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Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2016 - IFN-MG - Técnico em Contabilidade


ID
2099308
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.

“Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência […]”

A palavra destacada pode, sem alteração de sentido do trecho, ser substituída por:

Alternativas
Comentários
  • Persuasivo

     

    Que convence.

     

    A súmula não tem efeito obrigatório, apenas persuasivo, ou seja, convincente.


ID
2099311
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Analise as afirmativas a seguir.

I. Segundo seu médico, Martin realmente estava morto.

II. De acordo com Descartes, não há dúvida sobre a existência de uma pessoa desde que ela pense.

III. O “eu” autobiográfico é composto por outros “eus”.

De acordo com o texto, estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • " ... também tenho certeza que você está vivo." Palavras do médico. Somente a I está errada.

  • GABARITO - C

    I -   "... também tenho certeza que você está vivo." (ERRADA)

    II - Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que NÃO ERA POSSÍVEL DUVIDAR de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos” (CERTA)

    III - “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal” (CERTA)

    OBS: Gente vamos evitar respostas como GABARITO letra C que não acrescentam em nada nos comentários, hoje não é mais possível usuários não premiuns acessarem os comentários portanto não vai facilitar a vida de ninguém muito pelo contrátio.

    ATT


ID
2099314
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Assinale a alternativa em que a ideia expressa pela palavra entre colchetes não está presente no respectivo trecho.

Alternativas
Comentários
  • Letra D-A pessoa mesmo anestesiada ou dormindo tem atividade cerebral só que não esta em seu estado normal

  •  d) “A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo.” [INATIVIDADE]  Essa afirmativa " Inatividade", não consta no texto. Vejamos o fato em que encontramos tal passagem para chegarmos a essa conclusão.    “Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman.

  • Como resolvi a questão sem ler o texto:
     

    O comando da questão diz: "Assinale a alternativa em que a ideia expressa pela palavra entre colchetes não está presente no respectivo trecho.", logo não a nenhuma menção que direciona ao texto, e sim ao trecho... logo fui em busca do verbo de cada trecho de cada alternativa, associando com a ideia expressa no colchete. Assim a opção a meu ver que não há nenhum tipo de relação é a alternativa "d", pois o verbo assemelha trás a ideia de Comparação, e não de inatividade...


ID
2099317
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.

“Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos.”

Sobre o uso dos travessões nesse trecho, de acordo com a norma padrão, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado:

     

    - No discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.

     

    - Para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.

     

    - Para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.

     

    - Para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos.

     

     

  • o termo separado por travessão é um aposto explicativo, ao qual explica a "SINDORME DE COTARD"  e pode se substituir os travessões por vírgulas.

    NÃO É VOCATIVO, POIS NÃO ESTÁ CHAMANDO NINGUÉM!

  • Questão tosca! pode ser anulada.

  • Meus caros,

    A questão pede a INCORRETA. 

    BONS ESTUDOS!

  • Vocativo

    Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético.  Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos:

    Não fale tão alto, Rita!
                                 

    Vocativo

    Senhor presidente, queremos nossos direitos!
      Vocativo

    A vida, minha amada, é feita de escolhas.
                  Vocativo

     

    Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam o interlocutor a que se está dirigindo a palavra.

    Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!, etc.

  • (A)

     

  • GUERREIRA CONCURSEIRA FALOU TUDO CERTINHO!

    Trata-se de um aposto explicativo, e não de um vocativo.

    Letra A está errada!

  • Desde quando isso é vocativo?? é aposto!!

  • Minha gente a questão esta certa, inclusive eu errei por falta de atenção, mas depois compreendi... ela pede a INCORRETA que é a letra A, pois como os colegas abaixo falaram, trata-se de uma APOSTO e não de um VOCATIVO.

  • Questão mal feita. 

  •  SABRINA DEMATÉ,PRESTA ATENÇAO!

  • Deveriam por a fonte 90, pra o pessoal enxergar que o enunciado pede a incorreta . 

  • incorreta

    INCORRETA

    Incorreta

    Inglês > Incorrect

    Latim > falsa

    Espanhol > incorrecto

  • Só lembrei daa aula do Sérgio Rosa

  • A única que esta incorreta é a letra A
  • A letra B me parece estar errada também quando diz que não altera o sentido.

  • breno 

    Eai, tudo bom?

    Respondendo seu comentário ''A letra B me parece estar errada também quando diz que não altera o sentido.''

    Esse conceito está equivocado. Pois quando se trata de aposto, normamente, ele vem entre vírgulas, o que também não o impede de usar travessões.

     

    Assista essa aula. A partir dos 05:16

    https://www.youtube.com/watch?v=Mg8nF0mCv14

  • Questão perfeita boa pra pega distraídos muito boa gab a
  • INCORRETA ! 

    CAÍ NESSA =/

     

  • Errei por falta de atenção. Fui na alternativa "D", pensei que era a alternativa correta. Que falta de atenção!!!

  • Galera, galera.... não errem por bobeira... Não vamos dar esse gostinho pra banca não!

  • A INCORREEEEEEEEEEEEEEEEEEETA RODOLFO SEU PÉ NO TOB@!!!

    Hahaha!!!

     

    Como eu consegui a proeza de errar uma questão fácil dessas? Falta de atenção, com cerveja!

  • VOCATIVO: diz-se de ou forma linguística para chamamento ou interpelação ao interlocutor no discurso direto, expressando-se por meio do apelativo, ou, em certas línguas, da flexão casual.

    MENINA(vocativo) venha tomar banho

    Estou falando com você JOÃO(VOCATIVO)

  • ('-')

     

  • Aposto: Explica 
    Vocativo: Chama
     

    A letra B está correta (para quem duvidou). Aposto pode ser sim isolado por vírgulas sem alteração de sentido do trecho. Busquem as aulas do Prof. Pablo Jamilk - ele manda muito bem nesse assunto. 

    Eu também fui desantento nessa questão .....

  • Na minha opinião, essa questão tem duas alternativas INCORRETAS; a primeira é a A (gabarito); a segunda, a C, pois temos uma frase nominal isolada, e não uma oração, pois não tem verbos.

    "também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista" Cadê o verbo aqui pra ser uma oração???

  • Anderson Galvão, o verbo é CONHECIDA, no particípio


ID
2099320
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.
“‘Está em todas as partes e em nenhuma’ [...]”
Leia as definições a seguir, retiradas do Aurélio versão 7.0 – eletrônica, e assinale aquela pertinente a esse trecho.

Alternativas
Comentários
  • (A)

    Ademais, a própria banca deu a resposta:

    "Está em todas as partes e em nenhuma"

    Ou seja, Paradoxo:Conceito que é ou parece contrário ao comum; contrassenso, absurdo, disparate.

  • Paradoxo - Resulta de ideias contraditórias, absurdas, contrárias ao senso comum.

    Exemplo : O menino parece que dorme acordado. (Absurdo, ninguém consegue dormir e estar acordado ao mesmo tempo.)

  • PARADOXO é uma figura de linguagem que “funde” conceitos opostos num mesmo enunciado. Ele pode ser descrito como a expressão de uma idéia lógica por meio do emprego de termos opostos entre si.

     O paradoxo é muito conhecido, mas é frequentemente confundido com a antítese. Para acabar com essa confusão, é fundamental ter em mente que no paradoxo os termos de sentidos contrários são usados em relação a um mesmo referencial, enquanto na antítese as palavras ou expressões de sentidos opostos aparecem relacionadas a referenciais diferentes.

    Essa menina parece que dorme acordada.

    Não é possível dormir e estar acordado ao mesmo tempo, portanto, essa frase traz um paradoxo que provavelmente diz respeito à distração da menina. A distração dela é tamanha que pode ser comparada ao estado de sono.

    Fonte:http://www.figurasdelinguagem.com/

    Antítese (Grego para "oposto à criação", do ἀντί "contra" + θέσις "posição") é uma figura de linguagem (figuras de estilo) que consiste na exposição de ideias opostas

    Nasce o Sol, e não dura mais que um dia; Depois da Luz se segue à noite escura; Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas e alegrias.”

    Sendo antítese, as palavras “luz e noite escura” e “tristezas e alegrias”.

    GABA A

  • Paradoxo x Antítese

    Antítese: oposição lógica

    Paradoxo: oposição ilógica

  • Letra A

  • Paradoxo --> presença de elementos que se anulam numa frase,trazendo à tona uma situação que foge da lógica

     

    “‘Está em todas as partes e em nenhuma’ [...]”

     

    GABA  A

  • paradoxo- algo muiito doido. 

    viu algo muito maluco que viaja no além é paradoxo.

  • PARADOXO: pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano, ou desafia a opinião consabida, a crença ordinária e compartilhada pela maioria.

    TAUTOLOGIA: uso de palavras diferentes para expressar uma mesma ideia; redundância.

    METÁFORA: designação de um objeto ou qualidade mediante uma palavra que designa outro objeto ou qualidade que tem com o primeiro uma relação de semelhança (p.ex., ele tem uma vontade de ferro, para designar uma vontade forte, como o ferro).

    AMBIGUIDADE:  propriedade que apresentam diversas unidades linguísticas (morfemas, palavras, locuções, frases) de significar coisas diferentes, de admitir mais de uma leitura.

  • Olha só eu usando o raciocínio lógico matemático,  sua teoria, para acertar questão de gramática.

  • GABARITO: LETRA  A

    Paradoxo:
    Duas ideias contrárias que coexistem, que ocorrem ao mesmo tempo, implicando falta de lógica.
    Amor é fogo que arde sem se ver, / É ferida que dói e não se sente, / É um contentamento descontente, / É dor que desatina sem doer. (Camões)
    Que música silenciosa ele toca!
    “Foi sem querer querendo.” (Chaves)

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.


ID
2099323
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério[...].”

Esse trecho pode, de acordo com a norma padrão e sem prejuízo de seu sentido original, ser reescrito das seguintes formas, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.

     

     

    LETRA B

    Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

  • Todas as alternativas apresentam valor ADVERSATIVO a única excessão é a alternativa B que apresenta valor CONCLUSIVO.

  • Portanto é conclusivo!!

  • Orações coordenadas conclusivas

    São aquelas orações que exprimem a conclusão de uma idéia expressa na oração antecedente.

    Exemplo:

    • Ele não telefonou, portanto não chegará hoje. 

    • Não fiz meu trabalho, por isso minha nota foi baixa

    GABA B

  • A conjunção MAS, de acordo com o contexto, é conjunção coordenativa ADVERSATIVA.

  • o MAS da ideia de adicão...

  • O "mas" é uma conjunção ADVERSATIVA. A palavra "contudo" é uma conjunção CONCLUSIVA.

  • “Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas(conjunção adversativa) não sofreu nenhum dano físico sério[...]"

    A conjução "MAS" poderia ser trocada por qualquer de uma das conjunções coordenadas sindéticas adversativas, sejam elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante até mesmo pelo "e".

    Toda via remete erro usar a conjução PORTANTO, que é conclusiva.

    Gab. B

  • A conjunção MAS, de acordo com o texto, é adversativa. Assim com : Todavia, entretanto, contudo.

    A conjunção PORTANTO é conclusiva.

  • Ô banca que adora esse "mas" viu?!

  • CONCLUSIVA: PORTANTO,LOGO,ENTÃO...etc

     

  • Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

    Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

    Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

    Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

    Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

     

     

    P aprender errar de bobeira

  • b)

    Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, portanto não sofreu nenhum dano físico sério.

  • Portanto é conclusivo

  • A questão quer a oração que NÃO tenha a mesma classificação da oração coordenada adversativa "mas não sofreu nenhum dano físico sério[...].". Vejamos:

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva ... 

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)... 

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas. 

    A Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, todavia não sofreu nenhum dano físico sério.

    Todavia é conjunção coordenativa adversativa.

    B Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, portanto não sofreu nenhum dano físico sério.

    Portanto é conjunção coordenativa conclusiva.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização ... 

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), então, assim, destarte, dessarte... 

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso. 

    C Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, entretanto não sofreu nenhum dano físico sério.

    Entretanto é conjunção coordenativa adversativa.

    D Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, contudo não sofreu nenhum dano físico sério.

    Contudo é conjunção coordenativa adversativa.

    Gabarito: Letra B


ID
2099326
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.

“A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.”

Assinale a alternativa cuja palavra não pertence à mesma classe gramatical das outras.

Alternativas
Comentários
  • A palavra Básica é um adjetivo

  • “A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.”

             I                                 I                      I                 I

    Substantivo                       Substantivo    Adjetivo   Substantivo

                                                                      I

                                         (Adjetivo, pois qualifica o substantivo intuição)

  • A palavra básica está modificando (atribuindo uma característica) o substantivo intuição, logo, é um adjetivo.

     

    Gab. C

  • No caso em tela, todos são substantivos, porém básica é um adjetivo.

    Podemos reconhecer um substantivos pelo seu determinante que pode estar presente, ou ao menos admitir, quais sejam: adjetivo, pronome, numeral e artigo.

  • A palavra básica é a única que não pode ser antecedida de artigo. 

    Logo, ela não é um substantivo. 

  • Palavra básica é um adjetivo que está qualificando o substantivo intuição.

  • intuição mais básica. Temos um advérbio ''mais'' intensificando o adjetivo ''básico''. E este qualifica o substantivo intuição

  • Gabarito letra C.

    A palavra "básica" qualifica o substantivo intuição.

  • Acertei por " intuição ".

  • Macete: para saber se determinada palavra é substantivo ou adjetivo, coloque o termo TÃO ou TANTO antes de tal palavra.

     

    Se fizer sentido com TANTO(A) é SUBSTANTIVO. = TANTA DOENÇA / TANTA INTUIÇÃO / TANTA CONSCIÊNCIA 

     

    Se fizer sentido com TÃO é ADJETIVO. = TÃO BÁSICA

  • Macete: para saber se determinada palavra é substantivo ou adjetivo, coloque o termo TÃO ou TANTO antes de tal palavra.

     

    Se fizer sentido com TANTO(A) é SUBSTANTIVO. = TANTA DOENÇA / TANTA INTUIÇÃO / TANTA CONSCIÊNCIA 

     

    Se fizer sentido com TÃO é ADJETIVO. = TÃO BÁSICA

  • c) básica - é adjetivo, as outras palavras são substantivos.

  • Só eu que fiquei confusa?

    A questão não diz se é pra analisar as palavras no contexto do trecho ou de modo geral... Isso muda completamente a análise...


ID
2099329
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.
“São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”[...]
Em relação ao acento indicador de crase, de acordo com a norma padrão, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito ( C )

    Antes de pronome  possessivo, por exemplo: nossa, minha. A crase é facultativa!

  • No primeiro caso, a crase é facultativa. Os casos onde a crase é facultativa são os seguintes:

     

     - Depois da preposição ATÉ

     

    Antes de pronomes possessivos femininos adjetivos no singular.

     

    - Antes de nomes próprios femininos.

     

    BIZU PARA DECORAR: ATÉ MINHA MARIA

     

     

    No segundo caso, a palavra destaca está ligada ao verbo ligar, pois, quem está ligado, está ligado A, preposição esta que se juntará ao artigo definido AS, ficando como ÀS.

     

     

    Portanto, alternativa correta é a C.

  • Gabarito >>> C

     

    Fala, concurseiraiada!

     

    Como o assunto já foi bem tratado, gostaria de contribuir com uma musiquinha que fiz para não esquecer dos casos facultativos de crase.

    Aliás, sempre dará muito certo fazer musiquinhas.

     

    ♪♩♪♩

    Depois de preposição não há crase não,

    fique ligado aí, mané... que a exceção é da preposição "até",

    muita atenção no que eu digo, o acento grave nesse caso é facultativo,

    também é facultativo antes de pronome possessivo feminino,

    minha, tua, sua, nossa, vossa...você precisa decorar é o que importa,

    e pra terminar, pra ficar granfino, é opcional antes de nome próprio feminino.

                                                                                                               ♪♩♪♩

     

     

    É isso, aí! O bom de fazer as musiquinhas é que você pode errar à vontade, basta dizer que você goza de "licensa poética", rS.

     

    "O sucesso exige sacrifício, se está fácil para você isso quer dizer que ainda não é o suficiente"   Marcos V. Romeiro

  • Ok, antes de pronome possessivo feminino SINGULAR a crase é facultativa, MAS o termo "NOSSA" é um pronome possessivo feminino no PLURAL. Nesse caso a crase deixar de ser facultativa?

  • "Nossa" não é pronome possessivo no plural. "Nossas" é o plural. Caso fosse "nossas", a crase seria obrigatória.

  • Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA

    - Diante de nomes próprios femininos:

    Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:

    Paula é muito bonita.Laura é minha amiga.

    A Paula é muito bonita.A Laura é minha amiga.

    Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:

    Entreguei o cartão Paula.Entreguei o cartão Roberto.

    Entreguei o cartão à Paula.Entreguei o cartão ao Roberto.

    Contei Laura o que havia ocorrido na noite passada.Contei a Pedro o que havia ocorrido na noite passada.

    Contei à Laura o que havia ocorrido na noite passada.Contei ao Pedro o que havia ocorrido na noite passada.

    - Diante de pronome possessivo feminino:

    Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:

    Minha avó tem setenta anos.Minha irmã está esperando por você.

    A minha avó tem setenta anos.A minha irmã está esperando por você.

    Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:

    Cedi o lugar minha avó.Cedi o lugar meu avô.

    Cedi o lugar à minha avó.Cedi o lugar ao meu avô.

    Diga a sua irmã que estou esperando por ela.Diga a seu irmão que estou esperando por ele.

    Diga à sua irmã que estou esperando por ela.Diga ao seu irmão que estou esperando por ele.

    - Depois da preposição até:

    Fui até a praia.ouFui até à praia.

    Acompanhe-o até porta.ouAcompanhe-o até à porta.

    A palestra vai até as cinco horas da tarde.ouA palestra vai até às cinco horas da tarde.

    Fonte : www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint81.php

    GABA C

     

  • Quando houver pronome possessivo feminino no singular, a crase é facultativa. minha/sua/tua/nossa/vossa

  • Demorei um pouquinho nessa questão mais deu certo.

          

    c) As duas palavras destacadas (“a” e “às”) são regidas pelo verbo “ligar”, porém, no primeiro caso, o acento indicativo de crase é facultativo, no segundo, obrigatório. São ambas regidas sim pelo verbo ligar, pois quem lia, liga a algo ou a alguma coisa. Mas como no primeiro caso há um pronome possessivo a crase é facultativa. Mas no segundo é obrigatório. Decisões substantivo feminino substituíndo por decisões por uma substantivo masculino como aos acerto morais. Com a ocorrência do ao, a crase é obrigatória.

  • São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade[...] Nossa é pronome possessivo feminino, portanto é facultativo o uso da crase.
    [...]bem como às decisões morais. Ligadas é VTI, necessita preposição, portanto é obrigatório o uso de crase.

  • ligadas é verbo na frase? Não seria um predicativo?

  • Letra C: em ambos, a regência é do VERBO ligar (ligada a), porém, no primeiro caso, a crase é facultativa, pois trata-se de um caso de pronome possessivo feminino (NOSSA) ---> antes de pronome possessivo feminino a crase é facultativa: "ligadas a NOSSA habilidade". Já no segundo caso, também regida pelo verbo LIGAR, a crase é obrigatório (quem liga, liga PARA alguém... A alguém), trata-se de VTI + artigo feminino A (decisões - nome feminino)

  • GABARITO C

     

    CASOS FACULTATIVO DE CRASE

    - Diante de nomes próprios femininos:

    Entreguei o cartão Paula.
    Entreguei o cartão à Paula.

    - Diante de pronome possessivo feminino:

    Cedi o lugar minha avó.
    Cedi o lugar à minha avó.

    - Depois da preposição até:

    Fui até a praia.
    Fui até à praia.

     

  • Aprendi crase, não decorei nenhuma regra e nunca mais errei. Segue o vídeo:

    https://www.youtube.com/watch?v=R3QIPDyIFWI&t=

  • Fala galera, venho trazer uma informação. Pode ser que alguém tenha dúvida quanto ao termo regente e ao termo regido. Saber isso poderia facilitar bastante a resolver a questão.

    Havia qualquer problema com a tomada a que ligaram o aparelho. 

    ...[termo regente: ligar a]

    ...[termo regido: (a) tomada]

  • ligadas a nossa -> facultativo

  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoalmente

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita


ID
2099332
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.

“Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim.”

Assinale a alternativa em que a acentuação da palavra destacada não se justifica pelo mesmo motivo daquela do trecho anterior.

Alternativas
Comentários
  • “Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim.”  ( proparoxitona)

     

    a unica que não e... e a letra A ( proparoxitona)

  • Todas são proparoxítonas terminadas em vogal, menos a letra ( A ), que é uma paroxítona terminada em ( L ). Portnato gabarito letra ( A )

  • roxítonasé paroxítona terminada em ditongo.   E todas as proparoxítonas são acentuadas.

  • Cérebro é proparoxítona e, pela regra, toda proparoxítona é acentuada. Analisando os itens, pode-se perceber que tanto ressonância,quanto metáfora são proparoxítonas. Tendo, portanto a letra A como resposta, pois se trata de uma paroxítona terminada em L.

  • A questão é passível de anulação: 

    Cérebro = "cé-re-bro" = proparoxítona;

    A) Horrível = "hor-rí-vel" = paroxítona terminada em "L"; 

    B) Neuropsicólogo = "neu-ro-psi-có-lo-go" = proparoxítona;

    C) Ressonância = "res-so-nân-cia" = paroxítona terminada em ditongo crescente;

    D) Metáfora = "me-tá-fo-ra" = proparoxítona.

    A questão pede que seja assinalada a alternativa em que a acentuação da palavra destacada não se justifica pelo mesmo motivo da palavra "cérebro". Assim, as palavras "horrível" e "ressonância" têm suas respectivas acentuações gráficas por regra distinta da palavra "cérebro". 

  • Gabarito: A

     

    “Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim.” Cérebro - Acentuada por ser proparoxítona

     

    “A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível […]” Horrível - acentuada po ser Paroxítona terminada em L

     

    “O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico […]” Neuropsicólogo - Acentuada por ser proparoxítona

     

    “[…] o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição […]” Ressonância - Embora seja uma paroxítona terminada em ditongo crescente, algumas bancas consideram esse tipo de palavra uma proparoxítona eventual

     

    “O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora?” Metáfora - Acentuada por ser proparoxítona

  • O conhecimento que a banca buscou verificar de nós, concurseiros, foi sobre o fenômeno das proparoxítonas eventuais.

    Regra: Todas as proparoxítonas são acentuadas.

    Regra: Paroxítonas terminadas em "l, n. r, ps, x, us, i(s), us, om(ons), um(uns), ã(s), ão(s), ditongos orais" são acentuadas.

    Fato notável: As paróxitonas terminadas em ditongos orais crescentes (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -ua, -ue, -uo) são acentuadas por duas motivações possíveis:

    1- por serem paroxítonas (comum no Brasil);

    2- por serem propraroxítonas (mais comum nas demais comunidadedes que tem o português como língua).

    sendo denominadas, por isso, de proparoxítonas eventuais (como muito bem colocado pelo colega Roberto Vicente), relativas ou aparentes. Veja que tal fato é um fenômeno fônico, e que tende a ser regional. Não vou comentar item a item, por já ter sido feito isso, apenas quis acrescentar mais dados à solução da questão.

    Resposta: a.

     

  • A questão exige que o candidato tenha conhecimento das chamadas proparoxítonas EVENTUAIS,RELATIVAS OU ACIDENTAIS...

    RESSONÂNCIA é uma paroxítona terminada em ditongo crescente. Exatamente por isso (devido à elasticidade dos ditongos crescentes na pronúncia), a sílaba final pode — repito: pode —, numa pronúncia escandida, ser dividida em duas (/RES-SO-NÂN-CI-A/), o que transforma palavras desse tipo, NA FALA, em proparoxítonas. Alguns autores, inclusive, para assinalar o fato, dizem que as paroxítonas terminadas em ditongo crescente podem ser chamadas de proparoxítonas eventuais, relativas ou acidentais (É O QUE A BANCA CONSIDEROU)— mas elas continuam a ser paroxítonas

    GABA A

  • Ela foi anulada, mas é só lembrar das proparoxítonas eventuais como a galera aí falou :)

     

    Gbarito = A

  • cérebro: Cé-re-bro - Proparoxítona horrível: Hor-rí-vel - Paroxítona terminada em L. neuropsicólogo: Neu-ro-psi-có-lo-go - Proparoxítona ressonância: Res-so-nân-ci:a  - Paroxítona terminada ditongo crescente, ou também, chamada de Proparoxítona eventual metáfora: me-tá-fo-ra - Proparoxítona


    A banca aceitou os recursos, mas poderia não aceitar.


ID
2099335
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.
“‘Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério’, lembra Zeman, que tratou do caso.”
Em relação ao tempo verbal da palavra destacada no trecho, ele indica um fato:

Alternativas
Comentários
  • Letra A -  Pretérito perfeito do indicativo

  • Pretérito Perfeito

    eu tentei
    tu tentaste
    ele tentou
    nós tentamos
    vós tentastes
    eles tentaram

     

    #Somente o estudo dá a sorte que todos pensam que você tem!

  • 1. Tempos do Indicativo

    Presente - Expressa um fato atual. (Eu estudo neste colégio.)

    Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado. (Ele estudava as lições quando foi interrompido.)

    Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado. (Ele estudou as lições ontem à noite.)

    Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve início no passado e que pode se prolongar até o momento atual. (Tenho estudado muito para os exames.)

    Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. [Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma composta) / Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples)]

    Futuro do Presente (simples)  - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual. (Ele estudará as lições amanhã.)

    Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro. (Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste.)

    Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. (Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.)

    Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato passado. (Se eu tivesse ganhado esse dinheiro, teria viajado nas férias.)

     

    2. Tempos do Subjuntivo

    Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. (É conveniente que estudes para o exame.)

    Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido. (Eu esperava que ele vencesse o jogo.)

    Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. (Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.)

    Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente terminado num momento passado. (Embora tenha estudado bastante,  não passou no teste.)

    Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. (Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala de exames.)

    Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual. (Quando ele vier à loja, levará as encomendas.)

    Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. (Se ele vier à loja, levará as encomendas.)

    Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior ao momento atual mas já terminado antes de outro fato futuro. (Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos.)

     

    [ Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf61.php ]

     

     

  • GABARITO: LETRA  A

    pretérito perfeito do indicativo é usado para indicar uma ação que ocorreu num determinado momento do passado. 

    Frases com verbos no pretérito perfeito do indicativo

    -Eu comprei esta blusa na semana passada.

    -Eles esperaram por você durante duas horas.

    -Você pediu um cachorro quente?

    FONTE: https://www.conjugacao.com.br/preterito-perfeito-do-indicativo/


ID
2099338
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

São programas acessórios do MS Windows 10, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • toda a parte referenet a Microsoft Office tem que ser comprado ( word, excel, power point .... )

  • MS Word é aplicativo.

  • Letra B

    Bloco de notas, Paint, WordPad são acessorio que vem no proprio windows tais como XP, W7, W8 e W10, já o MS Word é um aplicativo do Office e são pago separado sistema Windows.

     

  • Word é um aplicativo que faz parte do pacote Office da Microsoft.

     

    Gab. B

  • Principais software nativos:

    1) BLOCO DE NOTAS

    2)CALCULADORA

    3) EXECUTAR

    4)FERRAMENTA DE CAPTURA

    5) PAINT

    6) WORD PAD

    7) WINDWS MIDIA PLAYER

  • ACESSÓRIOS DO WINDOWNS

    - AssistÊncia Rápida

    - Bloco de Notas

    - Conexão de Área de Trabalho Remota

    - Ferramenta de Captura

    - Gravador de Passos

    - Internet Explore

    - Mapa de Caracteres

    - Painel de Entrada de Expressões

    - Paint

    - Visualizador XPS

    - Windows Media Player

    - Windows Fax and Scan

    - WordPad

     

  • BOA QUESTÃO DÁ PRA PEGAR MUITA GENTE DESPREVINIDA!

  • GAB: B

    Pois o Word faz parte do office, que, por sua vez, não é nativo do windows.

  • Pessoal , o explorador de arquivos também é um programa acessório do Windows 10?

     

    Eu li esse comentário em uma outra questão e fiquei na dúvida porque os comentários aqui dos colegas

    não falam sobre ele. Alguém poderia me ajudar? Obrigada.

     

  • WORD FAZ PARTE DO PACOTE OFFICE , NÃO É UM ACESSÓRIO DO WINDOWS 10 .

  • B

     

     

    Acessórios do Windows mais usados

     

    Existem outros, outros poderão ser lançados e incrementados, mas os relacionados a seguir são os mais populares:

     

    Assistência Rápida

    Bloco de Notas

    Calculadora

    Ferramenta de Captura

    Internet Explorer --> lembrando que o edge passou a ser o navegador padrão. Por isso O I.E é só acessório.

    Mapa de Caracteres (sim, ele voltou!)

    Paint

    Windows Explorer

    WordPad

     

     

    fonte : https://www.ciabyte.com.br/faq/acessorios-windows.asp

  • b) MS Word

  • O pacote office não é padrão do Windows 10

  • Word faz parte do pacote office da microsoft

  • B. MS Word

  • Bloco de Notas, Paint e Wordpad são todos acessórios – Word, não (Letra B). 

  • Word faz parte do pacote Office.

  • O Word faz parte do Microsoft Office. Não vem de fábrica

ID
2099341
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de seleções para definir as margens de um arquivo criado pelo editor de texto Writer.

Alternativas
Comentários
  •  

    No Writer  = FORMATAR >> PÁGINA >> aba PÁGINA

     

    No Word = LAYOUT DA PÁGINA >> grupo CONFIGURAR PÁGINA

     

     

    Gabarito letra A

     

  • Infelizmente essa decoreba sem sentido é muito cobrada!

    Vamos estudar, meu povo!!!

  • a)

    Selecionar Formatar no menu principal e, em seguida, selecionar página.

  • FORMATAR, PÁGINA, guia PÁGINA:  define as medidas das margens do documento, bem como a orientação da página (retrato ou paisagem). Através dessa guia (PÁGINA) também é possível definir o tamanho das páginas de um documento.

  • No Writer: FORMATAR >> PÁGINA >> aba PÁGINA

    No Word: LAYOUT DA PÁGINA >> grupo CONFIGURAR PÁGINA

  • Agora mudou para "Estilo da página..."

    Flw


ID
2099347
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Analise a afirmativa a seguir.
A(O)__________ é responsável pela atividade fim do sistema, isto é, computar, calcular e processar.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna da afirmativa anterior.

Alternativas
Comentários
  • A unidade central de processamento ou CPU (Central Processing Unit), também conhecido como processador, é a parte de um sistema computacional, que realiza as instruções de um programa de computador, para executar a aritmética básica, lógica, e a entrada e saída de dados[1]. A CPU tem papel parecido ao cérebro no computador[2]. O termo vem sendo usado desde o início de 1960.[3] A forma, desenho e implementação mudaram drasticamente desde os primeiros exemplos, porém o seu funcionamento fundamental permanece o mesmo.

     

     

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_central_de_processamento

  •  

    UCP = CPU

    Circuíto integrado responsável por controlar as operações e funcinamento do computador, é o responsável por executar cálculos e instruções.

     

    ___________________________________________

    UCP = Unidade Central de Processamento (português)

     

    CPU = Central Processing Uinit (inglês)

    ___________________________________________

     

    Gabarito letra D

  • CPU é sigla inglesa de Central Processing Unit, que, em Português, significa “Unidade Central de Processamento”. Também conhecido como processador, a CPU corresponde ao cérebro do computador, onde é feita a maior parte dos cálculos.

    Uma CPU é composta pelos seguintes componentes:

    -Unidade lógica e aritmética (ULA): executa as operações aritméticas e lógicas

    -Unidade de controle (UC): extrai instruções da memória e as decodifica e executa, requisitando a ULA quando necessário

    -Registradores e Memória cache: armazena dados para o processamento

     

  • A UCP ou a CPU é o cérebro do computador. Responsável pelo processamento de todos os tipos de dados.

  • O processador pode ser chamado tanto de CPU quanto de UCP.
  • Processador = UCP = CPU

     

    GAB. LETRA D

  • Processador = UCP = CPU

     

    UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO = U.C.P.

  • "Um compilador é um programa de sistema que traduz um programa descrito em uma linguagem de alto nível para um programa equivalente em código de máquina para um processador."

    "Interpretadores são programas de computador que leem um código fonte de uma linguagem de programação interpretada e o converte em código executável."

     

     

     


ID
2099350
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir referentes à arquitetura cliente / servidor.
I. É necessário que o cliente e o servidor residam em computadores distintos.
II. É uma estrutura de aplicação que distribui as tarefas e cargas de trabalho.
III. Um servidor executa um ou mais serviços ou programas que compartilham recursos com os clientes.
Estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra C

     

    ________________________________________________________________________________

    I. É necessário que o cliente e o servidor residam em computadores distintos.

     

    ERRADO: a arqueitetura cliente/servidor pode estar integralmente num mesmo computador.

     

    Exemplo: localhost 127.0.0.1 é um servidor interno. Vc pode criar uma págia que ficará hospedada dentro de seu próprio computador.

                  Outro exemplo é a rede P2P (emule). Neste programa, seu computador é ao mesmo tempo cliente e servidor, mas não se confunde com a arquitetura cliente/servidor.

     

     

    ________________________________________________________________________________

    II. É uma estrutura de aplicação que distribui as tarefas e cargas de trabalho.

     

    CORRETA: enquanto o servidor se preocupa com as tarefas de armazenamento e processamento de programas e dados, além das tarefas de segurança da informação (DICA), o cliente é o responsável por fazer requisições de programas, serviços e recursos, ou seja, as tarefas são distribuídas.

     

     

    ________________________________________________________________________________

    III. Um servidor executa um ou mais serviços ou programas que compartilham recursos com os clientes.

     

    CORRETA:  os servidores podem ser criados para rodar uma infinidade de serviços. Um mesmo servidor pode conter uma página de internet e disponibilizar um banco de dados por exemplo.

     

    Exemplos de servidores: EMAIL, FTP, PROXY, LDAP, SQUID

  • O Cliente e o Servidor podem coexistir ou não na mesma máquina (RENAUD,1994). 

     

    [ Fonte: https://www.marilia.unesp.br/Home/Instituicao/Docentes/EdbertoFerneda/fundamentos_da_-arquitetura_cliente-servidor.pdf ]

  • A tecnologia cliente/servidor é uma arquitetura na qual o processamento da informação é dividido em módulos ou processos distintos. Um processo é responsável pela manutenção da informação (servidores) e outros responsáveis pela obtenção dos dados (os clientes).

    Os processos cliente enviam pedidos para o processo servidor, e este por sua vez processa e envia os resultados dos pedidos.

    É no servidor que normalmente ficam os sistemas mais pesados da rede, tais como o banco de dados. As máquinas clientes são menos poderosas, pois não rodam aplicativos que requerem tantos recursos das máquinas.

    O importante em uma máquina em arquitetura Cliente/Servidor não é que todas as máquinas sejam do mesmo fabricante ou do mesmo tipo. O que realmente é importante, é o fato de todas as máquinas poderem se interligar pela rede, com o mesmo tipo de protocolo de acesso (TCP/IP, NetBEUI).

    https://arqserv.wordpress.com/2012/03/17/como-funciona-a-arquitetura-cliente-servidor/

  • Achei a questão difícil, considerando que está como Noções de Informática.

  • GABARITOC

     

     

    I. É necessário que o cliente e o servidor residam em computadores distintos.

    Explicação: Geralmente os clientes e servidores comunicam através de uma rede de computadores em computadores distintos, mas tanto o cliente quanto o servidor podem residir no mesmo computador.

     

    II. É uma estrutura de aplicação que distribui as tarefas e cargas de trabalho.

    Explicação : é uma estrutura de aplicação distribuída que distribui as tarefas e cargas de trabalho entre os fornecedores de um recurso ou serviço

     

    III. Um servidor executa um ou mais serviços ou programas que compartilham recursos com os clientes.

    Explicação: Um servidor é um host que está executando um ou mais serviços ou programas que compartilham recursos com os clientes.

    _____________________________________________________________________________________________________

     

    Resumo : Servidor --> Internet --> Clientes. 

    Observe esse mapa mental da wikipédia : http://prntscr.com/hq0dc8

  • II. É uma estrutura de aplicação que distribui as tarefas e cargas de trabalho.

    III. Um servidor executa um ou mais serviços ou programas que compartilham recursos com os clientes.

  • II. É uma estrutura de aplicação que distribui as tarefas e cargas de trabalho.

    Achei forçação de barra considerar esse item correto.

  • Ao que parece, o único equívoco está no item I. Embora não seja natural, nada impede que façamos uma solicitação como cliente na mesma máquina em que o servidor está configurado.

    A arquitetura cliente-servidor centraliza os recursos no servidor, que compartilha com os clientes à medida que o servidor é demandado.

    Resposta certa, alternativa c).


ID
2099356
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Analise a situação hipotética a seguir.
Aprovado em concurso público, João tomou posse em cargo público da Administração Pública federal.
Considerando que a posse se deu de acordo com o que dispõe a Lei Nº 8.112/90, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D 

     

     

    (a) Art. 7o  A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. 

    (b)  Art. 14.  A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

    (c) Aer. 13,  § 3o  A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

    (d) Art. 15, § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

  • A partir da data da posse, João terá quinze para entrar em exercício.

     

    #FORÇA

  • Gabarito letra D.

     

    Nomeação: publicação do nome do aprovado no concurso público em meio oficial de comunicação para tomar posse; a posse poderá ocorrer em até 30 dias da data de nomeação. Caso seja nomeado e não tome posse dentro do prazo, o ato será considerado sem efeito.

     

    Posse: após nomeado, o indivíduo toma posse por meio da assinatura do termo de posse e poderá ser feita por meio de procuração específica; após a posse, o servidor terá 15 dias para entrar em efetivo exercício.  

     

    Exercicío: efetiva prestação laboral do servidor, caso tome posse e não entre em exercício no prazo determinado, o servidor será exonerado.

     

    Investidura: nomeação + posse.

     

     

     

    O impossível é o refúgio dos tímidos e o pesadelo dos covardes.

  • gabarito D

     

    Nomeação    30dias      Posse       15 dias        exercício

     

    Se você pode sonhar , você pode realizar !

    Walt Disney

  • Art. 15, § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercíciocontados da data da posse.

  • LETRA D

     

    a) CERTA. Lei 8.112/90 - Art. 7o  A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

     

    b) CERTA. Lei 8.112/90 - Art. 14.  A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

     

    c) CERTA. Lei 8.112/09 - Art. 13, § 3o  A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

     

    d) ERRADA. Lei 8.112/90 - Art. 15, § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

  •       Art. 15,  § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

  •     Alternativa A-->    Art. 13.  A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

    Alternativa B -->  Art. 14.  A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

            Parágrafo único.  Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

    Alternativa c -->     Art. 13.    § 3o  A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

    Alternativa d --> Art. 15. § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse

  • Ato de provimento -> Prazo: 30 dias -> Posse -> Prazo: 15 dias -> exercício

  • Tem 15 dias para entrar em exercício, sob pena de ser exonerado de ofício.

     

    Resiliência: capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em surto psicológico, dando condições para enfrentar e superar adversidades.

  • LETRA D INCORRETA 

    LEI 8.112

     Art. 15.  Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança. 

            § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

  • 15 DIAS E NÃO 30 DIAS

    LETRA D

     

  • § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

  • GABARITO D

     

    Gravem :

     

    Tomar POSSE após publicação do ATO DE PROVIMENTO : 30 dias

    APÓS a posse para entrar em EXERCÍCIO: 15 dias

  • Letra D

       § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. 

  • 30 dias para posse e 15 ara exercício !

  • 15 DIAS

    GABARITO LETRA (E)

  • Na lei 8.112 são 15 dias entre a posse e o exercício. Na lei municipal que são 30 dias.


ID
2099362
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Entre as modalidades de licitação previstas no Estatuto Nacional de Licitações e Contratos (Lei Nº 8.666/93), não se inclui o:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D 

     

    Lei 8.666

    Art. 22.  São modalidades de licitação:

    I - concorrência;

    II - tomada de preços;

    III - convite;

    IV - concurso;

    V - leilão.

  • GABARITO D

     

    O pregão também é modalidade de concorrência, porém este tipo de modalidade está previsto na Lei 10.520 e não na Lei 8.666.

  • Pregão:Lei 10520 de 2002

     

  • 8.666: Concorrência, tomada de preços, concurso, convite, leilão.

  • O pregão possui lei específica 

  • Gabarito: D

     

    Pregão é a modalidade de licitação prevista na Lei 10.520/92. Dirige-se à aquisição de bens e serviços comuns, independentemente do valor. A lei 10.520/92, apesar de tratar de uma modalidade específica de licitação, pode ser clasificada como norma geral, já que é aplicável a todos os entes.

  • PREGÃO 10.520/92

  • O examinador deseja obter a alternativa que não constitui uma modalidade de licitação prevista na lei 8.666/93 (Lei de Licitações e Contratos Administrativos):

    A- Concurso é uma modalidade de licitação prevista no art. 22, IV da lei 8.666/93.

    B- Leilão é uma modalidade de licitação prevista no art. 22, V da lei 8.666/93.

    C- Convite é uma modalidade de licitação prevista no art. 22, III da lei 8.666/93.

    D- Pregão é uma modalidade de licitação prevista na lei 10.520/02. Logo, essa é a resposta da questão.

    GABARITO DA MONITORA: “D”


ID
2099365
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta um direito fundamental expressamente garantido pela Constituição da República.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C 

     

    (a) Art. 5°, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

     

    (b) XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

     

    (c) XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

     

    (d) XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

  • questão super mal formulada , coisa de preguiçoso , mas enfim, pelo menos na letra D eles mudaram o texto , não só suprimiram uma parte , 

  • (C)

    (A)Errada,pois: todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado

    (B)Errada,porque:  XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

    (C)  XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

    (D)Errada,porquanto:XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

  • Gabarito letra C.

     

    O racismo é crime inafiançável e imprescritível. Imprescritível é aquilo que não sofre prescrição. A prescrição é a
    extinção de um direito que se dá após um prazo, devido à inércia do titular do direito em protegê-lo. No caso, ao dizer que o racismo é
    imprescritível, o inciso XLII determina que este não deixará de ser punido mesmo com o decurso de longo tempo desde sua prática e com
    a inércia (omissão) do titular da ação durante todo esse período
    Inafiançável é o crime que não admite o pagamento de fiança
    (montante em dinheiro) para que o preso seja solto
    .

     

    ATENÇÂO: O racismo é punível com a pena de reclusão.

     

    Complementando, para gravar: 3T e Hediondos Não tem Graça!

     

    3TTortura, Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e Terrorismo. Esses crimes, assim como os hediondos, são insuscetíveis de graça ou anistia. Isso significa que não podem ser perdoados pelo Presidente da República, nem ter suas penas modificadas para outras mais benignas. Além disso, assim como o crime de racismo e a ação de grupos armados contra o Estado democrático, são inafiançáveis.

    Estratégia Concursos.

     

     

    O impossível é o refúgio dos tímidos e o pesadelo dos covardes.

  • LETRA C 

     

    a) ERRADA. XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

     

    b) ERRADA. XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

     

    c) CERTA. XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

     

    d) ERRADA. XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

     

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Interessante aprofundar e avançar um pouco mais no tema e com isso destacar que a criminalização do crime de racismo já parte da própria Constituição, no fenômeno conhecido como MANDATO CONSTITUCIONAL DE CRIMINALIZAÇÃO.

     

    STF - HABEAS CORPUS 102.087 MINAS GERAIS

    RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO

    REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. GILMAR MENDES

     

    1. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS PENAIS. 1.1. Mandatos constitucionais de criminalização: A Constituição de 1988 contém significativo elenco de normas que, em princípio, não outorgam direitos, mas que, antes, determinam a criminalização de condutas (CF, art. 5º, XLI, XLII, XLIII, XLIV; art. 7º, X; art. 227, § 4º). Em todas essas é possível identificar um mandato de criminalização expresso, tendo em vista os bens e valores envolvidos. Os direitos fundamentais não podem ser considerados apenas proibições de intervenção (Eingriffsverbote), expressando também um postulado de proteção (Schutzgebote). Pode-se dizer que os direitos fundamentais expressam não apenas uma proibição do excesso (Übermassverbote), como também podem ser traduzidos como proibições de proteção insuficiente ou imperativos de tutela (Untermassverbote). Os mandatos constitucionais de criminalização, portanto, impõem ao legislador, para seu devido cumprimento, o dever de observância do princípio da proporcionalidade como proibição de excesso e como proibição de proteção insuficiente.

     

     

  • TÍTULO II
    DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

    CAPÍTULO I
    DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

     XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

    GABA C

  • a) Todos têm direito de receber dos órgãos públicos, sem qualquer ressalva, informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei sob pena de responsabilidade.   (ERRADO)  OBS.   Na constituição tem ressalva. Como para segurança do estado e do indivíduo   

     

    b)Aos autores, pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, vedada a transmissão a herdeiros.   (ERRADO)  OBS.     São transmissivios aos herdeiros pelo tempo que a lei fixa

     

    c)A prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.  (CORRETO)

     

    d)Todos podem se reunir pacificamente e sem armas em locais abertos ao público, independentemente de autorização e de prévio aviso à autoridade pública, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.  (ERRADO)  OBS.  Para reunir precisará do prévio aviso, pois vai ser até um meio de garantir que não há outra reunião para o mesmo horário, como também para não haver ter conslitos entre os.

  • GABARITO ITEM C

     

    IMPRESCRITÍVEIS E INAFIANÇÁVEIS

     

    MACETE: ''RAÇÃO''

    RACISMO                     

    AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS...

     

    MACETE 2:  RACISMO ---> RECLUSÃO

  • SÓ É ESTRANHO QUE: "A prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei." SER CLASSIFICADO COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL. ISSO NA VERDADE NÃO É UM DIREITO FUNDAMENTAL...

  • Douglas Lima, 

    A prática de racismo ser um cirime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, se torna um direito fundamental apartir do momento em que temos no artigo 5° da constituição um dispositivo que diz: 

    "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

  • XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

     

     XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

  • RA GA = RACISMO E AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS - INAFIANÇÁVEIS E IMPRESCRITÍVEIS

  • A letra A não está errada está incompleta faltando ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado

  • A) XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, QUE SERÃO PRESTADAS NO PRAZO DA LEI, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
     


    B) XXVII - aos AUTORES pertence o direito EXCLUSIVO de utilização, publicação ou  reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a LEI fixar;
     


    C)  XLII - a prática do RACISMO constitui CRIME INAFIANÇÁVEL E IMPRESCRITÍVEL, SUJEITO À PENA DE RECLUSÃO, nos termos da lei;



    D)  XVI - todos podem reunir-se PACIFICAMENTE, sem armas, em locais abertos ao público, INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, SENDO APENAS EXIGIDO PRÉVIO AVISO À AUTORIDADE COMPETENTE;


    GABARITO -> [C]

  • A) sem quaquer resalva (erro)

  • Questão mal formulada e passiva de recurso. Eu não especialista em Direito Constitucional, mas sei pelo menos interpretar uma questão. Um direito garantido por lei? Acho que isso tá mais para uma norma constituidora, não? Apesar de saber que todos têm o direito em não sofrer qualquer tipo de racismo, mas formular uma questão assim é foda.

  • Texto de lei da na cabeça.

  • mnemônico:
     
    INAFIANÇÁVEIS -                                         IMPRESCRITÍVEIS - Inafiançáveis             INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA E ANISTIA

    TODOS ( RAÇÃO + 3TH )                                             RAÇÃO                                                                            3TH

     RAÇÃO      -                                                                                                                        3TH -  3T e Hediondos Não tem Graça!

      RACISMO                                                                                                                                 TERRORISMO
      AÇÃO - AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS                                                                                TRÁFICO DE DROGAS
                                                                                                                                                       TORTURA
                                                                                                                                                      CRIMES HEDIONDOS

       


     

  • A prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.

  • RA GA = RACISMO E AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS - INAFIANÇÁVEIS E IMPRESCRITÍVEIS

     

    3TCH = TERRORISMO, TRÁFICO, TORTURA + CRIMES HEDIONDOS: INAFIANÇÁVEIS E INSUSCETIVEIS DE GRAÇA E ANISTIA

  • A banca é meio complicada (vez ou outra, até atrapalhada), mas é bom estarmos desarmados no momento de responder.

    Para quem já tem uma noção mínima de Constitucional, os erros das demais alternativas são bem claros.

  • Posso estar redondamente enganado, e é provável que esteja, mas não entendo a alternativa C como um direito, e sim como uma penalidade imputada ao sujeito que pratica racismo, que é o que dá a entender (pelo menos pra mim) a frase apresentada como opção.
    Achei no mínimo confusa...

  • Na verdade fiz por eliminação, mas nesse caso Cléber, acho que é um direito da pessoa que sofreu o racismo de fazer justiça kkkk

  • Na verdade fiz por eliminação, mas nesse caso Cléber, acho que é um direito da pessoa que sofreu o racismo de fazer justiça kkkk

  • Na verdade fiz por eliminação, mas nesse caso Cléber, acho que é um direito da pessoa que sofreu o racismo de fazer justiça kkkk

  • Na verdade fiz por eliminação, mas nesse caso Cléber, acho que é um direito da pessoa que sofreu o racismo de fazer justiça só pode

  • Na verdade fiz por eliminação, mas nesse caso Cléber, acho que é um direito da pessoa que sofreu o racismo de fazer justiça kkkk

  • GABARITO: C

    Art. 5º. XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

  • GABARITO: LETRA C

    DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

    FONTE: CF 1988

  • Questão exige do candidato conhecimento sobre os Direitos e Garantias Fundamentais, preconizados na Constituição Federal de 1988 (CF 88).

    Passemos a analise das afirmativas:

    a) INCORRETA. 

    Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado (art. 5º, XXXIII, CF/88).          

    As informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado possuem ressalvas legitimadas constitucionalmente.

    AMPLIANDO O CONHECIMENTO: o remédio a ser manejado em caso de negativa será o MANDADO DE SEGURANÇA. Guarde muito bem essa valiosa informação.

    b) INCORRETA. 

    Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar (art. 5º, XXVII, CF/88).

    Alternativa errada. Nos termos sobreditos o mandamento constitucional endossa a transmissão.

    DICA:

    Direito autoral >>> autor possui até sua morte.

    Propriedade industrial >>> privilégio temporário.

    c) CORRETA. 

    A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei (art. 5º, XLII, CF/88).

    A alternativa reproduz os exatos termos do diploma constitucional.

    d) INCORRETA. 

    Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente (art. 5º, XVI, CF/88).

    A alternativa errada: note que o aviso prévio à autoridade competente é necessário, mas não o pedido de autorização. Esse inciso é EXTREMAMENTE cobrado! Principalmente se for concurso da área policial.

    AMPLIANDO O CONHECIMENTO: Caso ocorra negativa pela autoridade competente, o remédio constitucional é o Mandado de Segurança. As bancas adoram dizer que é Habeas Corpus, não caia nessa! O MS é o remédio constitucional adequado caso o Estado impeça o direito de reunião.

    Fonte: CF 88.

    Gabarito da questão: C.


ID
2103646
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Analise as seguintes disposições sobre a Administração Pública brasileira.
I. As funções de confiança e os cargos em comissão são exercidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.
II. O direito de greve do servidor público será exercido segundo termos e limites definidos em lei complementar.
III. A proibição constitucional de acumulação de cargos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresa públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder público.
Conforme o que dispõe a Constituição da República, está(ão) correta(s) a(s) disposição(ões):

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C 

     

     

    I. As funções de confiança e os cargos em comissão são exercidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo. ERRADA

    CF/88, Art. 37 V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento

     

    II. O direito de greve do servidor público será exercido segundo termos e limites definidos em lei complementar. ERRADA

    CF/88, Art. 37 VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

     

    III. A proibição constitucional de acumulação de cargos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresa públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder público. CORRETO

    CF/88, Art. 37 XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

  • Gabarito letra C.

     

    I. As funções de confiança e os cargos em comissão são exercidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo. ERRADO.Cargos em comissão podem ser exercidos por pessoas não integrantes do serviço público efetivo.

     

    -----------------------------------------------------------

    II. O direito de greve do servidor público será exercido segundo termos e limites definidos em lei complementar. ERRADO. CF - Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

     

     

     

    O impossível é o refúgio dos tímidos e o pesadelo dos covardes.

  •  

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:       (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;      (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;       (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    Vale lembrar que este inciso VII despenca em provas de concursos e insere-se na categoria das normas constitucionais de eficácia limitada, conforme a já ratificada na classificação  de José Afonso da Silva.

    O direito de greve do trabalhador da iniciativa privada está assegurado no artigo 9° da constituição federal de 1988 :

    O direito de greve é vedado aos militares,elencado no artigo 142,inciso IV da constituição federal de 1988 .

     XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

    GABA C

     

     

     

     

     

     

  • LETRA C

     

    I. ERRADA. CF, Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; 

     

    II. ERRADA. CF, Art. 37, VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

     

    III. CERTA. CF, Art. 37, XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

  • I. As funções de confiança e os cargos em comissão são exercidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.

    ERRADO.

    FUNÇÃO DE CONFIANÇA: exclusivamente exercido por servidor efetivo
    CARGO COMISSIONADO: exercido por servidor efetivo ou não - Direção, Chefia ou Acessoramento


    Art. 37, V - As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;


    II. O direito de greve do servidor público será exercido segundo termos e limites definidos em lei complementar.

    ERRADO. Trata-se de lei específica e não complementar.

    Art. 37, VII - O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 



    III. A proibição constitucional de acumulação de cargos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresa públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder público.

    CORRETO. Art. 37, XVII. (in verbis)






    Bons estudos.

  • Não foi necessário ler todas as assertivas para matar essa questão, pois basta ler a primeira que está errada, já que somente os cargos de confiança serão preenchidos apenas com servidores públicos efetivos, e atentar que entre as alternativas, apenas a "c" não coloca a disposição I como correta. Ganhar tempo nesse tipo de questão é fundamental...

  • Questão chata, já mata no primeiro item.
  • I- Funções de confiança = exercidas exclusivamente por servidores de cargo efetivo

       Cargos em comissão = ...destina-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento

    II- ... direito de greve definidos em lei específica

     

  • LETRA C

     

    I. ERRADA. CF, Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; 

     

    II. ERRADA. CF, Art. 37, VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

     

    III. CERTA. CF, Art. 37, XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

  • Matou a um, matou a questão. ;)

     

  • GABARITO LETRA C

    Dica:

    GrEvE = Específica

  • Só sabendo a I já da pra matar a questão. Cargo efetivo -> função de confiança. GABARITO C
  • Gabarito C:

    Só para lembrar:

    Lei complementar- Avaliação de desempenho

    Lei específica- Direito de greve

  • cargos em comissão não depende de concurso público,então qualquer um pode ser contratado para a função,porém a função de confiança são para as funções de direção chefia e acessoramento,então são destinadas apenas os servidores.

     

  • 1) Errada. Exclusivo de servidor ocupante de cargo efetivo é função de confiança. 

    Cargo em comissao terá percentual minimo de funionario efetivo,.... portanto, não confundam, a regra é que NÃO seja funcionario efetivo.

     

     

    2) Errado. GREVE é lei especifica e não complementar.

     

     

    3) Certinha. A proibição constitucional de acumulação de cargos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresa públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder público.

     

  • Saber que o item I está incorreto é suficiente para resolver a questão. Man, uma questão dessa na prova ajuda muito a ganhar tempo.

     

    GAB.: Letra "C"

  •  

    C

     

    Cargo efetivo -> passou em prova

     

    Comissão      -> Indicado por alguém, investidura em cargo sem concurso (Uma espécie de promoção)

     

    Confiança     -> Servidores de carreira que passou em prova (efetivo) sendo a confiança -> direção chefia e assessoramento.

  • III. A proibição constitucional de acumulação de cargos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresa públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder público.

  • Alguém pode me explicar o que significa este termo "lei específica"?

  • GABARITO C.

    As funções de confiança são reservadas exclusivamente para ocupantes de cargo efetivo. Os cargos em comissão podem ser ocupados tanto por servidores efetivos quanto por outras pessoas.

    O direito de greve será exercido nos termos e limites definidos em lei específica.

  • Sabendo que a assertiva I está errada só sobra 1 alternativa para marcar que é o gabarito.

    Li a assertiva II só por desencargo de consciência msm.


ID
2103652
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Conforme o que dispõe a legislação aplicável, não constitui hipótese de extinção do mandato de reitor de Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia:

Alternativas
Comentários
  • GAB: C

     

    LEI Nº 11.892, Art. 12 § 2o

     

     

    § 2o  O mandato de Reitor extingue-se pelo decurso do prazo ou, antes desse prazo, pela aposentadoria, voluntária ou compulsória, pela renúncia e pela destituição ou vacância do cargo.


ID
2125660
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Tomando por base a estrutura conceitual básica da Contabilidade (Resolução Nº 1.374/11 do Conselho Federal de Contabilidade), em relação os conceitos de manutenção de capital e determinação do lucro, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra C

     

    Letra A - Correta  - Resolucão CFC 1.374 - item 4.59 -(a)    Manutenção do capital financeiro. De acordo com esse conceito, o lucro é considedrado auferido somente se o montante financeiro (ou dinheiro) dos ativos líquidos no fim do período exceder o seu montante financeiro (ou dinheiro) no começo do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período. A manutenção do capital financeiro pode ser medida em qualquer unidade monetária nominal ou em unidades de poder aquisitivo constante.

     

    Letra B - Correta - Resolucão CFC 1.374 - item 4.59 - (b)    Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro é considerado auferido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da entidade (ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade) no fim do período exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.

     

    Letra C - ERRADA - Resolucão CFC 1.374 - item 4.61 - O conceito de manutenção do capital físico requer a adoção do custo corrente  como base de mensuração. O conceito de manutenção do capital financeiro, entretanto, não requer o uso de uma base específica de mensuração. A escolha da base conforme este conceito depende do tipo de capital financeiro que a entidade está procurando manter.

     

    Letra D - Correta - Resolucão CFC 1.374 - item 4.62 A principal diferença entre os dois conceitos de manutenção de capital está no tratamento dos efeitos das mudanças nos preços dos ativos e passivos da entidade. Em termos gerais, a entidade terá mantido seu capital se ela tiver tanto capital no fim do período como tinha no início, computados os efeitos das distribuições aos proprietários e seus aportes para o capital durante esse período. Qualquer valor além daquele necessário para manter o capital do início do período é lucro.

     

    Bons estudos a todos.

  • 4.60. O conceito de manutenção de capital está relacionado com a
    forma pela qual a entidade define o capital que ela procura manter. Ele
    representa um elo entre os conceitos de capital e os conceitos de lucro,
    pois fornece um ponto de referência para medição do lucro; é uma condição
    essencial para distinção entre o retorno sobre o capital da entidade e a
    recuperação do capital; somente os ingressos de ativos que excedam os
    montantes necessários para manutenção do capital podem ser considerados
    como lucro e, portanto, como retorno sobre o capital. Portanto, o lucro é o
    montante remanescente depois que as despesas (inclusive os ajustes de
    manutenção do capital, quando for apropriado) tiverem sido deduzidas do
    resultado. Se as despesas excederem as receitas, o montante residual será um
    prejuízo.

  • O conceito de manutenção de capital físico requer a adoção do custo corrente como base me mensuração. Já o conceito para manutenção de capital financeiro, não requer o uso de uma base especifica de mensuração. A escolha da base conforme a estrutura conceitual depende do tipo de capital financeiro que a entidade esta procurando manter.


ID
2125663
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Em relação às características qualitativas da informação contábil-financeira útil, com base na estrutura conceitual básica da Contabilidade (Resolução Nº 1.374/11 do Conselho Federal de Contabilidade), é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

    Resolucão 1374/11

    item QC11. A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam com base na informação contábil-financeira acerca de entidade específica que reporta a informação. Em outras palavras, a materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade baseado na natureza ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está relacionada no contexto do relatório contábil-financeiro de uma entidade em particular. Consequentemente, não se pode especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma situação particular.

     

  • QC8. A informação contábil-financeira tem valor preditivo se puder ser utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos usuários para predizer futuros resultados. A informação contábil-financeira não precisa ser uma predição ou uma projeção para que possua valor preditivo. A informação contábil-financeira com valor preditivo é empregada pelos usuários ao fazerem suas próprias predições.

     

    QC12. Os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno econômico em palavras e números. Para ser útil, a informação contábil-financeira não tem só que representar um fenômeno relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno que se propõe representar. Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. É claro, a perfeição é rara, se de fato alcançável. O objetivo é maximizar referidos atributos na extensão que seja possível.

  • para conhecimento:

     

    Na CONTABILIDADE PÚBLICA:

    Materialidade
    3.32 A informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar o cumprimento do dever de prestação de contas e responsabilização (accountability), ou as decisões que os usuários tomam com base nos RCPGs elaborados para aquele exercício. A materialidade depende tanto da natureza quanto do montante do item analisado dentro das particularidades de cada entidade. Os RCPGs podem englobar informação qualitativa e quantitativa acerca do cumprimento da prestação de serviços durante o período de referência e das expectativas sobre a prestação de serviço e o desempenho no futuro. Consequentemente, não é possível especificar um limite quantitativo uniforme no qual determinada informação se torna material.


ID
2125666
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Tomando como base os preceitos da Resolução Nº 1.133/08 do Conselho Federal de Contabilidade, que aprovou a NBC T 16.6 (R1), analise as afirmativas a seguir sobre a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) elaborada e divulgada pelas entidades do setor público.
I. A DFC permite aos usuários projetar cenários de fluxos futuros de caixa e elaborar análise sobre eventuais mudanças em torno da capacidade de manutenção do regular financiamento dos serviços públicos.
II. A DFC deve ser elaborada pelo método direto ou indireto e evidenciar as movimentações havidas no caixa e seus equivalentes, nos seguintes fluxos: das operações, dos investimentos e dos financiamentos.
III. O fluxo de caixa das operações compreende os ingressos, inclusive decorrentes de receitas originárias e derivadas, e os desembolsos relacionados com a ação pública e os demais fluxos que não se qualificam como de investimento ou financiamento.
IV. O fluxo de caixa dos investimentos inclui os recursos relacionados à aquisição e à alienação de ativos, bem como recebimentos em dinheiro por liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos.
A partir dessa análise, conclui-se que estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    Todas certas, NBCT16.6:

    I - 30 A Demonstração dos Fluxos de Caixa permite aos usuários projetar cenários de fluxos futuros de caixa e elaborar análise sobre eventuais mudanças em torno da capacidade de manutenção do regular financiamento dos serviços públicos


    II - 31 A Demonstração dos Fluxos de Caixa deve ser elaborada pelo método direto ou indireto e evidenciar as movimentações havidas no caixa e seus equivalentes, nos seguintes fluxos:

    (a das operações;

    (b dos investimentos; e

    (c dos financiamentos.


    III - 32 O fluxo de caixa das operações compreende os ingressos, inclusive decorrentes de receitas originárias e derivadas, e os desembolsos relacionados com a ação pública e os demais fluxos que não se qualificam como de investimento ou financiamento.


    IV - 33 O fluxo de caixa dos investimentos inclui os recursos relacionados à aquisição e à alienação de ativo não circulante, bem como recebimentos em dinheiro por liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos e outras operações da mesma natureza

    bons estudos

  • Afirmativa IV - O fluxo de caixa dos investimentos inclui os recursos relacionados à aquisição e à alienação de ativos, bem como recebimentos em dinheiro por liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos.

     

    NBC T 16.6 (R1), item 33:

    O fluxo de caixa dos investimentos inclui os recursos relacionados à aquisição e à alienação de ativo não circulante, bem como recebimentos em dinheiro por liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos e outras operações da mesma natureza.

     

  • Passivel de anulação de acordo com a NBC T 16.6 (R1), item 33:

    O fluxo de caixa dos investimentos inclui os recursos relacionados à aquisição e à alienação de ativo não circulante, bem como recebimentos em dinheiro por liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos e outras operações da mesma natureza.

  • Questão capciosa quanto ao item II, pois embora a NBCT 16.6 faculte a elaboração da DFC pelo método direto ou indireto, o MCASP 7ª ed. prescreve que "A DFC aplicada ao setor público é elaborada pelo método direto" (p. 400). Tendo o enunciado remetido à NBC, o gabarito está de fato correto.


ID
2125669
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Associe a COLUNA I com a COLUNA II, relacionando as demonstrações contábeis elaboradas e divulgadas pelas entidades do setor público com as informações que devem ser evidenciadas nessas demonstrações, em conformidade com a NBC T 16.6 (R1), aprovada pela Res. Nº 1.133/2008 do Conselho Federal de Contabilidade.
COLUNA I
1. Balanço patrimonial
2. Balanço orçamentário
3. Balanço financeiro
4. Demonstração das variações patrimoniais
COLUNA II
( ) Resultado patrimonial do período que é apurado pelo confronto entre as variações quantitativas aumentativas e diminutivas, decorrentes de transações no setor público.
( ) Receitas e despesas orçamentárias, bem como ingressos e dispêndios extraorçamentários, conjugados com os saldos de caixa do exercício anterior e os que se transferem para o início do exercício seguinte.
( ) Resultado do período segregado dos resultados acumulados de períodos anteriores; valores de terceiros ou retenções em nome deles, quando a entidade do setor público for a fiel depositária, independentemente do prazo de exigibilidade.
( ) Receitas e despesas orçamentárias, detalhadas em níveis relevantes de análise, confrontando o orçamento inicial e as suas alterações com a execução, demonstrando o resultado orçamentário.
Assinale a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Ordem 4,3,1,2

     

    NBC T 16.6 (R1)

     

    Item 28 - Para fins de apresentação na Demonstração das Variações Patrimoniais, as variações devem ser segregadas em quantitativas e qualitativas.

    29. O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre as variações quantitativas aumentativas e diminutivas.

     

     

    Item 23. O Balanço Financeiro evidencia as receitas e despesas orçamentárias, bem como os ingressos e dispêndios extraorçamentários, conjugados com os saldos de caixa do exercício anterior e os que se transferem para o início do exercício seguinte.

     

     

    item 12. O Balanço Patrimonial, estruturado em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, evidencia qualitativa e quantitativamente a situação patrimonial da entidade pública: ativo, passivo, PL e contas de compensação.

    Os passivos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem um dos seguintes critérios: (...) 

    (b) corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome deles, quando a entidade do setor público for a fiel depositária, independentemente do prazo de exigibilidade.

     

     

    Item 20. O Balanço Orçamentário evidencia as receitas e as despesas orçamentárias, detalhadas em níveis relevantes de análise, confrontando o orçamento inicial e as suas alterações com a execução, demonstrando o resultado orçamentário.


ID
2125672
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Auditoria Governamental
Assuntos

Tomando como base a NBC T 16.8, aprovada pela Res. Nº 1.135/08 do Conselho Federal de Contabilidade, sobre o controle interno nas entidades do setor público, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • NBC T16.8

    Classificação: O controle interno é classificado nas seguintes categorias:

    a) Operacional - relacionado às ações que propiciam alcance dos objetivosda entidade;

    b) Contábil - relacionado à veracidade e à fidedignidade dos registros e das demonstraçõescontábeis; e

    c) Normativo - relacionado à observância da regulamentação pertinente.

  • A alternativa A também está ERRADA.

     

     

    "Este" em português se refere ao último item citado.

     

    Então, a alternativa afirma que MONITORAMENTE compreende a identificação dos eventos ou das condições que podem afetar a qualidade da informação contábil.

     

     

    No entanto, veja abaixo as definições trazidas pela NBC T 16.8:

     

     

    - MONITORAMENTO compreende o acompanhamento dos pressupostos do controle interno, visando assegurar a sua adequação aos objetivos, ao ambiente, aos recursos e aos riscos.

     

    - MAPEAMENTO DE RISCOS é a identificação dos eventos ou das condições que podem afetar a qualidade da informação contábil.

     

     

     

     

     

     

     


ID
2125675
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre escrituração contábil, sistema de contas e regimes contábeis.
I. A contabilidade aplicada ao setor público deve manter um processo de registro apto para sustentar o dispositivo legal do regime da receita orçamentária, de forma a atender a todas às demandas de informações da execução orçamentária.
II. Além do registro dos fatos ligados à execução orçamentária, a contabilidade aplicada ao setor público deve proceder à evidenciação dos fatos ligados à administração financeira e patrimonial, de maneira que os fatos modificativos sejam levados à conta de resultado.
III. A contabilidade aplicada ao setor público deve evidenciar, independentemente, os fatos ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial, gerando informações que permitam o conhecimento da composição patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros.
IV. Com o objetivo de evidenciar o impacto no patrimônio, a contabilidade aplicada ao setor público deve registrar a variação patrimonial aumentativa, independentemente da execução orçamentária, em função do fato gerador, observando os princípios de competência e de caixa.
A partir dessa análise, conclui-se que estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Perfeito, mas a delação premiada não é mais um a letra morta hoje. Sendo bem efetiva, com criticas, até, em relação à subjetividade do acordo.


ID
2125678
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Tomando como base a NBC T 16.10, aprovada pela Res. Nº 1.137/08 do Conselho Federal de Contabilidade, analise as afirmativas a seguir sobre avaliação e mensuração de ativos e passivos em entidades do setor público.
I. Os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo imobilizado devem ser incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade de geração de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços.
II. Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade pública ou exercidos com essa finalidade são avaliados com base no valor de aquisição ou de produção, ou pelo valor de mercado se esse for menor.
III. A reavaliação é uma política contábil de mensuração alternativa em relação ao método do custo, útil para assegurar que o valor contábil de determinados ativos não difira materialmente daquele que seria determinado, usando-se seu valor justo na data das demonstrações contábeis.
IV. As reavaliações devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado na data de encerramento do Balanço Patrimonial, pelo menos anualmente para as contas cujos valores de mercado variarem significativamente em relação aos valores históricos.
A partir dessa análise, conclui-se que estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

     

    I) CORRETA - "Os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo imobilizado devem ser incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade de geração de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços. Qualquer outro gasto que não gere benefícios futuros deve ser reconhecido como despesa do período em que seja incorrido."

     

    II) ERRADA - "Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade pública ou exercidos com essa finalidade são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou de produção." NÃO há nenhuma ressalva relacionada ao valor de mercado.

     

    III) CORRETA - fui por exclusão. Não encontrei a assertiva literal na NBC T 16.10.

     

    IV - ERRADA - assertiva está incompleta. "As reavaliações devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado na data de encerramento do Balanço Patrimonial, pelo menos:

    (a) anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem significativamente em relação aos valores anteriormente registrados;

    (b) a cada quatro anos, para as demais contas ou grupos de contas."

  • Paula T  - a resposta do (item III) esta na RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.137/08 na NBC T 16.10. no item 35C - A reavaliação é uma política contábil de mensuração alternativa em relação ao método do custo, útil para assegurar que o valor contábil de determinados ativos não difira materialmente daquele que seria determinado, usando-se seu valor justo na data das demonstrações contábeis.                                

     

  • II- Os direitos que tenha por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade pública ou exercidos com essa finalidade são mesurados ou avaliados com base no valor de AQUISIÇÃO OU PRODUÇÃO.

     

    IV -Reavaliação e redução ao valor recuperável

    As reavaliações devem ser feitas utilizando-se o VALOR JUSTO ou o VALOR DE MERCADO, na data de encerramento do Balanço Patrimonial, pelo menos:

    ANUALMENTE, para as contas ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem siginificativamente em relação aos valores ANTERIORMENTE REGISTRADOS;

    A CADA QUATRO ANOS, paras as demais contas ou grupos de contas.

    * Os acréscimos ou os decréscimos do valor do ativo em decorrência, respectivamente, de reavaliação ou redução ao valor recuperável (impairment) deve ser registrados em contas de RESULTADO.

     


ID
2125681
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

No âmbito das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, há várias normas específicas, dentre elas, a NBC T 16.2, a NBC T 16.3 e a NBC T 16.4. Aquela estabelece o conceito de patrimônio público, sua classificação sob o enfoque contábil, o conceito e a estrutura do sistema de informação contábil. Essa estabelece as bases para controle contábil do planejamento desenvolvido pelas entidades do setor público, expresso em planos hierarquicamente interligados. Esta estabelece conceitos, natureza e tipicidades das transações no setor público.
Quanto a essas três normas, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • A alternativa B mistura os conceitos de subsistema patrimonial e de compensação.

    NBCT 16.2

    Patrimonial: registra, processa e evidencia fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público;

    Compensação: registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.

  • letra B

    De acordo com o PCASP, Pg 13 Subsistema de Compensação - registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos POSSAM PRODUZIR (DIFERENTE DA QUESTÃO QUE ESCREVE "RESULTARAM") modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle, subsidiando a administração com informações tais como:
    I) Alterações potenciais nos elementos patrimoniais; e
    II) Acordos, garantias e responsabilidades.

    BONS ESTUDOS

    =]

  •  

    A metodologia utilizada para a estruturação do PCASP foi a segregação das contas contábeis em
    grandes grupos de acordo com as características dos atos e fatos nelas registrados. Essa metodologia
    permite o registro dos dados contábeis de forma organizada e facilita a análise das informações de
    acordo com sua natureza.
    O PCASP está estruturado de acordo com as seguintes naturezas das informações contábeis:
    a. Natureza de Informação Orçamentária: registra, processa e evidencia os atos e os fatos
    relacionados ao planejamento e à execução orçamentária.
    b. Natureza de Informação Patrimonial: registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não
    financeiros relacionados com a composição do patrimônio público e suas variações qualitativas
    e quantitativas.
    c. Natureza de Informação de Controle: registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos
    efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como
    aqueles com funções específicas de controle.
     

    Fonte: MCASP - 7ª Ed. p. 342

  • Normas Revogadas


ID
2125684
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Tomando como base os preceitos da NBC T 16.5, aprovada pela Res. Nº 1.132/08 do Conselho Federal de Contabilidade, analise as afirmativas a seguir sobre os critérios para o registro contábil dos atos e dos fatos que afetam ou possam vir a afetar o patrimônio das entidades do setor público e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) Uma das características do registro e da informação contábil no setor público é a Imparcialidade, ou seja, os registros contábeis e as informações apresentadas devem reconhecer os fenômenos patrimoniais em sua totalidade, não podendo ser omitidas quaisquer partes do fato gerador.
( ) A entidade do setor público deve manter sistema de informação contábil refletido em plano de contas que inclua a terminologia de todas as contas e sua adequada codificação, bem como a identificação do subsistema a que pertence, a natureza e o grau de desdobramento, possibilitando os registros de valores e a integração dos subsistemas.
( ) Os registros contábeis devem ser efetuados de forma analítica, refletindo a transação constante em documento hábil, em consonância com os Princípios de Contabilidade. No caso de registros extemporâneos, devem consignar, nos seus históricos, as datas efetivas das ocorrências e a razão do atraso.
( ) Para os atos da administração com potencial de modificar o patrimônio da entidade, os documentos em papel podem ser digitalizados e armazenados em meio eletrônico ou magnético, desde que assinados e autenticados, em observância à Norma Brasileira de Contabilidade que trata da escrituração em forma eletrônica.
Assinale a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • ( ) Uma das características do registro e da informação contábil no setor público é a INTEGRIDADE, ou seja, os registros contábeis e as informações apresentadas devem reconhecer os fenômenos patrimoniais em sua totalidade, não podendo ser omitidas quaisquer partes do fato gerador.

     

  • Segurança da documentação contábil

    16. As entidades do setor público devem desenvolver procedimentos que garantam a segurança, a preservação e a disponibilidade dos documentos e dos registros contábeis mantidos em sistemas eletrônicos.

    17. Os documentos em papel podem ser digitalizados e armazenados em meio eletrônico ou magnético, desde que assinados e autenticados, em observância à norma brasileira de contabilidade que trata da escrituração em forma eletrônica. (Não mensiona atos da administração pública com potencial de modificar o patrimônio da entidade)

  • Norma Revogada


ID
2125687
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre o tratamento contábil para os estoques, considerando os preceitos da NBC TG 16 (R1), aprovada pela Res. Nº 1.170/09 do Conselho Federal de Contabilidade.
I. O valor justo é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. Esse é um valor específico para a entidade.
II. O custo de aquisição de estoques compreende o preço de compra, os tributos incidentes (exceto os recuperáveis perante o fisco), bem como os custos de transporte, seguro e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços.
III. A negociação da compra de estoques com condição para pagamento a prazo pode efetivamente conter um elemento de financiamento, o qual deve ser reconhecido como custo incorrido para a aquisição e deve compor o custo do estoque.
IV. O valor do estoque baixado, reconhecido como despesa durante o período, o qual é denominado frequentemente como custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos, consiste nos custos que estavam incluídos na mensuração do estoque que agora é vendido.
A partir dessa análise, conclui-se que estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D

    I - Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda

    II - CERTO: 11.   O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis perante o fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição

    III - 18.  A entidade geralmente compra estoques com condição para pagamento a prazo. A negociação pode efetivamente conter um elemento de financiamento, como, por exemplo, uma diferença entre o preço de aquisição em condição normal de pagamento e o valor pago; essa diferença deve ser reconhecida como despesa de juros durante o período do financiamento

    IV - CERTO: 38.  O valor do estoque baixado, reconhecido como despesa durante o período, o qual é denominado frequentemente como custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos, consiste nos custos que estavam incluídos na mensuração do estoque que agora é vendido

    bons estudos

  • Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 46 – Mensuração do Valor Justo, a definição de Valor Justo é: “o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data da mensuração”.

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ID
2125690
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Nas entidades do setor público, o registro contábil deve ser feito pelo método das partidas dobradas e os lançamentos devem debitar e creditar contas que apresentem a mesma natureza de informação. Assim, para a amortização de operação de crédito, associe a COLUNA I com a COLUNA II, relacionando os estágios dessa despesa com os lançamentos nos subsistemas orçamentário ou patrimonial. Considere (P) como passivo permanente e (F) como passivo financeiro.
COLUNA I
1. Empenho
2. Liquidação
3. Pagamento
4. Fixação
COLUNA II
( ) D 5.2.2.x.x.xx.xx Dotação Inicial C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito Disponível
( ) D 2.1.2.x.x.xx.xx Empréstimos e Financiamentos a Curto Prazo (F) C 1.1.1.1.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F)
( ) D 6.2.2.1.3.02.xx Crédito Empenhado em Liquidação C 6.2.2.1.3.03.xx Crédito Empenhado Liquidado a Pagar
( ) D 2.1.2.x.x.xx.xx Empréstimos e Financiamentos a Curto Prazo (P) C 2.1.2.x.x.xx.xx Empréstimos e Financiamentos a Curto Prazo (F)
Assinale a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • (4 ) D 5.2.2.x.x.xx.xx Dotação Inicial C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito Disponível . Fixação da despesa

    (3 ) D 2.1.2.x.x.xx.xx Empréstimos e Financiamentos a Curto Prazo (F) C 1.1.1.1.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F). Pagamento da despesa

    ( 2) D 6.2.2.1.3.02.xx Crédito Empenhado em Liquidação C 6.2.2.1.3.03.xx Crédito Empenhado Liquidado a Pagar. Liquidação da despesa

    (1 ) D 2.1.2.x.x.xx.xx Empréstimos e Financiamentos a Curto Prazo (P) C 2.1.2.x.x.xx.xx Empréstimos e Financiamentos a Curto Prazo (F). Empenho da despesa


ID
2125693
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Associe a COLUNA I com a COLUNA II, relacionando a categoria econômica / origem / espécie da Receita Pública com as suas respectivas descrições.

COLUNA I

1. Receita corrente – taxas

2. Receita corrente – contribuição de melhoria

3. Receita corrente – patrimonial

4. Receita de capital – transferências de capital

COLUNA II

( ) Recursos devidos aos entes da Federação como forma de participação no resultado da exploração dos seus recursos minerais, hídricos, florestais e outros, definidos no ordenamento jurídico.

( ) Espécie de tributo e tem como fato gerador a valorização imobiliária que decorra de obras públicas, contanto que haja nexo causal entre o acréscimo de valor obtido e a realização da obra pública.

( ) Recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado e destinados para atender despesas em investimentos ou inversões financeiras, a fim de satisfazer finalidade pública específica; sem corresponder, entretanto, a contraprestação direta ao ente transferidor.

( ) Espécie de tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia administrativa ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição.

Assinale a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Receitas:

    contribuição de melhoria - É espécie de tributo na classificação da receita orçamentária e tem como fato gerador valorização imobiliária que decorra de obras públicas, contanto que haja nexo causal entre a melhoria havida e a realização da obra pública. De acordo com o art. 81 do CTN: "A contribuição de melhoria cobrada pela União, Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.".

    taxas - As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito das respectivas atribuições, são, também, espécie de tributo na classificação orçamentária da receita, tendo, como fato gerador, o exercício regular do poder de polícia administrativa, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição – art. 77 do CTN: "Art. 77: As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao  contribuinte ou posto à sua disposição."

    patrimonial - São receitas provenientes da fruição do patrimônio de ente público, como por exemplo, bens mobiliários e imobiliários ou, ainda, bens intangíveis e participações societárias. São classificadas no orçamento como receitas correntes e de natureza patrimonial. Quanto à procedência, trata-se de receitas originárias. Podemos citar como espécie de receita patrimonial as compensações financeiras, concessões e permissões, dentre outras.

    transferências de capital - Na ótica orçamentária, são recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado e destinados para atender despesas em investimentos ou inversões financeiras12, a fim de satisfazer finalidade pública específica; sem corresponder, entretanto, a contraprestação direta ao ente transferidor. Os recursos da transferência ficam vinculados à finalidade pública e não a pessoa. Podem ocorrer a nível intragovernamental (dentro do âmbito de um mesmo governo) ou intergovernamental (governos diferentes, da União para estados, do estado para os municípios, por exemplo), assim como recebidos de instituições privadas (do exterior e de pessoas).

    Fonte: MCASP 6ª Edição

  • Item 1 - Receita Corrente -Taxa

    Fundamento legal: Art. 11, § 1º e § 4º da Lei 4.320/64 c/c Art. 45, inciso II da CF/88 c/c Art. 77 do CTN

    Item 2- Receita Corrente- Contribuição de melhoria

    Fundamento legal: Art. 11, § 1º e § 4º da Lei 4.320/64 c/c Art. 45, inciso III da CF/88 c/c Art. 81 do CTN

    Item 3 - Receita Corrente- Patrimonial

    Fundamento legal e doutrinário: Art. 11, § 1º e § 4º da Lei 4.320/64 .

    " Receita Corrente patrimonial decorre da exploração de bens próprios do Estado. Sinopse Direito Financeiro juspodium

    Item 4- Receita de capital - transferência de capital : Art. 12 § 6º da Lei 4.320/64


ID
2125696
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre as classificações da Despesa Orçamentária.
I. A classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão a que são consignadas dotações próprias.
II. A classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções. A atual classificação funcional é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo.
III. A classificação funcional é representada por seis dígitos. Os três primeiros referem-se à função, enquanto que os três últimos dígitos representam a subfunção, que podem ser traduzidos como meios de segregação das diversas áreas de atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária.
IV. Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual para o período de quatro anos. Os entes da Federação devem ter seus trabalhos organizados por programas e ações e devem seguir uma classificação de aplicação comum e obrigatória a todos.
A partir dessa análise, conclui-se que estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

     

    I) CERTO - Transcrição literal do MCASP 6a edição p.61

     

    II) CERTO - "A classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções, buscando responder basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa será realizada.

    A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria no 42/1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo." (MCASP 6a edição p. 62)

     

    III) ERRADO - "A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função, enquanto que os três últimos dígitos representam a subfunção, que podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária." (MCASP 6a edição p. 62)

     

    IV) ERRADO - "Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual (PPA) para o período de quatro anos. Conforme estabelecido no art. 3o da Portaria MOG no 42/1999, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações nela contidos. Ou seja, todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por programas e ações, mas cada um estabelecerá seus próprios programas e ações de acordo com a referida Portaria." (MCASP 6a edição p. 63)


ID
2125699
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre os tributos de competência federal, previstos na Constituição Federal de 1988, e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) O imposto sobre produtos industrializados não incide sobre produtos industrializados destinados ao exterior, é seletivo em função da essencialidade do produto e é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores.
( ) O Poder Executivo pode, atendidos as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza e do imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.
( ) O imposto sobre propriedade territorial rural é fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
( ) A União tem competência para instituir impostos sobre importação de produtos estrangeiros, operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários e imobiliários.
Assinale a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    VERDADEIRO

    Art. 153 § 3º O imposto previsto no inciso IV: (IPI)

    I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;

    II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;

    III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.

    IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei.


    FALSO
    Art. 153 § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.  (II, Ie, IPI, IOF) - NÃO TEM IMPOSTO DE RENDA

    VERDADEIRO
    Art. 153 § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (ITR)
    III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal

    FALSO
    Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre
    I - importação de produtos estrangeiros;
    V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;  NÃO TEM IMOBILIARIO

    bons estudos

  • Quem altera IR então?

    " Art. 153 § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. (II, Ie, IPI, IOF) - NÃO TEM IMPOSTO DE RENDA"

  • Alane, para o poder executivo alterar alíquotas do IR é necessário uma lei ordinária, vai ter que passar pelo congresso. No caso do II, IE e IOF o poder executivo pode alterar alíquotas por decreto, sem passar pelo poder legislativo. Abraços!

  • Alane, para o poder executivo alterar alíquotas do IR é necessário uma lei ordinária, vai ter que passar pelo congresso. No caso do II, IE e IOF o poder executivo pode alterar alíquotas por decreto, sem passar pelo poder legislativo. Abraços!


ID
2125702
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Associe a COLUNA I com a COLUNA II, relacionando os princípios tributários às suas respectivas definições / descrições, considerando os preceitos da Constituição Federal de 1988.

COLUNA I

1. Anterioridade

2. Irretroatividade

3. Legalidade

4. Vedação ao confisco

5. Isonomia tributária

COLUNA II

( ) É vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.

( ) É vedado aos entes federados cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que os instituiu.

( ) Proíbe distinções arbitrárias entre contribuintes que se encontrem em situações semelhantes.

( ) Não se pode cobrar tributo relativo a situações ocorridas antes do início da vigência da lei que as tenha definido.

( ) A cobrança de tributos deve se pautar dentro de um critério de razoabilidade, não podendo ser excessiva, antieconômica.

Assinale a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D
     

    ( 3. Legalidade Art. 150 I ) É vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
     

    ( 1. Anterioridade Art. 150 III b) É vedado aos entes federados cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que os instituiu.
     

    ( 5. Isonomia tributária Art. 150 II ) Proíbe distinções arbitrárias entre contribuintes que se encontrem em situações semelhantes.
     

    ( 2. Irretroatividade Art. 150 III a ) Não se pode cobrar tributo relativo a situações ocorridas antes do início da vigência da lei que as tenha definido.
     

    ( 4. Vedação ao confisco Art. 150 IV ) A cobrança de tributos deve se pautar dentro de um critério de razoabilidade, não podendo ser excessiva, antieconômica.

    bons estudos


ID
2125705
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre os tributos de competência estadual, previstos na constituição federal.
I. O imposto sobre propriedade de veículos automotores tem alíquotas mínimas e máximas fixadas pelo Senado Federal e pode ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização dos veículos.
II. Os estados podem instituir impostos sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos, sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação e sobre propriedade de veículos automotores.
III. O imposto sobre transmissão causa mortis e doação de bens imóveis, títulos e créditos compete ao estado da Federação onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal.
IV. O imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro estado ou pelo Distrito Federal.
V. O imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias não incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física que não seja contribuinte habitual do imposto.
A partir dessa análise, conclui-se que estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    I - Art. 155 § 6º O imposto previsto no inciso III: (IPVA)

    I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;

    II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização


    II - CERTO: Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

    I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;

    II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior


    III - Art. 155 § 1º O imposto previsto no inciso I: (ITCMD)

    I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal

    II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;


    IV - CERTO: Art. 155 § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (ICMS)

    I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal


    V - Art. 155 §2 IX - incidirá também:

    a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;

    bons estudos


ID
2125708
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando ou não o seu resultado.
Em relação a essas variações, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Item A

     

    Considera-se realizada a variação patrimonial aumentativa (VPA):


    a. nas transações com contribuintes e terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela ocorrência de um fato gerador de natureza tributária, investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, ou fruição de serviços por esta prestados;


    b. quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;


    c. pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros; (Aumentativa)


    d. no recebimento efetivo de doações e subvenções.

     

    Fonte: (Mcasp 6 ed, Página 136) 

  • Considera-se realizada a variação patrimonial diminutiva (VPD):

    a. Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiro;

    b. Diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;

    c. Pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

     

    FONTE: Mcasp 7, pg.: 149

  • A) A geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros caracteriza uma variação patrimonial qualitativa. É uma VPA, conforme o MCASP. Entrou um novo ativo sem equivalente passivo.

    B) A variação patrimonial aumentativa ocorre nas transações com contribuintes que efetuam o pagamento pela ocorrência de um fato gerador de natureza tributária. Pelo enfoque patrimonial, ocorre a VPA no momento do fato gerador.

    C) A compra de veículo e a contratação de operações de crédito são variações patrimoniais qualitativas. Entrou um veículo, saiu caixa. Entrou operação de crédito, saiu caixa para o seu pagamento.

    D) A variação patrimonial diminutiva ocorre quando surgir um passivo, sem o correspondente ativo. Um dos exemplos de VPD no MCASP.

    "Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-Me." São Lucas IX


ID
2125711
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Considerando os preceitos da Constituição Federal de 1988, analise as afirmativas a seguir sobre os tributos de competência dos municípios.
I. Os municípios podem cobrar imposto sobre a liquidação de bens móveis ou imóveis, ou de direitos sobre esses bens, de pessoas jurídicas que forem extintas, independentemente das atividades comerciais ou industriais por elas desenvolvidas.
II. Os municípios têm competência para instituir impostos sobre a transmissão “intervivos”, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição.
III. O imposto sobre propriedade predial e territorial urbana pode ser progressivo em razão do valor do imóvel, pode ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel e pode, ainda, ser progressivo no tempo se o imóvel edificado ou não for subutilizado ou não utilizado.
IV. Os municípios não podem cobrar imposto sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de incorporação de pessoa jurídica, salvo se a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.
A partir dessa análise, conclui-se que estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia esclarecer o erro da alternativa III? Obrigada!

  • Progressão do IPTU

    Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos no plano diretor, ou não sendo cumpridas as etapas previstas nos empreendimentos de grande porte, o Município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.

    O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado no plano diretor e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por cento.

    Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação.

    fonte: http://www.portaltributario.com.br/artigos/iptu-progressivo.htm

  • Gabarito Letra C

    Item III
    Art. 182 § 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento,      sob pena, sucessivamente, de: (não pode ser edificado, como propõe a questão)

    I - parcelamento ou edificação compulsórios;

    II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

    III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

    bons estudos

  • CTN:

    I. ERRADO - CTN: art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide sobre a transmissão dos bens ou direitos referidos no artigo anterior: I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito; II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com outra. Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em decorrência da sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que foram conferidos.


    II. CERTO Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador: I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil;

     

    III. ERRADOCRFB, art. 182, §4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento,      sob pena, sucessivamente, de: (...) II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;


    IV. CERTO - CRFB, art. 156, § 2º O imposto previsto no inciso II: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;

  •  III. O imposto sobre propriedade predial e territorial urbana pode ser progressivo em razão do valor do imóvel, pode ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel e pode, ainda, ser progressivo no tempo se o imóvel edificado ou (não) for subutilizado ou não utilizado.

  • I. Os municípios podem cobrar imposto sobre a liquidação de bens móveis ou imóveis, ou de direitos sobre esses bens, de pessoas jurídicas que forem extintas, independentemente das atividades comerciais ou industriais por elas desenvolvidas. (Errado)

    A literalidade dos arts. 156, §2º CF e 36 CTN diz: O ITBI não incide sobre a transmissão de bens de empresas extintas, salvo se a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens, locação de imóveis ou arrendamento mercantil.

    II. Os municípios têm competência para instituir impostos sobre a transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição. (Correto)

    Arts. 156, II CF e 35 CTN.

    III. O imposto sobre propriedade predial e territorial urbana pode ser progressivo em razão do valor do imóvel, pode ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel e pode, ainda, ser progressivo no tempo se o imóvel edificado ou não for subutilizado ou não utilizado. (Errado)

    Art. 182, §4º, II CF: “É facultado ao poder público municipal exigir IPTU progressivo no tempo sobre o solo urbano não edificado."

    Questão maliciosa, tipo decoreba, que altera a locução conjuntiva expressa no texto legal.

    IV. Os municípios não podem cobrar imposto sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de incorporação de pessoa jurídica, salvo se a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil. (Correto)

    Art. 156, §2º CF


ID
2125714
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre os princípios de contabilidade sob a perspectiva do setor público e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) A continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto perdurar sua finalidade.
( ) Nos registros dos atos e fatos contábeis, deve ser considerado o valor original dos componentes patrimoniais, o qual se baseia em valores de entrada e ao longo do tempo se confunde com o custo histórico.
( ) O Princípio da Oportunidade é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos processos de reconhecimento, mensuração e evidenciação da informação contábil, dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública.
( ) A aplicação do Princípio da Prudência não deve constituir garantia de inexistência de valores fictícios, de interesses de grupos ou pessoas, especialmente gestores, ordenadores e controladores.
Assinale a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    VERDADEIRO

    Resolução 1.111 No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto perdurar sua finalidade.

    FALSO
    Nos registros dos atos e fatos contábeis será considerado o valor original dos componentes patrimoniais.

    Valor Original, que ao longo do tempo não se confunde com o custo histórico, corresponde ao valor resultante de consensos de mensuração com agentes internos ou externos, com base em valores de entrada – a exemplo de custo histórico, custo histórico corrigido e custo corrente; ou valores de saída – a exemplo de valor de liquidação, valor de realização, valor presente do fluxo de benefício do ativo e valor justo.

    VERDADEIRO
    O Princípio da Oportunidade é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos registros contábeis dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública, observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público.

    FALSO
    A aplicação do Princípio da Prudência não deve levar a excessos ou a situações classificáveis como manipulação do resultado, ocultação de passivos, super ou subavaliação de ativos. Pelo contrário, em consonância com os Princípios Constitucionais da Administração Pública, deve constituir garantia de inexistência de valores fictícios, de interesses de grupos ou pessoas, especialmente gestores, ordenadores e controladores.

    bons estudos

  • Vamos analisar as assertivas:

    A primeira assertiva descreve corretamente o princípio da continuidade. Temos um V.

    A segunda assertiva começa descrevendo corretamente o princípio do registro pelo valor original, MAS afirma que esse se confunde com o custo histórico, o que não é verdade. Temos um F.

    A terceira assertiva descreve corretamente o princípio da oportunidade. Temos um V

    Por fim, a quarta assertiva viajou! Uma vez que o princípio da prudência se refere ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. Temos um F.

    Assim, a alternativa correta é a letra A).

    Gabarito: LETRA A


ID
2125717
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Associe a COLUNA I com a COLUNA II, relacionando as etapas da receita orçamentária às suas respectivas definições / descrições, considerando os preceitos do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
COLUNA I
1. Planejamento
2. Previsão
3. Lançamento
4. Arrecadação
5. Recolhimento
COLUNA II
( ) Transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira.
( ) Previsão de arrecadação da receita orçamentária constante da Lei Orçamentária Anual (LOA), resultante de metodologias de projeção usualmente adotadas.
( ) Entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente.
( ) Ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito dessa pessoa.
( ) Implica planejar e estimar a arrecadação das receitas orçamentárias que constarão na proposta orçamentária.
Assinale a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Item D

     

    ( 5 ) Transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro (Recolhimento).

    ( 1 ) Previsão de arrecadação da receita orçamentária constante da Lei Orçamentária Anual (Planejamento).

    ( 4 ) Entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou devedores, por meio dos agentes arrecadadores (Arrecadação).

    ( 3 ) Ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal (Lançamento).

    ( 2 ) Implica planejar e estimar a arrecadação das receitas orçamentárias (Previsão).

     

    Fonte: (Mcasp 6 ed, Página 55)