POSOLOGIA E CONTRAINDICAÇÕES: VIDE
BULA
O riso, antes restrito a piadas, comédias e conversas
informais, tornou-se “assunto sério”, material de
pesquisa. E, depois de muitos estudos acerca
desse tema, comprovou-se a estreita ligação entre
o senso de humor e a vida harmônica da sociedade:
aquele que mantém o sorriso no rosto está mais
apto a lidar com seus próprios problemas e a se
relacionar com os outros.
Primeiramente, o bom humor afasta o desespero
trazido pelos obstáculos cotidianos que a vida
impõe. Frente a situações difíceis e penosas,
é comum que as pessoas tenham reações
incoerentes e descontroladas, como considerar
tudo incontornável. Nesses casos, o riso funciona
como uma luz que clareia a questão e aponta bons
caminhos. Enfim, os dotados de senso de humor
se mostram menos rígidos e mais pró-ativos na
resolução dos problemas do dia a dia.
A segunda capacidade importante desse estado
de espírito é plenamente notada nas relações
interpessoais. O riso, por constituir uma linguagem
universal, já representa um forte fator de
aproximação; enquanto o bom humor tem papel
essencial na manutenção de qualquer amizade
ou “coleguismo”. Devido ao poder de flexibilidade
que essa característica concede, aqueles que
a possuem também costumam tolerar mais as
diferenças e lidar melhor com as pessoas.
Há, contudo, limites para o humor; não se deve
confundir risos descontraídos com gargalhadas
maníacas e constantes. Muitas pessoas veem a vida
como uma piada eterna, na tentativa de escapar dos
obstáculos encontrados, e têm dificuldades para
distinguir os momentos em que é preciso manter
uma postura séria e lutar pelo que se deseja.
Tanto nas questões individuais quanto nas
interpessoais, o bom humor tornou-se pré-requisito,
pois traz consigo uma gama enorme de qualidades
indispensáveis para a vida em sociedade. Deve-se
apenas atentar ao “vício do riso” para não o transformar em obsessão. Em todos os outros
casos, rir é mesmo o melhor remédio e não tem
contraindicações.
(Guia do Estudante – Redação Vestibular 2008.
São Paulo: Abril, 2008. p.44)
De acordo com o texto, julgue as sentenças Falsas
(F) ou Verdadeiras (V):
I. No último parágrafo, o termo “vício do riso”
diz respeito à uma psicopatia desenvolvida em
algumas pessoas, que exigem que todos à sua
volta as tratem cordialmente, ou seja, não aceitam
tratamentos ríspidos de seus colegas.
II. O bom humor não elimina, necessariamente,
possíveis dificuldades nos relacionamentos
interpessoais, porém, propicia maior tolerância
para com o outro, o que reflete positivamente nas
relações.
III. No terceiro parágrafo, na frase: “Devido ao poder
de flexibilidade que essa característica concede”,
o termo “essa característica” é referente ao bom
humor.
IV. Ao afirmar que: “aquele que mantém o sorriso
no rosto está mais apto a lidar com seus próprios
problemas e a se relacionar com os outros”, o
autor defende a tese de que se deve sempre sorrir,
inclusive nos momentos mais difíceis da vida,
pois o bom humor é uma maneira de escapar dos
obstáculos.
As afirmações são, respectivamente: