SóProvas



Questões de Pronomes relativos


ID
739
Banca
FCC
Órgão
TRT - 23ª REGIÃO (MT)
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Da ação dos justos

Em recente entrevista na TV, uma conhecida e combativa
juíza brasileira citou esta frase de Disraeli*: “É preciso que
os homens de bem tenham a audácia dos canalhas”. Para a
juíza, o sentido da frase é atualíssimo: diz respeito à freqüente
omissão das pessoas justas e honestas diante das manifestações
de violência e de corrupção que se multiplicam em
nossos dias e que, felizmente, têm chegado ao conhecimento
público e vêm sendo investigadas e punidas. A frase propõe
uma ética atuante, cujos valores se materializem em reação
efetiva, em gestos de repúdio e medidas de combate à barbárie
moral. Em outras palavras: que a desesperança e o silêncio não
tomem conta daqueles que pautam sua vida por princípios de
dignidade.

Como não concordar com a oportunidade da frase?
Normalmente, a indignação se reduz a conversas privadas, a
comentários pessoais, não indo além de um mero discurso
ético. Se não transpõe o limite da queixa, a indignação é
impotente, e seu efeito é nenhum; mas se ela se converte em
gesto público, objetivamente dirigido contra a arrogância
acanalhada, alcança a dimensão da prática social e política, e
gera conseqüências.

A frase lembra-nos que não costuma haver qualquer
hesitação entre aqueles que se decidem pela desonestidade e
pelo egoísmo. Seus atos revelam iniciativa e astúcia, facilitadas
pela total ausência de compromisso com o interesse público.
Realmente, a falta de escrúpulo aplaina o caminho de quem não
confronta o justo e o injusto; por outro lado, muitas vezes faltam
coragem e iniciativa aos homens que conhecem e mantêm viva
a diferença entre um e outro. Pois que estes a deixem clara, e
não abram mão de reagir contra quem a ignore.

A inação dos justos é tudo o que os contraventores e
criminosos precisam para continuar operando. A cada vez que
se propagam frases como “Os políticos são todos iguais”,
“Brasileiro é assim mesmo” ou “Este país não tem jeito”,
promove-se a resignação diante dos descalabros. Quem vê a
barbárie como uma fatalidade torna-se, ainda que não o queira,
seu cúmplice silencioso.


* Benjamin Disraeli, escritor e político britânico do século XIX.
(Aristides Villamar)

Está adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • correção:

    * a) A resignação diante dos descalabros é uma reação que cujo efeito só traz benefícios aos maus cidadãos.

    * b) A firme reação dos justos será uma surpresa a qual os desonestos jamais estarão preparados.

    * c) A desonestidade e o egoísmo são defeitos dos quais nenhum contraventor se envergonha.

    * d) Os princípios de dignidades dos quais o homem honesto vê uma prioridade devem transformar-se em ação.
  • Desculpe, mas acho que o colega está equivocado. Para que a frase estivesse correta não se pode usar OS QUAIS porque o preposição que antecede o pronome tem apenas uma sílaba. Logo, se usa simplesmente QUE
  • corrigindo a correção:

    * a) A resignação diante dos descalabros é uma reação que cujo efeito só traz benefícios aos maus cidadãos. 

    não se pode usar dois pronomes "que" e "cujo"... para que a frase fique correta basta retirar o "de" da frase.

    "Efeitos" está exercendo a função de sujeito na 2ª fase e nesse situação não se pode usar a preposição (o sujeito da frase nunca está preposicionado). Diferente da frase "O artista de cuja obra eu falara morreu ontem." Aqui a palavra "obra" está exercendo a função de complemento do verbo "falara", verbo que exige a preposição "de" - "Eu falara da obra..."

  • a) A resignação diante dos descalabros é uma reação cujos efeitos só trazem benefícios aos maus cidadãos.

    b) A firme reação dos justos será uma surpresa para que os desonestos jamais estarão preparados. (estar preparado para alguma coisa)

    c) A desonestidade e o egoísmo são defeitos de que  nenhum contraventor se envergonha. (envergonhar-se de alguma coisa)

    d) Os princípios de dignidades nos quais o homem honesto vê uma prioridade devem transformar-se em ação. (ver algo em alguma coisa)

    e) CORRETA
  • Colega Karol ou outrem saberiam explicar-me o porquê da alternativa B ser assim? 


    AO INVÉS DISSO:
    b) A firme reação dos justos será uma surpresa para que 
    os desonestos jamais estarão preparados.

    NÃO SERIA ISSO?!
    b) A firme reação dos justos será uma surpresa para qual os desonestos jamais estarão preparados.
  • Sim. Eu sei que fica estranho... mas quem conta, conta com. Por isso, antes do pronome relativo "que" deverá ser posta a preposição "com".


ID
1720
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
BNDES
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Num pequeno texto distribuído por moradores de um condomínio da Zona Sul do Rio de Janeiro apareciam as seguintes frases:

- "os condôminos cujas reclamações o síndico não deu atenção..."

- "os itens que não foram discutidos os pontos principais..."

Sobre essas frases pode-se afirmar, em termos de correção gramatical, o seguinte:

Alternativas
Comentários
  • Não consegui visualizar o porquê da resposta. A 1a frase apresenta erro de regência nominal (omissão da presposição "a", regida por "atenção"), enquanto a 2a peca pela sintaxe (os itens cujos pontos...)alguém poderia esclarecer?
  • Gabarito letra B. O erro está no emprego das palavras cujas e que.

    "os condôminos cujas reclamações o síndico não deu atenção..."

    Reescrevendo: o síndico não deu atenção às (a + as) reclamações dos condominos. OU

    reclamações dos condôminos as quais o síndico não deu atenção

    - "os itens que não foram discutidos os pontos principais..."

    Reescrevendo: os pontos principais dos itens não foram discutidos OU

    os itens dos quais não se discutiu os pontos principais.

  • São 2 erros de regência:

    - "os condôminos a cujas reclamações o síndico não deu atenção..." (quem dá atenção, dá atenção a alguma coisa)

    - "nos itens que não foram discutidos os pontos principais..." (não foram discutidos os pontos principais em alguma coisa)

  • Resposta: B – As duas frases apresentam o mesmo tipo de erro gramatical: a colocação do pronome relativo (com ou sem preposição).
    Correção: os condomínios a cujas reclamações o
    síndico não deu atenção (dar atenção a) = o síndico não deu atenção a cujas (=suas) reclamações = ...não deu atenção às reclamações do condomínio;
    os itens cujos pontos não foram discutidos = não foram discutidos seus pontos principais = não foram discutidos os pontos dos itens.

    fonte: http://pt.scribd.com/doc/2985581/Portugues-Prova-Resolvida-Comentada-toq2
  •  - "os condôminos cujas reclamações o síndico não deu atenção..."
    O pronome cujas já inseri automaticamente a preposição de: reclamações de quem? do síndico. (ok)
    Entretanto existe a falta da preposição do verbo: o síndico não deu atenção a que??? às reclamações dos condôminos!
    Desta maneira, a frase correta seria: "os condôminos a cujas reclamações o síndico não deu atenção..."

     - "os itens que não foram discutidos os pontos principais..."
    o que não foi discutido? os pontos principais. (ok)
    os pontos principais de que??? os pontos principais dos ítens!
    Desta maneira, a frase correta seria: "os itens cujos pontos principais não foram discutidos..."
    Como já dito acima, o pronome cujo  já inseri automaticamente a preposição de.

    Em ambos os casos, o erro acontece na colocação do pronome relativo por falta da preposição necessária: na primeira frase, a preposição provém do objeto indireto, e na segunda frase provém do complemento nominal.

    Espero ter ajudado! Bons estudos!
  • os condôminos a cujas reclamações o síndico não deu atenção.

    os itens que não foram discutidos os pontos principais... = Os pontos principais dos itens não foram discutidos

    logo, 

    os itens de que (dos quais) não foram discutidos os pontos principais... ou  

    os itens cujos pontos principais não foram discutidos 


ID
2410
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Pronto para outra?
Ricardo Freire

          Para muita gente, esta é a semana mais difícil do ano.
Você volta das férias, tenta se adaptar de novo à rotina e
já pressente as surpresas que vai ter ao receber a conta do
cartão de crédito. Quando se dá conta, é mais uma vítima
da depressão pós-viagem. Eu só conheço uma maneira de
sair dessa: começar a pensar já na próxima. Não, não é
cedo demais. Nem sintoma de descaso pelo trabalho.
Acalentar uma viagem é uma maneira segura de manter
aceso o interesse pelo fato gerador de suas férias: seu
emprego.
          Além do que, planejar uma viagem com antecedência
é o melhor jeito de rentabilizar seu investimento. Por que
se contentar em aproveitar apenas os dias que você passa
longe de casa, quando dá para começar a viajar muito
antes de embarcar - e sem pagar nada mais por isso?
          Eu gosto de comparar o planejamento de uma grande
viagem ao preparo de um desfile de escola de samba no
Carnaval. Assim como as férias, o Carnaval em si dura
pouco - mas é o grand finale de um ano inteiro de
divertida preparação.
          É fácil trazer o know how do samba para suas férias.
Use os três primeiros meses depois da volta para definir o
"enredo" de sua próxima viagem.
          Tire os meses seguintes para encomendar guias e
colecionar as informações que caírem em sua mão -
revistas, jornais, dicas de quem já foi. Vá montando o
itinerário mais consistente, descobrindo os meios de
transporte mais adequados, decidindo quais são os hotéis
imperdíveis. Quando faltarem quatro meses para a
partida, tome coragem e reserve a passagem e os hotéis.
          Passe os últimos três meses fazendo a sintonia fina:
escolhendo restaurantes, decidindo o que merece e o que
não merece ser visto.
          Depois de tudo isso não tem erro: é partir direto para
a apoteose.

Revista Época, 29/01/2007, p. 112 (fragmento).

O trecho "Por que se contentar em aproveitar apenas os dias que você passa longe de casa?" (l. 12) contém um pronome relativo empregado de acordo com as normas da língua padrão. O mesmo ocorre em:

Alternativas
Comentários
  • Esta questão exigia conhecimentos de pronomes e sua colocação bem como de regencia.
    a) em que ...
    b) cujas...
    c) em que... (observe que o onde so pode ser utilizado referindo-se a lugar, neste caso referia-se a dias)
    d) de que ... (o quem so pode ser utilizado para referir-se a pessoas ,e dia nao é pessoa)
    e) correta
  • Por que a letra A está errada, sendo que é idêntica à apresentada no enunciado da questão?
  •  Pedro,

    não é idêntica...ao analisar os pronomes relativos, você precisa descobrir o antecedente (a quem o pronome está se referindo), a função sintática dele e a regência do verbo que está relacionado com o pronome...precisamos estar muito atentos, pois a impressão que dá, é que realmente as frases são muito parecidas...

    No enunciado, o QUE está retomando "os dias", então, "você passa OS DIAS longe de casa..."Não existe preposição antes do relativo.

    Na opção A, "você fica sem fazer nada NOS dias", logo, o correto seria"...aproveitar apenas os dias EM QUE você fica sem fazer nada."

    Não deixe de prestar atenção no verbo, ok?

    Espero ter ajudado...

    Bons estudos

  • Excelente comentário!

    O pron. relativo "QUE" retoma "DIAS". Basta substituir na sua oração subord. adjetiva:

    a) você fica sem fazer nada NOS (EM + OS) dias - EM QUE

    b) as manhãs DOS dias são ensolaradas - relação de posse (os dias possuem manhãs) - CUJAS

    c) todos vão à praia NOS (EM + OS) dias - EM QUE

    d) ninguém se lembra DOS (DE + OS) dias - de que

    e) você nunca teve problema COM os dias - COM QUE ou COM OS QUAIS

    []s

  • desculpe a minha ignorancia, mas, letra "a" da questão:

    NOS DIAS - EM QUE

    OS DIAS - QUE

    nao seria uma questão de paralalismo?
  • Suas dicas são ótimas! Você explica cada detalhe do Excel! =)

  • Show de bola

  • O pron. relativo "QUE" retoma "DIAS". Basta substituir na sua oração subord. adjetiva:

    a) você fica sem fazer nada NOS (EM + OS) dias - EM QUE

    b) as manhãs DOS dias são ensolaradas - relação de posse (os dias possuem manhãs) - CUJAS

    c) todos vão à praia NOS (EM + OS) dias - EM QUE

    d) ninguém se lembra DOS (DE + OS) dias - de que

    e) você nunca teve problema COM os dias - COM QUE ou COM OS QUAIS

  • O pronome relativo "que" é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal pode ser substituido por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais",quando seu antecedente for um substantivo.

  • NAO VI (NOS) ESCRITO NA LETRA (A) E SIM (OS)

    DE ONDE VCS TIRARAM ESSE (EM + OS) ?

  • Por que se contentar em aproveitar apenas os dias que você fica sem fazer nada?

    ...em que você fica sem fazer nada.

    Por que se contentar em aproveitar apenas os dias em cujas manhãs são ensolaradas?

    ...dias cujas manhãs são ensolaradas.

    Por que se contentar em aproveitar apenas os dias onde todos vão à praia?

    Onde retoma lugar.

    ...dias em que todos vão à praia.

    Por que se contentar em aproveitar apenas os dias de quem ninguém se lembra?

    - Ninguém lembra de

    Não se admite “quem”, já que se refere a dias.

    ...de que ninguém se lembra.

    Por que se contentar em aproveitar apenas os dias com os quais você nunca teve problemas?

    - Ter problema com

    Correto.

  • Achei esta questão de difícil raciocínio, pois você tem que procurar a regência correta nos termos à frente.


ID
3694
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Para que servem as ficções?

Cresci numa família em que ler romances e assistir a
filmes, ou seja, mergulhar em ficções, não era considerado uma
perda de tempo. Podia atrasar os deveres ou sacrificar o sono
para acabar um capítulo, e não era preciso me trancar no
banheiro nem ler à luz de uma lanterna. Meus pais, eventualmente,
pediam que organizasse melhor meu horário, mas deixavam
claro que meu interesse pelas ficções era uma parte
crucial (e aprovada) da minha "formação". Eles sequer exigiam
que as ditas ficções fossem edificantes ou tivessem um valor
cultural estabelecido. Um policial e um Dostoiévski eram tratados
com a mesma deferência. Quando foi a minha vez de ser
pai, agi da mesma forma. Por quê?

Existe a idéia (comum) segundo a qual a ficção é uma
"escola de vida": ela nos apresenta a diversidade do mundo e
constitui um repertório do possível. Alguém dirá: o mesmo não
aconteceria com uma série de bons documentários ou ensaios
etnográficos? Certo, documentários e ensaios ampliam nossos
horizontes. Mas a ficção opera uma mágica suplementar.

Tome, por exemplo, "O Caçador de Pipas", de Khaled
Hosseini. A leitura nos faz conhecer a particularidade do Afeganistão,
mas o que torna o romance irresistível é a história singular
de Amir, o protagonista. Amir, afastado de nós pela particularidade
de seu grupo, revela-se igual a nós pela singularidade
de sua experiência. A vida dos afegãos pode ser objeto
de um documentário, que, sem dúvida, será instrutivo. Mas a
história fictícia "daquele" afegão o torna meu semelhante e meu
irmão.

Esta é a mágica da ficção: no meio das diferenças
particulares entre grupos, ela inventa experiências singulares
que revelam a humanidade que é comum a todos, protagonistas
e leitores. A ficção de uma vida diferente da minha me ajuda a
descobrir o que há de humano em mim.

Enfim, se perpetuei e transmiti o respeito de meus pais
pelas ficções é porque elas me parecem ser a maior e melhor
fonte não de nossas normas morais, mas de nosso pensamento
moral.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 18/01/2007)

A frase Cresci numa família em que ler romances e assistir a filmes (...) não era considerado uma perda de tempo permanecerá formalmente correta caso se substitua a expressão sublinhada por

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    O pronome relativo "que" e derivados ("a qual", "o qual", "à qual", "ao qual") deve ser utilizado com o intuito de substituir um substantivo (pessoa ou "coisa"), evitando sua repetição. Na montagem do período, deve-se colocá-lo imediatamente após o substantivo repetido, que passará a ser chamado de elemento antecedente.

    Assim, para resolver esse tipo de questão basta separar a frase apresentada nas frases que estão sendo conectadas pelo pronome. Nesse caso teríamos:

    Cresci numa família.
    Para a minha família ler romances e assistir a filmes (...) não era considerado uma perda de tempo.


    Nota-se assim que a expressão adequada a ser utilizada é a presente na alternativa B (para a qual).

  • Aonde indica movimento

    Ex: Aonde você vai?

    Onde ocorre em situações estáticas

    Ex: A casa onde moro tem tiroteio todos os dias (Ilusão vendida da cidade maravilhosa)

  • ONDE: Transmite ideia de lugar fixo.

    AONDE: Transmite ideia de destino e movimento

    EM QUE: É como se fosse um ''coringa'', entretanto só pode ser utilizado quando não se tratar de lugar físico.

    MUITA ATENÇÃO!!

    ONDE sempre poderá ser substituído por EM QUE, mas o EM QUE só poderá ser substituído por ONDE quando for ideia de lugar.

  • Galera tem como alguém explicar novamente essa questão ?


ID
3703
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Para que servem as ficções?

Cresci numa família em que ler romances e assistir a
filmes, ou seja, mergulhar em ficções, não era considerado uma
perda de tempo. Podia atrasar os deveres ou sacrificar o sono
para acabar um capítulo, e não era preciso me trancar no
banheiro nem ler à luz de uma lanterna. Meus pais, eventualmente,
pediam que organizasse melhor meu horário, mas deixavam
claro que meu interesse pelas ficções era uma parte
crucial (e aprovada) da minha "formação". Eles sequer exigiam
que as ditas ficções fossem edificantes ou tivessem um valor
cultural estabelecido. Um policial e um Dostoiévski eram tratados
com a mesma deferência. Quando foi a minha vez de ser
pai, agi da mesma forma. Por quê?

Existe a idéia (comum) segundo a qual a ficção é uma
"escola de vida": ela nos apresenta a diversidade do mundo e
constitui um repertório do possível. Alguém dirá: o mesmo não
aconteceria com uma série de bons documentários ou ensaios
etnográficos? Certo, documentários e ensaios ampliam nossos
horizontes. Mas a ficção opera uma mágica suplementar.

Tome, por exemplo, "O Caçador de Pipas", de Khaled
Hosseini. A leitura nos faz conhecer a particularidade do Afeganistão,
mas o que torna o romance irresistível é a história singular
de Amir, o protagonista. Amir, afastado de nós pela particularidade
de seu grupo, revela-se igual a nós pela singularidade
de sua experiência. A vida dos afegãos pode ser objeto
de um documentário, que, sem dúvida, será instrutivo. Mas a
história fictícia "daquele" afegão o torna meu semelhante e meu
irmão.

Esta é a mágica da ficção: no meio das diferenças
particulares entre grupos, ela inventa experiências singulares
que revelam a humanidade que é comum a todos, protagonistas
e leitores. A ficção de uma vida diferente da minha me ajuda a
descobrir o que há de humano em mim.

Enfim, se perpetuei e transmiti o respeito de meus pais
pelas ficções é porque elas me parecem ser a maior e melhor
fonte não de nossas normas morais, mas de nosso pensamento
moral.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 18/01/2007)

A expressão com que preenche corretamente a lacuna da frase:

Alternativas
Comentários
  • Discordo que a resposta correta seja A, na verdade a resposta correta seria a letra E:

    A) As ficções, sobretudo as da meninice, COM AS QUAIS o autor tanto conviveu e se impressionou, marcaram-no para sempre.

    B)O exemplo de "O Caçador de Pipas", AO QUAL devemos atentar, é um caso de particularismo cultural que imediatamente se universaliza.

    c) A "mágica da ficção" é um efeito artístico COM O QUAL o autor, já em seus primeiros contatos com esse universo, demonstrou sua preferência.

    d) As experiências da vida comum, AS QUAIS muita gente não atribui valor especial, revelam-se extraordinárias ao ganhar forma artística.

    e)O entusiasmo QUE o autor demonstrou pelas ficções prova sua convicção quanto à verdade expressa pelas artes.

  • Concordo com o colega Julius. Não considero a resposta oficial como correta. Alguém comenta?
  • Na letra a: o autor conviveu COM as ficções. Portanto, com que. Correta.b) devemos atentar AO exemplo. Não cabe "com que".c) mostrou sua preferência A a (à) mágica. Não cabe "com que".d) não atribui valor A as (às) experiências. Não cabe "com que".e) demonstrou entusiasmo pelas ficções. Não cabe "com que", apenas "que".
  • Julius, que equivale a o qual ou a qual, então com que equivale a com a qual ou com o qual.
    LETRA A
  • Eu também errei essa questão marcando a letra "e". Mas o colega Michel  está certo. O pronome "que" deve ser utilizado com referência à coisa ou pessoas antecedentes.
    Pex. O livro a que se referiu foi editado. LIVRO = coisa. E quem se refere, se refere a. Logo o pronome faz regência com o verbo "referir".
    Já os pronomes o qual, os quais, a qual, as quais, têm a mesma utilidade do pronome relativo "que", ou seja, referem-se a coisa ou pessoa.
    Por isso poderíamos dizer: O livro ao qual se referiu foi editado.

    No caso em tela: As ficções, sobretudo as da meninice, (com as quais ou com que) ...... o autor tanto conviveu e se impressionou, marcaram-no para sempre

     

  • a) Conviver - Regência VTI - Exige preposição com      ---->   com que / com o qual
    b) Atentar   - Regência VTI - Exige preposição    a          ----> a que / ao qual
    c) Preferência a algo - O termo "Preferência" exige a preposição a ----> a que
    d) Atribui valor especial a algo ----> a que
    e) Demonstrar - Regência VTD ----> que

    Obs: O pronome relativo "que" pode ser substituido pelo pronome relativo "o qual".


ID
3721
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Para que servem as ficções?

Cresci numa família em que ler romances e assistir a
filmes, ou seja, mergulhar em ficções, não era considerado uma
perda de tempo. Podia atrasar os deveres ou sacrificar o sono
para acabar um capítulo, e não era preciso me trancar no
banheiro nem ler à luz de uma lanterna. Meus pais, eventualmente,
pediam que organizasse melhor meu horário, mas deixavam
claro que meu interesse pelas ficções era uma parte
crucial (e aprovada) da minha "formação". Eles sequer exigiam
que as ditas ficções fossem edificantes ou tivessem um valor
cultural estabelecido. Um policial e um Dostoiévski eram tratados
com a mesma deferência. Quando foi a minha vez de ser
pai, agi da mesma forma. Por quê?

Existe a idéia (comum) segundo a qual a ficção é uma
"escola de vida": ela nos apresenta a diversidade do mundo e
constitui um repertório do possível. Alguém dirá: o mesmo não
aconteceria com uma série de bons documentários ou ensaios
etnográficos? Certo, documentários e ensaios ampliam nossos
horizontes. Mas a ficção opera uma mágica suplementar.

Tome, por exemplo, "O Caçador de Pipas", de Khaled
Hosseini. A leitura nos faz conhecer a particularidade do Afeganistão,
mas o que torna o romance irresistível é a história singular
de Amir, o protagonista. Amir, afastado de nós pela particularidade
de seu grupo, revela-se igual a nós pela singularidade
de sua experiência. A vida dos afegãos pode ser objeto
de um documentário, que, sem dúvida, será instrutivo. Mas a
história fictícia "daquele" afegão o torna meu semelhante e meu
irmão.

Esta é a mágica da ficção: no meio das diferenças
particulares entre grupos, ela inventa experiências singulares
que revelam a humanidade que é comum a todos, protagonistas
e leitores. A ficção de uma vida diferente da minha me ajuda a
descobrir o que há de humano em mim.

Enfim, se perpetuei e transmiti o respeito de meus pais
pelas ficções é porque elas me parecem ser a maior e melhor
fonte não de nossas normas morais, mas de nosso pensamento
moral.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 18/01/2007)

Está correto o emprego da forma sublinhada na frase:

Alternativas
Comentários
  • Sinceramente, não entendi. Alguém pode me explicar?
  • "de cujas"?? tb não entendi!
  • O "de" concorda com o verbo agradar. Portanto, se vc retirasse a preposição antes do cujas, a oração ficaria errada.
  • a) lhes -> assistiam a eles.b) de cujas -> agradou das páginas.c) as -> considera as ficções.d) cujo -> ninguém contesta o valor.e) os -> o autor os louva (objeto direto).
  • Comentário objetivo:

    b) Quando o autor leu o romance "O Caçador de Pipas", de cujas páginas tanto se agradou, absorveu o sentido universal da história narrada.

    A alternativa acima está correta. Veja que são dois pontos a ser analisados:

    Em primeiro lugar o emprego do "cujas", que está corretíssimo, visto que ele faz a conexão entre o elemento possuidor (o romance "O Caçador de Pipas") e o elemento possuído (páginas).

    Por fim, a preposição "de" é necessária devida à regência do verbo "agradar". Note que "quem de agrada, se agrada DE alguma coisa". No caso, se agrada das páginas do romance "O Caçador de Pipas".

  • Sinceramente achei que o verbo louvar era transitivo indireto (quem louva, louva A alguém). No caso, louvar seria como amar? (quem ama, ama alguém)? Alguém pode explicar melhor? Obrigado.
  • Vinicius, neste caso quem louva, louva algo -> os hábitos de sua família.

    Entendeu?
  • AGRADAR: VTD (fazer agardo)
                        VTI (contentar)
  • Caros colegas,  o revisaço português 2015, 2 edição,  quanto à letra A  ele faz a seguinte obs : não será assistiam-nos nem assistiam -lhes. Será " assistiam a eles "》》 pq os verbos ASSISTIR, ASPIRAR, VISAR qnd VTI, não admitem a forma LHE.

  • Alguem poderia me explicar o erro da letra "D" 

  • Pedro Mendes, o erro da letra D:

     d) Admirar um romance de Dostoiévski, de cujo valor ninguém contesta, não exclui a possibilidade de se admirar o gênero policial.

    Sempre quando for resolver questões com o "cujo", lembre-se de que deves olhar sempre se se refere a um substantivo e olhar sua regência. Nesse caso o verbo constestar é verbo VTD, não sendo possível a preposição anteposta a ele. 

  • Gab B

    Correção em azul:

    Atentar-se à transitividade dos verbos.

    a)Na família do autor, romances eram lidos livremente; quanto aos filmes, todos também assistiam-nos com grande interesse. Assistiam aos filmes = assistiam-lhes. VTI>OI

    c)Muitos depreciam as ficções ? não o autor do texto, que lhes considera essenciais para a formação de um indivíduo. Considera essencial = considera – o. VTD>OD

    d)Admirar um romance de Dostoiévski, de cujo valor ninguém contesta, não exclui a possibilidade de se admirar o gênero policial. Ninguém contesta o valor = cujo valor ninguém contesta. VTD>OD.

    e)Rememorando os hábitos de sua família, louva-lhes o autor como estímulos essenciais para a sua formação de leitor. Louva os hábitos da família = louva-os. VTD>OD


ID
4171
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto
seguinte.

Caso de injustiça

Quando adolescente, o poeta Carlos Drummond de
Andrade foi expulso do colégio onde estudava. A razão alegada:
"insubordinação mental". O fato: o jovem ganhara uma nota
muito alta numa redação de Português, mas o professor, ao lhe
devolver o texto avaliado, disse-lhe que ele talvez não a
merecesse. O rapaz insistiu, então, para que lhe fosse atribuída
uma nota conforme seu merecimento. O caso foi levado ao
diretor da escola, que optou pela medida extrema. Confessa o
poeta que esse incidente da juventude levou-o a desacreditar
por completo, e em definitivo, da justiça dos homens.
Está evidente que a tal da "insubordinação mental" do
rapaz não foi um desrespeito, mas uma reação legítima à
restrição estapafúrdia do professor quanto ao mérito que este
mesmo, livremente, já consignara. O mestre agiu com a
pequenez dos falsos benevolentes, que gostam de transformar
em favor pessoal o reconhecimento do mérito alheio.
Protestando contra isso, movido por justa indignação, o jovem
discípulo deu ao mestre uma clara lição de ética: reclamou pelo
que era o mais justo. Em vez de envergonhar-se, o professor
respondeu com a truculência dos autoritários, que é o reduto da
falta de razão. E acabou expondo o seu aluno à experiência
corrosiva da injustiça, que gera ceticismo e ressentimento.
A "insubordinação mental", nesse caso, bem poderia ter
sido entendida como uma legítima manifestação de amorpróprio,
que não pode e não deve subordinar-se à
agressividade dos caprichos alheios. Além disso, aquela
expressão deixa subentendido o mérito que haveria numa
"subordinação mental", ou seja, na completa rendição de uma
consciência a outra. O que se pode esperar de quem se rege
pela cartilha da completa subserviência moral e intelectual? Não
foi contra esta que o jovem se rebelou? Por que aceitaria ele
deixar-se premiar por uma nota alta a que não fizesse jus?
Muitas vezes um fato que parece ser menor ganha uma
enorme proporção. Todos já sentimos, nos detalhes de situações
supostamente irrelevantes, o peso de uma grande injustiça.
A questão do que é ou do que não é justo, longe de ser
tão-somente um problema dos filósofos ou dos juristas, traduzse
nas experiências mais rotineiras. O caso do jovem poeta
ilustra bem esse gosto amargo que fica em nossa boca, cada
vez que somos punidos por invocar o princípio ético da justiça.

(Saulo de Albuquerque)

É adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Errada, pois neste caso não é utilizado o artigo no meio da frase, o que normalmente se usa em início de frase;
    b) CERTA, pois usamos crase com o pronome 'a qual';
    c) Errada, pois usamos 'à que' no sentido de 'àquela que';
    d) Errada, pois há ocorrência de crase com a (= aquela), aquele, aquela e aquilo;
    e) Errado, pois 'O caso narrado deixa claro' é transitivo direto, não aceitando a preposição 'de';
  • A letra "a" está errada. Mas o motivo que percebi foi outro: A regência do verbo ASPIRAR - "Eis tudo A que o jovem Drumond aspirava"
  • na alternativa (a), concordo com um dos comentários anteriores:

    o verbo ASPIRAR significa “pretender”, “desejar”, “almejar” e exige complemento com a preposição “a”, sendo então Transitivo Indireto.

    então seria correto dizer "...eis tudo a que o jovem Drummond aspirava"
  • Comentário objetivo:

    a) Apenas uma avaliação justa de sua redação - eis tudo o que A QUE o jovem Drummond aspirava.

    b) "Insubordinação mental" foi a justificativa à qual recorreu a direção da escola para expulsar o adolescente.   PERFEITO!  

    c) "Subordinação mental" é a expressão à que A QUE chega o autor, subentendendo o sentido de uma outra.

    d) Entendendo o rapaz que não fazia jus aquela ÀQUELA nota, solicitou ao professor uma nova avaliação.

    e) O caso narrado deixa claro de que QUE pequenas injustiças podem gerar grandes ressentimentos. 

  • Bom dia!


    Alguém poderia me ajudar.

    A crase da letra C não seria exigida pela regência do verbo CHEGAR. Quem chegar, chega a algum lugar.



    Ajuda por favor!
  • a) Apenas uma avaliação justa de sua redação - eis tudo À QUAL/ A QUE o jovem Drummond aspirava. 
    b) "Insubordinação mental" foi a justificativa à qual recorreu a direção da escola para expulsar o adolescente. 
    c) "Subordinação mental" é a expressão A QUE chega o autor, subentendendo o sentido de uma outra. 
    d) Entendendo o rapaz que não fazia jus ÀQUELA nota, solicitou ao professor uma nova avaliação. 
    e) O caso narrado deixa claro QUE pequenas injustiças podem gerar grandes ressentimentos

  • Gab B

    Correção em azul

    a)Apenas uma avaliação justa de sua redação - eis tudo o que o jovem Drummond aspirava. Aspirava a uma avaliação =>VTI = a que.

    c)"Subordinação mental" é a expressão à que chega o autor, subentendendo o sentido de uma outra. Não há crase antes do pronome relativo que.

    d)Entendendo o rapaz que não fazia jus aquela nota, solicitou ao professor uma nova avaliação. Fazia jus a aquela nota = àquela

    e)O caso narrado deixa claro de que pequenas injustiças podem gerar grandes ressentimentos. Deixa claro que => VTD = que


ID
4207
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 11 a 20 referem-se ao texto
seguinte.

Falamos o idioma de Cabral?

Se é que Cabral gritou alguma coisa quando avistou o
monte Pascoal, certamente não foi "terra ã vishta", assim, com
o "a" abafado e o "s" chiado que associamos ao sotaque
português. No século XVI, nossos primos lusos não engoliam
vogais nem chiavam nas consoantes - essas modas surgiram
no século XVII. Cabral teria berrado um "a" bem aberto e dito
"vista" com o "s" sibilante igual ao dos paulistas de hoje. Na
verdade, nós, brasileiros, mantivemos sons que viraram arcaísmos
empoeirados para os portugueses.
Mas, se há semelhanças entre a língua do Brasil de hoje
e o português antigo, há ainda mais diferenças. Boa parte delas
é devida ao tráfico de escravos, que trouxe ao Brasil um número
imenso de negros que não falavam português. "Já no século
XVI, a maioria da população da Bahia era africana", diz Rosa
Virgínia Matos, lingüista da Universidade Federal da Bahia.
"Toda essa gente aprendeu a língua de ouvido, sem escola",
afirma. Na ausência da educação formal, a mistura de idiomas
torna-se comum e traços de um impregnam o outro. "Assim os
negros deixaram marcas definitivas", diz Rosa.
Também no século XVI, começaram a surgir diferenças
regionais no português do Brasil. Num pólo estavam as áreas
costeiras, onde os índios foram dizimados e se multiplicaram os
escravos africanos. No outro, o interior, persistiam as raízes
indígenas. À mistura dessas influências vieram se somar as
imigrações, que geraram diferentes sotaques.
Mas o grande momento de constituição de uma língua
"brasileira" foi o século XVIII, quando se explorou ouro em
Minas Gerais. "Lá surgiu a primeira célula do português brasileiro",
diz Marlos Pessoa, da Universidade Federal de Pernambuco.
A riqueza atraiu gente de toda parte - portugueses,
bandeirantes paulistas, escravos que saíam de moinhos de
cana e nordestinos. Ali, a língua começou a uniformizar-se e a
exportar traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas
comerciais que a exploração do ouro criou.

(Super Interessante. Almanaque de férias 2003. São
Paulo, Abril, 2003, pp. 50-51)

A língua começou a uniformizar-se e a exportar traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas comerciais que a exploração do ouro criou.

Se na frase acima substituirmos a forma verbal criou pela forma deu ensejo, o termo que deverá dar lugar à expressão

Alternativas
Comentários
  • O que está errado em: a cujas (ROTAS) a exploração do ouro deu ensejo ?
  • Julius, acho que o erro está em não haver possuidor e possuído na frase.
  • O que está errado em: a cujas (ROTAS) a exploração do ouro deu ensejo ?- Para que a alternativa A estivesse correta, o pronome relativo CUJAS deveria estar no singular para combinar com o substantivo exploração e o artigo "a" antes de exploração não deveria existir, pois não admite-se artigo após cujo, cuja, cujos, cujas.A frase poderia ser reescrita: A língua começou a uniformizar-se e a exportar traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas comerciais a cuja exploração do ouro deu ensejo.Como na questão não há a alternativa A CUJA, a correta é a letra D, A QUE.
  • Inicialmente temos na questão:

    ...que a exploração do ouro criou

    Neste caso o que é PRONOME RELATIVO. A função do PRONOME RELATIVO é basicamente substituir o SUBSTANTIVO que o antecede, neste caso é "rotas comerciais".
    O PRONOME RELATIVO sempre terá função sintática na oração, que neste caso ele é OBJETO DIRETO do verbo CRIAR.

     Então, substituindo ficaria...   A exploração do ouro criou rotas comerciais. 

    Depois:
    com a mudança do verbo CRIAR pelo verbo DAR há mudança radical no OBJETO, deixa de exigir OBJETO DIRETO e passa a exigir OBJETO DIRETO E INDIRETO.
    " A exploração do ouro deu ensejo"... ????...a rotas comerciais. Observe que o verbo DAR exige OBJETO DIRETO(ensejo) e INDIRETO( a rotas comerciais, o "a"não é artigo.)

    Acredito ser isso.
  • É só fazer a pergunta: "deu ensejo ...a que?" Parece-me o mais adequado!


ID
9439
Banca
ESAF
Órgão
MRE
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a frase em que o pronome onde está empregado corretamente.

Alternativas
Comentários
  • Onde...sempre idéia de lugar...
  • será que alguem teria um comentario que explicasse mais detalhado?
  • A preposição  " EM"  fica  oculta  antes do  pronome " ONDE "...onde deve  ser   usado  para  LUGARES.

     

    O lugar   onde  paramos  era  perigoso.( em que ) Ou  seja  lugar  físico que  se  pode entrar.

    AONDE: note  que  o   Aonde  tem  ideia  de movimento. (ir).

    Fica longe  o  bairro   a que  me  dirigi   hoje  cedo ( aonde) ideia de  movimento.

    Onde   você está? (Lugar)

    Almocei  na  academia   onde   faço  musculação. ( lugar  físico  em que  se  pode  entrar) Na academia  - lugar.

  • Onde e Aonde são advérbios usados para indicar lugares, porém a preposição a de aonde indica que essa palavra deve ser usada somente quando estiver relacionada a verbos que pedem tal preposição e a orações que sugerem movimento. Isso ocorre em "Aonde você vai?" - já que quem vai sempre irá a algum lugar - e "Aonde ele está me levando?", pois quem leva tem de levar alguém ou algo a um lugar. Para conferir se o uso está correto, basta substituir aonde por para onde: "Para onde você vai?" "Onde" deve ser relacionado a situações que fazem referência a um lugar e quando a ideia de movimento não está presente. Por exemplo: "O bairro onde você mora é perigoso" e "Não conheço a cidade onde minha mãe nasceu". 

    "Onde" somente deve ser empregado para designar locais físicos, ou seja, não pode ser usado em situações como "Ele conta piadas onde a vítima é sempre um português". Nesse caso, o correto é usar em que.

    Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/fundamentos/como-saber-quando-correto-usar-onde-aonde-496241.shtml

  • A letra D está errada, o pronome "onde" dá a ideia de lugar e é anafórico, ou seja, vai retomar algum antecedente expresso indicando lugar, observando a alternativa citada "A visita da delegação estrangeira está prevista para a primeira semana de setembro, onde deverão seus integrantes permanecer [...]" deverão ficar onde? Na visita? 


    Boa sorte nessa luta. 

  • A) DO QUAL - Coisa

    B) A QUAL - Coisa

    C) OS QUAIS - Coisa

    D) QUANDO - Momento

    E) ONDE - Lugar


ID
10951
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANATEL
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para os itens de 1 a 8

Como não usar o telefone celular

1 É fácil ironizar os possuidores de telefones celulares.
Mas é necessário descobrir a qual das cinco categorias eles
pertencem. Primeiro, vêm as pessoas fisicamente incapacitadas,
4 ainda que sua deficiência não seja visível, obrigadas a um
contato constante com o médico ou com o pronto-socorro.
Depois, vêm aqueles que, devido a graves deveres profissionais,
7 são obrigados a correr em qualquer emergência (capitães do
corpo de bombeiros, médicos, transplantadores de órgãos). Em
terceiro lugar, vêm os adúlteros. Só agora eles têm a
10 possibilidade de receber ligações de seu parceiro secreto sem
que membros da família, secretárias ou colegas malintencionados
possam interceptar o telefonema.
13 Todas as três categorias enumeradas até agora
merecem o nosso respeito: no caso das duas primeiras, não nos
importamos de ser perturbados em restaurantes ou durante uma
16 cerimônia fúnebre, e os adúlteros tendem a ser muito discretos.
Seguem-se duas outras categorias que, ao contrário,
representam um risco. A primeira é composta de pessoas
19 incapazes de ir a qualquer lugar se não tiverem a possibilidade
de conversar fiado acerca de frivolidades com amigos e
parentes de que acabaram de se separar. Elas nos incomodam,
22 mas precisamos compreender sua terrível aridez interior,
agradecer por não estarmos em sua pele e, finalmente, perdoar.
A última categoria é composta de pessoas preocupadas
25 em mostrar em público o quanto são solicitadas, especialmente
para complexas consultas a respeito dos negócios: as conversas
que somos obrigados a escutar em aeroportos ou restaurantes
28 tratam de transações monetárias, atrasos na entrega de perfis
metálicos e outras coisas que, no entendimento de quem fala,
dão a impressão de que se trata de um verdadeiro Rockfeller.
31 O que eles não sabem é que Rockfeller não precisa de
telefone celular, porque conta com um plantel de secretários tão
vasto e eficiente que, no máximo, se seu avô estiver morrendo,
34 por exemplo, alguém chega e lhe sussurra alguma coisa no
ouvido. O homem poderoso é justamente aquele que não é
obrigado a atender todas as ligações, muito pelo contrário:
37 nunca está para ninguém, como se diz.
Portanto, todo aquele que ostenta o celular como
símbolo de poder, na verdade, está declarando de público sua
40 condição irreparável de subordinado, obrigado que é a pôr-se
em posição de sentido, mesmo quando está empenhado em um
abraço, a qualquer momento em que o chefe o chamar.

Umberto Eco. O segundo diário mínimo. Sergio Flaksman (Trad.).
Rio de Janeiro: Record, 1993, p. 194-6 (com adaptações).

Com base nas idéias e estruturas do texto de Umberto Eco, julgue os itens a seguir.

Com igual correção gramatical a forma pronominal às quais poderia ser empregada em lugar do pronome "que" no segmento "as conversas que somos obrigados a escutar" (l.26-27).

Alternativas
Comentários
  • Podemos colocar as quais sem a crase, porque ESCUTAR é VTD.
    Veja: Somos obrigados a escutar as conversas...
    As conversas AS QUAIS somos obrigados a escutar.
  • A colega acima citou corretamente a regência do verbo escutar (transitivo direto), mas não concluiu o que realmente justifica o gabarito: o verbo escutar não pode ser usado como transitivo indireto. Assim, o correto é "somos obrigados a escutar as conversas, os ruídos" e não "somos obrigados a escutar às conversas, aos ruídos". 
    (Veja como divulgar a Campanha Nota Justa)
  • O problema é crase, jamais poderá ocorrer essa substituição.

  • Cuidado com comentários equivocados, lembre-se preposição sempre deve vir ante dos pronomes o certo seria o seguinte:

    as conversas que somos obrigados a escutar. (errado)

    as conversas às quais somos obrigados escutar. (correto)

    Percebe que o "obrigado" na primeira frase rege a preposição "a", portanto esta preposição deveria vir antes do pronome.

    O erro da questão está na permanência do "a", após a palavra "obrigado"

    Gabarito: Errado

  • Somos obrigados a escutar as conversas

    Como vemos , ao desenvolvermos a frase de tras pra frente , o verbo ñ pediu crase . Em outras palavras, significa dizer que , usando " ÀS QUAIS " com crase , a frase ficaria errada

    SO PODERIAMOS USAR , ENTAO ,O PRONOME "QUE " e " "AS QUAIS " , SEM CRASE .

  • sem crase

  • as conversas que somos obrigados a escutar (certo)

    as conversas as quais somos obrigados a escutar (certo)

    as conversas às quais somos obrigados a escutar (errado)

    Como o verbo escutar, nesse caso, é transitivo direto, não há fusão do artigo com a preposição, portanto não há crase.

    .

    Porém, atentem-se:

    Há denúncias anteriores às quais ele referiu.(certo)

    Há denúncias anteriores as quais ele referiu. (errado)

    (Há fatos anteriores aos que ele referiu).

    Nesse caso, temos o verbo referir com regência indireta, logo ocorrendo a fusão da sua preposição com o artigo "as" de "denuncias".

  • "as conversas as quais somos obrigados a escutar"

  • Essa CRASE matou a questão.

    Rumo à PF.

  • TROCAS ACEITAS:

    De que = do qual, da qual, dos quais.

    Em que= no qual, na qual, nos quais, nas quais, onde.

    Por que= pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais.

    A que= ao qual, à qual, aos quais, às quais, aonde.

    Que= o qual, a qual, os quais, as quais.

    sem crase.

  • Bendita crase

  • Errado.

    Questão antiga, mas muito boa para fins de revisão.

    "as conversas que somos obrigados a escutar" (l.26-27).

    Quem escuta, escuta alguma coisa, logo, o verbo ESCUTAR figura-se como TRANSITIVO DIRETO e seu complemento (objeto direto) não é regido por preposição. Assim, a substituição correta será:

    "as conversas AS QUAIS somos obrigados a escutar". Isso mesmo, "AS QUAIS" sem crase.

    Ademais, "AS QUAIS" é morfologicamente classificado, na questão, como pronome relativo.

    Sonhe, lute, conquiste.

  • Diante dos pronomes relativos a qual, as quais, quando o verbo da oração subordinada adjetiva exigir a preposição a, ocorre crase.

    Escutar é VTD, ou seja, dispensa a preposição.

  • Poderia ser analisado pelo verbo "somos" (Nós somos) SER, como não há predicativo do sujeito se caracteriza como intransitivo, não pedindo preposição.

  • Quem escuta, escuta algo/alguma coisa. É um verbo transitivo DIRETO, ou seja, não necessita de crase no segmento "as quais".

  • "as conversas que SOMOS obrigados a escutar" 

    que = as quais

    a que = às quais

    Gab.: Errado


ID
11422
Banca
FCC
Órgão
TRF - 3ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
seguinte.

Os sonhos dos adolescentes

Se tivesse que comparar os jovens de hoje com os de
dez ou vinte anos atrás, resumiria assim: eles sonham pequeno.
É curioso, pois, pelo exemplo de pais, parentes e vizinhos,
nossos jovens sabem que sua origem não fecha seu destino:
sua vida não tem que acontecer necessariamente no lugar onde
nasceram, sua profissão não tem que ser a continuação da de
seus pais. Pelo acesso a uma proliferação extraordinária de
ficções e informações, eles conhecem uma pluralidade inédita
de vidas possíveis.
Apesar disso, em regra, os adolescentes e os préadolescentes
de hoje têm devaneios sobre seu futuro muito
parecidos com a vida da gente: eles sonham com um dia-a-dia
que, para nós, adultos, não é sonho algum, mas o resultado
(mais ou menos resignado) de compromissos e frustrações.
Eles são "razoáveis": seu sonho é um ajuste entre suas
aspirações heróico-ecológicas e as "necessidades" concretas
(segurança do emprego, plano de saúde e aposentadoria).
Alguém dirá: melhor lidar com adolescentes tranqüilos do
que com rebeldes sem causa, não é? Pode ser, mas, seja qual
for a qualidade dos professores, a escola desperta interesse
quando carrega consigo uma promessa de futuro: estudem para
ter uma vida mais próxima de seus sonhos. É bom que a escola
não responda apenas à "dura realidade" do mercado de
trabalho, mas também (talvez, sobretudo) aos devaneios de
seus estudantes; sem isso, qual seria sua promessa? "Estude
para se conformar"? Conseqüência: a escola é sempre
desinteressante para quem pára de sonhar.
É possível que, por sua própria presença maciça em
nossas telas, as ficções tenham perdido sua função essencial e
sejam contempladas não como um repertório arrebatador de
vidas possíveis, mas como um caleidoscópio para alegrar os
olhos, um simples entretenimento. Os heróis percorrem o
mundo matando dragões, defendendo causas e encontrando
amores solares, mas eles não nos inspiram: eles nos divertem,
enquanto, comportadamente, aspiramos a um churrasco no
domingo e a uma cerveja com os amigos.
É também possível (sem contradizer a hipótese anterior)
que os adultos não saibam mais sonhar muito além de seu
nariz. Ora, a capacidade de os adolescentes inventarem seu
futuro depende dos sonhos aos quais nós renunciamos. Pode
ser que, quando eles procuram, nas entrelinhas de nossas
falas, as aspirações das quais desistimos, eles se deparem
apenas com versões melhoradas da mesma vida acomodada
que, mal ou bem, conseguimos arrumar. Cada época tem os
adolescentes que merece.

(Adaptado de Contardo Calligaris. Folha de S. Paulo, 11/01/07)

Considere as seguintes frases:

I. É muito restritivo o aspecto da "razoabilidade" dos sonhos, de que o autor do texto analisa no segundo parágrafo.

II. Talvez um dos "dragões" a que se deva dar combate em nossos dias seja o império dos interesses materiais.

III. Os sonhos em cuja perseguição efetivamente nos lançamos podem transformar-se em conquistas objetivas.

Está correto o emprego do elemento sublinhado APENAS em

Alternativas
Comentários
  • O uso correto do cujo

    O uso correto do cujo (cuja, cujos e cujas) exige três condições:
    a) haver antecedente (possuidor) e conseqüente (coisa possuída) diferentes;
    b) existir equivalência com do qual (da qual, dos quais e das quais);
    estar clara a idéia de posse.
    Exemplos: O país cuja população cresce sem parar enfrenta problemas. / Os meninos cuja mãe estava sendo operada aguardavam no corredor.

    Desdobramento a explicação:
    a) Há antecedentes, possuidores (o país, os meninos), e conseqüentes, coisas possuídas (cuja população, cuja mãe), ambos diferentes;
    b) existe equivalência com do qual: o país a população do qual cresce sem parar, os meninos a mãe dos quais estava sendo operada;
    c) está clara a idéia de posse: a população é do país e a mãe, dos meninos.
  • O "EM" vai sair do dos LANÇAMOS(nos lançamos EM algum lugar) ou do TRANSFORMAR-SE(quem transforma-se, tranforma-se EM algo)?

    Deus é com nós SEMPRE!!!
  • GABARITO LETRA D

    I. É muito restritivo o aspecto da "razoabilidade" dos sonhos, de que o autor do texto analisa no segundo parágrafo. 

    ANALISAR, verbo trans. direito, não pede preposição de, está incorreta.

    II. Talvez um dos "dragões" a que se deva dar combate em nossos dias seja o império dos interesses materiais. 

    DAR: verbo transitivo direito e indireto: da ALGO, A ALGUÉM, logo pede a preposição a que antecede "que''

    III. Os sonhos em cuja perseguição efetivamente nos lançamos podem transformar-se em conquistas objetivas

    1) Quem se lança, se lança EM ALGO (PERSEGUIÇÃO), ou seja, pede a preposição ''em''. 

    2) perseguição tem relação com sonhos, então está OK.


ID
11437
Banca
FCC
Órgão
TRF - 3ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 16 a 20 referem-se ao
texto seguinte.

Página de História

De uma História Universal editada no século XXXIII: "Os
homens do século XX, talvez por motivos que só a miséria
explicaria, costumavam aglomerar-se desconfortavelmente em
enormes cortiços de cimento. Alguns atribuem o fato a não se
sabe que misterioso pânico ao simples contato com a natureza;
mas isso é matéria de ficcionistas, místicos e poetas... O
historiador sabe apenas que chegou a haver, em certas grandes
áreas, conjuntos de cortiços erguidos lado a lado sem o
suficiente espaço e arejamento, que poderiam alojar vários
milhões de indivíduos. Era, por assim dizer, uma vida de insetos
- mas sem a segurança que apresentam as habitações
construídas por estes."

(Mário Quintana ? Caderno H. Porto Alegre: Globo, 1973, p. 14)

Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas em:

Alternativas
Comentários
  • a) ONDE / EM QUE

    c) CUJO (e sem o artigo "o") / A QUE (a frase está meio sem coerência)
    d) POR QUE / A QUEM
    e) DOS QUAIS / DA QUAL
  • Eu quebrei a cabeça p/ resolver essa questão...mas fui excluindo as que estavam ruins demais.
    Ficou um tanto quanto estranha essa correta, não ficou?
    " a que faltavam espaço..." Acho que o melhor emprego seria: "aos quais..."
  • Meu raciocínio:

    b) quando falta espaço e arejamento, falta espeço e arejamento a alguém, a algum lugar (a que) ...

        quando a natureza apresenta uma ameaça, ela apresenta uma ameaça para alguém (para quem) ...

    Deus é com Nósss...

  • Achei a última estranha demais...

    Os espaços urbanos pelos quais se espanta o imaginário.

    Quem espanta espanta alguém DE algum lugar...

    foda essa aí...

  • Resposta: letra B

    Em A, aonde está inadequado. O adequado é onde (estático, em que lugar). Além disso, cujo só pode ser usado entre substantivos, portanto em cujos ……. .

    Em C, a preposição DE antes de cujo está inadequada, além de o artigo depois de cujo ser proibido (cujo autor era). Muitos autores são tentados por alguma coisa; então: por que ou pelos quais muitos autores são tentados.

    Em D, por que é escrito separadamente, pois a palavra quê é pronome relativo; é o mesmo que pelo qual. Em vez de em cujos, deveria colocar-se aos quais.

    Em E, espanta-se com alguma coisa; daí: com os quais se espanta o imaginário…..


ID
13492
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 12 referem-se ao
texto seguinte.

A família na Copa do Mundo

A rotina de uma família costuma ser duramente atingida
numa Copa do Mundo de futebol. O homem da casa passa a ter
novos hábitos, prolonga seu tempo diante da televisão, disputaa
com as crianças; a mulher passa a olhar melancolicamente
para o vazio de uma janela ou de um espelho. E se, coisa rara,
nem o homem nem a mulher se deixam tocar pela sucessão
interminável de jogos, as bandeiras, os rojões e os alaridos da
vizinhança não os deixarão esquecer de que a honra da pátria
está em jogo nos gramados estrangeiros.
É preciso também reconhecer que são muito distintas as
atuações dos membros da família, nessa época de gols. Cabe
aos homens personificar em grau máximo as paixões
envolvidas: comemorar o alto prazer de uma vitória, recolher o
drama de uma derrota, exaltar a glória máxima da conquista da
Copa, amargar em luto a tragédia de perdê-la. Quando
solidárias, as mulheres resignam-se a espelhar, com
intensidade muito menor, essas alegrias ou dores dos homens.
Entre as crianças menores, a modificação de comportamento é
mínima, ou nenhuma: continuam a se interessar por seus
próprios jogos e brinquedos. Já os meninos e as meninas
maiores tendem a reproduzir, respectivamente, algo da atuação
do pai ou da mãe.
Claro, está-se falando aqui de uma "família brasileira
padrão", seja lá o que isso signifique. O que indiscutivelmente
ocorre é que, sobretudo nos centros urbanos, uma Copa do
Mundo põe à prova a solidez dos laços familiares. Algumas
pessoas não resistem à alteração dos horários de refeição, à
alternância entre ruas congestionadas e ruas desertas, às
tensas expectativas, às súbitas mudanças de humor coletivo
? e
disseminam pela casa uma insatisfação, um rancor, uma
vingança que afetam o companheiro, a companheira ou os
filhos. Como toda exaltação de paixões, uma Copa do Mundo
pode abrir feridas que demoram a fechar. Sim, costumam
cicatrizar esses ressentimentos que por vezes se abrem, por
força dos diferentes papéis que os familiares desempenham
durante os jogos. Cicatrizam, volta a rotina, retornam os papéis
tradicionais
? até que chegue uma outra Copa.
(Itamar Rodrigo de Valença)

A expressão de que preenche corretamente a lacuna da seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • NÃO SERIA O CORRETO As paixões DAS QUAIS trata o texto talvez pareçam incompreensíveis para outros povos ?
  • Alternativa C está correta pois > o texto trata DAS paixões.
  • a) Nenhuma paixão ...... QUE se pode imaginar é, para ele, comparável à que lhe desperta uma Copa do Mundo.
    b) A expectativa .....QUE . nós alimentávamos em relação a esta Copa resultou em franca decepção.
    c) As paixões ...... DE QUE trata o texto talvez pareçam incompreensíveis para outros povos.
    d) A expressão "família brasileira padrão", ...... A QUE se refere o autor, nem mesmo para ele parece fazer muito sentido.
    e) As emoções ...... PELAS QUAIS os torcedores se deixam arrastar, numa Copa do Mundo, são exacerbadas e incontroláveis.
  • Letra C

    Quem trata....trata DE alguma coisa (com preposição)

    As paixões ...DE QUE..... trata o texto talvez pareçam incompreensíveis para outros povos.

  • quem tem espectativa nao tem espectativa DE alguma coisa tbm?
  • Felix, acredito que temos que tomar como referência o Verbo "alimentávamos". Nós alimentávamos o que? A expectativa. O Verbo não exige preposição. O que tem de ser analisado é a transitividade verbal, acredito.


ID
13912
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1    No que diz respeito à esfera política, a
     democratização se coloca em vários planos e tem como
     exigência primordial o reconhecimento dos diversos sujeitos
4   e das causas que defendem. Esse reconhecimento está
     diretamente ligado à ruptura com a tradição conservadora,
     cuja visão política hierarquiza as formas de participação e
7   não reconhece os vários campos de conflitos e contradições
     sociais presentes na sociedade.

Maria Betânia Ávila.
Democracia radical em foco.
Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

Julgue os itens subseqüentes, relativos ao texto acima.

O pronome "cuja" (R.6) corresponde, no texto, a de que.

Alternativas
Comentários
  • corresponde a tradição conservadora
  • Cujo equivale a DO QUAL, DOS QUAIS, DA QUAL, DAS QUAIS

  • ocorreu um zeugma no texto(zeugma de tradição conservadora), tal termo deveria ser encaixado antes do pronome CUJA.

     

  • errada 

     

  • corresponde a tradição conservadora

  • ERRADO

    Pergunta para o verbo, HIERARQUIZA (quem hierarquiza, hierarquiza alguma coisa) sem preposição

  • cujo só pode ser substituído por "da qual, do qual, das quais e dos quais'
  • substituindo por de que , perde o sentimento de posse

    Possuidor 'tradição política ' e possuído ' visão política '.

  • Errado.

    Bizu das trocas possíveis, a fim de fixar o conteúdo:

    De que = do qual, da qual, dos quais.

    Em que= no qual, na qual, nos quais, nas quais, onde(quando vier a ideia de lugar).

    Por que= pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais.

    A que= ao qual, à qual, aos quais, às quais, aonde.

    Que= o qual, a qual, os quais, as quais.

    Cujo (ideia de posse; refere-se ao antecedente e concorda com o subsequente) = da qual, do qual, das quais e dos quais.

    Ademais, necessário observar sempre a regência verbal/nominal.

    Pertenceremos !!!

  • Onde = Pede preposição EM ... Em que, na qual, nas quais. Ação em ponto fixo.

    Aonde = Pede preposição A .... A qual, As quais. Ação em que há deslocamento.

    Que --> O qual, A qual, Os quais, As quais.

    A que --> Ao qual, À qual, aos quais, às quais.

    Em que --> No qual, Na qual, onde.

    De que --> Do qual, Da qual.


ID
16213
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - itens de 1 a 20
Apostando na leitura
1 Se a chamada leitura do mundo se aprende por aí, na tal escola da vida, a leitura de livros carece de aprendizado mais
regular, que geralmente acontece na escola. Mas leitura, quer do mundo, quer de livros, só se aprende e se vivencia, de forma
plena, coletivamente, em troca contínua de experiências com os outros. É nesse intercâmbio de leituras que se refinam, se
4 reajustam e se redimensionam hipóteses de significado, ampliando constantemente a nossa compreensão dos outros, do mundo
e de nós mesmos. Da proibição de certos livros (cuja posse poderia ser punida com a fogueira) ao prestígio da Bíblia, sobre a qual
juram as testemunhas em júris de filmes norte-americanos, o livro, símbolo da leitura, ocupa lugar importante em nossa sociedade.
7 Foi o texto escrito, mais que o desenho, a oralidade ou o gesto, que o mundo ocidental elegeu como linguagem que cimenta a
cidadania, a sensibilidade, o imaginário. É ao texto escrito que se confiam as produções de ponta da ciência e da filosofia; é ele
que regula os direitos de um cidadão para com os outros, de todos para com o Estado e vice-versa. Pois a cidadania plena, em
10 sociedades como a nossa, só é possível - se e quando ela é possível - para leitores. Por isso, a escola é direito de todos e dever
do Estado: uma escola competente, como precisam ser os leitores que ela precisa formar. Daí, talvez, o susto com que se observa
qualquer declínio na prática de leitura, principalmente dos jovens, observação imediatamente transformada em diagnóstico de
13 uma crise da leitura, geralmente encarada como anúncio do apocalipse, da derrocada da cultura e da civilização. Que os jovens
não gostem de ler, que lêem mal ou lêem pouco é um refrão antigo, que de salas de professores e congressos de educação ressoa
pelo país afora. Em tempo de vestibular, o susto é transportado para a imprensa e, ao começo de cada ano letivo, a terapêutica
16 parece chegar à escola, na oferta de coleções de livros infantis, juvenis e paradidáticos, que apregoam vender, com a história que
contam, o gosto pela leitura. Talvez, assim, pacifique corações saber que desde sempre - isto é, desde que se inventaram livros
e alunos - se reclama da leitura dos jovens, do declínio do bom gosto, da bancarrota das belas letras! Basta dizer que Quintiliano,
19 mestre-escola romano, acrescentou a seu livro uma pequena antologia de textos literários, para garantir um mínimo de leitura aos
estudantes de retórica. No século I da era cristã! Estamos, portanto, em boa companhia. E temos, de troco, uma boa sugestão: se
cada leitor preocupado com a leitura do próximo, sobretudo leitores-professores, montar sua própria biblioteca e sua antologia
22 e contagiar por elas outros leitores, sobretudo leitores-alunos, por certo a prática de leitura na comunidade representada por tal
círculo de pessoas terá um sentido mais vivo. E a vida será melhor, iluminada pela leitura solidária de histórias, de contos, de
poemas, de romances, de crônicas e do que mais falar a nossos corações de leitores que, em tarefa de amor e paciência, apostam
25 no aprendizado social da leitura.

Marisa Lajolo. Folha de S. Paulo, 19/9/1993 (com adaptações).

A partir da análise do emprego das classes de palavras e da
sintaxe das orações e dos períodos do texto I, julgue os itens que
se seguem.

Na linha 5, na estrutura "(cuja posse poderia ser punida com
a fogueira)", o pronome relativo "cuja" refere-se à expressão
"certos livros".

Alternativas
Comentários
  • Cuja : pronome relativo de sentido anaforico(que so' pode referir-se a termos anteriores)
    Vale lembrar que todo pronome relativo tem funcao de evitar repetioes de termos ja citados anteriormente, com isso, o termo que cuja evita repeticao e' "certos livros"

    Bons estudos.
  • vamos lá:                cuja está referindo a 'certos livros',pois o pronome se refere a termos anteriores 
  • CERTO 

    CUJA/CUJO : 

    1) JAMAIS PRECEDIDOS DE ARTIGO
    2) RELACIONAM-SE COM POSSE
    3) É UM TERMO ANAFÓRICO.

  • Cujo: pronome possessivo referente ao anterior, concordando com o posterior

  • CERTO 

    Se falasse para substituir o pronome cujo por qualquer outra expressão, dever-se-ia marcar ERRADO, já que você não deve trocar o seu CUJO por nada.

  • Para a correta utilização do cujo, é necessário um nome anterior e um posterior, pois ele retoma a um termo antecedente o qual estabelecerá relação de posse com o consequente.

    Aulas Clayton Natal (o gato)

  • Mas tá cuja

  • "Cujo" se relaciona com dois termos: o POSSUÍDO e o POSSUIDOR. Portanto, "certos livros" é o referente possuidor e "posse" é o referente possuído. Lembre-se, no entanto, que "cujo" sempre concordará com o possuído, tanto é que na questão ficou "cuja" concordando com "posse".

  • Texto: “Da proibição de certos livros (cuja posse (de certos livros)  poderia ser punida com a fogueira) ao prestígio da Bíblia, sobre a qual juram as testemunhas em júris de filmes norte-americanos, o livro, símbolo da leitura, ocupa lugar importante em nossa sociedade.”

    Assertiva: Na linha 5, na estrutura "(cuja posse poderia ser punida com a fogueira)", o pronome relativo "cuja" refere-se à expressão "certos livros". Correto.

  • GABARITO CERTO

    O pronome cujo só está corretamente empregado quando se relaciona a um antecedente, tem um consequente e equivale a do qual (ou da qual, dos quais, das quais). Outros exs.:

    Existem ali belas árvores cujos ramos se entrelaçam em forma de cúpula.

    São crianças ainda pequenas, cuja única preocupação é brincar.

    Dicionário de dificuldades da Língua Portuguesa - Domingos Paschoal Cegalla

  • CUJO     =            ideia de POSSE         

     

    Cujo equivale a DO QUAL, DOS QUAIS, DA QUAL, DAS QUAIS

     

    1-     Sempre entre dois substantivos

     

     

    2-        Estabelece entre dois substantivos IDEIA DE POSSE – ler do segundo substantivo para o primeiro e coloca a preposição “de, do, da”

     

     

    3-        Não pode vir seguido de verbo  NÃO UTILIZA:    “CUJO”     +     É   (VERBO)

     

    4-       Não pode vir seguido de artigo  NÃO UTILIZA:    “CUJO”    +       ARTIGO (a, o um)     PREPOSIÇÃO

     

     

     

    5-     Adjunto Adnominal:

     

    NÃO EXISTE !!   CUJO +  FOI (VERBO)   CUJO     O     ou    CUJO    A  =     

    NÃO CABE CUJA = DE QUE (do qual, da qual, dos quais).

                SUBSTANTIVO   +       CUJO    +      SUBSTANTIVO  =   POSSE

     

    FUNÇÃO ADJUNTO ADNOMINAL: SUBSTANTIVO ANTERIOR

     

    CUJO    =  PRONOME RELATIVO que retoma um ANTECEDENTE

     

    - VEM ENTRE DOIS SUBSTANTIVO COM IDEIA DE POSSE

     

    -      concorda com o substantivo SEGUINTE

     

    Ex.      Eis o homem CUJA filha foi aprovada.

                  Eis o homem CUJO filho foi aprovado.

     

     

     

    -   EVITA A REPETIÇÃO DO SUBSTANTIVO

     

    -   DICA PERGUNTE AO VERBO ANTECEDENTE:     preposição obrigatória: 

    concordei   com     / com cuja  

    se referiu,  a  cujos

               caminhar em   / em cuja     

               depende de    / de cujo

               

    Ex.     Vi o filme a cujos atores você se referiu (pede preposição A)

     

    Aquele é o político de cuja honestidade duvidamos.

    CORRETO I. Esta é a professora de cuja aula todos os alunos gostam.

    CORRETO II. Aquela é a garota com cuja atitude discordei - tornamo-nos inimigas desde aquele episódio.

    ERRADO III- A criança cuja a (SIC) família não compareceu ficou inconsolável.


ID
18007
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1 No que diz respeito à esfera política, a
democratização se coloca em vários planos e tem como
exigência primordial o reconhecimento dos diversos sujeitos
4 e das causas que defendem. Esse reconhecimento está
diretamente ligado à ruptura com a tradição conservadora,
cuja visão política hierarquiza as formas de participação e
7 não reconhece os vários campos de conflitos e contradições
sociais presentes na sociedade.

Maria Betânia Ávila.
Democracia radical em foco.
Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

Julgue os itens subseqüentes, relativos ao texto acima.

O pronome "cuja" (L.6) corresponde, no texto, a de que.

Alternativas
Comentários
  • CUJO.Este pronome indica posse (algo de alguém).

    Na montagem do período, deve-se colocá-lo entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo)

    Por exemplo nas orações Antipatizei com o rapaz. Você conhece a namorada do rapaz. O substantivo repetido rapaz possui namorada. Deveremos, então usar o pronome relativo cujo, que será colocado entre o possuidor e o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, tem-se a namorada do rapaz = o rapaz cujo a namorada. Não se pode, porém, usar artigo (o, a, os, as) depois de cujo. Ele deverá contrair-se com o pronome, ficando: cujo + o = cujo; cujo + a = cuja; cujo + os = cujos; cujo + as = cujas. Então a frase ficará o rapaz cuja namorada. Somando as duas orações, tem-se

    Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece
  • Cuja corresponde a tradição conservadora
  • Cujo equivale a DO QUAL, DOS QUAIS, DA QUAL, DAS QUAIS

  • nunca vi na vida

  • Cuja estabelece uma relação de posse, gramaticalmente falando, ele pode corresponder a "do qual, dos quais, das quais, a qual. Mas se tratando de sentido, ele não equivale, pois, nenhum estabelece ideia de posse

  • cujo e suas variaveis equivalem a: do qual, da qual, dos quais, das quais
  • Temos que nos atentar à regência. "Cujo" concorda com o termo que vem posterior a ele. No caso exposto, não temos verbo que requeira uso de preposição.

    Gabarito: errado

  • GABARITO ERRADO

    O pronome cujo só está corretamente empregado quando se relaciona a um antecedente, tem um consequente e equivale a do qual (ou da qual, dos quais, das quais).

    Exemplos:

    Existem ali belas árvores cujos ramos se entrelaçam em forma de cúpula.

    São crianças ainda pequenas, cuja única preocupação é brincar.

    Dicionário de dificuldades da Língua Portuguesa - Domingos Paschoal Cegalla

  • Gab. ERRADO

    de que = do qual, da qual, dos quais.

    em que no qual, na qual, nos quais, nas quais, onde.

    a que = ao qual, à qual, aos quais, às quais.

    que = o qual, a qual, os quais, as quais

    por que = pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais.

  • GAB. ERRADO

    Cujo equivale a "de + antecedente", se invertida a ordem dos termos.

    A gramática para concursos, Fernando Pestana.

  • GAB. ERRADO

    Cujo equivale a "de + antecedente", se invertida a ordem dos termos.

    A gramática para concursos, Fernando Pestana.


ID
18019
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1     Para a direita a noção de cidadania procura
expurgar a noção de igualdade inerente a este termo.
A cidadania é vista como uma outorgação do Estado ou, no
4 limite, o reconhecimento da igualdade jurídica, que
discrimina e escamoteia o fato de que os direitos, para serem
gozados, necessitam de uma certa homogeneidade social e
7 econômica. Assim, ao absolutizar o nivelamento jurídico dos
indivíduos, este raciocínio opera um escamoteamento das
desigualdades econômicas, sociais, políticas e culturais que
10 permeiam uma sociedade onde as classes sociais, os gêneros,
as etnias e os grupos têm acesso diferenciado e desigual aos
bens materiais e simbólicos.

João B. A. da Costa. Democracia,
cidadania e atores políticos de esquerda.
Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

Acerca do texto acima, julgue os itens que se seguem.

Para que o texto atenda à exigência de respeito à norma de padrão culto da língua portuguesa, característica da redação de textos oficiais, seria obrigatória a substituição do pronome relativo "onde" (L.10) por em que.

Alternativas
Comentários
  • Embora aparentemente fácil, o candidato pode se enrolar com a noção de que o pronome relativo "onde" só pode ser usado exclusivamente quando relativo a "lugares". E o pensamento está correto, só que no texto, o termo "uma sociedade" cumpre objetivamente o papel desse Lugar, onde "classes sociais (...) têm acesso..."
  • A troca do termo "onde" pelo "em que" pode ser feita sem que a mesma altere o valor semantico do texto, entretanto, a substituiçao dos termos citados acima nao e obrigatoria.
  • A expressão correta para substituir é "na qual".

  • ONDE
    Quando for pronome relativo só retoma lugar
    Equivalências: em que, no qual, nos quais, na qual, nas quais

    (ou seja, as expressões têm o mesmo valor, logo não seria obrigatória a substituição)

    AONDE
    = A QUE, A QUE LUGAR

    EX: A viatura onde o bandido foi levado capotou.

          O presídio aonde foi levado o bandido é seguro



     

  • Pode ocorrer a troca, mas não é obrigatória! 

  • Olhando para o verbo 'TÊM', quem tem, tem algo, logo é VTD e não admite a preposição 'em' antes de 'que'. Lembrando que a expressão 'em que', 'no qual' (variações), equivalem a expressão 'onde' que se refere a LUGAR.

  • onde = em que

  • "uma sociedade" é lugar parado?!

    Vou ali ver a sociedade na esquina entao

  • no meu entendimento pode ocorrer a troca, mas não é obrigatória

  • POSSIVÉL,MAS NÃO OBRIGATORIA

     

  • Roberto isso é uma locução verbal "têm acesso" em algum lugar...blz

  • Essa galera da Cespe ama a direita kkk

  • > onde < (lugar).

    Se quando você trocar fizer sentido rsrs.

    Parabéns.

  • ONDE SÓ RETOMA LUGAR FIXO PORQUE ESTÁ ERRADO??

  • Não é obrigatória a substituição.

  • acredito que asubstituição correta seria na qual. referindo-se à sociedade. uma vez que onde é referente a lugar fixo.

  • A troca não é obrigatória.

  • Onde = Pede preposição EM ... Em que, na qual, nas quais. Ação em ponto fixo.

    Aonde = Pede preposição A .... A qual, As quais. Ação em que há deslocamento.

    Que --> O qual, A qual, Os quais, As quais.

    A que --> Ao qual, À qual, aos quais, às quais.

    Em que --> No qual, Na qual, onde.

    De que --> Do qual, Da qual.

    OBS: Ñ há que se falar em obrigatoriedade, e sim de uma faculdade.


ID
23113
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1 Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo
Tribunal Federal (STF) concedeu habeas corpus a
Abrahão Zarzur, ex-diretor-presidente do Banco
4 Mercantil de Descontos (BMD). O executivo era réu em
uma ação penal movida pelo Ministério Público Federal
(MPF) em São Paulo a partir de uma autuação do
7 BACEN, que apurou irregularidades no balanço da
instituição financeira em 1994. O julgamento de 12 de
março, cujo acórdão ainda não foi publicado, abre um
10 importante precedente sobre o trancamento de uma ação
penal após um órgão administrativo — BACEN —
concluir que não houve irregularidades e extinguir o
13 processo administrativo que originou a ação penal.
De acordo com o exposto pelo advogado de
Zarzur no pedido de habeas corpus, o seu cliente estaria
16 na iminência de ser submetido ao constrangimento do
processo criminal em virtude de comportamento
reconhecido pacificamente como lícito pelo BACEN,
19 cuja decisão foi confirmada pelo Conselho de Recursos
do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN). Para o
advogado, se a independência entre as instâncias penal
22 e administrativa for interpretada restritivamente, acaba
por subordinar-se o julgador à autoridade administrativa,
não nas suas decisões finais e bem discutidas, mas nos
25 erros que comete.

Valor Econômico, 18/3/2002, ano 3, n.º 468 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue os itens subseqüentes.

O emprego de "cujo" (L.9) indica que a relação entre "julgamento" (L.8) e "acórdão" (L.9) é a de que o segundo consta do primeiro.

Alternativas
Comentários
  • O segundo pertence ao primeiro.
  • O pronome CUJO indica posse (algo de alguém).
    Na montagem do período, deve-se colocá-lo entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo).
    Portanto, no trecho "O julgamento de 12 de março, cujo acórdão ainda não foi publicado..." o emprego de "cujo" indica que a relação entre "julgamento" e "acórdão" é a de que o primeiro consta do segundo.
    Em tempo, o verbo constar significa "consistir em", "ser composto" ou "formado por".

  • Eu não entendi.

    O segundo é "acórdão" = "decisão".

    Ou seja, a decisão do julgamento: A decisão faz parte do julgamento, e não, o contrário.

  • Caro  Felipe, quando li a questão tirei a mesma conclusão; porém não podemos confundir Direito com Português, senão vejamos:

    Pronome Cujo

    Este pronome indica posse (algo de alguém).

    Na montagem do período, deve-se colocá-lo entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo)

    Por exemplo nas orações Antipatizei com o rapaz. Você conhece a namorada do rapaz. O substantivo repetido rapaz possui namorada. Deveremos, então usar o pronome relativo cujo, que será colocado entre o possuidor e o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, tem-se a namorada do rapaz = o rapaz cujo a namorada. Não se pode, porém, usar artigo (o, a, os, as) depois de cujo. Ele deverá contrair-se com o pronome, ficando: cujo + o = cujo; cujo + a = cuja; cujo + os = cujos; cujo + as = cujas. Então a frase ficará o rapaz cuja namorada. Somando as duas orações, tem-se

    Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece.

    Saúde e sorte a todos......

  • Entendo o funcionamento do cujo.
    Ok, mas esta eu ainda não peguei.
    Existe algum detalhe aqui que muda a regra e eu não sei qual.

    O julgamento, cujo acórdão..

    O acórdão do julgamento. - Ok, me parece natural, certo.
    O julgamento do acórdão. - Han?

  • alguem pode explicar o termo " o segundo consta do primeiro"  é = a dizer o segundo contém no primeiro   ou o segundo pertence ao primeiro, está contido... ? 
  • Carla, compare com...

    "Consta dos autos tal documento."

    "Consta do primeiro o segundo."


    Se não estou errado.

  • Significado de constar:

    1. Ser notório, passar por certo.

    2. Estar escrito em.

    3. Compor-se.

    4. Ser formado de, consistir.

    logo o acórdão é formado pelo julgamento, só existe acórdão por causa do julgamento, então o segundo consta do primeiro.

    Entendi assim á questão.


  • Com os sentidos de fazer parte ou constituir-se, o verbo constar pede a preposição de: “Esta história consta de duas partes”. Significando estar registrado, o verbo rege a preposição em: “Seu nome não consta nos livros”.

  • Não entendi o final da questão..."o segundo consta do primeiro"

  • Se a Cespe continuar com questões assim estamos perdidos. Vamos indicar para comentário, a posição de um professor é importante!

  • Interessante é que o índice de erros dessa questão continua altíssimo.

     

    A resposta do Péricles Moura está muito bem explicada.

     

    Gab: ERRADO

  • Nessa Cespe trocou as bolas e não assumiu o erro...

  • Primeiro, esclarecendo o uso de "consta de". Temos dois usos, com significados distintos:

    1) A está contido em B = A consta de B (ou em B). Exemplo: A ata consta dos/nos autos.

    2) A consiste em / é formado por B = A consta de B. Exemplo: Os autos constam de 50 páginas.

     

    Observe que nenhum dos casos se aplica ao proposto na questão:

    Proposta da questão: julgamento cujo acórdão = "o segundo (acórdão) consta do primeiro (julgamento)". A questão pretende dar a sensação de "estar contido em", "O acórdão está contido no julgamento", quando a relação correta seria de posse, referência.

  •  Se o enunciado dissesse que o segundo consta NO primeiro, estaria correto????

  • O Acórdão seria um resumo do julgamento em grosso modo.

  • O Julgamento foi para o Habeas Corpus. O Acordão é quando todos os juízes se juntam para julgar a matéria (balanço irregular contábil irregural). Ou seja o "cujo" introduz semânticamente o "acordão", mas não subordina sintaticamente o "acordão" ao "julgamento".

    Mas eu errei também. kkk

  • Constar no ... é diferente de constar de ...olha a sutileza da banca

  •  "julgamento" é uma coisa e "acórdão" é outra, o pronome relativo,cujo, há necessariamente uma relação de posse. possuidor e coisa possuída.

  • CUJO (Pron. Relativo) indica posse e concorda com o CONSEQUENTE, portanto, na assertiva ==> (...) Acórdão DO julgamento, a banca inverteu a ordem de importância entre os termos.

    Bons estudos.

  • Acredito que o proprio significado da palavra "cujo" consegue esclarecer:

    Cujo: Usado para assinalar ou indicar posse; utilizado para conectar dois nomes ou substantivos, sendo que o primeiro, precedente, apresenta uma ligação de consequência, característica, condição, sentimento ou outra relativamente ao segundo, posterior

  • O segundo (acórdão) consta do (está escrito no) primeiro (julgamento)?

    NÃO!

    O julgamento está escrito no acórdão.

  • "O julgamento de 12 de março, cujo acórdão ainda não foi publicado, abre um 10 importante...."

    x1Primeiro = Julgamento

    x2Segundo = Acórdão

    O segundo consta do primeiro.?

    O x2Segundo consta do x1Primeiro? não é isso?

  • O acórdão do julgamento ainda não foi publicado... Errado. O primeiro que consta no segundo.


ID
24859
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TSE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1   Olhando em retrospectiva os últimos 20 anos, temos
     uma realidade nada alentadora. Em média, o Brasil cresceu
     cerca de 2,4% ao ano. Diante desse cenário, o que precisa ser
4   feito para que atinjamos os tão propalados 5% de crescimento
     sustentado?
     Quando se trata de crescimento sustentado, a teoria
7   econômica indica que o resultado positivo é fruto de dois
     tipos de ação: aumento da produtividade ou acumulação de
     capital (físico e humano).
10  A elevação significativa da produtividade dos fatores
     de produção só será obtida com reformas institucionais
     profundas. Já o acúmulo de capital humano requer
13 investimento em educação, cuja maturação é longa.

 Luiz Guilherme Schymura. Folha de S.Paulo, 1.º/12/2006 (com adaptações).

 Assinale a opção incorreta acerca do texto acima.

Alternativas
Comentários
  • Não é possivel substituir o pronome adjetivo relativo cujo- e eventuais flexoes , pelos pronomes substantivos relativos( que, o qual, - e flexoes- quem, quanto e eventuais flexoes e onde , sem que se promovam outras modificaçoes no texto
  • letra D. Não troque seu CUJO por nada.

  • Não troque seu CUJO por nada! Gostei dessa dica.
  • Letra D

    PRONOME CUJO

    Não pode ser diretamente substituído por outro pronome relativo.

  • Lembrando que o pronome CUJO (A) , pode ser substituído por

    DE QUAL

    DO QUAL

    DA QUAL

  • pediu a incorreta, kkkk errei

  • errei pq pediu a incorreta e não percebi KKKKKKKKKKKKKKKKKK


ID
25090
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TSE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1   Distraídos com a discussão sobre os índices de
     crescimento, deixamos de perceber que desenvolvimento é o
     processo contínuo pelo qual uma sociedade aprende a
4   administrar realidades cada vez mais complexas.
    Quando dizemos que os suíços ou suecos são
    desenvolvidos, o que temos em mente não é apenas que eles
são mais ricos que nós. O que está subentendido é que
    também sabem gerir melhor os trens e as escolas primárias, as
    florestas e os hospitais, as universidades e as penitenciárias,
10 os museus e os tribunais. Em outras palavras, ser
    desenvolvido é uma totalidade.
    No Brasil temos ilhas de excelência: o Departamento
13 do Tesouro, a EMBRAPA, o Itamaraty, entre outras. Mas
    estão afogadas em oceano de incompetência, em certos pontos
    com profundidades abissais. As demandas de exigência
16 crescente de uma sociedade dinâmica são atendidas pelas
    ilhas de eficiência, mas logo se atolam nos gargalos da
    inépcia. Rubens Ricupero.

Folha de S.Paulo, 26/11/2006, p. B2 (com adaptações).

Em relação ao texto acima, julgue os itens que se seguem.

I O emprego da primeira pessoa do plural em "deixamos" (l.2), "dizemos" (l.5), "nós" (l.7) e "temos" (l.12) indica a inclusão do autor e do leitor na informação.
II A substituição de "pelo qual" (l.3) por cuja mantém a correção gramatical do período.
III A expressão "Em outras palavras" (l.10) pode, sem prejuízo para a informação do texto, ser substituída por qualquer uma das seguintes: Isto é, Ou seja, Ou melhor, Com efeito.
IV A expressão "se atolam" (l.17) refere-se a "demandas de exigência crescente de uma sociedade dinâmica" (l.15-16).

A quantidade de itens certos é igual a

Alternativas
Comentários
  • Só o item II está incorreto.
    * O pronome cujo deve ter um ANTECEDENTE e um CONSEQUENTE, ambos substantivos e um diferente do outro.
    * Deve concordar em gênero, número com o substantivo CONSEQUENTE.
    * Não admite artigo após si.
    Gramática do Renato Aquino.
  • Assertiva correta "C".
    Apenas o item II está incorreto conforme comentários acima.
  • Expressões de confirmação:
    COM EFEITO, efectivamente, na verdade, de facto, sem dúvida, de certo, deste modo, na verdade, ora, aliás, sendo assim, veja-se, assim, OU SEJA, OU MELHOR...


    http://www.prof2000.pt/users/dani/coesao/coesaofrasicaexp.htm
  • No item III, eu entendi que a expressão OU MELHOR dava idéia de contrário, por exemplo " Isto é desta forma, ou melhor, daquela".....
    Alguém poderia me esclarecer isso??
  • No primeiro item, o uso da primeira pessoa do plural pelo autor, na minha opnião, não inclui obrigatoriamente o interlocutor. Quando ele diz "nós" entendo que está se referindo a ele mesmo e a seus compatriotas brasileiros, não necessariamente ao leitor.

  • II A substituição de "pelo qual" (l.3) por cuja mantém a correção gramatical do período. 
    III A expressão "Em outras palavras" (l.10) pode, sem prejuízo para a informação do texto, ser substituída por qualquer uma das seguintes: Isto é, Ou seja, Ou melhor, Com efeito. 
    IV A expressão "se atolam" (l.17) refere-se a "demandas de exigência crescente de uma sociedade dinâmica" (l.15-16). 
     

  • O que é isso : 

     d)  4. UnB/CESPE - TSE Caderno 19-ÉPSILON Cargo 19: Técnico Judiciário - Área: Administrativa - 3 -

    Esta na alternativa "D" mas acredito que foge totalmente do contexto . o.O

  • Gabarito: C

    Pensei que o item IV referia-se às "ilhas de eficiência"...

  • não tem questões do tipo certo e errado ?

  • Que texto bacana!

  • Acredito que caberia recurso, visto que, na assertiva IV, o sujeito é '' AS demandas de exigencia crescente...''

  • Alternativa C.

    Vamos explicar essa questão:

    I O emprego da primeira pessoa do plural em "deixamos" (l.2), "dizemos" (l.5), "nós" (l.7) e "temos" (l.12) indica a inclusão do autor e do leitor na informação.

    R: Todos os verbos apresentados estão conjulgados na Terceira Pessoa do Plural do Presente do Indicativo. Logo, se referem a todos que fazem parte do discuro (Nós: eu [escritor], tu [leitor], ele [terceira pessoa qualquer]). Logo, está correto.

    II A substituição de "pelo qual" (l.3) por cuja mantém a correção gramatical do período.

    R: "pelo qual" é uma empressão formada por uma preposição (por) + pronome relativo (qual) = "pelo qual". Veja bem, essa expressão pronominal é usado em referência a pessoas ou coisas, enquanto "cuja(s)" ou "cujo(s)" é também um pronome relativo, mas que dá ideia de posse entre substantivos (um possuídor e um possuído), ideia que não encontramos nesse fragmento de texto. Por isso mesmo este item está errado.

    III A expressão "Em outras palavras" (l.10) pode, sem prejuízo para a informação do texto, ser substituída por qualquer uma das seguintes: Isto é, Ou seja, Ou melhor, Com efeito.

    R: "Em outras palavras" dá ideia de reexplicação, de conceito igual através de outros termos e palavras, isto é, uma forma mais explicado para que o raciciocínio seja alcançado. Então, este item está correto.

    IV A expressão "se atolam" (l.17) refere-se a "demandas de exigência crescente de uma sociedade dinâmica" (l.15-16).

    R: Ao ler o fragmento do texto você percebe que "demandas de exigência crescente de uma sociedade dinâmica" é o sujeito das duas orações. "Se atolam", quem se atolam? As demandas de exigência... Item correto.

  • Acredito que caberia recurso, pois não pode se afirmar que o leitor faz parte no uso da 1a pessoa do plural. Imagine que seja um sueco ou um suíço lendo a matéria da Folha de SP.


ID
26755
Banca
FCC
Órgão
TRE-SE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
abaixo.

O futuro da humanidade

          Tudo indica que há um aquecimento progressivo do planeta
e que esse fenômeno é causado pelo homem. Nossos
filhos e netos já conhecerão seus efeitos devastadores: a
subida do nível do mar ameaçará nossas costas, e o desequilíbrio
climático comprometerá os recursos básicos - em
muitos lugares, faltará água e faltará comida.
          Os humanos (sobretudo na modernidade) prosperaram
num projeto de exploração e domínio da natureza cujo custo é
hoje cobrado. Para corrigir esse projeto, atenuar suas conseqüências
e sobreviver, deveríamos agir coletivamente. Ora,
acontece que nossa espécie parece incapaz de ações coletivas.
À primeira vista, isso é paradoxal.
          Progressivamente, ao longo dos séculos, chegamos a
perceber qualquer homem como semelhante, por diferente de
nós que ele seja. Infelizmente, reconhecer a espécie como
grupo ao qual pertencemos (sentir solidariedade com todos os
humanos) não implica que sejamos capazes de uma ação
coletiva. Na base de nossa cultura está a idéia de que nosso
destino individual é mais importante do que o destino dos
grupos dos quais fazemos parte. Nosso individualismo, aliás, é
a condição de nossa solidariedade: os outros são nossos
semelhantes porque conseguimos enxergá-los como indivíduos,
deixando de lado as diferenças entre os grupos aos quais cada
um pertence. Provavelmente, trata-se de uma conseqüência do
fundo cristão da cultura ocidental moderna: somos todos
irmãos, mas a salvação (que é o que importa) decide-se um por
um. Em suma: agir contra o interesse do indivíduo, mesmo que
para o interesse do grupo, não é do nosso feitio.
          Resumo: hoje, nossa espécie precisa agir coletivamente,
mas a própria cultura que, até agora, sustentou seu caminho
torna esse tipo de ação difícil ou impossível.
          Mas não sou totalmente pessimista. Talvez nosso
impasse atual seja a ocasião de uma renovação. Talvez
saibamos inventar uma cultura que permita a ação coletiva da
comunidade dos humanos que habitam o planeta Terra.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 8/02/07)

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • c) O projeto de exploração e domínio da natureza, a que vimos nos dedicando há séculos, gerou danosas conseqüências para o planeta

    Não seria "ao qual vimos nos dedicando há séculos"...
  • Aqui no caso estamos nos dedicando a quê? AO projeto de exploração ou ao domínio da natureza?

    Dedicação AO projeto
    Dedicação AO domínio da natureza.

    Não concordo com a resposta.
  • Concordo com você, mas a C parece ser a mais correta dentre as alternativas..
  • Poderia ser "ao qual" também.
    "ao qual" equivale a "a que".
    Grosseiramente, "a qual" equivale a "que" que equivale a "o qual". E, "ao qual" equivale a "a que" e "à qual", considerando, é claro, se teremos palavras femininas ou masculinas.
    Deu pra entender?
  • Comentário objetivo:

    a) O aquecimento progressivo do planeta, do qual NO QUAL tantos encontram razões de pânico, talvez ainda seja reversível.

    b) O fundamento cristão, de cujo DO QUAL trata o autor, implica tanto o plano do individualismo humano como o da fraternidade universal.

    c) O projeto de exploração e domínio da natureza, a que vimos nos dedicando há séculos, gerou danosas conseqüências para o planeta.   PERFEITO!  

    d) Junto com o JUNTO DO fenômeno do desequilíbrio climático associa-se o comprometimento dos nossos recursos básicos.

    e) Ao longo dos séculos, onde QUANDO ocorreram tantos abusos contra o equilíbrio natural, o homem mostrou- se insensível aos fundamentos da ecologia.

  • Para saber qual pronome devemos fazer uso, é necessário verificarmos a regência do verbo. No caso da alternativa C, o verbo utilizado é dedicar (transitivo direto). Quem se dedica se dedica a algo ou a alguma coisa, ou ainda a alguém. Logo, quando perguntarmos ao verbo, encontraremos "O projeto de exploração e domínio da natureza" que foi substituído pelo pronome relativo "que", que neste caso deve ser preposicionado (pela proposição a) por estar sintaticamente funcionando como objeto direto na oração. Espero ter ajudado!!!
  • Em relação a:

    d) Junto com o fenômeno do desequilíbrio climático associa-se o comprometimento dos nossos recursos básicos.

    como neste caso o verbo associar não é reflexivo, o mesmo não aceita como regência a preposição com.
    ex: o comprometimento dos nossos recursos básicos associou-se com o fenômeno do desequilírio climático (correto)

    Porém, no caso da questão a regência do verbo associar é a preposição a, então:

    JUNTO AO fenômeno do...
  • a) Errado - pelo qual ?
    b) Errado -   substantivo - cujo - substantivo 
    c) Correto
    d) Errado - Junto ao fenômeno do desequilíbrio climático associa-se o comprometimento dos nossos recursos básicos (O comprometimento dos nossos recursos básicos associa-se ao fenômeno do desequilíbrio climático).
    e) Errado - Ao longo dos séculos, quando ocorreram tantos abusos contra o equilíbrio natural, o homem mostrou-se insensível aos fundamentos da ecologia.
  • Gostaria de saber o porque do Cujo estar errado;


ID
28099
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Senhor Computador

          Acabo de perder a crônica que havia escrito.
     Sequer tenho onde reescrevê-la, além desse caderninho
     onde inclino com mãos trêmulas uma esferográfica preta,
     desenhando garranchos que não vou entender daqui a meia
5    hora. Explico: tenho, para uso próprio, dois computadores.
     E hoje os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo
     pino, encarando o vazio de suas telas obscuras. A carroça
     de mesa pifou depois de um pico de energia. O portátil,
     que muitas vezes levo para passear como um cachorrinho
10  cheio de idéias, entrou em conflito com a atualização do
     antivírus e não quer "iniciar". O temperamental está fazendo
     beicinho, e não estou a fim de discutir a relação homemmáquina
     com ele.
          Farei isso, pois, com os leitores. Tenho consciência
15  de que a crônica sobre as agruras do escritor com computadores
     indolentes virou um clichê, um subgênero batido
     como são as crônicas sobre falta de idéia. Mas não tenho
     opção que não seja registrar meu desalento com as
     máquinas nos poucos minutos que me restam até que a
20  redação do jornal me telefone cobrando peremptoriamente
     esse texto.
          E registrar a decepção comigo mesmo - com a
     minha dependência estúpida do computador. Não somente
     deste escriba, aliás: somos todos cada vez mais
25 subordinados ao senhor computador. Vemos televisão no
     computador, vamos ao cinema no computador, fazemos
     compras no computador, amigos no computador. Música
     no computador. Trabalho no computador.
     Escritores mais graduados me confessam escrever
30  somente a lápis. Depois de vários tratamentos, passam o
     texto para o computador, "quando já está pronto". Faço
     parte de uma geração que não apenas cria direto no
     computador, mas pensa na frente do computador. Teclamos
     com olhos dilatados e dedos frementes sobre a cortina
35 branca do processador de texto, encarando uma tela que
     esconde, por trás de si, um trilhão de outras janelas,
     "o mundo ao toque de um clique".
          Nada mais ilusório.
          O que assustou por aqui foi minha sincera reação
40  de pânico à possibilidade de perder tudo - como se a
     casa e a biblioteca pegassem fogo. Tenho pelo menos
     seis anos de textos, três mil fotos e umas sete mil
     músicas em cada um dos computadores - a cópia de
     segurança dos arquivos de um estava no outro. Claro, seria
45 impossível que os dois quebrassem - "ainda mais no
     mesmo dia!" Os técnicos e entendidos em informática
     dirão que sou um idiota descuidado. Eles têm razão.
          Há outro lado. Se nada recuperar, vou me sentir
     infinitamente livre para começar tudo de novo. Longe do
50 computador, espero.

CUENCA, João Paulo. Megazine. Jornal O Globo. 20 mar. 2007.
(com adaptações)

A situação ___________ se deparou o surpreendeu. Tendo em vista a regência verbal, a opção que completa corretamente a frase acima é:

Alternativas
Comentários
  • olá pessoal.
    Quem se depara...depara COM alguma coisa...então..

    A situação COM que se deparou o surpreendeu.
    boa sorte a todos
  • Deparar (v.t.d ou v.t.i c/ prep. com)

    Exemplos:

    Deparei dois erros em sua carta.

    Deparei com dois erros em sua carta.

     

    Fonte: Apostila Vestcon - Curso Básico - Língua Portuguesa - Pág. 50

  • Pra resolver a questão, basta fazer a seguinte análise: Quem se depara, se depara com alguém ou com alguma coisa. 
  • [A situação [com que se deparou] o surpreendeu]

    Temos duas orações. Pronome relativo introduz nova oração.
    se deparou: Quem se depara se depara COM algo ("que" retomando "situação")

    Força, moçada! 
  • A regência e as orações subordinadas

     

    Um período composto é aquele que apresenta uma oração principal e uma ou mais orações dependentes desta principal. As orações subordinadas são dependentes e, em geral, ligam-se à oração principal por meio de conectivos (pronomes, conjunções e etc.).

    As orações subordinadas adjetivas e as orações subordinadas adverbiais, quando introduzidas por um pronome relativo (quequalquem e etc.), devem conservar a regência dos seus verbos.

     

    Exemplo:

    A vaga para o emprego o qual/que eu lhe falei continua aberta. [Inadequado]

    A vaga para o emprego do qual/de que eu lhe falei continua aberta. [Adequado]

    ...[A vaga para o emprego continua aberta: oração principal]

    ...[do qual eu lhe falei: oração subordinada]

    ...[falei de emprego a você = de que/do qual OU falei sobre o emprego a você = sobre o qual]

    Notem que a preposição regida pelo verbo da oração subordinada vem antes do pronome relativo. Deve-se compreender, no entanto, que essa regência verbal é relativa ao verbo da oração subordinada (falei defalei sobre) e não ao verbo da oração principal (continua). 

     

    [ Fonte: http://www.interaulaclube.com.br/portugues/aregenciaeasoracoessubordinadas.htm ]


ID
29842
Banca
FCC
Órgão
TRE-PI
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções para as questões de números 1 a 11.

Assinale, na folha de respostas, a alternativa que
preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.

A pessoa ...... eu falava não reconheceu o moço ...... retrato eu lhe mostrei.

Alternativas
Comentários
  • Resposta é a letra "d", pois;1) quem fala, fala com alguém, ou seja Com quem se eu falava? Com a pessoa. "com quem eu falava"2) após cujo não cabe "o, a, os, as" então a letra b e e estão erradas; quem mostra, mostra a alguém, não mostra de alguém então a letra c esta errada.
  • Como alertou o colega acima, o verbo "falar" solicita regência "com". Ou seja, quem fala, fala com alguém (Na frase em destaque possui sentido de VTI).
    Em relação ao pronome relativo "cujo" é bom gravar as dicas abaixo, vejamos: o pronome relativo cujo e reflexões equivale a um pronome possesivo e sempre se posiciona antes de um substantivo com o qual concorda em gênero e número.
    Desta forma, as alternativas "b" e "e" já poderiam ser descartadas, pois o pronome relativo "cujo" só será aceito antes de substantivo.
    Em relação à letra "c", o verbo mostrar (V.T.D) não pede regência.
  •  Não se usa artigo definido entre o pronome  cujo e o substantivo subsequente.

    O garoto cujo (o) pai esteve aqui (situação inadequada)

    O garoto cujo pai esteve aqui... (forma conveniente)


  • Quem fala, fala COM alguém
    Eu mostrei o retrato DELE (ideia de posse, então devemos usar o CUJO)

    Quem mostra, mostra algo. Ou seja, eu mostrei o retrato do moço. (sendo assim, não há preposição antes do CUJO)

    OBS: Não podemos usar artigo após o CUJO

    Alternativa D

  • DICA PERGUNTE AO VERBO ANTECEDENTE:

     

    Quem fala, fala COM alguém

     

     

    CUJO =   PRONOME RELATIVO que retoma um ANTECEDENTE

     

    -  VEM ENTRE DOIS SUBSTANTIVO COM IDEIA DE POSSE

     

    -  concorda com o substantivo SEGUINTE

     

    Ex. Eis o homem CUJA filha foi aprovada.

          Eis o homem CUJO filho foi aprovado.

     

    -    EVITA A REPETIÇÃO DO SUBSTANTIVO

     

    -   PERGUNTAR AO VERBO, preposição obrigatória: 

    concordei com / com cuja  ;  se referiu, a cujos

     

    Ex.      Vi o filme a cujos atores você se referiu (pede preposição A)

     

    ..........................

     

    1-    Sempre entre dois substantivos

     

     

    2-       Estabelece entre dois substantivos IDEIA DE POSSE – ler do segundo substantivo para o primeiro e coloca a preposição  “de, do, da”

     

     

    3-       Não pode vir seguido de verbo   NÃO UTILIZA:     “CUJO”      +      É    VERBO

     

    4-      Não pode vir seguido de artigo   NÃO UTILIZA:      “CUJO”     +        ARTIGO (a, o um)

     

     

     

    5-          Exercem a função de adjunto adnominal.

     

    O restaurante Reis,  DE QUE  o poeta era assíduo frequentador       (quem é frequentador, é frequentador DE algum lugar).

     

     

     

     AONDE  =            IDEIA DE MOVIMENTO (    Aonde está indo)

     ONDE =         LUGAR    (Estático)    

     NA QUAL  =    EM QUE

     

  • O Pronome Relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabelece relação entre duas orações.

    -

    A pessoa com quem eu falava não reconheceu o moço cujo retrato eu lhe mostrei.

    -

    Eu falava com a pessoa

    -

    Eu mostrei o retrato do moço a ele (lhe)

    -

    O cujo tem sentido de posse (retrato do moço), mas nessa oração não há elemento "pedindo" preposição.


ID
44698
Banca
ESAF
Órgão
ANA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Julgue se os itens estão gramaticalmente corretos e assinale a opção correspondente.

I. A visão pan-americana sobre os desafios que envolvem o tema água constitui a Mensagem de Foz do Iguaçu, documento lançado na cidade paranaense, durante o encerramento do Fórum de Águas das Américas.
II. O Fórum visa diagnosticar a política e a gestão da água na América e propor políticas adequadas para enfrentar os desafios globais relacionados à água, entre cujos as mudanças climáticas e o crescimento da população mundial.
III. Após um debate democrático, várias idéias foram escolhidas para compor a Mensagem de Foz do Iguaçu. Há desde temas que abrangem todo o continente americano, até propostas que contemplam uma região específica.
IV. A Mensagem será enviada para o Fórum Mundial da Água que ocorrerá em março de 2009, em Istambul Turquia.

(Adaptado de Raylton Alves http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/noticiasExibe.asp?ID_Noticia=6119)

Estão corretos apenas os itens:

Alternativas
Comentários
  • O erro da IV é exatamente a vírgula depois de "Água"A Mensagem será enviada para o Fórum Mundial da Água, que ocorrerá em março de 2009, em Istambul Turquia.
  • A alternativa II está errada pelo uso indevido do "CUJOS"no trecho "à água, entre cujos as mudanças climáticas e o crescimento".A alternativa IV está incorreta pelo não emprego da vírgula no trecho: "...Fórum Mundial da Água que ocorrerá em março de 2009, em Istambul Turquia.Dica: A vírgula será utilizada:Orações subordinadas adverbiais: São separadas por vírgula quando estiverem no início ou no meio do período. Elas também estão explicadas em uma das colunas anteriores.Para isolar adjuntos adverbiais deslocados: Adjuntos adverbiais são termos de valor adverbial que denotam alguma circunstância do fato expresso pelo verbo ou intensifica o sentido deste, ou de um adjetivo, ou de um advérbio. As principais circunstâncias são as de tempo, lugar, causa, modo, meio, afirmação, negação, dúvida, intensidade, finalidade, condição, assunto, preço, etc...Para separar, nas datas, o lugar. Dentre outras regras.Valeu galera!
  • na opção "IV. A Mensagem será enviada para o Fórum Mundial da Água que ocorrerá em março de 2009, em Istambul Turquia."
    o correto não seria  "IV. A Mensagem será enviada ao Fórum Mundial da Água que ocorrerá em março de 2009, em Istambul Turquia."

    Haja vista a regência do verbo enviar, quem envia envia algo a alguém.
  • Istambul faz parte da Turquia, mas o nome da cidade não é "Istambul Turquia". Assim precisa de vírgula.
    IV. A Mensagem será enviada para o Fórum Mundial da Água que ocorrerá em março de 2009, em Istambul, Turquia.
  • No item III, não deveria haver uma vírgula após o verbo "Há"? E se houvesse, incorreria em erro gramatical?
  • Errados os itens II e IV.
    O erro do item II é observado no uso do pronome relativo CUJO, o qual só pode ser usado entre substiantivos ou, no máximo, ter uma preposição antes.
    Os erros do item IV estão nas vígulas: Fórum Mundial da Água, que ocorrerá em março de 2009, em Istambul, Turquia.
  • Hoje a questão seria nula, pois no item III a palavra ideias não tem mais acento devido às novas regras da gramática.

    "O acento agudo foi abolido apenas nos ditongos abertos das palavras paroxítonas: ideia, giboia"

  • Jeferson Oliveira, também achava que "No item III, não deveria haver uma vírgula após o verbo HÁ". Não encontrei explicação para a exigência da vírgula. Deve ser facultativa. Mas gostaria que alguém explicasse...

  • fala sério..

  • Vi várias explicações pro item IV estar errado, mas no meu ponto de vista, o erro está na regência do ver enviar.

    - Usa-se a preposição para quando se refere a envio de algo para algum lugar.

    - Usa-se a preposição a quando se refere a envio de algo a alguém.

    Na frase entendi o "Fórum" como uma entidade ou "alguém".


ID
67111
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que corresponde a  erro  gramatical.

O IDH é um índice que, pela simplicidade, se (1) disseminou mundialmente, tornando-se (2) um parâmetro de avaliação de políticas públicas na área social, o que não é pouco, levando-se em consideração que há respaldo científico.No entanto, para além das filigranas metodológicas, é preciso não se perder (3) de vista o ponto fundamental do IDH, que é medir a qualidade de vida para além de indicadores econômicos. Nesse sentido, ele é uma bem-sucedida alternativa ideológica do indicador puro e simples do Produto Interno Bruto, no qual (4) pode camufl ar o real nível de bem-estar da maioria da população. Com o IDH, medir desenvolvimento humano passou a ser tão ou mais importante que aferir (5) o mero, e às vezes enganador, desenvolvimento econômico.
(Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009, adaptado.)

Alternativas
Comentários
  • "...ele é uma bem-sucedida alternativa ideológica do indicador puro e simples do Produto Interno Bruto, O QUAL pode camuflar o real nível de bem-estar da maioria da população. "Quem pode camuflar ? O PIB !!!
  • No (1), o correto não seria "Disseminou-se"? Por que a ênclise não é obrigatória nesse caso? 
  • Anderson,

    A ênclise, nesse caso, não é obrigatória, pois o "que" exerce função de pronome relativo.
    Dessa forma, ainda que se tenha um adjunto adverbial isolado por vírgulas, o "que" acaba por atrair a referida colocação pronominal.

    Bons estudos.
  • Caro colega,
    realmente a próclise é proibida no início de orações, inclusive naquelas que começam com vírgulas.
    Porém, neste caso (O IDH é um índice que, pela simplicidade, se (1) disseminou...) o termo: "pela simplicidade" é um termo interferente, ou seja, poderia ser retirado sem prejuízo para a oração (sintatica e semanticamente), logo, as vírgulas que o separam não demarcam fim ou início de oração, admitindo-se a próclise.

ID
72184
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Duas linguagens

Na minha juventude, tive um grande amigo que era estudante
de Direito. Ele questionava muito sua vocação para os
estudos jurídicos, pois também alimentava enorme interesse
por literatura, sobretudo pela poesia, e não achava compatíveis
a linguagem de um código penal e a freqüentada pelos poetas.
Apesar de reconhecer essa diferença, eu o animava, sem muita
convicção, lembrando-lhe que grandes escritores tinham formação
jurídica, e esta não lhes travava o talento literário.

Outro dia reencontrei-o, depois de muitos anos. É juiz de
direito numa grande comarca, e parece satisfeito com a profissão.
Hesitei em lhe perguntar sobre o gosto pela poesia, e ele,
parecendo adivinhar, confessou que havia publicado alguns livros
de poemas - "inteiramente despretensiosos", frisou. Ficou de
me mandar um exemplar do último, que havia lançado
recentemente.

Hoje mesmo recebi o livro, trazido em casa por um amigo
comum. Os poemas são muito bons; têm uma secura de estilo
que favorece a expressão depurada de finos sentimentos.
Busquei entrever naqueles versos algum traço bacharelesco,
alguma coisa que lembrasse a linguagem processual. Nada.
Não resisti e telefonei ao meu amigo, perguntando-lhe como
conseguiu elidir tão completamente sua formação e sua vida
profissional, freqüentando um gênero literário que costuma
impelir ao registro confessional. Sua resposta:

? Meu caro, a objetividade que tenho de ter para julgar
os outros comunica-se com a objetividade com que busco tratar
minhas paixões. Ser poeta é afinar palavra justas e precisos
sentimentos. Justeza e justiça podem ser irmãs.

E eu que nunca tinha pensado nisso...

(Ariovaldo Cerqueira, inédito)

Está adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Meu amigo juiz escrevia poemas CUJO estilo de linguagem era muito depurado. b) Expressava-se numa linguagem poética em que ele se obrigara a ser contido e disciplinado. CORRETO c) Logo recebi o livro de poemas Dos quais o grande valor expressivo eu sequer desconfiava. d) Surpreendeu-me que tivesse escrito poemas NOS QUAIS não havia vestígio de academicismos. OBS: NA FRENTE DO CUJO SÓ PODE VIR SUBSTANTIVO! e) Meu amigo deu-me uma explicação PELA qual pude aproveitar uma lição muito original
  • Comentários (fonte: Henrique Nuco, Português FCC, editora Ferreira)


    a) Meu amigo juiz escrevia poemas que o estilo de linguagem era muito depurado. ERRADO. CORREÇÃO: Meu amigo juiz escrevia poemas CUJO estilo de linguagem era muito depurado. JUSTIFICATIVA: O pronome "cujo" e flexões (cujo, cuja, cujos, cujas), correspondente a DO QUAL, DA QUAL, DOS QUAIS, DAS QUAIS, DE QUEM, usam-se somente quando houver indicação de POSSE; esse pronome fica entre o possuidor (sbustantivo antecedente > poemas) e o possuído (substantivo posterior > estilo) e concorda obrigatoriamente com a coisa possuída (poemas CUJO estilo de linguagem = estilo de linguagem dos poemas = seu estilo). Oração principal: Meu amigo escrevia poema; oração subordinada adjtiva: CUJO (cujo = seu) estilo de linguagem era muito depurado. 

    b) Expressava-se numa linguagem poética em que ele se obrigara a ser contido e disciplinado. CERTO. JUSTIFICATIVA: Oração principal: Expressava-se numa linguagem poética; oração subordinada adjetiva explicativa: EM QUE ele se obrigara a ser contido e disciplinado. Ordem direta da oração adjetiva: ele se obrigara a ser contido e disciplinado EM QUE (em que = na linguagem poética). 

     c) Logo recebi o livro de poemas nos quais o grande valor expressivo eu sequer desconfiava.ERRADO. CORREÇÃO: Logo recebi o livro de poemas DOS QUAIS (ou DE QUE) o grande valor expressivo eu sequer desconfiava. JUSTIFICATIVA: Oração principal: Logo que recebi o livro de poemas; oração subordinada adjetiva: DOS QUAIS (ou DE QUE) o grande valor expressivo eu sequer desconfiava. Ordem direta da oração adjetiva: eu sequer desconfiava DOS QUAIS (DOS QUAIS ou DE QUE = do grande valor expressivo; quem desconfia, desconfia DE algo). 


    d) Surpreendeu-me que tivesse escrito poemas em cujos não havia vestígio de academicismos. ERRADO. CORREÇÃO; Supreendeu-me que tivesse escrito poemas EM QUE (ou NOS QUAIS) não havia vestígio de academicismos. JUSTIFICATIVA: Oração principal + oração substantiva: Surpreendeu-me que tivesse escrito poemas; oração subordinada adjetiva: EM QUE (ou NOS QUAIS) havia vestígio de academicismos. Ordem direta da oração adjetiva: não havia vestígio de academicismos em que (= nos quais = nos poemas). 

    e) Meu amigo deu-me uma explicação à qual pude aproveitar uma lição muito original. ERRADO. CORREÇÃO: Meu amigo deu-me uma explicação; oração subordinada adjetiva: DA QUAL pude aproveitar uma lição muito original. Ordem direta da oração adjetiva: pude aproveitar uma lição muito original DA QUAL (=da explicação).


ID
72349
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CNBB fecha questão contra a redução
da maioridade penal


A cúpula da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos
do Brasil) divulgou a posição da entidade, que é totalmente
contrária às propostas de redução da maioridade penal de 18
para 16 anos, que tramitam no Congresso Nacional.
O presidente da entidade, dom Geraldo Majella, disse
que os congressistas deveriam se esforçar em combater as
causas da violência e melhorar a educação para evitar que mais
jovens entrem para a criminalidade. "Não basta baixar a idade
penal para resolver o problema. A questão do adolescente
infrator deve ser resolvida não só com a polícia, mas com
políticas públicas que ajudem a dar educação", afirmou dom
Geraldo.

Os bispos também se manifestaram contra a intenção de
se fazer um plebiscito nacional sobre a redução da maioridade.
Para dom Geraldo, a força da mídia e a violência dos crimes
recentes podem influenciar as pessoas. Segundo ele, "o
plebiscito vai refletir toda a paixão que a sociedade expõe
quando ocorre algum crime de grande repercussão."
Os bispos também afirmaram que vão conversar com
deputados e senadores para tentar convencê-los a não votarem
as matérias que tratem do assunto. Só na Câmara, há 177
matérias que tratam de crimes praticados por adolescentes, 58
das quais abordam a redução da maioridade. No Congresso, o
projeto mais recente apresentado pelo líder do PL, é bastante
rigoroso: propõe a redução da maioridade para 13 anos.

(Folha on line, "Cotidiano", 26/11/2003)

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
  • alternativa C correta com a utilização do empregodos elementos:cuja tramitação (os projetos de redução de maioridade)de quem (deseja uma política de inclusão dos menores carentes)
  • a) A CNBB, cuja a cúpula acabou de se manifestar, mostrou-se intransigente por qualquer medida radical que venha a prejudicar os menores infratores.. - Não se usa artigo depois de pronome relativo CUJA.


    b) A matéria de que   (A QUE)   dizem respeito 58 dos projetos tem a ver com a redução da maioridade, na qual os bispos da CNBB posicionaram-se desfavoravelmente.


    c) Os projetos de redução de maioridade, cuja tramitação está acelerada, não contam com a simpatia de quem deseja uma política de inclusão dos menores carentes. - CORRETA


    d) A força da mídia, à qual nem todos mostram consciência, costuma ser decisiva nos momentos onde    (EM QUE)   a opinião pública está emocionalmente abalada.


    e) É um mito imaginar de que    (QUE)   basta reduzir a maioridade penal para que os problemas da delinqüência juvenil, que sua existência ninguém nega, sejam definitivamente resolvidos



    Identifiquei esses erros. Se algum colega discordar ou observar outros mais, poste aqui! Será de grane valia!

  • Em relação à questão "D", acredito que o correto seria: A força da mídia, DA QUAL nem todos mostram consciência, costuma ser decisiva nos momentos em que a opiniãoa está emocionalmente abalada.

    QUEM MOSTRA CONSCIÊNCIA MOSTRA CONSCIÊNCIA DE ALGUMA COISA.

    Aguardo opiniões a respeito.
  • Corrigindo os erros!

    a) A CNBB, cuja (não se usa artigo depois de pronome relativo cuja) cúpula acabou de se manifestar, mostrou-se intransigente com qualquer medida radical que venha a prejudicar os menores infratores. ( o termo intransigente pede a preposição com para se fazer a regência)


    b) A matéria a que dizem respeito 58 dos projetos tem a ver com a redução da maioridade, sobre o qual os bispos da CNBB posicionaram-se desfavoravelmente. (o termo respeito pede a preposição a e o verbo posicionar pede a preposição sobre para se fazerem a regência))


    c) Os projetos de redução de maioridade, cuja tramitação está acelerada, não contam com a simpatia deseja uma política de inclusão dos menores carentes. - CORRETA


    d) A força da mídia, sobre a qual nem todos mostram consciência, costuma ser decisiva nos momentos em que a opinião pública está emocionalmente abalada. (o termo consciência pede a preposição sobre para se fazer a regência e o termo onde só é cabível quando se tratar de lugares, o que não é o caso)


    e) É um mito imaginar que basta reduzir a maioridade penal para que os problemas da delinqüência juvenil, cuja existência ninguém nega, sejam definitivamente resolvidos ( o que está introduzindo uma oração substantiva iniciada pelo verbo transitivo direto imaginar, portanto não cabe preposição. Quanto a segunda relação sintática analisada, trata-se de ideia de posse. Nesse sentido, o termo adequado é o pronome cuja)

    Espero que possa ter contribuído


ID
72556
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Velocidade das imagens

Quem folheia um daqueles velhos álbuns de fotografias
logo nota que as pessoas fotografadas prepararam-se longamente
para o registro solene. As roupas são formais, os corpos
alinham-se em simetria, os rostos adotam uma expressão sisuda.
Cada foto corporifica um evento especial, grava um momento
que aspira à eternidade. Parece querer garantir a imortalidade
dos fotografados. Dificilmente alguém ri nessas fotos:
sobra gravidade, cerimônia, ou mesmo uma vaga melancolia.
Nada mais opostos a esse pretendido congelamento do
tempo do que a velocidade, o improviso e a multiplicação das
fotos de hoje, tiradas por meio de celulares. Todo mundo fotografa
tudo, vê o resultado, apaga fotos, tira outras, apaga, torna
a tirar. Intermináveis álbuns virtuais desaparecem a um toque
de dedo, e as pouquíssimas fotografias eventualmente salvas
testemunham não a severa imortalidade dos antigos, mas a
brincadeira instantânea dos modernos. As imagens não são feitas
para durar, mas para brilhar por segundos na minúscula tela
e desaparecer para sempre.

Cada época tem sua própria concepção de tempo e sua
própria forma de interpretá-lo em imagens. É curioso como em
nossa época, caracterizada pela profusão e velocidade das
imagens, estas se apresentem num torvelinho temporal que as
trata sem qualquer respeito. É como se a facilidade contemporânea
de produção e difusão de imagens também levasse a
crer que nenhuma delas merece durar mais que uma rápida
aparição.

(Bernardo Coutinho, inédito)

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Há, nas velhas fotos dos álbuns amarelados, personagens CUJA identidade permanece misteriosa. b) Antigamente tratavaM-se com reverência as fotos que se costumava organizar em belos álbuns. c) Fotografar é hoje uma brincadeira, COM QUE se entretêm milhões de pessoas, em todos os lugares. d) Quase todo mundo tira fotos, mas a arte da fotografia ainda se circunscreve aos que de fato são talentosos. CORRETA e) A produção e difusão de imagens constituem operações A que hoje todos têm fácil acesso.
  • "Tratava-se", a meu ver está correto, pois é índice de indetermininação do sujeito.
  • Caro Ademar,
    sua observacão faz sentido, porém a questão requer a identificação do erro de uso no termo sublinhado da alternativa.
    No caso da alternativa que você mencionou - b) Antigamente tratava-se com reverência as fotos de que se costumava organizar em belos álbuns - o emprego da expressão "de que" fere o uso culto da gramática.

    Espero ter ajudado =)

    Fé sempre!
  • Olá pessoal!!
    A resposta é a letra “D” de Diferente!
    Corrigindo as erradas:

    a) Há, nas velhas fotos dos álbuns amarelados, personagens cuja identidade permanece misteriosa. .... O pronome cuja é usado na indicação de posse. "A identidade dos personagens...".
    b) Antigamente tratava-se com reverência as fotos que se costumava organizar em belos álbuns. "As fotos as quais se costumava organizar"... Quem organiza, organiza algo. VTD. Não há amparo ao uso do "DE" antes do pronome relativo.
    c) Fotografar é hoje uma brincadeira, com a qual se entretêm milhões de pessoas, em todos os lugares. Quem se entretém, se entretém COM.
    e) A produção e difusão de imagens constituem operações a que hoje todos têm fácil acesso. Quem tem acesso, tem acesso A alguma coisa.
     
    Forte abraço a todos e fiquem com Deus!!
  • a) Há, nas velhas fotos dos álbuns amarelados, personagens cuja identidade permanece misteriosa. (indica posse)

    b) Antigamente tratava-se com reverência as fotos que = as quais se costumava organizar em belos álbuns.

    c) Fotografar é hoje uma brincadeira, com que = com a qual se entretêm milhões de pessoas, em todos os lugares.

    d) correta.    ...circunscreve aos que = àqueles que de fato...

    e) A produção e difusão de imagens constituem operações a que = às quais hoje todos têm fácil acesso.

  • Na Letra D  "aos que" concorda com "circunscreve" ou "são talentosos"?
    Me ajudem :(


ID
72877
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A tribo que mais cresce entre nós

A nova tribo dos micreiros* cresceu tanto que talvez já não
seja apenas mais uma tribo, mas uma nação, embora a
linguagem fechada e o fanatismo com que se dedicam ao seu
objeto de culto sejam quase de uma seita. São adoradores que
têm com o computador uma relação semelhante à do homem
primitivo com o totem e o fogo. Passam horas sentados, com o
olhar fixo num espaço luminoso de algumas polegadas,
trocando não só o dia pela noite, como o mundo pela realidade
virtual.

Sua linguagem lembra a dos funkeiros** em quantidade de
importações vocabulares adulteradas, porém é mais ágil e rica,
talvez a mais rápida das tribos urbanas modernas. Dança quem
não souber o que é BBS, modem, interface, configuração,
acessar e assim por diante. Alguns termos são neologismos e,
outros, recriações semânticas de velhos significados, como
janela, sistema, ícone, maximizar.
No começo da informatização das redações de jornal,
houve um divertido mal-entendido quando uma jovem repórter
disse pela primeira vez: "Eu abortei!". Ela acabava de rejeitar
não um filho, mas uma matéria. Hoje, ninguém mais associa
essa palavra ao ato pecaminoso. Aborta-se tão impune e
freqüentemente quanto se acessa.
Nada mais tem forma e sim "formatação". Foi-se o tempo
em que "fazer um programa" era uma aventura amorosa. O
"vírus" que apavora os micreiros não é o HIV, mas uma
intromissão indevida no "sistema", outra palavra cujo sentido
atual nada tem a ver com os significados anteriores. A geração
de 68 lutou para derrubar o sistema; hoje o sistema cai a toda
hora.

Alguns velhos homens de letras olham com preconceito
essa tribo, como se ela fosse composta apenas de jovens, e
ainda por cima iletrados. É um engano, porque há entre os
micreiros respeitáveis senhoras e brilhantes intelectuais. Falar
mal do computador é tão inútil e reacionário quanto foi quebrar
máquinas no começo da primeira Revolução Industrial. Ele veio
para ficar, como se diz, e seu sucesso é avassalador. Basta ver
o entusiasmo das adesões.

(Zuenir Ventura, Crônicas de um fim de século)

* micreiros = usuários de microcomputador.
** funkeiros = criadores ou entusiastas da música funk.

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) "Formatação" é uma palavra à qual se costuma recorrer quando se trata de um procedimento cujo sentido só é possível compreender no campo da informática.

    o acento grave se justifica em razão da regência do verbo recorrer. Quem recorre, recorre a alguma coisa ou a alguém. 
    • a) "Formatação" é uma palavra à qual (preposição a + a qual) se costuma recorrer quando se trata de um procedimento cujo sentido só é possível compreender no campo da informática. CERTO
    • b) A expansão da tribo de micreiros, a de que (ou: da qual) o autor dá notícia, é um fato de que se pode comprovar a cada dia.
    • c) A nova acepção da palavra "vírus", a cujo sentido sempre teve algo de ameaçador, representa uma nova ameaça com àqueles que se valem da informática.
    • d) O autor aproxima a linguagem dos micreiros com àquela dos funkeiros, uma vez que de em ambas costuma-se reconhecer uma grande quantidade de importações vocabulares.
    • e) A linguagem do computador, a cujo acesso não é nada simples para muita gente, costuma mostrar-se muito rápida para aqueles que nela com ela passam a ter intimidade.

ID
72907
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Carta aberta à assembléia geral das Nações Unidas*

Os representantes de 55 governos, reunidos na segunda
Assembléia Geral das Nações Unidas, terão sem dúvida
consciência do fato de que, durante os dois últimos anos -
desde a vitória sobre as potências do Eixo - não se fez nenhum
progresso sensível rumo à prevenção da guerra, nem rumo ao
entendimento em campos específicos, como o controle da
energia atômica e a cooperação econômica na reconstrução de
áreas devastadas pela guerra.

A ONU não pode ser responsabilizada por esses
malogros. Nenhuma organização internacional pode ser mais
forte do que os poderes constitucionais que lhe são conferidos,
ou do que os membros que a compõem desejam que seja. Na
verdade, as Nações Unidas são uma instituição extremamente
importante e útil, contanto que os povos e governos do mundo
se dêem conta de que a ONU nada mais é que um sistema de
transição para a meta final, que é o estabelecimento de um
poder supranacional, investido de poderes legislativos e
executivos suficientes para manter a paz. O impasse atual
reside na inexistência de uma autoridade supranacional
suficiente e confiável. Assim, os líderes responsáveis de todos
os governos são obrigados a agir na presunção de uma guerra
eventual. Cada passo motivado por essa presunção contribui
para aumentar o medo e a desconfiança gerais, apressando a
catástrofe final. Por maiores que sejam os armamentos
nacionais, eles não geram a segurança militar para nenhum
país, nem garantem a manutenção da paz.

* Trecho de carta escrita em 1947

(Albert Einstein, Escritos da maturidade.)

A expressão com que preenche corretamente a lacuna da seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • Questão sobre regência verbal. De acordo com o contexto, as regências dos verbos são:a) referir-se À (o impasse à que einstein se refere...)b) conferir A alguém (os poderes QUE foram conferidos aos países...)c) confrontar-se COM algo(os temas COM QUE Einstein se confrontou... resposta correta!)d) ser assaltado POR (o espanto por que muitos leitores são assaltados...)e) ser preocupado POR (no caso, a frase deveria ser "a questão QUE preocupou o autor..."
  • a) O impasse do qual Einstein se refere no texto está na inexistência de um poder supranacional.
    b) Os poderes os quais foram conferidos aos países da ONU revelam-se insuficientes para a criação de um poder supranacional.
    c) Os temas com que Einstein se confrontou em seu livro indicam suas altas preocupações de natureza ética e política.
    d) O espanto do qual muitos leitores desse livro são assaltados deve-se ao fato de acreditarem que Einstein só cuidava de temas relativos à Física.
    e) A questão a qual preocupou o autor da carta prova seu interesse em contribuir para a reconstrução do mundo no pós-guerra.

    RESPOTA CERTA LETRA C
  • Discutindo a questão:


    ---> na altern a) o verbo que serve de base é referir-se (grifado) VTI – prep A,


    Ficará “O impasse a que Einstein se refere...”


    ---> na altern. b) o verbo principal é conferir – VTD – sem prep.


    Ficará “Os poderes que foram conferidos aos países...


    --- > na altern d) o verbo principal que serve de base é assaltar – VTD – prep DE / POR.


    Ficará “O espanto      de que / por que      muitos leitores desse livro são assaltados...”


    --- > na altern e) o verbo que serve de base é preocupar (no texto) VTD – sem prep.


    Ficará “ A questão que preocupou o autor...


    RESPOSTA: altern C . O verbo que serve de referência é confrontar VTI – prep com.


    Ficará “Os temas com que Einstein se confrontou em seu livro...


ID
74278
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leis para indigentes morais

Acaba de chegar a Massachussets um grupo de
adolescentes sudaneses que viajaram diretamente da Idade da
Pedra, ou quase, para a América do século XXI. São cinco mil
refugiados, que estão sendo distribuídos pelos EUA. Para
muitos, a viagem de avião é a primeira experiência em um
transporte motorizado.

Qual será o maior estranhamento para esses
jovens? A neve e a calefação? Os celulares? A Internet? (...)
O susto virá da quantidade de leis formais
detalhadas e explícitas que regram a vida americana, enquanto
a vida da tribo era regrada por poucas normas quase sempre
implícitas - ou seja, pela confiança de todos numa moral
comum tácita.

Nossas leis tornam-se cada vez mais detalhadas,
pois há a idéia de que um código exaustivo garantiria o
funcionamento de uma comunidade justa. De fato, essa
proliferação revela a angústia de uma cultura insegura de suas
opções morais. Por sermos indigentes morais, compilamos uma
casuística da qual esperamos que diga exatamente o que fazer
em cada circunstância. O dito legalismo da sociedade
americana, tão freqüentemente denunciado, é apenas o sinal
dessa indigência.

A tentativa de animar uma comunidade por uma
lengalenga de leis testemunha a fraqueza do vínculo social. Não
podemos confiar numa inspiração moral compartilhada, por isso
inventamos regras para ter, ao menos, muitas obrigações
comuns.

(Contardo Calligaris, Terra de ninguém. S. Paulo: Publifolha,
2004, pp. 66/68)

Há um excesso de leis, e quando há leis em excesso deve-se reconhecer nessas leis o vício da excessiva particularização, excessiva particularização que só revela a fragilidade dos princípios morais.

Evitam-se as desagradáveis repetições do período acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por

Alternativas
Comentários
  • questão confusa e mal elaborada.
  • Acho que foi grifado errado a parte "excessiva particularização", pois "a qual" refere-se a um termo anterior e não posterior.
  • A última parte grifada está incorreta. Os segmentos destacados do texto original da prova são:

    Há um excesso de leis, e quando há leis em excesso deve-se reconhecer nessas leis o vício da excessiva particularização, excessiva particularização que só revela a fragilidade dos princípios morais.

  • Casos que exigem Próclise:

    1 - Conectivos de oração subordinada (substantiva, adjetiva ou adverbial)

    2 - Advérbios, quando sem pausa (vírgula)  (QUANDO)

    3 - Pronomes indefinidos e demonstrativos (tudo, nada isso, aquilo, etc.)

    4 - "em" + pronome oblíquo átono + gerúndio (ex. em se tratando dos fatos)

    5 - "por" + pronome oblíquo átono + particípio (ex. por se tratarem das coisas)

    6 - Palavras com idéia negativa (não, nunca, jamais, etc.)

    Casos que exigem Mesóclise:

    1 - Futuro do presente (terminação rei)

    2 - Futuro do pretérito (terminação ria)Bizu: Quando o REI RIA põe no meio.

    Casos que exigem Ênclise:

    1 - Advérbio com pausa (ex. Aqui, reúnem-se alunos aprovados)

    2 - Imperativo (ex. Levante-se

    3 - Conectivo "e" (ex. Falou e disse-me verdades)

    Nunca utilizar pronome átono:

    1 - inicio de frase

    2 - depois de futuro (Rei - Ria)

    3 - depois de particípio (Ado - Ido)

  • Alguém sabe me explicar por que a expressão "as há" está correta?


ID
74290
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As razões .......... ele deverá invocar para justificar o que fez não alcançarão qualquer ressonância ........ membros do Conselho, ....... votos ele depende para permanecer na empresa.

Preenchem de modo correto as lacunas da frase acima, respectivamente, as expressões:

Alternativas
Comentários
  • As razões QUE ele deverá invocar (quem invoca, incoca ALGO -> dispensa complemento) para justificar o que fez não alcançarão qualquer ressonância JUNTO AOS membros do Conselho, DE CUJOS votos ele depende (quem depende, depende DE algo -> pediu o complemento DE antes de CUJOS) para permanecer na empresa.
  • VIDE   Q773698   Q292271

     

     

    CUJO =   PRONOME RELATIVO que retoma um ANTECEDENTE

     

    -  VEM ENTRE DOIS SUBSTANTIVO COM IDEIA DE POSSE

     

    -  concorda com o substantivo SEGUINTE

     

    Ex. Eis o homem CUJA filha foi aprovada.

          Eis o homem CUJO filho foi aprovado.

     

    -    EVITA A REPETIÇÃO DO SUBSTANTIVO

     

    -    DICA PERGUNTE AO VERBO ANTECEDENTE: preposição obrigatória: 

     

    concordei com / com cuja  ;  se referiu, a cujos

                caminhar em / em cuja    

               

    Ex.      Vi o filme a cujos atores você se referiu (pede preposição A)

     

     

     

     

    ..........................

     

    1-    Sempre entre dois substantivos

     

     

    2-       Estabelece entre dois substantivos IDEIA DE POSSE – ler do segundo substantivo para o primeiro e coloca a preposição  “de, do, da”

     

     

    3-       Não pode vir seguido de verbo   NÃO UTILIZA:     “CUJO”      +      É    VERBO

     

    4-      Não pode vir seguido de artigo   NÃO UTILIZA:      “CUJO”     +        ARTIGO (a, o um)

     

     

     

    5-    Adjunto Adnominal:

    Não consigo conviver com pessoas cujas aspirações sejam essencialmente materiais. (Não consigo conviver com pessoas / As aspirações dessas pessoas são essencialmente materiais).

     

               Complemento Nominal:

     

    O livro, cuja leitura agradou muito aos alunos, trata dos tristes anos da ditadura. (cuja leitura = a leitura do livro)

     

     

    "Cujo" e sua flexões equivalem a "DE QUE", "DO QUAL" (ou suas flexões "da qual", "dos quais", "das quais")  "de quem"

     

    ............................

     

     

     

     

     

    O restaurante Reis,  DE QUE  o poeta era assíduo frequentador       (quem é frequentador, é frequentador DE algum lugar).

     

     

    O conhecimento __A  que______ se referia o profissional

     

    Quem se refere, se refere, A algo ou A alguma coisa. Neste caso: O conhecimento A QUE se referia

    Quem fala, fala COM alguém

     

     

     AONDE  =            IDEIA DE MOVIMENTO (    Aonde está indo)

     ONDE =         LUGAR    (Estático)    

     NA QUAL  =    EM QUE


ID
74620
Banca
FCC
Órgão
TRT - 21ª Região (RN)
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ganhamos a guerra, não a paz

Os físicos se encontram numa posição não muito
diferente da de Alfred Nobel. Ele inventou o mais poderoso
explosivo jamais conhecido até sua época, um meio de
destruição por excelência. Para reparar isso, para aplacar sua
consciência humana, instituiu seus prêmios à promoção da paz
e às realizações pacíficas. Hoje(*), os físicos que participaram
da fabricação da mais aterradora e perigosa arma de todos os
tempos sentem-se atormentados por igual sentimento de
responsabilidade, para não dizer culpa. E não podemos desistir
de advertir e de voltar a advertir, não podemos e não devemos
relaxar em nossos esforços para despertar nas nações do
mundo, e especialmente nos seus governos, a consciência do
inominável desastre que eles certamente irão provocar, a
menos que mudem sua atitude em relação uns aos outros e em
relação à tarefa de moldar o futuro.

Ajudamos a criar essa nova arma, no intuito de impedir
que os inimigos da humanidade a obtivessem antes de nós, o
que, dada a mentalidade dos nazistas, teria significado uma
inconcebível destruição e escravização do resto do mundo.
Entregamos essa arma nas mãos dos povos norte-americano e
britânico, vendo neles fiéis depositários de toda a humanidade,
que lutavam pela paz e pela liberdade. Até agora, porém, não
conseguimos ver nenhuma garantia das liberdades que foram
prometidas às nações no Pacto do Atlântico. Ganhamos a
guerra, não a paz. As grandes potências, unidas na luta, estão
agora divididas quanto aos acordos de paz. Prometeu-se ao
mundo que ele ficaria livre do medo, mas, na verdade, o medo
aumentou enormemente desde o fim da guerra. Prometeu-se ao
mundo que ele ficaria livre da penúria, mas grandes partes dele
se defrontam com a fome, enquanto outras vivem na
abundância. (...)

Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua
notável instituição, o espírito de fé e confiança, de generosidade
e fraternidade entre os homens, prevalecer na mente daqueles
de cujas decisões dependem nossos destinos. Do contrário, a
civilização humana estará condenada.

(Albert Einstein, Escritos da maturidade. Tradução de Maria
Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994)

(*) Este texto foi escrito em 1945, logo depois do fim da
II Guerra Mundial.

Estando inadequado o emprego da expressão sublinhada, a frase será corrigida por meio da substituição dessa expressão pela que vem entre parênteses, em:

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    a) As liberdades   NAS QUAIS   os cientistas devem se empenhar dizem respeito ao modelo da vida democrática.

    b) Os povos   AOS QUAIS   se confiou a missão crucial de utilizar politicamente o potencial da nova arma foram os britânicos e os norte-americanos.

    c) A instituição   NA QUAL   criação Alfred Nobel pretendeu aplacar sua consciência premia, até hoje, aqueles que se destacam na luta pela paz.

    d) As promessas do Pacto do Atlântico,   COM AS QUAIS   se pretendia tranqüilizar o mundo, deixaram de ser cumpridas pelos signatários.

    e) Os novos desastres   A QUE   Einstein temia que a humanidade viesse a se submeter permaneceram incubados no período da Guerra Fria.

  • E) A QUE ou AOS QUAIS

    Alternativa D

  • Gab.D

    com as quais -> uso correto, tendo em vista a regência verbal de TRANQUILAZAR.

    Tranquilizar alguém (o mundo) COM alguma coisa (as promessas).

    A luta continua !


ID
74848
Banca
FCC
Órgão
TRT - 21ª Região (RN)
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Urbanização abala a saúde de moradores do interior da
Amazônia

Mesmo que aumente o conforto, as conseqüências
do ingresso na vida moderna - com alimentos prontos,
televisão, telefone e máquina de lavar roupa - não são nada
boas para a saúde. Hilton Pereira da Silva, médico e
antropólogo do Museu Nacional, encontrou uma taxa elevada
de hipertensão arterial na população de três comunidades rurais
do Pará que gradativamente deixaram o extrativismo (*) e
começaram a usar bens de consumo tipicamente urbanos.
Aracampina, a maior comunidade estudada,

localizada na ilha de Ituqui, às margens do rio Amazonas, tem
cerca de 600 habitantes. Eram 460 há sete anos, quando Hilton
Silva chegou lá pela primeira vez e notou que a vida mudava
rapidamente - conseqüência da proximidade com Santarém, a
quatro horas de barco. "Quando ocorre a transição para o estilo
de vida moderno e urbano, a primeira mudança é a dieta", diz
ele. "Aumenta o consumo de sal, de enlatados e de comida
industrializada, cheia de aditivos químicos."

Nas primeiras vezes em que esteve lá, o
pesquisador notou que os caboclos pescavam intensamente.
Completavam a alimentação com farinha de mandioca, frutas,
feijão e milho. "Hoje, os caboclos deixaram o extrativismo,
trabalham na pesca industrial, para as madeireiras ou em
fazendas e compram carne em conserva, açúcar, café e
biscoitos", relata. "As mudanças na dieta estão causando uma
mudança gradual na fisiologia do organismo, que leva à
hipertensão."

Ainda não há água encanada em Aracampina, mas
os caboclos agora têm luz elétrica, graças ao gerador a diesel,
fogão a gás, televisão ligada a bateria de carro e telefone que
funciona por meio de rádio. Em conseqüência, houve uma
redução da atividade física que ajuda a equilibrar a pressão
arterial. "Por terem acesso a fogão a gás, não buscam mais
lenha na mata", exemplifica Hilton Silva. "E já usam fralda
descartável, que também reduz o trabalho das mulheres". Mas
surgem outras fontes de estresse, como a necessidade de
ganhar mais dinheiro para comprar comida, relógios, bicicletas e
aparelhos de som.

(Pesquisa. São Paulo: Fapesp, abril 2003.)

(*) extrativismo = atividade que consiste em extrair da natureza
quaisquer produtos que possam ser cultivados para fins
comerciais ou industriais.

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Quase todas as novidades ÀS QUAIS os moradores tiveram acesso são produtos da moderna tecnologia. b) O gerador a diesel é o meio pelo qual os moradores de Aracampinas têm acesso à luz elétrica. c) A hipertensão A QUAL foram acometidos muitos moradores tem suas causas na mudança de estilo de vida. d) O extrativismo, NO QUAL os caboclos tanto se empenhavam, foi substituído por outras atividades econômicas. e) Biscoitos e carne em conserva são alguns dos alimentos PELOS QUAIS o antropólogo exemplifica a mudança dos hábitos alimentares dos caboclos.
  • c) A hipertensão PELA QUAL foram acometidos muitos moradores tem suas causas na mudança de estilo de vida. (A FRASE ESTÁ NA VOZ PASSIVA: OS MORADORES FORAM ACOMETIDOS PELA HIPERTENSÃO)e) Biscoitos e carne em conserva são alguns dos alimentos COM OS QUAIS o antropólogo exemplifica a mudança dos hábitos alimentares dos caboclos. (O antropólogo exemplifica a mudança dos hábidos dos caboclos cCOM biscoitos e carne em conserva)
  • a) Quase todas as novidades A QUE os moradores tiveram acesso são produtos da moderna tecnologia. -> Não pode usar crase nesse caso.b) O gerador a diesel é o meio pelo qual os moradores de Aracampinas têm acesso à luz elétrica. CORRETAc) A hipertensão A QUE foram acometidos muitos moradores tem suas causas na mudança de estilo de vida. d) O extrativismo, EM QUE os caboclos tanto se empenhavam, foi substituído por outras atividades econômicas. e) Biscoitos e carne em conserva são alguns dos alimentos QUE o antropólogo exemplifica a mudança dos hábitos alimentares dos caboclos.
  • Penso que na letra "e", o termo mais adequado a ser empregado seria "com os quais". Exemplifica-se com alguma coisa ou através de aguma coisa...
  •  Letra A: Errada. Não caberia crase em "a que";

    Letra B: Certa;

    Letra C: Errada. Poderia ser "da qual", por exemplo;

    Letra D: Errada. 

    Letra E: Errada. Poderia usar "através dos quais", por exemplo.

  • Letra a:
    Sujeito: Todas as palavras
    Verbo: Acesso
    Resolução: Quem tem acesso tem acesso a alguma coisa. Sendo assim pelo verbo a crase está OK. Porém o sujeito está no plural, então deveria conconcordar com o sujeito, sendo o correto às quais;

    Letra b:
    Sujeito: O gerador
    Verbo: Acesso
    Resolução: Quem tem acesso tem acesso por alguma coisa ( considerndo o contexto da frase ). Sendo assim pelo verbo OK. Sujeito no singular, portanto correto utilizar PELO QUAL

    Letra c:
    Sujeito: A hipertensão
    Verbo: acometidos
    Resolução: Quem é acometido é acometido a / com alguma coisa, portanto errado utilizar NA. Afinal não se diz: Acometer em alguma coisa. O correto seria  à qual ou com qual

    Letra d:
    Erro ao utilizar cujo no singular, pois ele deve concordar com OS CABOCLOS (plural). Em cujos caboclos.....
    Quanto ao verbo tudo OK, pois quem se empenha, se empenha EM alguma coisa. Assim, o correto seria em cujos

    Letra e:
    Sujeito: Biscoitos e carne
    Verbo: Mudança
    Resolução: Aqui a mudança refere-se a biscoitos e carne. Mudança de hábitos POR biscoitos e carnes. O correto seria PELOS QUAIS.

    Obrigado pelo comentário abaixo, passou despercebido este erro básico :)  Retificado
  • Ótimo comentário Giovanni, lembrando que na letra D, o termo cujo os, não existe, pois, após cujo não se aceita artigo.

    Abraços e bons estudos!

  • Letra D - o certo é em que, pois extrativismo não é dos caboclos, não é posse para usar "cujo".

  • Retificando: os caboclos não são do extrativismo.

  • CUJO/CUJA deve concordar com NÚMERO E GÊNERO.

  • O erro da A é so o numero ( QUEM TEM ACESSO, TEM ACESSO ''A ALGO.'')

    Quase todas as novidades ÀS QUAIS os moradores tiveram acesso são produtos da moderna tecnologia.

     

    GABARITO ''B''

  • LETRA :B 

    Reparei isso na hora também, Eliel medeiros; Bicho fera!

     

     

     

    Para efeito do resumo: Vide regências!

    ______________________________________________

    Quando se tratar de lugar, os pronomes relativos serão:

    -Onde

    -Em que

    -No qual 

    -Na qual

     

    Quando se tratar de restrição/explicação/ ,os pronomes relativos serão:

    -O qual

    -a qual

    -Os quais

    -As quais 

     

    Quando se tratar de partícula integrante e p.explicativo será o :

    -Que

     

    Quando se tratar de ''relação de posse'' o pronome relativo virá entre dois substantivos (sem preposição)

    -Cujo.

    ______________________________________________

  • A) O Verbo Ter é VTD e também o pronome relativo que não aceita ser precedido por crase . 

    B) Correto

    C)

    D) Pronome relativo ''cujo'' não aceita ser sucedido por artigo

    E) Exemplifica é VTD

  • Desculpas ,usuário inativo, mas a alternativa " A" PODERIA-SE USAR TAMBÉM " A QUE , SEM CRASE SÓ FICA " AS QUAIS " QUANDO SUBSTUIMOS O RELATIVO " QUE " por " AS QUAIS " daí somamos A + AS QUAIS = ÁS QUAIS


ID
75505
Banca
FCC
Órgão
TRT - 19ª Região (AL)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O homem moral e o moralizador

Depois de um bom século de psicologia e psiquiatria
dinâmicas, estamos certos disto: o moralizador e o homem moral
são figuras diferentes, se não opostas. O homem moral se
impõe padrões de conduta e tenta respeitá-los; o moralizador
quer impor ferozmente aos outros os padrões que ele não consegue
respeitar.
A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes.
Primeiro, o moralizador é um homem moral falido: se
soubesse respeitar o padrão moral que ele impõe, ele não
precisaria punir suas imperfeições nos outros. Segundo, é
possível e compreensível que um homem moral tenha um
espírito missionário: ele pode agir para levar os outros a adotar
um padrão parecido com o seu. Mas a imposição forçada de um
padrão moral não é nunca o ato de um homem moral, é sempre
o ato de um moralizador. Em geral, as sociedades em que as
normas morais ganham força de lei (os Estados confessionais,
por exemplo) não são regradas por uma moral comum, nem
pelas aspirações de poucos e escolhidos homens exemplares,
mas por moralizadores que tentam remir suas próprias falhas
morais pela brutalidade do controle que eles exercem sobre os
outros. A pior barbárie do mundo é isto: um mundo em que
todos pagam pelos pecados de hipócritas que não se agüentam.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 20/03/2008)

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
  • "qual" é pronome relativo. sendo assim retoma o termo anterior. Então, "qual" na questão equivale a qualidade....qualidade da qual não abrem mão os homens....A frase deve ser compreendida assim: - Os homenes não abrem mão da qualidade......os homens a quem não se pode acusar de hipócritas...Da mesma forma: Não se pode acusar os homens de hipócritas
  • Questão de regência:a) quem costuma acusar, costuma acusar alguém ou a alguém;b) cujo seguido de artigo NÃO EXISTE!!!!c) quem insiste reincidir, insiste reincidir em alguma coisae) quem demonstra, demonstra alguma coisa A alguém, não EM alguém.
  • 90% desse tipo de questão se resolve analisando a transitividade do verbo!!

    Bons Estudos!

  • na letra d, o verbo "acusar" é transitivo direto (não se pode acusar os homens). Logo, não deveria vir com preposição (os homens a quem...)

    Atenção então ao pronome "quem": quando ele for complemento, deve vir precedido de preposição.


    Ex.

    Ela é a mulher que eu amo (o objeto direto  "que" vem sem preposição)

    Ela é a mulher a quem eu amo (aqui, o objeto direto vem com preposição).
  • Complementando:

    d) O verbo acusar é Verbo Transitivo Direto, portanto, não deveria vir com a preposição "a quem". 

    Porém, casos há, em que o objeto direto pode vir introduzido por preposição, que evidentemente não será obrigatória

    , isto é, não será exigida pelo verbo, é o que chamamos de Objeto Dirto Preposicionado.


    É isso aí, bons estudos!

    Graça e paz!
  • Esta questão cobra a regência nas orações adjetivas. Portanto, o ideal é grifar a oração adjetiva, identificar o verbo e o sujeito, para em seguida saber que preposição será aceita antes do pronome. Os períodos estão reescritos já com a correção.
    Na alternativa (A), o verbo “acusar” é transitivo direto e indireto (acusar alguém de algo).
    O moralizador está carregado de imperfeições de que ele não costuma acusar a si mesmo.
    Na alternativa (B), já percebemos o erro, porque o pronome relativo “cujo” não pode ser seguido de artigo.
    Um homem moral empenha-se numa conduta cujo padrão moral ele não costuma impingir à dos outros.
    Na alternativa (C), o verbo “reincidir” tem como sujeito “o moralizador”.
    Os pecados nos quais insiste reincidir o moralizador são os mesmos de que ele acusa seus semelhantes.
    A alternativa (D) é a correta, pois, na primeira oração adjetiva, “os homens” é o sujeito, “abrem” é verbo transitivo direto e indireto, “mão” é objeto direto e “da qual” é o objeto indireto. O pronome relativo “quem”, quando paciente, é precedido de preposição, mesmo sendo um sujeito paciente. A locução verbal “pode acusar” é transitiva direta e indireta (acusar alguém de alguma coisa). O pronome “se” é apassivador, “de hipócritas” é objeto indireto e “a quem” é o sujeito paciente. Perceba que só se pode inserir a preposição, porque o pronome relativo é “quem”.
    Na alternativa (E), o pronome cujo não pode ser seguido de pronome.

    Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral  que ele próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia de que é capaz.
    Fonte: Décio Terror - Ponto dos Concursos
    Bons estudos
     

  • O pronome relativo "quem" refere-se a pessoas ou coisas personificadas, no singular ou no plural. É sempre precedido de preposição, podendo exercer diversas funções sintáticas. Observe os exemplos:

    a) Objeto Direto Preposicionado: Clarice, a quem admiro muito, influenciou-me profundamente.

    b) Objeto Indireto: Este é o jogador a quem me refiro sempre.

    c) Complemento Nominal: Este é o jogador a quem sempre faço referência.

    d) Agente da Passiva: O médico por quem fomos assistidos é um dos mais renomados especialistas.

    e) Adjunto Adverbial: A mulher com quem ele mora é grega.


    Fonte:http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint38.php
  • O pronome relativo QUEM, quando possuir um antecedente explícito, no caso OS HOMENS, sempre virá precedido de preposição. Nesse caso é classificado como OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO.
  • a) O moralizador está carregado de imperfeições de que (das quais) ele não costuma acusar si mesmo.

    b) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo padrão moral ele não costuma impingir à dos outros.

    c) Os pecados nos quais (em que) insiste reincidir o moralizador são os mesmos dos quais (de que) ele acusa seus semelhantes.

    d) correta.   a quem = objeto direto preposicionado

    e) Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral que (o qual) ele próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia de que (da qual) é capaz.

  • Existe algum macete para descobrir que o objeto direto é preposicionado diferenciando do objeto indireto?

  • "O Leblon, cujos m² e IPTU ficam nas estratosferas, também tem os seus [marginais de estimação]."

    O fragmento traz-nos a questão do emprego do pronome relativo "cujo" e de sua concordância. Em primeiro lugar, é bom lembrar que o pronome "cujo" tem valor adjetivo, pois sempre acompanha um substantivo, com o qual concorda em gênero e número.

    Assim, dizemos "o rapaz cuja mãe" (ela é a mãe do rapaz), "a moça cujo pai" (ele é o pai da moça), "o escritor cujos livros" (os livros são do escritor), "a jovem cujas pernas" (as pernas são da jovem). Até aí, não há grandes dificuldades (é bom observar que não se usa artigo depois do "cujo" e de suas flexões).

    O problema aparece quando se pretende antepor o pronome "cujo" a mais de um substantivo. Emprega-se, nesse caso, a regra de concordância nominal do adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos: ele concorda com o elemento mais próximo. É o que ocorre em construções como "Escolheu hora e lugar", "Havia pouco dinheiro e comida" etc. Emprega-se o plural apenas quando se trata de nomes próprios: "Os grandes Machado e Bandeira", por exemplo.

    Assim, há duas saídas: deixar o "cujo" em concordância com o mais próximo, de acordo com a regra, ou repeti-lo antes de cada núcleo. Abaixo, as duas sugestões:

    O Leblon, cujo metro quadrado e cujo IPTU ficam na estratosfera, também tem os seus [marginais de estimação].

    O Leblon, cujo metro quadrado e IPTU ficam na estratosfera, também tem os seus [marginais de estimação].


ID
75745
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Abstrações

"Deus não joga dados com o Universo", disse Einstein,
para nos assegurar que existe um plano por trás de,
literalmente, tudo, e que o comportamento da matéria é lógico e
previsível. A física quântica depois revelou que a matéria é mais
maluca do que Einstein pensava e que o acaso rege o Universo
mais do que gostaríamos de imaginar. Mas fiquemos com a
palavra do velho. Deus não é um jogador, o Universo não está
aí para Ele jogar contra a sorte e contra Ele mesmo. Já os
semideuses que controlam o capital especulativo do planeta
Terra jogam com economias inteiras e podem destruir países
com um lance de dados, ou uma ordem de seus computadores,
em segundos.

Às vezes eles têm uma cara, e até opiniões, mas quase
sempre são operadores anônimos, todos com 28 anos, e um
poder sobre as nossas vidas que o Deus de Einstein invejaria.
Deus, afinal, é sempre o ponto supremo de uma cosmogonia
organizada, não importa qual seja a religião. Todas as igrejas
têm metafísicas antigas e hierarquizadas. Todos os deuses
podem tudo, mas dentro das expectativas e das tradições de
seus respectivos credos. Até a onipotência tem limites.

A metafísica dos operadores das bolsas de valores, dos
deuses de 28 anos, é inédita. Não tem passado nem
convenções. É a destilação final de uma abstração, a do capital
desassociado de qualquer coisa palpável, até do próprio
dinheiro. Como o dinheiro já era a representação da
representação de um valor aleatório, o capital transformado em
impulso eletrônico é uma abstração nos limites do nada - e é
ela que rege as nossas economias e, portanto, as nossas vidas.
E quem pensava ter liberado o mundo de um ideal inútil, o de
sociedades regidas por abstrações como igualdade e
solidariedade, se vê prisioneiro do invisível, de um sopro que
ninguém controla, da maior abstração de todas.

(Adaptado de Luis Fernando Veríssimo, O mundo é bárbaro)

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Os operadores controlam um capital especulativo, cujos rendimentos representam uma incógnita. b) Certo. c) Os operadores das bolsas preferem apostar que investir dinheiro em empreendimentos mais produtivos. d) A idade dos operadores das bolsas sugere o ímpeto que as operações de investimento são executadas. e) Os adeptos da física quântica julgam que o acaso é também um princípio, à qual o comportamento da matéria não é alheio.
  • a) Os operadores controlam um capital especulativo, cujos rendimentos representam uma incógnita. b) Certo. c) Os operadores das bolsas preferem apostar a investir dinheiro em empreendimentos mais produtivos. d) A idade dos operadores das bolsas sugere o ímpeto que as operações de investimento são executadas. e) Os adeptos da física quântica julgam que o acaso é também um princípio, à qual o comportamento da matéria não é alheio.
  • A letra "c" apresenta um clássico nas questões da FCC: quem prefere, prefere alguma coisa A outra, não DO QUE outra!
  • Na letra "c": ímpeto com que são executadas as operações (invertendo)
  • Acredito que o comentário do colaborador Iran (o segundo é apenas uma cópia...) está equivocado quanto às alternativas "d" e "e":

    d) A idade dos operadores das bolsas sugere o ímpeto com que as operações de investimento são executadas. (são executadas com ímpeto)

    e) Os adeptos da física quântica julgam que o acaso é também um princípio, ao qual o comportamento da matéria não é alheio. (não é alheio ao princípio)

    : )

  • Comentário objetivo:

    a) Os operadores controlam um capital especulativo, em cujos CUJOS rendimentos representam uma incógnita.

    b) São impulsos eletrônicos, sobre os quais há pouco ou nenhum controle, que comandam as operações das bolsas.   
    PERFEITO!!!  

    c) Os operadores das bolsas preferem apostar do que
    A investir dinheiro em empreendimentos mais produtivos.

    d) A idade dos operadores das bolsas sugere o ímpeto   
    de que   COM O QUAL as operações de investimento são executadas.

    e) Os adeptos da física quântica julgam que o acaso é também um princípio, do qual
    AO QUAL o comportamento da matéria não é alheio.
  • A alternativa D também poderia ser escrita desta forma: ''A idade dos operadores das bolsas sugere o ímpeto pelo qual as operações de investimento são executadas''?  Concordo com o gabarito, mas fiquei na dúvida quando li os comentários acima. O que vocês acham?
  • São impulsos eletrônicos, sobre os quais há pouco ou nenhum controle, que comandam as operações das bolsas.

    Pense o seguinte, caro amigo: Os quais é um pronome relativo que retoma o termo anterior impulsos eletrônicos. Dessa forma, você deve fazer a pergunta HÁ POUCO OU NENHUM CONTROLE SOBRE O QUê? SOBRE impulsos eletrônicos.

    assim, fica fácil saber se os termos seguintes ao pronome relativo pedem alguma preposição.

    espero ter ajudado.

ID
80764
Banca
FCC
Órgão
TRE-AM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A leitura dos clássicos

Os clássicos são livros que exercem uma influência
particular quando se impõem como inesquecíveis e também
quando se ocultam nas dobras da memória, preservando-se no
inconsciente.

Por isso, deveria existir um tempo na vida adulta dedicado
a revisitar as leituras mais importantes da juventude. Se os
livros permaneceram os mesmos (mas também eles mudam, à
luz de uma perspectiva histórica diferente), nós com certeza
mudamos, e o encontro é um acontecimento totalmente novo.
Portanto, usar o verbo ler ou o verbo reler não tem muita
importância. De fato, poderíamos dizer: toda releitura de um
clássico é uma leitura de descoberta, como a primeira.

(Ítalo Calvino, "Por que ler os clássicos")

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) cuja particular influencia...b) onde se ocultam...c) um tempo do qual poderiamos utilizar... (utilizar do tempo)d) cujos classicos ganham...e) correta ! (se imbuem de que? de revelação)
  • Não entendi esta questão; Até onde eu sabia o uso do se neste caso deveria colocar o verbo no singular, pois o verbo imbuir e VTI ...
  • Lucas, eles não querem saber se a flexão verbal está correta, só querem saber a respeito do que está SUBLINHADO. E mesmo assim, o verbo está certo em estar no plural... Para tu veres se o verbo deve ficar impessoal (no singular), tu acha o sujeito perguntando: "que(m) é que se + verbo?"... no caso, "quem é que se imbui?". Se NA RESPOSTA houver preposição, o verbo fica impessoal. Aqui, a resposta é "os clássicos"... não tem preposição, então o verbo concorda e fica no plural.
  • Apenas para retificar a justificativa de erro na questão 'd', já que cujo não se refere aos clássicos, não estando pertinente, portanto, o 'd) cujos classicos ganham...'O erro está na preposição utilizada.
  • Gente, só para contribuir com os comentários abaixo. A letra d está incorreta não só pela utilização da preposição, mas também porque não existe "cuja" ou "cujo" seguido de artigo, pois podemos alterar o próprio elemento e fazer a concordância, por exemplo: cujas obras ou cujos clássicos. E o cujo sempre liga dois substantivos, então nunca poderia existir cuja (no feminino, singular) ligada a um substantivo masculino e no pluaral (no caso, clássicos).
  • e) O poder de revelação [de que se imbuem os clássicos] acaba por nos revelar para nós mesmos. [de que se imbuem os clássicos] = Oração Sub. Adjetiva Restritiva (que = qual).Os clássicos se imbuem de algo. >>> Os clássicos se embuem de revelaçãoIMBUIR É VERBO TRANSITIVO INDIRETO e o pronome relativo "que" está fazendo papel de Objeto Indireto e NÃO poderia estar sem a preposição "DE", por isso, CORRETA LETRA "e".
  • a) Os clássicos são livros cuja particular influência torna-os inesquecíveis.
    b) As dobras da memória, nas quais / em que se ocultam imagens dos clássicos, são o refúgio do inconsciente. ("as dobras da memória" não são lugares físicos)
    c) Há um tempo na vida adulta que poderíamos utilizar para uma redescoberta dos clássicos.
    d) A perspectiva histórica é determinante, na qual / em que os clássicos ganham um novo significado. (não há relação de posse)
    e) O poder de revelação de que se imbuem os clássicos acaba por nos revelar para nós mesmos. (se imbui de) 
  • Resposta certa: item E.

    O item C está certo se fosse "o qual".

  • A letra "b" não poderia ser. É só lembrar que as palavras onde, aonde e donde indicam lugar físico.
  • Sobre a letra A , consideração do REVISACO 2015, PORTUGUÊS,  2 EDICAO :

    "Particular influência possui função de sujeito e não se usa preposição ao lado do termo que exerce função do sujeito do verbo posposto."

     

     

     Portanto, deve-se tirar o "em "》 ficando apenas "cuja  particular influência "


ID
91876
Banca
FCC
Órgão
TCM-PA
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Duas sociedades

Na formação histórica dos Estados Unidos, houve desde
cedo uma presença constritora da lei, religiosa e civil, que
plasmou os grupos e os indivíduos, delimitando os comportamentos
graças à força punitiva do castigo exterior e do
sentimento interior do pecado.

Esse endurecimento do grupo e do indivíduo confere a
ambos grande força de identidade e resistência, mas desumaniza
as relações com os outros, sobretudo os indivíduos de outros
grupos, que não pertençam à mesma lei e, portanto, podem
ser manipulados ao bel-prazer. A alienação torna-se ao mesmo
tempo marca de reprovação e castigo do réprobo; o duro modelo
bíblico do povo eleito, justificando a sua brutalidade com os
não eleitos, os outros, reaparece nessas comunidades de leitores
cotidianos da Bíblia. Ordem e liberdade - isto é, policiamentos
internos e externos, direito de arbítrio e de ação violenta
sobre o estranho - são formulações desse estado de coisas.

No Brasil, nunca os grupos ou os indivíduos encontraram
efetivamente tais formas; nunca tiveram a obsessão da ordem
senão como princípio abstrato, nem da liberdade senão como
capricho. As formas espontâneas de sociabilidade atuaram com
maior desafogo e por isso abrandaram os choques entre a
norma e a conduta, tornando menos dramáticos os conflitos de
consciência.

As duas situações diversas se ligam ao mecanismo das
respectivas sociedades: uma que, sob alegação de enganadora
fraternidade, visava a criar e manter um grupo idealmente
monorracial e monorreligioso; outra que incorpora de fato o
pluralismo étnico e depois religioso à sua natureza mais íntima.
Não querendo constituir um grupo homogêneo e, em consequência,
não precisando defendê-lo asperamente, a sociedade
brasileira se abriu com maior largueza à penetração de grupos
dominados ou estranhos. E ganhou em flexibilidade o que perdeu
em inteireza e coerência.

(Adaptado de Antonio Candido, Dialética da malandragem)

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
  • Acho que o correto da alternativa A, seria:A formação histórica dos Estados Unidos, cujo endurecimento é sabido de todos, deu-se em consonância com leis duras, das quais nos livramos.
  •  "compensar"

    • compensar - v.t. Equilibrar um efeito com outro; neutralizar a perda com o ganho, o mal com o bem: compensar os defeitos pelas qualidades....

    Carente "de" alguma coisa...

  • A opção que contempla as regras que regem a Língua Portuguesa estão presentes na última alternativa.
  • Complemento o excelente comentário anterior:

    A) A formação histórica dos Estados Unidos, cujo endurecimento é sabido de todos, deu-se em consonância com leis duras, das quais nos livramos.

    B) Há formas espontâneas de convìvio, das quais somos um exemplo, assim como há formas rígidas, pelas quais os Estados Unidos se notabilizam.

    C) São desumanas as relações em que existem preconceitos, assim como são odiosas aquelas cujo processo é movido por falso moralismo.

    D) Nas sociedades mais flexíveis, as quais o autor não deixa de criticar, os estranhos são vistos como indesejáveis, os quais cabe despresar.

    E) Como já foi genialmente observado anteriormente, não apresenta quaisquer tipo de falha.

ID
93352
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2001
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um sonho de simplicidade

Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz
da vida urbana, dá na gente um sonho de simplicidade. Será um
sonho vão? Detenho-me um instante, entre duas providências a
tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos
cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem
falta. São uma necessidade que inventei. Por que beber uísque,
por que procurar a voz de mulher na penumbra ou os amigos no
bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas?

Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata,
tive de repente um ataque de pudor, me surpreendendo assim,
a escolher um pano colorido para amarrar ao pescoço.

Mas, para instaurar uma vida mais simples e sábia, seria
preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse comércio
de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de
dizer coisas, dizer coisas... Seria preciso fazer algo de sólido e
de singelo; tirar areia do rio, cortar lenha, lavrar a terra, algo de
útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas deixasse a alma
sossegada e limpa.

Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho
assim. É apenas um instante. O telefone toca. Um momento!
Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome, de um
número... Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de
nada, precisamos apenas viver - sem nome, nem número,
fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueiras e o
ribeirão.

(Rubem Braga, 200 crônicas escolhidas

Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase:

Alternativas
Comentários
  • b) com a qualc)cujo [jamais seguida de artigo, pois já o contém - cuj+o]d) com os quaise) Que
  • Na letra A não precisaria ser "aos quais"?valeu..
  • a) "a que" = a (preposição do verbo entregar) + que (pronome relativo = atividades)
  • Respodendo ao Marcelo (abaixo), se usasse "o qual", ocorreria crase (às quais), uma vez q ele retomaria o termo "atividades": "Tirar areia do rio e cortar lenha são atividades às quais o cronista se entregaria com amor". Já o pronome relativo "que" retoma termos tanto no singular quanto no plural. No mais os amigos abaixo já responderam.

  • Comentário objetivo:

    a) Tirar areia do rio e cortar lenha são atividades a que o cronista se entregaria com amor.   PERFEITO!!!  

    b) Ele julga ridícula a tira de pano colorido do qual
    COM A QUAL se pretende ficar elegante.

    c) A pessoa cujo o
    CUJO nome anotamos, significará de fato algo para nós?

    d) O ribeirão e o boi, aos quais
    COM OS QUAIS o cronista deseja pactuar, são exemplos de simplicidade.

    e) Com que
    QUE providências haveremos de tomar, para mudar nossa vida?
  • Pessoal, ao invés de vocês sublinharem o que está errado e corrigir, ficaria melhor colocar o por quê?

    Dessa forma todos entendem, não acham?


    Graça e paz!
  • Pronome relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabelecem relação entre duas orações.

    Os pronomes relativos são os seguintes:

    Variáveis

    O qual, a qual
    Os quais, as quais
    Cujo, cuja
    Cujos, cujas
    Quanto, quanta
    Quantos, quantas

    Invariáveis

    Que (quando equivale a o qual e flexões)
    Quem (quando equivale a o qual e flexões)
    Onde (quando equivale a no qual e flexões)

    Logo a letra a) está correta, pois o pronomes relativo que é invariável . O uso do pronome relativo as quais também estaria correto.
  • Tirar areia do rio e cortar lenha são atividades a que o cronista se entregaria com amor. 

    Essa estrutura é bem típica em provas

    Regência +Pronome relativo.......... Verbo

    a que o cronista se entregaria

    quem se entrega, entrega a algo

    Outro ex : a coisa a que me refiro

    quem se refere , se refere a algo.

  • A) Tirar areia do rio e cortar lenha são atividades a que o cronista se entregaria com amor.

    -- Tirar areia do rio e cortar lenha são atividades

    -- O cronista entregar-se-ia às atividades com amor (quem se entrega, entrega-se a alguém)

    B) Ele julga ridícula a tira de pano colorido do qual se pretende ficar elegante.

    -- Ele julga ridícula a tira de pano colorido

    -- Pretende-se ficar elegante com a tira de pano colorido

    C) A pessoa cujo o nome anotamos, significará de fato algo para nós?

     -- Anotamos nome dA pessoa (não há nenhum elemento que "pede" preposição)

    D) O ribeirão e o boi, aos quais o cronista deseja pactuar, são exemplos de simplicidade.

    -- O ribeirão e o boi são exemplos de simplicidade

    -- O cronista deseja pactuar com ribeirão e o boi

    E) Com que providências haveremos de tomar, para mudar nossa vida?


ID
93559
Banca
FCC
Órgão
DNOCS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assédio eletrônico

Quem já se habituou ao desgosto de receber textos não
solicitados de cem páginas aguardando sua leitura? Ou quem
não se irrita por ser destinatário de mensagens automáticas que
nem lhe dizem respeito? E, mesmo sem aludir a entes mais
sinistros como os hackers e os vírus, como aturar os abusos da
propaganda que vem pelo computador, sob pretexto da
liberdade de acesso à informação?

Entre as vantagens do correio eletrônico - indiscutíveis,
a pergunta que anda percorrendo todas as bocas visa a
apurar se a propagação do e-mail veio ressuscitar a carta. A
esta altura, o e-mail lembra mais o deus dos começos, Janus
Bifronte, a quem era consagrado o mês de janeiro. No templo
de Roma ostentava duas faces, uma voltada para a frente e
outra para trás. A divindade presidia simultaneamente à morte e
ao ressurgimento do ciclo anual, postada na posição
privilegiada de olhar nas duas direções, para o passado e para
o futuro. Analogamente, o e-mail tanto pode estar completando
a obsolescência da carta como pode dar-lhe alento novo.

Sem dúvida, o golpe certeiro na velha prática da
correspondência, de quem algumas pessoas, como eu, andam
com saudades, não foi desferido pelo e-mail nem pelo fax. O
assassino foi o telefone, cuja difusão, no começo do século XX,
quase exterminou a carta, provocando imediatamente enorme
diminuição em sua frequência. A falta foi percebida e muita
gente, à época, lamentou o fato e o registrou por escrito.

Seria conveniente pensar qual é a lacuna que se
interpõe entre a carta e o e-mail. Podem-se relevar três pontos
em que a diferença é mais patente. O primeiro é o suporte, que
passou do papel para o impulso eletrônico. O segundo é a
temporalidade: nada poderia estar mais distante do e-mail do
que a concepção de tempo implicada na escritura e envio de
uma carta. Costumava-se começar por um rascunho; passavase
a limpo, em letra caprichada, e escolhia-se o envelope
elegante - tudo para enfrentar dias, às vezes semanas, de
correio. O terceiro aspecto a ponderar é a tremenda invasão da
privacidade que a Internet propicia. Na pretensa cumplicidade
trazida pelo correio eletrônico, as pessoas dirigem-se a quem
não conhecem a propósito de assuntos sem interesse do infeliz
destinatário.

(Walnice Nogueira Galvão, O tapete afegão)

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    Para resolver essa questão basta verificar e regência verbal e o uso de pronomes relativos para cada uma das alternativas:

    a) Quem não se irrita por ser o destinatário de mensagens por cujo assunto não tem o menor interesse? PERFEITA! Quem não tem interesse, não tem interesse POR alguma coisa...

    b) Como reagir à recepção de textos aos quais OS QUAIS jamais houve solicitação nossa? Quem solicita, solicita alguma coisa...

    c) A autora refere-se ao deus Janus Bifronte, às duas faces suas em cujas QUE representavam-se o passado e o futuro. Quem representa, representa alguma coisa...

    d) Quem matou o hábito das cartas foi o telefone, em que o CUJO reinado começou junto com o século XX. Exige o cujo pois apresente o elemento possuidor (telefone) e o elemento possuido (reinado).

    e) Os e-mails acabam chegando a destinatários de cuja CUJA privacidade não costumam respeitar. Quem respeita, respeita alguma coisa...

  • GABARITO: A

    (A) “Quem não se irrita por ser o destinatário de mensagens por cujo assunto não tem o menor interesse?” Quem não tem interesse, não tem interesse POR algo/alguém. Certíssimo. O uso do ‘cujo’ também está adequado uma vez que estabelece relação de posse entre os termos que o ladeiam.

    (B) “Como reagir à recepção de textos Dos quais jamais houve solicitação nossa?” O substantivo solicitação rege a preposição A quando se refere à pessoa, o que não é o caso, porque a solicitação é Dos textos.

    (C) “A autora refere-se ao deus Janus Bifronte, às duas faces suas em cujas representavam-se o passado e o futuro.” O uso de ‘cujo’ está equivocado porque ele não está entre dois nomes, como deve vir estabelecendo a relação de posse. A frase está truncada e deve ser reescrita assim, por exemplo: “A autora refere-se ao deus Janus Bifronte, em cujas duas faces representavam-se o passado e o futuro”.

    (D) “Quem matou o hábito das cartas foi o telefone, em que o reinado começou junto com o século XX.” Há uma relação de posse entre ‘reinado’ e ‘telefone’, logo o uso de ‘cujo’ é bem-vindo. A frase deveria estra escrita assim: “Quem matou o hábito das cartas foi o telefone, cujo reinado começou junto com o século XX.”

    (E) “Os e-mails acabam chegando a destinatários cuja privacidade não costumam respeitar.” Não há termo algum após o pronome relativo que exija preposição, logo não deve haver preposição antes dele.
  • Dica sobre o uso do cujo:

    - usado entre substantivos

    - relação de posse entre esses substantivos

    - Pode ser preposicionado, dependerá da regência do verbo


ID
95071
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Justiça e burocracia
A finalidade maior de todo processo judicial é chegar a
uma sentença que condene o réu, quando provada a culpa, ou
o absolva, no caso de ficar evidenciada sua inocência ou se
nada vier a ser efetivamente comprovado contra ele. O
pressuposto é o de que, em qualquer dos casos, a sentença
terá sido justa. Mas nem sempre isso ocorre. O caminho
processual é ritualístico, meticuloso, repleto de cláusulas, de
brechas para interpretação subjetiva, de limites de prazos, de
detalhes técnicos - uma longa jornada burocrática, em suma,
em que pequenos subterfúgios tanto podem eximir de
condenação um culpado como penalizar um inocente. Réus
poderosos contam com equipes de advogados particulares
experientes e competentes, ao passo que um acusado sem recursos
pode depender de defensores públicos mal remunerados
e indecisos quanto à melhor maneira de conduzir um processo.
No limite, mesmo os réus de notória culpabilidade,
reincidentes, por exemplo, em casos de corrupção, acabam por
colecionar o que cinicamente chamam de "atestados de
inocência", sucessivamente absolvidos por força de algum
pequeno ou mesmo desprezível detalhe técnico. Quanto mais
burocratizados os caminhos da justiça, maior a possibilidade de
que os "expedientes" das grandes "raposas dos tribunais" se
tornem decisivos, em detrimento da substância e do mérito
essencial da ação em julgamento. A burocracia dos tortuosos
caminhos judiciais enseja a vitória da má-fé e do oportunismo,
em muitos casos; em outros, multiplica entraves para que uma
das partes torne evidente a razão que lhe assiste.
(Domiciano de Moura)

Está correto o emprego do elemento sublinhado em:

Alternativas
Comentários
  • Esta questão trata de concodância, vamos analisar as alternativas:a) De todo e qualquer réu assiste o direito da ampla defesa.Verbo assistir no sentido de caber é VTI (o direito assiste A todo e qualquer réu)b) O único apoio de que um acusado sem recursos pode contar é o de um defensor público.Verbo contar = quem conta, conta com alguma coisa. (o acusando pode contar COM um apoio)c) Encerrou-se um processo cujo o mérito sequer foi avaliado.Breve análise do CUJO (e flexões) – liga dois substantivos indicando idéia de posse (entre os substantivos, haveria uma preposição de) – “O rapaz cuja mãe faleceu recentemente procurou por você.” (mãe do rapaz faleceu – rapaz cuja mãe faleceu); concorda com o substantivo subseqüente, flexionando-se em gênero e número, e dispensa o artigo (não existe “cujo o” ou “cuja a”) Esta observação é de extrema importância para provas da FCC, frequentemente a banca usa o "cujo o" ou "cujo a" e você já pode eliminar de cara alternativas que os utilize.d) Foi uma sentença estranha, cuja acabou por provocar grande descontentamento. O “cujo” liga dois substantivos que apresentam uma relação de dependência, e nesta alternativa está ligando sentença a um verbo.e) É um rito tortuoso, de cuja burocracia os espertos tiram proveito. Quem tira proveito, tira proveito DE alguma coisa. Veja que existe a idéia de dependência entre "rito tortuoso" e "burocracia", a burocracia do rito tortuoso. Alternativa corretíssima.
  • caro colega,cuidado com sua observação: "Esta observação é de extrema importância para provas da FCC, frequentemente a banca usa o "cujo o" ou "cujo a" e você já pode eliminar de cara alternativas que os utilize"ela está parcialmente certa, o pronome cujo realmente não admite a anteposição ou posposição de artigo, mas PODE vir preposicionado, dependendo da regência verbal ou nominal.só uma dica.abs.
  •  Na letra C está o erro, pois não cabe usar artigo imediatamente após o pronome relativo cujo.

  • Letra E

    É um rito tortuoso, de cuja burocracia os espertos tiram proveito.

    Saiba usar corretamente "cujo" e "cuja": Um pronome com regras fáceis de usar, mas específicas

    Regra 1 O pronome une dois elementos. Aquele que vem antes do “cujo” tem uma relação de posse, ou propriedade, com o elemento que vem depois.

    Regra 2 Não se usa artigo entre o pronome e o termo seguinte, justamente porque esse “o” e esse “a” das palavras cuj­o e cuja são os artigos que se referem ao termo antecedente.

    Regra 3 Os pronomes cujo e cuja serão antecedidos de preposição quando o verbo exigir.

    Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/duvidas-portugues/saiba-como-usar-corretamente-cujo-e-cuja/


ID
95929
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Administração da linguagem

Nosso grande escritor Graciliano Ramos foi, como se
sabe, prefeito da cidade alagoana de Palmeira dos Índios. Sua
gestão ficou marcada não exatamente por atos administrativos
ou decisões políticas, mas pelo relatório que o prefeito deixou,
terminado o mandato. A redação desse relatório é primorosa,
pela concisão, objetividade e clareza (hoje diríamos:
transparência), qualidades que vêm coerentemente combinadas
com a honestidade absoluta dos dados e da autoavaliação -
rigorosíssima, sem qualquer complacência - que faz o prefeito.
Com toda justiça, esse relatório costuma integrar sucessivas
edições da obra de Graciliano. É uma peça de estilo raro e de
espírito público incomum.

Tudo isso faz pensar na relação que se costuma promover
entre linguagens e ofícios. Diz-se que há o "economês", jargão
misterioso dos economistas, o "politiquês", estilo evasivo
dos políticos, o "acadêmico", com o cheiro de mofo dos baús da
velha retórica etc. etc. E há, por vezes, a linguagem processual,
vazada em arcaísmos, latinismos e tecnicalidades que a tornam
indevassável para um leigo. Há mesmo casos em que se pode
suspeitar de estarem os litigantes praticando - data venia - um
vernáculo estrito, reservado aos iniciados, espécie de senha
para especialistas.

Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos
específicos, de não reconhecer a vantagem de se empregar
um termo técnico em vez de um termo impreciso, de abolir,
em suma, o vocabulário especializado; trata-se, sim, de evitar o
exagero das linguagens opacas, cifradas, que pedem "tradução"
para a própria língua a que presumivelmente pertencem. O
exemplo de Graciliano diz tudo: quando o propósito da comunicação
é honesto, quando se quer clareza e objetividade no que
se escreve, as palavras devem expor à luz, e não mascarar, a
mensagem produzida. No caso desse honrado prefeito alagoano,
a ética rigorosa do escritor e a ética irrepreensível do
administrador eram a mesma ética, assentada sobre os princípios
da honestidade e do respeito para com o outro.

(Tarcísio Viegas, inédito)

Está plenamente adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • Nem ONDE nem AONDE, está se referindo a período, que não é lugar, logo pode ser utilizado EM QUE ou NO QUAL.
  • e) Sempre haverá quem sinta prazer em produzir uma linguagem da qual é preciso um grande esforço para PENETRAR.

    Penetrar em...

    e) Sempre haverá quem sinta prazer em produzir uma linguagem EM QUE (ou NA QUAL) é preciso um grande esforço para PENETRAR.

  • Regência e emprego de palavras: preposição; verbo e pronomes relativos; Procure o correspondente depois do termo.

    a)para cujo autor do texto chama a atenção; após o"cujo" só o substantivo; b)para o qual concorreram: Correta; d)com o qual nos deparamos, e)na qual é preciso um grande esforço para penetrar.

  • (a) Erro da questão a (Cujo o)

    O pronome “cujo” tem como principais características:

    I - Indica posse e sempre vem entre dois substantivos, possuidor e possuído;

    II - Não pode ser seguido nem precedido de artigo, mas pode ser antecedido por preposição; (Para lembrar: nada de cujo o, cuja a, cujo os, cuja as...)

    III - Não pode ser diretamente substituído por outro pronome relativo

    (B) correta

    Temos que ter atenção à preposição que o verbo/nome vai pedir, pois ela não deve ser suprimida e vai aparecer antes do pronome relativo.

    Exige preposição a palavra "concorre"

    Concorre para ou concorre em

    (c) Erro da c

    O pronome relativo “aonde” é usado nos casos em que o verbo pede a preposição “a, com sentido de “em direção a.

    (d) Erro da d

    ao qual = a (preposição) + o qual (pronome)

    a palavra "deparamos" não rege a preposição a

    (e) Erro da e

    O pronome não pode ser precedido pela preposição "de", pois nem um termo a rege.


ID
104605
Banca
FCC
Órgão
TCM-PA
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Informática e educação

O termo informática resulta da aglutinação dos vocábulos
informação e automática, traduzindo-se conceitualmente
como "conjunto de conhecimentos e técnicas ligados ao tratamento
racional e automático de informação, o qual se encontra
associado à utilização de computadores e respectivos programas".
Como ferramenta de trabalho, a informática contribui inequivocamente
para a elevação da produtividade, diminuição de
custos e otimização da qualidade dos serviços. Já como ferramenta
cultural ou de entretenimento, suas possibilidades são
quase infinitas.

Não há como deixar de usar os recursos da informática
nos processos educativos. Ela coloca à disposição dos interessados
um sem-número de opções e campos de pesquisa, para
muito além de um simples adestramento tecnológico. Ela já está
configurando os paradigmas de um novo tempo e de um novo
universo a ser explorado. Entre outras vantagens, ressalte-se a
rápida e efetiva troca de informações entre especialistas e não
especialistas, a transação de experiências em tempo real, a
abertura de um diálogo imediato entre pontos distanciados no
espaço. Para além da simples estupefação tecnológica, que
toma de assalto aos mais ingênuos, a informática oferece uma
transposição jamais vista dos limites físicos convencionais.

Mas essa nova maravilha não deixa de ser uma ferramenta
que, por maior alcance que tenha, estará sempre
associada ao uso que dela se faça. Dependendo de seu
emprego, tanto pode tornar-se a expressão da mais alta criação
humana como a do nosso gênio destrutivo. Assim, há que
capacitar os educandos em geral não apenas no que diz
respeito à competência técnica, como também à preservação
da crítica e da ética.

Os educadores costumam dividir-se, diante dos recursos
da Internet: há quem considere abominável a facilidade das
"pesquisas prontas", que dispensam o jovem de um maior
esforço; mas há quem julgue essa abundância de material um
oportuno e novo desafio para os critérios de seleção do que
seja ou não relevante. É bom lembrar a advertência de um
velho professor: quem acredita que o computador efetivamente
"pensa", ao menos certifique-se de que ele o faz para nós, e
não por nós.
(Baseado em matéria da Revista Espaço Acadêmico, n. 85,
junho/2008)

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
  • Vejamos:a) Ele acha preferível gastar o pouco tempo DE QUE dispõe com lições de informática do que reservá-lo para operações inteiramente inúteis.b) A palavra informática resulta de uma aglutinação de vocábulos, A QUAL nos leva ao esclarecimento do conceito que a corresponde.c) Os recursos da informática, com os quais se deve contar na área da educação, representam uma ferramenta cujo valor é inestimável. [CORRETA]d) Alguns educadores consideram que um computador, CUJO emprego pouca gente dispensa, leva a uma facilitação onde o aluno se prejudica.e) As vantagens QUE nem todos reconhecem na informática superam em muito os eventuais prejuízos PELOS QUAIS todos temem. Bons Estudos!!!
  • a) Ele acha preferível gastar o pouco tempo QUE dispõe com lições de informática A reservá-lo para operações inteiramente inúteis.(prefeir uma coisa A outra)
  • Nessa questão deve-se observar a regência dos verbos para respondê-la:

    e) As vantagens QUE nem todos reconhecem na informática superam em muito os eventuais prejuízos OS QUAIS todos temem. Verbo TEMER - transitivo diretoTodos temem os eventuais prejuizos.
  • a)DISPÕES exige a preposição (DE). QUEM DISPÕE, SEMPRE SE DISPÕES (DE) ALGUMA COISA.


    b)LEVA exige a preposição (A). Na alternativa foi usada a preposição EM+A = NA, não se adequa à regência.


    c)O verbo CONTAR  da maneira que é empregado na oração exige a preposição (COM). QUEM CONTA, CONTA ( COM) ALGO OU ALGUÉM. Portanto, alternativa CORRETA.


    d)CUJO não deve estar acompanhado da preposição DE, pois não há nenhum verbo ou substantivo regendo esta preposição. A palavra ONDE não se adequa ao contexto da oração.


    e)A primeira lacuna deve ser preenchida com o pronome (QUE), pois o verbo RECONHECER não exige preposição. A segunda está errada, uma vez que o verbo TEMER também não exige a preposição DE.

  • c)Os recursos da informática, com os quais (pronome relativo anafórico referindo a recursos)se deve contar na área da educação, representam uma ferramenta cujo (cujo é usado sozinho, sem preposição e seu gênero concorda com o substantivo à sua frente).valor é inestimável.

  • C )Os recursos da informática, com os quais se deve contar na área da educação, representam uma ferramenta cujo valor é inestimável.

    SE DEVE CONTAR COM OS RECURSOS DA INFORMÁTICA .

    USA-SE ENTÃO "COM", QUEM CONTA CONTA COM ALGO


ID
108415
Banca
MPE-SC
Órgão
MPE-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os relativos (que/qual e suas variações), devidamente empregados no padrão culto da língua escrita, exigem o uso de uma preposição, exceto em:

Alternativas
Comentários
  • * a) Nos últimos meses o Código Penal foi a obra....QUE.....mais li. * b) O cargo..A QUE........aspiro dependerá do meu sucesso no certame. * c) A casa..EM QUE...residia foi vendida. * d) O homem ..A QUE...... te referistes foi a julgamento ontem. * e) Ali está a petição..DE QUE........necessitamos.
  • Olá nobre Gilvandro!Amigo, a letra "d", como se refere a uma pessoa, o correto (ou pelo menos, o preferível) não seria o uso do quem: "O homem a quem te referistes foi a julgamento ontem" ?Obrigado e um grande abraço!:)
  • Sobre o questionamento de Paulo Roberto, a gramática diz:PRONOMES RELATIVOSSão aqueles que se referem a um termo anterior chamado antecedente (substantivo ou pronome) o qual substituem. Ex.: * Não conhecemos os alunos. Os alunos saíram. * Não conhecemos os alunos que saíram.Os pronomes relativos são os seguintes:QUEM – refere-se a PESSOAS, vem sempre antecedido de preposição. * A pessoa de quem falei é aquela. (da qual falei) * Este é o rapaz a quem você se referiu.ATENÇÃO:No caso de o verbo ser transitivo direto, o pronome relativo QUEM aparecerá antecedido da preposição A. Ex.: * O papa a quem mais admirei foi João Paulo II * Não conheço a pessoa a quem amas.QUE – refere-se a COISAS E PESSOAS. * O livro que comprei é bom. (o qual) * A pessoa que mais amei na vida foi Natilda. * A mulher a que me referi é viúva.Portanto, as duas formas estão corretas.
  • a obra "que" mais li

    Abraços


ID
116722
Banca
FCC
Órgão
TRE-AC
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O caso Amina Lawal

A absolvição da nigeriana Amina Lawal, que havia sido condenada à morte por apedrejamento pela acusação de adultério, representa uma vitória dos direitos humanos e da comunidade internacional. Ela está longe, entretanto, de significar
uma melhora da situação das mulheres no país. Na verdade, a "solução" encontrada pelos juízes da corte islâmica de apelações que reviu o caso manteve as aparências. Lawal foi absolvida devido a "erros de procedimento" nos dois julgamentos anteriores. Em nenhum momento o "crime" (sexo fora do casamento, ou "zina", na lei islâmica) ou a crueldade da pena foram postos em questão. A sentença, porém, aliviou a pressão internacional sobre o governo nigeriano.
O caso Lawal é, para os padrões democráticos ocidentais, um verdadeiro escândalo. Amina Lawal, 31, foi sentenciada em primeira instância, em março de 2002, no Estado de Katsina, no norte da Nigéria. Segundo a Anistia Internacional, a prova usada contra ela foi o fato de ter engravidado sem ser casada. Curiosamente, o homem que ela afirmava ser o pai da criança apenas negou que tivesse mantido relações sexuais com Amina e nem foi a juízo. Pelos cânones da escola Maliki de interpretação da "sharia", a lei muçulmana, que é a corrente dominante no norte da Nigéria, a gravidez é prova bastante da culpabilidade da ré. A condenação de Amina fora confirmada em segunda instância em agosto de 2002.
A absolvição representa um alívio para o governo do presidente Olusegun Obasanjo (cristão). Se o apedrejamento fosse confirmado pela corte islâmica e ascendesse a um tribunal laico, uma eventual liberação de Lawal - vista por observadores como certa - poderia desencadear uma guerra civil entre os muçulmanos do norte do país e os cristãos do sul. Se o pior desfecho foi evitado com a absolvição, a questão dos direitos humanos está longe de equacionada. No
mesmo dia em que Lawal era libertada, a imprensa nigeriana noticiava a condenação ao apedrejamento de um acusado de sodomia.

(Folha de S.Paulo. Editorial. 27/09/2003)

Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) cujos valores são diferentes dos orientais, do qual ninguém se conforma

    b) da qual se safou

    c) ao qual todas as atenções estavam voltadas

    d) CORRETA

    e) pela qual não devemos ficar
  • Gabarito D

    Qm tem influencia, tem influencia EM alguma coisa.

    Qm acredita, acredita EM alguma coisa.


ID
116740
Banca
FCC
Órgão
TRE-AC
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O caso Amina Lawal

A absolvição da nigeriana Amina Lawal, que havia sido condenada à morte por apedrejamento pela acusação de adultério, representa uma vitória dos direitos humanos e da comunidade internacional. Ela está longe, entretanto, de significar
uma melhora da situação das mulheres no país. Na verdade, a "solução" encontrada pelos juízes da corte islâmica de apelações que reviu o caso manteve as aparências. Lawal foi absolvida devido a "erros de procedimento" nos dois julgamentos anteriores. Em nenhum momento o "crime" (sexo fora do casamento, ou "zina", na lei islâmica) ou a crueldade da pena foram postos em questão. A sentença, porém, aliviou a pressão internacional sobre o governo nigeriano.
O caso Lawal é, para os padrões democráticos ocidentais, um verdadeiro escândalo. Amina Lawal, 31, foi sentenciada em primeira instância, em março de 2002, no Estado de Katsina, no norte da Nigéria. Segundo a Anistia Internacional, a prova usada contra ela foi o fato de ter engravidado sem ser casada. Curiosamente, o homem que ela afirmava ser o pai da criança apenas negou que tivesse mantido relações sexuais com Amina e nem foi a juízo. Pelos cânones da escola Maliki de interpretação da "sharia", a lei muçulmana, que é a corrente dominante no norte da Nigéria, a gravidez é prova bastante da culpabilidade da ré. A condenação de Amina fora confirmada em segunda instância em agosto de 2002.
A absolvição representa um alívio para o governo do presidente Olusegun Obasanjo (cristão). Se o apedrejamento fosse confirmado pela corte islâmica e ascendesse a um tribunal laico, uma eventual liberação de Lawal - vista por observadores como certa - poderia desencadear uma guerra civil entre os muçulmanos do norte do país e os cristãos do sul. Se o pior desfecho foi evitado com a absolvição, a questão dos direitos humanos está longe de equacionada. No
mesmo dia em que Lawal era libertada, a imprensa nigeriana noticiava a condenação ao apedrejamento de um acusado de sodomia.

(Folha de S.Paulo. Editorial. 27/09/2003)

As leis muçulmanas são rigorosas, mas muitos julgam as leis muçulmanas especialmente draconianas com as mulheres, já que se reflete nas leis muçulmanas a hierarquia entre os sexos, hierarquia que deriva de fundamentos religiosos.

Evitam-se as repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados por, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • As leis muçulmanas são rigorosas, mas muitos julgam as leis muçulmanas especialmente draconianas com as mulheres, já que se reflete nas leis muçulmanas a hierarquia entre os sexos, hierarquia que deriva de fundamentos religiosos.

    "julgam" é um verbo transitivo direto, então não aceita o pronome lhe.

    Em verbos terminados em M, ÃO ou ÕE, os pronomes: a, o, as e os vão para:  na, no, nas e nos.

    Então temos: julgam-nas.

    ~~

    O segundo caso é mais desafiador. A hierarquia entre os sexos está sendo refletida nas leis muçulmanas, e não nas mulheres. Note que as leias mulçumanas são citadas bem longe... no começo do texto, então usa-se o pronome demonstrativo aquele(a). Se fosse usado o pronome nesta, daria a impressão que a hierarquia entre os sexos estava se refletido na última coisa que foi citada, ou seja, nas mulheres.
  • Além do comentário do T. Renegado, ainda tem a questão da concordância: "leis" está no plural.

  • Gabarito C ( para os não assinantes)


ID
116914
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2001
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cuidado, isso vicia

Quem precisava de uma desculpa definitiva para fugir da malhação pode continuar sentadão no sofá. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) demonstra que, a exemplo do que ocorre com drogas como o álcool e a cocaína, algumas pessoas podem tornar-se dependentes de exercícios físicos. Ao se doparem, os viciados em drogas geralmente
experimentam um bem-estar, porque elas estimulam, no sistema nervoso, a liberação da dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. A privação da substância, depois, produz sintomas que levam a pessoa a reiniciar o processo, num ciclo de dependência. Os exercícios físicos podem resultar em algo semelhante. Sua prática acarreta a liberação da endorfina, outro neurotransmissor, com propriedades analgésicas e entorpecentes. É como se os exercícios físicos estimulassem a liberação de drogas do
próprio organismo.
Às vezes, a ginástica funciona como uma válvula de escape para a ansiedade, e nesses casos o prazer obtido pode gerar dependência. Na década de 80, estudiosos americanos demonstraram que, após as corridas, alguns maratonistas sentiam euforia intensa, que os induzia a correr com mais
intensidade e freqüência. Em princípio, isso seria o que se pode considerar um vício positivo, já que o organismo se torna cada vez mais forte e saudável com a prática de exercícios. Mas existem dois problemas. Primeiro, a síndrome da abstinência: quando não tem tempo para correr, a pessoa fica irritada e ansiosa. Depois, há as complicações, físicas ou no relacionamento social, decorrentes da obsessão pela academia. Atletas compulsivos chegam a praticar exercícios mais de uma vez ao dia, mesmo sob condições adversas, como chuva, frio ou calor intenso. E alguns se exercitam até quando lesionados.


(Revista VEJA, edição 1713, 15/08/2001)

Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase:

Alternativas
Comentários
  • Corrigindo as frases: a) Os exercícios A QUE o autor se refere são aqueles praticados sem muito controle. b) As substâncias DAS QUAIS a privação acarreta depressão são a dopamina e a endorfina. c) Quando o tempo de que dispomos é insuficiente para a ginástica, cresce a nossa ansiedade. d) É um círculo vicioso, DO QUAL alguns não conseguem escapar. e) As condições adversas NAS QUAIS muita gente faz ginástica ressaltam essa dependência.
  • Gabarito letra C.

    Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase:

    c) Quando o tempo de que dispomos é insuficiente para a ginástica, cresce a nossa ansiedade.

    Vejam que "dispor" exige a preposição "de" ... QUEM DISPÕE, DISPÕE DE...

  • Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase.
    c) Quando o tempo de que dispomos é insuficiente para a ginástica, cresce a nossa ansiedade.
    Ex.: O futebol é um esporte de
    que o povo gosta muito.

ID
117838
Banca
FCC
Órgão
TRE-CE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A idéia de que o povo é bom e que deve, por conseguinte, ser o titular da soberania política, provém, sem dúvida, de Rousseau. Mas o pensamento do grande filósofo sobre esse ponto era muito mais complexo e profundo do que podem supor alguns de seus ingênuos seguidores.
Do fato de que o homem é sempre bom, e que a sociedade o corrompe, não se seguia logicamente, no pensamento de Rousseau, a conclusão de que as deliberações do povo fossem sempre boas. "Cada um procura o seu bem, mas nem sempre o enxerga. O povo nunca é corrompido, mas é freqüentemente enganado, e é então que ele parece querer o mal" - advertia o filósofo.
É aí que se insere a sua famosa distinção entre vontade geral e vontade de todos. Aquela "só diz respeito ao interesse comum; a outra, ao interesse privado, sendo apenas a soma de vontades particulares". Para Rousseau, nada garantiria que a vontade geral predominasse sempre sobre as vontades particulares. Ao contrário, ele tinha mesmo da vida em sociedade uma visão essencialmente pessimista. Sustentava que os povos são virtuosos apenas na sua infância e juventude. Depois, corrompem-se irremediavelmente.
Não há, pois, maior contra-senso interpretativo do que afirmar que o princípio da soberania absoluta do povo tem origem em Rousseau. Na verdade, ele, que sempre foi um moralista, preocupado antes de tudo com a reforma dos costumes, descria completamente de qualquer remédio jurídico para os males da humanidade.



(Fábio Konder Comparato)

Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase:

Alternativas
Comentários
  •  olá, alguém poderia me ajudar nessa questão? porque o uso "de" que?

    obrigada

  • Entendo que o uso do "de" se deve ao fato de ser uma oração subordinada substantiva completiva nominal, fucinando como complmento nominal de adminissão

  • Não entendi a questão, alguém que ajude? 
  • É, sem dúvida, uma das piores. Eu  resolvi assim:

    Está na admissão de que o povo pode ser enganado, mas não corrompido, uma das contribuições do pensamento de Rousseau.


    REESCREVENDO:

    Uma das contribuições do pensamento de Rousseau está na ADMISSÃO ( pede um complemento nominal) DE que o povo pode ser enganado (ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL), mas não corrompido.

     
  • colocando a frase na estrutura correta: 

    Uma das contribuições do pensamento de Rousseau está na admissão de que o povo pode ser enganado, mas não corrompido. 

    quem admite, admite algo de alguém.




ID
118618
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma tese corrente entre os antropólogos sustenta que
um dos marcos da separação entre o homem e os demais
primatas foi o advento da família nuclear. Formada por pai, mãe
e filhos que vivem juntos, ela se opõe à chamada família
estendida, em que os animais andam em bandos e as relações
entre membros consanguíneos se dão de outras formas. Entre
os chimpanzés e os bonobos, nossos parentes mais próximos
na árvore da evolução, como entre muitos outros mamíferos
sociais, a guarda da prole fica exclusivamente a cargo da
fêmea.
Uma pesquisa recente de um grupo de arqueólogos
alemães confirma a antiguidade da família nuclear entre humanos.
O estudo foi feito com base num conjunto de quatro
túmulos coletivos, que datam de 4.600 anos atrás, encontrados
próximos ao rio Saale, no interior da Alemanha. Os túmulos
abrigavam treze ossadas, cujas fraturas sugeriam que os
indivíduos haviam sido vítimas de um massacre. Por análises
de DNA, provou-se que num dos túmulos pai, mãe e filhos -
dois meninos com cerca de 5 e 9 anos - haviam sido enterrados
juntos. Como mostra uma reconstituição artística feita a partir
das ossadas, cada uma das crianças foi sepultada, respectivamente,
junto aos braços do pai e da mãe. O achado constitui
a mais antiga evidência arqueológica de família nuclear já encontrada
e identificada por meio da genética.
Até meados do século XX, prevalecia entre os antropólogos
a ideia de que a família nuclear era uma instituição
apenas cultural. Ela está presente em mitos consagrados como
Adão e Eva, a primeira das famílias, segundo a Bíblia. Hoje se
acredita que a família nuclear tenha se estabelecido por trazer
vantagens evolutivas. Segundo o biólogo holandês Frans de
Waal, um dos maiores primatologistas da atualidade, "É provável
que a família nuclear tenha sido essencial para diferenciar a
espécie humana, garantir sua sobrevivência e sua disseminação
pelo planeta".
Várias hipóteses apontam nesse sentido. Nas gerações
imemoriais, os machos que ficavam mais perto das fêmeas
geravam mais descendentes que os aventureiros, que só
apareciam de vez em quando. A relação estável também
ganhou espaço porque, entre humanos, criar um filho não é
fácil. O bebê exige cuidados especiais por mais tempo que
outros primatas. Em ambientes hostis, como a selva ou a
savana, proteger a criança era difícil. Sob a ótica do pai, estar
por perto para arranjar comida, manter as feras afastadas e
garantir a sobrevivência da prole representava uma vantagem
evolutiva.
Como mostra a imagem da família abraçada no túmulo
encontrado na Alemanha, o instinto familiar é ancestral no
Homo sapiens.

(Leandro Nardoch. Veja, 10 de dezembro de 2008, pp. 114-115,
com adaptações)

... ela se opõe à chamada família estendida, em que os animais andam em bandos ... (1º parágrafo)

A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

Alternativas
Comentários
  • a) A noção DE QUE o núcleo familiar garantiria a sobrevivência da prole propiciou um vínculo pessoal mais forte e duradouro.b) As hipóteses A QUE se referiam os pesquisadores ainda não haviam sido confirmadas, apesar de todo o material recolhido.c) Ainda não foi possível obter os resultados dos estudos antropológicos COM QUE os pesquisadores sonhavam.d) Arqueólogos concluíram, a partir de estudos recentes, QUE é bastante remota a origem da família nuclear.e) Estudos permitem datar de muito tempo atrás a época EM QUE se consolidou a ideia de família nuclear.Alternativa - e
  • Alguém pode explicar a E?
  • Quem se consolida, se consolida em alguma coisa.Em que, é a resposta.letra E
  • ATENÇÂO!
    Na indicação de tempo, deve-se empregar QUANDO ou EM QUE.
    Estudos permitem datar de muito tempo atrás a época EM QUE (QUANDO) se consolidou a ideia de família nuclear.
    OUTRO MACETE:
    "Onde" como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de LUGAR.
    Este pronome tem o mesmo valor de EM QUE.
  • a) A noção DE QUE o núcleo familiar garantiria a sobrevivência da prole propiciou um vínculo pessoal mais forte e duradouro.
    b) As hipóteses A QUE se referiam os pesquisadores ainda não haviam sido confirmadas, apesar de todo o material recolhido.
    c) Ainda não foi possível obter os resultados dos estudos antropológicos COM QUE os pesquisadores sonhavam.
    d) Arqueólogos concluíram, a partir de estudos recentes, QUE é bastante remota a origem da família nuclear.

    e) Estudos permitem datar de muito tempo atrás a época EM QUE se consolidou a ideia de família nuclear.

  • Estudos permitem datar de muito tempo atrás a época EM QUE se consolidou a ideia de família nuclear.

    Lendo a partir do pronome, fica assim : SE CONSOLIDOU A IDEIA DE FAMÍLIA NUCLEAR EM + A ÉPOCA = NA ÉPOCA , POR ISSO COLOCAMOS "EM QUE "

    LEMOS ASSIM :

    SE CONSOLIDOU A IDEIA DE FAMÍLIA NUCLEAR NA EPOCA .

    Aassim acontece com a "b"

    OS PESQUISADORES SE REFERIAM A + AS HIPÓTESES


ID
118771
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A arte de não fazer nada

Dizem-me que mais da metade da humanidade se
dedica à prática dessa arte; mas eu, que apenas recente e
provisoriamente a estou experimentando, discordo um pouco
dessa afirmativa. Não existe tal quantidade de gente
completamente inativa: o que acontece é estar essa gente
interessada em atividades exclusivamente pessoais, sem
consequências úteis para o resto do mundo.

Aqui me encontro num excelente posto de observação: o
lago, em frente à janela, está sendo percorrido pelos botes
vermelhos em que mesmo a pessoa que vai remando parece
não estar fazendo nada. Mas o que verdadeiramente está
acontecendo, nós, espectadores, não sabemos: cada um pode
estar vivendo o seu drama ou o seu romance, o que já é fazer
alguma coisa, embora tais vivências em nada nos afetem.

E não posso dizer que não estejam fazendo nada
aqueles que passam a cavalo, subindo e descendo ladeiras,
atentos ao trote ou ao galope do animal.

Há homens longamente parados a olhar os patos na
água. Esses, dir-se-ia que não fazem mesmo absolutamente
nada: chapeuzinho de palha, cigarro na boca, ali se deixam
ficar, como sem passado nem futuro, unicamente reduzidos
àquela contemplação. Mas quem sabe a lição que estão
recebendo dos patos, desse viver anfíbio, desse destino de
navegar com remos próprios, dessa obediência de seguirem
todos juntos, enfileirados, para a noite que conhecem, no
pequeno bosque arredondado? Pode ser um grande trabalho
interior, o desses homens simples, aparentemente desocupados,
à beira de um lago tranquilo. De muitas experiências
contemplativas se constrói a sabedoria, como a poesia. E não
sabemos ? nem eles mesmos sabem ? se este homem não vai
aplicar um dia o que neste momento aprende, calado e quieto,
como se não estivesse fazendo nada, absolutamente nada.

(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende)

Está adequado o emprego do elemento sublinhado em:

Alternativas
Comentários
  • a) A prática da arte de não fazer nada, a(artigo)qual + muita gente se devota a(preposição). A prática da arte de não fazer nada, à qual muita gente se devota, é valorizada pela autora.
  • Quanto às erradas:

    b) A arte de não fazer nada, CONTRA A QUAL muita gente se insurge, costuma ser mal compreendida.Muita gente se insurge CONTRA A arte de não fazer nada.

    c) Inútil querer combater a arte de não fazer nada, DA QUAL muita gente é praticante e entusiasta.

    Muita gente é praticante e entusiasta DA arte de não fazer nada

    d) Não se imagine que a arte de não fazer nada, A QUAL a autora mostra bem compreender, deva justificar a mera preguiça ou indolência.

    A autora mostra bem compreender A arte de não fazer nada

    e) É na arte de não fazer nada, A QUAL poucos respeitam, que muito gênio acabou encontrando inspiração para suas descobertas.

    Poucos respeitam A arte de não fazer nada

    OBS: Vejam que "qual" = arte de não fazer nada.

  • a-

    quem se devota, se devota a alguma. A prep 'a', ao encontrar 'a' artigo, resulta em crase, conforme resposta à questao

  • antes de pronome crase nao passava fome


ID
119608
Banca
IBFC
Órgão
ABDI
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que completa adequadamente a lacuna:

Gostamos do filme ______ enredo trata do conflito em Ruanda.

Alternativas
Comentários
  • O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivale a do qual, de que, de quem. Deve concordar com a coisa possuída.

    EX: Cortaram as árvores cujos troncos estavam podre.



    Gostamos do filme cujo enredo trata do conflito em Ruanda.

  • APENAS COMPLETANDO OS COMENTÁRIOS ACIMA:     
    Pronome

    cu.jo, relativo

    1. relaciona dois substantivos, um antecedente e outro consequente, sendo este último possuidor de algo (qualidade, condição, sentimento, ser etc.) designado pelo primeiro; equivale a de que, de quem, do/da qual, dos/das quais
      • Caso não haja acordo, a diretoria já tem nas mãos um Plano B, cujo nome o presidente não quis revelar. (notícia do jornal O Estado de São Paulo de 13 de dezembro de 2011)

     Expressões

    DEUS ABENÇOE....











     

  • A dica é trocar por do qual, assim usa-se cujo.
  • Cujo, sempre fica entre 2 nomes.


    (_)x(_)


    (filme)cu jo(enredo)

    entre 2 substantivos (nomes)

  • Nos demais pronomes exige-se o uso do artigo "o", o que nao acontece com o pronome cujo onde o artigo é proibido.


  • VIDE   Q773698   Q292271 Q24761

     

     

    CUJO =   PRONOME RELATIVO que retoma um ANTECEDENTE

     

    -  VEM ENTRE DOIS SUBSTANTIVO COM IDEIA DE POSSE

     

    -  concorda com o substantivo SEGUINTE

     

    Ex. Eis o homem CUJA filha foi aprovada.

          Eis o homem CUJO filho foi aprovado.

     

    -    EVITA A REPETIÇÃO DO SUBSTANTIVO

     

    -    DICA PERGUNTE AO VERBO ANTECEDENTE: preposição obrigatória: 

     

    concordei com / com cuja   

    se referiu, a cujos

                caminhar em / em cuja    

                depende de / de cujo

               

    Ex.      Vi o filme a cujos atores você se referiu (pede preposição A)

     

     

     

     

    ..........................

     

    1-    Sempre entre dois substantivos

     

     

    2-       Estabelece entre dois substantivos IDEIA DE POSSE – ler do segundo substantivo para o primeiro e coloca a preposição  “de, do, da”

     

     

    3-       Não pode vir seguido de verbo   NÃO UTILIZA:     “CUJO”      +      É    VERBO

     

    4-      Não pode vir seguido de artigo   NÃO UTILIZA:      “CUJO”     +        ARTIGO (a, o um)

     

     

     

    5-    Adjunto Adnominal:

    Não consigo conviver com pessoas cujas aspirações sejam essencialmente materiais. (Não consigo conviver com pessoas / As aspirações dessas pessoas são essencialmente materiais).

     

               Complemento Nominal:

     

    O livro, cuja leitura agradou muito aos alunos, trata dos tristes anos da ditadura. (cuja leitura = a leitura do livro)

     

     

    "Cujo" e sua flexões equivalem a "DE QUE", "DO QUAL" (ou suas flexões "da qual", "dos quais", "das quais")  "de quem"

     

    ............................

     

     

     

     

     

    O restaurante Reis,  DE QUE  o poeta era assíduo frequentador       (quem é frequentador, é frequentador DE algum lugar).

     

     

    O conhecimento __A  que______ se referia o profissional

     

    Quem se refere, se refere, A algo ou A alguma coisa. Neste caso: O conhecimento A QUE se referia

    Quem fala, fala COM alguém

     

     

     AONDE  =            IDEIA DE MOVIMENTO (    Aonde está indo)

     ONDE =         LUGAR    (Estático)    

     NA QUAL  =    EM QUE

     

  • Utiliza-se o CUJO sempre que der vontade de falar "que o(a)"

     

    Vejamos:

    Gostamos do filme que o enredo trata do conflito em Ruanda.

    Gostamos do filme cujo enredo trata do conflito em Ruanda.

     

    simples e facil!

  • GABARITO: LETRA D

    "Cujo" e sua flexões equivalem a "de que", "do qual(ou suas flexões "da qual", "dos quais", "das quais"), "de quem".

    Estabelecem normalmente relação de posse entre o antecedente e o termo que especificam, atuando na maior parte das vezes como adjunto adnominal e em algumas construções como complemento nominal. Veja:

    a) Adjunto Adnominal:

    Não consigo conviver com pessoas cujas aspirações sejam essencialmente materiais. (Não consigo conviver com pessoas / As aspirações dessas pessoas são essencialmente materiais).

    b) Complemento Nominal:

    O livro, cuja leitura agradou muito aos alunos, trata dos tristes anos da ditadura. (cuja leitura = a leitura do livro)

    Atenção:

    Não utilize artigo definido depois do pronome cujo. São erradas construções como:

    "A mulher cuja a casa foi invadida..." ou "O garoto, cujo o tio é professor..."

    Forma correta: "cuja casa" ou "cujo tio".

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR


ID
119692
Banca
IBFC
Órgão
ABDI
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas:
Os organizadores do evento informaram ______ participantes _____haverá o sorteio de um carro.

Alternativas
Comentários
  • INFORMAR O.D para pessoas e O.I para coisas
  • Cara Débora, é o contrário...:)
  • NESSE CASO TANTO FAZ: ACONSELHAR. AUTORIZAR, AVISAR, CERTIFICAR, DISSUADIR, ENSINAR, IMPEDIR, INFORMAR, INCUMBIR, PROIBIR, NOTICIAR....ETC...VTDI ADMITEM INDIFERENTIMENTE OBJETOS DIRETO E INDIRETO "COISA" OU "PESSOA".
  • Como a Tereza disse, é isso que ocorre com a regência desses verbos. Não importa se o complemento com preposição será a "pessoa" a que se informa algo ou  o que está sendo informado. Resumindo: "se um leva preposição, o outro não".
    Portanto:

    Os organizadores do evento informaram aos participantes que haverá o sorteio de um carro.
    ou
    Os organizadores do evento informaram os participantes de que haverá o sorteio de um carro.

    (quem informa, informa "alguém de/sobre alguma coisa / quem informa, informa "a alguém alguma coisa")






  • DICA:

    Quando for avisar alguma coisa A alguém => (uso da preposição A) 

    Colocando a frase no sentido direto:
    ex:   Os organizadores do evento informaram (alguma coisa) QUE haverá o sorteio de um carro (A alguém - uso da preposição) AOS participantes.

    RESPOSTA:     LETRA C
    Como os colegas disseram, também poderia ser usado assim:

    Quando for avisar alguém DE (SOBRE) alguma coisa => (uso da preposição DE)

    Ex: Os organizadores do evento informaram (alguém - sem preposição A) OS participantes (de/sobre alguma coisa - uso da preposição DE) DE QUE haverá o sorteio de um carro.

    OUTRA POSSIBILIDADE DE RESPOSTA QUE NÃO CONSTA GABARITO:   OS - DE QUE

    Boa sorte e bons estudos!
  • Outra forma correta seria:

    Informaram os participantes de que haverá o sorteio de um carro.
  •  A sentença é:  Os organizadores do evento informaram ______ participantes _____haverá o sorteio de um carro.
     O verbo informar é VTDI portando possui OD e OI.
    Quem informa, informa alguma coisa ( que háverá um sorteio -- OD e sem preposição)  a alguem (aos participantes-- OI com a preposição "a")
  • Quem informa, informa alguma coisa PARA alguem / quem (Preposição) aos participantes.

    Informaram alguma coisa (Não tem preposição) que haverá...
  • Informar (avisar, comunicar, cientificar) - dar notícias <-> VTDI (a / de / sobre).

    Fonte: Português para Concursos de Flávia Rita Coutinho Sarmento 

    Ex.: 

    Os organizadores do evento informaram aos participantes que haverá o sorteio de um carro.

     

                                                   OU 

     

    Os organizadores do evento informaram os participantes de que haverá o sorteio de um carro.

     

  • Só trocar, fica mais fácil..

    Os organizadores informaram QUE HAVERÁ O SORTEIO DE UM CARRO ( OD) AOS PARTICIPANTES ( OI)..

    #rumoooaoTJPE

  • INFORMAR ALGO A ALGUÉM

  • quem informa , informa alguma coisa ou seja , VTD . NÃO NECESSITA DE PREPOSIÇÃO
  • Informaram = VTDI


ID
128362
Banca
FCC
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Filmes sobre tribunais

Não são poucos os filmes, ou mesmo séries de TV, em
que a personagem principal é uma instituição: um julgamento no
tribunal, com júri popular. É verdade que em muitos desses
filmes há as preliminares das peripécias violentas, da ação
policial, da detenção e do interrogatório de suspeitos, mas o
clímax fica reservado para os ritos de acusação e defesa, tudo
culminando no anúncio da sentença. Que tipo de atração
exercem sobre nós essas tramas dramáticas?

Talvez jamais saibamos qual foi a primeira vez que um
grupo de pessoas reuniu-se para deliberar sobre a punição de
alguém que contrariou alguma norma de convívio; não terá sido
muito depois do tempo das cavernas. O fato mesmo de as
pessoas envolvidas deliberarem em forma ritual deve-se à
crença na apuração de uma verdade e à adoção de paradigmas
de justiça, para absolver ou condenar alguém. A busca e a
consolidação da indiscutibilidade dos fatos, bem como a
consequente aplicação da justiça, não são questões de
somenos: implicam a aceitação de leis claramente
estabelecidas, o rigor no cumprimento dos trâmites processuais,
o equilíbrio na decisão. Ao fim e ao cabo, trata-se de
estabelecer a culpa ou inocência ? valores com os quais nos
debatemos com frequência, quando interrogamos a moralidade
dos nossos atos.

É possível que esteja aí a razão do nosso interesse por
esses filmes ou séries: a arguição do valor e do nível de
gravidade de um ato, sobretudo quando este representa uma
afronta social, repercute em nossa intimidade. Assistindo a um
desses filmes, somos o réu, o promotor, o advogado de defesa,
o juiz, os jurados; dramatizamos, dentro de nós, todos esses
papéis, cabendo-nos encontrar em um deles o ponto de identificação.
Normalmente, o diretor e o roteirista do filme já
decidiram tudo, e buscam deixar bem fixado seu próprio ponto
de vista. O que não impede, é claro, que possamos acionar, por
nossa vez, um julgamento crítico, tanto para estabelecer um
juízo pessoal sobre o caso representado em forma de ficção
como para julgar a qualidade mesma do filme. Destas últimas
instâncias de julgamento não podemos abrir mão.
(Evaristo Munhoz, inédito)

Está adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
    • a) São filmes de que não cansamos de nos admirar, porquanto com um vago sentimento de vergonha.
    Quem admira, admira ALGO - VTD - dispensa preposição. Porquanto é uma conjunção causal ou uma conjunção explicativa; tente substituí-la no contexto por: pois/porque, se não fizer sentido, está sendo usada incorretamente.
    • b) Conquanto gostemos desses filmes, há neles cenas em cujas das quais tiramos um íntimo proveito.
    • c) Não obstante finjamos desprezá-los, há nesses filmes matéria sobre a qual é interessante refletir. CORRETO
    Não obstante é conjunção coordenativa adversativa - liga orações coordenadas entre si, estabelecendo uma ideia de oposição.
    Quem reflete, reflete SOBRE algo - VTD.
    • d) Se é de nosso propósito tirar o melhor proveito desses filmes, não abdiquemos em   de aproveitá-los como uma oportunidade para reflexão.
    • e) Haja vistoa o alto índice de audiência que obtêm esses filmes, deve-se concluir de que há neles questões que a todos provocam.
    Não existe haja vistO.
  •  c)Não obstante finjamos desprezá-los, há nesses filmes matéria sobre a qual é interessante refletir.

    Não obstante ==  por mais que, não importando quanto <-> locução conjuntiva concessiva

     

  • C)correta -  Não obstante finjamos desprezá-los, há nesses filmes matéria SOBRE "O QUAL" é interessante refletir:  Vejam, para usar esse pronome relativo  - QUAL - o termo deve vir acompanhado de um artigo (até aí, fácil)....E DEVE ser usado DEPOIS de preposições com 2 sílabas ou mais e de locuções prepositivas ..

    Creia, Creia, Creia...VOCÊ pode conseguir!...Bons estudos.


ID
134182
Banca
FCC
Órgão
PGE-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Interesse público e direitos individuais

Hoje em dia, as relações humanas são fugazes, surgem
e desaparecem sem deixar vestígios. O Direito não pode ignorar
essa realidade, sob pena de não cumprir sua função: manter a
ordem jurídica. O grande desafio é compatibilizar a realização
do interesse público com as garantias e os direitos individuais,
que têm o fundamental papel de defender o cidadão contra o
Estado.
Nesse quadro, os avanços tecnológicos acabam representando
uma dificuldade especial. De um lado, as tecnologias
à disposição dos particulares muitas vezes são instrumentos
para desvios de conduta. De outro lado, para coibir ou punir tais
comportamentos, o Estado tem que recorrer a similares tecnologias
que invadem a privacidade dos cidadãos.
A questão é como conciliar as imprescindíveis ferramentas
de investigação à disposição do Estado com o direito à
defesa e ao contraditório, garantias constitucionais. A regra geral
é que o direito à defesa e ao contraditório devem ser
garantidos aos particulares antes que eles sejam afetados por
atos estatais.
Em alguns casos, porém, o oferecimento de oportunidade
de defesa antes da atuação estatal é incompatível com o
interesse público que ela visa tutelar. É o caso, por exemplo, da
apreensão de alimentos contaminados para impedir sua
comercialização. Não teria sentido permitir que o comerciante
continuasse vendendo alimentos contaminados ao público
apenas para que ele pudesse exercer previamente o direito de
defesa; a oportunidade de manifestação prévia representaria
definitivo prejuízo para o interesse público. Daí porque, em
hipóteses excepcionalíssimas, o direito de defesa pode ser
flexibilizado, mas apenas no limite indispensável à preservação
do interesse público e de forma a representar o menor ônus ao
particular.
No caso de escutas telefônicas autorizadas por ordem
judicial para fins investigatórios, é possível afirmar com segurança
que sua realização não é compatível com o exercício
prévio do direito de defesa, pois, do contrário, elas seriam
destituídas de qualquer sentido útil ou prático. Em razão da
natureza específica dessa operação, o direito de defesa deve
ser garantido após o término do período da quebra de sigilo
telefônico.
(Adaptado de Pedro Paulo de Rezende Porto Filho. 10/01/2009.
www.conjur.com.br )

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) em CUJAS relações humanas são fugazes e imprevisíveis.b) AOS quais se pode recorrer...c) NOS QUAIS/EM QUE o mal...d) CORRETAe) A quebra de sigilo telefônico é uma providência DE QUE só se deve lançar mão em casos excepcionais.Quem lança mão, lança mão DE alguma coisa.
  • a) O Direito não pode ignorar uma realidade como a nossa, em cuja as relações humanas são fugazes e imprevisíveis.
    O Direito não pode ignorar uma realidade como a nossa, na qual as relações humanas são fugazes e imprevisíveis.
    (a meu ver, é a melhor opção de ajuste. Se estiver errada, por favor, corrijam-me.)


    b) São muitos os avanços tecnológicos, dos quais se pode recorrer, por exemplo, no caso de uma investigação sigilosa.
    São muitos os avanços tecnológicos, aos quais se pode recorrer, por exemplo, no caso de uma investigação sigilosa.
    (quem recorre, recorre A algo/alguma coisa. Logo, a preposição deve anteceder o pronome relativo.)

    c) São considerados mais graves aqueles prejuízos onde o mal, uma vez desencadeado, gera efeitos irreversíveis.
    São considerados mais graves aqueles prejuízos em que o mal, uma vez desencadeado, gera efeitos irreversíveis.
    (1º: onde só é usado para referência de "lugar". / 2º: nesse caso, o mal gera "alguma coisa" "em alguém/em outra coisa". Por isso a preposição deve anteceder o pronome.)

    D) As escutas telefônicas, para cuja autorização foi consultado um juiz, constituem casos em que há muita polêmica.
    (o juiz foi consultado PARA a autorização. Logo, a preposição antecede o pronome "cuja". Lembrando que NUNCA ocorre artigo após cujo (e flexões)

    e) A quebra de sigilo telefônico é uma providência à qual só se deve lançar mão em casos excepcionais.
    A quebra de sigilo telefônico é uma providêcia da qual só se deve lançar mão em casos excepcionais.
    (quem lança mão, lança mão DE algo.)

  • A) Cujo e variações não admite posposição de artigo.

    B) Regência do verbo.

    C) Onde é usado para referência de "lugar"

    D) Correta

    E) Regência do verbo.


ID
134236
Banca
FCC
Órgão
PGE-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Segredo

Há muitas coisas que a psicologia não nos explica.
Suponhamos que você esteja em um 12o andar, em companhia
de amigos, e, debruçando-se à janela, distinga lá embaixo, inesperada
naquele momento, a figura de seu pai, procurando atravessar
a rua ou descansando em um banco diante do mar. Só
isso. Por que, então, todo esse alvoroço que visita a sua alma
de repente, essa animação provocada pela presença distante
de uma pessoa de sua intimidade? Você chamará os amigos
para mostrar-lhe o vulto de traços fisionômicos invisíveis: "Aquele
ali é papai". E os amigos também hão de sorrir, quase
enternecidos, participando um pouco de sua glória, pois é
inexplicavelmente tocante ser amigo de alguém cujo pai se
encontra longe, fora do alcance de seu chamado.

Outro exemplo: você ama e sofre por causa de uma
pessoa e com ela se encontra todos os dias. Por que, então,
quando essa pessoa aparece à distância, em hora desconhecida
aos seus encontros, em uma praça, em uma praia,
voando na janela de um carro, por que essa ternura dentro de
você, e essa admirável compaixão?

Por que motivo reconhecer uma pessoa ao longe sempre
nos induz a um movimento interior de doçura e piedade? (...)
Até para com os nossos inimigos, para com as pessoas que nos
são antipáticas, a distância em relação ao desafeto atua sempre
em sentido inverso. Ver um inimigo ao longe é perdoá-lo
bastante.

(Paulo Mendes Campos - Crônicas escolhidas. S.Paulo:
Ática, 1981, p.p. 49-50)

A expressão de que preenche corretamente a lacuna da frase:

Alternativas
Comentários
  • A questão é basicamente de regência verbal. Todos os itens possuem mais de uma oração. Isolando a partir da 2ª oração e seguindo as três condições abaixo encontraremos a resposta:1 – Identificar o referente do pronome relativo “que” (Referente é o termo que o pronome relativo substitui);2 – Identificar a função sintática do referente;3 – Identificar a regência do verbo da oração em que se encontra o pronome relativo “que”;item “a)” Correto. isolando a partir da 2ª oração temos:O cronista recusa a se distanciar de um sentimento.1 - Referente: "de um sentimento";2 - Regência do verbo “se distanciar”: Verbo Transitivo Indireto (V.T.I) (quem se distancia se distancia “de” algo);3 - Função Sintática do referente: Objeto Indireto (O.I) (complemento do verbo);Considerando que o verbo é T.I. ao substituirmos o pronome relativo “que” (O.I) na oração será obrigatório o uso da preposição.Atenção no item “e)”:“deseja dividir” é V.T.D.I (quem deseja dividir, deseja dividir algo com alguém). O O.I é “com o leitor” e O.D. é o pronome relativo “que” (sem preposição pois é O.D).Nos outros itens os verbos são VTD e não pedem preposição.
  • a)CERTA. distanciar é VTI é pede OI antecedido da preposição DE. "(...)é um sentimento DE QUE o cronista recusa a se distanciar"b)ERRADA. furtar e valorizar são VTD, não exigindo preposição.c)ERRADA. Enaltecer é o mesmo que elogiar, exaltar. São VTD.d)ERRADA. Reconhecer é VTD.e)ERRADA. Deseja dividir é locução verbal. Exige OD (que) e OI (com o leitor).
  • data maxima venia aos grandes estudiosos da gramática, deixo registrado a "técnica" que utilizei para resolver essa questão:

    A) ... o cronista recusa a se distanciar. (de que?)
    B)... o cronista não se furta a valorizar (o que?)
    C)... o cronista nao se esquiva de enaltecer (a que?)
    D)... o cronista o cronista sabe reconhecer e valorizar (o que?)
    E)... o cronista deseja dividir com o leitor (o que?)

    logo a resposta certa é a letra A


ID
135592
Banca
FGV
Órgão
SEAD-AP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De acordo com a norma padrão, o pronome relativo está corretamente empregado apenas na seguinte alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Corrigindo:a) essas são algumas ideias por cujos ensinamentos procuro me guiar.b) aquelas são as mais antigas histórias de comércio DAS quais se tem memória.c) apresentou um projeto EM que a principal filosofia dele é a democratização do saber.d) o comportamento ético por que um povo se orienta define seu caráter. (CORRETA)e) o filósofo A QUE me refiro defendeu tese recentemente.
  • Comentário objetivo:

    a) essas são algumas ideias por cujos os POR CUJOS ensinamentos procuro me guiar.

    b) aquelas são as mais antigas histórias de comércio as quais DAS QUAIS se tem memória.

    c) apresentou um projeto que a CUJA principal filosofia dele é a democratização do saber.

    d) o comportamento ético por que um povo se orienta define seu caráter. PERFEITO!

    e) o filósofo onde A QUEM me refiro defendeu tese recentemente.

  • Só complementando... 

    Usa-se o POR QUE quando puder ser substituído  por: por qual motivo, por qual razão, PELO QUAL e seus respectivos plurais. 

  • a) essas são algumas ideias por cujos os ensinamentos procuro me guiar. ERRADA: não se coloca artigo do lado de "cujo".
    b) aquelas são as mais antigas histórias de comércio as quais se tem memória. ERRADA: das quais ( se tem memória de quê?)

     c) apresentou um projeto que a principal filosofia dele é a democratização do saber.ERRADA: frase redundante. "Cuja" tem ideia de posse.
    d) o comportamento ético por que um povo se orienta define seu caráter. CERTA: "quem se orienta, se orienta por"
    e) o filósofo onde me refiro defendeu tese recentemente. ERRADA: "onde" não retoma pessoa

  • [Quem se orienta, orienta por algo], o fator atrativo de objeto do pronome relativo exige a preposição ''por'' regida pelo verbo orientar


ID
138367
Banca
FCC
Órgão
PGE-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Interesse público e direitos individuais
Hoje em dia, as relações humanas são fugazes, surgem
e desaparecem sem deixar vestígios. O Direito não pode ignorar
essa realidade, sob pena de não cumprir sua função: manter a
ordem jurídica. O grande desafio é compatibilizar a realização
do interesse público com as garantias e os direitos individuais,
que têm o fundamental papel de defender o cidadão contra o
Estado.

Nesse quadro, os avanços tecnológicos acabam representando
uma dificuldade especial. De um lado, as tecnologias
à disposição dos particulares muitas vezes são instrumentos
para desvios de conduta. De outro lado, para coibir ou punir tais
comportamentos, o Estado tem que recorrer a similares tecnologias
que invadem a privacidade dos cidadãos.

A questão é como conciliar as imprescindíveis ferramentas
de investigação à disposição do Estado com o direito à
defesa e ao contraditório, garantias constitucionais. A regra geral
é que o direito à defesa e ao contraditório devem ser
garantidos aos particulares antes que eles sejam afetados por
atos estatais.

Em alguns casos, porém, o oferecimento de oportunidade
de defesa antes da atuação estatal é incompatível com o
interesse público que ela visa tutelar. É o caso, por exemplo, da
apreensão de alimentos contaminados para impedir sua
comercialização. Não teria sentido permitir que o comerciante
continuasse vendendo alimentos contaminados ao público
apenas para que ele pudesse exercer previamente o direito de
defesa; a oportunidade de manifestação prévia representaria
definitivo prejuízo para o interesse público. Daí porque, em
hipóteses excepcionalíssimas, o direito de defesa pode ser
flexibilizado, mas apenas no limite indispensável à preservação
do interesse público e de forma a representar o menor ônus ao
particular.
No caso de escutas telefônicas autorizadas por ordem
judicial para fins investigatórios, é possível afirmar com segurança
que sua realização não é compatível com o exercício
prévio do direito de defesa, pois, do contrário, elas seriam
destituídas de qualquer sentido útil ou prático. Em razão da
natureza específica dessa operação, o direito de defesa deve
ser garantido após o término do período da quebra de sigilo
telefônico.

(Adaptado de Pedro Paulo de Rezende Porto Filho. 10/01/2009.
www.conjur.com.br )

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • O uso correto do cujoO uso correto do cujo (cuja, cujos e cujas) exige três condições: a) haver antecedente (possuidor) e conseqüente (coisa possuída) diferentes; b) existir equivalência com do qual (da qual, dos quais e das quais); estar clara a idéia de posse. Exemplos: O país cuja população cresce sem parar enfrenta problemas. / Os meninos cuja mãe estava sendo operada aguardavam no corredor.Desdobramento a explicação: a) Há antecedentes, possuidores (o país, os meninos), e conseqüentes, coisas possuídas (cuja população, cuja mãe), ambos diferentes; b) existe equivalência com do qual: o país a população do qual cresce sem parar, os meninos a mãe dos quais estava sendo operada; c) está clara a idéia de posse: a população é do país e a mãe, dos meninos.( MARTINS, Eduardo. Manual de Redação e Estilo. O Estado de São Paulo. São Paulo: ed. Moderna. 2000. p.32.)
  • a) A quebra de sigilo telefônico é uma providência da qual só se deve lançar mão em casos excepcionais.
    lançar mão de

    b) O Direito não pode ignor ar uma realidade como a nossa, cujas relações humanas são fugazes e imprevisíveis.

    c) São muitos os avanços tecnológicos, aos quais se pode recorrer, por exemplo, no caso de uma investigação sigilosa.
    recorrer a

    d) São considerados mais graves aqueles prejuízos nos quais o mal, uma vez desencadeado, gera efeitos irreversíveis.
    desencadeia em + os = nos

    e) As escutas telefônicas, para cuja autorização foi consultado um juiz, constituem casos em que há muita polêmica.
    O juiz foi consultado para

ID
138421
Banca
FCC
Órgão
PGE-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Segredo

Há muitas coisas que a psicologia não nos explica.
Suponhamos que você esteja em um 12o andar, em companhia
de amigos, e, debruçando-se à janela, distinga lá embaixo, inesperada
naquele momento, a figura de seu pai, procurando atravessar
a rua ou descansando em um banco diante do mar. Só
isso. Por que, então, todo esse alvoroço que visita a sua alma
de repente, essa animação provocada pela presença distante
de uma pessoa de sua intimidade? Você chamará os amigos
para mostrar-lhe o vulto de traços fisionômicos invisíveis: "Aquele
ali é papai". E os amigos também hão de sorrir, quase
enternecidos, participando um pouco de sua glória, pois é
inexplicavelmente tocante ser amigo de alguém cujo pai se
encontra longe, fora do alcance de seu chamado.
Outro exemplo: você ama e sofre por causa de uma
pessoa e com ela se encontra todos os dias. Por que, então,
quando essa pessoa aparece à distância, em hora desconhecida
aos seus encontros, em uma praça, em uma praia,
voando na janela de um carro, por que essa ternura dentro de
você, e essa admirável compaixão?
Por que motivo reconhecer uma pessoa ao longe sempre
nos induz a um movimento interior de doçura e piedade? (...)
Até para com os nossos inimigos, para com as pessoas que nos
são antipáticas, a distância em relação ao desafeto atua sempre
em sentido inverso. Ver um inimigo ao longe é perdoá-lo
bastante.

(Paulo Mendes Campos - Crônicas escolhidas. S.Paulo:
Ática, 1981, p.p. 49-50)

A expressão de que preenche corretamente a lacuna da frase:

Alternativas
Comentários
  • Correta: letra "B"
    a) O cronista deseja dividir com o leitor a compaixão humana
    b) O cronista recusa a se distanciar da (de+a) compaixão humana
    c) O cronista não se furta a valorizar o sentimento da compaixão
    d) O cronista não se esquiva de enaltecer a compaixão humana
    e) O cronista sabe reconhecer e valorizar o sentimento da compaixão

  • Altrnativa Correta - B

    Quem se distancia, se distancia de alguém ou de algo. (O cronista recusa a se distanciar do sentimento da compaixão humana).

    A compaixão humana é um sentimento de que o cronista recusa a se distanciar.

     

     

  • Comentário objetivo:

    Complementando o ótimo comentário abaixo, vou mostrar como ficariam as alternativas erradas:

    a) A compaixão humana é um sentimento QUE o cronista deseja dividir com o leitor. Dividir = VTDI

    c) O sentimento da compaixão é uma virtude humana QUE o cronista não se furta a valorizar. Valorizar = VTD

    d) A compaixão humana é um sentimento QUE o cronista não se esquiva de enaltecer. Enaltecer = VTD

    e) O sentimento da compaixão é uma virtude humana QUE o cronista sabe reconhecer e valorizar. Reconhecer / Valorizar = VTD

  • Comentário objetivo:

    Questão de regência verbal e nominal:

    a) A compaixão humana é um sentimento QUE o cronista deseja dividir com o leitor.

    b) A compaixão humana é um sentimento DE QUE o cronista recusa a se distanciar.

    c) O sentimento da compaixão é uma virtude humana QUE o cronista não se furta a valorizar.

    d) A compaixão humana é um sentimento QUE o cronista não se esquiva de enaltecer.

    e) O sentimento da compaixão é uma virtude humana QUE o cronista sabe reconhecer e valorizar.

  • Sei que o pronome relativo se refere ao termo antecedente, mas no caso da questão, qual o antecedente, "a compaixão humana" ou "sentimento"?
     

ID
140005
Banca
FCC
Órgão
TJ-AP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os doutores do pessimismo

Não é preciso ser um grande gênio para constatar que
vivemos num mundo bárbaro, que o ser humano é capaz das
maiores atrocidades, que a vida é feita de competição, inveja,
egoísmo e crueldade. Ninguém precisa ter vivido num campo de
prisioneiros na Sibéria nem ter sido moleque em região violenta
de uma grande cidade para saber disso. Mas virou moda, entre
muitos intelectuais e jornalistas, anunciar uma espécie de "visão
trágica" do mundo, como se se tratasse da mais surpreendente
novidade.

Com certeza há nisso uma reação saudável contra o
excesso de otimismo. Nada mais correto do que denunciar o
horror. O que me parece estranho é que, mais que denunciar o
horror, esses pensadores trágicos e jornalistas sombrios gostam
de destruir as esperanças. O reconhecimento do Mal, a
percepção de que ninguém é "bonzinho" e de que a realidade é
uma coisa dura e feia vão-se transformando em algo próximo do
fascínio. E, com diferentes níveis de elaboração e de cortesia
pessoal, esses autores tendem a fazer do fascínio uma
estratégia de choque.

Quanto mais chocarem o pensamento corrente (que
considera ruim bombardear crianças e bom defender a
Amazônia, por exemplo) mais ganharão em originalidade, leitura
e cartas de protesto. Parece existir uma competição nas
páginas dos jornais e na Internet para ver quem conseguirá ser
o mais "durão", o mais "realista", o mais desencantado. Será
chamado de ingênuo ou nostálgico todo aquele que quiser algo
melhor do que o mundo em que vive. Então, aquilo que deveria
ser ponto de partida se torna ponto de chegada: o horror e a
crueldade fazem parte da paisagem. Melhor assim, quem sabe:
"nós, pelo menos, tiramos disso a satisfação de não sermos
ingênuos". Você está esperançoso com a vitória de Obama?
Ouço um risinho: "que otário". Você quer que se preservem as
reservas indígenas da Amazônia? Mais um risinho: os militares
brasileiros entendem mais do problema do que você, que pensa
ser bonzinho mas é tão malvado como nós. "Pois o ser humano
é mau, desgraçado e infeliz desde que foi expulso do Paraíso.
Você não sabe disso?"

O que sei é que algumas pessoas foram expulsas do
Paraíso para morar numa mansão em Beverly Hills e outras
para morar em Darfur (*).

(Adaptado de Marcelo Coelho, Folha de S. Paulo, 21/01/2009)

(*) Beverly Hills = rica cidade da Califórnia; Darfur = região
pobre e conflituosa do Sudão.

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
  • Corrigindo as frases:a) Otário é você, que confia EM QUE Obama faça um governo competente, DE QUE não há ainda qualquer indício.b) Prefira-se morar em Beverly Hills A morar em Darfur; a esta região falta tudo o que ÀQUELA não falta.c) Esses doutores, CUJO pessimismo todos conhecem, estão sempre aplicados À difusão fascinada dos horrores.d) É como se a barbárie e a crueldade, às quais esses doutores assistem com indiferença, fossem fenômenos cujo horror devesse ser naturalizado. (CORRETA).e) O autor está convicto DE QUE tais doutores representam um radical pessimismo, DO QUAL parecem orgulhar-se de ostentar.
  • GABARITO: D

    Veja o gabarito (D) e depois veja as demais corrigidas:
    É como se a barbárie e a crueldade, às quais esses doutores assistem com indiferença, fossem fenômenos cujo horror devesse ser naturalizado. – o verbo assistir no sentido de ver rege com a preposição A.

    A: Otário é você, que confia em que Obama faça um governo competente, de que não há ainda qualquer indício. – quem confia, confia em; o cujo vem entre dois nomes, deveria ser: “... um governo competente de que não há ainda qualquer indício” (esta preposição de antes do pronome relativo é exigida pelo substantivo indício).

    B: Prefira-se morar em Beverly Hills a morar em Darfur; a esta região falta tudo o que naquela não falta. – o verbo preferir é VTDI e se constrói com a preposição A; não falta algo em algum lugar; percebeu?


    Muitos constroem erradamente a regência deste verbo assim: "Prefiro muito mais Português do que Matemática". A pessoa que fala assim, só prefere mesmo, mas não entende muita coisa de português, não (kkkkkkkkkkkkk...).

    Ex.: Prefiro Língua Portuguesa a Matemática. (Agora sim! Quem prefere, prefere alguém ou alguma coisa A alguém ou alguma coisa) Bem, este verbo é VTDI. Mas poderia ser só VTD: Prefiro Português.

    C: Esses doutores, cujo pessimismo todos conhecem, estão sempre aplicados à difusão fascinada dos horrores. – a preposição antes do cujo é dispensada, pois o verbo conhecer é VTD, não exige preposição alguma; o adjetivo aplicado rege com a preposição A.

    E: O autor está convicto de que tais doutores representam um radical pessimismo, que parecem orgulhar-se de ostentar. – quem está convicto, está convicto de; não há cujo, pois este vem entre dois nomes e não há preposição, pois não é exigida por nenhum termo depois do pronome relativo.

ID
142603
Banca
FCC
Órgão
TRT - 7ª Região (CE)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Pelas ruas de Gênova, lá vamos nós

Durante os protestos contra o G-8 (grupo que abrange os sete países mais ricos do mundo mais a Rússia), reunido em Gênova, a imprensa europeia entrevistou políticos da esquerda oficial e veteranos de 1968. Vários aproveitaram a oportunidade para lamentar, nesses novos manifestantes, a falta de "verdadeiros"
projetos de sociedade. "São carentes de propostas políticas, crescerão", disse Mario Capanna, que foi líder do movimento estudantil de Milão em 68. Engraçado: sob a direção de Capanna, o movimento, na época, foi declaradamente stalinista.
Se essa for a "proposta política" que falta, melhor que os "carentes" não cresçam mesmo.
Prefiro evitar as nostalgias e reconhecer que aos manifestantes de Gênova não falta nada. Ao contrário, graças à sua diversidade confusa ou mesmo atrapalhada, talvez eles representem, da melhor maneira possível, o estado de espírito de muitos que estão, hoje, social e politicamente insatisfeitos.
De fato, parece-me que poderia manifestar-me com cada um dos componentes dessa massa contestaria. Os grupos diversos e, às vezes, opostos levaram pelas ruas de Gênova diferentes fragmentos de meus humores reformistas ou revoltados.
Olhe só. O resto de minhas esperanças socialistas desfila com a esquerda clássica italiana, em versão social-democrata. Identifico-me com os ecologistas puros e duros, mais preocupados com o planeta do que com as mazelas dos homens. Posso ter um coração caritativo, animado por paixões missionárias contra a fome e as doenças do mundo. E sobra-me uma raiva que deve valer a dos mais radicais movimentos anarquistas, de pedras na mão.

(Adaptado de Contardo Calligaris, Terra de ninguém)

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  •  Por que não é a alternativa A?

  • Carente De

  • Comentário objetivo:

    Por ser mais polêmica a alternativa A, vou deixar para comentá-la com mais afinco ao final das demais alternativas.

    b) As posições dos jovens manifestantes, das PELAS quais o autor se congratulou, eram as mais díspares possíveis.

    c) As ruas de Gênova, aonde ONDE se fixaram grupos de manifestantes, ganharam uma nova animação.

    d) Os restos de esperanças socialistas, por cujas PELAS QUAIS o autor já demonstrara simpatia, misturam-se a outras convicções.

    e) Os impulsos missionários, de que o autor não se mostra carente, poderiam levá-lo a combater a fome do mundo. PERFEITA! Quem tem carência, tem carência DE alguma coisa...

    Agora vamos a alternativa A:

    a) As propostas políticas, de cuja falta sentiu Mario Capanna, eram, na verdade, inúmeras e contrastantes.

    Creio que o grande erro aqui foi o uso do pronome relativo "cujo". O refeirdo pronome (cujo) só pode ser usado se antes e depois vier acompanhado de um substantivo. Isso apenas PARECE que acontece em tal alternativa (pegadinha do examinador).

    A ordem natural de uma oração é SUJEITO - VERBO - OBJETO - ADJUNTO ADVERBIAL (O famoso SVOA). Na alternativa em questão eles estão invertidos.

    Sentiu = Verbo
    Falta = Objeto Direto

    Estando o verbo na frente (como é o correto), o pronome já não fica entre substantivos, ficaria entre um substantivo e um verbo (o que deixa claro não ser cabível o cujo). O correto seria utilizar o "DAS QUAIS", de modo que a frase ficaria assim:

    a) As propostas políticas, de cuja DAS QUAIS Mario Capana sentiu falta, eram, na verdade, inúmeras e contrastantes.

  • Daniel, obrigada pelo comentário PERFEITO.
  • Olá pessoal!!
    Questão meio difícil! Resposta: letra "E" de Estudar... 

     a) "As propostas políticas, de cuja falta sentiu Mario Capanna, eram, na verdade, inúmeras e contrastantes".... Bom, creio eu que não há ideia de posse nesse caso, por isso o pronome cujo não é cabível.... Acredito que a frase estaria correta se fosse redigida da seguinte forma: "As propostas políticas de que Mario Capanna sentiu falta, eram, na verdade, inúmeras e contrastantes."
    b) As posições dos jovens manifestantes, das quais o autor se congratulou, eram as mais díspares possíveis. Quem se congratula, congratula-se por algo ou alguém... Logo, o correto seria: "As posições dos jovens manifestantes, pelas quais o autor se congratulou, eram as mais díspares possíveis"....
    c) As ruas de Gênova, 
    aonde se fixaram grupos de manifestantes, ganharam uma nova animação. Bom, o pronome a ser usado é o "onde". Este só teria de ser acompanhado da preposição "A" (ficando "aonde") se a regência pedir. Não é o caso dessa opção. Se usa "aonde" em casos como: "Você vai Aonde?". Isso porque quem vai, vai A algum lugar.
    d) Os restos de esperanças socialistas, por cujas o autor já demonstrara simpatia, misturam-se a outras convicções. Quem demonstra simpaita, demonstra simpatia POR, mas o pronome cujo não cabe por não nos trazer ideia de posse... A colocação deve ser: "pelas quais"...
    e) Os impulsos missionários, de que o autor não se mostra carente, poderiam levá-lo a combater a fome do mundo. Quem se mostra carente, mostra-se carente DE...
    Forte abraço, fiquem com Deus e ótimos estudos!!
  • Olá colegas, não entendi os comentários sobre a letra "a", mas eu resolvi do seguinte modo :

    a) a) As propostas políticas, de cuja falta (cujas falta) sentiu Mario Capanna, eram, na verdade, inúmeras e contrastantes.

    cujo, cujos, cuja, cujas - vai concordar com o sujeito, logo, o sujeito da frase é "as propostas políticas" assim deve ser utilizada "cujas". 




ID
159160
Banca
FCC
Órgão
TRE-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Exclusão social

A humanidade tem dominado a natureza a fim de tornar
a vida cada vez mais longa e mais cômoda. Essas vantagens se
expandiram para um número crescente de seres humanos.
Graças à combinação dessas duas tendências, os homens
imaginaram que seria possível construir uma utopia em que
todos teriam acesso a tudo: todos, pelas mudanças sociais; a
tudo, por causa dos avanços técnicos. No século XX, numa
demonstração de arrogância, muitos chegaram a marcar o ano
2000 como a data da inauguração dessa utopia.
Neste início de século, vemos que a técnica superou as
expectativas. Os seres humanos dispõem de uma variedade de
bens e serviços inimagináveis até há bem pouco tempo, que
aumentaram substancialmente a esperança de vida, ampliaram
o tempo livre a ser usufruído e ainda oferecem a possibilidade
de realizar sonhos de consumo. Mas a história social não cumpriu
a parte que lhe cabia no acordo, e uma parcela considerável
da humanidade ficou excluída dos benefícios. Ainda mais
grave: o avanço técnico correu a uma velocidade tão grande
que passou a aumentar a desigualdade e a ameaçar a estabilidade
ecológica do planeta. A exclusão deixou de ser vista como
uma etapa a ser superada: é um estado ao qual bilhões de
seres humanos - os excluídos da modernidade - estão
condenados.

Na modernidade técnica, o processo social, tanto entre
os capitalistas mais liberais quanto entre os socialistas mais
ortodoxos, é analisado do ponto de vista econômico, ignorandose
ou relegando-se a um segundo plano os aspectos sociais e
os éticos. Já no século XIX, na luta pela abolição da escravidão,
Joaquim Nabuco procurava encarar o processo social
sob três óticas: a moral, a social e a econômica. Mais de um
século passado, é urgente retomar essa visão triangular, se se
deseja superar a barbárie da exclusão.

(Cristovam Buarque. Admirável mundo atual. S. Paulo: Geração
Editorial, 2001, pp. 188 e 328)

Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas na frase:

Alternativas
Comentários
  • A) de cuja / pelos quais

    O autor do texto tem a convicção de que...
    Muita gente demonstra plena admiração pelos avanços tecnológicos.

    B) sobre a qual / ao qual

    O autor faz suas restrições sobre a modernidade técnica.
    Tantos aspiram ao desenvolvimento social.

    D) a cujo / ao qual

    No texto, se faz referência ao nome do escritor.
    Muitos outros homens ilustres do século XIX aderiram ao movimento...
  • VAMOOS VAAAMOS !! CUJO = como muuitos ja sabem: indica posse! Mas vejo que muitas pessoas tem a dificuldade em ver a tal da "posse" 
    O escritor a cujo nome se faz referência no texto foi um dos expoentes do movimento abolicionista brasileiro, ao qual aderiram muitos outros homens ilustres do século XIX.
    Os termos em negrito nos mostram a existencia de posse!!! O NOME DO ESCRITOR! Entao vemos que podemos usar CUJO ! - Mas eee aquele A antes do "cujo", hein?? 
    aaah, que bom que perguntou! Agora que sabemos que podemos usar o CUJO por haver posse, temos que ver a regencia do verbo, que no caso seria do vermo "referir", entao, quem se refere, se refere A! Temos ai um verbo transitivo indireto! Entao devido a necessidade da preposicao A temos que usa-lo antes do pronome relativo, cujo! 
    II - Podemos em QUELQUER caso usar QUE ou O QUEL  como pronomes relativos! Temos O QUAL, podem quem adere, adere A logo, AO QUA!!!
    YAY ! bons estudos ! 
  •  a) O autor do texto, cuja convicção é que estamos longe do desenvolvimento social, desconfia dos avanços tecnológicos pelos quais muita gente demonstra plena admiração.

     

     b) A modernidade técnica, sobre a qual o autor faz suas restrições, não trouxe consigo o desenvolvimento social o qual tantos aspiram.

     

     c) Muita gente acredita que a tecnologia serve a todos, quando o que os fatos têm demonstrado é que ela acaba servindo aos mesmos privilegiados de sempre.

     

     d) correta

     

     e) É tal a velocidade em que vêm ocorrendo os avanços tecnológicos que os homens nem têm tempo para pensar nos excluídos, naqueles os quais essa velocidade não beneficia.

     

     

    ----

    "Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina."


ID
160249
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Orgulho ferido

Um editorial da respeitada revista britânica The Lancer
sobre o futuro de Cuba acendeu uma polêmica com
pesquisadores latino-americanos. O texto da revista sugeriu que
o país pode mergulhar num caos após a morte do ditador Fidel
Castro, que sofre de câncer, tal como ocorreu nos países do
Leste Europeu após a queda de seus regimes comunistas. E
conclamou os Estados Unidos a preparar ajuda humanitária
para os cubanos. De quebra, a publicação insinua que há
dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano fazer
frente a esse quadro.

"O editorial é um desrespeito à soberania de Cuba", diz
Maurício Torres Tovar, coordenador-geral da Alames (Associação
Latino-Americana de Medicina Social). "A atenção do
Estado cubano para com a saúde de sua população é um
exemplo para todos. Cuba tem uma notável vocação solidária,
ajudando, com remédios e serviços de profissionais, diversos
países atingidos por catástrofes", afirmou. Sergio Pastrana, da
Academia de Ciências de Cuba, também protestou: "Temos
condição de decidir se precisamos de ajuda e direito de
escolher a quem pedi-la."

(Revista Pesquisa Fapesp. Outubro 2006, n. 128)

A expressão com que preenche corretamente a lacuna da frase:

Alternativas
Comentários
  • Vamos lá.

    a) Foi dura, mas justa, a réplica DE QUE Sergio Pastrana se VALEU, em desagravo à dignidade do país.

    Valer de

     b) Foi grande a repercussão QUE OBTEVE o editorial da revista entre pesquisadores latino-americanos.

    Obter o que?

    c) A muitos cubanos OFENDERAM os termos COM QUE o editorial se referiu ao futuro do pais.

    Ofender com

    d) As grandes potências costumam ser presunçosas quando analisam o tipo de sociedade QUE os pequenos países ESCOLHERAM construir.

    Escolher o que?

    e) A revista britânica esqueceu-se de que os cubanos notabilizaram-se pelo sentimento de solidariedade QUE DEMONSTRARAM nas últimas décadas.

    Demonstraram o que? ou o qual
     

  • Essa foi a resposta correta. Muita gente boa acabou caindo na pegadinha da banca ao pensar que o termo regente seria o verbo REFERIR-SE. 

    Cuidado – o termo regido desse verbo já estava expresso na oração – veja só: O EDITORIAL SE REFERIU AO FUTURO DO PAÍS.

    Na verdade, o pronome relativo tinha como antecedente o substantivo “termos”. Em outra estrutura, poderíamos afirmar que “o editorial se referiu ao futuro do país COM TERMOS que ofenderam a muitos cubanos”.

    Por isso, a preposição COM deve anteceder o pronome relativo que substitui a palavra TERMOS:

    “A muitos cubanos ofenderam os termos COM QUE o editorial se referiu ao futuro do país.”

ID
160432
Banca
CESGRANRIO
Órgão
ANP
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O trecho "...a psicanalista Karla Patrícia Martins[...], autora do livro Profetas da Chuva, do qual foram retirados os depoimentos desta reportagem" foi reescrito com alterações da ordem dos constituintes e alteração de algumas palavras. O trecho que NÃO está de acordo com a norma culta é:

Alternativas
Comentários
  • e) Foram retirados depoimentos, que trata esta reportagem, do livro Profetas da Chuva( trata de algo) de que trata esta repotagem.

  • O item e está correto, pois é o trecho que não está de acordo com a norma culta. Para adequar-se à norma culta, o trecho deveria estar assim escrito: " Foram retirados depoimentos, de que trata esta reportagem, do livro Profetas da Chuva." Porque o verbo tratar, no sentido em que está sendo usado, rege a preposição de: a reportagem trata de alguma coisa.

  • Olá,

    Corrijam-me caso eu esteja errada, mas acredito que a questão tem 2 alternativas corretas, porque:

    O livro Profetas da Chuva, de onde foram retirados os depoimentos desta reportagem, ...

    O pronome relativo ONDE somente pode ser utilizado para indicar um lugar, como por exemplo: Esta é a cidade onde moro

    Procurei muitas explicações sobre este pronome e todas dizem o mesmo: o pronome relativo ONDE somente pode ser utilizado para substiruir um lugar, como adjunto adverbial de lugar.
  • Não seria: Foram retirados depoimentos, dos quais trata esta reportagem? Trata de algo, mas "depoimentos" está no plural. Pelo menos,foi assim que raciocinei.

  • PODIA TAMBEM SER " DE QUE TRATAM "

    OU ' DOS QUAIS TRATAM ", PORQUE O PRONOME 'QUE PODE SER SUBSTITUÍDO POR ' O QUAL OU " OS QUAIS " , QUE FICA DE + OS QUAIS = DOS QUAIS


ID
160609
Banca
FCC
Órgão
TRE-AP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

O jivaro


Um sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à

América do Sul, conta a um jornal sua conversa com um índio

jivaro, desses que sabem reduzir a cabeça de um morto até ela

ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações, e

o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com

um inimigo.

O Sr. Matter:

? Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça

de um macaco.

E o índio:

? Por que um macaco? Ele não me fez nenhum mal!


(Rubem Braga, Recado de primavera)





Texto II

Anedota búlgara


Era uma vez um czar naturalista

que caçava homens.

Quando lhe disseram que também se caçam borboletas

[e andorinhas ficou muito espantado

e achou uma barbaridade.


(Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia)


É adequado o emprego da expressão sublinhada na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • d) O índio jivaro, com cuja reação o Sr. Matter não contava, espantou-se com a proposta.

    O Sr. Matter não contava com a reação do índio jivaro.
  • O pronome relativo "cujo" deve estar sempre entre nomes (a preposição da regência do verbo não conta). Exemplo: na letra E está entre nome e verbo (barbaridade e espantou).  =)

  • LETRA D.

    Complementando...

    O pronome CUJO(A) tem concordância catafórica, isto é, observa-se o verbo ou o nome que vem após o pronome relativo para colocar a preposição correta antes dele.

    Ex.: Aqui estão os trabalhos com cujos tópicos não simpatizamos.

    *simpatizamos = VTI (quem simpatiza, simpatiza COM alguma coisa ou alguém).

    ;)
  • Item A - Erro na regência. Quem serve, serve algo a alguém (ou serve a alguém algo). o correto seria : A barbaridade a qual, (sem crase).

    Item B - Depois do cujo não há artigo. O correto seria: O jornal de cujo Sr. Matter (sem o artigo definido "O")

    Item C - Deparar com e não depara a. Erro de regência

    Item D - Correto

    Item E - O cujo transmite ideia de posse. Não há essa relação.

  • Trata-se de Pronome CUJO anteposto de Preposição:

    A regra é:

    Junte as duas sentenças, subordinando a segunda à(s) palavra(s) em destaque na primeira. (Atente para a presença de preposições antes do CUJO e flexões!), assim:O índio jivaro (1a palavra), com (2a palavra) cuja reação o Sr. Matter não contava, espantou-se com a proposta.

    O Sr. Matter não contava COM (2a palavra) a reação do ÍNDIO JIVARO (1a palavra)

    Na minha opinião, esse exercício deveria ter sido feito da forma contraria, ou seja, começando com a frase O Sr. Matter não contava com a reação do índio ivaro.Da forma original é só para dificultar ainda mais.

ID
168013
Banca
FCC
Órgão
METRÔ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Apoio ao transporte urbano

O BNDES tem um programa de apoio a projetos de
transportes públicos, abrangendo todos os investimentos necessários
à qualificação do espaço urbano no entorno do empreendimento.
O apoio pode se dar visando a forma de operação
específica, sempre com a preocupação de mirar os seguintes
objetivos: a) racionalização econômica, com redução
dos custos totais do sistema; b) privilégio do transporte coletivo
sobre o individual; c) integração tarifária e física, com redução
do ônus e do tempo de deslocamento do usuário; d) acessibilidade
universal, inclusive para os usuários com necessidades
especiais; e) aprimoramento da gestão e da fiscalização do sistema;
f) redução dos níveis de poluição sonora e do ar, do consumo
energético e dos congestionamentos; g) revalorização urbana
do entorno dos projetos.

O BNDES admite um nível de participação em até
100%, no caso de municípios de baixa renda ou de média renda
inferior localizados nas regiões Norte e Nordeste.

(Baseado em informações do site oficial do BNDES)

Está adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • c) À relação dos objetivos não poderia faltar a questão ambiental, para a qual cada vez mais se voltam os olhos dos cidadãos.

    Os olhos dos cidadãos se voltam para a relação dos objetivos.

    Quem volta - volta para (regência verbal)

  • Complementando...

    Para complementar o comentário do colega abaixo, basta colocar em ordem direta a sentença que a regência verbal vem à frente:

    Os olhos dos cidadãos se voltam cada vez mais PARA a questão ambiental.

  • Comentando a alternativa A:

    a) O BNDES tem um programa de apoio a projetos de transporte com cujo podem contar os municípios de baixa renda.

    A preposição "com" esta correta, visto que ela é requerida pela regência do verbo contar (quem conta, conta COM alguma coisa). Até aqui perfeito! O problema está na utilização do "cujo".

    O "cujo" é um pronome relativo que indica posse e deve figurar entre o possuidor e o possuído. Na alternativa em questão NÃO há esses elementos, de forma que a utilização do cujo é equivocada.

    Alguns exemplos simples da utilização desse pronome podem ser:

    Essa é a menina cuja irmã lhe falei. A menina (elemento possuidor) possui uma irmã (elemento possuído).

    Fiz uma prova cujas questões estavam dificílimas. A prova (elemento possuidor) possuia questões dificílimas (elemento possuído).

  •  alguém poderia me explicar o erro da alternativa e ???

    obrigada!

  • e) Os interessados em financiamento devem estar plenamente atentos aos objetivos enumerados que formam um conjunto.

     

    Atento pede a regência A.

  • Correta alternativa C

    A - O BNDES tem um programa de apoio a projetos de transporte com cujo podem contar os municípios de baixa renda.

    Cujo e seus variantes devem ficar entre substantivos. Na alternativa, a palavra seguinte ao termo "cujo" é um verbo (podem = poder).

    B - A acessibilidade universal constitui um dos requisitos nos quais os projetos deve contemplar como incontornável. 

    Quem contempla, contempla algo, e não "em algo". Nos = em + os

    C - À relação dos objetivos não poderia faltar a questão ambiental, para a qual cada vez mais se voltam os olhos dos cidadãos. 

    Nesse caso, o verbo "voltar" é transitivo indireto, e pede a preposição "para".

    Vejam: Os olhos dos cidadãos se voltam PARA a questão ambiental.

    D - Entre o projeto de transporte e o entorno do empreendimento deve haver uma articulação de cuja empreendedor não descuidará. 

    Cujo e seus variantes devem ficar entre substantivos. Na alternativa, a palavra seguinte ao termo "cujo" é um artigo.

    E - Os objetivos enumerados formam um conjunto com o qual os interessados em financiamento devem estar plenamente atentos.

    Quem se atenta, se atenta "a" algo, e não "com" algo. Portanto, esse preposição "com" torna a alternativa errada.

    Eu interpretei a questão assim e acertei. Se eu estiver errado, por favor, corrijam.

    Abraços.


ID
174316
Banca
FCC
Órgão
AL-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Representatividade ética

Costuma-se repetir à exaustão, e com as consequências
características do abuso de frases feitas e lugares-comuns, que
as esferas do poder público são o reflexo direto das melhores
qualidades e dos piores defeitos do povo do país. Na esteira
dessa convicção geral, afirma-se que as casas legislativas brasileiras
espelham fielmente os temperamentos e os interesses
dos eleitores brasileiros. É o caso de se perguntar: mesmo que
seja assim, deve ser assim? Pois uma vez aceita essa correspondência
mecânica, ela acaba se tornando um oportuno álibi
para quem deseja inocentar de plano a classe política, atribuindo
seus deslizes a vocações disseminadas pela nação inteira...
Perguntariam os cínicos se não seria o caso, então, de não
mais delegar o poder apenas a uns poucos, mas buscar repartilo
entre todos, numa grande e festiva anarquia, eliminando-se
os intermediários. O velho e divertido Barão de Itararé já reivindicava,
com a acidez típica de seu humor: "Restaure-se a
moralidade, ou então nos locupletemos todos!".

As casas legislativas, cujos membros são todos eleitos
pelo voto direto, não podem ser vistas como uma síntese
cristalizada da índole de toda uma sociedade, incluindo-se aí as
perversões, os interesses escusos, as distorções de valor. A
chancela da representatividade, que legitima os legisladores,
não os autoriza em hipótese alguma a duplicar os vícios sociais;
de fato, tal representação deve ser considerada, entre outras
coisas, como um compromisso firmado para a eliminação
dessas mazelas. O poder conferido aos legisladores deriva,
obviamente, das postulações positivas e construtivas de uma
determinada ordem social, que se pretende cada vez mais justa
e equilibrada.

Combater a circulação dessas frases feitas e lugarescomuns
que pretendem abonar situações injuriosas é uma
forma de combater a estagnação crítica ? essa oportunista aliada
dos que maliciosamente se agarram ao fatalismo das "fraquezas
humanas" para tentar justificar os desvios de conduta do
homem público. Entre as tarefas do legislador, está a de fazer
acreditar que nenhuma sociedade está condenada a ser uma
comprovação de teses derrotistas.

(Demétrio Saraiva, inédito)

As casas legislativas, cujos membros são todos eleitos pelo voto direto, não podem ser vistas como uma síntese cristalizada da índole de toda uma sociedade (...).

Considerando-se aspectos de construção da frase acima, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Ambos estão no sentido de comparação.

  • É verdade nesse caso é uma comparação, mas vamos combinar que o tal, sem o qual junto fica muito estranho?!

  • Concordo com a colega abaixo...

    As casas legislativas, cujos membros são todos eleitos pelo voto direto, não podem ser vistas tal uma síntese cristalizada da índole de toda uma sociedade (...)

    Fica meio estranho não!?

  • Concordo com os colegas, pois não é muito usual.

    No entanto, está correto porque "tal" é o mesmo que semelhante, parecido ou análogo, sendo que o "tal qual" é apenas uma expressão que enfatiza comparação.

    Ex.: "Tal pai, tal filho". Veja que o "qual" não foi utilizado, mas a idéia ficou clara de que o filho é semelhante ao pai.

    Correta a alternativa D.

  • Infelizmente, a banca não esté nem aí se a forma é usual ou não. Fica estranho justamente porque não usamos falar ou escrever assim.
  • a) não tem verbo exigindo a preposição "em", logo ela não pode ser empregada ates de "cujos" e, além disso, o pronome relativo "cujo" não admite artigo nem antes e nem depois dele.

    b) com a eliminação da vírgula, a oração passa de subordinada adjetiva explicativa (com o sentido de generalização) para subordinada adjetiva restritiva (com o sentido de limitação). Portanto, alteraria o sentido.

    c) Não se pode ver as casas legislativas como... = As casas legislativas não podem ser vistas como...

    d) como, que nem, assim como, como se, tal qual, tal como, tal, feito, tanto quanto... são conjunções subordinativas comparativas, logo pode ser substituído sem prejuízo gramatical.

    e) de toda sociedade = qualquer sociedade

        de toda uma sociedade = sociedade específica


ID
176974
Banca
ESAF
Órgão
MPU
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque o item que contém erro gramatical ou de ortografia.

Gonçalves Dias nasceu em 1823, no Maranhão, filho de João Manuel Gonçalves, comerciante português, e de Vicência Ferreira, índia mestiça(A). Em 1838, embarcou para Portugal, onde(B) se matriculou no curso de Direito, em Coimbra. Suas primeiras produções literárias se iniciam(C) por volta de 1840, entre elas a sua mais conhecida poesia, a Canção do exílio (1843). Em 1851, em uma de suas viagens etnográficas(D) para o Norte, passa pelo Maranhão com a intenção de se casar com o grande amor de sua vida, Ana Amélia, uma jovem de 14 anos. O pedido foi recusado pela mãe da moça, por causa da origem mestiça e bastarda do poeta. O romance entre o dois serviu de inspiração para Aluísio Azevedo - O mulato. Após essa decepção amorosa, faz um casamento de conveniência. Somavam-se( E) a essas frustrações um forte sentimento de inferioridade de origem.

(Baseado em Beatriz de Moraes Vieira)

Alternativas
Comentários
  • O correto seria :
    "Somava-se a essas frustrações um forte sentimento de inferioridade de origem." Pois a forma pronominal do verbo somar e Transitiva Indireta e por essa razão deve permanecer no singular.
  • Resposta : Letra E)

    Mas a  letra b) B pode gerar dúvidas : Aonde ou onde ?

    Comentários :

     Usaremos AONDE quando pudermos substituir por PARA ONDE. Assim,

    Aonde você vai, com essa roupa sumariíssima. Porque podemos substituir por PARA ONDE você vai...

    Mas,

    Moro onde não mora ninguém. Porque é impossível substituir por Moro PARA ONDE não mora ninguém.

    Fácil.

    Então faça o teste. ONDE ou AONDE eu estava com a cabeça quando me casei com você?

  • O verbo SOMAR normalmente é Transitivo Direto, contudo, nesse caso como ele está pro-nominal ele torna-se Transitivo Indireto e por essa razão a particula (SE) presente no trecho é um indice de indeterminação do sujeito e por isso o correto seria "SOMA-SE a essas frustrações ..." 

    Valeu Galera !

    Bons Estudos!!

  • O principal erro é de concordância verbal do verbo somar.

  • Item "e" deve ser assinalado.

    Vide regra o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Quando acompanha de partícula "se" e esta for pronome apassivador, o verbo concorda com sujeito.
    No nosso caso o sujeito é simples e acompanhado de se como partícula apassivada; sendo assim, o verbo deveria estar no singular. Portanto:

    Somavam-se a essas frustrações um forte sentimento de inferioridade de origem (errado)
    Somava-se a essas frustrações um forte sentimento de inferioridade de origem (correto)
  • Fiquei em dúvida em relação a alternativa "c"

    Se iniciam - próclise

    mas também não poderia ser ênclise?
    iniciam-se

    Poderia utilizar ambas (próclise ou ênclise) ou o correto é utilizar somente próclise?
  • Ambas estao corretas, pois "somam" nao está no futuro, nem no participio.
    Outro impedimento seria se houvesse palavra invariavel, exigindo, assim, a proclise.
  • A resposta correta não teria que ser a letra "D"? Pois é o item que aponta o erro (E) do texto, o qual mostra o erro do verbo "Somar".
  •  A "d" que está apontando o erro.
  • Bom, a meu ver, como o colega disse acima, é uma questão de concordância. Pois veja bem:
    Somavam-se( E) a essas frustrações um forte sentimento de inferioridade de origem.
    O que é somado às frustrações é um forte sentimento de inferioridade, ou seja, é um sentimento e não mais que um. Para que o verbo estivesse correto deveria haver mais algum elemento, como por exemplo... um forte sentimento de inferioridade de origem E a sua insegurança. Por isso o verbo deve vir no singular, concordando com essa parte da frase: 
    Soma-se a essas frustrações um forte sentimento de inferioridade de origem. 
    Ou para ficar mais fácil de entender, invertendo a ordem da frase:
    A essas frustrações era somado um forte sentimento de inferioridade de origem. 


  • SOMAVA-SE um forte sentimento de inferioridade de origem


ID
186274
Banca
FCC
Órgão
PGE-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No exercício de funções governamentais de responsabilidade,
um tipo de conhecimento indispensável é aquele que
se caracteriza pela aptidão para entender o conjunto das coisas.
Esse tipo de conhecimento, associado à compreensão da relação
entre meios disponíveis e fins desejáveis, é o que confere
ao governante perícia estratégica para perceber o que está
aberto às possibilidades futuras. Tal conhecimento tem a feição
de uma "visão global". É uma espécie de "quadro mental", fruto
da experiência, da sensibilidade e do domínio de assuntos, que
permite a um governante, sem perder o sentido de direção, ir
contextualizando a informação fragmentada que provém do
mundo complexo e interdependente em que vivemos.

Entender o conjunto das coisas que estão ocorrendo no
mundo, com destaque para a crise econômico-financeira, que a
partir dos EUA se espraiou globalmente, é uma dificuldade compartilhada
em todos os lugares por governantes e governados.

Qual é o significado e o alcance dessa crise, que aprofunda
tensões difusas em todos os países, inclusive no Brasil?

Os economistas fazem uma distinção entre risco e
incerteza. O risco comporta cálculo, enseja alguma previsibilidade
e abre horizontes para cenários de possibilidades que o
imprevisto pode trazer. Os vários tipos de seguro, desde a sua
origem, como o seguro marítimo, os hedges, são uma expressão
de um cálculo probabilístico que permite a gestão de riscos.
A incerteza, ao contrário, não comporta cálculo e por isso tende
a propiciar o imobilismo, do qual são exemplos os bancos que
não emprestam, os investimentos empresariais que se suspendem
e o consumo dos particulares que se contém.

O risco é uma característica da sociedade moderna e o
capitalismo nela identifica um caminho de inovação e progresso.
Nesta nossa era de globalização, Anthony Giddens chama a
atenção para o novo risco do risco. Este provém de um maior
desconhecimento do nível de risco, manufaturado pela ação
humana. Disso são exemplos o risco ecológico, o nuclear e o da
direção do conhecimento científico-tecnológico que, com suas
constantes inovações, transpõe continuamente barreiras antes
tidas como naturais. A crise financeira, como crise de confiança,
é uma expressão do risco manufaturado pelo sistema financeiro
global que, por conta de suas falhas de avaliação, gestão
temerária, carência de supervisão e de normas, se transformou
num não debelado curto-circuito de incerteza.

A crise é global e os seus efeitos estão se internalizando
na vida dos países, em maior ou menor grau, à luz de suas
especificidades.

(Trecho do artigo de Celso Lafer. O Estado de S. Paulo, A2, 15
de fevereiro de 2009, com adaptações)

Considere o emprego de pronomes no 5º parágrafo do texto. Está INCORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • "Onde" neste caso é um pronome relativo que deve ser usado somente referindo-se a lugar, para substituir " no qual", deve indicar um lugar estático ou o local onde algo está. Por isso não cabe a substituição nesta sentença, mas seria correto caso usássemos: "o qual"

  • Onde = Indica lugar;
    Aonde = o pronome
  • Li numa apostila que o pronome que é coringa só não substitui o pronome cujo?
  • Que não pode ser substituído pelo pronome onde pois o termo anterior não é lugar ( risco). As barreiras são conotativas, ou seja, tem sentido figurado.

  •  

    Estava lendo teoria dessa matéria agora e lá dizia que quando há uma enumeração o pronome relativo concorda com o último termo.

    Ex: Carlos é um garoto que adora animais. (O que se refere a garoto e não a Carlos)

    No caso de "suas" (pron. possessivo) concorda com todos os termos? Ele pegou "risco ecológico, o nuclear e o da
    direção do conhecimento científico-tecnológico" e chamou de "falhas de avaliação do sistema financeiro global"
     na alternativa B?

    Disso são exemplos o risco ecológico, o nuclear e o da
    direção do conhecimento científico-tecnológico
    que, com suas
    constantes inovações, transpõe continuamente barreiras antes
    tidas como naturais. 

    O que em vermelho retomaria apenas direção do conhecimento científico-tecnológico?

  • Alguém me explica a letra A?


ID
188167
Banca
FCC
Órgão
TRT - 9ª REGIÃO (PR)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Pelo mundo afora, os jornais sentem a agulhada de uma
conjunção de fatores especialmente desfavoráveis: a recessão
mundial, que reduz os gastos com publicidade, e o avanço da
internet, que suga anúncios, sobretudo os pequenos e rentáveis
classificados, e também serve como fonte - em geral gratuita -
de informações. Na Inglaterra, para sobreviver, os jornais
querem leis menos severas para fusão e aquisição de empresas.
Na França, o governo duplicou a verba de publicidade e dá
isenção tributária a investimentos dos jornais na internet.

Mas em nenhum outro lugar a tormenta é tão assustadora
quanto nos Estados Unidos. A recessão atropelou os dois
maiores anunciantes - o mercado imobiliário e a indústria
automobilística - e a evolução da tecnologia, com seu impacto
sísmico na disseminação da informação, se dá numa velocidade
alucinante no país. O binômio recessão-internet está produzindo
uma devastação. Vários jornais, mesmo bastante antigos e
tradicionais, fecharam suas portas.

O fechamento de um jornal é o fim de um negócio como
outro qualquer. Mas, quando o jornal é o símbolo e um dos
últimos redutos do jornalismo, como é o caso do New York
Times
, morrem mais coisas com ele. Morrem uma cultura e
uma visão generosa do mundo. Morre um estilo de vida
romântico, aventureiro, despojado e corajoso que, como em
nenhum outro ramo de negócios, une funcionários, consumidores
e acionistas em um objetivo comum e maior do que
interesses particulares de cada um deles.
Desde que os romanos passaram a pregar em locais
públicos sua Acta Diurna, o manuscrito em que informavam
sobre disputas de gladiadores, nascimentos ou execuções, os
jornais começaram a entrar na veia das sociedades civilizadas.
Mas, para chegar ao auge, a humanidade precisou fazer uma
descoberta até hoje insubstituível (o papel), duas invenções
geniais (a escrita e a impressão) e uma vasta mudança social (a
alfabetização). Por isso, um jornal, ainda que seja um negócio,
não é como vender colírio ou fabricar escadas rolantes.

(André Petry. Revista Veja, 29 de abril de 2009, pp. 90-93, com
adaptações)

... o manuscrito em que informavam sobre disputas de gladiadores ... (último parágrafo)

A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E

    Talvez o uso do pronome relativo seja entre todas as disciplinas a matéria mais cobrada em provas, nesta questão foi cobrado um ponto bastante importante, quando se deve usar QUE ou EM QUE. O uso da preposição somente é aplicado quando é visto a necessidade de propriedade, de estar contido. EX:

    e) São expostas as linhas de pensamento e a posição crítica do corpo diretivo de um jornal No editorial que trata das questões. Observe que se for retirado NO o período tem seu sentido alterado ( retira o sentido de propriedade ), por isso deve ser em que e nao apenas que.

    Forte abraço!

     

  • Muito bom comentário, Douglas ! Vou completar o resto das opções:

    a) O veículo COM QUE contam os moradores para obter informações locais, em pequenas cidades, é o jornal.

    b) Seria necessário considerar os avanços da tecnologia PARA QUE os tradicionais jornais se adaptem às necessidades de um mundo moderno.

    c) O grupo controlador de um jornal é sempre aquele QUE se exige especialmente compromisso com a ética e a verdade.

    d) As manchetes, QUE atraem leitores, nem sempre apontam para fatos verdadeiramente relevantes para a maioria.
     

  • complementando o comentário de Douglas.
    em que é utilizado para subsituir "ONDE" e no qual.
    indicando local para verbos que não exigem a preposição 'a'.
  • Letra "E" correta - questões são expostas EM algum lugar, qual seja, O Editorial.

  • exemplificando:

    Essa obra foi EXPOSTA EEEEEMMMMMMM Londres!!!!!

    Ou seja, meus caros, vamos perguntar:::

    EM QUE """""" PAIS ELA FOI EXPOSTA



    FUI

  • C - INCORRETA. O grupo controlador de um jornal é sempre aquele DO QUAL se exige especialmente compromisso com a ética e a verdade. Quem exige, exige ALGO (compromisso com a ética e a verdade) DE ALGUÉM/ALGO (do grupo controlador de um jornal).

  • Contam os moradores para obter informações locais, em pequenas cidades, COM UM JORNAL POR ISSO " COM QIE"

    OS TRADICIONAIS JORNAIS SE ADAPTAM AOS AVANÇOS DA TECNOLOGIA

    Seria necessario considerar os avanços da tecnologia A QUE os tradicionais jornais se adaptem ......

    E) São expostas as linhas de pensamento EM QUESTÕES , OU EM que são expostas as linhas de pensamento


ID
206158
Banca
FEPESE
Órgão
SEFAZ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

K. Anders Ericsson, sueco grandalhão, barbudo e entusiástico, é professor de Psicologia na Florida State University, na qual recorre à pesquisa empírica para determinar o quanto do talento é "natural" e o quanto é adquirido. Conclusão: o atributo que em geral denominamos "talento bruto" é muito superesti­mado. "Muita gente acha que as pessoas nascem com limitações inatas", diz. "Mas dispomos de muito poucas evidências concretas de que alguém seja capaz de alcançar qualquer espécie de desempenho excepcio­nal sem se dedicar ao autoaperfeiçoamento". Ou, em outros termos, a excelência - no futebol, no piano, na cirurgia ou em programação de computadores - quase sempre é conquistada, não inata.

E é verdade, como sua avó sempre lhe dizia, que a prática realmente faz a perfeição. Mas não só a prática desordeira, ao acaso. O domínio de uma área, a mes­tria, decorre do que Ericsson denomina "prática delibe­rada", o que significa mais que tocar ao piano a escala de C menor 100 vezes ou treinar saques de tênis até deslocar o ombro. A prática deliberada tem três com­ponentes básicos: definição de objetivos específicos, obtenção de feedback imediato e concentração tanto em técnicas quanto em resultados.

As pessoas que se tornam excelentes em determinada área nem sempre são as mesmas que parecem "super­dotadas" quando crianças ou jovens. Isso sugere que, quando se trata de escolher o que fazer na vida, as pessoas devem fazer o que amam - sim, sua avó tam­bém lhe disse isso - porque, se você não amar o que faz, dificilmente se empenhará o suficiente para ser bom no que faz.

LEVITT, Steven D.; DUBNER, Stephen J. Super Freakonomics. O lado oculto do dia a dia. Trad. Afonso Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 56-57. (adaptado)

Analise as afirmativas abaixo, relacionadas ao Texto 2.

1. A expressão "professor de Psicologia na Florida State University", sublinhada no texto, é predicativo do sujeito da primeira oração do texto.
2. A segunda oração do texto inicia pelo conectivo "na qual", que poderia ser substituído pelo pronome relativo "onde" sem prejuízo gramatical ou de sentido.
3. A "pesquisa empírica", sublinhada no texto, significa a pesquisa científica baseada no racionalismo.
4. Em "Muita gente acha que as pessoas nascem com limitações inatas", a oração sublinhada é uma oração substantiva objetiva direta que complementa o verbo "achar".

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • empírico
    em.pí.ri.co
    adj (gr empeirikós) 1 Relativo ou pertencente ao empirismo. 2 Baseado na experiência ou dela derivado: Remédio empírico. 3 Que se baseia somente na experiência ou observação, ou por elas se guia, sem levar em consideração teorias ou métodos científicos; rotineiro. sm 1 V empirista. 2 Indivíduo que trata doenças sem noções científicas; charlatão, curandeiro.

    Fonte:
    Moderno Dicionário da Língua Portuguesa

  • Com relação a IV: a oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da oração principal.

    Por Exemplo:

    Todos querem sua aprovação no vestibular. 
     Objeto Direto 
     
    Todos querem que você seja aprovado. (Todos querem isso)
    Oração Principal  Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta

    As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas por:

    1- Conjunções integrantes "que"(às vezes elíptica) e "se":

    Por Exemplo:

    A professora verificou se todos alunos estavam presentes.


    Em "Muita gente acha que as pessoas nascem com limitações inatas", a oração sublinhada é uma oração substantiva objetiva direta que complementa o verbo "achar"

    Diante da explicação anterior podemos analisar que:  "Muita gente acha que as pessoas nascem com limitações inatas" - Muita gente acha isso.
  • GABARITO D.

     

    Aquele momento que você não lembra se "ONDE" é lugar ou movimento. 

     

    "onde" deve ser limitado aos casos em que há indicação de lugar físico, espacial. Quando não houver essa indicação, deve-se preferir o uso de em queno qual (e suas flexões na qual, nos quais, nas quais) e nos casos da ideia de causa / efeito ou de conclusão.

  • LUGAR LONDE

    MAONDE EU VOU

  •  oração substantiva objetiva direta - faltou subordinada, por isso n marquei... aff viu KK


ID
238573
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre o natural e o sobrenatural

Outro dia escrevi sobre a importância do não saber, de como o conhecimento avança quando parte do não saber, isto é, do senso de mistério que existe além do que se sabe. A questão aqui é de atitude, de como fazer frente ao desconhecido. Existem duas alternativas: ou se acredita na capacidade da razão e da intuição humana (devidamente combinadas) em sobrepujar obstáculos e chegar a um conhecimento novo, ou se acredita que existem mistérios inescrutáveis, criados por forças além das relações de causa e efeito.

No meu livro Criação imperfeita, argumentei que a ciência jamais será capaz de responder a todas as perguntas. Sempre existirão novos desafios, questões que a nossa pesquisa e inventividade não são capazes de antecipar. Podemos imaginar o conhecido como sendo a região dentro de um círculo e o desconhecido como sendo o que existe fora do círculo. Não há dúvida de que à medida que a ciência avança o círculo cresce. Entendemos mais sobre o universo e entendemos mais sobre a mente. Mas, mesmo assim, o lado de fora do círculo continuará sempre lá. A ciência não é capaz de obter conhecimento sobre tudo o que existe no mundo. E por que isso? Porque, na prática, aprendemos sobre o mundo usando nossa intuição e instrumentos. Sem telescópios, microscópios e detectores de partículas, nossa visão de mundo seria mais limitada. Porém, tal como nossos olhos, essas máquinas têm limites.

Parafrasendo o poeta romano Lucrécio, as pessoas vivem aterrorizadas pelo que não podem explicar. Ser livre é poder refletir sobre as causas dos fenômenos sem aceitar cegamente "explicações inexplicáveis", ou seja, explicações baseadas em causas além do natural.

Não é fácil ser coerente quando algo de estranho ocorre, uma incrível coincidência, a morte de um ente querido, uma premonição, algo que foge ao comum. Mas, como dizia o grande físico Richard Feynman, "prefiro não saber a ser enganado."
E você?

(Adaptado de Marcelo Gleiser, Folha de S. Paulo, 11/07/2010)

Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos em destaque na frase:

Alternativas
Comentários
    • a) À medida em que a ciência avança, fenômenos  de cuja causa desconhecíamos passam a ser explicados.
    • b) Por hora, a ciência tem ainda muito que caminhar, já que o homem não renunciou a inflingir (esta palavra não existe) sua curiosidade ao mundo.
    • c) Se sobrevir  (sobrevier) ao homem alguma calamidade em escala planetária, somente a ciência disporá (dos) os meios de enfrentá-la.
    • d) A arrogância de que muitos homens são acometidos não parece estar entre os defeitos que se poderiam assacar ao autor. (CORRETA)
    • e) É por vezes mais preferível ignorar a razão de um fenômeno do que  a imaginá-lo esclarecido por um atalho místico.  
  • Infringir é quando alguém transgride, viola, desrespeita uma lei.
    Infligir é quando uma pena ou castigo é aplicado, quando alguém ou algo sofre algum tipo de dano ou prejuízo.

    Se você ficar confuso lembre-se que infringir é quando alguém comete uma infração. Por exemplo: Ele cometeu uma infração de trânsito, ou seja, ele infringiu uma lei.

    Veja mais exemplos:

    1) Se alguém infringir a lei seca, será punido com detenção. (violar)
    2) Eles estão presos porque infringiram alguma lei. (desrespeitaram)
    3) O juiz infligiu uma pena muito severa aos desordeiros. (aplicou)
    4) A seca infligiu a plantação, apenas uma agricultora se livrou. (causou dano)

    fonte:http://www.brasilescola.com/gramatica/infligir-ou-infringir.htm

    À medida que é uma locução conjuntiva proporcional, logo, expressa ideia de proporção. Esta aí a explicação do por que essa expressão pode ser substituída por “à proporção que”. Uma oração que contenha “à medida que” é subordinada à principal e mantém uma comparação com a mesma de igualdade, de aumento ou diminuição.

    a) À medida que nós subirmos, ficaremos mais cansados, porque o ar é rarefeito.
    b) Ele foi se acalmando à medida que  as boas notícias chegavam.

    Na medida em que é uma locução conjuntiva causal, logo, haverá noções de causa/consequência ou efeito nas orações que tiverem tal expressão. Pode ser substituída pelas equivalentes “uma vez que”, “porque”, “visto que”, “já que” e “tendo em vista que”. Veja:

    a) Nós precisamos ler mais na medida em que crescemos, pois temos maior entendimento ao passar dos anos. (visto que)
    b) A pesquisa dever ser feita antes de dezembro na medida em que vamos estar de férias nesse período. (porque)

    fonte:http://www.mundoeducacao.com.br/gramatica/a-medida-que-ou-na-medida-que.htm

    Bons Estudos!

  • a) À medida em que a ciência avança, fenômenos  de cuja causa desconhecíamos passam a ser explicados. b) Por hora, a ciência tem ainda muito que caminhar, já que o homem não renunciou  a inflingir (esta palavra não existe; seria: infligir) sua curiosidade ao mundo. c) Se sobrevir (sobrevier) ao homem alguma calamidade em escala planetária, somente a ciência disporá dos os meios de enfrentá-la. d) d) A arrogância de que muitos homens são acometidos não parece estar entre os defeitos que se poderiam assacar ao autor. (CORRETA) Obs.:
    assacar -v. tr. Imputar caluniosamente (alguma coisa) a alguém. = culpar
    Sinônimo de infligir -

    1. Impor, cominar (pena ou castigo). 2. Fazer sofrer. 3. Obrigar a passar por.

    e) É por vezes mais preferível ignorar a razão de um fenômeno do que  a imaginá-lo esclarecido por um atalho místico.
  • Apesar de ter acertado a questão, não conhecia o significado da palavra ASSACAR e, por isso, copio o siginificado abaixo, caso algum colega desconheça o mesmo.

    Dicionário Houaiss:

    assacar:

    verbo
     bitransitivo
    imputar caluniosamente, atribuir sem fundamento
    Ex.: assaca aos subordinados os próprios erros
  • EM QUE PESE AS COLEGAS JORGET TANOUS E AISLA CHAVES TEREM FEITO EXCELENTES COMENTÁRIOS SOBRE TODAS AS ALTERNATIVAS DESTA QUESTÃO, AMBAS NÃO MENCIONARAM UM ERRO IMPORTANTE PRESENTE NA ASSERTIVA B...

    TAL ALTERNATIVA DIZ:

    Por hora, a ciência tem ainda muito que caminhar, já que o homem não renunciou a inflingir sua curiosidade ao mundo.

    O CORRETO É POR ORA, QUE CORRESPONDE A "POR AGORA, POR ENQUANTO".
  • Bem lembrado.

    Só complementando:

    POR ORA significa por enquanto, por agora: "Por ora, não acredito na queda dos juros"; "Por ora, não dispomos de policiais eficientes"; "Os cientistas, por ora, desconhecem a cura da aids".

    POR HORA é o mesmo que a cada sessenta minutos, pelo tempo de uma hora: "O aluguel da lancha é R$ 100 por hora"; "Passam naquela rodovia 10 mil carros por hora"; "Ele passou aqui a mil por hora".

    http://www.portuguesnarede.com/2008/11/por-ora-ou-por-hora.html
  • Errei. Marque a letra "E"

    e) É por vezes mais preferível ignorar a razão de um fenômeno do que  a imaginá-lo esclarecido por um atalho místico.  

    O correto seria?

    e) É por vezes mais preferível ignorar a razão de um fenômeno  a   imaginá-lo esclarecido por um atalho místico. 

    Por estarmos tratando de verbo que exige a regência " a " ?!


    Obrigado;

  • Pessoal me explique o por quê da preposição "de" na letra d?
  • LETRA E: 

    - É por vezes mais preferível ignorar a razão de um fenômeno a imaginá-lo esclarecido por um atalho místico. (correta) 

    O Verbo Preferir é VTDI (verbo transitivo direito e indireto)

    Prefiro algo (=OD) a outra coisa (= OI) 

    Não existe "prefiro mais ____ DO QUE ____"

    "prefiro mais salgado DO QUE  doce "(ERRADO) 

    ex: Prefiro salgado a doce (CORRETA) 

  • a) À medida em que a ciência avança, fenômenos de cuja causa desconhecíamos passam a ser explicados.

     

    À medida que = proporção
    Na medida em que = causa

     

    Não deveria ter essa preposição de

     

     

    b) Por hora, a ciência tem ainda muito que caminhar, já que o homem não renunciou a inflingir sua curiosidade ao mundo.

     

    O correto seria Por ora

     

     

    c) Se sobrevir ao homem alguma calamidade em escala planetária, somente a ciência disporá os meios de enfrentá-la.

     

    O correto seria sobrevier (derivação do verbo vir)

     

    Dispor (VTD): no sentido de arrumar, colocar em ordem, organizar
    Dispor de (VTI): no sentido de possuir (que é o caso da alternativa)

    *Fique na dúvida se não poderia ser dispor sobre, mas não achei nada a respeito.

     

     

    d) GABARITO

     

     

    e) É por vezes mais preferível ignorar a razão de um fenômeno do que imaginá-lo esclarecido por um atalho místico.

     

    Mais preferível seria tão errado quanto falar "mais melhor". Além do mais, o correto é preferível a

    Curiosidade: mais que ou mais do que? Ambas locuções estão corretas. Ex.: eu estudo mais (do) que você.

     

    Se estiver errado, corrija-me

    Bons estudos!!!

  • assacar -v. tr.  Imputar caluniosamente (alguma coisa) a alguém. = culpar

     

    qdo vim nos comentários, pensei que o melhor comentário seria com o significado assacar, pois nunca ouvi falar.

    Mas não, pelo visto só eu nao conhecia a palavrinha que me fez errarrrr.

  • A arrogância de que muitos homens são acometidos não parece estar entre os defeitos que se poderiam assacar ao autor.

    Muitos homens são acometidos DE QUE? Arrogância.


ID
246736
Banca
FCC
Órgão
MPE-RS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Também nas cidades de porte médio, localizadas nas
vizinhanças das regiões metropolitanas do Sudeste e do Sul do
país, as pessoas tendem cada vez mais a optar pelo carro para
seus deslocamentos diários, como mostram dados do Departamento
Nacional de Trânsito. Em consequência, congestionamentos,
acidentes, poluição e altos custos de manutenção da
malha viária passaram a fazer parte da lista dos principais
problemas desses municípios.
Cidades menores, com custo de vida menos elevado que
o das capitais, baixo índice de desemprego e poder aquisitivo
mais alto, tiveram suas frotas aumentadas em progressão
geométrica nos últimos anos. A facilidade de crédito e a isenção
de impostos são alguns dos elementos que têm colaborado
para a realização do sonho de ter um carro. E os brasileiros
desses municípios passaram a utilizar seus carros até para
percorrer curtas distâncias, mesmo perdendo tempo em
congestionamentos e apesar dos alertas das autoridades sobre
os danos provocados ao meio ambiente pelo aumento da frota.
Além disso, carro continua a ser sinônimo de status para
milhões de brasileiros de todas as regiões. A sua necessidade
vem muitas vezes em segundo lugar. Há 35,3 milhões de
veículos em todo o país, um crescimento de 66% nos últimos
nove anos. Não por acaso oito Estados já registram mais
mortes por acidentes no trânsito do que por homicídios.

(O Estado de S. Paulo, Notas e Informações, A3, 11 de
setembro de 2010, com adaptações)

A expressão pronominal em que preenche corretamente a lacuna da frase:

Alternativas
Comentários
  • É correta a afirmação no item "a)", visto que há uma regra para o "quando" em sua função de pronome relativo ao possuir como antecedente um substantivo que exprima tempo ou divisões de duração, e nessa hipótese equivalerá a "em que".Também pode ser substutuido por onde denominado de pronome relativo locativo, o que seria melhor aplicado neste sentido.
  • Comentando as questões erradas: 

    OBS: Para responder estas questões fazemos a pergunta ao verbo:

    b) Muitos brasileiros sonham COM QUE

    c) Se respira o QUE

    d) Se trata DE QUE

    e) Seria necessário propiciar (o que?) transporte de qualidade PARA QUE? a população das grandes....
  • Dica de cursinho:

    Pronome relativo "Em que" refere-se a qualquer momento ao lugar!!!

    Questão a) Nas grandes cidades, ...... os moradores dependem de transporte coletivo eficiente, tem aumentado consideravelmente a frota de carros particulares.

     "...grandes cidades, em que os moradores... refere-se ao local onde "os moradores dependem de transporte coletivo eficiente..."
  • Na minha humilde concepção resolvi assim:

    Alternativa A)
    em que = onde (refere-se a lugar fixo, parado)

    Com relação a perguntar para o verbo, não consegui. Dessa forma, seria por eliminação das alternativas.
    b) sonham com que?
    c) respira o que?
    d) se trata de que?
    e) propiciar algo? a alguem?
    restando somenta a ALTERNATIVA A

    Abraço.
  • Não concordo com a colega porque se você perguntar ao verbo
    da letra A tambem não da certo porque quem depende..depende de alguma coisa.
    Se alguem tiver uma explicação mais clara agradeço
    deus os abençoe
  • Daniel, tudo bom cara?!
    Entendo o fato de você não concordar, mas há um detalhe que talvez poucos perceberam: Em "...os moradores dependem DE transporte..." já existe a preposição DE e o verbo só pode exigir uma a qual já foi regida.... Já no espaço lá cabe o "em que" pelo fato de dar ideia de lugar, como nossos nobres amigos já disseram...!
    Forte abraço, irmão!!
  • a) Em que os moradores

    b) Em que sonham

    c) Em que se respira

    d) Em que se trata

    e) Em que a população

  • Os moradores dependem de transporte coletivo eficiente nas grandes cidades

  • EM QUE É UM TERMO SINÔNIMO DO PRONOME ONDE, QUE FAZ RERÊNCIA A LUGARES FÍSICOS!

    A ÚNICA ALTERNATIVA QUE SE REFERE A UM LUGAR FISICO É A ALTERNATIVA (A)

    O pronome relativo “onde” deve ser usado quando o antecedente indicar lugar físico (ainda que virtual, figurativo), com sentido de “posicionamento em”. Como preposição “em” também indica uma referência locativa, podemos substituir “onde” por “em que” e por “no qual” e variações.

    Ex: A academia onde treino não tem aulas de MMA. (treino na academia> academia na qual/em que treino...


ID
247075
Banca
FCC
Órgão
TRT - 12ª Região (SC)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O humor e o "politicamente correto"

Tem sido marca de nossa época (não se sabe exatamente
a partir de quando, nem por que começou) adotar extrema
cautela quanto a formas de expressão, ao vocabulário, ao
emprego de certos conceitos. Trata-se de evitar que seja ferida
a susceptibilidade de quem pertence a determinada etnia, ou
professe certa religião, ou se oriente por determinada opção
sexual, ou que surja representando toda uma nacionalidade. Tal
preocupação traria a vantagem de impedir (ou ao menos tentar
impedir) a propagação de qualquer preconceito. Mas, no que diz
respeito à criação e à prática do humor, os efeitos dessa cautela
podem ser desastrosos.

É que o humor vive, exatamente, do desmesuramento,
do excesso, do arbítrio, da caricatura, do estereótipo ... e do
preconceito. Este último é o vilão da história: o preconceito é o
argumento final para quem cultiva o politicamente correto e
abomina quem dê um passo fora desse território bem comportado
e muito bem controlado.

Desde sempre o humor serviu como compensação
simbólica para as tantas desventuras que afligem o homem. É
quando o pobre se ri do rico, o ingênuo do esperto, o fraco do
poderoso; ou então, é quando ser pobre, ingênuo ou fraco já é
razão para um riso que explora o peso do infortúnio e da
desgraça. De fato, o humor não pede a ninguém o direito de
agir: sua liberdade é a sua razão de ser, é o sentido final de
quem ri - ainda que seja para não chorar.

O advento do "politicamente correto" parte da convicção
de que, para sermos todos felizes, temos que ser todos, ao
mesmo tempo e inteiramente, justos e honestos uns com os
outros, respeitando-nos uns aos outros sem qualquer possibilidade
de desvio. Ora, às vezes isso é extremamente chato:
ou porque não conseguimos ser justos e honestos o tempo
todo, ou porque a falta do riso acaba por nos tornar tão
distantes uns em relação ao outros que nos sentimos quase
desumanos... Por alguma razão, o riso é parte de nós. Sem ele,
perderemos a criancice, mataremos todos os palhaços do
mundo, eliminaremos todas as gargalhadas. Ou, como disse
uma vez um humorista, "se o mundo chegar a ser inteiramente
sério, que graça terá?".


(Abelardo Siqueira, inédito)

Está correto o emprego dos termos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADA= Os valores QUE pouca gente põe em prática
    b) ERRADA= O alcance crítico QUE se atribui ao humor
    c) CORRETA= abdica-se DE algo
    d) ERRADA= as formas de riso, AS QUAIS os moralistas temem
    e) ERRADA= costumam se apegar A algo
  • Nesse tipo de questões busca-se a transitividade do verbo, se for TRANSITIVO DIRETO não se exige preposição.

    Quem "Abdica", "abdica" DE algo ou alguma coisa. (VTI)
  • Somando com os colegas:

    Vou colocar aqui o meio que aprendi para chegar ao emprego correto do termo.


    A) Pouca gente põe em prática, o quê? Resposta: os valores edificantes (não vem com o emprego de nenhuma preposição).

    Tem sido marca de nossa época uma extrema preocupação com os valores edificantes de que(QUE), a rigor, pouca gente põe em prática.


    B) O que é atribuído ao humor? Resposta: o alcance crítico (não vem com o emprego de nenhuma preposição).

    O alcance crítico com que (QUE)se atribui ao humor não é desprezível, pois fere fundo e faz pensar.


    C) GABARITO. Não se quer abdicar de quê? Resposta: de uma verdade (vem com o emprego da preposição "de").


    D) Aqui me utilizei do conhecimento de que depois do pronome "cujo" não se admite o emprego de artigo. É errado, portanto, afirmar "cujo o", "cuja a" etc.


     E) Os falsos moralistas costumam se apegar a quê? Resposta: à obstinação (vem com o emprego da preposição "a" mais artigo definido "a").

    Para quem ama o humor, o "politicamente correto" é uma obstinação na qual (À QUAL) os falsos moralistas costumam se apegar.
     

     

     

      

  • bom pessoal,

    o pronome relativo QUAL ele retoma pessoass ou coisas então quando eu digo:

    A caricatura e o exagero são assumidos pelo humorista como intensificações de uma verdade da qual não quer abdicar.
    (quem abdica, abdica de algo ou alguma coisa - nesse caso, não quer abdicar de uma verdade) então, fica assim:

    não quer abdicar de(preposição) + a verdade(substantivo feminino) ficando DA QUAL

    BONS ESTUDOS
  • Marília, obrigado! Correção efetuada!
  • Esse verbo tem regência para todos os gostos...

    "Abdicar"
     significa renunciar (ao poder , a um cargo, título, dignidade), desistir.



     

    Pode ser intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto (preposição de):
     

    • Intransitivo: D. Pedro abdicou em 1831.
    •  
    • Transitivo Direto: A princesa abdicou o seu futuro título de rainha.
    •  
    • Transitivo Indireto: Não quis abdicar de seus direitos.
  • GABARITO: C

    Já fizemos várias questões parecidas com essa; é um constante "déjà vu"! A FCC não mete medo em ninguém. ? Vamos lá!

    “A caricatura e o exagero são assumidos pelo humorista como intensificações de uma verdade da qual não quer abdicar.” Quem não quer abdicar, não quer abdicar algo ou DE algo. Portanto, correto o uso da preposição antes do pronome relativo ‘a qual’, que retoma ‘verdade’.

    Vejamos os erros (já corrigidos) das demais:
    (A) “Tem sido marca de nossa época uma extrema preocupação com os valores edificantes que, a rigor, pouca gente põe em prática.” Quem põe em prática, põe em prática alguma coisa. Sem preposição. Nada a falar sobre o pronome relativo. Perfeito.

    (B) “O alcance crítico que se atribui ao humor não é desprezível, pois fere fundo e faz pensar.” Atribui-se algo (o alcance crítico) ao humor. Sem preposição. Nada a falar sobre o pronome relativo. Perfeito.

    (D) “Todas as formas de riso, de cujas os moralistas tanto temem, vêm sendo praticadas desde o início da civilização.” Nossa!!! Mais uma vez. Nunca, jamais, em tempo algum se usa artigo depois de ‘cujo’. Este é um erro gritante!!! Além disso, o ‘cujo’ precisa concordar em gênero e número com o termo que vem após ele, o que não ocorre. Além disso, não há relação de posse entre ‘moralistas e ‘formas de riso’. Em suma: a frase está mal construída; mal construída é bondade; é um samba do crioulo doido! De veria estar assim: “Todas as formas de riso, as quais os moralistas tanto temem, vêm sendo praticadas desde o início da civilização”. Simples, não?

    (E) “Para quem ama o humor, o “politicamente correto” é uma obstinação À qual os falsos moralistas costumam se apegar.” Os falsos moralistas costumam se apegar A algo. Foi? Quanto ao uso de ‘a qual’, perfeito, pois retoma palavra feminina singular.

ID
254023
Banca
FCC
Órgão
TRE-TO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Até alguns anos atrás, a palavra biodiversidade era
quase incompreensível para a maioria das pessoas. Hoje, se
ainda não chega a ser um tema que se discuta nos bares, vem
se incorporando cada vez mais na sociedade em geral. Tudo
indica que a variedade de espécies de plantas, animais e
insetos de uma determinada área começa a ser uma
preocupação geral ? a ponto de a ONU considerar 2010 o Ano
Internacional da Biodiversidade.
Mas, ainda que seja um assunto cada vez mais popular,
convencer governos e sociedades de que a biodiversidade tem
importância fundamental para a espécie humana e para o
próprio planeta é uma perspectiva remota. Afinal, a quantidade
de espécies aparentemente não influencia a vida profissional,
social e econômica de quem está mergulhado nas decisões
mais prosaicas do dia a dia.
Como diz Ahmed Djoghlaf, secretário-executivo da 10a
Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade
Biológica, o objetivo desse encontro é "desenvolver um novo
plano estratégico para as próximas décadas, incluindo uma
visão para 2050 e uma missão para a biodiversidade em 2020."
Talvez seja um discurso um pouco vago devido à
urgência dos fatos: nunca, na história do planeta, registrou-se
um número tão grande de espécies ameaçadas. Diariamente,
100 delas entram em processo de extinção e calcula-se que nos
próximos 20 anos mais de 500 mil serão varridas definitivamente
do globo. Tudo isso ocorre, na maior parte, graças à
intervenção humana.
Nessas espécies encontra-se um vasto e generoso
banco genético, cuja exploração ainda engatinha, capaz de
fornecer as mais diferentes soluções para questões humanas
eminentes. Esse fato poderia constituir argumento suficiente
para a preservação das espécies e das áreas em que elas se
encontram. No entanto, o raciocínio conservacionista tem sido
puramente contábil: quanto vale a biodiversidade, qual é o
prejuízo que representa sua diminuição e que investimento é
necessário para mantê-la. Nessa contabilidade, o que entra é
um valor atribuído aos "serviços" ambientais que os biomas
oferecem - como a purificação do ar e da água, o fornecimento
de água doce e de madeira, a regulação climática, a proteção a
desastres naturais, o controle da erosão e até a recreação. E a
ONU avisa: mais de 60% desses serviços estão sofrendo
degradação ou sendo consumidos mais depressa do que
podem ser recuperados.

(Roberto Amado. Revista do Brasil, outubro de 2010, pp. 28-
30, com adaptações)

... para a preservação das espécies e das áreas em que elas se encontram. (último parágrafo)

A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

Alternativas
Comentários
  • resposta correta 'D'. A expressão grifada é em que.
     
  • Desenvolvendo a resposta.
    Enunciado:  para a preservação das espécies e das áreas em que elas se encontram. (último parágrafo) 
    Quem se encontra, se encontra em algum lugar (num vasto e campo genetico)Verbo encontrar, VTI, exige a preposição em 
    Alternativa  As inúmeras espécies que constituem os biomas oferecem material de estudo ...... se fundamentam os cientistas para descobrir a cura de doenças.
    Quem fundamenta,  fundamenta algo em alguma coisa. Verbo fundamentar, VTDI, exige um complemento direto e outro indireto regido pela preposição em
    Obs. o verbo encontrar pode ter outros complementos.
  • a) O número de espécies de um bioma garante a matéria genética  DE QUE dispõem os pesquisadores para estudos nas mais diversas áreas do conhecimento. (preposição DE exigida pelo verbo dispor)
    b)  Material genético disponível para estudos mais aprofundados na área da saúde humana é tudo aquilo COM QUE possam sonhar os cientistas. o verbo "sonhar" exige a preposição COM)
    c) Justifica-se uma preocupação maior com a sustentabilidade do planeta, tendo em vista DE QUE se acelera o ritmo da degradação de diversos biomas (essa eu resolvi colocando a preposição "DE". Não sei se está correta a aplicação)
    d) correta. Preposisção EM exigida pelo verbo "fundamentar"
    e) É necessário ampliar o conhecimento sobre a importância da biodiversidade para a vida no planeta, PARA QUE se amplie o campo das pesquisas genéticas. PARA  exigido pelo verbo ampliar.

    Espero ter ajudado.
  • Comentário objetivo:

    a) O número de espécies de um bioma garante a matéria genética DE QUE dispõem os pesquisadores para estudos nas mais diversas áreas do conhecimento.

    b) Material genético disponível para estudos mais aprofundados na área da saúde humana é tudo aquilo   COM QUE   possam sonhar os cientistas.

    c) Justifica-se uma preocupação maior com a sustentabilidade do planeta, tendo em vista   QUE   se acelera o ritmo da degradação de diversos biomas.

    d) As inúmeras espécies que constituem os biomas oferecem material de estudo   EM QUE   se fundamentam os cientistas para descobrir a cura de doenças.

    e) É necessário ampliar o conhecimento sobre a importância da biodiversidade para a vida no planeta,   PARA QUE   se amplie o campo das pesquisas genéticas.

  • Questão vista de uma outra forma:

    a) dispõem de alguma coisa;
    b) sonhar com alguma coisa;
    c) o ritmo acelarado, que se acelera;
    d) fundamentam em alguma coisa, em que se fundamentam;
    e) ampliar algo para que, para que se amplie.

    Se não vai de um jeito, vai de outro, rss.
    Bons estudos!
  • se fundamentam...
    quem se fundamenta, se fundamenta em alguma coisa
  • Gente, depois dessas dicas, vocês não terão mais dúvidas nesse tipo de questão (presente em quase todas as provas da FCC). Vamos lá: Para saber a resposta da questão, basta localizar o verbo da oração e fazer a seguinte pergunta:

    a) O número de espécies de um bioma garante a matéria genética________ dispõem os pesquisadores para estudos nas mais diversas áreas do conhecimento.
    Pergunta: Quem dispõe, dispõe de algo. De que? Portanto, a resposta será: DE QUE.

    b) Material genético disponível para estudos mais aprofundados na área da saúde humana é tudo aquilo_______ possam sonhar os cientistas.
    Pergunta: Quem pode sonhar, pode sonhar com algoCom o que? Portanto, a resposta será COM QUE.

    c) Justifica-se uma preocupação maior com a sustentabilidade do planeta, tendo em vista________  se acelera o ritmo da degradação de diversos biomas.
    Pergunta: Quem pode acelerar, pode acelerar algoO que? Portanto, a resposta será QUE.

    d) As inúmeras espécies que constituem os biomas oferecem material de estudo__________ se fundamentam os cientistas para descobrir a cura de doenças.
    Pergunta: Quem fundamenta, se fundamenta em alguma coisaEm que? Portanto, a resposta será EM QUE.

    e) É necessário ampliar o conhecimento sobre a importância da biodiversidade para a vida no planeta,_________ se amplie o campo das pesquisas genéticas.
    Pergunta: No contexto, quem amplia, amplia PARA algum lugar/alguma coisaPara que? Portanto, a resposta será PARA QUE.




    Colham essas dicas e, certamente, serão muito felizes nas provas! 

  • Justifica-se uma preocupação maior com a sustentabilidade do planeta, tendo em vista________  se acelera o ritmo da degradação de diversos biomas.

    Justifica-se uma preocupação maior com a sustentabilidade do planeta, tendo em vista ISSO.

    Oração Subordinada Substantiva


ID
256750
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Conta-se que, um dia, Sócrates parou diante de uma tenda
do mercado em que estavam expostas diversas mercadorias.
Depois de algum tempo, ele exclamou: "Vejam quantas coisas
o ateniense precisa para viver." Naturalmente ele queria dizer
com isto que ele próprio não precisava de nada daquilo.
Esta postura de Sócrates foi o ponto de partida para a filosofia
cínica, fundada em Atenas por Antístenes - um discípulo
de Sócrates, por volta de 400 a. C. Os cínicos diziam que a
verdadeira felicidade não depende de fatores externos, como
o luxo, o poder político e a boa saúde. Para eles, a verdadeira
felicidade consistia em se libertar dessas coisas casuais e efêmeras.
E justamente porque a felicidade não estava nessas coisas,
ela podia ser alcançada por todos. E, uma vez alcançada, não
podia mais ser perdida.

(Jostein Gaarden, O Mundo de Sofia. São Paulo, Cia. das Letras, 1995)

Assinale a alternativa que substitui corretamente, sem alteração de sentido, as expressões em destaque nas frases:

Conta-se que, um dia, Sócrates parou diante de uma tenda do mercado em que estavam expostas diversas mercadorias.

E porque a felicidade não estava nessas coisas, ela podia ser alcançada por todos.

Alternativas
Comentários
  • Onde é pronome relativo, seria, inclusive, a opção mais indicada pelos gramáticos para aquela frase.

    O "porquê" nessa frase é conjunção subordinada causal, poderia ser substitída sem prejuízo gramatical por: como, já que, uma vez que, dado que, sendo que e etc.
  • Segundo o professor Pasquale, a palavra onde indica lugar, lugar físico e, portanto, não deve ser usado em situação em que a ideia de lugar não esteja presente. E como se pode analisar no trecho, a expressão em que está se referindo a um lugar físico.
  • ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL.

    Indicam a causa do processo expresso pelo verbo da oração principal.


    E porque a felicidade não estava nessas coisas, ela podia ser alcançada por todos.
     (oração adverbial causal)                                             (Oração principal)



  • Eu não vejo problema algum, nem dificuldade nessa forma:

    Conta-se que, um dia, Sócrates parou diante de uma tenda do mercado onde estavam expostas diversas mercadorias.

    visto que a felicidade não estava nessas coisas, ela podia ser alcançada por todos.

    Acho que damos explicações complexas para perguntas simples. A banca sabe que não somos linguistas.
     
  • (...) Sócrates parou diante de uma tenda do mercado em que estavam expostas diversas mercadorias.

    E porque a felicidade não estava nessas coisas, ela podia ser alcançada por todos.

     

    a) onde, visto que = CORRETA b) na qual, por mais que = "na qual" eu acho aceitável. Mas "por mais que" exigiria uma mudança nos verbos (para "estivesse" e "poderia") e, além disso, alteraria o sentido da frase; aliás ela ficaria sem sentido. c) aonde, contanto que = "aonde" deve ser usado indicando movimento. Ex.: aonde você estava indo quando se acidentou?; aonde vais?; não posso dizer aonde vou. Portanto, uma vez que a tenda do mercado está lá parada, imóvel ou inerte, não faz sentido usar "aonde". d) de onde, embora = "de onde" indica proveniência, lugar de onde algo provém: a terra de onde o lavrador retira o seu sustento; e) por onde, logo que = "por onde" significa "por que lugar(es)". Por onde você andou todos esses anos? Por onde caminhará meu primeiro amor? Bons estudos para nós todos!
  • Onde = que lugar, em que lugar, qual lugar. Indica permanência, uma idéia estática, o local em que se encontra ou ocorre algo. Vem normalmente acompanhado de verbos que indicam estado ou permanência.

    Aonde = a que lugar, para onde. É a junção da preposição “a” + onde. Dá a ideia de deslocação. Vem normalmente acompanhado de verbos que indicam movimento como ir, chegar, retornar, voltar e outros.

  • "por mais que" é concessiva.

  • GABARITO A
    onde (em que) = lugar físico.
    visto que (conjunção subordinada adverbial causal): porque, porquanto, como, já que, visto que, uma vez que, dado que, sendo que, desde que, na medida em que ( * à medida que - proporcional), devido a, por conta de, em virtude de...

  • Onde, aonde, donde = de onde - referem a lugar

    onde - em posicionamento em

    aonde - direção, destino, movimento A

    donde = de onde - origem de

  • Pessoal, vi que as explicações de onde e aonde são meio "xaropinhas", então segue uma regra que facilita a vida:

    - Onde: Pode ser substituído por "em que" -->Onde você mora? (Quem mora, mora em algum lugar) --> Em que lugar você mora?

    - Aonde: Pode ser substituído por "a que" --> Aonde você vai? (Quem vai, vai a algum lugar) --> Você vai a algum lugar?

    [[RESPOSTA CERTA: A]]

  • Onde = que lugar, em que lugar, qual lugar. Indica permanência, uma idéia estática, o local em que se encontra ou ocorre algo. Vem normalmente acompanhado de verbos que indicam estado ou permanência.

     

    Aonde = a que lugar, para onde. É a junção da preposição “a” + onde. Dá a ideia de deslocação. Vem normalmente acompanhado de verbos que indicam movimento como ir, chegar, retornar, voltar e outros.

  • [ONDE] sempre pode ser trocador por [EM QUE], o contrário depende, se o termo retomado for "LUGAR".

    Bons estudos.

  • Resposta: Letra A

    A construção "em que" é formada pela preposição "em" e pelo pronome relativo "que". Essa construção pode ser substituída por "no qual" - concordando com o antecedente "mercado" - ou pelo pronome relativo "onde" - empregado exclusivamente na indicação de lugares.

    Já a conjunção "porque" tem valor causal e há uma série de substituições possíveis: já que, visto que, uma vez que, etc.

    As locuções conjuntivas "por mais que" e "embora" - presentes nas opções B e D, respectivamente - apresentam valor concessivo.

    A locução conjuntiva "contanto que" - presente na opção C - tem valor condicional.

    A locução conjuntiva "logo que" - presente na opção E - tem valor temporal.

    Das opções, somente a letra A satisfaz essas necessidades: onde - visto que.

  • A oração em que pode ser substituída por onde. Eliminamos todas GABARITO A

  • A única forma de responder com certeza essa questão era lembrar que 'por mais que' é exclusivamente concessivo, tendo em vista que não há problema em substituir 'em que' por 'na qual' nesse caso, pois manteve-se a regência necessária a 'estar exposta EM' com o na inclusive concordando com tenda. Onde e na qual estão certos e não bastariam para confirmar a alternativa correta.

    Em suma, conjunção é tanto decoreba quanto semântica, infelizmente.


ID
260296
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos


I - Errata

• (ed, dc) 1. Lista de retificação de erros que saíram
impressos em uma publicação. A errata é geralmente
impressa em página separada (colada no início ou no fim
do exemplar, ou simplesmente encartada solta) e em
papel diferente do que foi usado na publicação. Traz a
indicação de erros, o número das páginas onde se en-
contram e as formas corrigidas. Alguns profissionais
distinguem errata de corrigenda: este último termo, no
caso, é aplicado para erros redacionais ou de conteúdo,
ao passo que errata diz respeito principalmente a erros de
composição ou de montagem, que escaparam aos
revisores e saíram impressos na publicação. 2. Cada um
dos erros relacionados nessa lista.


(Carlos Alberto Rabaça e Gustavo Guimarães Barbosa.
Dicionário de comunicação. 2. ed. rev. e atualizada.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2001, p. 276)

II - O dicionário de onde foi extraído o verbete acima contém
uma página com o título CONVENÇÕES UTILIZADAS
NESTA OBRA, e nela se lê:


1. Áreas e acepções

Este dicionário inclui definições em 23 áreas, indicadas da
seguinte forma:
• (av) recursos audiovisuais
• (cn) cinema
• (co) teoria da comunicação
• (dc) documentação
• (ed) editoração, artes gráficas

etc.

A errata é geralmente impressa em página separada [...] e em papel diferente do que foi usado na publicação.

O segmento destacado acima está empregado corretamente, como acontece com o sublinhado em:

Alternativas
Comentários
    • a) Que me corrijam aqueles de quem  (por quem) tenho tanta admiração.
    • b) Ali está o colega que eu (com o qual)discuti por ter feito anotações no meu livro.
    • c) Os pais, para que (aos quais) ela deve explicações, nada lhe perguntaram.
    • d) Os professores, a cujas  recomendações ele tanto deve, sempre o apoiaram.
    • e) As leis com as quais (em que) se baseou para fazer a defesa renderam-lhe a vitória.
  • Sobre a letra d)
    Os pronomes relativos referem-se a termos antecedentes.
    O pronome relativo "cujo" se refere a PROFESSORES, indica posse, é o único que concorda com o termo subsequente e, além disso tudo, devemos tomar cuidado com a regência do verbo posterior.

    Quem deve, deve algo [AS RECOMENDAÇÕES] A alguém [AOS PROFESSORES, SUBSTITUIDO PELO PRONOME "CUJAS"]

    Os professores, A cujas [O.I] recomendações[O.D] ele tanto deve, sempre o apoiaram
  • Corrigindo a letra "E" do primeiro comentário.

    As leis NAS QUAIS se baseou para fazer a defesa renderam-lhe a vitória.
  • A - Que me corrijam aqueles por quem tenho tanta admiração. (quem tem admiração, tem admiração por)

    B - Ali esta o colega com quem eu discuti. (quem discute, discute com)

    C - Os pais, aos quais ela deve explicações, nada lhe perguntaram. (quem deve explicações, deve explicações a)

    D - Os professores, a cujas recomendações ele tanto deve, sempre o apoiaram. (quem deve, deve a) lembrando que o pronome "cujo" sempre expressa posse (as recomendações dos professores), concordando em grau e genero com o substantivo postosto, o qual deve vir obrigatoriamente após o pronome (após cujo, sempre virá um substantivo) e nunca antecedido de artigo. Ex.: a cujo e não cujo a, o(s).

    E - As leis em as quais (ou contraindo) nas quais se baseou para fazer a defesa renderam-lhe a vitória. (quem se baseia se baseia em).

    Bons estudos a todos.
  • No tocante à assertiva "C":

    OS PAIS, A QUEM  ELA DEVE EXPLICAÇÕES, NADA LHE PERGUNTOU, OU NADA LHE PERGUNTARAM?

    Aguardo comentários.
  • por favor alguém poste algum comentario sobre a questão ''d ''
  • d) Os professores, a cujas recomendações ele tanto deve, sempre o apoiaram.

    Quem deve, deve algo(recomendações) a alguém (aos professores). 

    O fato de o verbo Dever liberar a preposição "a" faz com que ela(prep.) se posicione antes do pronome relativo.

    Espero ter ajudado.
    Bons estudos

     
  • Moisés Ferreira

    Respondendo:

    O correto é como o verbo está:
    Os pais, aos quais ela deve explicações, nada lhe perguntaram.

    QUEM nada lhe perguntaram? Os pais.
  • Atenção ao pronome relativo cujo, pois ele faz referência ao antecedente e a concordancia com o posterior
  • Na frase: A errata é geralmente impressa em página separada [...] e em papel diferente do que foi usado na publicação.
    É só observar a regência do nome DIFERENTE (VTI) exige a preposição DE.
    No casa da resposta observamos a regência do verbo. E o único verbo que exige a preposição DE é o APOIAR que pode está posposto ao pronome relativo.
    Assim:  O verbo é TI (Transitivo Indireto)  posposto ao pronome. Neste caso a preposição é colocada antes do pronome relativo, devemos observar a regência. Por exemplo: se pede de, com, para, a etc.

    Portanto a afirmativo correta é letra D.

     


     

  • a) Que me corrijam aqueles de quem tenho tanta admiração.
                                                       "por quem" 
    b) Ali está o colega que eu discuti por ter feito anotações no meu livro.
                                "com quem eu discuti"

    c) Os pais, para que ela deve explicações, nada lhe perguntaram. 
                       "aos quais"

    d) CORRETA

    e) As leis com as quais se baseou para fazer a defesa renderam-lhe a vitória.
    Ele não se baseiou com as leis, se baseou NAS LEIS!
  • Optei pela letra D já que ela não deixa dúvida.
    Porém, acredito que a letra A não esteja incorreta.
    Cada um de nós pode ter adimiração POR alguém ou DE alguém.
    Ex: Tenho a admiração de meus filhos.

    Creio que dependa do contexa. No entando, isoladamente, a frase da letra A não está incorreta.
    O que vcs acham??
  • Artigo antes da palavra cujo pode acontecer não vou esquecer.


ID
275611
Banca
ESAF
Órgão
CVM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que ocorre erro na transcrição e adaptação do texto de Conjuntura Econômica, de setembro de 2010 – vol. 64 – n. 9.

O mecanismo de câmbio flutuante, quando acompanhado de razoável mobilidade de capitais, provê um meio automático através do qual o equilíbrio se configura(a). Elevações de consumo ou investimento da parte de residentes geram pequenas elevações de juros que majoram a entrada de capitais externos, desta forma valorizando(b) a moeda doméstica. Tal valorização reduz as exportações e aumenta as importações, meio pelos quais(c) se compensa, liquidamente, a preços possivelmente constantes, o acréscimo inicial de procura por bens e serviços provocado por possíveis expansões de absorção interna. Tudo pode ocorrer muito bem até o ponto em que(d) os déficits na conta corrente do balanço de pagamentos passem(e) a gerar um montante do passivo externo líquido do país, que dá início a um processo de descon?ança dos provedores de crédito líquido em moeda estrangeira. Quando isso ocorre, há uma necessidade de reverter tais déficits, configurando, em última instância, que o sucesso no combate à inflação no período inicial pode ter significado, em boa parte, uma transferência de problemas para o futuro.

Alternativas
Comentários
  • Tal valorização reduz as exportações e aumenta as importações, meio pelos quais se compensa, liquidamente, a preços possivelmente constantes, o acréscimo inicial de procura por bens e serviços provocado por possíveis expansões de absorção interna.

    "meio" singular consequentemente pronome relativo só pode ser singular

    pelo qual (meio) se compensa

    Lembre-se: Pronomes Relativos são aqueles que representam nomes já referidos, com os quais estão relacionados. Retomam um nome anterior. 
  • O mecanismo de câmbio flutuante, quando acompanhado de razoável mobilidade de capitais, provê um meio automático através do qual o equilíbrio se configura(a)Elevações de consumo ou investimento da parte de residentes geram pequenas elevações de juros que majoram a entrada de capitais externos, desta forma valorizando(b) a moeda doméstica. Tal valorização reduz as exportações e aumenta as importações, meio pelos quais(c) se compensa, liquidamente, a preços possivelmente constantes, o acréscimo inicial de procura por bens e serviços provocado por possíveis expansões de absorção interna. Tudo pode ocorrer muito bem até o ponto em que(d) os déficits na conta corrente do balanço de pagamentos passem(e) a gerar um montante do passivo externo líquido do país....

    a) o equilíbrio é configurado
    b) a entrada de capitais externos (está) valorizando
    c) o ponto em que (no qual)
    e) os deficits passem
  • Essas questões com assertivas dispersas sem caracterizam por joguinho de singularXplural, reparem...
  • a) o equilíbrio se reconfigura = o equilíbrio é reconfigurado

    se = apassivador

    b) dessa forma = conjunção conclusiva

    desta forma valorizando = desta forma valorizam

    c) meio (pelo qual / por que)

    d) até o ponto (em que / no qual) os déficits)

    e) correlação verbal, quando usar o presente do indicativo de um lado (pode), deve-se usar o presente do subjuntivo do outro (passem)

  • o gabarito esta incorreto. resposta correta e a letra d (c) pelos quais

  • Marcele Santos, seu comentário não acrescenta nada, só atrapalha. Tente escrever com clareza ou não comente.


ID
275848
Banca
ESAF
Órgão
CVM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que ocorre erro na transcrição e adaptação do texto de Conjuntura Econômica, de setembro de 2010 – vol. 64 – n. 9.

O mecanismo de câmbio flutuante, quando acompanhado de razoável mobilidade de capitais, provê um meio automático através do qual o equilíbrio se configura(a). Elevações de consumo ou investimento da parte de residentes geram pequenas elevações de juros que majoram a entrada de capitais externos, desta forma valorizando(b) a moeda doméstica. Tal valorização reduz as exportações e aumenta as importações, meio pelos quais(c) se compensa, liquidamente, a preços possivelmente constantes, o acréscimo inicial de procura por bens e serviços provocado por possíveis expansões de absorção interna. Tudo pode ocorrer muito bem até o ponto em que(d) os déficits na conta corrente do balanço de pagamentos passem(e) a gerar um montante do passivo externo líquido do país, que dá início a um processo de desconfiança dos provedores de crédito líquido em moeda estrangeira. Quando isso ocorre, há uma necessidade de reverter tais déficits, configurando, em última instância, que o sucesso no combate à inflação no período inicial pode ter significado, em boa parte, uma transferência de problemas para o futuro.

Alternativas
Comentários
  • Tal valorização reduz as exportações e aumenta as importações, meio pelos quais(c) se compensa, liquidamente, a preços possivelmente constantes, o acréscimo inicial de procura por bens e serviços provocado por possíveis expansões de absorção interna. 

    a construção "Pelos quais" se referencia a meio, o qual por sua vez se referencia a valorização,  todos devendo, pois, ficar no singular.

  • O pronome relativo "os quais" deve concordar em gênero e número com seu referente "meio". O correto seria: "...meio pelo qual se compensa..."

    pelo qual= por + o qual
  • Só aconteceu comigo ou quando se marca a letra E, que contém a alternativa pelos quais(c), o site considera como errada a resposta?
  • Sim, aconteceu comigo. Podiam consertar esse gabarito, né?!
  • E eu aqui tentando entender por que marquei "C", errei e me disseram q era pra marcar a "c".

    Só me vem o erro aqui em "pelos quais". mas a alternaiva "E" tá no lugar da C ¬¬
  • Mais de um ano e nada de consertarem esse gabarito.. Tomei um susto quando o site acusou o erro!
  • Eu consideri o pelos quais errado simplesmente pela concordância numérica...

    no meio pelo qual se compensa o acréscimo inicial de procura por bens e serviços...

ID
280240
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
Prefeitura de Penedo - AL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que completa adequadamente as lacunas dos períodos seguintes.

I. “ ______ iremos parar com tamanha corrupção de nosso políticos?”

II. “E há também o sentimento de que foi traído por aqueles ______ confiou [...]”

III. “Cheguei a faltar às aulas e a deixar de estudar matérias ______ sempre gostei por conta do stress com as notas [...]”

IV. “A primeira etapa começa em Fernando de Noronha, ______ chegam os cadáveres.”

Alternativas
Comentários
  • I) o verbo ir pede preposição..quem vai vai A algum lugar
    II) quem confia confia em alguem
    III) quem gosta gosta de alguma coisa, de alguem
    IV) o verbo nao pede preposição ...
  • Agora, e a diferença em ter o uso de aonde e onde? Pois bem, quem pensou em movimento para um e não movimento para o outro... errou! Nada tem a ver com o movimento de nada. A diferença é uma questão de regência.    Cidade Negra cantou:    “Aonde você mora? Aonde você foi morar?   Erraram os dois versos! Apesar de se ter a falsa ideia – que engana o estudante – de que há movimento no segundo verso, não deveria ser usado o AONDE.    Aonde = o verbo pede A (preposição) Onde = o verbo não pede A (preposição)   Vejamos:   Entregaremos o comunicado ONDE? Pois quem entrega entrega algo EM algum lugar. AONDE você pensa que vai? Porque quem vai vai A algum lugar. ONDE deixei meus chinelos? Pois quem deixa deixa algo EM algum lugar. Você quer chegar AONDE ele chegou. Porque quem chega chega A algum lugar.   Voltando ao Cidade Negra:    “Aonde você mora? Quem mora mora EM algum lugar, então é correto “ONDE você mora?”. Aonde você foi morar? Quem vai morar vai morar EM algum lugar, portanto é correto “ONDE você foi morar?”
  • O professor Pasquale fala de um assunto que é muito comum em abordagens oficiais da língua, o uso da palavra onde

    É chamada a atenção para dois pontos:
    1º- A palavra onde indica lugar, lugar físico e, portanto, não deve ser usada em situações em que a idéia de lugar não
    esteja presente.
    - Não se deve confundir onde com aonde. O a da palavra aonde é a preposição a que se acrescenta e que indica
    movimento, destino. O aonde só pode ser usado quando na expressão existir a idéia de destino. 

    Ex: Ir a algum lugar.
    Chegar a algum lugar.
    Levar alguém a algum lugar.
    Dirigir-se a algum lugar. 

    Não se pode usar aonde com o verbo morar.
    Ex: Aonde você mora? Errado. O certo é “Onde você mora ?”/ “Em que lugar você mora?”

    http://www.colegioweb.com.br/portugues/uso-da-palavra-onde-aonde.html
  • quem chega chega EM algum lugar (isso se for no sentido de trajeto)
    chegar A algum lugar estaria mais para almejar..um objetivo
    ex:
    pelé quer chegar aos mil gols/goles
    pelé quer chegar em casa
    foi assim q eu analisei.
  • Para usar o pronome relativo onde e (variações: aonde e donde): antecedente indica lugar. Mesmo que não seja real, físico, geográfico!

    ONDE : posicionamento, posição (EM)
    AONDE : direção, destino (A)
    DONDE : origem, procedência (DE)

    I. “ ______ iremos parar com tamanha corrupção de nosso políticos?”
    -> IR é direção, destino. AONDE.

    II. “E há também o sentimento de que foi traído por aqueles ______ confiou [...]”
    -> confiar rege a preposição EM. O relativo QUEM é quando o antecedente é pessoa, sempre antecedido de preposição! EM QUEM.

    III. “Cheguei a faltar às aulas e a deixar de estudar matérias ______ sempre gostei por conta do stress com as notas [...]”
    -> gostar rege a preposição DE. DE QUE.

    IV. “A primeira etapa começa em Fernando de Noronha, ______ chegam os cadáveres.”
    -> é o local, a posição onde chega os cadáveres. ONDE
  • Alguém me explica a sentença?

    A casa.... morava está à venda.


ID
283882
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Brusque - SC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

E nisso que dá
Ditaduras, pelo mundo afora e em qualquer época,
têm os seus próprios usos, costumes e manias. Há dita-
duras, por exemplo, que não gostam de portos, prin-
cipalmente se são grandes. Cidades com quilômetros
de cais de frente para o mar, navios de outros países e
muito entra e sai tendem a ser mais abertas, com uma
circulação maior de gente, de ideias e de novidades;
é mais difícil mantê-las isoladas do resto do mundo,
e ditaduras fcam inquietas com isso. Outras gostam
de avenidas bem largas, onde possam fazer desfles e
levar a passeio seus tanques de guerra — além de tor-
narem mais fácil a movimentação da tropa de choque
da polícia, em caso de protesto público. Há ditaduras
que proíbem a reza do terço, as que determinam quais
roupas ou cortes de cabelo os cidadãos podem usar
e as que só permitem o acesso da população a livros,
flmes, músicas e espetáculos ofcialmente aprovados
pelo governo. Já houve ditaduras que não deixavam
as pessoas ter listas telefônicas, no tempo em que elas
existiam; eram consideradas segredo de estado. Os
estilos podem variar, mas todos os regimes totalitários,
naturalmente, têm coisas essenciais em comum, e
essas não mudam nunca. Uma das que mais prezam é
o culto sistemático à mentira.

J.R. Guzzo, in Veja, 25 nov. 2009, p. 194

Considere as afirmações abaixo.

I. O juiz, cujas atitudes nos referíamos há pouco, honra a magistratura catarinense.

II. Sempre aspirei a um cargo de chefia, porque prefiro mandar a obedecer.

III. Devo à conselho de meus pais o culto à verdades.

VI. O ditador chegou àquele ponto em que nem ele mesmo se tolera.

V. Quem lhe havia conhecido no colégio agora não lhe reconhece.

VI. Ser bibliotecário, contador, engenheiro, eletricista implica dedicação e amor à profissão.

VII. Vossa Excelência esperava que lhe trouxéssemos a solução para seu problema?

Assinale a alternativa que indica as afirmativas gramaticalmente corretas.

Alternativas
Comentários
  • Na afirmativa II há dois erros em relação ao uso de crase: devo a conselho (o conselho) e culto a verdades (não há como, em hipótese alguma, usar crase no singular com substativo no plural).
    Já corta: a), b) e c).

    Afirmativa V: Conhecer e reconhecer (VTD). Ou seja, Quem o havia conhecido no colégio agora não o reconhece mais.
    Menos a e).
    Resta a d)!
  • Análise dos erros
     
    I. O juiz, a cujas atitudes nos referíamos há pouco, honra a magistratura catarinense.  Entendo que o erro da questão está na regência do verbo referir que é VTI(a).

    III. Devo ao conselho de meus pais o culto às verdades.
      O verbo dever é VTDI(a), assim o termo " o culto " é objeto direto e o termo "ao conselho" é objeto indireto.

    * Não há que se falar em acento grave antes do termo conselho, já que este é substantivo masculino. E, como sabemos, a crase é a junção do artigo definido feminino + preposição.

    * Não há que se falar em acento grave antes do termo verdades, uma vez que, o substantivo feminino encontra-se no plural, sendo assim, só há a preposição que isoladamente não leva o acento grave.Para que o acento seja colocado dever-se-á colocar a denisência de número no termo "a" para que se tenha a noção que há um artigo definido feminino no plural que acompanha o substantivo.

    V. Quem o havia conhecido no colégio agora não o reconhece. Tanto o verbo conhecer quanto o reconhecer são VTD e sendo assim, são representados pelo pronomes oblíquos átonos o(s), a(s) e as variações no(s), na(s), lo(s) e la(s) . Lembrando que o pronome oblíquo átono " LHE" empregado na oração exerce função de objeto indireto, e por isso, está inadequado.

  • I) O juiz,  a cujas atitudes nos referíamos há pouco,...

    II) aspirar = desejar é VTI com prep. "a";   correta

    preferir = quem prefere, prefere alguma coisa a outra coisa. É VTDI com a prep. a;

    Obs: Não admite qualquer expressão que indique intensidade (mais, menos, muito,mil vezes), bem como a posposição “do que”, “de que”.

    III) Devo ao conselho de meus pais o culto a (às) verdades.

    dever = VTDI    o culto  = OD  ;  ao conselho = OI

    IV) chegar é VTI com prep. "a" = chegou a + aquele = àquele   correta

    V) Quem o havia conhecido no colégio agora não o reconhece.

    conhecer, reconhecer = VTD

    VI) correta

    VII) Correta, diante de pronome de tratamentos usa-se verbos e pronomes na 3ª pessoa.


  • só eu senti agonia de ler "ABTANTES" ? kkkk

    de qlq forma, obrigado kkk.

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

     


ID
319012
Banca
FCC
Órgão
NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Pós-11/9

Li que em Nova York estão usando “dez de setembro”
como adjetivo, significando antigo, ultrapassado. Como em:
“Que penteado mais dez de setembro!”. O 11/9 teria mudado o
mundo tão radicalmente que tudo o que veio antes – culmi-
nando com o day before [dia anterior], o último dia das torres
em pé, a última segunda-feira normal e a véspera mais véspera
da História – virou preâmbulo. Obviamente, nenhuma normali-
dade foi tão afetada quanto o cotidiano de Nova York, que vive
a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados Unidos
descobriram um sentimento inédito de vulnerabilidade e reor-
ganizam suas prioridades para acomodá-las, inclusive sacrifi-
cando alguns direitos de seus cidadãos, sem falar no direito de
cidadãos estrangeiros não serem bombardeados por eles.
Protestos contra a radicalíssima reação americana são vistos
como irrealistas e anacrônicos, decididamente “dez de se-
tembro”.

Mas fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às
nações se repensarem no bom sentido, não como submissão à
chantagem terrorista, mas para não perder a oportunidade do
novo começo, um pouco como Deus – o primeiro autocrítico –
fez depois do Dilúvio. Sinais de revisão da política dos Estados
Unidos com relação a Israel e os palestinos são exemplos disto.
E é certo que nenhuma reunião dos países ricos será como era
até 10/9, pelo menos por algum tempo. No caso dos donos do
mundo, não se devem esperar exames de consciência mais
profundos ou atos de contrição mais espetaculares, mas o
instinto de sobrevivência também é um caminho para a virtude.
O horror de 11/9 teve o efeito paradoxalmente contrário de me
fazer acreditar mais na humanidade.
A questão é: o que acabou em 11/9 foi prólogo, exata-
mente, de quê? Seja o que for, será diferente. Inclusive por uma
questão de moda, já que ninguém vai querer ser chamado de
“dez de setembro” na rua.

(Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro)

Está adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: E

    COM QUE

    deparar - VTI - pede a preposição COM
    que - pronome relativo


    DE CUJO 

    esquecer - nesta acepção VTDI - pede a preposição DE
    cujo - Pronome relativo
     

  • a) A obsolescência e o anacronismo, atributos pelos quais os americanos manifestam todo seu desprezo, passaram a se enfeixar com a expressão dez de setembro.

    b) O estado de psicose, com os quais imergiram tantos americanos, levou à adoção de medidas de segurança  cuja radicalidade muitos recriminam.

    c) A sensação de que o 11/9 foi um prólogo de algo a que ninguém se arrisca a pronunciar é um indício do pasmo pelo qual foram tomados tantos americanos.

    d) Não é à descrença, sentimento pelo qual nos sentimos invadidos depois de uma tragédia, é na esperança que queremos nos apegar.

  • Pessoal, eu entendi a questão da forma que vou apresentar abaixo, caso alguém entenda de modo diverso vamos enriquecer a correção com suas observações.

    letra a - falsa
    o correto seria "aos quais", ao invés de "nos quais"

    letra b - falsa
    o correto seria "no qual", ao invés de "ao qual". E o "em cuja", tb está errado, o correto seria somente "cuja"

    letra c - falsa
    o correto seria "que", ao invés de "ao qual"

    letra d - falsa
    o correto seria "a que/ ao qual", ao invés de "com que"

    letra e - verdadeira
  • Apenas uma opinião a respeito da colega Daniela Reis. Acredito ser possível também:

    a) A obsolescência e o anacronismo, atributos nos quais os americanos manifestam todo seu desprezo, passaram a se enfeixar com a expressão dez de setembro.

    Os americanos manifestam todo seu desprezo por (pela obsolência...);


    d) Não é à descrença, sentimento com que nos sentimos invadidos depois de uma tragédia, é na esperança que queremos nos apegar.

    Nos sentimos invadidos por (pelo sentimento) [...] / queremos nos apegar à esperança. 

ID
326638
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em busca de segurança

Quando dizemos que alguém está muito seguro de si,
estamos nos referindo à sua invejável estabilidade psicológica,
ou ao seu equilíbrio emocional, ou à convicção que tem acerca
de suas ideias. Ao comprar um carro, somos aconselhados
(quando não compelidos) a fazer um seguro. E nunca faltará
quem nos lembre que é preciso dirigir com segurança. Travar as
portas e manter os vidros fechados também ajuda a nos sentir
mais seguros.
Todas essas acepções de segurança estão na ordem do
dia, numa época em que os cidadãos se sentem mais e mais
ameaçados. Em outros tempos, a questão da segurança pouco
surgia em discursos de candidatos políticos, e não era tomada
como uma das prioridades na pauta dos desafios nacionais, ao
lado da educação e da saúde. Mas desde que as mais variadas
formas de violência urbana passaram a se multiplicar, adqui-
rindo proporções jamais vistas, o direito à segurança foi para o
centro das preocupações dos governantes.
O grande dilema que costuma acompanhar as medidas
que visam a garantir um patamar mínimo de segurança para os
indivíduos está em que essa busca de garantia implica algumas
restrições à liberdade individual: portas eletrônicas e câmeras
diuturnamente vigilantes, por exemplo, representam um tipo de
controle que muitos julgam abusivo, por ferir a privacidade do
cidadão. O contra-argumento não tarda: “há pior invasão de
privacidade que um assalto ou sequestro?" O fato é que as
normas de segurança estão cada vez mais rigorosas, e há cada
vez menos pessoas que se insurgem contra elas. Somos obri-
gados a reconhecer que os indiscutíveis avanços da ciência e
da tecnologia não estão sendo acompanhados de correspon-
dente aperfeiçoamento do convívio social. Sentir-se seguro con-
tinua sendo um direito de todos, mas é sintomático que hoje
esse sentimento já esteja identificado como uma das metas da
administração pública em todos os seus níveis.


(Tarcísio do Amaral, inédito)

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • LETRA A a) São muitas as acepções a que se prende o termo segurança, conforme lembra o autor do texto. (CORRETA) prender-se A algo  b) Na área da segurança, as medidas a que  de que todos costumamos reagir são as que limitam nossa liberdade. (reagir a algo)   c) As restrições à liberdade são providências de segurança às quais pelas quais ninguém deseja se submeter. (submeter-se a algo)  d) A segurança absoluta é uma sensação da qual  na qual todos nós estamos cada vez mais privados. (privar-se de algo)  e) Uma das metas nas quais  em cuja os administradores vêm se empenhando é atingir índices mais altos de segurança. (empenhar-se em algo)
  • só retificando...letra e:
    UMA DAS METAS (em que ou na qual) os administradores vêm se empenhando é atingir índices mais altos de segurança.
    Não cabe "nas quais", pois "uma das metas" é sujeito singular.
    se fosse "AS METAS nas quais", estaria correto.
  • Mais um comentário sobre a letra "E"..hehe

    "Uma das metas em cuja os
      administradores..."
    o pronome cujo (a) (s), NUNCA é precedido de artigo e indica posse!
  • b) Na área da segurança, as medidas de que todos costumamos reagir são as que limitam nossa liberdade.  (a que)
    c) As restrições à liberdade são providências de segurança pelas quais ninguém deseja se submeter. (as quais)
    d) A segurança absoluta é uma sensação na qual todos nós estamos cada vez mais privados. (da qual)
    e) Uma das metas em cuja os administradores vêm se empenhando é atingir índices mais altos de segurança. (na qual)



                      BONS ESTUDOS !!!
             
  • RESPOSTA LETRA A


    • a) São muitas as acepções a que se prende o termo segurança, conforme lembra o autor do texto.
    QUEM SE PRENDE, SE PRENDE A....

    •  b) Na área da segurança, as medidas de que todos costumamos reagir são as que limitam nossa liberdade.
    • QUEM REAGE, REAGE A...
    •  c) As restrições à liberdade são providências de segurança pelas quais ninguém deseja se submeter.
    • QUEM SE SUBMETE, SE SUBMETE A...
    •  d) A segurança absoluta é uma sensação na qual todos nós estamos cada vez mais privados.
    • QUEM SE PRIVA, SE PRIVA DE...
    •  e) Uma das metas em cuja os administradores vêm se empenhando é atingir índices mais altos de segurança.
    • QUEM SE EMPENHA, SE EMPENHA EM ALGUMA COISA, MAS O PRON REL CUJA CONCORDA COM A PALAVRA QUE O SUCEDE, COM O SUBSTANTIVI POSTERIOR QUE É : OS ADMINISTRADORES, POR ISSO DEVERIA FICAR EM CUJOS E NÃO EM CUJA COMO ESTÁ A QUESTÃO.
  •             e) Uma das metas em cuja os administradores vêm se empenhando é atingir índices mais altos de segurança. ERRADO
                e) Uma das metas CUJOS  administradores vêm se empenhando é atingir índices mais altos de segurança. CORRETO
    JUSTIFICATIVA: (para melhor entendimento da relação que o pronome CUJO representa, dividirei a assertiva acima em duas orações)
    ORAÇÃO 1 - Uma das METAS é atingir índices mais altos de segurança. ORAÇÃO 2 - Os administradores das METAS vêm se empenhando.
    A função do CUJO é evitar a repetição do substantivo "METAS" e manter a ideia de posse criada em "administradores das metas", logo, optando pelo pronome CUJO, entende-se que: quem vêm se empenhando são os administradores "das metas", e NÃO os administradores "nas metas" onde não caberia "em cujos" e sim  "em que" ou "nas quais".
               e) Uma das metas NAS QUAIS os administradores vêm se empenhando é atingir índices mais altos de segurança. CORRETO 
               e) Uma das metas EM QUE os administradores vêm se empenhando é atingir índices mais altos de segurança. CORRETO
    FUNDAMENTAÇÃO: http://www.algosobre.com.br/portugues/pronome-relativo-cujo.html





      
     
  • Alguém percebeu o erro de concordância?

  • A - GABARITO

    B - ... A QUE TODOS COSTUMAMOS REAGIR

    C - ...ÀS QUAIS NINGUÉM DESEJA SE SUBMETER

    D - SENSAÇÃO DE QUE TODOS...

    E - EM QUE OS ADMINISTRADORES VÊM SE EMPENHANDO....

  • a) a que (CORRETA)

    b) a que

    c) as quais

    d) da qual

    e) em que

  • letra A

    CAVEIRA!!!

  • A] quem se prende, prende-se A algo [rege preposição A]

    B] a que | às quais

    C] a que | às quais [quem se submete, submete-se A algo]; rege preposição A

    D] de que | da qual

    E] Regra geral, o pronome relativo CUJO só pode ser usado entre substantivos. Todavia, pode aparecer excepcionalmente uma preposição antes.


ID
333457
Banca
FCC
Órgão
TRT - 23ª REGIÃO (MT)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Do homicídio*

Cabe a vós, senhores, examinar em que caso é justo pri-
var da vida o vosso semelhante, vida que lhe foi dada por Deus.
Há quem diga que a guerra sempre tornou esses
homicídios não só legítimos como também gloriosos. Todavia,
como explicar que a guerra sempre tenha sido vista com horror
pelos brâmanes, tanto quanto o porco era execrado pelos ára-
bes e pelos egípcios? Os primitivos aos quais foi dado o nome
ridículo de quakers** fugiram da guerra e a detestaram por
mais de um século, até o dia em que foram forçados por seus
irmãos cristãos de Londres a renunciar a essa prerrogativa, que
os distinguia de quase todo o restante do mundo. Portanto,
apesar de tudo, é possível abster-se de matar homens.
Mas há cidadãos que vos bradam: um malvado furou-me
um olho; um bárbaro matou meu irmão; queremos vingança;
quero um olho do agressor que me cegou; quero todo o sangue
do assassino que apunhalou meu irmão; queremos que seja
cumprida a antiga e universal lei de talião.
Não podereis acaso responder-lhes: “Quando aquele
que vos cegou tiver um olho a menos, vós tereis um olho a
mais? Quando eu mandar supliciar aquele que matou vosso
irmão, esse irmão será ressuscitado? Esperai alguns dias;
então vossa justa dor terá perdido intensidade; não vos
aborrecerá ver com o olho que vos resta a vultosa soma de
dinheiro que obrigarei o mutilador a vos dar; com ela vivereis
vida agradável, e além disso ele será vosso escravo durante
alguns anos, desde que lhe seja permitido conservar seus dois
olhos para melhor vos servir durante esse tempo. Quanto ao
assassino do seu irmão, será vosso escravo enquanto viver. Eu
o tornarei útil para sempre a vós, ao público e a si mesmo”.
É assim que se faz na Rússia há quarenta anos. Os
criminosos que ultrajaram a pátria são forçados a servir à pátria
para sempre; seu suplício é uma lição contínua, e foi a partir de
então que aquela vasta região do mundo deixou de ser bárbara.


(Voltaire - O preço da justiça. São Paulo: Martins Fontes,
2001, pp. 15/16. Trad. de Ivone Castilho Benedetti)

* Excerto de texto escrito em 1777, pelo filósofo iluminista
francês Voltaire (1694-1778).

** Quaker = associação religiosa inglesa do séc. XVI, defen-
sora do pacifismo.

Está adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
  • Quem se submete, submete A algo ~~> a que
    Quem se reveste, reveste DE algo ~~> de que
    -
    Logo a alternativa correta é a (D)
  • d) Os castigos a que se submetem(A) os criminosos devem corresponder à gravidade de que se reveste(DE) o crime.
    --------------------------------
     a) Os argumentos de que devemos nos agarrar(A) devem se pautar nos limites da racionalidade e da justiça.
     b) Os casos históricos emque Voltaire recorre(A) em seu texto ajudam-no a demonstrar deque a pena de morte é ineficaz.
     c) A pena de talião é um recurso de cuja eficácia muitos defendem(DE), ninguém se abale em(AO) tentar demonstrá-la.
     e) As ideias liberais, de cuja propagação Voltaire se lançou(DE), estimulam legisladores emquem não falte o senso de justiça.
  • Com respeito à análise do colega acima, ouso discordar:

    a) Os argumentos de (A) que devemos nos agarrar devem se pautar nos limites da racionalidade e da justiça.
    b) Os casos históricos em  (A) que Voltaire recorre em seu texto ajudam-no a demonstrar de que a pena de morte é ineficaz.
    c) A pena de talião é um recurso de cuja eficácia muitos defendem, ninguém se abale em tentar demonstrá-la.
    d) Os castigos a que se submetem os criminosos devem corresponder à gravidade de que se reveste o crime. CORRETA
    e) As ideias liberais, de (A) cuja propagação Voltaire se lançou, estimulam legisladores em (A) quem não falte o senso de justiça.

  • GABARITO: D

    (A) “Os argumentos EM que devemos nos agarrar devem se pautar nos limites da racionalidade e da justiça.” Quem deve se agarrar, deve se agarrar EM algo/alguém. Quanto ao uso do pronome oblíquo átono em próclise ao verbo principal da locução verbal (... em que devemos nos agarrar), Cegalla e Azeredo dizem ser formas corretas, mesmo com palavra atrativa antes da locução; os demais dizem que não! Portanto, faço questão de reescrever de duas maneiras diferentes para atender às exigências da maioria dos gramáticos: “... em que nos devemos agarrar” ou “... em que devemos agarrar-nos”. Estas duas formas de colocação pronominal são consenso entre os gramáticos.

    (B) “Os casos históricos A que Voltaire recorre em seu texto ajudam-no a demonstrar que a pena de morte é ineficaz.” Quem recorre, recorre A algo/alguém. Este último ‘que’ é uma conjunção integrante, pois conecta a oração anterior à poste rior sem substituir/retomar nenhum termo anterior como faz o pronome relativo. A preposição antes da conjunção integrante estava errada porque ‘quem demonstra, demonstra algo’.

    (C) “A pena de talião é um recurso cuja eficácia muitos defendem, ninguém se abale em tentar demonstrá-la.” Quem defende, defende algo. O uso da preposição antes do ‘cujo’ é um equívoco.
     
    (D) “Os castigos a que se submetem os criminosos devem corresponder à gravidade de que se reveste o crime.” Quem se submete, se submete A. Certo. Quem se reveste, se reveste DE. Certo. Impecável!

    (E) “As ideias liberais, A cuja propagação Voltaire se lançou, estimulam legisladores em quem não falte o senso de justiça.” Quem se lança, se lança A algo/alguém.

    FONTE: CURSO DE QUESTÕES PARA FCC, PROFESSOR FERNANDO PESTANA, ESTRATÉGIA CONCURSOS
  • Alguém sabe me dizer se nas alternativas a e b é permitido o uso de "a que " e " aos quais"? As duas expressões são permitidas sem alterar o sentido da frase? Obrigada!


ID
347515
Banca
FCC
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                        Rita   

 No meio da noite despertei sonhando com minha filha Rita. Eu a via nitidamente, na graça de seus cinco anos.

    Seus cabelos castanhos – a fita azul – o nariz reto, correto, os olhos de água, o riso fino, engraçado, brusco...

    Depois um instante de seriedade; minha filha Rita encarando a vida sem medo, mas séria, com dignidade.

    Rita ouvindo música; vendo campos, mares, montanhas; ouvindo de seu pai o pouco, o nada que ele sabe das coisas, mas pegando dele seu jeito de amar – sério, quieto, devagar.

    Eu lhe traria cajus amarelos e vermelhos, seus olhos brilhariam de prazer. Eu lhe ensinaria a palavra cica, e também a amar os bichos tristes, a anta e a pequena cutia; e o córrego; e a nuvem tangida pela viração.

    Minha filha Rita em meu sonho me sorria – com pena deste seu pai, que nunca a teve. 

                             (Rubem Braga. 200 Crônicas escolhidas. 13. ed. Rio de Janeiro. Record, 1998, p.200)

... com pena deste seu pai, que nunca a teve. (último parágrafo)


O pronome relativo grifado na frase acima está também presente na seguinte frase:

Alternativas

ID
347800
Banca
FUNRIO
Órgão
SEBRAE-PA
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quando é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer, a voz humana não encontra quem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for. Porque todos, todos, temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada pelos demais.

Galeano, E. Celebração da voz humana/2. In: ___. O livro dos abraços. L & PM, 1991. p. 23 (fragmento) 

Em “...alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada pelos demais.”, os termos “que” e “celebrada” tal como estão empregados no fragmento pertencem, respectivamente, às classes de

Alternativas
Comentários
  • Para quem, assim como eu tive, tem dificuldade em reconhecer se um particípio passado tem valor de verbo ou adjetivo, aqui vai:
     
    "[...]há dois critérios:
     
    — se o particípio passado estiver associado aos auxiliares ter (para os tempos compostos) e ser (para a voz passiva), é porque faz parte de uma locução verbal, ou seja, é um dos elementos constitutivos de uma forma verbal:
     
    (i) «Já foi aberta a sessão.»
    (ii) «Tenho perdido muito tempo.»
    (iii) «Temos viajado muito.»
     
    Inclui-se também neste valor o particípio passado dos verbos transitivos e dos intransitivos como chegar ou nascer (inacusativos) quando empregado em orações reduzidas de particípio:
     
    (iv) «Encerrada a sessão, lavrou-se a presente acta.»
    (v) «Chegado ao aeroporto, dirigiu-se a um café.»
     
    — se o particípio aparece como atributo (ou adjunto nominal), isto é, se de algum modo caracteriza um substantivo, então temos um adjectivo:
     
    (iv) «Para ti, há sempre uma porta aberta.»
    (v) «Recolhi um cão perdido.»
    (vi) «É homem viajado.»"
     
    Fonte: http://www.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=22361
  • Colegas, não consegui entender por que o termo "celebrada" é um adjetivo, pensei que fosse verbo no particípio.

    Alguém pode me ajudar ?


    O meu raciocínio ao resolver a questão foi o seguinte:


    O QUE está retomando o "alguma palavra", de tal forma, se não fosse introduzida uma oração adjetiva restritiva, a oração seria a seguinte:
    "Alguma palavra merece ser celebrada ou perdoada pelos demais" ( voz passiva) . A forma na voz ativa seria "Os demais merecem celebrar alguma palavra".

    "Merece ser celebrada" é a locução verbal da voz passiva e "celebrada" é verbo no particípio.
  • Fernanda,

    Dê uma olhada neste link e veja se te ajuda:

    http://lauroportugues.blogspot.com.br/2012/04/adjetivo-ou-verbo-no-participio.html
  • De acordo com o link informado pelo colega acima, seria realmente verbo no particípio, pois está seguido do agente da passiva "pelos demais".

    Continuo sem entender porque a questão afirma ser um adjetivo.
  • Uma das principais confusões no que se refere às classes gramaticais é a distinção entre verbos no particípio e adjetivos terminados em "-ado" ou "-ido". Muitas frases ficam ambíguas por isso, outras são diferenciadas por um detalhe.

       Observe, por exemplo, a oração abaixo:

      A ÁGUA ESTÁ POLUÍDA.

       Temos que, claramente, poluída é um adjetivo, que ocupa a função de predicativo do sujeito, ligado ao sujeito (a água) pelo verbo de ligação (está). No entanto, se tivermos a oração:

       A ÁGUA ESTÁ POLUÍDA POR AGROTÓXICOS.

       Muda-se totalmente a análise morfológica (das classes gramaticais) e, portanto, a análise sintática (das funções). "a água" segue sendo o sujeito, porém paciente da locução verbal formada por verbo auxiliar (está) + verbo no particípio (poluída), com a presença do agente da passiva (por agrotóxicos).

       Sendo assim, o aluno deve estar atento, pois é a presença deste último termo - o agente da passiva - que permite a identificação de poluída como adjetivo ou verbo no particípio. Observe outro exemplo na tirinha.

       Muitos poderiam confundir-se, acreditando que o verbo "são" é um verbo de ligação e que "controlados" é um adjetivo como em (o professor é muitocontrolado). No entanto, temos uma voz passiva e, assim,controlados representa o particípio do verbo "controlar", enquanto o verbo "são" é apenas o auxiliar da locução verbal característica da voz passiva analítica.

    Fonte: http://lauroportugues.blogspot.com.br/2012/04/adjetivo-ou-verbo-no-participio.html


    Na questão em comento, o excerto tirado do texto se assemelha muito com o exemplo que eu trouxe da tirinha, a qual o autor classifica como verbo no particípio passado, tão tal que o último termo aparece o agente da passiva.


    O PORTUGUÊS DA FUNRIO NÃO É COISA DESSE MUNDO!

  • De acordo com o exposto acima, continuo sem entender porque celebrada é um adjetivo, já que a frase ...alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada pelos demais; estar na voz passiva, logo teria que ser verbo..

  • O que achei mais certo de todos os comentários foi o trecho em que Andrade Andrade diz "O PORTUGUÊS DA FUNRIO NÃO É COISA DESSE MUNDO!"  Então, Gab. C

  • 1° observação: "Ser Celabrada" não se trata de locução verbal já que ambos são verbos nominais

    2° observação: O particípio além do "importantíssimo papel no sisema do verbo como permitir a formação dos tempos compostos"  pode também exercer a função de adjetivo quando " exprimir apenas estado, sem estabelecer nenhuma relação temporal"
    Exemplos:

    a) O vento "enfurecido" açoitava a rancharia

    b) Os grito das gente "desoladas" atroavam a vila "revolvida"

    Fonte adaptada Celso Cunha e Lindley Cunha - Nova Gramática

     

  • Acertei a questão por ler a pergunta em um caso isolado como isto.

    "...os termos “que” e “celebrada” tal como estão empregados no fragmento pertencem, respectivamente, às classes de:"

    C) pronome relativo e adjetivo.

    Eu não tinha focado na oração e sim palavras empregados no fragmento. abçs!

  • "palavra que merece ser celebrada"

    o vocábulo "palavra" está de acordo com "celebrada"

    Palavra (substantivo) ----------------- Celebrada (adjetivo) ---> tem que pensar de forma horizontal e não vertical da gramática

    "que" pode ser substituído por a qual/ as quais, o qual/ os quais = pronome relativo

    Letra C


ID
355621
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Indique a frase que NÃO contém erro gramatical:

Alternativas
Comentários
  • Quando usar ONDE e AONDE. Aonde é a forma sintática de "Para onde", sendo usado sempre que necessária a conjunção "para/a".

    1) Aonde você vai? [Para onde você vai?]
    2) Aonde ele pretende chegar? [A que lugar ele pretende chegar?]
    3) Você está levando isso aonde? [...levando para onde?]

    E, portanto, usamos Onde onde não é necessária a conjunção "para/a":

    1) Onde você mora?
    2) Onde está a minha caneta?

    De acordo com a norma culta, utilizamos aonde sempre que houver a preposição "a" indicando movimento: ir a / dirigir-se a / levar a / chegar a.
  • Corrigindo as incorretas.
    • a) O valor do transporte aumentou, o que fica mais caro as passagens dos alunos.
    • b) Não fez a sua parte e ainda colocou em xeque a credibilidade da instituição.
    • c) A fl. 12 mostra um bilhete onde diz: Seja feliz amiga. (sem crase pois antecede plural)
    • d) Onde tem um posto?  Estamos precisando de gasolina.
  • O valor do transporte aumentou, o que fica mais caraS aS passagenS dos alunos. _

    _ CARO e CARA podem funcionar como adjetivos, significando: preço muito alto.

    CARO - com nomes masculinos
    CARA - com nomes femininos

    Exemplo: Este carro é caro. Esta casa é cara

    __ Ou também como adjetivo, significando: querido; que é muito estimado

    Exemplo: Minha cara amiga (ou meu caro amigo), estou ocupado agora.


    __ CARA pode funcionar como substantivo feminino, que tem como sinônimos face, rosto, ou seja, a parte anterior da cabeça humana

    Exemplo: Sujei toda a minha cara com lama.


    __ CARO também pode ser usado como substantivo masculino, mas é pouco usado desta forma. Tem a ver com náutica, é um instrumento à ré do navio.


    Espero ter ajudado!!!
  • a) O valor do transporte aumentou, o que fica mais caro (cara) a passagem dos alunos.

     

    b) Não fez a sua parte e ainda colocou em cheque (xeque) a credibilidade da instituição.

    c) À fl. 12 mostra um bilhete aonde (onde) diz: Seja feliz amiga.

    d) Aonde (Onde) tem um posto? Tamos (Estamos) precisando de gasolina.

    e) A ré disse que não conhecia o lugar onde aconteceria a reunião com a referida autoridade.

  • À fl. 12 está correto (letra c)? não seria no plural: Às fls. 12

  • Pessoal esta frase não esta no plural. "À fl. 12 mostra um bilhete aonde diz: Seja feliz amiga".
    O sentido é de apenas uma folha. Poderia ser:  fl 3, 4, 5...
    O erro é a palavra "aonde" = lugar em movimento como cita a colega acima. E o correto seria "onde", local onde localiza o bilhete. 
  • C) Resumo:MANUAL DE PADRONIZAÇÃO DE TEXTOS  DO STJ

    a folhas/à folha/na folha/às folhas/nas folhas
     
    1. As três primeiras formas podem ser usadas, em referência a uma só folha, indistintamente: A decisão está registrada a fls. 2 (lê-se a folhas duas); As partes  estão discriminadas à fl. 2 (lê-se à folha dois); O texto citado está na fl. 2 (lê-se na folha dois). Com folha, singular, o cardinal fica invariável; com folhas, plural, o cardinal se flexiona em gênero. O mesmo se aplica a página/páginas.
     
    2. As expressões às folhas/nas folhas, por outro lado, só devem ser usadas em referência a duas ou mais folhas: Os nomes apareceram às fls./nas fls. 3-5; O  livro traz o assunto às fls./nas fls. 23 e 47.
  • Comentário sobre a questão D.

               À fl. 12 mostra um bilhete aonde diz: Seja feliz amiga

    Não há crase na alternativa D porque não há motivo para ter crase. (Preposição + artigo feminino)

    No caso acima fl. 12 é o sujeito da oração, não há preposição com a qual o artigo A possa se unir.
  • E a parte da concordância verbal no item E, ninguém observou?
  • a) O valor do transporte aumentou, o que fica mais cara a passagem dos alunos.

    b) Não fez a sua parte e ainda colocou em xeque a credibilidade da instituição.

    c) A fl.12 mostra um bilhete onde diz: Seja feliz amiga.

    d) Onde tem um posto? Estamos precisando de gasolina.

    e) correta.

  • "tamo" precisando estudar mais kkkkkkkk


ID
370777
Banca
FCC
Órgão
TCE-GO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A respeito do termo etnia

Por etnia entende-se um grupo de pessoas que partilham vários atributos, como espaço geográfico, língua, costumes e valores, e que reivindicam para si o mesmo nome étnico e a mesma ascendência. Mas sempre há nisso grande dose de subjetividade. Daí ser difícil estabelecer fronteiras claras entre as etnias e quantificar os grupos étnicos existentes no planeta. A língua, por exemplo, que parece um critério objetivo, não é suficiente para determinar diversas etnias, se tomada isoladamente, pois muitos grupos étnicos usam o mesmo idioma.

O moderno conceito de etnia desenvolveu-se no século XX, em oposição às teorias racistas que evocavam argumentos de ordem biológica para justificar a dominação de um grupo humano sobre outros. A ciência considera incorreto falar em diferentes raças quando se trata de seres humanos. Todos os homens pertencem ao gênero Homo e à espécie Homo sapiens. Eventuais variações genéticas são mínimas e insuficientes para configurar diferenciações raciais.

Os homens agrupam-se socialmente, e as semelhanças e diferenças que estabelecem entre si decorrem de processos históricos, sempre culturais, jamais naturais. Fundamentalmente, um indivíduo pertence a determinada etnia porque acredita nisso, e tal crença é compartilhada pelos demais indivíduos que compõem o mesmo grupo.

A existência de vários grupos étnicos no interior das mesmas fronteiras nacionais é uma situação comum, pois as populações humanas não são homogêneas, em razão das migrações no decorrer da história. Mas as diferenças étnicas, em diversos casos, são manipuladas para acirrar conflitos de fundo político ou econômico. O próprio conceito de raça humana, há muito não admitido pela antropologia moderna, serviu (e por vezes ainda serve) de pretexto para justificar as mais cruéis manifestações de preconceito,violência e barbárie.

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
    •  a) São vários os atributos a que se pode recorrer para caracterizar um grupo étnico.
    • recorrer aos atributos
    •  b) Não são claras as fronteiras em cujas se deseja estabelecer uma objetiva distinção entre etnias. (em que)
    • deseja estabelecer nas fronteiras.
    •  c) São mínimas as variações genéticas de que se poderia levar em conta para configurar alguma dife renciação racial. (que)
    • d) O fenômeno das migrações é um fator concorrente de que as populações não sejam homogêneas. (para que)
    • e) O próprio conceito de raça humana, de cujo ninguém duvidava, é hoje dado como ultrapassado. (de que)
  • Pela regência podemos elucidar a parte principal da questão:
    a) São vários os atributos a que se pode recorrer para caracterizar um grupo étnico. (QUEM recorre RECORRE A algo) LOGO LETRA A) é a alternativa correta, mas analisemos as demais.

    b) Não são claras as fronteiras em cujas se deseja estabelecer uma objetiva distinção entre etnias.
    (QUEM deseja algo, isto é, verbo transitivo direto, SABIDAMENTE sem preposição. Pode-se usar AS QUAIS em vez de EM CUJAS.)

    c) São mínimas as variações genéticas de que se poderia levar em conta para configurar alguma diferenciação racial. (QUEM leva LEVA algo em conta, então apenas QUE)


    d) O fenômeno das migrações é um fator concorrente de que as populações não sejam homogêneas.
    (AQUI  temos uma relação de causalidade, assim tem-se um conjunção integrante de uma oração subordinada adverbial que caberia perfeitamente em para que.)

    e) O próprio conceito de raça humana, de cujo ninguém duvidava, é hoje dado como ultrapassado.
    (QUEM duvida DUVIDA DE algo, porém duvide sempre do uso “DE CUJO” que não é aceitável, logo o ideal seria do qual ou de que, EVITE de cujo(a)(s) quando indicarem posse, mas fiquem sempre de olho na regência.
  • Continuo achando errada essa alternativa A.   Não teria que ser:   São vários os atributos AOS QUAIS se pode recorrer... ??  O pronome relativo está substituindo  "os vários atributos"...  então ele tem que estar no plural!
    OU nesse caso seria facultativo por alguma razão?  Alguém pode me ajudar?
  • Andréa,


    São vários os atributos a que se pode recorrer para caracterizar um grupo étnico. 

    O que deve ser percebido é que o artigo definido da palavra atributos já está explícito na frase, logo se colocado novamente antes do pronome geraria erro gramatical. Note:

    São vários os atributos aos quais se pode recorrer ...

    Como a questão não dá a opção de retirar tal artigo as mudanças devem ser pensadas de maneira estrita. Mas caso fosse possível  ficaria assim:

    São vários atributos aos quais se pode recorrer...

    Ajudei? :)

  • Complementando:

    CUJO: substitui nomes de pessoas, animais e coisas desde que expressem ideia de posse. Esse pronome sempre concorda com o substantivo posterior a ele. Não pode haver artigo entre o pronome cujo e o substantivo com o qual ele concorda. Depois do pronome cujo só pode aparecer substantivo.
  • Ai quem errou é humilde

  • Discordo da regência do verbo recorrer. Quem recorre recorre DE ALGO. Ele recoreu do gabarito. Recorreu do resultando e nao recorreu ao gabarito.


ID
375790
Banca
CETAP
Órgão
AL-RR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

 “Apreciem, prezados leitores, a clareza do bom Morais, cujo dicionário é de 1813”


O pronome relativo “cujo”, no trecho do comando da questão anterior, dá idéia de:

Alternativas
Comentários
  • Questão repetida. Esse site está começando a me irritar

  • O pronome “cujo” tem como principais características:

    1) Indica posse e sempre vem entre dois substantivos, possuidor e possuído;

    2) Não pode ser seguido nem precedido de artigo, mas pode ser antecedido por preposição; (Para lembrar: nada de cujo o, cuja a, cujo os, cuja as...)

    3) Não pode ser diretamente substituído por outro pronome relativo. Para achar o referente, pergunte ao termo seguinte: “de quem?”.

    Fonte: Felipe Luccas, estratégia concurso Aula 01, classe de palavras

    Dicionário de quem? do bom morais!

    Gabarito letra (E)

  • Substituindo o P.Relativo pela prepo. "DE", você encontrará com maior facilidade a resposta.

    ex.:

    Morais cujo dicionário...

    dicionário do Morais.

    ou seja, fica perceptível a ideia de posse na sentença.

  • CUJO     =            ideia de POSSE         

     

    Cujo equivale a DO QUAL, DOS QUAIS, DA QUAL, DAS QUAIS

     

    1-     Sempre entre dois substantivos

     

     

    2-        Estabelece entre dois substantivos IDEIA DE POSSE – ler do segundo substantivo para o primeiro e coloca a preposição “de, do, da”

     

     

    3-        Não pode vir seguido de verbo  NÃO UTILIZA:    “CUJO”     +     É   (VERBO)

     

    4-       Não pode vir seguido de artigo  NÃO UTILIZA:    “CUJO”    +       ARTIGO (a, o um)     PREPOSIÇÃO

     

     

     

    5-     Adjunto Adnominal:

     

    NÃO EXISTE !!   CUJO +  FOI (VERBO)   CUJO     O     ou    CUJO    A  =     

    NÃO CABE CUJA = DE QUE (do qual, da qual, dos quais).

                SUBSTANTIVO   +       CUJO    +      SUBSTANTIVO  =   POSSE

     

    FUNÇÃO ADJUNTO ADNOMINAL: SUBSTANTIVO ANTERIOR

     

    CUJO    =  PRONOME RELATIVO que retoma um ANTECEDENTE

     

    - VEM ENTRE DOIS SUBSTANTIVO COM IDEIA DE POSSE

     

    -      concorda com o substantivo SEGUINTE

     

    Ex.      Eis o homem CUJA filha foi aprovada.

                  Eis o homem CUJO filho foi aprovado.

     

     

     

    -   EVITA A REPETIÇÃO DO SUBSTANTIVO

     

    -   DICA PERGUNTE AO VERBO ANTECEDENTE:     preposição obrigatória: 

    concordei   com     / com cuja  

    se referiu,  a  cujos

               caminhar em   / em cuja     

               depende de    / de cujo

               

    Ex.     Vi o filme a cujos atores você se referiu (pede preposição A)

     

    Aquele é o político de cuja honestidade duvidamos.

    CORRETO I. Esta é a professora de cuja aula todos os alunos gostam.

    CORRETO II. Aquela é a garota com cuja atitude discordei - tornamo-nos inimigas desde aquele episódio.

    ERRADO III- A criança cuja a (SIC) família não compareceu ficou inconsolável.

  • Só para praticar acentuação, o termo destacado não recebe mais acento. Por causa da seguinte regra: quando a sílaba tônica é uma paroxítona com ditongo aberto, não existe acentuação.

    "O pronome relativo 'cujo', no trecho do comando da questão anterior, dá idéia de:"

    Ex: I-dei-a, Pla-tei-a, Col-mei-a

    Agora, para palavra com ditongo aberto na oxítona, aplica-se acentuação.

    Ex: Pas-téis, A-néis.


ID
379891
Banca
FCC
Órgão
TCE-GO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A respeito do termo etnia

Por etnia entende-se um grupo de pessoas que partilham vários atributos, como espaço geográfico, língua, costumes e valores, e que reivindicam para si o mesmo nome étnico e a mesma ascendência. Mas sempre há nisso grande dose de subjetividade. Daí ser difícil estabelecer fronteiras claras entre as etnias e quantificar os grupos étnicos existentes no planeta. A língua, por exemplo, que parece um critério objetivo, não é suficiente para determinar diversas etnias, se tomada isoladamente, pois muitos grupos étnicos usam o mesmo idioma.

O moderno conceito de etnia desenvolveu-se no século XX, em oposição às teorias racistas que evocavam argumentos de ordem biológica para justificar a dominação de um grupo humano sobre outros. A ciência considera incorreto falar em diferentes raças quando se trata de seres humanos. Todos os homens pertencem ao gênero Homo e à espécie Homo sapiens. Eventuais variações genéticas são mínimas e insuficientes para configurar diferenciações raciais.

Os homens agrupam-se socialmente, e as semelhanças e diferenças que estabelecem entre si decorrem de processos históricos, sempre culturais, jamais naturais. Fundamentalmente, um indivíduo pertence a determinada etnia porque acredita nisso, e tal crença é compartilhada pelos demais indivíduos que compõem o mesmo grupo.

A existência de vários grupos étnicos no interior das mesmas fronteiras nacionais é uma situação comum, pois as populações humanas não são homogêneas, em razão das migrações no decorrer da história. Mas as diferenças étnicas, em diversos casos, são manipuladas para acirrar conflitos de fundo político ou econômico. O próprio conceito de raça humana, há muito não admitido pela antropologia moderna, serviu (e por vezes ainda serve) de pretexto para justificar as mais cruéis manifestações de preconceito,violência e barbárie.

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) São vários os atributos a que se pode recorrer para caracterizar um grupo étnico.

    pode recorrer a...

    Dicas: O pronome "cujo": só poderá ser usado quando houver indicação de posse:algo de alguém = alguém cujo algo, ou seja, se houver indicação de posse, coloca-se o pronome cujo entre o elemento possuído e o elemento possuidor. 
  • a) São vários os atributos a que se pode recorrer para caracterizar um grupo étnico.
    Questão CORRETA. Faço meus os fundamentos expostos acima.

    b) Não são claras as fronteiras em cujas se deseja estabelecer uma objetiva distinção entre etnias.
    Elemento correto a ser usado: nas quais.

    c) São mínimas as variações genéticas de que se poderia levar em conta para configurar alguma diferenciação racial.
    Elemento correto a ser usado: que (sem a preposição de).

    d) O fenômeno das migrações é um fator concorrente de que as populações não sejam homogêneas.
    Elemento correto a ser usado: para que.

    e) O próprio conceito de raça humana, de cujo ninguém duvidava, é hoje dado como ultrapassado.
    Elemento correto a ser usado: do qual ou de que.

  • Pela regência podemos elucidar a parte principal da questão:
    a) São vários os atributos a que se pode recorrer para caracterizar um grupo étnico. (QUEM recorre RECORRE A algo) LOGO LETRA A) é a alternativa correta, mas analisemos as demais.

    b) Não são claras as fronteiras em cujas se deseja estabelecer uma objetiva distinção entre etnias.
    (QUEM deseja algo, isto é, verbo transitivo direto, SABIDAMENTE sem preposição. Pode-se usar AS QUAIS em vez de EM CUJAS.)

    c) São mínimas as variações genéticas de que se poderia levar em conta para configurar alguma diferenciação racial. (QUEM leva LEVA algo em conta, então apenas QUE)


    d) O fenômeno das migrações é um fator concorrente de que as populações não sejam homogêneas.
    (AQUI  temos uma relação de causalidade, assim tem-se um conjunção integrante de uma oração subordinada adverbial que caberia perfeitamente em para que.)

    e) O próprio conceito de raça humana, de cujo ninguém duvidava, é hoje dado como ultrapassado.
    (QUEM duvida DUVIDA DE algo, porém duvide sempre do uso “DE CUJO” que não é aceitável, logo o ideal seria do qual ou de que, EVITE de cujo(a)(s) quando indicarem posse, mas fiquem sempre de olho na regência.
  • Na letra A não poderia ser AOS QUAIS SE PODE RECORRER ? Pois achei que deveria concordar com os atributos .
  • Sobre o uso do cujo:
    • Não use artigo após o pronome relativo “cujo”.
    • O pronome relativo “cujo” concorda nominalmente com o substantivo que o segue.
    • Caso a oração que apresente o pronome “cujo” peça preposição, use-a antes do
    • pronome relativo.
  • Concordo com o rafael no que diz respeito ao erro da A.  Eu não achei nenhuma correta...  e acabei errando na tentativa de achá-la...  mas a concordância da A está errada!  Ou será que estamos nós errados?  Alguém sabe justificar  a letra A?
  • Rafael e Andrea,

    A alternativa A também fica correta do jeito que vocês colocaram a frase. Isso porque a palavra "que", nesse caso, é um pronome relativo e pode ser substituída por o qual, a qual, os quais e as quais, concordando com o substantivo que vem antes. Portanto, também estaria correto:

    a) São vários os atributos AOS QUAIS se pode recorrer para caracterizar um grupo étnico.
  • Correta A:
    como indagaram...
    mas por quê?


    Na regência verbal, se consultarmos um dicionário o verbo recorrer é Transitivo Indireto, ou seja, exige uma preposição a, quem recorre, recorre a (algo), então pede um complemento (verbal), no caso um Objeto indireto (por ser regido por preposição).

    São vários os atributos a que se pode recorrer para caracterizar um grupo étnico.

    Dividindo a frase temos:
    São vários os atributos / se pode recorrer a  (vários atributos...)......
    A reposição só se escondeu na primeira oração.

    então pronome relativo que vem acompanhado de "a" por causa da regência do verbo recorrer... (recorrer à polícia, p.ex.)


  • GABARITO: A

    A: São vários os atributos a que se pode recorrer para caracterizar um grupo étnico. – quem recorre, recorre A.

    B: Não são claras as fronteiras em cujas se deseja estabelecer uma objetiva distinção entre etnias. – o cujo vem entre dois nomes; erro de construção sintática. Deveria ser: Não são claras as fronteiras nas quais se deseja estabelecer uma objetiva distinção entre etnias.

    C: São mínimas as variações genéticas que se poderia levar em conta para configurar alguma diferenciação racial. – quem leva em conta, leva em conta alguma coisa (sem preposição).

    D: O fenômeno das migrações é um fator concorrente com que as populações não sejam homogêneas. – o substantivo concorrente exige a preposição com.

    E: O próprio conceito de raça humana, de que ninguém duvidava, é hoje dado como ultrapassado. – mesma razão da B.

ID
392110
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“A pesquisa da ONG inglesa surge na esteira de um burburinho provocado atualmente nos meios acadêmicos pelos adeptos da chamada psicologia positiva, cujo objetivo é justamente permitir às pessoas a conquista da felicidade.”

No fragmento acima, o elemento cujo é

Alternativas
Comentários
  • Pronome relativo e marca uma relação de posse com o seu antecedente.

     

  • objetivos da (cujo) psicologia positiva

    assim torna-se o cujo como relação de posse do seu antecedente.

  • Nelson, a pronome cujo sempre concorda com o substantivo posterior. Portanto está concordando com "objetivo", por isso a forma masculina.

    E realmente expressa relação de posse com o antecedente

  • Letra B

    Ler de trás pra frente dá pra perceber bem a relação de posse: Objetivo da psicologia positiva.

  • O pronome CUJO sempre dará ideia de posse e concordara com o termo posterior mas dando ideia de posse com o antecedente.


ID
479386
Banca
FCC
Órgão
INFRAERO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O primeiro voo

Mais do que um marinheiro de primeira viagem, o passageiro de primeiro voo leva consigo os instintos e os medos primitivos de uma espécie criada para andar sobre a terra. As águas podem ser vistas como extensão horizontal de caminhos, que se exploram pouco a pouco: aprende-se a nadar e a navegar a partir da segurança de uma borda, arrostando-se gradualmente os perigos. Mas um voo é coisa mais séria: há o desafio radical da subida, do completo desligamento da superfície do planeta, e há o momento crucial do retorno, da reconciliação com o solo. Se a rotina das viagens aéreas banalizou essas operações, nem por isso o passageiro de primeira viagem deixa de experimentar as emoções de um heróico pioneiro.

Tudo começa pelo aprendizado dos procedimentos iniciais. O novato pode confundir bilhete com cartão de embarque, ignora as siglas das placas e monitores do aeroporto, atordoa-se com os avisos e as chamadas da locutora invisível. Já de frente para a escada do avião, estima, incrédulo, quantas toneladas de aço deverão flutuar a quilômetros de altura - com ele dentro. Localizada a poltrona, afivelado o cinto com mãos trêmulas, acompanha com extrema atenção as estudadas instruções da bela comissária, até perceber que ele é a única testemunha da apresentação: os demais passageiros (maleducados!) leem jornal ou conversam. Quando enfim os motores, já na cabeceira da pista, aceleram para subir e arrancam a plena potência, ele se segura nos braços da poltrona e seu corpo se retesa na posição seja-o-que-Deusquiser.

Atravessadas as nuvens, encanta-se com o firmamento azul e não tira os olhos da janela - até perceber que é um embevecido solitário. Alguns buscam cochilo, outros conversam animadamente, todos ignoram o milagre. Pouco a pouco, nosso pioneiro vai assimilando a rotina do voo, degusta o lanche com o prazer de um menino diante da merenda, depois prepara-se para o pouso na mesma posição que assumira na decolagem. Tudo consumado, resta-lhe descer a escada, bater os pés no chão da pista e convencer-se de que o homem é um bicho estranho, destinado a imaginar o irrealizável só pelo gosto de vir a realizá-lo. Nos voos seguintes, lerá jornal, cochilará e pouco olhará pela janela, que dá para o firmamento azul.

(Firmino Alves, inédito)

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • LETRA D 

    a)A expressão menino diante da merenda atesta (oração principal) / QUE há um prazer algo ingênuo e infantil no pas- sageiro de primeiro voo. (oração subordinada substantiva) : ERRADO   1º. deve-se separar as frases / 2º analise do que: como pode ser substituído por ISSO, será conjunção integrante (inicia uma oração subordinada substantiva)/3º para que haja preposição antes do "que" terá de ter sido solicitada pela oração principal, como o verbo atestar não pede preposição estará errada a preposição  "de"  colocada antes do "que". 

     b) Diante do avião, em cujo avulta a gigantesca estrutura de aço, o passageiro demonstra sua preocupação e incredulidade. ERRADO  o " CUJO" deve ficar entre 2 NOMES ,ou seja, não pode vir entre verbo, como o verbo AVULTAR está ao seu lado conclui-se errada a questão.  Seria  certo assim: Diante do avião, CUJA  gigantesca estrutura de aço avulta.... 

     c) Ao se valer da expressão Tudo consumadoem cujo grave sentido se manifesta na Bíblia, o autor reveste de solenidade o final do voo. O "CUJO" está entre 2 NOMES, no entanto, para analisar melhor devemos substituir o cujo por um pronome possessivo ( EM SEU GRAVE SENTIDO SE MANIFESTA NA BÍBLIA) e assim se conclui que o  cujo faz parte do sujeito da frase e por isso não poderia vir PREPOSICIONADO  (SUJEITO NUNCA VEM ANTECEDIDO POR PREPOSIÇÃO).

     d) O passageiro novato, na aterrissagem, assumiu a mesma posição defensiva a que recorrera na decolagem. O "QUE" é  pronome relativo já que não pode ser substituído por isso (O "QUE" OU É PRONOME RELATIVO OU É CONJUNÇÃO INTEGRANTE=ISSO) assim devemos procurar o verbo e verificar se pede a preposição que antecede o "QUE",  QUEM RECORRER RECORRE A. CORRETA A ALTERNATIVA. 

     e) O homem é um bicho de quem a natureza imprimiu uma obsessiva necessidade de sonhar alto.

    O "QUEM" É PRONOME RELATIVO devemos verificar se o verbo pede preposição e qual será ela. A natureza (sujeito) imprimiu EM (NO BICHO), o certo seria : O home é um bicho EM QUEM a natureza imprimiu...

ID
516835
Banca
Exército
Órgão
EsPCEx
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A palavra “que” apresenta a função de pronome relativo apenas em uma das alternativas abaixo. Assinale essa alternativa.

Alternativas
Comentários
  • Nós é que vamos ganhar esse prêmio.→Partícula expletiva ou de realce( pode vir na forma que ou é que)

    Que linda manhã! Vamos à praia?→que=pronome adjetivo indefinido

    Colhemos aquilo que plantamos.→que = pronome relativo (substitui por o qual)

    Chorou tanto que perdeu o fôlego.→que = conjunção subordinativa consecutiva

    Tenho que estudar mais um pouco hoje.→que=preposição (ligando 2 verbos numa locução verbal - substituível por 'de')

  • O bizu é substituir por o qual. Por mais que soe estranho, veja se o sentido continua.

    "Colhemos aquilo o qual plantamos."

    Alternativa C)

  • Acho que alternativa E também pode ser uma conjunção integrante,pois me parece introduzir uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

  • Os pronomes relativos representam nomes que já foram mencionados anteriormente.

    Ex.: O menino que encontrei é muito legal. 

  • A) (é que) é uma partícula expletiva ou de realce, se retirar da frase ela continua o sentido.

    Bizu: pronomes demonstrativos mesmo, próprio e a partículas de realce ser + que são usadas em pronomes do caso reto para enfatizar.

    B) que trocar por tão/quão será advérbio de intensidade ( manhã tão linda!)

    D) conjunção consecutiva

    Tão

    Tanto

    Tamanho + que = O.S.A.consecutiva

    Tal

    E) Ter/haver + que + infinitivo. o que nessa construção será uma preposição acidental(derivação imprópria)

    Ex: tenho de estudar mais um pouco.


ID
518206
Banca
Exército
Órgão
EsPCEx
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A presença do pronome relativo possibilita reconhecer facilmente uma oração subordinada adjetiva. Entretanto, deve-se atentar para o pronome adequado a ser empregado e para a regência do verbo da oração subordinada, que determinam a correta construção do período. Com base nessas informações, leia os períodos abaixo e, a seguir, responda o que se pede.

I - A pessoa ______________ lhe falei irá procurá-lo ainda hoje.

II - A casa ______________ parede o carro colidiu teve sérios danos estruturais.

III - O dentista _____________fui encaminhado é um reconhecido profissional.

IV - O assunto ____________ fizeram referência não era de conhecimento geral.

A alternativa cuja seqüência de pronomes e complementos completem corretamente os períodos na seqüência dada é:

Alternativas
Comentários
  • GAB A

  • GABARITO: LETRA A

    ===> vamos eliminando pelas mais fáceis:

    IV - O assunto A QUE fizeram referência não era de conhecimento geral. ===> fizeram referência A alguma coisa ===> logo a preposição deve estar presente, dessa forma eliminamos a letra "b", "d" e "e".

    III - O dentista PARA O QUAL fui encaminhado é um reconhecido profissional. ===> fui encaminhado PARA alguém ou alguma coisa (PARA O QUAL), matamos a questão.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • quem faz referência, faz ref. a alguma coisa

    matei aí

  • Só dá para arrematar na última. questão bonita!

  • I - A pessoa ______________ lhe falei irá procurá-lo ainda hoje.

    Regência de falar

    > de algo

    >a algo

    > sobre algo

    >com algo

    >em algo

    II - A casa ______________ parede o carro colidiu teve sérios danos estruturais.

    Contra Cuja : ideia de posse

    A casa tem uma parede que foi colidida contra o carro

    Regência do verbo colidir

    > contra

    III - O dentista _____________fui encaminhado é um reconhecido profissional.

    Regência de encaminhar

    > Para (algum lugar)

    IV - O assunto ____________ fizeram referência não era de conhecimento geral.

    Regência de referencia

    > a algo

    > de algo

    Percebe-se que a questão queria a estrutura morfológica coesa tanto no sentido anafórico quanto na independência das mesmas

    LETRA A

    APMBB

  • Tenho uma dúvida em relação à letra A.

    Essa preposição está correta?

    Eu pergunto isso porque já não tem um objeto indireto na frase representado pelo "lhe"?

    Caso alguém vir essa mensagem, por favor, manda-me uma notificação.

    Ficarei muito grato.


ID
570016
Banca
FCC
Órgão
BACEN
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   O segredo da acumulação primitiva neoliberal         

          Numa coluna publicada na Folha de São Paulo, o jornalista Elio Gaspari evocava o drama recente de um navio de crianças escravas errando ao largo da costa do Benin. Ao ler o texto – que era inspirado , o navio tornava-se uma metáfora de toda a África subsaariana: ilha à deriva, mistura de leprosário com campo de extermínio e reserva de mão-de-obra para migrações desesperadas.

           Elio Gaspari propunha um termo para designar esse povo móvel e desesperado: “os cidadãos descartáveis”. “Massas de homens e mulheres são arrancados de seus meios de subsistência e jogados no mercado de trabalho como proletários livres, desprotegidos e sem direitos.” São palavras de Marx, quando ele descreve a “acumulação primitiva”, ou seja, o processo que, no século XVI, criou as condições necessárias ao surgimento do capitalismo.

          Para que ganhássemos nosso mundo moderno, foi necessário, por exemplo, que os servos feudais fossem, à força, expropriados do pedacinho de terra que podiam cultivar para sustentar-se. Massas inteiras se encontraram, assim, paradoxalmente livres da servidão, mas obrigadas a vender seu trabalho para sobreviver

          Quatro ou cinco séculos mais tarde, essa violência não deveria ter acabado? Ao que parece, o século XX pediu uma espécie de segunda rodada, um ajuste: a criação de sujeitos descartáveis globais para um capitalismo enfim global.

          Simples continuação ou repetição? Talvez haja uma diferença – pequena, mas substancial – entre as massas do século XVI e os migrantes da globalização: as primeiras foram arrancadas de seus meios de subsistência, os segundos são expropriados de seu lugar pela violência da fome, por exemplo, mas quase sempre eles recebem em troca um devaneio. O protótipo poderia ser o prospecto que, um século atrás, seduzia os emigrantes europeus: sonhos de posse, de bem-estar e de ascensão social.

          As condições para que o capitalismo invente sua versão neoliberal são subjetivas. A expropriação que torna essa passagem possível é psicológica: necessita que sejamos arrancados nem tanto de nossos meios de subsistência, mas de nossa comunidade restrita, familiar e social, para sermos lançados numa procura infinita de status (e, hipoteticamente, de bem-estar) definido pelo acesso a bens e serviços. Arrancados de nós mesmos, deveremos querer ardentemente ser algo além do que somos.

          Depois da liberdade de vender nossa força de trabalho, a “acumulação primitiva” do  neoliberalismo nos oferece a liberdade de mudar e subir na vida, ou seja, de cultivar visões, sonhos e devaneios de aventura e sucesso. E, desde o prospecto do emigrante, a oferta vem se aprimorando. A partir dos anos 60, a televisão forneceu os sonhos para que o campo não só
devesse, mas quisesse, ir para a cidade.

          O requisito para que a máquina neoliberal funcione é mais refinado do que a venda dos mesmos sabonetes ou filmes para todos. Trata-se de alimentar um sonho infinito de perfectibilidade
e, portanto, uma insatisfação radical. Não é pouca coisa: é necessário promover e vender objetos e serviços por eles serem indispensáveis para alcançarmos nossos ideais de status, de bem-estar e de felicidade, mas, ao mesmo tempo, é preciso que toda satisfação conclusiva permaneça impossível.

          Para fomentar o sujeito neoliberal, o que importa não é lhe vender mais uma roupa, uma cortina ou uma lipoaspiração; é alimentar nele sonhos de elegância perfeita, casa perfeita e corpo perfeito. Pois esses sonhos perpetuam o sentimento de nossa inadequação e garantem, assim, que ele seja parte inalterável, definidora, da personalidade contemporânea.

          Melhor deixar como está. No entanto, a coisa não fica bem. Do meu pequeno observatório psicanalítico, parece que o permanente sentimento de inadequação faz do sujeito neoliberal
uma espécie de sonhador descartável, que corre atrás da miragem de sua felicidade como um trem descontrolado, sem condutor, acelerando progressivamente por inércia – até que os
trilhos não agüentem mais.

(Contardo Calligaris, Terra de ninguém. São Paulo: Publifolha, 2002)


Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA "D"

    d) As miragens a que nos prendemos, ao longo da vida, são projeções de anseios cujo destino não é a satisfação conclusiva.

    Nos prendemos a alguma coisa...

    O pronome relativo cujo só poderá ser usado quando houver indicação de posse; coloca-se o pronome cujo entre o elemento possuído e o elemento possuidor.

    projeções cujo destino.
  • Quak seria o erro da letra "B"??
  • LUCIANA, NA LETRA "B" O ERRO É QUE SEMPRE DEPOIS DO "CUJO" SÓ PODE SER USADO SUBSTANTIVO, NO CASO EM QUESTÃO VEM SEGUIDO PELO ARTIGO "O".



    ESPERO TER AJUDADO!!!
  • Alguém sabe por que a letra "e" está errado?
  • Na letra B, além do que já foi comentado, o correto seria " à qual ";
  •  a) Os sonhos de cujos nos queremos alimentar não satisfazem os desejos com que a eles nos moveram.(verbo- Cujo une 2 substantivos)
     b) A expressão de Elio Gaspari, a qual se refere(A) o autor do texto, é “cidadãos descartáveis”, e alude às criaturas desesperadas cujo orumo é inteiramente incerto.(CUJO O = NÃO EXISTE)
     c) Os objetivos deque se propõem(A) os neoliberais não coincidem com as necessidades por cujasse movem os “cidadãos descartáveis”.(MOVEM = VERBO. Cujo une 2 substantivos)
    e) A força do nosso trabalho, deque não relutamos(COM) em vender, dificilmente será paga pelo valor em que nos satisfaremos.(COM)
  • Gabarito: d
    Comentário.
     
    O verbo prender-se rege a preposição “a”. como o pronome relativo se refere a “miragens”, está perfeita esta construção: “As miragens a que nos prendemos...”.
     
    Em seguida o relativo “cujo” une corretamente os substantivos “anseios” e “destino” (destino dos anseios)
     
     Análise das opções incorretas:
     
    a)O pronome cujo só pode ficar entre dois nomes, como o “cujo” não está ligando dois substantivos está incorretamente aplicado. Em seu lugar, devemos colocar o pronome relativo “que”. Como o verbo “alimentar” é transitivo direto (Nós alimentamos um sonho), não deve haver preposição (“Os sonhos que nós queremos alimentar...”).
     
    Em seguida, o pronome relativo exerce, na oração adjetiva, a função de sujeito (“Os desejos [referente do pronome relativo] nos moveram aos sonhos [representado na oração por “a eles”].”). Portanto, não há preposição “com”. A construção correta ficaria: “Os sonhos que nós queremos alimentar não satisfazem os desejos que a eles nos moveram.”.
     
    b)A oração subordinada adjetiva, iniciada por “a qual”, feitas as substituições necessárias, seria: “O autor do texto se refere à expressão de Elio Gaspari.”. O verbo referir-se, presente na oração adjetiva, exige a preposição “a”. O encontro dessa preposição com o pronome relativo “a qual” (cujo referente é “expressão de Elio Gaspari”) forma a crase: “A expressão de Elio Gaspari, à qual se refere o autor do texto...”.
     
    Depois tem-se o emprego errado de “cujo o”. Para a correção desse trecho, devemos retirar esse artigo “o”: “e alude às criaturas desesperadas cujo rumo é inteiramenteincerto”, já que entre “rumo” e “criaturas desesperadas” há uma ligação de dependência (o rumo das criaturas).
     
    c)No sentido de “ter em vista”, “objetivar”, o verbo pronominal propor-se rege a preposição “a” (Alguém se propõe a alguma coisa). Assim, essa preposição deve anteceder o pronome relativo “que”: “Os objetivos a que se propõem os neoliberais...”.
     
    e)O verbo “vender” é transitivo direto. Assim, não há preposição “de” antes do pronome relativo: “A força do nosso trabalho, que não relutamos a vender ...” 

    Fonte: http://www.e-concursos.net/_Arena/Modulos/Util/Imprimir.aspx?op=Custom/eConcursos/ArtigoAbrir&IdArtigo=293 
  • O "que" é um coringa que pode ser usado na grande maioria das situações.
  • resposta:

    As miragens a que nos prendemos, ao longo da vida, são projeções de anseios cujo destino não é a satisfação conclusiva.

    às opções com "cujo".

    Cujo é pronome é artigo não vai antes de pronome.
  • Fiquei na dúvida por causa da concordância:

    As miragens a que nos prendemos, ao longo da vida, são projeções de anseios cujo destino não é a satisfação conclusiva.

    As miragens (plural) as quais nos prendemos, ...
     

    Alguém poderia me esclarecer?

    Desde já, obrigada.





     



  • Também fiquei com a mesma dúvida da Daniela Nunes e
    agradeço a quem ajudar a tirá-la. 
  • Aos colegas que ficaram em dúvida com relação a concordância:
    O pronome QUE é invariável, ou seja, não varia de acordo com o termo anteposto nem com o posposto.
    Os pronomes relativos que variam são: Cujo, a qual e quanto.
    A concordância, dita acima, se refere ao pronome "O QUAL"!
    Outra coisa, como o verbo exige a preposição A se houvesse a variação dita, ocorreria uma crase (às quais). Como no QUE não possui o"A"artigo resta apenas o "A" preposição.
    Se caso tenha sido pouco claro, dê uma olhada na matéria quando fala de variação dos pronomes relativos.

    Bons estudos!!

ID
612250
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que a forma pronominal preenche corretamente a lacuna da frase a seguir.

A empresa __________ gerentes trabalhamos, aumentou em 25% a sua produção este ano.

Alternativas
Comentários
  • Regrinha importante sobre CUJO

    Este pronome indica posse (algo de alguém).

    Na montagem do período, deve-se colocá-lo entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo)

    Por exemplo nas orações Antipatizei com o rapaz. Você conhece a namorada do rapaz. O substantivo repetido rapaz possui namorada. Deveremos, então usar o pronome relativo cujo, que será colocado entre o possuidor e o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, tem-se a namorada do rapaz = o rapaz cujo a namorada. Não se pode, porém, usar artigo (o, a, os, as) depois de cujo. Ele deverá contrair-se com o pronome, ficando: cujo + o = cujo; cujo + a = cuja; cujo + os = cujos; cujo + as = cujas. Então a frase ficará o rapaz cuja namorada. Somando as duas orações, tem-se

    Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece.

    http://www.algosobre.com.br/portugues/pronome-relativo-cujo.html

  • Regras para uso do Pronome cujo e variações:

    1) Indicam posse.

    2) Vêm entre dois substantivos.

    3) Concordam com o conseqüente.

    4 ) Substituem o termo antecedente.

    5) Não admitem posposição de artigo.

    6) Exercem a função de adjunto adnominal.

     Além disso, usa-se preposição antes de pronome relativo sempre que o termo posposto a ele exigir. Essa regra vale para todos os pronomes relativos.


    a) INCORRETA.  Cujo não está concordando com o consequente. Além disso, o verbo trabalhar não exige regência "a"

    b) CORRETA. O pronome cujo indica posse, vem entre dois substantivos, concorda com o consequente e substitui termo antecedente. A preposição "para" é exigência do verbo trabalhar.

    c) INCORRETA.  Não cabe o pronome quem na frase.

    d) INCORRETA. Há artigo posposto ao pronome cujo, o que é proibido.

    e) INCORRETA. Cujo não está concordando com o consequente. Além disso, o verbo trabalhar não exige regência "de".

    BONS ESTUDOS!!!

  • Questão anulada pela banca!!!

    http://www.tjsc.jus.br/concurso/servidores/edital20110195/gabarito.pdf
  • A questão não foi anulada. A questão ora analisada é a de número 25 (a colega se confundiu).
  • Muito simples, existe uma regra infalível!

    Quem trabalha, trabalha para alguém.

    O cujo na frase está indicando que a empresa possui os gerentes como parte de seus recursos.
  • O comentários tem que ser iguais ao do Max Miller ! Perfeito!
    Não adianta colocar o conceito/explicação e não aplicar à questão!

    Eu complementaria com as seguintes observações!

    Percebe-se logo uma relação de posse no enunciado: emprega TEM gerentes.
    O relativo que expressa posse é o "cujo"! Pronto. Descarta a letra (D).

    O mais difícil, pra mim, é colocar a frase na ordem direta:
    "[nós] trabalhamos para a empresa ...  "

    Sabendo qual preposição é exigida e a relação de posse, com os demais comentários dos colegas, chegamos na resposta!
  • Analisando somente as regras de concordância ... já era!! hehee
     a palavra posterior: GERENTES
    Está no plural, ou seja tem que ser 'cujos' antes daquela.. hehehe. Não seria letra A; E; C

    Sobre a letra D ... Depois de Cujos não pode vir ARTIGO... hehehe

    Sobrou apenas a letra B!! rsrs ...
  • CUIDADO COM OS COMENTÁRIOS:    QUEM TRABALHA, TRABALHA PARA...

     

    CUJO =   PRONOME RELATIVO que retoma um ANTECEDENTE

     

    -  VEM ENTRE DOIS SUBSTANTIVO COM IDEIA DE POSSE

     

    -  concorda com o substantivo SEGUINTE

     

    Ex. Eis o home CUJA filha foi aprovada.

          Eis o home CUJO filho foi aprovado.

     

    -    EVITA A REPETIÇÃO DO SUBSTANTIVO

     

    -   PERGUNTAR AO VERBO, preposição obrigatória: 

    concordei com / com cuja  ;  se referiu, a cujos

     

    Ex.      Vi o filme a cujos atores você se referiu (pede preposição A)

     

    ..........................

     

    1-    Sempre entre dois substantivos

     

     

    2-       Estabelece entre dois substantivos IDEIA DE POSSE – ler do segundo substantivo para o primeiro e coloca a preposição  “de, do, da”

     

     

    3-       Não pode vir seguido de verbo   NÃO UTILIZA:     “CUJO”      +      VERBO

     

    4-      Não pode vir seguido de artigo   NÃO UTILIZA:      “CUJO”     +        ARTIGO (a, o um)

     

     

    O restaurante Reis,  DE QUE  o poeta era assíduo frequentador       (quem é frequentador, é frequentador DE algum lugar).

  • GABARITO B

    São pronomes que têm um antecedente (normalmente substantivo ou pronome substantivo), que eles substituem em sua oração.

    I) São sempre relativos: o qual (e flexões) e cujo (e flexões).

    Exs.: Meu pai, o qual me ensinou muito, é meu grande amigo.   O livro cujo autor conheci ontem está esgotado. 

    Profº: Renato Aquino

  • Quando vejo o pronome cujo, apesar de acertar a questão minha mente não consegue calcular mais nada. 

  • Trabalhamos para a empresa, então usa-se PARA CUJOS


ID
617440
Banca
CESGRANRIO
Órgão
FINEP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cada período abaixo é composto pela união de duas orações.
Em qual deles essa união está de acordo com a norma - padrão?

Alternativas
Comentários
  • a) A exposição a que o pesquisador se referiu foi prorrogada por mais um mês. ERRADA.
    Quem se refere se refere A alguma coisa.

    b) Mora em Recife o pesquisador que os cujos postais estão sendo expostos. ERRADA.
    O pronome relativo cujo e suas variações estabelece uma relação de posse.

    c) Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa. CORRETA.

    d) Foi impressionante o sucesso cuja exposição de cartões-postais alcançou. ERRADA.
    Não é uma relação de posse.

    e) O assunto que pelo qual o pesquisador se interessou traz uma marca de romantismo. ERRADA.
    Quem se interessa se interessa POR alguma coisa.
  • (A) A exposição que o pesquisador se referiu foi prorrogada por mais um mês.
     
    O verbo “referir” rege a proposição “a”, por isso o pronome relativo “que” deve vir juntamente com essa preposição: “a que”.
     
    Correção: A exposição a que o pesquisador se referiu...
     
     (B) Mora em Recife o pesquisador que os postais estão sendo expostos.
     
    O pronome relativo “que” refere-se a um termo anterior. No caso da frase da alternativa (B), o pronome “que” refere-se ao termo “pesquisador”.
     
    Veja que, substituindo o “que” pelo seu referente, a frase fica sem sentido: O pesquisador os postais estão sendo expostos.
     
    Quando há essa relação de posse, o pronome relativo que deve ser usado é “cujo”.
     
    CorreçãoMora em Recife o pesquisador cujos postais estais sendo expostos.
     
     
    (C) Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa.
     
    Os postais eram elaborados nos estúdios. Veja que há, em relação aos termos “eram elaborados” e “os estúdios”, a preposição “em”.
     
    Essa preposição deve aparecer antes do pronome relativo “que”: em que eram elaborados...
     
     
    (D) Foi impressionante o sucesso cuja exposição de cartões-postais alcançou.
     
    O pronome relativo “cujo”, conforme falamos na alternativa (B), deve ser usado quando há um relação de posse.
     
    Na frase da alternativa (D), não há essa relação. Veja que fica incoerente dizer que a exposição do sucesso alcançou.
     
    CorreçãoFoi impressionante o sucesso que a exposição de cartões-postais alcançou.
     
     
    (E) O assunto que o pesquisador se interessou traz uma marca de romantismo.
     
    O verbo “interessar” rege a preposição “por”. Essa preposição deve vir juntamente ao pronome relativo.
     
    O mesmo ocorre com a preposição “a” na alternativa (A) e o “em” na alternativa (C).
     
    CorreçãoO assunto pelo qual o pesquisador se interessou traz...
  • a) a que = na qual   (referir-se "a")

    b) o pesquisador cujos postais   (relação de posse) 

    c) em que = onde    (indica lugar)

    d) que a  (não tem relação de posse, logo não se usa "cuja") 

    e) por que = pelo qual  (interessar-se por)

  • Pessoal o "que" é pronome relativo universal.

    O fato da "b" estar errada não é por ele ter sido usado em vez do cujo, mas sim pela falta da preposição "de" que deveria antecedê-lo.

    Bons estudos.

  • Gabarito: C

    Onde eram elaborados os postais? Nos estúdios. Logo pede a preposição em + artigo os. "nos estúdios..."

  • Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa.

    GAB: C


ID
626986
Banca
FCC
Órgão
INFRAERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os anônimos

   
 Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior do que a sua. Os espelhos de castelo, nos contos de fada, são um pouco como certa imprensa brasileira, muitas vezes dividida entre as necessidades de bajular o poder e de refletir a realidade. O espelho tentou mudar de assunto, mas finalmente respondeu: “Existe". Seu nome: Branca de Neve.
     A rainha má mandou chamar um lenhador e instruiu-o a levar Branca de Neve para a floresta, matá-la, desfazer-se do corpo e voltar para ganhar sua recompensa. Mas o lenhador poupou Branca de Neve. Toda a história depende da compaixão de um lenhador sobre o qual não se sabe nada. Seu nome e sua biografia não constam em nenhuma versão do conto. A rainha má é a rainha má, claramente um arquétipo, e os arquétipos não precisam de nome. O Príncipe Encantado, que aparecerá no fim da história, também não precisa. É um símbolo reincidente, talvez nem a Branca de Neve se dê ao trabalho de descobrir seu nome. Mas o personagem principal da história, sem o qual a história não existiria e os outros personagens não se tornariam famosos, não é símbolo de nada. Ele só entra na trama para fazer uma escolha, mas toda a narrativa fica em suspenso até que ele faça a escolha certa, pois se fizer a errada não tem história. O lenhador compadecido representa dois segundos de livre-arbítrio que podem desregular o mundo dos deuses e dos heróis. Por isso é desprezado como qualquer intruso e nem aparece nos créditos.
     Muitas histórias mostram como são os figurantes anônimos que fazem a história, ou como, no fim, é a boa consciência que move o mundo. Mas uma das pessoas do grupo em que conversávamos sobre esses anônimos discordou dessa tese, e disse que a entrada do lenhador simbolizava um problema da humanidade, que é a dificuldade de conseguir empregados de confiança, que façam o que lhes for pedido.


(Adaptado de Luiz Fernando Verissimo, Banquete com os deuses) 

Está correto o emprego do elemento sublinhado em:

Alternativas
Comentários
  • a) O Príncipe é um símbolo reincidente, a cujo nome pessoal talvez nem mesmo a Branca de Neve tenha conhecimento. CORRETO SERIA "DE CUJO"

    B)CORRETA.


    c) A trama com a qual o personagem anônimo participa jamais seria a mesma sem o seu concurso. NENHUM PERSONAGEM PARTICIPA COM A TRAMA, PARTICIPA DA TRAMA. CORRETO SERIA "DA QUAL"

    d) Em dois segundos o lenhador tomou uma decisão na qual decorreria toda a trama já conhecida de Branca de Neve. A TRAMA NÃO DECORRE NA DECISÃO, DECORRE DA DECISÃO. CORRETO SERIA "DA QUAL"

    e) Os figurantes anônimos muitas vezes são responsáveis por uma ação em que irão depender todas as demais. CORRETO SERIA "DA QUAL"
  • Questão de regência do relativo!
    Tem que identificar o verbo na oração introduzida pela pronome relativo, colocar na ordem direta e identificar a regência exigida, muitas vezes pelo verbo, mas pode ser por outras palavras, como substantivos ou adjetivos!

    a) O Príncipe é um símbolo reincidente, a cujo de cujo nome pessoal talvez nem mesmo a Branca de Neve tenha conhecimento.
    Relação de posse: príncipe TEM nome.
    Ordem diretra: "Nem mesmo a Branca de Neve tenha conhecimento DO nome do príncipe."

    b) A necessidade de bajular o poder é um vício de que muita gente da imprensa não consegue se esquivar.
    Ordem direta: "muita gente da imprensa não consegue se esquivar DA necessidade..."

    c) A trama com a qual da qual / de que o personagem anônimo participa jamais seria a mesma sem o seu concurso.
    Ordem direta: "personagem anônimo participa DA trama..."

    d) Em dois segundos o lenhador tomou uma decisão na qual da qual / de que decorreria toda a trama já conhecida de Branca de Neve.
    Ordem direta: "toda a trama (...) decorreria DA decisão..."

    e) Os figurantes anônimos muitas vezes são responsáveis por uma ação em que da qual / de que irão depender todas as demais.
    Ordem direta: "todas as demais irão depender DA ação dos figurantes..."
  • EXCELENTE COMENTÁRIO, LUCIANO!
    TINHA MUITA DIFICULDADE EM IDENTIFICAR A REGÊNCIA DO PRONOME RELATIVO. AGORA, COM A SUA EXPLICAÇÃO, FICOU TUDO MAIS CLARO.
    BONS ESTUDOS.
  • Obrigada Luciano, mto bom o seu comentário!!!

  • Ótimos comentários, tanto do Luciano quanto da Marisa.
  • ÓTIMO COMENTÁRIO,APRENDO MUITO COM VOCÊS.....

  • O verbo esquivar pede a preposição de, pois quem se esquiva, se esquiva DE alguma coisa logo : 

     

    A necessidade de bajular o poder é um vício de que muita gente da imprensa não consegue se esquivar.

     

    GABARITO B

    BONS ESTUDOS 


ID
645274
Banca
AOCP
Órgão
BRDE
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                Condenados à tradição
                                        O que fizeram com a poesia brasileira

                                                                                                                                    Iumna Maria Simon

     Por um desses quiproquós da vida cultural, a tradicionalização, ou a referência à tradição, tornou-se um tema dos mais presentes na poesia contemporânea brasileira, quer dizer, a que vem sendo escrita desde meados dos anos 80.
     Pode parecer um paradoxo que a poesia desse período, a mesma que tem continuidade com ciclos anteriores de vanguardismo, sobretudo a poesia concreta, e se seguiu a manifestações antiformalistas de irreverência e espontaneísmo, como a poesia marginal, tenha passado a fazer um uso relutantemente crítico, ou acrítico, da tradição. Nesse momento de esgotamento do moderno e superação das vanguardas, instaura-se o consenso de que é possível recolher as forças em decomposição da modernidade numa espécie de apoteose pluralista. É uma noção conciliatória de tradição que, em lugar da invenção de formas e das intervenções radicais, valoriza a convencionalização a ponto de até incentivar a prática, mesmo que metalinguística, de formas fixas e exercícios regrados.
     Ainda assim, não se trata de um tradicionalismo conservador ou “passadista", para lembrar uma expressão do modernismo dos anos 20. O que se busca na tradição não é nem o passado como experiência, nem a superação crítica do seu legado. Afinal, não somos mais como T. S. Eliot, que acreditava no efeito do passado sobre o presente e, por prazer de inventar, queria mudar o passado a partir da atualidade viva do sentimento moderno. Na sua conhecidíssima definição da tarefa do poeta moderno, formulada no ensaio “Tradição e talento individual", tradição não é herança. Ao contrário, é a conquista de um trabalho persistente e coletivo de autoconhecimento, capaz de discernir a presença do passado na ordem do presente, o que, segundo Eliot, define a autoconsciência do que é contemporâneo.
     Nessa visada, o passado é continuamente refeito pelo novo, recriado pela contribuição do poeta moderno consciente de seus processos artísticos e de seu lugar no tempo. Tal percepção de que passado e presente são simultâneos e inter-relacionados não ocorre na ideia inespecífica de tradição que tratarei aqui. O passado, para o poeta contemporâneo, não é uma projeção de nossas expectativas, ou aquilo que reconfigura o presente. Ficou reduzido, simplesmente, à condição de materiais disponíveis, a um conjunto de técnicas, procedimentos, temas, ângulos, mitologias, que podem ser repetidos, copiados e desdobrados, num presente indefinido, para durar enquanto der, se der.
     Na cena contemporânea, a tradição já não é o que permite ao passado vigorar e permanecer ativo, confrontando-se com o presente e dando uma forma conflitante e sempre inacabada ao que somos. Não implica, tampouco, autoconsciência crítica ou consciência histórica, nem a necessidade de identificar se existe uma tendência dominante ou, o que seria incontornável para uma sociedade como a brasileira, se as circunstâncias da periferia pós-colonial alteram as práticas literárias, e como.
     Não estou afirmando que os poetas atuais são tradicionalistas, ou que se voltaram todos para o passado, pois não há no retorno deles à tradição traço de classicismo ou revivalismo. Eles recombinam formas, amparados por modelos anteriores, principalmente os modernos. A tradição se tornou um arquivo atemporal, ao qual recorre a produção poética para continuar proliferando em estado de indiferença em relação à atualidade e ao que fervilha dentro dela.
     Até onde vejo, as formas poéticas deixaram de ser valores que cobram adesão à experiência histórica e ao significado que carregam. Os velhos conservadorismos culturais apodreceram para dar lugar, quem sabe, a configurações novas e ainda não identificáveis. Mesmo que não exista mais o “antigo", o esgotado, o entulho conservador, que sustentavam o tradicionalismo, tradição é o que se cultua por todos os lados.
     Na literatura brasileira, que sempre sofreu de extrema carência de renovação e variados complexos de inferioridade e provincianismo, em decorrência da vida longa e recessiva, maior do que se esperaria, de modas, escolas e antiqualhas de todo tipo, essa retradicionalização desculpabilizada e complacente tem inegável charme liberador.

                                                                                                                   Revista Piauí, edição 61, 2011.


Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma abaixo.

Alternativas
Comentários
  • Já que o sujeito está explícito, então posso pôr o pronome após a forma verbal. Sendo reescrita, a frase ficaria assim:

    A tradição tornou-se um arquivo temporal.
  • Na letra (a), o pronome relativo "ao qual" não exerce função de objeto direto, e sim, de objeto indireto.
    Observe:  “A tradição se tornou um arquivo atemporal ao qual recorre a produção poética.
                      ao qual = "um arquivo temporal" , então, colocando na ordem direta, a oração fica assim:
                    "...a produção poética recorre a um arquivo temporal"
                     quem recorre, recorre
    a alguma coisa - VTI
                     Obj. Indireto = "um arquivo" , retomado em "ao qual"
                     "ao qual", então, funciona como objeto indireto do verbo retomar.

     Na letra (b), a retirada da vírgula alteraria o sentido de inversão da direção argumentativa.

     No caso da letra (d), gostaria muito que algum colega explicasse o erro. Fiquei em dúvida desta afirmação.

     Na letra (e) sei que o primeiro "que" exerce função sintática de objeto indireto do verbo tratar ( quem trata, trata DE algo. Trata DE que? De "uma ideia inespecífica" retomada pelo "que".
    No segundo "que" temos função sintática de sujeito, pois retoma o termo "passado".
     "
    O passado não é aquilo que reconfigura o presente"
    Portanto, os pronomes exercem funções sintaticas diferentes.

    Espero ter ajudado e aguardo ajuda para sanar a minha dúvida.

  • Para nao errar mais galera:
    - Oração subordinada substantivas subjetivas = Exercem a função de sujeito da oração, desde que nao tenha outro sujeito explicito, esteja o verbo na terceira pessoa do singular e - o mais marcante - na oração principal deve existir algum VTDI + VTD + SE, por conseguinte, a oração em destaque é:
    d) Em “é possível recolher as forças em decomposição da modernidade” (2.° parágrafo), a oração destacada é subordinada substantiva subjetiva.
    Subordinada predicativa, pois tem-se presente VL + adjetivo.
  • Pessoal,

        Eu utilizo a seguinte técnica:

    ·         Substitua o pronome relativo pelo seu antecedente;
    ·         Observe a função sintática do antecedente na nova posição que assume no lugar do pronome relativo;
    ·         A função do antecedente, em sua nova posição, será a mesma do pronome relativo (ao qual) substituído;
    ·         Em muitos casos, será necessário colocar a nova frase em ordem direta para maior clareza da função do antecedente.


          Vamos agora a questão:
    "A tradição se tornou um arquivo atemporal, ao qual recorre a produção poética."
               
         Vamos tornar as orações independentes:
                    1) A tradição se tornou um arquivo atemporal.
                    2) A produção poética recorre a um arquivo temporal.


              A assertiva está incorreta, pois o pronome relativo exerce a função sintática de objeto indireto.

    Conhecimento + dedicação + equilíbrio = sucesso.
  • Vamos analisar a alternativa E:

    1) "ideia inespecífica de tradição que tratarei aqui"
    Dividindo em duas orações independentes:
    • "Não ocorre na ideia inespecífica de tradição."
    • "Tratarei aqui da ideia inespecífica de tradição."

    O verbo tratar é transitivo indireto, portanto a função sintática do "que" é objeto indireto.

    2) "aquilo que reconfigura o presente"
    Dividindo em duas orações independentes:

    • "O passado não é uma projeção de nossas expectativas."
    • "O passado reconfigura o presente.
    A função sintática do "que" é sujeito.

    A assertiva E está incorreta, pois os pronomes relativos não têm a mesma função sintática, um é sujeito, outro, objeto indireto.
    Conhecimento + dedicação + equilíbrio = sucesso.
  • a) A tradição tornou-se arquivo atemporal ao qual recorre a produção poética.
    predicação do verbo recorrer na frase é transitiva indireta (recorrer a algo), logo não temos objeto direto.

    b) "as circunstâncias da periferia pós-colonial alteram as práticas literárias, e como"
    Sintaticamente não alteraria muito, entretanto o texto possui outras característica além da sintaxe, a entoação é uma dessas. Ao removermos a vírgula, estamos modificando a entoação do texto.

    c) "A tradição se tornou um arquivo a temporal "
    Aqui temos uma bela charada, pois a regra que trata esse item é:
    Sujeitos elípticos no início da oração forçam a ênclise, ou mesóclise, do pronome.
    A princípio achei estranho a justificativa, mas ela é um pressuposto da regra.
    Sujeitos explícitos não forçam a ênclise, ou mesóclise, do pronome.

    d) "é possível recolher as forças em decomposição da modernidade"
    É um caso particular de oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo , porém não o termo grifado, mas sim o seguinte termo:
    recolher as forças...
    O termo grifado é o predicativo do sujeito.

    e) Ideias específicas de tradição que tratarei aqui.
    que = pronome relativo, se refere a "idéias", tendo a função de objeto direto.

    aquilo que configura o presente
    que = pronome relativo, se refere a "aquilo", tendo a função de sujeito
    Logo podemos perceber que são funções sintáticas distintas.

    Achei essa questão bem divertida, apesar de tê-la errado, fato que me levou a aprender um pouco mais. Então como nunca parabenizei uma banca por uma questão legal, em geral sempre xingo, digo nomes feios:
    Parabéns!
    Muito boa a questão. Isso sobre a visão de um mero borra-botas!
    Se tiver algum professor por aí!
    Que me desculpe, mas gostei!
  • a) colocando na ordem direta:

    a produção recorre a um arquivo atemporal = OI

    b) a vírgula no final de frase pode utilizada para dar entonação e, ao ser retirada, causaria prejuízo de sentido.

    c) tem sujeito explícito (A tradição) e não tem palavra atrativa, logo pode-se empregar próclise ou ênclise.

    d) é possível recolher as forças... = é possível isso = isso é possível

    recolher as forças... = oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo;

    é possível = oração principal

    e)  tratar = VTI   que = OI    ;  que retoma aquilo = sujeito  

  • Tem algo errado nesta questão pois a oração "recolher as forças em decomposição da modernidade” (2.° parágrafo) que é a oração é subordinada substantiva subjetiva. o "é preciso" é predicado nominal.

     

    Estranho!!! 
     

  • a) A tradição tornou-se arquivo atemporal ao qual recorre a produção poética.
    Predicação do verbo recorrer na frase é transitiva indireta (recorrer a algo), logo não temos objeto direto.

    b) "as circunstâncias da periferia pós-colonial alteram as práticas literárias, e como"
    Sintaticamente não alteraria muito, entretanto o texto possui outras característica além da sintaxe, a entoação é uma dessas. Ao removermos a vírgula, estamos modificando a entoação do texto.

    c) "A tradição se tornou um arquivo a temporal "
    Aqui temos uma bela charada, pois a regra que trata esse item é:
    Sujeitos elípticos no início da oração forçam a ênclise, ou mesóclise, do pronome.
    A princípio achei estranho a justificativa, mas ela é um pressuposto da regra.
    Sujeitos explícitos não forçam a ênclise, ou mesóclise, do pronome.

    d) "é possível recolher as forças em decomposição da modernidade"
    É um caso particular de oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo , porém não o termo grifado, mas sim o seguinte termo:
    recolher as forças...
    O termo grifado é o predicativo do sujeito.

    e) Ideias específicas de tradição que tratarei aqui.
    Que = pronome relativo, se refere a "idéias", tendo a função de objeto direto.

    Aquilo que configura o presente
    Que = pronome relativo, se refere a "aquilo", tendo a função de sujeito
    Logo podemos perceber que são funções sintáticas distintas.

     

    Fonte: Aprova concursos - Ivens Iskiewicz Experiente

  • Parabéns pelo ótimo comentário Cangalha Marmotoso.

  • PAPA MIKE TANGO OSCAR

    #Deusacimadetudo

  • gabarito: C

     

  • melhor explica~ao 'e do colega Joao Marcos.. otimo

     

  • Sobre a alternativa E:

    QUE = Objeto indireto

    • Ideias específicas de tradição que tratarei aqui.
    • que = pronome relativo, se refere a "ideias", Quem trata, trata de algo, tendo a função de objeto indireto.

     

    QUE = Sujeito

    • Aquilo que configura o presente
    • que = pronome relativo, se refere a "aquilo", tendo a função de sujeito


ID
671143
Banca
FCC
Órgão
TCE-SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As questões de números 7 a 14 baseiam-se no texto seguinte.

Tememos o acaso. Ele irrompe de forma inesperada e imprevisível em nossa vida, expondo nossa impotência contra forças
desconhecidas que anulam tudo aquilo que trabalhosamente penamos para organizar e construir. Seu caráter aleatório e gratuito
rompe com as leis de causa e efeito com as quais procuramos lidar com a realidade, deixando-nos desarmados e atônitos frente à
emergência de algo que está além de nossa compreensão, que evidencia uma desordem contra a qual não temos recursos. O acaso
deixa à mostra a assustadora falta de sentido que jaz no fundo das coisas e que tentamos camuflar, revestindo-a com nossas
certezas e objetivos, com nossa apreensão lógica do mundo.
Procuramos estratégias para lidar com essa dimensão da realidade que nos inquieta e desestabiliza. Alguns, sem negar sua
existência, planejam suas vidas, torcendo para que ela não interfira de forma excessiva em seus projetos. Outros, mais infantis e
supersticiosos, tentam esconjurá-la, usando fórmulas mágicas. Os mais religiosos simplesmente não acreditam no acaso, pois creem
que tudo o que acontece em suas vidas decorre diretamente da vontade de um deus. Aquilo que alguns considerariam como a
manifestação do acaso, para eles são provações que esse deus lhes envia para testar-lhes sua fé e obediência.
São defesas necessárias para continuarmos a viver. Se a ideia de que estamos à mercê de acontecimentos incontroláveis que
podem transformar nossas vidas de modo radical e irreversível estivesse permanentemente presente em nossas mentes, o terror nos
paralisaria e nada mais faríamos a não ser pensar na iminência das catástrofes possíveis.
Entretanto, tem um tipo de homem que age de forma diversa. Ao invés de fugir do acaso, ele o convoca constantemente. É o
viciado em jogos de azar. O jogador invoca e provoca o acaso, desafiando-o em suas apostas, numa tentativa de dominá-lo, de curvá-
lo, de vencê-lo. E também de aprisioná-lo. É como se, paradoxalmente, o jogador temesse tanto a presença do acaso nos demais
recantos da vida, que pretendesse prendê-lo, restringi-lo, confiná-lo à cena do jogo, acreditando que dessa forma o controla e anula
seu poder.

(Trecho de artigo de Sérgio Telles. O Estado de S. Paulo, 26 de novembro de 2011, D12, C2+música)

Se a ideia de que estamos à mercê de acontecimentos incontroláveis ...

O segmento grifado acima preenche corretamente a lacuna da frase:

Alternativas
Comentários
  • Regência do relativo!

    "Eram surpreendentes as revelações ...... tomamos conhecimento há pouco em nosso encontro. "

    Coloque a oração subordinada adjetiva na ordem direta e verifique se a regência (nominal ou verbal) solicita preposição ou não!
    "tomamos conhecimento DAS (DE+AS) revelações ..."
    rege preposição DE

    []s
  • RESPOSTA LETRA E

    O SEGMENTO DE QUE TEM QUE SE ENCAIXAR EM ALGUMA DESSAS FRASES

    NO CASO DA LETRA E TEMOS QUE ANALISAR OS VERBOS APOS O PRONOME RELATIVO QUE, TOMAR... QUEM TOMA CONHECIMENTO, TOMA CONHECIMENTO DE ALGUMA COISA...  ESSE DE VAI PRA FRENTE DO PRONOME RELATIVO QUE..FICANDO:

    ERAM SUEPREENDENTES AS REVELAÇÕES DE QUE TOMAMOS CONHECIMENTO HÁ POUCO EM NOSSO ENCONTRO.

    BONS ESTUDOS
  •   a) A maneira (às quais) nos defendemos de episódios inesperados nos leva, muitas vezes, a comportamentos irracionais.

    b) Cabe-nos tomar atitudes sensatas para resolver problemas inesperados, sem pensar (que) eles nos pre- judicaram.

    c) Ainda faltavam explicações,(às quais) todos procuravam, para aqueles acontecimentos tão pouco previ-síveis.

    d) Poucos tinham conhecimento do problema (a que) o articulista se referia naquele momento.

    e) Eram surpreendentes as revelações (de que) tomamos conhecimento há pouco em nosso encontro.
  • CORRETA A ASSERTIVA (E)

    Vejamos:

    a)A maneira da qual nos defendemos...(quem se defende defende DE algo)
    b)Cabe-nos...sem pensar em que eles nos prejudcaram( quem pensa pensa EM algo)
    c)Ainda faltavam explicações por que todos procuravam... (quem procura procura POR algo)
    d)Poucos tinham conhecimento do problema a que o articulista se referia...(quem se refere se refere A algo)
    Eram surpreendentes as revelações de que tomamos conhecimento...(quem toma conhecimento toma conhecimento DE algo)
  • a) A maneira ...... nos defendemos de episódios inesperados nos leva, muitas vezes, a comportamentos irracionais.

    Correto: A maneira PELA QUAL nos defendemos de episódios..

    A preposição "de" já esá sendo usavda: defendendo de episódios

    Mas a maneia é: pela qual....
  • Como faço para saber se uso QUE ou O QUAL, já que ambos servem para pessoas, coisas e lugares? Fica a meu critério escolher??? Alguém me ajude!!!!

  • Respondendo ao colega Kássio Rodrigues Alves:
    Sempre que puder trocar:
    QUE = o(a) / qual(is)
    Será pronome relativo
     
    QUE = isso/esse/essa(s)
    Será conjunção integrante.
    Exemplo 1: Perguntou o que ele queria (=perguntou isso);
    Exemplo 2: Estou certo de que você passará no concurso (=estou certo disso)
    Nestes casos o QUE será conjunção integrante

ID
696103
Banca
FCC
Órgão
TJ-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                          Entre a palavra e o ouvido
Nossos ouvidos nos traem, muitas vezes, sobretudo quando decifram (ou acham que decifram) palavras ou expressões pela pura sonoridade. Menino pequeno, gostava de ouvir uma canção dedicada a uma mulher misteriosa, dona Ondirá. Um dia pedi que alguém a cantasse, disse não saber, dei a deixa: “Tão longe, de mim distante, Ondirá, Ondirá, teu pensamento?” Ganhei uma gargalhada em resposta. Um dileto amigo achava esquisito o grande Nat King Cole cantar seu amor por uma misteriosa espanhola, uma tal de dona Quiçás... O ator Ney Latorraca afirma já ter sido tratado por seu Neila. Neila Torraca, é claro. Agora me diga, leitor amigo: você nunca foi apresentado a um velhinho chamado Fulano Detal?


(Armando Fuad. Inédito)

Está INADEQUADO o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • Letra B errada
    • b) Os sons das palavras, (a que/aos quais) poucas vezes dedicamos plena atenção, podem ser bastante enganosos.
    Obs: O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo, devendo concordar com a coisa possuída, é um pronome relativo utilizado em orações subordinadas para retomar um termo da oração anterior.
  • b) Os sons das palavras, a cujos poucas vezes dedicamos plena atenção, podem ser bastante enganosos. errado- Os sons das palavras, aos quais poucas vezes dedicamos plena atenção, podem ser bastante enganosos.
    \/
    Os sons cujas as palavras poucas vezes dedicamos plena atenção podem ser bastante enganosos.


  • O ERRO DA LETRA 'C' EST'A NO FATO DE;

    O pronome relativo cujo, pode ser empregado com qualquer atencedente, por"em concorda com o termo posposto, ao qual indica posse ou depend^encia. n~ao admite artigo.

    Ex; H'a pessoas cuja inimizade nos honra.
           A inimizade das pessoas nos honra.


    Fonte; A GRAM'ATICA DO CONCURSANDO - VESTCON -
  • O pronome relativo CUJO indica posse (algo de alguém).

    Na montagem do período devemos colocá-lo entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo).
    Essa relação (alguém cujo algo) não existe na frase “Os sons das palavras, a cujos poucas vezes dedicamos plena atenção”.

    Vale lembrar que o pronome CUJO deve ter SUBSTANTIVOS como antecedente e consequente. Além disso, deve concordar com a coisa possuída. Isso também não ocorre na frase em questão.

    Obs.: NUNCA podemos usar ARTIGO depois de cujo. Logo a frase “Os sons cujas as palavras” está incorreta também.


    Bons estudos! =)
  • Observe: Cujo - todas a frases que tem o pronome  relativo cujo são adjunto adnominal ou complemento nominal e também temos substantivo antes e depois da palavra cujo.

     
  • Correta letra B! Não se utiliza artigo antes ou depois de "cujo".
    • a) A traição a que por vezes está sujeita nossa audição pode ter resultados divertidos.
    • A nossa audição está sujeita a que? Eis a explicação de "a" na frente do "que".
    • b) Os sons das palavras, a cujos poucas vezes dedicamos plena atenção, podem ser bastante enganosos.
    • O uso de "a" na frente de "cujos" está inicialmente correto; poucas vezes dedicamos plena atenção a quem? Eis o "a" de "cujos".
    • Primeiro erro: plena atenção é feminino; diz-se "a atenção", não "o atenção." Cujo remete a algo anterior, contudo concorda com termo sucessor, no caso, atenção. 
    • Segundo erro: cujo usado quando o sentido é de posse. Não há esse sentido. Uso inapropriado.
    • c) A melodia e o ritmo de uma frase, em cujo embalo podemos nos equivocar, valem pelo efeito poético.
    • Em que podemos nos equivocar? Eis o "em" do "que".
    • d) E afinal, por onde andará dona Ondirá, senhora misteriosa de quem o leitor foi fã cativo, quando menino?
    • O leitor foi fã cativo de quem? Eis o "de" do "quem".
    • e) E dona Quiçás, a quem Nat King Cole jamais teve a honra de ser apresentado, morará ainda em Madri?
    • Nat jamais teve a honra de ser apresentado a quem? Eis o "a" de "quem".
  • Não entendi por que a letra 'c' está correta. O verbo 'equivocar' não pede preposição 'com'?! Portanto, também não estaria errada, já que a preposição colocada na oração foi a preposição 'em'? Ou seja, ficaria: "podemos nos equivocar com o embalo (...)" e não "podemos nos equivocar em". Alguém poderia me explicar. Obrigada.
  • Vanessa,

    A alternativa C está correta. Vou dividir o período original em duas frases:

    " A melodia e o ritmo de uma frase valem pelo efeito poético."

    "NO embalo do ritmo de uma frase, podemos nos equivocar. "

    No contexto, o "em" não faz parte da regência do verbo equivocar, mas sim do adjunto adverbial "no embalo do ritmo de uma frase".

    Juntando as duas frases, temos:

    " A melodia e o ritmo de uma frase, EM CUJO embalo podemos nos equivocar, valem pelo efeito poético."


  • Jéssika Alves, eu penso um pouco diferente....

    O verbo “equivocar”, pronominal, é transitivo indireto (quem se equivoca, equivoca-se Em algo; em cujo embalo = objeto indireto).

    a) Alternativa certa – A traição a que por vezes está sujeita nossa audição pode ter resultados divertidos.

    Oração adjetiva: a que por vezes está sujeita nossa audição. Ordem direta: nossa audição está sujeita a que (a que = à traição). (Quem está sujeito, está sujeito a algo; a que = complemento nominal.)

    b) Alternativa errada – (versão corrigida) Os sons das palavras, a que poucas vezes dedicamos plena atenção, podem ser bastante enganosos. Não se pode usar o pronome relativo “cujos”, pois não há relação de posse. Além disso, esse pronome deve estar entre dois substantivos, o que não acontece aqui. Oração subordinada adjetiva: a que (ou aos quais) poucas vezes dedicamos plena atenção. Ordem direta: dedicamos plena atenção a que = dedicamos plena atenção aos sons. 

    c) Alternativa certa – A melodia e o ritmo de uma frase, em cujo embalo podemos nos equivocar, valem pelo efeito poético. 

    Oração subordinada adjetiva: em cujo (em cujo = em seu) embalo podemos nos equivocar. Ordem direta: podemos nos 

    equivocar em cujo embalo (em cujo embalo = embalo da melodia e do ritmo de uma frase). O verbo “equivocar”, pronominal, é transitivo indireto (quem se equivoca, equivoca-se Em algo; em cujo embalo = objeto indireto).

    d) Alternativa certa – E afinal, por onde andará dona Ondirá, senhora misteriosa de quem o leitor foi fã cativo, quando menino?

    Oração subordinada adjetiva: de quem o leitor foi fã cativo. Ordem direta: o leitor foi fã cativo de quem = o leitor foi fã cativo de dona Ondirá (quem é cativo, é cativo de alguém). 

    e) Alternativa certa – E dona Quiçás, a quem Nat King Cole jamais teve a honra de ser apresentado, morará ainda em Madri?

    Oração subordinada adjetiva: a quem Nat King Cole jamais teve a honra de ser apresentado. Ordem direta: Nat King Cole jamais teve a honra de ser apresentado a quem (a quem = a dona Quicas). Observemos que “quem é apresentado, é apresentado A alguém”.

    Fonte: https://www.editoraferreira.com.br/medias/1/media/Livros/Sumarios/combo_3_fcc.pdf