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Prova CESPE - 2014 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 1


ID
1168852
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos países da América do Sul e de suas políticas externas e suas relações com o Brasil, julgue (C ou E) os próximos itens.


Nos últimos anos, a Colômbia passou a priorizar, na área de política externa, a América do Sul como o espaço de sua atuação e atribuir maior relevância à sua relação com os países da região, manifestada tanto em sua adesão à UNASUL quanto na assinatura de acordos de complementação econômica, os quais, no caso do Brasil, deverão praticamente zerar as tarifas de importação dos produtos brasileiros até 2018.

Alternativas
Comentários
  • Durante o governo Uribe a política externa colombiana esteve condicionada pela estratégia de segurança interna. Naquele contexto, o conceito de terrorismo permitiu que Uribe articulasse o contexto interno e externo, consolidando a idéia da Colômbia como um país vítima de narcotraficantes e grupos terroristas, situando a posição do país no sistema internacional por meio de um alinhamento com os Estados Unidos, sustentado pelos recursos do Plano Colômbia. A associação de Uribe com a agenda da Guerra Global contra o Terrorismo do governo Bush o privou de uma política consistente para a América do Sul. Ademais, decisões tomadas de maneira unilateral em relação às questões securitárias causaram desconfianças em Argentina, Brasil e Bolívia, além de terem levado à ruptura das relações com Equador e Venezuela.  Apesar de sua proximidade com Uribe, o presidente Santos, presidente desde agosto de 2010, indicou que realizaria mudanças na política externa, tornando-a mais diversificada e cooperativa, aumentando a presença da Colômbia em organizações multilaterais e buscando uma reaproximação com a América do Sul, em especial com o Equador e a Venezuela.Três dias após a posse do novo presidente colombiano, foram restabelecidos os canais diplomáticos entre Venezuela e Colômbia. Após outros encontros, a agenda bilateral foi retomada, o comércio reativado e foi acertado um mandato conjunto na Secretaria-Geral da UNASUL. Além disso, graças à intermediação liderada por Chávez e Santos, foi assinado o acordo que pôs fim na crise política em Honduras, selando a reaproximação entre Colômbia e Venezuela.  Em setembro de 2010, Lula e Santos realizaram uma reunião onde firmaram oito acordos de cooperação nas áreas de comércio, desenvolvimento fronteiriço e segurança e defesa. O Mercosul, a fim de promover o comércio de bens entre seus Estados Partes e  respectivos parceiros econômicos, firmou acordos de liberalização comercialcom Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Chile, Índia, México, Cuba e Israel. Alguns dos acordos possuem o chamado “cronograma de desgravação comercial”, espécie de “agenda” que estabelece como as alíquotas do Imposto de Importação serão reduzidas progressivamente ao longo dos anos até que cheguem a zero. No caso de Colômbia e Equador, as 6.524 linhas tarifárias previstas nos acordos só terão 100% de preferência consolidada em 2018.
  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO

  • show

  • show


ID
1168855
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos países da América do Sul e de suas políticas externas e suas relações com o Brasil, julgue (C ou E) os próximos itens.


Ao longo da última década do século passado, a Argentina reforçou, no plano da política externa, sua relação preferencial com os EUA e aprofundou, na área econômica, o processo de integração com o Brasil, no âmbito do MERCOSUL, de modo que pôde enfrentar as turbulências do final da década e inaugurar o século XXI com estabilidade política interna e integração na América do Sul.

Alternativas
Comentários
  • Perón preconizou o ideário continental como sendo uma solução para articular a unidade econômica latino-americana.  Este ideário propunha uma união com os países sul-americanos cujo objetivo era romper com a política tradicional de indiferença para com a América Latina praticada pelos Estados Unidos. De acordo com essa proposta, os conflitos geopolíticos deveriam ceder lugar à prática da cooperação com os países vizinhos. O modelo justicialista de política externa esteve presente nos governos de Juan Perón, nos governos de Carlos Menem, no governo provisório de Eduardo Duhalde e no governo de Néstor Kirchner. Durante as gestões de Menem o Brasil ocupou um lugar secundário na política externa da Argentina que elegeu os Estados Unidos como seu principal aliado. As aspirações do governo argentino de transformar-se em interlocutor regional frente aos Estados Unidos provocaram um afastamento entre o Brasil e a Argentina causando muitas vezes alguns constrangimentos. Havia por parte do governo Menem a convicção de que a aliança especial com os Estados Unidos também teria como propósito impor limites às pretensões brasileiras de atuar como liderança na região. A relação especial com os Estados Unidos serviria, portanto, como contrapeso para tais pretensões, revelando assim, que ainda permanecia nesse governo a ideia do Brasil como um país rival e que deve ser contido. Duhalde assumiu a presidência provisória do país, após a renúncia de De la Rúa em dezembro de 2001, com o intuito de diferenciar-se mais do governo de Carlos Menem e suas políticas de alinhamento com os Estados Unidos do que de seu opositor de partido que o havia precedido. A crise econômica do país e a necessidade de superação tiveram diretamente relacionada com os acordos com o FMI, mais do que a relação biliteral com os Estados Unidos.Duhalde se posicionou contra os Estados Unidos, em especial, em duas situações.O exemplo mais evidente do pragmatismo de Duhalde foi o apoio em 2002 à resolução que condenava Cuba por violações dos direitos humanos em resposta às pressões dos Estados Unidos. No entanto, pouco depois do acordo de 2003 com o FMI e com a economia mostrando alguns sinais de recuperação, Duhalde decidiu abandonar a postura de condenação a Cuba nas Nações Unidas.Outra situação relacionada com a autonomia que mostra um distanciamento de seu governo com o de Menem foi a posição a respeito da invasão do Iraque pelos Estados Unidos em 2003. Duhalde se posicionou contra a ação militar de Bush. Kirchner em 2003 trouxe algumas mudanças significativas. Tais mudanças resultam da percepção da sociedade e do próprio governo sobre o fracasso da política externa do governo Menem baseada na relação especial com os Estados Unidos e com os organismos financeiros internacionais (FMI e Banco Mundial). Para o governo Kirchner as relações com o Brasil foram priorizadas sendo utilizadas como instrumento de poder nas negociações comerciais internacionais.
  • quais são os melhores livros e sites para estudar essa matéria??

  • ERRADO

    Argentina começa o século XXI com grave crise econômica.

    - Fracasso do alinhamento com os EUA (Gov. Menem);

    - Grande dívida Externa.

    Argentina declara moratória em 2001 e dá o maior calote da História, de US$ 102 bi.

    Após uma década de estabilidade e aparente prosperidade alcançadas com o câmbio artificialmente fixo, a Argentina declarou moratória em 23 de dezembro de 2001.

    https://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/argentina-declara-moratoria-em-2001-da-maior-calote-da-historia-de-us-102-bi-12921340

  • Gabarito Errado

    Ao longo da última década do século passado, a Argentina reforçou, no plano da política externa, sua relação preferencial com os EUA e aprofundou, na área econômica, o processo de integração com o Brasil, no âmbito do MERCOSUL, de modo que pôde enfrentar as turbulências do final da década e inaugurar o século XXI com estabilidade política interna e integração na América do Sul.

    O que está destacado em vermelho é o erro da afirmação. A relação com o EUA no governo Menem ficou muito abalada. Processo de integração com o Brasil não é direto, mas sim o acordo no âmbito do MERCOSUL. Acontece que os dois maiores integrantes são Argentina e Brasil, mas não é correto afirmar que a integração se dá com o Brasil, mas sim com o MERCOSUL como um bloco.


ID
1168858
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos países da América do Sul e de suas políticas externas e suas relações com o Brasil, julgue (C ou E) os próximos itens.


Durante o período Chávez, a política externa venezuelana experimentou mudanças profundas nas identidades que condicionam sua formulação, em especial a afirmação de sua condição sul-americana e de valores terceiro-mundistas.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA A história da política externa venezuelana pode ser dividida em 4 fases, entre 1958 e 1999. 1 fase (1958-1967): Governo de Rômulo Betancourt (1959-1964) rompe relações com Cuba e suspendeu relações com Brasil, Bolívia, Argentina, Colômbia e Peru, pois não reconhecia nenhum governo cuja origem fosse causada por um golpe de Estado. Fase de isolacionaismo. A Venezuela não estava disposta a participar de projetos de integração ou defesa de ideologias terceiro-mundistas. Relação especial com os EUA. 2 fase (1967-1980): Retoma de relações regionais e participação de esquemas de integração. Governo Rafael Caldera (1969-1974): Reaproximação de Cuba, reestabelecimento das relações com China, Hungria e Alemanha Oriental (RDA).
    3 fase (1980-1988): Apoio à Argentina na questão das Malvinas Crise com a Colômbia por conta de questões de fronteira Alinhamento com os EUA 4 fase (1989-1999): Adoção de políticas impostas pelo FMI e Banco Mundial Rafael Caldera (1994-1999): primazia nas relações com o Brasil 5 Fase (Hugo Chávez): Hugo Chávez, presidente venezuelano de 1999 a 2013, compartilhava a opção por um projeto regionalista, que implicou na execução de uma política externa voltada para os assuntos da América Latina. Sonha reeditar o antigo sonho de Simón Bolívar e fixou a integração sul-americana como prioridade na plataforma governamental. O ativismo diplomático provocou uma aceleração nas negociações externas, desencadeando uma nova inserção geopolítica da Venezuela dentro do continente.
    Chávez ajudou a formar e fortalecer blocos regionais como a Unasul, uma organização de nações sul-americanas, que salienta a identidade latino-americana.

    Chávez buscava tornar-se líder dos países subdesenvolvidos. para isso adotava um discurso terceiro-mundista e anti-americano. Chávez alterou a identidade da Venezuela.
  • Esse termo de "Valores Terceiro-Mundista" pode caber recurso, uma vez que o termo Terceiro-mundo foi designado após a Conferência de Bandung, e segundo o wikipedia ele é:

    Um termo da Teoria dos Mundos, originado na Guerra Fria, para descrever os países que se posicionaram como neutros na Guerra Fria, não se aliando nem aos Estados Unidos e os países que defendiam o capitalismo, e nem à União Soviética e os países que defendiam o socialismo.

    Uma vez que descaradamente Chaves defende o Socialismo de Estado anti-norte americano, ele se posiciona pro Socialismo e logo não se pode dizer que sua formulação é de Valores Terceiro-Mundista, no máximo seria de Segundo-Mundo.

  • Ver comentário de Giane


ID
1168861
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos países da América do Sul e de suas políticas externas e suas relações com o Brasil, julgue (C ou E) os próximos itens.


A percepção do Brasil como rival, que orientou a elaboração da política externa argentina ao longo de boa parte do século XX, foi gradualmente substituída pela ideia de um país amigo, em cujo governo as elites argentinas poderiam confiar em momentos críticos, como a Guerra das Malvinas e o processo de redemocratização, que favoreceu a cooperação bilateral nos campos da segurança e da defesa.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA

    O governo brasileiro prestou apoio logístico à Argentina para o abastecimento de armas soviéticas na Guerra das Malvinas, em 1982. Apesar de se manter oficialmente neutro no conflito entre Argentina e o Reino Unido, o Brasil cedeu o aeroporto de Recife para as escalas dos aviões que transportavam mísseis e minas desde a Líbia. Voos da companhia Aerolíneas Argentinas com armas entre Líbia e Buenos Aires, com escala em Recife, chegaram a alcançar uma frequência de dois por dia.
    Processo de RedemocratizaçãoNo ano de 1985, dois governos que sucediam governos militares começaram uma etapa nova na história sul-americana. A declaração de Iguaçu abria uma época nova na aproximação entre os países que haviam mantido por muito tempo relações difíceis, permeadas por breves intentos de cooperação. Nos marcos de uma identidade que aparecia no campo da democracia e das ações em política externa, Brasil e Argentina assinaram 24 protocolos que, em alguns aspectos, superavam os objetivos anos depois inseridos no Tratado de Assunção. As cooperações nas áreas de tecnologia sensível como a nuclear, a integração fronteiriça, um fundo de desenvolvimento para as regiões pobres e até a criação de uma moeda comum foram propostos, em 1986.

ID
1168864
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere à política externa da China, da Índia e do Japão e às suas relações com o Brasil, julgue (C ou E) os itens seguintes.


Brasil e China organizam sua parceria estratégica no marco da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, em cuja reunião mais recente se decidiu dedicar especial atenção aos segmentos de maior valor agregado, ao agronegócio e aos projetos-chave de energia e infraestrutura.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA 

    Desde o estabelecimento da Parceria Estratégica, em 1993, Brasil e China tem progressivamente intensificado o dialogo e intercambio de alto nível, ampliado o escopo da cooperação bilateral, aprofundado a confiança política mutua e mantido estreita coordenação em assuntos internacionais.

    Em 2004, os dois países criaram a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (doravante denominada Comissão de Alto Nível). Principal mecanismo institucional das relação entre Brasil e China, a Comissão de Alto Nível tem contribuído positivamente para promover uma cooperação abrangente e profunda de Longo prazo. Em abril de 2010, os líderes dos dois países assinaram o Plano de Ação Conjunta entre o Governo da Republica Federativa do Brasil e o Governo da Republica Popular da China 2010-2014 (doravante denominado Plano de Ação Conjunta), fortalecendo a orientação Estratégica para o desenvolvimento da Parceria Estratégica bilateral em áreas relevantes.

    Área Política
    Área Econômico-Comercial
    Área de Energia e Mineração
    Área Econômico-Financeira
    Área de Agricultura
    Área de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena
    Área de Indústria e Tecnologia da Informação:
    Área de Cooperação Espacial:  continuar e aprofundar a cooperação espacial. As Partes destacam o CBERS (“China-Brazil Earth Resources Satellite”) como um dos programas de cooperação tecnológica e científica mais bem-sucedidos entre países em desenvolvimento e reafirmam o desejo de expandir e enriquecer a cooperação no âmbito desse programa.
    Área de Ciência, Tecnologia e Inovação: áreas prioritárias de cooperação devem ser as de bioenergia e biocombustíveis, nanotecnologia e ciências agrárias, a fim de fortalecer a cooperação bilateral, a transferência de tecnologia.
    Área Cultural: começar consultas sobre o estabelecimento de um Centro Cultural Chinês no Brasil e um Centro Cultural Brasileiro na China; fortalecer o intercâmbio no campo da indústria cultural e encorajar a cooperação entre empresas culturais dos dois países.
    Área de Educação: realizar intercâmbios baseados no benefício mútuo, por meio da concessão de bolsas governamentais.


ID
1168867
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere à política externa da China, da Índia e do Japão e às suas relações com o Brasil, julgue (C ou E) os itens seguintes.


Nos últimos anos, a política externa da Índia buscou substituir a identidade terceiro-mundista, que lhe impunha complexa agenda de negociações, por um perfil simplificado de polo geopolítico, ao impor-se aos EUA na questão nuclear e ao confrontar a China em disputas territoriais.

Alternativas
Comentários
  • O problema que identifiquei está em "ao impor-se aos EUA na questão nuclear".

    Na realidade, EUA e Índia assinaram acordo de cooperação nuclear em 2006. Procure por Hyde Act na internet.

  • ERRADA. O erro está em "Índia buscou substituir a identidade terceiro-mundista, que lhe impunha complexa agenda de negociações, por um perfil simplificado de polo geopolítico". Nenhum país busca simplificar seu perfil geopolítico e sua agenda de negociações.

    Houve pressão dos Estados Unidos para que a China assinasse o Pacto. Corrobora com isso o fato de o Pacto Nuclear entre os Estados Unidos e a Índia ter sido assinado em 2005 e ratificado pelo Parlamento Indiano apenas em 2008.

    O acordo prevê que os Estados Unidos cedam tecnologia e combustível nuclear para a Índia que, em troca, aceitará que inspetores internacionais supervisionem suas instalações nucleares civis.

    O governo da Índia disse que o acordo é vital para atender à sua demanda por energia.O reconhecimento da necessidade energética dos indianos, não modifica, entretanto, o fato de que, atrás do acordo, escondem-se outras intenções.

    Aspectos estratégicos e econômicos justificam o acordo entre os dois países, salientando que a Índia não assinou o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e os EUA é um dos maiores defensores do TNP.

    A Índia havia sido proibida de entrar no mercado nuclear civil pelos termos de um embargo de 30 anos.

    A explicação para esta aproximação e, consequente, legitimação da nuclearização indiana por parte dos Estados Unidos deve-se a dois fatores:

    1. os Estados Unidos calcularam que não  teriam como reverter a nuclearização da Índia e que, portanto, caberia explorá-la da

    melhor forma possível. 

    2. perante a relativa fragilidade em razão do colapso soviético e do crescimento chinês, os Estados Unidos pretendem trazer a Índia para os esquemas estratégicos de seus país diante da alteração da correlação de forças na Ásia e no mundo pós-Guerra Fria. 

    DISPUTAS TERRITORIAIS ENTRE CHINA E ÍNDIA

    Dois territórios montanhosos localizados na Cordilheira do Himalaia, na fronteira entre China e Índia estão em disputa. 

    A primeira porção de terra disputada é Aksai Chin, território de tamanho equivalente ao da Suíça, que a Índia afirma ser parte da Caxemira e a China garante fazer parte da região de Xinjiang. 

    A segunda área pleiteada por ambos é a região de Arunachal Pradesh, quase do tamanho da Áustria, chamada pelos chineses de Tibete do Sul. 

    Em ambos os casos, o fato de chineses e indianos travarem uma guerra por seu controle causa espanto – as duas regiões são altíssimas e inóspitas, com poucos recursos naturais e escassos terrenos habitáveis. O que, então, os levou à guerra? 


  • Gabarito: ERRADO

     

    "A política externa indiana é tradicionalmente universalista, tendo exercido papel de liderança no G-77 e no Movimento dos Não Alinhados desde a década de 1960. Com o fim da Guerra Fria e com a gradativa ascensão indiana à condição de potência emergente, essa postura se manteve, complementada por um crescente ativismo multilateral - que passa pela contribuição com as Operações de Paz da ONU e pelo recurso ao Órgão de Solução de Controvérsias da OMC - e pela busca de diversas alianças estratégicas, como o Fórum IBAS (2003), Parceria Estratégica Índia-União Europeia (2004), Acordo Nuclear Índia-Estados Unidos (2006) e o agrupamento BRIC (2006), além de acordos comerciais com Mercosul e ASEAN." 

     

    Livro: Como Passar Concursos da Diplomacia e Chancelaria 1.600 Questões

  • Com a investidura de Narendra Modi no cargo de primeiroministro, em seguida à vitória eleitoral do Bharatiya Janata Party, em 2014, a Índia ingressou em uma fase particularmente assertiva de sua atuação exterior, em que busca reposicionar-se no plano internacional à luz de interesses econômicos e de segurança. Para o governo Modi, a Índia vinha desempenhando uma função de contrapeso, em vez de perseguir o papel de liderança que lhe caberia, na Ásia e no mundo. Sob essa perspectiva, tornam-se mais inteligíveis novas ênfases observadas no relacionamento da Índia com regiões e países essenciais para que se desenvolva e se legitime como potência de primeira ordem. A redefinição dos contornos da política externa indiana, ao longo destes três anos, é um processo de resultados ainda incertos, mas que tem avançado a passos rápidos e merece ser acompanhado pelo Brasil.

  • Nenhum país busca simplificar seu perfil geopolítico e sua agenda de negociações.


ID
1168870
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Não definido

No que se refere à política externa da China, da Índia e do Japão e às suas relações com o Brasil, julgue (C ou E) os itens seguintes.


As relações entre Brasil e Japão remontam ao século XIX, quando aportaram no Brasil as primeiras famílias de imigrantes japoneses. Os importantes vínculos humanos levaram os governos a ampliar continuamente a cooperação nos campos financeiro, trabalhista, educacional e previdenciário, o que facilitou a vida dos cerca de duzentos mil brasileiros residentes no Japão.

Alternativas
Comentários
  • A imigração japonesa no Brasil teve início oficialmente em 18 de junho de 1908, portanto século XX, quando o navio Kasato Maru aportou em São Paulo trazendo 781 lavradores para as fazendas do interior paulista. O fluxo cessou quase que totalmente em 1973, com a vinda do último navio de imigração Nippon Maru, contando-se quase 200 mil japoneses estabelecidos no país.
    São cerca de 215 mil brasileiros residentes no Japão (dados de fevereiro de 2012).


  • As relações entre Brasil e Japão iniciaram antes da chegada dos imigrantes. Em novembro de 1895, com a assinatura do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação, foram oficializadas as relações diplomáticas entre o Japão e o Brasil.

  • Inicialmente o gabarito da questão foi dado como correto, porém houve anulação sendo apresentada a seguinte justificativa:

    "Deferido com anulação. O julgamento do item foi prejudicado, uma vez que aponta, como início das relações bilaterais entre o Brasil e o Japão, o fim do século XIX e completa essa informação afirmando que tal fato se deu quando aportaram no Brasil as primeiras famílias de imigrantes japoneses. Embora a historiografia oficial tenha estabelecido 1908 como a data em que o primeiro navio japonês, o Kasato Maru, chegou ao porto de Santos, com 781 famílias de imigrantes, inaugurando a imigração japonesa, há evidencias, ainda que escassas, de que a chegada dos primeiros imigrantes tenha ocorrido, de fato, ainda no século XIX, como afirmado no item. Por esse motivo, opta‐se por sua anulação."


ID
1168873
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere à política externa da China, da Índia e do Japão e às suas relações com o Brasil, julgue (C ou E) os itens seguintes.


A China busca, no plano de sua política externa, o crescimento e a estabilidade econômica, considerados necessários para garantir sua soberania e unidade territorial e sua afirmação como importante ator político global, o que explica a diversificação de suas iniciativas, quer no plano bilateral, mediante parcerias estratégicas, quer no multilateral, em foros como o BRICS e o BASIC.

Alternativas
Comentários
  • O objetivo da política externa chinesa é manter uma China forte, independente, poderosa e unida, e uma das grandes potências mundiais.

    DIVERSIFICAÇÃO DE SUAS INICIATIVAS

    A China mantém relações diplomáticas com mais de 130 países do mundo. Tem relações comerciais com o mundo inteiro. A China assinou, ou ratificou, ou aprovou, ou aderiu, ou reconheceu mais de 140 acordos ou convênios internacionais. E tem participado de mais de 380 organizações ou instituições internacionais, ampliando assim os seus contatos com o mundo exterior. 

    AFIRMAÇÃO DA CHINA COMO IMPORTANTE ATOR POLÍTICO 

    A China tornou-se um ator político e econômico de grande importância, com elevado crescimento das taxas de intercâmbio comercial.

    INTEGRAÇÃO TERRITORIAL

    Um dos desafios do governo chinês é preservar a integridade territorial de cerca de 9,5 milhões km², superando vulnerabilidades que remontam ao século XIX. A China esteve à beira de ser completamente fragmentada territorialmente, sob domínio estrangeiro e imerso em convulsões sociais, corrupção política e desorganização da economia nacional. Daí o objetivo da China perseguir a unidade territorial, evitando ameaças separatistas no Xinjiang e no Tibete e recuperando a ilha de Taiwan, depois da retomada de Hong Kong (1997) e Macau (1999).


  • As iniciativas estratégicas diversificadas e as densas relações econômicas bilaterais se refletem em visões comuns sobre os principais temas da agenda internacional, e, sobretudo a respeito da forma como os diversos mecanismos de governança global devem se adaptar à realidade contemporânea. Brasil e China coordenam sua atuação nos grandes organismos e foros internacionais e nas discussões sobre o funcionamento desses órgãos: na ONU, insistem na prevalência do multilateralismo e da resolução pacífica de conflitos; no G20, trabalham para adaptar os processos decisórios no FMI e no Banco Mundial; finalmente ambos os países participam ativamente das discussões da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015. Os dois países participam, ademais, de importantes mecanismos de concertação plurilateral, tais como BRICS (foro que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e BASIC (no qual Brasil, África do Sul, Índia e China coordenam posições para as discussões de mudança do clima).

    Fonte: http://diplomaciapublica.itamaraty.gov.br/24-brasil-china/68-dialogo-estrategico-global-brasil-china


ID
1168876
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Acerca de conceitos, atores, instituições e teorias das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.

Constituídas pelos Estados nacionais, as organizações internacionais governamentais são agentes desses atores principais e realizam apenas a vontade da maioria de seus integrantes, de forma objetiva e direta.

Alternativas
Comentários
  • Possíveis erros:
    "Constituídas pelos Estados nacionais" > As OIs podem fazer parte de OIs (UE na OMC)
    "realizam apenas a vontade da maioria de seus integrantes" > O processo de decisão pode ser por unanimidade (CSONU)

  • ERRADA

    Existem mais de 500 Organizações Internacionais, cada uma com uma finalidade diferente.  Algumas  são  totalmente  independentes  das  outras, outras não.

    Organização dos Estados Americanos (OEA) é totalmente independente da ONU, da União Européia, do Conselho da Europa, e de todos as outras.

    Mas existem também organizações que tem finalidades específicas subordinadas a ONU, como, por exemplo, a UNICEF, que é uma agência da ONU.

    Seus estatutos é que informam qual o quorum necessário para se aprovar determinada decisão, e alguns exigem até consenso para aprovação. A decisão tomada terá que ser seguida por todos os países que fazem parte da organização, não importando se votaram favoravelmente ou não, porque não será a decisão de nenhum país, mas decisão da Organização.

    Portanto o erro das questão está em "realizam apenas a vontade da maioria de seus integrantes" quando em alguns casos deve ser a totalidade.
  • O professor Rezek nos diz que é justamente a ideia de independência deliberativa que concede às OIs a personalidade juridica de direito internacional público. Portanto, a questão ocorre em equívoco ao dizer que as OIs realizam apenas a vontade de seus membros.

     "Se os pactuantes [os Estados de uma organização internacional] definem órgãos da entidade projetada, assinalando-lhes competências próprias a revelar autonomia em relação à individualidade dos Estados-membros (...) será possível afirmar que o tratado efetivamente deu origem a uma nova personalidade jurídica de direito internacional público" (Rezek, Direito Internacional Público, p. 298).

     

  • Basta lembrar do Conselho de Segurança das Nações Unidas e ver que não é a decisão da maioria dos membros da organização que prevalece.

  • ERRADO

    Tomada de decisões:

    • Consenso: admite abstenção;
    • Unanimidade: não admite abstenção;
    • Maioria qualificada: 2/3;
    • Maioria qualificada com aceite de Estados específicos.

ID
1168879
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca de conceitos, atores, instituições e teorias das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.

As premissas compartilhadas pelos realistas, em todas as suas vertentes, incluem a possibilidade de distinção das políticas externa e interna desenvolvidas pelos Estados nacionais, a predominância da preocupação com a própria segurança e a valorização do poder como o principal elemento explicativo do comportamento dos Estados no ambiente internacional.

Alternativas
Comentários
  • Para esses autores haveria uma distinção qualitativa fundamental entre estas duas esferas da política, a interna e a externa. Uma estaria sujeita aos ditames democráticos, a outra, não. 
    Os realistas atribuem aos Estados um comportamento racional e uma preocupação constante com preservação de sua soberania e sua segurança.Os realistas em geral argumentam que o poder é o fator mais importante nas relações internacionais.Fonte: Relações Internacionais: Teorias e agendas

    Por Antonio Jorge Ramalho da Rocha
  • Mas a grande diferença dos realistas clássicos para os neorrealistas não é superação da caixa preta, sendo a caixa preta exatamente não fazer dinstincao entre política externa e interna?

  • "em todas as suas vertentes" ?????????????????????


ID
1168882
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca de conceitos, atores, instituições e teorias das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.

Criada no contexto da política externa norte-americana da década de 70 do século passado, reconhecidamente realista, a alta política, marcada pelo emprego da força militar, distingue- se da baixa política, caracterizada pela diplomacia.

Alternativas
Comentários
  • A diplomacia também é considerada "high politic". Assim, o erro da questão está em afirmar que a diplomacia caracterizaria a "baixa política".

  • Segundo o Manual de PI da FUNAG "A distinção entre a baixa e a alta política (low and high politics) também emerge no cenário europeu, identificando as esferas da economia e da cultura (low) e da diplomacia, do poder e da guerra (high). "

    Portanto Diplomacia é considerada high politic

  • ERRADO

    Alta política: temas relacionados à soberania estatal (ou seja, pode incluir diplomacia)

    Baixa política: temas gerais ou técnicos

    .

    Em A Working Peace System: An Argument for the Functional Development of International Organization (1966), Mitrany fez uma distinção entre a alta política (high politics), que compreende os temas relacionados à soberania estatal (como segurança internacional, não proliferação nuclear etc.), e a baixa política (low politics), referente a temas mais gerais ou técnicos, sem relação direta com a paz e a segurança internacionais (como direitos humanos, economia, meio ambiente etc.).

    O autor avaliou que há uma tendência a maior cooperação nos temas de baixa política, e a cooperação na ONU, por exemplo, caminharia nesse sentido. Como os temas de alta política têm a ver com a sobrevivência e o poder dos Estados, a cooperação nessas questões seria mais difícil. Mitrany apresentou, assim, uma teoria funcionalista da integração, argumentando que uma interdependência mais elevada, na forma de ligações transnacionais entre os países, poderia proporcionar a paz.

    .

    Fonte: material da aula do Prof. Bruno Rezende.

  • "A distinção entre a baixa e a alta política (low and high politics) emerge no cenário europeu, identificando as esferas da economia e da cultura (low), e da diplomacia, do poder e da guerra (high)." fonte:

  • "A distinção entre a baixa e a alta política (low and high politics) emerge no cenário europeu, identificando as esferas da economia e da cultura (low), e da diplomacia, do poder e da guerra (high)." fonte:

  • A diplomacia, mormente para a Escola Realista, é uma das duas faces do Estado. A outra seria a guerra.


ID
1168885
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca de conceitos, atores, instituições e teorias das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.

A noção de polos de poder permanece útil aos analistas das relações internacionais contemporâneas, mesmo quando se quer aludir a um sistema em permanente transformação, cuja dinâmica implica redefinir, repetidamente, suas polaridades.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA

    Polaridade nas relações internacionais é o que se descreve como se  distribui o poder dentro de um sistema internacional. Refere-se a natureza do sistema internacional em qualquer período de tempo. Portanto, útil aos analistas das relações internacionais contemporâneas

    Há basicamente três modalidades de polaridade do Sistema Internacional: Unipolaridade, Bipolaridade e Multipolaridade. 

    A maior parte dos teóricos da área de relações internacionais considera que a conformação do Sistema Internacional é completamente dependente da distribuição de poder e da influência de Estados em uma região ou a nÍvel internacional.

  • Bla bla bla. Certo.

  • Errei porque fiquei insegura com o "repetidamente"

ID
1168888
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos recentes desenvolvimentos no Oriente Médio, no Irã e no Iraque e das suas implicações para a política externa brasileira, julgue (C ou E) os itens seguintes.


A questão síria é mais simples que as questões iranianas e iraquianas, por se definir em termos geopolíticos clássicos, e requer solução que envolva decisivamente os EUA, a Rússia e a China, dadas as relativamente superficiais implicações para o Oriente Médio em termos étnicos, religiosos ou políticos.

Alternativas
Comentários
  • ERRADA

    Segundo a BBC Brasil a crise na Síria tem implicações profundas para o Oriente Médio.

    http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/04/110425_analise_siria_mv.shtml



  • " a questão Síria é mais simples" opa! Fissão nuclear no deserto é mais simples do que a questão síria....! infelizmente.


ID
1168891
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos recentes desenvolvimentos no Oriente Médio, no Irã e no Iraque e das suas implicações para a política externa brasileira, julgue (C ou E) os itens seguintes.


A Declaração de Teerã e o Plano de Ação Conjunto de Genebra são semelhantes no que diz respeito ao tratamento da questão nuclear iraniana, por proporem essencialmente os mesmos passos para a sua solução, mas se diferenciam pelos contextos políticos distintos em que surgiram e por seus artífices, o que explica o fracasso da primeira e o êxito do segundo.

Alternativas
Comentários
  • Artigo que trata com detalhes desse assunto:

    http://contextointernacional.iri.puc-rio.br/media/v36n2a11.pdf

    Pela leitura do texto, acredito que o único erro da questão encontra-se no fato de que não é possível afirmar que o Plano de Ação Conjunto de Genebra obteve êxito, já que o mesmo ainda está com sua implementação em curso.

  • Kamenei descarta congelar programa nuclear do Irã por longo período:

    http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRKBN0P32BL20150623

    Notícia atual que pode significar o fracasso do Plano de Ação Conjunto de Genebra...

  • Os passos para a solução da questão nuclear iraniana são distintos nos dois acordos. Um exemplo é que na Declaração de Teerã o Irã se compromete a depositar 1200 quilos de urânio enriquecido na Turquia, já o Plano de Ação de Genebra não prevê a retirada de urânio enriquecido do Irã.

  • O excelente artigo trazido pelo colega (http://contextointernacional.iri.puc-rio.br/media/v36n2a11.pdf) afirma que "embora formulados para atender ao mesmo objetivo, os dois acordos diferem em vários aspectos. Pelo menos três merecem atenção especial: o método de negociação e os atores envolvidos; a amplitude; e a essência formal dos acordos firmados". 


ID
1168894
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos recentes desenvolvimentos no Oriente Médio, no Irã e no Iraque e das suas implicações para a política externa brasileira, julgue (C ou E) os itens seguintes.


O Brasil defende como solução para a questão palestina o reconhecimento de dois Estados, consideradas as fronteiras de 1967, por ser a única capaz de atender aos anseios dos povos da região e de promover a paz duradoura no Oriente Médio.

Alternativas
Comentários
  • "capaz de atender aos anseios dos povos da região" foi "forcação"!!! Cada um dos dois lados quer que o outro desapareça.

  • Extraído do Site MRE:

    Em harmonia com os princípios estabelecidos pela Constituição Federal e pelo Direito Internacional, o Brasil apoia o direito de autodeterminação do povo palestino e uma solução negociada para o conflito com Israel que resulte em dois Estados, coexistindo pacificamente, lado a lado.

    Em dezembro de 2010, o Brasil reconheceu o Estado da Palestina nas fronteiras de 1967 – iniciativa que foi seguida por quase todos os países sul-americanos. O Brasil apoiou e copatrocinou a Resolução 67/19 da ONU, que elevou o status da Palestina a Estado observador não-membro das Nações Unidas.

  • Capaz de atender aos anseios dos povos , por favor , Israel irá aceitar tal decisão é complicado .

  • "Será que alguém explica essa relação...

    ... a única capaz de atender aos anseios dos povos da região e de promover a paz duradoura no Oriente Médio.
              ... um caso indefinido, uma nova paixão 
                        ... vai saber
                                   ...uouohouu"
  • "por ser a única capaz de atender aos anseios dos povos da região e de promover a paz duradoura no Oriente Médio."

    Falso, essa solução não atende aos anseios dos povos. Os israelenses, por reiteradas vezes, elegeram o Likud, partido que defende a consolidação dos assentamentos judeus na Cisjordânia. Entre os árabes, de igual maneira, há grande hostilidade ao Estado de Israel, de tal modo que é frequente a defesa, em contextos políticos ou jornalísticos, da completa erradicação do projeto sionista no Oriente Médio.

    Obviamente, no entanto, há que se marcar certo, pois esta é uma óbvia questão destinada à autopromoção da posição brasileira.

  • Pra quem ficou em dúvida quanto a "a única capaz de atender aos anseios dos povos da região e de promover a paz duradoura no Oriente Médio", essa é uma prova de diplomacia, não de análise política e, por isso, o que importa é a posicionamento do Estado brasileiro, não o que os analistas de RI acham.


ID
1168897
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos recentes desenvolvimentos no Oriente Médio, no Irã e no Iraque e das suas implicações para a política externa brasileira, julgue (C ou E) os itens seguintes.


Iniciada com a virada do século, a Primavera Árabe, caracterizada pela série de manifestações que mudou governos nos países árabes, especialmente no norte da África, promoveu a consolidação de regimes democráticos na região e influenciou positivamente as negociações entre Israel e Palestina.

Alternativas
Comentários
  • A Primavera Árabe é um fator de desestabilização política da região, o que leva a uma redução do apoio dos países da região à Palestina. Isso faz com que desvie-se a atenção do tema palestino, complicando a sua resolução.

  • Em 2011, eclodiu no Oriente Médio e no norte da África uma série de manifestações contrárias aos regimes políticos autoritários e centralizadores. Este conjunto de levantes populares, conhecido por Primavera Árabe, começou na Tunísia e se espalhou por diversos países da região, como Egito, Líbia, Síria, Iêmen e Bahrein, gerou violência, mortes, frustrações e dúvidas quanto às mudanças práticas.


ID
1168900
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Com relação à evolução da política externa brasileira desde 1945 e suas principais linhas de ação, julgue (C ou E) os próximos itens.


Em 2005, no marco das discussões sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU, o G-4, com o apoio de vários outros Estados, submeteu à Assembleia Geral da organização internacional proposta de alteração da composição do Conselho para inserir seis novos membros permanentes e quatro não permanentes, sem uso do veto, até a realização de conferência de revisão da reforma, quinze anos depois.

Alternativas
Comentários
  • O projeto do G-4 prevê que o Conselho de Segurança da ONU passe de seus atuais 15 membros para 25, com a criação de seis novos membros permanentes sem direito a veto e de quatro membros não-permanentes. O projeto não indica que países serão os novos membros, mas segundo os diplomatas, os seis membros permanentes seriam os componentes do G-4 e dois países africanos ainda não escolhidos.

  • CERTO

     

    Em 2005, o G-4 e outros 28 países apresentaram nas Nações Unidas o projeto de resolução A/59/L.64, que previa:

    -A ampliação do CSNU nas duas categorias de membros (total de membros seria 25);

    -A criação de 6 novos assentos permanentes, sendo: 2 para África, 2 para Ásia, 1 para América Latina e Caribe, 1 para Europa Ocidental e outros Estados;

    -A criação de 4 novos assentos não-permanentes, sendo: 1 para África, 1 para Ásia, 1 para Europa Oriental, 1 para América Latina e Caribe;

    -A reforma dos métodos de trabalho do Conselho;

    -A concessão aos novos membros permanentes de todas as responsabilidades e obrigações dos atuais membros permanentes, inclusive o direito de veto;

    -A renúncia ao exercício do veto pelos novos membros permanentes até que a questão fosse objeto de decisão no âmbito da revisão da situação criada pela reforma, a ocorrer 15 anos após sua adoção.

    ---------------------

    http://csnu.itamaraty.gov.br/glossario

  • "Qualquer reforma na estrutura do Conselho de Segurança requer a aprovação de, pelo menos, dois-terços dos Estados-membros das Nações Unidas e de todos os Estados-membros deste órgão, em voto unânime."

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_do_Conselho_de_Seguran%C3%A7a_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas 

    Se isso for verdade mesmo, sobre a unanimidade do próprio CS, esquecem essa reforma.


ID
1168903
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação à evolução da política externa brasileira desde 1945 e suas principais linhas de ação, julgue (C ou E) os próximos itens.


Em articulação com outros países em desenvolvimento, o Brasil favorece um tipo de multilateralismo econômico em que, devido à sua presença majoritária, os países em desenvolvimento, pela maioria dos votos, logram obter seus objetivos comuns, como foi o caso dos contenciosos da gasolina contra a UE e do algodão contra o NAFTA, no âmbito da OMC.

Alternativas
Comentários
  • O contencioso da gasolina foi o primeiro da OMC (DS1 e DS2), envolvendo, de um lado, Brasil e Venezuela, e do outro, EUA.

    Questão errada!

  • Mas mesmo que haja erro na questão dos envolvidos no caso da OMC, o Mecanismo de Solução de Controvérsias não funciona mediante voto majoritário. A questão "confunde" multilateralismo econômico com solução pacífica de controvérsias, não?


  • O Contecioso do Algodão foi contra os EUA e não contra o NAFTA.


ID
1168906
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação à evolução da política externa brasileira desde 1945 e suas principais linhas de ação, julgue (C ou E) os próximos itens.


A associação dos objetivos da política externa brasileira à promoção do desenvolvimento econômico e da inclusão social, marcada pelo histórico discurso de Araújo Castro na abertura da Assembleia Geral da ONU, há meio século, passou a incluir, nas últimas décadas, também a questão ambiental, como ilustram a Rio 92 e a Rio+20.

Alternativas
Comentários
  • Há exatos 50 anos, em 19 de setembro de 1963, o então Chanceler João Augusto de Araújo Castro (1919-1975) proferiu o "Discurso dos Três Ds", que se tornaria um dos mais conhecidos pronunciamentos da história da diplomacia brasileira. Feito por ocasião da abertura da 18ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, o discurso inovava não pelas propostas específicas que trazia, mas por apresentar uma perspectiva autenticamente brasileira das relações internacionais.

    Menos de um ano após a crise dos mísseis em Cuba, o Brasil anunciava que não aceitaria uma agenda internacional pautada apenas pelas preocupações das superpotências: "Nem tudo é Este ou Oeste nas Nações Unidas de 1963. O mundo possui outros pontos cardeais. Esses termos, que dominavam toda a política internacional até há pouco tempo, poderão eventualmente ser devolvidos à área da geografia".

    O Brasil defendia que os países em desenvolvimento deveriam ter papel central na gestão da ordem internacional, não podendo ser reduzidos a atores secundários na contenda entre os Estados Unidos e a União Soviética. Araujo Castro lançou um desafio à ONU: que, ao invés de se deixar paralisar pela rigidez da bipolaridade, se dedicasse a realizar progressos reais em três temas fundamentais – desarmamento, desenvolvimento econômico e descolonização, os "Três Ds".

    O cenário internacional de 2013 é bastante diferente daquele que havia há meio século. Encontram-se no topo da agenda internacional temas que dela sequer constavam em 1963, como meio ambiente e governança da internet. A bipolaridade antes imperante cedeu à crescente multipolaridade. No entanto, o discurso de Araujo Castro continua refletindo as convicções mais profundas da política exterior brasileira, como a necessidade de que façamos nossa leitura própria da ordem internacional – em vez de aceitar passivamente visões elaboradas por terceiros – e da importância de fortalecer o multilateralismo para dar soluções efetivas a questões centrais como desarmamento, desenvolvimento sustentável e direitos humanos.

    Fonte: http://diplomaciapublica.itamaraty.gov.br/11-onu/41-o-discurso-dos-tres-ds

  • GABARITO: CERTO 

     

    Para complementar ...

     

    Ano: 2007 Banca: CESPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: Diplomata

     

    As ações de cooperação brasileiras conjugam temas tradicionais - econômicos, técnicos e científicos - com o tratamento de questões como inclusão e eqüidade social, combate à fome e à pobreza, segurança alimentar, promoção de direitos humanos e igualdade de gênero. CERTO


ID
1168909
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação à evolução da política externa brasileira desde 1945 e suas principais linhas de ação, julgue (C ou E) os próximos itens.


O Brasil defende a reforma das instituições de governança global, que devem se tornar mais representativas dos Estados que as constituem, e a redistribuição de poder observada nas relações internacionais desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo


    Basta lembrar da campanha brasileira de Reforma do Conselho de Segurança da ONU.


ID
1168912
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que concerne às relações entre a África e o Brasil, julgue (C ou E) os seguintes itens.

Nos últimos anos, o comércio exterior entre o Brasil e a África cresceu exponencialmente, transformou o continente em um dos principais parceiros comerciais brasileiros, em razão do tamanho do mercado de cerca de 1,5 bilhão de habitantes, do ritmo de seu crescimento econômico e da natureza do intercâmbio, e gerou superávit para o Brasil, que exporta, sobretudo, produtos com alto valor agregado.

Alternativas
Comentários
  • Brasil é deficitario no comercio com a africa.

  • Em 2014, apenas a Nigéria se encontrava entre os 10 parceiros comerciais do Brasil, figurando na 9ª posição, sendo o Brasil mais importador (90% do volume de transações) do que exportador. 

  • Gabarito: Errado


    Os números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apontam uma alta substancial na relação brasileira com os países africanos (sem contar o Oriente Médio) na última década: houve um aumento de 416% no intercâmbio comercial entre as partes de 2002 a 2012. Além do crescimento bruto, os africanos também aumentaram sua parcela na absorção das exportações brasileiras: em 2002, eram destino de 3,91% dos produtos nacionais; 10 anos mais tarde, o percentual cresceu para 5,03%.

    (...)

    O saldo da balança comercial brasileira com os países africanos é negativo. Em 2012, foi de menos US$ 2 bilhões. O principal produto de importação que justifica esse valor, revela o professor de Relações Internacionais da ESPM Rio Fernando Padovani, é o petróleo, que vem de países como Angola, Argélia e Nigéria. Outro parceiro no continente é a África do Sul, destino de automóveis brasileiros. De acordo com Padovani, outro item de destaque nas transações entre Brasil e países africanos é o açúcar e outros derivados da cana.


    Fonte: http://economia.terra.com.br/operacoes-cambiais/operacoes-empresariais/comercio-entre-brasil-e-africa-cresce-416-em-10-anos,40d58a549341f310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html


  • Nos últimos anos [2014], o comércio exterior entre o Brasil e a África cresceu exponencialmente, transformou o continente em um dos principais parceiros comerciais brasileiros, [errado pq o comércio áfrica-Brasil não é muito expressivo] em razão do tamanho do mercado de cerca de 1,5 bilhão de habitantes [certo], do ritmo de seu crescimento econômico e da natureza do intercâmbio, e gerou superávit para o Brasil, que exporta, sobretudo, produtos com alto valor agregado.
     

  • Pessoal, atenção porque até o final de 2015 o Brasil realmente registrava déficit com a África. De lá pra cá temos tido frequentes SUPERÁVITS.

    Fonte: http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis


ID
1168915
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que concerne às relações entre a África e o Brasil, julgue (C ou E) os seguintes itens.

Na esteira da criação do IBAS, o Brasil e a África do Sul sugeriram a criação da Cúpula América do Sul-África, ainda em 2003, em cujo marco os chefes de Estado e de governo dos países membros se reúnem anualmente para tratar do controle de fluxos migratórios internos, do combate conjunto à pirataria e do aperfeiçoamento da governança das instituições políticas e financeiras internacionais.

Alternativas
Comentários
  • A Cúpula América do Sul-África (ASA) surgiu em 2006 (e não em 2003 como a questão fala) com o desejo e do interesse das duas regiões em construírem novos paradigmas para a cooperação Sul-Sul, baseados numa ordem mais multipolar e democrática. Foi formalizada em Abuja, na Nigéria, durante a I Cúpula América do Sul-África. O evento resultou na Declaração de Abuja, no Plano de Ação e na resolução de criação do Fórum de Cooperação América do Sul-África (Asacof). Houve também outro evento em 2009 na Venezuela.

  • A III Cúpula foi realizada em Malabo, na Guiné Equatorial.  Inicialmente estava previsto que ela ocorresse em 2011 na Líbia, porém foi inviabilizada pela guerra civil no país.

  • Creio que o erro está no diálogo de criação da Cúpula América do Sul–África (ASA) que nasceu em 2004  entre os representantes do Brasil e da Nigéria, especificamente com um encontro entre os então presidentes nigeriano, Olusegun Obasanjo, e brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. 

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%BApula_Am%C3%A9rica_do_Sul_-_%C3%81frica

     

  • Outro erro: "se reuném anualmente..."
  • Segundo livro do diplomata Eugênio Vargas Garcia, o Cronologia das Relações Internacionais do Brasil, em 2006 foi "realizada em Abuja, Nigéria, a I Cúpula América do Sul - África (ASA), com a presença do presidente Lula e líderes de 66 países das duas regiões (30 nov-1 dez). É aprovado um plano de ação para incrementar a cooperação Sul-Sul e estabelecer novas parcerias comerciais."

  • A prova da Cespe é com consulta?

  • Sem consulta em nenhuma das fases, Astro Santos. 

  • O Fórum de Diálogo IBAS é uma iniciativa trilateral entre Índia, Brasil e África do Sul, desenvolvida no intuito de promover a cooperação Sul-Sul. Os Ministros das Relações Exteriores dos respectivos países formalizaram o lançamento do Fórum de Diálogo IBAS em encontro realizado em Brasília, em 6 de junho de 2003, do qual resultou a “Declaração de Brasília”. Os objetivos principais do Fórum do Diálogo IBAS podem ser sumariados como a seguir:

     

    • Promover o diálogo Sul-Sul, a cooperação e posições comuns em assuntos de importância internacional;
    • Promover oportunidades de comércio e investimento entre as três regiões das quais os países fazem parte;
    • Promover a redução internacional da pobreza e o desenvolvimento social;
    • Promover a troca de informação trilateral, melhores práticas internacionais, tecnologias e habilidades, assim como cumprimentar os respectivos esforços de sinergia coletiva;
    • Promover a cooperação em diversas áreas, como agricultura, mudança do clima, cultura, defesa, educação, energia, saúde, sociedade de informação, ciência e tecnologia, desenvolvimento social, comércio e investimento, turismo e transporte.

    O Fórum de Diálogo IBAS promove consultas regulares nos níveis de Oficial Sênior (Pontos Focais), Ministeriais (Comissões Mistas Trilaterais) e Chefes de Estado e/ou Governo (Cúpula) e também facilita a interação entre acadêmicos, iniciativa privada e outros membros da sociedade civil. Para atingir seus objetivos, o Fórum criou 10 Grupos de Trabalho e 3 Fóruns, entre eles o Fórum de Mulheres, que se reúnem imediatamente antes das reuniões ministeriais ou das Cúpulas.

    FONTE: https://www.gov.br/mre/pt-br


ID
1168918
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que concerne às relações entre a África e o Brasil, julgue (C ou E) os seguintes itens.

As iniciativas de política externa que condicionaram a ampliação da importância da África para o Brasil incluem a criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Alternativas
Comentários
  • Nao foi sob sarney?

  • Maria, a primeira reunião entre chefes de Estado e de Governo dos países de língua portuguesa ocorreu em 1989. Contudo, naquele momento, apenas o compromisso de formação de uma comunidade foi efetivado, juntamente com o estabelecimento do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP). Todavia, a CPLP propriamente dita apenas surgiria com os esforços do presidente Itamar, a partir de 1993, e, principalmente, com a atuação do embaixador do Brasil em Portugal, o diplomata José Aparecido de Oliveira. 

  • São países Africanos com língua  portuguesa Angola,Cabo Verde,Guiné-Bissau,Moçambique São Tomé e Príncipe, além da Guiné Equatorial, que adotou o idioma recentemente.

  • A CPLP foi criada em 17 de Julho de 1996, portanto no governo FHC, com o objetivo de "aprofundamento da amizade mútua e da cooperação entre os seus membros".
  • Gabarito: CORRETO

     

    "Lançada em 1996, durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) se assenta sobre os princípios da cooperação sul-sul, incluindo o diálogo horizontal e democrático entre seus membros. Entre os objetivos da CPLP estão a colaboração dos países lusófonos para a projeção internacional da língua portuguesa; para o fortalecimento institucional e político de seus membros em situação de crise ou instabilidade; para a afirmação conjunta dos interesses comuns de seus membros em outros foros internacionais; e para o desenvolvimento de programas de cooperação em diversas áreas." 

     

    Livro: Como passar Concursos da Diplomacia e Chancelaria - 1.600 Questões

  • São 9 países (quantidade de letras da palavra PORTUGUÊS): a República de Angola, a República Federativa do Brasil, a República de Cabo Verde, a República da Guiné-Bissau, a República da Guiné Equatorial, a República de Moçambique, a República Portuguesa, a República Democrática de São Tomé e Príncipe e a República Democrática de Timor-Leste.


ID
1168921
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que concerne às relações entre a África e o Brasil, julgue (C ou E) os seguintes itens.

Desde 2005, o Brasil e a União Africana estabeleceram formalmente um diálogo institucional, em que se privilegiam as áreas de política social e de cooperação sul-sul, além de parcerias destinadas a promover o desenvolvimento agrícola e a segurança alimentar.

Alternativas
Comentários
  • Quem pode explanar...

  • A União Africana (UA) foi criada em 2002, em substituição à antiga Organização da Unidade Africana.

    A vertente econômica da União Africana – a Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (NEPAD) – tem privilegiado projetos de cooperação internacional nos quais o conceito de "parceria" se sobreponha ao da "assistência", com vistas a fomentar efetivo desenvolvimento no continente. Esse é outro exemplo do empenho africano, estimulado pela UA, de engajar-se ativamente na solução dos problemas que afetam a região.

    A União Africana é ator de grande importância para a política externa brasileira, pois é foro incontornável para articular e impulsionar iniciativas em várias áreas – da política à economia, da agricultura ao desenvolvimento social. A abertura da Embaixada do Brasil em Adis Abeba, sede da União Africana, em 2005, refletiu o interesse brasileiro em acompanhar as atividades da organização. O Brasil tem sido convidado, desde então, a participar dos principais eventos da UA, na condição de observador.


    Fonte: Site do Itamaraty


ID
1168924
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere à Rússia e às suas relações com os países europeus e com os EUA desde o final da Guerra Fria, julgue (C ou E) os itens a seguir.


A expansão da OTAN tornou-se um novo ingrediente para fricções entre os russos e os membros da Aliança Atlântica. Com essa expansão, passaram a fazer parte da OTAN alguns países participantes do antigo Pacto de Varsóvia, além de vários países balcânicos e bálticos.

Alternativas
Comentários
  • A Hungria, a Polônia e a República Tcheca — todas antigas integrantes do Pacto de Varsóvia — ingressaram na OTAN em 1999. Em 2004, sete outros países que tinham sido comunistas entraram para a OTAN: Romênia, Bulgária, Eslováquia, Eslovênia e os três bálticos (Lituânia, Estônia, Letônia).

  • Países balcânicos na Otan: Albânia, Croácia e Eslovênia.
    Qualquer dúvida: http://www.nato.int/multi/mapgame/public/index.html


ID
1168927
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere à Rússia e às suas relações com os países europeus e com os EUA desde o final da Guerra Fria, julgue (C ou E) os itens a seguir.


Ao longo da última década, a Rússia tem enfrentado períodos de grande tensão com várias repúblicas que faziam parte da União Soviética, como é o caso da atual crise na Ucrânia, em que o governo russo percebe a busca de autonomia como ação incentivada por países ocidentais.

Alternativas
Comentários
  • Não vejo como países ocidentais e sim da União Europeia.

  • Questão  mal formulada.

    No final, fica bem confuso.

    E os paises no ocidente podem sim ser considerados já que quase todos integram a OTAN.

    Para os EUA não é bom negócio ter um pais entre Ucrânia e Rússia já que "desminaria" a fronteira do Sr. Putin.

  • Para entender o conflito, é preciso levar em conta que a Ucrânia é um país dividido tanto do ponto de vista étnico quanto cultural. A população do leste do país, perto da fronteira russa, tem maioria russa, é influenciada pela cultura russa, fala russo e tende a ser pró-Moscou. Já a população da região central e oeste é de origem ucraniana, fala ucraniano e, desde que o país se tornou independente em 1991 com o fim da União Soviética, quer fazer parte da União Europeia. A crise atual tomou corpo a partir de novembro de 2013, quando o então presidente ucraniano Viktor Yanukovich foi pressionado pela população da capital, Kiev, a priorizar relações comerciais com a União Europeia em detrimento de acordos com a Rússia. De etnia russa, Yanukovich preferiu fechar com Moscou, pedindo um empréstimo bilionário à potência europeia-asiática. Levantes populares começaram a tomar as ruas de Kiev, capital da Ucrânia, e foram reprimidos com mão de ferro pelo governante. A repressão acabou alimentando a revolta dos manifestantes, desencadeando violentos conflitos urbanos. Em fevereiro de 2014, Yanukovich foi expulso do país e forças pró-União Europeia assumiram o poder após se autoproclamarem os novos governantes. A população aprovou a troca e votou a favor da permanência do novo governo pró-Ocidente nas eleições realizadas em regime de urgência. Vladimir Putin não reconheceu a troca de governo, enquadrando-a como golpe de Estado. Ao mesmo tempo, milhares de soldados sem identificação começaram a tomar bases militares na península da Crimeia, no leste do país, para apoiar os insurgentes pró-Rússia. É claro que Putin nunca assumiu que as tropas não-identificadas eram russas, mas é consenso que os militares são enviados de Moscou. As tensões culminaram na anexação da Crimeia pela Rússia em março deste ano, após um referendo não reconhecido internacionalmente realizado na região, com vitória dos separatistas. Lembre-se que a Crimeia originalmente era parte da União Soviética, e foi transferida à Ucrânia há pouco mais de 50 anos por Nikita Khrushchev, sucessor de Stálin e ucraniano. Em resposta à anexação forçada da Crimeia em março de 2014, os Estados Unidos e a União Europeia impuseram uma série de sanções a empresas e homens fortes do governo russo. No momento, as relações entre a Rússia e as potências do Ocidente estão totalmente fragilizadas pelo impasse. Depois que a Rússia anexou a Crimeia, outras regiões e cidades de maioria russa também manifestaram interesse em se separar da Ucrânia. Vale lembrar que a Urânia é o território de distribuição do gás natural que sai da Rússia para a União Europeia.


ID
1168930
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere à Rússia e às suas relações com os países europeus e com os EUA desde o final da Guerra Fria, julgue (C ou E) os itens a seguir.


Os riscos, reais ou imaginários, percebidos pela Europa em relação à Rússia não se limitam a problemas tradicionais de segurança, como manutenção e proliferação de armas convencionais e nucleares. O risco percebido envolve, entre outras questões, a segurança energética da Europa, visto que vários países europeus são dependentes do fornecimento de gás pela Rússia, o que não ocorre, por exemplo, com a Alemanha, que conta com muitas usinas atômicas e goza de autonomia energética.

Alternativas
Comentários
  • 40% do gás consumido na Alemanha vêm da Rússia.  Fonte: http://www.dw.de/crise-na-ucr%C3%A2nia-pode-afetar-distribui%C3%A7%C3%A3o-de-g%C3%A1s-na-europa/a-17480532

  • A Europa consome 70% do petróleo e 65% do gás exportado pela Rússia, país que se tornou uma dor de cabeça para o líderes do continente desde o início da crise na península da Crimeia, na Ucrânia.

    A região aprovou em um referendo sua anexação à Federação Russa - que, por meio de um tratado assinado pelo seu presidente, Vladimir Putin, aceitou incorporar a região autônoma, até então parte do território ucraniano.

    Isso levou a Europa e os Estados Unidos a aplicarem sanções comerciais e econômicas ao governo de Putin, e entre elas está a redução da importação de recursos energéticos.

    Em teoria, a Rússia poderia retaliar com a interrupção completa do fornecimento de gás e petróleo aos países do bloco europeu, mesmo que isso signifique perder 54% das receitas com exportações do país.

    Hoje, estas exportações financiam pouco menos da metade de todo o orçamento anual federal russo.

    Mesmo que essa medida seja improvável, a crise já levou a Europa a buscar alternativas à Rússia. 

    FONTE: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/03/140328_alternativas_europa_gas_rb

    Sobre o Uso de Energia Nuclear na Alemanha: 30/Maio/11

    A coalizão do governo alemão anunciou nesta segunda-feira um acordo para o fechamento de todas as usinas nucleares do país até 2022.

    O anúncio, após uma reunião que terminou apenas na madrugada desta segunda-feira, foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Norbert Rottgen.

    A chanceler (premiê) Angela Merkel havia estabelecido uma comissão de ética para analisar a energia nuclear após o desastre ocorrido na usina japonesa de Fukushima.

    Após o grande terremoto e o tsunami que danificaram a usina japonesa e provocaram um dos maiores desastres nucleares da história, a Alemanha foi palco de grandes protestos contra a energia nuclear.

    FONTE: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2011/05/110530_alemanha_nuclear_rw.shtml



  • Gabarito: Errado

    Alemanha não é autonôma

  • lembrando que nesse ano, o Trump tentou esculachar a Alemanha chamando-a de refém dos russos (por causa dessa questão energética)

  • Nord Stream (2011) e Nord Stream 2 (previsto para 2021): gasodutos entre Rússia e Alemanha.

    Apesar do gasoduto em construção (98% atualmente), a Alemanha fez um acordo com os Estados Unidos no qual afirma que "Se a Rússia tentar usar energia como arma ou cometer mais atos agressivos contra a Ucrânia, a Alemanha agirá em nível nacional e pressionará por medidas eficazes em nível europeu, incluindo sanções, para limitar a capacidade de exportação russa para limitar a capacidade de exportação russa para a Europa no setor de energia, incluindo gás ou em outros setores economicamente relevantes", aponta o documento, em uma referência indireta a uma crise que eclodiu em 2009, quando Moscou usou seu poder de pressão como fornecedor de energia contra a Ucrânia, chegando a cortar o fornecimento de gás ao país sob a alegação de que este não estava pagando suas dívidas pelo produto (DW.COM).

  • Alguém em 2022? kkk


ID
1168933
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere à Rússia e às suas relações com os países europeus e com os EUA desde o final da Guerra Fria, julgue (C ou E) os itens a seguir.


Na Rússia, a ascensão política de Vladimir Putin representou, em grande medida, o reforço da autoestima e orgulho nacionais. Para garantir o sucesso de sua política econômica, Putin tem defendido uma forte aproximação dos países ocidentais, notadamente de seus vizinhos europeus, calcada no estreitamento de relações comerciais.

Alternativas
Comentários
  • Putin tem governado a Rússia desde a renúncia de Boris Iéltsin, em 1999. Seu primeiro governo foi marcado por profundas reformas políticas e econômicas, pelo estadismo, por novas tensões com os Estados Unidos e Europa Ocidental, pela rigidez com os rebeldes chechenos e pelo resgate do nacionalismo russo, atitudes que lembram em parte o regime soviético e o czarismo. Entre os eventos mais notáveis de seu governo, estão o decreto que permite a indicação dos governadores dos distritos russos pelo próprio presidente, a restauração do controle russo sobre a república separatista da Chechênia, os assassinatos não esclarecidos de seus opositores políticos Anna Politkovskaia e Alexander Litvinenko, o fim do colapso econômico russo, a estatização de setores estratégicos que até então estavam nas mãos dos oligarcas russos e as consequentes prisões de muitos deles e vários desacordos diplomáticos com a OTAN, sendo os mais memoráveis deles a discussão quanto ao estabelecimento de mísseis no Leste Europeu, que levou Putin a criticar publicamente a política internacional norte-americana, e o apoio russo aos separatistas na Ucrânia, após este país ter se alinhado à Aliança Atlântica.

    Fonte: Wikipedia

  • Apoio russo ao separatista da ucrania? Pelo amor...errado
  • ERRADO

     

    O erro está na afirmação da forte defesa por Putin em aproximar a Rússia dos vizinhos europeus, pois não faz parte de seu eixo de política exterior.  A primeira parte está correta.

     

    Apesar das limitações concretas à projeção de poder russo em seu primeiro mandato (1999/2003), Putin inicia sua ofensiva a partir da reconstrução das bases do poder e orgulho nacionais (bandeira hino), amparado por um discurso de autnomia e pragmatismo no campo externo.

     

    A volta de Putin ao Kremlin em 2012 foi cercada de inumeras contovérsias, devido aos protestos internos que acompanahram a eleição, centralizados na capital Moscou, e que reiniciaram o clico de criticas ocidentais ao páis. Entretanto, a Rússia sustenta sua agenda interna e externa nos moldes definidos por Putin desde 1999, com enfâse na cooperação sul-sul (incluindo o nível bilateral, no qual pode-se mencionar o intercambio com o Brasil, incluindo a parceria energética no pré-sal), na relação bilateral com os EUA e na independência em fóruns multilaterais, e na recuperação de sua economia, política e sociedade.

     

     

  • Gabarito: ERRADO

     

    "A primeira parte da afirmativa está correta: a recuperação econômica e a projeção política obtidas por Vladmir Putin em seus primeiros anos de governo faz parte de um projeto de recuperação da autoestima russa e de resgate do prestígio perdido com o fima da União Soviética. De acordo com Leon Aron (The Putin Doctrine, Foreing Affairs, março de 2013), a base deste projeto é um consenso estabelecido na Rússia pós-soviética, segundo o qual o país deveria (1) manter-se uma potência nuclear, (2) permanecer atuando como uma grande potência em nível internacional, e (3) conservar a hegemonia política, militar e econômica sobre a região. A chegada de Putin ao poder em 2000, inaugurou uma nova interpretação dessa triáde, marcando a atuação russa mais assertiva com relação ao seu entorno geopolítico e um subsequente afastamento dos países ocidentais. Em algum sentido, pode-se dizer qe, a despeito dos vínculos comerciais estabelecidos com a Europa, calcados principalmente na exportação de gás e petróleo e na importação de produtos manufaturados, a aproximação política não foi tão marcante. Com os Estados Unidos, em particular, a relação tornou-se crescentemente tensa ao longo dos anos 2000, com forte oposição de Putin, por exemplo, à retirada norte-americana do Tratado de Mísseis Anti-Balísticos (2002), à invasão do Iraque (2003) e ao anúncio, por parte dos EUA, de planos de construir um sistema de defesa antimísseis na Polônia e na República Checa (2007)."

     

    Livro: Como passar Concursos da Diplomacia e Chancelaria - 1.600 Questões


ID
1168936
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil tem um extenso litoral, que lhe assegura posição política e estratégica privilegiada. O mar sempre foi elemento importante na história do país e tudo indica que, no futuro, ainda será mais relevante. A propósito desse tema, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.


Em meio a polêmicas a respeito da largura máxima do mar territorial e da delimitação de outros espaços marítimos, o Brasil, no começo da última década de 70, como forma de proteger seus interesses econômicos e de segurança, estendeu seu mar territorial para duzentas milhas marítimas, o que afetou suas relações com todos os países latino-americanos que julgaram ilegítima tal medida.

Alternativas
Comentários
  • Quem pode explicar...

  • De acordo com a Lei 8.617 de 1993, temos:

    - Mar territorial: 12 milhas marítimas de largura;

    - Zona Contígua: de 12 a 24 milhas marítimas;

    - ZEE (Zona Econômica Exclusiva): de 12 a 200 milhas marítimas.

  • Não houve problema com os países da AL, mas com os EUA.

  • È algo até lógico.

    Os outros países da AL basicamente não possuem marinha ou interesses marítimos que conflitam com essa medida.

    Já o Tio Sam, vulgo, Senhor dos Mares e do Céu, sim.

  • No ano de 1970, o governo brasileiro tomou a decisão de ampliar o seu mar territorial para 200 milhas marítimas. Essa decisão foi calcada no fato de que não havia norma de Direito Internacional em vigor, convencional ou costumeira, que determinasse aos Estados até que limite poderiam eles estender seu mar territorial. Prevaleceu, no entender do governo, a opinião de que o Estado costeiro é livre para determinar a própria largura de sua fronteira marítima, dentro de limites razoáveis e atendendo a suas condições e interesses particulares. O Brasil, à época, afirmou sua soberania sobre a questão e não vacilou em levar a efeito, durante o período que vai de 1970, quando da expansão para 200 milhas, até 1982, ano da conclusão da III Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, uma estratégia de consolidação do interesse nacional em relação a esse assunto.

    A adoção das 200 milhas marítimas de mar territorial pelo governo do Brasil decorreu de um conjunto de fatores ou forças que funcionaram como propulsores do interesse governamental do país no sentido da adoção de um mar territorial brasileiro mais extenso e que melhor se coadunasse com os interesses de então, ou seja, 200 milhas marítimas, tentando afirmar, dessa maneira, a autonomia decisória da política exterior brasileira, no quadro do "Brasil Grande Potência", almejado pelos militares.

    No plano externo, as repercussões do Decreto-lei n.º 1.098 também ficaram no limite previsto. Não tardaram a chegar as notas pelas quais governos de outros países registraram seu protesto, seu não reconhecimento ou suas reservas quanto ao ato unilateral de ampliação do mar territorial brasileiro. Os arquivos do Itamaraty registram onze notas com esse teor, todas recebidas de países industrializados: Bélgica, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Grécia, Japão, Noruega, Reino Unido, República Federal da Alemanha, Suécia e União Soviética.

    Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-73291999000100005&script=sci_arttext

  • O erro está na parte final (não houve complicações com a AL; a própria proposição do alargamento foi de autoria dos países americanos do Pacífico). Alguns colegas aqui se têm equivocado citando a ZEE - que foi, como sabemos, criação da Convenção de Montego Bay de 1982 e nada influenciou (até por perfeito anacronismo) as decisões dos governos Costa e Silva (ampliação do mar territorial para 12 milhas) e o gesto do presidente Médici (200 milhas).:-)
  • * o erro da questão está somente em dizer que a América Latina foi contra. 

    Mar Territorial - 12 milhas ou 200 milhas ?

    Então gente, resumindo,

    realmente na Década de 70  o Decreto-lei n.º 1.098, afirmava que o mar territorial do Brasil abrangia uma faixa de 200 milhas.

    Acontece que veio a  Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar em 1982. A Convenção fixa o limite exterior do mar territorial em 12 milhas náuticas .

     

    Assim o Brasil ratificou a Convenção em dezembro de 1988, e teve que ajustar o seu Direito Interno.

    Hoje o que vale é a LEI Nº 8.617, DE 4 DE JANEIRO DE 1993 que estabelece :

    -  o mar territorial do Brasil hoje, é de 12 milhas,

    - a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) - 200 milhas 

     

    FONTEs: 

    http://www.ricardoorlandini.net/comentarios/ver/29310/mar_territorial_brasileiro_200_ou_12_milhas

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Conven%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas_sobre_o_Direito_do_Mar

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8617.htm

     

  • Segundo o diplomata Eugênio Vargas Garcia, em seu livro Cronologia das Relações Internacionais do Brasil, em 1970, o "Brasil declara unilateralmente, mediante decreto-lei, a ampliação do mar territorial brasileiro para 200 milhas marítimas (25 mar). A decisão do governo brasileiro, tomada a despeito de pressões contrárias dos EUA, procura reafirmar a autonomia do país em matéria de política externa. O decreto será revogado em 1993, à luz da Convenção da ONU sobre Direito do Mar.

  • Toda questão que tem "toda", "tudo" "unânime .. ... corre o risco de ser errada.

    O Paraguai e a Bolívia não possuem litoral...


ID
1168939
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil tem um extenso litoral, que lhe assegura posição política e estratégica privilegiada. O mar sempre foi elemento importante na história do país e tudo indica que, no futuro, ainda será mais relevante. A propósito desse tema, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.


Os primeiros indícios de petróleo na camada de pré-sal foram encontrados na Bacia de Santos e a atual expectativa do governo brasileiro é explorar grandes quantidades de petróleo encobertos por camadas de sal abaixo do leito do mar brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • A descoberta do pré-sal se deu, de fato, na Bacia de Santos. A expectativa do governo é que a capacidade máxima de produção diária é de 3,2 milhões de barris por dia (58% disso a ser alcançado até 2018). 

     

    Quanto à geologia do local:

     

    O “pré-sal” é uma área de reservas petrolíferas encontrada sob uma profunda camada de rocha salina, que forma uma das várias camadas rochosas do subsolo marinho.

    As reservas do pré-sal encontradas no litoral do Brasil são as mais profundas em que já foi (sic) encontrado petróleo em todo o mundo. Representam também o maior campo petrolífero já encontrado em uma profunda região abaixo das camadas de rochas salinas ou evaporíticas.

    O termo “pré” de pré-sal refere-se à temporalidade geológica e não à profundidade. Considerando-se a perfuração do poço, a partir da superfície, o petróleo do pré-sal é considerado subsal, pois está abaixo da camada de sal.

     

    Fonte: https://diariodopresal.wordpress.com/o-que-e-o-pre-sal/

  • CERTO

    No final de 2007, a PETROBRAS anunciou a descoberta de um campo gigante de petróleo e gás no litoral sudeste do Brasil, chamado de campo TUPI (hoje se chama campo LULA). Este campo está localizado na Bacia sedimentar de Santos.

    - A bacia de Santos se estende de Cabo Frio/RJ até Florianópolis/SC. É a maior bacia sedimentar offshore do país. 

    - O hidrocarboneto está acumulado num estrato geológico chamado pré-sal (é + antigo do que a camada de sal que o recobre).

  • Interessante notar que a produção diária do pré-sal em 2018 é quase a que foi prevista em 2015 e comentada por カードキャプタ さくら: Produção do pré-sal bate recorde com 1,763 milhão de barris de óleo por dia (http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2018-04/producao-do-pre-sal-bate-recorde-com-1763-milhao-de-barris-de-oleo-por-dia).


ID
1168942
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil tem um extenso litoral, que lhe assegura posição política e estratégica privilegiada. O mar sempre foi elemento importante na história do país e tudo indica que, no futuro, ainda será mais relevante. A propósito desse tema, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.


Como parte dos esforços empreendidos para estender o limite exterior da plataforma continental do Brasil, os trabalhos realizados no âmbito do Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC) aumentam as oportunidades de descoberta de recursos naturais, como gás e petróleo, na plataforma continental, independentemente de seus futuros limites.

Alternativas
Comentários
  • Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC) é o programa do Governo Brasileiro, instituído pelo Decreto n° 98.145/1989, cujo objetivo é estabelecer, no seu enfoque jurídico, o limite da Plataforma Continental além das 200 milhas da Zona Econômica Exclusiva (ZEE), em conformidade com os critérios estabelecidos pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), que foi assinada e ratificada pelo Brasil.

     O LEPLAC é um projeto da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) que estabelecerá o limite exterior da plataforma continental, além das 200 milhas, com base na aplicação dos critérios do artigo 76 da CNUDM. Os critérios apresentam conceitos geodésicos, hidrográficos, geológicos e geofísicos de natureza complexa, o que demandou tempo para coletar e processar os dados da extensa área ao longo de cerca de 8.000 km de costa.

       Os resultados obtidos na margem continental brasileira permitem concluir que o Brasil tem uma área de Zona Econômica Exclusiva (ZEE) de 3.539.919,22 km² e uma extensa área de plataforma continental jurídica, além da ZEE, que, na região norte, atinge o valor de 298.898,48 km² e, na região sudeste/sul, o valor de 531.702,05 km², equivalendo a 830.600,53 km². Com a plataforma continental jurídica, que será acrescida à Zona Econômica Exclusiva (ZEE), o País terá uma área total de 4.370.519,75 km². Isto significa dizer que o Brasil incorporará, à sua jurisdição, uma área marítima que é um pouco maior que a metade da área continental de nosso território, de 8.511.996 km², onde exercerá direitos de soberania e jurisdição, conforme o caso, no que respeita à exploração e ao aproveitamento dos recursos naturais e explotação de recursos minerais marinhos. 

    Fruto da experiência adquirida com a realização do LEPLAC, o Brasil passou a ter uma capacitação técnica ímpar no que concerne ao estabelecimento do limite exterior da plataforma continental, além das duzentas milhas náuticas. Tal experiência abre perspectivas para nosso País atuar na área de cooperação técnica internacional, em condições de prestar assessoria a outros Estados costeiros no estabelecimento do limite exterior de suas respectivas plataformas continentais.

     Sem dúvida, a definição do limite exterior da plataforma continental será um legado de fundamental importância para o futuro das próximas gerações de brasileiros, que verão aumentadas as possibilidades de descoberta de novas reservas de petróleo e gás, de exploração de recursos minerais em grandes profundidades, e de explorar recursos da biodiversidade marinha, que a ciência atual reconhece como um dos campos mais promissores do desenvolvimento da biogenética.

    Fonte: http://www.mar.mil.br/dhn/dhn/ass_leplac.html

ID
1168945
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil tem um extenso litoral, que lhe assegura posição política e estratégica privilegiada. O mar sempre foi elemento importante na história do país e tudo indica que, no futuro, ainda será mais relevante. A propósito desse tema, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.


O Brasil possui um mar territorial de doze milhas marítimas e uma zona econômica exclusiva (ZEE) de 200 milhas marítimas. Na ZEE, o Brasil exerce direitos de soberania que lhe permitem explorar economicamente e gerir recursos naturais nesse amplo espaço marítimo.

Alternativas
Comentários
  • O erro está em "direitos de soberania", a ZEE dá exclusividade de exploração dos recursos, mas não de soberania, como ocorre no mar territorial.

  • Lei 8617/1993:

    Art. 7º Na zona econômica exclusiva, o Brasil tem direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona para fins econômicos.

    Não entendi o erro.

  • O erro também está no tamanho da ZEE:  ela compreende uma faixa que se estende das doze às duzentas milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial. Ou seja, 188 milhas marítimas. 

  • Com a entrada em vigor da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUD) em 1995, e de acordo com as suas disposições, pelas quais rochedos sem ocupação humana permanente não dão direito ao estabelecimento de uma Zona econômica Exclusiva, visando explorar, conservar e gerir os recursos da região.

    Bem, o erro está na Zona econômica Exclusiva!

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mar_territorial

  • Inicialmente o gabarito da questão foi dado como correto, mas posteriormente o Cespe promoveu alteração para errado apresentando a seguinte justificativa:

    "Ao contrário do afirmado no item, o Brasil possui uma zona econômica exclusiva (ZEE) de 188 milhas marítimas, de

    acordo com a Lei nº 8.617/1993. Por esse motivo, opta‐se pela alteração de seu gabarito."

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8617.htm

    Segue texto da Lei:

    Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítima de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil. (...)

    Art. 2º A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço aéreo sobrejacente, bem como ao seu leito e subsolo. (...)

    Art. 6º A zona econômica exclusiva brasileira compreende uma faixa que se estende das doze às duzentas milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial.

    Art. 7º Na zona econômica exclusiva, o Brasil tem direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona para fins econômicos.

    Art. 8º Na zona econômica exclusiva, o Brasil, no exercício de sua jurisdição, tem o direito exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e preservação do meio marítimo, bem como a construção, operação e uso de todos os tipos de ilhas artificiais, instalações e estruturas.

    Parágrafo único. A investigação científica marinha na zona econômica exclusiva só poderá ser conduzida por outros Estados com o consentimento prévio do Governo brasileiro, nos termos da legislação em vigor que regula a matéria.

    Art. 9º A realização por outros Estados, na zona econômica exclusiva, de exercícios ou manobras militares, em particular as que impliquem o uso de armas ou explosivas, somente poderá ocorrer com o consentimento do Governo brasileiro.

    Art. 10. É reconhecidos a todos os Estados o gozo, na zona econômica exclusiva, das liberdades de navegação e sobrevôo, bem como de outros usos do mar internacionalmente lícitos, relacionados com as referidas liberdades, tais como os ligados à operação de navios e aeronaves.

  • MAR TERRITORIALaté 12 milhas (1.852 m) da linha de baixa-mar do litoral continental e insular. São águas públicas de uso comum, pertencentes à União, que, sobre elas, exerce soberania.

    ZONA CONTÍGUAde 12 até 24 milhas. A União exerce sobre esta poder de fiscalização e de polícia.

    ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVAde 12 até 200 milhas do litoral. A União sobre ela detém direitos exclusivos de exploração dos recursos naturais do mar.

  • LEI Nº 8.617, DE 4 DE JANEIRO DE 1993.

    CAPÍTULO III

    Da Zona Econômica Exclusiva

    Art. 7º Na zona econômica exclusiva, o Brasil tem direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona para fins econômicos.

  • O erro não está em ''direitos de soberania'' como muitos curtiram por aí. Conforme justificou a douta banca, o erro está apenas na EXTENSÃO. A Convenção de Montego Bay garante, ao Estado costeiro, na  zona  económica  exclusiva,   direitos  de  soberania  para  fins  de  exploração  e  aproveitamento, conservação  e  gestão  dos  recursos  naturais,  vivos  ou  não  vivos,  das  águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo e no que se refere a outras atividades com vista à exploração e aproveitamento da zona para fins econômicos, como a produção de energia a partir da água, das correntes e dos ventos.

    Vale acrescentar que na zona econômica exclusiva, todos os Estados (quer sejam costeiros ou sem litoral) gozam das liberdades de navegação, sobrevoo e de colocação de cabos  e de dutos  submarinos.

  • Interessante questão. Nessas horas vemos que a própria Cespe erra suas questões decorabisticas.

  • Ora ora ora, parece que a Cespe provou do próprio veneno e teve que reverter o gabarito dessa. 

  • Que pegadinha ridícula!!!

  • Artigo interessante sobre o tema:

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-261X1999000100007

  • Da Zona Econômica Exclusiva

    Art. 6º A zona econômica exclusiva brasileira compreende uma faixa que se estende das doze às (OU SEJA ATÉ) duzentas milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial.

    Art. 7º Na zona econômica exclusiva, o Brasil tem direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona para fins econômicos.

    Art. 8º Na zona econômica exclusiva, o Brasil, no exercício de sua jurisdição, tem o direito exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e preservação do meio marítimo, bem como a construção, operação e uso de todos os tipos de ilhas artificiais, instalações e estruturas.

    Parágrafo único. A investigação científica marinha na zona econômica exclusiva só poderá ser conduzida por outros Estados com o consentimento prévio do Governo brasileiro, nos termos da legislação em vigor que regula a matéria.

    Art. 9º A realização por outros Estados, na zona econômica exclusiva, de exercícios ou manobras militares, em particular as que impliquem o uso de armas ou explosivas, somente poderá ocorrer com o consentimento do Governo brasileiro.

    Art. 10. É reconhecidos a todos os Estados o gozo, na zona econômica exclusiva, das liberdades de navegação e sobrevôo, bem como de outros usos do mar internacionalmente lícitos, relacionados com as referidas liberdades, tais como os ligados à operação de navios e aeronaves.


ID
1168948
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

A preocupação com os direitos humanos é antiga, mas sua positivação internacional é fenômeno recente, iniciado no pós- Segunda Guerra Mundial. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.


Assinada em 1948, no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ainda que não obrigue legalmente os Estados a cumprir suas disposições, não só influenciou muitas constituições nacionais, que expressam, em seu texto, o propósito de garantir a promoção e a proteção dos direitos humanos, mas também impulsionou a criação de convenções internacionais que visam proteger os direitos humanos.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo


    Em 1984 a Declaração Universal dos Direitos Humanos influenciou diferentes constituições com intuito de promover e garantir os direitos humanos, bem como a criação de convenções internacionais para proteger esses direitos. Cabe lembrar que essa declaração serve como orientação e não como obrigação legal aos Estados a cumprirem suas disposições.

  • CERTA.

    Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), que delineia os direitos humanos básicos, foi adotada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. Foi esboçada principalmente pelo canadense John Peters Humphrey, contando, também, com a ajuda de várias pessoas de todo o mundo.

    [...]

    Embora não seja um documento com obrigatoriedade legal, serviu como base para os dois tratados sobre direitos humanos da ONU de força legal: o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Continua a ser amplamente citado por acadêmicos, advogados e cortes constitucionais. Especialistas em direito internacional discutem, com frequência, quais de seus artigos representam o direito internacional usual

     

    ------

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_Universal_dos_Direitos_Humanos

  • Outra questão que ajuda a responder:

    CESPE/2010/DPU/CERTA: A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, apesar de ter natureza de resolução, não apresenta instrumentos ou órgãos próprios destinados a tornar compulsória sua aplicação.

  • Normas de DH não é Jus Cogens?

  • Sim , a DUDH é Jus Cogens.

  • Minha contribuição.

    DUDH

    -Marca a efetiva internacionalização dos Direitos Humanos, com o reconhecimento da dignidade da pessoa humana como valor supremo;

    -Além de significar a internacionalização dos Direitos Humanos, a DUDH é o primeiro documento de dimensão mundial a tratar de forma abrangente o tema Direitos Humanos, realçando a importância destes para a construção de um mundo de justiça e paz.

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Algumas características:

    -Não é um tratado;

    -Não é ratificada pelos Estados;

    -Não possui Estados signatários;

    -Não impõe sanções aos Estados em caso de descumprimento.

    Obs.: Recomendo os comentários dos colegas sobre o caráter vinculante ou não. ***

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Fonte: QC

    Abraço!!!

  • Oche, a DUDH não tem caráter vinculante?

  • GAB C

    Há uma divergência doutrinária sobre a natureza jurídica da DUDH: –

    1) Parte da doutrina entende que por não ser tratado/convenção/acordo/pacto ela não gera obrigação. Isso significa dizer que ela não tem força vinculante, mas sim de uma DECLARAÇÃO/ RECOMENDAÇÃO/RESOLUÇÃO da ONU.

    Entenda que essa Resolução não gera obrigações para os Estados. Trata-se de um instrumento meramente de orientação aos Estados.

    Por outro lado há doutrinadores que defendem o caráter vinculante da DUDH. A exemplo da professora Flávia Piovesan que assim se posiciona: “a Declaração Universal de 1948, ainda que não assuma a forma de tratado internacional, apresenta força jurídica obrigatória e vinculante, na medida em que constitui a interpretação autorizada da expressão “direitos humanos” constante dos arts. 1º (3) e 55 da Carta das Nações Unidas. Ressaltese que, à luz da Carta, os Estados assumem o compromisso de assegurar o respeito universal e efetivo aos direitos humanos”(). Veja, no entanto, que ela chega a esse argumento ao atrelar a DUDH à Carta da ONU, essa sim um tratado e, portanto, vinculante.

    FONTE-GRAN CURSOS

  • Há divergência sobre " ter ou não força vinculante", mas o que se sabe ( pelas questões ) é que o Cespe em muitas provas abordou como não tendo caráter vinculante..

    O fundamento..

    Tecnicamente, a Declaração Universal dos Direitos do Homem é uma recomendação, que a Assembléia Geral das Nações Unidas faz aos seus membros (Carta das Nações Unidas, artigo 10). Nesta condição, costuma-se sustentar que o documento não tem força vinculante.

  • (C)

    Outras da CESPE / D.U.D.H que ajudam a responder:

    A Declaração Universal dos Direitos Humanos: não prevê expressamente instrumentos ou órgãos próprios para sua aplicação compulsória.(C)

    A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, apesar de ter natureza de resolução, não apresenta instrumentos ou órgãos próprios destinados a tornar compulsória sua aplicação.(C)

  • Texto tecnico no Cesp, sem restrições nem negações, pode marcar certo que é sucesso

  • Se cair na prova que "a doutrina majoritária considera vinculante" marque certo.

  • Questão: Assinada em 1948, no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ainda que não obrigue legalmente os Estados a cumprir suas disposições, não só influenciou muitas constituições nacionais, que expressam, em seu texto, o propósito de garantir a promoção e a proteção dos direitos humanos, mas também impulsionou a criação de convenções internacionais que visam proteger os direitos humanos. CORRETA

    A DUDH possui força JURÍDICA VINCULANTE OBRIGATÓRIA,

    porém não possui força de LEI, porque não é um tratado internacional.

  • Ótima questão para revisão.

  • PPMG 2022


ID
1168951
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

A preocupação com os direitos humanos é antiga, mas sua positivação internacional é fenômeno recente, iniciado no pós- Segunda Guerra Mundial. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.


É obrigação do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) enviar anualmente ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma lista vermelha, composta pelos países considerados responsáveis pela busca do refúgio de seus nacionais.

Alternativas
Comentários
  • Essa lista vermelha sequer existe.
    Não está dentre as atribuições do ACNUR elaborar listas de países considerados responsáveis pela busca do refúgio, muito menos enviá-las ao CSNU, anualmente.

  • "Lista Vermelha" diz respeito à Convenção de Preservação das Espécies Ameaçadas

  • O ACNUR não é e nem deseja ser uma organização supranacional. Portanto, não pode substituir a proteção dada pelas autoridades nacionais. Seu papel principal é garantir que os países estejam conscientes de suas obrigações de conferir proteção aos refugiados e a todas as pessoas que buscam refúgio, atuando em conformidade com esses compromissos.

    .

  • Convenção Relativa ao Estatuto Dos Refugiados.Artigo 35. Cooperação das autoridades nacionais com as Nações Unidas

    1. Os Estados Contratantes comprometem-se a cooperar com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, ou qualquer outra instituição das Nações Unidas que lhe suceda, no exercício das suas funções e em particular para facilitar a sua tarefa de supervisionar a aplicação das disposições desta Convenção.

    2. A fim de permitir ao Alto Comissariado ou a qualquer outra instituição das Nações Unidas que lhe suceda apresentar relatório aos órgãos competentes das Nações Unidas, os Estados Contratantes se comprometem a fornecer-lhes, pela forma apropriada, as informações e os dados estatísticos solicitados relativos:

    a) ao estatuto dos refugiados,

    b) à execução desta Convenção, e

    c) às leis, regulamentos e decretos que estão ou entrarão em vigor no que concerne aos refugiados.

    Também, Protocolo sobre o Estatuto dos Refugiados (Dec. 70946/72), art. II.

    No entanto, não há a lista vermelha.

  • Direitos Humanos na cespe é mt subjetivo, é um jogo de chute que na moral, nem me importo mais de errar, tô aqui contando com a sorte.

  • GABARITO: E

  • que cara mala esse tal de Josemar Costa , fica o tempo todo oferecendo esse material .ptqr, o Q. concurso está virando Olx.
  • ACNUR: Papel de garantir que os países estejam conscientes de suas obrigações de conferir proteção aos refugiados e a todas as pessoas que buscam refúgio, atuando em conformidade com esses compromissos.

    GAB.: ERRADO

  • Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais () das espécies ameaçadas, também conhecida como Lista Vermelha da IUCN ou, em inglês, IUCN Red List ou Red Data List, foi criada em 1964 e constitui um dos inventários mais detalhados do mundo sobre o estado de conservação mundial de várias espécies de plantas, animais, fungos e propostas.

  • Raro achar gabarito comentado nas questões.

  • para quem leu está lei, 9.474 ,quatro vezes , torna-se fácil identificar o erro. Em nenhum dos seus 49 artigos , parágrafos e incisos fala-se em lista vermelha. Bom estudo a todos.

ID
1168954
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

A preocupação com os direitos humanos é antiga, mas sua positivação internacional é fenômeno recente, iniciado no pós- Segunda Guerra Mundial. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.


No continente americano, o Sistema Interamericano de Direitos Humanos é composto por dois órgãos permanentes, com sede em Washington: a Comissão Interamericana, que examina reclamações de indivíduos contra supostas violações aos direitos humanos, e a Corte Interamericana de Direitos Humanos, que julga determinados casos de violações.

Alternativas
Comentários
  • Pessoal,

    A sede da Corte é em San José na Costa Rica.

    Bons estudos!

  • Comissão - Washington

    Corte - San José (Costa Rica)

  • Uma coisa que ajuda a lembrar a diferença das sedes é memorizar que a Comissão foi criada pela OEA antes mesmo da CADH e da Corte.

    Então, a Comissão era, inicialmente, um órgão apenas da OEA, a qual os EUA faz parte. A Corte só foi criada, posteriormente, com a Convenção Americana de DH, a qual os EUA não fazem parte.

    A CADH é conhecida como Pacto de São José da Costa Rica. Logo, a sede da Corte fica na Costa Rica.

    Vejam aqui os países que ratificaram a CADH:

    https://www.cidh.oas.org/basicos/portugues/d.Convencao_Americana_Ratif..htm

    Vida à cultura democrática, Monge.

  • Sistema Interamericano de Direitos Humanos - órgãos permanentes:

    -Comissão Interamericana --> sede em Washington

    -Corte Interamericana de Direitos Humanos --> sede em San José na Costa Rica

  • CORTE

    - SAN JOSE, COSTA RICA

    - A CORTE NÃO JULGA PESSOAS, ELA JULGA ESTADOS! ESTADOS VIOLADORES DE DIREITOS HUMANOS

    COMISSÃO

    - WASHINGTON, EUA

    - PODE SER ACESSADA POR PESSOAS

    Fonte: Aulas do Prof. Thiago Medeiros

  • COMISSÃO Interamericana sede em Washington.

    CORTE Interamericana de Direitos Humanos sede em San José na Costa Rica.

  • PQP hein CESPE...

  • ComiSSão Interamericana (Washigton) - atende pedidos de peSSoas/grupos ou entidade não governamental que alegam violações aos direitos humanos no âmbito da OEA.

    CorTe interamericana (San José da Corte Rica) - Exclusivamente os EsTados-partes e a Comissão têm direito de submeter um caso à decisão da Corte.

    Não cabe recurso nas decisões da Corte Interamericana;

    >EXCEPCIONALMENTE, uma pessoa poderá peticionar diretamente à Corte nos casos graves e urgentes para evitar danos irreparáveis para que sejam tomadas medidas acautelatórias, nos procedimentos já em andamento na Corte.

  • pelo menos, agora nunca mais erro!!

  • Já vou até pesquisar no Google o telefone de cada órgão, pois logo o CESPE vai cobrar.

  • COMISSÃO

    • Não pode mais de um nacional de um mesmo país.

    • Mandato de 4 anos com apenas 1 reeleição.

    • 7 MEMBROS - alta moral e de reconhecido saber de direitos humanos

    • Qualquer pessoa, estados partes e organização não governamental → Pode ir a comissão.

    • Representa → todos os membros da organização dos estados americanos.

    • Comparece em todos os casos da corte.

    Instituída em 1959 → sede em washington

    CORTE

    • Somente a comissão e os estados partes poderão ir até a corte.

    • Não pode ter 2 juízes da mesma nacionalidade.

    • 7 JUÍZES - 1 DE CADA NACIONALIDADE

    • Competência → consultiva e contenciosa

    • mandato de 6 anos com apenas 1 reeleição.

    • quorum → 5 juízes

    Instituída em 1978 → sede em San José, costa rica.

    • Sentenças → Definitivas e Inapeláveis

  • bons estudos
  • GAB: ERRADO

    Vai perguntar o nome da rua também não DESGRAÇA! _|_

    • COMISSÃO - WASHINGTON - EUA
    • CORTE - SAN JOSÉ - COSTA RICA

    • Comissão - Washington
    • Corte - São José da costa rica.
  • Esses fdps não querem testar conhecimento não!!!

  • Já ia xingar a banca até ver que a questão é de Diplomata kkkk

  • No continente americano, o Sistema Interamericano de Direitos Humanos é composto por dois órgãos permanentes, com sede em Washington: a Comissão Interamericana, que examina reclamações de indivíduos contra supostas violações aos direitos humanos, e com sede na Costa Rica: a Corte Interamericana de Direitos Humanos, que julga determinados casos de violações.

  • < > GABARITO: ERRADO

    • PARA AJUDAR FIXAR

    GRAVO ASSIM:

    COM NOME "MAIOR" VAI COM NOME "MAIOR"

    COMISSÃO = WASHINGTON

    COM NOME "MENOR" VAI COM NOME "MENOR"

    COSTA (RICA) = CORTE


ID
1168957
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

A preocupação com os direitos humanos é antiga, mas sua positivação internacional é fenômeno recente, iniciado no pós- Segunda Guerra Mundial. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.


Criado em 2006, o Conselho de Direitos Humanos sucedeu a Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos e, no atual Conselho, diferentemente do que ocorria na Comissão, não são secretas as votações para eleger seus membros.

Alternativas
Comentários
  • As votações para a eleição de seus membros permanece secreta.

  • Inicialmente o Cespe havia apresentado o gabarito como correto, porém providenciou sua alteração para errado com a seguinte justificativa:

    "Diferentemente do afirmado no item e de acordo com a Resolução n°60/251 da Assembleia Geral das Nações Unidas, as votações para eleger os membros do Conselho de Direitos Humanos são realizadas em votações secretas. Por esse motivo, opta‐se pela alteração de seu gabarito."

  • Errado.

    As votações para eleger os membros do Conselho de Direitos Humanos são realizadas em votações secretas.

  • Conselho de Direitos Humanos:

    - Órgão criado em 15 de março de 2006, pelos Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), tendo em vista reforçar a promoção e a proteção dos direitos humanos no mundo inteiro.

    - Sucessor da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

    - Atualmente é formado por 47 países.

    - As votações para eleger os membros do Conselho de Direitos Humanos são realizadas em votações secretas.

  •    ARTIGO 80 da CADH

        A eleição dos membros da Comissão far-se-á dentre os candidatos que figurem na lista a que se refere o artigo 79, por votação secreta da Assembléia-Geral, e serão declarados eleitos os candidatos que obtiverem maior número de votos e a maioria absoluta dos votos dos representantes dos Estados-Membros. Se, para eleger todos os membros da Comissão, for necessário realizar várias votações, serão eliminados sucessivamente, na forma que for determinada pela Assembléia-Geral, os candidatos que receberem menor número de votos.

  • Gabarito: ERRADO

    Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas é o sucessor da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos e é parte do corpo de apoio à Assembleia Geral das Nações Unidas. 

    Sua principal finalidade é aconselhar a Assembleia Geral sobre situações em que os direitos humanos são violados.  

    Enquanto os membros da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos eram pré-selecionados longe dos olhares do público e, depois, “eleitos” por aclamação, os do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas tiveram de competir por um assento, tendo os candidatos eleitos precisado do apoio da maioria do total de Estados-membros, expresso por voto secreto.

    TECCONCURSOS

  • O Conselho tem 47 vagas, distribuídas de forma equitativa entre cinco divisões regionais. Os países precisam de um mínimo de 97 votos para serem eleitos, e a votação é secreta

    fonte: https://news.un.org/pt/story/2018/10/1642822


ID
1168960
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Comércio Internacional (Exterior)
Assuntos

Várias iniciativas de integração passaram a compor a agenda dos países sul-americanos nas últimas décadas. MERCOSUL, ALCSA, IIRSA, CASA e UNASUL são siglas que se tornaram correntes no noticiário da região. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os próximos itens.


Do ponto de vista político, a Cláusula Democrática é a que mais se destaca no Protocolo Ouro Preto.

Alternativas
Comentários
  • O Protocolo que estabelece a cláusula democrática no Mercosul é o de Ushuaia (1998). Ele determina medidas a serem aplicadas no caso de rompimento da ordem democrática em um Estado membro. Tais medidas compreenderão desde a suspensão do direito de participar nos diferentes órgãos dos respectivos processos de integração até a suspensão dos direitos e obrigações resultantes destes processos. 

  • A cláusula que mais se destaca no Procolo de Ouro Preto é a que define a personalidade jurídica do Mercosul.

  • Há dois equívocos no enunciado: primeiro, é o Protocolo de Ushuaia que estabelece o compromisso democrático para os países membros e associados ao Mercosul; e segundo, em termos políticas, a maior inovação do Protocolo de Ouro Preto foi atribuir personalidade jurídica de Direito Internacional ao Mercosul, garantindo ao bloco capacidade de praticar atos para a realização de seus objetivos.


ID
1168963
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Comércio Internacional (Exterior)
Assuntos

Várias iniciativas de integração passaram a compor a agenda dos países sul-americanos nas últimas décadas. MERCOSUL, ALCSA, IIRSA, CASA e UNASUL são siglas que se tornaram correntes no noticiário da região. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os próximos itens.


Estabelecida em 2000, a Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), que é considerada por alguns o primeiro grande esforço prático para a superação das deficiências no plano da infraestrutura, foi incorporada, posteriormente, ao Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento da UNASUL.

Alternativas
Comentários
  • O Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN)  foi criado em agosto de 2009 durante encontro presidencial da UNASUL, quando foi decidida a substituição do Comitê de Direção Executiva da Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) por um Conselho em nível de Ministros. Com a medida, os países membros buscaram conferir maior suporte político às atividades desenvolvidas na área de integração da infraestrutura, de forma a assegurar os investimentos necessários para a execução de projetos prioritários.

    De lá para cá, o COSIPLAN definiu um Plano de Ação Estratégica para os próximos 10 anos e elaborou uma Agenda Prioritária de Projetos, que funcionarão como indutores do da integração da infraestrutura regional, estratégica para o desenvolvimento sul-americano.

    O COSIPLAN substituiu a Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA). Concebida como foro de coordenação e intercâmbio de informações sobre infraestrutura entre os Governos dos 12 países da Região, a IIRSA, em seus 10 anos de existência, desenvolveu importante trabalho, com uma carteira de 520 projetos.


    Fonte: http://www.planejamento.gov.br/ministerio.asp?index=10&ler=t9226



ID
1168966
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Comércio Internacional (Exterior)
Assuntos

Várias iniciativas de integração passaram a compor a agenda dos países sul-americanos nas últimas décadas. MERCOSUL, ALCSA, IIRSA, CASA e UNASUL são siglas que se tornaram correntes no noticiário da região. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os próximos itens.


A CASA tornou-se UNASUL em 2007 e, em 2008, foi criado o CDS, cujo objetivo é contribuir para a unidade sul-americana na área de segurança, complementando, assim, as várias vertentes da UNASUL, que já havia avançado em temas como livre-comércio, integração comercial, infraestrutura e energia.

Alternativas
Comentários
  • Houve alteração do gabarito de Certo para Errado. Justificativa do CESPE: "O tratado constitutivo da UNASUL foi aprovado durante Reunião Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo,realizada em Brasília, em 23 de maio de 2008. Por esse motivo, opta‐se pela alteração de seu gabarito"

  • Sua iniciativa surgiu de uma reunião regional ocorrida em Cusco, no Peru, em 2004, e inicialmente o projeto de unificação sul americano recebia o nome de CASA (Comunidade Sul-Americana de Nações), sendo que durante a I Reunião Energética da América do Sul, realizada na Venezuela em 2007, assumiu seu nome atual. Por influência do presidente venezuelano Hugo Chávez, em crítica ao projeto de integração, considerado por ele muito lento, acabou-se por adotar o nome UNASUL.

    O Tratado Constitutivo da Unasul foi assinado em 23 de maio de 2008, na Terceira Cúpula de Chefes de Estado, realizada em Brasília, Brasil. O Tratado Constitutivo definiu a instalação da sede da União em Quito, Equador.


ID
1168969
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Comércio Internacional (Exterior)
Assuntos

Várias iniciativas de integração passaram a compor a agenda dos países sul-americanos nas últimas décadas. MERCOSUL, ALCSA, IIRSA, CASA e UNASUL são siglas que se tornaram correntes no noticiário da região. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os próximos itens.


No MERCOSUL, como nas demais iniciativas de integração na América do Sul, predomina a dimensão intergovernamental sobre a supranacional. O Protocolo de Ouro Preto, de 1994, atribuiu ao MERCOSUL personalidade jurídica como ator internacional.

Alternativas
Comentários
  • Protocolo de Ouro Preto

    Capítulo II - Personalidade jurídica

    Artigo 34 - O Mercosul terá personalidade jurídica de Direito Internacional.

  • Artigo 14

       São funções e atribuições do Grupo Mercado Comum:

    (...)

     

    VII - negociar com a participação de representantes de todos os Estados Partes, por delegação expressa do Conselho do Mercado Comum e dentro dos limites estabelecidos em mandatos específicos concedidos para este fim, acordos em nome do Mercosul com terceiros países, grupos de países e organismos internacionais. O Grupo Mercado Comum, quando dispuser de mandato para tal fim, procederá à assinatura dos mencionados acordos. O Grupo Mercado Comum, quando autorizado pelo Conselho do Mercado Comum, poderá delegar os referidos poderes à Comissão de Comércio do Mercosul.

  • Exemplo de organização supranacional é a União Europeia, que possui órgãos que proferem decisões que são automaticamente vinculantes e obrigatórias para todos os Estados-membros, independentemente de ratificação. O MERCOSUL, por sua vez, é uma organização intergovernamental, o que resulta no fato de que as decisões de seus órgãos deverá ser internalizadas no ordenamento jurídico de todos os seus membros para que possam entrar em vigor.

     

    Direito Internacional Público - Ricardo Vale - Estratégia


     


ID
1168972
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É possível afirmar que Barak Obama representa os EUA em sua dimensão multicultural, multirracial e globalizada. Na política externa, o governo Obama apresentou algumas novidades. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) os itens seguintes.


.Os EUA condenaram peremptoriamente as ações russas na Crimeia iniciadas em 2014 e, em seguida, suspenderam as negociações do acordo de comércio e investimento e, no plano militar, ameaçaram, nas Nações Unidas, utilizar armas convencionais para defender a autonomia dos ucranianos.

Alternativas
Comentários
  • Para saber a posição Ocidental sobre o conflito:
    http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/03/entenda-crise-na-crimeia.html

  • Não tenho certeza, mas me parece que não houve ameaça de utilização de armas convencionais.

    "Os Estados Unidos e outros países ocidentais exigem que a Rússia recuasse suas tropas na Crimeia. Os EUA também ameaçaram a Rússia com sanções, suspenderam as transações comerciais com o país e cancelaram um acordo de cooperação militar com Moscou.

    EUA e União Europeia realizaram sanções contra indivíduos russos e ucranianos envolvidos no processo, que tiveram seus bens no exterior congelados e foram impedidos de entrar nos EUA e na UE. A Rússia respondeu com sanções contra integrantes do governo norte-americano.

    Em meio à crise, a Comissão Europeia divulgou um plano de ajuda de pelo menos € 11 bilhões para a Ucrânia. Os EUA também anunciaram um pacote de assistência técnica e econômica ao país em uma demonstração de apoio ao novo governo, no valor de US$ 1 bilhão."

    http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/03/entenda-crise-na-crimeia.html

  • Gabarito: ERRADO

     

    "Não houve ameaça do uso de armas convencionais. A resposta imediata dos governos norte-americano e europeus envolveu a imposição de um conjunto de sanções, restrições de vistos para indivíduos e aumento da confrontação no plano retórico. Ao mesmo tempo, o presidente Obama deixou claro que não considerava a possibilidade do uso de força militar na Ucrânia, e que a resposta internacional à tomada da Crimeia pela Rússia seria limitada à diplomacia."

     

    Livro: Como passar Concursos da Diplomacia e Chancelaria - 1.600 Questões


ID
1168975
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É possível afirmar que Barak Obama representa os EUA em sua dimensão multicultural, multirracial e globalizada. Na política externa, o governo Obama apresentou algumas novidades. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) os itens seguintes.


No primeiro ano de seu primeiro mandato, 2009-2012, Obama, no Cairo, fez um discurso que seria entendido como a expressão de sua intenção de estabelecer novo começo nas relações entre o mundo islâmico e os EUA.

Alternativas
Comentários
  • Cairo, 4 jun (EFE).- O presidente americano, Barack Obama, ofereceu hoje um "novo começo" nas relações entre os Estados Unidos e o mundo muçulmano, baseado nos interesses e no respeito mútuos, em seu esperado discurso no Cairo aos fiéis islâmicos.


    Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2009/06/04/ult1808u141162.jhtm


ID
1168978
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É possível afirmar que Barak Obama representa os EUA em sua dimensão multicultural, multirracial e globalizada. Na política externa, o governo Obama apresentou algumas novidades. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) os itens seguintes.


Em seu primeiro mandato presidencial, Obama buscou concluir com o presidente da Rússia o Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (novo START), tentativa, contudo, malograda.

Alternativas
Comentários
  • O novo Start foi assinado em 2010 por EUA e Rússia, entrando em vigor em 2011. Principais pontos do Tratado:


    - REDUÇÃO DE 74% DO NÚMERO DE OGIVAS NUCLEARES que ambos países possuem (em relação ao limite definido pelo tratado START I de 1993), a 1.550 respectivamente. Esta cifra corresponde a uma queda de 30% do número de ogivas em relação ao Tratado de Redução de Arsenais Nucleares Estratégicos (SORT, ou Tratado de Moscou), de 2002.

    - LIMITAÇÃO A 800 DO NÚMERO DE VETORES (mísseis intercontinentais a bordo de submarinos e bombardeiros) mobilizados ou não por cada um dos dois países.

    - LIMITAÇÃO A 700 DO NÚMERO DE VETORES posicionados.

    - ESCUDO ANTIMÍSSEIS: segundo Washington, não impõe nenhuma limitação aos testes, ao desenvolvimento ou à instalação de sistemas de defesa antimísseis dos Estados Unidos, que estejam programados ou em curso de sê-lo. Também não limita os projetos americanos em termos de ataques convencinais de longo alcance.

    - VERIFICAÇÃO: o novo tratado retoma os elementos do START I e os adapta aos novos limites. Prevê verificações das instalações nucleares, intercâmbio de dados, assim como notificações recíprocas de armamentos ofensivos e de sítios nucleares.

    - DURAÇÃO DO TRATADO: o tratado tem duração de 10 anos a partir da data de sua entrada em funções e poderá ser renovado por uma duração máxima de cinco anos. Uma cláusula prevê que cada parte pode se retirar do tratado.

    - ENTRADA EM VIGOR: o tratado entrará em vigor depois de ser ratificado pelos parlamentos dos dois países. O Tratado SORT de 2002 ficará automaticamente abolido depois da entrada em vigor do novo texto.



  • ERRADO

     

    Da mesma forma, mantém-se as conversações bilaterais com os EUA no campo da não proliferação que, em 2010, resultaram na assinatura do Novo START para a redução dos arsenais nucleares da guerra fria.

  • - REDUÇÃO DE 74% DO NÚMERO DE OGIVAS NUCLEARES que ambos países possuem (em relação ao limite definido pelo tratado START I de 1993), a 1.550 respectivamente. Esta cifra corresponde a uma queda de 30% do número de ogivas em relação ao Tratado de Redução de Arsenais Nucleares Estratégicos (SORT, ou Tratado de Moscou), de 2002.

    - LIMITAÇÃO A 800 DO NÚMERO DE VETORES (mísseis intercontinentais a bordo de submarinos e bombardeiros) mobilizados ou não por cada um dos dois países.

    - LIMITAÇÃO A 700 DO NÚMERO DE VETORES posicionados.

    - ESCUDO ANTIMÍSSEIS: segundo Washington, não impõe nenhuma limitação aos testes, ao desenvolvimento ou à instalação de sistemas de defesa antimísseis dos Estados Unidos, que estejam programados ou em curso de sê-lo. Também não limita os projetos americanos em termos de ataques convencinais de longo alcance.

    - VERIFICAÇÃO: o novo tratado retoma os elementos do START I e os adapta aos novos limites. Prevê verificações das instalações nucleares, intercâmbio de dados, assim como notificações recíprocas de armamentos ofensivos e de sítios nucleares.

    - DURAÇÃO DO TRATADO: o tratado tem duração de 10 anos a partir da data de sua entrada em funções e poderá ser renovado por uma duração máxima de cinco anos. Uma cláusula prevê que cada parte pode se retirar do tratado.

    - ENTRADA EM VIGOR: o tratado entrará em vigor depois de ser ratificado pelos parlamentos dos dois países. O Tratado SORT de 2002 ficará automaticamente abolido depois da entrada em vigor do novo texto.


ID
1168981
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É possível afirmar que Barak Obama representa os EUA em sua dimensão multicultural, multirracial e globalizada. Na política externa, o governo Obama apresentou algumas novidades. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) os itens seguintes.


A Índia, que não é signatária do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), e os EUA assinaram um acordo em que foi reconhecido o status da Índia de Estado detentor de armas nucleares.

Alternativas
Comentários
  • O Acordo Nuclear Civil entre Estados Unidos e Índia anunciado, em 2005, por chefes de Estado e Governo, com o compromisso de atender completa cooperação na área de energia nuclear e comércio, foi implementado após aprovações legislativas em 2008. Estabeleceu-se inicialmente que o Congresso norte-americano ajustaria suas leis para efetivar o acordo e a Índia separaria seus programas militar e civil. Dentro de uma recente parceria estratégica indo-americana, o acordo se destaca pela condição da Índia ser um estado com capacidade nuclear e não signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear.

  • "A ascensão chinesa ao estatuto de potência mundial ampliou o interesse de Washington em estreitar os laços com Nova Délhi. As circunstâncias da “guerra ao terror” favoreceram  a aproximação, que se completou na decisão do governo de George W. Bush de reconhecer a Índia como potência nuclear, mesmo às custas da credibilidade do TNP. Como consequência, os Estados Unidos firmaram, em 2006, um acordo que prevê a cooperação tecnológica para usos pacíficos da energia nuclear, e anunciaram apoio à candidatura indiana à condição de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.” (Demétrio Magnoli, O mundo contemporâneo, p. 264)

  • Foi o Pacto Nuclear entre EUA e Índia. Assinado em 2005 e ratificado pela Índia em 2008. Nesse acordo, os EUA cedem combustível e tecnologia nuclear e, por outro lado, a Índia aceita que inspetores internacionais analisem suas fontes nucleares. Apesar disso, ainda hoje a Índia não assinou o TPN.


ID
1168984
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Declaração do Milênio das Nações Unidas apoia os princípios consagrados na Agenda 21 e reafirma o compromisso de seus signatários com a implementação de diversos acordos ambientais. Com relação a esse tema, julgue (C ou E) os itens a seguir.


A Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, cujo órgão supremo é a Conferência das Partes, foi designada Convenção-Quadro porque serve de base para a assinatura de outras convenções internacionais que versem sobre mudança climática.

Alternativas
Comentários
  • Como assim???

  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Conven%C3%A7%C3%A3o-Quadro_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas_sobre_a_Mudan%C3%A7a_do_Clima

  • http://www.socioambiental.org/pt-br/cop-21

  • A Conferência das Partes (COP) é o órgão supremo da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que reúne anualmente os países Parte em conferências mundiais. Suas decisões, coletivas e consensuais, só podem ser tomadas se forem aceitas unanimemente pelas Partes, sendo soberanas e valendo para todos os países signatários.

    A UNFCCC é um tratado internacional resultante da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), informalmente conhecida como a Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992.

    Este tratado foi firmado por quase todos os países do mundo e tem como objetivo a estabilização da concentração de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera em níveis tais que evitem a interferência perigosa com o sistema climático


ID
1168987
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Declaração do Milênio das Nações Unidas apoia os princípios consagrados na Agenda 21 e reafirma o compromisso de seus signatários com a implementação de diversos acordos ambientais. Com relação a esse tema, julgue (C ou E) os itens a seguir.


Estabelecida durante a Rio-92, a Convenção sobre Diversidade Biológica funciona como espécie de arcabouço legal e político para acordos ambientais mais específicos, a exemplo do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança e a Convenção sobre Armamentos Químicos.

Alternativas
Comentários
  • A Convenção sobre Armas Químicas não está relacionada à Convenção sobre Diversidade Biológica. O acordo é administrado pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), que é uma organização independente com sede em Haia, nos Países Baixos.

  • A CDB não funciona como um "arcabouço legal", uma vez que é apenas uma convenção norteadora e que não traz regras obrigatórias e, por conseguinte, não impõe sanções aos países que não cumprem suas diretrizes. O resultado - e consequentemente a maior crítica - é que a Convenção se torna apenas uma carta de intenções e a tradução disso é que seus objetivos e programas têm encontrado muita dificuldade de implementação.

  • De acordo com a correção pelo prof. Tanguy Baghdadi, o erro da questão está em apenas acrescentar a Convenção sobre Armamentos Químicos, um assunto à parte, tratado pela OPAQ.

    A Convenção foi elaborada sob os auspícios das Nações Unidas, aberta para assinaturas em 5 de janeiro de 1992, durante a Eco-92, e entrou em vigor em 29 de dezembro de 1993. Funciona sim como espécie de arcabouço legal e político para acordos ambientais mais específicos, inclusive o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança.


ID
1168990
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Declaração do Milênio das Nações Unidas apoia os princípios consagrados na Agenda 21 e reafirma o compromisso de seus signatários com a implementação de diversos acordos ambientais. Com relação a esse tema, julgue (C ou E) os itens a seguir.


Signatário, junto com quase 200 países, da chamada Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas, o Brasil, atuando em iniciativas bilaterais e multilaterais, é considerado uma das grandes lideranças globais na implementação dessa Convenção.

Alternativas
Comentários
  • Complicado! Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), existem 191 países. Mas há algumas ausências nessa lista. As duas mais famosas são Taiwan, cuja independência não é reconhecida pela China, e o Vaticano, que, apesar de ficar de fora do cadastro da ONU, é "observador permanente" da entidade, status que dá direito a voto nas conferências. Além desses dois, a ONU não contabiliza possessões e territórios. 

  • De acordo com a ONU, ela só tem 114 signatários.

    https://treaties.un.org/Pages/ViewDetails.aspx?src=TREATY&mtdsg_no=XXVII-10&chapter=27&clang=_en

  • Gabarito: certo.
    Obs: o enunciado diz quase 200 países. Melhor não se prender em detalhes.

  • Sim, Lidia...2 paises são quase 200 em relação a 1...

    (Essa pode ser uma pedalada quantitativa?)


ID
1168993
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Declaração do Milênio das Nações Unidas apoia os princípios consagrados na Agenda 21 e reafirma o compromisso de seus signatários com a implementação de diversos acordos ambientais. Com relação a esse tema, julgue (C ou E) os itens a seguir.


Passo importante na evolução das discussões sobre meio ambiente, a Conferência de Estocolmo, de 1972, realizada no âmbito das Nações Unidas, mostrou que havia, naquele momento, grande convergência entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento sobre a necessidade de reduzir, por um tempo, o ritmo de suas atividades industriais.

Alternativas
Comentários
  • "...mostrou que havia, naquele momento, grande convergência entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento sobre a necessidade de reduzir, por um tempo, o ritmo de suas atividades industriais."

    Não havia convergência. O Brasil defendeu a posição de responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Que não era a mesma dos países desenvolvidos.

  • É muito difícil a convergência de interesses em foruns sobre Mieo Ambiente, sobretuto entre países desenvolvidos e país em desenvolvimento. Além disso, em Estocolmo, a pauta estava mais relacionada à questão da poluição, que à industrialização, aquecimento global, etc.
     

  • Na conferência de Estocolmo ocorrida em 1972 surgiu o conceito eco desenvolvimento, relação entre desenvolvimento e meio ambiente. Houve desencontro entre os países do Sul e os países do Norte. Por já terem desmatado grande parte de suas florestas no processo de industrialização, os países do Norte queriam uma postura mais preservacionista, enquanto os países do Sul pleiteavam por desenvolvimento.


ID
1168996
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        Se necessário for definir um paradigma para a geopolítica desde que se constituiu como disciplina, certamente este seria o do realismo, no campo das relações internacionais. A obra de Friedrich Ratzel, teorizando geograficamente o Estado (1897), constitui uma fonte crucial para a análise das relações entre o Estado e o poder.

        B. Becker. A geopolítica na virada do milênio. In: Geografia: conceitos e temas, Castro et al. (Orgs.). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995, p. 273 e 277 (com adaptações).


Acerca do paradigma mencionado no fragmento de texto acima e de suas relações com a obra político-geográfica de Friedrich Ratzel, julgue (C ou E) os itens a seguir.

As leis do crescimento espacial dos Estados enunciadas por Ratzel retificam os princípios básicos do realismo político.

Alternativas
Comentários
  • As divisões teóricas do campo das Relações Internacionais, não são consensuais, havendo uma razoável quantidade de terminologias para expressá-las. 

    No Manual de Política Internacional, disponbilizado pela FUNAG, optou-se por agrupar as teorias conforme as linhas clássicas da ciência política: o realismo, o liberalismo e o marxismo.

    O Realismo é conhecido como a mais tradicional abordagem teórica das Relações Internacionais. O Realismo Político sistematiza suas preocupações em torno de  dois conceitos chave: o poder e o conflito. 

    Ratzel foi um dos primeiros geógrafos a trabalhar com a questão do poder das sociedades nas relações com seus espaços, portanto ele é reconhecido como o fundador da Geografia Política. Para Ratzel, o poder é algo fundamental para o Estado, e a Geografia Política Clássica contribui de modo muito efetivo para que ele se manifeste e possa ser utilizado.

    Ratzel afirmou que o Estado, ─ sequioso de poder, e que almejasse viver em paz, sem ameaças a sua integridade, deveria possuir uma grande extensão territorial, e mantê-la, além de buscar sua expansão para alcançar seu espaço vital. 


  • O correto enunciado da questão seria: As leis do crescimento especial dos Estados enunciadas por Ratzel RATIFICAM (ratificar:conformar, comprovar, validar algo) os princípios básicos do realismo político. 

    O Obra de Ratzel propõe quase que uma legitimação do expansionismo de Bismarck - chanceler alemão da época -, que era embasado numa política agressiva e expansionista.

    Foi também Ratzel o criador do conceito "espaço vital" - que afirma a necessidade de expansionismo de uma população e/ou seu país para suprir sua necessidades básicas, justificando perfeitamente o imperialismo.


  • Pessoal, Juliana Moraes está equivocada em relação a Bismarck e à sua relação com a obra de Ratzel. Desconsideram o que ela afirmou. Na realidade, ao final do século XIX, Bismarck não mais é o Chanceler alemão. Além disso, a gestão de Bismarck não foi expansionista e não foi agressiva! Ao contrário, Bismarck declarou que a Alemanha, após as guerras de unificação, era uma "potência satisfeita", um dos pilares da Realpolitik. Bismarck, na verdade, buscou o status quo europeu por meio de um Sistema de Alianças. Com a saída de Bismarck em 1890, inicia-se a Weltpolitik, essa, sim, mais assertiva, inspirada no Lebensraum (Espaço vital) de Ratzel.

  • A geografia de Ratzel foi um poderoso instrumento de legitimação dos desígnios expansionistas da Alemanha recém-criada no então século XIX. Com a elaboração do conceito de espaço vital, o geógrafo defendia que o território de um Estado representava as condições de trabalho e existência de uma sociedade. Nesse sentido, o expansionismo seria algo natural e inevitável em uma sociedade que progride, uma vez que o progresso demandaria mais território para ser viabilizado. O Realismo político, desenvolvido por autores como Maquiavel e Hobbes, dentre outros, tem como princípios básicos a centralidade do Estado como ator no sistema internacional, a prioridade dos temas relacionados à segurança, com a guerra e o expansionismo sendo centrais, e a desconsideração de valores éticos ou morais na condução da política estatal. Percebe-se que a geografia ratzeliana e o Realismo político são bastante convergentes. Dessa forma, a questão está errada, pois a teoria de Ratzel não retifica os princípios básicos do realismo. Retificar significa corrigir, contradizer. Se o verbo utilizado tivesse sido ratificar (confirmar), ao invés de retificar, a questão estaria certa. 


    Gabarito : Errado

  • Errei porque li "ratificam" ao invés de "retificam"! 

    Pressa e falta de atenção :-(


  • Errada !

     

  • Não é a primeira vez que essa Juliana comenta desinformação, parece-me má fé para atrapalhar os colegas. 

  • Sinto muito Tom, mas a Juliana está certa. Ela disse legitima - fato posterior. E você poderia ler mais sobre Bismarck e a formação do Estado Alemão. Não detone gratuitamente as pessoas sem ter certeza do que fala.

  • Trecho de um comentário (de outra questão) da professora Melina Campos Lima, daqui do QC: "Dessa forma, a teoria ratzeliana respaldava o ímpeto expansionista dos Estados, considerando-o natural e inevitável. No contexto histórico em que viveu, a teoria de Ratzel legitimava o imperialismo alemão (bismarckiano), sua terra natal. "

    Então de fato a Juliana Moraes está correta no comentário dela, o qual o colega Tom Cesar pediu para que fosse desconsiderado.

  • Só pra deixar claro, a Juliana, que o colega falou para ser desconsiderada, justificou a questão exatamente do jeito que a professora o fez. Aos não assinantes: a justificativa da Juliana é que vale!

  • Gabarito: ERRADO

     

    Outra questão para ajudar no entendimento:

     

    Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: Diplomata - Prova 1

     

    Por considerar o Estado como organismo vivo, a geografia política ratzeliana contradiz o paradigma do realismo político. ERRADO


ID
1168999
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        Se necessário for definir um paradigma para a geopolítica desde que se constituiu como disciplina, certamente este seria o do realismo, no campo das relações internacionais. A obra de Friedrich Ratzel, teorizando geograficamente o Estado (1897), constitui uma fonte crucial para a análise das relações entre o Estado e o poder.

        B. Becker. A geopolítica na virada do milênio. In: Geografia: conceitos e temas, Castro et al. (Orgs.). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995, p. 273 e 277 (com adaptações).


Acerca do paradigma mencionado no fragmento de texto acima e de suas relações com a obra político-geográfica de Friedrich Ratzel, julgue (C ou E) os itens a seguir.

A relação do Estado com o solo reforça a concepção ratzeliana do espaço vital como o espaço fundamental à expansão de um complexo povo.

Alternativas
Comentários
  • Inicialmente o gabarito foi apresentado como correto, mas o Cespe optou pela sua anulação com base na seguinte justificativa:

    "Deferido com anulação. O uso, na redação do item, da expressão “complexo povo” prejudicou seu julgamento objetivo, motivo pelo qual se opta por sua anulação.


ID
1169002
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        Se necessário for definir um paradigma para a geopolítica desde que se constituiu como disciplina, certamente este seria o do realismo, no campo das relações internacionais. A obra de Friedrich Ratzel, teorizando geograficamente o Estado (1897), constitui uma fonte crucial para a análise das relações entre o Estado e o poder.

        B. Becker. A geopolítica na virada do milênio. In: Geografia: conceitos e temas, Castro et al. (Orgs.). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995, p. 273 e 277 (com adaptações).


Acerca do paradigma mencionado no fragmento de texto acima e de suas relações com a obra político-geográfica de Friedrich Ratzel, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Por reconhecer a exclusividade dos Estados como atores internacionais, o realismo político coaduna-se com os parâmetros da geopolítica clássica.

Alternativas
Comentários
  • Nas teorias realistas das relações internacionais, que reivindicam um caráter objetivo, empírico e pragmático, o Estado é colocado no centro das discussões, pois se considera que o Estado é o ator principal das relações internacionais. 

  • Tanto o realismo político quanto a geopolítica clássica reconhecem o Estado como exclusivo agente internacional, a ponto desta última ser rotulada como teoria "estadocêntrica". 

    "O realismo político, balizador da geopolítica clássica, apresenta, pelo menos, três características essenciais: a) política interna e política internacional são consideradas áreas distintas e independentes entre si; b) somente os Estados são reconhecidos como atores internacionais; e c) o poder traduzido na possibilidade de usar a força é a sua obsessão." (Bertha Becker, Manual do Candidato: Geografia, p. 143)

  • A geopolítica clássica se preocupou, em linhas fundamentais, a associar o Estado a elementos que lhe permitissem conquistar mais poder, o que significa que a expansão estatal e o controle de espaços estratégicos, como vias de comunicação, seriam a base do interesse nacional e deveriam guiar a ação dos Estados. Ratzel, Karl Haushofer e Mackinder estão entre os principais nomes da geopolítica clássica, a qual foi extremamente influenciada por princípios do Realismo político, que considera os Estados como os principais atores do sistema interestatal e explica os ímpetos expansionistas dos Estados como sendo natural e inerente à própria estrutura de poder. A questão, portanto, está certa. 
  • Se, assim como eu, você errou por pensar que primazia do Estado nas R.I. não é sinônimo de exclusividade e, assim como eu, pensou que a banca estava extrapolando a teoria nessa questão...  Bom, aqui vai minha solidariedade. 

  • certo

     

  • Estado como ator principal e não como ator exclusivo. ;(
  • É SÓ LEMBRAR DO CONSORCIO NORDESTE BUSCANDO INVESTIMENTOS NA CHINA E EUROPA SEM AVAL DO CHEFE DO EXECUTIVO FEDERAL QUE ACERTA...

  • Aos não assinantes.

    Gab.: CERTO.


ID
1169005
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        Se necessário for definir um paradigma para a geopolítica desde que se constituiu como disciplina, certamente este seria o do realismo, no campo das relações internacionais. A obra de Friedrich Ratzel, teorizando geograficamente o Estado (1897), constitui uma fonte crucial para a análise das relações entre o Estado e o poder.

        B. Becker. A geopolítica na virada do milênio. In: Geografia: conceitos e temas, Castro et al. (Orgs.). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995, p. 273 e 277 (com adaptações).


Acerca do paradigma mencionado no fragmento de texto acima e de suas relações com a obra político-geográfica de Friedrich Ratzel, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Por considerar o Estado como organismo vivo, a geografia política ratzeliana contradiz o paradigma do realismo político.

Alternativas
Comentários
  • As teorias geopolíticas clássicas pensavam o Estado como um organismo territorial, sendo que essa comparação do Estado com um organismo foi proposta pelo geógrafo Friedrich Ratzel em seu livro Geografia Política. Mas é importante destacar que esse autor usava a palavra organismo não como metáfora biológica, e sim no sentido que o pensamento romântico dava a esse termo, isto é, como uma unidade indissociável entre diversos elementos naturais e humanos. Para Ratzel, o Estado agia como organismo territorial porque mobilizava a sociedade para um objetivo comum, que era a defesa territorial, e implementava uma série de políticas visando garantir a coesão da sociedade e do território, unindo o povo ao solo. (wikipedia)

  • Ratzel, de fato, considerava o Estado como organismo vivo. Isso significava que, em caso de progresso, por exemplo, um Estado necessitaria de mais espaço. Dessa forma, a teoria ratzeliana respaldava o ímpeto expansionista dos Estados, considerando-o natural e inevitável. No contexto histórico em que viveu, a teoria de Ratzel legitimava o imperialismo alemão (bismarckiano), sua terra natal. O Realismo político, desenvolvido por autores como Maquiavel e Hobbes, dentre outros, tem como princípios básicos a centralidade do Estado como ator no sistema internacional, a prioridade dos temas relacionados à segurança, com a guerra e o expansionismo sendo centrais, e a desconsideração de valores éticos ou morais na condução da política estatal. Dessa forma, o realismo político e a geografia política ratzeliana são perfeitamente compatíveis, e não contraditórios, como se afirma na questão. A questão está errada. 
  • Gabarito: ERRADO

     

    Outra questão sobre o mesmo assunto:

     

    Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: Diplomata - Prova 1

     

    As leis do crescimento espacial dos Estados enunciadas por Ratzel retificam os princípios básicos do realismo político. ERRADO


ID
1169008
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        Karl Haushofer era militar de carreira, mas sua saúde frágil tornou-lhe difícil o exercício de comando na guerra. Ele se orientou, então, para as funções do Estado-Maior. E serve, por isso, de 1908 a 1910, como adido militar em Tóquio. Ele é, assim, iniciado à geopolítica dos militares e à dos diplomatas.

                 P. Claval. Géopolitique et géoestratégie. Paris: Nathan, 1994, p. 25 (com adaptações).


Em relação à hipótese geoestratégica do poder mundial elaborada por Karl Haushofer, julgue (C ou E) os itens subsequentes.


A panregião da Euráfrica, sob liderança alemã, englobava a Rússia, subordinada aos imperativos geopolíticos das potências europeias.

Alternativas
Comentários
  • Haushofer (1869-1946), geopolítico alemão, advogava uma aliança da Alemanha com a Rússia e o Japão, que deveriam ajustar suas respectivas esferas de influência e formar uma nova constelação de poder na Eurásia. Na visão de Haushofer, esta partilha levaria à constituição de três grandes áreas supercontinentais denominadas pan-regiões: a Euráfrica (englobando Europa, África e Oriente Médio) – submetida à suserania alemã; a Pan-Ásia (abarcando a China, Coréia, Sudeste asiático e Oceânia) – sob domínio japonês; e, entre ambas, a Pan-Rússia (gigantesca zona-tampão formada pela Rússia, Irã e Índia) – tutelada pela ex-União Soviética. Finalmente, o general-geógrafo alemão concebia ainda uma quarta pan-região — a Pan-América —, que englobava todo o continente americano sob o domínio dos EUA 

  • Haushofer foi um geopolítico alemão que teve bastante influência no expansionismo germânico desde o final do século XIX até a Segunda Guerra Mundial. Uma de suas teorias defendia uma aliança entre Alemanha, Rússia e Japão, que, por meio da divisão territorial do mundo por áreas de influência, dominariam o sistema internacional. Essas áreas seriam chamadas de pan-regiões e cada um dos três países lideraria uma delas, além dos Estados Unidos, que seriam os líderes da pan-América, quarta pan-região. A Euráfrica (Europa, África e Oriente Médio) ficaria sob domínio alemão; a Pan-Ásia (China, Coreia, Leste asiático e Oceania) ficaria sob domínio japonês; e, por fim, entre essas duas regiões, funcionando como território tampão, encontrar-se-ia a Pan-Rússia (Rússia, Irã e Índia), a qual seria dominada pela Rússia. Dessa forma, a questão está errada, pois a pan-região Euráfrica não englobava a Rússia e esse país seria um dos líderes mundiais, e não subordinado aos imperativos geopolíticos das potências europeias. 

    Gabarito : Errado.

  • Questão Errada.

  • Conforme as explanações de Mello (1999, p.79): ―O haushoferismo advogava uma aliança da Alemanha com a Rússia e o Japão, que deveriam ajustar suas respectivas esferas de influência e formar uma nova constelação de poder na Eurásia‖. Na visão de Haushofer, esta partilha levaria à constituição de três grandes áreas supercontinentais denominadas pan-regiões: a Euráfrica (englobando Europa, África e Oriente Médio) – submetida à suserania alemã; a Pan-Ásia (abarcando a China, Coréia, Sudeste asiático e Oceânia) – sob domínio japonês; e, entre ambas, a Pan-Rússia (gigantesca zona-tampão formada pela Rússia, Irã e Índia) – tutelada pela ex-União Soviética. Finalmente, o general-geógrafo alemão concebia ainda uma quarta pan-região — a Pan-América —, que englobava todo o continente americano sob o domínio dos EUA 


ID
1169011
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        Karl Haushofer era militar de carreira, mas sua saúde frágil tornou-lhe difícil o exercício de comando na guerra. Ele se orientou, então, para as funções do Estado-Maior. E serve, por isso, de 1908 a 1910, como adido militar em Tóquio. Ele é, assim, iniciado à geopolítica dos militares e à dos diplomatas.

                 P. Claval. Géopolitique et géoestratégie. Paris: Nathan, 1994, p. 25 (com adaptações).


Em relação à hipótese geoestratégica do poder mundial elaborada por Karl Haushofer, julgue (C ou E) os itens subsequentes.


A idealização de panregiões comandadas por potências específicas da Europa, Ásia e América estava associada à neutralização do Império britânico, concebido como panregião fragmentada.

Alternativas
Comentários
  • Pela minha interpretação, no começo do século XX, o Império Britânico estava em decadência dando espaço para novas potências:

    Europa : Alemanha e Itália

    América: EUA

    Ásia: Japão

    O jogo de poder busca a neutralização da potência dominante.

  • De acordo com Becker (1995: 279): Influenciado pela geopolítica de Kjellén, pelo poder marítimo inglês e pela visão de Mackinder, a escola alemã conduzida pelo major Haushofer, idealizou a formação de pan-regiões como forma de, através da complementaridade de recursos produzidos em climas, alcançar a autarquia. Segundo essa concepção, o império inglês correspondia, na verdade, a uma pan-região fragmentada, representada pelas colônias. A formação da Pan-região americana liderada pelos EUA, a Pan-região África liderada pela Alemanha, Pan-leste da Ásia pelo Japão e Pan-Rússia com a Índia, seria uma forma de romper o poder inglês, concepção que no plano da ação correspondeu ao pacto de não-agressão à URSS e à aliança com o Japão.

    Fonte: Manual de Geografia - FUNAG

  • Uma das teorias de Haushofer defendia uma aliança entre Alemanha, Rússia e Japão, que, por meio da divisão territorial do mundo por áreas de influência, dominariam o sistema internacional. Essas áreas seriam chamadas de pan-regiões e cada um dos três países lideraria uma delas, além dos Estados Unidos, que seriam os líderes da pan-América. A Euráfrica (Europa, África e Oriente Médio) ficaria sob domínio alemão; a Pan-Ásia (China, Coreia, Leste asiático e Oceania) ficaria sob domínio japonês; e, por fim, entre essas duas regiões, funcionando como território tampão, se encontraria a Pan-Rússia (Rússia, Irã e Índia), a qual seria dominada pela Rússia. Um dos principais objetivos de Haushofer ao desenvolver essa teoria foi o de tentar neutralizar o poder do Império Britânico, que era o mais poderoso no início do século XX e que contou com mais de 100 colônias ao longo de aproximadamente 4 séculos de história. Segundo Berta Becker, "Influenciado pela geopolítica de Kjellén, pelo poder marítimo inglês e pela visão de Mackinder, a escola alemã conduzida pelo major Haushofer, idealizou a formação de pan-regiões como forma de, através da complementaridade de recursos produzidos em climas, alcançar a autarquia. Segundo essa concepção, o império inglês correspondia, na verdade, a uma pan-região fragmentada, representada pelas colônias. A formação da Pan-região americana liderada pelos EUA, a Pan-região África liderada pela Alemanha, Pan-leste da Ásia pelo Japão e Pan-Rússia com a Índia, seria uma forma de romper o poder inglês, concepção que no plano da ação correspondeu ao pacto de não-agressão à URSS e à aliança com o Japão". A questão está certa.
  • Certo

     

  • Obrigado pelo comentário luiz felipe, foi de grande ajuda!

  • Mc Lovin, chorei de rir aqui.

  • Pelo livro 1600 questões comentadas:

    Correto, em diversos momentos em que apresenta a sua hipótese geoestratégica das panregiões, Karl Haushofer delimita uma panregião composta por alguns pedaços do Império Britânico, esvaziando dessa maneira a capacidade de influência dessa tradicional potência ao reduzir sua area de controle e separá-la em fragmentos. Um ex disso é o caso da Índia, frequentemente posicionada como parte da panregião russa.


ID
1169014
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia

        Karl Haushofer era militar de carreira, mas sua saúde frágil tornou-lhe difícil o exercício de comando na guerra. Ele se orientou, então, para as funções do Estado-Maior. E serve, por isso, de 1908 a 1910, como adido militar em Tóquio. Ele é, assim, iniciado à geopolítica dos militares e à dos diplomatas.

                 P. Claval. Géopolitique et géoestratégie. Paris: Nathan, 1994, p. 25 (com adaptações).


Em relação à hipótese geoestratégica do poder mundial elaborada por Karl Haushofer, julgue (C ou E) os itens subsequentes.


A formação das panregiões impedia a consolidação de espaços autárquicos, devido às diversas faixas latitudinais dessas áreas de influência estratégicas.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com Becker (1995: 279): a escola alemã conduzida pelo major Haushofer, idealizou a formação de pan-regiões como forma de, através da complementaridade de recursos produzidos em climas, alcançar a autarquia. 

    Fonte: Manual de Geografia - FUNAG

  • As pan-idéias, em volta das quais seria organizado o mundo, eram o pan-asiatismo (propugnado e praticado pelo Japão, come será visto), o pan-islamismo (ao qual então foi dedicada escassa atenção, à diferença do que hoje ocorre), o pan-americanismo (identificado com a Doutrina Monroe) e, enfim, naturalmente, o pan-europeismo. Com base nessa visão, Haushofer propunha criar algumas grandes áreas de dimensões continentais que, de Norte a Sul, compreendessem, cada uma, uma zona ártica, uma temperada e uma tropical. Isto permitiria a cada pan-região ser auto-suficiente: surge aqui o conceito de "autarquia" (autarké, não autarché), que estava destinada a ter aplicação também na Itália fascista. Cada pan-região estaria constituída por Estados periféricos, fornecedores de matérias primas, e por um Estado-guia: na pan-região americana, os Estados Unidos; na asiática, o Japão; na européia, a Alemanha.

  • A formação das pan-regiões visava justamente a permitir a formação e consolidação de espaços autárquicos, que pudessem estar sob a liderança da Alemanha ou de aliados germânicos. Conforme se lê no Manual de Geografia da FUNAG para o CACD, "Segundo Lorot (1995:28), a “geopolítica alemã é o prolongamento natural da geografia política de Friedrichk Ratzel e de Rudolf Kjellén. Karl Haushofer lhe tomou de empréstimo vários conceitos, notadamente o de lage (situação) e a de raum (espaço). Trata-se de uma hipótese sobre o poder terrestre, orientada por uma ordem internacional idealizada a partir da perspectiva de assegurar, a algumas potências, zonas de influência bastante extensas, ou seja, efetivos espaços autárquicos controlados por Estados específicos". A questão está, portanto, errada. 
  • Questão ERRADA. 

  • Inspiração Ratzeliana, #lebensraum.

  • questão ERRADA - é exatamente o contrário. A ideia de Haushofer de pan-regiões baseia-se no princípio de autarquia, na medida em que cada Estado suserano conseguiria controlar todos os recursos possíveis de seu território, não havendo, nesse caso, dependência externa. Logo, se cada potência encontra tudo o que necessitava em sua pan-região, não havia estímulo para avançar sobre a região alheia - caso de potências simétricas que entenderiam que o custo de se expandir e uma provavelmente guerra não era atrativo. determinou as seguintes pan-regiões: euráfrica, onde Alemanha seria a potência (obs. poderia haver uma pan-região britânica fragmentada)/ pan-americana - Estados Unidos, pan-russia, e uma zona de co-prosperidade asiática liderada pelo japão


ID
1169017
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        Karl Haushofer era militar de carreira, mas sua saúde frágil tornou-lhe difícil o exercício de comando na guerra. Ele se orientou, então, para as funções do Estado-Maior. E serve, por isso, de 1908 a 1910, como adido militar em Tóquio. Ele é, assim, iniciado à geopolítica dos militares e à dos diplomatas.

                 P. Claval. Géopolitique et géoestratégie. Paris: Nathan, 1994, p. 25 (com adaptações).


Em relação à hipótese geoestratégica do poder mundial elaborada por Karl Haushofer, julgue (C ou E) os itens subsequentes.


Segundo essa hipótese, o objetivo estratégico baseava-se na consolidação do poder marítimo e naval mundial sob o comando da Alemanha.

Alternativas
Comentários
  • Apesar da Alemanha ter uma marinha moderna, nunca consegui exercer uma supremacia naval no mundo, como foi o caso do Império Britânico e atualmente dos EUA.

  • Em suma, Haushofer diz, a política externa repousa sobre o espaço vital. A partir dessa ideia geral, desenvolve uma estratégia política para os Estados, que leva em conta, necessariamente, a correspondência ideal entre a densidade populacional, os projetos de plena realização econômica e cultural das nações e a base territorial, indispensável ao pleno desenvolvimento de cada país.

    Fonte: Manual de Geografia - FUNAG

  • O geopolítico alemão Haushofer desenvolveu sua teoria principalmente baseada na importância do poder terrestre, baseando seus estudos em conceitos como espaço vital e pan-regiões. O geopolítico que mais desenvolveu a importância do poder naval foi o americano Alfred Mahan, e não Haushofer. Segundo manual de geografia da FUNAG para o CACD, "Em suma, ele [Haushofer] diz, a política externa repousa sobre o espaço vital. A partir dessa ideia geral, desenvolve uma estratégia política para os Estados, que leva em conta, necessariamente, a correspondência ideal entre a densidade populacional, os projetos de plena realização econômica e cultural das nações e a base territorial, indispensável ao pleno desenvolvimento de cada país". A questão está, portanto, errada. 
  • Gabarito: ERRADO

     

    O teórico do poder marítimo é o Almirante Alfred Mahan.

  • Haushofer = #poder terrestre #espaço vital #pan-regiões :)

  • Assertiva errada.

    Karl Haushofer= Importância do poder terrestre.

    Alfred Mahan= Importância do poder naval


ID
1169020
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        A aparição das chamadas cidades mundiais e das cidades globais se explica pela necessidade de organização e controle da economia global. O termo cidade global, em sua versão mais topológica, é definido por Saskia Sassen como um território onde se exerce uma série de funções de organização e controle na economia global e nos fluxos de investimentos em escala planetária.

        O. Nel.Lo e F. Muñoz. El proceso de urbanización. In.: Geografía humana, J. Romero et al (Coord.). Barcelona: Ariel, 2008, p. 321 (com adaptações).


Considerando a perspectiva conceitual de Saskia Sassen, julgue (C ou E) os itens seguintes, relativos a cidades globais.


A dinâmica fundamental do novo processo de urbanização pressupõe que, quanto mais a economia for globalizada, maior será a convergência de funções centrais nas cidades globais, cuja densidade demográfica elevada expressa espacialmente essa dinâmica.

Alternativas
Comentários
  • Algumas características básicas de cidades globais são:

    - Familiaridade internacional;

    - Influência e ativa participação em eventos internacionais. Por exemplo, a cidade de Nova Iorque sedia a Organização das Nações Unidas e em Bruxelas, se encontram as sedes da Organização do Trtado do Atlântico Norte e da União Europeia;

    - Uma grande população, pelo menos um milhão de habitantes, muitas vezes, tendo vários milhões de habitantes;

    - Um aeroporto internacional de grande porte; 

    Um sistema avançado e eficiente de transportes. Isto inclui vias expressas, rodovias, e transporte público; 

    Qualidade de vida;

    - Sedes de grandes companhias, conglomerados e multinacionais;

    - Sede de instituições educacionais, como universidades;

    - Uma bolsa de valores que possua influência na economia mundial;

    - Presença de redes multinacionais e instituições financeiras de grande porte;

    - Infraestrutura avançada de comunicações; 

    - Presença de grandes instituições de artes, como museus; 

    - Grande influência econômica no mundo;

    - Expressivo número de bilionários.

  • Cidades globais são aquelas que têm capacidade de influência mundial. Como exemplos, podem-se citar Nova York, Tóquio, Londres, São Paulo, dentre outras. Essas cidades têm um poder considerável de atrair população, pois todos os setores da economia exercem ao menos parte de suas atividades nelas. São centros onde todo tipo de serviço é prestado e onde o comércio é mais abundante. Isso leva as pessoas a considerarem as cidades globais como lugares onde há mais oportunidades. Ademais, a concentração da prestação de serviços especializados, que não podem ser encontrados em outros locais, como nas áreas da saúde, educação e tecnologia, é outro fator de atração. Toda essa convergência de funções inerentes às cidades globais é um elemento chave para explicar a elevada densidade demográfica desses locais, a qual é essencial para explicar a própria dinâmica de funcionamento e influência dessas cidades. A questão está certa. 
  • Não necessariamente uma cidade global precisa ter mais de 1 milhao de habitantes para ser considerada global. Já vi autores colocarem Zurique e Frankfurt (ambas com menos de 1 milhao de habitantes) como cidades globais. Também nunca tinha visto nada sobre "Expressivo numero de bilionarios".
    O critério para definir cidades globais não é consensual. Mas, de fato, algumas caracteristicas são consensos. 

  • Comentário do professor: Cidades globais são aquelas que têm capacidade de influência mundial. Como exemplos, podem-se citar Nova York, Tóquio, Londres, São Paulo, dentre outras. Essas cidades têm um poder considerável de atrair população, pois todos os setores da economia exercem ao menos parte de suas atividades nelas. São centros onde todo tipo de serviço é prestado e onde o comércio é mais abundante. Isso leva as pessoas a considerarem as cidades globais como lugares onde há mais oportunidades. Ademais, a concentração da prestação de serviços especializados, que não podem ser encontrados em outros locais, como nas áreas da saúde, educação e tecnologia, é outro fator de atração. Toda essa convergência de funções inerentes às cidades globais é um elemento chave para explicar a elevada densidade demográfica desses locais, a qual é essencial para explicar a própria dinâmica de funcionamento e influência dessas cidades. A questão está certa. 

  • Questão CERTA. 


ID
1169023
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        A aparição das chamadas cidades mundiais e das cidades globais se explica pela necessidade de organização e controle da economia global. O termo cidade global, em sua versão mais topológica, é definido por Saskia Sassen como um território onde se exerce uma série de funções de organização e controle na economia global e nos fluxos de investimentos em escala planetária.

        O. Nel.Lo e F. Muñoz. El proceso de urbanización. In.: Geografía humana, J. Romero et al (Coord.). Barcelona: Ariel, 2008, p. 321 (com adaptações).


Considerando a perspectiva conceitual de Saskia Sassen, julgue (C ou E) os itens seguintes, relativos a cidades globais.


A dispersão territorial das atividades econômicas contribui, por meio, por exemplo, de tecnologias da informação, para o crescimento das funções e das operações centralizadas nas cidades globais.

Alternativas
Comentários
  • A dispersão territorial das atividades econômicas, das quais a globalização é uma das formas, contribui para o crescimento das funções e das operações centralizadas nas cidades globais. 

    SASSEN, Saskia. As Cidades na Economia Mundial.
  • O termo cidade global foi criado pela socióloga holandesa Saskia Sassen. Segundo a autora, a dispersão territorial das indústrias/fábricas, que vem ocorrendo cada vez com mais frequência inclusive no plano internacional, faz com que a demanda por serviços cresça. A cidade global é o local por excelência onde se prestam serviços, incluindo os de alta complexidade. Assim, é comum que fábricas/manufaturas ao redor do mundo se utilizem de serviços prestados facilmente em cidades globais, colaborando para o crescimento das funções e das operações centralizadas nessas cidades. O avanço expressivo de setores como o da tecnologia da informação é o que permite que isso aconteça. A questão, portanto, está certa. 
  • Cespe - O nível máximo de controle e de gerenciamento da indústria permanece concentrado em poucos centros financeiros diretores, como observado especialmente em cidades globais como Paris, São Paulo e Los Angeles, na década de 80 do século XX.

     

    ERRADO

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO

  • Parece que a lógica é a seguinte: quando as atividades industriais eram concentradas num determinado lugar (numa cidade, por exemplo), essa cidade detinha todo o controle da produção e distribuição. Aliás, as empresas já escolhiam o lugar pensando nessa vantagem competitiva, que poderia ser a proximidade da matéria prima, da energia ou da mão de obra. Mas a atual lógica do capital visa maximização do lucro, que decorre de uma conjunção complexa dos fatores de produção: o custo de transporte para obtenção de matéria prima ou para distribuição do produto final, da mão de obra, da energia, dentre outros. Assim, a dispersão territorial das atividades produtivas encontra nas cidades globais, como São Paulo, um centro de convergência a partir do qual essas atividades são comercializadas juntamente com outras que podem complementar a cadeia de produção, como serviços financeiros, jurídicos, logísticos, dentre outros

  • É CERTO E PRONTO, DESCULTIR COM A QUESTÃO É COISA DE INICIANTE CRIADO COM VÓ


ID
1169026
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        A aparição das chamadas cidades mundiais e das cidades globais se explica pela necessidade de organização e controle da economia global. O termo cidade global, em sua versão mais topológica, é definido por Saskia Sassen como um território onde se exerce uma série de funções de organização e controle na economia global e nos fluxos de investimentos em escala planetária.

        O. Nel.Lo e F. Muñoz. El proceso de urbanización. In.: Geografía humana, J. Romero et al (Coord.). Barcelona: Ariel, 2008, p. 321 (com adaptações).


Considerando a perspectiva conceitual de Saskia Sassen, julgue (C ou E) os itens seguintes, relativos a cidades globais.


A globalização econômica contribui para uma nova geografia da centralidade e da marginalidade, tornando as cidades globais lugares de concentração de poder econômico, ao passo que cidades que foram centros manufatureiros experimentam nítido declínio.

Alternativas
Comentários
  • Segundo Sassen, surgem novas formas de marginalidade e polarização. Os novos setores de crescimento, as novas capacidades organizacionais das firmas e as novas tecnologias — os três interrelacionados — estão contribuindo para produzir não apenas uma nova geografia da centralidade mas também uma nova geografia da marginalidade. As evidências para os EUA, a Europa Ocidental e o Japão sugerem que serão necessárias políticas e ações governamentais para reduzir as novas formas de desigualdade espacial e social.

    SASSEN, Saskia. As Cidades na Economia Mundial.

  • Mas não seriam os antigos centros manufatureiros que se tornaram cidades globais? A marginalidade não ficou com os centros produtores de bens primários?

  • Não, há várias cidades fantasmas nos Estados Unidos e em outras regiões . Acho que o exemplo que você tomou foi a cidade de São Paulo, que nesse caso não é a regra. 

  • Na questão, a centralidade é expressada pelas cidades globais e a marginalidade é representada pelos antigos centros manufatureiros. Enquanto as cidades globais se desenvolveram como centros financeiros, prestadores de serviços e congregadores de toda tecnologia de ponta em termos de telecomunicações, os antigos centros manufatureiros, que detiveram importância central durante séculos por representares setor vital da economia mundial - a indústria -, estão em decadência. Isso ocorre porque, com a globalização intensificada, grande parte da cadeia produtiva foi deslocada para locais onde os custos são mais baratos, fazendo com que algumas cidades que já foram ricas e dinâmicas, como Detroit, se tornassem espécies de cidades fantasmas. Entretanto, o setor de inteligência das indústrias, ou seja,  aquele que exige profissionais altamente qualificados, como na áreas de computação, design e finanças, não pode prescindir de uma localização estratégica, sendo que as cidades globais ainda são lugares que concentram grande parte dos setores estratégicos das indústrias e empresas em geral. A questão, portanto, está certa.

  • Na questão, a centralidade é expressada pelas cidades globais e a marginalidade é representada pelos antigos centros manufatureiros. Enquanto as cidades globais se desenvolveram como centros financeiros, prestadores de serviços e congregadores de toda tecnologia de ponta em termos de telecomunicações, os antigos centros manufatureiros, que detiveram importância central durante séculos por representares setor vital da economia mundial - a indústria -, estão em decadência. Isso ocorre porque, com a globalização intensificada, grande parte da cadeia produtiva foi deslocada para locais onde os custos são mais baratos, fazendo com que algumas cidades que já foram ricas e dinâmicas, como Detroit, se tornassem espécies de cidades fantasmas. Entretanto, o setor de inteligência das indústrias, ou seja,  aquele que exige profissionais altamente qualificados, como na áreas de computação, design e finanças, não pode prescindir de uma localização estratégica, sendo que as cidades globais ainda são lugares que concentram grande parte dos setores estratégicos das indústrias e empresas em geral. A questão, portanto, está certa.

    Autor: Melina Campos Lima

  • Errei a questão, mas havia lembrado de Detroit.

    No entanto, conclui que a maioria das cidades globais foram grandes centros manufatureiros, por isso achei a questão errada.

     

  • Sinceramente, nessa questão acho que os examinadores generalizaram alguns casos, como o de Detroit, para dizer que essa é a regra.

     

    Em primeiro lugar, muitas das cidades globais já foram centros manufatureiros. Em segundo lugar, muitas das cidades médias atualmente se desenvolvem baseadas na indústria.

    O caso de Detroit é bastante particular de uma cidade que se desenvolveu baseada numa indústria específica (a automobilística) e no momento que essa indústria passou a ter que conviver com margens de lucro menores, ela passou a sofrer com custos trabalhistas pesados que o sindicatos da região haviam conseguido ao longo de várias décadas de prosperidade. Por isso, já desde a segunda metade do século XX, empresas como a Toyota, quando resolveram se instalar nos EUA, evitaram a região de Detroit.

     

    Se a afirmativa se referisse a estas cidades que tiveram concentração em um único tipo de indústria, acho que poderia ser considerada correta, mas dizer que qualquer centro manufatureiro apresenta nítido declínio é uma generalização que não poderia ser considerada correta.

  • Pensei na nova DIT que veio com a Globalização. A produção industrial saiu dos polos que antes ocupava, desestrutrando as cidades que se baseavam nessas indústrias, indo para países com mão-de-obra baratíssima. Então, a questão fala das cidades que foram centros manufatureiros, podendo estar em declínio por não mais sê-lo, e não das cidades que hoje são centros manufatureiros.

     

    Lembrei logo do Iron Belt americano, por exemplo, que está cheio dessas cidades, e um dos discursos de antiglobalização do Trump é justamente retornar a indústria para essas regiões e revitalizá-las (make America great again). 

     

    No mais, essa nova DIT deslocou a riqueza dos centros industriais para os centros financeiros, de sorte que isso contribui ainda mais para a ruína daquelas cidades, que antes tinham a fábrica (geração de empregos) e a sede da empresa (atração de riquezas).

  • A questão é cespe, e por isso é dúbida, simples assim, 
    é normal na históra da industrialização que com o tempo as indúistrias deixem os grandes centros por vários motivos, como logística, problemas com sindicatos, redução de custos, etc, mas isso não necessáriamente provoca declinio nas cidades, muitas sim, mas muitas outras acabam se transformando em centros de serviços.  

  • Sempre que penso em centro manufatureiro, me vem a cabeça a Cidade de Londres. Hoje uma das maiores Cidades Globais.

    Contudo a questão acerta, no artifício da gramática. Quando ela diz "ao passo que cidades" ela não está generalizando e nem afirmando que todas elas sofrem declínios, e que sim, algumas têm sofrido esse declínio, como é o caso de Detroid.

  • Como bem sabemos, os efeitos da globalização não foram sentidos de maneira uniforme por todos os países do globo, tendo, portanto, caráter assimétrico.

    Diante dessa realidade, podemos dizer que as cidades globais acabaram por se consolidar como centros de poder econômico, enquanto as cidades que se tornaram centros manufatureiros têm importância apenas periférica na cadeia de produção global.

    Resposta: Certo

  •  Resposta: Certo

  • Para leigos: a questão está dizendo que os sistemas técnicos e de informação superam o princípio geográfico da localização...

    Ou seja, uma empresa instalada em Brasília possuiria a mesma capacidade e facilidade de escoar sua produção de uma empresa instalada ao lado do porto de Santos...

    Isso está errado, apesar dos "avanços técnicos e de informação" ,como por exemplo, desenvolvimento de ferrovias, melhor logística,etc... O fator da localização ainda é muito importante...


ID
1169029
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        A aparição das chamadas cidades mundiais e das cidades globais se explica pela necessidade de organização e controle da economia global. O termo cidade global, em sua versão mais topológica, é definido por Saskia Sassen como um território onde se exerce uma série de funções de organização e controle na economia global e nos fluxos de investimentos em escala planetária.

        O. Nel.Lo e F. Muñoz. El proceso de urbanización. In.: Geografía humana, J. Romero et al (Coord.). Barcelona: Ariel, 2008, p. 321 (com adaptações).


Considerando a perspectiva conceitual de Saskia Sassen, julgue (C ou E) os itens seguintes, relativos a cidades globais.


O nível máximo de controle e de gerenciamento da indústria permanece concentrado em poucos centros financeiros diretores, como observado especialmente em cidades globais como Paris, São Paulo e Los Angeles, na década de 80 do século XX.

Alternativas
Comentários
  • Acredito que o erro está em incluir São Paulo como cidade global na década de 80 do século XX, uma vez que até hoje existem trabalhos questionando esta classificação, veja o trabalho São Paulo: o mito da cidade-global. 

  • Saskia Sassen define São Paulo como cidade global.


  • As cidades citadas na questão, de fato, são consideradas cidades globais. No entanto, embora as cidades globais ainda congreguem parte significativa do setor de controle e gerenciamento da indústria, esse perfil vem mudando nos últimos tempos com o advento dos tecnopolos, que são locais que reúnem espaços de pesquisa avançada, concentração de mão de obra qualificada e infraestrutura adequada nos mais diversos setores. Ressalta-se que esses tecnopolos geralmente não se localizam em cidades globais, apesar de estarem, de maneira geral, relativamente próximos a elas. Esse é o caso, por exemplo, do Vale do Silício, nos Estados Unidos, que reúne as principais empresas de tecnologia do mundo e está  próximo a universidades de ponta, que garantem estrutura para pesquisa e fornecimento de mão de obra qualificada. No Brasil, podemos citar como tecnopolos Campinas e São José dos Campos. Trata-se de uma desconcentração concentrada, pois raramente esses tecnopolos irão surgir em regiões remotas, sem conexão com as cidades globais. Entretanto, essas cidades já não concentram totalmente o setor de gerenciamento das indústrias. A questão está, portanto, errada. 
  • Na minha visão o erro está em atribuir a Los Angeles a característica de cidade de global, o que não é.

  • Professor QC
    As cidades citadas na questão, de fato, são consideradas cidades globais. No entanto, embora as cidades globais ainda congreguem parte significativa do setor de controle e gerenciamento da indústria, esse perfil vem mudando nos últimos tempos com o advento dos tecnopolos, que são locais que reúnem espaços de pesquisa avançada, concentração de mão de obra qualificada e infraestrutura adequada nos mais diversos setores. Ressalta-se que esses tecnopolos geralmente não se localizam em cidades globais, apesar de estarem, de maneira geral, relativamente próximos a elas. Esse é o caso, por exemplo, do Vale do Silício, nos Estados Unidos, que reúne as principais empresas de tecnologia do mundo e está  próximo a universidades de ponta, que garantem estrutura para pesquisa e fornecimento de mão de obra qualificada. No Brasil, podemos citar como tecnopolos Campinas e São José dos Campos. Trata-se de uma desconcentração concentrada, pois raramente esses tecnopolos irão surgir em regiões remotas, sem conexão com as cidades globais. Entretanto, essas cidades já não concentram totalmente o setor de gerenciamento das indústrias.
    A questão está, portanto, errada

  • Para evitar o textão, em resumo o que o Diógenes Ramos comentou:

    O erro está em considerar que o "controle e gerenciamento da indústria permanece concentrado em poucos centros financeiros diretores". Atualmente existe uma desconcentração tecnológica com o advento dos tecnopolos.

  • Eu parabenizo os que são aprovados no CACD...pqp, que prova difícil 

  • Igor Carvalho Claro que L.A. é uma cidade global

  •  O Vale do Silício, na Califórnia, é uma região na qual está situado um conjunto de empresas implantadas a partir da década de 1950 com o objetivo de gerar inovações científicas e tecnológicas, destacando-se na produção de Chips, na eletrônica e informática. Abrange várias cidades do estado da Califórnia, ao sul de São Francisco, como Palo Alto e Santa Clara, estendendo-se até os subúrbios de San José.

  • Galera, todas são cidades globais. O problema está nos tecnopolos. #paz 

  • A globalização econômica contribui para uma nova geografia da centralidade e da marginalidade, tornando as cidades globais lugares de concentração de poder econômico, ao passo que cidades que foram centros manufatureiros experimentam nítido declínio.

    CERTA

    Comentário do professor:

    Na questão, a centralidade é expressada pelas cidades globais e a marginalidade é representada pelos antigos centros manufatureiros. Enquanto as cidades globais se desenvolveram como centros financeiros, prestadores de serviços e congregadores de toda tecnologia de ponta em termos de telecomunicações, os antigos centros manufatureiros, que detiveram importância central durante séculos por representares setor vital da economia mundial - a indústria -, estão em decadência. Isso ocorre porque, com a globalização intensificada, grande parte da cadeia produtiva foi deslocada para locais onde os custos são mais baratos, fazendo com que algumas cidades que já foram ricas e dinâmicas, como Detroit, se tornassem espécies de cidades fantasmas. Entretanto, o setor de inteligência das indústrias, ou seja,  aquele que exige profissionais altamente qualificados, como na áreas de computação, design e finanças, não pode prescindir de uma localização estratégica, sendo que as cidades globais ainda são lugares que concentram grande parte dos setores estratégicos das indústrias e empresas em geral. A questão, portanto, está certa.

     

     

    O nível máximo de controle e de gerenciamento da indústria permanece concentrado em poucos centros financeiros diretores, como observado especialmente em cidades globais como Paris, São Paulo e Los Angeles, na década de 80 do século XX.

    CERTA

    Comentário do mesmo professor :

    As cidades citadas na questão, de fato, são consideradas cidades globais. No entanto, embora as cidades globais ainda congreguem parte significativa do setor de controle e gerenciamento da indústria, esse perfil vem mudando nos últimos tempos com o advento dos tecnopolos, que são locais que reúnem espaços de pesquisa avançada, concentração de mão de obra qualificada e infraestrutura adequada nos mais diversos setores. Ressalta-se que esses tecnopolos geralmente não se localizam em cidades globais, apesar de estarem, de maneira geral, relativamente próximos a elas. Esse é o caso, por exemplo, do Vale do Silício, nos Estados Unidos, que reúne as principais empresas de tecnologia do mundo e está  próximo a universidades de ponta, que garantem estrutura para pesquisa e fornecimento de mão de obra qualificada. No Brasil, podemos citar como tecnopolos Campinas e São José dos Campos. Trata-se de uma desconcentração concentrada, pois raramente esses tecnopolos irão surgir em regiões remotas, sem conexão com as cidades globais. Entretanto, essas cidades já não concentram totalmente o setor de gerenciamento das indústrias. A questão está, portanto, errada. 

     

    Em resumo, qq resposta vale....... Típicas questões sem gabarito. pode-se defender qq um com leves alterações de pontos de vista.

  • O nível máximo de controle e de gerenciamento da indústria permanece concentrado em poucos centros financeiros diretores, como observado especialmente em cidades globais como Paris, São Paulo e Los Angeles, na década de 80 do século XX.

     

    Eu trocaria por Londres (Centro economico empresarial), New York (centro politico empresarial) e San Francisco (centro de inovação empresarial)

  • As discussões são importantes, mas de acordo com o Manual do Candidato (p.131), Los Angeles não é cidade global em 2008 e provavelmente não devia ser também na década de 1980. Não duvido que essa tenha sido a posição da banca ao determinar que a questão está "errada", ainda que eu concorde com o raciocínio de muitos de meus colegas candidatos.

  • Lista de cidades globais (GAWC, 2018): https://www.lboro.ac.uk/gawc/world2018t.html

  • O nível máximo de controle e de gerenciamento da indústria permanece concentrado em poucos centros financeiros diretores, como observado especialmente em cidades globais como Paris, São Paulo e Los Angeles, na década de 80 do século XX.

    Acho que a pegadinha da questão está em dizer que o nível máximo de controle e de gerenciamento da indústria permanece concentrado em poucos centros financeiros diretores, como se a localização desses centros que fosse o importante, e não a localização da sede da indústria gerenciada.

    O professor usou como exemplo os tecnopolos , eu se estiver certo na minha análise, cito o caso da Itália, onde a sede da FIAT tem o nível máximo de controle e de gerenciamento fica em Toronto, e o centro financeiro daquele país fica em Milão.

  • Questão mas formulada, "controle e de gerenciamento da indústria permanece concentrado em poucos centros financeiros diretores" [ SIM], mesmo que a indústria tenha se ramificado no território a parte gerencial-matriz continuam de forma significativamente massiva presentes nas Cidades Globais. o ERRO ESTA EM TORNAR GENÉRICA A AFIRMAÇÃO.


ID
1169032
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        Turistas, funcionários e gestores de empresas circulam pelo mundo, mas a maior parte dos que se deslocam por um tempo mais longo é constituída de migrantes internacionais. A pobreza é a principal causa da mobilidade, mas as defasagens entre sociedades jovens e em processo de envelhecimento, os conflitos, a difusão da informação, a redução dos custos de transporte e as demandas de mão de obra nos países do Norte alimentam os desejos de partida.

                M-F Durand et al. Atlas da mundialização. Compreender o espaço mundial contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 28.


Acerca das migrações internacionais na atualidade, julgue (C ou E) os itens subsequentes.


Os fluxos migratórios sul-norte envolvem menos da metade dos migrantes internacionais; a maioria dos fluxos, menos conhecidos e menos midiatizados, é de orientação sul-sul.

Alternativas
Comentários
  • Entre os migrantes oriundos de países do Sul existem cerca de 82,3 milhões que vivem noutro país do Sul, valor que excede ligeiramente o número de migrantes nascidos no Sul mas que residem no Norte, cerca de 81,9 milhões. Entre 1990 e 2013, o volume de migrantes Sul-Sul sofreu um aumento de 41% passando de 59 milhões para os 82 milhões registados em 2013 (United Nations 2013a).

    Sul-Sul 82,3 milhões

    Sul-Norte 81,9 milhões

    Norte-Sul 13,7 milhões

    Norte-Norte 53,7 milhões


  • As migrações podem ser voluntárias ou forçadas, como os fluxos de refugiados ou de pessoas que deixam seus locais de origem por causa de catástrofes naturais. A voluntária é a mais recorrente na mídia e tem como uma das principais causas fatores econômicos, em que as pessoas migram em busca de melhores condições de vida. Tendo em vista que a maioria dos países desenvolvidos se encontra no hemisfério norte e que a maior parte dos Estados localizados no hemisfério sul é periférica, o movimento de migração sul-norte é bastante comum. Além disso, como a imigração é um tema considerado problemático na maioria dos países centrais, tem muito destaque na mídia internacional e nas políticas públicas e leis adotados nesses países, o que repercute necessariamente no mundo inteiro. Segundo relatório da ONU de 2013 sobre o assunto, a maior parte do fluxo ainda se direciona a países desenvolvidos (Norte). No entanto, não se trata exclusivamente de um fluxo sul-norte, pois uma parte significativa das pessoas que migram já são provenientes de países desenvolvidos, caracterizando uma migração norte-norte. Na União Europeia, por exemplo, em que existe a livre circulação de pessoas, é muito comum a migração intrabloco. Segundo relatório da ONU, 60% dos imigrantes vivendo em países desenvolvidos são originários de Estados periféricos, enquanto 40% são originários de outros países centrais. Apesar de a migração sul-norte ser a mais conhecida, o número de migrantes que se deslocam para países em desenvolvimento tem crescido significativamente nas últimas décadas. Nesse caso, o mais comum é a migração sul-sul, em que pessoas originárias de países pobres migram para países em desenvolvimento. Como exemplo, podem-se citar a imigração boliviana para o Brasil e a de países fronteiriços, como Zimbábue, para a África do Sul. Essas migrações são frequentemente facilitadas pelo fator geográfico e pelo fato de o controle imigratório ser, em grande parte das vezes, mais brando do que em países centrais.  Por fim, caso se leve em conta as migrações forçadas, o fluxo sul-sul é muito maior do que o sul-norte, uma vez que pessoas em situações precárias (guerras, perseguições, catástrofes naturais) tendem a se deslocar para regiões mais próximas de suas antigas casas, o que faz com que os países periféricos sejam os maiores receptores desse tipo de migração. A questão, portanto, está certa. Segue, transcrita, parte do relatório da ONU sobre migrações: "Globally, there were 232 million international migrants in 2013. Of these, nearly 59 per cent lived in the developed regions, while the developing regions hosted 41 per cent of the world's total. Of the 136 million international migrants living in the North in 2013, 82 million, or 60 per cent, originated from a developing country, while 54 million, or 40 per cent, were born in the North. Further, 82 million or 86 percent of the 96 million international migrants residing in the developing world in 2013 originated from the South, while 14 million or 14 per cent were born in the North".

  • Qual seria um exemplo?
  • Os deslocamentos a partir do Sul –desde os países de rendas baixa e média– para o chamado Norte desenvolvido já não predominam nas grandes correntes migratórias internacionais. Pablo Lattes, pesquisador da Divisão População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, detalha-o assim: “Se olharmos o total das últimas décadas, a rota mais importante é entre México e EUA. Mas se analisamos nos últimos anos vemos como se destacam a Ásia e África. Por exemplo, se na década de 1990 a 2000 o incremento do contingente de estrangeiros deveu-se em um terço às chegadas a Europa e dois terços a América do Norte; entre 2000 e 2010 um quarto deveu-se à Europa, um quarto à América do Norte e quase 40% dos deslocamentos foram para Ásia”. Quando o período que tomamos como referência se circunscreve só aos últimos três anos, “30% corresponde a Europa, 18% aos Estados Unidos e 50% à Ásia”, acrescenta Lattes. “Se simplificamos, podemos dizer que entre 1990 e 2000 o crescimento do número estrangeiros se registrava 100% no Norte e agora é de pouco mais de 50%, enquanto o resto são movimentos Sul-Sul. E achamos que o Sul vai ser a cada vez mais importante”, acrescenta. (https://brasil.elpais.com/brasil/2014/01/30/sociedad/1391110274_399135.html) (El País. A bússola dos imigrantes já não aponta só para o norte. Madri 30 JAN 2014)

  • Com a crises de refugiados devido a guerras civis em países árabes, o grande fluxo migratório é entre esses países e seus vizinhos. Estima-se que apenas 10% dos refugiados atinjam a Europa.

  • bruno souza, saberia responder se esses dados ainda são atuais já que a prova se deu em 2014, em contexto mundial diferente.

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO

  • A questão fala de "migrações internacionais" sem especificar a sua natureza e isso é um ponto-chave na assertiva. Como sabemos, a migração pode ocorrer de duas formas: por motivação econômica e migrações forçadas. No primeiro caso, temos um predomínio do fluxo Sul-Norte ainda que o fluxo Sul-Sul também esteja crescendo dentro de regiões específicas e em países em desenvolvimento de alto crescimento como o Brasil e a África do Sul. Agora, as migrações forçadas, por sua vez, se concentram majoritariamente no fluxo Sul-Sul e não no Sul-Norte tendo em vista o fator da urgência e a precariedade da mobilidade nos países emissores de migrantes forçados. Ao somar os dois fluxos: Sul-Sul por motivações econômicas + Sul-Sul por migrações forçadas, temos um fluxo maior do que o Sul-Norte. Acredito que o raciocínio seja esse.

  • A questão tem um sério problema de definição do que eh Norte e Sul. Pois a China por exemplo esta toda no hemisfério norte. Assim como a quase totalidade da Ásia.
  • Gaucho, a questão se refere ao norte e sul econômico, e não geográfico. Ou seja, países do norte (desenvolvidos) e países do sul (em desenvolvimento).

  • "midiatizados"....ranço....


ID
1169035
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        Turistas, funcionários e gestores de empresas circulam pelo mundo, mas a maior parte dos que se deslocam por um tempo mais longo é constituída de migrantes internacionais. A pobreza é a principal causa da mobilidade, mas as defasagens entre sociedades jovens e em processo de envelhecimento, os conflitos, a difusão da informação, a redução dos custos de transporte e as demandas de mão de obra nos países do Norte alimentam os desejos de partida.

                M-F Durand et al. Atlas da mundialização. Compreender o espaço mundial contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 28.


Acerca das migrações internacionais na atualidade, julgue (C ou E) os itens subsequentes.


As migrações são cada vez mais circulares; a Espanha, por exemplo, é um país de emigração, sobretudo de migrações empresariais, um país de trânsito para os africanos que vão para a França e um país de imigração do Marrocos e da Romênia.

Alternativas
Comentários
  • A Espanha é um país de emigração, sobretudo para as migrações empresariais para países do Norte ou da América Latina; um país de trânsito para os africanos que vão para a França; e um país de imigração do Marrocos, da Romênia ou da América andina.

    Mitos da população mundial. Gérard-François Dumont. Professor da Universidade de Paris-Sorbonne e presidente da revista Population & Avenir.
    Disponível em http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=961
  • A Espanha foi um dos países duramente afetados pela crise internacional que se iniciou em 2008/2009. Chegou a ter aproximadamente 50% de sua população jovem desempregada no auge da crise. Isso impulsionou a emigração do país. Sendo parte da União Europeia, muitos espanh'is deixaram a Espanha em busca de oportunidades de emprego e imigraram para países integrantes do bloco, o que é legal tendo em vista que a livre circulação de mão de obra é um dos pilares da União Europeia. Ao mesmo tempo, a Espanha se encontra perto do continente africano, sendo que a distância no ponto mais estreito entre os dois continentes é de cerca de 15 quilômetros, entre Marrocos e Espanha. Isso acaba funcionando como um incentivo à imigração ilegal de africanos para a Europa. Como muitos dos países do norte da África têm laços culturais mais próximos com a França, pela colonização, a Espanha acaba funcionando como porta de entrada da maioria desses africanos, que têm como destino final o território francês. Por fim, há muitos marroquinos e romenos que escolhem a Espanha como destino final de imigração. O fluxo Romênia-Espanha, por exemplo, foi abordado no relatório da ONU sobre migrações de 2013. A questão, portanto, está certa.
  • Autor: Melina Campos Lima , Profª de Direito Internacional da UFRJ, Mestra e Doutora em Economia Política Internacional - UFRJ

    A Espanha foi um dos países duramente afetados pela crise internacional que se iniciou em 2008/2009. Chegou a ter aproximadamente 50% de sua população jovem desempregada no auge da crise. Isso impulsionou a emigração do país. Sendo parte da União Europeia, muitos espanh'is deixaram a Espanha em busca de oportunidades de emprego e imigraram para países integrantes do bloco, o que é legal tendo em vista que a livre circulação de mão de obra é um dos pilares da União Europeia. Ao mesmo tempo, a Espanha se encontra perto do continente africano, sendo que a distância no ponto mais estreito entre os dois continentes é de cerca de 15 quilômetros, entre Marrocos e Espanha. Isso acaba funcionando como um incentivo à imigração ilegal de africanos para a Europa. Como muitos dos países do norte da África têm laços culturais mais próximos com a França, pela colonização, a Espanha acaba funcionando como porta de entrada da maioria desses africanos, que têm como destino final o território francês. Por fim, há muitos marroquinos e romenos que escolhem a Espanha como destino final de imigração. O fluxo Romênia-Espanha, por exemplo, foi abordado no relatório da ONU sobre migrações de 2013. A questão, portanto, está certa

  • Queria saber a razão da imigração de romenos para a Espanha. Parecência do idioma? A matéria abaixo é antiga, mas explica um pouco. Tem muito romeno por lá.

    https://www.cartacapital.com.br/internacional/em-decisao-inedita-espanha-fecha-as-portas-para-a-romenia

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO

  • Desculpem, pessoal, aceito a informação que existe entrada e saída de migrantes pelos mais diversos motivos, mas de onde vem esse conceito de "circular"? Para ser circular, em algum momento, o fluxo volta a passar pelo mesmo ponto, e não é isso que ocorre com as correntes migratórias pelo que está colocado na questão; simbolicamente, é mais um conjunto fechado (Espanha) cujas entradas e saídas têm (aproximadamente) soma zero, mas não se pode afirmar que um conjunto de fluxos de soma zero seja circular...

  • imigração é o movimento de chegada de pessoas em um país estrangeiro.

    emigração é o movimento inverso, de sair do seu país ou região de origem.

    E sempre bom saber esses Dois Conceitos.

    Gab :C

    FOCOPMAL 2021


ID
1169038
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        Turistas, funcionários e gestores de empresas circulam pelo mundo, mas a maior parte dos que se deslocam por um tempo mais longo é constituída de migrantes internacionais. A pobreza é a principal causa da mobilidade, mas as defasagens entre sociedades jovens e em processo de envelhecimento, os conflitos, a difusão da informação, a redução dos custos de transporte e as demandas de mão de obra nos países do Norte alimentam os desejos de partida.

                M-F Durand et al. Atlas da mundialização. Compreender o espaço mundial contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 28.


Acerca das migrações internacionais na atualidade, julgue (C ou E) os itens subsequentes.


Ainda que estejam mundializadas, as migrações se regionalizaram; as regiões migratórias não abarcam continentes, mas correspondem a sistemas regionais em que há complementaridade entre a demanda e a oferta de trabalho e de população.

Alternativas
Comentários
  • O relatório da ONU de 2013 sobre migrações revela que, de fato, houve uma regionalização das migrações internacionais, em que o fluxo intra-continente foi significativamente mais expressivo do que o fluxo entre continentes. Segundo o relatório,  "In 2013, the majority of all migration occurred within major areas rather than across major areas. The majority of all international migrants residing in Africa (82 per cent), Asia (76 per cent), Europe (52 per cent) and Latin America and the Caribbean (64 per cent) were also born in that major area". Isso só não ocorreu na América do Norte e na Oceania, onde o número de imigrantes que se destinaram a essas áreas era majoritariamente originário de outras regiões. A questão, portanto, está certa. 
  • Gabarito: Certo

     

    "Estas migrações regionais de complementação de mão de obra ocorrem, por exemplo, de países do Mercosul para o Brasil, do sudeste asiáticob para o Golfo Pérsico, da China para o sudeste asiático; de Zimbábue, Botsuana e Moçambique para África do Sul, e etc."

     

    Fonte: Alexandre Vastella - Estratégia Concursos

     

  • Aí os caras pegam um livro, o autor escreve qualquer coisa, e vira verdade. "as regiões migratórias não abarcam continentes".

    Haitiano para o Brasil, Asiáticos para a Austrália. Árabes para a Europa. Africanos para a Europa.

    Até pode ter regionalização, mas existe juntamente com a intercontinental. Por favor, que coisa absurdamente errada.

  • A dica é contextualizar e interpretar adequadamente a questão. É claro que existe a migração intercontinental, vale lembrar que geralmente consiste em uma etapa fim da migração regional, etapa meio em decorrência das facilidades fronteiriças,  de localização e outros aspectos sociais, culturais , políticos e econômicos. Portanto , a migração regional ocorre em maior escala que a intercontinental.

  • Típica questão do CESPE, que pega um trecho de um livro de um autor qualquer, fora de contexto, e transforma em verdade absoluta. Difícil de lidar, mas acontece muito.

    "As regiões migratórias não abarcam continentes" poderia significar que não engloba o continente todo, ou que são somente regionais (o que estaria errado). Prejudica demais o julgamento objetivo.

    Além disso, essa complementariedade que cita a afirmativa nem sempre é presente. Nas migrações de países como a Síria a motivação é totalmente ligada à crise humanitária e nada tem a ver com demanda populacional ou de mão de obra.

    Sabendo o Gabarito é fácil dizer como deveria ser feita a análise, na base da "engenharia reversa". Todavia, olhando de um olhar macro, fica claro que a questão é muito subjetiva.

  • Questão desatualizada, na minha opinião.

  •  achei forçado o "há complementaridade entre a demanda e a oferta de trabalho e de população", da impressão que as migrações só ocorrem por motivos de demanda e oferta da força de trabalho.

  • Pelamordedeus! Como assim não abarcam continentes? Vai ter esforço interpretativo para considerar certa lá longe! Se houve regionalização intracontinental da migração, tudo ok, mas daí delimitar uma região migratória a um continente é forçar a barra demais. A CESPE adora o Milton Santos... cadê nessa questão os seus conceitos de território e espaço? Piada...

  • Gabarito ERRADO

    Impossível ser CERTO.

  • Trazendo o comentário da professora Melina Campos Lima:

    "O relatório da ONU de 2013 sobre migrações revela que, de fato, houve uma regionalização das migrações internacionais, em que o fluxo intra-continente foi significativamente mais expressivo do que o fluxo entre continentes. Segundo o relatório,  "In 2013, the majority of all migration occurred within major areas rather than across major areas. The majority of all international migrants residing in Africa (82 per cent), Asia (76 per cent), Europe (52 per cent) and Latin America and the Caribbean (64 per cent) were also born in that major area". Isso só não ocorreu na América do Norte e na Oceania, onde o número de imigrantes que se destinaram a essas áreas era majoritariamente originário de outras regiões. A questão, portanto, está certa. "

  • Concordo que existem, mas não dá para afirmar categoricamente, como pretende a questão, que não existe migração entre continentes, nem tampouco que não existe migração por motivos que não seja o demanda e oferta de trabalho, assim como não dá para afirmar que não existe migração por melhores condições de vida e de trabalho (mesmo havando trabalho nas duas pontas)...

  • "Complementaridade entre a demanda e a oferta de trabalho e de população"... hm, tenho minhas  sérias dúvidas...

     

  • Atenção, galera: em nenhum momento a questão afirma que não há migrações intercontinentais!

    Releiam o texto: "Turistas, funcionários e gestores de empresas circulam pelo mundo, mas a maior parte dos que se deslocam por um tempo mais longo é constituída de migrantes internacionais(...)"

    Releiam a assertiva: "Ainda que estejam mundializadas, as migrações se regionalizaram; as regiões migratórias não abarcam continentes, mas correspondem a sistemas regionais em que há complementaridade entre a demanda e a oferta de trabalho e de população".

    Ou seja, a migração é um fenômeno mundial e os migrantes circulam pelo mundo.

    Acho que o problema da questão é a terminologia "regiões migratórias". O que caracteriza uma região migratória? O erro da questão deve estar aí. Acredito que se trata de uma região com fluxo mais intenso de migrações ("sistemas regionalizados", conforme a assertiva).

  • Esse tipo de questão me faz pensar em fraude, pois quem estuda erra. Só acerta quem tem o gabarito na mão ou quem chuta e pensa que sabe.

  • questão muito vaga ,a banca decide ...

  • HIPOTESES DE INTERRUPÇÃO QUE NÃO SE ESTENDEM AOS COAUTORES:

    • Início ou continuação do cumprimento de pena (PPE) 
    • pela reincidência (PPE)  


ID
1169041
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

        Turistas, funcionários e gestores de empresas circulam pelo mundo, mas a maior parte dos que se deslocam por um tempo mais longo é constituída de migrantes internacionais. A pobreza é a principal causa da mobilidade, mas as defasagens entre sociedades jovens e em processo de envelhecimento, os conflitos, a difusão da informação, a redução dos custos de transporte e as demandas de mão de obra nos países do Norte alimentam os desejos de partida.

                M-F Durand et al. Atlas da mundialização. Compreender o espaço mundial contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 28.


Acerca das migrações internacionais na atualidade, julgue (C ou E) os itens subsequentes.


Um aspecto significativo das migrações atuais é o predomínio numérico de europeus, nos fluxos internacionais, em substituição ao predomínio de africanos, asiáticos e latino- americanos.

Alternativas
Comentários
  • As migrações internacionais nos últimos dois séculos podem ser divididas em pelo menos três fases distintas. A primeira delas, do século XIX até a Segunda Guerra Mundial; a segunda, de 1945 até o início dos anos 1970 e, a última fase, seria aquela que vem ocorrendo nos últimos trinta anos. A primeira fase teve como uma de suas características principais o fato de que a grande maioria dos imigrantes era originária do continente europeu. Cerca de 50 milhões de europeus deixaram o Velho Continente nesta fase. Essa intensa imigração teve como causa principal uma forte pressão populacional resultante da explosão demográfica pela qual os países do continente vinham passando desde meados do século XIX. Os imigrantes eram originários de toda a Europa, mas os britânicos, italianos, alemães, espanhóis, russos e portugueses se constituíram em mais de 80% do total. De maneira geral, eles se dirigiram para países “novos” como os EUA, a Argentina, o Canadá, o Brasil e a Austrália.  Um pouco mais tarde o fluxo aumentou por conta dos asiáticos. Primeiramente os chineses e depois os japoneses imigraram para as terras do Novo Mundo. O fluxo se modificou no período entre-guerras. Sua principal característica foi a diminuição numérica dos imigrantes, não só pelo alívio das pressões demográficas na Europa, como também pelas conseqüências da Primeira Guerra Mundial. Também contribuiu de forma decisiva a adoção, por parte da maioria dos países tradicionalmente receptores, de leis que restringiam a imigração, especialmente para aqueles que se dirigiam para os EUA. Por fim, a crise econômica desencadeada em 1929, contribui de forma significativa para a redução dos fluxos migratórios. Depois da Segunda Guerra, os fluxos migratórios mudaram radicalmente. O continente europeu deixava de ser uma área essencialmente repulsora de população.A Europa recebeu nessa época cerca de 13 milhões de imigrantes . Os principais países receptores foram a ex- Alemanha Ocidental, a França, a Grã Bretanha, a Bélgica, a Suíça e a Holanda. Á guisa de comparação, no mesmo período, os EUA receberam quase 3 milhões de imigrantes a menos. A origem dos imigrantes também mudou. O Terceiro Mundo forneceu a maior parte dessas dos imigrantes. Os outros fluxos em direção ao continente europeu vieram da África.
    Já os imigrantes que se dirigiram aos EUA tinham como origem o Caribe, o México, a América do Sul e Central, além daqueles originários dos países do Oriente Médio, sul e sudeste asiáticos.
    Atualmente, maioria dos imigrantes continua a se dirigir preferencialmente para os EUA e Europa. Em contrapartida, os países onde se originam os fluxos de saída são muito diversos. Entre 1991 e 2000, os fluxos migratórios mundiais em direção à Europa norte-ocidental devem ter sido da ordem de 15 milhões de pessoas, sendo que metade delas vindas do antigo bloco soviético e, o restante, originários do Magreb, África em geral e Ásia.

  • Errado. Nas migrações atuais, o predomínio numérico é de não-europeus, sendo eles latinos, asiáticos e africanos. As duas maiores correntes migratórias, Sul-Norte e Sul-Sul ( imigrantes indo para EUA e Europa ou imigrantes do hemisfério sul se deslocando para outros países do sul ) contam com um total de 144,2 milhões de pessoas, número considerável em relação àqueles que vão do Norte para Sul - 13, 7 milhões e o migrantes do Norte- Norte, 53,7 milhões.

  • Tendo em vista que um dos principais fatores que fundamentam a migração internacional é de cunho econômico, observa-se a predominância de imigrantes originários de regiões economicamente menos favorecidas, os quais se destinam tanto a países centrais quanto a países periféricos em melhores condições do que seus Estados de origem, na chamada migração sul-sul. Dessa forma, asiáticos, africanos e latino-americanos continuam sendo predominantes em termos numéricos quando se trata de migração internacional. Os europeus migraram, sobretudo, para outros países da Europa. Segundo relatório da ONU de 2013 sobre o assunto, nas últimas duas décadas, a Europa recebeu 23 milhões de imigrantes, sendo que 43% desse número eram originários do próprio continente. Para fora da Europa, a imigração de europeus não é tão significativa. Dessa forma, a questão está errada.
     
  • O termo "em substituição" restringiu os processos de migração aos europeus, por isso errada.

  • Gabarito: ERRADO

    Durante o século XIX e início do século XX os fluxos de migração internacional eram formados principalmente por europeus, os quais, inclusive, chegaram aos milhões ao Brasil. Porém essa realidade mudou a partir da segunda metade do século XX, quando a Europa Ocidental passou a ser uma região de atração de imigrantes. Há uma parcela significativa de europeus oriundos da Europa Oriental nos fluxos migratórios atuais, mas a maior parte desses imigrantes é formada por africanos, asiáticos e latinoamericanos, que saem de seus países, subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, em direção a países que oferecem maiores oportunidades de emprego e melhores condições de vida.

    TECCONCURSOS

  • FAZ O SIMPLES QUE DÁ CERTO.


ID
1169044
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

         Integração econômica regional é filha da globalização, é um fato da realidade mundial do momento. É um acontecimento que se reflete nas relações internacionais dos países. Muitas decisões hoje são tomadas de forma conjunta nos fóruns internacionais pelos países que pertencem a uma integração econômica regional. A geografia está ditando esse caminho.

                  A. Menezes e P. Penna Filho. Integração regional. Os blocos econômicos nas relações internacionais. Rio de Janeiro: Campus, 2006, p. x.


Acerca da formação e estruturação dos blocos econômicos nas Américas, julgue (C ou E) os itens a seguir.


Sob influência da CEPAL, Guatemala, Honduras, Nicarágua e El Salvador assinaram, em 1960, o Tratado Geral de Integração Econômica Centro-Americano, com o intuito de criar uma união aduaneira, incorporando, mais tarde, a Costa Rica.

Alternativas
Comentários
  • O Mercado Comum Centro-Americano foi criado em 13 de dezembro de 1960 quando Guatemala, El Salvador, Honduras e Nicaragua assinaram o Tratado Geral de Integração Econômica Centro-Americana. Costa Rica acedeu em 23 de julho de 1962. 

  • O Tratado Geral de Integração Econômica Centro-Americano deu origem ao Mercado Comum Centro-Americano, que prevê o livre comércio entre seus membros - Costa Rica, Guatemala, Honduras, Nicarágua e El Salvador, além de uma tarifa externa comum, o que caracteriza uma união aduaneira. O principal parceiro comercial do bloco é os Estados Unidos. A questão está, portanto, certa. 
  • O Tratado Geral de Integração Econômica Centro-Americano deu origem ao Mercado Comum Centro-Americano, que prevê o livre comércio entre seus membros - Costa Rica, Guatemala, Honduras, Nicarágua e El Salvador, além de uma tarifa externa comum, o que caracteriza uma união aduaneira. O principal parceiro comercial do bloco é os Estados Unidos. A questão está, portanto, certa. 
  • O Tratado Geral de Integração Econômica Centro-Americano deu origem ao Mercado Comum Centro-Americano, que prevê o livre comércio entre seus membros - Costa Rica, Guatemala, Honduras, Nicarágua e El Salvador, além de uma tarifa externa comum, o que caracteriza uma união aduaneira. O principal parceiro comercial do bloco é os Estados Unidos. A questão está, portanto, certa. 
  • O Tratado Geral de Integração Econômica Centro-Americano deu origem ao Mercado Comum Centro-Americano, que prevê o livre comércio entre seus membros - Costa Rica, Guatemala, Honduras, Nicarágua e El Salvador, além de uma tarifa externa comum, o que caracteriza uma união aduaneira. O principal parceiro comercial do bloco é os Estados Unidos. A questão está, portanto, certa.  Autor: Melina Campos Lima

  • Mercado Comum Centro-Americano, ou somente MCCA, (em espanhol: Mercado Común Centroamericano, MCCA) foi criado em 1960 e é formado até hoje pelos países fundadores Costa Rica, Guatemala, Honduras, Nicarágua e El Salvador.

    Em 4 de junho de 1961 foi assinado o Tratado de Integração Centro-Americana com o objetivo de criar um mercado comum nessa região.

    Na mesma época foi criado o Parlamento Centro-Americano (Parlacen) e a Corte Centro-Americana de Justiça, que ainda não possui caráter permanente.

    Hoje, os Estados-Membros do MCCA designaram um grupo de trabalho para preparar o processo de constituição da União Centro-Americana, nos mesmos moldes da União Europeia.

    O bloco reúne uma população de 33,7 milhões de habitantes, possuindo um PIB de US$ 59,2 bilhões, com exportações no valor de US$ 18,0 bilhões e importações alcançando os US$ 24,3 bilhões. O MCCA tem sua sede em San Salvador, capital de El Salvador.

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO

  • Questão de Direito Internacional Público e não de Geografia.

  • onde diabos vocês acharam que a Costa Rica entrou depois??

     


ID
1169047
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

         Integração econômica regional é filha da globalização, é um fato da realidade mundial do momento. É um acontecimento que se reflete nas relações internacionais dos países. Muitas decisões hoje são tomadas de forma conjunta nos fóruns internacionais pelos países que pertencem a uma integração econômica regional. A geografia está ditando esse caminho.

                  A. Menezes e P. Penna Filho. Integração regional. Os blocos econômicos nas relações internacionais. Rio de Janeiro: Campus, 2006, p. x.


Acerca da formação e estruturação dos blocos econômicos nas Américas, julgue (C ou E) os itens a seguir.


No fim dos anos 60 do século passado, um grupo de países latino-americanos, por meio do Acordo de Cartagena, conhecido como Pacto Andino, estabeleceu uma integração regional entre suas economias, incorporando, mais tarde, a Venezuela.

Alternativas
Comentários
  • Acordo de Cartagena é o nome oficial do pacto que foi estabelecido em 1969 na cidade colombiana de Cartagena das Índias e que ficou conhecido como Pacto andino e que visava acelerar o desenvolvimento dos países membros através da integração econômica e social. Também é conhecido por Grupo Andino. Em 1973 a Venezuela se vincula ao Pacto Andino.

  • Certo. A Comunidade Andina ( Comunidad Andina em espanhol, abreviado CAN) é um bloco econômico formado por Bolívia, Equador, Colômbia e Peru. O Chile deixou o bloco em 1977 e a Venezuela, que se vinculou ao bloco em 1973, o deixou em 2006 para participar do Mercosul. O bloco foi chamado Pacto Andino até 1996 e surgiu em 1969 com o Acordo de Cartagena. A cidade-sede da secretaria é Lima, no Peru.

  • O Acordo de Cartagena, que criou o Pacto Andino, é de 1969. Originalmente, contava com a participa'ão de Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e Chile. Entretanto, o Chile se retirou em 1973, no contexto da instauração da ditadura liderada por Pinochet, e a Venezuela aderiu ao bloco neste mesmo ano. A participação da Venezuela durou até 2006, quando o país também se retirou do bloco. Atualmente conhecida como Comunidade Andina, o bloco regional se trata de uma zona de livre comércio entre seus integrantes. Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai são membros associados. A questão está certa. 
  • Gabarito: CERTO

    "Item fortemente inspirado na página 66 do livro referenciado no texto motivador que, em seu terceiro parágrafo indica que 'em 26 de maio de 1969, um grupo de países dos Andes, através do Acordo de Cartagenam conhecido como Pacto Andino, resolveu estabelecer uma integração entre suas economias. Faziam parte, inicialmente, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru. A Venezuela passou a pertencer ao grupo em 1973, e o Chile afastou-se em 1976."

     

    Livro: Como Passar Concursos da Diplomacia e Chancelaria 1.600 Questões Comentadas


ID
1169050
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

         Integração econômica regional é filha da globalização, é um fato da realidade mundial do momento. É um acontecimento que se reflete nas relações internacionais dos países. Muitas decisões hoje são tomadas de forma conjunta nos fóruns internacionais pelos países que pertencem a uma integração econômica regional. A geografia está ditando esse caminho.

                  A. Menezes e P. Penna Filho. Integração regional. Os blocos econômicos nas relações internacionais. Rio de Janeiro: Campus, 2006, p. x.


Acerca da formação e estruturação dos blocos econômicos nas Américas, julgue (C ou E) os itens a seguir.


A integração econômica dos países do Caribe ou Caribbean Community and Common Market foi criada nos anos 60 por um tratado que só entraria efetivamente em atividade nos anos 80, dando origem ao CARICOM.

Alternativas
Comentários
  • A criação da Comunidade do Caribe e Mercado Comum (Caricom) foi o resultado de um esforço de 15 anos para cumprir a esperança de integração regional que nasceu com a criação da British West Indies Federation em 1958. A British West Indies Federation chegou ao fim em 1962, mas o seu fim, pode ser considerado como o verdadeiro início do que é hoje a Comunidade do Caribe.

    A CARICOM, antiga Comunidade e Mercado Comum do Caribe e atualComunidade do Caribe foi criado pelo Tratado de Chaguaramas, assinado por Barbados, Jamaica, Guiana e Trinidad & Tobago e entrou em vigor em 1º de agosto de 1973. A CARICOM é um bloco de cooperação econômica e política, hoje formado por 14 países e seis territórios da região caribenha.

  • A CARICOM - Comunidade do Caribe -, embora tenha tido como precedente outras organizações (como a CARIFTA, de 1968) que colaboraram, mais tarde, para sua criação, não entrou efetivamente em atividade somente nos anos 80. A CARICOM foi estabelecida pelo Tratado de Chaguaramas, em 1973, passando a valer em agosto do mesmo ano. A questão, portanto, está errada. 
  • Professor Qc
    A CARICOM - Comunidade do Caribe -, embora tenha tido como precedente outras organizações (como a CARIFTA, de 1968) que colaboraram, mais tarde, para sua criação, não entrou efetivamente em atividade somente nos anos 80. A CARICOM foi estabelecida pelo Tratado de Chaguaramas, em 1973, passando a valer em agosto do mesmo ano. A questão, portanto, está errada

  • Fonte: "Como passar em concursos da Diplomacia e Chancelaria":

    A origem da integração por meio da Caribbean Community and Common Market se dá apenas em 1973 com o Tratado de Chaguaramas, não na déc de 60 como sugere a questão. O Tratado só entra efetivamente em vigor em fevereiro de 2002.


ID
1169053
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

         Integração econômica regional é filha da globalização, é um fato da realidade mundial do momento. É um acontecimento que se reflete nas relações internacionais dos países. Muitas decisões hoje são tomadas de forma conjunta nos fóruns internacionais pelos países que pertencem a uma integração econômica regional. A geografia está ditando esse caminho.

                  A. Menezes e P. Penna Filho. Integração regional. Os blocos econômicos nas relações internacionais. Rio de Janeiro: Campus, 2006, p. x.


Acerca da formação e estruturação dos blocos econômicos nas Américas, julgue (C ou E) os itens a seguir.


Nos últimos anos 80, os presidentes George Bush, dos EUA, e Carlos Salinas, do México, estabeleceram um acordo comercial mais profundo entre os dois países, criando uma união aduaneira, dando origem ao NAFTA.

Alternativas
Comentários
  • O Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ou NAFTA é um tratado envolvendo Canadá, México e Estados Unidos e tendo o Chile como associado, numa atmosfera de livre comércio, com custo reduzido para troca de mercadorias entre os três países. O NAFTA entrou em vigor em 1 de janeiro de 1994. 

    Em 1988, os Estados Unidos e o Canadá assinaram um Acordo de Liberalização Econômica, formalizando o relacionamento comercial entre aqueles dois países. Em 13 de agosto de 1992, o bloco recebeu a adesão dos mexicanos.

  • Errado. Além do México somente ter entrado nas negociações em 1992, NÃO se pode falar em união aduaneira no âmbito do NAFTA. O NAFTA é uma ZONA DE LIVRE COMÉRCIO, que reúne os países através de acordos comerciais que visam exclusivamente à redução ou eliminação de tarifas aduaneiras entre os países-membros do bloco. União Aduaneira é um estágio mais avançado de integração. Além dos países eliminarem as tarifas aduaneiras entre si, estabelecem as mesmas tarifas de exportação e importação TEC (Tarifa Externa Comum) para o comércio internacional fora do bloco. Um caso prático é desse exemplo é o Mercosul, mas o NAFTA não.

  • O Tratado Norte-Americano de livre comércio (NAFTA) foi responsável pela criação de uma área de livre comércio, e não de uma união aduaneira, que pressupõe a existência de uma tarifa externa comum, a qual não existe no bloco. Além disso, o NAFTA inclui o Canadá, além dos Estados Unidos e do México. Por fim, o NAFTA entrou em vigor em 1994, e não na década de 1980. A questão, portanto, está errada. 
  • Zona de Livre Comércio (supressão de barreiras alfandegárias) <  União aduaneira (tarifa externa comum) < Mercado Comum (política econômica unificada)

  • Pra n zerarrrr

  • O NAFTA não é uma união aduaneira, esse acordo não possui uma TEC. Sendo assim, não pode ser considerado uma união aduaneira, como o mercosul.