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Questões de Pronomes pessoais oblíquos


ID
736
Banca
FCC
Órgão
TRT - 23ª REGIÃO (MT)
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Da ação dos justos

Em recente entrevista na TV, uma conhecida e combativa
juíza brasileira citou esta frase de Disraeli*: “É preciso que
os homens de bem tenham a audácia dos canalhas”. Para a
juíza, o sentido da frase é atualíssimo: diz respeito à freqüente
omissão das pessoas justas e honestas diante das manifestações
de violência e de corrupção que se multiplicam em
nossos dias e que, felizmente, têm chegado ao conhecimento
público e vêm sendo investigadas e punidas. A frase propõe
uma ética atuante, cujos valores se materializem em reação
efetiva, em gestos de repúdio e medidas de combate à barbárie
moral. Em outras palavras: que a desesperança e o silêncio não
tomem conta daqueles que pautam sua vida por princípios de
dignidade.

Como não concordar com a oportunidade da frase?
Normalmente, a indignação se reduz a conversas privadas, a
comentários pessoais, não indo além de um mero discurso
ético. Se não transpõe o limite da queixa, a indignação é
impotente, e seu efeito é nenhum; mas se ela se converte em
gesto público, objetivamente dirigido contra a arrogância
acanalhada, alcança a dimensão da prática social e política, e
gera conseqüências.

A frase lembra-nos que não costuma haver qualquer
hesitação entre aqueles que se decidem pela desonestidade e
pelo egoísmo. Seus atos revelam iniciativa e astúcia, facilitadas
pela total ausência de compromisso com o interesse público.
Realmente, a falta de escrúpulo aplaina o caminho de quem não
confronta o justo e o injusto; por outro lado, muitas vezes faltam
coragem e iniciativa aos homens que conhecem e mantêm viva
a diferença entre um e outro. Pois que estes a deixem clara, e
não abram mão de reagir contra quem a ignore.

A inação dos justos é tudo o que os contraventores e
criminosos precisam para continuar operando. A cada vez que
se propagam frases como “Os políticos são todos iguais”,
“Brasileiro é assim mesmo” ou “Este país não tem jeito”,
promove-se a resignação diante dos descalabros. Quem vê a
barbárie como uma fatalidade torna-se, ainda que não o queira,
seu cúmplice silencioso.


* Benjamin Disraeli, escritor e político britânico do século XIX.
(Aristides Villamar)

Se há iniciativa e astúcia na ação do homem injusto, não há iniciativa e astúcia no bom cidadão que, apesar de indignado, não confere à iniciativa e à astúcia o mesmo valor que o mau reconhece na iniciativa e na astúcia.


Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os segmentos sublinhados por, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Nesta questão basta saber que o "não" serve como termo que atrai os pronomes.
  • Existe a possibilidade de algum amigo(a) explicar, mais detalhadamente, acerca da resposta, pois o pronome lhe não deve ser usado somente quando se refere à pessoa e não à coisa?
  • Quero agradecer à Fabiana e ressaltar que a intenção do site é nos ajudar em nossas dificuldades, não por si só como também pelos seus seguidores.Antes de qualquer coisa na vida, hombridade é a mais bela das virtudes em uma pessoa.O meu comentário acerca da questão foi fruto dos ensinamentos de um professor o qual adquiri um DVD, por essa razão me equivoquei.Muito OBRIGADO!
  • o, a, os, as --> quando o verbo pede complemento não preposicionado.

    lhe, lhes --> quando o verbo pede complemento preposicionado - "a" ou "para".

    não --> partícula atrativa

    há - verbo pede complemento NÃO preposicionado; e o 'não' atrai o pronome.

    confere - verbo pede complemento preposicionado (a crase já é um indicativo de que existe a preposição); e o 'não' mais uma vez atrai o pronome.

    reconhece - apesar do verbo pedir complemento preposicionado, a preposição usada é o "em" (em + a = na), logo não se pode usar o "lhe" e nem o "a".

  • GABARITO A 

    há (VERBO HAVER = VTD) iniciativa (A) e astúcia (A) = A+A = as

    as há

     

    não confere (VTDI) à iniciativa e à astúcia (OI) o mesmo valor (OD)

    não = partícula atrativa = atrai o pronome

     não lhes confere

     

    reconhece (VTI) na iniciativa e na astúcia.

    OD = preposição = na (em + a) = não é possível usar o "lhe" e nem o "a".

     nelas reconhece

     

  • Sudário, acredito que vc quis dizer LETRA B.
  • Questão resolvida: https://www.youtube.com/watch?v=bXa8f0BC8RY

  • Questão assim é um mel de se resolver.


ID
2056
Banca
FCC
Órgão
TRT - 24ª REGIÃO (MS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Amazônia (1989)

Roberto Carlos - Erasmo Carlos
Tanto amor perdido no mundo
Verdadeira selva de enganos
A visão cruel e deserta
De um futuro de poucos anos
Sangue verde derramado
O solo manchado;
Feridas na selva
A lei do machado
Avalanches de desatinos
Numa ambição desmedida
Absurdos contra os destinos
De tantas fontes de vida
Quanta falta de juízo
Tolices fatais;
Quem desmata, mata
Não sabe o que faz [...]
Desde os anos 70, muito antes de o tema "ecologia" entrar
na moda por aqui, Roberto Carlos já abordava o assunto, em
canções como O Progresso. Na década de 80 foi a vez de As
Baleias
e Amazônia, ambas em torno da preservação ambiental.
Nesta canção, ele chama a atenção para a destruição
da maior reserva natural da Terra, que cobre grande parte do
território brasileiro.

(Adaptado de Roberto Carlos Braga II, Na poltrona, Revista de
bordo do Grupo Itapemirim, ano 6, no 67, janeiro 2005, p. 60)

Com o sistema de monitoramento por satélite, dados e imagens de desmatamento da Amazônia são transmitidos em tempo real para o Ibama, que consegue fiscalizar o desmatamento logo em seu início, tendo sido possível reduzir o ritmo do desmatamento da Amazônia.

Os trechos grifados serão corretamente substituídos por formas pronominais correspondentes, na ordem, em:

Alternativas
Comentários
  • Fiscalizá-lo - Seu Ritmo

    Correta Letra C
    Bons Estudos !!

    Pedro.
  • Fiscalizá-lo em concordância com "desmatamento"

  • Fiscalizar ---> verbos terminados em R,S e Z, empregar: (lo, la, los, las).

    Seu ritmo (m) ---> concorda com o desmatamento (m)

  • Boa noite! Alguém pode explicar esse SEU

    estou iniciando agora. rsrs


ID
2380
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Pronto para outra?
Ricardo Freire

          Para muita gente, esta é a semana mais difícil do ano.
Você volta das férias, tenta se adaptar de novo à rotina e
já pressente as surpresas que vai ter ao receber a conta do
cartão de crédito. Quando se dá conta, é mais uma vítima
da depressão pós-viagem. Eu só conheço uma maneira de
sair dessa: começar a pensar já na próxima. Não, não é
cedo demais. Nem sintoma de descaso pelo trabalho.
Acalentar uma viagem é uma maneira segura de manter
aceso o interesse pelo fato gerador de suas férias: seu
emprego.
          Além do que, planejar uma viagem com antecedência
é o melhor jeito de rentabilizar seu investimento. Por que
se contentar em aproveitar apenas os dias que você passa
longe de casa, quando dá para começar a viajar muito
antes de embarcar - e sem pagar nada mais por isso?
          Eu gosto de comparar o planejamento de uma grande
viagem ao preparo de um desfile de escola de samba no
Carnaval. Assim como as férias, o Carnaval em si dura
pouco - mas é o grand finale de um ano inteiro de
divertida preparação.
          É fácil trazer o know how do samba para suas férias.
Use os três primeiros meses depois da volta para definir o
"enredo" de sua próxima viagem.
          Tire os meses seguintes para encomendar guias e
colecionar as informações que caírem em sua mão -
revistas, jornais, dicas de quem já foi. Vá montando o
itinerário mais consistente, descobrindo os meios de
transporte mais adequados, decidindo quais são os hotéis
imperdíveis. Quando faltarem quatro meses para a
partida, tome coragem e reserve a passagem e os hotéis.
          Passe os últimos três meses fazendo a sintonia fina:
escolhendo restaurantes, decidindo o que merece e o que
não merece ser visto.
          Depois de tudo isso não tem erro: é partir direto para
a apoteose.

Revista Época, 29/01/2007, p. 112 (fragmento).

A partir do quarto parágrafo o autor se vale do imperativo para construir os últimos argumentos de sua estratégia de "convencimento do leitor", mas o texto como um todo mostra coerência na forma de tratamento em terceira pessoa do singular porque, além dos verbos no imperativo, emprega pronomes:

Alternativas
Comentários
  • Pronome oblíquo reflexivo: " ... o carnaval em si dura pouco"...

  • Certamente, muitos erraram a questão por terem lido a questão rápido demais.

    Os pronomes Retos de terceira pessoa são:  ele/ela singular;  eles/elas plural (podem atuar como sujeito,predicativo e COMPLEMENTOS VERBAIS),ou seja, podem ser "retos ou oblíquos".

    Os oblíquos podem ser átonos ou tônicos e os de terceira pessoa são:  se/o/a/lhe singular ( átonos, atuam como complementos verbais);
    se/os/as/lhes plural (átonos).

    Os tônicos  de terceira pessoa do singular são: si/ele/consigo (reflexivos ou antecedidos de preposição no caso do pronome ELE).
    No plural temos as formas: si/consigo/eles

    OBS: Os únicos pronomes RETOS, segundo o profesor Renato Aquino, que fazem papel,somente, de sujeito e predicativo são: EU e TU os demais assumem,também,a forma de complementos.

    Os possessivos de terceira pessoa são: seu e sua singular; seus e suas plural

    Logo, os pronomes relativos não se enquadram como resposta para essa questão.

  • Na verdade há pronomes relativos no texto.

    A pegadinha é:

    Não existem pronomes relativos nem indefinidos de 3ª pessoa.
  • Excelente professor  !!!! 

  • Muito boa explicação, parabéns.

  • Excelente aula !!!

  • Eu não sabia Sobre o APOSTROFE na formula.

    Parabéns!!!

  • Prezado,

    tem q aproximar mais a tela do computador.

     

  • Não é para analisar apenas o 4º parágrafo (A partir do quarto parágrafo o autor se vale do imperativo para construir os últimos argumentos de sua estratégia de "convencimento do leitor", ), e sim o texto completo (mas o texto como um todo mostra coerência na forma de tratamento em terceira pessoa do singular porque, além dos verbos no imperativo, emprega pronomes:)

  • fiquei perdidinho... então resolvi chutar.. eu sabia vagamente que pronomes de tratamento são conjugados ou concordam em 3 pessoa, os possessivos quando se relacionam com os de tratamento também, pronomes obliquos tem variação em terceira pessoa, então a ideia partia do tema terceira pessoa, pronomes relativos nuca ouvi falar mas os indefinidos referem-se a 3 pessoa de forma vaga, então eliminei as alternativas que não tinham pronome de tratamento e fechei o olho cruzando os dedos entre a A e B.


ID
2407
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Pronto para outra?
Ricardo Freire

          Para muita gente, esta é a semana mais difícil do ano.
Você volta das férias, tenta se adaptar de novo à rotina e
já pressente as surpresas que vai ter ao receber a conta do
cartão de crédito. Quando se dá conta, é mais uma vítima
da depressão pós-viagem. Eu só conheço uma maneira de
sair dessa: começar a pensar já na próxima. Não, não é
cedo demais. Nem sintoma de descaso pelo trabalho.
Acalentar uma viagem é uma maneira segura de manter
aceso o interesse pelo fato gerador de suas férias: seu
emprego.
          Além do que, planejar uma viagem com antecedência
é o melhor jeito de rentabilizar seu investimento. Por que
se contentar em aproveitar apenas os dias que você passa
longe de casa, quando dá para começar a viajar muito
antes de embarcar - e sem pagar nada mais por isso?
          Eu gosto de comparar o planejamento de uma grande
viagem ao preparo de um desfile de escola de samba no
Carnaval. Assim como as férias, o Carnaval em si dura
pouco - mas é o grand finale de um ano inteiro de
divertida preparação.
          É fácil trazer o know how do samba para suas férias.
Use os três primeiros meses depois da volta para definir o
"enredo" de sua próxima viagem.
          Tire os meses seguintes para encomendar guias e
colecionar as informações que caírem em sua mão -
revistas, jornais, dicas de quem já foi. Vá montando o
itinerário mais consistente, descobrindo os meios de
transporte mais adequados, decidindo quais são os hotéis
imperdíveis. Quando faltarem quatro meses para a
partida, tome coragem e reserve a passagem e os hotéis.
          Passe os últimos três meses fazendo a sintonia fina:
escolhendo restaurantes, decidindo o que merece e o que
não merece ser visto.
          Depois de tudo isso não tem erro: é partir direto para
a apoteose.

Revista Época, 29/01/2007, p. 112 (fragmento).

 "Quando faltarem quatro meses para a partida, tome coragem e reserve a passagem e os hotéis" (l. 29). Em vez de estarem relacionados com substantivos, os verbos desse trecho poderiam estar acompanhados de pronomes que os substituíssem, o que resultaria na seguinte reescritura:

Alternativas
Comentários
  • c) Quando eles faltarem, tome-a e reserve-os;

  • O pronome oblíquo ( lhe ) é usado como complemento verval, já o pronome reto ( ele ) é usado como sujeito do verbo. No caso: Quatro meses faltam para a partida.

  • Questão de uso/emprego de pronome.

    tome coragem e reserve a passagem e os hotéis

    "coragem" é OD, palavra feminina -> substitui por pron. obliquo "a"

    tome-a e reserve a passagem e os hotéis

    "a passagem e os hotéis" é OD. "passagem" é feminino e "hotéis" masculino, logo prevalece o masculino plural -> substitui por pron. obliquo "os"

    tome-a e reserve-os

    "quatro meses" é sujeito (o verbo concorda com ele!) > substitui por pron. reto "eles".

    Quando eles faltarem, tome-a e reserve-os;

    Mesmo que não percebesse que "quatro meses" é sujeito, achando que fosse OD, o pron. obliquio "lhe" não pode ser utilizado no lugar de OD, apenas para OI.

    []s

  • O sujeito da 1ª oração é "quatro meses para a partida".  Eles é pronome pessoal reto, logo funciona como sujeito.  O pronome oblíquo "lhes" só pode funcionar como objeto indireto, adjunto adnominal ou complemento nominal. 
    Dica simples e fácil: o pronome oblíquo "lhes" só pode fazer referência a pessoas.
  • Muito importante saber as funções menos usadas que tem a possibilidade de cair na prova. Para não sermos pegos de surpresa! 



  • Mto bom, professor!!!

  • ATENÇÃO!!

    **o pronome obliquio "lhe" não pode ser utilizado no lugar de Objeto Direto, apenas para Objeto Indireto.

    * "quatro meses" é o sujeito, logo só poderá ser substituído por "eles"

  • o pronome LHE só exerce função de objeto indireto.

     reserve o quê? a passagem e os hotéis.....OBJETO DIRETO.

     


ID
2620
Banca
FCC
Órgão
TRT - 24ª REGIÃO (MS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 8 apóiam-se no texto
apresentado abaixo.

Rios caudalosos e lagos deslumbrantes, cachoeiras e
corredeiras, cavernas, grutas e paredões. Onças, jacarés, tamanduás,
capivaras, cervos, pintados e tucunarés, emas e
tuiuiús. As maravilhas da geologia, fauna e flora do Brasil Central
reunidas em três ecossistemas únicos no mundo - Pantanal,
Cerrado e Floresta Amazônica
?, poderiam ser uma abundante
fonte de receitas turísticas. Mas não são, e os Estados da
região agradecem.
Para preservar seus delicados santuários ecológicos, o
Centro-Oeste mantém rigorosas políticas de controle do turismo,
com roteiros demarcados e visitação limitada. Assim é feito
em Bonito, município situado na Serra da Bodoquena, cujas
belezas naturais despertaram os fazendeiros para as oportunidades
do turismo.

(Adaptado de O Estado de S. Paulo, Novo mapa do Brasil,
H16, 20 de novembro de 2005)

... cujas belezas naturais despertaram os fazendeiros para as oportunidades do turismo. (final do texto)

O termo grifado na frase acima está corretamente substituído pelo pronome correspondente em

Alternativas
Comentários
  • Eu pensei que a regra era, quando o verbo terminar em R, S ou Z, retira esta terminação e substitui por lo ou la, ou seja despertaram ficaria despertaram-los. Tem alguma partícula atrativa aqui?
  • Está questão está relacionada com a próclese obrigatória e verbo transitivo direto.
    Verbo despertar = TD ( quem disperta, disperta algo ou alguém), logo o complemento é o pron. demonstrativo "OS".
    Alternativa correta letra "E"
  • O verbo “despertaram” é transitivo direto e “os fazendeiros” é o objeto direto. O pronome adequado seria “os”. Assim, eliminam-se as alternativas A e C. 
    A alternativa B está errada, porque o pronome “elesnão é átono.
    Como o verbo termina em “m”, esse pronome recebe “n”, quando estiver em ênclise; por isso a alternativa D está errada.
    Resta, então, a alternativa E, pois a próclise é admitida, mesmo sem palavra atrativa, tendo em vista soar menos artificial (princípio da eufonia).
    Fonte: Prof. Décio Terror - Ponto dos Concursos
    Bons estudos

  • Questões FCC: Marque a menos errada.Sempre dá certo.
    Não vislumbrei, de acordo com a Gramática da Língua Portuguesa, um caso de próclise, mas como dos erros esse era o menor, acabei acertando a questão. No dia que fizeram uma Gramática da Língua Brasileira, aí sim, poderei concordar que o gabarito está correto.

ID
2836
Banca
FCC
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 11 a 18 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

A fronteira da biodiversidade é azul. Atrás das ondas,
mais do que em qualquer outro lugar do planeta, está o maior
número de seres vivos a descobrir. Os mares parecem guardar
as respostas sobre a origem da vida e uma potencial revolução
para o desenvolvimento de medicamentos, cosméticos e
materiais para comunicações. Sabemos mais sobre a superfície
da Lua e de Marte do que do fundo do mar. Os oceanos são
hoje o grande desafio para a conservação e o conhecimento da
biodiversidade, e os especialistas sabem que ela é muitas
vezes maior do que hoje conhecemos. Das planícies abissais -
o verdadeiro fundo do mar, que ocupa a maior parte da
superfície da Terra - vimos menos de 1%. Hoje sabemos que
essa planície, antes considerada estéril, está cheia de vida. Nos
últimos anos, não só se fizeram novos registros, como também
se descobriram novas espécies de peixes e invertebrados
marinhos - como estrelas-do-mar, corais, lulas e crustáceos.
Em relação à pesca, porém, há más notícias. Pesquisadores
alertam que diversidade não é sinônimo de abundância. Há
muitas espécies, mas as populações, em geral, não são
grandes.

A mais ambiciosa empreitada para conhecer a
biodiversidade dos oceanos é o Censo da Vida Marinha, que
reúne 1.700 cientistas de 75 países e deverá estar pronto em
2010. Sua meta é inventariar toda a vida do mar, inclusive os
microorganismos, grupo que representa a maior biomassa da
Terra. Uma pequena arraia escura, em forma de coração, é a
mais nova integrante da lista de peixes brasileiros. Ela foi
coletada entre os Estados do Rio de Janeiro e do Espírito
Santo, a cerca de 900 metros de profundidade. Como muitas
espécies marinhas recém-identificadas, esta também é uma
habitante das trevas.

O mar oferece outros tipos de riqueza. Estudos feitos no
exterior revelaram numerosas substâncias extraídas de animais
marinhos e com aplicação comercial. Há substâncias de
poderosa ação antiviral e até mesmo anticancerígena. Há
também uma esponja cuja estrutura inspirou fibras óticas que
transmitem informação com mais eficiência. Outros compostos
recém-descobertos de bactérias são transformados em cremes
protetores contra raios ultravioleta. Vermes que devoram ossos
de baleias produzem um composto com ação detergente. Já o
coral-bambu é visto como um substituto potencial para próteses
ósseas.

(Adaptado de Ana Lucia Azevedo. Revista O Globo. 19 de
março de 2006, p.18-21)

A substituição do segmento grifado pelo pronome correspondente está feita de modo INCORRETO em:

Alternativas
Comentários
  • Na prova "guardá-las" está grafada corretamente. Aqui nos testes, a pessoa que digitou esqueceu de separá-la.
  • O pronome “lhe” é usado para substituir o complemento de um verbo transitivo indireto, ou seja, que exige a preposição (a, para ) como antecedente. o verbo em questão é transitivo direto (produzir) - resposta correta E
  • pura regencia conforme comentario abaixo
  • o certo seria PRODUZEM-NO. Objeto direto:Quem produz produz alguma coisa. O pronome do caso obliquo"lhe" substitui o objeto indireto SEMPRE.
  • O pronome LHE só é usado para se referir a PESSOAS, não a coisas ou lugares


ID
2947
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As crônicas de Rubem Braga



Décadas atrás, afortunados leitores de jornal podiam
contar com uma coluna em que sobravam talento, reflexão,
observação atenta das cenas da vida, tudo numa linguagem
límpida, impecável, densamente poética e reflexiva. Era uma
crônica de Rubem Braga. Os chamados "assuntos menores",
que nem notícia costumam ser, ganhavam na pena do cronista
uma grandeza insuspeitada. Falasse ele de um leiteiro, de um
passarinho, de um pé de milho, de um casal na praia, de uma
empregada doméstica esperando alguém num portão de
subúrbio
? tudo de repente se tornava essencial e vivo, mais
importante que a escandalosa manchete do dia. É o que
costumam fazer os grandes artistas: revelam toda a carga de
humanidade oculta que há na matéria cotidiana pela qual
costumamos passar desatentos.
Rubem Braga praticamente só escreveu crônicas, como
profissional. À primeira vista, espanta que seja considerado um
dos grandes escritores brasileiros dedicando-se tão-somente a
um gênero considerado "menor": a crônica sempre esteve longe
de ter o prestígio dos romances ou dos contos, da poesia ou do
teatro. Mas o nosso cronista acabou por elevá-la a um posto de
dignidade tal que ninguém se atreverá de chamar seus textos
de "páginas circunstanciais". Tanto não o foram que estão todas
recolhidas em livros, driblando o destino comum do papel de
jornal. Recusaram-se a ser um entretenimento passageiro:
resistem a tantas leituras quantas se façam delas, reeditam-se,
são lidas, comentadas, não importando o dia em que foram
escritas ou publicadas.
Conheci Rubem Braga já velho, cansado, algo
impaciente e melancólico, falando laconicamente a estudantes
de faculdade. Parecia desinteressado da opinião alheia,
naquele evento organizado por uma grande empresa, a que
comparecera apenas por força de contrato profissional.
Respondia monossilabicamente às perguntas, com um olhar
distante, às vezes consultando o relógio. Não sabíamos, mas já
estava gravemente doente. Fosse como fosse, a admiração que
os jovens mostravam pelo velho urso pouco lhe dizia, era
evidente que preferiria estar em outro lugar, talvez sozinho,
talvez numa janela, ou na rede do quintal de seu apartamento
(sim, seu apartamento de cobertura tinha um quintal aéreo,
povoado de pássaros e plantas), recolhendo suas últimas
observações, remoendo seus antigos segredos. Era como se
nos dissesse: "Não me perguntem mais nada, estou cansado,
tudo o que me importou na vida já escrevi, me deixem em paz,
meninos."
E teria razão. O leitor que percorrer crônicas do velho
Braga saberá que ele não precisaria mesmo dizer nada além do
que já disse e continua dizendo em suas páginas mágicas,
meditadas, incapazes de passar por cima da poesia da vida.



(Manuel Régio Assunção)

Rubem Braga escreveu muitas crônicas, nutriu as crônicas com a matéria do cotidiano, fez as crônicas atingir um patamar que parecia interditado às crônicas, e notabilizouse empregando todo o seu talento nas crônicas.

Evitam-se as viciosas repetições e mantém-se a correção do período acima, substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • nutriu-lhes - as fez atingir

    Não pode se usar próclise "as" em início de período.
  • Rubem Braga escreveu muitas crônicas, nutriu as crônicas com a matéria do cotidiano, fez as crônicas atingir um patamar que parecia interditado às crônicas, e notabilizouse empregando todo o seu talento nas crônicas.Evitam-se as viciosas repetições e mantém-se a correção do período acima, substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:nutriu-as - fê-las atingir - a elas parecia interditado - nelas todo o seu talento. Alternativa correta letra "A".
  • Nutriu-as - o,a,os,as utilizado para OD;

    Fê-las atingir - verbos terminados em R, S ou Z utilizamos o lo, la, los e las;

    A elas parecia interditado - remetendo as crônicas;

    Nelas todo o seu talento- mesma remissão da anterior.

    Alternativa correta: A

    Estudando e vencendo!

  • Rubem Braga escreveu muitas crônicas, nutriu as crônicas com a matéria do cotidiano, fez as crônicas atingir um patamar que parecia interditado às crônicas, e notabilizou-se empregando todo o seu talento nas crônicas.


    nutriu as crônicas = nutriu as / Nutrir é VTD e exige OD [nutrir algo]

    fez as crônicas atingir = fê-las /verbos terminados em R, S ou Z utilizamos o lo, la, los e las /distância da vírgula

    que parecia interditado às crônicas = A elas parecia interditado / às crônicas = ELAS

    todo o seu talento nas crônicas =  nelas todo o seu talento / nelas = EM + ELAS (crônicas)


ID
4006
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 9 a 14 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

Permitir às empresas que utilizem, em projetos artísticos,
parte do dinheiro que gastariam com tributos. É esse o espírito
das leis de incentivo, sejam elas municipais, estaduais ou
federais. A proposta é simples: como no orçamento da maioria
dos governos os recursos destinados à cultura são geralmente
escassos, os artistas e produtores, em vez de recorrer ao
Estado, procuram patrocínio da iniciativa privada, com o
atraente argumento de que, sem desembolsar nenhum centavo,
além do que gastaria em impostos, o empresário poderá
vincular sua marca àquele livro, show, produção de artesanato
ou outra ação desse tipo.
A Lei Rouanet é o principal instrumento de captação de
recursos para iniciativas culturais no Brasil. Por meio dela, as
empresas podem investir em produções até 4% do imposto de
renda devido e deduzir o valor na hora de pagar ao Fisco. A
verba investida só não é abatida integralmente em investimentos
em filmes de ficção
? que já têm uma lei específica ? e
em projetos de música popular, cuja dedução é de 30% do valor
aplicado. Pessoas físicas também podem patrocinar iniciativas
culturais, com um desconto de, no máximo, 6% do imposto de
renda.
Há, ainda, as leis de incentivo à cultura estaduais, que
oferecem geralmente abatimentos no Imposto sobre Comércio
de Mercadorias e Serviços (ICMS), e municipais, que isentam
os investimentos do pagamento do Imposto sobre Serviços (ISS)
ou do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
(IPTU).

(Adaptado de Alan Infante, Vida Bosch, out/nov/dez 2005, p. 43)

O termo grifado está substituído por um pronome equivalente, de modo INCORRETO, no segmento:

Alternativas
Comentários
  • Essa é, talvez, a milésima questão da FCC sobre o tema que respondo hoje! Então atenção para a dica:
    observe que a opção E é a errada porque foi usado o pronome LHE com um verbo transitivo direto.
    Erradíssimo já que o pronome LHE substitui um objeto indireto, ou seja, o verbo da frase terá que ser sempre VTI (verbo transitivo indireto).

    Eu sempre "pergunto" ao verbo da frase para saber o tipo de objeto que o acompanha. Exemplo:
    a) que utilizem O QUE? parte do dinheiro (OBJETO DIRETO)= que a utilizem. = A (OBJETO DIRETO)
    b) sem desembolsar O QUE? nenhum centavo (OBJETO DIRETO) = sem desembolsá- lo. = LO (OBJETO DIRETO)
    c) que oferecem geralmente O QUE? abatimentos (OBJETO DIRETO) = que os oferecem. = OS (OBJETO DIRETO)
    d) também podem patrocinar O QUE? iniciativas culturais (OBJETO DIRETO) = podem patrociná-las. = LAS (OBJETO DIRETO)
    e) o empresário poderá vincular O QUE? sua marca (OBJETO DIRETO) = poderá vincular-lhe. - LHE (OBJETO INDIRETO)
    Ficou claro? Espero que sim e perseverança a todos.
  • Adorei a dica! Sempre me perco em questões desse tipo. Valeu.
  • Confundi aqui pq acreditei que o "lhe" nessa situação tem sentido de posse, hipótese que tmb cabe o uso. Por conta disso, a única opção é estudar mais

  • Quem vincula, vincula algo a alguém, não?


ID
4654
Banca
FCC
Órgão
TRE-MS
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
abaixo.

Ensino que ensine

Jogar com as ambigüidades, cultivar o improviso, juntar
o que se pretende irreconciliável e dividir o que se supõe
unitário, usar falta de método como método, tratar enigmas
como soluções e o inesperado como caminho
? são traços da
cultura do povo brasileiro. Estratégias de sobrevivência? Por
que não também manancial de grandes feitos, tanto na prática
como no pensamento? A orientação de nosso ensino costuma
ser o oposto dessa fecundidade indisciplinada: dogmas
confundidos com idéias, informações sobrepostas a
capacitações, insistência em métodos "corretos" e em respostas
"certas", ditadura da falta de imaginação. Nega-se voz aos
talentos, difusos e frustrados, da nação. Essa contradição
nunca foi tema do nosso debate nacional.

Entre nós, educação é assunto para economistas e
engenheiros, não para educadores, como se o alvo fosse
construir escolas, não construir pessoas. Preconizo revolução
na orientação do ensino brasileiro. Nada tem a ver com falta de
rigor ou com modismo pedagógico. E exige professorado
formado, equipado e remunerado para cumprir essa tarefa
libertadora.

Em matemática, por exemplo, em vez de enfoque nas
soluções únicas, atenção para as formulações alternativas, as
soluções múltiplas ou inexistentes e a descoberta de problemas,
tão importante quanto o encontro de soluções. Em leitura e
escrita, análise de textos com a preocupação de aprofundar,
não de suprimir possibilidades de interpretação; defesa, crítica e
revisão de idéias; obrigação de escrever todos os dias,
formulando e reformulando sem fim. Em ciência, o despertar
para a dialética entre explicações e experimentos e para os
mistérios da relação entre os nexos de causa e efeito e sua
representação matemática. Em história, e em todas as
disciplinas, as transformações analisadas de pontos de vista
contrastantes.

Isso é educação. O resto é perda de tempo. (...) Quem
lutará para que a educação no Brasil se eduque?

(Roberto Mangabeira Unger, Folha de S. Paulo, 09/01/2007)

Nosso sistema de ensino tem falhas estruturais; para revolucionar nosso sistema de ensino, seria preciso despir nosso sistema de ensino dos dogmas que norteiam nosso sistema de ensino.

Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo- se os segmentos sublinhados, respectivamente, por

Alternativas
Comentários
  • Quando os Verbos são Transitivos Diretos, utiliza-se o, a, lo, la e variações

    Quando foi VTI utiliza-se lhe e lhes! ;)
  • Complementando:

    Em verbos transitivos diretos usa-se (o, a, os e as)

    Se termina em S, R ou Z. Nesse caso usa-se (lo, la, los, las)

    Se termina em M, ÃO ou ÕE, usa-se (no, na, nos, nas)
  • Vale acrescentar também que o pronome LHE deve referir-se a pessoa.
    Só com isso já dava para resolver a questão
  • Para responder de forma mais prática e rápida, procure se sem algum verbo em que antes tenha uma palavra atrativa (para fazer próclise).

    Só aí já se eliminam algumas alternativas. É o que ocorre nessa questão. O que (até quando subtendida) atrai, fazendo que restem apemas duas alternativas. Daí é só olhar o verbo depois, que no caso são VTD.


    Nosso sistema de ensino tem falhas estruturais; para
     revolucionar (VTD) nosso sistema de ensino, seria preciso despir (VTD) nosso sistema de ensino dos dogmas que (paralvra atrativa - cortam 3 alternativas restando a letra a e c) norteiam nosso sistema de ensino

    Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo- se os segmentos sublinhados, respectivamente, por
    •  a) revolucioná-lo - despi-lo - o norteiam
    •  b) o revolucionar - despi-lo - lhe norteiam
    •  c) revolucionar-lhe - despir-lhe - o norteiam
    •  d) revolucioná-lo - despir-lhe - norteiam-no
    •  e) o revolucionar - despir-lhe - o norteiam
  • Para quem não sabe o que é VTD e VTI 


    TRANSITIVOS DIRETOS

    Não possuem sentido completo, logo precisam se um complemento (objeto). Esses complementos (sem preposição), são chamados de objetos diretos.

    Ex.: Maria comprou um livro.

    "Um livro" é o complemento exigido pelo verbo. Ele não está acompanhado de preposição. "Um livro" é o objeto direto. Note que se disséssemos: "Maria comprou." a frase estaria incompleta, pois quem compra, compra alguma coisa. O verbo comprar é transitivo direto.

    TRANSITIVOS INDIRETOS

    Também não possuem sentido completo, logo precisam de um complemento, só que desta vez este complemento é acompanhado de uma preposição. São chamados de objetos indiretos.

    Ex. Gosto de filmes.

    "De filmes" é o complemento exigido pelo verbo gostar, e ele está acompanhado por uma preposição (de). Este complemento é chamado de objeto indireto. O verbo gostar é transitivo indireto


    Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/predicacao-verbal-2/


ID
6391
Banca
ESAF
Órgão
MTE
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que corresponde a erro gramatical.

A história do petróleo no Brasil, dos primeiros passos até este(1) novo degrau, que é a conquista da autosuficiência, não tem nome ou fisionomia particular. Pertence, na verdade, a todos os (2) brasileiros e administradores que acreditaram na possibilidade de o nosso país desenvolver o seu setor de petróleo com competência e talento. Ela foi escrita, capítulo a(3) capítulo, por valorosos trabalhadores de várias categorias, do técnico de ponta ao mais modesto operário, e não somente(4) por esses, que labutam na linha de frente, nos trabalhos de pesquisas e análises, como também, com igual dedicação e entusiasmo, pelos que lhe(5) dão suporte, na retaguarda, inclusive no plano administrativo, essencial quando eficiente.

(Joel Mendes Rennó, Jornal do Brasil, 19/04/2006)

Alternativas
Comentários
  • ..., pelos que lhes dão suporte,...
  • Erro de concordancia..

    lhes dão... Tudo ok nas demais opções
  • Retirando os encaixes, (informações acessórias), podemos perceber que o pronome oblíquo LHE é OBJETO INDIRETO do verbo DAR e refere-se ao pronome demonstrativo "esses", que, por sua vez, remete aos trabalhadores, do técnico, operário.


    ...por esses, como também pelos que lhe(5) dão suporte.

     Concluindo: "esses" está no plural, o OBJETO INDIRETO LHE deve concordar.

    ...por esses, como também pelos que dão suporte a eles.
    ...por esses, como também pelos que lhes dão suporte.

    Acho que é isso.
  • ...Pelos que lhes dão suporte, ou seja, dão suporte a eles. 

    gaba E


ID
9100
Banca
ESAF
Órgão
TJ-CE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o aviso para responder às questões 04 e 05.

CUIDADO!
Não se sente o efeito dos agrotóxicos nos alimentos
ao _____________, porém o envenenamento
é progressivo e cumulativo ao longo
dos anos.

Assinale a opção que completa a lacuna de forma correta.

Alternativas
Comentários
  • letra correta é a "C"

    única com correção gramatical

    enclese obrigatória...

  • letra d  - ingeri-los

  • los -indica  Objeto Direto
    lhes - indica objeto indireto
    o verbo ingerir, é verbo transitivo direto.
    a forma correta é ingeri-los.
  • Gabarito letra D

     

    ingeri = ingerir

    -los =eles

     

    ingerir eles (claro que está errado, mas serve para termos uma idéia da transitividade do verbo e flexão do sujeito)

    Neste caso "ingerir" é VTD então admite apenas -LOS (quando VTI, usa-se LHES)

    O que flexiona em números (singular/plural), é o sujeito (los) pois o verbo continua no singular. 

     

  • Ingerir é VTD , tirando quando o verbo possui -r,-s,-z o pronome ganha a forma lo,la,lo,las retirando-se tal letra 

  • Gab. D

    As formas o,a,os,as

    Verbos terminados em R,S,Z (R,S,Z + L)

    Ingerir = - R + lo (Ingeri-los)


ID
11404
Banca
FCC
Órgão
TRF - 3ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
seguinte.

Os sonhos dos adolescentes

Se tivesse que comparar os jovens de hoje com os de
dez ou vinte anos atrás, resumiria assim: eles sonham pequeno.
É curioso, pois, pelo exemplo de pais, parentes e vizinhos,
nossos jovens sabem que sua origem não fecha seu destino:
sua vida não tem que acontecer necessariamente no lugar onde
nasceram, sua profissão não tem que ser a continuação da de
seus pais. Pelo acesso a uma proliferação extraordinária de
ficções e informações, eles conhecem uma pluralidade inédita
de vidas possíveis.
Apesar disso, em regra, os adolescentes e os préadolescentes
de hoje têm devaneios sobre seu futuro muito
parecidos com a vida da gente: eles sonham com um dia-a-dia
que, para nós, adultos, não é sonho algum, mas o resultado
(mais ou menos resignado) de compromissos e frustrações.
Eles são "razoáveis": seu sonho é um ajuste entre suas
aspirações heróico-ecológicas e as "necessidades" concretas
(segurança do emprego, plano de saúde e aposentadoria).
Alguém dirá: melhor lidar com adolescentes tranqüilos do
que com rebeldes sem causa, não é? Pode ser, mas, seja qual
for a qualidade dos professores, a escola desperta interesse
quando carrega consigo uma promessa de futuro: estudem para
ter uma vida mais próxima de seus sonhos. É bom que a escola
não responda apenas à "dura realidade" do mercado de
trabalho, mas também (talvez, sobretudo) aos devaneios de
seus estudantes; sem isso, qual seria sua promessa? "Estude
para se conformar"? Conseqüência: a escola é sempre
desinteressante para quem pára de sonhar.
É possível que, por sua própria presença maciça em
nossas telas, as ficções tenham perdido sua função essencial e
sejam contempladas não como um repertório arrebatador de
vidas possíveis, mas como um caleidoscópio para alegrar os
olhos, um simples entretenimento. Os heróis percorrem o
mundo matando dragões, defendendo causas e encontrando
amores solares, mas eles não nos inspiram: eles nos divertem,
enquanto, comportadamente, aspiramos a um churrasco no
domingo e a uma cerveja com os amigos.
É também possível (sem contradizer a hipótese anterior)
que os adultos não saibam mais sonhar muito além de seu
nariz. Ora, a capacidade de os adolescentes inventarem seu
futuro depende dos sonhos aos quais nós renunciamos. Pode
ser que, quando eles procuram, nas entrelinhas de nossas
falas, as aspirações das quais desistimos, eles se deparem
apenas com versões melhoradas da mesma vida acomodada
que, mal ou bem, conseguimos arrumar. Cada época tem os
adolescentes que merece.

(Adaptado de Contardo Calligaris. Folha de S. Paulo, 11/01/07)

Devaneios, quem não tem devaneios? Têm devaneios as crianças e os jovens, dão aos devaneios menos crédito os adultos, mas é impossível abolir os devaneios completamente. Evitam-se as indesejáveis repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • No primeiro caso, temos uma partícula atrativa "não", que obriga o uso de próclise. Logo, quando substituirmos "devaneios" por um pronome oblíquo, este pronome deverá ser colocado logo após o "não", da seguinte forma: "não os tem"

    No segundo caso, em início de período não se usa próclise, devendo então vir enclítico o pronome, da seguinte forma: "Têm-nos".

    Terceiro caso. Conforme é possível perceber, o verbo "dar" aqui é transitivo direto e indireto e "aos devaneios" (expressão que será substituída) tem papel de objeto indireto. Para esse tipo de caso o pronome correto a ser usado é o "lhes", ficando então a expressão com a seguinte formatação: "dão-lhes".

    E no último caso, sabemos que verbos terminados em "r", para que seja feita a colocação pronominal de "o(os)" "a(as)" deverá perder essa letra final e ganhar um "l" antes do pronome para que se respeite a norma culta. A formatação final será essa: "aboli-los"

    Bons estudos a todos! ;-)

  • os tem - Têm-nos - dão-lhes - aboli-los

    1º O pronome pessoal do caso reto não pode exercer a função de objeto direto, logo construções como:

    tem ele, dão a ele, chama ele, são incorretas.

    2º diante de som nasal sendo caso de objeto direto substituímos por no(s) na(s).

    3º Terminações com r, s,z = Lo(s), la(s)

    fí-lo, vendê-lo..

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Devaneios, quem não tem devaneiosTêm devaneios as crianças e os jovens, dão aos devaneios menos crédito os adultos, mas é impossível abolir os devaneios completamente. Evitam-se as indesejáveis repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

    1 - Uso obrigatório da prócrise em razão da palavra não, que tem sentido negativo

    2 - Início de período - logo obrigação do uso da ênclise, quem tem, tem alguma coisa, logo não pode usar o lhe, pois a ausência da preposição

    3 - quem da dá algo a alguem, no caso aos desvaneior temos a preposição A - assim usamos o lhe

    4 - Se o verbo terminar em RS ou Z, essas terminações serão retiradas, e os pronomes o, a, os, as se transformam em lo, la, los, las. Exemplo: Se você encontrar o menino, deverá trazê-lo imediatamente para cá.


ID
13636
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 12 referem-se ao texto
seguinte.

As crônicas de Rubem Braga

Décadas atrás, afortunados leitores de jornal podiam
contar com uma coluna em que sobravam talento, reflexão,
observação atenta das cenas da vida, tudo numa linguagem
límpida, impecável, densamente poética e reflexiva. Era uma
crônica de Rubem Braga. Os chamados "assuntos menores",
que nem notícia costumam ser, ganhavam na pena do cronista
uma grandeza insuspeitada. Falasse ele de um leiteiro, de um
passarinho, de um pé de milho, de um casal na praia, de uma
empregada doméstica esperando alguém num portão de
subúrbio
? tudo de repente se tornava essencial e vivo, mais
importante que a escandalosa manchete do dia. É o que
costumam fazer os grandes artistas: revelam toda a carga de
humanidade oculta que há na matéria cotidiana pela qual
costumamos passar desatentos.
Rubem Braga praticamente só escreveu crônicas, como
profissional. À primeira vista, espanta que seja considerado um
dos grandes escritores brasileiros dedicando-se tão-somente a
um gênero considerado "menor": a crônica sempre esteve longe
de ter o prestígio dos romances ou dos contos, da poesia ou do
teatro. Mas o nosso cronista acabou por elevá-la a um posto de
dignidade tal que ninguém se atreverá de chamar seus textos
de "páginas circunstanciais". Tanto não o foram que estão todas
recolhidas em livros, driblando o destino comum do papel de
jornal. Recusaram-se a ser um entretenimento passageiro:
resistem a tantas leituras quantas se façam delas, reeditam-se,
são lidas, comentadas, não importando o dia em que foram
escritas ou publicadas.
Conheci Rubem Braga já velho, cansado, algo
impaciente e melancólico, falando laconicamente a estudantes
de faculdade. Parecia desinteressado da opinião alheia,
naquele evento organizado por uma grande empresa, a que
comparecera apenas por força de contrato profissional.
Respondia monossilabicamente às perguntas, com um olhar
distante, às vezes consultando o relógio. Não sabíamos, mas já
estava gravemente doente. Fosse como fosse, a admiração que
os jovens mostravam pelo velho urso pouco lhe dizia, era
evidente que preferiria estar em outro lugar, talvez sozinho,
talvez numa janela, ou na rede do quintal de seu apartamento
(sim, seu apartamento de cobertura tinha um quintal aéreo,
povoado de pássaros e plantas), recolhendo suas últimas
observações, remoendo seus antigos segredos. Era como se
nos dissesse: "Não me perguntem mais nada, estou cansado,
tudo o que me importou na vida já escrevi, me deixem em paz,
meninos."
E teria razão. O leitor que percorrer crônicas do velho
Braga saberá que ele não precisaria mesmo dizer nada além do
que já disse e continua dizendo em suas páginas mágicas,
meditadas, incapazes de passar por cima da poesia da vida.

(Manuel Régio Assunção)

Rubem Braga escreveu muitas crônicas, nutriu as crônicas com a matéria do cotidiano, fez as crônicas atingir um patamar que parecia interditado às crônicas, e notabilizouse empregando todo o seu talento nas crônicas.

Evitam-se as viciosas repetições e mantém-se a correção do período acima, substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • Importante o conhecimento do uso dos pronomes oblíquos como complementos verbais:
    o,a,os,as --> objeto direto
    lhe, lhes--> objeto indireto
    Somente esse entendimento já te daria a resposta por eliminação.

    Observe também, no 3º caso, o uso do pronome oblíquo tônico no lugar do lhes, objeto indireto (lembre-se: oblíquos tônicos são precedidos de preposição).

    Mais observações:1) 'fê-las'--> Os verbos terminados em 'r', 's's ou 'z' seguidos de pronomes 'o(s)', 'a(s)', perdem a consoante e o pronome se tranforma em 'lo(s)', 'la(s)'.

    2) 'as nutriu'= errado. Início de períodos não se usa próclise.
  • PRÓCLISE- Não deve ser usada no início de oração ou período. Apesar disso, o uso da próclise é generalizado no Brasil, de modo que na fala popular é comum o uso inclusive no início de oração.

    Ex.: *Se faz justiça com as próprias mãos naquele lugar.
  • Sobre a resposta, temos:

    Rubem Braga escreveu muitas crônicas, nutriu as crônicas...

    "Nutriu" pede objeto direto.
    O pronome oblíquo "o"(e flexões) é usado como complemento de verbos transitivos diretos ou diretos e indiretos.
    Logo, teremos que substituir o termo repetitivo por seu pronome equivalente, nesse caso:

    "Rubem Braga escreveu muitas crônicas, nutriu-as..."
    Repise-se: Não se começa frase com pronome átono, por isso
    temos uma ênclise.

    "fez as crônicas atingir um patamar"
    Ele fez algo; portanto o verbo fazer pede como complemento um objeto direto. O complemento pronominal para verbos que pedem objetos diretos é "o" e flexões.
    Ainda mais, o verbo começa a oração e vem depois de uma vírgula sem termo antecedente que possa pedir próclise, então, temos uma ênclise. O pronome oblíquo o e flexões se transforma em "lo", quando o verbo termina em R, S ou Z, com a queda dessa letra.

    Por isso teremos:

    Fê-las atingir...

    parecia interditado às crônicas...
    Temos a presença de uma preposição mais um artigo,
    e temos Também a conjunção subordinativa "que", esta atrai a presença da próclise.

    dessa forma:

    a elas parecia interditado.

    "e notabilizouse empregando todo o seu talento nas crônicas."

    Nessa parte em "nas crônicas" temos uma contração de uma preposição "em" com o artigo "as", formando "nas".
    Empregando em "algo", o verbo pede complemento pronominal indireto.

    "nelas todo o seu talento."

    De cara, letra "A".


ID
17272
Banca
FCC
Órgão
TRE-PB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.
Nem o cientista mais ortodoxo pode negar que mexer
com equações é difícil e cansativo. Mas a ciência não deixa de
ser bonita ou agradável apenas por causa disso. A arte, apesar
de bela, também não é fácil: todo profissional sabe a dor e a
delícia de aprender bem um instrumento ou de dominar o pincel
com graça e precisão. É verdade que dificilmente alguém
espera encontrar numa equação ou num axioma as qualidades
próprias da arte, como a harmonia, a sensibilidade e a elegância.
A graça e a beleza das teorias, no entanto, sempre
tiveram admiradores - e hoje mais do que nunca, a julgar pela
quantidade de livros recentes cujo tema central é a sedução e o
encanto dos conceitos científicos. Exagero?
"As leis da física são em grande parte determinadas por
princípios estéticos", afirma o astrônomo americano Mario Livio,
do Telescópio Espacial Hubble, também autor de um livro em
que analisa a noção de beleza dentro da ciência. Ele afirma
que, quando a estética surgiu na Antigüidade, os conceitos de
beleza e de verdade eram sinônimos. Para ele, o traço de união
entre arte e ciência reside exatamente nesse ponto. "As duas
representam tentativas de compreender o mundo e de organizar
fatos de acordo com uma certa ordem. Em última instância,
buscam uma idéia fundamental que possa servir de base para
sua explicação da realidade."
Mas, se o critério estético é tão importante para o pensamento
científico, como ele se manifesta no dia-a-dia dos
pesquisadores? O diretor do Instituto de Arte de Chicago acha
que sabe a resposta. "Ciência e arte se sobrepõem naturalmente.
Ambas são meios de investigação, envolvem idéias,
teorias e hipóteses que são testadas em locais onde a mente e
a mão andam juntas: o laboratório e o estúdio", afirma.
Acredita-se que as descobertas científicas sirvam de
inspiração para os artistas, e as obras de arte ajudem a alargar
o horizonte cultural dos cientistas. Na prática, essa mistura gera
infinitas possibilidades. A celebração que artistas buscam hoje
já ocorreu diversas vezes no passado, de maneira mais ou
menos espetacular. Na Renascença, a descoberta da
perspectiva pelos geômetras encantou os pintores, que logo
abandonaram as cenas sem profundidade do período clássico e
passaram a explorar sensações tridimensionais em seus
quadros. Os arquitetos também procuravam dar às igrejas um
desenho geometricamente perfeito; acreditavam, com isso, que
criavam um portal para o mundo metafísico das idéias
religiosas.
No século XX, essa tendência voltou a crescer. A grande
preocupação dos pintores impressionistas com a luz, por
exemplo, tem muito a ver com as conquistas da ótica. A
matemática também teria influenciado a pintura do russo
Wassily Kandinsky, segundo o qual "tudo pode ser retratado por
uma fórmula matemática". Seu colega Paul Klee achou um jeito
de colocar em vários quadros alguma referência às progressões
geométricas. Bem-humorado, brincava com as idéias da matemática
dizendo que "uma linha é um ponto que saiu para
passear".
(Adaptado de Flávio Dieguez. Superinteressante, junho de
2003, p. 50 a 54)

A substituição da expressão grifada por um pronome correspondente está INCORRETA em:

Alternativas
Comentários
  • Os pronomes o, a , os e as sempre exercem a função de objeto direto e os pronomes lhe, lhes , de objeto indireto . Os demais podem exercer ambas as funções e também as de adjunto.
  • * ou de dominar o pincel = de dominá-lo.

    * b) analisa a noção de beleza = analisa-la.

    * c) buscam uma idéia fundamental = buscam-na.

    * d) envolvem idéias, teorias e hipóteses = envolvem-nas.

    * e) teria influenciado a pintura = tê-la-ia influenciado
  • A alternativa a ser marcada é a letra "c", pois o verbo "buscar" pede um objeto direto, tendo sido o pronome "lhe" empregado incorretamente.
  • Julius, a alternativa B está correta, é a analisa (pois se for verificar no texto, antes do verbo temos o QUE, que é um fator proclítico, logo usaremos o pronome átomo antes do verbo)--> "a analisa"

    A alternativa C está errada pq o verbo não pede preposição (lembre-se que usamos "lhe" e "lhes" apenas em obj indiretos.

  • QUANDO   A PALAVRA TERMINA  EM  : R , S, Z  A  FLEXÃO   É  LO, LA  ,LOS,LAS.

    TERMINANDO  EM   M. A FLEXÃO  É  NOS, NAS  NO, NA.

    buscam (buscam-lhe) errado  pq  terminou  em  M   e palavras  terminadas em M  BUscam-no.

    Boa  sorte !


ID
19021
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 8 baseiam-se no texto
apresentado abaixo.

Apesar de sua fama internacional como detentor da
maior biodiversidade e da maior floresta tropical do planeta, o
Brasil ainda tira muito pouco proveito de suas belezas naturais
como atração turística. Os prejuízos são tanto econômicos
quanto ambientais: o País deixa de participar de um mercado
bilionário, cujos benefícios podem ser revertidos tanto para o
desenvolvimento quanto para a conservação.
Dos 60 parques nacionais brasileiros, apenas 23 estão
oficialmente abertos para visitação e só 19 deles fazem arrecadação
de ingressos. Outros 6 poderiam ser visitados apenas
com autorização especial, e 31 são visitados de maneira não
oficial
? o que significa que não têm plano de manejo ou estrutura
apropriados para isso. Conseqüentemente, o turismo nessas
áreas não é devidamente controlado e não há retorno
financeiro direto para a conservação. Mesmo para os parques
com visitação oficial, não há estatísticas confiáveis sobre
números de visitantes e valores arrecadados.
Apesar de haver belezas naturais em todo o país, é
importante focar a atenção nos parques nacionais, principalmente
na divulgação para o mercado internacional, segundo
um consultor de ecoturismo da Embratur. É preciso diversificar
a oferta de atrativos ambientais, ainda muito focada no produto
"sol e praia". Além de divulgação, segundo ele, é preciso investir
em infra-estrutura logística e na criação de roteiros mais
acessíveis. O Brasil tem vantagem competitiva muito grande por
causa da riqueza de sua biodiversidade. Entretanto, por causa
do tamanho do país, o acesso a muitos locais é difícil e exige
muitos dias de viagem, o que acaba se tornando uma
desvantagem.
O principal desafio do ecoturismo é fazê-lo de forma
sustentável, para que não se torne uma ameaça à natureza. Há
quem diga, inclusive, que as palavras "eco" e "turismo" são
incompatíveis. Elas são compatíveis sim, desde que a atividade
seja bem planejada e bem gerenciada. Nesses casos o
ecoturismo pode servir como uma importante fonte de recursos
para a conservação e o desenvolvimento econômico das comunidades
locais. Sempre vai haver algum impacto, mas esse
impacto pode ser aceitável.

(Adaptado de Herton Escobar, O Estado de S. Paulo, A30,
Vida&, 21 de maio de 2006)

Está INCORRETA a substituição do segmento grifado pelo pronome correspondente na frase:

Alternativas
Comentários
  • A opção D está errada já que o verbo diversificar é VTD (verbo transitivo direto) e o pronome LHE e usado por VTIs (verbos transitivos indiretos).
  • Devemos observar a terminação do verbo para saber a forma adequada do pronomes:

    1. Verbos terminados em m/n, não tiramos nenhuma letra e colocamos o "n" antes da vogal
    Ex: carregava
    m - carregavam-no

    2. Verbos terminados em vogal, basta adicionar o pronome
    Ex:  pego
    u - pegou-o

    3. Verbos terminados em r/s/z retiramos a última letra e colocamos "lo/la"
    Ex: faze
    r - fazê-lo
  • Gabarito > D



    Macete simples:


    o(s), a(s): funcionam como Objeto Direto;


    lhe, lhes: funcionam como Objeto Indireto;


    me, te, se, nos, vos: funcionam como Objeto Direto e Objeto Indireto.




    Boa batalha!



ID
25189
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TSE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1 Um dos lugares-comuns do pensamento político é o de que
o sistema democrático exige a descentralização do poder.
Democracia não é só o governo do povo, mas o governo do povo
4 a partir de sua comunidade. Esse é um dos argumentos clássicos
para o voto distrital: o eleitor fortalece seu poder, ao associá-lo ao
de seus vizinhos. Em países de boa tradição democrática, esses
7 vizinhos discutem, dentro dos comitês dos partidos, mas também
fora deles, suas idéias com os candidatos. Embora isso não
signifique voto imperativo — inaceitável em qualquer situação
10 —, o parlamentar escolhido sabe que há o eleitor múltiplo e bem
identificado, ao qual deverá dar explicações periódicas. Se a esse
sistema se vincula a possibilidade do recall, do contramandato,
13 cresce a legitimidade do instituto da representação parlamentar.
O fato é que, com voto distrital ou não, tornou-se inadiável a
discussão em torno do sistema federativo. Quem conhece o Brasil
16 fora das campanhas eleitorais sabe das profundas diferenças entre
os estados.

Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006.

Acerca das relações lógico-sintáticas do texto acima, assinale a opção
incorreta.

Alternativas
Comentários
  • "Ao qual" é pronome relativo que faz referência ao "eleitor" e não ao "parlamentar".
  • Acertei a questão, mas vale a pena comentar que a alternativa "a" faz referência à palavra "poder" da linha 2, no entanto, o certo seria "poder" da linha 5. O que altera o sentido. Não sei até que ponto isso poderia ser uma pegadinha da banca em alguma questão. Temos de ficar atentos a isso também. Embora não tivesse nenhuma dúvida de que a alternativa correta é a letra "d" que traz o pronome relativo "ao qual" retomando o termo antecedente "o eleitor múltiplo e não identificado".
  • Não concordo com o gabarito da questão.

  • N ntendi

  • "Ao qual" refere-se ao "eleitor", ou seja, é a ele que o parlamentar deverá dar explicações.

  • Não entendi essa questão. A questão pede o item incorreto. Pois vamos lá:

    a) O "poder" (L.2) é estrutura de Estado. O "poder" (L.5) é a capacidade de agir/escolher do eleitor. Essa é a diferença conceitual básica, além do que, o pronome "-lo" refere-se ao termo "poder" (L.5); (INCORRETO)
    b) "deles" (L.8) refere-se a "comitês dos partidos" (L.7) não poderia fazer alusão a qualquer outro termo dentro da expressão. No texto o fragmento intercalado por virgula é " dentro dos comitês dos partidos", seguido por conjunção adversativa "mas também fora deles". (CORRETO)
    d)  "ao qual" (L.11) refere-se a "eleitor múltiplo e bem identificado" (L.10-11). (INCORRETO)

    E aí? Qual o Gabarito?
  • Realmente, embora tenha acertado a questão, concordo que a alternativa A faz referência ao poder da linha 5 e não da linha 2.


  • pegadinha ou questão mal formulada????? nunca saberemos.

  • D

    LETRA: D

    "ao qual" (L.11) refere-se a "parlamentar escolhido" (L.10).

  • Tô errada ou a letra A e D ESTÃO incorretas?

    As referencias são bem nítidas rsrs.

  • Ao qual faz referência eleitor múltiplo.

    Gabarito D.

  • Texto: “o parlamentar escolhido sabe que há o eleitor múltiplo e bem identificado, ao qual deverá dar explicações periódicas.”

    Assertiva: "ao qual" (L.11) refere-se a "parlamentar escolhido" (L.10). ERRADO.

    Justificativa:

    "Ao qual" é pronome relativo que faz referência ao "eleitor" e não ao "parlamentar".

    Fonte: Colegas do QC.

  • vamos querer comentar as questoes mais duvidosas qconcursos...


ID
25858
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-PA
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção correta no que se refere ao emprego de forma pronominal em substituição ao termo "diplomas" na oração "Os demais eleitos receberão diplomas assinados pelo presidente do respectivo TRE".

Alternativas
Comentários
  • Visto que "diplomas" é objeto direto do verbo receber só é cabível, no caso, o pronome átono "os", que na mesóclise fica "los", por ser 3ª pessoa do plural.

    Letra "D"
  • Ocorre a mesóclise no Futuro do presente do indicativo ou no Futuro do pretérito. "diplomas" é objeto direto, logo será substituído pelo oblíquo "os". Na divisão do verbo deverá ir até a letra R, acrescenta o pronome e depois completa o restante; sendo que neste caso, de acordo com regra própria dos pronomes o R será perdido e um L será acrescentado ao pronome ficando neste caso: recebê-los-ão.
  • "Os demais eleitos receberão diplomas assinados pelo presidente do respectivo TRE".

    Os demais eleitos recebê-los-ão assinados pelo presidente do respectivo TRE.

  • MESÓCLISE - 1. VERBOS NO FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO

                            2. VERBOS NO FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO

     

  • O TERMO OMITIDO ( DIPLOMA) É UM OBJETO DIRETO, PORTANTO NÃO DÁ PRA SUBSTIUIR PELO PRONOME ''LHE" 

  • LETRA D

  • vou pra roça

  • Alguém chama o Michel Temer pra explicar esta kkkkk


ID
26746
Banca
FCC
Órgão
TRE-SE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
abaixo.

O futuro da humanidade

          Tudo indica que há um aquecimento progressivo do planeta
e que esse fenômeno é causado pelo homem. Nossos
filhos e netos já conhecerão seus efeitos devastadores: a
subida do nível do mar ameaçará nossas costas, e o desequilíbrio
climático comprometerá os recursos básicos - em
muitos lugares, faltará água e faltará comida.
          Os humanos (sobretudo na modernidade) prosperaram
num projeto de exploração e domínio da natureza cujo custo é
hoje cobrado. Para corrigir esse projeto, atenuar suas conseqüências
e sobreviver, deveríamos agir coletivamente. Ora,
acontece que nossa espécie parece incapaz de ações coletivas.
À primeira vista, isso é paradoxal.
          Progressivamente, ao longo dos séculos, chegamos a
perceber qualquer homem como semelhante, por diferente de
nós que ele seja. Infelizmente, reconhecer a espécie como
grupo ao qual pertencemos (sentir solidariedade com todos os
humanos) não implica que sejamos capazes de uma ação
coletiva. Na base de nossa cultura está a idéia de que nosso
destino individual é mais importante do que o destino dos
grupos dos quais fazemos parte. Nosso individualismo, aliás, é
a condição de nossa solidariedade: os outros são nossos
semelhantes porque conseguimos enxergá-los como indivíduos,
deixando de lado as diferenças entre os grupos aos quais cada
um pertence. Provavelmente, trata-se de uma conseqüência do
fundo cristão da cultura ocidental moderna: somos todos
irmãos, mas a salvação (que é o que importa) decide-se um por
um. Em suma: agir contra o interesse do indivíduo, mesmo que
para o interesse do grupo, não é do nosso feitio.
          Resumo: hoje, nossa espécie precisa agir coletivamente,
mas a própria cultura que, até agora, sustentou seu caminho
torna esse tipo de ação difícil ou impossível.
          Mas não sou totalmente pessimista. Talvez nosso
impasse atual seja a ocasião de uma renovação. Talvez
saibamos inventar uma cultura que permita a ação coletiva da
comunidade dos humanos que habitam o planeta Terra.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 8/02/07)

Nossos recursos básicos já estão ameaçados, o desequilíbrio climático comprometerá os recursos básicos, tornará escassos os recursos básicos, entre eles a água e a comida - e quem pode prescindir de água e de comida? Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • Apesar de não ter essa alternativa, acredito que "dessas" é mais correto que "destas", pois já foram citadas.
  • (lhe, lhes) substitui um objeto indireto, e (o, a, os, as) substitui objeto direto...
  • Fernanda, está correta "DESTAS", pois está se referindo à "água" e à "comida" cataforicamente.
  • i) Usa-se esse, essa, isso para referência a elemento, frase ou oração anterior (anafórica) . Ex.:
    > O saneamento tem grande efeito sobre o bem-estar da população. Por isso, é inexplicável o fato de esse setor não se ter tornado prioridade do atual governo.
    > A crise de energia demonstrou que a introdução de um novo modelo nos setores de infra-estrutura envolve riscos. Isso não significa, porém, que o modelo privado seja inviável.
    ii) Usa-se este, esta, isto para referência a elemento, frase ou oração posterior (catafórica). Ex.:
    > Espero sinceramente isto: que seja muito feliz.
    > Nosso povo sofre com mutos problemas, dentre os quais estes: miséria, fome e ignorância.
    iii) O pronome este refere-se ao elemento imediatamente anterior, Ex.:
    > Admiração, respeito, amizade? Talvez, pensava ela, este (último) seja o mais importante e perene dos sentimentos.
    > Essas questões não são tão complexas quanto às de outros setores, como o de telecomunicações e o de energia, sendo este o mais importante de todos. 
        (O pronome este refere-se ao elemento imediatamente anterior, ou seja, a setor de 
    energia)

    > É preciso que o Executivo promova as reformas necessárias no saneamento básico, pois este é o problema mais grave de hoje.
        (O pronome este refere-se ao elemento imediatamente anterior, ou seja, a saneamento básico).
  • Também penso que se trata de uma anáfora... 

ID
28090
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Senhor Computador

          Acabo de perder a crônica que havia escrito.
     Sequer tenho onde reescrevê-la, além desse caderninho
     onde inclino com mãos trêmulas uma esferográfica preta,
     desenhando garranchos que não vou entender daqui a meia
5    hora. Explico: tenho, para uso próprio, dois computadores.
     E hoje os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo
     pino, encarando o vazio de suas telas obscuras. A carroça
     de mesa pifou depois de um pico de energia. O portátil,
     que muitas vezes levo para passear como um cachorrinho
10  cheio de idéias, entrou em conflito com a atualização do
     antivírus e não quer "iniciar". O temperamental está fazendo
     beicinho, e não estou a fim de discutir a relação homemmáquina
     com ele.
          Farei isso, pois, com os leitores. Tenho consciência
15  de que a crônica sobre as agruras do escritor com computadores
     indolentes virou um clichê, um subgênero batido
     como são as crônicas sobre falta de idéia. Mas não tenho
     opção que não seja registrar meu desalento com as
     máquinas nos poucos minutos que me restam até que a
20  redação do jornal me telefone cobrando peremptoriamente
     esse texto.
          E registrar a decepção comigo mesmo - com a
     minha dependência estúpida do computador. Não somente
     deste escriba, aliás: somos todos cada vez mais
25 subordinados ao senhor computador. Vemos televisão no
     computador, vamos ao cinema no computador, fazemos
     compras no computador, amigos no computador. Música
     no computador. Trabalho no computador.
     Escritores mais graduados me confessam escrever
30  somente a lápis. Depois de vários tratamentos, passam o
     texto para o computador, "quando já está pronto". Faço
     parte de uma geração que não apenas cria direto no
     computador, mas pensa na frente do computador. Teclamos
     com olhos dilatados e dedos frementes sobre a cortina
35 branca do processador de texto, encarando uma tela que
     esconde, por trás de si, um trilhão de outras janelas,
     "o mundo ao toque de um clique".
          Nada mais ilusório.
          O que assustou por aqui foi minha sincera reação
40  de pânico à possibilidade de perder tudo - como se a
     casa e a biblioteca pegassem fogo. Tenho pelo menos
     seis anos de textos, três mil fotos e umas sete mil
     músicas em cada um dos computadores - a cópia de
     segurança dos arquivos de um estava no outro. Claro, seria
45 impossível que os dois quebrassem - "ainda mais no
     mesmo dia!" Os técnicos e entendidos em informática
     dirão que sou um idiota descuidado. Eles têm razão.
          Há outro lado. Se nada recuperar, vou me sentir
     infinitamente livre para começar tudo de novo. Longe do
50 computador, espero.

CUENCA, João Paulo. Megazine. Jornal O Globo. 20 mar. 2007.
(com adaptações)

ERRO na substituição do termo destacado pelo pronome pessoal oblíquo correspondente em:

Alternativas
Comentários
  • O erro nesta questão foi relativamente simples, pois o pronome pessoal oblíquo utilizado foi o correto, a colocaçao também o foi. Porém, o erro foi a não retirada do "s" quando da colocação do pronome. Boa questão.
  • Quando os verbos terminam em R, S, Z e os pronomes pedidos são o(s) e a(s), ocorre a QUEDA daquelas terminações, acrescentando-se o L lo(s) e la(s).
    Quando os verbos terminam em som nasal (m ou til), ACRESCENTA-se o N no(s) e na(s).

    Erro da alternativa D: não houve a queda do S.
  • fazemo-las


ID
28354
Banca
CESGRANRIO
Órgão
DNPM
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

COMO NAVEGAR EM ALTO MAR

A família Schürmann ficou conhecida no Brasil pelas
viagens que fez pelo mundo a bordo de seu veleiro. Como
um de seus membros, posso dizer que vivemos
incontáveis aventuras, mas descobrimos que o nosso
projeto ia além da busca por novas culturas e desafios.
Percebemos que diariamente vivíamos a realidade – e
até mesmo o sonho – de muitos empresários. Aprendemos
na prática o que empresas e executivos procuram
aprimorar no seu dia-a-dia, como, por exemplo, reagir em
situações adversas, enfrentar desafios e transformá-los
em oportunidades, tomar decisões para administrar um
empreendimento com sucesso e conviver em equipe.
Em nossas palestras, procuramos destacar que o
barco a vela é uma excelente ferramenta para fazer uma
analogia com as empresas. Nós vivemos durante 20 anos
dentro de um veleiro de 44 metros quadrados. Para que
tudo desse certo nessas condições, foi preciso um bom
planejamento, uma tripulação unida e perseverança para
enfrentar as mais inesperadas situações. As empresas
passam por problemas similares. Veja alguns deles:
• Quando nos deparávamos com um mar tempestuoso,
procurávamos enfrentá-lo com firmeza. A
análise das condições meteorológicas através de
mecanismos de informações, como satélite, barômetro
e formações de nuvens nos ajudava a prever
a dimensão da situação. Com esses dados em
mãos, tudo ficava mais fácil e previsível. Tínhamos
também uma tripulação bem treinada. Numa empresa
é a mesma coisa. Você precisa utilizar os
recursos tecnológicos e intelectuais disponíveis para
cada uma das situações. E, para se sentir seguro,
não há nada melhor do que promover treinamentos
periódicos e sistemáticos.
• Sempre que estamos no mar, temos de ajustar
constantemente a embarcação, regular as velas,
revisar os materiais e preparar a tripulação. É importante
administrar riscos em situações de pressão
e tomar decisões rápidas nos momentos difíceis.
[...]
• Os ventos fortes sempre forçam o velejador a fazer
mudanças de rumo, mas ele nunca esquece que o
objetivo precisa ser alcançado. Tem de encontrar
soluções e fazer o barco se mover com rapidez e
segurança na tempestade. Para isso, deve contar
com uma tripulação unida, em que cada um cumpre
bem o seu papel.
Para que tudo siga o planejado, é preciso investir em
comunicação. Em um veleiro oceânico, assim como nas
empresas, a comunicação é fator crítico para o sucesso.
Essas são algumas das lições preciosas que aprendemos
em alto-mar. Acredite sempre em dias melhores.
Nem mesmo quando perdemos os nossos mastros em
meio a uma tempestade na Nova Zelândia e ficamos dias
à deriva deixamos de acreditar. O segredo foi estarmos
preparados para superar momentos difíceis e tensos como
aquele.
SCHÜRMANN, Heloisa, Revista Você S/A, Ago. 2004.

Indique a opção cujo pronome entre parênteses substitui adequadamente a expressão em destaque.

Alternativas
Comentários
  • Faltou, ao editar a questão, o hífen em :"salientou-os".
  • Comentário de cada alternativa:a) Ele salientou os pontos mais importantes. (salientou-os)CORRETAb) Ele assumiu o cargo de capitão. (assumiu-lhe)ELE ASSUMIU-O.c) Ele obedeceu às ordens das administradoras. (obedeceu- as)ELE OBEDECEU-LHES.d) Ele enviou as encomendas para as filiais. (enviou-lhes)ELE ENVIOU-AS PARA AS FILIAIS.e) Ele convenceu os amigos a comprarem a firma. (convenceu- lhes)ELE CONVENCEU-OS A COMPRAREM A FIRMA.Dica:Lhe(s): é usado como VTIEx: Ele obedeceu às ordens - Ele obedeceu-lhes.o(s)e a(s): são udados como VTDEx: Ele enviou as encomendas - Ele enviou-as.
  •  Querida Cleide, muito obrigado pelo seu esclarecimento! Tirou uma grande dúvida das minhas costas!

     

    Valeu!

  • SUGIRO AOS CAROS COLEGAS QUE FAÇAM E COMENTEM AS PROVAS DA COPEVE-IFAL,

    POIS SÃO PARECIDAS COM A CESGRANRIO

    ABRAÇOS FRATERNOS !

  • Não entendi pq são Êncleses?


ID
29821
Banca
FCC
Órgão
TRE-PI
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções para as questões de números 1 a 11.

Assinale, na folha de respostas, a alternativa que
preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.

Afinal, os papéis não haviam ficado ......, mas sim ...... .

Alternativas
Comentários
  • A questão é muito simples. Usamos somente o "com nós" quando houver após ele determinantes: MESMOS, PRÓPRIOS, DOIS. E "conosco" quando nao houver nada após essa expressão.
    Dúvidas de português? andremartins@yahoo.com Um abraço!
  • Usamos sempre o termo "com nós" quando o termo vier sendo ampliado pelos pronomes "outros", 'todos", "mesmos" e próprios" e por termo numeral. E se utiliza "conosco" quando nao houver nada após essa expressão.


ID
72358
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CNBB fecha questão contra a redução
da maioridade penal


A cúpula da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos
do Brasil) divulgou a posição da entidade, que é totalmente
contrária às propostas de redução da maioridade penal de 18
para 16 anos, que tramitam no Congresso Nacional.
O presidente da entidade, dom Geraldo Majella, disse
que os congressistas deveriam se esforçar em combater as
causas da violência e melhorar a educação para evitar que mais
jovens entrem para a criminalidade. "Não basta baixar a idade
penal para resolver o problema. A questão do adolescente
infrator deve ser resolvida não só com a polícia, mas com
políticas públicas que ajudem a dar educação", afirmou dom
Geraldo.

Os bispos também se manifestaram contra a intenção de
se fazer um plebiscito nacional sobre a redução da maioridade.
Para dom Geraldo, a força da mídia e a violência dos crimes
recentes podem influenciar as pessoas. Segundo ele, "o
plebiscito vai refletir toda a paixão que a sociedade expõe
quando ocorre algum crime de grande repercussão."
Os bispos também afirmaram que vão conversar com
deputados e senadores para tentar convencê-los a não votarem
as matérias que tratem do assunto. Só na Câmara, há 177
matérias que tratam de crimes praticados por adolescentes, 58
das quais abordam a redução da maioridade. No Congresso, o
projeto mais recente apresentado pelo líder do PL, é bastante
rigoroso: propõe a redução da maioridade para 13 anos.

(Folha on line, "Cotidiano", 26/11/2003)

Os menores infratores constituem, de fato, um problema, mas não nos cabe apenas punir os menores infratores, e sim permitir aos menores infratores que tenham acesso à educação, para que se livrem da condição de menores infratores.

Evitam-se as repetições do período acima substituindo-se, de modo correto, os elementos sublinhados por, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta, letra Bb) puni-los; permitir seu acesso; dessa sua condição
  • VERBOS NO INFINITIVO TERMINADOS EM ''R '' OU ''Z'' ADMITEM O PRONOME : LO(S) LA(S). TERMINADOS EM 'M' ADMITEM O PRNOME ''NO (S) , NA(S).
  • Resumindo:

     

    Verbos que terminam em RSZ admitem os pronomes: LA,LO (S)

     

    Pronome possessivo: Seu indica algo que pertence a 2°,3° pessoa. [Ele e sua boca grande!]

     

    Pronomes demonstrativo: Anafórico [SS] Catafórico[ ST] 

     

    Anafórico: Algo que já foi mencionado,visto, ouvido.

    Esse carro que você viu é meu.

     

    Catafórico: Algo que não foi mencionado, visto, ouvido.

    Este carro é meu, sabia?!

     

     

  • 9A)puni-los; permiti-los o acesso; da condição deles

    Ñ PODE SER A ALTERNATIVA "A", porque QUEM PERMITE, permite ALGUÉM A ALGO

    , ENTAO teria que ser :

    PEMITI-LOS AO ACESSO

    B) puni-los; permitir seu acesso; dessa sua condição

    Quem pune , pune algo ou alguém verbo VTD, EXIGE COMPLENTO : "LOS", DE acordo com as regras

    QUEM PERMITE, PERMITE ALGO OU ALGUEM A ALGO : permitir seu acesso à educação....

    enquanto A DESSA SUA CONDIÇÃO, TEMOS AI UM PRONOME anaforico SE REFERINDO A ALGO que já foi dito junto com o pronome possessivo "SUA"

    esse é o gabarito

    C) punir a eles; permitir-lhes o acesso; dela

    Ñ PODE ser , porque o primeiro item já tá errado , pois punir EXIGE objeto direto ASSIM JA ELIMINAMOS TAMBEM A " D"

    E

    E )os punir; permiti-los ao acesso; desta condição

    ESSA FOI A QUE ME DEIXOU COM MAIS DUVIDAS , PORQUE " OS PUNIR" e PERMITI-LOS AO ACESSO estão certos , o erro está em DESTA CONDIÇÃO, não sei se pela ausência do pronome "SUA" ou pelo uso do pronome DESTA , POIS ESTE PODE SE REFERIR TANTO A TERMOS JA CITADOS OU QUE AINDA VAO SER MECIONADOS ,( anaforico ou cataforico )

    diferente do " DESSA" , QUE SÓ SE REFEREM A TERMOS QUE VEM ANTES DELE ( anaforico )


ID
72562
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Velocidade das imagens

Quem folheia um daqueles velhos álbuns de fotografias
logo nota que as pessoas fotografadas prepararam-se longamente
para o registro solene. As roupas são formais, os corpos
alinham-se em simetria, os rostos adotam uma expressão sisuda.
Cada foto corporifica um evento especial, grava um momento
que aspira à eternidade. Parece querer garantir a imortalidade
dos fotografados. Dificilmente alguém ri nessas fotos:
sobra gravidade, cerimônia, ou mesmo uma vaga melancolia.
Nada mais opostos a esse pretendido congelamento do
tempo do que a velocidade, o improviso e a multiplicação das
fotos de hoje, tiradas por meio de celulares. Todo mundo fotografa
tudo, vê o resultado, apaga fotos, tira outras, apaga, torna
a tirar. Intermináveis álbuns virtuais desaparecem a um toque
de dedo, e as pouquíssimas fotografias eventualmente salvas
testemunham não a severa imortalidade dos antigos, mas a
brincadeira instantânea dos modernos. As imagens não são feitas
para durar, mas para brilhar por segundos na minúscula tela
e desaparecer para sempre.

Cada época tem sua própria concepção de tempo e sua
própria forma de interpretá-lo em imagens. É curioso como em
nossa época, caracterizada pela profusão e velocidade das
imagens, estas se apresentem num torvelinho temporal que as
trata sem qualquer respeito. É como se a facilidade contemporânea
de produção e difusão de imagens também levasse a
crer que nenhuma delas merece durar mais que uma rápida
aparição.

(Bernardo Coutinho, inédito)

Quem não gosta de fotos antigas, não busque essas fotos nos velhos álbuns, nesses velhos álbuns nos quais nossos avós colecionavam aquelas fotos com todo o amor.
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • O erro da letra E reside no fato de que o pronome corre é ONDE, e não, AONDE, pois "nesses velhos álbuns" remonta a ideia de lugar fixo.

    BIZU:

    Quando não tiver certeza se se trata mesmo de lugar, substitua "onde" por "em que".

    LUGAR EM QUE

    O relativo onde pressupõe "o lugar onde", o que pode ser dito igualmente como "o lugar em que". Façamos a confirmação com os mesmos exemplos:

    • Nasci onde nasceste = Nasci no lugar onde nasceste = Nasci no lugar em que nasceste.
    • Todos procuram saber onde a Vera Fischer está = Todos procuram sabero lugar onde a Vera está = Todos procuram saber o lugar em que a Vera está.

ID
72706
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As crônicas de Rubem Braga



Décadas atrás, afortunados leitores de jornal podiam
contar com uma coluna em que sobravam talento, reflexão,
observação atenta das cenas da vida, tudo numa linguagem
límpida, impecável, densamente poética e reflexiva. Era uma
crônica de Rubem Braga. Os chamados "assuntos menores",
que nem notícia costumam ser, ganhavam na pena do cronista
uma grandeza insuspeitada. Falasse ele de um leiteiro, de um
passarinho, de um pé de milho, de um casal na praia, de uma
empregada doméstica esperando alguém num portão de
subúrbio ? tudo de repente se tornava essencial e vivo, mais
importante que a escandalosa manchete do dia. É o que
costumam fazer os grandes artistas: revelam toda a carga de
humanidade oculta que há na matéria cotidiana pela qual
costumamos passar desatentos.



Rubem Braga praticamente só escreveu crônicas, como
profissional. À primeira vista, espanta que seja considerado um
dos grandes escritores brasileiros dedicando-se tão-somente a
um gênero considerado "menor": a crônica sempre esteve longe
de ter o prestígio dos romances ou dos contos, da poesia ou do
teatro. Mas o nosso cronista acabou por elevá-la a um posto de
dignidade tal que ninguém se atreverá de chamar seus textos
de "páginas circunstanciais". Tanto não o foram que estão todas
recolhidas em livros, driblando o destino comum do papel de
jornal. Recusaram-se a ser um entretenimento passageiro:
resistem a tantas leituras quantas se façam delas, reeditam-se,
são lidas, comentadas, não importando o dia em que foram
escritas ou publicadas.



Conheci Rubem Braga já velho, cansado, algo
impaciente e melancólico, falando laconicamente a estudantes
de faculdade. Parecia desinteressado da opinião alheia,
naquele evento organizado por uma grande empresa, a que
comparecera apenas por força de contrato profissional.
Respondia monossilabicamente às perguntas, com um olhar
distante, às vezes consultando o relógio. Não sabíamos, mas já
estava gravemente doente. Fosse como fosse, a admiração que
os jovens mostravam pelo velho urso pouco lhe dizia, era



evidente que preferiria estar em outro lugar, talvez sozinho,
talvez numa janela, ou na rede do quintal de seu apartamento
(sim, seu apartamento de cobertura tinha um quintal aéreo,
povoado de pássaros e plantas), recolhendo suas últimas
observações, remoendo seus antigos segredos. Era como se
nos dissesse: "Não me perguntem mais nada, estou cansado,
tudo o que me importou na vida já escrevi, me deixem em paz,
meninos."



E teria razão. O leitor que percorrer crônicas do velho
Braga saberá que ele não precisaria mesmo dizer nada além do
que já disse e continua dizendo em suas páginas mágicas,
meditadas, incapazes de passar por cima da poesia da vida.



(Manuel Régio Assunção)

Está clara e correta a redação do seguinte comentário sobre o texto:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    A) O autor faz-nos deduzir de que já não se encontra, nos jornais de hoje, crônicas que se possa comparar com o nível das que escrevia Rubem Braga, há décadas atrás.

    CORREÇÃO= O autor faz-nos deduzir que já não se encontraM, nos jornais de hoje, crônicas que se possaM comparar com o nível das que escrevia Rubem Braga, há décadas atrás.

    B) A certa altura do texto, quando relembra o autor a imagem que lhe ficou do rápido contato que teve com o cronista, a figura evocada é a de um homem melancólico. (a certa altura= não tem crase, porque "certa" é pronome indefinido)

    C) Não é tão simples como possa parecer, alguém retirar da matéria do cotidiano uma linguagem capaz de expressar-se com a limpidez e a elegância como Rubem Braga. (NÃO SE COLOCA VÍRGULA ENTRE SUJEITO E VERBO)

    CORREÇÃO= Não é tão simples como possa parecer alguém retirar da matéria do cotidiano uma linguagem capaz de expressar-se com a limpidez e a elegância como Rubem Braga.

    D) Rubem Braga provou tratar-se de uma injustiça que a crônica seja vista como um gênero menor, quando o mesmo as escreveu promovendo-lhes ao mais alto nível. (PROMOVE ALGO- VTD)

    CORREÇÃO= Rubem Braga provou tratar-se de uma injustiça que a crônica seja vista como um gênero menor, quando o mesmo as escreveu promovendo ao mais alto nível.

    E) Quando se julga que há assuntos maiores e menores, se parte do erro de não prevenir que justamente os grandes artistas desdenham tal preconceito, que lhes vêm de fora.

    COERREÇÃO= Quando se julga que há assuntos maiores e menores, parte-SE do erro de não prevenir que justamente os grandes artistas desdenham tal preconceito, que lhes vêm de fora.


ID
72910
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Carta aberta à assembléia geral das Nações Unidas*

Os representantes de 55 governos, reunidos na segunda
Assembléia Geral das Nações Unidas, terão sem dúvida
consciência do fato de que, durante os dois últimos anos -
desde a vitória sobre as potências do Eixo - não se fez nenhum
progresso sensível rumo à prevenção da guerra, nem rumo ao
entendimento em campos específicos, como o controle da
energia atômica e a cooperação econômica na reconstrução de
áreas devastadas pela guerra.

A ONU não pode ser responsabilizada por esses
malogros. Nenhuma organização internacional pode ser mais
forte do que os poderes constitucionais que lhe são conferidos,
ou do que os membros que a compõem desejam que seja. Na
verdade, as Nações Unidas são uma instituição extremamente
importante e útil, contanto que os povos e governos do mundo
se dêem conta de que a ONU nada mais é que um sistema de
transição para a meta final, que é o estabelecimento de um
poder supranacional, investido de poderes legislativos e
executivos suficientes para manter a paz. O impasse atual
reside na inexistência de uma autoridade supranacional
suficiente e confiável. Assim, os líderes responsáveis de todos
os governos são obrigados a agir na presunção de uma guerra
eventual. Cada passo motivado por essa presunção contribui
para aumentar o medo e a desconfiança gerais, apressando a
catástrofe final. Por maiores que sejam os armamentos
nacionais, eles não geram a segurança militar para nenhum
país, nem garantem a manutenção da paz.

* Trecho de carta escrita em 1947

(Albert Einstein, Escritos da maturidade.)

As guerras são sempre atrozes, cabe evitar as guerras a qualquer custo, pois uma vez que alguém desencadeia as guerras, não há como deter as guerras.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • Casos que exigem Próclise:1 - Conectivos de oração subordinada (substantiva, adjetiva ou adverbial)2 - Advérbios, quando sem pausa (vírgula)3 - Pronomes indefinidos e demonstrativos (tudo, nada isso, aquilo, etc.)4 - "em" + pronome oblíquo átono + gerúndio (ex. em se tratando dos fatos)5 - "por" + pronome oblíquo átono + particípio (ex. por se tratarem das coisas)6 - Palavras com idéia negativa (não, nunca, jamais, etc.)Casos que exigem Mesóclise:1 - Futuro do presente (terminação rei)2 - Futuro do pretérito (terminação ria)Bizu: Quando o REI RIA põe no meio.Casos que exigem Ênclise:1 - Advérbio com pausa (ex. Aqui, reúnem-se alunos aprovados)2 - Imperativo (ex. Levante-se3 - Conectivo "e" (ex. Falou e disse-me verdades)Nunca utilizar pronome átono:1 - ínicio de frase2 - depois de futuro (Rei - Ria)3 - depois de particípio (Ado - Ido)
  • Evitar, Desencadiar e Deter são todos verbos transitivos diretos:

    o pronome lhe só é usado para verbos transitivos indiretos. Então já eliminamos as alternativas a, c e d.

    Em verbos terminados em S, R ou Z, os pronomes passam a ser:  lo, la, los e las. Evitar => Evitá-las.

    Algumas particulas atraem o pronome, como os pronomes indefinidos, demonstrativos e advérbios.

    "como" é advérbio de modo, então atrai o pronome.  "dete-las" torna-se "as deter"


  • "alguém" é pronome indefinido - atraindo o pronome para ANTES do VERBO.

    ...alguém AS desencadeia

ID
74449
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A economia vai devorar o planeta?

Para a maioria dos ecologistas, o impacto das atividades
humanas sobre a natureza é real. A salvação do planeta
passaria necessariamente pelo fim do crescimento de
economias e populações, além da adoção de uma economia
ecológica ? com a reforma dos sistemas de produção de
alimentos, materiais e energia. Uma economia ambientalmente
sustentável seria movida por fontes renováveis de energia:
eólica, solar e geotérmica. A eletricidade eólica seria usada para
produzir hidrogênio. As estruturas atuais de gasodutos fariam o
transporte do gás que moveria a frota de automóveis. Nesse
sistema, a indústria da reciclagem e reutilização substituiria em
grande parte as atividades extrativistas.

Para se alcançar esse estágio, os sistemas tributários
mundiais precisariam ser reformulados, de modo a oferecer
subsídios à reciclagem e à geração de energia limpa e
renovável e taxar atividades insustentáveis, como o uso de
combustível fóssil.

No entanto, sem estacionar a população mundial,
nenhuma mudança terá realmente efeito. Mais pessoas
requerem mais comida, mais água, mais espaço, bens, serviços
e energia. Ocorre que deter ou até mesmo reduzir o
crescimento da população mundial não é tão simples. O
tamanho das famílias, em muitos países, está ligado à maneira
como os casais encaram o sexo e a virilidade.
O tamanho e a complexidade dos sistemas mundiais
tornam a adoção da ecoeconomia uma tarefa gigantesca e
muito distante de ser realizada. O aumento da temperatura
global, a superpopulação e a contaminação dos ecossistemas
mundiais estão por toda parte: somente podem-se corrigir os
efeitos que eles criam, com medidas de alcance global.
Pequenas substituições e correções de rumo em alguns setores
não constituem uma solução. Com 6 bilhões de pessoas no
mundo, até metas mais óbvias, como deter o nível de
desflorestamento, parecem distantes.


(Adaptado de Bruno Versolato, Superinteressante, maio de
2004, p. 69)

O pronome que substitui a expressão grifada está INCORRETO na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Tb pelo fato de produzir ser VTD que pede um OD( o,a,os,as) e nao OI (lhe, lhes)
  • As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como complementos de verbos transitivos diretos, ao passo q/ as formas LHE, LHES são sempre empregadas como complementos de verbos transitivoa indiretos.Como PRODUZIR é VTD,a alternativa "a" é a incorreta.
  • Letra ADe modo geral o "lhe" refere-se a pessoas...
  • Verbos com a terminação em r, s ou z, perdem sua última letra e acrescenta-se lo(s), la(s), observando-se que devem ser VTD, os quais pedem os pronomes oblíquos O, A, OS, AS e são empregados como objeto direto, ao passo q/ as formas LHE, LHES são sempre empregadas como complementos de verbos transitivos indiretos, funcionando como Objeto Indireto, e no geral, para estes verbos, referem-se às pessoas.Assim, PRODUZIR é VTD e a alternativa "a" é a incorreta por apresentar o "lhe" em vez de o "lo".

ID
75193
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Viagem para fora

Há não tanto tempo assim, uma viagem de ônibus,
sobretudo quando noturna, era a oportunidade para um passageiro
ficar com o nariz na janela e, mesmo vendo pouco, ou
nada, entreter-se com algumas luzes, talvez a lua, e certamente
com os próprios pensamentos. A escuridão e o silêncio no
interior do ônibus propiciavam um pequeno devaneio, a memória
de alguma cena longínqua, uma reflexão qualquer.

Nos dias de hoje as pessoas não parecem dispostas a
esse exercício mínimo de solidão. Não sei se a temem: sei que
há dispositivos de toda espécie para não deixar um passageiro
entregar-se ao curso das idéias e da imaginação pessoal. Há
sempre um filme passando nos três ou quatro monitores de TV,
estrategicamente dispostos no corredor. Em geral, é um filme
ritmado pelo som de tiros, gritos, explosões. É também bastante
possível que seu vizinho de poltrona prefira não assistir ao filme
e deixar-se embalar pela música altíssima de seu fone de
ouvido, que você também ouvirá, traduzida num chiado
interminável, com direito a batidas mecânicas de algum sucesso
pop. Inevitável, também, acompanhar a variedade dos toques
personalizados dos celulares, que vão do latido de um cachorro
à versão eletrônica de uma abertura sinfônica de Mozart. Claro
que você também se inteirará dos detalhes da vida doméstica
de muita gente: a senhora da frente pergunta pelo cardápio do
jantar que a espera, enquanto o senhor logo atrás de você
lamenta não ter incluído certos dados em seu último relatório.
Quando o ônibus chega, enfim, ao destino, você desce tomado
por um inexplicável cansaço.

Acho interessantes todas as conquistas da tecnologia da
mídia moderna, mas prefiro desfrutar de uma a cada vez, e em
momentos que eu escolho. Mas parece que a maioria das pessoas
entrega-se gozosa e voluptuosamente a uma sobrecarga
de estímulos áudio-visuais, evitando o rumo dos mudos pensamentos
e das imagens internas, sem luz. Ninguém mais gosta
de ficar, por um tempo mínimo que seja, metido no seu canto,
entretido consigo mesmo? Por que se deleitam todos com tantas
engenhocas eletrônicas, numa viagem que poderia propiciar
o prazer de uma pequena incursão íntima? Fica a impressão de
que a vida interior das pessoas vem-se reduzindo na mesma
proporção em que se expandem os recursos eletrônicos.

(Thiago Solito da Cruz, inédito)

Sempre gostei das viagens de ônibus, mas atualmente considero as viagens de ônibus uma verdadeira provação, pois o que vem caracterizando as viagens de ônibus é uma profusão de ruídos de toda espécie, o que torna as viagens de ônibus um desafio aos nervos de um pacato passageiro.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • Por eliminação fica fácil de matar essa questão, haja vista, que o prononome LHE,só é empregado em relação à pessoa.
  • Casos que exigem Próclise:1 - Conectivos de oração subordinada (substantiva, adjetiva ou adverbial)2 - Advérbios, quando sem pausa (vírgula)3 - Pronomes indefinidos e demonstrativos (tudo, nada isso, aquilo, etc.)4 - "em" + pronome oblíquo átono + gerúndio (ex. em se tratando dos fatos)5 - "por" + pronome oblíquo átono + particípio (ex. por se tratarem das coisas)6 - Palavras com idéia negativa (não, nunca, jamais, etc.)Casos que exigem Mesóclise:1 - Futuro do presente (terminação rei)2 - Futuro do pretérito (terminação ria)Bizu: Quando o REI RIA põe no meio.Casos que exigem Ênclise:1 - Advérbio com pausa (ex. Aqui, reúnem-se alunos aprovados)2 - Imperativo (ex. Levante-se3 - Conectivo "e" (ex. Falou e disse-me verdades)Nunca utilizar pronome átono:1 - ínicio de frase2 - depois de futuro (Rei - Ria)3 - depois de particípio (Ado - Ido)
  • Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: a) considero-as - as vem caracterizando - as torna
  • O item certo é o "A", mas gostaria de fazer uma ressalva: não seria "as considero", já que existe um advérbio (atualmente) atraindo o pronome oblíquo "as"?

  • Gabarito letra A.

    ENTRETANTO, concordo que o advérbio atrai o pronome, levando a "as considero".

    TALVEZ esse advérbio indique pausa (mesmo SEM VÍRGULA o acompanhando), e isso justificaria a ênclise.

  • Saint-Clair, você fez uma importante ressalva. O Certo é "as considero". O advérbio, nesse caso, funcionar-se-ia como fator de próclise obrigatório. Logo, essa questão é passível de recurso, pois o gabarito não é completamente correto. Todavia, dentre as demais, é a melhor opção a ser marcada.
  • Logo de cara notei o fato que os ilustres colegas tb ressaltaram, o advérbio "atualmente" ordena que seja usada a próclise, portanto, a questão deveria ter sido anulada, se é que não foi...
  • Sempre gostei das viagens de ônibus, mas atualmente considero- as uma verdadeira provação, pois o que as vem caracterizando é uma profusão de ruídos de toda espécie, o que as torna um desafio aos nervos de um pacato passageiro. 

    Gabarito:Letra A
  • Acertei pelo contexto pois o advérbio  "atualmente" exige a próclise. Enfim, tem questão que se acerta mesmo sabendo que tá errada.

  • Já vi em outras questões que o "atualmente" parece não ser partícula atrativa. Alguém saberia explicar?

  • E bem provalvel que esta questao tenha sido anulada pela banca

  • Questão toda cagda!

     

  • Engraçado! O verbo considerar está no indicativo - considero. Se estivesse no infinitivo poderiamos até procurar uma brecha para justificar a atração do pronome. 

  • O advérbio (atualmente) é fator de próclise obrigatória.

    Logo, essa questão é passível de recurso, pois o gabarito não é completamente correto.

    Todavia, em concurso, marque a melhor alternativa e garanta o seu ponto!.

  • O certo seria ''as considero - as vem caracterizando - as torna''

  • ACRESCENTANDO:

    Próclise (antes do verbo): A pessoa não se feriu.

    Ênclise (depois do verbo): A pessoa feriu-se.

    Mesóclise (no meio do verbo): A pessoa ferir-se-á.

     

    Próclise é a colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo (PRO = antes)

    Palavras que atraem o pronome (obrigam próclise):

    -Palavras de sentido negativo: Você NEM se preocupou.

    -Advérbios: AQUI se lava roupa.

    -Pronomes indefinidos: ALGUÉM me telefonou.

    -Pronomes interrogativos: QUE me falta acontecer?

    -Pronomes relativos: A pessoa QUE te falou isso.

    -Pronomes demonstrativos neutros: ISSO o comoveu demais.

    -Conjunções subordinativas: Chamava pelos nomes, CONFORME se lembrava.

     

    **NÃO SE INICIA FRASE COM PRÓCLISE!!!  “Me dê uma carona” = tá errado!!!

     

    Mesóclise, embora não seja muito usual, somente ocorre com os verbos conjugados no futuro do presente e do pretérito. É a colocação do pronome oblíquo átono no "meio" da palavra. (MESO = meio)

     Comemorar-se-ia o aniversário se todos estivessem presentes.

    Planejar-se-ão todos os gastos referentes a este ano. 


    Ênclise tem incidência nos seguintes casos: 

    - Em frase iniciada por verbo, desde que não esteja no futuro:

    Vou dizer-lhe que estou muito feliz.

    Pretendeu-se desvendar todo aquele mistério. 

    - Nas orações reduzidas de infinitivo:

    Convém contar-lhe tudo sobre o acontecido. 

    - Nas orações reduzidas de gerúndio:

    O diretor apareceu avisando-lhe sobre o início das avaliações. 

    - Nas frases imperativas afirmativas:

    Senhor, atenda-me, por favor!

    FONTE: QC


ID
77611
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Viagem para fora

Há não tanto tempo assim, uma viagem de ônibus,
sobretudo quando noturna, era a oportunidade para um passageiro
ficar com o nariz na janela e, mesmo vendo pouco, ou
nada, entreter-se com algumas luzes, talvez a lua, e certamente
com os próprios pensamentos. A escuridão e o silêncio no
interior do ônibus propiciavam um pequeno devaneio, a memória
de alguma cena longínqua, uma reflexão qualquer.

Nos dias de hoje as pessoas não parecem dispostas a
esse exercício mínimo de solidão. Não sei se a temem: sei que
há dispositivos de toda espécie para não deixar um passageiro
entregar-se ao curso das idéias e da imaginação pessoal. Há
sempre um filme passando nos três ou quatro monitores de TV,
estrategicamente dispostos no corredor. Em geral, é um filme
ritmado pelo som de tiros, gritos, explosões. É também bastante
possível que seu vizinho de poltrona prefira não assistir ao filme
e deixar-se embalar pela música altíssima de seu fone de
ouvido, que você também ouvirá, traduzida num chiado
interminável, com direito a batidas mecânicas de algum sucesso
pop. Inevitável, também, acompanhar a variedade dos toques
personalizados dos celulares, que vão do latido de um cachorro
à versão eletrônica de uma abertura sinfônica de Mozart. Claro
que você também se inteirará dos detalhes da vida doméstica
de muita gente: a senhora da frente pergunta pelo cardápio do
jantar que a espera, enquanto o senhor logo atrás de você
lamenta não ter incluído certos dados em seu último relatório.
Quando o ônibus chega, enfim, ao destino, você desce tomado
por um inexplicável cansaço.

Acho interessantes todas as conquistas da tecnologia da
mídia moderna, mas prefiro desfrutar de uma a cada vez, e em
momentos que eu escolho. Mas parece que a maioria das pessoas
entrega-se gozosa e voluptuosamente a uma sobrecarga
de estímulos áudio-visuais, evitando o rumo dos mudos pensamentos
e das imagens internas, sem luz. Ninguém mais gosta
de ficar, por um tempo mínimo que seja, metido no seu canto,
entretido consigo mesmo? Por que se deleitam todos com tantas
engenhocas eletrônicas, numa viagem que poderia propiciar
o prazer de uma pequena incursão íntima? Fica a impressão de
que a vida interior das pessoas vem-se reduzindo na mesma
proporção em que se expandem os recursos eletrônicos.

(Thiago Solito da Cruz, inédito)

Sempre gostei das viagens de ônibus, mas atualmente considero as viagens de ônibus uma verdadeira provação, pois o que vem caracterizando as viagens de ônibus é uma profusão de ruídos de toda espécie, o que torna as viagens de ônibus um desafio aos nervos de um pacato passageiro.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima subs- tituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • O(S), A(S) - funcionam sempre sem preposição, e são portanto sempre Objeto Direto. LHE(S) - sempre representa um termo preposicionado, logo funcionará sempre como Objeto Indireto ou Complemento Nominal (que é sempre preposicionado):
  • Considero --> verbo transitivo diretocaracterizando --> verbo transitivo direto com próclise devido ao pronome "que"torna --> verbo transitivo direto com próclise devido ao pronome "que"
  • Peraí, mas atualmente num é um advérbioooooo de tempo, e por isso é um fato de atração?
    Ou será que me perdi no raciocínio?
  • O verbo “considero” é transitivo direto, e o pronome adequado seria “as”. Por isso, eliminam-se as alternativas (D) e (E).
    A locução verbal “vem caracterizando” é transitiva direta, e o pronome adequado seria “as”. Por isso, elimina-se também a alternativa (C). A forma “vem-nas” deve ser evitada, tendo em vista a palavra atrativa “que”. Isso elimina também a alternativa (B). Além de isso eliminar esta alternativa, percebe-se que o verbo “torna” é transitivo direto e não admite “lhes”, como ocorreu com a alternativa (B). Assim, a correta é a (A).
    Fonte: Prof. Décio Terror - Ponto dos Concursos
    Bons estudos

  • Quando a pessoa que cobra conhecimentos de gramática não sabe gramática fica foda, questão mais do que anulada. Por conta do "atualmente" advérbio de tempo que deveria atrair o pronome. Ou tem algo a se considerar sobre isso?

  • E quanto ao adverbio "atualmente". O correto não seria; as considero ? 


ID
78352
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Durante milênios convivemos com a convicção de que
não haveria limites para a atividade humana, seja quanto ao uso
de recursos naturais, seja de energia, de praticamente tudo. O
tempo encarregou-se de mostrar o contrário - com os limites na
área dos recursos hídricos acentuados pelo crescimento da
população; com o uso de combustíveis fósseis detonando a
questão das mudanças do clima; com a insustentabilidade dos
atuais padrões de produção e consumo, além da capacidade de
reposição do planeta. Agora, mais alguns limites se esboçam no
horizonte para a fabricação e uso dos computadores, por causa
do consumo de energia; da emissão de gases em razão de seu
uso; da sobrecarga em vários tipos de utilização, que ameaça
até com um "apagão planetário"; e da geração de lixo tecnológico,
muitas vezes exportado para países pobres.

Estudo recente mostrou que o consumo de energia pelos
computadores no mundo todo mais que dobrou entre 2000 e
2005; outro estudo situa as emissões de gases poluentes
gerados pela tecnologia da informação e comunicação no mesmo
nível das emissões feitas pelo transporte aéreo no mundo.

São números que começam a preocupar a própria
indústria de produção de equipamentos nessas áreas. Divulgado
o último relatório, as principais produtoras criaram um sistema
conjunto para aumentar a eficiência de hardwares e
softwares. Pensam em novas formas de suprimento de energia,
talvez a solar, em substituição ao tipo de corrente nos centros
armazenadores de informações e em avisos que advirtam sobre
os problemas de estocagem ilimitada de informações, imagens
ou som.

Há outros ângulos do problema que chegam a atingir o
campo da política, como nos EUA, em que procedimentos
antiéticos preocupam, com a divulgação de mensagens provocadoras
ou portadoras de falsas informações. Nem é preciso
falar no problema dos spams, que entopem as caixas de recepção
de mensagens no mundo, todos os dias, muitos deles
portadores de vírus extremamente problemáticos. E ainda há o
problema do lixo tecnológico (peças e pedaços de computadores,
pilhas, baterias), já tão grave que a própria ONU criou
diretrizes mundiais que apontam caminhos para ampliar a vida
dos componentes e promover a reciclagem. Especialistas
começam a perguntar se haverá um limite para a internet, em
razão dessa sobrecarga. Seus efeitos desastrosos já se fazem
sentir, em todo o mundo.

(Washington Novaes. O Estado de S. Paulo, A2, 15 de fevereiro
de 2008, com adaptações)

O pronome que substitui corretamente o segmento grifado, respeitando também as exigências de colocação, está em:

Alternativas
Comentários
  • a) não OS haveria (próclise) => "não" é advérbio atrativob) detonando-A (ênclise)=> correto seria usar ênclise, e no SINGULAR substituindo o núcleo da informação, o substantivo feminino "questão"c) criaram-no (ênclise) => alternativa corretad) para aumentá-LA ou para => substituindo o substantivo feminino "eficiência"e) promovê-LA => "a reciclagem" é objeto direto e não é uma pessoa. Dois bons motivos para não utilizar "LHE".
  • ITEM A) errado, pois a palavra "não" é uma palavra atrativa que faz com que seja obrigatório o pronome em próclise.

    ITEM B) errado, o pronome deveria concordar com o núcleo do segmento grifado, no caso "questão", ou seja, deveria estar o pronome no singular.

    ITEM C) certo, quando o verbo terminar com M, ÃO e ÕE, o pronome "o" se transforma em "no".

    ITEM D) errado, pois o pronome deveria concordar com o núcleo do segmento grifado, no caso "eficiência", ou seja, deveria estar o pronome no feminino.

    ITEM E) errado, o pronome "lhe" funciona como objeto indireto e na questão o verbo é um objeto direto.

  • Na alternativa (A), o verbo haveria” é transitivo direto e “limites” é o seu objeto direto; por isso o pronome oblíquo átono está  adequado, porém a sua colocação deve se dar antes do verbo, pois o advérbio “não” é uma palavra atrativa.
    Na alternativa (B), o verbo “detonando” é transitivo direto e “a questão das mudanças do clima” é o objeto direto. Como o núcleo desse termo é o substantivo “questão”, o pronome adequado é “a”.
    A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “criaram” é transitivo direto e “um sistema conjunto” é o objeto direto, por isso está correto o pronome “o”. Como o verbo termina em “m”, esse pronome recebe “n”, corretamente.
    Na alternativa (D), o verbo “aumentar” é transitivo direto e “a eficiência de hardwares e softwares” é o objeto direto. Como o núcleo desse termo é o substantivo feminino singular “eficiência”, o pronome adequado seria “a”. Esse pronome deve receber a letra “l”, tendo em vista o verbo terminar em “r”. (aumentá-la)
    Na alternativa (E), o verbo “promover” é transitivo direto e “a reciclagem” é objeto direto. Por isso, o pronome ideal seria “a”, o qual deve receber “l”, tendo em vista o verbo terminar em “r”. (promovê-la)
    Fonte: Prof. Décio Terror - Ponto dos Concursos
    Bons estudos


ID
81214
Banca
FCC
Órgão
TRE-AM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nos anos setenta, no auge dos grandes projetos de
infraestrutura implantados pelos governos militares, a Amazônia
era conhecida como o inferno verde. Uma mata fechada e
insalubre, empesteada de mosquitos e animais peçonhentos,
que deveria ser derrubada a todo custo - sempre com incentivo
público - pelos colonos, operários e garimpeiros que se aventuravam
pela região. Essa visão mudou bastante nas últimas duas
décadas, à medida que os brasileiros perceberam que a região
é um patrimônio nacional que não pode ser dilacerado sem
comprometer o futuro do próprio país.

Com seus 5 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia
representa mais da metade do território brasileiro, 3,6%
da superfície seca do planeta, área equivalente a nove vezes o
território da França. O rio Amazonas, o maior do mundo em
extensão e volume, despeja no mar em um único dia a mesma
quantidade de água que o Tâmisa, que atravessa Londres, leva
um ano para lançar. O vapor de água que a Amazônia produz
por meio da evaporação responde por 60% das chuvas que
caem nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

Mesmo agora, com o reconhecimento de sua grandeza,
a Floresta Amazônica permanece um domínio da natureza no
qual o homem não é bem-vindo. No entanto, vivem lá 25 milhões
de brasileiros, pessoas que enfrentaram o desafio do ambiente
hostil e fincaram raízes na porção norte do país. Assusta
observar que, no intenso debate que se trava sobre a melhor
forma de preservar (ou, na maior parte das vezes, ocupar) a
floresta, esteja praticamente ausente o maior protagonista da
saga amazônica: o homem.

É uma forma atravessada de ver a situação, pois o destino
da região depende muito mais de seus habitantes do que
de medidas adotadas por autoridades do governo ou por organizações
não-governamentais. A prioridade de todas as iniciativas
deveria ser melhorar a qualidade de vida e criar condições
econômicas para que seus habitantes tenham alternativas
à exploração predatória. Só assim eles vão preservar a
floresta em vez de destruí-la, porque terão orgulho de sua
riqueza natural, única no mundo.

(O fator humano. Veja especial, São Paulo, Ano 42, Setembro
2009, pp. 22-24, com adaptações)

O segmento grifado foi substituído de modo INCORRETO pelo pronome em:

Alternativas
Comentários
  • eles vão preservar a floresta // preserva-la
  • Pessoal, Uma dica para não esquecer: - Quando os verbos terminarem com R-S-Z vamos colocar L + (o, a, os, as) - Quando os verbos terminarem com M - ÃO - ÔE vamos colocar N + (o, a, os , as) O pronome LHE só para verbos transitivos indiretos e quando se referirem a pessoa.
  • O verbo preservar é VTD, pois quem preserva, preserva algo, não havendo preposição após o mesmo.

    Quando o verbo é VTD ele pode vir sucedido de o, a, os, as, substituindo o OD.

    Quando o verbo for VTI ele pode vir sucedido de lhe, lhes, substituindo o OI.
    ex: Chamaram-lhe de louco.

  • la


ID
81250
Banca
FCC
Órgão
TRE-AM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder à questão, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.

O edital, entregue a todos os candidatos, pretendia ...... o Concurso seria realizado em breve.

Alternativas
Comentários
  • Quem informa, informa alquém de algo (VTDI). O edital informava os candidatos do concurso.Objeto direto = os candidatosObjeto indireto = do concurso.
  • Verbos terminados com R, S ou Z, ficarão com o pronome -lo/-la/-los/-las. Outros VTD, regra geral, terão os seus OD substituídos por o/a/os/as.

  • Duas contruções são possíveis, salvo engano:
     

    Informava aos candidatos o concurso;

    Informava os candidatos do concurso.

  • A primeira assertiva é a que apresenta-se correta.
  • Os verbos: Informar, Avisar, Certificar, Cientificar, Notificar, Prevenir. Podem ser usados de duas formas:

       1.Objeto Indireto de Pessoa   +    Objeto Direto de Coisa  : Informar algo a alguém

       2.ou vice-versa:   Informar alguém de algo

    Informe os novos preços aos clientes.  (Informo algo (OD coisa) a alguém (OI Pessoa))

    Informe os clientes dos novos preços. (ou: sobre os novos preços) – (informo alguém (OD Pessoa) de algo (OI coisa))

    ¨  Quando utilizam pronomes como complementos obtêm-se:

       Informe-os aos clientes. Informe-lhes os novos preços.

      Informe-os dos novos preços. Informe-os deles. (ou: sobre eles)

    ¨  No período composto, quando o complemento é oracional:

    Informe aos clientes que os preços não são mais os mesmos. Informe-lhes que os preços não são mais os mesmos.

    Informe os clientes de que os preços não são mais os mesmos. Informe-os de que os preços não são mais os mesmos.

  • a

     

  • Quem informa,

    informa alguma coisa a alguém, (I)

    ou, alternativamente​,

    informa alguém de alguma coisa. (II)

    Na resposta correta está empregado o formato (II).

    Obs. Para corretamente empregar o formato I, ficaria "informar-lhes que", mas não há tal alternativa.


ID
89338
Banca
FUNRIO
Órgão
PRF
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Quando você me ouvir cantar, Venha, não creia, eu não corro perigo"

A canção de Caetano Veloso emprega uma estrutura sintática que combina os verbos "ouvir" e "cantar" com o pronome "me". Quanto a essas palavras, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Resposta: A)ERRADA. Quando você vir dois verbos juntos, não ache você que sempre será uma locução verbal. "Locuções Verbais são conjuntos formados por um verbo auxiliar seguido de um verbo principal. O Verbo principal aparece sempre em uma das formas nominais (gerúndio, infinitivo ou particípio). O verbo auxiliar, por sua vez, parece flexionado, pois tem a função de ampliar a significação do verbo principal". (Gramática Objetiva, Filemon Félix)Ex: Procurava cumprir seu dever. (Procurava cumprir é uma locução verbal)B)ERRADA. O verbo cantar é INTRANSITIVO. Quem canta, canta.C)ERRADA. Próclise -> "PRÉ" -> me ouvirMesóclise -> "MEIO" -> Ouvir-me-eiÊnclise -> "APÓS" -> Ouvir-meD)ERRADA. o verbo cantar é intransitivo.E)CORRETA.
  • esta oração no sua ordem direta é : " quando você ouvir o meu cantar, Venha, não creia, eu não corro perigo".

    Ou seja, o "cantar" não é verbo e sim substantivo, logo a única opção correta é a letra E.
  • O pronome "ME" é objeto direto sintático de ouvir e sujeito semântico de cantar.


    Quem é ouvido? Me.
    Quem canta? Me.

    O "me" se relaciona com os dois verbos. Alternativa "E".
  • Só complementando o comentário do confrade Rodrigo, existem certas estruturas em que a sequência de verbos não formará locução verbal. Como ocorre nas estruturas formadas por verbos causativos (mandar, deixar, fazer) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir) + verbo no infinitivo, que é o exemplo da letra a. Percebam que quem ouve é uma pessoa e quem canta é outra.

     

    Um exemplo para fixar:

     

                                                                     OSSOD

    A aluna se atrasou, mas o professor deixou/-a entrar.

    Quem deixou? O professor.

    Quem entrou? A aluna. O 'a' após 'deixou' exerce a função de sujeito de infinitivo do verbo entrar.

     

    Porém, nem sempre o sujeito semântico será diferente, somente o sujeito na própria frase. Exemplo:

     

    Capitu sentiu/-se fraquejar.

    Quem sentiu? Capitu.

    Quem fraquejou? Capitu. Porém, o sujeito de fraquejar é o 'se', que é o sujeito de infinitivo nesse caso.

  • GABARITO= E

    QUANDO VOCÊ ME OUVIR CANTAR

    ME OUVIR CANTAR = ME RELACIONA A OUVIR E CANTAR.

    JÁ A QUESTÃO (C) ESTA ERRADA:

    QUANDO= ADVÉRBIO DE TEMPO

    ADVÉRBIOS ATRAEM O PRONOME OBLÍQUO.

    A QUESTÃO DIZ QUE O PRONOME OBLÍQUO ESTA RELACIONADO AO VERBO OUVIR, ESTA ERRADA POIS, O PRONOME RELACIONA COM OS DOIS VERBO OUVIR E CANTAR.

    AVANTE GUERREIROS.

    TENHO FÉ QUE UM DIA SEREI SERVIDOR.

  • Quando você ouvi o menino *(me)* cantar, venha, não creia, Eu não corro perigo. ( Essa estrutura está dentro daqueles casos de verbos causativos MANDAR, DEIXAR E FAZER e sensitivos VER, OUVIR e SENTIR que o pronome entre eles tanto pode exercer a função de OBJETO DIRETO do verbo AUXILIAR quanto SUJEITO do verbo PRINCIPAL.

    Quando você ouvi cantar o menino *( me)*, venha, não creia, Eu nao corro perigo.

    O pronome "me" está relacionado gramaticalmente com os verbos "ouvir e cantar" 

    Erro da letra B) é afirmar que só que o verbo "cantar" é transitivo direto, haja vista que o verbo "ouvir" também tem a mesma transitividade de acordo com a explicação acima.

    GABARITO E

  • GABARITO= E

    Verbo sensitivo + Pronome oblíquo + infinitivo.

    O pronome "me" será "objeto direto" no verbo auxiliar e "sujeito" do verbo Principal ( Infinitivo)


ID
93556
Banca
FCC
Órgão
DNOCS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assédio eletrônico

Quem já se habituou ao desgosto de receber textos não
solicitados de cem páginas aguardando sua leitura? Ou quem
não se irrita por ser destinatário de mensagens automáticas que
nem lhe dizem respeito? E, mesmo sem aludir a entes mais
sinistros como os hackers e os vírus, como aturar os abusos da
propaganda que vem pelo computador, sob pretexto da
liberdade de acesso à informação?

Entre as vantagens do correio eletrônico - indiscutíveis,
a pergunta que anda percorrendo todas as bocas visa a
apurar se a propagação do e-mail veio ressuscitar a carta. A
esta altura, o e-mail lembra mais o deus dos começos, Janus
Bifronte, a quem era consagrado o mês de janeiro. No templo
de Roma ostentava duas faces, uma voltada para a frente e
outra para trás. A divindade presidia simultaneamente à morte e
ao ressurgimento do ciclo anual, postada na posição
privilegiada de olhar nas duas direções, para o passado e para
o futuro. Analogamente, o e-mail tanto pode estar completando
a obsolescência da carta como pode dar-lhe alento novo.

Sem dúvida, o golpe certeiro na velha prática da
correspondência, de quem algumas pessoas, como eu, andam
com saudades, não foi desferido pelo e-mail nem pelo fax. O
assassino foi o telefone, cuja difusão, no começo do século XX,
quase exterminou a carta, provocando imediatamente enorme
diminuição em sua frequência. A falta foi percebida e muita
gente, à época, lamentou o fato e o registrou por escrito.

Seria conveniente pensar qual é a lacuna que se
interpõe entre a carta e o e-mail. Podem-se relevar três pontos
em que a diferença é mais patente. O primeiro é o suporte, que
passou do papel para o impulso eletrônico. O segundo é a
temporalidade: nada poderia estar mais distante do e-mail do
que a concepção de tempo implicada na escritura e envio de
uma carta. Costumava-se começar por um rascunho; passavase
a limpo, em letra caprichada, e escolhia-se o envelope
elegante - tudo para enfrentar dias, às vezes semanas, de
correio. O terceiro aspecto a ponderar é a tremenda invasão da
privacidade que a Internet propicia. Na pretensa cumplicidade
trazida pelo correio eletrônico, as pessoas dirigem-se a quem
não conhecem a propósito de assuntos sem interesse do infeliz
destinatário.

(Walnice Nogueira Galvão, O tapete afegão)

O e-mail veio para ficar, ainda que alguns considerem o e-mail uma invasão de privacidade, ou mesmo atribuam ao e-mail os desleixos linguísticos que costumam caracterizar o e-mail.

Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por

Alternativas
Comentários
  • Casos que exigem Próclise:1 - Conectivos de oração subordinada (substantiva, adjetiva ou adverbial)2 - Advérbios, quando sem pausa (vírgula)3 - Pronomes indefinidos e demonstrativos (tudo, nada isso, aquilo, etc.)4 - "em" + pronome oblíquo átono + gerúndio (ex. em se tratando dos fatos)5 - "por" + pronome oblíquo átono + particípio (ex. por se tratarem das coisas)6 - Palavras com idéia negativa (não, nunca, jamais, etc.)Casos que exigem Mesóclise:1 - Futuro do presente (terminação rei)2 - Futuro do pretérito (terminação ria)Bizu: Quando o REI RIA põe no meio.Casos que exigem Ênclise:1 - Advérbio com pausa (ex. Aqui, reúnem-se alunos aprovados)2 - Imperativo (ex. Levante-se3 - Conectivo "e" (ex. Falou e disse-me verdades)Nunca utilizar pronome átono:1 - ínicio de frase2 - depois de futuro (Rei - Ria)3 - depois de particípio (Ado - Ido)
  • Quando tiver preposição após o verbo - AO EMAIL - usa-se "LHE" (a ele)Quando tiver artigo O,A,OS,AS - O E-MAIL - usa-se "O" (antes do verbo) ou "LO" (após o verbo).
  • GABARITO: B

    O verbo ‘considerar’ é VTD, portanto exige OD (complemento não preposicionado). O pronome oblíquo ‘o’ substitui ‘o e-mail’. Fica antes do verbo (próclise) por causa do pronome indefinido ‘alguns’ (palavra atrativa).

    O verbo ‘atribuir’ exige complemento preposicionado (OI), portanto usa-se ‘lhe’, que fica antes do verbo facultativamente.

    O verbo ‘caracterizar’ (VTD) não exige complemento preposicionado, logo usamos –o, -a, -os, -as (e variações). Como verbo termina em ‘–r’, usamos ‘-lo’, que substitui ‘o e-mail’.

    FONTE: "A" Gramática para Concursos Públicos, professor Fernando Pestana, Editora Campus/Elsevier, 1a.edição 2013

ID
95077
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Justiça e burocracia
A finalidade maior de todo processo judicial é chegar a
uma sentença que condene o réu, quando provada a culpa, ou
o absolva, no caso de ficar evidenciada sua inocência ou se
nada vier a ser efetivamente comprovado contra ele. O
pressuposto é o de que, em qualquer dos casos, a sentença
terá sido justa. Mas nem sempre isso ocorre. O caminho
processual é ritualístico, meticuloso, repleto de cláusulas, de
brechas para interpretação subjetiva, de limites de prazos, de
detalhes técnicos - uma longa jornada burocrática, em suma,
em que pequenos subterfúgios tanto podem eximir de
condenação um culpado como penalizar um inocente. Réus
poderosos contam com equipes de advogados particulares
experientes e competentes, ao passo que um acusado sem recursos
pode depender de defensores públicos mal remunerados
e indecisos quanto à melhor maneira de conduzir um processo.
No limite, mesmo os réus de notória culpabilidade,
reincidentes, por exemplo, em casos de corrupção, acabam por
colecionar o que cinicamente chamam de "atestados de
inocência", sucessivamente absolvidos por força de algum
pequeno ou mesmo desprezível detalhe técnico. Quanto mais
burocratizados os caminhos da justiça, maior a possibilidade de
que os "expedientes" das grandes "raposas dos tribunais" se
tornem decisivos, em detrimento da substância e do mérito
essencial da ação em julgamento. A burocracia dos tortuosos
caminhos judiciais enseja a vitória da má-fé e do oportunismo,
em muitos casos; em outros, multiplica entraves para que uma
das partes torne evidente a razão que lhe assiste.
(Domiciano de Moura)

O advogado de defesa encaminhou uma apelação. Para fundamentar a apelação, organizou a apelação numa progressão de itens bem articulados. Ainda assim, recusaram a apelação os juízes do Supremo, que consideraram a apelação inconsistente de todo. Evitam-se as abusivas repetições do período acima subs- tituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • Casos que exigem Próclise:1 - Conectivos de oração subordinada (substantiva, adjetiva ou adverbial)2 - Advérbios, quando sem pausa (vírgula)3 - Pronomes indefinidos e demonstrativos (tudo, nada isso, aquilo, etc.)4 - "em" + pronome oblíquo átono + gerúndio (ex. em se tratando dos fatos)5 - "por" + pronome oblíquo átono + particípio (ex. por se tratarem das coisas)6 - Palavras com idéia negativa (não, nunca, jamais, etc.)Casos que exigem Mesóclise:1 - Futuro do presente (terminação rei)2 - Futuro do pretérito (terminação ria)Bizu: Quando o REI RIA põe no meio.Casos que exigem Ênclise:1 - Advérbio com pausa (ex. Aqui, reúnem-se alunos aprovados)2 - Imperativo (ex. Levante-se3 - Conectivo "e" (ex. Falou e disse-me verdades)Nunca utilizar pronome átono:1 - ínicio de frase2 - depois de futuro (Rei - Ria)3 - depois de particípio (Ado - Ido)
  • fundamentar a apelação

    Fundamentar a apelação: VTD (quem fundamenta, fundamenta alguma coisa). Logo, exige-se o pronome oblíquo A.

    Formas verbais terminadas por R, S ou Z: cortam-se essas letras e coloca-se a letra L antes do pronome oblíquo.

    Resposta: Fundamentá-la

     

    organizou a apelação  

    VTD - quem organiza, organiza alguma coisa. Exige-se o pronome oblíquo A e, como é caso de ênclise, o pronome é colocado após o verbo.

    Resposta: organizou-a

     

    recusaram a apelação  

    VTD - quem recusa, recusa alguma coisa. Exige-se o pronome oblíquo A.

    Formas verbais terminadas por ÕE, ÃO ou M: acrescenta-se N antes do pronome oblíquo.

    Resposta: recusaram-na

     

    consideraram a apelação  

    VTD - quem considera, considera algo. Exige-se o pronome A, mas como é um caso de próclise (o verbo está antecedido do pronome que), o pronome é atraído para a frente do verbo.

    Resposta: a consideraram

  • Macete para questão.

    Tema: colocação pronominal

    Caro colega, observe que o pronome oblíquo LHE sempre vai ser O.I( objeto indireto) sendo necessário no momeno da SUBSTITUIÇÃO por A ELE..... esse "A" de A ELE é uma preposição.

    Conclusão:

    Se tem LHE tem que existir À.....(crase)

     

    Para fundamentar a apelação, organizou a apelação (NÃO TEM CRASE = NÃO TEM LHE)numa progressão de itens bem articulados. Ainda assim, recusaram a apelação(NÃO TEM CRASE = NÃO TEM LHE) os juízes do Supremo, que consideraram a apelação(NÃO TEM CRASE = NÃO TEM LHE) inconsistente de todo.

    Elimina-se as alternativas A, C, D, E. (todas essas tem LHE)

     

     

     


ID
105505
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Contribuição de um antropólogo

A maior contribuição do antropólogo Claude Lévi-Strauss
(que, ainda jovem, trabalhou no Brasil, e morreu, centenário, em
2009) é de uma simplicidade fundamental, e se expressa na
convicção de que não pode existir uma civilização absoluta
mundial, porque a própria ideia de civilização implica a coexistência
de culturas marcadas pela diversidade. O melhor da
civilização é, justamente, essa "coalizão" de culturas, cada uma
delas preservando a sua originalidade. Ninguém deu um golpe
mais contundente no racismo do que Lévi-Strauss e poucos
pensadores nos ensinaram, como ele, a ser mais humildes.

Lévi-Strauss, em suas andanças pelo mundo, foi um
pensador aberto para influências de outras disciplinas, como a
linguística. Foi ele também quem abriu as portas da antropologia
para as ciências de ponta, como a cibernética, que era
então como se chamava a informática, conectando-a com novas
disciplinas como a teoria dos sistemas e a teoria da informação.
Isso deu um novo perfil à antropologia, que propiciou uma nova
abertura para as ciências exatas, e reuniu-a com as ciências
humanas.

Em 1952, escreveu o livro Raça e história, a pedido da
Unesco, para combater o racismo. De fato, foi um ataque feroz
ao etnocentrismo, materializado num texto onde se formulavam
de modo claro e inteligível teses que excediam a mera
discussão acadêmica e se apoiavam em fatos. Comenta o
antropólogo brasileiro Viveiros de Castro, do Museu Nacional:
"Ele traz para diante dos olhos ocidentais a questão dos índios
americanos, algo que nunca antes havia sido feito. O
colonialismo não mais podia sair nas ruas como costumava
fazer. Foi um crítico demolidor da arrogância ocidental: os
índios deixaram de ser relíquias do passado, deixaram de ser
alegorias, tornando-se nossos contemporâneos. Isso vale mais
do que qualquer análise."

Reconhecer a existência do outro, a identidade do outro,
a cultura do outro - eis a perspectiva generosa que Lévi-Strauss
abriu e consolidou, para que nos víssemos a todos como
variações de uma mesma humanidade essencial.

(Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa Fapesp, dezembro 2009)

Ao renovar a antropologia, Lévi-Strauss fez a antropologia mais respeitada que nunca, pois soube articular a antropologia com outras ciências, dotando a antropologia de preciosas ferramentas de interpretação cultural.

Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • Como os três verbos dos elementos sublinhados no texto são transitivos diretos, não admite-se o pronome oblíquo "lhe" como complemento verbal, já que ele exerce a função de objeto indireto. Portanto por exclusão, as alternativas B; C; D e E estão INCORRETAS.
  • Boa, nobre Gilvandro! Sua resposta foi de uma precisão cirúrgica! rs...Eu ia perder um tempão explicando um monte de regras para o pessoal, mas depois dessa sua cartada de mestre, fiquei sem graça! rs...O mais importante não é ter conhecimento, é saber aplicá-lo da forma mais eficiente!;)
  • GABARITO: A

    Já ouviu falar no “Fi-lo porque qui-lo”, atribuída a Jânio Quadros? Pois então... os pronomes oblíquos átonos de 3ª pessoa -o(s), -a(s), se estiverem ligados a verbos terminados em -r, -s e -z, viram -lo(s), -la(s); lembrando que tais consoantes ‘caem’:

    Ex.: Vou resolver uma questão = Vou resolvê-la. / Fiz o concurso porque quis o emprego de funcionário público = Fi-lo porque qui-lo.

    É isso que ocorre em “fez a antropologia = fê-la”. É estranho, mas é isso aí. O mesmo cabe em “articulá-la”. O verbo dotar é VTD e, portanto, exige um complemento não preposicionado, daí que temos “dotando-a”, em que o ‘a’ substitui ‘a antropologia’.

    Simples assim! :)

ID
116506
Banca
FCC
Órgão
TRE-CE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O mercado não deixa de ser uma criatura assaz estranha, pois ela é apresentada como se fosse portadora de vontade. Ouvimos freqüentemente que o mercado "quer" isto ou aquilo, que ele tem tal ou qual expectativa, como se
tratássemos com um ente volitivo, dotado de desejos, paixões e esperanças. Como uma criança mimada, se a sua vontade é contrariada, o seu mau humor imediatamente se manifesta, expressando-se na queda das bolsas, no aumento
da cotação do dólar e do dito risco Brasil.
Não se trata, evidentemente, de negar que o mercado tenha regras que devem ser obedecidas, sob pena de uma disfunção total do corpo social e econômico. Seguir
regras faz parte de qualquer comportamento, sem que daí se infira necessariamente que obedecer a um conjunto de regras torna esse conjunto um ser dotado de vontade. Se sigo regras de trânsito, daí não se segue que essas regras "queiram" tal ou qual coisa, senão no sentido derivado de que seres volitivos impuseram a si mesmos esse conjunto de regras. (...)
No domínio econômico observamos dois tipos de processos, de essência diferente, que tendem a ser identificados, sobretudo na vida política e, mais
especificamente, eleitoral. Se um determinado governo, seguindo certas políticas, não segue regras econômicas básicas, ele certamente produzirá um descalabro completo das contas públicas e uma desorganização total das relações
socioeconômicas. As experiências socialistas e comunistas do século XX são plenas de ensinamento nesse sentido, pois, ao serem conduzidas contra o mercado, produziram regimes totalitários com milhões de mortos. A supressão das liberdades democráticas foi a sua primeira manifestação mais visível.
Não se pode, contudo, dizer que o mercado não comporte um leque muito variado de políticas, algumas muito distantes entre si. (...)
Quem quer determinadas políticas, e não outras, são os agentes econômicos, sociais e políticos que, dependendo das orientações seguidas, não "querem" a sua implementação. Como não se assumem diretamente, apresentam os seus interesses sob uma forma impessoal, como se uma entidade coletiva e mirabolante não quisesse certas ações. Toda política favorece determinados interesses e contraria outros, sem que se possa dizer que exista uma política de custo zero que beneficiaria todos os agentes envolvidos. Uma política que favoreça as exportações e a substituição de importações, por exemplo, irá contrariar outros interesses que são hoje satisfeitos. Uma política de redistribuição de renda necessariamente tirará de alguns para favorecer os mais carentes.
A especulação que temos observado no mercado financeiro obedece precisamente a esse jogo de interesses contrariados ou favorecidos, em que simples rumores de subida ou de descida de determinados candidatos nas
pesquisas de opinião produzem lucros para alguns e prejuízos para outros. Em alguns casos, os rumores relativos a essas pesquisas nem se confirmam, porém lucros e perdas não cessam de ser produzidos. E o que é pior: os prejuízos dizem respeito a todo o País.


(Denis Lerrer Rosenfeld, O Estado de S. Paulo, agosto
de 2002)

Os segmentos grifados nas frases que seguem estão substituídos pelos pronomes adequados e colocados de modo INCORRETO na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode comentar essa questão?
    Marquei a letra "A" por eliminação, mas não consigo entender o erro da mesma de acordo com a norma culta.

    Obrigado!
  • LETRA A

    Nesse caso, ocorre a próclise por causa do QUE: "que ele A tem.

    Veja a tabela:




    • d) obedecer a um conjunto de regras = obedecer-lhes.

      Alguém pode me explicar por que o correto seria obedecer-lhes e não obedecê-las?

  • Porque veja que o verbo OBEDECER  é um VTI, logo, exige como complemento verbal um OBJETO INDIRETO. Nesse sentido, o pronome LHE é o adequado para substituir o objeto indireto. Os pronomes A, AS, O, OS são adequados para substituir OBJETOS DIRETOS. 


    Sugiro que dê uma estudada nessa matéria urgentemente. DESPENCA EM CONCURSOS. 

  • ESSA NAO ENTENDI, HAJA VISTA QUE LHE USAMOS PRA PESSOAS.



    SE ALGUEM PUDESSE ME RESPONDER, FICARIA GRATO!!!

  • Também marquei a letra a por eliminação. Alguém sabe dizer qual seu erro?

  • Também marquei a letra A com convicção, infelizmente no gabarito deu D. Os comentários nãoesclareceram muito o motivo da letra D ser a correta.

    Alguém pode explicarmelhor? Obrigada

  • Peçam para o professor comentar

  • Tem mais um detalhe sobre o item "D"

    OVERBO OBEDECER É VTI É EXIGE O COMPLEMENTO LHE E Ñ LHES , COMO ESTA NA ACERTIVA " a um conjunto de regras ", a ñ ser que caiba aguma regra wue permita essa substituição.......

    Guilherme , não pode ser o pronome "LAS" ,PORQUE O VERBO É TRASITIVO INDIRETO QUE EXIGEM COMPLEMRNTO "LHE ou "LHES", "LO" ou LOS", ACHO QUE SO SAO USADOS COMO OBJETO DIRETO


ID
116719
Banca
FCC
Órgão
TRE-AC
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O caso Amina Lawal

A absolvição da nigeriana Amina Lawal, que havia sido condenada à morte por apedrejamento pela acusação de adultério, representa uma vitória dos direitos humanos e da comunidade internacional. Ela está longe, entretanto, de significar
uma melhora da situação das mulheres no país. Na verdade, a "solução" encontrada pelos juízes da corte islâmica de apelações que reviu o caso manteve as aparências. Lawal foi absolvida devido a "erros de procedimento" nos dois julgamentos anteriores. Em nenhum momento o "crime" (sexo fora do casamento, ou "zina", na lei islâmica) ou a crueldade da pena foram postos em questão. A sentença, porém, aliviou a pressão internacional sobre o governo nigeriano.
O caso Lawal é, para os padrões democráticos ocidentais, um verdadeiro escândalo. Amina Lawal, 31, foi sentenciada em primeira instância, em março de 2002, no Estado de Katsina, no norte da Nigéria. Segundo a Anistia Internacional, a prova usada contra ela foi o fato de ter engravidado sem ser casada. Curiosamente, o homem que ela afirmava ser o pai da criança apenas negou que tivesse mantido relações sexuais com Amina e nem foi a juízo. Pelos cânones da escola Maliki de interpretação da "sharia", a lei muçulmana, que é a corrente dominante no norte da Nigéria, a gravidez é prova bastante da culpabilidade da ré. A condenação de Amina fora confirmada em segunda instância em agosto de 2002.
A absolvição representa um alívio para o governo do presidente Olusegun Obasanjo (cristão). Se o apedrejamento fosse confirmado pela corte islâmica e ascendesse a um tribunal laico, uma eventual liberação de Lawal - vista por observadores como certa - poderia desencadear uma guerra civil entre os muçulmanos do norte do país e os cristãos do sul. Se o pior desfecho foi evitado com a absolvição, a questão dos direitos humanos está longe de equacionada. No
mesmo dia em que Lawal era libertada, a imprensa nigeriana noticiava a condenação ao apedrejamento de um acusado de sodomia.

(Folha de S.Paulo. Editorial. 27/09/2003)

Transpondo-se para a voz ativa a frase havia sido condenada à morte por apedrejamento, o segmento sublinhado deverá ser substituído por

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra B. Trata-se de uma questão bastante complexa pois refere-se a vários assuntos.

    Primeiro: transformação de vozes verbais...
    A nigeriana HAVIA SIDO CONDENADA à morte por apedrejamento pela acusação de adultério.
    Sabemos que o SUJEITO da Voz Ativa é o OBJETO DIRETO da Voz Passiva ( e vice-versa)
    Transformando para a Voz Ativa temos: Acusação de adultério HAVIA/HAVIAM CONDENADO a nigeriana.

    Segundo: concordância ...
    A acusação havia OU acusação havia/haviam

    a nigeriana (substitui pela pronome a)
    ATENÇÃO: O pronome a será usado junto ao verbo haver e NÃO junto ao particípio.
    Acusação de adultério HAVIA/HAVIAM CONDENADO a nigeriana.

    Terceiro: emprego de pró/meso/ênclise...
    Verbos terminados com M seguidos pelo pronome A formam -NA
    Desse modo teremos: Acusação de adultério HAVIAM-NA CONDENADO.


  • "havia sido condenada à morte por apedrejamento."

    A questão envolve vozes do verbo e colocação pronominal.

    Na transposição de locução verbal da voz passiva para a voz ativa, mantem-se o primeiro verbo (HAVIA) e adequa o verbo principal (CONDENADA) ao tempo e modo do verbo auxiliar (SIDO).

    SIDO = Particípio, logo, CONDENADA irá para o particípio, ficando = CONDENADA (coincidência ter ficado igual).

    Depois adequa-se a frase às regras de concordância verbal e nominal.

    Assim, eliminaríamos as letras "c", "d" e "e".

    Com relação à colocação pronominal, os tempos compostos (verbo auxiliar + particípio) não admitem pronome após o particípio.
    Se fossee caso de próclise obrigatória ficaria, p ex., não a haviam condenado.
    Não sendo caso de próclise obrigatória, o pronome acompanha o verbo auxiliar. Haviam-na
      
    Mas NUNCA acompanhará o verbo no particípio.

      
  • Um fator complicador para essa questão é que simplesmente não dá pra usar diretamente nenhum dos trechos propostos no texto original. O primeiro comentário tentou, e eis o que saiu: 
    "Acusação de adultério HAVIAM-NA CONDENADO." Aparentemente, ele se deu por satisfeito com essa construção absolutamente tosca e impossível na língua portuguesa.

    Uma boa maneira de salvar o trecho, com voz ativa, seria a seguinte: 
    A absolvição da nigeriana Amina Lawal, a quem haviam condenado à morte por apedrejamento pela acusação de adultério... (Alternativa não proposta pela banca)

     Assim, só podemos concluir que a banca estava falando da possibilidade abstrata de "converter" (nunca de substituir no texto) a frase solta "havia sido condenada" para a voz ativa. Infelizmente, a redação da questão induz ao erro: o candidato perde um tempão tentando substituir as alternativas no texto e começa a achar que está enlouquecendo quando nenhuma se encaixa! 
    (Veja como divulgar a Campanha Nota Justa)
  • Pessoal, transcrevo abaixo o comentário de um professor sobre a questão:

    (FCC- TRE- AC) Transpondo-se para a voz ativa a frase HAVIA SIDO CONDENADA à morte por apedrejamento, o segmento sublinhado deverá ser substituído por:

    a) haviam condenado-a.

    b) haviam-na condenado.

    c) foi condenada.

    d) condenaram-na.

    e) haviam de condená-la.

    GABARITO LETRA B

    Dica: se há 3 verbos na passiva, na ativa teremos 2. Agindo assim, você já elimina a letra D ( condenaram-na).

    Outra dica: na voz ativa, não há a presença do verbo SER, o que elimina a letra C ( foi condenada).

    Mais uma dica: Após locução verbal terminada em particípio passado ( ADO(A), EITO(A), IDO(A), não pode haver forma pronominal oblíqua, ou seja, os pronomes me,te,se,o, a,lhe, nos, vos não caberão nesse tipo de estrutura. Exemplo: Tenho preparado-me para concursos. PODRE! Devido à forma preparADO. A forma correta é Tenho me preparado. Com essa informação, você elimina também a letra A.

    Agora vem a solução para o problema:

    Observe o penúltimo verbo do enunciado (SIDO) -  HAVIA SIDO CONDENADA

    Perceba que ele está no Particípio passado. Pois bem, sabe o que isso significa? Que o verbo principal da voz ativa (último verbo) estará nessa mesma estrutura, ou seja, também no particípio passado. Dê uma olhadinha nas alternativas que sobraram. Achou a letra?

    Isso mesmo. Resposta LETRA B:

    Haviam-na condenado equivale a Ela havia sido condenada por eles.

    Por que não pode ser letra E? Perceba que o último verbo está no infinitivo. Haviam de condená-la equivale, na passiva, a Ela havia de ser condenada por eles. 

    Grande abraço! Professor Heber Vieira

  • Para termos Voz passiva é obrigatório o Objeto Direto na Voz Ativa e sabemos que na voz passiva não é necessário a presença do Agente da passiva.


    Amina Lawal havia sido condenada.


    Voz Passiva                                                                   Voz Ativa

    Amina Lawal = sujeito                           =>              vira Objeto Direto
    havia = verbo auxiliar                            =>              concorda com o sujeito
    sido = verbo SER                                    =>              desaparece
    condenada = verbo principal               =>              passar para o tempo em que estava o verbo SER
    não tem agente da passiva                  =>              vira sujeito


    O que complicou na questão foi a Colocação Pronominal.
     

    COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS
    Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + 
    infinitivo, gerúndio ou particípio.

    AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do 
    verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome 
    deverá ficar antes do verbo auxiliar.

    Havia-lhe contado a verdade.
    Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.


    *Como não tem agente da passiva o sujeito será indeterminado (3ª pessoa do plural) 

    Haver(3ª plural) => Haviam
    sIDO (particípio) => Desaparece
    condenar (tempo do verbo SER) => condenADO
    Na locução verbal com o verbo principal no particípio o pronome fica entre os verbos.

    Resposta:

    Haviam-na condenado.

  • Pesado.


ID
116740
Banca
FCC
Órgão
TRE-AC
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O caso Amina Lawal

A absolvição da nigeriana Amina Lawal, que havia sido condenada à morte por apedrejamento pela acusação de adultério, representa uma vitória dos direitos humanos e da comunidade internacional. Ela está longe, entretanto, de significar
uma melhora da situação das mulheres no país. Na verdade, a "solução" encontrada pelos juízes da corte islâmica de apelações que reviu o caso manteve as aparências. Lawal foi absolvida devido a "erros de procedimento" nos dois julgamentos anteriores. Em nenhum momento o "crime" (sexo fora do casamento, ou "zina", na lei islâmica) ou a crueldade da pena foram postos em questão. A sentença, porém, aliviou a pressão internacional sobre o governo nigeriano.
O caso Lawal é, para os padrões democráticos ocidentais, um verdadeiro escândalo. Amina Lawal, 31, foi sentenciada em primeira instância, em março de 2002, no Estado de Katsina, no norte da Nigéria. Segundo a Anistia Internacional, a prova usada contra ela foi o fato de ter engravidado sem ser casada. Curiosamente, o homem que ela afirmava ser o pai da criança apenas negou que tivesse mantido relações sexuais com Amina e nem foi a juízo. Pelos cânones da escola Maliki de interpretação da "sharia", a lei muçulmana, que é a corrente dominante no norte da Nigéria, a gravidez é prova bastante da culpabilidade da ré. A condenação de Amina fora confirmada em segunda instância em agosto de 2002.
A absolvição representa um alívio para o governo do presidente Olusegun Obasanjo (cristão). Se o apedrejamento fosse confirmado pela corte islâmica e ascendesse a um tribunal laico, uma eventual liberação de Lawal - vista por observadores como certa - poderia desencadear uma guerra civil entre os muçulmanos do norte do país e os cristãos do sul. Se o pior desfecho foi evitado com a absolvição, a questão dos direitos humanos está longe de equacionada. No
mesmo dia em que Lawal era libertada, a imprensa nigeriana noticiava a condenação ao apedrejamento de um acusado de sodomia.

(Folha de S.Paulo. Editorial. 27/09/2003)

As leis muçulmanas são rigorosas, mas muitos julgam as leis muçulmanas especialmente draconianas com as mulheres, já que se reflete nas leis muçulmanas a hierarquia entre os sexos, hierarquia que deriva de fundamentos religiosos.

Evitam-se as repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados por, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • As leis muçulmanas são rigorosas, mas muitos julgam as leis muçulmanas especialmente draconianas com as mulheres, já que se reflete nas leis muçulmanas a hierarquia entre os sexos, hierarquia que deriva de fundamentos religiosos.

    "julgam" é um verbo transitivo direto, então não aceita o pronome lhe.

    Em verbos terminados em M, ÃO ou ÕE, os pronomes: a, o, as e os vão para:  na, no, nas e nos.

    Então temos: julgam-nas.

    ~~

    O segundo caso é mais desafiador. A hierarquia entre os sexos está sendo refletida nas leis muçulmanas, e não nas mulheres. Note que as leias mulçumanas são citadas bem longe... no começo do texto, então usa-se o pronome demonstrativo aquele(a). Se fosse usado o pronome nesta, daria a impressão que a hierarquia entre os sexos estava se refletido na última coisa que foi citada, ou seja, nas mulheres.
  • Além do comentário do T. Renegado, ainda tem a questão da concordância: "leis" está no plural.

  • Gabarito C ( para os não assinantes)


ID
116902
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2001
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cuidado, isso vicia

Quem precisava de uma desculpa definitiva para fugir da malhação pode continuar sentadão no sofá. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) demonstra que, a exemplo do que ocorre com drogas como o álcool e a cocaína, algumas pessoas podem tornar-se dependentes de exercícios físicos. Ao se doparem, os viciados em drogas geralmente
experimentam um bem-estar, porque elas estimulam, no sistema nervoso, a liberação da dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. A privação da substância, depois, produz sintomas que levam a pessoa a reiniciar o processo, num ciclo de dependência. Os exercícios físicos podem resultar em algo semelhante. Sua prática acarreta a liberação da endorfina, outro neurotransmissor, com propriedades analgésicas e entorpecentes. É como se os exercícios físicos estimulassem a liberação de drogas do
próprio organismo.
Às vezes, a ginástica funciona como uma válvula de escape para a ansiedade, e nesses casos o prazer obtido pode gerar dependência. Na década de 80, estudiosos americanos demonstraram que, após as corridas, alguns maratonistas sentiam euforia intensa, que os induzia a correr com mais
intensidade e freqüência. Em princípio, isso seria o que se pode considerar um vício positivo, já que o organismo se torna cada vez mais forte e saudável com a prática de exercícios. Mas existem dois problemas. Primeiro, a síndrome da abstinência: quando não tem tempo para correr, a pessoa fica irritada e ansiosa. Depois, há as complicações, físicas ou no relacionamento social, decorrentes da obsessão pela academia. Atletas compulsivos chegam a praticar exercícios mais de uma vez ao dia, mesmo sob condições adversas, como chuva, frio ou calor intenso. E alguns se exercitam até quando lesionados.


(Revista VEJA, edição 1713, 15/08/2001)

"Esses sintomas levam a pessoa a reiniciar o processo."
Substituindo os termos sublinhados pelos pronomes adequados, obtêm-se, respectivamente, as formas

Alternativas
Comentários
  • Para  VTI substitui o objeto indireto por lhe.

    Para VTD terminado em R,S ou Z corta-se as terminações (R,S, Z), acentua-se as formas verbais (a,e,o) e substitui o objeto direto por lo, la, los, las.

    ex: Comprar a casa.
          Compra-la


    OUTRAS SUBSTITUIÇÕES

    Para  VTD terminado em vogal, substitui o objeto direto por o, a, os, as.

    ex: Comprei a casa
          Comprei-a

    Para VTD terminado em M, ÕES, substitui o objeto direto por no, na, nos, nas.

    ex: Olham uma manina
         Olham-na

  • Perfeita explicação do cara. 

  • Ten coisa errada ai quem leva leva alguma coisa e nao de alguma coisa ou para alguma coisa etc alguem explica ai porfavor

  • muito bom.

  • levam-na e reiniciá-lo.


ID
118033
Banca
FCC
Órgão
TRE-PI
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Com a autoridade que ...... cabe, V.Sa ...... inspecionar os trabalhos da usina que está sob ...... responsabilidade.

Alternativas
Comentários
  • Com a autoridade que lhe cabe, V.Sa deve inspecionar os trabalhos da usina que está sob sua responsabilidade.

    Cabe: Verbo transitivo indireito= usa-se o LHE
    O pronome (que) é atrativo, portanto, o (lhe) deve vir na sua forma proclítica.  
    Que lhe cabe

    V. Sa representa a 2ª pessoa do discurso,porém toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa do singular. V.Sa deve

    O pronome de tratamento deve concordar com a 3ª pessoa do singular  Sua
  • lhe - deve - sua.


ID
118045
Banca
FCC
Órgão
TRE-PI
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ajudei- ...... a fazer o trabalho, mas não ...... aconselho ...... nesse emprego.

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    Ajudei- (1) a fazer o trabalho, mas não (2) aconselho (3) nesse emprego.

    (1) Ajudar = VTD (Quem ajuda, ajuda alguém)
    Nesse caso, utiliza-se "o", pois a regência do verbo não admite preposição. Caso contrário, usaria-se o "lhe".

    (2) e (3): Aconselhar = VTDI (Quem aconselha, aconselha alguma coisa a alguém)
    Nesse caso, "nesse emprego" funciona como o Objeto Direto, não requerendo preposiçao (continuar) e o pronome oblíquo funciona como o Objeto Indireto (a ele = lhe).

  • só acrescentando... além de VTD, como nos exemplos:
    Ajudou o amigo nas horas difíceis.
    Sempre ajuda quem precisa.

    Poder ser VTDI com verbo no infinitvo, como me parece ocorrer na questão.

    Ajudei-o a fazer o trabalho

    outros exemplos:
    Ajudaram a empresa a progredir.
    Ajudou o escritor nas pesquisas
    (ajudar alguém a/em alguma coisa)
  • acrescentando ao excelente comentário do Daniel:

    • alguns verbos, como aconselhar, têm comportamento atípico quanto à transitividade:


    ACONSELHAR (transitivo direto, bitransitivo e intransitico)

    Aconselho-o a tomar o ônibus cedo.

    Aconselho-lhe tomar o ônibus cedo.

    O pai aconselhou.

  • Ajudei- O (VOCÊ). a fazer o trabalho, mas não LHE (REFERE-SE Á PESSOA) aconselho CONTINUAR (QUEM ACONSELHA ALGO OU ALGUMA COISA) nesse emprego.

ID
118246
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Polícia Federal
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os fragmentos contidos nos itens subseqüentes foram adaptados
de um texto escrito por Ângela Lacerda para a Agência Estado.
Julgue-os quanto à correção gramatical.

Em Pernambuco e no Rio de Janeiro, primeiros estados a adotarem o programa recomendado pela UNESCO, o índice de redução de criminalidade para as escolas que implantaram o Escola Aberta desde o ano 2000 foi de 60% em relação às escolas que não o adotaram.

Alternativas
Comentários
  • Acertei no chute. Utilizando a técnica de chute do "políticamente correto". Entretanto, apesar de ser uma questão fácil de acertar via técnica de chute, ajudaria mais se o texto estivesse disponível!
  • Bernardo mais uma vez a questão pede o erro gramátical e não de sentido.

    Em Pernambuco e no Rio de Janeiro, primeiros estados a adotarem o programa recomendado pela UNESCO, o índice de redução de criminalidade para as escolas que implantaram o Escola Aberta desde o ano 2000 foi de 60% em relação às escolas que não o adotaram.  


    Talvez ficasse alguma dúvida quanto a uma vírgula nesse trecho, mais creio que não.

    Item correto.
     
  • Acredito que o examinador quis avaliar a concordancia...

    o indice de redução de criminalidade (sujeito) foi (verbo) de 60% = correto!

    ele colocou um ´´ implantaram´´ no meio da frase para induzir a erro... tipicoo de frases que não estão na ordem direta ou que contem complementos intercalados entre as estruturas principais da frase, que saõ: sujeito + verbo + complemento (ordem direta)
  • Pq não seria : o índice de redução da criminalidade .já que haveria contração da preposição " de " com o artigo " a " .
  • Essa questão se trata da análise da colocação pronominal no final da frase: "...escolas que não o adotaram." Nesse caso, o advérbio de negação "não" está atraindo o pronome oblíquo átono " o ". Questão Correta!

  • e quanto a vírgula em: "o índice de redução de criminalidade para as escolas que implantaram o Escola Aberta desde o ano 2000 foi de 60% em relação às escolas que não o adotaram." ????

  • na minha opinião, falta a vírgula isolando o adjunto adverbial de tempo: "desde o ano de 2000".

  •  "que não o adotaram">>>>> Caso de atração da próclise.

    GABARITO CORRETO.

  • o texto fica confuso porque nao EXPECIFICA o ISOLADAMENTE nome do programa

  • Bate um medo de clicar em CERTO. Mas é isso mesmo: questão correta.

  • Errei a questão por que também senti falta da virgula! Se alguém souber a correção me explique fazendo favor.

  • E essa crase, não afeta o paralelismo ?

  • Senti falta das aspas em o "Escola Aberta" e marquei errado. :/


ID
118750
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A arte de não fazer nada

Dizem-me que mais da metade da humanidade se
dedica à prática dessa arte; mas eu, que apenas recente e
provisoriamente a estou experimentando, discordo um pouco
dessa afirmativa. Não existe tal quantidade de gente
completamente inativa: o que acontece é estar essa gente
interessada em atividades exclusivamente pessoais, sem
consequências úteis para o resto do mundo.

Aqui me encontro num excelente posto de observação: o
lago, em frente à janela, está sendo percorrido pelos botes
vermelhos em que mesmo a pessoa que vai remando parece
não estar fazendo nada. Mas o que verdadeiramente está
acontecendo, nós, espectadores, não sabemos: cada um pode
estar vivendo o seu drama ou o seu romance, o que já é fazer
alguma coisa, embora tais vivências em nada nos afetem.

E não posso dizer que não estejam fazendo nada
aqueles que passam a cavalo, subindo e descendo ladeiras,
atentos ao trote ou ao galope do animal.

Há homens longamente parados a olhar os patos na
água. Esses, dir-se-ia que não fazem mesmo absolutamente
nada: chapeuzinho de palha, cigarro na boca, ali se deixam
ficar, como sem passado nem futuro, unicamente reduzidos
àquela contemplação. Mas quem sabe a lição que estão
recebendo dos patos, desse viver anfíbio, desse destino de
navegar com remos próprios, dessa obediência de seguirem
todos juntos, enfileirados, para a noite que conhecem, no
pequeno bosque arredondado? Pode ser um grande trabalho
interior, o desses homens simples, aparentemente desocupados,
à beira de um lago tranquilo. De muitas experiências
contemplativas se constrói a sabedoria, como a poesia. E não
sabemos ? nem eles mesmos sabem ? se este homem não vai
aplicar um dia o que neste momento aprende, calado e quieto,
como se não estivesse fazendo nada, absolutamente nada.

(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende)

Considerando elementos construtivos desse texto, é correto afirmar que a autora se vale das expressões

Alternativas
Comentários
  • Galera, vamos solicitar o comentário destas questões ao QC!

  • GABARITO: B

    A) A argumentação em curso tem caráter subjetivo e apresenta o ponto de vista da autora. Não busca estabelecer uma verdade absoluta, taxativa.

    B) "Nós, espectadores, não sabemos" - a autora continua falando de sua perspectiva pessoal, mas inclui também o leitor, dando maior abrangência à sua fala. CORRETA

    • [eu, autora] + [vocês, leitores] = NÓS

    C) A autora busca demonstrar justamente o oposto, ou seja, mostrar que, embora os homens estejam aparentemente inertes, pode estar havendo intensa atividade psíquica na situação descrita. É o que se extrai da continuação do texto: "Pode ser um grande trabalho interior, o desses homens simples, aparentemente desocupados, à beira de um lago tranquilo".

    D) "a lição que estão recebendo dos patos" = os homens estão recebendo. / navegar com remos próprios = os patos estão navegando.

    E) "De muitas experiências contemplativas se constrói a sabedoria, como a poesia" = não há contradição, e sim convergência entre os termos. A poesia é construída de muitas experiências contemplativas.


ID
119068
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              O cosmopolita desenraizado

      Quando Edward Said morreu, em setembro de 2003, após batalhar por uma década contra a leucemia, era provavelmente o intelectual mais conhecido do mundo. Orientalismo, seu controvertido relato da apropriação do Oriente pela literatura e pelo pensamento europeu moderno, gerou uma subdisciplina acadêmica por conta própria: um quarto de século após sua publicação, a obra continua a provocar irritação, veneração e imitação. Mesmo que seu autor não tivesse feito mais nada, restringindo-se a lecionar na Universidade Columbia, em Nova York - onde trabalhou de 1963 até sua morte ?, ele ainda teria sido um dos acadêmicos mais influentes do final do século XX.


      Mas ele não viveu confinado. Desde 1967, cada vez com mais paixão e ímpeto, Edward Said tornou-se também um comentarista eloquente e onipresente da crise do Oriente Médio e defensor da causa dos palestinos. O engajamento moral e político não chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said - sua crítica à incapacidade do Ocidente em entender a humilhação palestina ecoa, afinal, em seus estudos sobre o conhecimento e ficção do século XIX, presentes em Orientalismo e em obras subsequentes. Mas isso transformou o professor de literatura comparada da Universidade de Columbia num intelectual notório, adorado ou execrado com igual intensidade por milhões de leitores.

      Foi um destino irônico para um homem que não se encaixava em quase nenhum dos modelos que admiradores e inimigos lhe atribuíam. Edward Said passou a vida inteira tangenciando as várias causas com as quais foi associado. O "porta-voz" involuntário da maioria dos árabes muçulmanos da Palestina era cristão anglicano, nascido em 1935, filho de um batista de Nazaré. O crítico intransigente da condescendência imperial foi educado em algumas das últimas escolas coloniais que treinavam a elite nativa nos impérios europeus; por muitos anos falou com mais facilidade inglês e francês do que árabe, sendo um exemplo destacado da educação ocidental com a qual jamais se identificaria totalmente.

      Edward Said foi o herói idolatrado por uma geração de relativistas culturais em universidades de Berkeley a Mumbai, para quem o "orientalismo" estava por trás de tudo, desde a construção de carreiras no obscurantismo "pós-colonial" até denúncias de "cultura ocidental" no currículo acadêmico. Mas o próprio Said não tinha tempo para essas bobagens. A noção de que tudo não passava de efeito linguístico lhe parecia superficial e "fácil". Os direitos humanos, como observou em mais de uma ocasião, "não são entidades culturais ou gramaticais e, quando violados, tornam-se tão reais quanto qualquer coisa que possamos encontrar".

            (Adaptado de Tony Judt. "O cosmopolita desenraizado". Piauí, n. 41, fevereiro/2010, p. 40-43)

A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes no segmento, está INCORRETA em:

Alternativas
Comentários
  • b) a constituir um deslocamento = a lhe constituir. (INCORRETA) a constituir um deslocamento = a CONSTITUÍ-LO.
  • Item b: INCORRETOnão tem preposição indicando um O.I., portanto o pronome correspondente não pode ser o lhe e sim "lo"
  • Atenção!!!
    b) a constituir um deslocamento = a lhe constituir
    o certo e contitui-lo.
    Verbo terminado em R, S e Z equivale a la, las, lo e los.
    lembre-se que "lhe" e um pronome possessivo e nesta caso pode ser equivalente (seus) 
    A Incorreta e a B.

  • Alguém poderia me explicar o porque a letra C está CORRETA. Pois o pronome pessoal do caso reto não pode ser utilizado como complemento, somente como Sujeito.
  • Letra: B 
    b) constituí-lo

  • Para conhecimento.

    Quando temos VI seguido de SUJEITO, a troca deve ser feita por um pronome reto.

    Ex: Batalhar(VI) contra a leucemia(suj.) = Batalhar contra ELA.


ID
120013
Banca
FCC
Órgão
SERGAS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O pequeno engenheiro

Ou muito me engano, ou era esse mesmo o nome de um brinquedo do meu tempo de criança. Terá conseguido sobreviver à onda das engenhocas eletrônicas de hoje? Lembrome bem dele: uma caixa de madeira, bonita, com tampa de encaixe corrediça; dentro, um grande número de pecinhas também de madeira, coloridas, de diferentes formas e dimensões. Em algumas delas estavam desenhados um relógio, uma janela, tijolinhos... O conjunto possibilitava (e mesmo inspirava) diversos tipos de edificação: castelos, torres, pontes, edifícios, estações etc.
Não se tratava exatamente de uma prova de habilidade motora: não era grande a dificuldade de erguer um pequeno muro ou de dar sustentação a uma torre. Tratava-se, antes, de usar a imaginação, construir e preencher espaços, compor cenários, como quem arma a ambientação de um palco onde se desenvolverá uma história. Havia, implícita, a par da necessidade de tudo ter que parar em pé, a preocupação estética: insistir no critério da simetria ou permitir variações de padrão? Fantasiar formas ou ater-se à imitação das já bastante conhecidas? Não exagero ao dizer que tudo isso fazia de cada um de nós, para além de um pequeno engenheiro, um pequeno arquiteto, um escultor mirim, um precoce cenógrafo, um artista plástico pesquisando linguagem...
De qualquer modo, esse brinquedo não me levou, na idade adulta, à engenharia, nem ao ramo de construções, nem me fez artista plástico. Ficou na memória, perdido entre outros brinquedos que dispensavam baterias, tomadas elétricas, manuais de instrução e termo de garantia. Sem dúvida havia algum encanto no trenzinho elétrico, que corria obediente pelos trilhos. A meninada ficava olhando, olhando, a princípio interessada, mas logo alguém perguntava: ? Vamos brincar? Ser espectador era pouco: o corpo precisava entrar no jogo. Nem que fosse para habitar, imaginariamente, a torre de um castelo colorido, erguido há pouco com as mãos de um pequeno engenheiro que se entretinha facilmente com suas peças de madeira.


(Oduvaldo Monteiro, inédito)

Inesquecível aquela caixa colorida. Nós abríamos a caixa, esvaziávamos a caixa, espalhávamos as pecinhas, e depois passávamos a empilhar as pecinhas em formas diversas.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • Esse tipo de questão é recorrente nas provas de Português do FCC.Sabendo-se que os pronomes pessoais oblíquos átonos lhe e lhes complementam verbos transitivos indiretos e funcionam como objeto indireto; e que os três verbos da questão são transitivos diretos, podemos eliminar sem medo de errar, as alternativas a, c, d, e, pois em todas aparecem, ou o pronome lhe ou o pronome lhes.Questão fácil - sobra apenas a alternativa b.
  • Outro detalhe, para completar o comentário abaixo, é que nesse caso ocorreu a exceção no posicionamento do pronome que ficou antes dos dois primeiros verbos devido o pronome pessoal funcionar como partícula atrativa.
  • Gente,
    Pra mim essa questão não tem gabarito correto, pois depois da vírgula não se poderia utilizar a próclise... Não é a norma culta!

  • A alternativa B não pode ser a resposta, pois há um desrespeito à colocação pronominal após à vírgula em "Nós abríamos a caixa, a esvaziávamos..." Não caberia próclise imediatamente após a vírgula. Teria que ser ênclise.
  • PRÓCLISE

    Usamos a próclise nos seguintes casos:

    (1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.

    - Nada me perturba.
    - Ninguém se mexeu.
    - De modo algum me afastarei daqui.
    - Ela nem se importou com meus problemas.

    (2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que.

    - Quando se trata de comida, ele é um “expert”.
    - É necessário que a deixe na escola.
    - Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.

    (3) Advérbios

    - Aqui se tem paz.
    - Sempre me dediquei aos estudos.
    - Talvez o veja na escola.

    OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome.

    - Aqui, trabalha-se.

    (4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.

    - Alguém me ligou? (indefinido)
    - A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
    - Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)

    (5) Em frases interrogativas.

    - Quanto me cobrará pela tradução?

    (6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

    - Deus o abençoe!
    - Macacos me mordam!
    - Deus te abençoe, meu filho!

    (7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.

    - Em se plantando tudo dá.
    - Em se tratando de beleza, ele é campeão.

    (8) Com formas verbais proparoxítonas

    - Nós o censurávamos.

  • ACERTEI, MAS DISCORDO DO GABARITO. NÃO TEM RESPOSTA CORRETA NESSA QUESTÃO.

    BEIJO DO MAGRO. BONS ESTUDOS

  • O pessoal esta comentando que não caberia próclise imediatamente após a vírgula, teria que ser ênclise, essa afirmação é CORRETA, mas tem um detalhe crucial na questão, após a virgula temos um sujeito oculto, ou seja, o nós (pronome) está implícito, nesse caso caberia a próclise.

    Exemplos:

    Após vírgula, usa-se ênclise. (CORRETO)

    Nós abríamos a caixa, NÓS esvaziávamos a caixa = Nós a abrimos, a esvaziávamos. (CORRETO)

    No mais,sabendo-se que os pronomes pessoais oblíquos átonos lhe e lhes complementam verbos transitivos indiretos e funcionam como objeto indireto; e que os três verbos da questão são transitivos diretos, podemos eliminar sem medo de errar, as alternativas a, c, d, e, pois em todas aparecem.

    Só um comentário produtivo, hoje mesmo, errei uma questão de verbo HAVER e suas substituições, no caso da questão apresentava um sujeito implícito, como foi o caso desta questão, devido a isso eu errei achando que o verbo poderia ser substituído por existiam, mas na verdade, teria que ser substituído por existe, por causa do sujeito, mas foi para ficar ligado!

    LETRA B

  • Muito obrigada, Luis Fernando! Não tinha observado a peculiaridade do sujeito oculto, tinha marcado a letra b por eliminação, mas estava até agora meio confusa com esse uso da próclise rs

    Obrigada pela ajuda!


ID
120649
Banca
FCC
Órgão
SERGAS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O pequeno engenheiro

Ou muito me engano, ou era esse mesmo o nome de
um brinquedo do meu tempo de criança. Terá conseguido sobreviver
à onda das engenhocas eletrônicas de hoje? Lembrome
bem dele: uma caixa de madeira, bonita, com tampa de encaixe
corrediça; dentro, um grande número de pecinhas também
de madeira, coloridas, de diferentes formas e dimensões.
Em algumas delas estavam desenhados um relógio, uma janela,
tijolinhos... O conjunto possibilitava (e mesmo inspirava)
diversos tipos de edificação: castelos, torres, pontes, edifícios,
estações etc.

Não se tratava exatamente de uma prova de habilidade
motora: não era grande a dificuldade de erguer um pequeno
muro ou de dar sustentação a uma torre. Tratava-se,
antes, de usar a imaginação, construir e preencher espaços,
compor cenários, como quem arma a ambientação de um palco
onde se desenvolverá uma história. Havia, implícita, a par da
necessidade de tudo ter que parar em pé, a preocupação
estética: insistir no critério da simetria ou permitir variações de
padrão? Fantasiar formas ou ater-se à imitação das já bastante
conhecidas? Não exagero ao dizer que tudo isso fazia de cada
um de nós, para além de um pequeno engenheiro, um pequeno
arquiteto, um escultor mirim, um precoce cenógrafo, um artista
plástico pesquisando linguagem...

De qualquer modo, esse brinquedo não me levou, na
idade adulta, à engenharia, nem ao ramo de construções, nem
me fez artista plástico. Ficou na memória, perdido entre outros
brinquedos que dispensavam baterias, tomadas elétricas, manuais
de instrução e termo de garantia. Sem dúvida havia algum
encanto no trenzinho elétrico, que corria obediente pelos trilhos.
A meninada ficava olhando, olhando, a princípio interessada,
mas logo alguém perguntava: ? Vamos brincar? Ser espectador
era pouco: o corpo precisava entrar no jogo. Nem que fosse
para habitar, imaginariamente, a torre de um castelo colorido,
erguido há pouco com as mãos de um pequeno engenheiro que
se entretinha facilmente com suas peças de madeira.

(Oduvaldo Monteiro, inédito)

Inesquecível aquela caixa colorida. Nós abríamos a caixa, esvaziávamos a caixa, espalhávamos as pecinhas, e depois passávamos a empilhar as pecinhas em formas diversas.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por

Alternativas
Comentários
  • Os pronomes o, a, os, as - lo, la, los, las - no, na, nos nas --> substituem termos sem preposição. Conforme a questão: Nós abrímos a (artigo definido) caixa, esvaziávamos a (artigo definido) caixa (...) empilhar as (artigo definido) as pecinhas.Os pronomes lhe, lhes, a ele (s), a ela (s) --> substituem termos com preposição.EX: Assiste ao governo resolver esses casos: Assiste-lhe ou (a ele) resolvê-los.Agora o Pulo do Gato (esse termo geralmente é usado nas receitas culinárias para ensinar um segredinho, srssr).Os verbos assistir (=ver), aspirar (=desejar) e visar (=desejar), não admitem as formas lhe/lhes. Nesse caso, use a ele (s), a ela (s).
  • É só pegar aquela música de Pitty:

    "Eu vou equalizar você..."

    Se você conseguir subtituir o verbo equalizar (que é transitivo direto) pelo o que você quer, diretamente, então o verto também é transitivo direto:

    Eu vou abrir você...

    Eu vou esvaziar você ...

    Eu vou empinhar você...

    Então todos são transitivos diretos.

    Agora, os verbos transitivos diretos aceitam os pronomes: o, a, os, as e suas variações: no, na, nos, nos, lo, la, los, las. Essas variações dependem da terminação do verbo.

    01) Se o verbo for terminado em M, ÃO ou ÕE, os pronomes o, a, os, as se transformarão em no, na, nos, nas.

    02) Se o verbo terminar em R, S ou Z, essas terminações serão retiradas, e os pronomes o, a, os, as mudarão para lo, la, los, las.

    LHE é usado para verbos transitivos indiretos:

    Eu vou precisar você => Eu vou precisar de você

    http://www.algosobre.com.br/portugues/pronomes-pessoais.html
  • Embora por eliminação se chegue à assertiva B, ouso discordar do gabarito. Acredito tratar-se de questão passível de anulação. Segundo a Letra B, a resposta seria:

    "Inesquecível aquela caixa colorida. Nós a abríamos, a esvaziavamos, ..."

    A segunda substituição fere as normas gramaticais, porque não poderia ter sido utilizado esse pronome após a pausa. À título de exemplificação, não se pode dizer: "Me vi irritado", o correto é "Eu me vi irritado". Esse tipo de pronome não pode dar início a frases, nem ser utilizado após pausa.

    É isso. Bom estudo a todos!
  • b-

    abrir é verbo transitivo direto. A substituição para evitar repeti~çao exige pronome obliquo átono. Para objeti direto, usam-se -o,-a,-os,-as. mesma coisa com esvaziar e empilhar


ID
127024
Banca
FCC
Órgão
AL-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Espaço e tempo modernos

Nota-se nos romances mais representativos do século XX uma modificação análoga à que sucedeu com a pintura moderna, modificação que parece ser essencial à estrutura do modernismo. À eliminação do espaço ou da ilusão do espaço, na pintura, parece corresponder, no romance, a da sucessão temporal. A cronologia e a continuidade temporal foram abaladas, "os relógios foram destruídos". O romance moderno nasceu no momento em que Proust, Joyce e Gide começam a desfazer a ordem cronológica, fundindo passado, presente e futuro, fazendo prevalecer o princípio da simultaneidade sobre o da sucessão temporal.
A visão de uma realidade mais profunda, mais real que a do senso comum, é assim incorporada à forma total da obra de arte. O homem já não vive "no tempo", ele passa a "ser tempo", ou seja, a carregar dentro de si a dimensão de um tempo que não apenas flui, mas que problematiza a si mesmo.


(Adaptado de Anatol Rosenfeld. Texto/contexto)

O senso comum vê o tempo apenas como um constante fluir, não distingue o tempo como um fenômeno complexo, nem considera o tempo como uma realidade interior; muitos chegam mesmo a confundir o tempo com os ponteiros de um relógio.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • Em todas as expressões grifadas, os verbos (dintinguir, considerar e confundir) são transitivos diretos, portanto, o complemento deve ser um objeto direto, nesse caso, "o tempo", então o pronome adequado é o "o" nos dois primeiros casos e o "lo" no último.
    Nos verbos "distingue" e "considera", há a presença de uma partícula de negação anteposta a eles, ou seja, são casos de próclise e por isso tais partículas atraem o pronome para antes do verbo.

    Bons estudos.
  • PALAVRAS NEGATIVAS ATRAM OS PRONOMES...

  • Comentário objetivo:

    O senso comum vê o tempo apenas como um constante fluir, não distingue o tempo como um fenômeno complexo, nem considera o tempo como uma realidade interior; muitos chegam mesmo a confundir o tempo com os ponteiros de um relógio.

    Em todas as construções, pos verbos destacados (distinguir, considerar e confundir) são VTD, portanto exigem objeto direto. Na forma pronominal, esse objeto é representado pelo "o" e suas alterações gráficas (lo(s), la(s), no(s), na(s)).

    Na primeira e na segunda construção, temos uma palavra invariável, "não" e "nem" respectivamente, que são atrativas do pronome oblíquo, formando uma próclise. Assim, o correto para ambas as construções é o distingue e o considera.

    Na terceira construção, o verbo no infinitivo aceita tanto a construção pronominal proclítica (antes do verbo) quanto a enclítica (após o verbo). É facultativo. No entanto, como já dito anteriormente, o verbo "confundir" é VTD, exigindo o objeto direto representado pela forma promonominal "o". Assim, o correto é confundi-lo.


ID
128323
Banca
FCC
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Biblioteca e universidade

Nas universidades brasileiras, mesmo de bom nível, as
bibliotecas ainda não receberam a atenção devida. A biblioteca
deveria ser equivalente ao laboratório como centro da universidade,
formando ambos sua dupla fonte de energia. De fato,
preferimos muitas vezes gastar mais com os prédios do que
com os livros. E preferimos também fazer uma política de
pessoal sem cuidar de uma política paralela de equipamento.

Não podemos, é claro, seguir o exemplo de certos países
do primeiro mundo, nos quais geralmente uma instituição de
ensino superior só começa a funcionar depois de plenamente
equipada. O nosso ritmo é diverso, as nossas possibilidades
são outras, e há que deixar margem à capacidade brasileira de
improvisar, que tem os seus lados positivos. Mas podemos e
devemos estabelecer na estratégia universitária uma proporção
mais justa entre a política de instalação, a política de pessoal e
a política de equipamento.

Quanto à biblioteca, os dois aspectos básicos são a
constituição de acervo adequado e a presença de pessoal
competente. É constrangedor ver as nossas instituições de
ensino superior começarem o trabalho sem os livros necessários;
e, quando estes são conseguidos, vê-las sem meios de
aproveitá-los corretamente, ampliar o acervo e manter um ritmo
normal de atualização. Igualmente penoso é ver a desqualificação
relativa da função de bibliotecário, que apesar das melhorias
ainda não teve o reconhecimento, a formação e a remuneração
que merece. Nas nossas bibliotecas não é frequente a
figura do bibliotecário-bibliógrafo, isto é, aquele capaz de dominar
textualmente a bibliografia de um dado setor e trabalhar
sobre ele com um tipo de competência equivalente à dos
professores, podendo inclusive publicar a respeito trabalhos de
especialista. Neste sentido, é preciso repensar a relação entre
docentes e bibliotecários, dando a estes um relevo que poucas
vezes lhes é atribuído.

(Antonio Candido, Recortes)

A forma destacada entre parênteses pode substituir corretamente o elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) A importância de um laboratório é grande, e a de uma biblioteca deve ser equivalente à de um laboratório. (deve ser-lhe equivalente)

    b) Não podemos, por ora, seguir o exemplo de países avançados, já que nos faltam os meios de que dispõem esses países. (dos quais eles dispõem)

    c) É bom reconhecer que os brasileiros têm capacidade de improvisar, mas não se tome essa capacidade como uma panacéia. (não se lha tome)

    d) É pena que não se atribua aos bibliotecários a importância que a esses profissionais merece ser creditada. (merecem seja-lhes creditada)

    e) Um bibliotecário-bibliógrafo assume funções pelas quais se atribuem a esse profissional respon- sabilidades de um professor. (se lhe atribuem) OK


ID
128977
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A teoria unificada

Os físicos vivem atrás de uma teoria unificada do
Universo que explique tudo. Todo o mundo persegue a tal teoria
unificada, ou unificadora, por trás de tudo. Só varia o tudo de
cada um. As religiões têm suas teorias unificadas: são suas
teologias. Diante de um religioso convicto você está diante de
alguém invejável, alguém que tem certeza, que chegou na
frente da ciência e encerrou a sua busca. A ciência e as
grandes religiões monoteístas começaram da mesma
diversidade - os deuses semi-humanos e convivas da
Antiguidade, as deduções empíricas da ciência primitiva - e
avançaram, com a mesma avidez, do complicado para o
simples, do diverso para o único. Só que o monodeus da ciência
ainda não mostrou a sua cara.
A teoria unificadora não requer esforço, é justamente um
pretexto para não pensar. (...) No fundo, o que nos atrai não é a
explicação unificadora. Pode ser a teoria mais fantástica, não
importa. O que nos atrai é a simplicidade. O melhor de tudo é a
desobrigação de pensar.

(Luis Fernando Veríssimo, O mundo é bárbaro. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2008, pp. 59-60)

A teoria unificada é uma velha obsessão humana, buscam a teoria unificada tanto os físicos como os teólogos, todos veem a teoria unificada como a meta final do conhecimento, todos atribuem à teoria unificada a virtude de uma totalização definitiva.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo- se os segmentos sublinhados por, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Buscam-na
    VTD, como o verbo termina em "M", deve-se acrescentar o "N".

    a veem
    VTD, logo usarenos o "A", nesse caso estamos diante de uma próclise, pois o pronome indefinido "TODOS" é uma palavra atrativa, um fator proclítico.

    lhe atribuem
    VTI, logo usaremos o "LHE", o pronome vem antes do verbo pelo mesmo motivo acima. 


ID
130186
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A teoria unificada

Os físicos vivem atrás de uma teoria unificada do
Universo que explique tudo. Todo o mundo persegue a tal teoria
unificada, ou unificadora, por trás de tudo. Só varia o tudo de
cada um. As religiões têm suas teorias unificadas: são suas
teologias. Diante de um religioso convicto você está diante de
alguém invejável, alguém que tem certeza, que chegou na
frente da ciência e encerrou a sua busca. A ciência e as
grandes religiões monoteístas começaram da mesma
diversidade - os deuses semi-humanos e convivas da
Antiguidade, as deduções empíricas da ciência primitiva - e
avançaram, com a mesma avidez, do complicado para o
simples, do diverso para o único. Só que o monodeus da ciência
ainda não mostrou a sua cara.
A teoria unificadora não requer esforço, é justamente um
pretexto para não pensar. (...) No fundo, o que nos atrai não é a
explicação unificadora. Pode ser a teoria mais fantástica, não
importa. O que nos atrai é a simplicidade. O melhor de tudo é a
desobrigação de pensar.

(Luis Fernando Veríssimo, O mundo é bárbaro. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2008, pp. 59-60)

A teoria unificada é uma velha obsessão humana, buscam a teoria unificada tanto os físicos como os teólogos, todos veem a teoria unificada como a meta final do conhecimento, todos atribuem à teoria unificada a virtude de uma totalização definitiva.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo- se os segmentos sublinhados por, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Buscam-na
    VTD, como o verbo termina em "M", deve-se acrescentar o "N".

    a veem
    VTD, logo usarenos o "A", nesse caso estamos diante de uma próclise, pois o pronome indefinido "TODOS" é uma palavra atrativa, um fator proclítico.

    lhe atribuem
    VTI, logo usaremos o "LHE", o pronome vem antes do verbo pelo mesmo motivo acima.

  • Percebe-se que é um Verbo Transitivo Indireto claramente em atribuem à teoria unificada

    Note a crase: à = a + a (preposição + artigo)

    Então aceita o pronome lhe (a ele)

    ...

    Como a gata já disse abaixo, quando o verbo termina com M, ÃO, ÕE, então (a, o, as, os) vira (na, no, nas, nos)

    Também, quando o verbo termina em S, R ou  Z,  então (a, o, as, os) vira (la, lo, las, los)

ID
130498
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Que o desenho é uma das mais antigas formas de
expressão do homem, não é novidade para ninguém. Os
primeiros rabiscos nas paredes das cavernas devem ter feito o
maior sucesso. De lá, para enquadrá-los, botar falas nos balões,
imprimir e distribuí-los nas bancas de jornal, levou tempo -
alguns milênios, certamente. Mas é evidente o poder de atração
que essa conjunção de traços, cores e diálogos exerce sobre
nós, a despeito da idade do apreciador.
A produção em série de histórias em quadrinhos só se
tornou viável no século XIX. Conhecidas inicialmente como "literatura
em estampas" ou "romances caricaturados", surgem como
suplementos humorísticos de jornal. E catapultam as vendas.
Há detratores, claro, e sempre houve. Já as acusaram
de se prestarem a funções ideológicas e políticas; de serem
alienantes; de possuírem intenções imperialistas. E não sem
razão. Ao longo da história, elas serviram para os mais variados
fins, assim como livros, filmes e obras de arte. Nelas pode caber
tudo de bom e de pior, como no mundo. Felizmente, temos
defensores. Para Carlos Patati, roteirista e autor do Almanaque
dos Quadrinhos
, elas apenas "retratam uma época específica
em que estão inseridas".
Mas como, afinal, definir uma história em quadrinhos?
Uma revista, uma tira, uma charge? Para outro especialista no
assunto, Álvaro de Moya, todos esses formatos são HQ: "É uma
narrativa que conta uma história a partir de elementos gráficos".
Moya defende que se trata de uma forma de arte de alcance
extraordinário.

(Adaptado de Paulo Ribeiro Gallucci e Guilherme Resende.
Brasil: Almanaque de cultura popular. Andreato comunicação
e cultura, janeiro 2008, p. 20)

A substituição do segmento grifado pelo pronome correspondente está INCORRETA em:

Alternativas
Comentários
  • 1. O pronome oblíquo "o" se transforma em "lo", quando o verbo termina em "r", "s" ou "z", com queda dessas letras.

    2. Quando o verbo termina em "m" ou ditongo nasal, o pronome passa a "no".

  • VB CONTAR (NARRAR) = VTD

    VB FAZER (PRODUZIR) = VTD

    VB TER (POSSUIR) = VTD

    VB RETRATAR (DESCREVER) = VTD

    VB DEFINIR (EXPLICAR) = VTD

  • aA primeira assertiva é a que se mostra incorreta.
  • Fiquei na dúvida...o verbo CONTAR (narrar) não seria VTDI?...quem narra uma história, narra para alguém?
  • comentário da resposta errada:

    a) que conta uma história = que lhe conta. 

    O pronome “lhe” é usado para substituir o complemento de um verbo transitivo indireto, ou seja, que exige uma preposição. 

    O verbo
    contar é transitivo direto, logo o pronome "lhe" não caberia nesta oração.

    Observe os exemplos abaixo:


    Quero lhe abraçar.FRASE ERRADA, a frase CERTA seria: Quero o abraçar. O verbo
    QUERER é transitivo direto.

    Não lhe conheço
    . FRASE ERRADA, a frase CERTA seria: Não o conheço. O verbo CONHECER é transitivo direto.

    OBS: O “lhe” refere-se a pessoas e pode ser usado tanto no gênero feminino, quanto no masculino.
  • Só use LHE para designar OBJETO INDIRETO.

    quem CONTA, conta ALGO ( OD).

    CERTO: que conta uma história  QUE A CONTA.

     

    GABARITO ''A''


ID
134212
Banca
FCC
Órgão
PGE-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cronistas

Profissão das mais invejáveis, a de cronista. Regularmente,
deve escrever e enviar um pequeno texto para um jornal,
tratando de qualquer coisa com alguma graça, ou com
melancolia, ou com desbragado humor, ou mesmo com solene
poesia. Se não lhe ocorre qualquer assunto, sempre pode discorrer
sobre a falta de assunto. E se uma grande ideia de repente
o assalta, ótimo, ela bem poderá render uma sequência
de três ou quatro crônicas. A imaginação entra em greve? Puxa
uma revista ou jornal e faz uma disfarçada paráfrase da matéria
que um repórter levou tempo para apurar. Ou que tal vingar-se
da amada que o abandonou, colocando-a como protagonista de
uma cena tão imaginária como ridícula?
Não se ganha muito dinheiro, em geral, mas sempre dá
para pagar as pequenas dignidades. E há também quem alimente
a esperança de que o exercício da crônica leve ao do conto,
e este ao romance, de tal forma que, de repente, passe a ser reconhecido
como um escritor de verdade. Esta é a ambição de
um cronista não-convicto: começar a ser considerado um
Escritor.
Mas essa condição de Escritor, vista sob outra
perspectiva, pode não ser tão invejável como a de um cronista:
aquele tem que tratar, em centenas de páginas, dos grandes
dramas humanos, das aflições intensas de um ou mais indivíduos,
das paixões profundas, dos amplos painéis sociais etc.
E aí ele não consegue mais ver sentido em escrever trinta
linhas sobre, por exemplo, o prazer que é abrir numa manhã a
janela e ver passar na calçada a beleza distraída de uma moça
apressada, que vira a esquina e desaparece para sempre.
Talvez para não perder a oportunidade de registrar o encanto
do efêmero, talvez por preguiça, há cronistas, como Rubem
Braga, que jamais deixam de ser tão-somente cronistas. "Tãosomente",
aliás, não se aplica, em absoluto, a esse admirável
Escritor de crônicas. Quem as conhece não recusará ao velho
Braga esse E maiúsculo, que o identifica como um dos maiores
autores da nossa literatura.

(Eleutério Damásio, cronista inédito)

Crônicas? Muita gente está habituada a ler crônicas, mas nem todos concedem às crônicas um valor equivalente ao de outros gêneros; alegam faltar às crônicas a altitude de um romance, e deixam de reconhecer as crônicas como vias de acesso imediato à poesia do dia-a-dia.

Alternativas
Comentários
  • letra correta: B
     
    a) ler crônicas – Objeto direto, lê-las
    b) concedem às crônicas - Objeto indireto, lhes concedem
    c)faltar às crônicas - Objeto indireto, faltar-lhes
    d) reconhecer as crônicas - Objeto direto, reconhecê- las
  • Tenho uma dúvida, sempre aprendi que o pronome "lhe" só poderia ser utilizado para referir-se a pessoas, e não a coisas.

    Alguém concorda com essa informação?
  • O pronome lhe é utilizado paar substituir pessoa mesmo. Mas é sabido que as bancas ESAF e FCC consideram o uso desse pronome para atribuir tanto pessoa como coisa.

  • Roggia, a Cristiane explicou muito bem a questão.

    Vc vai usar "lhe" de acordo com a transitividade do verbo. Toda vez que for VTI (verbo transitivo indireto) usa-se o "lhe" (objeto indireto).

    É melhor ir pela regra do que ver se é pessoa ou coisa...

  • Para não errar mais:

     

    pronome "o" e equivalentes (os, as, a): exerce função sintática apenas de objeto direto;

    pronomes "lhe" e "lhes": exerce função sintática objeto indireto e outros, mas nunca de objeto direto;

     

    Logo, temos que:

     

    "Muita gente está habituada a ler crônicas ... " (ler é VTD, logo, seu complemento deve ser um objeto direto)

     

    " ... mas nem todos concedem às crônicas .... " (conceder é VTDI, logo, seu complemento deve ser um objeto direto "um valor equivalente" e outro indireto)

     

    " ... alegam faltar às crônicas a altitude ... " (faltar é VTDI, logo, seu complemento deve ser um objeto direto "a altitude" e outro indireto)

     

    " ... deixam de reconhecer as crônicas como vias ... " (reconhecer é VTD, logo, seu complemento deve ser um objeto direto)

     

    No mais, a questão de colocação pronominal vai da existência ou não de palavras atrativas que justifiquem a próclise. Apenas no 2º caso temos um termo atrativo, qual seja, "nem" que torna a próclise obrigatória. Nos demais casos, a ênclise é obrigatória.

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: B


ID
137599
Banca
FCC
Órgão
MPE-AP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Velhos e modernos

Pode-se assistir a mais de um comercial na TV em que
se explora a imagem de "velhinhas modernas", ou seja, senhoras
idosas que falam gíria de surfista, dominam a linguagem dos
computadores ou denunciam com malícia juvenil a atitude
conservadora de algum jovem. Tais velhinhas em geral surgem
vestidas à antiga - o que ressalta ainda mais a inesperada
demonstração de "modernidade" de que são capazes.
Certo, não há mesmo por que identificar a velhice com
estagnação da vida, asilo e melancolia. Mas por que identificála
com o seu contrário? Isso equivale a sair de um estereótipo
para cair em outro: em vez de se passar a imagem de uma
pessoa acomodada e incapaz, resignada numa cadeira de
balanço ou num sofá, busca-se a imagem padrão do adolescente
para "salvar" a velhice de seus limites naturais. Parece
que a dificuldade está em aceitar as qualidades que são
efetivamente próprias de uma pessoa já bastante vivida: experiência,
sabedoria, maturação, generosidade, capacidade de
compreensão. Tais atributos parecem estar em baixa na
cotação do mercado publicitário: jovens vendem, e velhos
podem vender se forem tão ou mais "modernos" do que os
jovens. O resultado, como não poderia deixar de ser, é uma
caricatura: a vovó fala palavrões que escandalizam a adolescente,
a vovó é mais maliciosa que a neta. Em suma: o melhor
de viver bastante é poder chegar à velhice exatamente como
aquele que está começando a viver...

Antes de se classificar tais comerciais como tolos,
melhor será pensar na razão mesma de existirem. Não foram
criados a partir do nada: correspondem a uma supervalorização
da juventude, que é um fenômeno do nosso tempo. Desde que
se descobriu que as crianças e os adolescentes constituem uma
fatia considerável do consumo, investe-se muito na conquista
desse público - o que significa potenciar os valores que nele se
representam. Já os aposentados não terão tão grande atrativo.
Como se vê, a cultura moderna incorpora cada vez mais
drasticamente as qualidades que ao mercado interessa ressaltar.
A velhice passa a não ter rosto: colocaram-lhe a máscara
risonha de um jovem deslumbrado.

(Horácio Valongo dos Reis, inédito)

O respeito pelos velhos não depende de que valorizemos os velhos por qualidades que não sejam aquelas que de fato dizem respeito aos velhos.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  •  
    correta: letra "a"

    respeito pelos velhos não depende de que valorizemos os velhos por qualidades
                                                                            VTD         OD        

    que não sejam aquelas que de fato dizem respeito aos velhos.   
                                                             VTDI     OD         OI        
  • que os valorizemos - palavra atrativa, faz próclise.

    que de fato lhes dizem respeito - locução adverbial de afirmação, também atrai o pronome, faz próclise.


ID
138397
Banca
FCC
Órgão
PGE-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cronistas

Profissão das mais invejáveis, a de cronista. Regularmente,
deve escrever e enviar um pequeno texto para um jornal,
tratando de qualquer coisa com alguma graça, ou com
melancolia, ou com desbragado humor, ou mesmo com solene
poesia. Se não lhe ocorre qualquer assunto, sempre pode discorrer
sobre a falta de assunto. E se uma grande ideia de repente
o assalta, ótimo, ela bem poderá render uma sequência
de três ou quatro crônicas. A imaginação entra em greve? Puxa
uma revista ou jornal e faz uma disfarçada paráfrase da matéria
que um repórter levou tempo para apurar. Ou que tal vingar-se
da amada que o abandonou, colocando-a como protagonista de
uma cena tão imaginária como ridícula?
Não se ganha muito dinheiro, em geral, mas sempre dá
para pagar as pequenas dignidades. E há também quem alimente
a esperança de que o exercício da crônica leve ao do conto,
e este ao romance, de tal forma que, de repente, passe a ser reconhecido
como um escritor de verdade. Esta é a ambição de
um cronista não-convicto: começar a ser considerado um
Escritor.
Mas essa condição de Escritor, vista sob outra
perspectiva, pode não ser tão invejável como a de um cronista:
aquele tem que tratar, em centenas de páginas, dos grandes
dramas humanos, das aflições intensas de um ou mais indivíduos,
das paixões profundas, dos amplos painéis sociais etc.
E aí ele não consegue mais ver sentido em escrever trinta
linhas sobre, por exemplo, o prazer que é abrir numa manhã a
janela e ver passar na calçada a beleza distraída de uma moça
apressada, que vira a esquina e desaparece para sempre.
Talvez para não perder a oportunidade de registrar o encanto
do efêmero, talvez por preguiça, há cronistas, como Rubem
Braga, que jamais deixam de ser tão-somente cronistas. "Tãosomente",
aliás, não se aplica, em absoluto, a esse admirável
Escritor de crônicas. Quem as conhece não recusará ao velho
Braga esse E maiúsculo, que o identifica como um dos maiores
autores da nossa literatura.

(Eleutério Damásio, cronista inédito)

Crônicas? Muita gente está habituada a ler crônicas, mas nem todos concedem às crônicas um valor equivalente ao de outros gêneros; alegam faltar às crônicas a altitude de um romance, e deixam de reconhecer as crônicas como vias de acesso imediato à poesia do dia-a-dia.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • Crônicas? Muita gente está habituada a ler crônicas, mas nem todos concedem às crônicas um valor equivalente ao de outros gêneros; alegam faltar às crônicas a altitude de um romance, e deixam de reconhecer as crônicas como vias de acesso imediato à poesia do dia-a-dia.LER crônicas - verbo transitivo direto - lê-las;CONCEDEM às crônicas - verbo transitivo indireto - lhes concedem;FALTAR às crônicas - verbo transitivo indireto - faltar-lhes;RECONHECER as crônicas - verbo transitivo direto - reconhecê-las.
  • Bom comentário, Gilvandro. Só para acrescentar...
    TODOS lhes concedem.....nesse caso houve a próclise, pois temos um fator proclítico que é o pronome indefinido.

ID
142780
Banca
FIP
Órgão
Câmara Municipal de São José dos Campos - SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que o emprego pronominal está incorreto:

Alternativas
Comentários
  • Clássica questões de vestibular e de concursos, sobre o emprego dos pronomes:

    segundo a forma culta os pronomes pessoais retos EU e TU, somente podem exercer a função de sujeito, não podendo vir preposicionados, desta forma, a questão d) esta incorreta: O correto seria :
    d) Não há problemas entre mim e ti.

    abraço
  • d-

    quando houver 2 objetos, remova 1 deles. torna-se mais facil de rever a oracao:

    a)só existe amor fraterno Entre mim. ok

    b)Ontem fomos até o estádio sem ti. ok

    c)Sem mim, o time não ganhará o campeonato. ok

    d)Não há problemas entre eu e ti. nao. entre eu e tu.

    e)O advogado proferiu acusações contra mim.. ok

  • entre mim e ti.


ID
148003
Banca
FCC
Órgão
TRT - 16ª REGIÃO (MA)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Caipiradas

A gente que vive na cidade procurou sempre adotar
modos de ser, pensar e agir que lhe pareciam os mais
civilizados, os que permitem ver logo que uma pessoa está
acostumada com o que é prescrito de maneira tirânica pelas
modas - moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos,
na comida, na dança, nos espetáculos, na gíria. A moda logo
passa; por isso, a gente da cidade deve e pode mudar, trocar de
objetos e costumes, estar em dia. Como consequência, se entra
em contato com um grupo ou uma pessoa que não mudaram
tanto assim; que usam roupa como a de dez anos atrás e
respondem a um cumprimento com certa fórmula desusada;
que não sabem qual é o cantor da moda nem o novo jeito de
namorar; quando entra em contato com gente assim, o citadino
diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto
meio ridícula.

Diz, ou dizia; porque hoje a mudança é tão rápida que o
termo está saindo das expressões de todo dia e serve mais
para designar certas sobrevivências teimosas ou alteradas do
passado: músicas caipiras, festas caipiras, danças caipiras, por
exemplo. Que, aliás, na maioria das vezes, conhecemos não
praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e
usa a realidade do seu mundo como um produto comercial
pitoresco.

Nem podia ser de outro modo, porque o mundo em geral
está mudando depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje,
creio que não se pode falar mais de criatividade cultural no
universo do caipira, porque ele quase acabou. O que há é impulso
adquirido, resto, repetição - ou paródia e imitação deformada,
mais ou menos parecida. Há, registre-se, iniciativas culturais
com o fito de fixar o que sobra de autêntico no mundo caipira. É
o caso do disco Caipira. Raízes e frutos, do selo Eldorado,
gravado em 1980, que será altamente apreciado por quantos se
interessem por essa cultura tão especial, e já quase extinta.

(Adaptado de Antonio Candido, Recortes)

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em:

Alternativas
Comentários
  • Erros:a) DE QUE (a gente da cidade se apropria DOS modos).b) QUE.c) correta (lhe substitui objeto indireto).d) CUJOS (não admite artigo posposto).e) acompanhá-LAS (substitui objeto direto).

  • A)INCORRETA - o emprego de “com que”, pois quem se apropria se apropria “de”. Corrigida, ficará “Os modos de ser de que se apropria a gente da cidade são os que lhes parecem mais civilizados.

    B)INCORRETA - Quem se encanta se encanta “com”, e “tomar como parâmetro” não exige preposição. A frase correta é “Enfraquecida, a cultura caipira com cujos valores tanta gente se encantou, cede lugar às modas citadinas, que quase todos tomam como parâmetro.

    C)CORRETA - os pronomes destacados, pois quem adota adota alguma coisa ou alguém, exigindo objeto direto, corretamente representado pelo “a”, e quem poupa poupa alguma coisa “a” alguém, exigindo “lhe”.

    D) INCORRETA - O pronome “cujos” está correto, mas não aceita artigo depois. E quem se compraz se compraz “com”, devendo ser corrigida para A moda, cujos valores são sempre efêmeros, define as maneiras de vestir e pensar com que se comprazem os citadinos.

    E)INCORRETA - aparece “onde” relativizando tempo, quando “onde” só pode ser empregado para lugar físico. E “acompanhar” é transitivo direto (quem acompanha acompanha alguém), devendo ser construído com “las”. A frase corrigida é “Vive-se num tempo em que (ou no qual) as mudanças são tão rápidas que fica difícil acompanhar-las em sua velocidade.

    Fonte: Professor Menegotto

  • E) ... as mudanças são tão rápidas que fica difícil acompanhá-las
  • a) Os modos de ser com que se apropria a gente da cidade são os que lhes parecem mais civilizados.

    Quem se apropria, se apropria DE.

    O LHES está certo porque poderia ser substituído por "a eles"

    O correto então seria:

    "Os modos de ser de que se apropria a gente da cidade são os que lhes parecem mais civilizados"

    --

    b) Enfraquecida, a cultura caipira cujos valores tanta gente se encantou, cede lugar às modas citadinas, de que quase todos tomam como parâmetro.

    Tanta gente se encantou COM os valores da cultura caipira.

    c) A moda sempre existiu, sempre haverá quem a adote, assim como sempre haverá quem não lhe poupe o aspecto de superficialidade.

    LHE é usado para verbos transitivos indiretos e poupe é um Verbo Transitivo Direito e Indireto.

    d) A moda, cujos os valores são sempre efêmeros, define as maneiras de vestir e pensar de que se comprazem os citadinos.

    CUJOS VALORES seria o correto.

    e) Vive-se num tempo onde as mudanças são tão rápidas que fica difícil acompanhar-lhes em sua velocidade.
    Acompanhas elas ( as mudanças), não A ELAS, então é o pronome LAS.
    Acompanha-las.
  • até bati palmas aqui em casa.

ID
148150
Banca
FCC
Órgão
TRT - 16ª REGIÃO (MA)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assegurar e expandir mercados, aumentar a
lucratividade e garantir a sobrevivência da organização, não
apenas no presente, mas em um futuro cercado de incertezas.
Todas essas palavras de ordem remetem a uma ideia central:
vantagem competitiva. As empresas são progressivamente
pressionadas por fatores como preço, qualidade, diversificação,
customização e assim por diante. Dentre os atributos
valorizados pelos consumidores, cada vez mais o desempenho
ambiental das organizações tende a influir sobre as decisões de
compra.

Diante dessa realidade, o tema sustentabilidade
ambiental passou a despertar o interesse de pesquisadores nas
áreas de gestão, estratégia e estudos organizacionais. Um
estudo realizado na Fundação Getúlio Vargas tomou como
referência a cadeia produtiva da indústria da saúde no Brasil. A
análise explorou, entre outros aspectos, como os fatores
confiança e cooperação podem ser decisivos para iniciativas
que visem avanços consistentes no desempenho ambiental do
setor. Avaliou-se, ainda, o papel das políticas ambientais para
os serviços de saúde e como estas poderiam melhor atender a
suas especificidades, favorecendo um desenvolvimento mais
sustentável.

Na indústria da saúde destacamos uma extensa e
diversificada cadeia de fornecedores que suprem produtos,
serviços, tecnologias, instalações, equipamentos e demais
recursos imprescindíveis à concretização das atividades de
diagnóstico, terapia e reabilitação que compõem a assistência
propriamente dita.

Um grande hospital consome regularmente cerca de 30
mil itens de uma grande variedade de fornecedores de
diferentes setores. Os estabelecimentos de saúde são sujeitos a
licenciamento ambiental e são caracterizados, segundo a
legislação, como geradores de resíduos, emissões e efluentes
perigosos, além de grandes consumidores de energia e água.
No entanto, torna-se difícil minimizar esses impactos sem o
comprometimento dos fornecedores no desenvolvimento de
tecnologias mais eficientes e processos menos poluentes. Fica
claro que não bastam restrições legais, são também
importantes os estímulos para que haja cooperação entre os
elementos da cadeia na adoção de medidas efetivas.

(Adaptado de Vital Ribeiro. Adiante, março de 2006, p. 61-62)

O segmento grifado abaixo que está substituído de modo INCORRETO pelo pronome correspondente é:

Alternativas
Comentários
  • Despertar é um VTD que pede O.D. e o "lhes" é um O.I. Por esse motivo que a substituição está incorreta. O certo seria despertá-lo.

ID
148294
Banca
FCC
Órgão
TRT - 16ª REGIÃO (MA)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assegurar e expandir mercados, aumentar a
lucratividade e garantir a sobrevivência da organização, não
apenas no presente, mas em um futuro cercado de incertezas.
Todas essas palavras de ordem remetem a uma ideia central:
vantagem competitiva. As empresas são progressivamente
pressionadas por fatores como preço, qualidade, diversificação,
customização e assim por diante. Dentre os atributos
valorizados pelos consumidores, cada vez mais o desempenho
ambiental das organizações tende a influir sobre as decisões de
compra.

Diante dessa realidade, o tema sustentabilidade
ambiental passou a despertar o interesse de pesquisadores nas
áreas de gestão, estratégia e estudos organizacionais. Um
estudo realizado na Fundação Getúlio Vargas tomou como
referência a cadeia produtiva da indústria da saúde no Brasil. A
análise explorou, entre outros aspectos, como os fatores
confiança e cooperação podem ser decisivos para iniciativas
que visem avanços consistentes no desempenho ambiental do
setor. Avaliou-se, ainda, o papel das políticas ambientais para
os serviços de saúde e como estas poderiam melhor atender a
suas especificidades, favorecendo um desenvolvimento mais
sustentável.

Na indústria da saúde destacamos uma extensa e
diversificada cadeia de fornecedores que suprem produtos,
serviços, tecnologias, instalações, equipamentos e demais
recursos imprescindíveis à concretização das atividades de
diagnóstico, terapia e reabilitação que compõem a assistência
propriamente dita.

Um grande hospital consome regularmente cerca de 30
mil itens de uma grande variedade de fornecedores de
diferentes setores. Os estabelecimentos de saúde são sujeitos a
licenciamento ambiental e são caracterizados, segundo a
legislação, como geradores de resíduos, emissões e efluentes
perigosos, além de grandes consumidores de energia e água.
No entanto, torna-se difícil minimizar esses impactos sem o
comprometimento dos fornecedores no desenvolvimento de
tecnologias mais eficientes e processos menos poluentes. Fica
claro que não bastam restrições legais, são também
importantes os estímulos para que haja cooperação entre os
elementos da cadeia na adoção de medidas efetivas.

(Adaptado de Vital Ribeiro. Adiante, março de 2006, p. 61-62)

O segmento grifado abaixo que está substituído de modo INCORRETO pelo pronome correspondente é:

Alternativas
Comentários
  • Vejam um exemplo:A diversidade de combustíveis passou a despertar (Verto Transitivo Direto) o interesse dos pesquisadores. O álcool foi o primeiro a despertá-lo.Despertar quem? = O interesse Se interesse no singular então o pronome no singular VTD pede pronome .
    O objetodireto é formado por um nome, em geral um substantivo. Essenome pode vir substituído por um pronome. Quando isso ocorre,o pronome empregado deve ser o pronome oblíquo (me,te, o, se e etc.).

    O pronomereto (eu, tu, ele e etc) ocupa sempre a posição de sujeito daoração. Cabe, portanto, ao pronome oblíquo exercer a funçãode objeto da oração, complementando o verbo transitivo.


  • o verbo despertar é trasitivo direto então não admite lhe e sim lodesperta-lo
  • Não pode substituir todo o segmento, deveria estar: "despertar-lhes o interesse".
  • Aecio, qdo o verbo termina por R, S ou Z, usaremos lo, la, los, las, sendo objeto direto.

    É justamente o caso da letra C.

    Destacamos (termina em S) o quê? Uma extensa e diversificada.... (OD).

    Outro exemplo: Cantar (termina em R) o hino (OD) = Cantá-lo.

    Espero ter ajudado!

    Bons estudos! Não desanimem!
  • Na alternativa (A), o verbo “suprem” é transitivo direto e “produtos” é o objeto direto. Assim, é correta a substituição pelo pronome oblíquo átono “o”. A palavra atrativa “que” faz com que esse pronome se posicione antes do verbo.
    Na alternativa (B), o verbo “minimizar” é transitivo direto e “esses impactos” é o objeto direto; por isso é correta a utilização do pronome oblíquo átono “os”. Como o verbo termina em “r”, deve-se excluir essa terminação e inserir “l”.
    Na alternativa (C), destacamos” é verbo transitivo direto e “uma extensa e diversificada cadeia de fornecedores” é o objeto direto. Assim é correta a substituição dessa expressão pelo pronome oblíquo átono “a”. Como o verbo termina em “s”, deve-se retirar essa terminação e inserir “l”.
    Na alternativa (D), o verbo “favorecendo” é transitivo direto e “um desenvolvimento mais sustentável” é o objeto direto; por isso está correta a substituição pelo pronome “o”.
    Na alternativa (E), está incorreto o uso de “lhes”. O verbo “despertar” é transitivo direto e “o interesse de pesquisadores” é o objeto direto, o qual só pode ser substituído pelo pronome oblíquo átono “o”. Como o verbo termina em “r”, este deve ser retirado para inserir o “l”, resultando na seguinte construção: “despertá-lo”.
    Fonte: Prof. Décio Terror - Ponto dos Concursos
    Bons estudos

     

  • e-

    lhe é o pronome oblíquo átono para preposição a ou para, exercendo sempre a função de objeto indireto na oração. despertar exige objeto direto

  • DESPERTÁ-LO


ID
151750
Banca
FCC
Órgão
TCE-GO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte, do filósofo francês Montaigne, influente pensador do século XVI.

Da moderação

Como se tivéssemos infeccioso o tato, ocorre-nos corromper, se as manusearmos em excesso, as coisas que em si são belas e boas. A virtude pode tornar-se vício se ao seu exercício nos dedicarmos com demasiada avidez e violência. E jogam com as palavras os que dizem não haver excesso na virtude porque não há virtude onde há excesso: “Não é sábio o sábio, nem justo o justo, se seu amor à virtude é exagerado”.

Trata-se de uma sutileza filosófica. Pode-se dedicar imoderado amor à virtude e ser excessivo em uma causa justa. Preconiza o apóstolo São Paulo, a esse respeito, um equilíbrio razoável: “Não sejais mais comportados do que o necessário; ponde alguma sobriedade no bom comportamento”. Vi um dos grandes deste mundo prejudicar a religião por se entregar a práticas religiosas incompatíveis com a sua condição social. Aprecio os caracteres moderados e prudentes: ultrapassar a medida, ainda que no sentido do bem, é coisa que me espanta, se não me incomoda, e a que não sei como chamar. Mais estranha do que justa se me afigura a conduta da mãe de Pausânias, que foi a primeira a denunciá-lo e a contribuir com a primeira pedra para a morte do filho*; nem tampouco aprovo a atitude do ditador Postúmio, mandando matar o filho que, no en- tusiasmo da mocidade, saíra das fileiras para atacar o inimigo, com felicidade, aliás. Não me sinto propenso nem a aconselhar nem a imitar tão bárbara virtude.

Falha o arqueiro que ultrapassa o alvo, da mesma maneira que aquele que não o alcança. Minha vista se perturba se de repente enfrenta uma luz violenta, quando então vejo tão pouco como na mais profunda escuridão.

*Nota: A mãe de Pausânias depositara um tijolo diante do templo de Minerva, onde se refugiara o rei, seu filho. Os lacedemônios, aprovando-lhe o julgamento simbólico, ergueram muros em torno do refúgio e deixaram o prisioneiro morrer de fome.

A moderação não é fácil de alcançar; há quem veja a moderação como sinal de fraqueza; consideram outros a moderação um atributo dos tímidos - sem falar nos que atribuem à moderação a pecha da covardia.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo- se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • Justificativa para a letra C:

    A moderação não é fácil de alcançar; há quem a (como sabemos, todos pronomes interrogativos serão fator atrativo de próclise, por isso a colocação do pronome antes do verbo) veja como sinal de fraqueza; consideram-na (Em verbos terminados em ditongos nasais  - am, em, ão, õe, õe - os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nasum atributo dos tímidos - sem falar nos que lhe atribuem (aqui temos um verbo bitransitivo, ou seja, transitivo direto e indireto, pois quem atribui, atribui Algo a alguém/ coisa - atribuiu o que: a pecha da covardia - objeto direto. A quem? A moderação - objeto indireto. Nesse caso devemos utilizar os pronomes LHE e LHES, pois são usados como complemento de verbos na sua forma indireta e como temos um QUE como conjunção integrante, essa conjunção irá atrair o pronome para antes do verbo) a pecha da covardia.

  • há quem veja a moderação - Verbo transitivo direto ('veja algo", se referindo a coisa moderação); ocorrência de próclise; "a veja"
    consideram outros a moderação um atributo dos tímidos -Verbo transitivo direto (se refere a coisa moderação," consideram algo"); verbo terminado em M, ão e õe, ficam na forma na(s), no(s); "consideram-na"
    que atribuem à moderação a pecha da covardia.  Verbo transitivo direto e indireto (atribui a alguém/algo); partícula atrativa "que"; que lhe atribuem

  • Quem é o autor desse fabuloso texto?

     

  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    Em caso de VTD com terminações S, R ou Z retire as terminações coloque -LO(s)/-LA(s)

    VTD com terminação em som nasal, mantenha as terminações e coloque -NO(s)/-NA(s)

    VTD com qualquer outra terminação coloque -O(s)/-A(s);

    VTI só em casos do pronome oblíquo -lhe


ID
160246
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Orgulho ferido

Um editorial da respeitada revista britânica The Lancer
sobre o futuro de Cuba acendeu uma polêmica com
pesquisadores latino-americanos. O texto da revista sugeriu que
o país pode mergulhar num caos após a morte do ditador Fidel
Castro, que sofre de câncer, tal como ocorreu nos países do
Leste Europeu após a queda de seus regimes comunistas. E
conclamou os Estados Unidos a preparar ajuda humanitária
para os cubanos. De quebra, a publicação insinua que há
dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano fazer
frente a esse quadro.

"O editorial é um desrespeito à soberania de Cuba", diz
Maurício Torres Tovar, coordenador-geral da Alames (Associação
Latino-Americana de Medicina Social). "A atenção do
Estado cubano para com a saúde de sua população é um
exemplo para todos. Cuba tem uma notável vocação solidária,
ajudando, com remédios e serviços de profissionais, diversos
países atingidos por catástrofes", afirmou. Sergio Pastrana, da
Academia de Ciências de Cuba, também protestou: "Temos
condição de decidir se precisamos de ajuda e direito de
escolher a quem pedi-la."

(Revista Pesquisa Fapesp. Outubro 2006, n. 128)

O editorial foi considerado um desrespeito à soberania de Cuba, trataram a soberania de Cuba como uma questão menor, pretenderam reduzir a soberania de Cuba a dimensões risíveis, como se os habitantes do país não tivessem construído a soberania de Cuba com sangue, suor e lágrimas.



Evitam-se as viciosas repetições acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por

Alternativas
Comentários
  • trataram a soberania de Cuba - trataram é verbo transitivo direto terminado em "m" e nesse caso o pronome oblíquo na função de complemento verbal é objeto direto obrigatoriamente, nas formas no, na, nos e nas.
    trataram a soberania de Cuba - trataram-na;

     reduzir a soberania de  Cuba - reduzir é verbo transitivo direto terminado em "r" e quando os verbos terminam em r, s e z os pronomes oblíquos na função de complemento verbal funcionam exclusivamente como objeto direto, nas formas lo, la, los, las.
    reduzir a soberania de Cuba - reduzí-la;

     tivessem construído a soberania de Cuba - construído é verbo transitivo direto e nesse caso não admite tivessem construído-a, mas sim a forma a tivessem contruído.

    Alternativa Correta - b
  • Gabarito letra B.

    Vejam que nessa questão temos duas coisas a analisar:

    (1) A colocação pronominal: próclise, mesoclise, ênclise;

    (2) qual o pronome que substitui corretamente o sublinhado;

    Compreendendo o que atrai o pronome e o que o repele, você poderá eliminar muitas alternativas, para então, por fim, verificar a substituição.

  • Complementando a explicação dos colegas, o 3º trecho só admite a construção "...não a tivessem construído..." pois que palavras negativas, tais como: nunca, jamais, não, etc., atraem o pronome.

    Caso não houvesse o "não", poder-se-ia contruir sem problemas:  "...se os habitantes do país  tivessem-na construído..."

    Espero ter ajudado.

    Abraço.
  • GABARITO: LETRA B

    ACRESCENTANDO:

    Em caso de VTD com terminações S, R ou Z retire as terminações coloque -LO(s)/-LA(s)

    VTD com terminação em som nasal, mantenha as terminações e coloque -NO(s)/-NA(s)

    VTD com qualquer outra terminação coloque -O(s)/-A(s);

    VTI só em casos do pronome oblíquo -lhe


ID
160618
Banca
FCC
Órgão
TRE-AP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

O jivaro


Um sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à

América do Sul, conta a um jornal sua conversa com um índio

jivaro, desses que sabem reduzir a cabeça de um morto até ela

ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações, e

o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com

um inimigo.

O Sr. Matter:

? Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça

de um macaco.

E o índio:

? Por que um macaco? Ele não me fez nenhum mal!


(Rubem Braga, Recado de primavera)





Texto II

Anedota búlgara


Era uma vez um czar naturalista

que caçava homens.

Quando lhe disseram que também se caçam borboletas

[e andorinhas ficou muito espantado

e achou uma barbaridade.


(Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia)


O czar caçava homens, não ocorrendo ao czar que, em vez de homens, se caçassem andorinhas e borboletas, parecendo-lhe uma barbaridade levar andorinhas e borboletas à morte.

Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo- se, de forma correta, os elementos sublinhados por, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A.

    Vejam que nessa questão temos duas coisas a analisar:

    (1) A colocação pronominal: próclise, mesoclise, ênclise;

    (2) qual o pronome que substitui corretamente o sublinhado;

    Compreendendo o que atrai o pronome e o que o repele, você poderá eliminar muitas alternativas, para então, por fim, verificar a substituição.

  • Bom, eu não sei muito português, e pra  gente que não sabe muito, é bom que pelo menos possamos dar um bom palpite.

    O czar caçava homens, não ocorrendo ao czar que, em vez de homens, se caçassem andorinhas e borboletas, parecendo-lhe uma barbaridade levar andorinhas e borboletas à morte.

    note que o verbo ocorrer acima tem uma preposição (a), então é um verbo transitivo indireto. Verbo transitivo indireto aceita o pronome (lhe). Então temos:

    não ocorrendo-lhe ou não lhe ocorrendo.

    Verbos transitividos diretos não aceitam o pronome (lhe), só aceiam (o, a, os, as) e suas variações dependendo da terminação do verbo. Se o verbo termina em M, ÃO ou ÕE, então temos (no, na, nos, nas). Se for terminado em S, R ou Z então temos ( lo, la, los, e las).

    Então levar é um verbo transitivo direto: "Eu vou levar você."

    Então temos levá-las.



ID
161047
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Janelas de ontem e de hoje

Os velhinhos de ontem costumavam, sobretudo nos fins
de tarde, abrir as janelas das casas e ficar ali, às vezes com os
cotovelos apoiados em almofadas, esperando que algo
acontecesse: a aproximação de um conhecido, uma correria de
crianças, um cumprimento, uma conversa, o pôr do sol, a
aparição da lua.
Eles se espantariam com as crianças e os jovens de hoje,
fechados nos quartos, que ligam o computador, abrem as
janelas da Internet e navegam por horas por um mundo de
imagens, palavras e formas quase infinitas.
O homem continua sendo um bicho muito curioso. O
mundo segue intrigando-o.
O que ninguém sabe é se o mundo está cada vez maior
ou menor. O que eu imagino é que, de suas janelas, os
velhinhos viam muito pouca coisa, mas pensavam muito sobre
cada uma delas. Tinham tempo para recolher as informações
mínimas da vida e matutar sobre elas. Já quem fica nas janelas
da Internet vê coisas demais, e passa de uma para outra quase
sem se inteirar plenamente do que está vendo. Mudou o tempo
interior do homem, mudou seu jeito de olhar. Mudaram as
janelas para o mundo - e nós seguimos olhando, olhando,
olhando sem parar, sempre com aquela sensação de que
somos parte desse espetáculo que não podemos parar de olhar,
seja o cachorro de verdade que se coça na esquina da padaria,
seja o passeio virtual por Marte, na tela colorida.

(Cristiano Calógeras)

Os velhinhos iam para as janelas, abriam as janelas, instalavam-se nas janelas e transformavam as janelas em postos de observação.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os segmentos sublinhados, respectivamente, por

Alternativas
Comentários
  • abriam = O QUE = objeto direto = a (verbo terminado em m acrescentar "n" abriam-Na)instalavam-se = ONDE? = complemento = nas janelas = nelas (quem se instalavam eram os velhinhos)Transformarvam = O QUE? = objeto direto = as (verbo terminado em m acrescentar "n" abriam-Na)
  • Por que não pode ser a letra E?


ID
167389
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Guerra!", escreveu Thomas Mann em novembro de
1914. "Sentimo-nos purificados, libertos, sentimos uma
enorme esperança." Muitos artistas exultaram com o início
da Grande Guerra; era como se suas mais extravagantes
fantasias de violência e destruição houvessem se tornado
realidade.
Schoenberg foi acometido por aquilo que mais tarde
chamou de "psicose de guerra", e traçou comparações
entre os ataques do exército alemão à França e suas próprias
investidas contra os valores da burguesia decadente.
Em carta a Alma Mahler, datada de agosto de 1914,
demonstrou um entusiasmo extremado pela causa alemã,
atacando de um só golpe a música de Bizet, Stravinski
e Ravel. "É hora de acertar as contas!", disparou
Schoenberg. "Reduziremos, agora, esses defensores do
kitsch à escravidão e lhes ensinaremos a venerar o espírito
germânico e a adorar o Deus alemão." Durante parte
da guerra, manteve um diário meteorológico, acreditando
que determinadas formações de nuvens pressagiavam a
vitória ou a derrota alemã.
Berg também sucumbiu à histeria, pelo menos no
início. Ao terminar a marcha das Três Peças, escreveu ao
professor dizendo ser "muito vergonhoso acompanhar
esses importantes eventos como mero espectador".
O massacre de Dinant, o incêndio de Louvain e
outras atrocidades de agosto e setembro de 1914 não
foram apenas acidentes de guerra. Tais ações se
enquadravam no programa do estado-maior alemão,
visando à destruição "total dos recursos materiais e
intelectuais do inimigo". A noção de guerra total exibia um
desagradável grau de semelhança com a mentalidade
apocalíptica da arte austrogermânica recente.
Nem todos foram vítimas da "psicose de guerra".
Richard Strauss, por exemplo, se recusou a assinar um
manifesto no qual 93 intelectuais alemães negavam
qualquer ato ilícito do exército em Louvain. Em público,
declarava que, como artista, não queria se envolver em
confusões políticas, mas em particular sua posição
parecia claramente isenta de patriotismo. "É revoltante",
escreveu alguns meses depois a Hofmannsthal, "ler nos
jornais sobre a regeneração da arte alemã [...] sobre como
a juventude da Alemanha emergirá limpa e purificada
dessa guerra 'gloriosa', quando, na verdade, devemos
agradecer se pudermos ver esses infelizes livres de
piolhos e percevejos, curados de suas infecções e, uma
vez mais, afastados do hábito do assassinato!" A declaração
parece uma resposta à apologia da violência de
Mann. Da próxima vez que a Alemanha entrasse em
guerra, os dois trocariam de lugar; Strauss seria a figura
de proa, Mann, o dissidente.

(Alex Ross. O resto é ruído. Trad. de Claudio Carina e Ivan
Weisz Kuck. São Paulo: Cia. das Letras, 2009, p. 81-2)

A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes no segmento, foi realizada de modo INCORRETO em:

Alternativas
Comentários
  • LETRA E

    ATACAR É UM VERBO TRANSITIVO DIRETO, ASSIM "LHE" NÃO CABE A ESSA  ALTERNATIVA.(OBJETO INDIRETO)

    O CORRETO SERIA: atacando-a de um só golpe.

  • ...e também esta incorreta por iniciar uma oração.Não se inicia frase com pronome oblíquo átono.

  • 1-NÃO SE INICIA IDÉIA MEDIANTE COLOCAÇÃO PRONOMINAL.

    2-"LHE" TEM FUNÇÃO DE OBJETO INDIRETO (A ELE;A ELA)

    3- O VERBO EM QUESTÃO É TRANSITIVO DIRETO

     

  • Observação...

    Pessoal apesar de estar corretíssimos os comentários acerca da impossibilidade de se iniciar períodos com pronomes, ressalto que na alternativa E isso NÃO poderia ser usado como agumento de incorreção, visto que o segmento foi retirado do texto e não deve ser analisado isoladamente.

    Na alternativa em questão temos:

    "Em carta a Alma Mahler, datada de agosto de 1914, demonstrou um entusiasmo extremado pela causa alemã, atacando de um só golpe a música de Bizet, Stravinski e Ravel."

    Note que o segmento NÃO inicia o período, OK!?

  • Tem que observar o verbo.

    Quem ataca, ataca alguém ou ataca alguma coisa.

    Não é ataca de alguém (ex: precisamos de você)

    Então o verbo é transitivo direto.

    O verbo transitivo direto aceita os pronomes: o, a, os, as, lo e la.

    Já verbos transitivos indiretos aceitam o pronome lhe.

    Respondeu ao chefe corretamente.  => Respondeu-lhe.

    Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/o-uso-lhe.htm

ID
167995
Banca
FCC
Órgão
METRÔ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Metrô: próxima parada

Não fique com medo de embarcar caso chegue à plataforma
de uma das estações do Metrô em São Paulo e veja um
trem sem condutor. Os novos vagões da linha amarela dispensam
o profissional a bordo. Esse é apenas um detalhe de
uma lista de recursos tecnológicos que estão sendo implementados
para transportar os paulistas com mais eficiência. Escadas
rolantes com sensores de presença, câmeras de vídeo que
enviam imagens para a central por Wi-Fi, comunicação com os
passageiros por VoIP e freios inteligentes são outras novidades.

O Metrô está passando por uma modernização que
não é só cosmética. Com ar condicionado, os novos trens não
precisam de muitas frestas para entrada de ar. Não é só uma
questão de conforto térmico, mas acústico. Nas novas escadas
rolantes, sensores infravermelho detectam a presença de pessoas;
não havendo ninguém, a rolagem é mais lenta, e economiza-
se energia elétrica.


(Adaptado de Kátia Arima, da INFO. http://info.abril.com.br/noticias)

Os passageiros do Metrô, quando vierem a utilizar o Metrô, não deixarão de notar as mudanças do Metrô; espera-se que todos aplaudam essas mudanças.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • C) CERTA

    1) Na frase a ser substituída, "o Metrô" pode ser substituído por ele. Logo, o Pronome oblíquo que deve ser usado é "o", o qual se refere à terceira pessoa do singular.

    Assim, a junção de "o(s) e a(s)" a verbos terminados em r, s e z origina o pronome pessoal "lo(s), la(s)"

    No caso da questão: utilizaR + o = utilizá-lo.

    2) Acredito que o pronome oblíquo "Lhe' deve ser utilizado pois a frase grifada pode ser substituída por: "notar as mudanças dele" (3ª pessoa do singular)

    Usa-se ênclise, pois o verbo notar está no infinitivo

    3) Aplaudam essas mudanças = Aplaudam elas (3ª pessoa do Plural) = aplaudam-as (3ª pessoa do plural)

     

     

  • Os passageiros do Metrô, quando vierem a utilizar o Metrô, não deixarão de notar as mudanças do Metrô; esperase que todos aplaudam essas mudanças.

    Os passageiros do Metrô, quando vierem a utilizá-lo (VTD), não deixarão de lhe notar as mudanças (o pronome lhe tem sentido  possessivo nesse caso); espera-se que todos as aplaudam (o pronome todos atrai o pronome as).

  • Pessoal... Realmente fiquei em dúvida do porquê da forma correta de "lhe notas as mudanças". Pesquisei na Internet e achei um comentário do professor Marcelo Braga...

    "(...) O verbo utilizar é transitivo direto, e no período em que aparece não há atrativo, encontra-se no infinitivo. A forma pronominal é LO, logo utilizá-lo. No segundo período, temos um verbo transitivo direto, cujo complemento é o termo “mudanças do Metrô” (objeto direto), O termo repetido é “Metrô”, o qual exerce a função de adjunto adnominal, o pronome ideal é o LHE, pois, além de exercer a função de objeto indireto, pode também exercer as funções de complemento nominal e adjunto adnominal, a forma correta seria “não deixarão de lhe notar as mudanças”. No terceiro período, temos a forma verbal “aplaudam”, verbo transitivo direto, antepõe ao verbo o vocábulo que em “que todos...”, o pronome deve vir procliticamente, logo “as aplaudam”. "

     

  • UTILIZAR: VTD PEDE OD (lo, la, los, las)

    NOTAR: VTD PEDE OD

    APLAUDIR: VTD (o, a, os, as)

  • Os passageiros do Metrô, quando vierem a utilizar o Metrô, não deixarão de notar as mudanças do Metrô; esperase que todos aplaudam essas mudanças.]

     

    Esperase???????????

    Escreve assim na redação da FCC pra vc ver o que acontece.

  • Gabarito letra C.

    Vejam que nessa questão temos duas coisas a analisar:

    (1) A colocação pronominal: próclise, mesoclise, ênclise;

    (2) qual o pronome que substitui corretamente o sublinhado;

    Compreendendo o que atrai o pronome e o que o repele, você poderá eliminar muitas alternativas, para então, por fim, verificar a substituição.

  • não deixarão de notar as mudanças do Metrô = não deixarão de notar as mudanças dele

    não deixarão de lhe notar as mudanças  = lhe = adjunto adnominal, pois tem valor de posse

  • Ops a letra b também não  esta errada possue palavra atrativa não foram  consideradas pelas questões, daria recurso

     

     

  • Esse "quando" não seria atrativo?


ID
175699
Banca
FCC
Órgão
TRT - 9ª REGIÃO (PR)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O poder nuclear e a civilização

Considerando que nosso futuro será, em grande parte,
determinado por nossa atitude perante a questão nuclear, é
bom nos perguntarmos como chegamos até aqui, com o poder
de destruir a civilização. O que isso nos diz sobre quem somos
como espécie?

Nossa aniquilação é inevitável ou será que seremos capazes
de garantir nossa sobrevivência mesmo tendo em mãos
armas de destruição em massa? Infelizmente, armas nucleares
são monstros que jamais desaparecerão. Nenhuma descoberta
científica "desaparece". Uma vez revelada, permanece viva, mesmo
se condenada como imoral por uma maioria. O pacto que
acabamos por realizar com o poder tem um preço muito alto. É
irreversível. Não podemos mais contemplar um mundo sem armas
nucleares. Sendo assim, será que podemos contemplar um
mundo com um futuro?

O medo e a ganância - uma combinação letal - trouxeram-
nos até aqui. Por milhares de anos, cientistas e engenheiros
serviram o Estado em troca de dinheiro e proteção. Cercamo-
nos de inimigos reais ou virtuais e precisamos proteger
nosso país e nossos lares a qualquer preço. O patriotismo é o
maior responsável pela guerra. Não é à toa que Einstein queria
ver as fronteiras abolidas.

Olhamos para o Brasil, os Estados Unidos e a Comunidade
Europeia, onde fronteiras são cada vez mais invisíveis, e
temos evidência empírica de que a união de Estados sem
fronteiras leva à estabilidade e à sobrevivência. A menos que as
coisas mudem profundamente, é difícil ver essa estabilidade
ameaçada. Será, então, que a solução - admito, extremamente
remota - é um mundo sem fronteiras, uma sociedade de fato
globalizada e economicamente integrada? Ou será que existe
outro modo de garantir nossa sobrevivência a longo prazo com
mísseis e armas nucleares apontando uns para os outros,
prontos a serem detonados? O que você diz?

(Adaptado de Marcelo Gleiser, Folha de S. Paulo, 18/04/2010)

Nossa aniquilação é inevitável ou será que seremos capazes de garantir nossa sobrevivência mesmo tendo em mãos armas de destruição em massa?

Na frase acima,

Alternativas
Comentários
  • Segundo gabarito a resposta correta é a alternativa a) mesmo as tendo em mãos.

    Aqui temos duas linhas de análise.

    A primeira é que o pronome "as" retoma "armas de destruição em massa", porém, até então, não mencionado anteriormente. Portanto, nesse caso, acredito tal questão ser motivo de recurso.

    A segunda linha de análise, que é o que a FCC deve ter adotado, seria de que a inserção do pronome "as", retomando a "algum" ser/objeto, manteria a coerência, coesão e correção gramatical. Nesse caso, acredito estar mantido os 3 (CCC, coerência, coesão e correção gramatical) apenas para "mesmo as tendo em mãos".

    Pela questão não dizer "exatamente" o que quer, acredito que seja passível de recurso e provalvemente anulada.  No site da FCC não encontrei nenhum parecer sobre essa.

  • Comentário objetivo:

    a) mesmo as tendo em mãos é correta alternativa de construção, com emprego pronominal.

    Desde que não haja pausa (como uma virgula, por exemplo) as palavras invariáveis (advérbios, conjunções, alguns pronomes) são atrativas do pronome, formando uma próclise.

    No caso em questão, o "mesmo" (invariável) atrai o pronome "as", formando a próclise proposta pela alternativa.

     

  • Realmente, ridícula a questão. Se fosse feita essa substituição o term retomado seria aniquilação e não armas de destruição em massa, alguém concorda?
    .
    Nossa aniquilação é inevitável ou será que seremos capazes
    de garantir nossa sobrevivência mesmo as tendo em mãos ?

    Se tivesse escrito "a tendo em mãos" estaria certo, pois retomaria sobrevivência, mas no plural ficou sem lógica.
    .
    FCC = Faz Candidato Chutar
  • Respondendo à colega Marília:

    Realmente existe uma regra gramatical sobre a proibição de utilização de próclise antes de verbos no gerúndio, devendo-se usar, nesse caso, a ênclise. Exemplo: Ele saiu deixando-nos (ÊNCLISE) por instantes.

    No entanto, essa regra comporta uma exceção. Se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá a próclise. Exemplo: Em se tratando (PRÓCLISE) de cinema, prefiro os filmes de suspense.

    Portanto, lembre-se sempre da regra das palavras atrativas, que, como disse no comentário abaixo, desde que não haja pausa (como uma virgula, por exemplo) as palavras invariáveis (advérbios, conjunções, alguns pronomes) são atrativas do pronome oblíquo, formando obrigatóriamente uma próclise.

  • Reparem também que a frase da questão é interrogativa(?). Segundo a regra, frases interrogativas é fator de próclise. Para clarificar mais as regras relativas a preposição mais verbo, segue resumo abaixo:
       1)Qualquer preposição + verbo no infinitivo: tanto faz próclise on ênclise.
                Ex: Está na hora de me contar a verdade / Está na hora de contar me a verdade (tudo certo)
       2)preposição "em" + gerúndio: próclise

  • O trecho "mesmo as tendo em mãos" substitui armas de destruição em massa, pois se se referisse à "aniquilação é inevitável" ou 
    "nossa sobrevivência" ficaria mesmo a tendo em mãos. O que mais atrapalhou nesta questão é o fato de, ao retirar "armas de destruição em massa", a frase perdeu o termo de referência e consequentemente, o sentido.
  • "Nossa aniquilação é inevitável ou será que seremos capazes de garantir nossa sobrevivência mesmo tendo em mãos armas de destruição em massa? "
    a) CERTA mesmo as tendo em mãos é correta alternativa de construção, com emprego pronominal.
    Regra já falada pelos coledas segundo a qual o pronome mesmo motiva próclise


    b) ERRADA o termo ou expressa uma alternância repetitiva.
    Não é uma conjunção que introduz oração coordenada sindética alternativa. Não há repetição. 


    c) ERRADA o segmento mesmo tendo pode ser corretamente substituído por desde que tenhamos.
    Não caso aceita a proposta seria construída uma oração subordinada adverbial condicial.

    d) 
    ERRADA ou será que a seremos capazes de garantir é correta alternativa de construção, com emprego pronominal.
    Caso aceita a proposta o "a" retomaria "aniquilação" e alteraria o sentido pois a nossa  aniquilação não uma meta.

    e) ERRADA o segmento Nossa aniquilação é inevitável pode ser substituído pelo equivalente nossa conflagração é irredutível.
    Conflagração= incêndio que se alastrou, ou cataclisma político, guerra entre muitos países
    Irredutível= Irreduzível ou que não pode volta ao estado original (ou seja, caso colocado irreduzível estar-se-ia assumindo que já ocorreu a aniquilação)


ID
199744
Banca
FCC
Órgão
BAHIAGÁS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O mito de Prometeu

Os mitos ? narrativas pelas quais os antigos buscavam
explicar, simbolicamente, os principais acontecimentos da vida
? continuam sugerindo lições, mesmo depois de a ciência ter
encontrado explicação para tantos fenômenos. O mito de
Prometeu, por exemplo, é um dos mais belos: fala de um titã
que resolveu ensinar às criaturas o manejo do arado, a
cunhagem das moedas, a escrita, a extração de minérios. Mas
sobretudo lhes estendeu o poder e o uso do fogo, que furtou do
Olimpo e que passou a ser o marco inicial da civilização.

Zeus irritou-se com a ousadia de Prometeu e condenouo,
como punição por ter possibilitado aos homens um poder
divino, ao flagelo de ficar acorrentado a um penhasco do monte
Cáucaso, sendo o fígado devorado por uma águia diariamente
(os órgãos dos titãs se regeneram). Seu sofrimento durou várias
eras, até que Hércules, compadecido, abateu a águia e livrou
Prometeu de seu suplício. Entretanto, para que a vontade de
Zeus fosse cumprida, o gigante passou a usar um anel com
uma pedra retirada do monte ? pelo que se poderia dizer que
ele continuava preso ao Cáucaso.

É um mito significativo e, como todo mito, deve ser
sempre reinterpretado, a cada época, em função de um novo
contexto histórico. Em nossos dias, Prometeu acorrentado e
punido pode lembrar-nos os riscos do progresso, as perigosas
consequências da tecnologia mal empregada, as catástrofes,
em suma, que podem advir do abuso do fogo (como não pensar
na bomba atômica, por exemplo?).

Os pais sempre aconselham os filhos pequenos a "não
brincarem com o fogo". Claro que o aviso é específico, e se
aplica diretamente ao medo de que ocorram queimaduras. Mas
não deixa de ser interessante pensar que, se alguém não
tivesse, qual Prometeu, "brincado" com o fogo, dominando-o, a
humanidade não teria dado o primeiro passo no rumo da
civilização.


(Euclides Saturnino, inédito)

Os mitos nos acompanham ao longo do tempo, por isso é preciso dar aos mitos a atenção que requerem. Porque haveremos de tratar os mitos como se fossem embustes, em vez de reconhecer nos mitos a simbologia inspiradora?

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo- se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • Para as formas finitas:

    - infinitivo, regra geral = ênclise (Viver é adaptar-se.)

    Admite-se também a próclise se o infinitivo não-flexionado vier precedido de preposição ou palavra negativa (para te servir / servir-te, não o incomodar / incomodá-lo)

  • I - dar aos mitos: neste caso temos um VTI identificado pela preposição A em AOS. O pronome oblíquo que substitui o complemento verbal do VTI é o LHE(S).

    II - tratar os mitos: aqui temos um VTD com sua adequada substituição sendo feita por O(S) ou A(S) e o verbo está no infinitivo pessoal NÃO regido pela preposição A, então ocorre a próclise.

    III - reconhecer nos(em os) mitos: aqui temos um VTI com sua substituição definida pelo pronome ELE(S) que sua contração com a preposição em gera o NELES. A próclise ocorre pelo mesmo motivo da explicação anterior(em II) do infinitivo pessoal.*

    (*) não tenho muita segurança desta explicação, porém, utilizei esse raciocínio para responder a questão.

  • O motivo da ocorrência de próclise nos verbos tratar e reconhecer, é o explicitado pelo colega abaixo. Oração interrogativa iniciando por pronome interrogativo. Vale ressaltar que a oração pode ser direta ou indiratamente interrogativa.

  • I-  Dar: VTDI, no sentido de conferir; conceder: "dar aos mitos a atenção..." Logo, a colocação pronominal pertinente é o uso do oblíquo lhe, que tendo valor de possessivo funciona como objeto direto da oração assim como os mitos.

    II- Tratar: VTD, no sentido de fazer o uso de; praticar:  "... haveremos de tratar os mitos como se fossem..." Logo, o pronome que atende a mesma função sintática que os mitos -obj. direto- será o pessoal oblíquo os. Sendo que, a ocorrência da próclise deve-se pela partícula atrativa presente na oração, a preposição de.

    III- Reconhecer: VTD, no sentido de identificar o que se já é conhecido: " ...reconhecer nos mitos a simbologia..."Porém deve-se estar a tento a função sintática de nos mitos - em +os mitos- que neste caso será o sujeito da oração e não  complemento verbal pois, o que será reconhecido é a simbologia inspiradora conferida aos mitos, ela sim é o objeto direto. Observem tbm que a colocação pronominal dada como  alternativa a questão é o pronome pessoal neles - em+ eles- e pronomes pessoais do  caso reto sintaticamente serão sujeitos em uma oração. Para concluir, a próclise tbm se deu pela mesma razão q na explicação II.

    E rumo ao sucesso galera, bons estudos.

ID
203923
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Indique a única alternativa em que o pronome oblíquo, segundo a norma-padrão, foi utilizado INCORRETAMENTE:

Alternativas
Comentários
  • Em verbos terminados em R, S ou Z, estas consoantes alteram-se para L e acrescentam-se os
    pronomes o, a, os, as. Ex.: (Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. (Fiz) Fi-lo para você.

    VTI

  • O verbo agradecer usado na letra "b" é transitivo indireto, quem agradece, agradece "a alguém", logo ficaria correto dessa forma:

    Estimada madrinha, agradeço-lhe muito. Perceba que o "lhe" é um pronome oblíquo usado como objetivo indireto. Outro fator a se considerar é que o pronome deveria vir após o verbo como ocorreu e não antes, devido a vírgula presente.

    Bons estudos!


ID
219325
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
TJ-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as seguintes frases.

I. "[...] subir-lhe o tronco." (linha 15)

II. "[...] alguns fios elétricos lhe atravessam a fronde, [...]" (linhas 11-12)

III. "Nenhum desses incômodos lhe afeta a placidez de árvore [...]" (linhas 15-16)

IV. "[...] a árvore pareceu explicar-lhe: - Não vês" (linha 26-27)

A análise permite concluir que o termo lhe exerce a mesma função apenas nas frases

Alternativas
Comentários
  •  Os "lhe"apresentam valor adjetivo, trazendo significado de posse. Para reconhecer isso é necessário substitui-lo por "seu"(e derivados)

  • Em I, II, e II. os verbos são V.T.D, não admitindo um O.I. Dessa forma,  o pronome oblíquo LHE é adjunto adnominal, pois indica posse e acompanha o substantivo. 

    I. "[...] subir-lhe o tronco." (é o mesmo que "subir o tronco dele" ou "subir o seu tronco")

    II. "[...] alguns fios elétricos lhe atravessam a fronde, [...]"  (é o mesmo que "alguns fios elétricos atravessara a sua fronde" ou "a fronde dela")

    III. "Nenhum desses incômodos lhe afeta a placidez de árvore [...]" idem

     

     

  • nos incisos I, II, e III, o "lhe" exerce função de complemento nominal porque acompanha um nome:

    I- acompanha tronco
    II- acompanha fronde
    III- acompanha placidez

    no inciso IV ele exerce função de complemento verbal pois acompanha o verbo explicar.

    Só para lembrar, o "lhe"é um pronome pessoal do caso obliquo e pode ter essas duas funções citadas acima: se acompanha um nome; substantivo, é complemento nominal e se acompanha um verbo, é complemento verbal.
  • I. "[...] subir-lhe o tronco." (linha 15) 

    "subir" é VTD; "subir onde?". Não pede preprosição. Dessa maneira, não é um pronome, pois "lhe" com função de pronome é sempre complemento indireto. 

    A oração acima é equivalente a "subir o tronco dele". Poderia ser "subir o tronco marrom", "subir o tronco velho". Não há preposição entre o nome - tronco - e a sua qualidade. Portanto, complemento nominal.

    II. "[...] alguns fios elétricos lhe atravessam a fronde, [...]" (linhas 11-12) 

    Atravessar é VTD. "Atravessar o que, ou quem?" Não pede preposição. Assim, "lhe" não tem a função de pronome oblíquo átono. Assim, a oração II é equivalente a "alguns fios elétricos atravessam a fronde dele."

    "dele" se liga a "fronde", e não ao verbo. Fronde é nome e não há preposição entre ambos: complemento nominal.

    III. "Nenhum desses incômodos lhe afeta a placidez de árvore [...]" (linhas 15-16) 

    "afetar" é VTD. "Nenhum desses incômodos afeta...o que?" Não pede preposição. "Lhe" não está como complemento verbal. Não está se ligando ao verbo. 

    "Nenhum desses incômodos afeta a placidez da árvore dele". Poderíamos ter qualquer outra coisa no lugar de "dele", como "antiga", "milenar" etc.
    Conclusão: complemento nominal.

    IV. "[...] a árvore pareceu explicar-lhe: - Não vês" (linha 26-27)

    "Quem explica, explica algo", mas podemos ter ainda "quem explica, explica algo para alguém." 
    A oração acima é equivalente a "a árvore pareceu explicar a ele". "a ele" é "a quem?
    Complemento verbal, tendo a função de OI.
  • Perai, não é bem isso não. O verbo subir é INTRANSITIVO!

    Chegar, Ir, Vir, Sair, Voltar, Subir e todos os verbos de movimento são intransitivos, não exigem complementos (Chegamos! Cheguei! Fui!). Esses verbos, geralmente, apresentam um adjunto adverbial. Quando o adjunto adverbial for de lugar, usa-se a preposição [a], [para] e não [em]:Chegamos ao teatro (e não: no).
    ?   Fui ao Maracanã (e não: no). / Ele foi para a Espanha.
    Na norma culta, a preposição [em] depois do verbo de movimento, indica o lugar dentro do qual ocorre a ação: O menino ia no bonde (dentro do bonde).

    Subir: VI
    Atravessar: VTD
    Afetar: VTD
    Explicar: VTI



    CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1996. / LUFT, Celso Pedro. Dicionário Prático de Regência Verbal. São Paulo, Ática, 1987
  • Alguem pode me ajudar? Devo focar na analise da transitividade do verbo apenas para conhecer a função de cada "lhe" das questões?

  • Bom dia, pessoal.

    Atendem que a questão pede para a FUNÇÃO (sintática) do pronome "lhe"!!!

    I -adjunto adnominal

    II -adjunto adnominal

    lII -adjunto adnominal

    IV -objeto indireto(só neste caso o pronome se relaciona com o verbo, que é VTDI)


    Portanto, para resolver essa questão, não se deve focar na transitividade do verbo!

  • perfeito Tiago, pensei igual a você.

  • ATENÇÃO GALERA, SUBIR NEM SEMPRE É INTRANSITIVO! Vejam a explicação:


    "1. Como intransitivo: O balão está subindo. Subimos devagarzinho.

    2. Como transitivo direto: Subiu a escada, subiu um muro alto.

    3. Como transitivo indireto, com várias preposições (por ser verbo de movimento, a regência lógica seria com a prep. A, mas é usual no Brasil o emprego de em)"


    Dito isso, essa questão, na verdade, é bem mais complexa do que parece à primeira vista. E, lendo os comentários, concluí que nenhum deles explicou bem o motivo do "lhe" na primeira sentença (I) exercer a função sintática de adjunto adnominal. Pois explico:


    Vejam o trecho original do texto ao qual a questão faz referência:


    "Essa árvore de certo modo incorporada aos bens pessoais, alguns fios elétricos lhe atravessam a fronde, sem que a molestem, e a luz crua do projetor, a dois passos, a impediria talvez de dormir, se ela fosse mais nova. Às terças, pela manhã, o feirante nela enconsta sua barraca, e ao entardecer, cada dia, garotos procuram subir-lhe o tronco (...)"


    Vê-se que os garotos sobem o tronco da árvore. Ou seja "garotos procuram subir o seu tronco", pelo que, nitidamente, o pronome oblíquo átono "lhe" funciona aqui como pronome possessivo, e, por ter função adjetiva (de posse, o tronco pertence à árvore), a função sintática só pode ser adjunto adnominal.


    Referências: https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf47.php

    https://escolakids.uol.com.br/funcoes-sintaticas-dos-pronomes-possessivos.htm


    Quanto às demais alternativas, não vi muito segredo:


    II. "[...] alguns fios elétricos lhe atravessam a fronde, [...]" // "[...] A fronde é atravessada por alguns fios elétricos [...]".


    Claramente a fronde sofre a ação ,e como a fronde (copa da árvore) é um substantivo, é nitidamente adjunto adnominal também.


    III. "Nenhum desses incômodos lhe afeta a placidez de árvore [...]" // "A placidez da árvore não é afetada por esses incômodos".


    Mesma coisa, "a placidez da árvore" que sofre (no caso, não sofre) a ação dos incômodos. Portanto também é adjunto adnominal.


    IV. "[...] a árvore pareceu explicar-lhe: - Não vês" // "a árvore pareceu explicar para ele".


    Vê-se que o "lhe" está diretamente relacionada ao verbo "explicar", sendo complemento verbal dele.


    Ou seja, o sujeito árvore explicou alguma coisa para alguém (função do lhe, no caso, é objeto indireto, sendo, morfologicamente, pronome oblíquo átono).


ID
219598
Banca
FCC
Órgão
BAHIAGÁS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

João Gilberto ? "Há tanta coisa bonita a ser consertada"

O início de uma vida artística é definidor. Por mais que a
arte e a vida venham a mudar, e a negar as suas origens, o
começo permanece como referência. No caso de João Gilberto,
mais de meio século depois, o início de sua obra é um atestado
de coerência.

O disco que inicia a bossa nova é um compacto simples
que ele gravou em julho de 1958. De um lado, havia Chega de
Saudade, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Do outro, Bim
Bom, dele mesmo. Não era nem a primeira gravação de João
Gilberto nem o primeiro disco de bossa nova. Ele já havia
gravado dois compactos com os Garotos da Lua, em 1951, e
outro, solo, no ano seguinte.
A batida da bossa nova, por sua vez, aparecera no LP
Canção do Amor Demais, gravado em abril de 1958 por Elizeth
Cardoso. Nele, João Gilberto tocava violão em Chega de
Saudade e Outra Vez. Apesar das treze faixas serem todas de
Jobim e Vinicius, o LP não é de bossa nova. A "Divina" era uma
cantora presa ao samba-canção, com suas ênfases óbvias e
gastas.

A cápsula da invenção surge mesmo no compacto de
1958. A criação se dá em dois planos. Chega de Saudade havia
sido composta por Jobim como um chorinho. Pois João Gilberto
o transformou num samba enxuto, no qual o violão deixa de ser
um mero acompanhante para dividir o primeiro plano com a voz.
A letra é interpretada como quem fala, de modo íntimo. A
melodia (de fundamento europeu) se amalgama à harmonia
(com inspiração do jazz americano) e ao ritmo (que vem da
África e se condensa no samba) para dar origem a outra coisa:
um som que é uma arte.
No outro lado do disco está o segundo plano inventivo, o
do João Gilberto compositor, autor de Bim Bom, a canção que
não tem nada de baião. A letra oscila entre a negativa absoluta
e a afirmação de um resíduo solitário: "só isso", "não", "nada",
"não" de novo, e outra vez "só". O que resta, de concreto, são
duas palavras, "baião" e "coração".
Em qual instância o criador se manifesta mais: na
interpretação que transforma Chega de Saudade de chorinho
em samba, ou na autoria de Bim Bom? Desde 1958, João
Gilberto segue as duas estratégias, mas dá preferência à
primeira delas. Ele recompõe músicas tradicionais e
contemporâneas. Trabalha com tudo, de sambas a boleros. Em
português, inglês, italiano ou francês. Subtrai notas, altera o
andamento, introduz silêncios, junta versos e muda as letras. O
que resulta é algo bem distante do original. João Gilberto retira
os andaimes da música-matriz para torná-la mais direta,
objetiva e clara.

Quando se pergunta a João Gilberto por que não
compõe mais, sua explicação é singela e generosa: "Mas há
tanta coisa bonita a ser consertada!". Ele prefere o trabalho
modesto de polir a beleza que já existe a satisfazer o seu "eu"
autoral.

(Mario Sergio Conti, Bravo, Março/2010)

A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes no segmento, foi realizada de modo INCORRETO em:

Alternativas
Comentários
  • Salvo engano,

    creio que seria da seguinte forma : Subtrai-las.

     

    Deus nos Abençoe !

  •  a) quando temos um verbo transitivo direto(VTD) terminado em R, S ou Z, retiramos esta última letra e acrescentamos LO, LA, LOS ou LAS de acordo com a concordância.

    b) verbo transitivo direto em regra geral possui a substituição de seu complemento verbal, o objeto direto, por O, A OS ou AS. Sendo que neste caso ocorreu uma próclise devido ao pronome indefinido QUE que atraiu o pronome oblíquo "substituidor".

    c) Mais uma vez o caso do VTD terminado em R, S ou Z(vide explicação da letra a) ).

    d) O erro da questão está na substituição por LHES, que é usado apenas para verbos transitivos indiretos(VTI), sendo que o verbo em questão é VTD terminado em ditongo oral. Neste caso, a substituição é feita de acordo com a regra geral substituindo o complemento verbal(no caso o objeto direto) por O, A, OS, ou AS.

    e) Nesta opção temos um VTI, com a regra de substituição do complemento por LHES, LHE. A substituição de A + "nome qualquer" é feita por A + LHE(S). Outro aspecto importante desta questão é a ocorrência da próclise devido ao pronome interrogativo.

  • Respondendo ao João Gabriel.

    Subtrai-as.

  • acho que é subtrai-as.

  • É subitrai-las sim. Verbo no infinitivo (subitrair), como termina com R, troca o "as" por "las". Quando o verbo for nasal, por exemplo: Mantêm as aparências, fica: Mentêm-nas. Troca o "as" por "nas".

  • O verbo subtrair não é VTI? Subtrair algo de alguém...ou no contexto ele é VTD?

  • Subtrai as notas : subtrai – as

    Subtraíram as moedas : subtraíram-nas

    Subtraiu o pão : subtraiu-o

    Subtrair as notas : subtraí-las

    Deve ser de acordo com a conjugação, pois se for considerar o verbo pelo infinitivo todos vão terminar em r.

    bons estudos!

ID
236452
Banca
FCC
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Há uma rotina de ideias a que não escapa sequer o escritor original. Os grandes temas, os temas universais, reduzem-se a uma contagem nos dedos – e quem escreve ficção vai beber sempre na mesma aguada. Um ficcionista puxa outro. Dostoievski, Faulkner, Kafka deflagraram muitos contemporâneos, graças à sua força extraordinária de gravitação. Servem de impulso à primeira largada, seus modos de dizer e maneira de ver e sentir o mundo deixam de ser propriedade privada, incorporam-se à literatura como conquista de uma época, um condomínio em que as ideias se desligam e flutuam soltas. 

    Fala-se comumente em influências na obra deste ou daquele autor. O termo, com o tempo, perdeu contorno pejorativo. Quem não tem influências, quem não se abeberou em alguém? Literatura é um organismo vivo que não cessa de receber subsídios. Felizes os que, contribuindo com essa coisa inquietante que é escrever, revigoram-lhe o lastro. Eles se realizam em termos de criação artística e contribuem, com sua experiência e suas descobertas, para que outros cheguem e deitem ali, também, o seu fardo.

    Stendhal inventou para o amor a teoria da cristalização que se poderia aplicar à coisa literária. No fundo, as ideias são as mesmas, descrevem um círculo vicioso que o escritor preenche conscientemente, se acrescentar ao que já encontrou feito uma dimensão pessoal. Criação espontânea, inspiração, musa? Provavelmente não existem, pelo menos na proporção em que os românticos quiseram valorizar as manifestações do seu espírito. Escrever – e falo sempre em termos de criar – é um exercício meticuloso em busca do amadurecimento; quem escreve retoma uma experiência sedimentada, com o dever, que só alguns eleitos cumprem, de alargá-la dentro da perspectiva do homem e da época.

(Hélio Pólvora. Graciliano, Machado, Drummond & Outros. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975, pp. 37-38)

Considere as afirmativas abaixo.

I. O emprego do pronome lhe em revigoram-lhe o lastro imprime a esse pronome valor de possessivo, pois equivale a revigoram seu lastro ou, de outro modo, revigoram o lastro da literatura. (2º parágrafo)

II. O emprego das formas verbais contribuem, cheguem e deitem, flexionadas nos mesmos tempo e modo, denota, no contexto, uma mesma noção, a de hipótese provável. (2º parágrafo)

III. Ao transpor para a voz passiva a oração que o escritor preenche conscientemente, o resultado será preenchidas conscientemente pelo escritor, porque o pronome que refere-se diretamente a ideias. (3º parágrafo)

IV. A forma pronominal grifada em alargá-la dentro da perspectiva do homem e da época evita a substituição, no contexto, da expressão uma experiência sedimentada. (3º parágrafo)

Está correto o que se afirma APENAS em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra B, corretas I e IV. Analisando as erradas:

    II. O emprego das formas verbais contribuem, cheguem e deitem, flexionadas nos mesmos tempo e modo, denota, no contexto, uma mesma noção, a de hipótese provável.

    Cheguem e Deitem estão flexionadas nos mesmos tempo e modo (PRESENTE do SUBJUNTIVO). O subjuntivo denota uma hipótese provável.

    MAS o verbo Contriuem está no PRESENTE DO INDICATIVO e indica o fato no momento em que se fala.

    III. Ao transpor para a voz passiva a oração que o escritor preenche conscientemente, o resultado será preenchidas conscientemente pelo escritor, porque o pronome que refere-se diretamente a ideias. 

    "(...) as ideias são as mesmas, descrevem um CÍRCULO VICIOSO que o escritor preenche conscientemente,(...)"

    O pronome 'que' refere-se a "circulo vicioso". Assim, na voz passiva ficaria:

    .. um círculo vicioso preenchido conscientemente pelo escritor.

  • Rodrigo o seu comentário esta excelente com uma pequena ressalva.
    Da voz ativa para a voz passiva analítica acrescenta-se um verbo. se tiver: 1 verbo vai pra 2 verbos; 2 vai pra 3...

    "O pronome 'que' refere-se a "circulo vicioso". Assim, na voz passiva ficaria:

    .. um círculo vicioso é preenchido conscientemente pelo escritor".

  • Explicação para a IV?


ID
238570
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre o natural e o sobrenatural

Outro dia escrevi sobre a importância do não saber, de como o conhecimento avança quando parte do não saber, isto é, do senso de mistério que existe além do que se sabe. A questão aqui é de atitude, de como fazer frente ao desconhecido. Existem duas alternativas: ou se acredita na capacidade da razão e da intuição humana (devidamente combinadas) em sobrepujar obstáculos e chegar a um conhecimento novo, ou se acredita que existem mistérios inescrutáveis, criados por forças além das relações de causa e efeito.

No meu livro Criação imperfeita, argumentei que a ciência jamais será capaz de responder a todas as perguntas. Sempre existirão novos desafios, questões que a nossa pesquisa e inventividade não são capazes de antecipar. Podemos imaginar o conhecido como sendo a região dentro de um círculo e o desconhecido como sendo o que existe fora do círculo. Não há dúvida de que à medida que a ciência avança o círculo cresce. Entendemos mais sobre o universo e entendemos mais sobre a mente. Mas, mesmo assim, o lado de fora do círculo continuará sempre lá. A ciência não é capaz de obter conhecimento sobre tudo o que existe no mundo. E por que isso? Porque, na prática, aprendemos sobre o mundo usando nossa intuição e instrumentos. Sem telescópios, microscópios e detectores de partículas, nossa visão de mundo seria mais limitada. Porém, tal como nossos olhos, essas máquinas têm limites.

Parafrasendo o poeta romano Lucrécio, as pessoas vivem aterrorizadas pelo que não podem explicar. Ser livre é poder refletir sobre as causas dos fenômenos sem aceitar cegamente "explicações inexplicáveis", ou seja, explicações baseadas em causas além do natural.

Não é fácil ser coerente quando algo de estranho ocorre, uma incrível coincidência, a morte de um ente querido, uma premonição, algo que foge ao comum. Mas, como dizia o grande físico Richard Feynman, "prefiro não saber a ser enganado."
E você?

(Adaptado de Marcelo Gleiser, Folha de S. Paulo, 11/07/2010)

A ciência é indispensável: deve-se à ciência o conhecimento de um sem-número de fenômenos que coube a ciência explicar, razão pela qual deve-se conferir à ciência a importância do que nos humaniza.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • (a + a) artigo + preposição, início de frase,ênclise obrigatória = deve-se-lhe

    coube a ciência (a preposição) = lhe coube

    conferir a + a (art. + preposição) ciência: conferir-lhe

  • O pronome correto a ser utilizado é o "lhe", referindo "a ela" (ciência). De resto, trata-se somente de um problema de colocação pronominal. Logo, temos que os respectivos fragmentos assumirão as seguintes disposições:

    I) "...deve-se à ciência..." tornar-se-á "deve-se lhe", pois o pronome átono "lhe" substitui o termo "a ciência"

    II) "...coube à ciência..." tornar-se-á "lhe coube", haja vista a partícula "que" atrair o pronome "lhe" obringando o uso da próclise.

    III) "...conferir à ciência..." tornar-se-á "conferir-lhe", novamente com o pronome "lhe" substituindo "a ciência".

     

    Bons estudos a todos! ;-)


    • d) deve-se-lhe (correto)- lhe coube-lhe (olhar explicação da letra a) - conferir-lhe -la(olhar explicação da letra c)
    • e) deve-se a esta (correto. aqui caberia "a esta" ou "a essa" - ambos termos podem exercer valor anafórico, como indicam as gramáticas mais aprofundadas. p/ valor catafórico, somente "este" e derivados)- lheslhe coube (coube a quem? a ciência = singular. não caberia o pronome no plural)- lhe conferir (se não me engano, aqui poderia ser próclise - lhe conferir - ou ênclise - conferir-lhe).
    • a) deve-se à a ela (não se usa artigo antes de "ela", somente a preposição "a") - lhe coube-lhe(o pron. relativo "que" é palavra atrativa - próclise obrigatória)- conferir-lhe (correto)
    • b) deve-se-lhe (correto = caso de ênclise obrigatória - no início da frase ou após uma pausa interna de um período)- lhe coube (correto. explicado acima.)- conferir-lhe (correto).
    • c) deve-seà mesma (expressão indevida - a norma culta recomenda evite o uso de "o mesmo" e "a mesma" no lugar de substantivos ou pronomes. Poderia ser: a ela, a esta, a essa ou deve-se-lhe) - a lhe coube ("a" exerce função de objeto direto. o pronome que exerce função de objeto indireto - complemento - é o "lhe") - conferir-lhe -la (mesmo caso do anterior - "lo", "la", "no", "na" exercem função de objeto direto, e todas as substituições do exercício se referem a objetos indiretos - DEVE-SE À CIÊNCIA; CABE À CIÊNCIA; CONFERE À CIÊNCIA).
  • Deve-se à ciência - Quem deve, deve alguma coisa a alguém. (Objeto Indireto-Usa o lhe). Como não existe palavra atrativa, fica deve-se-lhe.

    Coube a ciência explicar - Cabe alguma coisa a alguém (Objeto Indireto - Usa o lhe). Como o pronome "que" é uma palavra atrativa, fica: lhe coube.

    Conferir à ciência - Quem confere, confere alguma coisa a alguém (Objeto Indireto - Usa o lhe) Como não existe palavra atrativa, fica conferir-lhe
  • GABARITO: B

    Leiamos de novo: “Deve-se o conhecimento de um sem-números... À CIÊNCIA. Qual é o pronome oblíquo átono que substitui termo preposicionado? Isso, o ‘lhe’. Por isso a forma “deve-se-lhe” (= deve-se à ciência) está correta.

    O verbo ‘caber’ pede um complemento preposicionado (objeto indireto), iniciado por A. Por isso “coube à ciência = lhe coube”. A próclise ocorre porque o vocábulo ‘que’ atrai.

    O verbo ‘conferir’ pede um complemento preposicionado (objeto indireto), iniciado por A. Por isso “conferir à ciência = conferir-lhe”. Ocorre ênclise por se tratar de uma locução verbal. Poderia ficar em posição proclítica também: “... razão pela qual se lhe deve conferir...”. Ia ficar feio, mas para a gramática está bonito.

    :)
  • CONFORME VILELA (1992 p. 123), o pronome oblíquo LHE só poderá ser utilizado quando possuir o traço [+ humano], [+ ser vivo] ou [+ animado]

    Esta questão está equivocada, pois "ciência" não apresenta tais características.


ID
263746
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A frase em que o complemento verbal destacado NÃO admite a sua substituição pelo pronome pessoal oblíquo átono lhe é:

Alternativas
Comentários
  • Além das regrinhas basicas de substituição de complementos por pronomes obliquos atonos o, a ( complemento sem preposiçao) e lhe ( complemento preposicionado) é importante lembrar que o uso do lhe só é permitido para substituir pessoas. Dentre as alternativas debate foi o unico elemento substituido que se trata de coisa. Todos os demais se referem a pessoas. Alternativa B portanto. atenção, esta regra não vale para a FCC, ela é a unica banca que admite o lhe substituindo coisa.

  • O pronome átono lhe serve para "OI" ou "ADJUNTO ADNOMINAL".
    OI --> para pessoas lhe(podem substituir por: a ele(a), ou a alguém, para coisa)
    Adjunto Adnominal --> valor possessivo (podem substituir por: seu, sua/ dele(a).
    Ex.
    OI. (pessoa)
    Contaria a verdade ao rapaz, se pudesse.
    Contaria-lhe a verdade...
    Contaria a ele a verdade...
    OI (coisa)
    Ele continuava desolado, pois não assistiu ao debate.
    Ele continuava desolado, pois não assistiu a ele.
    Valor Possessivo 
    O gerente arrancou a caneta da suas mãos.
    O gerente arrancou- lhe a caneta.
                                         A.Adnominal (das mãos dele/ das suas mãos).
  • Comentário objetivo:

    a) Após o acordo, o diretor pagou aos funcionários o salário.
    Após o acordo, o diretor PAGOU-LHES o salário.

    c) Alguém informará o valor ao vencedor do prêmio.
    Alguém INFORMAR-LHE-Á o valor do prêmio.

    d) Entregou o parecer ao gerente para que fosse reavaliado.
    ENTREGOU-LHE o parecer para que fosse reavaliado.

    e) Contaria a verdade ao rapaz, se pudesse.
    CONTARIA-LHE a verdade, se pudesse.  

  • Na letra e) Contaria é futuro do pretérito, por isso ficaria: Contar-lhe-ia a verdade, se pudesse.
    Certo?

    Abraços, guerreiros!
  • Pessoal. Sem se aprofundar nos blablablas das respostas acima. Anotem e decorem essas regras, eu as aprendi no curso.

    1 - Verbo ASSISTIR com idéia de VER e PRESENCIAR é Verbo Transitivo Indireto, porém NÃO admite o pronome LHE (pron. obliquo).

    2 - Verbo VISAR no sentido de DESEJAR é Verbo Transitivo Indireto, porém NÃO admite o pronome LHE (pron. obliquo).

    3 - Verbo ASPIRAR no sentido de DESEJAR é Verbo Transitivo Indireto, porém NÃO admite o pronome LHE (pron. obliquo).
        
    Se cair isso, confiem nisso. Abraços e sucesso.
  • alguns verbos (assistir, aludir, aspirar) não aceitam POA lhe como complemento>>>
    assisto ao documentário = assisto A ELE (e não assisto-lhe)
  • Na alternativa c, acredito que a próclise seja obrigatória pela atração do pronome indefinido.

    MESÓCLISE

    Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, …)
    Ex:.

    - Convidar-me-ão para a festa.
    - Convidar-me-iam para a festa.


    Observação:
    Se houver um fator de próclise, esta será obrigatória, mesmo com o verbo no futuro.
    Ex.: Não te darei um beijo.

    fonte: Prof. Amauri / CEDJ.

     

  • IMPORTANTE: nem todo verbo transitivo indireto permite que o pronome oblíquo “lhe” seja usado como complemento. Alguns verbos transitivos indiretos que regem a preposição “a” só admitem como complemento as expressões “a ele”, “a ela”, “a eles”, “a elas”. Dentre esses verbos, destacam-se: “aspirar” (no sentido de almejar), “visar” (no sentido de ter em vista), “assistir (no sentido de ver), “aludir”, “referir-se”, “anuir”.
     
     
    Vamos substituir o complemento verbal destacado por um pronome em cada alternativa:
     
    (A) Após o acordo, o diretor pagou aos funcionários o salário.
     
    “...o diretor pagou-lhes o salário.”
     
    (B) Ele continuava desolado, pois não assistiu ao debate.
     
    “pois não assistiu a ele.”
     
    (veja que o verbo “assistir” nesse sentido não permite “lhe” como complemento)
     
    (C) Alguém informará o valor ao vencedor do prêmio.
     
    “Alguém lhe informará o valor do prêmio.”
     
    (D) Entregou o parecer ao gerente para que fosse reavaliado.
     
    “Entregou-lhe o parecer...”
     
    (E) Contaria a verdade ao rapaz, se pudesse.
     
    “Contar-lhe-ia a verdade, se pudesse.”
  • O engraçado é que a questão fala em lhe no enunciado, mas na opção A só é possível utilizar lhes.
  • NÃO ASSISTIU A ELE .DEBATE.

  • Os pronomes oblíquos “o(s)” e “a(s)”, quando são complementos verbais, funcionam sempre como objeto direto. Por isso, “o(s)” e “a(s)” sempre aparecerão como complementos de verbos transitivos diretos.

     

    O pronome oblíquo “lhe(s)”, quando é complemento verbal, funciona sempre como objeto indireto. Por isso o pronome “lhe(s) sempre aparecerá como complemento de verbo transitivo indireto.

     

    Os demais pronomes oblíquos (“me”, “te”, “se”, “nos”, “vos” – formas átonas / “a mim”, “a ti”, “a si”, “a nós”, “a vós” – formas tônicas) podem funcionar como objeto direto ou como objeto indireto. A função do pronome vai depender da transitividade do verbo.

     

     

    IMPORTANTE: nem todo verbo transitivo indireto permite que o pronome oblíquo “lhe” seja usado como complemento. Alguns verbos transitivos indiretos que regem a preposição “a” só admitem como complemento as expressões “a ele”, “a ela”, “a eles”, “a elas”. Dentre esses verbos, destacam-se: “aspirar” (no sentido de almejar), “visar” (no sentido de ter em vista), “assistir (no sentido de ver), “aludir”, “referir-se”, “anuir”.

     

     

    Vamos substituir o complemento verbal destacado por um pronome em cada alternativa:

     

    (A) Após o acordo, o diretor pagou aos funcionários o salário.

     

    “...o diretor pagou-lhes o salário.”

     

    (B) Ele continuava desolado, pois não assistiu ao debate.

     

    “pois não assistiu a ele.”

     

    (veja que o verbo “assistir” nesse sentido não permite “lhe” como complemento)

     

    (C) Alguém informará o valor ao vencedor do prêmio.

     

    “Alguém lhe informará o valor do prêmio.”

     

    (D) Entregou o parecer ao gerente para que fosse reavaliado.

     

    “Entregou-lhe o parecer...”

     

    (E) Contaria a verdade ao rapaz, se pudesse.

     

    “Contar-lhe-ia a verdade, se pudesse.”

  • O pronome oblíquo átono ‘lhe’ substitui termo preposicionado que exerce
    função sintática de objeto indireto iniciado pela preposição A, PARA ou
    EM. Exemplo: Dei um presente à minha namorada (Dei-lhe um
    presente).

    No entanto, ele não serve de complemento para determinados verbos,
    como aceder, anuir, aludir, aspirar (almejar), assistir (ver), presidir,proceder, visar (almejar).
    Sendo assim, em B, é um erro reescrever
    assim: “Ele continuava desolado, pois não lhe assistiu”. O certo seria:

    “Ele continuava desolado, pois não assistiu a ele.”


    Só de curiosidade, alguns gramáticos dizem que o ‘lhe’ pode exercer
    função sintática de adjunto adnominal quando apresenta valor
    possessivo: Roubaram-lhe o carro = Roubaram o seu carro. Fica ligado
    nisso, pois há questões da CESGRANRIO trabalhando com esta doutrina
    gramatical.
    GABARITO: B.  FERNANDO PESTANA

  •         O LHE representa um complemento que representa o ser beneficiado ou alvo de uma ação, assim com alguns verbos, como aludir, anuir, aceder, aspirar (almejar), assistir (ver), escarnecer, proceder, presidir, recorrer, referir (aludir), visar (almejar), o lhe  NÃO PODERÁ SER USADO, pois esses verbos não possuem esse sentido.

     

                 Por outro lado, o comentário da Rosana está errado! Vejam o que Pestana diz:

     

                 "Alguns gramáticos modernos, como Pasquale Cipro Neto e Ulisses Infante, dizem que o lhe só substitui pessoa. Veja, porém, que isso não é verdade, pois o gramático Rocha Lima, Bechara e a Academia Brasileira de Letras pensam diferente (e, para sacramentar, as questões da FCC corroboram o que dizem tais fontes). Leia o ensino da ABL:

     

                Pergunta: Consultei uma gramática tradicional que afirma que o pronome oblíquo átono lhe só substitui pessoas. Mas, em “Paguei-lhe (ao banco) a dívida.” e “Dei-lhe (no cachorro) um trato.”, o lhe está usado erradamente? Não entendo! Por favor, ajudem! Grato!


                 Resposta: “O objeto indireto é o complemento que representa a pessoa ou coisa a que se destina a ação, ou em cujo proveito ou prejuízo ela se realiza.” Ex.: Aos meus escritos, não lhes dava importância nenhuma. Lhes é objeto indireto em relação a escritos, portanto, coisa. “Fiquei só com oito ou dez cartas para reler algum dia e dar-lhes o mesmo fim.” (Machado de Assis, Memorial de Aires)."

     

                                                                                                                                  A Gramática, Fernando Pestana. 2ª ed. pg. 752.

  • usando a preposição PARA, dava para responder, 
     

    A)Após o acordo, o diretor pagou aos funcionários o salário.
        Após o acordo, o diretor pagou PARA OS funcionários o salário.

     

    B)Ele continuava desolado, pois não assistiu ao debate.
        Ele continuava desolado, pois não assistiu PARA O debate

     

    C)Alguém informará o valor ao vencedor do prêmio.
         Alguém informará o valor  PARA O vencedor do prêmio.

     

     D)Entregou o parecer ao gerente para que fosse reavaliado.
         Entregou o parecer PARA O gerente para que fosse reavaliado.

     

     E)Contaria a verdade ao rapaz, se pudesse.
         Contaria a verdade PARA O rapaz, se pudesse.

    GAB: B

  • "O pronome oblíquo átono lhe normalmente exerce função de objeto indireto, por isso aparentemente não haveria problema em usar tal pronome para substituir ao debate; no entanto, o lhe não é usado como complemento de alguns verbos, como aludir, anuir, aceder, aspirar (almejar), assistir (ver), escarnecer, proceder, presidir, recorrer,  referir (aludir), visar (almejar)". Fonte: Pestana.

  • lhe: substitui apenas pessoa

    (A) Após o acordo, o diretor pagou aos funcionários  (pessoa) o salário.

     

    (B) Ele continuava desolado, pois não assistiu ao debate (não é pessoa).“pois não assistiu a ele.”

     

    (C) Alguém informará o valor ao vencedor (pessoa)  do prêmio.

     

    (D) Entregou o parecer ao gerente (pessoa) para que fosse reavaliado.

     

    (E) Contaria a verdade ao rapaz (pessoa), se pudesse.

     

    LETRA B.

  • Essas bancas são engraçadinhas, se fosse em outro momento elas diriam que seria a letra A, pois, de fato, não caberia LHE, mas sim LHES. Mas aí a gente sabe que é tempo perdido recorrer. Abs


ID
333466
Banca
FCC
Órgão
TRT - 23ª REGIÃO (MT)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Do homicídio*

Cabe a vós, senhores, examinar em que caso é justo pri-
var da vida o vosso semelhante, vida que lhe foi dada por Deus.
Há quem diga que a guerra sempre tornou esses
homicídios não só legítimos como também gloriosos. Todavia,
como explicar que a guerra sempre tenha sido vista com horror
pelos brâmanes, tanto quanto o porco era execrado pelos ára-
bes e pelos egípcios? Os primitivos aos quais foi dado o nome
ridículo de quakers** fugiram da guerra e a detestaram por
mais de um século, até o dia em que foram forçados por seus
irmãos cristãos de Londres a renunciar a essa prerrogativa, que
os distinguia de quase todo o restante do mundo. Portanto,
apesar de tudo, é possível abster-se de matar homens.
Mas há cidadãos que vos bradam: um malvado furou-me
um olho; um bárbaro matou meu irmão; queremos vingança;
quero um olho do agressor que me cegou; quero todo o sangue
do assassino que apunhalou meu irmão; queremos que seja
cumprida a antiga e universal lei de talião.
Não podereis acaso responder-lhes: “Quando aquele
que vos cegou tiver um olho a menos, vós tereis um olho a
mais? Quando eu mandar supliciar aquele que matou vosso
irmão, esse irmão será ressuscitado? Esperai alguns dias;
então vossa justa dor terá perdido intensidade; não vos
aborrecerá ver com o olho que vos resta a vultosa soma de
dinheiro que obrigarei o mutilador a vos dar; com ela vivereis
vida agradável, e além disso ele será vosso escravo durante
alguns anos, desde que lhe seja permitido conservar seus dois
olhos para melhor vos servir durante esse tempo. Quanto ao
assassino do seu irmão, será vosso escravo enquanto viver. Eu
o tornarei útil para sempre a vós, ao público e a si mesmo”.
É assim que se faz na Rússia há quarenta anos. Os
criminosos que ultrajaram a pátria são forçados a servir à pátria
para sempre; seu suplício é uma lição contínua, e foi a partir de
então que aquela vasta região do mundo deixou de ser bárbara.


(Voltaire - O preço da justiça. São Paulo: Martins Fontes,
2001, pp. 15/16. Trad. de Ivone Castilho Benedetti)

* Excerto de texto escrito em 1777, pelo filósofo iluminista
francês Voltaire (1694-1778).

** Quaker = associação religiosa inglesa do séc. XVI, defen-
sora do pacifismo.

Muitos se dizem a favor da pena de morte, mas mesmo os que mais ardorosamente defendem a pena de morte não são capazes de atribuir à pena de morte o efeito de reparação do ato do criminoso que supostamente mereceria a pena de morte.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • Letra A.

    Muitos se dizem a favor da pena de morte, mas mesmo os que mais ardorosamente a defendem não são capazes de lhe atribuir o efeito de reparação do ato do criminoso que supostamente a mereceria.

    Primeiras Observações:
    Defender -> verbo transitivo direto.
    Atribuir -> verbo transitivo direito e indireto.
    Merecer -> verbo transitivo direto.

    Na colocação pronominal de pronomes clíticos (me, te, se, o (s), a (s), ele (s), nos, vos), a Próclise deve vir antes do verbo.

    Na locução verbal, o verbo auxiliar vem conjugado e o verbo principal  no infinitivo, no gerúndio ou no particípio. Quando no infinitivo, como no caso da questão, vem antes do verbo.


    Veja, pois, que não foi o caso de mesóclise ou ênclise.

    Mesóclise – usa-se no meio de verbos no futuro (do presente e do pretérito); Ex.Tirar-me-á os sapatos, dar-me-á o jornal . Havendo um caso de mesóclise e ênclise, prevalece a mesóclise.
     
    Ênclise – depois de verbos que iniciam oração. Ex. Tire-me os sapatos, dê-me o jornal ( tanto tirar como o dar estão iniciando orações. Não confundir período com oração. Período é aquele entre um ponto e outro, e oração é uma por verbo).

  • Muitos se dizem a favor da pena de morte, mas mesmo os que mais ardorosamente defendem a pena de morte não são capazes de atribuir à pena de morte o efeito de reparação do ato do criminoso que supostamente mereceria a pena de morte. 

    Opção: A correta

    O sufixo "mente" torna os adjetivos ardorosa e suposta em ADVÉRBIOS. Estes antecedem os verbos defendem e mereceria o que justifica a próclise , ou seja, qd o verbo é antecedido de advérbio usa-se o pronome antes do verbo.
  • Letra A

    . Ardosamente é advérbio, palavra atrativa. A próclise é obrigatória.
    Eliminamos as letras C e E

    . "À pena de morte" é objeto indireto. Só pode ser substituído por "lhe". Além do mais, há erro de acentuação nas letras B e C (ATRIBUÍ-LA)
    Eliminamos a letra B

    .Supostamente também é advérbio. A próclise é obrigatória.
    Eliminamos a letra D

    OBS: O sufixo MENTE é formador de advérbios.
  • Ótimos comentários acima que justificam a próclise por meio de advérbio como palavra atrativa.

    Quanto a outra próclise: atribuir à pena de morte = de lhe atribuir ; acho que foi ocasionada pelo pronome indefinido Muitos no começo da frase.

    Assim talvez fique melhor de visualizar:

    Muitos não são capazer de lhe atribuir


    Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/colocacao-pronominal-proclise-mesoclise-enclise/

  • Acredito que há um erro na colocação do verbo defender, visto que na frase a pena de morte NÃO se encontra no plural. Assim, creio que o correto do verbo defender, no contexto, deveria estar na forma singular: A DEFENDE.

    Aceito comentários a respeito.

    Bons estudos!
  • Caro amigo Moisés 

    "os que mais ardorosamente 
    defendem a pena de morte "
     a pena de morte é OBJETO DIRETO
    o sujeito é  termo "os"
  • Pessoal, mas o "LHE" só não se usa para pessoas? 

    Desde já grato
  • Link interessante.

     
  • Nao seria MERECEM-NA? Por ser terminado em -m ?? 
    Assim que alguem responder me avise por inbox =]

    Bons estudos ! 
  • Colega 'cantares' você está certo em sua afirmação, mas atente para um detalhe: o lhe também será usado quando o campo semântico tratar o objeto em questão como pessoa, a FCC adora fazer isto.
    Ao outro amigo que perguntou sobre "merecem-na", está correto também, mas no caso da frase existe o termo atrativo 'supostamente' obrigando assim a construção a ser "a merecem", igualmente acontece na primeira forma da frase se você observar bem, com o 'ardorosamente'
  • Um mneumônico bobo para guardar alguns elementos atrativos: NARIS DE OPTOU EM GERÚNDIO:
    Palavra      Negativa
                      Advébio
    Pronome    Relativo
    Pronome     Indefinido/interrogativo
    Conjunção Subordinativa
    Pronome    Demonstrativo
    Oração       Exclamativa
    OPTOU - Oração optativa (exprime desejo. Ex: Deus te guie!)
    EM + GERÚNDIO - Ex: em se tratando...
    Ajuda bastante rs


  • Pessoal, cuidado com os comentários escolhidos como os mais úteis.Percebi que a aluna Joice Souza utilizou uma classificação(pronomes clíticos) do português de Portugal para classificar um pronome pessoal oblíquo.Isso confunde as pessoas, além do comentário ser redundante em suas explicações.

  • Muitos se dizem a favor da pena de morte, mas mesmo os que mais ardorosamente ( ADVERBIO)  defendem a pena de morte não são capazes de atribuir à pena de morte o efeito de reparação do ato do criminoso que supostamente ( ADVÉRBIO)  mereceria a pena de morte

    QUEM DEFENDE, defende ALGO ( verbo transitivo DIREITO já não cabe LHE.) 

    QUEM ATRIBUI, atribui ALGO A ALGO ( VTDI - cabe o LHE) 

    QUEM MERECE, merece ALGO ( não cabe LHE)

     

    Essa é a primeira coisa que vcs devem fazer. Depois: veja se tem palavra atrativa. A negada faz macete e tal, mas acho sabendo desse já mata quase todas as questões: QUE e ADVERBIO. Se tem palavra atrativa TERÁ PRÓCLISE.

    Muitos se dizem a favor da pena de morte, mas mesmo os que mais ardorosamente A ( pois sabemos que não pode o,LHE) defendem e não são capazes de atribuir-LHE ( porque tem objeto indireto) o efeito de reparação do ato do criminoso que supostamente A (pois sabemos que não pode o,LHE)  mereceria

     

    Tudo isso vc tem que fazer mentalmente e em 20 segundos haha

    GABARITO ''A''

  • Ainda não entendi o motivo da próclise do LHE. Por que não "atribuir-lhe"? Alguém?

  • Nessa questão, você deve marcar a menos errada.


ID
347803
Banca
FUNRIO
Órgão
SEBRAE-PA
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quando é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer, a voz humana não encontra quem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for. Porque todos, todos, temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada pelos demais.

Galeano, E. Celebração da voz humana/2. In: ___. O livro dos abraços. L & PM, 1991. p. 23 (fragmento) 

Em “quem a obtenha” e “temos algo a dizer”, a palavra “a” presente nos dois fragmentos classifica-se, respectivamente, como

Alternativas
Comentários
  • Somente a título de correção do enunciado para que não venha a gerar uma possível dúvida, eis que:

    ERRADO ===> Em “quem a obtenha"...
    CORRETO ===> Em “quem a detenha"...
  • Só enriquecendo um pouco mais os comentários (livro Curso Prático de Gramática de Ernani Terra)

    Diferença entre artigo e preposição

    Artigo
    É uma palavra gramatical, isto é, isoladamente não possui significado. Sempre está ligado a um substantivo do qual depende e com o qual concorda em gênero e número, formando um grupo nominal cujo núcleo será o substantivo. Pode ser definido ou indefinido.

    a) artigo definido: determina o substantivo de modo preciso, particularizando-o. Pode ser singular (o,a) ou plural (os,as).

    O menino resolveu a questão
    Os meninos resolveram as questões

    b) artigo indefinido: determina o substantivo de modo vago, impreciso, generalizando-o. Pode ser singular (um, uma) ou plural (uns, umas).

    Um jornalista viajou para uma cidade distante
    Uns jornalistas viajaram para umas cidades distantes

    Preposição
    É a palavra invariável que liga dois termos da oração, subordinando um ao outro (Exemplo: Seus primos moravam em Paris). Pode ser essencial ou acidental.

    a) preposições essenciais: são aquelas que sempre funcionam como preposição. São elas: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

    b) preposições acidentais: são palavras que, não sendo preposições, podem funcionar como tal. Exemplos: afora, conforme, consoante, durante, exceto, salvo, malgrado.
  • Letra B.

    No primeiro caso a observação é que os pronomes oblíquos átonos nunca demandam preposição conforme o caso em tela. Diferente dos tônicos que sempre "pedem" preposição.

    No segundo caso, temos um exemplo de preposição essencial, ou seja, essa não se formou da junção de outras palavras.



ID
352258
Banca
FUNCAB
Órgão
SES-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Imagem 002.jpg

Assinale a opção em que o pronome pessoal oblíquo tem o mesmo valor semântico do grifado em:

“O jogo ajudou Lucas a ampliar sua capacidade pulmonar e também lhe fortaleceu os músculos e a autoestima.”

Alternativas

ID
352300
Banca
FUNCAB
Órgão
SES-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Imagem 002.jpg

Em que opção o pronome pessoal oblíquo átono foi, de acordo com a norma culta da língua, INCORRETAMENTE colocado?

Alternativas
Comentários
  • A letra "E" é uma mesóclise. O verbo dizer está conjugado no Futuro do Pretérito do indicativo.

    Correto: Dizer-se-ia.


ID
375796
Banca
CETAP
Órgão
AL-RR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Jovial

            Só em teoria podemos falar no sentido “verdadeiro” das palavras. Na prática, um vocábulo terá o significado que os falantes de uma determinada época atribuírem a ele- é simples e trágico assim. Vejam o que vem acontecendo com jovial, que significava precisamente “alegre, folgazão, divertido, espirituoso”. Derivado de Júpiter (ou Jovis), (o mesmo Zeus dos gregos), este adjetivo entrou na língua por meio das duas irmãs, a Astrologia e a Astronomia, que eram muito mais próximas na Antiguidade Clássica do que hoje. Os astrônomos romanos só conheciam, além da Terra, os cinco planetas observáveis a olho nu, todos batizados com nomes do panteão divino: Júpiter, Mercúrio, Marte, Vênus e Saturno. Ao que parece, o batismo desses planetas seguiu mais ou menos um critério de comparação de sua aparência e de seu comportamento com as características de cada divindade. Mercúrio ganhou o nome do veloz mensageiro dos deuses por causa da rapidez com que se move; Júpiter recebeu o nome do deus supremo do Olimpo por seu brilho intenso e por sua trajetória peculiar, mais lenta e majestosa que a dos planetas mais próximos. E assim por diante.
            Para os romanos, as pessoas nascidas sob a influência de um planeta deveriam apresentar as características do deus correspondente. Júpiter era visto como uma divindade feliz, exuberante, alegre- daí o adjetivo jovialis, do Latim Tardio, pai de nosso jovial e avô de jovialidade e jovializar. Apreciem, prezados leitores, a clareza do bom Morais, cujo dicionário é de 1813: “Jovial- amigo de rir, e fazer rir”! E o Machado, então? O exemplo que trago, do conto Uma Noite, fala mais que qualquer dicionário: “Isidoro não se podia dizer triste, mas estava longe de ser jovial”.
            Este vocábulo e seus descendentes nada têm a ver com jovem e juventude, que vêm de família completamente diferente; no entanto, a grande semelhança entre os dois radicais (e o desconhecimento da origem mitológica de jovial) está fazendo muita gente usar um pelo outro. Todo santo dia, deparo com artigos que falam de pele jovial, roupa jovial, corte de cabelo mais jovial, onde há uma clara referência a jovem. Evolução? Não acho; a perda de uma diferença na língua sempre será um momento de luto, porque nos empobrece.

                                                                                                                        (MORENO, Claúdio. O Prazer das Palavras. p. 74)


Justifica, com correção, o emprego do pronome oblíquo em: “...sempre será um momento de luto, porque nos empobrece.”, a afirmativa:

Alternativas
Comentários
  • porque nos empobrece é subordinada à primeira oração.

    Em orações subordinadas, ocorre próclise!

  • Os advérbios também são palavras que atraem o pronome e causam a próclise, porém a questão trouxe confusão visto que a palavra "porque" junto é conjunção e "por quê" separado é advérbio. Mas na questão temos uma conjunção.
  •                                         COLOCAÇÃO PRONOMINAL

    1- ÊNCLISE- verbo + pronome.    EX: Observou-me pela janela.

    2- PRÓCLISE- pronome +  verbo. EX: Ela me observou pela janela.

    3- MESÓCLISE- início de verbo + pronome + terminação verbal. EX: Observar-me-á pela janela.

     

  • Uso da Próclise

    1. Orações negativas, que contenham palavras tais como não, ninguém, nunca.

    Exemplos:


    Não o quero aqui. Nunca o vi assim.

    2. Pronomes relativosindefinidos ou demonstrativos.

    Exemplos:


    Foi ela que o fez. Alguns lhes deram maus conselhos. Isso me lembra algo.

    3. Verbos antecedidos por advérbios ou expressões adverbiais, exceto quando haja vírgula depois do advérbio, uma vez que dessa forma o advérbio deixa de atrair o pronome.

    Exemplos:


    Ontem me disseram que havia greve hoje. Agora, descansa-se.

    4. Orações exclamativas e orações que exprimam desejo de que algo aconteça.

    Exemplos:


    Deus nos dê forças. Oxalá me dês a boa notícia.

    5. Orações com conjunções subordinativas.

    Exemplos:


    Embora se sentisse melhor, saiu. Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.

    6. Verbo no gerúndio regido da preposição em.

    Exemplos:


    Em se tratando de confusão, ele está presente. Em se decidindo pelo churrasco, eu trato da carne.

    7. Orações interrogativas.

    Exemplos:


    Quando te deram a notícia? Quem te presenteou?

    Leia também Quando Usar a Próclise.


    Uso da Mesóclise

    A Mesóclise é possível apenas com verbos do Futuro do Presente ou do Futuro do Pretérito. Se houver palavra atrativa, todavia, dá-se preferência ao uso da Próclise.

    Exemplos:


    Orgulhar-me-ei dos meus alunos. Orgulhar-me-ia dos meus alunos.



    Uso da Ênclise

    Quando o uso da Próclise e da Mesóclise não for possível, usa-se a Ênclise. A colocação de pronome depois do verbo é atraída pelas seguintes situações:

    1. Verbo no imperativo afirmativo.

    Exemplos:


    Depois de terminar, chamem-nos. Para começar, joguem-lhes a bola!

    2. Verbo no infinitivo impessoal.

    Exemplos:


    Gostaria de pentear-te a minha maneira. O seu maior sonho é casar-se.

    3. Verbo inicia a oração.

    Exemplos:


    Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo. Acordei e surpreendi-me com o café da manhã.

    4. Verbo no gerúndio (sem a preposição em, pois quando regido pela preposição em deve ser usada a Próclise).

    Exemplos:


    Vive a vida encantando-me com as suas surpresas. Faço sempre bolos diferentes experimentando-lhes ingredientes novos.




    fonte: https://www.todamateria.com.br/colocacao-pronominal/


ID
380860
Banca
EJEF
Órgão
TJ-MG
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A forma CORRETA da construção da preposição entre seguida de pronomes pessoais é

Alternativas
Comentários
  • os pronomes pessoais eu etu não podem vir precedidos de preposição, e, no caso, entre é uma preposição essencial, de modo que não permite construção em que se usem pronomes pessoais do caso reto. Exs.:

    EXEMPLOS.....................


    a) "Nada mais há entre tu e eu" (errado);
     
    b) "Nada mais há entre eu e tu" (errado);
     
    c) "Nada mais há entre ti e mim" (correto);
     
    d) "Nada mais há entre mim e ti" (correto);
     
    e) "Nada mais há entre eu e você" (errado);
     
    f) "Nada mais há entre mim e você" (correto).



    ATÉ MAIS!

    ;)
  • Os pronomes pessoais retos não podem ser preposicionados.

  • Os pronomes do caso oblíquo exercem função de complemento, enquanto os pronomes pessoais do caso reto de sujeito.

    Ex: Ela olhou para mim.( Complemento).

    Traga minha roupa para eu passar( sujeito).

    Após a preposição usa-se pronome pessoal do caso obliquo. 

    .Ex: isso fica entre mim e ela.

    Ela trouxe bolo para mim.e para ti.

    Sobre mim e você há uma nuvem.

    OBS: Preciso de ingredientes para mim fazer o bolo. Esta errado, pois não se utiliza pronome oblíquo como sujeito, neste caso o correto seria:Preciso de ingredientes para eu fazer o bolo.

  • A alternativa D está errada, pois o “eu” é um pronome átono, não pode ser acompanhado por preposição(entre).

  • A questão, na minha opinião, está mal elaborada, pois, para termos certeza se utilizaremos ou não preposição diante de pronomes pessoais do caso reto, devemos conhecer se os mesmos são ou não sujeitos da oração, pois se forem, é admitida a colocação precedente diante de tais pronomes. A questão não levantou essa hipótese.

  • Adriana Sampaio, o "eu" é pronome pessoal do caso reto!!!(Exerce, normalmente função de sujeito)

    Os pronomes pessoais oblíquos átonos são: me, te, se, nos, vos, o, a, os, as, lhe(s). (Exercem, normalmente, função sintática de complemento)

    Abraços e bons estudos, sempre!!!

  • Muito bom o comentario do professor Alexandre Soares....

  • ''Entre mim e ti'' e ''entre mim e você'' estão corretas! Professor Alexandre Soares

  • Pron. Pessoais

    *reto fazem papel de sujeito.. (eu, tu) mesmo tendo preposição. 

    * obliquos - complemento - vem com preposição (ex: entre) - (se tornam mim e ti).

    A questão só precisava ser um pouco mais específica. 

  • Pronome pessoal reto: SUJEITO

    Pronome pessoal oblíquo: COMPLEMENTO VERBAL

    Oblíquo tônico: objeto indireto

    Oblíquo átono: objeto direto

    Por isso, na questão, os pronomes retos e os oblíquos átonos não poderiam ser a resposta, porque eles são sempre sujeito e objeto direito, respectivamente, e não são precedidos de preposições.


ID
392101
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa cuja expressão destacada NÃO foi substituída corretamente pela forma pronominal destacada entre parênteses.

Alternativas
Comentários
  • Tenho minhas dúvidas quanto a esta questão: A palavra NENHUMA é negativa e é um pronome indefinido, sendo assim, deveria ser uma palavra atrativa, que tornaria a alternativa D errada.

    Alguém poderia explicar?
  • Pronome obliquo de objeto indireto sempre será lhe - lhes. As variações a-o-la-lo-na-no serão sempre objetos diretos, suas justificativas são por outros motivos.

  • Não entendi a questão

  • cujo objetivo é justamente permitir às pessoas (OI) a conquista da felicidade.” (permiti-las)

    cujo objetivo é justamente permitir às pessoas (OI) a conquista da felicidade.” (permiti-lhes)


ID
423046
Banca
FCC
Órgão
INFRAERO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O primeiro voo

Mais do que um marinheiro de primeira viagem, o passageiro de primeiro voo leva consigo os instintos e os medos primitivos de uma espécie criada para andar sobre a terra. As águas podem ser vistas como extensão horizontal de caminhos, que se exploram pouco a pouco: aprende-se a nadar e a navegar a partir da segurança de uma borda, arrostando-se gradualmente os perigos. Mas um voo é coisa mais séria: há o desafio radical da subida, do completo desligamento da superfície do planeta, e há o momento crucial do retorno, da reconciliação com o solo. Se a rotina das viagens aéreas banalizou essas operações, nem por isso o passageiro de primeira viagem deixa de experimentar as emoções de um heróico pioneiro.

Tudo começa pelo aprendizado dos procedimentos iniciais. O novato pode confundir bilhete com cartão de embarque, ignora as siglas das placas e monitores do aeroporto, atordoa-se com os avisos e as chamadas da locutora invisível. Já de frente para a escada do avião, estima, incrédulo, quantas toneladas de aço deverão flutuar a quilômetros de altura - com ele dentro. Localizada a poltrona, afivelado o cinto com mãos trêmulas, acompanha com extrema atenção as estudadas instruções da bela comissária, até perceber que ele é a única testemunha da apresentação: os demais passageiros (maleducados!) leem jornal ou conversam. Quando enfim os motores, já na cabeceira da pista, aceleram para subir e arrancam a plena potência, ele se segura nos braços da poltrona e seu corpo se retesa na posição seja-o-que-Deusquiser.

Atravessadas as nuvens, encanta-se com o firmamento azul e não tira os olhos da janela - até perceber que é um embevecido solitário. Alguns buscam cochilo, outros conversam animadamente, todos ignoram o milagre. Pouco a pouco, nosso pioneiro vai assimilando a rotina do voo, degusta o lanche com o prazer de um menino diante da merenda, depois prepara-se para o pouso na mesma posição que assumira na decolagem. Tudo consumado, resta-lhe descer a escada, bater os pés no chão da pista e convencer-se de que o homem é um bicho estranho, destinado a imaginar o irrealizável só pelo gosto de vir a realizá-lo. Nos voos seguintes, lerá jornal, cochilará e pouco olhará pela janela, que dá para o firmamento azul.

(Firmino Alves, inédito)

Ao utilizar pela primeira vez um aeroporto, o novato percorre o aeroporto como se estivesse num labirinto, buscando tornar o aeroporto familiar aos seus olhos, aplicando seus olhos na identificação das rampas, escadas e corredores em que se sente perdido.
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  •  Alternativa E 


    Percorre o aeroporto - Objeto direto (percorre-o);


    tornar o aeroporto -  Regra do R,S,Z, troca-se por la, lo, las,los; (torná-lo)


    aplicando seus olhos -  Objeto direto (aplicando-os).


  • O LHE NUNCA será objeto direto!


ID
445654
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UNEAL
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na frase: “Ontem vi ele no cinema”, a forma pronominal complemento do verbo ver é típica da modalidade coloquial oral. Qual seria, na modalidade escrita formal, a forma correspondente a vi ele?

Alternativas
Comentários
  • Verbo ver é objetivo direto, nao levando nenhuma preposição como complemento. A forma pronominal que nao exige preposição são ospronomes oblíquos átonos: -a,-o,-as,-os. Logo, "o vi" é a forma correta

  • Gabarito A

    COLOCAÇÃO

    Proclíticos - Posicionam antes do verbo.

    o  Palavra no sentido negativo: nunca, não...

    o  Pronome relativo: que, o qual...

    o  Pronome indefinido: tudo, nada...

    o  Pronome demonstrativo: esse, isso...

    o  Conj. Subordinada: porque, como...

    o  Com advérbios: aqui, bem...

    o  Com gerúndio precedido de preposição em: Em se tratando de...

    o  Orações exclamativa: Os céus te protejam!

    Mesoclíticos - Posicionam no meio.

    o  futuro do presente: sentir-se-á;(rei)

    o  futuro do pretérito: sentir-se-ia (ria - rie).

    Enclíticos - Coloca-se após ao verbo.

    o  Quando a oração inicia por verbos: Beije-me...

    o  Nas orações imperativas: Menina, beije-me...

    o  Não se usa ênclise com verbos no futuro do indicativo. A colocação pronominal deverá ser, necessariamente, proclítica ou mesoclítica. EX.: se alterarão OU alterar-se-ão


ID
514684
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SGA-AC
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em cada opção abaixo, apresenta-se uma oração e uma proposta de reescritura empregando-se o pronome oblíquo átono. Assinale a opção em que esse emprego é feito corretamente.

Alternativas
Comentários
  • Estaria correto a Letra A porque o sujeito atrai pronome "os", é isso?

  • Olá pessoal!

    Não compreendi o erro da alternativa "b". Alguém sabe explicar o erro dela?

    Bons estudos!!!


  • Sinceramente achei essa questão doida.

    A letra D poderia está correta também, pois a forma do pronome "no" se adéqua sempre o verbos terminados com palavras de som nasal - m,ão e õe. Não obstante, a questão A também está certa, pois ênclise e próclise é atraída pelo sujeito da oração.

  • Correta letra A!

    O, A, OS, AS exercem somente a função de objeto direto.

    O verbo produzir é VTD e exige OD, na questão o OD é efeitos devastadores (no plural).

    Portanto fica correto substituir o OD por OS (no plural).

    Lembrando que ''no Àrtico" é adjunto adverbial.


    Foco é fé. Deus é bom.

  • o erro da letra B é que o pronome deveria está no singular , porém o mesmo está no plural por tal motivo deixa a alternativa incorreta

  • Não entendi o erro da B  :(

  • Caro colega Wesley Sandes,

    o erro da letra D é que o complemento verbal do verbo é: "o limite ..." - note-se que o complemento está no masculino e no singular.

    Sendo assim, efetuando a troca pelo pronome oblíquo, o certo seria: "acompanham-nO". Diferentemente do que está expresso na alternativa D, que diz: "acompanham-nA". 

    Deus os abençoe, excelente estudos a todos. 

  • Não entendi o porque da letra A =/

     

     

    O aquecimento global está produzindo efeitos devastadores no Ártico — O aquecimento global os está produzindo no Ártico.

    Não seria uma locução verbal ? com qual verbo o objeto direto concordaria ?  

  • GABARITO: A

    A) O aquecimento global está produzindo efeitos devastadores no Ártico.

    Está produzindo o que?

    Quando a perguntar for O QUE ou QUEM, é VTD e então usamos A(S), O(S).

    Os está produzindo.

    B) Estaria correto se fosse: O derretimento do gelo vai permiti-la (pronome no singular).

    Permitir o que?

    Trata-se também de VTD. Regra do verbo terminado em R, S e Z. o “A(S)”, “O(S)” viram “LA(S)”, “LO(S)”.

    C) Os interesses econômicos estão provocando outro tipo de corrida.

    Provocando o que? = VTD

    estão os provocando.

    D) Estaria correto se fosse: As fronteiras das zonas econômicas nacionais acompanham-nas (pronome no plural).

    Acompanham o que?

    Trata-se também de VTD. Regra do verbo terminado em ditongos nasais (AM, EM, ÃO, ÕE) os pronomes A(S), O(S) viram NA(S), NO(S).


ID
516850
Banca
Exército
Órgão
EsPCEx
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a única alternativa que completa corretamente as lacunas do trecho abaixo.

“Adeus, ignaro. Não contes a ninguém o que ___ acabo de confiar, se não queres perder as orelhas. Cala-___, guarda, e agradece a boa fortuna de ter por amigo um grande homem, como eu, embora não ___ compreendas. Hás de compreender-___. Logo que tornar a Barbacena, dar-___-ei em termos explicados, simples, adequados ao entendimento de um asno, a verdadeira noção do grande homem. Adeus; lembranças ao meu pobre Quincas Borba. Não esqueças de ___ dar leite; leite e banhos; adeus, adeus... teu do coração.”

Machado de Assis. Quincas Borba. São Paulo: Ática, 1988.

Alternativas
Comentários
  • GAB E

  • Pela análise dos verbos, percebe-se que a flexão deles está na 2º pessoa do singular. Logo, gabarito E

  • Por que não poderia ser a letra B?

  • O vocativo no início ajuda mostrando que a conversa é com alguém, temos q saber se nas opções se trata do: "com quem se fala - 2ª pessoa" ou "de quem se fala - 3ª pessoa" e da para perceber que o texto é uma conversa direta, logo não pode ter a opção "lhe - 3ª pessoa". Com isso, a única alternativa que se encaixa é a letra E

  • todas elas estão so singular em modo obliquos então nesse caso com essa tabelas da para compreender.

    https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/pronomes-pessoais.htm#:~:text=Os%20pronomes%20pessoais%20s%C3%A3o%20aqueles,das%20tr%C3%AAs%20pessoas%20do%20discurso.&text=Os%20pronomes%20pessoais%20s%C3%A3o%20subdivididos,fun%C3%A7%C3%A3o%20de%20sujeito%20na%20ora%C3%A7%C3%A3o.

     

  • VMS SIMPLIFICAR

    tu: te.

    ele: você: lhe


ID
518224
Banca
Exército
Órgão
EsPCEx
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Voltemos à casinha. Não serias capaz de lá entrar hoje, curioso leitor; envelheceu, enegreceu, apodreceu, e o proprietário deitou-a abaixo para substituí-la por outra, três vezes maior, mas juro-te que muito menor que a primeira. O mundo era estreito para Alexandre; um desvão de telhado para as andorinhas."
( Machado de Assis )

Leia as afirmações abaixo, retiradas do texto e, a seguir, responda o que se pede.

I - "curioso leitor" é um aposto.

II - Na oração " Voltemos à casinha." o verbo é intransitivo.

III - "Juro-te que muito menor que a primeira." A palavra sublinhada é conjunção comparativa.

IV - Em "deitou-a abaixo" e "juro-te" as palavras sublinhadas têm a mesma função sintática.

Em relação às afirmações acima, estão corretas

Alternativas
Comentários
  • Não entendi pq a II está certa. Alguém pode ajudar?

    Se eu volto, volto a.. [transitivo indireto]

    Agradeço

  • I - "curioso leitor" é um aposto. (Errado)

    Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração. Vemos, claramente, que "curioso leitor" não se trata de um aposto. Trata-se de um vocativo.

    II - Na oração " Voltemos à casinha." o verbo é intransitivo. (Certo?!)

    Confesso que não consegui ver esse verbo como intransitivo. Existe verbo intransitivo preposicionado? Tá muito mais pra Verbo Transitivo Indireto.

    III - "Juro-te que muito menor que a primeira." A palavra sublinhada é conjunção comparativa. (Certo)

    IV - Em "deitou-a abaixo" e "juro-te" as palavras sublinhadas têm a mesma função sintática. (Errado)

    "Deitou-a abaixou". Quem deita, deita algo. Deitou ela. Portanto, "a" funciona como objeto direto.

    "juro-te". Quem jura, jura algo a alguém. Portanto, "te" funciona como objeto indireto.

    Diante do impasse na afirmativa II, a única maneira de chegar à resposta era por eliminação.

    GABARITO: LETRA C

  • Também não entendi muito bem a afirmação II

  • Não seria VTI?

  • eu acho que o verbo 'voltar' é sim VI, quem volta, volta. ex.: mãe, voltei. se você perguntar ao verbo 'da onde', isso seria adjunto adverbial de lugar. eu acho que na frase "voltemos à casinha" 'à casinha' é uma locução adverbial de lugar e por isso esta com crase.

    É claro que tou muito no achismo, caso eu esteja errado, por favor, retifiquem me.

  • Em relação ao verbo 'voltar', ele indica um DESTINO, o que normalmente é intransitivo, assim como: cair, ir, chegar, vir...

    E esses verbos admitem preposições "a" e "de", como foi visto no texto.

    Espero ter ajudado

  • a assertiva II está correta, "voltemos" = verbo intransitivo, pois não precisa de complemento para ter sentifo completo.

    "Voltei."

    "Cheguei."

    "Morreu."

  • "Voltemos" é intransitivo, não necessita de complemento. Neste caso, "à casinha" seria adjunto adverbial e não um objeto indireto

  • Acho que nesse caso voltar não tem sentido denotativo, simboliza que ele voltará a falar da casinha, e não literalmente voltar à casinha, pois nesse caso de fato não seria intransitivo


ID
527119
Banca
FAPEU
Órgão
TRE-SC
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise o emprego dos pronomes nas frases abaixo e escreva (C) para CERTO e (E) para ERRADO.

( ) Ela sairá com nós todos hoje.
( ) Eu almejava ostentar um dia o uniforme do Flamengo, no entanto faltava-me a virilidade dos garotos da rua.
( ) Assisti ao extraordinário filme Pelé Eterno e senti a mesma coisa da infância, no Maracanã: esqueci-me de mim.
( ) Ela serviu cordialmente, vendo-lhe comer calado, de olhos postos em um livro ou revista.
( ) – Sente-se, vou atender-lhe!

A seqüência CORRETA, de cima para baixo, é:

Alternativas
Comentários
  • Letra A..

    Não entendi por que a segunda assertiva está certa. Achei que a conjunção "no entanto" atraía o pronome "me", sendo obrigatória a próclise.
  • 2- acho que o "NO ENTANTO" é nexo coordenativo, por isso não puxa o pronome;
     

  • Observe que todas as alternativas indicam a última frase como CORRETA, no entanto, o pronome "lhe" e "lhes" refere-se à terceira pessoa, singular e plural, respectivamente. Nota-se, no diálogo, que o pedido está sendo feito ao interlocutor, que é a segunda do singular.

    O correto:

    Sente-se, vou atendê-lo.

    O pronome "o" precisa ser usado aqui neste contexto.


     
  • ( ) Ela sairá com nós todos hoje.

    "com nós" é utilizado com vem acompanhado de determinante (todos, ambos, mesmos...).
    Sem determinante usa-se "conosco". (Ela sairá conosco).
  • a) com nós todos, o todos especifica, realmente neste caso devemos usar com nós em vez de conosco.
    b)
    A única explicação que encontro é que há a possibilidade de uma virgula inplicita depois de no entanto. ..., no entanto, faltavame...neste casos a virgula repele o pronome
    c) Não se começa frase com pronome.
    d) O verbo ver pede objeto direto. ...,vendo–o comer calado.
    e)Locuções verbais com verbo no infinitivo ou gerúndio. O pronome tanto pode vir com o auxiliar qto o verbo principal. Vou lhe atender/Vou atender–lhe.

    Bem, acho que é isso.
  • (C) Ela sairá com nós todos hoje.
    Quando acompanhado de especificador devemos usar com nós, do contrário usamos conosco.
    (C) Eu almejava ostentar um dia o uniforme do Flamengo, no entanto faltava-me a virilidade dos garotos da rua.
    Conjunções coordenadas não são atrativas, independentemente de vírgula.
    (C) Assisti ao extraordinário filme Pelé Eterno e senti a mesma coisa da infância, no Maracanã: esqueci-me de mim.
    Esqueci => verbo pronominal -:> Esquecer-se, não há atrativos e depois de marcas de pontuação não devemos usar pronomes oblíquos.
    (E) Ela serviu cordialmente, vendo-lhe comer calado, de olhos postos em um livro ou revista.
    Ver - transitivo direto => o e não lhe
    vendo-o comer calado
    (E) – Sente-se, vou atender-lhe!
    Atender- transitivo direto => o e não lhe

ID
545323
Banca
CESGRANRIO
Órgão
PETROQUÍMICA SUAPE
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MINHA ALMA (A paz que eu não quero)

A minha alma está armada
E apontada para a cara do
Sossego
Pois paz sem voz
Não é paz é medo

Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz
Qual a paz que eu não
Quero conservar
Para tentar ser feliz

As grades do condomínio
São para trazer proteção
Mas também trazem a dúvida

Se é você que está nesta prisão
Me abrace e me dê um beijo
Faça um filho comigo
Mas não me deixe sentar
Na poltrona no dia de domingo
Procurando novas drogas de aluguel
Nesse vídeo coagido pela paz
Que eu não quero seguir admitido

Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz

YUKA, Marcelo / O Rappa. CD Lado B Lado A. WEA, 1999.

“Mas não me deixe sentar" (v. 17)
Considerando a passagem transcrita acima, analise as afirmações a seguir.
A colocação do pronome destacado no verso transcrito está adequada à norma padrão da Língua Portuguesa.
                                                                  PORQUE

A palavra “não", advérbio de negação, exige que o pronome oblíquo esteja em posição proclítica.
A esse respeito, conclui-se que

Alternativas
Comentários
  • Palavras negativas atraem o pronome
  • Gabarito A

  • De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de:

     

     

    LUGAR: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, embaixo, externamente, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta.

     

     

    TEMPO: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.

     

     

    MODO: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "-mente": calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente.

     

     

     

     

     

    AFIRMAÇÃO: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente.

     

    NEGAÇÃO: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.

    Q822878 CUDIADO PARA NÃO CONFUNDIR COM PRONOME INDEFINIDO:  NENHUM

     

     

     

    DÚVIDA: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe.

     

     

     

    INTENSIDADE: muito, demais, pouco, tão, em excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, extremamente, intensamente, grandemente, bem (quando aplicado a propriedades graduáveis).

     

     

    EXCLUSÃO: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente.
    Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores.

     

     

    INCLUSÃO: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também.
    Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a adolescência.

     

     

    ORDEM: depois, primeiramente, ultimamente.
    Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus amigos por comparecerem à festa.

     

    Q643168

     

    No contexto da FRASE:   "Jamais" não é considerado um advérbio de negação e sim advérbio de TEMPO, pode ser substituído por "Em tempo algum".

     

     

     

  • "Não" é uma palavra invariável, e segundo a regra geral da colocação pronominal: Antes de palavras invariáveis, o uso da próclise é obrigatório!

  • Como se trata de colocação pronominal em locuções verbais - verbo auxiliar + verbo no infinitivo, correto, também, seria:

    Mas não deixe sentar-me.

    obs: independente de haver a locução verbal, se a palavra negativa preceder um infinitivo é possivel a ênclise, ex. para não fitá-lo, deixei cair os olhos ou para não o fitar, deixei cair os olhos

    ex2: ele finge não me ouvir, ou ele finge não ouvir-me

    ex3: corri para o defender, ou corri para defendê-lo

    ex4: calei me para não contrariá-lo, ou calei-me para não o contrariar

  • GABARITO: LETRA  A

    ACRESCENTANDO:

    Próclise (antes do verbo): A pessoa não se feriu.

    Ênclise (depois do verbo): A pessoa feriu-se.

    Mesóclise (no meio do verbo): A pessoa ferir-se-á.

     

    Próclise é a colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo (PRO = antes)

    Palavras que atraem o pronome (obrigam próclise):

    -Palavras de sentido negativo: Você NEM se preocupou.

    -Advérbios: AQUI se lava roupa.

    -Pronomes indefinidos: ALGUÉM me telefonou.

    -Pronomes interrogativos: QUE me falta acontecer?

    -Pronomes relativos: A pessoa QUE te falou isso.

    -Pronomes demonstrativos neutros: ISSO o comoveu demais.

    -Conjunções subordinativas: Chamava pelos nomes, CONFORME se lembrava.

     

    **NÃO SE INICIA FRASE COM PRÓCLISE!!!  “Me dê uma carona” = tá errado!!!

     

    Mesóclise, embora não seja muito usual, somente ocorre com os verbos conjugados no futuro do presente e do pretérito. É a colocação do pronome oblíquo átono no "meio" da palavra. (MESO = meio)

     Comemorar-se-ia o aniversário se todos estivessem presentes.

    Planejar-se-ão todos os gastos referentes a este ano. 


    Ênclise tem incidência nos seguintes casos: 

    - Em frase iniciada por verbo, desde que não esteja no futuro:

    Vou dizer-lhe que estou muito feliz.

    Pretendeu-se desvendar todo aquele mistério. 

    - Nas orações reduzidas de infinitivo:

    Convém contar-lhe tudo sobre o acontecido. 

    - Nas orações reduzidas de gerúndio:

    O diretor apareceu avisando-lhe sobre o início das avaliações. 

    - Nas frases imperativas afirmativas:

    Senhor, atenda-me, por favor!

    FONTE: QC


ID
602737
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
TRE-SC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia com muita atenção o texto jurídico abaixo para responder às questões abaixo:

                                                      Vistos.
                                                      1.“B”, qualificada na inicial, interpôs estes EMBARGOS à EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL que lhe é movida por “A”, qualificada nos autos, visando a desconstituição do título exeqüendo.

                                                      A embargante alega, em resumo, que a embargada não está legalmente representada e não possui titulo hábil para a Execução, porque não comprovou a entrega e o recebimento da mercadoria nem a recusa do aceite; o título não é líquido porque não corresponde ao débito real; a duplicata foi efetivamente liquidada. Por fim, protestou por prova e requereu o levantamento da penhora com a condenação da embargada nos ônus do sucumbimento (fls. 3/5).

                                                    Recebidos os embargos (fl. 8), a embargada apresentou impugnação refutando o alegado e sustentando a liquidez, certeza e exigibilidade do título (fls. 11/13).

                                                   Intimada para a réplica (fls. 14 e 14vº), a embargante deixou fluir o prazo sem qualquer manifestação (fls. 15 e 15 vº)
                                                   É o relatório. Fundamentado e decidido.

                                                   2.A embargante visa desconstituir o título no qual está fundada a Execução, sustentando além da irregularidade de representação da embargada a ausência da liquidez, certeza e exigibilidade do título. Estes Embargos comportam julgamento antecipado, conforme previsto do parágrafo único do artigo 740 do Código de Processo Civil.

                                                 2.1.Rejeito a preliminar de irregularidade de representação formulada pela embargante contra a embargada. Com efeito, a embargada está regularmente constituída, porquanto comprovada a legitimidade do sócio que firmou a procuração “ad judicia” (fls. 5 e 6/15 dos Autos Principais).

                                               2.2.Estes Embargos não comportam acolhimento. Malgrado as alegações da embargante, a embargada comprovou a relação jurídica mantida entre as partes, consistente na prestação do serviço especificado na nota fiscal no XXXX, emitida em 16 de setembro de 2002, e o recebimento correspondente por parte da embargante no canhoto da referida nota fiscal, onde consta inclusive o carimbo da Empresa (fl. 16 do Autos Principais).

                                             Demais, a embargada comprovou o protesto do título exeqüendo, levado a efeito no dia 11 de novembro de 2002 no Xo Tabelião de Protesto de Letras e Títulos da Capital (fl. 17).

                                            Ao contrário do sustentado pela embargante, o título exeqüendo mostra-se formalmente em ordem. É liquido e certo, portanto é exigível pelo valor que representa.

                                           De resto, observo que a embargante foi intimada para a réplica em ralação à impugnação de fls. 11/13, mas deixou fluir o prazo sem qualquer manifestação (fls. 14, 14vº, 15 e 15vº). Com o silêncio, a embargante admitiu como verdadeiras as afirmações constantes da impugnação apresentada pela embargada.

                                          Impõese, pois, a rejeição destes Embargos, mantendose integro o valor exeqüendo e subsistente a penhora.

                                          Ficam rejeitadas todas as alegações em sentido contrário, por conseguinte, não obstante o empenho profissional dos ilustres Patronos da embargante.

                                          3.Diante do exposto e à luz de tudo o mais que dos autos consta, REJEITO estes EMBARGOS que “B” opôs à EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL que lhe é movida por “A”, permanecendo íntegro o título exeqüendo pelo valor que representa e subsistente a penhora.

                                         Arcará a embargante, por força do princípio do sucumbimento, com o pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, estes arbitrados na quantia correspondente a quinze por cento (15%/) do valor exeqüendo atualizado.
                                        Para o caso de recurso, o recorrente deverá observar a Lei Estadual no 11.608/2003 e o Provimento no 833/2004.

                                        P.R.I.C.
                                       São Paulo, 27 de fevereiro de 2004.
                                       NOME DA JUÍZA
                                       Juíza de Direito

Texto disponível em: http://www.fflch.usp.br/dl/semiotica/es/eSSe1/2005eSSe1W.R.MAGRI.pdf

Releia o trecho: “1.­ “B”, qualificada na inicial, interpôs estes EMBARGOS à EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL que lhe é movida por “A”, qualificada nos autos, visando a desconstituição do título exeqüendo”. O pronome nele destacado está corretamente classificado na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • A diferença entre pronome subst. e adjet. é simples, quando o pronome substitui um substantivo, é denominado pronome substantivo; quando acompanha um substantivo, é denominado pronome adjetivo.

    O "lhe" é um pronome oblíquo átono (pq não tem preposição) e se classifica como "substantivo" (pq está substituindo um substantivo).

    LETRA B
  • O pronome 'lhe" não é átono porque não tem preposição, mas sim, porque acentução tônica é fraca!!!
  • Correta B

    Pronomes pessoais são aqueles que designam uma das três pessoas do discurso.

    Exemplo: Eu fui ao cinema de táxi. (eu = 1ª pessoa do discurso)

    Os pronomes pessoais são subdivididos em:

    - do caso reto função de sujeito na oração --> Nós saímos do shopping. (nós = sujeito)

    - do caso oblíquo: função de complemento na frase --> Desculpem-me. (me = objeto)


    Os pronomes oblíquos subdividem-se em:

    - oblíquos átonos: nunca precedidos de preposição, são eles:

    me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes.



    - oblíquos tônicos: sempre precedidos de preposição:

    Preposição: a, de, em, por etc.

    Pronome: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, si, eles, elas..

                                 Pronomes Pessoais

     
    Número                Pessoa                   Retos                  Oblíquos

    Singular                primeira                     Eu                  Me, mim, comigo
                                   segunda                    Tu                      Te, ti, contigo
                                    terceira                     Ele/ela          Se, si, consigo, o, a, lhe

    Plural                   primeira                     Nós                  Nos, conosco
                                  segunda                    Vós                    Vos, convosco
                                  terceira                      Eles/elas       Se, si, consigo, os, as, lhes



    Bom estudo ;)
  •  b)Pronome pessoal oblíquo átono -­ pronome substantivo. 

    o pronome é átono quando nao tem acento. Nao constitui silaba tonica.

    Pronomes substantivos substituem o substantivo. Podem ser sujeito ou objeto da oração.

    Pronomes adjetivos modificam os substantivos como se fossem adjuntos adverbiais. Exemplos de pronomes adjetivos:Minha,Suas ,Aqueles.


ID
607714
Banca
FUNCAB
Órgão
SES-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cura e entretém

Duas vezes por dia, pela manhã e pela tarde, o
aparelho de videogame era instalado no quarto de Lucas
Savaris Morcelli, 14 anos, na unidade de terapia intensiva do
Hospital Vita, em Curitiba. Durante as sessões de meia hora
cada uma, o garoto jogava beisebol ao mesmo tempo em que
fazia exercícios sob orientação do fisioterapeuta. Ele
precisava sincronizar a respiração com o movimento de
rebater a bola virtual. A gameterapia se estendeu pelas duas
semanas que Lucas permaneceu na UTI. O adolescente sofre
de fibrose cística, doença genética crônica que causa
excesso de secreção nos pulmões. O jogo ajudou Lucas a
ampliar sua capacidade pulmonar e também lhe fortaleceu os
músculos e a autoestima. “Melhorei muito no beisebol.Agora,
faço mais de 10 pontos.Meu pai não joga comigo porque sabe
que vai perder”, diz.
Hoje, uma dezena de pacientes da UTI do hospital
paranaense frequenta sessões de gameterapia. Quando
surgiram, nos anos 80, os videogames eram acusados de
incentivar o sedentarismo. Essa visão sofreu uma reviravolta
nos últimos três anos, com o lançamento de jogos equipados
com sensores de movimento, que transformam o corpo do
jogador em joystick. Como eles transferem os movimentos do
jogador para a ação do game na tela, é preciso deixar o sofá
para dar raquetadas em bolas de tênis ou chutar bolas
virtuais. Por isso o console Wii, da Nintendo, e o jogo Eye Toy
do PlayStation 2, da Sony, são bons exercícios físicos. A
utilização terapêutica desses games começou dois anos atrás
no Canadá. Hoje ocorre em pelo menos cinco outros países
como complemento na reabilitação de pacientes com
sequelas de derrames cerebrais ou vítimas de doenças
degenerativas, como Parkinson.
O pioneiro no Brasil foi o Hospital Vita, em março. A
reação dos pacientes foi entusiástica. “Nunca tinha visto
pacientes tão afoitos para fazer exercícios”, diz Esperidião
Elias Aquim, chefe do serviço de fisioterapia do hospital. As
primeiras experiências, por sinal, foram realizadas com o
console de Wii que o fisioterapeuta trouxe de casa. Depois de
dez meses de uso,Aquim não tem dúvida sobre os benefícios
da gameterapia para pacientes internados na UTI. Ele
descobriu igualmente alguns riscos. “O esforço físico,
somado à empolgação dos pacientes, pode fazer a pressão
sanguínea subir perigosamente”, diz Aquim. Um dos jogos
mais usados nos hospitais de todo omundo é o Wii Fit. Ele tem
48 exercícios, orientados por um treinador virtual, para a
tonificação de músculos, atividades aeróbicas, ioga e treinos
de equilíbrio.O jogador fica numa pequena plataforma e dirige
seu personagem virtual com movimentos do corpo.
No início de dezembro, o Instituto de Reabilitação
Lucy Montoro, em São Paulo, começou a testar o Wii na
terapia com hemiplégicos, pessoas com os movimentos de
um lado do corpo limitados por um derrame. Muitas vezes os
problemas para andar decorrem da dificuldade enfrentada
pelos pacientes quando é preciso transferir o peso de uma
perna para a outra – exatamente o que eles aprendema fazer
sobre a pequena plataforma do jogo. Os resultados no Lucy
Montoro têm sido animadores, sobretudo pela capacidade do
game de estimular a determinação do paciente. Na
fisioterapia tradicional, os hemiplégicos realizam movimentos
repetitivos e monótonos com pesos e aparelhos especiais. O
videogame não substitui essas técnicas, mas faz com que os
exercícios fiquem mais divertidos. Em Israel, o Eye Toy do
Playstation 2 está sendo usado como uma espécie de
analgésico para vítimas de queimaduras extensas. “Os
pacientes ficam de tal forma hipnotizados pelo jogo que a
sensação de dor diminui”, disse a VEJA o cirurgião plástico
Josef Haik, do Sheba Medical Center, próximo a Tel-Aviv.
“Como o videogame é um passatempo divertido, os
fisioterapeutas conseguem exercitar os pacientes por mais
tempo e atingir melhores resultados”, completa. Uma
vantagem adicional do videogame é que a terapia pode
continuar em casa, com a assistência de um fisioterapeuta,
depois do paciente ter alta do hospital.

(Juliana Cavaçana, in Revista Veja, 13 de jan. de 2010)

Assinale a opção em que o pronome pessoal oblíquo tem o mesmo valor semântico do grifado em:

“O jogo ajudou Lucas a ampliar sua capacidade pulmonar e também lhe fortaleceu os músculos e a autoestima.”

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    Escutaste tu a sua voz?

  • valor semântico Escutaste a voz dele mesmo.


ID
607732
Banca
FUNCAB
Órgão
SES-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cura e entretém

Duas vezes por dia, pela manhã e pela tarde, o
aparelho de videogame era instalado no quarto de Lucas
Savaris Morcelli, 14 anos, na unidade de terapia intensiva do
Hospital Vita, em Curitiba. Durante as sessões de meia hora
cada uma, o garoto jogava beisebol ao mesmo tempo em que
fazia exercícios sob orientação do fisioterapeuta. Ele
precisava sincronizar a respiração com o movimento de
rebater a bola virtual. A gameterapia se estendeu pelas duas
semanas que Lucas permaneceu na UTI. O adolescente sofre
de fibrose cística, doença genética crônica que causa
excesso de secreção nos pulmões. O jogo ajudou Lucas a
ampliar sua capacidade pulmonar e também lhe fortaleceu os
músculos e a autoestima. “Melhorei muito no beisebol.Agora,
faço mais de 10 pontos.Meu pai não joga comigo porque sabe
que vai perder”, diz.
Hoje, uma dezena de pacientes da UTI do hospital
paranaense frequenta sessões de gameterapia. Quando
surgiram, nos anos 80, os videogames eram acusados de
incentivar o sedentarismo. Essa visão sofreu uma reviravolta
nos últimos três anos, com o lançamento de jogos equipados
com sensores de movimento, que transformam o corpo do
jogador em joystick. Como eles transferem os movimentos do
jogador para a ação do game na tela, é preciso deixar o sofá
para dar raquetadas em bolas de tênis ou chutar bolas
virtuais. Por isso o console Wii, da Nintendo, e o jogo Eye Toy
do PlayStation 2, da Sony, são bons exercícios físicos. A
utilização terapêutica desses games começou dois anos atrás
no Canadá. Hoje ocorre em pelo menos cinco outros países
como complemento na reabilitação de pacientes com
sequelas de derrames cerebrais ou vítimas de doenças
degenerativas, como Parkinson.
O pioneiro no Brasil foi o Hospital Vita, em março. A
reação dos pacientes foi entusiástica. “Nunca tinha visto
pacientes tão afoitos para fazer exercícios”, diz Esperidião
Elias Aquim, chefe do serviço de fisioterapia do hospital. As
primeiras experiências, por sinal, foram realizadas com o
console de Wii que o fisioterapeuta trouxe de casa. Depois de
dez meses de uso,Aquim não tem dúvida sobre os benefícios
da gameterapia para pacientes internados na UTI. Ele
descobriu igualmente alguns riscos. “O esforço físico,
somado à empolgação dos pacientes, pode fazer a pressão
sanguínea subir perigosamente”, diz Aquim. Um dos jogos
mais usados nos hospitais de todo omundo é o Wii Fit. Ele tem
48 exercícios, orientados por um treinador virtual, para a
tonificação de músculos, atividades aeróbicas, ioga e treinos
de equilíbrio.O jogador fica numa pequena plataforma e dirige
seu personagem virtual com movimentos do corpo.
No início de dezembro, o Instituto de Reabilitação
Lucy Montoro, em São Paulo, começou a testar o Wii na
terapia com hemiplégicos, pessoas com os movimentos de
um lado do corpo limitados por um derrame. Muitas vezes os
problemas para andar decorrem da dificuldade enfrentada
pelos pacientes quando é preciso transferir o peso de uma
perna para a outra – exatamente o que eles aprendema fazer
sobre a pequena plataforma do jogo. Os resultados no Lucy
Montoro têm sido animadores, sobretudo pela capacidade do
game de estimular a determinação do paciente. Na
fisioterapia tradicional, os hemiplégicos realizam movimentos
repetitivos e monótonos com pesos e aparelhos especiais. O
videogame não substitui essas técnicas, mas faz com que os
exercícios fiquem mais divertidos. Em Israel, o Eye Toy do
Playstation 2 está sendo usado como uma espécie de
analgésico para vítimas de queimaduras extensas. “Os
pacientes ficam de tal forma hipnotizados pelo jogo que a
sensação de dor diminui”, disse a VEJA o cirurgião plástico
Josef Haik, do Sheba Medical Center, próximo a Tel-Aviv.
“Como o videogame é um passatempo divertido, os
fisioterapeutas conseguem exercitar os pacientes por mais
tempo e atingir melhores resultados”, completa. Uma
vantagem adicional do videogame é que a terapia pode
continuar em casa, com a assistência de um fisioterapeuta,
depois do paciente ter alta do hospital.

(Juliana Cavaçana, in Revista Veja, 13 de jan. de 2010)

Em que opção o pronome pessoal oblíquo átono foi, de acordo com a norma culta da língua, INCORRETAMENTE colocado?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    O correto seria: dir-se-ia, pois o fenômeno da MESÓCLISE é obrigatório em verbo conjugado no futuro do pretérito do indicativo.


ID
608173
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UNEAL
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na frase: “Ontem vi ele no cinema”, a forma pronominal complemento do verbo ver é típica da modalidade coloquial oral. Qual seria, na modalidade escrita formal, a forma correspondente a vi ele?

Alternativas
Comentários
  • Letra D. 

    Os pronomes oblíquos átonos são: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.

    Os pronomes oblíquos átonos que podem exercer a função de Objeto Direto  ou Objeto Indireto: me, te, se, nos, vos.


    Os pronomes oblíquos átonos que só podem exercer a função de Objeto Indireto: lhe, lhes.

    A banca solicita que o candidato marque a opção que está de acordo com a norma culta, pois bem, vamos ao que interessa.Qual o erro desse enunciado -  Ontem vi ele no cinema. - ?  

    A gramática não aceita essa construção oracional, pois o pronome ele, tanto pode ser do caso reto como do oblíquo tônico. Quando for do caso reto, o pronome exercerá a função de sujeito, como nessa oração o sujeito da oração é o pronome Eu, do caso reto, o pronome Ele não pode ser oblíquo tônico, porque se assim fosse deveria vir precedido de preposição. Por isso a gramática considera essa construção como um desvio padrão da língua.

    Então o correto seria: Ontem o vi no cinema. Temos um verbo V.T.D e como sabemos o lugar do pronome oblíquo é depois do verbo (ênclise), pois funciona como seu complemento, só que nesse caso temos um advérbio de tempo - Ontem - que é um fator de atração desse pronome para antes do verbo (próclise), que nesse caso será o pronome O que funciona como objeto direto.

  • Quem vê, vê alguém (O.D) e não a alguém (O.I), logo, o correto é: "Ontem o vi no cinema"

  • Ontem é um advérbio de tempo. Advérbios de tempo são palavras atrativas da próclise. Ver é um verbo transitivo direto. Logo, "Ontem o vi..."

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Em caso de VTD com terminações S, R ou Z retire as terminações coloque -LO(s)/-LA(s)

    VTD com terminação em som nasal, mantenha as terminações e coloque -NO(s)/-NA(s)

    VTD com qualquer outra terminação coloque -O(s)/-A(s);

    VTI só em casos do pronome oblíquo -lhe


ID
610480
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Natal - RN
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       O AMOR COMO MEIO, NÃO COMO FIM

       Há algo errado na forma como temos vivido nossas relações amorosas. Isso é fácil de ser constatado, pois temos sofrido muito por amor. Se o que anda bem tem que nos fazer felizes, o sofrimento só pode significar que estamos numa rota equivocada.

       Vamos nos deter em apenas uma das idéias que governam nossa visão do amor. Imaginamos sempre que um bom vínculo afetivo significa o fim de todos os nossos problemas. Nosso ideal romântico é assim: duas pessoas se encontram uma com a outra, compõem um forte elo, de grande dependência, sentem-se preenchidas e completas e sonham em largar tudo o que fazem para se refugiar em algum oásis e viver inteiramente uma para a outra, usufruindo o aconchego de ter achado sua “metade da laranja”. Nada parece lhes faltar. Tudo o que antes valorizavam – dinheiro, aparência física, trabalho, posição social, etc. – parece não ter a menor importância. Tudo o que não diz respeito ao amor se transforma em banalidade, algo supérfluo que agora pode ser descartado sem o menor problema.

       Sabemos que quem quis levar essas fantasias para a vida prática se deu mal. Com o passar do tempo, percebe-se que uma vida reclusa, sem novos estímulos, somente voltada para a relação amorosa, muito depressa se torna tediosa e desinteressante. Podemos sonhar com o paraíso perdido ou com a volta ao útero, mas não podemos fugir ao fato de que estamos habituados a viver com certos riscos, certos desafios. Sabemos que eles nos deixam alertas e intrigados; que nos fazem muito bem.

       Os doentes acham que a saúde é tudo. Os pobres imaginam que o dinheiro lhes traria toda a felicidade sonhada. Os carentes – isto é, todos nós – acham que o amor é a mágica que dá significado à vida. O que nos falta aparece sempre idealizado, como o elixir da longa vida e da eterna felicidade.

       Se é verdade, então, que o amor nos enche de alegria e coragem – e isso ninguém contesta – por que não direcionar essa nova energia para ativar ainda mais os projetos nos quais estamos empenhados? Quando amamos e nos sentimos amados por alguém que admiramos e valorizamos, nossa auto-estima cresce, nos sentimos dignos e fortes. Tornamo-nos ousados e capazes de tentar coisas novas, tanto em relação ao mundo exterior como na compreensão da nossa subjetividade. Em vez de ser um fim em si mesmo, o amor deveria funcionar como um meio para o aprimoramento individual, nos curando das frustrações do passado e nos impulsionando para o futuro. Casais que conseguem vivê-lo dessa maneira crescem e evoluem, e sob essa condição seu amor se renova e se revitaliza.

(GIKOVATE, Flávio. Cláudia. São Paulo: Abril, agosto 1989. Condensado)


“Casais que conseguem vivê-lo dessa maneira crescem e evoluem...” A palavra sublinhada na frase anterior, se refere, no texto, à (ao):

Alternativas
Comentários
  • Letra E.
    "...o amor deveria funcionar como um meio para o aprimoramento indiviual... . Casais que consequem vivê-lo dessa maneira..."
  • amor

  • Em vez de ser um fim em si mesmo, o amor deveria funcionar como um meio para o aprimoramento individual, nos curando das frustrações do passado e nos impulsionando para o futuro. Casais que conseguem vivê-lo ... VIVER O QUE? O amor.

  • VIDE   Q711210    o termo destacado é utilizado de forma anafórica, estabelecendo retomada que tem como referente:

     

     

    ANÁFÓRICO = ANTERIOR

     

    CATAFÓRICO = POSTERIOR

  • "...o amor deveria funcionar como um meio para o aprimoramento indiviual... . Casais que consequem vivê-lo dessa maneira..."

     

  • e-

    Amor é o conteudo topical a passagem, o que faz necessario o uso de pronomes para evitar repetição.


ID
612202
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que houve ERRO quanto à substituição do pronome pessoal oblíquo.

Alternativas
Comentários
  • Questão fácil de acertar se você souber de 4  regrinhas básicas.

    1. Usa-se (o, a, os, as) em verbos transitivos diretos.
    2. (no, na, nos, nas) são variações usadas para verbos terminados em m.
    3. (lo,la,los,las) são variações para os terminados em r.
    4. Usa-se ( lhe, lhes) em verbos transivos indiretos.


     a) Traziam muitos afazeres. Traziam-nos.
    Regra 2.


     b) Onde os vigias deveriam guardar suas armas? guardá-las.
    Regra 3.

     
     c) Amou o marido com intensidade. Amou-o.
    Regra 1.

     
     d) Oferecia flores a todas as mulheres. Oferecia-lhas.
    Regra 4. 

     
     e) A sociedade está sempre disposta a apoiar as ações de faxina na administração pública. apoiar-lhe
    Note que apoiar é verbo transitivo direto, terminado em r, deveria ser a regra 3.

     
  • Os pronomes pessoais obliquos os, as o, a só se usa se o termo que eles substituem forem objeto direto.
  • Creio que a dúvida maior ficou no pronome "LHAS".

    Nas frases construídas com verbos cuja estrutura exige complemento direto e complemento indireto (verbos ditransitivos), é possível contrair os pronomes clíticos, resultando uma forma única que condensa o complemento direto e o complemento indireto.

    ex:

    Eu ofereci flores à Joana ontem. = Eu ofereci-lhas ontem. (lhas = lhe, a ela + as, flores)

    abçs
  • Nunca tinha visto a terminação "lhas". Acertei a questão porque a letra "e" estava errada !
  • Saiu o gabarito definitivo e esta questão foi anulada.
  • Pati, você sabe qual a justificativa para a anulação? Aqui no  QC não consta nada ! Obrigado ...

    Abc,
  • Resposta: letra e)

    Sobre a letra d)

    CONSTRUÇÕES RARAS
    Quando na mesma oração temos possibilidade de 2 pronomes oblíquos atonos --> um OBJETO DIRETO e um OBJETO INDIRETO
    Ex: Não pode dar a casa (O.D) ao empregado (O.I)
    Não pôde dar-lha 
    ou
    Não lha pôde dar

    lha: lhe (O.I) + a (O.I)
  • Essa questão foi anulada pela Banca, mas não consta no site do tribunal as razões para anulação.
  • Como a Leonara explanou a oração necessita de dois objetos, direto e indireto.

     Na oração "flores" é objeto direto, a

    E "a todas as mulheres", objeto indireto, lhes

    Portanto:

    Oferecia + a + lhes
    Oferecia-lhas

    ********Mas como a banca não marcou a palavra "flores", a questão ficou passível de recurso!
  • A anulação deve ser pelo motivo exposto pelo Ivan.

    A letra (D) esta assim:
    d) Oferecia flores a todas as mulheres. Oferecia-lhas.

    Deveria estar assim:
    d) Oferecia flores a todas as mulheres. Oferecia-lhas.

    e) A sociedade está sempre disposta a apoiar as ações de faxina na administração pública. apoiar-lhe

    Deste modo, as letras (D) e (E) estão erradas!

    ==============================================================
    Comentado por Kadu há 7 dias.
    Ninguém mais teve dúvida em relação à proposição (a)? :(
    O pronome oblíquo átono "nos" indica a 1ª pessoa do discurso. Ele pode substituir "muitos afazeres" na frase em questão?
    ==============================================================

    Kadu,
    isso é um erro clássico! O pronome não é "nos" e sim "os".
    Olhe a opção (A):
    a) Traziam muitos afazeres.
    "muitos afazeres" é masculino plural e é OD. Logo o pronome será "os"
    Traziam termina em /som nasal/ - vulgo fanho!!! - neste caso acrescente o "n".
    Traziam + n + os => Traziam-nos.
  •  d) Oferecia flores a todas as mulheres. Oferecia-lhas.

    Nunca vi (LHAS), porém já vi (LHOS) 
    Por isso, 
     'Oferecia flores(O.D) a todas as mulheres(O.I). Oferecia-lhos', seria uma resposta correta também, isso considerando a da banca como correta. hehe ... 
  • Olá, pessoal!
    Essa questão foi anulada pela organizadora.

    Bons estudos!

ID
612205
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto a seguir. Prestou-__________um excelente serviço, já que elas ________haviam auxiliado quando ele ____assistia como médico naquele hospital de renome.

Alternativas
Comentários
  • Assistir é um verbo de múltipla regência.

    Se significar dar assistência, então é transitivo direto.

    Se significar ver, então é  transitivo indireto.

    Devemos dizer: Eu assisti ao programa. 

    Então aceita o pronome lhe.
  • Presta alguma coisa à alguém= VTDI
    aceita pronome Lhe
    como são elas então é Lhes

    'O' porque é ele

    Ele as assistia= assiste no sentido de dar assistencia, socorrer é VTD

    letra C
  • Falae galera!!!

    Com o fito de agregar valor ao estudo de tema tão vasto e pertinente como é a regência verbal. Peço vênia ao colega de estudo T. Renegado para acrescer ao seu comentário uma passagem registrada na obra do insigne dourinador Nílson Teixeira de Almeida, o qual faz alusão ao verbo assistir(prestar assistência) e registra que o referido pode ser  VTD ou VTI. Nílson Teixeira, gramática da Língua Portuguesa para concursos e vestibulares, 9ª edição, pag 338, in verbis:
     

    • Assistir

              a) transitivo direto ou indireto(prestar assistência, socorrer)
                                                 
                                                O médico  assistia os acidentados.
                                                                          ou
                                                  O médico assistia aos acidentados. 
    bons estudos!

  • Sinceramente, essa frase pode estar de acordo com a gramática, mas o que significa realmente?  Ele prestou um bom serviço lhe (a elas), já que (???) elas o haviam auxiliado (???) quando ele as assistia como médico naquele hospitla de renome... isso não faz sentido, dizer que você prestou um serviço bom, com o auxílio delas (elas são enfermeiras, por exemplo?), mas como ele ia dar assistência a enfermeiras se elas que lhe auxiliaram?  Se elas eram pacientes, então, como elas lhe auxiliaram, sendo pacientes, muito difícil imaginar um paciente auxiliando um médico.

    Tudo bem, pode até estar correta gramaticalmente falando, mas não está conciso. Então, como uma pessoa vai dar uma resposta à uma questão que é praticamente impossível de se saber o que a pessoa está querendo dizer com a frase pretendida?


ID
612259
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto a seguir e assinale a alternativa INCORRETA:

“Quando eu aprendi a ler, aos sete anos, senti que minha vida ganhava todas as possibilidades do mundo. Cheguei perto dessa sensação algumas vezes ao longo dos meus 43 anos, mas nunca como a dos primeiros livros. Desde então, eu, que era ao mesmo tempo uma criança que olhava muito e falava pouco, mas também uma criança que aprontava bastante, passei a atravessar meus dias trancada no quarto lendo um livro atrás do outro. Às vezes nem comia. Ou me sentava à mesa para o almoço imersa na última linha lida, temerosa de perdê-la numa colherada de feijão e, com ela, a chance de chegar à linha seguinte.” (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI74307-15230,00A+HISTORIA+DE+LILI+LOHMANN.html/eliane brum)

Alternativas
Comentários
  • perder a ultima linha...na qual estava entretida e não a "criança"
  • RETOMA ULTIMA LINHA.


ID
619108
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto:

“A companhia aérea achou a bagagem e mandou ___ para o hotel. Quando os candidatos começam a fazer promessas, ninguém ___ tolera. Os estadistas, em razão do prestígio que ___ vota a população, são incapazes de atos corruptos. A cliente pedia ao funcionário do mercado que ___ devolvesse a nota do caixa.”

Alternativas
Comentários
  • Primeiramente devemos relembrar a regra.

    o, a, os, as - OD
    lhe, lhes - OI



    “A companhia aérea achou a bagagem e mandou   a   para o hotel. Quando os candidatos começam a fazer promessas, ninguém os  tolera. Os estadistas, em razão do prestígio que  lhes  vota a população, são incapazes de atos corruptos. A cliente pedia ao funcionário do mercado que  lhe  devolvesse a nota do caixa.” 

    Mandar - mandar algo; enviar - VTD

    Tolerar - quem tolera, tolera algo ou alguém; suportar - VTD 

    Votar
     - no sentido de dedicar; quem dedica, dedica algo a alguém - VTI

    ex: Votar um filho a Deus.

    Devolver - quem devolve, devolve alguma coisa a alguém - VTDI
  • “A companhia aérea achou a bagagem e mandou -a (ela/a bagagem) para o hotel. Quando os candidatos começam a fazer promessas, ninguém os (os candidatos) tolera. Os estadistas, em razão do prestígio que  lhes vota a população, são incapazes de atos corruptos. A cliente pedia ao funcionário do mercado que lhe devolvesse a nota do caixa.” 

    mandar - VTD
    tolera - VTD
    votar - VTI
    devolver - VTI
  • Olá pessoal!!

    Resposta correta: letra "B" de bola!

    Primeiro, dar-lhes-ei toques sobre os pronomes:


    Eles podem ser átonos (não antecedidos por preposição) ou tônicos (precedidos por preposição)...

    São átonos: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.

    São tônicos: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.

    Querem exemplos de átonos e tônicos?!

    Ex.1: Enviou-me a encomenda. (átono)

    Ex.2: Enviou a encomenda a mim. (tônico)

    Agora vai!

    1º- Mandar             >  VTD... Se é VTD, sabemos que entra um pronome átono. "A bagagem" é feminino singular, então o pronome será o "a"...

    2º-  Tolerar            > VTD... Se é VTD, coloca-se um pronome átono. "Os candidatos", masculino plural, por isso o pronome será o "os"....

    Vou continuar em outro comentário gente, para que não fique tão cansativo....
  • Prosseguindo...

    3º-  Votar                 >  VTI, se é VTI, vai entrar um pronome átono, no caso, o "lhe"...

    4º- Devolver            >  VTDI, se é VTDI, entrará um pronome átono, neste caso, o "lhe"...

    Quem devolve, devolve "algo" a alguém...

    Só dando um bizu sobre o uso do "lhe": Sempre que o verbo exigir a preposição "a" e se referir a "pessoa", fique esperto, o pronome a ser usado será o "lhe"...

    Querem um exemplinho?!

    Ex.: "Entregarei uma carta a moça que amo"                   > Quem entrega, entrega algo A alguém. Moça é pessoa, se é pessoa, podemos dizer muito bem "Entregar-lhe-ei uma carta"... Digo-vos que a mesóclise acontece por causa de o verbo "entregar" estar no futuro sem palavra atrativa antes dele, ou seja, sem motivo de ocorrer próclise...

    Obrigado!! Um abraço, fiquem com Deus!!
  • òtimo comentàrio  do john assim fica mais fácil chegar ao tse valeu.
  • so uma obs:
    devolver é VTDI, pois quem devolve devolve alguma coisa a alguem.

    A cliente pedia ao funcionário do mercado que ___ devolvesse a nota do caixa.”
    nesse caso, usamos LHE pq se refere a "A CLIENTE"..vejam: devolve a nota à cliente

    lhe devolve a nota... ou se fosse o contrário
    a devolve à cliente
  • Tomara que na prova seja facil tb...

ID
637969
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Poço Redondo - SE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quando a natureza mata

Menina do interior, tive a natureza como presença enorme em torno da casa e por toda a pequena cidade: paisagem, abrigo, fascinação, surpresa, escola de permanência e também de transitoriedade. Mantive um laço estreito com esse universo, e quando posso durmo de janelas e cortinas abertas, para sentir a respiração do mundo. Porém, cedo também aprendi que a mãe natureza pode ser cruel. Granizo perfurando folhas e arrasando a horta, geada castigando flores, raios matando gente. De longe, ouvia falar em terremoto, quando o vasto mundo ainda era distante. Agora que o mundo ficou minúsculo, porque o Haiti arrasado, o Chile destruído e a Europa nevada estão ao alcance do meu dedo no computador ou no controle da televisão, a velha mãe se manifesta em estertores que podem ser apenas normais (o clima da Terra sempre mudou, às vezes radicalmente, antes de virmos povoar este planeta), mas também podem ser rosnados de protesto, “ei, o que estão fazendo comigo essas pequenas cracas que se instalaram sobre minha pele?”.
Mas a natureza não mata apenas com enchentes, deslizamentos, terremotos e tsunamis. Mata pela mão dos humanos, o que pode parecer um fato em escala menor, mas é bem mais preocupante. Homens, mulheres e meninos-bomba quase diariamente se explodem levando consigo dezenas de vidas inocentes: pais de família, mães ou crianças, mulheres fazendo a feira, jovens indo para a escola. Bandidos incendeiam um ônibus com passageiros dentro: dois morrem logo, outros vários curtem em hospitais o grave sofrimento dos queimados. Não tinham nada a ver com a bandidagem, estavam apenas indo para o trabalho, ou vindo dele. Assaltantes explodem bancos em cidades do interior antes tranquilas. Criminosos sequestram casais ou famílias inteiras e os submetem aos maiores vexames e terror. Como está virando costume, a gente agradece por escapar com vida.
Duas mães deixam num barraco imundo cinco crianças, algumas com menos de 6 anos. Sem comida, sem força, sem presença, sem a menor higiene. O policial que as encontra leva duas menorzinhas para casa, onde sua mulher lhes dá banho e comida. As crianças, de tão fracas, mal conseguem se alimentar. O homem chora: tem três filhos pequenos, e há algum tempo perdeu uma filhinha. A maldade humana agride até esse homem que com ela deve ter frequente contato.
A natureza, da qual fazemos parte, mata com muito mais crueldade através de nós do que através do clima ou de movimentos da terra, e de maneira bem mais assustadora: pois nós pensamos enquanto prejudicamos o nosso semelhante.
Temos a intenção de atormentar, torturar, matar, mesmo que em vários casos seja uma consciência em delírio – estamos tão drogados que achamos graça de tudo. Mas somos responsáveis por nos termos drogado.
De modo que, como me dizia um amigo, o ser humano não tem jeito, não. Ou: esse é o nosso jeito, a nossa parte na natureza. De um lado, os cuidadores, que vão de pais e mães até médicos e enfermeiras; do outro lado, os destruidores, que são os bandidos, mas também (que tristeza) eventualmente pais e parentes. E contra eles, tanto ou mais do que contra a natureza não humana, somos impotentes. O que faz a criança diante do abandono materno? Em relação ao pai, tio ou irmão estuprador? O que fazem passageiros de um ônibus, pacíficos e cansados, diante do terror imposto por bandidos? Nada. Migalhas humanas soterradas por maldade e frieza, como num terremoto ou tsunami somos soterrados pela lama, pelos destroços, pelas águas.
Resta filosofar um pouco: de que vale a vida, quanto vale a minha, e como a usamos, se é que pensamos nisso? Pensar pode ser meio chato, e ainda por cima traz alguma inquietação. A natureza poderosa, encantadora e cruel também somos nós: que a gente não fique do lado dos animais assassinos, como a orca, que depois de matar três pessoas continua, como foi anunciado, “fazendo parte do time”, no parque americano.
Antes de usar um adesivo “salve as baleias”, eu quero um adesivo “salve as pessoas, que são parte da natureza”.
(Luft, Lya. Revista VEJA, 17 de março de 2010 – pág. 24)

Quanto à classe gramatical das palavras sublinhadas, tem-se a correspondência correta em:

Alternativas
Comentários
  • A) “Porém cedo também aprendi...” (1º§) conjunção. Advérbio de tempo.

    B) Agora que o mundo ficou minúsculo...” (1º§) preposição. Advérbio de tempo.

    C) “... quase diariamente se explodem...” (2º§) pronome possessivo. Pronome reflexivo

    D) “Criminosos sequestram casais ou famílias inteiras e os submetem aos maiores vexames...” (2º§) pronome pessoal. Pronome pessoal oblíquo átono da 3a pessoa do plural.

    E) “... e como a usamos...” (6º§) artigo. Pronome pessoal oblíquo átono.

    "Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-Me." São Lucas IX


ID
646225
Banca
VUNESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto.

  Dimitria cursava a oitava série no colégio e desapareceu durante as férias de julho de 2008. Segundo a polícia, a garota avisou que iria viajar em companhia do caseiro, mas nunca mais foi vista. (...) De acordo com a polícia, [o caseiro] Silva disse que matou a menina porque era apaixonado
por ela, mas ela não o correspondia.
(Folha de S.Paulo, 16.08.2010.)

No texto, há um erro gramatical. O tipo de erro e a versão que o corrige estão, respectivamente, em

Alternativas

ID
693784
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
JUCEPE
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Viu o sorriso. Sorriso cínico, imoral, de quem se divertia. O sorriso não havia mudado; contra ele nada tinham obtido os especialistas da funerária. Também ela, Vanda, esquecera de recomendar-lhes, de pedir uma fisionomia mais a caráter, mais de acordo com a solenidade da morte. Continuara aquele sorriso de Quincas Berro D’água e, diante desse sorriso de mofa e gozo, de que adiantavam sapatos novos - novos em folha, enquanto o pobre Leonardo tinha de mandar botar, pela segunda vez, meia-sola nos seus - , de que adiantavam roupa negra, camisa alva, barba feita, cabelo engomado, mãos postas em oração? Porque Quincas ria daquilo tudo, um riso que se ia ampliando, alargando, que aos poucos ressoava na pocilga imunda. Ria com os lábios e com os olhos, olhos a fitarem o monte de roupa suja e remendada, esquecida num canto pelos homens da funerária. O sorriso de Quincas Berro D’água.
AMADO, Jorge. A Morte e a morte de Quincas Berro D’água. Ed. Record. 88 ed. 2001. P. 36. 



Ao redigir o texto 02, Jorge Amado infringiu uma das normas gramaticais vigentes. Isso é percebido na alternativa

Alternativas
Comentários
  • Cadê o texto mesmo?

  • Fica difícil sem o contexto.

  • Pessoal o texto está na questão  acima de número 6 ou Q231214 - 

    TEXTO ABAIXO: 

    Viu o sorriso. Sorriso cínico, imoral, de quem se divertia. O sorriso não havia mudado; contra ele nada tinham obtido os especialistas da funerária. Também ela, Vanda, esquecera de recomendar-lhes, de pedir uma fisionomia mais a caráter, mais de acordo com a solenidade da morte. Continuara aquele sorriso de Quincas Berro D'água e, diante desse sorriso de mofa e gozo, de que adiantavam sapatos novos - novos em folha, enquanto o pobre Leonardo tinha de mandar botar, pela segunda vez, meia-sola nos seus - , de que adiantavam roupa negra, camisa alva, barba feita, cabelo engomado, mãos postas em oração? Porque Quincas ria daquilo tudo, um riso que se ia ampliando, alargando, que aos poucos ressoava na pocilga imunda. Ria com os lábios e com os olhos, olhos a fitarem o monte de roupa suja e remendada, esquecida num canto pelos homens da funerária. O sorriso de Quincas Berro D'água. AMADO, Jorge. A Morte e a morte de Quincas Berro D'água. Ed. Record. 88 ed. 2001. P. 36

  • Pronominal: esqueceu de recomendar-lhes. 

  • - A (O certo seria ''recomendá-la'' ) 

  • Esquece algo x Se esquece de algo.

    Correto: Esquecera-se de recomendar-lhe

  • A letra ' d ' também está errada. O uso da vírgula antes do termo: "de quem se divertia" é incorreto.

  • GABARITO LETRA  ===>>>  A.

  • "esquecera" leva uma mesócle aí ;)

  • Esquecera-se

    quem esquece, esquece algo.

    Quem se esquece, se esquece de algo.

  • Errei ;c kkk
    Focoo

  • Opação erra é a leta a, pois os verbos esquecer/lembrar/recordar podem ser VTD ou VTI 
    - como VTD não possuem pronomes 
    ex: Ela esqueceu o livro 
    Ela recordou o fato

    - como VTI, eles vêm acompanhados por pronomes (te, me, se, etc) 
    ex: Ela se esqueceu do livro. 
    Lembrou-se da situação. 
    Recordou-se do fato.

  • esquecer algo

    esquecer-se de algo

  • Quem esquece, esquece algo.

    Quem se esquece, se esquece de algo.

     

  • Para quem marcou letra E.

    Ordem direta:

    " Roupa negra, camisa alva, barba feita, cabelo engomado, mãos postas em oração adiantavam de quê? "

    - O verbo adiantar concorda com o seu sujeito composto, ficando obrigatoriamente no plural.

    ( lembrar que, no sujeito posposto, há concordancia atrativa - pode-se concordar com o sujeito mais próximo ou com todos os núcleos. )

    - As vírgulas isolam termos de mesma função sintática ( sujeito );

    - Temos um assíndeto( supressão de conjunção por vírgulas, comum em textos literários )

    - O verbo poderia-se colocar no singular se houvesse algum aposto resumidor após a enumeração. " (...) tudo isso adiantava de quê? "

  • Vejamos que "esquecer" tem uma preposição acompanhada, logo tem de ser o "esquecer" pronominal.

    Gabarito letra A!

  • Gabarito: A

    Quem esquece, esquece algo.

    Quem se esquece, esquece-se de algo.

    O verbo esquecer com a preposição de é acompanhado do pronome se.


ID
708547
Banca
FCC
Órgão
MPE-PE
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Um dos poemas mais notáveis da língua inglesa é dedicado por Edgar Allan Poe a uma mulher a quem deu o nome de Helena. Seria ela efetivamente, para o poeta, uma encarnação da princesa homérica? Seja qual for a resposta, em seu poema ele lhe dizia que sua beleza era maior do que a de uma mortal. Ao contemplá-la, ele tinha consciência de reviver acontecimentos passados, que ainda lhe eram presentes e familiares, pois assim se via transportado de volta “à glória que foi a Grécia e à grandeza que foi Roma”.
     Esses versos tornaram-se um clichê usado para exprimir o que se considera um irreversível compromisso entre o passado e o presente. Eis aí duas culturas, a grega e a romana, que na Antiguidade se reuniram para criar uma civilização comum, a qual continua existindo como um fato histórico no interior de nossa própria cultura contemporânea. O clássico ainda vive e se move, e mantém seu ser como um legado que provê o fundamento de nossas sensibilidades. Poe certamente acreditava nisso; e é possível que isso em que ele acreditava ainda seja por nós obscuramente sentido como verdadeiro, embora não de modo consciente. 
     Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de casa, em cujos familiares cômodos ele gostava de morar, se Roma e Grécia têm ainda alguma realidade atual para nós, esse estado de coisas funda-se num pequeno fato tecnológico. A civilização dos gregos e romanos foi a primeira na face da terra fundada na atividade do leitor comum; a primeira capaz de dar à palavra escrita uma circulação geral; a primeira, em suma, a tornar-se letrada no pleno sentido deste termo, e a transmitir-nos o seu conhecimento letrado. 


                                                                 (Fragmento adaptado de Eric A. Havelock. A revolução da
                                                               escrita na Grécia e suas consequências culturais
. Trad. de
                                                                                    Ordep José Serra. São Paulo: Editora da UNESP;
                                                                                               Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. p.45-6) 



Ao se substituir um elemento de determinado segmento do texto, o pronome foi empregado de modo INCORRETO em:

Alternativas
Comentários
  • Mantém => V.T.D
    o pronome LHE somente pode ser usado com O.I.

    Certo seria...
    E O MANTÉM
  • ALTERNATIVA: A

    Como "mantém" é um VTD não podemos usar pronome com função de OI.

    Correto: "e o mantém".

    Essa tabela me ajudou muito a decorar a função de alguns pronomes:



    Fonte: Wikipédia
  • a) e mantém seu ser = e lhe mantém . errado. Pron. oblíquo "lhe" é trans. indir. e é usado quando o verbo necessita preposição. Como "manter" é trans. dir (sem prep.), "lhe" é inadequado como pronome.
  • ACRESCENTANDO:

    O LHE(S) também é usado na seguinte situação:

    LHE(S) = DELE (A) (S) - PRONOME POSSESSIVO

    Ex: Renovaram-lhe as esperanças.
          Renovaram as esperanças dele(a).
  • LHE, LHES: É objeto direto, mas com valor de possessivo seu, sua o lhe emprega-se também com verbos transitivos diretos:
                     LHE+O= LHO,   LHE+OS= LHOS
  • a) e mantém seu ser = e lhe mantém  -----> seu ser (OD - sendo substituído pelos pronomes o/a/os/as) = o mantém

    b) é dedicado [...] a uma mulher = lhe é dedicado ----->  a uma mulher (OI - sendo substituído pelos pronomes lhe/lhes) = lhe é dedicado.

    c) reviver acontecimentos passados = revivê-los  ------> acontecimentos passados (ODsubstituído pelo pronome "os") // reviver (verbo terminado em "R") + (pronome "os")  = revivê-los

    d) para criar uma civilização comum = para criá-la  ----> uma civilização comum (OD - substituído pelo pronome "a" ) // criar (verbo terminado em "R") + pronome "a") = criá-la

    e) que provê o fundamento = que o provê  -----------> o fundamento (OD - sendo substituído pelos pronomes o/a/os/as) = que o provê 

  • Alternativa a– errada porque o pronome lhe exerce a função de objeto indireto, quando complemento de verbo; nessa frase, o verbo é transitivo direto.
    Alternativa b -  correta porque “é dedicado [...] a uma mulher exerce a função de complemento nominal, podendo ser substituído, assim, pelo pronome”lhe”.
    Alternativa c, d e e -  nas três alternativas ocorre a presença de um verbo transitivo direto, podendo ser substituído, assim, pelos pronomes indicados em cada uma delas.
  • MUITO FELIZ POR ACERTÁ-LA !!  BONS ESTUDOS GALERA! 

  • Eu acertei essa questão mas por eliminação.

    Eu compreendo que em "quando fantasiamos as ilhas"

    é caso de próclise obrigatória e fantasiar é VTD, só não compreendi por que não foi adicionado o NAS se o verbo acaba com S. Então por que não ficou quando "nas" fantasiamos? ou esses casos de R, S, Z adicionando o N só funciona para ênclise?

  • Se o pronome estiver após verbos terminados em R,S ou Z. Retira-se a consoante e acrescenta-se a eufônica "L"

    Se estiverem após verbo com terminação nasalada M, ÃO, ÕE. Acrescenta-se a eufônica "N"

  • Quem matém? Mantém algo, ou alguma coisa. OD - Não necessita de complemento. 

    Todo verbo trasitivo direto não pode ser conjugado com pronome oblíquo LHE. 

  • Eu achava que não podia ter pronome oblíquo em início de frase, pesquisei um pouco e vi que o pronome do caso reto é que não se pode ter no início das frases, obrigado pelos comentários!!!

  •  gabarito A

     

    a)e mantém seu ser = e lhe mantém(quem mantém,mantém algo=O.D ...o mantém,mantem-no)

     b)é dedicado [...] a uma mulher = lhe é dedicado ( quem se dedica ,se dedica a algo ou a alguém= O.I)

     c)reviver acontecimentos passados = revivê-los (verbos terminados em R,S,Z troca por LO,LA,LOS,LAS)

     d)para criar uma civilização comum = para criá-la   (verbos terminados em R,S,Z troca por LO,LA,LOS,LAS)

     e)que provê o fundamento = que o provê ( quen provê,provê algo=O.D  o "que" é palavra atrativa,atrai o pronome obliquo para perto dele)


ID
725569
Banca
FCC
Órgão
TRT - 6ª Região (PE)
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 8 referem-se ao texto
seguinte.

Os livros de história sempre tiveram dificuldade em falar de mulheres que não respeitam os padrões de gênero, e em nenhuma área essa limitação é tão evidente como na guerra e no que se refere ao manejo de armas. No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a história é fértil em relatos protagonizados por guerreiras. Com efeito, a sucessão política regularmente coloca uma mulher no trono, por mais desagradável que essa verdade soe. Sendo as guerras insensíveis ao gênero e ocorrendo até mesmo quando uma mulher dirige o país, os livros de história são obrigados a registrar certo número de guerreiras levadas, consequentemente, a se comportar como qualquer Churchill, Stálin ou Roosevelt. Semíramis de Nínive, fundadora do Império Assírio, e Boadiceia, que liderou uma das mais sangrentas revoltas contra os romanos, são dois exemplos. Esta última, aliás, tem uma está- tua à margem do Tâmisa, em frente ao Big Ben, em Londres. Não deixemos de cumprimentá-la caso estejamos passando por ali. Em compensação, os livros de história são, em geral, bastante discretos sobre as guerreiras que atuam como simples soldados, integrando os regimentos e participando das batalhas contra exércitos inimigos em condições idênticas às dos homens. Essas mulheres, contudo, sempre existiram. Praticamente nenhuma guerra foi travada sem alguma participação feminina. (Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das Letras, 2009. p. 7-8) 


Levando-se em conta as alterações necessárias, o termo grifado foi corretamente substituído por um pronome em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO " E "
    A) Coloca-a no trono. 
    B) Verbo Dirigir sendo emprego como transitivo direto. O Lhe é so pode ser objeto " INDIRETO ". O certo seria dirige-o.
    C) Mesmo comentário anterior. Integrando-o
    D) O verbo Liderar não termina em som nasal ( ãm) por isso incorreto o emprego de " na ". Liderou-a 
    E) CORRETO
  • C)integrando os regimentos = integrando-lhes

    integrando-os, POIS INTEGRAR É VTD!


     ??                               

  • Atenção:

    Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.

    Por exemplo:   fiz + o = fi-lo   fazeis + o = fazei-lo   dizer + a = dizê-la

    Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas.

    Por exemplo:   viram + o: viram-no   repõe + os = repõe-nos   retém + a: retém-na   tem + as = tem-nas
    Correção:

    a) coloca uma mulher(OBJETO DIRETO) no trono = coloca-a no trono
    b) dirige o país(OBJETO DIRETO) = dirige-o
    c) integrandoos regimentos(OBJETO DIRETO) = integrando-os
    d) liderouuma das mais sangrentas revoltas(OBJETO DIRETO) = liderou-a
    e) registrar certo número de guerreiras(OBJETO DIRETO) = registrá-lo
     

    http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf44.php
  • e) registrar certo número de guerreiras = registrá-lo -correto. "registrar" é verb trans. dir.: não há prep. Logo, quem registra,registra algo. Quanto à semântica,os verbos podem ser impessoais, transitivos,intransitivos ou de ligação.Transitivos designam ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, e que afetam outro(s) indivíduo(s) ou alguma coisa, exigindo um ou mais objetos na ação.Podendo ser transitivo direto, quando não exigir preposição depois do verbo, ou transitivo indireto, quando exigir preposição depois do verbo. Ou ainda transitivo direto e indireto.
  • Um comentário importante que podemos fazer sobre a letra B é o seguinte:
    LHE, LHES - são objeto INdireto, usados quando o verbo é V.T.I e, quando for BItransitivo, necessitará de preposição.

    Fonte: Professor Marcelo Bernardo (site Eu Vou Passar), curso prático de gramática
  • GABARITO: E

    Na letra E, o pronome oblíquo o assumiu a forma lo, pois o VTD registrar terminou em r. Ficou no masculino para concordar com o núcleo do objeto direto: número. Vamos avaliar as outras!

    (A) O pronome oblíquo na não é adequado, uma vez que a forma verbal coloca não termina em nasal, mas sim em uma vogal oral. Como fica então? Colocá-la no trono.
    (B) Percebeu que o país é um termo sem preposição? Trata-se de um objeto direto. Sabemos que lhe não poderá substituí-lo. Dirige-o é a forma adequada, pois o substitui objeto direto.
    (C) A letra C comete o mesmo desvio da letra B: um objeto direto é substituído por lhe. Como deve ficar então? Integrando-os.
    (D) A letra D comete o mesmo desvio da A: na foi assumida incorretamente. Mas a forma verbal liberou termina em ditongo oral, e não em ditongo nasal. Portanto deveríamos encontrar o seguinte: Liderou-a.
  • O verbo "registrar" é transitivo direto (quem registra, registra algo), cuja transitividade pede um Objeto Direto que é dado por:

    OD = certo número de guerreiras.

    O núcleo desse OD é o substantivo "número": singular e masculino; portanto, atendido pelo pronome átono "O".

    Como já explicado pelos demais colegas (e pelas boas gramáticas), verbos terminados em R,S e Z, quando enclíticos, tornam-se LO(S) e LA(S).

    Abs!