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Prova FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Economia


ID
1118572
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Essa frase inicial do texto.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra C.

    Logo depois de afirmar que não foram os americanos que inventaram o shopping center, ele traz uma explicação da origem do mesmo nas frases seguintes. "Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente."
    Foco e Fé!
  • Que absurdo! Vamos moderar esses comentários!

  • respondi letra C com um medo kkkkk. sendo FGV em português eu fico pensando que o óbvio tá errado.


ID
1118575
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



Não foram os americanos que inventaram o shopping center". A forma de reescrever-se essa frase do texto que corresponde à estrutura significativa da frase original é

Alternativas
Comentários
  • Não entendi porque a resposta não foi a letra b. Alguém poderia esclarecer isso?

  • Vou tentar explicar : 

    Na conversão da voz ativa para a voz passiva, o objeto na ativa assume o papel de sujeito na passiva e o sujeito da ativa assume o papel de agente da passiva.

    No caso : " Não foram os americanos (Sujeito da Ativa) que inventaram o shopping center (Objeto Direito) - VOZ ATIVA

    PARA A VOZ PASSIVA : O shopping center (Sujeito da Passiva) não tinha sido inventado pelos americanos (Agente da Passiva).

  • Mas por que o comando da questão não falou logo de cara que era a reescritura para voz passiva!?

  • Está errado escrever "Não foram os americanos quem inventaram o shopping center." ?

  • Eu li, reli e não entendi o que quer dizer: "que corresponde à estrutura significativa da frase original é", alguém poderia explicar? 

  • Ao passar para voz passiva, a frase correta é: o Shopping Center não foi inventado pelos americanos. 

    Vejo esta como mais uma questão mal elaborara, feita para não se entender mesmo.

    Bem vindos à FGV.

  • Não sou de criticar, acho que o mais correto mesmo é enxergar o erro e aprender com ele. Mas, francamente! Essa é uma das questões mais mal formuladas que já vi!

  • Não entendi pq o correto é "não tinha sido" pra mim o certo é "não foi" inventado. Questão super confusa. 

  • Tem cada comentário aqui, que nem vale perder tempo comentando. O período tem dois verbos (2 orações), como transformar da voz ativa para voz passiva convertendo apenas um verbo?

    A resposta é letra C, porque todas as outras alternativas dão a entender que os Americanos não inventaram o Xópis. Já na letra C, temos:

    "O shopping center não tinha sido inventado pelos americanos" = O discurso é ambíguo, tanto você pode entender que os Americanos não invetaram o Xópis, como você pode entender que os Americanos não inventaram o shopping AINDA. (está implícito, e só pode ser notado se a analise da oração desconsiderar o restante do texto).

  • Questão escabrosa.

  • Ridícula essa questão! Simplesmente loteria.  

  • Custava o examinador ser mais objetivo e dizer que queria que a frase fosse reescrita na voz passiva.

  • Podem colocar mil explicações. Não me conformo com esse gabarito.

  • A voz passiva da frase do texto não seria : "O shopping center não foi inventado pelos americanos"


    ??

  • Gab.: (C)

    Da voz ativa para a passiva o OD vira sujeito.

  • Discordo completamente desse gabarito "C".

    A letra C não corresponde a passiva da frase dada. A frase "Não foram os americanos que inventaram o shopping center" tem 2 orações:  oração principal (não foram os americanos); e oração subordinada adjetiva restritiva (que inventaram o shopping center)

    Para passar a frase da ativa para a passiva, consideramos a quantidade de verbos, o modo e o tempo do verbo da oração, e não da frase toda.

    Logo, a passiva da oração subordinada seria: o shopping center não foi inventado pelos americanos.

    Ativa = 1 verbo (no pretérito perfeito);  Passiva = 2 verbos (ser - verbo auxiliar no pretérito perfeito) + (inventar - verbo principal no particípio)


  • Questaozinha bizarra essa! Como a maioria das questoes de portugues da FGV!!!!

  • Pessoal, vou tentar explicar como eu entendi:

    Ordem indireta: "Não foram os americanos que inventaram o shopping center"

    Ordem direta: Os americanos não inventaram (pret perf ind) o shopping center (Voz Ativa)

    O shopping center não foi inventado (verbo ser no mesmo tempo - pret perf ind + particípio) pelos americanos. (Voz Passiva)

    Existe correlação entre os tempos verbais (pret perf ind com pret + q perf ind, assim como, entre esses e o pret + q perf composto ind).

    Logo, as seguintes formas (Voz Passiva) de reescrever-se a frase podem ser:

    O shopping center não foi inventado pelos americanos (verbo ser no mesmo tempo - pret perf ind + particípio;

    O shopping center não fora inventado pelos americanos (verbo ser no pret + q perf ind + particípio;

    - *O shopping center não tinha sido inventado pelos americanos (verbo ter no pret + q perf composto ind + particípios)  ;

    - O shopping center não havia sido inventado pelos americanos (verbo haver no pret + q perf composto ind + particípios)  ;

    Entendi assim. Se estiver equivocada, por favor alguém explique.



  • Somente com o enunciado da questão não sabemos exatamente qual tempo foi usado.


    “Não foram os americanos que inventaram o shopping center”.


    Pois os verbos da 3ª pessoa do plural no pretérito perfeito têm a mesma forma no pretérito mais que perfeito.


    Apenas para facilitar a visualização:

    Pretérito Perfeito
    eu fui / inventei
    tu foste / inventaste
    ele foi / inventou
    nós fomos / inventamos
    vós fostes /inventastes
    eles foram / inventaram


    Pretérito mais que Perfeito
    eu fora / inventara
    tu foras / inventaras
    ele fora / inventara
    nós fôramos / inventáramos
    vós fôreis / inventáreis
    eles foram / inventaram


    Então a forma de se proceder na resolução da questão é considerar que tanto o pretérito perfeito quanto o pretérito mais que perfeito podem ser usados para se chegar a uma resposta correta.


    Chegamos então a alternativa C, que nos diz:


    "O shopping center não tinha sido inventado pelos americanos."


    O que o examinador tenta fazer aqui é induzir o candidato a achar que a estrutura de voz passiva analítica está correta porém o tempo verbal empregado está errado quando usa o "tinha" que claramente é pretérito imperfeito.


    Porém senhores, a malícia da questão está justamente aí. Não se pode levar apenas em consideração a forma verbal "tinha" e sim o "tinha sido" que equivale a forma verbal "fora" do pretérito mais que perfeito, porque a forma "tinha sido" está no pretérito mais que perfeito COMPOSTO que é formado justamente por verbo auxiliar no pretérito imperfeito + particípio.


    Agora então ao se avaliar novamente numa análise mais apurada pode-se perceber as duas formas verbais formando corretamente a voz passiva analítica no pretérito mais que perfeito:


    O shopping center não tinha sido¹ inventado² pelos americanos.

  • Essa questão está com o enunciado errado, era para a banca trr dito qual assertiva NÃO está correta. O gabarito está na voz passiva utilizando o pretérito mais q perfeito, o que altera a sentido original.

  • Existe algum livro de português na visão da FGV? Acho que tenho que aprender o português dessa banca..

  • Alice Pellacani, existe esse: https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/imagens/produtos/det/lingua-portuguesa-para-concursos-da-fgv-gramatica-e-interpretacao-2016-2b74c3053f285d2c8615f6243d0adc32.png  Recomendo, porque a FGV não é de Deus.

  • Vamos adiante tesouro, não dê bola para essa questão gentalha.

  • Gabarito C

     

    Não foram os americanos que inventaram o shopping center". 

    Eles foram = Pretérito perfeito / Pretérito mais que perfeito do indicativo

    Eles inventaram = Pretérito perfeito / Pretérito mais que perfeito do indicativo

     

    Acredito que a banca tenha considerado a conjugação do mais que perfeito.

    c) O shopping center não tinha sido inventado (pretérito mais que perfeito do indicativo) pelos americanos. 

     

    a) Os americanos não foram os que ELES inventaram o shopping center.  / d) Não foram os americanos quem ELES inventaram o shopping center

    Descartamos essas alternativas, pois os verbos  estão iguais ao enunciado.

     

    b) Os americanos não foram os inventores (substantivo) do shopping center

    Descartamos pois substituiu verbo por substantivo.

     

    e) O shopping center, quem o inventou não foram os americanos.

    Estaria correto se a banca tivesse considerado foram como verbo no pretérito perfeito. 

    Ele inventou = pretérito perfeito do indicativo.

     

  • não entendi.  vi o pessoal falamd de voz passiva.... mas em que momento a banca disse que queria voz passiva? rsrss eu fiquei q nem louca achando q quase todas estavam ok.

  • kkk... a primeira alternativa que excluí era exatamente a correta. Sigamos!

  • Não foram os americanos que inventaram o shopping center"

    A frase representa o passado de outro passado , ideia contida no pretérito mais que perfeito.

    Então tem que se procurar entre as questões , a opção que o verbo esteja no pretérito mais que perfeito:

    C

    shopping center não tinha sido inventado pelos americanos.-Pretérito mais que perfeito composto

  • "Não foram os americanos que inventaram o shoping center"

    Pra ficar mais claro vamos reescrever a frase:

    VOZ ATIVA

    Os americanos[1] não[2] Inventaram[3] o shoping center.[4]

    [1.suj]. [2.Adj. Adverbial] [3.Verbo Pret. mais que perfeito] [4.Obj. Direto]

    VOZ PASSIVA ANALÍTICA

    O shoping center[1] não[2] Fora Inventado[3] pelos americanos[4]

    [1.Suj. Paciente ][2.Adj. Adverbial] [3.Verbo Ser -Pret. mais que perf. + Particípio] [4.agente da passiva]

    Observe ainda que podemos substituir o FORA pela sua forma no pretérito mais que perfeito composto =

    Verbo Ter ( Pret. Imperfeito) + Paticípio do verbo Ser . = Tinha Sido .

    Sendo assim , concluímos que a alternativa correta é a letra C.

    O shoping center Tinha sido inventado pelos americanos.


ID
1118581
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, (1) na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava,(2) encantado, o Walter Benjamin. Ou, (3) se você quiser ir mais onge, os bazares do Oriente”.

Nesse segmento do texto há três ocorrências de uso da vírgula devidamente numeradas; a afirmativa correta sobre o seu emprego é.

Alternativas
Comentários
  • Se alguém puder me expliquem essa. 

  • Marquei a c), mas o gabarito é a). Parecem ser vírgulas que separam apostos.

  • Eu pensei que todas se  tratavam de aposto.... "Apostei" errado,rs.

    A primeira será Aposto.

    A segunda eu pensei que também era aposto...

    A terceira é uma oração explicativa, por isso as vírgulas...

    SÃO MINHAS JUSTIFICATIVAS. POR FAVOR SE EU ESTIVER ERRADO É SÓ GRITAR,rs



  • Eu pensei que as duas primeiras se tratavam de aposto. E agora?

  • (1) Aposto

    (2) Predicativo

    (3) Conjunção deslocada. 


    Se eu tiver errada por favor me corrijam. 

  • (1) Aposto

    (2) Predicativo

    (3) Conjunção deslocada. 

    Se eu tiver errada por favor me corrijam. 


  • Acho que a primeira é adjunto adverbial de lugar, a segunda predicativo do sujeito e na terceira tem uma oração subordinada entre o "ou" e a "oração principal", mas se depois do "ou" nao vai vírgula, ele quis isolar esta oração. Mas nao tenho certeza de nada!


  • A vírgula (1) ocorre, creio eu, em razão de adjunto adverbial deslocado. O termo "na Inglaterra" indica o lugar onde fica a cidade de Leeds.

  • A primeiro advérbio de lugar deslocado; o segundo,predicativo deslocado,terceiro não sei muito bem,fiquei na dúvida.

  • Talves a expressão "ou"  no terceiro caso tenha tido uma natureza retificativa. 


  • “Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, (1) na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava,(2) encantado, o Walter Benjamin. Ou, (3) se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente”.

    1 - Adjunto Adverbial deslocado.

    2 - Predicativo deslocado.

    3 - Oração subordinada adverbial condicional deslocada.
    O "ou" tem natureza interpositiva, poderia ser substituído por "ou melhor", "isto é", etc.

    Gabarito letra A
    Espero ter ajudado.
    Bons estudos :D

  • Catiuscia o primeiro caso, NA INGLATERRA, seria a ocorrência de Adjunto Adverbial!!!

  • 1) adjunto adverbial deslocado vírgulas facultativas.

    2) adjetivo ( não enumerado) exercendo função sintática de predicativo do sujeito, quando deslocado, sempre coloca a VÍRGULA!!!!!!! (IMPORTANTE).

    3) oração coordenada alternativa.

  • Catiuscia Lima está certa. 

    "(1) Aposto

    (2) Predicativo

    (3) Conjunção deslocada. "

    Marcos Racheb, errado.
  • Fico com a resposta do marcos racheb.

  • No ultimo caso de vírgula, "Ou" não seria uma expressão (tipo continuativa, enfática ou outra), que é separada por vírgulas, e a vírgula que vem antes de "bazares do Oriente" teria função de suprimir o verbo? Alguem comenta?

  • Na Inglaterra, (1- Adj. Adverbial de lugar) Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds e as passagens de Paris pelas quais flanava o Walter Benjamin(2- Adjetivo exercendo função de predicativo) encantado. Ou, (3- Or. Cood alternativa) se você quiser ir mais onge, os bazares do Oriente”.


  • "Pessoal, a questão queria saber se o candidato tem noção básica de história. "

    Com todo respeito ao colega que fez esse comentário....Mas... Então, teria que vir no cronograma do edital história e não português!

    Essa banca é ridícula!!



  • (1) Adjunto Adverbial;

    (2) Adjetivo;

    (3) Oração intercalada*.


    *Orações intercaladas ou interferentes: São sintaticamente independentes, se interpõem a outras orações expressando uma ressalva, um comentário ou uma opinião. Podem vir de forma intercalada em apenas uma oração ou ainda no meio de outras.

  • 1 - Adjunto adverbial deslocado

    2 - Predicativo

    3 - Oração subordinada adverbial condicional


    Ou seja, as três ocorrências da vírgula se justificam por razões diferentes.


  • Predicativo não deveria vir após verbo de ligação?? 

  • coisas desnecessárias no portugês essa questão? no que isso me ajuda?
    portugês é uma lingua muito complicada.

  • pq o segundo uso da vígula não pode ser classificado como adjunto adverbial de modo? :-/

  • Isadora, o segundo caso é um Predicativo do Sujeito.

    Reescrevendo a frase: Walter Benjamin flanava pelas passagens de Paris encantado.

    Encantado indica um ESTADO do sujeito (sendo um Predicativo do Sujeito) e não o MODO.

  • acompanho o voto da Catiuscia Fonseca.

  • Isadora Silveira, Adverbio não varia, observe que encanto esta na frase como um adjetivo e função sintática de predicativo do sujeito, como este adjetivo esta deslocado ele vem com virgula


    Espero ter ajudado, bons estudos



  • Adjunto Adverbial Deslocado

    Predicativo Deslocado

    Oração Subordinada Condicional Deslocada

    A forma como se apresentam são iguais ( DESLOCADAS)

    Porém suas funções sintáticas são diferentes.

    LETRA A

    APMBB


ID
1118584
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



se você quiser ir mais longe”; a única forma dessa frase que NÃO apresenta um equivalente semântico corretamente expresso é

Alternativas
Comentários
  • "Se" é uma conjunção condicional, sendo uma conjunção condicional não pode ser substituída pela conjunção concessiva "conquanto".

  • "se" , "caso", "na hipótese" e "desde que" são termos que dão ideia de condição.

    Outros exemplos: contanto que, a menos que...

    Já "conquanto" é uma conjunção que dá ideia de concessão.

    Outros exemplos: se bem que, embora, não obstante, ainda que...

    Logo a resposta é a letra "C"

  • Gabarito: letra E

    Esta apresenta uma oração subordinada concessiva (CONQUANTO).

    As outras alternativas são condicionais!


  • galera vamos fazer comentários, coloquem o que vcs acham mas não digam que é o gabarito qdo não é

  • Conquanto: concessiva

    Porquanto: causal

  • Desde que, não seria concessiva tb?

  • Concessão


    As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa. 

    Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA


    Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que.


    Observe este exemplo:


    Só irei se ele for.

    A oração acima expressa uma condição: o fato de "eu" ir só se realizará caso essa condição for satisfeita.


    Compare agora com:


    Irei mesmo que ele não vá.

    A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A oração destacada é, portanto, subordinada adverbial concessiva.


    Observe outros exemplos:

    Embora fizesse calor, levei agasalho.
    Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos metade da população continua à margem do mercado de consumo.

    http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint42.php

  • Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.

  • quero que alguem me ajude entender essa FGV


ID
1118587
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



Na frase “se você quiser ir mais longe”, a forma verbal empregada tem sua forma corretamente conjugada. A frase abaixo em que a forma verbal está ERRADA é:

Alternativas
Comentários
  • Se você VIR esse quadro.

  • Futuro do Subjuntivo: indica a possibilidade de um fato vir a acontecer.

    a) se você se opuser a esse desejo. ( 3a. pessoa do singular do futuro do subjuntivo - verbo opor)

    b) se você requerer este documento. ( 3a. pessoa do singular do futuro do subjuntivo - verbo requerer)

    c) se você ver esse quadro ( Forma infinitiva do verbo ver)

    Correção: se você vir esse quadro (3a. pessoa do singular do subjuntivo)

    d) se você provier da China. ( 3a. pessoa do singular do futuro do subjuntivo - verbo provir)

    e) se você se entretiver com o jogo. ( 3a. pessoa do singular do futuro do subjuntivo - verbo entreter)

    Bons estudos

    =D

  • se eu visse (pretérito do subjuntivo)

    se eu vir (futuro do subjuntivo)


    ambos estariam corretos

  • O verbo ''Quiser'' está no futuro do subjuntivo, logo, seguindo o mesmo modo e tempo, a alternativa errada é a letra C !

    Quando eu vir

    Quando tu vires

    Quando ele/você vir

    Quando nós virmos

    Quando vós virdes

    Quando eles virem

  • Dica:

    Para ajudar a memorizar a conjugação dos verbos, principalmente os conjugados no futuro do subjuntivo eu uso o site CONJUGA-ME, pois alguns verbos realmente podem confundir.

     EXEMPLO VERBO VER  E VIR

      VERBO VIR (no sentido de chegar)

       quando eu  vier

      quando tu  vieres

      quando ele/ela  vier

      quando nós  viermos

      quando vós  vierdes

      quando eles/elas  vierem

    VERBO VER ( no sentido de enxergar)

       quando eu  vir

      quando tu  vires

      quando ele/ela ou você  vir ( Se você vir esse quadro)

      quando nós  virmos

       quando vós  virdes

      quando eles/elas  virem

    Esse dois verbos citados acima são preferidos dos examinadores, pois realmente pode confundir:

    A forma infinitiva do verbo VIR (sentido de chegar, com a terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo do verbo VIR no sentido de enxergar).


  • O futuro do subjuntivo é derivado do pretérito perfeito (3a pessoa do plural, retirando o "am" ) acrescentando o plural das formas nominais do infinitivo: eles opuseram (eu opuser, tu opuseres, ele opuser...), eles requereram (eu requerer, tu requereres, ele requerer), eles viram (eu vir, tu vires, ele vir), eles provieram (eu provier, tu provieres, ele provier), eles entretiveram (eu entretiver, tu entretiveres, ele entretiver)

  • (Não esqueça)  antes do verbo (ver) aparecer "QUANDO ou SE o "VER" é "VIR"

    exemplos: Quando vir meu cachorro, avise-me! / se vires meu cachorro, avise-me!

  • Macete de Alexandre Soares:

    Para uma prova de concurso público é fundamental o domínio da conjugação do Futuro do Subjuntivo.

    Ex: Quando você quiser

         Se você quiser

    b) ''requerer'' não é derivado do verbo ''querer''

    c) Futuro do Subjuntivo do verbo ''ver''  é vir.

    d) ''provier'' é derivado do verbo vir (se vc vier da China; Se vc provier da China).

  • Não confundas provir e prover

    PROVIR=o ato de ser proveniente, consequência ou descendente de.

    PROVER =  ato de providenciar ou fornecer com o que é necessário.

    A conjugação desses segue a linha de raciocínio de VER e VIR

    LETRA C

    APMBB


ID
1118593
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



A forma “xópi” representa

Alternativas
Comentários
  • Esta grafada não no sentido real, mas sim popular como a maiorias das pessoas falam no dia a dia.

  • Gab.: (D)

    Sem maiores dificuldades essa.

  • Fiquei na dúvida entre c e d , acabei marcando c. Mas depois fiquei tentando entender a diferença entre as duas que a princípio pra mim diziam a mesma coisa. Depois lembrei das aulas de Língua Latina que tive durante as três semanas que cursei o Curso de Letras antes de abandoná-lo, grafar a pronúncia seria escrever os fonemas. Existe uma conversão de grafema para fonema, parece outra língua quando escrito. Se alguém também tiver ficado confuso entre as duas letras...acho que elas são bem diferentes no que afirmam.

  • Não sei de onde tiraram que xópi é uma pronúncia popular de shopping. A última vez que ouvi shopping ser pronunciado dessa maneira foi na letra dos Mamonas Assassinas.

  •  

     

    ué as pessoas falam assim? eu não falo XOPIIII não.

  • Só se for a Senadora Fátima Bezerra do "é gópi" que fala "xópi".

  • Gabarito D:

    E. Lima, também fiquei com essa dúvida, mas acho que a tentativa de grafar a palavra seria XÓPIM, de acordo com a sonoridade da palavra.


ID
1118599
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



Ao dizer que os shoppings são cidades “só de calçadas”, o auto do texto quer expressar a ideia de que nos shoppings

Alternativas
Comentários
  • Essa questão é muito subjetiva. Como eu vou saber o que o autor quis expressar?

  • Essa banca, dentre as que eu já fiz concurso, me parece ter a prova de português mais doida. Não sei de onde tira essas relações. O candidato tem que fumar um para viajar na mesma maionese do elaborador namoral.

  • Estas questões se resolvem tirando as opções mais absurdas, e ficando com as menos absurdas.

  • Subjetividade elevada à enésima potência. Respondi letra D. FORA FGV!

  • Faço aqui o meu apelo aos elaboradores das questões de interpretação de texto. Elaborem questões mais objetivas, coerentes, precisas e não aquelas que o candidato tem que adivinhar o que o autor quer.

  • É pra se lascar mesmo gente. Eu sempre acertei muito português e quando comecei a fazer questões FGV, fiquei impressionada com o meu número de erros. A solução é fazer muita questão pra poder entrar na cabeça desses doidos, e olhem, está funcionando.

  • Marquei a "e" alternativa errada, farei a análise que EU entendi, "Ao dizer que os shoppings são cidades “só de calçadas”," na parte grifada que esta a resolução da resposta, c) o público pode andar em todos os espaços, sendo que a alternativa "E" diz "todos os cidadãos podem entrar." Nós andamos nas calçadas e não entramos nela. Alguém tem outra explicação?

  • Gab.: (C)

    O cenário básico das cidades é: ruas para os carros e calçadas para as pessoas. Desta forma, ao dizer que os shoopings são cidades só de calçadas, o autor esta fazendo uma analogia a uma cidade que não tivesse rua, por consequencia não teria carros e todos os espaços dessa cidade seriam calçadas, ou seja, apropriados para andar a pé sem restrições.

  • E por acaso quando estamos fora dos shoppings também não podemos andar em todos os espaços ? É claro que há restrições para andarmos nas ruas (só quando o sinal está fechado) mas também há restrições para andarmos em alguns espaços dos shoppings (atrás dos balcões das lojas, setores restritos aos funcionários, áreas de segurança, etc...). Portanto a opção c) não me parece a mais correta. Agora se considerarmos carrinhos de bebê e cadeiras de rodas como "veículos leves" (e realmente o são), a alternativa a) passaria a ser a mais plausível, uma vez que a grande diferença entre "rua" e "calçada" é exatamente o tipo de veículo que pode trafegar livremente em uma ou na outra. Não sou tão crítico como outros colegas aqui em relação às questões de Português da FGV, mas nesse caso há uma evidente subjetividade no gabarito. 

  • Como todas desta banca de DEUS, né Daniel ?!? 

  • E dai, produção (FGV) ? Pode isso?


ID
1118602
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



Há, no texto, três ocorrências do acento grave indicativo da crase

I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer

II. “Os xópis são civilizações à parte...”

III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”.

As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da junção de uma preposição solicitada por um termo anterior + artigo definido são:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: C de crânio

    Apenas a II não pode ser resposta, pois a expressão "à parte" é uma locução adverbial feminina e o acento indicativo de crase deve ser usada. Ou seja, não obedece ao critério exigido pela banca.



  • A expressão "à parte" é uma locução adverbial feminina de modo: as locuções adverbiais de  MODO,TEMPO já vêm com preposição + artigo.

    Exemplo.: Comprei o carro à vista

                     Estou à vontade

                     Vou sair à noite

  • Alguém poderia explicar a crase do terceiro item?

  • II locução adverbial feminina

  • Para esclarecer a dúvida sobre a crase no item III :

    Princípios Sintáticos da Crase

    O fenômeno da crase está associado à regência (nominal e verbal) e, portanto, atrelado à estrutura sintática da frase. Dentro da oração, os termos que admitem crase são: 
    a) Objeto indireto.
    b) Complemento nominal.  (do substantivo "ataque")
    c) Adjunto adverbial.

    Teste do artigo ou regra do "ao" 
    Emprega-se o acento grave para indicar crase sempre que, substituindo-se a palavra feminina por uma masculina, aparecer a contração "ao". O vocábulo masculino não precisa ser sinônimo do feminino. Precisa, sim, fazer sentido para a frase em que se está fazendo a substituição.

    Fonte: http://www.campolargotem.com.br/home.php?not=396

    Voltando à questão: ao substituir "civilização dos xópis" por um substantivo masculino ("índios"), teremos:

     “...pode vê-las como ataque (...) aos índios”. 

    Como é necessário usar a contração da preposicao "a" + artigo "o", logo também é necessário usar a contração para uma palavra feminina: preposição "a"+ Artigo "a".

    Espero ter ajudado,

  • letra C.

    Quem se dedica, se dedica "A" (preposição) + artigo definido 

    Quem ataca, ataca "A" (preposição) + artigo definido

  • Não entendi essa questão. Alguém poderia me explicar o emprego da crase nas três alternativas?

    Obrigado !

  • O item I não é objeto direto, na verdade é verbo intransitivo pois os verbos são fenômenos da natureza.

    O que se tem aqui é uma regência nominal, pois exclusivamente ( advérbio) pede a preposição "a" .

    Quanto ao segundo "a" troque as compras por uma palavra masculina, se der por exemplo "ao trabalho" vc terá o seu segundo a da junção, mas caso dê " o alguma coisa" não terá o segundo a.

    quanto ao item III, não sei.


    Quanto ao item II é adjunto adnominal, pois penso que a expressão a parte dá qualidade a palavra civilização, logo não pode ser complemento nominal. Além disso, um macete para saber que é complemento nominal é perguntar de que?, mas quando perguntamos isso não faz sentido. Penso que seja uma locução feminina, por isso a crase, mas não há junção de a+ a, como se pede na questão.

    Item  III penso que seja regência nominal ataque a algo, mais a palavra feminina civilização que trocada pelo masculino daria ao alguma coisa.


  • Quem se dedica - se dedica A alguma coisa ! VTI 

    Portanto temos:

    .dedicadas exclusivamente A + As compras e ao lazer

    Nesse caso também acho que ocorre o mesmo da assertiva I

     ataque (...) A + A civilização dos xópis

  • Quem se dedica - se dedica A alguma coisa ! VTI 

    Portanto temos:

    .dedicadas exclusivamente A + As compras e ao lazer

    Nesse caso também acho que ocorre o mesmo da assertiva I

     ataque (...) A + A civilização dos xópis

  • tendi porrrrr... nenhuma.....


  • Essa Questão é Relativamente Fácil, uma vez que para responde-la só é preciso lembrar que o termo "à parte" do ítem II é uma locução Adverbial e não a junção da preposição com artigo. Isso torna o item II errado. sendo assim as letras A, B, D e E estão erradas.

  • Letra C.

     

    Comentário:

     

    A questão pede a crase resultante de regência verbal ou nominal (isto é, preposição solicitada por um termo anterior).

     

    Na frase I, a preposição “a” é resultante do adjetivo “dedicadas”, o qual rege a preposição “a”. Como o substantivo

    “compras” é precedido do artigo “as”, ocorre a crase.

     

    Na frase II, a crase ocorre tendo em vista a estrutura da locução adverbial, a qual é iniciada pela preposição “a” e o

    substantivo “parte” é precedido de artigo “a”. Tal preposição não é regida por um termo anterior.

     

    Na frase III, a preposição “a” é resultante do substantivo “ataque”, o qual rege a preposição “a”. Como o substantivo

    “civilização” é precedido do artigo “a”, ocorre a crase.

     

     

     

    Assim, a alternativa (C) é a correta.

     

    Gabarito: C

     

    Prof. Décio Terror

  • Gabirto: C

     

    Atenção para o enunciado:

     

    A questão quer saber em quais alternativas a crase é resultante de preposição ''a'' com artigo feminino ''a''.

     

    I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer”  (às compras: preposição ''a'' mais artigo femino ''a''). CORRETO

     

    II. “Os xópis são civilizações à parte...” (locução adverbial feminina “à parte”, ou seja, ocorre crase. Entretanto, o emprego do acento grave é motivado pelo uso da locução adverbial feminina “à parte”). Por isso está ERRADO.

     

    III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis” (preposição ''a'' mais artigo feminino ''a'') CORRETO.

    Veja em outra frase: pode vê-las como ataque ao presidente (preposição ''a'' mais artigo masculino ''o'').

     

     

  • Gab. C

     

    Resuminho de crase

     

    •  NÃO usa antes de MASCULINO

    •  NÃO usa antes de PLURAL

    •  NÃO usa antes de VERBO

    •  NÃO usa entre palavras REPETIDAS

    •  NÃO usa antes de ARTIGO INDEFINIDO (um, uns, uma, umas)

    •  NÃO usa antes de PRONOME INDEFINIDO (algum, qualquer, nenhum, alguém, algo, tudo, nada, cada)

    •  NÃO usa antes de PRONOME DE TRATAMENTO. (vossa, você, ...)

     

    •  USA quando há LOCUÇÕES com núcleo FEMININO (à procura de..., à espera de..., à parte..., à vista..., à direita...)

  • Gabarito: Letra C (apenas I-III)

    I - preposição + artigo definido

    II - locução Adverbial

    III - preposição + artigo definido

  • Crase obrigatória nas seguintes locuções

    locuções adverbiais:

    à noite, à tarde, à beça, à revelia, à deriva, à farta, à vista, à primeira vista, à hora certa, à esquerda, à direita, à toa, à espanhola, à milanesa, à oriental, à ocidental, às vezes, às escondidas, às avessas, às claras, às pressas, à vontade, às ocultas etc.

     Prepositivas

    à custa de, à força de, à beira de, à espera de, à vista de, à guisa de, à semelhança de, à frente de, à razão de, à cata de, à roda de, à mercê de, à base de, à moda de, à maneira de etc.

     conjuntivas (à medida que, à proporção que), formadas com palavras femininas.

    Força guerreiros ♥️

    Fé no pai que a sua aprovação sai .

    Não desisti , estuda , estuda Guerreiros.

  • Gabarito: C

  • Em I, a crase é resultado da fusão da preposição A – requerida pela regência de “dedicadas” – com artigo AS – solicitado pelo substantivo “compras”.

    Em II, a crase foi empregada para sinalizar uma locução de base feminina – “à parte”.

    Em III, a crase é resultado da fusão da preposição A – requerida pela regência de “ataque” – com artigo A – solicitado pelo substantivo “civilização”.

    Resposta: C

  • I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer” Quem se dedica, se dedica a alguma coisa

    III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”.: quem ataca, ataca a alguém ou alguma coisa.

    Gabarito C

  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

     

  • LOCUÇÃO ADVERBIAL - SEM JUNÇÃO DE PREPOSIÇÃO E ARTIGO.

    Diogo França


ID
1118614
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



O difícil seria escolher para qual das duas torcer”; com essa frase, o autor do texto mostra que

Alternativas
Comentários
  • "No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer." Acho que esse trecho justifica a letra B.

  • não consigo compreender essas questões, estou ficando louca

  • Ana Paula concordo com vc.

  • Todos os dias venho aqui resolver inúmeras questões de português para tentar entender o raciocínio da banca. Já resolvi 400 questões e continuo sem entender! FGV é a pior banca de todas, sem dúvidas!!!!

  • Também nao consigo pegar a manha dessa FGV afffffffffff

  • Há um vídeo no Youtube do Energia que estuda a interpretação desse texto "Xópis". É muito bom!! Recomendo para quem, como eu, encontra dificuldades na interpretação da FGV.... rsrs

  • ...mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos...

    O autor reconheceu valor nos shopping anteriormente.

    Dizer que não reconhece valor nenhum em ambas as forças, está totalmente incorreto.

  • não reconhece valor em nenhuma das forças -> "as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira"

  • Se ele escolhe um lado é porque reconheceu valor em alguma. E, como estamos falando de Veríssimo, obviamente que ele iria tomar partidos dos "menos favorecidos".

    Agora, a letra D também poderia estar correta:
    " No caso seria o choque de duas potências parecidas"
  • Qual será a substância utilizada pelo examinador durante a elaboração destas questões?

  • Se não reconhece valor em nenhuma das forças, por que o autor no final do texto afirma preferir a civilização do xópi? rsrs

  • O autor menciona que as duas pertencem ao primeiro mundo de mentira,

    ou seja, nesta passagem o autor denota claramente que não reconhece valor em nenhuma das duas, mas se tivesse que escolher entre uma mentira e outra, ainda ficaria com o "Xopis"


    Agora inferindo do texto, esta escolha do autor acredito que não seja por mostrar valor a esta força, acredito que por ser um mundo que embora de mentira seja mais real que o mundo virtual.

  • O próprio trecho destacado induz ao erro,quando o autor assume ser difícil decidir escolher para qual torcer,faz pensar que reconhece valores importantes as duas potências.

  • Muito bom comentário Keila!!!

  • Muito bom comentário Keila!!!


ID
1118617
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



O texto de Veríssimo pode ser definido mais adequadamente como :

Alternativas
Comentários
  • Pelo amor de Deus, esse texto aborda sobre um movimento social RECENTE! É claro que Veríssimo analisa, coloca suas opiniões e deixa um questionamento no ar no último parágrafo, ou seja, não teve nada de humorado (engraçado ou semelhante) em seu texto.

    Seria a letra A, ou no máximo a letra E... Lamentável essa banca.

  • Para resolver essas questões de Interpretação de textos da FGV você tem que dar uma de Luke Skywalker, ou seja, usar a força.

  • Não é fácil quando a bola de cristal falha nestas questões.

    Acredito que sim, o texto tem um pouco de humor de um fato social... o próprio termo "xópis" é uma prova disto. O problema é que é só "um pouco". Sem dúvida alguma o tema principal é uma análise social do movimento contemporâneo; não sei como poderia forçar a imaginação para considerar esta alternativa errada.

  • Questão enfadonha!! Um ultraje à inteligência de quem está se esforçando! Nem se pode classificar como pegadinha, porque esta serve para testar a atenção do candidato em relação a erros ocultos. Nesse caso, foi uma clara INDUÇÃO ao erro! No máximo poderia ter sido Letra E. Lamentável. Fora FGV!

  • Nem que fosse um texto do José Simão poderia ser classificado como "comentário bem humorado" sobre uma questão tão complexa quanto a dos rolezinhos...

  • A questão que a banca considerou correta seria a minha primeira a descartar, pois o texto nao tem nada de opniao bem humorada.

  • Apesar de todo meu esforço, não consegui identificar o "humor" do texto apresentado. Quanto à grafia de "xópis", eu interpreto muito mais como ironia do que como humor. Em meu entendimento, o autor tenta ironizar a boa educação da suposta elite branca brasileira que, apesar de frequentar com orgulho tais templos do consumo, é muitas vezes incapaz de pronunciar corretamente palavras em inglês. 

  • Gente, estou estudando questões de português , só da FGV pois será esta banca bendita que aplicará minha prova, e sinceramente, estou ficando desesperada. Não estou vendo lógica e conexão nenhuma entre as respostas que a banca dá como correta e o que eu logicamente tento responder... desse jeito sinceramente só me leva a crer que tem muita maracutaia, dentro desta instituição. não vejo outro fundamento.

  • FGV fazendo FGVisse...

  • Pena que a Mãe Diná já faleceu. Acho que ela dava aulas para a prova de português da FGV.

  • Meus deus desse jeito fica difícil  banca do capeta só falando assim!!!!!! 

    Meus bolsos estão vazios !!!!!de tanto pagar  pagar 


  • JOSEFA  E RODRIGO LEGAL ...KKKKK


  • Gente , é isso mesmo? Assim fica complicado ...

  • O que me conforta um pouco é perceber que.... Não tá fácil pra ninguém. kkkkkkkkkkkk

    Só Jesus na causa da FGV.

  • Devo ser muito mal humorada...não vi humor nenhum no texto!

  • Acho que essa aí só o Veríssimo pra contestar a banca! Onde está o humor??????

  • Genteee, o que fazer com essa FGV? Essas questões não são apropriadas, são sem pé, nem cabeça...Pura escolha do axaminador, sem sentido algum...ouxiii tô impressionada com tamanha irresponsabilidade. 

  • O único que pode acertar está questão é quem chuta.

  • Ah, essa eu entendi!! Finalmente , pelo menos uma, ufa!!! 

    Gente , ele é irônico o tempo todo, a começar pelo título " xópis" que é como a gente fala shopping na verdade... 
    e essa coisa elitista de estar protegido contra os"males da rua" também é um ironia, um sarcasmo.... 

  • CARAMBA!!!!!!!!!!!!!

    O texto é "recheado" de críticas. Também devo estar mal humorada. 


  • Tentando entender a lógica dessa questão: o Veríssimo é um cronista que habitualmente se vale de comentários irônicos e bem humorados, e as crônicas geralmente abordam um fato social, o que me parece que foi adotado aqui com os rolezinhos  (c). Depois de pensar um pouco, não percebi uma análise sociológica ou filosófica nesse texto (a/b), essa não é a pretensão do autor. Além do mais, o enunciado pede a definição mais adequada do texto, e, embora o autor fale de uma forma crítica sobre os shoppings, o texto não parece ter sido feito por esse motivo, uma vez que o autor até opta pelos shoppings em detrimento da internet (d). A (e) eu descartei de plano, o autor não aborda o assunto por essa ótica, o rolezinho dessacraliza o shopping, é isso que o autor diz, e não o que acontece em consequência disso.

    Essas questões de interpretação da FGV são muuito difíceis, mas percebi que a gente deve ter em mente só duas coisas: o que o texto diz e o que a banca quer de nós naquela questão (isso vale para qualquer banca, mas a FGV eleva a complicação a níveis surpreendentes, e aí precisamos apurar muito mais o foco e os sentidos). Temos que deixar bem de lado nossas opiniões, ler o texto com muita atenção para captar o seu sentido, e o enunciado para entender sua exigência. E fazer muitos exercícios, até se habituar ao estilo FGV.

  • Desce, Chico Xavier, desce!!!

  • "Luis Fernando Veríssimo é um escritor brasileiro. Mais conhecido por suas crônicas e textos de humor, mais precisamente de sátiras de costumes, publicados diariamente em vários jornais brasileiros..." Vamos ler mais pessoal, só o fato de conhecer o escritor já se consegue responder essa questão.

  • De primeira não consegui identificar humor no texto... Acabei marcando a alternativa D e perdendo a questão. Obrigada aos colegas que comentaram as características comuns dos textos do Verissimo. Realmente, precisamos ler mais e parar de reclamar.

    De qualquer forma, vamos pedir comentário dos professores para essa prova de Portugues! Acho que quanto mais gente pedir, mais provável que os comentários apareçam. Já estou ficando triste com tantas questões erradas :(

  • Alguns colegas já comentaram adequadamente. O Veríssimo não é sociólogo, filósofo ou crítico. Ele é escritor romancista/cronista/humorista, com ênfase nos costumes da sociedade. Seus textos são todos assim. Pela análise do autor se responde à questão - "C". a) uma análise sociológica de um movimento contemporâneo - não é uma análise sociológica.

    b) uma apreciação filosófica sobre aspectos da vida moderna - não é um texto filosófico.

    c) um comentário bem humorado sobre um fato social - sim, ele é cronista, comentarista da vida contemporânea. Os indícios estão na linguagem do texto.

    d) uma crítica ao elitismo e consumismo de nossa sociedade - poderia ser, se ele tivesse voltado seu texto à crítica, mas, ao contrário, ele até reconhece o valor de um "templo de consumo" seguro.

    e) um alerta contra o agravamento de tensões sociais - também poderia ser, mas não foi essa conotação jornalística q foi dada ao texto.

  • Caros colegas, muito calma nessa hora.

    Não há a mínima necessidade saber as características do autor para sabe se a questão é de humor ou não. O texto é de fato bem humorado pelo detalhe da palavra Xópis , que é uma maneira coloquial de dizer shopping, e também por haver juizos de valor (opiniões do próprio autor). Não há o que se falar da alternativa "A", pois não se trata de uma analise sociológica a qual necessita de total formalidade e não pode estar impregnada de juizos de valor. Além do que, uma análise sociológica seria muito mais extensa.


    Fica a dica: Pra realmente passar em um concurso, em vez de criticar ou xingar a banca é necessário entende-la. Passam aqueles que acertam as questões que ninguém acertam, somente acertar as questões que todos acertam não garantirá sua vaga. Eu mesmo já errei várias questões da FGV e fiquei bravo com a banca também, mas ao  treinar e tentar a entender, eu comecei acertar mais as questões da FGV, porém ainda erro algumas. Segue um link da Professor Júnia de Andrade que me ajudou muito a entender a banca: https://www.youtube.com/watch?v=d2PWpwz8NGU

    Grande abraço e persistência!
  • A cada questão que faço, abro os comentários só para me sentir mais aliviado! Que banca ridícula! 

  • Encontrei humor quando ele se refere de forma irônica a 2 potências, a irmandade da internet (adolescentes da massa) e a civilização do xópis (elite). Essa foi uma das poucas questões que acertei dessa prova.

    Gabarito C

  • Questão como essa os Professores raramente comentam. Por que ? rs.rs.rs.

  • Só por causa do uso do termo "Xópis" o texto é bem humorado agora? Nada a ver.

  • Se isso não é uma espécie de critica, não sei o que é.

  • Realmente FGV, eu morri de rir desse texto, estou rindo até agora. Parece o tiozinho contando piadas "engraçadas"

  • O que tem de bem humorado? O nome "xópis", no máximo, forçando muito... Ah, FGV, só você!


ID
1118620
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



A alternativa em que o conectivo destacado tem seu valor semântico corretamente indicado é :

Alternativas
Comentários
  • a) concessiva

    b) exclusão c) finalidade (correta) d) "em que" é pronome relativo se refere a "duas potências", a banca quis confundir porque está ao lado da expressão "na medida em" e) mentira não é uma companhia, esse "com" é mais uma forma coloquial...
  • Seria a "C" correta porque a finalidade das invasões seria para praticar violência e saques, logo é FINALIDADE.

  • Na medida em que - estabelece uma relação de causa, pode ser trocado por visto que, haja vista ...

    à medida que - estabelece relação de proporção.

  • A "e" não está errada. Observe que, ao final do texto, o autor faz uma escolha...

  • À medida que - proporcional (sentido de  "à proporção de").

    Exemplo: À medida que fazemos diete, perdemos peso.

     

    Na medida em que - causal (sendo de "porque", "visto que").

    Exemplo: Na medida em que lemos bons livros, tornamo-no mais cultos.

     

    Profa. Denise Carneiro

  • Nunca que a preposição para na letra C vai ter ideia de finalidade.

    O autor faz uma afirmação hipotética, o sentido aqui é de causa de consequência. 

    essa preposição teria na verdade o sentido de em direção a

    As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques.

    ou exemplo, se não conseguir um emprego vou para o fundo do poço.

    geralmente o para terá sentido de finalidade se houver um verbo no infinitivo após ele. ex. viver para crer.

  • Aprendi aqui no QC:

    verbo + para = finalidade ( descambar para)

    Gab.C


ID
1118635
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Tício, servidor público estatutário do Rio de Janeiro, faleceu deixando como dependentes sua genitora Iolanda, seu filho Matheus de 6 anos e sua esposa Maria. De acordo com a Lei Estadual nº 5260/08, a divisão da pensão por morte se dará da seguinte forma;

Alternativas
Comentários
  • O fundamento da questão está no artigo 14, I , II e § 1º da Lei 5260/08.

    Conforme dispõe o artigo 14, § 1º , a existência de uma classe de beneficiários  ( incisos: I, II e III) exclui as demais classes. Então, Iolanda (mãe de Tício) não poderá ser dependente porque já são Maria (cônjuge) e Matheus (filho). 
  • Observa-se também:

    Art. 15. A metade da pensão por morte será concedida a uma das pessoas seguintes: ao cônjuge, à companheira, ao companheiro ou ao parceiro homoafetivo; e a outra metade, repartidamente e em proporções iguais entre si, aos filhos de qualquer condição (inciso I do art. 14) e aos  equiparados na forma do § 2º do art. 14.


  • Gabarito C

     

    A questão misturou Dependentes com Beneficiários da pensão por morte.

     

    Quem são os dependentes? CADI

    Companheiro

    Ascendente

    Descendente

    Irmãos

     

    L5260/08 - Art. 14. São beneficiários da pensão por morte, na qualidade de dependentes do segurado:
    I - o cônjuge, a companheira ou o companheiro, os parceiros homoafetivos e os filhos não emancipados, de qualquer condição, menores de 21 (vinte e um) anos ou até 24 (vinte e quatro) anos, se estudantes universitários, ou maiores, se inválidos ou interditados;
    II - os pais;

    III - os irmãos, de qualquer condição, menores de 21 (vinte e um) anos, ou inválidos.

    § 5º - A condição de dependente se verificará mediante a comprovação da existência, ao tempo do óbito do segurado, de relação de dependência econômica, que é presumida para as pessoas indicadas no inciso I, ressalvados os termos do § 2º deste artigo.

     



    Art. 15. A metade da pensão por morte será concedida a uma das pessoas seguintes: ao cônjuge, à companheira, ao companheiro ou ao parceiro homoafetivo; e a outra metade, repartidamente e em proporções iguais entre si, aos filhos de qualquer condição (inciso I do art. 14) e aos equiparados na forma do § 2º do art. 14.

  • Enunciado: Tício, servidor público estatutário do Rio de Janeiro, faleceu deixando como dependentes sua genitora Iolanda, seu filho Matheus de 6 anos e sua esposa Maria. De acordo com a Lei Estadual nº 5260/08, a divisão da pensão por morte se dará da seguinte forma;

    C) 50% para Maria e 50% para Matheus.

    Tícío deixou como dependentes:

    - Maria---->esposa

    - Matheus---->filho

    - Iolanda---->mãe

    O art. 14, da Lei Estadual nº 5.260/2008, estabelece o rol de dependentes. Observe:

    Art. 14. São beneficiários da pensão por morte, na qualidade de dependentes do segurado:

    I - o cônjuge, a companheira ou o companheiro, os parceiros homoafetivos e os filhos não emancipados, de qualquer condição, menores de 21 (vinte e um) anos ou maiores, se inválidos ou interditados;

    II - os pais;

    III - os irmãos, de qualquer condição, menores de 21 (vinte e um) anos, ou inválidos.

    IV - os filhos não emancipados, de qualquer condição, até 24 (vinte e quatro) anos, se estudantes universitários.

    Maria e Matheus se enquadram aos dependentes descritos no art. 14, inciso I, da Lei Estadual nº 5.260/2008. Iolanda, por sua vez, se enquadra como dependente pelo art. 14, inciso II, da Lei Estadual nº 5.260/2008.

    Entretanto, a existência de uma classe exclui o direito das demais. Veja o art. 14, parágrafo 1º, da Lei Estadual nº 5.260/2008.

    Art. 14 [...]

    § 1º - A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.

    Assim, Maria e Matheus, dependentes da primeira classe, receberão pensão por morte em razão do falecimento de Tício.

    Como será a divisão da pensão?

    A resposta pode ser encontrada no art. 15, da Lei Estadual nº 5.260/2008. Observe:

    Art. 15. A metade da pensão por morte será concedida a uma das pessoas seguintes: ao cônjuge, à companheira, ao companheiro ou ao parceiro homoafetivo; e a outra metade, repartidamente e em proporções iguais entre si, aos filhos de qualquer condição (inciso I do art. 14) e aos equiparados na forma do § 2º do art. 14.

    Ou seja, 50% para Maria e 50% para Matheus.

    Resposta: C


ID
1118638
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação da Defensoria Pública
Assuntos

Com base na Lei Complementar nº 06/77, compete ao Conselho Superior da Defensoria Pública do Rio de Janeiro

Alternativas
Comentários
  • LC 06/77


    Art. 16 - Compete ao Conselho Superior, além de outras atribuições:


    XIII - julgar, em grau de recurso, os processos disciplinares de membros da Defensoria Pública.

    Gabarito E

  • Acrescento o comentário:


    Corregedor Geral (Responsável por relatórios de correições ordinárias ou extraordinárias), escolhido entre o mais votado da lista tríplice, dentre os integrantes da classe mais elevada da Carreira e nomeado pelo Defensor Público Geral; podendo ser destituído pelo Conselho Superior, antes do término do mandato deste, por proposta do Defensor Público Geral, pelo voto de 2/3 de seus membros;


    O Corregedor – Geral, desde que não figure como um dos membros afastados da carreira, estará entre os 6 nomes da classe mais elevada para compor, como membro nato, o Conselho Superior da Defensoria Pública, eleito para mandato de 2 (dois) anos, permitida uma reeleição;


    ...


    Faltas, impedimentos, licenças e férias do Defensor Público Geral:


    1º Subdefensor Público Geral; ou

    2º Subdefensor Público Geral


    Que são indicados pelo Defensor Publico Geral, dentre os integrantes da carreira e nomeados pelo Governador do Estado.


    ...


    Vacância do cargo de Defensor Público Geral dentro de 3 anos e 6 meses.


    --- > Haverá nova eleição, dentro de 30 dias;

    --- > Para composição da nova lista tríplice;

    --- > O Governador de Estado nomeia novo Defensor Público Geral.


    Se a vacância do cargo de Defensor Público Geral ocorrer a menos de 6 meses do final do mandato (que seria a partir de 5 meses e 30 dias, por exemplo):


    --- > Não haverá nova eleição para compor a lista tríplice;

    --- > Haverá a nomeação pelo Governador, dentre ordem das opções respectivas:


    ... o 1º Subdefensor Público Geral do Estado (como a primeira opção de escolha para nomeação),

    ... o 2º Subdefensor Público Geral do Estado (como a segunda opção de escolha para noemação) ou

    ... o Corregedor Geral da Defensoria Pública (como terceira opção de escolha para nomeação),

    .... obedecida esta ordem, para complementação do mandato interrompido.


  • DIRETO AO PONTO: a questão baseia-se na LC 06/77, que organiza a Defensoria Pública no RJ (e não na LC 80/94), e cobra matéria que é tratada de forma diferente nos dois diplomas.

    * Na LC 80/94: O corregedor-geral pode ser destituído pelo voto de 2/3 dos membros do Conselho Superior:

    Art. 104. A Corregedoria-Geral é exercida pelo Corregedor-Geral indicado dentre os integrantes da classe mais elevada da Carreira, em lista tríplice formada pelo Conselho Superior, e nomeado pelo Defensor Público-Geral para mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução.

    § 1º O Corregedor-Geral poderá ser destituído por proposta do Defensor Publico-Geral, pelo voto de dois terços do Conselho Superior, antes do término do mandato.

    * Na LC 06/77 do RJ: NÃO há previsão de destituição do corregedor-geral pelo Conselho (ver art. 16 da LC 06/77). Somente o Defensor-Geral e o Ouvidor-geral podem ser destituídos pelo voto do Conselho. Confiram as competências do Conselho Superior da Defensoria do Rio de Janeiro:

    Art. 16 – Compete ao Conselho Superior, além de outras atribuições:

    I – organizar as listas de promoção por antigüidade e por merecimento;

    II – aprovar a lista anual de antigüidade, bem como julgar as reclamações dela interpostas pelos interessados;

    III – atualizar as listas de antigüidade dos membros da Defensoria Pública na data da ocorrência da vaga;

    IV – organizar o concurso para provimento de cargos da carreira da Defensoria Pública;

    V – opinar nas representações oferecidas contra membros da Defensoria Pública, quando solicitado o seu pronunciamento pelo Defensor Público Geral;

    VI – recomendar as medidas necessárias ao regular funcionamento da Defensoria Pública, a fim de assegurar o seu prestígio e a plena consecução de seus fins;

    VII – regular a forma pela qual será manifestada a recusa à promoção;

    III – propor ao Defensor Público Geral, sem prejuízo da iniciativa deste, a aplicação de penas disciplinares;

    IX – representar ao Defensor Público Geral sobre qualquer assunto que interesse à organização da Defensoria Pública ou à disciplina de seus membros;

    X – pronunciar-se sobre qualquer assunto que lhe seja submetido pelo Defensor Público Geral;

    XI – confirmar, ou não, na carreira o Defensor Público de 3ª Categoria, ao final de seu estágio;

    XII – elaborar o seu Regimento Interno;

    XIII – julgar, em grau de recurso, os processos disciplinares de membros da Defensoria Pública.

    O inciso XIII, aliás, é o gabarito da questão (alternativa E).


ID
1118641
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação da Defensoria Pública
Assuntos

Preocupado com o expressivo número de ações propostas para compelir a internação em hospitais públicos, o Conselho Superior da Defensoria Pública alterou as atribuições do órgão de atuação de Henrique, Defensor Público Titular, para que ele não pudesse mais ingressar com as referidas ações. Dessa forma há flagrante violação à garantia da:

Alternativas
Comentários
  •  Inamovibilidade:  através  da  garantia  de  independência  funcional,  o  de­

    fensor público é livre para desempenhar suas funções de acordo com sua 

    consciência,  sempre  nos  interesses de seu  assistido,  sem  sofrer ingerên­

    cias  ou  pressões  externas.  E  exatamente  para  garantir  a  independência 

    funcional do defensor público é que lhe é assegurada a inamovibilidade. A 

    inamovibilidade abrange não só a transferência do defensor público para 

    outra comarca ou seção judiciária, como seu deslocamento para órgão de 

    atuação diverso, ainda que na mesma comarca. A garantia da inamovibili­

    dade impede que o defensor público seja transferido do local onde exerce 

    suas  funções,  seja  na  mesma  comarca  ou  seção judiciária  ou  em  outra 

    diversa.

    Guilherme Freire - Defensoria Pública - 2013, p. 181.

  • Para complementar, até porque por ora, o comentário abaixo do colega trouxe somente um aspecto da garantia da INAMOVIBILIDADE do Defensor Público, que ao meu ver, não responde a questão, segue abaixo:

     

    ASSERTIVA:

    "Preocupado com o expressivo número de ações propostas para compelir a internação em hospitais públicos, o Conselho Superior da Defensoria Pública alterou as atribuições do órgão de atuação de Henrique, Defensor Público Titular, para que ele não pudesse mais ingressar com as referidas ações. Dessa forma há flagrante violação à garantia da inamovibilidade", SOB O ASPECTO DE IMPEDIR A RETIRADA DE PROCESSOS DE RESPONSABILIDADE DE DETERMINADO DEFENSOR PÚBLICO, COM EXCEÇÃO DE REDISTRIBUIÇÃO DE PROCESSOS POR ESPECIALIDADE (CRIAÇÃO DE NOVAS VARAS) OU EM CASOS DE DECORRÊNCIA DE LEI (AVOCAÇÃO POR COMPETÊNCIA, ETC).

     

    Assim, a garantia da INAMOVIBILIDADE se expressa de duas formas: 

     

    I) Garantia demembros da DP de que não serão arbitrariamente removidos de sua lotação pelos órgãos de gestão da DP,salvo por interesse público (mediante procedimento administrativo) ou a pedido.

     

    II) Não retirada de processos sob sua responsabilidade, salvo hipóteses legais nos termos escrito acima.

  • Credo!! não conhecia essa faceta da inamovibilidade

  • Gabarito: C



    INAMOVIBILIDADE: A garantida de inamovibilidade resguarda o defensor público para que exerça suas funções livremente, sem que seja compelido a assumir atribuições surpresas, sem pressão de terceiros ou de outras autoridades públicas, o que contribui para o exercício normal de suas funções, sempre com respaldo no interesse público.


    REMOÇÃO COMPULSÓRIA: Como se vê a Remoção Compulsória é um tipo de sansão aplicado aos membros da Defensoria Pública (da UNIÃO, Estados, DF e Territórios) e será aplicada pelo Defensor Público Geral, aprovada pelo voto de dois terços do Conselho Superior, sempre que a falta praticada, pela sua gravidade e repercussão, tornar incompatível a permanência do faltoso no órgão de atuação de sua lotação, garantida sempre a ampla defesa, sendo obrigatório o inquérito administrativo. A contar da data que foi cometida a Remoção Compulsória, prescrevem em 2 anos.


    GARANTIA DE ESTABILIDADE: Os membros da Defensoria Pública não possuem VITALICIEDADE, mas APENAS ESTABILIDADE. Veja que, conforme a LC nº 80/94 Art. 43. São garantias dos membros da Defensoria Pública da União: ( Isso vale para todas as DPEs tb) (... ) IV - a estabilidade ( inclusive a Lei 8.112/90 é aplicada subsidiariamente á DPU), aplicando-se a ele o disposto no art. 41 da Constituição. Dessa forma, somente perde o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, processo administrativo e avaliação periódica de desempenho, sempre assegurada a ampla defesa.


  • Só tenho uma coisa a falar, tá difícil estudar com a FGV

  • Eu consegui resolver assim:

    A questão pede "....violação á GARANTIA da:"......

    Logo: as que são GARANTIAS nas opções são: Estabilidade e Inamovibilidade segundo a LC 80/94

    Unidade e Indivisibilidade são PRINCIPIOS tanto na LC 06 e na LC 80 e na CF

    Autonomia Administrativa é um beneficio, um direito está na LC 06/77 , art 4" A DP gozara de autonomia adm e financeira....." e tbm na CF

  • Atenção, o gabarito é a LETRA B, não a letra C como colocou o colega Gabriel!

  • Segue trecho do livro do Franklyn Roger sobre inamovibilidade -

    "Tradicionalmente, a garantia da inamovibilidade vem associada à ideia de impossibilidade de remoção involuntária do Defensor Público do órgão de atuação, impedindo a transferência de uma comarca para a outra, bem como de um órgão para outro, ainda que situado na mesma comarca ou nas dependências do mesmo fórum11. No entanto, para que possa ser adequadamente compreendida, a garantia da inamovibilidade não deve ser analisada sob uma perspectiva meramente geográfica ou espacial, associada unicamente à estrutura física do órgão de atuação. Na realidade, a inamovibilidade deve ser entendida sob um prisma eminentemente funcional, estando diretamente ligada ao plexo de atribuições inerentes ao órgão. A inamovibilidade não tem o objetivo de assegurar a permanência do Defensor Público em determinada localidade; a garantia pretende preservar as características intrínsecas do órgão de atuação, evitando que o conjunto de atribuições a serem desempenhadas pelo membro da Defensoria Pública seja suprimido ou esvaziado12. Por essa razão, para que ocorra qualquer espécie de exclusão de atribuições de determinado órgão de atuação, deve haver a prévia anuência do membro da Defensoria Pública. Além disso, o acréscimo de atribuições não pode ser utilizado como instrumento para sufocar o trabalho do Defensor Público, prejudicando sua atuação em determinadas áreas sensíveis ou forçando-o a requerer a remoção voluntária. Dentro da mesma lógica funcional, não pode o Defensor Público ser involuntariamente retirado das atribuições de determinado órgão de atuação em virtude de eventual promoção na carreira. Se essa hipótese fosse admitida, estaria aberta a possibilidade de violação maquiada da garantia da inamovibilidade, pois o membro da Defensoria Pública poderia ser involuntariamente afastado de suas atribuições por força da elevação à categoria superior na carreira; seria uma espécie de punição disfarçada de prêmio13. Justamente para evitar essa hipótese velada de violação à inamovibilidade, os arts. 32, 77 e 116, § 1º, da LC nº 80/1994 preveem que as promoções serão sempre facultativas, não sendo possível compelir o Defensor Público a aceitar o cargo superior14."


ID
1118644
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação da Defensoria Pública
Assuntos

Pedro foi atendido pelo Defensor Público André, que entendeu não ser Pedro um hipossuficiente econômico. O Defensor Público deverá.

Alternativas
Comentários
  • Art. 4º, LC 80:

    § 8º  Se o Defensor Público entender inexistir hipótese de atuação institucional, dará imediata ciência ao Defensor  Público-Geral,  que  decidirá  a  controvérsia,  indicando,  se  for  o  caso,  outro  Defensor  Público  para atuar.


  • na LC06 não fala ? Alguem sabe explicar?

  • Gabarito: C


    Art. 4º-A. São direitos dos assistidos da Defensoria Pública, além daqueles previstos na legislação estadual ou em atos normativos internos:     (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).


    III – o direito de ter sua pretensão revista no caso de recusa de atuação pelo Defensor Público;     (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).


    Art. 4º, LC 80/94. § 8º Se o Defensor Público entender inexistir hipótese de atuação institucional, dará imediata ciência ao Defensor Público-Geral, que decidirá a controvérsia, indicando, se for o caso, outro Defensor Público para atuar.


    Em caso de recusa de atuação por parte do Defensor Público em relação pretendida pelo assistido, haverá obrigação de comunicar ao Defensor Público Geral para avaliação do caso e, sendo possível e necessário, indicar outro Defensor para atuar nessa demanda.


    De qualquer modo, é possível que o Defensor Público, como manifestação de sua independência funcional, recuse a atuação quando entender descabida.



ID
1118647
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação da Defensoria Pública
Assuntos

Considerando o disposto na Lei Complementar nº 80/94 e na Lei Complementar nº 06/77, o Ouvidor Geral da Defensoria Pública do Rio de Janeiro será escolhido pelo;

Alternativas
Comentários
  • Art. 105-B da Lei Complementar n. 80/94. "O Ouvidor-Geral será escolhido pelo Conselho Superior, dentre cidadãos de reputação ilibada, não integrante da carreira, indicados em lista tríplice formada pela sociedade civil, para mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução.

  • escolhido pelo conselho superior da DPE, dentre cidadãos de reputação ilibada, noa sendo integrante de carreira, indiicado em lista triplice formada pela sociedade civel com mandato de 2 anos permitida uma recondução.

  • LC 06/77 (RJ), Art. 20-B - "O Ouvidor-Geral será escolhido pelo Conselho Superior, dentre cidadãos de reputação ilibada, não integrante da Carreira, indicados em lista tríplice formada pela sociedade civil, para mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução."

    * Nova redação dada pela Lei Complementar 169/2016.


    LC 80/94, Art. 105-B. "O Ouvidor-Geral será escolhido pelo Conselho Superior, dentre cidadãos de reputação ilibada, não integrante da Carreira, indicados em lista tríplice formada pela sociedade civil, para mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução." (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).

  • Lei Complementar 80/ 94.

    Art. 105-B. O Ouvidor-Geral será escolhido pelo Conselho Superior, dentre cidadãos de reputação ilibada, não integrante da Carreira, indicados em lista tríplice formada pela sociedade civil, para mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução.    

    § 1 O Conselho Superior editará normas regulamentando a forma de elaboração da lista tríplice.    

    § 2 O Ouvidor-Geral será nomeado pelo Defensor Público-Geral do Estado.     

    § 3 O cargo de Ouvidor-Geral será exercido em regime de dedicação exclusiva.   

  • *Cidadão, vou ouvir seu Conselho*

    Ou

    *De 3 cidadãos de SC, 1 Ouviu seu Conselho*

    (SC--> Sociedade Civil / Santa Catarina)

    Bom, tirei isso da cabeça. Pra mim funcionou!

  • Pra quem, assim como eu, veio apenas buscar o gabarito da questão:

    Gabarito E)

  • Nossa! Agora que percebi.... A banca colocou uma correta na alternativa A e a mais correta na E. Quem foi afobado tomou bonito!

  • Na verdade a A) não está correta Vanessa, pois generalizou dizendo "quaisquer cidadãos", afinal de contas um integrante de carreira também é um cidadão.

    Questão mole, assim como todas as outras de LI.

  • A única diferença entre a alternativa A e a B é o fato do Ouvidor-Geral ser escolhido dentre cidadãos não integrantes da carreira.

    Lei Complementar 80/ 94.

    Art. 105-B. O Ouvidor-Geral será escolhidos pelo Conselho Superior, dentre cidadãos de reputação ilibada, 

    não integrante da Carreira, indicados em lista tríplice formada pela sociedade civil, para mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução.  

  • (OUVIDOR)

    1.      ESCOLHIDO PELO C.S

    2.      CIDADÃOS DE REP. ILIBADA

    3.      NÃO INTEGRANTE DA CARREIRA

    4.      LISTA TRIPLICE FEITA PELA SOCIEDADE CIVIL.

  • letra E - Art. 105-B. O Ouvidor-Geral será escolhido pelo Conselho Superior, dentre cidadãos de reputação ilibada, não integrante da Carreira, indicados em lista tríplice formada pela sociedade civil, para mandato de 2 anos, permitida 1 recondução.   

    LoreDamasceno, seja forte e corajosa.


ID
1118650
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação da Defensoria Pública
Assuntos

O ingresso na carreira da Defensoria Pública do Rio de Janeiro far- se-á no cargo de Defensor Público Substituto mediante aprovação em concurso público de provas e títulos. O candidato aprovado no concurso, respeitada a ordem de classificação e o número de vagas existentes, será .

Alternativas
Comentários
  • Art. 113 da LC 80/94.

  • Nossa, então não guarda simetria com o MP, né? rs

  • Art. 113 (lc 80/94). O candidato aprovado no concurso público para ingresso na carreira da Defensoria Pública do Estado será nomeado pelo Governador do Estado para cargo inicial da carreira, respeitada a ordem de classificação e o número de vagas existentes.

  • Gabarito: A

     

    LC 06/77

    Art. 51 - Os cargos da classe inicial do Quadro da Defensoria Pública serão providos em caráter efetivo, por nomeação do Governador, observando a ordemd e encaminhamento dos nomes dos candidatos aprovados em concurso.

  • GOV nomeia

    DPG empossa

  • "Essa autonomia institucional está presente na Constituição desde a aprovação da Emenda 45 no que diz respeito às Defensorias Estaduais, sendo, recentemente estendida à Defensoria Pública Federal (Emenda 74/13), o que impende concluir, nas palavras de Guilherme Peña, que a Defensoria tem “capacidade efetiva de assumir e conduzir por si mesmo, integralmente, gestão de seus negócios e interesses.”  Desse modo, os atos administrativos expedidos pelo chefe da instituição são autoexecutórios e, portanto, não estão sujeitos a nenhum juízo de delibação externo que extrapole os limites delineados pela Constituição, da mesma forma que acontece com atos emanados do chefe do Judiciário ou do Ministério Público.

    Com efeito, o princípio da paridade ou da equivalência das instituições jurídico-democráticas, faz concluir que não pode ser dispensado tratamento diverso à Defensoria daquele conferido à magistratura e ao Ministério Público, sendo, portanto, o ato de nomeação dos aprovados em concurso privativo do Defensor Público Geral.

    Interessante ressaltar que, conquanto o artigo 113 da LC 80/1994, cuja redação é anterior à edição da emenda que conferiu autonomia à Defensoria Pública, não tenha sido alterado, mantendo o ato de nomeação como de competência do executivo, considera-se que tal dispositivo foi tacitamente revogado pela Constituição Federal, tanto que várias leis complementares e constituições estaduais já adequaram a legislação local aos preceitos constitucionais, a exemplo da própria Constituição do Estado da Paraíba (artigo 141 a 143) e da Lei Complementar 104 do Estado da Paraíba (artigo 59) que dispõem expressamente que os cargos de Defensor Público do Estado serão providos por nomeação do Defensor Público Geral."

    https://www.conjur.com.br/2016-nov-29/tribuna-defensoria-quem-compete-nomear-aprovados-cargo-defensor-publico

  • Art. 113. O candidato aprovado no concurso público para ingresso na carreira da Defensoria Pública do Estado será nomeado pelo Governador do Estado (revogado por nao recepção - LC 80 é anterior à EC 45/04 que conferiu autonomia às DPS. - HOJE QUEM NOMEIA É O DPGE) para cargo inicial da carreira, respeitada a ordem de classificação e o número de vagas existentes.

    Art. 114. O candidato aprovado poderá renunciar à nomeação correspondente à sua classificação, antecipadamente ou até o termo final do prazo de posse, caso em que, optando o renunciante, será deslocado para o último lugar da lista de classificados.

    -

    "Essa autonomia institucional está presente na Constituição desde a aprovação da Emenda 45 no que diz respeito às Defensorias Estaduais, sendo, recentemente estendida à Defensoria Pública Federal (Emenda 74/13), o que impende concluir, nas palavras de Guilherme Peña, que a Defensoria tem “capacidade efetiva de assumir e conduzir por si mesmo, integralmente, gestão de seus negócios e interesses.”  Desse modo, os atos administrativos expedidos pelo chefe da instituição são autoexecutórios e, portanto, não estão sujeitos a nenhum juízo de delibação externo que extrapole os limites delineados pela Constituição, da mesma forma que acontece com atos emanados do chefe do Judiciário ou do Ministério Público.

    Com efeito, o princípio da paridade ou da equivalência das instituições jurídico-democráticas, faz concluir que não pode ser dispensado tratamento diverso à Defensoria daquele conferido à magistratura e ao Ministério Público, sendo, portanto, o ato de nomeação dos aprovados em concurso privativo do Defensor Público Geral.

    Interessante ressaltar que, conquanto o artigo 113 da LC 80/1994, cuja redação é anterior à edição da emenda que conferiu autonomia à Defensoria Pública, não tenha sido alterado, mantendo o ato de nomeação como de competência do executivo, considera-se que tal dispositivo foi tacitamente revogado pela Constituição Federal, tanto que várias leis complementares e constituições estaduais já adequaram a legislação local aos preceitos constitucionais, a exemplo da própria Constituição do Estado da Paraíba (artigo 141 a 143) e da Lei Complementar 104 do Estado da Paraíba (artigo 59) que dispõem expressamente que os cargos de Defensor Público do Estado serão providos por nomeação do Defensor Público Geral."

    https://www.conjur.com.br/2016-nov-29/tribuna-defensoria-quem-compete-nomear-aprovados-cargo-defensor-publico


ID
1118653
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Para ser considerado hipossuficiente econômico nos termos da Lei 1060/50, deverá a parte.

Alternativas
Comentários
  • O art. 2º da Lei 1.060/50 em seu § único assim dispõe:

    Parágrafo único. - Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele cuja situação econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.

  • LEI 1.060/50

    Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.



  • Cuidado:

    Art. 2º.  (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015)    (Vigência)

    Art. 4º.  (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015)    (Vigência)

  • Art. 99, NCPC.  O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

    § 1o Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso.

    § 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.

    § 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.

    § 4o A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.

    § 5o Na hipótese do § 4o, o recurso que verse exclusivamente sobre valor de honorários de sucumbência fixados em favor do advogado de beneficiário estará sujeito a preparo, salvo se o próprio advogado demonstrar que tem direito à gratuidade.

    § 6o O direito à gratuidade da justiça é pessoal, não se estendendo a litisconsorte ou a sucessor do beneficiário, salvo requerimento e deferimento expressos.

    § 7o Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do recolhimento.

    Art. 100.  Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu curso.

    Parágrafo único.  Revogado o benefício, a parte arcará com as despesas processuais que tiver deixado de adiantar e pagará, em caso de má-fé, até o décuplo de seu valor a título de multa, que será revertida em benefício da Fazenda Pública estadual ou federal e poderá ser inscrita em dívida ativa.


ID
1118656
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Durante apuração sumária por meio de sindicância, de ato cometido por Francisco, foi evidenciada falta punível com pena superior à de suspensão por mais de 30 dias. Nesse caso;

Alternativas
Comentários
  • Sindicância X Processo Administrativo Disciplinar (PAD)

    O processo administrativo disciplinar – PAD (lato sensu) abrange a sindicância administrativa e o processo administrativo disciplinar (stricto sensu), nos termos do art. 143 da Lei nº 8.112/90.

    O proc. adm. disciplinar é o meio de apuração e punição de faltas graves dos servidores públicos e demais pessoas sujeitas ao regime funcional de determinados estabelecimentos da Administração, enquanto que a sindicância é o meio sumário de elucidação de irregularidades no serviço para subseqüente instauração de processo e punição ao infrator. Esta é o verdadeiro inquérito administrativo que precede o processo administrativo disciplinar.

    Numa primeira modalidade a sindicância caracteriza-se como peça preliminar e informativa do processo administrativo disciplinar, ou seja, é meio de apuração prévia. A segunda espécie seria a sindicância de caráter processual, pois destina-se a apurar a responsabilidade de servidor identificado, por falta leve, podendo resultar em aplicação de pena – é um processo administrativo disciplinar sumário.

    A sindicância administrativa poderá resultar em:

    I – arquivamento do processo, no caso de inexistência de irregularidade ou de impossibilidade de se apurar a autoria;

    II – aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até trinta dias; ou

    III – instauração de processo administrativo disciplinar.

    O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.

    Após as apurações deve a administração pública chegar à conclusão se cabe ou não instaurar o processo administrativo disciplinar. Verificando que o caso concreto exige a aplicação de punição administrativa, que não é compatível com a sindicância, deve proceder à instauração do referido processo, abrindo prazo para defesa do acusado, sob pena de nulidade do processo

  • alguem sabe qual o erro da letra d?


  • Theandra, como foi apurada infração com pena de suspensão por mais de 30 dias, não será mais processo sumário, mas sim instaurado processo administrativo disciplinar. A alternativa "d" dá a entender que continuará a ser sumário, mas com o rito do PAD, o que não é verdade, pois deixará de ser sumário.

    Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição  de penalidade de suspensão por mais de trinta dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar. 


  • Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.

  • Podemos fazer uma pequena comparação:


    Sindicância Administrativa = Inquérito Policial (Peça informativa)

    Processo Administrativo Disciplinar (P.A.D.) = Processo Judicial Criminal
  • Qual é a lei que regula a sindicância? E qual fundamento para letra C estar errada?

  • Gabarito A


    Dúvida do Márcio - Medida Cautelar é para processo disciplinar e não sindicância como a questão diz.


    L8112/90 - Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a  autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.

    Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.




    Sindicância - Proc. Sumário (simples) - até 30 dias (pode prorrogar por igual período) - advertência ou suspensão

    PAD - Proc. Ordinário (complexo) - mais de 30 dias - suspensão


    L8112/90 - Art. 145. Da sindicância poderá resultar:

     I - arquivamento do processo;

     II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias;

     III - instauração de processo disciplinar.

     Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.


     Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.

  • Não entendi porque a C está errada. A instauração da sindicância não impede o afastamento preventivo imediato, uma vez que se trata de medida do PAD?! :/

  • Suspensão por mais de 30 dias, não pode ser Sindicância.Elimina a B, C D. e a E seria o inverso.

  • No caso, essa questão foi para a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, onde os funcionários públicos civis estaduais possuem o seu próprio estatuto.

     

    DECRETO-LEI Nº 220 DE 18 DE JULHO DE 1975.

    Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro.

    (...)

    Art. 62 - A apuração sumária, por meio de sindicância não ficará adstrita ao rito determinado para o inquérito administrativo, constituindo simples averiguação, que poderá ser realizada por um único funcionário. (Erro da alternativa D é dizer que ficará adstrita)

     

    Art. 63 - Se no curso da apuração sumária ficar evidenciada falta punível com pena superior à advertência, repreensão, suspensão até 30 (trinta) dias ou multa correspondente, o responsável pela apuração comunicará o fato ao superior imediato, que solicitará, pelos canais competentes, a instauração do inquérito administrativo.

    (...)

     

    Gabarito A

  • Em se tratando de questão formulado em concurso para cargo nos quadros da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, aplica-se ao caso o respectivo Estatuto dos Servidores Públicos Civis daquela unidade federativa, vazado no Decreto 2.479/79, mais precisamente a disposição contida em seu art. 313, que abaixo colaciono para maior comodidade do prazo leitor:

    "Art. 313Se, no curso da apuração sumária, ficar evidenciada falta punível com pena superior à de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, ou multa correspondente, o responsável pela apuração comunicará o fato ao superior imediato que solicitará, pelos canais competentes, a instauração de processo administrativo disciplinar."

    Em complemento, é válido frisar que, na órbita federal, prevalece a mesma lógica, como se depreende da regra contida no art. 146 da Lei 8.112/90, in verbis:

    " Art. 146.  Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar."

    Firmadas estas premissas, e em vista das opções propostas pela Banca, fica claro que a única alternativa acertada é aquela indicada na letra "a".

    Todas as demais divergem substancialmente do figurino legal.

    Gabarito do professor: A
  • Todos argumentaram com base na lei Lei nº 8.112/90. Porém ficaram muitas dúvidas com relação as questões que estão erradas, ninguém fez nenhuma justificativa. Só foi apresentada á lei literal.


ID
1118659
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação da Defensoria Pública
Assuntos

A Defensoria Pública ingressou com ação em face do Município do Rio de Janeiro para garantir o acesso do assistido a medicamentos. Em sendo vitorioso, o Defensor Público, no tocante às verbas de sucumbência, deverá;

Alternativas
Comentários
  • LC 80/94

    Art. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras:

    XXI – executar e receber as verbas sucumbenciais decorrentes de sua atuação, inclusive quando devidas por quaisquer entes públicos, destinando-as a fundos geridos pela Defensoria Pública e destinados, exclusivamente, ao aparelhamento da Defensoria Pública e à capacitação profissional de seus membros e servidores;     (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).

  • Sucumbência: é o princípio pelo qual a parte perdedora no processo é obrigada a arcar com os honorários do advogado da parte vencedora. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios.

    pode ajudar quem não é do ramo do direito! ;)

  • mas a questão não dá a entender que quem vai receber é o defensor????????e no artigo da lei diz q querm recebe é a defensoria.


ID
1118662
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

De acordo com a Constituição da República, são órgãos do Poder Judiciário, dentre outros,

Alternativas
Comentários
  • Conforme artigo 92, da Constituição:

    Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

    I - o Supremo Tribunal Federal;

    I-A o Conselho Nacional de Justiça;

    II - o Superior Tribunal de Justiça;

    III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

    IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;

    V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

    VI - os Tribunais e Juízes Militares;

    VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.


    Desse modo, seguem os erros das alternativas:

    a) os Juízos, as Promotorias de Justiça e a Defensoria Pública.

    b) os Tribunais, o Ministério Público e as Procuradorias Municipais, Estaduais e Federais.

    c) o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal de Contas da União

    e) os Tribunais e a Defensoria Pública (da União e dos Estados).

  • Complementando o comentário do colega, s.m.j. entendo que há uma atecnia na assertiva dada como correta pela banca, posto que o examinador confundiu JUÍZO com JUIZ.

    A letra da nossa Carta maior se refere a JUIZES  e não JUIZOS

    Há uma sutil diferença entre os vocábulos, senão vejamos:

    Juiz é o cidadão investido do Poder Jurisdicional para julgar uma causa. Pode ser o Juiz togado, membro da Magistratura e investido através de concurso Público, mas também pode ser o jurado (juiz de fato), ou ainda os juízes leigos, presentes nos Juizados Especiais Cíveis (caput do artigo 21, da lei 9.099/95).
    Juízo é a somatória do magistrado com os órgãos auxiliares, atuantes sob o seu comando. Como auxiliares permanentes temos o escrivão, o oficial de justiça, o distribuidor. Há ainda, entretanto, os auxiliares eventuais, como o intérprete, o depositário, o administrador, o perito, o s´ndico da massa falida, etc.. (HTJ, 239ss.)
    Foro  é a circunscrição territorial, na qual o juiz exerce sua atividade jurisdicional 

  • Concordo plenamente com o comentário abaixo, tendo em vista que a CR/88 fala em JUÍZES, e não "juízo". Questão deveria ter sido anulada!

  • Gabarito letra d).

     

    CF, Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

     

    I - o Supremo Tribunal Federal;

     

    I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (SEM FUNÇÃO JURISDICIONAL)

     

    II - o Superior Tribunal de Justiça;

     

    II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016). ATENÇÃO: ADICIONADO ANO PASSADO.

     

    III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

     

    IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;

     

    V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

     

    VI - os Tribunais e Juízes Militares;

     

    VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

     

     

    *OBS. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Tribunal Marítimo e o Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Município e dos Municípios não são orgãos do Poder Judiciário, apesar de seus respctivos nomes.

     

     

    ** Ministério Público (Art. 127), Advocacia Pública (Art. 131), Advocacia (Bancas usam a expressão Advocacia Privada e também está correto. Art. 133) e Defensoria Pública (Art. 134) = FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA.

    DICA: RESOLVER A Q339131

     

     

     

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  •  

    CF, Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

     

    I - o Supremo Tribunal Federal;

  • Não passa uma questão em branco dessa banca, até mesmo uma questão simples dessa conseguiram errar, colocar JUÍZO está errado, pq na CF está JUÍZES, e todos sabemos que existe uma diferença entre esses termos conforme já comentado!

  • GAB D.

    Tribunal de Contas não faz parte do PJ. 

  • São órgaos do poder judiciário:

    1-SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL;

    2-CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA;

    3-SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA;

    4-TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO;

    5-TRIBUNAIS REGIONAS FEDERAIS E JUIZES FEDERAIS ;

    6-TRIBUNAIS E JUIZES DO TRABALHO;

    7-TRIBUNAIS E JUIZES ELEITORAIS;

    8-TRIBUNAIS E JUIZES MILITARES;

    9-TRIBUNAIS E JUIZES DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL E TERITÓRIOS;

     

  • "Juízo" é o que falta ao elaborador da questão. Lamentável.

  • A questão aborda a temática relacionada à organização constitucional do Poder Judiciário. Conforme a CF/88, temos que:

    Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I- A o Conselho Nacional de Justiça; II - o Superior Tribunal de Justiça; II- A - o Tribunal Superior do Trabalho; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

    Portanto, de acordo com a Constituição da República, são órgãos do Poder Judiciário, dentre outros, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais e Juízos do Trabalho.

    Gabarito do professor: letra d.


  • Conforme artigo 92, da Constituição:

     

    Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

    I - o Supremo Tribunal Federal;

    I-A o Conselho Nacional de Justiça;

    II - o Superior Tribunal de Justiça;

    III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

    IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;

    V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

    VI - os Tribunais e Juízes Militares;

    VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.


ID
1118665
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O remédio constitucional previsto na Constituição da República para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, chama-se;

Alternativas
Comentários
    • HABEAS DATA

    Conceder-se-á habeas data: I – para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público (não em processo administrativo); II – para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; III – para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e esteja sob pendência judicial ou amigável (esta última é uma possibilidade infraconstitucional, prevista na lei 9.507).

    CF 88 - Art. 5º

    LXXII - conceder-se-á "habeas-data":

    a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

    b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;




  • É importante que os senhores lembrem que a tramitação do "habeas data" tem prioridade sobre os demais processos, exceto em relação do "habeas corpus" e o "mandado de segurança".

  • Ressalva quanto a possibilidade de impetração de Mandado de Segurança ou habeas data...

    Segundo Celso Spitzcovsky: "O que vai determinar, portanto, o instrumento a ser utilizado para as hipóteses em que o Poder Público, de maneira imotivada, se recusa a fornecer informações solicitadas é a natureza delas. Com efeito, tratando-se de informações personalíssimas, a negativa administrativa abre a oportunidade à propositura de "habeas data" nos termos do artigo 5º, LXXII, da CF/1988. Se as informações forem, no entanto, tão somente de interesse particular ou coletivo, solicitadas com base no inciso XXXIII, sua negativa abre ensejo à propositura de mandado de segurança, em caráter residual".

  • Para não zerar a prova...

  •  

                                                                   HABEAS DATA

    Súmula nº 2 STJ Não cabe o habeas data (CF/88, art. 5º, LXXII, a) se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa.

     

    Q636739

    Conceder-se-á habeas data para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

    LXXII - conceder-se-á habeas data:

     Habeas data é o remédio constitucional colocado à disposição da pessoa física ou jurídica com o objetivo de lhe assegurar o conhecimento de registros concernentes ao requerente e constantes de repartições públicas ou particulares acessíveis ao público, para retificação de seus dados pessoais, quando não prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo, bem como para a anotação, nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável.

    a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

     

    b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

     

    Q433042

    O  remédio  individual que não pode ser utilizado para ciência  de dados de terceiros.

  • FGV amaaaa HABEAS DATA viiiu...Minha nossa!

  • A questão exige conhecimento relacionado aos remédios constitucionais garantidos constitucionalmente. Nesse sentido, o remédio constitucional previsto na Constituição da República para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, chama-se habeas data. Conforme a CF/88:

    Art. 5º, LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
     
    Gabarito do professor: letra d.

  • habeas data


ID
1118668
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Processo legislativo é o conjunto de regras procedimentais previstas na Constituição, tendentes a regulamentar a elaboração das espécies normativas. Nesse contexto, destaca-se a :

Alternativas
Comentários
  • O erro das assertivas segue sublinhado.

    a) emenda à Constituição, cuja proposta é discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. (correta, conforme art. 60, § 2o, CF).

    b) medida provisória, que é adotada pelo Presidente da República, em caso de oportunidade e conveniência, com força de lei, tendo o Congresso Nacional prazo máximo de 180 dias para convertê-la em lei ou rejeitá-la. (errada, pois o prazo é de 60 dias, conforme art. 62, § 3o, CF).

    c) lei ordinária, sendo que o projeto de lei aprovado por maioria absoluta em uma Casa é revisto pela outra, em dois turnos de discussão e votação, e enviado à sanção. (errada, primeiro porque lei ordinária pode ser aprovada por maioria simples, segundo porque a aprovação se dá em um turno de votação, e não dois, tudo conforme art. 65, CF.)

    d) lei complementar, a qual tem objetivo de complementar leis anteriores em matéria processual, dispondo sobre procedimentos administrativos ou judiciais. (errada. A lei complementar é necessária somente quando exigida, expressamente, no corpo da CF. Ela é necessária em matérias de grande relevância jurídica, justamente em razão do seu maior quórum mínimo para aprovação).

    e) lei delegada, que é adotada pelo Presidente da República, o qual delega para o Congresso Nacional competência para elaboração de lei cuja iniciativa originária era do Poder Executivo. (errada, pois é justamente o contrário. O PR solicita autorização ao Congresso, para que este lhe delegue competência para elaborar a lei delegada, tudo conforme art. 68, CF. Não é utilizado hoje em dia, uma vez que o PR pode fazer uso quase que irrestrito das Medidas Provisórias.)

  • Pra ficar mais fácil de gravar:

    Emenda  à  Constituição,  cuja  proposta  é  discutida  e  votada  em 
    cada  Casa  do  Congresso  Nacional,  em  2  turnos,  considerando-se
    aprovada se obtiver, em ambos, 3/5  dos votos dos respectivos
    membros.

     

    ***Lembre-se: Deve ser aprovada nas DUAS CASAS (Senado e Câmara, em dois turnos) e, no mínimo, TRÊS QUINTOS dos votos em ambas as casas (não é de presentes, mas do número total de membros)

  • b) medida provisória, que é adotada pelo Presidente da República, em caso de oportunidade e conveniência, com força de lei, tendo o Congresso Nacional prazo máximo de 180 dias para convertê-la em lei ou rejeitá-la. Errada

    Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 

    § 3º- As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogável (total de 120 dias), nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.

  • Achei que o termo "em ambos" estava se referindo às duas casas (3/5 juntando as duas e não 3/5 em cada uma!). Poderiam ter redigido com mais clareza...

  • a) Emenda Constitucional: 2 casas; 2 turnos; 3/5 dos membros; CORRETA

    b) O prazo para apreciação de MP é de 60 dias, prorrogáveis por mais 60.

    c) O projeto de lei aprovado por uma casa será revisto pela outra, em um só turno.

    d) Lei complementar é uma lei que tem, como propósito, complementar, explicar e adicionar algo à constituição.

    e) Lei delegada é elaborada pelo Presidente da Repúbica, que solicitará a competente delegação ao Congresso Nacional.

     

  • A questão aborda a temática relacionada à disciplina constitucional acerca do Processo Legislativo. Analisemos as assertivas, com base na CF/88:

    Alternativa “a”: está correta. Conforme art. 60, § 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

    Alternativa “b”: está incorreta. Segundo art. 62, § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.        

    Alternativa “c”: está incorreta. Conforme art. 65 - O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.

    Alternativa “d”: está incorreta. As Leis Complementares são necessárias quando a Constituição prevê que esse tipo de lei é indispensável para regulamentar uma certa matéria. Destaca-se que, diferentemente das Leis Ordinárias, exigem o voto da maioria dos parlamentares que compõe a Câmara dos Deputados e o Senado Federal para serem aprovadas. Devem ser adotadas para regulamentar assuntos específicos, quando expressamente determinado na Constituição da República.

    Alternativa “e”: está incorreta. As Leis Delegadas são editadas pelo Presidente da República, nos limites da autorização conferida pelo Congresso Nacional por Resolução.

    Gabarito do professor: letra a.


  • LETRA A: CORRETA

    Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

    § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

    LETRA B: ERRADA

    Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.   

    § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.  

    LETRA C: ERRADA

    Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.

    Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.

    Há vários tipos de quorum para aprovação de matérias e demais decisões da Casa. O mais comum é o de maioria simples, exigido para aprovação de projetos de lei ordinária, de resolução e de decreto legislativo, bem como de Medida Provisória, que pode também ser aprovada por votação simbólica (ver verbete).

    Projetos de lei complementar estão entre os que requerem maioria absoluta da composição da Casa. .

    Fonte: Agência Senado

    LETRA E: ERRADA

    Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.

  • GABARITO A

    E SE OS TRATADOS INTERNACIONAIS QUE TRATAM SOBRE DIREITOS HUMANOS NÃO CONSEGUIREM APROVAÇÃO PELO QUÓRUM ESPECIAL? Nesse caso, serão considerados normas SUPRALEGAIS!

    Bons estudos!

  • Nosso gabarito encontra-se na letra ‘a’, que está harmônica com o disposto no art. 60, §2º, CF/88. Vejamos: “A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros”. Quanto às demais alternativas, vamos conferir o porquê de estarem incorretas:

    - letra ‘b’: “Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. §3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes” – art. 62, caput e §3º, CF/88;

    - letra ‘c’: “O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar” – art. 65, CF/88;

    - letra ‘d’: as leis complementares são utilizadas quando a Constituição Federal de 1988 expressamente determina que uma matéria específica será regulada por esse tipo de espécie normativa;

    - letra ‘e’: na realidade, o Congresso Nacional é o responsável por autorizar e conferir os limites à delegação: “as leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional” – art. 68, CF/88.

    Gabarito: A


ID
1118671
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Direitos políticos são instrumentos previstos na Constituição, através dos quais se manifesta a soberania popular, viabilizando a participação do cidadão na coisa pública. Como exemplo desses direitos políticos, a Constituição assegura.

Alternativas
Comentários
  • O erro das assertivas segue sublinhado:

    a) o voto indireto e secreto, com valor igual para todos. (errada, o voto é direto, conforme art. 14, "caput", da CF)

    b) o sufrágio universal e o voto direto, obrigatório para os maiores de dezoito anos e menores de sessenta anos. (errada, o voto é obrigatório até os setenta anos de idade, e não sessenta, conforme art. 14, § 1o, II, "b", da CF).

    d) a ação popular, que consiste em um processo iniciado por, no mínimo, 1% do população nacional, para destituir administradores ímprobos. (errada, pois a ação popular {Lei 4.717/1965} pode ser proposta por qualquer cidadão no exercício dos seus direitos políticos, e tem a finalidade de anular ato lesivo ao patrimônio público, moralidade administrativa etc, conforme art. 5o, LXXIII, CF)

    e) o plebiscito ou o referendo, nos quais o cidadão decide diretamente qual será o rumo legislativo sobre matéria de relevância nacional, sem qualquer participação do Poder Legislativo durante o processo legislativo. (errada, pois cumpre ao Congresso Nacional, conforme art. 49, XV, "autorizar referendo e convocar plebiscito")


  • ALISTAMENTO ELEITORAL E VOTO

    I - São obrigatórios para os maiores de 18 anos


    II - São facultativos para:

    a) os analfabetos;

    b) os maiores de 70 anos;

    c) os maiores de 16 e menores de 18 anos. (gravo assim: +16-18)


    VOTO E ALISTAMENTO PROIBIDOS: para estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, para os conscritos.

     

    Obs.: Os conscritos só não podem votar e alistar-se durante o serviço militar obrigatório!!

  • GABARITO LETRA ´´C``. 

    CUIDADO, não confundir Ação popular com Lei de iniciativa popular. A exigência legal de no mínimo 1% do eleitorado nacional, somado a outros, refere-se a Lei de iniciativa popular. 

    Art. 61 § 2º da CF- A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

    Por outro lado temos a ação popular, meio idôneo e característico do exercício da democracia direta e participativa, sendo legítimo a qualquer cidadão para anular ato lesivo a: 2P2M (patrimônio público, patrimônio histórico e cultural, meio ambiente e moralidade administrativa). 

    Art. 5, inciso 

    LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

    Obs: Não confunda o fato de anular ato lesivo à moralidade administrativa com o meio idôneo para destituição de administradores ímprobos. 

     

  • Não confundir a idade em que se torna facultativo o voto, em razão da idade avançada, 70 anos.

    Com o estatuto do idoso que classifica o idoso e concede inúmeras vantagens a partir dos 60 anos.

    Letra C, é a correta !


    Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

    (...)


    II - facultativos para:

    a) os analfabetos;

    b) os maiores de setenta anos;

    c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.


  • Concordo com o colega abaixo, se o voto é obrigatório desde os 18 anos até os 70 anos, logo ele também é obrigatório dos 18 anos até os 60 anos, faltou lógica pro elaborador da questão. Apesar disso, o gabarito é a Letra C.

  • O erro do comentário do colega está em excluir 10 anos da obrigatoriedade do voto, visto que o voto é obrigatório até 70

  • gente, a maior pegadinha dos direitos políticos é trocar 70 por sessenta! Não vá errar essa merda...leia com atenção dada item, pois eles são a porta para seu cargo.

     a)o voto indireto e secreto, com valor igual para todos. (voto direto)

     b) o sufrágio universal e o voto direto, obrigatório para os maiores de dezoito anos e menores de sessenta anos. 70 anos

     c) o voto facultativo para os analfabetos, os maiores de setenta anos, bem como pessoas maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. GABARITO!

     

     d) a ação popular, que consiste em um processo iniciado por, no mínimo, 1% do população nacional, para destituir administradores ímprobos. AÇÃO POPULAR TEM QUE SER IMPETRADA POR CIDADÃO, A AÇÃO QUE NECESSITA DE QUÓRUM É A INICIATIVA POPULAR

    NO MUNICIPIO: iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; 

    NO ESTADO:A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

    NA UNIÃO:A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 

     

     e) o plebiscito ou o referendo, nos quais o cidadão decide diretamente qual será o rumo legislativo sobre matéria de relevância nacional, sem qualquer participação do Poder Legislativo durante o processo legislativo. ( PRESCISA DO CONGRESSO NACIONAL - competência exclusiva sem sanção do Presidente da republica para AR PC autorizar referendo e convocar plebiscito

     

     

    erros, avise-me.

  •  c)

    o voto facultativo para os analfabetos, os maiores de setenta anos, bem como pessoas maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 

  • copiei...dr mauricio trf

     

    e) o plebiscito ou o referendo, nos quais o cidadão decide diretamente qual será o rumo legislativo sobre matéria de relevância nacional, sem qualquer participação do Poder Legislativo durante o processo legislativo. (errada, pois cumpre ao Congresso Nacional, conforme art. 49, XV, "autorizar referendo e convocar plebiscito")

  • A alternativa "b" foi mal elaborada. Ali fala que os menores de sessenta anos são obrigados a votar, e são! O fato de os maiores de sessenta e menores de setenta anos também serem obrigados a votar não tonar a afirmação incorreta.

  • A questão aborda a temática relacionada aos Direitos Políticos. Analisemos as assertivas, com base na CF/88:

    Alternativa “a": está incorreta. Conforme art. 14 - A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante.

    Alternativa “b": está incorreta. Conforme art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

    Alternativa “c": está correta. Conforme art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

    Alternativa “d": está correta. Conforme art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

    Alternativa “e": está correta. Há, sim, a participação do Poder Legislativo. Conforme art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:  XV - autorizar referendo e convocar plebiscito.

    Gabarito do professor: letra c.

  • Gente a LETRA B é questão de racxocinio lógico. a FGV adotou letra da lei , porém torna a alternativa também certa

     

    Ora, use o diagrama de Venn e verás que não estou falando besteira.

     

    Os menores de 60 anos fazem parte de um conjunto de menores de 70, todavia a letra da lei fria está diferente como já fora informado. Se eu tivesse errado entraria com recurso sim. Até porque têm bancas que se valem deste artíficio para enganar bons cadidatos 

  • Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e

    secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

    I – plebiscito;

    II – referendo;

    III – iniciativa popular.

    § 1o O alistamento eleitoral e o voto são:

    I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;

    II – facultativos para:

    a) os analfabetos;

    b) os maiores de setenta anos;

    c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

    § 2o Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do

    serviço militar obrigatório, os conscritos

  • Art. 14 CF/88

    § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:

    I – obrigatórios para os maiores de 18 anos;

    II -facultativos para:

    a) os analfabetos;

    b) os maiores de 70 anos;

    C) os maiores de 16 e menores de 18 anos.

    #PMCE 2021

    @Gumball_Concurseiro

  • A questão não é só letra de lei. Pois, dizendo que é obrigatório para os menores de sessenta, traz implicitamente que é facultativo para os maiores dessa idade. Entende ? Na lei, não é correto a escrita dar margem para outros tipos de interpretações. Esse é o erro da B.

  • DEMOCRACIA DIRETA :

    PLEBISCITO

    REFERENDO

    INICIATIVA POPULAR

    DEMOCRACIA INDIRETA:

    VOTO

    IMPORTANTE RESSALTAR QUE O BRASIL ADOTA SISTEMA MISTO ( DIRETA E INDIRETA)

  • ASSERTIVA CORRETA LETRA "C"

    Complementando;

    Letra A: Incorreta. O voto é direto, secreto e com valor igual para todos.

    Letra B: Incorreta. O voto é obrigatório para os maiores de 18 anos e menores de 70 anos.

    Letra C: correta. O voto é facultativo para: I) os analfabetos; II) os maiores de 70 anos e; III) os maiores de 16 anos e menores de 18 anos.

    Letra D: Incorreta. A ação popular é remédio constitucional que pode ser impetrado por qualquer cidadão. Não há necessidade de que ela seja iniciada por 1% da população nacional. Qualquer cidadão, sozinho, poderá impetrar ação popular.

    Letra E: Incorreta. É o Congresso Nacional que autoriza referendo e convoca plebiscito. Portanto, esses instrumentos contam com a participação do Poder Legislativo.

  • A questão traz a letra "C" como correta, mas temos no meio da alternativa o caso do analfabeto.

    Neste caso não "A INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA" do mesmo não o impediria de votar ?

    Acredito que o correto nesta questão ou seria a alternativa "B" ou não teria um gabarito correto.

    Se eu estiver errado me corrijam.

  • A alternativa B também está correta, pois se o voto é obrigatório para os maiores de dezoito anos e menores de setenta anos, logicamente o voto também será obrigatório para os maiores de dezoito anos e menores de sessenta anos. Este conjunto está contido naquele. Duas alternativas corretas. Logo, a Constituição assegura que o voto é obrigatório para qualquer pessoa com idade entre dezoito sessenta anos. Requerer anulação.

  • Vamos analisar cada alternativa:

    - letra ‘a’: incorreta. “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos e, nos termos da lei, mediante (...)” – art. 14, CF/88;

    - letra ‘b’: incorreta. “O alistamento eleitoral e o voto são: I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.” – art. 14, §1º, I e II, CF/88;

    - letra ‘c’: correta, conforme disposto no art. 14, §1º, II, ‘a’, ‘b’ e ‘c’, CF/88. É, portanto, o nosso gabarito;

    - letra ‘d’: incorreta. “Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência” – art. 5º, LXXIII, CF/88. Vale frisar que não adotamos, no ordenamento pátrio, o instrumento do ‘recall’, que permitiria a destituição de administradores ímprobos;

    - letra ‘e’: incorreta. Há participação do Poder Legislativo, conforme indica o art. 49, CF/88: “É da competência exclusiva do Congresso Nacional: XV - autorizar referendo e convocar plebiscito”.

    Gabarito: C


ID
1118674
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Luiz deseja submeter-se a concurso público para ingressar no serviço público estadual. Em matéria de disposições gerais da Administração Pública, a Constituição da República prevê que:

Alternativas
Comentários
  • Os erros das assertivas seguem sublinhados:

    a) a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei. (errada, pois há a ressalva das nomeações para cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração - art. 37, II, CF).

    c) o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, improrrogável. (errada, pois o prazo de validade do concurso é prorrogável por igual período - art. 37, III, CF).

    d) as funções de confiança destinam-se às atribuições de direção, chefia e assessoramento, sendo tais cargos declarados em lei de livre nomeação e exoneração, podendo recair sobre pessoa não concursada. (errada, pois as funções de confiança devem ser exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo - art. 37, V, CF. Não confundir função de confiança com cargo em comissão!!!)

    e) os casos de contratação excepcional de pessoal sem concurso público por tempo determinado ocorrem para atender à necessidade da Administração Pública quando não houver concurso público em andamento. (errada, não tem nada a ver o fato de existir ou não concurso público em andamento para a ocorrência de hipótese de contratação excepcional de pessoal. Ela pode se dar por razões de necessidade extrema, para preservação de um bem maior).

  •  Erro da alternativa A:

    a) a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei. (O correto seria de provas ou de provas e títulos)

  • Alternativa Correta: B

    Art. 37. II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

    III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

    V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

    IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

  • FICAR ATENTOS QUE OS COMISSIONADOS NÃO PRECISAM FAZER CONCURSOS.... SÃO DE LIVRE NOMEAÇÃO E de LIVRE EXONERAÇÃO.


    Gabatito: B

  • Ta errada essa questão!!!!!!!!!!! FUNÇÕES DE CONFIANÇA É SOMENTE PARA SERVIDORES EFETIVOS!!!!!

    CARGO que tem o percentual mínimo para servidores, e a outra parte que pode ser preenchido por servidores ou não!!!! Como o colega aqui embaixo colocou a letra da lei, aparece que funções são exclusivas para servidores efetivos!!!

    V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;


  • Gente, a letra A está errada porque ela restringe a investidura em cargos públicos. Não somente através de concurso público ou provas de títulos se dá o ingresso nos órgãos públicos, no caso, a resposta da questão (letra b) mostra a exceção à regra. 
    Logo,a letra B diferente da A não restringe, apenas deixa claro a possibilidade de nomeação em cargos públicos que ficam isentos de concursos ou provas de títulos ( cargos em comissão - livre nomeação/exoneração) 

    Bons Estudos!

  • A marcellinha está coberta de razão...

    Função pública   #   Cargo público


  • Entao, eu tive duvida no que se refere a funcao publica e logo associei, como a colega acima, a funcao de confianca que somente pode ser exercida por aquele servidor efetivo. Porem, dei uma pesquisada e descobri esse artigo do LFG:

    Função é a atribuição ou conjunto de atribuições que a Administração Pública confere a determinados servidores para a execução de serviços eventuais, sendo comumente remunerada através de "pro labore". Diferencia-se, basicamente, do cargo em comissão pelo fato de não titularizar cargo público.

    Desta forma, podemos concluir que todo cargo tem função, mas pode haver função sem cargo. As funções do cargo são definitivas; as funções autônomas são, por sua índole, provisórias, dada a transitoriedade do serviço que visam a atender, como ocorre nos casos de contratação por prazo determinado, conforme dispõe o art. 37 , IX, CF .

    Assim, as funções permanentes da Administração só podem ser desempenhadas pelos titulares de cargos efetivos enquanto que, as transitórias, por servidores designados, admitidos ou contratados precariamente. Mais ainda, não se pode esquecer da regra imposta pela EC19/98, que alterando o disposto no art. 37, V, CF , passou a exigir que as funções de confiança relativas à direção, chefia e assessoramento só podem ser exercidas por servidores ocupantes de cargos efetivos, diante de suas naturezas permanentes, sendo exemplos, de funções permanentes que só podem ser ocupados por quem titulariza um cargo.

    Portanto, exerce função pública tanto o titular de cargo efetivo, vale dizer, o concursado, como o contratado precariamente, que não titulariza cargo, sendo essa última hipótese reservada às funções provisórias e, pois, precárias.

    Espero ter ajudado,
    Fe em Deus e cara no livro!

  • O erro da assertiva A é que o ingresso se dará por meio de concurso público de provas ou provas e títulos, não pode ser exclusivamente sobre títulos como afirma a alternativa: "provas ou títulos"

  • cuidado, não caiam na pegadinha que cai...ao ler "função" desconsiderei a letra B, pois a  função de confiança é reservada aos servidores concursados...a malícia da questão foi colocar o termo "função pública", essa sim (por óbvio) pode ser exercida por servidor comissionado.

  • Segundo o Professor Ivan Lucas em seu Livro "Lei 8.112/90 para Concursos Públicos":

    Função Pública: Qualquer pessoa que realiza uma atividade do Estado exerce uma função pública.

       - Quem exerce um cargo público desempenha uma função pública.

       - Poderá existir função sem cargo ou emprego (contrato temporário).

       - As funções de confiança, criadas por lei, são plexos unitários de atribuições correspondentes a encargos de direção, chefia ou assessoramento, exercidas por titular de cargo efetivo da confiança da autoridade que as preenche. Os ocupantes desta função submetem-se ao regime de integral dedicação ao serviço. (CF/1998, artigo 37, inciso V)

  • André Luiz, 

    Parabéns pelo comentário breve e perfeito!

    Gente, função pública é diferente de função de confiança!
    Quem tem um cargo efetivo ou um cargo em comissão exerce uma função pública, mas não necessariamente quem tem uma função pública tem um cargo efetivo ou em comissão, como é o caso dos mesários, juízes de paz, jurados, estes têm função pública.
    Já a função de confiança é exercida exclusivamente por quem tem cargo efetivo é de direção, chefia e assessoramento.

    Bons estudos!
  • "Provas OU títulos" questão maldosa. Induz que existe prova somente de título.

  • a) povas ou provas e títulos

    B) CORRETA quem é aprovado para processo seletivotemporário exerce função pública,  por tempo determinado. Sendo o mesmo elencado por um regime funcional de direito público, mde natureza jurídico- administrativo. Ou seja, não precisa se fala em concurso para este tipo de provimento nem mesmo em cargo de comissão a um estranho (não efetivo)

    c)até 2 anos, podendo ser prorrogado

    d) função de confiança somente para cargos efetivos

    e) não tem essa de quando não hoyver concurso em andamento

  • É possível o exercício de uma função sem o concurso público. Não se deve confundir com o ingresso no serviço público. Posso ser servidor público atribuído de uma determinada função e migrar para outra função sem a necessidade de concurso, nos casos de cargos em comissão.

  • Gabarito B


    Função de Confiança  - servidor Efetivo - Exclusivo. [se confia é EXCLUSIVO / EFETIVO]


    Cargo de Confiança - servidor de Carreira (cargo em comissão e efetivo)

  • Letra B.

     

    Comentários:

     

    A letra A está incorreta. A Constituição faz uma ressalva quanto às nomeações para cargo em comissão declarado em lei

    de livre nomeação e exoneração.

    Nesse caso, a investidura em cargo ou emprego público independe de aprovação prévia em concurso público (art. 37, II, CF).

     

    A letra B está correta. As funções públicas podem ser exercidas tanto por servidores comissionados quanto por efetivos.

     

    A letra C está incorreta. O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual

    período (art. 37, III, CF).

     

    A letra D está incorreta. As funções de confiança são exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo

    (art. 37, V, CF).

     

    A letra E está incorreta. Esses casos visam a atender a necessidade temporária de excepcional interesse público

    (art. 37, IX, CF).

     

     

     

    O gabarito é a letra B.

     

    Profª Nádia Carolina

  • eu n digo...questao, baba, mu mu, lá vem comentários de professor...pracabá


ID
1118677
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Tendo em vista as diversas competências, responsabilidades e atividades incumbidas ao poder público, a Administração Pública pode atuar de forma centralizada (quando executa suas tarefas diretamente) ou descentralizada (quando o faz delegando a terceiros, na forma da lei). Nesse contexto, fazem parte da Administração Indireta, dentre outros,

Alternativas
Comentários
  • Resposta: letra E

    Decreto 200/67:

      II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:

      a) Autarquias;

      b) Empresas Públicas;

      c) Sociedades de Economia Mista.

      d) fundações públicas.

    O erro da letra "b" é ter afirmado que fundações privadas que prestam serviços público são entidades da administração pública indireta.
  • Gabarito letra E

    Fonte:

    Art.4° A Administração Federal compreende:

    I - (...)

    II - A AdministraçãoIndireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidadejurídica própria:

      a) Autarquias; (AT)

      b) Empresas Públicas;   (EP)

      c) Sociedades de EconomiaMista.   (SEM)

      d) fundações públicas. (FP)



  • Marcos Polo, só corrigindo: são entidades da administração indireta e não direita.

  • Bizuzinho:

    Entidades da Administração Indireta: As Esaf


    Associações (Consórcios públicos);

    Empresas Públicas;

    Sociedades de Economia Mista;

    Autarquias;

    Fundações Públicas;


    Muito obrigado pela correção liah.

  • Fundações Privadas ---> Reguladas pelo Código Civil


  • Fundações privadas que prestam serviços públicos são entidades paraestatais.

  • Entidades da administração indireta:  F.A.S.E

    F: FUNDAÇÕES PÚBLICAS

    A: AUTARQUIAS

    S: SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

    E: EMPRESAS PÚBLICAS

    SORTE A TODOS!!!!!!!

  • Resposta letra "E"

    Não é a letra 'A' porque Órgão ou secretarias não fazem pessoa, fazendo parte da Administração direta, e ainda considera-se neste caso desconcentração (e não descentralização, como no caso das pessoas jurídicas -F undação Pública; A utarquias; S ociedade de economia Mista; E mpresa Pública )


    Não é a letra " B" porque fundações privadas que prestam serviços públicos são paraestatais;

    Não é a letra "C" porque as empresas privadas contratadas de que fala a questão nem existem, as Empresas são Públicas e são chamadas assim, por causa de seu capital constitutivo que é 100% público.

    Não é "D" porque as concessionárias que prestam serviços públicos, fazem parte de fato, mas a resposta está muito incompleta, porque as que desenvolvem atividade econômica também farão parte da administração indireta.

    Logo, resta somente o E, resposta mais completa.


  • Andrea Santos, cuidado com o seu comentário. As concessionárias, prestadoras de serviço público ou não, não fazem parte da Administração Indireta. São particulares que contratam com a Administração Pública, não fazendo parte desta.

  • O ordenamento jurídico brasileiro adota o modelo formal de Administração Pública, o que significa dizer que somente devem ser assim considerados as pessoas e órgãos que a Lei engloba no mencionado conceito. Não importa, pois, a atividade que é desenvolvida pela pessoa. É irrelevante, portanto, que se trate de atividade materialmente considerada como um serviço público, por exemplo. É a Lei que estabelece, pura e simplesmente, quem deve ser considerado integrante da Administração Pública.

    Firmada esta premissa, até hoje, pode-se utilizar como padrão o teor do Decreto-lei 200/67, o qual, apesar de destinado à esfera federal, é utilizado como parâmetro pelos demais entes federativos.

    Com efeito, em seu art. 4º, II, referido ato normativo assim define as entidades integrantes da administração indireta:

    "Art. 4° A Administração Federal compreende:

    I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.

    II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:

    a) Autarquias;

    b) Emprêsas Públicas;

    c) Sociedades de Economia Mista.

    d) fundações públicas."

    De tal maneira, e em vista das alternativas propostas pela Banca, não há dúvidas de que apenas a letra "e" contém tão somente entidades tidas, por lei, como integrantes da administração indireta brasileira.


    Gabarito do professor: E
  • GABARITO: LETRA E

  • As entidades da administração indireta são as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Somente a opção E apresenta somente entidades administração indireta.

    A alternativa A trouxe os ministérios, as secretarias estaduais e as secretarias municipais, que são exemplos típicos da Administração Direta. Na letra B, o erro é que as fundações privadas não integram a Administração Pública, ainda que prestem serviços públicos. É importante observar que existe diferença entre fundação pública de direito privado (esta compõe a Administração) e fundação privada (esta é instituída por particulares e não integra a Administração Pública). Por fim, nem as empresas privadas nem tampouco as concessionárias que prestam serviços fazem parte das administrações direta ou indireta.

    Gabarito: alternativa E.

    Fonte: Prof. Herbert Almeida

  • Embora os consórcios públicos sejam considerados por alguns autores como uma autarquia, a letra"D" em comparação com a letra "E" estaria, de acordo com tais autores, deveras incompleta.

  • GABARITO: LETRA E

    AGREGANDO CONHECIMENTO:

    Centralização é a técnica de cumprimento de competências administrativas por uma única pessoa jurídica governamental. É o que ocorre, por exemplo, com as atribuições exercidas diretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

    Já na descentralização, as competências administrativas são distribuídas a pessoas jurídicas autônomas, criadas pelo Estado para tal finalidade. Exemplos: autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.

    A descentralização, nos termos do art. 6º do Decreto-Lei n. 200/67, tem natureza jurídica de princípio fundamental da organização administrativa.

    O conjunto de pessoas jurídicas autônomas criadas pelo Estado recebe o nome de Administração Pública Indireta ou Descentralizada.

    Concentração é a técnica de cumprimento de competências administrativas por meio de órgãos públicos despersonalizados e sem divisões internas. Trata-se de situação raríssima, pois pressupõe a ausência completa de distribuição de tarefas entre repartições públicas internas.

    Na desconcentração as atribuições são repartidas entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica, mantendo a vinculação hierárquica. Exemplos de desconcentração são os Ministérios da União, as Secretarias estaduais e municipais, as delegacias de polícia, os postos de atendimento da Receita Federal, as Subprefeituras, os Tribunais e as Casas Legislativas.

    FONTE:  Manual de Direito Administrativo (2019) - Alexandre Mazza.  


ID
1118680
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, são elementos ou requisitos do ato administrativo;

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alternativa "C"

    Requisitos (elementos, causas ou pressupostos) dos atos administrativos:

    Para Hely Lopes Meirelles, os requisitos do ato administrativos são: competência, objeto, motivo, finalidade e forma. Para outros, é sujeito competente ou competência subjetiva, objeto lícito, motivo de fato ou pressupostos fáticos ou causa, pressupostos fáticos ou teleológicos e forma.

    Celso Antonio Bandeira de Mello afirma que os requisitos são condições necessárias à existência e validade de um ato administrativo. Assim, há duas categorias:

    1) Requisitos para o ato existir: São denominados de Elementos.

    Conteúdo

    Forma

    2) Requisitos para o ato ser administrativo e válido: São denominados de Pressupostos.

    Pressupostos de existência:

    Objeto

    Pertinência com a função administrativa

    Pressupostos de validade:

    Competência

    Motivo

    Formalidade

  • Letra C

    Pra nunca mais esquecer

    Mnemônico    COM FOR OB MO FI 

    COM = COMPETENCIA

    FOR = FORMA

    OB = OBJETO

    MO = MOTIVO

    FI = FINALIDADE

  • Um método mnemônico mais simples de decorar (quanto aos elementos ou requisitos do ato administrativo) é o: CFO.FM

    Competência

    Forma

    Objeto

    Finalidade

    Motivo

  • Meu método CO OB MÓ FI FO, onde o mó ob pode ser discricionário.

  • ComFiForMoOb = Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto. 

  • SEM O FAUSTÃO MORRERIA FELIZ!

    SEM = SUJEITO COMPETENTE (COMPETÊNCIA)

    O = OBJETO

    F(AUSTÃO) = FORMA

    M(ORRERIA) = MOTIVO

    F(ELIZ) = FINALIDADE


    MACETE PARA DECORAR!


  • COFIFORMO
    COmpetência

    FInalidade
    FORma
    Motivo
    Objeto 
  • CO mpetencia 

    FI nalidade

    FO rma

    MO tivação

    OB jeto

    "COFIFOMOOB"

  • Gab letra C: Requisitos para o ato adm: CO FI FO MO OB - Competência ( ou sujeito, competente para a realização do ato adm, e dentro de suas atribuições e limites), Finalidade ( necessidade de alcançar o interesse público; também se refere a um dos princípio da Adm Pública, a impessoalidade - supremacia do interesse público sobre o interesse privado); Forma ( formalização do ato, sem violação das leis estabelecidas, legalidade), Motivo (o porquê fazer o ato adm, sua causa, diferente da motivação, que decorre de uma justificativa da Adm sobre a motivação do ato adm, exteriorização de seus motivos, dos fatos que ensejam o ato em si, além também dos preceitos jurídicos que autorizam a sua prática; explicação de seus atos e de sua decisão) e Objeto (que se refere ao conteúdo do ato; o que se almeja alcançar com o ato.). Para que o ato adm seja válido, legal, é preciso estar reunidos todos esses requisitos. Na falta de um dos requisitos,  gerará nulidade do ato, com exceções previstas em lei, como a convalidação. Recomendo material sobre atos administrativos, para maior aprofundamento. Foco, força e fé. 

  • FiFoCOM - Finalidade - Forma - Competência - Objeto e Motivo

  • PESSOAL LEMBRANDO QUE A ''COMPETÊNCIA'' - CONFORME ALGUNS DOUTRINADORES - TAMBÉM PODE SER CHAMADA DE ''SUJEITO''.




    GABARITO ''C''
  • Existem vários macetes, mas esse aqui é pra nunca mais esquecer! (me perdoem se ofender alguém!) kkkk

    Requisitos do ato:

    Co.Mo Fi.O.Fó

  • Acabei de aprender um macete bom no comentário de outra questão:

    Fluminense Football Club O Melhor!
    Finalidade, Forma e Competência - vinculados
    Objeto e Motivo - discricionário (portanto se o Flu é o melhor, aí já é discricionário rsrs, mas pra mim é!)


    obs: Alexandre Mazza substitui "Competência" por "Sujeito".

    Força, foco e fé!

    Avante!
  • requisitos do ato, facil:  FF.COM  ( finalidade, Forma, Competência, Objeto e Motivo).

  • COFIFOMOB.

  • c)

    competência, objeto, forma, motivo e finalidade. 

  • Há razoável consenso na doutrina acerca de quais são os elementos ou requisitos que integram os atos administrativos. Ei-los:

    - competência;
    -finalidade;
    - forma;
    - motivo; e
    - objeto.

    Refira-se, por importante, que esta posição doutrinária conta com embasamento legal na Lei da Ação Popular, mais precisamente em seu art. 2º, que, ao esmiuçar as possíveis nulidades de atos lesivos ao patrimônio público, acaba por revelar justamente os elementos que compõem os atos administrativos. Confira-se:

    " Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:

    a) incompetência;

    b) vício de forma;

    c) ilegalidade do objeto;

    d) inexistência dos motivos;

    e) desvio de finalidade."

    Assim sendo, conclui-se que a única opção correta é aquela indicada na letra "c".


    Gabarito do professor: C

ID
1118683
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Pedro, servidor público estadual do Poder Executivo, foi injustamente demitido por falta grave, após processo administrativo disciplinar, sendo acusado de receber propina. Pedro buscou assistência jurídica na Defensoria Pública e, após longo processo judicial, que durou quatro anos, o Poder Judiciário reconheceu que Pedro não praticara o ato que lhe fora imputado, determinando seu retorno ao serviço, com ressarcimento dos vencimentos e vantagens, bem como reconhecimento dos direitos ligados ao cargo. O nome dado à forma de provimento de cargo determinada na decisão judicial é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D.


    Amparo legal: 

    Da Reintegração

     Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

      § 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.

       § 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

  • Letra d

    Seção IX

    Da Reintegração

      Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens

  • LETRA D

    nomeação ( art.9, lei 8112) - far-se á: em caráter efetivo - que depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou provas e títulos;  e em comissão.

    aproveitamento ( art.30, lei 8112) - o retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

    reintegração ( art. 28, lei 8112) - é a reinvestidura de servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

    readaptação ( art.24 lei 8112) é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

  • Questão mal formulada, salvo melhor juízo estaríamos diante do retorno inominado, pois a questão é omissa quanto à estabilidade do agente. Ademais, no caso, não seria adequada a exoneração para o servidor não estável,  em razão da gravidade da conduta imputada. Por isso, acredito que a melhor resposta seria a letra B.

  • Eu aproveito o disponível, 

    readapto o incapacitado, 

    reverto o aposentado, 

    reintegro o demitido 

    reconduzo o inabilitado em estágio probatório 

    reconduzo o ocupante do cargo do reintegrado.

  • INVALIDADE DA DEMISSÃO - REINTEGRAÇÃO

  • a lei 8.112/90 não vale somente para servidores FEDERAIS?
    Porque ali diz "servido público ESTADUAL"

  • A forma de provimento derivado que resulta da anulação da aplicabilidade de pena de demissão, por força de decisão judicial, consiste na reintegração, o que tem base na própria Constituição da República, em seu art. 41

    "Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

    (...)

    § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço."

    No mesmo sentido, por óbvio, dispõe o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro, vazado no Decreto 2.479/79, em seu art. 40, aplicável aqui por se tratar de questão objeto de concurso para os quadros da Defensoria Pública daquela unidade federativa. É ler:

    "Art. 40 – A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou judicial, é o reingresso do funcionário exonerado ex officio ou demitido do serviço público estadual, com ressarcimento do vencimento e vantagens e reconhecimento dos direitos ligados ao cargo."

    Logo, a única opção correta é aquela indicada na letra "d".


    Gabarito do professor: D
  • GABARITO: D

    Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.


ID
1118686
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas na Lei. De acordo com o valor e a natureza do serviço ou bem a ser contratado, o legislador estabeleceu determinada modalidade de licitação, com seu respectivo procedimento. Nesse contexto, são modalidades de licitação previstas na Lei 8.666/93:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: B


    Art. 22. São modalidades de licitação:

    I - concorrência;

    II - tomada de preços;

    III - convite;

    IV - concurso;

    V - leilão.

    § 1o Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

    § 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. 

    § 3o Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

    § 4o Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias. 

    § 5o Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)


    Não obstante o pregão estar amparado em outra norma, considere como modalidade. 

  • Letra B. Art. 22. São modalidades de licitação: I - concorrência; II - tomada de preços; III - convite; IV - concurso; V - leilão. “LABOR OMINIA VINCIT IMPROBUS” – O TRABALHO PERSISTENTE VENCE TUDO.
  • Faltou o Pregão. Gostei muito do conceito pelo Wikipédia:

    "o Pregão é realizado em lances sucessivos e decrescentes, no chamado "quem dá menos" (NBS). Desta forma, a Administração Publica, que está comprando, gera economia, o que significa o bom uso do dinheiro público.

    O pregão pode ser Presencial (onde os licitantes se encontram e participam da disputa) ou Eletrônico (onde os licitantes se encontram em sala virtual pela internet, usando sistemas de governo ou particulares). O designado responsável pelo pregão tem o nome de Pregoeiro.

    O pregão é caracterizado por inverter as fases de um processo licitatório comum regido pela lei 8.666/93. Ou seja, primeiro ocorre a abertura das propostas das licitantes e depois é procedido o julgamento da habilitação dos mesmos. O Pregão é regido pela Lei Federal Brasileira nº 10.520/2002."


    Tenho anotado em caderno que o pregão servirá para qualquer valor estimado de contratação.

  • a questao quer apenas as modalidades previstas na lei 8666/93 e estas são apenas:  I - concorrência; II - tomada de preços; III - convite; IV - concurso; V - leilão. 

  • Mas o pregão não está na Lei 8666\93. O Pregão está na Lei  10.520/2002. 

  • A Lei 8.666/1993 prevê, e, seu art. 22, somente cinco diferentes modalidades de licitação - concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. Posteriormente, entretanto, foi criada por medida provisória uma outra modalidade, o pregão, atualmente regulado pela Lei 10.520/2002. Ao lado dessas, cumpre registrar ainda a existência de uma sétima modalidade, a denominada consulta.


    ---> A QUESTÃO PERGUNTOU AS MODALIDADES PREVISTAS NA LEI 8.666/1993.


    FONTE: Direito administrativo descomplicado

  • A presente questão demanda a simples aplicação da literalidade da Lei 8.666/93, mais especificamente de seu art. 22, que abaixo reproduzo, para facilitar o exame do prezado leitor:

    "Art. 22.  São modalidades de licitação:

    I - concorrência;

    II - tomada de preços;

    III - convite;

    IV - concurso;

    V - leilão."

    De tal modo, à vista das opções propostas pela Banca, conclui-se facilmente que a única opção correta é aquela descrita na letra "b". Todas as demais revelam-se incorretas, porquanto em divergência óbvia em relação ao texto legal.


    Gabarito do professor: B

ID
1118812
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente”.

Esse segmento do primeiro parágrafo mostra que o autor do texto

Alternativas
Comentários
  • Não entendi porque a alternativa correta é a E.poderia ser a alternativa B.

  • Rosangela, entendo que a letra B esteja errada pois, na fala do autor do texto hora em comento, não há a sequencia cronológica. Ele não traz uma ordem progressiva de eventos. Note: “Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente”. Não conseguimos - com essa citação - identificar qual foi o primeiro 'shopping'. O autor define que antes dos americanos há indícios que já existiam alguns lugares marcados com as características principais do shopping.  

  • Por que não a D ?


  • Chrstiano Calado, não pode ser simultaneamente, pois ao dizer: "Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente”, usou a expressão "mais longe" para se referir a um passado distante. 

  • A banca FGV trabalha com o gabarito que mais se encaixa na pergunta da questão. Por isso, há grande dificuldade dos candidatos em acertar as questões.

    Nesse caso, no enunciado da questão, temos a seguinte passagem do texto: "Seus antecedentes diretos são as galerias... e a opção que mais se adequa é a letra E, ao dizer que o autor procurar falar, de forma pouco científica, sobre a origem do shopping.Ou seja, o enunciado fala sobre os antecedentes diretos e a opção citada fala sobre a origem do shopping.


ID
1118818
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



A frase abaixo em que a palavra sublinhada apresenta dupla possibilidade de sentido é

Alternativas
Comentários
  • Essa questão é da NASA, de longe a que eu menos entendi

    Alguém poderia me explicar?

  • Só se ele interpretou o longe como podendo significar distância física ou distância cultural. Mas seria forçar muito pro meu gosto.

  • Rapaz, eu acho que esse 'longe' deu ideia de, geograficamente falando, distância física ou distância temporal, como distância de um século por exemplo.

  • Eu considero essa questão muito mal formulada. No enunciado ele não pergunta se a dupla possibilidade de sentido se dá de modo geral na língua portuguesa ou na frase das assertivas. Se fosse no primeiro caso, teríamos a palavra passagens com dois significados, no segundo o longe dando a ideia de distância no tempo ou no espaço. Adivinhar a que o examinador se refere fica muito difícil.

  • Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente.

    mais longe: distância (ir aos bazares do Oriente);

    mais longe: lúdico, imaginário, idealizar (os bazares do oriente). Pode ter um sentido de conquista.

  • Acertei, mas achando que iria errar. Difícil de entender o que o examinador está pedindo.

    Mas pensei na palavra e o sentido que ela gera na frase.

  • Quem quer carreira policial tem que errar esse tipo de pergunta. Tem que usar muita droga para responder esta questão.


ID
1118821
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



Ao dizer que os shoppings são “cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de linguagem figurada denominada

Alternativas
Comentários
  • a palavra ou expressão que produz sentidos figurados por meio de comparações implícita


  • Resposta: D de dedução

    a) Metonímia: consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido.

    exemplo: Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana. (= Fumei um saboroso charuto.)

    b) Eufemismo: Figura de linguagem baseada na substituição de palavra ou expressão que possa ter sentido triste, grosseiro, ou seja apenas desagradável, por outra de sentido mais suave ou conveniente

    exemplos: "Você é desprovido de beleza." (Para não chamar a pessoa de feia)

    c) Hipérbole: É a expressão intencionalmente exagerada com o intuito de realçar uma ideia.

    Exemplo: "Faria isso milhões de vezes se fosse preciso."

    d) Metáfora: consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças. É importante notar que a  metáfora tem um caráter subjetivo e momentâneo; se a metáfora se cristalizar, deixará de ser metáfora e passará a ser catacrese (é o que ocorre, por exemplo, com "pé de alface", "perna da mesa", "braço da cadeira").

    Exemplos: Eu estou sempre dando murro em ponta de faca.
                      Eu carrego o mundo nos meus ombros.

    e) Catacrese: Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro "emprestado". Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original.

    Exemplos:

    "asa da xícara" "batata da perna"
    "maçã do rosto" "da mesa"
    "braço da cadeira" "coroa do abacaxi"

    Fonte: http://www.significados.com.br/eufemismo/

    http://www.significados.com.br/metafora/

    http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil2.php

    Aulete digital


  • Letra D.

    Pensei que fosse hipérbole.

    Metáfora
    Atribuição a uma pessoa ou coisa de uma qualidade que não lhe cabe
    logicamente. Essa transferência de significado de um termo para outro baseia-se
    na semelhança de características que o emissor da mensagem encontra entre os
    dois termos comparados. É uma comparação de ordem subjetiva, sem o conectivo
    que indica esta comparação.
    Ex.: Maria é uma flor.

    Fonte: Gramática para Concursos - Marcelo Rosenthal


  • Gabarito: Letra D

    Metáfora: É o emprego de uma palavra com o significado de outra em vista de uma relação de semelhanças entre ambas. É uma comparação subentendida.

    Exemplos:

    Minha boca é um túmulo.

    Essa rua é um verdadeiro deserto.

  •   shoppings são cidades ...

    shoppings são COMO cidades....

    comparação desse tipo= metáfora.


  • METÁFORA - Consiste no emprego de palavra fora de seu sentido próprio, tendo como base comparação subtendida.
  • Eu iria na letra C. Mas não sei a resposta :(

  •  

     a) metonímia -> relação real, concreta, objetiva. Ex:Ele nunca teve seu próprio teto. 

    b) eufemismo. ->suavização de uma idéia desagradável. Ex: Minha avozinha descansou. (morreu) 

    c) hipérbole -> exagerar, extrapolar a realidade. Ex: Tenho milhares de coisas para fazer. 

    d) metáfora. -> Tuas mãos são de veludo (mãos macias COMO veludo) 

    e) catacrese -> analogia devido à falta ou desconhecimento do termo apropriado. Ex: Barriga da perna/ Dente de alho.

     

  • Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
    Ex: “Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

  • Metáfora:

    comparaçao nao enunciada e que nao aparece o termo comum nem o conectivo:

    ex: Essa menina é uma flor. (bonita como uma flor)

          Teus olhos são duas pérolas. (negros como duas pérolas)

          Os shoppings são cidades (os shoppings são grandes ou movimentados como cidades) .

    RESPOSTA LETRA D.

    espero ter ajudado, bons estudos.

  • Metonímia - toma  a parte pelo todo (Ele leu Veríssimo - em subtitituição a'os textos de Veríssimo');

    Efemismo - Substituição de uma termo ou expressão por outra mais "educada", mais leve (Acho que não fui feliz na prova - em vez de citar um péssimo desempenho);

    Hipérbole - Exagero na Afirmação. (Já expliquei uma centena de vezes - PQP! sério que foi isso tudo? Óbvio que não)

    Metáfora - Utiliza-se de característica semelhantes, para estabelecer uma comparação, sem portanto, utilizar-se de conectivos. (OS XÓPIS SÃO CIDADES)

    Catacrese - emprego impróprio de uma palavra ou expressão (Sentou-se no braço da poltrona para descansar.)


  • Resposta correta D

    6METÁFORA – COMPARAÇÃO

    1-Aquele homem é um leão.

    Estamos comparando um homem com um leão, pois esse homem é forte e corajoso como um leão.

    2-A vida vem em ondas como o mar.

    Aqui também existe uma comparação, só que desta vez é usado o conectivo comparativo: como.

    O exemplo 1 é uma metáfora e o exemplo 2 é uma comparação.

    Exemplos de metáfora.

    Ele é um anjo.
    Ela uma flor.

    Exemplos de comparação.

    A chuva cai como lágrimas.
    A mocidade é como uma flor.

    Metáfora: sem o conectivo comparativo.
    Comparação: com o conectivo (como, tal como, assim como)

    7) METONÍMIA

    Aqui também existe a comparação, só que desta vez ela é mais objetiva.

    Ele gosta de ler Agatha Christie.
    Ele comeu uma caixa de chocolate.
    (Ele comeu o que estava dentro da caixa)
    A velhice deve ser respeitada.
    Pão para quem tem fome.(“Pão” no lugar de “alimento”)
    Não tinha teto em que se abrigasse.(“Teto” em lugar de “casa”)


  • Metonímia

    A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo:

    1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis(= Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.) 

    2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= As lâmpadas iluminam o mundo.)

    3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. (= Não te afastes da religião.)

    4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana. (= Fumei um saboroso charuto.)

    5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Sócrates tomou veneno.)

    6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que produzo.)

    7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que estava no cálice.)

    8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. (= Os repórteresforam atrás dos jogadores.)

    9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (= Várias pessoas passavam apressadamente.)

    10 -  Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse mundo.)

    11 -  Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheresforam chamadas, não apenas uma mulher.)

    12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. (= Minha filha adora o iogurte que é da marca danone.)

    13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= Alguns astronautas foram à Lua.)

    14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado.)

    Saiba que:

    Atualmente, não se faz mais a distinção entre metonímia e sinédoque (emprego de um termo em lugar de outro), havendo entre ambos relação de extensão. Por ser mais abrangente, o conceito de metonímia prevalece sobre o de sinédoque.

    Eufemismo

    Consiste em empregar uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera, desagradável ou chocante.

    Exemplos:

    Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor. (= morreu)
    O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
    Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)

    Hipérbole

    É a expressão intencionalmente exagerada com o intuito de realçar uma ideia. Exemplos:
    Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
    "Rios te correrão dos olhos, se chorares." (Olavo Bilac)

    Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil6.php

  • Catacrese

    Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro "emprestado". Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original.

    Exemplos:

    "asa da xícara""batata da perna"
    "maçã do rosto""pé da mesa"
    "braço da cadeira""coroa do abacaxi"

    Metáfora

    A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças. É importante notar que a metáfora tem um caráter subjetivo momentâneo; se a metáfora se cristalizar, deixará de ser metáfora e passará a ser catacrese (é o que ocorre, por exemplo, com "pé de alface", "perna da mesa", "braço da cadeira").

    Obs.: toda metáfora é uma espécie de comparação implícita, em que o elemento comparativo não aparece.

    Observe a gradação no processo metafórico abaixo:

    Seus olhos são como luzes brilhantes.

    O exemplo acima mostra uma comparação evidente, através do emprego da palavra como.

    Observe agora:

    Seus olhos são luzes brilhantes.

    Nesse exemplo não há mais uma comparação (note a ausência da partícula comparativa), e sim um símile, ou seja, qualidade do que é semelhante.

    Por fim, no exemplo:

    As luzes brilhantes olhavam-me.

    Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Essa  é a verdadeira metáfora.

    Observe outros exemplos:

    1) "Meu pensamento é um rio subterrâneo." (Fernando Pessoa)

    Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando a fluidez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.).

    2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar algum.

    Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na frase acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa expressão que indica uma alma rústica e abandonada (e angustiadamente inútil), há uma comparação subentendida: Minha alma é tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma estrada de terra que leva a lugar algum.


    Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil6.php


  • Comparar shopping com cidade é MÉTAFORA. Logo, substituir shopping por cidade é METONÍMIA. Conclusão, Letra D de DEUS nos ajude! Força e Fé.
  • agora eu entendi, no texto ele nao relaciona com hiperbole, mas apenas uma metafora, comparação. nao seria letra C), pois no texto nao é esse o contexto!!!!!!!!!!

  • resumo sobre figuras de linguagem (fonte: http://profandreapaula.blogspot.com.br/2012/03/figuras-de-linguagem-ii-resumo-e.html) : 

    Antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.

    exemplo: “Os jardins têm vida e morte.”

    Ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.

    exemplo: “A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

    Eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.

    exemplo: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

    Hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.

    exemplo: Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

    Prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.

    exemplo: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

    Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.

    exemplo: “Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

    Metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:

    exemplo: Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)


    Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.

    exemplo: O pé da mesa estava quebrado.

  • Na maioria das questões em que a FGV pede figuras de linguagem, a resposta é metáfora. Fazer até acertar!!!

  • Os shoppings são como cidades(comparação implícita)= metáfora.

  • Dizer que um mero shopping é uma cidade não é um exagero?? e então c)hipérbole??

  • Existem Shoppings, se bobear , maiores que determinadas cidades...por isso um dos motivos de não ser hiperbole

  • quando fala em metáfora eu só lembro da propaganda que passa todo verão : "as lanchas são como os carros, os jetskis são como as motos, os banhistas são como os pedestres"...

  • Felipe Franca, 

    Seu comentário esta equivocado. Essa propaganda é um exemplo de COMPARAÇÃO/SIMILE, não de METAFORA. 

    "as lanchas são como os carros, os jetskis são como as motos, os banhistas são como os pedestres".

    A palavra "como" carateriza a COMPARAÇÃO/SÍMILE.

    Se fosse: 

    As lanchas são os carros, os jetiskis são as motos e os banhistas sao os pedestres, ai SIM OCORRERIA METAFORA.

  • Não pode ser hipérbole, pois o maior shopping do mundo tem cerca de 9km quadrados, que é o shopping "Dubai Mall", já a menor cidade do mundo conta com menos de 1 km, cujo o nome é "Hum" - curiosidades rs.

  • Gabarito: d


    Complementando a ideia de Felipe Solano, a metáfora, nos leva a comparação.

  • O candidato pode ficar em dúvida entre metáfora e hipérbole. No entanto, é possível diferenciar essas duas figuras no texto, pois, ao associar o shopping a uma cidade, o texto não está apelando para o exagero, e sim comparando o funcionamento de um shopping e de uma cidade, destacando aquilo que é comum.

    Isso posto, trata-se de uma metáfora.

    Resposta: D

  • É uma metáfora hiperbólica, na verdade.

  • GABARITO: LETRA D

    Metáfora:
    Trata do emprego da palavra fora do seu sentido básico, recebendo nova significação por uma comparação entre seres de universos distintos.
    Evanildo Bechara é uma fera da gramática.
    Evanildo Bechara – uma fera da gramática – é o melhor atualmente.
    fera do Bechara tem obras importantíssimas sobre a língua.
    Bechara?! Que fera!
    O Bechara vai “desmatando o amazonas de minha ignorância”.

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.


ID
1118830
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



No texto aparece a expressão “primeiro mundo” grafada de duas maneiras distintas: “...ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo” e “... as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira...”.

Isso se explica pelo fato de

Alternativas
Comentários
  • A diferença de valor se entende pelo primeiro termo estar em maiúsculo por se referir aos Estados Unidos, e o segundo em minúsculo por se referir à um elemento fictício.

  • GABARITO: E


ID
1118833
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



O autor do texto prepara informações pertinentes para que chegue a tratar dos “rolezinhos”; a informação que antecipa uma posição contrária a esse tipo de ocorrência é

Alternativas
Comentários
  • Atenção redobrada, pois as letras B e C podem confundir, mas como no enunciado da questão deixa claro que é "uma informação que antecipa a expressão rolezinhos" então só cabe a letra A.                                                                                                                                                           Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado.

  • não entendi, pois a letra a, apesar de antecipar não é uma posição contrária.Alguém pode explicar

  • Na minha opinião, a resposta seria letra C. O enunciado pede uma informação que antecipa uma posição CONTRÁRIA a esse tipo de ocorrência(rolezinhos). Ao meu ver, o fato dos shoppings serem teoricamente "...cidade fechadas, à prova de inconvenientes da rua" seria uma posição que impediria (contrária) à ocorrência dos rolezinhos.

  • É óbvio que a questão está errada. Qualquer um poder entrar no shopping não é posição contrária aos rolezinhos, mas sim favorável. O que ele deveria dizer é "posição contrária à proibição dos rolezinhos" ou algo do tipo. Pra variar, questão FGV mal formulada.

  • O enunciado pede uma posição contrária "aos rolezinhos", que antecipe a menção desse termo, e o gabarito correto é uma afirmação de semântica que não traz contrariedade ao termo rolezinho. É uma clara questão feita para manipular o gabarito definitivo. Põe a letra A como correta e, caso não favoreça quem deveria, troca o gabarito. Só não há como provar isso, mas é o que parece.

  • Gente essa banca não é certa não kkkkk Desde quando ....qualquer um pode entrar num xópi... é uma posição contrária. Sem justificativa esse gabarito. Agora me diz, para que inventar questões mirabolantes e sem sentido, custa ser racional FGV? ouxiii.....

  • Quando resolvo questões como essa me dá um desânimo....na moral, FGV: _)_ !

  • Eu errei, claro! rs Mas a posição é anterior porque é a frase que vem imediatamente antes de ele falar de "rolezinho"...ou seja, no texto é anterior... mas não na ideia que foi o que eu pensei... 

  • Tipo de ocorrência: rolezinhos;

    Posição CONTRÁRIA aos rolezinhos (tipo de ocorrência): “...dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua”.

    Para mim, em todas as outras não há antecipação de posição contrária. A alternativa A é uma posição FAVORÁVEL aos rolezinhos, pois “...qualquer um pode entrar num xópi”. Quase que uma defesa a este tipo de ocorrência.

  • "O autor do texto prepara informações pertinentes para que chegue a tratar dos “rolezinhos”; a informação que antecipa uma posição contrária a esse tipo de ocorrência é"

    De fato, o autor do texto demora a falar dos rolezinhos. A informação que antecede a questão dos rolezinhos ocorre justamente ao falar que qualquer um pode entrar no shoppings, ou seja, é ao falar que todos podem entrar no shopping que ele apresenta uma posição contrária aos riscos que levaram os rolezinhos a serem proibidos dentro dos shoppings.

  •  Na verdade, informação que antecipa uma posição contrária aos rolés: “...qualquer um pode entrar num xópi”

     É só olhar no texto quando que aparece uma posição contraria ao rolezinmn: "mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado."  <<< O termo que antecipa isso é justamente: “...qualquer um pode entrar num xópi”.

  • Posição contrária devido à conjunção coordenativa adversativa "mas".  "QUALQUER UM PODE ENTRAR NUM XÓPI nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, MAS a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado."

  • Não entendi...POSIÇÃO CONTRARIA... “...dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua” ...n seria essa a resposta correta??

     

  • essa fgv força demais

  • GAB.A

    Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. 


ID
1118836
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



Segundo o autor do texto, os “rolezinhos” são movimentos que

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    "No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade."

    A letra B pode até confundir, mas olhando com atenção, o autor diz que VOCÊ pode pensar algo. Como a questão pede o que o autor do texto considera, atente-se para o que vem depois.


ID
1119928
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação da Defensoria Pública
Assuntos

Em 2015 a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro terá um novo chefe. De acordo com a Lei Complementar nº 80/94, o Defensor Público Geral;

Alternativas
Comentários
  • LC 80:

    Art.  99.    A  Defensoria  Pública  do  Estado  tem  por  chefe  o  Defensor  Público-Geral,  nomeado  pelo

    Governador do Estado, dentre membros estáveis da Carreira e maiores de 35 (trinta e cinco) anos, escolhidos em

    lista tríplice formada pelo voto direto, secreto,  plurinominal  e  obrigatório  de  seus  membros,  para  mandato  de  2

    (dois) anos, permitida uma recondução.


  • Defensor Público Geral do Estado:

    - chefe da DPE;

    - Nomeado pelo Governador do Estado;

    - Membro estável e maior de 35 anos de idade;

    - Mandado de 02 anos, permitida 01 recondução;

    - Compete dirigiri a DPE, superintender e coordenar suas atividades, orientado sua atuação e representado-a judicial e extrajudicialmente;

    - Escolhido em lista tríplice (formada pelo voto direto, secreto e plurinominal e obrigatório de seus membros); 



  • a)

    deverá ter mais de 35 anos de idade e mais de 5 anos na carreira

     b)

    terá mandato de 4 anos, coincidente com o mandato do Governador do Estado

     c)

    será nomeado pelo Governador escolhido em lista tríplice para mandato de 2 anos, não sendo permitida sua recondução

     d)

    deverá ter mais de 35 anos de idade e ser estável na carreira, não podendo pertencer à classe inicial da carreira

     e) CORRETA

    deverá ter mais de 35 anos de idade, ser estável na carreira, escolhido em lista tríplice formada pelo voto dos membros da Defensoria Pública.

  • GABARITO E

     

    LC80/94

    Art. 99.  A Defensoria Pública do Estado tem por chefe o Defensor Público-Geral, nomeado pelo Governador do Estado, dentre membros estáveis da Carreira e maiores de 35 (trinta e cinco) anos, escolhidos em lista tríplice formada pelo voto direto, secreto, plurinominal e obrigatório de seus membros, para mandato de 2 (dois) anos, permitida uma recondução.

  • ATENÇÃO: para quem errou como eu.

     

    a letra B é exatamente o que dispõe a lc 06/77 do RJ.

     

    Art. 7º - A Chefia da Defensoria Pública é exercida pelo Defensor Público Geral do Estado, dentre os integrantes da classe final e da classe intermediária da carreira, maiores de trinta e cinco anos e com mais 03 (três) anos de carreira indicados em lista tríplice, para mandato de 04 (quatro) anos, coincidente com o mandato do Governador do Estado.

  • e agora:? 06/77 nao conta ?

  • Denis, tb errei pois lembrei desta lei do RJ, mas relendo para correção o enunciado é claro ao se referir somente a LC 80/1994. Temos que ficar atentos ao comando da questão!

  • Dei mole mesmo, valeu Amanda

  • LEI ORGÂNICA DO RIO DE JANEIRO

    Art. 7º - A Chefia da Defensoria Pública é exercida pelo Defensor Público Geral do Estado, dentre os integrantes da classe final e da classe intermediária da carreira, maiores de trinta e cinco anos e com mais 03 (três) anos de carreira indicados em lista tríplice, para mandato de 04 (quatro) anos, coincidente com o mandato do Governador do Estado.

    Lei orgânica NACIONAL

    Art. 99. A Defensoria Pública do Estado tem por chefe o Defensor Público-Geral, nomeado pelo Governador

    do Estado, dentre membros estáveis da Carreira e maiores de 35 (trinta e cinco) anos, escolhidos em lista

    tríplice formada pelo voto direto, secreto, plurinominal e obrigatório de seus membros, para mandato de 2

    (dois) anos, permitida uma recondução. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).

  • letra E.

     

    DPE -> DEFENSOR PÚBLICO-GERAL:

    Nomeado – governador de estado;

    Maiores de 35 anos;

    estável na carreira;

    Lista tríplice;

    Voto – direto, secreto, plurinominal, obrigatório;

    Mandato – 2 anos ( permitida uma recondução);

    Substituições -> Subdefensor Público-Geral

     

    LoreDamasceno, seja forte e corajosa.


ID
1190248
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O tratamento constitucional dado em matéria de responsabilidade civil do Estado é no sentido de que:

Alternativas
Comentários
  • Letra A correto

    A responsabilidade administrativa é objetiva "prescinde" (não necessita) a demostração de dolo ou culpa.

    obs. o dolo e a culpa é em caso do direito de regresso contra o responsavel pelo dano.

    Fundamentação: Art. 37,§ 6º, CRFB/88

    § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

  • Questão absurdamente má elaborada e genérica, não conseguindo o examinador nem se quer reproduzir fielmente o texto do art. 37, §6º da CF. Questão do tipo: QUANTO MAIS SE SABE MAIS SE F@!##. Enfim, tive a vergonha na cara de nem sem quer arriscar marcar a menos errada, já que seria um atentado ás horas despendidas de estudo nesta disciplina. 

    a) ERRADA: Tanto as pessoas jurídicas de direito público quanto direito privado podem ser responsabilizadas pelos danos gerados aos particulares (administrados). Prescindirá da demonstração de dolo ou culpa ante a teoria do Risco Administrativo (condutas comissivas), salvo em caso de regresso. Imprescindível a demonstração de dolo ou culpa ante a teoria da Culpa Administrativa (condutas omissivas). 

    b) ERRADA: Ou a letra ´´A`` e a letra ´´B`` estão corretas, ou ambas estão incorretas. Raciocínio lógico. 

    c) ERRADA: Tanto as pessoas jurídicas de direito público quanto direito privado podem ser responsabilizadas pelos danos gerados aos particulares (administrados). As de direito privado prestadoras de serviço público (em sentido estrito) e as exploradoras de atividade econômica (em sentido amplo) serão regidas pela responsabilidade prevista no Direito Administrativo, exploradoras de atividade econômica em sentido estrito será regidas pelo Direito civil. A prescindibilidade ou imprescindibilidade da comprovação de dolo ou culpa dependerá da natureza da conduta e da respectiva teoria a ser adotada. 

    d) ERRADA. Tanto as pessoas jurídicas de direito público quanto direito privado podem ser responsabilizadas pelos danos gerados aos particulares (administrados). O direito de regresso permeia a teoria do risco administrativo, já que a ação principal (Estado X particular - ofendido) é autônoma daquela. 

    e) ERRADA. Não só as pessoas jurídicas da administração direta (ministérios, gabinete da presidência...) e indireta (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedade de economia mista) responderão pelos danos aos particulares. Paraestatais e concessionárias também se responsabilizam por exemplo. 

  • Veja bem,...prescinde  que dizer : não é necessário, não precisa necessariamente de demostração de dolo ou culpa...a necessidade existe somente quando trata-se de responsabilidade subjetiva... certa a questão e muito  bem elaborada.

  • Hugo, 

    Entendo sua revolta, mas, no meu entendimento, a questão está correta pois está tratando da regra. Em regra, responsabilidade das pessoas jurídicas de direito público de e das prestadoras de serviço público prescindem de comprovação de dolo ou culpa (RC Objetiva).


    A RC Subjetiva é a exceção, como nos casos da responsabilidade do agente ou nos casos da responsabilidade dessas mesmas pessoas jurídicas por omissão (genérica). 


  • Questão corretíssima!!

    Será dispensado a demonstração de dolo e culpa, quando a responsabilidade é objetiva do Estado (caso em questão).  Somente em ação regressiva deverá ficar demonstrado dolo e culpa do agente, caso em que ficará configurado a responsabilidade subjetiva do Estado.

    Bons estudos.

  • Letra a


    Art, 37 § 6º da CF - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.


    A necessidade de demonstração do dolo ou culpa se dá na ação de regresso do Estado contra o agente, e não na ação da vítima contra o ente público.

  • Prescindir = não levar em conta, pôr de lado

  • Prescindível é sinônimo de dispensável.

  • Resposta:  letra A

    corrigindo o colega HUGO GONÇALVES que falou que tanto a A e B estariam corretas, veja um detalhe na ALTERNATIVA B) QUE INDUZ AO CANDIDATO AO ERRO. 

    (B)  (...)  imprescindível a demonstração do dolo ou culpa. , LOGO ESTARIA ERRADA,  A PALAVRA CERTA É PRESCINDIVEL SIGNIFICA DISPENSÁVEL )

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    OBSERVAÇÃO:  NA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO  "NÃO HÁ DEMOSTRAÇÃO DE DOLO OU CULPA".

     

     

     

     

  • Demonstração de dolo e culpa, via de regra, são  para as ações  regressivas .Agora, Prescindível  sempre gravo que é  o contrário  de Imprescindível. 

  • A responsabilidade civil do Estado, abraçada em nosso ordenamento jurídico, é de índole objetiva, baseada na teoria do risco administrativo, o que significa dizer que o dever de indenizar emerge da ocorrência de uma conduta estatal, da qual resultem danos ao particular, para o quê deve estar configurado o nexo de causalidade. Inexiste a necessidade, pois, de demonstração do elemento subjetivo da conduta (por isso a responsabilidade é objetiva), isto é, não é preciso se provar que a conduta do agente público causador dos danos se deu mediante dolo ou culpa. 

    A sede constitucional deste princípio repousa no art. 37, §6º, da CRFB/88, que abaixo colaciono:

    "§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."

    Firmadas estas premissas básicas, vejamos as opções:

    a) Certo:

    Em linha com o texto constitucional acima reproduzido, bem como com os fundamentos anteriormente esposados.

    b) Errado:

    Não é imprescindível a demonstração de dolo ou culpa justamente por se tratar de responsabilidade objetiva.

    c) Errado:

    Além do equívoco comentado na opção anterior, esta alternativa ainda incorre em outro erro, qual seja, o de excluir as pessoas de direito privado prestadoras de serviços públicos, às quais se aplica, por expressa imposição constitucional, a responsabilidade objetiva do Estado.

    d) Errado:

    Outra vez, o erro existe no ponto em que se dizer que apenas as pessoas de direito público respondem pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, quando o certo é incluir, também, as pessoas de direito privado prestadoras de serviços públicos.

    e) Errado:

    Dois equívocos graves nesta alternativa: o primeiro consiste no fato de que existem pessoas integrantes da Administração indireta às quais não se aplica a responsabilidade civil do Estado, tal como definida no §6º do art. 37 da CRFB/88, quais sejam, as pessoas de direito privado (empresas públicas e sociedades de economia mista) exploradoras de atividade econômica. O segundo repousa no fato de que, como acima já pontuado, existem pessoas de direito privado, não integrantes da Administração Pública, que são abarcadas pelo citado mandamento constitucional, por serem prestadoras de serviços públicos (concessionárias e permissionárias de serviços públicos). Logo, a palavra "apenas", outra vez, importa em equívoco desta alternativa.


    Gabarito do professor: A
  • Ou você grava o significado de prescindir e suas derivações ou você não vai se dar bem em concurso.


    Gab: A

  • Comentário:

    A responsabilidade civil do Estado, em regra, é de índole objetiva, baseada na teoria do risco administrativo, o que significa dizer que o dever de indenizar emerge da soma dos seguintes elementos: conduta estatal, danos ao particular e nexo de causalidade. Assim, inexiste a necessidade de demonstração do elemento subjetivo da conduta (por isso a responsabilidade é objetiva), ou seja, não é preciso se provar que a conduta do agente público causador dos danos se deu mediante dolo ou culpa. Vejamos o art. 37, §6º, da CRFB/88:

    "§6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."

    Após essa breve explicação, vamos analisar as alternativas.

    a) CORRETA. Está de acordo com a explicação, bem como com o artigo acima reproduzidos.

    b) ERRADA. Não é imprescindível, mas sim prescindível a demonstração de dolo ou culpa justamente por se tratar de responsabilidade objetiva.

    c) ERRADA. Além do equívoco comentado na opção anterior, esta alternativa ainda incorre em outro erro, qual seja, o de excluir as pessoas de direito privado prestadoras de serviços públicos, às quais se aplica, por expressa imposição constitucional, a responsabilidade objetiva do Estado.

    d) ERRADA. Outra vez, o erro existe no ponto em se dizer que apenas as pessoas de direito público respondem pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, quando o certo é incluir, também, as pessoas de direito privado prestadoras de serviços públicos.

    e) ERRADA. Dois equívocos nesta alternativa: o primeiro consiste no fato de que existem pessoas integrantes da Administração indireta às quais não se aplica a responsabilidade civil do Estado, tal como definida no §6º do art. 37 da CRFB/88, quais sejam, as pessoas de direito privado (empresas públicas e sociedades de economia mista) exploradoras de atividade econômica. O segundo repousa no fato de que existem pessoas de direito privado, não integrantes da Administração Pública, que são abarcadas pelo citado mandamento constitucional, por serem prestadoras de serviços públicos (concessionárias e permissionárias de serviços públicos). Logo, a palavra "apenas" importa em equívoco da alternativa.

    Gabarito: alternativa “a”

  • Questão bem bolada.

    Ela leva em consideração atuação da Objetiva do Estado.

  • A banca foi sútil nessa questão, onde caso o candidato não conheça a diferença entre prescindível e imprescindível poderia inferir ao erro.

    Importante também ficar atento às questões que generalizam com apenas as, somente as...


ID
1196590
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Suponha que um renomado economista exerça dois tipos de atividade: analisar a conjuntura econômica e calcular contas básicas de soma, subtração, multiplicação e divisão. Além desse renomado economista, suponha que um balconista também possa exercer os dois tipos de atividade. O economista é mais produtivo nas duas atividades, mas apresenta maior custo de oportunidade para realizar contas básicas. Por sua vez, o balconista apresenta menor custo de oportunidade no cálculo das contas básicas.
Com base nessas informações, a(s) atividade(s) a ser (em) executada(s) pelo economista é (são)

Alternativas
Comentários
  • A teoria das vantagens comparativas (em comércio internacional) diz que cada um deve se especializar apenas naquilo em que tem vantagens comparativas.

     

    (a) Correto. Se o economista apresenta maior custo de oportunidade ao deixar de fazer nas análises econômicas, significa que ele tem maiores vantagens comparativas.

     

    (b) Errado. As vantagens absolutas, ainda que existam não irão determinar quem deve fazer o que.

     

    (c) Errado. É impossivel ter maior vantagem comparativa em tudo.

     

    (d) Errado. A vantagem comparativa é menor.

     

    (e) Errado. Há vantagen em trabalhar com cenários, valendo a pena ao patrão pagar salários maiores pela produtividade maior.

     

    Gabarito letra (a)

  • Como a questão trata do custo de oportunidade da profissão de balconista e do economista, precisamos definir, primeiramente, o conceito: custo de oportunidade: é o valor econômico da melhor alternativa sacrificada ao se optar pela produção de um determinado bem ou serviço, também pode ser chamado de custo alternativo ou, ainda, custo implícito (pois não implica dispêndio monetário). Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos.

    Passamos a análise das alternativas.

    A) Correto. Na perspectiva da vantagem comparativa, onde a prestação de serviço acontece quando o custo de oportunidade da prestação de um serviço em relação aos demais, o economista realizará a análise da conjuntura econômica, visto que o custo de oportunidade desta atividade é menor para ele do que para o balconista.

    B) Errado. Se fossemos considerar a vantagem absoluta, o economista prestaria os dois serviços, contas básicas e análise da conjuntura econômica, devido à ser mais eficiente, prestar o serviço utilizando menos insumos, do que o balconista.

    C) Errado. Vide resposta da letra “A".

    D) Errado. O Economista prestará o serviço com menor custo de oportunidade, não maior, assim, o serviço a ser prestado é o de análise da conjuntura econômico.

    E) Errado. Se o salário for menor que o custo de oportunidade, o balconista se deslocará para outra atividade com melhores oportunidades.

    Gabarito: Letra “A".


ID
1196593
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Um consumidor apresenta um conjunto de preferências sobre sapatos que são complementares perfeitos. Assim, a escolha dele se resume a quantos sapatos do pé direito e esquerdo comprar. Suponha que ele tenha um par de sapatos, mas acabe perdendo o sapato do pé direito. Para que ele tenha um nível de utilidade maior do que tinha antes dessa perda, ele deve comprar

Alternativas
Comentários
  • Se é complementar perfeito sua utilidade será Min{x,y}=Min{pé direito , pé esquerdo}. Na situação inicial ele tem (x,y)=(1,1) => Min(1,1)=1. Mas depois perde 1 pé direito, ficando Min(0,1)=0. Para a utilidade ficar maior que antes (que era 1) é preciso ao menos 2 pares, ou seja, comprar 2 (ou mais) pés direitos e 1 (ou mais) pé esquerdo.

     

    (a) Errado. Min {0,2}=0

     

    (b) Errado. Min{x,1}=1 para todo x inteiro positivo.

     

    (c) Errado. Min {1,2}=1

     

    (d) Errado. Min {1,1}=1

     

    (e) Certo. Min {2,2}=2 ou mais...

     

    Gabarito letra (e)

  • Um tipo de preferência é a complementar perfeita, nesse caso os bens são consumidos sempre juntos e em proporções fixas, no caso da questão 1 (um) pé direito e 1 (um) pé esquerdo, ou seja, ter apenas um pé do par (direito ou esquerdo) de sapato não gera nenhum benefício. O consumidor, no caso da questão, estava em uma curva de indiferença onde sua cesta de consumo era (1,1), contudo ele perdeu um sapato – pé direito, assim para alcançar uma curva de indiferença superior ele precisa repor o sapato perdido e consumir, pelo menos, mais um par de sapato (2,2).

    Gabarito: Letra “E".


ID
1196596
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Suponha que o governo deseje reduzir a quantidade consumida de cerveja em função das potenciais externalidades negativas que podem ser geradas.
Uma política que NÃO deve ser adotada pelo governo para alcançar esse objetivo é

Alternativas
Comentários
  • (a) Errado. Maior tributação aumenta preço e cai o consumo.

     

    (b) Errado. Anúncios negativos reduzem a demanda.

     

    (c) Errado. Um grupo específico consumirá menos.

     

    (d) Certa. Com menor concorrência, por causa das cotas de importação dos substitutos, a bebida alcóolica será mais consumida.

     

    (e) Errado. Um grupo específico consumirá menos.

     

    Gabarito letra (d)

  • A) Correto. A demanda pode ser afetada pelo preço do bem, assim caso o governo majore o tributo, haverá aumento do preço da cerveja e consequente queda na quantidade consumida. O governo pode utilizar-se desta política para reduzir o consumo de cerveja.

    B) Correto. Outra forma de afetar a demanda é na divulgação de propaganda educativa dos malefícios consumo do álcool, visto que a propaganda tem o efeito de alterar as preferências, hábitos ou gostos dos consumidores.

    C) Correto. Ao proibir que motoristas alcoolizados dirijam, reduz-se a quantidade de consumidores de cerveja, a demanda por álcool, pois parte dos consumidores consomem o álcool combinado com direção.

    D) Errado. Com a imposição de cotas nas bebidas substitutas, reduz-se a quantidade de substitutos, logo quanto menos substitutos, menos elástica a demanda, pois, dado um aumento de preços, o consumidor tem menos opções para trocar o consumo desse produto, driblar a alta dos preços, assim os consumidores não são tão sensíveis à variação de preços, consequentemente por mais que haja variações no mercado, o consumidor não reduzirá ou reduzirá pouco o consumo de cerveja.

    E) Certo. O aumento da idade mínima legal para que um indivíduo possa comprar ou consumir cerveja restringe o mercado consumidor, a quantidade demandada.

    Gabarito: Letra “D".


ID
1196599
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Suponha que um monopolista opere no mercado de extração de petróleo. Como único produtor, ele tem o poder de fixar o preço,

Considerando que a demanda não seja perfeitamente inelástica ou elástica, esse produtor atingirá o máximo de lucro quando

Alternativas
Comentários
  • (a) Errado. p=cma não traz lucros.

     

    (b) Certo. Enquanto estiver operando na parte inelástica valerá a pena reduzir mais a produção para aumentar os lucros.

     

    (c) Errado. Se rma>cma, então vale a pena produzir mais, pois dará lucros.

     

    (d) Errado. Não basta isso ocorrer apenas em termos absolutos, é preciso notar que um aumento no preço afeta todas as unidades vendidas. Isto é um aumento de um real pode fazer cair 2 unidades de venda, mas ainda assim valer a pena pois ganharei com todas as demais.

     

    (e) Errado. mark-up for igual à unidade traz lucro zero.

     

    Gabarito letra (b)

  • A) Errado. Na concorrência perfeita, a empresa maximiza lucro quando Receita Marginal = Custo Marginal = Preço; Rmg=Cmg=P., diversamente do mercado monopolista, que maximiza o lucro quanto a Receita Marginal = Custo Marginal; Rmg = Cmg.

    B) Correto. O monopolista maximiza lucro quando a Receita Marginal = Custo Marginal, como o Custo Marginal é sempre positivo, a Receita Marginal também será. Só que a Receita Marginal só é positiva na faixa elástica da curva de demanda, então SEMPRE o monopolista opera na faixa elástica da curva de demanda, nunca a posição de máximo lucro do monopolista será na faixa inelástica. (Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos)

    C) Errado. Vide letra “B".

    D) Errado. Vide letra “B".

    E) Errado. O nível de mark-up depende da força dos oligopolistas de impedir a entrada de novas firmas, o que depende do grau de monopólio do setor. Quanto mais alto o poder de monopólio, mais limitado o acesso de novas empresas e, portanto, maior a taxa de mark-up que as empresas oligopolistas podem aferir. Assim, quanto menor for a elasticidade-preço da demanda e, portanto, quanto maior o poder de mercado do monopolista, maior será o mark-up. (Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos). Sendo assim, o mark-up poderá ser maior que a unidade.

    Gabarito: Letra “B"


ID
1196602
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação à teoria de custos, analise as afirmativas a seguir:

I. A curva de custo marginal cruza a curva de custo total médio no ponto de mínimo.
II. A curva de custo fixo médio é sempre decrescente em relação à quantidade.
III. A curva de custo variável médio cresce sempre que estiver abaixo da curva de custo marginal.

Assinale se:

Alternativas
Comentários
  • Eu não entendi...eu errei a questão. Estava certo de que quando o CMg estivesse abaixo do Custo Médio, o custo média tenderia a cair e não crescer! Alguém me dê uma luz??

  • Enquanto a curva do CMe  estiver ABAIXO do CMg, ela será crescente.

  • Melkzedec, vc está certo no seu raciocínio. 
    Entretanto, o que a alternativa II diz é o contrário do que vc escreveu. Neste caso, a curva de CMg está ACIMA da CMe.

  • I- Correto

     

    Isto sempre acontece.

     

    II- Correto

     

    CF/y sempre irá cair quando y sobe.

     

    III- Correto

     

    Ela decresce enquanto o custo marginal está abaixo e cresce quando o custo marginal está acima.

     

    Gabarito letra (e)

  • I - Correto. a curva de custo marginal corta as curvas de custo total médio e custo variável médio no ponto de mínimo destas.

    Intuitivamente, se o custo marginal (ou seja, o custo adicional) supera o médio, é evidente que o custo médio crescerá: assim, quando o custo marginal supera o custo médio (total ou variável), significa que o custo médio estará crescendo. Analogamente, se o custo marginal for inferior ao médio, o médio só poderá cair. Condui-se que, quando o custo marginal for igual ao custo médio (total ou variável), o marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio. (Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos).

    II - Correto. A Custo Fixo Médio (CFMe) é o custo fixo total dividido pela quantidade produzida, como a quantidade está localizada no denominador, se aumentarmos a quantidade produzida reduziremos o custo fixo médio. (Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos).

    III - Correto. Vide explicação do Item I.

    Gabarito: Letra “E".


ID
1196605
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Suponha que refrigerante e pizza sejam bens complementares. Se o preço do refrigerante cai, o consumo de pizza

Alternativas
Comentários
  • Não entendi!

  • Gabarito letra C.

    Considerando que o bens são complementares a redução no preço do refrigerante ocasiona um aumento no consumo de pizzas, uma vez que o menor preço do refrigerante levará a um aumento no consumo de refrigerante e, consequentemente, a um aumento no consumo de pizza (por serem complementares).
    Em relação ao efeito renda e efeito substituição, no caso dos bens complementares perfeitos, o ES é nulo e o ER é máximo. Como a questão não diz que os bens são complementares perfeitos, o ER é maior que o ES (ou ES < ER), pois não há muita substituição entre os bens.
  • Se o preço do refrigerante cai, sua demanda irá aumentar, como ele é complementar com a piza, a demanda da pizza tb sobe.

     

    (a) Errado. Aumenta.

     

    (b) Errado. Aumenta.

     

    (c) Certo. Efeito substituição é nulo para bens complementares, sendo toda a variação do consumo advinda do efeito renda.

     

    (d) Errado. Efeito substituição é nulo para bens complementares, não podendo ser maior que o efeito renda.

     

    (e) Errado. Aumenta.

     

    Gabarito letra (c)

  • Como bens descritos na questão são complementares, ou seja consumidos conjuntamente, assim uma redução no preço do refrigerante deverá AUMENTAR a procura da pizza, coeteris paribus, esse é o efeito total, dividido entre Efeito Renda e Efeito Substituição, o Efeito Substituição, conforme definido abaixo, é nulo para os bens complementares perfeitos, consequentemente o Efeito Renda, infra mencionado, é máximo. Todavia a questão trata dos complementares, não diz que são perfeitos, logo pode existir algum tipo de substituição entre esses bens, mas o Efeito Renda é maior que o Efeito Substituição.

    Efeito-renda: dada uma variação no preço de um bem, é o efeito sobre a quantidade demandada desse bem, derivado de uma mudança na renda real (ou poder aquisitivo) do consumidor, supondo a renda nominal e os preços dos outros bens constantes. Por exemplo, se o preço do refrigerante diminui, a quantidade demandada de refrigerante aumenta, porque o poder aquisitivo do consumidor aumentou, coeteris paribus. (Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos).

    Efeito-substituição: dada uma variação no preço de um bem, é o efeito sobre a quantidade demandada desse bem, derivado de uma alteração nos preços relativos dos bens, supondo a renda nominal e os preços dos outros bens constantes. Por exemplo, se o preço do refrigerante diminui, a quantidade demandada de refrigerante aumenta, porque o refrigerante fica relativamente mais barato que os outros bens, coeteris paribus. (Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos).

    Gabarito: Letra “C".


  • Se o preço de um dos bens cai, a quantidade do outro bem aumenta (no caso, para os bens que são complementares dessa questão).

    Para bens complementares, o efeito substituição é nulo, o efeito renda é maior que o efeito substituição.

    Gabarito C


ID
1196608
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação aos conceitos de excedente do consumidor e do produtor, analise as afirmativas a seguir:

I. Se o preço de um bem cair, o excedente do consumidor aumenta por dois canais: aumento do excedente dos consumidores que já compravam o bem e o excedente gerado para os novos consumidores.
II. Se o preço de um bem cair, o excedente do produtor aumenta por dois canais: aumento do excedente para os produtores que já vendiam o bem e o excedente gerado dos novos produtores.
III. O excedente total da economia é máximo no ponto de equilíbrio entre oferta e demanda, sem imposição de impostos.

Assinale se:

Alternativas
Comentários
  • I- Correto

     

    Todos pagam menos, aqueles que já compravam ficam melhor e alguns que não compravam agora podem comprar.

     

    II-Errado

     

    Se o preço cai, o excedente do produtor cai.

     

    III-Correto

     

    O máximo bem estar é no equilíbrio e sem impostos, porque impostos geram peso morto.

     

    Gabarito letra (d).

     

  • I – Correto. Excedente do consumidor: ganho em bem-estar pelo fato de o consumidor pagar por um determinado bem ou serviço um preço menor que uma disposição máxima a pagar (preço de reserva). No entanto, ele tem que pagar apenas o preço fixado pelo mercado.


    II – Errado. O excedente do produtor é o ganho em bem-estar pelo fato de o produtor receber no mercado um preço maior que aquele mínimo que viabilizaria sua produção. Dado um preço de mercado de $ 120, o produtor estaria disposto a receber, para produzir a primeira unidade, um preço mínimo de $ 60, $ 70 pela segunda etc. Contudo, na prática, ele recebe o preço de mercado, ganhando a diferença entre o preço de mercado e sua disposição mínima a receber.


    III – Correto. O excedente total de economia é dado pela soma do excedente do produtor e do consumidor, ele é máximo no ponto de equilíbrio entre oferta e demanda, sem impostos, já que caso haja imposto o consumidor e produtor perdem parte do seu excedente,

    (Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos).


    Gabarito: Letra “D".


ID
1196611
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O peso morto de um imposto é nulo quando

Alternativas
Comentários
  • (a) Certo. Quando a demanda é inelástica, a quantidade fica determinada o imposto vai todo para a demanda e a perda de bem estar dos consumidores é tranferida integralmente para o governo.

     

    (b) Errado. Quando a oferta é perfeitamenate elastica, qualquer imposto acaba com o mercado, dando ônus máximo.

     

    (c) Errado. Se não há inelasticidade da demanda ou da oferta, haverá algum ônus.

     

    (d) Errado. Se não há inelasticidade da demanda ou da oferta, haverá algum ônus.

     

    (e) Errado. Se não há inelasticidade da demanda ou da oferta, haverá algum ônus.

     

    Gabarito letra (a)

  • Se a demanda for bastante elástica, dada a curva de oferta , a maior parcela do imposto e do “peso morto" incidirá sobre os vendedores ou produtores, pois os consumidores conseguem diminuir bastante o consumo do bem, dada uma elevação de preços provocada pelo imposto. Se a demanda for inelástica, dada a curva de oferta , quem deve arcar com a maior parcela do imposto e do “peso morto" é o consumidor, que, nesse caso, não tem muitas possibilidades de “fugir" do aumento de preços. Portanto, quem suportará mais o ônus do imposto e do “peso morto" depende das elasticidades das curvas de oferta e demanda da mercadoria.

    Se a demanda for PERFEITAMENTE inelástica, dada a curva de oferta, quem deve arcar com o imposto é o consumidor, que, nesse caso, não tem possibilidades de “fugir" do aumento de preços, sendo assim a quantidade transacionada é idêntica a imposição do imposto, nesse caso inexiste peso morto.

    (Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos).


    Gabarito: Letra “A".


ID
1196614
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Suponha uma função demanda do tipo x=a/p, em que p é o preço de um bem x, e a uma constante positiva. A elasticidade preço da demanda é igual a

Alternativas
Comentários
  • Não entendi essa questão . =/


  • Epd =(dQ(p) / dp) *(p / Q(p))
    Epd = (-a / p²) * (p / (a/p))
    Epd = (-a / p²) * (p * (p/a))
    Epd = (-a / p²) * (p² / a)
    Epd = -1
    Resp: B

  • Alguem por favor me explica como que (dQ(p) / dp) =  (-a / p²)???? Obg.

  • a/p = a.p^-1 e então d/dp = -1.a.p^-2 = -a/p^2

  • Fórmula da elasticidade -> E=p/q.ΔQ/Δp

    onde,

    p=p

    q= é a função dada = a/p

    ΔQ/Δp = é a derivada da função demanda 

     

    Resolvendo a derivada...

     

    d(a/p) = 0.p - a.1 / p² = -a/p²

     

    Substituindo na fórmula da elasticidade...

     

     

    E=p/q.ΔQ/Δp

     

    E= p/a/p . -a/p²

    E= p.p/a .-a/p²

    E= p²/a . -a/p²

    E = -1

     

    obs

    Para resolver essa questão tem que lembrar da regra de derivação do quociente e também que a derivada de constante é zero. 

  • Usando a fórmula de elasticidade da demanda:

    ꜫ =p/x *dx/dp

    Substituindo o valor de x:

    ꜫ =(p/x) *(-a*p^-2)

    ꜫ = [p/(a/p)]* (-a*p^-2)

    ꜫ = [(p^2)/a]*(-a*p^-2)

    ꜫ = -1

    Gabarito: Letra “B".

  • Aplique logaritmo natural na função demanda :

    ln(x) = ln(a) - ln(p)

    e use a definição da elasticidade preço da demanda para essa forma:

    Epd =(dx(p) / dp) *(p / x(p)) = d ln(x)/d ln(p) = -1


ID
1196617
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Quando uma empresa atua em um nível de produção em que há economias de escala, o custo total médio

Alternativas
Comentários
  • O custo total médio tem a forma tradicional de "U" no curto prazo, mas se há economias de escala este custo irá decrescer no longo prazo.

     

    (a) Certo. Exposto acima

     

    (b) Errado. Só no longo prazo.

     

    (c) Errado. Reduz-se no longo prazo.

     

    (d) Errado. Há economias de escala.

     

    (e) Errado. Não tem como ser mínimo no longo prazo se ele está sempre decrescendo.

     

    Gabarito letra (a)

  • A economia de escala acontece quando todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce numa proporção maior. Isso ocorre porque empresas com maiores plantas permitem maior especialização de tarefas (melhor divisão do trabalho) e porque certas unidades de produção só podem ser operadas com base em um nível mínimo de produção (as chamadas indivisibilidades na produção). A economia de escala representa um conceito de longo prazo, em que não há fatores de produção fixos.

    Como a produção cresce em proporção maior que os custos, o custo total médio reduz, no longo prazo, com o aumento da produção. (Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos).

    Gabarito: Letra “A".

  • • Uma empresa que opera no nível de produção em que ocorre economia de escala: pode elevar sua produção com elevação proporcionalmente menor em seus custos;

    • Ou seja: à medida que a quantidade produzida aumenta, o custo total aumenta em escala inferior, possibilitando à firma obtenção de custo médio (CT / Unidade Produzida) decrescente;

    • A economia de escala é geralmente fruto da existência de elevados custos fixos e custos marginais pequenos;

    • À medida que a produção aumenta, os custos fixos vão sendo diluídos, de forma que o custo total se eleve menos que a quantidade produzida;

    • Esse tipo de situação e comum nos monopólios naturais;

    • Basicamente, o conceito de economia de escala está associado ao longo prazo: no curto prazo, pelo menos um fator de produção é fixo enquanto que no longo prazo, todos os fatores são variáveis;

    • E o que seriam as economias de escala? Se eu dobro TODOS os insumos, eu mais que dobro a minha produção;

    • Mas eu apenas posso dobrar todoso os meus insumos no LONGO PRAZO, uma vez que no curto prazo não são todos os insumos que estão livres para variar;

    Fonte:

    Vicente Camillo, TEC;

    Comentários, TEC;

  • GAB: LETRA A

    Complementando!

    Fonte: Celso Natale - Estratégia

    A única confusão que pode haver aqui é entre as alternativas “a” e “b”, mas ela se desfaz se você lembrar que “escala” tem a ver com tamanho da produção, ou seja, capital e trabalho. Somente no longo prazo é possível alterar a escala. Resumindo: falou em “escala”, falou em “longo prazo”.

  • Ah, questão ridícula. É plenamente possível economia de escala no Curto prazo.

    Se a empresa está operando em um nível de produção no qual Cme < Cmg ela vai obter economias de escala simplesmente aumentando sua produção q até o ponto em que Cme e Cmg se igualam.


ID
1196620
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Suponha que um país tenha (em bilhões de reais) os seguintes valores de alguns dos principais agregados macroeconômicas

Salários = 50
Juros pagos às famílias = 100
Aluguéis pagos às famílias = 80
Lucros distribuídos = 100
Impostos diretos = 10
Impostos indiretos =20
Subsídios = 10

Logo, o PIB a preços de mercado é igual a:

Alternativas
Comentários
  • Uai, alguém me ajuda a ver onde errei. Fiz o cálculo assim:
    Salários 50  ( 50 ) +  Juros pagos às famílias 100   ( 150 ) + Alugueis pagos às famílias 80   ( 230) + Lucros distribuídos 100  ( 330 ) + Impostos  Diretos 10  ( 340 ) + Impostos Indiretos 20  ( 360 ) - Subsídios 10   ( 350); Tinha marcado a letra d) mas o gaba é c)...pq?

  • RIB (Renda Interna Bruta) = Salário + Juros + Lucro + Aluguel

    PIBpm = PIBcf + II - S


    RIB = 50 + 100 + 100 + 80 = 330

    PIBpm = 330 + 20 - 10 = 340

    Opção C)

  • Partimos da identidade macroeconômica básica, Produto Interno Bruto= Renda Interna Bruta = Despesa Interna Bruta, já que ao produzir os bens e serviços a serem fornecidos às famílias, as empresas utilizam os fatores de produção fornecidos por essas famílias. Ao serem utilizados, os fatores são remunerados, permitindo às famílias auferir uma renda, que é, inicialmente, destinada a aquisição dos bens e serviços produzidos pelas empresas. (Fonte: Manual de Macroeconomia, de Luiz Martins Lopes e Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos.

    Produto Interno Bruto a Preços de Mercado (PIBpm): é o valor de todos os bens e serviços finais, medidos a preços de mercado, produzidos pelos agentes econômicos residentes no país num dado período de tempo, computando-se os impostos indiretos e subtraindo-se os subsídios. PIBpm = PIBcf + Impostos Indiretos – Subsídios.

    Como PIBcf = RIBcf

    Renda Interna Bruta (RIB): é o valor de todos os rendimentos pagos (salários, aluguéis, juros e lucros) aos agentes econômicos residentes no país pelo uso dos fatores de produção num dado período de tempo.

    RIBcf = Salários + Aluguéis+ Juros +Lucros

    Substituindo os dados:

    RIBcf =50+ 80+100+100

    RIBcf = 330

    RIBcf  = PIBcf

    PIBpm = PIBcf + Impostos Indiretos – Subsídios

    PIBpm = 330 +20 -10

    PIBpm = 340

    Gabarito: Letra “C"


ID
1196623
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando a Conta Produto Interno Bruto do Sistema de Contas Nacionais, é possível avaliar o efeito do forte crescimento dos salários nos últimos anos no Brasil.

Nesse sentido, mantidos os demais fatores do lado do Débito dessa conta constantes, a contrapartida do aumento dos salários pelo lado do Crédito pode ser um (uma)

Alternativas
Comentários
  • N explicar tecnicamente.

    Mas só de olhar, já dá p matar a questão.

    Se as Contas Nacionais seguem o método d partidas dobradas, um crédito será seguido de um débito em outra conta.

    Se o débito foi realizado na conta salários, a contrapartida deve ser algo q aumente (crédito) a renda das famílias.

    Logo, letra E.

  • (a) Errado. Maiores impostos indiretos reduziria o PIBpm.

     

    (b) Errado. Menores subsídios reduziria o PIBpm.

     

    (c) Errado. Esta seria uma contrapartida negativa no lado do crédito.

     

    (d) Errado. Isto equivale a reduzir investimentos.

     

    (e) Correto. Contrapartida positiva

     

    Gabarito letra (e)

  • Discordo do Felipe:

    DADA A FORMULA PIBpm= PIB cf+II-subsidios.

    SE diminui os subsidios aumenta o PIBpm

    SE aumenta os impostos indiretos aumenta o PIBpm

  • A conta Produto Interno Bruto apresenta, no lado do débito, salários, excedente operacional bruto, impostos indiretos e subsídios com sinal negativo; e do lado do crédito o consumo das famílias (ou consumo pessoal), consumo do governo, investimento em Bens de Capital (ou Formação Bruta de Capital Fixo), variação de estoques, exportações de bens e serviços não fatores e importação de bens e serviços não fatores com sinal negativo.

    Assim, a única contrapartida do aumento dos salários do lado do crédito, segundo as alternativas dada pela questão, é um aumento do consumo, as demais estão incorretas.

    Gabarito: Letra “E".

  • LETRA E

    Pela ótica contábil um crédito trata-se de uma origem de recursos, a qual foi dada pelo aumento do salário.

    Por outro lado, o débito é aplicação de recursos, a qual se deu pelo consumo.


ID
1196626
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em 2013, o país apresentou um déficit recorde de transações correntes, com um acumulado no ano de mais de 80 bilhões de dólares. Como forma de reverter esse déficit, uma das possíveis políticas seria

Alternativas
Comentários
  • (a) Errado. Investimento direto é conta de capital.

     

    (b) Errado. Compra de ações é conta de capital.

     

    (c) Errado. Erros e omissões é uma terceira conta, fora de transações corrente e conta de capital.

     

    (d) Errado. Envio de lucro entra negativo na balaça de serviços e renda. Isto aumentario o déficit em transações correntes.

     

    (e) Correto. Estimulando as exportações o saldo da balaça comercial melhora.

     

    Gabarito letra (e)

  • Há quatro subdivisões no balanço, sendo elas o balanço de transações correntes e a conta capital e financeira, em que estas podem ser classificadas como transações autônomas; além dos erros e omissões, os quais cobrem erros estatísticos cometidos por conta de registros de valores estimados; e por fim a variação das reservas. A primeira delas leva em conta a balança comercial (em que se é contabilizado as exportações e descontam-se as importações) do país, os serviços prestados e rendas, além das transferências unilaterais correntes. Já a conta capital e financeira contabiliza os investimentos diretos e indiretos, como empréstimos intercompanhias e ações, ou seja, é um retrato dos movimentos de capitais do exterior para o país.

  • A. Balanço de transações Correntes

    A.1 Balança Comercial

    A.1.1 Exportações

    A.1.2 Importações

    A.2 Conta de serviços e rendas

    A.2.1 Serviços

    A.2.1.1 Transportes

    A.2.1.2 Viagens

    A.2.1.3 Seguros

    A.2.1.4 Financeiro

    A.2.1.5 Computação e Informação

    A.2.1.6 Royalties e Licenças

    A.2.1.7 Aluguel de Equipamentos

    A.2.1.8 Serviços Governamentais

    A.2.1.9 Outros

    A.2.2 Rendas

    A.2.2.1 Salários e ordenados

    A.2.2.2 Renda de Investimentos

    A.3 Transferências unilaterais correntes.

    B. Conta Capital e Financeira

    B.1 Conta Capital

    B.2 Conta Financeira

    B.2.1 Investimento direto (líquido)

    B.2.1.1 Participação no Capital

    B.2.1.2 Empréstimo Intercompanhias

    B.2.2 Investimento em Carteira

    B.2.2.1 Ações

    B.2.2.2 Títulos de Renda Fixa

    B.2.3 Derivativos

    B.2.4 Outros Investimentos

    C. Erros e Omissões

    A+B+C = Resultado do Balanço de Pagamentos

    D. Variação de Reservas (tem o mesmo valor do Saldo do Balanço Pagamentos com sinal trocado).

    A) Errado. Investimento Direto é conta Capital e Financeira.

    B) Errado. Ações é conta Capital e Financeira.

    C) Errado. Erros e Omissão não fazem parte do Balanço de Transações Correntes.

    D) Errado. O envio de lucros está contido na conta Rendas de Capital, que se refere aos rendimentos de capital auferidos ou pagos pelo país. Nessa conta, são incluídos os juros pagos (ou recebidos) ao exterior por empréstimos ou financiamentos recebidos (ou concedidos) por não residentes em um momento anterior. Também são incluídos nesta conta os lucros enviados por empresas nacionais no exterior (crédito) e os lucros remetidos pelas empresas estrangeiras no país (débito). Inclui ainda os lucros reinvestidos por empresas estrangeiras instaladas no país (crédito). Sendo assim, se houver estimulo ao envio de lucros de empresas estrangeiras a suas matrizes no exterior, o Balanço de Transações Correntes tende a piorar seu saldo.

    E) Certo. A exportação é uma conta do Balanço de Transações Corrente, assim incentivos a incremento das exportações tendem a melhorar o saldo do Balanço em Transações Correntes.

    Fonte: Manual de Macroeconomia, de Luiz Martins Lopes e Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos.

    Gabarito: Letra “D".


ID
1196629
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Os agregados monetários são definidos como M1, M2, M3 e M4. Um crescimento do M2 decorre por meio da elevação de diversos ativos monetários, COM EXCEÇÃO do aumento

Alternativas
Comentários
  • Meios de Pagamento Restritos:

    M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista

    Meios de Pagamento Ampliados:

    M2 =M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias;

    M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic

    Poupança financeira:

    M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez

     

    Gabarito letra (c)

  • Essa questão pode confundir, pois :

    Conceitos Antigos
    o M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista
    o M2 = M1 + depósitos especiais fundos de renda fixa de curto prazorem+utníteurlaodsopsúb+licqousodtaesaldtae liquidez
    o M3 = M2 + depósitos de poupança
    o M4 = M3 + títulos emitidos por instituições financeiras

    Conceitos Atuais

    Meios de Pagamento Restritos:

    M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista

    Meios de Pagamento Ampliados:

    M2 =M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias;

    M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic

    Poupança financeira:

    M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez

  • M1 = papel moeda em poder do público (PMPP) + Depósito a Vista (DV).

    M2 = M1+depósito especiais remunerados + depósito de poupança + título emitidos por instituições depositárias

    M3 = M2 + quotas de fundo de renda fixa +operações compromissadas registradas no Selic

    M4 = M3 + Títulos Públicos de alta liquidez.

    A letra “C", quotas de fundo de renda fixa, não faz parte do conceito de M2.

    Gabarito: Letra “C"


ID
1196632
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação ao balancete do Banco Central e dos bancos comerciais, analise as afirmativas a seguir:

I. A base monetária se expande com um aumento do ativo do Banco Central não compensado por um aumento do seu passivo monetário.
II. A ampliação apenas das reservas internacionais eleva a base monetária.
III. O aumento dos depósitos de poupança aumenta o passivo monetário dos bancos comerciais.

Assinale se:

Alternativas
Comentários
  • I- Falso

     

    O ques aumenta a base monetária é o aumento do passivo monetário do Banco Central.

     

    II--Verdadeiro

     

    Reservas internacionais são ativos do Banco Central que são compensadas por passivos monetários. Quando alguém no Brasil exporta, o comprador pagará em dólares. Estes dólares vão para o Banco Central que emitirá moeda nacional para pagar o exportador.

     

    III- Falso

     

    O único passivo monetário dos bancos comerciais é o depósito a vista.

     

    Gabarito letra (b)

  • I – A base monetária, que corresponde ao passivo monetário do Banco Central, é composta pelo papel moeda em poder do público mais as reservas. O passivo não monetário são os demais itens do passivo do Banco Central: depósito do Tesouro, recursos especiais, recursos próprios, etc.

    Fatores de expansão e contração da Base Monetária:

    i. um aumento do ativo não compensado por uma elevação do passivo não monetário das autoridades monetárias ampliará a base monetária

    ii. uma queda do passivo não monetário não acompanhado por redução do ativo também aumentará a base monetária.

    Ativo do Banco Central

    Reservas Internacionais

    Empréstimos ao Tesouro Nacional e a outros órgãos governamentais

    Redesconto

    Caixa

    Empréstimo ao setor privado

    Imobilizado

    Outras aplicações

    Passivo do Banco Central

    Passivo Monetário

    Papel moeda emitido

    Depósito dos bancos comerciais (voluntários e compulsórios)

    Passivo Não Monetário

    Depósito do Tesouro Nacional

    Empréstimos Externos

    Recursos especiais

    Outras exigibilidades

    Recursos Próprios

    II- Correto. Aumento do ativo, reservas internacionais, não compensado por uma elevação do passivo não monetário das autoridades monetárias amplia a base monetária.

    III – Errado. Do lado da fonte de recursos, PASSIVO, por exemplo, além dos depósitos a vista, os bancos captam recursos do público por meio de depósitos à prazo, depósitos de poupança, além de outros títulos; captam recursos no exterior, quer por meio de empréstimos quer pela colocação direta de títulos próprios; operam com recursos repassados por instituições financeiras públicas (Finame, recursos do FGTS, etc), possuem recursos próprios e ainda fazem financiamento do Banco Central quando necessário (redesconto, assistência à liquidez etc), entre outras contas. Do lado das aplicações, ATIVO, as principais contas são as reservas (em seus três componentes: caixa, reservas compulsórias e voluntárias), empréstimos ao setor privado e ao setor público, títulos e valores mobiliários (públicos e privados: ações, debêntures, títulos federais, estaduais, municipais e outros) e o imobilizado, além de outras aplicações.

    Contudo, o aumento dos depósitos de poupança tende a aumentar o PASSIVO dos bancos comerciais, se não for compensado por outras contas do passivo. A classificação de Passivo Monetário e Não Monetário compete ao Banco Central.

    Fonte: Manual de Macroeconomia, de Luiz Martins Lopes e Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos.

    Gabarito: Letra “B".

  • GAB: LETRA B

    Complementando!

    Fonte: Prof.  Amanda Aires

    I  -  Item  incorreto.  

    • A  variação  da  base  monetária  é  obtida  como  resultado  da variação  do  ativo  do  Banco  Central  não  compensada  pela  variação  do  seu passivo NÃO monetário. Ou seja, para que ocorra um aumento da base monetária, o  ativo  deve  variar  positivamente  em  valor  superior  à  variação  do  passivo  não monetário. 

    II - Item correto

    • As reservas internacionais são contabilizadas no ativo do banco central. Caso apenas esta conta varie de forma  positiva,  haverá  variação  positiva  na  base  monetária.  A  explicação  é simples: elevação nas reservas internacionais significam entrada positiva líquida de dólares  no  país,  que,  quando  convertidos  em  moeda  doméstica,  elevam  a quantidade desta em circulação na economia (aumento da base monetária). 

    III - Item incorreto

    • Nas contas do sistema monetária, os depósitos de poupança são classificados como passivo não monetário dos bancos comerciais, pois são uma forma de captação destas instituição no mercado a prazo. 

    ===

    PRA AJUDAR:

    Q392823 (Balancete de ativos e passivos não monetário)


ID
1196635
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considere o modelo keynesiano com consumo e investimento com as seguintes expressões

Consumo autônomo = 200
Propensão Marginal a consumir = 0,5
Investimento = 100

A renda de equilíbrio dessa economia será igual a

Alternativas
Comentários
  • Y=C+I, onde C=C+cy. Y=200+0,5y+100 => 0,5y=300 => y=600.

     

    Gabarito letra (a)

  • Y = C+I+G

    Y = C0+c(Y-T)+I+G

    Substituindo os dados:

    Y = 200+0,5Y+100

    Y = 300+0,5Y

    Y – 0,5Y = 300

    0,5Y = 300

    Y = 300/0,5

    Y = 600

    Gabarito: Letra “A"

  • Y = (C) + I + G + X – M

    Y = (c0 + c1Yd) + I + G + X – M

    Y = (200 + 0,5Y) + 100 + 0 + 0 – 0

    Y (1 – 0,5) = 200 + 100

    Y = (1/0,5) 300

    Y = 600 (GABARITO)


ID
1196638
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No caso da armadilha da liquidez do modelo IS-LM uma expansão dos gastos do governo

Alternativas
Comentários
  • armadilha da liquidez = a curva IS corta em uma faixa praticamente horizontal da curva LM. 

    Ilustração gráfica aqui:

    http://3.bp.blogspot.com/-PFdAUfLxJW4/UfPWyUMtJWI/AAAAAAAAAi8/tmU8o5GBmt0/s1600/ArmadilhadeLiquidez.png

    bons estudos!

  • Na armadilha da liqudez a LM é horizontal. Os gastos do governo deslocam a IS para a direita.

     

    (a) Correto. O efeito será máximo sem alterar os juros.

     

    (b) Errado. Não se pode anular o delocamento da IS.

     

    (c) Errado. efeito é nulo no caso clássico (LM vertical).

     

    (d) Errado. Juros não se alteram.

     

    (e) Errado. Juros não se alteram.

     

    Gabarito letra (a).

  • No contexto da armadilha da liquidez, a economia em desemprego e com um nível de taxa de juros muito baixo, a demanda por moeda é infinitamente elástica em relação à taxa de juros, com a curva LM horizontal, a eficácia do efeito da política fiscal é máxima, com o multiplicador funcionando plenamente, uma vez que a taxa de juros não se altera em resposta ao deslocamento da curva IS, não havendo, portanto, redução do investimento. Contrapondo a política fiscal eficiente, a política monetária não é eficaz para promover aumento de renda e do emprego, uma vez que toda eventual expansão monetária será retida, para fins especulativos, não sendo aplicada na atividade produtiva.

    Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos.

    Gabarito: Letra “A".


ID
1196641
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação à Oferta Agregada nas diferentes teorias e modelos, analise as afirmativas a seguir

I. O modelo clássico representa a Oferta Agregada como vertical, com o produto no nível de pleno emprego.
II. Segundo a teoria keynesiana, a Oferta Agregada é horizontal, com os preços e salários rígidos.
III. A curva de Phillips expressa a oferta agregada com inclinação positiva, relacionando o trade-off entre inflação e desemprego.

Assinale se:

Alternativas
Comentários
  • I- Correto

     

    No modelo classico a oferta está dada e ficará em seu nível máximo. Pela lei de Say ela gerará sua própria demanda.

     

    II- Correto

     

    No modelo keynesiano os preços e salários são fixos, deixando a curva de oferta horizontal.

     

    III- Errado

     

    Não há teorias onde a curva de Phillips determine curva de oferta.

     

    Gabarito letra (c)

  • I – Correto. Caso clássico - No longo prazo a oferta tende a ser vertical, situando-se no nível de produto de pleno emprego. Ou seja, como os preços tornam-se perfeitamente flexíveis, no longo prazo a economia tende a atingir seu equilíbrio de pleno emprego, com o estoque de fatores de produção ditando o nível de produto, enquanto a demanda agregada passa a afetar basicamente o nível de preços.

    II - Correto. Caso Keynesiano – no curto prazo, com os preços e salários rígidos, a demanda agregada passa a assumir um papel central na determinação do produto e por conseguinte nas flutuações que a economia apresenta . No plano P-Y, há uma oferta agregada horizontal, a um nível de preços fixado, variando apenas o produto real.

    III – Errado. A Curva de Phillips, que procura incorporar movimentos da oferta agregada, prevendo situações em que havia movimentos conjuntos de preços e salários e produção e emprego, ou seja, um trade-off (relação inversa) entre taxas de inflação e taxas de desemprego. Como existe uma relação direta entre nível de atividade (produção) e nível de emprego, a Curva de Phillips corresponde a uma oferta agregada (que relaciona preços e produto) positivamente inclinada. Assim, aumentos de preços (inflação) estão associados a variações positivas da produção agregada e, portanto, do emprego.

    Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos.

    Gabarito: Letra “C".

  • I. O modelo clássico representa a Oferta Agregada como vertical, com o produto no nível de pleno emprego. 

    II. Segundo a teoria keynesiana, a Oferta Agregada é horizontal, com os preços e salários rígidos. 


ID
1196644
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O efeito Pigou no modelo IS-LM se caracteriza por

Alternativas
Comentários
  • (a) Errado. Este é o efeito comum de um política fiscal no modelo IS-LM

     

    (b) Errado. Isso ocorre no caso clássico.

     

    (c) Errado. Este é o efeito Fisher.

     

    (d) Correto. Queda dos preços aumenta a oferta real de moeda, expandindo a LM (isto já é conhecido pelo efeito Keynes); e também teremos, de acordo com Pigou que a queda dos preços aumenta a riqueza real, o que aumenta o consumo, expandindo a IS. Isto leva a economia a uma situação de equilíbrio em pleno emprego (se recuperando automaticamente de uma crise).

     

    (e) Errado. O debate de credibilidade das autoridade monetárias é razoavelmente novo.

     

    Gabarito letra (d).

  • Considerando que o consumo não dependa apenas do nível de renda disponível, mas também do estoque de riqueza. Parece intuitivo que, para níveis de renda semelhantes, quanto maior for a riqueza real dos agentes maior será o consumo, ou seja, o consumo cresce tanto por aumentos na renda como pelo aumento da riqueza.

    Consideremos que o volume real de moeda (M/P) faça parte da riqueza. Até o momento consideramos que o volume real da moeda afetava exclusivamente a posição da curva LM, devido ao impacto dos juros reais no nível de investimento. Ao consideramos os saldos reais como parte da riqueza e esta última como variável explicativa do consumo, os saldos reais passam a influir também na posição da curva IS.

    Uma queda do nível de preços tem um impacto imediato de deslocar a curva LM para direita. Contudo, devemos agora considerar que o aumento dos saldos reais decorrente da queda dos preços ampliará a riqueza os indivíduos. Com isso, ampliaremos o consumo autônomo, deslocando a curva IS para direita, ampliando o impacto expansionista da queda de preços. (Fonte: Manual de Macroeconomia da USP).



    Gabarito: Letra “D".

  • efeito Pigou é o estímulo da produção e do emprego causado pelo aumento do consumo devido a um aumento nos saldos reais de riqueza, particularmente durante a deflação.


ID
1196647
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Suponha que o preço interno de um bem em um país fechado para o comércio internacional esteja acima do preço mundial. Após a abertura para o comércio mundial deste bem, este país será

Alternativas
Comentários
  • (a) Errado. Se lá fora está mais barato o país será importador.

     

    (b) Certo. A importação mais barata melhora a vida de quem compra, mas piora a de quem vende nacionalmente pois perderá o mercado local e não conseguirá exportar.

     

    (c) Errado. Se lá fora está mais barato o país será importador.

     

    (d) Errado. Exedentes aumentam para a demande e diminuem para a oferta.

     

    (e) Errado. Não tem como exportar se seu preço é maior que o externo.

     

    Gabarito letra (b).

  • Como o preço interno é superior ao preço externo, então, após a abertura comercial, o país importará o bem. Sabendo que os consumidores adquirirão os bens por um preço menor, haverá um ganho no excedente do consumidor, pelo fato de o consumidor pagar pelo bem um preço ainda menor que sua disposição máxima a pagar (preço de reserva). Enquanto isso, haverá redução do excedente do produtor, o ganho em bem-estar pelo fato de o produtor receber no mercado um preço maior que aquele mínimo que viabilizaria sua produção, devido à queda no preço.

    Gabarito: Letra “B".


ID
1196650
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Suponha que existam 3 tipos de governo: A, B e C. O governo A prioriza a qualidade na oferta de bens públicos para a população. Por sua vez, o governo B prioriza reformas tributárias que visem à redução do índice de Gini dos rendimentos da população. Por fim, o governo C lança mão de uma política econômica que estimule a geração de empregos, mas, ao mesmo tempo, mantenha os preços estáveis. Logo, os governos A, B e C exercem, respectivamente, funções

Alternativas
Comentários
  • Função alocativa se relaciona com oferta de bens públicos.

     

    Função distributiva se preocupa com redistribuição.

     

    Função estabilizadora se preocupa com indicadores macroeconômicos.

     

    Gabarito letra (a)

  • Governo A – prioriza a função alocativa do governo, que está associada ao fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado e à correção de externalidades (positivas ou negativas) na produção ou consumo de alguns bens e serviços.

    Governo B – função distributiva – Sem a interferência do governo, a distribuição de renda depende da produtividade do trabalho e dos demais fatores de produção do mercado. Ou seja, ela dependerá da oferta de fatores e do preço que eles atingem no mercado. Assim, se deixarmos o mercado funcionar livremente, teremos uma distribuição de renda que dependerá da produtividade de cada indivíduo no mercado de fatores, mas que sofrerá a influência das diferentes dotações iniciais de patrimônio. Caso o governo atue como agente redistribuidor de renda, por meio da tributação, retira recursos dos segmentos mais ricos da sociedade (pessoas, setores ou regiões) e os transfere para os segmentos menos favorecidos. Como o governo B prioriza reformas tributárias que visem à redução do índice de Gini, que mede a desigualdade de distribuição de renda, então o foco principal desse governo é a função distributiva.

    Governo C - A função estabilizadora do governo está relacionada com a intervenção do Estado na economia, para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego, pois o pleno emprego e a estabilidade de preços não ocorrem de maneira automática na economia.

    Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos.

    Gabarito: Letra “A".


ID
1196653
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando a Curva de Laffer, defina V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

Se a alíquota tributária é de 100%, a receita será nula, pois as pessoas não ofertarão mão de obra no setor formal.

Há uma alíquota que gera o máximo de receita para o governo.

Existe um trecho da curva em que acréscimos de alíquota geram decréscimos de receita pois estimulam sonegação fiscal.

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • perfeito!

    vejam o gráfica abaixo para enxergar as assertivas da questão!

    Essa questão mostra excelentes conceitos para que possamos aprofundar os conhecimentos.

    http://www.flc.org.br/revista/figuras/grafico02.gif

    bons estudos!

  • Existe uma relação entre o total da arrecadação tributária e a taxa (alíquota) de impostos, conhecida como Curva de Lafer. Quando a alíquota é relativamente baixa, há uma relação direta entre a alíquota e a arrecadação.

    De acordo com essa, existe uma alíquota ótima de arrecadação. Entretanto, a partir de determinado nível da alíquota, qualquer elevação da taxa resulta numa redução da arrecadação global, devido à provável evasão fiscal (sonegação), à elisão fiscal (redução da carga mediante expedientes tributários legais) e ao desestímulo provocado sobre os negócios em geral. Assim, nos extremos, alíquota de 100% não arrecada nenhuma receita, pois ninguém produzirá nada, no outro lado do espectro das alíquotas tributárias, uma alíquota 0% não produz nenhuma receita. Sendo assim, todos os itens estão corretos, I, II e III.

    Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos.

    Gabarito: Letra “E".

  • I. Se a taxa de imposto é de 0% ou 100% não há arrecadação. A primeira pelo fato de não ser exigida nenhuma quantidade e a segunda porque nenhum agente econômico terá interesse em produzir.

    II. Logo, pode se dizer que existe um “limite” entre esses dois extremos, onde a alíquota de tributação maximizaria a receita obtida com impostos.

    III. A teoria explica que a partir de um certo ponto, por mais que aumente a alíquota do imposto, este deverá gerar menos receita fiscal, pois impostos muito altos estimulam a sonegação.

    fonte: https://www.dicionariofinanceiro.com/curva-de-laffer

    Suno Research em https://www.sunoresearch.com.br/artigos/curva-de-laffer/


ID
1196656
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considere o conceito de déficit do governo (necessidade de financiamento do governo) em um contexto de inflação nula. O déficit se reduz quando o governo, ceteris paribus

Alternativas
Comentários
  • NFSP= Déficit primário + Juros

     

    Deficit primário=Investimento-Poupança.

     

    Poupança=Receitas do governo - Gastos do governo

     

    NFSP= Investimento - Receitas do governo - Gastos do governo + Juros

     

    O único item que reduz a NFSP é a letra (c).

  • A) Errado. Investimento público representa as despesas de capital do governo com construção de estradas, escolas, etc. Como o déficit público pode ser medido pela diferença entre o investimento público e a poupança do governo, se aumentarmos o investimento, ceteris paribus, elevaremos o déficit público.

    B) Errado. Conforme exposto na letra “A", se reduzirmos a poupança pública, ceteris paribus, aumentaremos o déficit público.

    C) Certo. Um dos conceitos de déficit público corresponde ao déficit operacional do setor público, que possui as seguintes relações: déficit operacional = total dos gastos públicos não financeiros – total de arrecadação não financeira + estoque da dívida *taxa de juros nominal, sendo assim, se o governo reduzir a taxa de juros, o déficit público operacional reduzirá.

    D) Errado. Vide letra “A"

    E) Errado. Se o governo dispensar arrecadação de receita, consequentemente, estará aumentando seu déficit público, ceteris paribus.

    Gabarito: Letra “C".


ID
1196659
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Recentemente, diversos prefeitos elevaram demasiadamente a alíquota do IPTU como forma de compensar o não reajuste das tarifas do transporte público. O IPTU é de interesse direto da população de cada cidade por ser um imposto de competência municipal e incidente sobre o (a)

Alternativas
Comentários
  • IPTU = Imposto Predial e Territorial Urbano (imóveis)

    sabendo disso... patrimônio.


ID
1196662
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Em relação às principais reformas e mudanças de legislações tributárias a partir da Constituição de 1988, analise as afirmativas a seguir:

I. A Constituição de 1988 aumentou os recursos disponíveis da União, ao reduzir as transferências vinculadas aos Fundos de Participação dos Estados e Municípios.
II. A União, no período pós-Constituição, reduziu as alíquotas dos tributos sujeitos à partilha com estados e municípios como forma de compensar a perda de arrecadação destes.
III. A qualidade do sistema tributário diminui após as reformas de 1988, em virtude da mudança da composição tributária entre as esferas do governo e da criação de novos impostos.

Assinale se:

Alternativas
Comentários
  • Hein??? Santa Tartaruga!

  • I. A Constituição de 1988 aumentou os recursos disponíveis da União, ao reduzir as transferências vinculadas aos Fundos de Participação dos Estados e Municípios. - FALSO. Ao contrário:  A Constituição de 1988 resultou em forte aumento da participação dos municípios e estados na receita da União, aumentando o FPM e FPE.


    II. A União, no período pós-Constituição, reduziu as alíquotas dos tributos sujeitos à partilha com estados e municípios como forma de compensar a perda de arrecadação destes.  - FALSO. Aumentou. :( O FPM teve origem com a Emenda Constitucional nº 18, de 1º de dezembro de 1965, sendo que inicialmente era formado por 10% do produto da arrecadação dos impostos sobre renda (IR) e sobre produtos industrializados (IPI), descontados os incentivos fiscais vigentes na época, restituições e outras deduções legais referentes a esses impostos. Sua regulamentação veio com o Código Tributário Nacional e atualmente, com a Emenda Constitucional nº 55/2007, sua alíquota é de 23,5%. A FPE é 21,5%


    III. A qualidade do sistema tributário diminui após as reformas de 1988, em virtude da mudança da composição tributária entre as esferas do governo e da criação de novos impostos. Para mim está incorreta, mas é o gabarito da questão. ALGUÉM PODERIA DAR UM SUPORTE?


    Fonte: http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/estados_municipios/download/CartilhaFPM.pdf

    http://www.upb.org.br/noticias/congresso-nacional-deve-promulgar-proposta-de-aumento-de-1-no-fpm/

    http://www12.senado.gov.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-estudos/textos-para-discussao/td-96-fundo-de-participacao-dos-estados-sugestao-de-novos-criterios-de-partilha-que-atendam-determinacao-do-stf 

  • Pensei que era uma questão para a Magistratura, mas é para Técnico Superior em Economia.  Jesus! kkkkk

    Só podia ser da minha banca "favorita" (só que nunca): FGV. Argh!

  • Quanto a alternativa III

    Creio que "qualidade" a que aduz a questão diz respeito ao fato de que, no Brasil, diferentemente de outros países que adota a IVA (imposto sobre o valor agregado, no qual há junção do ICMS, IPI e ISS num imposto só, competindo a um só ente o poder de Instituí-lo) repartiu a competência de instituir esses três impostos a três entes diferentes, o que acaba por enfraquecer a arrecadação e facilitar a sonegação.

     

  • Nossa! Não sabia que poderia ser feita uma questão com um julgamento tão subjetivo ("A qualidade do sistema tributário diminui..."). A menos que a banca tenha dado um referencial doutrinário, acho infeliz e lamentável uma questão como esta.

  • Esse item III é uma piada.

  • A alternativa III dada como certa é uma lastima pois a alteração da competência dos impostos não significou diminuição da qualidade do sistema tributário, ao contrário se formos analisar pela lógica melhorou.

  • PELO AMOR DE DEUS, FGV!

  • GENTE! KKKKKKK


ID
1196665
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Se o resultado primário de um governo for positivo e o resultado operacional for negativo, então necessariamente

Alternativas
Comentários
  • Resultado operacional = resultado primário - juros reais.

     

    (a) Errado. Resultado operacional = receitas não financeiras - despesas não financeiras - despesas financeiras. Se o Resultado operacional é negativo, a soma das despesas financeiras (juros) e não financeiras superoui a receita não financeira.

     

    (b) Certo. Os juros são positivos e o resultado operacional é negativo.

     

    (c) Errado. Correção monetária não é considerada em nenhum desses dois resultados.

     

    (d) Errado. Não existe receita não monetária. Estari correto se dissesse "a receita não financeira é maior do que a despesa não financeira."

     

    (e) Eraado. Não temos condições de falar do resultado nominal.

     

    Gabarito letra (b).

  • A) Errado.

    Dados da questão:

    Resultado Primário =Tributos – Gastos>0

    Resultado Operacional = Tributos – Gastos –Juros reais<0

    Rearranjando o resultado operacional, temos:

    T-G-J<0

    T<G+J

    Assim, a receita é MENOR que os gastos financeiros e não financeiros.

    B) Correto.

    Rearranjando o resultado operacional, temos:

    T-G-J<0

    T-G<J

    Como T-G corresponde ao resultado primário, logo os juros reais são maiores que esse resultado. Por definição, os resultados primários são maiores que os operacionais, assim por transitividade, os juros reais são maiores que os resultados operacionais.

    C) Errado. O componente de atualização da dívida, a correção monetária, guarda relação com o resultado nominal, diversamente dos conceitos apresentados na questão.

    D) Errado.

    Resultado Primário =Tributos – Gastos>0

    T-G>0

    T>G

    Assim, a receita não FINANCEIRA é maior que a despesa não financeira.

    E) Errado. Resultado Nominal = (Tributos – Gastos) – juros reais – correção monetária e cambial da dívida.

    Como sabemos que Resultado Nominal = (Tributos – Gastos) – juros reais<0, então o resultado nominal não é positivo, ou seja, deficitário.

    Gabarito: Letra “B".

  • GAB: LETRA B

    Complementando!

    Fonte:  Prof. Amanda Aires

    A diferença entre o resultado primário e o resultado operacional é dada pelas despesas com juros reais

    Assim, se o resultado primário é positivo e o operacional, negativo, é necessário que as despesas com juros sejam maiores que o resultado operacional.

  • DP=10

    DO=-5

    DO=DP+JUROS

    -5=10+JUROS

    JUROS=-15


ID
1196668
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação ao acordo com o FMI de 1999, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
O FMI exigiu a ampliação das metas de superávit primário como forma de reduzir a dívida pública após a maxidesvalorização.
A exigência de maior esforço fiscal por parte do FMI foi visto como uma exigência da comunidade econômica internacional que se comprometeu em emprestar um valor elevado para o país.
As metas de superávit primário foram definidas como percentual do PIB, mas sem metas diferenciadas por esferas federativas e empresas estatais.

Alternativas
Comentários
  • I- Certo

     

    As metas estabelecidas para o superávit primário eram 1.8% do PIB em 1999, 2% do PIB em 2000 e 2.3% do PIB em 2001.

     

    II-Certo

     

    Os esforços fiscais estimularam os investores ao redor do mundo a investir no Brasil por este ter compromissos em honrar suas dívidas.

     

    III-Errado

     

    Os esforços em direção ao ajuste fiscal estavam previstos para todas as esferas do governo.

     

    Gabarito letra (d)


ID
1196671
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Na década de 1960 e 1970, o setor agropecuário passou por um forte processo de modernização, com crescimento da produtividade. Uma das características desse processo foi o (a)

Alternativas
Comentários
  • (a) Certo. Com a construção de Brasília o Centro-Oeste passou a ser mais povoado e com a constução da rodovia Belem-Brasilia em 1959, a região pode se desenvolver como uma expansão agrícola do país, pois até então não havia sido explorada.

     

    (b) Errado. O modelo em grande parte agrário-exportador da região no período não permitiu solucionar problemas de concentração fundiária.

     

    (c) Errado. O trabalho agrario é caracterizado por baixa mão-de-obra formal.

     

    (d) Errado. Parte da produção também serve para abastecer o território nacional.

     

    (e) Errado. O avanço tecnológico significativo chegou apenas da década de 80 com a inversão de capital para a agro-industria.

     

    Gabarito letra (a). 

  • Gasques et al. (2004) descreve as mudanças nas décadas de 1960 e 1970 permeadas pelo processo de industrialização: “ O agronegócio é claramente um caso de sucesso do país. Sua competitividade internacional é patente em muitas culturas; a produtividade da agropecuária avança, revelada pelo aumento da produção sem correspondente aumento da área plantada; desbrava-se a fronteira agrícola dando perspectiva às regiões do cerrado do Centro-Oeste, e alcançando a área do meio-oeste”.

    Com essa definição, passamos a analisar os itens:

    A) Certo. Exatamente o que descreveu Gasques et al.

    B) Errado. O Brasil possui uma das estruturas fundiárias mais concentradas do mundo, com o processo de industrialização, tal fator tende a se agravar.

    C) Errado. O perfil de grande parte da mão de obra no campo é temporária, tendo em vista a necessidade de contratação em períodos específicos da cultura.

    D) Errado. O aumento da produção não foi só destinado ao mercado exportador, serviu-se aos consumidores internos também.

    E) Errado. Pelo autor descrito, não houve expansão da área plantada, logo não há indícios que houve redução da área plantada.

    Gabarito: Letra “A”.


ID
1196674
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação aos objetivos do Plano de Metas, analise as afirmativas a seguir:

I. Visar à melhora da infraestrutura, através de investimentos estatais, passando a priorizar as rodovias em detrimento das ferrovias.
II. Promover a implementação de uma indústria integrada.
III. Aprofundar o setor de produção de bens de consumo duráveis.

Assinale se:

Alternativas
Comentários
  • I- Certo

     

    O capital estatal foi grande protagonista no Plano de Metas. O plano contou muito com o desenvolvimento do setor automobilístico, dando preferência às rodovias.

     

    II- Certo

     

    O plano buscava que o desenvolvimento do setor de bens duráveis (principalmente automobilístico) fosse refletir nas cadeias anteriores (como auto-peças e borracha), como posteriores (como máquinas e equipamentos).

     

    III- Certo

     

    O setor de bens duráveis era o carro chefe do plano.

     

    Gabarito letra (e)

  • Segundo o livro Economia Brasileira Contemporânea, de Fabio Giambiagi , André Vilela, Lavini A Barros De Castro e Jenni Fer Hermann, ao longo de 1956, o Conselho de Desenvolvimento foi responsável pela identificação de setores da economia que, uma vez adequadamente estimulados, poderiam apresentar capacidade de crescimento. Além disso — e atendendo à necessidade de ampliação de setores de infraestrutura básica (notadamente nas áreas de energia e transportes, previamente apontadas como pontos de estrangulamento) —, o Conselho elaborou um conjunto de 30 objetivos (metas) específicos, distribuídos segundo cinco áreas, denominado Programa de Metas.

    O Programa contemplava investimentos nas áreas de energia, transporte, indústrias de base, alimentação e educação, cujo montante orçado equivaleria a cerca de 5% do PIB no período 1957-61.15 As áreas de energia e transporte receberiam a maior parcela dos investimentos previstos no Programa (71,3%), a cargo quase que exclusivamente do setor público. Para as indústrias de base, foram previstos cerca de 22,3% dos investimentos totais, sob a responsabilidade principalmente do setor privado (por vezes com ajuda de financiamentos públicos).

    Como se percebe, muitas das metas alcançaram elevado percentual de realização frente ao planejado, com destaque para a construção de rodovias, produção de automóveis, em particular, serviu para impulsionar o crescimento do setor de bens de consumo duráveis que, conjuntamente com o setor de bens de capital, lideraram essa etapa do processo de substituição de importações. Ainda refletindo a opção feita pelo transporte rodoviário, os setores ferroviário e de produção de carvão mineral apresentaram índices de realização comparativamente baixos

    I. Correto. Conforme parte do livro supramencionado, o Plano de Metas identificou e investiu em áreas de infraestrutura básica; no caso do setor de transportes, as rodovias tiveram maior destaque em detrimento do setor ferroviário.

    II. Correto. O Plano de Metas investiu em infraestrutura básica propiciando o desenvolvimento de outro setores, como os de bens de consumo duráveis e bens de capital.

    III. Correto. O setor de consumo durável teve especial destaque no Plano de Metas, principalmente a produção de automóveis.

    Gabarito: Letra “E".


ID
1196677
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação ao II PND, analise as afirmativas a seguir:

I. O plano buscou alterar o padrão de crescimento baseado na indústria de bens duráveis para os setores de meios de produção.
II. A lógica do plano previa que empresas privadas investissem em insumos que gerariam demanda para que o setor público investisse em bens de capital.
III. Optou-se pela lógica do ajustamento, em que a demanda seria contida para se evitarem pressões inflacionárias.

Assinale se:

Alternativas
Comentários
  • I- Correto

     

    O plano buscou ultrapassar o nosso estágio de indústria de bens duráveis e eliminar o gargalo do setor de bens de capital (meios de produção).

     

    II- Errado

     

    O setor privado teve papel inmportante de investimento, ele tinha prioridade de atuação, sendo seus esforços complementados pelo setor público quando apenas quando não houvesse retorno financeiro do projeto.

     

    III-Errado

     

    O II PND optou justamente pelo não ajuste, sem contenção da demanda para que houvesse um crescimento forçado.

     

    Gabarito letra (d).

  • I – Correto. Os novos investimentos do II PND foram focados nos pontos de estrangulamento identificados, como: infraestrutura, bens de produção (capital e insumos), energia e exportação, no caso do setor de bens de produção, citado pelo item, foram priorizados os segmentos de siderurgia, química pesada, metais não ferrosos e minerais não metálicos.


    II. Errado. Segundo o livro ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA, de Fabio Giambiagi , André Villel A, Lavini A Barros de Castro e Jennifer Hermann, diante da magnitude e do longo prazo de maturação dos investimentos planejados, e da virtual inexistência de mecanismos privados de financiamento de longo prazo no Brasil, a viabilização do II PND dependia, basicamente, de fontes de financiamento público e externo.


    III – Errado. Embora, no II PND, o governo tenha implantado controles monetários, que não impediram a manutenção dos créditos a taxas positivas, e fiscais (contenção de gastos da administração pública), os investimentos estatais se expandiam. Sendo assim, não houve contenção da demanda.



    Gabarito: Letra “A".


ID
1196680
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Uma das principais medidas do Plano Cruzado foi o (a)

Alternativas
Comentários
  • "O plano cruzado introduziu uma nova moeda, substituindo o cruzeiro pelo cruzado, e definiu regras de conversão de preços e salários de modo que se evitasse efeitos redistributivos, ou seja, buscou promover um “choque neutro” que mantivesse sob o cruzado o mesmo padrão de distribuição de renda do cruzeiro."

  • (a) Errado. Os salário foram congelados, mas não 100%. Havia o gatilho salarial, de modo ques quando a inflação acumulava 20% os salário eram ajustados.

     

    (b) Errado. O câmbio foi congelado a uma taxa de 13,84 cruzados para um dólar, sem maxidesvalorização.

     

    (c) Errado. Os juros reais eram negativos no pano e a política monetária foi frouxa por não considerarem a inflação como de demanda, mas sim como inercial.

     

    (d) Correto. O plano de fato pretendeu dar um "choque neutro" na hora da definição de preços relativos para não haver uma redistribuição na economia.

     

    (e) Errado. Não houve grande esforço fiscal no plano.

     

    Gabarito letra (d).

  • Primeiramente, passamos para a descrição de algumas medidas importantes do Plano Cruzado:


     _ Reforma Monetária e Congelamento: ficou estabelecido o cruzado como o novo padrão monetário nacional, à paridade de Cr$1.000 = Cz$1. A mudança tinha, basicamente, dois propósitos: 1) criar a imagem de uma nova moeda, forte; e 2) permitir a intervenção nos contratos, já que ficava estabelecida uma nova unidade monetária. Os preços de todos os produtos ficavam congelados a partir de 28 de fevereiro, e a taxa de câmbio vigente no dia anterior ao Plano ficou igualmente fixa. Para o controle do congelamento, foi criada a “Tabela da Sunab" (Superintendência Nacional de Abastecimento e Preços), que consistia numa lista de preços a ser respeitada — sob a vigilância da população, designada “fiscal do presidente". As instituições que não respeitassem o tabelamento de preços seriam multadas, através de denúncia pública, como “crime contra a economia popular".


    _ Desindexação da Economia: as Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional — ORTNs (criadas em 1964, no Paeg) foram extintas e substituídas pelas Obrigações do Tesouro Nacional — OTNs, cujos valores ficariam congelados por um ano. Ficava proibida terminantemente a indexação de contratos com prazos inferiores a um ano. Todas as obrigações financeiras continuavam a ser denominadas na velha moeda (cruzeiro), que era desvalorizada diariamente em relação ao cruzado, através de uma Tablita de conversão. O objetivo desta era acabar com o problema da expectativa de inflação embutida nas obrigações  financeiras, evitando transferências de renda entre credores e devedores

    — que seriam especialmente graves em caso de papéis com rendimentos nominais pré-fixados. A Tablita convertia valores em cruzeiros para cruzados a uma taxa de 0,45% ao dia, o que correspondia à média diária da inflação apurada entre dezembro de 1985 e fevereiro de 1986.

    _ Índice de Preços e Cadernetas de Poupança: houve deslocamento do período de apuração do índice de preços ao consumidor IPCA, que passou a ser denominado Índice de Preços ao Consumidor (IPC). O objetivo era eliminar a contaminação do índice pela inflação do mês de fevereiro. As cadernetas de poupança passavam a ter rendimentos trimestrais, e não mensais. Aparentemente, o intuito dessa medida era evitar o fenômeno da ilusão monetária (queda do rendimento nominal e consequente despoupança).


    _ Política Salarial: os salários em cruzados deveriam ser calculados pela média dos últimos seis meses (setembro de 1985 a fevereiro de 1986) em valores correntes. Para fazer a conversão, foi divulgada uma tabela que trazia valores corrigidos a preços de fevereiro. Os salários ficavam oficialmente congelados, podendo os empresários decidir por aumentos caso a caso, através de negociação. Os dissídios passaram a ser anuais, com correção inferior a 100% (de 60%) sobre a variação acumulada do custo de vida. Foi concedido, a título de abono, um aumento de 8% para todos os assalariados e um aumento de 16% para o salário-mínimo. Para evitar que os trabalhadores acumulassem perdas, foi criado ainda o “gatilho salarial", que garantia a correção imediata dos salários sempre que a inflação acumulasse 20%. A ideia era endogeneizar o período de reajuste (escala móvel) de forma a proteger os salários reais médios de qualquer inflação além do nível que aciona o gatilho.


    O reajuste, porém, não poderia exceder 20%, ainda que a variação acumulada do IPC superasse esse percentual, sendo o excedente computado nos reajustes subsequentes.

    Fonte: ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA, de Fabio Giambiagi, André Villela, Lavinia Barros de Castro e Jennifer Hermann.

    De posse dessas informações importantes, analisaremos as alternativas:


    A) Errado. Conversão dos salários com base na média dos seis meses anteriores, e mais um acréscimo de 8% para os salários em geral e de 16% para o salário mínimo.


    B) Errado. As desvalorizações eram diárias.


    C) Errado. A outra suposição dos criadores do Plano era de que a oferta de moeda poderia crescer de forma a acomodar a nova demanda por moeda, sem que isso tivesse quaisquer impactos inflacionários. Logo se tornou claro, porém, que o governo tinha provocado uma expansão exagerada da oferta de moeda. As taxas de juros reais se tornaram negativas e ocorreu um processo de valorização expressiva dos ativos financeiros. Bolsas de valores, ativos reais e o ágio no mercado paralelo de dólar subiram consideravelmente. A redução das taxas de juros estimulou ainda mais a expansão do crédito, levando a um boom de consumo, comuns em quaisquer estabilizações, mas aqui agravados pelos abonos salariais concedidos e pelo próprio temor de que a estabilização fosse passageira. (Fonte: Economia Brasileira, de Antônio Corrêa Lacerda, João Ildebrando Bocchi, José Marcio Rego, Maria Angélica Borges, Rosa Maria Marques.


    D) Certo. Uma das políticas adotadas para evitar os efeitos redistributivos de renda foi o “gatilho salarial".


    E) Errado. Embora algumas medidas de controle fiscal tivessem sido implementadas, como o congelamento da conta-movimento no Banco do Brasil e o aumento da carga tributária sobre as pessoas físicas e transações financeiras. A continuidade de amplos programas de subsídios, o aumento salarial de 8% que beneficiou também o funcionalismo público e o congelamento de muitas tarifas públicas em níveis defasados fragilizaram ainda mais as precárias finanças governamentais e representaram um combustível adicional para o sobreaquecimento da demanda agregada. (Fonte: Economia Brasileira, de Antônio Corrêa Lacerda, João Ildebrando Bocchi, José Marcio Rego, Maria Angélica Borges, Rosa Maria Marques.



    Gabarito: Letra “D".

  • plano Cruzado foi um plano econômico lançado durante o governo de José Sarney. O plano foi criado em 1986 pelo ministro da Fazenda (Dilson Funaro), o Brasil vivia um grande estado de euforia (grandes inflações, eleições, escassez de alguns produtos...). ... - Correção automática do salário para acompanhar a inflação.


ID
1196683
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação ao Plano Real, analise as afirmativas a seguir:

I. Uma das etapas de implementação do plano foi a indexação completa da economia através da URV.
II. Houve aumento da arrecadação tributária como uma das formas de se realizar o ajuste fiscal.
III. Um dos pilares do plano foi a âncora cambial, que permitiu o travamento dos preços internos dos bens tradeables.

Assinale se:

Alternativas
Comentários
  • I- Correto 

     

    O plano fez uma equivalência do cruzeiro com a URV, e indexou toda a economia à URV.

     

    II-Correto.

     

    O plano aumentou impostos como ajuste fiscal.

     

    III- Correto

     

    O cambio ficou estagnado numa relação de 1 para 1 com o dólar.

     

    Gabarito letra (d)

  • I - Correto. A estratégia de redução do reajuste dos preços (superindexação) para posterior desindexação partia da observação de que, paradoxalmente, é mais fácil combater uma hiperinflação do que eliminar inflações altas e institucionalmente enraizadas (alta inflação). Historicamente, as hiperinflações terminam de forma abrupta, enquanto inflações mais moderadas podem se revelar persistentes ao longo de anos, como ocorreu, em alguns países latino-americanos

    Para a corrente que defendia a necessidade da desindexação para o sucesso do Plano Real, o problema decorre, basicamente, do fato de que, na alta inflação, os preços ainda acompanham movimentos da inflação passada; enquanto na hiperinflação os preços passam a seguir diariamente os movimentos de outra moeda, em geral o dólar. Retiram-se, portanto, os vínculos dos preços com o passado e criam-se as pré-condições para acabar com a inflação, através de uma“nova moeda", sem memória. Em suma, através da URV, ao invés de esperar que o encurtamento do período de reajustes dos contratos viesse em consequência de uma aceleração da taxa de inflação (como ocorrera nos países que viveram episódios dramáticos de hiperinflação), propunha-se uma reforma monetária que anulasse a memória inflacionária do sistema, de forma a simular uma hiperinflação, sem viver suas consequências.


    II – Correto. Um dos programas implementados de ajuste fiscal, Programa de Ação Imediata (PAI), teve o condão de combater à sonegação de impostos.


    III - Correto. As duas grandes virtudes da adoção de uma âncora cambial, geralmente ressaltadas pelos economistas, são: a) permitir o estabelecimento (uma vez que a âncora seja crível) de contratos de longo prazo (inviáveis em regimes de elevada inflação); e b) exercer forte pressão sobre os preços no setor de bens comercializáveis (tradables) — sendo o impacto sobre o nível geral dos preços dependente do grau de abertura da economia em questão e do grau de desequilíbrio entre oferta e demanda no setor de bens não comercializáveis (nontradables).


    Fonte: Economia Brasileira, de Antônio Corrêa Lacerda, João Ildebrando Bocchi, José Marcio Rego, Maria Angélica Borges, Rosa Maria Marques.


    Gabarito: Letra “D".



ID
1196686
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Os rendimentos reais do trabalho apresentaram nos últimos anos um crescimento vigoroso, reflexo, dentre outros motivos, do

Alternativas
Comentários
  • (a) Errado. Houve avanço tecnológico e isto não aumentaria os redimentos do trabalho.

     

    (b) Errado. As relações trabalhistas não foram flexibilizadas.

     

    (c) Certo. As políticas educacionais aumentaram os anos de estudo, elevando a produtividade e aumentando os salários.

     

    (d) Errado. A produtividade cresceu, mas não se pode dizer que ela está em patamares elevados.

     

    (e) Errado. A demanda por trabalhadores qualificados não aumentou no período para o setor de serviços.

     

    Gabarito letra (c).


ID
1196689
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Nos últimos 10 anos, o mercado de trabalho passou por diversas mudanças estruturais, dentre elas o processo de formalização do emprego. Nesse sentido, a formalização no Brasil apresenta como característica o (a)

Alternativas
Comentários
  • (a) Errado. As relações trabalhistas não foram flexibilizadas.

     

    (b) Certo. Além de maior ficalização do governo, é mais dificil manter pessoas escolarizadas na informalidade.

     

    (c) Errado. Estes acordos ainda continuam a existir.

     

    (d) Errado. Ainda existem os contratos de 3 meses para serviços temporários.

     

    (e) Errado. Os sindicatos não diminuíram. Pelo contrário, aumentou-se o número de filiados.

     

    Gabarito letra (b)


ID
1196692
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação aos tipos de integração econômica, a zona de livre comércio tem como característica

Alternativas
Comentários
  • Segundo o site da Câmara Legislativa, um processo de integração econômica caracteriza-se por um conjunto de medidas de caráter econômico, que têm por objetivo promover a aproximação e a união entre as economias de dois ou mais países.

    O grau de profundidade dos vínculos que se criam entre as economias dos países envolvidos em um processo de integração econômica permite que se visualize, ou determine, as fases ou etapas do seu desenvolvimento.

    A teoria do comércio internacional registra a classificação de cinco tipos de associação entre países que decidem integrar suas economias:

    a) a Zona de Preferência Tarifária é o mais elementar dos processos de integração, apenas assegura níveis tarifários preferenciais para o grupo de países que conformam a Zona. Assim, uma ZPT estabelece que as tarifas incidentes sobre o comércio entre os países membros do grupo são inferiores às tarifas cobradas de países não membros.

    A ALALC, por exemplo, procurou estabelecer preferências tarifárias entre seus onze membros, ou seja, entre todos os Estados da América do Sul que aderiram à tentativa de integração comercial, excluídas apenas a Guiana e o Suriname, e incluindo-se ainda o México.

    b) uma segunda modalidade, a Zona de Livre Comércio (ZLC), consiste na eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias que incidem sobre o comércio entre os países que constituem a ZLC.

    O NAFTA (North America Free Trade Area), ou Acordo de Livre Comércio da América do Norte, firmado entre os Estados Unidos, o México e o Canadá, é um exemplo de ZLC.

    c) a União Aduaneira é uma Zona de Livre Comércio que adota também uma Tarifa Externa Comum (TEC). Nessa fase do processo de integração, um conjunto de países aplica uma tarifa para suas importações provenientes de países não pertencentes ao grupo qualquer que seja o produto, e, por fim, prevê a livre circulação de bens entre si com tarifa zero.

    O exemplo mais conhecido desse tipo de integração foi a Zollverein (União Aduaneira, em alemão), idealizada e impulsionada por Otto von Bismarck, o grande líder responsável pela unificação política da Alemanha, em 1850. A Zollverein foi criada em 1835 e dissolvida em 1866.

    Até 1992, a Comunidade Econômica Européia foi uma União Aduaneira, daí avançando para um estágio mais adiantado de integração, o Mercado Comum.

    d) O Mercado Comum, o quarto estágio de integração econômica, difere fundamentalmente da União Aduaneira porque, além da livre circulação de mercadorias, requer a circulação de serviços e fatores de produção, ou seja, de capitais e pessoas.

    Porém, deve-se ressaltar que, além da livre circulação de bens, serviços e fatores de produção, todos os países membros de um Mercado Comum devem seguir os mesmos parâmetros para fixar a política monetária (fixação de taxas de juros), a política cambial (taxa de câmbio da moeda nacional) e a política fiscal (tributação e controle de gastos pelo Estado), ou seja, os países membros devem concordar com o avanço integrado da coordenação das suas políticas macroeconômicas.

    A União Européia, até 1992, foi um exemplo acabado de integração pela via do Mercado Comum, quando, então, prosseguiu para o estágio mais avançado, passando a se constituir em uma União Econômica e Monetária.

    e) A União Econômica Monetária é a etapa mais avançada dos processos de integração econômica, até agora alcançada apenas pela União Européia.

    A União Econômica e Monetária ocorre quando existe uma moeda comum e uma política monetária com metas unificadas e reguladas por um Banco Central comunitário. A União Européia tem, desde 2003, como moeda corrente o Euro, cuja emissão, controle e fiscalização dependem do Banco Central Europeu.

    Sendo assim, na zona de livre comércio, as barreiras aduaneiras, barreiras tarifárias e não tarifárias, entre os países participantes são eliminadas, contudo cada país pode manter uma política comercial própria em relação aos países não membros.

    Gabarito: Letra “B".


ID
1196695
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Suponha que a restrição orçamentária de um consumidor seja escrita como:

                p1x1 + p2x2 = y

Suponha ainda que, inicialmente, ele escolha uma cesta de bens sobre a reta da restrição orçamentária e que nenhum deles seja um bem inferior. O consumidor passa a consumir mais dos dois bens, quando

Alternativas
Comentários
  • A) Correto.

    Restrição Orçamentária inicial - p1x1 + p2x2 = y

    Se a renda aumentar, sem alteração nos preços, a única forma de manter a igualdade é aumentando a quantidade. Como a questão informou que nenhum dos bens é do tipo inferior, logo aumento de renda provocará aumento de consumo dos dois bens.

    B) Errado.

    Restrição Orçamentária inicial - p1x1 + p2x2 = y

    (2p1) x1 + (p2x2)/2 = y

    [(4p1) x1 + (p2x2)]/2= y

    [(3p1) x1 + p1x1+ (p2x2)]/2= y, sabendo que p1x1 + p2x2 = y

    [(3p1) x1 + y)]/2= y

    [(3p1) x1 ]/2+ y/2= y

    [(3p1) x1 ]/2= y - y/2

    [(3p1) x1 ]/2=  y/2

    (3p1) x1 = y

    Assim, o preço de x1 dobrar e a renda de x2 cair pela metade, o consumidor poderá nem consumir o bem x2.

    C) Errado.

    Restrição Orçamentária inicial - p1x1 + p2x2 = y

    (p1/2)x1 +(p2/2)x2 = y/2

    1/2 (p1x1 + p2x2) =1/2 y

    (p1x1 + p2x2) =y

    As quantidades permanecerão constantes.

    D)Errado. Não faz sentido o consumidor passar a consumir mais dos dois bens, se ele abrir mão de consumo de um dos bens.

    E) Errado. Se a reta orçamentária se deslocar paralelamente em direção à origem dos eixos, o consumidor terá menos recursos para consumir os bens, assim ele consumirá menos dos dois bens.

    Gabarito: Letra “A".


ID
1196698
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Quando a produtividade marginal é maior do que a produtividade média, então necessariamente

Alternativas
Comentários
  • Primeiramente, vamos conceituar alguns termos abordados na questão, a produtividade média é dada pela relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo, ou seja, Y(produto)/X(insumo).

    Já a produtividade marginal pode ser conceituada pela variação do produto, dada uma variação no fator de produção, dito de outra forma, quanto o produto varia dada a variação de uma unidade do insumo.

    Quando a produtividade marginal é maior do que a produtividade média, a produtividade média é crescente, contudo o produto marginal é crescente atinge o ponto máximo, depois decresce até o ponto onde Produto Marginal (PMg) = Produto Médio (PMe).

    Temos, portanto, alguns pontos importantes:

    Quando PMg > PMe, o PMe é crescente

    Quando PMg < PMe, o PMe decrescente

    Quando PMg = PMe, o PMe máximo

    Gabarito: Letra “C".

  • GAB: LETRA C

    DICAS:

    A – Quando a curva de produto marginal passa de seu ponto máximo o produto total passa a crescer mais lentamente. 

    • A.1 Portanto, a inclinação da curva de produto total diminui nesse ponto, e a produção desacelera, mas continua crescendo.

    B – Quanto a curva de produto marginal cruza a curva de produto médio, esta passa a decrescer. 

    • B.1 Por isso, quanto o PMg fica menor do que o PMe, os dois são decrescentes.

    C – Quando o produto marginal se torna negativo, o produto total começa a diminuir. 

    • C. 1 Então, quando o produto marginal é zero, o produto total está em seu nível máximo. 
    • C. 2 Além disso, enquanto o produto marginal for positivo, o produto total estará crescendo.

    =-=-=

    PRA AJUDAR!

    Q994526


ID
1196701
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considere a seguinte identidade macroeconômica Y = PIBpm – depreciação – impostos indiretos + subsídios, em que, PIBpm é o PIB a preços de mercado. Logo, Y é igual a

Alternativas
Comentários
  • Y = PIB pm - depreciação - impostos indiretos + subsídios

    Quando passamos do bruto para o líquido, temos:

    PIL pm = PIB pm-depreciação

    Quando incluímos os impostos indiretos, embutidos no preço dos bem, o preço de mercado torna-se maior que o custo de produção, por outro lado, quando o produtor recebe subsídios, ou seja recebe pagamento do governo de parte dos custos de produção, assim o preço de venda será menor do que o custo de produção, logo o subsídio pode ser considerado um imposto indireto negativo, portanto podemos escrever a seguinte relação:

    PIL cf = PIL pm – impostos indiretos + subsídios

    Logo, Y é igual a Produto Interno Líquido a custos de fatores.

    Gabarito: Letra “E".


ID
1196704
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando o conceito de Eficiência de Pareto, uma alocação de bens ou serviços é considerada eficiente quando

Alternativas
Comentários
  • Uma situação econômica é dita eficiente de Pareto se não existir nenhuma forma de melhorar a situação de uma pessoa sem piorar a de outra. Podemos citar o mercado competitivo como eficiente de Pareto, na quantidade de equilíbrio, o preço que alguém está disposto a pagar para comprar uma unidade adicional do bem é igual ao preço que alguém tem de receber para vender uma unidade adicional do bem. Fonte: Microeconomia – Princípios Básicos, de Hal R. Varian.

    Gabarito: Letra “B".


ID
1196707
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A regulamentação de diversas mudanças constitucionais acerca da previdência social ocorreu no início da década de 1990. Dentre tais mudanças NÃO é possível mencionar a

Alternativas