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Prova COPEVE-UFAL - 2012 - MPE-AL - Analista do Ministério Público - Área Jurídica


ID
2488999
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      As perspectivas mais sombrias sobre a sustentabilidade do planeta não levam em conta a extraordinária capacidade de recuperação da natureza – e a do próprio ser humano para superar as adversidades. A Terra já passou por cinco grandes extinções em massa, e a vida sempre voltou com ainda mais força. Disse à revista VEJA a geógrafa Susana Hecht, professora de planejamento urbano da Universidade da Califórnia e especialista em desenvolvimento sustentável: “Os recursos da Terra são limitados, temos de tomar cuidado para não acabar com eles, ainda mais porque não existe perspectiva de quando poderemos colonizar outro astro. Só que a natureza tem um enorme poder de se reabilitar e a humanidade dispõe de tempo para usar a tecnologia em favor de um desenvolvimento sustentável.”

      Enquanto se procuram soluções para o equilíbrio entre o crescimento populacional e preservação dos recursos, a natureza manda suas mensagens de socorro. A espaçonave Terra é uma generosa arca de Noé, mas ela tem limites

                        (Revista VEJA, n. 44, 2 de novembro/2011, p. 132). 

A opinião de Susana Hecht, transcrita no texto, admite essencialmente

Alternativas
Comentários

ID
2489002
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      As perspectivas mais sombrias sobre a sustentabilidade do planeta não levam em conta a extraordinária capacidade de recuperação da natureza – e a do próprio ser humano para superar as adversidades. A Terra já passou por cinco grandes extinções em massa, e a vida sempre voltou com ainda mais força. Disse à revista VEJA a geógrafa Susana Hecht, professora de planejamento urbano da Universidade da Califórnia e especialista em desenvolvimento sustentável: “Os recursos da Terra são limitados, temos de tomar cuidado para não acabar com eles, ainda mais porque não existe perspectiva de quando poderemos colonizar outro astro. Só que a natureza tem um enorme poder de se reabilitar e a humanidade dispõe de tempo para usar a tecnologia em favor de um desenvolvimento sustentável.”

      Enquanto se procuram soluções para o equilíbrio entre o crescimento populacional e preservação dos recursos, a natureza manda suas mensagens de socorro. A espaçonave Terra é uma generosa arca de Noé, mas ela tem limites

                        (Revista VEJA, n. 44, 2 de novembro/2011, p. 132). 

O último parágrafo traz como informação correta a seguinte assertiva:

Alternativas
Comentários

ID
2489005
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      As perspectivas mais sombrias sobre a sustentabilidade do planeta não levam em conta a extraordinária capacidade de recuperação da natureza – e a do próprio ser humano para superar as adversidades. A Terra já passou por cinco grandes extinções em massa, e a vida sempre voltou com ainda mais força. Disse à revista VEJA a geógrafa Susana Hecht, professora de planejamento urbano da Universidade da Califórnia e especialista em desenvolvimento sustentável: “Os recursos da Terra são limitados, temos de tomar cuidado para não acabar com eles, ainda mais porque não existe perspectiva de quando poderemos colonizar outro astro. Só que a natureza tem um enorme poder de se reabilitar e a humanidade dispõe de tempo para usar a tecnologia em favor de um desenvolvimento sustentável.”

      Enquanto se procuram soluções para o equilíbrio entre o crescimento populacional e preservação dos recursos, a natureza manda suas mensagens de socorro. A espaçonave Terra é uma generosa arca de Noé, mas ela tem limites

                        (Revista VEJA, n. 44, 2 de novembro/2011, p. 132). 

Se a limitação dos recursos da Terra está relacionada à ideia de uma possível escassez, então, não se pode dizer que

Alternativas
Comentários
  • a) Inextinguível : Que não pode ser alvo de extinção; que não se consegue destruir; que não pode ser dominado; inexterminável: raça inextinguível.


ID
2489008
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      As perspectivas mais sombrias sobre a sustentabilidade do planeta não levam em conta a extraordinária capacidade de recuperação da natureza – e a do próprio ser humano para superar as adversidades. A Terra já passou por cinco grandes extinções em massa, e a vida sempre voltou com ainda mais força. Disse à revista VEJA a geógrafa Susana Hecht, professora de planejamento urbano da Universidade da Califórnia e especialista em desenvolvimento sustentável: “Os recursos da Terra são limitados, temos de tomar cuidado para não acabar com eles, ainda mais porque não existe perspectiva de quando poderemos colonizar outro astro. Só que a natureza tem um enorme poder de se reabilitar e a humanidade dispõe de tempo para usar a tecnologia em favor de um desenvolvimento sustentável.”

      Enquanto se procuram soluções para o equilíbrio entre o crescimento populacional e preservação dos recursos, a natureza manda suas mensagens de socorro. A espaçonave Terra é uma generosa arca de Noé, mas ela tem limites

                        (Revista VEJA, n. 44, 2 de novembro/2011, p. 132). 

Considerando aspectos da gramática normativa, o excerto “e a humanidade dispõe de tempo para usar a tecnologia” não admite a reescrita:

Alternativas
Comentários
  • Observem que na letra C, o examinador, astucioso, suprimiu o acento grave.

     

    Para a correção do item, deve ser reescrito da seguinte maneira:

     

    >> há tempo suficiente à humanidade para que possa utilizar a tecnologia. 

     


ID
2489011
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      As perspectivas mais sombrias sobre a sustentabilidade do planeta não levam em conta a extraordinária capacidade de recuperação da natureza – e a do próprio ser humano para superar as adversidades. A Terra já passou por cinco grandes extinções em massa, e a vida sempre voltou com ainda mais força. Disse à revista VEJA a geógrafa Susana Hecht, professora de planejamento urbano da Universidade da Califórnia e especialista em desenvolvimento sustentável: “Os recursos da Terra são limitados, temos de tomar cuidado para não acabar com eles, ainda mais porque não existe perspectiva de quando poderemos colonizar outro astro. Só que a natureza tem um enorme poder de se reabilitar e a humanidade dispõe de tempo para usar a tecnologia em favor de um desenvolvimento sustentável.”

      Enquanto se procuram soluções para o equilíbrio entre o crescimento populacional e preservação dos recursos, a natureza manda suas mensagens de socorro. A espaçonave Terra é uma generosa arca de Noé, mas ela tem limites

                        (Revista VEJA, n. 44, 2 de novembro/2011, p. 132). 

Sem provocar modificações sintáticas, a oração “Enquanto se procuram soluções” admite também a reescrita:

Alternativas
Comentários
  • Enquanto se procuram soluções

     

    Procuram - Verbo no presente do indicativo

    Sujeito: Soluções

    Predicado: enquanto se procuram.

     

    Analisando as alternativas

     

    a) Enquanto procuram soluções.

    Soluções - objeto direto

     

    b) Enquanto soluções serão procuradas. 

    Verbo no futuro

     

    c) Enquanto procuram as soluções.

    as soluções - objeto direto

     

    d) Enquanto soluções eram procuradas. 

    Verbo empregado em outro sentido

     

     

     

    E) frase equivalente e com o mesmo sentido conforme o comando da questão


ID
2489014
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      As perspectivas mais sombrias sobre a sustentabilidade do planeta não levam em conta a extraordinária capacidade de recuperação da natureza – e a do próprio ser humano para superar as adversidades. A Terra já passou por cinco grandes extinções em massa, e a vida sempre voltou com ainda mais força. Disse à revista VEJA a geógrafa Susana Hecht, professora de planejamento urbano da Universidade da Califórnia e especialista em desenvolvimento sustentável: “Os recursos da Terra são limitados, temos de tomar cuidado para não acabar com eles, ainda mais porque não existe perspectiva de quando poderemos colonizar outro astro. Só que a natureza tem um enorme poder de se reabilitar e a humanidade dispõe de tempo para usar a tecnologia em favor de um desenvolvimento sustentável.”

      Enquanto se procuram soluções para o equilíbrio entre o crescimento populacional e preservação dos recursos, a natureza manda suas mensagens de socorro. A espaçonave Terra é uma generosa arca de Noé, mas ela tem limites

                        (Revista VEJA, n. 44, 2 de novembro/2011, p. 132). 

Considerando aspectos da gramática normativa, é correto afirmar a respeito do período do texto: “Os recursos da Terra são limitados, temos de tomar cuidado para não acabar com eles”:

Alternativas
Comentários
  • a) A ideia de causalidade é expressa pela última oração. ( Primeira )

     b) Em vez de “temos de tomar cuidado” seria “temos que tomar cuidado”, pois aí há uma expressão mais adequada à norma culta. 

     c) O termo “limitados” é complemento verbal. ( Predicativo )

     d) A última oração pode ser também escrita da seguinte forma: “para que não se acabe”.  

     e) Após a palavra “limitados” – fazendo as devidas modificações – não seria incorreto substituir a vírgula por ponto. 


ID
2489017
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       A população mundial torna-se urbana, os camponeses tornam-se cidadãos. Na América latina temos campos sem ninguém e enormes formigueiros urbanos: as maiores cidades do mundo, e as mais injustas. Expulsos pela agricultura moderna de exportação e pela erosão das suas terras, os camponeses invadem os subúrbios. Eles acreditam que Deus está em todas as partes, mas por experiência própria sabem que atende nos grandes centros urbanos. As cidades prometem trabalho, prosperidade, um futuro para os filhos. Nos campos, os esperadores olham a vida passar e morrem bocejando; nas cidades, a vida acontece e chama. Amontoados em cortiços, a primeira coisa que os recém chegados descobrem é que o trabalho falta e os braços sobram, que nada é de graça e que os artigos de luxo mais caros são o ar e o silêncio.

                                      (Eduardo Galeano, O império do consumo).

Em síntese, o texto de Eduardo Galeano

Alternativas
Comentários

ID
2489020
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       A população mundial torna-se urbana, os camponeses tornam-se cidadãos. Na América latina temos campos sem ninguém e enormes formigueiros urbanos: as maiores cidades do mundo, e as mais injustas. Expulsos pela agricultura moderna de exportação e pela erosão das suas terras, os camponeses invadem os subúrbios. Eles acreditam que Deus está em todas as partes, mas por experiência própria sabem que atende nos grandes centros urbanos. As cidades prometem trabalho, prosperidade, um futuro para os filhos. Nos campos, os esperadores olham a vida passar e morrem bocejando; nas cidades, a vida acontece e chama. Amontoados em cortiços, a primeira coisa que os recém chegados descobrem é que o trabalho falta e os braços sobram, que nada é de graça e que os artigos de luxo mais caros são o ar e o silêncio.

                                      (Eduardo Galeano, O império do consumo).

No final do texto o autor diz que “os braços sobram”. O termo, portanto, expressa

Alternativas
Comentários
  • As questões deveriam ser sobre funções da linguagem, e não figuras de linguagem, como essa acima.

  • D

    um caráter metonímico, o qual sintetiza a ideia de que são trabalhadores e não, especificamente, braços.



    O que é Metonímia?


    Metonímia é a figura de linguagem que possibilita troca de um termo por outro de mesma similaridade. Para conceituá-la com maior clareza podemos dizer que é definida como a substituição de uma palavra por outra, quando há relação de contiguidade, ou seja, proximidade de sentido entre elas. É a substituição de palavras que guardam uma relação de sentido entre si.


    Exemplos:A viagem à Lua significou um grande avanço para o “homem. (Neste caso a palavra homem foi empregada no lugar de “humanidade”. A parte foi citada para substituir ou representar o todo.)

    Eu uso sempre “Bombril”. (Aqui a palavra Bombril substitui palha de aço. O nome da marca substitui o produto.)

    Fonte:

    https://www.figuradelinguagem.com/metonimia/


ID
2489023
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       A população mundial torna-se urbana, os camponeses tornam-se cidadãos. Na América latina temos campos sem ninguém e enormes formigueiros urbanos: as maiores cidades do mundo, e as mais injustas. Expulsos pela agricultura moderna de exportação e pela erosão das suas terras, os camponeses invadem os subúrbios. Eles acreditam que Deus está em todas as partes, mas por experiência própria sabem que atende nos grandes centros urbanos. As cidades prometem trabalho, prosperidade, um futuro para os filhos. Nos campos, os esperadores olham a vida passar e morrem bocejando; nas cidades, a vida acontece e chama. Amontoados em cortiços, a primeira coisa que os recém chegados descobrem é que o trabalho falta e os braços sobram, que nada é de graça e que os artigos de luxo mais caros são o ar e o silêncio.

                                      (Eduardo Galeano, O império do consumo).

Qual das versões de reescrita o excerto “Na América latina temos campos sem ninguém e enormes formigueiros urbanos” apresentou subversão à norma culta?

Alternativas
Comentários
  • Tendo em vista que a partícula "se" que acompanha o verbo "proliferar" não é índice de determinação do sujeito, o referido verbo deve flexionar-se a fim de concordar com seu sujeito, isto é, "os formigueiros urbanos". A escorreita escritura é esta: "proliferam-se os formigueiros urbanos".


    Letra D


ID
2489026
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       A população mundial torna-se urbana, os camponeses tornam-se cidadãos. Na América latina temos campos sem ninguém e enormes formigueiros urbanos: as maiores cidades do mundo, e as mais injustas. Expulsos pela agricultura moderna de exportação e pela erosão das suas terras, os camponeses invadem os subúrbios. Eles acreditam que Deus está em todas as partes, mas por experiência própria sabem que atende nos grandes centros urbanos. As cidades prometem trabalho, prosperidade, um futuro para os filhos. Nos campos, os esperadores olham a vida passar e morrem bocejando; nas cidades, a vida acontece e chama. Amontoados em cortiços, a primeira coisa que os recém chegados descobrem é que o trabalho falta e os braços sobram, que nada é de graça e que os artigos de luxo mais caros são o ar e o silêncio.

                                      (Eduardo Galeano, O império do consumo).

Para o excerto “a primeira coisa que os recém chegados descobrem é que o trabalho falta” é informação correta:

Alternativas

ID
2489029
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Não posso dizer positivamente em que ano nasceu a crônica; mas há toda a probabilidade de crer que foi coletânea das primeiras duas vizinhas. Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Um dia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopando que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica

(ASSIS, Machado de. As Cem Melhores Crônicas Brasileiras. Objetiva: Rio de Janeiro, 2007, p. 27).

Quando Machado de Assis afirma que “foi coletânea das primeiras duas vizinhas”, ele estabelece que o gênero cronístico

Alternativas
Comentários

ID
2489032
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Não posso dizer positivamente em que ano nasceu a crônica; mas há toda a probabilidade de crer que foi coletânea das primeiras duas vizinhas. Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Um dia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopando que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica

(ASSIS, Machado de. As Cem Melhores Crônicas Brasileiras. Objetiva: Rio de Janeiro, 2007, p. 27).

Ao final, Machado de Assis diz: “Eis a origem da crônica”. Essa forma de desfecho

Alternativas
Comentários

ID
2489035
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Não posso dizer positivamente em que ano nasceu a crônica; mas há toda a probabilidade de crer que foi coletânea das primeiras duas vizinhas. Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Um dia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopando que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica

(ASSIS, Machado de. As Cem Melhores Crônicas Brasileiras. Objetiva: Rio de Janeiro, 2007, p. 27).

A 2ª oração do período “sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia” expressa o valor de

Alternativas
Comentários
  • Correta, A

    A oração possui sentido de finalidade. Para ter certeza, basta trocar por um termo equivalente:

    “sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia”.

    “sentaram-se à porta, com a finalidade de debicar os sucessos do dia”.

    “sentaram-se à porta, a fim de debicar os sucessos do dia”.


ID
2489038
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Não posso dizer positivamente em que ano nasceu a crônica; mas há toda a probabilidade de crer que foi coletânea das primeiras duas vizinhas. Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Um dia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopando que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica

(ASSIS, Machado de. As Cem Melhores Crônicas Brasileiras. Objetiva: Rio de Janeiro, 2007, p. 27).

Se o excerto “Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador” for reescrito, o uso do acento indicador de crase não fica adequadamente empregado na versão:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    PRINCIPAIS CASOS PROIBIDOS DE CRASE:

    1- crase antes de verbos

    2- crase antes de palavras no plural

    3- crase antes de palavras masculinas

    4- crase antes de pronomes (apenas alguns admitem)

    5- crase antes de objeto direto (que não pede preposição)

    _______________________________________________

    CASOS FACULTATIVOS DE CRASE

    - Diante de nomes próprios femininos:

    Entreguei o cartão Paula.

    Entreguei o cartão à Paula.

    - Diante de pronome possessivo feminino:

    Cedi o lugar minha avó.

    Cedi o lugar à minha avó.

    ATENÇÃO: Quando o pronome possessivo for substantivo ( ou seja, aquele que substitui um substantivo) a crase é obrigatória! Ex: enviaram uma encomenda a (à) nossa residência, não à sua.

    - Depois da preposição até:

    Fui até a praia.

    Fui até à praia.

    bons estudos

  • Aprendam crase com os mestres (Bechara, Luft, Cunha e Cintra, Cegalla etc.). Esses mnemônicos escabrosos e macetes pueris embaralham a mente e bestializam o aprendizado. De toda forma, a questão:

    Falar das ervas as plantações do morador fronteiro e chegar às tropelias amatórias do dito morador.

    De pronto, nota-se que o verbo "falar" não teve em um complemento a marcação do fenômeno crásico (as plantações). Em contrapartida, mais à frente marcou-se o fenômeno. Devido ao desrespeito ao paralelismo sintático e ao erro de regência, essa alternativa está incorreta.

    Letra D

  • GABARITO: LETRA D

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita


ID
2489041
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Não posso dizer positivamente em que ano nasceu a crônica; mas há toda a probabilidade de crer que foi coletânea das primeiras duas vizinhas. Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Um dia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopando que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica

(ASSIS, Machado de. As Cem Melhores Crônicas Brasileiras. Objetiva: Rio de Janeiro, 2007, p. 27).

As reescritas do excerto “Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia” provocaram inadequação gramatical numa das opções. Identifique-a.

Alternativas
Comentários
  • B - Não se separa o verbo e o seu complemento.

    Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta para rever, os acontecimentos do dia.


ID
2489044
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

               Ética e Moralidade no Serviço Público

                                                                                 (Luiz Amaral)

      Ethos (raiz de ética), em grego, designa a morada humana. O ser humano separa uma parte do mundo para, moldando-a ao seu jeito, construir um abrigo protetor e permanente. A ética, como morada humana, não é algo pronto e construído de uma só vez. O ser humano está sempre tornando habitável a casa que construiu para si. Ético significa, portanto, tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para que seja uma moradia saudável: materialmente sustentável, psicologicamente integrada e espiritualmente fecunda.

      A ética não se confunde com a moral. A moral é a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, uma certa tradição cultural etc. Há morais específicas, também, em grupos sociais mais restritos: uma instituição, um partido político... Há, portanto, muitas e diversas morais. Isto significa dizer que uma moral é um fenômeno social particular que não tem compromisso com a universalidade, isto é, com o que é válido e de direito para todos os homens. Exceto quando atacada: justifica-se dizendo-se universal, supostamente válida para todos. Mas, então, todas e quaisquer normas morais são legítimas? Não deveria existir alguma forma de julgamento da validade das morais? Existe, e essa forma é o que chamamos de ética.  

      A ética se move, historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada natural. Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a ação moral busca uma compreensão e uma justificação crítica universal, e a ética, por sua vez, exerce uma permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la.

      Ética é, em suma, uma reflexão crítica sobre a moralidade. Mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana.

(http://www.ensinandodireitoluizamaral.com.br. Acesso em 03/12/2011)

O encadeamento dos parágrafos do texto se dá por um processo coesivo de

Alternativas
Comentários

ID
2489047
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

               Ética e Moralidade no Serviço Público

                                                                                 (Luiz Amaral)

      Ethos (raiz de ética), em grego, designa a morada humana. O ser humano separa uma parte do mundo para, moldando-a ao seu jeito, construir um abrigo protetor e permanente. A ética, como morada humana, não é algo pronto e construído de uma só vez. O ser humano está sempre tornando habitável a casa que construiu para si. Ético significa, portanto, tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para que seja uma moradia saudável: materialmente sustentável, psicologicamente integrada e espiritualmente fecunda.

      A ética não se confunde com a moral. A moral é a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, uma certa tradição cultural etc. Há morais específicas, também, em grupos sociais mais restritos: uma instituição, um partido político... Há, portanto, muitas e diversas morais. Isto significa dizer que uma moral é um fenômeno social particular que não tem compromisso com a universalidade, isto é, com o que é válido e de direito para todos os homens. Exceto quando atacada: justifica-se dizendo-se universal, supostamente válida para todos. Mas, então, todas e quaisquer normas morais são legítimas? Não deveria existir alguma forma de julgamento da validade das morais? Existe, e essa forma é o que chamamos de ética.  

      A ética se move, historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada natural. Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a ação moral busca uma compreensão e uma justificação crítica universal, e a ética, por sua vez, exerce uma permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la.

      Ética é, em suma, uma reflexão crítica sobre a moralidade. Mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana.

(http://www.ensinandodireitoluizamaral.com.br. Acesso em 03/12/2011)

Assinale a opção que apresenta um argumento do autor em relação ao tema do texto.

Alternativas
Comentários

ID
2489050
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

               Ética e Moralidade no Serviço Público

                                                                                 (Luiz Amaral)

      Ethos (raiz de ética), em grego, designa a morada humana. O ser humano separa uma parte do mundo para, moldando-a ao seu jeito, construir um abrigo protetor e permanente. A ética, como morada humana, não é algo pronto e construído de uma só vez. O ser humano está sempre tornando habitável a casa que construiu para si. Ético significa, portanto, tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para que seja uma moradia saudável: materialmente sustentável, psicologicamente integrada e espiritualmente fecunda.

      A ética não se confunde com a moral. A moral é a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, uma certa tradição cultural etc. Há morais específicas, também, em grupos sociais mais restritos: uma instituição, um partido político... Há, portanto, muitas e diversas morais. Isto significa dizer que uma moral é um fenômeno social particular que não tem compromisso com a universalidade, isto é, com o que é válido e de direito para todos os homens. Exceto quando atacada: justifica-se dizendo-se universal, supostamente válida para todos. Mas, então, todas e quaisquer normas morais são legítimas? Não deveria existir alguma forma de julgamento da validade das morais? Existe, e essa forma é o que chamamos de ética.  

      A ética se move, historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada natural. Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a ação moral busca uma compreensão e uma justificação crítica universal, e a ética, por sua vez, exerce uma permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la.

      Ética é, em suma, uma reflexão crítica sobre a moralidade. Mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana.

(http://www.ensinandodireitoluizamaral.com.br. Acesso em 03/12/2011)

Analise o uso da pontuação nas sentenças abaixo e assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta: A.

     


ID
2489053
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Observe as relações semânticas entre as orações e períodos e assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) “Tem-se que enfrentar os variados contornos possíveis entre o Direito e a Moral, que ora se apresentam de forma concêntrica, ora se constituem com total independência.” A relação semântica entre as últimas orações é de oposição. ( Alternativas )

     

     b) “Se o ato administrativo ou a conduta do administrador público não se reverte de moralidade, em nenhuma hipótese, sem exceção, pode vir a ser considerado em consonância com o direito.” As orações se relacionam semanticamente, pelo princípio da concessão.( Condicional )

     

     c) “Não vale mais aquele surrado argumento, completamente desprovido de cientificidade, de que é legal, mas não é moral.” A relação semântica entre as últimas orações é de natureza conclusiva.  ( Adversativa )

     

     d) “O presente trabalho não possui pretensões maiores de buscar uma análise deontológica da moral. Não, apenas e tão-somente objetiva apreciar a moralidade enquanto componente dos atos praticados pela administração pública.” A relação semântica estabelecida entre os períodos é de exclusão.( Inclusão ) * Não tenho certeza   

     

     e) “A corrupção é o mal social maior porque destrói, anula a própria sociedade; daí sempre ter sido essencialmente um crime em toda e qualquer civilização.” A relação semântica entre essas orações é de natureza causal e conclusiva. 


ID
2489056
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A mesma figura de linguagem que se encontra no enunciado “Por ele, ponho os pés e as mãos no fogo. Nós nos conhecemos há muitos anos...” também se encontra em

Alternativas
Comentários
  • B. Hipérbole.

  • Não entendi. Por que não é a "D"?

  • Bruno Marinho, não é a metáfora a figura predominante na frase. Eu também errei por falta de atenção. A expressão metafórica que se utiliza no dia-a-dia é apenas "pôr as mãos no fogo por alguém". Porém, no caso da questão, fala-se em pôr "os pés e as mãos no fogo". Ou seja, houve um exagero na expressão, caracterizando, assim, a figura da hipérbole. E sendo assim, somente poderia ser mesmo a letra B, por estar presente também essa figura quando se disse que "O Estado Brasileiro (...) só se deparou com mazelas e danos", o que é uma generalização exagerada.


ID
2489059
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do enunciado abaixo.

___ corrupção pode ser material e moral. __ essa associa-se ___deterioração de qualquer princípio de moralidade pessoal ou funcional; ___, o recebimento de qualquer vantagem para ___ prática ou ___ omissão de ato de ofício. ___ corrupção moral inclui ___ tolerância de superiores ___ falhas dos subalternos.

Alternativas

ID
2489062
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dados os períodos seguintes,


I. “É, precisamente, a tolerância de pequenos vícios que preparam a aceitação das grandes corrupções na vida pública.”

II. “Não se admite mais a adoção de práticas que objetivem empobrecer o Estado, desrespeitar o seu patrimônio.”

III. “Tanto um tipo de corrupção quanto o outro podem assumir forma ativa e passiva.”

IV. “São as pequenas inversões axiológicas em nosso dia a dia que prossegue corroendo o homem.”


verifica-se que, quanto à concordância verbal, estão corretos

Alternativas
Comentários
  • D.

    Forma direta dos períodos compostos.

    I. “A tolerância de pequenos vícios É que preparam a aceitação das grandes corrupções na vida pública precisamente.”

    II. “A adoção de práticas que objetivem empobrecer o Estado, desrespeitar o seu patrimônio não se admite mais.”

    III. “Tanto um tipo de corrupção quanto o outro podem assumir forma ativa e passiva.”

    IV. “As pequenas inversões axiológicas são que prossegue corroendo o homem em nosso dia a dia.”

     


ID
2489065
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerando a concordância nominal, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A) Complexo e exato, colocado no ar na internet, na hora certa, os vídeos defendem(o vídeo defende) a usina. 

    B) Controversos e relevantes, foi como os estudantes caracterizaram o vídeo(os vídeos) sobre a usina. 

    C) Os depoimentos alarmantes em defesa dos índios e da floresta amazônica soou(soaram) ingênua e equivocada.

    D) Moças e rapazes talentosas(talentosos) deram uma memorável aula de geografia. 

    E) A agricultura e a pecuária brasileiras respondem hoje por 30% do nosso PIB.  


    Resposta: E


ID
2489068
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que não contém erros de grafia.

Alternativas
Comentários
  • A)Concessão

    B) Ressarcimento

    C) Correta

    D) Extorsão/Assessores

    E) Cessão.

  • Outro erro não mencionado na alternativa "b" está na palavra minunciosamente cuja grafia correta é minuciosamente, sem o "n" depois do u.

  • gabarito (C)

    (A) A lei que trata da conseção (concessão) e permissão de serviços públicos permite a interrupção do fornecimento de serviço público por inadimplência do usuário.

    (B) O legislador cuidou de regulamentar minunciosamente (grafia correta) as hipóteses de suspensão dos direitos políticos e reçarcimento (ressarcimento) ao erário.

    (C) Servidores que exercem cargos comissionados não podem ser colocados à disposição de outro órgão ou entidade. Se isso ocorrer, é improbidade administrativa.

    (D) Há nove meses, sindicalistas alertaram o Palácio do Planalto sobre a existência de um esquema de extorção envolvendo acessores (assessores, pois vem de assessorar) do Ministro.

    (E) Para que a seção (cessão, pois vem do verbo ceder) do servidor a outro órgão seja permitida, ele deve estar em exercício de cargo efetivo (ou seja, concursado).


ID
2489071
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere as relações de sinonímia das palavras e marque a opção correta. Em “Os avaliadores chegam, ao restaurante, sempre incógnitos, agindo com naturalidade e simpatia. Nenhum detalhe passa incólume, nem mesmo o ritmo em que transcorre a refeição.” “Incógnito” e “incólume” correspondem, respectivamente, a

Alternativas
Comentários
  • Incógnito : Não conhecido, ignoto:

     

    Incólume : Ileso ou intacto; sem ferimentos; desprovido de lesões corporais ou morais:

    dicio.com.br

    Letra C


ID
2489074
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

              Fui criado com princípios morais comuns

                                                                                (Arnaldo Jabor)

      Fui criado com princípios morais comuns: Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos, eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade… Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão.

      Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos. Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças. O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser… Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?

      Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho. Quero a esperança, a alegria, a confiança! Quero calar a boca de quem diz: “temos que estar ao nível de…”, ao falar de uma pessoa. Abaixo o “TER”, viva o “SER”. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como um céu de primavera, leve como a brisa da manhã! E definitivamente bela, como cada amanhecer. Quero ter de volta o meu mundo simples e comum. Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. Vamos voltar a ser “gente”. Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?… Precisamos tentar… Quem sabe comecemos a caminhar transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!

                          (http://pensador.uol.com.br. Acesso em 6/12/2011) 

O texto se caracteriza como sendo do gênero

Alternativas
Comentários
  • O texto não é um diário, pois quando é, o elemento apresenta intimismo, predomina o tipo narrativo

    Nem conto pois não se trata de algo fantasioso, além de já termos eliminado o tipo narrativo, onde esse gênero se faz exclusimanete presente

    Não é um relato, pois relatar é apenas descrever, sem opinar.

    Biografia também atende muito o descritivo, falando exclusivamente da história pessoal do indivíduo como nascimento, local e etc.

    Levando então a alternativa crônica, LETRA A

     

  • O texto se enquadra no gênero crônica.

     LETRA A


ID
2489077
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

              Fui criado com princípios morais comuns

                                                                                (Arnaldo Jabor)

      Fui criado com princípios morais comuns: Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos, eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade… Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão.

      Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos. Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças. O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser… Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?

      Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho. Quero a esperança, a alegria, a confiança! Quero calar a boca de quem diz: “temos que estar ao nível de…”, ao falar de uma pessoa. Abaixo o “TER”, viva o “SER”. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como um céu de primavera, leve como a brisa da manhã! E definitivamente bela, como cada amanhecer. Quero ter de volta o meu mundo simples e comum. Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. Vamos voltar a ser “gente”. Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?… Precisamos tentar… Quem sabe comecemos a caminhar transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!

                          (http://pensador.uol.com.br. Acesso em 6/12/2011) 

Qual o enunciado que resume a ideia central do texto?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B


ID
2489080
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

              Fui criado com princípios morais comuns

                                                                                (Arnaldo Jabor)

      Fui criado com princípios morais comuns: Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos, eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade… Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão.

      Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos. Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças. O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser… Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?

      Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho. Quero a esperança, a alegria, a confiança! Quero calar a boca de quem diz: “temos que estar ao nível de…”, ao falar de uma pessoa. Abaixo o “TER”, viva o “SER”. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como um céu de primavera, leve como a brisa da manhã! E definitivamente bela, como cada amanhecer. Quero ter de volta o meu mundo simples e comum. Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. Vamos voltar a ser “gente”. Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?… Precisamos tentar… Quem sabe comecemos a caminhar transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!

                          (http://pensador.uol.com.br. Acesso em 6/12/2011) 

O uso das reticências, no texto, demonstra um sentimento de

Alternativas

ID
2489083
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Observe o uso dos pronomes demonstrativos em:


• Há, portanto, muitas e diversas morais. Isto significa dizer que uma moral é um fenômeno social particular que não tem compromisso com a universalidade.

• A ética se move, historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada natural.


Dados os itens seguintes, em relação a esse uso,


I. O uso de “isto” está errado, pois não se pode empregá-lo para referir-se ao que foi dito.

II. Esses pronomes, como formas anafóricas, retomam o que foi dito.

III. O uso de “isso” está correto, pois se refere ao que foi dito.


verifica-se que

Alternativas
Comentários
  • resposta correta letra B

  • Gabarito: Letra D


ID
2489086
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que completa as lacunas com as formas verbais adequadas.

“Caso os passageiros ______ viajando sozinhos e ______ hospitalizados por acidente, os responsáveis pela Empresa de Transporte ______ passagem para que um familiar _____ acompanhá-lo no local de sua internação. Em relação à indenização, quando o advogado dos passageiros ______, eles _______.” 

Alternativas
Comentários

ID
2489089
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Considere as seguintes premissas: “todos os matemáticos são vaidosos”; “existem vaidosos brasileiros" Com base nessas duas premissas, podemos concluir que

Alternativas
Comentários
  • O fato de “todos os matemáticos são vaidosos” não exclui a possibilidade de que existam vaidosos que não sejam matemáticos.

    Sendo assim, não há como estabelecer nenhuma relação entre as duas premissas.

     

    Por exemplo, imagine que o universo é pequeno e que existem ao todo cinco pessoas, sendo que há três matemáticos, três brasileiros e quatro vaidosos:

    Ana é arquiteta, brasileira e vaidosa.

    Bertok é matemático, húngaro e vaidoso.

    Chiara é matemática, italiana e vaidosa.

    Daniel é militante de rede social, brasileiro e despojado.

    Edson é matemáticobrasileiro e vaidoso.

    Nesse pequeno universo, todas as informações são do enunciado são verdadeiras a saber. Todos os matemáticos (Bertok, Chiara e Edson) são vaidosos.

    Existem brasileiros vaidosos (Ana e Edson).

     

    A) Errada. Edson é matemático

    B) Errada. Ana não é matemática.

    D) Errada. Você pode retirar o Edson da lista. As afirmações do enunciado continuam verdadeiras, mas a letra D fica falsa.

    E) Errada. Bertok e Chiara não são brasileiros.

     

    A letra C está certa.

     

    http://rlm101.blogspot.com.br

  • http://sketchtoy.com/69372809

    Não se pode tirar nenhuma conclusão.


ID
2489092
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Não definido

Numa cidade existem três jornais, denominados aqui por A, B e C. Uma pesquisa de mercado sobre os ledores desses jornais produziu os seguintes resultados:


• 115 compravam o jornal A.

• 208 compravam o jornal B.

• 182 compravam o jornal C.

• 30 compravam os jornais A e B.

• 51 compravam os jornais B e C.

• 30 compravam os jornais A e C.

• 10 compram os jornais A, B e C.

• 200 não compram nenhum dos três jornais


Com base nestas informações, assinale a opção incorreta.

Com base nestas informações, assinale a

Alternativas

ID
2489095
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Um cidadão foi abrir o cofre, mas esqueceu a senha de acesso; no entanto, lembrava que na senha não havia o algarismo 0, que o primeiro algarismo era 4, o segundo era impar, o terceiro era menor que 4 e o quarto e último era par. Qual o maior número de tentativas que este cidadão pode fazer, no intuito de descobrir a senha?

Alternativas
Comentários
  • A senha possui quatro dígitos, sendo que o zero nunca aparece.
     

    O primeiro dígito é 4. Há apenas 1 opção

    O segundo é um número ímpar, pode ser 1, 3, 5, 7 ou 9. Há 5 opções.

    O terceiro é um número menor que quatro, pode ser 1, 2 ou 3. Há 3 opções.

    O último é um número par, pode ser 2, 4, 6 ou 8. Há 4 opções.

     

    Ao todo: 1 * 5 * 3 * 4 = 60 senhas a serem testadas.

    Letra D.

  • A senha possui quatro dígitos, sendo que o zero nunca aparece.
     

    A senha possui 4 dígitos, sendo que o zero nunca parece

    O primeiro dígito é 4. Há apenas 1 opção

    obs: no caso de senhas os digitos não se repetem só iremos multiplicar

    O primeiro dígito é 4. Há apenas 1 opção

    O segundo é um número ímpar, pode ser 1, 3, 5, 7 ou 9. Há 5 opções.

    O terceiro é um número menor que quatro, pode ser 1, 2 ou 3. Há 3 opções, porém se eu utilizar o nº 1 no segundo digito no terceiro digito terei apenas 2 opções (2,3)

    1x5x3x4=60

    OU

    1X5X2X4=40

    total = 40+60 =100 letra a

    CABERIA RECURSO!

     

     

  • Como o sabemos que o 0 não faz parte da senha = 9 opções de números

    1° - Sabemos que é o número 4, então só temos ele como opção = 1 opção

    2° - Sabemos que é um numero ímpar (1, 3, 5, 7 ou 9) = 5 opções

    3° - Sabemos que é um número menor que 4 (1, 2 ou 3) = 3 opções

    4° - Sabemos que é um número par (2, 4, 6 ou 8) = 4 opções

    Resultado= 1.5.3.4 = 60 formas de combinações da senha

  • Primeiro Algarismo ele já disse que era 4

    Segundo Algarismo: impar

    terceiro Algarismo: Menor que 4

    quarto : Par

    Zero não pode - partimos do pressuposto { 1, 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 }

    Primeiro: 1

    Impar: 5 números de 1 a 9

    Menor que 4 : 3

    par: 4

    1 x 5 x 3 x 4 = 60 Resposta, Gabarito D

  • Lembrou disso tudo, mas não lembrou da senha?

  • 1.5.3.4=60


ID
2489098
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Os dois primeiros pares de palavras abaixo foram escritos seguindo determinado critério.


• FRANCISCA – CANA

• CLEMENTINO – NOME

• PRESIDENTE – ?


Esse mesmo critério deve ser usado para descobrir qual palavra substitui o ponto de interrogação.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C.

    Cada palavra é inciada pela última sílaba da palavra original:

    FRANCISCA = CANA

    CLEMENTINO = NOME

    PRESIDENTE = TESE

  • esse tipo de questão é boa quando vc está começando RLM, então não vou criticar, mas... sem graça...

  • Cada palavra é iniciada pela última sílaba da palavra original acrescida da terceira e quarta letra na forma decrescente :

    FRANCISCA = CANA

    CLEMENTINO = NOME

    PRESIDENTE = TESE

    Gabarito C


ID
2489101
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Do ponto de vista lógico, dizer que a afirmação “todos os lutadores são bravos” é falsa, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira.

Alternativas
Comentários
  • LETRA D

    NEGAÇÃO DE TODO É PELO MENOS UM, ALGUM, NENHUM

  • FAMOSA

    PEA

    PELO MENOS UM NÃO É

    EXISTE UM QUE NÃO É

    ALGUNS NÃO É

    GAB= D

  • GABARITO D

    NEGAÇÃO de todo Algum ou pelo menos um

  • Não se nega universal com o universal (Não se nega todo com todo, nenhum com todo, nenhum com nenhum)

    Nega-se Universal apenas com quantificador existencial - já eliminaríamos as alternativas E, C, A.

    Se a afirmativa todos os lutadores são bravos é F, para torna-lá V adicionamos o quantificador existencial negativo (algum não, pelo menos um não, há pelo menos um que não...) uma vez que se a afirmação é F então a sua negação será V.


ID
2489104
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

“Os pendrives atuais se conectam ao computador por meio de portas __ e possuem capacidade aproximada de até __.” Completa-se os espaços em branco da proposição anterior, respectivamente, com os textos contidos na opção

Alternativas

ID
2489107
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

São exemplos de extensões de arquivos disponíveis para salvamento no BrOffice Writer, exceto:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

     

    .PPS é uma extensão do MS Office Powerpoint

     

    Arquivo PPT

    Também chamado de PPTX, um PPT é um tipo de arquivo do Microsoft PowerPoint . O usuário pode abrir, editar e fazer alterações nos slides da apresentação, acrescentando itens, efeitos e outros recursos. Também é possível executar a apresentação e tarefas que o software permite.

     

    Arquivo PPS 

    O arquivo PPS pode ser considerado um formato de auto apresentação. Basta clicar duas vezes nele, para que o conteúdo seja exibido automaticamente e a transição dos slides pode ser configurada com cliques no mouse ou através da barra de espaço. O formato é ideal para quem deseja apenas enviar a apresentação ou mostrá-la sem passar pela tela inicial e edição do Powerpoint.

     

    http://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2016/03/qual-diferenca-entre-pps-e-ppt-no-powerpoint.html

     

  • O BrOffice Writer é o editor de textos do pacote BrOffice, que segue o padrão do OpenOffice e mantido no sucessor LibreOffice.
    Assim como o Microsoft Word, o Writer é capaz de trabalhar com diferentes formatos de textos.
    DOC é um documento do Word, RTF é um arquivo do acessório do Windows WordPad, TXT é um texto sem formatação do acessório Bloco de Notas, e ODT é o formato nativo do Writer (Open Document Text).

    PPS é uma apresentação de slides executável do Microsoft PowerPoint.
    É um formato que não pode ser editado pelo Writer, e nem gravado.

    Gabarito: Letra C.
  • GABARITO - C

    .TXT ⇾ Padrão do Bloco de Notas

    .ODT ⇾ Padrão Wirter

    .DOC ⇾ Antigo padrão Word

    .RTF ⇾ Padrão WordPad


ID
2489110
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Na barra de Ferramentas Padrão do Writer, encontramos os botões com recursos/ferramentas abaixo, exceto:

Alternativas
Comentários
  • O Writer é um editor de textos do pacote OpenOffice, BrOffice e LibreOffice, que tem uma interface no padrão de menus e barra de ferramentas.
    As duas principais barras de ferramentas do programa são: Padrão e Formatação.
    Na barra de ferramentas Padrão encontramos os ícones que acessam as opções relacionadas ao documento em edição, à Área de Transferência do computador, à visualização do documento e padronização visual de todo o arquivo.
    Na barra de ferramentas de Formatação encontramos os ícones que formatam a fonte, o parágrafo, inserem objetos e localizam ocorrências no documento. Negrito, que é uma formatação de fonte, está na barra de ferramentas de Formatação.

    Gabarito: Letra A
  • GABARITO (A)

    (A) Negrito – Barra de FORMATAÇÃO

    (B) Pincel de estilo – Barra PADRÃO

    (C) Visualizar página – Barra PADRÃO

    (D) Salvar – Barra PADRÃO

    (E) Cortar – Barra PADRÃO


ID
2489113
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Dadas as proposições sobre o recurso de Recuar Parágrafos do Writer,


I. Para alterar as unidades de medida, podemos escolher Ferramentas – Opções – BrOffice.org Writer – Geral, depois, seleciona uma nova unidade de medida na área Configurações.

II. É possível alterar os recuos do parágrafo atual, de todos os parágrafos selecionados ou de um estilo de parágrafo.

III. É possível definir recuos utilizando a régua.

IV. Os recuos são calculados em relação às margens esquerda e direita.


verifica-se que está(ão) correta(s)

Alternativas
Comentários
  • O Writer é um editor de textos do pacote OpenOffice, BrOffice e LibreOffice, que tem uma interface no padrão de menus e barra de ferramentas.
    Os parágrafos podem ser modificados pelos itens disponíveis na barra de ferramentas Formatação.
    Os recuos são espaços entre as margens e o texto do parágrafo.
    Eles poderão ser configurados com as unidades de medida que o usuário estiver habituado, poderá aplicar no parágrafo atual, em vários parágrafos, ou em todos que estejam associados ao estilo em uso.
    Além das opções dos recuos disponíveis nos ícones, o usuário poderá usar a régua, mudando a posição dos indicadores de recuos, relacionados à margem esquerda e à margem direita.

    Gabarito: Letra C.
  •  Resposta: C


ID
2489116
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Analisando os menus do BrOffice.org Impress, associe a segunda coluna de acordo com a primeira. 

1ª coluna 

1. Arquivo

2. Editar  

3. Formatar  

4. Exibir  

5. Ferramentas 


2ª coluna 

( ) Esse menu contém comandos para editar o conteúdo do documento atual. 

( ) Esse menu contém o comando Página..., que define a orientação da página, as margens da página, o plano de fundo e outras opções de layout. 

( ) Esse menu contém a ferramenta Galeria, onde é possível selecionar figuras e sons para inserir em um documento.

( ) Contém os comandos que se aplicam ao documento atual, abrir um novo documento ou fechar o aplicativo. 

( ) Nesse menu contém o comando Estrutura de Tópicos.


A sequência correta, de cima para baixo, é  

Alternativas
Comentários
  • O Impress é um editor de apresentações de slides do pacote OpenOffice, BrOffice e LibreOffice, que tem uma interface no padrão de menus e barra de ferramentas.
    Ele realiza as mesmas funcionalidades do Microsoft Powerpoint.
    Os menus são organizados segundo o padrão 'antigo' do Windows, onde temos:
    - Arquivo - comandos para o documento atual
    - Editar - comandos para edição do conteúdo do documento
    - Formatar - para alterar as configurações de Caractere, Parágrafo, Página
    - Exibir - para mudar o modo de visualização do documento
    - Ferramentas - para acessar opções adicionais do editor de slides, como a Galeria de imagens e vídeos.

    Gabarito: Letra E.
  • Atenção: LibreOffice versão 7 tem opção Galeria no menu Exibir.

  • GABARITO - E

    ( 2 ) Esse menu contém comandos para editar o conteúdo do documento atual.

    Algumas opções : Recortar , colar , colar especial , Localizar e substituir.

    ________________________________________________

    ( 3 ) Esse menu contém o comando Página..., que define a orientação da página, as margens da página, o plano de fundo e outras opções de layout.

    Tudo isso é possível lá em formatar.

    ________________________________________________

    ( ) Esse menu contém a ferramenta Galeria, onde é possível selecionar figuras e sons para inserir em um documento.

    Nas versões mais atuais vem em EXIBIR

    ___________________________________________________

    ( 1 ) Contém os comandos que se aplicam ao documento atual, abrir um novo documento ou fechar o aplicativo.

    Guia Arquivo

    ___________________________________________________

    (4 ) Nesse menu contém o comando Estrutura de Tópicos.

  • Gabarito: Letra E.

    O Impress é um editor de apresentações de slides do pacote OpenOffice, BrOffice e LibreOffice, que tem uma interface no padrão de menus e barra de ferramentas.

    Ele realiza as mesmas funcionalidades do Microsoft Powerpoint.

    Os menus são organizados segundo o padrão 'antigo' do Windows, onde temos:

    - Arquivo - comandos para o documento atual

    - Editar - comandos para edição do conteúdo do documento

    - Formatar - para alterar as configurações de Caractere, Parágrafo, Página

    - Exibir - para mudar o modo de visualização do documento

    - Ferramentas - para acessar opções adicionais do editor de slides, como a Galeria de imagens e vídeos.


ID
2489119
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação do Ministério Público
Assuntos

Assinale a opção que é incorreta no que concerne às atribuições dos órgãos que integram o Ministério Público de Alagoas, na forma da Lei Complementar Estadual n° 15, de 22 de novembro de 1996.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    Art. 9º - Compete ao Procurador-Geral de Justiça, como órgão da administração superior:

    XI - Expedir recomendações, sem caráter normativo, aos órgão do Ministério Público, para o desempenho de suas funções;

    ____

    a) Art. 18 - As Procuradorias de Justiças compreendem, como órgãos de Administração, uma Procuradoria de Justiça Civil e uma Procuradoria de Justiça Criminal, com os respectivos cargos de Procuradores de Justiça, ordinalmente numerados a partir do primeiro, e os serviços auxiliares necessários ao desempenho das funções

    c)  Art. 21 - As Promotorias de Justiça são órgãos de Administração do Ministério Público com pelo menos um cargo de Promotor de Justiça e serviços auxiliares necessários ao desempenho das funções que lhe forem cometidas por Lei

    d) Art. 15 - Cabe ao Conselho Superior do Ministério Público, como órgão de Execução, rever o arquivamento de Inquérito Civil, na forma da lei.

    e) Art. 16 - A Corregedoria Geral do Ministério Público é o órgão orientador e fiscalizador das atividades funcionais e da conduta dos membros do Ministério Público


ID
2489122
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Assinale a opção incorreta quanto às licenças concedidas ao Servidor Público Estadual, na forma da Lei Estadual nº 5.247, de 26 de julho de 1991, Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Alagoas.

Alternativas
Comentários
  • Letra B - Não é licença, é afastamento!

     

    SECÇÃO II Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo 


    Art. 97.   Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições: 
     
    I   – tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo; II  - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe faculdade optar  pela sua remuneração; III -  investido no mandato de vereador: 
     
    a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; b) não havendo compatibilidade de horários será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela remuneração. 

  • a) Art. 87. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral consangüíneo ou afim até o segundo grau civil, mediante comprovação por junta médica oficial.

     

    b) Art. 89. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença na forma e condições previstas na legislação específica.

    Parágrafo Único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

     

    c) Art. 94. A critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor estável licença para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de 02 (dois) anos consecutivos, sem remuneração.

     

    d) Art. 85. Conceder-se-á ao servidor licença: I – por motivo de doença em pessoa da família;

    II -, por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;          III – para serviço militar;

    IV -, para atividade política;  V – para capacitação profissional;

    VI -, para tratar de interesses particulares;     VII – para desempenho de mandato classista.

                            No caso trata-se de Afastamento.

                            SEÇÃO II - Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo

    Art. 97. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

     

    e) Art. 95. É assegurado ao servidor o direito a licença para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão a que pertença em função do cargo ocupado, sem prejuízo de sua remuneração.

  • GABARITO: D

    a) Certa: Art. 94. A critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor estável licença para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de 02 (dois) anos consecutivos, sem remuneração.

    b) Errada: Art. 97, caso de afastamento e não licença. 

    c) Certa: Art. 95. É assegurado ao servidor o direito a licença para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão a que pertença em função do cargo ocupado, sem prejuízo de sua remuneração.

    § 1º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas entidades, até o máximo de 03 (três), por entidade.
     
    § 2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleição.

    d) Certa: Art. 87. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral consangüíneo ou afim até o segundo grau civil, mediante comprovação por junta médica oficial.

    e) Certa: Art. 89, Parágrafo Único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

  • GAB "B"

    Não é licença, é afastamento!

  • Licenças na Lei nº 5.247/1991 :

    -por motivo de doença em pessoa da família

    -por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro

    -para serviço militar

    -para atividade política

    -para capacitação pessoal

    -para tratar de interesses particulares

    -para desempenho de mandato classista.

    .

    .

    Afastamentos na Lei nº 5.247/1991 :

    -afastamento para exercício de mandato eletivo

    -afastamento para estudo ou missão exterior


ID
2489125
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale o princípio norteador do serviço público que corresponde ao dever de boa administração.

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

     

    Sabia que o princípio da eficiência decorre do modelo da adm. pública denominado "administração gerencial"? Pois é!

     

    Adm. gerencial é um modelo que pretende aproximar a adm. pública dos regras administrativas usadas pelas empresas privadas e, dessa forma, evitar a burocracia, morosidade, despedídicio... A ideia é de que o RESULTADO é mais importante do que o dispendioso controle das atividades-meio.

     

    Existem dois aspectos do princípio da eficiência (Maria Sylvia Di Pietro)

     

    - MELHORES  RESULTADOS OBTIDOS PELO DESEMPENHO DO AGENTE PÚBLICO

     

    - MELHORES RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DA ORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA DA ADM. PÚBLICA

  • O dever de boa administração revela-se intimamente ligado a um dos princípios expressos, contidos no art. 37, caput, da CRFB/88, qual seja, o princípio da eficiência. Refira-se, por oportuno, que tal postulado foi ali incluído pela EC 19/98, no contexto da denominada "Reforma Administrativa", cujo viés essencial consistia, exatamente, na intenção de incutir no seio da Administração Pública brasileira melhores práticas de governança, notadamente extraídas da iniciativa privada. No bojo do princípio da eficiência, sobressaem a intenção de redução de custos e desperdícios, a melhora no rendimento funcional dos órgãos, entidades e agentes públicos, de uma forma geral.

    A corroborar os fundamentos acima, confiram-se as palavras de Hely Lopes Meirelles:

    "O dever de eficiência, ora eirigido à categora de princípio norteador da atividade administrativa, com a nova redação dada ao caput do art. 37 da CF pela EC 19, como bem lembrado por Carvalho Simas, corresponde ao 'dever de boa administração' da doutrina italiana(...)"

    Assim sendo, não há dúvidas de que a única resposta adequada é aquela contida na letra "c".


    Gabarito do professor: C

    Bibliografia:

    MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 27ª ed. São Paulo: Malheiros, 2002.
  • Gabarito''C''.

    O princípio da eficiência implementou o modelo de administração pública gerencial voltada para um controle de resultados na atuação estatal. Nesse sentido, economicidade, redução de desperdícios, qualidade, rapidez, produtividade e rendimento funcional são valores encarecidos por referido princípio.

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • gb c

    pmgooo


ID
2489128
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, Lei de Licitações e Contratos, é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, feitas em regime de adiantamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a

Alternativas
Comentários
  • Parágrafo único.  É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.

  • Gabarito letra b).

     

    LEI 8.666/93

     

     

    Art. 60, Parágrafo único.  É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.

     

    Art. 23.  As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:

     

    II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:

     

    a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).

     

    5% de 80.000 = (5 * 80.000) / 100 = (400.000) / 100 -> R$ 4.000,00.

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/

  • Como consequência do formalismo moderado que informa os contratos administrativos, tais ajustem devem, como regra geral, serem formalizados por escrito. Esta regra, contudo, contempla uma exceção, contida no art. 60, parágrafo único, da Lei 8.666/93, de seguinte teor:

    "Art. 60.  Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.


    Parágrafo único.  É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento."


    Ora, o art. 23, II, "a" se refere ao limite para uso da modalidade convite, em casos de compras e serviços diversos dos de engenharia, qual seja, de oitenta mil reais. Assim sendo, por simples cálculo aritmético, chega-se à conclusão de 5% de oitenta mil equivalem a quatro mil reais.

    Esta, portanto, é a resposta da presente questão, que corresponde à letra "b".


    Gabarito do professor: B
  • Questão desatualizada....

  • Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.

    Comentário: ▪ O art. 23, II, "a", trata do limite para a modalidade convite para compras e demais serviços. Logo, o limite para os contratos verbais será de 5% de 176 mil (considerando os valores do Decreto 9.412/2018), ou seja, será de R$ 8.800,00. 

  • Questão desatualizada


ID
2489131
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro, a álea que dá lugar à aplicação da teoria da imprevisão e que é representada por todo acontecimento externo ao contrato, estranho à vontade das partes, imprevisível, inevitável, que causa um desequilíbrio muito grande, tornando a execução do contrato excessivamente onerosa para o contratado ( In Direito Administrativo. 24 ed., São Paulo: Atlas, 2011, p. 286) é nominada de

Alternativas
Comentários
  • Gab. B

     

    # Álea Ordinária (ou empresarial) - que está presente em qualquer tipo de negócio; é um risco que todo empresário corre, como resultado da própria flutuação do mercado; sendo previsível, por ele responde o particular. Há quem entenda que mesmo nesses casos a Administração responde, tendo em vista que nos contratos administrativos os riscos assumem maior relevância por causa do porte dos empreendimentos, o que torna mais difícil a adequada previsão dos gastos; não nos parece aceitável essa tese, pois, se os riscos não eram previsíveis, a álea deixa de ser ordinária;


    Álea Administrativa, que abrange três modalidades :


    1º - uma decorrente do poder de alteração unilateral do contrato administrativo, para atendimento do interesse público ; por ela responde a Administração, incumbindo-lhe a obrigação de resta­belecer o equilíbrio voluntariamente rompido;


    2º - a outra corresponde ao chamado fato do príncipe, que seria um ato de autoridade, não diretamente relacionado com o contrato, mas que repercute indiretamente sobre ele; nesse caso, a Administração também responde pelo restabelecimento do equilíbrio rompido;


    3º - a terceira constitui o fato da Administração, entendido como "toda conduta ou comportamento desta que torne impossível, para o contratante particular, a execução do contrato"; ou, de forma mais completa, é "toda ação ou omissão do Poder Público que, incidindo direta e especificamente sobre o contrato, retarda, agrava ou impede a sua execução" (Hely Lopes Meirelles, 2003:233) ;


    # Álea Econômicaque corresponde a circunstâncias externas ao contrato, estranhas à vontade das partes, imprevisíveis, excepcionais, inevitáveis, que causam desequilíbrio muito grande no contrato, dando lugar à aplicação da teoria da imprevisão; a Administração Pública, em regra, responde pela recomposição do equilíbrio econômico-financeiro.
     

     

    Di Pietro - Direito Administrativo - 27ª edição - pag. 290

  • A presente questão é meramente conceitual e atrelada à doutrina específica de Maria Sylvia Di Pietro.

    Assim sendo, cumpre apenas indicar que o conceito constante do enunciado da questão corresponde ao instituto da "álea econômica", tal como defendido citada doutrinadora.

    A propósito, confira-se:

    "Aléa econômica, que dá lugar à aplicação da teoria da imprevisão, é todo acontecimento externo ao contrato, estranho à vontade das partes, imprevisível e inevitável, que causa um desequilíbrio muito grande, tornando a execução do contrato excessivamente onerosa para o contratado."


    Daí se conclui, por óbvio, que a opção correta é aquela descrita na letra "b".


    Gabarito do professor: B

    Bibliografia:

    DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2013.


ID
2489134
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

As práticas de controles internos no sistema brasileiro têm focado predominantemente

Alternativas
Comentários
  • D)

    Art. 74. A lei que instituir fundo especial poderá determinar normas peculiares de contrôle, prestação e tomada de contas, sem de qualquer modo, elidir a competência específica do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

    TÍTULO VIII

    Do Contrôle da Execução Orçamentária

    CAPÍTULO I

    Disposições Gerais

    Art. 75. O contrôle da execução orçamentária compreenderá:

    I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;

    II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;

    III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em têrmos monetários e em têrmos de realização de obras e prestação de serviços.

    CAPÍTULO II

    Do Contrôle Interno

    Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de contrôle a que se refere o artigo 75, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

    Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante e subseqüente.

    Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos.

    Art. 79. Ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na legislação, caberá o contrôle estabelecido no inciso III do artigo 75.

    Parágrafo único. Êsse controle far-se-á, quando fôr o caso, em têrmos de unidades de medida, prèviamente estabelecidos para cada atividade.

    Art. 80. Compete aos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a exata observância dos limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária, dentro do sistema que fôr instituído para êsse fim.

    CAPÍTULO III

    Do Contrôle Externo

    Art. 81. O contrôle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar a probidade da administração, a guarda e legal emprêgo dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.

    Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabelecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.

    § 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer prévio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

    § 2º Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a Câmara de Vereadores poderá designar peritos contadores para verificarem as contas do prefeito e sôbre elas emitirem parecer

  • A Constituição da República disciplina a necessidade de os três Poderes constituídos - Legislativo, Executivo e Judiciário - manterem, de forma integrada, sistema de controle interno, o que se extrai do teor de seu art. 74, que assim preconiza:

    "Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

    I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

    II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

    III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

    IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
    "

    Da simples leitura dos incisos acima transcritos, é possível perceber que há um certo predomínio do controle subsequente, também denominado de controle a posteriore dentre as hipóteses listadas no sobredito preceito constitucional.

    É o caso do inciso I, ao prever a avaliação do cumprimento de metas previstas no plano plurianual. Afinal, para se aferir se uma meta foi, ou não, cumprida, é preciso, em primeiro lugar, aguardar um dado período de tempo, em ordem a, somente depois, a posteriore, portanto, efetuar a respectiva avaliação.

    No inciso II, ao estatuir a Constituição, dentre as finalidades dos sistemas de controle interno, a comprovação da legalidade e a avaliação dos resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado, novamente está-se diante de hipótese de controle subsequente.

    Com efeito, para se aferir a legalidade de algum procedimento administrativo (no caso, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial), é claro que o controle a ser exercido é posterior ao correspondente procedimento ser ultimado. O mesmo raciocínio se aplica no tocante à avaliação dos resultados deste mesmo comportamento administrativo. Outra vez: somente é possível avaliar resultados após um dado lapso temporal.

    Quanto ao inciso III, novamente é perfeitamente possível, no mínimo, que este controle se dê de modo a posteriore, embora não se possa descartar eventualmente que também ocorra de maneira concomitante ou até mesmo a priori.

    Por fim, em relação ao inciso IV, em se tratando de mero apoio a ser prestado ao controle externo, não há como se realizar uma classificação de tal competência quanto ao momento em que o controle será exercido. Tudo dependerá de a espécie de controle externo a ser auxiliada seja prévia, concomitante ou a posteriore.

    Em conclusão, ratifica-se a ideia inicialmente transmitida nos comentários, na linha de que o sistema de controle interno, à luz do desenho constitucional traçado no art. 74 da CRFB/88, revela um predomínio da modalidade de controle a posteriore.

    Apenas em arremate, é válido acentuar que, mesmo genericamente falando (e não apenas tomando por base o sistema de controle interno), é possível aduzir que os casos de controle a posteriore são, de fato, os mais comuns. Há base doutrinária, ainda que um tanto tímida, neste sentido. A propósito do tema, confira-se a seguinte passagem da obra de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo: "O controle subsequente, talvez o mais comum das modalidades, é exercido após a conclusão do ato."

    Por todo o exposto, verifica-se que a única resposta adequada é aquela prevista na letra "d".


    Gabarito do professor: D


    Bibliografia:

    ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 20ª ed. São Paulo: Método, 2012.

  • Gabarito''D''.

    "Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

    I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

    II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

    III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

    IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional."

    Da simples leitura dos incisos acima transcritos, é possível perceber que há um certo predomínio do controle subsequente, também denominado de controle a posteriore dentre as hipóteses listadas no sobredito preceito constitucional.

    É o caso do inciso I, ao prever a avaliação do cumprimento de metas previstas no plano plurianual. Afinal, para se aferir se uma meta foi, ou não, cumprida, é preciso, em primeiro lugar, aguardar um dado período de tempo, em ordem a, somente depois, a posteriore, portanto, efetuar a respectiva avaliação.

    No inciso II, ao estatuir a Constituição, dentre as finalidades dos sistemas de controle interno, a comprovação da legalidade e a avaliação dos resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado, novamente está-se diante de hipótese de controle subsequente.

    Com efeito, para se aferir a legalidade de algum procedimento administrativo (no caso, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial), é claro que o controle a ser exercido é posterior ao correspondente procedimento ser ultimado. O mesmo raciocínio se aplica no tocante à avaliação dos resultados deste mesmo comportamento administrativo. Outra vez: somente é possível avaliar resultados após um dado lapso temporal.

    Quanto ao inciso III, novamente é perfeitamente possível, no mínimo, que este controle se dê de modo a posteriore, embora não se possa descartar eventualmente que também ocorra de maneira concomitante ou até mesmo a priori.

    Por fim, em relação ao inciso IV, em se tratando de mero apoio a ser prestado ao controle externo, não há como se realizar uma classificação de tal competência quanto ao momento em que o controle será exercido. Tudo dependerá de a espécie de controle externo a ser auxiliada seja prévia, concomitante ou a posteriore.

    Em conclusão, ratifica-se a ideia inicialmente transmitida nos comentários, na linha de que o sistema de controle interno, à luz do desenho constitucional traçado no art. 74 da CRFB/88, revela um predomínio da modalidade de controle a posteriore.


ID
2489137
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Dados os itens que integram a estrutura organizacional do Ministério Público, como órgãos de administração,


I. As Procuradorias de Justiça.

II. O Procurador Geral de Justiça.

III. As Promotorias de Justiça.

IV. Os Centros de Apoio Operacional.

V. Os órgãos de Apoio Técnico e Administrativo.


verifica-se que estão corretos

Alternativas
Comentários
  • LEI Nº 8.625, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1993.

    Art. 6º São também órgãos de Administração do Ministério Público:

    I - as Procuradorias de Justiça;

    II - as Promotorias de Justiça.

  • A questão exige conhecimento relacionado à Lei nº 8.625/93, que institui a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, dispõe sobre normas gerais para a organização do Ministério Público dos Estados e dá outras providências. Sobre os órgãos de administração do Ministério Público, temos que:

    Art. 5º - “São órgãos da Administração Superior do Ministério Público: I - a Procuradoria-Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria-Geral do Ministério Público.

    Art. 6º - “São também órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça”.

    Portanto, integram a estrutura organizacional do Ministério Público, como órgãos de administração: as Procuradorias de Justiça e as Promotorias de Justiça.

    Estão corretos, portanto, os itens I e III.

     

    Gabarito do professor: letra a.


  • COMPOSIÇÃO DE ÓRGÃOS COMPONENTES DO MP - LEI 8.625/1993

    Art. 5º São órgãos da ADMINISTRAÇÃO Superior do Ministério Público:

    I - a Procuradoria-Geral de Justiça;

    II - o Colégio de Procuradores de Justiça;

    III - o Conselho Superior do Ministério Público;

    IV - a Corregedoria-Geral do Ministério Público.

    Art. 6º São também órgãos de ADMINISTRAÇÃO do Ministério Público:

    I - as Procuradorias de Justiça;

    II - as Promotorias de Justiça.

    Art. 7º São órgãos de EXECUÇÃO do Ministério Público:

    I - o Procurador-Geral de Justiça;

    II - o Conselho Superior do Ministério Público;

    II - os Procuradores de Justiça;

    IV - os Promotores de Justiça.

    Art. 8º São órgãos AUXILIARES do Ministério Público, além de outros criados pela Lei Orgânica:

    I - os Centros de Apoio Operacional;

    II - a Comissão de Concurso;

    III - o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional;

    IV - os órgãos de apoio administrativo;

    V - os estagiários.


ID
2489140
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Dadas características abaixo, relativas às precondições operativas da Administração Pública Gerencial


I. A competição entre organizações públicas e entre organizações públicas e privadas.

II. O uso de práticas de gestão provenientes da administração privada.

III. Atenção à disciplina e parcimônia.

IV. Administradores empreendedores sem autonomia para decidir.


verifica-se que está(ao) correta

Alternativas
Comentários
  • C)

     

    3.4.1. O novo gerencialismo público ou nova gestão pública
    Em termos mais simples possíveis, a New Public Management nada mais é que “um conjunto de doutrinas administrativas”, surgidas na década 1970, que orientaram as reformas realizadas na Administração Pública em nível mundial. A NPM pretendia que os princípios gerenciais utilizados nas empresas privadas fossem também aplicados no meio público.
    Segundo Donald Kettl (2001), “a ideia de reformar o setor governamental, no sentido de aprimorá-lo, é algo tão antigo como a própria ideia de governo”, porém, o esforço despendido nas décadas de 1970, 1980 e 1990, certamente, foram os maiores. Dois grandes fatores impulsionaram esses esforços: a democracia e a globalização. A democracia cobra eficiência, participação nas decisões e accountability governamental, e a globalização traz as tecnologias da informação e da comunicação, e a competitividade.
    Às vésperas das grandes reformas, tanto as mundiais quanto a brasileira, ganha destaque a afirmação de que “os estados encontravam-se com menos recursos e com menos poder”: a maioria dos governos não tinha mais como financiar seus déficits públicos.
    O fato é que as reformas se tornaram indispensáveis: tanto no que se refere à promoção do desenvolvimento econômico num mundo globalizado, quanto ao bem-estar geral da sociedade de cada nação, com a prestação de serviços e a redução das desigualdades sociais (estas, especialmente na América Latina).
    Atenção → Não obstante as reformas, é possível afirmar que o Estado continua a atuar como o principal instrumento de desenvolvimento econômico, social e político das nações. Ao mesmo tempo em que se afasta da produção direta de bens e serviços, amplia sua atuação no campo da regulação, fiscalização e controle.
    O novo gerencialismo ou nova Administração Pública surge primeiro na Europa, como resposta do Estado à crise econômica mundial, que pôs fim à “era de prosperidade” dos países capitalistas (crises do petróleo de 1973 e 1979, e a estagnação econômica das nações europeias e dos Estados Unidos), e que resultou numa crise fiscal dos Estados (Estados sem recursos); da necessidade de um novo direcionamento para a atuação dos Estados, que agora deveriam concentrar-se nas questões estratégicas para o bem comum e deixar as demais ações por conta da iniciativa privada, diretamente ou compartilhadas num campo público não estatal; e da necessidade de um novo modelo de administração capaz de atender às demandas dos cidadãos.

  • A redação utilizada no enunciado da presente questão parece um tanto obscura, carecendo, pois, de alguma reflexão prévia. Com efeito: por "precondições operativas" parece legítimo considerar como características próprias ao modelo de Administração Pública Gerencial.

    Deve-se, portanto, dentre as quatro assertivas propostas, identificar aquelas que, de fato, constituem características adequadas ao referido modelo de Administração.

    Antes do exame de cada assertiva, pode-se lançar algumas luzes mínimas acerca do que vem a ser a denominada Administração Pública Gerencial. Como ensina a doutrina administrativista, cuida-se de modelo baseado, sobretudo, na inserção do princípio da eficiência, na implantação de técnicas administrativas próprias da iniciativa privada, na priorização do controle de resultados (ao invés do controle de atividade-meio), no incremento da autonomia das entidades e até mesmo dos órgãos integrantes da Administração Pública - para o quê ganha relevo o chamado contrato de gestão, dentre outras.

    Vejamos, agora, cada afirmativa, separadamente:

    I- Certo:

    A competição entre organizações públicas e e entre organizações públicas e privadas constitui medida salutar, à luz do princípio da eficiência, que, como visto acima, constitui viga-mestra do modelo de Administração Pública Gerencial.

    Afinal, qualquer espécie de competição faz com que os que dela participam sintam-se estimulados - e até mesmo compelidos - a buscarem o melhor rendimento possível dentro de sua esfera de competências, o que vai na linha da busca por melhores resultados, outra característica importante do mencionado modelo.

    Correta, pois, esta primeira assertiva.

    II- Certo:

    Esta característica já havia sido indicada acima, nos comentários introdutórios, e é, portanto, realmente, uma das notas marcantes do modelo de Administração Pública Gerencial. Como exemplo, podemos citar a flexibilização da estabilidade dos servidores públicos, mediante instiuição, via EC 19/98, das hipóteses de perda do cargo público previstas no art. 41 da CRFB/88, o que, em certa medida, aproximou os agentes públicos dos trabalhadores da iniciativa privada. Refira-se, ademais, que a própria aquisição da estabilidade passou a estar condicionada a uma avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade, conforme previsão lançada no §4º do mencionado preceito constitucional.

    III- Certo:

    Embora um tanto quanto lacônica, pode-se argumentar que uma atuação administrativa disciplinada e comedida, parcimoniosa, sobretudo no que tange à utilização de recursos públicos, se revela em sintonia com o princípio da eficiência, o qual constitui, refira-se uma vez mais, o postulado mais importante do Estado Gerencial. A correlação em tela, a despeito de não se mostrar muito óbvia, é possível de ser estabelecida. De tal maneira, apesar de este comentarista reconhecer que a Banca não foi muito clara neste item específico, não se afigura incorreto considerá-lo acertado.

    IV- Errado:

    Conforme anteriormente referido, na realidade, a Administração Pública Gerencial se caracteriza por promover e estimular um aumento da autonomia dos órgãos e entidades públicos, notadamente através do instrumento concebido no §8º do art. 37 da CRFB/88 (contrato de gestão), razão pela qual, ao se mencionar, nesta assertiva, administradores públicos "sem autonomia para decidir", a afirmativa vai na contramão das ideiais que norteiam o sobredito modelo administrativo, de sorte que está equivocada a presente assertiva.


    Gabarito do professor: C
  • Gabarito''C''. Está(ao) correta I, II e III, apenas.

     Administração Pública Gerencial

    I. A competição entre organizações públicas e entre organizações públicas e privadas.

    II. O uso de práticas de gestão provenientes da administração privada.

    III. Atenção à disciplina e parcimônia.

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • Parcimônia significa fazer economia, poupar.


ID
2489143
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Lei de improbidade administrativa prevê ressarcimento, perda dos bens ilicitamente acrescidos ao patrimônio, indisponibilidade de bens, perda de função pública, suspensão de direitos políticos de 5 a 8 anos, multa e proibição de contratar ou receber benefícios ou incentivos fiscais por

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E

     

    O enunciado não diz qual o tipo de improbidade administrativa, mas é possível afirmar que se trata de ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário, pois a suspensão de direitos políticos, nesse caso, é de 5 a 8 anos.

     

      Art. 12.  Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:  

     

    II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

  • O teor do enunciado da presente questão corresponde, com perfeição, às sanções previstas para o caso de cometimento de atos de improbidade administrativa que ocasionem danos ao erário, conforme se depreende da leitura do art. 12, II, da Lei 8.429/92, in verbis:

    "Art. 12.  Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:

    (...)

    II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;"

    De tal maneira, pode-se concluir que, no tocante à pena de proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, o prazo ali estabelecido é de cinco anos.

    Assim sendo, está claro que a única resposta correta é aquela constante da letra "E".


    Gabarito do professor: E
  • Questão com duas alternativas corretas. Sendo elas: d e e. A questão não especifica qual ato de improbidade...

  • GABARITO LETRA E

     

    LEI Nº 8429/1992 (DISPÕE SOBRE AS SANÇÕES APLICÁVEIS AOS AGENTES PÚBLICOS NOS CASOS DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO NO EXERCÍCIO DE MANDATO, CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA, INDIRETA OU FUNDACIONAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS) 

     

    ARTIGO 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: 

     

    II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
     


ID
2489146
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A modalidade de licitação concorrência é caracterizada por qual das opções abaixo?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

     

    Lei 8.666/93 Art. 22 §1o Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

     

    b) Convite

    c) Leilão

    d) Tomada de Preços

    e) Concurso

  • Gabarito letra a).

     

    Algumas palavras-chave sobre licitação e suas modalidades para a resolução de questões.

     

     

    Convite = "Com 24 horas de antecêdencia" + "número mínimo de 3".

     

     

    Tomada de preços = Terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas.

     

     

    Concorrência = habilitação preliminar + quaisquer interessados.

     

    * Destaco um princípio aplicado à concorrência que está sendo cobrado nas provas: a concorrência tem como um de seus requisitos o princípio da universalidade, que é a possibilidade que se oferece à participação de quaisquer interessados na concorrência, independente de registro cadastral na Administração que a realiza ou em qualquer outro órgão público.

     

    Fontes:

     

    http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1352

     

    https://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/27814/modalidades-da-licitacao

     

     

    Leilão = Apenas para Venda + quaisquer interessados + oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação (maior lance ou oferta).

     

     

    Concurso = trabalho técnico, científico ou artístico + "prêmio" + antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

     

     

    Pregão (Lei 10.520/2002) = aquisição de bens e serviços comuns + será adotado o critério de menor preço.

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/

  • A presente questão limitou-se a reproduzir, em cada alternativa, os conceitos legais das modalidades licitatórias previstos na Lei 8.666/93, mais precisamente nos §§ do art. 22.

    Tendo isso em mente, vejamos cada opção:

    a) Certo:

    Esta é, de fato, a definição de concorrência constante do art. 22, §1º, do referido dispositivo legal. Confira-se:

    "Art. 22 (...)
    § 1o  Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto."


    Logo, eis aí a resposta correta.

    b) Errado:

    Na verdade, cuida-se da modalidade convite, conforme §3º do art. 22.

    c) Errado:

    Trata-se de conceito atinente à modalidade leilão, presente no §5º do art. 22.

    d) Errado:

    Esta é a definição legal referente à tomada de preços, como preceitua o §2º do art. 22.

    e) Errado:

    Por fim, o conceito presente nesta última alternativa corresponde àquele adotado para a modalidade concurso, como se extrai do teor do §4º do mesmo art. 22.


    Gabarito do professor: A

ID
2489149
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

A doutrina penal é unânime de que na expressão “não há crime sem lei anterior que o defina” firma-se um dos fundamentos mais importantes do direito penal: o princípio constitucional da legalidade penal no que diz respeito aos delitos. Pergunta-se: quais são os corolários extraídos desta locução?

Alternativas
Comentários
  • Do princípio da legalidade penal, podem ser extraídos quatro regras:


    1) lex praevia - a lei deve ser anterior/ vedação à retroatividade in pejus (princípio da anterioridade)

    2) lex certa - proibição de expressões/conceitos vagos/imprecisos/indeterminados (princípio da taxatividade)

    3) lex scripta - proibição do costume como fundamento de crimes ou de penas

    4) lex stricta - proibição da analogia como método de criminalização ou de penalização de ações humanas

     

    Gabarito: LETRA C

  • Os corolários extraídos são:
    O da Reserva legal, pois apenas lei em sentido formal pode definir condutas criminosas;
    O da Anterioridade, pois apenas pode-se punir uma conduta que anteriormente esteja tipificada em lei formal e;
    O da Taxatividade, pois as condutas criminosas devem ser descritas de modo detalhado e específico pelo tipo penal, que deve conter todos os seus elementos. Segundo esse princípio, não se admite considerar-se criminosa uma conduta quando esta não prevista em lei, ainda que assemelhada ou aproximada a uma conduta criminosa, pois é vedado o emprego da analogia no direito penal.
     Gabarito do professor: (C)

  • - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (em sentindo amplo) - não há crime sem lei anterior, nem pena sem prévia cominação.

    - Dele são corolários:

    a) RESERVA LEGAL (ou legalidade em sentido estrito) - lex praevia (lei anterior), lex scripta (positivada - não há costume incriminador e deve ser lei - não cabimento de medida provisória) e lex stricta (proibição de analogia in mallam partem);

    b) TAXATIVIDADE - a lei deve ser clara, certa e precisa

    c) IRRETROATIVIDADE - salvo se em benefício do réu.


  • O que diferencia a B da C é que a intranscendência não está ligada ao princípio da legalidade stricto sensu, mas sim a pena em relação a pessoa que a comete, não passando para outra as consequências dela advinda, conforme o art. 5º, inciso XLV:

    "nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido".

  • Reserva legal, anterioridade e taxatividade.

  • desdobramento do principio da legalidade

  • GABARITO C

    Dos desdobramentos do princípio da legalidade:

    1.      Deve-se ter em mente que o princípio da legalidade demanda não só a existência de uma lei que defina a conduta criminosa, como também:

    a.      Que a lei seja anterior ao ato (art. 5º, XL) – anterioridade da lei (lege praevia);

    b.     Que se trate de lei em sentido formal – reserva legal (lege scripta);

    c.      Proibição da analogia in malam partem (lege stricta);

    d.     Taxatividade da lei – trata-se de mandato de certeza (lege certa).

    Para haver progresso, tem que existir ordem. 

    DEUS SALVE O BRASIL.

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ID
2489152
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Possui imunidade de jurisdição por força de tratado em que o Brasil é parte:


I. O embaixador aqui acreditado.

II. A embaixatriz de nacionalidade brasileira.

III. Os Chefes de Estado.

IV. As pessoas jurídicas estrangeiras.


Verifica-se que está(ão) correta(s)

Alternativas
Comentários
  • A questão exige conhecimento relacionado à imunidade de jurisdição. O art. 29 da Convenção de Viena de 1961 (vide Decreto Nº 56.435/65, que Promulga a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas) estabelece a previsão que a pessoa do agente diplomático é inviolável, não podendo ela ser objeto de nenhuma forma de detenção ou prisão. A imunidade à jurisdição está prevista expressamente no art. 31, §1 do tratado: “1. O agente diplomático gozará de imunidade de jurisdição penal do Estado acreditado”.

    Em relação à imunidade dos Chefes de Estado, pode-se que, conforme SANTOS (2015), estes se beneficiam de uma imunidade de jurisdição civil e criminal no estado estrangeiro. A imunidade de jurisdição penal é absoluta, ou seja, o Chefe de Estado não pode ser submetido à jurisdição penal do estado do foro. A Resolução do Institut de Droit International de 2001 logo no seu art. 2.º estabelece que “(i)n criminal matters, the Head of State shall enjoy immunity from jurisdiction before the courts of a foreign State for any crime he or she may have committed, regardless of its gravity59”. É preciso ter em conta que nos casos em que o Chefe de Estado cometa um crime num estado estrangeiro, este último poderá considerar o primeiro como persona non grata e convidá-lo a abandonar o país. Por outro lado, imunidade não equivale a impunidade.

    Estão corretas as assertivas I e III, apenas. 

    Gabarito do professor: letra b.

    Referências:

    SANTOS, Felipe Correia dos. Imunidades dos Chefes de Estado. 2015. 62 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Direito, Ciências Jurídico-forenses, Universidade de Coimbra, Coimbra, 2015. Disponível em: <https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/28673/1/IMUNIDADES DOS CHEFES DE ESTADO.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2018.


  • Discordo. do gabarito. A questão não diz onde a embaixatriz de nacionalidade brasileira está. Se ela estiver em outro país terá imunidade. No item A, não está apenas ''O EMBAIXADOR'', o ''aqui acreditado'' mostra que está no país, no item B não ter essa observação não indica o local. Bom, banca fraquíssima, n é atoa que quebrou.

  • Também discordo do gabarito. Mesmo uma embaixatriz de nacionalidade brasileira terá imunidade no Brasil, segundo o art. 38 da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961 (Decreto n. 56.435 de 1965), só que a imunidade abarca somente os atos no exercício da função:"1. A não ser na medida em que o Estado acreditado conceda outros privilégios e imunidades, o agente diplomático que seja nacional do referido Estado ou nêle tenha residência permanente gozará da imunidade de jurisdição e de inviolabilidade apenas quanto aos atos oficiais praticados no desempenho de suas funções."

    Então, ao meu ver, não é correto falar que ela "não ´possui imunidade". O correto seria dizer que ela não possui imunidade ratione personae e sim ratione materiae, o que não quer dizer que ela não possui imunidade, como a questão fala.

  • Na forma do art. 37.1 da Convenção de Viena de 1961, “os membros da família de um agente diplomático que com êle vivam gozarão dos privilégios e imunidade mencionados nos artigos 29 e 36, desde que não sejam nacionais do estado acreditado“. 

  • A imunidade de jurisdição dos Estados e seus respectivos chefes não decorre de costume (norma costumeira)?

    A questão questiona a imunidade decorrente de tratado.

  • Convenção de Viena sobre relações diplomáticas

    Artigo 37

           1. Os membros da família de um agente diplomático que com êle vivam gozarão dos privilégios e imunidades mencionados nos artigos 29 e 36, desde que não sejam nacionais do estado acreditado.


ID
2489155
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Paulo Sérgio esgotou seu potencial lesivo ao atirar 12 vezes, com sua pistola, contra Luís Antônio. Este, atingido por seis projéteis, foi internado em um hospital e submetido a uma cirurgia. A morte, porém, ocorreu por força de uma infecção causada por uma bactéria alojada em um dos projéteis. No caso,

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA CORRETA - LETRA E

     

     

    Sobre o enunciado podemos concluir que Paulo Sérgio deverá responder por homicídio doloso pois QUERIA E ASSUMIU O RISCO de matar seu desafeto, tanto é que atirou 12 vezes nele, sendo indiferente se a vítima morreu em virtude dos disparos em sí ou infecção bacteriana, posteriormente, causada pelos mesmos. Ainda sobre a questão não há que se falar em erro na execução ou resultado diverso do pretendido, pois a vontade do agente no caso em tela era matar seu inimigo, o que acabou conseguindo!

    Por fim, deve - se destacar ainda a relção de causalidade do art. 13 do CP - "O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido", LOGO CASO PAULO SÉRGIO NÃO TIVESSE ATIRADO 12 VEZES CONTRA LUÍS ANTÔNIO, ESTE NÃO TERIA TIDO A INFECÇÃO BACTERIANA CAUSADA PELOS DISPAROS.

     

    TENTEI SER O MAIS DIDÁTIDO POSSÍVEL, UM ABRAÇO E BONS ESTUDOS

  • GABARITO: E

     

     

    concausas relativamente independentes

     

     

    Sobre a letra a:

     

    a) Paulo Sérgio deve responder, tão somente, por tentativa de homicídio, uma vez que houve causa superveniente relativamente independente que por si só produziu o resultado.

     

    Errado. No caso, a infecção bacteriana é causa efetiva que não por si só produziu o resultado, isto é, não rompeu o nexo causal, pois se Paulo não tivesse disparado, a bactéria não iria infectar Luís.

     

    Diferentemente seria se Luís moresse num acidente com a ambulância em direção ao hospital, ou no clássico exemplo do incêndio, que são causas que por si só produzem o resultado, excluindo o nexo causal, conforme Art. 13, §1º, CP. 

     

    Portanto, o atirador Paulo Sérgio, que tinha intenção de matar, responderá por homicídio doloso consumado. 

     

    Se entendi errado, avisem-me!

     

  • Correta, E

    observações:

    I - Não é tentativa de homícidio, pois o agente executou totalmente seus atos executórios;

    II - O atirador, Paulo Sérgio, agiu com Dolo, neste caso, de primeiro grau.

    III -  A infecção pelas bactérias constantes nos projéteis não produziu o resultado isoladamente, visto que, a infecção foi decorrência de os projéteis, os quais foram disparadas pela arma de Paulo, estarem infectadas por bactérias, ou seja, a infecção decorreu tão somente do resultado pretendido pelo atirador, qual seja, matar seu desafeto.

    IV - como visto no item III, não houve rompimento do nexo causal entre a ação - atirar pra matar - e o resultado - morte do desafeto, tendo a causa da morte podendo ser atribuida, tão somente a conduta dolosa inicial de Paulo.

    V - Teoria adotada pelo Código Penal – “Conditio sine qua non”: Como regra, nos termos do CP, art. 13, caput, o Direito Penal acolheu a teoria da equivalência dos antecedentes causais, sendo causa todo comportamento humano, comissivo ou omissivo, que de qualquer modo concorrer para a produção do resultado naturalístico.

  • Resolvendo a questão sob a ótica da teoria da Imputação objetiva:

     

    1) Paulo Sérgio esgotou seu potencial lesivo ao atirar 12 vezes, com sua pistola, contra Luís Antônio - CRIAÇÃO do RISCO JURIDICAMENTE DESAPROVADO


    2) Este, atingido por seis projéteis, foi internado em um hospital e submetido a uma cirurgia. A morte, porém, ocorreu - REALIZAÇÃO do RISCO NO RESULTADO
     

    3) por força de uma infecção causada por uma bactéria alojada em um dos projéteis. - RESULTADO contido no ÂMBITO DE ALCANCE/PROTEÇÃO da norma penal.

     

    Responde, portanto, por homicídio doloso consumado.

    GABARITO: LETRA E

  • Os fatos narrados na questão tratam da relação de causalidade entre a conduta do sujeito ativo e o resultado lesivo. O nosso código penal, em seu artigo 13, adotou a teoria da equivalência dos antecedentes causais, segundo a qual "considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teoria ocorrido". A exceção a essa regra encontra-se no §1º do mencionado dispositivo legal, que exclui o nexo causal quando se apresenta a "superveniência de causa relativamente independente". No caso, a exclusão do nexo causal não se concretiza, uma vez que a infecção causada por uma bactéria alojada em um dos projéteis, encontra-se na linha de desdobramento causal do crime originariamente visado por Paulo Sérgio, sujeito ativo da conduta.
    Gabarito do professor: (E)

  • (E)

    -Desabamento de Hospital     ---> Rompe Nexo Causal.

    -Bala Perdida Dentro de Hospital ---> Rompe Nexo Causal.

    -Cirurgía(Rísco Cirúrgico)      ---> Não Rompe Nexo Causal.

    -Erro Médico                 ---> Rompe Nexo Causal e Médico Responde Culposamente

    -Infecção Hospitalar           ---> Não Rompe Nexo Causal.

    Portanto, Paulo Sérgio deve responder por homicídio doloso.

    Fonte: Minhas Anotações do Prof Rogério Greco

  • Ferraz F,

     

    Cuidado com esses exemplos pré-prontos...

     

    E se a infecção hospitalar for adquirida, por exemplo, por alimentação do hospital que estava intoxicada? A meu ver, haveria sim o rompimento do nexo.

  • Concausa relativamente independente superveniente que não causou por sí só o resultado, a infecção por bacteria alojada no projetíl é desdobramento da conduta, não há rompimento do nexo de causalidade. Agente responde por homicídio doloso. Teoria da equivalência dos antecedentes causais. 

     

    Art. 13 do CP: O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

     

    Se me equivoquei por favor me avisem. Bons estudos. 

  • É uma questão bem complexa que, em verdade, não há uma resposta única e certeira. À vista das proposições feitas na questão, pode-se dizer que o surgimento das bacteria é um desdobramento da causa criada pelo agente, qual seja a de atirar na vitima. Portanto, é uma causa relativamente independente mas que não produziu o resultado por si só, senão embrenhada pela condição primeira do ato de disparar. Sob outra perspectiva, poderia-se também argumentar que houve a quebra do nexo causal da primeira causa de disparar e, por consequência, a inauguração de outra causa, uma vez que os disparos com arma de fogo, quase nunca, ceifam vidas por conta de bactérias existentes em munições, mesmo porque elas não são imanentes aos projeteis, por isso, a potencialidade lesiva do instrumento vem do próprio arrojo do impacto deflagrado.

  • Na causa superveniente relativamente independente há dois desdobramentos:

    I- desdobramento Normal: infecção hospitalar, hemorragia. = Homicídio Consumado

    II- desdobramento Anormal: Caso fortuito ou força maior => afogamento, carbonizado, envenenado, erro médico(STJ) = Homicídio Tentado

  • DEU CAUSA AO RESULTADO E NÃO QUEBROU O NEXO CAUSAL

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  • O nexo de causalidade entre a conduta do agente delituoso e o resultado foi mantido, visto que a morte está intrinsecamente ligada aos disparos efetuados. Se a morte fosse causada por uma bactéria presente na comida hospitalar, por exemplo, o gabarito seria a letra A "Paulo Sérgio deve responder, tão somente, por tentativa de homicídio, uma vez que houve causa superveniente relativamente independente que por si só produziu o resultado.", como tipificado no parágrafo 1° do artigo 13 do Código Penal.

  • Cara aonde que li que a infecção era do hospital e não do projétil? Só eu mesmo...

  • Quem atira 12 vezes não atira para lesionar . o dolo é clarissímo de matar , sendo assim responde por homicídio doloso e conforme for a variante qualificado a depender do meio de execução ou o motivo .

  • Teoria da equivalência dos antecedentes causais. 

  • o buraco é vc que faz,quem mata é deus.

  • Cirurgia e infecção não quebram o nexo causal. O que quebra é caso fortuito ou força maior.

  • concausa - relativamente independente - superveniente - que não produz por si só o resultado

  • LETRA E

  • Quando a questão trouxer algumas dessas situações como causa da morte da vítima:

    .

     B I P E

    – BRONCOPNEUMONIA;

    – INFECÇÃO HOSPITALAR;

    – PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA;

    – ERRO MÉDICO,

    o agente deverá RESPONDER PELO RESULTADO MORTE, por se tratarem de CAUSAS SUPERVENIENTES RELATIVAMENTE INDEPENDENTES que se encontram na linha de desdobramento natural da conduta do agente, razão pela qual o NEXO CAUSAL NÃO É QUEBRADO, não havendo por isso a aplicação do art. 13, §1o, CP.

    .

    .

    Por sua vez, se a questão trouxer como causa da morte da vítima:

     I D A

    – INCÊNDIO;

    – DESABAMENTO;

    – ACIDENTE com a ambulância,

    aplicar-se-á o art. 13, §1o CP, onde HAVERÁ O ROMPIMENTO DO NEXO CAUSAL e o agente responderá pela TENTATIVA.

    – Portanto, decorem a palavra B I P E (responde pelo resultado morte) e a palavra I D A (responde pela TENTATIVA).

    .

    .

    Fonte: peguei aqui no QC, de algum colega (nome/nickname não anotado).

  • Gaba: E

    Anote o mnemônico:

    BIPE

    BRONCOPNEUMONIA;

    INFECÇÃO HOSPITALAR;

    PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA;

    ERRO MÉDICO.

    o agente deverá RESPONDER PELO RESULTADO MORTE, por se tratarem de CAUSAS SUPERVENIENTES RELATIVAMENTE INDEPENDENTES que se encontram na linha de desdobramento natural da conduta do agente, razão pela qual o NEXO CAUSAL NÃO É QUEBRADO, não havendo por isso a aplicação do art. 13, §1o, CP.

    Por sua vez, se a questão trouxer como causa da morte da vítima a IDA:

    INCÊNDIO

    DESABAMENTO do hospital

    ACIDENTE com a ambulância

    aplicar-se-á o art. 13, §1o CP, onde HAVERÁ O ROMPIMENTO DO NEXO CAUSAL e o agente responderá pela TENTATIVA.

    Portanto, decorem a palavra B I P E (responde pelo resultado morte) e a palavra I D A (responde pela TENTATIVA).

    Bons estudos!!

  • "BRONCOPNEUMONIA;

    INFECÇÃO HOSPITALAR;

    PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA;

    ERRO MÉDICO.

    o agente deverá RESPONDER PELO RESULTADO MORTE, por se tratarem de CAUSAS SUPERVENIENTES RELATIVAMENTE INDEPENDENTES que se encontram na linha de desdobramento natural da conduta do agente, razão pela qual o NEXO CAUSAL NÃO É QUEBRADO, não havendo por isso a aplicação do art. 13, §1o, CP.

    Por sua vez, se a questão trouxer como causa da morte da vítima a IDA:

    INCÊNDIO

    DESABAMENTO do hospital

    ACIDENTE com a ambulância aplicar-se-á o art. 13, §1o CP, onde HAVERÁ O ROMPIMENTO DO NEXO CAUSAL e o agente responderá pela TENTATIVA."

  • BIPE = broncopneumonia; infecção hospitalar; parada cárdio respiratória e erro médico = não cortam o nexo causal = o agente matou a vítima. TAMBÉM NÃO ROMPE A FALTA DE ATENDIMENTO MÉDICO (decisão STJ).

    IDA = incêndio; desabamento e acidente com a ambulância = cortam o nexo causal = o agente responde apenas pela tentativa.

  • SUPERVENIENTES RELATIVAMENTE INDEPENDENTES

    O AGENTE DEVERÁ RESPONDER PELO RESULTADO DA MORTE, POR SE TRATAREM DE CAUSAS SUPERVENIENTES RELATIVAMENTE INDEPENDENTES QUE SE ENCONTRAM NA LINHA DE DESDOBRAMENTO NATURAL DA CONDUTA DO AGENTE, RAZÃO PELA QUAL O NEXO CAUSAL NÃO É QUEBRADO, NÃO HAVENDO POR ISSO A APLICAÇÃO DO ART. 13, §1, CP.

    B I P E

    BRONCOPNEUMONIA;

    INFECÇÃO HOSPITALAR;

    PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA e

    ERRO MÉDICO.

    .

    .

    SUPERVENIENTES ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES

    APLICAR-SE-Á O ART. 13, §1 CP, ONDE HAVERÁ O ROMPIMENTO DO NEXO CAUSAL E O AGENTE RESPONDERÁ APENAS PELA TENTATIVA, POR SE TRATAREM DE CAUSAS SUPERVENIETES ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES.

    I D A

    INCÊNDIO;

    DESABAMENTO;

    ACIDENTE COM A AMBULÂNCIA,

    .

    .

    .

    GABARITO ''E''

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

     


ID
2489158
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Josué, Jacó e Francisco estavam em uma embarcação no rio São Francisco que os levavam a cidade de Piranhas-AL. Sem qualquer motivo aparente, Josué agrediu Jacó e ambos iniciaram uma luta corporal comprometendo a estabilidade do barco que ameaçava virar. Francisco que não sabia nadar, com a finalidade de evitar um naufrágio, empurrou Josué, que continuava desferindo socos em Jacó, para fora da nave, havendo este sofrido lesões por conta da queda. No caso,

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA CORRETA - LETRA A

     

     

     

    Sobre o tema vejamos o que diz a Lei Penal: "Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se[...]"

    Sobre o enunciado podemos perceber que Francisco APENAS QUERIA EVITAR O NAUFRÁGIO, pois não sabia nadar. Sendo assim, não há relação alguma com os institutos da legítima defesa, ou exercício regular de um direito, pois A FINALIDADE DO AGENTE ERA EVITAR O PERIGO IMINENTE!

  • Perigo atual seria o naufrágio... porém o naufrágio ainda não havia acontecido. Ou seja, há a iminência do fato.

     

    Questão estranha :(

  • kkkkkkkkkk, que doidera, primeiro temos embarcação, depos temos Nave ???? Enfim,

    Correta, A

    Basílio Junior - eu entendo que o estado de necessidade pode ser caracterizado quando uma pessoa preve a iminência do fato, ou seja, o agente entende que o perigo, na situação, PODE AINDA VIR A ACONTECER, e não que necessariamente já teria acontecido ou está acontecendo. O nosso Código Penal profere no artigo 24, quando diz.. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual... Perigo atual é o momento presente; iminente que está prestes a acontecer e trata-se de uma situação presente, sendo assim não se pode fazer o uso da exclusão o agente quando estiver sob ameaça mantida como incerta, no caso, iminente. A questão pode até parecer estranha, mas ela nos trás os requisitos para o estado de necessidade, quais sejam:
     

    Existência de um perigo atual ou iminente - no caso da questão, era iminente,ou seja, prestes a acontecer;


    Bem jurídico próprio ou alheio (bem jurídico ameaçado) - no caso, podemos dizer que era um direito próprio, pois ele teve sua vida ameaçada;


    Situação não provocada voluntariamente pelo agente;


    Conhecimento da situação justificante;


    Inexigibilidade do sacrifício do bem ameaçado;


    O conhecimento da situação de fato justificante.

    comentário meramente opinativo...

  • Gab. A

    O perigo deve ser atual, entende-se como presente. Há na jurisprudência e na doutrina divergência se é possível reconhecer a figura do estado de necessidade diante do perigo iminente.  Entretanto a posição majoritária é que se é admitido o estado de necessidade no perigo iminente.

     

    Q400879 - Cespe - TJ CE

     

    C) Para a doutrina majoritária, aquele que, para salvar-se de perigo iminente, sacrifica direito de outrem não atua em estado de necessidade. 

    Alternativa dada como errada.

  • A conduta de Francisco teve por intuito salvá-lo de perigo atual consubstanciado no comprometimento da estabilidade do barco que ameaçava virar. Partindo dessas premissas, pode-se concluir que Francisco atuou em estado de necessidade nos termos do artigo 24 do código penal.
    Gabarito do professor: (A)


  • Eu marquei como sendo legitima defesa de terceiro poque lembrei que um dos requisitos do estado de necessidade é o perigo atual e na legitima defesa se fala em perigo atual ou eminente. 

    Posso ter viajado no raciocínio mas ao meu ver a questão não foi bem elaborada.  

  • Esse tinha fumado quando fez essa questão, ctz!

  • GABARITO A

     

    Apesar de mal elaborada o enunciado da questão traz a resposta correta no trecho: "Francisco que não sabia nadar, com a finalidade de evitar um naufrágio, empurrou Josué​."

     

    Com isso, o agente operou em estado de necessidade justificante, sacrificando um bem jurídio de igual valor, qual seja a vida. Pois, pelo fato de não saber nadar corria perigo atual de morte. 

  • estado de necessidade DEFENSIVO!

  • não sei nadar , vai luta pra lá demônio shuahsuahsuah!

  • Eu entendi como um perigo eminente - pois era algo que estava prestes a acontecer, em via de efetivação imediata, já que o barco ameaçava virar, e marquei Legítima defesa. (Errei, pois minha opinião e nada são as mesmas coisas)

    No entanto, o trecho " Francisco que não sabia nadar, com a finalidade de evitar um naufrágio" coloca a questão como Estado de Necessidade, já que demonstra que a interferência foi para se salvar, e não para cessar injusta agressão contra terceiro.

  • Não sei se estou ficando louco de tanto estudar, mas já começaram a fabricar embarcações que também sejam naves?

  •  ...com a finalidade de evitar um naufrágio > Estado de necessidade

           Art. 24 CP - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se

  • GB/A POR CONTA DE UMA QUESTÃO DESSA PODERIA SER ANULADA ??

    BORA BORA PMGO

  • E de repente a surgiu a "nave da xuxa"...

  • Examinador Fabio Assunção elaborando as questões do concurso em plena sexta.

    "Três caras + um barco no rio + um treta aleatória + um que não sabe nadar = todo mundo numa nave e vida que segue"

    Deus do céu hahahahahaha

  • tinha que se proibir que determinados examinadores fizessem questões. que deus te elimine

  • PESSIMA kk

    josué = lesao corporal dolosa

    francisco = não sabia nadar

    nao da pra dizer que cabe legitima defesa de terceiros, pq ele tb ia morrer, afogado

  • não cabe legítima defesa porque a pessoa que age sob excludente de ilicitude deve saber que está agindo nessa condição. sendo assim, ele quis apenas se salvar e agir sob o estado de necessidade, uma vez que não sabia nadar.

    O que achei meio estranho foi só o fato de que o perigo em tela é iminente mas não atual, ou seja, ainda iria acontecer de o barco se virar. mas acho que dá pra acertar essa questão indo pela menos errada.

  • LETRA A.

    Barco que vira nave.

  • ESTADO DE NECESSIDADE . Porque ele agiu sem ter provocado o perigo e agiu para que ele não morresse afogado .Agora caso ele tivesse dado motivo ele não poderia alegar estado de necessidade.

  • ALTERNATIVA (a)

    Mas ressalvo o BARCO que virou NAVE kkkkk

  • Nave é sinônimo de embarcação, Mas que ficou meio louco, ficou.

  • Essa dai deu pra dar uma "viajada" legal kk

  • Comprometendo a estabilidade do barco que ameaçava virar

    O perigo já existia

  • Muito embora não explicitado de forma coerente o perigo atual, restou configurado o estado de necessidade defensivo.

  • Barco que voa é a primeira vez que eu vejo.

  • O barco que voa !

  • alternativa A

    a causa dele empurrar o amigo jossue era evitar o barco virar, e não proteger o terceiro amigo..

  • Como dito acima, Nave, Nau ou Navio são espécies de embarcações com mais de 20 metros de comprimento. Parece estranho, mas existe a denominação. Assim como Nave em igrejas ou catedrais (eixo longitudinal). Apenas a título de curiosidade.

    Sigamos.

  • Alô vocêêê !

  • ➤ ✎ Estado de necessidade: Pratica o fato para salvar de perigo atual,

    não provocou por sua vontade.

    #VAMOS DEIXAR AS RESPOSTAS MAIS SIMPLES

  • A princípio temos uma questão de excludente de ilicitude por estado de necessidade:

    Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se

  • O caso da questão não pode ser considerado legítima defesa pois é um requisito para a sua caracterização o aspecto subjetivo. Nesse sentido, a questão deixa bem claro que Francisco não empurrou Josué com a intenção de livrar Jacó de uma injusta agressão que havia sofrido de Josué, mas sim teve o ânimo de salvar a própria vida, visto que não sabia nadar e o barco estava na iminência de virar no rio. Sendo assim, pode ser excluída a ilicitude por estado de necessidade. Alem disso, vale ressaltar também que apesar de o art.24 do CP não trazer expressamente a palavra iminência é pacífica, na doutrina, a interpretação analógica com o art.25 nesse aspecto, pois ambas se tratam de normas permissivas.

  • Apesar de ter acertado a questão por não considerar legítima defesa de terceiro, pois Francisco não empurrou Josué para defender Jacó, também não considero Estado de Necessidade pois o perigo deve ser atual e não iminente como se dá na questão.

  • Belo roteiro de filme. De barco virou nave. Hehehe

  • Só eu que fiquei imaginando a cena toda dos caras se batendo? KKKKKKK

  • Suave na Nave kkkkkkkkkkkk

    GAB "A" - Operou-se o estado de necessidade.

  •     Estado de necessidade

          Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.        

           § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.        

           § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.        

           

  • Jurisprudência: Perigo atual ou iminente!

  • Oé! eles tavam indo em um barco ou em um avião??

  • Na minha opinião o enunciado em questão não configura o estado de necessidade, eis a definição: "Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.

    Na verdade a conduta de ambos contribuiu para gerar a situação em apreço: ambos iniciaram uma luta corporal comprometendo a estabilidade do barco que ameaçava virar. Ou seja, eles provocaram a situação de perigo, visto que a conduta deles foi o que ocasionou a instabilidade do barco.

    Outro ponto importante: Francisco que não sabia nadar, com a finalidade de evitar um naufrágio, empurrou Josué. Diferentemente da Legítima Defesa, o Estado de Necessidade exige o perigo atual, e em nenhum momento o enunciado alude que o barco estava afundando.

    Alguém teria alguma justificativa para eu entender o gabarito da questão ?

  • ESTADO DE NECESSIDADE??? É MUITA FALTA DE RESPEITO!!!!

  • mano kkkkkk só queria ver essa briga kkkkkk. Resposta correta letra A pois atuou rm rstado de necessidde, caso contrario todos iriam naufragar

  • DISCORDO TOTALMENTE DESSE GABARITO !!! NÃO HÁ O QUE SE FALAR DE ESTADO DE NECESSIDADE IMINENTE... A PROÓRIA LETRA DA LEI FALA SOMENTE DE PERITGO ATUAL... MAAASSSSSSS.....

    FAZERO QUÊ???

  • Francisco empurrou o agressor temendo pela própria vida por não saber nadar. Ele não agiu em legítima defesa de terceiro ... O perigo do barco virar era atual e, ainda que fosse iminente, estaria correto da mesma forma pela expressão ja ser aceita pela doutrina.

  • . Francisco que não sabia nadar, com a finalidade de evitar um naufrágio(estado de necessidade, artigo 24, CP).

  • treino é treino ! jogo é jogo rsrs


ID
2489161
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

 Dadas as definições seguintes sobre Leis “excepcionais” em Direito Penal,


I. São regras penais que gozam de retroatividade

II. São leis denominadas vagas, por incompletude do seu preceito secundário.

III. São regras penais destinadas a vigorar, tão somente durante a existência dos fatos que as motivaram.

IV. Tais quais às temporárias são regras destinadas a reger situações anômalas.

V. Tratam-se, na verdade, de leis, exclusivamente, de cunho administrativo.


verifica-se que estão corretas  

Alternativas
Comentários
  • I. ERRADO - gozam de ultra-atividade

    II. ERRADO - não são leis vagas e seu preceito secundário são completos.

    III. CERTO - são leis que se aplicam em determinadas circunstâncias

    IV. CERTO - são feitas para regular situações anormais.

    V. ERRADO - são leis penais.

     

    Gabarito: LETRA C

  • A lei Excepcional é criada para vigorar sob determinadas condições excepcionais (calamidade, guerra etc). Sua vigência se dá, apenas, no período de tais condições, ou seja, fora dos períodos “normais”.

    A lei Temporária, é aquela que já “nasce” sabendo quando vai “morrer”. É certa a data do seu término.

     

    Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)”.

     

    Lei Excepcional: criada para situações excepcionais

    Lei temporária: criada para um período determinado/certo

     

    As características principais das leis excepcionais e temporárias são:

    A) Autorrevogabilidade (autorrevogáveis);

    B) Ultratividade (ultrativas).

     

  • Os efeitos das leis penais excepcionais e das leis temporárias estão previstos no artigo 3º, do código penal, que dispõe que: "A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência".
    Tanto a lei temporária quanto a excepcional são aplicadas em situações anômalas que justificam a sua ultratividade, pois visam, justamente, resguardar os fatos ocorridos em uma circunstância extraordinária. Nesse contexto, configuram uma exceção ao princípio da retroatividade da lei mais favorável ao réu.

    Gabarito do professor: (C)

  • Leis de vigência temporária (Leis Excepcionais e Leis Temporárias):

    Leis temporárias - Leis com prazo de validade, com o término do prazo, perdem a  eficácia.

    Leis Excepcionais - São leis vigentes apenas enquanto persistem as circustâncias determinantes.

    As leis de vigência temporária são AUTORREVOGÁVEIS e ULTRA-ATIVAS.

    As leis de vigência temporária, ainda que terminado o prazo de vigência ou cessadas as circunstâncias determinantes, aplicam-se ao fato praticado durante sua vigência.

  • NÃO RETROAGE PARA ALCANÇAR O RÉU, MAS SIM ULTRA-AGE

  • Lei excepcional ou temporária 

            

    Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.  

    *Possui ultratividade penal.

    Leis temporárias

    Aquela que possui data de início e término.

    (Data pra nascer e morrer)

    Leis excepcionais

    Aquela destinada a vigorar durante situações anômalas.

  • As leis temporárias e excepcionais são uma exceção devido a ultratividade penal que elas possui.

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  • Lei penal temporária e lei penal excepcional

     

    a)     Ambas são auto revogáveis

    b)     Ambas possuem ultratividade

    Ex.: Lei 12.663/2012 (Lei Geral da Copa do Mundo de Futebol) -> Lei temporária

    Ex.: Lei “X” foi editada e tipifica como crime a conduta da pessoa que tomar banho por mais de 10 minutos enquanto durar o período de racionamento de água -> Lei excepcional

     

    CESPE/TJ-PR/2019/Juiz de Direito: Nas disposições penais da Lei Geral da Copa, foi estabelecido que os tipos penais previstos nessa legislação tivessem vigência até o dia 31/12/14. Considerando-se essas informações, é correto afirmar que a referida legislação é um exemplo de lei penal temporária. (correto)

     

    CESPE/EBSERH/2018/Advogado: Situação hipotética: Um crime foi praticado durante a vigência de lei que cominava pena de multa para essa conduta. Todavia, no decorrer do processo criminal, entrou em vigor nova lei, que, revogando a anterior, passou a atribuir ao referido crime a pena privativa de liberdade. Assertiva: Nessa situação, dever-se-á aplicar a lei vigente ao tempo da prática do crime.

     

    CESPE/TJ-RN/2013/Juiz de Direito: De acordo com entendimento doutrinário dominante, a lei excepcional ou temporária aplica-se ao fato praticado durante sua vigência, ainda que, no momento da condenação do réu, não mais vija, ou ainda, que tenham cessado as condições que determinaram sua aplicação.

     

    VUNESP – TJRJ/2012: A regra do tempus regit actum explica o fenômeno da ultratividade da lei penal excepcional.

     

    NUCEPE – PCPI/2018: Caio cometeu no dia 01 de janeiro de 2016 um fato criminoso punível com pena privativa de liberdade previsto em lei temporária, sendo no dia 05 de dezembro de 2016 condenado a 5 (cinco) anos de reclusão. No ano seguinte decorreu o período de sua duração, findando-se a citada lei no dia 31 de dezembro de 2017. Em relação à aplicação da lei penal indique a opção CORRETA.

     

    a) Caio deve ser preso e cumprir a pena estabelecida de cinco anos, aplicando-se ao fato criminoso a lei temporária.

     

    FUNIVERSA – SEAP DF/2015: As leis temporárias, das leis excepcionas, têm ultra-atividade (errado)

     

    FGV/TJ-AL/2018/Técnico Judiciário: A lei penal excepcional, ainda que mais gravosa, possui ultratividade em relação aos fatos praticados durante sua vigência. (correto)

     

    VUNESP/MPE-SP/2015/Analista Ministerial: o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica , previsto constitucionalmente, sobrepondo-se até mesmo à ultratividade das leis excepcionais ou temporárias. (errado)

  • A questão da ultra-atividade está prevista no art. 3º do Código PenalUltra-atividade é a característica das leis denominadas excepcionais ou temporárias, que permite a estas serem aplicadas aos fatos praticados durante a sua vigência, mesmo depois de estarem revogadas

    http://www.gustavolpsouza.com/2011/10/ultra-atividade-da-lei-penal.html

  • ADENDO

    Lei excepcional ou temporária

    I ) Lei excepcional (temporária em sentido amplo) : enquanto perdurar o período de anormalidade social.

    II ) Lei temporária (temporária em sentido estrito) : possui prazo determinado.

    • não existe abolitio nesses casos; ambas ultra-agem.
    • ambas possuem autorrevogabilidade.


ID
2489164
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Cerqueira, velho inimigo de Jovêncio, supondo que este iria matá-lo, por conta de inúmeras ameaças de morte, ao vê-lo levar a mão no bolso do paletó, onde costumava manter uma pistola, desferiu contra ele um único disparo de arma de fogo. Jovêncio, no entanto, carregava neste bolso um presente para Cerqueira, com quem pretendia celebrar as pazes. Ao ser alvejado com o disparo, sacou de sua arma, que estava em um coldre na perna, revidando com um único disparo. Ambos ficaram lesionados. Diante do problema é correto afirmar: 

Alternativas
Comentários
  • Nem Cerqueira (legítima defesa putativa), nem Jovêncio (legítima defesa real) praticaram qualquer tipo de crime.

    É completamente admissível: legítima defesa real x legítima defesa putativa.

    Avante.

     

  • Correta, A

    Nenhum dos dois praticaram crime, pois estão amparados por legitima defesa, que é uma das causas excludentes de ilicitude, vejamos:

    No caso da questão: Cerqueira > legitima defesa putativa - pois imaginava uma situação que poderia vir a ocorrer;
                                   Jovêncio > legitima defesa real - que é quando a agressão injusta efetivamente estiver presente​.

    Agora, uma breve complementação sobre a legitima defesa putativa:

    Trata-se de Descriminantes putativas CP Art.20 - § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

    Sendo assim, há erro quanto à existência de uma justificante, ou seja, o agente acha que está atuando em legitima defesa. É o que a doutrina chama de erro de permissão ou erro de proibição indireto, de acordo com os adeptos da teoria limitada da culpabilidade.

  • As circunstâncias narradas no enunciado da questão descrevem a hipótese de incidência de descriminante putativa por erro de tipo por parte de Cerqueira. As circunstâncias apontavam, para Cerqueira, que ele estaria frente à iminente agressão de Jovêncio, antigo desafeto seu, que antes já lhe ameaçara a vida, e que costumava andar armado. Com efeito, Cerqueira agiu por erro plenamente justificado pelas circunstâncias e é isento de pena (exclusão da culpabilidade), nos termos do § 1º, do artigo 20, do código penal. Jovêncio, por sua vez, sofreu injusta agressão de Cerqueira e agiu, portanto, sob  legítima defesa, excludente de ilicitude, nos termos do artigo 25 do código penal. Embora Cerqueira tenha agido em erro, a sua agressão contra Jovêncio foi injusta.

    Gabarito do professor: (A)

     
  • QUESTÃO DÚBIA: 

     

    Conforme Rogério Sanches, sobre art. 21, §1º do CP:  Imaginemos alguém, durante a madrugada, se depara num beco com seu desafero colocando a mão no bolso traseiro da calça. Essa cena o faz pensar que será vítima de injusta agressão, obrigando-o a armar-se primeiro e atirar contra o iminente agressor. Depois de atirar para matar, percebe que seu desafeto tirava do bolso um celular. Temos um caso de legítima defesa putativa. Percebam que a estrutura do delito é dolosa, mas o agente é punido por culpa. Aliás, percebendo que a culpa imprópria nada mais é do que o dolo tratado circunstancialmente como culpa, de acordo com a maioria, o crime é compatÍvel com o instito da tentativa. 

     

    Portanto, conforme esta orientação o fato praticado por Jovencio trata-se de um erro plenamente evitável, devendo o mesmo responder por tentativa de homicídio, já o ato pratiado por Cerqueira trata-se de legitima defesa não devendo responder por nenhum crime. Todavia, a banca não entende desta maneira tratando o ato pratico por Jovencio como isenção de pena e Cerqueira como legítima defesa, não respondendo por qualquer tipo de crime. 

  • GABARITO A

     

    Trata-se de legítima defesa real contra legítima defesa putativaCerqueira acreditou estar agindo em legítima defesa (putativa) diante de seu inimigo que o ameaçava. Já Jovêncio, agiu em legítima defesa (real), repelindo a injusta agressão de Cerqueira, pois não provocou aquela situação de perigo atual. 

  • Legítima defesa putativa X LEGÍTIMA DEFESA REAL = Letra A

  • Linda questão,

    Somando aos colegas : é preciso lembrar que assim nos diz o código:

     Art. 20,  § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.


    I) A situação existe na mente do agente

    II) Sendo escusável torna a conduta um indiferente penal

    III) Com base na teoria limitada pode ser vista tanto como erro de tipo permissivo quando incidir sobre fatos ou erro de proibição indireto se recair sobre limites ou existência de justificação.

    ex: Legitima defesa contra a honra conjugal.

    #Acreditenoseupotencial

  • Um agiu em legítima defesa putativa - que exclui a culpabilidade - e o outro em legítima defesa real.

  • Gabarito Letra A!

     

    Atenção:

     

    - Não cabe legítima defesa real em face de legítima defesa real;

     

    - Cabe legítima defesa real em face de legítima defesa putativa; (Caso da Questão)

  • Se a arma estivesse exposta para o lado de fora da calça (pois a questão avisa que estava na perna, mas não diz onde), e o crime praticado praticado por Cerqueira tivesse previsão de modalidade culposa, responderia pelo mesmo - ficando apenas a culpa e excluindo o dolo. Pois, mesmo que os fatos deixassem a entender que seu desafeto sacaria uma arma, se a mesma estivesse exposta para fora da perna, entenderia-se que Cerqueira poderia ter agido com mais cautela e evitado o crime.

    Bom, esse é meu entendimento sobre o assunto.

    Abraço.

  • Discriminante putativa do primeiro (erro de pressuposto Fatico que não EXISTE) + legitima defesa real doutro !

    NÃO ha crime:

    Havendo obviamente o requisito proposto

    de ser situação q se de FATO existisse , tornaria ação legitima

  • Nenhum responderá por crime algum, houve uma legítima defesa putativa face a uma legítima defesa real.

  • muito boa a questão, essa vai pros arquivos...rs

  • Excelente questão!

  • Eu discordo. Para Jovencio ter agido em legítima defesa, a questao precisava deixar claro que a agressao ainda era atual ou iminente, ou que ele estava visando cessar aquela agressao atual/iminente. A questao diz que Cerqueira deu um único tiro e pronto. Nao diz mais nada. Daí deixou claro que Cerqueira apenas usou dos meios necessários para cessar uma agressao atual/iminente, AINDA QUE putativa. Quando a questao usa o termo "revidar", no que se refere a Jovencio, parece que ele está "descontando". Aí descaracteriza a legítima defesa. Pecou na redaçao. Opiniao apenas.

  • Indira, a própria narração do fato deixa claro que o perigo era iminente rs

  • Pra fechar com chave de ouro: após atingir cerqueira que já restou dominado, Jovencio prossegue na agressão desferindo + tiros contra este e cerqueira para cessar o excesso de Jovencio desfere outro tiro só que fatal, configurando assim a legitima defesa sucessiva.

  • legitima Defesa putativa !!!

  • um praticou legítima defesa putativa e o outro real

  • O primeiro agiu com base na descriminante putativa, ou seja, ele agiu em erro da existência de uma causa de excludente de ilicitude. Nesse sentido, leciona Cleber Masson que tal problemática é erro de proibição indireto, quando Inevitável isenta o agente de pena, se evitável, implica na redução da pena. Por outro lado, a segunda conduta tem por base a legítima defesa real em detrimento de uma legítima defesa putativa, imaginária, ou seja, aquele que só existe na mente do agente. Vale salinetar que não existe legítima defesa real em face de Legítima defesa real. Fonte: Cleber Masson, Manual esquematizado.
  • A redação ficou um pouco dúbia...

    "revidando com um único disparo" pode levar a crer que Jovêncio agiu apenas pra revidar, o que não caracterizaria legítima defesa.

  • João Matheus, não viaja. Se uma pessoa é alvejada de forma injusta e sorrateira, como no caso em tela (mesmo se tratando de um caso de erro de tipo permissivo), e cai no chão diante do disparo do projétil, ela deve aguardar que o indivíduo dispare outra vez, para assim reagir, segundo o seu inteligente pensamento? É óbvio que o caso em tela traz uma hipótese típica e claríssima de legítima defesa.

  • Cerqueira agiu sob a legítima defesa putativa, e Jovêncio sob a legítima defesa real.

  • Cerqueira:

    Erro de tipo> essencial> permissivo> recaiu sobre pressuposto fático de uma causa de exclusão de ilicitude> invencível>Legitima defesa putativa :exclui dolo e exclui culpa- Teoria limitada da culpabilidade

    Jovêncio:

    Excludente de ilicitude> Legítima defesa real> exclui ilicitude> exclui o crime.

    Nem Jovêncio, nem Cerqueira praticaram qualquer tipo de crime

  • Trata-se de uma legítima defesa real que adveio de um legítima defesa putativa.

  • LEGÍTIMA DEFESA REAL X LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA

  • LETRA A

    nem Jovêncio, nem Cerqueira praticaram qualquer tipo de crime.

    LEGÍTIMA DEFESA REAL X LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA

    Jovêncio age em LEGÍTIMA DEFESA REAL-> exclui a ilicitude.

    Cerqueira age em LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA-> exclui a culpabilidade.

  • Lembrando que segundo a teoria bipartida do crime, a culpabilidade não é uma elementar do crime, e sim um mero pressuposto de aplicação da pena. Logo, restaria para esta doutrina, configurado crime da parte de Cerqueira, apesar de isento de pena. Cabe recurso.

  • O negócio é não fazer as pazes com ninguém.

    GABARITO: A

    Legítima defesa putativa X legitima defesa real

  • GABARITO: ALTERNATIVA A

    Caso de legítima defesa putativa, a qual o agente repele, por precipitação equivocada, uma injusta agressão falsa que pensava ser verdadeira. Por consequência, é possível alegar legítima defesa real para uma legítima defesa putativa, o qual ocorreu no caso da questão. Portanto, ambos podem alegar a excludente de antijuricidade.

  • Nenhum dos dois agentes praticaram crime,pois Cerqueira estava coberto pela legitima defesa putativa e Jovencio pela legitima defesa real.

ID
2489167
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • boa tarde guerreiros....Bizuuuuuu

     

    Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços

  • Relembrando que há forte controvérsia doutrinária sobre a expressão crimes de mesma espécie. Há duas principais posições:

     

    1) São crimes da mesma espécie os que tem a mesma objetividade jurídica (mesmo bem jurídico tutelado). Exemplos: furto e roubo são crimes de mesma espécie uma vez que ambos protegem o patrimônio.

     

    2) São crimes de mesma espécie os que se encontram sob a mesma tipificação jurídica (mesmo artigo jurídico do Código Penal ou da lei penal especial), não importando se houve qualificações, "privilégios", majorações, causas de dimuição de pena etc. Exemplo: o homicídio simples seria crime da mesma espécie do homicídio qualificado.


    Prevalece na jurisprudência a última posição (exemplo: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=613888)

  • a)No concurso ideal impróprio, aplica-se o sistema do cúmulo material. 


    O concurso ideal de crimes é também conhecido como concurso formal e está previsto no artigo 70 do Código Penal.

    Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.

     

    b)No crime continuado, aplica-se  o sistema da exasperação.


    Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.

     

    c)Há concurso formal quando existe unidade de conduta e pluralidade de crimes. 


    Concurso formal

    Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não...

     

    d)Há concurso material quando existe pluralidade de condutas e pluralidade de crimes. 

     

    Concurso material

    Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes...

     

    e)Há crime continuado quando existe pluralidade de condutas e pluralidade de quaisquer crimes, os quais, todavia, devem ser compreendidos como uma continuação do primeiro por circunstância de tempo, lugar, modo de execução e outras semelhantes.

     

    Crime continuado

    Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.


    Fonte: https://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/121927339/o-que-se-entende-por-concurso-ideal-de-crime e Código Penal.

    Gab. E

  • Item (A) - o concurso ideal ou formal impróprio consiste na prática de uma ação ou omissão que resulta na prática de dois ou mais crimes, mas cujo cometimento decorreu de dolo e de  desígnios autônomos. Vale dizer, o autor tinha o propósito de, mediante uma ação ou omissão apenas, violar bens jurídicos distintos. Nesta hipótese, aplica-se a regra do concurso material, nos termos da segunda parte do artigo 70 do código penal.
    Item (B) - o sistema de exasperação da pena é método pelo qual aplica-se a sanção atinentes aos crimes pelos quais o réu foi condenado, mediante a aplicação da penas mais grave das penas cabíveis, ou de apenas uma delas, quando forem iguais, aumentada de certa fração, conforme as particularidades do caso. No crime continuado aplica-se o sistema da exasperação, nos termos do artigo 71 do código penal. 
    item (C) - nos termos do artigo 70, do código penal, dá-se o concurso formal quando o agente mediante uma só ação ou omissão prática dois ou mais crimes, idênticos ou não. Ou seja, no concurso formal há unidade de conduta e pluralidade de crimes.
    Item (D) - nos termos do artigo 69, do código penal, dá-se o concurso material quando o agente mediante duas ou mais condutas pratica dois ou mais crimes. Ou seja, no concurso material há pluralidade de condutas e pluralidades de crimes.
    Item (E). Nos termos do artigo 71, do código penal, para que ocorra crime continuado há uma pluralidade de condutas e uma pluralidades de crime que devem pertencer à mesma espécie. Não se confere o benefício da continuidade delituosa quando os crimes resultantes pertençam a espécies distintas.

    Gabarito do professor: (E)
  • Tipos de Sistemas :

            -Cúmulo Material : soma-se as penas

            -Exasperação : percentual aumentado a um único crime ou ao mais grave

     

     

    Concurso formal próprio ( admite crime culposo ) : Exasperação

      ----------------------impróprio ( não admite culposo, apenas doloso ) : Cúmulo Material

      Concurso material : Cúmulo material

      Crime Continuado : Exasperação

  • Complementando a excelente colaboração do colega Rodrigo M.:

     

     

    SISTEMA DO CÚMULO MATERIAL:

    Soma-se todas as penas de todos os crimes (pode chegar a mais de 30 anos, e a progressão de regime se dará com base no total das penas)

    Concurso material (art. 69, CP);

    Concurso formal/ideal impróprio (art. 70, caput, 2ª parte, CP);

    Concurso das penas de multa (art. 72, CP).

     

     

    SISTEMA DA EXASPERAÇÃO:

    Aplica-se a pena mais grave dos crimes, sempre majorada (exasperada/aumentada):

    Concurso formal próprio (art. 70, caput, 1ª parte, CP);

    Crime continuado/continuidade delitiva (art. 71, CP).

     

    fonte: Manual de Direito Penal - Rogério Sanches  Cunha, p. 552.

  • Discordo veementemente do gabarito! A alternativa "E" dada como gabarito fala em "pluralidade de quaisquer crimes" Isso não existe, os crimes devem ser da mesma espécie delitiva!

  • GABATITO E - Há crime continuado quando existe pluralidade de condutas e pluralidade de quaisquer crimes, os quais, todavia, devem ser compreendidos como uma continuação do primeiro por circunstância de tempo, lugar, modo de execução e outras semelhantes.

    De forma simplificada, o erro da questão foi afirmar que são "quaisquer crimes", quando na verdade deverão ser crimes da mesma espécie.

    Qualquer erro, corrijam-me.

    Espero ter ajudado! :)

  • Concurso material 

    • + de uma ação ou omissão 

    •Praticando 2 ou + crimes

    •Crimes idênticos ou não 

    •Pluralidade de condutas

    •Pluralidade de crimes

    •Aplica-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido

    •Cúmulo material 

    Concurso formal próprio ou perfeito

    Uma ação ou omissão 

    •Praticando 2 ou + crimes 

    •Crimes idênticos ou não 

    •Unidade de conduta

    •Pluralidade de crimes

    •Aplica-se a pena mais grave

    •Penas iguais somente uma delas

    •Aumentado em qualquer caso de 1/6 até a 1/2

    •Exasperação da pena 

    Concurso formal impróprio ou imperfeito 

    •Unidade de conduta

    •Pluralidade de crimes

    •Aplica-se cumulativamente a pena 

    •Ação ou omissão é dolosa 

    •Crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos

    •Cúmulo material 

    Crime continuado 

    • + de uma ação ou omissão 

    •Praticando 2 ou + crimes da mesma espécie 

    •Pluralidade de condutas

    •Pluralidade de crimes

    •Pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes

    •Deve os subsequentes ser entendidos como continuação do primeiro 

    •Aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes se idênticas

    •Pena mais grave se diversas •Aumentada, em qualquer caso, de 1/6 a 2/3

    Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo.

    •Exasperação de pena

  • Crime continuado --> pluralidade de condutas e pluralidade de crimes de MESMA NATUREZA --> majoritariamente: presentes no mesmo tipo penal --> havendo, contudo, exceções na jurisprudência em que basta a tutela do mesmo bem jurídico.


ID
2489170
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

O peculato, consoante descrito no tipo objetivo do caput do artigo 312 do Código Penal brasileiro, trata-se

Alternativas
Comentários
  • Correta, B

    - Crime Próprio - pois é praticado por servidor público contra a admnistração pública, podendo o particular - não servidor - atuar em concurso e respondendo pelo mesmo delito, desde que saiba e conheça da condição funcional do servidor público o qual esteja ajudando na prática delituosa. 

    observação: Crime Próprio é diferente dos crimes de mão própria, nestes, somente determinada pessoa pode cometer o crime - exemplo - Faslo Testemunho (mentir depois de ter se comprometido a dizer a verdade em um processo)

    - Crime Material - pois exige, para sua consumação, um resultado naturalístico, diferentemetne dos crimes formais, que são consumados independemente do resultado.

    exemplo de crime material - peculato / exemplo de crime formal - omissão de socorro

    - Crime de Dano -  é aquele que não se consuma apenas com o perigo, é necessário que ocorra uma efetiva destruição, a um bem jurídico penalmente protegido. Além do Peculato, segue mais um exemplo: CP, Art. 121 -Homicídio, Visa destruir a vida do ser humano - Ato de matar.

  • O crime de peculato é um crime próprio, uma vez que só pode ser cometido por determinada pessoa ou categoria de pessoas, qual seja, funcionário público. É um crime material, pois é um crime que só se consuma com a produção do resultado naturalístico que, no caso do peculato, é a apropriação indevida de patrimônio, público ou particular, que está na posse de funcionário público em razão de seu cargo. Por fim, é um crime de dano, pois, para a sua consumação, exige-se uma efetiva lesão ao bem jurídico protegido pela lei. No caso do crime de peculato, a lesão é a vulneração do patrimônio público ou particular, nos termos do dispositivo mencionado.

    Gabarito de professor: (B)

     
  • GABARITO B

    Peculato

           Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

           Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    "O crime de peculato é um crime próprio, uma vez que só pode ser cometido por determinada pessoa ou categoria de pessoas, qual seja, funcionário público.

    É um crime material, pois é um crime que só se consuma com a produção do resultado naturalístico que, no caso do peculato, é a apropriação indevida de patrimônio, público ou particular, que está na posse de funcionário público em razão de seu cargo.

    Por fim, é um crime de dano, pois, para a sua consumação, exige-se uma efetiva lesão ao bem jurídico protegido pela lei. No caso do crime de peculato, a lesão é a vulneração do patrimônio público ou particular, nos termos do dispositivo mencionado."

  • Classifique comigo...( que questão massa)

    A) crime de ação múltipla:

    Relaciona-se aos tipos mistos que possuem dois ou mais núcleos, representando os crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado. Subdividem-se em duas espécies: tipo misto alternativo e tipo misto cumulativo.

     Misto alternativo: a Iei penal descreve duas ou mais condutas como hipóteses de realização de um mesmo crime,.

    Exemplo: receptação (180)

    misto cumulativo:a prática de mais de uma conduta leva ao concurso material, respondendo o agente por todos os delitos praticados, tal como se dá no de abandono material (CP, art. 244).

    formal: não exige a produção do resultado para a consumação do crime. exemplo: Extorsão, Concussão, corrupção passiva ( exceto a modalidade receber)

    de perigo: Crimes de perigo: são aqueles que se consumam com a mera exposição do bem jurídico penalmente tutelado a uma situação de perigo, ou seja, basta a probabilidade de dano. 

    Subdivisão : Concreto, abstrato (...)

    B) crime próprio: Crimes próprios ou especiais: são aqueles em que o tipo penai exige uma situação fátíca ou jurídica diferenciada por parte do sujeito ativo. Exemplos: peculato (só pode ser praticado por funcionário público) e receptação qualificada peio exercício de atividade comercial ou industrial.

    material : Exigem a produção de um resultado naturalístico - Exemplo: Homicídio , peculado (..)

    de dano:Crimes de dano ou de lesão: são aqueles cuja consumação somente se produz com a efetiva lesão do bem jurídico. Como exemplos podem ser lembrados os crimes de homicídio (CP, art. 121), lesões corporais (CP, art. 129) e dano (CP, art. 163).

    C) crime unissubsistente: Crimes unissubsistentes: são aqueles cuja conduta se revela mediante um único ato de execução, capaz de por sí só produzir a consumação, tal como nos crimes contra a honra praticados com o emprego da palavra. 

    ,

    E) crime comum: não exige qualquer qualidade especial seja do sujeito ativo ou passivo. exemplo clássico 121, 157..

    quando o sujeito ativo e passivo são comuns = bi comum

  • PECULATO

    Segundo disposto no art. 312 do CP, o funcionário público que se apropriar de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio, incorrerá nas penas de Reclusão (2 a 12 anos) e Multa.

    §1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

    ↳ Ou seja, para tipificar o Peculato o agente precisa:

    • Apropriar algum bem móvel, seja ele público ou particular; e
    • Precisa ter a posse desse bem em razão do cargo...ou

    • Desviar algum bem móvel, seja ele público ou particular; e
    • Precisa ter a posse desse bem em razão do cargo.

    Obs: Para efeito penal, é considerado funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função pública de maneira transitória ou sem remuneração.

    Sendo assim,

    O crime de peculato pode ser praticado por quem exerce emprego público, ainda que sua atividade seja transitória ou sem remuneração.

    [...]

    QUESTÃO PRA FIXAR!

    O peculato é conceituado doutrinariamente como crime funcional impróprio ou misto, porquanto na hipótese de não ser praticado por funcionário público, opera tipicidade relativa, passando a constituir tipo penal diverso. CERTO ☑

    [...]

    ____________

    Fontes: Código Penal (CP); Questões da CESPE; Colegas do QC.

  • GABARITO: B

    Os crimes próprios são aqueles que só podem ser cometidos por determinadas pessoas, tendo em vista que o tipo penal exige certa característica do sujeito ativo. Podemos citar como exemplo o crime de infanticídio, que só pode ser cometido pela mãe, sob influência do estado puerperal (art. 123 do CP); e o crime de corrupção passiva, que só pode ser cometido por funcionário público (art. 317 do CP).

    Crime material: O tipo descreve a conduta e o resultado naturalístico. Para consumar o delito é necessário o resultado naturalístico (ex.: homicídio, furto, roubo).

    O crime de dano exige que haja, para a consumação do crime, a superveniência de um resultado material consistente na lesão efetiva ao bem jurídico tutelado. Sendo assim, a ausência da factual lesão configura apenas a tentativa ou um indiferente penal, como ocorre nos crimes materiais (homicídio, furto, lesão corporal).

    Fonte: https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/843/Crime-proprio

    https://blog.editorajuspodivm.com.br/post/110735939229/conceito-crime-material-crime-formal-e-crime-de

    https://guilhermebsschaun.jusbrasil.com.br/artigos/693420512/crimes-de-dano-e-crimes-de-perigo-conceitos-e-critica

  • É PRECISO TOMAR MUUITO CUIDADO QUANTO À NATUREZA FORMAL E MATERIAL DO CRIME DE PECULATO. NAS DUAS CONDUTAS (APROPRIAÇÃO E DESVIO) A CARACTERIZAÇÃO DO CRIME NÃO RECLAMA LUCRO EFETIVO POR PARTE DO AGENTE, POUCO IMPORTANDO SE A VANTAGEM É CONSEGUIDA OU NÃO, CRIME FORMAL.

     

    PORÉM,

    CESPE: O PECULATO, EM SUAS TRÊS MODALIDADES (apropriação, desvio e furto), É CRIME MATERIAL OU CAUSAL. PORTANTO, A CONSUMAÇÃO DEPENDE DA PRODUÇÃO DO RESULTADO NATURALÍSTICO:

    • PECULATO APROPRIAÇÃO: EFETIVA APROPRIAÇÃO DO BEM.
    • PECULATO DESVIO: ALTERAÇÃO DO DESTINO ORIGINAL, EM PROVEITO PRÓPRIO OU ALHEIO.
    • PECULATO FURTO: SUBTRAÇÃO DO BEM PELO FUNCIONÁRIO PÚBLICO OU POR TERCEIRO.

    Q952581 (2018) Em relação a crime de peculato doloso, é correto afirmar que tal transgressão constitui crime formal. Gabarito ERRADO

    .

    Não existe uma questão recente, de 2020 até hoje, que ainda confirma esse posicionamento. Pois, com o passar dos anos a doutrina vem adotando novos entendimentos.

    CRIME DE DANO: CARACTERÍSTICA DE CRIME MATERIAL.

    CRIME DE PERIGO: CARACTERÍSTICA DE CRIME FORMAL.

    .

    .

    .

    GABARITO ''B''


ID
2489173
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No tocante às normas da Constituição Federal que dispõem sobre os agentes públicos, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Analisemos cada alternativa, à procura da única incorreta:

    a) Certo:

    Cuida-se de afirmativa que encontra expresso apoio na norma do art. 37, V, da CRFB/88, que abaixo transcrevo:

    "Art. 37 (...)
    V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;"

    b) Certo:

    Desta vez, a assertiva tem respaldo no teor do art. 37, X, da CRFB/88. É ler:

    "X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

    c) Certo:

    Realmente, a assertiva tem base normativa na regra do inciso XVI, alínea "c", do mesmo art. 37 da Constituição. A propósito, confira-se:

    "XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

    (...)

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
    "

    d) Certo:

    A presente alternativa reproduz, em sua absoluta literalidade, a norma do inciso XIV do art. 37, que abaixo transcrevo:

    "
    XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;"

    e) Errado:

    Não é verdade o que está afirmado nesta alternativa.

    A rigor, de acordo com a Constituição, nada impede que a Administração Pública inicie novo concurso público, mesmo que ainda haja candidatos aprovados e não nomeados em concurso anterior cujo prazo de validade ainda não tenha expirado. O que existe, de fato, é um direito de preferência dos candidatos deste concurso anterior em relação aos futuros aprovados no novo concurso. Este foi o entendimento prevalente no STF (RMS 22.926, rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 27.2.1998), ao interpretar a norma do inciso IV do art. 37 da CRFB/88, de seguinte teor:

    "
    IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;"

    É válido mencionar, todavia, que, na esfera federal, existe disposição específica a impedir a abertura de novo concurso, nas condições acima delimitadas. Cuida-se do art. 12, §2º, da Lei 8.112/90. Nada obstante, a presente questão foi clara ao fixar, no enunciado, que deveria ser respondida à luz das normas constitucionais, de maneira que a legislação ordinária acima referida revela-se desinfluente para a solução do problema, nesta hipótese.

    Mantém-se, portanto, a indicação desta última alternativa como a única incorreta.


    Gabarito do professor: E
  • Pegadinha da questão:

    No tocante às normas da Constituição Federal que dispõem sobre os agentes públicos, é incorreto afirmar:

    E) "não poderá ser aberto novo concurso público enquanto existirem candidatos aprovados não nomeados em relação a concurso anterior com prazo de validade ainda em vigor."

    CF

    ART.37; § IV: durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos serão convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

    LEI 8112/90 :

    Art.12; § 2ª : Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

  • questão fácil para quem vive no maranhão e foi aprovado no concurso da PM em 2012, e até hoje, muitos ainda não foram nomeados, sendo que já teve um outro concurso em 2017. Situação complicada!

    assertiva de letra E


ID
2489176
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Nos termos da Lei Estadual n° 5247, de 1991 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Estaduais), não é correta a opção que afirma:

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    SECÇÃO VII Da Licença para tratar de Interesses Particulares 
     
     
    Art. 94.   À critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor estável licença para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de 02 (dois) anos consecutivos, sem remuneração. 

  • Gabarito: D.

     

    Nos termos da Lei Estadual n° 5.247, de 1991 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Estaduais), não é correta a opção que afirma:

     

    a) Correta -> Art. 19. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando,   por   junta   médica   oficial,   forem   declarados   insubsistentes   os   motivos   da aposentadoria.

     

    b) Correta -> Art. 12; § 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial do Estado e em jornal diário de grande circulação.

     

    c) Correta -> Art. 13; § 6º. A  posse  através  de  procurador  fica  condicionada  à  apresentação  de instrumento público de mandato, com outorga de poderes especiais para tal fim.

     

    D) Não é correta -> Art. 94. A critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor estável licença para o trato de assuntos particulares, pelo PRAZO DE 02 (DOIS) ANOS consecutivos, sem remuneração.

     

    e) Correta -> Art. 51. As reposições e indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais não excedentes à décima parte da remuneração ou provento, em valores atualizados.

  • Art. 94.   À critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor estável licença para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de 02 (dois) anos consecutivos, sem remuneração. 


ID
2489179
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

No tocante ao regime disciplinar dos servidores públicos estaduais, não se pode afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Letra B -  É facultado ao procurador do acusado Reinquirir (colher informações, interrogar) as testemunhas. Vejam:

    Art. 169 do regime jurídico do estado de Alagoas:

    § 2º   O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, facultando-se-lhe reinquirí-las,  por intermédio do presidente da comissão, sendo-lhe vedada, porém, interferência nas perguntas e respostas. 

  • LEI Nº 5247 DE 26 DE JULHO DE 1991 do Estado de Alagoas

    Art. 159. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 03 (três) servidores estáveis, designados pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente.

    § 1º A comissão terá como secretário servidor designado por seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros.

    § 2º Não poderá participar da comissão de sindicância ou de inquérito cônjuge ou companheiro do denunciado ou parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

    Art. 182. O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e cumprimento da penalidade, caso aplicada, sem o que será a exoneração convertida em demissão.

    Art. 132. A suspensão será aplicada em caso de reincidência nas faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. 

    § 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

    § 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

    Art. 134. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

    ... V – incontinência pública e conduta escandalosa na repartição;

  • Apenas organizando os comentários anteriores:

     

    "No tocante ao regime disciplinar dos servidores públicos estaduais (Lei nº 5.247/1991), não se pode afirmar:"

     

    a) Certa -> Art. 159. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 03 (três) servidores estáveis, designados pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente.

     

    b) Errada -> Art. 169; § 2º O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, facultando-se-lhe reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão, sendo-lhe vedada, porém, interferência nas perguntas e respostas.

     

    c) Certa -> Art. 182. O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e cumprimento da penalidade, caso aplicada, sem o que será a exoneração convertida em demissão.

     

    d) Certa -> Art. 132; § 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

     

    e) Certa -> Art. 134. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

    V - incontinência pública e conduta escandalosa na repartição.

     

    Artigos da Lei nº 5.247, de 26 de julho de 1991.

     

     

    Gabarito: B.


ID
2489182
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No tocante às modalidades de licitação, indique a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

     

    No caso da modalidade CONVITE, não é obrigatória que se dê publicidade ao instrumento convocatório através do Diário Oficial, basta que o instrumento convocatório seja afixado em local apropriado.

     

    Lei 8.666/93

    Art. 22 §3o Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

  • Vejamos cada assertiva, em busca da única incorreta:

    a) Certo:

    De fato, a presente afirmativa possui expresso apoio na regra do art. 1º, parágrafo único, da Lei 10.520/2002, que assim dispõe:

    "Art. 1º (...)
    Parágrafo único.  Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado."


    b) Certo:

    Realmente, a parte final do art. 22, §5º, da Lei 8.666/93, ao conceituar a modalidade leilão, deixou assente a necessidade de que os lances sejam iguais ou superiores ao valor da avaliação do bem a ser leiloado. No ponto, confira-se:

    "Art. 22 (...)
    § 5o  Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação."


    c) Errado:

    Ao que se extrai do teor do art. 21, caput e incisos I e II, a publicação de resumo do edital em diário oficial é imperiosa no que tange às modalidades concorrência, tomada de preços, concurso e leilão, o mesmo não se aplicando ao convite. A este respeito, confira-se:

    "Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez:

    I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais;

    II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal;"

    Semelhante conclusão pode ser retirada da própria conceituação proposta pela Lei 8.666/93 para a modalidade convite, nos moldes do art. 22, §3º, que assim preceitua:

    "Art. 22 (...)
    § 3o  Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas."

    Como se vê, no que concerne à modalidade convite, a lei limitou-se a exigir a afixação do instrumento convocatório em local apropriado, de maneira que a publicação em diário oficial realmente não se faz necessária.

    Incorreta, portanto, a assertiva, ao afirmar que em todas as modalidades haveria referida exigência.

    d) Certo:

    Cuida-se de afirmativa com apoio expresso na norma do art. 23, §3º, da Lei 8.666/93, que assim estabelece:

    "Art. 23 (...)
    § 3o  A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País."

    e) Certo:

    De fato, é neste sentido a regra do §4º do mesmo art. 23 do citado diploma legal. Confira-se:

    "§ 4o  Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência."


    Gabarito do professor: C

  • será que todos os municípios do Brasil tem um Diário Oficial?

    Não né...

    então pode ser afixado em local apropriado.

  • ●O convite é a única modalidade de licitação que dispensa publicação de edital.

     

    Não existe a obrigatoriedade da publicação do convite em veículo de imprensa oficial (Jornal, Diário Oficial), porém, um aviso ou edital deverá ser afixado em mural do órgão público com 05 (cinco) dias úteis antes da data de sua abertura.

    ●Complemento: Na modalidade CONVITE o instrumento convocatório não é o EDITAL, mas sim a chamada CARTA CONVITE que é endereçada a, no mínimo, 3 interessados, cadastrados ou não. Cópia da CARTA CONVITE será fixada no mural da repartição pública e, assim, surgindo outros interessados, não convidados, estes também poderão participar desde que preencham duas condições: estar cadastrado e manifestar interesse em até 24 horas da apresentação das propostas (neste prazo o interessado não cadastrado, poderá providenciar o cadastro junto à repartição pública).


ID
2489185
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em relação à organização administrativa brasileira, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA - LETRA B

     

     

    Vide CF/88 em seu art. 109 - "Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;[...]"

  • Item II: As sociedades de economia mista federal não possuem como foro de competência a Justiça Comum Federal, segundo se pode captar pela Súmula nº. 508, do STF.

     

    "SÚMULA 508

    Compete à Justiça Estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que fôr parte o Banco do Brasil S. A". GABARITO

  • Gabarito letra b).

     

     

    a) CF, Art. 173, § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.

     

     

    b) CF, Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

     

    I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.

     

    * Não há Sociedade de Economia Mista no inciso acima, pois cabe à Justiça Estadual julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista.

     

    ** Súmula 556 do STF: É competente a Justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista (“REGRA”).

     

    *** Súmula 517 do STF: As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém como assistente ou opoente ("ÚNICA EXCEÇÃO").

     

     

    c) CF, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

     

    VI - instituir impostos sobre:

     

    a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros.

     

    CF, Art. 150, § 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

     

     

    d) CF, Art. 37, § 9º O disposto no inciso XI* aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

     

    * inciso XI = teto remuneratório.

     

     

    e) CF, Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

     

     

     

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  • Eis os comentários relativos a cada assertiva, devendo-se identificar a única equivocada:

    a) Certo:

    Trata-se de disposição expressa contida no art. 173, §2º, da CRFB/88, cuja transcrição vai a seguir:

    "
    § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado."

    Assim, correta esta opção.

    b) Errado:

    Na verdade, a competência da Justiça Federal não abrange o julgamento de ações em que figurem, tão somente, sociedades de economia mista federais, mas sim as empresas públicas federais. É o que se depreende da simples leitura do art. 109, I, da CRFB/88:

    "Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

    I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;"


    Fica claro, pois, que as sociedades de economia mista não constam do rol elencado no referido preceito constitucional, não havendo qualquer espaço para indevidas interpretações extensivas.

    É válido acentuar que tal orientação se encontra há muito sumulada pela jurisprudência do STF, em seu verbete 517 ("As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém como assistente ou opoente"), bem como pelo STJ, em sua Súmula 42 ("Compete à Justiça comum estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.")

    Eis aí, portanto, o equívoco em que incorreu esta alternativa.

    c) Certo:

    Trata-se de afirmativa respaldada na regra do art. 150, §2º, da CRFB/88, o qual faz remissão à norma do inciso VI, "a". Eis os preceitos constitucionais respectivos:

    "Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    (...)

    VI - instituir impostos sobre:

    a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;


    (...)

    § 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes."


    d) Certo:

    De fato, é neste sentido a norma do §9º do art. 37 da CRFB/88, que abaixo reproduzo:

    "Art. 37 (...)
    § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral."

    Apenas em complemento, refira-se que a norma do inciso XI do mesmo art. 37 é aquela que trata do estabelecimento do chamado "teto" remuneratório do serviço público, de sorte que a presente assertiva se mostra inteiramente correta.

    e) Certo:

    É o que preconiza o inciso XIX do art. 37 da Constituição da República, com redação a seguir reproduzida:

    "Art. 37 (...)
    XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;"



    Gabarito do professor: B
  • Na assertiva E, o trecho "neste último caso"  refere-se que a lei complementar definirá área de atuação somente das fundações ou de toda admnistração indireta?

    Agradeço quem puder ajudar.

    Abraços

  • Flávio Henrique, meu chará. Lei complementar definirá a área de atuação somente das Fundações Públicas. Essa Lei, até o presente momento, não foi editada. Mas entende-se que são voltadas para o desempenho de atividades de interesse social, como saúde, educação, assistência social, etc.

  • As empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão gozar de privilégios fiscais se não atuarem em Exploração de Atividades Econômicas, fica a Dica


ID
2489188
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com a Lei nº 8.666, não é hipótese de rescisão unilateral (determinada pela Administração Pública) do contrato administrativo a seguinte opção:

Alternativas
Comentários
  • LETRA E

     

    Causas que só possibilitam a rescisão amigável ou judicial do contrato

     

    - A supressão por parte da Administração que acarrete modificação do valr inicial (art. 78, XIII)

     

    - A suspensão da execução por prazo superior a 120 dias (art. 78, XIV)

     

    - O atraso superior a 90 dias dos pagamentos devidos pela Administração (art. 78, XV)

     

    - A não liberação por parte da Administração (art. 78, XVI)

     

  • Os casos de rescisão unilateral do contrato administrativo, nos moldes da Lei 8.666/93, encontram-se elencados no art. 79, I, do mencionado diploma. No ponto, confira-se:

    "Art. 79.  A rescisão do contrato poderá ser:

    I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior;
    "

    Adiante-se, desde logo, que o inciso XVIII do art. 78, embora não expressamente referido, deve ser aí também incluído, indiscutivelmente.

    Há que se conferir, portanto, quais são os incisos I a XII, bem como XVII e XVIII do "artigo anterior", qual seja, o art. 78 da Lei 8.666/93. Eis o rol ali estabelecido:

    "
    Art. 78.  Constituem motivo para rescisão do contrato:

    I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos;

    II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos;

    III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;

    IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;

    V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração;

    VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato;

    VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores;

    VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei;

    IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;

    X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;

    XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato;

    XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;

    (...)

    XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato.

    XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
    "

    Em complemento, o inciso V do art. 27 é aquele que, no âmbito da habilitação dos licitantes, exige que se comprove o cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição ("XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;")

    Firmadas as premissas acima, em cotejo das hipóteses previstas legalmente com as alternativas oferecidas na questão, fica claro que a única opção não contemplada na lei como ensejadora de rescisão unilateral do contrato administrativo é aquela indicada na letra "e" ("a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto."), mesmo porque cuida-se de descumprimento contratual cometido pela própria Administração.

    Ora, seria mesmo inusitado e absurdo supor que a Administração Pública estivesse autorizada legalmente a rescindir unilateralmente um contrato com base em falta praticada por ela mesma...É claro que tamanho descalabro revela-se incorreto.


    Gabarito do professor: E
  • RESPOSTA E

    >>A Lei nº 8.666/1993 - Lei das Licitações dispõe que: “constitui motivo para rescisão do contrato a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto” (artigo 78, inciso XVI). Essa previsão legal corresponde a qual das hipóteses que justificam a inexecução do contrato? D) Fato da administração.

    #SEFAZ-AL #UFAL2019 #questão.respondendo.questões

  • Complemento :A contratada pode interromper a prestação dos serviços, diante do tempo de inadimplência sucessiva, sem prejuízo de lhe ser facultado demandar judicialmente o pagamento dos valores em aberto.

    Particular: interromper PODE /Suspender --> RESCINDIR unilateralmente NÃO.


ID
2489191
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre os bens públicos, dadas as seguintes assertivas,


I. Segundo o Código Civil, são bens públicos os pertencentes às pessoas jurídicas de direito público.

II. A inalienabilidade dos bens públicos é absoluta.

III. A impenhorabilidade dos bens públicos é a característica que impede o penhor e a hipoteca deles.

IV. Um hospital público é exemplo de bem público de uso especial.

V. Os bens dominicais são aqueles que não se encontram afetados a qualquer finalidade pública.


verifica-se que estão corretas

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C - I, IV e V apenas

     

    I-  CORRETO Art 98 CC 

    II- ERRADO Art 101 CC onde diz que os bens pub dominicais podem ser alienados

    III-  ERRADO o Art 101  CC mostra que há bens públicos que podem ser alienados

    IV- CERTO Bem Pub de uso especial sao os bens que visam à prestação de serviços públicos. O hospital publico seria um exemplo

     V- CERTO  Definição de Bens Dominicais:

    Bens dominicais são aqueles que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público. Mas a eles não foi dada nenhuma destinação pública específica. Em outras palavras os bens dominicais são bens desafetados.

    Exemplos de bens dominicais: prédios públicos desativados, terras devolutas, 

    Retirado de:

    https://www.portalconcursopublico.com.br/2017/05/bens-dominicais-uso-comum-especial.html?m=1

     

    Ainda estou no 2sem de Direito possa ser que os colegas futuramente possam colocar explicações mais fundamentadas... mas até então espero ter ajudado de alguma forma, ja que até agora não há nenhum comentário sobre a questão. Até a próxima

  • São bens públicos os bens das pessoas jurídicas de direito público INTERNO, Estados estrangeiros são pessoas jurídicas de direito público.

  • Segundo o Código Civil, são bens públicos os pertencentes às pessoas jurídicas de direito público INTERNO

    Nao especificar isto, pode levar ao erro.

  • III. A impenhorabilidade dos bens públicos é a característica que impede o penhor e a hipoteca deles.

    Penhor e penhora são institutos diferentes.

    Impenhorabilidade

             Segundo essa característica, é vedada a penhora de bem público. É incabível, em uma execução contra entidade pública, a constrição judicial de bem público, pois a penhora tem por finalidade a subsequente venda para que o valor arrecadado seja utilizado na satisfação do crédito


ID
2489194
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No tocante à improbidade administrativa, aponte a afirmação abaixo incorreta. 

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA CORRETA LETRA A

     

     

    Para resolução da questão basta ler o contido no bojo da Lei 8.429/92, em seus arts. 11 e 12, respectivamente:

    Art. 11. "Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:[...]";

     Art. 12.  Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:I - [...];II - [...]; III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.IV - [...]

  • Gabarito letra a).

     

    LEI 8.429/92

     

     

    a) Art. 12.  Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:

     

    III - na hipótese do art. 11*, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente ...

     

    * art. 11 = Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública.

     

     

    b)  Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

     

    XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente.

     

     

    c) Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da heraça.

     

     

    d) Art. 12.  Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:

     

    I - na hipótese do art. 9°*, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial ...

     

    * art. 9° = Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito.

     

     

    e) Art. 12.  Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:

     

      II - na hipótese do art. 10*, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano ...

     

    * art. 10 = Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário.

     

     

     

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  • SANÇÕES


    ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (dolo)
        - Suspensão Direito Políticos: 10 ~ 8 anos
        - Multa: 3x ACRÉSCIMO
        - Proibição contrato: 10 anos

    PREJUÍZO AO ERÁRIO (dolo ou CULPA) "Preju tem CU"
        - Suspensão Direito Políticos: 8 ~ 5 anos
        - Multa: 2x DANO
        - Proibição contrato: 5 anos

    APLICAÇÃO INDEVIDA BENEFÍCIOS (a partir de 12/dez/2017)
        - Suspensão Direito Políticos: 8 ~ 5 anos
        - Multa: 3x BENEFÍCIO
        - Proibição contrato:  (ainda não definido)

    LESÃO A PRINCÍPIOS (dolo)
        - Suspensão Direito Políticos: 5 ~ 3 anos
        - Multa: 100x REMUNERAÇÃO
        - Proibição contrato: 3 anos

     

    At.te, CW.

  • Examinemos as opções propostas pela Banca, à procura da único incorreta:

    a) Errado:

    Na realidade, a sanção prevista na norma consiste em pagamento de multa civil de até 100 (cem) vezes o valor da remuneração percebida pelo agente, e não 10 (dez) vezes, como equivocadamente aduzido nesta alternativa.

    É neste sentido o teor do art. 12, III, da Lei 8.429/92. Confira-se:

    "Art. 12 Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:

    (...)

    III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos."

    Refira-se, em complemento, que o art. 11 prevê o rol de condutas caracterizadas como atos de improbidade violadores dos princípios da Administração Pública.

    b) Certo:

    De fato, trata-se do ato de improbidade versado no art. 10, XII, da Lei 8.429/92, previsto como um dos causadores de lesão ao erário.

    c) Certo:

    Cuida-se de simples reprodução do teor do art. 8º da Lei 8.429/92. Confira-se:

    "
    Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança."

    Logo, é claro que está correta esta opção.

    d) Certo:

    Os atos de improbidade que ocasionam enriquecimento ilícito encontram-se elencados no art. 9º da Lei 8.429/92, ao passo que as correspondentes penalidades vêm previstas no art. 12, I, do mesmo diploma. No ponto, é ler o teor desta última norma:

    ""Art. 12 Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:

    I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;"

    Acertada, portanto, a presente opção.

    e) Certo:

    As sanções atinentes aos atos causadores de lesão ao erário são aquelas contidas no inciso II do mesmo art. 12, que a seguir transcrevo:

    "Art. 12 (...)
    II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
    "

    Correta, portanto, esta assertiva.


    Gabarito do professor: A
  • ATÉ 100 X... É PRA SE LASCAR!!! MULTA DA PEXXX...TE

  • GABARITO LETRA A

     

    LEI Nº 8429/1992 (DISPÕE SOBRE AS SANÇÕES APLICÁVEIS AOS AGENTES PÚBLICOS NOS CASOS DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO NO EXERCÍCIO DE MANDATO, CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA, INDIRETA OU FUNDACIONAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS) 

     

    ARTIGO 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

     

    ======================================================================

     

    ARTIGO 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: 

     

    III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
     


ID
2489197
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Assinale a opção correta de acordo com a legislação civil brasileira.

Alternativas
Comentários
  • Pessoal, quedê os comentários?

    :(

  • Opção B

    Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

    I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

  • O gabarito da questão antes de ser anulada era a alternativa A, o que está errado pois o artigo 38 do Código Civil diz : " Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele." Sendo assim, quando a referida alternativa afirma que na situação em que Manuela de 85 anos desaparecida há três pode ter a sucessão definitiva dos seus bens aberta, está indo contra o que é dito no texto legal. portanto, a questão foi anulada por ter um gabarito errado.


ID
2489200
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Dados os itens abaixo sobre a invalidade dos negócios jurídicos,


I. É anulável, por ser decorrente de coação, o pagamento de título vencido no valor de R$ 5.000,00, pois o devedor, por conta da idade de oitenta anos, acreditou que o credor fosse cumprir com a ameaça que lhe fizera, qual seja, a de promover a execução judicial.

II. O erro acidental não é causa de anulabilidade do negócio jurídico.

III. Em relação ao estado de perigo, é relevante que a parte beneficiada saiba que a obrigação foi assumida pela parte contrária para se salvar de grave dano.

IV. Aluísio trata-se de pessoa absolutamente incapaz, mas pintou um quadro maravilhoso. Thayanna, sua genitora, não gostou do quadro pintado por seu filho. Pode ela pedir a nulidade do ato perpetrado por Aluísio.


verifica-se que estão corretos

Alternativas
Comentários
  • Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial.

    Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.

    Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.

    e) só os acontecimentos jurídicos podem ser anuláveis

  • GABARITO A



    Sobre o Item IV:



    No ato-fato jurídico o que importa para o direito é a consequência do ato, não interessa se houve vontade de produzi-lo ou não. O elemento volitivo não é da essência do ato-fato jurídico.

    Pode classificá-los em:

    1.      Atos reais – atos humanos de que resultam circunstâncias fáticas, geralmente irremovíveis. Ex: louco que, ao pintar o quadro, adquire sua obra de arte; a pessoa que descobre um tesouro e adquire sua propriedade, independentemente de sua vontade.

    2.      Atos fatos jurídicos indenizativos – situações em que de um ato humano lícito decorre prejuízo a terceiro com dever de indenizar. Ex: deterioração ou destruição de coisa alheia, ou a lesão pessoal a fim de remover perigo iminente (ato praticado no exercício regular de direito ou em estado de necessidade que cause danos a terceiros e que gere o dever de indenizar).

    3.      Atos fatos jurídicos caducificantes – situações que dependem de atos humanos, que os efeitos constem na extinção de determinado direito e, por consequência, da pretensão da ação e da exceção dele decorrentes. Ex: titular de um direito se mantém inerte em certo lapso de tempo independentemente de seu querer ou de sua culpa, o que pode gerar a perda de seu direito, como ocorre na perda da propriedade em virtude da usucapião.



    Para haver progresso, tem que existir ordem. 

    DEUS SALVE O BRASIL.

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  • O erro acidental não é causa de anulabilidade do negócio jurídico, mas cabe pedir perdas e danos.


ID
2489203
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Dadas as situações abaixo,


I. Luiz Fernando adquiriu de Roberto um pacote de viagens de 7 dias para o sol, pelo valor de R$ 20.000,00, com direito a passagem aérea e hospedagem em hotel quatro estrelas.

II. Na venda de sua fazenda, João silenciou intencionalmente a respeito de fato importante. A revelação deste fato pela compradora, resultaria na não celebração do negócio jurídico.

III. Marcos emprestou um livro de Direito Civil a Francesca para que ela pudesse estudar para a seleção de Mestrado da UFAL. Francesca pensou que Marcos lhe havia dado o referido livro, como presente de formatura.

IV. Patrícia sofreu um grave acidente automobilístico em sua fazenda, distante 40 km do hospital mais próximo. Sem nenhum outro veículo por perto, seu marido recorreu ao vizinho para que socorresse a esposa, que havia perdido muito sangue. O vizinho, conhecedor da situação, informou que alugaria seu carro por R$ 3.000,00, para aquela noite.


indique, respectivamente, qual a consequência jurídica das situações.  

Alternativas
Comentários
  • Dolo: artifício que se emprega para indizur a vítima ao engano.

    *dolo principal- razão determinante do negócio. O negócio só é celebrado por causa do dolo.

    *dolo acidental- o negócio só é facilitado, pois iria acontecer de qualquer jeito.

     

    Erro: Falsa percepção da realidade

     

    Estado de poerigo: (art. 156)

    - necessidade de salvar-se ou alguém de sua familía

    - dano conhecido pela outra parte

    - obrigação excessivamente onerosa

  • Otimo

     

  • I. Luiz Fernando adquiriu de Roberto um pacote de viagens de 7 dias para o sol, pelo valor de R$ 20.000,00, com direito a passagem aérea e hospedagem em hotel quatro estrelas.

    Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:

    I - agente capaz;

    II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;

    III - forma prescrita ou não defesa em lei.

    II. Na venda de sua fazenda, João silenciou intencionalmente a respeito de fato importante. A revelação deste fato pela compradora, resultaria na não celebração do negócio jurídico.

    Trata-se do dolo omissivo (dolo negativo)

    Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa (dolo negativo), provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado. 

    III. Marcos emprestou um livro de Direito Civil a Francesca para que ela pudesse estudar para a seleção de Mestrado da UFAL. Francesca pensou que Marcos lhe havia dado o referido livro, como presente de formatura.

    Trata-se do erro substancial.

    Art. 139. O erro é substancial quando:

    I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais; 

    IV. Patrícia sofreu um grave acidente automobilístico em sua fazenda, distante 40 km do hospital mais próximo. Sem nenhum outro veículo por perto, seu marido recorreu ao vizinho para que socorresse a esposa, que havia perdido muito sangue. O vizinho, conhecedor da situação, informou que alugaria seu carro por R$ 3.000,00, para aquela noite.

    Trata-se do estado de perigo.

    Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dado conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.

    Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.


    GABARITO: LETRA E

  • Danilo em relação a questão III, o erro é na natureza do negócio(IN NEGOTIO) e não em relação ao objeto principal da declaração. Seria um erro em relação ao objeto da declaração se ele tivessem emprestado um livro que a Francesa pensava ser outro. Bons Estudos.


ID
2489206
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Marque a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADA. CDC,  Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

     

    b)CERTA. CDC,  Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.

     Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.

     

    c)ERRADA. CDC, Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.

     

    d) ERRADA. CDC,   Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;  II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.

     

    e) ERRADO. CDC, Art. 26, § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.

  • A questão trata de conceitos do Direito do Consumidor.



    A) O conceito de fornecedor abarca o comerciante, o fabricante e o produtor, que responderão solidariamente no caso de danos ao consumidor. 

    Código de Defesa do Consumidor:

    Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

    O conceito de fornecedor abarca o fabricante e o produtor, que responderão solidariamente no caso de danos ao consumidor. O comerciante não está no conceito de fornecedor, respondendo de maneira subsidiária em alguns casos, apenas.

    Incorreta letra “A”.



    B) Os produtos perigosos não são considerados viciados. 

    Código de Defesa do Consumidor:

    Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.

    Os produtos perigosos não são considerados viciados, devendo o fornecedor informar de maneira ostensiva e adequada a respeito de sua periculosidade.

    Correta letra “B”. Gabarito da questão.      



    C) Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição. Nessa hipótese, não se obriga o fornecedor a prestar informações a seu respeito nos casos em que o risco à saúde ou segurança do consumidor seja perceptível. 

    Código de Defesa do Consumidor:

    Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.

    Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição. Nessa hipótese, o fornecedor é obrigado a prestar informações a seu respeito nos casos em que o risco à saúde ou segurança do consumidor seja perceptível. 

    Incorreta letra “C”.



    D) Os vícios aparentes não são considerados vícios passíveis de responsabilização do fornecedor, já que o consumidor possui o dever de examinar o produto antes de adquiri-lo.

    Código de Defesa do Consumidor:

    Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:

     I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;

    II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.

    Os vícios aparentes são considerados vícios passíveis de responsabilização do fornecedor.

    Incorreta letra “D”.

    E) O vício oculto no CDC possui prazo máximo para aparecimento de trinta dias para produtos não duráveis e de noventa dias para produtos duráveis.  

    Código de Defesa do Consumidor:

    Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:

     I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;

    II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.

    § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.

    O vício aparente ou de fácil constatação no CDC possui prazo máximo para reclamar de trinta dias para produtos não duráveis e de noventa dias para fornecimento de produtos duráveis.    

    O vício oculto, no CDC, começa a contar o prazo decadencial, no momento em que ficar evidenciado o defeito.

    Incorreta letra “E”.


    Resposta: B

    Gabarito do Professor letra B.

  • Para o CDC, o vocábulo fornecedor é delimitado como gênero, do qual são espécies,

    segundo o art. 3°: o produtor, montador, criador, fabricante, construtor, transformador,

    importador, exportador, distribuidor, comerciante e o prestador de serviços.

    Fonte: Livro Código de Defesa do Consumidor Comentado 13º Edição - Leonardo Garcia - Juspodivm. Pág. 35


ID
2489209
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Dados os itens abaixo,


I. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por um período de cinco anos, na forma da lei.

II. Todo consumidor possui sete dias para se arrepender da celebração do contrato de consumo.

III. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e à segurança dos consumidores. Nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, essas informações serão gravadas de forma indelével.

IV. Recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento representa uma prática comercial abusiva.

verifica-se que estão corretos

Alternativas
Comentários
  • Item I - ERRADO. Art. 32, parágrafo único, CDC: "cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei". 

  • A questão trata de direitos do consumidor.

    I. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por um período de cinco anos, na forma da lei.

    Código de Defesa do Consumidor:

    Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto.

    Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei.

    Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei.

    Incorreto item I.

    II. Todo consumidor possui sete dias para se arrepender da celebração do contrato de consumo.

    Código de Defesa do Consumidor:

      Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.

    O consumidor possui sete dias para se arrepender da celebração do contrato de consumo, desde que a contratação do fornecimento de produtos ou serviços, ocorrer fora do estabelecimento comercial.     

    Incorreto item II.

    III. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e à segurança dos consumidores. Nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, essas informações serão gravadas de forma indelével.

    Código de Defesa do Consumidor:

     Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.

    Parágrafo único.  As informações de que trata este artigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, serão gravadas de forma indelével. (Incluído pela Lei nº 11.989, de 2009)

    A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e à segurança dos consumidores. Nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, essas informações serão gravadas de forma indelével.

    Correto item III.

    IV. Recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento representa uma prática comercial abusiva.

    Código de Defesa do Consumidor:

    Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)

    IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais;                  (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)

    Recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento representa uma prática comercial abusiva.

    Correto item IV.

    verifica-se que estão corretos 



    A) II e III. Incorreta letra “A”.

    B) II e IV. Incorreta letra “B” 

    C) III e IV. Correta letra “C”. Gabarito da questão.

    D) I e III. Incorreta letra “D”. 

    E) I e IV. Incorreta letra “E”.

    Resposta: C

    Gabarito do Professor letra C.

  • Todas as respostas estão na letra fria do Código de Defesa do Consumidor. Vejamos:

    I) Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto.

    Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei.

    II) Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 (sete) dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.

    III) Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.

    Parágrafo único. As informações de que trata este artigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, serão gravadas de forma indelével.

    IV) Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:

    IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais;


ID
2489212
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Art.7º, §3º,LINDB. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.

  • Tô fazendo questões de 2018/2017 e do nada aparece umas de 2012. Eu hein.

  • GAB: LETRA (E)


    "Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal". ART. 7, §3,LINDB


  • Assinale a opção correta. 

    A) O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, somente será reconhecido no Brasil depois de 2 (dois) anos da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país.

    ERROS: o prazo é de um ano, conforme o art. 7º, § 6 da LINDB. Ademais, a questão não menciona o trecho restante do dispositivo, que é o seguinte:

    [...] O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais.

    ________________________________________________________________

    B) A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o aceitante.

    ERRO: as leis que regem as obrigações são aquelas do país em que elas foram constituídas, conforme a regra "locus regit actum" (art. 9º da LINDB).

    ________________________________________________________________

    C) A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, sendo admitido que os tribunais brasileiros reconheçam provas, mesmo se a lei brasileira as desconhecer. 

    ERRO: os tribunais brasileiros não admitem provas que a lei brasileira desconheça (art. 13 da LINDB).

    ________________________________________________________________

    D) A invalidade do instrumento sempre induz a do negócio jurídico.

    ERRO: a resposta pode ser encontrada no art. 183 do Código Civil Brasileiro (CCB), que diz, literalmente:

    "Art. 183. A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este puder provar-se por outro meio".

    ________________________________________________________________

    E) Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.

    QUESTÃO CERTA: a resposta é encontrada no art. 7º, § 3º da LINDB.


    Sigamos na luta!


ID
2489215
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Dados os itens abaixo,


I. Enquanto os produtos podem ser retirados sem diminuição do valor nem da substância do bem principal, a retirada dos frutos implica redução do valor ou da quantidade deste.

II. A sociedade de fato possui autonomia patrimonial em relação aos sócios e responsabilidade própria.

III. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo para vigência começará a correr da nova publicação.

IV. Cessará, para o menor com 17 anos, a incapacidade pela emancipação concedida pelos pais, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial.


verifica-se que estão corretos

Alternativas
Comentários
  • II - ERRADO.

    A Sociedade de Fato não possui patrimônio próprio. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum, em face da ausência de personalidade jurídica da Sociedade de Fato; Não havendo personalidade jurídica, ela não pode titularizar bens.

    Além disso, a responsabilidade na Sociedade de Fato é Ilimitada, podendo ser subsidiária (respeitado o benefício de ordem) ou direta (é o caso dos sócios que contratam diretamente pela sociedade).


    A sociedade de fato é prevista no art. 986 e seguintes do Código Civil, no capítulo "Da Sociedade em Comum". Nesse sentido, diz o enunciado 58, CJF: Art. 986 e seguintes: a sociedade em comum compreende as figuras doutrinárias da sociedade de fato e da irregular.


    Pois bem, disciplinando a sociedade em comum (sociedade fato e sociedade irregular), o Código Civil estabelece:

    Art. 988: Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum.


    Art. 990: Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1024, aquele que contratou pela sociedade.

  • LINDB

    Art. 1 Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

    § 1 Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 

    § 2            

    § 3 Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.

    § 4 As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

  • GABARITO C

    Dos produtos:

    1.      São as utilidades que se retiram da coisa, diminuem-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente, diferente do que ocorre nos frutos. O que os distingue dos frutos, visto que a colheita destes não diminui seu valor nem a substancia da fonte. 

    Ex: ouro em uma mina, petróleo em uma reserva, pedra em uma pedreira, etc;

    Para haver progresso, tem que existir ordem. 

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  • FRUTOS: São bens que saem do princípal sem diminuir sua quantidade. Os frutos podem ser: 

     

    - Naturais: Decorrem da essência (ex: frutos de uma macieira); 

     

    - Industriais: Decorrem de uma atividade humana (ex: cimento produzido em uma industria);  

     

    - Civis: São rendimentos (ex: valores advindos do aluguel de um imóvel).  

     

    PRODUTOS: Saem do principal diminuindo este. (ex: pedras preciosas de uma mina)

     

  • Se pode menos, pode mais, logo o item Iv está correto!

    Haverá emancipação do menor de 17 anos pela autorização dos pais.

    Letra C


ID
2489218
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Dados os itens abaixo,


I. A confusão patrimonial autorizará a dissolução judicial da pessoa jurídica, se houver, através dela, abuso da personalidade jurídica pelo desvio de finalidade.

II. Vanessa, 16 anos de idade, possui relação de emprego com a empresa PULSAR, razão pela qual possui economia própria. Sua emancipação independe de instrumento público e de homologação judicial.

III. Os prazos prescricionais podem ser majorados ou reduzidos pelas partes.

IV. Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.


verifica-se que estão corretos

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B II e IV corretas

     

     

     

    I. A confusão patrimonial autorizará a dissolução judicial da pessoa jurídica, se houver, através dela, abuso da personalidade jurídica pelo desvio de finalidade.

    Errado. Não é necessário que haja abuso da personalidade decorrente da confusão patrimonial.

     

    Da Desconsideração da Personalidade Jurídica

    Teoria Maior: Provar insolvência + confusão ou desvio

    Teoria Menor: Provar insolvência Art. 28 CDC 

     

    CC, Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

     

     

     

    II. Vanessa, 16 anos de idade, possui relação de emprego com a empresa PULSAR, razão pela qual possui economia própria. Sua emancipação independe de instrumento público e de homologação judicial.

    Correto. 

    CC, Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

    I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

    V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

     

     

     

    III. Os prazos prescricionais podem ser majorados ou reduzidos pelas partes.

    Errado. CC, Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.

     

     

     

    IV. Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.

    Certo. LINDB, Art. 6º § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou

     

  • CC, Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídicacaracterizado pelo desvio de finalidadeou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

  • I. A confusão patrimonial autorizará a dissolução judicial da pessoa jurídica, se houver, através dela, abuso da personalidade jurídica pelo desvio de finalidade. ERRADA

    Autorizará a desconsideração da personalidade jurídica e não a dissolução

  • I. A confusão patrimonial autorizará a dissolução judicial da pessoa jurídica, se houver, através dela, abuso da personalidade jurídica pelo desvio de finalidade. ERRADA

    Autorizará a desconsideração da personalidade jurídica e não a dissolução

  • DESCONSIDERAÇÃO DA PJ NO CÓDIGO CIVIL:

    ART. 50. Em caso de ABUSO DA PERSONALIDADE JURÍDICA, caracterizado pelo DESVIO DE FINALIDADE, ou pela CONFUSÃO PATRIMONIAL, pode o juiz decidir, A REQUERIMENTO DA PARTE, OU DO MINISTÉRIO PÚBLICO quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

    Só cabe a desconsideração quando houver ABUSO DA PERSONALIDADE JURÍDICA.

    A DESCONSIDERAÇÃO NÃO PODE SER DECRETADA DE OFÍCIO.

    A desconsideração NÃO IMPLICA A DISSOLUÇÃO/LIQUIDAÇÃO/EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA.


ID
2489221
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a opção correta a respeito da execução civil no direito brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • Fundamento legal: Artigo 829, caput e artigo 826, todos do CPC.


ID
2489224
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Sobre as impenhorabilidades, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C


    Fundamento: art. 833, IX, NCPC/2015


  • Sobre a letra e, o inciso que trata sobre os instrumentos de trabalho não ressalva aqueles de alto valor (art. 833, V, CPC).

  • Correta: Letra C

    A - os rendimentos dos bens são relativamente impenhoráveis, haja vista o disposto no artigo 834 do CPC;

    B - As partes, por ato voluntário podem determinar que um bem não seja sujeito à execução, conforme artigo 833, I, do CPC;

    C - Art. 833, IX, do CPC;

    D - Art. 833, X, do CPC se refere a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 salários mínimos;

    E - Pouco importa o valor do bem caso ele seja necessário ou útil para o trabalho, conforme artigo 833, V, do CPC


ID
2489227
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Sobre os recursos especial e extraordinário, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • que diabo de questão é essa.

  • Questão de 2012 e sob a rubrica de questões sobre o NOVO CPC?


ID
2489230
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a opção incorreta sobre a competência no processo civil.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Alternativa A.

    Alternativa A: incorreta. A assertiva contraria o disposto no artigo 43, CPC/15.

    Alternativa B: correta. Artigo 48, CPC/15.

    Alternativa C: correta. Artigo 953, II, CPC/15.

    Alternativa D: correta. Artigos 54; 55,  3º e 57, CPC/15.

    Alternativa E: correta. Artigo 50, CPC/15.

  • Art. 43.  Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.

    --------------------------------------

    Art. 48.  O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

    ------------------------------------

    Art. 953.  O conflito será suscitado ao tribunal:

    I - pelo juiz, por ofício;

    II - pela parte e pelo Ministério Público, por petição.

    Parágrafo único.  O ofício e a petição serão instruídos com os documentos necessários à prova do conflito.

    -----------------------------

    Art. 54.  A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção.

    Art. 55.  Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.

    § 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

    Art. 57.  Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.

    ------------------------------

    Art. 50.  A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.

  •  

    Que estranho. Segundo o site, essa prova foi aplicada em 01/01/2012, mas está cobrando questão relativa ao CPC/2015?

     

     

     

  • A alternativa D ao afirmar "A competência territorial pode modificar-se em razão da conexão ou continência, hipótese em que o juiz, inclusive de ofício..." pode confundir, já que em regra a competência territorial é relativa e, a compentência relativa somente pode ser alegada pelas partes.

    Por isso é importante destacar a diferença: a MODIFICAÇÃO da competência relativa pode ser alegada de ofício pelo juiz (por isso a alternativa D esta correta), o que não pode ser alegado de ofício pelo juiz é a existência da incompetência relativa, conforme disposto no art. 64, §1º e art. 65, cpc.

  • Art. 43.  Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.


ID
2489233
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • a) VERDADEIRO 

    Art. 256.  A citação por edital será feita: II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;

     

    b) VERDADEIRO

    Art. 247.  A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:

    V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.

     

    c) VERDADEIRO

    Art. 72.  O juiz nomeará curador especial ao:

    II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.

     

    d) FALSO

    DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA

    Art. 829.  O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado da citação.

    § 1o Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não pagamento no prazo assinalado, de tudo lavrando-se auto, com intimação do executado.

     

    Acredito que o erro esteja na parte que fala que a citação poderá ser pelos correios, o art. 829, CPC prevê expressamente a citação por MANDADO (por oficial de justiça).

     

    e) VERDADEIRO

    Art. 255.  Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar, em qualquer delas, citações, intimações, notificações, penhoras e quaisquer outros atos executivos.

  • Andressa, concordo com você quanto ao erro da alternativa D (embora ache estranha a data dessa prova, será mesmo 2012?). No entanto, parece que não é pacífico esse entendimento na jurisprudência:

     

    "EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – CITAÇÃO POR CORREIO – AGRAVO DE INSTRUMENTO

    - Citação - Pretensão do exequente de citação dos executados pela via postal – Inviabilidade – Citação na execução forçada que se trata de ato complexo, pelo qual o executado é chamado para pagar, defender-se, submeter-se à constrição patrimonial ou, ainda, indicar bens a serem aceitos pelo juiz – Ato a ser realizado por oficial de justiça – Celeridade e efetividade do processo – Decisão mantida. Recurso não provido. (TJ-SP - AI: 22313858920168260000 SP 2231385-89.2016.8.26.0000, Relator: Marino Neto, Data de Julgamento: 16/01/2017, 11ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 16/01/2017)"

     

    "AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CITAÇÃO POR CORREIO. ADMISSIBILIDADE. O ato de citação não se confunde com atos de constrição de bens e, com o advento do Novo Código de Processo Civil, todas as formas de citação são admitidas no processo executivo, inclusive por correio. Exegese do artigo 247 do Código de Processo Civil. Agravo provido.

    (TJ-SP - AI: 20930817620178260000 SP 2093081-76.2017.8.26.0000, Relator: Sandra Galhardo Esteves, Data de Julgamento: 28/06/2017, 12ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 28/06/2017)"

     

    "PROCESSUAL CIVIL. PROCESSO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA. TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CITAÇÃO PELO CORREIO. NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. POSSIBILIDADE. AGRAVO PROVIDO. O Código de Processo Civil de 2015 admite a citação pelo correio nas execuções por quantia certa fundadas em título extrajudicial. Agravo provido.

    (...)

    Com efeito, desaparecida a vedação legal que constava no Código de Processo Civil de 1973, o que se tem, no atual ordenamento processual positivado, é a regra segundo a qual as citações - inclusive no processo de execução - podem ser feitas pela via postal. Note-se que, na estrutura do novo Código, a Parte Geral aplica-se à generalidade dos feitos, salvo se houver incompatibilidade, explícita ou implícita, com normas da Parte Especial.

    In casu, a par de não haver vedação, igualmente não há incompatibilidade da citação postal com o processo de execução, por sinal realizada há décadas nas execuções fiscais, sem questionamento de validade. Nada impede que a citação seja feita pelo correio e os eventuais atos de constrição sejam praticados por mandado que venha a ser expedido.

    Ante o exposto, dou provimento ao agravo para determinar que a citação seja feita pela via postal. 

    (TRF-3 - AI: 00150395620164030000 MS, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL NELTON DOS SANTOS, Data de Julgamento: 06/10/2016, TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3 Judicial 1 DATA:28/10/2016)"

     

    Recomendo também a leitura desse texto: http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI250707,31047-A+citacao+em+processo+de+execucao+no+Novo+Codigo+de+Processo+Civil

  • Olá colegas!

     

    Também não consegui perceber o erro na alternativa "d". Acerca do tema discorre a doutrina:

     

    "(...) O prazo de três dias para o pagamento é contado da própria citação do executado, como se verifica do caput do art. 829. O dispositivo harmoniza-se, assim, com o disposto no § 3º do art. 231 e a regra nele contida de que quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação. Não há razão, destarte, para aguardar a juntada, aos autos, da carta ou do mandado de citação cumprido, excepcionando, destarte, a incidência dos incisos I e II do art. 231. O prezado leitor poderá estranhar a indistinta menção a carta e a mandado de citação. Ela se justifica porque o CPC de 2015 não preservou a vedação do CPC de 1973 sobre a citação pelo correio em execução (art. 247). Assim, pode o exequente requerer que a citação seja feita pelo correio ou por oficial de justiça nos moldes autorizados pelo inciso V do precitado art. 247.(...)" (Bueno, Cassio Scarpinella Manual de direito processual civil : inteiramente estruturado à luz do novo CPC – Lei n. 13.105, de 16-3-2015 / Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo : Saraiva, 2015)
     

    "(...) O caput do art. 829 do Novo CPC, ao prever que o prazo será contado da citação, se compatibiliza com o art. 231, § 3º, do Novo CPC. Ao determinar a citação do executado, que poderá ocorrer por correio, oficial de justiça ou por meio eletrônico, o juiz fixa de plano os honorários advocatícios de 10%, nos termos do art. 827, caput do Novo CPC. (...)" ( Manual de direito processual civil – Volume único / Daniel Amorim Assumpção Neves – 8. ed. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2016.)
     

    PS: O sucesso acontece quando a oportunidade encontra a preparação. (Ziglar, Zig)

  • Letra "d" 

     

    Cpc 73: processo de execução: vedado citação por correios.

    Novo CPC: regra nas ações de execuçoes: correios.

  • O NCPC, além de manter a citação por correio como regra geral (art. 247), excluiu a vedação à possibilidade de esta modalidade de citação ser promovida nos processos de execução.

    Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado da citação.

    §1º Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não pagamento no prazo assinalado, de tudo lavrando-se auto, com intimação do executado.

    Em uma primeira leitura de fato pode-se chegar à conclusão de que a citação na execução de título somente deverá ser feita via oficial de justiça.

    Mas sob a perspectiva da celeridade e efetividade dos atos judiciais, positivadas no NCPC, bem como diante da ausência completa de vedação legal (tal como ocorria na vigência do CPC de 1973), não deve haver obstáculos para a citação via correio nos processos de execução.


ID
2489236
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a opção correta sobre a sentença e coisa julgada no processo civil.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E

     

    A) Art. 494.  Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:

    I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo;

     

    B) Art. 496.  Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:

    I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público;

    II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.

    (...)

    § 3o Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:

    II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;

     

    E) CORRETA. Art. 505.  Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide, salvo:

    I - se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença;

  • Art. 505.  Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide, salvo:

    I - se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença;

    II - nos demais casos prescritos em lei.

  • "D" também está correta?

    NCPC

    Art. 503.  A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida.

    § 1o O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo, se:

    I - dessa resolução depender o julgamento do mérito;

    II - a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia;

    III - o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal.

  •  

    Considerando que a prova é de 2012 (Ano: 2012 Banca: COPEVE-UFAL Órgão: MPE-AL Prova: Analista do Ministério Público - Área Jurídica):

     

    CPC/73, Art. 469. Não fazem coisa julgada:

     

    I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença;

     

    Il - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença;

     

    III - a apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo.

     


ID
2489239
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a opção correta sobre a execução contra a fazenda pública.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

  • Fundamentação da Reposta B: Artigo 515 §12º.


    Data vênia:

    § 12° Para efeito do disposto no inciso III do §1º deste artigo, considera-se também inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo Tribunal Federal, em controle de constitucionalidade concentrado ou difuso

  • Letra a: art. 910, §2 - a Fazenda pode alegar qualquer matéria que seria lícito deduzir em processo de conhecimento.

    Letra b: art. 515, §12. + art. 910, §3.

    Letra c: art. 535, inciso V + art. 910, §3.

    Letra d: art. 910 - prazo de 30 dias para oposição de embargos.

    Letra e: art. 910, §1º - ocorre a expedição de precatório/RPV e não penhora de bens.


ID
2489242
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Sobre a liquidação de sentença, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

     

    A) Art. 509.  Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:

    I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação;

    II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.

     

    B) Art. 509, § 2o Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença.

     

    D) CORRETA. Art. 512.  A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes.

     

    E) Art. 509, § 2o Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença.

  • Salve Roberto Frois!

     

    Apenas complementando, a resposta da alternativa "c" pode ser encontrada no parágrafo único do art. 1.015 do NCPC (Lei 13.105/2015), in verbis:

     

    "Art. 1.015.  Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

    (...)

    Parágrafo único.  Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário."

     

    PS: Tu podes ter sucesso em praticamente qualquer coisas onde tenhas um entusiasmo desenfreado. (Ziglar, Zig)

  • Como que uma questão de 2012 pode ser sobre o CPC/15?


ID
2489245
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Dadas as proposições abaixo acerca do mandado de segurança,


I. Não cabe mandado de segurança contra atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas.

II. Concedida a segurança, ficará a sentença sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição.

III. A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, na pendência de recurso, salvo se vedada a concessão da medida liminar.

IV. É lícito à autoridade coatora interpor recurso, isoladamente, contra a decisão que defere medida liminar.


verifica-se que

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra C: Todas estão corretas

    I. Não cabe mandado de segurança contra atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas.

    Lei 12.016/2009 - art. 1º § 2o  Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. 

    II. Concedida a segurança, ficará a sentença sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição.

    Lei 12.016/2009 - art. 14 § 1o

    III. A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, na pendência de recurso, salvo se vedada a concessão da medida liminar.

    Lei 12.016/2009 - art. 14 § 3º A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar. 

    IV. É lícito à autoridade coatora interpor recurso, isoladamente, contra a decisão que defere medida liminar.

    Lei 12.016/2009 - art. 14 § 2Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer. 

  • Afirmativa I) É o que prevê, expressamente, o art.1º, §2º, da Lei nº 12.016/09, que regulamenta o rito do mandado de segurança: "Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público". Afirmativa correta.
    Afirmativa II) É o que prevê, expressamente, o art.14, §1º, da Lei nº 12.016/09, que regulamenta o rito do mandado de segurança: "Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição". Afirmativa correta.
    Afirmativa III) É o que prevê, expressamente, o art.14, §3º, da Lei nº 12.016/09, que regulamenta o rito do mandado de segurança: "A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar". Afirmativa correta.
    Afirmativa IV) É o que prevê, expressamente, o art.14, §2º, da Lei nº 12.016/09, que regulamenta o rito do mandado de segurança: "Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer". Afirmativa correta.

    Gabarito do professor: Letra C.

  • § 1o Concedida a segurança, a sentença estará sujeita OBRIGATORIAMENTE ao duplo grau de jurisdição. 

    § 2o Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer. 

    § 3o A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar.


ID
2489248
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Acerca dos sujeitos no processo penal, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • (B)

    Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:

           
    I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;

           
    II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;

           
    III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;

           
    IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;

           
    V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;

           
    Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.

  •  a) O juiz não é suspeito ou impedido de atuar no mesmo órgão jurisdicional colegiado com seu sobrinho também juiz do mesmo tribunal.  Art. 252, I sobrinho é parente de terceiro grau, configura a suspeição.

     b) O juiz deverá se dar por suspeito quando tiver orientado quaisquer das partes. (Art. 254, IV) 

    c) Estará impedido de atuar no processo o juiz que for credor do acusado.  Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito e não impedido;

    d) O juiz deve averbar-se suspeito quando tiver funcionado no processo como promotor de justiça em razão de investidura anterior.  É caso de impedimento e não suspeição.  Art. 252, I CPP. 

    e) O juiz é considerado impedido quando for amigo íntimo de quaisquer das partes.  Art. 254, I é caso de suspeição.

     

     

  • Sarah Jasse, só uma correção em relação à alternativa A. O embasamento correto é o art. 253 do CPP, considerado por alguns doutrinadores como caso de incompatibilidade e, por outros, impedimento. In verbis:

    Art. 253.  Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.

    Além do mais, a alternativa refere-se à atuação no mesmo órgão jurisdicional colegiado, do mesmo tribunal, e não necessariamente no mesmo processo, conforme explicitado no artigo supracitado. Ou seja, mais um motivo para essa alternativa estar incorreta. 

    O gabarito, de fato, é a letra B.

    Bons estudos.

  • GABARITO: B

     

    A) INCORRETA

     Art. 253.  Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.

     

    B) CORRETA

    Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:

    (...)

    IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;

     

    C) INCORRETA

    Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:

    (...)

    V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;

     

    D) INCORRETA

    Art. 252.  O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: (IMPEDIMENTO)

     

    I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;

     

    II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;

     

    E) INCORRETA

    Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:

    I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;

     

    --------------------------------------------------------

     

    Macete que aprendi aqui no QC para lembrar dos casos de impedimento no CPP:

     

    AP da DAMA fica no TJ INTERnacional

     

    Auxiliar da justiça

    Perito

     

    Defensor

    Advogado

    Ministério Público

    Autoridade policial

     

    Testemunha

    Juiz de outra instância

     

    INteressado no feito

    TERceiro grau

  • Gabarito B

     

     Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:

           I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;

           II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;

           III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;

           IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;

           V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;

           Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.

     

    Art. 252.  O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: (IMPEDIDO)

           I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;

           II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;

           III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;

           IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.

           Art. 253.  Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.

     

    Obs: para quem estuda CPP e também NCPC:

     

    CPP Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:

                 Vl - se for sócioacionista ou administrador de sociedade interessada no processo.

    NCPC: Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:

                  V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;

     

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • achei que sobrinho fosse parente de 4 grau

  • 3º grau: tio e tia, sobrinho e sobrinha.

  • Gabarito B.

    Na letra A, juízes que são parentes, são chamados pela doutrina de incompatibilidade ( nem é impedimento nem é suspeição).

    Bons estudos!

  • O CPP fala em servir no mesmo processo. O Órgão Colegiado pode dividir-se em câmaras, seções e turmas, de modo que os aparentados não atuem juntos em um mesmo processo.

  • Acerca dos sujeitos no processo penal, é correto afirmar que:  O juiz deverá se dar por suspeito quando tiver orientado quaisquer das partes.

  • Gabarito: B

    Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:

    I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;

    II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;

    III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;

    IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;

    V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;

    Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.


ID
2489251
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Acerca da ação civil ex delicto, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • d) errado. Comentário: a questão define de maneira correta o sistema da livre escolha, porém não é o adotado no Brasil. O nosso CPP adotou o sistema da independência (onde as duas ações: cível e penal, podem ser propostas de maneira independete). Obs.: A maioria da doutrina entende que o sistema da indpendência é mitigado, pois o juiz poderá fixar um "quantum" indenizatório na sentença penal. No sistema da livre escolha o juiz não fixa esse mínimo.

  • Sobre a letra A

    A revisão criminal julgada procedente tem o poder de eliminar o título executivo, que é a sentença penal condenatória proferida anteriormente. Logo, se ainda não iniciada execução, não poderá mais ocorrer; se já tiver começado, deve o juiz declarar a inexigibilidade do título; e caso já tinha sido paga a indenização, cabe ação de restituição, na qual se debateria a culpa do autor do ato ilícito. (Fonte: https://waneskaoverbeck.jusbrasil.com.br/artigos/118689126/conflito-de-jurisdicao-e-competencia-e-acao-civil-ex-delicto)

  • A) ERRADA Havendo revisão criminal julgada procedente, não se tem mais título judicial para se executar. Por este motivo, se já se tenha executado o título no juízo civil, o juiz deverá extinguir a ação de execução. Caso já houver sido efetuado o pagamento da indenização, poderá ser proposta

    ação civil para restituição e apuração de possível culpa do pretenso autor de ato ilícito.

    B) ERRADA Execução Civil Ex Delicto: Necessita de ação penal condenatória transitada em julgado para formar um título executivo judicial para ser executado no juízo cível. Veja:

    Art. 63/CPP.  Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.

    Ação de conhecimento Ex Delicto: Ação ajuizada diretamente no juízo cível. Neste caso, não precisa, necessariamente do trânsito em julgado, devendo o juiz civil analisar se deve ou suspender o processo para o julgamento definitivo da ação penal. Veja:

    Art. 64/CPP.  Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável civil. 

    Parágrafo único.  Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o curso desta, até o julgamento definitivo daquela. 

    C) ERRADA Art. 64.  Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável civil. Ou seja, mesmo se o juiz criminal fixar valor mínimo do dano na sentença penal, nada impede da vítima pleitar no juízo cível o valor real do seu prejuízo. O CPP adota o sistema da independência, no qual as ações cível e penal podem ser propostas de maneira independente.

    D) ERRADA Sistema da Livre escolha: possibilita a parte obter a reparação civil pelo dano decorrente do crime, de forma ALTERNATIVA (um ou o outro), perante o juízo cível ou perante o juízo criminal. Sistema da Independência: As ações cível e penal podem ser propostas de maneira independente. Sistema adotado pelo CPP.

    E) CERTA Tanto a execução da sentença penal condenatória passada em julgado quanto o ajuizamento da ação de conhecimento no juízo cível poderão ser propostos pelo ofendido ou seu representante legal. Quando houver a falta do ofendido, ou do seu representante legal (art. 63, caput, CPP), a legitimidade é atribuída aos herdeiros.

  • E as matérias não são parcialmente independentes ? Com a devida vênia, ainda acredito que a letra A esteja correta.

  • Lembrando...

    A ação civil ex delicto ou ação de execução ex delicto:

    Ambas ações de indenização.

    A ação civil ex delicto: Vc entra na civil pedindo a reparação moral ou material, sem o título, ou seja, não existe a sentença transitada em julgado (criminal), assim o juiz pode suspender e esperar o julgamento.

    A ação de execução ex delicto: Vc tem o título extrajuidicial para executar ou aumentar, já que o juiz criminal determina a indenização mínima. Aqui é para executar já que existe a sentença (tpitulo extrajudicial).

    Respostas..

    A

    A procedência de revisão criminal que rescinda a sentença condenatória não impede o prosseguimento da ação civil para reparação do dano decorrente do crime.

    Errada: se vc está com a ação de execução ex delicto, não tem como continuar, já que nela vc utiliza o título extrajudicial, ou seja, impede o prosseguimento da ação sim, pois diz “decorrente do crime”.

    B

    A reparação civil somente será possível depois do trânsito em julgado da sentença condenatória pelo dano.

    Errada: Há a outra forma, ação civil ex delicto, sem o titulo extrajudicial.

    C

    A fixação do valor mínimo do dano na sentença pelo juiz é causa impeditiva para o ajuizamento da ação civil ex delicto.

    Errada:O juiz deve fixar o valor mínimo para reparação e na área cível que deverá executar, assim a questão está errada, pq ele DEVE fixar o valor mínimo.

    D

    O legislador brasileiro adotou o “sistema da livre escolha" que possibilita a parte obter a reparação civil pelo dano decorrente do crime, de forma alternativa, perante o juízo cível ou perante o juízo criminal.

    Errada: O Brasil adotou o sistema independente, assim vc entra na cível e penal, independentemente.

    E

    A vítima tem legitimidade ativa para propor ação civil ex delicto. Também são legitimados: o representante legal do ofendido, no caso do menor de 18 anos ou doente mental, e em caso de óbito ou de ausência, a legitimidade migra para os herdeiros.

    CERTA

  • Acertei a questão, mas, a meu ver, a questão A não está clara que se trata de uma ação de execução ex delicto. Ao contrário, parece que está tratando de uma ação de cognição, mas enfim...

  • D) ERRADO.

    .

    (LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal: volume único. 8. ed. Salvador: Ed. JusPodivm, 2020. p. 398 e 399).

    .

    “18.2. Sistemas atinentes à relação entre a ação civil ex delicto e o processo penal

    São quatro os sistemas que dispõem sobre o relacionamento entre a ação civil para reparação do dano e a ação penal para a punição do autor da infração penal:

    .

    a) sistema da confusão: na antiguidade, muito antes de o Estado trazer para si a solução dos conflitos intersubjetivos, cabia ao ofendido buscar a reparação do dano e a punição do autor do delito por meio da ação direta sobre o ofensor. Por meio deste sistema, a mesma ação era utilizada para a imposição da pena e para fins de ressarcimento do prejuízo causado pelo delito;

    .

    b) sistema da solidariedade: neste sistema, há uma cumulação obrigatória de ações distintas perante o juízo pena, uma de natureza penal, e outra cível, ambas exercidas no mesmo processo, ou seja, apesar de separadas as ações, obrigatoriamente são resolvidas em conjunto e no mesmo processo;

    .

    c) sistema da livre escolha: caso o interessado queira promover a ação de reparação do dano na seara cível, poderá fazê-lo. Porém, neste caso, face a influência que a sentença penal exerce sobre a civil, incumbe ao juiz cível determinar a paralização do andamento do processo até a superveniência do julgamento definitivo da demanda penal, evitando-se, assim, decisões contraditórias. De todo modo, a critério do interessado, admite-se a cumulação das duas pretensões no processo penal, daí por que se fala em cumulação facultativa, e não obrigatória, como se dá no sistema da solidariedade;

    .

    d) sistema da independência: por força deste sistema, as duas ações podem ser propostas de maneira independente, uma no juízo cível, outra no âmbito penal. Isso porque, enquanto a ação cível versa sobre questões de direito privado, de natureza patrimonial, a outra versa sobre interesse do Estado em sujeitar o suposto autor de uma infração penal ao cumprimento da pena cominada em lei.

    .

    Nosso Código de Processo Penal adota o sistema da independência das instâncias, com certo grau de mitigação. Deveras, apesar de o art. 63 do CPP dispor que, transitado em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros, de onde se poderia inferir a adoção do sistema da solidariedade, o art. 64 do CPP prevê que sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável civil, o que acaba por confirmar que o sistema adotado pelo CPP é o da independência, com a peculiaridade de que a sentença penal condenatória já confere à vítima um título executivo judicial. “

  • Em relação à alternativa "a", está mal formulada pois só não caberia ação cível se fosse a ação civil ex-delicto (ou seja - de execução) porque se foi rescindida a sentença criminal condenatória não há mais o que executar, contudo, continua ainda assim cabendo uma ação civil de conhecimento, ainda mais se na rescisória não tiver sido reconhecida a inexistência do fato ou autoria.

  • Complemento:

    É imprescindível notar que a legitimidade ativa para a propositura da ação civil ex delicto é amplíssima, incluindo o ofendido, seu representante legal (se aquele for menor de 18 anos ou doente mental) e seu herdeiros(na hipótese de morte ou declaração judicial de ausência) sendo que tais herdeiros não são apenas o cônjuge, ascendentes, descendentes e irmãos, mas todos os potenciais herdeiros existentes.

    Leonardo Barreto, 2020.

    ''A arquibancada era mais confortável e segura que a arena, talvez por isso ela sempre esteve lotada.''

    Vai dar certo!


ID
2489254
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Sobre direito probatório, questões e processos incidentes, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra D

     

    Letra A - Art. 158 CPP. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

     

    Letra B - Art. 182 CPP. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.

     

    Letra C - Fatos axiomáticos são também conhecidos como fatos evidentes, óbvios, notórios ou incontroversos. São situações que dispensam a produção de provas, uma vez que não deixam dúvidas, tanto no mundo dos fatos quanto na esfera do processo penal. Perceba que os fatos axiomáticos são de conhecimento popular e dispensam perícia técnica comprobatória ou qualquer outro meio probante. Portanto, fatos axiomáticos não são objeto de prova no processo penal, uma vez que mais que protelatória, é descabida tal diligência.

     

    Letra D - CORRETA.

     

    Letra E - Sabe-se que existem exceções. É pacífico na doutrina a admissão de provas ilícitas para beneficiar o réu, quando for o único meio de absolvê-lo.

  • Vale ressaltar que a questão prejudicial subdividem-se em:

    Questão prejudicial homogênea ou não devolutiva ou imprópria ou imperfeita e se caracterizam por poderem ser resolvidas na mesma jurisdição ou no mesmo ramo do Direito, referindo à matéria da causa principal, que é de natureza penal - artigo 93 do CPP; Por sua vez, a questão prejudicial heterogênea ou devolutiva ou própria ou perfeita referem-se a outras áreas do direito, devendo ser decidida por juízo que não o penal.
  • QUESTÕES PREJUDICIAIS: são aquelas relativas à existência do crime e que condicionam a decisão da questão principal.

    I - QUESTÃO PREJUDICIAL HOMOGÊNEA: devem ser decididas no próprio juízo penal.

    II - QUESTÃO PREJUDICIAL HETEROGÊNEA: devem ser decididas em outro ramo do direito (cível, trabalhista, administrativa).

    A) OBRIGATÓRIAS: versa sobre o estado civil e torna imperativa a suspensão do processo.

    B) FACULTATIVA: aborda outras questões, sendo permitido ao juiz suspender ou não o processo.

  • GABARITO D

    Dos objetos da prova:

    1.      Trata-se dos fatos que interessam à solução de uma controvérsia submetida a apreciação judicial, de modo que deles possa se atingir a reconstrução mais próxima da verdade ou falsidade da afirmação do fato trazido à apreciação judicial.

    a.      Objeto da prova no processo penal, ou seja, situações que devem ser comprovadas na instrução probatória:

                                                                 i.     Imputação constante da peça acusatória;

                                                                ii.     Costumes;

                                                              iii.     Regulamentos e portarias;

                                                              iv.     Direito estrangeiro, estadual e municipal;

                                                                v.     Fatos não contestados ou incontroversos.

    b.     Não objeto da prova no processo penal, ou seja, situações que independem de serem provadas:

                                                                 i.     Fatos notórios – aqueles de conhecimento geral.

    Ex: não é necessário comprovar que 7 de setembro é dia da independência do Brasil;

                                                                ii.     Fatos axiomáticos/intuitivos – são fatos evidentes.

    Ex: não é preciso comprovar que agua molha;

                                                              iii.     Fatos inúteis/irrelevantes – são os que não interessam a causa;

                                                              iv.     Presunções legais – afirmação feita pela lei que um fato é existente ou verdadeiro, o qual independe de prova. Podem ser:

    1.      Presunção absoluta – são as que não admitem prova em contrário.

    Ex: menor de 18 anos. Uma vez demonstrado esse caráter biológico, sua inimputabilidade será absoluta;

    2.      Presunção relativa – admitem prova em contrário.

    Ex: ocorre com o maior de 18 anos, pois sua imputabilidade é presumida. No entanto, tal presunção pode ser afastada por meio do laudo de insanidade mental.

    Para haver progresso, tem que existir ordem. 

    DEUS SALVE O BRASIL.

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  • Lembre-se: CPP somente trata das questões prejudiciais heterogenas. Ora sobre estado civil das pessoas, ora sobre questão diversa do estado civil das pessoas.

  • CLASSIFICAÇÃO DAS QUESTÕES PREJUDICIAIS:

    Qto à natureza:

    Homogêna, comum ou imperfeita: pertence ao mesmo ramo do direito. (ex: furto e receptação -> penal e penal).

    Heterogênea, jurisdicional ou perfeita: pertence a ramo diverso do direito. (ex: menoridade e corrupção -> cível e penal).

  • Classificação

    Crime transeunte

    Não deixa vestígios

    Crime não-transeunte

    Deixa vestígios

    Exame de corpo de delito

    Crimes não-transeunte

    Indispensável

    Confissão do acusado

    Não pode suprir o exame de corpo de delito

    Prova testemunhal

    Pode suprir o exame de corpo de delito


ID
2489257
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

A respeito da sentença e da coisa julgada, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

     

    A sentença autofágica ou de efeito autofágico é aquela em que o juiz reconhece o crime e a culpabilidade do réu, mas julga extinta a punibilidade concreta.

     

    Fala-se em sentença autofágica porque ela admite ter havido crime mas ao mesmo tempo extingue a punibilidade do Estado. Para fins penais é como se o agente nunca tivesse sido processado. Em outras palavras: essa sentença não vale para antecedentes criminais, reincidência etc. (GOMES, Luiz Flávio. Negligência paterna, homicídio não intencional e perdão judicial . Disponível em: http://www.lfg.blog.br. 18 abril. 2007)

     

    STJ Súmula nº 18 - Perdão Judicial - Efeitos da Condenação: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.

     

    Fonte: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/457522/o-que-se-entende-por-sentenca-autofagica

  • Art. 65.  Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

     Art. 66.  Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato. (também impede a propositura da ação civil se o fato criminal não existiu) grifei.

    Agora é diferente.. o cara se livra do penal, mas cai no cível nesses casos listados abaixo:

     Art. 67.  Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:

    I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;

    II - a decisão que julgar extinta a punibilidade;

    III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.

    Obs: pessoal, apontem os erros, caso existam. 

  • Conforme o aplaudido professor Fernando Capez, a sentença suicida é a denominação dada quando a parte dispositiva - ou seja, de conclusão - do provimento sentencial contraria as razões invocadas na fundamentação (CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 10ª Edição revista e atualizada. São Paulo: Editora Saraiva, 2003, p. 371).

     

    Ou seja, fundamenta uma coisa e sentencia outra.

     

  • Segundo Renato Brasileiro de Lima:

    . Decisão suicida: é aquela cujo dispositivo (ou conclusão) contraria sua fundamentação, sendo, portanto, considerada nula, a não ser que o vício seja sanado pelo órgão jurisdicional em virtude da interposição de embargos declaratórios.

    . Decisões vazias: são aquelas passíveis de anulação por falta de fundamentação. Diante da ausência de motivação do ato jurisdicional, é possível o reconhecimento de sua nulidade absoluta, haja vista o disposto no art. 93, IX da CF.

    . Decisões autofágicas: são aquelas em que há o reconhecimento da imputação, mas o juiz acaba por declarar extinta a punibilidade, a exemplo do que ocorre com o perdão judicial.

  • A sentença definitiva, transitada em julgado, que absolve o acusado em razão de atipicidade do fato cometido por ele, faz coisa julgada na esfera cível.

    R: errado. Art. 386, III c/c 67, III, cabe ainda ação civil.

    Denomina-se sentença suicida aquela que não contém parte dispositiva.

    R: errado. È a sentença que não é congruente com sua fundamentação.

    A perda do cargo, como efeito da condenação por crime contra a administração pública, em crimes com pena superior a um ano, decorre automaticamente do trânsito em julgado da condenação, sendo desnecessária fundamentação do juiz nesse sentido.

    R: errado. Não é efeito automatico da condenação.

    A sentença que julga procedente a pretensão punitiva estatal, mas decreta o perdão judicial tem, segundo o STJ, natureza declaratória de extinção de punibilidade. Tal sentença é denominada de autofágica por certo setor doutrinário.

    R: correta. Sentença autofágica > sentença perfeita, mas que declara alguma causa extintiva da punibilidade.

    STJ Súmula nº 18: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.

    A sentença definitiva, transitada em julgado, que absolve o acusado em razão de insuficiência de provas, faz coisa julgada na esfera cível.

    R: errado. Art. 386, V c/c art. 66

  • a) só faz coisa julgada no cível a sentença que absolve em razão da negativa de autoria (o acusado não foi o autor do crime que aconteceu) ou inexistência do crime (o crime não existiu);

    b) já foi bem explicado pelos colegas;

    c) o CP dispõe expressamente que é necessária fundamentação: art. 92, § ú Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença

    d) correto;

    e) mesma fundamentação da alternativa A.

    qlqr erro, comentem.

  • Gabarito D

    Sentença executavéis - aquelas que podem ser executadas de plano.

    Sentenças não executavéis - são aquelas pendentes de recursos como efeito suspensivo.

    Sentenças condicionais - são as que carecem de um acontecimento futuro e incerto, tal como se dá com o sursis penal e o livramento condicional.

    Classificação da Doutrina italiana ( importantes para Sentença):

    Sentença suícida - é aquela em que há uma contradição entre a parte dispositiva e a fundamentação, sendo nula ou podendo ser corrigida por embargos de declaração. 

    Sentença vazia - é aquela passível de anulação por falta de fundamentação.

    SENTENÇA AUTOFÁGICA - é aquela que reconhece a imputação, mas declara extinta a punibilidade, a exemplo do que ocorre no perdão judicial.

    Sentença subjetivamente simples - proferida por um juiz singular.

    Sentença subjetivamente plúrima - é aquela proferida por órgão colegiado homogêneo.

    Sentença subjetivamente complexa - é aquela proferida por órgão colegiado heterogêneo,como o tribunal do júri.

  • Sentença autofágica:

    O magistrado reconhece a imputação que é feita em detrimento do acusado, mas não há condenação em razão do reconhecimento da extinção da punibilidade. O exemplo mais evidente citado pela doutrina é o caso de PERDÃO JUDICIAL no homicídio culposo.

    Fonte: Degravação Gran Cursos.


ID
2489260
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Acerca dos Juizados Especiais Criminais (Lei n.º 9.099/1995), assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • d) A composição civil dos danos entre vítima e autor do fato, nos crimes de ação penal pública incondicionada, importa extinção da punibilidade do autor do fato. ERRADA

     

    Conforme Renato Brasileiro, a composição dos danos serve APENAS para antecipar a certeza acerca do valor da indenização, o que permite, em tese, imediata execução no juízo civil competente. Assim, por não extinguir a punibilidade, caberá o oferecimento de transação penal e, em último caso, mesmo de denúncia.

     

    FONTE: Legislação criminal especial comentado, 2016.

  • Pode até ser ignorância minha, mas qual é a diferença da questão "A" e da "E" ?

  • Nos crimes de Ação Privada ou Condicionada à Representação, a composição civil dos danos acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação, respectivamente, gerando portanto a extinção da punibilidade do agente autor do fato.

    Por outro lado, se a infração for de Ação Penal Pública Incondicionada, sendo o Ministério Público o titular exclusivo da ação, o acordo procedido entre o autor do fato e a vítima, e homologado pelo Juiz, nenhum efeito despenalizante acarretará quanto à pessoa do ofensor (autor do fato), prosseguindo-se no procedimento previsto do Juizado Especial Criminal, passando-se à segunda fase, onde o MP deverá analisar se cabe ou não o oferecimento da proposta de Transação Penal.

  • Bruno, ótima pergunta e não é "ignorância" sua! Tambem tive essa duvida na hora de resolver, mas interpreto que conforme o Art. 76 da Lei 9.099/96, "Havendo representação", ou seja, a alternativa a teria que vim com essa expressão.

    Espero ter ajudado.

  • Bruno Soares,

    A composição civil nos crimes de ação privada ou pública condicionada à representação implica na renúncia direito de queixa (se ação privada) ou de representação (se ação pública condicionada). Desse modo, ocorrendo a composição civil será arquivado o processo, impedindo a transação penal, pois esta somente será ofertada quando não for o caso de arquivamento. Ou seja, o MP em vez de denunciar o infrator oferta a transação penal. Todavia, como a composição civil acarreta a renúncia ao direito de representação, o MP não poderá oferecer a denúncia, mas sim o feito deverá ser arquivado.

  • A) Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.

           Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação.

    B) O juiz não poderia propor a transação penal, pois estaria agindo como um promotor. Nesse caso, aplica-se, por analogia, o Art.28 do código de processo penal: O juiz deve remeter os autos ao procurador geral para decidir sobre o caso.

    C )Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena

    D) A extinção da punibilidade pela composição civil pelos danos ocorre apenas nos crimes de ação privada e púbica condicionada à representação, conforme o Art.74 da lei 9099.

    E) Letra correta.

  • GABARITO: E

    A transação penal pode ser proposta pelo Ministério Público mesmo depois de realizada composição civil dos danos entre vítima e autor do fato. - Correto, uma vez que quando se trata de Ação Penal Pública Incondicionada, a composição dos danos civis entre o autor do fato e a vítima não impede a atuação do Ministério Público, tal impedimento só ocorrerá nos casos de Ação Penal Privada e Ação Penal Condicionada a Representação.

  • A grande jogada da letra "E" é que é possivel na Ação Penal Pública Incondicionada que seja feita a composição civil dos danos, e mesmo assim o MP pode oferecer a transação penal.

  • Gabarito E

    Os efeitos da composição civil depende da natureza da ação:

    - Ação penal privada e ação penal publica condicionada a representação: a consequência do acordo é a renúncia a queixa ou a representação (art. 74. Parágrafo único, lei dos juizados) . E essa renúncia é causa de extinção de punibilidade (art. 107 CP).

    - Ação Penal incondicionada: a celebração do acordo não acarreta a extinção de punibilidade, servindo apenas para antecipar a certeza a cerca do valor da indenização, o que permite, em tese, imediata execução no juízo civil competente. Logo, será possível o oferecimento de proposta de transação penal e, em último caso, até mesmo de denúncia.

  • Gab. E

    A letra E omitiu a ação penal pública incondicionada... mas por eliminação dá pra acertar.

  • Gabarito E

    Só ocorreria impedimento nos casos de Ação Penal Privada e Ação Penal Condicionada a Representação.

  • RESUMINDO

    A.P. pública condicionada e A. P. privada: a composição dos danos gera renúncia ao direito de representação ou queixa; MP não pode propor transação penal.

    A.P. pública incondicionada: a composição dos danos não impede a transação; MP pode propor transação penal.

  • Ouso discordar do gabarito.

    A possibilidade de o órgão ministerial oferecer denúncia ou transação penal a despeito do prévio acordo de composição civil cinge-se às hipóteses de ação penal pública incondicionada. Nas ações de iniciativa privada e, também, nas ações penais públicas condicionadas à representação, a composição civil, conforme se depreende da leitura do art. 74, parágrafo único, da Lei n.º 9.099/95, acarreta renúncia, respectivamente, ao direito de queixa e de representação, extinguindo a punibilidade do agente, à luz da disciplina constante do art. 107 do CP. Portanto, equivoca-se o enunciado da assertiva ao narrar, de forma genérica, que a transação penal pode ser proposta pelo MP mesmo depois de realizada a composição civil dos danos entre vítima e autor do fato, quando, na realidade, ressalto, essa hipótese somente teria cabimento nas ações penais públicas incondicionadas.

  • Na ação p. Condicionada a representação e na ação privada, o ofendido ou querelante ao buscar uma composição civil dos danos , gera renúncia ao direito,nesse caso o MP, não poderar oferecer transação penal


ID
2489263
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Quanto ao procedimento especial para os crimes afiançáveis imputados a funcionário público, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A) Grande parte da Doutrina defende que o rito só é aplicável no caso de o funcionário público ainda ostentar
    esta condição.

     

    B) O prazo para apresentar a defesa preliminar é de 15 dias.

     

    C) SÚMULA 330 DO STJ
    É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.

     

    E) A defesa preliminar não é peça obrigatória.

     

  • D) Notificação para defesa preliminar ocorre antes do recebimento da denúncia, após oferecida a denúncia ocorre a citação do acusado. (ATENÇÃO! OLHAR O COMENTÁRIO DO COLEGA "ATÉ PASSAR" MUITO ESCLARECEDOR E DE EXTREMA RELEVÂNCIA PARA CORREÇÃO DO MEU EQUÍVOCO, OBRIGADO!)

    Corrigindo a minha assertiva, fica assim:

    A notificação para defesa preliminar ocorre antes do recebimento e após o oferecimento da denúncia. Após recebida a denúncia, ocorre a citação do acusado.

  • Renato, vou tentar explicar.

     

    Art. 514 do CPP - estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a NOTIFICAÇÃO, para o acusado responder em 15 dias.  ( aqui a denúncia foi oferecida, logo notificado)

     

    Art. 517 do CPP- RECEBIDA   a denúncia ou a queixa o acusado será CITADO

     

    Gabarito D) - Oferecida a denúncia, o denunciado é notificado para apresentar defesa preliminar antes do recebimento daquela peça acusatória. Para esse fim, não se exige que a defesa preliminar esteja subscrita por advogado, podendo o próprio funcionário assiná-la.

     

     

    Olha sua conclusão : D) ERRADA - Notificação para defesa preliminar ocorre antes do recebimento da denúncia ( CERTO), após oferecida a denúncia ocorre a citação do acusado (errado-notificação).

     

    OFERECIDA diferente de RECEBIDA.

    Notificação                               citação

     

    Espero ter ajudado.

    Qualquer equívoco é só avisar que corrijo.

  • GABARITO LETRA D

  • GAB-D

  • Gab. D

    Súmula 330- STJ : É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.

    Lembrando que o STF não concorda com o posicionamento do STJ concretizado no verbete 330. Para aquela Corte, "a circunstância de a denúncia estar embasada em elementos de informação colhidos em inquérito policial não dispensa a obrigatoriedade, nos crimes afiançáveis, da defesa preliminar de que trata o art. 514, do CPP" (HC, 96058/SP, Rel. Min. Eros Grau).

  • Ninguém falou sobre a obrigatoriedade do advogado...

  • questão ótima pra aprender.

  • Letra D: A defesa preliminar pode ser apresentada pessoalmente pelo acusado ou por advogado constituído, ou ainda, por defensor dativo.

    Fonte https://www.passeidireto.com/arquivo/55533855/3-resposta-acusacao-e-defesa-preliminar-1/2: (pagina 5)

  • Letra d.

    a) Errada. O rito especial se aplica aos funcionários públicos, que devem estar regularmente ocupando seu cargo. Ex-servidor é ex-servidor, e pronto!

    b) Errada. O prazo é de 15 dias.

    c) Errada. O STJ entende que é DISPENSÁVEL (Súmula 330).

    d) Certa. O funcionário público realmente possui essa prerrogativa!

    e) Errada. A defesa preliminar é peça facultativa, e não gera nulidade do processo.

    Questão comentada pelo Prof. Douglas de Araújo Vargas

  • Quanto ao procedimento especial para os crimes afiançáveis imputados a funcionário público, é correto afirmar que: Oferecida a denúncia, o denunciado é notificado para apresentar defesa preliminar antes do recebimento daquela peça acusatória. Para esse fim, não se exige que a defesa preliminar esteja subscrita por advogado, podendo o próprio funcionário assiná-la.

  • a) Errada. O rito especial se aplica aos funcionários públicos, que devem estar regularmente ocupando seu cargo. Ex-servidor é ex-servidor, e pronto!

    b) Errada. O prazo é de 15 dias.

    c) Errada. O STJ entende que é dispensável (Súmula n. 330).

    d) Certa. O funcionário público realmente possui essa prerrogativa!

    e) Errada. A defesa preliminar é peça facultativa, e não gera nulidade do processo.

  • No meu material, do professor PEDRO CANEZIN tem que, o funcionário publico não é obrigado a realizar defesa preliminar - mas a notificação para que o faça é obrigatória, sob pena de nulidade relativa.


ID
2489266
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Sobre as nulidades no processo penal, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • GAB: Letra A

     

     

     A sentença inexistente é aquela que tem mera aparência ou simulacro, cujo valor jurídico é negado pelo Direito.

     

    São sentenças juridicamente inexistentes:

     

    a) aquela proferida por quem não é juiz, destituído, pois, de jurisdição (se a decisão for de juiz incompetente, será nula, em caso de incompetência absoluta, ou anulável, na hipótese de incompetência relativa); 

     

    b) a sentença sem assinatura do juiz;  

     

    c) sentença sem conclusão ou dispositivo

     

    d) sentença proferida em prévia citação. Sendo inexistente, logicamente não há que se cogitar de sua validade ou eficácia, pois estas pressupõem aquela. 

  • a) Correta.

    b) Nulidade relativa (ou mero erro material que pode ser suprido).

    c) Não é nulidade, podendo desencadear o relaxamento da prisão por HC.

    d) Tanto a falta de fundamentação, quanto a fundamentação não adequada, geram a nulidade da sentença.

    e) A falta de citação é suprida com o comparecimento espontâneo do acusado.

  • A assertiva d, claramente tentou confundir o candidato com o teor da Súmula 523, STF, que diz: No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.

  • b) Art. 569.  As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o tempo, antes da sentença final.

    c) O oferecimento da denúncia fora do prazo legal constitui mera irregularidade sem consequências para o processo. Neste sentido, é a jurisprudência do STF ().

    e) Art. 570.  A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que o interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de argüi-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar direito da parte.


ID
2489269
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

A respeito do procedimento para apuração de crimes de entorpecentes e sobre interceptação telefônica, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ....

     

    LETRA B – ERRADA – A meu ver, essa assertiva está errada, porque existe precedente, que, em algumas situações, o juiz pode condenar, ainda que não tenha apreensão de drogas e, consequentemente, sem laudo de constatação. Bastando que exista outros meios de prova, para aferir a materialidade do crime. Nesse sentido, segue precedente:

     

    EMENTA

     

    RECURSOS ESPECIAIS. PENAL E PROCESSO PENAL. TRÁFICO DE DROGAS, ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO, SEQUESTRO E TORTURA. AUSÊNCIA DE APREENSÃO DA DROGA. CONDENAÇÃO BASEADA EM DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS E INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA MATERIALIDADE DO DELITO. RESSALVA DO ENTENDIMENTO DA RELATORA. CONDENAÇÃO PELO CRIME DE ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. POSSIBILIDADE. DELITOS AUTÔNOMOS. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. SÚMULA 284⁄STF. DOSIMETRIA. PENA-BASE. PERSONALIDADE E CONDUTA SOCIAL. CONSIDERAÇÕES GENÉRICAS.CONSTRANGIMENTO ILEGAL. OCORRÊNCIA. MAUS ANTECEDENTES COMPROVADOS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211⁄STJ. ART. 35 DA LEI DE DROGAS. ANÁLISE DOS REQUISTIOS DA ESTABILIDADE E PERMANÊNCIA. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA 7⁄STJ. RECURSOS ESPECIAIS PROVIDOS EM PARTE. CONCESSÃO DE HC DE OFÍCIO.

     

    1. De acordo com recentes julgados das Turmas integrantes da Seção de Direito Penal desta Corte, é imprescindível a apreensão e consequente realização do laudo toxicológico definitivo para a condenação pela prática do crime de tráfico ilícito de drogas, sob pena de ser incerta a materialidade do delito. Ressalva do entendimento da Relatora.

     

    2. No caso em análise, não houve a apreensão de droga com nenhum dos acusados, tendo as instâncias ordinárias concluído que a materialidade do delito teria sido demonstrada pelos depoimentos testemunhais e interceptações telefônicas, que indicaram o tráfico de 36 quilos de cocaína, droga que não chegou a seu destino final em razão de sua subtração por parte dos acusados durante o seu transporte. Absolvição dos recorrentes quanto ao delito de tráfico ilegal de drogas, em conformidade com a jurisprudência deste Sodalício.

     

    3. Para a configuração do delito previsto no art. 35 da Lei n.º 11.343⁄06 é desnecessária a comprovação da materialidade quanto ao delito de tráfico, sendo prescindível a apreensão da droga ou o laudo toxicológico. É indispensável, tão somente, a comprovação da associação estável e permanente, de duas ou mais pessoas, para a prática da narcotraficância. (...) RECURSO ESPECIAL Nº 1.598.820 - RO (2016⁄0122144-9)(Grifamos)

  • Item (A) - O artigo 54 da Lei nº 11.343/06 dispõe expressamente que o prazo para o oferecimento da denúncia, no caso narrado no enunciado da alternativa, é de dez dias. Essa assertiva está correta.

    Item (B) - Nos termos do HC 342970/RJ, julgado em 04/022016, pela Quinta Turma do STJ, "(...) 3. De acordo com a Lei 11.343/2006, não se admite a prisão e o recebimento da denúncia pelo crime de tráfico de drogas sem que seja demonstrada, ao menos em juízo incial, a materialidade da conduta por meio de laudo de constatação preliminar da substância entorpecente, que configura condição de procedibilidade para a apuração do ilícito em comento."
    Logo, a proposição contida nesta alternativa é incorreta.

    Item (C) - Nos termos do disposto no artigo 55 da Lei nº 11.343/06, "Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias." Com efeito, a afirmação contida nesta alternativa está errada.

    Item (D) - A doutrina tem se posicionado, à quase unanimidade, no sentido de que a decretação da interceptação telefônica de ofício pelo juiz na fase investigatória é inconstitucional por violar a regra do processo acusatório, de assento constitucional. Há parte da doutrina, no entanto, que entende que esta medida pode ser determinada de ofício pelo juiz no curso da ação penal. Com efeito, temos que a afirmação contida neste item está equivocada, havendo a necessidade de representação pela autoridade policial ou requerimento ministerial para que o juiz determine a interceptação telefônica ainda na fase investigatória.

    Item (E) - O inciso III, do artigo 54, da Lei nº 11.343/06, permite à acusação arrolar apenas  5 (cinco) testemunhas. 

    Gabarito do professor: (A)
  • Qualé o erro da D? ''quando na fase de investigação preliminar de delito hediondo''???

  • Phelippe, na Lei de interceptações telefônicas informa que o Juiz pode pedir de ofício a interceptação durante o Inquérito Policial, porém a jurisprudência e a doutrina diz que somente na Ação Penal tal ato será de ofício.

  • Com relação a letra D. Apesar de estar expresso essa possibilidade na Lei de Interceptações Telefônicas, essa prática não fora recepcionada, haja vista ser considerada pela jurisprudência evidente causa de sindrome dom casmurro, onde o magistrado desenvolve quadros mentais paranóicos, atuando como juiz inquisitorial, ferindo a imparcialidade do julgamento.

  • O art 54 da lei de drogas responde as assertivas A e E:

    Gabarito: Letra A: O prazo para oferecimento da denúncia de processo crime por tráfico de entorpecente perante a Justiça Estadual é de 10 (dez) dias, tanto para indiciado preso, quanto para indiciado solto.

    Lei de Drogas, Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças de informação, dar-se-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10 (dez) dias, adotar uma das seguintes providências:

    I - requerer o arquivamento;

    II - requisitar as diligências que entender necessárias;

    III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas que entender pertinentes.

    Erro da Letra E: Na denúncia que impute ao agente o cometimento de crime de tráfico de entorpecentes, deve o Ministério Público arrolar até 8 (oito) testemunhas para cada fato e para cada acusado. (Errado, arrolar até 5 testemunhas).

  • O erro da D, a meu ver, é porque o juiz não pode colher provas de oficio, sob pena de violação ao sistema acusatório. (adotado pelo ordenamento jurídico brasileiro)

  • Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício

    ou a requerimento:

    I - da autoridade policial, na investigação criminal;

    II - do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual

    penal.

    A LEI É CLARA. INFELIZMENTE, ACABA QUE O DIREITO VIRA UMA BAGUNÇA. DECISÕES E DECISÕES, SEM O RESPEITO DO DISPOSITIVO LEGAL. A QUESTÃO ESTÁ CERTA.

  • Complemento..

    Prazos importantes na lei 11.343/06:

    MP Toma as seguintes providências em 10 dias:

    I - requerer o arquivamento;

    II - requisitar as diligências que entender necessárias;

    III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas que entender pertinentes.

    DEFESA PRÉVIA DO ACUSADO: 10 (dez) dias.

    Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação

    Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de 10 (dez) dias, determinará a apresentação do preso, realização de diligências, exames e perícias.

    Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de imediato, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.

    Bons estudos!

  • Artigo 54 da lei 11.343==="recebidos em juízo os autos do inquérito policial de comissão parlamentar de inquérito ou peças de informação, dar-se-á vista ao Ministério Público, no prazo de 10 dias, adotar um das seguintes providências:

    I-requerer o arquivamento;

    II-requisitar as diligências que entender necessárias,

    III-oferecer denúncia, arrolar até 5 testemunhas e requerer as demais provas que entender pertinentes"

  • Questão desatualizada.

    Atualmente a letra B também está correta.

  • Item (A) - O artigo 54 da Lei nº 11.343/06 dispõe expressamente que o prazo para o oferecimento da denúncia, no caso narrado no enunciado da alternativa, é de dez dias. Essa assertiva está correta.

    Item (B) - Nos termos do HC 342970/RJ, julgado em 04/022016, pela Quinta Turma do STJ, "(...) 3. De acordo com a Lei 11.343/2006, não se admite a prisão e o recebimento da denúncia pelo crime de tráfico de drogas sem que seja demonstrada, ao menos em juízo incial, a materialidade da conduta por meio de laudo de constatação preliminar da substância entorpecente, que configura condição de procedibilidade para a apuração do ilícito em comento."

    Logo, a proposição contida nesta alternativa é incorreta.

    Item (C) - Nos termos do disposto no artigo 55 da Lei nº 11.343/06, "Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias." Com efeito, a afirmação contida nesta alternativa está errada.

    Item (D) - A doutrina tem se posicionado, à quase unanimidade, no sentido de que a decretação da interceptação telefônica de ofício pelo juiz na fase investigatória é inconstitucional por violar a regra do processo acusatório, de assento constitucional. Há parte da doutrina, no entanto, que entende que esta medida pode ser determinada de ofício pelo juiz no curso da ação penal. Com efeito, temos que a afirmação contida neste item está equivocada, havendo a necessidade de representação pela autoridade policial ou requerimento ministerial para que o juiz determine a interceptação telefônica ainda na fase investigatória.

    Item (E) - O inciso III, do artigo 54, da Lei nº 11.343/06, permite à acusação arrolar apenas 5 (cinco) testemunhas. 

    Gabarito do professor: (A)

  • Gabarito: (A)

    Item (A) - O artigo 54 da Lei nº 11.343/06 dispõe expressamente que o prazo para o oferecimento da denúncia, no caso narrado no enunciado da alternativa, é de dez dias. Essa assertiva está correta.

    Item (B) - Nos termos do HC 342970/RJ, julgado em 04/022016, pela Quinta Turma do STJ, "(...) 3. De acordo com a Lei 11.343/2006, não se admite a prisão e o recebimento da denúncia pelo crime de tráfico de drogas sem que seja demonstrada, ao menos em juízo incial, a materialidade da conduta por meio de laudo de constatação preliminar da substância entorpecente, que configura condição de procedibilidade para a apuração do ilícito em comento."

    Logo, a proposição contida nesta alternativa é incorreta.

    Item (C) - Nos termos do disposto no artigo 55 da Lei nº 11.343/06, "Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias." Com efeito, a afirmação contida nesta alternativa está errada.

    Item (D) - A doutrina tem se posicionado, à quase unanimidade, no sentido de que a decretação da interceptação telefônica de ofício pelo juiz na fase investigatória é inconstitucional por violar a regra do processo acusatório, de assento constitucional. Há parte da doutrina, no entanto, que entende que esta medida pode ser determinada de ofício pelo juiz no curso da ação penal. Com efeito, temos que a afirmação contida neste item está equivocada, havendo a necessidade de representação pela autoridade policial ou requerimento ministerial para que o juiz determine a interceptação telefônica ainda na fase investigatória.

    Item (E) - O inciso III, do artigo 54, da Lei nº 11.343/06, permite à acusação arrolar apenas 5 (cinco) testemunhas. 


ID
2489272
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação do Ministério Público
Assuntos

Sobre o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP),


I. Os membros do CNMP serão processados e julgados originariamente pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade.

II. O CNMP poderá avocar processos disciplinares em curso, e aplicar as sanções de remoção, disponibilidade ou aposentadoria proporcional, assim como a demissão a bem do serviço público de membro do Ministério Público que goze de estabilidade, respeitada a ampla defesa e o contraditório.

III. Qualquer membro poderá ser eleito presidente do CNMP, desde que obtenha a maioria absoluta dos votos dos seus componentes.

IV. O Corregedor Nacional tem atribuições para receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e de seus serviços auxiliares.


está(ão) correto(s) o(s) item(ns)

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA D

     

    CF

     

    Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

    II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).

     

    Art. 130-A  § 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes:

    I - receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares;

  • GABARITO LETRA D


    I - CORRETA (art. 52, II, CF)

    II - ERRADA (art. 130-A, III, CF) - O erro reside em afirma que o CNMP pode aplicar a penalidade de demissão. Hipótese incabível.

    III - ERRADA (130-A, I, CF) - O erro reside em afirmar que qualquer membro pode ser presidente do CNMP. Na verdade, apenas o PGR pode exercer tal função.

    IV - CORRETA (ART. 130-A, §3º, I, CF)

  • Art. 130-A CF


    § 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe:


    III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;


  • Sabendo que o CNMP é julgado pelo Senado por crimes de responsabilidade (I) e que só o PGR pode ser o presidente do CNMP (III), você mata a questão, eliminando a III e incluindo a I na resposta.

  • Olá pessoal!

     

    Atenção para a nova redação do art. 130-A da CF! EC 103/19

    130-A §2º III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;  

     

    A redação anterior era “determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas

    Bons estudos!


ID
2489275
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Dadas as proposições seguintes a respeito dos direitos e interesses das populações indígenas,


I. A Constituição Federal de 1988 autoriza a remoção das comunidades indígenas de suas terras no interesse da soberania do Brasil, após deliberação do Congresso Nacional, garantindo-lhes o retorno imediato logo que cesse o risco.

II. O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas somente podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.

III. Os juízes federais são competentes para processar e julgar a disputa sobre os direitos relativos às terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

IV. A Constituição Federal de 1988 autoriza a remoção das comunidades indígenas de suas terras, ad referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, garantindo-lhes o retorno imediato logo que cesse o risco.


verifica-se que estão corretas

Alternativas
Comentários
  • Item I e IV:

     

    "Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.

    [...]

    § 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco".

     

    Item II:

    "Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.

    [...]

    § 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei".

     

    Item III:

    "Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

    [...]

    XI - a disputa sobre direitos indígenas".

     

    GABARITO: Letra D

  • Gabarito C. Todas corretas.

  • A questão exige conhecimento relacionado à disciplina constitucional acerca dos direitos e interesses das populações indígenas. Analisemos as assertivas, com base na CF/88:

    Assertiva I: está correta. Conforme art. 231, § 5º - “É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco”.

    Assertiva II: está correta. Conforme art. 231, § 3º - “O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei”.

    Assertiva III: está correta. Conforme art. 109 – “Aos juízes federais compete processar e julgar: XI - a disputa sobre direitos indígenas”.

    Assertiva IV: está correta. Conforme art. 231, § 5º - “É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco”.

    Portanto, todas as assertivas estão corretas.

    Gabarito do professor: letra c.


  • C e não D, conforme o colega colocou acima.


ID
2489278
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

São legitimados para propor ação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal em face da Constituição do Estado de Alagoas, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Constituição do Estado de Alagoas 

    Art. 134. Podem propor ação de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo estadual ou municipal, em face desta Constituição, bem assim de ato que descumpra preceito fundamental dela decorrente:

    I – o Governador do Estado;

    II – a Mesa da Assembléia Legislativa;

    III – o Prefeito Municipal;

    IV – a Mesa de Câmara Municipal;

    V – o Procurador Geral da Justiça;

    VI – o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, em Alagoas;

    VII – partido político com representação na Assembléia Legislativa;

    VIII – sindicato ou entidade de classe, de âmbito estadual;

    IX – o Defensor Público-Geral do Estado. (Redação acrescentada pela Emenda Constitucional nº 32/2007.)

  • Resposta B

    Art. 134. Podem propor ação de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo estadual ou municipal, em face desta Constituição, bem assim de ato que descumpra preceito fundamental dela decorrente: 

    I – o Governador do Estado; (d)

    II – a Mesa da Assembléia Legislativa; (e)

    III – o Prefeito Municipal; (a)

    IV – a Mesa de Câmara Municipal; (a)

    V – o Procurador Geral da Justiça; (c)

    VI – o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, em Alagoas; 

    VII – partido político com representação na Assembléia Legislativa; 

    VIII – sindicato ou entidade de classe, de âmbito estadual; (e)

    IX – o Defensor Público-Geral do Estado. (d)

     

    § 1º O Procurador Geral da Justiça deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade. 

    § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 

    § 3º Quando o Tribunal de Justiça apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, a Procuradoria Geral do Estado, que defenderá o ato ou texto impugnado. 

     

    #MPEAL


ID
2489281
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Constituição Federal tutela os interesses difusos e coletivos, entre os quais, o meio ambiente ecologicamente equilibrado. Assinale a opção incorreta. Para assegurar a sua efetividade incumbe ao Poder Público

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - E

     

    Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

     

    § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

     

    I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas(D)

    II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; (E)

    III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

    IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

    V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (B)

    VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; (C)

    VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.

  • A questão exige conhecimento relacionado à disciplina constitucional relacionada ao meio ambiente. Conforme a CF/88:

    Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

    § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.      

    Portanto, dentre as assertivas, está incorreta a letra e, pois cabe ao Poder Público preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético.

    Gabarito do professor: letra e.       



ID
2489284
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Dadas as proposições seguintes sobre o controle de constitucionalidade,


I. O controle difuso de constitucionalidade tem natureza judiciária, pois poderá ser feito por qualquer juiz ou tribunal como questão prejudicial imprescindível à resolução do litígio principal.

II. O Chefe do Executivo pode realizar controle preventivo de constitucionalidade por meio de sanção ou veto jurídico a projeto de lei aprovado pelo Poder Legislativo.

III. É cabível ação civil pública para, incidentalmente, suscitar a inconstitucionalidade de determinada lei federal que viole direitos difusos e coletivos. A sentença que declarar a inconstitucionalidade da lei em face da Constituição de 1988 produzirá sempre efeitos erga omnes.

IV. É cabível controle difuso de constitucionalidade sobre projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional, desde que o parlamentar prejudicado impetre mandado de segurança para proteger o direito líquido e certo a processo legislativo conforme as normas constitucionais.

verifica-se que estão corretas

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    I - CERTO: O Controle Difuso é realizado por qualquer juízo ou tribunal, do Poder Judiciário. Devem ser observadas e respeitadas as regras de competência processual de acordo com as normas estabelecidas no ordenamento de processo civil, além do previsto na Constituição Federal. É verificado no controle difuso, um caso concreto, e a declaração de inconstitucionalidade ocorre de forma incidental prejudicialmente ao exame de mérito


    II - CERTO: Encerrado o processo legislativo no Congresso Nacional, o projeto de lei aprovado é enviado ao Presidente da República para sanção ou veto (art. 66 da CF/88). O veto presidencial pode ter duas linhas de fundamentação (art. 66, §1º, da CF/88):

      (a)    veto político: quando o projeto é contrário ao interesse público;

      (b)   veto jurídico: quando o projeto aprovado no Congresso atenta contra a Constituição, isto é, quando é inconstitucional.

    Quando o Chefe do Executivo utiliza o veto jurídico está fazendo controle preventivo de constitucionalidade.


    III - A ação civil pública é controle incidental, ou seja, tem efeitos inter partes, e não erga omne (vinculante)

    É firme o entendimento do STJ no sentido de que a inconstitucionalidade de determinada lei pode ser alegada em ação civil pública, desde que a título de causa de pedir – e não de pedido –, como no caso em análise, pois, nessa hipótese, o controle de constitucionalidade terá caráter incidental. Precedentes: REsp 1.326.437/MG, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJe 05/08/2013; REsp 1.207.799/DF, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 03/05/2011


    IV - CERTO: o controle jurisdicional sobre propostas de emendas constitucionais sempre se dará de forma difusa, por meio do ajuizamento de mandado de segurança, por parte de parlamentares que se sentirem prejudicados durante o processo legislativo. Reitere-se que os únicos legitimados à propositura de mandado de segurança, para defesa do direito líquido e certo de somente participarem de um processo legislativo conforme as normas constitucionais e legais, são os próprios parlamentares (Alexandre de Moraes "Direito Constitucional", p. 549, 6ª ed., 1999, Atlas):

    bons estudos

  • Só uma pergunta gente, o presidente da república exerce controle de constitucionalidade com a sanção de um projeto de lei também? Conforme o item II? Não seria só por meio do veto jurídico?

    II. O Chefe do Executivo pode realizar controle preventivo de constitucionalidade por meio de sanção ou veto jurídico a projeto de lei aprovado pelo Poder Legislativo.

  • A questão exige conhecimento relacionado ao tema “Controle de Constitucionalidade”. Analisemos as assertivas:

    Assertiva I: está correta. O controle difuso de constitucionalidade é também conhecido como controle incidental, concreto, descentralizado ou, ainda, controle aberto. É exercido diante de ocorrências fáticas a serem solucionadas pelo Poder Judiciário no desempenho comum de sua típica função jurisdicional, na qual se controla a constitucionalidade de modo incidental - portanto prejudicialmente ao exame do mérito - gerando efeitos tradicionalmente retroativos e inter partes.

    Assertiva II: está correta. O controle preventivo de constitucionalidade ocorre antes da promulgação de uma lei ou emenda e tem por finalidade precípua evitar uma lesão à Constituição. No Poder Executivo, o controle preventivo ocorre por meio do veto jurídico oposto pelo Presidente da República a projeto de lei considerado inconstitucional (CF, art. 66, § 1°). Art. 66, CF/88 – “A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. § 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto”.

    Assertiva III: está incorreta. Na realidade, cabe ação civil pública em sede de controle incidental, ou seja, com efeitos inter partes. Conforme o STF, “Com efeito, nota-se que, caberá controle difuso, em sede de ACP tão somente “[...] como instrumento idôneo de fiscalização incidental de constitucionalidade, pela via difusa, de quaisquer leis ou atos do Poder Público, mesmo quando contestados em face da Constituição da República, desde que, nesse processo coletivo, a controvérsia constitucional, longe de identificar-se como objeto único da demanda, qualifica-se como simples questão prejudicial, indispensável à resolução do litígio principal” - STF - Rcl. 1.733-SP, Min. Celso de Melo, DJ, 1.º.12.2000 - Inf. 212/STF.

    Assertiva IV: está correta. O Poder Judiciário exerce o controle preventivo apenas no caso de impetração de mandado de segurança por Parlamentar questionando a inobservância do processo legislativo constitucional.

    Conforme art. 5º, LXIX – “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”.

    Por terem direito público subjetivo à observância deste processo, os Parlamentares – e apenas eles, nunca terceiros estranhos à atividade parlamentar – têm legitimidade para impetrar o mandado de segurança por suposta violação de seu direito líquido e certo, como no caso de deliberação de uma proposta de emenda tendente a abolir cláusula pétrea (CF, art. 60, § 4°). Atenção para o fato de que, de acordo com o STF – MS (MC) 24.645/DF, rel. Min. Celso de Mello (08.09.2003) - tal iniciativa poderá ser tomada somente por membros do órgão parlamentar perante o qual se achem em curso o projeto de lei ou a proposta de emenda.

    Portanto, estão corretas as assertivas I, II e IV, apenas.  

    Gabarito do professor: letra b.


  • Fábio, entendo que usa a expressão "projeto" em virtude de, embora aprovada, a lei ainda não ter sido sancionada e publicada, momento em que de acordo com LINDB recebe número de ordem e o efeito vinculante, pois enquanto não publica, não é de conhecimento de todos.

  • Concordo o Fabio.


ID
2489287
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Assinale a opção incorreta. Segundo a Constituição do Estado de Alagoas, o Tribunal de Justiça tem competência originária para processar e julgar os mandados de segurança contra atos

Alternativas
Comentários
  • R - Art.133. Compete ao Tribunal de Justiça, precipuamente, a guarda da Constituição do Estado de Alagoas, cabendo-lhe, privativamente:

                IX -, processar e julgar, originariamente:

                         e) os mandados de segurança e os habeas corpus contra atos do Governador, da Assembleia Legislativa ou respectiva Mesa, do próprio Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas ou de seus respectivos Presidentes ou Vice-Presidentes, do Corregedor-Geral da Justiça, do Procurador-Geral do Estado, dos Juízes de Direito, do Procurador-Geral de Justiça, do Defensor Público-Geral do Estado e do Corregedor-Geral da Defensoria Pública;

  •  

    e) os mandados de segurança e os habeas corpus contra atos do

    1. Governador, da Assembleia Legislativa ou respectiva Mesa,

    2. do próprio Tribunal de Justiça,

    3. do Tribunal de Contas ou de seus respectivos Presidentes ou Vice-Presidentes,

    4. do Corregedor-Geral da Justiça, do Procurador-Geral do Estado,

    5. dos Juízes de Direito,

    6. do Procurador-Geral de Justiça,

    7. do Defensor Público-Geral do Estado e do

    8. Corregedor-Geral da Defensoria Pública;

  • questão maldosa esta, duplo sentido, ninguém sabe se queria a certa ou a errada.

  • Gabarito: Letra C - dos Secretários de Estado

    Constituição do Estado de Alagoas:

    Art. 133, IX, e


ID
2489290
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Sobre a efetividade dos direitos sociais, responda a questão com base no seguinte trecho de acórdão do STF: “Não se ignora que a realidade dos direitos econômicos, sociais e culturais – além de caracterizar-se pela gradualidade de seu processo de concretização – depende, em grande medida, de um inescapável vínculo financeiro subordinado às possibilidades orçamentárias do Estado, de tal modo que, comprovada, objetivamente, a alegação de incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal, desta não se poderá razoavelmente exigir, então, considerada a limitação material referida, a imediata efetivação do comando fundado no texto da Carta Política (Ag.Reg. no RE 410.715-1/SP)”. Em casos comprovados de escassez de recursos financeiros para a satisfação das prestações estatais positivas, o STF tem admitido a aplicação do princípio da

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra d).

     

    PRINCÍPIO DA RESERVA DO POSSÍVEL

     

     

    Longe de figurar como uma justificativa para que o Estado não implemente essas políticas públicas de efetivação dos direitos sociais, o que consubstanciaria desvio de finalidade da cláusula, a Reserva do Possível pressupõe a demonstração da impossibilidade econômica para justificar a não implementação desses direitos. Assim, a cláusula da Reserva do Possível se afigura como um instrumento de ponderação entre a implementação ou efetivação de um direito social e as suas conseqüências. Nesse contexto, entende o STF que a Cláusula da Reserva do Possível só pode ser invocada quando demonstrado de forma objetiva a existência de indisponibilidade financeira Estatal para efetivar as prestações positivas

     

    Diante do exposto, pode-se concluir que o caráter programático das normas constitucionais não pode ser visto apenas como promessa constitucional, devendo ser efetivadas, observados os limites, através de uma ponderação com a utilização da Cláusula da Reserva do Possível. Não se pode conferir ao Estado uma obrigação que não poderá cumprir, nem tampouco permitir que justifique o não cumprimento das obrigações constitucionais de forma inconsequente. Essa é a finalidade da cláusula que, a par de severas criticas feitas por alguns doutrinadores, é de suma importância em uma sociedade pluralista como a nossa.

     

     

    Fonte: https://thiagochinellato.jusbrasil.com.br/artigos/121942681/eficacia-dos-direitos-sociais-e-reserva-do-possivel

     

     

     

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  • A questão exige conhecimento relacionado à teoria geral dos direitos fundamentais. O julgado supra exposto revele o argumento denominado “reserva do possível”. Em relação aos direitos sociais (direitos fundamentais de segunda geração/dimensão), é correto dizer que a implementação das prestações materiais e jurídicas exigíveis para a redução das desigualdades no plano fático, por dependerem, em certa medida, da disponibilidade orçamentária do Estado (“reserva do possível”), faz com que estes direitos geralmente tenham uma efetividade menor que os direitos de defesa.

    Gabarito do professor: letra d.


  • Da reserva do possível - Princípio aplicado aos direitos de segunda geração, como saúde, educação, transporte, etc. Esses direitos são normas programáticas, ou seja, não é possível cumprir a plenitude deles da noite para o dia.

    Isto é, o ideal seria que a saúde fosse de qualidade e atendesse a todos com rapidez e eficiência, mas como ainda não é possível criar um hospital público para cada bairro de uma cidade, adota-se o princípio da reserva do possível, que garante que a administração atenderá às normas programáticas conforme tiver condições temporais e financeiras para isso. CONTUDO, a Administração não poderá adotar esse princípio se o que estiver em jogo for o mínimo existencial da pessoa humana.

    Por exemplo, se um determinado grupo precisa de um remédio de 30 mil reais para sobreviver, mesmo que a administração não tenha direito para arcar com esse remédio, a Administração vai ter que se virar para conseguir atender o mínimo para a existência dessas pessoas, que é o remédio.

     

    Comentário na Q636123, do estudante @marsinicius

     

  • Correta, D

    Importante não confundir:


    a) Cláusula da reserva do possível: a concretização dos direitos sociais depende da disponibilidade de recursos financeiros pelo Estado.


    b) Mínimo existencial: representa uma limitação à cláusula da reserva do possível, pois o Estado deve garantir uma proteção social mínima aos indivíduos.

  • É importante ressaltar que, mesmo na escassez ou até na inexistência de recursos, o Estado não se escusa do dever de garantir os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal com o objetivo de garantir o mínimo de dignidade para a vida humana.

    Desta forma, aquele que se vir prejudicado em seu direito do mínimo existencial poderá entrar com as medidas judiciais pertinentes para garantir que seu direito fundamental seja garantido, mesmo com o princípio da reserva do possível.

  • Aqui é necessário ter em mente três assuntos da doutrina:

    1) Reserva do Possível = Fazer somente aquilo que dá para fazer com o dinheiro que tem. Ex: Não é possível patrulhar todas as ruas da cidade ao mesmo tempo. Não é possível contratar um guarda municipal para cada rua da cidade. Logo, faz-se somente o "possível".

    2) Mínimo Existencial = O Estado também não deve usar a "reserva do possível" como desculpa esfarrapada para não contratar nenhum guarda municipal alegando que não tem dinheiro. Ele pode, e deve, se comprometer com um mínimo que todo mundo reconhece que ele tem condições. Esse "mínimo" é chamado no Direito de "núcleo". Assim, se ele não pode patrulhar todas as ruas da cidade, pelo menos patrulhe as principais ou aquelas com maior índice de assaltos. Faça o mínimo, pelo menos. Atinja o "núcleo" da necessidade.

    3) Proteção ao Retrocesso = Aqui se trata do fato de os Direitos Sociais não retrocederem. Aquilo que foi conquistado até hoje, deve se manter igual ou melhorar. Mas nunca piorar. Como a questão falou de "número de dignidade", podemos supor que a questão estava se referindo ao "Mínimo existencial".


ID
2489293
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

O órgão jurisdicional com competência para processar e julgar originariamente os membros do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas nos crimes comuns é o

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    CF

    Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

    I - processar e julgar, originariamente:

    a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;

    bons estudos


ID
2489296
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Helena devia à Regina dois aluguéis, no valor de R$ 500,00 cada, com vencimento em 24/8/2001 e 24/9/2001. Decorrido 1 ano, sem qualquer cobrança por parte de Regina, Helena foi chamada como Embaixadora do Brasil na Turquia, onde exerceu muito bem suas funções por dois anos e regressou definitivamente ao Brasil, ocasião em que foi condecorada e Helena enviou à Regina uma confissão de dívida. Passados quatro anos da confissão de dívida, sem o percebimento de qualquer valor, Regina ajuizou uma ação de cobrança e o Juiz determinou a citação de Helena. Em que ano houve a prescrição da pretensão?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

     

     

     

    Art. 206. Prescreve:

    § 3o Em três anos:

    I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústico

     

     

    Art. 198. Também não corre a prescrição:

    II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;

     

     

    Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:

    VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

    Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.

     

     

    2001 = vencimento

    2002 = Decorrido 1 ano, sem qualquer cobrança
    2004 = Helena retorna ao br após desempenhar função de Embaixadora por 2 anos (não corre prescrição) + confissão de dívida  = prescrição interrompida, volta o prazo cheio: 3 anos 

    2007 = ano em que houve aprescrição 

     

     

    se estiver errado, avisem-me!

     

  • esse A não tem crase =)

  • Que questão mal redigida, credo. kkk

  • Não corre prescrição CONTRA os ausentes do país em serviço público da União. Mas e A FAVOR? A prescrição corre ou não corre, pois se correr a pretensão da questão teria sido prescrita em 2004.

  • A prescrição não corre contra o ausente (...), mas corre a seu favor, é o mesmo caso aplicado aos absolutamente incapazes.

  • 2001 = vencimento

    2002 = 1 ano, sem qualquer cobrança

    2004 = Helena retorna ao br após desempenhar função de Embaixadora por 2 anos (não corre prescrição) + confissão de dívida = prescrição interrompida, volta o prazo cheio: 3 anos 

    2007 = ano em que houve a prescrição 

  • Não corre contra, mas corre a favor. Questão bem polêmica

  • Essa questão tem erro, digo o porquê:

    Vencimento do aluguel: 2001.

    Decorreu 01 ano sem cobrança: 2002.

    Prazo ficou suspenso por 02 anos pela função de embaixadora, portanto: 2003 e 2004 não contam (art. 198, II, Cod. Civil)

    OBS: A confissão de dívida enviada não o condão de interromper a prescrição no caso, porque não houve o reconhecimento pelo devedor (art. 202, VI, Cod. Civil) - Não consta na questão que Regina assinou o documento, somente que Helena enviou.

    Assim a prescrição retornou a correr em 2005 de onde parou (causa suspensiva), ou seja, resta 02 anos para prescrição, porque relativo a aluguel, o prazo são de 03 anos - art. 206, §3º, I, Cód. Civil.

    Prescrição em: 2006