SóProvas



Questões de Pronomes possessivos


ID
2380
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Pronto para outra?
Ricardo Freire

          Para muita gente, esta é a semana mais difícil do ano.
Você volta das férias, tenta se adaptar de novo à rotina e
já pressente as surpresas que vai ter ao receber a conta do
cartão de crédito. Quando se dá conta, é mais uma vítima
da depressão pós-viagem. Eu só conheço uma maneira de
sair dessa: começar a pensar já na próxima. Não, não é
cedo demais. Nem sintoma de descaso pelo trabalho.
Acalentar uma viagem é uma maneira segura de manter
aceso o interesse pelo fato gerador de suas férias: seu
emprego.
          Além do que, planejar uma viagem com antecedência
é o melhor jeito de rentabilizar seu investimento. Por que
se contentar em aproveitar apenas os dias que você passa
longe de casa, quando dá para começar a viajar muito
antes de embarcar - e sem pagar nada mais por isso?
          Eu gosto de comparar o planejamento de uma grande
viagem ao preparo de um desfile de escola de samba no
Carnaval. Assim como as férias, o Carnaval em si dura
pouco - mas é o grand finale de um ano inteiro de
divertida preparação.
          É fácil trazer o know how do samba para suas férias.
Use os três primeiros meses depois da volta para definir o
"enredo" de sua próxima viagem.
          Tire os meses seguintes para encomendar guias e
colecionar as informações que caírem em sua mão -
revistas, jornais, dicas de quem já foi. Vá montando o
itinerário mais consistente, descobrindo os meios de
transporte mais adequados, decidindo quais são os hotéis
imperdíveis. Quando faltarem quatro meses para a
partida, tome coragem e reserve a passagem e os hotéis.
          Passe os últimos três meses fazendo a sintonia fina:
escolhendo restaurantes, decidindo o que merece e o que
não merece ser visto.
          Depois de tudo isso não tem erro: é partir direto para
a apoteose.

Revista Época, 29/01/2007, p. 112 (fragmento).

A partir do quarto parágrafo o autor se vale do imperativo para construir os últimos argumentos de sua estratégia de "convencimento do leitor", mas o texto como um todo mostra coerência na forma de tratamento em terceira pessoa do singular porque, além dos verbos no imperativo, emprega pronomes:

Alternativas
Comentários
  • Pronome oblíquo reflexivo: " ... o carnaval em si dura pouco"...

  • Certamente, muitos erraram a questão por terem lido a questão rápido demais.

    Os pronomes Retos de terceira pessoa são:  ele/ela singular;  eles/elas plural (podem atuar como sujeito,predicativo e COMPLEMENTOS VERBAIS),ou seja, podem ser "retos ou oblíquos".

    Os oblíquos podem ser átonos ou tônicos e os de terceira pessoa são:  se/o/a/lhe singular ( átonos, atuam como complementos verbais);
    se/os/as/lhes plural (átonos).

    Os tônicos  de terceira pessoa do singular são: si/ele/consigo (reflexivos ou antecedidos de preposição no caso do pronome ELE).
    No plural temos as formas: si/consigo/eles

    OBS: Os únicos pronomes RETOS, segundo o profesor Renato Aquino, que fazem papel,somente, de sujeito e predicativo são: EU e TU os demais assumem,também,a forma de complementos.

    Os possessivos de terceira pessoa são: seu e sua singular; seus e suas plural

    Logo, os pronomes relativos não se enquadram como resposta para essa questão.

  • Na verdade há pronomes relativos no texto.

    A pegadinha é:

    Não existem pronomes relativos nem indefinidos de 3ª pessoa.
  • Excelente professor  !!!! 

  • Muito boa explicação, parabéns.

  • Excelente aula !!!

  • Eu não sabia Sobre o APOSTROFE na formula.

    Parabéns!!!

  • Prezado,

    tem q aproximar mais a tela do computador.

     

  • Não é para analisar apenas o 4º parágrafo (A partir do quarto parágrafo o autor se vale do imperativo para construir os últimos argumentos de sua estratégia de "convencimento do leitor", ), e sim o texto completo (mas o texto como um todo mostra coerência na forma de tratamento em terceira pessoa do singular porque, além dos verbos no imperativo, emprega pronomes:)

  • fiquei perdidinho... então resolvi chutar.. eu sabia vagamente que pronomes de tratamento são conjugados ou concordam em 3 pessoa, os possessivos quando se relacionam com os de tratamento também, pronomes obliquos tem variação em terceira pessoa, então a ideia partia do tema terceira pessoa, pronomes relativos nuca ouvi falar mas os indefinidos referem-se a 3 pessoa de forma vaga, então eliminei as alternativas que não tinham pronome de tratamento e fechei o olho cruzando os dedos entre a A e B.


ID
118033
Banca
FCC
Órgão
TRE-PI
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Com a autoridade que ...... cabe, V.Sa ...... inspecionar os trabalhos da usina que está sob ...... responsabilidade.

Alternativas
Comentários
  • Com a autoridade que lhe cabe, V.Sa deve inspecionar os trabalhos da usina que está sob sua responsabilidade.

    Cabe: Verbo transitivo indireito= usa-se o LHE
    O pronome (que) é atrativo, portanto, o (lhe) deve vir na sua forma proclítica.  
    Que lhe cabe

    V. Sa representa a 2ª pessoa do discurso,porém toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa do singular. V.Sa deve

    O pronome de tratamento deve concordar com a 3ª pessoa do singular  Sua
  • lhe - deve - sua.


ID
143665
Banca
FIP
Órgão
Câmara Municipal de São José dos Campos - SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Observe as frases abaixo e responda a seguir.

(1) Ele não mente, tu bem sabes.

(2) Nada se perde aqui, tudo é aproveitado.

(3) Minha namorada só fala sobre nosso noivado.

Em (1), (2) e (3) encontramos, respectivamente, pronomes:

Alternativas
Comentários
  • 1) ele, tu, nos - são pronomes pessoais.
    2) não sabemos a que o "se" refere-se, logo, trata-se de um pronome indefinido.
    3) A namorada é MINHA - indica uma idéia de posse, logo é pronome possessivo.

  • LETRA: D


ID
640684
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Poço Redondo - SE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A fita métrica do amor

Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando
fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena
pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente
no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento,
quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de
acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa
reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer
num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção
pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que
parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento
é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao
estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.
(Martha Medeiros)

É a sua sensibilidade sem tamanho.” O pronome destacado anteriormente é:

Alternativas
Comentários
  • Pronome possessivo: meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa, dele, dela...e sua abreviações.


  • pronome possessivo - seu - sua - meu - minha - nossa


    pronome demonstrativo - esse - este - aquele


  • Cuidado Rafael Laurindo, "dele" e "dela" não são pronomes possessivos. O que ocorre é que "de ele(a)" forma uma locução pronominal possessiva. A preposição "de" mais o pronome reto, aglutinados, formam dele ou dela.


ID
879280
Banca
FEPESE
Órgão
FATMA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda às questões 7, 8 e 9.

Na Fila

— Olha a fila! Olha a fila! Tem gente furando aí! — Tanta pressa só pra ver um caixão… — Um caixão, não: o caixão do Dom Pedro. — Como é que eu sei que é o Dom Pedro mesmo que tá lá dentro? — A gente tem que acreditar, ora. Já se acredita em tanta coisa que o Go… — Com licença, é aqui a inauguração do Dom Pedro Segundo? — Meu filho, duas coisas. Primeiro: não é o segundo, é o primeiro. E segundo: a inauguração do viaduto foi ontem. Esta fila é para ver o caixão de Dom Pedro. — Eles inauguraram o viaduto primeiro. — Como, primeiro? — Primeiro inauguraram o viaduto e depois chegou o Dom Pedro Segundo? — Segundo, não! Primeiro. — Primeiro o quê? — O Dom Pedro! Dom Pedro Primeiro! — Primeiro chegou o Dom Pedro e depois inauguraram o viaduto. — Olha a fila! — Primeiro inauguraram o Viaduto Dom Pedro Primeiro e, segundo, chegou o Dom Pedro Primeiro em pessoa. Quer dizer, no caixão. Está claro! E eu acho que o senhor está puxando conversa para pegar lugar na fila. Não pode não. Eu cheguei primeiro. — Ouvi dizer que ele não serviu para nada. — Como, para nada? E o grito? E a Independência? — Não! O viaduto. — Ah. Não sei. Mas é bonito. Como esse negócio todo, o caixão, os restos do imperador, as bandeiras, Brasil e Portugal irmanados, essas coisas simbólicas e tal. Eu acho bacana. — Olha a fila! Vamos andar, gente. Pra frente, Brasil. — Andam dizendo que os portugueses nos enganaram, que quem está no caixão não é o Dom Pedro Primeiro, mas o D. Pedro Quarto. Nos lograram em três. — Mas é a mesma coisa! Dom Pedro era primeiro aqui e quarto em Portugal. — Então eu não compreendo por que ele quis voltar pra lá… Aqui tinha mais prestígio. — Olha o furo! — Me diga uma coisa. Quer dizer que o Dom Pedro Segundo era na verdade Dom Pedro Quinto? — Em Portugal, seria.  Não empurre. Segundo aqui e quinto em Portugal.
Governo do Estado de Santa Catarina
— Tem alguma coisa que ver com a diferença de horário, é?
— Não, minha senhora. Francamente. Se a senhora entende tão pouco de História, o que está fazendo nesta fila! — Quero ver o caixão, ué! Essa badalação toda! E eu sempre gostei de velório. Só não me conformo de eles não abrirem o caixão pra gente ver a cara do moço. — Não teria nada para ver. Só osso. Ele morreu há... nem sei. Mais de cem anos. — Faz mais de cem anos que o Dom Pedro foi enforcado?! — O senhor está confundindo com Tiradentes. — Olha a fila! — Afinal, o Mártir da Independência Luso-Brasileira quem é? — É Dom Pedro Segundo. Aliás, Primeiro. Que Primeiro, é Tiradentes! Agora eu é que estou confuso! Essa fila não anda… — Aquela festa que fizeram outro dia com o Triches, os Golden Boys e a Rosemery, para quem era? — Para Tiradentes. — Mas Tiradentes não era contra os portugueses? — Era, mas faz muito tempo. Hoje Brasil e Portugal são uma coisa só. Eles podem até votar aqui. — Para governador, presidente, essas coisas… — Mais ou menos. É tudo simbólico, compreende? — Como o viaduto? — Isso. Olha a fila!
Luís Fernando Veríssimo

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Existe erro gramatical na "B"?

  • a) A frase “Mas é a mesma coisa!" não tem verbo. (ERRADO)  "É" é conjugação do verbo SER ( Presente do Ind. - 3º pessoa do singular).

     

    b)  Dom Pedro Segundo deu nome ao viaduto inaugurado. (ERRADO) foi Dom Pedro Primeiro.

     

    c) Em “Para governador, presidente, essas coisas…" temos o pronome possessivo “essas" que retoma as palavras “governador" e “presidente" (ERRADO) "essas" é pronome demonstrativo e não possessivo. 

     

     d) O narrador usa um jogo de palavras com os substantivos “primeiro" e “segundo" para enganar e persuadir o leitor do texto. (ERRADO)  

     

    e) GABARITO 

     

    Corrijam -me se eu estiver errada! Bons estudos!

  • Na frase “Aquela festa que fizeram outro dia  " equivale a “Aquela festa a qual fizeram outro dia".

    A palavra Que , é um Pronome Relativo , que retoma festa, A qual , também retoma festa.


ID
879433
Banca
FEPESE
Órgão
FATMA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que o pronome está corretamente empregado.

Alternativas
Comentários
  • EU NÃO ENTENDI... O MOTIVO DE SER A ALTERNATIVA C ....
  • A letra C esta correta porque ao estarmos diante de um verbo no partícipio (cultivada)  nunca aplicaremos uma ênclise, sendo preferencial uma próclise.
    • a) Ele se machucou-se ao usar aquela ferramenta. >> esta utillização de promomes ao mesmo tempo não existe! Ou se usa 'se machucou' ou 'machucou-se'.
    • b) O local que natureza não foi agredida permanecerá agradável ao bom convívio. >> O correto é usar o pronome CUJA, pois esse pronome se refere a substantivos e indica posse: é a natureza que há no local. 
    • c) Na nossa opinião, toda fazenda deve ser cultivada. CORRETA
    • d) A criatura da qual me referi está assombrando aqueles moradores. >> Quem se refere, se refere a. Portanto a forma correta é 'a qual'.
    • e) Esse livro que está comigo contradiz esta legislação aí, com que argumentas sobre aquela questão. >> O pronome 'esse' se refere a algo que está longe do locutor e próximo ao interlocutor, e no caso da frase, o livro está com o locutor, portanto o pronome correto é 'este', que indica que o objeto está perto de quem fala. 

     

  • O sentido da letra C deve ser compreendido. Existiriam duas construções que poderiam causar alguma confusão. Vejamos:

    "Na nossa opinião, toda fazenda deve ser cultivada". Sentido: todas as fazendas da face da terra deveriam ser cultivadas;

    ou, como poderíamos nos confundir:

    "Na nossa opinião, toda a fazenda deveria ser cultivada". Sentido: Uma determinada fazenda, da qual é objeto do diálogo, deveria ser cultivada.

    Ambas as construções estão corretas, o que torna a letra C verdadeira.
  • Apenas acrescentando os comentários dos colegas..

    .. livro que está comigo contradiz
    esta (ESSA) legislação aí, com que argumentas sobre aquela questão.

ID
993070
Banca
Makiyama
Órgão
CPTM
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dentre as frases abaixo, marque aquela em que há uso de pronome possessivo:

Alternativas
Comentários
  • PRONOMES POSSESSIVOS: meu,minha,teu,tua,seu,sua,nosso,nossa,vosso,vossa,dele,dela.


  • errei de bobeira, mas um dia chego la, Melhor errar aqui do que na prova


ID
993268
Banca
Makiyama
Órgão
IF-RO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale o item em que o pronome grifado tenha sua classificação morfológica CORRETA entre parênteses:

Alternativas
Comentários
  • a) Si - pronome pessoal do caso oblíquo tônico 3ª pessoa singular/plural - si, ele(S), ela(a)

    b) Lo - é uma alteração fonética na junção do verbo ao pronome, por meio de hífen

    Verbos terminados em R, S, Z + pronomes o (s), a (s) = lo (s) / la (s).

    Ex.: dar + o = dá-lo; restituir  + o = restituí-lo.

    c) Sua - pronome possessivo, 3ª pessoa singular/plural - seu, sua, suas.

    d) O - pronome definido 

    e) Sua - pronome possessivo 

    Pronomes  Demonstrativos

    1ª pessoa  este, esta, estes, estas, isto.

    2ª pessoa esse, essa, esses, essas, isso.

    3ª pessoa aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo


  • Com todo o respeito acredito que a palavra "O" da letra "D" é um pronome pessoal do caso oblíquo átono. Alguém poderia comentar?

  • Na letra C e E ambos palavras em destaque são "SUA" resta compreender a diferença entre elas. Alguem saberia me explicar por que na letra C sua indica pronome possessivo? a letra E seria o que? também pronome possessivo?

  • A- SI = pronome reflexivo - São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo.


    B- LO= pronome oblíquo átonoSão chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica fracaOs pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.


    C- SUA= pronome possessivo - São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).


    D- O = pronome oblíquo - São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica fraca. Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos.


    E- SUA= pronome possessivo - São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).


    Fonte: www.soportugues.com.br


    GAB: letra C.


ID
997171
Banca
FCC
Órgão
PGE-BA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere: Os passageiros do ônibus ...... as muitas pessoas viajavam, tinham ...... celulares que ficavam ligados. Usavam ...... aparelhos para falar em voz alta com os amigos, perturbando os que desejavam viajar em paz; ...... perdiam o sossego e ...... os ignoravam.

Preenchem, adequadamente, as respectivas lacunas do texto, os seguintes pronomes:

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de uma questão que faz, continuamente, uso de pronomes anafóricos. 
    Anafórico = Refere-se a algo que já foi dito. ex: isto, esse, essa.. 

    Frase: 

    Os passageiros do onibus .... as muitas pessoas viajavam, tinham .... celulares que ficavam ligados. Usavam .... aparelhos para falar em voz alta 
    com os amigos,  perturbando os que desejavam viajar em paz; .... perdiam sossego e .... os ignoravam.
     

    Primeiro espaço: Muitas pessoas viajavam, viajavam EM QUE?
    Segundo espaço: Os celulares eram das pessoas logo eram SEUS, e é a unica opção coerente também.
    Terceiro espaço: Percebam que está se referindo, claramente, a algo que já foi dito, ou melhor, que acabou de ser dito ligando-se então ao pronome anafórico ESSES. 
    Quarto espaço: Quando existem duas coisas a se referir em sentido oposto (uns perturbavam e uns queriam ficar em paz) o pronome anafórico primeiro refere-se ao mais próximo, ao se refirir a coisas mais próximas o correto é usar "este" e a coisas mais distantes "aqueles".

    É importante ressaltar que "este" geralmente é usado como pronome catafórico, mas nesses casos em que se faz referencia a duas coisas opostas ele é ultilizado como anafórico, veja outro exemplo: 

    Amor e ódio se opõem. Este (ódio) é maléfico, aquele (amor), benéfico. 
  • Gabarito: D

    Bons estudos!
  • Em que- utilizado exclusivamente para fazer referencia a lugar;

    Seus- pronome da 3ª pessoa do singular (os celulares deles- seus celulares);

    Esses- pronome que faz referência ao que está perto da pessoa com quem se fala;

    Estes - pronome que faz referência ao que está perto da pessoa que fala;

    Aqueles -  pronome que faz referência ao que está longe dos falantes.

  • Tt Santos, permita-me fazer uma correção em seu comentário. O em que pode referir-se tanto a lugar, quanto a situação. 

    Inclusive, é comumente usado no lugar do onde quando o contexto não se refere a lugar, porem podendo substituí-lo também neste caso.

  • EM QUE / NO QUAL -  VIAJAVAM EM ALGUM LUGAR, OU SEJA, NO ÔNIBUS

    SEUS - APARELHOS CELULARES

    ESSES / ESTES - REFERÊNCIA A APARELHOS

    ESTES - QUE QUERIAM SOSSEGO  (termo mais próximo)

    AQUELES - QUE IGNORAVAM   (termo mais distante) 


    GABARITO ''D''


ID
1096111
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFGD
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                        Pensando livremente sobre o livre arbítrio 

                                                                                                Marcelo Gleiser

      Todo mundo quer ser livre; ou, ao menos, ter alguma liberdade de escolha na vida. Não há dúvida de que todos temos nossos compromissos, nossos vínculos familiares, sociais e profissionais. Por outro lado, a maioria das pessoas imagina ter também a liberdade de escolher o que fazer, do mais simples ao mais complexo: tomo café com açúcar ou adoçante? Ponho dinheiro na poupança ou gasto tudo? Em quem vou votar na próxima eleição? Caso com a Maria ou não?
      A questão do livre arbítrio, ligada na sua essência ao controle que temos sobre nossas vidas, é tradicionalmente debatida por filósofos e teólogos. Mas avanços nas neurociências estão mudando isso de forma radical, questionando a própria existência de nossa liberdade de escolha. Muitos neurocientistas consideram o livre arbítrio uma ilusão. Nos últimos anos, uma série de experimentos detectou algo surpreendente: nossos cérebros tomam decisões antes de termos consciência delas. Aparentemente, a atividade neuronal relacionada com alguma escolha (em geral, apertar um botão) ocorre antes de estarmos cientes dela. Em outras palavras, o cérebro escolhe antes de a mente se dar conta disso.
      Se este for mesmo o caso, as escolhas que achamos fazer, expressões da nossa liberdade, são feitas inconscientemente, sem nosso controle explícito.
      A situação é complicada por várias razões. Uma delas é que não existe uma definição universalmente aceita de livre arbítrio. Alguns filósofos definem livre arbítrio como sendo a habilidade de tomar decisões racionais na ausência de coerção. Outros consideram que o livre arbítrio não é exatamente livre, sendo condicionado por uma série de fatores, desde a genética do indivíduo até sua história pessoal, situação pessoal, afinidade política etc.
      Existe uma óbvia barreira disciplinar, já que filósofos e neurocientistas tendem a pensar de forma bem diferente sobre a questão. O cerne do problema parece estar ligado com o que significa estar ciente ou ter consciência de um estado mental. Filósofos que criticam as conclusões que os neurocientistas estão tirando de seus resultados afirmam que a atividade neuronal medida por eletroencefalogramas, ressonância magnética funcional ou mesmo com o implante de eletrodos em neurônios não mede a complexidade do que é uma escolha, apenas o início do processo mental que leva a ela.
      Por outro lado, é possível que algumas de nossas decisões sejam tomadas a um nível profundo de consciência que antecede o estado mental que associamos com estarmos cientes do que escolhemos. Por exemplo, se, num futuro distante, cientistas puderem mapear a atividade cerebral com tal precisão a ponto de prever o que uma pessoa decidirá antes de ela ter consciência da sua decisão, a questão do livre arbítrio terá que ser repensada pelos filósofos.
      Mesmo assim, me parece que existem níveis diferentes de complexidade relacionados com decisões diferentes, e que, ao aumentar a complexidade da escolha, fica muito difícil atribuí-la a um processo totalmente inconsciente. Casar com alguém, cometer um crime e escolher uma profissão são ponderações longas, que envolvem muitas escolhas parciais no caminho que requerem um diálogo com nós mesmos. Talvez a confusão sobre o livre arbítrio seja, no fundo, uma confusão sobre o que é a consciência humana. 

                        http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2014/01/ 1396284-pensando-livremente-sobre-o-livre-arbitrio.shtml.


Assinale a alternativa cujo pronome NÃO foi classificado corretamente.

Alternativas
Comentários
  • não há na lista de pronomes possessivos a palavra "dela" veja:

    1ª Pessoa Singular: meu, minha

    2ª Pessoa Singular: teu, tua

    3ª Pessoa S: seu, sua

    1ª P.P: nosso, nossa

    2ª P.P: vosso(s), vossa(s)

    3ª P.P: seu(s), sua(s)

    Espero ter ajudado!

    ESSE ANO (2014) , MINHA APROVAÇÃO ESTÁ GARANTIDA, SE DEUS QUISER.

  • Na verdade, a palavra dela é usada pra evitar ambiguidades no uso de pronome.

    Mas é incorreto afirmar que se trata de pronome possessivo

  • desde q escreva ESTE ano e nao ESSE,com certeza será aprovado.

  • A questão não ficou clara. Se o DELA não é um pronome possessivo, como classificá-lo?

  • Dela = pronome relativo. neste caso.
  • Pronome relativo.... não tem como amigão.

    O "dela" pode ser empregado de duas maneiras.

    Uma delas como pronome possessivo, mas apenas para evitar ambiguidade.

    ex: A menina disse a ela que gostava de suas unhas. ( as unhas de quem?)

    Amenina disse a ela que gostava das unhas dela.  (não sou muito bom com exemplos)

    OU  como na frase da questão.... apenas Preposição "DE" + pronome reto "ELA" = DELA

    ... ocorre antes de estarmos cientes dela.

    Ex: ... ocorre antes de estarmos cientes disso.  DE + isso = prep. + demonstrativo.

    Abraço. 


  • Prova: EJEF - 2009 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros (questão nº 4)Disciplina: Português | Assuntos: Sintaxe; Regência; Morfologia - Pronomes; Pronomes pessoais retos; Pronomes pessoais oblíquos; 

  • Rebeca o DELA nesse caso fica como pronome RELATIVO....


  • Letra E. A palavra DELA é um pronome oblíco tônico neste caso....

  • Letra E... pra mim o "dela" é "de + ela" preposição regida por "ciente de" e "ela" pronome do caso reto.


ID
1201792
Banca
ADVISE
Órgão
Câmara Municipal de Puxinanã - PB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Brasil merecia mais, mas terá de optar entre o candidato da fita-crepe e a da bexiga d'água

Só tenho medo da falseta, mas adoro a Julieta, como adoro a Papai do Céu. Quero seu amor, minha santinha, mas só não quero que me faça de bolinha de papel. Tiro você do emprego, dou-lhe amor e sossego, vou ao banco e tiro para você gastar. Posso, Julieta, lhe mostrar a caderneta se você duvidar...

O samba “Bolinha de papel”, composto pelo mineiro Geraldo Pereira e imortalizado por João Gilberto, bem que poderia ser a trilha sonora do enlace definitivo entre José Serra e Dilma Rousseff no dia 31 de outubro. Na festa de Halloween, os dois fariam um favor ao País se renunciassem à disputa presidencial em nome de um sentimento maior: o amor que os une. Serra e Dilma são almas gêmeas, filhotinhos de 1964, que resistiram à ditadura e nos fizeram respirar novamente o ar da liberdade - sem eles, o que seria de nós, afinal? Depois do exílio e da luta armada, poderiam se sacrificar mais uma vez em nome da Nação, dando-nos uma liberdade ainda mais preciosa: a de não votar no meio de um feriadão que já prenuncia altas temperaturas - não apenas políticas, mas, sobretudo, meteorológicas.

O Brasil de hoje, visto de fora, vive um momento único. É o país dos 7,5% de crescimento, do pleno emprego e que está no topo da lista dos investidores internacionais. Visto de dentro, é o país da mesquinharia política, da podridão eleitoral, das pequenas trapaças, das grandes armações e do vale-tudo em nome do poder. Um país onde os eleitores, ainda obrigados a votar em pleno século XXI, terão de optar entre o candidato da bolinha de papel e da fita crepe comparado ao goleiro Rojas pelo presidente Lula, árbitro da nossa democracia - e a candidata que se esquivou de uma bexiga d’água, com agilidade felina. O que deve ter aprendido nos tempos em que jogava queimada no liceu de Belo Horizonte.

Assim como no samba de 1945, os dois candidatos também adoram a Papai do Céu. São neocristãos, neopentecostais, neomuçulmanos, neotudo. Também podem se dar ao luxo de não mais trabalhar. Juntos, devem ter arrecadado mais de R$ 300 milhões - e sempre existem as sobras de campanha, bem anotadas nas cadernetinhas dos tesoureiros. Onde poderiam passar a lua de mel? Por que não na própria Lua, onde a Nasa, na semana passada, revelou a existência de grandes depósitos de água? O suficiente para abastecer futuras colônias humanas, onde Serra e Dilma, dois carolas criacionistas, poderiam brincar de Adão e Eva.

O Brasil merecia mais. Poderia ser o país da tolerância, da mobilidade social e do desenvolvimento sustentável, mas terá que votar por exclusão no dia 31. Não no melhor, mas no menos pior. Amassaram o meu país. Transformaram - no numa bolinha de papel.

Leia o fragmento abaixo e marque as alternativas com V (verdadeiro) ou F (falso).

Fragmento:

Só tenho medo da falseta,mas adoro a Julieta, como
adoro a Papai do Céu. Quero seu amor, minha santinha, mas
só não quero que me faça de bolinha de papel. Tiro você do
emprego, dou-lhe amor e sossego, vou ao banco e tiro tudo
para você gastar. Posso, lhe mostrar a caderneta se
você duvidar..."


( ) Na primeira linha temos respectivamente conjunção aditiva, comparativa e um pronome possessivo.

( ) Na 2ª linha, temos respectivamente conjunções adversativas, comparativa e pronome possessivo.

( ) Na 2ª linha temos um próclise verbal

( ) 3ª e 4ª linha temos “lhe" como valor pronominal. (ambos são ênclise verbal)

( ) o “se" presente na última linha é um índice de indeterminação do sujeito.

Alternativas
Comentários
  • Nossa, que questão mal formulada.

  • Absurda! Passível de anulação

    ( ) Na 2ª linha, temos respectivamente conjunções adversativas, comparativa e pronome possessivo.

     

    2ª linha: "adoro a Papai do Céu. Quero seu amor, minha santinha, mas "

    ???????????????????????????

  • A questão se refere a linhas... e nas "linhas" não estão grifados 3 termos. Questão mal formulada ou o texto não está com a formatação correta.


ID
1214518
Banca
UFMT
Órgão
UFMT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo do historiador cuiabano Rubens de Mendonça e responda à questão.


Minhocão do Pari 

      No rio Cuiabá acima existe um lugar denominado Pari. A água naquele trecho do rio corre velozmente. Além do mais tem uma quantidade de poços. Num deles mora uma agigantada serpente. Ela constitui o terror dos banhistas e canoeiros.
      O pescador incauto é atraído pelo minhocão e quando menos espera morre afogado. Vários canoeiros afirmam já terem visto a terrível serpente.
      A sua estória é horripilante. Ela tem matado muita gente. O minhocão não é propriamente um mito, mas sim um monstro.

(Roteiro Histórico Sentimental da Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá. Cuiabá: SEC-MT; Integrar; Defanti, 2012.)

Sobre a linguagem do texto, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • O termo naquele é um pronome possessivo formado com a junção da preposição em.

    Pronome demonstrativo.

  • Sobre a linguagem do texto, assinale a afirmativa INCORRETA.

    C - O termo naquele é um pronome possessivo formado com a junção da preposição em.

  • Que gabarito é esse? Marquei C, mas o site aponta B como correta.
  • EU LMARQUEI A C E NÃO ABRO MÃO. CREDO! JÁ É A SEGUNDA, VAMOS LÁ QCONCURSO, AJUDE-NOS.

  • Gabarito B

     

    Pronomes demonstrativos contraídos com preposições:
    Preposição a – àquele, àquela, àqueles, àquelas, àquilo.
    Preposição em – neste, nesta, nestes, nestas, nisto, nesse, nessa, nesses, nessas, nisso, naquele, naquela, naqueles, naquelas, naquilo.
    Preposição de – deste, desta, destes, destas, disto, desse, dessa, desses, dessas, disso, daquele, daquela, daqueles, daquelas, daquilo.

  •  

    MUITA ATENÇÃO, PESSOAL.

    A questão pede pra assinalar a INCORRETA

     

    Quanto a letra C:

     

    Resultado do dicionário para incauto

    adjetivo substantivo masculino

    1.

    diz-se de ou aquele que não tem cautela; descuidado, imprudente.

    2.

    que ou o que é destituído de malícia; crédulo, ingênuo.

  • a) Em Ela tem matado muita gente, a expressão verbal indica ação continuada. 

     

    No meu ver a expressão se encontra no participio, pois indica o estado da ação depois de finalizada, transmitindo assim uma noção de conclusão de ação verbal.

     

    Exemplos de verbos com particípios regulares:

     

    Verbo amar: amado

    Verbo estar: estado

    Verbo ter: tido

    Verbo viver: vivido

    Verbo partir: partido

    Verbo sair: saído

     

    Há, contudo, verbos que, além dos particípios regulares, apresentam também particípios irregulares, habitualmente terminados em -to ou -so.

     

    Exemplos de verbos com particípios regulares e irregulares:

     

    Verbo pagar: pagado e pago

    Verbo ganhar: ganhado e ganho 

    Verbo eleger: elegido e eleito 

    Verbo envolver: envolvido e envolto 

    Verbo extinguir: extinguido e extinto 

    Verbo exprimir: exprimido e expresso 

     

    Para que a expressão verbal estivesse indicando uma ação continuada ela deveria estar no GERÚNDIO:

     

    Gerúndio:

    O gerúndio indica o estado de uma ação prolongada, que ainda está em curso, transmitindo assim uma noção de continuidade de ação verbal.

     

    No gerúndio, os verbos da 1.ª conjugação terminam em -ando, os da 2.ª conjugação terminam em -endo e os da 3.ª conjugação terminam em -indo.

     

    Exemplos de gerúndios:

     

    Verbo falar: falando

    Verbo estudar: estudando

    Verbo trazer: trazendo

    Verbo querer: querendo

    Verbo sentir: sentindo

    Verbo vir: vindo

     

    ALTERNATIVA INCORRETA

     

    Alguém me explica, por favor?

  • Incorreta bebê

  • A - Em Ela tem matado muita gente temos o verbo principal no particípio (matado) acompanhado de um verbo auxiliar no presente (tem). Dessa forma, há um tempo composto e não simplesmente um verbo no particípio.

    Quando o tempo composto é formado por verbo auxiliar no presente + particípio, constitui-se o pretérito perfeito composto do indicativo, que indica ação iniciada no passado, mas que se estende até o tempo presente. Portanto, ação continuada.

    B - GABARITO. Naquele é um pronome demonstrativo.

    C - incauto

    adjetivo substantivo masculino

    1 - diz-se de ou aquele que não tem cautela; descuidado, imprudente.

    2 - que ou o que é destituído de malícia; crédulo, ingênuo.

    D - Velozmente é um advérbio de modo e está ligado ao verbo correr.


ID
1259143
Banca
FUNCEFET
Órgão
CBM-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“A Comissão da Verdade passa por um processo interno de debate para definir qual seu verdadeiro objetivo: se promover uma catarse nacional para superar os traumas causados pela ditadura militar, como querem alguns de seus membros, ou preparar um relatório que deixe registrado para a História o que foram os tempos da ditadura, além de documentos que possam ser consultados na internet pelos interessados. Além da discordância de fundo entre seus membros, há discordância também sobre os procedimentos a serem adotados.

(Merval Pereira. Em busca da verdade. O Globo. 31/3/2013)

No trecho “qual seu verdadeiro objetivo” (1.1-2), retirado do fragmento de Merval Pereira, o pronome possessivo reporta-se:

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    "Verdadeiro objetivo de quem?"

    Da Comissão da Verdade

  • Não esquecer que os pronomes possessivos, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).

    A Comissão da Verdade (possuidor) ................ qual seu verdadeiro objetivo (coisa possuida)


ID
1287112
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


“Formação do Brasil no Atlântico Sul”: o leitor que  bateu o olho na capa do livro estará intrigado com o subtítulo. Quer dizer então que o Brasil se formou fora  do Brasil? É exatamente isso: tal é o paradoxo histórico  que pretendo demonstrar nas páginas seguintes.

Nossa história colonial não se confunde com a  continuidade do nosso território colonial. Sempre se pensou o Brasil fora do Brasil, mas de maneira incompleta: o país aparece no prolongamento da Europa.  Ora, a ideia exposta neste livro é diferente e relativamente simples: a colonização portuguesa, fundada no  escravismo, deu lugar a um espaço econômico e social  bipolar, englobando uma zona de produção escravista situada no litoral da América do Sul e uma zona de  reprodução de escravos centrada em Angola. Desde o final do século XVI, surge um espaço aterritorial,  um arquipélago lusófono composto dos enclaves da   América portuguesa e das feitorias de Angola. É daí  que emerge o Brasil do século XVIII. Não se trata, ao  longo dos capítulos, de estudar de forma comparativa as colônias portuguesas no Atlântico. O que se quer,  ao contrário, é mostrar como essas duas partes unidas  pelo oceano se complementam num só sistema de  exploração colonial cuja  singularidade ainda marca profundamente o Brasil contemporâneo.

[…] 

A propósito do modo de escrever, é preciso notar que  o território do historiador da Colônia deve abranger  toda a extensão da lusofonia, da documentação ultra-marina onde estão registrados os contatos entre as  culturas que nos formaram. Além do mais, numa cultura tradicionalmente oral como a nossa, um meio privilegiado de patentear a presença do passado consiste  em dar relevo à perenidade das palavras. Das palavras,  dos coloquialismos – ainda vivos agora – grafados nos  textos, na linguagem das estradas, das ruelas e das  praias brasileiras. Por isso, da leitura dos documentos e dos textos seiscentistas, retomei expressões que  encadeiam a narrativa das oito partes do livro.

ALANCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no 
Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. [prefácio]. 

Identifque abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) com base no texto 1. 


( ) A primeira frase do texto 1 pode ser assim reescrita, sem prejuízo de sentido ou gramatical: “Formação do Brasil no Atlântico Sul” – o leitor, que leu a capa do livro, deve estar curioso com o subtítulo.
( ) Nas expressões sublinhadas no texto “colonização portuguesa”, “produção escravista”, “reprodução de escravos” e “exploração colonial” (segundo parágrafo), a primeira palavra corresponde à classe dos substantivos, sendo acompanhada por outra palavra ou expressão com valor de adjetivo.
( ) O verbo querer, expresso pela forma verbal “quer” (sublinhada no primeiro e no segundo parágrafo), tem, nas duas ocorrências, o signifcado de desejar.
( ) Os vocábulos sublinhados no texto “que” (primeiro parágrafo), “cuja” (segundo parágrafo) e “onde” (terceiro parágrafo) são pronomes relativos.
( ) O pronome oblíquo “nos” e o possessivo “nossa”, que aparecem no terceiro parágrafo, têm como referência específca o autor e os leitores do seu livro. 

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • na letra A, com o uso das vírgulas, houve uma restrição não existente no texto.

  • Fiquei na dúvida quanto a terceira opção....não poderia reescrever como : Deseja dizer então que o Brasil.........ou no segundo parágrafo  : o que se deseja , ao contrario, é mostrar como essas duas partes.....

  • Alguém saberia explicar o erro da alternativa E?

  • A alternativa E apresenta dois problemas:

    - A segunda afirmativa NÃO é falsa: as expressões realmente são formadas por substantivo + adjetivo.

    - A última afirmativa É falsa: os pronomes NOS e NOSSA não se referem apenas ao autor e  aos leitores, mas à todos os brasileiros.

  • Não entendi porque a letra A esta errada sendo que Intrigado significa curioso alguém sabe me explicar?

  • A alternativa correta é mesmo a letra D.

    Os erros são os seguintes:

    A primeira questão a ser julgada traz um erro de reescritura. A formação original vem com uma restrição que não tem na reescritura. As vírgulas trazem sentido de explicação, já a sua ausência traz o sentido de restrição.


    Na segunda questão, um dos termos não indica substantivo + adjetivo, e sim substantivo + locução adjetiva (reprodução de escravos), porém é uam expressão com sentido adjetivo, o que torna a questão correta.

    Adjetivo: é a palavra variável em gênero, número e grau que caracteriza o substantivo, indicando-lhe qualidade, estado, modo de ser ou aspecto. (fonte:http://www.brasilescola.com/gramatica/adjetivo-locucoes-adjetivas.htm )

    Locução adjetiva: é a expressão formada de preposição + substantivo (ou advérbio), com valor de adjetivo. (fonte::http://www.brasilescola.com/gramatica/adjetivo-locucoes-adjetivas.htm )


    A terceira questão indica o verbo querer com dois sentidos distintos: o primeiro tem sentido de "significar" e o segundo de "desejar".


    A quarta questão está correta.


    A quinta e última questão está falsa porque os pronomes destacados não fazem referência específica ao autor e aos seus leitores somente, mas a todos os brasileiros.


    Espero ter ajudado. ;)

  • Sinônimos:  desconfiado   desnorteado   bolado   curioso   abelhudo   admirável   amador   esquisito   extraordinário   indiscreto   interessante   intrigado   intrometido   metidiço   raro   singular   acautelado   apreensivo   arisco   cismado   escabreado   escaldado   incrédulo   peludo   político   prevenido   receioso   ressabiado   suspicaz   despeitado   mais...

    Temos que observar o contexto da frase e aplicar o sinônimo mais próximo e que mantém o sentido da frase.

  • quanto a numero I: embora sejam sinônimos Curioso e intrigado, devemos observar a reescritura entre virgulas, o que forma uma explicação ao invés da restrição ocorrida na frase original.

  • E os dois pontos? pode-se trocar por travessão?!

  • ( F ) A primeira frase do texto 1 pode ser assim reescrita, sem prejuízo de sentido ou gramatical: “Formação do Brasil no Atlântico Sul” – o leitor, que leu a capa do livro, deve estar curioso com o subtítulo.
    -> QUANDO SE COLOCA UMA VIRGULA ANTES DE UM PRONOME "QUE ", PODE TER CERTEZA : MUDARÁS O SENTIDO DE RESTRIÇÃO PARA EXPLICAÇÃO

    ( V  ) Nas expressões sublinhadas no texto “colonização portuguesa”, “produção escravista”, “reprodução de escravos” e “exploração colonial” (segundo parágrafo), a primeira palavra corresponde à classe dos substantivos, sendo acompanhada por outra palavra ou expressão com valor de adjetivo. 

    --> MUITO MOLE, SÓ OBSERVAR 
    ( ) O verbo querer, expresso pela forma verbal “quer” (sublinhada no primeiro e no segundo parágrafo), tem, nas duas ocorrências, o signifcado de desejar.

    ( V) Os vocábulos sublinhados no texto “que” (primeiro parágrafo), “cuja” (segundo parágrafo) e “onde” (terceiro parágrafo) são pronomes relativos. 

    -> OLHE NO TEXTO PARA TIRAR A DUVIDA DO QUE...** PODERIA SER TAMBÉM CONJUNÇÃO, TODAVIA REALMENTE É PRONOME
    (V ) O pronome oblíquo “nos” e o possessivo “nossa”, que aparecem no terceiro parágrafo, têm como referência específca o autor e os leitores do seu livro. 


    -> AQUI É PURAAAA INTERPRETAÇÃO.. E ESTA ERRADÍSSIMA ...É SO IR NO TEXTO 
    GALERA..FIZ A QUESTÃO COM A  1 AFIRMATIVA E A ÚLTIMA. ;) CONCURSEIRO TEM QUE ECONOMIZAR TEMPO...E SEMPREEE TREINE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO E FAZER REDAÇÕES...VAI AJUDAR ^^
    GABARITO "D" 
  • Reprodução de escravos não seria complemento nominal em vez de locução adjetiva?

  • Em "reprodução de escravos", a expressão em negrito corresponde a um complemento nominal. Minha dúvida é se os complementos nominais, assim como os adjuntos, também podem ter valor adjetivo...

  • Entendo que  "de escravos" é um Complento Nominal, isto é, tem valor de substantivo. Por isso, acredito eu, que esta questão é cabivel de recurso.

  • Não consigo concordar que a C seja FALSA.

    Consigo substituir tranquilamente o "quer" por "deseja" e interpreto da mesma forma.

    Mas me esforcei pra tentar ver de outra forma...

    Quer dizer então que o Brasil se formou fora do Brasil?

    Significa dizer então que o Brasil se formou fora do Brasil?

    Só assim pra pensar que a C é FALSA.

  • O que fazem os adjetivos? Acompanham os substantivos, a fim de os modificar, por definição. Então, falar em valor adjetivo significa dizer que tal palavra acompanha um substantivo. Como complementos nominais podem se referir a um substantivo, adjetivo ou advérbio, sempre que ele se referir a um substantivo terá valor de adjetivo.


ID
1389001
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-PA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nossas palavras

Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”. Não sei se no universo das pipas, lá fora, ocorrem os mesmos e magníficos embates que se verificam aqui, “cortando e aparando” os adversários.

Outra situação: personagens estão jogando uma “pelada” enquanto outros estão “na grade”. Quem está na grade aguarda o desfecho da partida, para jogar contra o vencedor, certamente porque espera fora do campo, demarcado por uma grade. Vai explicar…

E aqueles dois bebedores eméritos que “bebem de testa” até altas horas? Por aqui, beber de testa é quase um embate para saber quem vai desistir primeiro, empilhando as grades de cerveja ao lado da mesa.

Penso que o uso das gírias - palavras bem locais, quase dialeto, que funcionam na melodia do nosso texto - é parte da nossa criatividade, uma qualidade da literatura brasileira. Quanto a mim, uso pouco, aqui e ali, nossas palavras. Procuro ser econômico. Mesmo assim, vou respondendo aos e-mails. Ele me diz que, enfim, está tudo pronto.

(Edyr Augusto Proença, http://blogdaboitempo.com.br, 26.07.2013. Adaptado)

Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo".

O pronome possessivo em – “meu Pará" – atribui ao termo Pará a ideia de que se trata de um lugar

Alternativas
Comentários
  • Embora o pronome meu, originalmente, indique a ideia de posse, o mesmo poderá adquirir sentido de afetividade ("Meu caro...","Minha cara...","Meu Pará...", etc), aproximação ("Aquele senhor deve ter seus cinquenta anos de idade") ou respeito ("Minha senhora, permita-me um aparte").

    Espero, sinceramente, ter ajudado. Bons estudos!

     

    Fonte: GETUSSP - Prof. Daniel Vícola.

  • Gabarito A

     

    Significado de Estimado: Que foi alvo de estima; excessivamente querido ou admirado: amigo estimado.

    Estimado é sinônimo de: apreciado, respeitado, avaliado, considerado

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

     

  • Essa questão apareceu três vezes no rool de 14 questões da Vunesp sobre pronome possessivo.


ID
1389829
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-PA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nossas palavras

Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo". Não sei se no universo das pipas, lá fora, ocorrem os mesmos e magníficos embates que se verificam aqui, “cortando e aparando" os adversários.adversários.

Outra situação: personagens estão jogando uma “pelada" enquanto outros estão “na grade". Quem está na grade aguarda o desfecho da partida, para jogar contra o vencedor, certamente porque espera fora do campo, demarcado por uma grade. Vai explicar…

E aqueles dois bebedores eméritos que “bebem de testa" até altas horas? Por aqui, beber de testa é quase um embate para saber quem vai desistir primeiro, empilhando as grades de cerveja ao lado da mesa.

Penso que o uso das gírias - palavras bem locais, quase dialeto, que funcionam na melodia do nosso texto - é parte da nossa criatividade, uma qualidade da literatura brasileira. Quanto a mim, uso pouco, aqui e ali, nossas palavras. Procuro ser econômico. Mesmo assim, vou respondendo aos e-mails. Ele me diz que, enfim, está tudo pronto.

(Edyr Augusto Proença, http://blogdaboitempo.com.br, 26.07.2013. Adaptado)

Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo".

O pronome possessivo em – “meu Pará" – atribui ao termo Pará a ideia de que se trata de um lugar

Alternativas
Comentários
  • Desdenhado= ruim, feio, chato, desprezivel.

  • Resposta alternativa b)

    Como exemplo podemos citar uma das frases mais conhecidas do grande detetive Sherlock Holmes (escrito por Arthur Conan Doyle): "Elementar, meu caro Watson".


ID
1432015
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto abaixo.

    Daí a alguns meses, João Romão, depois de tentar um derradeiro esforço para conseguir algumas braças do quintal do vizinho, resolveu principiar as obras da estalagem.
    [...]
    Desde que a febre de possuir se apoderou dele totalmente, todos os seus atos, todos, fosse o mais simples, visavam um interesse pecuniário. Só tinha uma preocupação: aumentar os bens. Das suas hortas recolhia para si e para a companheira os piores legumes, aqueles que, por maus, ninguém compraria; as suas galinhas produziam muito e ele não comia um ovo [...]

                                                     AZEVEDO, Aluísio de. O cortiço. 3ªed. São Paulo: M. Claret, 2009.

Qual a função do pronome pessoal “ele", juntamente com a repetição dos pronomes possessivos “seus" e “suas" ao longo do trecho acima?

Alternativas
Comentários
  • gab.: d

    O  pronome pessoal com os possessivos são para evitar repetições, se fossem só os possessivos a letra B estaria correta.

  • Os pronomes possessivos são: meu (s),minha (s), teu (s), tua (s),seu (s),sua (s),vosso (s),vossa (s). 


ID
1440136
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Marque a opção em que o pronome grifado tem valor possessivo.

Alternativas
Comentários
  • rebuçando o seu rosto pregueado...

  • Pronome pessoal oblíquo, "lhe" funciona como objeto indireto (complemento de verbo ligado por preposição). É equivalente a "a ele", "a ela", "a você", "ao senhor" :

    "Obedecemos aos nossos pais."

    "Obedecemos-lhes."

    "Obedecemos a eles."


ID
1451080
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um manual de instruções de um mouse sem fio, diz o seguinte: Instalação: 1. Retire o receptor acoplado na parte interior do mouse. 2. Insira o receptor na porta USB de seu computador. 3. Seu computador irá localizar e instalar o receptor automaticamente. 4. Acione o botão ON de seu mouse.

O problema de redação dessas instruções é:

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe me explicar onde está a "falta de paralelismo sintático"? 

  • Paralelismo sintático é a coerência e a lógica gramatical entre os termos:

    1 - Retire...

    2 - Insira...

    3 - Seu... (observe que é o único passo que está começando com um pronome e não com um verbo)

    4 - Acione...

  •  RESPOSTA C


     A) VERBOS MODO IMPERATIVO (ORDEM PEDIDO), para os pronomes você ou vocês usa-se o verbo conjugado na terceira pessoa do presente do subjuntivo: Que você Retire o receptor acoplado ... (ERRADA)


    B) Pronomes possessivos dão ideia de posse, no caso  o mouse sem fio é SEU,. Veja o Você faz parte da 2° pessoa de um discurso, com que se fala, mas usa a 3° pessoa gramatical, então na 3° pessoal do pronomes possessivos encontra-se o SEU, SUA, SEUS, SUAS.  (ERRADA)


    C) Paralelismo Sintático: faz parte das orações coordenadas, orações independentes que são ligadas por conectivos, ou seja, é um encadeamento de orações sintáticas semelhantes em uma sequência ou enumeração que são ligadas por conectivos, normalmente conjunções.  Veja que, no caso da nossa questão, as orações são independentes e não estão interligadas por conectivos, então falta paralelismo sintático. Estaria correta se fosse assim, por exemplo: Retire o receptor acoplado na parte interior do mouse  e insira o receptor na porta USB de seu computador , assim o seu computador irá localizar e instalar o receptor automaticamente e  então acione o botão ON de seu mouse.  (correta)


    D) e E) O texto não apresenta palavras de duplo sentido e nem de significado repetitivo, é um texto injuntivo, instrucional. (ERRADAS)

  • Penso como a colega Gisleine.

    Discordo da colega Catarina, pois não há a necessidade do uso dos conectivos, visto que é uma enumeração e nenhuma delas contêm conectivos, portanto não há que se falar que esteja errada por isso.

  • O pior não é a Catarina ter viajado, mas a quantidade de pessoas que ela ensinou errado..... É só ver pelos "likes".....

  • Gisleine, muito objetiva a sua explicação.Ajudou-me muito.Grata.

  • c) Falta de paralelismo sintático.  O erro está no uso do determinante (artigo):

    1. Retire o receptor acoplado na parte interior do ( de + o) mouse.

    2. Insira o receptor na porta USB de seu computador.

    4. Acione o botão ON de seu mouse. 

    Encontramos este tema em questões de crase da FGV, ex.: horários de funcionamento de 8h às 12h. Neste caso não tem crase, por falta de paralelismo. O correto é: das (de+as) 8h às(a + as) 12h    ou    de 8h a 12h.

  • Como é que a E está errada se o texto pode ser reduzido a isso?
    "Retire o receptor acoplado na parte interior do mouse e o insira na porta USB de seu computador, que irá localizar e instalá-lo automaticamente. Por fim, acione o botão ON de seu mouse".
    Essa prova foi um escárnio!

  • A falta de paralelismo sintático se dá quando ele poderia ter trocado "o receptor" por Pronomes Oblíquos nas 3 primeiras instruções e não o fez.

  • ainda não entendi apesar dos comentários o que é paralelismo sintático.  alguém pode explica minucionsamente ou pedir comentários do professor?

  • Como reza Othon M. Garcia, sobre o paralelismo sintático, “a ideias similares deve corresponder forma verbal similar".

  • Ora essa!!! Existe redundância necessária? 


    O que é redundância?


    substantivo feminino

    1. qualidade ou característica do que é redundante.

    2. insistência desnecessária nas mesmas ideias; 

    A alternativa "E" provou do próprio veneno. kkkk
  • Perfeito, marcia regina !

  • Paralelismo sintatico refere-se à simetria das frases num texto ou das palavras numa frase. A questão pede para analisar a redação, ou seja, todo o texto que é do gênero instrutivo. Só por aí ja mataria a questão, pois um texto instrutivo passa a idéia de indicar ações, dar ordens, instruir, etc. E toda instrução começa por verbos imperativos. O erro está no passo 3 da instrução "Seu computador irá localizar e instalar o receptor automaticamente". A falta de um verbo imperativo nesse segmento quebrou a simetria da redação.

  • Vamos indicar para comentário!!!!!!

  • O passo 3 deveria ser algo do tipo "espere o seu computador localizar e instalar o receptor automaticamente". Por isso, é a alternativa c. Porque houve quebra do paralelismo sintático.., 

  • Petronio, já que criticou a colega por ensinar errado, por que não ensinou certo?
    Jorge Barreto, redundância não tem nada a ver com escrever textos de forma reduzida e sim escrever coisas com a mesma ideia sem necessidade, como subir pra cima. Há uma redundância na própria alternativa quando diz "redundância desnecessária", redundâncias já são naturalmente desnecessárias, logo escrever redundância desnecessária é uma redundância

  • (...) Seu computador irá localizar e instalar o receptor automaticamente (...)

     A quebra do paralelismo sintático... Pois o "manual de instruções" usou verbos no imperativo e este item 3 quebra este paralelismo.

    O correto seria:

     " AGUARDE o computador irá localizar e instalar o receptor automaticamente.

  • https://www.youtube.com/watch?v=mWx5u-IhCBc 

  • Não consigo entender como falta de paralelismo por um motivo óbvio: nas duas primeiras frases e a última as cordenadas são dadas ao usuário do produto. Na terceira frase há uma descrição de uma ação que o computador irá realizar.

    Falaram que todas as frases deveriam estar no imperativo. Mas como dar uma ordem a um comando que, automaticamente, a máquina irá realizar? 

    Inclusive ninguém tentou reescrever essa terceira frase no imperativo.... será pq?

  • Posso estar errado, mas o pronome seu refere-se à terceira pessoa do singular (ele), e o correto seria utilizar o pronome na segunda pessoa (que é a pessoa a quem as recomendações se dirigem). Utilizar o pronome seu dá uma tremenda impressão de que as instruções dizem que o computador pertence ao mouse.

    2. Insira o receptor na porta USB de seu computador. 3. Aguarde seu computador localizar e instalar o receptor automaticamente.

     

    Portanto, parece que há mau uso de pronomes possessivos.

  • GABARITO C

     

     

    Paralelismo sintático é uma sequência de estruturas sintáticas, como termos e orações, que são semelhantes ou possuem igual valor sintático. O uso de estruturas com essa simetria sintática confere clareza, objetividade e precisão ao discurso.

     

    Exemplos de paralelismo sintático

     

    *Sem paralelismo sintático:
    Eu pedi para ele vir cedo e que trouxesse guardanapos.

     

    **Com paralelismo sintático:
    Eu pedi que ele viesse cedo e que trouxesse guardanapos.

     

    *Sem paralelismo sintático:
    O professor sempre foi disponível, compreensivo e teve paciência.


    **Com paralelismo sintático:
    O professor sempre foi disponível, compreensivo e paciente.

     

    *Sem paralelismo sintático:
    O atleta brasileiro vencedor da maratona foi seguido pelo atleta argentino e do atleta uruguaio.

     

    **Com paralelismo sintático:
    O atleta brasileiro vencedor da maratona foi seguido pelo atleta argentino e pelo atleta uruguaio.

     

     

     

    Estruturas de paralelismo sintático mais comuns:

    Por um lado... por outro...

    Não... nem...

    Tanto... quanto...

    Primeiro... segundo...

    Seja... seja...

    Quer... quer...

    Ora... ora...

    Ou... ou...

    Quanto mais... mais...

    Quanto menos... menos...

    Não só... mas também...

    Isto é...

    Ou seja...

    ...

     

     

    Paralelismo sintático e paralelismo semântico

     

    Além do paralelismo sintático, existem também o paralelismo semântico, que indica uma simetria entre as ideias presentes na frase.

    *Sem paralelismo semântico:
    A irmã revisou a matéria com Pedro.

     

    **Com paralelismo semântico:
    A irmã revisou a matéria com o irmão.
    Alice revisou a matéria com Pedro.

     

     

    Fonte: https://www.normaculta.com.br/paralelismo-sintatico/

  • Minha interpretação sobre o paralelismo da questão:

    "1-Retire o receptor acoplado na parte interior do mouse. 2. Insira o receptor na porta USB de seu computador. 3. Seu computador irá localizar e instalar o receptor automaticamente. 4. Acione o botão ON de seu mouse. "

    Nas instuções 1, 2 e 4 a forma verbal é a mesma: "retire, insira e acione", formando certo paralelismo. Já na instução 3, há uma quebra de paralelismo, trazendo a forma verbal "irá".

  • Por eliminação mesmo, mas grato aos colegas pela aula de paralelismo!

     

    Flávio Batista, sobre isso, procurei confusão da pessoa, o que não ocorreu.

    É importante lembrar que pronomes pessoais de tratamento referem-se à pessoa a quem se fala (2ª pessoa), mas a concordância gramatical deve ser feita com a 3ª pessoa.

    Ex.1: Vossa Senhoria conceis os vossos problemas. (2ª pessoa - gramaticalmente incorreto);

    Vossa excelência conhece os seus problemas (3ª pessoa - forma gramaticalmente correta);

     

    No mais, é ir direto para o comentário da colega Gisleine Livr !

     

    Abraços!

     

  • Gabarito: C

     

    O problema é a falta de paralelismo sintático, pois as instruções não seguem uma mesma estrutura sintática. Como são instruções, sugere-se que todas estejam escritas da mesma forma, para facilitar a leitura e o entendimento por parte do leitor. Para existir o paralelismo sintático, poder-se-ia iniciar cada instrução ou com verbo, ou com substantivo, etc. Uma POSSIBILIDADE de escrita seria:

     

    1. Retire o receptor acoplado na parte interior do mouse.

    2. Insira o receptor na porta USB de seu computador.

    3. Aguarde seu computador localizar e instalar o receptor automaticamente.

    4. Acione o botão ON de seu mouse. Ou seja, cada instrução é iniciada com um verbo no imperativo.

     

    Fonte: Giancarla Bombonato
     

  • Uma questão que não acrescentou nada à minha vida... questão sem noção, sem conteúdo e que somente quem chuta bem acerta. Se vier uma questao dessa na minha prova farei como o Neymar, me jogarei no chão e pedirei o VAR, pois foi uma tentativa de me quebrar as pernas.

  • 1. Retire o receptor acoplado na parte interior do mouse.

    2. Insira o receptor na porta USB de seu computador.

    3. Aguarde seu computador localizar e instalar o receptor automaticamente.

    4. Acione o botão ON de seu mouse. Ou seja, cada instrução é iniciada com um verbo no imperativo.

     

    A quebra do paralelismo está no 3 que não iniciou com verbo conforme os outros casos.

  • Fiquei até feliz porque acertei essa questão. È muito bom ver que voce tá evoluindo na matéria.

    KEEP GOING, DON'T GIVE UP!

  • Nossa! Sem comentários... Acertei por eliminação.

    Para quem não é assinante, gabarito: C. Vão direto no comentário da Su Bezerra!

  • Estou para conhecer um caso de "Redundâncias necessárias"... hahaha

    Beijo pro avaliador.

  • " REDUNDÂNCIAS DESNECESSÁRIAS " JÁ SÃO REDUNDÂNCIAS!

    Aprendo muito com os comentários. Comentários do Qconcurso são melhores que cursinhos e universidades...

  • Gabarito C

    for non-subscribers

  • GAB [C] AOS NÃO ASSINANTES.

    #ESTABILIDADESIM.

    #NÃOÀREFORMAADMINISTRATIVA.

    ''O serviço público continua depois que você morrer. Trabalhe para que ele seja cada vez melhor.''

  • Acho que caberia a alternativa E, há sim uma redundância, "Seu computador irá localizar e instalar o receptor automaticamente", se o computador localizar e instalar o receptor é de maneira automática, o automática é redundância.

  • A questão da redundância é relativa. A questão do paralelismo não.

    Apenas o item 3 não se inicia com um verbo no imperativo. Não vamos brigar com a questão e sim, entende-la. A questão está correta e dificilmente seria anulada. Paralelismo é muito cobrado e as críticas à questão nao são pertinentes não.

  • CUIDADO COM O COMENTÁRIO DA GISLEINE LIVR, PARALELISMO SINTÁTICA NÃO É O QUE ELA ESTÁ FALANDO...
  • Um manual de instruções de um mouse sem fio, diz o seguinte: Instalação: 1. Retire o receptor acoplado na parte interior do mouse. 2. Insira o receptor na porta USB de seu computador. 3. Seu computador irá localizar e instalar o receptor automaticamente. 4. Acione o botão ON de seu mouse.

    quanto a E:

    este enunciado me pareceu bastante redundante, vamos a ele com modificação:

    1. retire o receptor acoplado na parte inferior do mouse;
    2. insira-o na porta USB de seu computador (para que ele localize o receptor e o instale);
    3. acione o botão ON de seu mouse.

    quanto a C:

    pode faltar paralelismo, porém as redundâncias pareceram mais grave!


ID
1466494
Banca
FUNRIO
Órgão
UFRB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A  questão   tomou  por base o seguinte texto, de Ana Paula de Oliveira e Claudia Lima de Albuquerque:

                 UM PANORAMA DO RECÔNCAVO BAIANO: SOCIEDADE, ECONOMIA E CULTURA

      (...) A história do estado da Bahia é antiga. Salvador foi a primeira capital do Brasil e por muitos anos foi o centro administrativo de Portugal na Colônia. Essa importância dada à capital abrangia também o Recôncavo Baiano. Aqui se instituiu um expressivo comércio de açúcar, fumo e outros produtos oriundos de diversas localidades, que foram em direção a Portugal e outros países europeus. A população do Recôncavo em períodos coloniais sofreu muito com a ambição desenfreada dos portugueses, que tinham como único interesse a exploração das riquezas destas terras. Observa-se muito bem no trecho seguinte de Miguel Santos e outros a intenção portuguesa, assim que chegou a estas terras.

       Nos primeiros contatos que os portugueses mantiveram com o Recôncavo, perceberam a existência de uma diversidade de plantas, animais e uma sociedade nativa, denominada indígena. O colonizador europeu, quando partiu para África, América e Ásia, sabia que, se necessário, destruiria todas as culturas encontradas, a fim de atingir o seu objetivo: exploração das terras “descobertas". Daí a construção de ideologias para justificar as investidas políticas, socioeconômicas e culturais que lhe trariam grandes lucros a partir da comercialização de produtos que não se identificavam com a realidade dos nativos. (SANTOS, 1996)

      A  proximidade do Recôncavo com a primeira capital do Brasil facilitava o embarque dos produtos e desembarque dos escravos, tornando Salvador o principal ponto de comunicação, fazendo com que suas adjacências também sofressem inúmeras mudanças. Essa região já demonstrava sua importância desde os primórdios da colonização. Registros desse período ainda permanecem na paisagem de Salvador e de algumas cidades do Recôncavo: são os sobrados em estilo barroco, as igrejas, os pelourinhos.

      A paisagem mudou ao longo do tempo. Hoje, Cachoeira comporta uma intensa atividade turística, abriga um dos campi da UFRB, o que faz com que estudantes de variados locais do país se desloquem para esta pequena cidade para estudar, trazendo melhorias, mas também aumentando, e muito, o custo de vida da população cachoeirana. Cachoeira, felizmente, ainda preserva em sua arquitetura um longo período da história brasileira, em parte graças aos investimentos do governo, que através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) faz reformas em vários prédios, que já estavam prestes a sucumbir. Isto também ocorre em Salvador e São Félix. (...)

                                 FONTE: http://www.narradoresdoreconcavo.com.br/index/reconcavo [adaptado]

Releia o penúltimo parágrafo do texto e observe os trechos transcritos a seguir:

I) “(...) fazendo com que suas adjacências também sofressem inúmeras mudanças."

II) “Essa região já demonstrava sua importância desde os primórdios da colonização."

III) “Registros desse período ainda permanecem na paisagem de Salvador"

As quatro palavras sublinhadas mostram o emprego de pronomes que, evitando a repetição gratuita de palavras, atuam na coesão textual. Assinale a única alternativa que contém interpretação equivocada de um desses elementos.

Alternativas
Comentários
  • Letra "A", pois faz referência a Salvador e não ao Recôncavo Baiano.

    Bons estudos

  • Emprego do pronome e seus termos referente.

  • Alguém saberia pq a  letra b está certa?


ID
1477594
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-PA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão

                                                      Nossas palavras

   Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo". Não sei se no universo das pipas, lá fora, ocorrem os mesmos e magníficos embates que se verificam aqui, “cortando e aparando" os adversários.
   Outra situação: personagens estão jogando uma “pelada" enquanto outros estão “na grade". Quem está na grade aguarda o desfecho da partida, para jogar contra o vencedor, certamente porque espera fora do campo, demarcado por uma grade. Vai explicar…
   E aqueles dois bebedores eméritos que “bebem de testa" até altas horas? Por aqui, beber de testa é quase um embate para saber quem vai desistir primeiro, empilhando as grades de cerveja ao lado da mesa.E aqueles dois bebedores eméritos que “bebem de testa" até altas horas? Por aqui, beber de testa é quase um embate para saber quem vai desistir primeiro, empilhando as grades de cerveja ao lado da mesa.
   Penso que o uso das gírias – palavras bem locais, quase dialeto, que funcionam na melodia do nosso texto – é parte da nossa criatividade, uma qualidade da literatura brasileira. Quanto a mim, uso pouco, aqui e ali, nossas palavras. Procuro ser econômico. Mesmo assim, vou respondendo aos e-mails. Ele me diz que, enfim, está tudo pronto.

                                      (Edyr Augusto Proença, http://blogdaboitempo.com.br, 26.07.2013. Adaptado)

Leia o trecho do primeiro parágrafo para responder à questão.

Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”.

O pronome possessivo em – “meu Pará” – atribui ao termo Pará a ideia de que se trata de um lugar

Alternativas
Comentários
  • Por eliminação:

    b) não adquire nada, o Pará já existe e não é dele rs

    c) não abandona nada (bizarro)

    d) não subjuga nada, não obriga o Pará a fazer nada

    e) não desdenha nada, pelo contrário, orgulha-se


ID
1478254
Banca
IDECAN
Órgão
INMETRO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em meio às suas rotinas de consumo,as pessoas têm cada vez mais dificuldade em perceber o que é necessário e o que é supérfluo e avaliar o tamanho do seu consumo." (3º§) No excerto anterior, a ocorrência da crase se dá porque está precedendo um 

Alternativas
Comentários
  • B) Segundo PESTANA (2013):  Casos Facultativos 1) Antes de pronomes possessivos adjetivos femininos

    Exemplos:

    – Enviamos cartas a (à) nossa filha que está no Canadá.

    Obs.: Se o pronome possessivo for substantivo (ou seja, aquele que substitui um substantivo), crase obrigatória! Exemplo: Enviaram uma encomenda a (à) nossa residência, não à sua. 

  • GABARITO ERRADO!

    CORRETA > A

     

    O uso do acento grave é facultativo diante de pronome possessivo feminino, até aí tudo bem, acontece que essa regra vale somente quando o P.P.F está no singular. No caso em questão a crase é obrigatória e não facultativa.

     

     

    Veja bem:

    "Em meio às suas rotinas de consumo..."

     

     

    - Perceba que temos o pronome possessivo feminino no plural (suas), onde o mesmo está precedido de preposição "A" + artigo "A(s)", formando assim a crase.

     

     

    Por que não é facultativo?

    se tirarmos o acento grave, isso implicaria que a preposição "a" ou o artigo "a" teria sido suprimido, pois bem, vejamos:

     

    1) Tirando a preposição "A"

    A frase ficaria: "Em meio as suas rotinas de consumo..." 

    (acontece que a preposição "a" está sendo regida pelo termo anterior e não pode ser suprimida)

     

    2) Tirando o artigo "A"

    A frase ficaria: "Em meio suas rotinas de consumo..."

    (estaria correta dessa forma, pois o artigo "A" pode ser suprimido)

     

     

    Ocorre que se dissermos que a frase pode ser escrita dessa forma: "Em meio as suas rotinas de consumo..." está errado!

    pois é necessária a preposição "A" e se colocarmos no plural, também será necessário o artigo "A(s)". Ocasionando então a crase obrigatória.

     

     

     

     

  • Gabarito errado..Quando o pronome possessivo feminino se encontra no plural, a crase é obrigatória!!! Sem crase ainda se adminite quando o termo do qual se fala não está especificado...no caso do exemplo ficaria: "Em meio a suas rotinas" (não está errado, mas o sentido é completamente diferente!!!)

  • Particularmente, não vejo erro na questão. 
    Devemos lembrar que o uso da crase diante de pronome possessivo é facultativo porque o artigo é facultativo. Sendo assim, não há distinção em o pronome estar no singular o plural. 

    Marcos Romeiro, o caso não se refere a tirar a preposição, mas tirar ou colocar o artigo. A faculdade consiste em:  
    Pronome com artigo: Em meio às suas rotinas...
    Pronome sem artigo: Em meio a suas rotinas...

  • Oi, Laís Moura! Bem, o texto é bem claro quando questiona:


    Em meio às suas rotinas de consumo,[...]  No excerto anteriora ocorrência da crase se dá porque está precedendo um...

     

     


    "A questão indaga o exceto anterior", qual o exceto anterior? “Em meio às suas rotinas de consumo"


    > O que temos no trecho: Pronome Possessivo Feminino (SUAS) no plural;

    > Sabemos que o uso do acento grave nesses casos é "obrigatório" e não "facultativo";

    > A questão não propõe a passagem "em meio a suas rotinas", de modo que o gabarito seria a letra "B", caso a questão tratasse : Em meio a suas rotinas de consumo, [...]  No excerto anteriora ocorrência da crase se dá porque está precedendo um..." b)


    Para ficar mais claro, foquemos apenas na indagação: A ocorrência da crase na passagem descrita no texto se dá por quê?

    Foco na "ocorrência", ou seja, por que ela ocorreu na frase!?:

    Em função de:

     

    a) pronome possessivo no plural e, por isso, seu uso é obrigatório. (Neste caso, fator determinante para que a crase ocorresse)

     

  • PIOR QUESTÃO DE CRASE QUE JÁ VI.

    Deveria ser Anulada.

  • Entrei em contato com Fernando Pestana e Rafaela Motta,e expliquei sobre essa questão,que a idecan gosta de repetir. Ambos disseram ser facultativo o uso nesse caso,porem,aqui já respondi questão da cespe desse mesmo jeito e ela diz que é obrigatorio uso da crase,várias fontes de pesquisa tb dizem ser obrigatoria e tb aprendi assim,mas se a banca quer q diga que é facultativa então é .

  • Marcos Romeiro está certíssimo. A frase é apresentada no plural, então subentendesse que há obrigatoriamente o artigo no plural, pois preposição não tem S. Assim temos a preposição exigida por Em meio + o artigo no plural. Crase obrigatória.

    Seria facultativo se o A estivesse no singular, pois o pronome possessivo não exige artigo antes dele. Pode até vir, mas não exige. Exemplo:

    Está certo a pessoa falar: A sua mãe chegou. ou apenas: Sua mãe chegou.

    Mas já que essa banca complica muito as suas questões, ficamos à mercê dela.

  • A questão possui 2 alternativas corretas: A e C. Devendo ser considerada aquela que apresenta um maior número de informações, letra C. O uso do acento grave é obrigatório, visto que sua retirada acarretaria erro de concordância, pois estaria suprimindo a preposiçao. O que é facultativo antes de pronome possessivo é o uso do artigo.

    Em meio AS (artigo) suas rotinas... (ERRO DE CONCORDANCIA--> FALTA PREPOSIÇÃO)

     

     

     

  • Resposta do gabarito:

    http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint81.php

  • "Pronome possessivo não faculta a crase, ele faculta o artigo".

    Observem que não há problema em dizer: Suas rotinas são cansativas / As suas rotinas são cansativas 

     

    1° ex: Em meio às suas rotinas [correto]

     ex: Em meio a suas rotinas [correto]

     ex: Em meio as suas rotinas [errado] --> o termo "em meio" exige preposição, ou seja, é obrigatório. No entanto o "s" veio desacompanhado de artigo.

    Observe que no 2°exemplo ocorre a presença do "a" por esta ser uma preposição de uso obrigatório por causa do "em meio".

    Portanto, de início não se deve dizer que se trata de crase facultativa eliminando as assertivas "b" e "d".

    Na letra "e" diz que "suas" é pronome substantivo, o que é errado, pois não substitui nenhum substantivo anterior, apenas acompanha o termo "rotinas", que é um substantivo. Por conseguinte, é considerado pronome adjetivo. Assertiva "e" [errada].

    A IDECAN sacaneou um pouco nesta questão, pois as assertivas "a" e "c" estão corretas, no entanto, a letra "c" está mais completa, pois se refere à presença do "s" que automaticamene obriga a presença do artigo, formando "a"(prep) + a (art + S)" = às" --> se retirar o artigo, deverá também ser retirado o "s" ficando apenas a preposição. 

    Comentário baseado na explicação do professor Elias Santana. Gabarito letra "C".

    Outro detalhe é que esse pronome possessivo ele nem está no singular pra ser facultativo; mais absurdo ainda esse gabarito dado pela banca.

     

  • Se estar no plural, indica que tem o artigo. Se tem artigo, vai ser crase OBRIGATÓRIA, pois teremos preposição e artigo. Gabarito errado.

  • Eu fiquei indignado com essa questão, mas com ajuda de uma colega, depois de muito pensar (vendo o insta do Fernando Pestana), consegui entender.

    Pessoal, bora lá, crase é uma coisa e sinal indicativo de crase/ acento grave é outra.

    Não quero ficar viajando muito não, apenas decorem que há 3 tipos de crase facultativa.

    1 - Antes de nome próprio feminino;

    2 - Antes de pronome possessivo (reparem que aqui nunca falam em singular ou plural);

    3 - Após preposição até;

    Até aqui, tudo bem? Apenas decorem isso, decoraram? Agora leiam abaixo:

    QUESTÃO CESPE: O emprego do sinal indicativo de crase na expressão "às suas mais difíceis demonstração" é facultativo. Gabarito ERRADO.

    É um dos três casos que eu citei acima? Sim, logo a crase é facultativa. Porém, o ACENTO GRAVE ou o SINAL INDICATIVO de crase não são!

    Crase é a união de duas vogais idênticas.

    Sinal indicativo de crase/ Acento grave = representação gráfica do fenômeno crase.

    A questão da IDECAN não disse que o sinal indicativo de crase é obrigatório (se ela tivesse dito isso, estaria correta). A IDECAN disse que a CRASE É FACULTATIVA. CERTO!!!

  • Apenas acrescentando o comentário do Mauríco Moreira:

    2- Antes de pronome RELATIVO possessivo feminino no singular! Porque se tiver no plural, o acento grave indicador será obrigatório.

  • A questão está errada, deveria ter sido anulada, vou tentar explicar:

    A crase diante de pronomes possessivos femininos adjetivos é facultativa sim, mas na verdade a crase é facultativa pelo motivo de que o artigo antes do pronome é facultativo. Então, só haverá crase quando houver preposição + artigo. Nesse caso está claro que existe o fenômeno preposição + artigo, pois preposições são invariáveis, não concordam com o pronome, e no caso "as suas rotinas" está concordando, logo ali só pode ser um artigo. E se tem preposição + artigo tem que ter crase, simples.

  • Dificilmente erro uma questão de crase.

  • Dificilmente erro uma questão de crase.

  • A questão é: existem 2 possibilidades! Quais?

    1) Em meio às suas OU

    2) Em meio a suas

    O termo em meio exige a preposição A. No caso 1, é o artigo AS + a prep A, por isso crase. Em 2, há somente a preposição.

    A dúvida é gerada porque, ao falar que se trata de um caso facultativo, nao se sabe se está se referindo ao caso 2 ou à opção em que se retira apenas o sinal da crase (caso 3 abaixo).

    3) Em meio as suas / INCORRETO porque há apenas o artigo, uma vez que a preposição é no singular

    Entao, é isso, devemos considerar que o item B se refere ao caso 2 ou 3? Pra mim, baseada nas gramáticas que estudo, ao falar em caso facultativo, devo considerar apenas a retirada do sinal da crase. O que deixaria a questão errada.

    Assim, as gramáticas que estudo frizam que o pronome possessivo deve estar no SINGULAR para ser caso facultativo de crase.

    Mas, considerando o item 2, é possivel dizerque é caso facultativo. Foi o que a questao fez. Estao discutindo sobre isso e no fim estao todos corretos.

  • GABARITO DA BANCA ESTÁ ERRADO!

    Em meio às suas rotinas de consumo ( certo, mas crase obrigatória )

    temos aqui uma PREPOSIÇÃO A + ARTIGO AS = às

    Em meio a suas rotinas de consumo ( certo, mas crase proibida )

    temos aqui SOMENTE a PREPOSIÇÃO, sem o artigo!

    lembre que a questão da crase Facultativa está relacionado com o Pronome possessivo no SINGULAR!

    QUESTÃO SEM GABARITO!

    PMCE 2021


ID
1481740
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-PA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Um homem de consciência

            Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.
Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E, por muito tempo, não quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor.
            Mas João Teodoro acompanhava com aperto no coração o desaparecimento visível de sua Itaoca.
            “Isto já foi muito melhor”, dizia consigo. “Já teve três médicos bem bons - agora um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está se acabando ...”
            João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar- -se, mas para isso necessitava de um fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.
            “É isso”, deliberou lá por dentro. “Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada, então arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.”
      Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, se julgava capaz de nada ...
            Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado - e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca! ...
            João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada botou-as num burro, montou seu cavalo magro e partiu.
            - Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?
            - Vou-me embora - respondeu o retirante. - Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.
            - Mas, como? Agora que você está delegado?
            - Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado eu não moro. Adeus.
            E sumiu.

                                                            (Monteiro Lobato. Cidades Mortas. São Paulo: Globo, 2009)

rábula: advogado sem diploma

Analise os seguintes trechos:



I. Mas João Teodoro acompanhava com aperto no coração o desaparecimento visível de sua Itaoca. (3.º parágrafo).


II. Decididamente, a minha Itaoca está se acabando...” (4.º parágrafo).



Os pronomes possessivos, em destaque, indicam

Alternativas
Comentários
  •  b)sentimento de afetividade.

  • Por que não de propriedade, Alguém pode explicar??

  • Segundo o texto, João Teodoro só não havia se mudado de Itaoca pois tinha ainda esperança de que ela melhorasse, porque ele gostava da cidade, morava lá mas Itaoca não era uma propriedade dele.

  • Discordo do gabarito, pois as expressões: "sua" e "minha", remetem ao pertencimento da personagem em relação à cidade, e portanto, à sua origem.

  • ele demonstra afeto pela cidade, mas essa interpretação pode ser meio subjetiva, assim pensei.

  • Poxa... Essa eu errei e não consigo enchergar da ótica a ver o gabarito sendo a letra B. 

  • Os pronomes possessivos, em destaque, indicam:

     

    Minha: propriedade

    Sua: propriedade

  • Afinal qual o correto? Ainda não entendi. Eu respondi C, errada,agora respondi B e tá errada! Mudou o gabarito?

    Em 07/03/2018, às 10:03:30, você respondeu a opção B.Errada!

    Em 23/06/2017, às 15:23:51, você respondeu a opção C.Errada!

  • Coloquei afetividade. Enfim...

  • O gabarito, pra mim, apareceu C. Alguém sabe qual é o oficial? Parece que tem o B e o C.


    Ainda acho que é afetividade...

  • Os pronomes indicam claramente sentimento de afetividade (letra B), a cidade não é propriedade de João Teodoro. Acredito que a questão tenha sido anulada o algo assim, pois não a encontrei na prova da qual ela faz parte.

  • Também acho que o gabarito correto seria a letra B, sentimento de "Afetividade" pelo lugar.

    No primeiro parágrafo já diz que, para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.

    Ou seja, como alguém que não se dava a menor importância se sentiria proprietário de um lugar???

    Creio que o sentimento dele era AFETIVO mesmo.

  • Os pronomes "sua" e "minha" indicam, claramente, posse. A questão pede o significado dos pronomes destacados e não a interpretação do texto.
  • Obviamente que "SUA" E "MINHA" são pronomes possessivos, mas o contexto diz assim: . Mas João Teodoro acompanhava com aperto no "CORAÇÃO" o desaparecimento visível de sua Itaoca, então, o que tu marcas?

    já na segunda opção diz: Decididamente, a minha Itaoca está se acabando... eai?

    Marquei a B.

  • Marquei propriedade, pensei: vou ler o texto pra entender o contexto. Marquei Afeto e errei kkk. Concordo com o comentário do colega Eduardo Medeiros de Santana.

    A questão pergunta qual o sentimento que os pronomes possessivos indicam e não a interpretação segundo o texto.

  • GEROU DÚVIDA, MAS FUI PELO PADRÃO.

    MINHA CASA

    MINHA ROUPA

    SEU CARRO

    SUA CASA

    PROPRIEDADE.

  • Ia marcar ideia de posso sem nem ler o texto, li o texto e marquei B, sentimento de afetividade. A questão está mal formulada, induz ao erro.

  • gab c

  • Gente, fui pesquisar a fundo essa questão. Vi que o gabarito ficou LETRA B , pesquisei a prova no site tec concurso, e o gabarito lá é LETRA B, se quiserem pesquisar lá , o código da questão é #263859

  • Questão absurda.Passível de anulação

  • ele não era o dono de Itaoca, então não tem porquê ser relação de propriedade mas sim de sentimento de afetividade.

  • Fundamento. Explico.

    Questão passível de anulação. Gabarito correto é a letra (b).

    Malgrado indicar como letra (c), penso que é a errada, pois no contexto em que se encontram os pronomes possesivos nos dá a ideia de sentimento, e não de propriedade, dado que a cidade não é dele.

    Por essa razão, acredito que a questão merece ser anulada.


ID
1503316
Banca
CONSESP
Órgão
Prefeitura de Monte Mor - SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Aponte a alternativa em que o pronome, sublinhado, esteja classificado de maneira incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Aquele (pronome indefinido)


    Resposta letra C
  • Letra C

    "Aquele" = pronome demonstrativo

  • "Aquele" é pronome demonstrativo:

    http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/pronomes-demonstrativos-este-esse-aquele---e-outros.htm

    Pronomes Indefinidos:

    https://rachacuca.com.br/educacao/portugues/pronomes-indefinidos/

  • Aquele pronome demonstrativo.

  • Gabarito(C)

    Pronomes Demonstrativos: Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).

    Invariáveis: isto, isso, aquilo.

    Pronomes Possessivos: meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas, nosso, nossa, nossos, nossas, vosso, vossa, vossos, vossas.


ID
1516531
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                    No aeroporto

     Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.

     Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. [...]

     Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. [...]

     Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.

                                                 ( ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. em:
                                   Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 1107-1108
.)


Logo no início do texto, o narrador diz que houve uma espera de três horas em “[...] esperamos três horas o seu quadrimotor."A respeito do termo destacado, analise as afirmativas.

I. Como pronome possessivo, indica ideia de posse.
II. Expressa um vínculo eventual entre o objeto e a pessoa do discurso.
III. Expressa um vínculo constante entre o assunto de que se fala e a pessoa do discurso.

Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B. Não entendi o erro do item I


  • Acho que é apenas uma questão de conceito e classificação. Há a posse propriamente dita, e o vínculo eventual estabelecido entre o objeto e a pessoa do discurso, que na verdade, no caso em tela, será de uso. (gramática Hoauiss de Azeredo)

  • LiLy Silva, eu concordo com a colega Emanuela, o que o autor quis dizer com pronome "seu", não teve o objetivo de posse proriamente dita, o quadrimotor não era do Pedro, mas sim com a finalidade de indicar o avião que ele iria embora.

    Exemplificando: Quando você vai levar alguém no aeroporto, você pode perguntar "Que horas é seu vôo?" ou "Que horas seu avião chega?" Não que a pessoa tenha um avião, mas você se refere ao meio de locomoção que ela vai embora.

     

    Espero ter ajudado a uma melhor compreensão.  

  • Ele está servindo apenas de vínculo entre objeto e pessoa. 

  • O possessivo não se limita a exprimir apenas a ideia de posse. Adquire variados matizes contextuais de sentido. No
    trecho em análise, Pedro não é, efetivamente, proprietário do quadrimotor aguardado. Mas, sim, em determinado
    momento o quadrimotor aguardado seria por ele utilizado.
    Fonte: BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37 ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2009.

  • não um vínculo constante  (erro da III)

  • Pronome Possesivo

     

    Seu e Dele para evitar confusão: Em algumas ocasiões, o possesivo seu pode dar lugar a dúvidas a respeito do possuidor. Remedeia-se o mal com a substituição do seu, sua, seus, suas pelas formas dele, dela, deles, delas, de voçê, do senhor, conforme convier.

     

    Em 

          “[...] esperamos três horas o seu quadrimotor."

     

    Não nos dá certeza que Pedro é o possuidor do quadrimotor, o que nos leva a entender que o Item II é o correto, Portanto, gabarito letra B.

     

    FONTE: MOD.GRAMÁTICA PORTUGUESA 9.ED, EVANILDO BECHARA

         


ID
1524751
Banca
Makiyama
Órgão
IF-RO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         A TRANSFIGURAÇÃO PELA POESIA.

 Vinícius de Moraes - Publicado no Jornal A Manhã.

Creio firmemente que o confinamento em si mesmo, imposto a toda uma legião de criaturas pela guerra, é dinamite se acumulando no subsolo das almas para as explosões da paz. No seio mesmo da tragédia sinto o fermento da meditação crescer. Não tenho dúvida de que poderosos artistas surgirão das ruínas ainda não reconstruídas do mundo para cantar e contar a beleza e reconstruí-lo livre. Pois na luta onde todos foram soldados - a minoria nos campos de batalha, a maioria nas solidões do próprio eu, lutando a favor da liberdade e contra ela, a favor da vida e contra ela - os sobreviventes, de corpo e espírito, e os que aguardaram em lágrimas a sua chegada imprevisível, hão de se estreitar num abraço tão apertado que nem a morte os poderá separar. E o pranto que chorarem juntos há de ser água para lavar dos corações o ódio e das inteligências o mal-entendido.

Porque haverá nos olhos, na boca, nas mãos, nos pés de todos uma ânsia tão intensa de repouso e de poesia, que a paixão os conduzirá para os mesmos caminhos, os únicos que fazem a vida digna: os da ternura e do despojamento. Tenho que só a poesia poderá salvar o mundo da paz política que se anuncia - a poesia que é carne, a carne dos pobres humilhados, das mulheres que sofrem, das crianças com frio, a carne das auroras e dos poentes sobre o chão ainda aberto em crateras.

Só a poesia pode salvar o mundo de amanhã. E como que é possível senti-la fervilhando em larvas numa terra prenhe de cadáveres. Em quantos jovens corações, neste momento mesmo, já não terá vibrado o pasmo da sua obscura presença? Em quantos rostos não se terá ela plantado, amarga, incerta esperança de sobrevivência? Em quantas duras almas já não terá filtrado a sua claridade indecisa? Que langor, que anseio de voltar, que desejo de fruir, de fecundar, de pertencer, já não terá ela arrancado de tantos corpos parados no antemomento do ataque, na hora da derrota, no instante preciso da morte? E a quantos seres martirizados de espera, de resignação, de revolta já não terão chegado as ondas do seu misterioso apelo?

Sofre ainda o mundo de tirania e de opressão, da riqueza de alguns para a miséria de muitos, da arrogância de certos para a humilhação de quase todos. Sofre o mundo da transformação dos pés em borracha, das pernas em couro, do corpo em pano e da cabeça em aço. Sofre o mundo da transformação das mãos em instrumentos de castigo e em símbolos de força. Sofre o mundo da transformação da pá em fuzil, do arado em tanque de guerra, da imagem do semeador que semeia na do autômato com seu lança- chamas, de cuja sementeira brotam solidões.

A esse mundo, só a poesia poderá salvar, e a humildade diante da sua voz. Parece tão vago, tão gratuito, e no entanto eu o sinto de maneira tão fatal! Não se trata de desencantá-la, porque creio na sua aparição espontânea, inevitável. Surgirá de vozes jovens fazendo ciranda em torno de um mundo caduco; de vozes de homens simples, operários, artistas, lavradores, marítimos, brancos e negros, cantando o seu labor de edificar, criar, plantar, navegar um novo mundo; de vozes de mães, esposas, amantes e filhas, procriando, lidando, fazendo amor, drama, perdão. E contra essas vozes não prevalecerão as vozes ásperas de mando dos senhores nem as vozes soberbas das elites. Porque a poesia ácida lhes terá corroído as roupas. E o povo então poderá cantar seus próprios cantos, porque os poetas serão em maior número e a poesia há de velar.

Assinale o item em que o pronome grifado tenha sua classificação morfológica CORRETA entre parênteses:

Alternativas
Comentários
  • a) Pronome pessoal oblíquo tônico
    b) Pronome pessoal oblíquo átono
    c) Pronome possessivo (correto)
    d) Pronome definido
    e) Pronome possessivo

  • c) Pronome possessivo

  • bizu e trocar SUA por MINHA


ID
1552108
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo - MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Qual o limite do humor?

           Fazer rir é uma arte e como em toda arte há bons artistas e maus artistas. Há bons músicos e maus músicos, há bons pintores e maus pintores, há bons humoristas e maus humoristas. O estranho é que, mesmo assim, quando publicam uma música de mau gosto, que transforma a mulher em objeto sexual, por exemplo, não se fala em proibi‐la, retirá‐la de circulação; quando o artista elabora uma pintura obscena, que ofende os bons costumes, às vezes vira vanguardista, transgressor, e faz sucesso. O humorista, por outro lado, é o alvo da vez.
          Talvez porque haja exageros. No pretexto de fazer humor, piadistas chegam a extravasar essa esfera e atingir a dignidade, a reputação e a imagem alheia, causando danos sociais muitas vezes irreparáveis.  
          Há um forte argumento que diz que a piada com base em diferenças físicas, de sexo, de orientação sexual e congêneres reflete o preconceito das elites e das maiorias em desfavor dos oprimidos. Será? Sei que um erro não justifica outro, mas é fato que o humor sempre foi assim e, até pouquíssimo tempo atrás, ninguém processava humoristas por piadas de mau gosto. “Os Trapalhões" era recheado de piadas infames e racistas por meio do Mussum e contra os calvos tendo como alvo Zacarias. E Renato Aragão é, até hoje, embaixador da ONU. O acesso à justiça e a luta por direitos representa um enorme avanço social que o Brasil conseguiu nos últimos anos, mas algo mudou de lá para cá na sociedade em si?
          Instigado o debate, deixo minha contribuição: penso que o limite do humor é a individualidade. Não se pode tolher o humorista de fazer graça com diferenças genéricas, atribuíveis a pessoas indeterminadas. Há abuso a ser coibido, contudo, a partir do momento em que o comediante aponta especificamente o “Fulano de Tal" e, com base em uma característica que lhe é própria, tira sarro, diminui, ridiculariza aquela pessoa determinada. Aí cabe ao Poder Judiciário impor as sanções cabíveis para desincentivar condutas desse jaez. De resto, que se permita o humor para alegrar nossas vidas.

(SUBI, Henrique. Disponível em: http://www.estudeatualidades.com.br/2013/11/qual‐o‐limite‐do‐humor/. Acesso em: 05/12/2014. Adaptado.)

Em relação à classe de palavras, assinale a alternativa que apresenta a relação INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A gramática tradicional inclui até nos exemplos de advérbios de inclusão. Gabarito: A

  • até = pode ser advérbio ou preposição.

  • Até - preposição ou advérbio. 

    até

    a·té

    prep

    1 Indica um limite no tempo: O relatório ficará pronto até 30 de março.

    2 Indica um limite no espaço: Caminhamos até o parque.

    3 Indica um limite na quantidade: Ele come até três pãezinhos no café da manhã.

    4 Indica um limite máximo: Ele está atolado em dívidas até o pescoço.

    adv

    1 Indica inclusão; ainda, inclusive, também: Maria é poliglota. Ela fala até grego.

    2 Destaca superioridade ou inferioridade em grau, em orações comparativas: A crise é até pior do que eu supunha.

    3 Indica um limite máximo; no máximo: Cuidado com o dinheiro. Gaste até 50 reais.

    http://www.michaelis.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=at%C3%A9

     

  • letra A

     

    adverbio de Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também.


    Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a adolescência.

  •  Mas quando é que é um caso ou outro?

    A palavra até pode ser uma preposição de movimento, transmitindo a ideia de aproximação de um limite. Aplica-se para “limitar” espaço ou tempo

    1.a. Vou até ao jardim.» = não vou mais além do jardim.

    1.b. O relatório tem de estar pronto até às 18h. = 18h é a hora limite para a conclusão do relatório, pode ser entregue antes, mas não depois das 18h.

    1. Para além de preposição, até pode ser, não um adjectivo, mas um advérbio de inclusão (2.).

    2. Todos se portaram mal, até a Joana. = todos se portaram mal, inclusivamente a Joana.

  • ATÉ : Pode ser PREPOSIÇÃO OU ADVÉRBIO

  • ATÉ SERA PREPOSIÇÃO QUANDO INDICAR LIMITE!

    FORÇA GUERREIRO!

  • Conjunção -> LIGA DUAS ORAÇÕES!!! (Salvo e, ou, nem, quando ligam mesmas classes de palavras -> João e Maria; João ou Maria; Nem João, nem Maria).

    Até hoje -> Hoje = Advérbio, Até = Advérbio que se liga a outro advérbio.

  • Até está sendo preposição.


ID
1553236
Banca
CPCON
Órgão
Prefeitura de Catolé do Rocha - PB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na sentença “-ME DIGA UMA COISA, MANOEL: QUAL O SEU PROBLEMA? SE FOR DINHEIRO PODE CONTAR COMIGO.  SE FOR EMOCIONAL CONTE SEU DINHEIRO E VÁ A UM PSIQUIATRA. LÁ VOCÊ DESCARREGA SEU DRAMA,  OK?".


Assinale a alternativa correta:


Alternativas
Comentários
  • a) As palavras sublinhadas são, na sequência, do ponto de vista morfológico, pronome oblíquo átono, conjunção, advérbio de lugar e pronome possessivo.

  • Pronome oblíquo átono:

    Me , te , se nos , vos, os , as, lhe.

    Conjunção: SE, uma condicional

    Advérbio de lugar: LÁ VOCÊ DESCARREGA

    pronome possessivo: seu , sua, meu ,minha , teu, tua .

    Estuda GUERREIRO ❤️

    fe no pai que sua aprovação sai!


ID
1581595
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   No aeroporto


      Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.

      Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. [...]

      Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. [...]

      Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.


                          (ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. em: Poesia

                                    completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 1107-1108.)  

Logo no início do texto, o narrador diz que houve uma espera de três horas em “[...] esperamos três horas o seu quadrimotor.” A respeito do termo destacado, analise as afirmativas.


I. Como pronome possessivo, indica ideia de posse.


II. Expressa um vínculo eventual entre o objeto e a pessoa do discurso.


III. Expressa um vínculo constante entre o assunto de que se fala e a pessoa do discurso.


Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • .....

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA B)

     

    O possessivo não se limita a exprimir apenas a ideia de posse. Adquire variados matizes contextuais de sentido. No trecho em análise, Pedro não é, efetivamente, proprietário do quadrimotor aguardado. Mas, sim, em determinado momento o quadrimotor aguardado seria por ele utilizado.

  • Pessoal, vamos pedir comentário do professor!

  • Agora entendi a questão do pronome possessivo.

    Ex: "Falei para ela que estava esperando o meu ônibus passar."

    1. Posso entender que o ônibus realmente seja meu, minha posse, ou...
    2. Simplesmente que é um determinado ônibus que pego para chegar em determinado lugar.

ID
1586146
Banca
VUNESP
Órgão
APMBB
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A seca
            De repente, uma variante trágica.
            Aproxima-se a seca.
            O sertanejo adivinha-a e prefixa-a graças ao ritmo singular com que se desencadeia o flagelo.
         Entretanto não foge logo, abandonando a terra a pouco e pouco invadida pelo limbo candente que irradia do Ceará.
     Buckle, em página notável, assinala a anomalia de se não afeiçoar nunca, o homem, às calamidades naturais que o rodeiam. Nenhum povo tem mais pavor aos terremotos que o peruano; e no Peru as crianças ao nascerem têm o berço embalado pelas vibrações da terra.
           Mas o nosso sertanejo faz exceção à regra. A seca não o apavora. É um complemento à sua vida tormentosa, emoldurando-a em cenários tremendos. Enfrenta-a, estoico. Apesar das dolorosas tradições que conhece através de um sem-número de terríveis episódios, alimenta a todo o transe esperanças de uma resistência impossível.
      Com os escassos recursos das próprias observações e das dos seus maiores, em que ensinamentos práticos se misturam a extravagantes crendices, tem procurado estudar o mal, para o conhecer, suportar e suplantar. Aparelha-se com singular serenidade para a luta. Dois ou três meses antes do solstício de verão, especa e fortalece os muros dos açudes, ou limpa as cacimbas. Faz os roçados e arregoa as estreitas faixas de solo arável à orla dos ribeirões. Está preparado para as plantações ligeiras à vinda das primeiras chuvas.
         Procura em seguida desvendar o futuro. Volve o olhar para as alturas; atenta longamente nos quadrantes; e perquire os tra- ços mais fugitivos das paisagens...
        Os sintomas do flagelo despontam-lhe, então, encadeados em série, sucedendo-se inflexíveis, como sinais comemorativos de uma moléstia cíclica, da sezão assombradora da Terra. Passam as “chuvas do caju" em outubro, rápidas, em chuvisqueiros prestes delidos nos ares ardentes, sem deixarem traços; e pintam as caatingas, aqui, ali, por toda a parte, mosqueadas de tufos pardos de árvores marcescentes, cada vez mais numerosos e maiores, lembrando cinzeiros de uma combustão abafada, sem chamas; e greta-se o chão; e abaixa-se vagarosamente o nível das cacimbas... Do mesmo passo nota que os dias, estuando logo ao alvorecer, transcorrem abrasantes, à medida que as noites se vão tornando cada vez mais frias. A atmosfera absorve-lhe, com avidez de esponja, o suor na fronte, enquanto a armadura de couro, sem mais a flexibilidade primitiva, se lhe endurece aos ombros, esturrada, rígida, feito uma couraça de bronze. E ao descer das tardes, dia a dia menores e sem crepúsculos, considera, entristecido, nos ares, em bandos, as primeiras aves emigrantes, transvoando a outros climas...
            É o prelúdio da sua desgraça.

(Euclides da Cunha, Os Sertões. Em: Massaud Moisés, A literatura brasileira através dos tempos, 2004.)

Assinale a alternativa em que o termo em destaque pode ser substituído por pronome possessivo.

Alternativas
Comentários
  • Por vezes "lhe e lhes" assumem o valor aproximado de um pronome possessivo. É o que ocorre na questão em análise:

    A atmosfera absorve-lhe, com avidez de esponja, o suor na fronte.

    A atmosfera absorve "seu" suor na fronte, com avidez de esponja.

    Alternativa E

  • Alternativa correta: e O pronome pessoal oblíquo LHE funciona no texto com valor possessivo: “A atmosfera absorve o suor dele”. Trata-se de emprego que dá certa elegância ao texto.

  • A atmosfera absorve-lhe(o seu suor), com avidez de esponja, o suor na fronte...


ID
1646017
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                     A seca


          De repente, uma variante trágica.

          Aproxima-se a seca.

          O sertanejo adivinha-a e prefixa-a graças ao ritmo singular com que se desencadeia o flagelo.

          Entretanto não foge logo, abandonando a terra a pouco e pouco invadida pelo limbo candente que irradia do Ceará.

          Buckle, em página notável, assinala a anomalia de se não afeiçoar nunca, o homem, às calamidades naturais que o rodeiam. Nenhum povo tem mais pavor aos terremotos que o peruano; e no Peru as crianças ao nascerem têm o berço embalado pelas vibrações da terra.

          Mas o nosso sertanejo faz exceção à regra. A seca não o apavora. É um complemento à sua vida tormentosa, emoldurando-a em cenários tremendos. Enfrenta-a, estoico. Apesar das dolorosas tradições que conhece através de um sem-número de terríveis episódios, alimenta a todo o transe esperanças de uma resistência impossível.

          Com os escassos recursos das próprias observações e das dos seus maiores, em que ensinamentos práticos se misturam a extravagantes crendices, tem procurado estudar o mal, para o conhecer, suportar e suplantar. Aparelha-se com singular serenidade para a luta. Dois ou três meses antes do solstício de verão, especa e fortalece os muros dos açudes, ou limpa as cacimbas. Faz os roçados e arregoa as estreitas faixas de solo arável à orla dos ribeirões. Está preparado para as plantações ligeiras à vinda das primeiras chuvas.

           Procura em seguida desvendar o futuro. Volve o olhar para as alturas; atenta longamente nos quadrantes; e perquire os traços mais fugitivos das paisagens...

           Os sintomas do flagelo despontam-lhe, então, encadeados em série, sucedendo-se inflexíveis, como sinais comemorativos de uma moléstia cíclica, da sezão assombradora da Terra. Passam as “chuvas do caju” em outubro, rápidas, em chuvisqueiros prestes delidos nos ares ardentes, sem deixarem traços; e pintam as caatingas, aqui, ali, por toda a parte, mosqueadas de tufos pardos de árvores marcescentes, cada vez mais numerosos e maiores, lembrando cinzeiros de uma combustão abafada, sem chamas; e greta-se o chão; e abaixa-se vagarosamente o nível das cacimbas... Do mesmo passo nota que os dias, estuando logo ao alvorecer, transcorrem abrasantes, à medida que as noites se vão tornando cada vez mais frias. A atmosfera absorve-lhe, com avidez de esponja, o suor na fronte, enquanto a armadura de couro, sem mais a flexibilidade primitiva, se lhe endurece aos ombros, esturrada, rígida, feito uma couraça de bronze. E ao descer das tardes, dia a dia menores e sem crepúsculos, considera, entristecido, nos ares, em bandos, as primeiras aves emigrantes, transvoando a outros climas...

             É o prelúdio da sua desgraça.


                                                               (Euclides da Cunha, Os Sertões. Em: Massaud Moisés,

                                                                         A literatura brasileira através dos tempos, 2004.)

Assinale a alternativa em que o termo em destaque pode ser substituído por pronome possessivo.

Alternativas
Comentários
  • O Qconcurso está deixando a desejar '-'
  • PROFESSORES COMENTEM AS QUESTOES POR FAVORRRRRRR......


ID
1649041
Banca
IESES
Órgão
MSGás
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere a correspondência:

Senhor Diretor,

Informamos a ______________ que, conforme o Decreto número 001, de 4 de janeiro de 2015, fica prorrogado o prazo até o dia 17 de fevereiro do corrente ano do horário especial de expediente nos órgãos da Administração Direta, Autarquias e Fundações, que deverá ser cumprido das 13 às 19 horas.

Diante do exposto, contamos com __________ apoio para o cumprimento de tal Decreto.

Atenciosamente,

João Pedro Lins

Secretário Estadual de Educação


De acordo com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com

Alternativas
Comentários
  • Quando se fala COM = Vossa Senhoria, Excelência . . . . seu (sempre na segunda pessoa do singular).

    Quando se fala DE = Sua Senhoria, Excelência . . . . seu (sempre na segunda pessoa do singular).

    Logo, Gab. D

  • ?

    PQ é  Seu apoio?

    e não Vosso apoio?

  • Os pron. de tratamento estão enquadrados nos pron. pessoais. São empregados como referência à pessoa com quem se fala (2ª pess.), entretanto, a concordância é feita com a 3ª pessoa.

  • Pronomes de tratamento (ou axiónimos) estão incluídos no grupo dos pronomes pessoais e são formas mais corteses e reverentes de nos dirigirmos à pessoa com quem estamos falando ou de quem estamos falando. São, maioritariamente, utilizados em tratamentos formais, quando o interlocutor ocupa cargos ou posições sociais elevadas e prestigiadas.

    Exemplos e uso dos pronomes de tratamento

    V. - você - Usado em tratamentos informais, íntimos e familiares. Este pronome, em algumas regiões do Brasil, é substituído pelo pronome tu.

    Sr., Sr.ª, Srta. - senhor, senhora, senhorita - Usados em tratamentos formais e respeitosos, quando existe um distanciamento entre os locutores. Senhor é utilizado quando o tratamento se dirige a homens, senhora é utilizado quando o tratamento se dirige a mulheres casadas e senhorita é utilizado quando o tratamento se dirige a mulheres solteiras.

    V. S.ª - Vossa Senhoria - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a pessoas com grande prestígio, como vereadores, chefes, secretários e diretores de autarquias. Este pronome é também utilizado em textos escritos oficiais, como correspondência comercial, ofícios e requerimentos.

    V. Ex.ª - Vossa Excelência - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a pessoas com alta autoridade, como o Presidente da República, ministros, senadores, deputados, embaixadores, etc. No caso do Presidente da República, não deverá ser utilizada a forma abreviada do pronome de tratamento.

     

    Concordância com os pronomes de tratamento

    Embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa do singular ou do plural, a concordância verbal deverá ser feita sempre com a 3ª pessoa do singular ou do plural:

    Todos os fiéis da sua paróquia acreditam em si e seguem seusensinamentos, Vossa Reverendíssima.

    Vossa Magnificênciasua opinião e suas decisões são muito importantes para os estudantes desta universidade.

     

    Vossa ou Sua?

    A diferença no uso dessas duas formas é:

    1. usamos o pronome vossa quando estamos falando diretamente com a pessoa

    2. usamos o pronome sua quando estamos falando sobre a pessoa:

    Ex.:

    1. Vossa Senhoria quer que eu lhe entregue os ofícios agora?

    2. Lamento informar que Sua Senhoria, o diretor da autarquia municipal, não pode estar presente hoje neste evento.


ID
1712869
Banca
IESES
Órgão
CRM-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto responda à seguinte questão.

TECNOLOGIA PARECE ALTERAR CARÁTER DE AMIZADES JUVENIS
 HILARY STOUT – THE NEW YORK TIMES

Antigamente, as crianças conversavam fisicamente com seus amigos. Aquelas horas passadas no telefone da família ou na companhia de amigos do bairro desapareceram muito tempo atrás. Hoje, porém, até mesmo trocar _______ por celular ou e-mail está __________ . Para os adolescentes e pré-adolescentes atuais, a amizade parece se desenrolar cada vez mais por meio de minitextos, SMSs ou nos fóruns muito públicos de Facebook ou MySpace.
Boa parte das preocupações com esse uso da tecnologia tem sido voltada, até agora, a suas implicações no desenvolvimento intelectual das crianças. Mas especialistas começam a estudar um fenômeno profundo: a possibilidade de a tecnologia estar mudando a própria natureza das amizades das crianças.
“De modo geral, os temores suscitados pelo ciberbullying e o sexting (troca de mensagens com textos e imagens de teor sexual) têm ocupado o primeiro plano, deixando em segundo plano um olhar sobre coisas realmente nuançadas, como a maneira como a tecnologia está afetando o caráter de proximidade de amizade”, disse Jeffrey G. Parker, professor-associado de psicologia na Universidade do Alabama, que estuda as amizades infantis desde a década de 1980. “Estamos apenas começando a analisar essas modificações sutis.”
A dúvida é se todo esse envio de mensagens e a participação em redes sociais on line permite aos adolescentes e crianças ficar mais em contato com seus amigos e lhes dar mais apoio – ou se a qualidade de suas interações está sendo prejudicada pela ausência de intimidade e da troca emocional dadas pelo tempo passado fisicamente juntos.
Ainda é muito cedo para saber a resposta. Escrevendo no periódico “The Future of Children”, Kaveri Subrahmanyam e Patricia M. Greenfield, psicólogos, [...] observaram: “Evidências qualitativas iniciais indicam que a facilidade das comunicações eletrônicas pode estar fazendo os ‘teens’ terem menos interesse em comunicação cara a cara com seus amigos. São necessárias mais pesquisas para avaliar até que ponto esse fenômeno está presente e quais seus efeitos sobre a qualidade emocional de um relacionamento”.
Mas a questão é importante, acreditam estudiosos, porque as amizades infantis estreitas ajudam as crianças a ganhar confiança em pessoas de fora de seu círculo familiar e a deitar as bases para relacionamentos adultos saudáveis. “Não podemos deixar que os relacionamentos bons e estreitos desapareçam. Eles são essenciais para permitir que as crianças brinquem com suas emoções, expressem suas emoções – todas as funções de apoio que acompanham os relacionamentos adultos”, disse Parker.
O que veem muitos profissionais que trabalham com crianças são intercâmbios mais superficiais e mais públicos que no passado. Um dos receios é que a criança e os adolescentes de hoje possam estar deixando de viver experiências que os ajudam a desenvolver empatia, compreender nuances emocionais e interpretar indicações como as expressões faciais e a linguagem corporal. Com as obsessões tecnológicas das crianças começando em idade cada vez mais precoce, é possível que seus cérebros acabem sofrendo modificações e que essas habilidades se enfraqueçam mais, pensam alguns pesquisadores.
Mas outros estudiosos da amizade argumentam que a tecnologia está aproximando as crianças mais do que nunca. Elizabeth Hartley-Brewer, autora do livro “Making Friends: A Guide to Undestanding and Nurturing Your Child’s Friendships”, […] acredita que a tecnologia permite a adolescents e crianças ficar conectados com seus amigos 24 horas por dia [...]
[...]
Para algumas crianças ou adolescentes, a tecnologia é um instrumento que facilita a vida social ativa. Hannah Kliot, 15 [...] diz que usa o SMS para fazer planos e para transmitir coisas que acha engraçadas ou interessantes. Mas também o usa para saber como estão suas amigas que podem estar chateadas com alguma coisa – e, nesses casos, procura conversar realmente com elas. “Mas acho que a nova forma de conversar com uma pessoa é o bate-papo por vídeo, no qual você realmente vê a outra pessoa”, disse. “Já dei telefonemas, mas telefonar é considerado antiquado.”
(Folha de São Paulo, 10/5/2010.)

Releia este período do texto: “Com as obsessões tecnológicas das crianças começando em idade cada vez mais precoce, é possível que seus cérebros acabem sofrendo modificações e que essas habilidades se enfraqueçam mais, pensam alguns pesquisadores." 
Com relação às palavras grifadas no período, podemos classificá-las como

Alternativas
Comentários
  • concerteza é a (A)

  • Thiago, você consegue matar a questão apenas na questão do pronome. O pronome "seus" indica posse, assim como "meus, minhas, deles, delas", então, se tratará de um pronome possessivo.

  • Eu também matei a questão pelo pronome possessivo. Tava em dúvida na palavra "obsessão" se expressava um sentimento, e estava certo expressa um comportamento que causa sensações etc. Não sabia que era um substantivo feminino.

  • "Obsessões" é substantivo por causa do artigo "as" que vem antes. Todo substantivo vem acompanhado de um artigo. 

    Gab: A 

  • O advérbio "mais" é marcado como de intensidade, mas se houvesse entre as alternativas advérbio temporal ele poderia ser considerado. Pois logo que o li, pensei: Mais precocemente ----> quando?

  • "concerteza" foi de doer

  • Meus olhos sangraram quando viram o comentário do Gelbi Alencar. "concerteza"

  • para Substantivo = tanto (a) (s)

    para Adjetivo - tão 
    Ex.: tanta obsessão (subtantivo)
    Já para adjetivo se experimentar não fica bom ...
    Tão obsessão...
    Agora se usar tão lindo, maravilhoso, bêbado...

  • Galera vocês que estão estudando português , então muito cuidado com a escrita básica. A palavra concerteza não existe o certo é COM CERTEZA. Quem for fazer uma redação e escrever assim já perde na hora. (crítica construtiva). Bons estudos.

  • "Obsessão", seria um adjetivo substantivado ?


  • Quando eu penso que não sou bom em Português, leio os comentários. 

    Aí vejo que tem gente pior ainda. Isso me inspira! Hahaha... 

  • Não está errado aplicar possessivo para partes do corpo?

     

  • CONCERTEZA : ORIGINARIO A palavra concerteza é de origem púnica e quer dizer convicção.

    Atualmente usamos como um substantivo: concerto substantivo masculino que significa arrumação, ordem e simetria

    Faça uma CONCERTEZA À TUA ALTURA, POIS RESPONDEREMOS À BALBÚRDIA DOS INSANOS.

     

    bons estudos !!!!

     

  •  - OBSESSÃO = TODO SENTIMENTO É SUBSTANTIVO: RAIVA, ANGÚSTIA, TRISTEZA, ÓDIO...

    - MAIS = SE O MAIS VIER LIGADO AO ADJETIVO OU OUTRO ADVÉRBIO, SERÁ SEMPRE ADVÉRBIO. CASO ESTIVER LIGADO AO SUBSTANTIVO, SERÁ PRONOME INDEFINIDO.

    - SEUS = PRONOME POSSESSIVO

  • Essa é michuruca!

  • É mixuruca Jobstoteles OSS , assim o professor Alexandre Soares vai ficar chateado !

  •  a)

    substantivo, advérbio de intensidade, pronome possessivo.

     

    e fim de papo.

  • Com certeza é uma locução adverbial formada pela preposição com e pelo substantivo certeza.

    Atua como um advérbio, alterando o sentido do verbo, transmitindo, principalmente, uma noção deafirmação e de convicção. Nesse sentido é sinônima de: certamente, sem dúvida, decerto, claro e de certeza.


ID
1717114
Banca
IESES
Órgão
CRM-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que a concordância do possessivo está INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Correto: Vossa Excelência está com SUA agenda em dia


    Concorda em terceira pessoa do singular o pronome de tratamento "Vossa Excelência".

  • Eu acredito que a letra D também esta errada, Senhor também é um pronome de tratamento aplicando-se neste caso a Segunda Pessoa Indireta, com pronome possessivo na terceira pessoa (sua).

    A proposição estaria correta se acabasse na virgula (que neste caso seria ponto final).

  • Pronome de tratamento concorda em TERCEIRA PESSOA!

  •  A letra D está certa, pois "Senhor" está se referindo ao deus cristão, que é triuno (três pessoas), logo se usa o pronome possessivo "vossa".

  • Conconrdando o pronome tratamento Vossa Excelência com a terceira pessoa, fica assim:

    Vossa Excelência está com SUA agenda em dia.

     


ID
1717234
Banca
IESES
Órgão
CRM-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que a concordância do possessivo está INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Questão incorreta B

    Do ponto de vista da concordância verbal, importa lembrar que todos os pronomes

     de tratamento pertencem à terceira pessoa gramatical, do singular ou do plural.

     Consequentemente, os pronomes que se relacionam com essas formas também serão de 

    terceira pessoa 

    Ex: Vossa Excelência, tenho muito apreço pelo seu país

    Deus é contigo!

  • A questão incorreta é a letra C.  O certo seria:

    Vossa Excelência está com sua agenda em dia.

    sua: pronome possessivo terceira pessoa do singular.



ID
1717354
Banca
IESES
Órgão
CRM-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que a concordância do possessivo está INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA D

  • PRONOME DE TRATAMENTO TERCEIRA PASSOA.

  • GABARITO D

     

    Sempre que usarem pronome de tratamento, o verbo deverá estar na terceira pessoa. É como se vocês estivessem conversando com uma pessoa próxima, sem cerimônia (mamãe, papai, amigos). Vejam:

     

    Vossa Excelência está com vossa agenda em dia. 

    Vossa Excelência está com SUA agenda em dia. 

     

    Vossa Excelência está com SEU carro na garagem?

     

    Vossa Exclência está com SUA mala na recepção? 

     

    Certinho? Bons estudos.

  • Vossa Excelência está com sua agenda em dia.


ID
1731658
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
IF-AL
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dadas as afirmativas seguintes sobre o texto abaixo,

“[...] Esse espaço ligado ao culto funerário, essa cidade-pirâmide, não é silenciosa. Ecoa o barulho incessante dos canteiros de obras, além das vozes dos trabalhadores e dos serviços de reparação. As idas e vindas dos sacerdotes, responsáveis pelo culto funerário, e seus empregados, artesãos, criados ou camponeses, fazem desse local dedicado aos mortos um universo bem vivo”

(Larousse das Civilizações Antigas, 2006).

I. O adjetivo “incessante” (2ª linha) pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, pelo adjetivo “intenso”.

II. Uma das funções dos pronomes demonstrativos presentes no texto, assim como dos pronomes possessivos, é retomar expressões ou trecho anteriores para garantir a unidade e progressão do tema no texto.

III. A palavra “Ecoa” é um verbo na primeira pessoa do presente do indicativo.

IV. A palavra “pirâmide”, no texto, é um substantivo.

verifica-se que são verdadeiras

Alternativas
Comentários
  • No item III, a palavra ecoa não esta em 1º pessoa, já que não se refere ao narrador.

    No Item IV, a palvra pirâmide esta sendo colocada como um adjetivo de cidade, não sendo a mesma um substantivo.

     

  • Tenho uma dúvida quanto a I: Incessante é sinônimo de intenso?
  • I. O adjetivo “incessante” (2ª linha) pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, pelo adjetivo “intenso”.

    Não significa que incessante seja sinônimo de inteso, mas apneas que se substituído não há prejuízo de sentido.

    Incessante quer dizer uma coisa que não cessa, contínuo. Já intenso tem significado semelhante, contínuo. Logo, não há prejuízo  de sentido.

  • O item I não me desce...

    incessante

    que não cessa.

    que não sofre interrupção; contínuo, ininterrupto.

    "as incessantes preocupações fizeram-no adoecer"

    que se faz presente constantemente; assíduo, constante, frequente, incansável.

    "graças aos seus i. cuidados, ele logo se recuperou"

    intenso

    adjetivo

    que se manifesta ou se faz sentir com força, com vigor, com abundância.

    "calor i."

    que ultrapassa as medidas ou o grau habitual; febril, excessivo, árduo.

    "atividade i."

     

    Como o III e o IV estavam evidentemente errados, só sobrava os itens I e II mesmo, mas que achei estranho, achei!!!

     

  • A primeira alternativa não me desce, pois a alternativa fala "prejuízo de sentido". Ora, se eu trocar "incessante" por "intenso", haverá mudança no sentido da frase. Se a alternativa tivesse falado "inadequação à norma culta", eu até entenderia, afinal de contas, é possível fazer essa troca mantendo a linguagem padrão.

  • Incessante = que não cessa; não finda.

    Intenso = profundo; forte.

    A substituição de uma palavra por outra não prejudicaria o sentido do texto, visto que as expressões não se tratam de sinônimos?

  • Dizer que incessante pode ser substituído por intenso sem alteração de sentido é forçação de barra!! Nem tudo que contínuo é intenso, e vice-versa.

  • Questão extremamente opinável; acertei pq eliminando a III q está claramente errada, pode-se descartar 3 opções, a II está certa, faltava escolher entre a A e C, fui na A pq pirâmide não é substantivo no contexto, tem função de adjetivo, pois caracteriza cidade, mas tive q marcar a letra a contra-gosto pq dizer q Incessante por ser substituído por Intenso é, no mínimo, ridículo; algo incessante, isto é, algo q não termina, q não tem fim, q não cessa, não significa necessariamente q seja intenso; deveria existir uma lei q disciplinasse as provas de concursos, estamos muito à mercê de pseudo examinadores, gente q mal sabe se virar e q pretender impor sua limitação aos candidatos.

  • Questão extremamente opinável; acertei pq eliminando a III q está claramente errada, pode-se descartar 3 opções, a II está certa, faltava escolher entre a A e C, fui na A pq pirâmide não é substantivo no contexto, tem função de adjetivo, pois caracteriza cidade, mas tive q marcar a letra a contra-gosto pq dizer q Incessante por ser substituído por Intenso é, no mínimo, ridículo; algo incessante, isto é, algo q não termina, q não tem fim, q não cessa, não significa necessariamente q seja intenso; deveria existir uma lei q disciplinasse as provas de concursos, estamos muito à mercê de pseudo examinadores, gente q mal sabe se virar e q pretender impor sua limitação aos candidatos.

  • Gabarito por que a banca quis!! hahaha


ID
1731679
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
IF-AL
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dados os períodos abaixo,

I. “Você fez o que te pedi?”

II. “Ninguém viu ele”.

III. “Maria, ponha isso lá fora junto com as outras”.

IV. “Calma, seu José!”

marque a opção que apresenta uma afirmação correta sobre o emprego dos pronomes.

Alternativas
Comentários
  • I- “Você fez o que te pedi?” (usa da próclise devido o "que" - palavra atratitiva - e ao fato de ser frase interrogativa. Além disso, seria "ti" se houvesse uma preposição antes, o que não é o caso)

    II. “Ninguém viu ele”.(ok, Poderia ser reescrita como "Ninguém o viu". A palavrá ninguém é um pronome indefinido, ou seja, palavra atrativa da próclise)

    III. “Maria, ponha isso lá fora junto com as outras”.(não vejo erro)

    IV. “Calma, seu José!” (O seu é pronome de tratamento  e não possessivo. Letra C correta)

     

  • Na opção I os pronomes estão sendo usados incorretamente:
    você = 3a pessoa

    te = 2a pessoa

    a frase ficaria correta se construída das seguintes formas:

    você fez o que lhe pedi?
    tu fizeste o que te pedi?

  • Não é pronome possessivo quando possui sentido de Senhor.

     

    Ex:

    Obrigada, Seu Jorge.

    = Obrigada, Senhor Jorge.

     

    Fonte: Língua portuguesa para concursos - Duda Nogueira - 2a ed. - 2015

  • ERRADA I. “Você fez o que lhe pedi?” (VOCÊ - pronome de terceira pessoa, concorda com o LHE - terceira pessoa)

    ERRADA II. “Ninguém o viu”. (ELE - é pronome reto não pode ser complemento verbal)

    CORRETA III. “Maria, ponha isso lá fora junto com as outras”.

    CORRETA IV. “Calma, seu José!” (SEU é abreviação de SENHOR - pronome de tratamento)

  • Legal essa questão. Agregou.


ID
1732444
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Suzano - SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o poema para responder à questão.
                           
                                           Nova poética

Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito
bem engomada, e
       [na primeira esquina passa um caminhão, salpica-lhe
       [o paletó ou a calça de uma nódoa de lama:
É a vida.

O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.

Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas, as virgens
cem por cento e
    [as amadas que envelheceram sem maldade.

(Manuel Bandeira, Estrela da vida inteira).

Há, no poema, dois pronomes que expressam a ideia de posse em relação a uma coisa possuída. Assinale a alternativa em que eles estão destacados.

Alternativas
Comentários
  • salpica-lhe o paletó

    lhe = funciona como um adjunto adnominal. Por isso expressa posse. Para verificar se os pronomes oblíquos átonos me/ te / lhe/ nos / vos  funciona como adjunto adnominal basta substitui-los por um pronome possessivo. respeitando a flexão de pessoa e número.

    No caso da questão pode ser substituído pelo pronome possessivo SEU

    salpica seu paletó

    bons estudos!


  • SOU MEIO LEIGO EM PORTUGUÊS, se eu FIZ ERRADO, por favor me CORRIJAM  ai!

     

    a) si = adjunto adnominal ; que = sujeito  ERRADO

    b) cuja = adjunto adnominal  ;  SALPICA O PALETÓ DESSES MENINOS  logo  lhe = adjunto adnominal. CORRETA

    c) Aquele e este são pronomes demonstrativos.

    d) salpica o paletó desses meninos, LOGO LHE = ADJUNTO ADNOMINAL ;  que = sujeito.   as amadas envelheceram, quem envelheceu? As amadas(sujeito). ERRADA

    e) este cujo está empregado de maneira incorreta, pois não está entre substativos.

     

    Alguém me explica a (e)????????Por que ela está errada?

     

  • Fazer o leitor satisfeito de "si": Trata-se de pronome reflexivo e não possessivo

  • LETRA

  • A questão pede no enunciado: dois pronomes que expressam a ideia de posse em relação a uma coisa possuída: portanto alternativa B

     

     Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo

     

    pronomes oblíquos átonos. Objeto direto: me, te, o, a, nos, vos, os, as 

     

    Objeto indireto: me, te, lhe, nos, vos, lhes

     

    Complemento nominal: me, te, lhe, nos, vos, lhes, quando complementarem o sentido de adjetivos, advérbios ou substantivos abstratos.

  • CUJO (A) (S) = SEMPRE É POSSE! 
    PALETÓ DELE = HÁ RELAÇÃO DE POSSE.

  • Essa é hard kkkkk

  • Cujo (a) (s):

     

    * Indica posse e sempre vem entre dois substantivos, possuidor e possuído;

    * Não pode ser seguido nem precedido de artigo, mas pode ser antecedido por uma preposição; (Para lembrar: nada de cujo o, cuja a, cujo os, cuja as.. );

    * NÃO pode ser diretamente substituído por outro pronome relativo;

    Ex: Vi o rapaz a cujas pernas você se referiu(esse a antecedido de cujas é preposição que o verbo referir-se pede, por isso está correto)

     

    Tem função de adjunto adnominal em 99% dos casos, porque indica posse.

     

    Fonte: Felipe Luccas (Estratégia Concursos)  

    Gabarito( B )

    Obs: Quando meus comentários estiverem desatualizados ou errados, mandem-me msgns no privado, por favor, porque irei corrigi-los.

     

     

  • Nossa! vcs são muito bons.Adorei

  • Pronome obliquo LHE normalmente pode ser substituído por:

    -para ele (a/s)

    -nele (a/s)

    -DELE (a/s)

    -ou por qualquer pronome de tratamento após as preposições A, PARA e EM

  • CUJA POESIA = RELAÇÃO DE POSSE.

    CUJO CARRO É MEU.

    CUJO SOGRO MORREU.

    LHE= RETORNA O SUJEITO ( PODE-SE ELE, DELE)

    passa um caminhão, salpica-lhe o paletó.

    ELE POSSUÍA UM PALETÓ SALPICADO.

    O PALETÓ É DELE.

    GABARITO= B

    AVANTE GUERREIROS.

  • Depois de 35 anos de concursos que me deparo com uma Questão desta.A vida é um aprendizado.


ID
1743757
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                      Por que algumas pessoas poderosas agem como tiranos?

                                                                                                                    Ana Carolina Prado

      Nos anos 70, o psicólogo Philip Zimbardo queria entender por que as prisões são tão violentas. Então, ele decidiu criar uma prisão artificial no porão da Universidade de Stanford. Os voluntários do experimento foram divididos entre prisioneiros e guardas e deveriam cumprir esses papéis por duas semanas. Porém as condições ali ficaram tão tensas que foi necessário acabar com tudo em apenas seis dias. Logo no começo, as pessoas que assumiram o papel de guarda se tornaram extremamente sádicas e autoritárias, impondo castigos como privação de sono e comida. Os “prisioneiros" responderam fazendo rebeliões. Esse é um ótimo (e macabro) exemplo de como o poder pode corromper as pessoas. E nós sabemos que, na vida real, muita gente poderosa faz coisa parecida – ou pior.
      Os pesquisadores das Universidades de Stanford, do Sul da Califórnia e de Northwestern fizeram um estudo, a ser publicado no Journal of Experimental Social Psychology, para entender melhor por que esse tipo de coisa acontece. E descobriram que o problema está na combinação de poder e baixo status.
      No experimento, os autores simularam atividades de uma empresa e dividiram os voluntários aleatoriamente em papéis de chefes e subordinados, variando em status e poder. Em seguida, esses indivíduos puderam selecionar tarefas em uma lista de 10 para os outros executarem. O resultado mostrou que as pessoas com papeis de maior poder e menor status escolheram atividades mais humilhante para os seus parceiros (por exemplo, latir como um cão três vezes) do que os de qualquer outra combinação.
      Os pesquisadores chegaram à conclusão de que, quando as pessoas recebem um papel que lhes dá poder, mas não têm o respeito que normalmente o acompanha, podem acabar se empenhando em comportamentos degradantes. Elas se sentem mal em estar numa posição de baixo status e acabam usando sua autoridade humilhando outros para se sentir melhor. É tipo o que acontece com aquele chefe tirano que ninguém respeita e todo mundo odeia.
      Isso pode ter contribuído para os abusos cometidos por militares em prisões, bem como no experimento de Zimbardo nos anos 70. Em ambos os casos, os guardas têm o poder, mas falta-lhes o respeito e admiração dos outros. “Nossas descobertas indicam que a experiência de ter poder sem status, seja como membro das forças armadas ou como um estudante universitário que participa de um experimento, pode ser um catalisador para comportamentos degradantes que podem destruir relacionamentos e impedir a cooperação", diz o estudo.
      Os pesquisadores de Standford e Northwestern reconheceram, porém, que há outros fatores envolvidos. Só porque uma pessoa tem o poder ou está em uma posição de baixo status não significa necessariamente que ela irá maltratar os outros. Assim, essa história de que o poder corrompe nem sempre é verdade. Mas uma alternativa encontrada por eles para evitar abusos é encontrar formas para que todos os indivíduos, independentemente do status de seus papéis, se sintam respeitados e valorizados. “O respeito alivia sentimentos negativos sobre sua posição e os leva a tratar os outros de forma positiva", diz o estudo. Também é importante haver oportunidades para o crescimento, pois a pessoa tende a melhorar seu comportamento e seus sentimentos quando sabe que pode ganhar uma posição melhor no futuro.

Adaptado de http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoasfuncionam/ category/sem-categoria/page/17/

Em “Nossas descobertas indicam...", o termo destacado é um 

Alternativas
Comentários
  • "Nossas" está com  sentido de "nós", por isso é pronome pessoal. Para ser pronome possessivo, deveria ser por exemplo: "Nossas coisas", tem que entender que a coisa é dele. Bom, acho que é isso!

  • nao entendi essa questao.


  • Resposta D: NOSSAS descobertas, quer dizer que foram descobertas minhas e tuas, ou mais pessoas, quer dizer que "eles" possuem a descoberta.

  • Nossas - pronome possessivo adjetivo (determina, modifica ou, neste caso, acompanha o substantivo), refere-se à 1a. pessoa do plural. Indica relação de posse, algo que pertence à pessoa do discurso ("nossas descobertas").

  • PRONOMES POSSESSIVOS

    meu - minha

    teu - tua

    seu - sua

    nosso - nossa

    vosso - vossa

  • Gabarito: D

    Prononomes possessivos, remetem a idéia de posse!

     

  • Espero que essa banca aplique quesões assim no PMTO 2018

  • PRONOMES POSSESSIVOS - indicam posse (meu, minha, seu, sua nossa, nosso, vossa, vosso)

    PRONOMES INDEFINIDOS - referem-se aos seres de modo vago e impreciso (muito, pouco, qualquer, tudo, todo, nenhum certo, ninguém)

    PRONOMES DEMONSTRATIVOS- apontam seres no tempo e espaço (o, a, este, esta, isso, aquela, aquele, tal, próprio, essa, esse)

    PRONOMES RELATIVOS introduzem orações adjetivas/relativas (que, o qual, como, cujo, quanto, quem)

    PRONOMES INTERROGATIVOS usados em perguntas (que, quem, qual quanto)

  • GABARITO D

    PRONOMES POSSESSIVOS SE REFEREM A IDÉIA DE POSSE


ID
1762540
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         A Pirâmide Marciana

      A pirâmide é uma das formas geométricas mais reconhecidas do mundo. Diferentes civilizações, incluindo Maias, Astecas e Egípcios, construíram monumentos de formato piramidal para servir como tumbas, templos ou até mesmo observatórios astronômicos. Por isso, quando um grupo de estudiosos avistou uma pedra de formato peculiar na superfície de Marte, em um vídeo divulgado pela agência espacial americana (Nasa), na semana passada, a imaginação dos que buscam sinais de vida fora da Terra foi às alturas. Seria a rocha evidência de uma construção planejada por seres inteligentes?

      Os cientistas até agora descartam essa ideia. A pirâmide encontrada pelo robô Curiosity tem, de acordo com estimativas de pesquisadores, o tamanho de um carro popular. Seu formato, apesar de raro, não é inédito na história da exploração de Marte. Oficialmente, a Nasa não se pronunciou sobre o assunto. No entanto, um dos cientistas da missão disse à imprensa americana que tudo não passa de uma coincidência. “O olho humano é bom em reconhecer formatos familiares em objetos aleatórios”, diz Jim Bell, que também é professor de ciência planetária na Universidade do Arizona.

      Durante os bilhões de anos de história do Planeta Vermelho, o choque de asteroides e os ventos ajudaram a moldar infinitos ângulos nas pedras da superfície. E possível, portanto, que algumas dessas rochas se assemelhem a pirâmides. Até que novos estudos sejam realizados, os cientistas também tratam o caso como fizeram com a “face de Marte”, capturada pela sonda Viking em 1976, que revelou uma montanha cuja porção superior parecia se assemelhar a um rosto de formato humanoide. Fotografias de melhor resolução tiradas décadas depois acabaram com o mito. Enquanto isso, o Curiosity, prestes a completar três anos no planeta, continua a fazer ciência.

              (Disponível em: http://www.istoe.com.br/reportagens/424656 A+PIRAMIDE+MARCIANA.) 

Analise os trechos abaixo e, em seguida, responda. 

    “A pirâmide encontrada pelo robô Curiosity tem, de acordo com estimativas de pesquisadores, o tamanho de um carro popular. Seu formato, apesar de raro, não é inédito na história da exploração de Marte."

    “[...] os cientistas também tratam o caso como fizeram com a 'face de Marte', capturada pela sonda Viking em 1976, que revelou uma montanha cuja porção superior parecia se assemelhar a um rosto de formato humanoide."

Os vocábulos em destaque referem-se, respectivamente, a: 


Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

     “A pirâmide encontrada.... Seuformato , apesar de raro,...."

    ".....uma montanha cuja porção superior parecia...."

  •  

    São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. 

    “[...] os cientistas também tratam o caso como fizeram com a 'face de Marte', capturada pela sonda Viking em 1976, que revelou uma montanha cuja porção superior parecia se assemelhar a um rosto de formato humanoide." 

     

    Pronomes Possessivos: São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).

     

    “A pirâmide encontrada pelo robô Curiosity tem, de acordo com estimativas de pesquisadores, o tamanho de um carro popular. Seu formato, apesar de raro, não é inédito na história da exploração de Marte."

     

    GABARITO: LETRA D

    FONTE: https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf47.php / https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf51.php

  • Errei pq não associei seu com Piramide, na minha cabeça devia ser SUA, pois a palavra piramide é feminina, mas na questão é usado SEU refere a palavra formato. Formato da piramide.


ID
1769209
Banca
OBJETIVA
Órgão
Prefeitura de Porto Barreiro - PR
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinalar a alternativa cuja oração apresenta um pronome indefinido:

Alternativas
Comentários
  • Pronomes indefinidos invariáveis:alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, cada, algo.

  • a) pronome possessivo "minha"
    b) GABARITO
    c) pronome demonstrativo "este"
    d) pronome possessivo "tuas"

  • Todos seria o que? pronome demonstrativo?

  • to.do 
    (ôpron adj e indef (lat totu1 Integral, inteiro (seguido de artigo ou após o substantivo): Trabalhava todo o dia e descansava a noite toda. 2 Cada, qualquer: É todo dia a mesma coisa. Toda noite vai ao cinema. Todos os homens são mortais. Emprega-se também expletivamente: Viu submergir todas as suas esperanças. adv Completamente, de todo, inteiramente (variando excepcionalmente em gênero e número): O copo ficou todo quebrado, e a toalha toda encharcada. sm 1 Agregado de partes que formam um conjunto, um corpo completo: Um todo harmonioso. 2 Aspecto geral; generalidade: "Cada homem (microcosmo de loucura) imagina-se um todo" (Castilho). 3 O aspecto físico, tomado no seu conjunto: O todo da obra não está ruim. sm pl Todo o mundo, toda a gente: Todos aplaudiram o candidato. De todo: V de todo em todo. De todo em todo: completamente.Estar em todas: participar ativamente da vida social, estar bem informado.Todo o mundo: todo e qualquer homem. Pl: todos (ô). Fem: toda (ô); pl dofem: todas (ô).

    Link: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/definicao/todo%20_1055944.html

  • No meu entender essa questão é passível de recurso, pois o pronome "todos" também é indefinido.


    Pronomes indefinidos se referem sempre à 3.ª pessoa gramatical, indicando que algo ou alguém é considerado de forma indeterminada e imprecisa.

    Foi apresentada alguma justificativa para o atraso na entrega da mercadoria? Ninguém se quer responsabilizar por esta tarefa.

    Exemplos de pronomes indefinidos: alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, cada, algo, algum, algumas, nenhuns, nenhuma, todo, todos, outra, outras, muito, muita, pouco, poucos, certo, certa, vários, várias, tanto, tantos, quanta, quantas, qualquer, quaisquer, bastante, bastantes.

    Fonte: http://www.normaculta.com.br/tipos-de-pronomes/
  • a) A minha casa está aberta para todos (todos vocês) - não é pronome indefinido!!!

    Pronome indefinido:TUDO, nada, algum, qualquer, certo, muito, pouco, ninguém,...
    Por isso o gabarito é a letra B
  • Pronomes indefinidos são aqueles que se referem a substantivos de modo vago, impreciso ou genérico. Os pronomes indefinidos podem ser variáveis, isto é, sofrer flexão de gênero e número, ou invariáveis. algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vários, tanto, quanto, qualquer.  Pronomes Indefinidos são palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade. Para mim, A e B são corretos.
  • Resposta: b) Ninguém (Pronome Indefinido - Invariável) sabe quantos eram. 


    Para aprofundamento: http://www.infoescola.com/portugues/pronome-indefinido/


  • Sobre a letra a:


    Ex:


    - Esta carteira é válida em todo território nacional.


    - Esta carteira é válida em todo o território nacional.


    Segundo o professor Pestana o todo da primeira frase significa qualquer. Ou seja, em qualquer território, desde que seja uma nação, a carteira é válida. Diferente da segunda frase, em que todo o significa inteiro. Ou seja, a carteira é válida no inteiro território nacional. Só aqui no Brasil.


    Gabarito Letra B

  • Para mim está questão deveria ser anulada ,pois a correta é a letra A. A questão quer sabe a alternativa que tem UM pronome indefinido. 

    xa) 1 todos

    b) 2 ninguém e quantos

    c) Não tem

    d) não tem.

    Nem sempre a banca tá certa!!!

  • Só um a dúvida: então o todos deixou de ser indefinido por que o pronome possessivo "minha" dá uma ideia de que o o dono da casa conhece "todo mundo", num é isso?

  • Letra A:- Aberta para todos....substituindo vocês

  • http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf50.php

  • Pronomes indefinidos:

    Têm sentido vago ou indeterminado. Aplicam-se na 3ª pessoa. São eles:

    - Algum 
    -Nenhum 
    -Todo 
    - Outro 
    - Muito 
    - Certo 
    - Vários 
    - Tanto 
    - Quanto 
    - Alguém 
    - Bastante 
    - Ninguém 
    - Tudo 
    - Outrem 
    -Nada 
    - Cada 
    -Algo 
    - Mais 
    - Que 
    - Quem

    Ex: Ninguém me ama, ninguém me quer. 
    Ele tem muito orgulho dos filhos. (atenção que o muito neste caso refere-se a orgulho, que é substantivo. Não confundir com advérbio, lembrando que advérbio só modifica verbo/adjetivo/advérbio, o que não é o caso)
    ----------------------------- 
    Logo, gab: B

  • Nível superior? 

  • Pronomes indefinidos são aqueles que se referem a substantivos de modo vago, impreciso ou genérico. Os pronomes indefinidos podem ser variáveis, isto é, sofrer flexão de gênero e número, ou invariáveis. algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vários, tanto, quanto, qualquer.

    Pronomes Indefinidos - Português - InfoEscola

    www.infoescola.com/portugues/pronome-indefinido/

  • Gabarito da banca: Letra B

     

    Porém na Letra A: TODOS - é pronome indefinido.

     

    Questão passível de anulação, pois há duas alternativas corretas: A e B

  • Eu vejo aqui pessoas tentando justificar que "todos" não seria um pronome indefinido, alegando estar implícito o pronome de tratamento "vocês". Sinceramente, eu não entendi a linha de raciocínio, uma vez que independe de estar - ou não- subentendido, mesmo assim a classificação de "todos" não mudaria, pois  ainda sim haveria a ideia de generalização ou indefinição, tal como ocorre com muitos/alguns/nenhum/.. Isto é, não é possível definir com total certeza quem pertence a este conjunto "todos" ( E por que justamente "todos vocês" não poderia ser também: todos os três, todos os homens, todos os cidadãos, todos os meus vizinhos, todos os meus amigos etc.? - o que comprova ser de fato indefinido). A banca Objetiva errou! Existem duas assertativas corretas, e como um colega nosso já disse, seria totalmente passível de recurso.

  • TODOS NÃO É INDEFINIDO, POIS SIGNIFICA - INTEIRO - TODO MUNDO

  • Eu concordo com o comentário do professor Arenildo e da @Gleicegleice. Ou a questão possui duas alternativas corretas (sendo essa questão passível de recurso) ou na elaboração da questão faltou grifar o termo que deveria ser analisado, já que a alternativa A apresenta dois pronomes diferentes e o examinador quisesse avaliar o pronome minha que possui valor diferente do pronome todos. Acho que tentar analisar além disso para justificar a resposta do gabarito é procurar "pelo em ovo"

    Segue a análise:

     a) minha - pronome possessivo; todos - pronome indefinido.

     b) Ninguém -pronome indefinido. 

     c) Este - pronome demonstrativo.

     d) Tuas - pronome possessivo.

  • vou ensinar um verso

    Escutei Muito pouco um ou outro qualquer tanto quanto o certo o todo, qual, algum, nenhum, ninguém, outrem, tudo ou nada, cada.

    Só decorar e saberá quem são os indefinidos.

  • Pessoal, o professor QC comentou essa questão.

    Letra A e B contém pronomes indefinidos: Ninguém, quantos e todos

  • Gente, alguém sabe o motivo do "Todos" ser pronome indefinido?

    De acordo com Fernando Pestana, "Todos" no plural, tem valor de totalidade e mesmo sem estar acompanhado de artigo ou pronome demonstrativo, ele pode indicar totalidade de maneira enfática, concordando com o ser a qual se refere, como se houvesse uma intensificação.

    Alguém?

  • Para mim, neste caso, todos possui valor de SUBSTANTIVO.

  • pronome indefinido todas/todos o uso do artigo é OBRIGATÓRIO, não tem artigo portanto esse "todos" NÃO é pronome indefinido...

ID
1843891
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Brusque - SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia os textos:

Texto 1

Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras,

onde canta o sabiá

as aves que aqui gorjeiam

não gorjeiam como lá.

Casimiro de Abreu - excerto.


Texto 2

Canção do Exílio facilitada

Lá?

Ah!

Sabiá…

Papá…

Maná…

Sofá…

Sinhá…

Cá?

Bah!

José Paulo Paes.

Sobre os textos, é correto afirmar.

Alternativas
Comentários
  • "Ah!" não poderia ser uma manifestação de surpresa? Ao invez de felicidade?

  • Letra D

    Minha terra tem palmeiras, - Lá?

    onde canta o sabiá - Ah! FELICIDADE Sabiá…Papá… Maná…Sofá…Sinhá…

    as aves que aqui gorjeiam - Cá? 

    não gorjeiam como lá. - Bah! FRUSTAÇÃO

     

  • "Canção do Exílio" de CASIMIRO DE ABREU?

  • d) No texto 2, há duas expressões de interjeição: a primeira expressa felicidade; a segunda, insatisfação e frustração.

    Expectativa e realidade.

  • Para mim, esse Ah! poderia expressar até: Ah! Entendi... kkk questão complicada, tem que meio adivinhar. 

  • Aqui no Rio Grande do Sul, "BAH!" não significa apenas frustração e insatisfação, significa várias coisas, como surpresa, por exemplo.

  • A palavra minha , além de ser um pronome possessivo é um adj adominal ? Alguém pode explicar ?

  • A Lídia Abreu foi ótima na explicação.

     

  • Acertei por eliminação, todas as demais opções estão totalmente erradas

  • Quem é gaúcho se ferrou, aqui a gente fala "bha" pra expressar qualquer coisa (felicidade, raiva, dúvida, frustração...) kkk

  • ah! eh! oh! são interjeições classificadas como alegria

  • Só eu que acho que Lá? É a primeira interjeição?

  • O Autor está divagando (ironicamente) sobre alguns aspectos “agradáveis” de OUTRO LUGAR (Sabiá, Maná, Sofá) , sentindo certa satisfação ao fazê-lo, por fim, compara-o com sua LOCALIZAÇÃO ATUAL, desvalorizando a mesma.

    Lá? = Naquele Lugar?

    Ah! = Isso Sim!

    Cá? = Aqui?

    Bah! = Nem pensar!

  • Poxa, quem é aqui do sul matou né, "BAH" nesse contexto só pode ser de frustração. Apesar de que aqui o "bah" é usado para tudo. Mas, nesse contexto, sem dúvidas!

    Forte abraço.

  • Acertei, mas fiquei sabendo agora que BAH! é de frustração kkkkkkk

  • Acertei a questão pelo método da eliminação, mas esse professor não consegue explicar de uma maneira menos grossa não? Prefiro os outros.

  • Bah! Essa, só sendo gaúcho para acertar. oxe! kkkkkkkkkk


ID
1844077
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Por que algumas pessoas poderosas agem como tiranos?
                                                                                                                                                                                                                                                                                       Ana Carolina Prado
Nos anos 70, o psicólogo Philip Zimbardo queria entender por que as prisões são tão violentas. Então, ele decidiu criar uma prisão artificial no porão da Universidade de Stanford. Os voluntários do experimento foram divididos entre prisioneiros e guardas e deveriam cumprir esses papéis por duas semanas. Porém as condições ali ficaram tão tensas que foi necessário acabar com tudo em apenas seis dias. Logo no começo, as pessoas que assumiram o papel de guarda se tornaram extremamente sádicas e autoritárias, impondo castigos como privação de sono e comida. Os “prisioneiros" responderam fazendo rebeliões. Esse é um ótimo (e macabro) exemplo de como o poder pode corromper as pessoas. E nós sabemos que, na vida real, muita gente poderosa faz coisa parecida – ou pior.
Os pesquisadores das Universidades de Stanford, do Sul da Califórnia e de Northwestern fizeram um estudo, a ser publicado no Journal of Experimental Social Psychology, para entender melhor por que esse tipo de coisa acontece. E descobriram que o problema está na combinação de poder e baixo status. No experimento, os autores simularam atividades de uma empresa e dividiram os voluntários aleatoriamente em papéis de chefes e subordinados, variando em status e poder. Em seguida, esses indivíduos puderam selecionar tarefas em uma lista de 10 para os outros executarem. O resultado mostrou que as pessoas com papeis de maior poder e menor status escolheram atividades mais humilhante para os seus parceiros (por exemplo, latir como um cão três vezes) do que os de qualquer outra combinação.
Os pesquisadores chegaram à conclusão de que, quando as pessoas recebem um papel que lhes dá poder, mas não têm o respeito que normalmente o acompanha, podem acabar se empenhando em comportamentos degradantes. Elas se sentem mal em estar numa posição de baixo status e acabam usando sua autoridade humilhando outros para se sentir melhor. É tipo o que acontece com aquele chefe tirano que ninguém respeita e todo mundo odeia.
Isso pode ter contribuído para os abusos cometidos por militares em prisões, bem como no experimento de Zimbardo nos anos 70. Em ambos os casos, os guardas têm o poder, mas falta-lhes o respeito e admiração dos outros. “Nossas descobertas indicam que a experiência de ter poder sem status, seja como membro das forças armadas ou como um estudante universitário que participa de um experimento, pode ser um catalisador para comportamentos degradantes que podem destruir relacionamentos e impedir a cooperação", diz o estudo.
Os pesquisadores de Standford e Northwestern reconheceram, porém, que há outros fatores envolvidos. Só porque uma pessoa tem o poder ou está em uma posição de baixo status não significa necessariamente que ela irá maltratar os outros. Assim, essa história de que o poder corrompe nem sempre é verdade. Mas uma alternativa encontrada por eles para evitar abusos é encontrar formas para que todos os indivíduos, independentemente do status de seus papéis, se sintam respeitados e valorizados. “O respeito alivia sentimentos negativos sobre sua posição e os leva a tratar os outros de forma positiva", diz o estudo. Também é importante haver oportunidades para o crescimento, pois a pessoa tende a melhorar seu comportamento e seus sentimentos quando sabe que pode ganhar uma posição melhor no futuro.

Adaptado de http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoas-funcionam/category/sem-categoria/page/17/

Em “Nossas descobertas indicam...", o termo destacado é um

Alternativas
Comentários
  • Pronome possessivo

  • Pronome Possessivo Masculino, pois ele traz uma ideia de posse.

     

    Gabarito:D

  • GAB.D

    PRONOME POSSESSIVO,POIS ELE TRAZ UMA IDÉIA DE POSSE

  • Para colaborar uma lista de pronomes possessivos: 

    meu, minha, meus, minhas; teu, tua, teus, tuas; seu, sua, seus, suas; nosso, nossa, nossos, nossas; vosso, vossa, vossos, vossas; seu, sua, seus, suas. 


ID
1853980
Banca
UNA Concursos
Órgão
Prefeitura de Portão - RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OBS: Não serão exigidas as alterações introduzidas pelo Decreto Federal 6.583/2008 - Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, alterado pelo Decreto nº 7.875/2012 que prevê que a implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1° de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.".  

                                              A fragilidade da vida  

      A ideia de que a vida é frágil demais nos assusta .......... cada instante!

      Remete-nos à reflexão importante sobre o modo de ser do homem contemporâneo. Este homem que trabalha, trabalha e trabalha e que nunca se encontra realizado profissionalmente, vivendo em uma busca constante, em sua __________ profissional e pessoal. Cada vez mais vivemos numa sociedade da técnica, sociedade esta, digitalizada, em que tudo parece previsível, passível de transformação numérica. E é justamente no íntimo dessa convicção sobre o exato, que o inesperado faz sua intromissão devastadora, deixando marcas na história da humanidade. Na forma brutal, de um acidente fatal, onde a morte aproxima-se no recôndito do corpo de pessoas que estavam em um avião, que se abate sobre um edifício, causando-nos tamanha perplexidade e um sentimento enorme de impotência.  

      O desenvolvimento científico dos últimos anos, em progressão geométrica, __________ criado condições para uma vida saudável e uma idade avançada, um prolongamento da expectativa de vida que não conhecíamos .......... alguns poucos decênios passados. Somos com isso induzidos a uma segurança absoluta. O __________ torna-se permanente até que o inesperado acontece e leva-nos .......... ter uma nova concepção de vida. O tempo tem nova dimensão na velocidade dos acontecimentos que passam por nós numa sucessão ininterrupta, tudo reduzindo ao instante presente como se fosse eterno. Os dias não __________ fim com o por do sol, prolongando-se pelas noites que se estendem até o raiar do sol. 

      No entanto, apesar de tudo isso, é terrível constatar que a vida humana é muito frágil. Nossos dias passam velozes. Não nos adianta toda a segurança do mundo, toda a riqueza e poder. Estamos sujeitos sempre aos incômodos, incluindo-se as doenças e .......... morte. Portanto, devemos viver nossos dias com sabedoria, pois, a vida é uma só, uma única e poderosa oportunidade para realizarmos projetos grandiosos e enobrecedores, capazes de produzir efeitos enriquecedores nos outros e principalmente em nós mesmos. Para isso, olhe ao seu redor, perceba o reflexo que causa nos demais, perceba como se sente perante os mesmos e todos os dias perante você próprio. Faça uma autoanálise de como está vivendo.  

      O que me fez ficar pensando hoje foi o fato de a vida ser tão frágil. Em um momento estamos aqui bem, e em outro, em um piscar de olhos, não estamos mais. Tal fato contribuiu e muito para que eu refletisse e decidisse a viver cada momento, aproveitar cada oportunidade, ficar junto de quem gosto o máximo de tempo possível. Sei que é difícil, mas acho que tenho que parar de esperar que as coisas melhorem, que o trabalho diminua, que eu tenha mais dinheiro, que eu encontre um grande amor para aproveitar o que a vida está me oferecendo agora.

      Não sei se estarei aqui daqui a um dia, daqui a um mês, daqui a um ano. Estarei aqui o tempo que me for permitido e quero que esse seja o melhor tempo de todos.  

      (Marizete Furbino – disponível em www.portaldafamilia.org/artigos - adaptado) 

Sobre classes de palavras, assinale a alternativa que contém uma declaração INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • O que me fez ficar pensando hoje foi o fato..." – o “me" é um pronome OBLIQUO.

  • O "me" trata-se de um pronome pessoal oblíquo átono, ou seja, desempenha na maior parte dos casos, função de adjunto ou de complemento, nunca de sujeito.

  • O "me" trata-se de um pronome pessoal oblíquo átono, ou seja, desempenha na maior parte dos casos, função de adjunto ou de complemento, nunca de sujeito.


    Gabarito: D

  • GAB D

    Os termos : SUJEITO, QUE , NÃO,NUNCA,JAMAIS,NINGUÉM,NADA atraem pronomes oblíquos átonos >>>

    me,te, a,as,o,os,lhe,lhes,se,si,nos,vos

    BIZÚ: SUJEITO QUE NÃO


ID
1854331
Banca
KLC
Órgão
Prefeitura de Diadema - SP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que o pronome e sua classificação gramatical são correspondentes. 

Alternativas
Comentários
  • Pronome pessoal reto: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas

    Pronome relativo: o qual, os quais, cujo, cujos, quanto

  • PRONOMES DEMONSTRATIVOS

    Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).

    Invariáveis: isto, isso, aquilo.

    Pronomes pessoais

    Do caso reto: eu, tu, ele, nos, vós, eles/elas

    átonos (P.O.A.): me, te, se / o / a / lhe, nós, vós, lhes / os / as / se

    tônicos (P.O.T.) a mim, comigo, a ti, contigo, a ele, a ela, a si, consigo, a nós, conosco, a vós, convosco, a elas, a si, consigo

  • GABARITO: B


ID
1861366
Banca
FGV
Órgão
CODEBA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A frase em que o pronome pessoal lhe tem valor possessivo é:

Alternativas
Comentários
  • Em todas as alternativas, "lhe" aparece como objeto indireto. Já na letra E ele funciona como pronome possessivo.

    "O certo não é priorizar o que lhe está na agenda..." (O certo não é priorizar o que está na sua agenda/agenda dele)

  • a)Nunca prive alguém da esperança. Pode ser tudo o que resta.  A ELA 

      b) Não é que ele não possa ver a solução. É que não é possível A ELE  ver o problema. 

      c) Assim é,  A ELE se parece.

      d) Eu posso explicar a vocês isso, mas eu não posso entender isso por eles.

      e) O certo não é priorizar o que está na SUA  agenda, mas agendar suas prioridades.  (LETRA E - GABARITO) 

  • Fica mais fácil identificar o LHE(S) como pronome possessivo quando o verbo a ele ligado é um VTD (funcionando então como adjunto adnominal). Pois, se for um VTI, o LHE será objeto indireto.

  • Alguém explica a letra A? Como visto pelas estatísticas, muita gente, como eu, optou por essa alternativa.

     

    "Nunca prive alguém da esperança. Pode ser tudo o que lhe resta." Entendi: Pode ser (a esperança) tudo o que resta a esse alguém. Ou seja, esperança desse alguém = valor de posse.

  • Os pronomes pessoais do caso oblíquo átono me, nos, te, vos, lhe, lhes podem funcionar como possessivos. 

    Ex.:

    Sua atitude covarde não me saiu da cabeça. Sua atitude covarde não saiu (de ou da minha) cabeça.

    A crise aguçou-nos o espírito de busca. A crise aguçou (nosso ou o nosso) espírito de busca.

    Tirei-te o sono com minhas histórias? Tirei (teu ou o teu) sono com minhas histórias?

    Retiveram-vos a comprovação de pagamento? Retiveram (vossa ou a vossa) comprovação de pagamento?

    A emoção lhe embargou a voz. A emoção embargou (sua ou a sua) voz.

    Memorizaram-lhes as palavras de reconforto. Memorizaram (suas ou as suas) palavras de reconforto.

    http://www.capcursos.com.br/boletim-235-pronome-pessoal-do-caso-obliquo-usado-como-possessivo/boletim-235-pronome-pessoal-do-caso-obliquo-usado-como-possessivo/

  • Pessoal, tentem desenhar a explicaçao, pq pelos comentários q estão aqui eu ñ entendi direito
  • Letra A ERRADA. Nunca prive ALGUÉM da esperança. pode ser tudo o que LHE resta. Alguém pronome indefinido como atribuir pose a algo indefinido?
    Letra B ERRADA. Não é que ELE não possa ver a solução. é que não LHE é possivel ver o problema. " Não é possível que ELE veja o problema"
    Letra C Errada.
    Letra D Errada.
    Letra E O certo não é priorizar o que LHE está na agenda ( a agenda é de quem?), mas agendar SUAS( pronome possessivo, mostrando que a agenda é sua) prioridades.

    Se estiver errada me desculpem mas entendi assim.
    Bons estudos. 

  • Dizer "o que lhe está na agenda" significa dizer "o que está na agenda DELE".

  • Pronome Oblíquo LHE:

    - Eu já LHE enviei menus pêsames. - objeto indireto = a ele

    - Roubaram-LHE o livro. - adjunto adnominal = seu/dele(a) - possui valor possessivo. 

     

    Alternativas A a D = objeto indireto

    Alternativa E = adjunto adnominal - sua/dele

  • A colocação da Alice Sinnott está perfeita. Os pronomes oblíquos podem ter valor de posse quando estão sintaticamente na função de adjunto adnominal. É só prestarmos atenção se esse pronome se relaciona com verbo ou com o nome na frase.

  • Pronome oblíquos com valor de "posse" normalmente estão ligados a três coisas: PARTES DO CORPO ou  EMOÇÕES ou OBJETOS DE NATUREZA PARTICULAR.

    Prof Arenildo Santos.

  • GABARITO LETRA E

  • https://www.youtube.com/watch?v=xruK0xUQ2OU explica melhor que o professor do comentário.

  • VALOR DE POSSE 
    O certo não é priorizar o que lhe está na agenda, mas agendar suas prioridades. 

    O que está na SUA agenda

    Gabarito: Letra E

  • Substitua todo "lhe" por "a ela", "a você", "a ele".

     

    No que não couber a substituição, tente por "o seu, a sua". Nesse caso haverá possessividade.

  •  e) O certo não é priorizar o que lhe está na agenda, mas agendar suas prioridades. 

    Os pronomes oblíquos me,te,lhe,lhes,nos e vos podem apresentar valor de pronomes possessivos.

  • O certo não é priorizar o que lhe está na agenda, mas agendar suas prioridades

    O certo não é priorizar o que está na SUA agenda , mas agendar suas prioridades

  • Na agenda DELE..

  • Tenta fazer a substiuição de "lhe" por "a ela", "a você", "a ele".

     

    No que não couber a substituição, tente por "o seu, a sua". Nesse caso haverá possessividade.

  • Somente na letra E podemos substituir o “lhe” por um pronome possessivo:

    O certo não é priorizar o que está na sua agenda, mas agendar suas prioridades. Nas outras opções, o “lhe” substitui pronomes oblíquos.

    Logo, nosso gabarito é letra E.

    Fonte: Prof. Felipe Luccas

  • Pronome Oblíquo com valor de Posse estão relacionados, normalmente, com 3 itens:

    --> partes do corpo;

    --> objetos particulares (ex.: agenda);

    --> emoções;

    Dica do comentário do professor!

  • Essa questão não era nem para ser de português!!1

  • O pronome “lhe” pode ser objeto indireto, complemento nominal ou ter valor de posse.

    Na alternativa (A), ele está sendo empregado como objeto indireto, pois entendemos que algo resta a alguém.

    Na alternativa (B), ele está sendo empregado como complemento nominal, pois entendemos que algo é possível a alguém.

    Na alternativa (C), ele está sendo empregado como objeto indireto, pois entendemos que eu explico algo a alguém.

    A alternativa (E) é a correta, pois podemos trocar pelo pronome possessivo. Veja: 

    O certo não é priorizar o que lhe está na agenda, mas agendar suas prioridades. 

    O certo não é priorizar o que está na sua agenda, mas agendar suas prioridades.

    LETRA E

  • Lhepronome pessoal átono, assume o valor de possessivo, porque substitui, por exemplo, a sua ou é equivalente à construção possessiva a... dele:

    Ex.:

    • O cão mordeu-lhe na perna «o cão mordeu na sua perna. Ou, o cão mordeu na perna dele».
  • Em algumas construções os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe os passos. (Vou seguir seus passos )

  • LETRA E

    troque por ''dele'' existindo sentido = posse

    O certo não é priorizar o que lhe está na agenda, mas agendar suas prioridades.

    O certo não é priorizar o que lhe(deleestá na agenda, mas agendar suas prioridades.

    O certo não é priorizar o que está na agenda dele, mas agendar suas prioridades.

  • Galera, há algumas semanas, comecei utilizar os MAPAS MENTAIS PARA CARREIRAS POLICIAIS, e o resultado está sendo imediato, pois nosso cérebro tem mais facilidade em associar padrões, figuras e cores.

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    “FAÇA DIFERENTE”

    SEREMOS APROVADOS!

  • BIZUUUU

    TROQUE OS "lhe" por "a ela", "a você", "a ele".

     

    QUANDO NAO DER a substituição, tente por "o seu, a sua". dai sim será possessivo


ID
1884250
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder a questão.

O embondeiro que sonhava pássaros

     Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.

   Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

  – Mãe, olha o homem dos passarinheiros! E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

    Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito. 

   Mas aquele ordem pouco seria  desempenhada.

   [...]

   O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. O remédio, enfim, se haveria de pensar. 

   No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si: 

  – Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora. 

   Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos?

    O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.

     Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...] 

     As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...] 

    Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.

COUTO, Mia. / Cada Homem é uma raça:contos/Mia Couto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 – 71. (Fragmento). 

Observe as palavras destacadas nos fragmentos.

1. “Os pais LHES queriam fechar o sonho”.

2. “Mas logo se aprontavam a diminuir-LHE os méritos”.

3. “nenhuma memória será bastante para LHE salvar do escuro”.

Sobre elas é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • 1. "Os pais queriam fechar o sonho DELES"

    2. "Mas logo se aprontavam a diminuir os méritos DELE"

    3. "Nenhuma memória será bastante para salvar a ELE do escuro"

     

    Resposta letra C

  • Os pronomes oblíquos átonos ( me, te, o, a, lhe, se, nos, vos) podem ser usados com valor possessivo.

     

     

  • Cara, a regência do verbo nessa 3 não está errada não ??

  • Complementando o comentário de Anderson Barbosa:

    Os pronomes oblíquos átonos ( me, te, se, nos, vos, lhe, lhes) podem ser usados com valor possessivo. Nesse caso, funcionam como adjuntos adnominais.

  •  

    MACETE QUE ME AJUDA!!!

     

    Quando o LHE vier acompanhando VTD, tem valor Possesivo e funciona com ADJ.ADNOMINAL!!!

     

    EX NUNC.

  • kkkkkk essa banca tá é de sacanagem


ID
1886641
Banca
FCC
Órgão
TRF - 3ª REGIÃO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       O museu é considerado um instrumento de neutralização – e talvez o seja de fato. Os objetos que nele se encontram reunidos trazem o testemunho de disputas sociais, de conflitos políticos e religiosos. Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas: a maior parte presta homenagem às potências dominantes, suas financiadoras. As obras modernas são, mais genericamente, animadas pelo espírito crítico: elas protestam contra os fatos da realidade, os poderes, o estado das coisas. O museu reúne todas essas manifestações de sentido oposto. Expõe tudo junto em nome de um valor que se presume partilhado por elas: a qualidade artística. Suas diferenças funcionais, suas divergências políticas são apagadas. A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida. O museu parece assim desempenhar um papel de pacificação social. A guerra das imagens extingue-se na pacificação dos museus.

      Todos os objetos reunidos ali têm como princípio o fato de terem sido retirados de seu contexto. Desde então, dois pontos de vista concorrentes são possíveis. De acordo com o primeiro, o museu é por excelência o lugar de advento da Arte enquanto tal, separada de seus pretextos, libertada de suas sujeições. Para o segundo, e pela mesma razão, é um "depósito de despojos". Por um lado, o museu facilita o acesso das obras a um status estético que as exalta. Por outro, as reduz a um destino igualmente estético, mas, desta vez, concebido como um estado letárgico.

      A colocação em museu foi descrita e denunciada frequentemente como uma desvitalização do simbólico, e a musealização progressiva dos objetos de uso como outros tantos escândalos sucessivos. Ainda seria preciso perguntar sobre a razão do "escândalo". Para que haja escândalo, é necessário que tenha havido atentado ao sagrado. Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao museu, seria interessante desvendar que valor foi previamente sacralizado. A Religião? A Arte? A singularidade absoluta da obra? A Revolta? A Vida autêntica? A integridade do Contexto original? Estranha inversão de perspectiva. Porque, simultaneamente, a crítica mais comum contra o museu apresenta-o como sendo, ele próprio, um órgão de sacralização. O museu, por retirar as obras de sua origem, é realmente "o lugar simbólico onde o trabalho de abstração assume seu caráter mais violento e mais ultrajante". Porém, esse trabalho de abstração e esse efeito de alienação operam em toda parte. É a ação do tempo, conjugada com nossa ilusão da presença mantida e da arte conservada.


(Adaptado de: GALARD, Jean. Beleza Exorbitante. São Paulo, Fap.-Unifesp, 2012, p. 68-71)

... suas financiadoras (1° parágrafo)

Suas diferenças funcionais... (1°parágrafo)

... seu caráter mais violento... (3° parágrafo)


Os pronomes dos trechos acima referem-se, respectivamente, a: 

Alternativas
Comentários
  • - Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas: a maior parte presta homenagem às potências dominantes, suas financiadoras

    - O museu reúne todas essas manifestações de sentido oposto. Expõe tudo junto em nome de um valor que se presume partilhado por elas: a qualidade artística. Suas diferenças funcionais, suas divergências políticas são apagadas. 

    - O museu, por retirar as obras de sua origem, é realmente "o lugar simbólico onde o trabalho de abstração assume seu caráter mais violento e mais ultrajante.

     

    Alternativa D

  • O Certo é que esteja bem proximas as expressões... ?

  • Não concordo que se refira a pontências dominantes, uma vez que o pronome possessivo só tem ligação com a coisa possuida (financiadores) e com o possuidor (a maior parte [obras antigas])

    Essa questão deveria ser anulada.

  • explicação do professor no vídeo nao ajuda em nada.. aff

  • Para mim a letra C fazia mais sentido. Não entendi.

  • Na 1ª Fica bem visivel que as financiadoras são as potências dominantes ..."potências dominantes, suas financiadoras". O pronome "suas" se refere a "vitórias militares" mas as financiadoras são "as potências".

     

    Na 2ª O texto descreve a funcionalidade do museu em seu potêncial pacificador, então ele retoma as ...""manifestações" opostas"... em suas ""diferenças funcionais" são apagadas".

     

    Na 3ª "o trabalho de abstração assume seu caráter mais violento". Da pra ver bem que o caráter mais violento foi assumido pelo trabalho de abstração.

     

    Alternativa "D".

     

     

    Bons estudos!

  • Raquel a"c" não poderia ser porque perceba o trecho em que o pronome está inserido "...suas diferenças funcionais...". Logo são as diferenças entre as obras antigas e as obras modernas (ambas são manifestações) entendeu? Se você tomar como resposta "obras modernas" você não teria com o que compará-la.

  • Entendi Acertô. A sua explicação está melhor que a do professor, que apenas lê a resposta certa e não explica nada. 

    Valeu!!!!

  • No meu entendimento, esta questão deveria ser ANULADA. Visto que, na frase "Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas: a maior parte presta homenagem às potências dominantessuas financiadoras.", o pronome "suas" refere-se a "maior parte [das obras antigas]". E apenas "financiadoras" refere-se a "potências dominantes".

    Ou seja: 

    AS POTÊNCIAS DOMINANTES SÃO FINANCIADORAS DA MAIOR PARTE DAS OBRAS ANTIGAS. 

    AS POTÊNCIAS DOMINANTES SÃO SUAS FINANCIADORAS.

    Dessa forma, o gabarito correto deveria conter os seguintes termos: "maior parte das obras antigas" - "manifestações" - "trabalho de abstração".

  • Um professor deve ter a sensibilidade acerca das dúvidas dos alunos. É óbvio que a primeira alternativa é a que gera mais dúvida. A pergunta é  especificamente sobre os pronomes. Sendo assim, em "... suas financiadoras" temos: as potências dominantes foram financiadoras DAS VITÓRIAS MILITARES E CONQUISTASNão há como "financiadoras" e "suas" se referirem ao mesmo termo.

    Ou seja, as potências dominantes financiaram alguma coisa. Acho um absurdo esse gabarito.

    A questão gera muita dúvida e o professor, que até considero bom em outras questões, explicou esse item em 5 segundos. Ajuda-me aí, meu amigo !!! Nessa vc não foi bem.

  • Essa questão é mais de interpretação de texto do que de pronomes. É literal, tem-se que buscar no texto, não há outra alternativa. Só achei que o professor foi muito rápido nas explicações e acabou atravessando as respostas, num afã para falar rápido, acabou misturando as referências ao à primeira oração. Mas está clara a relação dos termos no texto. 

    Para quem não tem acesso ao Gabarito >>> D

  • Emmanuel Agapito, classifiquei o comentário do professor como "não gostei. No geral ele é bom. Mas tem hora que faz cada comentário que nao serve para nada. O QC deveria pretar mais atenção nisso e cobrar maio comprometimento na hora em que os professores fossem responder TODAS as questões e não algumas, como fazem Às vezes.

  • O professor falou, falou e não falou nada!

  • Esse professor é muito bom, mas foi infeliz nesta explicação.

  • O professor não teve nem o trabalho de voltar ao texto pra explicar o porquê de cada alternativa! 

    Lamentável.

  • Gosto desse professor, mas se era pra explicar desse jeito nao precisava gravar o video ne? Pessimo....

  • No meu entendimento, a questão está sem gabarito correto. Vejam o trecho:

     - Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas: a maior parte presta homenagem às potências dominantessuas financiadoras

    Na explicação do professor ele faz a pergunta: "financiadoras de quem?" e afirma que a resposta é "das potências dominantes". Entretanto, percebam que a resposta correta para essa pergunta seria "vitórias militares e conquistas". Logo, no primeiro trecho, o pronome se refere a "vitórias militares e conquistas", o que deixa a questão sem gabarito correto. Os demais trechos estão de acordo com a opção "d", dada como gabarito da questão pela banca.

  • GAB D 

    Eu acertei começando do último trecho:

     

    "... o trabalho de abstração assume seu caráter mais violento..." - Perguntei: De quem é esse caráter mais violento? do trabalho de Abstração. Portanto, já eliminei opções A, B e E.

     

    "...O museu reúne todas essas manifestações de sentido oposto... ... Suas diferenças funcionais..." - De quem são essas diferenças funcionais? Essas diferenças são das manifestações, que têm sentido oposto. Portanto, eliminei a C, e tive gabarito a opção D.

     

    "...Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas: a maior parte presta homenagem às potências dominantes, suas financiadoras..." Bom, nessa eu fiquei com dúvidas porque eu perguntei: Financiadoras de quem? E a resposta poderia ser financiadoras "das obras antigas" ou financiadoras das "vitórias militares", afinal, pensei por exemplo, nos arcos do triunfo, que eram erguidos/financiados pelas nações vencedoras para comemorar suas vitórias militares, vitórias na guerra. Porém, a pergunta que eu deveria ter feito não era essa, mas sim "o termo 'suas financiadoras' refere-se a quem? quem são as financiadoras?" Só assim a resposta é "potências dominantes"

  • pq a fcc nn poe a porra da linha

  • Até suei!

  • As obras antigas prestam homenagem às potências dominantes e às suas financiadoras (nações que apoiavam as potências dominantes, por exemplo). Esse trecho é ambíguo, ele ficaria melhor redigido assim: “a maior parte presta homenagem às potências dominantes, suas financiadoras, etc.”

    "...suas diferenças funcionais…" > são as diferenças entre as obras antigas e as obras modernas (ambas são manifestações).

    “o lugar simbólico onde o trabalho de abstração assume seu caráter mais violento e mais ultrajante.”

     

    Gabarito: D.

  • "Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas: a maior parte presta homenagem às potências dominantessuas financiadoras. "
     
    Acredito a banca quis dizer que o termo "suas financiadoras" faz papel de adjetivo explicativo com função de qualificar "potências dominantes".

    Porém, como o comando da questão quer saber a que se refere o pronome, entendo que estaria mais correto dizer que se refere a "Vitórias Militares".

  • Esse é o pior professor do Qconcursos, deus me livre

  • No caso não há muito o que o professor explicar, pois o trabalho que temos é apenas voltar ao texto para saber qual alternativa se encaixa aos períodos anteriores.

  • Concordo com os poucos colegas que falaram em ser ANULADA.

    Nao tem gabarito correto, pois o referente do primeiro pronome possessivo não é potências dominantes, mas muitas obras antigas.

     

    Um bizú é :

    O referente é sempre o possuidor. É a pessoa do discurso. 

    Quem possui o financiamento são as obras antigas. Quem financiava eram as potências dominantes. 

     


ID
1890319
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            O embondeiro que sonhava pássaros

      Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.

      Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

      - Mãe, olha o homem dos passarinheiros!

      E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

      Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito.

      Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.

      [...]

      O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. 6 remédio, enfim, se haveria de pensar.

      No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si:

      - Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora.

      Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos?

      O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.

      Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...]

      As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...]

      Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.

COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contosl Mia Couto - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71. (Fragmento). 

Observe as palavras destacadas nos fragmentos.

1. “Os pais LHES queriam fechar o sonho”.

2. “Mas logo se aprontavam a diminuir-LHE os méritos”.

3. “nenhuma memória será bastante para LHE salvar do escuro”.

Sobre elas é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • 1. “Os pais LHES queriam fechar o sonho”.

    Os pais queriam fechar o sonho deles.

    2. “Mas logo se aprontavam a diminuir-LHE os méritos”.

    Mas logo se aprontavam a diminuir os méritos dele.

  • e a 3.?  

    o lhe poderia ser substituido por "o" ?

     

     

     

  • Atenção! Dele, de acordo com o prescrito na gramática do prof. Fernando Pestana, não é um pronome possessivo.

  • qual o erro da letra A?

  • Pronomes Possessivos: são palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).
    Por exemplo: Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)

     

    Observe o quadro:

     

    NÚMERO                                   PESSOA                                            PRONOME

    singular                                      primeira                                             meu(s), minha(s)

    singular                                      segunda                                            teu(s), tua(s)

    singular                                      terceira                                             seu(s), sua(s)

    plural                                         primeira                                             nosso(s), nossa(s)

    plural                                         segunda                                            vosso(s), vossa(s)

    plural                                         terceira                                             seu(s), sua(s)

     

    Note que:

    A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto possuído.

    Por exemplo:

    Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.

     

    Observações:

    1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor.

    Por exemplo:

    - Muito obrigado, seu José.

     

    2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:

    a) indicar afetividade.

    Por exemplo:

    - Não faça isso, minha filha.

     

    b) indicar cálculo aproximado.

    Por exemplo:

    Ele já deve ter seus 40 anos.

     

    c) atribuir valor indefinido ao substantivo.

    Por exemplo:

    Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.

     

    3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa.

    Por exemplo:

    Vossa Excelência trouxe sua mensagem?

     

    4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo.

    Por exemplo:

    Trouxe-me seus livros e anotações.

     

    5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo.

    Por exemplo:

    Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)

     

    ____________________________________________________________________________________________

     

    FONTE: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf47.php

     

    ____________________________________________________________________________________________

  • alexandro santos, acredito que possa substituir por LO -  ELE.

    "salvar ELE" - salvá-LO.

  • GABARITO LETRA B.

  • MACETE: Troca o LHE > Dele > ADjunto aDnominal > Posse .

    Os pais queriam fechar os olhos DELE.


ID
1910281
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O embondeiro que sonhava pássaros


      Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.

      Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

      - Mãe, olha o homem dos passarinheiros!

      E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

      Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito.

      Mas a quela ordem pouco seria desempenhada.

      [...]

      O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. 6 remédio, enfim, se haveria de pensar.

       No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si:

      - Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora. 

      Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos?

      O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.

      Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...]

      As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...]

      Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.


COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contos/ Mia Couto - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71. (Fragmento).

Observe as palavras destacadas nos fragmentos.

1. “Os pais LHES queriam fechar o sonho”.

2. “Mas logo se aprontavam a diminuir-LHE os méritos”.

3. “nenhuma memória será bastante para LHE salvar do escuro”.

Sobre elas é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • É só substituir o LHE por um pronome possessivo:

    Os pais queriam fechar o sonho DELES.

    Mas logo se aprontavam a diminuir o mérito DELES.

     

  • GABARITO: C


ID
1914931
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         O embondeiro que sonhava pássaros

      Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.

      Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

      - Mãe, olha o homem dos passarinheiros!

      E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

      Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito.

      Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.

      [...]

      O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. 6 remédio, enfim, se haveria de pensar.

      No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si:

      - Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora. 

      Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos?

      O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.

      Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...]

      As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...]

      Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.

COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contosl Mia Couto - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71. (Fragmento).

Observe as palavras destacadas nos fragmentos.

1. “Os pais LHES queriam fechar o sonho”.

. “Mas logo se aprontavam a diminuir-LHE os méritos”.

3. “nenhuma memória será bastante para LHE salvar do escuro”.

Sobre elas é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • OBS: O LHE PODE EXERCER VÁRIAS FUNÇÕES. ALGUMAS DELAS:

    1. OBJETO DIRETO = A ELE (ligado ao verbo)

    2. COMPLEMENTO NOMINAL = A ELE (ligado ao nome)

    3. ADJUNTO ADNOMINAL = DELE

    Analisando as frases propostas:

    1. “Os pais LHES queriam fechar o sonho”.  = OS PAIS QUERIAM FECHAR O SONHO DELES. = ADJUNTO ADNOMINAL

    2. “Mas logo se aprontavam a diminuir-LHE os méritos”. = MAS LOGO SE APRONTAVAM A DIMINUIR OS MÉRITOS DELES. = ADJUNTO ADNOMINAL

    3. “nenhuma memória será bastante para LHE salvar do escuro”. = NENHUMA MEMÓRIA SERÁ BASTANTE PARA SALVAR ELE DO ESCURO. = OBJETO INDIRETO

     

    a) apenas 1 e 3 têm valor de sintagma nominal. 

    ERRADO, quando o núcleo de uma frase é um nome ou um pronome estamos diante de um sintagma nominal (SN). 1 e 2 são adjuntos adnominais, então estão ligados a um nome e possuem valor sintagma nominal.

     b) 1 e 2 têm valor possessivo. 

    CERTO, em ambos os casos o LHE pode ser substituido por DELE (que insinua posse).

     c) 1,2 e 3 têm valor possessivo, deslocamento a classe gramatical desses pronomes.

    ERRADO, somente 1 e 2 possuem valor possessivo.

     d) o pronome destacado nos três fragmentos determina a extensão do significado do verbo.

    ERRADO, não determina extensão do significado do verbo, tanto que 1 e 2 estão ligados a um nome e não ao verbo.

     e) apenas 3 é um pronome adjetivo pessoal oblíquo. 

    ERRADO, o 3 é objeto indireto.

  • Parabens, Isadora Miranda nao poderia ter explicado melhor!

     


ID
1925923
Banca
MPE-SC
Órgão
MPE-SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      “As emoções não são um privilégio humano. Os bichos também sentem tristeza, alegria, raiva, amor. Para compreender ainda mais o comportamento deles, os zoólogos tentam decifrar esses estados emocionais, estudando as suas expressões corporais.

       Os elefantes são considerados excelentes modelos para o estudo dos sentimentos animais, pois parecem estar sempre com a emoção à flor da pele. Quando um deles morre, os outros fazem verdadeiros rituais fúnebres, formando um círculo em torno do cadáver, sobre o qual depositam folhas e galhos, enquanto choram copiosamente.”

                                           (http:/super.abril.com.br/ciência/sentimento-animal

Em “Para compreender ainda mais o comportamento deles" a expressão sublinhada equivale a “o seu comportamento”.

Alternativas
Comentários
  • Não era pra ser "os seus comportamentos" ? 

  • Tbm errei, vai entender....

  • Foi o que eu pensei também ,que deveria estar no plural.

  • Apesar do comportamento ser deles, este comportamento é um só, portanto, não há que se falar em "seus comportamentos". Como na liguagem adequada o pronome possessivo, irá adequar-se ao objeto possuído (visto que seria impensável se dizer "seus comportamento") podemos dizer que é correto transformar a expressão "o comportamento deles" em "o seu comportamento".

    Exemplo: o carro deles capotou - o seu carro capotou (e não 'os seus carros capotaram', pois há apenas um carro).

    Um site bom pra tirar essas dúvidas é http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf47.php

  • eu também marquei como errada

    penso que seria no plural

  • Certo

     

    Questão meramente interpretativa.

  • Eu marquei errada por questão de ambiguidade semântica, quando digo "o comportamento deles" me refiro a um grupo de pessoas (de quem se fala = assunto), mas quando falo "o seu comportamento" não dá pra saber se é o comportamento é da pessoa com quem estou falando ou se é o de outra(s) pessoa(s), ambiguidade semântica. Logo, "o comportamento deles" não é equivalente a "o seu comportamento". 

  • Se "O comportamento" continua sendo UM SÓ... Por que estaria no plural?

    Recomendo a gramática do Pestana, além de ensinar regras gramaticais, ajuda com a interpretação.

  • Questão de interpretação: O comportamento é um só.

    O que são deles ? O comportamento. O seu comportamento.. .

  • CERTO.

     

    É UTILIZADO PRA EVITAR AMBIGUIDADE DO PRONOME POSSESIVO DE 3° PESSOA.

     

    AVANTE!!! " VOCÊ É O QUE VOCÊ PENSA, É O SR DO SEU DESTINO."

  • O bizú da Prof. Flávia Rita é:

     

    "O pronome possessivo concorda com a coisa possuída e retoma o possuidor"

     

    Analisando a frase:

     

    Os bichos também sentem tristeza, alegria, raiva, amor. Para compreender ainda mais o seu comportamento, os zoólogos tentam decifrar esses estados emocionais, estudando as suas expressões corporais.

     

    Coisa possuída = Comportamento.

     

    Possuidor =   Os bichos. (Faça a pergunta: Comportamento de quem? Dos bichos)

     

    Geralmente se usa dele/dela ao invés de seu/sua pra evitar ambiguidade .

     

    Mas pelo contexto fica claro que usando "seu" não causa ambiguidade, só temos um possuidor =bichos!

     

     

     

     

     

     

  • Dica: retornar à questão, sempre! No contexto, não há ambiguidade. Abç


ID
1929523
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                 “O falar é perigoso para as nossas ilusões.”

                                                                                 (Machado de Assis)


Sobre os componentes do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta

Alternativas
Comentários
  • Neste caso, a preposição “para” mostra valor de q??

  • Letra (c)

     

    Finais: indicam finalidade, objetivo, com as locuções conjuntivas: para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que).

  • Boa pergunta Ton Guesper!

  • "O falar" não é uma palavra substantivada? O "o" nao exerce esta função neste caso? 

    Alguem ajuda?

  • Tenho  a mesma dúvida. 

     

  • Para é preposição, pois se trata de uma Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal.

  • Iara, é sim.. "O falar" é uma palavra substantivada.. A questão quer saber qual é a errada

  • A [ ERRADO ] "O falar". Perceba que "falar" é um verbo, mas no contexto da oração, ela é o sujeito, então está correto quando diz que " o falar " foi substantivado.

     

    B [ ERRADA ] "perigoso" é um derivado de "perigo" por sufixação.

     

    C [ GABARITO ] Trata-se apenas de uma preposição " é perigoso, se é perigoso, é PARA alguém". Não tem sentido de finalidade!

     

    D [ ERRADA ] O pronome "nossas" inclui a do autor, a sua, a minha...

     

    E [ ERRADA ] Exatamente, é perigoso segundo o autor, para mim, pode não ser perigoso.

  • Iara , com a presença do artigo "o" faz do verbo "falar" um substantivo . Sendo entao "o falar" substantivada. no caso a alternativa esta correta , mas a questão pede a incorreta ! espero ter ajudado .

  • Também tenho essa duvida qual valor da preposição "para" mostra valor de q ??

  • Na minha opinião a preposição "para"tem valor de relação.Se vc reparar bem,essa preposição está relacionando palavras anteriores a ela,a palavras pospostas a mesma.
    gabarito .: C

  • As preposições são conectivos (unem palavras para formar frases) e não carregam "valor" como insinua a questão. O que as difere das conjunções que também são conectivos (unem orações para formar períodos) estas sim carregam valor semântico podendo ser coordenativas ou subordinativas.

  • Galera tomem cuidado, algumas preposições estabelecem determinados valores sim.

     

    De fato, o emprego da preposição se dá geralmente por questões de regência – subordinação de um termo a outro. Nem sempre, porém, isso ocorre. Em muitos casos, emprega-se a preposição para que ela estabeleça, junto ao núcleo do termo, um determinado valor. É o caso que se dá, por exemplo, com as locuções adverbiais. Perceba que a maioria delas é introduzida por um nexo prepositivo, que não foi oriundo de uma relação regencial. Quando se diz, por exemplo, “João chegou à noite”, a preposição “a”, que introduz a locução adverbial de tempo “à noite”, estabelece com o substantivo “noite” uma noção de tempo. A preposição, nesse caso, não foi requisitada pelo verbo da estrutura, uma vez que ele é intransitivo. Foi usada tão somente para estipular / introduzir a relação de tempo.

     

    Outros exemplos:

    Ele fala muito sobre polícia (assunto)

    Ele morreu de fome (causa)

     

    Rodrigo Bezerra: Nova gramática da lígua portuguesa para concursos (2015)

  • Preposição é a palavra invariável que relaciona dois termos,subordinando o segundo ao primeiro.

    Essenciasi: A,ANTE,APÓS,ATÉ,COM,CONTRA,DE,DESDE,EM,ENTRE,PARA,PER,PERANTE ETC

    Acidentais: Funcionam excepcionalmente como preposições: CONFORME, SEGUNDO,MEDIANTE,QUE,EXCETO,SALVO,DURANTE ETC

    Ex: Tenho que estudar. QUE acidentalmente funciona como sinônimo da preposição DE: Tenho de estudar.

    Valores semânticos da  preposição para:

    Direção: " Foi assim que me encaminhei para o Clube.

    Finalidade: "...escrava rebelde e insensata,não terás mãos nem pés para pôr em prática teus sinistros intentos.

    Conformidade: Para João, Flamengo é o melhor time do campeonato.

    Restrição:  Proibido para menores.

     

     

  • O que é o tal "valor universal" de "nossas"?

  • Rodrigo Reis, 

    O pronome possessivo "nossas" engloba a primeira pessoa (eu), a segunda pessoa (tu) e a terceira pessoa (ele).

    Por isso ela tem valor "universal". 

  • Como não é possível substituir "para" por "a fim de" não se trata de finalidade. Gabarito C
  • [agregando]

     

    No caso da letra C, a preposição para é exigida pelo nome perigoso. Quando uma preposição é exigida por um verbo ou por um nome, esta preposição não possui valor semântico.

  • A questão quer saber a afirmativa ERRADA galera!

    O "para" não expressa finalidade, não é nenhum tipo de conjunção e nada do tipo. O "para" é simplesmente uma preposição ligando o predicativo do sujeito com o complemento nominal

    O falar é perigoso para as nossas ilusões.

    Façam a pergunta: O falar é perigoso para quê? Com que finalidade? "Para as nossas ilusões" ... NOTEM QUE NÃO FAZ SENTIDO!

    "Para as nossas ilusões" completa o sentido de perigoso, sendo assim complemento nominal.

     

    Forte abraço!

  • NAO VEJO ERRO NA LETRA  d. DE ACORDO COM O TEXTO, NÃO TEM VALOR UNIVERSAL 

  • Alternativa C

     

    a - O termo “o falar” é um exemplo de palavra substantivada. certa

    b - No adjetivo “perigoso”, o sufixo -oso forma adjetivos a partir de substantivos. certa

    C - A preposição “para” mostra valor de finalidade. incorreta (tem valor de preposição - liga o nome ao complemento)

    d - O pronome possessivo “nossas” tem valor universal. certa

    e - O adjetivo “perigoso” expressa uma opinião do enunciador. certa

  • Com a FGV, por vezes, eu viajo tanto nas alternativas que, quando me dou por conta, marquei uma alternativa eque não tinha nada a ver com o que o enunciado queria. A tempo, recentrelizei o quisto antes de "passar para o gabarito".

  • Qd vc acerta uma questão da FGV, traz uma paz. 

  • A – V. Para substantivar o verbo é só colocar um artigo antes dele

    B – V. Perigoso é adjetivo que deriva do substantivo perigo

    C – F, o para aqui possui valor de restrição. O falar é perigoso não para tudo e todos, mas para as nossas ilusões.

    D – V, o pronome possessivo "nossas" engloba a primeira pessoa (eu), a segunda pessoa (tu) e a terceira pessoa (ele). É uma forma de deixar o texto pessoal, como se quisesse incluir o interlocutor naquela situação.

    E – V, adjetivos costumam expressar a opinião do autor sobre determinado assunto.

     

    Como ele quer a incorreta: Gabarito: C

  • Esse "para" é uma preposição, que liga o adjetivo ao seu complemento nominal.

  • Não sabia desse valor universal. FGV sempre inovando!

  • ...perigoso para as nossas ilusões!

    Teria que ser uma oração para configurar finalidade.

  • Letra C

    A preposição “para” não tem valor nocional aqui. Ela é exigida pelo nome “perigoso”.

    Não há sentido de finalidade, pois a ilusão não é o objetivo do perigo.

  • Para saber se a preposição "para" tem valor de finalidade, basta trocar por "a fim de ...", se não fizer sentido descarta a possibilidade.


ID
1935433
Banca
Marinha
Órgão
EFOMM
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     Bruno Lichtenstein

                                                                                                                    Rubem Braga

                                                                                                             18 de Julho de 1939

      Foi preso o menino Bruno Lichtenstein, que arrombou a Faculdade de Medicina. O menino Bruno Lichtenstein não é arrombador profissional. Apenas acontece que o menino Bruno Lichtenstein tem um amigo, e esse amigo é um cachorro, e esse cachorro ia ser trucidado cientificamente, para estudos, na Faculdade de Medicina. O poeta mineiro Djalma Andrade tem um soneto que acaba mais ou menos assim:

                               "se entre os amigos encontrei cachorros,

                                 entre os cachorros encontrei-te, amigo".

      Mas com toda a certeza o menino Bruno Lichtenstein jamais leu esses versos. Também com certeza nunca lhe explicaram o que é vivissecção, nem lhe disseram que seu cão ia ser vivisseccionado. Tudo o que ele sabia é que lhe haviam carregado o cachorro e que iam matá-Io. Se fosse pedi-Io, naturalmente, não o dariam. Quem, neste mundo, haveria de se preocupar com o pobre menino Bruno Lichtenstein e o seu pobre cão? Mas o cachorro era seu amigo - e estava lá, metido em um porão, esperando a hora de morrer. E só uma pessoa no mundo podia salvá-Ia: um menino pobre chamado Bruno Lichtenstein. Com esse sobrenome de principado, Bruno Lichtenstein é um garoto sem dinheiro. Não pagará a licença de seu amigo. Mas Bruno Lichtenstein havia de salvar a vida de seu amigo - de qualquer jeito. E jeito só havia um: ir lá e tirar o cachorro. De longe, Bruno Lichtenstein chorava, pensando ouvir o ganido triste de um condenado à morte. via homens cruéis metendo o bisturi na carne quente de seu amigo: via sangue derramado. Horrível, horrível. Bruno Lichtenstein sentiu que seria o último dos infames se não agisse imediatamente.

      Agiu. Escalou uma janela, arrebentou um vidro, saltou. Estava dentro do edifício. Andando pelas salas desertas, foi até onde estava o seu amigo. Sentiu que o seu coração batia mais depressa. Deu um assovio, um velho assovio de amizade.

      Um vulto se destacou em um salto - e um focinho e úmido lambeu a mão de Bruno Lichtenstein. Agora era para a rua, para a liberdade, para a vida ... 

      Bruno Lichtenstein, da cabeça aos pés, tremia de susto e de alegria. Foi aí que ele ouviu uma voz áspera e espantada de homem. Era o dr. Loforte. O dr. Loforte surpreendeu o menino. Um menino podre, que tremia, que havia arrombado a Faculdade. Só podia ser um ladrão! Bruno Lichtenstein não explicou nada - e fez bem. Para o dr. Loforte um cachorro não é um cachorro - é um material de estudo como outro qualquer.

      Na polícia apareceu o pai do menino. O pai, o professor e o delegado conversaram longamente - e Bruno Lichtenstein não ouvia nada. Só ouvia, lá longe, o ganir de um condenado à morte.

      Já te entregaram o cachorro, esse cachorro ia ser trucidado cientificamente, para estudos, na Faculdade de Medicina. Tu o mereceste, porque tu foste amigo. Não te deram nem te darão medalha nenhuma - porque não há medalha nenhuma para distinguir a amizade. Mas te entregaram o teu cachorro, o cachorro que reivindicaste como um pequeno herói. Tu é um homem, Bruno Lichtenstein - um homem no sentido decente da palavra, muito mais homem que muito homem. Um aperto de mão, Bruno Lichtenstein.

O texto acima foi extraído do livro "1939 - Um episódio em Porto Alegre (Uma fada no front)", Ed. Record Rio de Janeiro, 2002 - pág. 37. 

Lido o texto, observe atentamente cada quesito e assinale somente UMA opção correta em cada questão. 

Estilisticamente, o pronome oblíquo é usado pelo autor com valor possessivo. Esse exemplo encontra-se em: 

Alternativas
Comentários
  • letra A. haviam carregado dele


ID
1940347
Banca
Marinha
Órgão
COLÉGIO NAVAL
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         Eles blogam. E você?

     Após o surgimento da rede mundial de computadores, no início da década de 1990, testemunhamos uma revolução nas tecnologias de comunicação instantânea. Nós, que nascemos em um mundo anterior à Internet, aprendemos a viver no universo constituído por coisas palpáveis: casas, máquinas, roupas etc. O contato se estabelecia entre seres humanos reais por meios "físicos": cartas, telefonemas, encontros.

      Em um mundo concreto, a escola não poderia ser diferente: livros, giz, carteiras, quadro-negro, mural. Esse espaço é ainda hoje definido por uma série de símbolos de um tempo passado e tem se mantido relativamente inalterado desde o século XIX. Os alunos atuais, porém, são nativos digitais. Em outras palavras: nasceram em um mundo no qual já existiam computadores, Internet, telefone celular, tocadores de MP3, videogames, programas de comunicação instantânea (MSN, Google Talk etc.) e muitas outras ferramentas da era digital. Seu mundo é definido por coisas imateriais: imagens, dados e sons que trafegam e são armazenados no espaço virtual.

      Um dos aspectos mais sedutores do ciberespaço é o seu poder de articulação social. Foi no fim da década de 1990 que os usuários da Internet descobriram uma ferramenta facilitadora da interação escrita entre diferentes pessoas conectadas em uma rede virtual: os weblogs, que logo ficaram conhecidos como blogs. O termo é formado pelas palavras web (rede, em inglês) e log (registro, anotação diária). A velocidade de reprodução da blogosfera é assustadora: 120 mil novos blogs por dia, 1,4 blog por semana.

      O blog se caracteriza por apresentar as observações pessoais de seu "dono" (o criador do blog) sobre temas que variam de acordo com os interesses do blogueiro e também de acordo com o tipo de blog. As possibilidades são infinitas: há blogs pessoais, políticos, culturais, esportivos, jornalísticos, de humor etc.

       Os textos que o blogueiro insere no blog são chamados de posts. Em português, o termo já deu origem a um verbo, "postar", que significa "escrever uma entrada em um blog". Os posts são cronológicos, porém apresentados em ordem inversa: sempre do mais recente para o mais antigo. Os internautas que visitam um blog podem fazer comentários aos posts.

      Justamente porque facilitam a comunicação e permitem a interação entre usuários de todas as partes, os blogs são interessantes ferramentas pedagógicas. Se a escola é o espaço preferencial para a construção do conhecimento, nada mais lógico do que levar os blogs para a sala de aula, porque eles têm como vocação a produção de conteúdo. Por que não criar um blog de uma turma, do qual participem todos os alunos, para comentar temas atuais, para debater questões polêmicas, para criar um contexto real em que o texto escrito surja como algo natural?

      Na blogosfera, informação é poder. E os jovens sabem disso, porque conhecem o ciberespaço. O entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será acompanhado pelo desejo de transformá-lo em ponto de parada obrigatória para os leitores que vagam no universo virtual. E esse desejo será um motivador muito importante. Para conquistar leitores, os autores de um blog precisam não só ter o que dizer, mas também saber como dizer o que querem, escolher imagens instigantes, criar títulos provocadores.

      Uma vez criado o blog da turma, as possibilidades pedagógicas a ele associadas multiplicam-se. Para gerar conteúdo consistente é necessário pesquisar, considerar diferentes pontos de vista sobre temas polêmicos, avaliar a necessidade de ilustrar determinados conceitos com imagens, definir critérios para a moderação dos comentários, escolher os temas preferenciais a serem abordados etc. Todos esses procedimentos estão na base da construção de conhecimento.

      Outro aspecto muito importante é que os jovens, em uma situação rara no espaço escolar, vão constatar que, nesse caso, quem domina o conhecimento são eles. Pela primeira vez não precisarão virar "analógicos" para se adaptar ao universo da sala de aula. Eu blogo. Eles blogam. E você?

                              Maria Luiza Abaurre, in Revista Carta na Escola. (adaptado)

Considere as frases abaixo.

I - "Seu mundo é definido por coisas imateriais . . . " (2 ° § )

II - "Esse espaço é ainda hoje definido por uma série de símbolos de um tempo passado. . . " (2 ° § )

III- "Os internautas que visitam um blog podem fazer comentários aos posts." (5° § )

IV - "O entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será acompanhado pelo desejo de transformá-lo em ponto de parada obrigatória..." (7° § )

Sobre os pronomes destacados nas frases acima, é correto afirmar que fazem referência, respectivamente, a

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    I - "Seu mundo é definido por coisas imateriais . . . " (2 ° § ) → Os alunos atuais, porém, são nativos digitais. Em outras palavras: nasceram em um mundo no qual já existiam computadores, Internet, telefone celular, tocadores de MP3, videogames, programas de comunicação instantânea (MSN, Google Talk etc.) e muitas outras ferramentas da era digital. Seu mundo → mundo dos alunos.

    II - "Esse espaço é ainda hoje definido por uma série de símbolos de um tempo passado. . . " (2 ° § ) → A ESCOLA, traz a definição dela.

    III- "Os internautas que visitam um blog podem fazer comentários aos posts." (5° § ) → pronome relativo retomando o substantivo "internautas".

    IV - "O entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será acompanhado pelo desejo de transformá-lo em ponto de parada obrigatória..." (7° § ) → transformar o que? O BLOG.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻


ID
1941682
Banca
FGV
Órgão
PM-MA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O dever dos juízes é fazer justiça; | sua profissão, a de deferi-la” (La Bruyère)

Nessa frase, o segundo segmento traz três termos que repetem termos anteriores; tais termos são, respectivamente: 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    Trata-se de figura de linguagem chamada de ANÁFORA.

    Um tema muito interessante pra quem é concurseiro, muitas bancas gostam de explora-la. 

    A ANÁFORA é uma figura de construção que não modifica nem altera a estrutura sintática da frase.

     A ANÁFORA é a repetição de palavras ou expressões no início da frase, de um período ou de um verso, quando se trata de poesias ou letras de músicas, por exemplo. A repetição pode ter por objetivo dar ênfase e tornar mais expressiva a mensagem.

  • questão complicadinha em kkk

  • Tá, mas cadê a questão?

  • Sua = juízes

    A = dever

    Lá = justiça

    Corrijam-me se estiver errado.

    #pertenceremos


ID
1957138
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto abaixo.

Daí a alguns meses, João Romão, depois de tentar um derradeiro esforço para conseguir algumas braças do quintal do vizinho, resolveu principiar as obras da estalagem.

[...]

Desde que a febre de possuir se apoderou dele totalmente, todos os seus atos, todos, fosse o mais simples, visavam um interesse pecuniário. Só tinha uma preocupação: aumentar os bens. Das suas hortas recolhia para si e para a companheira os piores legumes, aqueles que, por maus, ninguém compraria; as suas galinhas produziam muito e ele não comia um ovo [...]

AZEVEDO, Aluísio de. O cortiço. 3ªed. São Paulo: M. Claret, 2009. 

Qual a função do pronome pessoal “ele”, juntamente com a repetição dos pronomes possessivos “seus” e “suas” ao longo do trecho acima?

Alternativas
Comentários
  • A alternativa B também não estaria correta?

     


ID
1971616
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Matozinhos - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

UM PAÍS SE FAZ COM SAPATOS E LIVROS 
Leo Cunha 
Outro dia, numa palestra, eu escutei uma frase genial do Pedro Bandeira, aquele escritor que você deve estar cansado de conhecer. [...]
Pois bem: o Pedro estava num colégio carérrimo e chiquérrimo de São Paulo quando uma madame veio reclamar do preço dos livros. Nosso caro escritor - carérrimo, segundo a madame - olhou pros filhos dela e viu que os dois estavam de tênis importado.
Então o Pedro – que, apesar do nome, não costuma dar bandeira – virou pra ela e soltou a seguinte frase: “Ô, minha senhora, não é o livro que é caro. É a senhora que prefere investir no pé do que na cabeça dos seus filhos”.
O auditório aplaudiu de pé aquela história. Palmas, gritos, gargalhadas. Eu, disfarçadamente, olhei pra baixo pra ver se não estava calçando meu bom e velho Nike branco. Não tenho a menor intenção de fazer propaganda pra ninguém, pelo contrário: não perco uma chance de comentar aquelas acusações que a Nike vive recebendo, de explorar o trabalho infantil na Ásia. Mas não posso negar que me bateu um sentimento de culpa ao escutar aquela frase. Felizmente eu estava calçando um discretíssimo mocassim preto, então pude aplaudir com mais entusiasmo a tirada do Pedro.
Tirada, aliás, que me fez lembrar um caso divertido da minha infância. Foi no início da década de 80, eu e minha irmã estávamos entrando na adolescência e estudávamos num grande colégio de BH.
Um dia, estávamos em casa quando a mãe de um colega da minha irmã bateu a campainha. Abrimos a janela e vimos a tal senhora debruçada sobre o portão, em lágrimas. Pronto, morreu alguém!, pensamos logo.
Mas não. A coitada começou a explicar, aos soluços: “Eu não estou dando conta dos meus serviçais, eles não param de brigar!”. Juro, foi assim que ela falou: “meus serviçais”. Se eu me lembro bem, a casa dessa senhora era imensa e ocupava quase um quarteirão. Para manter o castelo em ordem, ela precisava de pelo menos uns oito “serviçais”. Era aí que o negócio complicava, pois controlar tanta gente se mostrava uma tarefa árdua, que exigia muito preparo e psicologia.
Ficamos muito consternados com a pobrezinha, ela agradeceu o apoio moral, mas completou que esse não era o motivo da visita. O que era então? E foi aí que veio a bomba. O colégio tinha mandado os meninos lerem um livro assim assim (esqueci o título) e ela queria saber se minha irmã já tinha terminado, pra poder emprestar pro filho dela!
Minha mãe ficou congelada, não sabia se tinha ouvido direito. Então quer dizer que a madame podia contratar oito serviçais pra se engalfinharem e não podia comprar um livro, um mísero livro, coitadinho, que nunca brigou com ninguém?
Minha mãe era livreira, professora, escrevia resenhas para a imprensa e tinha uma biblioteca imensa, inclusive com alguns livros repetidos. Deve ser por isso que, se não me falha a memória, nós não apenas emprestamos, como demos o livro para a mulher.
A frase do Pedro Bandeira completa perfeitamente o caso, e vice-versa. Ninguém está negando que o livro, ou alguns livros, poderiam ser mais baratos, mas de que adianta baixar o preço do produto se nós não dermos valor a ele, se ele não for importante em nossas vidas? Se a gente prefere entrar numa sapataria e investir no pé de nossos filhos. Se a gente entra num McDonald’s da vida e pede pelo número, pede pelo número deixando as letras para depois, ou para nunca.
Disponível em: http://dicasdeleitores.blogspot.com.br/2012/09/um-pais-se-fazcom-sapatos-e-livros.html Acesso em 28 mar. 2016 (Adaptado)

Todos os termos destacados são pronomes, EXCETO em:

Alternativas
Comentários
  • "Num" é preposição! :-)

  • GABARITO: letra D

     

    A) Nosso” – pronome possessivo.

    B) Aquela” – pronome demonstrativo.

    C) Dessa” – “de” (preposição) + “essa” (pronome demonstrativo).

    D) Num” – “em” (preposição) + “um” (artigo indefinido).

  • NUM = EM (preposição) + UM (artigo indefinido)

  • Comentário Décio Terror: “Nosso” é pronome possessivo, “aquela” é pronome demonstrativo, “dessa” é a contração da preposição “de” com o pronome demonstrativo “essa”. Assim, a alternativa (D) é a que devemos marcar, pois “num” é a contração da preposição “em” com o artigo indefinido “um”.

  • Os termos NÃO estão destacados, pelo menos para mim, claro.
  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Num é a forma contraída da preposição em com o artigo ou numeral um: nem + um = num.

    No domingo, almocei num restaurante mexicano.

    Embora haja uma ideia generalizada de num apenas dever ser usado numa linguagem informal e de em um ser mais formal e correto do que a forma contraída num, não existe qualquer fundamento gramatical que sustente essa ideia.

    A contração de uma preposição com outra palavra é um processo natural na língua portuguesa.

    FONTE: https://duvidas.dicio.com.br/num-ou-em-um/

  • Para responder esta questão, exige-se conhecimento em pronome demonstrativo. O candidato deve indicar em qual alternativa não há pronome demonstrativo, ou seja, deve-se marcar a alternativa incorreta. Vejamos:

    Os pronomes demonstrativos marcam uma posição espacial de algo ou alguém, indicando sua posição no discurso. Vejam os pronomes:

    Primeira pessoa ⇨ Este, estes, esta, estas, isto.

    Segunda pessoa ⇨ Esse, esses, essa, essas, isso.

    Terceira pessoas ⇨ Aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo.

     Após vermos os pronomes demonstrativos, iremos analisar cada assertiva. Vejamos:

    a) Correta.

    Nosso caro escritor - carérrimo, segundo a madame - olhou pros filhos dela e viu que os dois estavam de tênis importado.”

    O pronome "nosso" é demonstrativo de primeira pessoa do plural.

    b) Correta.

    “O auditório aplaudiu de pé aquela história.”

    O pronome "aquela" é demonstrativo que indica algo do que ou de quem se fala.

    c) Correta.

    “Se eu me lembro bem, a casa dessa senhora era imensa e ocupava quase um quarteirão.”

    O pronome "dessa" é demonstrativo e se forma por meio da preposição "de" + "essa".

    d) Incorreta.

    “[...] eu e minha irmã estávamos entrando na adolescência e estudávamos num grande colégio de BH.”

    A palavra "num" é a contração da preposição "em" + o artigo indefinido "um". Portanto, este é o nosso gabarito.

    Gabarito do monitor: D


ID
1974610
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia:

Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério e fixo. Jurou que lhe queria muito, que os seus sustos pareciam de criança; em todo caso, quando tivesse algum receio, a melhor cartomante era ele mesmo.

Com relação ao número de pronomes destacados no texto acima, é correto afirmar que há

Alternativas
Comentários
  • todo -> qualquer

    algum 

    R: Dois pronomes indefinidos

  • Lhe é oblíquo e OI

    ele e ela é pron. Pes. Reto

  • Todo e Algum são indefinidos variáveis

  • POA - lhe, lhe

    Caso RETO - ela, ele

    Indefinido - Todo.; algum

    Possessivo - seus


ID
1982341
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Brasil, a rotatória e os analfabetismos

    O caro leitor certamente já ouviu e/ou leu matérias a respeito do nosso analfabetismo funcional. Estudos recentes informam que apenas 24% dos brasileiros letrados entendem textos de alguma complexidade.

    Nossa dificuldade com o texto é inegável e não escolhe classe social. Não pense o leitor que ela é ”privilégio” de pobres ou de gente pouco escolarizada. A leitura de trabalhos de conclusão de curso de muitos e muitos alunos de letras (sim, de letras!) prova que a situação é dramática.

    O livro “Problemas de Redação”, do professor Alcir Pécora, mostra que alunos da primeira turma de estudos linguísticos de uma das mais importantes universidades do país concluíram o curso sem a mínima condição de ler e/ou escrever de acordo com a escolaridade formal que detinham.

   Mas o nosso analfabetismo não é apenas verbal, ou seja, não se limita ao que é expresso por meio da língua; ele é também não verbal, isto é, abrange também a dificuldade para lidar com signos que não se valem da palavra escrita ou dita, mas, por exemplo, de imagens, de cores etc.

   Boa parte da barbárie brasileira pode ser demonstrada pelo que se vê no trânsito das nossas cidades. Ora por falta de vergonha, ora por analfabetismo verbal e/ou não verbal + falta de vergonha, os brasileiros provamos, um bilhão de vezes por minuto, que este país não deu certo.

   Uma das situações que acabo de citar pode ser ilustrada pelos semáforos. Decerto os brasileiros conhecemos o que significam os signos não verbais (as três cores) que há nos “faróis” ou “sinaleiras”. O desrespeito ao significado desses signos não decorre do analfabetismo (verbal ou não verbal), mas da falta de vergonha.

   Agora a segunda situação. Nada melhor do que as rotatórias para ilustrá-la. Em todos os muitos cantos do mundo pelos quais já passei, a rotatória é tiro e queda: funciona. Os motoristas conhecem o significado desse signo não verbal e respeitam-no. No Brasil, o que mais se vê é gente entrando a mil na rotatória, literalmente soltando baba, bestas-feras que são. Quando me aproximo de uma rotatória e já há um carro dentro dela, paro e dou a preferência. Começa a buzinação. A ignorância é atrevida, arrogante, boçal. Mas eu aguento: enquanto o outro não passa, faço movimentos circulares com a mão para mostrar ao outro motorista que aquilo é uma rotatória e que ele, por ter entrado antes, é quem tem a preferência. Quase sempre alguém fura a fila e passa exibindo outro signo não verbal (dedo médio em riste), mais um a traduzir o nosso elevado grau de barbárie.

   Não sou dos que dizem que este país é maravilhoso, que a nossa sociedade é maravilhosa. Não há solução para a barbárie brasileira que não comece pela admissão e pela exposição da nossa vergonhosa barbárie de cada dia sob todas as suas formas de manifestação. A barbárie é filha direta da ignorância e se manifesta pelo atrevimento inerente à ignorância. Falta competência de leitura, verbal e não verbal; falta educação, formal e não formal. Falta vergonha. Falta delicadeza. Falta começar tudo de novo. É isso.

(Pasquale Cipro Neto, Folha de S.Paulo, 20 de março de 2014. Adaptado)

respeito do emprego da 1.ª pessoa do plural na forma verbal (... os brasileiros conhecemos o que significam os signos... – 6.º parágrafo) e nos pronomes (Nossa dificuldade com o texto.../Mas o nosso analfabetismo não é apenas verbal... – 2.º e 4.º parágrafos, respectivamente), assinale a alternativa que contém uma afirmação correta.

Alternativas
Comentários
  • BBBBBBBBBB

  • D) justifica mediante a figura de linguagem empregada a silepse.

    Etimologia:

    A palavra silepse vem do grego sýllepsis, que significa “ato de compreender” ou “abranger”, “tomar em conjunto”.

    Descrição:

     silepse também é conhecida como concordância ideológica. Ela acontece toda vez que uma palavra deixa de concordar gramaticalmente com outras palavras ou expressões presentes na frase e passa a concordar com o sentido ideológico delas.  pode ser de três tipos: de gênero, de número ou de pessoa

    -Os brasileiros conhemos....., o sentido passado pelo o autor foi de se incluir pois ele é brasileiro tbm.

    https://googleweblight.com/i?u=https://www.figurasdelinguagem.com/silepse/&hl=en-BR

  • Ocorre silepse de pessoa quando há discordância entre o sujeito e a pessoa verbal. Normalmente, o emissor se inclui num sujeito da terceira pessoa do plural (eles), fazendo a flexão verbal na primeira pessoa do plural (nós). Existem três pessoas gramaticais: primeira (quem fala: eu e nós), segunda (com quem se fala: tu e vós), terceira (de quem se fala: ele e eles).

    Exemplos:

    • Todos preferimos viajar de avião. (a concordância é feita com nós e não com eles: preferem)
    • A situação é complicada porque os alunos queremos a anulação da prova. (a concordância é feita com nós e não com eles: querem)
    • Os três íamos conversando sobre assuntos cotidianos. (a concordância é feita com nós e não com eles: iam)
    • “Conheci uma criança... mimos e castigos pouco podiam com ele.” (Almeida Garret – silepse de gênero)
    • “Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove.” (Olavo Bilac – silepse de gênero)
    • “Povoaram os degraus muita gente de sorte." (Camilo Castelo Branco – silepse de número)
    • “O casal de patos nada disse, (…). Mas espadanaram, ruflaram e voaram embora.” (Guimarães Rosa – silepse de número)
    • “Enfim, lá em São Paulo todos éramos felizes graças ao seu trabalho.” (Rubem Braga – silepse de pessoa)
    • “Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins públicos.” (Machado de Assis – silepse de pessoa)


ID
1994251
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em qual alternativa a mudança de lugar do pronome destacado na frase não pode gerar outro sentido?

Alternativas
Comentários
  • O pronome possessivo geralmente vem anteposto ao substantivo.

    Quando, porém, se pospõe, pode mudar de significado a expressão de que faz parte. Observem o que acontece na alternativa:

    A. Envie lembranças nossas à família da viúva, temos lembranças que sentem de nós. Invertendo a ordem, colocando o pronome antes do substantivo, Envie nossas lembranças à família da viúva, temos as lembranças sentidas por nós ou no sentido concreto da palavra, quer dizer, referindo-se a algum tipo de agrado material

    B. Nela, Vocês receberam nossas informações, a posição do pronome antes do substantivo autoriza nos a inferir o sentido de que as informações nos pertencem, elas são de nossa propriedade. No entanto, ao colocarmos o pronome depois do substantivo, podemos inferir outro sentido: são as informações que alguém tem sobre nós.

    C. não ocorre mudança de sentido com a alteração do pronome possessivo. Podemos colocá-lo antes do substantivo (Obedeço sempre à minha consciência) ou depois (Obedeço sempre à consciência minha); o sentido não se altera em nenhuma das duas frases.

    D. A mudança do pronome possessivo minha altera o sentido da frase. Vejamos:

    Perguntei-lhes se ainda sentem raiva minha - nesta posição do pronome (após o substantivo), temos o sentido de que alguém sente raiva de mim; a raiva é sentida por alguém.

    Ao deslocarmos o pronome:

    Perguntei-lhes se ainda sentem minha raiva - nesse sentido é a raiva que eu sinto.

  • Gabarito: C


ID
2009467
Banca
AMEOSC
Órgão
Prefeitura de Palma Sola - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo, na ordem em que aparecem:

“Vossa senhoria, ________________ sabedoria é inigualável, deve arrumar _______________ malas. Eu ________________ agradeço pela efêmera passagem nesta terra.”

Alternativas
Comentários
  • Na segunda lacuna já da para descobrir pois o pronome ``Sua´´  se refere a pessoa com quem se fala e o ``Vossa´´ refere se a uma outra pessoa.

    EX : Sua exelencia disse para irmos devagar.  ( estou falando diretamente com o juiz)

    EX: Vossa exelencia disse para irmos devagar. ( estou falando com uma pessoa qualquer a respeito do juiz) 

     

    gabarito letra A.

    espero que tenha ajudado. Não desista já esta chegando sua aprovação.

  • “Vossa senhoria, ______CUJA_________ sabedoria é inigualável, deve arrumar _______SUAS________ malas. Eu _____LHE___________ agradeço pela efêmera passagem nesta terra.”

     

    1) Cuja tem que concorda com sabedoria.

    2) Suas tem que concorda na terceira pessoa, pois estar diante de pronome de tratamento e mala estar no plural.

    3) Agradeço é um verbo que pede prposição, logo será "Lhe" como complemento.

     

    Gabarirto: A 

  • Eduardo Dias, na verdade é o contrário do que você falou. Vossa é diretamente e Sua é quando se fala de uma terceira pessoa

ID
2010118
Banca
FAU
Órgão
Prefeitura de Piraquara - PR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

(...) Consumidores
Para o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), as operadoras não apresentam justificativas técnicas para inclusões ou reduções de franquias de dados nos novos planos. “Ao adotarem essas medidas, as operadoras elevam seus preços sem justa causa, detém vantagem excessiva nos contratos, limitam a competição e geram aumento arbitrário de lucro,” disse o pesquisador em telecomunicações do instituto, Rafael Zanatta.
A entidade ingressou com uma ação civil pública contra as operadoras Claro, Net, Oi e Telefônica. O objetivo é impedir a suspensão do serviço de internet, que, segundo o Idec, é uma importante ferramenta de acesso à informação, reconhecido como direito fundamental e essencial para o exercício da democracia e da cidadania, “não devendo, portanto, prevalecer as alterações desejadas pelas operadoras”. (...).
Revista Exame

No fragmento: “Ao adotarem essas medidas, as operadoras elevam seus preços sem justa causa, detém vantagem excessiva nos contratos, limitam a competição e geram aumento arbitrário de lucro,” O pronome em destaque classifica-se como:

Alternativas
Comentários
  • Pronomes demonstrativos são aqueles que situam pessoas ou coisas em relação às três pessoas do discurso. Essa localização pode se dar no tempo, no espaço ou no próprio texto. Exemplo: Você deveria ouvir este disco de vinil.

  • RETOMADA   (Anáfora)     X  ANTECIPAÇÃO (Catáfora)

     Já foi dito                                vai ser dito

           |                                              |

      Passado                                     Futuro

    (esse, essa, isso)                    (este, esta, isto)

  • Gabarito letra "A"

     

    A questão aborda sobre Termo Anafórico.

         -> São aqueles que estabelecem uma refência com uma coisa já dita anteriormente no texto.

     

    "Essas" refere-se a "...inclusão ou redução de franquias..." (que foram as medidas tomadas).

     

     

     

     

    A Título de complementação;

     

                                                      l Anafórica

                                 l  Endofórica l

                                                      l  Catafórica

    Referenciação      

                                 l  Exofórica  -  Déixis    

     

  • Letra D. Essas- pronome demonstrativo.

  • DEMONSTRATIVO.

  • GABARITO: LETRA D

    Pronomes demonstrativos:
    São pronomes que indicam algum referente pontuado no espaço, no tempo ou no texto. Eles organizam os referentes em algum tipo de distribuição na leitura.

    FONTE: Português sistematizado / Pablo Jamilk. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2019.
     


ID
2014015
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

1     No Brasil de hoje, talvez no mundo, parece haver um duplo fenômeno de proliferação dos poetas e de diminuição da circulação da poesia (por exemplo, no debate público e no mercado). Uma das possíveis explicações para isso é a resistência que a poesia tem de se tornar um produto mercantil, ou seja, de se tornar objeto da cultura de massas. Ao mesmo tempo, numa sociedade de consumo e laica, parece não haver mais uma função social para o poeta, substituído por outros personagens. A poesia, compreendida como a arte de criar poemas, se tornou anacrônica?

2     Parece-me que a poesia escrita sempre será – pelo menos em tempo previsível – coisa para poucas pessoas. É que ela exige muito do seu leitor. Para ser plenamente apreciado, cada poema deve ser lido lentamente, em voz baixa ou alta, ou ainda “aural”, como diz o poeta Jacques Roubaud. Alguns de seus trechos, ou ele inteiro, devem ser relidos, às vezes mais de uma vez. Há muitas coisas a serem descobertas num poema, e tudo nele é sugestivo: os sentidos, as alusões, a sonoridade, o ritmo, as relações paronomásicas, as aliterações, as rimas, os assíndetos, as associações icônicas etc. Todos os componentes de um poema escrito podem (e devem) ser levados em conta. Muitos deles são inter-relacionados. Tudo isso deve ser comparado a outros poemas que o leitor conheça. E, de preferência, o leitor deve ser familiarizado com os poemas canônicos. (...) O leitor deve convocar e deixar que interajam uns com os outros, até onde não puder mais, todos os recursos de que dispõe: razão, intelecto, experiência, cultura, emoção, sensibilidade, sensualidade, intuição, senso de humor, etc.

3     Sem isso tudo, a leitura do poema não compensa: é uma chatice. Um quadro pode ser olhado en passant; um romance, lido à maneira dinâmica; uma música, ouvida distraidamente; um filme, uma peça de teatro, um ballet, idem. Um poema, não. Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas. É por isso que muita gente tem preguiça de ler um poema, e muita gente jamais o faz. Os que o fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das nossas faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) que ele oferece ao seu leitor. Mas os bons poemas são raridades. A função do poeta é fazer essas raridades. Felizmente, elas são anacrônicas, porque nos fazem experimentar uma temporalidade inteiramente diferente da temporalidade utilitária em que passamos a maior parte das nossas vidas.

(CÍCERO, Antônio. In: antoniocicero. Hogspot.com.br/ 2008_09_01archive.html (adaptado de uma entrevista).

No trecho seguinte destacam-se vários pronomes:

“OS que O fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das NOSSAS faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) QUE ELE oferece ao SEU leitor.” (§ 3)

Aqueles que fazem, com fins coesivos, referência exofórica são:

Alternativas
Comentários
  • O mais complicado era saber a definição, Exofórica relaciona termos de fora do texto para dentro.

    Mas sabendo a definição e com um pouquinho de atenção é possível responder corretamente.

     

     

    Fé em Deus!!

  • Endofórica – relaciona termos dentro do texto. Se divide em anafórica e catafórica.
    Exofórica – relaciona termos de fora do texto para dentro.

    “OS que O fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das NOSSAS faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) QUE ELE oferece ao SEU leitor.” 

    > OS = AQUELES que o fazem. Está mencionando algo que não está no texto - EXOFÓRICA

    > O fazem = retoma "ler o poema", mencionado anteriormento no texto - ANAFÓRICA

    > NOSSAS - também não está no texto- EXOFÓRICA

    > QUE - pronome relativo, retoma "recompensa" - ANAFÓRICA

    > ELE - retoma "poema" - ANAFÓRICA

    > SEU - não tenho certeza desse, mas acredito que também seja exofórica

  • Achei que "NOSSAS" estaria apontando para faculdades...

  • Com uma boa análise dá pra acertar 

  • Acredito que quem apenas coloca o gabarito da questão, no espaço dos comentários, faz isso para ajudar aqueles que não são assinantes,

    para que eles também saibam qual a alternativa correta. Quando não era assinante me ajudava muito e creio que ajude outras pessoas também!

    Ajudar os outros tbm é coisa séria. Não reconhecer e só criticar é que não é...

     

  • Endofórica – relaciona termos dentro do texto. Se divide em anafórica e catafórica.
    Exofórica – relaciona termos de fora do texto para dentro. Também é chamada de dêitica, díctica

    Anafórica – faz referência a algo já dito anteriormente no texto.
    Eg. Matei o presidente. Aquele homem governava com sangue.
    Catafórica – faz referência a algo que ainda será dito no texto.
    Eg. Nossa meta é esta: ganhar dinheiro;
    Dêitica – localiza alguma coisa no espaço/tempo;
    Eg. Ali será amarelo. (faz referência a algo externo, que não está no texto)

    Fonte: http://notedraft.com/funcao-endoforica-anaforica-cataforica-exoforica-deitica-dictica-105.html

  • Só complementando... o pronome "SEU" é possessivo, acho que refere-se ao poema. "Seu leitor", ou seja, o leitor do poema, logo já foi referenciado.

  • São chamados de pronomes anafóricos aqueles que estabelecem uma referência dependente com um termo antecedente, é uma palavra herdada do grego “anaphorá” e do latim “anaphora”.

    Designa-se ANÁFORA (não confundir com a figura de linguagem de mesmo nome) o termo ou expressão que, em um texto ou discurso, faz referência direta ou indireta a um termo anterior. O termo anafórico retoma um termo anterior, total ou parcialmente, de modo que, para compreendê-lo dependemos do termo antecedente.

    Vejamos alguns exemplos de ANÁFORA:

    João está doente. Vi-o na semana passada.

    (pronome “o” retoma o termo “João”.)

    Ana comprou um cão. O animal já conhece todos os cantos da casa.

    (o termo “o animal” faz referência ao termo antecedente “o cão”)

    A sala de aula está degradada. As carteiras estão todas riscadas.

    (O termo “as carteiras” é compreendido mediante a compreensão do termo anterior “sala de aula”)

    Maria é uma moça tão bonita que assusta. Essa sua beleza tem um quê de mistério.

    (o pronome “essa” faz referência à beleza de Maria, ideia que se encontra implícita no enunciado anterior.)

    Por sua vez, os pronomes catafóricos são aqueles que fazem referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma relação não autônoma, portanto, dependente. Para compreender um termo catafórico é necessário interpretar o termo ao qual faz referência.

    Vejamos alguns exemplos de CATÁFORA:

    A irmã olhou-o e disse: - João, estás com um ar cansado.

    (O pronome “o” faz referência ao termo subsequente “João”, de modo que só se pode compreender a quem o pronome se refere quando se chega ao termo de referência.)

    Os nomes próprios mais utilizados na língua portuguesa são estes: João, Maria e José.

    (Neste caso o pronome “estes” faz referência aos termos imediatamente seguintes “João, Maria e José”.)

    Podemos dizer que a catáfora é um tipo de anáfora, pois estabelece os mesmos tipos de relação coesiva entres os termos, porém o termo anafórico se encontra antes do termo referente, acontecendo exatamente o contrário nas demais tipos de anáforas.

    Simplificando:

    Anáfora - retoma por meio de referência um termo anterior.

    Catáfora - termo usado para fazer referência a um outro termo posterior.

  • Dêitico – (exofórica) se refere a algo fora do texto.

    Responsável por localizar algo no tempo ou no espaço.

    Exemplo: 

    - Aqui está muito frio. (Onde eu estou? Não sei! Só sei que estava frio no lugar em que você escreveu o texto)

    - Na semana que vem, comprarei alguns livros.

    Vocês terão uma semana para ler a frase com seu sentido original. A partir da próxima semana, a frase correta será: 

    - Diego escreveu que compraria alguns livros na semana seguinte.

    Essa é a minha irmã: minha irmã está ao seu lado.

    Esta é a minha irmã: minha irmã está ao meu lado.

    Aquela é a minha irmã: minha irmã não está ao meu lado, muito menos ao seu. Ela está longe de mim e longe de você.

  • Exofórico é quando termos de fora do texto são trazidos para dentro do texto. Na letra A, o O e NOSSAS fazem menção a elementos que não estão diretamentos mencionados. 

  • "Nossas" não está fazendo referência aos "recursos" listados no parágrafo anterior? " razão, intelecto, experiência, cultura, emoção, sensibilidade, sensualidade, intuição, senso de humor, etc."

  • Endofórica – relaciona termos dentro do texto. Se divide em anafórica e catafórica.

    Exofórica – relaciona termos de fora do texto para dentro. Também é chamada de dêitica, díctica

    Anafórica – faz referência a algo já dito anteriormente no texto.

    Matei o presidente. Aquele homem governava com sangue.

    Catafórica – faz referência a algo que ainda será dito no texto.

    Nossa meta é esta: ganhar dinheiro;

    Dêitica – localiza alguma coisa no espaço/tempo;

    Ali será amarelo. (faz referência a algo externo, que não está no texto)

  • A professora Isabel Vega comenta sobre esse assunto na questão Q522654


ID
2014867
Banca
CETREDE
Órgão
Prefeitura de Itapipoca - CE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na frase “Queria que me aconselhasses” o termo em destaque pode ser substituído por, o

Alternativas
Comentários
  • Pretérito imperfeito do Subjuntivo 

    se eu aconselhasse

    se tu aconselhasses

    se ele/ela aconselhasse

    se nós aconselhássemos

    se vós aconselhásseis

    se eles/elas aconselhassem

  • GABARITO LETRA A.

  • ...aconselhasses => refere-se à segunda pessoa (Tu)

    (Teu = pronome possessivo masculino na segunda pessoa do singular)

    Tu = Teu


ID
2021404
Banca
Exército
Órgão
EsSA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em: “Se me perguntarem o que é a minha pátria direi: não sei. De fato, não sei”., o termo destacado classifica-se como pronome:

Alternativas
Comentários
  • PRONOMES POSSESSIVOS

    meu(s), minha(s)

    teu(s), tua(s)

    seu(s), sua(s)

    nosso(s), nossa(s)

    vosso(s), vossa(s)

    seu(s), sua(s)

  • Pronomes pessoais oblíquos podem ser tônicos ou átonos. Quando tônicos, são sempre precedidos de uma preposição e substituem um substantivo que tem função de objeto indireto. Quando átonos, não são precedidos de uma preposição e podem substituir um substantivo que tem função de objeto direto ou de objeto indireto.

    --------------------------

    Pronomes possessivos transmitem, principalmente, uma relação de posse, ou seja, indicam que alguma coisa pertence a uma das pessoas do discurso.

    --------------------------

    Pronomes indefinidos se referem sempre à 3.ª pessoa gramatical, indicando que algo ou alguém é considerado de forma indeterminada e imprecisa.

    ---------------------------

    Pronomes demonstrativos situam alguém ou alguma coisa no tempo, no espaço e no discurso, em relação às próprias pessoas do discurso: quem fala, com quem se fala, de quem se fala. Estes pronomes contraem-se com as preposições a, em e de.


ID
2021407
Banca
Exército
Órgão
EsSA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Classifique morfologicamente e determine a função sintática do termo em destaque: Ele cortou-me o caminho.

Alternativas
Comentários
  • Pronomes possessivos transmitem, principalmente, uma relação de posse, ou seja, indicam que alguma coisa pertence a uma das pessoas do discurso.

  • Ele cortou-me o caminho.

    ou seja,

    Ele cortou o caminho para mim (ideia de posse)

  • Por que a letra a está errada?

  • Izabela Oliveira, se analisarmos a frase poderiamos coloca-lá da seguinte maneira:

     

    Ele cortou-me o caminho. -----> Ele cortou o meu caminho.

     

    Note que ao extender a frase, surge o pronome possessivo meu, assim alterando a perspectiva da frase facilitando nosso entendimento. Então perguntamos ao verbo:

     

    Quem é que cortou ? Ele.

    Cortou oque ? o meu caminho.

    O Caminho é de quem ? Meu.

     

    Um objeto direto vem antecidido por um artigo, porém nesse caso é um pronome possessivo que o antecede. Perdão pelos erros de escrita, grato.

     

    LETRA D)

  • Pq é um adjunto adnominal?
  • Pq é um adjunto adnominal? O adj. adnominal caracteriza um substantivo e não um verbo

  • Toda vez que o pronome oblíquo tiver valor de POSSE, será adjunto adnominal.

    Lembrando que isso só vale para pronomes oblíquos, pois outros termos que desempenham a função de adjunto adnominal, terão outros critérios a considerar para ser adjunto.

     

    Ele          cortou-     me          o caminho.      (Ele cortou o meu caminho)

    SUJEITO   VTD     ADJ ADN         OD

     

     

     

  • Dica> Quando ficar diante de um pronome como esse..

    I) Verifique se ele exerce função possessiva.

    II) Tente fazer a substituição. se encaixar = Sucesso!

    No caso:  Ele cortou-me o caminho.

    Ele cortou o meu caminho.

    Tocou-lhe os cabelos = Tocou os seus cabelos.

    Beijou-lhe a testa= Beijou a sua testa.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • essa questão deveria ter sido anulada já que esse pronome, morfologicamente, não é possessivo. ele é um pronome obliquo átono com valor de posse. os pronomes possessivos são o "meu, minha, teu tua e etc"

  • Bom colocando na forma otimizada ficamos com

    Ele cortou o meu caminho

    Sendo o pronome me exercendo função de posse, sendo assim o me também exerce função de adj. adnominal sendo meu uma característica "adjetivadora" do nome caminho....

  • A questão é nula, como bem colocou Junior Silva. A classificação do me na verdade é pronome pessoal oblíquo átono.

  • Fiquem ligados, os pronomes ME, TE, NOS, VOS - com a ideia clara de POSSE, sintaticamente são adjuntos adnominais.

  • Em 10/01/22 às 16:18, você respondeu a opção D.

    Você acertou!Em 03/12/21 às 14:08, você respondeu a opção A

    Mais de 1 mês até eu conseguir acertar. Antes eu não tinha estudado sintaxe, portanto, não desista!


ID
2027803
Banca
PM-SC
Órgão
PM-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa CORRETA com relação à utilização dos pronomes:

Alternativas
Comentários
  • cujos valores

    tempo em que

    se comprazem nas maneiras de pensar (em que)

    A

  • A) seu pronome possessivo que indica cálculo aproximado.

  • "Onde" só é usado para lugar, cujos por variar não precisa de artigos no plural o seguindo.


ID
2058193
Banca
UNEMAT
Órgão
PM-MT
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II


“Artigo XXVI


1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.


2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.


3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos”.


(Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em:http://www.onubrasil.org.br/documentos_direitoshuma nos.php. Acesso em: 08 dez. 2009)


Leia o texto e responda à questão.

Imagine que você tenha um de seus direitos violados e vai redigir um documento ao juiz de sua comarca.


Quanto à linguagem a ser utilizada, analise as afirmativas.


I. A forma de tratamento adequada é “Vossa Excelência” e a abreviatura é “V.Exª”.


II. O nível de linguagem é caracterizado pela formalidade e pelo uso da norma padrão.


III. É obrigatório o uso do vocativo “Prezado Juiz”.


IV. O emprego do pronome possessivo adequado é: “Aguardo a sua resposta”.


V. O emprego do pronome possessivo adequado é: “Aguardo a vossa resposta”.


Com base nelas, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Não entendi a necessidade do artigo "a" na alternativa d). Quem aguarda, não aguarda algo??

  • Roderick, o uso de artigo antes de pronome possesivo é facultativo, e também você está fazendo a regência verbal, confundindo o artigo A com a preposição A

  • O Pronome de tratamento para Juiz não deveria ser Meritíssimo ?

  • Questão mais maluca


ID
2081728
Banca
IESES
Órgão
SERGAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na correspondência oficial, respeita-se rigorosamente a norma padrão. A seguir foram construídas frases. Assinale a alternativa em que há ERRO na análise que acompanha a frase. 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra D.

     

    Os Pronomes de Tratamento são pronomes empregados no trato com as pessoas, familiar ou respeitosamente. Os pronomes de tratamento representam a 2° pessoa do discurso (com quem se fala), contudo, toda a concordância deve ser feita com a 3° pessoa (singular ou plural).


    Exemplos:


    Vossa Excelência saiu com seus assessores. (correto)
    Vossa Majestade e seus súditos venceram a guerra. (correto)

     

    A alternativa "D" traz um erro de concordância relativo ao emprego do pronome de tratamento:

     

     

    V.Sa. deve enviar vossa solicitação ao setor de deferimento. ERRADO. Neste caso o verbo deveria estar empregado na terceira pessoa do singular: Vossa Senhoria deve enviar sua solicitação ao setor de deferimento.

     

    Fonte: Apostila de Português do Estratégia Concursos, aula 02.

     

    O impossível é o refúgio dos tímidos e o pesadelo dos covardes.

  • Gabarito: Letra D

    Os pronomes pessoais de tratamento são pronomes de segunda pessoa que pedem verbos e complementos na terceira pessoa.

  • letra A está correta vejamos:

     a)

    Mais de um problema foram resolvidos até a presente data. O período está incorreto, pois, quando o sujeito é composto pela expressão “mais de um”, o verbo deve permanecer no singular. 

     

    Quando o sujeito é formado por expressões que indicam quantidade aproximada, seguida de um numeral, o verbo concordará com este numeral que acompanha as expressões.

    com a expressão "MAIS DE UM" o verbo deverá ficar, portanto, no singular.

  • Os pronomes de tratamento são definidos pela segunda pessoa, no entanto exigem , compulsoriamente, que os verbos sejam na terceira pessoa.

     Questão tranquila, bons estudos!

  • Só para ampliar mais o conhecimento...

    2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Observe:

    Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.
    Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
    Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas.

    Obs.: quando a expressão "mais de um" se associar a verbos que exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório:

    Por Exemplo:

    Mais de um colega se ofenderam na tumultuada discussão de ontem. (ofenderam um ao outro).

  • Vossa: os pronomes de tratamento que possuem "Vossa (s)"  são empregados em relação à pessoa com quem falamos. Embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa.

    Por exemplo:

    Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.

  • ALGUÉM COMENTA A ALTERNATIVA B ????

  • Comentário sobre a questão B

    Acredito que está incorreta a colocação pronominal, o correto é "faz com que se espere" pois há o pronome relativo "que" que serve como particula atrativa obrigando a próclise. 

  • André, a questão pede que marque a assertiva que faz uma análise errada sobre a questão. Na letra B a análise está correta, ela fala que há erro de colocação pronominal, que é exatamente o que ocorreu. É sempre bom prestar atenção no enunciado, pois as bancas adoram nos confundir.

  • LETRA D

    UNIFORMIDADE NO TRATAMENTO

     

    TU   deves retornar a TUA  casa.

    VOCÊ                     SUA

    VOSSA                   SUA

    VÓS                       VOSSA

  • No caso da letra A o "Mais de um" tem que concordar com o substantivo. E não fica OBRIGATORIAMENTE no singular. Não é???

    "Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo:

    Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.
    Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
    Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas.

    Obs.: quando a expressão "mais de um" se associar a verbos que exprimem reciprocidade, aí sim o plural é obrigatório:

    Por Exemplo: Mais de um colega se ofenderam na tumultuada discussão de ontem. (ofenderam um ao outro).

  • Comentários:

    a) CORRETA. Expressão "mais de um" exige o singular , ressalvadas duas excessões:

    - repetição da expressão ( Mais de um funcionário e mais de um estagiário conseguiram aumento salarial)

    - expressão der ideia de reciprocidade ( Mais de uma irmã se abraçaram - uma abraçou a outra) Apesar de ficar meio estranho, é o correto!

    b) CORRETA. No trecho em questão existe de fato a obrigatoriedade de próclise, pois o "que" na frase  possui função de pronome relativo, ou seja, fator de atração, levando o pronome para antes do verbo. (A medida faz com que se espere)

    c) CORRETA. Nenhum erro.

    d) ERRADA. Em correspondências oficiais o pronome possessivo utilizado para V. Sa. será sempre sua.

  • V.Sa. deve enviar SUA solicitação ao setor de deferimento.

    GABA D

  • Os pronomes de tratamento são da 2ª pessoa, mas toda a concordância é feita na 3ª  pessoa;

  • Os pronomes de tratamento, embora se refiram a 2a pessoa do singular, levam a concordância para a 3a pessoa (singular ou plural).

  • Pronome possesivo Vossa foi pra ver se o cara ta dormindo na prova rsrsrs

  • ..... 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa.

    Por exemplo:

    Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.

    http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf46.php

    Pronomes Possessivos

    São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).
    Por exemplo: Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)

    Observe o quadro:

    NÚMEROPESSOAPRONOME

    singularprimeirameu(s), minha(s)

    singularsegundateu(s), tua(s)

    singularterceiraseu(s), sua(s)

    pluralprimeiranosso(s), nossa(s)

    pluralsegundavosso(s), vossa(s)

    pluralterceiraseu(s), sua(s)

     

  • CREIO QUE OS COMENTÁRIOS SÃO PARA EXPLICAR AS QUESTÕES,ENTÃO VOU SER BEM RÁPIDO E DIRETO SEM FICAR COPIANDO E COLANDO PÁGINAS DAS MAIS DIVERSAS GRAMÁTICAS.

     

    VOSSA NÃO É PRONOME POSSESSIVO  ( SIMPLES ASSIM )

     

     

    GABARITO D

  • V.Sa. deve enviar sua solicitação ao setor de deferimento. 

  • Vossa Senhoria - pronome de tratamento e não pronome possessivo.

  • Sobre a letra A - Correta.

     

    Segundo Fernando Pestana, sujeito formado pelas expressões mais de um, cerca de, perto de, menos de, coisa de, obra de etc, o verbo concorda com o numeral.

    - Mais de um aluno não compareceu à aula.

    - Mais de cinco alunos não compareceram à aula.

     

    Obs: A expressão mais de um tem particularidades: se a frase indicar reciprocidade (pronome reflexivo recíproco se), se houver coletivo especificado ou se a expressão vier repetida, o verbo fica no plural:

    - Mais de um irmão se abraçaram.

    - Mais de um aluno, mais de um professor estavam presentes. 

  • Pessoal, fiquei com uma dúvida.

    Alguns falaram que o "vossa" não é pronome possessivo. Porém, se a frase fosse "Vós deveis enviar vossa solicitação ao setor de deferimento", ela estaria correta e o "vossa" é sim pronome possessivo, correto?

  • Lembrando que se "mais de um" vinher repetidas vezes, o verbo vai para o plural.

    Mais de um Incel, Mais de um Lifesucker e Mais de um Manlet fracassaram na vida.


ID
2089570
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Zygmunt Bauman: Estamos isolados em rede?


     “As relações humanas não são mais espaços de certeza, tranquilidade e conforto espiritual. Em vez disso, transformaram-se numa fonte prolífica de ansiedade. Em lugar de oferecerem o ambicionado repouso, prometem uma ansiedade perpétua e uma vida em estado de alerta. Os sinais de aflição nunca vão parar de piscar, os toques de alarme nunca vão parar de soar.” - Zygmunt Bauman


  Em tempos líquidos, a crise de confiança traz consequências para os vínculos que são construídos. Estamos em rede, mas isolados dentro de uma estrutura que nos protege e, ao mesmo tempo, nos expõe. É isso mesmo? 


    O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro Medo líquido, diz que estamos fragilizando nossas relações e, diante disso, nos contatamos inúmeras vezes, seja qual for a ferramenta digital que usamos, acreditando que a quantidade vai superar a qualidade que gostaríamos de ter.


   Bauman diz que, nesses tempos líquidos modernos, os homens precisam e desejam que seus vínculos sejam mais sólidos e reais. Por que isso acontece? Seriam as novas redes de relacionamento que são formadas em espaços digitais que trazem a noção de aproximação? Talvez sim, afinal a conexão com a rede, muitas vezes, se dá em momentos de isolamento real. O sociólogo, então, aponta que, quanto mais ampla a nossa rede, mais comprimida ela está no painel do celular. “Preferimos investir nossas esperanças em ‘redes’ em vez de parcerias, esperando que em uma rede sempre haja celulares disponíveis para enviar e receber mensagens de lealdade”, aponta ele.


   E já que as novas sociabilidades, aumentadas pelas pequenas telas dos dispositivos móveis, nos impedem de formar fisicamente as redes de parcerias, Bauman diz que apelamos, então, para a quantidade de novas mensagens, novas participações, para as manifestações efusivas nessas redes sociais digitais. Tornamo-nos, portanto, seres que se sentem seguros somente se conectados a essas redes. Fora delas os relacionamentos são frágeis, superficiais, “um cemitério de esperanças destruídas e expectativas frustradas”.


  A liquidez do mundo moderno esvai-se pela vida, parece que participa de tudo, mas os habitantes dessa atual modernidade, na verdade, fogem dos problemas em vez de enfrentá-los. Quando as manifestações vão para as ruas, elas chamam a atenção porque se estranha a formação de redes de parceria reais. “Para vínculos humanos, a crise de confiança é má notícia. De clareiras isoladas e bem protegidas, lugares onde se esperava retirar (enfim!) a armadura pesada e a máscara rígida que precisam ser usadas na imensidão do mundo lá fora, duro e competitivo, as ‘redes’ de vínculos humanos se transformam em territórios de fronteira em que é preciso travar, dia após dia, intermináveis conflitos de reconhecimento.”

(http://www.fronteiras.com/artigos/zygmunt-bauman-estamos-isolados -em-rede)

Em “[...] apelamos, então, para a quantidade de novas mensagens, novas participações, para as manifestações efusivas nessas redes sociais digitais. Tornamo-nos, portanto, seres que se sentem seguros somente se conectados a essas redes. Fora delas os relacionamentos são frágeis, superficiais, “um cemitério de esperanças destruídas e expectativas frustradas” [...]”, o termo em destaque se refere

Alternativas
Comentários
  • D

     

  • Resposta correta D. Nessas redes sociais. Essas redes. Fora delas.

    Referência anafórica (para trás), retomando às redes sociais digitais.

  • Designa-se pronome ANÁFORICO o termo ou expressão que, em um texto ou discurso, faz referência direta ou indireta a um termo anterior. O termo anafórico retoma um termo anterior, total ou parcialmente, de modo que, para compreendê-lo dependemos do termo antecedente.

    EXEMPLO:  João está doente. Vi-o na semana passada.

                           (pronome “o” retoma o termo “João”)


    Por sua vez, os pronomes CATAFÓRICO são aqueles que fazem referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma relação não autônoma, portanto, dependente. Para compreender um termo catafórico é necessário interpretar o termo ao qual faz referência.

    EXEMPLO:  A irmã olhou-o e disse: - João, estás com um ar cansado.

                         (O pronome “o” faz referência ao termo subsequente “João”, de modo que só se pode compreender a quem o pronome se                                refere quando se chega ao termo de referência.)

  • A título de informação, Dele (a/s) não é pronome possessivo. 

  • Gab: D 


ID
2329585
Banca
IESES
Órgão
SERGAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na correspondência oficial, respeita-se rigorosamente a norma padrão. A seguir foram construídas frases. Assinale a alternativa em que há ERRO na análise que acompanha a frase.

Alternativas
Comentários
  • o correto é!!!

     

    V.Sa. deve enviar sua solicitação ao setor de deferimento.

     

    GABARITO: C

  • Vamos ao que segue...

     

    Em relação a LETRA A...

     

    A expressão “mais de um” começa a causar dúvidas quanto ao verbo que a acompanha!

    Portanto, quando o sujeito é a expressão “mais de um” seguida de um substantivo, qual deverá ser a concordância do verbo: singular ou plural?

    a) Mais de um político venceu ou venceram as eleições?
    b) Mais de uma amiga veio ou vieram a minha casa hoje?

    A resposta pode ser novidade para alguns: Use o singular!

    Assim, retomando as orações acima, o correto será: Mais de um político venceu as eleições e Mais de uma amiga veio a minha casa hoje.

    Sim, o verbo deverá ficar no singular, mesmo que pareça estranho!

    1. Mais de um cineasta realizou este filme.
    2. Mais de um jogador teve contusões.
    3. Mais de uma atriz levou o prêmio por melhor atuação.
    4. Mais de uma greve está por vir na educação.

    No entanto, há duas exceções para que o verbo fique no plural:

    1. Quando a expressão se repetir:

    a) Mais de um funcionário e mais de um estagiário tiraram férias este mês.
    b) Mais de um senador, mais de um deputado tiveram aumento salarial.

    2. Quando a expressão tiver ideia de reciprocidade:

    a) Mais de um aluno passaram no vestibular.
    b) Mais de uma irmã se abraçaram e comemoraram juntas

     

    Espero ter ajudado...

  • Pronome de tratamento exige possessivo na 3ª pessoa. 

    V.Sa. deve enviar sua solicitação ao setor de deferimento.

    ;)

  • Pronomes de tratamento 

    1- Os pronomes e os verbos ligados aos pronomes de tratamento devem estar na 3ª pessoa.

    Ex.: Vossa Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento se está dirigindo a pergunta à autoridade), 

    2- Quando apenas nos referimos a essas pessoas, sem que estejamos nos dirigindo a elas, o pronome “vossa” se transforma no possessivo “sua”.

    Ex.: Sua Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento não se está dirigindo a pergunta à autoridade, mas a uma terceira pessoa do discurso)

     

  • Pronome de tratamento

  • Se não souber a matéria é melhor não fazer o comentário!

  • Mais de um problema (núcleo sintático) foi resolvido até a presente data.

    Sujeito formado por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca de, perto de, mais de, menos de, coisa de, obra de, passante de, etc.) seguidas de um numeral: verbo concorda com o numeral, apesar de o núcleo sintático ser o substantivo.

    As condições socioeconômicas precisam ser revistas.

    V.Sa. deve enviar sua solicitação ao setor de deferimento.

    Pronomes de tratamento são pronomes de terceira pessoa, portanto tudo que se referir a eles deverá ficar na terceira pessoa.

    A medida faz com que (partícula atrativa obrigando próclise) se espere mais tempo que o estabelecido anteriormente.


ID
2332633
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Rio Branco - AC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Preto é cor, negro é raça

  O refrão de uma marchinha carnavalesca, de amplo domínio público, oferece uma pista interessante para a compreensão do critério objetivo que a sociedade brasileira emprega para a classificação racial das pessoas: “O teu cabelo não nega, mulata, porque és mulata na cor; mas como a cor não pega, mulata, mulata eu quero o teu amor”.
  Escrita por Lamartine Babo para o Carnaval de 1932, a marchinha realça a ambiguidade das relações raciais, ao mesmo tempo em que ilustra a opção nacional pela aparência, pelo fenótipo. Honesto e preconceituoso em sua definição de negro, Lamartine contribui mais para o debate sobre classificação racial do que muitos doutores.
  Com efeito, ao contrário do que pensa o presidente eleito, bem como certos acadêmicos, os cientistas pouco podem fazer nesta seara, além de, em regra, exibirem seus próprios preconceitos ou seu compromisso racial com a manutenção das coisas como elas estão.
  Primeiro porque, como se sabe, raça é conceito científico inaplicável à espécie humana, de modo que o vocábulo raça adquire relevância na semântica e na vida apenas naquelas sociedades em que a cor da pele, o fenótipo dos indivíduos, é relevante para a distribuição de direitos e oportunidades.
  Segundo, porque as pessoas não nascem negras ou brancas; enfim, não nascem “racializadas”. É a experiência da vida em sociedade que as torna negras ou brancas.
   “Todos sabem como se tratam os pretos”, assevera Caetano Veloso na canção “Haiti”.
  Em sendo um fenômeno relacional, a classificação racial dos indivíduos repousa menos em qualquer postulado científico e mais nas regras que regem as relações, intersubjetivas, econômicas e políticas no passado e no presente.
 Negro e branco designam, portanto, categorias essencialmente políticas: é negro quem é tratado socialmente como negro, independentemente de tonalidade cromática. É branco aquele indivíduo que, no cotidiano, nas estatísticas e nos indicadores sociais, abocanha privilégios materiais e simbólicos resultantes do possível mérito de ser branco. Esse sistema funciona perfeitamente bem no Brasil desde tempos imemoriais.
  A título de exemplo, desde a primeira metade do século passado, a Lei das Estatísticas Criminais prevê a classificação racial de vítimas e acusados por meio do critério da cor. Emprega-se aqui a técnica da heteroclassificação, visto que ao escrivão de polícia compete classificar, o que é criticado pela demografia, que entende ser mais recomendável, do ângulo ético e metodológico, a autoclassificação.
   Há um outro banco de dados no qual o método empregado é o da autoclassificação: o Cadastro Nacional de Identificação Civil, feito com base na ficha de identificação civil, a partir da qual é emitida a cédula de identidade, o popular RG. Tratase de uma ficha que pode ser adquirida em qualquer papelaria, cujo formulário, inspirado no aludido Decreto-Lei das Estatísticas Criminais, contém a rubrica “cútis”, neologismo empregado para designar cor da pele. Assim, todas as pessoas portadoras de RG possuem em suas fichas de identificação civil a informação sobre sua cor, lançada, em regra, por elas próprias.
  Vê-se, pois, que o Cadastro Nacional de Identificação Civil oferece uma referência objetiva e disponível para o suposto problema da classificação racial: qualquer indivíduo cuja ficha de identificação civil, dele próprio ou de seus ascendentes (mãe ou pai), indicar cor diversa de branca, amarela ou indígena, terá direito a reivindicar acesso a políticas de promoção da igualdade racial e estará habilitado para registrar seu filho ou filha como preto/negro.
  Fora dos domínios de uma solução pragmática, o procedimento de classificação racial, que durante cinco séculos funcionou na mais perfeita harmonia, corre o risco de se tornar, agora, um terrífico dilema, insolúvel, poderoso o bastante para paralisar o debate sobre políticas de promoção da igualdade racial.
  No passado nunca ninguém teve dúvidas sobre se éramos negros. Quiçá no futuro possamos ser apenas seres humanos.
SILVA JÚNIOR, Hédio. Preto é cor, negro é raça. Folha de S.Paulo, São Paulo, 21 dez. 2002. Opinião, p.A3.

“'O teu cabelo não nega, mulata, porque és mulata na cor; mas como a cor não pega, mulata, mulata eu quero o teu amor.'”
A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise as afirmativas a seguir.

I. A forma verbal NEGA, no contexto, é intransitiva.
II. TEU é um pronome substantivo possessivo.
III. Nas duas últimas ocorrências a palavra MULATA é, respectivamente, VOCATIVO e SUJEITO.

Está correto apenas o que se afirma em: 

Alternativas
Comentários
  • Quem quer o teu amor? Eu. Na minha concepção é sujeito elíptico 

  • FORÇA FOCO E FÉ!

  • BEM, ACHO QUE A "I" ESTÁ INCORRETA, POIS O VERBO NEGAR É TRANSITIVO DIRETO E TRANSITIVO INDIRETO. QUEM NEGA, NEGA ALGO A ALGUÉM. (SEGUNDO DICIONÁRIO AULETE.

    http://www.aulete.com.br/NEGAR

    II) O PRONOME "TEU" SERIA UM PRONOME ADJETIVO POIS ACOMPANHA UM SUBSTANTIVO (CABELO).

    A CORRETO MESMO ESTARIA APENAS A "III".

  • Não entendi por que as duas últimas palavras "mulata" são vocativo e sujeito. Não seriam as duas como vocativo?

  • I - NESTE CONTEXTO O VERBO NEGAR É INTRASITIVO; (CORRETO)

    VERBOS INTRANSITIVOS SÃO VERBOS COM SIGNIFICADO COMPLETO, NÃO SENDO NECESSÁRIA A JUNÇÃO DE OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO PARA COMPLEMENTAR O SEU SENTIDO. REFEREM-SE A AÇÕES QUE INICIAM E TERMINAM NO PRÓPRIO SUJEITO, NÃO TRANSITANDO PARA UM OBJETO.

     

     

    II - OS PRONOMES POSSESSIVO, INDEFINIDO, DEMONSTRATIVO QUE ACOMPANHAREM UM SUBSTANTIVO É CLASSIFICADO COMO "PRONOME ADJETIVO" QUE DELIMINA O VALOR DO SUBSTANTIVO; (ERRADO)

    EX.: A MINHA (PRONOME POSSESSIVO/PRONOME ADJETIVO) CASA FICA EM UM CONDIMÍNIO FORA DA CIDADE.

     

     

    III -  (...) MAS COMO A COR NÃO PEGA, MULTATA, MULATA EU QUERO O TEU AMOR." (CORRETO)

    - O PRIMEIRO MULATA - NESTA FRASE É VOCATIVO! VOCATIVO, NÃO TEM NENHUMA RELAÇÃO SINTÁTICA NA FRASE,VOCATIVO, É UM TERMO QUE INVOCA/EVOCA ALGO!

    - O SEGUNDO MULATA - QUEM QUER? EU - SUJEITO!! E MULATA???? 

     

     

    SUJEITO OCULTO/ELÍPCO/DESINENCIAL: "EX.: PAGUEI A CONTA" ---> O SUJEITO NÃO APARECE NA FRASE! PELO CONTEXTO SABE QUE O SUJEITO É "EU".

     

    GABARITO: A

  • Não entendi nem o sujeito, nem o pronome possessivo. Vou estudar esse caso.

  • quemnega nega algo...

    sujeito eu, entao todas estao erradas..

     

  • cara, justificaram , criaram textão, mas não embasaram o porque a banca considerou o termo "mulata" como sujeito (até mesmo porque não tem nenhuma relação evidente ou implícita que justifique considerar "mulata" como sujeito). A E está incorreta, creio eu.

  • I. Deve-se analisar o contexto e não o verbo. No contexto, o verbo NEGA não possui transitividade. NEGA o quê? Não sei, não diz no período. (CORRETO)

    II. O pronome "teu" está do lado do substantivo cabelo, caracterizando-o, logo é um pronome adjetivo possessivo, e não substitundo/retomando o substantivo, caso que levaria a ser um pronome substantivo possessivo. (ERRADO)

    III. "mas como a cor não pega, mulata, mulata eu quero o teu amor." - A primeira ocorrência da palavra mulata é classificada como vocativo, creio que isso não gere dúvidas, porém a segunda ocorrência, segundo a questão, alega ser sujeito, mesmo dando uma ideia de vocatico. Quem é que quer o teu amor? EU. Honestamente não sei o que é mulata na segunda ocorrência, parece outro vocativo. (ERRADO)

    Creio que a questão deveria ser anulada, ou substituir a segunda afirmação para VOCATIVO e VOCATIVO. 

  • Resposta correta seria apenas I, pois o verbo nega é intransitivo por possuir sentido completo.

    quem "nega"  nega  é VI.
     o II é pronome adj 

    e o III  estaria errado pelo motivo do sujeito da frase ser " EU ". 


     

  • III - ERRADA, o sujeito é o pronome do caso reto "EU"

  • Gente, eu imagino que o segundo mulata é o sujeito da oração "porque és mulata na cor". Quem és mulata na cor? Mulata. Só assim para entender esse gabarito.

  • Indiquem pra comentários do professor!

    a meu ver, questão passível de anulação!

  • mulata eu quero o teu amor. - Quem quer o teu amor ? Eu.

    Como a III pode estar certa ?

  • Os comentários atestam que eu não fiquei doida!

     

    Ainda bem que não foi só eu quem ficou perplexa com "essa sujeita" (kkk).

     

    Gente, que questão ruim! 

     

     

  • Pô não consegui me concentrar, quando iniciava a leitura, já vinha logo a música na cabeça e começava a cantar, acabei errando a questão. :(

  • kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk não consegui me concentrar foi ótimo...kkkkkkkkk

  • "Mulata" não pode ser sujeito, é vocativo.

  • Errei esta questão, porém, me senti acolhido com o número absurdo de erros dessa questão. HAHAHAHAHAAHHA

  • O professor considerou todas erradas, a 1º frase poderia ser considerada como certa forçando a barra, mas não tem nas alternativas.

  • essa banca tem sempre questoes duvidosas e confusas ,

  • "Mulata eu quero o teu amor". Mulata é Adjunto Adnominal de "eu". "Eu" é uma pessoa mulata e quero o seu amor. 

    Temo mesmo sentido de: "Maria mulata (ou Mulata Maria) quer o amor de João.

  • MACETE: 
    -> pronome SUBSTantivo: SUBSTitui um nome
    -> pronome Adjetivo: Acompanha um nome

     

    Bons estudos a todos

  • nenhum alternativa está correta. 

    I. negar "algo" 

    II. pronome possessivo adjetivo

    III. somente vocativo

  • por isso que as crianças aprendem errado, prova para  Professor de Ensino Fundamental (1º ao 5º Ano) afirmando que o sujeito em "...mulata EU quero" seja mulata e não o EU que vem explicito, é destruir a gramática e o conhecimento do professor

  • Questão ridícula,

  • Questão digna de anulação.

  • mais que raios.................tá maluco esse examinador? não vejo como sujeito de jeito nenhum.

     

    vou ver o video do professor...mas tenho até medo...muitos professores do QC gostam de justificar a banca mesmo ela estando errada...pior q eles falam falam as vezes e nem consegue argumentar...vamos ver se esse vai conseguir.

  • Considerar a última “mulata” como sujeito, foi forçar a barra até demais.
  • Foi foda,  pronome substantivo? Kkkkkkk nada a ver

  • GABARITO DO PROF Arenildo - todas erradas.

    fazer concurso está ficando cada vez mais problemática - quantos questoes que até prof discorda fica em duvida pqp. Sei que a quantidade de gente influencia ao formular as questoes (faceis, dificieis), mas coloque algo possivel examinadores ou se não faz um bingão o que ganhar leva a vaga - talvez seja mais razoavel, justo e sobreutdo, sincero, isto é, nao precisa vender gabarito por debaixo dos panos o que ainda acontece.

  • Mulata como sujeito esta errado. Sujeito é a palavra "eu". Esse gabarito está errado
  • Um absurdo essa questão! foi anulada?

  • Meus sentimentos e minha solidariedade aos colegas que prestam concursos em regiões mais afastadas do país. Se aqui no Rio já sofremos com os absurdos das gigantes como a FGV, imagine prestar concursos organizados por essas bancas amadoras...

  • Questão até bacana,mas o elaborador quis brincar com o português e fez cagada. Prof Arenildo dando show no comentário da questão.

  • A banca manteve o gabarito? Absurdo! Com uma questão dessa, como uma banca pode ter credibilidade.

  • Lixo de banca!! Tudo errado!! 

  • QUESTÃO 11 - Q777542 

    ANULADA.

  • BOSTA DE QUESTÃOO

  • Percebam que grande parte das questões com

    percentuais de erros elevados, advém de bancas farjutas.

  • Todas erradas. Mulata não é sujeito. Negar não é um verbo intransitivo.

    Dicionário: 

    Significado de Negar

    verbo transitivo

    Afirmar que uma coisa não existe, não é verdadeira. Contestar, contradizer, desmentir, refutar, retratar, renegar.

     

     

  • A I tenho certeza que está certa. Negar pode ser Transitivo Direto, Indireto ou Intransitivo. Depende da oração. Mas aí ele tem sentido completo visto que nao exige nem consta objeto direto ou indireto. Quanto a III nao tenho certeza, o sujeito parece ser EU porque EU sou quem quero teu amor, amor de quem? Da Mulata. Então ela seria mais como o adjunto adnominal de amor ou algo assim

  • essa foi campea de erros... otimo comentario do arenildo

  • I - NEGAR, no trecho apresentado, é intransitivo, pois não há o que se nega ou o alvo da ação, ou seja, não há objeto (ASSERTIVA CORRETA).

     

    II - Pronome acompanhando substantivo expresso tem função adjetiva, portanto PRONOME ADJETIVO POSSESSIVO (ASSERTIVA ERRADA).

     

    III - A ordem direta seria: "..., mas como a mulata não pega cor. Mulata, eu quero o teu amor.” (ASSERTIVA CORRETA)

     

    A banca colocou um vocativo (que deve vir isolado obrigatoriamente por vírgulas) entre o verbo e o sujeito, portanto, a vírgula não separa o sujeito do verbo, mas sim isola o vocativo. No mais, ela inverteu a direta da oração (Sujeito - Verbo - Complemento).

     

    Bons  estudos!

  • QUESTAO MAL FEITA É ESSA MEU AMIGO

  • Aleksandro, não faz sentido isso que vc falou, cor é o sujeito da oração. 

  • sem noção dizer que a última ocorrência de mulata é sujeito, se for eu terei que começar a estudar português do início novamente!!!

  • Questão cheia de erros de acordo com os colegas, deve ser por isso que eu acertei. :|

     

  • Essa questão está maluca. Quem que o amor da mulata? EU, logo EU é o sujeito. Que loucura!!

  • QUESTÃO 11 - Q777542 

    ANULADA.

  • Olhem a explicação do professor.

    Ele diz que não tem gabarito correto, concordo com ele!

    #Força e foco!

    Deus acima de tudo!

    Vamos chegar lá.

    Abraços!

  • pior de tudo é que a região norte tem que aguentar essa FUNCAB/IBADE, toda hra!

  • o gabarito é A, mas essa questão deveria ser anulada. Todas as afirmativas estão incorretas.

  • Questão nula. Todas as afirmativas estão incorretas.

  • Que Deus nos proteja!

  • Banca LIXO

  • QUESTÃO DEVERIA SER ANULADA - NÃO SE PREOCUPE SE ERROU

  • Andressa Pereira, o professor concluiu que a questão deveria ser anulada também, no fim do vídeo. Explicou que a afirmação I poderia ser considerada correta ''forçando a barra'', já na afirmação III de forma alguma o segundo termo ''mulata'' poderia ser considerado sujeito.

  • banquinha é nisso que dá

  • Aquela questão que, aqui no site, a gente se orgulha de ter errado, porque na verdade estamos certos.

  • olhem o vídeo dos comentários do professor. Ja adianto, gabarito incorreto.
  • então "teu" deixou de ser pronome possessivo?

  • O comentário do professor foi muito bom. Ele defendeu que as três deveriam ter sido consideradas incorretas e explicou os motivos, não tendo, portanto, gabarito viável. Deveria ter sido anulada.

    I. A forma verbal NEGA, no contexto, é intransitiva. (errada, o objeto está subentendido, mas poderia ser considerada correta, forçando barra, visto que, na frase, ele não está expresso)

    II. TEU é um pronome substantivo possessivo. (errada, na verdade é um pronome ADJETIVO possessivo)

    III. Nas duas últimas ocorrências a palavra MULATA é, respectivamente, VOCATIVO e SUJEITO. (errada, a frase apresenta um erro de pontuação, na segunda ocorrência é apenas mais uma repetição do vocativo, o sujeito é EU)

  • Esse site está completamente ridículo !!! Já vi mais de 300 questões erradas de português, estão brincando com nosso dinheiro !!!!

  • MULATA é o sujeito?


ID
2367856
Banca
IBGP
Órgão
CISSUL - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I
SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL: DIAS ATUAIS
Superlotação, ausência de médicos e enfermeiros, falta de estrutura física, pacientes dispersos por corredores de hospitais e pronto socorro, demora no atendimento, falta de medicamentos e outros problemas mais, essa é a triste realidade da saúde pública do Brasil nos dias atuais.
O descontentamento de quem utiliza as redes de saúde pública no Brasil tem se tornado cada vez mais nítido no rosto de cada brasileiro. Basta irmos a qualquer unidade básica de saúde, que logo perceberemos as dificuldades que as pessoas enfrentam durante uma consulta: são horas na fila de espera, algumas não resistem e acabam passando mal, outras de tanto esperar, preferem ir embora para suas casas sem receber o devido atendimento.
Nos dias atuais, o Brasil é considerado, pelo ranking mundial, como a sexta maior economia do mundo. Mas como pode uma das maiores economias ter seu sistema de saúde pública defasado?
Além das dificuldades e da falta de estrutura, a saúde do nosso país também tem enfrentado um problema gravíssimo, que envolve o dinheiro dos cofres públicos: os desvios de verbas destinadas à saúde.
Infelizmente tanto a imprensa quanto os Ministérios Públicos Federal e Estadual têm divulgado diversos casos de irregularidades e corrupção que envolvem parlamentares em esquemas milionários de investimentos que deveriam servir para salvar vidas, mas, infelizmente, acabam indo ralo abaixo ou até mesmo para enriquecer políticos “canalhas” que não estão nem um pouco preocupados com a saúde do povo.
Na tentativa de amenizar os problemas de saúde pública no Brasil, a presidenta Dilma Roussef, lançou no dia 8 de julho deste ano, o programa “Mais Médicos”, que tem como objetivo “importar” cerca de 15 mil médicos estrangeiros para reforçar e melhorar o atendimento nas regiões mais carentes de profissionais de saúde.
Mas vale ressaltar que essa decisão não é fruto apenas do Governo Federal e sim do povo que, nas últimas manifestações, foi às ruas com suas faixas e cartazes reivindicar seus diretos à saúde, a um atendimento de qualidade e a melhorias nas redes públicas de saúde do país.
Nos dias atuais, a saúde pública no Brasil está em coma profundo, respirando por aparelhos, entre a vida e a morte, será que as novas medidas poderão salvá-la? Será que esse caso é reversível?
Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/medicina/artigos/52515/saude-publica-no-brasil-dias-atuais Acesso em: 18/09/2016 - Texto Adaptado. 

Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são pronomes possessivos.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

  • mamão com açucar!

     

  • Não ficar triste ? Por causa de questões assim, a nota de corte vai lá para as alturas...

  • PRONOMES POSSESSIVOS

     

    NÚMERO              PESSOA                  PRONOME

    SING ULAR           PRIMEIRA                MEU (S), MINHA(S)

    SINGULAR            SEGUNDA                TEU (S), TUA (S)

    SINGULAR            TERCEIRA                SEU (S), SUA (S)

    PLURAL                PRIMEIRA                NOSSO (S), NOSSA (S)

    PLURAL                SEGUNDA                VOSSO (S), VOSSA (S) 

    PLURAL                TERCEIRA                SEU (S), SUA (S)

  • GABARITO: LETRA D

    Os pronomes possessivos estabelecem relação de posse (normalmente) entre seres e conceitos e as pessoas do discurso.

    1a pessoa: meu(s), minha(s) / nosso(a/s).

    2a pessoa: teu(s), tua(s) / vosso(a/s).

    3a pessoa: seu(s), sua(s).

    FONTE:  A Gramática Para Concursos Públicos – Pestana,Fernando.  


ID
2442496
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia:
Muita gente ainda se ofende com a insistência dos cientistas em nos chamarem de macacos evoluídos. Mas devíamos nos orgulhar de nossos antepassados, que encontraram meios de sobreviver em um ambiente austero e cheio de predadores.”
A correta e respectiva classificação dos pronomes destacados no texto acima é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra D

  • Gab. D

    No trecho "Muita gente" Pronome Indefinido. Já elimina as alternativas B e C. Aqui não vejo dificuldades.

    Quanto ao SE, são pronomes oblíquos Átonos: (em vermelho o singular e em azul o plural)

    Me

    Te

    SE, o a, lhe

    Nos (sem o acento ´. Não é pronome reto para ser Nós)

    Vos (sem o acento ´. Não é pronome reto para ser Vós)

    Se, os, as, lhes

    Pode marcar o gabarito e passar para a próxima.

  • Gabarito: letra D

    "Muita (pronome indefinido) gente ainda se (pronome oblíquo átono) ofende com a insistência dos cientistas em nos (pronome oblíquo átono) chamarem de macacos evoluídos. Mas devíamos nos orgulhar de nossos  (pronome possessivo) antepassados, que (pronome relativo) encontraram meios de sobreviver em um ambiente austero e cheio de predadores.” 





  • Os pronomes oblíquos átonos Ñ tem acento

    ME TE SE NOS VOS (O(s), A(s), LHE(s))

  • tão fácil que dá até medo

  • tão fácil que dá até medo

  • Nunca subestime uma questões!

  • MUITA (INDEFINIDO) GENTE AINDA SE (PRONOME OBLÍQUO ÁTONO) OFENDE COM A INSISTÊNCIA DOS CIENTISTAS EM NOS (PRONOME OBLÍQUO ÁTONO NÃO TEM ACENTO) CHAMAREM DE MACACOS EVOLUÍDOS. MAS DEVÍAMOS NOS ORGULHAR DE NOSSOS (POSSESSIVO) ANTEPASSADOS, QUE (RELATIVO/ OS QUAIS) ENCONTRARAM MEIOS DE SOBREVIVER EM UM AMBIENTE AUSTERO E CHEIO DE PREDADORES.

    D

  • Muita gente ainda se ofende com a insistência dos cientistas em nos chamarem de macacos evoluídos. Mas devíamos nos orgulhar de nossos antepassados, que encontraram meios de sobreviver em um ambiente austero e cheio de predadores.” A correta e respectiva classificação dos pronomes destacados no texto acima é

    Indefinido: MUITA

    Oblíquo átono: SE (3 pessoa do singular)

    Oblíquo átono: NOS ( 1 pessoa do plural)

    Possessivo: NOSSOS

    Relativo: QUE (Invariável)


ID
2468224
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
CRM-MS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto a seguir, extraído da obra Marília de Dirceu, (Lira XIV) de Tomás Antônio Gonzaga e responda à próxima questão.

Minha bela Marília, tudo passa;

A sorte deste mundo é mal segura;

Se vem depois dos males a ventura,

Vem depois dos prazeres a desgraça.

(GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. São Paulo: Ciranda Cultural, 2007)  

Pronomes possessivos são palavras que fazem referência às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de algo. Diante desse conceito, assinale a única alternativa cuja palavra pode ser classificada morfologicamente como pronome possessivo:

Alternativas
Comentários
  • deste: pronome demonstrativo;

    depois: advérbio de tempo;

    tudo: pronome indefinido


ID
2479522
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.

      E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! Como deixava a garganta seca.

      A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.

      Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.

      O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de pedra, de onde brotava num filete a água sonhada.

      O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.

      De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente no orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga.

       Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.

      Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água.

      E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.

      Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia-se intrigado. Olhou a estátua nua.

      Ele a havia beijado.

    Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva.

             (Clarice Lispector, “O primeiro beijo”. Felicidade clandestina. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o pronome em destaque está empregado com o mesmo sentido de posse que tem o pronome “lhe”, na passagem – Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos...

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

     

    – Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos...

    Para encontrar a ideia de posse, basta trocar o "lhe" por "dele" = ...bater no rosto dele e entrar pelos cabelos dele

     

    O mesmo raciocínio é encontrado apenas na frase da alternativa B:

     

    b) Pegou-me a mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão. (pegou a mão dele)

     

     

  • Danilo, não seria PEGOU A MINHA MÂO o sentido de posse em "Pegou-me a mão"? Entendi isso! Rs

  • Fala, Heitor!

     

    Mais ou menos. O importante é perceber que em algumas frases, os pronomes pessoais oblíquos (me, te, se, nos, vos, o, a, lhe) assumem o sentido de posse. Faça a troca por sua, seu, dele, dela. Se der certo, é valor possessivo. Foi isso que a questão cobrou.

     

    Exemplo:

    Vou seguir-lhe os passos. (Vou seguir seus passos.)

     

     

    Espero ter compreendido sua dúvida. 

     

  • O valor de posse nos permite trocar o pronome átono pelo pronome possessivo. Assim, no texto original, podemos fazer a troca da seguinte forma:

    deixava a brisa fresca bater no seu rosto e entrar pelos seus cabelos…

    O mesmo ocorre com a alternativa (B), que é a correta. Compare:

    Pegou-me a mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão

    Pegou a minha mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão

  • Muita gente confundiu com OI!

  • Uma vez, vi em um desses cursos online,um macete para essas perguntas,pergunte sempre ao objeto:De quem era o rosto? O rosto era dele,de quem era os cabelos?os cabelos eram dele,de quem era a mão. ..

  • Errei essa questão na prova... =/

  •  a) Faça-a ver que ninguém está questionando sua atitude. ERRADA.

    > neste caso, o pronome "a" desempenha a função de sujeito acusativo, ou seja, é o sujeito do verbo no infinitivo "ver", que por sua vez é núcleo do objeto direto do verbo causativo "faça"

     

     

    "Faça"- VTD (verbo causativo)

    "a ver que ninguém está questionando sua atitude" - OD (oração subordinada substantiva objetiva direta) 

    "a"- sujeito acusativo do verbo no infinitivo "ver" 

     

     b) Pegou-me a mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão. CERTA

    > neste caso, o pronome "me" desempenha a função de adjunto adnominal, indicando a ideia de posse, isto é: pegou a minha mão

     

     c) Não vá forçá-lo a assumir função para a qual não se acha preparado. ERRADA. 

    > neste caso, o pronome "lo" desempanha a função de objeto direto

    "forçar"- VTDI 

    "lo" - OD

    "a assumir função para a qual não se acha preparado"- OI 

     

     d) Não esperávamos entregar-lhes nossos documentos naquele momento. ERRADA

    > neste caso, o pronome "lhes" desempenha a função de objeto indireto.

    "entregar"- VTDI

    "lhes" - OI 

    "nossos documentos"- OD

     

     e) Chegou-nos a notícia do desaparecimento do helicóptero. ERRADA

    > neste caso, o pronome "nos" desempenha a função de objeto indireto. 

     

  • Raimundo, Seguindo esse seu raciocínio a letra D também estaria correta, pois ao pergunta de quem era os documento diratamente iria vir a ideia de posse 

    D) Não esperávamos entregar-lhes nossos documentos naquele momento.

     

     

    GAB: B

  • Errei na prova, e acertei aqui. Lição: mantenha a calma!

  • GAB. B

    Pegou-me as maos (=pegou as minhas maos);

    A letra D esta errada, pois o sentido e a quem ele entregou os documentos

    Não esperávamos entregar-lhes (= a eles) nossos documentos naquele momento

     

    ESTUDEM!

  • A questão está com o gabarito correto, mas há um pequeno erro na frase: "Pegou-me a mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão".

    Tomara que eu não esteja falando heresia, mas deveria ser assim: "Pegou-me a mão, tentando me encorajar a tomar uma decisão". O resto está certo kkkk.

     

     Abraços e bons estudos!!!

  • Eu acredito muito em macetes de matemática e português, e de fato, eles quase sempre dão certo se usados de forma moderada, porque há BASTANTES COISAS na língua portuguesa e na matemática que o cara é obrigado a saber ou decorar.

    Fazendo exercícios o cara aprende, estudar com qualidade é fazer exercícios todos os dias, então vamos pra batalha!!!! hehehe

  • Assinale a alternativa em que o pronome em destaque está empregado com o mesmo sentido de posse que tem o pronome “lhe”, na passagem – Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos...

     

    A análise desta questão esta relacionado a POSSE. (mesmo sentido de posse que tem o pronome lhe)

     

    a) Faça-a ver que ninguém está questionando sua atitude.

    Faça ela a ver. Não há nenhuma relação de posse.

     

    b) Pegou-me a mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão.

    A mão dele, é dele a mão. Posse  (Pegou a minha mão)

     

    c) Não vá forçá-lo a assumir função para a qual não se acha preparado.

    Forçá-lo a fazer algo, nada relacionado com posse.

     

    d) Não esperávamos entregar-lhes nossos documentos naquele momento.

    Documentos são nossos, não é de posse de alguém e sim de ambos.

     

    e) Chegou-nos a notícia do desaparecimento do helicóptero.

    Chegou a nós, não é de posse de alguém e sim de ambos.( A notícia não é nossa, ela chegou até nós)

  • A questão tem um detalhe, o apontamento para a singularidade da referência que faz o pronome.

  • Pegou-me a mão. Equivale a: Pegou a MINHA mão. MINHA=posse
  • O pronome “lhe” no trecho destacado está assumindo valor possessivo. Isso pode ser atestado por meio da seguinte reescrita:

    Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos...

    = Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater no SEU rosto e entrar pelos SEUS cabelos...

    ALTERNATIVA A – ERRADO – O pronome “a” é complemento do verbo causativo “fazer” e sujeito acusativo da forma verbal de infinitivo “ver”.

    ALTERNATIVA B – CERTO – O pronome “me” no trecho destacado está assumindo valor possessivo. Isso pode ser atestado por meio da seguinte reescrita:

    Pegou-me a mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão.

    = Pegou a minha mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão.

    ALTERNATIVA C – ERRADO – O pronome “o” é objeto direto da forma verbal “vá forçar”.

    ALTERNATIVA D – ERRADO – O pronome “lhes” é objeto indireto da forma verbal “esperávamos entregar”.

    ALTERNATIVA E – ERRADO – O pronome “nós” é empregado como objeto indireto da forma verbal “Chegou”. Podemos substituí-lo pela forma “a nós”.

  • Fiz pela análise sintática:

    Os POA podem ter valor possessivo quando são adjuntos adnominais (são acessórios, não é o verbo que exige).

     

    bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos...   ( bater no seu rosto e entrar pelos seus cabelos)

     

     a)Faça-a ver que ninguém está questionando sua atitude. Faça (ela) ver que ninguem... 

     

     b)Pegou-me a mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão. Pegou a minha mão.  (Veja que indica posse e não se trata de complemento verbal, pois pegar é VTD e a mão já é OD) 

     

     c)Não vá forçá-lo a assumir função para a qual não se acha preparado. Não vá forçar (ele) a assumir... (esse "o" equivale a ele, e é objeto direto do verbo forçar. Não é um termo acessório - adj. adn.)

     

     d) Não esperávamos entregar-lhes nossos documentos naquele momento. ...entregar (a eles) nossos ... (esse lhes é complemento do verbo e não um adjunto adnominal. Veja que o verbo é um VTDI pede: quem entrega, entrega algo (OD) a alguem (OI). 

     

     e)Chegou-nos a notícia do desaparecimento do helicóptero. Chegou a nos. Veja que é complemento do verbo chegar.

     

  • Pegou-me a mão = Pegou a minha mão

  • deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos...

    Bater no rosto dele e entrar pelos cabelos dele. Pegou na minha mão. O sentido do pronome possessivo é possuir uma parte do corpo nas três frases: cabelo, rosto e mão. Já as outras frases não possuem sentido em partes do corpo.

  • Há duas maneiras de indicar a posse no discurso: utilizando-se de um pronome possessivo ou por meio de um pronome oblíquo átono com valor possessivo. Assim, teríamos:

    Beijou-lhe a face. (Beijou a sua face)

    Beijou-me a face. (Beijou a minha face)

    À noite, apareceram-lhe em casa alguns amigos. (em sua casa)

    É exatamente isso: um pronome oblíquo átono pode ter o mesmo valor semântico que um pronome possessivo.

    Fonte: prof.ª Adriana Figueiredo - Aprova Concursos.

  • MANEIRAS DE INDICAR A POSSE NO DISCURSO

    Há duas maneiras de indicar a posse no discurso: utilizando-se de um pronome possessivo ou por meio de um pronome oblíquo átono com valor possessivo. Assim, teríamos:

    Beijou-lhe a face. (Beijou a sua face)

    Beijou-me a face. (Beijou a minha face)

    À noite, apareceram-lhe em casa alguns amigos. (em sua casa)

    É exatamente isso: um pronome oblíquo átono pode ter o mesmo valor semântico que um pronome possessivo.

    Fonte: prof.ª Adriana Figueiredo - Aprova Concursos.

    PEGUEI DO COMENTÁRIO DA DIEIME.

  • ME,MINHA,SUA = POSSE

    Gabarito B

  • Emprego de pronome OA. - Adjunto Adnominal - Ideia de posse

    "Pegou" VTD o quê?" > "a mão" OD> "Me" A minha mão.

  • Nunca havia estudado algo assim. Não que me lembre. Questão muito boa.

    Pronome obliquo átono com ideia de posse : me - minha - sua - nossa.

  • MANEIRAS DE INDICAR A POSSE NO DISCURSO

    Há duas maneiras de indicar a posse no discurso: utilizando-se de um pronome possessivo ou por meio de um pronome oblíquo átono com valor possessivo. Assim, teríamos:

    Beijou-lhe a face. (Beijou a sua face)

    Beijou-me a face. (Beijou a minha face)

    À noite, apareceram-lhe em casa alguns amigos. (em sua casa)

    É exatamente isso: um pronome oblíquo átono pode ter o mesmo valor semântico que um pronome possessivo.

    Fonte: prof.ª Adriana Figueiredo - Aprova Concursos.

    PEGUEI DO COMENTÁRIO DA DIEIME.

  • Prova de 2018 estava mais difícil....


ID
2482849
Banca
Quadrix
Órgão
CRBio-5ª Região
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Cérebro grande nasceu na cozinha

      Imagine só o seguinte: O gorila é três vezes maior do que o homem, mas tem um cérebro três vezes menor. Por quê? Qual foi o fator, ao longo dos milhões de anos de evolução que nos separam dos nossos parentes primatas, que permitiu aos seres humanos desenvolver um cérebro tão grande, proporcionalmente ao tamanho do seu corpo?

      Segundo a pesquisa de uma neurocientista brasileira, foi a invenção da cozinha. Tecnicamente falando, a capacidade de utilizar o fogo para "pré-digerir" os alimentos antes de consumi-los, o que permitiu aos nossos antepassados obter uma quantidade muito maior de energia com muito menos esforço e em muito menos tempo. (Experimente comer uma mandioca crua versus uma mandioca cozida para entender a diferença.)

      Nosso cérebro corresponde, em média, a 2% da massa total do nosso corpo. Parece pouco, mas é muito! Nos outros grandes primatas (chimpanzés, gorilas e orangotangos), essa proporção é de no máximo 0,6%. Uma diferença crucial, que, no fim das contas, é o que mais nos diferencia deles e do resto do mundo animal.

O grande diferencial do Homo sopiens, afinal de contas, é o tamanho desproporcionalmente grande de seu cérebro. De nada adiantaria andarmos eretos e termos dedos tão maravilhosamente articulados se não tivéssemos um cérebro capaz de raciocinar sobre o que vemos e de controlar esses dedos com a fineza e a destreza necessárias para produzir ferramentas, ornamentos e coisas desse tipo. Seria uma anatomia sofisticada, mas não tão vantajosa assim... Sem falar, é claro, nas capacidades cognitivas, de raciocínio, linguagem etc.

      Ter um cérebro maior é bom porque nele cabem mais neurônios. E quanto maior o número de neurônios, maior o seu "potencial de inteligência", por assim dizer.

      Mas essa vantagem neuronal não sai de graça. Manter um cérebro grande (e com muitos neurônios) funcionando custa caro, muito caro em termos energéticos. Seis quilocalorias (6 kCal) por cada bilhão de neurônios, para ser mais exato.

      Um cérebro humano tem, em média, cerca de 80 bilhões de neurônios e consome cerca de 20% da energia do corpo (apesar de ocupar apenas 2% da sua massa, como mencionado anteriormente). Funciona como o motor de um carro de corrida: superpoderoso, porém pouco econômico. Precisa de muito combustível para funcionar! E combustível, no nosso caso, significa comida.

                                                           (Disponível em www.estadao.com.br) 

Sobre a palavra "seu", que aparece em destaque no primeiro parágrafo do texto, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E

     

    É de terceira pessoa do singular.

     

    NÚMERO       PESSOA                  PRONOME

    singular          primeira                  meu(s), minha(s)

    singular          segunda                  teu(s),  tua(s)

    singular          terceira                    seu(s), sua(s)

    plural             primeira                   nosso(s), nossa(s)

    plural             segunda                  vosso(s), vossa(s)

    plural             terceira                    seu(s), sua(s)

  • Não foi anulada?

     

  • Se essa questão não foi anulada, eu já acho que é concurso fraudulento. Alguém foi convocado? Ou só cadastro de reserva pra ganharem uma graninha a mais???

  • Sobre a palavra "seu", ...,assinale a alternativa incorreta

     

     a) Refere-se a "seres humanos". CORRETA. Qual foi o fator, ao longo dos milhões de anos de evolução que nos separam dos nossos parentes primatas, que permitiu aos seres humanos desenvolver um cérebro tão grande, proporcionalmente ao tamanho do seu corpo?

     b) É um pronome possessivo. CORRETA (Da terceira pessoa do singular).

     c) Participa de um processo de coesão referencial anafórica. CORRETA (Retomou termos anteriores)

     d) Funciona, sintaticamente, como adjunto adnominal. CORRETA (OBS.: Corpo é substantivo concreto, neste caso, não caberia dizer sobre a possibilidade classificá-lo como um complemento nominal).

     e) É um pronome de segunda pessoa do singular. ERRADO

     


ID
2504389
Banca
Marinha
Órgão
EFOMM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                           O homem deve reencontrar o Paraíso...

                                                                                                              Rubem Alves


      Era uma família grande, todos amigos. Viviam como todos nós: moscas presas na enorme teia de aranha que é a vida da cidade. Todos os dias a aranha lhes arrancava um pedaço. Ficaram cansados. Resolveram mudar de vida: um sonho louco: navegar! Um barco, o mar, o céu, as estrelas, os horizontes sem fim: liberdade. Venderam o que tinham, compraram um barco capaz de atravessar mares e sobreviver tempestades.

      Mas para navegar não basta sonhar. É preciso saber. São muitos os saberes necessários para se navegar. Puseram-se então a estudar cada um aquilo que teria de fazer no barco: manutenção do casco, instrumentos de navegação, astronomia, meteorologia, as velas, as cordas, as polias e roldanas, os mastros, o leme, os parafusos, o motor, o radar, o rádio, as ligações elétricas, os mares, os mapas... Disse certo o poeta: Navegar é preciso, a ciência da navegação é saber preciso, exige aparelhos, números e medições. Barcos se fazem com precisão, astronomia se aprende com o rigor da geometria, velas se fazem com saberes exatos sobre tecidos, cordas e ventos, instrumentos de navegação não informam mais ou menos. Assim, eles se tomaram cientistas, especialistas, cada um na sua - juntos para navegar.

      Chegou então o momento da grande decisão - para onde navegar. Um sugeria as geleiras do sul do Chile, outro os canais dos fiordes da Nomega, um outro queria conhecer os exóticos mares e praias das ilhas do Pacífico, e houve mesmo quem quisesse navegar nas rotas de Colombo. E foi então que compreenderam que, quando o assunto era a escolha do destino, as ciências que conheciam para nada serviam.

      De nada valiam números, tabelas, gráficos, estatísticas. Os computadores, coitados, chamados a dar o seu palpite, ficaram em silêncio. Os computadores não têm preferências - falta-lhes essa sutil capacidade de gostar, que é a essência da vida humana. Perguntados sobre o porto de sua escolha, disseram que não entendiam a pergunta, que não lhes importava para onde se estava indo.

      Se os barcos se fazem com ciência, a navegação faz-se com os sonhos. Infelizmente a ciência, utilíssima, especialista em saber como as coisas funcionam, tudo ignora sobre o coração humano. E preciso sonhar para se decidir sobre o destino da navegação. Mas o coração humano, lugar dos sonhos, ao contrário da ciência, é coisa imprecisa. Disse certo o poeta: Viver não é preciso. Primeiro vem o impreciso desejo. Primeiro vem o impreciso desejo de navegar. Só depois vem a precisa ciência de navegar.

      Naus e navegação têm sido uma das mais poderosas imagens na mente dos poetas. Ezra Pound inicia seus Cânticos dizendo: E pois com a nau no mcir/assestamos a quilha contra as vagas... Cecília Meireles: Foi, desde sempre, o mar! A solidez da terra, monótona/parece-nos fraca ilusão! Queremos a ilusão do grande mar/ multiplicada em suas malhas de perigo. E Nietzsche: Amareis a terra de vossos filhos, terra não descoberta, no mar mais distante. Que as vossas velas não se cansem de procurar esta terra! O nosso leme nos conduz para a terra dos nossos filhos... Viver é navegar no grande mar!

      Não só os poetas: C. Wright Mills, um sociólogo sábio, comparou a nossa civilização a uma galera que navega pelos mares. Nos porões estão os remadores. Remam com precisão cada vez maior. A cada novo dia recebem remos novos, mais perfeitos. O ritmo das remadas acelera. Sabem tudo sobre a ciência do remar. A galera navega cada vez mais rápido. Mas, perguntados sobre o porto do destino, respondem os remadores: O porto não nos importa. O que importa é a velocidade com que navegamos.

      C. Wright Mills usou esta metáfora para descrever a nossa civilização por meio duma imagem plástica: multiplicam-se os meios técnicos e científicos ao nosso dispor, que fazem com que as mudanças sejam cada vez mais rápidas; mas não temos ideia alguma de para onde navegamos. Para onde? Somente um navegador louco ou perdido navegaria sem ter ideia do para onde. Em relação à vida da sociedade, ela contém a busca de uma utopia. Utopia, na linguagem comum, é usada como sonho impossível de ser realizado. Mas não é isso. Utopia é um ponto inatingível que indica uma direção.

      Mário Quintana explicou a utopia com um verso: Se as coisas são inatingíveis... ora!/Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora/ A mágica presença das estrelas! Karl Mannheim, outro sociólogo sábio que poucos leem, já na década de 1920 diagnosticava a doença da nossa civilização: Não temos consciência de direções, não escolhemos direções. Faltam-nos estrelas que nos indiquem o destino.

      Hoje, ele dizia, as únicas perguntas que são feitas, determinadas pelo pragmatismo da tecnologia (o importante é produzir o objeto) e pelo objetivismo da ciência (o importante é saber como funciona), são: Como posso fazer tal coisa? Como posso resolver este problema concreto particular? E conclui: E em todas essas perguntas sentimos o eco otimista: não preciso de me preocupar com o todo, ele tomará conta de si mesmo.

      Em nossas escolas é isso que se ensina: a precisa ciência da navegação, sem que os estudantes sejam levados a sonhar com as estrelas. A nau navega veloz e sem rumo. Nas universidades, essa doença assume a forma de peste epidêmica: cada especialista se dedica, com paixão e competência, a fazer pesquisas sobre o seu parafuso, sua polia, sua vela, seu mastro.

      Dizem que seu dever é produzir conhecimento. Se forem bem-sucedidas, suas pesquisas serão publicadas em revistas internacionais. Quando se lhes pergunta: Para onde seu barco está navegando?, eles respondem: Isso não é científico. Os sonhos não são objetos de conhecimento científico...

      E assim ficam os homens comuns abandonados por aqueles que, por conhecerem mares e estrelas, lhes poderíam mostrar o rumo. Não posso pensar a missão das escolas, começando com as crianças e continuando com os cientistas, como outra que não a da realização do dito do poeta: Navegar é preciso. Viver não é preciso.

      E necessário ensinar os precisos saberes da navegação enquanto ciência. Mas é necessário apontar com imprecisos sinais para os destinos da navegação: A terra dos filhos dos meus filhos, no mar distante... Na verdade, a ordem verdadeira é a inversa. Primeiro, os homens sonham com navegar. Depois aprendem a ciência da navegação. E inútil ensinar a ciência da navegação a quem mora nas montanhas...

      O meu sonho para a educação foi dito por Bachelard: O universo tem um destino de felicidade. O homem deve reencontrar o Paraíso. O paraíso é jardim, lugar de felicidade, prazeres e alegrias para os homens e mulheres. Mas há um pesadelo que me atormenta: o deserto. Houve um momento em que se viu, por entre as estrelas, um brilho chamado progresso. Está na bandeira nacional... E, quilha contra as vagas, a galera navega em direção ao progresso, a uma velocidade cada vez maior, e ninguém questiona a direção. E é assim que as florestas são destruídas, os rios se transformam em esgotos de fezes e veneno, o ar se enche de gases, os campos se cobrem de lixo - e tudo ficou feio e triste.

      Sugiro aos educadores que pensem menos nas tecnologias do ensino - psicologias e quinquilharias - e tratem de sonhar, com os seus alunos, sonhos de um Paraíso. 


OBS.: O texto foi adaptado às regras do Novo Acordo Ortográfico. 

Nas passagens que se seguem aparece em cada uma delas um pronome átono sublinhado. Assinale a alternativa em que esse pronome tem valor possessivo.

Alternativas
Comentários
  • Todos os dias a aranha arrancava um pedaço dele.

     

  •  a)GAB Viviam como todos nós: moscas presas na enorme teia de aranha que é a vida da cidade. Todos os dias a aranha arrancava um pedaço DELAS

     

     b)Os computadores não têm preferências - falta A ELES essa sutil capacidade de ‘gostar ’, que é a essência da vida humana. 

     c)Perguntados sobre o porto de sua escolha, disseram que não entendiam a pergunta, que não importava A ELES para onde se estava indo. 

     d)Quando se pergunta A ELES: ‘Para onde seu barco está navegando?' , eles respondem'. Isso não é científico ’.

     e)E assim ficam os homens comuns abandonados por aqueles que, por conhecerem mares e estrelas, poderiam mostrar o rumo A ELES

  • Dele , Dela (s) NÃO É PRONOME POSSESSIVO! É uma preposição DE + PRONOME PESSOAL OBLÍQUO TÔNICOS ELE , ELA, ELES , ELAS

    NESSE CASO SERIA: ARRANCAVA UM PEDAÇO SEU

  • Faz pela análise sintática que fica mais fácil. 

    O lhe tem valor possessivo quando exerce a função de adjunto adnominal. 

  • Dele, dela, delas,deles podem ser usados com pronome possessivo para evitar ambiguidade quando usa o pronome possessivo seu ou sua


ID
2529892
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                              MOÇA BONITA NÃO PAGA?

                                                                                                                                           Maíra Zapater


      Em junho de 2017, uma juíza do Distrito Federal, ao julgar uma ação proposta por um homem contra os organizadores de uma festa que cobrava preços diferentes para os ingressos de homens e mulheres, declarou ser ilegal a prática. À decisão, seguiu-se agora, em julho, nota técnica da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça reafirmando a ilegalidade da cobrança diferenciada e ressaltando que os estabelecimentos que não se adaptassem estariam sujeitos às sanções previstas no artigo 56 do Código de Defesa do Consumidor.

      Ambas as determinações geraram polêmica (aliás, como parece acontecer com tudo – ou quase tudo – que envolva demandas feministas relacionadas à desigualdade de gênero). Se até então eram frequentes, nas conversas de bar travadas tanto nas mesas quanto nas redes sociais, afirmações tais como “nunca vi feminista reclamar na hora de entrar de graça ou pagar mais barato na balada!” (em geral proferida com sua gêmea siamesa “na hora de pedir serviço militar obrigatório, as feministas ficam quietas”), agora parece que o jogo virou, e os críticos preferem manifestar sua indignação dizendo que “as feministas querem impor sua ideologia pra todo mundo e obrigar as mulheres a pagarem mais caro na balada”, “vai acabar balada”, “nunca mais ninguém vai sair pra night”, “ninguém vai pegar mais ninguém”, “as feministas vão fazer fechar as casas noturnas” e por aí vai.

      Piadas à parte, e sem entrar no mérito da (in)coerência das críticas, quero, na coluna de hoje, contribuir com argumentos para a discussão, sugerindo duas perguntas para, juntos, pensarmos sobre o assunto. Parece-me ser relevante refletir sobre dois aspectos: primeiro, é discriminatório cobrar preços diferentes para homens e mulheres na balada? E, segundo: se for discriminatório, o estabelecimento (que é privado) tem liberdade de discriminar seu público, cabendo ao consumidor exercer a sua liberdade de frequentar ou não o local conforme suas próprias convicções?

      Os exemplos – ainda que hipotéticos – são sempre úteis para trazer à concretude abstrações por vezes nem tão acessíveis. Então, vamos lá: um exercício sempre eficaz para examinar se a questão de gênero faz ou não diferença em determinada situação é a inversão dos gêneros dos protagonistas. Pois imaginemos que uma determinada balada resolva cobrar mais barato o ingresso dos homens. O dono do estabelecimento justifica a adoção dessa política de preços afirmando preferir que haja maioria de homens no local, porque “como todo mundo sabe, muita mulher junta sempre acaba dando confusão” e que “ninguém gosta de estar numa festa em que só tenha mulher”. “Além disso”, continua ele, “todo mundo sabe que, quando a mulherada sai pra night, só quer saber de pegação e, com certeza, vai preferir ir a um lugar onde tenha o máximo possível de homens para escolher”.

      A situação hipotética pareceu estranha, de alguma forma, com a inversão dos lugares-comuns em geral apresentados para justificar a cobrança mais barata para mulheres? Bom, se a narrativa ganhou conotações diferentes em decorrência dessa inversão, significa que há expectativas diferentes para homens e mulheres colocados em uma mesma situação social e que se construiu ali uma relação desigual entre homens e mulheres – e, portanto, (no mínimo, potencialmente) discriminatória e ilícita, já que a Constituição veda o tratamento desigual entre iguais (vale lembrar que o inciso II do artigo 5º da CF estabelece que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”, o que só reforça a invalidade jurídica do fator de discriminação com o qual se pretende justificar a cobrança diferenciada).

      Pois bem. Assumindo que concordamos – eu e você, leitora e leitor – que há discriminação na prática de cobrar ingresso mais barato de mulheres nas festas e casas noturnas, resta pensar no segundo questionamento que propus acima: o estabelecimento privado tem a liberdade de adotar uma política considerada discriminatória, cabendo ao público consumidor escolher se quer ou não frequentar o local?

      Ilustremos com outro exemplo hipotético (ou talvez menos fictício do que gostaríamos): imaginemos que o dono de uma casa noturna queira construir uma reputação de que seu estabelecimento seja um local “onde só vai gente bonita”. Para garantir que, segundo seus critérios subjetivos e seu “tino empresarial”, seja mantido um padrão estético mínimo nos frequentadores da casa, esse proprietário estabelece uma “cota máxima” para negros no local, estipulando um número limite de pessoas negras por noite, e determinando, ainda, que pessoas brancas têm direito a um ingresso com desconto. Esse empresário se justifica dizendo o seguinte: “Não é racismo, é só uma questão de gosto. Eu concordo com o padrão hegemônico de beleza que, em geral, vemos nas revistas, novelas e filmes e acho que as pessoas brancas são mesmo mais bonitas e que é muito mais agradável estar numa balada com maioria de pessoas brancas. É só a minha opinião. Quem não concordar e tiver uma opinião diversa, não é obrigado a vir na minha casa noturna”.

      Teria o nosso empresário hipotético a liberdade de adotar uma política discriminatória por entender ser a mais lucrativa para o seu estabelecimento? 

      Aqui tocamos no sensível ponto dos limites entre a liberdade no campo privado e o dever de atuação do Estado quando há uma violação de direitos humanos entre particulares – sim, discriminar em razão de cor, raça, religião, gênero, orientação sexual etc. viola o direito à igualdade. Da mesma forma que a discriminação racial do segundo exemplo, a discriminação de gênero é também uma forma de violação – ainda que pareça vir disfarçada do “privilégio” de pagar mais barato um ingresso.

      A ideia de uma presença majoritária de mulheres diz respeito a um tipo específico de balada, na qual, seguramente, as mulheres não gozam das mesmas prerrogativas de liberdade sexual que os homens – será que as moças que “saem pra pegação” são socialmente vistas da mesma maneira que os meninos na mesma situação? Ao defender a possibilidade de manutenção de cobrança diferenciada para mulheres, não estaremos a reafirmar estereótipos profundamente prejudiciais? E, de mais a mais, não é com essa alteração que “a balada ficou cara”, não é mesmo? Que tal revermos toda essa política de preços na qual se vendem “experiências” – e, claro, vai e paga quem pode e quem quer – mas tornando esse espaço de acesso público friendly* para mulheres da mesma forma que para os homens? 

Disponível em:<http://justificando.cartacapital.com.br> . Acesso em: 11 jul. 2017.

*friendly = amigável 

Considere o trecho:


[...] se for discriminatório, o estabelecimento (que é privado) tem liberdade de discriminar seu (1º) público, cabendo ao consumidor exercer a sua (2º) liberdade de frequentar ou não o local conforme suas (3º) próprias convicções?


O pronome possessivo estabelece retomada

Alternativas
Comentários
  • (1º) discriminar o público do estabelecimento

    (2º) exercer a liberdade do consumidor

    (3º) as convicções do consumidor

     

  • Prirmeiro caso refere a Estabelecimento

    Segundo e Terceiro caso , refere a Consumidor.

  • B)Do mesmo substantivo apenas nos dois últimos casos.


ID
2546068
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia:


O homem julga que é superior à natureza, por isso o homem danifica a natureza, sem pensar que a natureza é essencial para a vida do homem.


Assinale a alternativa em que os pronomes substituem, respectivamente, os substantivos destacados no texto acima.

Alternativas
Comentários
  • a) ele - a - ela - sua

     

     

     

    "O homem julga que é superior à natureza, por isso o homem danifica a natureza, sem pensar que a natureza é essencial para a vida do homem."

     

     

    "O homem julga que é superior à natureza, por isso ele a destrói, sem pensar que ela é essencial para a sua vida."

  • Resposta: A

    A alternativa A está correta, pois ele substitui homem, a e ela substituem natureza e sua substitui do homem e determina o significado de vida. 

  • EMPREGO DOS PRONOMES

    -QUANDO PEDIR PARA SUBSTITUIR O SUJEITO → Substituir por um pronome RETO.

    -QUANDO PEDIR PARA SUBSTITUIR O COMPLEMENTO: substituir por um pronome OBLÍQUO.

    a. Objeto direto: Nesse caso, devemos usar → O, A, OS, AS (3a pessoa do pronome átono)

    b. Objeto indireto: Nesse caso, devemos usar → LHE, LHES (3a pessoa do pronome átono)

    RESOLVENDO:

    1a parte: (...) por isso o homem (sujeito) danifica a natureza (complemento)

    HOMEM → ELE (pronome RETO)

    NATUREZA → A (pronome OBLÍQUO).Quem danifica danifica alguma coisa.

  • Questão mal elaborada

  • "O homem julga que é superior à natureza, por isso que ELE A danifica, sem pensar que ELA é essencial para a SUA vida."

  • a questão pede basicamente uma reescrita usando os corretamente os ronomes... "O homem julga que é superior a natureza, por isso ELE A danifica sem pensar que ELA é essencial para SUA vida". correta letra A

ID
2560573
Banca
IESES
Órgão
IGP-SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo. 


                                           DIÁLOGO DE SURDOS

Por: Sírio Possenti. Publicado em 09 mai 2016. Adaptado de: http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4821/n/dialogo_de_surdos Acesso em 30 out 2017. 


       A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém se entende. Na verdade, esta é uma visão um pouco simplificada das coisas. De fato, quando dois lados polemizam, dificilmente olham para as mesmas coisas (ou para as mesmas palavras). Cada lado interpreta o outro de uma forma que este acha estranha e vice-versa. 

       Dominique Maingueneau (em Gênese dos discursos, São Paulo, Parábola) deu tratamento teórico à questão (um tratamento empírico pode ser encontrado em muitos espaços, quase diariamente). [...]

       Suponhamos dois discursos, A e B. Se polemizam, B nunca diz que A diz A, mas que diz “nãoB”. E vice-versa. O interessante é que nunca se encontra “nãoB” no discurso de A, sempre se encontra A; mas B não “pode” ver isso, porque trairia sua identidade doutrinária, ideológica. 

       Um bom exemplo é o que acontece frequentemente no debate sobre variedades do português. Se um linguista diz que não há “erro” em uma fala popular, como em “as elite” (que a elite escreve burramente “a zelite”, quando deveria escrever “as elite”), seus opositores não dirão que os linguistas descrevem o fato como uma variante, mostrando que segue uma regra, mas que “aceitam tudo”, que “aceitam o erro”. O simulacro consiste no fato de que as palavras dos oponentes não são as dos linguistas (não cabe discutir quem tem razão, mas verificar que os dois não se entendem). 

        Uma variante da incompreensão é que cada lado fala de coisas diferentes. 

        Atualmente, há uma polêmica sobre se há golpe ou não há golpe. Simplificando um pouco, os que dizem que há golpe se apegam ao fato de que os dois crimes atribuídos à presidenta não seriam crimes. Os que acham que não há golpe dizem que o processo está seguindo as regras definidas pelo Supremo. 

        Um bom sintoma é a pergunta recorrente feita aos ministros do Supremo pelos repórteres: a pergunta não é “a pedalada é um crime?” (uma questão mérito), mas “impeachment é golpe?”. Esta pergunta permite que o ministro responda que não, pois o impedimento está previsto na Constituição. 

        Juca Kfouri fez uma boa comparação com futebol: a expulsão de um jogador, ou o pênalti, está prevista(o), o que não significa que qualquer expulsão é justa ou que toda falta é pênalti... 

        A teoria de Maingueneau joga água na fervura dos que acreditam que a humanidade pode se entender (o que faltaria é adotar uma língua comum, quem sabe o esperanto). Ledo engano: as pessoas não se entendem é falando a mesma língua. 

        Até hoje, ninguém venceu uma disputa intelectual (ideológica) no debate. Quando venceu, foi com o exército, com a maioria dos eleitores ou dos... deputados. 

                             Sírio Possenti Departamento de Linguística Universidade Estadual de Campinas 

Assinale a alternativa correta quando ao emprego dos pronomes e de acordo com as normas da redação oficial:

Alternativas
Comentários
  • Acredito que o erro da C esteja em: V.Sa. ............devendo comparecer acompanhada......

  • GABARITO: D

     

    QC não sabe como classificar suas questões mesmo, hein... Na Q859180 está classificada como Redação Oficial.

     

     

    A) V.Sa. foi informada sobre vossas/SUAS atribuições nesse processo. 

    Os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa:

    "Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e não "Vossa ... vosso...").

    Fonte: MRPR

    ___________________________________________________________________________________________________________

    B) É necessário que (VOCÊ) informeis/informe sobre se (ELA/ELE) V.Sa. estaríeis/estará disponível para atender a essa demanda.

    Achei a redação uma bost#, mas dá para acertar. Concorda com "você/ele(a)", é assim que faço.

     

    ___________________________________________________________________________________________________________

    C) Noutra questão (repetida) errei, marcando essa, eis o erro:

    V.Sa. está convocada a informar seu posicionamento, devendo comparecer acompanhado de seu representante judicial. 

     

    Olha o bendito erro aí, deveria ser "acompanhada".

    No começo da frase ele usa palavra feminina, então dá a entender que é uma mulher, mas logo em seguida usa forma masculina.

     

     

    BONS ESTUDOS.

  • questão dificil eu achei rsrs apesar que nao estava lembrando das regras só confirmando quando falo diretamente a vossa senhoria eu uso sua e quando falo dela eu uso? eu não me lembro

  • A correta é a D, porém ambígua!

  • Erro da C:

     

    V.Sa. está convocada a informar seu posicionamento, devendo comparecer acompanhado de seu representante judicial. 

  • Danielle Oliveira quando falamos à V.Sa. usaremos "vossa", quando falamos dela, usaremos  "sua"

  • Comentário de uma outra questão que me ajudou:

    ``Sua´´ se refere a pessoa com quem se fala e o ``Vossa´´ refere se a uma outra pessoa.

    EX : Sua exelencia disse para irmos devagar. ( estou falando diretamente com o juiz)

    EX: Vossa exelencia disse para irmos devagar. ( estou falando com uma pessoa qualquer a respeito do juiz) 

  • A V.Sa. informou que o processo estaria sob a sua jurisdição.


ID
2578453
Banca
VUNESP
Órgão
PROCON-SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De acordo com o levantamento, dentre os consumidores que conhecem a Campanha “De Olho na Validade”, apenas 22% participaram ____ (da Campanha) e ____ (dos 22% de consumidores), 26% tiveram as seguintes dificuldades em obter outro produto: falta de conhecimento do funcionário do supermercado; alegação de não haver possibilidade de troca por falta de outro item para substituição; alegação de que “o gerente não estava na loja”; solicitação para que o consumidor voltasse em outro momento para efetuar a troca; ou espera excessiva.

(Disponível em: http://www.procon.sp.gov.br/noticia.asp?id=3540. Acessado em 05.06.2013. Adaptado)

Os pronomes que, correta e respectivamente, substituem as palavras nos parêntesis, eliminando a ocorrência de repetições no texto acima, são:

Alternativas
Comentários
  • Por que não "desta"???

    Seguindo a mesma regra do "destes"

     

    Pra mim é a letra C

  • Pasmem mais eu tambem coloquei letra C 

  • kctt agora analisando a frase inteira eu percebi o motivo da B ser o gabarito:

    o pronome dela faz referencia diretamente à campanha, empregada antes da virgula...

    não sei por que não poderia ser a alternativa C, mas a B ficaria mais adequada realmente.

     

  • errei coloquei C

  • Dela está no plural pronomes possessivo 3° pessoa !

  • Marquei a alternativa e) - não entendi o que a questão pediu, prezar de ter estudado todas as regras, não me lembro de ver nada relacionado a essa questão...

  • Caberia um comentário de um professor em relação à questão!!!

  • O pronome "desta" (no texto) deve ser usado quando aponte uma informação que virá adiante no texto.

    ..dentre os consumidores que conhecem a Campanha “De Olho na Validade”, apenas 22% participaram dela (Retoma "campanha de olho na validade").

    ...e destes (dos 22% de consumidores), 26% tiveram as seguintes dificuldades em obter outro produto...

    Neste caso o pronome "destes" aponta uma informação posterior no texto.

    Creio que seja por isso a letra B como gabarito

  • "Parêntesis" >~< logo vc Vunesp

  • Quando o referente do pronome está atrás, pode-se usar o "ESSE" ou "ESTE".

  • Pessoal, entre dois ou mais sujeitos: (campanha e 22%), "deste, desta" referem-se a algo próximo (22%) e "desse, dessas, daquelas, daqueles, aqueles, aquelas" referem-se a algo mais longe dentro de uma frase no caso (campanha) logo se elimina a C)

  • ..."dentre os consumidores que conhecem a Campanha “De Olho na Validade”, apenas 22% participaram..."

     

    A campanha - está mais afastado e foi citado em primeiro lugar. ----> Pode-se usar DAQUELA ( da + campanha = daquela) ou pode-se usar pronome oblíquo tônico ELA que também retoma o termo, e não causa ambiguidade pois ELA só pode se referir a campanha já que "22%" se refere aos consumidores (masculino). Se tivéssemos dois termos no feminino não daria certo usar um pronome no feminino pois não saberíamos a quem ele estaria se referindo, só cabendo um pronome demonstrativo.

     

    22%  - Foi o termo citado por último. Está mais perto. ----------> Usa-se ESTE. 

     

    Cuidado!

    *DELE (A) não é pronome possessivo, apesar de ter valor de posse. Nem todo pronome com valor de posse é possessivo. Exemplo: cujo é um pronome relativo mas tem valor de posse!

    * Os pronomes demonstrativos podem exercer várias funções dentro e fora do texto (ESPACIAL, TEMPORAL, DISTRIBUTIVA, REFERENCIAL)

    No exemplo temos a função distributiva.

     

     

     

     

  • anaforico e cataforico
  • Tem duas possibilidades de entendimento.

    O "DESTE" é empregado para o último termo citado ou para uma informação posterior a ele.

    Perceba que ocorreu as duas formas.

    Eu matutei muito nessa questão. Pois pensei que se referia apenas a "consumidores", porém se refere a "22%.." . Neste caso o termo que se retorna está próximo por ser o último citado.

  • GABARITO LETRA B, explico:

    "De acordo com o levantamento, dentre os consumidores que conhecem a Campanha “De Olho na Validade”, apenas 22% participaram ____ (da Campanha) e ____ (dos 22% de consumidores), 26% tiveram as seguintes dificuldades em obter outro produto:"

    Quem participa, participa de algo

    Participaram de + a = Dela (pronome DE tem sentido de possessivo)

    (De + essa = dessa)

    Os pronomes possessivos são aqueles que acompanham ou substituem o substantivo, indicando a relação de posse entre as pessoas do discurso e as coisas possuídas.

    Desse X Deste

    Esses  resultam da junção entre a  “de” e os pronomes “este” e “esse”. Eles podem variar em gênero e número, podendo ser masculino, feminino (desta, dessa) e neutro (disto, disso), bem como singular e plural (destes, desses, destas, dessas). Quando neutro, não há forma no plural.

    A palavra “desse” é formada pela preposição “de” mais o  “esse”.

    A palavra “deste” é formada pela preposição “de” mais o pronome demonstrativo “este”.

    GABARITO LETRA B :dela … destes

  • Esta/ Essa/ Aquela (Dentro da Frase)

    Esta - Para se referir a um termo ainda não citado no texto (Pronome Catafórico)

    1. Exemplo: Esta vida está cada vez mais divertida

    Essa - Para se referir a um termo já citado no texto (Pronome Anafórico)

    1. Exemplo: A vida que me deram é maravilhosa. Essa não perderei jamais.

    Aquela - Para se referir a um termo já citado no texto (o mais longo)

    1. Exemplo: João e Carlos são muito amigos. Este (Carlos) é padeiro, aquele (João), mecânico.

    Esses pronomes também podem se associar ao Tempo:

    1. Este - Presente
    2. Esse - Passado ou Futuro PRÓXIMO
    3. Aquele - Passado ou Futuro DISTANTE

    E em relação à Posição do objeto

    1. Este - Em minha posse. Esta caneta é minha
    2. Essa - Em posse do interlocutor - Essa caneta é sua
    3. Aquela - Não está na posse dos interlocutores - Aquela caneta é sua?

    Retirei todos esses exemplos da aula do professor Noslen. Pra quem tiver interesse:

    https://www.youtube.com/watch?v=cZ3MmXT0uys


ID
2608417
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Florianópolis - SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ).


( ) Os pronomes de tratamento, embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa.

( ) Os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: "Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e não "Vossa ... vosso...").

( ) Os pronomes empregados para altas autoridades são: Vossa Eminência para Reitores de Universidades, Vossa Excelência para o Presidente da República e Vossa Senhoria para Senadores.

( ) É correto tratar com o vocativo Senhor os cargos de Senador, Ministro e Governador.


Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Não entendi. Vossa Eminência para Reitores de Universidades?

  • GABARITO A

     

    Joildo Schueroff, esa alternativa está errada. Vossa Eminência é tratada para se dirigir aos Cardeais. Para reitores de Faculdade, o correto é Vossa Magnificência. Para o Presidente da Republica e Senadores usamos o Vossa Excelência.

     

    ________________________________________________________________________________________________

     

    Acrescentando:

     

    VOSSA ALTEZA                 = PRINCÍPES, DUQUES

    VOSSA EMINÊNCIA           = CARDEAIS

    VOSSA EXELÊNCIA    V. Exa        = AUTORIDADES EM GERAL (AUTORIDADES DO ALTO ESCALÃO DO GOVERNO (PRESIDENTE DA REPÚBLICA E VICE, MINISTRO DE ESTADO, GOVERNADOR)

    VOSSA MAGNIFICIÊNCIA  V. Maga  = REITORES DE UNIVERSIDADE

    VOSSA MAJESTADE          = REIS, IMPERADORES

    VOSSA REVERENDÍSSIMA = SARCEDOTES EM GERAL

    VOSSA SANTIDADE            = PAPAS

    VOSSA SENHORIA              = PARTICULARES, FUNCIONARIOS GRADUADOS

  • Alguém explica a última alternativa. Não estaria erro visto que o correto seria Vossa Excelência ?

  • ex: para Ministros de Estado

    Pronome de tratamento : Vossa Excelência

    Vocativo: Senhor Ministro,.....

  • (V ) Os pronomes de tratamento, embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa.

    Isso! Pronomes de tratamento se referem a segunda pessoa gramatical, ou seja, o tu (singular) e o vós (plural)...concordando na terceira pessoa (ele, ela (singular) eles, elas (plural)...

    (V) Os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: "Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e não "Vossa ... vosso...").

    Correto. Sempre na terceira pessoa (ele, ela (singular) eles, elas (plural))...

    (F) Os pronomes empregados para altas autoridades são: Vossa Eminência para Reitores de Universidades, Vossa Excelência para o Presidente da República e Vossa Senhoria para Senadores.

    Errado. Vossa Eminência é para cardeais.

    Vossa Excelência para o Presidente da República e também para Senadores.

    (V) É correto tratar com o vocativo Senhor os cargos de Senador, Ministro e Governador.

    Certa! Senhor e senhora são pronomes de tratamento de respeito à pessoa com quem se fala ou a quem se dirige a comunicação.

    Lembrar que VOSSA SENHORIA é para pessoa de cerimônia.

  • O vocativo "Excelentíssimo senhor," é apenas para o cargo máximo do executivo, legislativo e judiciario, ou seja, o presidente da república, o presidente do congresso nacional e o presidente do supremo tribunal federal.

    Ministro, Senador, Deputado, Juíz, Etc. fica apenas "Senhor (cargo),". Ex: Senhor Senador, Senhor Deputado. Particulares fica "Senhor (nome),". Ex: Senhor João.

  • A última proposição é baseada no decreto n° 9.758, de 11 de abril de 2019.

ID
2675137
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho a seguir.


“Entro no ônibus. À minha frente um senhor de seus cinquenta anos dependura-se no gancho, ajeita os jornais debaixo do braço e prepara-se para a longa viagem em pé. Todos nós, paraquedistas, nos ajeitamos e lá se vai o ônibus, levando-nos dependurados como carne no açougue.”


(SABINO, Fernando. “Sobre essas coisas”. In: Livro aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.106).


Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.


O pronome oblíquo _____ tem natureza substantiva, enquanto que o pronome oblíquo _____ é reflexivo. O pronome possessivo ______ tem natureza adjetiva enquanto que o pronome _____ acompanha verbo pronominal.

Alternativas
Comentários
  • Pronome pessoal do caso reto sempre terá natureza substantiva: Nós

    Pronomes oblíquos geralmente são complementos.

    Pronome oblíquo reflexivo: me, te, se, nos, vos

    Pronome possessivo: seus, minhas

    Acompanham verbos pronominais: se, vos

    Caso não houvesse esse erro: "O pronome oblíquo _____ tem natureza substantiva" seria letra E.


ID
2675317
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho a seguir.


“Entro no ônibus. À minha frente um senhor de seus cinquenta anos dependura-se no gancho, ajeita os jornais debaixo do braço e prepara-se para a longa viagem em pé. Todos nós, paraquedistas, nos ajeitamos e lá se vai o ônibus, levando-nos dependurados como carne no açougue.”


(SABINO, Fernando. “Sobre essas coisas”. In: Livro aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.106).


Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.

O pronome oblíquo _____ tem natureza substantiva, enquanto que o pronome oblíquo _____ é reflexivo. O pronome possessivo ______ tem natureza adjetiva enquanto que o pronome _____ acompanha verbo pronominal.

Alternativas
Comentários
  • A BANCA ANULOU ESSA QUESTÃO!!!


ID
2675497
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho a seguir.


“Entro no ônibus. À minha frente um senhor de seus cinquenta anos dependura-se no gancho, ajeita os jornais debaixo do braço e prepara-se para a longa viagem em pé. Todos nós, paraquedistas, nos ajeitamos e lá se vai o ônibus, levando-nos dependurados como carne no açougue.”


(SABINO, Fernando. “Sobre essas coisas”. In: Livro aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.106).


Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta. O pronome oblíquo _____ tem natureza substantiva, enquanto que o pronome oblíquo _____ é reflexivo. O pronome possessivo ______ tem natureza adjetiva enquanto que o pronome _____ acompanha verbo pronominal.

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode explicar por que foi anulada?


ID
2706940
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Seja feliz, tome remédios

                                                                               Frei Betto 21/10/2017 - 06h00


      A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo” (1932). A narrativa propõe construir uma sociedade saudável através da ingestão de medicamentos.

      Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Vegas.

      Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro, abrir o apetite, estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer, adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre, repleta de consumidores. 

      O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. Seu paradigma se resume na sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar. Fora do mercado não há salvação. E dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente jovem, brilhar aos olhos alheios. A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da biblioterapia. 

      Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.

      Estão em moda a síndrome de pânico e o transtorno bipolar. Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia. O transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva. Muitas pessoas sofrem, de fato, dessas enfermidades, e precisam ser tratadas e medicadas. Há profissionais que se sentem afetados por elas devido à cultura excessivamente competitiva e à exigência de demonstrar altíssimos rendimentos no trabalho segundo os atléticos parâmetros do mercado.

      Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ora, é preciso cuidado no diagnóstico. Hiperatividade e impulsividade são características da infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.

      Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos. 

(Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano e escritor brasileiro. Disponível em http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/seja-feliztome-rem%C3%A9dios-1.568235. Acesso em 10/04/18).

Assinale a afirmativa CORRETA sobre os itens destacados do excerto abaixo:


Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: LETRA D

     

    a) A locução “de que”, formada por preposição + pronome relativo, pode ser substituída pela forma “do qual”, dado o antecedente masculino. 

    ERRADO. Na passagem "...é sinal de que não somos nós os doentes....o "de que" complementa o substantivo "sinal" e inicia uma oração subordinada substantiva completiva nominal. Esse "de" é PREPOSIÇÃO e o "que" uma CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA INTEGRANTE.

     

    b) Neste fragmento, os conectivos “quando” indica proporcionalidade, enquanto que a conjunção “e” indica adição de ideias. 

    ERRADO. O conectivo "Quando" no contexto, indica TEMPO. O conectivo "e" indica ADVERSIDADE. "...não somos nós os doentes, e sim (MAS SIM) a sociedade..."

     

    C)  O pronome possessivo “suas” remete ao leitor do texto como possuidor de algumas diferenças.  

    ERRADO. O pronome "suas" remete a "objetos mecânicos". "...a sociedade que...pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças (diferenças dos objetos mecânicos) peças...

     

    d) O pronome relativo “que” retoma o substantivo “sociedade”, e pode ser substituído por “a qual”, explicitando a concordância em gênero e número.

    CERTO. A substituição é perfeita.   "...A sociedade que...pretende reduzir..." ---> "...A sociedade a qual...pretende reduzir..." 

     

    Qualquer erro podem me enviar por mensagem. Bons estudos!

     

     

  • Para quem teveve dúvidas em relação a função morfológica da palavra "quando"

     

    Advérbio

     

    Pode ocorrer com valor circunstancial expressando uma circunstância de tempo, indicando «em que ocasião»

    Ex.: «Ele decidiu levá-la a passear, mas não disse quando»).

     

    Pode ainda ocorrer em frases interrogativas directas ou indirectas

    Ex.: «Quando é que chegas?»

     

    Conjunção

     

    Como conjunção, a palavra quando pode ser conjunção subordinativa:

    — temporal (ex.: «Quando chove, fico em casa»);
    — proporcional (ex.: «Quando a mãe refilava, ela gritava mais alto»);
    — condicional (ex: «Quando queria sair, sempre dava um jeitinho»);
    — concessiva (ex: «Costuma convidá-la para sair, quando sabe muito bem que ela tem de estudar para os exames»).

     

     

    Fonte: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-diferenca-entre-quando-conjuncao-e-quando-adverbio/22786

     

  • GABARITO D

     

     

    CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

     

    Temporais: Quando, enquanto, apenas, mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, senão quando, ao tempo que.

    Proporcionais: quanto mais...tanto mais, ao passo que, à medida que, quanto menos...tanto menos, à proporção que.

    Causais: já que, porque, que, visto que, uma vez que, sendo que, como, pois que, visto como.

    Condicionais: se, salvo se, caso, sem que, a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que, com tal que.
    Conformativa: consoante, segundo, conforme, da mesma maneira que, assim como, com que.

    Finais: Para que, a fim de que, que, porque.
    Comparativa: como, tal como, tão como, tanto quanto, mais...(do) que, menos...(do) que, assim como.

    Consecutiva: tanto que, de modo que, de sorte que, tão...que, sem que.
    Concessiva: embora, ainda que, conquanto, dado que, posto que, em que, quando mesmo, mesmo que, por menos que, por pouco que, apesar de que.

     

     

  • Quando o "que" exerce função de pronome relativo pode ser susbtituído pr O/A QUAL.

  • Analisemos letra a letra.

    Letra A - ERRADA - O "que" em destaque não atua como relativo, e sim como conjunção integrante. É possível assim concluir, haja vista que esse conector introduz a oração subordinada substantiva "de que não somos nós os doentes" (... é sinal DE QUE NÃO SOMOS NÓS OS DOENTES... = ... é sinal DISTO...).

    Letra B - ERRADA - O conector "Quando" sinaliza a ideia de tempo, não de proporcionalidade.

    Letra C - ERRADA - O possessivo "suas" refere-se ao "funcionamento dos objetos mecânicos".

    Letra D - CERTA - Exatamente como descrito.

  • GAb D

    Complementando:

    Que = O qual = Pronome relativo

    Que = Isso = Conjunção integrante.

  • GAB: D

    O pronome relativo “que” retoma o substantivo “sociedade”, e pode ser substituído por “a qual”, explicitando a concordância em gênero e número.

    A substituição é perfeita. 

    "...A sociedade que...pretende reduzir...= " A sociedade a qual...pretende reduzir..." 


ID
2725513
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho a seguir.


“Entro no ônibus. À minha frente um senhor de seus cinquenta anos dependura-se no gancho, ajeita os jornais debaixo do braço e prepara-se para a longa viagem em pé. Todos nós, paraquedistas, nos ajeitamos e lá se vai o ônibus, levando-nos dependurados como carne no açougue.”

(SABINO, Fernando. “Sobre essas coisas”. In: Livro aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.106).


Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.


O pronome oblíquo _____ tem natureza substantiva, enquanto que o pronome oblíquo _____ é reflexivo. O pronome possessivo ______ tem natureza adjetiva enquanto que o pronome _____ acompanha verbo pronominal.

Alternativas
Comentários
  • ????????

    Nós é pronome reto

  • A questão foi anulada.

  • Nós pode ser pronome oblíquo tônico também.

  • O pronome RETO nós tem natureza substantiva, enquanto que o pronome oblíquo nos é reflexivo. O pronome possessivo minha tem natureza adjetiva enquanto que o pronome se acompanha verbo pronominal.

    Nós é pronome reto.

    Nos é pronome oblíquo

    minha é pronome possessivo

    se acompanha verbo pronominal.

    Gabarito inicial D. Anulou porque a banca colou no primeiro tracinho ''pronome oblíquo'' quando o certo seria pronome reto.


ID
2725693
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho a seguir.


“Entro no ônibus. À minha frente um senhor de seus cinquenta anos dependura-se no gancho, ajeita os jornais debaixo do braço e prepara-se para a longa viagem em pé. Todos nós, paraquedistas, nos ajeitamos e lá se vai o ônibus, levando-nos dependurados como carne no açougue.”

(SABINO, Fernando. “Sobre essas coisas”. In: Livro aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.106).


Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.


O pronome oblíquo _____ tem natureza substantiva, enquanto que o pronome oblíquo _____ é reflexivo. O pronome possessivo ______ tem natureza adjetiva enquanto que o pronome _____ acompanha verbo pronominal.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito para os não assinantes: D

  • Essa questão deve conter algum erro, " NÓS " Não é pronome oblíquo, é pronome do caso reto. Qual que foi disso hein?

  • "Nós" é pronome oblíquo tônico também.

  • Os pronomes pessoais do caso reto são aqueles que têm a função de sujeito ou de predicativo do sujeito: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas.

    Assertiva: O pronome reto nós tem natureza substantiva, enquanto que o pronome oblíquo nos é reflexivo. O pronome possessivo minha tem natureza adjetiva enquanto que o pronome se acompanha verbo pronominal.

    Gabarito inicial D: nós / nos / minha / se

    Acho que a banca queria escrever pronome reto no primeiro tracinho, mas escreveu pronome oblíquo se tivesse escrito assim estaria certo para o gabarito ser Letra D.


ID
2797546
Banca
IBFC
Órgão
Prefeitura de Divinópolis - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


      O menino parado no sinal de trânsito vem em minha direção e pede esmola. Eu preferia que ele não viesse. [...] Sua paisagem é a mesma que a nossa: a esquina, os meios-fios, os postes. Mas ele se move em outro mapa, outro diagrama. Seus pontos de referência são outros.

      Como não tem nada, pode ver tudo. Vive num grande playground, onde pode brincar com tudo, desde que “de fora”. O menino de rua só pode brincar no espaço “entre” as coisas. Ele está fora do carro, fora da loja, fora do restaurante. A cidade é uma grande vitrine de impossibilidades. [...] Seu ponto de vista é o contrário do intelectual: ele não vê o conjunto nem tira conclusões históricas – só detalhes interessam. O conceito de tempo para ele é diferente do nosso. Não há segunda-feira, colégio, happy hour. Os momentos não se somam, não armazenam memórias. Só coisas “importantes”: “Está na hora do português da lanchonete despejar o lixo...” ou “estão dormindo no meu caixote...”[...]

      Se não sentir fome ou dor, ele curte. Acha natural sair do útero da mãe e logo estar junto aos canos de descarga pedindo dinheiro. Ele se acha normal; nós é que ficamos anormais com a sua presença.

(JABOR, A. O menino está fora da paisagem. O Estado de São

Paulo, São Paulo, 14 abr. 2009. Caderno 2, p. D 10) 

Considere o fragmento abaixo para responder à questão.


            “Sua paisagem é a mesma que a nossa: a esquina,

                               os meios-fios, os postes.

          Mas ele se move em outro mapa, outro diagrama.” (1º§)


O autor estabelece, argumentativamente, uma distinção inicial que é marcada pelo uso dos pronomes possessivos e revela um posicionamento discursivo. Com esses pronomes, o autor:  

Alternativas
Comentários
  •  

     B ) aproxima-se do leitor que teria uma realidade semelhante a dele. 

  • Não entendi, alguém sabe explicar?

  • Não tem a opção para indicar para o professor, que na minha opinião seria muito útil.

  • Se alguém souber explicar me avise no privado por gentileza.

  • Observe:


    O autor estabelece, argumentativamente, uma distinção inicial que é marcada pelo uso dos pronomes possessivos e revela um posicionamento discursivo. Com esses pronomes, o autor:


    Sua paisagem é a mesma que a nossa: a esquina,

                    os meios-fios, os postes.

      Mas ele se move em outro mapa, outro diagrama.” (1º§)



    Agora você se pergunta a intenção do autor de ter colocado os Pronomes Sua e Nossa


    Resposta:

    B) aproxima-se do leitor que teria uma realidade semelhante a dele

  • Aqueles que ficaram na dúvida entre a "b" e "c".


    b: está mais completa - o autor, leitores e menino de rua estão na mesma realidade ( "sua" = menino e "nossa" = leitor e autor)

  • tanto o menino que pede esmola quanto o autor estão em um mesmo cenário que é descrito como uma avenida e os seus detalhes. Mas a diferença é que o autor tem um destino a qual se dirige, enquanto o destino do menino é pedir esmolas para sobreviver. E a letra b é a certa pois realmente os pronomes nos colocam na situação do texto, pois a maioria, já presenciou a situação narrada no texto.

  • GABARITO LETRA B.

    Comentários entre parênteses.

    O menino parado no sinal de trânsito vem em minha direção e pede esmola. Eu preferia que ele não viesse. [...] Sua paisagem é a mesma que a nossa (entre a dele e do leitor, como se estivesse falando pessoalmente com o leitor): a esquina, os meios-fios, os postes. Mas ele se move em outro mapa, outro diagrama. Seus pontos de referência são outros.

  • Questão ambígua! No final da letra B, o texto se refere a quem? Ao menino ou ao editor do texto?

  • Questão linda essa, mesmo errando percebo o meu erro. linda questão

  • Não acho que seja uma das melhores questões, visto que o examinador utiliza a frase "realidade semelhante". O que seria, nesse contexto, a palavra "realidade"? A realidade de vida (subjetiva - cada um tem uma) ou a visual, concreta que todos temos (objetiva - como um poste, por exemplo, que todos nós vemos), com um olhar apenas visual da esquina vendo os mesmos objetos nas ruas, etc? Se for no primeiro caso a questão estaria incorreta, se na segunda, correta.

  • Fiquei sem paciência de fazer 2 leituras, fui no chute e acertei.

  • Acheiu uma questão passível de recurso, pois tem sentido ambíguo ao usar a palavra "dele". Seria do autor ou do menino?

  • essa questão é de compreensão por isso o gabarito é B, o que está no texto.

    se fosse de interpretação eu marcaria E.

     

  • Ao utilizar o pronome possessivo ''Nossa'' o autor traz a ideia de conjunto, ou seja, ele fala da realidade dele e das pessoas que compactuam da mesma.

  • O autor estabelece, argumentativamente, uma distinção inicial que é marcada pelo uso dos pronomes possessivos e revela um posicionamento discursivo. Com esses pronomes, o autor:

    OS pronomes possessivos sua e nossa, utilizados no argumento inicial, definem a questão. O fato de ele ter usado os dois distintamente já demonstram seu ponto de vista de distanciamento entre a nossa realidade (do autor e do leitor) e a do menino de rua. Além disso, no texto ele expressar a seguinte opinião: Eu preferia que ele não viesse. O que contradiz a ideia de os pronomes terem sido utilizado como forma de solidariedade. Com isso, excluímos letra A.

    A letra C está errada pelo mesmo princípio citado, ele estabelece um certo distanciamento entre nós (autor e leitor) e o menino de rua.

    A D está errada pelo mesmo motivo, o autor, ao segregar a realidade do menino de rua, estabelece uma união da sua realidade com a do leitor.

    Letra B Correta

  • De fato: bem passível de recurso. A, B e C trazem respostas que poderiam se enquadrar ao comendo da questão, sendo esta B a menos ok por apontar que o menino teria a mesma a realidade do autor. Passar pelo mesmo lugar não significar comungar da mesma realidade.

    Estar no mesmo cenário, não é viver a mesma realidade. Não adianta defender...

    Agora, um modo de deixar a questão lindamente plena seria se o enunciado fosse alterado para: "Em que alternativa o autor revela mais empatia pelo menino?" Resposta B

  • Errei a questão mas , compreendi que de fato a resposta correta seria a B , pois quando ele fala "aproxima-se do leitor que teria uma realidade semelhante a dele. AUTOR E LEITOR ESTÃO EM UMA REALIDADE SEMELHANTE , A DE OBSERVADOR DO MENINO .

  • Questão muito boa!!! Acabei errando , mas errando é que se aprende.

    Foco, Fé e Disciplina.

  • as questões de português da ibfc são tristes!

  • Errei, mas gostei da questão tbm. Pensei como a maioria que errou... Mas temos uma realidade semelhante mesmo, quantas vezes nos deparamos com "meninos de rua".

    E muitas vezes esta é a realidade : "Ele se acha normal; nós é que ficamos anormais com a sua presença."

  • O PROBLEMA DA LETRA

    B) aproxima-se do leitor que teria uma realidade semelhante a dele.

    quando eu fiz a questão b pensei que estava falando a respeito do menino.

    (que o leitor teria uma realidade semelhante a do menino, com isso estaria errado) porém, o autor esta se referindo. O que deixa certo a questão

    O autor estabelece, argumentativamente, uma distinção inicial que é marcada pelo uso dos pronomes possessivos e revela um posicionamento discursivo. Com esses pronomes, o autor: aproxima-se do leitor que teria uma realidade semelhante a dele

    tenso! heheh

    com muita fé e luta vamos conseguir!

  • é verdade Jyraia. Na mira. Vlw pela orientação.

  • Os pronomes possessivos “sua” e “nossa”, utilizados no argumento inicial demonstram : QUE A REALIDADE DO AUTOR E A DO LEITOR ESTÃO PRÓXIMAS (“nossa”) E AO MESMO TEMPO DISTANTE DA REALIDADE DO MENINO DE RUA (”sua”). Gabarito: Letra B.

  • Questão ambígua!

  •  “Sua paisagem é a mesma que a nossa:

    nossa = realidade do autor o qual inseriu o leitor tb. ou seja, o autor aproxima-se do leitor.


ID
2883577
Banca
Quadrix
Órgão
CRBio-7ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

               Aquário brasileiro busca revolucionar a biologia marinha


Inaugurado há cerca de nove meses na zona portuária do Rio de Janeiro (RJ), o maior aquário marinho da América do Sul já recebeu mais de 1,1 milhão de pessoas. Erguer o colosso de 150 milhões de reais levou dez anos de planejamento focado em três pilares: educação, pesquisa e conscientização. Com capacidade para receber até 8.000 animais, de 350 espécies, o AquaRio é também um grande centro de pesquisa. Atualmente, 15 estudos inéditos de universidades brasileiras estão sendo realizados no local, inclusive sobre a proteção a espécies ameaçadas. “Só é possível convencer as pessoas a proteger aquilo que elas conhecem — e o aquário oferece a experiência completa, integrada à divulgação da ciência”, conta o fundador e diretor-presidente, o biólogo Marcelo Szpilman.

      A relação de Szpilman com o mar sempre foi intensa: nasceu perto da praia, no bairro de Copacabana, e adorava pescar com o pai. Aos 11 anos, começou a mergulhar. Mas foi James Bond que o levou a seguir carreira de biólogo com o lançamento do filme 007: O Espião que me Amava (1977), devido à icônica cena em que o inglês confronta o antagonista com seu conhecimento de espécies de peixes.

      O filme não só inspirou Szpilman a estudar biologia como também o fez querer causar um impacto similar na vida das pessoas. Esses dois sonhos foram seu norte desde cedo. Primeiro, ele começou escrevendo livros — ao todo, tem cinco obras renomadas publicadas sobre identificação de peixes e tubarões e é reconhecido como um dos maiores especialistas brasileiros nesse tema.

      Hoje ele colhe os frutos do bom trabalho no AquaRio. “Meu sonho é captar cada vez mais jovens brasileiros para a ciência. A maioria nunca viu um aquário e agora tem à disposição um equipamento de nível internacional”, orgulha-se. Todos os dias, mais de 1.000 crianças, de escolas públicas e privadas, passam por ali. “O AquaRio pode proporcionar esse ‘clique’ que eu tive a outros jovens. Já recebi várias mensagens de pessoas que resolveram estudar biologia após uma visita ao aquário. É muito gratificante.”

      Com o perdão do trocadilho, Szpilman acredita que o AquaRio é um divisor de águas no Brasil. “Vamos criar um boom de aquários marinhos. Muitos já me contataram querendo fazer empreendimentos inspirados nele. E, mais do que isso, atualmente, 80% das pesquisas com animais marinhos feitas no mundo são realizadas em aquários”, relata. O próprio AquaRio, que é 100% privado, investe em pesquisas.

      Um dos estudos realizados no AquaRio tem potencial para ser utilizado em curto prazo: trata-se de uma pesquisa para combater o branqueamento de corais. “O coral é um animal que vive em simbiose com as algas, que dão cor e nutrientes a ele. Com as mudanças climáticas e a elevação da temperatura dos oceanos, a alga morre. Sem a alga, o coral perde sua cor e também morre”, explica.

                                                                                         (veja.abril.com.br)

A respeito da palavra "nele", em destaque no penúltimo parágrafo do texto, assinale a análise totalmente correta.

Alternativas
Comentários
  • B) Participa de um processo de coesão referencial.


    "Nele" está se referindo ao AquaRio, logo faz referência ao termo para manter a coesão por meio da anáfora.

    "Nele" = em (preposição) + ele (pronome pessoal do caso reto).

  • "Ele" não é pronome possessivo e nem preposição.

    Coesão catafórica faz referência ao que vem depois.

    O termo "nele" não indica circunstância de causa.

    Gabarito letra "B".


  • Além da Coesão por referência:

    ⇒ Coesão por referência: é um dos tipos mais utilizados em um texto. Graças a ela, evitamos repetições de termos, descuido que pode tornar desagradável a leitura de um texto:

    Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Eles foram acompanhados pelos professores da escola.

    Uma que também costuma ser cobrada é:

    ⇒ Coesão lexical: ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou heterônimos. Observe o exemplo:

    Machado de Assis é considerado o maior escritor brasileiro. O carioca nasceu no dia 21 de junho de 1839 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908. Gênio maior de nossas letras, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. 

    Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/tipos-coesao.htm

  • A respeito da palavra "nele", em destaque no penúltimo parágrafo do texto, assinale a análise totalmente correta.

    A) Trata-se da junção da conjunção "em" com o pronome possessivo "ele". ("EM" é uma preposição e "ELE" é um pronome PESSOAL)

    B) Participa de um processo de coesão referencial.

    C) Trata-se da junção do pronome "em" com a preposição "ele". (O certo seria o INVERSO)

    D) Participa de um processo de coesão catafórica. (O certo seria ANAFÓRICA)

    E) Participa de um processo de coesão sequencial, indicando circunstância de causa. (Não há sequência, mas um referencial de um termo já falado, qual seja, O AquaRIO).

    Extra: Anafórica retoma a coesão que JÁ PASSOU. Catafórica, que VIRÁ.

  • >    Catáfora: Em uma citação oral ou escrita, usa-se este, esta, isto para o que ainda vai ser dito ou escrito. Ex.: Esta é a situação: pegamos o menino em flagrante.

    >    Anáfora: Em uma citação oral ou escrita, usa-se esse, essa, isso para o que já foi dito ou escrito. Ex.: O menino foi pego em flagrante. Essa é a situação.

  • Dica: ANafórico (veio ANtes)


ID
2884405
Banca
FAFIPA
Órgão
COMAFEN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a alternativa em que há somente pronomes:

Alternativas
Comentários
  • AJúlia, casa, ideia.SUBSTANTIVOS

    BFazer, dormindo, comprado.VERBOS

    CAlguém, todos, ela.PRONOMES

    CAgora, amanhã, lentamente.ADVÉRBIOS

    GABARITO C

  • Alguém: pronome indefinido

    Todos: pronome indefinido

    Ela: pronome pessoal

  • Que venha uma dessas no meu concurso kkkk

    Gabarito C

  • que tipo de questão é essa kkkk

  • Lembrando que: Se é fácil para você, é fácil para seu concorrente também. Eu quero que uma questão dessa passe bem longe do meu concurso. kkkkk

  • Gabarito C

    Pronominal indefinido

    . ALGUÉM

    . TODOS

    Pronominal pessoal fem.

    . ELA

  • tomara que caia uma questão dessa pra mim

  • questão para acertar a vida de quem está irregular no serviço público.


ID
2886595
Banca
INAZ do Pará
Órgão
CORE-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Marketing Multinível muda vidas e movimenta a economia


      Desde que iniciei minha jornada de negócios no setor de Marketing Multinível venho reafirmando minha paixão pelo sistema de vendas diretas. Esse é um setor que tem transformado milhares de vidas nos últimos anos, fazendo com que muitas pessoas consigam vencer os problemas financeiros, além de contribuir para que a economia do País seja impulsionada.

      Dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) mostram que o setor gera para o Brasil R$ 415 mil em impostos arrecadados para cada R$ 1 milhão investidos. Esse valor é maior que o gerado pela indústria e a agropecuária, por exemplo.

Em 2017, o setor de vendas diretas foi responsável pela comercialização de 1,9 milhões de itens (produtos e serviços) no Brasil, o que gerou um volume de negócios que ultrapassa os R$ 45 bilhões. São mais de 4,1 milhões de pessoas trabalhando como consultores diretos das empresas.

      O número deve crescer ainda mais nos próximos anos, uma vez que se trata de uma área que dá oportunidade de desenvolvimento pessoal aos mais variados perfis de pessoas, tanto para aqueles que estão começando, como para quem já tem experiência profissional. Sempre defendi a ideia que o Marketing Multinível é uma atividade inclusiva, que permite que pessoas com baixo poder aquisitivo, jovens ou idosos, com ou sem escolaridade, sejam empreendedores e tenham as suas vidas transformadas. Essa transformação não é apenas do ponto de vista financeiro, mas esse modelo de negócio contribui para a qualificação de seus membros, uma vez que as empresas líderes têm um foco muito grande no treinamento e capacitação de seus consultores.

      Os dados da ABEVD corroboram com essa ideia e revelam que, das pessoas que trabalhavam com vendas diretas em 2017, 56% eram mulheres, 44% homens; 62% casados. Além disso, 48% das pessoas têm idade entre 18 e 29 anos e 46% entre 30 e 55 anos; 53% possuem o ensino médio, enquanto 31% finalizaram o ensino superior. Diante desse aumento no número de pessoas envolvidas com o setor, o Brasil está entre os países que mais realizam vendas diretas em todo o mundo, ocupando a 6ª posição global e a 2ª nas Américas (Norte, Sul e Central), com 5% de participação nas vendas diretas de todo o mundo.

      Na convenção nacional Aloha realizada recentemente, afirmei que esse modelo de negócio está constantemente em busca de pessoas sem limite de idade, e sem experiência prévia no setor. O importante é que sejam pessoas determinadas, de boa vontade, e acima de tudo disciplinadas, com o objetivo de trabalhar firme para acabar com o sofrimento da alma do indivíduo causada pela ignorância e pobreza. Pois acredito firmemente, que esse modelo de negócio é a melhor forma de gerar e distribuir riquezas para todas as pessoas que o realizam de forma profissional.

      Dessa forma acredito que o sistema de Marketing Multinível cumpre, verdadeiramente, um papel social e é um caminho alternativo para quem quer empreender, e dispõe de poucos recursos para iniciar o próprio negócio, permitindo que milhares de pessoas conquistem a liberdade financeira.

Por Carlos Wizard Martins Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/marketing-multinivel-muda-vidas-e-movimenta-a-economia/

A leitura do texto permite afirmar que NÃO há, morfologicamente, a presença de pronome em:

Alternativas
Comentários
  • Embora as as alternativas A, B, eu discorde porque acredito o "que" empregado nelas são conjunções coordenativa e não pronomes como mostra nas alternativas C, E. A alternativa que não tem pronome alguma é a letra D.

    A) Desde

    B) Fazendocom que muitas pessoas consigam vencer.

    C) Comopara quem já tem experiência profissional.

    D) 5% de participação nas vendas diretas de todo o mundo.

    E) As pessoas que o realizam de forma profissional

    CASO ESTEJA ERRADO MANDEM MENSAGEM.

  • na D, "todo mundo" não é pronome, porque embora Todos(s)/Toda(s) sejam, todo mundo" é locução pronominal, é isso?

  • Carlos Junior, na letra A tem 'minha", pronome possesivo.

  • GABARITO> D

    É a única que não tem nenhum pronome.

  • Nas = em + as.

    Oo

  • Qual é a função de "todo", na alternativa D?

  • pronome

     

    Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de alguma forma.

    Exemplos:

    A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!

    [substituição do nome]

    A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!

    [referência ao nome]

    Essa moça morava nos meus sonhos!

    [qualificação do nome]

    Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação.

    Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes apresentam uma forma específica para cada pessoa do discurso.

    Exemplos:

    Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.

    [minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]

    Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?

    [tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]

    A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.

    [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]

    Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através do pronome seja coerente em termos de gênero e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.

    Exemplos:

    [Fala-se de Roberta]

    Ele quer participar do desfile da nossa escola neste ano.

    [nossa: pronome que qualifica "escola" = concordância adequada]

    [neste: pronome que determina "ano" = concordância adequada]

    [ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concordância inadequada]

    Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.

     

    fonte: sóportuguês

  • A) minha (pronome possessivo)

    B) ??? (deve ser o "que", mas não sei justificar)

    C) quem (pronome interrogativo)

    D) Segundo o gabarito não tem pronome (eu errei achando que o "TODO" era pronome)

    E) o (pronome oblíquo átono)

  • "Todo"  Mofologicamente é um pronome indefinido 

    Gabarito letra A pois "desde que " é uma oração subordinada adverbial condicional.

  • Questão absurda, e ainda existem pessoas tentando defender o indefensável.

  • Letra a. Pronome possessivo minha.

    Letra b. Pronome indefinido muitas.

    Letra c. Pronome relativo quem.

    Letra d. Advérbio todo. Gabarito

    Letra e. Pronome relativo que.

  • Tem gente que não sabe nem o que é um pronome e está dizendo que a banca errou.

    Tudo bem que a Banca é ruim, mas essa questão está tranquila.

  • todo é um advérbio que pode variar, tome cuidado com ele.

    advérbios não variam.

  • Resposta: alternativa d

     

    5% de participação nas vendas diretas de todo o mundo.

     

    Todo(s), toda(s) - no singular e com artigo (todo o, toda a) indicam a totalidade, significando "inteiro(a)" e funcionando, portanto, como adjetivo. Veja:

     

    À tarde, toda a praia era tomada pelos barcos dos pescadores.

    (toda a praia = a praia inteira).

     

    Fonte: Mauro Ferreia. Gramática: aprender e praticar. 2007.

  • "5% de participação nas vendas diretas de todo o mundo".

    to·do |ô| 

    (latim totus, -a, -um, todo, inteiro)

    pronome indefinido

    1. Qualquer.

    adjetivo

    2. Inteiro, íntegro, completo.

    substantivo masculino

    3. Massa.

    4. Generalidade.

    5. Conjunto.

    "todo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,  [consultado em 02-05-2019].

    todo

    to·do

    adjetivo

    1 Que inclui todas as partes; completo: “Hoje quatro braças de terra, amanhã seis, depois mais outras, ia o vendeiro conquistando todo o terreno que se estendia pelos fundos da sua bodega […]”(AA1).

    2 Que inclui tudo ou todos: “Todo esse pessoal de preto e cabelo arrepiadinho sorri pra você porque você é igual a eles” (CFA).

    substantivo masculino

    O conjunto ou a totalidade: Quando eu digo que não gostei da decoração da casa dela, não me refiro apenas aos móveis, mas ao todo.

    advérbio

    Por inteiro; totalmente: “O pé é a base do homem, deve ser forte. Enfim… como o calor dilata os corpos e todo eu ardo em ansiedade… até logo! Tomou a bengala, acendeu um cigarro e estendeu a mão ao estudante” (CN).

    pronome indefinido

    1 Seja qual for; cada: “Acho que todo homem vê sua cara todas as manhãs no espelho, na hora de se barbear. Que é que o espelho diz? Diz que o tempo passa sem parar” (EV).

    2 ANT Tudo aquilo; tudo: Contou todo o que sabia.

    Acho q a questão queria pegar quem decorou o macete:

    "TODO: Dependendo da sua posição na sentença, pode ter seu sentido e classe gramatical alterado, podendo ser:

    pronome indefinido

    Vindo antes de um substantivo.

    Ex.: Todo pássaro voa.

    adjetivo

    Vindo depois de um substantivo.

    Ex.: Comi o chocolate todo.

    advérbio

    Intensificando o sentido de um adjetivo.

    Ex.: Meu gato chegou todo sujo".

  • Segundo Domingos Paschoal Cegalla, no Dicionário de dificuldades da língua portuguesa (link para outro site), as duas formas são corretas e têm o mesmo significado, mas que é preferível utilizar “todo o mundo”.

    Isso ocorre, porque o uso do artigo definido “o” dá a ideia de inteireza e totalidade.

    ex: Todo o mundo = O mundo inteiro.

    Já a expressão sem artigo, passa a impressão de conjunto, de grupo.

    ex: Todo mundo = Vários mundos.

    Então, o melhor caminho, na minha opinião, é utilizar a expressão “todo o mundo”.

    https://clubedoportugues.com.br/todo-mundo-x-todo-o-mundo/amp/

  • As conjunções, assim como as locuções conjuntivas, classificam-se em coordenativas e subordinativas:

    - Conjunções coordenativas

    Ligam termos que exercem a mesma função sintática, ou orações independentes (coordenadas). As conjunções coordenativas subdividem-se em: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Apresentamos a seguir as principais conjunções (e locuções conjuntivas) coordenativas de cada tipo:

    a) Aditivas (indicam soma, adição): e, nem, mas também, mas ainda.

    b) Adversativas (indicam oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto.

    c) Alternativas (indicam alternância, escolha): ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer.

    d) Conclusivas (indicam conclusão): pois (posposto ao verbo), logo, portanto, então.

    e) Explicativas (indicam explicação): pois (anteposto ao verbo), porque, que.

    - Conjunções Subordinativas

    Ligam duas orações sintaticamente dependentes. As conjunções subordinativas subdividem-se em: causais, condicionais, consecutivas, comparativas, conformativas, concessivas, temporais, finais, proporcionais e integrantes.

    Apresentamos a seguir as principais conjunções (e locuções conjuntivas) subordinativas de cada tipo:

    a) Causais (exprimem causa, motivo): porque, visto que, já que, uma vez que, como.

    b) Condicionais (exprimem condição): se, caso, contanto que, desde que.

    c) Consecutivas (exprime resultado, consequência): que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, de maneira que.

    d) Comparativas (exprimem comparação): como, que (precedido de mais ou menos).

    e) Conformativas (exprimem conformidade): como, conforme, segundo etc.

    f) Concessivas (exprimem concessão): embora, se bem que, ainda que, mesmo que, conquanto.

    g) Temporais (exprimem tempo): quando, enquanto, logo que, desde que, assim que.

    h) Finais (exprimem finalidade): a fim de que, para que, que.

    i) Proporcionais (exprimem proporção): à proporção que, à medida que, quanto mais, quanto menos.

    j) Integrantes: que, se (quando iniciam oração subordinada substantiva).

    Observe com toda atenção

    Assim como ocorre com as preposições, é o contexto que determina a relação estabelecida pela conjunção (ou locução conjuntiva), pois uma mesma conjunção (ou locução conjuntiva) pode estabelecer relações diferentes entre orações.

    Note os exemplos abaixo:

    Você irá bem na prova desde que estude muito. (A locução conjuntiva desde que está estabelecendo relação de condição.)

    Não para de falar desde que a aula começou. (A locução conjuntiva desde que está estabelecendo relação de tempo.)

    Gritou tanto que ficou rouca. (A conjunção “que” está estabelecendo relação de consequência.)

    Ele gritou mais que eu. (A conjunção “que” está estabelecendo relação de comparação.)

  • Palavra TODO

    adjetivo 1. a que não falta nenhuma parte; inteiro, completo, total.

    "todo o dia foi de chuva"

    2. pronominal indefinido qualquer, seja qual for; cada.

    "todo cidadão tem direitos e deveres"

    3. advérbio totalmente, por inteiro.

    "o prédio ardeu todo"

    4. substantivo masculino

    coisa completa; conjunto, ser, totalidade. "as partes formam o todo"

    5. todas as pessoas, toda gente, todo mundo. "todo aplaudiram o discurso"

    Do Google

  •  a) Desde que iniciei minha jornada de negócios. Pronome demonstrativo

     

     b) Fazendo com que muitas pessoas consigam vencer. Pronome indefinido 

     

     c) Como para quem já tem experiência profissional. Pronome relativo 

     

     e) As pessoas que o realizam de forma profissional. Pronome relativo 

  • CUIDADO!

    A) Está errada. Minha = pronome possessivo.

    B) Está errada. Muitas - pronome indefinido. Não confunda com advérbio, lembre-se: advérbio não sofre flexão (muitas pessoas --> muitos homens... perceba que há variação de gênero, portanto não pode ser advérbio).

    C) Está errada. Quem = pronome relativo.

    D) Está correta. Não tem pronome.

    E) Está errada. Que = pronome relativo.

  • a) minha - pronome possessivo

     

    b) muitas - pronome indefindo (variou -foi para o plural e acompanha um substantivo - pessoas. Só pode ser pronome)

     

    c) quem - pronome relativo (quem pode ser interrogativo também, mas nesse caso não é)

     

    d) na minha opinião TODO é pronome e faz parte de uma locução pronominal.  No livro do Pestana inclusive diz que "todo o mundo" é uma locação pronominal indefinida. Como a locução é formada por pronome indefindo + artigo + substantivo, temos dentro da locução um pronome sim!

    Não é advérbio pois não acompanha um adjetivo, verbo ou outro advérbio. 

     

    e) que - pronome relativo ( retoma as pessoas)

           o - pronome oblíquo átono.

     

     

    Na minha opinião, questão tinha que ser anulada.

  • Os professores pagam p.a.u para explicar o inexplicável...

  • vendas do MUNDO TODO (ordem direta mostra que é adjetivo)


ID
2934571
Banca
UFTM
Órgão
UFTM
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                 A saúde mental dos jovens brasileiros: Como prevenir?
 
      A ocorrência de vários suicídios de adolescentes em curto espaço de tempo não é um fenômeno restrito à atualidade. No século 18, um famoso livro, Os Sofrimentos do Jovem Werther, tornou-se um marco do Romantismo e uma febre entre os jovens. Nele conta-se a história de um adolescente que vive uma paixão impossível por uma mulher na casa dos trinta anos.

      A estratégia adotada pelo autor do livro, Johann Wolfgang von Goethe – ele deixou para o exame do leitor as cartas trocadas pelo casal de amantes –, fez a narrativa parecer muito crível. Adolescentes passaram a se matar vestidos como nas ilustrações do livro, tendo-o em mãos e usando o mesmo método letal – um tiro de pistola. Ensinado nos cursos de Jornalismo, o Efeito Werther acabou por reforçar o tabu social de evitar o assunto, e nada se publicava sobre suicídio.

      Os tempos mudaram. Nos dias atuais, a internet tornou-se a nova ameaça a angariar jovens para a morte. O suicídio é assunto nas redes sociais virtuais e seriados, caso do 13 ReasonsWhy, que gira em torno do suicídio de uma adolescente. Mas, com certeza, a natureza do suicídio juvenil da atualidade muito se distancia dos suicídios românticos [no quesito literatura] de três séculos atrás. O que estaria acontecendo? Como compreender melhor esse fenômeno? Como evitar que jovens vulneráveis o cometam?

      Precisamos conversar sobre isso, pois a mortalidade por suicídio vem crescendo no Brasil. Diariamente, 32 pessoas tiram a própria vida, segundo estatísticas do Ministério da Saúde. De 2005 a 2016, de acordo com os últimos dados oficiais disponíveis, o suicídio de adolescentes entre 10 e 14 anos aumentou 31%; e entre aqueles que estão na faixa dos 15 aos 19 anos o aumento é de 26%. Na população indígena, há uma tragédia silenciosa: metade do elevado número de suicídios é cometido por adolescentes.

      No espectro do comportamento autoagressivo, o suicídio é a ponta de um iceberg. Estima-se que o número de tentativas de suicídio supere o de suicídios em pelo menos dez vezes. O grau variável da intenção letal é apenas um dos componentes da tentativa de tirar a própria vida. O ato também representa uma comunicação, que pode funcionar como denúncia, grito de socorro, vingança ou a fantasia de renascimento. Por isso, ideias, ameaças e tentativas – mesmo aquelas que parecem calculadas para não resultarem em morte – devem ser encaradas com seriedade, como um sinal de alerta a indicar sofrimento e atuação de fenômenos psíquicos e sociais complexos. Não devemos banalizá-las.

      O mundo psíquico de um adolescente está em ebulição, ainda não atingiu a maturidade emocional. Há maior dificuldade para lidar com conflitos interpessoais, término de relacionamentos, vergonha ou humilhação e rejeição pelo grupo social. A tendência ao imediatismo e à impulsividade implica maior dificuldade para lidar com a frustração e digerir a raiva. Perfeccionismo e autocrítica exacerbada, problemas na identidade sexual, bem como bullying, são outros fatores que se combinam para aumentar o risco.

      Um adolescente pode ter centenas de likes na rede social virtual, mas pouquíssimos, ou nenhum, seres humanos reais com quem compartilhar angústias. O mundo adulto, como um ideal cultural alcançável por pequena parcela de vencedores, fragiliza a autoestima e a autoconfiança de quem precisa encontrar o seu lugar em uma sociedade marcada pelo individualismo, pelo exibicionismo estético, pela satisfação imediata e pela fragilidade dos vínculos afetivos.

      Quando dominados por sentimentos de frustração e desamparo, alguns adolescentes veem na autoagressão um recurso para interromper a dor que o psiquismo não consegue processar. Quando o pensar não dá conta de ordenar o mundo interno, o vazio e a falta de sentido fomentam ainda mais o sofrimento, fechando-se assim um círculo vicioso que pode conduzir à morte. Nos suicídios impulsivos, a ação letal se dá antes de haver ideias mais elaboradas capazes de dar outro caminho para a dor psíquica. O ato suicida ocorre no escuro representacional, como um curto-circuito, um ato-dor.

      Há, também, os suicídios que se vinculam a transtornos mentais que incidem na adolescência, como a depressão, o transtorno afetivo bipolar e o abuso de drogas. Diagnóstico tardio, carência de serviços de atenção à saúde mental e inadequação do tratamento agravam a evolução da doença e, em consequência, o risco de suicídio.

      Pensamentos suicidas são frequentes na adolescência, principalmente em épocas de dificuldades diante de um estressor importante. Na maioria das vezes, são passageiros; por si só não indicam psicopatologia ou necessidade de intervenção. No entanto, quando os pensamentos suicidas são intensos e prolongados, o risco de levar a um comportamento suicida aumenta.

      Prevenção do suicídio entre os adolescentes não quer dizer evitar todos os suicídios, e sim uma só morte que possa ser evitada, a do adolescente que está ao seu lado. O que fazer? De modo simplificado, sugerimos três passos. Memorize o acrônimo ROC: Reparar no Risco, Ouvir com atenção, Conduzir para um atendimento.

      A prevenção do suicídio, ainda que não seja tarefa fácil, é possível. Não podemos silenciar sobre a magnitude e o impacto do suicídio de adolescentes em nossa sociedade. Não todas, mas considerável porção de mortes pode ser evitada.  

(BOTEGA, Neury José. A saúde mental dos jovens brasileiros: Como prevenir? -  Adaptado. Disponível em  https://www.sescsp.org.br/online/ artigo/12517_A+SAUDE+MENTAL+DOS+JOVENS+BRASILEIROS . Acessado em 03/01/2019)

Os elementos coesivos são responsáveis pelas relações de sentido construídas no texto. Sobre esses elementos, analise as afirmativas a seguir:


I. No trecho “A estratégia adotada pelo autor do livro, Johann Wolfgang von Goethe – ele deixou para o exame do leitor as cartas trocadas pelo casal de amantes –, fez a narrativa parecer muito crível”, o pronome “ele” estabelece uma relação referencial com “livro”.

II. Em “Precisamos conversar sobre isso”, o pronome sublinhado retoma o trecho “O que estaria acontecendo? Como compreender melhor esse fenômeno? Como evitar que jovens vulneráveis o cometam?”.

III. No fragmento “Prevenção do suicídio entre os adolescentes não quer dizer evitar todos os suicídios, e sim uma só morte que possa ser evitada, a do adolescente que está ao seu lado”, o pronome “seu” refere-se ao termo “adolescente”.

IV. O conector “no entanto”, em “no entanto, quando os pensamentos suicidas são intensos e prolongados, o risco de levar a um comportamento suicida aumenta”, estabelece relação semântica com a ideia anterior, de forma a estabelecer uma oposição ao que foi dito.


Está CORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Os pronomes possessivos concordam com o termo que vem após ele, delimitam o substantivo a que se referem e tem função de adjunto adnominal.
  • Texto informativo e educacional chamando atenção para um fato que vem aumentando.

  • I.o pronome “ele” estabelece uma relação referencial com "Johann Wolfgang von Goethe"

    II.CORRETO

    III.o pronome “seu” refere-se terceira pessoal do singular "O leitor"

    IV.CORRETO

    GABARITO: C

  • Poxa! Pensei que o item 3 (III) estava correto.

    Enfim, nem precisava ler o texto, mas o li por completo, quando os textos são informativos, tais como este, eu os leio completamente. Muito bom! Sempre bom aprender coisas de assuntos aleatórios.

  • Realmente, não precisava ler o texto, mas errei por achar a alternativa III correta. Acredito que devemos sempre fazer uma pergunta pra achar o referente, tal qual:

    ...adolescente que está ao seu lado... lado de quem? R: do leitor.

    Qualquer erro, peço me avisarem!

  • Pronome Possessivo

    1º Pessoa: Meu/Minha

    2º Pessoa: Teu/Tua

    3ª Pessoa: Seu/Sua

    Obs: quando estiver na 3º Pessoa, sempre vai referir-se ao Leitor do Texto.

  • Gente, essa eu aprendi com a professora #FlaviaRita: "pronome possessivo concorda com o consequente e refere-se ao antecedente!"

  • Eliminando a afirmativa I, restam A e C para examinar. A única diferença entre A e C é a afirmativa III, assim é possível resolver a questão sem nem precisar ler as demais. Claro que é preciso conferir tudo, mas é de fundamental importância adotar estratégias de resolução de questões, tanto para ganhar tempo quanto para se certificar da resposta correta.

  • É a segunda vez hoje que vejo um texto falando sobre redes sociais e suicídio/comportamento depressivo. :(


ID
3004939
Banca
CEV-URCA
Órgão
Prefeitura de Mauriti - CE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               TEXTO: A palavra foi feita para dizer


Socorro Acioli, Publicado (01:30 | 15/09/2018)


Quando Vidas Secas foi publicado, na primeira metade do século XX, os artistas procuravam encontrar seu lugar depois que os portões da criação tinham sido escancarados pelas vanguardas. A partir de então era não só possível, mas necessário ousar em qualquer direção: nos temas, na forma e na linguagem. No Brasil, o modernismo já fincara suas bases e, quase nos anos quarenta, contava com um time de autores que a historiografia literária considerou pertencente ao que chamou de segunda fase do modernismo.

Quase todos eram regionalistas, essa alcunha tão mal compreendida e que, muitas vezes, desperta a reação equivocada de um rótulo que diminui, mas que fortalece e amplia. Um dos pulsos de qualquer literatura nacional está fundamentado justamente na capacidade de falar do próprio chão e de como homens e mulheres andaram, marcharam e caíram sobre ele.

No ano de 1938, foram publicados, entre outros: Olhai os lírios do campo, de Érico Veríssimo; Pedra Bonita, de José Lins do Rego; A estrada do mar, de Jorge Amado; Cazuza, de Viriato Correia; Porão e Sobrado, de Lygia Fagundes Telles e Vidas Secas, de Graciliano Ramos; talvez o aniversariante mais lembrado do grupo e que merece um olhar cuidadoso e atento para os motivos de sua permanência no cânone nacional.

Os homens e mulheres do Nordeste foram protagonistas de mais outras tantas obras dos contemporâneos de Graciliano Ramos. Considero que o maior mérito de Vidas Secas, justamente por ser o mais difícil de alcançar, é o trabalho com a linguagem e a narração. Apesar de ser contado por um narrador onisciente, o uso impecável e invisível do discurso indireto livre provoca o efeito de uma polifonia sofisticada.

Aos oitenta anos, não constato sinais de velhice neste livro. Ainda há muita vida aqui. É possível falar de Vidas Secas pelos olhos da história, da sociologia, da literatura, do seu lugar na trajetória do autor, na linha do tempo do Brasil, mas escolho outra via para dizer porque fechei o livro com a certeza de que essa obra continua forte: há um grande poema escondido em Vidas Secas, adormecido. Há música no chocalho das palavras. Barbicacho, trempe, macambira, suçuarana, baraúna, taramela, aió, pelame, enxó, marrã, mundéu, pucumã, jirau, losna, craveiro, arribação - as aves que cobrem o mundo de penas, expressão que quase batizou o livro.

Para além de um grande romance, Vidas Secas é também poesia e música, um bloco de camadas sobrepostas de sentidos que o tempo tem tratado de realçar. Poucos octogenários chegam tão vivos ao seu aniversário. Os passos desse livro ainda estão vindo pela estrada nos pés de Fabiano, Sinhá Vitória, os meninos sem nome e os olhos vivos da cadela chamada Baleia, que também é Palavra. Graciliano disse que a palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.

“... do seu lugar na trajetória do autor,...” O pronome possessivo, dentro da oração, é classificado como:

Alternativas
Comentários
  • Gab: A

    do seu lugar na trajetória do autor

    R= pronome possessivo adjetivo com função de adjunto adnominal.

    Sabendo o que é Adjunto adnominal, pronomes substantivo e adjetivo dava para responder a questão.

    Adjunto adnominal vem junto de substantivo e quase sempre assumem o papel de artigo, adjetivo e pronome.

    Os Pronomes Adjetivos acompanham, determinam ou vão modificar um substantivo.

    Os Pronomes Substantivos substituem um substantivo.

    Ex: Meu carro é verde, porém o seu é amarelo.

    Meu=Pronome adjetivo. Tem função de adjunto adnominal.

    Seu=Pronome substantivo.

  • GABARITO: LETRA A

    do seu lugar na trajetória do autor

    ===> temos um pronome possessivo adjetivo (acompanha um substantivo ===> lugar);

    ===> os pronomes possessivos substantivos são aqueles que substituem o substantivo: A comida dele estava velha, já a minha estava fresquinha. (substitui o substantivo comida, logo pronome possessivo substantivo).

    ===> o pronome está junto ao substantivo (lugar), sendo, dessa forma, um pronome substantivo.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Pronome Substantivo - tem função nuclear

    Ex: EU farei a colocação.

    Pronome Adjetivo - Tem função periférica

    Ex: MEU aluno entrou no facebook.

  • >>>>>>>>>>>>>>>>>>>pronome adjetivo e desempenha a função sintática de adjunto adnominal;

    " falar de Vidas Secas ">>>>>"do seu lugar na trajetória do autor"

    GABARITO: A

  • Definição:

    Pronome adjetivo - Está ao lado de um substantivo

    Na sintaxe exercem função de Adjunto adnominal.

    Pronome substantivo - Substitui um substantivo


ID
3119815
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-PA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”. 

O pronome possessivo em – “meu Pará” – atribui ao termo Pará a ideia de que se trata de um lugar

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele.

    ? Temos um pronome possessivo que, no contexto, expressa um valor de afeição, de admiração pelo autor, resumido na palavra "estimado". 

    A) desdenhado pelo autor. ? incorreto, traz um valor que o autor não demonstra consideração, desconsidera.

    B) subjugado pelo autor ? incorreto, "subjugado" traz um valor de algo dominado, submetido; não é esse o sentido que o autor quer passar.

    C) estimado pelo autor.

    D) adquirido pelo autor. ? incorreto, não é algo que o autor tomou para si, mas traz um valor sentimental.

    E) abandonado pelo autor.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! Estuda o passado se queres prognosticar o futuro.

  •  Assertiva C

    meu Pará” – atribui ao termo Pará a ideia de que se trata de um lugar

    Nas palavras do autor demostra" Sentido de carinho "

  • Gabarito C

    Significado de estimado: que goza de estima ('afeição', 'admiração').

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • GABARITO= C

    MEU ESTIMADO PARÁ.

    MEU ESTIMADO CARRO (ESTIMADO ALGO VALORADO, IMPORTANTE)

    AVANTE GUERREIROS.


ID
3124969
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Campinas - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Redes antissociais


      Para além do hábito, as redes sociais se transformaram em paixão. Toda paixão nos torna cegos, incapazes de ver o que nos cerca com bom senso, para não dizer lógica e racionalidade. Nesse momento de nossa experiência com as redes sociais, convém prestar atenção no seu caráter antissocial e psicopatológico. Ele é cada vez mais evidente.

      O que estava escondido, aquilo que ficava oculto nas microrrelações, no âmbito das casas e das famílias, digamos que a neurose particular de cada um, tornou-se público. O termo neurose tem um caráter genérico e serve para apontar algum sofrimento psíquico. Há níveis de sofrimento e suportabilidade por parte das pessoas. Buscar apoio psicológico para amenizar neuroses faz parte do histórico de todas as linhagens da medicina ao longo do tempo. Ela encontra nas redes sociais o seu lugar, pois toda neurose é um distúrbio que envolve algum aspecto relacional. As nossas neuroses têm, inevitavelmente, relação com o que somos em relação a outros. Assim como é o outro que nos perturba na neurose, é também ele que pode nos curar. Contudo, há muita neurose não tratada e ela também procura seu lugar.

      A rede social poderia ter se tornado um lugar terapêutico para acolher as neuroses? Nesse sentido, poderia ser um lugar de apoio, um lugar que trouxesse alento e desenvolvimento emocional? Nas redes sociais, trata-se de convívios em grupo. Poderíamos pensar nelas no sentido potencial de terapias de grupo que fizessem bem a quem delas participa; no entanto, as redes sociais parecem mais favorecer uma espécie de “enlouquecimento coletivo”. Nesse sentido, o caráter antissocial das redes precisa ser analisado.

                                                                                                            (Cult, junho de 2019) 

Assinale a alternativa em que o primeiro pronome destacado tem um referente posposto a ele, e o segundo expressa sentido genérico.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Ela encontra nas redes sociais o seu lugar... (2° parágrafo) / ... e serve para apontar algum sofrimento psíquico. (2° parágrafo)

    Ela encontra nas redes sociais o seu lugar, pois toda neurose é um distúrbio que envolve algum aspecto relacional. ? O pronome pessoal do caso reto "ela" refere-se a um termo que vem posposto (após), neurose.

    ? "algum" sofrimento (temos um pronome indefinido, atribui um caráter genérico ao substantivo sentimento).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Pq não poderia ser a letra E?

  • Giovanna,

    "Contudo, há muita neurose não tratada e ela (a neurose) também procura seu lugar."

    O referente do pronome está anteposto, por isso que a letra E fica descartada.

  • Toda paixão nos torna cegos... (1º parágrafo) 

    torna nos o que ? cego

    (nos ficamos cegos)

    referente posposto

  • Fica difícil com nada distanciado ...
  • Alguém mais achou que a questão foi mal elaborada? Perdi o tempo de 3 questões devido a ordem e ainda não cheguei a lugar algum, escolhi a A no chute..

    Ela encontra nas redes sociais o seu lugar... (2° parágrafo) / ... e serve para apontar algum sofrimento psíquico. 

    No texto aparece na ordem invertida ou seja a segunda parte aparece primeiro e depois falam de posposto. Posposto na questão ou posposto no texto?

  • Para ir direto às palavra aperte ctrl + f, copie a frase, depois cole.


ID
3126148
Banca
Marinha
Órgão
EFOMM
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Como Dizia Meu Pai


      Já se tornou hábito meu, em meio a uma conversa, preceder algum comentário por uma introdução:

      — Como dizia meu pai...

      Nem sempre me reporto a algo que ele realmente dizia, sendo apenas uma maneira coloquial de dar ênfase a alguma opinião.

      De uns tempos para cá, porém, comecei a perceber que a opinião, sem ser de caso pensado, parece de fato corresponder a alguma coisa que Seu Domingos costumava dizer. Isso significará talvez — Deus queira — que insensivelmente vou me tomando com o correr dos anos cada vez mais parecido com ele. Ou, pelo menos, me identificando com a herança espiritual que dele recebi.

      Não raro me surpreendo, antes de agir, tentando descobrir como ele agiria em semelhantes circunstâncias, repetindo uma atitude sua, até mesmo esboçando um gesto seu. Ao formular uma ideia, percebo que estou concebendo, para nortear meu pensamento, um princípio que, se não foi enunciado por ele, só pode ter sido inspirado por sua presença dentro de mim.

      — No fim tudo dá certo...

      Ainda ontem eu tranquilizava um de meus filhos com esta frase, sem reparar que repetia literalmente o que ele costumava dizer, sempre concluindo com olhar travesso:

      — Se não deu certo, é porque ainda não chegou no fim.

      Gosto de evocar a figura mansa de Seu Domingos, a quem chamávamos paizinho, a subir pausadamente a escada da varanda de nossa casa, todos os dias, ao cair da tarde, egresso do escritório situado no porão. Ou depois do jantar, sentado com minha mãe no sofá de palhinha da varanda, como namorados, trocando notícias do dia. Os filhos guardavam zelosa distância, até que ela ia aos seus afazeres e ele se punha à disposição de cada um, para ouvir nossos problemas e ajudar a resolvê-los. Finda a última audiência, passava a mão no chapéu e na bengala e saía para uma volta, um encontro eventual com algum amigo. Regressava religiosamente uma hora depois, e tendo descido a pé até o centro, subia sempre de bonde. Se acaso ainda estávamos acordados, podíamos contar com o saquinho de balas que o paizinho nunca deixava de trazer.

      Costumava se distrair realizando pequenos consertos domésticos: uma boia de descarga, a bucha de uma torneira, um fusível queimado. Dispunha para isso da necessária habilidade e de uma preciosa caixa de ferramentas em que ninguém mais podia tocar. Aprendi com ele como é indispensável, para a boa ordem da casa, ter à mão pelo menos um alicate e uma chave de fenda. Durante algum tempo andou às voltas com o velho relógio de parede que fora de seu pai, hoje me pertence e amanhã será de meu filho: estava atrasando. Depois de remexer durante vários dias em suas entranhas, deu por findo o trabalho, embora ao remontá-lo houvessem sobrado umas pecinhas, que alegou não fazerem falta. O relógio passou a funcionar sem atrasos, e as batidas a soar em horas desencontradas. Como, aliás, acontece até hoje.

      Tinha por hábito emitir um pequeno sopro de assovio, que tanto podia ser indício de paz de espírito como do esforço para controlar a perturbação diante de algum aborrecimento.

      — As coisas são como são e não como deviam ser. Ou como gostaríamos que fossem.

      Este pronunciamento se fazia ouvir em geral quando diante de uma fatalidade a que não se poderia fugir. Queria dizer que devemos nos conformar com o fato de nossa vontade não poder prevalecer sobre a vontade de Deus - embora jamais fosse assim eloquente em suas conclusões. Estas quase sempre eram, mesmo, eivadas de certo ceticismo preventivo ante as esperanças vãs:

      — O que não tem solução, solucionado está.

      E tudo que acontece é bom — talvez não chegasse ao cúmulo do otimismo de afirmar isso, como seu filho Gerson, mas não vacilava em sustentar que toda mudança é para melhor: se mudou, é porque não estava dando certo. E se quiser que mude, não podendo fazer nada para isso, espere, que mudará por si.

      [...] 

      Tudo isso que de uns tempos para cá me vem ocorrendo, às vezes inconscientemente, como legado de meu pai, teve seu coroamento há poucos dias, quando eu ia caminhando distraído pela praia. Revirava na cabeça, não sei a que propósito, uma frase ouvida desde a infância e que fazia parte de sua filosofia: não se deve aumentar a aflição dos aflitos. Esta máxima me conduziu a outra, enunciada por Carlos Drummond de Andrade no filme que fiz sobre ele, a qual certamente Seu Domingos perfilharia: não devemos exigir das pessoas mais do que elas podem dar. De repente fui fulminado por uma verdade tão absoluta que tive de parar, completamente zonzo, fechando os olhos para entender melhor. No entanto era uma verdade evangélica, de clareza cintilante como um raio de sol, cheguei a fazer uma vênia de gratidão a Seu Domingos por me havê-la enviado:

      — Só há um meio de resolver qualquer problema nosso: é resolver primeiro o do outro.

      Com o tempo, a cidade foi tomando conhecimento do seu bom senso, da experiência adquirida ao longo de uma vida sem maiores ambições: Seu Domingos, além de representante de umas firmas inglesas, era procurador de partes — solene designação para uma atividade que hoje talvez fosse referida como a de um despachante. A princípio os amigos, conhecidos, e depois até desconhecidos passaram a procurá-lo para ouvir um conselho ou receber dele uma orientação. Era de se ver a romaria no seu escritório todas as manhãs: um funcionário que dera desfalque, uma mulher abandonada pelo marido, um pai agoniado com problemas do filho — era gente assim que vinha buscar com ele alívio para a sua dúvida, o seu medo, a sua aflição. O próprio Governador, que não o conhecia pessoalmente, certa vez o consultou através de um secretário, sobre questão administrativa que o atormentava. Não se falando nos filhos: mesmo depois de ter saído de casa, mais de uma vez tomei trem ou avião e fui colher uma palavra sua que hoje tanta falta me faz.

      Resta apenas evocá-la, como faço agora, para me servir de consolo nas horas más. No momento, ele próprio está aqui a meu lado, com o seu sorriso bom.

SABINO, Fernando. A volta por cima. In: Obra Reunida v. III. Rio de Janeiro: Ed. Nova Aguilar, 1996. (Texto adaptado)

Assinale a opção em que a palavra sublinhada pertence a uma categoria diferente dos demais pronomes.

Alternativas
Comentários
  • gente ajuda ai kk

  • ''Seu Domingos'' = pronome de tratamento

    Os demais = pronomes possessivos

  • GABARITO: LETRA A

    ? ?Gosto de evocar a figura mansa de Seu Domingos, a quem chamávamos paizinho [...].? ? temos um pronome de tratamento (=equivale a "senhor"); as demais alternativas são pronomes possessivos.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • esse "seu" empregado do texto e conhecido por alguns gramáticos como "corruptela de senhor"

  • Nas demais alternativas temos pronomes possessivos, na alternativa a) temos um pronome de tratamento.

  • alternativa A é unica que apresenta um pronome de tratamento em que o "SEU" equivale a senhor, muito usado de forma informal, está bem explicado na gramática do cegalla

  • Achei que tinha alguma pegadinha na questão rsrsrs

  • Letra A

    “Gosto de evocar a figura mansa de Seu Domingos, a quem chamávamos paizinho [...].” (9°§)

    Esse pronome Seu funciona como sendo um pronome de tratamento, Pode perceber se você substituir por Senhor Domingos que vai manter o mesmo sentido

  • Letra A retoma a um pronome de tratamento, já o restante retoma o pronome possessivo!

  • muito boa essa questão. matutei um pouco antes de entender