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Prova FURB - 2019 - Prefeitura de Porto Belo - SC - Procurador Municipal


ID
4886569
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dezenas de pessoas participaram no último sábado (05) de mais uma edição da Pedalada Rosa, organizada pelo Governo Municipal através da Fundação de Esportes e Secretaria de Saúde, com o objetivo de mobilizar pessoas em relação ____ importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e colo do útero. Os participantes pedalaram da Praça da Bandeira, no Centro da cidade, até ____ rótula do bairro Perequê, passando também pelo bairro Vila Nova. Mulheres, homens e crianças participaram do evento, que se tornou tradição na cidade.

[...]


A Pedalada Rosa fez parte da programação dos 187 anos de Porto Belo, comemorado neste mês de outubro. A programação segue até o final do mês, e ainda conta com o corte do bolo e parabéns ____ Porto Belo, no dia 13 de outubro, _____ 15h.


Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/index/ver/codMapaItem/4326/codNoticia/579494 Acesso em: 07/out/2019.[adaptado]

No texto, “segue” está sendo usado no presente do indicativo. Assinale a alternativa em que o verbo SEGUIR esteja conjugado na terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo:

Alternativas
Comentários
  • 3ª Pessoa do Singular - ELE

    Presente do Subjuntivo - SIGA

    Gabarito errado.

    SEGUISSE é a conjugação da 3ª Pessoa do Singular do Pretérito Imperfeito do Subjuntivo.

  • CUIDADO

    Questão com gabarito incorreto. A banca solicita a terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo (Que ele siga), mas indica como gabarito forma de terceira pessoa do singular do pretérito imperfeito do subjuntivo (Se ele seguisse).

    Gabarito correto na alternativa E

  •  Terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo - QUE Ele/Ela siga.


ID
5387011
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No mês em que Porto Belo comemora 187 anos, pacientes com deficiência auditiva receberam, na última sexta-feira (04), novas próteses que lhes permitirão ouvir melhor. A aquisição foi realizada por meio do projeto Ouvir Mais, criado pelo Governo Municipal, através da Secretaria de Saúde, e o investimento inicial foi de R$30 mil.
Município podia adquirir anteriormente apenas um aparelho por mês, o que acabava deixando o paciente por mais tempo na fila de espera. A secretária de saúde Jainara Nordio explica que, em 2017, foi constatado pacientes na fila há mais de quatro anos, partindo daí a vontade de mudar esta realidade. "Desde que assumimos a gestão da Secretaria de Saúde e tivemos conhecimento da fila de espera para exames e aparelhos auditivos, tínhamos vontade de fazer algo a mais. A partir do trabalho de toda a equipe, surgiu o Projeto Ouvir Mais, que facilitou o processo e possibilitou a aquisição dos aparelhos auditivos" - explica a secretária.
Neste primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos auditivos. Os pacientes são avaliados pelos médicos das Unidades de Saúde e, se constatada a necessidade de aparelhos, são encaminhados para as clínicas credenciadas para novos exames e aquisição do aparelho. [...]

Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/index/ver/codNoticia/579582/codMapaItem/4326 Acesso em: em 07/out/2019 [adaptado]

Assinale a alternativa que contém a classificação correta do sujeito da oração “Neste primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos auditivos.”:

Alternativas
Comentários
  • “Neste primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos auditivos.”

    O que é que foi entregue? 30 aparelhos auditivos, temos um sujeito simples.

    GABARITO. C

  • A questão é sobre sujeitos e quer que marquemos a alternativa que contém a classificação correta do sujeito da oração “Neste primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos auditivos”. Vejamos:

     .

    A) sujeito composto

    Errado.

    Sujeito composto: possui dois ou mais núcleos. Ex.: João e Maria passaram no concurso. (“João” e “Maria” são os núcleos)

     .

    B) oração sem sujeito

    Errado.

    Sujeito inexistente ou oração sem sujeito: são orações constituídas apenas de predicado. Os verbos utilizados nas orações sem sujeito são denominados impessoais. São usados sempre na 3ª pessoa do singular e, se acompanhados de verbos auxiliares, transmitem a eles sua impessoalidade. Ex.: Faz 10 anos que me formei (e não fazem 10 anos...). Vai fazer 15 anos que ministro aula (e não vão fazer). São casos de oração sem sujeito: verbo “haver” no sentido de “ocorrer, fazer, existir, realizar-se, acontecer - O FERA”; verbos que indicam fenômenos da natureza (chover, relampejar, ventar, nevar, gear, amanhecer, escurecer, esquentar...); e os verbos fazer, passar, ser e estar, com referência ao tempo (Hoje fez muito calor. Era no mês de maio. Passava de cinco horas da tarde. Abria a janela, se estava calor).

     .

    C) sujeito simples

    Certo. Na ordem direta fica melhor para identificar o sujeito simples: "30 aparelhos auditivos foram entregues neste primeiro momento.". Temos aqui o sujeito simples "30 aparelhos auditivos" (aparelhos é o núcleo do sujeito).

    Sujeito simples: possui um só núcleo. Ex.: O menino estuda muito. ("menino" é núcleo)

     .

    D) sujeito oculto (desinencial)

    Errado.

    Sujeito desinencial, elíptico, oculto ou implícito: é expresso pela desinência verbal, está subentendido. Ex.: Estivemos em São Paulo. (Quem esteve? NÓS)

     .

    E) sujeito indeterminado

    Errado.

    Sujeito indeterminado: quando o sujeito não está expresso na oração. Ex.: Atropelaram uma senhora na rua. (Quem atropelou a senhora? Não se sabe!)

    Pode ser construído de duas formas:

    a) Verbo na 3ª pessoa do plural (ELES), sem referência.

    Ex.: Passaram na prova.

    b) Verbo na 3ª pessoa do singular + SE

    1º caso: VTI + SE + PREPOSIÇÃO: Ex.: Precisa-se de professores.

    2º caso: VI + SE (+ advérbio): Ex.: Estuda-se muito aqui.

    3º caso: VL + SE: Ex.: É-se feliz naquela cidade.

     .

    Gabarito: Letra C

  • Ordem direta : 30 aparelhos auditivos foram entregues neste primeiro momento.


ID
5387020
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No mês em que Porto Belo comemora 187 anos, pacientes com deficiência auditiva receberam, na última sexta-feira (04), novas próteses que lhes permitirão ouvir melhor. A aquisição foi realizada por meio do projeto Ouvir Mais, criado pelo Governo Municipal, através da Secretaria de Saúde, e o investimento inicial foi de R$30 mil.
Município podia adquirir anteriormente apenas um aparelho por mês, o que acabava deixando o paciente por mais tempo na fila de espera. A secretária de saúde Jainara Nordio explica que, em 2017, foi constatado pacientes na fila há mais de quatro anos, partindo daí a vontade de mudar esta realidade. "Desde que assumimos a gestão da Secretaria de Saúde e tivemos conhecimento da fila de espera para exames e aparelhos auditivos, tínhamos vontade de fazer algo a mais. A partir do trabalho de toda a equipe, surgiu o Projeto Ouvir Mais, que facilitou o processo e possibilitou a aquisição dos aparelhos auditivos" - explica a secretária.
Neste primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos auditivos. Os pacientes são avaliados pelos médicos das Unidades de Saúde e, se constatada a necessidade de aparelhos, são encaminhados para as clínicas credenciadas para novos exames e aquisição do aparelho. [...]

Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/index/ver/codNoticia/579582/codMapaItem/4326 Acesso em: em 07/out/2019 [adaptado]

No trecho "Desde que assumimos a gestão da Secretaria de Saúde e tivemos conhecimento da fila de espera para exames e aparelhos auditivos, tínhamos vontade de fazer algo a mais.”, a expressão destacada expressa:

Alternativas
Comentários
  • A questão é sobre conjunções e quer saber qual o valor semântico da conjunção destacada em "Desde que assumimos a gestão da Secretaria de Saúde e tivemos conhecimento da fila de espera para exames e aparelhos auditivos, tínhamos vontade de fazer algo a mais”. Vejamos:

     .

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e faz que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) concessão

    Errado.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Embora discordasse da justificativa da banca, aceitei a explicação.

     .

    B) tempo

    Certo. Nesse caso, "desde que" é conjunção subordinativa temporal e equivale a "quando", "assim que", "logo que"... No entanto, vale lembrar que o "desde que" pode ser também conjunção subordinativa condicional (= se, caso, contanto que...).

    Conjunções subordinativas temporais: têm valor semântico de tempo, relação cronológica...

    São elas: logo que, quando, enquanto, até que, antes que, depois que, desde que, desde quando, assim que, sempre que...

    Ex.: Enquanto todos saíam, eu estudava.

     .

    C) conformidade

    Errado.

    Conjunções subordinativas conformativas: têm valor semântico de conformidade, consonância, igualdade, concordância...

    São elas: conforme, como, segundo, consoante...

    Ex.: Tudo saiu conforme combinamos.

     .

    D) consequência

    Errado.

    Conjunções subordinativas consecutivas: têm valor semântico de consequência, resultado, produto...

    São elas: que (precedido de tão, tal, tanto, tamanho), sem que, de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que...

    Ex.: Estudou tanto que passou na prova.

     .

    E) finalidade

    Errado.

    Conjunções subordinativas finais: têm valor semântico de finalidade, objetivo, intenção, intuito...

    São elas: a fim de que, para que, que e porque (= para que)

    Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

     .

    Gabarito: Letra B  


ID
5401963
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Sobre ética profissional no serviço público, assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
5402617
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão se refere ao texto a seguir:

No mês em que Porto Belo comemora 187 anos, pacientes com deficiência auditiva receberam, na última sexta-feira (04), novas próteses que lhes permitirão ouvir melhor. A aquisição foi realizada por meio do projeto Ouvir Mais, criado pelo Governo Municipal, através da Secretaria de Saúde, e o investimento inicial foi de R$30 mil.
O Município podia adquirir anteriormente apenas um aparelho por mês, o que acabava deixando o paciente por mais tempo na fila de espera. A secretária de saúde Jainara Nordio explica que, em 2017, foi constatado pacientes na fila há mais de quatro anos, partindo daí a vontade de mudar esta realidade. "Desde que assumimos a gestão da Secretaria de Saúde e tivemos conhecimento da fila de espera para exames e aparelhos auditivos, tínhamos vontade de fazer algo a mais. A partir do trabalho de toda a equipe, surgiu o Projeto Ouvir Mais, que facilitou o processo e possibilitou a aquisição dos aparelhos auditivos" - explica a secretária.
Neste primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos auditivos. Os pacientes são avaliados pelos médicos das Unidades de Saúde e, se constatada a necessidade de aparelhos, são encaminhados para as clínicas credenciadas para novos exames e aquisição do aparelho. [...]

Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/index/ver/codNoticia/579582/codMapaItem/4326 Acesso em: em 07/out/2019 [adaptado]

“Designa um fato passado, mas não concluído. Transmite uma ideia de continuidade e duração, podendo indicar, por exemplo, uma ação que se configurou como hábito”. Assinale a alternativa que contenha o tempo e o modo verbal a que se refere essa afirmativa e que contenha um exemplo correto dessa conjugação utilizada no texto:

Alternativas

ID
5403541
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O Atlas da Mata Atlântica indica que restam 16,2 milhões de hectares de florestas nativas, o que equivalente a 12,4% da área original do bioma da Mata Atlântica. Pode-se afirmar que a área original da Mata Atlântica correspondia a uma área, em milhões de hectares, de aproximadamente:

Alternativas

ID
5406082
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão se refere ao texto a seguir:

No mês em que Porto Belo comemora 187 anos, pacientes com deficiência auditiva receberam, na última sexta-feira (04), novas próteses que lhes permitirão ouvir melhor. A aquisição foi realizada por meio do projeto Ouvir Mais, criado pelo Governo Municipal, através da Secretaria de Saúde, e o investimento inicial foi de R$30 mil.
O Município podia adquirir anteriormente apenas um aparelho por mês, o que acabava deixando o paciente por mais tempo na fila de espera. A secretária de saúde Jainara Nordio explica que, em 2017, foi constatado pacientes na fila há mais de quatro anos, partindo daí a vontade de mudar esta realidade. "Desde que assumimos a gestão da Secretaria de Saúde e tivemos conhecimento da fila de espera para exames e aparelhos auditivos, tínhamos vontade de fazer algo a mais. A partir do trabalho de toda a equipe, surgiu o Projeto Ouvir Mais, que facilitou o processo e possibilitou a aquisição dos aparelhos auditivos" - explica a secretária.
Neste primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos auditivos. Os pacientes são avaliados pelos médicos das Unidades de Saúde e, se constatada a necessidade de aparelhos, são encaminhados para as clínicas credenciadas para novos exames e aquisição do aparelho. [...]

Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/index/ver/codNoticia/579582/codMapaItem/4326 Acesso em: em 07/out/2019 [adaptado]

Analisando o excerto do texto: “...se constatada a necessidade de aparelhos...”, a palavra destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por:

Alternativas

ID
5406094
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão se refere ao texto a seguir:

Dezenas de pessoas participaram no último sábado (05) de mais uma edição da Pedalada Rosa, organizada pelo Governo Municipal através da Fundação de Esportes e Secretaria de Saúde, com o objetivo de mobilizar pessoas em relação ____ importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e colo do útero.
Os participantes pedalaram da Praça da Bandeira, no Centro da cidade, até ____ rótula do bairro Perequê, passando também pelo bairro Vila Nova. Mulheres, homens e crianças participaram do evento, que se tornou tradição na cidade.
[...]
A Pedalada Rosa fez parte da programação dos 187 anos de Porto Belo, comemorado neste mês de outubro. A programação segue até o final do mês, e ainda conta com o corte do bolo e parabéns ____ Porto Belo, no dia 13 de outubro, _____ 15h.

Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/index/ver/codMapaItem/4326/codNoticia/579494 Acesso em: 07/out/2019.[adaptado]

Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas do texto quanto ao uso ou não da crase:

Alternativas
Comentários
  • ...nunca mais parou de se repetir ....

  • Na primeira lacuna, se tem que a preposição surge por exigência da regência nominal, pois quem relaciona, relaciona ao que? Assim, há o uso de crase.

    Na segunda, se trata de um caso facultativo de crase.

    Na terceira, podemos usar a dica:

    • Vou a, volto da: crase há
    • Vou a, volto de: crase pra que?

    Vou a Porto Belo, volto de Porto Belo. Não há crase.

    Na quarta lacuna, se usa a crase por ser uma regra geral da Língua Portuguesa, pois usamos a crase na indicação de horas, exceto se o artigo definido feminino (a/as) estiver precedido das preposições 'até', ' desde', 'após', 'entre' e 'para'.

    Então, fica: à - a - a - às.


ID
5406097
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão se refere ao texto a seguir:

Dezenas de pessoas participaram no último sábado (05) de mais uma edição da Pedalada Rosa, organizada pelo Governo Municipal através da Fundação de Esportes e Secretaria de Saúde, com o objetivo de mobilizar pessoas em relação ____ importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e colo do útero.
Os participantes pedalaram da Praça da Bandeira, no Centro da cidade, até ____ rótula do bairro Perequê, passando também pelo bairro Vila Nova. Mulheres, homens e crianças participaram do evento, que se tornou tradição na cidade.
[...]
A Pedalada Rosa fez parte da programação dos 187 anos de Porto Belo, comemorado neste mês de outubro. A programação segue até o final do mês, e ainda conta com o corte do bolo e parabéns ____ Porto Belo, no dia 13 de outubro, _____ 15h.

Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/index/ver/codMapaItem/4326/codNoticia/579494 Acesso em: 07/out/2019.[adaptado]

Sobre a colocação do pronome átono no trecho “...que se tornou tradição na cidade.”, podemos afirmar que a próclise está correta, pois o verbo está precedido de palavra que atrai o pronome para antes do verbo. Assinale a alternativa que identifica a classificação dessa palavra atrativa:

Alternativas
Comentários
  • para ver se é pronome relativo é só tentar trocar pelo A QUAL.


ID
5406100
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão se refere ao texto a seguir:

Dezenas de pessoas participaram no último sábado (05) de mais uma edição da Pedalada Rosa, organizada pelo Governo Municipal através da Fundação de Esportes e Secretaria de Saúde, com o objetivo de mobilizar pessoas em relação ____ importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e colo do útero.
Os participantes pedalaram da Praça da Bandeira, no Centro da cidade, até ____ rótula do bairro Perequê, passando também pelo bairro Vila Nova. Mulheres, homens e crianças participaram do evento, que se tornou tradição na cidade.
[...]
A Pedalada Rosa fez parte da programação dos 187 anos de Porto Belo, comemorado neste mês de outubro. A programação segue até o final do mês, e ainda conta com o corte do bolo e parabéns ____ Porto Belo, no dia 13 de outubro, _____ 15h.

Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/index/ver/codMapaItem/4326/codNoticia/579494 Acesso em: 07/out/2019.[adaptado]

Analise as afirmativas quanto à acentuação de algumas palavras retiradas do texto:

I- “Último”, “sábado”, “diagnóstico”, “útero” e “rótula” são proparoxítonas sempre acentuadas.
II- “Através”, “Perequê”, “também” e “parabéns” são exemplos de oxítonas acentuadas por terminarem em E(S), EM(ENS).
III- “Mês” e “até” são exemplos de monossílabos tônicos acentuados por terminarem em E(S).

Estão corretas:

Alternativas
Comentários
  • Até é uma oxítona = A-té.


ID
5406106
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Lucas afirmou que é ansioso ou nervoso. Se Lucas sempre mente, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    Negação do OU: troca o conectivo pelo E e nega ambas.

    Lucas é ansioso ou nervoso = F

    Lucas não é ansioso e não é nervoso.

    Também podemos usar a lógica nessa questão, repare que a assertiva diz que Lucas sempre mente. Logo, se Lucas sempre mente, então ele não é ansioso e não é nervoso.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não podes desistir.


ID
5406115
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Para uma rifa, foram usados bilhetes com os números de 201 até 500 (incluindo esses dois). João comprou todos os bilhetes cujos números são múltiplos de 5. Sendo sorteado um bilhete da rifa ao acaso, a probabilidade de ser um dos números que João comprou é, em %, de:

Alternativas

ID
5406124
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atendimento ao Público
Assuntos

Assertividade corresponde a um comportamento que se aprende, permitindo-nos agir de acordo com nossos interesses, expressando nossos sentimentos de forma honesta e adequada, fazendo valer nossos direitos, sem negar o direito dos outros. A assertividade, entretanto, exige, de nossa parte, determinadas atitudes. Isso posto, assinale a alternativa que indica a denominação correta da capacidade de se colocar no lugar do outro:

Alternativas

ID
5406127
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre os bens públicos, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    Os BENS PÚBLICOS, quanto à destinação, subdividem-se em:

    A) de USO COMUM (são inalienáveis) -são os rios, mares, ruas, praças. Em regra, são gratuitos, todavia, poderão ter alguma contribuição financeira, a depender. Logo, não se pode afirmar que é sempre gratuito.

    B) de USO ESPECIAL (são inalienáveis) -- são os prédio/terrenos destinados a serviço da Administração Pública, como por exemplo o prédio de uma Delegacia, do INSS, uma viatura policial em uso. Ainda, os bens públicos de Uso Especial podem ser:

    • DIRETO - que compõe, de fato, o aparelho estatal, tal como o mesmo exemplo de prédios de delegacias, do inss; ou
    • INDIRETO - não utiliza de forma direta, porém conserva com a intenção de garantir a proteção especial, tendo como exemplo as terras indígenas;

    C) DOMINICAIS (já estes são alienáveis) - Em tese, são bens públicos, contudo, tem estrutura de direito privado, uma vez que estão sem uso, isto é, o Estado conserva como se particular fosse, como o proprietário daquele bem público. Exemplos: os prédios desativados que funcionavam a Delegacia e o INSS, uma viatura policial inutilizável, uma terra pública sem destinação. Por tais razões e características, os bens Dominicais poderão ser ALIENADOS, posto que, embora sejam do Estado, estão sem destinação para nada.

    E, por fim, NENHUM dos três (Comum, Especial e Dominical) estão sujeitos a USUCAPIÃO.

  • Cuidado com um importante detalhe que cai em provas...

    Em REGRA os bens públicos de uso comum e especial por serem dotados de um fim específico são inalienáveis por natureza. Porém, desde que DESAFETADOS podem perfeitamente sofrer alienação.

    Já os bens dominicais por natureza, não possuem um fim específico e em REGRA são alienáveis, porém futuramente se lhes forem dados uma destinação específica e por consequencia forem AFETADOS se tornam inalienáveis.

    Abraços e bons estudos.

  • Analisemos cada alternativa, separadamente:

    a) Errado:

    Em verdade, os bens de uso comum admitem, sim, utilização onerosa (retribuída), como se vê do art. 103 do Código Civil, que abaixo transcrevo:

    "Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem."

    b) Errado:

    Na realidade, apenas os bens de uso comum e de uso especial são inalienáveis. E, mesmo assim, apenas enquanto conservarem esta qualificação. Diversamente, os bens dominicais podem ser alienados, desde que observadas as condições da lei. Neste sentido, o art. 101 do CC:

    "Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei."

    c) Certo:

    De fato, pode-se dizer que os bens dominicais constituem acervo patrimonial disponível da Administração, como se extrai do art. 99, III, do CC:

    "Art. 99. São bens públicos:

    (...)

    III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades."

    Quanto à sua disponibilidade, os comentários anteriores demonstraram que tais bens são passíveis de alienação, de sorte que, realmente, são bens dos quais a Administração pode dispor.

    Por fim, também é verdadeiro dizer que os bens dominicais não possuem destinação pública, isto é, são bens desafetados, sendo esta, aliás, a sua nota mais marcante.

    Inteiramente correta, portanto, esta opção.

    d) Errado:

    Dentre as características dos bens públicos, insere-se aquela denominada como não onerabilidade, que impede, justamente, que tais bens sejam gravados com direitos reais de garantia. Frise-se que esta características abrange todos os bens públicos, inclusive os dominicais.

    e) Errado:

    A impenhorabilidade é outra característica aplicável à totalidade dos bens públicos, de modo que está errado afirmar que não incidiria sobre os bens dominicais. Trata-se da impossibilidade de os bens públicos serem objeto de constrição judicial, uma vez que o pagamento das dívidas fazendárias opera-se através da técnica prevista no art. 100 da CRFB, isto é, pelo regime de precatórios.


    Gabarito do professor: C


ID
5406130
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em relação à titularidade dos bens públicos, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Erros dos itens C e D?

  • O erro da C está em dizer que as ilhas fluviais situadas em quaisquer rios federais constituem patrimônio da União, quando, na verdade, as ilhas fluviais nas zonas limítrofes com outros países são bens da União (art. 20, IV, CF).

    O erro da D está em generalizar. Quando as ilhas oceânicas e costeiras abrigar sede de Município não será bem federal (art. 20, IV, CF).

  • Vejamos cada afirmativa, em busca da correta:

    a) Certo:

    Trata-se de opção devidamente respaldada na norma do art. 20, III, da CRFB:

    "Art. 20. São bens da União:

    (...)

    III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;"

    b) Errado:

    Não são todas as terras devolutas que integram o patrimônio federal, mas sim, tão somente, aquelas citadas no art. 20, II, da CRFB:

    "Art. 20. São bens da União:

    (...)

    II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;"

    Quanto às demais, pertencem aos Estados, conforme preconiza o art. 26, IV, da CRFB:

    "Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

    (...)

    IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União."

    Logo, incorreta esta alternativa ao sustentar que todas as terras devolutas seriam integrantes do patrimônio da União.

    c) Errado:

    Novamente o item peca pela generalização. Nem todas as ilhas fluviais são bens federais, e sim, apenas, aquelas situadas em zonas limítrofes com outros países, a teor do art. 20, IV, da CRFB:

    "Art. 20. São bens da União:

    (...)

    IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;" 

    As demais são bens dos Estados, na forma do art. 26, III, da Lei Maior:

    "Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

    (...)

    III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;"

    d) Errado:

    Outra vez, a linha seguida pela Banca está equivocada porquanto existem ilhas oceânicas e costeiras que integram o patrimônio dos Estados, como se vê do art. 26, II, da CRFB:

    "Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

    (...)

    II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;"

    e) Errado:

    Por fim, este item se mostra incorreto, uma vez que, em se tratando de terrenos marginais dos rios que banham mais de um Estado-membro, a hipótese é de bens da União, e não dos respectivos Estados, consoante art. 20, III, da CRFB:

    "Art. 20. São bens da União:

    (...)

    III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;"


    Gabarito do professor: A

  • Gab: A

    A) Lagos, Rios e Correntes de água (regras):

    -Banha mais de um estado: é da União;

    -Faz limite com outro país: é da União;

    -Vai para outro país: é da União;

    -Vem de outro país é da União.

    Praias fluviais (praia de rio): Praia fluvial de rio federal é da União.

    C) Ilhas Fluviais (situadas em rios) e as Ilhas Lacustres (situadas em lagos), quando estiverem nas zonas limítrofes com outros países, pertencem à União.

    Fora dessa regra, as demais ilhas (fluviais e lacustres) pertencem aos Estados.

    B) As terras devolutas, em regra, pertencem aos Estados.

    --> Exceção: Indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei.

    D) Ilhas Oceânicas (alto-mar) e costeiras (próximas ao continente), salvo as que contenham a sede de Municípios exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal - praias marítimas: São da União.

    E) Se o rio é federal, as praias fluviais e os terrenos marginais pertencem à União.

    Fonte: Gustavo Scatolino, Gran Cursos.

  •  Art. 20. São bens da União:

    I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;

    II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;

    III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;

    IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;         

    V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;

    VI - o mar territorial;

    VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;

    VIII - os potenciais de energia hidráulica;

    IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;

    X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;

    XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

    § 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.              

    § 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.


ID
5406133
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Os bens públicos estão sujeitos à utilização pelos particulares, de maneira que a Administração pode conferir tal uso por meio de ato discricionário, precário e negocial que exija a satisfação de alguma utilidade pública, cujo instrumento jurídico-administrativo é conhecido como:

Alternativas
Comentários
  • Gab

    Letra: A

  • De acordo com Hely Lopes Meirelles conceitua permissão como :

    “Permissão é o ato administrativo negocial, discricionário e precário, pelo qual o Poder Público faculta ao particular a execução de serviços de interesse coletivo, ou o uso especial de bens públicos, a título gratuito ou remunerado, nas condições estabelecidas pela Administração.”

  • Em se tratando de instrumento consistente em ato administrativos, por meio do qual confere o uso de bem público de forma privativa a particulares, podem ser eliminadas, de plano, as opções B, D e E, as quais são efetivadas através de instrumentos contratuais, senão vejamos:

    A concessão de uso é definida pela doutrina como "contrato administrativo que tem por objetivo consentir o uso do bem público, de forma privativa, por terceiro, com fundamento no interesse público", como propõe, por exemplo, Rafael Oliveira.

    Já a concessão de direito real de uso, do mesmo modo, possui feição contratual, o que pode ser extraído da norma do art. 7º, §1º, do Decreto-lei 271/67:

    "Art. 7o  É instituída a concessão de uso de terrenos públicos ou particulares remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, como direito real resolúvel, para fins específicos de regularização fundiária de interesse social, urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das comunidades  tradicionais e seus meios de subsistência ou outras modalidades de interesse social em áreas urbanas.    

    § 1º A concessão de uso poderá ser contratada, por instrumento público ou particular, ou por simples têrmo administrativo, e será inscrita e cancelada em livro especial."

    Por fim, a cessão de uso, malgrado não haja consenso doutrinário acerca de sua amplitude e objeto, também existe base normativa a indicar seu aspecto contratual, nos termos do art. 18, §3º, da Lei 9.636/98:

    "Art. 18. A critério do Poder Executivo poderão ser cedidos, gratuitamente ou em condições especiais, sob qualquer dos regimes previstos no Decreto-Lei no 9.760, de 1946, imóveis da União a:

    (...)

    § 3o A cessão será autorizada em ato do Presidente da República e se formalizará mediante termo ou contrato, do qual constarão expressamente as condições estabelecidas, entre as quais a finalidade da sua realização e o prazo para seu cumprimento, e tornar-se-á nula, independentemente de ato especial, se ao imóvel, no todo ou em parte, vier a ser dada aplicação diversa da prevista no ato autorizativo e conseqüente termo ou contrato."

    Ficamos, assim, entre as opções A e C, sendo certo que tanto a autorização quanto a permissão de uso de bens públicos são definidas pela doutrina como atos administrativos discricionários e negociais, por meio dos quais a Administração confere ao particular o uso privativo de bens públicos.

    No entanto, a Banca ressaltou, no enunciado, em sua parte final, a necessidade de o ato respectivo exigir a "a satisfação de alguma utilidade pública".

    Acerca do ponto, a doutrina mais tradicional sempre sustentou que na permissão de uso de bem público sobressai a necessidade de o interesse público ser tão importante quanto o atendimento do interesse privado, diferentemente do que ocorreria na autorização de uso, cuja característica seria a predominância do interesse particular.

    Esta compreensão mais clássica pode ser extraída da doutrina de Maria Sylvia Di Pietro:

    "A utilização não é conferida com vistas à utilidade pública, mas no interesse privado do utente. Aliás, essa é uma das características que distingue a autorização da permissão e da concessão."

    Com apoio neste entendimento doutrinário, que, é importante dizer, não é unânime, pode-se concluir que a opção correta encontra-se na letra A, considerando, uma vez mais, a premissa firmada pela Banca, no sentido da necessidade de o ato respectivo exigir a "a satisfação de alguma utilidade pública".


    Gabarito do professor: A

    Referências Bibliográficas:

    DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2013, p. 756.

    OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito Administrativo. 5ª ed. São Paulo: Método, 2017, p. 656.

  • A questão fala em "ato administrativo negocial" então exclui-se a B a D e a E que versam sobre "contratos administrativos". Nos resta a alternativa A e a C que tratam respectivamente de Permissão e Autorização, o que poderia gerar uma justificada dúvida, visto os instrumentos serem bem parecidos, ambos atos discricionários e negociais da administração pública direcionado a particulares. Então como os diferenciar?

    • AUTORIZAÇÃO DE USO

    É um ato administrativo por meio do qual a administração pública possibilita ao particular a realização de alguma atividade de predominante interesse deste, ou a utilização de um bem público.

    • PERMISSÃO DE USO

    É ato administrativo discricionário e precário mediante o qual é consentida ao particular alguma conduta em que exista interesse predominante da coletividade.

    Portanto, como na alternativa destaca o "interesse da coletividade" : GABARITO: A

  • Autorização de uso: É um ato adminstrativo discricionário e precário, independendo de licitação prévia. Permite o uso anormal ou privativo de bem público por particular, de acordo com o interesse particular. Ex: casar na praia.

    Permissão de uso: É um ato administrativo discricionário e precário, dependendo de licitação prévia. Permite o uso anormal ou privativo de bem público por particular, de acordo com o interesse público. Ex: banca de jornal.

    Concessão de uso: É um contrato administrativo que permite o uso de bem público de forma anormal ou privativa em situações mais permanentes e que dependem de mais investimento. Não é precário, possui prazo determinado e precisa de licitação prévia, SALVO hipóteses de licitação dispensada/dispensável/inexigível. Ex: transporte público.

    Concessão de direito real de uso: É um contrato administrativo que concede ao particular a titularidade do direito real de uso de um bem público. Depende de licitação, que sempre será na modalidade concorrência. Doutrina majoritária entende que só vale para bens dominicais (desafetados).

    Cessão de uso: Permite a utilização de um bem público de um ente estatal por outro, para uso no interesse coletivo. Normalmente é firmado por meio de convênio ou termo de cooperação.

  • GABARITO A

    • AUTORIZAÇÃO-- INTERESSE PRIVADO--ATO UNILATERAL-- DISCRICIONARIO- PRECÁRIO --- SEM LICITAÇÃO--NÃO INDENIZA 
    • PERMISSÃO-- INTERESSE COLETIVO----DELEGAÇÃO---------------PRECARIO---------------------  LICITAÇÃO----NÃO INDENIZA 
    • CONCESSÃO---- CONTRATO ADMINISTRATIVO---- PRAZO CERTO------------LICITAÇÃO(concorrencia)----- INDENIZA

ID
5406136
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que se refere às entidades da Administração indireta, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

     

    a) CF, Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.    

     

    b) Empresa pública que presta serviço de prestação obrigatória e exclusiva do Estado faz jus à imunidade tributária recíproca

    c) O regime funcional é CELETISTA.

    d) GABARITO

    e) CF, art. 37, XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;  

  • GABARITO - D

    A) De acordo com a seguinte redação do Decreto n° 6.017/07 sobre o consórcio público é: “ (…) pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei n° 11.107, de 2005

    ------------------------------------------------------------

    B) O STF afirma que a imunidade recíproca alcança a empresa pública prestadora de serviço público e a sociedade de economia mista prestadora de serviço público, pois estas não se confundem com empresas públicas que exercem atividade econômica em sentido estrito.

    -------------------------------------------------------------

    C) Celetista.

    --------------------------------------------------------------

    D) Via de regra:

    Os bens das Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista não possuem proteção.

    São disponíveis, penhoráveis, usucapíveis e prescritíveis.

    Exceto aqueles bens vinculados à prestação de serviço público. (Princípio da Continuidade)

    ---------------------------------------------------------------

    E) As fundações governamentais são pessoas jurídicas de direito privado criadas por lei específica, segundo o que dispõe o art. 37, inciso XIX, da Constituição Federal.

    São autorizadas por lei.

    Bons estudos!

  • A questão indicada está relacionada com a Administração Indireta.

    - Administração Pública Direta (artigo 4º, Inciso I, do Decreto-lei nº 200 de 1967: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

    - Administração Pública Indireta (artigo 4º, Inciso II, do Decreto-lei nº 200 de 1967): autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações.

    A)     INCORRETA. Com base no artigo 2º, Inciso I, do Decreto nº 6.017 de 2007, o consórcio público pode ser entendido como “a pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação".

     

    B)     INCORRETA. A imunidade tributária recíproca se aplica às empresas públicas que prestam serviços públicos, conforme indicado pelo STF.

     

    C)     INCORRETA. O regime das empresas públicas é celetista – emprego público.

     

    D)    CORRETA. Conforme indicado no Agravo de Instrumento 2756456720118260000 TJSP, “(...) É possível a penhora de bens de sociedade de economia mista, uma vez que se trata de pessoa jurídica de direito privado, que se sujeita às regras de cobrança das sociedades em geral".

     

    E)     INCORRETA. As fundações podem ser pessoas jurídicas de direito público e de direito privado.

     

    Gabarito do Professor: D) 

  • Sobre os Consórcios Públicos

    Consórcio Público é constituído exclusivamente por entes da Federação para instituir relações de cooperação federativa, até mesmo a realização de objetivos de interesse comum, pode ser estabelecido como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos. "Os entes da administração indireta não podem constituir consórcios, porém, podem contratá-los, com dispensa de licitação, assim como também podem contratar com os particulares (por licitação).

    Lei 11.107/05 Art 2§1, inciso III

    O consórcio público poderá :

    – ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação.

    obs: Se constituído como associação pública de direito público, integrará a Administração indireta de todos os entes consorciados.

    Abraços e bons estudos

  • Art. 2o Para os fins deste Decreto, consideram-se:

    I - consórcio público: pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei no 11.107, de 2005, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos;


ID
5406139
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Não definido

Se determinado Prefeito cometer crime contra a honra em detrimento de um particular no segundo ano de seu mandato eletivo, assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
5406142
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Se uma medida provisória for editada pelo Presidente da República sem atender aos requisitos de relevância e urgência previstos no art. 62, da Constituição Federal, assinale a alternativa que contém o respectivo vício no âmbito do sistema de controle de constitucionalidade:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alternativa "D".

    Vejamos o motivo:

    Inconstitucionalidade formal por violação e pressupostos objetivos do ato

    Se durante o processo legislativo não forem observados certos requisitos para a elaboração de uma lei, e que não esteja de acordo com o ordenamento jurídico e que inclusive não houver o respeito à Constituição Federal, poderá esta lei ser declarada inconstitucional.

    O que temos como exemplo se em uma edição de uma medida provisória se não forem observados os requisitos de relevância e urgência, a mesma estará viciada e não terá eficácia alguma, por violar as regras contidas na Constituição Federal, e será a mesma inconstitucional.

  • Gabarito D

    Em síntese, a inconstitucionalidade, quanto ao vício, pode ser MATERIAL (nomoestática) ou FORMAL (nomodinâmica).

    1.MATERIAL: verifica-se na hipótese de o CONTEÚDO DA LEI (ou do ato normativo) violar o CONTEÚDO DA CONSTITUIÇÃO. Ex: emenda constitucional tendente a abolir as cláusulas pétreas.

    2.FORMAL: é a hipótese de não observância das REGRAS do processo legislativo, sendo que, ainda, divide-se em:

    • i) Orgânica (subjetiva)- é a inobservância da competência legislativa. Ex. município elaborar norma de competência da união;
    • ii) Propriamente Dita-Aqui é relacionado ao desrespeito do procedimento. Ex. emenda constitucional ser aprovado com quórum de 1/3; 
    • iii) Objetiva (por violação aos pressupostos objetivos)- Ex. medida provisória elaborada sem a observância dos requisitos constitucionais, quais sejam, a relevância e a urgência; 
    • iv) Vício de Decoro Parlamentar- leis ou atos administrativos aprovados decorrente no abuso das prerrogativas. Ex. do mensalão, onde muito se falou sobre compra de votos para que votassem em "certo sentido";
  • Pensei: "Pressuposto objetivo. Na letra da lei está relevância e urgência, logo vício nos pressupostos objetivos do ato."

    Pensamento correto? Claro que não, mas ajudou!

    Força e Honra!

  • GABARITO - D

    Formal: Fere regras ou procedimento previsto na Constituição para elaboração de uma norma.

     Material: Fere o conteúdo, princípios, direitos e garantias assegurados pela Constituição. O vício de inconstitucionalidade formal refere-se ao procedimento ou forma de elaboração da norma.

  • Em síntese, a inconstitucionalidade, quanto ao vício, pode ser MATERIAL (nomoestática) ou FORMAL (nomodinâmica).

    1.MATERIAL: verifica-se na hipótese de o CONTEÚDO DA LEI (ou do ato normativo) violar o CONTEÚDO DA CONSTITUIÇÃO. Ex: emenda constitucional tendente a abolir as cláusulas pétreas.

    2.FORMAL: é a hipótese de não observância das REGRAS do processo legislativo, sendo que, ainda, divide-se em:

    • i) Orgânica (subjetiva)- é a inobservância da competência legislativa. Ex. município elaborar norma de competência da união;
    • ii) Propriamente Dita-Aqui é relacionado ao desrespeito do procedimento. Ex. emenda constitucional ser aprovado com quórum de 1/3; 
    • iii) Objetiva (por violação aos pressupostos objetivos)- Ex. medida provisória elaborada sem a observância dos requisitos constitucionais, quais sejam, a relevância e a urgência; 
    • iv) Vício de Decoro Parlamentar- leis ou atos administrativos aprovados decorrente no abuso das prerrogativas. Ex. do mensalão, onde muito se falou sobre compra de votos para que votassem em "certo sentido";

    Copiado do colega para revisão.


ID
5406145
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No âmbito da aplicação do instituto da responsabilidade civil extracontratual do Estado, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • A) As concessionárias de serviço público, segundo orientação firmada pelo STF, respondem pelos danos causados a terceiros não usuários do serviço pela teoria subjetiva ou comum do Código Civil. (ERRADO).

     

    AS CONCESSIONÁRIAS respondem objetivamente pelos danos causados a terceiros – usuários ou não do serviço público, se o ato deriva de uma AÇÃO, GERE DANO E HÁ NEXO DE CAUSALIDADE.

     

    B) As empresas públicas e sociedades de economia mista que exploram atividade econômica respondem pelos danos que causarem a terceiros pela teoria subjetiva. (CERTA).

    AS EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA – são empresas estatais, sob o regime privado. Atuam na exploração de atividade econômica e são “equiparadas” as empresas privadas. Logo ao prejudicar terceiros – RESPONDEM SUBJETIVAMENTE – mediante dolo ou culpa – a teoria é: TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA OU CULPA DO SERVIÇO.

     

    C) Nas condutas omissivas genéricas, a Administração Pública responderá no plano da teoria objetiva do risco administrativo. (ERRADO).

    Omissão genérica – deve-se comprovar DOLO OU CULPA, teoria da culpa administrativa ou culpa do serviço.

    EX: por falta de limpeza dos bueiros na cidade, teve uma forte chuva e causou danos imensos a minha casa/propriedade. O sujeito deverá demonstrar o dolo ou culpa por parte do estado e depois receberá indenização. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA.

    D) No contexto da ordem jurídica brasileira, não se aplica a teoria objetiva do risco integral, mas apenas a do risco administrativo, segundo o preceituado no art. 37, §6°, da Constituição Federal. (ERRADO).

     

    A TEORIA DO RISCO INTEGRAL ADMINISTRATIVO é aplicada de modo excepcional em que o dano não deriva do estado, mas ele responde por esse dano, por isso (TEORIA DO RISCO INTEGRAL). EX: DANOS NUCLEARES/ATENTADOS TERRORISTAS A aeronaves brasileiras e DANOS AMBIENTAIS.

     

    E) Nas condutas omissivas específicas, a Administração Pública responderá no plano da teoria subjetiva ou comum do Código Civil (ERRADO).

    Omissão específica – por ex: o estado tem o dever de zelar pela integridade física do agente. Se um sujeito mata o outro dentro do cárcere, o estado responderá OBJETIVAMENTE. Mesmo que o estado seja OMISSO – pois é uma OMISSÃO ESPECÍFICA.

  • Responsabilidade civil extracontratual do Estado pela OMISSÃO:

    Omissão Genérica- Subjetiva (consoante + consoante)

    Omissão Específica- Objetiva (vogal + vogal)

  • gab: B

    Empresas estatais que prestam serviço público = responsabilidade objetiva;

    Empresas estatais que exploram a atividade econômica = responsabilidade subjetiva (de acordo com CC)

  • gab: B

    Empresas estatais que prestam serviço público = responsabilidade objetiva;

    Empresas estatais que exploram a atividade econômica = responsabilidade subjetiva (de acordo com CC)

  • GABARITO - B

    Exploradoras de atividade econômica - Subjetiva

    Prestadoras de serviços públicos - Objetiva

    Omissão genérica - Subjetiva ( STJ )

    Omissão específica - Objetiva

  • Eis os comentários sobre cada opção, separadamente:

    a) Errado:

    Em rigor, o STF firmou compreensão no sentido de que a responsabilidade é objetiva em relação a usuários e não usuários do serviço, sem distinções, como se vê do precedente a seguir:

    "CONSTITUCIONAL. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. ART. 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO. PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO. CONCESSIONÁRIO OU PERMISSIONÁRIO DO SERVIÇO DE TRANSPORTE COLETIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA EM RELAÇÃO A TERCEIROS NÃO-USUÁRIOS DO SERVIÇO. RECURSO DESPROVIDO. I - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da Constituição Federal. II - A inequívoca presença do nexo de causalidade entre o ato administrativo e o dano causado ao terceiro não-usuário do serviço público, é condição suficiente para estabelecer a responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito privado. III - Recurso extraordinário desprovido.
    (RE 591.874, rel. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI, Plenário, 26.08.2009)

    b) Certo:

    De fato, em se tratando de empresas estatais exploradoras de atividade econômica, e não de prestadoras de serviços públicos, não estão abraçadas pelo teor do art. 37, §6º, da CRFB, que abrange apenas as pessoas de direito público (o que também não é o caso) e as de direito privado prestadoras de serviços público. No ponto, confira-se:

    "Art. 37 (...)
    § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."

    Logo, correta esta alternativa.

    c) Errado:

    A responsabilidade civil do Estado, por condutas omissivas, pressupõe que haja omissão específica, e não apenas genéricas, como se pode depreender do seguinte julgado do STF:

    "AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ACIDENTE. DESNÍVEL EM VIA PÚBLICA. DANOS MORAIS E MATERIAIS. VERIFICAÇÃO DA OCORRÊNCIA DO NEXO DE CAUSALIDADE. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 279/STF. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO RELATOR PARA JULGAMENTO MONOCRÁTICO DO FEITO. PRECEDENTE. 1. O nexo de causalidade apto a gerar indenização por dano moral e material em face da responsabilidade do Estado, quando controversa sua existência, demanda a análise do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula nº 279/STF que dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.” 2. O recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. Precedentes: AI 850.063-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 25/9/2013 e ARE 720.081-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 15/4/2013. 3. A alegada violação ao princípio da separação dos poderes constitui inovação tendo em vista que não foi aduzida em sede de recurso extraordinário. É incabível a inovação de argumentos nessa fase processual. Precedente: AI 518.051-AgR/GO, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 17/2/2006. 4. A competência deferida ao Relator para, monocraticamente, julgar recurso manifestamente inadmissível, improcedente ou contrário à jurisprudência desta Corte não derroga o princípio da colegialidade, que resulta preservado, no âmbito deste Tribunal, pelo cabimento do recurso de agravo das decisões singulares proferidas por seus Ministros. Nesse sentido: AI 742.738-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 19/3/2010. 5. In casu, o acórdão recorrido assentou: “Apelação Cível. Responsabilidade Civil do Estado. Pretensão autoral à reparação de danos materiais e morais em decorrência de queda em desnível entre a rua e um bueiro conhecido por ‘boca de lobo’. [...] Teoria do Risco Administrativo. Inteligência do art. 37, § 6º, da CRFB/88. Para a imputação da responsabilidade à Administração Pública se faz necessário comprovar que houve uma omissão específica, ou seja, que tenha sido a ausência da atuação do Estado que criou a situação propícia para a produção do dano, quando tinha o dever de impedir sua ocorrência. No caso, restou configurado o nexo de causalidade entre a falta com o dever de manutenção e de conservação da via pública pelo Município para a situação lesiva, quando tinha o dever de agir para impedi-la. Responsabilidade objetiva da Administração Pública. Precedentes. Prova documental que comprovou as lesões sofridas pela Autora, consistentes em fratura na mandíbula e cotovelo. Nexo de causalidade também demonstrado nos autos, mormente através da prova oral produzida. Danos morais configurados. Verba compensatória arbitrada em conformidade com os princípios da razoabilidade, da proporcionalidade. Recurso desprovido.” 6. Agravo regimental DESPROVIDO.
    (ARE-AgR 847.116, rel. Ministro LUIZ FUX, 1ª Turma, 24.2.2015)

    d) Errado:

    A teoria do risco integral, embora não seja a regra geral, é admitida em hipóteses bastante pontuais, verdadeiramente excepcionais, dentre as quais, segundo a jurisprudência do STJ, insere-se a responsabilidade civil do Estado por danos ambientais, como se pode ver, por exemplo, deste julgado:

    "PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANO MATERIAL. POLUIÇÃO DE PÓ DE MINÉRIO. DANO AMBIENTAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. REEXAME DE CONTEÚDO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 7/STJ. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. SÚMULA N. 283/STF. DECISÃO MANTIDA. 1. "A responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes de responsabilidade civil para afastar sua obrigação de indenizar" (REsp n. 1.374.284/MG, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/8/2014, DJe 5/9/2014). 2. O recurso especial não comporta exame de questões que impliquem revolvimento do contexto fático dos autos (Súmula n. 7 do STJ). 3. No caso concreto, o Tribunal de origem analisou as provas contidas no processo para concluir que foi comprovada a responsabilidade da recorrente pelos danos sofridos pela parte contrária. Alterar esse entendimento demandaria reexame do conjunto probatório do feito, vedado em recurso especial. 4. O recurso especial que não impugna fundamento do acórdão recorrido suficiente para mantê-lo não deve ser admitido, a teor da Súmula n. 283/STF. 5. Agravo interno a que se nega provimento. ..EMEN:
    (AINTARESP 1461332, rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, DJE DATA:05/11/2019)

    e) Errado:

    O mesmo precedente acima indicado, nos comentários à opção C, demonstra que, no caso de haver omissão específica da Administração, aplica-se a responsabilidade objetiva, de acordo com o entendimento do STF.


    Gabarito do professor: B

  • Entendi foi nada nessa questão...

  • A evolução histórica da responsabilidade civil do Estado começa pela "Irresponsabilidade total", passando pela "responsabilidade com culpa", depois pela "teoria da culpa administrativa" e finalmente chegando a "teoria do risco administrativo" (responsabilidade objetiva) adotada hoje no ordenamento pátrio, contudo, excepcionalmente e só em casos muito pontuais, se admite a "teoria do risco integral" (como no caso de crimes ambientais por exemplo).

    OBS: A responsabilidade civil objetiva do Estado também sofre exceções, em se tratando de Administração Indireta, com relação às sociedades de economia mista e às empresas públicas que exploram atividade exclusivamente econômica, bem como nos casos de condutas genéricas omissivas estatais, assemelhando-se à responsabilidade civil do Direito Privado, aplica-se ao caso a teoria da CULPA administrativa (teoria subjetiva) GABARITO da questão.

    Abraços e bons estudos


ID
5406148
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Sobre a organização político-administrativa do Estado brasileiro, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Formação de novos Estados-Membros:

    O resultado do Plebiscito vincula e o CN deve levar o pleito adiante (ouvir as Casas Legislativas envolvidas). O Parecer das Casas Legislativas é Opinativo.

    Nesse caso, o CN aprovará ou não a modificação estrutural entre os entes federados (Estados) independente das conclusões das Casas Legislativas.

    Formação de novos Municípios: não existe LC Federal tratando do tema. Enquanto ela não for editada, os Municípios criados serão inconstitucionais.

    Para o STF, se trata de norma de eficácia limitada e de aplicação mediata.

  • Inicialmente, se faz interessante tecer alguns comentários gerais sobre a Organização Político-Administrativa do Estado.

    Sabe-se que a CF/88 adotou como forma de Estado o federalismo, na qual, os Estados que continuem a federação perdem sua soberania no momento do ingresso, preservando, entretanto, uma autonomia política limitada, com repartição rígida de atributos da soberania entre eles. O legislador constituinte determinou a impossibilidade de qualquer proposta da emenda constitucional tendente a abolir a Federação (art.60, §4º, I, CF/88).

    O princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, com finalidade básica na unidade nacional e viés descentralizador encontra-se no artigo 1º, CF/88 conjugado com artigo 18 do mesmo diploma legal.


    A autonomia Municipal, tema especificamente cobrado na questão, da mesma forma que a dos Estados-membros, configura-se pela tríplice capacidade de auto-organização e normatização própria, autogoverno e autoadministração. Auto-organiza-se através da Lei Orgânica Municipal; autogoverna-se mediante eleição direta para prefeito, vice-prefeito e vereadores; autoadministra-se no exercício de suas competências administrativas, tributárias e legislativas, conferidas diretamente pela CF/88.

    Em relação à criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios, o artigo 18, §4º, CF/88 estabelece que “a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.".

    Salienta-se que com o advento da EC 15/1996, foi estabelecida nova sistemática para criação, incorporação, fusão e desmembramento dos municípios, com a atual redação dada ao artigo 18, parágrafo 4º, da CF.

    Sobre o tema, a Suprema Corte já se manifestou, em diversas ocasiões (no julgamento das ADIs 3682, 2240, 3489 e 3689, entre outras), no sentido da necessidade de edição de lei complementar federal que estabeleça o período dentro do qual os municípios podem ser criados, incorporados, fundidos e desmembrados. Em tais julgamentos, “consignou-se a eficácia limitada do comando do artigo 18, parágrafo 4º, da CF e a consequente impossibilidade da criação de novos municípios enquanto não editada a referida lei".



    a) ERRADO – Como vimos, o STF consignou a eficácia limitada do comando do artigo 18, parágrafo 4º, da CF. Enquanto não editada a lei complementar exigida, não poderá haver a criação de novos municípios.

    b) ERRADO - O plebiscito acontece antes da existência da norma. Nele, o eleitor não está decidindo se uma norma entrará em vigor, mas apenas se uma norma deve ser elaborada, ou não. No caso do plebiscito, o parlamento continua livre para elaborar a norma como bem decidir, ou até mesmo não elaborá-la mesmo com a aprovação no plebiscito, já que o plebiscito não vincula, enquanto a do referendo vincula.

    c) CORRETO - Os entes federados são considerados pessoas jurídicas de direito público interno com personalidade jurídica autônoma. Não há relação de hierarquia ou subordinação entre eles, mas somente de cooperação e coordenação. Essa autonomia conferida aos entes federados consolida e harmoniza o princípio federativo.

    d) ERRADO – A Carta da República de 1988, restabeleceu-se o status constitucional da matéria, de forma que o art. 18, §3º, previu o procedimento de alterações territoriais dos estados-membros, exigindo a aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, mediante lei complementar. Em regra mais adiante (art. 48, VI), corrigindo-se omissão da redação do §3º do art. 18, incluiu-se a necessidade de oitiva das respectivas Assembléias Legislativas. Vale sublinhar que o Congresso Nacional não se vincula à opinião recebida das Assembleias Legislativas.

    e) ERRADO - Brasília não é um Município, nem um Estado. Ela pertence ao Distrito Federal, sendo uma das 31 regiões administrativas que existem no Distrito Federal.




    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C

  • a letra A está correta!!!

  • Letra C está correta!!!

  • Aleluiasss!!!! Glórias a Deus

  • Deus te conceda bênçãos surreais!!!!!

  • ART 18 CF/88

     ART. 18 § 3

    § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

     ART. 18 § 4

    § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

    A NORMA CONSIDERADA DE EFICÁCIA LIMITADA DIZ RESPEITO AOS MUNICÍPIOS, E NÃO AOS ESTADOS MEMBROS COMO NARRA A ALTERNATIVA A o STF consignou a eficácia limitada do comando do artigo 18, parágrafo 4º, da CF. Enquanto não editada a lei complementar exigida, não poderá haver a criação de novos municípios.


ID
5406151
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, segundo estabelece o art. 14 da Constituição Federal, mas também por meio de instrumentos de participação direta do povo, nos termos da lei. Nesse aspecto, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    CRFB/88

    Art. 61 § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

  • Alternativa A: ERRADA

    Lei n° 9.709, de 18 de novembro de 1998:

    Art. 2° Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa.

    (...)

    § 2° O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição.

    Alternativa B: ERRADA

    Lei n° 9.709, de 18 de novembro de 1998:

    Art. 2° Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa.

    § 1° O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.

    Alternativas C e D: ERRADAS

    Constituição da República Federativa do Brasil de 1988:

    Art. 61 A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

    (...)

    § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

    Alternativa E: CORRETA

    É o gabarito da questão, expressando ipsis litteris o art. 61, § 2° da CRFB/1988, conforme apresentado acima.

  • GABARITO - E

    PQP, Matheus nunca entendi esse negócio...

    Lembre-se do Reverendo..

    As pessoas procuram essa autoridade religiosa APÓS cometem alguns erros e desejam confessar.

    Referendo = Consulta posterior

    ------------------------------------------------

    Plebiscito = Consulta Prévia

    -------------------------

    Iniciativa Popular :

    Âmbito Nacional - no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

    Âmbito Estadual - A lei disporá ( Art. 27, § 4º)

    Âmbito Municipal - Pelo menos 5% do eleitorado ( Assunto local )

    -------------------------------

    Lembrar: A inciativa popular não é o meio de Reformar o texto Constitucional.

    Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

    I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;

    II - do Presidente da República;

    III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

  • Sobre a "D":

    É de competência exclusiva do Presidente da República deflagrar o processo legislativo que verse sobre matéria orçamentária:

    CF Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais.

    Tratando-se de competência exclusiva, há controvérsia doutrinária sobre a possibilidade de iniciativa popular. Conforme apontado pelo Pedro Lenza:

    "José Afonso da Silva, expressamente, ao falar sobre a iniciativa popular, observa que se trata de “... iniciativa legislativa que ingressa no campo das iniciativas concorrentes. Não se admite iniciativa legislativa popular em matéria reservada à iniciativa exclusiva de outros titulares...”.

  • O Referendo é depois: lembrar do Referendo das Armas (2005). O Plebiscito é PRÉ-biscito (antes).
  • Vale lembrar do BIZU:

    O Referendo - depois

    O Plebiscito - antes

  • Iniciativa Popular :

    Âmbito Nacional no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 1503

  • A questão trata sobre os direitos políticos, notadamente na participação popular no processo representativo. 
    Importante destacar que o Título II da Constituição Federal apresenta os Direitos e Garantias Fundamentais, sendo que o artigo 5º prevê os direitos e deveres individuais e coletivos; os artigos 6º a 11 preveem os direitos sociais (do artigo 7º ao 11 são tratados os direitos de ótica trabalhista); os artigos 12 a 13 tratam da temática dos direitos de nacionalidade; e, por fim, os artigos 14 a 17 tratam dos direitos políticos e suas múltiplas variáveis.
    Conhecer as disposições dos direitos e garantias fundamentais é muito importante, pois em várias casos as bancas exigem a literalidade dessas normas constitucionais e, além disso, podem tentar confundir a pessoa ao efetuar modificações no texto.
    Os direitos políticos asseguram a participação popular na administração do Estado. O núcleo desse direito envolve o direito ao voto, direito a ser votado, direito a ocupar cargos ou funções políticas e o direito a permanecer nesses cargos. Além do voto, a Constituição prevê outras formas de participação popular. Nos plebiscitos, a população opina, por meio de voto, sobre temas de uma medida que ainda não foi elaborada. Após a votação, a legislação é construída pelos parlamentares de acordo com o desejo da maioria.

    Já nos referendos a população se posiciona sobre uma lei já existente, funcionando como uma ferramenta para os cidadãos aprovarem ou rejeitarem um texto já proposto. Caso rejeitada, a lei é arquivada. 

    Nas leis de iniciativa popular, a sociedade apresenta um projeto que sendo assinado por pelo menos 1% dos eleitores em, no mínimo, cinco estados, deverá ser avaliado pelo Congresso.

    Passemos às alternativas.

    A alternativa "A" está incorreta, pois contraria o disposto no art. 2º, §2º, da Lei n° 9.709/98, que aduz que o plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição.

    A alternativa "B" está incorreta, pois contraria o disposto no art. art. 2º, §1º, da Lei n° 9.709/98, que aduz que plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.

    A alternativa "C" está incorreta, pois contraria o disposto no art. 60 da Constituição Federal, que aduz que 
a Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; e III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

    Segundo recente entendimento do STF, a Constituição não traz a iniciativa popular como uma legitimação para propositura de Emendas em cunha Federal, mas não opera efeitos obstativos no âmbito estadual. Nesse sentido:

    "(...) Por fim, o Colegiado assentou que a iniciativa popular de emenda à Constituição do estado (arts. 103, IV, e 110) é compatível com a Constituição da República, nomeadamente o parágrafo único do art. 1º, os incisos II e III do art. 14 e o inciso XV do art. 49 (5). Na democracia, além dos mecanismos tradicionais por meio dos representantes eleitos, há os de participação direta com projeto de iniciativa popular. A Constituição amapaense densifica a ampliação daquilo que a CF não prevê expressamente. Trata-se de certa democratização no processo de reforma das regras constitucionais estaduais. No tocante à simetria, revelou não ser obstativa ante a ausência de regra clara que afaste a faculdade de o estado aumentar os mecanismos de participação direta. A ministra Rosa Weber consignou a importância da iniciativa popular de emenda para a implantação da democracia participativa no Brasil. O ministro Luiz Fux frisou que, consoante doutrina, o princípio democrático conspira em prol da possibilidade de a iniciativa popular promover emendas constitucionais. Por sua vez, o ministro Ricardo Lewandowski acentuou que, em matéria de direitos fundamentais, os estados podem ampliá-los com relação à CF. A soberania e a cidadania são valores máximos abrigados na CF relativamente aos fundamentos do Estado Democrático de Direito. Vencidos os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello, que consideraram inconstitucional a iniciativa popular de emenda. O relator assinalou inexistir parâmetro na CF, que não permite essa iniciativa para proposta de emenda constitucional. Ademais, a CF não deixou vácuo legislativo. O ministro Marco Aurélio destacou que a própria Constituição Federal veio a limitar a iniciativa popular quando não cogitou dela quanto às emendas constitucionais.(...) ADI 825/AP, rel. Min. Alexandre de Moraes, julgamento em 25.10.2018. (ADI-825)"

    A alternativa "D" está incorreta, pois contraria o disposto no art. 61, §1º, da Constituição Federal, que aduz que é de competência exclusiva do Presidente da República deflagrar o processo legislativo que verse sobre matéria tributária e orçamentária. São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham sobre: organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios.

    A alternativa “E" está correta, pois traz o disposto no art. 61, § 2º, da Constituição Federal, que aduz que a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 
    Gabarito da questão: letra "E".
  • Gabarito: letra "E".

    A alternativa "A" está incorreta, pois contraria o disposto no art. 2º, §2º, da Lei n° 9.709/98, que aduz que o plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição.

    A alternativa "B" está incorreta, pois contraria o disposto no art. art. 2º, §1º, da Lei n° 9.709/98, que aduz que plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.

    A alternativa "C" está incorreta, pois contraria o disposto no art. 60 da Constituição Federal, que aduz que a Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; e III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

    Segundo recente entendimento do STF, a Constituição não traz a iniciativa popular como uma legitimação para propositura de Emendas em cunha Federal, mas não opera efeitos obstativos no âmbito estadual.

    A alternativa "D" está incorreta, pois contraria o disposto no art. 61, §1º, da Constituição Federal, que aduz que é de competência exclusiva do Presidente da República deflagrar o processo legislativo que verse sobre matéria tributária e orçamentária. São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham sobre: organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios.

    A alternativa “E" está correta, pois traz o disposto no art. 61, § 2º, da Constituição Federal, que aduz que a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 

  • Iniciativa popular é 1503:

    1% do eleitorado

    5 Estados

    0,3% de cada

  • Nos PLEBISCITOS, a população opina, por meio de voto, sobre temas de uma medida que AINDA NÃO FOI ELABORADA. Após a votação, a legislação é construída pelos parlamentares DE ACORDO COM O DESEJO DA MAIORIA.

    Já nos REFERENDOS a população se posiciona sobre uma lei JÁ EXISTENTE, funcionando como uma ferramenta para os cidadãos aprovarem ou rejeitarem um texto JÁ PROPOSTO. Caso rejeitada, a lei é arquivada

    Nas leis de INICIATIVA POPULAR, a sociedade apresenta um projeto que sendo assinado por pelo menos 1% dos eleitores em, no mínimo, 5 estados, deverá ser avaliado pelo CONGRESSO.


ID
5406154
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Se o Supremo Tribunal Federal der provimento ao pedido consubstanciado na ação direta de inconstitucionalidade interventiva interposta pelo Procurador-Geral da República e, em consequência, notificar o Presidente que decrete a intervenção política no Estado-membro, assinale a alternativa correta em relação à intervenção federal:

Alternativas
Comentários
  • Respeito as decisões judiciárias. Assunto bem atual....

  • Resposta: letra A, A ação direta de inconstitucionalidade interventiva interposta pelo Procurador-Geral da República, perante o Supremo Tribunal Federal.. Ocorrerá a intervenção, quando houver violação aos princípios referidos no inciso VII do art. 34 da Constituição Federal, ou de recusa, por parte de Estado-Membro, à execução de lei federal. Então, conforme os dispositivos previstos na lei 12.562- 2011, em seu artigo 2º, e o artigo 34, VII,CF.

    Art. 2º A representação será proposta pelo Procurador-Geral da República, em caso de violação aos princípios referidos no inciso VII do art. 34 da Constituição Federal, ou de recusa, por parte de Estado-Membro, à execução de lei federal.

    Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

                a)  forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

                b)  direitos da pessoa humana;

                c)  autonomia municipal;

                d)  prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

    Então, julgada procedente a ação de intervenção pelo Supremo, o Presidente da República é obrigado a decretar a intervenção federal, sendo está decisão ato vinculado, é não discricionário, tendo assim o prazo de 15 dias para declarar a intervenção , conforme, o art. 11 da lei 12.562-2011, e no art. 36 § 1º e 3º , CF.

    Art. 11. Julgada a ação, far-se-á a comunicação às autoridades ou aos órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, e, se a decisão final for pela procedência do pedido formulado na representação interventiva, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, publicado o acórdão, levá-lo-á ao conhecimento do Presidente da República para, no prazo improrrogável de até 15 (quinze) dias, dar cumprimento aos §§ 1º e 3º do art. 36 da Constituição Federal.

     

    Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:    § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro hora

     § 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.

  • A

    O Presidente da República está obrigado (vinculado) à decisão do STF e deverá decretar a intervenção, sob pena de crime de responsabilidade

  • Se me permite, Pamela Massafera. Em adendo a sua minuciosa e detalhada resposta:

    LEI Nº 1.079, DE 10 DE ABRIL DE 1950 (Define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento)

    (...)

    Art. 12. São crimes contra o cumprimento das decisões judiciárias:

    (...)

    3 - deixar de atender a requisição de intervenção federal do Supremo Tribunal Federal ou do Tribunal Superior Eleitoral;

  • Quando há requisição, é ato vinculado e o P.R deve intervir. Quando há solicitação, é ato discricionário e o P.R pode ou não intervir.

  • Judiciário não pede ou sugere.... Judiciário manda!
  • requisitar não é a msm coisa de solicitar ...

    é msm que ordenar .

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre intervenção federal.

    A- Correta. A requisição do STF é ordem que vincula o Presidente da República, pois, se não decretá-la, comete crime de responsabilidade, nos termos do art. 12, n. 3 da Lei 1.079/50.

    Art. 12, Lei 1.079/50: "São crimes contra o cumprimento das decisões judiciárias: (...) 3 - deixar de atender a requisição de intervenção federal do Supremo Tribunal Federal ou do Tribunal Superior Eleitoral; (...)".

    B- Incorreta. Vide alternativa A.

    C- Incorreta. Vide alternativa A.

    D- Incorreta. Vide alternativa A.

    E- Incorreta. Vide alternativa A.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa A.


ID
5406157
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Não definido

Assinale a alternativa correta na situação de um Vereador proferir ato injurioso (crime contra a honra) no exercício de seu mandato contra Deputado Estadual na respectiva Assembleia Legislativa:

Alternativas

ID
5406160
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a alternativa correta sobre qual a competência federativa estabelecida pela Constituição Federal para legislar sobre o instituto da responsabilidade civil:

Alternativas
Comentários
  • Direito Civil é competência PRIVATIVA da União.

  • Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - DIREITO CIVIL, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
  • PM-CE 2021

  • A questão exige conhecimento acerca da organização do Estado e pede ao candidato que assinale o item correto, no tocante a competência para legislar sobre o instituto da responsabilidade civil.

    Antes de adentrarmos ao tema propriamente dito, insta expor que o tema de responsabilidade civil é matéria de direito civil e sem essa informação fica um pouco difícil de responder a questão. Além disso, no tocante à competência concorrente, vale dizer que não existe competência concorrente "própria", "própria supletiva" e/ou "imprópria", o que eliminaria os itens "B", "D" e "E".

    Assim, para responder a questão, necessário conhecimento do art. 22, I, CF:

    Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

    Portanto, a competência para legislar sobre o instituto da responsabilidade civil é privativa da União, de modo que somente o item "C" encontra-se correto.

    Gabarito: C

  • GABARITO: C

    Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

          I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

    Mnemônico: CAPACETE de PM

    • C – Civil
    • A – Agrário
    • P – Penal
    • A – Aeronáutico
    • C – Comercial
    • E – Eleitoral
    • T – Trabalho
    • E – Espacial
    • P – Processual
    • M – Marítimo
  • Cai igual pato. Lembrei do art. 24, VIII da CF e errei.

  • Responsabilidade civil faz parte do direito civil. Logo, a competência é privativa da União.

  • GABARITO- C

    Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

    I - DIREITO CIVIL , comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

  • Responsabilidade Civil é um ramo do Direito Civil, logo, competência privativa da União, nos termos do art. 22, I da CRFB/88, já citado pelos colegas.


ID
5406163
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

As Comissões Parlamentares de Inquérito, segundo o disposto no art. 58, §3°, da Constituição Federal, possuem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais. Nesse aspecto, assinale a alternativa correta em relação aos poderes permitidos às Comissões Parlamentares de Inquérito que não estejam dependentes de prévia autorização judicial (cláusula de reserva jurisdicional):

Alternativas
Comentários
  • CPI'S não podem decretar prisões, não podem realizar interceptações telefônicas, nem determinar busca e apreensões ,pois são todas clausulas jurisdicional.

    Abraços.

  • Impossibilidade jurídica de CPI praticar atos sobre os quais incida a cláusula constitucional da reserva de jurisdição, como a busca e apreensão domiciliar (...). Possibilidade, contudo, de a CPI ordenar busca e apreensão de bens, objetos e computadores, desde que essa diligência não se efetive em local inviolável, como os espaços domiciliares, sob pena, em tal hipótese, de invalidade da diligência e de ineficácia probatória dos elementos informativos dela resultantes. Deliberação da CPI/Petrobras que, embora não abrangente do domicílio dos impetrantes, ressentir-se-ia da falta da necessária fundamentação substancial. Ausência de indicação, na espécie, de causa provável e de fatos concretos que, se presentes, autorizariam a medida excepcional da busca e apreensão, mesmo a de caráter não domiciliar.

    [, rel. min. Celso de Mello, j. 19-6-2015, dec. monocrática, DJE de 18-8-2015.]

  • GABARITO: B

    O que a CPI pode fazer:

    • convocar ministro de Estado;
    • tomar depoimento de autoridade federal, estadual ou municipal;
    • ouvir suspeitos (que têm direito ao silêncio para não se autoincriminar) e testemunhas (que têm o compromisso de dizer a verdade e são obrigadas a comparecer);
    • ir a qualquer ponto do território nacional para investigações e audiências públicas;
    • prender em flagrante delito;
    • requisitar informações e documentos de repartições públicas e autárquicas;
    • requisitar funcionários de qualquer poder para ajudar nas investigações, inclusive policiais;
    • pedir perícias, exames e vistorias, inclusive busca e apreensão (vetada em domicílio);
    • determinar ao Tribunal de Contas da União (TCU) a realização de inspeções e auditorias; e
    • quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados (inclusive telefônico, ou seja, extrato de conta e não escuta ou grampo).

    O que a CPI não pode fazer:

    • condenar;
    • determinar medida cautelar, como prisões, indisponibilidade de bens, arresto, sequestro;
    • determinar interceptação telefônica e quebra de sigilo de correspondência;
    • impedir que o cidadão deixe o território nacional e determinar apreensão de passaporte;;
    • expedir mandado de busca e apreensão domiciliar; e
    • impedir a presença de advogado do depoente na reunião (advogado pode: ter acesso a documentos da CPI; falar para esclarecer equívoco ou dúvida; opor a ato arbitrário ou abusivo; ter manifestações analisadas pela CPI até para impugnar prova ilícita).

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não podes desistir.

  • Somente para complementar a CPI tanto federal como estadual, podem fazer busca pessoal, e também pode aprender e os objetos e documentos que tiver com a pessoa, ela não tem jurisdição para fazer busca e apreensão domiciliar , pois este clausula de reversa jurisdicional.

  • EXCEÇÃO À LETRA "B" - CPI MUNICIPAL.

  • STF: o sigilo telefônico passível de ser quebrado por C.P.I. incide sobre os dados e registros telefônicos, não confrontando a inviolabilidade das comunicações telefônicas.

  • Gab: B

    Vale lembrar que tal prerrogativa não se aplica as CPI'S municipais, pois estas carecem de poder jurisdicional.

    Avante! A vitória está logo ali...

  • Poderes da CPI: intimação de testemunhas; condução coercitiva das testemunhas intimadas; inspeção in loco; requisitar documentos; decretar quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico (dados/registros telefônicos junto às operadoras de telefonia). *NÃO CONFUNDIR COM INTERCEPTAR A CONVERSA.

    Limitações aos poderes da CPI: decretar bloqueio de bens; prisões; busca domiciliar; interceptação telefônica; indiciamento de suspeitos.

    CPI tem que garantir: direito ao silêncio; direito de petição; direito de o investigado ser assistido por advogado; imunidade material quando for ouvido um parlamentar havendo vinculação das palavras com a função exercida; publicidade dos atos (permitido o sigilo excepcionalmente).

    NUNES JÚNIOR, Flávio Martins Alves. Curso de Direito Constitucional. 2ªed. rev., 2018


ID
5406166
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O STF firmou entendimento, por meio da súmula vinculante 38, da respectiva competência para disciplinar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial no território brasileiro. Desse modo, assinale qual a alternativa correta no que se relaciona às competências constitucionais dos Entes da Federação:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra C.

    Súmula Vinculante 38

    É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial.

    .

    Precedentes Representativos

    No caso, verifico que a competência para disciplinar o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais é do município, tendo em vista o que dispõe o art. 30, I, da CF/1988. Esta Corte já possui entendimento assentado nesse sentido, consolidado no enunciado da Súmula 645/STF: “É competente o município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial”. (...) deve-se entender como interesse local, no presente contexto, aquele inerente às necessidades imediatas do Município, mesmo que possua reflexos no interesse regional ou geral. Dessa forma, não compete aos Estados a disciplina do horário das atividades de estabelecimento comercial, pois se trata de interesse local.

    [ADI 3.691, voto do rel. min. Gilmar Mendes, P, j. 29-8-2007, DJE 83 de 9-5-2008.]

    .

    Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=2183

  • GABARITO - C

    Súmula Vinculante 38

    É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial.

    Bons estudos!!

  • 'Legislativa exclusiva'? não teria sido mais correto escrever 'legislativa privativa'? Apesar de a súmula não trazer essa especificação, o que na verdade seria correto então dizer apenas 'legislativa'.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre Município.

    A- Incorreta. Não se trata de competência da União, mas do Município, vide alternativa C.

    B- Incorreta. Não se trata de competência do Estado, mas do Município, vide alternativa C.

    C- Correta. É o que dispõe a sumula vinculante 38: "É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial".

    D- Incorreta. Não se trata de competência o Estado, mas do Município, vide alternativa C.

    E- Incorreta. Não se trata de competência administrativa dos enteso, mas legislativa do Município, vide alternativa C.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa C

  • É competente o Município para fixa o horário de funcionamento de estabelecimento comercial.


ID
5406169
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

A relação entre tratados internacionais e a ordem jurídica nacional ficou determinada pela Constituição Federal no art. 5°, §§2° e 3°, cuja interpretação promovida pelo STF resultou num plexo normativo diverso daquele anterior ao da vigência da Emenda Constitucional n° 45/2004. Assim sendo, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • a) Os tratados e convenções internacionais sujeitam-se ao processo legislativo especial próprio das emendas à Constituição, em que cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, aprovarão sua internalização com status de norma constitucional.

    • Art. 5º, § 3º, da CF/88: Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

    b) Os direitos previstos em tratado internacional têm, no ordenamento jurídico brasileiro, hierarquia constitucional.

    • Tratados internacionais comuns incorporados possuem o estatuto normativo interno equivalente ao da lei ordinária federal.

    c) Os tratados internacionais têm, no ordenamento jurídico brasileiro, hierarquia supralegal, conforme entendimento do STF.

    • Tratados internacionais sobre direitos humanos não aprovados pelo rito do art. 5º, §3º tem hierarquia supralegal.
    • RE 466.343.

    d) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos somente podem ser internalizados no Brasil por meio de lei infraconstitucional.

    • Também pode ser internalizado por meio do procedimento previsto no art. 5º, §3º, recebendo natureza equivalente a EC.

    e) A supralegalidade consiste nas normas de tratados internacionais sobre direitos humanos internalizadas por meio de Decreto legislativo e Decreto presidencial, respectivamente. (Gabarito)

    • O processo de internalização possui 4 fases:
    1. Assinatura
    2. Aprovação congressual (Decreto Legislativo)
    3. Ratificação
    4. Incorporação (Decreto Presidencial)

  • A (ERRADO) - Os tratados e convenções internacionais sujeitam-se ao processo legislativo especial próprio das emendas à Constituição, em que cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, aprovarão sua internalização com status de norma constitucional.

    SOMENTE OS TRATADOS INTERNACIONAIS EM MATÉRIA DE DIREITOS HUMANOS!

    B (ERRADO) - Os direitos previstos em tratado internacional têm, no ordenamento jurídico brasileiro, hierarquia constitucional.

    SOMENTE OS TRATADOS SOBRE DIREITOS HUMANOS APROVADOS SOB O RITO DA EMENCA CONSTITUCIONAL.

    C (ERRADO) - Os tratados internacionais têm, no ordenamento jurídico brasileiro, hierarquia supralegal, conforme entendimento do STF.

    SOMENTE OS TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS APROVADOS ANTES DA EC 45/2004 TÊM CARÁTER SUPRALEGAL E INFRACONSTITUCIONAL.

    D (ERRADO) - Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos somente podem ser internalizados no Brasil por meio de lei infraconstitucional.

    SERÃO INTERNALIZADOS ATRAVÉS DO RITO DA EMENDA CONSTITUCIONAL E TERÃO CARÁTER DE EC.

    E (CORRETO) - A supralegalidade consiste nas normas de tratados internacionais sobre direitos humanos internalizadas por meio de Decreto legislativo e Decreto presidencial, respectivamente.

    EXATO. ESSE FOI O ENTENDIMENTO DO STF PARA OS TRATADOS APROVADOS ANTES DA EC 45/2004.


ID
5406172
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a alternativa correta em relação à eficácia jurídica da norma concernente à formação de municípios na organização federativa brasileira prevista no art. 18, §4°, da Constituição Federal:

Alternativas
Comentários
  • A Constituição Federal de 1988 (CF) prevê que a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios serão feitos por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, após a divulgação dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

    Conforme o entendimento do STF e a classificação tradicional da aplicabilidade das normas constitucionais, tal previsão constitui norma de eficácia limitada, pois de aplicabilidade mediata.

  • Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
  • GABARITO: E

    Art. 180, § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

    A norma de eficácia limitada é:

    - Indireta: é norma que depende de outra vontade para ser aplicada ao caso concreto; e/ou 

    - Mediata: depende de alguma condição.

    As normas de eficácia plena e contida são:

    - Direta: não depende de intermediação para ser aplicada ao caso concreto – não é necessária lei regulamentadora, por exemplo.

    - Imediata: não depende de nenhuma condição para ser aplicada ao caso concreto. 

     A diferença entre ambas é que a de eficácia plena não pode ser restringida (integral) e a de eficácia contida pode (não integral).

  • Eficácia limitada; aplicabilidade indireta, mediata, reduzida e o tipo é norma declaratória de princípio institutivo ou organizativo
  • GABARITO: E - EFICACIA LIMITADA E APLICAÇÃO MEDIATA

    As normas constitucionais de eficácia limitada são aquelas que não produzem, com a simples entrada em vigor, os seus efeitos essenciais, porque o legislador constituinte, por qualquer motivo, não estabeleceu, sobre a matéria, uma normatividade para isso bastante, deixando essa tarefa ao legislador ordinário ou a outro órgão do Estado.

    São de aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, porque somente incidem totalmente a partir de uma normação ulterior que lhes desenvolva a eficácia.

  • Segundo o STF, o desmembramento de município previsto na CF é norma de eficácia limitada (vide ADI 2.381).

  • Normas Constitucionais:****

    Plena-→ Autoaplicáveis, não precisam de complemento e não são restringíveis

    Contida-→ É autoaplicável, mas se tiver lei regulamentadora poderá restringi-las;

    Limitada-→ Não é autoaplicável, depende de lei regulamentadora.

    *São de eficácia limitada e aplicação mediata pois, precisam de um "apadrinhamento" para funcionarem.*

    - Indireta: Dependem de outra vontade (Lei complementar)

    • Direta: Não precisa de lei complementar.
  • Art 18, § 4º CF/88 A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

    Até o presente momento (2021) estamos sem a referida Lei, é justamente por esse motivo, que à norma constitucional é de Eficácia limitada e aplicabilidade indiretamediata e reduzida, porque somente será plena a partir de uma normação ulterior que lhe dê eficácia, e aplicação imediata.

    Tendo em vista a não existência da referida lei complementar, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI por omissão, de nº 3.682, deu um prazo ao poder legislativo para que a lei fosse feita.

    Mesmo sem a existência da lei complementar, os Estados continuaram, mediante lei estadual, a criar novos municípios sem a observância do art. 18, §4º da Constituição Federal

    E qual foi a solução encontrada pelo Supremo? Na ADI nº 2.240, julgada em 09 de maio de 2007, foi declarada a inconstitucionalidade das leis estaduais, sem pronuncia de nulidade.

    Sem a edição da lei complementar, e com prazo ultrapassado, o poder legislativo, atuando como poder constituinte derivado-reformador, promulgou em 18 de dezembro de 2008 a Emenda Constitucional de nº 57. Foi acrescentado aos Atos das disposições Transitórias o artigo 96, com a seguinte redação: “ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação”.

    Abraços e bons estudos.

  • Vale lembrar:

    Norma de eficácia plena:

    • aplicabilidade direta; imediata; integral

    Norma de eficácia contida:

    • aplicabilidade direta; imediata; não integral

    Norma de eficácia limitada:

    • aplicabilidade indireta; mediata; diferida/reduzida
  • A questão demanda o conhecimento doutrinário acerca da eficácia das normas Constitucionais, mais especificamente, sobre a conceituação trazida por José Afonso da Silva.  

    O referido constitucionalista classificou as regras constitucionais conforme seu grau de eficácia e aplicabilidade, sendo estas de eficácia plena, contida e limitada.

    As normas constitucionais de eficácia plena são, como o próprio nome infere, completas e perfeitas desde sua criação (entrada em vigor da Constituição Federal ou da edição de uma emenda constitucional), tendo, portanto, aplicabilidade imediata, direta e integral. Assim, as normas constitucionais de eficácia plena, desde sua gênese, produzem, ou ao menos possuem a possibilidade de produzir, todos os efeitos visados pelo constituinte (originário ou derivado). São autoaplicáveis. Têm aptidão para produzir todos os efeitos buscados pelo legislador constituinte, uma vez que conformam de modo suficiente a matéria de que tratam.  
    As normas constitucionais de eficácia contida são aquelas que possuem aplicabilidade imediata, direta, mas não-integral, uma vez que podem ter o seu alcance reduzido por atos do Poder Público supervenientes. Desta feita, na hipótese de normas constitucionais de eficácia contida, o legislador constituinte regulou suficientemente a matéria versada (já possui eficácia e aplicabilidade em sua gênese), porém outorgou a atuação restritiva posterior por parte do Poder Público.  

    Por fim, as normas constitucionais de eficácia limitada possuem aplicabilidade indireta, uma vez que dependem da emissão de uma normatividade futura. Assim, as normas não produzem efeito com a simples promulgação da Constituição ou da edição de uma emenda, dependendo da regulamentação posterior que lhes entregue a eficácia, sendo qualificadas, assim, como normas não-autoaplicáveis. A utilização de certas expressões como “a lei regulará", “a lei disporá", ou “na forma da lei" indicam que a vontade do constituinte precisa ser complementada para o ulterior efeito da norma constitucional. 

    Ressalta-se que as normas constitucionais de eficácia limitada podem ser de dois tipos: 

    - Normas constitucionais de eficácia limitada definidoras de princípios institutivos (ou organizatórios ou organizativos): são as que dependem de lei posterior para dar corpo a institutos jurídicos e aos órgãos ou entidades do Estado previstos na Constituição. 
    - Normas constitucionais de eficácia limitada definidoras de princípios programáticos (ou apenas normas programáticas): são as que estabelecem programas, metas, objetivos a serem desenvolvidos pelo Estado, típicas das Constituições dirigentes. Impõe um objetivo de resultado ao Estado – não diz como o Estado deverá agir, mas o fim a ser atingido.   

    Consoante o art. 18, §4º, da CRFB, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Na ADI 2.381, o STF declarou que o desmembramento de município previsto na CF é norma de eficácia limitada, uma vez que depende da emissão de uma normatividade futura.

     Gabarito da questão: letra "E".
  • Plena 

    • Aplicabilidade direta, imediata e ilimitada: não precisam que uma norma seja criada para regular seus efeitos;
    • Produzem efeitos a partir da promulgação da constituição; e
    • Não podem ter seus efeitos limitados ou restringidos.

    Contida 

    • Aplicabilidade direta, imediata e não integral: Não precisam que uma norma seja criada para regular seus efeitos;
    • Produzem efeitos a partir da promulgação da constituição;
    • Estão sujeitas a restrições ou limitações.

    Limitada 

    • Aplicabilidade indireta, mediata e reduzida: Mesmo com a entrada em vigor da constituição,
    • Dependem de regulamentação para produzirem seus plenos efeitos, e
    • possuem um baixíssimo grau de eficácia (a chamada "eficácia mínima").

    Art 18, § 4º CF/88 A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

    • Até o presente momento (2021) estamos sem a referida Lei, é justamente por esse motivo, que à norma constitucional é de Eficácia limitada e aplicabilidade indiretamediata e reduzida, porque somente será plena a partir de uma norma ulterior que lhe dê eficácia, e aplicação imediata.

  • Gab: Letra E

    Trata-se de uma norma de eficácia limitada de princípio institutivo

  • Eficácia limitada de princípio institutivo.

ID
5406175
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Pelo sistema de controle de constitucionalidade previsto na ordem jurídica brasileira, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Ementa: CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONTROLE PREVENTIVO DE CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DE PROJETO DE LEI. INVIABILIDADE. 1. Não se admite, no sistema brasileiro, o controle jurisdicional de constitucionalidade material de projetos de lei (controle preventivo de normas em curso de formação). O que a jurisprudência do STF tem admitido, como exceção, é “a legitimidade do parlamentar - e somente do parlamentar - para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo” (MS 24.667, Pleno, Min. Carlos Velloso, DJ de 23.04.04)...

    (MS 32033, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 20/06/2013, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-033 DIVULG 17-02-2014 PUBLIC 18-02-2014 RTJ VOL-00227-01 PP-00330)

  • RESPOSTA D

    A) O senado está obrigado a suspender lei declarada inconstitucional pelo STF em controle difuso de constitucionalidade.

    "Deve-se, pois, entender que o Senado Federal não está obrigado a suspender a execução de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Trata-se de discricionariedade política, tendo o Senado Federal total liberdade para cumprir o art. 52, X, da CF/88. Caso contrário, estaríamos diante de afronta ao princípio da separação de Poderes."

    B) A resolução do senado suspendendo os efeitos de lei declarada inconstitucional pelo STF tem eficácia extunc.

    C) A resolução do senado suspendendo os efeitos de lei declarada inconstitucional pelo STF tem efeito somente entre as partes do processo.

    "Desde que o Senado Federal suspenda a execução, no todo ou em parte, da lei levada a controle de constitucionalidade de maneira incidental e não principal, a referida suspensão atingirá a todos, porém valerá a partir do momento que a resolução do Senado for publicada na Imprensa Oficial. O nome ajuda a entender: suspender a execução de algo que vinha produzindo efeitos significa dizer que se suspende a partir de um momento, não fazendo retroagir para atingir efeitos passados. Por exemplo, quem tiver interesse em “pedir de volta” um tributo declarado inconstitucional deverá mover a sua ação individualmente para reaver tudo antes da Resolução do Senado, na medida em que ela não retroage. Assim, os efeitos serão erga omnes, porém ex nunc, não retroagindo."

    D) Os parlamentares possuem legitimidade, por meio de mandado de segurança, para impedir que determinada proposta de emenda à constituição seja deliberada pelo Poder Legislativo, quando existe vedação na própria Constituição ao trâmite da respectiva espécie normativa (controle preventivo jurisdicional).

    "O controle prévio ou preventivo de constitucionalidade a ser realizado pelo Poder Judiciário sobre PEC ou projeto de lei em trâmite na Casa Legislativa busca garantir a o parlamentar o respeito ao devido processo legislativo, vedando a sua participação em procedimento desconforme com as regras da Constituição. [...]Assim, deve-se deixar claro que a legitimação para a impetração do MS é exclusiva do parlamentar, na medida em que o direito público subjetivo de participar de um processo legislativo hígido (devido processo legislativo) pertence somente aos membros do Poder Legislativo.

    E) O Poder Legislativo exerce controle preventivo de constitucionalidade ao não converter Medida Provisória em lei.

    "[...]em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional (Poder Legislativo). Entendendo-a Inconstitucional (vejam: as medidas provisórias têm força de lei), o Congresso Nacional estará realizando controle de constitucionalidade repressivo."

    FONTE: DIREITO CONSTITUCIONAL ESQUEMATIZADO - PEDRO LENZA, 2021

  • Creio que a questão deveria ser anulada. Em que pese o STF garantir o uso do MS por parlamentar, isso é feito com base ao direito líquido e certo do mesmo quanto ao cumprimento do processo legislativo e nao para frear o referido processo, mesmo que a norma seja claramente inconstitucional.
  • Gabarito: D

    Para revisão:

    Todos os poderes realizam controle de constitucionalidade preventivo e repressivo (Legislativo, Executivo e Judiciário).

    Controle prévio ou preventivo (Acontece na fase do projeto).

    Legislativo: controle realizado pela CCJC ou Plenário da Casa em que tramita o projeto;

    Executivo: possibilidade de veto jurídico pelo Chefe do Executivo caso o considerar inconstitucional;

    Judiciário: somente por meio de MS impetrado por parlamentar (só os parlamentares possuem o direito líquido e certo ao devido processo legislativo) usado para I. Frustrar a tramitação de PEC que viole Cláusula Pétrea ou II. Frear a tramitação de Projeto de Lei por vício formal, com a devida comprovação.

    Controle posterior ou repressivo (Aqui, a norma encontra-se em vigor).

    Legislativo:

    I. O Congresso Nacional pode sustar atos normativos editados pelo Chefe do Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa (art. 49, V, CF);

    II. O Senado Federal tem a prerrogativa de suspender, no todo ou em parte, norma declarada inconstitucional pelo STF, dentro do controle difuso de constitucionalidade (art. 52, X, CF);

    III. O Congresso Nacional pode rejeitar medida provisória quando não constar os requisitos constitucionais de urgência e relevância (art. 62, §5, CF);

    Executivo: Afastamento da norma que o Chefe do Executivo considerar inconstitucional.

    Judiciário: há "verdadeiro" controle de constitucionalidade por meio do controle difuso (realizado por qualquer juízo ou Tribunal) ou concentrado (realizado pelo STF quando violar a CF ou pelo TJ quando ofender a CE).

    E mais:

    O Tribunal de Contas realiza controle repressivo - Súmula n. 347 STF. O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.

    O CNJ não faz controle de constitucionalidade, apenas pode deixar de aplicar norma que entenda ser inconstitucional (controle de validade dos atos administrativos do Poder Judiciário).

    Fonte: Gran.

  • A questão demanda conhecimento acerca do controle de constitucionalidade.

    Passemos às alternativas.

    A alternativa "A" está errada, pois conforme o art. 52, X, da Constituição Federal, compete privativamente ao Senado Federal, suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Porém, até em observância à separação dos poderes, não se trata de uma obrigação, mas sim de um exercício de poder discricionário.

    A alternativa "B" está errada, pois conforme o art. 52, X, da Constituição Federal, compete privativamente ao Senado Federal, suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Assim, com base em entendimento doutrinário e logico, depreende-se que a suspensão operada pelo Senado tem eficácia ex nunc, ou seja, não retroage.
    A alternativa "C" está errada, pois conforme o art. 52, X, da Constituição Federal, compete privativamente ao Senado Federal, suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Assim, depreende-se que a função da suspensão operada pelo Senado é justamente ampliar os efeitos da decisão para além das partes que participaram do processo.
    A alternativa "D" está correta, pois se coaduna ao entendimento do STF:
    "CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONTROLE PREVENTIVO DE CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DE PROJETO DE LEI. INVIABILIDADE. 1. Não se admite, no sistema brasileiro, o controle jurisdicional de constitucionalidade material de projetos de lei (controle preventivo de normas em curso de formação). O que a jurisprudência do STF tem admitido, como exceção, é “a legitimidade do parlamentar - e somente do parlamentar - para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo" (MS 24.667, Pleno, Min. Carlos Velloso, DJ de 23.04.04) (MS 32033, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 20/06/2013, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-033 DIVULG 17-02-2014 PUBLIC 18-02-2014 RTJ VOL-00227-01 PP-00330)"

    A alternativa "E" está errada, pois quando o  Poder Legislativo não converter Medida Provisória em lei, ele estará realizando o controle repressivo, uma vez que a normativa já foi editada e já surtiu efeitos no mundo jurídico.



    Gabarito da questão: letra "D".

ID
5406178
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a alternativa correta no que se refere às decisões definitivas do STF que declaram a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo em ação direta de inconstitucionalidade:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito : C - Art. 27, da Lei 9.868/99.

    Cabe esclarecer que em regra, a decisão possui efeito ex tunc (retroativo), tendo em vista que a lei inconstitucional, no Direito brasileiro, é considerada um ato nulo. O Tribunal declara que a lei já nasceu morta, incompatível com a CF. Contudo, é possível fazer a modulação dos efeitos da decisão, a fim de conceder uma eficácia ex nunc ou pro futuro.

    Nesse sentido preceitua o art.27:

    " Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado".

    Assim para que seja possível a modulação de efeitos, é necessário o preenchimento de certos requisitos, são eles:

    • Quórum de 2/3;
    • Razões de segurança jurídica ou razões de excepcional interesse social.
  • Infos adicionais:

    Quórum de instalação no STF para ADI: Maioria qualificada (2/3): 8 dos 11 ministros devem estar na sessão.

    Quórum de votação no STF para ADI: Maioria absoluta (1/2): 6 dos 11 ministros.

    Quórum para modulação de efeitos: Maioria qualificada (2/3): 8 dos 11 ministros.

  • A questão exige conhecimento acerca do controle de constitucionalidade e pede ao candidato que assinale o item correto, no tocante os efeitos das decisões definitivas do STF que declaram a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo em ação direta de inconstitucionalidade.

    Para responder a questão, necessário conhecimento do art. 27, da Lei n. 9.868/99, que preceitua:

    Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

    Portanto, as decisões definitivas do STF que declaram a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo em ação direta de inconstitucionalidade, via de regra, têm efeito retroativo, que pode ser modulado (ex nunc) em razão de segurança jurídica e relevante interesse social, de modo que somente o item "C" encontra-se correto.

    Gabarito: C

  • A questão exige o conhecimento acerca do controle de constitucionalidade, mais especificamente sobre os efeitos da decisão do STF que declara a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. Ao analisar a Lei 9.868, que trata sobre o processo e julgamento da ADI e da ADC perante o Supremo Tribunal Federal, percebe-se que em regra, possui efeito retroativo, mas tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. Ou seja, pode ser modulada para efeito ex nunc.
    Desse modo:

    a)  ERRADA. Terá efeito vinculante e em regra, efeito retroativo. Veja o art. 28, § único da referida lei:

    A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.

    b) ERRADA. Terá efeito vinculante e em regra, efeito retroativo (ex tunc).

    c) CORRETA. Conforme comentários anteriores.

    d) ERRADA. Em regra, terá efeitos ex tunc, como exceção, admite-se restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

    e)  ERRADA. O erro da alternativa é o “ex nunc", vez que efeito retroativo é ex tunc.

    GABARITO DA PROFESSORA: LETRA C.


ID
5406181
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A autotutela administrativa prevista no art. 53, da Lei Federal n° 9.784/1999, compreende o poder de anular e revogar os atos praticados pela Administração no exercício da função pública. Nesse sentido, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Revogação >>>> ex-nunc

    Anulação >>>> ex-tunc

    GAB A

  • A meu ver a questão possui duas respostas corretas. A letra A está correta porque os efeitos de uma revogação serão prospectivos já que a decisão é constitutiva por mera conveniência e oportunidade e só cabe a administração pública decidir neste sentido portanto não alcança os atos que já produziram efeitos. Por outro lado, a letra E também estaria correta em virtude de que os atos discricionarios são eivados de mérito administrativo só podendo ser revogado pela administração que editou o ato. Ou seja, um ato administrativo inconveniente e inoportuno para a atual situação é revogado exclusivamente pela administração. Só cabe ao Poder judiciário analisar a ilegalidade do ato sob pena de ferir a separação de poderes. Nesse sentido é o festejado Rafael Carvalho.
  • Mesmos atos discricionários são passíveis de controle judicial.

    "[...] A princípio, o ato discricionário é passível de sofrer o controle judicial, desde que seja respeitada a discricionariedade administrativa nos limites em que ela é assegurada à Administração Pública pela lei [...]" (DI PIETRO, 2012, p. 224)

  • p/ complementar acerca das formas de extinção dos ATOS ADMINISTRATIVOS:

    1. ANULAÇÃO (invalidação)- quando o ato for ILEGAL ou ILEGÍTIMO, podendo ser anulado tanto pela própria Administração Pública (de ofício ou provocado), quanto pelo Poder Judiciário (tão somente se provocado). Seus efeitos são, como regra, EX TUNC, isto é, RETROAGEM às suas origens, invalidando as consequências passadas, presentes e futuras do ato.
    2. REVOGAÇÃO- quando o ato for LEGAL (válido), tratando-se, neste caso, do mérito administrativo (oportunidade ou conveniência), podendo, contudo, ser revogado apenas pela Administração Pública. Seus efeitos são EX NUNC, ou seja, NÃO retroagem, aplicando-se, portanto, apenas as consequências presentes e futuras.
    3.  CASSAÇÃO- a extinção é dada por ilegalidade superveniente, ou seja, é o descumprimento dos requisitos que deveria permanecer atendendo por CULPAEx: tem uma licença para um hotel, mas ulteriormente transforma num bingo.
    4. CADUCIDADE- também é uma extinção por ilegalidade superveniente, todavia em razão de uma nova lei que retira o ato administrativo, isto é, tal nova norma jurídica impede a sua manutenção. Aqui NÃO HÁ CULPA.
    5. CONTRAPOSIÇÃO (Derrubada)- NÃO HÁ ilegalidade nenhuma, o que existe é um novo ato que se contrapõe ao anterior, retirando este, entretanto, do mundo jurídico. Ex.:ato de nomeação x ato de exoneração
    6. RENÚNCIA- o próprio beneficiário abdica do direito que lhe tinha sido concedido, tratando-se de uma vontade unilateral do particular.

  • LETRA A).

    Em relação a letra E), sempre há uma questão assim, informado que o Poder Judiciário não pode analisar os atos discricionários da Administração Pública. A análise pelo Poder Judiciário pode ser realizada, respeitando o mérito administrativo, pois haverá a averiguação, mesmo com oportunidade e conveniência, se o ato discricionário foi redigido conforme o ordenamento jurídico.

  • Dei mole

  • Bizu: Ex NUNC de Nunca Retroagem

  • Analisemos as alternativas fornecidas:

    a) Certo:

    Realmente, é verdadeiro sustentar que a revogação produz efeitos ex nunc, ou seja, meramente prospectivos ("dali para frente"). Isto porque, como a revogação somente pode recair sobre atos válidos, os efeitos gerados pelo ato a ser revogado também foram produzidos validamente. Logo, não faria sentido algum pretender desconstituir, desde sua origem, os efeitos originários de um ato sem qualquer vício de legalidade.

    Ademais, também é correto dizer que os atos que já exauriram seus efeitos não podem ser revogados. Afinal, se o objetivo principal da revogação consiste em fazer cessar a produção de novos efeitos, em vista de um reexame de mérito, seria totalmente inócuo revogar um ato que não tem mais aptidão para produzir efeitos, porquanto já inteiramente exauridos.

    Do exposto, está correta esta primeira proposição.

    b) Errado:

    A uma, como pontuado acima, a revogação não gera efeitos retroativos. A duas, tampouco recai sobre atos que apresentem vícios ou defeitos, e sim, apenas, sobre atos válidos, sem qualquer mácula.

    c) Errado:

    Na realidade, são os atos discricionários que podem ser revogados. Já os vinculados são irrevogáveis, uma vez que não possuem o denominado mérito administrativo, cabendo ao administrador apenas cumprir fielmente a lei, sem margem de liberdade alguma.

    d) Errado:

    De novo, a revogação somente pode incidir sobre atos válidos. Se o ato possui vícios, jamais será objeto de revogação, podendo ser anulado ou convalidado, a depender do preenchimento dos requisitos legais para tanto.

    e) Errado:

    Qualquer ato administrativo que viole ou ameace direitos pode ser objeto de anulação pelo Poder Judiciário, à luz do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional (CRFB, art. 5º, XXXV). Inexiste, portanto, vedação à incidência do controle judicial sobre atos discricionários. O que não é dado ao Judiciário fazer é um controle de mérito do ato administrativo, ou seja, reexame de sua conveniência e oportunidade, competência esta, aí sim, privativa da Administração. Atendo-se, todavia, ao controle de legitimidade do ato, será viável a atuação por parte do Judiciário, desde que devidamente provocado por quem de direito.


    Gabarito do professor: A


ID
5406184
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a alternativa correta no pertinente ao regime jurídico dos servidores públicos titulares de cargos de provimento efetivo:

Alternativas
Comentários
  • TETO CONSTITUCIONAL - ACUMULAÇÃO DE CARGOS - ALCANCE. Nas situações jurídicas em que a Constituição Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto remuneratório é considerado em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório do que recebido.

    (RE 602043, Relator(a): MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 27/04/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-203 DIVULG 06-09-2017 PUBLIC 08-09-2017) 

    Fonte: https://www.migalhas.com.br/depeso/349723/teto-constitucional-e-sua-incidencia-sobre-remuneracao

  • Quanto a alternativa B, na verdade é a ESTABILIDADE do servidor. A efetividade do cargo tem relação com o cargo.

  • LETRA-C

    Art.37- CF /88

    X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;                  

    LETRA- D

    Súmula 21-STF: Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.

    • Importante.

    • “Atualizando” a linguagem da súmula, o que você deve saber é que o servidor concursado (estatutário ou celetista), ainda que se encontre em estágio probatório, somente poderá ser exonerado ou demitido após a instauração de devido processo legal, com contraditório e ampla defesa (STJ MS 19179, DJE 14/02/2013; STF AI 634719 ED, DJe 08/03/2012).

  • gabarito letra E

    Sobre a Letra A- INCORRETA: a "avaliação ESPECIAL de desempenho" possui eficácia plena, ao passo que a "avaliação PERIÓDICA de desempenho" tem eficácia limitada, vide constituição:

    1.Servidor para ADQUIRIR a estabilidade (CF, art. 41, § 4º)- "como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade".

    2.Servidor estável para PERDER o cargo (CF, art. 41, § 1º III)- "...o servidor público estável só perderá o cargo...mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa". (Perder- Periódica- Precisa de lei comPlementar)

  • GABARITO: Letra (E).

    Letra (A) - ERRADO – A demissão por avaliação periódica é norma de eficácia limitada, sendo a sua efetivação regulada por lei complementar. Vejamos:

    Art. 41, (...) §1º. O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    (...)

    III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    Letra (B) - ERRADO – A estabilidade no cargo é uma garantia constitucional, que protege servidores públicos de serem livremente exonerados ou demitidos do cargo. O direito à estabilidade não é absoluto, mas serve para proteger os servidores públicos de eventuais ingerências e perseguições.

    Letra (C) - ERRADO – Art. 37, X, da CF: “a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.

    Letra (D) - ERRADO – Súmula 21, do STF: “Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.

    Letra (E) - CERTO.

  • Tese fixada Tema 384 - Repercussão Geral

    Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do art. 37, XI, da Constituição Federal pressupõe consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público.

    Ex: se determinado Ministro do STF for também professor da UnB, ele irá receber seu subsídio integral como Ministro e mais a remuneração decorrente do magistério. Nesse caso, o teto seria considerado especificamente para cada cargo, sendo permitido que ele receba acima do limite previsto no art. 37, XI da CF se considerarmos seus ganhos globais.

    STF. Plenário. RE 612975/MT e RE 602043/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 26 e 27/4/2017 (repercussão geral) (Info 862).

  • A questão demanda o conhecimento acerca de disposições constitucionais da Administração Pública.

    Os artigos 37 a 41 da CRFB tratam da estrutura constitucional da Administração Pública, ou seja, é a regulação que vale para todos os entes federativos. Os entes federativos podem dispor sobre os temas que ali não estejam dispostos. Contudo, como exemplo, não podem inovar nas regras de aposentadoria dos servidores, pois isso vem previsto nessa topografia da Constituição.

    Passemos às alternativas.

    A alternativa "A" está incorreta, pois contraria o disposto no art. 41, §1O, III, "a", da Constituição Federal, que aduz que o servidor público estável só perderá o cargo mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Assim, se depende de edição de Lei Complementar, é norma de eficácia limitada, de aplicabilidade mediata.

    A alternativa "B" está incorreta pois a estabilidade é que assegura a permanência do agente no serviço público. A estabilidade e a efetividade são institutos que não se confundem, pois esta é um atributo do cargo e aquela está ligada ao servidor, ou seja, o cargo é efetivo e o servidor é estável. Logo, a grosso modo, uma vez ocupado o cargo efetivo e preenchido os requisitos do art. 37 da CRFB, o servidor será estável.

    A alternativa "C" está incorreta, pois contraria o disposto no art. 37, X, da Constituição Federal, que aduz que a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.

    A alternativa "D" está incorreta, pois contraria o disposto na Súmula nº 21 do STF, que aduz que funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.

    A alternativa "E" está correta e traz o entendimento do STF acerca do teto remuneratório. Eis o entendimento do STF:
    "TETO CONSTITUCIONAL - ACUMULAÇÃO DE CARGOS - ALCANCE. Nas situações jurídicas em que a Constituição Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto remuneratório é considerado em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório do que recebido. (RE 602043, Relator (a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 27/04/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-203 DIVULG 06-09-2017 PUBLIC 08-09-2017) STF - RE: 602043 MT - MATO GROSSO, Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 27/04/2017, Tribunal Pleno) 

    Gabarito da questão: letra "E".
  • alternativa C - A revisão geral anual dos vencimentos dos servidores públicos, prevista no art. 37, inciso X, da Constituição Federal, sempre ocorrerá na mesma data, mas podendo ter diferenciação de índices percentuais de reajuste.

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; 


ID
5406187
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação aos poderes da Administração Pública, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Avocação - vertical apenas

    Delegação - vertical e horizontal

    GAB B

  • Atributos do poder de polícia: discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade/imperatividade.

  • Eu não entendi a questão do regulamento autônomo. Alguém poderia esclarecer ?
  • Vejamos cada opção, separadamente:

    a) Errado:

    A doutrina sempre apontou como atributos corretos do poder de polícia a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade. Em relação à possibilidade de delegação, o tema sempre foi tormentoso, em vista da polêmica instalada na doutrina e na jurisprudência.

    Bem recentemente, o STF firmou compreensão, no Tema 532 de repercussão geral, no seguinte sentido: “é constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado, de capital social majoritariamente público, integrantes da Administração Pública indireta, que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial".

    A despeito da possibilidade de delegação acima referida, repleta de condicionantes, é de se ver que, como regra geral, o poder de polícia não pode ser delegado a pessoas de direito privado, muito menos a pessoas da iniciativa privada (particulares), em relação aos quais permanece a vedação.

    Desta maneira, penso que a decisão do STF, acima indicada, não pode servir como fundamento para se afirmar que a delegação é um atributo do poder de polícia, assim entendido como uma característica marcante do instituto, algo que, como regra geral, está presente.

    Feitas estas considerações, revela-se incorreto este item.

    b) Certo:

    Como se infere do art. 15 da Lei 9.784/99, constitui requisito para a avocação de competências que exista relação de hierarquia e subordinação entre os órgãos envolvidos na avocação de competência, de sorte que apenas se o órgão que a avoca for superior em hierarquia a avocação será permitida. No ponto, confira-se:

    "Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior."

    Logo, está correto dizer que somente a avocação vertical é prevista nos termos da Lei 9.784/99, tal como sustentado pela Banca, sendo acertado, ainda, aduzir que a assunção de competências entre os órgãos e agentes sem vinculação hierárquica não configura exercício do poder hierárquico da Administração Pública.

    c) Errado:

    Embora sejam exceções, a doutrina majoritária admite a existência de regulamentos autônomos nas hipóteses vazadas no art. 84, VI, da CRFB, que assim estabelece:

    "Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

    (...)

    VI – dispor, mediante decreto, sobre:

    a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 

    b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;"      

    Como se vê, nestes casos, a Constituição admite que o Chefe do Executivo disponha, por meio de decreto, o que significa dizer que tais atos têm fundamento de validade direto no texto da Lei Maior, e não em leis, como é a regra geral, do que resulta seu caráter autônomo.

    Incorreta, portanto, esta opção, ao negar qualquer possibilidade da existência de regulamentos autônomos.

    e) Errado:

    Qualquer ato administrativo que viole ou ameace direitos pode ser objeto de anulação pelo Poder Judiciário, à luz do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional (CRFB, art. 5º, XXXV), no que se incluem os atos praticados no exercício do poder disciplinar. Assim sendo, basta que exista algum vício de legalidade no ato, como, por exemplo, ter sido praticado por autoridade incompetente, ou mesmo com desvio de finalidade, ou ainda acaso viole o princípio da proporcionalidade. Em todas estas hipóteses, citadas exemplificativamente, será viável o exame jurisdicional, com vistas à anulação do ato.


    Gabarito do professor: B

  • Gab. B

    a- discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade.

    c- decreto autônomo do PR é um exemplo

    d- subordinado ou não (delegação vertical e horizontal)

    e- basta um vício de legalidade pra ele poder atuar

  • Pra mim essa B é absurda. Entre agentes de mesmo nível é delegação, que é sim um ato decorrente da hierarquia, ainda que em menor grau em relação à avocação.

  • Lei 9.784/99, art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.


ID
5406190
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo o regime jurídico de direito público previsto na Lei Federal n° 8.666/1993, assinale a alternativa correta no respeitante às características dos contratos administrativos:

Alternativas
Comentários
  • Art. 65.  Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

    I - unilateralmente pela Administração:

    a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;

    b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

  • A questão versa sobre a Lei 8.666/93 (Lei de Licitações e Contratos da Administração Pública) e deseja obter a alternativa correta:

    A- Incorreta. De acordo com Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, “[...] exemplo de restrição decorrente do princípio da continuidade dos serviços públicos é a impossibilidade de o particular prestador de serviço público por delegação interromper sua prestação, mesmo que o poder concedente descumpra os termos do contrato que tenha celebrado com ele. Essa restrição é a denominada inoponibilidade daexceção do contrato não cumprido” (exceptio non adimpleti contractus).” (ALEXANDRINO, M.; PAULO, V. Direito Administrativo Descomplicado. 4 ed. São Paulo: Editora Método, 2009, p. 208).

    B- Incorreta. Art. 54 da Lei 8.666/93: “Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

    C- Incorreta. Art. 58, § 1 da Lei 8.666/93: “As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.”

    D- Correta. Art. 65 da Lei 8.666/93: “Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: I - unilateralmente pela Administração: a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos; b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei.”

    E- Incorreta. Art. 58 da Lei 8.666/93: “O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado.”

    GABARITO DA MONITORA: “D”

  • gab. D

    Fonte: Lei 8.666/93

    A Nos contratos administrativos, não se aplica a exceptio non adimpleticontractus.

    Exceção non adimpleti contractus é a exceção dilatória, que tem qualquer figurante de contrato bilateral, para se recusar a adimplir, se não lhe incumba prestar primeiro, até que simultaneamente preste o figurante contra quem se opõe.

    B O contrato administrativo regido pela Lei 8.666/1993 é regulado por preceitos de direito público, sendo-lhe vedada a aplicação de regras de direito privado, ainda que em caráter supletivo. ❌

    Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

    C As cláusulas exorbitantes possibilitam à Administração Pública alterar unilateralmente o contrato administrativo, até mesmo no que se refere às condições de remuneração ou pagamento do contratado. ❌

    Art. 58, § 1º. As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.

    D O poder de alteração unilateral dos contratos administrativos é cabível quando houver modificação do projeto ou das especificações para melhor adequação técnica de seus objetivos, ou quando necessária à modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto de acordo com os limites previstos em lei.

    Art. 65

    E Poderá a Administração modificar unilateral e ilimitadamente o contrato administrativo. ❌

    Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado.

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!


ID
5406193
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No contexto das normas gerais de licitação previstas na Lei Federal n° 8.666/1993, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Lei 8.666\93

    Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:  

    I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas;

  •  

    A. INCORRETA. O Leilão destina-se à venda de bens móveis inservíveis, produtos legalmente apreendidos ou de produtos legalmente penhorados, e não dados em penhor, como afirmou a assertiva.

    B. CORRETA. Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:  I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas;

    C. INCORRETA. O art. 17 da Lei 8.666/93 estabelece um rol de licitação DISPENSADA. Nesses casos, o administrador público não pode emitir qualquer juízo de valor, sendo imperativa a contratação direta por determinação legal. Trata-se de dispensa definida legalmente como ato vinculado. Já o art. 24 estabelece um rol de licitação DISPENSÁVEL. Nessas hipóteses, a legislação permite a celebração dos contratos pelo Poder Público sem a necessidade de realização do procedimento licitatório, mas se trata de atuação discricionária do administrador, a quem compete, em cada caso, definir se realizará ou não o certame licitatório.

    D. INCORRETA. O princípio da vinculação ao instrumento convocatório é dirigido tanto aos licitantes quanto à Administração Pública, impondo a rigorosa observância das previsões estabelecidas no edital.

    E. INCORRETA. Nos termos do art. 6º da Lei 11.107/2005, em seu §2°: “O consórcio público, com personalidade jurídica de direito público ou privado, observará as normas de direito público no que concerne à realização de licitação, à celebração de contratos, à prestação de contas e à admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo        


ID
5409022
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um concurso, a nota final do candidato é composta pela prova de títulos, prova escrita e prova didática. A prova de títulos tem peso 2, a prova escrita, peso 4 e a prova didática, peso 4. Ana obteve nota 6 na prova de títulos e nota 8 na prova escrita. Sabendo que a nota final deve ser pelo menos 7,0, para que ela seja classificada, pode-se afirmar que a nota mínima que ela deve obter na prova didática é:

Alternativas
Comentários
  • Fiz o exercício testando as hipóteses mesmo. Xi.fi / fi, em que x é a nota e f é o peso.

    Note que para obter o mínimo (7,0), é necessário tirar ao menos 6,5 na prova didática.

    GAB. B


ID
5411374
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão a seguir refere-se ao texto:

No mês em que Porto Belo comemora 187 anos, pacientes com deficiência auditiva receberam, na última sextafeira (04), novas próteses que lhes permitirão ouvir melhor. A aquisição foi realizada por meio do projeto Ouvir Mais, criado pelo Governo Municipal, através da Secretaria de Saúde, e o investimento inicial foi de R$30 mil.
O Município podia adquirir anteriormente apenas um aparelho por mês, o que acabava deixando o paciente por mais tempo na fila de espera. A secretária de saúde Jainara Nordio explica que, em 2017, foi constatado pacientes na fila há mais de quatro anos, partindo daí a vontade de mudar esta realidade. "Desde que assumimos a gestão da Secretaria de Saúde e tivemos conhecimento da fila de espera para exames e aparelhos auditivos, tínhamos vontade de fazer algo a mais. A partir do trabalho de toda a equipe, surgiu o Projeto Ouvir Mais, que facilitou o processo e possibilitou a aquisição dos aparelhos auditivos" - explica a secretária.
Neste primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos auditivos. Os pacientes são avaliados pelos médicos das Unidades de Saúde e, se constatada a necessidade de aparelhos, são encaminhados para as clínicas credenciadas para novos exames e aquisição do aparelho.[...]

Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/index/ver/codNoticia/579582/codMapaItem/4326 Acesso em: em 07/out/2019 [adaptado]

As vírgulas usadas no trecho “pacientes com deficiência auditiva receberam, na última sexta-feira (04), novas próteses que os permitirão ouvir melhor.” serviram para separar:

Alternativas
Comentários
  • "...na última sexta-feira (04)..."

    Adjunto adverbial de tempo

    Letra A

    APMBB

  • A questão exige conhecimento sobre o uso da vírgula e quer saber qual o motivo do emprego delas na frase abaixo. Vejamos:

    As vírgulas usadas no trecho “pacientes com deficiência auditiva receberam, na última sexta-feira (04), novas próteses que os permitirão ouvir melhor.”

    a) Correta.

    O termo dentro da vírgula é um adjunto adverbial intercalado com valor temporal. As vírgulas devem ser inseridas nesse tipo de estrutura quando tiver mais de duas palavras e estiverem deslocadas, intercaladas.

    Sabendo que esse é o gabarito, irei explicar as demais.

    b) Incorreta.

    A vírgula pode ser inserida em termos explicativos.

    Ex: João viajou, isto é, saiu do país.

    Ex: João saiu do país, que estava cansado dele.

    c) Incorreta.

    A vírgula é usada para separar o nome de um lugar que vem antes da data.

    Ex: Cabo Frio, 09 de setembro de 2021..

    d) Incorreta.

    A vírgula é usada para separar palavras de mesma função sintática.

    Ex: Comi o bolo, o pão, o biscoito.

    Todos os termos separados por vírgula tem valor de objeto direto do verbo "comer".

    e) Incorreta.

    O vocativo é quando há um chamamento.

    Ex: João, cadê você?

    Gabarito do monitor: A

  • Se houvesse uma alternativa, por exemplo:

    f) aposto explicativo

    A questão seria anulada?

  • @João Vitor

    Não seria anulada não amigo, não está explicando nada, está posicionando a frase no tempo, trata-se de um adjunto adverbial de tempo intercalado, pois devia estar no fim da frase.

    Se estive por exemplo dessa forma: “pacientes com deficiência auditiva receberam, que estavam na lista de espera do órgão x, novas próteses que os permitirão ouvir melhor.”

    Ai se tornaria um aposto explicativo, limitador, para definir quem recebeu as próteses.

  • gabarito letra a


ID
5411389
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão a seguir refere-se ao texto:

No mês em que Porto Belo comemora 187 anos, pacientes com deficiência auditiva receberam, na última sextafeira (04), novas próteses que lhes permitirão ouvir melhor. A aquisição foi realizada por meio do projeto Ouvir Mais, criado pelo Governo Municipal, através da Secretaria de Saúde, e o investimento inicial foi de R$30 mil.
O Município podia adquirir anteriormente apenas um aparelho por mês, o que acabava deixando o paciente por mais tempo na fila de espera. A secretária de saúde Jainara Nordio explica que, em 2017, foi constatado pacientes na fila há mais de quatro anos, partindo daí a vontade de mudar esta realidade. "Desde que assumimos a gestão da Secretaria de Saúde e tivemos conhecimento da fila de espera para exames e aparelhos auditivos, tínhamos vontade de fazer algo a mais. A partir do trabalho de toda a equipe, surgiu o Projeto Ouvir Mais, que facilitou o processo e possibilitou a aquisição dos aparelhos auditivos" - explica a secretária.
Neste primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos auditivos. Os pacientes são avaliados pelos médicos das Unidades de Saúde e, se constatada a necessidade de aparelhos, são encaminhados para as clínicas credenciadas para novos exames e aquisição do aparelho.[...]

Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/index/ver/codNoticia/579582/codMapaItem/4326 Acesso em: em 07/out/2019 [adaptado]

Se passarmos a oração “Os pacientes são avaliados pelos médicos das Unidades de Saúde.” para a voz ativa, teremos:

Alternativas
Comentários
  • A questão quer saber qual assertiva a transposição da voz passiva foi feita corretamente para a voz passiva. Vejamos:

    Voz ativa⇢ sujeito faz ação. Ex: João comeu o bolo.

    Voz passiva⇢ sujeito sofre ação, podemos passar para voz analítica que é composta por verbo ser/estar/ficar + particípio. Ex: o bolo foi comido por João.

     Na transposição da voz passiva para ativa o agente da passiva que é o que comente a ação e é seguido de preposição "por" vira o sujeito da ativa, outro fato importante é que se perde o verbo auxiliar da locução verbal.

    Ex: A casa é vendida por Roberto/ Roberto vende a casa.

     “Os pacientes são avaliados pelos médicos das Unidades de Saúde.”

    a) Correta.

    "Os médicos das Unidades de Saúde avaliam os pacientes."

    Passou a ter somente um verbo e está sendo praticado pelo que antes era agente da passiva, ou seja, temos característica certa de uma voz passiva e o verbo permanece no presente do indicativo.

    b) Incorreta.

    "Os médicos das Unidades de Saúde avaliaram os pacientes."

    O erro foi a mudança do verbo para o tempo passado.

    c) Incorreta.

    "Os médicos das Unidades de Saúde avaliarão os pacientes."

    O erro foi a mudança do verbo para o tempo futuro.

    d) Incorreta.

    "Os médicos das Unidades de Saúde são avaliados pelos pacientes."

    Continua com dois verbos, ou seja, continua tendo sentido de passividade.

    e) Incorreta.

    "Os pacientes das Unidades de Saúde avaliam os médicos."

    O erro foi na estrutura, pois mudou todo sentido, quem avalia são os médicos, e não os pacientes.

    Gabarito do monitor: A

  • VOZ ATIVA O SUJEITO FAZ A AÇÃO

    VOZ PASSIVA O SUJEITO SOFRE A AÇÃO

    VOZ REFLEXIVA O SUJEITO O SUJEITO SE AUTO PRATICA A AÇÃO.

  • Avaliaram os pacientes - voz passiva - suj. indeterminado.


ID
5411416
Banca
FURB
Órgão
Prefeitura de Porto Belo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um boleto no valor nominal de R$ 784,50 tem um desconto de 10% se for pago até o dia do vencimento. Caso seja pago após o vencimento, há um acréscimo com juros na taxa de 0,20% por dia de atraso (juros simples), sobre o valor nominal. Pode-se afirmar que, ao se pagar o boleto com atraso de 10 dias, o valor pago foi maior que no caso de pagamento até o vencimento, em reais, de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E

    784,50 - 10% = 706,05

    784,50 + 2% (0,20% x 10 dias) = 800,19.

    800,19 - 706,05 = 94,14.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não podes desistir.

  • Valor nominal = 784,50

    Valor até a data de vencimento = 784,50 - 10% (78,45) = 706,05

    Valor após 10 dias da data de vencimento = 784,50 (valor nominal) + 2% (0,20 x 10) = 800,19

    O que a questão pede é a diferença entre os dois, ou seja, o resultado é = 800,19 - 706,05 = 94,14

    Eu confio em vocês! Boa sorte s2

  • Eu entendi a resolução, mas fiquei com umas dúvidas!

    Por que não dar certo utilizando a fórmula do juros simples? Já que não utiliza a fórmula, como que o valor do acréscimo vai ficar em 10 dias? 2% seria essa representação?

    Esse tipo de questão me faz duvidar se realmente eu estou aprendendo... rsrs.