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Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2020 - Câmara de Patrocínio - MG - Advogado


ID
3412612
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


                                     Para o futuro chegar mais rápido

É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos rankings globais de participação feminina na política. Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado nas últimas eleições. [...]

Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se celebrar.

Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho.

Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.

Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em transição, menina. Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.

Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes na mudança em direção a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você está entre aqueles para quem o termo menina denota condescendência, permita-me contar o que elas andam aprontando.

Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela, que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense, queria fazer um evento para algumas dezenas de meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da Globosat devem ter ficado embasbacados – como ficam os adultos que ainda não entenderam do que elas são capazes – quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde que envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das maiores jornalistas esportivas do país.

Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington. Contando com uma rede enorme – elas aprendem cedo o poder das redes – Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78 estudantes selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência da Câmara.

Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy, e essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.

A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up, a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000 habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas públicas da região. Uma delas – a escola onde a Marina estudou – fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o estudo do inglês.

A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma delas vive em um dos metros quadrados mais caros do país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google: elas não estão sozinhas.

Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.

É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_ 082487.html > . Acesso em: 14 out. 2019.

O objetivo principal desse texto é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Segundo o texto: Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão ? a maldição ? é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados ? perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA ?, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando ? de boneca ou de carrinho. Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • A última linha do texto resume a intenção do texto: "Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero".

    Gabarito, letra B.

  • Texto chato do cão

  • Gabarito B

    Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.


ID
3412615
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


                                     Para o futuro chegar mais rápido

É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos rankings globais de participação feminina na política. Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado nas últimas eleições. [...]

Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se celebrar.

Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho.

Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.

Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em transição, menina. Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.

Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes na mudança em direção a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você está entre aqueles para quem o termo menina denota condescendência, permita-me contar o que elas andam aprontando.

Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela, que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense, queria fazer um evento para algumas dezenas de meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da Globosat devem ter ficado embasbacados – como ficam os adultos que ainda não entenderam do que elas são capazes – quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde que envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das maiores jornalistas esportivas do país.

Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington. Contando com uma rede enorme – elas aprendem cedo o poder das redes – Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78 estudantes selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência da Câmara.

Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy, e essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.

A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up, a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000 habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas públicas da região. Uma delas – a escola onde a Marina estudou – fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o estudo do inglês.

A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma delas vive em um dos metros quadrados mais caros do país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google: elas não estão sozinhas.

Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.

É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_ 082487.html > . Acesso em: 14 out. 2019.

Assinale a alternativa que apresenta, entre parênteses, comentário incorreto acerca da opinião apresentada pela autora.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.

    ? O fato de "atualizar o navegador" refere-se a uma nova menina que está conseguindo se destacar em toda a multidão.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!


ID
3412618
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


                                     Para o futuro chegar mais rápido

É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos rankings globais de participação feminina na política. Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado nas últimas eleições. [...]

Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se celebrar.

Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho.

Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.

Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em transição, menina. Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.

Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes na mudança em direção a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você está entre aqueles para quem o termo menina denota condescendência, permita-me contar o que elas andam aprontando.

Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela, que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense, queria fazer um evento para algumas dezenas de meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da Globosat devem ter ficado embasbacados – como ficam os adultos que ainda não entenderam do que elas são capazes – quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde que envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das maiores jornalistas esportivas do país.

Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington. Contando com uma rede enorme – elas aprendem cedo o poder das redes – Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78 estudantes selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência da Câmara.

Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy, e essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.

A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up, a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000 habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas públicas da região. Uma delas – a escola onde a Marina estudou – fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o estudo do inglês.

A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma delas vive em um dos metros quadrados mais caros do país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google: elas não estão sozinhas.

Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.

É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_ 082487.html > . Acesso em: 14 out. 2019.

Assinale a alternativa em que a autora defende a liberdade e a igualdade de escolha para as meninas.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão ? a maldição ? é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados ? perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA ?, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando ? de boneca ou de carrinho

    ? Observa-se a defesa da liberdade de escolha das meninas, tanto que a autora mostra que deveriam estar brincando de boneca ou carrinho (=ou seja, possuem liberdade total de escolha).

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho

    A“[...] de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho.”

  • B) “O Brasil, quarto no ranking mundial de casamentos infantis, aprovou em março deste ano lei que proíbe o casamento de menores de 16 anos em qualquer circunstância.” ERRADO

    Esta passagem não está presente no texto acima, apenas no artigo original. Pegadinha.

    https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_082487.html

  • Respondi justamente por essa pegadinha ai que não existe .

  • Pergunta confusa!!


ID
3412621
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


                                     Para o futuro chegar mais rápido

É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos rankings globais de participação feminina na política. Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado nas últimas eleições. [...]

Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se celebrar.

Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho.

Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.

Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em transição, menina. Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.

Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes na mudança em direção a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você está entre aqueles para quem o termo menina denota condescendência, permita-me contar o que elas andam aprontando.

Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela, que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense, queria fazer um evento para algumas dezenas de meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da Globosat devem ter ficado embasbacados – como ficam os adultos que ainda não entenderam do que elas são capazes – quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde que envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das maiores jornalistas esportivas do país.

Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington. Contando com uma rede enorme – elas aprendem cedo o poder das redes – Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78 estudantes selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência da Câmara.

Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy, e essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.

A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up, a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000 habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas públicas da região. Uma delas – a escola onde a Marina estudou – fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o estudo do inglês.

A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma delas vive em um dos metros quadrados mais caros do país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google: elas não estão sozinhas.

Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.

É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_ 082487.html > . Acesso em: 14 out. 2019.

Assinale a alternativa cujo pronome em destaque incluiu no discurso da autora as quatro meninas apresentadas no texto.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós

    ? Refere-se às quatro garotas que são apresentadas anteriormente.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.

    A

    “[...] todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.”


ID
3412624
Banca
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Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


                                     Para o futuro chegar mais rápido

É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos rankings globais de participação feminina na política. Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado nas últimas eleições. [...]

Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se celebrar.

Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho.

Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.

Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em transição, menina. Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.

Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes na mudança em direção a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você está entre aqueles para quem o termo menina denota condescendência, permita-me contar o que elas andam aprontando.

Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela, que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense, queria fazer um evento para algumas dezenas de meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da Globosat devem ter ficado embasbacados – como ficam os adultos que ainda não entenderam do que elas são capazes – quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde que envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das maiores jornalistas esportivas do país.

Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington. Contando com uma rede enorme – elas aprendem cedo o poder das redes – Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78 estudantes selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência da Câmara.

Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy, e essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.

A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up, a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000 habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas públicas da região. Uma delas – a escola onde a Marina estudou – fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o estudo do inglês.

A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma delas vive em um dos metros quadrados mais caros do país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google: elas não estão sozinhas.

Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.

É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_ 082487.html > . Acesso em: 14 out. 2019.

A autora lança mão de um recurso recorrente nesse texto, que é apresentar o tema após discorrer sobre ele.


Assinale a alternativa em que esse recurso não foi utilizado.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.? (=aqui a autora faz o contrário do proposto na questão, ela apresenta o tema e somente depois discorre sobre ele).

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • A autora "lança mão" de um recurso recorrente nesse texto, que é apresentar o tema após discorrer sobre ele.

    Dispensa

  • lançar mão: Fazer uso de; utilizar. Fonte: Dicionário informal

  • Cuidado, Ewerton Generoso! Essa explicação p o termo está equivocada.


ID
3412627
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


                                     Para o futuro chegar mais rápido

É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos rankings globais de participação feminina na política. Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado nas últimas eleições. [...]

Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se celebrar.

Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho.

Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.

Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em transição, menina. Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.

Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes na mudança em direção a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você está entre aqueles para quem o termo menina denota condescendência, permita-me contar o que elas andam aprontando.

Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela, que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense, queria fazer um evento para algumas dezenas de meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da Globosat devem ter ficado embasbacados – como ficam os adultos que ainda não entenderam do que elas são capazes – quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde que envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das maiores jornalistas esportivas do país.

Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington. Contando com uma rede enorme – elas aprendem cedo o poder das redes – Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78 estudantes selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência da Câmara.

Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy, e essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.

A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up, a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000 habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas públicas da região. Uma delas – a escola onde a Marina estudou – fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o estudo do inglês.

A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma delas vive em um dos metros quadrados mais caros do país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google: elas não estão sozinhas.

Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.

É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_ 082487.html > . Acesso em: 14 out. 2019.

Assinale a alternativa que apresenta a palavra que não substitui corretamente os dois pontos utilizados no período a seguir.


Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci.

    → Somente a letra "d" não apresenta um valor de causa como as outras alternativas, "à medida que" (=locução conjuntiva proporcional, logo, é a nossa resposta).

    Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci.

  • Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião pois foi tudo que ofereci.

    Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião já que foi tudo que ofereci.

    Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião uma vez que foi tudo que ofereci.

    Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião à medida que foi tudo que ofereci.

    NENHUMA das palavras substitui corretamente os dois pontos. Questão errada, banca incompetente. Deviam ser proibidos de aplicar concurso público.

  • Questão muito mal formulada. Não falou se era pra considerar ou não a alteração semântica. Além disso, as substituições geram necessidade de alterações gramaticais quanto ao uso da pontuação. Questão passível de anulação.

  • Pois, já que e uma vez que - são todas conjunções subordinativas adverbiais CAUSAIS.

    À medida que - é uma conjunção subordinativa adverbial PROPORCIONAL.

    Os dois pontos podem ser utilizados para esclarecer algo, nesse caso, o motivo, a causa de ter apenas oferecido meia hora de Skype.


ID
3412630
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


                                     Para o futuro chegar mais rápido

É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos rankings globais de participação feminina na política. Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado nas últimas eleições. [...]

Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se celebrar.

Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho.

Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.

Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em transição, menina. Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.

Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes na mudança em direção a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você está entre aqueles para quem o termo menina denota condescendência, permita-me contar o que elas andam aprontando.

Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela, que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense, queria fazer um evento para algumas dezenas de meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da Globosat devem ter ficado embasbacados – como ficam os adultos que ainda não entenderam do que elas são capazes – quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde que envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das maiores jornalistas esportivas do país.

Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington. Contando com uma rede enorme – elas aprendem cedo o poder das redes – Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78 estudantes selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência da Câmara.

Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy, e essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.

A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up, a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000 habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas públicas da região. Uma delas – a escola onde a Marina estudou – fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o estudo do inglês.

A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma delas vive em um dos metros quadrados mais caros do país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google: elas não estão sozinhas.

Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.

É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_ 082487.html > . Acesso em: 14 out. 2019.

Assinale a alternativa em que não foi utilizada expressão metafórica.

Alternativas
Comentários
  • GAB: B.

    OBS: Metáfora: trata-se de um tipo de comparação subentendida, SEM utilizar conjunções comparativas.

  • Não consigo concordar com o gabarito.

    O comando da questão pede que assinalemos a alternativa na qual NÃO foi utilizada metáfora... o gabarito apontado (letra B) é a unica alternativa que emprega metáfora, justamente o oposto do comando da questão, veja: “É verdade: 15% de mulheres no Congresso é (como) uma cifra constrangedora [...]”

    Lembrando que metáfora é uma comparação implícita.

  • Gabarito: Letra B

    Obs: Questão passível de anulação. Ao meu ver, a única alternativa que apresenta metáfora é a letra "B", ou seja, justamente o oposto do que foi pedido pelo enunciado.

  • Sentido METAFÓRICO/ expressão METAFÓRICA é diferente de METÁFORA,se refere a qualquer figura de linguagem.

    A questão pedia a que não tinha figura de linguagem.

  • A questão B não trata-se de uma metáfora, pois "cifra constrangedora" se refere aos 15%, não as mulheres.

  •  “É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora [...]”

    Cifra significa "montante, total, valor de uma coisa". Portanto, não há sentido figurado, ou seja, não há metáfora na oração.

  • Qual a expressão metafórica das outras alternativas?

  • Minha contribuição para esta questão:

    O comando da questão queria a alternativa que Não foi usada expressão metafórica (expressão com sentido figurado)

    A) “Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up [...]”

    O termo em negrito está com sentido figurado. Ora, ninguém enfia uma ideia na cabeça. Ela tinha a intenção de ir.

    B) “É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora [...]”

    Correta. Não há sentido conotativo (figurado). Cifra é sinônimo de quantidade, montante, total.

    C) “[...] todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora [...]”

    O potencial que não estava sendo utilizado, foi introduzido o sentido figurado (enterrado)

    D) “Mas há uma nova força entrando no tabuleiro.”

    Remete a entrada no grupo. (foi utilizado sentido figurado)

    Bons estudos!

    Que Deus os abençoe!

  • Não entendi nada da discordância dos colegas, parece uma questão fácil. Isso me assusta, pois pode ser que eu tenha estudado menos.

  • ACRESCENTANDO:

    Aliteração ⇝ Repetição de consoantes.

    Anacoluto ⇝ É a mudança repentina na estrutura da frase.

    Anáfora ⇝ Repetição de palavras em vários períodos ou orações.

    Antítese ⇝ Ideias contrárias. Aproximação sentidos opostos, com a função expressiva de

    enfatizar contrastes, diferenças.

    Antonomásia ⇝ Consiste em designar uma pessoa ou lugar por um atributo pelo qual é

    conhecido.

    Apóstrofe ⇝ Consiste no uso do vocativo com função emotiva.

    Assíndeto ⇝ A omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.

    Assonância ⇝ Repetição de encontro vocálicos.

    Catacrese ⇝ Desdobramento da Metáfora. Emprega um termo figurado como nome de certo

    objeto, pela ausência de termo específico.

    Comparação ⇝ Compara duas ou mais coisas.

    Conotação ⇝ Sentido figurado.

    Denotação ⇝ Sentido de dicionário.

    Elipse ⇝ Omissão.

    Eufemismo ⇝ Emprego de uma expressão mais leve.

    Gradação/ Clímax ⇝ Sequência de ideias. Crescentes ou decrescente.

    Hipérbato ⇝ Inversão sintática.

    Hipérbole ⇝ Exagero em uma ideia/sentença.

    Ironia ⇝ Afirmação ao contrário.

    Lítotes ⇝ Consiste em dizer algo por meio de sua negação.

    Metáfora ⇝ Palavras usadas não em seu sentido original, mas no sentido figurado.

    Metonímia ⇝ Substituição por aproximação.

    Neologismo ⇝ Criação de novas palavras.

    Onomatopeias ⇝ Representação gráfica de ruídos ou sons.

    Paradoxo ⇝ Elementos que se fundem e ao mesmo tempo se excluem.

    Paralelismo ⇝ Repetição de palavras ou estruturas sintáticas que se correspondem quanto ao

    sentido.

    Paronomásia ⇝ Palavras com sons parecidos.

    Perífrase ou circunlóquio ⇝ Substituição de uma ou mais palavras por outra expressão.

    Personificação/ Prosopopeia ⇝ Atribuição de sentimentos e ações próprias dos seres

    humanos a seres irracionais.

    Pleonasmo ⇝ Reforço de ideia.

    Polissíndeto ⇝ O uso repetido de conectivos.

    Silepse ⇝ Concordância da ideia e não do termo utilizado na frase e possui alguns tipos. Pode

    discordar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (sujeito na

    terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural.

    Símile ⇝ É semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos.

    Aproximação por semelhança.

    Sinédoque ⇝ Substituição do todo pela parte.

    Sinestesia ⇝ Quando há expressão de sensações percebidas por diferentes sentidos. Uma sensação visual que evoca um som, uma sensação auditiva que evoca uma sensação tátil, uma sensação olfativa que evoca um sabor, etc.

    Zeugma ⇝ Omissão de uma palavra que já foi usada antes.

    FONTE: RITA SILVA

  • letra b

    cifra: Cada um dos caracteres que representam os números; Montante, total, valor de uma coisa.

    https://www.dicio.com.br/cifra/

    --> a cifra da frase, refere-se à percentagem (15%).

  • A banca utiliza o conceito de metáfora como "uma analogia, sem palavra explícita que exprima a comparação."

    a) "enfiou na cabeça" - analogia para teimosia ou pensamento fixo desordenado por uma paixão, no caso, a paixão político-ideológica.

    b) "cifra" - entendido não no sentido analógico,mas literal, de soma total, montante.

    c) "esteve enterrado" - analogia para potencial não utilizado, ou seja, escondido, enterrado no solo

    d) "tabuleiro" - analogia para o equilíbrio de forças do "jogo" hierárquico, sobretudo ideológico-político.

  • "É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora" 

    Esse 'é' não caracteriza a metáfora dando uma ideia de comparação implícita ?


ID
3412633
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


                                     Para o futuro chegar mais rápido

É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos rankings globais de participação feminina na política. Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado nas últimas eleições. [...]

Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se celebrar.

Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho.

Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.

Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em transição, menina. Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.

Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes na mudança em direção a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você está entre aqueles para quem o termo menina denota condescendência, permita-me contar o que elas andam aprontando.

Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela, que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense, queria fazer um evento para algumas dezenas de meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da Globosat devem ter ficado embasbacados – como ficam os adultos que ainda não entenderam do que elas são capazes – quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde que envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das maiores jornalistas esportivas do país.

Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington. Contando com uma rede enorme – elas aprendem cedo o poder das redes – Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78 estudantes selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência da Câmara.

Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy, e essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.

A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up, a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000 habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas públicas da região. Uma delas – a escola onde a Marina estudou – fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o estudo do inglês.

A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma delas vive em um dos metros quadrados mais caros do país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google: elas não estão sozinhas.

Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.

É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_ 082487.html > . Acesso em: 14 out. 2019.

Considerando as regras de pontuação das orações adjetivas, assinale a alternativa que apresenta, entre parênteses, comentário correto a respeito do sentido produzido pelo uso da vírgula.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy [...]? (O não uso da vírgula antes do pronome ?que? indica que há outros clubes além do clube fundado por ela.)

    ? Temos uma oração subordinada adjetiva restritiva (=ela restringe acerca de qual clube vem sendo falado, mostra que existem outros clubes, mas se fala, especificamente, do clube fundado por ela).

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • discordo do gabarito! questão muito mal elaborada, pois não cita que deve existir outra vírgula logo após "cidade" .
  • ---------- EXPLICATIVA= C/ VÍRGULA

    ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA

    ----------RESTRINTIVA= S/VÍRGULA

    Eu recomendo fazer uma leitura no texto na íntegra pois coma interpretação fica muito mais fácil de acertar a questão.

    #ATÉAPOSSE

  • Facilitando o seu entendimento..

    Restritivas: cumprem o papel de restringir, individualizar o sentido do termo antecedente. Observemos os exemplos:

    O aluno que obteve nota máxima na produção textual será premiado. 

    Há de se constatar que o termo que se encontra em negrito individualiza, particulariza, restringe o termo antecedente, anterior, no caso, o aluno. Assim, trocando em “miúdos”, trata-se somente daquele aluno que obteve a conquista em referência (nota máxima).

    Explicativas:

    realçarem um detalhe, ampliarem dados, conferirem informações adicionais acerca do termo anterior, o qual já se encontra suficientemente demarcado. Acerca delas, constatemos um caso representativo:

    Rio de Janeiro, que é considerada a cidade maravilhosa, recebe uma diversidade de turistas durante todo o ano.

    O termo, desta vez, encontra-se demarcado entre vírgulas e traz uma informação, um detalhe a mais acerca da cidade em referência. Sem nenhuma dúvida, essa informação faz parte das inferências, do conhecimento do interlocutor. 

    Indo nas assertivas:

    A) O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy [...]”

    É somente um dos clubes , porque está restringindo, mas pode haver outros..

    b) [...] essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.”

    O termo explicativo traz uma noção de particularidade ou seja não traz a deia de outras pessoas.

    C) “Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar junto à matriz americana do Girl Up a viagem a São João Evangelista [...]”

    Aqui há uma ideia que um dentre outros requisitos foi preenchido..

    D) Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington.”

    Pelo contrário! há uma noção de continuidade...todos os anos..

    Equívocos? Mande Msg!

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Que questão mal elaborada.

ID
3412636
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


                                     Para o futuro chegar mais rápido

É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos rankings globais de participação feminina na política. Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado nas últimas eleições. [...]

Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se celebrar.

Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho.

Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.

Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em transição, menina. Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.

Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes na mudança em direção a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você está entre aqueles para quem o termo menina denota condescendência, permita-me contar o que elas andam aprontando.

Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela, que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense, queria fazer um evento para algumas dezenas de meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da Globosat devem ter ficado embasbacados – como ficam os adultos que ainda não entenderam do que elas são capazes – quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde que envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das maiores jornalistas esportivas do país.

Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington. Contando com uma rede enorme – elas aprendem cedo o poder das redes – Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78 estudantes selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência da Câmara.

Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy, e essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.

A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up, a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000 habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas públicas da região. Uma delas – a escola onde a Marina estudou – fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o estudo do inglês.

A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma delas vive em um dos metros quadrados mais caros do país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google: elas não estão sozinhas.

Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.

É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_ 082487.html > . Acesso em: 14 out. 2019.

Releia este trecho.


“Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar.”


Assinale a alternativa que apresenta explicação correta sobre esse trecho.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar.?

    ? Primeiro Bruna fez o agendamento e depois ela avisou a autora que havia feito esse agendamento, isso ocorreu antes de o texto ser produzido.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!


ID
3412639
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


                                     Para o futuro chegar mais rápido

É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos rankings globais de participação feminina na política. Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado nas últimas eleições. [...]

Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se celebrar.

Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho.

Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.

Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em transição, menina. Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.

Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes na mudança em direção a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você está entre aqueles para quem o termo menina denota condescendência, permita-me contar o que elas andam aprontando.

Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela, que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense, queria fazer um evento para algumas dezenas de meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da Globosat devem ter ficado embasbacados – como ficam os adultos que ainda não entenderam do que elas são capazes – quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde que envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das maiores jornalistas esportivas do país.

Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington. Contando com uma rede enorme – elas aprendem cedo o poder das redes – Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78 estudantes selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência da Câmara.

Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy, e essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.

A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up, a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000 habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas públicas da região. Uma delas – a escola onde a Marina estudou – fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o estudo do inglês.

A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma delas vive em um dos metros quadrados mais caros do país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google: elas não estão sozinhas.

Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.

É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_ 082487.html > . Acesso em: 14 out. 2019.

Assinale a alternativa em que o uso da crase ocorreu em decorrência de regência de palavra de classe gramatical diferente das demais.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Em todos itens temos a regência decorrente de um verbo, na letra "d" foi devido a um nome (=?[...] de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação [...] ? acesso a algo, preposição "a" + artigo definido "a" que acompanha o substantivo feminino "educação"= crase).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Gab D

    Acesso é um substantivo e não um verbo

    as outras alternativas tratam de regencia verbal, a letra D usou uma com regencia nominal.

  • Fui seco na A achando que se tratava de crase facultativa antes de pronome possessivo.

    Ai quebrei a cara ao voltar no enunciado:

    ...o uso da crase ocorreu em decorrência de regência de palavra...

  • não entendi, no presente do indictivo eu tenho o seguinte: " eu acesso", porque acesso ai é um substantivo?

  • GABARITO: LETRA D

    COMPLEMENTANDO:

    Principais casos em que não ocorre a crase:

    * Antes de palavra masculina

    * Em locução feminina que indique instrumento (ex: Ela escreveu o texto a caneta)

    * Antes de verbo

    * Entre palavras repetidas que formem uma expressão (ex: cara a cara)

    * Antes de artigo indefinido

    * Quando o A estiver no singular e a palavra posterior estiver no plural

    * Antes dos seguintes pronomes: 

       a) De tratamento (exceções: senhora, senhorita, dona e madame)

       b) Relativos (exceção: à qual, às quais)

       c) Indefinidos (exceção: outra(as))

       d) Demonstrativos (exceções: àquele, àquela, àquilo)

       e) Pessoais

    FONTE: QC

  • O enunciado fez menção genérica à regência, de modo que se deve considerar a verbal (que ocorre em verbos) e a nominal (que ocorre com nomes).

    a) “[...] quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde [...]”

    Há regência verbal. O verbo "sentar-se" rege preposição "a" e demanda um complemento verbal indireto (este determinado). Com isso, há terreno propício para a crase;

    b) “Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar à matriz americana do Girl Up a viagem a São João Evangelista [...]”

    Há regência verbal. O verbo "justificar-se" rege preposição "a" e demanda um complemento verbal indireto (este determinado). Com isso, há terreno propício para a crase;

    c) “Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos [...]”

    Há regência verbal. O verbo "justificar-se" rege preposição "a" e demanda um complemento verbal indireto (este determinado). Com isso, há terreno propício para a crase;

    d) “[...] de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação [...]”

    Há regência nominal, diferindo, portanto, das demais alternativas. O nome "acesso" rege preposição "a" e demanda um complemento (este determinado). Com isso, há terreno propício para a crase.

    Letra D

  • Marquei letra A rindo, achando que era crase facultativa a diferença para as outras. Levei uma rasteira do tamanho de um trem kkkkk

  • Já fui logo marcando a A...
  • quem responde agora não é mais professor???????

  • Só eu que tive dificuldade de interpretar o enunciado?

  • Arthur nos ajude!

  • Sinceramente não vi terreno fértil para a primeira frase ser regida por sentar, mas sim uma locução feminina à sua frente.

  • Essa foi difícil viu!!!!

    Errei, marquei a "A"

    depois que entendi que o enunciado está pedindo para diferenciar quais possuem regência verbal e quais possuem regência nominal.

    ..... nesse caso, a resposta certa possui regência nominal diferente das outras.

  • Acesso:

    Substantivo masculino

    Diferente das demais!!!!!

  • COMENTÁRIO DO PROFESSOR

    O enunciado fez menção genérica à regência, de modo que se deve considerar a verbal (que ocorre em verbos) e a nominal (que ocorre com nomes).

    a) “[...] quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde [...]”

    Há regência verbal. O verbo "sentar-se" rege preposição "a" e demanda um complemento verbal indireto (este determinado). Com isso, há terreno propício para a crase;

    b) “Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar à matriz americana do Girl Up a viagem a São João Evangelista [...]”

    Há regência verbal. O verbo "justificar-se" rege preposição "a" e demanda um complemento verbal indireto (este determinado). Com isso, há terreno propício para a crase;

    c) “Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos [...]”

    Há regência verbal. O verbo "justificar-se" rege preposição "a" e demanda um complemento verbal indireto (este determinado). Com isso, há terreno propício para a crase;

    d) “[...] de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação [...]”

    Há regência nominal, diferindo, portanto, das demais alternativas. O nome "acesso" rege preposição "a" e demanda um complemento (este determinado). Com isso, há terreno propício para a crase.

    Letra D

  • Assinale a alternativa em que o uso da crase ocorreu em decorrência de regência de palavra de classe gramatical diferente das demais.

    a,b e c são regidas por verbo.

    letra D é regida por nome.


ID
3412642
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


                                     Para o futuro chegar mais rápido

É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos rankings globais de participação feminina na política. Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado nas últimas eleições. [...]

Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se celebrar.

Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho.

Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.

Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em transição, menina. Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.

Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes na mudança em direção a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você está entre aqueles para quem o termo menina denota condescendência, permita-me contar o que elas andam aprontando.

Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela, que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense, queria fazer um evento para algumas dezenas de meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da Globosat devem ter ficado embasbacados – como ficam os adultos que ainda não entenderam do que elas são capazes – quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde que envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das maiores jornalistas esportivas do país.

Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington. Contando com uma rede enorme – elas aprendem cedo o poder das redes – Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78 estudantes selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência da Câmara.

Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy, e essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.

A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up, a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000 habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas públicas da região. Uma delas – a escola onde a Marina estudou – fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o estudo do inglês.

A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma delas vive em um dos metros quadrados mais caros do país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google: elas não estão sozinhas.

Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.

É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_ 082487.html > . Acesso em: 14 out. 2019.

Leia este trecho, analisando o uso do diminutivo em “garotinhas”.


“Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera.”


O uso do diminutivo produz efeito de sentido de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera.?

    ? O uso do diminutivo traz um valor de fragilidade, de afetividade em relação às garotas, mostrando que são seres indefesos e estão sendo usadas.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Fragilidade e afetividade são sinônimos agora? Banca estúpida.

  • Essa banca tem muitas questões mal formuladas.

  • Com todo respeito, não dá para enxergar relação de "afeto" dentro desse contexto.

  • Sem sentido, qualquer coisa menos afeto pois garotinhas poderia ser usada como um tom de ironia ou crítica pois quem costuma ficar em jogos de sedução (cine privê, pornografia, sexo ao vivo) costuma ser pessoas que não querem trabalhar arduamente pra ganhar o pão. Tudo menos garotinha.

  • Eu entendi esse "garotinhas" como sendo crianças mesmo, por isso afeto.

    A frase completa até pode ter um sentido de crítica, mas não pelo termo "garotinhas"

  • Quem marcou afeto está de parabéns!! última opção para marcar seria isso

  • Fiquei em dúvida entre a A e a D e a resposta era B.¬¬

  • Se você errou essa questão, parabéns, está no caminho correto. Vou fazer uma prova dessa banca em breve, já estou até vendo a desgraceira...

  • Fiquei na dúvida entra a A e D.... NADA A VER...

  • Tem nem nome para o que essa banca faz! E infelizmente irei fazer uma prova dela.


ID
3412645
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


                                     Para o futuro chegar mais rápido

É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos rankings globais de participação feminina na política. Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado nas últimas eleições. [...]

Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se celebrar.

Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho.

Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.

Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em transição, menina. Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.

Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes na mudança em direção a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você está entre aqueles para quem o termo menina denota condescendência, permita-me contar o que elas andam aprontando.

Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela, que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense, queria fazer um evento para algumas dezenas de meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da Globosat devem ter ficado embasbacados – como ficam os adultos que ainda não entenderam do que elas são capazes – quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde que envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das maiores jornalistas esportivas do país.

Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington. Contando com uma rede enorme – elas aprendem cedo o poder das redes – Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78 estudantes selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência da Câmara.

Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy, e essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.

A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up, a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000 habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas públicas da região. Uma delas – a escola onde a Marina estudou – fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o estudo do inglês.

A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma delas vive em um dos metros quadrados mais caros do país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google: elas não estão sozinhas.

Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.

É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_ 082487.html > . Acesso em: 14 out. 2019.

Assinale a alternativa que apresenta palavra entre parênteses que não substitui corretamente a palavra em destaque.

Alternativas
Comentários
  • Aliás, espartano não é sinônimo de perigoso nem aqui nem na china. É, quem lacra não lucra. Banca errou demais.

  • Uma rotina espartana = que tende a ser rigoroso e não perigoso como anuncia o gabarito.

    Compêndio é sim um resumo.

    Essa questão não está coerente.

  • Gabarito falho dessa banca, compêndio é sim sinônimo de resumo.

    Espartano, que tende a ser rigoroso/austero, diferente de perigoso.

  • Espartano: rigoroso/austero.

    Perigoso: arriscado/incerto.

    A alternativa pede que marque a "palavra entre parênteses que não substitui corretamente a palavra em destaque."

    Exatamente por espartano ser ter significado diferente de perigoso, não é possível a substituição.

    Gabarito correto. Letra D.

    Vamos que vamos, galerinha!


ID
3412648
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II


               Produção científica no Brasil: um salto no número de publicações


Além da participação de produtos inovadores e de alta tecnologia na matriz de exportações, outros dados, como a produção científica e o número de mestres, doutores e instituições de ensino, permitem avaliar a situação de um país em relação ao potencial de inovação.As publicações científicas e o número de estudantes, mestres e doutores são meios de avaliar o sistema acadêmico. Em franca evolução, a situação do Brasil nesses quesitos permite imaginar que existe uma base no país para, caso haja parceria com a indústria, deslanchar um período de inovação tecnológica.

Em 2008, 30.415 artigos e outros tipos de publicações científicas foram divulgados por brasileiros trabalhando no Brasil em revistas de circulação internacional cadastradas pelo Institute for Scientific Information (ISI). Foi um salto importante em relação aos cerca de 20 mil publicados em 2007.

Segundo o professor Carlos Cruz, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), esse salto, no entanto, deveu-se em grande parte ao cadastramento pelo ISI de novas publicações, editadas no Brasil, e não a um efetivo aumento da produção científica. Para analisar o desenvolvimento da publicação científica no Brasil ao longo dos anos, sem distorcer os dados, seria necessário, segundo Cruz, considerar apenas uma determinada coleção de revistas pelo período de tempo a ser analisado. Carlos Cruz afirma que, vista dessa maneira, a produção científica nacional vem crescendo sistematicamente desde 1994, exceto no período entre 2006 e 2009.

Outra observação feita pelo pesquisador da Fapesp é que a razão de crescimento do número de publicações vem caindo nos últimos anos. Enquanto o aumento na produção de trabalhos científicos entre 1994 e 1998 foi de 18% ao ano, entre 1998 e 2002 foi de 9,3%. Já no período entre 2003 e 2009, a produção científica no Brasil aumentou à razão de apenas 6% ao ano.

Outro dado revelador, segundo a análise de Carlos Cruz, é que 64% das publicações de cientistas brasileiros radicados no Brasil em periódicos científicos internacionais vêm de apenas oito universidades, quatro delas de São Paulo. A Universidade de São Paulo respondeu sozinha por 26% dessas publicações em 2008.

Se as estatísticas brasileiras cresceram, Espanha, Índia e Coreia do Sul mostram que seria possível um resultado ainda mais expressivo. Esses países produziram saltos espetaculares no mesmo período, consideradas as mesmas publicações. A produção científica da Coreia do Sul chama a atenção: até 1997, os acadêmicos daquele país publicavam menos do que os colegas do Brasil. No entanto, desde então, passaram à frente nos números e, a cada ano, aumentam a diferença.

Disponível em:<https://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/inovacao/ investimento-inovacao-tecnologicafinep-pesquisadores-brasil/producao-cientifica-no-brasil-umsalto-no-numero-de-publicacoes.aspx>  . Acesso em: 10 out. 2019.

Segundo Carlos Cruz, o aumento, em números absolutos, de publicações científicas brasileiras no período de 2007 e 2008 não é um aumento real porque são

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Segundo o texto: Segundo o professor Carlos Cruz, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), esse salto, no entanto, deveu-se em grande parte ao cadastramento pelo ISI de novas publicações, editadas no Brasil, e não a um efetivo aumento da produção científica.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Não entendi bem essa resposta. O texto fala em publicações novas e a alternativa considerada certa fala em publicações já existentes.
  • .esse salto, no entanto, deveu-se em grande parte ao cadastramento pelo ISI de novas publicações, editadas no Brasil, e não a um efetivo aumento da produção científica.

    Novas publicações não quer dizer que as publicações são novas.

  • O Comentário do Lucas Stanes explicou bem...li rápido, não raciocinei como deveria.


ID
3412651
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II


               Produção científica no Brasil: um salto no número de publicações


Além da participação de produtos inovadores e de alta tecnologia na matriz de exportações, outros dados, como a produção científica e o número de mestres, doutores e instituições de ensino, permitem avaliar a situação de um país em relação ao potencial de inovação.As publicações científicas e o número de estudantes, mestres e doutores são meios de avaliar o sistema acadêmico. Em franca evolução, a situação do Brasil nesses quesitos permite imaginar que existe uma base no país para, caso haja parceria com a indústria, deslanchar um período de inovação tecnológica.

Em 2008, 30.415 artigos e outros tipos de publicações científicas foram divulgados por brasileiros trabalhando no Brasil em revistas de circulação internacional cadastradas pelo Institute for Scientific Information (ISI). Foi um salto importante em relação aos cerca de 20 mil publicados em 2007.

Segundo o professor Carlos Cruz, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), esse salto, no entanto, deveu-se em grande parte ao cadastramento pelo ISI de novas publicações, editadas no Brasil, e não a um efetivo aumento da produção científica. Para analisar o desenvolvimento da publicação científica no Brasil ao longo dos anos, sem distorcer os dados, seria necessário, segundo Cruz, considerar apenas uma determinada coleção de revistas pelo período de tempo a ser analisado. Carlos Cruz afirma que, vista dessa maneira, a produção científica nacional vem crescendo sistematicamente desde 1994, exceto no período entre 2006 e 2009.

Outra observação feita pelo pesquisador da Fapesp é que a razão de crescimento do número de publicações vem caindo nos últimos anos. Enquanto o aumento na produção de trabalhos científicos entre 1994 e 1998 foi de 18% ao ano, entre 1998 e 2002 foi de 9,3%. Já no período entre 2003 e 2009, a produção científica no Brasil aumentou à razão de apenas 6% ao ano.

Outro dado revelador, segundo a análise de Carlos Cruz, é que 64% das publicações de cientistas brasileiros radicados no Brasil em periódicos científicos internacionais vêm de apenas oito universidades, quatro delas de São Paulo. A Universidade de São Paulo respondeu sozinha por 26% dessas publicações em 2008.

Se as estatísticas brasileiras cresceram, Espanha, Índia e Coreia do Sul mostram que seria possível um resultado ainda mais expressivo. Esses países produziram saltos espetaculares no mesmo período, consideradas as mesmas publicações. A produção científica da Coreia do Sul chama a atenção: até 1997, os acadêmicos daquele país publicavam menos do que os colegas do Brasil. No entanto, desde então, passaram à frente nos números e, a cada ano, aumentam a diferença.

Disponível em:<https://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/inovacao/ investimento-inovacao-tecnologicafinep-pesquisadores-brasil/producao-cientifica-no-brasil-umsalto-no-numero-de-publicacoes.aspx>  . Acesso em: 10 out. 2019.

De acordo com o texto, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Segundo o texto: Segundo o professor Carlos Cruz, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), esse salto, no entanto, deveu-se em grande parte ao cadastramento pelo ISI de novas publicações, editadas no Brasil, e não a um efetivo aumento da produção científica. Para analisar o desenvolvimento da publicação científica no Brasil ao longo dos anos, sem distorcer os dados, seria necessário, segundo Cruz, considerar apenas uma determinada coleção de revistas pelo período de tempo a ser analisado. Carlos Cruz afirma que, vista dessa maneira, a produção científica nacional vem crescendo sistematicamente desde 1994, exceto no período entre 2006 e 2009.

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  • "e não a um efetivo aumento da produção científica. Para analisar o desenvolvimento da publicação científica no Brasil ao longo dos anos, sem distorcer os dados, seria necessário, segundo Cruz, considerar apenas uma determinada coleção de revistas pelo período de tempo a ser analisado. Carlos Cruz afirma que, vista dessa maneira, a produção científica nacional vem crescendo sistematicamente desde 1994, exceto no período entre 2006 e 2009.

    C -Houve aumento real na publicação científica no Brasil desde 1994, com exceção do período de 2006 a 2009, mas a razão do crescimento diminuiu durante esse mesmo período.


ID
3412654
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II


               Produção científica no Brasil: um salto no número de publicações


Além da participação de produtos inovadores e de alta tecnologia na matriz de exportações, outros dados, como a produção científica e o número de mestres, doutores e instituições de ensino, permitem avaliar a situação de um país em relação ao potencial de inovação.As publicações científicas e o número de estudantes, mestres e doutores são meios de avaliar o sistema acadêmico. Em franca evolução, a situação do Brasil nesses quesitos permite imaginar que existe uma base no país para, caso haja parceria com a indústria, deslanchar um período de inovação tecnológica.

Em 2008, 30.415 artigos e outros tipos de publicações científicas foram divulgados por brasileiros trabalhando no Brasil em revistas de circulação internacional cadastradas pelo Institute for Scientific Information (ISI). Foi um salto importante em relação aos cerca de 20 mil publicados em 2007.

Segundo o professor Carlos Cruz, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), esse salto, no entanto, deveu-se em grande parte ao cadastramento pelo ISI de novas publicações, editadas no Brasil, e não a um efetivo aumento da produção científica. Para analisar o desenvolvimento da publicação científica no Brasil ao longo dos anos, sem distorcer os dados, seria necessário, segundo Cruz, considerar apenas uma determinada coleção de revistas pelo período de tempo a ser analisado. Carlos Cruz afirma que, vista dessa maneira, a produção científica nacional vem crescendo sistematicamente desde 1994, exceto no período entre 2006 e 2009.

Outra observação feita pelo pesquisador da Fapesp é que a razão de crescimento do número de publicações vem caindo nos últimos anos. Enquanto o aumento na produção de trabalhos científicos entre 1994 e 1998 foi de 18% ao ano, entre 1998 e 2002 foi de 9,3%. Já no período entre 2003 e 2009, a produção científica no Brasil aumentou à razão de apenas 6% ao ano.

Outro dado revelador, segundo a análise de Carlos Cruz, é que 64% das publicações de cientistas brasileiros radicados no Brasil em periódicos científicos internacionais vêm de apenas oito universidades, quatro delas de São Paulo. A Universidade de São Paulo respondeu sozinha por 26% dessas publicações em 2008.

Se as estatísticas brasileiras cresceram, Espanha, Índia e Coreia do Sul mostram que seria possível um resultado ainda mais expressivo. Esses países produziram saltos espetaculares no mesmo período, consideradas as mesmas publicações. A produção científica da Coreia do Sul chama a atenção: até 1997, os acadêmicos daquele país publicavam menos do que os colegas do Brasil. No entanto, desde então, passaram à frente nos números e, a cada ano, aumentam a diferença.

Disponível em:<https://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/inovacao/ investimento-inovacao-tecnologicafinep-pesquisadores-brasil/producao-cientifica-no-brasil-umsalto-no-numero-de-publicacoes.aspx>  . Acesso em: 10 out. 2019.

Assinale a alternativa em que há opinião do autor expressa no texto.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?Esses países produziram saltos espetaculares no mesmo período, consideradas as mesmas publicações.? ? observa-se que temos uma adjetivação feita de modo subjetivo, ou seja, mostra a visão da autora (=para ela eles foram espetaculares).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!


ID
3412657
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II


               Produção científica no Brasil: um salto no número de publicações


Além da participação de produtos inovadores e de alta tecnologia na matriz de exportações, outros dados, como a produção científica e o número de mestres, doutores e instituições de ensino, permitem avaliar a situação de um país em relação ao potencial de inovação.As publicações científicas e o número de estudantes, mestres e doutores são meios de avaliar o sistema acadêmico. Em franca evolução, a situação do Brasil nesses quesitos permite imaginar que existe uma base no país para, caso haja parceria com a indústria, deslanchar um período de inovação tecnológica.

Em 2008, 30.415 artigos e outros tipos de publicações científicas foram divulgados por brasileiros trabalhando no Brasil em revistas de circulação internacional cadastradas pelo Institute for Scientific Information (ISI). Foi um salto importante em relação aos cerca de 20 mil publicados em 2007.

Segundo o professor Carlos Cruz, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), esse salto, no entanto, deveu-se em grande parte ao cadastramento pelo ISI de novas publicações, editadas no Brasil, e não a um efetivo aumento da produção científica. Para analisar o desenvolvimento da publicação científica no Brasil ao longo dos anos, sem distorcer os dados, seria necessário, segundo Cruz, considerar apenas uma determinada coleção de revistas pelo período de tempo a ser analisado. Carlos Cruz afirma que, vista dessa maneira, a produção científica nacional vem crescendo sistematicamente desde 1994, exceto no período entre 2006 e 2009.

Outra observação feita pelo pesquisador da Fapesp é que a razão de crescimento do número de publicações vem caindo nos últimos anos. Enquanto o aumento na produção de trabalhos científicos entre 1994 e 1998 foi de 18% ao ano, entre 1998 e 2002 foi de 9,3%. Já no período entre 2003 e 2009, a produção científica no Brasil aumentou à razão de apenas 6% ao ano.

Outro dado revelador, segundo a análise de Carlos Cruz, é que 64% das publicações de cientistas brasileiros radicados no Brasil em periódicos científicos internacionais vêm de apenas oito universidades, quatro delas de São Paulo. A Universidade de São Paulo respondeu sozinha por 26% dessas publicações em 2008.

Se as estatísticas brasileiras cresceram, Espanha, Índia e Coreia do Sul mostram que seria possível um resultado ainda mais expressivo. Esses países produziram saltos espetaculares no mesmo período, consideradas as mesmas publicações. A produção científica da Coreia do Sul chama a atenção: até 1997, os acadêmicos daquele país publicavam menos do que os colegas do Brasil. No entanto, desde então, passaram à frente nos números e, a cada ano, aumentam a diferença.

Disponível em:<https://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/inovacao/ investimento-inovacao-tecnologicafinep-pesquisadores-brasil/producao-cientifica-no-brasil-umsalto-no-numero-de-publicacoes.aspx>  . Acesso em: 10 out. 2019.

Assinale a alternativa que não apresenta uma condição estabelecida pelo texto para que algo aconteça.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?Enquanto o aumento na produção de trabalhos científicos entre 1994 e 1998 foi de 18% ao ano, entre 1998 e 2002 foi de 9,3%.?

    ? Não temos nenhuma condição estabelecida, temos apenas valores comparativos, apenas informações, mas sem condinção de algo.

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  • Péssimo enunciado, fiquei um bom tempo tentando entendê-lo.

  • alguém comenta a letra D? não vi condição.

  • Em relação à letra "D", acho que era necessário analisar o trecho anterior:

    "Para analisar o desenvolvimento da publicação científica no Brasil ao longo dos anos, sem distorcer os dados, seria necessário, segundo Cruz, considerar apenas uma determinada coleção de revistas pelo período de tempo a ser analisado. Carlos Cruz afirma que, vista dessa maneira, a produção científica nacional vem crescendo sistematicamente desde 1994, exceto no período entre 2006 e 2009".

    Ou seja, caso se analisasse uma determinada coleção de revistas pelo período de tempo a ser analisado, a produção científica nacional vinha crescendo. Achei errado a forma como colocaram na questão, porque analisando era isoladamente, não há condição.

    Pedi comentários do professor para analisar. :)

  • Me baseia nas conjunções que infere condições:

    A-“Em franca evolução, a situação do Brasil nesses quesitos permite imaginar que existe uma base no país para, caso haja parceria com a indústria, deslanchar um período de inovação tecnológica.” (CONDIÇÃO: haver parceria com a indústria)

    B - “Enquanto o aumento na produção de trabalhos científicos entre 1994 e 1998 foi de 18% ao ano, entre 1998 e 2002 foi de 9,3%.”

    C-“Para analisar o desenvolvimento da publicação científica no Brasil ao longo dos anos, sem distorcer os dados, seria necessário, segundo Cruz, considerar apenas uma determinada coleção de revistas pelo período de tempo a ser analisado.” (CONDIÇÃO: considerar apenas uma determinada coleção ...)

    D-“Carlos Cruz afirma que, vista dessa maneira, a produção científica nacional vem crescendo sistematicamente desde 1994, exceto no período entre 2006 e 2009.” (CONDIÇÃO: se vermos de tal maneira)


ID
3412663
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto IV


                         Vacina contra o vírus zika será testada em Minas Gerais


Pesquisadores do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade George Washington (EUA) e da Fiocruz Minas estão participando de um grande estudo clínico de fase 2/2b de uma vacina experimental contra a infecção pelo vírus zika, em Belo Horizonte. Feita com parte do material genético do vírus, a vacina poderá produzir anticorpos capazes de promover uma resposta contra a infecção num indivíduo que é imunizado.

Chamada de “vacina de DNA contra zika”, a substância experimental já foi testada em seres humanos nos EUA, e o estudo clínico foi aprovado pelos comitês de ética e agências regulatórias nacionais e internacionais. Agora, será avaliada numa população expandida com a finalidade de estudar novos dados sobre a sua eficácia e segurança. Para essa nova fase, serão recrutados voluntários sadios, entre 15 e 35 anos, que morem em Belo Horizonte ou Região Metropolitana e que tenham disponibilidade para participar do estudo pelos próximos dois anos.

Os voluntários serão selecionados após a realização de uma avaliação clínica e de exames laboratoriais que serão oferecidos gratuitamente pela equipe do Hospital das Clínicas. Já a Fiocruz Minas ficará responsável pelo processamento do sangue e urina de todos os participantes da pesquisa, que serão testados para avaliar a eficácia, a resposta imune, e os efeitos da vacina no organismo.

Disponível em:<https://portal.fiocruz.br/noticia/vacina-contra-ovirus-zika-sera-testada-em-minas-gerais>. Acesso em: 10 out. 2019 (Fragmentos). 

Assinale a alternativa que apresenta reescrita correta de concordância verbal e colocação pronominal do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.


“Os voluntários serão selecionados após a realização de uma avaliação clínica e de exames laboratoriais que serão oferecidos gratuitamente pela equipe do Hospital das Clínicas.”

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    a) Selecionar-se-á os voluntários após a realização de uma avaliação clínica e de exames laboratoriais que se oferecerá gratuitamente ? temos uma voz passiva sintética (=concordância deve ser feita com "voluntários").
    b) Selecionar-se-á os voluntários após a realização de uma avaliação clínica e de exames laboratoriais que oferecer-se-ão gratuitamente.
    c) Selecionar-se-ão os voluntários após a realização de uma avaliação clínica e de exames laboratoriais que se oferecerão gratuitamente.
    d) Selecionar-se-ão os voluntários após a realização de uma avaliação clínica e de exames laboratoriais que oferecer-se-á gratuitamente ? pronome relativo sendo fator de próclise.

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  • Próclise predomina frente à mesóclise!

    Fora que a concordância está incorreta em " oferecer-se-á"

  • "...que se oferecerão gratuitamente." Pronome relativo é partícula atrativa. Por isso, a próclise (pronome oblíquo antes do verbo).

  • GABARITO: LETRA C

    COMPLEMENTANDO:

    Próclise é a colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo (PRO = antes)

    Palavras que atraem o pronome (obrigam próclise):

    -Palavras de sentido negativo: Você NEM se preocupou.

    -Advérbios: AQUI se lava roupa.

    -Pronomes indefinidos: ALGUÉM me telefonou.

    -Pronomes interrogativos: QUE me falta acontecer?

    -Pronomes relativos: A pessoa QUE te falou isso.

    -Pronomes demonstrativos neutros: ISSO o comoveu demais.

    -Conjunções subordinativas: Chamava pelos nomes, CONFORME se lembrava.

     

    **NÃO SE INICIA FRASE COM PRÓCLISE!!!  “Me dê uma carona” = tá errado!!!

     

    Mesóclise, embora não seja muito usual, somente ocorre com os verbos conjugados no futuro do presente e do pretérito. É a colocação do pronome oblíquo átono no "meio" da palavra. (MESO = meio)

     

    Comemorar-se-ia o aniversário se todos estivessem presentes.

    Planejar-se-ão todos os gastos referentes a este ano. 

    Ênclise tem incidência nos seguintes casos: 

    - Em frase iniciada por verbo, desde que não esteja no futuro:

    Vou dizer-lhe que estou muito feliz.

    Pretendeu-se desvendar todo aquele mistério. 

    - Nas orações reduzidas de infinitivo:

    Convém contar-lhe tudo sobre o acontecido. 

    - Nas orações reduzidas de gerúndio:

    O diretor apareceu avisando-lhe sobre o início das avaliações. 

    - Nas frases imperativas afirmativas:

    Senhor, atenda-me, por favor!

    FONTE: QC

  • Assertiva C

    Selecionar-se-ão os voluntários após a realização de uma avaliação clínica e de exames laboratoriais que se oferecerão gratuitamente.

  • gab c

    selecionar-se-ão os voluntários após a realização de uma avaliação clínica e de exames laboratoriais que se oferecerão gratuitamente.

    serão oferecidos pela equipe. A preposição ''pela'' torna o verbo oferecer transitivo INDIRETO.

    No transitivo indireto não usamos o ''a'';

  • A questão exige conhecimento da concordância da voz passiva verbal e da colocação dos pronomes.

    a) Incorreta.

    A alternativa apresenta erro quanto à concordância da voz passiva sintética que deveria está no plural concordando com o sujeito paciente " os voluntários". 

    b) Incorreta.

     A alternativa apresenta dois erros, o primeiro é a concordância inadequada já explanada na alternativa "a" e o segundo é uso da mesóclise, pois quando houver atrativo de próclise, prevalecerá sobre aquela. 

    c) Correta.

    A alternativa está perfeita. A primeira colocação está fazendo uso adequado com o sujeito paciente no plural( Selecionar-se-ão os voluntários). A segunda colocação também está certa, o uso da próclise por causa do pronome relativo "que". 

    d) Incorreta.

    O erro da alternativa consiste no uso da mesóclise. O certo seria próclise como explicado nas outras alternativas. Diante do pronome relativo se faz uso da próclise. 

    GABARITO: C

  • GABARITO: LETRA C

    COMPLEMENTANDO:

    ► O pronome oblíquo átono pode ocupar três posições em relação ao verbo com o qual se relaciona: a ênclise (depois do verbo); a próclise (antes do verbo); e a mesóclise (dentro do verbo). Por ser uma partícula átona, não inicia oração e, entre os verbos de uma locução, liga-se a um deles por hífen.

    PRONOMES ATÓNOS: - me, nos, te, vos, se, o(s), a(s), lhe(s);

    PRÓCLISE

    Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem o pronome:

    1. Palavras que expressam negação tais como “não, ninguém, nunca”:

    Não o quero aqui. / Nunca o vi assim.

    2. Pronomes relativos (que, quem, quando...), indefinidos (alguém, ninguém, tudo…) e demonstrativos (este, esse, isto…):

    Foi ela que o fez. / Alguns lhes deram maus conselhos. / Isso me lembra algo.

    3. Advérbios ou locuções adverbiais:

    Ontem me disseram que havia greve hoje. / Às vezes nos deixa falando sozinhos.

    4. Palavras que expressam desejo e também orações exclamativas:

    Oxalá me dês a boa notícia. / Deus nos dê forças.

    5. Conjunções subordinativas:

    Embora se sentisse melhor, saiu. / Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.

    6. Palavras interrogativas no início das orações:

    Quando te deram a notícia? / Quem te presenteou?

    MESÓCLISE

    Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. Isso acontece com verbos do futuro do presente ou do futuro do pretérito, a não ser que haja palavras que atraiam a próclise:

    Orgulhar-me-ei dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do presente: orgulharei);

    Orgulhar-me-ia dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do pretérito: orgulharia).

    ÊNCLISE

    Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem esse tipo de colocação pronominal:

    1. Verbos no imperativo afirmativo:

    Depois de terminar, chamem-nos. / Para começar, joguem-lhes a bola!

    2. Verbos no infinitivo impessoal:

    Gostaria de pentear-te a minha maneira. / O seu maior sonho é casar-se.

    3. Verbos no início das orações:

    Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo. / Surpreendi-me com o café da manhã.

    TODA MATÉRIA.


ID
3412666
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto IV


                         Vacina contra o vírus zika será testada em Minas Gerais


Pesquisadores do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade George Washington (EUA) e da Fiocruz Minas estão participando de um grande estudo clínico de fase 2/2b de uma vacina experimental contra a infecção pelo vírus zika, em Belo Horizonte. Feita com parte do material genético do vírus, a vacina poderá produzir anticorpos capazes de promover uma resposta contra a infecção num indivíduo que é imunizado.

Chamada de “vacina de DNA contra zika”, a substância experimental já foi testada em seres humanos nos EUA, e o estudo clínico foi aprovado pelos comitês de ética e agências regulatórias nacionais e internacionais. Agora, será avaliada numa população expandida com a finalidade de estudar novos dados sobre a sua eficácia e segurança. Para essa nova fase, serão recrutados voluntários sadios, entre 15 e 35 anos, que morem em Belo Horizonte ou Região Metropolitana e que tenham disponibilidade para participar do estudo pelos próximos dois anos.

Os voluntários serão selecionados após a realização de uma avaliação clínica e de exames laboratoriais que serão oferecidos gratuitamente pela equipe do Hospital das Clínicas. Já a Fiocruz Minas ficará responsável pelo processamento do sangue e urina de todos os participantes da pesquisa, que serão testados para avaliar a eficácia, a resposta imune, e os efeitos da vacina no organismo.

Disponível em:<https://portal.fiocruz.br/noticia/vacina-contra-ovirus-zika-sera-testada-em-minas-gerais>. Acesso em: 10 out. 2019 (Fragmentos). 

Assinale a alternativa que apresenta palavra utilizada no texto com regra de acentuação gráfica diferente das demais.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Em todas alternativas temos uma paroxítona, exceto na letra "c" (=clínico ? proparoxítona, antepenúltima sílaba tônica).

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • clí-ni-co

  • ☑ GABARITO: LETRA C

    Vírus → Paroxítona

    Indivíduo → Paroxítona

    Clínico → Proparoxítona

    Eficácia → Paroxítona

  • Uma dúvida: esta questão seria passivel de anulação nao seria? pois a regra das paroxitonas muda pra cada palavra.

  • GABARITO: LETRA C

    COMPLEMENTANDO:

    Regra de Acentuação para Monossílabas Tônicas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s).

    Ex.: má(s), trás, pé(s), mês, só(s), pôs…

    Regra de Acentuação para Oxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: sofá(s), axé(s), bongô(s), vintém(éns)...

    Regra de Acentuação para Paroxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (seguido ou não de s), -ão(s) e -ã(s), tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um, r, ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: história, cáries, jóquei(s); órgão(s), órfã, ímãs; águam;fácil, glúten, fórum, caráter, prótons, tórax, júri, lápis, vírus, fórceps.

    Regra de Acentuação para Proparoxítonas:

    Todas são acentuadas .Ex.: álcool, réquiem, máscara, zênite, álibi, plêiade, náufrago, duúnviro, seriíssimo...

    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.

  • Gabarito: C

    → Todas são paroxítonas exceto a alternativa (C) Clínico

  • Clínico e a única proparoxítona , as outras são paroxítonas Gabarito C .. Desistir não é uma opção!
  • Questão mal elaborada

    Vírus / regra - paroxítona terminada em US

    Indivíduo / regra - paroxítona terminada em ditongo

    Clínico / proparoxítona

    Eficácia / regra - paroxítona terminada em ditongo

  • Pessoal me corrijam se eu estiver errado, mas de acordo com com o novo acordo ortográfico. as sílabas são separadas também dessa forma, nesses casos: Indivíduo - IN - DI - VI - DU -O (torna-se proparoxítona) Eficácia- E - FI - CA - CI - A ( Torna-se proparoxítona). ou seja , apenas Virus é paroxítona.
  • A questão está mal redigida, pois há várias alternativas que o acento se justifica por regras diferentes, todavia todas são paroxítonas exceto clínico que é proparoxítona, aí não tem o que questionar o gabarito tem que ser a letra C!

  • Problema da questão é que tem duas proparoxítonas eventuais - era fácil de anular.


ID
3412672
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Um determinado homem, devidamente aprovado no concurso público do município de Patrocínio, toma posse e se encontra no período de estágio probatório.

Considerando as regras previstas na Lei Complementar nº 60, de 1º de outubro de 2009, que dispõe sobre o estatuto dos servidores públicos do município de Patrocínio, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas

ID
3412675
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito foi instaurada regularmente no âmbito da Câmara Municipal de Patrocínio.


Considerando essa situação, pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • art.58 §3° da CF/88 = Para que seja instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito, na Câmara dos Deputados, no Senado Federal ou no legislativo estadual e municipal, serão necessários os seguintes requisitos: requerimento de um terço dos membros componentes da respectiva Casa Legislativa que vai investigar o fato (requisito formal); que haja fato determinado (requisito substancial); que tenha prazo certo para o seu funcionamento (requisito temporal); e que suas conclusões sejam encaminhadas ao Ministério Público, se for o caso.


ID
3412678
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com base nas regras do processo legislativo previstas na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.


( ) A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

( ) As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.

( ) A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

( ) O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias e decretos.


Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Decreto é do poder executivo, não do legislativo!

  • Assertiva 1: VERDADEIRA. CRFB, art. 67: "A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional."

    Assertiva 2: VERDADEIRA. CRFB, art. 69: "As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta."

    Assertiva 3: VERDADEIRA. CRFB, art. 60, § 1º: "A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio."

    Assertiva 4: FALSA. CRFB, art. 59: "O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções."

  • Complemento..

    (V ) Não podem ser alvo da mesma sessão legislativa:

    Medidas provisórias

    Projetos de lei*(No caso de projetos de lei desde que haja maioria absoluta)

    Emendas à constituição

    ( V)

    Leis ordinárias =Maioria simples

    Leis complementares= maioria absoluta..

    dentro do processo legislativo:

    A maioria é aprovada por maioria simples ..caem na exceção:

    Emendas , Leis complementares.

    ( V) São as limitações circunstanciais.

    ( F) atos normativos primários são aquelas normas que retiram o seu fundamento de validade do próprio texto constitucional, obedecendo tanto ao processo legislativo inserido na Constituição.

    atos normativos secundários são espécies normativas que possuem generalidade e abstração, os quais competem ao poder executivo a sua expedição.

    No caso exemplos :Decretos, Resoluções, Instruções Normativas.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Importante saber essa diferença:

    EMENDA CONSTITUCIONAL não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (art. 60, § 5º).

    PROJETO DE LEI pode, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional (art. 67).

  • GABARITO: LETRA D

    (V) Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

    (V) Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.

    (V) Art. 60. § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

    (F) Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções.

    FONTE: CF 1988

  • EMENDA CONSTITUCIONAL não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (art. 60, § 5º).

    x

    PROJETO DE LEI pode, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional (art. 67).

  • Há 7 formas acerca do "Processo Legislativo" (art. 59-CF)

    é meio toscão, mas ajuda lembrar uma questão como essa e não perdê-la de bobeira. Lembre-se da frase: "D.R., Emenda as Medidas das 3 leis"

    Decreto legislativo;

    Resoluções;

    Emendas à constituição;

    Medidas Provisórias;

    3 leis- 1º ordinária; 2º complementar; e 3º delegada;

  • NOVA PROPOSTA NA MESMA SESSÃO LEGISLATIVA

    Medida Provisória ~> Não Pode

    Emendas Constitucionais ~> Não Pode

    Leis Ordinárias/Complementares ~> Pode (Maioria Absoluta de qualquer casa do Congresso)

  • (V) Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

    (V) Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.

    (V) Art. 60. § 1º: A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

    (F) Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:

    I - emendas à Constituição;

    II - leis complementares;

    III - leis ordinárias;

    IV - leis delegadas;

    V - medidas provisórias;

    VI - decretos legislativos;

    VII - resoluções.

  • decreto LEGISLATIVO

  • Nesta questão espera-se que o aluno analise determinados itens como verdadeiro ou falso e depois marque a alternativa correta. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do processo legislativo nacional. Vejamos cada um dos itens:

    (V) A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

    CRFB, art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

    Aqui importante ter também em mente que os projetos de emenda constitucional e medidas provisórias, por sua vez, não podem ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (Art. 60, §5  e art. 62, §10º CF).

    (V) As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.

    CRFB, art. 69: As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.

    As leis ordinárias, por sua vez, serão aprovadas pela maioria simples (Art. 47, CF).

    (V) A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

    CRFB, art. 60, § 1º: A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

    (F) O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias e decretos.

    CRFB, art. 59: O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções.

    Agora, vejamos a sequência correta:

    Assinale a sequência correta.

    A. F F V F. ERRADO.

    B. F V F V. ERRADO.

    C. V F F V. ERRADO.

    D. V V V F. CERTO.

    Gabarito: ALTERNATIVA D.

  •  CRFB, art. 59: "O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções."

    Há 7 formas acerca do "Processo Legislativo" (art. 59-CF)

    é meio toscão, mas ajuda lembrar uma questão como essa e não perdê-la de bobeira. Lembre-se da frase: "D.R., Emenda as Medidas das 3 leis"

    Decreto legislativo;

    Resoluções;

    Emendas à constituição;

    Medidas Provisórias;

    3 leis- 1º ordinária; 2º complementar; e 3º delegada;

    Importante saber essa diferença:

    EMENDA CONSTITUCIONAL não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (art. 60, § 5º).

    PROJETO DE LEI pode, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional (art. 67).

  • A alternativa está errada por dizer apenas "decretos". O art. 59 dispõe sobre decretos legislativos, que não é o mesmo que decretos. Quando a questão disser apenas "decretos" ela se refere a decretos regulamentares que não são considerados espécies normativas primárias.

    Fonte: questão respondida anteriormente

  • artigo 59 da CF==="O processo legislativo compreende a elaboração de:

    I-emendas à Constituição

    II-leis complementares

    III-leis ordinárias

    IV-leis delegadas

    V-medidas provisórias

    VI-decretos legislativos

    VII-resoluções"

  • Irrepetibilidade Absoluta (não pode na mesma Sessão Legislativa (1 ano)) = Medidas Provisórias, Propostas de Emenda à Constituição.

    Irrepetibilidade Relativa = Leis Ordinárias e Complementares. (necessitando ser por maioria Absoluta de alguma das casa)

  • GABARITO LETRA D

    • (V) A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional. (ART. 67)
    • (V) As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.(ART. 69)
    • (V) A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. (ART. 60.§1º)
    • (F) O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias e decretos. (resoluções e medidas provisórios. ART. 59. V e VII )


ID
3412681
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Uma proposição legislativa foi aprovada pela Câmara Municipal de Patrocínio, mas foi integralmente vetada pelo prefeito, por contrariar, a seu juízo, o interesse público.


Considerando o disposto na Lei Orgânica do Município de Patrocínio e essa situação, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3412684
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Um vereador tem a intenção de apresentar um projeto de lei na Câmara Municipal de Patrocínio, objetivando transformar determinados cargos do município e majorar algumas remunerações de servidores públicos.


Considerando o disposto na Lei Orgânica do Município de Patrocínio e essa situação, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3412687
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

“O governador Romeu Zema participou, no dia 30 de setembro de 2019, da abertura do 27º Seminário do Café, em Patrocínio, no Alto Paranaíba, realizado pela Associação dos Cafeicultores da Região de Patrocínio (Acarpa), que tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável da cafeicultura no Cerrado mineiro, oferecendo aos produtores conteúdo técnico, gerencial, científico e informativo. É voltado para a formação de empreendedores rurais, por meio da atualização e profissionalização da cadeia do café, e promove debates sobre os problemas e soluções dos cafeicultores.”

Disponível em:<https://triangulonoticias.com/rodrigo-maia-e-romeu-zema-visitam-patrocinio-mg/> . Acesso em: 21 out. 2019 (Adaptado).


A realização do seminário em Patrocínio se justifica pela sua importância para a cafeicultura, uma vez que a cidade, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

Alternativas

ID
3412693
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2,7%, das famílias no Brasil têm um rendimento superior a 23 mil reais. Enquanto isso, 23,9% recebem somente até 1.908 reais. A pesquisa mostra ainda que, no rendimento das famílias que ganham até 1.908 reais mensais, 24,3% vem de transferências governamentais, como aposentadorias, pensões públicas e privadas, bolsas de estudos e programas sociais de transferência de renda. Se comparadas as rendas recebidas entre famílias de áreas urbanas e rurais, quem mora no campo recebe cerca de metade da renda de quem mora na cidade. A renda média nas famílias urbanas em 2018 foi de 5.806 reais e 24 centavos, enquanto, em famílias rurais, a renda média foi de 3.050 reais e 49 centavos.”

Disponível em:<https://www.cartacapital.com.br/sociedade/ibge-27-das-familias-ganham-um-quinto-de-toda-a-renda-nobrasil/> . Acesso em: 14 out. 2019 (Adaptado).


A partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e de seus conhecimentos prévios, analise as afirmativas a seguir.

I. O Brasil é um dos países com maiores índices de desigualdade social no mundo.

II. Há no Brasil uma grande disparidade entre a renda concentrada nas mãos da camada com rendimentos mais altos e da camada que possui rendimentos mais baixos.

III. As famílias mais pobres dependem, em parte, de programas de transferência de renda do Governo Federal.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Brasil é o sétimo país com mais desigualdade no mundo, segundo a ONU. São Paulo – O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) de 2019, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), mostra que a desigualdade no Brasil está piorando a cada ano.

  • Gabarito letra D, todas as alternativas estão certas.

  • Item I – ITEM CORRETO.

    Item II – ITEM CORRETO.

    Item IIII – ITEM CORRETO.

    Resposta: D

  • I, II e III

    letra D


ID
3412699
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“No dia 6 de julho de 2019, São Paulo testemunhou mais uma vítima da debilidade das novas relações de trabalho. Um motorista de aplicativo faleceu aos 33 anos, após acidente vascular cerebral, durante uma entrega, sem qualquer tipo de assistência, seja da empresa de aplicativo ou dos serviços públicos. O motorista passou mal no local da entrega, a cliente chegou a entrar em contato com a central da empresa, que se limitou a solicitar que ela desse baixa no pedido, para que eles conseguissem cancelar as próximas entregas do motorista, evitando prejuízo aos clientes do aplicativo, afirmando nada poder fazer em relação ao estado de saúde do “motorista parceiro”.

Disponível em:<https://www.cartacapital.com.br/justica/auberizacao-das-relacoes-de-trabalho/> . Acesso em: 10 out. 2019 (Adaptado).


Considerando esse contexto, avalie as seguintes afirmativas e a relação proposta entre elas.

I. Os trabalhadores de aplicativo geralmente assumem a responsabilidade por danos causados a terceiros e a eles mesmos


PORQUE


II. uma das principais características dos modelos de economia colaborativa é a ausência de vínculo empregatício entre as empresas e seus colaboradores.


A respeito dessas afirmativas e da relação proposta entre elas, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Para quem não é assinante: gabarito A


ID
3412702
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com a promulgação se atesta a existência de uma lei e se ordena a sua aplicação, enquanto a publicação torna de conhecimento geral a existência do novo ato normativo.


A promulgação de uma lei federal, no caso de sanção tácita ou da rejeição de veto, se não for feita pelo presidente da República em 48 horas, caberá à(ao)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    § 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.

  • 1º Presidente da república

    2º presidente do senado federal

    3º Vice presidente do senado federal

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Art. 66, § 7º da Constituição Federal:

    Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos §§3º e 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não ofizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado a fazê-lo.

    Gab. B.

  • A promulgação é o atestado de existência de uma nova lei. Mutatis mutandis, equipara-se à “certidão de nascimento” de uma nova lei. Dessa maneira, prevalece o entendimento de que a lei nasce com a sanção (ou rejeição do veto pelo Poder Legislativo) e, com a promulgação, certifica-se, atesta-se o seu nascimento, atesta-se que o ordenamento jurídico foi inovado.

    O responsável pela promulgação das leis é o Presidente da República, nos

    termos do art. 66, § 7º, da Constituição Federal. Terá ele o prazo de 48 horas a contar da sanção ou da comunicação ao Presidente da rejeição do seu veto pelo parlamento. Caso o Presidente não promulgue a nova lei, caberá ao Presidente do Senado fazê-lo em igual prazo (48 horas). Caso este não o faça, caberá ao Vice-Presidente do Senado: “se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo” (art. 66, § 7º, CF).

    Curso de direito constitucional / Flávio Martins Alves Nunes Júnior. – 3. ed. – São

    Paulo : Saraiva Educação, 2019.

  • Artigo 66, parágrafo sétimo da CF==="Se a lei não for promulgada dentro de 48 horas pelo PR, nos casos do parágrafo terceiro e quinto, o Presidente do Senado a promulgará e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice- Presidente do Senado faze-lo"

  • art. 66, § 7º: Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.

  • Se você está estudando para o Senado Federal:

    Além de expressamente prevista na CF/88, a competência de promulgar a lei também consta no Regimento Interno do Senado no artigo 48. Vejam:

    Art. 48 - Ao Presidente compete: 

    I - Exercer as atribuições previstas nos arts. 57, § 6º, I e II, 66, § 7º, e 80 da Constituição; 

    Vejam também o artigo 52 do RISF:

    Art. 52. Ao 1º Vice-Presidente compete:

    II – Exercer as atribuições estabelecidas no art. 66, § 7º, da Constituição, quando não as tenha exercido o Presidente. 

    Não desistam!

  • 1º Presidente da república

    2º presidente do senado federal

    3º Vice presidente do senado federal

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Gabarito: B

    O art. 66 da CF, sobre PROMULGAÇÃO VETO de projeto de lei, diz que:

    1 – Casa que conclui a votação envia projeto de lei para o Presidente promulgar (autorizar a publicação).

    2 – Presidente sanciona (expressamente ou de forma tácita, esta última forma é quando ele fica em silêncio por 15 dias) ou veta. Se vetar…

    3 – Haverá uma sessão conjunta (Congresso Nacional) dentro de 30 dias, a contar do recebimento, para deliberar sobre o veto. Só poderá ser rejeitado pela maioria absoluta dos Deputados e Senadores.

    4 – Se dentro do prazo acima não houver deliberação, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições até sua votação final.

    5 – Derrubado o veto na sessão conjunta, se a lei não for promulgada dentro de 48 horas pelo Presidente da República, o Presidente do Senado a promulgará NO MESMO PRAZO, e, caso esse não o faça, o Vice-Presidente do Senado fará.

    Fonte: comentário de uma colega no qc


ID
3412705
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No estudo do processo legislativo, os conceitos de repristinação, recepção e desconstitucionalização são importantes para entender os efeitos da elaboração de novas espécies normativas.

A esse respeito, numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I, relacionando os referidos conceitos à sua definição.


COLUNA I

1. Desconstitucionalização

2. Repristinação

3. Recepção


COLUNA II

( ) Consiste no acolhimento que uma nova Constituição posta em vigor dá às leis e aos atos normativos editados sob a égide da Carta anterior, desde que compatíveis consigo.

( ) Fenômeno que ocorre quando uma norma revogadora de outra anterior, que, por sua vez, tivesse revogado uma mais antiga, recoloca esta última novamente em estado de produção de efeitos.

( ) É o nome técnico que se dá à manutenção em vigor, perante uma nova ordem jurídica, da Constituição anterior, que perde, porém, sua hierarquia constitucional para operar como legislação comum.


Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Tipica questao que so responde quem sabe, e ainda ensina quem nao sabe de forma efetiva.
  • Letra D.

    (3)A Desconstitucionalização é a "queda de hierarquia" da norma constitucional que passa de formalmente constitucional para apenas materialmente constitucional, eis que veiculada por ato normativo infraconstitucional.

    (2)A Repristinação é o instituto jurídico pelo qual a norma revogadora de uma lei, quando revogada, traz de volta a vigência daquela que revogada originariamente.

    (1)A Recepção é um processo abreviado de criação de normas jurídicas, pelo qual a nova Constituição adota as leis já existentes, se com ela compatíveis, dando-lhes validade e evitando o trabalho de se elaborar toda a legislação infraconstitucional novamente.

  • essa é a famosa "questão deliciosa" kkk

  • Desconstitucionalização.

    É o processo pelo qual as normas da Constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem, permanecem em vigor, mas agora com status de lei infraconstitucional.

    Lembrando que o fenômeno da Desconstitucionalização não é aceito no Brasil. Uma nova constituição revoga completamente a anterior.

    Repristinação

    É a restauração de lei revogada.

    Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. A repristinação só é admitida se for expressa.

    Se a lei revogadora foi considerada inconstitucional perante a Constituição contemporânea, ela é nula e seus efeitos serão considerados inexistentes não havendo que se falar, portanto, em revogação da lei anterior. Nesse sentido, sendo a lei que havia sido revogada compatível com a nova constituição não há a incidência do fenômeno da repristinação, e sim o da recepção, se essa for materialmente compatível.

    Lembrando que a Constituição visa por preservar a segurança jurídica das relações havidas sob a ordem constitucional anterior; tendo, portanto, efeitos imediatos, mas não retroativos, a não ser que expressamente os preveja.

    Recepção

    É o fenômeno pelo qual a nova Constituição adota as leis já existentes, se com ela forem compatíveis, dando-lhes validade e evitando o trabalho de se elaborar toda a legislação infraconstitucional novamente. Há dois critérios para recepção: compatibilidade formal e material. Lembrando que no Brasil exige-se apenas a compatibilidade Material Para a recepção de lei. Sendo assim, uma lei federal pode ser recepcionada como lei estadual, mas não o contrário; sempre do maior para o menor.

    GAB: LETRA D

  • DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO

    Fenômeno pelo qual as normas da Constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem, permanecem em vigor, mas com status de lei infraconstitucional. Ou seja, as normas da Constituição anterior são recepcionadas com o status de norma infraconstitucional pela nova ordem.

    O fenômeno da desconstitucionalização é verificado no Brasil? Em regra geral, NÃO. NO ENTANTO, poderá ser percebido quando a nova Constituição EXPRESSA E INEQUIVOCAMENTE assim requerer.

    Exemplos no Brasil: o art. 147 da CE de São Paulo de 1967: "consideram-se vigentes, com o caráter de lei ordinária, os artigos da Constituição promulgada em 9 de julho de 1947 que não contrariem esta Constituição".

    FONTE: MANUAL DO PEDRO LENZA

  • GABARITO -> "D"

    CUIDADO! Não confundir REPRISTINAÇÃO com EFEITO REPRISTINATÓRIO:

    Momento 1: Lei "1" de 15/02/2016 é válida.

    Momento 2: Lei "2" revoga lei "1". Lei "1" perde a validade e passa a vigorar a lei "2".

    Momento 3: Lei "3" revoga a lei "2". Lei "2" perde a validade. Lei "1" que tinha sido revogada, volta a valer.

    A REPRISTINAÇÃO TÁCITA (não expressa) NÃO é admitida no Direito brasileiro. Como exceção, é admitida a REPRISTINAÇÃO EXPRESSA.

    LINDB, art. 2, §3: Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

    Já, o EFEITO REPRISTINATÓRIO é reconhecido pelo Direito brasileiro.

    Ocorre quando uma lei que foi revogada torna a vigorar, por ter a lei nova, revogadora, perdido sua validade ao sofrer Ação Direta de Inconstitucionalidade, .

    Assim, entende-se que a primeira lei nunca perdeu sua validade, ou teve perda “aparente” de vigência, pois a lei nova já “nasceu morta”, por ser contrária à CF. Desta forma, há o retorno da legislação anterior, salvo quando houver expressa manifestação legal em contrário.

    FONTE: https://dicionariodireito.com.br/repristinacao

  • GAB; D

    Recepção( 3) Consiste no acolhimento que uma nova Constituição posta em vigor dá às leis e aos atos normativos editados sob a égide da Carta anterior, desde que compatíveis consigo.

    Repristinação( 2) Fenômeno que ocorre quando uma norma revogadora de outra anterior, que, por sua vez, tivesse revogado uma mais antiga, recoloca esta última novamente em estado de produção de efeitos.

    Desconstitucionalização(1) É o nome técnico que se dá à manutenção em vigor, perante uma nova ordem jurídica, da Constituição anterior, que perde, porém, sua hierarquia constitucional para operar como legislação comum.

  • Torna-se necessário dizer que o fenômeno da desconstitucionalização, como regra, não é adotado no Brasil. Contudo, quando vier expressamente na nova constituição autorizando a sua aplicação, é perfeitamente possível.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a opção que relaciona adequadamente as colunas.

    1. Desconstitucionalização.

    Segundo a teria da desconstitucionalização, quando ocorre o surgimento de uma nova Constituição, as normas materialmente constitucionais anteriores (direitos e garantias fundamentais, estrutura do Estado e organização dos poderes) são revogadas, porém, as normas formalmente constitucionais anteriores são recepcionadas pela nova Constituição como normas infraconstitucionais, quando seu conteúdo for compatível com a nova Ordem Jurídica.

    Esta teoria só é admitida quando houver expressa previsão no texto constitucional, o que não ocorre, por exemplo, com a Constituição Brasileira de 1988.

    2. Repristinação.

    A repristinação consiste de um fenômeno legislativo, no qual há o restabelecimento de uma condição anterior. Quando determinada norma tem sua vigência restaurada em virtude da revogação da norma que a revogou. A repristinação deve ser expressa.

    Assim, digamos que a lei B revogue a lei A, posteriormente, a lei B é revogada pela lei C, que não é incompatível com a lei A, mesmo assim, a não ser que haja expressa determinação, a lei A não será restaurada.

    O efeito repristinatório, por sua vez, advém do controle de constitucionalidade. Para o nosso ordenamento jurídico, sob influência do sistema americano, o ato inconstitucional nasce eivado de nulidade. Não é apenas anulável. Essa tese é embasada no fato de que a decisão que reconhece a inconstitucionalidade é declaratória. E a decisão declaratória apenas reconhece determinada situação, no caso, a nulidade. Com isso, a norma que nasce nula (declarada inconstitucional) não poderia revogar a anterior validamente.

    Assim, o efeito repristinatório é a reentrada em vigor de norma aparentemente revogada, ocorrendo quando uma norma que revogou outra é declarada inconstitucional

    Ou seja, se uma lei B, revoga uma lei A, mas, posteriormente, a lei B é declarada inconstitucional, a lei A é restaurada, e por quê? Porque a Lei B, na verdade, teria nascido já nula, e uma lei nula não poderia revogar qualquer outra lei.

    3. Recepção.

    As normas infraconstitucionais, cujo conteúdo seja compatível com o da nova constituição, são recepcionadas por ela, a fim de dar continuidade às relações sociais.

    Dito isso:

    (3) Consiste no acolhimento que uma nova Constituição posta em vigor dá às leis e aos atos normativos editados sob a égide da Carta anterior, desde que compatíveis consigo.

     (2) Fenômeno que ocorre quando uma norma revogadora de outra anterior, que, por sua vez, tivesse revogado uma mais antiga, recoloca esta última novamente em estado de produção de efeitos.

    (1) É o nome técnico que se dá à manutenção em vigor, perante uma nova ordem jurídica, da Constituição anterior, que perde, porém, sua hierarquia constitucional para operar como legislação comum.

    Logo, a sequência correta é:

    D. 3, 2 ,1.

    Gabarito: ALTERNATIVA D.

    Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional.

  • ta questão espera-se que o aluno assinale a opção que relaciona adequadamente as colunas.

    1. Desconstitucionalização.

    Segundo a teria da desconstitucionalização, quando ocorre o surgimento de uma nova Constituição, as normas materialmente constitucionais anteriores (direitos e garantias fundamentais, estrutura do Estado e organização dos poderes) são revogadas, porém, as normas formalmente constitucionais anteriores são recepcionadas pela nova Constituição como normas infraconstitucionais, quando seu conteúdo for compatível com a nova Ordem Jurídica.

    Esta teoria só é admitida quando houver expressa previsão no texto constitucional, o que não ocorre, por exemplo, com a Constituição Brasileira de 1988.

    2. Repristinação.

    A repristinação consiste de um fenômeno legislativo, no qual há o restabelecimento de uma condição anterior. Quando determinada norma tem sua vigência restaurada em virtude da revogação da norma que a revogou. A repristinação deve ser expressa.

    Assim, digamos que a lei B revogue a lei A, posteriormente, a lei B é revogada pela lei C, que não é incompatível com a lei A, mesmo assim, a não ser que haja expressa determinação, a lei A não será restaurada.

    O efeito repristinatório, por sua vez, advém do controle de constitucionalidade. Para o nosso ordenamento jurídico, sob influência do sistema americano, o ato inconstitucional nasce eivado de nulidade. Não é apenas anulável. Essa tese é embasada no fato de que a decisão que reconhece a inconstitucionalidade é declaratória. E a decisão declaratória apenas reconhece determinada situação, no caso, a nulidade. Com isso, a norma que nasce nula (declarada inconstitucional) não poderia revogar a anterior validamente.

    Assim, o efeito repristinatório é a reentrada em vigor de norma aparentemente revogada, ocorrendo quando uma norma que revogou outra é declarada inconstitucional

    Ou seja, se uma lei B, revoga uma lei A, mas, posteriormente, a lei B é declarada inconstitucional, a lei A é restaurada, e por quê? Porque a Lei B, na verdade, teria nascido já nula, e uma lei nula não poderia revogar qualquer outra lei.

    3. Recepção.

    As normas infraconstitucionais, cujo conteúdo seja compatível com o da nova constituição, são recepcionadas por ela, a fim de dar continuidade às relações sociais.

  • FENÔMENO DA RECEPÇÃO

    OCORRE QUANDO NA CONSTITUIÇÃO ANTERIOR POSSUÍA NORMAS MATERIALMENTE CONSTITUCIONAIS COMPATÍVEIS E QUE COM O ADVENTO DE UMA NOVA CONSTITUIÇÃO OU CONSTITUIÇÃO SUPERVENIENTE ACABA POR RECEPCIONA-LÁS .

    Recepção é o fenômeno que ocorre quando a nova constituição aceita/mantém a validade das normas infraconstitucionais anteriores, ou seja, há compatibilidade material (a análise é meramente material, não importando a forma).

    FENÔMENO DA REPRISTINAÇÃO

    OCORRE QUANDO UMA LEI É REVOGADA POR UMA LEI REVOGADORA E A LEI VOLTA A VIGORAR APÓS A REVOGAÇÃO DA LEI REVOGADORA.

    É o fenômeno jurídico pelo qual uma lei volta a vigorar após a revogação da lei que a revogou. No entanto, há entendimentos diversos sobre sua validade.

    FENÔMENO DA DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO

    É o fenômeno pelo qual as normas da Constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem, permanecem em vigor, mas com o status de lei infraconstitucional. Assim, as normas da Constituição anterior são recepcionadas com o status de norma infraconstitucional pela nova ordem.

  • Gab. D

    Desconstitucionalização trata-se do fenômeno pelo qual as normas da constituição anterior desde que compatíveis com a nova ordem, permanecem em vigor, mas com status de lei infraconstitucional.

    Q772311

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ID
3412708
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Considerando que uma das formas de participação do presidente da República no processo legislativo é pela sanção ou veto ao projeto de lei, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Não há previsão constitucional para o chefe do poder executivo se retratar de veto.

  • Características do veto:

    Pode ser jurídico: Inconstitucionalidade

    Político: Contrário ao interesse público.

    Quanto ao seu alcance, o veto poderá ser total ou parcial. Será total quando incidir sobre todo o projeto de lei, e parcial quando houver recusa à sanção de apenas alguns dos dispositivos do projeto de lei.

    O veto é irretratável. (556)

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • A questão pede a alternativa INCORRETA.

    A) CORRETA. Art. 66, § 1º, da CF: "Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto".

    B) CORRETA. Art. 66, § 4º, da CF"O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores".

    C) CORRETA.

    D) INCORRETA (GABARITO). "O veto é sempre expresso, conforme visto. Assim, não existe veto tácito, devendo ser motivado e por escrito. O veto é sempre supressivo, não podendo adicionar. Além disso, o veto é superável ou relativo, pois poderá ser derrubado pelo Parlamento. Podemos afirmar, também, que o veto é irretratável, pois, vetando e encaminhando os motivos para o Senado Federal, o Presidente da República não poderá se retratar". (Pedro Lenza, Direito Constitucional Esquematizado, 17ª ed, 2013, p. 621).

  • Cabe observar que o veto é um ato formal, sempre escrito, assim como elevem ser escritas as razões do veto. Deve, ademais, ser obrigatoriamente motivado. Uma vez formalizado e comunicado ao Presidente do Senado Federal, não pode o Chefe do Executivo desistir do veto, ou pretender de alguma forma alterá-lo, isto é, o veto é um ato irretratável.

    RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO· Vicente Paulo & Marcelo Alexandrino

  • "Como o veto é relativo, a sua rejeição é possível, desde que aconteça em sessão conjunta realizada dentro de 30 dias da sua aposição comunicada ao Congresso."

    Essa alternativa é falsa. É possível que um veto seja rejeitado após os 30 dias fixados na constituição. Costumeiramente, inclusive, esse prazo não era observado pelo congresso nacional, o que levou a um acúmulo de vetos e a fixação de uma ordem pelo supremo. Veja:

    https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/12/17/veto-de-dez-anos-entra-na-pauta-do-congresso

    Atualmente, o entendimento é de que a não votação nos 30 dias leva a inclusão da matéria na ordem do dia seguinte:

    "Decorrido o prazo de 30 dias sem deliberação, é incluída na ordem do dia e passa a sobrestar as demais deliberações até a votação final do veto ()."

    https://www.congressonacional.leg.br/materias/vetos/entenda-a-tramitacao-do-veto

    Em todo caso, a derrubada do veto não fica condicionada rigidamente ao prazo, nos termos colocados pela questão.

  • É possível haver rejeição parcial a veto total

    Inicialmente, esse item pode causar estranheza, pois a prática do Congresso Nacional (CN) é diferente do que prescreve o que será a seguir disposto. No CN, um veto total é composto por somente um único item para votação: na cédula de votação somente aparece um único item para se votar. Logo, um veto total somente por ser acatado ou rejeitado, pela prática Congressual. Já o veto parcial é composto por vários itens em cédula de votação, sendo cada item um artigo (caput), um parágrafo, um inciso ou uma alínea. Assim, fica fácil perceber que, na prática do CN, um veto parcial pode ser acatado ou rejeitado parcialmente, pois é composto por diversos itens de votação.

    Mas, em se tratando de provas de concurso, temos que nos basear em doutrina e jurisprudência. Então, sigamos.

    O Supremo Tribunal Federal manifestou-se quanto à possibilidade de rejeição parcial de veto total (Rp 1.385, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 25/09/1987), pois “o veto total pode ser visto como um conjunto de vetos parciais” e, desse modo, nada impede a rejeição de cada um de seus elementos.

    Gilmar Mendes, Curso de Direito Constitucional, 15ª ed., 2020:

    "O veto pode alcançar partes diversas do projeto de lei e o Congresso Nacional rejeitar apenas alguns desses vetos parciais. Não há impedimento a que haja a rejeição parcial de veto total.” 528

    528 - Rp. 1.385, DJ de 25-9-1987, rel. Min. Moreira Alves. O veto total pode ser visto como um conjunto de vetos parciais.."

    STF

    Representação nº 1.385

    (...)

    Relator: Sr. Ministro MOREIRA ALVES

    (...)

    RELATÓRIO

    (...)

    3. Não há inconstitucionalidade no fato de a Assembleia Legislativa de São Paulo ter acolhido, apenas em parte, o veto total aposto pelo Governador do Estado à lei em tela, mantidas suas demais disposições."

    (...)

    VOTO

    (...)

    2. Por outro lado, no que diz respeito à rejeição parcial de veto total – fundamento alegado na sustação da representação -, não há, na Constituição Federal, qualquer norma que a impeça. Ao contrário, com a admissão do veto parcial, é de admitir-se, também, a contrapartida da rejeição parcial, como sustentam Themístocles Cavalcanti e Ferreira Filho. Este, a propósito, escreve (Comentários à Constituição brasileira, 3. ed. Saraiva. São Paulo, 1983, p. 318):

    "Dos constitucionalistas contemporâneos somente ThemístocIes Cavalcanti aborda a questão, respondendo-a, aliás, afirmativamente. 'Parece-nos', afirma, 'que sim, do momento que o veto total se possa apresentar como um conjunto de vetos parciais, tal a disparidade e diversidade das disposições que constituem o projeto' (A Constituição Federal comentada, v. 2, p. 159).

    Essa tese parece correta. Previsto o veto parcial, o veto total equivale à recusa de cada disposição do projeto. Ora, nada impede, logicamente, que o Congresso Nacional reaprecie cada disposição do projeto, ratificando uma, rejeitando outra."

  • Gabarito: letra D

    Porém, a alternativa B também está errada, pois a comunicação do veto se dá ao Presidente do Senado Federal e não ao Congresso como afirma a assertiva, veja:

    b) Como o veto é relativo, a sua rejeição é possível, desde que aconteça em sessão conjunta realizada dentro de 30 dias da sua aposição comunicada ao Congresso

    Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.

    § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.

    Bons estudos! #PCPR2020

  • Observações: Pode haver rejeição total ou parcial do veto pelo CN Não há previsão constitucional de retratação do PR sobre o veto
  • Gabarito: letra D.

     

    Preliminarmente, é importante destacar que a questão pede a alternativa INCORRETA.

    Feito esse destaque, passemos a analisar as alternativas de forma global, considerando o modo como a questão foi elaborada.

     

    A) O presidente da República dispõe de 15 dias úteis para apor o veto, comunicando em 48 horas ao presidente do Senado os motivos que o levaram a essa deliberação.

    Assertiva CORRETA, nos termos do art. 66, §1º, da Constituição Federal (CF). Vejamos:

    § 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.

     

    B) Como o veto é relativo, a sua rejeição é possível, desde que aconteça em sessão conjunta realizada dentro de 30 dias da sua aposição comunicada ao Congresso.

    Assertiva CORRETA, nos termos do art. 66, §4, da CF. Vejamos:

    § 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores.  

     

    C) O veto pode alcançar partes diversas do projeto de lei e o Congresso Nacional rejeitar apenas alguns desses vetos parciais, não havendo impedimento a que haja a rejeição parcial de veto total.

    Assertiva CORRETA, pois não existe norma que impeça a rejeição parcial de veto total. Vejamos o que dispõe a CF no seu art. 66, §§1º e 2º:

    § 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.

    § 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

     

    D) Caso constatado algum equívoco de ordem jurídica ou política, o chefe do Executivo poderá se retratar quanto ao veto de projeto de lei, devendo enviar a decisão de retratação em até 48 horas a contar da comunicação do veto anterior.

    Assertiva ERRADA, pois o veto é irretratável. Vejamos os ensinamentos de Pedro Lenza:

    “O veto é sempre expresso, conforme visto. Assim, não existe veto tácito, devendo ser motivado e por escrito. O veto é sempre supressivo, não podendo adicionar. Além disso, o veto é superável ou relativo, pois poderá ser derrubado pelo Parlamento. Podemos afirmar, também, que o veto é irretratável, pois, vetando e encaminhando os motivos para o Senado Federal, o Presidente da República não poderá se retratar". (Pedro Lenza, Direito Constitucional Esquematizado, 17ª ed, 2013, p. 621).

     

    Diante do exposto, conclui-se que a alternativa INCORRETA é a letra D.

  • De todas as características do veto, ser parcial não o torna relativo...

  • RESUMO SOBRE VETO:

    - Veto

    jurídico: Inconstitucionalidade

    Político:Contrário ao interesse público.

    Quanto ao seu alcance, o veto poderá ser total ou parcial. Será total quando incidir sobre todo o projeto de lei, e parcial quando houver recusa à sanção de apenas alguns dos dispositivos do projeto de lei.

    Gilmar Mendes, Curso de Direito Constitucional, 15ª ed., 2020:

    "O veto pode alcançar partes diversas do projeto de lei e o Congresso Nacional rejeitar apenas alguns desses vetos parciais. Não há impedimento a que haja a rejeição parcial de veto total.

    Rejeição do veto: maioria absoluta dos senadores e deputados,dentro de trinta dias a contar de seu recebimento.

  • GABARITO: LETRA D

    • A) O presidente da República dispõe de 15 dias úteis para apor o veto, comunicando em 48 horas ao presidente do Senado os motivos que o levaram a essa deliberação. (ART.66.§1)
    • B) Como o veto é relativo, a sua rejeição é possível, desde que aconteça em sessão conjunta realizada dentro de 30 dias da sua aposição comunicada ao Congresso. (ART. 66. §4)
    • C) O veto pode alcançar partes diversas do projeto de lei e o Congresso Nacional rejeitar apenas alguns desses vetos parciais, não havendo impedimento a que haja a rejeição parcial de veto total.(ART. 66.§1)
    • D) Caso constatado algum equívoco de ordem jurídica ou política, o chefe do Executivo poderá se retratar quanto ao veto de projeto de lei, devendo enviar a decisão de retratação em até 48 horas a contar da comunicação do veto anterior.

ID
3412711
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Ação Direta de Inconstitucionalidade é um importante instrumento previsto na Constituição Federal para a solução de grandes questões constitucionais.


Considerando as disposições legais e doutrinárias sobre esse tema, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Lei nº 9.868/99

    Art. 3º. A petição indicará:

    I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações;

    II - o pedido, com suas especificações.

    Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.

  • Pessoal, pra quem tem dúvida e não consegue memorizar, assim como eu, segue:

    Controle Difuso/Concreto: exercido por qualquer Juiz, a declaração da inconstitucionalidade é analisada como uma questão prévia, que servirá para julgar o mérito da ação. Sendo assim, a declaração é necessária para o deslinde do caso concreto, não sendo pois objeto principal da ação.

    Controle Abstrato/Concentrado: onde o objeto principal é a declaração da inconstitucionalidade, independentemente da existencia de um caso concreto.

  • GABARITO LETRA C

  • A) dentre os legitimados para propor a ação de inconstitucionalidade estão o presidente da República, o governador de estado, o prefeito municipal e as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional ou regional. ERRADA - Art. 103/CF. O Prefeito não é legitimado ao manejo de ações de controle de constitucionalidade.

    B) a ofensa arguida no controle concentrado deve ser direta ou reflexa ao texto constitucional, alcançando situações em que a análise da conformação com o ordenamento exige a prévia análise da legislação infraconstitucional. ERRADA - A ação direta de inconstitucionalidade não se presta ao controle de situações que tratem de inconstitucionalidade por se tratar, em última análise, de controle de legalidade (v.g., STF - ADI 3.132/SE).

    C) o primeiro requisito indispensável à petição inicial é a indicação do(s) dispositivo(s) sobre o(s) qual(is) versa a ação, bem como dos fundamentos jurídicos do pedido, em relação a cada um deles. CERTA - Ver comentários do colega Filippo Garofalo.

    D) o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade se sujeita à observância do prazo decadencial de 20 anos a contar da data da publicação do ato ou lei que se pretende arguir a inconstitucionalidade. ERRADA - A ADI, por compor um processo de natureza objetiva, não se submete a prazo prescricional e/ou decadencial (Súmula no. 360/STF e ADI 3.920/MT).

  • C - o primeiro requisito indispensável à petição inicial é a indicação do(s) dispositivo(s) sobre o(s) qual(is) versa a ação, bem como dos fundamentos jurídicos do pedido, em relação a cada um deles.

    Acrescentando: Ações de controle concentrado possuem causa de pedir ABERTA .

  • Sobre a B:

    ADI 3132 / SE - SERGIPE

    AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

    Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE

    Julgamento: 15/02/2006          Órgão Julgador: Tribunal Pleno

    EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade: descabimento: caso de inconstitucionalidade reflexa.

    Portaria nº 001-GP1, de 16.1.2004, do Presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe, que determina que o pagamento por via bancária dos emolumentos correspondentes aos serviços notariais e de registro - obtidos através do sistema informatizado daquele Tribunal - somente pode ser feito nas agências do Banco do Estado de Sergipe S/A - BANESE.

    Caso em que a portaria questionada, editada com o propósito de regulamentar o exercício de atividade fiscalizatória prevista em leis federais (L. 8.935/94; L. 10.169/2000) e estadual (L. est. 4.485/2001), retira destas normas seu fundamento de validade e não diretamente da Constituição.

    Tem-se inconstitucionalidade reflexa - a cuja verificação não se presta a ação direta - quando o vício de ilegitimidade irrogado a um ato normativo é o desrespeito à Lei Fundamental por haver violado norma infraconstitucional interposta, a cuja observância estaria vinculado pela Constituição.

  • Conforme lição do Ex-Ministro Ayres Brito: "não há, entre nós, um tipo de 'usucapião da legalidade' em que se a lei inconstitucional permanecer em vigor durante muito tempo tornar-se-á constitucional". (ADIMC 4.451, 02.09.2010).

  • GABARITO: Letra C

    a) dentre os legitimados para propor a ação de inconstitucionalidade estão o presidente da República, o governador de estado, o prefeito municipal e as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional ou regional. ERRADA. Prefeito não é legitimado para propor ADI. Os legitimados são: Presidente da República, Procurador Geral da República e Governador de Estado/DF, Mesas do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e das Assembleias Legislativas, Conselho Federal da OAB, Partido Político com representação no Congresso Nacional, Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

    b) a ofensa arguida no controle concentrado deve ser direta ou reflexa ao texto constitucional, alcançando situações em que a análise da conformação com o ordenamento exige a prévia análise da legislação infraconstitucional. ERRADA. Info nº 148 do STF: Não se conhece de ação direta de inconstitucionalidade quando é necessário o prévio confronto entre o ato normativo impugnado e outras normas jurídicas infraconstitucionais de modo a evidenciar-se sua inconstitucionalidade, verificando-se, portanto, o caráter reflexo da pretendida violação à CF.

    c) o primeiro requisito indispensável à petição inicial é a indicação do(s) dispositivo(s) sobre o(s) qual(is) versa a ação, bem como dos fundamentos jurídicos do pedido, em relação a cada um deles. CORRETA. ART. 3º da Lei nº 9.868/99: A petição indicará: I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações;

    d) o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade se sujeita à observância do prazo decadencial de 20 anos a contar da data da publicação do ato ou lei que se pretende arguir a inconstitucionalidade.ERRADA. Súmula 360 do STF: Não há prazo de decadência para a representação de inconstitucionalidade prevista no art. 8º, parágrafo único, da Constituição Federal.

  • Nossa resposta encontra-se na letra ‘c’, nos termos do art. 3° da Lei nº 9.868/99: “Art. 3º. A petição indicará:

    I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações;

    II - o pedido, com suas especificações.

    Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.”

    Vamos verificar o erro das demais proposições?

    Letra ‘a’: dentre os legitimados para propor a ADI realmente temos o Presidente da República, os Governadores de Estado e as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional. No entanto, as entidades de classe de âmbito regional e os Prefeitos municipais não são listados pelo art. 103, CF/88 como legitimados.

    Letra ‘b’: a ofensa arguida no controle concentrado deve ser, necessariamente, direta. Se a ofensa ao texto constitucional for reflexa, alcançando situações em que a análise da conformação com o ordenamento exige a prévia análise da legislação infraconstitucional, o controle concentrado não poderá ser acionado.

    Letra ‘d’: o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade não se sujeita à observância de prazo decadencial, pois a inconstitucionalidade não se corrige com o simples passar do tempo.

    Gabarito: C


ID
3412714
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

“A emenda à Constituição Federal, enquanto proposta, é considerada um ato infraconstitucional sem qualquer normatividade, só ingressando no ordenamento jurídico após sua aprovação, passando então a ser preceito constitucional de mesma hierarquia das normais constitucionais originárias.”

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2014.


Considerando a necessidade de respeito aos preceitos constitucionais para validade do processo legislativo necessário à aprovação e entrada em vigor das emendas constitucionais, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A) A proposta de emenda constitucional será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

    Art. 60

    § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

    B) Na fase constitutiva do processo legislativo de uma emenda constitucional, o presidente da República, após aprovação pelo Poder Legislativo federal, sancionará ou vetará o texto submetido à apreciação, para posterior promulgação e publicação.

    Art. 60

    § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

    O presidente não sanciona, nem veta.

    C) A promulgação de Emenda Constitucional será realizada pelo presidente do Senado Federal, cabendo a publicação do texto às Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, conjuntamente, no prazo de 30 dias a contar da sanção.

    Art. 60

    § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

    D) As limitações circunstanciais ao Poder Reformador, também conhecidas como limitações temporais, consistem na vedação, por determinado lapso temporal, de alterabilidade das normas constitucionais.

    Não há limitação temporal.  Teve em 1824 (o artigo 174, que impedia a alteração 4 anos após). 

    As limitações circunstanciais é a vedação de emenda em certos contextos históricos (intervenção federal, estado de sítio ou de defesa), presentes no artigo 60, §1°;

  • Letra D lembrei da aula da Flávia Bahia. ou seja, n existe limite temporal para PEC.

  • GABARITO PARA NÃO ASSINANTES: LETRA A

  • GABARITO: LETRA A

    Subseção II

    Da Emenda à Constituição

    Art. 60. § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

    FONTE: CF 1988

  • DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO

     Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

    I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;

    II - do Presidente da República;

    III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

    § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.(limites circunstanciais)

    § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

    § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

    § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:(clausulas pétreas)

    I - a forma federativa de Estado;

    II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

    III - a separação dos Poderes;

    IV - os direitos e garantias individuais.

    § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

  • A letra ‘a’ é a nossa resposta! De fato, nos termos do art. 60, § 2°, CF/88, a PEC será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

    Vejamos os erros das demais alternativas:

    Letra b: A fase constitutiva do processo legislativo de PEC é formada só por dois atos: deliberação e votação. Em havendo a aprovação, a proposta torna-se uma emenda. Note que não há a deliberação executiva (na qual o presidente da República, após aprovação pelo Poder Legislativo federal, é acionado para sancionar ou vetar o texto de um projeto de lei submetido à sua apreciação.

    Letra c: Consoante determina o art. 60, § 3°, CF/88, a promulgação de Emenda Constitucional é realizada em conjunto pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

    Letra d: As limitações temporais realmente consistem na vedação, por determinado lapso temporal, de alterabilidade das normas constitucionais. Não estão previstas em nossa atual Constituição. Por outro lado, temos (no art. 60, § 1°, CF/88) limitações circunstanciais – o que indica que em circunstâncias extraordinárias (estado de sítio ou de defesa e intervenção federal) nosso texto constitucional não poderá ser emendado.

    Gabarito: A

  • Segue trecho estendido da citação do livro Direito Constitucional / Alexandre de Moraes:

    A emenda à Constituição Federal, enquanto proposta, é considerada um ato infraconstitucional sem qualquer normatividade,72 só ingressando no ordenamento jurídico após sua aprovação, passando então a ser preceito constitucional, de mesma hierarquia das normas constitucionais originárias.

    Tal fato é possível, pois a emenda à constituição é produzida segundo uma forma e versando sobre conteúdo previamente limitado pelo legislador constituinte originário. Dessa maneira, se houver respeito aos preceitos fixados pelo art. 60 da Constituição Federal, a emenda constitucional ingressará no ordenamento jurídico com status constitucional, devendo ser compatibilizada com as demais normas originárias. Porém, se qualquer das limitações impostas pelo citado artigo for desrespeitada, a emenda constitucional será inconstitucional, devendo ser retirada do ordenamento jurídico através das regras de controle de constitucionalidade, por inobservarem as limitações jurídicas estabelecidas na Carta Magna.

  • Contra e perante já são preposições, por isso não admitem o uso de crase.

  •  Art. 60. (...):

    § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnosconsiderando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

    § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

  • (A) CORRETO (CF/88, Art. 60, §2º)

    (B) O processo legislativo de uma emenda constitucional não tem fase executiva. Após aprovação pelo Poder Legislativo Federal, o texto é promulgado pelas Mesas da Câmara de Deputados e do Senado Federal, e levado à publicação pela Mesa do Congresso Nacional (CF/88, Art. 60)

    (C) A promulgação de Emenda Constitucional será realizada pelas Mesas da Câmara de Deputados e do Senado Federal, cabendo a publicação do texto à Mesa do Congresso Nacional (CF/88, Art. 60, §3º) , entrando em vigor na data de sua publicação (não se sujeita à vacatio legis de 45 dias)

    (D) A vedação, por determinado lapso temporal, de alterabilidade das normas constitucionais é limitação temporal, que no caso da Constituição Brasileira foi aplicada apenas à revisão constitucional (ADCT, Art. 3º) (emendamento é processo reformador, não revisional). Limitações circunstanciais são aquelas decorrentes de situações (circunstâncias específicas), quais sejam: vigência de intervençaõ federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. (CF/88, Art. 60, §1º)

  • LETR A - A proposta de emenda constitucional será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

    LETRA B - Na fase constitutiva do processo legislativo de uma emenda constitucional, o presidente da República, após aprovação pelo Poder Legislativo federal, sancionará ou vetará o texto submetido à apreciação, para posterior promulgação e publicação. [A Emenda não passa por sanção ou veto]

    LETRA C - A promulgação de Emenda Constitucional será realizada pelo presidente do Senado Federal, cabendo a publicação do texto às Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, conjuntamente, no prazo de 30 dias a contar da sanção. [A promulgação é feita pela Câmara E Senado]

    LETRA D - As limitações circunstanciais ao Poder Reformador, também conhecidas como limitações temporais, consistem na vedação, por determinado lapso temporal, de alterabilidade das normas constitucionais. [Limitações temporais e circunstânciais não são a mesma coisa]

  • As limitações sao circunstancias, nao temporais.

  • Não existe sanção ou veto do presidente para as Emendas Constitucionais !

    ( pois serão promulgadas pelas mesas da CD e do SF) -> ART. 60, §3º!

    As bancas adoram brincar com isso.

  • em verdade temos 3 limitações - obs. dispencam em provas;

  • Para mim a letra A está incorreta pois não é proposta, mas sim aprovação.

    A proposta esta prevista no art. 60.

    A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

    I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;

    II - do Presidente da República;

    III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

  • Informações adicionais sobre a alternativa B

    O processo legislativo ordinário (o procedimento mais básico e completo para a elaboração de leis), é composto por 3 fases:

    1) Introdutória - Iniciativa de lei

    2) Constitutiva - Deliberação no congresso, votação e deliberação executiva (sanção e veto)

    3) Complementar - Promulgação e publicação

    A alternativa está errada, pois misturou na fase constitutiva atos que são da fase complementar.

    Fonte: curso de Direito Constitucional da Prof. Nathalia Masson.

  • GABARITO: LETRA A

    • A) GABARITO: A proposta de emenda constitucional será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
    • B) Na fase constitutiva do processo legislativo de uma emenda constitucional, o presidente da República, após aprovação pelo Poder Legislativo federal, sancionará ou vetará o texto submetido à apreciação, para posterior promulgação e publicação.
    • C) A promulgação de Emenda Constitucional será realizada pelo presidente do Senado Federal, cabendo a publicação do texto às Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, conjuntamente, no prazo de 30 dias a contar da sanção.
    • D) As limitações circunstanciais ao Poder Reformador, também conhecidas como limitações temporais, consistem na vedação, por determinado lapso temporal, de alterabilidade das normas constitucionais.

ID
3412717
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Considere que Joaquim José da Silva Xavier, prefeito do município de Municipalândia, pretende editar Medida Provisória e informalmente procura o procurador da Câmara, para esclarecer se é possível o intento, considerando que a Lei Orgânica do Município é silente quanto a tal prerrogativa.


Nesse caso, o prefeito

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C. O fato de a Lei Orgânica de Municipalândia ser silente quanto a tal prerrogativa inviabiliza a edição de MP, o que torna a alternativa B errada.

    "O mais novo Ministro do STF e doutrinador, Alexandre de Morais (2017, pg.709), ensina em seu livro que:

    'Conforme já estudado no tópico anterior, o Supremo Tribunal Federal considera as regras básicas de processo legislativo previstas na Constituição Federal como modelos obrigatórios às Constituições Estaduais. Tal entendimento, que igualmente se aplica às Leis Orgânicas dos Municípios que acaba por permitir que no âmbito estadual e municipal haja previsão de medidas provisórias serem editadas, respectivamente pelo Governador do Estado ou Prefeito Municipal e analisadas pelo Poder Legislativo local, desde que, no primeiro caso, exista previsão expressa na Constituição Estadual e no segundo, previsão nessa e na respectiva Lei Orgânica do Município. Além disso, será obrigatória a Observância do modelo básico da Constituição Federal'".

    Fonte: https://jus.com.br/artigos/62590/medida-provisoria-no-ambito-municipal

    Em seu Manual (ed. 2018, p. 713), Pedro Lenza também trata do tema: "Desde que as Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas do DF e Municípios reproduzam todas as as diretrizes básicas fixadas na CF/88 sobre o processo legislativo das medidas provisórias [...], entendemos possível a edição de MPs pelos chefes dos Executivos estaduais distrital e municipais". O autor cita a ADI 822-MC/RS e a ADI 812-9/TO.

  • Gabarito C

    De forma objetiva: Medida Provisória pelo Prefeito:

    1 Seguir o modelo da CF

    +

    2 Previsão na Constituição do Estado

    +

    3 Previsão na Lei Orgânica

    Bons estudos :)

  • Complemento..

    Existem 3 corrente sobre o tema..

    primeira  afirma que se houver que, se houver previsão de tal possibilidade pelo Governador na Constituição de determinado Estado em que se localiza um Município, a Lei Orgânica poderá incluir a medida provisória no  Processo  legislativo municipal. A  segunda  corrente defende que, ainda que a Constituição Estadual não contemple a previsão de Medidas Provisórias no âmbito do Estado, os prefeitos podem editá-las desde que a Lei Orgânica autorize esses atos. A  terceira  corrente doutrinária defende a hipótese do prefeito editar Medidas Provisórias a despeito da própria Lei Orgânica não contiver previsão nesse sentido (2017, p. 1424 e 1425).

    (Jusbrasil.com.br)

    Nessa esteira entendemos que seria também legítimo aos Municípios instituírem a espécie legislativa medida provisória, desde que prevista na sua Lei Orgânica, e na sua adoção, fossem fielmente observados os limites estabelecidos pela Constituição Federal.

    Marcelo Alexandrino (2017, p.554)

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • ITEM CORRETO: C.

    Além da previsão na Constituição Estadual e na Lei Orgânica Municipal ou Distrital, devem ser estabelecidos os mesmos requisitos básicos previstos na Constituição Federal, como a necessidade de urgência e relevância, a posterior submissão do ato ao controle do Poder Legislativo correspondente e as vedações.

    Sobre o tema: Q18381 (CESPE - STF - 2008) Q500810 (FCC - SEFAZ - 2015)

  • Medida provisória nos estados-membros

    Os estados-membros podem adotar medidas provisórias, desde que essa espécie normativa esteja expressamente prevista na Constituição estadual e nos mesmos moldes impostos pela Constituição Federal, tendo em vista a necessidade da observância simétrica do processo legislativo federal.

    Portanto, é legítimo ao Governador do estado-membro expedir medidas provisórias em caso de relevância e urgência, desde que, primeiro, esse instrumento esteja expressamente previsto na Constituição do estado e, segundo, sejam observados os princípios e limitações impostas pela Constituição Federal.

    Entendemos que seria também legítimo aos municípios instituírem a espécie legislativa medida provisória, desde que prevista na sua Lei Orgânica e, na sua adoção, fossem fielmente observados os limites estabelecidos pela Constituição Federal.

    RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO· Vicente Paulo & Marcelo Alexandrino

  • O STF considerou que é válida a edição de medidas provisórias por governadores e prefeitos [por simetria], mas desde que haja expressa previsão na respectiva Constituição Estadual ou Lei Orgânica Municipal ou do DF [por ser exceção, deve vir prevista expressamente]. Ademais, devem ser respeitados os mesmo princípios e limitações previstos na Constituição Federal.

    João Trindade - Processo Legislativo Constitucional - 2020, 4a edição, página 252


ID
3412720
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Considerando as peculiaridades do processo legislativo de âmbito federal aplicáveis à formulação das leis orçamentárias, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • é lei complementar.

  • Considerando que a questão pede para assinalarmos a INCORRETA, temos:

    A) [CORRETA] A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. [CF/88. Art. 165, §8º]

    B) [INCORRETA] O legislador constituinte reservou à lei ordinária a disposição sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual, além do estabelecimento de normas de gestão financeira e patrimonial.

    Comentário: conforme o Art. 165, §9º, cabe à lei complementar. Senão vejamos:

    Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

    I - o plano plurianual;

    II - as diretrizes orçamentárias;

    III - os orçamentos anuais.

    [...]

    § 9º Cabe à lei complementar:

    I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;

    II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

    C) [CORRETA] Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. [CF/88. Art. 166, Caput]

    D) [CORRETA] Compete ao presidente da República, privativamente, enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento, sendo essa uma iniciativa legislativa vinculada, uma vez que deverá fazê-lo no tempo estabelecido pela própria Constituição Federal. [CF/88. Art. 166, §6º]

  • segunda vez que fala em CREDITOS ADICIONAIS.

    ELES SÃO apreciados pelas duas casas.

  • Esta questão exige conhecimentos sobre Processo Legislativo das Leis Orçamentárias

     

    RESOLVENDO A QUESTÃO:

    O processo legislativo para elaboração das leis orçamentárias, encontra a sua base na Constituição Federal de 1988 (CF/88). Para resolvermos esta questão, vamos analisar cada uma das alternativas para identificarmos a incorreta.

     

    A) A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

    Certa! Esta alternativa é uma reprodução fiel do art. 165, § 8.º, da CF/88: “a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita”.

     

    B) O legislador constituinte reservou à lei ordinária a disposição sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual, além do estabelecimento de normas de gestão financeira e patrimonial.

    Errada! Na verdade, o legislador constituinte reservou à LEI COMPLEMENTAR a disposição sobre as matérias especificadas nesta alternativa. Nos termos do art. 165, § 9.º, inciso I, cabe à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual, bem como estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta.

     

    C) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

    Certa! Nesta afirmativa, temos a reprodução do art. 166 da CF/88: “os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum”. Portanto, não há equívoco na presente alternativa.

     

    D) Compete ao presidente da República, privativamente, enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento, sendo essa uma iniciativa legislativa vinculada, uma vez que deverá fazê-lo no tempo estabelecido pela própria Constituição Federal.

    Certa! O art. 165 da CF/88 dispõe que o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) são leis de iniciativa do Poder Executivo. Tal iniciativa é vinculada e exercida privativamente pelo chefe do Poder Executivo. Ademais, a CF/88 prevê os prazos para envio de cada um dos instrumentos orçamentários: PPA (até dia 31 de agosto do primeiro ano de mandato do chefe do Executivo); LDO (até dia 15 de abril de cada exercício financeiro);  e LOA (até 31 de agosto de cada exercício financeiro). Dessa feita, esta alternativa realmente está correta.

     


    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA “B”

ID
3412723
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017, instituiu, dentre outras disposições, normas gerais e procedimentos aplicáveis à Regularização Fundiária Urbana (Reurb), de modo a viabilizar a incorporação de núcleos urbanos informais no ordenamento territorial urbano.


A partir das previsões contidas na referida lei, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • a) A Reurb promovida mediante legitimação fundiária poderá ser aplicada para os núcleos urbanos informais comprovadamente existentes, na forma da Lei nº 13.465/2017, até 31 de dezembro de 2017.

    Resposta: Art. 9º, § 2º A Reurb promovida mediante legitimação fundiária somente poderá ser aplicada para os núcleos urbanos informais comprovadamente existentes, na forma desta Lei, até 22 de dezembro de 2016.

    b) A legitimação de posse é o procedimento destinado a identificar os imóveis públicos e privados abrangidos pelo núcleo urbano informal e a obter a anuência dos respectivos titulares de direitos inscritos na matrícula dos imóveis ocupados.

    Resposta: Art. 11.

    IV - demarcação urbanística: procedimento destinado a identificar os imóveis públicos e privados abrangidos pelo núcleo urbano informal e a obter a anuência dos respectivos titulares de direitos inscritos na matrícula dos imóveis ocupados, culminando com averbação na matrícula destes imóveis da viabilidade da regularização fundiária, a ser promovida a critério do Município;

    VI - legitimação de posse: ato do poder público destinado a conferir título, por meio do qual fica reconhecida a posse de imóvel objeto da Reurb, conversível em aquisição de direito real de propriedade na forma desta Lei, com a identificação de seus ocupantes, do tempo da ocupação e da natureza da posse;

    c) A Reurb de Interesse Específico é a regularização fundiária aplicável aos núcleos urbanos informais ocupados predominantemente por população de baixa renda, assim declarados em ato do Poder Executivo estadual.

    Resposta: Art. 13. A Reurb compreende duas MODALIDADES:

    I - Reurb de Interesse Social (Reurb-S) - regularização fundiária aplicável aos núcleos urbanos informais ocupados predominantemente por população de baixa renda, assim declarados em ato do Poder Executivo municipal; e

    II - Reurb de Interesse Específico (Reurb-E) - regularização fundiária aplicável aos núcleos urbanos informais ocupados por população não qualificada na hipótese de que trata o inciso I deste artigo.

    d) Para fins da Reurb, os municípios poderão dispensar as exigências relativas ao percentual e às dimensões de áreas destinadas ao uso público ou ao tamanho dos lotes regularizados, assim como a outros parâmetros urbanísticos e edilícios. (CORRETA)

    Resposta: Art. 11, § 1º Para fins da Reurb, os Municípios poderão dispensar as exigências relativas ao percentual e às dimensões de áreas destinadas ao uso público ou ao tamanho dos lotes regularizados, assim como a outros parâmetros urbanísticos e edilícios.


ID
3412726
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Urbanístico
Assuntos

A Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, conhecida como Estatuto da Cidade, assume as características de uma lei geral de direito urbanístico (SILVA, 2018, p. 67), estabelecendo diretrizes gerais da política urbana.

Considerando as disposições trazidas pela lei quanto à usucapião especial de imóvel urbano como instrumento de política urbana, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • A) Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja INFERIOR a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. (Art. 10) B) Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a ser observado é o sumário. (Art.14) Na ação de usucapião especial urbana é obrigatória a intervenção do MP. (Art. 12, §1º) C) Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas. (Art. 10, §3º) D) Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Art. 9º)
  • A) Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de proprietários seja superior a 250 metros quadrados por ocupante são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que seus beneficiários não sejam titulares de outro imóvel urbano ou rural.

    INCORRETO - art. 10 (... cuja área total dividida pelo número de proprietários seja inferior a 250m²...)

    B) Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, cujo rito processual a ser observado é o sumário, é obrigatória a intervenção do Ministério Público por força de previsão expressa no Estatuto da Cidade.

    CORRETO - art. 12,§1º c/c art. 14

    C) Na sentença declaratória da usucapião coletiva, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos.

    CORRETO - art. 10, §3º

    D) Aquele que possuir como sua área urbana de até 250 metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia, poderá requerer que lhe seja declarado o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

    CORRETO - art. 9º

  • Gab. A

    Porém, prestar atenção no comentário da alternativa (b).

    a) Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de proprietários seja superior a 250 metros quadrados por ocupante são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que seus beneficiários não sejam titulares de outro imóvel urbano ou rural.

    inferior

    b) Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, cujo rito processual a ser observado é o sumário, é obrigatória a intervenção do Ministério Público por força de previsão expressa no Estatuto da Cidade.✅***

    uSUcapião - rito SUmário*** (de acordo com Lei Seca)

    Atenção! A alternativa está de acordo com a Lei Seca do Estatuto da Cidade, porém vale lembrar que,de acordo com o NCPC, não existe mais o rito sumário! 

    O novo CPC trouxe em sua sistemática quanto ao procedimento comum, diferenciando dos especiais, somente um procedimento, ou seja, agora não temos mais ordinário, sumário e sumaríssimo como já tivemos, o procedimento comum de todo o CPC é único

    c) Na sentença declaratória da usucapião coletiva, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos.✅

    d) Aquele que possuir como sua área urbana de até 250 metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia, poderá requerer que lhe seja declarado o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.✅

  • A questão abordou algumas características da usucapião especial de imóvel urbano. As regras atinentes a esse instrumento de política urbana estão contidas entre os artigos 9º e 14 do Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001).




    Sobre cada assertiva podemos afirmar:





    A) INCORRETAA alternativa versa sobre a usucapião especial coletiva. O erro da assertiva está em dizer que área ocupada, por possuidor, deve ser maior que 250 m². Conforme redação do art. 10 do Estatuto da Cidade: “Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural."






    B) CORRETA – Conforme art. 12, §1º da Lei 10.257/2001, a intervenção do Ministério Público é obrigatória na ação de usucapião especial urbana. Aduz a doutrina, que tanto nas ações de usucapião individual como nas coletivas a presença do parquet se faz necessária, pois reflete o interesse público face a natureza da lide, além de presumir-se a proteção dos hipossuficientes. Já o art. 14 do Estatuto da Cidade determina que o rito a ser observado será o sumário (FRANCISCO e GOLDIFINGER, 2021, p.83)





    C) CORRETA – Segundo art. 10 da Lei 10.257/2001, as dimensões máximas da porção do imóvel a ser transmitida a cada ocupante ou família será da área total dividida pelo número de possuidores, a qual deverá ser inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados. O §3º do mesmo artigo, no entanto, determina, por exceção, a possibilidade de atribuição de frações ideais diferenciadas, a partir do acordo por escrito entre os moradores, e que deverá instruir o processo de usucapião.





    D) CORRETA – Nos exatos termos do art. 9º do Estatuto da Cidade:





    Art. 9º Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.




    Gabarito do Professor: A





    Referência Bibliográfica:

    FRANCISCO, R.V; GOLDFINFER, F.I. Direito Urbanístico, Coleção Sinopses para Concursos, v.44. Salvador: Ed. Juspodivm, 2021.




  • Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a ser observado é o comum para ações propostas após o início da vigência do novo Código de Processo Civil (Lei n.º 13.105/2015).


ID
3412729
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Com relação aos princípios que servem de vetores para o conhecimento do Direito Tributário, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO : C

    Princípio da capacidade contributiva visa uma justiça fiscal em que a tributação será mais onerosa para aqueles que possuem uma maior concentração de riquezas. Então, diferente do que a estão informa, poderá haver uma distinção entre os que tem e não tem capacidade contributiva (Igualdade substancial).

  • A - CERTO EX: MPs podem instituir ou majorar impostos;

    B- CERTO é vedada a qualquer ente cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicado a lei que os instituiu ou majorou;

    C- ERRADO Sempre que possível os impostos terão cárater pessoal e serão graduados segundo a capacidade contributiva do constribuinte

  • o princípio da anterioridade está relacionado à eficácia da norma e não à sua vigência.

    letra B errada.

  • Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

      I - impostos;

     II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

      III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

     § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

  • GABARITO: LETRA C!

    Complementando:

    Referente à alternativa D:

    Em matéria tributária, diante da previsão expressa de irretroatividade, não se invoca a segurança jurídica como balança na ponderação dos bens jurídicos quando se está diante de um tributo afetado por retroatividade verdadeira, autêntica ou própria. Ou seja, havendo regra sobre o assunto (Princípio da Irretroatividade), não se abre a discussão acerca da observância do princípio da segurança jurídica.

    A segurança jurídica, contudo, continuará a servir de critério de ponderação em situações de retroatividade imprópria, inautêntica ou falsa, tutelando a confiança dos contribuintes depositada na atuação dos órgãos do Estado.

    Schoueri, Luís Eduardo. Direito tributário / Luís Eduardo Schoueri - 8. ed. - São Paulo: Saraiva Educação, 2018.

  • O princípio da anterioridade está relacionado à eficácia da norma e não à sua vigência.

  • Contribuindo com o comentário dos colegas Rodrigo C e Erika Dantas:

    Tanto é verdade que o P. da Anterioridade está relacionado à eficácia da norma, que Eduardo Sabag, em Direito Tributário Essencial, 2020. p. 34, ensina : "O princípio da anterioridade tributáriaou princípio da eficácia diferida – está previsto nas alíneas b e c do inciso III do art. 150 da CF".

  • Sobre a alternativa B:

    Para mim, a assertiva está incorreta.

    O Princípio da Anterioridade estabelece um intervalo mínimo entre a PUBLICAÇÃO da lei que cria ou majora o tributo e a DATA DE SUA EFETIVA EXIGÊNCIA.

    A CR/88, em seu art. 150,III, b, afirma que a anterioridade se posiciona entre “publicação” da lei e a “cobrança” do tributo.

    A anterioridade não impede que a lei tributária entre em vigor na data de sua publicação. “Entrar em vigor na data de sua publicação” é o fenômeno da vigência, o que não significa necessariamente que o tributo seja efetivamente cobrado com base na lei nova. Inexiste qualquer relação entre anterioridade e vigência.

    Assim, mesmo que a lei, instituindo ou majorando tributo, seja publicada e entre em vigor na mesma data, não haverá afronta ao princípio da anterioridade, desde que qualquer exigência somente seja realizada no exercício seguinte (anterioridade anual), observado o intervalo mínimo de noventa dias (anterioridade nonagesimal).

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 

    III – cobrar tributos: 

    b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; 

    c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b.

  • Com relação aos princípios que servem de vetores para o conhecimento do Direito Tributário, assinale a alternativa incorreta. 

    B) O princípio da anterioridade, que não se estende à totalidade dos tributos, impõe a existência de um prazo entre a lei que institui ou aumenta um tributo e o início de sua vigência.

    ——

    SMJ., a alternativa “B” também está errada.

    Já a vigência de uma lei está relacionada à sua publicidade, significando, em síntese, que a lei é válida e que já foi formalmente publicada no meio oficial adequado, dando-se publicidade ao seu texto junto à população e, especialmente, aos seus destinatários específicos. A vigência está diretamente relacionada à eficácia jurídica da norma.

    Por sua vez, a eficácia da lei está relacionada à possibilidade de a lei, uma vez válida e devidamente publicada, vir a surtir efeitos junto aos seus destinatários.

    Em regra, a vigência e a eficácia de uma lei se dão ao mesmo tempo. Entretanto, quanto à eficácia, uma lei tributária, em especial, deve atender, especialmente, aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal, uma vez que, mesmo que plenamente válida e devidamente publicada (vigente), uma lei tributária pode ainda não ser eficaz.

    Como exemplo, temos a lei municipal que altera a base de cálculo do IPTU, regularmente editada (possui todos os requisitos de validade) e publicada em 20 de novembro de 2014, possuindo em seu texto esse dia como data de vigência da mesma. Conforme a CF/88 (artigo 150, §1º), as alterações da base de cálculo do IPTU são exceções apenas ao princípio da noventena, devendo obediência ao princípio da anterioridade.

    Assim, mesmo que publicada em 20 de novembro de 2014, portanto plenamente vigente, a produção de efeitos (eficácia) somente se dará em 1º de janeiro de 2015, obedecendo ao princípio da anterioridade anual. A lei já está em vigor, mas ainda não possui eficácia, não produzindo os efeitos que lhe são próprios quanto às alterações da base de cálculo.

    Já vimos que podemos ter vigência sem eficácia.

    Fonte: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/prosa-rapida-diferencas-entre-validade-vigencia-e-eficacia-da-lei-tributaria/

  • Com relação à letra B.

    CF/88 - Art. 150 Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    III - cobrar tributos:

    a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;

    Então a letra B também está correta.

  • A discussão da alternativa "B" depende do doutrinador que a banca seguiu. Conforme já exposto, nos termos do art. 150, III, CF está correta.

    Ademais a isto cito trecho do Manual de Direito Tributário do Hugo de Brito Machado:

    "Se a lei cria ou aumenta o tributo é publicada mais de 90 dias antes do final do exercício(p.ex., em agosto), sua vigência poderá iniciar-se logo no primeiro dia do exercício seguinte, pois até então já terá transcorrido o prazo de 90 dias exigidos pela alínea C do inc. III do art. 150 da CF/88. Entretanto, se a lei é publicada faltando menos de 90 dias para o final do exercício, mesmo depois de iniciado o exercício seguinte será preciso esperar o término do prazo de 90 dias. Exemplificando, publicado a lei em 31 de dezembro de um ano, somente poderão ser tributados os fatos ocorridos a partir de abril do ano seguinte; publicada em 30 de novembro, sua vigência somente poderá ter início em março do ano seguinte, e assim por diante."

    Assim, por existir divergência doutrinaria, ERRADA não está.

  • Luciana L, você está fazendo uma grave confusão entre o princípio da irretroatividade e o princípio da anterioridade. O art.150, inciso III, "a", citado por você, trata do princípio da irretroatividade e NÃO do princípio da anterioridade. O princípio da anterioridade está previsto no art. 150, III, mas na alínea "b", que não menciona a VIGÊNCIA da lei.

    Portanto, cuidado.

    Me parece, sobretudo à luz dos argumentos dos colegas nesse sentido, que a alternativa B realmente está incorreta, pois confunde EFICÁCIA (a que se refere a anterioridade) com VIGÊNCIA (a que se refere a irretroatividade).

    A questão deveria, pois, ser anulada.

  • Nas palavras de Francesco Gabba: "Vigência é a qualidade impositiva da lei".

    A alternativa "b" está corretíssima!

    Ocorre que a alternativa trata do princípio da noventena e está correta a definição na questão.

    Os colegas, por estarem estudando firme, se confundem com a simplicidade da questão, vejamos: Na anterioridade anual, a vigência, que é sinônimo de eficácia, ocorre a partir de 1º de janeiro, já a noventena tem o intertício de mais noventa dias para a exigibilidade.

    O que a alternativa falou foi sobre a vacátio legis, o prazo legal que uma lei tem pra entrar em vigor, ou seja, de sua publicação até o início de sua vigência (exigibilidade de seu cumprimento, eficácia).

  • https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista34/revista34_65.pdf

    Acessem o trabalho nas fls. 71/72

  • Não entendi o porque de a alternativa D não ser o gabarito:

    "Em matéria tributária, diante da previsão expressa de irretroatividade, não se invoca a segurança jurídica como balança na ponderação dos bens jurídicos quando se está diante de um tributo afetado por retroatividade verdadeira, autêntica ou própria."

    Como não se invoca os consectários da segurança jurídica se o CTN já expressamente disse os únicos momentos em que a lei poderá retroagir?

    Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

             I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;

           II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:

           a) quando deixe de defini-lo como infração;

           b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;

           c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.

    Quais seriam os tributos afetados por irretroatividade verdadeira, alguém poderia dizer?

  • LETRA A - A rigidez do princípio da legalidade encontra alguma mitigação na própria Constituição Federal, na medida em que o constituinte viu em certos tributos um veículo para introduzir no ordenamento jurídico normas indutoras de comportamento.

    Correta. Alguns impostos são utilizados como meio de fomentar ou não uma determinada conduta, são chamadas de extrafiscais. Quanto a estes há uma mitigação do P. da legalidade. Por ex., o II e IE podem ser instituídos por meio de Decreto.

    LETRA B - O princípio da anterioridade, que não se estende à totalidade dos tributos, impõe a existência de um prazo entre a lei que institui ou aumenta um tributo e o início de sua vigência.

    Correta. Alguns tributos podem ser cobrados de imediato não respeitando a anterioridade do exercício nem a nonagesimal. Por ex., o II, EC de guerra.

    LETRA C - Para que não haja violação ao princípio da capacidade contributiva, a hipótese tributária deve ser escolhida mediante a adoção de um critério único de valoração, de modo a impedir eventual distinção entre os que tem e os que não tem capacidade contributiva.

    Incorreta. Para que se atenda ao princípio da capacidade contributiva deve haver distinção entre os que tem e os que não tem. Ex.: o IPI. Quanto maior a essencialidade do produto, menor a tributação. 

    LETRA D - Correta.

  • 1) Enunciado da questão

    A questão exige conhecimento sobre os princípios tributários.


    2) Base constitucional (CF de 1988)
    Art. 145. [...].
    § 1º. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
    Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
    I) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
    § 1º. A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I (redação dada pela EC n.º 42/03).
    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
    I) exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
    III) cobrar tributos:
    a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
    b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
    c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
    Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
    I) importação de produtos estrangeiros;
    II) exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
    III) renda e proventos de qualquer natureza;
    IV - produtos industrializados;
    V) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
    VI) propriedade territorial rural;
    VII) grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
    § 1º. É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
    Art. 154. A União poderá instituir:
    II) na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
    3) Base legal (Código Tributário Nacional)
    Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
    I) em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
    II) tratando-se de ato não definitivamente julgado:
    a) quando deixe de defini-lo como infração;
    b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
    c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
    4) Exame da questão e identificação da resposta
    a) Certo. A rigidez do princípio da legalidade tributária, que está previsto no art. 150, inc. I, da CF, encontra alguma mitigação na própria Constituição Federal, na medida em que o constituinte viu em certos tributos um veículo para introduzir no ordenamento jurídico normas indutoras de comportamento. A título de exemplo, no caso dos impostos extrafiscais (CF, art. 153, § 1.º), é facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as suas alíquotas por decreto.
    b) Certo. O princípio da anterioridade tributária, que está previsto no art. 150, inc. III, alíneas “b" e “c", da CF, impõe a existência de um prazo entre a lei que institui ou aumenta um tributo e o início de sua vigência. Com efeito, é vedado cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, bem como antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Há exceções constitucionais ao princípio em referência, a exemplo dos impostos extraordinários de guerra (CF, art. 154, inc. II) e do empréstimo compulsório para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência (CF, art. 148, inc. I).
    c) Errado. O princípio da capacidade contributiva, que está previsto no art. 145, § 1.º, da CF, permite, sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte (e não a adoção de um critério único de valoração). Dessa forma, no imposto de renda, por exemplo, são instituídas alíquotas progressivas para os contribuintes conforme a capacidade econômica de cada um.
    d) Em matéria tributária, diante da previsão expressa de irretroatividade, nos termos do art. 150, inc. III, alínea “a", da CF, é vedado ao poder público cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. Em razão desse preceito, é certo afirmar que “não se invoca a segurança jurídica como balança na ponderação dos bens jurídicos quando se está diante de um tributo afetado por retroatividade verdadeira, autêntica ou própria".
    Resposta: C (a única incorreta).


ID
3412732
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Considere a seguinte situação hipotética:


Determinada instituição social, entidade assistencial imune ao pagamento de tributos, aluga um de seus imóveis a estacionamento de veículos, não sendo a locação a sua atividade típica.


Nesse caso, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: (A)

    (A) CORRETA. Súmula Vinculante 52. Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.

  • Comentário do Márcio do Dizer o Direito: repare que a SV 52 tem uma redação mais flexível, mais elástica que a antiga Súmula 724, porque agora não se exige mais que o valor dos alugueis seja aplicado nas atividades ESSENCIAIS da entidade, tendo sido suprimido esse adjetivo. Atualmente, basta que o valor dos alugueis seja investido nas atividades da entidade (pg. 224 do Livro dele de Súmulas).

    Acredito que a banca quis cobrar o conhecimento da súmula 724 do STF, mas ela está superada com o advento da SV 52. Além disso, em razão da SV 52 não mencionar a necessidade de aplicação nas atividades essenciais, mas sim em qualquer atividade da entidade, acredito que o gabarito é discutível...

  • Concordo com o comentário da Preguicinha da Federal.

    Seguem excertos do livro Sabbag, Eduardo Manual de direito tributário / Eduardo

    Sabbag. – 8. ed. – São Paulo : Saraiva, 2016.

    Nesse sentido, aliás, seguiu o STF, ao prolatar a Súmula n. 724: “Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades”. (exatamente o teor da alternativa A)

    Frise-se que, em 18 de junho de 2015, o Plenário do STF, por maioria, acolheu proposta de edição de enunciado de súmula vinculante com o seguinte teor: “Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da CF, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas”. Assim, tornou vinculante o conteúdo do Verbete 724 da Súmula do STF. Trata-se da Súmula Vinculante n. 52 do STF, acolhida a proposta redacional do Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente). A esse respeito, observe-se que a parte final do texto da Súmula n. 724 não equivale exatamente à parte final do texto da Súmula Vinculante n. 52:

    Parte final: Súmula n. 724: “(...) desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.”

    Súmula Vinculante n. 52, STF:“(...) desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.”

    Entendemos que a supressão, no novel Enunciado, do tão discutido requisito de essencialidade, constante da Súmula n. 724 do STF, oferta maior elasticidade ao intérprete que, agora, deve se fiar aos contornos das atividades para as quais tais entidades foram constituídas.

    Por derradeiro, repise​-se que a imunidade tributária em estudo protege as instituições descritas na alínea “c” apenas da incidência tributária dos impostos, não as deixando incólumes diante da incidência das demais exações tributárias. Sendo assim, haverá normal exigibilidade, sobre os partidos políticos, sindicatos de trabalhadores e instituições de educação, de taxas, contribuições de melhoria, contribuições social​-previdenciárias, entre outros tributos

  • ncordo com o comentário da Preguicinha da Federal.

    Seguem excertos do livro Sabbag, Eduardo Manual de direito tributário / Eduardo

    Sabbag. – 8. ed. – São Paulo : Saraiva, 2016.

    Nesse sentido, aliás, seguiu o STF, ao prolatar a Súmula n. 724: “Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades”. (exatamente o teor da alternativa A)

    Frise-se que, em 18 de junho de 2015, o Plenário do STF, por maioria, acolheu proposta de edição de enunciado de súmula vinculante com o seguinte teor: “Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da CF, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas”. Assim, tornou vinculante o conteúdo do Verbete 724 da Súmula do STF. Trata-se da Súmula Vinculante n. 52 do STF, acolhida a proposta redacional do Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente). A esse respeito, observe-se que a parte final do texto da Súmula n. 724 não equivale exatamente à parte final do texto da Súmula Vinculante n. 52:

    Parte final: Súmula n. 724: “(...) desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.”

    Súmula Vinculante n. 52, STF:“(...) desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.”

    Entendemos que a supressão, no novel Enunciado, do tão discutido requisito de essencialidade, constante da Súmula n. 724 do STF, oferta maior elasticidade ao intérprete que, agora, deve se fiar aos contornos das atividades para as quais tais entidades foram constituídas.

    Por derradeiro, repise​-se que a imunidade tributária em estudo protege as instituições descritas na alínea “c” apenas da incidência tributária dos impostos, não as deixando incólumes diante da incidência das demais exações tributárias. Sendo assim, haverá normal exigibilidade, sobre os partidos políticos, sindicatos de trabalhadores e instituições de educação, de taxas, contribuições de melhoria, contribuições social​-previdenciárias, entre outros tributos

  • Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    VI - instituir impostos sobre:

    c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

    Súmula 724

    Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.

  • Prezados, e como fica a tese de repercussão geral do RE 594015 que diz que “A imunidade recíproca não se estende a empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela exploradora de atividade econômica com fins lucrativos. Nessa hipótese, é constitucional a cobrança de IPTU pelo município”?

    O estacionamento de veículos não se enquadra como empresa privada explorando atividade econômica com fins lucrativos?

  • Súmula vinculante 52-STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da CF, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.

  • Gabarito questionável: "A imunidade recíproca, prevista no artigo 150, VI, a, da Constituição não se estende a empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela exploradora de atividade econômica com fins lucrativos. Nessa hipótese é constitucional a cobrança do IPTU pelo município" (Recurso Extraordinário 594.015 — Tema 385).
  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Imunidade.

     

    Para pontuarmos nessa questão, temos que dominar o teor da súmula vinculante 52, que expõe uma condição para que o imóvel permanece imune, qual seja, que o valor do aluguel seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.

    Súmula Vinculante 52 - Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.

     

    Logo, o enunciado é corretamente completado com a Letra A, ficando assim: Determinada instituição social, entidade assistencial imune ao pagamento de tributos, aluga um de seus imóveis a estacionamento de veículos, não sendo a locação a sua atividade típica. Nesse caso, é correto afirmar que ainda que alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente à instituição social, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tal entidade. 

     

    Gabarito do professor: Letra A.

  • Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 

    VI - instituir impostos sobre: 

    c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

    Súmula vinculante 52 - Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.


ID
3412735
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A respeito da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, que versa sobre normas e princípios aplicáveis a todos os ramos da ciência jurídica, analise as afirmativas a seguir.


I. Entre as principais funções da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro estão a determinação do início da obrigatoriedade das leis e a delimitação dos critérios de hermenêutica e interpretação da lei.

II. Uma vez que a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro dirige-se apenas mediatamente à conduta humana, é considerada pela doutrina brasileira como uma sobrenorma ou uma norma de sobredireito.

III. A expressão “princípios gerais do direito”, prevista na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, não se confunde com os princípios constitucionais fundamentais, sejam eles explícitos ou implícitos.

IV. Consideradas as dimensões continentais do território brasileiro, aplica-se em situações específicas a vacatio legis progressiva, na qual a vigência da lei federal pode se dar em prazos diferenciados nas diversas regiões do país.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Qual o erro da IV???

  • Art. 1º Salvo disposição contrária (ou seja, se a vacatio for de prazo maior ou lei de aplicação imediata), a lei começa a vigorar em todo o País, quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. (não há progressividade).

  • A LINDB dispõe sobre regras de vigência e interpretação de outras leis. Por esse motivo é tambem denominada de lei de sobredireito.

    Igualmente, a Lei de introdução às normas de direito brasileiro prevê o principio da vigência sincrônica de forma expressa em em seu artigo primeiro.

    Existe posicionamento doutrinário divergente no sentido de permitir a vigência diferenciada em por localidades. O que tornaria o item correto.

    A problemática do item IV, a meu ver, está no fato de que a questão em si se refere especificamente à letra fria da Lei.

  • Gabarito letra B.

    Não há que se falar em a vacatio legis progressiva, errado, pois, o item IV. Art.1/LINDB  Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.  Princípio da Vigência Sincrônica. Essa obrigatoriedade é imposta de modo simultâneo em todo o território nacional, não mais havendo distinção, como outrora, entre as diferentes regiões brasileiras para a vigência da norma legal. É o que se convencionou denominar sistema da obrigatoriedade simultânea.

  • GABARITO: LETRA B

    I e II -

    A LINDB é um diploma multidisciplinar que se aplica a qualquer ramo do Direito. É um código geral sobre a elaboração e aplicação das normas jurídicas. Trata-se, portanto, de uma norma SOBREDIREITO (lex legum), ou seja, é uma "norma sobre normas".

    III -

    "Princípios gerais do direito" referido no dispositivo são princípios INFORMATIVOS, meras recomendações e, são universais. Logo, não possuem força normativa. (diferente dos princípios fundamentais)

    IV -

    "Obrigatoriedade simultânea" : Antigamente, a lei se tornava obrigatória por etapas: primeiro na capital federal, depois nas zonas litorâneas e depois ia se interiorizando. Hoje, ela entra em vigor em todos os locais do país ao mesmo tempo.

  • A DIFERENÇA ENTRE OS PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO E OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

    Após estas linhas iniciais, mister se faz ressaltar que os princípios gerais de direito acima enunciados como a última alternativa à colmatação de lacunas legais não se confundem com os princípios constitucionais. Os princípios constitucionais espelham categoria diversa e, repita-se, não podem ser confundidos com os princípios que se prestam ao suprimento de omissões do legislador como derradeira fórmula. É que os princípios constitucionais possuem força vinculante e são na verdade o início, o ponto de partida de qualquer atividade judicante, seja de interpretação, integração ou de aplicação da lei. São de observância necessária e obrigatória em qualquer situação, sob pena de invalidade por vício de inconstitucionalidade. E, antes de mais nada, devem informar a própria atividade legislativa, bem como a atuação de todos os entes estatais. 

  • Obrigatoriedade simultânea ou vigência sincrônica da lei. Entra em vigor ao mesmo tempo em todo o território nacional.

  • Erro do item IV

    "Consideradas as dimensões continentais do território brasileiro, aplica-se em situações específicas a vacatio legis progressiva, na qual a vigência da lei federal pode se dar em prazos diferenciados nas diversas regiões do país". Errado! Independente das dimensões do território brasileiro, aplica-se a nominada vigência sincrônica, segundo a qual a lei entrará em vigor, de forma simultânea, em todo o território nacional

     

     

  • A fim de encontrarmos a alternativa correta, iremos analisar cada uma das assertivas a seguir:

    I. A LINDB estabelece parâmetros gerais para elaboração, vigência e eficácia das leis, além da interpretação, integração e aplicação das próprias normas legais, genericamente compreendidas. Trata-se de uma verdadeira lei de introdução às normas jurídicas. As principais funções dela são: a) determinar o início da obrigatoriedade das leis (art. 1º); b) regular a vigência e eficácia das normas jurídicas (arts. 1º e 2º); c) impor a eficácia geral e abstrata da obrigatoriedade, não admitindo a ignorância da lei vigente (art. 3º); d) traçar os mecanismos de integração da norma legal, para a hipótese de lacuna na norma (art. 4º); e) delimitar os critérios de hermenêutica, de interpretação da lei (art. 5º); f) regulamentar o direito intertemporal (art. 6º); g) regulamentar o direito internacional privado no Brasil (arts. 7º a 17), abarcando normas relacionadas à pessoa e à família (arts. 7º e 11), aos bens (art. 8º), às obrigações (art. 9º), à sucessão (art. 10), à competência da autoridade judiciária brasileira (art. 12), à prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro (art. 13), à prova da legislação de outros países (art. 14), à execução da sentença proferida por juiz estrangeiro (art. 15), à proibição do retorno (art. 16), aos limites da aplicação da lei e atos judiciais de outro país no Brasil (art. 17) e, finalmente, aos atos civis praticados por autoridades consulares brasileiras no estrangeiro (arts. 18 e 19) (FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. Parte Geral e LINDB. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2015. v. 1. p. 78-79). Correta;

    II. Nas precisas lições do Prof. Flavio Tartuce, “ao contrário das outras normas, que têm como objeto o comportamento humano, a Lei de Introdução tem como objeto a própria norma. Por tal razão é que se aponta tratar-se de uma norma de sobredireito" (TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Lei de Introdução e Parte Geral. 15. ed. Rio de janeiro: Forense, 2019. v. 1. p. 22). Correta;

    III. “Os princípios gerais são regramentos básicos aplicáveis a um determinado instituto ou ramo jurídico, visando a auxiliar o aplicador do direito na busca da justiça e da pacificação" (TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Lei de Introdução e Parte Geral. 15. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. v. 1. p. 62).

    Ou, ainda, “são regras de conduta que norteiam o juiz na interpretação da norma, do ato ou negócio jurídico. Os princípios gerais de direito não se encontram positivados no sistema normativo. São regras estáticas que carecem de concreção. Têm como função principal auxiliar o juiz no preenchimento das lacunas" (NERY JR., Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código Civil anotado. 2. ed. São Paulo: RT, 2003. p. 141).

    À título de exemplo, temos a socialidade, a operabilidade, a função social, boa-fé.

    O fato é que, de acordo com o pós-positivismo, a analogia e os bons costumes ainda seriam fontes secundárias, mas não mais os princípios, que, ao lado da lei, passaram a ser considerados verdadeiras fontes primárias. As normas jurídicas seriam o gênero, cujas espécies seriam as regras e os princípios, sendo estes considerados mandados de otimização. Lucas de Abreu, inclusive, defende a revogação do art. 4º da LINDB, com fundamento de que os princípios gerais do direito, na realidade pós-positivista, consubstanciam-se nos princípios constitucionais, com eficácia normativa.

    Paulo Bonavides aponta para a constitucionalização dos princípios gerais do direito, devendo ser reconhecida, em alguns casos, a eficácia normativa imediata, particularmente naqueles que envolvam os direitos fundamentais da pessoa ou de personalidade, haja vista que, com o Estado Democrático de Direito, houve a transposição dos princípios gerais de direito para princípios constitucionais fundamentais.

    Acontece que o entendimento clássico e majoritário ainda é no sentido de serem os princípios usados diante da ausência da lei, ao lado do costume e analogia (TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Lei de Introdução e Parte Geral. 15. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. v. 1. p. 64-66).

    Já os princípios constitucionais são normas jurídicas hierarquicamente superiores às normas contidas na codificação civil, dotados de força vinculante e observância necessária e obrigatória. É o Código Civil que deve ser interpretado e aplicado à luz das normas constitucionais, não o contrário (SCHEIBER, Anderson. Manual de Direito Civil Contemporâneo. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2020. p. 118).

    Alexandre Câmara complementa que “aceitar a ideia de que esses princípios gerais são os princípios constitucionais, ter-se-ia de admitir que os princípios constitucionais são aplicados em último lugar, depois da lei e das demais fontes de integração das lacunas. Isto, porém, não corresponde à verdade. Os princípios constitucionais devem ser aplicados em primeiro lugar (e não em último), o que decorre da supremacia das normas constitucionais sobre as demais normas jurídicas. Entende-se por princípios gerais de direito aquelas regras que, embora não se encontrem escritas, encontram-se presentes em todo o sistema, informando-o. É o caso da velha parêmia segundo a qual “o direito não socorrem os que dormem" (CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. Rio de Janeiro. Lumen Juris. 16ª Edição. 2007. V. I, p. 20 e 33). Correta;

    IV. Temos o sistema do prazo de vigência único/sincrônico/simultâneo, em que a lei entra em vigor, em todo o país, ao mesmo tempo; e o sistema do prazo de vigência sucessiva/progressiva, em que a lei entra em vigor aos poucos. O Brasil adotou o primeiro sistema, conforme se verifica na primeira parte do caput o art. 1º da LINDB: “Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar EM TODO O PAÍS quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada".

    O mesmo se verifica no § 1º do art. 1º: “Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 3 (três) meses depois de oficialmente publicada".

    Ressalte-se que nada impede que seja adotado o segundo sistema, bastando que haja previsão expressa no texto da lei neste sentido. Incorreta.




    Estão corretas as afirmativas

    B) I, II e III, apenas.



    Resposta: B 
  • A lei começa a vigorar em TODO O PAÍS 45 dias após sua publicação, salvo disposição em contrário.

    Essa ressalva é acerca do prazo e não do território.

  • ITEM II - CORRETO

    A LINDB é uma norma sobredireito (lex legum). Seu objeto imediato é a própria norma. Exemplos: vigência e interpretação da norma.

    ITEM IV - INCORRETO

    Base legal: artigo 1º do Decreto-Lei nº 4.657/42

    Adota-se o princípio da vigência sicrônica. Significa que a lei entrará em vigor, de forma simultânea, em todo território nacional.

  • "Uma vez que a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro dirige-se apenas mediatamente à conduta humana", poderiam me explicar essa expressão?

  • Questão muito fácil, basta eliminar a IV

  • Manoel Italo, a LiNDB dirige-se de forma imediata ao legislador que é o criador da lei e ao aplicador do direito, no caso o Juiz. É por isso que para nós, mero seres humanos kkkk, ela reflete de forma mediata, pois a LINDB busca o fim social e o bem comum.

  • A questão apenas demandava que o candidato observasse que a LINDB não admite a vacatio legis progressiva, ou seja, que dentro do Brasil, a lei federal inicia sua vigência em momentos diferentes. No mais, vemos que a LINDB trata mesmo do início da obrigatoriedade das leis, dos critérios de hermenêutica e interpretação da lei, bem como é uma norma sobre normas (e não sobre a conduta humana imediatamente). Além disso, os princípios gerais de direito não se confundem com princípios constitucionais fundamentais, pois abarcam os princípios comuns às variadas áreas do direito.

    Resposta: B

  • O item IV está incorreto porque prevalece o princípio da vigência sincrônica ou obrigatoriedade simultânea. A lei entra em vigor ao mesmo instante em todo o território de aplicabilidade.
  • I. Entre as principais funções da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro estão a determinação do início da obrigatoriedade das leis e a delimitação dos critérios de hermenêutica e interpretação da lei. CERTA

    II. Uma vez que a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro dirige-se apenas mediatamente à conduta humana, é considerada pela doutrina brasileira como uma sobrenorma ou uma norma de sobredireito. CERTA

    A LINDB é um conjunto de normas sobre normas, ou uma norma sobredireito (lex legum), eis que disciplina as próprias normas jurídicas, prevendo a maneira de sua aplicação no tempo e no espaço, bem como a sua compreensão e o entendimento do seu sentido lógico, determinando também quais são as fontes do direito, em complemento aos que consta na CF/88.

    Seu objeto imediato é a própria norma. Exemplos: vigência e interpretação da norma.

    Importante: A Lei constitui fonte formal, direta ou imediata primária, enquanto a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito constituem fontes formais, diretas ou imediatamente secundárias.

    III. A expressão “princípios gerais do direito”, prevista na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, não se confunde com os princípios constitucionais fundamentais, sejam eles explícitos ou implícitos. CERTA

    A DIFERENÇA ENTRE OS PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO E OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

    Após estas linhas iniciais, mister se faz ressaltar que os princípios gerais de direito acima enunciados como a última alternativa à colmatação de lacunas legais não se confundem com os princípios constitucionais. Os princípios constitucionais espelham categoria diversa e, repita-se, não podem ser confundidos com os princípios que se prestam ao suprimento de omissões do legislador como derradeira fórmula. É que os princípios constitucionais possuem força vinculante e são na verdade o início, o ponto de partida de qualquer atividade judicante, seja de interpretação, integração ou de aplicação da lei. São de observância necessária e obrigatória em qualquer situação, sob pena de invalidade por vício de inconstitucionalidade. E, antes de mais nada, devem informar a própria atividade legislativa, bem como a atuação de todos os entes estatais. 

    IV. Consideradas as dimensões continentais do território brasileiro, aplica-se em situações específicas a vacatio legis progressiva, na qual a vigência da lei federal pode se dar em prazos diferenciados nas diversas regiões do país.

    ERRADA

    A lei começa a vigorar em TODO O PAÍS 45 dias após sua publicação, salvo disposição em contrário.

    Essa ressalva é acerca do prazo e não do território.

    Base legal: artigo 1º do Decreto-Lei nº 4.657/42

    Adota-se o princípio da vigência sicrônica. Significa que a lei entrará em vigor, de forma simultânea, em todo território nacional.

  • LINDB Art. 1 Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

    PRINCÍPIO DA VIGÊNCIA SINCRÔNICA DA LEI.

  • I. Entre as principais funções da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro estão a determinação do início da obrigatoriedade das leis (trata-se da aplicação do artigo 1º da LINDB, onde a lei começará a vigorar após 45 dias de sua publicação) e a delimitação dos critérios de hermenêutica e interpretação da lei (nessa parte entendi que seria a aplicação da analogia, costumes e os princípios gerais do direito, prevista no artigo 4º da LINDB).

  • Q854945    PRINCÍPIO DA VIGÊNCIA SINCRÔNICA = PRINCÍPIO DO PRAZO ÚNICO)

    Determinada lei passou pelo seu regular processo legislativo, vindo a ser sancionada e publicada, mas em seu texto não constou a data em que ela entraria em vigor. Nessa situação hipotética, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei n° 4.657/1942) estabelece que a referida lei começa a vigorar, respectivamente, em todo o país e nos Estados estrangeiros, quando admitida

    quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada e três meses depois de oficialmente publicada.

    Quando a lei for omissa:

    a) No território nacional:      45 dias depois de oficialmente publicada.

    b) Estados estrangeiros: Em se tratando de aplicação extraterritorial da lei brasileira, 3 meses após oficialmente publicada.

     

    EXTERIOR: 03 MESES

    BRASIL: SE A LEI NOVA NÃO DIZ NADA = 45 DIAS

     

    NOVA PUBLICAÇÃO: Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.

     

    INTERESSANTE:

    Q833970

    Determinada lei, composta por 200 (duzentos) artigos, tratando de assuntos ligados ao direito civil, contemplou a seguinte disposição em sua parte final: Art. 200. Esta Lei entra em vigor:

     

    I. a partir de 1° de janeiro de 2018, em relação aos arts. 1° a 50 ;

    II. 30 (trinta) dias após a sua publicação, em relação aos arts. 51 a 100;

    III. no 1° (primeiro) dia do 6° (sexto) mês subsequente ao de sua publicação, em relação aos arts. 101 a 130.

    todas as disposições de vacatio são válidas e os artigos não expressamente mencionados começarão a vigorar no país 45 (quarenta e cinco) dias após a oficial publicação da lei.

     

  • A maldade pra fazer prova.

    Quando uma questão pede que o candidato julgue várias assertivas como certas ou erradas e apresente ao final a listagem das assertivas certas, como é o caso dessa questão, caso os enunciados apresentem diversos conceitos e você não se lembre de todos, tente fazê-la de baixo para cima.

    No caso dessa questão, se você sabia a alternativa IV, já matava a questão toda.

    Próxima!


ID
3412738
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Quanto aos prazos prescricionais previstos no Código Civil, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 206. Prescreve:

    a) Resposta

    § 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.

  • A) ERRADA.

    ''Art. 206. Prescreve:

    § 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.''

     

    B) ERRADA.

    ''Art. 206. Prescreve:

    § 1º Em um ano:

    III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;''

     

    C) ERRADA.

    ''Art. 206. Prescreve:

    § 5º Em cinco anos:

    II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;''

     

    D) CERTA.

    ''Art. 206. Prescreve:

    § 1º Em um ano:

    V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.''

  • A) 2 anos

    b) 1 ano

    c) 5 anos

    d) 1 ano

  • GABARITO LETRA 'D'

    A Prescreve em três anos a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem. INCORRETA

    § 2º DO ART. 206 CC. 2 ANOS.

    B Prescreve em cinco anos a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários. INCORRETA

    INC. III DO § 1 DO ART. 206 CC. 1 ANO.

    C Prescreve em quatro anos a pretensão dos profissionais liberais em geral pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços. INCORRETA

    INC. II DO § 5º DO ART. 206 CC. 5 ANOS.

    D Prescreve em um ano a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade. CORRETA

    INC. V DO § 1 DO ART. 206 CC. 1 ANO.

    "A cada dia produtivo um degrau subido" HCCB

  • A fim de encontrarmos a resposta correta, iremos analisar cada uma das alternativas a seguir:

    A) “Prescreve: Em DOIS ANOS, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem" (art. 206, § 2º do CC). Incorreta;

    B) “Prescreve: Em UM ANO: a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários" (art. 206, § 1º, III do CC). Incorreta;

    C) “Prescreve: Em CINCO ANOS: a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato" (art. 206, § 5º, II do CC). Incorreta;

    D) Em harmonia com a previsão do art. 206, § 1º, V do CC.  Correta.




    Resposta: D 
  • Pessoal, segue uma dica boba, do saudoso professor Thiago Godoy:

    prescrição 2 anos - alimentos (lembra de casal, são dois);

    prescrição 4 anos - tutela ( lembrar que a tela é um quadrado com 4 lados)

    Minha dicas para algumas palavras chaves nesses prazos:

    prazo 5 anos ( são 3 hipóteses) : vencedor x vencido; honorários de profissionais liberais, professores, procuradores, curadores; dívida líquida de instrumento

    3 anos ( o que mais cai): reparação civil; DPVAT; título de crédito; aluguéis de prédios.

    1 anos ( o que mais cai): pretensão dos hospedeiros; segurado contra segurador (seguro facultativo); pretensão contra perito em avaliação em SA;

    LEIAM A LEI E DEPOIS MARQUEM AS SUAS PALAVRAS CHAVES PARA DECORAR!!!

  • Pessoal, segue uma dica boba, do saudoso professor Thiago Godoy:

    prescrição 2 anos - alimentos (lembra de casal, são dois);

    prescrição 4 anos - tutela ( lembrar que a tela é um quadrado com 4 lados)

    Minha dicas para algumas palavras chaves nesses prazos:

    prazo 5 anos ( são 3 hipóteses) : vencedor x vencido; honorários de profissionais liberais, professores, procuradores, curadores; dívida líquida de instrumento

    3 anos ( o que mais cai): reparação civil; DPVAT; título de crédito; aluguéis de prédios.

    1 anos ( o que mais cai): pretensão dos hospedeiros; segurado contra segurador (seguro facultativo); pretensão contra perito em avaliação em SA;

    LEIAM A LEI E DEPOIS MARQUEM AS SUAS PALAVRAS CHAVES PARA DECORAR!!!

  • Prescreve em 2 anos a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.

    Obs: lembrar que não corre prescrição contra os absolutamente incapazes

  • PRAZOS PRESCRICIONAIS

    – 1 ANO

    •       Hospedagem ou alimentos

    •       Segurado contra segurador

    •       Serventuários da justiça em relação a emolumentos, custas e honorários

    •       Formação de capital e LIQUIDAÇÃO DE SOCIEDADE

    – 2 ANOS

    •       Prestações alimentares

    – 3 ANOS

    •       Aluguéis, rendas, juros, dividendos, restituição de lucros de má fé, títulos de crédito

    •       Enriquecimento sem causa

    •       Reparação civil (inclusive beneficiário contra seguradora, se obrigatório o seguro)

    •       Fundadores, administradores e liquidantes por violação à lei ou ao estatuto

    – 4 ANOS

    •       TUTELA

    – 5 ANOS

    •       Dívidas líquidas em instrumento particular

    •       Honorários de profissionais liberais

    •       Vencedor contra vencido por despesas em juízo

    – 10 ANOS

    •       Quando a lei não houver fixado prazo menor

  • Questões desse tipo são um pesadelo pra mim, pois sou péssimo em decoreba. Seguimos.

  • GABARITO: D

    a) ERRADO: Art. 206. § 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.

    b) ERRADO: Art. 206. § 1º Em um ano: III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;

    c) ERRADO: Art. 206. § 5º Em cinco anos: II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;

    d) CERTO: Art. 206. § 1º Em um ano: V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.

  • Aqui não tem muito o que fazer, a não ser decorar usando palavras-chaves.

    02 anos -> Alimentos;

    04 anos -> Tutela;

    05 anos -> Profissionais liberais (honorários); Dívida líquida c/ instrumento púb/particular; vencedor vs. vencido (despesas em juízo)

    01 ano -> hospedagem; seguro; tabelião; perito (avaliação bens capital social); credores (liquidação sociedade)

    03 anos como tem muitas hipóteses ele vai por exclusão.

    10 anos é o prazo residual (por exemplo, inadimplemento contratual )

  • A) Alimentos = 2 anos.

    B) Serviços notariais = 1 ano.

    C) Profissionais liberais = 5 anos.

  • ALIMENTO2 - 2 anos

    QUATROTUTELA - 4 anos

    PROFISSIONAIS LIBERAIS - 5 anos, prazo longo, CC "corporativista" com a classe de advogados

  • COMPLEMENTANDO- NOVIDADE 2021

    Art. 206-A. A prescrição intercorrente observará o mesmo prazo de prescrição da pretensão. 

  • CUIDADO COM O REGISTRADOR!!!!

    Se for proposta contra o Estado:

    Responsabilidade objetiva.

    Prazo prescricional: 5 anos.

    Receberá por precatório ou RPV.

    Se for proposta contra o tabelião ou registrador:

    Responsabilidade subjetiva

    Prazo prescricional: 3 anos

    Receberá por execução comum.

    https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/abebb7c39f4b5e46bbcfab2b565ef32b?categoria=6#:~:text=4.,sob%20pena%20de%20improbidade%20administrativa.


ID
3412741
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Administração Pública pode conferir a pessoas determinadas, mediante instrumento jurídico específico, o direito de utilização de bens públicos.


Quanto às formas de uso privativo, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • A) Cessão de uso: “Cessão de uso é a transferência gratuita da posse de um bem público de uma entidade ou órgão para outro, a fim de que o cessionário o utilize nas condições estabelecidas no respectivo termo, por tempo certo ou indeterminado. É ato de colaboração entre repartições públicas, em que aquela que tem bens desnecessários aos seus serviços cede o uso a outra que deles está precisando. (…) A cessão de uso entre órgãos da mesma entidade não exige autorização legislativa e se faz por simples termo e anotação cadastral, pois é ato ordinário de administração através do qual o Executivo distribui seus bens entre suas repartições para melhor atendimento do serviço. (…) Em qualquer hipótese, a cessão de uso é ato de administração interna que não opera a transferência de propriedade e, por isso, dispensa registros externos. (Hely Lopes Meirelles )

    B) Característica importante do uso privativo de bem público é o seu caráter precário, exceção dada à concessão. José Cretella Junior define precariedade como sendo uma revogabilidade incondicional por iniciativa da Administração. Tanto na permissão, como na autorização ou concessão, o interesse público prevalecerá, sendo possível revogação unilateral.

    Não encontrei nada a respeito de prazo indeterminado ou limitação de prazo superior a dez anos conforme apresentado pela alternativa.

    C e D) A concessão de uso de bem público apresenta natureza contratual, também discricionária, porém não mais precária, tendo em vista que geralmente encontra-se associada a projetos que requerem investimentos de maior vulto por parte dos particulares. Sendo contratos administrativos, submetem-se à legislação de licitações e às cláusulas exorbitantes que caracterizam a contratação com o poder público.

    A concessão poderá ser temporária ou perpétua. Poderá ser onerosa ou gratuita. A remuneração, no caso da onerosidade é de preço público. A remuneração poderá ser prestada por meio de benfeitorias. Assim como na autorização e na permissão, caso seja gratuita, deverá ser fundamentada.

    Caso eu tenha me equivocado em algum ponto, por favor me avisem para que eu possa corrigir. Bons estudos.

  • Concessão de uso: contrato administrativo pelo qual a administração faculta ao particular a utilização privativa de bem publico.

    Contrato de direito publico, sinalagmático, oneroso ou gratuito, comutativo e intuito persona.

  • o   Gabarito: C.

    .

    A: ERRADA: Cessão de uso é a transferência da posse de um bem público de uma entidade ou órgão para outro, a fim de que o cessionário a utilize nas condições acordadas, por tempo certo ou indeterminado. Trata-se de ato de colaboração entre repartições públicas, em que aquela que tem bens desnecessários a seus serviços cede à que precisa, assemelhando-se ao comodato do direito privado. Será onerosa ou gratuita? Em regra, gratuita. Todavia, quando a outorga for da execução de empreendimentos de fins lucrativos, será onerosa, e, havendo competitividade, haverá licitação.

    B: ERRADA: Não há prazo fixo limite à utilização de bem público pelo particular.

    C: CORRETA: Concessão de uso é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público atribui a utilização exclusiva de um bem de seu domínio a um particular, para que o explore segundo sua destinação específica. Ex: concessão de uso remunerado de hotel municipal, de áreas em mercado, de locais para bares e restaurantes em edifícios e logradouros públicos.

    D: ERRADA: A concessão de uso pode ser remunerada ou gratuita.

  • GABARITO: LETRA C

    Concessão de uso de bem público:

    Concessão de uso de bem público é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público outorga ao particular, mediante prévia licitação, a utilização privativa de um bem público, por prazo determinado, de forma remunerada ou não, no interesse predominantemente público.

    FONTE:  Manual de Direito Administrativo (2019) - Alexandre Mazza.  

  • Relativamente à permissão de uso de bem público:

    Alternativa “A” incorreta. Na verdade, eis o conceito correto de "Cessão de uso" na lição de José dos Santos Carvalho Filho (2015, p. 1228): “é aquela em que o Poder Público consente o uso gratuito de bem público por órgãos da mesma pessoa ou de pessoa diversa, incumbida de desenvolver atividade que, de algum modo, traduza interesse para a coletividade”.

    Alternativa “B” incorreta. Ocorre que, ao contrário do aduzido nesta afirmativa, a concessão de uso poderá ocorrer por tempo certo ou indeterminado. Ainda quanto ao lapso temporal, o seguinte trecho proposto pela Banca examinadora: “superior a dez anos a contar da assinatura do instrumento”, não possui amparo legal. Atualmente diz o citado Decreto-lei nº 271/1967: “É instituída a concessão de uso, de terrenos públicos ou particulares, remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, como direito real resolúvel, para fins específicos de regularização fundiária de interesse social, urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência, ou outras modalidades de interesse social de áreas urbanas”.

    Alternativa “C” correta. Aqui, temos o conceito exato de “Concessão de uso”. O Mestre José dos Santos Carvalho Filho (2015, p. 1218), leciona que “Concessão de uso é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público confere a pessoa determinada o uso privativo de bem público, independentemente do maior ou menor interesse público da pessoa concedente”.

    Alternativa “D” incorreta. Temos dois equívocos na afirmativa. Vejamos cada um: Primeiro, é afirmado “A concessão de uso pressupõe remuneração pelo uso do bem público, não se admitindo concessões sem qualquer ônus para o concessionário (...)”. Não há sustentação nessa declaração. Nesse enfoque, vejamos a lição de José dos Santos Carvalho Filho (2015, p. 1219), “Admitem-se duas espécies de concessão de uso: (a) a concessão remunerada de uso de bem público; (b) a concessão gratuita de uso de bem público. A diferença emana das próprias expressões. Em alguns casos, o uso privativo implica o pagamento, pelo concessionário, de alguma importância ao concedente. Outras concessões consentem o uso sem qualquer ônus para o concessionário”. Segundo, é afirmado “(...) sob pena de o concessionário reivindicar a posse do bem”. O concessionário não pode reivindicar a posse do bem. Chancelando esse entendimento, José dos Santos Carvalho Filho (2015, p. 1220) pontua que “Importa observar, neste passo, que o concessionário de uso, seja remunerada ou gratuita a concessão, não pode reivindicar a posse do bem, sob a alegação de que a anuência da Administração estaria a indicar a existência de contrato verbal”.

    GABARITO: C.

    Referência:

    CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28 ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 1218; 1219; 1220; 1228.  

  • Analisemos cada opção, individualmente:

    a) Errado:

    Na verdade, a cessão de uso tem, em seu conceito, como característica, a gratuidade da utilização conferida, como se depreende, por exemplo, da doutrina de José dos Santos Carvalho Filho:

    Cessão de uso é aquela em que o Poder Público consente o uso gratuito de bem público por órgãos da mesma pessoa ou de pessoa diversa, incumbida de desenvolver atividade que, de algum modo, traduz interesse para a coletividade."

    Esta característica consta, inclusive, no art. 18, caput, da Lei 9.636/98:

    "Art. 18. A critério do Poder Executivo poderão ser cedidos, gratuitamente ou em condições especiais, sob qualquer dos regimes previstos no Decreto-lei nº 9.760, de 1946, imóveis da União a:"

    Assim, também, o teor do art. 64, §3º, do Decreto-lei 9.760/46:

    "Art. 64. Os bens imóveis da União não utilizados em serviço público poderão, qualquer que seja a sua natureza, ser alugados, aforados ou cedidos.

    (...)

    § 3º A cessão se fará quando interessar à União concretizar, com a permissão da utilização gratuita de imóvel seu, auxílio ou colaboração que entenda prestar."

    Logo, é equivocado sustentar, como característica da cessão de uso, que seja feita mediante remuneração específica.

    b) Errado:

    Dentre as modalidades de uso privativo de bem público, existem aquelas efetivadas por meio de simples atos administrativos discricionários, como a autorização e a permissão de uso, as quais são, por natureza, precárias e revogáveis a qualquer tempo, sem direito, em regra, a qualquer indenização ao particular. Assim sendo, nada impede que a utilização seja conferida por prazo indeterminado, justamente porquanto, em vista de seu caráter precário, é cabível, como regra, a revogação a qualquer momento.

    c) Certo:

    Trata-se aqui de definição que reproduz, em sua absoluta literalidade, o conceito proposto por José dos Santos Carvalho Filho, in verbis:

    "Concessão de uso é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público confere a pessoa determinada o uso privativo de bem público, independentemente do maior ou menor interesse público da pessoa concedente."

    Logo, por contar com expresso amparo doutrinário, inexistem equívocos a serem indicados.

    d) Errado:

    Na realidade, a doutrina admite que a concessão de uso se dê de forma gratuita, a depender do caso concreto, estando ainda incorreto dizer que, nesta hipótese, haveria a possibilidade de se pleitear a posse do bem. No ponto, outra vez, seguem as lições de José dos Santos Carvalho Filho:

    "Importa observar, neste passo, que o concessionário de uso, seja remunerada ou gratuita a concessão, não pode reinvindicar a posse do bem, sob a alegação de que a anuência da Administração estaria a indicar a existência de contrato verbal. Na verdade, sequer tem a posse, mas mera detenção, de modo que, recalcitrando em desocupar o imóvel, sujeita-se à respectiva ação de reintegração da entidade concedente."


    Gabarito do professor: C

    Referências Bibliográficas:

    CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2013, p. 1176-1186.


ID
3412744
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

O uso e gozo por parte dos proprietários e possuidores de prédios vizinhos podem ser limitados pelas regras dos direitos de vizinhança previstas no Código Civil.


A respeito desse tema, assinale a alternativa correta

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - A

     

    Da Passagem Forçada

    A - CORRETA: Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.

     

     

  • a) CORRETA

    Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.

    B) INCORRETA

    Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio inferior não pode ser agravada por obras feitas pelo dono ou possuidor do prédio superior.

    C) INCORRETA

    Art. 1.297§ 1º Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas ou banquetas, presumem-se, até prova em contrário, pertencer a ambos os proprietários confinantes, sendo estes obrigados, de conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua construção e conservação.

    Não se trata de presunção iure et de iure.

    D) INCORRETA

    Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho.

    Art. 1.303. Na zona rural, não será permitido levantar edificações a menos de três metros do terreno vizinho.

  • GABARITO LETRA 'A'

    A O direito do proprietário encravado à passagem forçada não é gratuito, sendo a indenização pela limitação a forma mais apropriada de arcar com os prejuízos dela decorrentes. CORRETA

    Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.

    B O proprietário de prédio imediatamente ou mediatamente inferior é obrigado a receber e escoar as águas pluviais, nascentes ou correntes que naturalmente escorram do superior, desde que previamente indenizado. INCORRETA

    Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio inferior não pode ser agravada por obras feitas pelo dono ou possuidor do prédio superior.

    OBS.: Nada fala sobre indenização.

    C Cuida-se de presunção iure et de iure o condomínio necessário de paredes, muros e valas de divisas entre dois imóveis distintos, cabendo aos respectivos titulares dos imóveis o compartilhamento das despesas de conservação. INCORRETA

    Art. 1.297

    (...)

    § 1º Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas ou banquetas, presumem-se, até prova em contrário, pertencer a ambos os proprietários confinantes, sendo estes obrigados, de conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua construção e conservação.

    Não se trata de presunção iure et de iure - presunção absoluta, que não permite prova em contrário.

    E sim de Juris tantum ou iuris tantum que significa presunção relativa, que admite prova em contrário.

    D É proibida a abertura de janelas em prédios urbanos a menos de dois metros da linha divisória, aumentando para cinco metros do terreno vizinho a distância para a construção de edificações em imóveis rurais. INCORRETA

    Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho.

    (...)

    Art. 1.303. Na zona rural, não será permitido levantar edificações a menos de três metros do terreno vizinho.

    "A cada dia produtivo um degrau subido". HCCB

  • A fim de encontrarmos a resposta correta, iremos analisar cada uma das alternativas a seguir:

    A) Em harmonia com o art. 1.285 do CC: “O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário". Trata-se da passagem forçada.

    Este dispositivo impõe ao proprietário vizinho a obrigação de conceder a passagem forçada como uma espécie de imposição de solidariedade social conjugada à necessidade econômica de exploração do imóvel encravado, a fim de que não se torne improdutivo por inacessível, configurando um verdadeiro direito potestativo constitutivo. Correta;

    B) “O DONO OU POSSUIDOR do prédio inferior é obrigado a RECEBER as águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio inferior não pode ser agravada por obras feitas pelo dono ou possuidor do prédio superior" (art. 1.288 do CC).

    Portanto, o morador do prédio inferior não poderá realizar obras que embaracem o fluxo normal do escoamento das águas, sob pena de ação demolitória, mas poderá realizar obras que aliviem o seu terreno de danos oriundos do escoamento ou que lhe permitam aproveitar as sobras das águas após o aproveitamento pelo titular do prédio superior. Inclusive, o morador do prédio inferior poderá exigir a realização de obras no prédio superior, hábeis à redução do impacto da passagem das águas

    “Quando as águas, artificialmente levadas ao prédio superior, ou aí colhidas, correrem dele para o inferior, poderá o dono deste reclamar que se desviem, ou se lhe INDENIZE o prejuízo que sofrer" (art. 1.289 do CC). Aqui, a situação é diferente, pois as águas são obtidas pelo proprietário do prédio superior por meio de máquinas e bombas, por via de cisternas e poços. Essas águas não atingiram o terreno do morador do prédio inferior de forma natural e, por tal razão, ele não está obrigado a recebê-las. Desta forma, o legislador assegura-lhe o poder de exigir que as águas sejam desviadas ou, caso as aceite, o direito de receber indenização pelos prejuízos que eventualmente sofra e pela desvalorização do imóvel. Incorreta;

    C) “Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas ou banquetas, presumem-se, ATÉ PROVA EM CONTRÁRIO, pertencer a ambos os proprietários confinantes, sendo estes obrigados, de conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua construção e conservação" (art. 1.297, § 1º do CC).

    Trata-se da Há uma presunção “JURIS TANTUM" de condomínio necessário em paredes, muros e valas, admitindo-se prova em contrário, ou seja, é possível ao vizinho demonstrar que executou a obra às suas custas, sem ter sido indenizado pelos gastos decorrentes (FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. Reais. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015. v. 5. p. 564). Incorreta;

    D) “É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de METRO E MEIO DO TERRENO VIZINHO" (art. 1.301 do CC). A norma visa proteger a vida privada de qualquer forma de perturbação de vizinhos e evitar que objetos possam cair de uma propriedade na outra, causando transtornos entre os confinantes. Ressalte-se que essa distância de um metro e meio é o mínimo imposto de distanciamento pela lei federal, pois nada impede que a legislação local amplie ainda mais a distância entre os prédios.

    “Na zona rural, não será permitido levantar edificações a menos de TRÊS METROS do terreno vizinho" (art. 1.303 do CC). Incorreta.

    FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. Reais. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015. v. 5




    Resposta: A 
  • Muito bom o comentário de todos. Vou deixar minha contribuição com base nas lições de Tartuce (manual 2018).

    Não podemos confundir SERVIDÃO com PASSAGEM FORÇADA:

    -> A servidão é facultativa, não sendo obrigatório o pagamento de indenização; a passagem forçada é compulsória, assim como a sua indenização;

    -> A servidão é direito real de gozo ou fruição; a passagem forçada é instituto do direito de vizinhança, presente somente nas situações em que o imóvel encravado não tem saída para via pública.

    obs1: a servidão é um direito real em que um prédio proporciona utilidade a outro, que pertence a outra pessoa ( a servidão extingue-se quando os dois prédios se tornam domínio de uma mesma pessoa).

    obs2: Pode ter origem na usucapião (prazo de 10 anos com título; 20 anos possuidor sem título).

    SE ESTIVER ERRADO, POR FAVOR ME CORRIJAM""""""

  • 1,5m Zona urbana. 3m Zona rural. Cabe ação de nunciação de obra nova. 

  • Aprimorando...

    DIREITO DE VIZINHANÇA:

     O direito de propriedade sofre inúmeras restrições, entre as quais as relações de vizinhança, que acabam impondo limitações ao uso e utilidade. Os direitos de vizinhança têm natureza jurídica de direito obrigacional e constituem limitações impostas pela boa convivência social, que deve se inspirar na boa-fé e lealdade entre os proprietários dos prédios con(nantes. É uma obrigação propter rem.

     

    A propriedade deve ser utilizada de maneira que torne possível a coexistência social pacífica entre os vizinhos. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de impedir o mau uso da propriedade vizinha que possa prejudicar a segurança, o sossego e a saúde dos que o habitam. O Código Civil Brasileiro, disciplinando a matéria, cuida do uso nocivo da propriedade, das árvores limítrofes, do escoamento das águas, dos limites entre prédios e do direito de construir.

     

    OFENSAS À SEGURANÇA PESSOAL: São exemplos a exploração de indústrias perigosas, como explosivos e inflamáveis, Se enquadra também a existência de árvores de grande porte que possam ameaçar a propriedade vizinha.

     

    OFENSAS AO SOSSEGO: ruídos exagerados que perturbam ou molestam a tranquilidade dos moradores, como festas com uso de alto-falantes de grande potência.

     

    OFENSAS À SAÚDE: os gases tóxicos, a poluição das águas pelo lançamento de resíduos de fábricas. Em suma, tudo que possa afetar a segurança, o sossego e a saúde dos vizinhos representa uso nocivo da propriedade. A lei brasileira pune, não só o uso nocivo, mas o também o uso anormal, o uso irregular da propriedade. O próprio uso normal, mas que cause malefícios, implica em descumprimento da lei. 

     

     

  • GABARITO: A

    a) CERTO: Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.

    b) ERRADO: Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio inferior não pode ser agravada por obras feitas pelo dono ou possuidor do prédio superior.

    c) ERRADO: Art. 1.297§ 1º Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas ou banquetas, presumem-se, até prova em contrário, pertencer a ambos os proprietários confinantes, sendo estes obrigados, de conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua construção e conservação.

    d) ERRADO: Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho.

  • Questão (A), muito mal formulada. Sem duvida, induz a erro o candidato.

    Ademais, foge da inteligência do art. 1.285 CC

  • LETRA A - passagem forçada cabe indenização;

  • Quando uma alternativa fala em presunção IURI ET DE IURI já pode considerar q é errada


ID
3412747
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Quanto à contagem e fluência dos prazos processuais previstos no Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:

    I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;

    II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;

    III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;

    IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;

    V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;

    VI - a data de juntada do comunicado de que trata o ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;

    VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;

    VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.

    § 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput .

    § 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.

    § 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, participe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.

    § 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.

  • Jurisprudência•28/10/2011•

    Ementa: CITAÇÃOHORA CERTAPRAZO DE DEFESA. COMPUTO.COMUNICADO DO ART. 229 DO CPC . RELAÇÃO. INEXISTÊNCIA. 1. O comunicado previsto no art. 229 do CPC serve apenas paraincrementar a certeza de que o réu foi efetivamente cientificadoacerca dos procedimentos inerentes à citação com hora certa, sendouma formalidade absolutamente desvinculada do exercício do direitode defesa pelo réu. Sendo assim, a expedição do referido comunicadonão tem o condão de alterar a natureza jurídica da citação com horacerta, que continua sendo ficta, tampouco interfere na fluência doprazo de defesa do réu. 2. O comunicado do art. 229 do CPC não integra os atos solenes dacitação com hora certa, computando-se o prazo de defesa a partir dajuntada do mandado citatório aos autos. Precedentes. 3. Recurso especial não provido.

  • A alternativa D fala: Em caso de litisconsórcio passivo, para as INTIMAÇÕES a regra é de que só tem início a fluência do prazo a partir da juntada do último aviso de recebimento ou mandado cumprido aos autos.

    Entretanto a regra da "última das datas" refere-se tão somente ao prazo para CONTESTAÇÃO (art. 231 § 1º), ou seja, trata-se de regra para CITAÇÃO (visto que é a citação o instrumento que "chama" o réu para contestar).

    Quando forem mais de 1 réu, e se tratar de INTIMAÇÃO, a regra é que o prazo para cada um é INDIVIDUAL, e não contado da última juntada (por exemplo) art. 231, § 2º.

    MUITO CUIDADO ----> a regra da "última das datas" (art. 231, § 1º) só só vale para:

    Nós conseguiremos! Não deixe o desânimo ser mais forte que seus sonhos!

  • Acho que essa questão é passível de anulação. Por todas as alternativas estarem incorretas.

    Diante das explicações dos outros colegas, com os apontamentos dos erros das alternativas B a D.

    Letra A- errada- Súmula 429 STJ - A citação postal, quando autorizada por lei, exige o aviso de recebimento.

    Logo o art. 231, inciso I, seria aplicado.

  • Realmente a questão está confusa, mas acho que a correta é a letra A mesmo, porque o que a questão quer dizer é que não precisa intimar a parte sobre a juntada do AR aos autos, ou seja, o prazo se inicia a partir do momento que o aviso de recebimento for juntado no processo. A parte não precisa ser intimada disso e, ainda que seja, essa intimação torna-se irrelevante para efeitos de contagem do prazo.

    Salvo melhor juízo, acho que é isso.

  •  A - Na citação postal, não existe intimação da juntada do aviso de recebimento aos autos e, ainda que ela ocorra, será irrelevante para a fluência e a contagem do prazo de defesa.

    CERTA – MOTIVO – O que importa é a data da juntada para contagem e fluência de prazo, e não eventual intimação da juntada, o que seria ato posterior.

    B - Na citação por oficial de justiça, a fluência do prazo tem início da intimação da juntada aos autos do mandado devidamente cumprido, sendo a contagem iniciada no primeiro dia útil subsequente. (basta a juntada, intimação desnecessária e irrelevante)

    C - Quando realizada a citação por hora certa, o termo inicial da fluência do prazo é a juntada aos autos da comunicação posterior realizada pelo cartório, dando ciência à parte do modo excepcional de realização da sua citação. (considera é a data de juntada aos autos do mandado cumprido)

    D - Em caso de litisconsórcio passivo, para as intimações a regra é de que só tem início a fluência do prazo a partir da juntada do último aviso de recebimento ou mandado cumprido aos autos. (não para intimações, mas sim se fosse para contestar).

    FONTE: Art. 231 do CPC.

  • Acredito que a questão é passível de anulação. Após a juntada da AR devolvolvida existe a publicação do ato. É a partir desta data que começa a se contar o prazo para o proximo ato. Me corrijam se eu estiver errada, porém é desta forma que vejo acontecendo na prática.

  • Resolvi a questão com o raciocínio prático.

    Na citação, não há intimação para comunicar a juntada do mandado, o prazo é iniciado a partir da juntada, independente de qualquer outra formalidade.

    Portanto, não vejo nenhum erro na alternativa A.

    Peço vênia para corrigir a colega Rebeca, pois, como dito acima, não há nenhuma publicação/intimação informando a juntada. O que ocorre na prática forense é a simples movimentação processual que, em tese, constará que foi juntado o mandado. No entanto, repito, não há de se falar em publicação ou intimação da juntada.

  • Quanto a alternativa D, saliento a ressalva, quando aos embargos à execução, além das intimações..

    Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme o caso, na forma do . § 1º Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a partir da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou de companheiros, quando será contado a partir da juntada do último.

  • A alternativa C tenta confundir o candidato com o teor do art. 254:

    Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.

    Contudo, o prazo para contestar começa a correr da juntada do mandado. Esta carta é apenas para dar ciência do ocorrido, não servindo como termo inicial para nada.

  • A fim de encontrarmos a resposta correta, iremos analisar cada uma das alternativas a seguir:

    Alternativa A) Dispõe o art. 231, I, do CPC/15, que "salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio". Conforme se nota, o termo inicial do prazo é a juntada aos autos do aviso de recebimento, independentemente da parte ser ou não intimada deste ato (intimação essa que não está prevista na lei processual). Afirmativa correta.
    Alternativa B) Dispõe o art. 231, II, do CPC/15, que "salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça", não havendo que se falar em intimação da juntada. Afirmativa incorreta.
    Alternativa C) A citação por hora certa está prevista na lei processual nos seguintes termos: "Art. 252, caput, CPC/15. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar". A citação por hora certa é realizada pelo oficial de justiça, aplicando-se a ela o disposto no art. 231, II, do CPC/15: "Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: (...) II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça". Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) Acerca do tema, dispõe o art. 231, §2º, do CPC/15, que "havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente". Afirmativa incorreta.

    Gabarito do professor: Letra A.

  • Como a parte saberá da fluência do prazo sem ser intimada? A intimação não é para noticiar a juntada do AR, mas sim para contestar (o que torna lógico - pelo art. 231, CPC - o fato de: se está sendo intimada é pq o AR foi juntado). Mesmo assim, achei bem mal elaborada a alternativa fornecida como correta pela banca.

  • Sobre a letra D:

    ENUNCIADO 272: Não se aplica o § 2º do art. 231 ao prazo para contestar, em vista da previsão do § 1º do mesmo artigo.

    Como já bem esclareceram os colegas, a regra da "última das datas" prevista no art. 231, §1º, refere-se ao prazo para CONTESTAÇÃO (o prazo de contestação para todos eles só flui do instante em que todos estiverem citados)

    Já a regra que dispõe que o prazo é contado individualmente (art. 231, §2º), aplica-se aos casos em que houver mais de 1 intimado, ou seja, se trata de regra de INTIMAÇÃO (quando houver mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente).

  • CONTAGEM DE PRAZO – ART. 231:

    Não há previsão de intimação da juntada de AR ou mandado, prazo começa:

    CITAÇÃO E INTIMAÇÃO:

    Correios: Data da juntada do AR

    Oficial de Justiça: Data da juntada do mandado cumprido

    Escrivão: Data da ocorrência do ato

    Eletrônica: Do dia útil seguinte à consulta ou do término do prazo para consulta

    Cumprimento de carta: Data da juntada do comunicado (eletrônico) do juiz deprecado ou não havendo data da juntada da carta devidamente cumprida.

    SOMENTE INTIMAÇÃO:

    Diário da Justiça (impresso ou eletrônico): Data da publicação

    Retirada dos autos em carga: Do dia da carga

    CITAÇÃO POR HORA CERTA:

    Conta da juntada do mandado cumprido por OJ.

    MAIS DE UM RÉU/INTIMADO:

    Prazo para contestar: Conta da data da última citação.

    Prazo das intimações: é contado individualmente.

  • Prazer, Capiroto! hahaha

  • GABARITO A

    A- Na citação postal, não existe intimação da juntada do aviso de recebimento aos autos e, ainda que ela ocorra, será irrelevante para a fluência e a contagem do prazo de defesa.

    Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:

    I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;

    _____________

    B- Na citação por oficial de justiça, a fluência do prazo tem início da intimação da juntada aos autos do mandado devidamente cumprido, sendo a contagem iniciada no primeiro dia útil subsequente.

    Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:

    II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;

    _____________

    C- Quando realizada a citação por hora certa, o termo inicial da fluência do prazo é a juntada aos autos da comunicação posterior realizada pelo cartório, dando ciência à parte do modo excepcional de realização da sua citação.

    Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:

    II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;

    § 4° Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.

    _____________

    D- Em caso de litisconsórcio passivo, para as intimações a regra é de que só tem início a fluência do prazo a partir da juntada do último aviso de recebimento ou mandado cumprido aos autos.

    Art. 231 § 1° Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput .

    _____________

  • Litisconsórcio Passivo - Fluência dos prazos:

    Contestar: última das datas;

    Intimação: individualmente.

  • Não existe "Intimação de Juntada", e caso ocorra não tem efeito jurídico algum.

  • Achei a questão extremamente confusa, parece mais uma montagem de quebra-cabeça.

    O fato de apenas 20% acertarem, afirma o meu comentário.

  • O examinador não passou na prova de língua portuguesa.

  • Quanto à contagem e fluência dos prazos processuais previstos no Código de Processo Civil, é correto afirmar que: Na citação postal, não existe intimação da juntada do aviso de recebimento aos autos e, ainda que ela ocorra, será irrelevante para a fluência e a contagem do prazo de defesa.

  • "intimação de juntada"

    nunca tinha ouvido falar disso

  • Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:

    LETRA A = CORRETA (GABARITO)

    I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;

    De fato, inexiste previsão legal a repeito da necessidade de intimação da juntada do aviso de recebimento aos autos. A fluência do prazo processual de dá a partir da data de juntada aos autos do aviso de recebimento.

    LETRA B = INCORRETA

    LETRA C = INCORRETA

    II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;

    Inexiste previsão legal a respeito da necessidade de intimação da juntada aos autos do mandado cumprido. A fluência do prazo processual de dá a partir da data de juntada aos autos do mandado cumprido. Essa conclusão também se aplica para os casos em que a citação se opera por hora certa (vide § 4º).

    III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;

    IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;

    V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;

    VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;

    VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;

    VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.

    § 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput .

    LETRA D = INCORRETA

    § 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.

    Tratando-se de intimação, a contagem do prazo é individual. Para citações/contestações, observa-se o § 1º.

    § 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, participe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.

    § 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.

    Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.

    Essa providência em nada influencia no termo inicial da contagem do prazo.

  • letra A CORRETA

    NÃO PRECISA DE INTIMAÇÃO DA PARTE PARA SER AVISADA SOBRE A JUNTADA DO AR, CITANDO A PESSOA POR CARTA, JUNTA-SE AO PROCESSO O AVISO DE RECEBIMENTO, CONTANDO-SE O PRAZO A PARTIR DO PRIMEIRO DIA UTIL DESSA JUNTADA. ASSIM, NÃO PRECISA NOVAMENTE INTIMAR E AVISAR A PARTE QUE OCORREU ESSA JUNTADA.

    LEMBRAR AINDA em caso de mais de um réu, caso de CITAÇÃO PARA CONTESTAR, é contado da ultima data que foi recebido por um dos réus, DIFERENTE PARA CASO DE INTIMAÇÃO QUE É CONTADO INDIVIDUALMENTE.

  • ---data da juntada -

    COCa (Correio/Oficial/Carta)

    ---msm dia -

    carga

    secretaria

     

    ---dia util seguintE -

    Edital

    Eletrônico

  • Alternativa A) Dispõe o art. 231, I, do CPC/15, que "salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio". Conforme se nota, o termo inicial do prazo é a juntada aos autos do aviso de recebimento, independentemente da parte ser ou não intimada deste ato (intimação essa que não está prevista na lei processual). Afirmativa correta.

    Alternativa B) Dispõe o art. 231, II, do CPC/15, que "salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça", não havendo que se falar em intimação da juntada. Afirmativa incorreta.

    Alternativa C) A citação por hora certa está prevista na lei processual nos seguintes termos: "Art. 252, caput, CPC/15. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar". A citação por hora certa é realizada pelo oficial de justiça, aplicando-se a ela o disposto no art. 231, II, do CPC/15: "Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: (...) II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça". Afirmativa incorreta.

    Alternativa D) Acerca do tema, dispõe o art. 231, §2º, do CPC/15, que "havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente". Afirmativa incorreta.

    Gabarito do professor: Letra A


ID
3412750
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

A interposição de recurso face à uma decisão judicial gera determinados efeitos.


Com relação aos efeitos recursais no Direito Processual Civil e sua classificação em cinco espécies, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Sobre o efeito translativo, Nelson Nery leciona: "Dá-se o efeito translativo quando o sistema autoriza o tribunal a julgar fora do que consta das razões ou contrarrazões do recurso, ocasião em que não se pode falar em julgamento ultra, extra ou infra petita."

  • Não concordo como gabarito. Embora não ache que exista resposta correta.

    1) EFEITO SUBSTITUTIVO

    O efeito substitutivo é atribuído pelo art.  do  aos recursos em geral. Consiste ele na força do julgamento de qualquer recurso de substituir, para todos os efeitos, a decisão recorrida, nos limites da impugnação.

    Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso

    2) EFEITO EXPANSIVO

    É uma espécie de variação do efeito devolutivo do recurso.

    O efeito em tela delimita a área de cognição e decisão dos Tribunais Superiores, na espécie, consiste em reconhecer que a devolução operada pelo recurso não restringe às questões resolvidas na sentença, compreendendo também as que poderiam ter sido decididas, seja porque suscitadas pelas partes, seja porque conhecíveis de ofício.

    3) EFEITO TRANSLATIVO

    Diz respeito à limitação de cognição do tribunal, salvo se se tratar de matéria de ordem pública. Insta observar que as questões de ordem pública podem ser conhecidas pelo Tribunal ainda que não tenham sido reconhecidas objeto de recurso.

  • A questão pede a incorreta, realmente a letra B é incorreta pois traz a justificativa do efeito devolutivo do recurso.

  • Gab B. (fala translativo, mas explica o devolutivo)

    1. Efeito devolutivo: trata-se da devolução da matéria objeto do recurso ao órgão competente ao julgamento, logoo efeito devolutivo é inerente a qualquer recurso, uma vez que todo recurso serve para encaminhar a matéria atacada ao órgão competente a seu julgamento.

    2. Efeito suspensivo: é a consequência do ato de interpor o recurso, havendo o impedimento da eficácia da decisão recorrida, ou seja: embora tenha havido uma decisão, esta não produzirá efeitos em razão da interposição do recurso.

    3. Efeito obstativo: a interposição do recurso obsta o trânsito em julgado, isto é: o recurso impede que a decisão recorrida transite em julgado.

    4. Efeito substitutivo: a decisão dada pelo Tribunal, em razão do recurso interposto, pode substituir no todo ou em parte a decisão recorrida.

    5. Efeito translativo: consiste na possibilidade de o Tribunal analisar matérias de ordem pública, ainda estas que não tenham sido arguidas pelo recorrente no corpo de seu recurso.

  • Sobre o expansivo externo ou interno, eu achei um site bem legal:

    "Será gerado sempre que o julgamento do recurso ensejar decisão mais abrangente do que a matéria impugnada ou quando atingir sujeitos que não participaram como partes no recurso, apesar de serem partes na demanda. Na primeira hipótese, haverá efeito expansivo objetivo, que ainda poderá ser interno ou externo, dependendo da matéria atingida pelo julgamento do recurso estar localizada dentro ou fora da decisão impugnada. Na segunda hipótese tem-se o efeito expansivo subjetivo. Com efeito, o efeito expansivo objetivo interno refere-se a capítulos não impugnados da decisão recorrida que serão atingidos pelo julgamento do recurso. Já o efeito expansivo objetivo externo se verifica sempre que o julgamento do recurso atinge outros atos processuais que não a decisão recorrida. Por fim, o efeito expansivo subjetivo, que parcela da doutrina chama de “dimensão subjetiva do efeito devolutivo”, é a possibilidade de um recurso atingir um sujeito processual que não tenha feito parte do recurso. Significa dizer que, havendo um litisconsórcio, nem todos os litisconsortes recorrem, e ainda assim o recurso beneficia a todos."

    Expansivo: estende o efeito recursal sobre algo a mais, podendo ser:

    > Objetivo: a outros atos - Interno: outros atos dentro da decisão impugnada. Externo: outros atos fora da decisão impugnada.

    > Subjetivo: a outros sujeitos, como em litisconsórcio.

  • Alguém poderia me explicar a letra D ?

  • Sobre o efeito expansivo retira-se da doutrina de Daniel Amorim Assumpssão Neves (de onde a letra C foi copiada pela banca):

    O chamado efeito expansivo objetivo interno refere-se a capítulos não impugnados da decisão recorrida que serão atingidos pelo julgamento do recurso. Como se pode notar, trata-se de exceção à extensão da devolução, pois, apesar de não serem objeto da impugnação, serão ainda assim atingidos pelo julgamento recurso. Essa circunstância somente ocorre nos capítulos não impugnados que de alguma forma dependam dos capítulos impugnados, em relação de verdadeira prejudicialidade, sendo que a modificação destes leva à inexorável modificação daqueles, até mesmo por uma questão de lógica interna da decisão

    efeito expansivo objetivo externo se verifica sempre que o julgamento do recurso atinge outros atos processuais que não a decisão recorrida". Ocorre, com frequência, nos recursos que não têm efeito suspensivo, o que permite a continuidade do procedimento, ainda que pendente de julgamento o recurso já interposto, como ocorre com o .agravo. Tal efeito, na realidade, é suficientemente explicado pelos efeitos expansivos da declaração de nulidade (art. 281 do Novo CPC), porque, uma vez reformada ou anulada a decisão por meio do recurso, todo ato posterior dependente do ato que não mais existe como antes será naturalmente atingido.

    No tocante ao efeito expansivo subjetivoque parcela significativa da dou- trina prefere chamar de "dimensão subjetiva do efeito devolutivo"", entende-se a possibilidade de um recurso atingir um sujeito processual que não tenha feito parte do recurso. Significa dizer que, havendo um litisconsórcio, nem todos os litisconsortes recorrem, e ainda assim o recurso beneficia a todos. Na aplicação desse princípio, a doutrina majoritária interpreta o art. 1.005 do Novo CPC, que determina o aproveitamento do recurso pelos litisconsortes que não recorreram, nos termos do art. 117 do Novo CPC.

  • Gabarito: B

    Em relação à alternativa D, é bom lembrar que o efeito substitutivo pressupõe a reforma da decisão recorrida.

    Para que haja este efeito numa apelação contra uma sentença, por exemplo, ele só ocorre se a sentença for alterada pelo tribunal, sendo substituída pelo acordão.

    Imagine que você foi condenado a pagar 100 mil reais de indenização por uma colisão num carro de luxo. Você apela e o tribunal concorda com seus argumentos, entendendo que o motorista do carro de luxo é quem deve lhe pagar 20 mil pelos danos do seu carro.

    Houve a substituição da decisão inicial, que só pode ocorrer em função do tribunal ter entrado no mérito recursal, mudando a sentença inicial. 

    Corolário significa uma proposição que deriva de um encadeamento dedutivo.

    A substituição da decisão recorrida só é possível se o tribunal entrar no mérito do recurso.

  • ✅ Comentários sobre o efeito translativo dos recursos

    Por efeito translativo compreende-se a admissibilidade de o órgão ad quem conhecer de ofício de matérias de ordem pública, relativas ao capítulo impugnado. Segundo alguns doutrinadores, trata-se de uma exceção à vedação do reformatio in pejus, vez que admite ao ógão julgador a cognição de matérias de ordem pública, ainda que contrárias ao interesse do recorrente. É clássico o exemplo da prescrição, destacando-se, por oportuno, que o órgão julgador deve oportunizar o contraditório (art. 10 c.c art. 487, parágarafo único, ambos do CPC).

  • 1) EFEITO DEVOLUTIVO

    Por esse efeito, reabre-se a oportunidade de reapreciar e, novamente, julgar questão já decidida.

    Dessa forma, conclui-se que não se pode, logicamente, conceber um recurso que não restabeleça, no todo ou em parte, a possibilidade de rejulgamento. Por conta disso, esse é um efeito presente em todos os recursos.

    2) EFEITO SUSPENSIVO

    Refere-se ao impedimento da imediata execução do decisório impugnado.

    A nova legislação processual civil tratou esse efeito recursal como exceção, pelo fato de apenas o recurso de apelação possuir efeito suspensivo automático.

    Todavia, caso a imediata decisão produza efeitos que criem riscos de dano grave, de difícil ou impossível reparação e fique demonstrada a probabilidade de provimento do recurso, poderá o litigante requerer o efeito suspensivo.

    Vale frisar que, essa concessão, dependerá sempre da decisão do relator, caso a caso.

    3) EFEITO SUBSTITUTIVO

    O efeito substitutivo é atribuído pelo art. 1008 do CPC aos recursos em geral. Consiste ele na força do julgamento de qualquer recurso de substituir, para todos os efeitos, a decisão recorrida, nos limites da impugnação.

    4) EFEITO EXPANSIVO

    É uma espécie de variação do efeito devolutivo do recurso.

    O efeito em tela delimita a área de cognição e decisão dos Tribunais Superiores, na espécie, consiste em reconhecer que a devolução operada pelo recurso não restringe às questões resolvidas na sentença, compreendendo também as que poderiam ter sido decididas, seja porque suscitadas pelas partes, seja porque conhecíveis de ofício.

    5) EFEITO TRANSLATIVO

    Diz respeito à limitação de cognição do tribunal, salvo se se tratar de matéria de ordem pública. Insta observar que as questões de ordem pública podem ser conhecidas pelo Tribunal ainda que não tenham sido reconhecidas objeto de recurso.

    --------------

    O EFEITO DEVOLUTIVO deverá ser analisado em relação à sua profundidade e à sua extensão, o que, na prática, significa que o tribunal poderá analisar todo o material constante dos autos, limitando-se, todavia aos pontos da decisão recorrida atacados pelo recorrente.

    A doutrina identifica duas dimensões do efeito devolutivo:

    DIMENSÃO HORIZONTAL (EXTENSÃO – delimitada pelo recorrente; princípio dispositivo) e VERTICAL ou PROFUNDIDADE do efeito devolutivo (EFEITO TRANSLATIVO).

    Na DIMENSÃO HORIZONTAL, sobe aquilo que foi impugnado pelo recorrente (princípio dispositivo).

    Na DIMENSÃO VERTICAL (PROFUNDIDADE), por sua vez, transfere-se para o Tribunal não apenas aqueles pontos que a parte aduziu.

    Dentro daquele capítulo impugnado, o Tribunal poderá reconhecer questões de ordem pública, ainda que não ventiladas pelo recorrente.

    Por isso se diz que a “A EXTENSÃO BITOLA A PROFUNDIDADE” porque sobe tudo, mas tudo dentro do capítulo que foi impugnado.

  • Efeito Translativo: É a aptidão que os recursos em geral têm de permitir ao órgão ad quem examinar de ofício as matérias de ordem pública, conhecendo-as ainda que não integrem o objeto do recurso. Questões como prescrição, decadência, falta de condições da ação ou de pressupostos processuais poderão ser examinados pelo órgão ad quem ainda que não suscitadas.

    Difere do efeito devolutivo, que consiste na devolução ao tribunal do reexame daquilo que foi suscitado; o translativo o autoriza a examinar o que não o foi, mas é de ordem pública. 

    Marcos Vinicius Rios. 

  • A)

    O STJ entende que a natureza da decisão que inadmite o recurso é declaratória, todavia com efeitos ex nunc REsp 958.333/RS

    Ou seja, o trânsito em julgado se perfaz da declaração.

    O STJ entende também que se a inadmissão se der por recurso manifestamente inadmissível a decisão será declaratória com efeitos ex tunc – Resp 784.166/SP

    O trânsito em julgado se dará da interposição do recurso. 

  • A fim de encontrarmos a resposta correta, iremos analisar cada uma das alternativas a seguir:

    Alternativa A) O efeito obstativo é aquele que impede o trânsito em julgado da decisão. Acerca deste efeito, a doutrina explica que "a interposição do recurso tem o condão de obstar a preclusão e a formação da coisa julgada, mantendo o processo pendente até o seu julgamento. Mais propriamente, aliás, até o momento do escoamento do último prazo recursal. A interposição do recurso – ou a existência de prazo recursal pendente – impede a preclusão e o trânsito em julgado das decisões judiciais. Todos os recursos têm o condão de impedir a preclusão e, em sendo o caso, a formação da coisa julgada" (MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Curso de Processo Civil, v.2. 2017. São Paulo: Revista dos Tribunais). Afirmativa correta.
    Alternativa B) O efeito transitivo está relacionada à extensão da cognição do órgão julgador sobre a causa. A doutrina explica que "ao contrário do efeito devolutivo, que depende de expressa manifestação da parte, já que somente se devolve ao conhecimento do tribunal a matéria impugnada, o efeito translativo opera ainda que sem expressa manifestação de vontade do recorrente. Trata -se de efeito inspirado no princípio inquisitório. O efeito translativo é ligado à matéria que compete ao Judiciário conhecer em qualquer tempo ou grau de jurisdição, ainda que sem expressa manifestação das partes, a exemplo das questões enumeradas no art. 337, à exceção da convenção de arbitragem e da incompetência relativa. Se esses temas devem ser examinados pelo juízo em qualquer tempo e grau de jurisdição, eles certamente poderão ser apreciados quando da análise do recurso. O tribunal é autorizado a conhecer esses temas de ordem pública, ainda que não tenham sido decididos pelo juízo a quo ou não tenham sido debatidos nas razões recursais. No entanto, é claro que, inexistindo debate a respeito, deve primeiro submeter a questão ao contraditório para tão somente depois decidi-la, sob pena de surpresa injusta. Tais temas, então, não se submetem ao efeito devolutivo, e podem ser conhecidos pelo tribunal sempre, em qualquer circunstância, bastando que tenha sido interposto recurso sobre alguma decisão da causa e que esse chegue a exame do juízo ad quem" (MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Curso de Processo Civil, v.2. 2017. São Paulo: Revista dos Tribunais). Afirmativa incorreta.
    Alternativa C) "A decisão oriunda do julgamento do recurso pode atingir outras pessoas que não o recorrente e outros atos processuais que não o recorrido. O efeito expansivo subjetivo ocorre quando a decisão do recurso alcança pessoa diversa da pessoa do recorrente (por exemplo, art. 1.005). O efeito expansivo objetivo acontece quando, em face da reforma ou anulação de determinada decisão, outros atos processuais são igualmente atingidos (por exemplo, art. 282). Nessa linha, o efeito expansivo tem nítida vinculação com a própria noção dos atos processuais e do tema das nulidades e das ineficácias no processo civil. Como se sabe, é uma característica marcante do ato processual sua interdependência – na medida em que participa de uma cadeia procedimental. Vale dizer: um ato processual é praticado no processo como decorrência de outro, anteriormente praticado, determinando a realização de outros, que lhe seguem formando o procedimento. Por conta dessa vinculação necessária entre os atos do processo, o Código de Processo Civil, ao tratar da matéria das nulidades, deixa evidenciado que os atos dependentes do ato nulo também se reputam de nenhum efeito, isto é, são ineficazes (arts. 281 e 282). Assim, a modificação ou mesmo a anulação de uma decisão judicial pode determinar, em cadeia, a declaração de ineficácia de outros tantos atos – dependentes do primeiro na sequência do procedimento. Dessa forma, por exemplo, se for anulada em grau de recurso uma decisão judicial que admitia para fins civis a interceptação telefônica, certamente essa decisão contaminará a prova colhida com base nessa interceptação e, ainda, a eventual sentença prolatada com fulcro nessa prova. Enfim, todos os atos judiciais que dependam do ato judicial atacado no recurso (e que tenha sido modificado ou anulado em sua decorrência) podem ter sua eficácia cortada ou ao menos alterada. A decisão do recurso expande a sua eficácia para além do ato recorrido" (MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Curso de Processo Civil, v.2. 2017. São Paulo: Revista dos Tribunais). Afirmativa correta.
    Alternativa D) "O efeito substitutivo indica que, uma vez conhecido o recurso, a decisão do juízo ad quem, qualquer que seja o seu conteúdo, substituirá a decisão recorrida. O efeito vem expressamente previsto pelo art. 1.008 que prevê que “o julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso". Assim, ainda que a decisão do tribunal confirme a decisão recorrida sem nada alterar em sua essência, por esse efeito, uma vez conhecido e julgado o recurso, não mais existirá a decisão recorrida, mas apenas a do tribunal. A noção desse efeito é relevante, seja para efeitos de propositura de ação rescisória (como se verá adiante), seja ainda para a impugnação da decisão por outras vias autônomas (por exemplo, mandado de segurança e reclamação), determinando -se em todos esses casos a competência para apreciação da nova insurgência. A decisão do tribunal substitui a decisão recorrida naquilo que foi objeto de recurso para todos os efeitos legais" (MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Curso de Processo Civil, v.2. 2017. São Paulo: Revista dos Tribunais). Afirmativa correta.

    Gabarito do professor: Letra B.
  • 1) EFEITO DEVOLUTIVO

    – Por esse efeito, reabre-se a oportunidade de reapreciar e, novamente, julgar questão já decidida.

    – Dessa forma, conclui-se que não se pode, logicamente, conceber um recurso que não restabeleça, no todo ou em parte, a possibilidade de rejulgamento. Por conta disso, esse é um efeito presente em todos os recursos.

    – 2) EFEITO SUSPENSIVO

    – Refere-se ao impedimento da imediata execução do decisório impugnado.

    – A nova legislação processual civil tratou esse efeito recursal como exceção, pelo fato de apenas o recurso de apelação possuir efeito suspensivo automático.

    – Todavia, caso a imediata decisão produza efeitos que criem riscos de dano grave, de difícil ou impossível reparação e fique demonstrada a probabilidade de provimento do recurso, poderá o litigante requerer o efeito suspensivo.

    – Vale frisar que, essa concessão, dependerá sempre da decisão do relator, caso a caso.

    – 3) EFEITO SUBSTITUTIVO

    – O efeito substitutivo é atribuído pelo art. 1008 do CPC aos recursos em geral. Consiste ele na força do julgamento de qualquer recurso de substituir, para todos os efeitos, a decisão recorrida, nos limites da impugnação.

    – 4) EFEITO EXPANSIVO

    – É uma espécie de variação do efeito devolutivo do recurso.

    – O efeito em tela delimita a área de cognição e decisão dos Tribunais Superiores, na espécie, consiste em reconhecer que a devolução operada pelo recurso não restringe às questões resolvidas na sentença, compreendendo também as que poderiam ter sido decididas, seja porque suscitadas pelas partes, seja porque conhecíveis de ofício.

  • EFEITO TRANSLATIVO: É a possibilidade de o Tribunal conhecer determinada matéria de ofício no julgamento do recurso

  • ATENÇÃO!

    Após ler os comentários, e encontrar diversos erros, sugiro a leitura do comentário do professor (Gabarito comentado), que foi baseado e fundamentado em doutrina.

    Dica: baseie-se nos comentários dos alunos quando o fundamento da questão envolver lei seca ou jurisprudência, pois são mais fáceis de checar na fonte. Por outro lado, em tema doutrinário, como é o da presente questão, procure uma fonte segura!

  • efeito translativo - conhecer materia s de ofício que não foram arguidas no juízo ad quem - materia s ordem pública

ID
3412753
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Baseando-se nos critérios adotados pela maioria dos autores administrativistas, os atos administrativos seguem uma determinada classificação. Sobre esse tema, analise as afirmativas a seguir, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas.


( ) Na execução de atos vinculados, ao agente não é dada liberdade de apreciação da conduta, porque se limita a repassar para o ato o comando estatuído na lei.

( ) Atos compostos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas. Há uma só vontade autônoma, sendo as demais meramente instrumentais, porque se limitam à verificação de legitimidade do ato de conteúdo próprio.

( ) Atos enunciativos são aqueles que alteram uma relação jurídica, criando, modificando ou extinguindo direitos, como o fazem a autorização, a sanção disciplinar e o ato de revogação.

( ) Nos atos discricionários, a valoração do agente incidirá sobre o motivo, forma, finalidade e objeto do ato, de modo que este, na atividade discricionária, resulta essencialmente da liberdade de escolha entre alternativas igualmente justas.


Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Gab. C.

    I. Os atos vinculados são aqueles praticados sem margem de liberdade de decisão, uma vez que a lei determinou, o único comportamento possível a ser obrigatoriamente adotado é sempre aquele em que se configure a situação objetiva prevista na lei.

    II. No ato composto teremos dois atos: o principal e o acessório ou instrumental. Essa é uma diferença importante, pois o ato complexo é um único ato, mas que depende da manifestação de vontade de mais de um órgão administrativo; enquanto o ato composto é formado por dois atos.

    III. Atos enunciativos: é o ato pelo qual a Administração declara um fato ou profere uma opinião, sem que tal manifestação, por si só, produza consequências jurídicas – certidão, atestado, visto, parecer, etc.;

    IV. Os atos discricionários ocorrem quando a lei deixa uma margem de liberdade para o agente público. Portanto, devem seguir os ditames da lei. Assim, há margem para que o agente faça a valoração do motivo e a escolha do objeto, conforme o seu juízo de conveniência e oportunidade, sem extrapolar os limites legais. No caso, a questão descreveu um ato ilegal, e não um ato discricionário.

    (Estratégia Concursos)

  • I - correta

    II Atos

    Simples: uma autoridade exerce uma atribuição, que irá repercutir o efeito pretendido.

    Complexo: 2 autoridades distintas reunem seus esforços e exercem atribuição que irá, ao final, repercutir o efeito pretendido. Ex: nomear Ministro do STF (PR + SF).

    Composto: 02 autoridades distintas exercem a própria atribuição e, ao final, a reunião das atribuições, implicará no efeito jurídico esperado. Exemplo: dispensa de licitação = presidente relata entendimento + chefe da entidade homologa.

    III

    Espécies de Ato Administrativo

    -Normativos;

    -Ordinatórios;

    -Negociais;

    -Enunciativos;

    -Punitivos

    i. Normativo

    Função de explicar e especificar comando contido em lei. Ex: os decretos, instruções normativas, regimentos e resoluções.

    ii. Ordinatórios

    Poder de ordenar, comandar, fiscalizar e corrigir as condutas dos seus subalternos. Ex: as instruções circulares, avisos, portarias, ordens de serviço, ofícios e despachos.

    iii. Negociais

    Não são negócios jurídicos => unilaterais. Ex: as licenças, autorizações, permissões, aprovações, admissões e dispensas.

    iv. Enunciativos

    São atos meramente declaratórios. Ex: as certidões, os atestados e também os pareceres.

    v. Punitivos

    Sanções a condutas de servidores ou particulares perante a Adm. Ex: Demissão, advertência, cassação, destruições de coisas apreendida.

    IV)

    Pressupostos Vinculantes: competência, finalidade, forma - sempre decorrem de lei.

    Mérito Discricionário: Motivo e objeto - são discricionários, mas deve-se preencher de maneira motivada - fatos e circunstâncias razoáveis e proporcionais aos limites da lei, demonstrando a conveniência e oportunidade para o interesse público

    Fonte: anotações de aula.

  • Competencia - vinculado

    Finalidade - vinculado

    Forma - vinculado

    Objeto - em regra, discricionário

    Motivo - em regra, discricionário

  • (V )

    Atos vinculados= Não há margem de liberdade conferida pela lei.

    Atos discricionários=há margem de liberdade conferida pela lei.

    ( V)

    Comparações entre o ato composto x complexo:

    composto:

    Forma-se com a vontade de um único órgão

    precisa da manifestação de outro órgão para ter exequibilidade

    Um ato administrativo

    Complexo:

    Forma-se pela conjugação de 2 ou mais vontades

    Manifestadas por órgãos diversos

    ( F)

    Os atos enunciativos são denominados por algumas doutrinas ( a exemplo A.Mazza) como atos declaratórios : visam preservar direitos e afirmar situações preexistentes. Exemplos: certidão e atestado;

    Os atos que alteram uma s. jurídica ..

    atos constitutivos: criam novas situações jurídicas

    atos extintivos ou desconstitutivos: extinguem situações jurídicas

    (F ) Dos requisitos ou elementos..prevalece que motivo/ Objeto são discricionários.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • I) (V).

     

    - Atos Vinculados (ou regrados): Editados sem qualquer margem de liberdade por parte do agente público, uma vez que seus elementos estão previstos na legislação. Ex: Licença para construir.

    - Atos Discricionários: Envolvem margem de liberdade por parte do agente público que pode analisar a conveniência e a oportunidade para sua edição. Ex: autorização de uso de bem público. 

    - OBS: Em relação aos cinco elementos do ato administrativo, três serão sempre vinculados (competência, forma e finalidade) e dois poderão ser vinculados ou discricionários (motivo e objeto).

     

    II) (V).

     

    - Atos Simples: São editados a partir da vontade de um único orgão público. Ex: Ato adminstrativo que concede férias ao servidor.

    - Atos Complexos: São elaborados pela manifestação autônoma de orgãos diversos. Nesse caso, os orgãos concorrem para a formação de um único ato. Ex: Nomeação dos Ministros do STF, uma vez que depende da indicação do Presidente da República, bem como da aprovação pelo Senado.

    - Atos Compostos: São formados pela manifestação de dois orgãos: um que define o conteúdo do ato e outro que verifica a sua legitimidade. Enquanto a vontade do primeiro orgão é responsável pela elaboração do ato, a manifestação do segundo orgão possui caráter instrumental ou complementar Ex: Parecer elaborado por agente público que depende do visto da autoridade superior para produzir efeitos. 

     

    III) (F). A questão apresenta a definição dos Atos Constitutivos.

     

    - Atos Enunciativos: Atestam determinados fatos ou direitos, bem como envolvem, eventualmente, juízos de valor. Ex: Parecer.

    - Atos Declaratórios: Declaram a existência de situações jurídicas preexistentes ou reconhecem direitos. Ex: Edição de atos vinculados, como a licença para construir. 

     

    IV)  (F).  Vide comentário da afirmativa (I).

     

    FONTE: Curso de Direito Administrativo do professor Rafael Carvalho Rezende Oliveira. 

  • GABARITO: LETRA C

    COMPLEMENTANDO:

    Ato Vinculado é aquele em que a Administração não possui qualquer margem de liberdade de decisão, visto que o legislador pré-definiu a única conduta possível do administrador diante da situação, sem deixar-lhe margem de escolha.

    Ato constitutivo é aquele pelo qual a Administração cria, modificam ou extingue um direito ou uma situação do administrado. É o caso da permissão, autorização, dispensa aplicação de penalidade, revogação.

     

    Ato declaratório é aquele em que a administração apenas reconhece um direito que já existia antes do ato. Como exemplos podem ser citados a admissão, licença, homologação, isenção, anulação.

    Ato discricionário é aquele que a Administração pratica com certa margem de liberdade de decisão, visto que o legislador, não podendo prever de ante-mão qual o melhor caminho a ser tomado, confere ao administrador a possibilidade de escolha , dentro da lei.

    Ato Complexo é aquele que resulta das manifestações de vontades homogêneas de dois ou mais órgãos públicos para a formação de único ato.

    -->Pluralidade de vontades

    -->Um único ato

    Ato Composto é aquele onde existe um ato principal que deve ser confirmado, certificado ou autorizado por outro ato acessório.

    -->Pluralidade de vontades

    -->Pluralidade de atos             Ato principal ------> Ato acessório

    Ato Simples é aquele que resulta da formação de vontade de um único órgão ou agente público, pouco importando se é singular ou colegiado.

    -->Uma única vontade(Órgão ou agente colegiado)

    -->Um ato.

    FONTE: QC

  • - ATOS COMPLEXOS – são os que resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, que se funde para formar um ato único.

    - ATOS COMPOSTOS – depende de duas ou mais manifestações de vontade, que ocorrem em patamar de desigualdade. A primeira é principal e a segunda secundária, sendo que ambas ocorrem dentro de um mesmo órgão. Lembrar: Principal e secundária.

    - ATOS SIMPLES – decorre da declaração de vontade de um único órgão, seja ele singular ou colegiado.

  • A questão aborda as classificações dos atos administrativos e solicita que o candidato julgue as afirmativas. 

    (V) Na execução de atos vinculados, ao agente não é dada liberdade de apreciação da conduta, porque se limita a repassar para o ato o comando estatuído na lei.
    Verdadeira. Atos vinculados são aqueles que o agente pratica reproduzindo os elementos que a lei previamente estabelece. Ao agente, nesses casos, não é dada liberdade de apreciação da conduta, porque se limita, na verdade, a repassar para o ato o comando estatuído na lei.

    (V) Atos compostos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas. Há uma só vontade autônoma, sendo as demais meramente instrumentais, porque se limitam à verificação de legitimidade do ato de conteúdo próprio.
    Verdadeira. Atos compostos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas. Há, na verdade, uma só vontade autônoma, ou seja, de conteúdo próprio. As demais são meramente instrumentais, porque  se limitam à verificação de legitimidade do ato de conteúdo próprio.

    (F) Atos enunciativos são aqueles que alteram uma relação jurídica, criando, modificando ou extinguindo direitos, como o fazem a autorização, a sanção disciplinar e o ato de revogação.
    Falsa. Os atos enunciativos são aqueles possuem como característica a indicação de juízos de valor, dependendo, portanto, de outros atos de caráter decisório. O exemplo típico é o dos pareceres. A assertiva trouxe, na verdade, o conceito de atos constitutivos.

    (F) Nos atos discricionários, a valoração do agente incidirá sobre o motivo, forma, finalidade e objeto do ato, de modo que este, na atividade discricionária, resulta essencialmente da liberdade de escolha entre alternativas igualmente justas.
    Falsa. Nos atos discricionários a própria lei autoriza o agente a proceder a uma avaliação de conduta, obviamente tomando em consideração a inafastável finalidade do ato. A valoração incidirá sobre o motivo e o objeto do ato, de modo que este, na atividade discricionária, resulta essencialmente da liberdade de escolha entre alternativas igualmente justas, traduzindo, portanto, em certo grau de subjetivismo.

    Gabarito do Professor: C


    -------------------------------------

    REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

    CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 33. ed.  São Paulo: Editora Atlas, 2019. p. 135-138.
  • A questão aborda as classificações dos atos administrativo e solicita que o candidato julgue as afirmativas. Vamos analisar cada uma das assertivas: 

    (V) Na execução de atos vinculados, ao agente não é dada liberdade de apreciação da conduta, porque se limita a repassar para o ato o comando estatuído na lei.

    Verdadeira. Atos vinculados são aqueles que o agente pratica reproduzindo os elementos que a lei previamente estabelece. Ao agente, nesses casos, não é dada liberdade de apreciação da conduta, porque se limita, na verdade, a repassar para o ato o comando estatuído na lei.

    (V) Atos compostos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas. Há uma só vontade autônoma, sendo as demais meramente instrumentais, porque se limitam à verificação de legitimidade do ato de conteúdo próprio.

    Verdadeira. Atos compostos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas. Há, na verdade, uma só vontade autônoma, ou seja, de conteúdo próprio. As demais são meramente instrumentais, porque  se limitam à verificação de legitimidade do ato de conteúdo próprio.

    (F) Atos enunciativos são aqueles que alteram uma relação jurídica, criando, modificando ou extinguindo direitos, como o fazem a autorização, a sanção disciplinar e o ato de revogação.

    Falsa. Os atos enunciativos são aqueles possuem como característica a indicação de juízos de valor, dependendo, portanto, de outros atos de caráter decisório. O exemplo típico é o dos pareceres.

    (F) Nos atos discricionários, a valoração do agente incidirá sobre o motivo, forma, finalidade e objeto do ato, de modo que este, na atividade discricionária, resulta essencialmente da liberdade de escolha entre alternativas igualmente justas.

    Falsa. Nos atos discricionários a própria lei autoriza o agente a proceder a uma avaliação de conduta, obviamente tomando em consideração a inafastável finalidade do ato. A valoração incidirá sobre o motivo e o objeto do ato, de modo que este, na atividade discricionária, resulta essencialmente da liberdade de escolha entre alternativas igualmente justas, traduzindo, portanto, em certo grau de subjetivismo.

    Gabarito do Professor: C


    -------------------------------------

    REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

    CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 33. ed.  São Paulo: Editora Atlas, 2019. p. 135-138.
  • Competencia - vinculado

    Finalidade - vinculado

    Forma - vinculado

    Objeto -  discricionário EM ATO DISCRICIONÁRIO . vinculado EM ATO VINCULADO

    Motivo - discricionário EM ATO DISCRICIONÁRIO . vinculado EM ATO VINCULADO

  • (V) Na execução de atos vinculados, ao agente não é dada liberdade de apreciação da conduta, porque se limita a repassar para o ato o comando estatuído na lei.

    (V) Atos compostos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas. Há uma só vontade autônoma, sendo as demais meramente instrumentais, porque se limitam à verificação de legitimidade do ato de conteúdo próprio.

    (F) Atos enunciativos são aqueles que alteram uma relação jurídica, criando, modificando ou extinguindo direitos, como o fazem a autorização, a sanção disciplinar e o ato de revogação.

    Atos enunciativos ocorrem quando a Administração atesta ou certifica uma situação. Também ocorrem quando ela profere uma opinião quando consultada. São exemplos de atos anunciativos: atestado, certidão, parecer.

    (F) Nos atos discricionários, a valoração do agente incidirá sobre o motivo, forma, finalidade e objeto do ato, de modo que este, na atividade discricionária, resulta essencialmente da liberdade de escolha entre alternativas igualmente justas.

    Finalidade e Forma são requisitos Vinculados do ato administrativo, portanto não incide na discricionariedade do agente.

  • OBS: RESPOSTA DA AMIGA THAIS

    I - correta

    II Atos

    Simples: uma autoridade exerce uma atribuição, que irá repercutir o efeito pretendido.

    Complexo: 2 autoridades distintas reunem seus esforços e exercem atribuição que irá, ao final, repercutir o efeito pretendido. Ex: nomear Ministro do STF (PR + SF).

    Composto: 02 autoridades distintas exercem a própria atribuição e, ao final, a reunião das atribuições, implicará no efeito jurídico esperado. Exemplo: dispensa de licitação = presidente relata entendimento + chefe da entidade homologa.

    III

    Espécies de Ato Administrativo

    -Normativos;

    -Ordinatórios;

    -Negociais;

    -Enunciativos;

    -Punitivos

    i. Normativo

    Função de explicar e especificar comando contido em lei. Ex: os decretos, instruções normativas, regimentos e resoluções.

    ii. Ordinatórios

    Poder de ordenar, comandar, fiscalizar e corrigir as condutas dos seus subalternos. Ex: as instruções circulares, avisos, portarias, ordens de serviço, ofícios e despachos.

    iii. Negociais

    Não são negócios jurídicos => unilaterais. Ex: as licenças, autorizações, permissões, aprovações, admissões e dispensas.

    iv. Enunciativos

    São atos meramente declaratórios. Ex: as certidões, os atestados e também os pareceres.

    v. Punitivos

    Sanções a condutas de servidores ou particulares perante a Adm. Ex: Demissão, advertência, cassação, destruições de coisas apreendida.

    IV

    Pressupostos Vinculantes: competência, finalidade, forma - sempre decorrem de lei.

    Mérito Discricionário: Motivo e objeto - são discricionários, mas deve-se preencher de maneira motivada - fatos e circunstâncias razoáveis e proporcionais aos limites da lei, demonstrando a conveniência e oportunidade para o interesse público

  • (V) Na execução de atos vinculados, ao agente não é dada liberdade de apreciação da conduta, porque se limita a repassar para o ato o comando estatuído na lei. (Não pode negar aposentadoria por exemplo)

    (V) Atos compostos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas. Há uma só vontade autônoma, sendo as demais meramente instrumentais (Ato principal + Ato acessório -> "instrumento"), porque se limitam à verificação de legitimidade do ato de conteúdo próprio.

    (F) Atos enunciativos são aqueles que alteram uma relação jurídica, criando, modificando ou extinguindo direitos, como o fazem a autorização, a sanção disciplinar (Punitivo) e o ato de revogação.

    (F) Nos atos discricionários, a valoração do agente incidirá sobre o motivo, forma, finalidade (Requisitos vinculados) e objeto do ato, de modo que este, na atividade discricionária, resulta essencialmente da liberdade de escolha entre alternativas igualmente justas.

    MACETES

    REQUISITOS DO ATO = COM FOFI

    REQUISITOS VINCULADOS = COFF (Competência, finalidade, forma)

    COMPETENCIA --:> VINCULADO

    OBJETO --:> DISCRICIONÁRIO / VINCULADO

    MOTIVO --:>DISCRICIONÁRIO / VINCULADO

    FORMA --:> VINCULADO

    FINALIDADE --:> VINCULADO

  • Questãozinha cheia de problema. Não merece meu respeito.


ID
3412756
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação às autarquias, pessoas jurídicas de Direito Público integrantes da Administração Indireta, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Gabairto Letra B

     

    Com relação às autarquias, pessoas jurídicas de Direito Público integrantes da Administração Indireta, assinale a alternativa incorreta.

    a) Em nenhum momento a Constituição Federal de 1988 afirma expressamente que as autarquias integram a Administração Indireta, cabendo ao legislador federal a definição dessa relação.CERTO

     

    b) A existência legal das autarquias começa com a inscrição, no registro próprio, de seus contratos, atos constitutivos ou estatutos, convalidando-se com a posterior publicação da sua lei criadora. ERRADA

     

    Quem começa com a inscrição ou registro são as pessoas jurídicas de direito privado.  Já as autarquias que são pessoas jurídicas de direito público são criadas por leis especificas.

     

    c) Na organização das autarquias, via ato administrativo, são fixadas as regras próprias ao seu funcionamento, aos órgãos que as compõem, ao procedimento interno e a outros aspectos ligados à sua atuação.CERTO

     

    d) Autarquias associativas são as denominadas associações públicas, ou seja, aquelas que resultam de associação com fins de mútua cooperação entre entidades públicas, formalizada pela instituição de consórcios públicos. CERTO

  • O cara sabe que a B está errada aí marca a A pq viu na CF no Artigo. 37 achando também que está errada. Hshs.

    Por isso que é bom resolver questões.

  • @Lucimar, no meu caso já respondi de cara a A rsrs. Lógico que no dia da prova eu iria ler as outras opções.

    Enfim, realmente a CF não fala que a autarquia faz parte da administração indireta, ela apenas a cita.

  • Corroborando..

    A)

    A constituição federal não aborda expressamente que as autarquias pertencem a administração indireta..

    não esqueça que Os incs. XIX e XX do art. 37 da CF/1988 disciplinam a criação das entidades da Administração indireta. O inc. XIX estabelece que apenas a lei específica pode criar autarquia e autorizar a instituição de empresa pública, sociedade de economia mista e fundação.

    B) Esta observação relaciona-se as empresas estatais..

    A lei autoriza a criação; não cria.Deve o Estado, portanto, providenciar a prática do ato que contenha o estatuto, ou dos próprios atos constitutivos da entidade, para que sejam inscritos no registro próprio, fato que dá início à existência legal da pessoa jurídica, como, aliás, está claro no art. 45 do Código Civil.

    Mas não basta a edição da lei para surgir a entidade estatal. Será necessário o cumprimento das formalidades previstas no direito privado, que variam de acordo com a forma societária pretendida.(303)

    JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005.

    Além disso, Não esqueça que a lei 200/67 em seu art.5º, §3º determina que elas adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações.   

    .

    D) Espécies segundo a doutrina:

     autarquias administrativas ou de serviço: são as autarquias comuns dotadas do regime jurídico ordinário dessa espécie de pessoa pública. Exemplo: INSS;

    autarquias corporativas: também chamadas de corporações profissionais ou autarquias profissionais, são entidades com atuação de interesse público encarregadas de exercer controle e fiscalização sobre determinadas categorias profissionais.

    autarquias fundacionais: são criadas mediante a afetação de determinado patrimônio público a certa finalidade. São conhecidas como fundações públicas. Exemplos: Procon, Funasa e Funai; 

    autarquias associativas ou contratuais: são as associações públicas criadas após a celebração de consórcio entre entidades federativas (art. 6º da Lei n. 11.107/2005). As associações públicas integram a Administração indireta de todas as entidades consorciadas com natureza de autarquias transfederativas (248)

     MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo, 2ª edição. São Paulo. Editora Saraiva, 2012.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • A) Em nenhum momento a Constituição Federal de 1988 afirma expressamente que as autarquias integram a Administração Indireta, cabendo ao legislador federal a definição dessa relação. CERTO

    O decreto lei 200/67 é quem traz as entidades que integram a Adm. Direta e Indireta, explicitamente:

    Art. 4° A Administração Federal compreende:

    I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.

     II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:

    a) Autarquias;

    b) Empresas Públicas;

    c) Sociedades de Economia Mista.

    d) fundações públicas.            

    B) A existência legal das autarquias começa com a inscrição, no registro próprio, de seus contratos, atos constitutivos ou estatutos, convalidando-se com a posterior publicação da sua lei criadora. ERRADO

    Quem necessita de inscrição, em registro próprio, são as entidades da Adm. Indireta de direito privado. As Autarquias são criadas por lei ordinária específica, sendo que, a partir da vigência dessa lei, começa o início da sua personalidade jurídica, sem necessidade da referida inscrição.

    C) Na organização das autarquias, via ato administrativo, são fixadas as regras próprias ao seu funcionamento, aos órgãos que as compõem, ao procedimento interno e a outros aspectos ligados à sua atuação. CERTO

    D) Autarquias associativas são as denominadas associações públicas, ou seja, aquelas que resultam de associação com fins de mútua cooperação entre entidades públicas, formalizada pela instituição de consórcios públicos. CERTO

    Os consórcios Públicos podem ter PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, aplicando a legislação civil OU PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO, integrando, nesse caso, a Adm. Pública Indireta, como uma Associação Pública de natureza autárquica.

  • GABARITO: LETRA B

    COMPLEMENTANDO:

    CARACTERÍSTICAS DA AUTARQUIA:

     1) São pessoas jurídicas de direito público ;

    2) Compõe a administração pública indireta, logo, descentralizada;

    3) São criadas e extintas por lei específica;

    4) nunca exercem atividade econômica;

    5) São imunes a impostos;

    6) seus bens são públicos;

    7) praticam atos administrativos;

    8) celebram contratos administrativos;

    9) o regime de contratação é estatutário;

    10) possuem as prerrogativas especiais da fazenda pública;

    11) responsabilidade objetiva e direta

    12) Devem realizar licitação;

    13) Possuem patrimônio e receita própria;

    14) Possuem autonomia.

    15) Não existe hierarquia com a pessoa jurídica que a instituiu.

    16) agência reguladora é uma autarquia.

    FONTE: QC

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  • Deixa o e-mail (em relação ao comentário do livro)

  • Marlos Lopes

    EXELENTE RESUMO

  • A lei cria autarquia e autoriza a criação de SEM, EP e fundação.

    Na criação basta essa lei para a autarquia existir. Na autorização ainda será necessário o registro dos atos constitutivos no órgão competente.

    Se tem natureza civil no cartório e se natureza comercial na junta comercial.

    Se lei cria, lei extingue à paralelismo de formas.

  • Criação e extinção - diretamente por lei ....

  • autarquia é criada por lei

  • Ninguem respondeu a letra C:

    Na organização das autarquias, via ato administrativo, são fixadas as regras próprias ao seu funcionamento, aos órgãos que as compõem, ao procedimento interno e a outros aspectos ligados à sua atuação.

    Via ato administrativo?

  • MIke Baguncinha

    Com relação a assertiva C: As autarquias possuem exigência de serem criadas por leis específicas, mas essa reserva legal não impede que sua estrutura interna seja estabelecida por decreto (ato administrativo) do chefe do executivo.

  • LETRA B - CUIDADO, marque a INCORRETA
  • Questão que cobra conceitos relacionados às Autarquias. Atente-se apenas ao comando da questão, pois ele pede a alternativa INCORRETA.

    (a) A alternativa está correta. A Constituição Federal, embora em seu texto aborda diversas vezes o termo "autarquias", a de se concluir que em nenhum momento ela afirma expressamente que tal Entidade pertence à Administração Indireta. Esse entendimento a CF/88 deixou a cargo do Decreto Lei n° 200/1967 em seu Artigo 4°, Inciso II, no qual transcrevo abaixo:

    Decreto Lei 200/67

    Art. 4° A Administração Federal compreende:

    I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.

    II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:

    a) Autarquias;

    b) Empresas Públicas;

    c) Sociedades de Economia Mista.

    d) fundações públicas. 

    (b) A alternativa está errada. A existência legal das autarquias, conforme Decreto Lei 200/67, se dará por lei.

    (c) A alternativa está correta. Atos praticados pelas autarquias são, em regra, atos administrativos e ostentam as mesmas peculiaridades que revestem aqueles promanados da administração indireta (quanto aos requisitos e os atributos). Nesses atos, as Autarquias estabelecerão regras ligadas ao seu funcionamento.

    (d) A alternativa está correta. O STF tem um entendimento consolidado no sentido de que as autarquias são um gênero de entidades administrativas, subdivididos em espécies:

    1) Autarquia "comum" ou "ordinária";

    2) Autarquia sob Regime Especial;

    3) Autarquia Fundacional e

    4) Associação Pública.

    Gabarito: Letra B

  • Incorreta kkk se errou perdeu a vaga
  • Letra B

    Uma autarquia nasce com a lei.

  • Letra A ta correta lá em Marte

  • Eis os comentários sobre cada opção:

    a) Certo:

    De fato, a CRFB limita-se a disciplinar a maneira pela qual as autarquias são criadas, o que se encontra no art. 37, XIX, do texto constitucional:

    "Art. 37 (...)
    XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;"

    Inexiste referência, todavia, ao fato de tais entidades comporem a administração indireta, o que se encontra, por sua vez, no Decreto-lei 200/67, mais precisamente em seu art. 4º, II, "a":

    "Art. 4° A Administração Federal compreende:

    (...)

    II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:

    a) Autarquias;"

    b) Errado:

    Em rigor, a criação das autarquias ocorre por meio de lei instituidora. É a que a entidade adquire personalidade jurídica, passando a existir no mundo jurídico. Não há necessidade, portanto, de transcrição de atos constitutivos no registro competente, característica esta própria das pessoas de direito privado, o que não é o caso das autarquias.

    c) Certo:

    Realmente, após a criação das autarquias, por meio de lei, é comum que sua estrutura interna seja minudenciada através de atos administrativos, em especial via decretos. Neles poderão ser disciplinadas as regras próprias ao seu funcionamento, aos órgãos que as compõem, ao procedimento interno e a outros aspectos ligados à sua atuação, tal como dito neste item.

    d) Certo:

    É correto dizer que as autarquias associativas correspondem à figura das associações públicas, versadas na Lei 11.107/2005, ao menos aquelas que ostentarem personalidade de direito público.


    Gabarito do professor: B

  • Nossa, depois de ler, reler, não entender e chorar, vi que pedia a INCORRETA.

  • LETRA B é a correta

    Sobre a letra A:Autarquia pertence a administração indireta ,mas esse entendimento ficou a cargo do Decreto Lei n° 200/1967 não dá CF


ID
3412759
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Câmara de Patrocínio - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com entendimentos sumulados do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, no tocante à gestão de bens públicos, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • A) Súm. 340, STF;

    B) Súm. 477, STF;

    C) Súm. 496, STJ;

    D) Súm. 479, STF.

  • A) STF : Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.

    STF: As concessões de terras devolutas situadas na faixa de fronteira, feitas pelos Estados, AUTORIZAM, APENAS O USO, PERMANECENDO O DOMÍNIO COM A UNIÃO, ainda que se mantenha inerte ou tolerante, em relação aos possuidores. (ERRADA)

    C) SÚMULA 496 STJ : Os registros de propriedade particular de imóveis situados em terrenos de marinha não são oponíveis à União.

    D) STF : As margens dos rios navegáveis são de domínio público, insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização.

  • Sumula 477 do STF==="As concessões de terras devolutas situadas na faixa de fronteira, feitas pelos estados, autorizam apenas, o uso, permanecendo o domínio com a União, ainda que se mantenha inerte ou tolerante, em relação aos possuidores"

  • Súmula 340

    Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.

    Súmula 477

    As concessões de terras devolutas situadas na faixa de fronteira, feitas pelos Estados, autorizam, apenas, o uso, permanecendo o domínio com a União, ainda que se mantenha inerte ou tolerante, em relação aos possuidores.

    Súmula 496 -

    Os registros de propriedade particular de imóveis situados em terrenos de marinha não são oponíveis à União.

    Súmula 479

    As margens dos rios navegáveis são de domínio público, insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização.

  • A questão exige conhecimento de algumas súmulas do STF e do STJ que abordam a gestão de bens públicos. Ressalte-se que o candidato deve assinalar a alternativa incorreta.

    Alternativa "a":Correta. Súmula 340, STF: Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.

    Alternativa "b": Incorreta. Súmula 477, STF: As concessões de terras devolutas situadas na faixa de fronteira, feitas pelos Estados, autorizam, apenas, o uso, permanecendo o domínio com a União, ainda que se mantenha inerte ou tolerante, em relação aos possuidores.

    Alternativa "c":Correta. Súmula 496, STJ: Os registros de propriedade particular de imóveis situados em terrenos de marinha não são oponíveis à União.

    Alternativa "d": Correta. Súmula 479, STF: As margens dos rios navegáveis são de domínio público, insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização.

    Gabarito do Professor: B
  • Terras devolutas são terras públicas sem destinação pelo Poder Público e que em nenhum momento integraram o patrimônio de um particular, ainda que estejam irregularmente sob sua posse.
  • Complementando:

    As terras devolutas pertencem, em regra, aos Estados.

    E são classificadas como bens dominicais.