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Prova IDHTEC - 2019 - Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE - Procurador


ID
5199511
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

População em situação de rua


    Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.

    Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a irem morar nas ruas estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.

    Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas utilizam as ruas como forma de moradia no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Outro trabalho de assistência são os abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população.

    O desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, haja vista que os moradores de rua são tratados, ora com compaixão, ora com repressão, preconceito, indiferença e violência. Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema, não somente em serviços de distribuição de alimentos e outros objetos, proporcionando dignidade para todos os habitantes.


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-situacao-rua.htm 

Conforme o texto:

Alternativas
Comentários
  • Nas primeiras 3 linhas do texto encontra a resposta.

  • Assertiva C

    A utilização da rua como forma de moradia expõe a situação vivida por uma parte da sociedade brasileira, resultado de um sistema excludente e movido pelo capital.

    Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. (..)

  • o texto é bastante contraditório, ao mesmo tempo que poe a culpa no sistema capitalista (1 parágrafo), diz, no segundo parágrafo que os principais fatores que levam a morarem nas ruas são de cunho extritamente pessoal: drigas, problemas pscologicos etc, ou seja, causas que nada tem a ver com o capitalismo. Texto ruim para uma prova de concurso.


ID
5199514
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

População em situação de rua


    Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.

    Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a irem morar nas ruas estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.

    Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas utilizam as ruas como forma de moradia no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Outro trabalho de assistência são os abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população.

    O desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, haja vista que os moradores de rua são tratados, ora com compaixão, ora com repressão, preconceito, indiferença e violência. Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema, não somente em serviços de distribuição de alimentos e outros objetos, proporcionando dignidade para todos os habitantes.


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-situacao-rua.htm 

No texto, há vários recursos linguísticos que retomam expressões e termos formando uma rede de sentidos. Assinale a alternativa em que os termos selecionados remetem, no texto, à expressão “população em situação de rua”:

Alternativas

ID
5199517
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

População em situação de rua


    Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.

    Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a irem morar nas ruas estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.

    Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas utilizam as ruas como forma de moradia no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Outro trabalho de assistência são os abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população.

    O desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, haja vista que os moradores de rua são tratados, ora com compaixão, ora com repressão, preconceito, indiferença e violência. Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema, não somente em serviços de distribuição de alimentos e outros objetos, proporcionando dignidade para todos os habitantes.


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-situacao-rua.htm 

No fragmento: “... sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.”, o vocábulo sublinhado pode ser substituído sem mudança semântica por

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Compelido -> Forçado a fazer algo:

    Sinônimos: forçado, obrigado, imposto, coagido, constrangido, pressionado, sujeitado, submetido, coato.

    Exemplo em frase:

    Ele sentiu-se compelido a satisfazer as vontades do chefe por medo de perder o emprego.

  • "Ninguém será compelido a associar ou a manter-se associado", referência boa!


ID
5199520
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

População em situação de rua


    Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.

    Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a irem morar nas ruas estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.

    Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas utilizam as ruas como forma de moradia no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Outro trabalho de assistência são os abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população.

    O desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, haja vista que os moradores de rua são tratados, ora com compaixão, ora com repressão, preconceito, indiferença e violência. Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema, não somente em serviços de distribuição de alimentos e outros objetos, proporcionando dignidade para todos os habitantes.


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-situacao-rua.htm 

No trecho: “... há registros de sua existência desde o século XIV.”, o fragmento sublinhado exerce função sintática semelhante ao que se destaca na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • As duas são complementadas por objetos diretos. Gabarito A.

  • O objeto direto não deveria ser apenas a frase de pois de "há"

    O há está grifado/classificado tb como OD?

  • demonstrando que (isso ) 31.922 pessoas utilizam.

    Quem demostrar algo ( oração subordinada substantiva direta )

    há registros de sua existência ( verbo haver no sentido de existir é impessoal ,mas é transitivo direto )

  • Inspecionemos o fragmento textual:

    “... há registros de sua existência desde o século XIV.”

    Ao abrir a prova, o segmento sublinhado é apenas "registro de sua existência", que desempenha a função sintática de objeto direto. Inspecionemos a seguir as alternativas:

    a) “... demonstrando que 31.922 pessoas utilizam...”

    Correto. É uma oração subordinada substantiva objetiva direta, ou seja, objeto direto;

    b) “...os moradores de rua são tratados...”

    Incorreto. O segmento é sujeito simples;

    c) “... políticas que atuem na causa do problema...”

    Incorreto. O segmento é adjunto adnominal;

    d) “... não dispõe de renda suficiente...”

    Incorreto. O segmento é objeto indireto do verbo "dispor", transitivo indireto;

    e) “... processo de exclusão social é a população em situação de rua...”

    Incorreto. O segmento em destaque, a despeito de parecer se comportar como predicativo do sujeito, é sujeito simples.

    Letra A


ID
5199523
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

População em situação de rua


    Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.

    Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a irem morar nas ruas estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.

    Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas utilizam as ruas como forma de moradia no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Outro trabalho de assistência são os abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população.

    O desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, haja vista que os moradores de rua são tratados, ora com compaixão, ora com repressão, preconceito, indiferença e violência. Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema, não somente em serviços de distribuição de alimentos e outros objetos, proporcionando dignidade para todos os habitantes.


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-situacao-rua.htm 

Considerando as normas da Ortografia vigente, é inadequado afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Boliche*

  • gabarito letra-E.

    BO-LI-CHE.

    EN-CHU-MA-ÇAR.

  • GABARITO - E

    Guarde, porque é recorrente:

    Regra : Após o " en " usamos " x "

    Exceções: Encher – provém de cheio Enchumaçar – provém de chumaço ...

    Outras regras do X

    I) Palavras iniciadas por ME serão escritas com

    x: Mexerica México Mexilhão Mexer Exceção: mecha de cabelos

    II) Usa-s x após ditongo: ameixa caixa peixe

    Exceções: recauchutar, guache

  • Qual o erro da A?

  • respondendo o João Victor.

    Sempre que a 1* palavra terminar com vogal e a 2* palavra iniciar com vogal diferente da primeira, NÃO existirá hífen entre

    ex: infrA Estrutura -> INFRAESTRUTURA

  • o que me salvou nessa questão foi o bom e velho boliche...

  • É a errada, tapada..... lascou...


ID
5199526
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

População em situação de rua


    Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.

    Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a irem morar nas ruas estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.

    Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas utilizam as ruas como forma de moradia no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Outro trabalho de assistência são os abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população.

    O desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, haja vista que os moradores de rua são tratados, ora com compaixão, ora com repressão, preconceito, indiferença e violência. Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema, não somente em serviços de distribuição de alimentos e outros objetos, proporcionando dignidade para todos os habitantes.


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-situacao-rua.htm 

No trecho: “a população em situação de rua que [...] não dispõe de renda suficiente”, emprega-se plenamente as normas da regência verbal. Indique a alternativa cujo enunciado diverge desses princípios estabelecidos pela norma culta.

Alternativas
Comentários
  • Quem sonha, Sonha com alguma coisa.

    Com que sonha essa população.

    Gabarito E.

  • sonho com a aprovação.

  • GABARITO - E

    A) As situações precárias a que se submete a população em situação de rua no Brasil registram as marcas da exclusão social. ( ✓  )

    A população se submete a algo

    _____________________________________________________________

    B) A população em situação de rua da qual os governantes se esquecem recebe ajuda de uma pequena parcela da população.

    ESQUECER / LEMBRAR

    podem ser VTD - Esqueci o seu aniversário

    ou

    VTI = Preposição + Pronome - Esqueci -me do seu aniversário

    ___________________________________________________________

    C) A falta de uma moradia digna de que tantos cidadãos se queixam faz ressurgir problemas de séculos passados.

    queixam se de algo ...

    __________________________________________________________

    D) As ruas da cidade nas quais mora a população em situação de rua demonstram a luta diária por espaço urbano e por sobrevivência.

    A população mora em tais condições.

    ----------------------------------------------------------------

    E) Sonha com algo..

  • GABARITO E

    O verbo SONHAR é VTI, solicitando a preposição COM.

    Eu sonhei com a aprovação.


ID
5199529
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

População em situação de rua


    Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.

    Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a irem morar nas ruas estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.

    Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas utilizam as ruas como forma de moradia no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Outro trabalho de assistência são os abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população.

    O desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, haja vista que os moradores de rua são tratados, ora com compaixão, ora com repressão, preconceito, indiferença e violência. Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema, não somente em serviços de distribuição de alimentos e outros objetos, proporcionando dignidade para todos os habitantes.


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-situacao-rua.htm 

Analise as proposições a seguir em relação aos aspectos morfossintáticos presentes no texto e assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Texto???

  • Assertiva C

    No segmento: “Entretanto, esses números são”, o elemento de coesão destacado, denominado de pronome, possui a função de retomar o que já foi expresso anteriormente e articular novas ideias ao texto.

  • A anáfora e a catáfora são elementos de coesão que fazem uso desses pronomes a fim de trazer harmonia para os texto.

    Este funciona como elemento catafórico porque anuncia algo que será dito.

    Exemplo:Os livros que quero são estes: o de ficção científica, o romance e o livro de artes.

    Esse, por sua vez, funciona como elemento anafórico porque faz referência a algo que  foi dito.

    Exemplo:O de Ficção científica, o romance e o livro de artes. São esses os livros que quero.

    fonte:https://www.todamateria.com.br/quando-usar-este-ou-esse/#:~:text=Este%20funciona%20como%20elemento%20cataf%C3%B3rico,algo%20que%20j%C3%A1%20foi%20dito.

    Eu uso o macete de associar anafórico com o que foi dito antes. Assim, não confundo os conceitos de anafórico e catafórico.


ID
5199532
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

População em situação de rua


    Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.

    Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a irem morar nas ruas estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.

    Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas utilizam as ruas como forma de moradia no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Outro trabalho de assistência são os abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população.

    O desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, haja vista que os moradores de rua são tratados, ora com compaixão, ora com repressão, preconceito, indiferença e violência. Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema, não somente em serviços de distribuição de alimentos e outros objetos, proporcionando dignidade para todos os habitantes.


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-situacao-rua.htm 

No período: “... sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia.”, o enunciado em destaque pode ser reescrito sem alteração semântica por:

Alternativas
Comentários
  • A questão é sobre conjunções e quer saber por qual das orações abaixo podemos substituir a oração em destaque em “... sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. Vejamos:

     .

    A)ainda que a cada ano mais indivíduos utilizem as ruas como moradia. ’

    Errado.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Ainda que discordasse da justificativa da banca, aceitei a explicação.

     .

    B)já que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. ’

    Certo. "Já que", assim como "visto que", é conjunção subordinativa causal.

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que, na medida em que, dado que...

    Ex.: Já que você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

     .

    C)caso a cada ano mais indivíduos utilizassem as ruas como moradia. ’

    Errado.

    Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

    São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, dado que...

    Ex.: Caso você estude muito, passará no concurso.

     .

    D)ao passo que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. ’

    Errado.

    Conjunções subordinativas proporcionais: têm valor semântico de proporcionalidade, simultaneidade, concomitância...

    São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (ou menos)... mais/menos, tanto mais (ou menos)... mais/menos...

    Ex.: Ao passo que resolvia questões, aprendia o assunto das provas.

     .

    E)conforme a cada ano mais indivíduos utilizem as ruas como moradia. ’

    Errado.

    Conjunções subordinativas conformativas: têm valor semântico de conformidade, consonância, igualdade, concordância...

    São elas: conforme, como, segundo, consoante...

    Ex.: Tudo saiu conforme combinamos.

     .

    Gabarito: Letra B

  • Gabarito: B


ID
5199535
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

População em situação de rua


    Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.

    Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a irem morar nas ruas estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.

    Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas utilizam as ruas como forma de moradia no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Outro trabalho de assistência são os abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população.

    O desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, haja vista que os moradores de rua são tratados, ora com compaixão, ora com repressão, preconceito, indiferença e violência. Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema, não somente em serviços de distribuição de alimentos e outros objetos, proporcionando dignidade para todos os habitantes.


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-situacao-rua.htm 

Considerando as regras da pontuação, analise os enunciados a seguir e marque a alternativa que não condiz com as exigências da norma culta

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    Em: “Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo”, a vírgula foi utilizada para separar as orações coordenadas assindéticas. (subordinada conformativa).

  • d = oração conformativa deslocada.

  • Mas portanto não é deslocado, ele sempre vem com vírgula após.

  • Assertiva D

    Em: “Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo”, a vírgula foi utilizada para separar as orações coordenadas assindéticas.

  • "Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social," nem oração é, marquei errada por isso.


ID
5199538
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

População em situação de rua


    Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.

    Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a irem morar nas ruas estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.

    Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas utilizam as ruas como forma de moradia no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Outro trabalho de assistência são os abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população.

    O desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, haja vista que os moradores de rua são tratados, ora com compaixão, ora com repressão, preconceito, indiferença e violência. Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema, não somente em serviços de distribuição de alimentos e outros objetos, proporcionando dignidade para todos os habitantes.


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-situacao-rua.htm 

No que concerne a algumas relações semânticas ocorridas nos enunciados, analise as proposições e assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram parte desse levantamento

    Gab. D

  • Pois antes do verbo ele é explicativo.


ID
5199541
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No fragmento: “Combate à Fome”, a ocorrência da crase foi empregada plenamente. Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase deve ser mantido ao substituir ‘Fome’ por:

Alternativas
Comentários
  • miséria de questão...

  • Não se usa crase antes de palavras masculinas.

    crase no singular não deve ser empregada junto a palavras no plural.

  • GABARITO - B

    Duas regrinhas ajudam a resolver:

    1) Não há crase quando o " a " está sozinho e a palavra posterior é plural.

    2) Não há crase diante de palavra masculina.

    ---------------------------------------------------------------------

    A) 1)

    C) 2)

    D) 1)

    E) 2)

    -------------------------------------

    UMA OUTRA REGRA:

    Trocando o feminino pelo masculino .. apareceu " ao" = crase.

    Combate à Miséria.

    Combate ao desemprego.

    -----------------------------------------

    Bons estudos!

  • GABARITO - B

    Sabendo que não ocorre a crase quando o "a" está sozinho e a próxima está no plural, já elimina A, C e D, fatió, passo..

    Crase ante de masculino é pepino, O ato...logo não ocorre crase...

    Só sobrou a "misera" - Combate à miséria...

    Parabéns! Você acertou!


ID
5199544
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A redação dos enunciados está correta na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Ainda há muito a se discutir a cerca( acerca) de soluções para a problemática da população em situação de rua.(acerca = falar sobre algo )

    A falta de uma moradia digna leva ao dezespero(desespero ) a população em situação de rua da cidade.

    No Brasil, tanto o Governo quanto a sociedade haveriam de propor soluções para a falta de moradia.(certa )

    É preciso que hajam( haja )ações da iniciativa privada e políticas de assistência emergencial para esse publico- alvo.( verbo haver no sentido de existir é impessoal )

    A população de rua crescente cada vez mais no país precisam deixar, de ser invisível aos olhos da sociedade.( vírgula separando o complemento )


ID
5199547
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as proposições a seguir e assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

     “ Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema”,

    O "que" é pronome relativo ( troque o Que = a qual).

    Todo pronome relativo introduz uma oração chamada substantiva adjetiva, e esta exerce função de adjunto adnominal, retomando o termo anterior.

    Restritiva: Não é isolada por vírgula

    Explicativa: É isolada por vírgula

  • Pa-ís, sa-í - são acentudados por serem hiatos não antecedidos de ditongos

    Cons-trói - permanece os acentos nas oxítonas terminadas em ÉU, ÓI, ÉIS

    Balaústre não lembro agora a acentuação kkk

  • GABARITO - A

    A) Vão trabalhar como adjuntos adnominais :

    P.A.N.A.LA

    Pronome adjetivo

    Adjetivo

    Numeral adjetivo

    Artigo

    Locução adjetiva

    Inclua também as orações adjetivas :

    As orações adjetivas tem a natureza do adjunto adnominal , seu papel é restringir qualificar ou especificar um termo da oração principal.

    Resolva para fixar: Q1719616, Q1687339.s

    ---------------------------------------------------

    B) TEM - SINGULAR

    TÊM - PLURAL

    --------------------------------

    C)  país - Hiato

    ‘sa- í’ - Hiato

    balaústre’ - Hiato

    ‘constrói’ - oxítonas com ditongos éi, éu e ói são acentuadas.

    -----------------------------------------

    D) No trecho: “ mais indivíduos utilizam as ruas como moradia.”

    Modo

    ----------------------------------------

    E) No trecho: “ Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em 2008”, a expressão destacada ressalta o emprego do verbo na voz ativa

    Verbo auxiliar ser + Principal no particípio.

    --------------------

    Bons estudos!

  • Assertiva A

    No período: “ Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema”, a oração grifada tem função de adjunto adnominal, sinaliza um sentido de restrição e é classificada como oração adjetiva.

  • Fiquei na dúvida entre a alternativa 'A' e 'D', por não saber conjunção. Porém tinha certeza que aquela oração era uma oração subordinada adjetiva restritiva. #pas

  • Como, no contexto, é preposição acidental.


ID
5199550
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No que se refere às regras da concordância verbo-nominal, assinale a alternativa em que foram plenamente respeitadas:

Alternativas
Comentários
  • As condições de precariedade que assolam a população em situação de rua no Brasil mostram que ainda há lacunas em uma democracia ausente de igualdade social plena.

    Gab. E

  • GABARITO - E

    A) Em épocas passadas, a população em situação de rua nunca passou despercebida, e muitas pessoas solidárias, nos grandes centros, dedicava uma parte do seu tempo a ajudar.

    Quem dedicava uma parte do seu tempo a ajudar ?

    Muitas pessoas solidárias.

    -------------------------------------------------------

    B) Fazem-se urgente que movimentos solidários em prol da população em situação de rua seja evidenciado pelas mídias e sociedade

    Faz-se urgente / Isso

    Uma das formas de sujeito oracional ( Verbo no singular )

    1) Iniciado pelas conjunções integrantes “que” ou “se”.

    Esse sujeito oracional também é chamado de oração subordinada substantiva subjetiva.

    – Seria bom SE VOCÊ ESTUDASSE. (ISSO seria bom.)

    -----------------------------------------------------

    C) Na contemporaneidade, constata-se índices cada vez maiores de pessoas desabrigadas, porém nenhuma medida imediata de solução é efetivada pelo governo

    VTD + SE = Partícula apassivadora

    Constatam-se índices cada vez maiores.

    --------------------------------------------------

    D) Cada um dos cidadãos brasileiros que fazem parte da população em situação de rua parecem representarem um ser invisível diante de uma boa parcela da sociedade moderna.

    I) o verbo fica no singular quando o sujeito é formado por "cada um de" seguido de expressão no plural:

    Exemplo: "Cada um dos participantes, ao inscrever-se, DEVERÁ receber as orientações necessárias"; 

    II) O verbo parecer auxiliar de infinitivo :

    I) Flexiona o parecer, mas não o infinitivo

    ou

    II) Flexiona o Infinitivo, mas não o parecer.

    Os astronautas parecem duvidar do que viram. [Adequado]

    Os astronautas parece duvidarem do que viram.

    ---------------------------------------------------------------

    Fontes: F. Pestana

    https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2112200602.htm

    Bons estudos!


ID
5199553
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Poema tirado de uma notícia de jornal

João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da
Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1980.

Considere as afirmações seguintes em relação ao texto e assinale a alternativa incorreta:

Alternativas
Comentários
  • Como que essa letra E está correta?????????

  • Mateus Piovezan Brischiliari creio que a letra E) está certo, pois:

    João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da

    Babilônia num barracão sem número.

    Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro

    Bebeu

    Cantou

    Dançou

    Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

    BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José

    Olympio, 1980.

    e) Percebe-se, no texto lírico, o teor crítico ao retratar a realidade cotidiana do povo simples do Rio de Janeiro (Lagoa Rodrigo de Freita) ,como moradia precária ( e morava no morro da

    Babilônia num barracão sem número.) , viver na condição de favelado, ser um João comum, sem identidade definida.

  • o incorreto EM NEGRITO E EU procurando a resposta certa.

  • Evidente na letra C o uso da linguagem coloquial e não da norma culta. Por exemplo: Chegou no bar- em vez de: chegou ao bar.


ID
5214376
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Administração Indireta é composta tanto por pessoas jurídicas de direito público, quanto de direito privado. Nesse sentido, são características comuns entre o regime jurídico das pessoas de direito público e de direito privado componentes da Administração Pública Indireta apenas as descritas nos itens:

I. Só através de lei podem ser extintas.
II. Possuem personalidade jurídica própria.
III. Possuem capacidade de autoadministração.
IV. O seu objeto só poderá ser alterado através de lei de mesma natureza daquela que criou a entidade.
V. Todas estão submetidas ao controle positivo do Estado.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - E

    existem características comuns a todas as entidades da Administração Indireta, quais sejam:

    Personalidade jurídica – para que possam desenvolver suas atividades, as entidades da administração indireta são dotadas de personalidade; conseqüentemente, podem adquirir direitos e assumir obrigações por conta própria, não necessitando, para tanto, das pessoas políticas.

    Patrimônio próprio – em função da característica anterior, as entidades possuem patrimônio próprio, distinto das pessoas políticas.

    Vinculação a órgãos da Administração Direta – as entidades da Administração Indireta são vinculadas aos órgãos da Administração Direta, com o objetivo principal de possibilitar a verificação de seus resultados, a harmonização de suas atividades políticas com a programação do Governo, a eficiência de sua gestão e a manutenção de sua autonomia financeira, operacional e financeira, através dos meios de controle estabelecido em Lei e demais itens conforme ficará demonstrado no decorrer do trabalho.

    Só através de lei podem ser extintas

    Princípio da simetria.

    Fonte: M. Carvalho.

  • Sobre o item V:

    O controle no sentido positivo é aquele que é capaz de realizar as atividades de gestão conforme o prévio planejamento, com vistas ao alcance dos objetivos da entidade. 

  • Órgãos Públicos não possuem personalidade jurídica (Administração Pública Direta), mas as entidades administrativas possuem (Administração Pública Indireta).

  • sociedade de economia mista e empresas públicas elas podem ser extintas por autorização do poder legislativo e não por lei , para mim essa questão cabe recurso
  • ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

    Como características das pessoas públicas, pode-se destacar:

    • Origem na vontade do Estado;
    • Fins não lucrativos;
    • Finalidade de interesse coletivo;
    • Ausência de liberdade na fixação ou modificação dos próprios fins;
    • Impossibilidade de se extinguir pela própria vontade;
    • Sujeição a controle positivo pelo Estado;
    • Prerrogativas autoritárias de que, em geral, dispõem.

  • esse controle positivo aí deu um medo no pai aqui. Mas deu tudo certooo!!

  • A extinção das EP e das SEM reclama lei autorizadora. Teoria da simetria.

  • Fundação é criada ou autorizada sua criação por lei. E a sua atuação definida em lei complementar,

    IV. O seu objeto só poderá ser alterado através de lei de mesma natureza daquela que criou a entidade. 

    Fiquei em dúvida nessa.

  • Kayki, e essa autorização não seria por meio de lei ou estou enganado?

  • criacao por lei ou sua extinção nunca é um ponto comum entre entidades de direito público e privado da Adm indireta. As de direito privado são criadas ou extintas por atos de direito privado após lei AUTORIZATIVA. Se vc acertou essa questão, estude bastante

  • A questão trata das entidades da Administração Pública Indireta e requer, em especial, a indicação de características comuns tanto às pessoas jurídicas de direito público quanto às pessoas jurídicas de direito privado que integram a Administração Pública Indireta.

    Integram a Administração Pública Indireta as autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. Essas entidades são pessoas jurídicas com personalidade jurídica própria separadas do ente público que as criou e com autonomia, isto é, com capacidade de autoadministração.

    Existem alguns princípios gerais que regem as pessoas jurídicas da Administração Indireta tanto de direito públicos quanto de direito privado.

    Esses princípios são o princípio da reserva legal, o princípio da especialidade e o princípio do controle.

    O princípio da reserva legal determina que as entidades da Administração Pública Indireta só podem ser criadas por lei, consequentemente, tais entidades só podem ser extintas por lei, dado que o ato administrativo não pode revogar a lei criadora da entidade.

    O princípio da especialidade estabelece que o objeto, as atividades que serão exercidas pelas entidades da Administração Pública Indireta, devem ser estabelecidas em lei específica. Consequentemente, apenas a lei específica pode alterar o objeto de entidade da Administração Pública Indireta.

    O princípio do controle estabelece que, mesmo sendo autônomas e com capacidade de autoadministração, as entidades da Administração Pública Indireta, embora não sejam subordinadas a órgãos ou autoridades da Administração Pública Direta, são vinculadas ao Estado e estão, portanto, sujeitas a controle do Estado.

    Feitas essas considerações, vejamos as afirmativas da questão:

    I. Só através de lei podem ser extintas.

    Correta. Em decorrência do princípio da reserva legal, as entidades da Administração Pública Indireta de direito público e privado só podem ser criadas ou extintas por meio de lei.

    II. Possuem personalidade jurídica própria.

    Correta. Todas as entidades da Administração Pública Indireta, de direito público ou privado, são pessoas jurídicas com personalidade jurídica própria.

    III. Possuem capacidade de autoadministração.

    Correta. Todas as entidades da Administração Pública Indireta, de direito público ou privado, possuem autonomia e capacidade de autoadministração.

    IV. O seu objeto só poderá ser alterado através de lei de mesma natureza daquela que criou a entidade.

    Correta. Por força do princípio da especialidade, o objeto de todas as entidades da Administração Pública Indireta, de direito público ou de direito privado, deve ser definido em lei específica e só pode ser alterado por lei específica.

    V. Todas estão submetidas ao controle positivo do Estado. 

    Correta. Por força do princípio do controle. Embora tenham autonomia, as entidades da Administração Pública Indireta são todas vinculadas ao Estado e sujeitas a controle estatal.

    Todas as alternativas são corretas, logo, a resposta da questão é a alternativa E.

    Gabarito do professor: E. 

  • Todas certas, letra E e ramo simbora!

  • A alienação do controle acionário de empresas públicas e sociedades de economia mista exige autorização legislativa e licitação.

    Por outro lado, não se exige autorização legislativa para a alienação do controle de suas subsidiárias e controladas. Nesse caso, a operação pode ser realizada sem a necessidade de licitação, desde que siga procedimentos que observem os princípios da administração pública inscritos no art. 37 da CF/88, respeitada, sempre, a exigência de necessária competitividade.

    STF. Plenário. ADI 5624 MC-Ref/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 5 e 6/6/2019 (Info 943).

  • Quando li alteração por meio de lei, achei que fosse pegadinha, mas agora sei criação, alteração e extinção por meio de lei!!!

  • Quando li alteração por meio de lei, achei que fosse pegadinha, mas agora sei criação, alteração e extinção por meio de lei!!!

  • Sobre o item I... ADI nº 6241/DF...

    https://jus.com.br/artigos/90956/des-necessidade-de-autorizacao-legislativa-especifica-para-extincao-de-empresas-estatais#_ftn2

    "Assim, temos que a interpretação mais adequada deste julgamento do STF é um sonoro: depende. Isto é: se a lei que autorizou a instituição da empresa estatal é silente no que diz respeito à sua extinção ou desestatização, a mera autorização legislativa genérica para que tais fenômenos ocorram já é o bastante, como o é no caso das estatais citadas na ADI nº 6241/DF.

    Por outro lado, se há norma expressa na lei que autorizou a criação prevendo que a extinção também necessita de lei específica, tal comando legal tem que ser observado. Conclui-se, portanto, que o STF não deu um cheque em branco ao administrador público para extinguir empresas estatais da forma como melhor lhe convier."


ID
5214379
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto ao Poder Regulamentar da Administração Pública, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - D

    CUIDADO!

    Há uma divergência entre alguns autores entre Poder normativo x Poder Regulamentar

    Para alguns autores é a mesma coisa , contudo Para os que fazem distinção entre esses poderes:

    O poder normativo é mais amplo e pode ser adotado por qualquer autoridade. Por sua via, o poder regulamentar é privativo dos Chefes do Executivo para elaborar decretos e regulamentos para a fiel execução das leis.

    Contudo, como disse , há· doutrinadores que entendem que poder normativo e regulamentar são sinônimos.

    Pode aparecer de duas formas:

    .(Cespe/2017/SEDF) No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item seguinte. A administração, ao editar atos normativos, como resoluções e portarias, que criam normas estabelecedoras de limitações administrativas gerais, exerce o denominado poder regulamentar

    () certo (x) errado

    A banca acatou a parcela da doutrina que diz ser o poder regulamentar privativo dos Chefes do Executivo

    (Cespe/2017/SEDF/Cargos 27 a 35) José, chefe do setor de recursos humanos de determinado órgão público, editou ato disciplinando as regras para a participação de servidores em concurso de promoção. A respeito dessa situação hipotética, julgue o item seguinte. A edição do referido ato È exemplo de exercício do poder regulamentar. 

    (x) certo () errado

    A banca acatou a parcela da doutrina que trata poder regulamentar como sinônimo de Normativo

  • O alcance do poder regulamentar é apenas COMPLEMENTAR as leis, não altera-la!

  • Alterar uma lei existente? estranho... o correto não seria complementar a lei.

  • Poder Regulamentar, em regra, não pode inovar no ordenamento jurídico!

  • Poder Regulamentar não altera lei existente, serve para dar fiel cumprimento à sua execução.

  • Segundo a doutrina moderna, trata o PODER NORMATIVO como gênero, dividindo-se em Normativo e Regulamentar.

    a) Normativo: para que a Administração, por meio de ato infralegal, complemente a lei, explique-a, define-a, regule o seu alcance. Ex: Portaria da Anvisa da lei de drogas;

    b) Regulamentar: é próprio do chefe do executivo para regulamentar/dispor sobre a organização da Administração Pública, sendo exclusivamente por decreto;

  • A questão demanda conhecimento acerca do poder regulamentar. O poder regulamentar é a prerrogativa concedida aos Chefes do Poder Executivo de todos os entes da Federação de editar atos regulamentadores de leis ou decretos autônomos. O fundamento constitucional do poder regulamentar é o artigo 84, incisos IV e VI, da Constituição Federal.

    O poder regulamentar, portanto, consiste na expedição de decretos, que também são atos normativos, logo, ao exercer o poder regulamentar o Poder Executivo exerce função normativa, editando atos com efeitos gerais e abstratos.

    O poder regulamentar, todavia, é limitado pela lei. Os decretos regulamentadores só podem especificar dispositivos legais visando seu efetivo cumprimento, não podendo, a exceção dos decretos autônomos, criar direito novo ou conter disposições contrárias à lei.

    Tanto é assim, que o Poder Legislativo pode sustar atos normativos do Poder Executivo que extrapolem os limites do Poder Regulamentar impostos pela lei. Determina, com efeito, o artigo 49, V, da Constituição Federal que é da competência exclusiva do Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.

    Feitas essas considerações, vejamos as alternativas da questão:

    A) Trata-se de um poder-dever da Administração.

    Correto. Todos os poderes da Administração são poderes-dever da Administração que devem ser exercidos buscando a realização do interesse público.

    B) É uma das formas pelas quais o Poder Executivo pode expressar sua função normativa.

    Correto. O poder regulamentar é uma forma de expressão da função normativa do Poder Executivo.

    C) Os atos gerados a partir do Poder Regulamentar geram efeitos gerais e abstratos. 

    Correto. Os atos regulamentadores são normativos e com efeitos gerais e abstratos.

    D) O Poder Regulamentar é a prerrogativa pela qual a Administração poderá alterar uma lei já existente, a fim de possibilitar o efetivo cumprimento da norma. 

    Incorreta. O poder regulamentar não pode ser exercido contra a lei, logo, o ato regulamentador não pode alterar a lei, pode apenas especificar e complementar as disposições legais para garantir sua aplicação.

    E) Nos termos da Constituição, o Congresso Nacional está autorizado a sustar atos normativos oriundos da Administração que extrapolem o Poder Regulamentar. 

    Correta. O artigo 49, V, da Constituição Federal autoriza o Congresso Nacional a sustar atos do Poder Executivo que exorbitem os limites do poder regulamentador.

    Gabarito do professor: D. 

  • É CADA QUESTÃO QUE SÓ DEUS NA CAUSA.

    EU APRENDI QUE O PODER REGULAMENTAR NÃO PODE MEXER EM LEI, O QUE ACONTECE É UMA NORMA QUE ENTRA PARA TRABALHAR JUNTO COM A LEI..


ID
5214382
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Ainda sobre o Poder Regulamentar, com relação ao controle judicial exercido sobre ele é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Sobre a Letra B e E:

    Só cabe controle de constitucionalidade se houver desvio em face da Constituição. Ou seja, um decreto regulamentar que extrapolar os limites da lei possui vício de legalidade e não de constitucionalidade.

    Os decretos regulamentares estão sujeitos apenas ao controle de legalidade!

    Mas o que é Poder Regulamentar? É a prerrogativa conferida à Adm Pública de editar atos complementando leis, permitindo sua aplicabilidade.  

  • Ficar atento:

    Os decretos regulamentares são atos sujeitos apenas ao controle de legalidade. Contudo, para alguns ministros da Corte, quando invadem esfera reservada à lei, são considerados como regulamentos autônomos, passíveis de controle de constitucionalidade.

  • O nome Contra Legem, vem do latim “contrário a lei” – e, para nós, significa a compreensão de que o direito, como fenômeno social, histórico, cultural e linguístico, não se restringe simplesmente aos códigos e legislações

  • não assinantes: Gabarito: A✅
  • não pode atuar de forma contrária à lei (contra legem);

    além da lei (ultra legem);

    de acordo com a lei (secundum legem).

  • A questão trata do poder regulamentar. O poder regulamentar é um poder administrativo correspondente à prerrogativa dos Chefes do Poder Executivo para editar normas regulamentadoras de lei. O poder regulamentar tem fundamento no artigo 84, IV, da Constituição Federal.

    O poder regulamentar, excetuados apenas as hipóteses de decretos autônomos previstas no artigo 84, VI, da Constituição Federal, deve ser exercido nos limites da lei. A norma regulamentar não pode contrariar a lei, bem como não pode criar direito novo, devendo limitar-se a especificar as normas legais para garantir sua melhor aplicação e efetividade. A norma regulamentar que contraria a lei ou inova na ordem jurídica sem amparo em lei extrapola os limites do poder regulamentar e é, por esse motivo, ilegal.

    Feitas essas considerações, vejamos as alternativas da questão:

    A) Caso o ato submetido ao controle judicial seja conta legem (sic!), somente será viável o controle de legalidade decorrente do cotejo entre o ato e a lei. 

    Correta. O ato normativo regulamentar contra legem é um ato que extrapola o poder regulamentar. Esse ato está sujeito a controle de legalidade, isto é, ao controle consistente na apreciação da compatibilidade das disposições do ato normativo com a lei.

    Nesse sentido, destacamos trecho de decisão monocrática de Ministro do Superior Tribunal de Justiça:

    Decreto regulamentar que extrapola os limites da lei que pretende regulamentar, em princípio, sujeita-se ao controle de legalidade, e não ao controle de inconstitucionalidade, por ser a ofensa apenas indireta à Carta Constitucional (STJ - REsp: 1379975 RS 2013/0100172-0, Relator: Ministro GURGEL DE FARIA, Data de Publicação: DJ 28/03/2016)

    B) Será cabível Ação Direta de Inconstitucionalidade para suscitar a ilegalidade do ato normativo regulamentar manifestamente divergente do sentido e do conteúdo da norma legal que pretendeu regulamentar.

    Incorreta. A norma regulamentar que extrapola os limites da lei não tem vício de constitucionalidade, mas sim vício de legalidade, dado que é incompatível, em primeiro lugar, com a lei e não diretamente com a Constituição Federal. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não cabe controle de constitucionalidade, por meio de ação direta de inconstitucionalidade, de ato normativo regulamentar.

    Nesse sentido, destacamos a seguinte decisão do Supremo Tribunal Federal:

    AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - REGULAMENTO DOS SERVIÇOS LIMITADOS DE TELECOMUNICAÇÕES - DECRETO N. 177/91 - ATO DE NATUREZA MERAMENTE REGULAMENTAR - DESCABIMENTO DO CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE - AÇÃO DIRETA NÃO CONHECIDA. ATO REGULAMENTAR - DESCABIMENTO DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. - As resoluções editadas pelo Poder Público, que veiculam regras de conteúdo meramente regulamentar, não se submetem à jurisdição constitucional de controle in abstracto, pois tais atos estatais têm por finalidade, em última análise, viabilizar, de modo direto e imediato, a própria execução da lei (ADI 561 MC, Relator(a): CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 23/08/1995, DJ 23-03-2001 PP-00084 EMENT VOL-02024-01 PP-00056)

    C) Só é possível o controle judicial de ato regulamentar através da arguição de descumprimento de preceito fundamental, prevista no artigo 102, §1º da Constituição Federal.

    Incorreta. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não cabe controle direto de inconstitucionalidade de ato regulamentador, sendo pertinente o controle de legalidade e não constitucionalidade da norma regulamentar, uma vez que a ofensa à Constituição é indireta ou reflexa. Assim, não é possível controle de constitucionalidade de ato regulamentar seja por meio de ação direta de constitucionalidade seja por meio de ação de descumprimento de preceito fundamental.

    Nessa linha, destacamos decisão do STF em ação de descumprimento fundamental que entendeu descabida a proposição da ação para fins de controle de constitucionalidade de ato regulamentador:

    ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. DISPOSITIVOS DO DECRETO PRESIDENCIAL 6.620, DE 29 DE OUTUBRO DE 2008, QUE REGULAMENTA A LEI DOS PORTOS (LEI 8.630/1993). OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I - A jurisprudência desta Suprema Corte, não reconhece a possibilidade de controle concentrado de atos que consubstanciam mera ofensa reflexa à Constituição, tais como o ato regulamentar consubstanciado no decreto presidencial ora impugnado. II - Agravo regimental a que se nega provimento. (STF - ADPF: 169 DF, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Data de Julgamento: 19/09/2013, Tribunal Pleno, Data de Publicação: ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-203 DIVULG 11-10-2013 PUBLIC 14-10-2013)

    D) Na ausência de norma regulamentadora, é possível ao interessado impetrar mandado de segurança a fim de declarar a inércia da administração no seu dever de regular a matéria, permitindo que o indivíduo exerça os direitos de que é titular.

    Incorreta. Em caso de inércia da Administração na edição de norma regulamentadora, assim como no caso de inércia do Legislador na edição de lei que regulamente dispositivo constitucional, tem cabimento o mandado de injunção.

    Não é admitido em nossa jurisprudência o uso de mandado de segurança para declarar a inércia da Administração na edição de norma regulamentadora, utilizando-se o mandado de segurança em situação em que é cabível mandado de injunção.

    Nesse sentido, destacamos as seguintes decisões judiciais:

    REEXAME NECESSÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO. MUNICÍPIO DE LAGOÃO. SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS MUNICIPAIS. REVISÃO GERAL ANUAL. ANO-BASE. AUSÊNCIA DE NORMA REGULAMENTADORA. DESCABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA. CASO QUE DEMANDA O INGRESSO DE MANDADO DE INJUNÇÃO. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 5º, LXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SENTENÇA CONFIRMADA. (Reexame Necessário Nº 70074869181, Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jerson Moacir Gubert, Julgado em 30/08/2018). (TJ-RS - REEX: 70074869181 RS, Relator: Jerson Moacir Gubert, Data de Julgamento: 30/08/2018, Terceira Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 06/09/2018)

    ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. DEFICIÊNCIA FÍSICA. APOSENTADORIA. AUSÊNCIA DE NORMA REGULAMENTADORA. EC N. 103/2019. ALTERAÇAO DA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. APELO DESPROVIDO. - Nos termos da EC n. 103/2019 a lacuna legislativa relativa à aposentadoria dos servidores estaduais, distritais e municipais portadores de deficiência deverá ser implementada por legislação complementar editada pelo correspondente ente federado - O mandado de segurança não pode ser utilizado como substitutivo do mandado de injunção, de modo a suprir omissão legislativa no que concerne à ausência de regulamentação, no âmbito municipal, das normas relativas à aposentadoria especial dos servidores portadores de deficiência. (TJ-MG - AC: 10000205301476001 MG, Relator: Alberto Vilas Boas, Data de Julgamento: 09/02/2021, Câmaras Cíveis / 1ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 11/02/2021)

    E) Em se tratando de decreto executivo que regulamente uma lei complementar, quando elaborado ultra legem com relação à lei que deveria regulamentar, o controle judicial deverá abranger tanto o controle de legalidade quanto o controle de constitucionalidade.

    Incorreta. Não cabe controle de constitucionalidade de ato regulamentador de lei seja a lei ordinária ou a lei complementar. O controle de decreto do poder executivo que regulamente lei complementar será de legalidade e não de constitucionalidade.

    Gabarito do professor: A. 

  • A questão trata do poder regulamentar. O poder regulamentar é um poder administrativo correspondente à prerrogativa dos Chefes do Poder Executivo para editar normas regulamentadoras de lei. O poder regulamentar tem fundamento no artigo 84, IV, da Constituição Federal.

    O poder regulamentar, excetuados apenas as hipóteses de decretos autônomos previstas no artigo 84, VI, da Constituição Federal, deve ser exercido nos limites da lei. A norma regulamentar não pode contrariar a lei, bem como não pode criar direito novo, devendo limitar-se a especificar as normas legais para garantir sua melhor aplicação e efetividade. A norma regulamentar que contraria a lei ou inova na ordem jurídica sem amparo em lei extrapola os limites do poder regulamentar e é, por esse motivo, ilegal.

    Feitas essas considerações, vejamos as alternativas da questão:

    A) Caso o ato submetido ao controle judicial seja conta legem (sic!), somente será viável o controle de legalidade decorrente do cotejo entre o ato e a lei. 

    Correta. O ato normativo regulamentar contra legem é um ato que extrapola o poder regulamentar. Esse ato está sujeito a controle de legalidade, isto é, ao controle consistente na apreciação da compatibilidade das disposições do ato normativo com a lei.

    Nesse sentido, destacamos trecho de decisão monocrática de Ministro do Superior Tribunal de Justiça:

    Decreto regulamentar que extrapola os limites da lei que pretende regulamentar, em princípio, sujeita-se ao controle de legalidade, e não ao controle de inconstitucionalidade, por ser a ofensa apenas indireta à Carta Constitucional (STJ - REsp: 1379975 RS 2013/0100172-0, Relator: Ministro GURGEL DE FARIA, Data de Publicação: DJ 28/03/2016)

    B) Será cabível Ação Direta de Inconstitucionalidade para suscitar a ilegalidade do ato normativo regulamentar manifestamente divergente do sentido e do conteúdo da norma legal que pretendeu regulamentar.

    Incorreta. A norma regulamentar que extrapola os limites da lei não tem vício de constitucionalidade, mas sim vício de legalidade, dado que é incompatível, em primeiro lugar, com a lei e não diretamente com a Constituição Federal. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não cabe controle de constitucionalidade, por meio de ação direta de inconstitucionalidade, de ato normativo regulamentar.

    Nesse sentido, destacamos a seguinte decisão do Supremo Tribunal Federal:

    AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - REGULAMENTO DOS SERVIÇOS LIMITADOS DE TELECOMUNICAÇÕES - DECRETO N. 177/91 - ATO DE NATUREZA MERAMENTE REGULAMENTAR - DESCABIMENTO DO CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE - AÇÃO DIRETA NÃO CONHECIDA. ATO REGULAMENTAR - DESCABIMENTO DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. - As resoluções editadas pelo Poder Público, que veiculam regras de conteúdo meramente regulamentar, não se submetem à jurisdição constitucional de controle in abstracto, pois tais atos estatais têm por finalidade, em última análise, viabilizar, de modo direto e imediato, a própria execução da lei (ADI 561 MC, Relator(a): CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 23/08/1995, DJ 23-03-2001 PP-00084 EMENT VOL-02024-01 PP-00056)

    C) Só é possível o controle judicial de ato regulamentar através da arguição de descumprimento de preceito fundamental, prevista no artigo 102, §1º da Constituição Federal.

    Incorreta. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não cabe controle direto de inconstitucionalidade de ato regulamentador, sendo pertinente o controle de legalidade e não constitucionalidade da norma regulamentar, uma vez que a ofensa à Constituição é indireta ou reflexa. Assim, não é possível controle de constitucionalidade de ato regulamentar seja por meio de ação direta de constitucionalidade seja por meio de ação de descumprimento de preceito fundamental.

    Nessa linha, destacamos decisão do STF em ação de descumprimento fundamental que entendeu descabida a proposição da ação para fins de controle de constitucionalidade de ato regulamentador:

    ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. DISPOSITIVOS DO DECRETO PRESIDENCIAL 6.620, DE 29 DE OUTUBRO DE 2008, QUE REGULAMENTA A LEI DOS PORTOS (LEI 8.630/1993). OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I - A jurisprudência desta Suprema Corte, não reconhece a possibilidade de controle concentrado de atos que consubstanciam mera ofensa reflexa à Constituição, tais como o ato regulamentar consubstanciado no decreto presidencial ora impugnado. II - Agravo regimental a que se nega provimento. (STF - ADPF: 169 DF, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Data de Julgamento: 19/09/2013, Tribunal Pleno, Data de Publicação: ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-203 DIVULG 11-10-2013 PUBLIC 14-10-2013)

    D) Na ausência de norma regulamentadora, é possível ao interessado impetrar mandado de segurança a fim de declarar a inércia da administração no seu dever de regular a matéria, permitindo que o indivíduo exerça os direitos de que é titular.

    Incorreta. Em caso de inércia da Administração na edição de norma regulamentadora, assim como no caso de inércia do Legislador na edição de lei que regulamente dispositivo constitucional, tem cabimento o mandado de injunção.

    Não é admitido em nossa jurisprudência o uso de mandado de segurança para declarar a inércia da Administração na edição de norma regulamentadora, utilizando-se o mandado de segurança em situação em que é cabível mandado de injunção.

    Nesse sentido, destacamos as seguintes decisões judiciais:

    REEXAME NECESSÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO. MUNICÍPIO DE LAGOÃO. SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS MUNICIPAIS. REVISÃO GERAL ANUAL. ANO-BASE. AUSÊNCIA DE NORMA REGULAMENTADORA. DESCABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA. CASO QUE DEMANDA O INGRESSO DE MANDADO DE INJUNÇÃO. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 5º, LXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SENTENÇA CONFIRMADA. (Reexame Necessário Nº 70074869181, Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jerson Moacir Gubert, Julgado em 30/08/2018). (TJ-RS - REEX: 70074869181 RS, Relator: Jerson Moacir Gubert, Data de Julgamento: 30/08/2018, Terceira Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 06/09/2018)

    ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. DEFICIÊNCIA FÍSICA. APOSENTADORIA. AUSÊNCIA DE NORMA REGULAMENTADORA. EC N. 103/2019. ALTERAÇAO DA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. APELO DESPROVIDO. - Nos termos da EC n. 103/2019 a lacuna legislativa relativa à aposentadoria dos servidores estaduais, distritais e municipais portadores de deficiência deverá ser implementada por legislação complementar editada pelo correspondente ente federado - O mandado de segurança não pode ser utilizado como substitutivo do mandado de injunção, de modo a suprir omissão legislativa no que concerne à ausência de regulamentação, no âmbito municipal, das normas relativas à aposentadoria especial dos servidores portadores de deficiência. (TJ-MG - AC: 10000205301476001 MG, Relator: Alberto Vilas Boas, Data de Julgamento: 09/02/2021, Câmaras Cíveis / 1ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 11/02/2021)

    E) Em se tratando de decreto executivo que regulamente uma lei complementar, quando elaborado ultra legem com relação à lei que deveria regulamentar, o controle judicial deverá abranger tanto o controle de legalidade quanto o controle de constitucionalidade.

    Incorreta. Não cabe controle de constitucionalidade de ato regulamentador de lei seja a lei ordinária ou a lei complementar. O controle de decreto do poder executivo que regulamente lei complementar será de legalidade e não de constitucionalidade.

    Gabarito do professor: A. 

  • A questão trata do poder regulamentar. O poder regulamentar é um poder administrativo correspondente à prerrogativa dos Chefes do Poder Executivo para editar normas regulamentadoras de lei. O poder regulamentar tem fundamento no artigo 84, IV, da Constituição Federal.

    O poder regulamentar, excetuados apenas as hipóteses de decretos autônomos previstas no artigo 84, VI, da Constituição Federal, deve ser exercido nos limites da lei. A norma regulamentar não pode contrariar a lei, bem como não pode criar direito novo, devendo limitar-se a especificar as normas legais para garantir sua melhor aplicação e efetividade. A norma regulamentar que contraria a lei ou inova na ordem jurídica sem amparo em lei extrapola os limites do poder regulamentar e é, por esse motivo, ilegal.

    Feitas essas considerações, vejamos as alternativas da questão:

    A) Caso o ato submetido ao controle judicial seja conta legem (sic!), somente será viável o controle de legalidade decorrente do cotejo entre o ato e a lei. 

    Correta. O ato normativo regulamentar contra legem é um ato que extrapola o poder regulamentar. Esse ato está sujeito a controle de legalidade, isto é, ao controle consistente na apreciação da compatibilidade das disposições do ato normativo com a lei.

    Nesse sentido, destacamos trecho de decisão monocrática de Ministro do Superior Tribunal de Justiça:

    Decreto regulamentar que extrapola os limites da lei que pretende regulamentar, em princípio, sujeita-se ao controle de legalidade, e não ao controle de inconstitucionalidade, por ser a ofensa apenas indireta à Carta Constitucional (STJ - REsp: 1379975 RS 2013/0100172-0, Relator: Ministro GURGEL DE FARIA, Data de Publicação: DJ 28/03/2016)

    B) Será cabível Ação Direta de Inconstitucionalidade para suscitar a ilegalidade do ato normativo regulamentar manifestamente divergente do sentido e do conteúdo da norma legal que pretendeu regulamentar.

    Incorreta. A norma regulamentar que extrapola os limites da lei não tem vício de constitucionalidade, mas sim vício de legalidade, dado que é incompatível, em primeiro lugar, com a lei e não diretamente com a Constituição Federal. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não cabe controle de constitucionalidade, por meio de ação direta de inconstitucionalidade, de ato normativo regulamentar.

    Nesse sentido, destacamos a seguinte decisão do Supremo Tribunal Federal:

    AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - REGULAMENTO DOS SERVIÇOS LIMITADOS DE TELECOMUNICAÇÕES - DECRETO N. 177/91 - ATO DE NATUREZA MERAMENTE REGULAMENTAR - DESCABIMENTO DO CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE - AÇÃO DIRETA NÃO CONHECIDA. ATO REGULAMENTAR - DESCABIMENTO DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. - As resoluções editadas pelo Poder Público, que veiculam regras de conteúdo meramente regulamentar, não se submetem à jurisdição constitucional de controle in abstracto, pois tais atos estatais têm por finalidade, em última análise, viabilizar, de modo direto e imediato, a própria execução da lei (ADI 561 MC, Relator(a): CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 23/08/1995, DJ 23-03-2001 PP-00084 EMENT VOL-02024-01 PP-00056)

    C) Só é possível o controle judicial de ato regulamentar através da arguição de descumprimento de preceito fundamental, prevista no artigo 102, §1º da Constituição Federal.

    Incorreta. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não cabe controle direto de inconstitucionalidade de ato regulamentador, sendo pertinente o controle de legalidade e não constitucionalidade da norma regulamentar, uma vez que a ofensa à Constituição é indireta ou reflexa. Assim, não é possível controle de constitucionalidade de ato regulamentar seja por meio de ação direta de constitucionalidade seja por meio de ação de descumprimento de preceito fundamental.

    Nessa linha, destacamos decisão do STF em ação de descumprimento fundamental que entendeu descabida a proposição da ação para fins de controle de constitucionalidade de ato regulamentador:

    ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. DISPOSITIVOS DO DECRETO PRESIDENCIAL 6.620, DE 29 DE OUTUBRO DE 2008, QUE REGULAMENTA A LEI DOS PORTOS (LEI 8.630/1993). OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I - A jurisprudência desta Suprema Corte, não reconhece a possibilidade de controle concentrado de atos que consubstanciam mera ofensa reflexa à Constituição, tais como o ato regulamentar consubstanciado no decreto presidencial ora impugnado. II - Agravo regimental a que se nega provimento. (STF - ADPF: 169 DF, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Data de Julgamento: 19/09/2013, Tribunal Pleno, Data de Publicação: ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-203 DIVULG 11-10-2013 PUBLIC 14-10-2013)

    D) Na ausência de norma regulamentadora, é possível ao interessado impetrar mandado de segurança a fim de declarar a inércia da administração no seu dever de regular a matéria, permitindo que o indivíduo exerça os direitos de que é titular.

    Incorreta. Em caso de inércia da Administração na edição de norma regulamentadora, assim como no caso de inércia do Legislador na edição de lei que regulamente dispositivo constitucional, tem cabimento o mandado de injunção.

    Não é admitido em nossa jurisprudência o uso de mandado de segurança para declarar a inércia da Administração na edição de norma regulamentadora, utilizando-se o mandado de segurança em situação em que é cabível mandado de injunção.

    Nesse sentido, destacamos as seguintes decisões judiciais:

    REEXAME NECESSÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO. MUNICÍPIO DE LAGOÃO. SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS MUNICIPAIS. REVISÃO GERAL ANUAL. ANO-BASE. AUSÊNCIA DE NORMA REGULAMENTADORA. DESCABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA. CASO QUE DEMANDA O INGRESSO DE MANDADO DE INJUNÇÃO. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 5º, LXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SENTENÇA CONFIRMADA. (Reexame Necessário Nº 70074869181, Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jerson Moacir Gubert, Julgado em 30/08/2018). (TJ-RS - REEX: 70074869181 RS, Relator: Jerson Moacir Gubert, Data de Julgamento: 30/08/2018, Terceira Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 06/09/2018)

    ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. DEFICIÊNCIA FÍSICA. APOSENTADORIA. AUSÊNCIA DE NORMA REGULAMENTADORA. EC N. 103/2019. ALTERAÇAO DA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. APELO DESPROVIDO. - Nos termos da EC n. 103/2019 a lacuna legislativa relativa à aposentadoria dos servidores estaduais, distritais e municipais portadores de deficiência deverá ser implementada por legislação complementar editada pelo correspondente ente federado - O mandado de segurança não pode ser utilizado como substitutivo do mandado de injunção, de modo a suprir omissão legislativa no que concerne à ausência de regulamentação, no âmbito municipal, das normas relativas à aposentadoria especial dos servidores portadores de deficiência. (TJ-MG - AC: 10000205301476001 MG, Relator: Alberto Vilas Boas, Data de Julgamento: 09/02/2021, Câmaras Cíveis / 1ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 11/02/2021)

    E) Em se tratando de decreto executivo que regulamente uma lei complementar, quando elaborado ultra legem com relação à lei que deveria regulamentar, o controle judicial deverá abranger tanto o controle de legalidade quanto o controle de constitucionalidade.

    Incorreta. Não cabe controle de constitucionalidade de ato regulamentador de lei seja a lei ordinária ou a lei complementar. O controle de decreto do poder executivo que regulamente lei complementar será de legalidade e não de constitucionalidade.

    Gabarito do professor: A. 


ID
5214385
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Nem sempre, os administradores agem de maneira adequada e culminam por extrapolar os limites legais impostos ao exercício do poder. Nesses casos, estar-se-á diante de formas de abuso de poder. A conduta abusiva pode se configurar tanto como um excesso de poder, quanto como um desvio de poder. No tocante a esse tema, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - D

    Abuso de Poder (Gênero)

    Excesso de Poder - Competência

    CEP

    Competência - Excesso de Poder

    ► fora dos limites de sua competência  

    ► Exorbita ou extrapola os limites de sua competência / Incompetente para o ato  

    Desvio de Poder - Finalidade

    F.D.P

    Finalidade - Desvio de Poder

    ►Visando finalidade diversa  

    ►o visando interesses individuais, de caráter pessoal sem atentar ao Interesse público  

    ►Autoridade não respeita a finalidade especificada pela lei.  

    --------------------

    A ) pode ser invalidado tanto pelo judiciário quanto pela administração .

    -----------

    B) Desvio de Poder

    -----------

    C) pela administração (autotutela ) ou

    pelo judiciário.

    -----------

    E) nem todas.

  • GAB : D

    Ato sido praticado com abuso de poder distanciam do interesse público EXATAMENTE, o agente com desvio de poder.

    PM PARÁ 2021!

  • Abuso de poder tem duas espécies:

    • Desviu de poder: O agente pratica ato com finalidade diversa com a qual foi criado, podendo ser por interesse pessoal ou não respeitando a finalidade especificada por lei para determinado ato. Haverá nulidade do ato! Importante frisar que aqui o agente atua dentro de sua competência.

    Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: e) desvio de finalidade.

    Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas: e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.

    • Excesso de poder: O agente atua fora de sua competência legal.

    É passível de convalidação? Os atos cometidos com excesso de poder em regra são ( da premissa de que se fosse o agente competente que tivesse realizado o ato faria da mesma forma).

  • Em suma, os requisitos/elementos para validar os Atos Administrativos são:

    1º) Competência ("quem")- sujeito competente para praticar o ato. Lembre-se do "CEP" (Competência- Excesso de Poder). É sempre VINCULADO

    2º) Finalidade ("para quê") - é o objetivo da pratica daquele ato. Já aqui é o famoso "FDP" (Finalidade- Desvio de Poder). É sempre VINCULADO

    3º) Forma ("como") - é o modo que será revestido aquele ato. É sempre VINCULADO

    4º) Motivo ("Por quê")- é a situação de fato e de direito que ensejou o ato específico (não confundir com o princípio da "Motivação", pois este é apenas a fundamentação/justificação dos MOTIVOS). O Motivo pode ser VINCULADO (se a "motivação" do ato for obrigatória) ou DISCRICIONÁRIO (se a "motivação" for facultativa)

    5º) Objeto ("o quê)- é o conteúdo do ato, ou seja, o efeito principal que ele gera. Pode ser VINCULADO (ex aposentadoria) ou DISCRICIONÁRIO (ex. desapropriação)

  • famoso FDP e CEP

  • Assertiva D

    Nos atos administrativos que tenham sido praticados com abuso de poder por se distanciarem do interesse público, o agente atua em evidente desvio de poder.

  • EXCESSO DE PODER

    Ocorre quando a autoridade pública pratica um ato fora ou além de sua esfera de competência.

    DESVIO DE PODER (OU DESVIO DE FINALIDADE)

    O agente tem a competência para agir, mas usa essa competência buscando fim diverso do interesse público.

  • #PCAL2021

  • Sistematizando os erros e acerto das questões

    ALTERNATIVA A:

    Está errada ao afirmar que "O ato praticado com abuso de poder só pode ser invalidado através de revisão judicial", tendo em vista que a administração pública pode invalidar um ato administrativo no uso de sua autotutela.

    ALTERNATIVA B:

    Está errada ao afirmar que "Quando o agente busca com o ato abusivo alcançar uma finalidade diversa daquela atribuída pela lei, configura-se o excesso de poder", já que estamos diante de uma hipótese de desvio de poder e não de excesso de poder (conforme já foi muito bem explicado pelos colegas abaixo).

    ALTERNATIVA C:

    Está errada ao afirmar que "A invalidação da conduta abusiva só poderá ocorrer na esfera administrativa, através do poder de autotutela", pois a invalidação de um ato administrativo pode ocorrer Por meio de decisão proferida pelo Poder Judiciário.

    Mas CUIDADO, pois a questão está correta quando afirma que "só a própria administração pode reavaliar o mérito do ato administrativo",

    ALTERNATIVA D:

    Correta

    ALTERNATIVA E:

    Está errada ao afirmar que “Toda conduta praticada com abuso de poder corresponde a um ilícito penal” , tendo em vista que para ser um ilícito penal é necessária a prévia previsão em lei, com a combinação legal expressa e anteriormente prevista, o que pode ensejar na existência de um ato ilícito administrativo que não seja ato ilícito penal.

  • Desvio de Poder = Desvio de Finalidade

  • A questão trata do abuso de poder. O abuso de poder é espécie que compreende duas espécies: o excesso de poder e o desvio de poder.

    O excesso de poder ocorre quando o ato praticado pelo agente público extrapola suas competências legais.

    O desvio de poder, também chamado de desvio de finalidade, ocorre quando o agente público pratica ato visando à finalidade diversa da finalidade da lei que rege o ato ou visando a atender outro interesse que não o interesse público.

    O ato praticado com excesso de poder possui um vício de competência. Já o ato praticado com desvio de poder ou desvio de finalidade possui um vício de finalidade.

    A Administração Pública pode, no exercício de seu poder de autotutela, que é a prerrogativa da Administração Pública de rever seus próprios atos, anular atos praticados com excesso de poder ou desvio de poder, dado que tais atos contêm vícios de legalidade.

    Também o Poder Judiciário, que é competente para realizar o controle da legalidade de atos administrativos, pode anular atos praticados com excesso de poder ou desvio de finalidade.

    É importante não confundir o abuso de poder com o abuso de autoridade. O abuso de autoridade corresponde a crime tipificado na lei penal. Já o abuso de poder são vícios de legalidade na prática de atos administrativos que não necessariamente configuram condutas tipificadas como crime na lei penal.

    Vejamos, a seguir, as alternativas da questão:

    A) O ato praticado com abuso de poder só pode ser invalidado através de revisão judicial. 

    Incorreta. O ato praticado com abuso de poder pode ser revisto tanto pelo Poder Judiciário quanto pela própria Administração Pública no exercício do seu poder de autotutela.

    B) Quando o agente busca com o ato abusivo alcançar uma finalidade diversa daquela atribuída pela lei, configura-se o excesso de poder.

    Incorreta. Quando agente público pratica ato com finalidade diversa da finalidade legal configura-se desvio de poder ou desvio de finalidade.

    C) A invalidação da conduta abusiva só poderá ocorrer na esfera administrativa, através do poder de autotutela, tendo em vista que só a própria administração pode reavaliar o mérito do ato administrativo.

    Incorreta. Atos praticados com excesso de poder contém vício de competência e atos praticados com desvio de poder vícios de finalidade. Os vícios, portanto, envolvem a legalidade e não o mérito do ato, logo, atos praticados com abuso de poder podem ser invalidados pelo Poder Judiciário.

    D) Nos atos administrativos que tenham sido praticados com abuso de poder por se distanciarem do interesse público, o agente atua em evidente desvio de poder.

    Correta. A finalidade dos atos administrativos é o interesse público decorrente de lei que o ato deve pretender realizar. Assim, um ato praticado com abuso de poder por se distanciar da finalidade de interesse público prevista em lei é um ato praticado com desvio de poder ou desvio de finalidade.

    E) Toda conduta praticada com abuso de poder corresponde a um ilícito penal.

    Incorreta. Nem toda conduta que envolve abuso de poder é tipificada como crime na lei penal.

    Gabarito do professor: D. 

  • Além do abuso de poder ser infração administrativa, também é utilizado no âmbito penal para caracterizar algumas condutas de abuso de autoridade, sendo que, essas são muito mais amplas do que o simples abuso de poder (excesso ou desvio de poder), eis que abarcam outras condutas ilegais do agente público, o que nos leva a concluir que o abuso de autoridade abrange o abuso de poder que, por sua vez, se desdobra em excesso e desvio de poder ou de finalidade.

  • Só lembrando que o Abuso de Poder também ocorre em condutas omissivas.

  •  abuso de poder=excesso de poder

    desvio de poder.= finalidade diversa

  • Gab: D

    Competência - Excesso de Poder

    Finalidade - Desvio de Poder

    Não esquecer!artigo 2° parágrafo único “e” da lei n. 4717/65 (ação popular) trata o desvio de finalidade como elemento nulificador do ato administrativo, e corre toda vez que o agente público atua visando finalidade diversa para o qual o ato foi criado, mesmo que atue dentro dos limites da sua competência.

    TJ-RN.

  • Competência - Excesso de Poder

    Finalidade - Desvio de Poder

    Não esquecer! O artigo 2° parágrafo único “e” da lei n. 4717/65 (ação popular) trata o desvio de finalidade como elemento nulificador do ato administrativo, e corre toda vez que o agente público atua visando finalidade diversa para o qual o ato foi criado, mesmo que atue dentro dos limites da sua competência.

    TJ-RN.

  • Ainda sobre a alternativa C = A invalidação da conduta abusiva só poderá ocorrer na esfera administrativa, através do poder de autotutela, tendo em vista que só a própria administração pode reavaliar o mérito do ato administrativo

    ADMINSTRAÇÃO PÚBLICA = ANULA E REVOGA POR PROVOCAÇÃO OU OFÍCIO PELO PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA..

    PODER JUDICÁRIO = SOMENTE ANULA, POR PROVOCAÇÃO PELO PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DE JURISDIÇÃO (obs: JUDICIARIO NÃO REVOGA)

  • Enfim, nenhuma lesao ou ameaça de lesao exluira a apreciaçao pelo Poder Judiciario ( ART.5° INCISO XXXV DA CF).

    Claro, a compreensao de desvio de poder e abuso de poder e importante, mas com o entendimento acima ja se descartam 2 alternativas.


ID
5214388
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Em determinado Município X existe uma lei na qual fica expressa a determinação de que não poderá haver a instalação de mais de um estabelecimento comercial com o mesmo ramo de atividade em determinada área que a lei especifica. Analisando-se esse caso concreto, conclui-se corretamente que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO- B

    Súmula Vinculante 49

    Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.

  • CF/88- Art. 173, § 4º - lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.

    Gab B

  • CF/88 Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios

    IV - livre concorrência;

    Desse modo, verifica-se que a CF/88 tem como pressuposto a justa concorrência e não restrita ou limitada. Logo, não pode uma lei municipal determinar que "não poderá haver a instalação de mais de um estabelecimento comercial com o mesmo ramo de atividade em determinada área que a lei especifica"

  • A autonomia das entidades federativas pressupõe repartição de competências legislativas, administrativas e tributárias, sendo, pois, um dos pontos caracterizadores e asseguradores do convívio no Estado Federal.

    A competência é a prerrogativa juridicamente atribuída a uma entidade, órgão ou agente do Poder Público para emitir decisões.

    A CF determinará as matérias próprias de casa um dos entes federativos, a partir do princípio da predominância do interesse, o qual consubstancia-se na ideia de que à União caberá questões de interesse geral, ao passo que aos Estados matérias de interesse regional, enquanto aos Municípios assuntos de interesses locais. Quanto ao DF, por dicção do artigo 32, §1º, CF, acumulam-se competências estaduais e municipais, em regra, com a exceção prevista no artigo 22, XVII, CF/88.

    Nesse ínterim, sabe-se que nos termos do artigo 30, VIII, CF/88, os Municípios possuem competência para realizar o ordenamento urbano, ou seja, possuem competência para, por meio de lei e outros atos normativos, organizar o uso e ocupação do solo urbano.

    Acontece que determinados Municípios, sob o pretexto de fazerem o ordenamento do solo urbano, editaram leis proibindo que, em determinados áreas da cidade, houvesse mais de um estabelecimento comercial do mesmo ramo empresarial.

    Todavia, o STF entendeu que tais atos normativos são inconstitucionais por violarem o princípio da livre concorrência, insculpido no artigo 170, IV, CF/88.

    Nesse sentido é a Súmula Vinculante 49 do STF, a qual estabelece que ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.

    Assim, a lei criada será inconstitucional no que tange à tal determinação, por ofensa ao princípio da livre concorrência.

     

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B

     


ID
5214391
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação ao motivo dos atos administrativos, julgue os itens a seguir em certos ou errados.

I. Pode-se dizer que o motivo é o pressuposto fático ou jurídico que fundamenta o ato administrativo.
II. O motivo representa a formalidade do ato administrativo, por tal razão, deve ser escrito.
III. Motivo é a manifestação expressa da justificativa do ato praticado.
IV. Pela teoria dos motivos determinantes, a validade do ato administrativo está vinculada aos motivos que o fundamentam, de forma que se estes são falsos ou inexistentes, o ato será nulo.
V. O motivo é embasado em uma situação prévia à prática do ato administrativo.

A quantidade de itens certos é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - C

    MOTIVO X MOTIVAÇÃO

    É a situação ou razões de fato e de direito que determinam ou autorizam a prática do ato, ou, em outras palavras, o pressuposto fático e jurídico (ou normativo) que enseja a prática do ato”

    MOTIVAÇÃO

    ( Ato escrito ) Fundamentação das razões de Fato e de direito que dão ensejo à prática do ato.

    -----‐-----------‐-------

    II. O motivo representa a formalidade do ato administrativo, por tal razão, deve ser escrito.

    (ERRADO )

    Trata- se da Motivação.

    -----‐------

    III. Motivo é a manifestação expressa da justificativa do ato praticado. ( ERRADO )

    Trata-se da Motivação.

    ----------------

    IV. Pela teoria dos motivos determinantes, a validade do ato administrativo está vinculada aos motivos que o fundamentam, de forma que se estes são falsos ou inexistentes, o ato será nulo.( CORRETO )

    Em síntese: o motivo apresentado vincula o ato..sendo ilegal ou inverídico/ inexistente =

    Ato nulo.

    -------------

    V. O motivo é embasado em uma situação prévia à prática do ato administrativo.

    (Considerada correta pela banca )

    Segundo Celso Antonio Bandeira de Mello, a motivação, que deve ser sempre prévia ou concomitante ao Ato e integra a adequada formalização do Ato.

    Bons estudos!

  • I. Pode-se dizer que o motivo é o pressuposto fático ou jurídico que fundamenta o ato administrativo.

    R.: Discordo. O motivo é na verdade as RAZÕES DE FATO (mundo concreto) "E" DE DIREITO (conforme o ordenamento jurídico) que ensejam determinado ato. Não pode haver um sem o outro, visto que todo ato administrativo deve estar expresso em lei (sentido amplo) e possuir pressuposto de fato (prévio ou concomitante) para que ocorra. Do contrário não haverá motivo.

    • OU - é uma conjunção alternativa que a depender pode até ser considerado aditiva, mas no contexto dá a entender a possibilidade de que apenas um dos elementos (ou pressuposto fático ou jurídico) seria o bastante.

    II. O motivo representa a formalidade do ato administrativo, por tal razão, deve ser escrito.

    R.: Falso. A isso se dá o nome de motivação.

    • Motivação é a exposição do motivo que enseja tal ato administrativo;
    • Motivo são os fatos real e jurídico que, juntos, ensejaram tal ato administrativo.

    III. Motivo é a manifestação expressa da justificativa do ato praticado.

    R.: Falso. Vide a II.

    IV. Pela teoria dos motivos determinantes, a validade do ato administrativo está vinculada aos motivos que o fundamentam, de forma que se estes são falsos ou inexistentes, o ato será nulo.

    R.: Certo. Na Teoria dos Motivos Determinantes, uma vez motivado os atos, sua validade fica vinculada à veracidade do motivo. Portanto:

    • Motivo falso/inexistente = nulo;
    • Motivo real = legal.

    V. O motivo é embasado em uma situação prévia à prática do ato administrativo.

    R.: Certo. O motivo é embasado em uma situação prévia ou concomitante, é isso que você deve levar pra sua prova. Tivera dito somente (exclusivamente; apenas; ), daí estaria errado.

    Gabarito da Banca (C)

    Contudo, devido a I, discordo. Pro Luiz, aqui, seria B. Se houver equívoco(s), por favor tenha a liberdade de comentar. Serve também para que eu e outros colegas possamos aprender.

    --------------------------

    Boa sorte e bons estudos.

  • Caraca!!! que banca danada hem... questões dificeis...

  • ll. Motivação representa a formalidade do ato administrativo, por tal razão, deve ser escrito. (em regra)

    III. Motivação é a manifestação expressa da justificativa do ato praticado. 

  • A questão trata do motivo. O motivo é um dos elementos ou condições de validade do ato administrativo. O motivo do ato administrativo são as circunstâncias ou situações de fato ou de direito que geram a prática do ato administrativo. É importante não confundir o motivo com a motivação. O motivo é a situação de fato ou de direito que leva a prática do ato, já a motivação é a expressão dos motivos, logo, o que pode ser escrito no ato é motivação e não o motivo. 

    A teoria dos motivos determinantes é uma teoria desenvolvida pelo direito francês segundo a qual uma vez explicitados na motivação os motivos que embasam a prática do ato, esta deve guardar relação com o ato, de modo que, se os motivos constantes da motivação se revelarem inverídicos ou inexistentes, o ato será inválido. 

    A teoria dos motivos determinantes tem especial relevância nos atos discricionários que não exijam motivação. Mesmo que o ato não exija motivação, se o ato for expressamente motivado, a motivação explicitada pela autoridade administrativa passa a vincular o ato e se a motivação for inverídica, o ato é inválido. 

    Vejamos as afirmativas da questão: 

    I. Pode-se dizer que o motivo é o pressuposto fático ou jurídico que fundamenta o ato administrativo.
    Correta. Motivo é o pressuposto de fato ou de direito que enseja a prática do ato. 

    II. O motivo representa a formalidade do ato administrativo, por tal razão, deve ser escrito.
    Incorreta. O motivo não precisa ser escrito. 

    III. Motivo é a manifestação expressa da justificativa do ato praticado.
    Incorreta. A manifestação expressa da justificativa do ato é a motivação, não o motivo. 

    IV. Pela teoria dos motivos determinantes, a validade do ato administrativo está vinculada aos motivos que o fundamentam, de forma que se estes são falsos ou inexistentes, o ato será nulo.
    Correta. De acordo com a teoria dos motivos determinantes, o ato administrativo está vinculado aos motivos que justificam a prática do ato, logo, se esta for falso ou inexistente, o ato é inválido. 

    V. O motivo é embasado em uma situação prévia à prática do ato administrativo.
    Correta. O motivo, de fato, é a situação prévia que embasa a prática do ato. Embora considerada correta, a afirmativa não é bem redigida, dado que não é o motivo que é embasado em situação prévia. O motivo é a própria situação prévia que embasa a prática do ato. 

    Assim, três afirmativas são corretas e a resposta da questão é a alternativa C.  


    Gabarito do professor: C.
  • C

    A polêmica em torno do item V (até o professor do QC errou):

    V - O motivo é embasado em uma situação prévia à prática do ato administrativo.

    O motivo é a causa do ato e por isso mesmo é anterior à prática do ato. Simples assim.


ID
5214394
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto à discricionariedade dos atos administrativos, está incorreto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - B

    A ) A fonte da discricionariedade é a lei.

    Correto = entendimento da doutrina tradicional.

    CUIDADO!

    Para doutrina moderna : conceitos jurídicos indeterminados podem fundamentar a discricionariedade.

    B)Não fica a critério do administrador.

    C) não existe ato inteiramente discricionário.

    D) requisitos discricionários :

    motivo/ objeto.

  • Com relação ao sujeito há sim a discricionaridade, onde o servidor por livre oportunidade de escolha toma iniciativa de determinado ato dentro das possibilidades legais. Questão cabe recurso.

    FICARIA COM A LETRA D com opção da B

  • GABARITO B

    A discricionariedade do ato nunca será total, pois todo ato praticado por agente público deve ter a lei como limite. Logo, nunca ficará a inteiro critério da Administração Pública.

    Quanto à letra "D": creio que quando a alternativa fala em "sujeito" está se referindo à competência e, de fato, esta não é discricionária. Parti desse raciocínio.

  • Comentário abaixo foi retificado 24/05/2021

    --------------

    • "Com relação ao sujeito, não existe discricionariedade, sendo o ato administrativo sempre vinculado."

    Havia dúvida quanto à alternativa D em relação à competência ser sempre vinculado e de fato ela é. Veja a explicação do Prof. Herbert Almeida:

    • "Além de ser um poder, a competência é um dever, isso porque o agente competente é obrigado a atuar nas condições que a lei o determinou. Quem titulariza uma competência tem o poder-dever de desempenhá-la. Não se pode renunciar a competência, tendo em vista a indisponibilidade do interesse público. Portanto, a competência é sempre um elemento vinculado do ato administrativo." [grifo meu]
    • Fonte: Noções de Direito Administrativo p/ BACEN (Técnico - Todas as Especialidades) Com Videoaulas - 2019, p. 20.

    Caso ainda não tenha ficado claro, eu explico. Não é uma vinculação exclusiva de qual servidor (se é João, Maria ou outro Silva) que deverá praticar tal ato, mas sim uma questão de vinculação quanto a obrigatoriedade do servidor em determinado(s) cargo(s) de agir frente às atribuições legais desse, ou seja, de suas competência(s).

    • Ex.: João, escrivão de polícia, ao ir tomar café na padaria próxima da delegacia, junto a Maria, investigadora de polícia, presencia um roubo do outro lado da calçada. Não muito longe da cena e dos dois há um policial militar de folga, que também presencia a cena. Quem tem a competência, poder-dever, de agir frente a situação? Os três têm. Quem deve agir? Os três devem. Veja que o dever de prisão em flagrante é uma atribuição típica dos três cargos e todos possuem obrigação de sempre agir frente a esse tipo de situação (vinculados), não apenas o PM, ou a investigadora ou o escrivão.

    Mnemônico para gravar os elementos do ato administrativos, CON.FI.FOR.M.OB:

    • CONpetência - Vinculado;
    • FInalidade - Vinculado;
    • FORma - Vinculado;
    • Motivo - Discrionário;
    • OBjetivo - Discrionário.

    Gabarito (B)

    -----------------

    Boa sorte e bons estudos.

  • Sobre a discricionariedade:

    A fonte da discricionariedade é a própria lei.

    A discricionariedade existe quando:

    i) quando a lei expressamente a confere à Administração: “a critério da Administração Pública”, “para atender a conveniência do serviço”;

    ii) quando a lei é omissa, hipótese que a autoridade deverá decidir com base nos princípios disponíveis no Ordenamento Jurídico;

    iii) hipótese que a lei confere competência, mas não estabelece a conduta a ser adotada. É comum no poder de polícia.

    A discricionariedade nunca é total.

    Quando onde é possível localizar a discricionariedade:

  • A questão exige conhecimento acerca dos atos administrativos e pede ao candidato que assinale o item incorreto, no tocante à discricionariedade dos atos administrativos. Vejamos:

    a) A fonte da discricionariedade é a lei.

    Correto. Para a doutrina tradicional, de fato, a discricionariedade decorre de lei.

    b) O motivo do ato administrativo só será discricionário quando a lei não o definir, deixando-o ao inteiro critério da Administração.

    Errado e, portanto, gabarito da questão. O motivo sempre será discricionário. Assim, ensina Mazza: "Motivo é a situação de fato e o fundamento jurídico que autorizam a prática do ato. Constitui requisito discricionário porque pode abrigar margem de liberdade outorgada por lei ao agente público. Exemplo: a ocorrência da infração é o motivo da multa de trânsito."

    c) A discricionariedade do administrador nunca é total.

    Correto. De fato, não há ato administrativo completamente discricionário. Nesse sentido, Mazza: "Atos discricionários são praticados pela Administração dispondo de margem de liberdade para que o agente público decida, diante do caso concreto, qual a melhor maneira de atingir o interesse público."

    d) Com relação ao sujeito, não existe discricionariedade, sendo o ato administrativo sempre vinculado.

    Correto. Somente há discricionariedade no motivo ou no objeto. A competência (ou sujeito) será sempre requisito vinculado.

    e) Quando a lei estabelecer vários objetos possíveis para atingir a finalidade do ato, sendo todos eles válidos, haverá discricionariedade da Administração na escolha de um deles.

    Correto. Vide item "C".

    Gabarito: B

    Fonte: MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 5ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. 

  • O motivo do ato administrativo só será discricionário quando a lei não o definir, deixando-o ao inteiro critério da Administração. ERRADA

    Segundo Di Pietro, o motivo pode ser tanto vinculado quanto discricionário:

    • será vinculado quando a lei descreve-o utilizando: noções precisas, vocábulos unissignificativos, conceitos matemáticos que não dão margem a qualquer apreciação subjetiva;
    • será discricionário quando:

    a) a lei não o definir, deixando-o ao inteiro critério da Administração; e

    b) a lei o definir, mas utilizando: noções vagas, vocábulos plursissignificativos ---> são os chamados conceitos jurídicos indeterminados.

    A alternativa restringe as situações em que o requisito motivo será discricionário.

  • Gabarito: B.

    Se a fonte da discricionariedade é a lei, logo não há que se falar em "a critério da Administração Pública".

  • gab b

    MOTIVO- Fato jurídico ou fático do ato

    o elemento ou requisito que funciona como fundamento do ato, na verdade, é o motivo

    Discricionário ou Vinculado

    Nulo

    Anulado

  • O motivo é a causa imediata, prevista em lei, que ensejou a prática do ato administrativo. É a

    situação de fato e de direito que determinou ou autorizou a prática do ato, ou seja, o pressuposto

    fático e jurídico que enseja a prática do ato.


ID
5214397
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

José, agente diplomático do Brasil, foi citado no estrangeiro e alegou extraterritorialidade. No entanto, José deixou de designar onde tem, no país, o seu domicílio. Neste caso, de acordo com as regras previstas no ordenamento jurídico brasileiro, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Institui o Código Civil: Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.

  • Conforme aduz o art. 77 do CC/02 a seguir:

    "O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve."

  • CC 77.

  • essa última parte é considerada domicílio mesmo? porque a redação da parte final da a entender que pode ser em qualquer lugar, independente se tem ânimo definitivo ou não.
  • A fim de encontrarmos a alternativa correta, iremos analisar cada uma das assertivas a seguir:

    A) A questão é sobre domicílio.

    A matéria é disciplinada nos arts. 70 a 78 do CC.

    A doutrina classifica o domicílio da seguinte forma:
    domicílio voluntário, é a hipótese do art. 70, ou seja, a pessoa exerce a sua autonomia da vontade e elege o seu domicílio; domicílio necessário/legal, são as hipóteses trazidas pelo art. 76 do CC, sendo que o domicílio necessário não exclui o domicílio voluntário (você mora em Niterói, mas trabalha no TJ do município do RJ; domicílio contratual/convencional, previsto no art. 78 do CC.

    De acordo com o art. 77 do CC, “o agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve".


    Assim, deverá ser observado o domicílio indicado pelo agente diplomático. Caso não indique, com a finalidade de garantir o direito de ação do demandante, poderá o agente ser demandado no Distrito Federal ou no último lugar onde teve o seu domicílio no território brasileiro. No que toca a extraterritorialidade, trata-se do privilégio de não se submeter a outra jurisdição que não seja a do Brasil, Estado que representa. Correto;

     
    B)  Como não designou seu domicílio, deverá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde teve domicílio. Incorreto.


    C) Conforme explicado anteriormente, para que ele não se submeta à jurisdição de outro país, o agente diplomático poderá designar, no BR, o seu domicílio. Portanto, é no BR o seu domicílio. Incorreto.


     
    D) O foro competente será o Distrito Federal ou o último ponto do território brasileiro onde foi o seu domicílio. Incorreto.


    E) De acordo com o art. 73, “do ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada". Exemplo: circense.


     



    Gabarito do Professor: LETRA A


  • Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.

  • GABARITO: A

    Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.


ID
5214400
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Com relação ao usufruto, analise as proposições a seguir.

I. O usufruto pode recair em bens móveis ou imóveis.
II. O usufruto de bens imóveis será constituído mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis, se não resultar de usucapião.
III. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos.
IV. O usufruto, por decorrência lógica, sempre se estende aos acessórios da coisa e seus acrescidos.
V. Se houver frutos naturais pendentes ao começar o usufruto, estes serão do usufrutuário em qualquer hipótese, sem encargo de pagar as despesas de produção.

Diante das proposições analisadas, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    ITEM I - CERTO: Art. 1.390. O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.

    ITEM II - CERTO: Art. 1.391. O usufruto de imóveis, quando não resulte de usucapião, constituir-se-á mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis.

    ITEM III - CERTO: Art. 1.394. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos.

    ITEM IV - ERRADO: Art. 1.392. Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se aos acessórios da coisa e seus acrescidos.

    ITEM V - ERRADO: Art. 1.396. Salvo direito adquirido por outrem, o usufrutuário faz seus os frutos naturais, pendentes ao começar o usufruto, sem encargo de pagar as despesas de produção.

    FONTE: CÓDIGO CIVIL

  • gab. D

    I. O usufruto pode recair em bens móveis ou imóveis. CORRETA

    Art. 1.390

    II. O usufruto de bens imóveis será constituído mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis, se não resultar de usucapião. CORRETA

    Art. 1.391

    III. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos. CORRETA

    Art. 1.394

    IV. O usufruto, por decorrência lógica, sempre se estende aos acessórios da coisa e seus acrescidos. INCORRETA

    Art. 1.392. Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se aos acessórios da coisa e seus acrescidos.

    V. Se houver frutos naturais pendentes ao começar o usufruto, estes serão do usufrutuário em qualquer hipótese, sem encargo de pagar as despesas de produção. INCORRETA

    Art. 1.396. Salvo direito adquirido por outrem, o usufrutuário faz seus os frutos naturais, pendentes ao começar o usufruto, sem encargo de pagar as despesas de produção.

  • A fim de encontrarmos a alternativa correta, iremos analisar cada uma das assertivas a seguir:

    I. A questão é sobre usufruto, matéria tratada a partir do art. 1.390 e seguintes do CC.

    Nele, temos a figura do nu-proprietário, que tem o direito à substância da coisa, com a prerrogativa de dela dispor e a expectativa de recuperar a propriedade plena por meio do fenômeno da consolidação, uma vez que o usufruto é sempre temporário; e do usufrutuário, a quem pertence os direitos de uso e gozo, dos quais transitoriamente se torna titular (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Direito das Coisas. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2019. v. 5, p. 596).

    “O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades" (art. 1.390 do CC). Verdadeiro;


    II. “O usufruto de imóveis, quando não resulte de usucapião, constituir-se-á mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis" (art. 1.391 do CC). Cuidado, pois não se trata de usucapião do direito de propriedade, pois a posse do usufrutuário é desprovida de “animus domini", mas cuida-se da usucapião do direito de uso e de gozo sobre o bem. O registro, nesse caso, será meramente declaratório.

    Vejamos as lições da doutrina a respeito: “Imagine-se a situação de um possuidor que obteve posse direta da coisa, em virtude de uma relação de usufruto travada com o proprietário. Tempos depois, toma conhecimento que havia recebido a posse a non domino , pois o concedente não era o verdadeiro proprietário. Porém, pelo fato de desenvolver posse mansa e pacífica, com justo título aliado à boa-fé pelo prazo assinalado na usucapião ordinária (5 ou 10 anos – art. 1.242 do CC), terá acesso a uma sentença que lhe declare usucapião do usufruto, a ser respeitado pelo verdadeiro proprietário" (FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. Reais. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015. v. 5. p. 707). Verdadeiro;


    III. “O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos" (art. 1.394 do CC). Enquanto o nu-proprietário mantém a titularidade do direito real, a posse indireta e o direito de dispor do bem, o usufrutuário obtém o proveito econômico sobre a coisa. Verdadeiro;


    IV. “Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se aos acessórios da coisa e seus acrescidos" (art. 1.392 do CC). Dai, temos uma classificação quanto à extensão do usufruto: total/parcial e parcial/restrito. O usufruto total abrange todos os acessórios do bem e os seus acrescidos. Exemplo: o usufruto sobre o apartamento abrange a vaga da garagem. Aqui, estamos diante do princípio da gravitação jurídica, em que o acessório segue a mesma sorte do principal. Esta é a regra. Acontece que nada impede que o usufruto tenha o seu conteúdo delimitado, de maneira que não abranja os acessórios, hipótese em que estaremos diante do usufruto parcial (TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Direito das Coisas. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016. v. 4. p. 433). Falso;


    V. Vejamos o que diz o legislador, no art. 1.396 do CC: “Salvo direito adquirido por outrem, o usufrutuário faz seus os frutos naturais, pendentes ao começar o usufruto, sem encargo de pagar as despesas de produção".

    Parágrafo único. Os frutos naturais, pendentes ao tempo em que cessa o usufruto, pertencem ao dono, também sem compensação das despesas".

    Portanto, se houver frutos naturais pendentes ao começar o usufruto, estes serão do usufrutuário, salvo direito adquirido por outrem, sem encargo de pagar as despesas de produção. Exemplo: a pessoa adquire o usufruto de uma propriedade agrícola em que está plantado um laranjal. A colheita das laranjas será dele, ainda que a constituição do usufruto se faça nas vésperas da colheita. O usufrutuário só não terá direito caso o proprietário tenha alienado a alguém os frutos pendentes (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Direito das Coisas. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2019. v. 5, p. 613). Falso;





    Diante das proposições analisadas, é correto afirmar que: 

    D) Apenas os itens IV e V são falsos.




    Gabarito do Professor
    : LETRA D

  • GABARITO: D

    I - CERTO: Art. 1.390. O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.

    II - CERTO: Art. 1.391. O usufruto de imóveis, quando não resulte de usucapião, constituir-se-á mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis.

    III - CERTO: Art. 1.394. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos.

    IV - ERRADO: Art. 1.392. Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se aos acessórios da coisa e seus acrescidos.

    V - ERRADO: Art. 1.396. Salvo direito adquirido por outrem, o usufrutuário faz seus os frutos naturais, pendentes ao começar o usufruto, sem encargo de pagar as despesas de produção.

  • Exemplo de USUFRUTO JUDICIAL é a Penhora sobre o faturamento da empresa

    Lembrando que o usufruto NÃO PODE SER PENHORADO, apenas o seu exercício.


ID
5214403
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

O Código Civil prevê a possibilidade de novação, instituto através do qual as partes criam uma nova obrigação para substituir e extinguir uma obrigação anterior. A respeito desse instituto jurídico, não se pode afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    Código Civil. Art. 360. Dá-se a novação: I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior (letras A e C); II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor (letra D); III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este (letra B).

    APROFUNDANDO:

    Trata-se a Novação da substituição de uma obrigação antiga por uma obrigação nova, diante da substituição de seus elementos. É modo extintivo não satisfatório. Toda novação tem natureza jurídica negocial. Ou seja, por princípio, nunca poderá ser imposta por lei. Nesse sentido, podemos afirmar não existir, em regra, novação legal.

    Requisitos da novação:

    • a) Obrigação anterior (novada). Existência da antiga obrigação: inclusive, se a obrigação for nula ou estiver extinta, não pode ser novada. A anulável, contudo, pode ser confirmada pela novação;
    • b) Obrigação nova (novadora). Quando a instituição financeira apenas concede o parcelamento da dívida, aumenta o prazo para pagamento, ou recalcula a taxa de juros aplicada, não necessariamente estará realizando uma novação;
    • c) Animus novandi: expresso ou tácito, mas sempre inequívoco (art. 361, CC).

    Modalidades da novação:

    • → Novação objetiva ou real = substituição da prestação
    • → Novação subjetiva ativa = substituição do credor
    • → Novação subjetiva passiva = substituição do devedor

    Delegação: acontece com o consentimento do antigo devedor.

    Expromissão: ocorre sem o consentimento do antigo devedor (art. 362, CC). Possível.

    OBS.: em caso de dúvida na prova objetiva falar que se trata de novação subjetiva passiva por expromissão.

    Efeitos da novação: 

    • 1) O principal efeito é o liberatório, ou seja, a extinção da primitiva obrigação, por meio de outra, criada para substituí-la;
    • 2) Extingue os acessórios e as garantias da dívida, a não ser que haja aquiescência do terceiro fiador ou proprietário dos bens dados em garantia (Súmula 214 do STJ: “o fiador na locação não responde por obrigações resultantes de aditamento ao qual não anuiu”); Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso como devedor principal (art. 366);
    • 3) Se a obrigação é solidária, a novação concluída entre o credor e um dos devedores exonera os demais, subsistindo as preferências e garantias do crédito novado somente sobre os bens do devedor que contrai a nova;
    • 4) Se a solidariedade for ativa, extingue-se a dívida perante os demais credores, devendo estes se entenderem com o credor operante;
    • 5) Se ela for indivisível, pela impossibilidade da prestação parcial, a novação acaba beneficiando os demais devedores;
    • 6) No caso de novação objetiva, o perecimento do objeto não dá ao credor o direito de perseguir o da antiga;
    • 7) A anulabilidade oponível à antiga obrigação não cabe após a novação (na verdade, um dos principais préstimos da novação é justamente confirmar obrigações anuláveis).

    FONTE: FUCS DA CICLOS R3

  • A fim de encontrarmos a alternativa correta, iremos analisar cada uma das assertivas a seguir:

    A) A questão é sobre Direito das Obrigações, mais especificamente sobre novação, matéria tratada a partir do art. 360 e seguintes do CC.

    De acordo com a doutrina, “dá-se a novação quando, por meio de uma estipulação negocial, as partes criam uma nova obrigação, destinada a substituir e extinguir a obrigação anterior" (GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil. Obrigações. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2019. v. I, p. 268-269). Nela, há a extinção da obrigação sem que tenha havido o pagamento.

    Tem natureza jurídica negocial, pois jamais poderá ser imposta por lei, dependendo, sempre, de um acordo firmado entre os sujeitos da relação obrigacional. Nesse sentido, como bem salientam Pablo e Pamplona, é possível concluir que, em regra, não existe “novação legal" (determinada por imperativo de lei) Correto;


    B) Vejamos o art. 360: “Dá-se a novação: I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior; II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este".

    Temos a novação objetiva/ real (art. 360, I), em que as partes continuam as mesmas, havendo, apenas, alteração no objeto da obrigação, tratando-se da modalidade mais comum. O devedor contrai com o credor nova dívida, extinguindo a primeira.

    Temos a novação subjetiva passiva (art. 360, II), em que, além da criação de uma nova relação jurídica, surge um novo devedor substituindo o anterior, ficando este quite com o credor. Caso o novo devedor seja insolvente, o credor que aceitou a novação não poderá propor ação regressiva em face do primeiro, salvo em caso de má-fé na substituição.

    Por fim, temos novação subjetiva ativa e nela surge um novo credor substituindo o anterior. Há a renúncia do crédito pelo credor originário, mas, para tanto, é necessário o consentimento do devedor perante o novo credor (art. 360, III).

    A assertiva refere-se à novação subjetiva ativa (art. 360, III). Correto;

     
    C) A obrigação primitiva pode ser de dar, fazer ou não fazer, não precisando ser pecuniária; contudo, a presença da diversidade substancial das obrigações e o ânimo de novar são requisitos indispensáveis para que se considere liquidada a obrigação inicial. Incorreto;


    D) Em harmonia com o art. 360, II. Correto;



    E) A novação subjetiva passiva ocorre diante da mudança do devedor e, segundo a doutrina, ela
    poderá ocorrer de duas formas: por expromissão e por delegação. Na expromissão, a substituição do devedor decorre de simples ato de vontade do credor, independentemente do consentimento do devedor (art. 362 do CC/2002). Exemplo: o pai se dirige ao credor, solicitando-lhe que suceda seu filho na obrigação contraída. Assim, caso o credor concorde, poderá, através da expromissão, substituir o sujeito passivo da relação obrigacional.

    Na delegação, o devedor, com a concordância do credor, participa do ato novatório, indicando a pessoa que assumirá o débito. Uma vez excluído o antigo devedor, perante este a obrigação será considerada extinta. Embora não prevista em lei, ela é aceita e admitida. Correto;

    GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil. Obrigações. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2019. v. II.





    Gabarito do Professor: LETRA C


  • Com relação à novação subjetiva passiva por delegação ensinam Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery (Código civil comentado. 10. Ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2013, p. 576) que:

    “A delegação é instituto autônomo que nem sempre implica novação. A delegação sem efeito novatório é denominada de delegação imperfeita, e não tem o condão de extinguir a obrigação do delegante (devedor primitivo), uma vez que o novo devedor (delegado) resguarda para si seus direitos contra o denunciante, fazendo com que haja dois devedores. Todavia, ‘a delegação poderá realmente implicar uma novação, quando um terceiro (delegado) consentir em se tornar o devedor perante o delegatário (credor), que o aceitará, constituindo-se assim uma nova obrigação entre ambos e extinguindo-se a obrigação existente entre o delegante e o delegatário (devedor e credor) e entre o delegante e delegado (devedor e terceiro); dá-se o nome de delegação perfeita a esta delegação em que há efeito sucessório’ (…). A delegação (perfeita) é, portanto, um encargo atribuído pelo devedor (delegante) a um terceiro (delegado) para pagar em sua substituição (do devedor primitivo) ao credor (delegatário) aquilo que lhe é devido: encargo que importa a liberação do devedor em face de seu credor (Giorgi. Obbligazioni, v. VII, n. 376, p. 498). É a hipótese do CC 360 II. Mas se faz imperioso que o animus novandi fique claro na delegação, pois diversa é a situação de credor (delegatário) que assente tão só em ter o delegado como devedor da situação daquele que concorda com a delegação em seus efeitos novatórios, vale dizer, que admite a delegação perfeita com seus consectários: aceitação do novo devedor (delegado) e a liberação do primitivo (delegante). Se assim não se verificar, a hipótese é de delegação imperfeita, ou seja, não acarreta novação (Soriano. Novação. N. 62, p. 165).”.

  • GABARITO: C

    Novação

    • Dá-se a novação:
    1. quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;
    2. quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
    3. quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.
    • Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.
    • A novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste.
    • Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição.
    • A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.
    • Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários, somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as preferências e garantias do crédito novado. Os outros devedores solidários ficam por esse fato exonerados.
    • Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal.
    • Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas.

    Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#nova%C3%A7%C3%A3o


ID
5214406
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Com relação aos contratos de comodato, não está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Assertiva INcorreta: Letra "A"

    Lei SecaCódigo Civil

    Art. 581. Se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o necessário para o uso concedido; não podendo o comodante, salvo necessidade IMPREVISTA E URGENTE, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado.

    Doutrina(TEPEDINO, Gustavo. Código Civil Interpretado Conforme a Constituição da República. Renovar, 2006. RJ/SP/RE. p. 296)

    "um dos elementos essenciais do contrato de comodato é a sua temporariedade. Isso significa que o empréstimo de coisa infungível deve ser realizado em prazo determinado ou determinável - desde que razoável - para utilização do bem, após o que deverá ocorrer a restituição do bem ao comodante"

  • gab. A conf. colega Alexandre

    COMODATO é contrato:

    • Unilateral;

    • Gratuito;

    • Temporário;

    • Real.

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!

  • A) Havendo necessidade imprevista, o comodante poderá suspender o uso e gozo da coisa emprestada antes de findo o prazo convencional.

    Art. 581. Se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o necessário para o uso concedido; não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado.

    Aparentemente, o erro é por faltar o "urgente", considerando como requisito cumulativo.

    B) O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis que se perfaz com a tradição do objeto.

    Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.

    C) O comodato é contrato unilateral a título gratuito.

    O comodato é gratuito (art. 579).

    Se fosse oneroso, confundir-se-ia com a locação.

    Vale ressaltar que o comodante pode impor algum encargo ao comodatário sem que isso descaracterize a existência do comodato. Ex.: é possível que o comodatário se comprometa a pagar algumas pequenas despesas relativas ao bem, como cotas condominiais e impostos, sem que isso faça com que o contrato deixe de ser um comodato.

    A doutrina chama isso de “comodato modal” ou “comodato com encargo”.

    Caso arque com tais despesas, o comodatário não poderá jamais recobrar (pedir de volta) do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada (art. 584).

    D) No contrato de comodato apenas o comodatário se obriga em face do comodante.

    Trata-se da características "unilateral" referente aos contratos de comodato.

    ·        Somente uma das partes (comodante) assume obrigações.

    ·        Só por exceção o comodante pode assumir obrigações, posteriormente.

    E) Pelo comodato o comodatário adquire a posse precária do bem, posse esta que não se convalesce jamais, sendo insuscetível de usucapião.

    Pelo comodato o comodatário adquire a posse precária do bem, posse esta que jamais se convalesce, sendo insuscetível de usucapião.

    O proprietário nunca deixa de ser possuidor do bem, mas somente permite a utilização a terceiros,

    A posse é precária. Decorre do abuso de confiança por parte de quem, tendo recebido a coisa com a obrigação de restituí-la, posteriormente se recusou a fazê-lo

  • GABARITO: A

    Segundo o artigo 579, do Código Civil, "comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis". É um contrato unilateral por meio do qual uma pessoa empresta a outrem coisa infungível, a título gratuito, para que esta use o bem e depois o restitua. É classificado como empréstimo de uso, enquanto o mútuo é considerado empréstimo de consumo. Tal restituição deve ser procedida no tempo acordado pelas partes.

    Fonte: https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/892/Comodato

  • !!!MUITA ATENÇÃO À ASSERTIVA E!!! Trata-se de uma das questões atinentes ao comodato de maior controvérsia, seja na doutrina, seja na jurisprudência. Em suma, não existe nada pacífico a respeito do tema, mas, majoritariamente, a jurisprudência entende pela impossibilidade de convalescer a posse precária em caso de comodato para fins de usucapião. A doutrina trabalha melhor a respeito do tema, de modo que aqueles que se posicionam a favor trazem argumentos, comparados aos contrário, mais rebuscados, convincentes e bem técnicos. A propósito ver um dos artigos mais interesses a respeito do tema: A TRANSFORMAÇÃO DA POSSE PRECÁRIA EM POSSE AD USUCAPIONEM PELA INVERSÃO DO TÍTULO DA POSSE por José Augusto Lourenço dos Santos

  • A questão é sobre comodato, que nada mais é do que o contrato de empréstimo de coisas infungíveis.

    A matéria encontra-se disciplinada a partir do art. 579 ao art. 585 do CC.

    A) A pergunta é: poderá o comodante reaver a coisa antes do término do prazo do contrato? Sim, de acordo com o art. 581, segunda parte, diante de necessidade imprevista e urgente: “Se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o necessário para o uso concedido; não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado". Assim, eu moro no RJ e lhe emprestei meu apartamento em SP por tempo indeterminado, só que por conta de doença de família, vou precisar me mudar para SP.

    A necessidade imprevista é a que surge depois da celebração do contrato e que não pode ser vislumbrada antes (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: contratos e atos unilaterais. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2019, p. 422). Incorreta;

     
    B) A assertiva está em harmonia com o art. 579: “O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto".

    Há contratos que se aperfeiçoam com a manifestação de vontade, daí se diz consensual, como o de empreitada; contudo, há os contratos reais, exigindo-se a entrega da coisa. Segundo Maria Helena Diniz, antes da entrega da coisa, tem-se apenas a promessa de contratar e não um contrato perfeito e acabado. Logo, a entrega não está no plano de eficácia, mas no de validade. No mesmo sentido é a posição de Flavio Tartuce: “Mas onde se situa a tradição dentro desse esquema lógico do negócio jurídico? No plano de eficácia, em regra, como ocorre com o registro imobiliário (...). Entretanto, vale dizer que nos casos de contratos reais, como ocorre no comodato, no mútuo, no depósito e no contrato estimatório, a tradição está no plano de validade, pois tais contratos somente têm aperfeiçoamento com a entrega da coisa" (TARTUCE, Flavio. Direito das Coisas, 5. ed., p. 242). Correta;


    C) De fato, é um contrato unilateral, já que somente o
    comodatário assume obrigação em face do comodante: a de guardar e conservar a coisa como se fosse sua (art. 582), devendo restituí-la ao final do contrato ou quando o comodante o exigir; e gratuito, pois somente comodatário experimenta benefício: o de usar coisa alheia. Correta;


    D) Conforme outrora explicado, o comodato é um contrato unilateral. Correta;


     
    E) No comodato, transfere-se, apenas, a posse da coisa, não da propriedade. Por tal razão é que se diz que o comodatário é titular de uma simples posse precária, já que pode ser compelido a restitui-la a qualquer momento.

    A posse exercida pelo comodatário é sem "animus domini" (intenção de atuar como dono), podendo, inclusive, durar por tempo indeterminado, sem que se consume a prescrição aquisitiva decorrente da usucapião, ou seja, pelo fato de exercer uma posse simplesmente de favor, o comodatário não poderá usucapir o bem.

    Cuidado, pois caso seja notificado pelo proprietário a restituir a coisa e não o faça, a partir daí começará a fluir o prazo prescricional em favor do comodatário. Entende-se que, com a recusa, afrontando o verdadeiro dono, ele passa a se comportar como se proprietário fosse (FILHO, Rodolfo Pamplona; GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo Curso de Direito Civil. Contratos em Espécie .2. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. v. 4p. 526). Correta;

     


     

    Gabarito do Professor: LETRA A  

  • LETRA A:

    → Apenas é possível a SUSPENSÃO, antes de findo o prazo do contrato, QUANDO HOUVER NECESSIDADE IMPREVISTA E URGENTE RECONHECIDA PELO JUIZ. FRISA-SE NA EXISTÊNCIA DA SIMULTANEA DA IMPREVISIBILIDADE E DA URGÊNCIA, NÃO BASTANDO A MERA PRESENÇA DE UM DESSES REQUISITOS.

  • No caso da D, está incorreto porque, pela letra da lei, quem assume obrigações é o comodatário.

    CC. Art. 582. O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante.

    Eu sabia que era contrato unilateral, mas achava que quem era tinha obrigação era o comodante, porque ele que empresta o bem. Mas na verdade é exatamente o que caracteriza o comodato, então não se pode considerar como uma obrigação. Errei rude.

    Carlos Roberto Gonçalves explica que a rigor o comodante NÃO TEM OBRIGAÇÕES porque o contrato do comodato se perfaz com a tradição do objeto, e uma vez sendo essa efetuada, restam obrigações somente para o comodatário.

    Mas o autor também afirma que pode haver obrigações em caráter eventual, como o de indenizar o comodatário por vício oculto que omitiu.


ID
5214409
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Urbanístico
Assuntos

A usucapião é uma forma de aquisição da propriedade. Sobre o tema, analise as proposições a seguir.

I. Podem ser objeto de usucapião tanto bens móveis, quanto imóveis.
II. A usucapião é um modo originário de aquisição da propriedade.
III. É possível a soma de posses para o reconhecimento da usucapião.
IV. Na usucapião extraordinária é dispensável a boa-fé do sujeito.
V. Para que se configure a usucapião é necessário o preenchimento concomitante de três requisitos: posse, tempo e animus domini.

Estão corretos os itens:

Alternativas
Comentários
  • I - Código civil - Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.

    Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, independentemente de título ou boa-fé.

    Art. 1.262. Aplica-se à usucapião das coisas móveis o disposto nos arts. 1.243 e 1.244.

    III - lei. 10.257

    Art. 9Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

    (...) § 3 Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.

    Art. 10. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.                

    § 1 O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.

    IV - C.C - Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.

    Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.


ID
5214412
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Com relação aos contratos aleatórios, é incorreto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • A questão solicita a alternativa INCORRETA - letra B.

    CONTRATO ALEATÓRIO (também conhecido por rei speratae) – É um tipo de contrato em que o risco versa somente sobre a quantidade da coisa comprada. Isto é, contrato aleatório é aquele em que está presente o elemento sorte, o elemento risco. Neste, uma das partes, do momento da celebração do contrato, não tem a certeza de que poderá cumprir as obrigações que lhe cabe. Contudo, aqui, a coisa pelo menos há de existir, todavia, não está estipulada a quantidade.

    Neste caso, a dúvida é quanto a quantidade, embora a coisa futura ainda não exista. É que a existência dessa coisa decorre da ordem natural das coisas, estando a incerteza apenas na quantidade. Por exemplo, safra. Neste caso, havendo insuficiência, não se fala em restituiçãomou abatimento, exceto se o vendedor concorreu, o que caracterizará inadimplemento. Jurisprudência: REsp 945.166/GO – comprou-se uma soja que ainda não tinha sido plantada, assumindo o risco.

    Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.

     

    Obs. Se o vendedor entregar um percentual ínfimo da coisa, entende o STJ que é caso de negócio inexistente, que produzirá os mesmos efeitos de nulidade absoluta. 

  • GAB. B

    Fonte: CC

    A Nos contratos aleatórios não é possível verificar antecedentemente se haverá equivalência das prestações.

    e

    B Se o contrato aleatório disser respeito a coisas futuras, e estas vierem a existir em quantidade inferior à esperada, o adquirente só pagará ao alienante o valor proporcional à quantidade efetivamente existente. ❌

    Emptio Rei Speratae -risco pela quantidadee

    Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.

    C Trata-se de contrato bilateral, oneroso, no qual um dos contratantes assume o risco em virtude da incerteza do resultado.

    D O contrato de seguro é um exemplo de contrato aleatório.

    E Se a coisa objeto do contrato aleatório não vier a existir, sem que o outro contratante tenha concorrido dolosa ou culposamente para isso, este fará jus ao recebimento integral do que lhe foi prometido, ainda que do avençado nada venha a existir.

    Emptio Spei -risco pela existencia

    Art. 458.

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!

  • CONTRATO ALEATÓRIO

    Prestação de uma ou ambas as partes, bem como sua extensão é incerta porque depende de fato futuro e imprevisível. Ex.: contratos de seguro.

    1) Contrato de coisa futura com assunção de risco pela EXISTÊNCIA (emptio spei – compra da esperança): o contratante assume o risco de não vir a ganhar coisa alguma, deixando a sorte dos acontecimentos o resultado de sua contratação:

    Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.

    2) Contrato de compra de coisa futura com assunção de risco pela pela QUANTIDADE (emptio rei speratae – compra da coisa esperada): não há assunção de risco total pelo contratante, tendo em vista que o alienante se comprometeu a que alguma coisa fosse entregue. Ou seja, a coisa objeto do contrato deve pelo menos existir, todavia, não importando em quantidade.

    Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.

    3) Contrato de compra de COISA PRESENTE, MAS EXPOSTA A RISCO assumido pelo contratante: o contratante aceita negociar coisa sujeita a risco, assumindo para si o perigo sobre a coisa, ainda que esta tenha se perdido antes da celebração do negócio. Todavia, se o contratado já sabia da consumação do risco antes da celebração do contrato, será inválido.

    Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.

    Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.

  • GABARITO: B

    CONTRATO ALEATÓRIO

    Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.

    Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.

    Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.

    Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.

    Fonte: http://www.normaslegais.com.br/juridico/contrato-aleatorio.html


ID
5214415
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Constituição Federal consagrou os Municípios à categoria de entes federativos, ao dispor, em seu artigo 1º, que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. Quanto aos Municípios, dentro dessa sistemática adotada pela Carta Magna, não se pode afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    Art. 29. IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: 

    d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes;      

    FONTE: CF 1988

  • Questão passível de anulação.

    É óbvio que vereador não tem as mesmas garantias que deputados. (ex.: imunidade material)

  • GABARITO: LETRA C!

    Complementando:

    (A) Exemplo: CF/1988, art. 30. Compete aos Municípios: [...] V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; [...] VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

    (B) CF/1988, art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em 2 turnos, com o interstício mínimo de 10 dias, e aprovada por 2/3 dos membros da CM, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: [...]

    (C) CF/1988, art. 29, IV - para a composição das CMs, será observado o limite máximo de: [...] c) 13 Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 habitantes e de até 50.000 habitantes; d) 15 Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 habitantes e de até 80.000 habitantes; [...]

    (D) Exato, vide comentário da alternativa B.

    (E) CF/1988, art. 29, VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município;

    Os vereadores só possuem imunidade material dentro da circunscrição do município (CF, art. 29, VIII) → limites territoriais (STF, HC 74.201) = não há imunidade formal e nem foro por prerrogativa de função.

    Conteúdo gratuito: @caminho_juridico.

  • Complemento:

    LEI DDD

    Dez dias

    Dois turnos

    Dois terços dos votos

    OBS: A lei orgânica aparece no Município e no DF.

    Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos.

    Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

  • Treinar mais essas de número de vereador por habitante

  • GABARITO - C

    Complementando...

     Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: A própria Câmara promulga a Lei orgânica.

    VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município;

    Requisitos para a imunidade material dos Vereadores:

    Repare que, para que haja a imunidade material dos Vereadores, são necessários dois requisitos:

    1) que as opiniões, palavras e votos tenham relação como o exercício do mandato; e

    2) que tenham sido proferidas na circunscrição (dentro dos limites territoriais) do Município.

    Ofensas que não tenham relação com o exercício do mandato ou que sejam proferidas fora do Município não gozam da imunidade

    Parabéns! Você acertou!

  • Não há hierarquia entre a Constituição Estadual e a Lei Orgânica Municipal, questão passível de anulação.

  • Apenas a título de conhecimento, vamos abordar aspectos gerais sobre os Municípios e, posteriormente, passaremos à análise das assertivas.

    A autonomia Municipal, da mesma forma que a dos Estados-membros, configura-se pela tríplice capacidade de auto-organização e normatização própria, autogoverno e autoadministração. Auto-organiza-se através da Lei Orgânica Municipal; autogoverna-se mediante eleição direta para prefeito, vice-prefeito e vereadores; autoadministra-se no exercício de suas competências administrativas, tributárias e legislativas, conferidas diretamente pela CF/88.

    Em relação às competências, a CF determinará as matérias próprias de cada um dos entes federativos, a partir do princípio da predominância do interesse, o qual consubstancia-se na ideia de que à União caberá questões de interesse geral, ao passo que aos Estados matérias de interesse regional, enquanto aos Municípios assuntos de interesses locais. Quanto ao DF, por dicção do artigo 32, §1º, CF, acumulam-se competências estaduais e municipais, em regra, com a exceção prevista no artigo 22, XVII, CF/88.

    A questão versa especificamente sobre aspectos municipais, e deve ser assinalada aquela que está INCORRETA. Vejamos:

    a) CORRETO - O legislador estabeleceu alguns pontos básicos no que tange à competência, entre elas, a reserva de campos específicos de competência administrativa e legislativa, sendo a União com poderes enumerados no artigo 21 e 22, CF; Estados no artigo 25,§1º, CF; Município no artigo 30, CF; Distrito Federal no artigo 32, §1º, CF.

    b) CORRETO – O artigo 29, CF/88 afirma que o Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado.

    c) ERRADO – Conforme artigo 29, IV, d, CF/88, para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes.

    d) CORRETO – A Lei Orgânica é metaforicamente a Constituição de um Município, sendo nela que constarão as regras e princípios gerais relativos a determinado Município. Todavia, tomando como proporção o âmbito estadual e federal, deve-se ter em mente que ela deve respeitar o que for estabelecido em Constituição Estadual e na Federal (que é a carta Magna, mais importante). Nesse sentido está a parte final do artigo 29, CF/88, onde se afirma “atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado." Desta forma, apesar de não existir hierarquia entre as leis de cada um dos entes federativos, há relação hierárquica, respectivamente, entre a Constituição Federal, a Constituição do Estado, equiparada a ela, a Lei Orgânica do DF e a Lei Orgânica do Município.

    e) CORRETO – O artigo 29, VII, CF/88 estabelece que o Município obedecerá ao preceito da inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município. Perceba que os vereadores não possuem imunidade formal, tendo apenas a imunidade material, sendo certo que esta é restrita ao exercício do mandato e na circunscrição do Município. Já os parlamentares federais e estaduais possuem direito à imunidade formal (art. 53, §2º, CF/88) e também à imunidade material, sendo necessário que as suas declarações tenham conexão (relação) com o desempenho da função legislativa ou tenham sido proferidas em razão dela, inclusive se praticados na rede social, restando excluídas as manifestações que não guardem pertinência temática com o exercício do mandato.


    Destaca-se, ainda, que há diversos julgados do STF afirmando que a imunidade parlamentar material (art. 53 da CF/88) é absoluta quando as afirmações do Deputado ou Senador sobre qualquer assunto ocorrem dentro do Congresso Nacional. Para este posicionamento, ofensas feitas DENTRO do Parlamento, a imunidade seria absoluta, ou seja, o parlamentar ficaria imune ainda que a manifestação não tenha relação direta com o exercício de seu mandato. As ofensas feitas FORA do Parlamento teria uma imunidade relativa, sendo que para que o parlamentar ficasse imune, seria necessário que a manifestação feita tenha relação com o exercício do seu mandato.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C

     


ID
5214418
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

No âmbito Federal, o controle externo é exercido pelo Congresso Nacional e pelo Tribunal de Contas da União. Quanto a este último, analise as proposições abaixo.

I. O Tribunal de Contas da União é um órgão de natureza técnica que possui por finalidade auxiliar o Congresso Nacional na atividade de controle e fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das entidades que compõem a União.
II. O Tribunal de Contas da União não integra o Poder Legislativo nem a ele se subordina, mantendo apenas uma relação de vinculação institucional.
III. O Tribunal de Contas da União possui autonomia administrativa e de autogoverno.
IV. O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.
V. Ao Tribunal de Contas da União compete julgar as contas prestadas pelos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.

Diante das proposições analisadas, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Atenção novo entendimento quanto à apreciar a a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público

    TRIBUNAIS DE CONTAS NÃO POSSUEM COMPETÊNCIA PARA JULGAR INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI

    STF. Plenário. MS 35410, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 12/04/2021.

  • Peçam, também, comentário do professor.

  • Na época da prova, o gabarito estava correto, mas como teve mudança de entendimento, hoje o gabarito seria a letra "E".

  •  O TCU pode apreciar a constitucionalidade de leis e atos em um caso concreto, mas NUNCA declarar uma lei inconstitucional. Essa função cabe exclusivamente ao STF quando o parâmetro for a CF/88.


ID
5214421
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

As normas constitucionais podem ter eficácia plena, contida ou limitada. No que concerne às normas constitucionais de eficácia contida está correto apenas o que se diz em qual das alternativas abaixo?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - E

    Plena - são aquelas que, desde a entrada em vigor da Constituição, produzem, ou têm possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais, relativamente aos interesses, comportamentos e situações que o legislador constituinte, direta e normativamente, quis regular.

    Contida - são aquelas em que o legislador constituinte regulou suficientemente os interesses relativos a determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do Poder Público, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos de conceitos gerais nelas enunciados.

    As normas constitucionais de eficácia limitada são aquelas que não produzem, com a simples entrada em vigor, os seus efeitos essenciais, porque o legislador constituinte, por qualquer motivo, não estabeleceu, sobre a matéria, uma normatividade para isso bastante, deixando essa tarefa ao legislador ordinário ou a outro órgão do Estado

    ---------------------------------------

    A) As normas de eficácia contida não podem ser restringidas por nenhuma lei superveniente.

    As normas de eficácia contida são normas que, em regra, solicitam a intervenção do legislador ordinário, fazendo expressa remissão a uma legislação futura.

    --------------------------------------

    B) Por se tratar de norma constitucional, apenas a própria Constituição Federal poderá restringir essas normas de modo a diminuir seu âmbito de incidência.

    São normas constitucionais dotadas de aplicabilidade direta, imediata, mas não integral, porque sujeitas a restrições que limitem sua eficácia e aplicabilidade. Essas restrições poderão ser impostas pelo legislador infraconstitucional (e.g., art. 5.", incisos vm e XIII).

    --------------------------------

    C) Embora possuam a eficácia contida, essas normas gozam de aplicabilidade direta, de modo que o Poder Público não tem o condão de posteriormente lhe dar uma atuação restritiva.

    As restrições podem ser impostas:

    a) pelo legislador infraconstitucional

    b) por outras normas constitucionais

    c) como decorrência do uso, na própria norma constitucional, de conceitos ético-jurídicos consagrados.

    --------------------------------------

    D) aplicabilidade direta, imediata, mas não integral.

    -------------------------------------

    E) São também chamadas pela doutrina de normas de eficácia restringível, uma vez que, embora a matéria versada tenha sido regulada, admite que norma posterior venha a restringir sua eficácia.

    -------------------

    Fonte: José Afonso da Silva, Direito Constitucional Positivo.

  • GABARITO: LETRA E

    Normas de eficácia plena

    São aquelas que desde a entrada em vigor da Constituição, produzem, ou têm a possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais.

    São normas de aplicabilidade direta, imediata e integral.

     

    Normas de eficácia contida

    São normas constitucionais dotadas de aplicabilidade direta, imediata, mas não integral, porque sujeitas a restrições que limitem sua eficácia e aplicabilidade.

     

    Normas de eficácia limitada

    Não produzem, com a simples entrada em vigor, os seus efeitos essenciais.

    São de aplicabilidade indireta, mediata e reduzida

     

    Podem ser de dois tipos:

    a) Definidoras de princípio institutivo ou organizativo à São aquelas pelas quais o legislador constituinte traça esquemas gerais, para que em momento posterior sejam estruturados em definitivo, mediante lei.

     

    b) definidoras de princípios programáticos são aquelas em que o constituinte, em vez de regular, direta e imediatamente, determinados interesses, limitou-se a traçar seus princípios e diretrizes. Constituem programas a serem realizados pelo poder público, disciplinado interesses econômico-sociais, tais como: realização da justiça social, valorização do trabalho, etc.

    FONTE: QC

  • EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

    Como regra geral, todas as normas constitucionais possuem EFICÁCIA, algumas JURIDICAS E SOCIAIS e outras apenas JURIDICAS

    José Afonso da Silva, classifica em eficácia PLENA, CONTIDA E LIMITADA.

    I.I- NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA PLENA

    As normas constitucionais de EFICÁCIA PLENA E APLICABILIDADE DIRETA, IMEDIATA E INTEGRAL, são aquelas normas constitucionais, que NO MOMENTO DA PROMULGAÇÃO DA CF/88, JÁ ESTÃO APTAS A PRODUZIR TODOS OS SEUS EFEITOS.

    Ex: 2.º; 5.º, III; 14, § 2.º;

    I.II -NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICACIA CONTIDA

    Normas constitucionais de EFICÁCIA CONTIDA ou PROSPECTIVA tem APLICABILIDADE DIRETA, IMEDIATA, MAS POSSÍVELMENTE NÃO INTEGRAL.

    AS NORMAS DE EFICÁCIA CONTIDA TÊM CONDIÇÕES DE LOGO QUE ENTRAR EM VIGOR DE PRODUZIR SEUS EFEITOS, todavia PODERÁ HAVER A REDUÇÃO DE SUA ABRANGÊNCIA, isto é, acaba sendo RESTRINGIDA PARCIALMENTE.

    Essa restrição/contenção das normas constitucionais pode se concretizar por meio de uma LEI INFRACONSTITUCIONAL como também por INCIDÊNCIA DE OUTRAS NORMAS CONSTITUCIONAIS, desde que ocorram certo acontecimentos. EX: a decretação do estado de defesa ou de sítio, limitando diversos direitos, como a liberdade de locomoção (arts. 136, § 1.º, e 139 da CF/88), ademais, essa restrição/contenção das normas poderá se dar por MOTIVO DE ORDEM PÚBLICA, BONS COSTUMES E PAZ SOCIAL.

    ATENÇÃO: enquanto não materializado esses fatores de restrição, a norma tem eficácia plena.

    Outro exemplo de norma contida é o art. 5º, XII da CF/88, que assegura ser livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Aqui por exemplo temos o Estatuto da OAB, que exige a aprovação no exame da ordem para exercer a advocacia, neste caso a restrição vem de uma LEI INFRACONSTITUCIONAL, que reduziu a amplitude do direito constitucional.

    OBS: algumas bancas de concursos usam a terminologia para falar das normas constitucionais de eficácia contida de NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA REDUTÍVEL OU RESTRINGÍVEL.

    I.III- NORMAS CONTITUCIONAIS DE EFICÁCIA LIMITADA

    São aquelas normas que no momento da vigência da constituição, NÃO TEM PODERES DE PRODUZIR TODOS OS SEUS EFEITOS, PRECISANDO DE UMA NORMA REGULAMENTADORA INFRACONSTITUCIONAL A SER EDITADA.

    Tem, portanto, uma aplicabilidade INDIRETA, MEDIADA OU REDUZIDA ou também chamada de APLICABILIDADE DIFERIDA.

  • NORMA CONSTITUCIONAL DE EFICÁCIA CONTIDA, RESTRINGÍVEL OU REDUTÍVEL - A PRINCÍPIO, POSSUI EFICÁCIA DIRETA E IMEDIATA, NÃO OBSTANTE PODE TER SEUS EFEITOS REDUZIDOS POR UMA NORMA CONSTITUCIONAL, INFRACONSTITUCIONAL OU POR UM CONCEITO ÉTICO-JURÍDICO INDETERMINADO (REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA).

    OBS: APLICABILIDADE NÃO SE CONFUNDE COM APLICAÇÃO.

  • A classificação das normas constitucionais como sendo de eficácia plena, contida ou limitada foi elaborada por José Afonso da Silva. Especificamente em relação às normas de eficácia contida, temos que elas têm aplicabilidade direta e imediata, mas possivelmente não integral, uma vez que podem vir a ser restringida por outra norma, constitucional ou infraconstitucional. Assim, podemos constatar que:

    - alternativa A: errada. Estas normas podem ser restringidas por normas supervenientes.

    - alternativa B: errada. A restrição pode ser feita por normas infraconstitucionais, como as que estabelecem requisitos específicos para o exercício de determinada profissão.

    - alternativa C: errada. De fato, estas normas possuem aplicabilidade direta, mas é possível que uma norma posterior venha dar a ela uma atuação restritiva.

    - alternativa D: errada. Estas normas possuem aplicabilidade direta. A alternativa está indicando as características das normas constitucionais de eficácia limitada. 

    - alternativa E: correta. De fato, esta é a expressão utilizada por alguns autores, como Michel Temer (em seu "Elementos de Direitos Constitucional"). 


    Gabarito: a resposta é a LETRA E. 

  • Quando aparece norma RESTRINGÍVEL, eu lembro que quem classifica as CONTIDAS assim é o Michel Temer.

  • Acrescentando:

    As normas de eficácia contida podem ter as seguintes características:

    Autoaplicáveis: produzem seus efeitos imediatamente com a entrada em vigor da constituição;

    Restringíveis: suas normas podem sofrer restrições não só por outros dispositivos constitucionais, como também por normas legais;

    Aplicabilidade direta, imediata e não integral: ou seja, não precisam que uma norma seja criada para regular seus efeitos; produzem efeitos a partir da promulgação da constituição; mas estão sujeitas a restrições ou limitações

  • Comentário do professor do QC:

    A classificação das normas constitucionais como sendo de eficácia plena, contida ou limitada foi elaborada por José Afonso da Silva. Especificamente em relação às normas de eficácia contida, temos que elas têm aplicabilidade direta e imediata, mas possivelmente não integral, uma vez que podem vir a ser restringida por outra norma, constitucional ou infraconstitucional. Assim, podemos constatar que:

    - alternativa A: errada. Estas normas podem ser restringidas por normas supervenientes.

    - alternativa B: errada. A restrição pode ser feita por normas infraconstitucionais, como as que estabelecem requisitos específicos para o exercício de determinada profissão.

    - alternativa C: errada. De fato, estas normas possuem aplicabilidade direta, mas é possível que uma norma posterior venha dar a ela uma atuação restritiva.

    - alternativa D: errada. Estas normas possuem aplicabilidade direta. A alternativa está indicando as características das normas constitucionais de eficácia limitada. 

    - alternativa E: correta. De fato, esta é a expressão utilizada por alguns autores, como Michel Temer (em seu "Elementos de Direitos Constitucional"). 

    Gabarito: LETRA E. 

  • Normas de eficácia contida ou prospectiva: Estão aptas a produzir todos os seus efeitos desde o momento da promulgação da CF, mas podem ser restringidas por parte do poder público. Neste caso a atuação do legislador é discricionária, ele não precisa editar a lei, mas pode fazê-lo. Ex: art. 5º, XIII CF – critérios para exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão. Tem como características:

    a) Autoaplicáveis: estão aptas a produzir todos os seus efeitos, independentemente de lei regulamentadora. Antes da norma regulamentadora o direito pode ser exercido de forma ampla e plena, só depois da regulamentação é que haverá restrições ao exercício do direito.

    b) Restringíveis: estão sujeitas a limitações ou restrições, que podem ser impostas por:

    1. Lei: por exemplo, o direito de greve na iniciativa privada;

    2. Outra norma constitucional: Exemplo – o estado de sítio;

    3. Conceitos ético-jurídicos indeterminados: Ex: iminente perigo público, art. 5º, XXV, CF.

    c) Aplicabilidade direta (não dependem de norma regulamentadora para produzir efeitos), imediata(estão aptas a produzir efeitos desde a promulgação da CF) e possivelmente não-integral (estão sujeitas a limitações ou restrições).

  • Havendo expressões como salvo disposição em leia lei estabelecer, norma de eficácia CONTIDA.

    Existindo expressões como a lei disporá, nos termos da lei, norma de eficácia LIMITADA.

    Fonte colegas QC

    #Um dia chegaremos lá

  • Pra vocês que ficam colocando só o conceito e não o gabarito, não queremos saber o conceito!!!!! se viemos nos comentários foi pra ver o gabarito. E parem de colocar o conceito, pois vocês não são nenhum dos professores daqui do QC, possa que alguma das informações de vocês esteja errada.

  • Gab. E

    As normas de eficácia contida não dependem de norma regulamentadora, mas uma eventual norma poderá restringir seu conteúdo constitucional. São de aplicabilidade imediata e não integral.

    Fonte: minhas anotações.

  • Normas de eficácia contida:

    - Podem ter sua eficácia restringida por outras normas (letra A e C erradas);

    - Podem ser restringidas por normas constitucionais ou infraconstitucionais (letra B errada);

    - Possuem aplicabilidade direta (letra D errada);

    Resposta: alternativa E.


ID
5214424
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Existem diversos critérios adotados para classificar as constituições. Assim, quanto ao conteúdo, origem, estabilidade e finalidade, pode-se dizer que a Constituição Federal Brasileira de 1988 é, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - A

    PROFERIDA:

    PROmulgada

    Formal

    Escrita

    gida

    Dogmática

    Analítica

    -----------------------

    P = Promulgada/Popular (Quanto à origem)

     * NÃO É OUTORGADA.

    R = Rígida (Quanto à mutabilidade/estabilidade)

     * NÃO É SEMIRRÍGIDA, SEMIFLEXÍVEL, FLEXÍVEL OU IMUTÁVEL.

     A = Analítica (Quanto à extensão)

     * NÃO É SINTÉTICA.

     F = Formal (Quanto ao conteúdo)

     * NÃO É MATERIAL/SUBSTANCIAL.

     E = Escrita (Quanto à forma)

     D = Dogmática (Quanto ao modo de elaboração)

     * A CF/88 É DOGMÁTICA HETERODOXA/ECLÉTICA/PRAGMÁTICA.

     ** NÃO É HISTÓRICA.

  • GABARITO: LETRA A

    COMPLEMENTANDO:

    A CF/88 é: formal, rígida, escrita, promulgada, dogmática, analítica, eclética, principiológica e dirigente.

    Quanto à origem: a CF é promulgada; e não outorgada, não cesarista, não pactuada;

    Quanto ao modo de elaboração: a CF é dogmática; e não histórica

    Quanto ao modo de alteração: a CF é rígida; e não flexível, semirrígida, granítica/intocável, super-rígida

    Quanto à forma: a CF é escrita; e não costumeira;

    Quanto ao conteúdo: a CF é formal; e não material

    Quanto á extensão: a CF é analítica; e não sintética

    Quanto à dogmática: a CF é eclética, e não ortodoxa

    Quanto à finalidade: a CF é dirigente ou social, e não garantia (sintética), não balanço (balanço entre os períodos de poder do Estado)

    Quanto ao sistemática: a CF é principiológica, e não preceituais;

    FONTE: QC

  • GABARITO: LETRA A!

    Complementando:

    FORMAL: Será aquela Constituição que elege como critério o processo de sua formação, e não o conteúdo de suas normas. Assim, qualquer regra nela contida terá o caráter de constitucional. A brasileira de 1988 é formal!

    PROMULGADA: É a Constituição que tem origem democrática. Alguns chamam de votada ou popular (ex.: CF 1891; 1934; 1946; e 1988). Ela é elaborada por uma assembleia nacional constituinte em nome do povo, pelo povo e para o povo.

    RÍGIDA: Estas são alteradas por um processo mais solene e dificultoso que o processo de alteração das demais espécies normativas infraconstitucionais (ex.: CF/88 - art. 60). Segundo o STF a CF/88 é considerada rígida.

    DIRIGENTE: Estas são compostas por normas programáticas (planos e programas a serem cumpridos) (ex.: CF/88). Possui inspiração Marxista, ou seja, preza por um "ideal a ser concretizado".

    Conteúdo gratuito: @caminho_juridico.

  • Assertiva A

    a Constituição Federal Brasileira de 1988 é, respectivamente: Formal, Promulgada, Rígida e Dirigente

    NOSSA CONSTITUIÇÃO FEDERAL É PRA FO DER . KKK

    P = Promulgada

    R = Rígida

    A = Analítica

    F = Formal

    E = Escrita

    D = Dogmática

    .

  • Bastava saber quanto a origem = PROMULGADA.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca das classificações acerca da Constituição Federal de 1988. Vejamos:

    Classificação da Constituição da República Federativa do Brasil:

    Quanto à origem – Promulgada.

    Quanto à forma – Escrita (instrumental).

    Quanto à extensão – Analítica.

    Quanto ao conteúdo – Formal.

    Quanto ao modo de elaboração – Dogmática (sistemática).

    Quanto à alterabilidade – Rígida.

    Quanto à sistemática – Reduzida (unitária).

    Quanto à dogmática – Eclética.

    Quanto ao sistema – Principiológica.

    Assim:

    A. CERTO. Formal, Promulgada, Rígida e Dirigente.

    Constituição formal: chama-se de Constituição Formal as normas colocadas no texto constitucional, mesmo que não façam parte da estrutura mínima e essencial de qualquer Estado. Como, de fato, ocorre com a Constituição Brasileira, todas as normas nela encontradas são consideradas normas constitucionais, independentemente do seu conteúdo.

    Constituições populares, democráticas, promulgadas ou votadas: são aquelas fruto do trabalho de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita diretamente pelo povo, expressam a ideia de que todo governo deve se apoiar no consentimento dos governados e traduzir a vontade popular. Surgiram como resultado da afirmação vitoriosa do princípio democrático, resultante do enfraquecimento da monarquia e ascendência da democracia. Exemplos: Constituições brasileiras de 1891, 1934, 1946 e 1988.

    Constituições rígidas: adotadas pela maioria dos Estados modernos, é espécie própria das constituições escritas, sendo aquelas que exigem, para sua alteração, processo mais solene do que o de modificação das leis infraconstitucionais. Há nelas exigências formais especiais, como prazos mais dilatados, quórum qualificado, debates mais amplos, podendo conter cláusulas pétreas. Exemplos: todas as Constituições brasileiras, exceto a do Império.

    Constituição Dirigente: aquelas que além de estruturarem e delimitarem o poder do Estado, inscrevem um plano de evolução política, ou seja, fixam diretrizes a serem seguidas. Costumam apresentar um texto extenso, repleto de normas programáticas, com metas, planos e diretrizes a serem seguidos pelo Estado. Exemplo: Constituição Brasileira de 1988.

    B. ERRADO. Dogmática, Histórica, Rígida e Garantia.

    C. ERRADO. Escrita, Outorgada, Analítica e Material.

    D. ERRADO. Promulgada, Normativa, Semirrígida e Laica.

    E. ERRADO. Formal, Codificada, Material e Analítica.

    GABARITO: ALTERNATIVA A.

  • Se eliminarmos as alternativas que constam alguma classificação que a nossa CF/88 não é, sobrará apenas as alternativas A e E.

    Depois disso fica fácil, pois nossa CF classifica-se como:

    Quanto à origemPromulgada.

    Quanto à forma Escrita.

    Quanto à extensão Analítica.

    Quanto ao conteúdo Formal.

    Quanto ao modo de elaboração Dogmática (sistemática).

    Quanto à alterabilidade Rígida.

    Quanto à sistemática Reduzida.

    Quanto à dogmática Eclética.

    Quanto ao sistema – Principiológica.

  • Uma Constituição, a grosso modo, poderia ser definida como o modo de ser de uma comunidade, sociedade ou Estado.

                Existem na doutrina tradicional inúmeras classificações constitucionais, sendo inviável, portanto, a descrição de todas elas nesta introdução. Focaremos apenas nas cobradas na questão, baseada na obra de Bernardo Gonçalves Fernandes, em seu Curso de Direito Constitucional, 9ª edição, Editora Jus Podivm.

                Quanto ao conteúdo, podem ser formais ou materiais. Formal é aquela dotada de supralegalidade, estando sempre acima de todas as outras normas do ordenamento jurídico de um determinado país (Ex: CF/88). Material é aquela escrita ou não em um documento constitucional e que contém as normas tipicamente constitutivas do Estado e da sociedade.         

    Quanto à estabilidade, classificação especificamente cobrada na questão, podem ser rígidas, flexíveis, semirrígidas, fixas e imutáveis. Rígida é aquela que necessita de procedimentos especiais mais difíceis para a sua modificação (caso da nossa CF/88). Flexível é aquela que não requer procedimentos especiais para a sua modificação. Semirrígida é aquela que contém, no seu corpo, uma parte rígida e outra flexível. Fixa ou silenciosa é a Constituição que só pode ser modificada pelo mesmo poder que a criou. Imutáveis ou graníticas são aquelas que não prevê nenhum tipo de processo de modificação em seu texto, são hodiernamente, relíquias históricas.

    Quanto à origem, podem ser promulgadas, outorgadas e cesaristas. Promulgadas é aquela dotada de legitimidade popular, já que o povo participa de sua elaboração (caso da nossa CF/88). Outorgada é aquela não dotada de legitimidade popular, sendo que o povo não participa de sua elaboração. Cesarista é aquela confeccionada sem a participação popular, mas que posteriormente é submetida a referendo popular para que o povo diga sim ou não para ela.

    Quanto à finalidade, pode ser garantia, balanço ou dirigente. Garantia é aquela com viés no passado, visando assegurar direitos contra possíveis ataques do poder Público. Balanço é aquela que visa o presente, típica de regime socialista, visando explicitar as características da atual sociedade. Dirigente é aquela com viés no futuro, visam definir uma pauta de vida para a sociedade e estabelecer uma ordem de valores para o Estado e para a sociedade, com normas programáticas em seu bojo (CF/88).

                Passemos à análise das assertivas.

     

    a) CORRETO – Como vimos na introdução, a assertiva contém corretamente classificações referentes à nossa Constituição Federal.

    b) ERRADO – Quando ao modo de elaboração, temos que uma Constituição pode ser dogmática OU histórica. A CF/88 é dogmática, ou seja, escrita e sistematizada em documento que traz ideias dominantes. Quanto à estabilidade, de fato, ela é rígida. Todavia, quanto à finalidade ela é Dirigente, e NÃO garantia.

    c) ERRADO – De fato, quanto à forma ela é escrita e quanto à extensão é analítica (detalhista, extensa). Todavia, não é outorgada, nem material. Desta forma, quanto à origem ela é promulgada e quanto ao conteúdo é formal (dotada de supralegalidade, acima de todas as outras normas).

    d) ERRADO – De fato, é promulgada, laica (classificação quanto à religião - não adota uma religião oficial) e normativa (Classificação ontológica de Karl Loewenstein – há certa divergência quanto ao enquadramento da CF/88 nesta classificação, mas parte da doutrina entender ser normativa, a qual é aquela criada com o propósito de conduzir a vida política do Estado e consegue tal desiderato, por estar em plena consonância com a realidade social). Todavia, é rígida e não semirrígida.

     

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A

     

  • só pela palavra "dirigente" já tinha saber qual era a resposta correta

  • DI RI ES PRO FO DO AN

    DIRIGENTE -

    RIGIDA - ESTABILIDADE

    ESCRITA - FORMA

    PROMULGADA - ORIGEM POR REPRESENTANTES DO POVO

    FORMAL - CONTEÚDO

    DOGMÁTICA - ELABORAÇÃO

    ANALÍTICA - EXTENÇÃO

  • "a constituição garantia busca garantir a liberdade, limitando o poder, a balanço reflete um degrau de evolução socialista e a dirigente estabelece um projeto de Estado.'

    Lenza, pg. 108, ed. 2021

  • A nossa atual CF seria super rídida segundo Alexandre de Moraes e outros, tb concordo, já que há cláusulas que não podem ser alteradas.


ID
5214427
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca das competências constitucionais dos Municípios, assinale a alternativa incorreta:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Entes federativos da RFB = U, E, DF e M. Estes entes possuem autonomia, não soberania.

    Apenas a RFB possui SOBERANIA.

    A soberania, por sua vez, pertence exclusivamente à República Federativa do Brasil, que é pessoa jurídica de direito público internacional, integrada por todos os entes federados. Nem mesmo a União possui soberania, ela apenas representa o Estado Federal nas relações de direito internacional, perante os demais Estados soberanos.

    FONTE:https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/29879/os-estados-membros-de-uma-federacao-possuem-soberania-sao-verdadeiros-estados

  • Errado.

    Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, “não compreende os territórios” todos autônomos, “os entes políticos não são dotados de soberania” nos termos desta Constituição.

    CESPE/TRE-PI/2016/Analista Judiciário: A adoção da Federação como forma de Estado pela CF é embasada na descentralização política e na -membros, que são capazes de se auto-organizar por meio de suas próprias constituições. (errado)

     

    CESPE/ANATEL/2014/Técnico: A forma federativa de Estado adotada pela CF consiste na descentralização política e na -membros, os quais são capazes de se auto-organizar mediante a elaboração de constituições estaduais. (errado)

     

    VUNESP/PC-BA/2018/Escrivão de Polícia Civil: Como consequência do princípio federativo, União, Estados, Distrito-Federal e Municípios gozam de (errado)

  • soberania sqn

  • GABARITO - B

    A) Os Municípios têm competência legislativa suplementar à legislação federal e estadual, no que couber.

    Art. 30. Compete aos Municípios:

    II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------

    B) Em razão do pacto federativo brasileiro, os Municípios têm autonomia e soberania, gozando de poderes para auto-organização, autogoverno e autoadministração.

    Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------

    C) A criação, organização e supressão de distritos é de competência privativa dos Municípios, observada a legislação estadual.

    Art. 30. Compete aos Municípios:

    IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação Estadual.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------

    D) Os municípios têm competência para instituir imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana adotando alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

    Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

    I - propriedade predial e territorial urbana (IPTU);

    § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: (IPTU)

    I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e

    II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------

    E) É de competência municipal a elaboração do plano diretor, que, aprovado pela Câmara Municipal, é obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes.

    Art 182 - § 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

    Você errou! Resposta: B

  • A questão exige conhecimento acerca da organização político-administrativa e pede ao candidato que assinale o item incorreto. Vejamos:

    a) Os Municípios têm competência legislativa suplementar à legislação federal e estadual, no que couber.

    Correto, nos termos do art. 30, II, CF: Art. 30. Compete aos Municípios: II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 

    b) Em razão do pacto federativo brasileiro, os Municípios têm autonomia e soberania, gozando de poderes para auto-organização, autogoverno e autoadministração.

    Errado e, portanto, gabarito da questão. De fato, os Municípios têm autonomia, mas, não, soberania. A República Federativa é que tem soberania, e, inclusive, é um de seus fundamentos. Aplicação do art. 1º, I, e art. 18, CF: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

    c) A criação, organização e supressão de distritos é de competência privativa dos Municípios, observada a legislação estadual.

    Correto, nos termos do art. 30, IV, CF: Art. 30. Compete aos Municípios: IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

    d) Os municípios têm competência para instituir imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana adotando alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

    Correto, nos termos do art. 156, I e § 1º, II da CF: Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. 

    e) É de competência municipal a elaboração do plano diretor, que, aprovado pela Câmara Municipal, é obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes.

    Correto, nos termos do art. 182, § 1º, CF: § 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

    Gabarito: B

  • GAB: B

    Só a República Federativa do Brasil é Soberana, logo municípios não tem soberania, e sim são autônomos.

  • GABARITO - B

    Somente a República é Soberana

    Os entes Federativos possuem AUTONOMIA

    NÃO ESQUEÇA: Somos Um Federalismo de 3º Grau. O que isso significa?

    a Constituição Federal de 1988 reconheceu aos municípios a condição de entes federados.

    _________________________________________________________

    A) Art. 30, II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;  

    __________________________________________

    C) A criação de Estados - Lei Complementar Federal do CN + Plebiscito

    A criação de Municípios - Lei estadual dentro do período de Lei complementar Federal + Plebiscito + Estudo de Viabilidade

    Criação de Regiões metropolitanas - lei complementar do estado

    Criação de Distritos - Lei Municipal

    ___________________________________________

    Bons estudos!

  • Ao ler as assertivas, nunca se esqueça do comando da questão.

  • autonomia e soberania não combinam pra E, DF e M.

  • Soberania só quem tem é a República Federativa do Brasil.

  • De fato, os Municípios têm autonomia, mas, não, soberania.


ID
5214430
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca do Poder Constituinte, faça as associações corretamente entre as modalidades e as proposições abaixo.

1. Poder constituinte originário
2. Poder Constituinte derivado decorrente
3. Poder constituinte derivado revisor
4. Poder Constituinte derivado reformador

( ) Determinado Estado-membro, através de sua respectiva Assembleia Legislativa, elabora a sua própria Constituição, objetivando sua auto-organização.
( ) Poder Constituinte que decorre da previsão do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, para possibilitar a revisão constitucional, após cinco anos, contados da promulgação da Constituição.
( ) Determinado chefe de estado apresenta novo texto normativo que cria a Constituição de um novo Estado, instituindo um novo ordenamento jurídico.
( ) No ordenamento jurídico brasileiro vigente, é exercido exclusivamente pelo Congresso Nacional, que, através de rito próprio, pode emendar a constituição vigente.

Assinale a única alternativa que indica a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO = Também chamado de inicial , inaugural , ou de 1* grau , é aquele responsável por instaurar uma nova ordem jurídica , criando uma novo ESTADO e rompendo por completo com a ordem jurídica anterior.

    PODER CONTITUINTE DERIVADO= Também chamado de secundário , constituído ou de 2* grau , é aquele criado e limitado pelo poder originário e divide-se em : revisor , reformador e decorrente.

    PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE= É aquele que possui a missão de elaborar as Constituição estaduais dos estados membros .

    REFORMADOR= Ficou sob a incumbência do CONGRESSO NACIONAL . Sua função é adequar a CF às mudanças que ocorrem na sociedade.

    REVISOR= É um PODER de revisar a CF por um processo legislativo menos dificultosa à forma da emendas constitucionais .

    DECORRENTE= É o poder investido aos ESTADOS MENBROS para elaborar sua própria constituição , sendo assim possível a estes estabelecer sua auto organização . Destina-se se adaptar a CF à realidade que a sociedade aponta como necessária.

  • Gabarito C: 2, 3, 1, 4.

    (2) Poder Constituinte derivado decorrente - Determinado Estado-membro, através de sua respectiva Assembleia Legislativa, elabora a sua própria Constituição, objetivando sua auto-organização.

    (3) Poder constituinte derivado revisor - Poder Constituinte que decorre da previsão do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, para possibilitar a revisão constitucional, após cinco anos, contados da promulgação da Constituição.

    (1 ) Poder constituinte originário - Determinado chefe de estado apresenta novo texto normativo que cria a Constituição de um novo Estado, instituindo um novo ordenamento jurídico.

    (4 ) Poder Constituinte derivado reformador - No ordenamento jurídico brasileiro vigente, é exercido exclusivamente pelo Congresso Nacional, que, através de rito próprio, pode emendar a constituição vigente.

    • Poder constituinte originário é aquele responsável pela criação integral de uma nova Constituição, inaugurando uma nova ordem jurídica. Este tem várias características, sendo ele: a) Inicial, porque inicia uma nova ordem jurídica, posto que também é chamado de Poder Constituinte Genuíno ou de Primeiro Grau; b) Ilimitado, porque não sofre qualquer limite anterior, ao passo que pode desconsiderar de maneira absoluta o ordenamento vigente anterior; c) Autônomo, da forma que só cabe a ele estruturar os termos da nova Constituição; d) Incondicionado e Permanente, por conta de não se submeter a nenhum processo predeterminado para sua elaboração, bem como que não se esgota com a realização da nova Constituição, podendo o legislador deliberar a qualquer momento pela criação de uma nova.
    • Poder Constituinte Derivado Reformador: é o criado pelo para modificar as normas constitucionais já estabelecidas. Tal modificação é operada através das Emendas Constitucionais. Ao mesmo tempo, ao se elaborar uma nova ordem jurídica, o constituinte imediatamente elabora um Poder Derivado Reformador de modo a garantir a reforma da Carta após um determinado período onde haja tal necessidade.
    • Poder Constituinte Derivado Decorrente: também obra do Poder Constituinte Originário. É o poder investidos aos Estados Membros para elaborar sua própria constituição, sendo assim possível a estes estabelecer sua auto-organização.
    • Poder Constituinte Derivado Revisor: conhecido também como poder anômalo de revisão ou revisão constitucional anômala ou ainda competência de revisão. Destina-se a adaptar a Constituição à realidade que a sociedade aponta como necessária. Exemplo desta variedade de Poder Derivado é o artigo 3º dos ADCT (Atos das Disposições Constitucionais Transitórias), estabelecendo uma revisão à a ser realizada após 5 anos de promulgação da mesma, por voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão unicameral.

  • (2) Poder Constituinte derivado decorrente - Determinado Estado-membro, através de sua respectiva Assembleia Legislativa, elabora a sua própria Constituição, objetivando sua auto-organização.

    (3) Poder constituinte derivado revisor - Poder Constituinte que decorre da previsão do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, para possibilitar a revisão constitucional, após cinco anos, contados da promulgação da Constituição.

    (1 ) Poder constituinte originário - Determinado chefe de estado apresenta novo texto normativo que cria a Constituição de um novo Estado, instituindo um novo ordenamento jurídico.

    (4 ) Poder Constituinte derivado reformador - No ordenamento jurídico brasileiro vigente, é exercido exclusivamente pelo Congresso Nacional, que, através de rito próprio, pode emendar a constituição vigente.

  • Complemento:

    Originário : Cria uma nova Constituição ou Rompe com a anterior.

    Derivado reformador : Altera a CF

    Derivado decorrente: Altera a C. Estadual

    / Mutação Constitucional : Altera a interpretação da CF.

  • Vamos analisar as afirmativas, fazer as correlações e encontrar a alternativa correta.

    - "Determinado Estado-membro, através de sua respectiva Assembleia Legislativa, elabora a sua própria Constituição, objetivando sua auto-organização": este é o Poder Constituinte Derivado Decorrente. 

    - "Poder Constituinte que decorre da previsão do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, para possibilitar a revisão constitucional, após cinco anos, contados da promulgação da Constituição": este é o Poder Constituinte Derivado Revisor.

    - "Determinado chefe de estado apresenta novo texto normativo que cria a Constituição de um novo Estado, instituindo um novo ordenamento jurídico": nesta situação, tem-se a expressão do Poder Constituinte Originário, inaugurando uma nova ordem jurídica. Note que a Constituição em questão pode ser outorgada ou promulgada.

    - "No ordenamento jurídico brasileiro vigente, é exercido exclusivamente pelo Congresso Nacional, que, através de rito próprio, pode emendar a constituição vigente": este é o Poder Constituinte Derivado Reformador.

    Considerando a sequencia das afirmativas, temos que a ordem correta é 2 (Poder Constituinte derivado decorrente), 3 (Poder constituinte derivado revisor), 1 (Poder constituinte originário), 4 (Poder Constituinte derivado reformador). Assim, a alternativa correta é a letra C.

    Gabarito: a resposta é a LETRA C.

  • Questão tranquila!

  • Esquisito PC Originário tendo texto constitucional sendo apresentado por chefe de estado, não?

ID
5214433
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Acerca das Tutelas Provisórias, à luz do Código de Processo Civil, julgue as proposições em V para Verdadeira e F para Falsa.

( ) Todas as tutelas provisórias têm por característica a sua precariedade, não sendo alcançadas pela coisa julgada.
( ) Em regra, quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, a tutela de urgência de natureza antecipada não deverá ser concedida.
( ) Para a concessão das Tutelas Provisórias, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, exceto quando tratar-se de tutela de urgência, em razão da evidência da probabilidade do direito.
( ) Em razão do princípio do Contraditório, as tutelas de urgência só poderão ser concedidas após justificação prévia.
( ) O sequestro e o registro de protesto contra alienação de bem são exemplos de medidas capazes de efetivar a tutela de urgência de natureza cautelar, podendo o juízo determinar a aplicação de qualquer outra medida idônea para a asseguração do direito.

Assinale a única alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • ( ) Todas as tutelas provisórias têm por característica a sua precariedade, não sendo alcançadas pela coisa julgada.Errada

    A Tutela cautelar pode ser provisória ou definitiva (decisão que tem aptidão para coisa julgada)

    ( ) Em razão do princípio do Contraditório, as tutelas de urgência só poderão ser concedidas após justificação prévia. Errada. Não há essa previsão.

    Gabarito letra E

  • Pensei que essa também estivesse errada: "Para a concessão das Tutelas Provisórias, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, exceto quando tratar-se de tutela de urgência, em razão da evidência da probabilidade do direito."

    Porque o código fala que para concessão de tutela de Urgência o juiz pode conforme o caso exigir caução e na alternativa da a entender que é justamente na de urgencia que não pode pedir em razão da evidencia da probabilidade do direito.

    Sendo assim não teria gabarito

    Alguém poderia me explicar?

  • Entendo que o gabarito deveria ser a letra D.

    ( ) Todas as tutelas provisórias têm por característica a sua precariedade, não sendo alcançadas pela coisa julgada.

    ERRADO? De fato, as tutelas provisórias têm por característica a sua precariedade e não fazem coisa julgada, o que é diferente de dizer que não são alcançadas pela coisa julgada.

    Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.

    Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. (...) § 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo.

    ( ) Em regra, quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, a tutela de urgência de natureza antecipada não deverá ser concedida.

    CERTO Art. 300 (...) § 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

    ( ) Para a concessão das Tutelas Provisórias, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, exceto quando tratar-se de tutela de urgência, em razão da evidência da probabilidade do direito.

    ERRADO Art. 300 (...) § 1  Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

    ( ) Em razão do princípio do Contraditório, as tutelas de urgência só poderão ser concedidas após justificação prévia.

    ERRADO Art. 300 (...) § 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

    ( ) O sequestro e o registro de protesto contra alienação de bem são exemplos de medidas capazes de efetivar a tutela de urgência de natureza cautelar, podendo o juízo determinar a aplicação de qualquer outra medida idônea para a asseguração do direito.

    CERTO Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.

  • São características da Tutela Provisória Sumariedade de cognição, precariedade e inaptidão para transitar em julgado. O primeiro requisito reside no conhecimento raso sobre a matéria, sem a intenção de exaurir seu conteúdo pois por trata-se de tutela, a decisão do juízo tem de ser necessariamente ágil. O requisito da precariedade é a possibilidade de a tutela ser revogada ou alterada a qualquer tempo. Já o último requisito, que é a inaptidão para transitar em julgado, é similar ao primeiro, qual entende-se que uma decisão fundada em análise sumária não possui aptidão para transitar em julgado, noutras palavras só poderá transitar em julgado a decisão analisada de maneira exauriente, exaustiva, com produção de provas, contraditório etc.
  • ( ) Todas as tutelas provisórias têm por característica a sua precariedade, não sendo alcançadas pela coisa julgada.

    Errado.

    A Tutela antecipada pode ser provisória ou definitiva (decisão que tem aptidão para coisa julgada)

    ( ) Em razão do princípio do Contraditório, as tutelas de urgência só poderão ser concedidas após justificação prévia.

    Errada.

    Não há essa previsão.

    caso o magistrado entenda que pode ocorrer dano ireparavél ou em caso de situação complexa, pode deixar para analisar a antecipação de tutela após audiência ou manifestação da parte adversa.

    Gabarito letra E

  • GABARITO LETRA E

    (V) Todas as tutelas provisórias têm por característica a sua precariedade, não sendo alcançadas pela coisa julgada.

    (V) Em regra, quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, a tutela de urgência de natureza antecipada não deverá ser concedida.

    (F) Para a concessão das Tutelas Provisórias, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, exceto quando tratar-se de tutela de urgência, em razão da evidência da probabilidade do direito.

    (F) Em razão do princípio do Contraditório, as tutelas de urgência só poderão ser concedidas após justificação prévia.

    (V) O sequestro e o registro de protesto contra alienação de bem são exemplos de medidas capazes de efetivar a tutela de urgência de natureza cautelar, podendo o juízo determinar a aplicação de qualquer outra medida idônea para a asseguração do direito.

  • alternativa I está correta tutela provisória não é alcançada pela coisa julgada. existe sim a estabilização da tutela mas apesar de semelhante nao é a mesma coisa. É sendo uma tutela definitiva a partir de uma cognição exauriente é alcançada por coisa julgada..Mas é coisa distinta da provisória
  • ( V ) Todas as tutelas provisórias têm por característica a sua precariedade, não sendo alcançadas pela coisa julgada.

    • O processualista Fredie Didier Jr. leciona: 'A tutela provisória é marcada por três características essenciais: (...) a precariedade. A princípio, a tutela provisória conservará sua eficácia ao longo do processo, ressalvada a possibilidade de decisão judicial em sentido contrário (art. 296, parágrafo único, CPC). Mas ela poderá ser renovada ou modificada a qualquer tempo (art. 296, caput, CPC)'. Ainda que o novo diploma adjetivo tenha inovado, prevendo o instituto da estabilização da tutela de urgência antecipada requerida em caráter antecedente (art. 304, do CPC/2015), certo é que, mesmo neste caso, subsistirá a precariedade, podendo a parte contrária perquirir a revisão, reforma ou invalidação dentro do prazo de 2 anos ou em ação própria, sem que se possa falar em coisa julgada (§§ 5º e 6º).

    ( V ) Em regra, quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, a tutela de urgência de natureza antecipada não deverá ser concedida.

    • Art. 300, §3º. A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

    ( F ) Para a concessão das Tutelas Provisórias, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, exceto quando tratar-se de tutela de urgência, em razão da evidência da probabilidade do direito.

    • Aqui, a banca quis confundir o candidato. Como cediço, a tutela provisória, pode se fundar na URGÊNCIA ou na EVIDÊNCIA. Deste modo, embora a primeira parte da assertiva esteja correta (a exigência só se aplica em caso de tutela provisória de URGÊNCIA), a segunda parte faz confusão entre os institutos.
    • Correto seria '(...) exceto quando tratar-se de tutela provisória (e não de urgência), em razão da evidência da probabilidade do direito'.

    ( F ) Em razão do princípio do Contraditório, as tutelas de urgência só poderão ser concedidas após justificação prévia.

    • O art. 9º, parágrafo único, inciso I, do CPC/2015 preleciona exatamente o contrário. Veja-se:

    Art. 9º. Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

    Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:

    I - à tutela provisória de urgência;

    (...)

    ( V ) O sequestro e o registro de protesto contra alienação de bem são exemplos de medidas capazes de efetivar a tutela de urgência de natureza cautelar, podendo o juízo determinar a aplicação de qualquer outra medida idônea para a asseguração do direito.

    • Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.
  • De acordo com Mozart Borba:

    • Coisa julgada material é um fato que surge a partir do trânsito em julgado e uma decisão definitiva de mérito, proferida após cognição exauriente
    • Estabilização da tutela antecipada antecedente ocorre a partir de uma tutela provisória proferida com cognição sumária, em um processo extinto sem resolução de mérito

    Ou seja, se a tutela antecipada antecedente formasse coisa julgada material, ela só poderia ser desconstituída com a ação rescisória, e não com a ação de impugnação da tutela (que visa a revisão, reforma e invalidação da decisão) do art. 304 do CPC.

    Entendo que o primeiro item está correto.

  • V ( ) Todas as tutelas provisórias têm por característica a sua precariedade, não sendo alcançadas pela coisa julgada. CERTO. NÃO FAZ COISA JULGADA MATERIAL, POIS PODE A QUALQUER MOMENTO SER REVOGADA OU MODIFICADA.

    V ( ) Em regra, quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, a tutela de urgência de natureza antecipada não deverá ser concedida. CERTO. ARTIGO 300, P3º CPC

    F ( ) Para a concessão das Tutelas Provisórias, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, exceto quando tratar-se de tutela de urgência, em razão da evidência da probabilidade do direito. ERRADO. SOMENTE A TUTELA DE URGÊNCIA EXIGE CAUÇÃO.

    F ( ) Em razão do princípio do Contraditório, as tutelas de urgência só poderão ser concedidas após justificação prévia. ERRADO. PODEM SER CONCEDIDAS LIMINARMENTE OU APÓS JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA.

    V ( ) O sequestro e o registro de protesto contra alienação de bem são exemplos de medidas capazes de efetivar a tutela de urgência de natureza cautelar, podendo o juízo determinar a aplicação de qualquer outra medida idônea para a asseguração do direito. CERTO. TAMBÉM PODE SER APLICADO O ARRESTO, ARROLAMENTO DE BENS.

    Ou você reclama e estuda, ou somente estuda. Qual é a sua escolha?

    Dar o máximo é a única opção!

  • V ( ) Todas as tutelas provisórias têm por característica a sua precariedade, não sendo alcançadas pela coisa julgada. CERTO. NÃO FAZ COISA JULGADA MATERIAL, POIS PODE A QUALQUER MOMENTO SER REVOGADA OU MODIFICADA.

    V ( ) Em regra, quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, a tutela de urgência de natureza antecipada não deverá ser concedida. CERTO. ARTIGO 300, P3º CPC

    F ( ) Para a concessão das Tutelas Provisórias, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, exceto quando tratar-se de tutela de urgência, em razão da evidência da probabilidade do direito. ERRADO. SOMENTE A TUTELA DE URGÊNCIA EXIGE CAUÇÃO.

    F ( ) Em razão do princípio do Contraditório, as tutelas de urgência só poderão ser concedidas após justificação prévia. ERRADO. PODEM SER CONCEDIDAS LIMINARMENTE OU APÓS JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA.

    V ( ) O sequestro e o registro de protesto contra alienação de bem são exemplos de medidas capazes de efetivar a tutela de urgência de natureza cautelar, podendo o juízo determinar a aplicação de qualquer outra medida idônea para a asseguração do direito. CERTO. TAMBÉM PODE SER APLICADO O ARRESTO, ARROLAMENTO DE BENS.

  • A questão em comento requer conhecimento da literalidade do CPC e de axiomas de tutela provisória.

    A assertiva I está correta.

    De fato, a tutela provisória tem como característica a precariedade. Logo, pode ser revogada a qualquer tempo, e não forma coisa julgada.

    Diz o CPC:

    “Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada."

    Sendo até mais específico sobre ausência de coisa julgada em seara de tutela provisória, temos o seguinte:

    “Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.

    (...) § 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo."

    A assertiva II está correta.

    Havendo irreversibilidade da decisão, não cabe tutela de urgência antecipada.

    Diz o CPC:

    “Art. 300

     (...) § 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

    A assertiva III está incorreta.

    A caução é uma faculdade do juiz que pode ser exigida para concessão de qualquer tutela provisória.

    Diz o CPC:

    “Art. 300

    (...) § 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão."

    A assertiva IV está incorreta.

    Não necessariamente a tutela provisória precisa de justificação prévia.

    Diz o CPC:

    Art. 9º. Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

    Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:

    I - à tutela provisória de urgência;

    Sendo mais específico, diz o art. 300 do CPC:

    “Art. 300.

     (...) § 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia."

    Por fim, a assertiva V é correta.

    Aqui está reproduzida a mentalidade do art. 301 do CPC:

    “Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito."

    Logo, das cinco assertivas, 03 são verdadeiras.

    Cabe, diante do exposto, comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. Há 03 alternativas corretas.

    LETRA B- INCORRETA. Há 03 alternativas corretas.

    LETRA C- INCORRETA. Há 03 alternativas corretas.

    LETRA D- INCORRETA. Há 03 alternativas corretas.

    LETRA E- CORRETA. Há 03 alternativas corretas.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA E


ID
5214436
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Acerca da formação do processo e seus efeitos, julgue as proposições em V para Verdadeira e F para Falsa:

( ) A Ação é considerada proposta com o protocolo da petição e inicial, mas a sua propositura só torna litigiosa a coisa quanto ao réu com a sua citação válida, desde que seja ordenada por juízo competente.
( ) É considerada proposta a Ação quando a petição inicial for protocolada, mas a sua propositura só torna litigiosa a coisa quanto ao réu com sua a citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente.
( ) A Ação será considerada proposta com o seu efetivo recebimento pelo Juízo competente através do despacho inicial, mas a sua propositura só torna litigiosa a coisa quanto ao réu com a sua citação válida.
( ) A propositura da ação só produzirá efeitos quanto ao réu após a sua primeira manifestação nos autos do processo, momento em que induzirá a litispendência acerca da demanda.
( ) É considerada proposta a Ação mediante o protocolo da petição inicial, mas a sua propositura só induzirá litispendência quanto ao réu com sua a citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente.

Assinale a única alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • CPC

    Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil)

    Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no Art. 240 depois que for validamente citado.

    Esses 2 artigos são a base para a questão.

    Gabarito: D

  • (F ) A Ação é considerada proposta com o protocolo da petição e inicial, mas a sua propositura só torna litigiosa a coisa quanto ao réu com a sua citação válida, desde que seja ordenada por juízo competente. Juiz Incompetente tb art. 240.

    (V ) É considerada proposta a Ação quando a petição inicial for protocolada, mas a sua propositura só torna litigiosa a coisa quanto ao réu com sua a citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente. arts. 312 e 240. 

    (F ) A Ação será considerada proposta com o seu efetivo recebimento pelo Juízo competente através do despacho inicial, mas a sua propositura só torna litigiosa a coisa quanto ao réu com a sua citação válida. Considera Proposta qnd a PI for protocolada art. 312.

    ( F) A propositura da ação só produzirá efeitos quanto ao réu após a sua primeira manifestação nos autos do processo, momento em que induzirá a litispendência acerca da demanda. Produz efeitos qnd validamente citado art. 312.

     (V ) É considerada proposta a Ação mediante o protocolo da petição inicial, mas a sua propositura só induzirá litispendência quanto ao réu com sua a citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente. arts. 312 e 240.

  • GABARITO: D

    ERRADO: Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) .

    CERTO: Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado. Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) .

    ERRADO: Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.

    ERRADO:  Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.

    CERTO: Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado. Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) .

  • Dois dispositivos do Código de Processo Civil devem ser analisados a fim de sabermos quais as alternativas apresentadas são ou não verdadeiras.

    São eles:

      Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos Arts. 397 e 398 do Código Civil;

      Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no Art. 240 depois que for validamente citado.

  • Esperando o Lúcio comentar que questões nesse formato são nulas de pleno direito.

  • GAB D

    citação válida mesmo que pelo juízo incompetente, proposição com protocolo - não precisa esperar despacho-, litispendência para réu só com citação válida.

    bons estudos

    posse 2022 está chegando.

  • Deu pra resolver na pura lógica.


ID
5214439
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Acerca da legitimidade para proposição de Ação Civil Pública, julgue as proposições em V para Verdadeira e F para Falsa:

( ) Conforme entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público não tem legitimidade para promover ação civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares, vez que os direitos tutelados são individuais homogêneos, de caráter disponível.
( ) Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio público.
( ) Mesmo se o Ministério Público não intervier na Ação Civil Pública como parte, deverá atuar obrigatoriamente como fiscal da lei.
( ) É facultado ao Poder Público habilitar-se como litisconsorte de qualquer das partes da Ação Civil Pública.
( ) Na Ação Civil Pública, é inadmissível o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados, em razão do princípio institucional da Unidade do Ministério Público.

Assinale a única alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    (Falsa) Súmula 643-STF: O Ministério Público tem legitimidade para promover ação civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares.

    (Verdadeira) Súmula 329-STJ: O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio público.

    (Verdadeira) Lei n° 7.347/85 - Art. 5°. § 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei.

    (Verdadeira) Lei n° 7.347/85 - Art. 5°. § 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes.

    (Falsa) Lei n° 7.347/85 - Art. 5°. § 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei.

  • gab. E

    (F) Conforme entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público não tem legitimidade para promover ação civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares, vez que os direitos tutelados são individuais homogêneos, de caráter disponível.

    STF. Súm. 643. O MP tem legitimidade p/ promover ACP cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares.

    (V) Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio público.

    STJ. Súm. 329.

    (V) Mesmo se o Ministério Público não intervier na Ação Civil Pública como parte, deverá atuar obrigatoriamente como fiscal da lei.

    Lei 7.347/85. § 1º do Art. 5°.

    (V) É facultado ao Poder Público habilitar-se como litisconsorte de qualquer das partes da Ação Civil Pública.

    Lei 7.347/85. § 2º do Art. 5°.

    (F) Na Ação Civil Pública, é inadmissível o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados, em razão do princípio institucional da Unidade do Ministério Público.

    Lei 7.347/85. Art. 5°. (...) § 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os MP da U, DF e E na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei.

  • Respondi por questão de estudo, mas deve ser de conhecimento de todos que o CNJ baniu esse tipo de questões em concurso público.

  • Entendo que o MP tem legitimidade para propor ACP para a defesa do patrimonio público não por força do STJ (S 329) mas que tal atribuição decorre da lei, nos termos do art. 1 inciso VIII c.c o art. 5 inciso I da lei da ACP, não entendo que essa súmula estaria ainda vigente atualmente já que perdeu objeto após 2014 (lei 13.004/2014) e a Sumula é de 2006, sendo a questão dessa prova aplicada em 2019.Vejam que a atribuição do MP para propor ACP em defesa do patrimonio público não decorre mais da Sumula 329 de 2006 mas sim da lei publicad em 2014, creio que essa questão deveria ser anulada.

  • vale reforçar:Informativo 1019-STF

    É inconstitucional lei estadual que estabeleça redução das mensalidades no âmbito da rede privada de ensino, enquanto perdurarem as medidas temporárias para o enfrentamento da pandemia da Covid-19.


ID
5214442
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca da Ação Popular, assinale a única alternativa incorreta:

Alternativas

ID
5214445
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Sobre as regras processuais de Competência e sua modificação, assinale a única alternativa incorreta:

Alternativas
Comentários
  • ART. 63 As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

    § 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.

    § 2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.

    § 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.

    § 4º Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão.

  • GABARITO: Letra E (é a INCORRETA)

    A) As partes não podem modificar a competência em razão da matéria através da eleição do foro decorrente de convenção entre as partes.

    Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes.

    .

    B) As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, podendo eleger o foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

    Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

    .

    C) A eleição do foro formalizada através de instrumento contratual escrito também obrigará os herdeiros e sucessores das partes.

    Art. 63, § 2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.

    .

    D) O juízo poderá, de ofício e antes mesmo da citação, reputar ineficaz a cláusula de eleição de foro abusiva, determinando a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.

    Art. 63, § 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.

    .

    E) Restando comprovada a volição das partes acerca da eleição do foro convencionada por instrumento escrito, não cabe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição do foro, em decorrência do princípio contratual “pacta sunt servanda”.

    Art. 63, § 4º Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão.

  • Eu ESQUEÇO no meio da questão que é pra encontrar a incorreta. Leio a correta e "ah, achei a certa!".

    Não é possível, toda vez isso.


ID
5214448
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Analise as proposições, e assinale a única alternativa correta:

I. Para interposição da Execução Fiscal, a Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez.

PORQUE

II. A Certidão de Dívida Ativa é espécie de ato administrativo formal, devendo obedecer às exigências legais para a sua constituição.

Alternativas
Comentários
  • I. Para interposição da Execução Fiscal, a Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez. NÃO GOZA DE PRESUNÇÃO ABSOLUTA, E SIM RELATIVA.

    II. A Certidão de Dívida Ativa é espécie de ato administrativo formal, devendo obedecer às exigências legais para a sua constituição. LETRA DE LEI, CORRETO

  • A inscrição em dívida ativa é ato administrativo. A CDA nem sequer é ato, mas sim título extrajudicial. Poder-se-ia dizer que a expedição da CDA é feita através de ato administrativo, mas não que a própria CDA é ato.

  • Esta questão exige conhecimentos sobre Cobrança Judicial da Dívida Ativa

     

    SINTETIZANDO O CONTEÚDO COBRADO:

    A cobrança judicial da Dívida Ativa é regulada pela Lei n. 6.830/1980. Para a resolução da presente questão precisamos saber que, nos termos do art. 3.º da referida Lei, a Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, no entanto, a presunção a que se refere é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite.

    Cabe mencionar, também, que a certidão de Dívida Ativa é ato administrativo formal, visto que não constitui uma manifestação de vontade da Administração Pública, mas sim, apenas, atesta uma situação preexistente.

     

    RESOLVENDO A QUESTÃO:

    Com base na síntese acima exposta, podemos concluir que “a primeira proposição é falsa, a segunda proposição é verdadeira, mas a segunda proposição não é justificativa para a primeira” (alternativa B). Vejamos de maneira mais detalhada:

     

    I. Para interposição da Execução Fiscal, a Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez.

    Falso! O correto seria mencionar que a presunção é relativa, e não absoluta como afirma o item.

     

    II. A Certidão de Dívida Ativa é espécie de ato administrativo formal, devendo obedecer às exigências legais para a sua constituição.

    Verdadeiro! De fato, as certidões são atos administrativos formais, pois não prestam a manifestar vontade da Administração Pública, mas apenas atestar, certificar algo que já existe. Além disso, devido ao princípio da legalidade que orienta a Administração Pública, deve obedecer às exigências legais para a sua constituição.

     

    Não obstante o item II esteja correto, ele não serve de justificativa para o primeiro. Uma proposta possível para tonar a presente questão correta seria:

     

    I. Para interposição da Execução Fiscal, a Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção relativa de certeza e liquidez.

    PORQUE

    II. Pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite. Em outras palavras, admite prova em sentido contrário.

     


    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA “B”