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Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2017 - CRM - MG - Advogado


ID
2463310
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

                         Que medicina nos espera amanhã?

Temos medicina primária que não necessita de minhas críticas. Basta consultar a imprensa diariamente. Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares de vezes mais que as epidemias virais que hoje nos acometem. Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da desgraça, não entendendo, ou não querendo entender, o significado da palavra prevenção, que é o pilar fundamental de qualquer sistema de saúde.

Metade da população não é servida por saneamento básico. Em compensação, a medicina terciária, da qual nos orgulhamos pela qualidade atingida, deveria estar em centros especializados devidamente localizados, espalhados pelo país, de preferência perto de centros universitários, de acordo com as necessidades regionais. Os gastos com tecnologia se reduziriam muito e equipamentos caríssimos não ficariam encaixotados, deteriorando-se, ou em mãos inexperientes, sem condições de ser utilizados. Por que, então, foram encaminhados a esses locais?

Para agravar, a maioria das escolas forma profissionais especializados, geralmente mais interessados em técnicas e métodos, e não em clínica. O contato com o paciente, o ouvir, o olhar, o palpar, o auscultar foram substituídos pelos exames complementares. O indivíduo transformou-se em algo secundário, meio de fazer funcionar uma máquina de produzir dinheiro, pois a medicina se transformou num grande negócio, nas mãos de empresários com enorme poder econômico. Julgo precisarmos mais de ética que de técnica. Mas ética “não dá dinheiro”.

A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, comequilíbriodeinteressesenecessidades.Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva.

A ciência também é amoral e deve ser digerida pela moral social. Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem colaborar em nada para uma saudável evolução? Quantos artigos médicos, além de aulas e conferências, são fraudados para convencer os menos informados a assumir determinadas condutas? Essa cultura já impregnou as academias médicas e as piores consequências se fazem sentir na qualidade do ensino e da assistência.

Como dizia Karl Marx, os setores que dominam o sistema financeiro, “ao fundarem a produção econômica na exploração da ciência aplicada, e ao monopolizarem em seu proveito as invenções tecnológicas”, caminhariam a passos largos para um domínio sem escrúpulos, amoral, das ciências. O paciente tornou-se um meio, e não um fim. Mesmo não sendo marxista, admiro a antevisão que teve esse pensador.

Demorará para sairmos desse padrão, em direção a uma situação eticamente aceitável, pois a mudança depende dos responsáveis por essa situação.

[...]

MADY, Charles. Que medicina nos espera amanhã? Estadão. 5 abr. 2016. Disponível em:<https://goo.gl/OFL5vW> . Acesso em: 20 mar. 2017 (Fragmento adaptado).

De acordo com o texto, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • "Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da desgraça, não entendendo, ou não querendo entender, o significado da palavra prevenção, que é o pilar fundamental de qualquer sistema de saúde."

    D

  • Órgãos oficiais e não meios de comunicação.

  • Acredito que o pulo do gato dessa questão está em : (Os órgãos oficiais fazem campanhas, MUITAS VEZES  demagogicamente apenas na hora da desgraça)
     

    Os meios de comunicação fazem campanhas APENAS EM ÉPOCAS de epidemia, sem focar a prevenção.

  •  MUITAS VEZES  é diferente de APENAS EM ÉPOCAS  por isso a questão esta incorreta

     

  • Onde está a correção da questão C?

  • E endemia é diferente de epidemia.

  • OS ÓRGÃOS OFICIAIS e não os meios de comunicação. 

    MUITAS VEZES  é diferente de APENAS

     

  • Alguém saberia me informar a interpretação da letra C, por favor? Qual passagem do texto nos confirma essa informacão?

     

    Sobre a letra B, alguns estão justificando o gabarito com o termo muitas vezes x apenas. Está incorreto, pois o 'muitas vezes' no texto se refere à forma (demagogicamente) e não à frequência (que tanto no texto como na afirmativa tem mesmo sentido). O erro realmente está em órgão oficiais ser diferente de meios de comunicação.  

  • Gabarito "D"


    Em relação à alternativa "C" eu me baseei nesse período: "Metade da população não é servida por saneamento básico."


    Saneamento básico não é um problema específico da medicina, é um problema de infra estrutura urbana e que reflete na saúde.

  • Quanto à letra C, na minha humilde opinião, o trecho

    "A ciência também é amoral e deve ser digerida pela moral social. Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem colaborar em nada para uma saudável evolução?"

    mostra que há problemas nas ciências como um todo, não se limitando ao setor da medicina.

    Quanto à letra D, o que me levou a marcar como errada foi que meios de comunicação (rádio, tv, jornal, telefone etc.) órgão oficiais (Ministério da Saúde, por exemplo).

    Espero ter contribuído.

  • Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da desgraça(...).

  • A alternativa C dá ideia que os "problemas da medicina" estão limitados ao universo de cuidar das questões de saúde da população. Ao decorrer do texto, o autor expõe que não só se limita a este universo. Os problemas também abrangem a ética e a monopolização do saber e da ciência, além do não interesse real do médico no paciente, tratando este como ser secundário nas praticas médicas.

  • Quando tiver palavras como "apenas", "somente", a alternativa tem muitas chances de estar errada.


ID
2463313
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

                         Que medicina nos espera amanhã?

Temos medicina primária que não necessita de minhas críticas. Basta consultar a imprensa diariamente. Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares de vezes mais que as epidemias virais que hoje nos acometem. Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da desgraça, não entendendo, ou não querendo entender, o significado da palavra prevenção, que é o pilar fundamental de qualquer sistema de saúde.

Metade da população não é servida por saneamento básico. Em compensação, a medicina terciária, da qual nos orgulhamos pela qualidade atingida, deveria estar em centros especializados devidamente localizados, espalhados pelo país, de preferência perto de centros universitários, de acordo com as necessidades regionais. Os gastos com tecnologia se reduziriam muito e equipamentos caríssimos não ficariam encaixotados, deteriorando-se, ou em mãos inexperientes, sem condições de ser utilizados. Por que, então, foram encaminhados a esses locais?

Para agravar, a maioria das escolas forma profissionais especializados, geralmente mais interessados em técnicas e métodos, e não em clínica. O contato com o paciente, o ouvir, o olhar, o palpar, o auscultar foram substituídos pelos exames complementares. O indivíduo transformou-se em algo secundário, meio de fazer funcionar uma máquina de produzir dinheiro, pois a medicina se transformou num grande negócio, nas mãos de empresários com enorme poder econômico. Julgo precisarmos mais de ética que de técnica. Mas ética “não dá dinheiro”.

A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, comequilíbriodeinteressesenecessidades.Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva.

A ciência também é amoral e deve ser digerida pela moral social. Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem colaborar em nada para uma saudável evolução? Quantos artigos médicos, além de aulas e conferências, são fraudados para convencer os menos informados a assumir determinadas condutas? Essa cultura já impregnou as academias médicas e as piores consequências se fazem sentir na qualidade do ensino e da assistência.

Como dizia Karl Marx, os setores que dominam o sistema financeiro, “ao fundarem a produção econômica na exploração da ciência aplicada, e ao monopolizarem em seu proveito as invenções tecnológicas”, caminhariam a passos largos para um domínio sem escrúpulos, amoral, das ciências. O paciente tornou-se um meio, e não um fim. Mesmo não sendo marxista, admiro a antevisão que teve esse pensador.

Demorará para sairmos desse padrão, em direção a uma situação eticamente aceitável, pois a mudança depende dos responsáveis por essa situação.

[...]

MADY, Charles. Que medicina nos espera amanhã? Estadão. 5 abr. 2016. Disponível em:<https://goo.gl/OFL5vW> . Acesso em: 20 mar. 2017 (Fragmento adaptado).

De maneira geral, em relação à pergunta do título, o autor:

Alternativas
Comentários
  • B) "Demorará para sairmos desse padrão, em direção a uma situação eticamente aceitável, pois a mudança depende dos responsáveis por essa situação."

  • Essa você lê a última frase do texto e marca B. Nem troca ideia.

  • IMPORTANTE:

    A questão nos pede para analisar O TÍTULO, não o texto inteiro.


ID
2463316
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

                         Que medicina nos espera amanhã?

Temos medicina primária que não necessita de minhas críticas. Basta consultar a imprensa diariamente. Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares de vezes mais que as epidemias virais que hoje nos acometem. Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da desgraça, não entendendo, ou não querendo entender, o significado da palavra prevenção, que é o pilar fundamental de qualquer sistema de saúde.

Metade da população não é servida por saneamento básico. Em compensação, a medicina terciária, da qual nos orgulhamos pela qualidade atingida, deveria estar em centros especializados devidamente localizados, espalhados pelo país, de preferência perto de centros universitários, de acordo com as necessidades regionais. Os gastos com tecnologia se reduziriam muito e equipamentos caríssimos não ficariam encaixotados, deteriorando-se, ou em mãos inexperientes, sem condições de ser utilizados. Por que, então, foram encaminhados a esses locais?

Para agravar, a maioria das escolas forma profissionais especializados, geralmente mais interessados em técnicas e métodos, e não em clínica. O contato com o paciente, o ouvir, o olhar, o palpar, o auscultar foram substituídos pelos exames complementares. O indivíduo transformou-se em algo secundário, meio de fazer funcionar uma máquina de produzir dinheiro, pois a medicina se transformou num grande negócio, nas mãos de empresários com enorme poder econômico. Julgo precisarmos mais de ética que de técnica. Mas ética “não dá dinheiro”.

A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, comequilíbriodeinteressesenecessidades.Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva.

A ciência também é amoral e deve ser digerida pela moral social. Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem colaborar em nada para uma saudável evolução? Quantos artigos médicos, além de aulas e conferências, são fraudados para convencer os menos informados a assumir determinadas condutas? Essa cultura já impregnou as academias médicas e as piores consequências se fazem sentir na qualidade do ensino e da assistência.

Como dizia Karl Marx, os setores que dominam o sistema financeiro, “ao fundarem a produção econômica na exploração da ciência aplicada, e ao monopolizarem em seu proveito as invenções tecnológicas”, caminhariam a passos largos para um domínio sem escrúpulos, amoral, das ciências. O paciente tornou-se um meio, e não um fim. Mesmo não sendo marxista, admiro a antevisão que teve esse pensador.

Demorará para sairmos desse padrão, em direção a uma situação eticamente aceitável, pois a mudança depende dos responsáveis por essa situação.

[...]

MADY, Charles. Que medicina nos espera amanhã? Estadão. 5 abr. 2016. Disponível em:<https://goo.gl/OFL5vW> . Acesso em: 20 mar. 2017 (Fragmento adaptado).

Releia o trecho a seguir.

“O indivíduo transformou-se em algo secundário [...], pois a medicina se transformou num grande negócio [...]”

Em relação aos períodos separados pela conjunção destacada, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta: A. 

     

    "Pois" antes do verbo é explicativa; "pois" depois do verbo é conclusiva. 

  • acrescentando....

     

    Alternativa correta: A. 

     

    "Pois" antes do verbo é explicativa;

    "pois" depois do verbo é conclusiva. 

    ''pois''  substituindo-se por já que é causal

  • Q823806

    CONSECUTIVA     =         CONSEQUÊNCIA :      QUE =  TAL, TÃO, DE SORTE

     

                                                DE MANEIRA

     TANTO QUE

                                                    TÃO

                                                     DE  SORTE QUE

     

    CONSECUTIVA =    DE OUTRO MODO, DE MANEIRA

     

    Consecutivas -ideia de consequência.   ( Tal, Tanto, Tamanho).

    Que   (precedido de termo que indica intensidade: tão, tal, tanto, etc.) de modo que, de sorte que..

     

     

    CAUSAL/EXPLICATIVA:                                QUE = JÁ QUE, PORQUE

            TRISTE QUE ESTAVA NÃO FOI PASSEAR      

             PORQUANTO,  PORQUE, UMA VEZ QUE, POIS, JÁ QUE

                                                            QUE:   se for possível substituir  a oração “porque motivo”

                                            COMO       =     PORQUE,  ANTES DA ORAÇÃO PRINCIPAL

     

     

     

  • Qual é a causa do individuo ter se transformado em algo secundário?

    R: A medicina ter se transformado em um grande negócio.

    Portanto gabarito letra: A

     

  • Relação de causa e consequência:

    "A medicina se transformou num grande negócio" CAUSA

    "O indivíduo transformou-se em algo secundário" CONSEQUÊNCIA

    Gab.A

  • O fato de... Faz com que ....

    (valor de causa) (valor de consequência)


    O fato do indivíduo se transformar em algo secundário, faz com que a medicina se transforme em um grande negocio.


    fonte: Comentários do QC mesmo.

  • “O indivíduo transformou-se em algo secundário [...], pois a medicina se transformou num grande negócio [...]”

    <------------- consequência -------------------------> <----------------------------- causa --------------------------------------->


ID
2463319
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

                         Que medicina nos espera amanhã?

Temos medicina primária que não necessita de minhas críticas. Basta consultar a imprensa diariamente. Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares de vezes mais que as epidemias virais que hoje nos acometem. Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da desgraça, não entendendo, ou não querendo entender, o significado da palavra prevenção, que é o pilar fundamental de qualquer sistema de saúde.

Metade da população não é servida por saneamento básico. Em compensação, a medicina terciária, da qual nos orgulhamos pela qualidade atingida, deveria estar em centros especializados devidamente localizados, espalhados pelo país, de preferência perto de centros universitários, de acordo com as necessidades regionais. Os gastos com tecnologia se reduziriam muito e equipamentos caríssimos não ficariam encaixotados, deteriorando-se, ou em mãos inexperientes, sem condições de ser utilizados. Por que, então, foram encaminhados a esses locais?

Para agravar, a maioria das escolas forma profissionais especializados, geralmente mais interessados em técnicas e métodos, e não em clínica. O contato com o paciente, o ouvir, o olhar, o palpar, o auscultar foram substituídos pelos exames complementares. O indivíduo transformou-se em algo secundário, meio de fazer funcionar uma máquina de produzir dinheiro, pois a medicina se transformou num grande negócio, nas mãos de empresários com enorme poder econômico. Julgo precisarmos mais de ética que de técnica. Mas ética “não dá dinheiro”.

A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, comequilíbriodeinteressesenecessidades.Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva.

A ciência também é amoral e deve ser digerida pela moral social. Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem colaborar em nada para uma saudável evolução? Quantos artigos médicos, além de aulas e conferências, são fraudados para convencer os menos informados a assumir determinadas condutas? Essa cultura já impregnou as academias médicas e as piores consequências se fazem sentir na qualidade do ensino e da assistência.

Como dizia Karl Marx, os setores que dominam o sistema financeiro, “ao fundarem a produção econômica na exploração da ciência aplicada, e ao monopolizarem em seu proveito as invenções tecnológicas”, caminhariam a passos largos para um domínio sem escrúpulos, amoral, das ciências. O paciente tornou-se um meio, e não um fim. Mesmo não sendo marxista, admiro a antevisão que teve esse pensador.

Demorará para sairmos desse padrão, em direção a uma situação eticamente aceitável, pois a mudança depende dos responsáveis por essa situação.

[...]

MADY, Charles. Que medicina nos espera amanhã? Estadão. 5 abr. 2016. Disponível em:<https://goo.gl/OFL5vW> . Acesso em: 20 mar. 2017 (Fragmento adaptado).

Analise as afirmativas a seguir.

I. Os recursos materiais tornam-se destrutivos quando não contrabalançados pelo poder intelectual.

II. O autor compara um dos problemas na área da medicina a uma doença.

III. Há muita tecnologia produzida que se torna inutilizada rapidamente.

Estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • PODER MATERIAL QUE SE TÓRNA DESTRUTIVO, CASO NÃO HAJA CONTRABALANÇO COM O PODER INTELECTUAL

  • Poder material PODE-SE tornar, e não torna-se destrutivo como afirma a frase.

    "Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva."

  • "III. Há muita tecnologia produzida que se torna inutilizada rapidamente. Como isso foi considerado correto?
    O próprio texto afirma que essa tecnologia já nasce inútil. E não que ela se torna inútil.

  • O comentário da Flávia está corretíssimo!!!

  • Srtª Flavia Rita esta de parabêns. 

     

  • Com relação ao item II. O autor compara um dos problemas na área da medicina a uma doença.

    Onde no texto encontro essa comparação?

  • Sério que este trecho "Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente" valida o item III???? 

     

    III. Há muita tecnologia produzida que se torna inutilizada rapidamente.

     

    No trecho afirma que a tecnologia é sim utilizada, apesar de não ser util.

     

  • II - Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares de vezes mais que as epidemias virais que hoje nos acometem.

    III - ...quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento...

  • O comentário da Flavia StaRita é muito pertinente. Cai na "pegadinha" desta questão em não notar que PODE é algo que não necessariamente tornaria destrutiva.

  • Eu vi o que a Flávia Rita falou e entendi o ponto dela, mas não acho que esse seja o motivo de o item I estar errado.
    Eu exerguei a quesão de outra forma: Prestem atenção.

     

    Vamos voltar mais um poucoquinho no texto, pq é importante enxergar a oração como um todo...

     

    O texto diz :  "A TECNOLOGIA  transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, com equilíbrio de interesses e necessidades. Ela ( ELA QUEM?? ORA, A TECNOLOGIA)  nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, PODE TORNAR-SE DESTRUTIVA

    Agora me digam QUEM pode tornar-se DESTRUTIVA??? o "poder material" / " Os recursos materiais" ( como afirma o item I) ou a TECNOLOGIA???

    Gente é obvio que o erro do item foi um erro de CONCORDANCIA!

    Notem que  a palavra está flexionada (DESTRUTIVA)  devido ao substantivo feminino TECNOLOGIA. E NAO DEVIDO A "RECURSOS MATERIAIS"

    SE FOSSE ESSE O CASO, DEVIRIA ESTAR ESCRITO:

    ".... nos dá poder MATERIAL que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, PODE TORNAR-SE DESTRUTIVO"

    logo o correto é : 

    Ela, (A TECNOLOGIA)  nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, PODE TORNAR-SE DESTRUTIVA.

  • Concordo com o estevão: a questão é mais simples do que todos estão comentando aqui.

    "A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, [...]. Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva."

    Foi a TECNOLOGIA não os recursos materiais .... que tornam-se destrutivos quando não contrabalançados pelo poder intelectual

    Pronto!

    Se a I está errada, só pode ser a alternativa C

  • Indiquem para comentário do professor QC. Até agora, mesmo com o comentário da Flavia Rita, não há esclarecimento total da questão. Inclusive, acredito que nem o professor do QC consegue explicar, pois algumas respostas dessa banca é 'porque Deus quis'.

  • Questão polêmica! Inicialmente tinha marcado a letra A. Pq considerei a I e a II como corretas e a III errada. Depois fui analisando cuidadosamente e percebi que a I CERTAMENTE ESTÁ ERRADA. A I está errada pq fala que os RECURSOS MATERIAIS TORNAM-SE DESTRUTIVOS e no texto o que pode se tornar destrituiva É A TECNOLOGIA e não os recursos. " Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva." A tecnologia - destruitiva e não os recursos destrutivos. ok. 

    o item II - está correto. Logo no início do texto o autor compara os problemas a uma doença quando ele diz: " Temos a medicina primária. Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares..." ou seja, ele compara a medicina primária a uma doença, dizendo que ela é uma endemia que mata muitas pessoas. 

    O item III, para mim, ficaria errado simplesmente por causa da palavra : " rapidamente". No texto fala que a tecnologia fica deteriorando-se, sem condições de utilização, mmmmaaaasss não fala que é RAPIDAMENTE. Aliás, se pensarmos com o nosso conhecimento de mundo, uma tecnologia não fica inutilizada rapidamente, ela demora a deteriorar. Enfim!! Questão polêmica. 

    Acertaria a questão se tivesse a certeza que o item I está errado e o II correto. Por eliminação. 

  • Errei a questão com base nesse raciocínio:


    Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem colaborar em nada para uma saudável evolução? 


    O texto fala de tecnologia inútil e não tecnologia que se torna inútil, ultrapassada, por exemplo, rapidamente.



  • Será que o item III está correto, porque essa tecnologia que se torna "inutilizada rapidamente" se refere à tecnologia que cai "em mãos inexperientes, sem condições de ser utilizados" (linha 8)?

  • Estevão tem razão, pois pensei da mesma forma.

  • III. Há muita tecnologia produzida que se torna inutilizada rapidamente.

    quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades

  • Resolução estratégica da questão:

    A proposição (I) aparece em todas as alternativas de resposta, exceto letra (C).

    I - "Os recursos materiais tornam-se destrutivos quando não contrabalançados pelo poder intelectual."

    O texto diz: "Ela (a tecnologia) nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva.

    Texto dá a ideia de possibilidade, não de certeza. Eliminando a proposição (I), a única resposta possível é a letra (C).

    Obs: Sobre a proposição (III) concordo que é debatível, e eu mesmo errei a questão. Mas acho que, nestes casos, é bom tentar achar uma solução estratégica para evitar ter que entrar com recurso. Nas provas da FUNDEP, há várias questões que podem ser resolvidas desta maneira.


ID
2463322
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

                         Que medicina nos espera amanhã?

Temos medicina primária que não necessita de minhas críticas. Basta consultar a imprensa diariamente. Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares de vezes mais que as epidemias virais que hoje nos acometem. Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da desgraça, não entendendo, ou não querendo entender, o significado da palavra prevenção, que é o pilar fundamental de qualquer sistema de saúde.

Metade da população não é servida por saneamento básico. Em compensação, a medicina terciária, da qual nos orgulhamos pela qualidade atingida, deveria estar em centros especializados devidamente localizados, espalhados pelo país, de preferência perto de centros universitários, de acordo com as necessidades regionais. Os gastos com tecnologia se reduziriam muito e equipamentos caríssimos não ficariam encaixotados, deteriorando-se, ou em mãos inexperientes, sem condições de ser utilizados. Por que, então, foram encaminhados a esses locais?

Para agravar, a maioria das escolas forma profissionais especializados, geralmente mais interessados em técnicas e métodos, e não em clínica. O contato com o paciente, o ouvir, o olhar, o palpar, o auscultar foram substituídos pelos exames complementares. O indivíduo transformou-se em algo secundário, meio de fazer funcionar uma máquina de produzir dinheiro, pois a medicina se transformou num grande negócio, nas mãos de empresários com enorme poder econômico. Julgo precisarmos mais de ética que de técnica. Mas ética “não dá dinheiro”.

A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, comequilíbriodeinteressesenecessidades.Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva.

A ciência também é amoral e deve ser digerida pela moral social. Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem colaborar em nada para uma saudável evolução? Quantos artigos médicos, além de aulas e conferências, são fraudados para convencer os menos informados a assumir determinadas condutas? Essa cultura já impregnou as academias médicas e as piores consequências se fazem sentir na qualidade do ensino e da assistência.

Como dizia Karl Marx, os setores que dominam o sistema financeiro, “ao fundarem a produção econômica na exploração da ciência aplicada, e ao monopolizarem em seu proveito as invenções tecnológicas”, caminhariam a passos largos para um domínio sem escrúpulos, amoral, das ciências. O paciente tornou-se um meio, e não um fim. Mesmo não sendo marxista, admiro a antevisão que teve esse pensador.

Demorará para sairmos desse padrão, em direção a uma situação eticamente aceitável, pois a mudança depende dos responsáveis por essa situação.

[...]

MADY, Charles. Que medicina nos espera amanhã? Estadão. 5 abr. 2016. Disponível em:<https://goo.gl/OFL5vW> . Acesso em: 20 mar. 2017 (Fragmento adaptado).

Releia o trecho a seguir.

“A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, com equilíbrio de interesses e necessidades.”

A respeito da palavra destacada, analise as afirmativas a seguir.

I. Trata-se de um adjetivo que qualifica a palavra “dominadora”.

II. Possui o mesmo significado que “imoral” em qualquer contexto.

III. É formada por uma derivação sufixal.

De acordo com a norma padrão, estão incorretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Letra : D. 

    I. Trata-se de um adjetivo que qualifica a palavra “dominadora”.

    II. Possui o mesmo significado que “imoral” em qualquer contexto.

    III. É formada por uma derivação sufixal.

  • Item I: incorreta

     

    A palavra amoral é um adjetivo que está qualificando a palavra tecnocracia (substantivo) e não a palavra dominadora (adjetivo). O adjetivo não pode qualificar outro adjetivo.

     

    Item II: incorreta (ambos sentidos diferentes)

    Significado de Amoral

    Substantivo  masculino: Pessoa indiferente à moral; quem não se opõe nem concorda com os preceitos morais: era juiz, mas agia como um amoral.

    Adjetivo: Que não se opõe nem concorda com as regras morais. Desprovido de senso moral por falta de conhecimento, por indiferença ou por reprovar os códigos morais. Não confundir com: imoral.

    Significado de Imoral

    Adjetivo: Que não tem nenhum princípio moral; que vive contrariamente à moral: homem imoral. Contrário à moral, às normas de conduta estabelecidas por um grupo social, aos bons costumes: obra imoral. Que se opõe ao pudor, à decência; indecente: comportamento imoral; relacionamento imoral.

    Substantivo masculino e feminino Devasso; quem leva a vida de maneira libertina.

     

    Item III: incorreta

     

    A palavra amoral tem derivação prefixal; não, sufixal.

     

     

     

  • AMORAL: que não tem moral.

     

    A - MORAL -> derivação prefixal, ou seja, é o acrescimo de prefixos no início da palavra.

  • Tudo errado.

    I. qualifica a palavra "tecnocracia"

    II. imoral é o oposto de moral. Alguém é imoral quando age sem ética ou honra. Amoral é alguém que não é motivado por moral, que faz decisões não baseadas em princípio éticos. Imoral geralmente implica intenção de fazer algo sabendo que é errado (e.g.: um político corrupto), enquanto que amoral é ignorância deste conceito (e.g.: um bebê ou alguém com deficiência intelectual).

    III. É formada por uma derivação prefixal..

  • Vamos ao que segue...

     

    I - Diferentemente de alguns comentários aqui, para mim, o erro dessa alternativa é que a palavra "amoral" nesse contexto é ADVÉRBIO (e não adjetivo como diz a afirmativa) que modifica o adjetivo "dominadora". Você pode perceber isso, pois se variarmos o sujeito "tecnocracia", o termo "amoral" não varia (advérbios são invariáveis, adjetivos são)

     

    II - Amoral = ausência de moral

        Imoral = que não tem moral (negação)

     

    III - é derivação prefixal.

     

    Espero ter ajudado.

     

    Abraço

  • INNNNNNNNNNNNNNNNNcorretas... 

     

    e eu aqui achando que tô ficando doida procurando as corretas EhuSHUAhSAuhSAHUusa

  • Imoral = algo que contraria a moral

    Amoral = algo sem moral (desconhecimento de qualquer conjunto de valores morais - relativo)

     

  • Gente que não leu o incorretas e ficou puto da cara sem entender nada. add

  • @Fabricio Acunha, a respeito da sua afirmação:

    " I - Diferentemente de alguns comentários aqui, para mim, o erro dessa alternativa é que a palavra "amoral" nesse contexto é ADVÉRBIO (e não adjetivo como diz a afirmativa) que modifica o adjetivo "dominadora". Você pode perceber isso, pois se variarmos o sujeito "tecnocracia", o termo "amoral" não varia (advérbios são invariáveis, adjetivos são) "

     

    Acredito que na realiade não se trata de um Adverbio, mas sim de um Adjetivo. Posso estar enganado e corrija-me se eu estiver errado! Mas para mim " tecnocracia dominadora amoral" - amoral estaria caracterizando a tecnocracia e não o adjetivo dominadora. 

     

    A tecnocracia é domindora e amoral. Não seria a dominação que teria "ausência de moral", mas justamente a própria tecnocracia, oriunda da tecnologia, criticada pelo texto.

     

    Portanto, na primeira afirmativa :

    I. Trata-se de um adjetivo que qualifica a palavra “dominadora”

    Estaria correto se fosse:

    I. Trata-se de um adjetivo que qualifica a palavra “tecnocracia”

  • Solicitem o comentário da questão ao professor do QC. 

  • Cara que BANCA fuleira kkkkk a palavra AMORAL pode ser formado por dois processos de formação prefixal ou sufixal

    AMORAL = A + MORAL = Prefixal

    AMORAL = AMORA+AL (Plantação de amora) = Sufixal 

    Show de bola, agora, temos de além de estudar igual a um desgraçado ter que adivinha o que a banca quer cobrar....ai fica dificil de mais !!!!!!!!

  • juliano cecilio. é só observar o texto que você verá que a plantação de amora não se encaixa.   devemos considerar o contexto tbm.

  • Diferença entre IMORAL e AMORAL

    Vejamos o seguinte exemplo: um bebê se perde dos pais durante uma excursão e vive mais de dez anos na selva, sendo criada no meio de chimpanzés. Um dia, o adolescente é encontrado por um grupo de biólogos que o levam para a cidade. Quando ele regressa, consegue fugir de uma instituição, e anda pelas ruas sem roupa, roubando para comer e fazendo as suas necessidades em qualquer lugar. Para uma pessoa que foi criada naquela sociedade, este comportamento pode ser considerado imoral, mas na realidade a criança é amoral, porque não conhece as regras da moralidade e não sabia que o que estava fazendo era considerado errado naquele contexto. 

    (https://www.significados.com.br/amoral/)

  • Juliano cecilio 

    kkkkkkkkkkkkkkkkk, tá estudando de mais, ta vendo coisa onde não tem kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

     

  • Na minha estatística pouco confiável, quando há essa questão de itens e pergunta sobre incorretas, na maioria das vezes todas estão incorretas. Fiquem atentos.

  • I. Trata-se de um adjetivo que qualifica a palavra “dominadora”. (Qualifica na verdade a tecnocracia)

    II. Possui o mesmo significado que “imoral” em qualquer contexto. (Se fosse a mesma coisa, não teriam nomes diferentes. Amoral quer dizer neutro moralmente, e imoral que dizer que não tem moral, ou contrário de moral)

    III. É formada por uma derivação sufixal. (Formado por uma derivação prefixal)

     

    A boa é a letra (D

  • Amoral: pessoa com ausência de moral.

    Imoral: pessoa adversa à moral.

    Fundep adora colocar como alternativa correta "todos os itens'...

  • Deveria ser Prefixial a-moral para mim este gabarito esta errado !
  • A Fundep tem essa característica de pedir as incorretas.


ID
2463325
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

                         Que medicina nos espera amanhã?

Temos medicina primária que não necessita de minhas críticas. Basta consultar a imprensa diariamente. Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares de vezes mais que as epidemias virais que hoje nos acometem. Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da desgraça, não entendendo, ou não querendo entender, o significado da palavra prevenção, que é o pilar fundamental de qualquer sistema de saúde.

Metade da população não é servida por saneamento básico. Em compensação, a medicina terciária, da qual nos orgulhamos pela qualidade atingida, deveria estar em centros especializados devidamente localizados, espalhados pelo país, de preferência perto de centros universitários, de acordo com as necessidades regionais. Os gastos com tecnologia se reduziriam muito e equipamentos caríssimos não ficariam encaixotados, deteriorando-se, ou em mãos inexperientes, sem condições de ser utilizados. Por que, então, foram encaminhados a esses locais?

Para agravar, a maioria das escolas forma profissionais especializados, geralmente mais interessados em técnicas e métodos, e não em clínica. O contato com o paciente, o ouvir, o olhar, o palpar, o auscultar foram substituídos pelos exames complementares. O indivíduo transformou-se em algo secundário, meio de fazer funcionar uma máquina de produzir dinheiro, pois a medicina se transformou num grande negócio, nas mãos de empresários com enorme poder econômico. Julgo precisarmos mais de ética que de técnica. Mas ética “não dá dinheiro”.

A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, comequilíbriodeinteressesenecessidades.Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva.

A ciência também é amoral e deve ser digerida pela moral social. Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem colaborar em nada para uma saudável evolução? Quantos artigos médicos, além de aulas e conferências, são fraudados para convencer os menos informados a assumir determinadas condutas? Essa cultura já impregnou as academias médicas e as piores consequências se fazem sentir na qualidade do ensino e da assistência.

Como dizia Karl Marx, os setores que dominam o sistema financeiro, “ao fundarem a produção econômica na exploração da ciência aplicada, e ao monopolizarem em seu proveito as invenções tecnológicas”, caminhariam a passos largos para um domínio sem escrúpulos, amoral, das ciências. O paciente tornou-se um meio, e não um fim. Mesmo não sendo marxista, admiro a antevisão que teve esse pensador.

Demorará para sairmos desse padrão, em direção a uma situação eticamente aceitável, pois a mudança depende dos responsáveis por essa situação.

[...]

MADY, Charles. Que medicina nos espera amanhã? Estadão. 5 abr. 2016. Disponível em:<https://goo.gl/OFL5vW> . Acesso em: 20 mar. 2017 (Fragmento adaptado).

São motivos que fazem com que esse texto se caracterize como um artigo de opinião, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito está A.

     

    A citação de Karl Marx para embasamento da reflexão não é considerado um argumento de autoridade?

  • Gabarito letra A.

     

     

    Sávio Luiz, certamente, sim. O enunciado pede a alternativa que apresenta uma característica que NÃO contribua de maneira essencial para que o texto seja caracterizado como artigo de opinião. Embora presente, o argumento de autoridade que você descreve não é relevante nessa perspectiva. Acredito que o argumento de autoridade sirva para dar maior robustez ao posicionamento do autor. Foi como interpretei, espero ter ajudado.

  • Bruno AFT...,

     

    O argumento de autoridade não é relevante na perspectiva do artigo de opinião? Como você mesmo colocou, se ele serve para "dar maior robustez ao posicionamento do autor", ele tem que ser relevante na referida perspectiva, pois é uma das ferramentas para embasar a argumentação.

     

    Talvez o argumento de autoridade não seja utilizado somente no artigo de opinião, e teria sido esse ponto que o examinador buscou. Mas, se for isso, também não sei se as outras três alternativas são utilizadas somente nessa modalidade. Acredito que não.

  • Gabarito letra A.

     

    Sávio Luiz, o que eu disse é que: dentre as quatro alternativas apresentadas, a que menos contribui para caracterizar o texto como artigo de opinião é o argumento de autoridade. Partindo do princípio de que um artigo de opinião tem como objetivo o convencimento do leitor a partir da apresentação dos pontos de vista do autor, o mínimo que se pode exigir é que o texto seja coerente, que exponha de fato um ponto de vista do autor buscando o convencimento do interlocutor.

     

    Não há dúvidas de que o argumento de autoridade serve como um potencial de convencimento para atestar que trata-se de uma tese correta, contudo, ainda que ausente, não descaracteriza o excerto como artigo de opinião, já que outros artifícios podem ser usados como o próprio poder de persuasão do escritor, argumentos históricos ou argumentos de prova concreta. Enfim, como disse, esse foi meu raciocínio. Espero ter contribuído, bons estudos.

  • Bruno AFT...,

     

    Acredito que o objetivo do examinador tenha sido avaliar justamente esse ponto que você conseguiu identificar, mesmo. Foi uma boa análise, parabéns. Eu não tinha enxergado sob essa perspectiva.

     

    Na minha opinião, é uma questão perigosa e fácil de errar na hora da prova, pois são todas características pertencentes ao mesmo tipo de texto, com o "porém" o qual já discutimos.

     

    Valeu pela explicação.

  • " Argumento de Autoridade:

    A ideia se sustenta pela citação de uma fonte confiável, que pode ser um especialista no assunto ou dados de instituição de pesquisa, uma frase dita por alguém, líder ou político, algum artista famoso ou algum pensador, enfim, uma autoridade no assunto abordado. A citação pode auxiliar e deixar consistente a tese.

    Não se esqueça de que a frase citada deve vir entre aspas. Veja:

    “O cinema nacional conquistou nos últimos anos qualidade e faturamento nunca vistos antes. ‘Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça’ - a famosa frase-conceito do diretor Glauber Rocha – virou uma fórmula eficiente para explicar os R$ 130 milhões que o cinema brasileiro faturou no ano passado”. (Adaptado de Época, 14/04/2004) "

    FONTE:http://oblogderedacao.blogspot.com.br/2012/10/tipos-de-argumentos.html

     

  • Sávio Luiz, quem disse que um pensador tem argumento de autoridade? Argumento de autoridade caracteriza-se por embasamento ciêntifico/comprovação.

  • 'SERGIO FILHO',

     

    Acredito que tenha.

     

    "A conclusão se sustenta pela citação de uma fonte confiável, que pode ser um especialista no assunto ou dados de instituição de pesquisa, uma frase dita por alguém, líder ou político, algum artista famoso ou algum pensador, enfim, uma autoridade no assunto abordado. A citação pode auxiliar e deixar consistente a tese."

     

    http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/portugues/redacao/dissertacao_e_narracao/argumentos

     

    "Argumentar por autoridade significa trazer ao discurso a opinião de pessoa reconhecida em determinada área do saber, para que suas palavras funcionem como reforço à veracidade da tese que se apresenta."

     

    http://www.cartaforense.com.br/conteudo/colunas/argumento-de-autoridade-a-importancia-da-pesquisa-da-doutrina-para-o-estudante-e-o-profissional-do-direito/129

  • Como dizia Karl Marx, os setores que dominam o sistema financeiro, “ao fundarem a produção econômica na exploração da ciência aplicada, e ao monopolizarem em seu proveito as invenções tecnológicas”, caminhariam a passos largos para um domínio sem escrúpulos, amoral, das ciências. O paciente tornou-se um meio, e não um fim. Mesmo não sendo marxista, admiro a antevisão que teve esse pensador.

     

     

    VELHO ISSO AQUI ´OQ??? ARGUMENTO DE AUTORIADE

  • Também errei, mas vendo os comentários, concordo com o Bruno AFT. Apesar de haver no texto um argumento de autoridade (Karlm Marx) que contribui para dar credibilidade ao artigo, acredito que ele seja dispensável nesse tipo de texto (artigo de opinião).

  • A questão cobra o nosso entendimento da tipologia textual. Ele afirma que é um ARTIGO DE OPINIÃO. Para o texto ser um artigo de opinião o texto DEVE TER OBRIGATORIAMENTE: 

    EXPOSIÇÃO DO PONTO DE VISTA DO AUTOR - LETRA C 

    BUSCA PELO CONVENCIMENTO DO LEITOR - LETRA D 

    ARGUMENTAÇÃO COERENTE - LETRA B 

    Por mais que o texto tenha um argumento de autoridade quando ele cita Karl Marx, esse recurso NÃO É OBRIGATÓRIO PARA SER UM ARTIGO DE OPINIÃO. To conseguindo acertar as questões de texto da Fundep por " a mais certa" ou "a mais errada". Não adianta brigar com a banca...temos que tentar entender o que ela quer de nós. ;)

  • argumento de autoridade não é  restrito ao artigo de opinião.

  • Sobre alguns gêneros de textos:

     

    Artigo de opinião é um tipo de texto dissertativo-argumentativo em que o autor tem a finalidade de apresentar determinado tema e seu ponto de vista, e por isso recebe esse nome. Essencial: Argumentação coerente + Exposição do ponto de vista do autor + Busca pelo convencimento do leitor de uma determinada opinião.

    Entrevistas: como ocorre no artigo de opinião, na entrevista se espera que o autor NÃO prime pela IMparcialidade, pelo contrário, é esperado de ambos os gêneros que além de informar, emitam sua opinião sobre determinado tema ou assunto, e que defenda seu ponto de vista.  

    Notícia é qualquer tipo de informação que apresenta um acontecimento novo e recente ou que divulga uma novidade sobre uma situação já existente. Fatos reais, atuais e cotidianos. Linguagem acessível e frases curtas. 

    Editorial é um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.

    Artigo científico é o trabalho acadêmico que apresenta resultados sucintos de uma pesquisa realizada de acordo com o método científico aceito por uma comunidade de pesquisadores.

    Resenha: sucinta, principal caracteristica é tecer, de forma breve, uma crítica sobre determinado assunto. É composta não apenas pela crítica direta, mas também por descrição, e esses dois elementos devem estar em perfeito equilíbrio no texto. 

     

    Fonte: colegas QC, minhas anotações e net. 

  • Em nenhum momento o autor do texto se identifica como uma autoridade no assunto. Ou seja, alguém que comhece bem o tem abordado.

  • Argumento de Autoridade: a conclusão se sustenta pela citação de uma fonte confiável, que pode ser um especialista no assunto ou dados de instituição de pesquisa, uma frase dita por alguém, líder ou político, algum artista famoso ou algum pensador, enfim, uma autoridade no assunto abordado.

  • Gabarito Letra A.

    EXCETO Argumento de autoridade.

  • Gaba: A

    O que pode nos confundir com Argumentos de Autoridade é o trecho que cita Karl Marx. Entretanto, Marx não se trata de uma autoridade, e sim de um charlatão. Hehehe!!

  • Não é necessário que um artigo apresente argumento de autoridade.


ID
2463328
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

                        A política de bom senso e o Mais Médicos

Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, se destacam os que têm até cinco anos de formado (86,2%), graduados em instituições privadas brasileiras (53,9%), jovens – na faixa etária de 26 a 30 anos – (44,4%) e do sexo feminino (54%).

Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores, que, articulados, podem ser resumidos em uma expressão: condições de trabalho.

Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.

Todos esses aspectos estão incluídos na proposta de criação de uma carreira de Estado para a categoria no âmbito do SUS, tema tratado em diferentes propostas em tramitação no Congresso Nacional, sendo que uma delas – a PEC 454/2009 – está pronta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.

A manifestação expressa na referida Demografia Médica indica o efeito positivo que a aprovação dessa PEC trará para o país ao assegurar aos médicos condições de um ético desempenho da medicina, sendo decisiva para eliminar de forma permanente os vazios assistenciais. A criação de uma carreira de Estado para o médico no SUS é a única solução viável para se fazer a interiorização da medicina no Brasil de forma consequente e estruturada. Ao contrário de outras ações [...] não visa o resultado imediato, fugaz e duvidoso, mas prepara o terreno para mudanças com ganhos de longo prazo, com [...] respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.

No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país. Esse foi o caminho para consolidar a presença da Justiça em municípios pequenos e distantes.

Deste modo, a carreira de Estado para o médico do SUS beneficiará a Nação como um todo, sendo que a adesão a esse chamado, dentro do escopo definido pela PEC em tramitação, sem sombra de dúvidas será significativa. Afinal, historicamente, o médico brasileiro vem cumprindo seu papel, garantindo assistência aos pacientes e familiares, mesmo quando as condições de trabalho estão longe do ideal.

[...]

Além de o País poder contar com recursos humanos, nos postos de saúde, com formação reconhecida, entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País.

[...]

VITAL, Carlos. A política de bom senso e o Mais Médicos. Saúde Jur. 6 fev. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/9XRIZE> . Acesso em: 22 mar. 2017 (Fragmento adaptado).

São fatores que corroboram e complementam a argumentação do autor do texto, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe justificar, por meio do texto, esse gabarito?

    Pensei que a alternativa A fosse ao encontro do trecho "entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País."

     

  • Também errei...mas se vc verificar no texto perceberá que o autor afirma que os gastos são dispendiosos para o governo brasileiro mas não afirma que isso ocorre porque é feito pela organização pan- americana...a letra a afirma isso..o conectivos pois leva a esse entendimento

  • RESPOSTA CORRETA - LETRA A.


    Perceba-se que ao afirmar que em sua afirmação o autor não diz que fica mais "dispendioso", mais "caro" contratar médicos cubanos, mas sim que tais recursos não retornam à economia brasileira (não são gastos aqui).


    Confira-se:

    "entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País."



  • Qual trecho esta embasado a alternativa C?

  • Também gostaria de saber qual trecho do texto embasa a letra C.

  • Qual erro da letra C) ?


ID
2463331
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

                        A política de bom senso e o Mais Médicos

Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, se destacam os que têm até cinco anos de formado (86,2%), graduados em instituições privadas brasileiras (53,9%), jovens – na faixa etária de 26 a 30 anos – (44,4%) e do sexo feminino (54%).

Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores, que, articulados, podem ser resumidos em uma expressão: condições de trabalho.

Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.

Todos esses aspectos estão incluídos na proposta de criação de uma carreira de Estado para a categoria no âmbito do SUS, tema tratado em diferentes propostas em tramitação no Congresso Nacional, sendo que uma delas – a PEC 454/2009 – está pronta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.

A manifestação expressa na referida Demografia Médica indica o efeito positivo que a aprovação dessa PEC trará para o país ao assegurar aos médicos condições de um ético desempenho da medicina, sendo decisiva para eliminar de forma permanente os vazios assistenciais. A criação de uma carreira de Estado para o médico no SUS é a única solução viável para se fazer a interiorização da medicina no Brasil de forma consequente e estruturada. Ao contrário de outras ações [...] não visa o resultado imediato, fugaz e duvidoso, mas prepara o terreno para mudanças com ganhos de longo prazo, com [...] respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.

No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país. Esse foi o caminho para consolidar a presença da Justiça em municípios pequenos e distantes.

Deste modo, a carreira de Estado para o médico do SUS beneficiará a Nação como um todo, sendo que a adesão a esse chamado, dentro do escopo definido pela PEC em tramitação, sem sombra de dúvidas será significativa. Afinal, historicamente, o médico brasileiro vem cumprindo seu papel, garantindo assistência aos pacientes e familiares, mesmo quando as condições de trabalho estão longe do ideal.

[...]

Além de o País poder contar com recursos humanos, nos postos de saúde, com formação reconhecida, entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País.

[...]

VITAL, Carlos. A política de bom senso e o Mais Médicos. Saúde Jur. 6 fev. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/9XRIZE> . Acesso em: 22 mar. 2017 (Fragmento adaptado).

De acordo com o texto, são fatores que motivam os médicos a se inscreverem no Mais Médicos, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.

  • EXCETOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

  • Contraprestação pecuniária: Montante pago pelo contratante de plano de saúde a uma operadora para garantir a prestação continuada dos serviços contratados. Também conhecida como prêmio ou mensalidade.

     

    https://brainly.com.br/tarefa/8476516


ID
2463334
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

                        A política de bom senso e o Mais Médicos

Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, se destacam os que têm até cinco anos de formado (86,2%), graduados em instituições privadas brasileiras (53,9%), jovens – na faixa etária de 26 a 30 anos – (44,4%) e do sexo feminino (54%).

Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores, que, articulados, podem ser resumidos em uma expressão: condições de trabalho.

Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.

Todos esses aspectos estão incluídos na proposta de criação de uma carreira de Estado para a categoria no âmbito do SUS, tema tratado em diferentes propostas em tramitação no Congresso Nacional, sendo que uma delas – a PEC 454/2009 – está pronta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.

A manifestação expressa na referida Demografia Médica indica o efeito positivo que a aprovação dessa PEC trará para o país ao assegurar aos médicos condições de um ético desempenho da medicina, sendo decisiva para eliminar de forma permanente os vazios assistenciais. A criação de uma carreira de Estado para o médico no SUS é a única solução viável para se fazer a interiorização da medicina no Brasil de forma consequente e estruturada. Ao contrário de outras ações [...] não visa o resultado imediato, fugaz e duvidoso, mas prepara o terreno para mudanças com ganhos de longo prazo, com [...] respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.

No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país. Esse foi o caminho para consolidar a presença da Justiça em municípios pequenos e distantes.

Deste modo, a carreira de Estado para o médico do SUS beneficiará a Nação como um todo, sendo que a adesão a esse chamado, dentro do escopo definido pela PEC em tramitação, sem sombra de dúvidas será significativa. Afinal, historicamente, o médico brasileiro vem cumprindo seu papel, garantindo assistência aos pacientes e familiares, mesmo quando as condições de trabalho estão longe do ideal.

[...]

Além de o País poder contar com recursos humanos, nos postos de saúde, com formação reconhecida, entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País.

[...]

VITAL, Carlos. A política de bom senso e o Mais Médicos. Saúde Jur. 6 fev. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/9XRIZE> . Acesso em: 22 mar. 2017 (Fragmento adaptado).

Releia o trecho a seguir.

“[...] com respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.”

Sobre o uso dos acentos indicativos de crase nesse trecho, analise as afirmativas a seguir.

I. Seu uso é obrigatório.

II. Ocorrem em virtude da determinação dos substantivos femininos “legislação” e “ética”.

III. São regidos pelo substantivo masculino “respeito”.

De acordo com a norma padrão, estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • III. São regidos pelo substantivo masculino “respeito”.

    Respeito não é verbo?

  • por que não é obrigatória a crase neste enunciado? Obs, de acordo ao item I.

  • O respeito, nete caso, não representa auma ação. Foi substantivado.

  • ACHEI EQUIVOCADO O GABARITO, NA ASSERTIVA 2 POR EXEMPLO: ELE AFIRMA QUE OCORRE EM RAZÃO DA DETERMINAÇÃO DOS SUBSTATIVOS FEMININOS. ISSO É UM DOS REQUISITOS , POIS FALTOU ELE AFIRMAR QUE ALÉM DESSE FATO, O TERMO ANTERIOR REGE A PREPOSIÇÃO "A". AO MEU VER , RESPOSTA INCOMPLETA.

  • Definição de Respeito

    Classe gramatical: substantivo masculino
    Flexão do verbo respeitar na: 1ª pessoa do singular do Presente do Indicativo
    Separação silábica: res-pei-to
    Plural: respeitos

  • respeito nao é verbo ,respeitar sim

  • diante de palavra feminina é facultativo o uso da crase. não entendi

     

  • Vamos indicar para o comentário do professor

  • ''Com respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.”

    - Respeito substantivo masculino, Preposição + Artigos: De + a(s) = da(s)

    ''Com respeito ''da'' legislação, ''da'' ética e aos princípios da gestão eficiente.”

    Meu entendimento.

     

    Josué 1:9

    “Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar.”

     

  • Colega GUSTAVO BARBOZA sua dúvida: 

    "diante de palavra feminina é facultativo o uso da crase. não entendi" 

    Ocorre que o uso de crase é FACULTATIVO em 3 casos,e diante de PALAVRA FEMININA não é um deles, muito pelo contrário 

    é uma das regras que exige o uso da crase, a FACULTATIVIDADE se dá nos seguintes casos :

    a) Antes do PRONOME POSSESSIVO FEMININO : SUA 

    b) Depois da PREPOSIÇÃO : ATÉ

    c) Antes de nome PRÓPRIO FEMININO.

     

     

  • “[...] com respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.”

    Sobre o uso dos acentos indicativos de crase nesse trecho, analise as afirmativas a seguir.

     

    I. Seu uso é obrigatório.

    CORRETO: é obrigatório para se manter o paralelismo sintático. Não seria obrigatório se estivesse assim:

    ...com respeito a legislação, ética e trabalho. (neste caso só há a preposição "a" exigida pela regência de respeito ==> quem tem respeito, tem respeito a; sem artigo, por isto não há crase e nem artigo nos substantivos seguintes.

     

    II. Ocorrem em virtude da determinação dos substantivos femininos “legislação” e “ética”.

    CORRETO. Conforme item anterior ==> a (preposição exigida por "respeito" + artigo "a")

     

     

    III. São regidos pelo substantivo masculino “respeito”.

    CORRETO, conforme já dito.

  • O gabarito é a D)

  • Essa questão me parece ser uma baita pegadinha de interpretação da pergunta. Vejam o porquê:

    “[...] com respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.”

    Sobre o uso dos acentos indicativos de crase nesse trecho, analise as afirmativas a seguir.

    JUSTIFICATIVA: A pergunda é muito sutil e, num primeiro momento, me fez errar a resposta. Isso porque eu analisei o trecho "I" (Seu uso é obrigatório) como sendo errado, levando em conta que em situações de paralelismo sintático há várias possibilidades de se construir um período, inclusive utilizando-se somente a preposição, sem a ocorrência da crase. E por isso eu julguei que não seria obrigatório.

    Acontece que a pergunta é sobre a abrigação da utlização do ACENTO GRAVE no treco mencionado e não quanto a OBRIGAÇÃO DA OCORRÊNCIA CRASE (são coisas parecidas, mas diferentes). Como saber se a utilização do acento é obrigatória ou não nesse caso específico? Uma das formas de se contruir um período em que há paralelismo sintático é colocando a preposição e o artigo antes de todos os elementos (respeito... a+a=à legislação; a+a=à ética; a+os=aos princípios). Observa-se que nos dois primeiors casos houve a fusão dos sons da preposição a (regência de "respeito") com o artigo a, o que obriga a utilização do acento grave. No terceiro caso não há a ocorrência da crase, apenas a junção da preposição a com o artigo os.

    Então a alterganiva "I. Seu uso é obrigatório." está correta.

  • Substantivo masculino pensei que não pudesse usar crase...

  • Keila Cristina, a palavra "respeito" é apenas o substantivo responsável por reger a preposição "a", é diferente de o artigo "a" vir precedido de palavras femininas! 

  • Concordo com o Eric Macedo.

  • I - Correto, o uso apenas será facultativo diante da preposição "até", antes dos nomes próprios femininos e pronomes pessoais femininos.

    II - Correto,pois para que haja o acento grave indicativo da crase, necessário a contração da preposição com o determinante (artigo) feminino.

    III - Correto, tem-se complemento nominal ao substantivo "respeito".

    OBS: complemento nominal é o termo preposicionado, com função passiva, que completa o significado de substantivos abstratos, adjetivos e advérbios.

    Fundep adora ter como alternativa correta as três assertivas...

  • Incompleta não é errada.


ID
2463337
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

                        A política de bom senso e o Mais Médicos

Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, se destacam os que têm até cinco anos de formado (86,2%), graduados em instituições privadas brasileiras (53,9%), jovens – na faixa etária de 26 a 30 anos – (44,4%) e do sexo feminino (54%).

Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores, que, articulados, podem ser resumidos em uma expressão: condições de trabalho.

Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.

Todos esses aspectos estão incluídos na proposta de criação de uma carreira de Estado para a categoria no âmbito do SUS, tema tratado em diferentes propostas em tramitação no Congresso Nacional, sendo que uma delas – a PEC 454/2009 – está pronta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.

A manifestação expressa na referida Demografia Médica indica o efeito positivo que a aprovação dessa PEC trará para o país ao assegurar aos médicos condições de um ético desempenho da medicina, sendo decisiva para eliminar de forma permanente os vazios assistenciais. A criação de uma carreira de Estado para o médico no SUS é a única solução viável para se fazer a interiorização da medicina no Brasil de forma consequente e estruturada. Ao contrário de outras ações [...] não visa o resultado imediato, fugaz e duvidoso, mas prepara o terreno para mudanças com ganhos de longo prazo, com [...] respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.

No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país. Esse foi o caminho para consolidar a presença da Justiça em municípios pequenos e distantes.

Deste modo, a carreira de Estado para o médico do SUS beneficiará a Nação como um todo, sendo que a adesão a esse chamado, dentro do escopo definido pela PEC em tramitação, sem sombra de dúvidas será significativa. Afinal, historicamente, o médico brasileiro vem cumprindo seu papel, garantindo assistência aos pacientes e familiares, mesmo quando as condições de trabalho estão longe do ideal.

[...]

Além de o País poder contar com recursos humanos, nos postos de saúde, com formação reconhecida, entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País.

[...]

VITAL, Carlos. A política de bom senso e o Mais Médicos. Saúde Jur. 6 fev. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/9XRIZE> . Acesso em: 22 mar. 2017 (Fragmento adaptado).

Assinale a alternativa cujo trecho melhor justifica o título do texto.

Alternativas
Comentários
  • “Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).”  C - CORRETA.

     

    ESSE TRECHO DA "C" TRADUZ COM CLAREZA O QUE SERIA A POLÍTICA DO BOM SENSO PERANTE O PROGRAMA MAIS MÉDICOS REFERENCIADA NO TÍTULO.

    EU CONSIDEREI ASSIM E ACERTEI.

  • O autor foi meio que "Irônico", ao relacionar o mais médico x concursos públicos, pois se tem médico para esse programa também haverá mais doutores para o SUS.

     

    Letra C

  • Fiquei na dúvida entre C e D, e acabei marcando errado.

    Mas agora pensei assim, o título é "A política de bom senso e o Mais Médicos", então qual trecho traz uma proposta de uma política de bom senso (uma decisão de bom senso), na percepção do autor? e que ao mesmo tempo fale/relacione ao programa Mais Médicos?

    A alternativa c, atende aos dois requisitos: “Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).” 

    Com relação a D: embora apresente também uma "política da bom senso" (lembrar que é um artigo de opinião então estará tentando nos convencer com diferentes argumentos), não relaciona no trecho específico ao programa Mais Médico. 

     

    Bom, foi assim que consegui fixar o gabarito. 


ID
2463340
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

                        A política de bom senso e o Mais Médicos

Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, se destacam os que têm até cinco anos de formado (86,2%), graduados em instituições privadas brasileiras (53,9%), jovens – na faixa etária de 26 a 30 anos – (44,4%) e do sexo feminino (54%).

Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores, que, articulados, podem ser resumidos em uma expressão: condições de trabalho.

Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.

Todos esses aspectos estão incluídos na proposta de criação de uma carreira de Estado para a categoria no âmbito do SUS, tema tratado em diferentes propostas em tramitação no Congresso Nacional, sendo que uma delas – a PEC 454/2009 – está pronta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.

A manifestação expressa na referida Demografia Médica indica o efeito positivo que a aprovação dessa PEC trará para o país ao assegurar aos médicos condições de um ético desempenho da medicina, sendo decisiva para eliminar de forma permanente os vazios assistenciais. A criação de uma carreira de Estado para o médico no SUS é a única solução viável para se fazer a interiorização da medicina no Brasil de forma consequente e estruturada. Ao contrário de outras ações [...] não visa o resultado imediato, fugaz e duvidoso, mas prepara o terreno para mudanças com ganhos de longo prazo, com [...] respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.

No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país. Esse foi o caminho para consolidar a presença da Justiça em municípios pequenos e distantes.

Deste modo, a carreira de Estado para o médico do SUS beneficiará a Nação como um todo, sendo que a adesão a esse chamado, dentro do escopo definido pela PEC em tramitação, sem sombra de dúvidas será significativa. Afinal, historicamente, o médico brasileiro vem cumprindo seu papel, garantindo assistência aos pacientes e familiares, mesmo quando as condições de trabalho estão longe do ideal.

[...]

Além de o País poder contar com recursos humanos, nos postos de saúde, com formação reconhecida, entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País.

[...]

VITAL, Carlos. A política de bom senso e o Mais Médicos. Saúde Jur. 6 fev. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/9XRIZE> . Acesso em: 22 mar. 2017 (Fragmento adaptado).

Assinale a alternativa em que a ideia exposta entre colchetes não está presente no respectivo trecho.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

     

    a)“No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país.” [TEMPO]

     b) “Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona [...]” [PERSPECTIVA]

     c)“De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores [...]” [CONFORMISMO]   ERRADA

     d)“Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do país.” [CONJUNTURA]

  • A afirmação da alternativa C estaria correta caso o termo entre parênteses fosse "Conformidade".


ID
2463343
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

                        A política de bom senso e o Mais Médicos

Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, se destacam os que têm até cinco anos de formado (86,2%), graduados em instituições privadas brasileiras (53,9%), jovens – na faixa etária de 26 a 30 anos – (44,4%) e do sexo feminino (54%).

Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores, que, articulados, podem ser resumidos em uma expressão: condições de trabalho.

Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.

Todos esses aspectos estão incluídos na proposta de criação de uma carreira de Estado para a categoria no âmbito do SUS, tema tratado em diferentes propostas em tramitação no Congresso Nacional, sendo que uma delas – a PEC 454/2009 – está pronta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.

A manifestação expressa na referida Demografia Médica indica o efeito positivo que a aprovação dessa PEC trará para o país ao assegurar aos médicos condições de um ético desempenho da medicina, sendo decisiva para eliminar de forma permanente os vazios assistenciais. A criação de uma carreira de Estado para o médico no SUS é a única solução viável para se fazer a interiorização da medicina no Brasil de forma consequente e estruturada. Ao contrário de outras ações [...] não visa o resultado imediato, fugaz e duvidoso, mas prepara o terreno para mudanças com ganhos de longo prazo, com [...] respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.

No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país. Esse foi o caminho para consolidar a presença da Justiça em municípios pequenos e distantes.

Deste modo, a carreira de Estado para o médico do SUS beneficiará a Nação como um todo, sendo que a adesão a esse chamado, dentro do escopo definido pela PEC em tramitação, sem sombra de dúvidas será significativa. Afinal, historicamente, o médico brasileiro vem cumprindo seu papel, garantindo assistência aos pacientes e familiares, mesmo quando as condições de trabalho estão longe do ideal.

[...]

Além de o País poder contar com recursos humanos, nos postos de saúde, com formação reconhecida, entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País.

[...]

VITAL, Carlos. A política de bom senso e o Mais Médicos. Saúde Jur. 6 fev. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/9XRIZE> . Acesso em: 22 mar. 2017 (Fragmento adaptado).

Releia o trecho a seguir.

“Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).”

O segundo período:

Alternativas
Comentários
  • Ele está detalhando a informação dada no primeiro período.

  • Analisando as alternativas:

     

    a) ressalva a informação do primeiro.

    Errada. Porque ressalva é para corrigir algo que foi escrito errado.

     

    b) é a conclusão da informação do primeiro.

    Errada. É necessário conter um conjunção conclusiva .

     

     

    c) situa no tempo a informação do primeiro.

    Errada. Em relação ao segundo período, ocorreram fatos que não foram simultâneos.


ID
2463346
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

                        A política de bom senso e o Mais Médicos

Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, se destacam os que têm até cinco anos de formado (86,2%), graduados em instituições privadas brasileiras (53,9%), jovens – na faixa etária de 26 a 30 anos – (44,4%) e do sexo feminino (54%).

Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores, que, articulados, podem ser resumidos em uma expressão: condições de trabalho.

Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.

Todos esses aspectos estão incluídos na proposta de criação de uma carreira de Estado para a categoria no âmbito do SUS, tema tratado em diferentes propostas em tramitação no Congresso Nacional, sendo que uma delas – a PEC 454/2009 – está pronta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.

A manifestação expressa na referida Demografia Médica indica o efeito positivo que a aprovação dessa PEC trará para o país ao assegurar aos médicos condições de um ético desempenho da medicina, sendo decisiva para eliminar de forma permanente os vazios assistenciais. A criação de uma carreira de Estado para o médico no SUS é a única solução viável para se fazer a interiorização da medicina no Brasil de forma consequente e estruturada. Ao contrário de outras ações [...] não visa o resultado imediato, fugaz e duvidoso, mas prepara o terreno para mudanças com ganhos de longo prazo, com [...] respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.

No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país. Esse foi o caminho para consolidar a presença da Justiça em municípios pequenos e distantes.

Deste modo, a carreira de Estado para o médico do SUS beneficiará a Nação como um todo, sendo que a adesão a esse chamado, dentro do escopo definido pela PEC em tramitação, sem sombra de dúvidas será significativa. Afinal, historicamente, o médico brasileiro vem cumprindo seu papel, garantindo assistência aos pacientes e familiares, mesmo quando as condições de trabalho estão longe do ideal.

[...]

Além de o País poder contar com recursos humanos, nos postos de saúde, com formação reconhecida, entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País.

[...]

VITAL, Carlos. A política de bom senso e o Mais Médicos. Saúde Jur. 6 fev. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/9XRIZE> . Acesso em: 22 mar. 2017 (Fragmento adaptado).

Releia o trecho a seguir.

“No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).”

Assinale a palavra que não é acentuada graficamente pelo mesmo motivo das demais.

Alternativas
Comentários
  • Regras:

    1- Proparoxítonas: 

    público

    médicos

    2- I e U do hiato

    distribuídas 

  • Acentua-se as vogais I e U tônicas (quando segunda vogal do hiato), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba.( não seguidas de NH).Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)

    Não se acentuam, hiatos como os das palavras:

    Motivo: -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados de -s na sílaba.
    ju - iz/ra - iz/ru - im/ca - ir
     

  • alternativa "D" Distríbuidas.

  • pelo mesmo motivo das demais.Significa que se deve observar qual é a regra p/ a maioria das palavras e ver qual usa uma regra diferente. Porque 2 palavras sao proparoxitonas, a resposta é a opçãop que nao contém essa regra

    d- Distribuídas (hiato)

  • Quero questões assim em minha prova! Questão fácil!

  • Enunciado no minimo duvidoso, de tão facil que a pessoa nem acredita no que esta vendo, acha que pode ser ... PEGADINHA DO MALANDRO.

  • Gabarito: LETRA D

     

    As palavras último, médico e público são acentuadas porque são proparoxítonas, já a palavra distribuídas é acentuada porque é um hiato em que o segundo elemneto é a vogal I, e ele encontra-se sozinho na sílaba.

  •  

    DESCOMPLICA: seus problemas acabaram. VIDE  

      DECIO TERROR    26min   VIDE:    https://www.youtube.com/watch?v=hgF5_RC6H8M

     

    dis-tri-bu-í-das

    Quantas sílabas tem distribuídas? 5 sílabas

    É uma palavra grave ou também chamado paroxítona (acento tônico na penúltima sílaba).

    ■ Hiato u-í. Veja mais exemplos do palavras con 'uí'.
    ■ Dígrafos de consoantes formados por 'tr' (consoante + R) são indivisíveis. Exemplos: ex-tra, ca-tre.

     

     

    Regras Gerais de Acentuação

     

    1)  Monossílabos tônicos terminados por a(s), e(s), o(s)

    chá, má, pé, vê, só, pôs

     

    2) Monossílados tônicos formados por ditongo aberto ÉIS, ÉU, ÓI

    réis, véu, dói

     

    3) Oxítonos termiandos em a(s), e(s), o(s), em-ens

    irá, fará, café, você, cipó, também, armazéns

     

    4) Todos paroxítonos exceto os terminados por a(s), e(s), o(s)

    glória, pólen, útil, caráter, série, órfão (ditongo crescente), órgão (ditongo crescente)

     Para decorar a regra das paroxítonas acentuadas: RIN LUX Ã ÃO PS.

     

    5) NÃO SE ACENTUAM   as paroxítonas com ditongos orais abertos EI e OI

    ideia, geleia, assembleia, jiboia, espermatozoide

     

    6) Não se acentuam as vogais I e U precedidas de ditongos nas palavras paroxítonas

    feiura, baiuca

     

    7) TODOS AS PROPAROXÍTONAS são acentuadas

     

    8) HIATOS: acentuam-se as letras I e U desde que sejam a segunda vogal tônica de um hiato e estejam sozinhas ou seguidas de S.

    caí, país, baú, balaústre.

     

    9) HIATOS formados por ee e oo NÃO devem ser acentuados

    creem, deem, leem, perdoo, magoo.

     

    10) TREMA : em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros

     

    11) o verbo Pôr diferencia-se da preposição por

     

    12) TÊM, contêm, detêm, mantêm indica plural diferenciando-se de tem, contém, detém, mantém no SINGULAR

     Q825801

    Também - oxítona terminada em "em

    Têm - 3ª pessoa plural   e monossilabo

     

    13) Pôde é utilizado na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo e pode na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo.

  • Ok, a questão era fácil, e não tem maiores dúvidas.

    Mas que esta redação está horrível está! rs.
    "Assinale a palavra que não é acentuada graficamente pelo mesmo motivo das demais."
    Não é mais fácil: "É acentuada por motivo diferente" ? ¬.¬

  • A PALAVRA QUE NÃO SEGUE AS DEMAIS É A DISTRIBUÍDAS, POIS ELA É UM HIATO E AS OUTRAS SÃO PROPAROXÍTONAS 

  • uma questão dessa pra advogado é de lascar

  • Sérgio Malandro bateria na porta do local da prova e diria "iéié"....

    Questão fácil, mas buga a cabeça..rs

  • Questão boa demais!

  • Redação horrível

  • GABARITO: LETRA D

    Regra de Acentuação para os Hiatos Tônicos (I e U):

    Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.

    Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...

    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.


ID
2463349
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III

                     Corações mais saudáveis do mundo estão em

                        povoado indígena da Bolívia, indica estudo

Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada. “É uma população incrível” com dietas e estilos de vida radicalmente diferentes, dizem os pesquisadores.

Os tsimanes caçam a própria comida e comem o que plantam. Os responsáveis pelo estudo afirmam que, apesar de o restante do mundo não poder fazer o mesmo, há lições a serem aprendidas.

Atualmente, a população dos tsimanes está estimada em 16 mil. Eles caçam, pescam e cultivam alimentos ao longo do Rio Raniqui, na floresta amazônica da Bolívia. O estilo de vida deles guarda semelhanças com o da civilização humana de milhares de anos atrás. O povoado isolado exigiu esforço dos cientistas, que tiveram de pegar vários voos e até uma canoa para chegar ao local.

Como é a dieta tsimane – e no que ela difere da nossa?

• 17% da dieta dos tsimanes é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara.

• 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre.

• O restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra.

• Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.

Ou seja...

• 72% das calorias diárias dos tsimanes vêm de carboidratos, comparado a 52% nos Estados Unidos.

• 14% vêm de gorduras, comparado com 34% nos Estados Unidos (eles também consomem muito menos gordura saturada).

• Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.

Atividade física

Os tsimanes também são mais bem mais ativos – os homens dão 17 mil passos por dia, e as mulheres, 16 mil. Até os maiores de 60 anos têm um desempenho bem acima do recomendado: 15 mil. Especialistas aconselham que as pessoas deem pelo menos 10 mil passos diários para manter um estilo de vida saudável.

Quão saudável é o coração dos tsimanes?

Para chegar às conclusões, os cientistas observaram o nível de cálcio nas artérias dos tsimanes – que indica o sinal de entupimento dos vasos sanguíneos e o risco de parada cardíaca. Eles examinaram o coração de 705 integrantes do povoado indígena por meio de tomografia computadorizada – e também receberam a ajuda de um grupo de pesquisa com experiência na análise de corpos mumificados.

Aos 45 anos, quase nenhum tsimane tinha CAC nas suas artérias, comparado a 25% dos americanos. E quando atingiram a idade de 75 anos, dois terços dos tsimanes não apresentavam nenhuma formação de cálcio no coração, comparado a 80% dos americanos. Os pesquisadores vêm estudando o povo há muito tempo. Dessa forma, eliminaram a possibilidade de que os resultados do estudo pudessem ter sido afetados pela morte precoce de alguns dos integrantes da comunidade.

Um dos pesquisadores, Michael Gurven, professor de antropologia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse à BBC que o nível de cálcio no coração dos tsimanes «é muito menor do que em qualquer outra população do mundo para a qual existem dados». “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.

Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.

O que os tsimanes podem nos ensinar?

“Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.

Reações

Gavin Sandercock, professor de fisiologia clínica na Universidade de Essex, no Reino Unido, que não participou do estudo, elogiou as descobertas da pesquisa. “É uma excelente pesquisa com descobertas únicas”, afirmou. “Os tsinames obtêm 72% de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”

Já o professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, disse se tratar de “um maravilhoso estudo da vida real que reafirma tudo o que entendemos sobre como prevenir doenças coronarianas”. “Em outras palavras, ter uma dieta saudável pobre em gorduras saturadas e repleta de produtos não processados, não fumar e ser ativo ao longo da vida está associado a um risco menor de entupimento de vasos sanguíneos”, conclui.

As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a maior causa de mortes no Brasil – são mais de 700 paradas cardíacas por dia e 300 mil mortes por ano (um terço do total geral). A alta frequência do problema posiciona o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.

          GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em

                         povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017.

                Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/geral-39308331>.

                                                                               Acesso em: 23 mar. 2017.

Em relação ao texto, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Olha o tamanho desse texto, quando acabar de ler o tempo da prova já se foi

  • Letra B.

    Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.

  • FUNDEP e esses textos gigantescos,
    particularmente eu gosto, separa bastante quem faz prova com estratégia,
    dos que resolvem as questões em ordem 1,2,3,4,5...


ID
2463352
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III

                     Corações mais saudáveis do mundo estão em

                        povoado indígena da Bolívia, indica estudo

Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada. “É uma população incrível” com dietas e estilos de vida radicalmente diferentes, dizem os pesquisadores.

Os tsimanes caçam a própria comida e comem o que plantam. Os responsáveis pelo estudo afirmam que, apesar de o restante do mundo não poder fazer o mesmo, há lições a serem aprendidas.

Atualmente, a população dos tsimanes está estimada em 16 mil. Eles caçam, pescam e cultivam alimentos ao longo do Rio Raniqui, na floresta amazônica da Bolívia. O estilo de vida deles guarda semelhanças com o da civilização humana de milhares de anos atrás. O povoado isolado exigiu esforço dos cientistas, que tiveram de pegar vários voos e até uma canoa para chegar ao local.

Como é a dieta tsimane – e no que ela difere da nossa?

• 17% da dieta dos tsimanes é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara.

• 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre.

• O restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra.

• Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.

Ou seja...

• 72% das calorias diárias dos tsimanes vêm de carboidratos, comparado a 52% nos Estados Unidos.

• 14% vêm de gorduras, comparado com 34% nos Estados Unidos (eles também consomem muito menos gordura saturada).

• Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.

Atividade física

Os tsimanes também são mais bem mais ativos – os homens dão 17 mil passos por dia, e as mulheres, 16 mil. Até os maiores de 60 anos têm um desempenho bem acima do recomendado: 15 mil. Especialistas aconselham que as pessoas deem pelo menos 10 mil passos diários para manter um estilo de vida saudável.

Quão saudável é o coração dos tsimanes?

Para chegar às conclusões, os cientistas observaram o nível de cálcio nas artérias dos tsimanes – que indica o sinal de entupimento dos vasos sanguíneos e o risco de parada cardíaca. Eles examinaram o coração de 705 integrantes do povoado indígena por meio de tomografia computadorizada – e também receberam a ajuda de um grupo de pesquisa com experiência na análise de corpos mumificados.

Aos 45 anos, quase nenhum tsimane tinha CAC nas suas artérias, comparado a 25% dos americanos. E quando atingiram a idade de 75 anos, dois terços dos tsimanes não apresentavam nenhuma formação de cálcio no coração, comparado a 80% dos americanos. Os pesquisadores vêm estudando o povo há muito tempo. Dessa forma, eliminaram a possibilidade de que os resultados do estudo pudessem ter sido afetados pela morte precoce de alguns dos integrantes da comunidade.

Um dos pesquisadores, Michael Gurven, professor de antropologia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse à BBC que o nível de cálcio no coração dos tsimanes «é muito menor do que em qualquer outra população do mundo para a qual existem dados». “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.

Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.

O que os tsimanes podem nos ensinar?

“Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.

Reações

Gavin Sandercock, professor de fisiologia clínica na Universidade de Essex, no Reino Unido, que não participou do estudo, elogiou as descobertas da pesquisa. “É uma excelente pesquisa com descobertas únicas”, afirmou. “Os tsinames obtêm 72% de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”

Já o professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, disse se tratar de “um maravilhoso estudo da vida real que reafirma tudo o que entendemos sobre como prevenir doenças coronarianas”. “Em outras palavras, ter uma dieta saudável pobre em gorduras saturadas e repleta de produtos não processados, não fumar e ser ativo ao longo da vida está associado a um risco menor de entupimento de vasos sanguíneos”, conclui.

As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a maior causa de mortes no Brasil – são mais de 700 paradas cardíacas por dia e 300 mil mortes por ano (um terço do total geral). A alta frequência do problema posiciona o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.

          GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em

                         povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017.

                Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/geral-39308331>.

                                                                               Acesso em: 23 mar. 2017.

Releia o trecho a seguir.

Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada.”

A parte destacada indica uma:

Alternativas
Comentários
  • Apartir dessa informação ...

  • Letra A.

    fundamentação do que será enunciado a seguir.

  • fundamentado, estabelecido, firmado, sustentado, apoiado, assentado, assente, baseado, arrimado, escorado, estribado, fundado, alicerçado, embasado, respaldado, esteado nessa informação...

  • GABARITO: LETRA A.

    fundamentação do que será enunciado a seguir.

    SEGUNDO - conjunção conformativa e logo após um embasamento de uma revista científica.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Segundo a pesquisa, publicada na revista científica

    Consoante a pesquisa, publicada na revista científica

    Conforme a pesquisa, publicada na revista científica

  • SEGUNDO a pesquisa, publicada na revista científica

    CONFORME publicada na revista científica


ID
2463355
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III

                     Corações mais saudáveis do mundo estão em

                        povoado indígena da Bolívia, indica estudo

Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada. “É uma população incrível” com dietas e estilos de vida radicalmente diferentes, dizem os pesquisadores.

Os tsimanes caçam a própria comida e comem o que plantam. Os responsáveis pelo estudo afirmam que, apesar de o restante do mundo não poder fazer o mesmo, há lições a serem aprendidas.

Atualmente, a população dos tsimanes está estimada em 16 mil. Eles caçam, pescam e cultivam alimentos ao longo do Rio Raniqui, na floresta amazônica da Bolívia. O estilo de vida deles guarda semelhanças com o da civilização humana de milhares de anos atrás. O povoado isolado exigiu esforço dos cientistas, que tiveram de pegar vários voos e até uma canoa para chegar ao local.

Como é a dieta tsimane – e no que ela difere da nossa?

• 17% da dieta dos tsimanes é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara.

• 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre.

• O restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra.

• Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.

Ou seja...

• 72% das calorias diárias dos tsimanes vêm de carboidratos, comparado a 52% nos Estados Unidos.

• 14% vêm de gorduras, comparado com 34% nos Estados Unidos (eles também consomem muito menos gordura saturada).

• Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.

Atividade física

Os tsimanes também são mais bem mais ativos – os homens dão 17 mil passos por dia, e as mulheres, 16 mil. Até os maiores de 60 anos têm um desempenho bem acima do recomendado: 15 mil. Especialistas aconselham que as pessoas deem pelo menos 10 mil passos diários para manter um estilo de vida saudável.

Quão saudável é o coração dos tsimanes?

Para chegar às conclusões, os cientistas observaram o nível de cálcio nas artérias dos tsimanes – que indica o sinal de entupimento dos vasos sanguíneos e o risco de parada cardíaca. Eles examinaram o coração de 705 integrantes do povoado indígena por meio de tomografia computadorizada – e também receberam a ajuda de um grupo de pesquisa com experiência na análise de corpos mumificados.

Aos 45 anos, quase nenhum tsimane tinha CAC nas suas artérias, comparado a 25% dos americanos. E quando atingiram a idade de 75 anos, dois terços dos tsimanes não apresentavam nenhuma formação de cálcio no coração, comparado a 80% dos americanos. Os pesquisadores vêm estudando o povo há muito tempo. Dessa forma, eliminaram a possibilidade de que os resultados do estudo pudessem ter sido afetados pela morte precoce de alguns dos integrantes da comunidade.

Um dos pesquisadores, Michael Gurven, professor de antropologia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse à BBC que o nível de cálcio no coração dos tsimanes «é muito menor do que em qualquer outra população do mundo para a qual existem dados». “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.

Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.

O que os tsimanes podem nos ensinar?

“Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.

Reações

Gavin Sandercock, professor de fisiologia clínica na Universidade de Essex, no Reino Unido, que não participou do estudo, elogiou as descobertas da pesquisa. “É uma excelente pesquisa com descobertas únicas”, afirmou. “Os tsinames obtêm 72% de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”

Já o professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, disse se tratar de “um maravilhoso estudo da vida real que reafirma tudo o que entendemos sobre como prevenir doenças coronarianas”. “Em outras palavras, ter uma dieta saudável pobre em gorduras saturadas e repleta de produtos não processados, não fumar e ser ativo ao longo da vida está associado a um risco menor de entupimento de vasos sanguíneos”, conclui.

As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a maior causa de mortes no Brasil – são mais de 700 paradas cardíacas por dia e 300 mil mortes por ano (um terço do total geral). A alta frequência do problema posiciona o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.

          GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em

                         povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017.

                Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/geral-39308331>.

                                                                               Acesso em: 23 mar. 2017.

Releia o trecho a seguir.

“Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.”

Em relação ao uso dos travessões nesse trecho, analise as afirmativas a seguir.

I. Podem ser substituídos por vírgulas.

II. Isolam um aposto oracional.

III. Separam uma oração explicativa.

De acordo com a norma padrão, estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Não consigo enxergar um aposto. Pra mim trata-se de oração adjetiva, ao contrário do aposto, que tem sentido substantivo. Enfim, segue o jogo

  • Aposto???

  • se é oração tem verbo, aposto oracional seria uma oração (tem verbo) que funciona como aposto (foi o que deu pra deduzir) 

  • Botei como aposto pelo fato de explicar o Termo anterior e Oracional por ser uma oração( verbo). 

     

  • O gabarito dado anteriormente é que as três assertivas estavam corretas (D), mas modificaram-no e consideraram como corretas as assertivas I e III apenas (B). 

  • Item II trata-se de uma Oração Subordinda Adjetiva como comentou o colega Bernardo Oliveria no primeiro comentário.

    Percebamos o pronome "que" fazendo referência à "vermes intestinais". Não são quaisquer vermes, mas os vermes "que atenuam as reações do sistema imunológico".

    Gabarito letra B)

  • APOSTO ORACIONAL= QUANDO TEM VERBO EM SUA ESTRUTURA

    EX: CONTOU-NOS A VERDADE: NÃO A AMAVA MAIS.

  • aposto ORACIONAL --> tem verbo aglomerado

  • Pessoal ta postando besteira, custa pouco tempo pesquisar no google rapidão e parece que tem preguiça.
    Se fosse assim estaria certo. ''atenuam '' é verbo.

    Aposto de oração (oracional)

    O aposto oracional resume os termos anteriores.

    Exemplos:

    -Pietro pulou muito, sinal de alegria.
    -Lívia disse que não quer mais estudar, fato que me deixou preocupado.

  • Aposto de oração (Oracional)

    Essa modalidade de aposto faz referência a uma oração inteira. Geralmente ele é representado pelo pronome demonstrativo “o” ou por outros substantivos, tais como: “acontecimento, fato, episódio, situação”, entre outros:


    EX: Pedro se machucou durante a partida de futebol, fato que me deixou muito triste.

  • Letra B.

  • Não é oração subordinada adjetiva restritiva, pois o primeiro travessão conta como vírgula. Entendo como subordinada adjetiva explicativa, como o exemplo 2 que segue. Oração Subordinada Adjetiva Explicativa É a oração que funciona como(mas não é) aposto explicativo. É sempre iniciada por um pronome relativo* e, da mesma maneira que o aposto explicativo, é separada por vírgulas, dois pontos, parênteses ou travessões. Já o aposto explicativo identifica ou explica o termo anterior. É separado do termo que identifica por vírgulas, dois pontos, parênteses ou travessões mas não tem pronome relativo. (diferença sútil)

     

    Exemplo 1:

    Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento. 
                                            Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

    Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele momento.

     

    Exemplo 2:

    O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.
                      Oração Subordinada Adjetiva Explicativa

     

    Sóportugues

     

     

     

    Aposto Explicativo

    O aposto explicativo identifica ou explica o termo anterior. É separado do termo que identifica por vírgulas, dois pontos, parênteses ou travessões.

    Ex. Terra Vermelha, romance de Domingos Pellegrini, conta a história da colonização de Londrina.

    Andrade, um amigo meu, deu-me a notícia.

    A moça, meiga e gentil, encantou a todos.

    Nos versos de Vinicius de Morais: “Quem sabe a morte, angústia de quem vive // Quem sabe a solidão, fim de quem ama”.

    Oração Subordinada Adjetiva Explicativa

    É a oração que funciona como aposto explicativo. É sempre iniciada por um pronome relativo* e, da mesma maneira que o aposto explicativo, é separada por vírgulas, dois pontos, parênteses ou travessões.

    Ex. Terra Vermelha, que é um romance de Domingos Pellegrini, conta a história da colonização de Londrina.

    Andrade, que é um amigo meu, deu-me a notícia.

    A moça, cuja mãe é deputada, encantou a todos.

    Nos versos de Vinícius de Morais: “Quem sabe a morte, que é angústia de quem vive/ Quem sabe a solidão, que é o fim de quem ama”.

     

    Concurseirabr.wordpress

  • Aposto Explicativo

    O aposto explicativo identifica ou explica o termo anterior. É separado do termo que identifica por vírgulas, dois pontos, parênteses ou travessões.

    Ex. Terra Vermelha, romance de Domingos Pellegrini, conta a história da colonização de Londrina.

    Andrade, um amigo meu, deu-me a notícia.

    A moça, meiga e gentil, encantou a todos.

    Nos versos de Vinicius de Morais: “Quem sabe a morte, angústia de quem vive // Quem sabe a solidão, fim de quem ama”.

    Oração Subordinada Adjetiva Explicativa

    É a oração que funciona como aposto explicativo. É sempre iniciada por um pronome relativo* e, da mesma maneira que o aposto explicativo, é separada por vírgulas, dois pontos, parênteses ou travessões.

    Ex. Terra Vermelha, que é um romance de Domingos Pellegrini, conta a história da colonização de Londrina.

    Andrade, que é um amigo meu, deu-me a notícia.

    A moça, cuja mãe é deputada, encantou a todos.

    Nos versos de Vinícius de Morais: “Quem sabe a morte, que é angústia de quem vive/ Quem sabe a solidão, que é o fim de quem ama”.

     

    Fonte: Concurseirabr.wordpress

  • B B B B B B B B B B B

  • "que atenuam as reações do sistema imunológico" = não é aposto oracional. Aposto oracional apresenta, em regra, os dois pontos, e a conjunção integrante "que". E isso não é observado nessa frase. Exemplo de aposto oracional: Tenho um sonho: que volte para casa.

    GABARITO B


ID
2463358
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III

                     Corações mais saudáveis do mundo estão em

                        povoado indígena da Bolívia, indica estudo

Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada. “É uma população incrível” com dietas e estilos de vida radicalmente diferentes, dizem os pesquisadores.

Os tsimanes caçam a própria comida e comem o que plantam. Os responsáveis pelo estudo afirmam que, apesar de o restante do mundo não poder fazer o mesmo, há lições a serem aprendidas.

Atualmente, a população dos tsimanes está estimada em 16 mil. Eles caçam, pescam e cultivam alimentos ao longo do Rio Raniqui, na floresta amazônica da Bolívia. O estilo de vida deles guarda semelhanças com o da civilização humana de milhares de anos atrás. O povoado isolado exigiu esforço dos cientistas, que tiveram de pegar vários voos e até uma canoa para chegar ao local.

Como é a dieta tsimane – e no que ela difere da nossa?

• 17% da dieta dos tsimanes é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara.

• 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre.

• O restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra.

• Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.

Ou seja...

• 72% das calorias diárias dos tsimanes vêm de carboidratos, comparado a 52% nos Estados Unidos.

• 14% vêm de gorduras, comparado com 34% nos Estados Unidos (eles também consomem muito menos gordura saturada).

• Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.

Atividade física

Os tsimanes também são mais bem mais ativos – os homens dão 17 mil passos por dia, e as mulheres, 16 mil. Até os maiores de 60 anos têm um desempenho bem acima do recomendado: 15 mil. Especialistas aconselham que as pessoas deem pelo menos 10 mil passos diários para manter um estilo de vida saudável.

Quão saudável é o coração dos tsimanes?

Para chegar às conclusões, os cientistas observaram o nível de cálcio nas artérias dos tsimanes – que indica o sinal de entupimento dos vasos sanguíneos e o risco de parada cardíaca. Eles examinaram o coração de 705 integrantes do povoado indígena por meio de tomografia computadorizada – e também receberam a ajuda de um grupo de pesquisa com experiência na análise de corpos mumificados.

Aos 45 anos, quase nenhum tsimane tinha CAC nas suas artérias, comparado a 25% dos americanos. E quando atingiram a idade de 75 anos, dois terços dos tsimanes não apresentavam nenhuma formação de cálcio no coração, comparado a 80% dos americanos. Os pesquisadores vêm estudando o povo há muito tempo. Dessa forma, eliminaram a possibilidade de que os resultados do estudo pudessem ter sido afetados pela morte precoce de alguns dos integrantes da comunidade.

Um dos pesquisadores, Michael Gurven, professor de antropologia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse à BBC que o nível de cálcio no coração dos tsimanes «é muito menor do que em qualquer outra população do mundo para a qual existem dados». “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.

Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.

O que os tsimanes podem nos ensinar?

“Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.

Reações

Gavin Sandercock, professor de fisiologia clínica na Universidade de Essex, no Reino Unido, que não participou do estudo, elogiou as descobertas da pesquisa. “É uma excelente pesquisa com descobertas únicas”, afirmou. “Os tsinames obtêm 72% de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”

Já o professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, disse se tratar de “um maravilhoso estudo da vida real que reafirma tudo o que entendemos sobre como prevenir doenças coronarianas”. “Em outras palavras, ter uma dieta saudável pobre em gorduras saturadas e repleta de produtos não processados, não fumar e ser ativo ao longo da vida está associado a um risco menor de entupimento de vasos sanguíneos”, conclui.

As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a maior causa de mortes no Brasil – são mais de 700 paradas cardíacas por dia e 300 mil mortes por ano (um terço do total geral). A alta frequência do problema posiciona o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.

          GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em

                         povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017.

                Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/geral-39308331>.

                                                                               Acesso em: 23 mar. 2017.

Releia o trecho a seguir.

“Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.”

Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho altera seu sentido original.

Alternativas
Comentários
  • Adversativas: indicam essencialmente uma ideia de adversidade, oposição, contraste; também ressalva, quebra de expectativa, compensação, restrição; 

    Mas                                          Não obstante

    Porém                                      só que

    Contudo                                  senão ( = mas sim)

    Todavia                                    agora

    Entretanto                               antes

    No entanto                               ainda assim 

     

    Logo, portanto é conclusiva, pois exprime uma ideia de conclusão ou consequência;

     

    FONTE: Pestana, Fernando. A Gramática para concursos públicos. 3º edição. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p.531-535.

     

    [Gab. C]

     

    bons estudos

  • GABARITO C

     

    Conjunções Coordenativas

     

    São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:

     

    1) Aditivas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda..

     

    2) Adversativasmas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.

     

    3) Alternativasou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.

     

    4) Conclusivas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

     

    5) Explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.

  • BIZU :a professora do QC disse que a conjunção ENTÃO é advérbio de tempo 

  • PORTANTO   =    CONCLUSIVA

     

     

     

    Q824108

    VIDE   Q482318

    Q824108

    Q398404     contradição em relação ao fato anterior sem impedir que seja realizado.

     

    CONCESSIVA:                   AINDA QUE  

                                              CONQUANTO

                                                 APESAR DE

    A   DESPEITO

                                                   POSTO QUE

                                                   MESMO QUE

                                       QUE = EMBORA

     

     

    ADVERSATIVA        =              CONTRASTE     OPOSIÇÃO                  Q514498

     

    NÃO OBSTANTE

                                                                   AINDA ASSIM

                  A NÃO SER

     

                  SÓ   QUE

     

                                                       SENÃO (DO CONTRÁRIO)

                                                                                                      MAS        =  QUE

        Ex.:     DIGA ISSO A OUTRA PESSOA, MAS  = QUE NÃO A MIM

                                                                  

    ........................

     

    Q823806

    CONSECUTIVA     =         CONSEQUÊNCIA :      QUE =  TAL, TÃO, DE SORTE

     

                                                DE MANEIRA

     TANTO QUE

                                                    TÃO

                                                     DE  SORTE QUE

     

    CONSECUTIVA =    DE OUTRO MODO, DE MANEIRA

     

    Consecutivas -ideia de consequência.   ( Tal, Tanto, Tamanho).

    Que   (precedido de termo que indica intensidade: tão, tal, tanto, etc.) de modo que, de sorte que..

     

     

    CAUSAL/EXPLICATIVA:                                QUE = JÁ QUE, PORQUE

            TRISTE QUE ESTAVA NÃO FOI PASSEAR      

             PORQUANTO,  PORQUE, UMA VEZ QUE, POIS, JÁ QUE

                                                            QUE:   se for possível substituir  a oração “porque motivo”

                                            COMO       =     PORQUE,  ANTES DA ORAÇÃO PRINCIPAL

     

     

     

     

     

    ADITIVA:                                            BEM COMO

                                                                 NÃO APENAS

                                                                  TAMPOUCO     =      TAMBÉM NÃO

     

     

    ................................

     

    CONDIÇÃO:        CONTANTO,

    DESDE QUE

    SE NÃO,  

    QUANDO NÃO

                                   A MENOS QUE  

    A NÃO SER

     

    Q728319

    O texto se encaminha para uma conclusão.

     

    CONCLUSÃO:                    POR CONSEGUINTE,         

    LOGO,        

    PORTANTO,        

    ENFIM

                                                                 E  =       POR ISSO.    

     ENTÃO

                                                                   ,POIS, ENTRE VÍRGULAS

                                                 

     

     

    CAUSA:               PORQUANTO    PORQUE, UMA VEZ QUE, POIS JÁ QUE

                                   QUE = PORQUE MOTIVO, significa uma causa

     

    Q492472

     

    Uma vez que =  introduz ideia de possibilidade. 

     

     

  • ADVERSATIVAS: MAS, PORÉM, TODAVIA, CONTUDO, ENTRETANTO, NÃO OBSTANTE, SÓ QUE, JÁ, NO ENTANTO

  • Portanto é uma conjunção conclusiva, não esqueçam! Todas as outras assertivas expõem conjunções adversativas. 

     

    Você vai chegar lá. Força!!

  • LETRA C

  • Depois que eu errei que fui entender a pegunta...OHH céus!

  • essa banca é cheia das artimanhas do Diab...

  • responder sem ler direito... erra na certa.. meu caso. 

  • Nossa mano, depois que errei a questão que fui entender. Leitura é essencial!

  • Questão super fácil, MAS se não tiver atenção, o candidato vai errar. As bancas normalmente cobram a frase que não muda o sentido da frase. A fundep cobrou ao contrário: a frase que muda!! Se o cara tiver pressa, vai marcar alguma que mantem o sentido e vai errar bonito! ATENÇÃO"!!!

  • Ótimo comentário Wanderson Carneiro.

  • Leiam muito sobre as orações adversativas! A FUNDEP ama o "mas".

  • LETRA C.

    • Mas, porém, contudo – conjunções adversativas.

    • Portanto – ideia de conclusão.

    Questão comentada pela Profª. Tereza Cavalcanti


ID
2463361
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III

                     Corações mais saudáveis do mundo estão em

                        povoado indígena da Bolívia, indica estudo

Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada. “É uma população incrível” com dietas e estilos de vida radicalmente diferentes, dizem os pesquisadores.

Os tsimanes caçam a própria comida e comem o que plantam. Os responsáveis pelo estudo afirmam que, apesar de o restante do mundo não poder fazer o mesmo, há lições a serem aprendidas.

Atualmente, a população dos tsimanes está estimada em 16 mil. Eles caçam, pescam e cultivam alimentos ao longo do Rio Raniqui, na floresta amazônica da Bolívia. O estilo de vida deles guarda semelhanças com o da civilização humana de milhares de anos atrás. O povoado isolado exigiu esforço dos cientistas, que tiveram de pegar vários voos e até uma canoa para chegar ao local.

Como é a dieta tsimane – e no que ela difere da nossa?

• 17% da dieta dos tsimanes é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara.

• 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre.

• O restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra.

• Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.

Ou seja...

• 72% das calorias diárias dos tsimanes vêm de carboidratos, comparado a 52% nos Estados Unidos.

• 14% vêm de gorduras, comparado com 34% nos Estados Unidos (eles também consomem muito menos gordura saturada).

• Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.

Atividade física

Os tsimanes também são mais bem mais ativos – os homens dão 17 mil passos por dia, e as mulheres, 16 mil. Até os maiores de 60 anos têm um desempenho bem acima do recomendado: 15 mil. Especialistas aconselham que as pessoas deem pelo menos 10 mil passos diários para manter um estilo de vida saudável.

Quão saudável é o coração dos tsimanes?

Para chegar às conclusões, os cientistas observaram o nível de cálcio nas artérias dos tsimanes – que indica o sinal de entupimento dos vasos sanguíneos e o risco de parada cardíaca. Eles examinaram o coração de 705 integrantes do povoado indígena por meio de tomografia computadorizada – e também receberam a ajuda de um grupo de pesquisa com experiência na análise de corpos mumificados.

Aos 45 anos, quase nenhum tsimane tinha CAC nas suas artérias, comparado a 25% dos americanos. E quando atingiram a idade de 75 anos, dois terços dos tsimanes não apresentavam nenhuma formação de cálcio no coração, comparado a 80% dos americanos. Os pesquisadores vêm estudando o povo há muito tempo. Dessa forma, eliminaram a possibilidade de que os resultados do estudo pudessem ter sido afetados pela morte precoce de alguns dos integrantes da comunidade.

Um dos pesquisadores, Michael Gurven, professor de antropologia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse à BBC que o nível de cálcio no coração dos tsimanes «é muito menor do que em qualquer outra população do mundo para a qual existem dados». “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.

Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.

O que os tsimanes podem nos ensinar?

“Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.

Reações

Gavin Sandercock, professor de fisiologia clínica na Universidade de Essex, no Reino Unido, que não participou do estudo, elogiou as descobertas da pesquisa. “É uma excelente pesquisa com descobertas únicas”, afirmou. “Os tsinames obtêm 72% de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”

Já o professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, disse se tratar de “um maravilhoso estudo da vida real que reafirma tudo o que entendemos sobre como prevenir doenças coronarianas”. “Em outras palavras, ter uma dieta saudável pobre em gorduras saturadas e repleta de produtos não processados, não fumar e ser ativo ao longo da vida está associado a um risco menor de entupimento de vasos sanguíneos”, conclui.

As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a maior causa de mortes no Brasil – são mais de 700 paradas cardíacas por dia e 300 mil mortes por ano (um terço do total geral). A alta frequência do problema posiciona o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.

          GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em

                         povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017.

                Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/geral-39308331>.

                                                                               Acesso em: 23 mar. 2017.

Releia o trecho a seguir.

“Os tsinames obtêm 72%de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”

A expressão destacada indica que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra D.

     

    De encontro a: em oposição

     

    Ao encontro de: confirmação; favorável

  • LETRA D

    vai DE encontro à parede: Duas Coisas SE BATENDO = Oposição
    vai AO encontro de Joana: Duas coisas SE ENCONTRANDO = Conciliação/Concordância

    No mais basta analisar a construção do período e veremos que essa OPOSIÇÃO de ideias está explícita:
    E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.

  • GABARITO: LETRA D

    → O namorado vai DE ENCONTRO à sua amada (em oposição, contrariedade);

    → O namorado vai AO ENCONTRO de sua amada (no mesmo sentido, não há oposição).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Confronto= encontro face a face;

    comparação, paralelo.

  • LETRA D

    Questãozinha capciosa (O mesmo que: espertalhona, manhosa, sorrateira, ardilosa, artificiosa, cavilosa, enganadora, insidiosa. Disponível em: ).

    Mas, analisando o texto: “Os tsinames obtêm 72%de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis”, dava para responder, mesmo sem ter certeza quanto ao significado da expressão "vai de encontro à", pois percebe-se que há uma oposição de ideias no texto.


ID
2463364
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III

                     Corações mais saudáveis do mundo estão em

                        povoado indígena da Bolívia, indica estudo

Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada. “É uma população incrível” com dietas e estilos de vida radicalmente diferentes, dizem os pesquisadores.

Os tsimanes caçam a própria comida e comem o que plantam. Os responsáveis pelo estudo afirmam que, apesar de o restante do mundo não poder fazer o mesmo, há lições a serem aprendidas.

Atualmente, a população dos tsimanes está estimada em 16 mil. Eles caçam, pescam e cultivam alimentos ao longo do Rio Raniqui, na floresta amazônica da Bolívia. O estilo de vida deles guarda semelhanças com o da civilização humana de milhares de anos atrás. O povoado isolado exigiu esforço dos cientistas, que tiveram de pegar vários voos e até uma canoa para chegar ao local.

Como é a dieta tsimane – e no que ela difere da nossa?

• 17% da dieta dos tsimanes é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara.

• 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre.

• O restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra.

• Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.

Ou seja...

• 72% das calorias diárias dos tsimanes vêm de carboidratos, comparado a 52% nos Estados Unidos.

• 14% vêm de gorduras, comparado com 34% nos Estados Unidos (eles também consomem muito menos gordura saturada).

• Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.

Atividade física

Os tsimanes também são mais bem mais ativos – os homens dão 17 mil passos por dia, e as mulheres, 16 mil. Até os maiores de 60 anos têm um desempenho bem acima do recomendado: 15 mil. Especialistas aconselham que as pessoas deem pelo menos 10 mil passos diários para manter um estilo de vida saudável.

Quão saudável é o coração dos tsimanes?

Para chegar às conclusões, os cientistas observaram o nível de cálcio nas artérias dos tsimanes – que indica o sinal de entupimento dos vasos sanguíneos e o risco de parada cardíaca. Eles examinaram o coração de 705 integrantes do povoado indígena por meio de tomografia computadorizada – e também receberam a ajuda de um grupo de pesquisa com experiência na análise de corpos mumificados.

Aos 45 anos, quase nenhum tsimane tinha CAC nas suas artérias, comparado a 25% dos americanos. E quando atingiram a idade de 75 anos, dois terços dos tsimanes não apresentavam nenhuma formação de cálcio no coração, comparado a 80% dos americanos. Os pesquisadores vêm estudando o povo há muito tempo. Dessa forma, eliminaram a possibilidade de que os resultados do estudo pudessem ter sido afetados pela morte precoce de alguns dos integrantes da comunidade.

Um dos pesquisadores, Michael Gurven, professor de antropologia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse à BBC que o nível de cálcio no coração dos tsimanes «é muito menor do que em qualquer outra população do mundo para a qual existem dados». “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.

Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.

O que os tsimanes podem nos ensinar?

“Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.

Reações

Gavin Sandercock, professor de fisiologia clínica na Universidade de Essex, no Reino Unido, que não participou do estudo, elogiou as descobertas da pesquisa. “É uma excelente pesquisa com descobertas únicas”, afirmou. “Os tsinames obtêm 72% de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”

Já o professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, disse se tratar de “um maravilhoso estudo da vida real que reafirma tudo o que entendemos sobre como prevenir doenças coronarianas”. “Em outras palavras, ter uma dieta saudável pobre em gorduras saturadas e repleta de produtos não processados, não fumar e ser ativo ao longo da vida está associado a um risco menor de entupimento de vasos sanguíneos”, conclui.

As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a maior causa de mortes no Brasil – são mais de 700 paradas cardíacas por dia e 300 mil mortes por ano (um terço do total geral). A alta frequência do problema posiciona o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.

          GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em

                         povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017.

                Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/geral-39308331>.

                                                                               Acesso em: 23 mar. 2017.

São recursos utilizados pelo autor do texto, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Ao ler o texto, não foi visto nenhum traço de ironia no decorrer da leitura.

  • Questão tá errada...acho que faltou o não é utilizado pelo autor
  • Ao ler o texto, não foi possível perceber nenhum elemento que caracterizasse a ironia. 

    Acertei a questão, mas pela "mais correta", pois acredito que tamém não haja um "discurso de autoridade" presente no texto.

  • Não identifiquei ironia, porém não entendi o que a banca considerou discurso de autoridade.

  • Argumento de Autoridade: a conclusão se sustenta pela citação de uma fonte confiável, que pode ser um especialista no assunto ou dados de instituição de pesquisa, uma frase dita por alguém, líder ou político, algum artista famoso ou algum pensador, enfim, uma autoridade no assunto abordado.

  • Considerei esse trecho como IRONIA e me LASQUEI: “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto

    (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.

    Preciso estudar mais sobre as variáveis do "discurso de autoridade".

  • Eu também achava que a questão estaria errada, pois marquei letra C, mas o seguinte trecho nos confere a ideia de autoridade.

    O que os tsimanes podem nos ensinar?

    “Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.


ID
2463367
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III

                     Corações mais saudáveis do mundo estão em

                        povoado indígena da Bolívia, indica estudo

Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada. “É uma população incrível” com dietas e estilos de vida radicalmente diferentes, dizem os pesquisadores.

Os tsimanes caçam a própria comida e comem o que plantam. Os responsáveis pelo estudo afirmam que, apesar de o restante do mundo não poder fazer o mesmo, há lições a serem aprendidas.

Atualmente, a população dos tsimanes está estimada em 16 mil. Eles caçam, pescam e cultivam alimentos ao longo do Rio Raniqui, na floresta amazônica da Bolívia. O estilo de vida deles guarda semelhanças com o da civilização humana de milhares de anos atrás. O povoado isolado exigiu esforço dos cientistas, que tiveram de pegar vários voos e até uma canoa para chegar ao local.

Como é a dieta tsimane – e no que ela difere da nossa?

• 17% da dieta dos tsimanes é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara.

• 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre.

• O restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra.

• Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.

Ou seja...

• 72% das calorias diárias dos tsimanes vêm de carboidratos, comparado a 52% nos Estados Unidos.

• 14% vêm de gorduras, comparado com 34% nos Estados Unidos (eles também consomem muito menos gordura saturada).

• Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.

Atividade física

Os tsimanes também são mais bem mais ativos – os homens dão 17 mil passos por dia, e as mulheres, 16 mil. Até os maiores de 60 anos têm um desempenho bem acima do recomendado: 15 mil. Especialistas aconselham que as pessoas deem pelo menos 10 mil passos diários para manter um estilo de vida saudável.

Quão saudável é o coração dos tsimanes?

Para chegar às conclusões, os cientistas observaram o nível de cálcio nas artérias dos tsimanes – que indica o sinal de entupimento dos vasos sanguíneos e o risco de parada cardíaca. Eles examinaram o coração de 705 integrantes do povoado indígena por meio de tomografia computadorizada – e também receberam a ajuda de um grupo de pesquisa com experiência na análise de corpos mumificados.

Aos 45 anos, quase nenhum tsimane tinha CAC nas suas artérias, comparado a 25% dos americanos. E quando atingiram a idade de 75 anos, dois terços dos tsimanes não apresentavam nenhuma formação de cálcio no coração, comparado a 80% dos americanos. Os pesquisadores vêm estudando o povo há muito tempo. Dessa forma, eliminaram a possibilidade de que os resultados do estudo pudessem ter sido afetados pela morte precoce de alguns dos integrantes da comunidade.

Um dos pesquisadores, Michael Gurven, professor de antropologia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse à BBC que o nível de cálcio no coração dos tsimanes «é muito menor do que em qualquer outra população do mundo para a qual existem dados». “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.

Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.

O que os tsimanes podem nos ensinar?

“Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.

Reações

Gavin Sandercock, professor de fisiologia clínica na Universidade de Essex, no Reino Unido, que não participou do estudo, elogiou as descobertas da pesquisa. “É uma excelente pesquisa com descobertas únicas”, afirmou. “Os tsinames obtêm 72% de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”

Já o professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, disse se tratar de “um maravilhoso estudo da vida real que reafirma tudo o que entendemos sobre como prevenir doenças coronarianas”. “Em outras palavras, ter uma dieta saudável pobre em gorduras saturadas e repleta de produtos não processados, não fumar e ser ativo ao longo da vida está associado a um risco menor de entupimento de vasos sanguíneos”, conclui.

As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a maior causa de mortes no Brasil – são mais de 700 paradas cardíacas por dia e 300 mil mortes por ano (um terço do total geral). A alta frequência do problema posiciona o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.

          GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em

                         povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017.

                Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/geral-39308331>.

                                                                               Acesso em: 23 mar. 2017.

O texto III é predominantemente um(a):

Alternativas
Comentários
  • Não se trata de resenha, já que a fundamedação do item está errada. Resenha é um texto breve e objetivo, mas não necessariamente é um gênero para comentar artigo, apesar de poder ser usado para tanto.

     

    A resenha é um gênero textual sucinto, cuja principal característica é tecer, de maneira breve, uma crítica sobre determinado assunto. A resenha ideal é composta não apenas pela crítica direta, mas também por momentos de descrição, e esses dois elementos devem estar em perfeito equilíbrio em seu texto.

     

    fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/resenha.htm

  • gab: letra B

     

  • É só ver a fonte (BBC), notícia. ;)

  • As principais caraterísticas do gênero textual notícia são:

    ·         Texto de cunho informativo

    ·         Textos descritivos e/ou narrativos

    ·         Textos relativamente curtos

    ·         Veiculado nos meios de comunicação

    ·         Linguagem formal, clara e objetiva

    ·         Textos com títulos (principal e auxiliar)

    ·         Textos em terceira pessoa (impessoais)

    ·         Discurso indireto

    ·        Fatos reais, atuais e cotidianos

  • O mais legal é quando você abre a video aula para entender alguma coisa e a professora está explicando outra coisa nada a ver ....

  • A fonte  do texto responde: 

     GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017. Disponível em:. Acesso em: 23 mar. 2017.

  • Juliano, os vídeos relacionados às perguntas são apenas quando existem comentários do professor, esses vídeos que vc falou são aulas sobre o assunto que se repetem em várias questões, as que vc tiver dúvida clica em indicar para comentário(o ruim é que demora para comentar, depende da qtd de pessoas que clica)

  • b)Notícia.

    A fonte do texto responde: 

     GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017. Disponível em:. Acesso em: 23 mar. 2017.

  • Poupei-me de ler o textão, só li a fonte e corri pro abraço.


ID
2463370
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Sobre o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais – CRMMG, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • O CRMMG constitui uma autarquia estadual com sede e jurisdição em todo o território do estado de Minas Gerais.

    Em verdade o CRMMG constitui uma autarquia federal.

  • Concordo com voce, Ranamez. O CRM-MG é hierarquicamente inferior ao CFM, que é uma autarquia federal. De acordo com o Regimento Interno do CFM: "Art. 2º O CFM e os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), hierarquicamente constituídos, são os órgãos supervisores da ética profissional em toda a República e..." 

    https://portal.cfm.org.br/images/stories/documentos/1998alteraregimentointernocfm.pdf

    Gabarito errado em minha opinião

     

  • REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE MINAS GERAIS:

    Art. 1º O Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais, (CRMMG), com sede em Belo Horizonte, e jurisdição em todo o Estado de Minas Gerais, constitui autarquia federal, dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira, nos termos da lei n.º 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo decreto 44.045, de 19 de julho de 1958.

  • Respostas todas no Regimento Interno do CRM-MG (RESOLUÇÃO PLENÁRIA RP Nº 334/2011):

    A) INCORRETA - Art. 1º O Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais, (CRMMG), com sede em Belo Horizonte, e jurisdição em todo o Estado de Minas Gerais, constitui autarquia federal, dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira, nos termos da lei n.º 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo decreto 44.045, de 19 de julho de 1958.

    B) CORRETA - Art. 2º O CRMMG é órgão normatizador, supervisor, fiscalizador, disciplinador e julgador da atividade profissional médica em todo o Estado de Minas Gerais.

    C) CORRETA - Art. 3º A atuação do CRMMG abrange todo o trabalho individual e institucional, público e privado, inclusive toda a hierarquia médica que preste, direta ou indiretamente, assistência à saúde.

    D) CORRETA - Art. 4º Compete ao CRMMG: (...) VI) expedir carteira profissional e cartão de identidade de médico.


ID
2463373
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Sobre a estrutura e as atribuições do CRMMG, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • O Plenário do CRMMG é composto por todos os médicos inscritos no Conselho que se achem em pleno gozo de seus direitos e tenham no estado de Minas Gerais a sua inscrição principal.

     

     É a Assembléia Geral do CRMMG que é composto por todos os médicos inscritos no Conselho que se achem em pleno gozo de seus direitos e tenham no estado de Minas Gerais a sua inscrição principal.

  • RESOLUÇÃO PLENÁRIA RP Nº 334/2011

    Da Assembleia Geral

    Art. 7º A Assembleia Geral é constituída por todos os médicos inscritos no CRMMG, que se achem em pleno gozo de seus direitos e tenham no Estado de Minas Gerais a sua inscrição principal


ID
2463376
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Conforme o que prevê o Regulamento dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina, cabe a estes últimos receber queixas ou denúncias de infrações à ética profissional do médico.

Uma vez recebida a queixa, o _________________ a encaminhará à _______________, que ordenará as providências específicas e determinará a citação do denunciado, que terá o prazo de ____ dias, a contar do recebimento da intimação, para oferecer defesa.

As lacunas da frase anterior ficam corretamente preenchidas com a seguinte sequência:

Alternativas
Comentários
  • D44045/58

     

    Art. 12. Recebida a queixa ou denúncia o Presidente a encaminhará a uma Comissão de Instrução, que, ordenará as providências específicas para o caso e depois de serem elas executadas, determinará, então, a intimação do médico ou da pessoal jurídica denunciados para, no prazo de trinta dias a contar da data do recebimento dessa intimação oferecer a defesa que tiver, acompanhando-a das alegações e dos documentos que julgar convenientes.


ID
2463379
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Considere a seguinte hipótese: o médico Amenófis da Silva respondeu a processo ético-profissional e foi punido pelo Conselho Regional de Medicina competente com a pena de suspensão do exercício profissional por 30 dias.

Na hipótese, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Essa questão não tem alternativa correta! O recurso de qualquer das penalidades não tem efeito suspensivo!

  • Art. 94.
    § 2º Os recursos terão efeito devolutivo e suspensivo.

  • Essa questão permeia três diplomas: L3268/57, D44045/58 e a R2145/16 

     

    Mas a lei 3268/57 basta:

    Art . 22. § 4º Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da ciência, para o Conselho Federal, sem efeito suspenso salvo os casos das alíneas c , e e f , em que o efeito será suspensivo

     

    Ps. A redação da lei é esquisita mesmo, para ser eufemista.

  • RECURSO - terão efeito devolutivo e suspensivo. 

    REVISÃO - não tem efeito suspensivo


ID
2463382
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Entre as empresas, instituições ou estabelecimentos prestadores e / ou intermediários de assistência à saúde obrigados a se registrar ou a se cadastrar nos Conselhos Regionais de Medicina da jurisdição em que atuam, não se incluem:

Alternativas
Comentários
  • RESOLUÇÃO CFM Nº 1.980/2011

    Art. 3º As empresas, instituições, entidades ou estabelecimentos prestadores e/ou intermediadores de assistência à saúde com personalidade jurídica de direito privado devem registrar-se nos conselhos regionais de medicina da jurisdição em que atuarem, nos termos das Leis nº 6.839/80 e nº 9.656/98.

    Parágrafo único. Estão enquadrados no “caput” do art. 3º deste anexo:

    a) As empresas prestadoras de serviços médico-hospitalares de diagnóstico e/ou tratamento;

    b) As empresas, entidades e órgãos mantenedores de ambulatórios para assistência médica a seus funcionários, afiliados e familiares;

    c) As cooperativas de trabalho e serviço médico;

    d) As operadoras de planos de saúde, de medicina de grupo e de planos de autogestão e as seguradoras especializadas em seguro-saúde;

    e) As organizações sociais que atuam na prestação e/ou intermediação de serviços de assistência à saúde;

    f) Serviços de remoção, atendimento pré-hospitalar e domiciliar;

    g) Empresas de assessoria na área da saúde;

    h) Centros de pesquisa na área médica;

    i) Empresas que comercializam serviços na modalidade de administradoras de atividades médicas.


ID
2463385
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em razão de uma mesma conduta, um médico responde a processo judicial criminal e, no âmbito de determinado Conselho Regional de Medicina, a processo ético-profissional.

A decisão judicial é pela absolvição do médico.

Nesse caso, é correto dizer que, no âmbito do processo ético-profissional que está em curso:

Alternativas
Comentários
  • Art. 5º O processo e julgamento das infrações às disposições previstas no Código de Ética Médica (CEM) são independentes, não estando em regra, vinculado ao processo e julgamento da questão criminal ou cível sobre os mesmos fatos.

     

    § 1º A responsabilidade ético-profissional é independente da criminal.

     

    § 2º A sentença penal absolutória somente influirá na apuração da infração ética quando tiver por fundamento o art. 386, incisos I (estar provada a inexistência do fato) e IV (estar provado que o réu não concorreu para a infração penal) do Decreto-Lei nº 3.689/1941 (CPP).


ID
2463388
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Sobre a denúncia, segundo o Código de Processo Ético-Profissional no âmbito dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Art. 12.
    § 1º A denúncia verbal deverá ser tomada a termo por servidor designado.

  • Gabarito (D)

    Art. 12. A sindicância será instaurada:

    I − de ofício pelo próprio CRM;

    II− mediante denúncia escrita ou verbal, com identificação completa do denunciante, na qual conste o relato circunstanciado dos fatos, e quando possível, a qualificação completa do médico denunciado, com a indicação das provas documentais.

    § 1º A denúncia verbal deverá ser tomada a termo por servidor designado


ID
2463391
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Segundo a disciplina sobre o reconhecimento e o registro de especialidades médicas e respectivas áreas de atuação, entre os critérios para exclusão de especialidade, não se inclui:

Alternativas
Comentários
  • RESOLUÇÃO CFM Nº 2.148/2016

    Art. 1º O Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) reconhecerão as mesmas especialidades e áreas de atuação.

    § 4º São critérios de exclusão para reconhecimento de especialidades:

    1. Área que já esteja contida em uma especialidade existente;

    2. Processo que seja apenas meio diagnóstico e/ou terapêutico;

    3. Área que esteja relacionada exclusivamente a uma doença ou problema de saúde isolado;

    4. Área cuja atividade seja exclusivamente experimental;

    5. Função ou atividade essencialmente vinculada ao conhecimento de legislação específica;

    6. Área que seja apenas disciplina acadêmica.

  • RESOLUÇÃO CFM Nº 2.148/2016

    Art. 1º O Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) reconhecerão as mesmas especialidades e áreas de atuação.

    § 7º O número de médicos e o tempo de existência de uma atividade não são parâmetros para reconhecimento ou exclusão de especialidade ou área de atuação


ID
2463394
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

O reconhecimento de novas experiências médicas e / ou áreas de atuação pode ser requerido:

Alternativas
Comentários
  • RESOLUÇÃO CFM Nº 2.148/2016

    Art. 3º Somente as entidades integrantes da CME são legitimadas para solicitar o reconhecimento de novas especialidades médicas e/ou áreas de atuação


ID
2463397
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Analise a situação hipotética a seguir.

Em face de denúncia de infração ético-profissional contra um médico, é realizada sindicância que conclui pelo encaminhamento de proposta de conciliação.

Na hipótese, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • RESOLUÇÃO CFM Nº 2.145/2016

    Código de Processo Ético-Profissional

    Art. 18. A conciliação entre as partes somente será admitida nos casos em que não envolvam lesão corporal de natureza grave (art. 129, §§ 1º a 3º do Código Penal), assédio sexual ou óbito do paciente, e dependerá de proposta do conselheiro sindicante ou de outro membro da Câmara, com aprovação da câmara de sindicância.

    § 1º Após a aprovação do relatório conclusivo da sindicância, não será mais cabível a proposta de conciliação.

    § 2º É vedado qualquer acerto pecuniário no âmbito da conciliação.

    § 3º Proposta e aceita a conciliação pelas partes, após sua homologação pela câmara de sindicância, não caberá qualquer recurso.

    § 4º No caso de a conciliação não obter êxito, a sindicância prosseguirá em seus termos.

  • CONCILIAÇÃO

    Somente será admitida quando:

    ·        Não for lesão corporal grave, assédio sexual ou óbito do paciente.

    ·        Dependerá de proposta do conselheiro sindicante ou de outro membro da câmara, com aprovação da câmara de sindicância.

    ·        Após aprovação do relatório conclusivo da sindicância não cabe mais conciliação.

    ·        VEDADO - acerto pecuniário na conciliação. 

    ·        Conciliação aceita não caberá mais recurso.

    ·        Se não obtiver êxito na conciliação – a sindicância prosseguirá.


ID
2463400
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

“Repare-se que a invocação desses princípios pode levar a resultados não unívocos. O postulado da máxima eficácia da norma de direito fundamental pode resultar em uma solução desaconselhada pelo princípio da conformidade funcional, por exemplo. Esses princípios não devem ser vistos como elementos de uma fórmula capaz de produzir soluções necessárias e absolutamente persuasivas. Tampouco se há de falar em hierarquia entre eles. Esses princípios da interpretação constitucional apenas auxiliam a que argumentos jurídicos se desenvolvam em um contexto de maior racionalidade, favorecendo algum controle sobre o processo de concretização das normas constitucionais, com proveito, igualmente, para o valor da segurança jurídica” (MENDES; BRANCO, 2015, p. 97).

Considerando o estudo dos princípios da interpretação constitucional, assinale a alternativa em que a relação do princípio com o seu conteúdo está INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito pede a assertiva INCORRETA, no caso, a letra A.

     

    Abaixo, o conceito correto de correção funcional:

    O Princípio da correção funcional, da justeza ou da conformidade funcional (Canotilho) trata-se na verdade de uma imposição limitativa à atividade interpretativa da norma constitucional. O intérprete não pode, como resultado do seu trabalho, alterar a competência constitucionalmente atribuída ao órgão público.

  •  

    TABELIÃO - TJDF - 2008 - CESPE (Constitucional, questão 05). O princípio da correição funcional destina-se a interpretar a CF, com a finalidade de orientar seus intérpretes no sentido de que, instituindo a norma fundamental um sistema coerente e previamente ponderado de repartição de competências, não podem os seus aplicadores chegar a resultados que perturbem o esquema organizatório funcional nela estabelecido, como é o caso da separação de Poderes, cuja observância é consubstancial à própria idéia de estado de direito. -

    GABARITO CERTO

  • O princípio da correção funcional, como mais um critério orientador da atividade interpretativa, conduz a que não se deturpe, por meio da interpretação de algum preceito, o sistema de repartição de funções entre os órgãos e pessoas designados pela Constituição. Esse princípio corrige leituras desviantes da distribuição de competências entre as esferas da Federação ou entre os Poderes constituídos.


    Pode-se imaginar que o princípio auxiliaria a revelar a inconstitucionalidade, por exemplo, de uma lei estadual que, a pretexto de exercer a sua competência material para proteger o meio ambiente, passasse a legislar sobre desapropriação, tema reservado à União. No plano do relacionamento entre os poderes, esse principio da conformidade funcional inspirou célebre decisão do STF, no MI QO 107 (rei. Mi.n. Moreira Alves, D] de 21-9-1990), quando se recusou variante interpretativa do mandado de injunção que nele via uma ação de cognição constitutiva, apta para suprir a inércia da regulação. Essa vertente foi tida como imprópria ao princípio da separação dos poderes e ao princípio democrático, em que "as decisões políticas de que afinal resultam os textos legais se subordinam a um sistema de freios e contrafreios de que participam exclusivamente os Poderes Legislativo e Executivo, eleitos diretamente pelo povo". O argumento exprime adesão ao princípio da conformidade funcional. Vale ressaltar que a posição referida passa atualmente por evolução, como o leitor poderá perceber no capítulo sobre mandado de injunção.

     

    Fonte: Curso de Direito Constitucional. FERREIRA MENDES, Gilmar. Página 96, Ed. Saraiva, 2015.

     

  • Sem nem ler o enunciado, já na letra A ver "único princípio jurídico capaz..." nada é único praticamente no direito; ainda mais qdo se trata de princípios jurídicos. 

  • Comentando as demais em outras palavras...

         UNIDADE DA CONSTITUCIONAL: Por este princípio, ao interpretarmos uma norma constitucional, temos que tirar um significado que não gere antinomias, contradições internas no texto constitucional. A Constituição deve ser sempre interpretada em sua globalidade, como um todo.

        CONFORMIDADE (CORREÇÃO) FUNCIONAL / JUSTEZA: Por este princípio, ao interpretar a constituição, devemos preferir significados que respeitem o esquema organizacional funcional (isto é, o sistema de organização dos poderes, das funções políticas) eleitos pelo legislador. Não confundir com o “efeito integrador” (nele a palavra chave é “política e social”. Aqui é “organização funcional”).

        PRINCÍPIO DA FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO: O interprete deve buscar a solução que mais proteja a constituição, que mais tenha eficácia permanente

  • Letra A É O ERRO POIS NA REALIDADE TRAZ O METÓDO DA PONDERAÇÃO, E NÃO DA JUSTEZA. AS DEMAIS ESTÃO CERTAS.

  • Sobre o princípio da força normativa da constituição:

     

    Esse princípio determina que toda norma jurídica precisa de um mínimo de eficácia, sob pena de não ser aplicada. Estabelece, portanto, que, na interpretação constitucional, deve-se dar preferência às soluções que possibilitem a atualização de suas normas, garantindo-lhes eficácia e permanência

     

    Para Konrad Hesse, seu idealizador, as nromas jurídica e a realidade devem ser consideradas em seu condicionamento recíproco. A norma constitucional não tem existência autônoma em face da realidade. Desse modo, a Constituição, para ser aplicável, deve ser conexa à realidade jurídica, social e política. 

     

    Aprofundando ainda mais no estudo do tema, trazemos a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a manutenção de decisões divergentes da interpretação constitucional revela-se afrontosa à força normativa da Constituição e ao princípio da máxima efetividade da norma constitucional. Isso porque a postura atual do Supremo é a de valorizar cada vez mais suas decisões, com vistas a criar um ambiente de maior segurança jurídica. Visa-se, enfim, conferir maior uniformidade às decisões do Judiciário brasileiro. 

     

    Fonte: Profª Nádia e Prof. Ricardo Vale, Estratégia Concursos

  • FUI JUSTA E INTEGRA CON MAX, RAZOÁVEL CONFORME A CONSTITUIÇÃO

    FORÇA NORMATIVA DA CF

    UNIDADE DA CF

    JUSTEZA OU CONFORMIDADE FUNCIONAL

    EFEITO INTEGRADOR

    CONCORDÂNCIA PRATICA OU HARMONIZAÇÃO

    MAXIMA EFETIVIDADE

    RAZOABLIDIDADE E PROPORCIONALIDADE

    CONFORMIDADE DA  CF

  • GB A -  Princípio da justeza ou da conformidade funcional ou, ainda, da correção funcional:
    Esse princípio determina que o órgão encarregado de interpretar a Constituição não pode chegar
    a uma conclusão que subverta o esquema organizatório-funcional estabelecido pelo
    constituinte.
    Assim, este órgão não poderia alterar, pela interpretação, as competências estabelecidas pela
    Constituição para a União, por exemplo.

  • Apenas a título de complementação da boas falas dos colegas que me antecederam, trouxe uma definição acerca do princípio da correção funcional:

     

    “O Princípio da correção funcional, da justeza ou da conformidade funcional (Canotilho) impõe um limite à atividade interpretativa da norma constitucional. O intérprete não pode, como resultado do seu trabalho, alterar a competência constitucionalmente atribuída ao órgão público. Para Friedrich Muller, ‘o critério de aferição da correção funcional afirma que a instância concretizadora não pode modificar a discussão constitucionalmente normatizada das funções nem pelo modo da concretização nem pelo resultado desta’. Por mais fundamentados que sejam os seus argumentos, o intérprete está impedido, por exemplo, de atribuir à União a competência que foi atribuída em favor do Estado-membro. No direito brasileiro, a definição das competências públicas é tarefa exclusiva da Constituição Federal. Logo, em observância ao princípio da correição funcional, o intérprete não pode subverter o esquema traçado pelo constituinte”. Curso de Direito Constitucional. Zulmar Fachin. Editora Método, 3ª ed., p. 135 e 136.”

     

    Espero ter colaborado.

     

    Bons estudos.

  • Princípio da Unidade da Constituição: preceitua que a interpretação constitucional deve ser realizada tornando-se as normas constitucionais em conjunto  (interpretação sistêmica), como um sistema unitário de princípios e regras, de modo a se envitarem contradições (antinomias aparentes) entre elas.

    Princípio do efeito integrador ou da eficácia integradora: traz a ideia que as normas constitucionais devem ser interpretadas  com o objetivo de integrar  POLITICA E SOCIALMENTE o povo de um Estado Nacional.

    Princípio da máxima efetividade ou eficiência: exige que o intérprete otimize a norma constitucional para dele extrair a maior efetividade possível, guardando estreita relação com o princípio da força normativa. Segundo Luis Roberto Barroso, por meio dele realiza-se uma aproximação, tão íntima quanto possível, entre o dever ser normativo e o ser da realidade social.

    Princípio da Conformidade/ correção funcional/ exatidão funcional ou justeza:limita o intérprete na atividade de concretizador da constituição, pois impede que ele atue de modo a desestruturar as premissas de organização política previstas nos Texto Constitucional.

    Princípio da concordância prática ou de harmonização: a interpretação de uma norma constitucional exige a harmonização dos bens e valores jurídicos colidentes em um dado caso concreto, de forma a se evitar o sacrifício total 0de u m em ralação a outro.

    Princípio da força normativa: a partir dos valores sociais, o interprete, em atividade criativa, deve extrair aplicabilidade e eficácia de todas as normas da constituição, conferindo o sentido prático e concretizador em clara relação com o princípio da máxima efetividade. Por meio dele, a Constituição tem força ativa de alterar a realidade.

  • RESUMO:

    Princípio da Unidade: a CF é um todo indivísivel, um conjunto, evitando contradições;

    Princípio máxima efetividadade: deve extrair o máximo de efeito da norma - é "tirar o melhor que ela tem" e aplicar à realidade.

    Princípio força normativa: força para alterar a realidade, buscando melhor efeito à norma na prática. estreita relação com a máxima efetividade.

  • Mais alguém não sabia a resposta e marcou a correta por conta do "único capaz de convocar o intérprete..."? Ou fui a única? rs

  • A questão exige nosso conhecimento a respeito da Hermenêutica Constitucional, mais precisamente sobre os princípios que auxiliam a interpretação das normas constitucionais. Vamos analisar a questão:

    Alternativa A (incorreta)

    Incorreta e, portanto, o gabarito da questão. Seu enunciado, na verdade, nos traz a noção atribuída ao princípio da unidade da constituição.

    Alternativa B (correta)

    Correta. Segundo a doutrina majoritária, o princípio da força normativa é aquele que nos ensina que, no caso concreto, deve prevalecer a interpretação das normas constitucionais que esteja em melhor sintonia com os condicionamentos históricos do momento, atribuindo-lhe máxima eficácia e atualização.

    Alternativa C (correta)

    Correta. O princípio da unidade da constituição é aquele que preceitua, em síntese, que não há hierarquia entre as normas constitucionais (presume-se que todos os conflitos, em regra, foram sanados pelo constituinte originário). Assim, no caso de conflito aparente de normas, devem ser utilizadas soluções que melhor suavizem os chamados "espaços de tensão" observados entre elas.

    Alternativa D (correta)

    Correta. Isso porque é o princípio da correção funcional, da exatidão, da justeza ou da conformidade, o responsável por dizer ao intérprete que, ao realizar a interpretação das normas constitucionais, ele está proibido de subverter o esquema "organizatório-funcional". Em outras palavras, ele diz que é vedado ao intérprete modificar competências e atribuições normativamente previstas no texto da constituição.

    Gabarito, portanto, letra A.


ID
2463403
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre a os estados-membros, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas.

( ) Os estados-membros são regidos por leis próprias, elaboradas segundo o processo legislativo estabelecido em suas Constituições. Como consequência dessa autonomia e considerando que o Poder Legislativo nos estados-membros é unicameral, os princípios do processo legislativo federal tornam-se incompatíveis com o processo legislativo estadual.

( ) Os estados-membros possuem competência exclusiva para instituir, mediante lei complementar, regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões.

( ) A Constituição adotou um modelo federativo bastante centralizador e rígido no tocante à estrutura e funcionamento dos poderes estaduais. A homogeneidade exigida pelo Estado Federal impede a adoção, pelos estados-membros, de sistema ou forma de governo diversos dos adotados no âmbito da União.

( ) Os estados-membros são organizações jurídicas parciais dotadas de um regime de soberania conferido pela Constituição e concorrem para a formação da vontade do Estado Federal, que é o ente com reconhecimento na ordem jurídica internacional.

Assinale a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: F - V - V - F 

     

    CONFORME ABAIXO:

     

    (F) FALSO – JUSTIFICATIVA: Pelo princípio da simetria, os estados federados devem seguir os princípios e fundamentos da Constituição Federal, legislando dentro se sua competência sempre respeitando os limites e prerrogativas assegurados pela CR.

     

    (V) VERDADEIRO  – JUSTIFICATIVA: É o que dispõe o Art. 25., § 3º, CF/88.

     

    (V)  VERDADEIRO

     

    (F)  FALSO – JUSTIFICATIVA: A soberania é atributo exclusivo do Estado, significa que, nas relações recíprocas entre os Estados, não há subordinação nem dependência com os demais Estados Estrangeiros, e sim igualdade. Insta salientar que os ESTADOS – MEMBROS possuem autonomia e não soberania.

  • Complementando a resposta da colega:

    GABARITO: F - V - V - F 

     

    CONFORME ABAIXO:

     

    (F) FALSO – JUSTIFICATIVA: Pelo princípio da simetria, os estados federados devem seguir os princípios e fundamentos da Constituição Federal, legislando dentro se sua competência sempre respeitando os limites e prerrogativas assegurados pela CR.

     

    (V) VERDADEIRO  – JUSTIFICATIVA: É o que dispõe o Art. 25., § 3º, CF/88.

     

    (V)  VERDADEIRO - JUSTIFICATIVA:

    Autogoverno

    O governo dos Estados-membros é exercido pelo Governador e pelos Deputados Estaduais, eleitos diretamente, nos termos da Constituição (CF, arts. 27 e 28). A capacidade de autogoverno encontra fundamento, ainda, nos preceitos que dispõem sobre a organização do Poder Judiciário estadual (CF, arts. 125 e 126). A Constituição adotou um modelo federativo bastante centralizador e rígido no tocante à estrutura e funcionamento dos poderes estaduais. A homogeneidade exigida pelo Estado Federal impede a adoção, pelos Estados-membros, de sistema ou forma de governo diversos dos adotados no âmbito da União. As Constituições estaduais não podem adotar um sistema parlamentarista ou uma forma monárquica de governo, sem a respectiva correspondência no âmbito federal. A forma repúblicana é um princípio constitucional sensível, cuja inobservância pode ocasionar intervenção federal no Estado (CF, art. 34, VII, a).[54: NOVELINO, Marcelo. Manual de direito constitucional. 8ª edição revista e atualizada. São Paulo: MÉTODO, 2013, p. 743.]

     

    (F)  FALSO – JUSTIFICATIVA: A soberania é atributo exclusivo do Estado, significa que, nas relações recíprocas entre os Estados, não há subordinação nem dependência com os demais Estados Estrangeiros, e sim igualdade. Insta salientar que os ESTADOS – MEMBROS possuem autonomia e não soberania.

     

  • A única que tinha deixado algumas dúvidas era a III, mas Bernardo Gonçalves esclareceu: "... é mister salientar que a origem centrífuga do federalismo brasileiro acaba nos levando a um federalismo altamente centralizado, com exacerbadas competências da União. Portanto, um federalismo de cunho eminetemente centrípeto quanto à concentração de poder foi desenvolvido em terrae brasilis".

  • ( ) Os estados-membros são regidos por leis próprias, elaboradas segundo o processo legislativo estabelecido em suas Constituições. Como consequência dessa autonomia e considerando que o Poder Legislativo nos estados-membros é unicameral, os princípios do processo legislativo federal tornam-se incompatíveis com o processo legislativo estadual.

     

    ( ) Os estados-membros possuem competência exclusiva para instituir, mediante lei complementar, regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões.

     

    ( ) A Constituição adotou um modelo federativo bastante centralizador e rígido no tocante à estrutura e funcionamento dos poderes estaduais. A homogeneidade exigida pelo Estado Federal impede a adoção, pelos estados-membros, de sistema ou forma de governo diversos dos adotados no âmbito da União.

     

    ( ) Os estados-membros são organizações jurídicas parciais dotadas de um regime de soberania conferido pela Constituição e concorrem para a formação da vontade do Estado Federal, que é o ente com reconhecimento na ordem jurídica internacional.

  • A) ERRADA. EMBORA POSSUAM CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS DECORRENTES DO PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE, OS ESTADOS DEVEM OBSERVAR OS PRINCÍPIOS FEDERAIS DE PROCESSO LEGISLATIVO.
    B) CORRETA. VIDE PREVISÃO NA CF.
    C) CORRETA. DEVEM SEGUIR A ESTRUTURA DA CF.
    D) ERRADA. RECONHECIMENTO NA ORDEM JURÍDICA INTERNACIONAL SOMENTE A UNIÃO NAS SUAS RELAÇÕES COM OUTROS PAÍSES. POR OUTRO LADO, NENHUM MEMBRO DA RFB POSSUI SOBERANIA, SENDO TODOS DOTADOS DE AUTONOMIA.

  • ( ) A Constituição adotou um modelo federativo bastante centralizador e rígido no tocante à estrutura e funcionamento dos poderes estaduais. A homogeneidade exigida pelo Estado Federal impede a adoção, pelos estados-membros, de sistema ou forma de governo diversos dos adotados no âmbito da União.

    CERTÍSSIMO. A "autonomia" de estados federados no Brasil é ínfima.


ID
2463406
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Em relação às nulidades no processo do trabalho, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

     

    A)      Princípio do Interesse (artigo 796. Alínea “b” CLT): A nulidade não será pronunciada quando arguida por quem lhe tiver dado causa.

     

    B)      CORRETO

     

    C)      Trata-se do Princípio da Convalidação ou Preclusão: (artigo 795): O disposto neste artigo serve para as nulidades relativas. A parte tem que arguir a nulidade na primeira oportunidade. Porque o § 1º nos diz: “Deverá, entretanto, ser declarada ex officio, a nulidade fundada em incompetência de foro (aquele no que tange à matéria ou à pessoa; ou seja, incompetência da Justiça do Trabalho). Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios”.

     

    D)     No Direito Trabalhista, a nulidade gera efeitos ex nunc (irretroação da nulidade decretada), afinal, pela natureza desse ramo do Direito, deve-se preservar o trabalho já executado, é preciso evitar o enriquecimento ilícito do empregador e impedir que a atividade ilícita prossiga.

  • Nulidade absoluta e relativa trabalhista

    A nulidade absoluta é imposta quando determinado ato fere norma fundamentada no interesse público, de ordem pública absoluta. As partes não tem o poder de dispor em relação a um interesse público e, se assim o fizerem, restará configurada a nulidade absoluta, ou seja, mesmo estando as partes de acordo com o ato praticado, versando este sobre norma de interesse público, de ordem pública absoluta, estará presente tal nulidade. Esta nulidade compromete todo o processo. Como exemplo de fato que acarretaria a nulidade absoluta podemos citar as regras de competência funcional. Caso as partes não observem tais regras haverá a nulidade absoluta. Desta forma, se o juiz não decretar esta nulidade de ofício, o processo estará viciado pela nulidade absoluta e, por isso, não poderá ser apreciado pelo juízo incompetente.

    Já a nulidade relativa representa um vício sanável, posto que decorre da ofensa ao interesse da parte, isto é, quando a norma desrespeitada tiver por base o interesse da parte e não o público. Sendo assim, esta nulidade desaparecerá se a parte interessada sanar o vício que a determina. Por exemplo, não estando a parte devidamente representada, o juiz designará um prazo para que este vício seja sanado e, o sendo, o processo prosseguirá normalmente.

  • Em relação a letra C, Em respeito ao princípio da celeridade processual, a nulidade fundada em incompetência de foro não será declarada senão mediante provocação das partes as quais deverão argui-la à primeira vez que tiverem de falar em audiência ou nos autos.

    Acredito que o erro esteja no caso da "provocação das partes" já que para alegação de incompetência de foro ou territorial deverá ser feita apenas pelo RECLAMADO e não pelas partes.  

  • LETRA B

     

    O erro da letra C é que a nulidade absoluta divide-se em MPF (MateriAL ,PessoAL e FuncionAL).  MATERIAL : A matéria que será analisada pelo julgador.

    Ex: INCOMPETÊNCIA DE FORO = Levo um conflito trabalhista para o juízo comum. O juiz desde logo anunciará a sua incompetência absoluta em razão da matéria ser da justiça do trabalho. Logo , a  legitimidade é do Juiz de ofício ou das partes

  • Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.

            § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.

  • Tenha ir na justiça do Trabalho executar um cheque. O juiz vai olhar pra tu e dizer= isso ne aqui fih. Vá para justiça estadual. Vá lá, vá!

    INCOMPETÊNCIA DE FORO= declarada EX OFFICIO. ( é absoluta)!

     

     

    GABARITO ''B''

  • "A interpretação da palavra foro, presente no art. 795, § 1°, deve, pois, ser compreendida como incompetência absoluta em razão da matéria e não do lugar." (Machado, Costa. CLT Interpretada)

     

  • art 798 CLT: A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dela dependam ou sejam consequência. 

  • O art. 795, CLT, dispõe que deverá ser declarada ex officio a nulidade fundada em “incompetência de foro”. Este “foro” (em evidente falta de técnica do legislador) deve ser entendido como Justiça do Trabalho (“foro trabalhista”, “foro penal” etc.), e não como “território”. A incompetência territorial é incompetência relativa, que não pode ser declarada de ofício. (professor Paulo Nunes)

  • @christiano calado

     

    O erro da (c) na verdade é sobre o princípio exposto na assertiva, pois não é ''''celeridade processual'' e sim convalidação.

    -------------------------------------------

    para enriquecimento dos estudos:

     

    O princípio da convalidação diz que as nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes que devem argui-las na primeira vez que falar nos autos (art. 795, da CLT).

     

     

    O princípio da transcendência ou do prejuízo diz que não se declara a nulidade se inexistir vício processual que possa ter acarretado prejuízo às partes, consoante o princípio da convalidação, explicitamente gravado na CLT.

  • incompetência do foro - MATÉRIA - ABSOLUTA - DE OFÍCIO

     

    incompetência territorial - relativa - não alegada - prorroga a competência em virtude da preclusão

     

    MESMO MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA – DEVE-SE DEMONSTRAR O PRÉ-QUESTIONAMENTO, para fins de conhecimento da matéria nos tribunais superiores

     

  •                               BIZU

    ===============================================

                             NULIDADE 

    RELATIVA                                     ABSOLUTA

        VT                                                  MPF

    Valor                                               Material

    Território                                         Pessoal

                                                           Funcional

    =================================================

    bons estudos 

    *erros avisem

     

     

  • Gabarito B

     

     

    a) errada. Princípio do interesse aduz que a nulidade não será pronunciada por quem lhe tiver dado causa.

     

    b) correta. o princípio do interesse revela que a parte que tiver gerado a nulidade carece de interesse para alegá-la. Todavia, tratando-se de nulidade absoluta, esta deve ser arguida ex offício ou pelas partes a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição.

     

    c) errada. o princípio da preclusao ou convalidação é aplcável somente às nulidades relativas, tendo em vista que estas concernem a violações de normas de interesse privado, bem por isso só devem ser arguidas pelas partes. Todavia, a incompetência de foro deve ser alegada ex offício pelo magistrado por se tratar de ofensa a norma de ordem pública, isto é, de interesse do Estado. Bem por isso pode ser alegada a qualquer tempo e grau de jurisdição. 

     

    d) errada. declarada a nulidade, em relação aos atos anteriores, a declaração gera efeitos prospectivos/irretroativos, ex nunc portanto, como corolário da celeridade processual. Já no que pertine aos posteriores, pelo princípio da utilidade, causalidade ou interdependência, conquanto os atos processuais sejam concatenados, a nulidade de um não vicia todos os demais, senão os que dele dependam ou sejam consequência.

     

     

     

    Vlw

  • Comentários:

    a) errada = segundo o princípio do interesse a nulidade não será pronunciada por quem lhe tiver dado causa.

    b) correta = segundo o princípio do interesse a parte gerar a nulidade não pode alegá-la. Nulidade absoluta é possível ser reconhecida ex offício ou pelas partes a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição.

    c) errada = segundo o princípio da preclusão ou convalidação nulidades relativas são violações de normas de interesse privado e só devem ser arguidas pelas partes. A incompetência de foro deve ser alegada ex offício pelo magistrado por se tratar de ofensa a norma de ordem pública.

     d) errada = declarada a nulidade aplica-se o princípio da utilidade, causalidade ou interdependência e os atos processuais decorrentes do nulo serão descartados, ou seja, os que dele dependam ou sejam consequência.

    Gabarito 1:         B


ID
2463409
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional

Considerando o estudo do processo legislativo, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • A) CORRETA. A constituição confere ao legitimado apenas a definição do momento inicial do processo legislativo, não a palavra final sobre o conteúdo da futura lei, ENTRETANTO, é imprescindível que a emenda em projeto de iniciativa exclusiva guarde pertinência com o objeto do projeto de lei apresentado, sob pena de usurpação direta da iniciativa atribuída com exclusividade.

     

    As normas constitucionais de processo legislativo não impossibilitam, em regra, a modificação, por meio de emendas parlamentares, dos projetos de lei enviados pelo chefe do Poder Executivo no exercício de sua iniciativa privativa. Essa atribuição do Poder Legislativo brasileiro esbarra, porém, em duas limitações: a) a impossibilidade de o parlamento veicular matérias diferentes das versadas no projeto de lei, de modo a desfigurá-lo; e b) a impossibilidade de as emendas parlamentares aos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, ressalvado o disposto no § 3º e no § 4º do art. 166, implicarem aumento de despesa pública (inciso I do art. 63 da CF). [ADI 3.114, rel. min. Ayres Britto, j. 24-8-2005, P, DJ de 7-4-2006.] = ADI 2.583, rel. min. Cármen Lúcia, j. 1º-8-2011, P, DJE de 26-8-2011

     

    B) ERRADA.  CF, Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:

    I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º;

    II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.

     

    C) ERRADA. CF, Art. 61, § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

     

    D)  ERRADA.  CF, Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

    (...)

    III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;

  • Para se chegar ao gabarito da questão a alternativaA, há de se considerar os seguintes pontos abaixo destacados:

     

    a) Ao reservar a iniciativa de determinadas matérias, a Constituição confere ao legitimado apenas a definição do momento inicial do processo legislativo, e não a palavra final sobre o conteúdo da futura lei, cuja definição continua sendo atribuição do Poder Legislativo.

     

    CORRETAJUSTIFICATIVA: a alternativa baseou-se no disposto constante no artigo 48 e 49 da CB/88, ressalvando o disposto no artigo 63, incisos I e II, também da Constituição Brasileira.

    ---------

    b) A Constituição autoriza emendas que visem ao aumento ou redução de despesa nos projetos referentes à organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público, bem como naqueles de iniciativa exclusiva do presidente da República, desde que consultadas as duas Casas Legislativas (erro).

     

    ERRADAJUSTIFICATIVA: além dos erro apontados na própria alternativa, há de se considerar que o orçamento dos Tribunais é elaborado por eles próprios, bem como do Ministério Público, somando-se a este fato que nos projetos de iniciativa do Executivo há vedação legal conforme dispõe o artigo 63, incisos I e II da CB/88, pois é vedado aumentar despesas nas diretrizes mencionadas nos dois incisos constitucionais aliando-se com isso ao seguinte posicionamento do STF: “Inconstitucionalidade formal caracterizada. Emenda parlamentar a projeto de iniciativa exclusiva do chefe do Executivo que resulta em aumento de despesa afronta os arts. 63, I, c/c o 61, §1º, II, c, da CF. [ADI 2.791, rel. min. Gilmar Mendes, j. 16-8-2006, P, DJ de 24-11-2006.] = ADI 4.009, rel. min. Eros Grau, j. 4-2-2009, P, DJE de 29-5-2009”

    ---------

    c) A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação ao Senado Federal (erro) de projeto de lei subscrito por, no mínimo, dez por cento (erro) do eleitorado de cada estado, distribuído pelo menos por cinco estados. 

     

    ERRADAJUSTIFICATIVA: além dos erro apontados na própria alternativa, conforme o artigo 61, parágrafo 2° da Constituição Brasileira, o projeto de lei de inciativa popular é apresentado na Câmara dos Deputados e não no Senado Federal, já quanto ao eleitorado, o “projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. (g.n.)

    ---------

    d) A iniciativa de leis que fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas é privativa do Supremo Tribunal Federal (erro) e do presidente da República, na forma e nos casos previstos na Constituição Federal.

     

    ERRADAJUSTIFICATIVA: além dos erros supra destacados, há desconformidade do artigo 61, parágrafo 1°, inciso I da Constituição Brasileira, “§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;” (g.n.)

     

    Espero ter colaborado.

     

    Bons estudos.


ID
2463412
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

No capítulo que trata da seguridade social, a Constituição Federal reuniu os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social, explicitando no Artigo 194 que “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.”.

Nesses termos, quanto à seguridade social, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • A questão pede a assertiva INCORRETA, ou seja, a LETRA B.

     

    JUSTIFICATIVA:

     

    CF/88 -  Art. 195 § 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.

  •  a) "A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, Previdência Social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos." CORRETA

    Art. 195,    § 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.

    -

     b) "A seguridade social será financiada mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, sendo que as receitas de todos eles destinadas à seguridade social não constarão de seus respectivos orçamentos, uma vez que decorrem de repartição constitucional." INCORRETA

    Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:I -  dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro;        II -  dos trabalhadores;        III -  sobre a receita de concursos de prognósticos.

        § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.

    -

     c) "Com base no princípio da solidariedade, a Constituição atribui o custeio da seguridade social a toda sociedade. Enquanto o financiamento direto é efetivado por meio de contribuições sociais destinadas à seguridade social, o financiamento indireto é realizado por toda sociedade por meio de pagamento de outros tributos." CORRETA

    -

     d) "As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, cujas diretrizes de organização são descentralização, com direção única em cada esfera de governo; atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; e participação da comunidade, refletindo o caráter democrático que deve informar toda a seguridade social." CORRETA

    Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

            I -  descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

            II -  atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

            III -  participação da comunidade.

        Parágrafo único. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.

     

  • GABARITO: Letra B.

    Em verdade, o fundamento que torna a assertiva incorreta está expressamente disposto no §1º do artigo 195, da Constituição Federal, que prevê o seguinte:

    "Art. 195, § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União."

     

  • LETRA B INCORRETA 

    CF/88

    ART 25 § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.

  • o erro da letra é não constarão de seus respectivos orçamento. mas constarão.

  • B - A seguridade social será financiada mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, sendo que as receitas de todos eles destinadas à seguridade social não constarão de seus respectivos orçamentos, uma vez que decorrem de repartição constitucional.

     

    Gab: Letra B

  • Letra B


    b) "A seguridade social será financiada mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, sendo que as receitas de todos eles destinadas à seguridade social não constarão de seus respectivos orçamentos, uma vez que decorrem de repartição constitucional." INCORRETA


    Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro;     II - dos trabalhadores;        III - sobre a receita de concursos de prognósticos.


        § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.


  • "Art. 195, § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União."

  • Gabarito: B

    Instagram: @Diogoadvocacia1 (dia a dia de estudos)

    @diogo_dss5 (dicas sobre direito)

  • Para responder a presente questão são necessários conhecimentos sobre a Seguridade Social.

    A) Correta a assertiva, nos termos do art. 195, § 2º da Constituição Federal.
    B) Inteligência do art. 195, § 1º da Constituição Federal, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. Portanto, incorreta a assertiva.
    C) Correta a assertiva, nos termos do art. 195, caput e incisos da Constituição Federal.
    D) Correta a assertiva, nos termos do art. 198, caput e incisos da Constituição Federal.



    Gabarito do Professor: B

  • As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.

    A alternativa B se torna incorreta ao afirmar "não constarão".


ID
2463415
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre os bens públicos enquanto estrutura administrativa do Estado.

I. O regime jurídico dos bens públicos é próprio do direito público. Isto significa a não aplicabilidade dos institutos de direito privado, a começar pela propriedade.

II. Os regimes de direito público têm natureza restritiva das faculdades de uso, fruição e disponibilidade dos bens. A extensão das restrições é variável conforme o regime jurídico aplicável, sendo que em alguns casos a restrição deriva da destinação do bem à satisfação das necessidades coletivas, da instrumentalidade do bem para o desempenho de funções estatais ou até da mera vinculação a uma pessoa jurídica de direito público.

III. Em razão do regime jurídico de direito público, os bens de uso especial não podem ser atribuídos a entidades da Administração Indireta dotada de personalidade jurídica de direito privado, já que no curso de sua atividade produzirão a aquisição de bens sob o regime de direito privado.

IV. A autorização de uso de bem público ou simplesmente autorização de uso consiste em ato unilateral e discricionário pelo qual a Administração Pública atribui a um particular a faculdade de usar continuadamente um bem público, de modo privativo.

Conforme o regime jurídico aplicável e o uso dado ao bem público pelo particular, estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • A I está certa mesmo?
    "O regime jurídico dos bens públicos é próprio do direito público. Isto significa a não aplicabilidade dos institutos de direito privado, a começar pela propriedade."

    Alguém me dá uma luz?

  • Pois é...fiz essa prova e achei bem escrota as colocações da banca. Basearam-se em apenas um autor e tomaram suas colocações como absolutas e inquestionáveis.

  • O regime de direito público não admite o instituto da propriedade????
    A própria lei 8666 afirma que a Administração Pública poderá conceder PROPRIEDADE A OUTRO ÓRGÃO (QUE TAMBÉM É DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA!):

    § 2o A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se:       (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005)

    I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do imóvel;        (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

    vai entender!

  • Essa questão está errada. Nunca que o item I está correto!

  • Que bosta de questão, hein?

  • Essa banca fica pior a cada dia! :(

  • I -  CORRETO -O conjunto de normas constitucionais sobre a propriedade revela que ela não pode mais ser considerada como mero instituto de direito privado, devido à sua constitucionalização, atuando como direito fundamental e como princípio. Além disso, as facetas da função social, as limitações e a interferência estatal demonstram a perda do caráter absoluto de outrora, relativizando-se seu conceito e aplicação, passando a ser considerada como um dos instrumentos capaz de assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social.

     

    Ademais, o caráter absoluto do direito de propriedade foi sendo superado a partir da criação do sistema de limitações negativas e de imposições positivas, deveres e ônus, desaguando na concepção da propriedade enquanto função social. Não se confunde mais, assim, a faculdade que possui qualquer indivíduo de chegar a ser sujeito desse direito, que é potencial, com o direito de propriedade sobre um bem, que somente ocorre quando é atribuído positivamente a uma pessoa, o que faz superar a ideia da propriedade como direito natural.

     

    Silva (2011, p. 272-273) explica as divergências doutrinárias sobre o regime jurídico da propriedade privada:

    Os juristas brasileiros, privatistas e publicistas, concebem o regime jurídico da propriedade privada como subordinado ao Direito Civil, considerado direito real fundamental. Olvidam as regras de Direito Público, especialmente de Direito Constitucional, que igualmente disciplinam a propriedade. Confundem o princípio da função social com as limitações de polícia, como consistente apenas no “conjunto de condições que se impõe ao direito de propriedade a fim de que seu exercício não prejudique o interesse social”, isto é, mero conjunto de condições limitativas.

     

     

    III (ERRADA)  Os BENS de uso especial: são destinados ao uso da Administração, para consecução de seus objetivos, como os imóveis onde estão instaladas as repartições públicas, os bens móveis utilizados na realização dos serviços públicos (veículos oficiais, navios de guerra etc.), as terras dos silvícolas, os mercados municipais, os teatros públicos, os cemitérios públicos;

     

    IV. A autorização de uso de bem público ou simplesmente autorização de uso consiste em ato unilateral e discricionário (PRECÁRIO E SEM LICITAÇÃOpelo qual a Administração Pública atribui a um particular a faculdade de usar continuadamente(É ato precário, pois não há direito subjetivo do particular à obtenção ou continuidade da autorização. Por isso, em regra não há direito à indenização em caso de cassação do alvará.) um bem público, de modo privativo "pelo qual o Poder Público torna possível ao pretendente a realização de certa atividade, serviço ou utilização de determinados bens particulares ou públicos, de seu exclusivo ou predominante interesse, que a lei condiciona à aquiescência prévia da Administração " (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro . 35 ed. São Paulo: Malheiros, 2009, pág 190)). ERRADA

     

  • Para mais esclarecimentos sobre a I sugiro a leitura:

    https://jus.com.br/artigos/27032/direito-de-propriedade-funcao-social-e-limitacoes-constitucionais

     

    Agora não sei se isso se encaixa em Direito Administrativo :/

  • Essa banca é a coisa mais estapafurdia que existe, toda prova deles é um festival de absurdos. Uma pena

  • FUNDEP? É DE COMER ESSA PORRA?

     

    O ITEM I ESTÁ ERRADO.... MAS ENFIM... GABARITO LETRA C!

     

    O regime jurídico dos bens públicos é próprio do direito público. Isto significa a não aplicabilidade dos institutos de direito privado, a começar pela propriedade.

     

    " SEGUNDO MARIA SYLVIA DI PIETRO OS BENS DOMINICAIS SE SUBMETEM AO REGIME JURÍDICO DE DIREITO PRIVADO, TENDO EM VISTA A POSSIBILIDADE DA ADM. PÚBLICA AGIR, EM RELAÇÃO A ELES, COMO UM PROPRIETÁRIO PRIVADO" (SINOPSE JURÍDICA DIR ADM, PAG 517, ED. JUSPODVIM)

    "OS PRIMEIROS (BENS DOMINICAIS) ADMITEM A FORMALIZAÇÃO DE SEU USO POR MEIO DE INSTRUMENTOS DE DIREITO PRIVADO (EX.: LOCAÇÃO, ENFITEUSE, CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO)" (SINOPSE JURÍDICA DIR ADM, PAG 517, ED. JUSPODVIM)

  • Essa banca... vo nem falar nada, vai que é doença...

  • É confortante abrir os comentários e ver que todos estão indignados com a questão. 

  • É de lascar! Vou fingir que não li essa aberração...sai da minha cabeça, sai da minha cabeça...I correta???? 

  • Vá de reto, Satanás! Vou excluir, assim como os demais colegas, esta ABERRAÇÃO da minha memória! rsrs

  • GABARITO LETRA C

     

    Mas a questão I está equivocada ao afirmar a "não aplicabilidade dos institutos de direito privado", senão vejamos:

     

    Código Civil

    Art. 99. São bens públicos:

    (...)

    III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

    Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

     

     

    Na questão II, a meu ver, a "mera vinculação a uma pessoa jurídica de direito público" não é suficiente para estender as restrições típicas do regime jurídico de direito público. Teria que haver prestação de serviço público, propriamente dita, conforme trecho da obra de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo,  pág 984

  • Se alguém puder explicar os erros da II e III , ficaria agradecido.

  • Na assertiva de nº I, ao afirmar a "não aplicabilidade dos institutos de direito privado", temos como exemplo o fato de que os bens públicos não possam ser adquiridos por Usucapião, como permitido à propriedade privada.

    Súmula 340 do STF:

    "Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião".

  • A alternativa I trata do Domínio Eminente defendido por Alexandre dos Santos Aragao, 2ed, RJ, 2013 e rebatido por Justein Filho. Domínio eminente: decorre do poder de soberania pelo qual o Estado submete a sua vontade a todas as coisas em seu território. Dentre essas coisas estão os bens pertencentes às entidades públicas, submeidas ao regime de direito público. Tal domínio não constitui direito de propriedade, mas de um domínio geral e potencial. Segundo Marcal J Filho, a teoria do domínio eminente tem suas origens no período anterior à afirmação do Estado de Direito, não traduzindo corretamente a relação política e jurídica que existe entre Estado e Sociedad.

     

    A meu ver, essa alternativa está errada! Hoje em dia não se usa mais essa teoria do domínio eminente, única hipótese de fundamento para o acerto da banca.

  • 2 DOMÍNIO EMINENTE

    Quando se pretende fazer referência ao poder político que permite ao Estado, de forma geral, submeter à sua vontade todos os bens situados em seu território, emprega-se a expressão domínio eminente.

    Domínio eminente não tem qualquer relação com o domínio de caráter patrimonial. O sentido da expressão alcança o poder geral do Estado sobre tudo quanto esteja em suas linhas territoriais, sendo esse poder decorrente de sua própria soberania. Não quer dizer que o Estado seja proprietário de todos os bens. Claro que não o é. Significa apenas a disponibilidade potencial de que é detentor em razão de seu poder soberano.

    Com esse sentido, o domínio eminente abrange as três categorias de bens, os quais, em tese, se sujeitam ao poder estatal:

    1) os bens públicos;

    2) os bens privados; e

    3) os bens não sujeitos ao regime normal da propriedade, como, por exemplo, o espaço aéreo e as águas.

    Desse aspecto político, que é inerente ao sentido de domínio eminente, defluem todas as formas de investida que o Estado emprega em relação à propriedade privada. Com efeito, pode o Estado transferir a propriedade privada, por meio da desapropriação, quando há utilidade pública ou interesse social; estabelecer limitações administrativas gerais à propriedade; criar regime especial de domínio em relação a algumas espécies de bens, como os situados no subsolo, nas águas, nas florestas etc. Em outras palavras, ainda que não sendo proprietário de todos os bens, o Estado pode instituir regimes jurídicos específicos que afetam fundamente o domínio.

    A noção de domínio eminente, como visto, não pode se confundir com a de domínio patrimonial, porque esta importa a inclusão daqueles bens que o Estado possui na qualidade de proprietário, tal como se fora uma pessoa privada.

     

    Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de direito administrativo. – 31. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2017.

  • Segundo JSCF domínio eminente relaciona-se com soberania e domínio patrimonial com os bens que o Estado possui. Nessa linha de raciocínio a alternativa I está errada.

    Abaixo transcrevo o capítulo do autor sobre o tema.

     

     

    1 DOMÍNIO PÚBLICO

    A expressão domínio público não tem um sentido preciso e induvidoso, como se extrai da lição dos autores que escreveram sobre o tema. Ao contrário, ela é empregada em sentidos variados, ora sendo dado o enfoque voltado para o Estado, ora sendo considerada a própria coletividade como usuária de alguns bens.

    Com efeito, é comum, de um lado, a referência ao domínio público no sentido dos bens que pertencem ao domínio do Estado ou que estejam sob sua administração e regulamentação. Nesse caso, o adjetivo público fica entrelaçado à noção de Estado, a quem é conferido um poder de dominação geral. Mas, de outro lado, pode o domínio público ser visto como um conjunto de bens destinados à coletividade, hipótese em que o mesmo adjetivo se estaria referindo ao público, de forma direta ou indireta. Nesse ângulo, incluir-se-iam não somente os bens próprios do patrimônio do Estado, como aqueles que servissem para a utilização do público em geral, mesmo quando fossem diversos dos bens que normalmente são objeto de propriedade (como as praças públicas, por exemplo) ou quando se caracterizassem pela inapropriabilidade natural (como o ar, por exemplo).

    Logicamente, este último sentido traduz maior amplitude que o primeiro. Parece-nos, pois, que, a despeito das dúvidas que o instituto suscita, melhor é considerá-lo em sentido amplo. Em consequência, podemos conceituar domínio público, na esteira de CRETELLA JÚNIOR, como “o conjunto de bens móveis e imóveis destinados ao uso direto do Poder Público ou à utilização direta ou indireta da coletividade, regulamentados pela Administração e submetidos a regime de direito público”.

  • Sabendo que a III está errada e a II certa, era possível responder. 

     

    II. Os regimes de direito público têm natureza restritiva das faculdades de uso, fruição e disponibilidade dos bens (inalienabilidade, impenhorabilidade, imprescritibilidade, não onerabilidade). A extensão das restrições é variável conforme o regime jurídico aplicável, sendo que em alguns casos a restrição deriva da destinação do bem à satisfação das necessidades coletivas (bens de uso comum do povo), da instrumentalidade do bem para o desempenho de funções estatais (bens de uso especial) ou até da mera vinculação a uma pessoa jurídica de direito público (bens públicos, mesmo que dominiais).

  • Obrigado Gisele Canto.

  • A primeira que eliminei foi a I, haja  vista diferença entre o domínio eminente e o domínio patrimonial.... Alguém explica por favor?

  • Entendo que a questão I está errada, pois o direito de propriedade se aplica também se aplicam aos bens públicos. Veja que a questão não distingue entre domínio eminente e patrimonial. Outro ponto é que também afasta a aplicação de forma genérica de todos os institutos de direito privado o que é inviável, basta lembrar os direitos de crédito que são regulados pelo direito privado, todavia, os créditos e ações pertencentes ao Estado também são bens públicos, todavia, regulados pelo direito privado.

  • KKKKKKKKKKKKKKK

  • Meu Deus do Ceú, já estou até prevendo a confusão que vai ser essa prova da PGM Contagem!

  • Os bens públicos tem titulares, mas os direitos e deveres daí resultantes, exercidos pela administração pública, não decorrem do direito de propriedade no sentido tradicional. Trata-se de um vinculo especifico de natureza administrativa que permite e impõe ao poder público, titular do bem, assegurar a regularidade da sua destinação, contra quaisquer ingerências.

    Os bens públicos devem ter destinação que atenda ao interesse público, de modo direto ou indireto. A afetação, explícita ou tácita, atribui destinação específica ao bem, sobre o qual incidem preceitos do direito administrativo, que formam um regime de direito público.

    Encontrei esse comentário em uma outra questão que tinha relação com a afirmativa I. Talvez possa ajudar na compreensão.

  • PERDI 5 MIN DA MINHA VIDA CONCURSEIRIANA!!!

  • A questão indicada está relacionada com os bens públicos.

    - Bens Públicos: são aqueles que pertencem às pessoas jurídicas de direito público, tais como, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ou os entes da Administração Pública Indireta – descentralizada – como as autarquias, fundações de direito público e associações públicas.

    - Itens:
    I – CERTO. O regime jurídico dos bens públicos é próprio do direito público.

    II – CERTO. Os regimes de direito público possuem natureza restritiva das faculdades de uso, de fruição e de disponibilidade de bens. A extensão varia de acordo com o regime jurídico aplicável. Em alguns casos, a restrição deriva da destinação do bem à satisfação de necessidades coletivas, da instrumentalidade do bem para desempenhar funções estatais ou da mera vinculação a uma pessoa jurídica de direito público.

    III – ERRADO. Os bens de uso especial são aqueles bens afetados a uma destinação específica, que fazem parte do aparelhamento administrativo e são considerados instrumentos para a execução de serviços públicos. Exemplos: edifícios de repartições, cemitérios públicos e veículos da Administração.

    IV – ERRADO. A autorização de uso de bem público trata-se de ato administrativo unilateral, discricionário e precário, pelo qual o Poder Público autoriza a utilização especial de um bem pelo particular. No item IV foi informado que a Administração Pública atribui ao particular usar “continuadamente" um bem público, contudo, a autorização tem caráter precário – pode ser revogada a qualquer tempo.

    Diante do exposto, percebe-se que o único gabarito correto é a letra C).

    Gabarito do Professor: C

ID
2463418
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto à responsabilidade civil do Estado e seus agentes, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • LETRA D INCORRETA 

    RESPONSABILIDADE DO ESTADO = OBJETIVA

    RESPONSABILIDADE DO AGENTE = SUBJETIVA (ANALISA-SE DOLO OU CULPA)

  • Em suma, quando o Poder Legislativo publicar lei que tenha carater de ato administrativo, ou quando o seu reflexo seja para determinada parcela de pessoas restrita, e em ambas as situações causar danos, deverá sim o Estado indenizar. Quando a nova legislação causar dano a uma grande parcela da sociedade os danos devem ser arcados e repartidos entre eles, não tendo o Estado o dever de indenizar. Não é pacificado na doutrina. 

    Segue partes de artigo que fundamentam a resposta, bem como ao final a sua referência. 

     A responsabilidade civil do Estado Legislador está relacionada à obrigação estatal de compensar os danos causados ao patrimônio dos indivíduos pela atividade legislativa. Entretanto, mesmo diante da ausência de normas positivadas e das divergências doutrinárias há uma acentuada tendência favorável á aceitação do estado legislador responsável, intensificando, desta forma, os princípios da justiça e da equidade.

    (...)

    O que ocorre, neste caso, é a chamada “pseudo lei em tese” que é o comando normativo com efeitos concretos, que, embora promulgado pelo Legislativo com obediência ao processo de elaboração das leis, constitui, quanto ao conteúdo, verdadeiro ato administrativo dirigido a uma só ou a um número restritíssimo e identificado de pessoas, gerando responsabilidade para o Estado independente de ser constitucional ou não.

    O autor, desta maneira, reconhece que quando a lei constitucional causar prejuízo à coletividade em geral por impor restrições normativas coletivas não haverá responsabilização estatal, pois a incidência do dano será genérica, abstrata e impessoal, não ultrapassando os limites dos encargos normativos e, portanto, não se aplicando os princípios que informam o instituto da responsabilidade pública. Esse será o caso da “lei em tese”, conforme denomina o jurista, e que para a doutrina é tese justificativa da irresponsabilidade do Estado por leis constitucionais lesivas.

    Cretella Junior (1983, p. 26) assim sintetiza seus ensinamentos:

    “Tanto lei constitucional danosa como a inconstitucional danosa podem causar danos. Os danos podem atingir todos os destinatários da lei ou podem incidir sobre diminuto número de cidadãos. Se a lei constitucional danosa causar danos a seus destinatários, in genere, o Estado é irresponsável, porque o prejuízo se reparte por todos. Se causar danos a um só, ou a restritíssimo número, deixa a lei constitucional de ser “lei em tese” para erigir-se em ato administrativo e, nesse caso, o atingido pode recorrer aos Tribunais, mediante os adequados remédios jurídicos.” 

    http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13023

  • GABARITO: D

     

    Em regra, não há responsabilidade do Estado por atos do Legislativo.
    As exceções são as seguintes:


     LEI INCONSTITUCIONAL→ para a responsabilização, 2 requisitos são necessários: que haja dano individual e que o STF tenha declarado a inconstitucionalidade da norma.


     LEI DE EFEITOS CONCRETOS→ trata-se em verdade de ato administrativo, a ser analisado pelo sentido material.


    OMISSÃO LEGISLATIVA→não há entendimento pacífico a respeito.

  • Prevalece a regra de que o Estado não possui responsabilidade pelo exercício de sua atribuição típica de elaborar leis, regra esta excepcionada:


    a) no caso de leis de efeitos concretos, causando dano a um grupo restrito de administrados; e


    b) leis inconstitucionais que causem danos a população, seja assim declaradas pelo STF.


    ____________


    Regra: irresponsabilidade do Estado por atos legislativos.


    Exceção: haverá responsabilidade por ato do legislativo, se a lei causar dano direto ao administrado e que seja declarada inconstitucional. Nesse sentido, preleciona Matheus Carvalho, “parte da doutrina entende que excepcionalmente é possível a responsabilidade por atos legislativos desde que presentes dois requisitos. Nesses casos, a responsabilização estatal estaria configurada; se, cumulativamente, diretamente da lei, decorre dano especifico a alguém e o ato normativo for declarado inconstitucional. Exige-se o dano específico porque, do contrário, qualquer lei inconstitucional geraria a responsabilidade do Estado”.

  • RESPONSABILIDADE DO ESTADO NO CASO DE ATOS LEGISLATIVOS

     

    No que diz respeito aos atos legislativos típicos, a doutrina e a jurisprudência têm admitido, por exceção, a responsabilização do Estado em duas hipóteses:

    1) Edição de leis de efeitos concretos;

    2) Edição de leis inconstitucionais, desde que declaradas pelo STF.

     

    Leis de efeitos concretos são aquelas que não possuem caráter normativo, não detêm generalidade, impessoalidade e nem abstração. São leis exclusivamente formais, provindas do Legislativo, mas que possuem destinatários certos, determinados.

    No caso, o administrado atingido diretamente pela lei de efeitos concretos tem direito à reparação dos eventuais prejuízos advindos da aplicação da norma, configurando-se a responsabilidade extracontratual do Estado.

     

     

     exemplos: As leis que aprovam planos de urbanização, as leis que concedem isenções fiscais a determinado setor ou pessoa, etc.

     

    Direito Administrativo - Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves に Aula 11

  • RESPONSABILIDADE CIVIL DAS ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR: A polêmica passa pela interpretação e redação do art 37, §6, CR/88 que trata da responsabilidade objetiva das pessoas públicas e pessoa privada que presta serviço público, vez que surgem 3 correntes:
    (1) A primeira corrente fala em responsabilidade objetiva, pois a atividade se assemelha a um serviço público.
    (2) A segunda corrente diz que o sistema S tem uma responsabilidade objetiva, mas a OS e OSCIP teriam responsabilidade subjetiva, visto que o Sistema S tem vínculo jurídico, e atividades parecidas com serviços públicos, enquanto a OS e OSCIP exerce atividade de utilidade pública.
    (3) A terceira corrente defende uma responsabilidade subjetiva, pois não é serviço público, visto que não há delegação de atividade. (tem prevalecido em provas)

  • Gabarito:"D"

     

    Imagina se os atos do Poder Legislativo não causassem responsabilidade do Estado... se está difícil responsabilizando, imagina sem "controle".

  • Podem causar se forem desproporcionais, segundo Rafael Carvalho. Daí a minha confusão.

  • A alternativa "a" é controversa

     

    José dos Santos Carvalho Filho:

    (...) entendemos que as pessoas de cooperação governamental (ou serviços sociais autônomos) estão sujeitas à responsabilidade objetiva atribuída ao Estado. Sua atividade é, como já tivemos a oportunidade de ver, de caráter eminentemente social, podendo considerar-se que se qualifica como serviço público

     

    Fernada Marinela:

    Os atos de seus dirigentes são passíveis de mandado de segurança, ação popular, responsabilidade pessoal por danos, improbidade administrativa e responsabilização criminal, além de serem fiscalizados pelo Tribunal de Contas

  • Já comentei diversas vezes sobre esse tipo de questão aqui no QConcursos. Segue novamente:

     

    Lei que cause prejuízo a alguém pode sim ser motivo de indenização (responsabilidade civil do Estado). 

     

    Isso é muito cobrado por bancas. Fiquem atentos. 

  •  LETRA D - O ato legislativo não pode causar a responsabilidade civil do Estado, razão pela qual se uma lei de efeitos concretos provoca danos ao indivíduo, a responsabilidade civil da pessoa jurídica federativa de onde emanou a lei não se configura, afastando o direito de reparação dos prejuízos.

     

     

    A questão trata exatamente de uma das duas exceções de resposabilidade civil do Estado por atos poder legislativo. Em regra não cabe, mas quando se tratar de lei de efeitos concretos e leis inconstitucionais (declarada pelo STF e prove o dano) poderá, sim, ser atribuido ao Estado responsabilidade.

  • Duas respostas certas. A e D. OS tem responsabilidade objetiva. 

  • Quanto ao comentário mais abaixo sobre o que diz Jose Dos Santos Carvalho Filho, no Manual De Direito Administrativo, a assertiva "a" é correspondente à posição dele:

    De outro lado, entendemos que as pessoas de cooperação governamental (ou serviços sociais
    autônomos) estão sujeitas à responsabilidade objetiva atribuída ao Estado. Sua atividade é, como já
    tivemos a oportunidade de ver, de caráter eminentemente social, podendo considerar-se que se qualifica
    como serviço público. Além do mais, têm vínculo com o Estado, porquanto foi este que fez editar as
    respectivas leis autorizadoras da criação das entidades e as vinculou a seus objetivos institucionais,
    obrigando-as, inclusive, à prestação de contas em razão dos recursos que auferem, decorrentes do
    recolhimento de contribuições compulsórias.[1529]
    Em relação às organizações sociais e às organizações da sociedade civil de interesse público,
    qualificação jurídica atribuída a entidades de direito privado que se associam ao Poder Público em
    regime de parceria, poderão surgir dúvidas sobre se estariam ou não sujeitas à responsabilidade
    objetiva. O motivo reside na circunstância de que são elas vinculadas ao ente estatal por meio de
    contratos de gestão ou termos de parceria, bem como pelo fato de que se propõem ao desempenho de
    serviço público. Em que pese a existência desses elementos de vinculação jurídica ao Estado,
    entendemos que sua responsabilidade é subjetiva e, consequentemente, regulada pelo Código Civil. É que
    esses entes não têm fins lucrativos e sua função é a de auxílio ao Poder Público para melhorar o resultado
    de certas atividades de interesse do público e do próprio Estado. Assim, não se nos afigura que esse tipo
    de parceria desinteressada e de cunho eminentemente social carregue o ônus da responsabilidade
    objetiva, quando, sem a parceria, estariam as referidas pessoas reconhecidamente sob a égide do Código
    Civil.[1530] Convém ressaltar, no entanto, que, dissentindo de nosso pensamento, respeitável doutrina
    advoga a incidência do art. 37, § 6º, da CF, sobre as organizações sociais, realçando-lhes o fato de
    prestarem serviço público para considerá-las sujeitas à responsabilidade objetiva.[1531]

  • d) O ato legislativo não pode causar a responsabilidade civil do Estado, razão pela qual se uma lei de efeitos concretos provoca danos ao indivíduo, a responsabilidade civil da pessoa jurídica federativa de onde emanou a lei não se configura, afastando o direito de reparação dos prejuízos.

     

     

    LETRA D – CORRETA  -

     

    a) Função legislativa

     

    I - Em regra, a função legislativa não gera dano indenizável. Fundamentos:

     

    • O ato legislativo é geral e abstrato: não causa dano especial.

     

    • A lei não retroage para prejudicar o direito adquirido, a coisa julgada e o ato jurídico perfeito: não causa dano jurídico.

     

     II - Excepcionalmente, alguns atos legislativos podem causar dano:

     

    • Leis declaradas inconstitucionais (RE n. 153.464, RE n. 158.962, RE n. 158.962 e REsp n. 571.645). Exemplo: o Estado de Minas Gerais, por meio da LC n. 100, deu efetividade a servidores contratados temporariamente, para atender a realidade do Estado. No entanto, essa Lei foi declarada inconstitucional, por violar a regra do concurso público, gerando danos. Ademais, isso não significa que toda lei declarada inconstitucional produzirá dano.

     

    • Leis de efeito concreto: é lei em sentido formal (produzida pelo Poder Legislativo). No entanto, não é lei em sentido material porque carece de generalidade e abstração.

     

    • Omissões legislativas (Mandado de Injunção n. 283 - STF): o dano se concretiza porque o Estado não legislou. Ademais, embora doutrinariamente as omissões legislativas podem gerar danos, essa hipótese perde o sentido diante da possibilidade do mandado de injunção.

     

     

    FONTE: BARNEY BICHARA

  • A meu ver a Letra C está errada também, pois nada impede a vitima de alguma ilegaligade também incluir no polo passivo da ação indenizatório o Ente junto com o servidor

  • Vejamos as opções propostas:

    a) Certo:

    Trata-se de afirmativa que encontra apoio expresso na doutrina de José dos Santos Carvalho Filho, como se extrai do seguinte trecho de sua obra:

    "(...)"

    b) Certo:

    A presente alternativas diferentes espécies de agentes públicos. De fato, em estando no exercício de função públicos, os atos daí decorrentes, acaso gerem danos a terceiros, são passíveis de responsabilização civil do Estado.

    c) Certo:

    De fato, está correto sustentar que a responsabilidade civil do agente público, pessoa natural, é de ordem subjetiva, de maneira que, para restar caracterizada, faz-se necessário que seu comportamento tenha sido impregnado de dolo ou culpa. Na linha do exposto, a parte final do art. 37, §6º, da CRFB:

    "Art. 37 (...)
    § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."

    d) Errado:

    É firme o entendimento doutrinário e jurisprudencial na linha do qual as leis de efeitos concretos, em vista de seu caráter individualizado, são materialmente equiparáveis a atos administrativos. Desta forma, acaso ocasionem danos a terceiros, é viável a responsabilização civil do Estado, com esteio no acima citado art. 37, §6º, da CRFB.

    Desta maneira, incorreta esta última opção, ao negar a possibilidade de caracterização da responsabilidade civil estatal no caso de leis de efeitos concretos.


    Gabarito do professor: D


ID
2463421
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No estudo dos atos administrativos, os atos ordinatórios representam o poder hierárquico do Estado.

Quanto às suas espécies, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Olá colegas,

    GABARITO (B)

    Existem vários tipos de Atos Administrativos como os normativos, negociais, enunciativos, punitivos e os que tratamos na questão que são os ordinatórios.

    Dentre os Atos Ordinatórios nós temos:

     

    *Instruções - são ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de execução de determinado serviço público, expedidas pelo superior hierárquico com escopo de orientar os subalternos com intuito de assegurar a unidade de ação  no organismo administrativo;

     

    * Circulares - ordem escrita e uniforme expedida para determinados funcionários ou agentes;

     

    * Avisos - são atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos afetos aos seus Ministérios. Também pode ser utilizado para dar conhecimento de assuntos afetos à atividade administrativa;

     

    * Portarias - são atos administrativos internos  pelos quais os chefes de órgãos, repartições ou serviços expedem determinações gerais ou especiais  a seus subordinados, ou designam servidores para funções e cargos secundários. Por portaria também se iniciam sindicâncias e  processos administrativos;

     

    *Ofícios - são as comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e superiores e entre a Administração e particulares, em caráter oficial;

     

    * Despachos administrativos - são decisões que as autoridades executivas ou legislativas e judiciárias , em funções administrativas , proferem em papéis, requerimentos e processos  sujeitos à sua apreciação;

     

    *Ordens de Serviço - são determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou serviços públicos autorizando seu início, ou contendo imposição de caráter administrativo,ou de especificações técnicas sobre o modo e forma de sua realização;

     

    *Provimentos - são atos administrativos internos, contendo determinações e instruções que a Corregedoria ou os Tribunais expedem para a regularização e uniformização dos serviços, especialmente os da Justiça, com o objetivo de evitar erros e omissões na observância da lei.

  • Gabarito: B

     

    b)  Despachos são os atos pelos quais os agentes administrativos se comunicam. Formalmente, são comunicações por meio das quais as autoridades encaminham papéis e informações em geral e prescindem de publicação.

     

    Erro 1: o conceito refere-se a "Ofício".

    Segundo Hely Lopes Meirelles, "Ofícios são comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e superiores e entre Administração e particulares, em caráter oficial. Os ofícios tanto podem conter matéria administrativa como social."

     

    Erro 2: mesmo se o conceito fosse o correto, o fim da assertiva está errado, pois, nos despachos, a publicação é imprescindível.

    Segundo Hely Lopes Meirelles, "Despachos administrativos são decisões que as autoridades executivas (ou legislativas e judiciárias, em funções administrativas) proferem em papéis, requerimentos e processos sujeitos à sua apreciação. (...) A publicidade dos despachos e das informações que não forem de caráter sigiloso, exigida pelo interesse público ou de segurança nacional, é princípio que tem por objetivo assegurar a moralidade administrativa e por isso, não deve ser sonegada pelo administrador público ao particular."

  • LETRA B INCORRETA 

    Instruções: são ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de execução de determinado serviço público, expedidas pelo superior hierárquico com escopo de orientar os subalternos com intuito de assegurar a unidade de ação  no organismo administrativo;

    Despacho: É a forma pela qual são firmadas decisões por autoridades em requerimentos, papéis, expedientes, processo e outros. Despacho normativo é aquele firmado em caso concreto com uma extensão do decidido para todos os casos análogos.

    Circular: É o instrumento usado para a transmissão de ordens internas uniformes, incumbindo de certos serviços ou atribuições a certos funcionários.

    Portaria: É a forma pela qual a autoridade de nível inferior ao Chefe do Executivo fixa normas gerais para disciplinar conduta de seus subordinados. (atos normativos e ordinatórios).
     


ID
2463424
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com a Lei Nº 8.666, de 21 de junho de 1993, quanto às disposições atinentes aos contratos administrativos, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • LETRA D

     

    LEI 8666

     

    A -  Art. 55.  São cláusulas NECESSÁRIAS em TODO contrato as que estabeleçam :

    V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica;

     

    B-   Art. 57.  A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, EXCETO quanto aos relativos:

    II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por IGUAIS e SUCESSIVOS PERÍODOS com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses;

     

    C -  Art. 56  § 4o  A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e, quando em dinheiro, atualizada monetariamente.

     

    D - Art. 58  § 1o  As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos NÃO poderão ser alteradas SEM prévia concordância do contratado.

  • LETRA D

    São as chamadas cláusulas exorbitantes - permitidas em contratos de caráter público.

  • LETRA D CORRETA 

    LEI 8.666

    Art. 58.  O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:

    I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;

    II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;

    III - fiscalizar-lhes a execução;

    IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;

    V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.

    § 1o  As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.

  • Eu acertei, marquei a B pq lembrei do §4º do art.57, mas fui verificar o artigo e não entendi o porquê do erro já que é a cópia do inciso II do art.57.

    Qual o erro da B??

  • A alternativa B também está errada:

    Art. 57.  A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:

    (...)

    II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses;           (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

    (...)

    § 4o  Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser prorrogado por até doze meses.              (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998).

     

    Nos casos das prestações de serviços a serem executadas de forma contínua, o prazo de duração pode chegar a 72 meses.

     

    Duas alternativas incorretas. O copiador da banca ficou com preguiça de ler o extenso artigo 57 da lei 8.666.

  • Ana F., o enunciado pede a questão INCORRETA, que é a letra D. letra B é letra da lei, logo, questão correta.

     

    Alfredo, regra geral é 60 meses, conforme inc II do art 57. Em caráter excepcional ele poderá ir até 72 meses. Assim, regra geral também é correta.

     

     

  • Cuidar para não confundir:

    60 MESES  → Serviços prestados de forma contínua;

    48 MESES  → Informática;

    120 MESES  → Segurança, Defesa Nacional, Forças Armadas e Ciência e Tecnologia;

  • REGRA GERAL - Prazo não pode ser indeterminado.

    EXCEÇÕES:

    1-Projetos incluídos no PPA - no máximo 4 anos (48 meses)

    2-Serviços de execução continuada(constante) - até 60 meses e excepcionalmente por mais 12 meses

    3-Aluguel e equipamentos de informática - 48 meses

    4-Segurança nacional e inovação tecnológica (licitação dispensável) - 120 meses

    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    O segredo do sucesso é nunca desistir !!!

  • Cláusula econômico financeira não pode ser alterada unilateralmente, só pode ser bilateral quando houver consentimento de ambas as partes.

  • Vejamos as opções lançadas, em busca da única incorreta:

    a) Certo:

    Trata-se de opção condizente com a norma do art. 55, V e VI, da Lei 8.666/93, in verbis:

    "Art. 55.  São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:

    (...)

    V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica;

    VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;"

    b) Certo:

    Esta alternativa encontra apoio expresso na norma do art. 57, caput e inciso II, da Lei 8.666/93, litteris:

    "Art. 57.  A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:

    (...)

    II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses;" 

    c) Certo:

    Assertiva que retrata, com fidelidade, a norma do art. 56, §4º, da Lei 8.666/93:

    "Art. 56 (...)
    § 4o  A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e, quando em dinheiro, atualizada monetariamente."

    d) Errado:

    Por fim, a presente afirmativa destoa da norma do art. 58, §1º, da Lei 8.666/93, que veda a alteração de cláusulas econômico-financeiras e monetárias, sem prévia anuência do contratado. No ponto, confira-se:

    "Art. 58 (...)
    § 1o  As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado."


    Gabarito do professor: D


ID
2463427
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Conforme entendimento majoritário do Tribunal Superior do Trabalho, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • a) O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. CORRETO

    Súmula nº 340 do TST

     

    b) O adicional noturno pago com habitualidade não integra o salário do empregado. Porém, cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido será o adicional quanto às horas prorrogadas.

    INCORRETA

    A assertiva vai de encontro ao disposto na Súmula nº 60 do TST , segundo a qual " O adicional noturno pago com habitualidade integra o salário do empregado para todos os efeitos..." 

     

    c) O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. CORRETA (Súm. 47 TST)

     

    d) A indenização pelo não deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do contrato. CORRETA (Súm. 07 TST)

  • REMUNERAÇÃO = SALÁRIO + GORJETAS - BASE DE CÁLCULO DO FGTS,  FÉRIAS,  13º

     

    As gorjetas, cobradas pelo empregador ou oferecidas espontaneamente, integram a remuneração,

    não servindo de base de cálculo para Aviso-prévio, Adic. noturno HoraextRas  e  DSR

     

     

    INTEGRA O SALÁRIO = PARTE FIXA + GRATIFICAÇÕES + COMISSÕES E PERCENTAGENS PAGAS PELO EMPREGADOR,

    E A PARCELA IN NATURA (ALIMENTAÇÃO, HABITAÇÃO e VESTUÁRIO)

     

     

    NÃO TEM NATUREZA SALARIAL:

    GUELTAS – PAGA POR 3º PARA VENDA CERTOS PRODUTOS DO FORNECEDOR – NÃO É SALÁRIO MAS INTEGRA A REMUNERAÇÃO

    VERBA DE REPRESENTAÇÃO 

    ABONO SALARIAL – PIS  – 1 SM ANUAL - PAGO AO EMPREGADO QUE TRABALHAR PARA EMPREGADORES QUE CONTRIBUEM

    PARA O PIS/PASEP, E RECEBEM ATÉ 2 SM DE REMUNERAÇÃO

     

     

    NÃO INTEGRAM A REMUNERAÇÃO PARA NENHUM EFEITO, MESMO QUE HABITUAL

    - AJUDA DE CUSTO – LIMItADA A  50%

    - AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO (VEDADO PAGAMENTO EM DINHEIRO),

    - DIÁRIA PARA VIAGEM,

    - PRÊMIO (pago por desempenho superior),

    - ABONOS

    - VALE-CULTURA – EMPREGADOR PODE DEDUZIR DO IR O VALOR – A EXECUÇÃO INADEQUADA DO PROGRAMA  IMPLICA SANÇÕES COMO O RECOLHIENTO DE FGTS SOBRE VALOR INDEVIDAMENTE REPASSADO AO EMPREGADO

    - VERBA INDENIZATÓRIA

     

     

    AVISO PRÉVIO, ADIC NOTURNO, HORA EXTRA, DENCANSO SEMANAL  - CALCULADOS COM BASE NO SALÁRIO!

     

     

    SALÁRIO-PROFISSIONAL = VALOR QUE PODE SER PAGO AO PROFISSIONAL REGULAMENTADO EX.: MÉDICO e ENGENHEIRO

     

    SALÁRIO-NORMATIVO (DEFINIDO EM SENTENÇA NORNMATIVA, CCT, ACT = PISO SALARIAL = VALOR MAIS BAIXO QUE PODE SER PAGO AO EMPREGADO DA CATEGORIA PROFISSIONAL, CONFORME PREVISTO EM ACORDO, CONVENÇÃO OU SENTENÇA NORMATIVA

     

    PISO SALARIAL REGIONAL – DEFINIDO POR ESTADO FEDERADO

     

    SALÁRIO-BASE = FIXO, NÃO INCLUI ADICIONAL E GRATIFICAÇÃO

     

     

    CARÁTER FORFETÁRIO DO SALÁRIO – É PRÉ-DEFINIDO, NÃO DEPENDENDO DO RESULTADO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL

     

    INDISPONIBILIDADE – NÃO CABE RENÚNCIA OU TRANSAÇÃO

     

    PARCELA SALARIAL – POSSUI EFEITO EXPANSIVO CIRCULAR

    – APTIDÃO DE PRODUZIR REPERCUSSÕES SOBRE OUTRAS PARCELAS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS

     

    CLT - PARA QUE OS ADICIONAIS SEJAM INTEGRADOS AO SALÁRIO, DEVEM SER PAGOS COM HABITUALIDADE

     

    ADIC INSALUBRIDADE – SOBRE SM

    ADIC PERIC – SOBRE SALÁRIO BÁSICO

    CARACTERIZAÇÃO A CARGO DE MÉDICO OU ENGENHEIRO REGISTRADO NO M.T.E

     

    HAVENDO HABITUALIDADE, A GRATIFICAÇÃO SERÁ INTEGRADA AO SALÁRIO

     

    GRATIFICAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO INTEGRA CÁLCULO DAS HE

     

    GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL NÃO REPERCUTE NO CÁLCULO DAS HE, FÉRIAS OU  AVISO PRÉVIO.

    REPERCUTE, CONTUDO, PELO SEU DUODÉCIO NA INDENIZAÇÃO POR ANTIGUIDADE E NA GRATICIÇÃO DE NATAL

     

    Majoração do repouso semanal, em razão da integração de HORA-EXTRA HABITUAL,

    não repercute no cálculo das Férias, 13º, aviso prévio e FGTS

     

    SALÁRIO-PRÊMIO OU SALÁRIO-PRODUÇÃO – NÃO PODE SER SUPRIMIDO PELO EMPREGADOR QUANDO PAGO COM HABITUALIDADE, DESDE QUE VERIFICADA A SUA CONDIÇÃO

     

    Embora haja previsão legal para o direito à hora extra, inexiste previsão para a incorporação ao salário do respectivo adicional,

    razão pela qual deve incidir a prescrição total

     

  • A) Correto: SUM-340 COMISSIONISTA. HORAS EXTRAS:

    O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas
     


    B) Falso: SUM-60 - ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO

    I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos.

    II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas.

     


    C) Correto: SUM-47 INSALUBRIDADE


    O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional.

     


    D) Correto: SUM-7 FÉRIAS


    A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do contrato.

     

  • S. 60. I- O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos.


ID
2463430
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Considerando que, no Direito do Trabalho, tanto a jornada, quanto o intervalo envolvem matérias relativas às saúdes física, mental e social do trabalhador, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: LETRA B

     

    Letra A: 

    Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: (Redação dada pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)

    I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)

    II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)

     

     

    Letra C:

    Art 74 § 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso.       (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

     

    Letra D: 

    Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um.

    Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente.

     

     

  • Eu discordo desse gabarito aí.

     

    Quanto á letra B:

    Art. 71, §5º da CLT: O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquel estabelecido no §1º poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem.

     

    Assim, em que pese a regra seja, de fato, a impossibilidade de desmembramento do intervalo concedido ao empregado, há situações em que isso será permitido. A assertiva, por sua vez, é muito fechada, não admitindo a existência dessas exceções. Por isso considero a B errada.

     

    Quanto à letra A, quer dizer que os gerentes e empregados de atividade externa não tem intervalo para almoço e refeição? O trabalhador tem que tocar direto até encerrar a jornada? Absurdo .. ele não tem é o controle do horário, ele pode fazer o intervalo no momento mais oportuno. Porém, ele tem sim o direito ao intervalo intrajornada, o que ele não tem, por força do artigo 62, é o direito de exigir horas extras em caso de eventual supressão do intervalo. Mas se ele gozar do intervalo, não pode ter o horário descontado. Considero certo a letra A.

     

    Já saiu o gabarito definitivo dessa prova?

  • É isso aí, Camargo. Raciocinei o mesmo.
  • Concordo inteiramente com a opinião do colega Daniel.

  • indicar para comentario.

  • EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DA RECLAMADA. GERENTE GERAL DE AGÊNCIA. ARTIGO 62, II, DA CLT. INTERVALO INTRAJORNADA . IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE CONTROLE DE JORNADA. O gerente geral de agência, assim enquadrado no artigo 62, II, da CLT, goza de amplos poderes de mando e gestão, e, portanto, não faz jus ao intervalo intrajornada, porque inviável, nessa circunstância, o controle de jornada. Embargos de declaração acolhidos, com efeito modificativo, a fim de conhecer do recurso de revista quanto ao tema -intervalo intrajornada relativamente ao período posterior a outubro/98- , quando o reclamante passou a exercer a função de gerente geral de agência, por violação do artigo 62, II, da CLT, e, no mérito, dar-lhe provimento para excluir da condenação as horas relativas à não concessão do referido intervalo a partir desta data.

    (TST - ED-RR: 2011 2011/2002-029-12-00.0, Relator: Dora Maria da Costa, Data de Julgamento: 04/11/2009, 8ª Turma,, Data de Publicação: 13/11/2009)

  • Quanto ao item "d", chamo a atenção dos colegas para o que prediz o artigo 396 da CLT:

    São 2 (dois) períodos de descanso de 30 minutos, cujos momentos serão definidos entre a empregada e o empregador nos termos do § 2º (incluído pela 13.467/17 - entrará em vigor em novembro de 2017).

    O direito existe até que a criança complete 6 (seis) meses e não um ano.

    Está também incorreta, mesmo antes da reforma trabalhista, a especificação de que seria de três em três horas.

    E realmente é o mesmo computado na jornada de trabalho, já que o caput afimra que o intervalo ocorrerá "durante a jornada de trabalho".

  • REFORMA TRABALHISTA 

     

    Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um.

    § 1o  Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

    § 2o  Os horários dos descansos previstos no caput deste artigo deverão ser definidos em acordo individual entre a mulher e o empregador. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

  • A dilatação do período será à critério da autoridade competente, mas o horário que isso acontecerá deverá ser consentido entre empregador e empregada.

  • REFORMA TRABALHISTA (Lei nº 13.467/17)

    Art 611-B, Parágrafo único: regras sobre duração do trabalho e intervalos não são consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para os fns do disposto neste artigo.

  • - O LIMITE MÍNIMO DE 1H  PARA REPOUSO OU REFEIÇÃO PODERÁ SER REDUZIDO POR ATO do MTE, OUVIDO O SERVIÇO DE

    ALIMENTAÇÃO DE PREVIDÊNCIA, SE VERIFICAR QUE O ESTABELECIMENTO ATENDE ÀS EXIGÊNCIAS  DOS REFEITÓRIOS,

    E OS EMPREGADOS NÃO ESTIVEREM SOB REGIME DE TRABALHO PRORROGADO A HORAS SUPLEMENTARES

     

    - INTERVALO INTRAJORNADA PODE, POR CCT / ACT, SER REDUZIDO PARA 30MIN ( doméstico pode 30 min por acordo escrito)

    OU TER MAIS DE 2H DE INTERVALO POR ACORDO ESCRITO – EM QUALQUER TIPO DE CONTRATO, INCLUSIVE PARA O RURAL

     

     intervalo poderá ser reduzido ou fracionado, quando entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada,

    desde que previsto em CCT/ACT, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho

    a que são submetidos motoristas, cobradores, fiscalização e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários,

    empregados no setor de transporte coletivo de passageiros,

    mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem.

     

     

    - CASO DE FORÇA MAIOR, MENORES PODEM REALIZAR HORAS EXTRAS CASO SEU TRABALHO SEJA IMPRESCINDÍVEL, COM LIMITE DE 12H POR DIA

     

    - DESCANSOS DEFINIDOS POR ACORDO ENTRE MULHER E EMPREGADOR

     

    SÓ PARA MULHER – DESCANSO SEMANAL – ESCALA QUINZENAL

     

    - NÃO PRECSIA MAIS CONCEDER INTERVALO DE 15MIN ANTES DA PRORROGAÇÃO DO TRABALHO DA MULHER

     

    - AS HORAS EXTRAS PODEM SER COMPENSADAS ATÉ SEMANA SEGUINTE

    OU DEVERÃO SER QUITADAS NO MÊS SEGUINTE, CASO NÃO COMPENSADAS

     

    ACRÈSCIMO DE 2 HE POR DIA, PODE SER FEITO POR ACORDO INDIVIDUAL – CLT

     

    BANCO DE HORAS PODE SER INSTITUÍDO POR ACORDO INDIVIDUAL ESCRITO

     – DESDE QUE COMPENSAÇÃO OCORRA EM 6 MESES

     

    - EM QUALQUER ATIVIDADE, POR ACORDO INDIVIDUAL DE COMPENSAÇÃO, SEJA TÁCITO/VERBAL OU ESCRITO,

    PODE-SE COMPENSAR AS HORAS EXTRAS NO MESMO MÊS

     

     

    EXCESSO DE JORNADA HORA EXTRA PODE SER EXIGIDO INDEPENDENTE DE CONVENÇÃO OU ACORDO

     

     

    SEMANA ESPANHOLA =  40H  -  48H  -  SÓ POR CCT ou ACT 

     

     

    NAS ATIVIDADES INSALUBRES, CONFORME QUADROS MTE, PRORROGAÇÕES SÓ PODERÃO SER ACORDADAS MEDIANTE LICENÇA PRÉVIA DAS AUTORIDADES, QUE PROCEDERÃO AOS NECESSÁRIOS EXAMES LOCAIS

     

     

    Negociado  prevelece sobre legislado:

    - Quanto ao enquadramento do grau de insalubridade e prorrogação de jornada insalubres, incluída a  contratação de perícia,

    afastada a licença prévia das autoridades do MT.E

    - QUANTO À JORNADA DE TRABALHO, DESDE QUE OBSERVADO O LIMITE CONSTITUCIONAL

    - BANCO DE HORAS ANUAL,

    - INTERVALO INTRAJORNADA, RESPEITADO O MÍNIMO DE 30 MIN PARA SUPERIOR A 6H/DIA

    - TELETRABALHO, SOBREAVISO E TRABALHO INTERMITENTE

    - REGISTRO DE JORNADA, PLR

    - TROCA DO FERIADO PARA FOLGA EM OUTRO DIA

     

    - A DISPOSIÇÃO SOBRE JORNADA E INTERVALO NÃO SÃO CONSIDERADAS NORMAS DE SAÚDE, HIGIENE E SEGURANÇA

     

     

    Somente o doméstico e pessoal do setor da saúde podem estabelecer, por meio de acordo individual escrito o horário de 12/36, observados ou indenizados os intervalos - abrange os pagamentos pelo DSR e feriados e considerados compensados os feriados e prorrogações noturno.

     

  • Segue abaixo comentário que copiei de algum colega aqui que não me recordo o nome.

    De acordo com o citado, acredito que a leta B) esteja incorreta, pois os trabalhadores dos transportes públicos e fiscalizadores podem sim fracionar seu horário de almoço.
     

    FRACIONAMENTO DE INTERVALO INTRAJORNADA:

    1)      Previsão: Art. 71, § 5°, CLT.

    2)      Alcance: Podem ser fracionados tanto o intervalo de 15 minutos (art. 71, § 1°), quanto o de 01 hora (art. 71, Caput).

    3)      Abrangência: Motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros.

    4)      Condições:

    a)       Intervalo tem que estar compreendido entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada.

    b)      Previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

    REDUÇÃO DE INTERVALO INTRAJORNADA:

    1)      Previsão: Art. 71, § 5°, CLT.

    2)      Alcance: Pode ser reduzido apenas o intervalo de 01 hora (art. 71, Caput).

    3)      Abrangência: Alcança todas as categorias.

    4)      Condições:

    a)       Intervalo tem que estar compreendido entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada.

    b)      Previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

    c)       Necessidade de ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio.

    d)      Redução deverá respeitar o limite mínimo de trinta minutos.

  • Daniel Camargo  , o erro da letra A é quando menciona "enquanto empregados de confiança", não existe essa limitação, como você mesmo disse todos têm direito ao período de alimentação e descanso, quem manda e quem obedece.

    Abraços

  • Com a reforma trabalhista, a questão ficou desatualizada.


ID
2463433
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Acerca do contrato de trabalho, considere as afirmativas a seguir.

I. O contrato a termo deve ser expresso ou tácito, escrito ou verbal, sendo que, no caso do contrato a termo expresso, deve ser comunicado ao empregado o tempo de duração, pois a finalidade é que as partes contratantes tenham conhecimento do prazo de vigência do contrato para não serem surpreendidas com o seu término sem qualquer aviso prévio.

II. O banco de horas deve ser fixo, uma vez que o ajuste deve apontar previamente os horários de trabalho e os períodos de sobrejornada e de compensação, vedada a variação do trabalho extra e da folga compensatória de acordo com a demanda.

III. O contrato de experiência é um contrato de trabalho por prazo determinado (gênero), subordinado a um termo final (espécie).

IV. A estabilidade, a suspensão ou a interrupção do contrato restringem o exercício do poder potestativo do empregador e, por isso, impedem a despedida imotivada.

A partir dos estudos relacionados às espécies do contrato de trabalho e duração do trabalho, estão corretas as afirmativas: 

Alternativas
Comentários
  • I. ERRADA. Em razão do princípio da continuidade da relação empregatícia, não se admite o ajuste tácito de contrato de emprego por prazo determinado. Logo, o contrato de trabalho pode (e não deve) ser tácito ou expresso.

  • Gabarito: letra D

  • I - Errada. Segundo Godinho, o contrato a termo deve ser expresso, podendo ser escrito ou verbal. Para Valentin Carrion o contrato a termo deve ser expresso e escrito.

    II- Errada. O banco de horas pode ser fixo (ajuste aponta previamente os horários de trabalho, os períodos de sobrejornada e de compensação) ou variável (também chamado aleatório, o labor extra varia de acordo com a demanda e a folga compensatória também). Para Vólia a forma variável é abuso de direito.

    III. Certo. CLT Art. 443, §2º  O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: c) de contrato de experiência. Art 445 parágrafo único O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias.

    IV - Certo. Para Vólia, estabilidade é a garantia que o empregado tem de não ser despedido senão nas hipóteses previstas em lei ou no contrato. Na interrupção e na suspensão o empregado não pode ser despedido sem justa causa.  

  • CRUZ-CREDO

    Desde quando suspensão ou interrupção do contrato IMPEDE despedida imotivada?

    Estabilidade impede.

    Suspensão e interrupção não impede nada. Só pagar multinha FGTS (cada vez mais minguada) e deu pra bola.

    Se Galo-Veio está de férias, pode ser despedido sim. Taca a multinha do FGTS para ele.

     

  • Daniel Silveira então demite um funcionário que está prestando serviço militar ou em auxílio doença!

  • IMPEDIR é uma palavra muito forte, meu jovem!

  •  

    Apenas uma obervação:

     

     

    Não existe aviso prévio nos contratos de trabalho por tempo determinado, SALVO se for ajustada pela partes CLÁSUSULA ASSECURATÓRIA DO DIREITO RECÍPROCO DE RESCISÃO.

     

     

     

    GABARITO LETRA D

  • IV - Vólia Bomfim Cassar (2012, p. 2) sobre o decurso do prazo dos contratos por prazo determinado:

    "Implementado o termo final, o contrato rompe-se naturalmente, dispensando a declaração das partes ou qualquer notificação neste sentido. Isto porque, na verdade, não há dispensa ou pedido de demissão. Há morte natural do contrato. A estabilidade, a suspensão ou a interrupção do contrato restringem o exercício do poder potestativo do empregador e, por isso, impedem a despedida imotivada. Porém, quando o contrato chega ao seu termo final, não há despedida, pois as partes já tinham ciência, desde seu início, do momento ou data da terminação. Há morte natural."

  • FINDO O CONTRATO DE EXPERIÊNCIA OU TEMPORÁRIO, OU O VÍNCULO É EXTINTO OU PASSA-SE AO CONTRATO DE PRAZO INDETERMINADO

    - CABE AVISO PRÉVIO NO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA (ATÉ 90 DIAS – CABE UMA PRORROGAÇÃO DENTRE DESTE PERÍODO)

     

    PRAZO DETERMINADO: ATÉ 2 ANOS, PRORROGÁVEL, MAS NÃO PODE PASSAR DE 2 ANOS CONTANDO A PRORROGAÇÃO

    - DEVE SER ESCRITO

    - SE PRORROGADO MAIS DE 1 VEZ, PASSA A VIGORAR POR PRAZO INDETERMINADO

    - CONSIDERA-SE POR PRAZO INDETERMINADO TODO AQUELE CONTRATO QUE SUCEDER, DENTRO DE 6 MESES, A OUTRO POR PRAZO DETERMINADO, SALVO SE A EXTINÇÃO DEPENDEU DE SERVIÇO ESPECIALIZADO OU DA REALIZAÇÃO DE CERTOS ACONTECIMENTOS

     

    CUJA NATUREZA OU TRANSITORIEDADE JUSTIFIQUE A PREDETERMINAÇÃO DE PRAZO

    - ATIVIDADE EMPRESARIAL TRANSITÓRIA

    - CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

    - SITUAÇÕES ESPECÍFICAS NA LEI (APRENDIZAGEM, ATLETA...)                       

     

    - CONTRATO DE SAFRA – TERÁ DURAÇÃO DEPENDENTE DE VARIAÇÕES ESTACIONAIS DA ATIVIDADE AGRÁRIA

     

    PRODUTOR RURAL PESSOA FÍSICA PODE CONTRATAR TRABALHADOR RURAL POR PEQUENO PRAZO PARA ATIVIDADES TEMPORÁRIAS

    - A CONTRATAÇÃO DE RURAL POR PEQUENO PRAZO QUE DENTRO DE 1 ANO, SUPERAR 2 MESES, FICA CONVERTIDA EM PRAZO INDETERMINADO

     

     

    TEMPORÁRIO= 180 DIAS + 90 CONSECUTIVOS OU NÃO

     

    TÊM DIREITO AO MESMO SALÁRIO DOS EMPREGADOS PERMANENTES!

     

    ESTE CONTRATO É SOLENE POIS DEVE SER ESCRITO, DEVENDO CONTER:

    QUALIFICAÇÃO DAS PARTES, VALOR, ESPECIFICAÇÃO DO SERVIÇO, PRAZO

     

    NÃO PODE CONTRATAR TEMPORÁRIO DURANTE A GREVE

     

    DURANTE A GREVE, MEDIANTE ACORDO COM ENTIDAE PATRONAL OU EMPREGADORES, O SINDICATO OU COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO MANTERÁ ENQUIPE DE EMPREGADOS PARA ASSEGURAR SERVIÇOS CUJA PARALISAÇÃO RESULTE PREJUÍZO IRREPARÁVEL

     

    - NÃO HAVENDO ACORDO, EMPREGADOR PODE CONTRATAR DIRETAMENTE

     

     

    TEMPORÁRIO - TÊM DIREITO À ALIMENTAÇÃO DOS EMPREGADOS DA TOMADORA QUANDO OFERECIDO EM REFEITÓRIO,

    SERVIÇO DE TRANSPORTE, ATENDIMENTO MÉDICO E TREINAMENTO OFERECIDOS AOS TRABALHADORES DA TOMADORA

     

     

    TERCEIRIZAÇÃO

    PODE SER PACTUADO QUE EMPREGADOS DA CONTRATADA FARÃO JUS AO MESMO SALÁRIO DOS TRABALHADORES DA TOMADORA

    - NÃO HÁ PRAZO PARA O TÉRMINO – CONTRATAÇÃO LIVRE

     

    É POSSÍVEL A QUARTEIRIZAÇÃO

     

     

    - CONTRATO COM 20% OU + DE EMPREGADOS DA CONTRATANTE/TOMADORA, ESTA PODE DISPONIBILIZAR PARA OS EMPREGADOS

    CONTRATADOS/TERCEIRIZADOS SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO E ATIVIDADE AMBULATORIAL EM OUTROS LOCAIS

    COM IGUAL PADRÃO DE ATENDIMENTO

     

     

    EXTINÇÃO CONTRATO NO PRAZO DETERMINADO:

    - EXTINÇÃO ANTECIPADA POR CULPA DO EMPREGADOR, DEVE PAGAR MULTA DE METADE DA REMUNERAÇÃO QUE O OBREIRO TERIA DIREITO ATÉ TÉRMINO DO CONTRATO E MAIS MULTA DE 40% FGTS, SALDO DE SALÁRIO, FÉRIAS e 13º PROPORCIONAIS

     

    -  SÓ HÁ AVISO PRÉVIO NO CONTRATO COM PRAZO DETERMINADO SE TIVER A CLÁUSULA ASSECURATÓRIA DO DIREITO RECÍPROCO DE RESCISÃO ANTECIPADA

     

    -INTERMITENTE - EXIGE CONTRATO ESCRITO

    podem pactuar a forma de reparação recíproca na hipótese de cancelamento de serviços agendados 

    restará descaracterizado o contrato intermitente caso haja remun. no período de inatividade

    1 ANO SEM CONVOCAÇÃO - RESCISÃO

     

  • I - Errada. Segundo Godinho, o contrato a termo deve ser expresso, podendo ser escrito ou verbal. Para Valentin Carrion o contrato a termo deve ser expresso e escrito.

    II- Errada. O banco de horas pode ser fixo (ajuste aponta previamente os horários de trabalho, os períodos de sobrejornada e de compensação) ou variável (também chamado aleatório, o labor extra varia de acordo com a demanda e a folga compensatória também). Para Vólia a forma variável é abuso de direito.

    III. Certo. CLT Art. 443, §2o O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: c) de contrato de experiência. Art 445 parágrafo único O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias.

    IV - Certo. Para Vólia, estabilidade é a garantia que o empregado tem de não ser despedido senão nas hipóteses previstas em lei ou no contrato. Na interrupção e na suspensão o empregado não pode ser despedido sem justa causa.  


ID
2463436
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Não definido

Conforme disposições do Decreto-Lei Nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e interpretação dominante na jurisprudência, é incorreto afirmar:

Alternativas

ID
2463439
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Quanto à execução trabalhista e sua abordagem principiológica, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • A) Errado. O instituto descrito é o da exgibilidade. 

    - Liquidez: É líquido quando o título não deixa dúvida em relação ao seu objeto. É a obrigação certa quanto à existência, cuja prestação compreende coisa determinada.
    - Exigibilidade: Decorre quando o cumprimento desta obrigação, ou seja, o pagamento, não depende de termo ou condição, nem está sujeito a outras limitações. 

     

    B) "A existência de um título executório hígido é o primeiro pressuposto para a existência para própria execução, consubstanciada no art. 876/CLT, e segundo a matriz constante do art. 586/CPC, para o qual a execução para a cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível1, em linha com o brocardo ancião nulla executio sine titulo, incorporado ao inciso I, do seu art. 618/ CPC, aplicável no Direito Processual do Trabalho. A exibição do título executivo é essencial para o exercício do direito de ação validamente. Convém destacar que os provimentos antecipatórios de tutela em nada descaracterizam o princípio do título, eis que somente estão sendo antecipados os efeitos, e a satisfação definitiva segue atrelada a existência do título que somente se materializa plenamente com o provimento final". Disponível: https://livros-e-revistas.vlex.com.br/vid/execua-trabalhista-513623766

     

    C) Certo.

     

    D) Em que pese a preocupação em satisfazer totalmente o crédito trabalhista, também é necessário evitar prejudicar o devedor de forma desnecessária. Assim, o meio escolhido para a execução deverá ser aquele que, sem prejudicar o credor, onere por meio menos gravoso o devedor.

     

  • Princípio da Primazia do Credor Trabalhista: A execução se faz em função da necessidade da satisfação do crédito trabalhista, ou seja, é feita no interesse do credor (artigo 612 do CPC). Esse interesse deverá orientar e determinar a interpretação e aplicação das leis processuais trabalhistas. Assim, na hipótese de conflito de normas trabalhistas que regem a execução, o juiz deverá aplicar a norma mais favorável ao exequente.

  • Nos comentários os colegas fazem referencia ao CPC de 1973. Dessa forma, aponto os artigos 783 e 797 do CPC de 2015 como fundamento para a resposta apresentada. 

    Correta letra C

  • NOVO CPC 2015

    Art. 783.  A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.

    Art. 797.  Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso universal, realiza-se a execução no interesse do exequente que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados.

    Parágrafo único.  Recaindo mais de uma penhora sobre o mesmo bem, cada exequente conservará o seu título de preferência.


ID
2463442
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Em relação ao Sistema Tributário Nacional, previsto no Capítulo I, do Título VI da Constituição Federal, analise as afirmativas a seguir, assinalando com V as verdadeiras e F as falsas.

( ) Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional, ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.

( ) É vedada a atribuição de caráter pessoal aos impostos e sua graduação segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da Lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

( ) Cabe à lei ordinária regular as limitações constitucionais ao poder de tributar e instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, com regimes especiais ou simplificados para as microempresas e empresas de pequeno porte.

( ) É vedada à União a instituição de impostos não previstos na Constituição, exceto na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários previstos ou não na sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

Assinale a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • (VCRFB/88, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte [de direito], é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 

    (FCRFB/88, Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão INSTITUIR os seguintes tributos: (...) § 1º - Sempre que possível, os IMPOSTOS terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 

    (FCRFB/88, Art. 146. Cabe à lei complementar: (...) II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas GERAIS em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: (...) Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

    (F) CRFB/88, Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; II - na iminência ou no caso de guerra externaimpostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação

  • SInceramente, não consigo vislumbrar a última afirmativa como incorreta. Como é sabido, são duas situações da União instituir impostos não previstas na constituição. Na questão foi indicado uma situação e não há nenhum critério objetivo de avaliação que leve à conclusão uma restrição a outra situação para tornar a questão errada.

    Vejamos:

    É vedada à União a instituição de impostos não previstos na Constituição, (totalmente correta)

    exceto na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários previstos ou não na sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. (correto). O exceto não pode ser tomado como restritividade, se fosse, seria um critério subjetivo do avaliador, que não deve constar em uma questão de concurso.

    Notar que esse a situação depois do exceto pode ser tomada como um exemplo (interpretação subjetiva).

    Gabarito contestável. 

  • Genteeee!!! A última questão está correta. art. 154, II, CF. 

  • Prezados, o erro da última opção se faz ao confrontar o artigo 154, inciso II da Constituição Brasileira, pois, a assertiva indica que é vedado e o texto Constitucional informa ser permitido.

     

    Conferindo abaixo:

     

    Art. 154. A União poderá instituir:

    [...]

    II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. (g.n.)

     

    E a assertiva diz que:

     

    ( F ) É vedada à União (na verdade, conforme o artigo 154 (caput) e o inciso II da CB/88 supra indicado, é permitido ("poderá instituir") e não vedado - o que a torna ERRADA) a instituição de impostos não previstos na Constituição, exceto na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários previstos ou não na sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

     

    O que a torna incorreta, portanto a sequencia correta é: V - F - F - F (letra "A").

     

    Espero ter colaborado.

     

    Bons estudos.

  • No intuito de colaborar, entendo q a última assertiva está errada pelo conteúdo destacado, vejamos:

     

    É vedada à União a instituição de impostos não previstos na Constituição, exceto na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários previstos ou não na sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação

     

    Está previsto no próprio artigo, impostos extraordinários (art. 154, inc. II).

     

    Bons estudos.

  • A última alternativa faz confusão entre imposto residual e imposto extraordinário de guerra.

     

    A união pode instituir imposto não previsto no texto constitucional (trata-se de imposto residual). Para isso basta lei complementar (não está condicionado à existência de guerra externa).  art. 154, I

     

    A condição de guerra externa ou sua iminência somente ocorre para criação de imposto extraordinário de guerra. art. 154, II

     

  • O problema da última é resolvido com o artigo 154, I da Constituição. isso porque o artigo preve a posisibilidade da União instituir mediante le icomplementar, impostos não previstos no artigo anterior, leia-se impostos não previstos na Constituição.

    Assim, a assertiva erra ao dizer que Veda-se a imposição de impostos não previstos na Constituição, sendo que na verdade é permitido a instituição de impostos não previstos na Constituição, desde que seja mediante lei complementar.

  • Art. 154, CF A União poderá instituir:

    I- mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição.

    II- na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

  • A vedação da questão acaba sendo afastada pelo termo EXCETO. O erro reside no que bem mencionou o colega Tiago LS, pois restou afastado o conceito de imposto residual e mencionado apenas o extraordinário. Também trocam a palavra COMPREENDIDO por PREVISTO.

  • A assertiva IV está errada pois não abordou a existência dos IMPOSTOS RESIDUAIS.


ID
2463445
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Assinale a alternativa em que a descrição, as atribuições e as características próprias do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) estão corretamente apresentadas.

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADA - a competência para instituição do IPI é da União.

    b) ERRADA - o IPI será não-cumulativo: permite-se a compensação do que foi devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores. Obs: a não-cumulatividade e a seletividade são de observância obrigatórias.

    c) ERRADA - o IPI será seletivo, ou seja, a alíquota irá variar conforme a essencialidade do bem. Se supérfluo, alíquota alta. Se importante para a sociedade, como fogão e geladeira, alíquota baixa. 

    d) CERTA - não incidirá IPI: I) exportações; II) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão; III) ouro, quando definido em ei como ativo financeiro ou instrumento cambial; IV) energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais no país. 

  • CF art. 153 § 3º  O imposto previsto no inciso IV (referente ao IPI):

    I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;

    II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;

    III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.

    IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei.

  • Gab.: D

    Basta lembrar da máxima que exportamos mercadorias, e não impostos.

  •  IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI)

    -Será seletivo, em função da essencialidade do produto;

    - Será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;

    - Não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.

    - Terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei.

    Fato gerador: são operações de produtos industrializados.

    O CTN traz as hipóteses de incidência:

    Houver desembaraço aduaneiro: produto tiver procedência estrangeira.

    Saída do estabelecimento: qualquer estabelecimento de importador, de industrial, de comerciante ou de arrematante.

    Arrematação: quando se estiver diante de um produto apreendido ou abandonado e levado à arrematação.

    Considera-se o produto industrializado quando ele tiver sido submetido a qualquer operação que lhe modifique ou tenha modificado a natureza ou a finalidade, ou ainda qualquer operação que lhe tenha aperfeiçoado para o consumo (art. 46, parágrafo único, do CTN).

    O STJ entende que não incide IPI no desembaraço aduaneiro de veículo importado para fins de utilização pelo consumidor (para uso próprio).

    O STF entende que incide IPI na importação de veículo automotor por pessoa natural, ainda que não desempenhe atividade empresarial e o faça para uso próprio.

    Base de cálculo: será o preço da operação, representada pelo valor do produto, acrescido do valor do frete e demais despesas adicionadas para cobrança feita pelo comprador. Se estivermos diante de um leilão, no caso de apreensão ou abandono, a base de cálculo será o preço da arrematação.

    Será contribuinte do IPI:

    •       Importador

    •       Industrial

    •       Comerciante que forneça ao importador ou ao industrial

    •       Arrematante, nos casos de bens apreendidos e levados a leilão

    São responsáveis pelo IPI:

    •       Transportador

    •       Possuidor

    •       Estabelecimento de produtos cuja origem não é possível saber qual é

  • GABA d)

    OBS

    c) desestimular a exportação??? "Balança comercial vai para o saco".


ID
2463448
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre a responsabilidade civil do particular, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  •  

    b) INCORRETA 

    Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

    Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

    c} CORRETA

    Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.

  • Complementando...

    A) CERTA

    A responsabilidade civil surge em face do descumprimento obrigacional, pela desobediência de uma regra estabelecida em um contrato, ou por deixar, determinada pessoa,  de observar um preceito normativo que regula a vida. Segundo MARIA HELENA DINIZ,  a  responsabilidade civil está relacionado com  “a aplicação de medidas que obriguem alguém a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato próprio imputado, de pessoas por quem ele responde, ou de fato de coisa ou animal sob sua guarda (responsabilidade subjetiva) ou, ainda, de simples imposição legal (responsabilidade objetiva)”.

     

    Fonte: http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/anexos/7834-7833-1-PB.htm

     

    D) CERTA

    Para que o abuso de direito esteja presente, nos termos do que está previsto na atual codificação privada, é importante que tal conduta seja praticada quando a pessoa exceda um direito que possui, atuando em exercício irregular de direito, conforme anotado por Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery.

     

    Fonte: http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/7943/Breves-comentarios-sobre-a-responsabilidade-civil-por-divida-ja-solvida-Aspectos-de-Direito-Material-e-Processual

  • Na responsabilidade pela atividade de risco a vítima não precisa provar culpa da outra parte. 

  • Art.927.

    Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

  • LETRA B INCORRETA 

    CC

    Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

    Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

  • teoria do risco/dano- responsabilidade objetiva!

  • Cumpre ressaltar que o examinador requer que o candidato encontre a alternativa INCORRETA.

    A) CORRETA. A responsabilidade civil surge em face do descumprimento obrigacional, pela desobediência de uma regra estabelecida em um contrato ou por deixar determinada pessoa de observar um preceito normativo que regula a vida.

    A responsabilidade civil pode ser configurada a partir de diferentes cenários, seja por quebra de contrato ou por prática de um ato ilícito do ponto de vista do Direito Civil, como a negligência ou omissão voluntária ou deixar de observar regras que "regula a vida".


    B) INCORRETA. Haverá obrigação de reparar o dano, desde que provada a culpa, quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

    Conforme o artigo 927 do CC, no caso de atividade cuja natureza implicar em risco para outrem, não há que se aferir culpa. Neste caso, a responsabilidade é objetiva  -  é aquela que não necessita de uma comprovação da culpabilidade para que haja a obrigação da indenização.
    Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.


    C) CORRETA. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência de fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando essas questões se acharem decididas no juízo criminal.

    Com base no artigo 935 do CC, embora a responsabilidade civil independa da criminal, uma vez decidida na esfera criminal a autoria ou a existência do fato, não caberá mais questionamento destes. 
    Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.


    D)CORRETA.  Para que o abuso de direito esteja presente, nos termos do que está previsto na atual codificação privada, é importante que tal conduta seja praticada quando a pessoa exceda um direito que possui, atuando em exercício irregular de direito.

    A redação da assertiva "d" foi retirada do Livro Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery:
    "Para que o abuso de direito esteja presente, nos termos do que está previsto na atual codificação privada, é importante que tal conduta seja praticada quando a pessoa exceda um direito que possui, atuando em exercício irregular de direito,"
    Sobre o tema: I Jornada de Direito Civil aprovou o enunciado 37: A responsabilidade civil decorrente do abuso do direito independe de culpa, e fundamenta-se somente no critério objetivo-finalístico.

    Fonte:  Nery Jr, Nelson; Nery, Rosa Maria de Andrade. Código Civil anotado, 2ª ed. São Paulo, 2003, pg 255.

    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA B.



  • Art. 927 CC. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo:

    § único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, riscos ao direito de outrem.


ID
2463451
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Considere o julgado a seguir.

“Responsabilidade civil. Acidente de trabalho. Morte. Indenização por dano moral. Filho nascituro. Fixação do quantum indenizatório. Dies a quo. Correção monetária. Data da fixação pelo juiz. Juros de mora. Data do evento danoso. Processo civil. Juntada de documento na fase recursal. Possibilidade, desde que não configurada a má-fé da parte e oportunizado o contraditório. Anulação do processo. Inexistência de dano. Desnecessidade. – Impossível admitir-se a redução do valor fixado a título de compensação por danos morais em relação ao nascituro, em comparação com outros filhos do de cujus, já nascidos na ocasião do evento morte, porquanto o fundamento da compensação é a existência de um sofrimento impossível de ser quantificado com precisão. – Embora sejam muitos os fatores a considerar para a fixação da satisfação compensatória por danos morais, é principalmente com base na gravidade da lesão que o juiz fixa o valor da reparação. [...]” (STJ, REsp 931.556/ RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª Turma, j. 17.06.2008, DJe 05.08.2008).

Da interpretação da ementa, é possível concluir que o Superior Tribunal de Justiça adotou no julgado, quanto ao início da personalidade jurídica:

Alternativas
Comentários
  • Em decisão inédita, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça reconheceu, por unanimidade, o direito de um nascituro de receber indenização por danos morais. A indenização devida à criança antes mesmo do nascimento foi fixada no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul pela morte de seu pai.

     

    “O dano moral é, repise-se, conseqüência do fato danoso. A potencialidade lesiva deste confere à análise do dano moral um mínimo de objetividade, em contraste com o absoluto subjetivismo – donde imprestabilidade – da discussão sobre a extensão íntima da dor sofrida”, explicou a ministra. “E, nesse ponto, é forçoso admitir que esta – a gravidade da ofensa – é a mesma, ao contrário do abalo psicológico sofrido – que não é quantificável – seja ele suportado por filho já nascido ou nascituro à época do evento morte”, concluiu a ministra.

    https://www.conjur.com.br/2008-jun-19/stj_concede_indenizacao_nascituro_danos_morais

     

    Sendo assim notamos um positivo crescimento da teoria concepcionista a qual vem para abarcar mais direitos ao não nascido ainda, garantido, por óbvio mais segurança a toda família. Outrossim, nesta linha podemos concluir que, ainda que o texto normativo não reconheça expressamente o nascituro como agente capaz, garante cada vez mais direitos para conhecê-lo como pessoa. “Ora, quem diz direitos afirma capacidade. Quem afirma capacidade reconhece personalidade.”

    https://www.conjur.com.br/2011-jun-14/stj-opta-aplicar-teoria-concepcionista-direito-nasciturno

  • O ponto chave da questão é este trecho: Impossível admitir-se a redução do valor fixado a título de compensação por danos morais em relação ao nascituro, em comparação com outros filhos do de cujus, já nascidos na ocasião do evento morte, porquanto o fundamento da compensação é a existência de um sofrimento impossível de ser quantificado com precisão.

     

    A decisão afastou a diferenciação entre nascituros e filhos já nascidos, adotando a teoria da concepção ou concepcionista, prevista na parte final do art. 2º do Código Civil (Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro).

     

    GABARITO: LETRA A

  • Teoria Concepcionista, argumenta que o nascituro é uma pessoa humana, tendo seus direitos resguardados pela lei, ou seja, o nascituro tem direitos resguardados desde a concepção, desse modo, é um verdadeiro sujeito de direitos.

     É a que prevalece na maioria da doutrina civilista contemporânea, não só na doutrina como também nos tribunais, tal conclusão está consolidada em Enunciados da I Jornada de Direito Civil: Enun. 1. Art. 2ª: a proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade tais como nome imagem e sepultura.

  • Marquei teoria da personalidade condicional uma vez que apenas alguns direitos do nascituro são resguardados desde a concepção.. com o nascimento com vida é que se obtém a personalidade "ampla", sendo que a teoria concepcionista atribui ao nascituro desde a concepção todos os direitos inerentes à personalidade.


    Acho que a decisão por uma ou outra teoria, se dá quando a questão diz: impossível admitir-se a redução do valor fixado a título de compensação por danos morais em relação ao nascituro, em comparação com outros filhos do de cujus, já nascidos na ocasião do evento morte. Ou seja, trata expressamente da teoria concepcionista, que não faz diferenciação.

  • Esse tema é um vespeiro.

  • Teoria natalista: parte da interpretação literal e simplificada da lei, dispõe que a personalidade jurídica começa com o nascimento com vida, o que traz a conclusão de que o nascituro não é pessoa, portanto, tem apenas expectativa de direitos. Nega seus direitos fundamentais, tais como, o direito à vida, à investigação de paternidade, aos alimentos, ao nome e até à imagem.

    Adeptos: Silvio Rodrigues, Caio Mario da Silva Pereira, San Tiago Dantas e Silvio de Salvo Venosa.

     

    Teoria da personalidade condicional: afirma que a personalidade jurídica começa com o nascimento com vida, mas os direitos do nascituro estão sujeitos a uma condição suspensiva, portanto, sujeitos à condição, termo ou encargo. Ao ser concebido o nascituro poderia titularizar alguns direitos extrapatrimoniais, como, por exemplo, à vida, mas só adquire completa personalidade quando implementada a condição de seu nascimento com vida.

    Adeptos: Washington de Barros Monteiro, Miguel Maria de Serpa Lopes, Clóvis Beviláqua e Arnaldo Rizzardo.

     

    Teoria concepcionalista: sustenta que o nascituro é pessoa humana desde a concepção, tendo direitos resguardados pela lei.

    Adeptos: Pontes de Miranda, Rubens Limongi França, Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho, Maria Helena Diniz, Teixeira de Freitas, entre outros. É a posição adotada pela doutrina civilista brasileira atual.

  • 1 -  Teoria Natalista  -  a personalidade jurídica só se inicia com o nascimento. O nascituro não pode ser considerado pessoa. Só será pessoa quando nascer com vida. O nascituro tem apenas expectativa de direitos

    2 -  Teoria Concepcionista  - a personalidade jurídica se inicia com a concepção, muito embora alguns direitos só possam ser plenamente exercitáveis com o nascimento. O nascituro possui direitos. O nascituro é pessoa desde o momento em que ele é concebido (o nascituro é um sujeito de direitos).

    3 - Teoria da Personalidade condicionada  - a personalidade civil começa com o nascimento com vida, mas o nascituro titulariza direitos submetidos à condição suspensiva (ou direitos eventuais). O nascituro possui direitos sob condição suspensiva.


    Em apertada síntese, na ocasião do julgado do STJ, foi aplicada a Teoria concepcionista,  haja vista que foi mantida a decisão do juiz de 1º grau, no que tange a fixação de danos morais para os filhos, inclusive para o que ainda estava em gestão (nascituro) quando o pai morre.

    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA A.

  • LETRA A:

     

    Especialmente nos últimos anos a Teoria Concepcionista (que considera o nascituro pessoa) vem ganhando força no direito brasileiro:

     

    Teoria concepcionista (Clóvis Beviláqua, Silmara Chinelato): A terceira teoria, ao longo do tempo, vem ganhando mais espaço no Brasil. É a mais corajosa. Considera o nascituro pessoa desde a concepção, inclusive em face de direitos materiais[1]. Essa teoria ganhou grande força a partir da aprovação da Lei n.º 11.804/08 – Lei dos alimentos gravídicos – na medida em que o nascituro é, expressa e imediatamente, contemplado por um importante direito material, mesmo não tendo ainda nascido com vida.  Você pode fazer uma doação ao nascituro, e quando ele nasce essa doação é consolidada. O nascimento apenas consolida direitos que já existem. Nos últimos anos, a Teoria Concepcionista vem ganhando ainda mais força, conforme podemos notar nas decisões do STJ que admitem em favor do nascituro o reconhecimento do dano moral (REsp 399028/SP).  Exemplo: perdeu o pai e não pode conhecê-lo. Recebe indenização no mesmo valor que os irmãos que conheceram o pai (Nancy). Reforçando ainda mais a linha concepcionista, o STJ também tem admitido o pagamento da indenização do seguro DPVAT (independente de culpa) em favor dos pais pela morte do nascituro (noticiário de 15 de maio de 2011, REsp 1120676 de Santa Catarina).

     

    OBS.: Qual Teoria foi adotada pelo CC? Trata-se de um questionamento ainda permeado por uma acesa polêmica. A regra do Código Civil que trata do nascituro (art. 2º) é extremamente semelhante à regra do código anterior (art. 4º). Clóvis Beviláqua, em seus comentários ao Código Civil dos Estados Unidos do Brasil (Ed. Rio, 1975, pág. 178), afirmava que a Teoria Concepcionista teria os melhores argumentos, mas o CC teria adotado a Natalista “por parecer mais prática”. Em nosso sentir, esta abalizada opinião ainda é atual: o código pretende adotar a natalista, mas sofre inequívoca influência concepcionista

    [1] Há doutrinadores que entendem em sentido contrário.

  • O problema está no enunciado Personalidade ou personalidade estrita e a teoria concepcionista, mas a personalidade jurídica ou civil e a teoria natalista. Esse julgado adotou o entendimento da teoria concepcionista em relação a personalidade ou personalidade estrita .
  • (continua)...Além disso, apesar de existir concepção mais restritiva sobre os direitos do nascituro, amparada pelas teorias natalista e da personalidade condicional, atualmente há de se reconhecer a titularidade de direitos da personalidade ao nascituro, dos quais o direito à vida é o mais importante, uma vez que, garantir ao nascituro expectativas de direitos, ou mesmo direitos condicionados ao nascimento, só faz sentido se lhe for garantido também o direito de nascer, o direito à vida, que é direito pressuposto a todos os demais. Portanto, o aborto causado pelo acidente de trânsito subsume-se ao comando normativo do art. 3º da Lei 6.194/1974, haja vista que outra coisa não ocorreu, senão a morte do nascituro, ou o perecimento de uma vida intrauterina. , Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 4/9/2014.

  • DIREITO CIVIL. INDENIZAÇÃO REFERENTE AO SEGURO DPVAT EM DECORRÊNCIA DE MORTE DE NASCITURO. A beneficiária legal de seguro DPVAT que teve a sua gestação interrompida em razão de acidente de trânsito tem direito ao recebimento da indenização prevista no art. 3º, I, da Lei 6.194/1974, devida no caso de morte. O art. 2º do CC, ao afirmar que a "personalidade civil da pessoa começa com o nascimento", logicamente abraça uma premissa insofismável: a de que "personalidade civil" e "pessoa" não caminham umbilicalmente juntas. Isso porque, pela construção legal, é apenas em um dado momento da existência da pessoa que se tem por iniciada sua personalidade jurídica, qual seja, o nascimento. Conclui-se, dessa maneira, que, antes disso, embora não se possa falar em personalidade jurídica - segundo o rigor da literalidade do preceito legal -, é possível, sim, falar-se em pessoa. Caso contrário, não se vislumbraria qualquer sentido lógico na fórmula "a personalidade civil da pessoa começa", se ambas - pessoa e personalidade civil - tivessem como começo o mesmo acontecimento. Com efeito, quando a lei pretendeu estabelecer a "existência da pessoa", o fez expressamente. É o caso do art. 6º do CC, o qual afirma que a "existência da pessoa natural termina com a morte", e do art. 45, caput, da mesma lei, segundo o qual "Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro". Essa circunstância torna eloquente o silêncio da lei quanto à "existência da pessoa natural". Se, por um lado, não há uma afirmação expressa sobre quando ela se inicia, por outro lado, não se pode considerá-la iniciada tão somente com o nascimento com vida. Ademais, do direito penal é que a condição de pessoa viva do nascituro - embora não nascida - é afirmada sem a menor cerimônia. É que o crime de aborto (arts. 124 a 127 do CP) sempre esteve alocado no título referente a "crimes contra a pessoa" e especificamente no capítulo "dos crimes contra a vida". Assim, o ordenamento jurídico como um todo (e não apenas o CC) alinhou-se mais à teoria concepcionista - para a qual a personalidade jurídica se inicia com a concepção, muito embora alguns direitos só possam ser plenamente exercitáveis com o nascimento, haja vista que o nascituro é pessoa e, portanto, sujeito de direitos - para a construção da situação jurídica do nascituro, conclusão enfaticamente sufragada pela majoritária doutrina contemporânea.(continua)...

  • Achei que era CESPE! Só vi duas alternativas.

    Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

    "A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida;": TEORIA NATALISTA

    "mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.'': TEORIA CONCEPCIONISTA

    Vejamos, a certa é, deixa eu ver, perae, bom, talvez seja ... n n; eu escolho a segunda parte do artigo que é a corrente concepcionista.


ID
2463454
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Quanto às posturas que o juiz poderá adotar uma vez distribuída a petição inicial , assinale a alternativa INCORRETA .

Alternativas
Comentários
  • Questão passível de anulação. Gabarito divergente da lei e de outras bancas.

    A alternativa "d" também está incorreta. O art. 332, § 1º, do CPC traz hipótese em que o juiz pode julgar liminarmente improcedente sem se tratar de causa que dispense a fase instrutória.

    Por coincidência, eu tinha acabado de resolver a questão Q818996 do MP do Paraná e lá a alternativa que dizia "A improcedência liminar do pedido só ocorre para as causas em que a fase instrutória é dispensada, não havendo hipótese que independa desse requisito." foi dada como incorreta.

  • Não anularam a questão. Neste caso, optaram pela "mais errônea", já que o recurso cabível na alternativa B) é a apelação, e não o agravo. 

  • "Mas o julgamento liminar pressupõe que a questão de mérito seja só de direito, única situação em que, de plano, é possível verificar a desnecessidade da fase de instrução. Fica ressalvada a hipótese de prescrição e decadência, casos em que o processo pode versar sobre questão de fato. Contudo, aí a pretensão ou o direito já estarão extintos, pelo transcurso in albis do prazo prescricional ou decadencial. Nessa hipótese, e apenas nela, a existência de questão de fato que poderia tornar-se controvertida não impedirá a improcedência liminar do pedido."

     

     

    Marcus Vinicius Rios. Direito Processual Esquematizado. 

  • Alternativa B, errada. CPC. Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.

  • a) Somente haverá indeferimento da petição inicial antes da citação do réu. Se o réu já foi integrado no processo, não será mais caso de indeferimento da petição inicial, sendo simplesmente o processo extinto sem a resolução do mérito por ausência de condição da ação ou de pressupostos processuais positivos ou ainda a presença de algum dos pressupostos processuais negativos.

    Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:

    VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;

     

     b)Indeferida a petição inicial, o autor poderá agravar, facultando-se ao juiz, no prazo de cinco dias, reformar a sua decisão. Trata-se de atividade oficiosa, de forma que, mesmo não havendo pedido expresso nesse sentido elaborado pelo agravante, a retratação pode ser realizada de ofício.

    Art 332, § 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.

    O recurso será apelação e NÃO agravo.

     

     c) Os pedidos incompatíveis só geram indeferimento da petição inicia na cumulação própria – simples e sucessiva, sendo que, numa visão mais instrumentalista do processo, seria caso de emenda da petição inicial, permitindo-se que o autor escolha entre os pedidos originalmente formulados.

     

     d) O julgamento liminar de improcedência do pedido do autor só será cabível em causas que dispensem a fase instrutória.

    Art. 332.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:

  • Q818996 Ano: 2017 Banca: MPE-PR Órgão: MPE-PR Prova: Promotor Substituto

    Sobre os atos do juiz ao receber a petição inicial, nos termos em que disciplinada pelo Código de Processo Civil de 2015, assinale a alternativa correta: 

     a) A carência de ação é fundamento para o indeferimento da petição inicial.

     b) Indeferida a petição inicial ou julgado liminarmente improcedente o pedido, pode o juiz se retratar se interposta apelação contra a sentença. 

     c) A improcedência liminar do pedido só ocorre para as causas em que a fase instrutória é dispensada, não havendo hipótese que independa desse requisito. Banca considerou errada

     d) Recebida a petição inicial pelo juiz, não sendo o caso de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido, o réu será citado para contestar o pedido de imediato.

     e) Nos termos do Código de Processo Civil de 2015, pode o juiz converter a ação individual em coletiva, remetendo o feito ao juízo competente. 

    Gabarito: B 

  • A banca não adotou a literalidade do CPC, eles seguiram posicionamento doutrinário (sei porque estou lendo este o Daniel Neves, e eles repetiram ipsis literis suas palavras).

    A afirmação do item C, por exemplo, não está prevista na letra da lei. "...numa visão mais instrumentalista do processo, seria caso de emenda da petição inicial, permitindo-se que o autor escolha entre os pedidos originalmente formulados." De acordo com o art. 330, §1º, IV, pedidos incompatíveis entre si seriam caso expresso de inépcia da petição, levando ao seu indeferimento liminar; já o Daniel se posiciona expressamente contra o texto legal.

    Quanto ao item B, o Daniel Neves entende que não cabe ao juiz decidir de ofício pela improcedência liminar por prescrição/decadência, uma vez que o Código Civil permite à parte contrária abrir mão da alegação da prescrição.

    É uma questão que, pela sua simples leitura, já é possível inferir que vai além da letra da lei, exigindo posicionamento doutrinário.

     

    Mas ainda que seja admitido que se conheça de ofício a prescrição/decadência, seria uma hipótese em que não cabe fase instrutória, pela singela razão de que não há que se adentrar na matéria dos fatos, sendo desnecessária análise do arcabouço probatório.

  • GABARITO B

     

    Art. 321 - O juiz, ao verificar que a petição incial não preenche os requisitos do art. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento do mérito, determinará que o autor no prazo de 15 dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.

     

    p.u: Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.

     

    Art. 485, I - O juiz não resolverá o mérito quaundo indeferir a petição incial.

     

    Art. 203, §1º - Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos artigos 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.

     

    Art. 1.009 - Da sentença cabe apelação. 

  • Acertei, pois a letra B está flagraaantemente ERRADA ( MAIS ERRADA INCLUSIVE) , pois DA SENTENÇA CABE APELAÇÃO , não agravo!

    Mas a letra D está errada também, pois SE FOR CASO DE DECADÊNCIA OU PRESCRIÇÃO cabe a improcedência do pedido liminarmente..Não necessariamente SÓ NAS CAUSAS QUE DISPENSEM A FASE INSTRUTÓRIA!

    Em concurso tem disso, às vezes, de ter que marcar A MAIS ERRADA ou A MAIS CERTA!

  • a) Somente haverá indeferimento da petição inicial antes da citação do réu. Se o réu já foi integrado no processo, não será mais caso de indeferimento da petição inicial, sendo simplesmente o processo extinto sem a resolução do mérito por ausência de condição da ação ou de pressupostos processuais positivos ou ainda a presença de algum dos pressupostos processuais negativos.

    CERTOTanto no primeiro grau como no Tribunal, só haverá indeferimento da petição inicial antes da citação do réu. Se o réu já foi integrado no processo, ainda que o juiz acolha uma das causas previstas no art. 330 do Novo CPC, não será mais caso de indeferimento da petição inicial, sendo simplesmente o processo extinto sem a resolução do mérito por ausência de condição da ação ou de pressupostos processuais positivos (ou ainda a presença de algum dos pressupostos processuais negativos).

     

    c) Os pedidos incompatíveis só geram indeferimento da petição inicia na cumulação própria – simples e sucessiva, sendo que, numa visão mais instrumentalista do processo, seria caso de emenda da petição inicial, permitindo-se que o autor escolha entre os pedidos originalmente formulados.

    CERTO. Por fim, a petição inicial não poderá conter pedidos incompatíveis. É preciso atenção para essa causa de inépcia da petição inicial, considerando-se que nem toda espécie de cumulação exige a compatibilidade dos pedidos. Havendo cumulação imprópria (em sentido geral), ou seja, cumulação subsidiária ou cumulação alternativa, não há problema em coexistirem pedidos incompatíveis. Se o juiz somente pode conceder um entre os pedidos cumulados, estes podem ser incompatíveis, não havendo nenhuma razão para o indeferimento da petição inicial. Os pedidos incompatíveis, portanto, só geram indeferimento da petição inicial na cumulação própria – simples e sucessiva, sendo que numa visão mais instrumentalista do processo seria caso de emenda da petição inicial, permitindo-se que o autor escolha entre os pedidos originariamente formulados.

     

    Fonte: Daniel Amorim Assumpção Neves – Manual Direito Processual Civil - Vol único - 8ed (2016).

  • D) ERRADA também.

     

    Art. 332, CPC.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:

    I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;

    II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;

    III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;

    IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.

    § 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.

  • Marquei a alternativa "B" por ser a mais errada de todas, já que se trataria de "apelar", e não de "agravar".

    Obrigado pelo comentário, Rogério M. Eu estava pensando absolutamente a mesma coisa! Questão mal feita...

  • Alternativa A) O indeferimento da petição inicial ocorre quando ela possui algum defeito processual que impede o prosseguimento do processo. Esses defeitos estão, em sua maior parte, contidos no art. 330, do CPC/15, e ocorrem quando: "I - for inepta (a petição inicial); II - a parte for manifestamente ilegítima; III - o autor carecer de interesse processual; IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 (defeitos existentes quando o advogado atua em causa própria) e 321 (quando o autor não atende ao despacho do juiz para emendar a petição inicial, sanando o vício nela contido)". As hipóteses de inépcia da inicial, por sua vez, estão contidas no §1º do mesmo dispositivo legal: "Considera-se inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; IV - contiver pedidos incompatíveis entre si". Tratando-se o indeferimento da petição inicial da consequência da verificação da existência de um defeito contido nela própria, que inviabiliza o prosseguimento do processo, ele somente deverá ocorrer antes da citação do réu. Uma vez instaurada a relação jurídica processual entre o autor, o réu e o juiz, sendo verificada a existência do defeito, deverá o processo também ser extinto, e também sem resolução do mérito, mas com base em outro fundamento: na ausência de uma condição da ação ou de um pressuposto processual. É o que explica a doutrina: "5. Momento. A petição inicial só pode ser indeferida liminarmente, isto é, antes de citado o demandado. Se houve a citação é porque o juiz obviamente já deferiu a petição inicial. Caso o juiz determine a citação do réu, e após conclua estar presente um dos casos apontados pelo art. 330, CPC, a hipótese não mais será de indeferimento da petição inicial, mas de extinção do processo sem resolução de mérito (art. 485, VI, CPC)" (MARINONI, Luiz Guilherme, e outros. Novo Código de Processo Civil Comentado. São Paulo: Revista dos Tribunais. 1 ed. 2015. p. 351). Afirmativa correta.
    Alternativa B) O indeferimento total da petição inicial é uma causa de extinção do processo. Trata-se, neste caso, de sentença e, por isso, o recurso adequado para impugnar o ato é o de apelação e não o de agravo (art. 724, CPC/15). A lei processual é expressa neste sentido: "Art. 331, caput. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se". Afirmativa incorreta.
    Alternativa C) Neste caso especial de indeferimento da petição inicial, em que os pedidos são incompatíveis entre si, seria, sim, possível ao juiz determinar a emenda da petição de forma que o autor pudesse optar por um ou por outro pedido, dando prosseguimento ao feito. Especificamente sobre a hipótese trazida pela afirmativa, explica a doutrina: "O quarto caso de inépcia da petição inicial ocorre quando forem formulados pelo autor pedidos incompatíveis entre si, de acordo com o inc. IV do §1º do art. 330 do CPC/2015. Realmente, o art. 327, §1º, I, do CPC/2015 tipifica como requisito essencial para a cumulação objetiva de demandas (i.e. reunião, num único processo, de dois ou mais pedidos, contra o mesmo réu) sejam os pedidos compatíveis entre si. A incompatibilidade entre dois ou mais pedidos cumulados torna impossível formal e logicamente a permanência de todos num mesmo processo, motivo pelo qual deve o juiz determinar que o autor corrija a petição inicial, escolhendo um dos pedidos em relação de incompatibilidade ou trocando qualquer deles por outro que seja compatível" (ABBOUD, Georges; DE ALMEIDA SANTOS, José Carlos van Cleef. In: WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; e outros. Breves comentários ao novo Código de Processo Civil. 2 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016, p. 890). Afirmativa correta.
    Alternativa D) De fato, essa é a regra estabelecida no art. 332, caput, do CPC/15, senão vejamos: "Art. 332.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local". Existe, ainda, uma outra hipótese em que a lei processual determina que o juiz deverá também julgar liminarmente improcedente o pedido, qual seja, quando verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição (art. 332, §1º, CPC/15). Revendo nosso posicionamento, entendemos que a expressão "desde logo" foi utilizada no sentido de que o pedido também deverá ser julgado liminarmente improcedente quando, após a citação do réu, mas com base nas provas pré-constituída que acompanharem a contestação, verificar a ocorrência de decadência ou de prescrição, sem que haja necessidade de qualquer outra dilação probatória - o que faria o processo adentrar na fase instrutória. Uma vez iniciada a fase instrutória, a nosso sentir, não haveria mais que se falar em julgamento liminar, mas, sim, em julgamento propriamente dito, definitivo. Obs: O candidato deve estar atento para uma polêmica que gira em torno dessa questão: algumas bancas examinadoras já consideraram afirmativas semelhantes incorretas pelo fato de entenderem que o §1º do art. 332 traz uma hipótese em que a fase instrutória não seria dispensada. Apesar disso, concordamos com o gabarito fornecido para a questão atual. Afirmativa correta.

    Gabarito do professor: Letra B.

  • A alternativa "D" também está incorreta.

  • Letra "D" também tá miada

  • COMETÁRIO DA PROFESSORA DO QC DENISE RODRIGUEZ:

    (copiei apenas a alternativa que está gerando discussões)

     

    “Alternativa D) Afirmativa correta.

     

    De fato, essa é a regra estabelecida no art. 332, caput, do CPC/15, senão vejamos:

     

    "Art. 332.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:

    I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;

    II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;

    III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;

    IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local".

     

    Existe, ainda, uma outra hipótese em que a lei processual determina que o juiz deverá também julgar liminarmente improcedente o pedido, qual seja, quando verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição (art. 332, §1º, CPC/15).

     

    Revendo nosso posicionamento, entendemos que a expressão "desde logo" foi utilizada no sentido de que o pedido também deverá ser julgado liminarmente improcedente quando, após a citação do réu, mas com base nas provas pré-constituída que acompanharem a contestação, verificar a ocorrência de decadência ou de prescrição, SEM QUE HAJA NECESSIDADE DE QUALQUER OUTRA DILAÇÃO PROBATÓRIA - o que faria o processo adentrar na fase instrutória.

     

    Uma vez iniciada a fase instrutória, a nosso sentir, não haveria mais que se falar em julgamento liminar, mas, sim, em julgamento propriamente dito, definitivo.

     

    Obs: O candidato deve estar atento para uma polêmica que gira em torno dessa questão: algumas bancas examinadoras já consideraram afirmativas semelhantes incorretas pelo fato de entenderem que o §1º do art. 332 traz uma hipótese em que a fase instrutória não seria dispensada.

     

    Apesar disso, concordamos com o gabarito fornecido para a questão atual.

     

    Gabarito do professor: Letra B.”

     

    Espero ter ajudado ;)

  • Pessoal, acredito que a alternativa A) traga também uma incorreção, de acordo com NCPC, no que concerne a mencionar que a ausência de condição para a ação também possa ensejar o indeferimento liminar da petição, haja vista que o NCPC não mais menciona expressamente condições para que uma ação seja deferida, quando outrossim elenca tão somente um rol de pressupostos processuais. Admitir que uma ação possa ser condicionada viria a ferir uma série de discussões doutrinárias encetadas e já pacificadas no sentido de inadmitir qualquer condicionamento ou cerceamento condicional à propositura de uma ação, em atenção ao art. 5, XXXV da CF: "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito".

  • Importante ressaltar, sobre a alternativa "b", o seguinte:

     

    O indeferimento da petição inicial nem sempre se reveste da natureza jurídica de sentença. Só será sentença quando se tratar de indeferimento total pelo juízo de primeiro grau, impugnável através do recurso de apelação. Se, no entanto, o juízo de primeiro grau indeferir apenas parte da petição inicial, o ato judicial será uma decisão interlocutória, nesse caso, não há falar-se em sentença, pois o processo não é extinto, sendo cabível o recurso de agravo de instrumento, com base no parágrafo único do art. 354 do CPC.

     

    Fé é a base de tudo...

     

     

     

     

     

  • Terrível ficar a mercer desses examinadores....CLARAMENTE AS ASSERTIVAS "B" E "D" INCORRETAS!!!

  • Q818996 - MPE-PR considerou errada a letra D. Nesta questão a proposição está correta. Ai vem a melhor parte: Na questão citada a professora do QC considerou errada e aqui ela considera correta a afirmação.

    QC, Tá feio!!!

  • Acertei devido ao erro grosseiro do AI em indeferimento da PI, mas as redações das assertivas estão pésssimas...

  • Alternativa A) O indeferimento da petição inicial ocorre quando ela possui algum defeito processual que impede o prosseguimento do processo. Esses defeitos estão, em sua maior parte, contidos no art. 330, do CPC/15, e ocorrem quando: "I - for inepta (a petição inicial); II - a parte for manifestamente ilegítima; III - o autor carecer de interesse processual; IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 (defeitos existentes quando o advogado atua em causa própria) e 321 (quando o autor não atende ao despacho do juiz para emendar a petição inicial, sanando o vício nela contido)". As hipóteses de inépcia da inicial, por sua vez, estão contidas no §1º do mesmo dispositivo legal: "Considera-se inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; IV - contiver pedidos incompatíveis entre si". Tratando-se o indeferimento da petição inicial da consequência da verificação da existência de um defeito contido nela própria, que inviabiliza o prosseguimento do processo, ele somente deverá ocorrer antes da citação do réu. Uma vez instaurada a relação jurídica processual entre o autor, o réu e o juiz, sendo verificada a existência do defeito, deverá o processo também ser extinto, e também sem resolução do mérito, mas com base em outro fundamento: na ausência de uma condição da ação ou de um pressuposto processual. É o que explica a doutrina: "5. Momento. A petição inicial só pode ser indeferida liminarmente, isto é, antes de citado o demandado. Se houve a citação é porque o juiz obviamente já deferiu a petição inicial. Caso o juiz determine a citação do réu, e após conclua estar presente um dos casos apontados pelo art. 330, CPC, a hipótese não mais será de indeferimento da petição inicial, mas de extinção do processo sem resolução de mérito (art. 485, VI, CPC)" (MARINONI, Luiz Guilherme, e outros. Novo Código de Processo Civil Comentado. São Paulo: Revista dos Tribunais. 1 ed. 2015. p. 351). Afirmativa correta.

    Alternativa B) O indeferimento total da petição inicial é uma causa de extinção do processo. Trata-se, neste caso, de sentença e, por isso, o recurso adequado para impugnar o ato é o de apelação e não o de agravo (art. 724, CPC/15). A lei processual é expressa neste sentido: "Art. 331, caput. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se". Afirmativa incorreta.

  • Alternativa C) Neste caso especial de indeferimento da petição inicial, em que os pedidos são incompatíveis entre si, seria, sim, possível ao juiz determinar a emenda da petição de forma que o autor pudesse optar por um ou por outro pedido, dando prosseguimento ao feito. Especificamente sobre a hipótese trazida pela afirmativa, explica a doutrina: "O quarto caso de inépcia da petição inicial ocorre quando forem formulados pelo autor pedidos incompatíveis entre si, de acordo com o inc. IV do §1º do art. 330 do CPC/2015. Realmente, o art. 327, §1º, I, do CPC/2015 tipifica como requisito essencial para a cumulação objetiva de demandas (i.e. reunião, num único processo, de dois ou mais pedidos, contra o mesmo réu) sejam os pedidos compatíveis entre si. A incompatibilidade entre dois ou mais pedidos cumulados torna impossível formal e logicamente a permanência de todos num mesmo processo, motivo pelo qual deve o juiz determinar que o autor corrija a petição inicial, escolhendo um dos pedidos em relação de incompatibilidade ou trocando qualquer deles por outro que seja compatível" (ABBOUD, Georges; DE ALMEIDA SANTOS, José Carlos van Cleef. In: WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; e outros. Breves comentários ao novo Código de Processo Civil. 2 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016, p. 890). Afirmativa correta.

  • Alternativa D) De fato, essa é a regra estabelecida no art. 332, caput, do CPC/15, senão vejamos: "Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local". Existe, ainda, uma outra hipótese em que a lei processual determina que o juiz deverá também julgar liminarmente improcedente o pedido, qual seja, quando verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição (art. 332, §1º, CPC/15). Revendo nosso posicionamento, entendemos que a expressão "desde logo" foi utilizada no sentido de que o pedido também deverá ser julgado liminarmente improcedente quando, após a citação do réu, mas com base nas provas pré-constituída que acompanharem a contestação, verificar a ocorrência de decadência ou de prescrição, sem que haja necessidade de qualquer outra dilação probatória - o que faria o processo adentrar na fase instrutória. Uma vez iniciada a fase instrutória, a nosso sentir, não haveria mais que se falar em julgamento liminar, mas, sim, em julgamento propriamente dito, definitivo. Obs: O candidato deve estar atento para uma polêmica que gira em torno dessa questão: algumas bancas examinadoras já consideraram afirmativas semelhantes incorretas pelo fato de entenderem que o §1º do art. 332 traz uma hipótese em que a fase instrutória não seria dispensada. Apesar disso, concordamos com o gabarito fornecido para a questão atual. Afirmativa correta.

    Gabarito: Letra B.

  • Para prova objetiva, de fato, a resposta mais óbvia foi a alternativa B; e se fosse questão discursiva, a alternativa D poderia ser defendida como correta com fundamento no comentário da professora do QC, citado pela colega Pri, acrescido da interpretação doutrinária de Daniel Assunção Neves que defende que o art. 332, §1º deve ser interpretado em conjunto com o art. 6º e 9º, do CPC, priorizando o princípio da primazia do mérito e considerando que as matérias de prescrição e decadência são defesas de mérito e que há ainda direito ao réu de renunciar a prescrição, conf. art. 191, CC, e até aceitar o pedido do Autor.


ID
2463457
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

São títulos executivos extrajudiciais, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Questão que exige o conhecimento da literalidade da norma:

    São títulos executivos extrajudiciais, EXCETO: 

     a) Crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio.

    CPC, Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais: - VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;

     b) Documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas.

    CPC, Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais: - III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

     c) Instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado pelo tribunal. 

    CPC, Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais: - IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;

     d) Decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza.

    CPC, Art. 515.  São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:​ - III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;

    Gabarito: D, visto que se trata de título judicial e não extrajudicial.

  • CPC, Art. 515.  São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:​ - III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;

     

  • Art. 515.  São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:

    I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;

    II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;

    III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;

    IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;

    V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;

    VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;

    VII - a sentença arbitral;

    VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;

    IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;

    X - (VETADO).

     

    =====================================

     

    Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais:

    I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;

    II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;

    III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

    IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;

    V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;

    VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;

    VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;

    VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;

    IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;

    X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;

    XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;

    XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.

  • A questão exige do candidato o conhecimento de quais títulos são considerados pela lei processual como extrajudiciais. Eles estão elencados no art. 784, caput, do CPC/15:

    "Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais:

    I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;

    II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;

    III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

    IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;

    V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;

    VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;

    VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;

    VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;

    IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;

    X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;

    XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;

    XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva."


    A decisão homologatória de composição extrajudicial constitui um título executivo judicial por força do art. 515, III, do CPC/15.

    Gabarito do professor: Letra D.

  • CPC, Art. 515.  São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:​ - 

    III - a decisão (JUDICIAL) homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;

  • tanto decisão homologatório de autocomposição judicial quanto extrajudicial de qualquer natureza = título judicial...confunde um pouco.....se ligar

  • Num é mais fácil dizer: "São títulos executivos judiciais..."

  • GABARITO: D

    a) CERTO: Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;

    b) CERTO: Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

    c) CERTO: Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;

    d) ERRADO: Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:​ III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;