternativas não deixa o coração bater de forma alguma? Somente desequilíbrio hidroelétrolítico né? Se bagunçar os eletrólitos, vai bagunçar a contração do coração.


ID
5484688
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A eletricidade é o conjunto de fenômenos que ocorre graças ao desequilíbrio ou à movimentação das cargas elétricas, uma propriedade inerente aos prótons e elétrons, assim como também dos corpos eletricamente carregados. Lesões podem ser ocasionadas tanto como efeito da eletricidade natural, quanto da eletricidade artificial. Com relação às lesões por eletricidade, analise as afirmativas a seguir:  

I. A fulguração é a síndrome desencadeada pela eletricidade artificial. Entre as lesões produzidas pela corrente, observavam-se lesões localizadas, cutâneas, ou internas, além dos efeitos gerais sobre o organismo.
II. A eletroplessão é a lesão localizada, não letal, produzida pela eletricidade cósmica ou querauranográfica, sendo a mais conhecida como Sinal de Lichtenberg.
III. A lesão sistêmica, letal, produzida pela eletricidade cósmica ou querauranográfica é denominada fulminação.

Assinale

Alternativas
Comentários
  • Resposta: A

    Eletricidade natural ou cósmica:

    -Fulguração: Ação não letal

    -Fulminação: Ação letal

    Sinal de Licthemberg ( Lesões arboriformes).

    Eletricidade industrial ou artificial:

    -Eletroplessão ( pode ser letal ou não letal).

    -Lesões do Tipo; Marca elétrica de Jellinek.

  • Energia natural:

     Fulguração= quando provoca apenas LESÕES CORPORAIS

     Fulminação= quando provoca a MORTE

     Sinal de Lichtemberg: eletricidade natural. Ex: raios

    Energia artificial/Industrial:

    Eletroplessão= quando provoca apenas LESÕES CORPORAIS

    Eletrocussão= quando provoca a MORTE

    Sinal de Jellineck: eletricidade industrial (eletroplessão)

  • Tecnicamente a III tbm está incorreta visto que fulminação não é a lesão
  • I ) INCORRETA; A fulguração é a síndrome desencadeada pela eletricidade artificial. Entre as lesões produzidas pela corrente, observavam-se lesões localizadas, cutâneas, ou internas, além dos efeitos gerais sobre o organismo.

    Fulguração é produzida pela eletricidade natural, realmente ocorrendo lesões localizadas;

    Eletricidade NATURAL (produz Sinal de Lichtenberg):

    • MORTE/LETAL: FULMINAÇÃO;
    • LOCAL: FULGURAÇÃO;

    _________________

    II ) INCORRETA; A eletroplessão é a lesão localizada, não letal, produzida pela eletricidade cósmica ou querauranográfica, sendo a mais conhecida como Sinal de Lichtenberg.

    Está errada pq a eletropressão é letal; produzindo o Sinal de Jellinek;

    Eletricidade ARTIFICIAL (produz Sinal de Jellinek):

    • MORTE/LETAL/LOCAL: ELETROPLESSÃO

    _________________

    III ) CORRETA; A lesão sistêmica, letal, produzida pela eletricidade cósmica ou querauranográfica é denominada fulminação. 

    Correta; por ser eletricidade natural será cósmica (ex: decorrente de raios/trovoes); a fulminação realmente é letal, ou seja, causando a morte.


ID
5484691
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

As formas de morte podem ser classificadas de diferentes maneiras em Odontologia Legal. Entre uma dessas classificações, temos as relacionadas às causas, podendo ser naturais, violentas ou duvidosas. Com relação às mortes duvidosas, analise as afirmativas a seguir:

I. A morte súbita é aquela que sobrevém como consequência de um processo esperado e previsível.
II. A morte suspeita é aquela que, mesmo com testemunhas, e com alguns dados de orientação diagnóstica, se mostra duvidosa quanto à sua origem.
III. A morte sem assistência é quando um indivíduo, no momento da morte, teve auxílio negado pelas testemunhas.

Assinale

Alternativas
Comentários
  • GAB: E

    A causa jurídica é classificada em:

    • Morte natural: decorrente de doença ou envelhecimento.
    • Morte Violenta: resulta de Homicídio, suicídio ou acidente.
    • Atenção: no caso de acidente, mesmo que ocorra tardiamente em relação ao evento danoso, se houver nexo causal com a violência, é classificada como violenta.
    • Morte suspeita: é a morte inesperada e estranha, sem sinais de violência, por exemplo. ocorre de forma duvidosa e sobre a qual não se tem evidência de ter sido de causa natural ou de causa violenta.
    • Morte por inibição: aqui há a parada SÚBITA das funções vitais de uma pessoa sadia, sem causa médica e jurídica identificáveis. A morte súbita é a imprevista, que sobrevém instantaneamente e sem causa manifesta, atingindo pessoas em aparente estado de boa saúde.

    -------

    CORPOS VÃO PARA-->

    IML:

    • MORTE VIOLENTA (suicídio, homicídio e acidente)
    • MORTE SUSPEITA
    • CADÁVER SEM IDENTIFICAÇÃO

    SVO:

    • MORTE NATURAL SEM ASSISTÊNCIA/ACOMPANHAMENTO MÉDICO
  • NECROPSIAS: feitas por médicos legistas (INSTITUTO MÉDICO LEGAL - IML), investigam mortes violentas, acidentais, por afogamento, estrangulamento, por armas de fogo/branca, queimaduras, eletricidade, homicídio, suicídio, morte suspeita, cadáver sem identificação OU outros interesses da justiça (devendo ser necropsiado por peritos oficiais OUad hoc).

     

    OBS: o cadáver pertence, em sentido estrito, à família. Cabendo, de início, a posse ao Estado para o cumprimento de normas específicas e, definitivamente, aos parentes. MAS em qualquer tempo o Poder Público pode ter direitos sobre essa posse.

     

    PATOLOGISTAS: (SERVIÇO DE VERIFICAÇÃO DE ÓBITOS - SVO), para aqueles que morreram por MORTE NATURAL (com/sem assistência médica).

     

    OBS: necropsias de interesse médico-legal, por força de lei, INDEPENDEM de autorização da família, da mesma forma que algumas de interesse apenas médico-sanitário.

  • Para acrescentar aos conhecimentos dos colegas. Resolvi a questão lembrando disso, mas não sei tem completa relação com a questão

    Morte por antecedentes patológicos?

    Quando aparecer nas provas mortes por antecedentes patológicos, leia-se de morte natural. Não será feita a necropsia médico-legal/forense, todavia pode ser feita uma necropsia clínica. E, para que esta ocorra deve se ter a autorização dos familiares do morto. Caso essa morte por antecedentes patológicos/naturais, ou seja, por doença e ou morte natural sem assistência médica é atribuição do SVO – Serviço de Verificação de Óbitos analisar os casos.. Atenção, no SVO temos a realização de necropsias clínicas (não é forense), vez que se trata de local onde se verificam mortes de causas naturais, porém sem assistência médica. Obs: quando tivermos morte natural com assistência médica (pessoa internada ou com doença), não haverá a necessidade de necropsia, e quem irá preencher todos os documentos e inclusive a declaração de óbito será o médico assistente. O fato é que muitas pessoas morrem de causas naturais sem acompanhamento médico e quando morrem precisam que suas Declarações de Óbito sejam preenchidas. É justamente nesse momento que o Serviço de Verificação de Óbito - SVO atua. Lembrando mais uma vez que o SVO não realiza necropsias forenses (IML), mas tão somente necropsias clínicas.

    ▪ Morte por omissão de socorro?

    Morte por omissão de socorro é considerada morte por causa externa, portanto, violenta. Entende-se que nesses casos se o socorro tivesse sido prestado a vítima poderia sobreviver. Considerando então que fatores externos (omissão) influenciaram na morte do agente deve-se avaliar a atribuição de responsabilidade pelo crime de omissão de socorro.

    FONTE: Manual Caseiro, Medicina Legal para Delegado de Polícia.

  • iii - Morte sem assistência é quando se tem morte natural sem acompanhamento médico. A Morte descrita na questão na qual as testemunhas negam assistência é uma morte violenta, por omissão de socorro.

  • Oww banca ruim de elaborar questões de ML


ID
5484694
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Criminalística
Assuntos

Um datilograma que se caracteriza pela presença de um delta à direita e outro à esquerda do observador e um núcleo de forma variada, apresentando pelo menos uma linha curva à frente de cada delta, é denominado

Alternativas
Comentários
  • Verticilo (V/4): 2 deltas

    Presilha Externa (E/3): 1 delta à Esquerda

    Presilha Interna (I/2): 1 delta à dIreita

    Arco (A/1): Ausência de delta

    0 = sem o dedo

    X = ilegível

  • Gabarito: D

    Verticilo: é o datilograma com um delta à direita e outro à esquerda do observador, tendo pelo menos uma linha livre e curva à frente de cada delta. É representado pela letra V para os polegares e o número 4 para os demais dedos.

    Fonte: http://www.papiloscopia.com.br/classifica.html

  • A presença ou ausência do delta na impressão digital caracteriza no sistema de Vucetich os quatro

    tipos fundamentais : arco, presilha interna, presilha externa e verticilo. Assim:

    Arco — não tem delta;

    Presilha interna — o delta situa-se à direita do observador;

    Presilha externa — o delta situa-se à esquerda do observador;

    Verticilo — é a figura que tem dois deltas, as linhas papilares descrevendo círculos

    concêntricos no centro da falange.

  • V 4

    E 3

    I 2

    A 1

    Numerador/ Denominador = mão direita/ mão esquerda = Série/ Secção

    Polegar Direito Serie Fundamental | Demais dedos Divisão

    Polegar Esquerdo Secção Subclassificação | Demais dedos Subdivisão

    Ausência Polegar O

    Ausência Demais dedos O

    Cicatriz Polegar X

    Cicatriz demais Dedos X

    Anômala Polegar An

    Anômala Demais dedos Na

    Polidactilia Polegar (n)

    Polidactilia Demais dedos (n)

    Lei dos 12 pontos.

  • GAB: D

    Subtipos de verticilio

    • Circular - CR ou 1, espiral - SP ou 2, ovoidal - OV ou 3, sinuoso - SN ou 4, duvidoso - DV ou 5// Ex: verticilio sinuoso: 44 (CEOSD)


ID
5484697
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Para se verificar a certeza da morte e evitar que alterações ocorridas após o óbito mascarem ou forneçam informações erradas sobre suas causas, é necessária a observação cuidadosa dos fenômenos cadavéricos. Os fenômenos cadavéricos são classificados em abióticos e transformativos; os primeiros ocorrem sem a interferência de agentes biológicos, enquanto nos transformativos essa interferência é intensa, exceção feita à autólise. Os abióticos se dividem em imediatos e mediatos ou consecutivos. São sinais de fenômenos abióticos imediatos os elementos listados nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a. 

Alternativas
Comentários
  • GAB: C

    Miose -> contração da pupila

    Midríase -> dilatação da pupila

    Resolvi por eliminação:

    1) Os fenômenos abióticos imediatos indicam probabilidade de morte (são os primeiros sinais que observamos), são:

    A) Parada cardíaca;

    B) Parada respiratória;

    C) Perda de consciência;

    D) Desaparecimento dos movimentos e do tônus muscular;

    E) Perda da ação reflexa a estímulos táteis, térmicos e dolorosos;

    F) Perda de sensibilidade;

    G) Relaxamento dos esfíncteres;

    H) Ausência de pulso;

    I) Pálpebras parcialmente cerrada;

    J) Fácies hipocráticas;

    K) Perda das funções cerebrais;

    L) Palidez.

    2) Fenômenos cadavéricos/abióticos tardios, mediatos ou consecutivos indicam certeza de morte, são:

    2.1) Livor mortis: hipóstases, livores cadavérico;

    2.2) Algor mortis: resfriamento do corpo;

    2.3) Rigor mortis: Rigidez cadavérica;

    2.4) Desidratação dos tecidos;

    2.5) Espamos cadavéricos.

  • Miose: contração da pupila, que pode ser temporária ou permanente, dependendo da causa.

  • ABIÓTICOS IMEDIATOS:

    são todos os sinais que ocorrem no momento da morte, autorizando a conclusão deste fenômeno. São sinais rápidos No passado, alguns autores denominavam este momento como estado metagônico. Atualmente, como já mencionado, a perda das funções cerebrais é fator determinante para decretar tal estado.

    Os fenômenos abióticos imediatos são:

    a) Parada cardíaca

    b) Parada respiratória

    sinal de Winslow

    c) Perda de consciência

    d) Desaparecimento dos movimentos e do tônus muscular

    sinal de Rebouillat

    e) Perda da ação reflexa a estímulos táteis, térmicos e doloroso

    f) Perda de sensibilidade

    Sinal de Josat

    g) Relaxamento dos esfíncteres

  • Ocorre midríase (dilatação da pupila), o contrário de miose (constrição da pupila).

  • MIDRÍASE = PUPILAS DILATADAS

    MIOSE = PUPILAS CONTRAÍDAS.

    Quando há morte a pupila dilata porque todos os músculos estão relaxados e, consequentemente, a pupila também relaxa e fica dilatada.


ID
5484700
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Um cadáver, que estava sem identificação, foi achado por moradores. A vítima estava próxima ao riacho local. Apresentava as partes moles se decompondo, transformando-se em uma massa pastosa, semilíquida, escura e de intensa fetidez. Havia a presença de larvas e insetos necrófagos em grande número. A fase de putrefação em que o corpo se encontrava é denominada período  

Alternativas
Comentários
  • Coliquativa ou Liquefação- Os tecidos amolecidos se desfazem, pois o cadaver é invadido por esquadrões de larvas de insetos que participam da destruição.

    É A DISSOLUÇÃO PUTRIDA DO CADAVER

    TEM DURAÇÃO VARIAVEL

  • GAB: E

    Putrefação – a putrefação, forma de transformação cadavérica destrutiva, se inicia, após a autólise, pela ação de micróbios aeróbios e anaeróbios. Aqui surge a 1) mancha verde abdominal, a qual, posteriormente, se difunde por todo o tronco, cabeça e membros, a tonalidade verde-enegrecida conferindo ao morto aspecto bastante escuro. Os fetos e os recém-nascidos constituem exceção.

    Fases da putrefação: CRO - GA - COLI - ES

    d) Coloração (cromática); gasoso; coliquativo; esqueletização.

    1º Período Cromático ou de Coloração – Inicia-se pela mancha verde abdominal e vai difundindo-se por todo o abdome, tórax, cabeça e membros. O aparecimento dessa mancha surge entre 20 e 24h depois da morte.

    Período Gasoso ou Enfisematoso São os gases de putrefação que vão surgindo do interior do corpo humano, com bolhas na epiderme, de conteúdo líquido hemoglobínico.

    Período Coliquativo ou de Liquefação – O corpo perde sua forma, a epiderme se desprega da derme, o esqueleto fica recoberto por uma massa de putrilagem, os gases se evolam e surge um grande número de larvas de insetos.

    4º Período de Esqueletização – A atuação do meio ambiente e dos elementos que surgem no trabalho da desintegração do corpo faz com que o cadáver se apresente com os ossos quase livres, presos apenas por alguns ligamentos articulares. A cabeça se destaca do tronco, a mandíbula se despreende dos ossos da face e os ossos longos dos membros superiores e inferiores se solta.

  • FASE:

    Coliquativa: período da dissolução pútrida. Os tecidos moles (não os ossos!) se dissolvem por ação dos microrganismos e das larvas.

    Cerca de 3 semanas após a morte, podendo durar de 1/vários meses.

    OBS: o início depende de fatores diversos como localização do cadáver, fauna cadavérica local, temperatura ambiente etc. O estudo da fauna cadavérica (entomologia forense) pode ser feito em relação tanto aos cadáveres expostos ao ar livre quanto aos cadáveres inumados; no entanto, apenas nos cadáveres expostos será possível utilizar esses dados na determinação da cronologia da morte.

  • Fases da Putrefação

    Primeira fase - Fase da Coloração ou Cromática

    Ocorre entre 18 e 24h no verão e 36 a 48h no inverno, e possui como principal característica a mancha verde abdominal, que se forma primeiro na fossa ilíaca direita. Isso porque, a região do intestino está cheia de bactérias. Além disso, na região em comento há proximidade das fezes com a pele.

    Obs: É importante saber que em fetos e afogados a mancha verde estará localizada na região superior do tórax.

    Segunda fase - Fase Gasosa ou de enfisema

    Ocorre de 2 a 3 dias, sendo maximizada em 1 semana, e é marcada pela presença de gás sulfídrico em fermentação, com odor bastante forte, gerado pelas bactérias. Por conta dos gases, o cadáver fica inchado, chegando a triplicar de tamanho (agigantamento). Há ainda a protusão de olhos e língua, presença de flictenas ("bolhas") e perda dos fâneros (pêlos, unhas, cabelos), sendo estes dois últimos causados por conta do destacamento da derme pelos gases.

    Obs: As flictenas nessa fase são diferentes das que ocorrem em vida, possuindo baixo teor de proteico, pois nessa fase há elevada decomposição proteica.

    Terceira fase - Fase de Coliquação

    Em regra, inicia-se 3 semanas após a morte, e é marcada pela dissolução pútrida do cadáver, ou seja, os órgãos começam a "amolecer", de modo que as estruturas não podem mais ser reconhecidas em sua forma anatômica. 

    Quarta fase da Putrefação - Fase da Esqueletização

    Ocorre de 6 meses a 3 anos após o óbito, e tem como principal característica a presença apenas do esqueleto, visto que as partes moles vão se decompondo, motivo pelo qual os ossos sequer permanecem ligados ao final do período supracitado.

    Obs: É importante entender ainda que os dados e períodos citados não são absolutos, variando de acordo com o meio em que se encontra, bem como o estado do cadáver.

  • GAB. E

    PUTREFAÇÃO (A COISA É FÉTIDA) FEDE QUE SÓ.

    PIOR QUE CECE.

    C OLORAÇÃO OU CROMÁTICA

    E NFISEMATOSA OU GASOSA.

    C OLIQUATIVA

    E SQUELETIZAÇÃO

    O período cromático ou de coloração inicia-se pela mancha verde abdominal, que vai se espalhando pelo corpo e deixando o cadáver com um aspecto azul esverdeado e vai escurecendo até o verde-enegrecido. Tal tonalidade é causada pela formação de hidrogênio sulfurado.

    No período gasoso ou enfisematoso é aquele em que do interior do corpo os gases da putrefação vão formando bolhas na epiderme, o cadáver incha. Há projeção dos olhos e da língua, bem como a distensão do abdômen.

    O período coliquativo ou de liquefação é aquele em que as partes moles se decompõem, a derme se descola da epiderme e o corpo perde sua forma. Nesta fase há a presença de larvas e insetos necrófagos em grande número.

    Por fim, no período de esqueletização, os ossos se apresentam quase livres, unidos por algumas articulações. O crânio se destaca do restante do corpo e ainda resta uma massa denominada putrilagem, resto decomposto das vísceras. Este período dura de 3 a 5 anos, os ossos resistem muito tempo, porém vão perdendo sua estrutura e peso com o passar do tempo.

  • Fases da putrefação: CRO - GA - COLI - ES

    Coloração (cromática); gasoso; coliquativo; esqueletização.

    1º Período Cromático ou de Coloração – Inicia-se pela mancha verde abdominal 

     Período Gasoso ou Enfisematoso – São os gases de putrefação que vão surgindo do interior do corpo humano, com bolhas na epiderme

     Período Coliquativo ou de Liquefação – O corpo perde sua forma, a epiderme se desprega da derme, e surge um grande número de larvas de insetos.

    4º Período de Esqueletização – ossos quase livres, presos apenas por alguns ligamentos articulares. A cabeça se destaca do tronco, a mandíbula se despreende dos ossos da face e os ossos longos dos membros superiores e inferiores se solta.

  • é para isso que estou estudando kkkkk


ID
5484703
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Quanto aos efeitos do disparo por arma de fogo, analise as afirmativas a seguir:

I. A presença da orla de enxugo em uma pessoa que recebeu o disparo indica que ele foi realizado a curta distância.
II. Se o raiamento, que é uma sequência de sulcos em formato helicoidal localizado no interior do cano de algumas armas de fogo, imprimir ao projétil uma rotação em sentido horário, do ponto de vista do atirador, seu giro será dextrogiro, ou seja, para a direita.
III. A pesquisa de resíduos secundários de tiro deve ser feita nas vestes do suspeito, mas não sobre a superfície dérmica, já que esta pode ser facilmente lavada.

Assinale  

Alternativas
Comentários
  • GAB: E

    I. (ERRADO).

    • Tanto em tiro a curta distância quanto a longa distância é possível observar a orla de enxugo (zona de alimpadura de impurezas do projétil).

    II. (CERTO).

    • Sulcos paralelos e helicoidais: Imprimem no projétil um movimento giratório em torno do seu eixo, estabilizando a sua trajetória.
    • ORIENTAÇÃO DEXTROGIRA (DESTRO): PAF gira em sentido HORÁRIO, para DIREITA.
    • ORIENTAÇÃO SINISTROGIRA: PAF gira em Sentido ANTI-HORÁRIO, para ESQUERDA

    III. (ERRADO).

    • A pesquisa de resíduos secundários de tiro deve ser feita tanto nas vestes, quanto sobre a pele.
    • Após o disparo por arma de fogo, componentes do iniciador escapam na forma gasosa e se condensam formando pequenas partículas denominadas resíduos de tiro. Essas partículas depositam-se nas mãos do atirador e nas proximidades do local do disparo, constituindo uma importante evidência criminal.
  • DEXTROGIRA vem do italiano DESTRA = DIREITA

    SINISTROGIRA vem do italiano SINISTRA = ESQUERDA

  • Questão mal feita do carai. não tem o item I nas alternativas, e duas alternativas são identicas.

  • I- errada, pois um sinal que pode se afirmar que o tiro foi a curta distância é a zona de tatuagem, que nao sai com água e fica na pele da pessoa.


ID
5484706
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A respeito das lesões corporais produzidas por disparos de arma de fogo, assinale a alternativa que apresente o significado da expressão “sinal de Puppe-Werkgarten”.

Alternativas
Comentários
  • O sinal de Puppe-Werkarten é a lesão que nos tiros encostados reproduz sobre a pele, a extremidade aquecida da arma de fogo. Em resultado do calor desenvolvido pelo tiro, a boca do cano, a massa de mira e a ponta da haste ejetora (fuste) deixam, por vezes, o seu contorno impresso junto ao orifício de entrada do projétil, numa lesão erosivo-escoriativa, que logo em seguida se apergaminha - dicionário de Medicina Legal (ZACHARIAS)

    Simplificando de uma forma menos técnica é o desenho da "boca" do cano impresso sobre a pele quando do tiro encostado,

  •  -SINAL DE HOFFMAN (BOCA DE MINA): forma estrelada, fica entre a pele e osso. É causado pela forte expansão dos gases oriundos da queima da pólvora.

    *-SINAL DE BENASSI: tiros dados no crânio. É constituído de fuligem, tende a desaparecer c/ a lavagem ou c/ a putrefação

    -SINAL DE PUPPE-WEKGARTENER: desenho da boca da massa da mira do cano, produzido por ação contundente ou pelo seu aquecimento

    -ROSA DE TIRO DE CEVIDALLI: disparo de projéteis múltiplos

    -SINAL DE SCHUSKANOLL: esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil entre lâminas internas e externas de um osso chato. Exemplo: crânio

    -SINAL DE RICHTER: fragmentos próximos ao orifício de passagem

    -SINAL DE TOVO E LATTES: presença de pele no interior do corpo

    -SINAL CALCADO DE BONEET: disparo à queima roupa imprime o desenho das vestes

    -SINAL DE RASGAO DE NERIO ROJAS: as roupas, nos tiros à curta distância, rasgam-se

    • PRINCIPAIS SINAIS:

    SINAL DE HOFMANN/BOCA DE MINA (pólvora na PELE): provocado pelos gases em explosão ENTRE A PELE E O OSSO, causa ruptura da pele (buraco) com bordas EVERTIDAS e costuma possuir forma estrelada e enegrada. NA SAÍDA É ROMANESE.

    SINAL DE BENASSI-CUELI (pólvora no OSSO): nos tiros no crânio/escápulas pode ser encontrado um halo fuliginoso sendo, a característica mais evidente o halo (mancha) deixado sobre o periósteo (membrana que recobre os planos ósseos). DIFERE da zona de tatuagem, uma vez que não são decorrentes de pólvora incombusta deixados sobre a pele.

    SINAL DO FUNIL/TRONCO DE CONE DE BONNET/CONE TRUNCADO DE POUSOLD: ocorre no crânio, tronco de cone (1°orifício menor, pois está estável), base de tronco (2° orifício maior, pois ao bater, desestabiliza e gasta mais energia cinética para sair). Ocorre nos ossos tipo díploe. Na entrada a 1° batida faz um orifício menor e na 2° batida será maior. Na saída do crânio, a 1° batida faz um orifício menor e na 2° batida será maior. O orifício menor significa ENTRADA. O maior significa SAÍDA.  

    OBS: SINAL DE BONNET/TRONCO DE CONE DE BONNET: importante para a incidência do disparo. SINAL DE BENASSI: importante para a distância do disparo

    SINAL DE PUPPE-WERKGAERTNER: desenho do cano na pele pelo aquecimento OU ação contundente.

    ROSA DE TIRO DE CEVIDALLI: em cartucho de múltiplos projéteis (balins), caracterizada por disposição em grupos das lesões.  Ex.: arma calibre 12. Quando a dispersão é maior, significa que a boca da arma estava mais distante do corpo da vítima.

    SINAL DO SCHUSSKANOL: esfumaçamento das paredes do conduto, em um OSSO chato, que são finos e achatados. Ex.: a escápula, osso situado na região do ombro, as costelas e os ossos do crânio.

    SINAL DE RICHTER: presença de esquírolas ósseas/fragmentos próximos ao orifício.

    SINAL DE TOVO E LATTES: pele no interior do corpo.

    SINAL DE ROMANESE está localizado no orifício de SAÍDA do projétil (quando o plano cutâneo está em contato com um anteparo duro). 

  • São sinais que indicam que o tiro foi encostado:

     -SINAL DE HOFFMAN (BOCA DE MINA): forma estrelada, fica entre a pele e osso. É causado pela forte expansão dos gases oriundos da queima da pólvora.

    *-SINAL DE BENASSItiros dados no crânio. É constituído de fuligem, tende a desaparecer c/ a lavagem ou c/ a putrefação

    -SINAL DE PUPPE-WEKGARTENER: desenho da boca da massa da mira do cano, produzido por ação contundente ou pelo seu aquecimento (Aproveitei os conceitos escritos pelo colega Leonardo Borges - E não, não somos parentes kkkk)

    Obs: Atentar para o fato de que se tiver plano ósseo por baixo vai incidir no sinal de Hoffman, caso contrário, sinal possivelmente será de Puppe.

    Desiste não, concurseiro. Essa fase vai passar e logo vc estará colhendo os frutos de todo o seu esforço! Amém?

  • Gab. B

  • Puppe-Werkgarten: é a lesão decorrente da arma de fogo.

  • Sinal de Werkgaertner é um sinal típico de tiros encostados de regiões sem plano ósseo, quando a arma está apoiada a pele, esse sinal é notoriamente representado pelo desenho da boca e da massa de mirra do cano.

  • Sinal de Werkgartner: queimadura ao redor do orifício de entrada por PAF, causada pelo cano e pela mira da arma aquecidos pelo disparo. Muitas vezes o desenho da mira permite identificar se a arma usada foi um revólver ou uma pistola. Ocorre em tiros encostados/apoiados.

  • Acertei a questão, mas seria mais correto dizer que o sinal de Werkgaertner representa o desenho da boca e da massa se mira do cano.

  • GAB. B

    Sinal de WERKGARTNER ou Sinal de PUPPE WERKGARTNER. O dicionário de Medicina Legal (ZACHARIAS) em sua página 418 traz a seguinte definição: “Lesão, que nos tiros encostados reproduz sobre a pele, a extremidade aquecida da arma de fogo. Em resultado do calor desenvolvido pelo tiro, a boca do cano, a massa de mira e a ponta da haste ejetora (fuste) deixam, por vezes, o seu contorno impresso junto ao orifício de entrada do projétil, numa lesão erosivo-escoriativa, que logo em seguida se apergaminha”.

    Simplificando de uma forma menos técnica é o desenho da "boca" do cano impresso sobre a pele quando do tiro encostado.

    Fonte:

    Manual de Atendimento a Locais de Morte Violenta - Amilcar da Serra e Silva Netto.

    NÃO SEI POR QUAL MOTIVO, MAS AMO MEDICINA LEGAL.

  • >> Se A PELE ficar marcada por um desenho que reproduz a “boca” da arma (queimadura no orifício de entrada) formará o sinal de PUPPE-WERKGAERTNER (cano encostado no corpo). O tiro é dado em lugares em que os gases podem entrar e se espalhar. Ex. na barriga.  


ID
5484709
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Quanto aos documentos odontolegais, analise as afirmativas a seguir:

I. No atestado odontológico, o limite legal para o número de dias de repouso que o profissional pode indicar a seu paciente é de 30 dias.
II. O atestado odontológico deverá conter sempre, entre outros, o nome e o endereço do profissional, a finalidade do atestado, nome do paciente e o código CID-10 referente ao estado do paciente.
III. No relatório de uma necropsia em que se encontraram marcas de mordidas, é obrigatório juntar fotografias, esquemas ou desenhos da lesão devidamente rubricados.

Assinale

Alternativas
Comentários
  • Alternativas A e D estão iguais.Reporta o erro aí pessoal

  • LETRA B - Todas as alternativas estão incorretas.

    I - No atestado médico não existe nenhuma lei que determine um prazo máximo em dias que deva ser respeitado.

    II - A revelação do diagnóstico no atestado não pode ser feita de forma expressa pelo médico, nem pelo uso do CID, exceto se autorizado pelo paciente.

    III - - Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.

  • Gabarito: B

    Atestados: afirmação simples sobre fato médico e suas consequências. Podem ser oficiosos (pedidos pelo particular) / administrativos (pedidos pela administração pública) / judiciários (pedidos pela justiça). Somente os judiciarios são considerados documento médico legais.

    Relatório: (Documento mais importante feito pelo perito) é o relatório detalhado sobre fatos analisados pela justiça que necessitem de perícia médica científica. Se o relatório é ditado diretamente ao escrivão, na presença de testemunhas, chamar-se-á auto, e, se redigido posteriormente pelos peritos, ou seja, após suas investigações e consultas ou não a tratados especializados, recebe o nome de laudo.

    Leia:https://robertomacedosilva.jusbrasil.com.br/artigos/324035979/medicina-legal-e-documentos-medico-legais


ID
5484712
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Não existem duas pessoas com a mesma dentição. Logo, algumas características da dentição podem oferecer dados sobre o cadáver. Assinale a alternativa que NÃO pode ser determinada a partir da dentição.

Alternativas
Comentários
  • Para os não assinantes

    GAB: C

  • Quem marcou a E. ¬¬'

  • algumas profissões provocam deformações dentárias, principalmente, músicos que se utilizam de instrumentos de sopro.

    os dentes ficam "mais abertos" por conta da constante passagem de ar utilizada pra tocar o instrumento.

  • determina a altura? essa realmente n sabia

  • A - espécie. Através de características macro e microscópicas.

    B - grupo racial. Índice de Flowers: caracteriza quanto a ancestralidade através de mensurações dentárias associadas a craniométricas.

    C - Gabarito. Não há metodologia científica para mensuração de massa corpórea através dos elementos dentários.

    D - altura. O Índice de Carrea é um índice capaz de mensurar a altura máxima e mínima de um indivíduo através de um método dentário métrico.

    E - determinadas profissões. Certas profissões potencializam características de desgaste dentário por agentes químicos (como sommeliers) ou físicos (costureira que tem o hábito de colocar a agulha entre os dentes, músicos de instrumentos de sopro). Esses hábitos decorridos da função atuam na individualização da dentição.


ID
5484715
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Um cadáver carbonizado foi encontrado, e os elementos dentários apresentavam o esmalte dentário com coloração azul e as raízes mostravam-se curvadas. A temperatura atingida durante a carbonização do corpo foi de  

Alternativas

ID
5484718
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considerando a estimativa de sexo a partir de um crânio humano, assinale a alternativa correta.  

Alternativas
Comentários
  • Acabei de marcar o gol que Pelé não fez

  • Saudades Contabilidade PF

  • Letra A

  • https://www.revodontolunesp.com.br/article/588017e47f8c9d0a098b496d

    Algumas diferenças podem ser observadas entre crânios adultos masculinos e femininos, as quais podem ser de grande auxílio na identificação do esqueleto. Diante da importância do conhecimento do dimorfismo sexual em esqueletos humanos pelos profissionais das áreas de Medicina e Odontologia Legal, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre as possíveis diferenças anatômicas entre crânios de gêneros diferentes.

    [...] Verificou-se que em crânios masculinos, as cristas e processos ósseos, como processo mastóide, linhas nucais, protuberância occipital externa, são geralmente maiores e mais rugosos. Os arcos superciliares são menos salientes em crânios femininos. A articulação frontonasal mais curva e o ápice do processo mastóide voltado medialmente são características femininas, enquanto que suturas frontonasais mais angulosas e ápice do processo mastóide orientado ligeiramente para lateral representam aspectos masculinos.

    Assim, pôde-se concluir que há inúmeras diferenças entre crânios masculinos e femininos e todas as informações devem ser consideradas no momento da identificação do esqueleto.

    No trecho do resumo desse artigo temos a resposta da questão e a letra d:

    a) o ápice do processo mastóide voltado medialmente são características femininas.

    [...]

    d) Os arcos superciliares são menos salientes em crânios femininos.

  • A - Gabarito

    B - No sexo feminino, a dentição permanente se estabelece depois da do sexo masculino.  Se estabelece antes.

    C - Os homens apresentam maior regularidade da dimensão mesiodistal dos dentes, isto é, apresentam dentes mais semelhantes entre si no diâmetro mesiodistal. ???

    D - Os arcos superciliares são mais salientes em crânios femininos. São mais salientes em crânios masculinos. 

    E - Os incisivos centrais superiores são mais volumosos no sexo feminino. São mais volumosos no sexo masculino. Inclusive sãos os principais elementos no que se trata de características de dimorfismo sexual através dos dentes.


ID
5484721
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Para que um processo de identificação seja aplicável, é necessário que preencha cinco requisitos técnicos elementares. Relacione os requisitos com suas respectivas particularidades. 

1 Unicidade ou Individualidade
2 Imutabilidade
3 Perenidade
4 Praticabilidade
5 Classificabilidade

( ) São as características que não se alteram no decorrer do tempo
( ) Condição que torna o processo aplicável à rotina pericial.
( ) Esta ou aquela característica pertence somente a um indivíduo.
( ) Condição que torna possível guardar e achar, quando preciso, os conjuntos de caracteres que são próprios e identificadores das pessoas.
( ) Capacidade de resistir a ação do tempo.

Assinale a alternativa que apresente a sequência correta, de cima para baixo. 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: Letra B

    METÓDOS DE IDENTIFICAÇÃO: Para ser considerado um bom método de identificação, o método deve ter algumas características:

    a)     UNICIDADE ou INDIVIDUALIDADE: O elemento identificador deve ser o único para cada pessoa. (critério biológico)

    b)     IMUTABILIDADE: O elemento identificador não sofre a ação do tempo, ou seja, permanece o mesmo com o passar do tempo. (critério biológico).

    c)      PERENIDADE: O elemento deve estar presente durante toda a vida e até após a morte (até certo tempo). (critério biológico).

    d)     PRATICABILIDADE: O elemento deve ser obtido e registrado de forma fácil. Condição que torna o processo aplicável à rotina pericial. (critério técnico).

    e)     CLASSIFICABILIDADE: O elemento deve ser de fácil classificação permitindo assim, seu arquivamento o qual permitirá uma busca rápida e fácil do registro. (critério técnico).

  • PIC UP!

    Uma informação extra que não tem ligação com a questão, já que maiores detalhes estão no comentário de Victor.

    Perenidade - caráter biológico

    Imutabilidade - caráter biológico

    Classificabilidade - caráter técnico

    Unicidade - caratér biológico

    Praticabilidade - caráter técnico

  • Imutabilidade: São as características que não se alteram no decorrer do tempo;

    Praticabilidade: Condição que torna o processo aplicável à rotina pericial;

    Unicidade ou Individualidade: Esta ou aquela característica pertence somente a um indivíduo.

    Classificabilidade: Condição que torna possível guardar e achar, quando preciso, os conjuntos de caracteres que são próprios e identificadores das pessoas;

    Perenidade: Capacidade de resistir a ação do tempo.

  • sempre confundia perenidade com imutabilidade, mas agora sempre lembro assim:

    peREnidade: REsisitir a ação do tempo.

    já que quase sempre vem com esses termos.


ID
5484724
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A infância é vista tradicionalmente como uma fase de divertimento e tranquilidade. Entretanto, para milhares de crianças, a violência e a negligência são partes da vida diária. Em relação ao exposto, assinale a alternativa que NÃO corresponda a uma possível manifestação orofacial de abuso físico e sexual. 

Alternativas
Comentários
  • As lesões EM GERAL mais comuns nas crianças que sofrem maltratos são: hematomas e equimoses (Figura 4.87), ferimentos contusos, queimaduras, edemas por compressão, mordidas humanas, alopecias traumáticas, fraturas dentárias por introdução violenta de colheres na boca, sufocação por introdução violenta de alimentos, desidratação, lesões genitais por abuso sexual, intoxicações por Tranquilizantes, desnutrição, fraturas ósseas e rupturas viscerais internas.

    GENIVAL FRANÇA - 11 EDIÇÃO -

  • Complementando...

    SÍNDROME DOS MAUS TRATOS À CRIANÇA:

    1.     São estudadas as energias de ordem mista, onde há a implicação de ordem bioquímica e biodinâmica.

    2.     Síndrome da criança espancada ou battered child sydrome – temor criado em 1971 para definir um quadro de violência contra criança. Conquanto, não se limita ao espancamento, pois engloba qualquer tipo de violência contra a criança, seja por ação ou omissão.

    3.     É de extrema importância que a perícia seja realizada, sempre que possível, somente com a criança.

    SÍNDROME DE SILVERMAN-CAFFEY:

    1. Produzidas por ações contundentes;

    2. A faixa etária mais atingida é a de zero aos quatro anos;

    3. Lesões provocadas no cérebro por ocasião de serem sacudidas de forma violenta – criança sacudida.


ID
5484727
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O cadáver de uma adolescente foi encontrado com indícios de ter sido estuprada antes da morte: suas vestes estavam rasgadas e havia substância similar a sêmen na região genital e em suas roupas. Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a alternativa correta. 

Alternativas
Comentários
  • PSA - glicoproteina P30 – antigeno prostatico : Se presente nos exames GARANTE que existe liquido prostatico, e por conseguinte, esperma ( sêmen).

    Agora , se liga! Se presente FOSFATASE ACIDA PROSTATICA, só a presença em GRANDE QUANTIDADE vai sugerir que o material coletado é esperma.

    MEDICINA LEGAL - 2 EDIÇÃO - JUSPODIVM - PAG 243

  • O PSA não garante a presença de esperma, apenas sugere, pois se o indivíduo for vasectomizado não haverá sêmen.

  • ASPECTOS MÉDICO-LEGAIS DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL:

    Sinais/diagnósticos de certeza de conjunção carnal:

    a.      Ruptura do hímen – exceção do hímen complacente, onde não há rotura himenal;

    b.     Presença de esperma na cavidade vaginal;

    c.      Pesquisa direta de espermatozoides;

    d.     Presença de fosfatase ácida prostática acima de 300 Ul/ml no canal vaginal (equivale a presença de esperma no canal vaginal);

    e.      Presença de gravidez;

    f.       Presença de cancro sifilítico no colo do útero;

    g.      Exame de confronto genético;

    h.     Pesquisa de antígeno prostático específico; [Gab.]

    i.       Presença de glicoproteína P30.

    ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO / PSA / PROTEÍNA P30: (marcador do câncer da próstata), cuja presença no sêmen independe de haver ou não espermatozóides. Sua verificação no fluído vaginal é teste de certeza quanto à presença de sêmen na amostra estudada. Em caso de “agente vasectomizado” a ejaculação é constatada no fluido vaginal através da dosagem de fosfatase ácida (acima de 300 UI) ou pela presença de glicoproteína P30 (PSA).

  • Gabarito: Letra A

    Quanto à Letra E:

    Mixoscopia ou voyeurismo ou escoptofilia? Prazer em presenciar a relação sexual de terceiros.

    Bons estudos

    @inverbisconcurseira

  • Phoda! Para Hygino Hércules, o PSA - Proteína P30, também apresenta indícios de sêmen, já que existem certas espécies de câncer na mulher que podem produzir essa proteína.


ID
5484730
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em procedimentos de identificação, quando a Papiloscopia não pode ser aplicada (como em desastres em massa, carbonização, putrefações e outros), a Odontologia Legal assume o protagonismo no processo de identificação humana. O acesso à cavidade bucal e suas estruturas deve ser amplo e com boa visibilidade, o que pode demandar a remoção e ressecção especializada de mandíbula ou dissecção facial. A técnica que consiste na remoção completa da mandíbula e da porção maxilar abaixo de uma linha horizontal iniciando pela espinha nasal até o processo pterigoide é denominada técnica

Alternativas
Comentários
  • Técnica submandibular (ou da máscara):

    A incisão é feita em formato de ferradura, na base até o ângulo da mandíbula, rebatendo os tecidos superiormente acima da região nasal, expondo os ossos maxilares e mandibulares.

    A mandíbula é removida com um corte bilateral dos ramos, na altura dos terceiros molares. A maxila não é retirada.

    A técnica submandibular causa menor prejuízo as estruturas faciais, mantendo a estética do cadáver.

    Não entendi esse gabarito.

  • gabarito D porém não sei fundamentar kkkk comentando só pra ajudar quem não é Premium
  • O que diferencia a técnica Submandibular, ou Inframandibular (Keiser-Nielsen) que é o gabarito da questão, da Técnica de Luntz, é que nesta, além do tipo de incisões e divulsões realizadas, ocorre a osteotomia do ramo ascendente da mandíbula, e na primeira, ocorre a desarticulação do côndilo mandibular, o que está dito no enunciado." A técnica que consiste na remoção completa da mandíbula e da porção maxilar abaixo de uma linha horizontal iniciando pela espinha nasal até o processo pterigoide é denominada técnica".


ID
5484733
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Marcas de mordida podem ser achadas sobre objetos inanimados perecíveis, como frutas ou queijos. Em relação ao tema, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A) objetos inanimados perecíveis com marcas de mordidas deverão ser conservados, em sacos de plástico herméticos, a 14ºC.  (4ºC)

    B) se a conservação tem de ser feita por longo tempo, recomenda-se a imersão em mistura fixadora contendo formol a 40%, álcool 70% e ácido peracético.  (ácido acético global) Formol a 40%: 5 mℓ, Ácido acético glacial: 5 mℓ e Álcool a 70%: 90 mℓ.

    C) a coleta de restos de saliva deve ser prévia a qualquer manipulação das peças. (CORRETA) Sim, pois se deve proceder à coleta do indício biológico na marca de mordida: saliva (DNA) - por meio da técnica do duplo swab.

    D) poderá ser realizada a tomada de impressões das mordidas sobre o objeto inanimado, sendo vedada a utilização de material de moldagem de precisão. Usa-se técnica de moldagem para objetos inanimados.

    E) a boa observação visual dispensa o registro fotográfico dessas peças. Faz-se muito importante a realização de fotografias, pois a observação é perecível, a fotografia é duradoura, sem contar que é um dos melhores métodos para documentar a análise das mordidas.

    Referência: Vanrell JP. Odontologia Legal & Antropologia Forense. 3° Ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan; 2019.

  • Gabarito C  Objeto inanimado. Objeto que não tem alma, que não tem vida. pra tu não precisar parar e ir no Google pesquisar :)

ID
5484736
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A Reconstrução Facial Forense é um método auxiliar no processo de identificação de corpos quando não é possível utilizar os métodos primários de identificação ou quando não há informações sobre a vítima. Em relação ao tema, analise as seguintes afirmativas:

I. Pelas informações obtidas pelo exame antropológico, é possível produzir a aproximação das características faciais em vida, seguindo os valores médios de espessura de tecidos moles encontrados na literatura de acordo com o seu perfil antropológico.
II. Na região da fronte, a espessura dos tecidos moles varia, geralmente, entre 7 a 9mm.
III. A espessura dos tecidos moles varia de acordo com o sexo, a idade, o grupo racial e a constituição física do indivíduo.

Assinale

Alternativas
Comentários
  • Provavelmente essa questão foi feita com base nesta publicação: https://www.revodontolunesp.com.br/article/5dee416b0e8825263db5f734/pdf/rou-48-Especial-40.pdf

    *foi onde conseguir entender sobre o assunto e responder a assertiva corretamente.

  • Alguém sabe o porquê que o item III está errado?

  • Apenas o item II está errado. A espessura de tecido mole na fronte (testa) é em média de 4 - 6 mm.

ID
5484739
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O objetivo da estimativa da idade é inserir o organismo dentro de uma determinada época, definindo um limite máximo e mínimo de tempo de vida. Considerando que ao longo da vida o ser humano passa por três etapas (desenvolvimento progressivo, estabilização e envelhecimento) e que encontramos sinais em cada uma dessas fases que permitem uma aproximação da idade real do organismo examinado, procura-se, ao longo do tempo, desenvolver e aprimorar técnicas de estimativa da idade, utilizando parâmetros indicativos da evolução ou involução orgânica. Nas alternativas a seguir estão listadas técnicas de avaliação de estimativa de idade, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a.  

Alternativas
Comentários
  • É o que homi?

  • Quem veio cego na Sutura, por lembrar de Ponto, diga "Alô você"!

  • Gabarito: letra E

    Elementos de análise para determinação da idade:

    • Tamanho dos ossos longos.
    • Pontos de ossificação:

    Por meio de raios-X, examinam-se os pontos de ossificação presentes no punho, cotovelo, joelho e tornozelo. Por isso, é certo dizer que para identificação da faixa etária de um corpo é possível utilizar as “radiografias das mãos”. Este exame é válido até 21 anos, pois o processo de calcificação do osso encerra-se aos 21 anos. Então, não é possível distinguir a radiografia de uma pessoa de 25 anos de outra com 35 anos.

    •  Densidade óssea.

    Alta densidade óssea: indivíduo jovem.

    Baixa densidade óssea (osteoporose): indivíduo idoso.

    • Análise da mandíbula, pois o ângulo desta dá uma estimativa da idade (por isso a letra C está correta).
    • Dentição (por isso a letra A está correta)

    Em pessoas menores de 14 anos: 12 dentes na arcada superior e inferior

    Em pessoas maiores de 14 e menores de 18: 14 dentes

    Em pessoas maiores de 18 anos: 16 dentes.

    A queda de dentes ou colocação de próteses não interfere nessa forma de identificação;

    • Crânio – suturas cranianas (por isso a letra B está correta)

    A análise do fechamento das suturas cranianas dá uma estimativa da idade. Quando as suturas cranianas são bem visíveis, afastadas, significa que a pessoa é jovem (as suturas cranianas vão desaparecendo com o tempo).

    O fechamento das suturas cranianas inicia-se entre 25 e 50 anos. O fechamento total ocorre entre 65 e 80 anos. 

    A letra D me remeteu aos elementos dentição e mandíbula, por isso marquei como correta.

    Forame mentoniano? É uma abertura no mento (queixo) localizada abaixo do segundo dente pré-molar. Na grande maioria dos casos, localiza-se entre os pré-molares inferiores. Pelo forame emerge o nervo mentual. Por isso, é usado como referência em técnicas anestésicas.

    A letra E, nunca nem vi. Fui por eliminação.

    Bons estudos.

    @inverbisconcurseira

  • Véspera de prova e eu me perguntando que diabo é isso..?

    É sobre isso e tá tudo bem hahaha

  • Os pontos craniométricos são pontos anatômicos utilizados como referência para craniometria. Isto é, auxiliam apenas na análise das características do crânio humano (anatomia). Fonte: https://anatomia-papel-e-caneta.com/pontos-craniometricos/.


ID
5484742
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Um cadáver, apresentando-se em fase de dentição mista, possui a presença dos elementos dentários 55, 65, 11, 12, 13, 14, 21, 22, 23 e 24 em boca. Qual a estimativa da idade de acordo com a cronologia de erupção dentária, assumindo que, quando em vida, a pessoa se encontrava dentro dessa média?

Alternativas
Comentários
  • gabarito C pra quem não é Premium
  • Observar a presença dos caninos permanentes -> entre 9 - 10 anos

    ALTERNATIVA C


ID
5484745
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em Medicina e Odontologia Legal, distinguem-se as substâncias químicas pelo efeito, em geral sob a forma de escaras, cuja coloração é indicativa da ação e, assim, da substância química. A lesão causada por nitrato de prata, apresentando escaras marrom-escuras a pretas possui efeito

Alternativas
Comentários
  • boa parte dos químicos provocam oxidação.
  • Nitrato de Prata

    É um sal inorgânico, sólido à temperatura ambiente, de coloração esbranquiçada, sensível à luz. É venenoso e forte agente oxidante, a ponto de causar queimaduras por contato direto, e irritação por inalação ou contato com a pele, mucosas ou olho.

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Nitrato_de_prata

    Outros cáusticos:

    Efeito desidratante:

    • Ácido sulfúrico (vitríolo ou azeite de vitríolo): escaras roxas, pretas ou castanho-escuras, secas e endurecidas
    • Cal virgem, soda em escamas (soda cáustica), potassa em escamas (potassa cáustica): escaras vermelhas a brancas

    Efeito oxidante:

    • Ácido nítrico: escaras amarelas;
    • Ácido clorídrico: escaras cinza a roxas
    • Ácido fênico: escaras esbranquiçadas
    • Ácido crômico, nitrato de prata: escaras marrom-escuras a pretas

    Efeito fluidificante

    • Soda cáustica: em solução – lesões esbranquiçadas
    • Ácido acético, amoníaco: escaras moles e úmidas, esbranquiçadas a amareladas.

    (Fonte:Vanrell,2019)

  • Nitrato de prata: material altamente corrosivo. Causa queimaduras a qualquer área de contato. Pode ser fatal se engolido. Danoso se for inalado.

    É utilizado na revelação de impressões latentes deixadas em papel. Em contato com o cloreto de sódio (suor), produz cloreto de prata e nitrato de sódio, sendo que o cloreto de prata é indissolúvel permitindo assim que após a lavagem do papel, todo o material seja removido, exceto o desenho deixado pela mancha de suor, sendo este revelado com a exposição à luz, revelando assim o desenho deixado pelas cristas papilares.

  • Não seria coagulante? No livro do França tem assim....

ID
5484748
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Nem sempre o destino do cadáver é a sua transformação destrutiva. Muitas vezes, as formas macroscópicas ou anatômicas podem ser relativamente conservadas pela ocorrência de processos biológicos ou físico-químicos, naturais ou artificiais. Qual desses processos não é um fenômeno conservador?

Alternativas
Comentários
  • Fenômenos DESTRUTIVOS

    1. Autólise
    2. Putrefação
    3. Maceração

    Fenômenos CONSERVADORES

    1. Mumificação
    2. Saponificação ou adipocera
    3. Calcificação ou petrificação
    4. Coreificação
    5. Congelação
    6. Fossilização
    7. Cabeça Reduzida

    Genival Veloso de França

  • Gabarito: E

    Fenômenos transformativos conservadores são responsáveis pela conservação do corpo. Começam a atuar em torno do 2° ou 3° mês após a morte. São fenômenos conservadores: mumificação; saponificação, petrificação, fossilização, congelamento, e coreificação.

    Fenômenos destrutivos: Autólise; Putrefação e Maceração.

  • A PM é destrutiva.

    Autólise

    Putrefação

    Maceração

  • Os fenômenos destrutivos são MAPA. MAceração; Putrefação e Autólise.

  • e) Maceração.

    Maceração - É um processo especial de transformação que sofre o cadáver do feto no útero materno, do sexto ao nono mês de gravidez. Esse fenômeno pode ser séptico, de acordo com as condições do meio onde o corpo permanece.

    Os fenômenos transformativos podem ser de duas ordens:

    • Destrutivos - Autólise, putrefação e maceração.

    • Conservadores - Mumificação, saponificação, calcificação, corificação, congelação e fossilização.

    Fonte: FRANÇA, GENIVAL VELOSO. Medicina Legal. 11ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2017.

  •  

    Fenômenos DESTRUTIVOS. (MAP)

    Maceração

    Autólise

    Putrefação

    MACERAÇÃO: é o processo especial de tranformação do cadáver que ocorre por excesso de umidade ou meio líquido. Lembrar-se da vítima que morre em meio líquido, podendo esta característica se apresentar nos afogados ou nos feto que morre em meio ao líquido amniótico, a pele começa a se destacar. [Gab.] 

    AUTÓLISE: caracteriza-se por uma série de fenômenos fermentativos anaeróbicos que ocorrem no interior das células do individuo após sua morte, ocorrem independentemente de qualquer ação de outros microrganismos. É o primeiro dos fenômenos cadavéricos.

    PUTEFRAÇÃO: consiste na decomposição fermentativa dos tecidos pela ação de diversos seres microscópicos, em seguida da autólise. O abdômen é onde se inicia este processo, com uma mancha verde característica, fato que só não ocorre nos recém nascidos.

  • COREIFICAÇÃO: conservação do corpo que ocorre devido a seu depósito em urna de zinco galvanizado inteiramente fechada.

    O nome COREIFICAÇÃO se dá devido ao aspecto de COURO CURTIDO que a pele assume.

  • Fenômenos transformativos destrutivos (PAM)

    Putrefação: é o processo de decomposição da matéria orgânica de bactérias e pela fauna macroscópica, que acaba por devolve-la à condição de matéria inorgânica. O abdômen é onde se inicia este processo, com uma mancha verde característica, fato que só não ocorre nos recém nascidos.

    Autólise: fenômenos fermentativos anaeróbicos que ocorrem no interior das células do individuo após sua morte.

    Maceração: é o processo de transformação destrutiva em que ocorre o amolecimento dos tecidos e órgãos quando os mesmos ficam submersos em um meio liquido e nele se embebem.

     

    Fenômenos transformativos conservadores (MSCC)

    Mumificação: é um processo transformativo conservador do cadáver, que pode ser natural, artificial ou misto; tem relevante importância médico-legal porque possibilita, mais facilmente do que nos demais processos, o diagnóstico da causa da morte e a identificação do cadáver.

    Saponificação:  é um processo transformativo conservador do cadáver que ocorre de forma espontânea; tem relevante importância médico-legal porque permite realizar uma série de exames algum tempo depois da morte.

    Calcificação: (petrificação): ocorre mais comumente em fetos mortos retidos na cavidade uterina. O cadáver toma uma aparência pétrea, rochosa. Não é um evento comum.

    Corificação: decorre da conservação do cadáver em urna metálica (especialmente fabricada com folha de zinco galvanizado), hermeticamente fechada. Neste processo, as partes moles sofrerão ressecamento com consequente diminuição de volume, enquanto a pele assume uma característica de couro curtido.

  • MACERAÇÃO PUTREFACAO AUTOLISE
  • DESTRUTUVOS ( A PM DESTRÓI)

    A UTÓLISE

    P UTREFAÇÃO

    M ACERAÇÃO

    ____________________

    CONSERVADORES

    MUSA COM CALCINHA

    MU MIFICAÇÃO

    SA PONIFICAÇÃO

    CO RIFICAÇÃO

    CALCI FICAÇÃO

    MEUS MNEMÔNICOS SÃO EXÓTICOS. LIGA NÃO

    ASS. TONINHO...

  • A PM Destrói os esquemas dos malas.

    Autólise ---> Não há ação de Bactérias. é Enzimática

    Putrefação ---> aqui há bactérias agindo. Clostrídium Welchii

    Maceração ---> Meio líquido. Séptica ou Asséptica.

    Destrói. DESTRUTIVOS => Fenômenos transformativos Destrutivos.

     

    Agora Conservadores... Conservadores ( Mnemônico -> MuSa com calcinha) 

    Mumificação-> ambiente seco, arejado, alta temperatura.

    Saponificação. Úmido, Untuoso, Adipocera

    Corificação . Aspecto de couro, corpo em urnas metálicas.

    Calcificação. Pedra. Litopédio (pedra) Calcificação.

    Colegas do QC


ID
5484751
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A análise e o diagnóstico diferencial da mordedura humana e animal são de elevada importância, pois hoje em dia é rara a habitação onde não existe um animal de estimação. São características próprias nas marcas de mordida humana os elementos listados nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a. 

Alternativas
Comentários
  • A mordida humana, ao contrário da animal, pode deixar uma zona de sucção. Então, a palvra invariavelmente torna a assertiva errada.


ID
5484754
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Qual dos instrumentos a seguir geralmente está associado aos ferimentos cortocontusos?  

Alternativas
Comentários
    • Corto - contusa

    Produzidas por instrumentos que, mesmo sendo portadores de gume, são influenciados pela ação contundente, quer pelo seu próprio peso, quer pela força ativa de quem os maneja”.

    ▪ Foice; ▪ Facão; ▪ Machado;

    São instrumentos que mesmo sendo cortantes pela força imprimida ou pelo próprio peso irão contundir. Possuem corte, mas são influenciadas pela força de quem maneja, ou pelo peso do instrumento.

    Como essas lesões irão agir?

    Tais lesões agirão por deslizamento porque tem corte, mas também por pressão porque tem força (Ação contundente e Ação cortante).

    Tais lesões terão cauda de escoriação?

    Não. Porque a cauda de escoriação é ação linear deslizante pura. Com isso temos que a cauda de escoriação servirá para diferenciar a ferida incisa pura de uma ferida por mecanismo corto-contundente.

    Essas lesões terão pontes de tecido integro ligando as vertentes (paredes)?

    Não. Pontes de tecido íntegro ligando as vertentes ocorrem somente em lesão contusa pura (esmagamento). Havendo a ação de corte, podemos excluir a existência de pontes de tecido integro – muito difícil ocorrer.

    Medicina Legal para Delegado de Polícia. Manual Caseiro, 2020.

    Erro? notifiquem-me

  • Feridas corto contusas: São causadas por  instrumentos que mesmo tendo um gume agem pela ação contundente, tanto pelo próprio peso, como pela força do agressor. Agem tanto pelo deslizamento, pela percussão e pela pressão. Instrumentos mais afiados (características mais cortantes). Ex: foices, cutelo, facão, machado, enxada, guilhotinha, serra elétrica, rodas de trem, etc.

  • Ação corto contundente - Lesão corto contusa -

    (foice, facão, machado, mordida, unha)

  • 1)     MEIOS PERFURANTES = FERIDA PUNCTIFORME;

    2)     MEIOS CORTANTES = FERIDA INCISA;

    3)     MEIOS CONTUNDENTES = FERIDA CONTUSA;

    4)     MEIOS PERFUROCORTANTES = FERIDA PERFUROINCISA;

    5)     MEIOS CORTOCONTUNDENTES = FERIDA CORTOCONTUSA.

    6)     MEIOS PERFUROCONTUNDENTES = FERIDA PERFUROCONTUSA;

  • e) Machado.

    Lesões produzidas por ação cortocontundente - São ferimentos produzidos por instrumentos que, mesmo sendo portadores de gume, são influenciados pela ação contundente, quer pelo seu próprio peso, quer pela força ativa de quem os maneja. Sua ação tanto se faz pelo deslizamento, pela percussão, como pela pressão.

    São exemplos desse tipo de instrumento: a foice, o facão, o machado, a enxada, a guilhotina, a serra elétrica, as rodas de um trem, a tesoura, as unhas e os dentes.

    As lesões verificadas por essa forma de energia são chamadas cortocontusas.

    Fonte: FRANÇA, GENIVAL VELOSO. Medicina Legal. 11ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2017.

  • Cortocontusa: Machado, foice, dentes (mordida), enxada…

  • GABARITO LETRA "E"

    Instrumentos cortocontundentes (Misto): Possuem massa e gume, e transferem a energia cinética por pressão, percussão e deslizamento, mais pelo próprio peso e pela intensidade de manejo do que pelo gume, produzindo lesões cortocontusas

    Ex: Machado, facão, enxada, guilhotina, foice e arcada dentária humana.

    Características das lesões:

    a) Instrumento muito afiado: Prevalece as características das lesões cortantes.

    b) Instrumento pouco afiado: Prevalece as características das lesões contusas.

    FONTE: Meus resumos.

    "É justo que muito custe o que muito vale". D'Ávila

    1. INSTRUMENTOS PERFURO-CORTANTES: LESÃO PERFURO-INCISA 

    > há corte dos tecidos fazendo com que a lesão mantenha sua posição original, ficando mais alongada ou mais aberta a depender da tração das linhas de força e não ficam paralelas.  

     

    1. INSTRUMENTOS CORTO-CONTUNDENTES: LESÃO CORTO-CONTUSA  

    > instrumentos com grande massa que transferem sua energia cinética geralmente por um gume não afiado, agindo por pressão - são instrumentos pesados! 

    > As lesões geralmente são profundas, graves e mutilantes. As bordas das lesões são afastadas, escoriadas, permitindo que se veja laceração de outros planos. Ex. machado; enxada.  

    Obs.: Flamínio Fávero entende que OS DENTES causam lesão corto-contundente, porque não possuem gume vivo.  

     

    1. INSTRUMENTOS PERFURO-CONTUNDENTES: LESÃO PERFURO-CONTUSA  

    > Atingem a vítima através de uma ponta não afiada (romba) e agem por pressão. Ex.: projétil de arma de fogo, vergalhão, flecha, lança.