SóProvas



Prova CONSULPLAN - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal


ID
2363404
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder à questão.


Onde o Direito e a Literatura se encontram 

  “Porque esse é o meu nome! Porque não posso ter outro em minha vida! Porque estaria mentindo e assinando mentiras. Porque não valho a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar! Eu já dei a minha alma ao Senhor, deixe-me ficar com meu nome!”. A citação acima foi retirada da obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, que também foi tema de filme, lançado em 1996. O trecho em questão, porém, também foi utilizado como argumentação em uma decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra. 
  A argumentação não só mostra como a Literatura ajuda a fundamentar a realidade, mas como o próprio Direito se utiliza dessa ferramenta para interpretar a sociedade. Essa relação entre Direito e Literatura pode ser analisada de três formas: o Direito na Literatura; o Direito da Literatura, que trata dos direitos do autor ou de uma obra e de temas relacionados, como a liberdade de expressão; e, ainda, a utilização de práticas da crítica literária para compreender e avaliar os direitos, as instituições e procedimentos judiciais, o que seria o Direito como Literatura. 
  Esta última relação do Direito com a Literatura, como explica Vera Karam, professora da disciplina de Direito e Literatura da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é o estudo de temas jurídicos – e da própria realidade em que estão inseridos – com a ajuda das obras literárias. “A Literatura surge como uma metáfora que o direito usa para tentar articular uma boa solução para aquilo que é chamado a responder”, explica. [...]
  “O aplicador do direito é constantemente demandado a dar respostas a conflitos concretos e diversos, e a Literatura justamente abre um espaço de reflexão e de ação mais crítico, porque é mais sensível às especificidades do humano”, aponta Vera.
  
“A Literatura amplia os horizontes, já que possibilita ao leitor experimentar, de um modo seguro, situações que ele provavelmente jamais viveria. A boa literatura estimula a reflexão e desperta o senso crítico”, complementa Lenio Streck, procurador de Justiça do Rio Grande do Sul e professor de Pós-Graduação em Direito na Unisinos-RS. 
  Para Vera, além de trazer novas perspectivas aos operadores do Direito, a Literatura antecipa temas relacionados ao universo jurídico. “A ficção literária tem essa riqueza, essa sutileza, essa sensibilidade que permite que o Direito às vezes fique até mais bem preparado para o enfrentamento de conflitos que seriam inimagináveis fora da ficção”, diz.
  A linguagem, que no Direito encontra suas especificidades e na Literatura é registrada de maneira mais diversa e livre, também é apontada pelos especialistas como um ponto-chave da interpretação jurídica por meio das obras. “Olhando a operacionalidade, a realidade não nos toca, as ficções, sim. Com isso, confundimos as ficções da realidade com a realidade das ficções. Ficamos endurecidos. A Literatura pode ser mais do que isso. Faltam grandes narrativas no Direito, e a Literatura pode humanizá-lo”, finaliza Streck.
(Katna Baran, especial para a Gazeta do Povo 21/03/2013. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/justica-direito/onde -o-direito-e-a-literatura-se-encontramb2yn714yocf2hz62cladr6p1q>Acesso em janeiro de 2017. Adaptado.)  

Considerando as ideias e informações trazidas ao texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas para o que se afirma a seguir:

( ) O caráter metalinguístico do texto configura-se mediante estratégia utilizada no primeiro parágrafo cuja análise literária antecipa o assunto a ser tratado.
( ) Dentre os elementos que contribuem para a interpretação jurídica através da Literatura, a linguagem se apresenta como protagonista no processo de interação entre tais matérias.
( ) A Literatura possui um papel fundamental na sociedade contemporânea, não apenas no que diz respeito à arte da palavra, mas também como base argumentativa para a aplicação do Direito.

A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • 1 - Análise literária antecipa o assunto a ser abordado. Não, porque não é feita nenhuma análise literária sobre o trecho citado. O texto se inicia com a citação de uma passagem literária, apenas para ilustrar como a literatura pode ser utilizada no Direito. Mas não é feita nenhuma análise sobre o trecho em si.

    2 - Verdade, porque o texto, a todo momento, fala da linguagem. É o tema principal.

    3 - Em nenhum momento do texto nós encontramos a informação de que a literatura é importante para a sociedade contemporânea. Assertiva que extrapola as informações contidas no texto.

  • Gabarito: B

    Só para complementar:

    2 - É bem expresso no seguinte trecho: A linguagem, que no Direito encontra suas especificidades e na Literatura é registrada de maneira mais diversa e livre, também é apontada pelos especialistas como um ponto-chave da interpretação jurídica por meio das obras. 

  • (F) O caráter metalinguístico do texto configura-se mediante estratégia utilizada no primeiro parágrafo cuja análise literária antecipa o assunto a ser tratado.             ERRADO, no 1º§ não ocorre METALINGUAGEM e o assunto a ser bordado não é antecipado pelo 1§, há apenas afirmações. 

    METALINGUAGEM : Nada mais é do que usar a linguagem pra falar dela própria.

     A metalinguagem é  uma das  seis funções  da  linguagem (emissor, receptor, mensagem,  referente, código e  canal)

     

    ( V)  Dentre os elementos que contribuem para a interpretação jurídica através da Literatura, a linguagem se apresenta como protagonista no processo de interação entre tais matérias.          CORRETÍSSIMO. está claro que o texto trata do processo de interação entre O DIREITO E A LITERATURA inclusive é o assunto(tema) do texto.

     

     

    (F) A Literatura possui um papel fundamental na sociedade contemporânea, não apenas no que diz respeito à arte da palavra, mas também como base argumentativa para a aplicação do Direito.             ERRADO. Em nenhum momento o texto trata do papel fundamental da litertura na sociedade contemporânea HOUVE EXTRAPOLAÇÃO.

     

  • Fonte (Comentários Abaixo): https://www.exponencialconcursos.com.br/trf2-portugues-ajaa-e-ajof/

     

    Afirmativa I – ERRADA

     

    A primeira assertiva é falsa. No primeiro parágrafo, não foi feita análise literária do trecho apresentado. A autora apenas deu um exemplo concreto de que um texto literário pode ser utilizado como fundamentação de uma decisão judicial. É a estratégia dela para iniciar a abordagem do tema central: relação entre direito e literatura.

     

    [O parágrafo em questão apresenta função da linguagem referencial]

     

    Afirmativa II – CERTA

     

    A segunda assertiva é verdadeira. No último parágrafo, a autora comenta como a linguagem é o elo de ligação entre a literatura e o Direito “A linguagem ... é apontada pelos especialistas como ponto-chave da interpretação jurídica por meio das obras”.

     

    Afirmativa III – ERRADA

     

    A terceira assertiva é falsa. A autora ressalta a importância da literatura para ampliar o universo interpretativo do direito, “A Literatura pode humaniza-lo”. Em nenhum momento ela aponta que a literatura seria base argumentativa para aplicação do Direito.

  • 66% erraram essa questão.

    Gramática aplicada ao texto e interpretação de texto derrubam mais do que a própria gramática em si. E tem gente que ainda comemora quando a prova vem cheia de questões para interpretar. 

  • questão de interpretação ou filosofia?

  • 73% errou, e esse número segue crescendo. rs

  • Algumas observações sobre a assertiva 3

    Percebe-se uma certa extrapolação no texto sim, uma vez que a autora demonstra seu "desejo" de que a literatura passe a ter (diferente de dizer que já tenha) um papel mais relevante na sociedade, mas discordo dos colegas sobre ser usada como base argumentativa do direito:

    O texto diz que "a literatura é uma metáfora que o direito usa para tentar articular uma boa solução"; diz que “o aplicador do direito é demandado a dar respostas a conflitos concretos e diversos, e a Literatura justamente abre um espaço de reflexão e de ação mais crítico”; que traz "novas perspectivas aos operadores do Direito, antecipa temas e permite que o Direito fique até mais bem preparado para o enfrentamento de conflitos".

    Ora, se deixa os operadores mais preparados para enfrentar os conflitos por antecipar a discussão, entendo que a literatura pode ser sim uma importante base argumentativa, já que permite que eles embasem seus pontos de vista sobre um caso concreto. O operador do direito pode citar um caso, por exemplo, como foi feito no início do texto, para defender um argumento. Era isso. 

     

  • Assim a ultima é F porque não estamos mais em uma sociedade contemporânea segundo, Zygmunt Bauman vivemos em uma atualidade liquida mais conhecida como pós-modernidade liquida logo não se pode fazer referencia no meu entender a contemporaneidade! Pois à findou em meados dos anos 80, a primeira é F por que se trata no meu entender de uma obra cinematográfica e não literária ! >< foi assim que matei essa questão!

    Desculpem erros de port. sou analfabeto funcional,  kkkk..

  • 73% de erro. :(

  • Misericórdia!

  • Concordo com Jaqueline Miranda, rs!

  • AZA ZINHORA CRÉ EM DEUS PAI OXALÁ ODUN LOGUN

    Tá retirado o capeta dessa questão em nome de Deus.

  • Aquela sensação  de alívio em saber que não foi só você que errou e também de angústia em saber q se fosse na prova tomaria no c.... ainda bem q n é ... força e honra .

  • Vai toma no ...... A consulplan e suas subjetividades; não tem como!!!!!

  • b)  F, V, F. 

  • Questãao dada! Só errou quem CONHECE Língua Portuguesa...

    ?!?!?!?! kkkkk

  • Ave Maia! Senti medo, agora!

  • Letra B

     

    1- Foi um exemplo, não uma análise.

    2- ... é apontada pelos especialistas como um ponto-chave da interpretação jurídica por meio das obras.

    3 - Não é utilizada como argumento.  [...] a Literatura pode humanizá-lo (o direito)

  • Calma pessoinhas .... Se trata apenas de uma questão Interdisciplinar ---> envolve Portugues/Filosofia/sociologia/raciocínio logico e a putaquepariu

    #medo

  • Quase eu me entreguei e decretei K.O nessa questão, que foi um TIRO no coração de qualquer concurseiro.

     

    I - ERRADA. A metalinguagem ocorre quando falamos da própria linguagem usada na comunicação, ou seja, quando a preocupação do emissor está voltada para o próprio código ou linguagem. No primeiro parágrafo não há análise literária, mas somente um exemplo concreto (linguagem referencial).

     

    II - CERTA. Resume muito bem o propósito do texto. Inclusive no último parágrafo a linguagem é classificada como o "elo de ligação" e o "ponto-chave" da interpretação jurídica.

     

    III - ERRADA. A alternativa é uma extrapolação ao texto, uma vez que a autora somente expõe que a literatura   "ampliar o universo interpretativo do direito"

     

  • O primeiro parágrafo explica a origem, onde e como foi utilizada o trecho entre aspas. Portanto, por referenciar o referente, é lingagem referencial ou denotaviva. Primeira afirmação errada.

     

    A linguagem, que no Direito encontra suas especificidades e na Literatura é registrada de maneira mais diversa e livre, também é apontada pelos especialistas como um ponto-chave da interpretação jurídica por meio das obras. Segunda afirmação correta.

     

    "A boa literatura estimula a reflexão e desperta o senso crítico”. Em nenhum trecho do texto há a afirmação de que a literatura é base argumentativa para a aplicação do direito. Terceira afirmação errada.

  • Em 05/11/2017, às 14:45:49, você respondeu a opção D.Errada!

    Em 26/08/2017, às 22:25:31, você respondeu a opção A.Errada!

    Em 23/08/2017, às 17:16:53, você respondeu a opção D.Errada!

  • "A argumentação não só mostra como a Literatura ajuda a fundamentar a realidade,"

    Achei que esse trecho dava respaldo à afirmativa de que a literatura possui papel fundamental nas sociedades contemporâneas; pelo jeito, não.

     

  • Na metalinguagem usa-se de vveículo x para discorrer sobre ele mesmo, como um filme que explique cinema. Na priemira alternativa, há apenas uma citação literária para exemplificar Direito e literatura.

    A segunda por ser a linguagem o principal veículo utilizado para literatura e Direito.

    Última alternativa embaralha as orações do segudno parágrafo dando sentido diferente do texto: " A argumentação não só mostra como a Literatura ajuda a fundamentar a realidade, mas como o próprio Direito se utiliza dessa ferramenta para interpretar a sociedade." A Literatura não é usada como argumentação, mas ferramenta para interpretar a sociedade e então, essa interpretação auxilia o Direito.

  • Recurso Improcedente. Ratifica-se a opção divulgada no gabarito preliminar. A afirmativa “O caráter metalinguístico do texto configura-se mediante estratégia utilizada no primeiro parágrafo cuja análise literária antecipa o assunto a ser tratado. ” não pode ser considerada correta. A função metalinguística está relacionada com a abordagem do próprio código, manifestando-se em textos, poemas e artes plásticas. Quando o código é o centro da mensagem, dizemos que está presente a função metalinguística. O código, nos textos verbais, é a língua. Os processos de aquisição da linguagem - adquirimos a linguagem ao longo de nossas vidas - estão especialmente relacionados com operações metalinguísticas, pois interrogamos constantemente nossa própria linguagem, ou seja, nosso próprio código. A citação da obra As Bruxas de Salém é uma estratégia argumentativa para introduzir o assunto não havendo análise literária a respeito. A afirmativa “A Literatura possui um papel fundamental na sociedade contemporânea, não apenas no que diz respeito à arte da palavra, mas também como base argumentativa para a aplicação do Direito. ” não pode ser considerada correta. De acordo com o trecho “A argumentação não só mostra como a literatura ajuda a fundamentar a realidade, mas como o próprio direito se utiliza dessa ferramenta para interpretar a sociedade. ”, o texto não afirma que a literatura seja a base da argumentação, mas sim uma ferramenta que contribui para a interpretação da sociedade. A afirmativa “Dentre os elementos que contribuem para a interpretação jurídica através da Literatura, a linguagem se apresenta como protagonista no processo de interação entre tais matérias. ” é considerada verdadeira, de acordo com o trecho “A linguagem, que no direito encontra suas especificidades e na literatura é registrada de maneira mais diversa e livre, também é apontada pelos especialistas como um ponto chave da interpretação jurídica por meio das obras. ” De acordo com as justificativas anteriores, as alternativas “C) F, V, V”, “D) V, V, V” e “A) F, F, V” não podem ser consideradas corretas. A afirmativa “Dentre os elementos que contribuem para a interpretação jurídica através da Literatura, a linguagem se apresenta como protagonista no processo de interação entre tais matérias. ” foi considerada correta, tal correção pode ser demonstrada através do trecho do texto: “A linguagem, que no direito encontra suas especificidades e na literatura é registrada de maneira mais diversa e livre, também é apontada pelos especialistas como um ponto chave da interpretação jurídica por meio das obras. ” O gabarito indicou como correta a alternativa “B” para esta questão, diferente do que afirma o recorrente que declara, no recurso, o gabarito ter apresentado como correta a alternativa “C”.


ID
2363407
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder à questão.


Onde o Direito e a Literatura se encontram 

  “Porque esse é o meu nome! Porque não posso ter outro em minha vida! Porque estaria mentindo e assinando mentiras. Porque não valho a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar! Eu já dei a minha alma ao Senhor, deixe-me ficar com meu nome!”. A citação acima foi retirada da obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, que também foi tema de filme, lançado em 1996. O trecho em questão, porém, também foi utilizado como argumentação em uma decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra. 
  A argumentação não só mostra como a Literatura ajuda a fundamentar a realidade, mas como o próprio Direito se utiliza dessa ferramenta para interpretar a sociedade. Essa relação entre Direito e Literatura pode ser analisada de três formas: o Direito na Literatura; o Direito da Literatura, que trata dos direitos do autor ou de uma obra e de temas relacionados, como a liberdade de expressão; e, ainda, a utilização de práticas da crítica literária para compreender e avaliar os direitos, as instituições e procedimentos judiciais, o que seria o Direito como Literatura. 
  Esta última relação do Direito com a Literatura, como explica Vera Karam, professora da disciplina de Direito e Literatura da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é o estudo de temas jurídicos – e da própria realidade em que estão inseridos – com a ajuda das obras literárias. “A Literatura surge como uma metáfora que o direito usa para tentar articular uma boa solução para aquilo que é chamado a responder”, explica. [...]
  “O aplicador do direito é constantemente demandado a dar respostas a conflitos concretos e diversos, e a Literatura justamente abre um espaço de reflexão e de ação mais crítico, porque é mais sensível às especificidades do humano”, aponta Vera.
  
“A Literatura amplia os horizontes, já que possibilita ao leitor experimentar, de um modo seguro, situações que ele provavelmente jamais viveria. A boa literatura estimula a reflexão e desperta o senso crítico”, complementa Lenio Streck, procurador de Justiça do Rio Grande do Sul e professor de Pós-Graduação em Direito na Unisinos-RS. 
  Para Vera, além de trazer novas perspectivas aos operadores do Direito, a Literatura antecipa temas relacionados ao universo jurídico. “A ficção literária tem essa riqueza, essa sutileza, essa sensibilidade que permite que o Direito às vezes fique até mais bem preparado para o enfrentamento de conflitos que seriam inimagináveis fora da ficção”, diz.
  A linguagem, que no Direito encontra suas especificidades e na Literatura é registrada de maneira mais diversa e livre, também é apontada pelos especialistas como um ponto-chave da interpretação jurídica por meio das obras. “Olhando a operacionalidade, a realidade não nos toca, as ficções, sim. Com isso, confundimos as ficções da realidade com a realidade das ficções. Ficamos endurecidos. A Literatura pode ser mais do que isso. Faltam grandes narrativas no Direito, e a Literatura pode humanizá-lo”, finaliza Streck.
(Katna Baran, especial para a Gazeta do Povo 21/03/2013. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/justica-direito/onde -o-direito-e-a-literatura-se-encontramb2yn714yocf2hz62cladr6p1q>Acesso em janeiro de 2017. Adaptado.)  

Acerca do vocábulo “onde” no título “Onde o Direito e a Literatura se encontram”, de acordo com a aplicação e relação estabelecida, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • a) Anafórico se refere a um termo antecedente. No caso, o local indicado pelo pronome "onde"  ainda não foi mencionado, sendo catafórico.

    b) "donde" é de+ onde, o que não é exigido pelo verbo encontrar

    d) não há pergunta, mas afirmação

  • É uma pergunta direta e não indireta;

  • Alternativa A - ERRADA

     

    _Comentário:

    _Anáfora: Se refere a termo anterior da frase (ex: Eu odeio maçãs. Elas me fazem mal)

    _Catáfora: Se refere a termo posterior da frase (ex: Eu odeio elas: as maçãs vendidas por José)

     

    A Palavra “Onde” é a primeira palavra do título (logo pe a primeira palavra do texto). Logo não tem como ela estar estar se referindo a palavra anterior. Não tem como ter função anafórica

     

    OBS: Circunstantes são complementos adverbiais. Portanto, Circunstantes Locativos são complementos adverbiais que se referem á lugar (ex: Nilton morreu em londres)

     

    _Fonte:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1fora

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1fora http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/LinguaPortuguesa/artigos/transetividade_reg_verba.pdf

    https://www.exponencialconcursos.com.br/trf2-portugues-ajaa-e-ajof/

     

    Alternativa B – ERRADA

     

    _Comentário: “Donde” é forma contraída, variante informal, da expressão “de onde”. No caso do título do texto, não há espaço para a preposição. Ainda que fosse aceitável a variante informal por licença poética, ainda sim, estaria incorreta, já que, a literatura e o direito se encontram “em algum” lugar e não “de algum lugar”. Alternativa incorreta.

     

    _Fonte: https://www.exponencialconcursos.com.br/trf2-portugues-ajaa-e-ajof/

     

    Alternativa C - CERTA

     

    _Comentário: Ao que parece, a banca chamou de modo absoluto o uso do pronome “onde” em substituição ao local não expresso, e não como pronome relativo que retoma o local já mencionado. Veja que é exatamente essa a função do “onde” tanto no título do texto, quanto na frase dada. Portanto, alternativa correta.

     

    _Fonte: https://www.exponencialconcursos.com.br/trf2-portugues-ajaa-e-ajof/

     

    Alternativa D - ERRADA

     

    _Enunciado: tal advérbio interrogativo foi empregado em uma pergunta indireta em referência a lugar.

     

    _Comentário: para ser um adverbio interrogativo, a frase em questão deveria estar acompanhada de:

    _pergunta de interrogação(pergunta direta): Onde o Direito e a Literatura se encontram ?

    _algum indicador que mostre isso (pergunta indireta):

    eu não sei onde o Direito e a Literatura se encontram / gostaria de saber onde o Direito e a Literatura se encontram

     

    Onde, no caso, é advérbio de lugar (que indica origem, como falado na alternativa B)

     

    _Fonte: https://www.gigaconteudo.com/pergunta-direta-e-indireta-exemplos

    https://www.exponencialconcursos.com.br/trf2-portugues-ajaa-e-ajof/

  • Aonde : significa `` a que lugar `` e deve ser usado com verbo que indica movimento .ex: aonde ele foi ?( a que lugar ele foi?)

    onde : significa `` em que lugar ``  e é usado com verbos que indicam permanência . ex: onde ele está ?( em que lugar ele está ?)

    donde :indica origem e significa ``de que lugar `` ex: donde ele veio ? (de que lugar ele veio? )

     

    letra C

  • 60% DE ERRO.

     

     

    Migos,

    Unidos vamos fazer acontecer. Peçam e indiquem para comentário do Professor! Ele sim, pode nos dar uma luz!

    Não adianta NADA "comer" os livros do Pestana, do Bechara, da Flávia Rits, do Escambau a 4, saber todas as regras e exceções se não soubermos aplicar as regras ou se nos deparamos com uma banca que trabalha desse jeito...

     

    GAB.: c) emprega-se de modo absoluto como visto no verso “Moro onde não mora ninguém”.

  • Modo absoluto = onde (ideia de lugar)
  • Prezados,

     

    Para termos a resposta correta, a letra "C", é necessário saber a respeito do emprego correto do "onde", e, indico o seguinte:

     

    Na língua culta, escrita ou falada, "onde" deve ser limitado aos casos em que há indicação de lugar físico, espacial. Quando não houver essa indicação, deve-se preferir o uso de em que, no qual (e suas flexões na qual, nos quais, nas quais) e nos casos da ideia de causa / efeito ou de conclusão.

     

    Por Exemplo:

    Quero uma cidade tranquila, onde possa passar alguns dias em paz.

    Vivemos uma época muito difícil, em que (na qual) a violência gratuita impera.

     

    À semelhança do pronome relativo quem, onde pode aparecer também com emprego absoluto, ou seja, seu antecedente pode estar latente, não expresso.

     

    Por exemplo, as frases “Eu nasci onde tu nasceste” ou “Todos procuram saber onde a Vera está” equivalem a dizer: “Eu nasci no lugar onde tu nasceste“ e ”Todos procuram saber o lugar onde a Vera está”.

     

    De um modo ou de outro, importa ver que o antecedente, explícito ou implícito, é um lugar ou a própria palavra lugar.

     

    Espero ter contribuído.

    Bons estudos.

     

    JP.

  • c) emprega-se de modo absoluto como visto no verso “Moro onde não mora ninguém”.

  • Letra C.

     

    “Onde o Direito e a Literatura se encontram”

     

    a) Não existe elemento anterior ao qual possa se referir.

    b) A literatura e o direito encontram-se "em algum lugar" e não "de algum lugar"

    c) Tornou-se absoluto pois não há nada que o antecede. Ex.: Moro na casa que não mora ninguém/ Moro onde não mora ninguém.

    d) Não é pergunta, é afirmação.

  • Acertei uma da Consulplan!!!!! Nem to acreditando #Medo

  • DEUS ME DEFENDERAY

     

    Pronto. Falei!

  • Muito boa a explicação do professor!!!!

    Letra E = Não há pergunta e sim uma afirmação.

    Absoluto = Não há referência anterior ( não há um referente espacial)

  • Vivendo e aprendendo mais com a Consulplan > Cespe e FCC

  • MERDA DE BANCA!!!

  • O pronome está sozinho, independente, absoluto. Em “moro onde não mora ninguém”, este “onde” equivale a “lugar em que não mora ninguém”.

    a) Não tem função anafórica, pois não retoma um lugar citado anteriormente no texto.

    Veja um caso em que de fato o onde seria um pronome relativo normal e “funcionaria no discurso como substituto de um circunstante locativo.”

    Esta é a casa onde nasci. (“onde” retoma “casa”)

    b) A grafia “donde” ocorre com a fusão da preposicão “de” com “onde” (Donde ele veio?). Não é caso aqui.

    d) Onde é advérbio interrogativo quando usado em interrogativas (Onde você estuda?). Não é o caso.

    Gabarito letra C.

  • Nosso gabarito está na letra C, pois não há referente, o pronome está sozinho, independente, absoluto. Em “moro onde não mora ninguém”, este “onde” equivale a “lugar em que não mora ninguém”. Vejamos os problemas das demais:

    a) Não tem função anafórica, pois não retoma um lugar citado anteriormente no texto. Veja um caso em que de fato o onde seria um pronome relativo normal e “funcionaria no discurso como substituto de um circunstante locativo.” - Esta é a casa onde nasci. (“onde” retoma “casa”)

    b) A grafia “donde” ocorre com a fusão da preposição “de” com “onde” (Donde ele veio?). Não é caso aqui.

    d) Onde é advérbio interrogativo quando usado em interrogativas (Onde você estuda?). Não é o caso.

    Gabarito letra C.

    Fonte: Prof. Felipe Luccas

  • Segundo Bechara, os pronomes relativos quem e onde podem aparecer com emprego absoluto, sem referência a antecedentes, ou seja, sem “retomar ninguém”:

    “Quem tudo quer tudo perde.

    Dize-me com quem andas e eu te direi quem és.

    Quem com ferro fere com ferro será ferido.”

    Moro onde mais me agrada.”

    Gabarito letra C.


ID
2363410
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder à questão.


Onde o Direito e a Literatura se encontram 

  “Porque esse é o meu nome! Porque não posso ter outro em minha vida! Porque estaria mentindo e assinando mentiras. Porque não valho a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar! Eu já dei a minha alma ao Senhor, deixe-me ficar com meu nome!”. A citação acima foi retirada da obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, que também foi tema de filme, lançado em 1996. O trecho em questão, porém, também foi utilizado como argumentação em uma decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra. 
  A argumentação não só mostra como a Literatura ajuda a fundamentar a realidade, mas como o próprio Direito se utiliza dessa ferramenta para interpretar a sociedade. Essa relação entre Direito e Literatura pode ser analisada de três formas: o Direito na Literatura; o Direito da Literatura, que trata dos direitos do autor ou de uma obra e de temas relacionados, como a liberdade de expressão; e, ainda, a utilização de práticas da crítica literária para compreender e avaliar os direitos, as instituições e procedimentos judiciais, o que seria o Direito como Literatura. 
  Esta última relação do Direito com a Literatura, como explica Vera Karam, professora da disciplina de Direito e Literatura da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é o estudo de temas jurídicos – e da própria realidade em que estão inseridos – com a ajuda das obras literárias. “A Literatura surge como uma metáfora que o direito usa para tentar articular uma boa solução para aquilo que é chamado a responder”, explica. [...]
  “O aplicador do direito é constantemente demandado a dar respostas a conflitos concretos e diversos, e a Literatura justamente abre um espaço de reflexão e de ação mais crítico, porque é mais sensível às especificidades do humano”, aponta Vera.
  
“A Literatura amplia os horizontes, já que possibilita ao leitor experimentar, de um modo seguro, situações que ele provavelmente jamais viveria. A boa literatura estimula a reflexão e desperta o senso crítico”, complementa Lenio Streck, procurador de Justiça do Rio Grande do Sul e professor de Pós-Graduação em Direito na Unisinos-RS. 
  Para Vera, além de trazer novas perspectivas aos operadores do Direito, a Literatura antecipa temas relacionados ao universo jurídico. “A ficção literária tem essa riqueza, essa sutileza, essa sensibilidade que permite que o Direito às vezes fique até mais bem preparado para o enfrentamento de conflitos que seriam inimagináveis fora da ficção”, diz.
  A linguagem, que no Direito encontra suas especificidades e na Literatura é registrada de maneira mais diversa e livre, também é apontada pelos especialistas como um ponto-chave da interpretação jurídica por meio das obras. “Olhando a operacionalidade, a realidade não nos toca, as ficções, sim. Com isso, confundimos as ficções da realidade com a realidade das ficções. Ficamos endurecidos. A Literatura pode ser mais do que isso. Faltam grandes narrativas no Direito, e a Literatura pode humanizá-lo”, finaliza Streck.
(Katna Baran, especial para a Gazeta do Povo 21/03/2013. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/justica-direito/onde -o-direito-e-a-literatura-se-encontramb2yn714yocf2hz62cladr6p1q>Acesso em janeiro de 2017. Adaptado.)  

Em relação ao paralelo estabelecido entre o trecho citado de As Bruxas de Salém e o contexto de atentado à honra afirma-se, corretamente, que

Alternativas
Comentários
  •  b)a estratégia argumentativa utilizada demonstra coerência através do apelo recorrente e progressivo da personagem tendo em vista o assunto “atentado à honra”.

    “Porque esse é o meu nome! Porque não posso ter outro em minha vida! Porque estaria mentindo e assinando mentiras. Porque não valho a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar! Eu já dei a minha alma ao Senhor, deixe-me ficar com meu nome!”. A citação acima foi retirada da obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, que também foi tema de filme, lançado em 1996. O trecho em questão, porém, também foi utilizado como argumentação em uma decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra. 

    foi esse o meu entendimento... n sei se está correto

  •  

    “Porque esse é o meu nome! Porque não posso ter outro em minha vida! Porque estaria mentindo e assinando mentiras. Porque não valho a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar! Eu já dei a minha alma ao Senhor, deixe-me ficar com meu nome!”. A citação acima foi retirada da obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, que também foi tema de filme, lançado em 1996. O trecho em questão, porém, também foi utilizado como argumentação em uma decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra. 

    Pede-se para fazer um paralelo entre o trecho de azul e o contexto de vermelho. Portanto, no meu entendimento, acredito que seja o seguinte(me corrijam se eu estiver equivocada):

     

    a) o tratamento metafísico acerca de um tema universal visto no trecho da obra literária citada pode de igual forma ser visto no objeto da reclamação citado.

    Entendi por tratamento metafísico no trecho da obra literária, o valor honra. Mas, embora utilizado como argumentação em uma decisão judicial, não é mostrado no texto a reclamação da autora.

     b)a estratégia argumentativa utilizada demonstra coerência através do apelo recorrente e progressivo da personagem tendo em vista o assunto “atentado à honra”.

    Percebe-se que o apelo é recorrente e progressivo da personagem, e ainda é um apelo relacionado a honra da personagem. Assim, foi utilizado na argumentação judicial o sentido de "atentado à honra", como uma espécie de analogia e com o viés argumentativo, demostrando que o trecho em vermelho e o contexto em azul possuem coerência.

     

     c) há verdades dadas como absolutas por obras literárias que são aplicáveis a quaisquer tipos de questões levadas a julgamento, contanto que haja um excelente domínio de tal matéria por parte do aplicador de Direito.  

    Já na leitura da primeira parte podemos excluir esta assertiva. O texto não versa sobre verdades absolutas e nem que estas são aplicáveis a quaisquer tipos de questões judiciais.

     d)o trecho da obra citado foi empregado com o objetivo de ilustrar uma decisão judicial; demonstrando que o conhecimento literário foi, neste caso, essencial para uma decisão favorável considerando o contexto em análise.  

    De fato o trecho ilustrou a decisão judicial, no entanto, não foi essencial para uma decisão favorável.

  • Resposta: B. Fonte dos Comentários: https://www.exponencialconcursos.com.br/trf2-portugues-ajaa-e-ajof/

    A) O tema universal visto no trecho é o nome da pessoa, que o defende por razões concretas e materiais, porque é o nome que a define, que diz quem ela é no mundo real. Não se trata, portanto, de tratamento metafísico (aquilo que está além do físico), não há essa transcendência para outros planos no trecho mencionado. Portanto, alternativa incorreta.

    B) O apelo recorrente e progressivo da personagem é coerente com a agressão causada à honra que ocorre no momento em que não se respeita o direito ao nome da personagem. Veja que o trecho literário retrata a indignação causada exatamente por um atentado à honra. Ou seja, alternativa correta.

    C) Como a autora afirma, a literatura amplia os horizontes do direito, pois “é mais sensível às especificidades do humano”. Ou seja, a literatura se amolda a cada situação, não sendo absoluta e imutável. A literatura é exatamente um instrumento para não “ficarmos endurecidos”. Portanto, alternativa incorreta.

    D) O texto em nenhum momento afirma que o uso do trecho literário foi fundamental para uma decisão favorável. A autora não entra nesse mérito, ela apenas o utiliza como exemplo do uso da literatura dentro do contexto do direito. Alternativa incorreta.

     

  • Que a VUNESP NUNCA conheça as questões de Português desta banca.

    Fod@ bagarai!

  • Chocada com o nível de dificuldade dessa prova.

  • Essa prova da Consulplan...Muito diferente do nivel de outras provas também aplicadas por essa banca...

  • Que prova é essa cara? ''Taquipariu!'

  • Depois de errar, até eu sou foda em comentar questão! Muito fácil ir na letra D e falar que "em nenhum momento" e bla bla bla. Questão com o nível de dificuldade fora do normal! 

     

  • Acertei por eleiminação. Vou te contar, que questão viajada, filosofia. Que banca é essa! Deu nó na minha cabeça.

  • essas questões de interpretação viajam demais, tá doido! 

  • Essas questões estão sendo um atentado aos meus estudos

  • Olha eu errei na boa ! Mas depois lendo percebi algo, tem uma palavra chave na #literatura, a reflexão não vem de uma obra literaria e sim de uma obra cinematografica.  >< a unica questão que não tem palavra literatura ou literaria ea correta ! desculpa erros de pt sou analfabeto ! 

  • Resposta: B.

     

    A- O tema universal visto no trecho é o nome da pessoa, que o defende por razões concretas e materiais, porque é o nome

    que a define, que diz quem ela é no mundo real. Não se trata, portanto, de tratamento metafísico (aquilo que está além do

    físico), não há essa transcendência para outros planos no trecho mencionado. Portanto, alternativa incorreta.

     

    B- O apelo recorrente e progressivo da personagem é coerente com a agressão causada à honra que ocorre no momento

    em que não se respeita o direito ao nome da personagem. Veja que o trecho literário retrata a indignação causada exatamente

    por um atentado à honra. Ou seja, alternativa correta.

     

    C- Como a autora afirma, a literatura amplia os horizontes do direito, pois “é mais sensível às especificidades do humano”.

    Ou seja, a literatura se amolda a cada situação, não sendo absoluta e imutável. A literatura é exatamente um instrumento

    para não “ficarmos endurecidos”. Portanto, alternativa incorreta.

     

    D- O texto em nenhum momento afirma que o uso do trecho literário foi fundamental para uma decisão favorável. A autora não

    entra nesse mérito, ela apenas o utiliza como exemplo do uso da literatura dentro do contexto do direito. Alternativa incorreta.

     

     

    https://www.exponencialconcursos.com.br/trf2-portugues-ajaa-e-ajof/

  •  

     

    Migos,

    Unidos vamos fazer acontecer. Peçam e indiquem para comentário do Professor! Ele sim, pode nos dar uma luz!

    Não adianta NADA "comer" os livros do Pestana, do Bechara, da Flávia Rits, do Escambau a 4, saber todas as regras e exceções se não soubermos aplicar as regras ou se nos deparamos com uma banca que trabalha desse jeito...

  • INDICADA PARA COMENTÁRIO COM SUCESSO.

  • Lorena e Isabela passem um pouco desse pó magico haha quero chegar no nível de entendimento de vcs...

  • Errei todas

  • PROVA DO SATANÁS ESSA!!! VAI PRA BOSTA!!!! O DEMÔNIO DO EXAMINADOR COLOCOU BEM UM TEXTO DE BRUXA PARA ACABAR COM A NOSSAS VIDAS... KKKKKK SÓ JESUS NA CAUSA.... EDSON, TAMBÉM ERREI TODAS KKKK TMJ.

  • Consulplan do CARAI!!!!

  • Que difícil essa prova de interpretação, misericórdia!

     

  • essa banca é muito maluca. fiz essa prova e fiquei chocada com as questões, não só de portugues, como de todas as outras!

  • Indiquem para comentário.

  • O cara fumou muito antes de elaborar essa questão. Fiquei 15 minutos tentando interpretar.

  • As notificações de desespero, foram atualizadas com sucesso!! Ô.o

  •  

    A- O tema universal visto no trecho é o nome da pessoa, que o defende por razões concretas e materiais, porque é o nome

    que a define, que diz quem ela é no mundo real. Não se trata, portanto, de tratamento metafísico (aquilo que está além do

    físico), não há essa transcendência para outros planos no trecho mencionado. Portanto, alternativa incorreta.

     

    B- O apelo recorrente e progressivo da personagem é coerente com a agressão causada à honra que ocorre no momento

    em que não se respeita o direito ao nome da personagem. Veja que o trecho literário retrata a indignação causada exatamente

    por um atentado à honra. Ou seja, alternativa correta.

     

    C- Como a autora afirma, a literatura amplia os horizontes do direito, pois “é mais sensível às especificidades do humano”.

    Ou seja, a literatura se amolda a cada situação, não sendo absoluta e imutável. A literatura é exatamente um instrumento

    para não “ficarmos endurecidos”. Portanto, alternativa incorreta.

     

    D- O texto em nenhum momento afirma que o uso do trecho literário foi fundamental para uma decisão favorável. A autora não

    entra nesse mérito, ela apenas o utiliza como exemplo do uso da literatura dentro do contexto do direito. Alternativa incorreta.

     

     

    https://www.exponencialconcursos.com.br/trf2-portugues-ajaa-e-ajof/

    Reportar abuso

  • Letra B.

    1- O que é defendido é o direito ao nome, portanto, nada de metafísico.
    2- Fica claro a agressão causada à honra da personagem quando não é respeitado o direito ao nome, por isso, o apelo recorrente e progressivo.
    3- Amplia o horizonte, nada tem haver com absoluta e imutável.
    4- O trecho foi utilizado como exemplo.

     

  • Pras provas da Consulpan precisamos de um curso sobre "Como selecionar a alternativa correta quando não entender nenhuma delas", acrescido de um intensivão sobre "Como acertar a resposta mesmo sem entender a pergunta". Estudar Português é perda de tempo. 

  • Chamaram a FGV para fazer esta prova de portugues 

  • Ennio Saul, não é verdade. É uma obra literária adaptada para o cinema.

  • Se for olhar para essa questão, poderia resumir meu "amplo" conhecimento em interpretação de texto em: Nunca nem vi !!!

  • O gabarito oficial foi alterado para letra D.


ID
2363413
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder à questão.


Onde o Direito e a Literatura se encontram 

  “Porque esse é o meu nome! Porque não posso ter outro em minha vida! Porque estaria mentindo e assinando mentiras. Porque não valho a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar! Eu já dei a minha alma ao Senhor, deixe-me ficar com meu nome!”. A citação acima foi retirada da obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, que também foi tema de filme, lançado em 1996. O trecho em questão, porém, também foi utilizado como argumentação em uma decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra. 
  A argumentação não só mostra como a Literatura ajuda a fundamentar a realidade, mas como o próprio Direito se utiliza dessa ferramenta para interpretar a sociedade. Essa relação entre Direito e Literatura pode ser analisada de três formas: o Direito na Literatura; o Direito da Literatura, que trata dos direitos do autor ou de uma obra e de temas relacionados, como a liberdade de expressão; e, ainda, a utilização de práticas da crítica literária para compreender e avaliar os direitos, as instituições e procedimentos judiciais, o que seria o Direito como Literatura. 
  Esta última relação do Direito com a Literatura, como explica Vera Karam, professora da disciplina de Direito e Literatura da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é o estudo de temas jurídicos – e da própria realidade em que estão inseridos – com a ajuda das obras literárias. “A Literatura surge como uma metáfora que o direito usa para tentar articular uma boa solução para aquilo que é chamado a responder”, explica. [...]
  “O aplicador do direito é constantemente demandado a dar respostas a conflitos concretos e diversos, e a Literatura justamente abre um espaço de reflexão e de ação mais crítico, porque é mais sensível às especificidades do humano”, aponta Vera.
  
“A Literatura amplia os horizontes, já que possibilita ao leitor experimentar, de um modo seguro, situações que ele provavelmente jamais viveria. A boa literatura estimula a reflexão e desperta o senso crítico”, complementa Lenio Streck, procurador de Justiça do Rio Grande do Sul e professor de Pós-Graduação em Direito na Unisinos-RS. 
  Para Vera, além de trazer novas perspectivas aos operadores do Direito, a Literatura antecipa temas relacionados ao universo jurídico. “A ficção literária tem essa riqueza, essa sutileza, essa sensibilidade que permite que o Direito às vezes fique até mais bem preparado para o enfrentamento de conflitos que seriam inimagináveis fora da ficção”, diz.
  A linguagem, que no Direito encontra suas especificidades e na Literatura é registrada de maneira mais diversa e livre, também é apontada pelos especialistas como um ponto-chave da interpretação jurídica por meio das obras. “Olhando a operacionalidade, a realidade não nos toca, as ficções, sim. Com isso, confundimos as ficções da realidade com a realidade das ficções. Ficamos endurecidos. A Literatura pode ser mais do que isso. Faltam grandes narrativas no Direito, e a Literatura pode humanizá-lo”, finaliza Streck.
(Katna Baran, especial para a Gazeta do Povo 21/03/2013. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/justica-direito/onde -o-direito-e-a-literatura-se-encontramb2yn714yocf2hz62cladr6p1q>Acesso em janeiro de 2017. Adaptado.)  

Em “a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar!” (1º§) o termo destacado indica, sintaticamente, a mesma função exercida pelo termo grifado em:

Alternativas
Comentários
  • a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar!   que =  A QUAL  - pronome relativo

     

    “A Literatura surge como uma metáfora que o Direito usa para tentar articular uma boa solução [...]” (3º§)    ( que = A QUAL )

     

  • Enunciado - Mandou enforcar "aqueles" - objeto direto!!
    Alternativa C - "A Literatura surge como uma metáfora que o Direito usa para tentar articular uma boa solução" - o direito usa uma metáfora para.... objeto direto também.

  • Todas as outras alternativas apresentam a função de sujeito

  • Em “a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar!” (1º§) o termo destacado indica, sintaticamente, a mesma função exercida pelo termo grifado em

    Apesar do pronome relativo "que" se referir à "daqueles"  (sempre se refere a termo anterior a ele) , o que tem sua funçaõ sintática na 2º oração

     (ELE) MANDOU ENFORCAR -LOS  (=que)

    O "que" não pode ser sujeito já que o sujeito implícito é "ELE". 

    o verbo enforcar não pede complemento então será transitivo direto e assim, o "que" que pode ser visto como o "los" será objeto direto. 

    a frase em que o verbo é transitivo direto: “A Literatura surge como uma metáfora que o Direito usa para tentar articular uma boa solução [...]” (3º§) 

    O DIREITO USA "A METÁFORA" (= QUE) PARA TENTAR ARTICULAR BOA SOLUÇÃO. 

     

  • não entendi.

  • Verônica,

    Não sei se eu estou falando abobrinha, mas a maneira que eu entendi a questão foi assim: eu tenho que achar o outro QUE que esteja cumprindo a mesma função sintática do QUE da frase “a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar!”. Nesse caso, ele está substituindo qual termo da oração subordinada? O objeto. " (Ele/ Alguém) mandou enforcar aquelas pessoas (representado pelo termo DAQUELES e substituído pelo termo QUE).

     

    Na alternativa A) o QUE está substituindo o termo OBRA. Se você trocar o QUE por OBRA, na oração subordinada, vai ver que ele exerce função de sujeito - A obra também foi tema de filme.

     

    B) o QUE está substituindo o termo O DIREITO DA LITERATURA. Se você tbm fizer a troca, vai ver que ele exerce função de sujeito - O direito de literatura trata dos direitos do autor ou de uma obra...

     

    C) o QUE está substituindo o termo METÁFORA. Já aqui, a função de METÁFORA na frase subordinada é objeto, e não mais sujeito - o Direito (sujeito) usa A METÁFORA (objeto) para tentar articular uma boa solução.

     

    D) o QUE está substituindo o termo AUTORA. Mais uma vez, se você fizer a troca na oração subordinada, vai ver que ele exerce a função de sujeito - A autora reclamava de atentado à honra.

     

    Todos os QUE das orações são pronomes relativos, e todas as orações são Orações Subordinadas Adjetivas.

     

    Enfim, espero ter ajudado!!

     

  • Ponto dos Concursos - Professor Albert Iglésia

    Comentários: o pronome relativo “que” funciona como objeto direto do verbo “mandou”. Na terceira alternativa, o “que” exerce a mesma função em relação ao verbo “usa”. Nas demais sentenças, a função é de sujeito.

     

  • Porque não valho a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar! a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar!

    Frase 1: Porque não valho a poeira dos pés daqueles

    Frase 2: Mandou enforcar aqueles

    “que” = “aqueles” (Frase 2) → Objeto direto

     

    Alternativa A ERRADA

     

    A citação acima foi retirada da obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, que também foi tema de filme, lançado em 1996”

     

    Frase 1: A citação acima foi retirada da obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller

     

    Frase 2: A citação acima também foi tema de filme, lançado em 1996

     

    “Que” = “A citação acima” (Frase 2) → Sujeito

     

    Alternativa B – ERRADA

     

    Essa relação entre Direito e Literatura pode ser analisada de três formas: o Direito na Literatura; o Direito da Literatura, que trata dos direitos do autor ou de uma obra [...]; e, ainda, [...] o Direito como Literatura. 

     

    Frase 1: Essa relação entre Direito e Literatura pode ser analisada de três formas: o Direito na Literatura; o Direito da Literatura; e, ainda, [...] o Direito como Literatura.

     

    Frase 2: O Direito da Literatura trata dos direitos do autor ou de uma obra [...]

     

    “que” = “O Direito da Literatura” (Frase 2) → Sujeito

     

    Alternativa C – CERTA

     

    A Literatura surge como uma metáfora que o Direito usa para tentar articular uma boa solução

     

    Frase 1: A Literatura surge como uma metáfora

     

    Frase 2: O Direito usa uma metáfora para tentar articular uma boa solução

     

    “que” = “uma metáfora” (Frase 2) → Objeto Direto

     

    Alternativa D – ERRADA

     

    O trecho em questão, porém, também foi utilizado como argumentação em uma decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra.” 

     

    Frase 1: O trecho em questão, porém, também foi utilizado como argumentação em uma decisão judicial a favor da autora

     

    Frase 2: A Autora reclamava de atentado à honra

     

    “que” = “A Autora” (Frase 2) → Sujeito

  • O pronome “que” refere-se a “daqueles”. Colocando a frase na ordem direta, teríamos: mandou enforcar aqueles (não valho a poeira dos pés deles). O “que” tem a função sintática de objeto direto, já que, quem manda enforcar, manda enforcar alguém. Portanto temos que achar uma alternativa em que o “que” tenha a função de objeto direto.

     

    a) O “que” atua como sujeito do verbo ser. Alternativa incorreta.

    b) Novamente o “que” exerce a função de sujeito do verbo tratar. Alternativa incorreta.

    c) O “que” retoma “metáfora” e tem a função de objeto direto: o Direito usa a metáfora (literatura) para tentar articular uma boa solução. Quem usa, usa algo ou alguém (VTD). Alternativa correta.

    d) Novamente o “que” exerce a função de sujeito do verbo reclamar. Alternativa incorreta.

     

    Comentários  retirados do site exponencial concursos. Link: https://www.exponencialconcursos.com.br/trf2-portugues-ajaa-e-ajof/

    Por Leonardo Coelho

  • Questão (QUE = OBJETO DIRETO)

     

    a)  QUE = SUJEITO

     

    b)  QUE = SUJEITO

     

    c)    QUE  =  OBJETO DIRETO

     

    d)     QUE = SUJEITO

  • Classificação das palavras Que

    A palavra que em português pode ser:

     

     

    Interjeição: exprime espanto, admiração, surpresa.

    Nesse caso, será acentuado e seguido de ponto de exclamação. Usa-se também a variação "o quê"! A palavra que não exerce função sintática quando funciona como interjeição.

     

    Quê! Você ainda não está pronto?
    O quê! Quem sumiu?

     

    Substantivo: equivale a alguma coisa.

     

    Nesse caso, virá sempre antecedido de artigo ou outro determinante e receberá acento por ser monossílabo tônico terminado em e. Como substantivo, designa também a 16ª letra de nosso alfabeto. Quando a palavra que for substantivo, exercerá as funções sintáticas próprias dessa classe de palavra (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo etc.)

     

    Ele tem certo quê misterioso. (substantivo na função de núcleo do objeto direto).

     

     

    Preposição: liga dois verbos de uma locução verbal em que o auxiliar é o verbo ter. Equivale a de. Quando é preposição, a palavra que não exerce função sintática.

     

    Tenho que sair agora.
    Ele tem que dar o dinheiro hoje.

     

     

    Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase, sem prejuízo algum para o sentido. Nesse caso, a palavra que não exerce função sintática; como o próprio nome indica, é usada apenas para dar realce. Como partícula expletiva, aparece também na expressão é que.

     

    Quase que não consigo chegar a tempo.
    Ela é que conseguiu chegar.

     

     

    Advérbio: modifica um adjetivo ou um advérbio. Equivale a quão. Quando funciona como advérbio, a palavra que exerce a função sintática de adjunto adverbial; no caso, de intensidade.

    Que lindas flores!
    Que barato!

     

     

    Pronome: como pronome, a palavra que pode ser:

     

     

    ⇒ Pronome relativo: retoma um termo da oração antecedente, projetando-o na oração consequente. Equivale a o qual e flexões.

     

    Não encontramos as pessoas que saíram.

     

     

    ⇒ Pronome indefinido: nesse caso, pode funcionar como pronome substantivo ou pronome adjetivo:

     

     

    ⇒ Pronome substantivo: equivale a que coisa. Quando for pronome substantivo, a palavra que exercerá as funções próprias do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc.)

     

     

    Que aconteceu com você?

     

     

     Pronome adjetivo: determina um substantivo. Nesse caso, exerce a função sintática de adjunto adnominal.

    Que vida é essa?

     

     

    Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce função sintática. Como conjunção, a palavra que pode relacionar tanto orações coordenadas quanto subordinadas, por isso, classifica-se como conjunção coordenativa ou conjunção subordinativa. Quando funciona como conjunção coordenativa ou subordinativa, a palavra que recebe o nome da oração que introduz. Por exemplo:

     

    Venha logo, que é tarde. (Conjunção coordenativa explicativa)

    Falou tanto que ficou rouco. (Conjunção subordinativa consecutiva)


    Quando inicia uma oração subordinada substantiva, a palavra que recebe o nome de conjunção subordinativa integrante.

     

    Desejo que você venha logo.

     

     

    fonte: 

    http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/classificacao-das-palavras-que-e-se.htm

     

     

     

    Bons Estudos!

  • eu pensei que o DAQUELES fosse sujeito na sentenca -> a poeira dos pes daquele que mandou enforcar. 

     

    ate agora nao entendo porque nao pode se sujeito!

  • Se DAQUELES fosse o sujeito, o verbo ficaria "mandaram".

  • “Porque não valho a poeira dos pés daqueles que (os quais) mandou enforcar!

    Alternativa A ERRADA

    “A citação acima foi retirada da obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, que (a obra) também foi tema de filme, lançado em 1996”

    Alternativa B – ERRADA

    [...] o Direito da Literatura, que (o direito da literatura) trata dos direitos do autor ou de uma obra [...]; e, ainda, [...] o Direito como Literatura.

    Alternativa C – CERTA

    “A Literatura surge como uma metáfora que (a qual) o Direito usa para tentar articular uma boa solução”

    Alternativa D – ERRADA

    “O trecho em questão, porém, também foi utilizado como argumentação em uma decisão judicial a favor da autora que (a autora) reclamava de atentado à honra.”

  • c) “A Literatura surge como uma metáfora que o Direito usa para tentar articular uma boa solução [...]” (3º§) 

  • Letra C.

     

    Alguém mandou enforcá-los. OD

    O direito usa a metáfora. OD

  • a professora Duda Nogueira comentou da seguinte forma:

    O pronome “que” refere-se a “daqueles”. Colocando a frase na ordem direta, teríamos: mandou enforcar aqueles (não valho a poeira dos pés deles). O “que” tem a função sintática de objeto direto, já que, quem manda enforcar, manda enforcar alguém. Portanto, temos que achar uma alternativa em que o “que” tenha a função de objeto direto.

    Que retoma aqueles. Ideia: mandou enforcar aqueles. Quem enforca, enforca alguém = VTD; aqueles = OD, QUE = OD.

  • Pô, que banca sacana. Mas é uma questão que derruma mais da metade. Ela nem colocou a preposição,aí na hora fica difícil analisar.

    C ,tá certa.pois quem Usa ,usa algo. logo OD igual o que a questão pede.

    D,tá errada,pois quem Reclamava,reclamava DE alguma coisa. portanto OI.

  • Retificando o comentário do Rudmiller, na verdade o pronome relativo "que" da alternativa D está na função de subjeito, não de objeto direto. Alguém "reclamava de atentato à honra". Esse alguém é a autora, retomada pelo pronome relativo que.

  • Em “a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar!” (1º§) o termo destacado indica, sintaticamente, a mesma função exercida pelo termo grifado em:  

    Parte superior do formulário

     a)  A citação acima foi retirada da obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, que também foi tema de filme, lançado em 1996.   

    que também foi tema de filme, lançado em 1996.” (1º§)   SUJEITO

     b)  o Direito na Literatura; o Direito da Literatura, que trata dos direitos do autor ou de uma obra e de temas relacionados,   SUJEITO

    “o Direito da Literatura, que trata dos direitos do autor ou de uma obra [...]” (2º§)

     c) A Literatura surge como uma metáfora que o direito usa para tentar articular uma boa solução para aquilo que é chamado a responder”, explica. [...]   OBJ.DIR

    “A Literatura surge como uma metáfora que o Direito usa para tentar articular uma boa solução [...]” (3º§)     

     d)  O trecho em questão, porém, também foi utilizado como argumentação em uma decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra.   SUJEITO

     

    “decisão judicial a favor da autora que reclamava de ate ntado à honra.” (1º§) 

     

     

     

    POREM ACREDITO QUE ESTA QUESTAO DEVERIA SER ANULADA, 

  • Caramba, questão inteligentíssima. Tem que tar afiado na análise sintática.

    Gabarito C


ID
2363416
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder à questão.


Onde o Direito e a Literatura se encontram 

  “Porque esse é o meu nome! Porque não posso ter outro em minha vida! Porque estaria mentindo e assinando mentiras. Porque não valho a poeira dos pés daqueles que mandou enforcar! Eu já dei a minha alma ao Senhor, deixe-me ficar com meu nome!”. A citação acima foi retirada da obra As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, que também foi tema de filme, lançado em 1996. O trecho em questão, porém, também foi utilizado como argumentação em uma decisão judicial a favor da autora que reclamava de atentado à honra. 
  A argumentação não só mostra como a Literatura ajuda a fundamentar a realidade, mas como o próprio Direito se utiliza dessa ferramenta para interpretar a sociedade. Essa relação entre Direito e Literatura pode ser analisada de três formas: o Direito na Literatura; o Direito da Literatura, que trata dos direitos do autor ou de uma obra e de temas relacionados, como a liberdade de expressão; e, ainda, a utilização de práticas da crítica literária para compreender e avaliar os direitos, as instituições e procedimentos judiciais, o que seria o Direito como Literatura. 
  Esta última relação do Direito com a Literatura, como explica Vera Karam, professora da disciplina de Direito e Literatura da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é o estudo de temas jurídicos – e da própria realidade em que estão inseridos – com a ajuda das obras literárias. “A Literatura surge como uma metáfora que o direito usa para tentar articular uma boa solução para aquilo que é chamado a responder”, explica. [...]
  “O aplicador do direito é constantemente demandado a dar respostas a conflitos concretos e diversos, e a Literatura justamente abre um espaço de reflexão e de ação mais crítico, porque é mais sensível às especificidades do humano”, aponta Vera.
  
“A Literatura amplia os horizontes, já que possibilita ao leitor experimentar, de um modo seguro, situações que ele provavelmente jamais viveria. A boa literatura estimula a reflexão e desperta o senso crítico”, complementa Lenio Streck, procurador de Justiça do Rio Grande do Sul e professor de Pós-Graduação em Direito na Unisinos-RS. 
  Para Vera, além de trazer novas perspectivas aos operadores do Direito, a Literatura antecipa temas relacionados ao universo jurídico. “A ficção literária tem essa riqueza, essa sutileza, essa sensibilidade que permite que o Direito às vezes fique até mais bem preparado para o enfrentamento de conflitos que seriam inimagináveis fora da ficção”, diz.
  A linguagem, que no Direito encontra suas especificidades e na Literatura é registrada de maneira mais diversa e livre, também é apontada pelos especialistas como um ponto-chave da interpretação jurídica por meio das obras. “Olhando a operacionalidade, a realidade não nos toca, as ficções, sim. Com isso, confundimos as ficções da realidade com a realidade das ficções. Ficamos endurecidos. A Literatura pode ser mais do que isso. Faltam grandes narrativas no Direito, e a Literatura pode humanizá-lo”, finaliza Streck.
(Katna Baran, especial para a Gazeta do Povo 21/03/2013. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/justica-direito/onde -o-direito-e-a-literatura-se-encontramb2yn714yocf2hz62cladr6p1q>Acesso em janeiro de 2017. Adaptado.)  

O verbo “inserir”, utilizado no trecho “– e da própria realidade em que estão inseridos –” (3º§), aparece na lista de verbos classificados como “abundantes”, ou seja, que apresentam duas ou três formas de igual valor e função. As orações a seguir apresentam duas possibilidades admitidas pela norma padrão da língua para o particípio do verbo, com EXCEÇÃO de:

Alternativas
Comentários
  • Recordem-se sempre: ''trago'' não é o particípio do verbo ''trazer'', e sim a primeira pessoa desse verbo ou do verbo ''tragar''. O particípio correto de ''trazer'' é ''trazido''. 

     

    Ex.: Se eu tivesse trazido um livro estaria melhor acompanhado. (Correto).

    Ex. Se eu tivesse trago um livro estaria melhor acompanhado. (Errado).

    Ex.: Trago boas-novas, meus queridos! (Correto).

    Ex.: Eu não trago cigarro, faz muitíssimo mal. (Correto).

     

    Agora uma frase aplicando tudo:

    ''O maço de cigarro que trago comigo não está cheio, devia ter trazido o que comprei mais cedo... Mas tudo bem, eu trago um cigarro seu."

     

     

    Gabarito D

  • GAB: D.

     

    Os verbos tra​zer, chegar, abrir, cobrir e escrever não são abundantes. Logo, as únicas formas no particípio são, respectivamente: trazido, chegado, aberto, coberto, escrito.

    As formas trago e chego não são admitidas no registro culto da língua.
     

    Ele tinha chegado tarde. E não: Ele tinha chego tarde.


    O pacote foi trazido na hora certa. E não: O pacote foi trago na hora.
     

  • O verbo trazer, assim como o verbo chegar não é abundante.

    a) Trago na festa quem quiser vir. (presente do indicativo)
    b) Ele tinha trago à festa quem pôde vir. (erro no emprego do particípio do verbo “trazer”)

    Outra suposta explicação para o uso de “trago” ao invés de “trazido” pode ser no uso da primeira pessoa do singular na oração com particípio. O cérebro associa a pessoa do discurso ao verbo de forma instantânea: Veja:

    a) Eu tinha trago minhas roupas para arrumar. (Errado)
    b) Eu tinha trazido minhas roupas para arrumar. (Certo)

    Da mesma forma acontece com algumas construções com o verbo “chegar”, contudo, menos usuais:

    a) Eu tinha chego atrasada. (Errado)
    b) Eu tinha chegado atrasada. (Certo)

    http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/trazido-ou-trago-tinha-chego-ou-tinha-chegado.htm

     

     

    Observação:

     

    As formas regulares: abrido, cobrido, escrevido, ganhado, gastado, e pagado são evitadas na língua culta.

     

    Usa-se: aberto, coberto, escrito ganho, gasto e pago, com qualquer auxiliar.

     

    http://www.ufla.br/ascom/2012/03/26/dicas-de-portugues-o-emprego-dos-participios-duplos/

     

     

     

  • Erro gritante na (D), gabarito sem discussão, mas na (B)  os verbos "TER" e "HAVER", formadores de tempos compostos, não exigiriam  apenas o particípio regular ?

     

     "Disse que já HAVIA LIMPADO todo o pátio exterior..."

  • Trago = Usado com conjugação do presente (Eu trago boas novas)

    Trazido(particípio de trazer, conjugação no passado) "O processo foi trazido"

     

    Bons estudos

  • GAB: D.

     

    Os verbos tra​zer, chegar, abrir, cobrir e escrever não são abundantes. Logo, as únicas formas no particípio são, respectivamente: trazido, chegado, aberto, coberto, escrito.

  • o verbo TRAZER NÃO é ABUNDANTE!

     

    Sua ÚNICA forma de particípio é Trazido

    Exemplo: Eu havia trago o caderno----> NÃO EXISTE TRAGO

    EU HAVIA TRAZIDO O CADERNO --> CERTO

     

     

  • Questão estranha pois, exceto para os verbos Ganhar, Pegar, Gastar e Pagar, os particípios formados com Ter e Haver deveriam ser sempre regulares. Não é facultativo.
  • Eu concordo com a Mariana Santos e Diego em relação ao  "ter" e "haver". Duas respostas na questão.

  • Alguém sabe dizer qual gramática a Consulplan usa como referência?

  • Convém utilizar a FORMA REGULAR DE PARTICÍPIO com os verbos auxiliares TER e HAVER

       EX: tenho aceitADO

    E a FORMA IRREGULAR com os auxiliares SER e ESTAR, ou em qualquer outra hipótese:

       EX: foi aceiTO

    @concurseira.nomade

     

  • Letra D.

     

    O correto é dizer “trazido”, pois essa é a única forma do particípio do verbo trazer. Na língua padrão a forma “trago” não é aceita. Veja:

     



    Emprego errado: Que bom que você havia trago suas tintas. Nosso cartaz ficou lindo!

    Emprego correto: Que bom que você havia trazido suas tintas. Nosso cartaz ficou lindo!

     

    “Trago” é o presente do indicativo do verbo “trazer”: Eu trago um copo para você.
      Ou é o presente do indicativo do verbo “tragar”: Eu trago a fumaça dessa cidade!
     

    Outro verbo que merece atenção quanto ao particípio é “chegar”. Há uma frase específica mais comum: “Ele tinha chego atrasado.”
    Este verbo também possui uma única forma de particípio: chegado. Vejamos:

    a) Ele havia chegado antes da hora prevista.
    b) Ele tinha chegado para jantar com a esposa.

     

     

    http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/trazido-ou-trago.htm

  • TER - HAVER : ADO, IDO = VOZ ATIVA  = PART. REGULAR

     

    SER - ESTAR : DO, GO, TO, SO. =VOS PASSIVA = PAT. IRREGULAR

  • LIMPO OU LIMPADO?

    No meu ver, a letra "b" também está errada. Segundo o professor Gabriel Perissé:

    "A regra é clara. Usa-se limpo com os verbos ser e estar: estava limpo, será limpo. Usa-se limpado com os verbos ter e haver: havia limpado, terei limpado."

     

  • Segundo o professor Fernando Pestana : os verbos TRAZER,CHEGAR,ABRIR, ESCREVER E COBRIR NÃO SÃO ABUNDANTES. LOGO, AS ÚNICAS FORMAS NO PARTICÍPIO SÃO  : TRAZIDO, CHEGADO,ABERTO,ESCRITO E COBERTO.

  • d) O processo foi trazido/trago a tempo para a devida apreciação sem que houvesse qualquer prejuízo. 

  • trago - tragar

  • O particípio do verbo TRAZER é TRAZIDO e jamais pode ser trago.

    Aos amiguinhos que corrigem você, passem na cara deles kkkkkk (brincadeira).

  • Gabarito D 

    trago de TRAGAR

  • Trago vem do verbo tragar. Além disso, os verbos trazer, chegar, abrir, cobrir e escrever não são abundantes! Trago e chego não são admitidos na norma culta.

    Fontes: Gramática para concursos - Fernando Pestana.


ID
2363446
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

A floricultura Flot’s da Azur recebeu uma encomenda de buquês de flores para ornamentar uma festa no próximo sábado. A floricultura escolheu três de suas floristas para ficarem responsáveis pela montagem dos buquês. Os buquês a serem montados devem conter flores nas cores brancas, rosas e azuis e das espécies rosas, hortênsias e gérberas. Cada florista deve montar um único modelo de buquê. E cada modelo deve conter as três cores de flores e as três espécies de flores. A primeira florista ficou responsável para montar buquês que tenham hortênsias rosas e gérberas azuis. A segunda florista ficou responsável para montar buquês que tenham hortênsias azuis e rosas rosas. A terceira florista deve usar as rosas, as hortênsias e as gérberas que não foram usadas pelas duas primeiras floristas. O buquê montado pela terceira florista terá quais flores?

Alternativas
Comentários
  • Cada buquê deverá conter os 3 tipos e cores de flores

    1º florista: Hortênsias Rosas/ Gérberas Azuis/ Falta: Rosas Brancas

    2º florista: Hortensias Azuis/ Rosas Rosas/ Falta: Gérberas Brancas

    3º florista: Todas as que não foram utilizadas anteriormente, ou seja:

    Hortensias Brancas/  Rosas Azuis e Gerberas Rosas

    Letra B

     

     

  • JACIARA, tem um erro na sua resposta. na 2° florista faltam as Gérberas Brancas

    Resposta: Assertiva B

    cores: brancas (b), rosas(r), azuis(a)

    tipos: rosas(R), hortências(H), gérberas(G)

    1° florista: H.r, R.b, G,a (faltou R.b)

    2° florista: H.a, R.r, G,b (faltou G.b)

    3° florista: H.b, R.a, G,r 

  • Ok, Grazy Santos, obrigada....consertei ja

  • Fui por eliminação...

    primeiro buquê- eliminei a opção com hortência do tipo rosa

    segundo buquê- eliminei as opções com hortência azul

    * o terceiro buquê não poderia usar os mesmos tipos de flores utilizadas nos dois primeiros buquês.

    Logo, você elimina as alternativas- a, c e d. Sobrou a B, que é a alternativa correta. 

  • Essa questão foi anulada pela banca. 

    https://consulplan.s3.amazonaws.com/concursos/472/174_31032017090049.pdf

     

    Diz a banca na anulação que você poderia sim usar flores que já tinham sido usadas. 

    Discordo e não consigo entender isso pelo enunciado. Mas né...

  • Discordo plenamente da Banca Examinadora em anular esta questão, principalmente com base no argumento apresentado em resposta aos recursos:

    "A terceira florista deve usar as gerberas que não foram usadas pelas duas primeiras floristas e poderá repetir a cor da hortência usada pela segunda florista. Sendo assim a terceira flor do buquê que ela montará tem que ser rosas brancas". (Grifos meus)

    A meu ver a Banca Examinadora não foi nem um pouco coerente ao tomar a decisão de anular esta questão, principalmente com base em um argumento novo apresentado após a fase recursal e que não encontra amparo no enunciado de forma expressa, pois apenas com as informações constantes do enunciado qualquer candidato chegaria na seguinte resposta (Hortênsias brancas; rosas azuis e gérberas rosas) "Alternativa B"

  • Havia acertado esta questão que absurdamente foi anulada. 

  • A Consulplan é ótima, anula o que não deve ser anulado e vice versa.

  • Acredito que foi anulada por causa do trecho: "Cada florista deve montar um único modelo de buquê. E cada modelo deve conter as três cores de flores e as três espécies de flores." . Mesmo repetindo a cor da hortência usada pela segunda florista o buquê ainda seria único.

    Não concordo muito com a anulação. Encontrei facilmente a resposta B, mesmo a questão dando abertura pra viajar... É a neura da pegadinha! kkkk


ID
2365234
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Beatriz, Camila e Denise dividem o mesmo apartamento com dois animais de estimação, o gato Guga e a cadelinha Cacau. Elas estão pensando em mudar a senha do Wi-Fi de seu apartamento. Para isso tiveram a ideia de uma senha que possua sete letras, sendo três consoantes e quatro vogais e que tenha significado. Para isso pensaram:

• a primeira letra será uma vogal comum ao nome das três amigas;

• a segunda letra será a consoante da sílaba central de um dos nomes das amigas que possui um vogal dobrada;

• a terceira letra será uma vogal comum a dois nomes das amigas e repetida em um deles;

• a quarta letra será a primeira consoante do nome de um de seus animais de estimação. E essa consoante não pertence a nenhum dos nomes das amigas;

• a quinta e a sexta letra serão as letras da sílaba central, não na mesma ordem, do nome de uma das amigas que repete uma vogal; e,

• a sétima letra será uma vogal presente no nome de duas das amigas e da cadelinha.

A senha será a palavra:

Alternativas
Comentários
  • Letra D era a única opção que continha 4 vogais! De graça

  • Esse tipo de questão faz o candidato perder muito tempo na prova, então ao verificar que as 4 primeiras vogais eram iguais, fiquei entre a C e D.... analisei somente a sexta dica. Ficou mais fácil...

  • Muito tempo? kkkk Era só procurar nas alternativas a que tem 3 consoantes ou 4 vogais

  • Demorei horrores para fazer esta questão,mas acertei. kkkkk

  • Basta analisar a terceira e a ultim dica. Questão pra fazer candidato assustar e perder tempo.

  • questão lesa. Consulpan fazendo consulplanzice

  • Fiz assim: 

    Coloquei o numero de caracteres: 7

    _ _ _ _ _ _ _ 

    E inseri um V ( vogal) e C ( consoante) em cada espaço.

    Por este método, haveria dúvida se seria inserido V ou C nas letras dos espaços 5º e 6º, porque as letras podem ser alternadas e não necessáriamente formarem uma silaba.

    Assim ficaria:

    V C V C VC ou CV V 

    Como a terceira letra é  vogal, elimina-se alternativa A e B que tem a terceira letra consoante. 

    Ficaremos entre a alternativa C e D.

    Sendo que, a ultima dica informa que a ultima letra é uma vogal, logo a alternativa certa é D

     

     

  • "tiveram a ideia de uma senha que possua sete letras, sendo três consoantes e quatro vogais"

    a única alternativa que tem 4 vogais é a D. 

  • Essa banca não é ave Maria mas é cheia de graça!! Quando não erram colocam esse tipo de questão, era só analisar alternativa que tem 3 consoantes...banca ruim demais!!


ID
2365240
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Uma papelaria fez uma pesquisa de mercado entre 500 de seus clientes. Nessa pesquisa encontrou os seguintes resultados:

• 160 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio;

• 180 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental II;

• 190 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental I;

• 20 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio e Fundamental I;

• 40 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio e Fundamental II;

• 30 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental I e II; e,

• 10 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio, Fundamental I e II.

Quantos clientes da papelaria compraram materiais, mas os filhos NÃO cursam nem o Ensino Médio e nem o Ensino Fundamental I e II?

Alternativas
Comentários
  • Bom dia, preciso de uma explicação não consegui responder a questão corretamente..

  • Nem eu, não consegui entender a pergunta.

     

  • não sei se consigo explicar sem o diagrama mas vou tentar

    • 160 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio; (160 - 50(30+10+10) = 110)

    • 180 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental II; (180 - 60(30+20+10)= 120)

    • 190 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental I; (190 - 40 (20+10+10) = 150)

    • 20 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio e Fundamental I; (20 - 10 do fundamental II = 10)

    • 40 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio e Fundamental II; (40 - 10 do fundamental I = 30)

    • 30 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental I e II; e, (30 - 10 do ensino médio = 20)

    • 10 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio, Fundamental I e II. (começamos por aqui, 10 para todos)

    somando tudo dá 450

    500 - 450= 50

  • gente.. tem que responder por meio de conjunto.. fazendo interseção entre o ensino médio, fundamental I e II...

    Eu só consegui assim... mas não sei desenhar aqui no site

  • Gabarito: "A"

     

    Para resolver a questão, deve-se começar de baixo para cima:

    1º Passo: 10 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio, Fundamental I e II:

    Desta forma, para cada passo posterior será tirado 10 clientes, independentemente da classe a qual seus filhos cursam.

    2º Passo: 30 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental I e II;

    30 - 10 (subtrai-se esses 10 clientes em razão de que todos estes compraram e três matérias) = 20

    3º Passo: 40 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio e Fundamental II;

    40 - 10 (subtrai-se esses 10 clientes em razão de que todos estes compraram e três matérias) = 30

    4º Passo: 20 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio e Fundamental I;

    20 - 10 (subtrai-se esses 10 clientes em razão de que todos estes compraram e três matérias) = 10

    5º Passo: 190 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental I;

    Como 10 clientes adquiriram materiais para seu filhos que cursam Ensino Médio, Fundamental I e II ; 20 clientes comparam materiais para seus filhos que cursam Ensino Fundamental I e II; e 10 clientes que cursam Ensino Fundamental I e Médio, deve-se pegar 190 e subtrair de 10, 20 e 10.

    Assim, temos que: 190 - 10 - 10 - 20 = 150.

    6º Passo: 180 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental II;

    Ocorrerá da mesma fora que no passo anterior: Como 10 clientes adquiriram materiais para seu filhos que cursam Ensino Médio, Fundamental I e II; 20 clientes comparam materiais para seus filhos que cursam Ensino Fundamental I e II; e 30 clientes que cursam Ensino Fundamental II e Médio, deve-se pegar o numero 180 e subtrarir de 10, 20 e 30.

    Desta forma, temos que: 180 - 20 - 30 = 120.

    7º Passo: 160 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio;

    Como 10 clientes adquiriram para seus filhos que cursam Ensino Médio, Fundamental I e II; 10 clientes que cursam Ensino Fundamental I e Médio, e 30 clientes que cursam Ensino Fundamental II e Médio, pega-se o número 160 e diminua dos demais:

    Portanto, temos que: 160 - 10 - 10  - 30 = 110.

    8º Passo: Soma-se todos os resultados encontrados nos passos 1 a 7: 20 + 30 + 10 +150 + 120 + 110 = 450.

    9º Passo: Diminua de 500; 500-450 = 50.

     

    Seria mais fácil através de desenho, mas não consegui colocar.

    Espero ter ajudado.

     

  • GABARITO: LETRA A;

     

    Obviamente poderíamos resolver através do diagrama de Venn, porém vamos resolver através de um macete.

     

    Sempre que uma questão tratar da união de 3 conjuntos e precisarmos saber qualquer coisa em relação ao total, basta fazer o seguinte esquema:

     

    TODOS MENOS 2”. Veja;

     

    a) Somam-se todos os elementos que aparecem "sozinhos": 160 + 180 + 190 = 530

     

    b) Verifique a intersecção dos 3 conjuntos --- São 10 elementos.

     

    c) Somam-se os elementos que aparecem “em duplas" ---- 20 + 30+ 40 = 90

     

    Agora é só somar a + b (todos) – c (dois) = 530 + 10 – 90 = 450

     

    Este valor é a união com 3 conjuntos, ou seja, tudo o que aparecerá dentro do diagrama de Venn.

     

    Como a questão pede a quantidade daqueles clientes da papelaria que compraram materiais, mas os filhos NÃO cursam nem o Ensino Médio e nem o Ensino Fundamental I e II, então basta subtrair 500 – 450 = 50

     

     

    Conheçam e INSCREVAM-SE no meu canal no youtube, pois sou professor de Matemática e gravei alguns vídeos com dicas e bizus de Matemática e Raciocínio Lógico.

     

    Link do canal: https://www.youtube.com/channel/UC_FQm8aivYBf2q6ga1rxklw?sub_confirmation=1

     

    Fanpage: https://www.facebook.com/profjuliocesarsalustino

  • Julios Cesar uma dúvida, peguei com o prof Jhoni zini a seguinte fórmula.

    Interseção = Individuais( A+B+C+ nenhum) - total - coletivos (AB - AC - BC).

    Usei e deu 70. poderia me dizer se eu errei ou a fórmula está errada. Agradeço desde já.

    10 = 160 + 180 + 190 + x - 500 - 20 - 40 - 30

  • Melhor explicação foi de Grazy

     

    • 10 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio, Fundamental I e II. (começamos por aqui, 10 para todos)

    • 30 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental I e II; e, (30 - 10 do ensino médio = 20)

    • 40 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio e Fundamental II; (40 - 10 do fundamental I = 30)

    • 20 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio e Fundamental I; (20 - 10 do fundamental II = 10)

    • 190 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental I; (190 - 40 (20+10+10) = 150)

    • 160 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio; (160 - 50(30+10+10) = 110)

    • 180 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental II; (180 - 60(30+20+10)= 120)

     

     

    somando tudo dá 450

    500 - 450= 50

  • Respondendo à pergunta do Clodonilson Almeida...

     

    Na verdade a fórmula está ERRADA meu caro.

     

    A fórmula correta é:

     

     ( A + B + C + NENHUM)  - (AB + AC + BC) + INTERSECÇÃO DOS 3 CONJUNTOS = TOTAL

    530 + X - 90 + 10 = 500

    450 + X = 500

    X = 50

     

    Repare que se você "jogar a intersecção entre os 3 conjuntos para o outro lado" ela ficará negativa. Como você manteve a intersecção entre os 3 conjuntos positiva, então errou a conta. 

     

    O correto na maneira que você tentou seria assim:

    ( A + B + C + NENHUM)  - (AB + AC + BC) - TOTAL = -- INTERSECÇÃO DOS 3 CONJUNTOS

     

     

  • GABARITO – A

     

    Resolução:

     

    Ensino Fundamental I (A)

     

    Ensino Fundamental II (B)

     

    Ensino Médio (C)

     

    n(A) = 190

     

    n(B) = 180

     

    n(C) = 160

     

    n(A ∩ C) = 20

     

    n(B ∩ C) = 40

     

    n(A ∩ B) = 30

     

    n(A ∩ B ∩ C) = 10

     

     

    n(A U B U C) = 190 + 180 + 160 – 20 – 40 – 30 + 10 = 450

     

     

    500 – 450 = 50

  • GABARITO A

     

    Faça com calma os desenhos dos conjuntos para enxergar/ entender melhor a questão .

    Começar a resolução da questão pela parte central (interseção)

  • ALTERNATIVA A)

     

    Questão comentada pela Prof. Cássia Coutinho no link: https://www.youtube.com/watch?v=mjDxcM52w9o

  • O segredo é começar pelas intersecções sempre!

  • eu não faço os desenhos, aprendi com o professor brunno lima do estrátegia o seguinte, soma todo mundo

    que dá 630, aí subtraí a galera que se repete, 20, 40 e 30, não subtraí 10 pq já foi citado, logo está dentro dos outros grupos, aí fica 550 - total de 500, dá 50

  • Gab: A

    soma geral e subtrai o que repete!

  • Vamos chamar de M, F1 e F2 os conjuntos dos pais que compraram materiais para o ensino médio, fundamental I e fundamental II respectivamente. Temos exatamente TRÊS CONJUNTOS! Adaptando a fórmula para esses conjuntos, temos:

    n(M ou F1 ou F2) = n(M) + n(F1) + n(F2) – n(M e F1) – n(M e F2) – n(F1 e F2) + n(M e F1 e F2)

    O enunciado nos disse que:

    • 160 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio; n(M) = 160

    • 180 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental II : n(F2) = 180

    • 190 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental I : n(F1) = 190

    • 20 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio e Fundamental I : n(M e F1) = 20

    • 40 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio e Fundamental II : n(M e F2) = 40

    • 30 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental I e II : n(F1 e F2) = 30

    • 10 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio, Fundamental I e II : n(M e F1 e F2) = 10

    Repare que temos todos os termos para substituir na fórmula. Ficamos com:

    n(M ou F1 ou F2) = 160 + 190 + 180 – 20 – 40 – 30 + 10

    n(M ou F1 ou F2) = 450

    Temos 450 clientes que compraram materiais para nível médio, fundamental I ou fundamental II. Como o total é de 500 clientes, podemos dizer que 500 – 450 = 50 clientes compraram materiais, mas seus filhos NÃO cursam ensino médio, fundamental I e nem fundamental II.

    Resposta: A

  • Oi pessoal! Tudo bem com vocês!?

    Quem puder dar uma força se inscrevendo no meu canal, ativando o sininho e indicando para os amigos, o link está abaixo. No mesmo, consta a resolução dessa questão da CONSULPLAN 2017.

    https://www.youtube.com/watch?v=V2mwoG5uMrk&t=3s

  • Questão clássica... 10 é a interseção dos 3 conjuntos. Quando for pegar um valor de duas classes subtraia 10. Se for pegar o valor unitário subtraia o valor da interseção tripla e dois da interseção dupla. Por fim some tudo e subtraia o valor total pelo valor achado. Ou seja, 500 - 450 = 50.

  • Professor Arthur Lima (ou qualquer outro que queira ajudar com a resolução de questões sobre conjuntos), por favor, insira os diagramas, ou resolva em vídeo. Fica mais fácil para quem tem dificuldades.


ID
2365243
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Conforme os conceitos legais, entende-se por:

I. Mitigação: as mudanças e substituições tecnológicas que reduzam o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como a implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e aumentem os sumidouros.

II. Adaptação: as iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima.

III. Mudança do clima: as alterações que independem da atividade humana e que alterem a composição da atmosfera mundial, provocadas pela variabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis.

Nos termos da Lei nº 12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC, está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Conceitos PNMC

    I - adaptação: iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima;

    II - efeitos adversos da mudança do clima: mudanças no meio físico ou biota resultantes da mudança do clima que tenham efeitos
    deletérios significativos sobre a composição, resiliência ou produtividade de ecossistemas naturais e manejados, sobre o funcionamento de sistemas socioeconômicos ou sobre a saúde e o bem-estar humanos;

    III - emissões: liberação de gases de efeito estufa ou seus precursores na atmosfera numa área específica e num período determinado;

    IV - fonte: processo ou atividade que libere na atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito estufa;

    V - gases de efeito estufa: constituintes gasosos, naturais ou antrópicos, que, na atmosfera, absorvem e reemitem radiação infravermelha;

    VI - impacto: os efeitos da mudança do clima nos sistemas humanos e naturais;

    VII - mitigação: mudanças e substituições tecnológicas que reduzam o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como a implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e aumentem os sumidouros;

    VIII - mudança do clima: mudança de clima que possa ser direta ou indiretamente atribuída à atividade humana que altere a composição da
    atmosfera mundial e que se some àquela provocada pela variabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis; (
    ERRADA)

    IX - sumidouro: processo, atividade ou mecanismo que remova da atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito estufa;

    X - vulnerabilidade: grau de suscetibilidade e incapacidade de um sistema, em função de sua sensibilidade, capacidade de adaptação, e
    do caráter, magnitude e taxa de mudança e variação do clima a que está exposto, de lidar com os efeitos adversos da mudança do clima, entre os quais a variabilidade climática e os eventos extremos.

  • Minha nossa, que homem lindo esse Henrique James kkk 

  • Você teria a fonte dessa informação? 

    Ajuda nos estudos do pessoal. 

  • Todos extraídos do art. 2º da Lei 12.187/09.

     

    Art 2o  Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

     

    [...]

     

    I - adaptação: iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima;

     

    VII - mitigação: mudanças e substituições tecnológicas que reduzam o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como a implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e aumentem os sumidouros;

     

    VIII - mudança do clima: mudança de clima que possa ser direta ou indiretamente atribuída à atividade humana que altere a composição da atmosfera mundial e que se some àquela provocada pela variabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis;

  • I. Mitigação: as mudanças e substituições tecnológicas que reduzam o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como a implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e aumentem os sumidouros.

    CERTO

    Art 2o  Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: VII - mitigação: mudanças e substituições tecnológicas que reduzam o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como a implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e aumentem os sumidouros;

     

    II. Adaptação: as iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima.

    CERTO

    Art 2o  Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - adaptação: iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima;

     

    III. Mudança do clima: as alterações que independem da atividade humana e que alterem a composição da atmosfera mundial, provocadas pela variabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis.

    FALSO

    Art 2o  Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: VIII - mudança do clima: mudança de clima que possa ser direta ou indiretamente atribuída à atividade humana que altere a composição da atmosfera mundial e que se some àquela provocada pela variabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis;

  • LETRA D CORRETA 

    LEI 12.187

    Art 2o  Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

    I - adaptação: iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima;

    II - efeitos adversos da mudança do clima: mudanças no meio físico ou biota resultantes da mudança do clima que tenham efeitos deletérios significativos sobre a composição, resiliência ou produtividade de ecossistemas naturais e manejados, sobre o funcionamento de sistemas socioeconômicos ou sobre a saúde e o bem-estar humanos;

    III - emissões: liberação de gases de efeito estufa ou seus precursores na atmosfera numa área específica e num período determinado;

    IV - fonte: processo ou atividade que libere na atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito estufa;

    V - gases de efeito estufa: constituintes gasosos, naturais ou antrópicos, que, na atmosfera, absorvem e reemitem radiação infravermelha;

    VI - impacto: os efeitos da mudança do clima nos sistemas humanos e naturais;

    VII - mitigação: mudanças e substituições tecnológicas que reduzam o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como a implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e aumentem os sumidouros;

    VIII - mudança do clima: mudança de clima que possa ser direta ou indiretamente atribuída à atividade humana que altere a composição da atmosfera mundial e que se some àquela provocada pela variabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis;

    IX - sumidouro: processo, atividade ou mecanismo que remova da atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito estufa; e

    X - vulnerabilidade: grau de suscetibilidade e incapacidade de um sistema, em função de sua sensibilidade, capacidade de adaptação, e do caráter, magnitude e taxa de mudança e variação do clima a que está exposto, de lidar com os efeitos adversos da mudança do clima, entre os quais a variabilidade climática e os eventos extremos.

  • Renata Porto, a fonte dos comentários é a lei, homem!

    O próprio enunciado fala.. Nos termos da Lei nº 12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC. 

  • O examinador ao elaborar esta questão teve a intenção de saber se você estudou e guardou o conteúdo do artigo 2º, caput, e incisos I, VII e VIII, da Lei nº 12.187/2009. A seguir reproduzo o art. 2º, caput e incisos mencionados: “Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: adaptação: iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima; mitigação: mudanças e substituições tecnológicas que reduzam o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como a implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e aumentem os sumidouros; mudança do clima: mudança de clima que possa ser direta ou indiretamente atribuída à atividade humana que altere a composição da atmosfera mundial e que se some àquela provocada pela variabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis”. Pessoal, conforme apresentado na correção, só o item I está ERRADO. Portanto, o gabarito é a letra “d”.

    Resposta: Letra D


ID
2365246
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir.

I. Os órgãos e conselhos do Poder Judiciário deverão adotar modelos de gestão organizacional e de processos estruturados na promoção da sustentabilidade ambiental, econômica e social.

II. As unidades ou núcleos socioambientais deverão estimular a reflexão e a mudança dos padrões de compra, consumo e gestão documental dos órgãos do Poder Judiciário, bem como do corpo funcional e força de trabalho auxiliar de cada instituição.

III. O uso sustentável de recursos naturais e bens públicos deverá ter como objetivos o combate ao desperdício e o consumo consciente de materiais, com destaque para a gestão sustentável de documentos como a implementação de processo judicial eletrônico e a informatização dos processos e procedimentos administrativos.

Nos termos da Resolução nº 201/2015 do Conselho Nacional de Justiça, que dispõe sobre a criação e competências das unidades ou núcleos socioambientais nos órgãos e conselhos do Poder Judiciário e implantação do respectivo Plano de Logística Sustentável, está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • LETRA A, estando todas corretas, consoante a Res. n. 201/2015 do CNJ.

     

    I. Os órgãos e conselhos do Poder Judiciário deverão adotar modelos de gestão organizacional e de processos estruturados na promoção da sustentabilidade ambiental, econômica e social.

     

    Art. 2º Os órgãos e conselhos do Poder Judiciário deverão adotar modelos de gestão organizacional e de processos estruturados na promoção da sustentabilidade ambiental, econômica e social.

     

    II. As unidades ou núcleos socioambientais deverão estimular a reflexão e a mudança dos padrões de compra, consumo e gestão documental dos órgãos do Poder Judiciário, bem como do corpo funcional e força de trabalho auxiliar de cada instituição.

     

    Art. 5º As unidades ou núcleos socioambientais deverão estimular a reflexão e a mudança dos padrões de compra, consumo e gestão documental dos órgãos do Poder Judiciário, bem como do corpo funcional e força de trabalho auxiliar de cada instituição.

     

    III. O uso sustentável de recursos naturais e bens públicos deverá ter como objetivos o combate ao desperdício e o consumo consciente de materiais, com destaque para a gestão sustentável de documentos como a implementação de processo judicial eletrônico e a informatização dos processos e procedimentos administrativos.

     

    Art. 6º As unidades ou núcleos socioambientais deverão fomentar ações que estimulem:

     

    [...]

     

    § 2º O uso sustentável de recursos naturais e bens públicos deverá ter como objetivos o combate ao desperdício e o consumo consciente de materiais, com destaque para a gestão sustentável de documentos como a implementação de processo judicial eletrônico e a informatização dos processos e procedimentos administrativos.

  • Gabarito A

    Queatão dada....

    Res. n. 201/2015 do CNJ.

     

    Vamos na fé !

     

    "Retroceder Nunca Render-se Jamais !"
    Força e Fé !
    Fortuna Audaces Sequitur !

  • GABARITO: A.

     

    I. Perfeita redação do art. 2º: Os órgãos e conselhos do Poder Judiciário deverão adotar modelos de gestão organizacional e de processos estruturados na promoção da sustentabilidade ambiental, econômica e social.

     

    II. Perfeita redação do art. 5º: As unidades ou núcleos socioambientais deverão estimular a reflexão e a mudança dos padrões de compra, consumo e gestão documental dos órgãos do Poder Judiciário, bem como do corpo funcional e força de trabalho auxiliar de cada instituição.

     

    III. Perfeita redação do art. 6º, § 2º: O uso sustentável de recursos naturais e bens públicos deverá ter como objetivos o combate ao desperdício e o consumo consciente de materiais, com destaque para a gestão sustentável de documentos como a implementação de processo judicial eletrônico e a informatização dos processos e procedimentos administrativos.


ID
2365249
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

“Caio, servidor público federal, responde por ato de improbidade administrativa, após ordenar a realização de despesa não autorizada em lei e regulamento, o que vem a causar prejuízo ao erário.” Sobre a hipótese, é correto afirmar que Caio responde

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a Lei nº. 8.429/92:

     

    Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta Lei independe:

    I - da efetiva ocorrência de dano ao erário, salvo quanto à pena de ressarcimento;

    II - da aprovação ou da rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

     

    Ainda, cumpre mencionar que "ordenar a realização de despensa não autorizada" é conduta elencada pela LIA dentre as que causam prejuízo ao erário (art. 10, IX). O entendimento doutrinário e jurisprudencial é no sentido que a punição de atos que causam prejuízo ao erário podem decorrer de conduta DOLOSA ou CULPOSA do agente público, enquanto a punição de atos que causam enriquecimento ilícito ou atentam contra os princípios da Administração Pública exigem a conduta DOLOSA do agente público.

     

    Gabarito: alternativa A.

     

    Bons estudos! ;)

  •  a)ainda que sua conduta tenha sido culposa e que suas contas tenham sido aprovadas pelo órgão de controle interno.  (correta) 

    Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

    IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;

    +

    Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta Lei independe:

    II - da aprovação ou da rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

     

     b) caso seu comportamento tenha sido doloso ou culposo, porém, somente terá o benefício da transação caso a conduta tenha sido culposa.   Art. 17, § 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput.

     

     c)ainda que sua conduta tenha sido culposa, sendo de competência exclusiva do Ministério Público a propositura da ação de improbidade. 

    Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

     

     d) caso seu comportamento tenha sido doloso, já que os atos de improbidade que causem prejuízo ao erário não admitem a modalidade culposa.  

    Os atos que causem lesão ao erário, e apenas eles, admitem a modalidade culposa.

  • Os atos de improbidade administrativa que causem prejuízo ao erário, diferentemente dos de enriquecimento ilícito e os que atentam contra os princípios da administração pública, aceitam a modalidade culposa. Bem como, as sanções de ambos os atos são aplicadas independentemente da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público e da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

     

  • Art. 17. § 1º É VEDADA A TRANSAÇÃO, ACORDO ou CONCILIAÇÃO nas ações de que trata o caput.
     

    Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei INDEPENDE: II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.
     

    Art. 17. A ação principal, QUE TERÁ O RITO ORDINÁRIO, será proposta pelo MINISTÉRIO PÚBLICO ou PELA PESSOA JURÍDICA INTERESSADA, dentro de 30 DIAS da efetivação da medida cautelar.

    Prejuízo ao erário -> DOLO ou CULPA.



    GABARITO -> [A]

     

  • COMPLEMENTANDO

     

    PENALIDADES NA LEI 8429:

     

     

                                       Enriquecimento Ilícito                    Prejuízo ao erário                          Lesão aos princípios 

                                                         

    Suspenção dos                      8 - 10 anos                             5 - 8 anos                                  3 - 5 anos 

    Direitos Políticos

     

     

    Perda dos bens                         Deve                                       Pode                                          Pode 

    Ilícitos 

     

     

    Multa civil                                  3 X                                           2X                                             100X 

                                     (valor do enriquecimento)       (valor da lesão causada)        (remuneração percebida pelo agente)

     

     

    Proibição de                            10 anos                                     5 anos                                        3 anos 

    Contratar  

     

     

     

     

    GAB A

  • Gabarito: alternativa A. 

    Os atos ímprobos que causam lesão ao erário (art. 10º) admitem ambas as condutas, dolosa e culposa, diferentemente dos outros dois atos de improbidade (aerts. 9º e 11) que admitem apenas a conduta dolosa. Mesmo que as suas contas tivessem sido rejeitadas pelo órgão de controle interno, por força do art. 21, II, uma vez que as aplicações de sanções independem da aprovação ou rejeição das contas, ele ainda responderia pela conduta de ter prejudicado o patrimônio público.

  • “Caio, servidor público federal, responde por ato de improbidade administrativa, após ordenar a realização de despesa não autorizada em lei e regulamento, o que vem a causar prejuízo ao erário.” Sobre a hipótese, é correto afirmar que Caio responde

    A) ainda que sua conduta tenha sido culposa e que suas contas tenham sido aprovadas pelo órgão de controle interno. 

    Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

    IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;

    Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta Lei independe:

    II - da aprovação ou da rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas. [Gabarito]

    ------------------------

     

    B) caso seu comportamento tenha sido doloso ou culposo, porém, somente terá o benefício da transação caso a conduta tenha sido culposa

    Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

    § 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de não persecução cível, nos termos desta Lei.  

    Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

    ------------------------

     

    C) ainda que sua conduta tenha sido culposa, sendo de competência exclusiva do Ministério Público a propositura da ação de improbidade. 

    Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

    ------------------------

    D) caso seu comportamento tenha sido doloso, já que os atos de improbidade que causem prejuízo ao erário não admitem a modalidade culposa

    Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

  • ALTERNATIVA CORRETA: LETRA A

    Com o objetivo de complementarmos os estudos, é de suma importância termos conhecimento de que a Lei n° 13.964/2019 (Pacote Anticrime) alterou a Lei n° 8.429/92 (Improbidade Administrativa) para prever a possibilidade de celebração de acordo de não persecução cível. Desse modo, o Art. 17, § 1° da referida lei, passou a dispor que:

    "As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de não persecução cível, nos termos desta Lei".

      

  • A questão exigiu conhecimento acerca da lei 8.429/92 (lei de Improbidade Administrativa) e descreveu uma situação em que o servidor Caio cometeu ato de improbidade que causa lesão ao erário, a saber:

    Art. 10. “Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: [...] IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;”

    A- Correta. O ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário também pode ser culposo, conforme o caput do art. 10 da lei 8.429/92. Ademais, a aprovação das contas pelo órgão de controle interno não isenta o servidor de nenhuma sanção, segundo a dicção expressa do art. 21 da lei 8.429/92: “A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: [...] II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.”

    B- Incorreta. A transação pode ocorrer tanto nas condutas culposas quanto dolosas. Vejamos o que dispõe o art. 17, § 1º da lei 8.429/92: “As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de não persecução cível, nos termos desta Lei.

    C- Incorreta. A ação de improbidade também pode ser proposta pela pessoa jurídica interessada, não sendo de competência exclusiva do Ministério Público, nos termos do art. 17 da lei 8.429/92: “A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

    D- Incorreta. Os atos de improbidade administrativa que causam lesão ao erário podem ser dolosos ou culposos, segundo o caput do art. 10 da lei 8.429/92.


ID
2365252
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre o tema de responsabilidade civil do Estado, analise as afirmativas a seguir.

I. A Administração Pública responde objetivamente pelos atos cometidos por notários e oficiais de registro que, no exercício de sua função, causem prejuízos a terceiros.

II. A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato.

III. A Administração Pública possui responsabilidade perante o contratado pelos serviços prestados até o limite da execução, ainda que a licitação venha a ser anulada por motivo de ilegalidade, desde que não seja imputada responsabilidade ao contratado.

É correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • COMENTÁRIOS DO PROFESSOR HERBERT ALMEIDA, NO BLOG DO ESTRATÉGIA CONCURSOS.

     

    I – dispõe a Lei 8.935/1994, com redação dada pela Lei 13.286/2016, que “os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que causarem a terceiros, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou escreventes que autorizarem, assegurado o direito de regresso”. Assim, a Lei 13.286/2016 acabou com a controvérsia em relação à responsabilidade dos notários e registradores (são eles, e não o Estado, que respondem pelos danos causados a terceiros) – ERRADA;

     

    II – dispõe o art. 71 da Lei 8.666/1993 que “o contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato”. No entanto, o art. 71, § 2º, que “a Administração Pública responde SOLIDARIAMENTE com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato” – CORRETA;

     

    III – dispõe o art. 59, parágrafo único, da Lei de Licitações, que “a nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa”. Com efeito, dispõe o art. 49, § 2º, que a nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato. Logo, a Administração possui, de fato, responsabilidade perante o contratado pelos serviços prestados, ainda que a licitação venha a ser anulada por motivo de ilegalidade, porém tal responsabilidade somente ocorrerá se a nulidade não for imputada ao próprio contratado – CORRETA.

     

    GABARITO D: apenas duas afirmativas (II e III) estão corretas.

  • com relação ao item I...

    Lei nº 13.286/2016, que alterou a redação do art. 22 da Lei nº 8.935/94 (Lei dos cartórios), dispondo sobre a responsabilidade civil dos notários e registradores.

     

    Os notários e registradores respondem pelos danos que, nesta qualidade, causarem a terceiros?

    SIM, não há qualquer dúvida quanto a isso e agora, depois da lei, tal responsabilidade é SUBJETIVA

    Art. 22. Os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que causarem a terceiros, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou escreventes que autorizarem, assegurado o direito de regresso.

    Parágrafo único. Prescreve em três anos a pretensão de reparação civil, contado o prazo da data de lavratura do ato registral ou notarial.

     

    O Estado também responde em caso de danos causados pelos serviços notariais e registrais?

    SIM, o Estado também responde, mas apenas subsidiariamente.

    O titular da serventia responde de forma principal e, caso não seja possível indenizar a vítima, o Estado responde de modo subsidiário. Nesse sentido: STJ. 1ª Turma. AgRg no REsp 1377074/RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 16/02/2016.

    Atenção: a responsabilidade do Estado, neste caso, não é pura nem solidária. Trata-se de responsabilidade subsidiária (REsp 1087862/AM, Rel. Ministro Herman Benjamin, julgado em 02/02/2010).

     

    Pergunto: embora a responsabilidade do Estado seja subsidiária; não seria ela tbm objetiva?

     

    FONTE: http://www.dizerodireito.com.br/2016/05/lei-132862016-responsabilidade-civil.html

  • I. ERRADO.

     

    Alteração legalislativa importante e bem recente. Agora a responsabilidade civil do Estado, na hipótese, é apenas subsidiária. Ou seja, somente nascerá quando o responsável primário não mais tiver forças para cumprir a sua obrigação de reparar o dano.

     

    Art. 22.  Os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que causarem a terceiros, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou escreventes que autorizarem, assegurado o direito de regresso. (Redação dada pela Lei nº 13.286, de 2016).

     

    Contudo, pertinente o questionamento do colega CO MASCARENHAS, tendo em vista que a discussão da responsabilidade subsidiária do Estado, se objetiva ou subjetiva, para hipótese discutida, teve repercussão geral reconhecida no STF. Segue o acórdão:

     

    EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. DANO MATERIAL. OMISSÕES E ATOS DANOSAS DE TABELIÃES E REGISTRADORES. ATIVIDADE DELEGADA. ART. 236 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. RESPONSABILIDADE DO TABELIÃO E DO OFICIAL DE REGISTRO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. CARÁTER PRIMÁRIO, SOLIDÁRIO OU SUBSIDIÁRIO DA RESPONSABILIDADE ESTATAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA OU SUBJETIVA. CONTROVÉRSIA. ART. 37, § 6º, DA CRFB/88. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA.

     

    Decisão: O Tribunal, por unanimidade, reputou constitucional a questão. O Tribunal, por unanimidade, reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada.

     

    II. CORRETO. Art. 71, § 2º, da Lei n. 8.666/93.

     

    No que se refere aos encargos devidos à Previdência Social, resultantes da execução do contrato, a Administração é solidariamente responsável com o contratado por eventuais débitos deste. Sendo assim, será necessário que, durante todo o curso do contrato, a Administração verifique se o contratado está recolhendo regularmente as contribuições previdenciárias.

     

    III. CORRETO. Art. 59, § único, da Lei n. 8.666/93.

     

    Conforme previsto na lei, a anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera, em regra, a obrigação de indenizar. Contudo, se o contrato já estava em execução, o Poder Público deve indenizar o contratado pelo que este houver executado até aquela data, de forma a evitar o enriquecimento sem causa do próprio Estado. Pelo mesmo motivo, se as parcelas já pagas corresponderem ao que já foi cumprido do contrato, não caberá qualquer restituição ou complemento.

     

    Nessa linha, o CESPE, na prova para provimento de cargos de Juiz Federal Substituto do TRF5, realizada em 2007, considerou correta a seguinte assertiva:

    Um cidadão ajuizou ação popular para anular um contrato ilegal, por ausência de licitação. Restou demonstrado que a determinação do ressarcimento, por força de ilegalidade de contratação, conduziria ao enriquecimento sem causa. Nessa situação, por ter a empresa contratada prestado efetivamente à população o serviço, a determinação de devolução ao Estado dos valores percebidos pela contratada configuraria locupletamento indevido”.

     

     

     

    "Mereça o seu sonho!"

     

     

  • Valeu Fernando Fernandes.. quando tiver o resultado da decisão do STF, vai ser legal postar aqui.. e me avisar..kkk

  • Questão deveria ter sido anulada! A questão busca a responsabilidade da Adminitração Pública e não dos notários. 

    Na questão fala-se em responsabilidade OBJETIVA; não referindo ao aspecto primário ou subsidiário da responsbilidade Estatal. 

    Nem o STF sabe dizer se a responsabilidade do Estado é OBJETIVA ou SUBJETIVA, havendo nítida divisão. 

    Resumo: Muita falta de noção da Banca!

     

  • Sobre a assertiva I: não se entrou em discussão sobre a responsabilidade secundária (subsidiária ou solidária). Quando a assertiva se refere à responsabilidade civil OBJETIVA sem mencionar se é primária ou secundária, pressupõem-se que se baseia na regra, responsabilidade civil PRIMÁRIA, que nesse caso é subjetiva e do próprio notário, motivo pelo qual a assertiva está errada.

     

    Se o examinador quisesse saber sobre a responsabilidade civil secundária teria especificado isso na assertiva. E , por óbvio, não fez isso, pois não há posicionamento definido pelo STF.

     

    Fazer provas, antes de saber o conteúdo, é saber interpretar o que está posto na questão e não há nenhum erro por parte da banca... vocês estão imaginando muito além, dificultando uma questão simples.

     

     

    Bons estudos!

  • Sobre a assertiva II - A Administração Pública responde SOLIDARIAMENTE com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato. (lei 8666, Art. 71, PARÁRAFO 2º).

     

    Posicionamento do STF:  Na ADC nº 16 entendeu pela constitucionalidade da art. 71 da lei 8666, ou seja, o inadimplemento do contratado não transfere para a administração a responsabilidade das dívidas trabalhistas, SALVO DE ESTA FALHAR NA FISCALIZAÇÃO.

     

    Súmula 331 TST (redação após decisão do STF)  - os entes integrantes da Adm. Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do Item IV caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da lei 8666, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistass assumidas pela empresa regularmente contratada.

  • Mal escrita essa questão....

  • complementando o comentário de Fernando Fernandes, a fim de possibilitar o acompanhamento:

    TESE 777, STF

     

    http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4650160&numeroProcesso=842846&classeProcesso=RE&numeroTema=777

  • Após lei, em 2016, a responsabilidade dos notários e registradores é subjetiva e com um prazo diferenciado em relação àquele aplicado à administração pública: 3 anos. Está em discussão, no STF, a constitucionalidade da previsão quanto à responsabilidade determinada. A responsabilidade do Estado pelos atos praticados pelos notários e registradores é subsidiária. 

  • Essa assertiva III tá mal escrita demais. Na verdade, não tinha entendido porra nenhuma até ler os comentários.

  • RESUMINHO PRA QUEM DESEJA SE APROFUNDAR UM POUCO SOBRE RESP.CIVIL DO ESTADO

     

     

    EVOLUÇÃO DAS TEORIAS DA RESPONSABILIDADE ESTATAL

     

     

    TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE

    1)BASICAMENTE, O ESTADO NÃO TINHA CULPA DE NADA. SE TRADUZ MA MÁXIMA ''THE KING CAN DO NO WRONG'' , OU SEJA, O ESTADO NÃO PODE TER ERRADO

     

    >> TEORIA DA CULPA CIVIL

    1) O ESTADO SÓ RESPONDE A TÍTULO DE CULPA, CABENDO AO PARTICULAR O ÔNUS DA PROVA

     

    >>> TEORIA DA CULPA ADMINSTARTIVA

    1) SINÔNIMOS: CULPA DO SERVIÇO PÚBLICO / CULPA ANÔNIMA / CULPA OMISSIVA GENÊRICA

    2) É AQUELA VOLTADA PARA AS OMISSÕES ESTATAIS.

    3) OCORRE, QUANDO O ESTADO Ñ PRESTOU UM SERVIÇO PÚBLICO DE FORMA ADEQUADA OU SUFICIENTE, DE MANEIRA IDÔNEA

    4) A OMISSÃO TEM QUE SER GENÊRICA, NÃO IMPUTÁVEL A UMA PESSOA ESPECÍFICA. É CULPA DO SERVIÇO COMO UM TODO, INDETERMINÁVEL, NÃO IDENTIFICÁVEL.

     

    >>>> TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO

    1) É A TEORIA REGRA GERAL ADOTADA AQUI NO BRASIL, PREVISTA NO ARTIGO 37, PARÁGRAFO 6 DA CF

    2) É VOLTADO AS COMISSÕES OU AÇÕES DO ESTADO

    3) É A RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO, INDEPENDENE DE DOLO OU CULPA

    4) ABARCA A ADM PÚB E OS PRESTADORES DE SERVIÇOS PÚB (CONC/PERMISS)

    5) EXCEPCIONALMENTE = O STF ADMITE A RESPONSABILIDADE POR OMISSÃO, NA TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO.

    6) PARA QUE OCORRA A RESP. POR OMISSÃO, O ESTADO DEVE ESTAR NA POSIÇÃO DE GARANTIDOR, NO SEU DEVER DE CUSTÓDIA. ALÉM DO QUE, A RESPONS. AQUI, É ESPECÍFICA, INDIVIDUAIZÁVEL, INDENTIFICÁVEL, DETERMINÁVEL, AO CONTRÁRIO DO QUE OCORRE NA TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA

    7) 03 SITUAÇÕES SE ENCAIXAM BEM NESSA RESP. POR OMISSÃO, SÃO ELAS:  

    I) ESTUDANTE DENTRO DE ESCOLA PÚB

    II) PACIENTE DENTRO DE HOSPITAL PÚB

    III) PRESO DENTRO DE PRESÍDIO PÚB

    8) ADIMITE EXCLUDENTES E ATENUANTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

     

    >>>>> TEORIA DO RISO INTEGRAL

    1) TEORIA QUE PREZA PELA PRESUNÇAÕ ABSOLUTA DE RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO

    2) NÃO HÁ POSSIBILIDADE  DE ALEGAR EXLUDENTES DE RESPONSABILIDADE

    3) SÓ OCORRE NO BRAISL EM UMA SITUAÇÃO. QUAL SEJA: ''DANO NUCLEARES/RADIAÇÃO'' NA FORMA DO ARTIGO 21,XXII, ALÍNEA ''D'' DA CF

     

     

     

    GAB D

  • Pela pesquisa que fiz essa questão está equivocada, isto por que o item I certamente está correto, pois mesmo que a doutrina e jurisprudência considere como o colega CO Mascarenha falou, a responsabilidade como subsidiária (Hely Lopes, Sérgio Cavalieri e etc) ela em nenhum momento deixa de ser objetiva, sendo que o próprio Hely Lopes traz dois precedentes (STF e STJ) deste entendimento e eu mesmo achei um precedente do STF que afirma ser a jurisprudência da Suprema Corte.

     

    EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. DANOS CAUSADOS A TERCEIROS EM DECORRÊNCIA DE ATIVIDADE NOTARIAL. PRECEDENTES. 1. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o Estado responde, objetivamente, pelos atos dos notários que causem dano a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa (C.F., art. 37, § 6º)” (RE 209.354-AgR, da relatoria do ministro Carlos Velloso). 2. Agravo regimental desprovido.

    (RE 518894 AgR, Relator(a):  Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, julgado em 02/08/2011, DJe-183 DIVULG 22-09-2011 PUBLIC 23-09-2011 EMENT VOL-02593-01 PP-00091)

    Infelizmente acredito que a banca se baseou tão somente na letra da lei 8.935 e ignorou completamente o entendimento sobre a questão.

    Bons estudos.

  • Poxa, a acertiva III, do jeito como foi elaborada está incorreta.

    Mesmo que seja imputada responsabilidade ao contratado ele recebe pelo que executou, evitando enriquecimento sem causa do Estado.

    Só o que o contratado perde, se lhe  for imputada responabilidade, é indenização por prejuizos advindos da invalidação do contrato.

    Art. 59

    Parágrafo único.  A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada \\ e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável(a nulidade), promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

  • Quanto a afirmativa I observar o que diz a lei 8.935/94, de maneira que a responsabilidade é SUBJETIVA dos notários:

    Art. 22.  Os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que causarem a terceiros, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou escreventes que autorizarem, assegurado o direito de regresso.           (Redação dada pela Lei nº 13.286, de 2016).

     

    Ademais disso, por ser uma atividadade DELEGADA pelo Estado, a responsabilidade deste é SUBSIDIÁRIA.

  • A lei dos notariais não estava prevista no edital e não quiseram anular a questão. Não preciso dizer mais nada né.

  • Cuidado com o intem II, ao meu ver este item está errado, pois, conforme entendimento tanto jurisprudencial como sumular a responsabilidade da administração pública nos casos de contrato em relação a dividas trabalhistas é SUBSIDIÁRIA e não solidária.

    ¨Posicionamento do STF:  Na ADC nº 16 entendeu pela constitucionalidade da art. 71 da lei 8666, ou seja, o inadimplemento do contratado não transfere para a administração a responsabilidade das dívidas trabalhistas, SALVO DE ESTA FALHAR NA FISCALIZAÇÃO.

     

    Súmula 331 TST (redação após decisão do STF)  - os entes integrantes da Adm. Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do Item IV caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da lei 8666, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistass assumidas pela empresa regularmente contratada.¨ (retirado do comentário do colega, CICERO TOTTI).

    Conclusão: Só haveria um item correto e não dois como diz o gabarito.

    Deus é Fiel.

  • O gabarito apontado é a letra "D" - Duas assertivas corretas. 

    Contudo, merece algumas reflexões.

     

    1. O conteúdo da assertiva I é matéria a ser debatida e julgada nos autos do Recurso Extraordinário 842.846-SC (julgamento designado para 28.11.2018), em sede de repercussão geral.

    Portanto, não há, até então, jurisprudência consolidada pelo STF sobre esse tema.

    Nota-se que a banca não delimitou o campo de entendimento - se doutrinário ou de tribunais de segundo grau. Há julgado do STF de 1998 adotando a responsanilidade objetiva do Estado. No STJ, o tema é controvertido, com decisões, inclusive, pela responsabilidade objetiva dos notários/tabeliães e registradores, a exemplo: AgRg no REsp 1377074/RJ, julg. 2016; AgRg nos EDcl no RMS 29243/RJ, julg. 2015.

     

    2. Quanto à II, está correta.

    Fundamentação legal: § 2º, do art. 71, da Lei 8.666/93: “A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.”

     

    3. A assertiva III, por sua vez, mostra-se incompleta, já que o parágrafo único do artigo 59 da Lei 8.666/93 prevê restituição (os gastos na execução)indenização (pelos prejuízos regularmente comprovados), ao contratado, quando a ele não for imputável a ilegalidade que maculou o contrato.

    Se a expressão "até o limite da execução" for no sentido de abranger gastos + eventuais prejuízos (estes quando regularmente comprovados), a assertiva restará correta, s.m.j.

     

    Por favor, havendo outros entendimentos por parte dos colegas, avise-me.

    Muito grata.

    Bons estudos a todos.

     

  • Acertei, mas considerei que I e III estavam corretas.

  • O Estado possui responsabilidade civil direta e primária pelos danos que tabeliães e oficiais de registro, no exercício de serviço público por delegação, causem a terceiros.

    STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019 (repercussão geral) (Info 932).

  • Agora responde objetivamente

  • A T E N Ç Ã O ! ! ! ! ! ! MUDANÇA DE ENTENDIMENTO DO STF EM 2019:

    O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa.

    STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019 (repercussão geral) (Info 932).

  • Resumindo atualizações constantes nos comentários de colegas, sobre o assunto:

    Goku Blue

    A T E N Ç Ã O ! ! ! ! ! ! MUDANÇA DE ENTENDIMENTO DO STF EM 2019:

    O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa.

    STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019 (repercussão geral) (Info 932).

    Walber o.

    Cuidado com o intem II, ao meu ver este item está errado, pois, conforme entendimento tanto jurisprudencial como sumular a responsabilidade da administração pública nos casos de contrato em relação a dividas trabalhistas é SUBSIDIÁRIA e não solidária.

    ¨Posicionamento do STF: Na ADC nº 16 entendeu pela constitucionalidade da art. 71 da lei 8666, ou seja, o inadimplemento do contratado não transfere para a administração a responsabilidade das dívidas trabalhistas, SALVO DE ESTA FALHAR NA FISCALIZAÇÃO.

     

    Súmula 331 TST (redação após decisão do STF)  - os entes integrantes da Adm. Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do Item IV caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da lei 8666, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistass assumidas pela empresa regularmente contratada.¨ (retirado do comentário do colega, CICERO TOTTI).

    Atentar para que a questão se refere a encargo trabalhista e nao previdenciário..

    Art. 71.  O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

    § 1  A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.                     

    § 2  A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do .   


ID
2365255
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Determinado órgão da Administração Pública Federal deseja contratar empresa privada, tendo como objeto o serviço de vigilância de sua sede. Com relação ao prazo do aludido contrato, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a Lei nº. 8.666/93:

     

    Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:

    [...]

    II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses;

    [...]

    § 4º Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser prorrogado em até doze meses.

     

    Gabarito: alternativa D.

     

    Bons estudos! ;)

  • Eu faço como um telefone:
    Ligue para o SESI

    Segurança
    Equipamentos
    Serviços contínuos
    Informática

    12048 - 6012

  • Ainda sem entender a questão !

  • Caroline Brito,

     

    Serviço de vigilância é caracterizado como contínuo, por isso a incidência do art. 57 da Lei 8666/1993

  • Muito mal redigida... 

  • LETRA D

     

    Serviço de vigilância --->  prestação de serviço a ser executado de forma contínua

     

    Regra geral:

    - prorrogação limitada a sessenta meses

     

    Exceção:

    - prorrogação por mais doze meses, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior.  

     

  • ATENÇÃO PRA ESSE COMENTÁRIO DO THIAGO ALVES, ESTÁ ERRADO

  • INTEGRA DO ARTIGO 57 DA 8666 PARA LEITURA COMPLEMENTAR.

    /

    Art. 57.  A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:

    I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;

    II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

    III - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

    IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.

    V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

    § 1o  Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo:

    I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração;

    II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere fundamentalmente as condições de execução do contrato;

    III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no interesse da Administração;

    IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta Lei;

    V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela Administração em documento contemporâneo à sua ocorrência;

    VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.

    § 2o  Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.

    § 3o  É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.

    § 4o  Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser prorrogado por até doze meses

  •  

    SERVIÇOS CONTÍNUOS - como por exemplo: jardinagem, segurança, limpeza --- SERVIÇOS QUE A ADM PÚBLICA sempre vai precisar

    com base no art. 57, II - o prazo MÁXIMO para serviços contínuos é ---- 60 meses e EXCEPCIONALMENTE posso prorrogar

    por + 12 meses (consoante dispõe art. 57, parág. 4o )

     

    ESPERO TER COLABORADO! BJS E MÃOS À OBRA!!

  • Em regra os contratos NÃO SERÃO INDETERMINADOS e serão restrito a vigência dos créditos Orcamentários, SALVO:

     

    Projetos incluidos no Plano Plurianul > Máx 4 anos

     

    Serviços de execução continuada como exemplo: Manutenção, Limpeza, Segurança. Que poderão ter duração de 60 meses podendo ser prorrogados por mais 12 meses excepcionalmente.

     

    Aluguel de equipamento e programas de informática > 48 meses

     

    Segurança Nacional e inovação tecnológica > Até 120 meses duração

  • Melhorando o comentário do Thiago Alves: Ligue para o SESC 12048 6012, explicando: S = segurança e inovação... 120M E = equipamentos Info .... 48 M SC = serviços contínuos ..... 60 + 12 M O comentário dele não está errado. A idéia é ótima. Mas separou o E de equipamentos do I de informática parecendo coisas diferentes sendo ser a mesma coisa.
  • RESUMINDO:

     

    DURAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINSTRATIVOS:

     

     

    1) RG: DURAÇÃO PACTUADA ENTRE AS PARTES (RESTRITO AO EXERCÍCIO FINANCEIRO = ANO CIVIL) 

     

     

    2) EXCEÇÕES:

     

    I) PRODUTOS DE PROJETOS PREVISTOS NO PPA (LIMITAÇÃO ATÉ 04 ANOS )

     

    II) SEGURANÇA (LIMITAÇÃO ATÉ 120 MESES )

     

    III) SERVIOS CONTINUOS (LIMITAÇÃO ATÉ 60 MESES PRORROGÁVEL EXCEPCIONALMENTE POR + 12 MESES) 

     

    IV) ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS E PROGRAMAS DE INFORMÁTICA (LIMITAÇÃO ATÉ 48 MESES

     

    V) CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS (PRAZOS SUPERIORES A 01 ANO)

     

    VI) LICITAÇÃO DISPENSÁVEL NAS HIPÓTESES QUE ENVOLVEREM: (LIMITAÇÃO ATÉ 120 MESES)

         - SEGURANÇA NACIONAL

         - FORÇAS ARMADAS

         - BENS DE ALTA COMPLEXIDADE TEC.

         - PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

     

     

     

    GAB D

  • Projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual >  Poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório (máximo de 4 anos)

     

    Prestação de serviços a serem executados de forma contínua > Poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração, limitada a 60 meses. Esse prazo, em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, poderá ser prorrogado em até 12 meses.

     

    Contratos relativos ao aluguel de equipamentos e a utilização de programas de informática > A duração pode estender-se pelo prazo de até 48 meses.

     

    Nos casos de dispensa de licitação previstos nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24 > Poderão ter vigência por até 120 meses, caso haja interesse da Administração.

     

    PPP > O prazo deve ser entre 5 e 35 anos, incluindo prorrogação.

     

    Fonte: site Foca no Resumo 

  • 1) REGRA: DURAÇÃO PACTUADA ENTRE AS PARTES ( EXERCÍCIO FINANCEIRO = ANO CIVIL )

     

     INFORMÁTICA ( ATÉ 48 MESES )

    SERVIÇOS CONTÍNUOS ( ATÉ 60 MESES + 12 MESES ) ATÉ 72 MESES

    SEGURANÇA ( ATÉ 120 MESES )

     

    LICITAÇÃO DISPENSÁVEL NAS HIPÓTESES QUE ENVOLVEREM: ( ATÉ 120 MESES )

       - SEGURANÇA NACIONAL

       - FORÇAS ARMADAS

       - BENS DE ALTA COMPLEXIDADE TEC.

       - PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

    CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS ( PRAZOS SUPERIORES A 01 ANO )

    PRODUTOS DE PROJETOS NO PPA ( ATÉ 04 ANOS )

  • Em se tratando de serviços de vigilância, há que se partir da premissa de que a hipótese é de serviço executado de forma contínua, o que atrai a incidência da norma do art. 57, II, e §2º, da Lei 8.666/93, que assim estabelece:

    "Art. 57.  A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:

    (...)

    II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses;  

    (...)

    § 4o  Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser prorrogado por até doze meses."

    Vejamos, pois, as assertivas lançadas, tendo apoio neste preceitos normativos:

    a) Errado:

    Não se aplica esta hipótese de prorrogação, que tem esteio no art. 57, I, da Lei 8.666/93, mas sim a disposição do inciso II, acima transcrito.

    b) Errado:

    Esta é a regra geral, contida no caput do art. 57. Todavia, a hipótese descrita pela Banca, por se tratar de serviços continuados, amolda-se à exceção do inciso II, o que revela o equívoco deste item.

    c) Errado:

    A lei é expressa ao vedar a celebração de contratos por prazo indeterminado, a teor do art. 57, §3º, do referido diploma legal:

    "Art. 57 (...)
    § 3o  É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado."

    d) Certo:

    Por fim, a presente opção tem apoio direto nas normas anteriormente transcritas, de maneira não há incorreções neste item.


    Gabarito do professor: D


ID
2365258
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Determinada Constituição Estadual veiculou três dispositivos relacionados à prática de crimes de responsabilidade do Governador e do Vice-Governador do Estado: o Art. 201 dispôs que a não contenção das invasões de áreas públicas configuraria crime de responsabilidade; o Art. 202 estabeleceu regras detalhadas sobre o processo e o julgamento dessas autoridades pela prática de crimes de responsabilidade; e, o Art. 203 dispôs que, na hipótese de condenação, além da perda da função, seria aplicada a sanção de inabilitação por oito anos, em simetria com o modelo federal. À luz da sistemática estabelecida na Constituição da República e da interpretação adotada pelo Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A competência para legislar sobre crimes de responsabilidade e as normas de processo é da UNIÃO, logo, qualquer dispositivo estadual ou municipal que trate do tema será inconstitucional, motivo por que os três artigos acima mencionados são inconstitucionais.

     

    Súmula Vinculante 46 do STF - A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.

     

    Gabarito: alternativa A.

     

    Bons estudos! ;)

  • Afora o disposto na súmual vinculante nº 46, mister saber o conteúdo da ADI 1628, do STF, a fim de compreendermos porque o último item também é inconsticional, em que pese reproduzir o disposto na Constituiçãao Federal.

    EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. IMPUGNAÇÃO DA EXPRESSÃO "E JULGAR" [ART. 40, XX]; DO TRECHO "POR OITO ANOS" [ART. 40, PARÁGRAFO ÚNICO]; DO ART. 73, § 1º, II, E §§ 3º E 4º, TODOS DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA. IMPUGNAÇÃO DE EXPRESSÃO CONTIDA NO § 4º DO ARTIGO 232 DO REGIMENTO INTERNO DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA. PRECEITOS RELATIVOS AO PROCESSO DE IMPEACHMENT DO GOVERNADOR. LEI FEDERAL N. 1.079/50. CRIMES DE RESPONSABILIDADE. RECEBIMENTO DO ARTIGO 78 PELA ORDEM CONSTITUCIONAL VIGENTE. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 22, I, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. A expressão "e julgar", que consta do inciso XX do artigo 40, e o inciso II do § 1º do artigo 73 da Constituição catarinense consubstanciam normas processuais a serem observadas no julgamento da prática de crimes de responsabilidade. Matéria cuja competência legislativa é da União. Precedentes. 2. Lei federal n. 1.079/50, que disciplina o processamento dos crimes de responsabilidade. Recebimento, pela Constituição vigente, do disposto no artigo 78, que atribui a um Tribunal Especial a competência para julgar o Governador. Precedentes. 3. Inconstitucionalidade formal dos preceitos que dispõem sobre processo e julgamento dos crimes de responsabilidade, matéria de competência legislativa da União. 4. A CB/88 elevou o prazo de inabilitação de 5 (cinco) para 8 (oito) anos em relação às autoridades apontadas. Artigo 2º da Lei n. 1.079 revogado, no que contraria a Constituição do Brasil. 5. A Constituição não cuidou da matéria no que respeita às autoridades estaduais. O disposto no artigo 78 da Lei n. 1.079 permanece hígido --- o prazo de inabilitação das autoridades estaduais não foi alterado. O Estado-membro carece de competência legislativa para majorar o prazo de cinco anos --- artigos 22, inciso I, e parágrafo único do artigo 85, da CB/88, que tratam de matéria cuja competência para legislar é da União. 6. O Regimento da Assembléia Legislativa catarinense foi integralmente revogado. Prejuízo da ação no que se refere à impugnação do trecho "do qual fará chegar uma via ao substituto constitucional do Governador para que assuma o poder, no dia em que entre em vigor a decisão da Assembléia", constante do § 4º do artigo 232. 7. Pedido julgado. parcialmente procedente, para declarar inconstitucionais: i) as expressões "e julgar", constante do inciso XX do artigo 40, e ii) "por oito anos", constante do parágrafo único desse mesmo artigo, e o inciso II do § 1º do artigo 73 da Constituição daquele Estado-membro.

  • eu acabei me atrapalhando na hora da prova...

    Pensei que, por ser reprodução do texto da CF, o art 203 não teria problemas....;(

  • eu acabei me atrapalhando na hora da prova...

    Pensei que, por ser reprodução do texto da CF, o art 203 não teria problemas....;(

     

    2!

  • Apesar de ter caído na pegadinha do art. 203, segue minha contribuição.

     

    (1) QUESTÃO SEMELHANTE:

     

    (Ano: 2008; Banca: FCC; Órgão: MPE-PE; Prova: Promotor de Justiça)

     

    No que tange à repartição de competências legislativas, é INCORRETA a assertiva:

     

    a) Compete aos Estados e Municípios legislar sobre crimes de responsabilidade relacionados, respectiva- mente, às autoridades estaduais e municipais.

     

    b) É competência privativa da União legislar, dentre outras matérias, sobre vencimentos das polícias civil e militar do Distrito Federal.

     

    c) A competência concorrente sobre as matérias enumeradas na Constituição Federal abrange a União, os Estados e Distrito Federal, excluídos os Municípios.

     

    d) Os Estados poderão ter competência para certos assuntos quando delegados pela União, porém sobre questões específicas das matérias da competência federal privativa.

     

    e) Os Municípios têm competência suplementar para suprir lacunas da legislação federal e estadual, mas sem contraditá-las, e competência exclusiva para assuntos de interesse local.

     

    (2) JUSTIFICATIVA : Para ambas as questões.

     

    Ensina LENZA:

     

    "Conforme decidiu o STF, “a definição das condutas típicas configuradoras do crime de responsabilidade e o estabelecimento de regras que disciplinem o processo e julgamento dos agentes políticos federais, estaduais ou municipais envolvidos são da competência legislativa privativa da União e devem ser tratados em lei nacional especial (art. 85 da Constituição da República)” (ADI 2.220, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 16.11.2011, Plenário, DJE de 07.12.2011).


    Não podemos deixar de lembrar, ainda, a S. 722/STF, convertida na SV 46/STF (j. 09.04.2015): “a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União”.


    Nesse sentido, recepcionada, em grande parte, pela CF/88 (art. 85, parágrafo único), a lei n. 1.079/50, estabelecendo normas de processo e julgamento, foi alterada pela Lei n. 10.028, de 19.10.2000, que ampliou o rol das infrações político-administrativas, notadamente em relação aos crimes contra a lei orçamentária".


    (Direito constitucional esquematizado® / Pedro Lenza. – 19. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2015).

  • Trago aqui Decisao recente e importante do Supremo acerca de juizo admissibilidade politico para crime comum de Chefe do Executivo estadual

     

    Plenário confirma que não é necessária autorização prévia para STJ julgar governador

    (........)

    O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, na sessão desta quinta-feira (4), o julgamento de três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 4798, 4764 e 4797), e confirmou o entendimento de que as unidades federativas não têm competência para editar normas que exijam autorização da Assembleia Legislativa para que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) instaure ação penal contra governador e nem para legislar sobre crimes de responsabilidade. Também foi confirmado que, no caso de abertura de ação penal, o afastamento do cargo não acontece automaticamente.

     

    Ao pacificar esse entendimento, os ministros aprovaram, por unanimidade, uma tese segundo a qual “é vedado às unidades federativas instituírem normas que condicionem a instauração de ação penal contra governador, por crime comum, à previa autorização da casa legislativa, cabendo ao Superior Tribunal de Justiça dispor, fundamentadamente, sobre a aplicação de medidas cautelares penais, inclusive afastamento do cargo”. De acordo com os ministros, o texto será usado como base para a propositura de uma Súmula Vinculante sobre a matéria.

    fonte:http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=342480

  • Ainda não entendi o porquê da letra D estar errada.

     

  • Gabarito: letra A

     

    A definição dos crimes de responsabilidade dos Governadores e dos Prefeitos também deverá ser feita por LEI FEDERAL. Nos termos do art. 22, I, CF/88, a UNIÃO tem competência privativa para legislar sobre Direito Penal, incluindo-se aí os crimes de responsabilidade.

  • Todos INCONSTITUCIONAIS pelo simples fato de:

    Súmula Vinculante 46 do STF - A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.

  • Alguns colegas não entenderam o erro da letra D.

    A assertiva D diz que o art. 203 é constitucionall, entretanto ele é INCONSTITUCIONAL porque está definindo sanções penais para os crimes de responsabilidade, o que é competência privativa da União. Somente a União pode legislar sobre Direito Penal (art.22, I, CRFB).

  • Todos inconstitucionais- competência legislativa privativa da União (Súm. vinc. 46 do STF).

  • Súmula Vinculante 46 c/c Súmula 722 STF

  • Excelente informação, Marcos Jeans!

  • Galerinha, vou resumir o que o Leonardo Oliveira comentou sobre a  ADI 1.628.

     

     

     inabilitação por 8 anos = nível federal, de acordo com o disposto na CF/88

    inabilitação por 5 anos = nível estadual para os Governadores e Secretários de Estado , de acordo com o disposto no art. 78, caput (L1.079/50)

     

    Ou seja, para os Governadores e Secretários de Estado se aplica o que está disposto na L1.079/50. Já para o nível federal, se aplica o que está disposto na CF/88.

  • FUNDAMENTO:

     

     

    Súmula Vinculante 46 do STF - A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.

     

     

     

    GAB A 

  • NEM PRECISARÍAMOS LER TODO O ENUNCIADO.
    "Determinada Constituição Estadual veiculou três dispositivos relacionados à prática de crimes de responsabilidade do Governador e do Vice-Governador do Estado (...)"

    APENAS COM O TRECHO ACIMA NEGRITADO SERIA POSSÍVEL RESPONDER QUE TODOS OS ARTIGOS SÃO INCONSTITUCIONAIS, JÁ QUE A DEFINIÇÃO, O PROCESSO E JULGAMENTO DE CRIMES DE RESPONSABILIDADE É DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO.

    GAB.: LETRA A

  • Definir CRIMES = Compet. PRIVATIVA DA UNIÃO.

    Bons estudos.

  • A questão exige conhecimento acerca da organização político-administrativa do Estado, nos termos da Constituição Federal. Vejamos as alternativas comentadas a seguir, lembrando que a questão pede a alternativa Correta:

    a) Correta. A competência para legislar sobre direito penal é privativa da União. (art. 22, I, CF). 

    “Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

    I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; [...]”

    Há, ainda, sobre o assunto, a Súmula Vinculante n° 46 do STF:

    “Súmula vinculante 46-STF: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.”

    b) Incorreta. Os artigos 202 e 203 também são inconstitucionais.

    c) Incorreta. O artigo 201 também é inconstitucional.

    d) Incorreta. O artigo 203 também é inconstitucional.


ID
2365261
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

“Ilau, servidor público federal, tinha o sonho de concorrer a uma eleição para o cargo de prefeito ou de vereador do município em que nascera e no qual passou toda a sua vida. Apesar disso, tinha dúvidas sobre a possibilidade de concorrer a cargos dessa natureza em razão do vínculo funcional que mantinha com a União. Para solucionar suas dúvidas, procurou um advogado e formulou-lhe uma consulta.” À luz da sistemática constitucional, assinale, dentre as alternativas, a única informação correta.

Alternativas
Comentários
  • A CF/88 dispõe o seguinte:

     

    ~ Caso o servidor público seja eleito para o cargo de Prefeito: é OBRIGATÓRIO o afastamento do cargo público, sendo facultado ao servidor optar pela remuneração (recebe só a remuneração de Prefeito ou a remuneração do cargo de que é titular) - art. 38, II

     

    ~ Caso o servidor seja eleito para o cargo de Vereador (art. 38, III):

    a) se houver compatibilidade de horários, percebe as vantagens do cargo e a remuneração do cargo de Vereador;

    b) se não houver compatibilidade de horários, é OBRIGATÓRIO o afastamento do cargo público, sendo facultado ao servidor optar pela remuneração (recebe só a remuneração de Vereador ou a remuneração do cargo de que é titular).

     

    ~ Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício do mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento (art. 38, IV).

     

    Dentre as assertivas apresentadas, somente a C está em conformidade com a CF/88. Gabarito: alternativa C.

     

    Bons estudos! ;)

  •  a) O afastamento não será necessário para o exercício do cargo de Prefeito, mas Ilau terá que optar por uma das remunerações. (O afastamento será necessário para o cargo de Prefeito, porém poderá optar pela remuneração.)

     b) Ilau precisará necessariamente se afastar do cargo originário para exercer qualquer mandato eletivo, ainda que haja compatibilidade de horários. ( Para o cargo de vereador, se houver compatibilidade, não precisará se afastar do cargo efetivo.)

     c) Caso o cargo eletivo exija o afastamento, o tempo em que Ilau exercer o mandato será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento. (CERTO)

     d) Ilau não precisará se afastar do seu cargo originário caso haja compatibilidade de horários com o exercício do mandato eletivo e a soma das remunerações não supere o teto. (Para o cargo de prefeito é necessário o afastamento do cargo efetivo, por isso não pode somar remuneração.)

  • a) O afastamento não será necessário para o exercício do cargo de Prefeito, mas Ilau terá que optar por uma das remunerações. Errada - No caso de Prefeito, o afastamento é obrigatório. 

     b) Ilau precisará necessariamente se afastar do cargo originário para exercer qualquer mandato eletivo, ainda que haja compatibilidade de horários. Errada - Ele precisa se afastar para exercer mandato de prefeito e mandatos eletivos Federais, Estaduais e Distritais, mas se houver compatibilidade de horários no caso de mandato de Vereador ele não precisa se afastar. 

     c) Caso o cargo eletivo exija o afastamento, o tempo em que Ilau exercer o mandato será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento. Correta 

     d) Ilau não precisará se afastar do seu cargo originário caso haja compatibilidade de horários com o exercício do mandato eletivo e a soma das remunerações não supere o teto. Errada - Para o cargo de Prefeito, ele precisa se afastar.  

  • Gabarito: C

     

     

  • Artigo:38.  Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições

    IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

  • Não sei como o Ilalau tornou-se servidor federal sem saber essa regra...kkkkkk

  • LETRA C CORRETA 

    CF/88

    Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;

    II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

    III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

    IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

    V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.

  • Será que o examinador não fez essa questão na zuera ou não ? Acho que quando o pai do Ilau foi registrá-lo, o cara do cartório obrigou a retirar uma letra, senão não registraria! uheuhe

  • VIDE    Q831424

     

     

    PREFEITO       =       OPTAR REMUNERAÇÃO

     

     

     

    AFASTAMENTO =     NÃO CONTA para PROMOÇÃO e merecimento

     

     

     

    AFASTAMENTO   =     CONTA PARA  TEMPO DE APOSENTADORIA

  • Questão letra de lei. Para mandato eletivo federal estadual ou distrital: afastamento do cargo emprego ou função pública. Exercício de mandato eletivo de prefeito: afastamento, mas com possibilidade de optar por sua remuneração. Exercício de mandato de vereador: se houver compatibilidade de horários poderá continuar no Cargo emprego ou função e continuar recebendo a sua remuneração cumulativamente ao subsídio de vereador. Se não houver compatibilidade aplica a regra para do prefeito. O tempo que fica afastado por exercer mandato só não contará para fins de promoção por merecimento. Esse tempo contar até mesmo para fins previdenciários.
  • Ilau kkkk nome "legau" kkkkk...

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Constitucional e o capítulo referente à Administração Pública.

    Dispõe o artigo 38, da Constituição Federal, o seguinte:

    "Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

    I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;

    II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

    III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

    IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

    V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse regime, no ente federativo de origem."

    - No caso do inciso I elencado acima, o servidor público deverá se afastar do seu cargo e receberá o subsídio do mandato eletivo (não há a opção de optar pela remuneração). Alguns exemplos de mandato eletivo referentes ao item "1" são o de Senador, Deputado Federal e Estadual.

    - No caso do inciso II elencado acima, o servidor público deverá se afastar do seu cargo e poderá optar pela remuneração.

    - No caso do inciso III elencado acima, se houver compatibilidade de horários com o cargo de Vereador, o servidor perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo. Todavia, caso não haja compatibilidade de horários, aplica-se o mesmo caso do Prefeito (afasta-se do seu cargo e poderá optar pela remuneração).

    Analisando as alternativas

    Letra a) Esta alternativa está incorreta, pois, no caso de mandato eletivo de Prefeito, para o seu exercício, o servidor público deverá se afastar do seu cargo e poderá optar pela remuneração.

    Letra b) Esta alternativa está incorreta, pois, a depender do cargo eletivo, o servidor público deverá, sim, afastar-se do seu cargo para o exercício do mandato eletivo.

    Letra c) Esta alternativa está correta e é o gabarito em tela, por estar em consonância com inciso IV, do artigo 38, da Constituição Federal, elencado anteriormente.

    Letra d) Esta alternativa está incorreta, pelos motivos destacados nas demais alternativas e pelas explanações destacadas acima.

    Gabarito: letra "c".


ID
2365264
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

“Técio gravou a conversa que teve com Tício e informou esse fato ao seu amigo Mévio, advogado com profundos conhecimentos na área do direito constitucional, especialmente em matéria de liberdades fundamentais. Na ocasião, Técio questionou Mévio sobre a juridicidade do seu comportamento.” Assinale, dentre as alternativas a seguir, a única, apresentada por Mévio, que se mostra harmônica com a ordem constitucional e a interpretação sedimentada no âmbito do Supremo Tribunal Federal.

Alternativas
Comentários
  • Apesar da garantia de inviolabilidade das comunicações, a jurisprudência do STF é pacífica no sentido de que:

     

    A gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, quando ausente causa legal de sigilo ou de reserva da conversação não é considerada prova ilícita. [AI 578.858 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 4‑8‑2009, 2ª T, DJE de 28‑8‑2009.] == RE 630.944 AgR, rel. min. Ayres Britto, j. 25‑10‑2011, 2ª T, DJE de 19‑12‑2011

     

    Alegação de ofensa ao art. 5º, XII, LIV e LVI, da CF. Recurso extraordinário que afirma a existência de interceptação telefônica ilícita porque efetivada por terceiros. Conversa gravada por um dos interlocutores. Precedentes do STF. Agravo regimental improvido. Alegação de existência de prova ilícita, porquanto a interceptação telefônica teria sido realizada sem autorização judicial. Não há interceptação telefônica quando a conversa é gravada por um dos interlocutores, ainda que com a ajuda de um repórter. [RE 453.562 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 23‑9‑2008, 2ª T, DJE de 28‑11‑2008.]

     

    É lícita a gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, quando há investida criminosa deste último. É inconsistente e fere o senso comum falar-se em violação do direito à privacidade quando interlocutor grava diálogo com sequestradores, estelionatários ou qualquer tipo de chantagista. [HC 75.338, rel. min. Nelson Jobim, j. 11‑3‑1998, P, DJ de 25‑9‑1998.] == HC 74.678, rel. min. Moreira Alves, j. 10‑6‑1997, 1ª T, DJ de 15‑8‑1997

     

    Fonte: A Constituição e o Supremo.

     

    Gabarito: alternativa A.

     

    Bons estudos! ;)

  • Correta, A

     

    [HC 75.338, rel. min. Nelson Jobim, j. 11‑3‑1998, P, DJ de 25‑9‑1998.] == HC 74.678, rel. min. Moreira Alves, j. 10‑6‑1997, 1ª T, DJ de 15‑8‑1997:

     

    É lícita a gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, quando há investida criminosa deste último. É inconsistente e fere o senso comum falar-se em violação do direito à privacidade quando interlocutor grava diálogo com sequestradores, estelionatários ou qualquer tipo de chantagista. 

     

    O que é ilicito, seria uma interceptação/gravação telefônica por autoridades policias não precedidas de ordem judicial. 

     

  • >>> DIFERENÇAS DOS INSTITUTOS ...

     

    A interceptação telefônica é a captação de conversa feita por um terceiro, sem o conhecimento dos interlocutores, situação que depende, sempre, de ordem judicial prévia, por força do art. 5º, XII, da Constituição Federal. Por exemplo: no curso de uma instrução processual penal, a pedido do representante do Ministério Público competente, o magistrado autoriza a captação do conteúdo da conversa entre dois traficantes de drogas ilícitas, sem o conhecimento destes.

    A escuta telefônica é a captação de conversa feita por um terceiro, com o conhecimento de apenas um dos interlocutores. Por exemplo: João e Maria conversam e Pedro grava o conteúdo do diálogo, com o consentimento de Maria, mas sem que João saiba.

    A gravação telefônica é feita por um dos interlocutores do diálogo, sem o consentimento ou a ciência do outro. Por exemplo: Maria e João conversam e ela grava o conteúdo desse diálogo, sem que João saiba. (CASO DA QUESTÃO, INDEPENDE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL)

     

    A Lei 9.296 trata de como será admitida a interceptação de comunicações telefônicas ...

    Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses:

    I — não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;

    II — a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;

    III — o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

    Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação objeto da investigação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, devidamente justificada.

    ________________________________________________________________________________________________

     

    ATENÇÃO !!!

     

    Cuidado! Não confunda, na sua prova, algum desses conceitos acima com a tal "quebra do sigilo telefônico", coisa que não tem nada, absolutamente nada, a ver com isso! Isso é muito comum em prova, passar batido nesses conceitos, trocando, por exemplo, "autorizar a interceptação telefônica" por "autorizar a quebra do sigilo telefônico"!

    Veja como é fácil! Nos três institutos acima (interceptação, escuta e gravação), estamos falando, sempre, da captação do "conteúdo da comunicação" (conteúdo do diálogo). Já na "quebra do sigilo telefônico" (quebra dos registros telefônicos), não se trata de captação de conteúdo algum! Quebra do sigilo telefônico nada mais é do que autorizar o acesso aos registros pretéritos de determinado telefone, isto é, autorizar o acesso aos registros das ligações ativas (realizadas) e passivas (recebidas) realizadas por dado telefone em determinado espaço de tempo (últimos dois anos, por exemplo).

    Enfim, na quebra do sigilo telefônico, ninguém tem acesso a conteúdo algum da conversa; o acesso é somente aos registros das ligações realizadas (e recebidas) a partir de determinado telefone (ligou para quem, recebeu ligações de quem, qual a duração de cada ligação, ligou quantas vezes no mesmo dia etc.

  • Agora é só lembrar da gravação do Joesley com o Temer, kkkk

  • GABARITO: Letra "A" de Joesley e Wesley Baptista. 

  • O STF fixou essa tese no julgamento do Senador Delcídio do Amaral.  

    Assim,

    "É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem conhecimento do outro. Assim, se “A” e “B” estão conversando, “A” pode gravar essa conversa mesmo que “B” não saiba. Para o STF, a gravação de conversa feita por um dos interlocutores sem o conhecimento dos demais é considerada lícita, quando ausente causa legal de sigilo ou de reserva da conversação".

    (Fonte: Dizer o Direito)

  • Letra A

    A gravação de um dos interlocutores não é crime

  •  

    Até porque não faria o menor sentido avisar o outro que ele está sendo gravado:

     

    -- ...

    -- Tô entendendo sim, sequestrador. Mas guenta um minuto aí que vou ligar o gravador do celular, blz?

    -- Ah tá, blz.

    -- Pronto, neste momento o Sr. está sendo gravado. O que dizia mesmo?

    -- Que estou com sua sogra num cativeiro e exijo R$ 100.00,00 em 48 horas senão [o resto deixo pra sua imaginação]

     

  • Conforme o STJ (HC 161.053/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, j. 27.11.12):

     

    "A interceptação telefônica é a captação de conversa feita por um terceiro, sem o conhecimento dos interlocutores, que depende de ordem judicial, nos termos do inciso XII do artigo 5º da Constituição Federal. A escuta é a captação de conversa telefônica feita por um terceiro, com o conhecimento de apenas um dos interlocutores, ao passo que a gravação telefônica é feita por um dos interlocutores do diálogo, sem o consentimento ou a ciência do outro".

  • Depende de quem for volta pra prisão, Joesley que o diga

  • GABARITO A

     

    Gravação telefonica realizada por um dos interlocutores, sem o consentimento do outro, é prova legal. Aceita pacificamente nos tribunais como prova válida.

  • INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA "LATO SENSU"

    1-Interceptação telefônica(estrito sensu); 3º realiza / nenhum conhece / Juiz autoriza.

    2-Escuta telefônica: 3º realiza / um conhece / Juiz autoriza;

    3-Gravação telefônica ou clandestina: um deles realiza /  um conhece / NÃO Juiz.

     

  • Gabarito: A

    INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA:

    Captação da comunicação telefônica alheia por terceiro;

    Sem conhecimento de nenhum dos comunicadores;

    ESCUTA TELEFÔNICA:

    Captação da comunicação telefônica alheia por terceiro;

    Com conhecimento de um dos comunicadores;

    GRAVAÇÃO CLANDESTINA

    Gravação da comunicação telefônica por um dos comunicadores (autogravação);

    Sem o conhecimento do outro comunicador;

    Meio lícito de prova;

  • melzinho.

  • Polícia acessa o WhatsApp do investigado sem autorização judicial ou do réu, mesmo que preso em flagrante: PROVA ILÍCITA.

    Polícia, com autorização de busca e apreensão, apreende celular do investigado. Em seguida, mesmo sem nova autorização judicial, acessa o WhatsApp: PROVA VÁLIDA.

    Polícia acessa o WhatsApp da vítima morta, com autorização do cônjuge do falecido, mas sem autorização judicial: PROVA VÁLIDA.

    Lembrando que o registro das ligações telefônicas é permitido, pois não tem acesso ao conteúdo em si, somente aos registros telefônicos.

    Quem quer se aprofundar mais no conteúdo: https://www.dizerodireito.com.br/2018/02/acesso-as-conversas-do-whatsapp-pela.html

    Questão Cespe (Q825745): Somente se houver prévia autorização judicial, serão considerados prova lícita os dados e as conversas registrados no aplicativo WhatsApp colhidos de aparelho celular apreendido quando da prisão em flagrante. CORRETO!

    1) Fulano é preso em flagrante e a polícia pega seu celular e começa a ler as conversas de WhatsApp. Pode? Não! É preciso autorização judicial, em razão da proteção da intimidade (STJ, RHC nº 117.767).

    2) Fulano é preso (qualquer modalidade de prisão) e os policiais, com um mandado de busca e apreensão para o seu celular, começam a ler as conversas do aparelho. Pode? Sim! Como teve uma autorização para apreender o telefone, está implícita a autorização para acessar o seu conteúdo (STJ, RHC nº 75.800);

    3) Quando o juiz expede o mandado para apreender o telefone, é preciso observar a Lei de Interceptação? Não! A LIT só vale para interceptação da comunicação de conversas e dados. Quando há um mandado de busca e apreensão, não há interceptação (acesso "ao vivo"), mas simples acesso aos próprios dados do aparelho;

  • Interceptação: É a captação da conversa feita por terceira pessoa sem o conhecimento e consentimento dos interlocutores.

     

     

    Escuta: É a captação da conversa feita por terceira pessoa com o conhecimento de um dos interlocutores.

     

     

    Gravação: É a gravação da conversa feita por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro.

     

     

     

    Tudo no tempo de Deus não no nosso.

  • ''A gravação feita por um dos interlocutores, sem o conhecimento do outro, nada tem de ilicitude, principalmente quando destinada a documentá-la em caso de negativa''

    STF - Ellen Grace RE 826/524.

  • Assertiva A

    Técio poderia ter gravado a conversa que teve com Tício para utilizá-la como prova de defesa ou em decorrência de investida criminosa.

    Joesley = Jbs

  • Interceptação telefônica

    Somente com autorização judicial

    Sem autorização judicial é prova ilícita

    Finalidade é investigação criminal ou instrução processual penal

    Gravação telefônica

    Não depende de autorização judicial

    Não dependente de conhecimento e nem consentimento do outro

    Não é considerada prova ilícita

  • Basta lembrar dos X-9's da Lava Jato.

  • A presente questão apresenta situação hipotética e traz questionamento acerca da possibilidade de utilização da gravação de conversa feita por um dos interlocutores, sem o conhecimento do outro.

    A) Correta. É pacífico no Supremo Tribunal Federal o entendimento de que não consubstancia prova ilícita a gravação de conversa feita por um dos interlocutores, sem o conhecimento do outro.

    CONSTITUCIONAL. PENAL. GRAVAÇÃO DE CONVERSA FEITA POR UM DOS INTERLOCUTORES: LICITUDE. PREQUESTIONAMENTO. Súmula 282-STF. PROVA: REEXAME EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO: IMPOSSIBILIDADE. Súmula 279-STF. I. - A gravação de conversa entre dois interlocutores, feita por um deles, sem conhecimento do outro, com a finalidade de documentá-la, futuramente, em caso de negativa, nada tem de ilícita, principalmente quando constitui exercício de defesa. (...)
    (STF. AI: 503617 PR, Relator: Min. CARLOS VELLOSO, Data de Julgamento: 01/02/2005, Segunda Turma, Data de Publicação: DJ 04-03-2005)

    AÇÃO PENAL. PROVA. GRAVAÇÃO AMBIENTAL. REALIZAÇÃO POR UM DOS INTERLOCUTORES SEM CONHECIMENTO DO OUTRO. VALIDADE. JURISPRUDÊNCIA REAFIRMADA. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. APLICAÇÃO DO ART. 543-B, § 3O, DO CPC. É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro. (RE 583.937- QO-RG, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 19-11-2009, Plenário, DJE de 18.12.2009, com repercussão geral). 

    No mesmo sentido: HC 91.613, rel. min. Gilmar Mendes, julgamento em 15.5.2012, Segunda Turma, DJE de 17-9- 2012; Inq 2.116-QO, Rel. p/ o ac. Min. Ayres Britto, julgamento em 15.9.2011, Plenário, DJE de 29.2.2012; AI 769.867-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 8.2,2011, Primeira Turma, DJE de 24.3.2011. Vide: RE 212.081, Rel. Min. Octavio Gallotti, julgamento em 5.12.1997, Primeira Turma, DJ de 27.3.1998.

    Dessa maneira, é correto afirmar que Técio poderia ter gravado a conversa que teve com Tício para utilizá-la como prova de defesa ou em decorrência de investida criminosa.  

    A título de complemento, necessário destacar que, embora a Lei nº 13.964/19 tenha provocado alteração nesta seara, ao incluir o art. 10-A na Lei nº 9.296/96, que criminaliza a gravação ambiental, referido artigo dispõe expressamente que não há crime se a captação é realizada por um dos interlocutores.

    Subsiste a reserva jurisdicional somente com relação à captação por terceiros sem autorização judicial, sem conhecimento dos comunicadores, quando existe a inviolabilidade da privacidade, protegida constitucionalmente.

    Art. 10-A. Realizar captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos para investigação ou instrução criminal sem autorização judicial, quando esta for exigida: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
    § 1º Não há crime se a captação é realizada por um dos interlocutores. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

    B) Incorreta. Não há que se falar em violação ao direito à intimidade de Tício, pois sob o fundamento de se produzir prova de defesa ou em decorrência de investida criminosa, a conduta adotada por Técio visava o resguardo de direito próprio.

    “A violação do sigilo das comunicações, sem autorização dos interlocutores, é proibida, pois a Constituição Federal assegura o respeito à intimidade e vida privada das pessoas, bem como o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas e telefônicas (art. 5º, inciso XII, da CF 88). Entretanto, não se trata nos autos de gravação da conversa alheia (interceptação), mas de registro de comunicação própria, ou seja, em que há apenas os interlocutores e a captação é feita por um deles sem o conhecimento da outra parte. No caso, a gravação ambiental efetuada pela corré foi obtida não com o intuito de violar a intimidade de qualquer pessoa, mas com o fito de demonstrar a coação que vinha sofrendo por parte da ora recorrente, que a teria obrigado a prestar declarações falsas em juízo, sob pena de demissão. Por não se enquadrar nas hipóteses de proteção constitucional do sigilo das comunicações, tampouco estar disciplinada no campo infraconstitucional, pela Lei nº 9.296/96, a gravação unilateral feita por um dos interlocutores com o desconhecimento do outro deve ser admitida como prova, em face do princípio da proporcionalidade" (STJ. REsp n° 1113734-SP. Rel. Og Fernandes, j. 28.09.2010, DJE 06.12.2010)

    C) Incorreta. Conforme extensivamente demonstrado, a gravação de conversa por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro é lícita e por isso aceitável, não prescinde de autorização judicial para realização deste feito.

    D) Incorreta. Como visto, sob a ótica do direto constitucional e processual penal, a gravação da conversa nos termos apresentados na questão é aceita pela jurisprudência das Cortes Superiores, pacífica neste sentido. 

    Gabarito do professor: alternativa A.

ID
2365267
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Em linhas gerais, a fiança é o contrato pelo qual alguém, o fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra. Sobre o contrato de fiança, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o Código Civil/2002:

     

    A) ERRADA.

    Art. 821. As dívidas futuras podem ser objeto de fiança; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal devedor.

     

    B) CORRETA.

    Art. 820. Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra sua vontade.

     

    C) ERRADA. A regra é que haja benefício de ordem (os bens do fiador somente respondem pela dívida depois da execução dos bens do devedor).

    Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor.

     

    D) ERRADA.

    Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.

     

    Gabarito: alternativa B.

     

    Bons estudos! ;) 

  •  a) As dívidas futuras não podem ser objeto de fiança. 

    FALSO.

    Art. 821. As dívidas futuras podem ser objeto de fiança; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal devedor.

     

     b) A fiança pode ser estipulada ainda que sem o consentimento do devedor, ou até mesmo contra sua vontade.  

    CERTO

    Art. 820. Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua vontade.

     

     c) O Código Civil de 2002 estabelece, como regra geral, a solidariedade legal entre o fiador e o devedor principal. 

    FALSO. Existe benefício de ordem

    Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor.

    Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do devedor, sitos no mesmo município, livres e desembargados, quantos bastem para solver o débito.

     

     d) Em consonância com o princípio da instrumentalidade das formas, admite-se que a fiança seja pactuada de forma escrita ou verbal, sendo ainda possível sua interpretação extensiva.  

    FALSO

    Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.

     

  • A) De acordo com o art. 821 do CC “As dívidas futuras PODEM SER OBJETO DE FIANÇA; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal devedor". Exemplo: contrato de locação, em que as partes convencionam que o fiador indenizará o locador pelos danos causados ao imóvel, pelo locatário, no término do contrato. Incorreta;

    B) A assertiva está em consonância com o que dispõe o art. 820 do CC, que trata da hipótese em que teremos um contrato realizado entre o credor da obrigação garantida e o fiador. Embora o contrato de fiança seja um contrato acessório, pois depende de um contrato principal para existir, se estiverem presentes as manifestações de vontade do credor e do fiador, isso basta para que o contrato se torne perfeito e acabado, ainda que não haja a concordância do afiançado. Prepondera o interesse do credor, sendo, portanto, irrelevante o consentimento do devedor. Exemplo: o filho não quer que seu pai seja fiador do contrato de locação, pois quer provar para ele que pode se virar sozinho e que não precisa de favor. De nada adiantará a sua vontade se o contrato de fiança ficar convencionado entre o locador e o pai do locatário. Correta;

    C) O Código Civil de 2002 estabelece, como regra geral, a solidariedade legal entre o fiador e o devedor principal. > Antes de mais nada, insta relembrar que a solidariedade não se presume, mas decorre da lei ou da vontade das partes (art. 265 do CC). O art. 827 do CC estabelece que “O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor". Digamos, então, que Caio, locador, realize com Ticio, locatário, o contrato de locação de imóvel. Nevio irá figurar como fiador. Diante do inadimplemento de Ticio, Caio poderá executar Nevio, mas se faz necessária a observância do BENEFÍCIO DE ORDEM, prevista no art. 827. Caso não existam bens do locatário a serem executados, os bens do fiador responderão. Fica claro que a obrigação do fiador é subsidiária. Incorreta;

    D) Dispõe o art. 819 do CC que “A fiança dar-se-á POR ESCRITO, E NÃO ADMITE INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA". O legislador exige, portanto, a forma escrita, não sendo admitida interpretação extensiva. Por qual razão? Trata-se de um contrato unilateral, benéfico, em que o fiador não experimenta vantagens. Portanto, não se aplica aqui o Princípio da Liberdade de Formas (art. 107 do CC), exigindo-se que seja escrito. No mais, por ser um contrato gratuito, já que somente o credor experimenta benefícios, sem que o fiador receba contraprestação, deve ser interpretado restritivamente. Incorreta. 



    Resposta: B 
  • GABARITO: B

    A) INCORRETA

    De acordo com o art. 821 do CC “As dívidas futuras PODEM SER OBJETO DE FIANÇA; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal devedor".

    Exemplo: contrato de locação, em que as partes convencionam que o fiador indenizará o locador pelos danos causados ao imóvel, pelo locatário, no término do contrato.

    B) CORRETA

    A assertiva está em consonância com o que dispõe o art. 820 do CC. Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua vontade.

    Trata-se da hipótese em que teremos um contrato realizado entre o credor da obrigação garantida e o fiador. Embora o contrato de fiança seja um contrato acessório, pois depende de um contrato principal para existir, se estiverem presentes as manifestações de vontade do credor e do fiador, isso basta para que o contrato se torne perfeito e acabado, ainda que não haja a concordância do afiançado. Prepondera o interesse do credor, sendo, portanto, irrelevante o consentimento do devedor. Exemplo: o filho não quer que seu pai seja fiador do contrato de locação, pois quer provar para ele que pode se virar sozinho e que não precisa de favor. De nada adiantará a sua vontade se o contrato de fiança ficar convencionado entre o locador e o pai do locatário.

    C) INCORRETA

    A solidariedade não se presume, mas decorre da lei ou da vontade das partes (art. 265 do CC).

    O art. 827 do CC estabelece que “O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor".

    Digamos, então, que Caio, locador, realize com Ticio, locatário, o contrato de locação de imóvel. Nevio irá figurar como fiador. Diante do inadimplemento de Ticio, Caio poderá executar Nevio, mas se faz necessária a observância do BENEFÍCIO DE ORDEM, prevista no art. 827. Caso não existam bens do locatário a serem executados, os bens do fiador responderão. Fica claro que a obrigação do fiador é subsidiária.

    D) INCORRETA

    Dispõe o art. 819 do CC que “A fiança dar-se-á POR ESCRITO, E NÃO ADMITE INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA".

    O legislador exige, portanto, a forma escrita, não sendo admitida interpretação extensiva. Por qual razão?

    Trata-se de um contrato unilateral, benéfico, em que o fiador não experimenta vantagens. Portanto, não se aplica aqui o Princípio da Liberdade de Formas (art. 107 do CC), exigindo-se que seja escrito. No mais, por ser um contrato gratuito, já que somente o credor experimenta benefícios, sem que o fiador receba contraprestação, deve ser interpretado restritivamente.

    FONTE: Comentários da Professora do Qconcursos-Taíse Sossai Paes


ID
2365270
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A responsabilidade civil consiste na obrigação de reparar o dano que advém do descumprimento obrigacional, da desobediência de uma regra restabelecida em contrato ou da inobservância de um preceito normativo que regula a vida. Com relação ao tema, analise afirmativas a seguir.

I. A origem do abuso de direito está vinculada à teoria dos atos emulativos. Conforme previsto pelo Código Civil de 2002, o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes, comete ato ilícito.
II. Pelo princípio da independência absoluta entre as instâncias cível e penal, a decisão proferida pelo juízo criminal não produz qualquer efeito sobre o processo posteriormente instaurado para apurar a responsabilidade civil sobre o mesmo fato.
III. Aquele que habitar um prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. Caso, posteriormente, se identifique o eventual culpado, fica assegurado o direito de regresso aos demais moradores.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

    I -  CERTO:  Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

    Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.


    II - Errado, pode produzir efeitos na esfera cível quando for constatado negativa de autoria ou inexistência do fato, nesses 2 casos, a decisão criminal vincula a esfera cível

    III - CERTO: Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.

    bons estudos

  • COMPLEMENTANDO A AFIRMATIVA 'I'

     

    Acerca da teoria dos atos emulativos e o abuso de direito, ensina FLÁVIO TARTUCE (2016):

     

    [...] o art. 187 do CC traz uma nova dimensão de ilícito, consagrando a teoria do abuso de direito como ato ilícito, também conhecida por teoria dos atos emulativos. Amplia-se a noção de ato ilícito, para considerar como precursor da responsabilidade civil aquele ato praticado em exercício irregular de direitos, ou seja, o ato é originariamente lícito, mas foi exercido fora dos limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé objetiva ou pelos bons costumes. É a redação desse importante comando legal:


    “Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico e social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”.


    Tal dispositivo está revolucionando a visualização da responsabilidade civil, trazendo nova modalidade de ilícito, precursora do dever de indenizar.

     

    Pela análise do art. 187 do CC em vigor, conclui-se que a definição de abuso de direito está baseada em quatro conceitos legais indeterminados, cláusulas gerais que devem ser preenchidas pelo juiz caso a caso, a saber:


    a) fim social;


    b) fim econômico;


    c) boa-fé;


    d) bons costumes.


    [...]

     

    Portanto, conforme o entendimento majoritário da doutrina nacional, presente o abuso de direito, a responsabilidade é objetiva, ou independentemente de culpa. Essa é a conclusão a que chegaram os juristas participantes da I Jornada de Direito Civil promovida pelo Conselho da Justiça Federal, com a aprovação do Enunciado n. 37 e que tem a seguinte redação: “Art. 187. A responsabilidade civil decorrente do abuso do direito independe de culpa, e fundamenta-se somente no critério objetivo-finalístico”.

     

    (Manual de direito civil: volume único / Flávio Tartuce. 6. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016).

     

     

     

     

  • Complementando

     

    II - Errado - por que o juizo criminal vincula o cível na forma do artigo 935 "A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal" que é justamente quando ficar estabelecido a negativa de autoria ou inexistência do fato.

  • Complementando o item III, que trata do defenestramento ("effusum et deiectum"):

     

    Art. 938, CC. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.

     

    Enunciado nº 557 do CJF: Nos termos do art. 938 do CC, se a coisa cair ou for lançada de condomínio edilício, não sendo possível identificar de qual unidade, responderá o condomínio, assegurado o direito de regresso.
     

  • A origem do abuso de direito está vinculada à teoria dos atos emulativos.

     

    Conforme previsto pelo Código Civil de 2002,

     

    o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes, comete ato ilícito

  • TEORIA DOS ATOS EMULATIVOS: prevê o que a doutrina denomina de ato emulativo, ou seja, é um ato vazio, sem utilidade alguma para o agente que o faz no intuito de prejudicar terceiro. Rui Stoco nos ensina que para a configuração do ato emulativo há a necessidade do concurso dos seguintes pressupostos legais: (1) o exercício de um direito; (2) que desse exercício resulte dano a terceiro; (3) que o ato realizado seja inútil para o agente; (4) que a realização seja determinada, exclusivamente, pela intenção de causar um dano a outrem.
    Fonte: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1973844/o-que-se-entende-por-ato-emulativo-kelli-aquotti-ruy

    QCS referentes ao tema:

    MPE-MS 2018 Configuram abuso do direito de propriedade os atos emulativos como também aquele que exerce o poder/dever de propriedade, sem dar-lhe função social e econômica. VERDADEIRO!

    MPE-MG 2014
    Os atos emulativos praticados pelo proprietário caracterizam os direitos de usar (ius utendi), gozar (jus fruendi) e dispor (ius abutendi), salvo quando ofensivos à função socioambiental da propriedade. FALSO!

    CONSULPLAN TRF 2º 2017
    A origem do abuso de direito está vinculada à teoria dos atos emulativos. Conforme previsto pelo Código Civil de 2002, o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes, comete ato ilícito. VERDADEIRO!

    FGV TJ-AP 2008
    O ato emulativo enseja responsabilidade civil de cunho: e) objetivo.

    Devagar e sempre!

  • Sabendo-se que o item II está errado, elimina-se as alternativa A, B e D. Sobra o gabarito: C

  • I. O art. 1.228, § 2º do CC dispõe que “São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem". Esse dispositivo legal acaba por limitar o exercício da propriedade, que não pode ser abusivo, pois, do contrário, configurará o que se denomina de ato emulativo civil. Exemplo: dar festas barulhentas todas as noites no apartamento. Interessante é a questão levantada por Flavio Tartuce: o enunciado do dispositivo legal faz referência ao dolo quando cita intenção de prejudicar outrem. Acontece que o abuso de direito é tratado no art. 187 do CC e o legislador não faz referência ao dolo. Aliás, temos o enunciado 37 do CJF, que traz a responsabilidade objetiva no caso de abuso de direito ao dispor que “A responsabilidade civil decorrente do abuso do direito independe de culpa e fundamenta-se somente no critério objetivo-finalístico." Por tal razão, Rodrigo Reis Mazzei sugere a retirada do § 2º do art. 1.228 do CC. (TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Direito das Coisas. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016. v. 4. p. 137). Correta;

    II. Vale a pena lembrar do art. 200 do CC: “Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva". Temos, ainda, o art. 935 do CC: “A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal". Adota-se o principio da independência de instâncias; contudo, tal independência não é absoluta, haja vista não mais ser possível questionar sobre a existência do fato ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal (independência relativa). Na mesma linha da independência relativa entre as instâncias temos o art. 65 do CPP: “Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito". Assim, nessas situações, a decisão no âmbito penal vincula o juízo civil. Incorreta;

    III. A primeira parte da assertiva é a reprodução do art. 938 do CC. Trata-se da responsabilidade civil por fato da coisa: “o art. 938 do Código Civil de 2002 adotou a teoria do risco criado ao prever a responsabilidade do ocupante do prédio pelos objetos líquidos e sólidos que dele caírem ou forem lançados em local indevido, causando danos a terceiros. (...) A doutrina contemporânea tem afirmado que a responsabilidade do ocupante é objetiva diante de um risco que é criado, havendo desrespeito a um dever de segurança, como nos casos em que se deixa um objeto perto da janela" (TARTUCE, Flavio. TEORIA DO RISCO CONCORRENTE NA RESPONSABILIDADE OBETIVA. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2010. p. 126). Sabemos, portanto, que a responsabilidade é objetiva, mas a quem ela será imputada? Para a resposta temos o Enunciado 557 do CJF, que é exatamente o que traz a segunda parte da assertiva: “Nos termos do art. 938 do CC, se a coisa cair ou for lançada de condomínio edilício, não sendo possível identificar de qual unidade, responderá o condomínio, assegurado o direito de regresso". No mesmo sentido é a jurisprudência do STJ: "Responsabilidade civil - Objetos lançados da janela de edifícios - A reparação dos danos é responsabilidade do condomínio. A impossibilidade de identificação do exato ponto de onde parte a conduta lesiva impõe ao condomínio arcar com a responsabilidade reparatória por danos causados a terceiros. Inteligência do art. 1.529 do Código Civil Brasileiro. Recurso não conhecido" (STJ, REsp n. 64.682/RJ, relator Ministro Bueno de Souza, Quarta Turma, julgamento em 10/11/1998, DJ de 29/3/1999, p. 180). E mais: “se o dano é imputado a condomínio, não se podendo identificar a unidade habitacional de onde partiu a coisa, a jurisprudência tem adotado o critério de responsabilizar apenas o bloco de apartamentos de onde se poderia, segundo a lógica dos fatos, partir o objeto. Dessa maneira, os moradores do bloco ou face do prédio oposto ao local do dano não seriam admitidos como parte legítima para responderem na demanda indenizatória (GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil. Responsabilidade Civil. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. v. 3, p. 267). Correta. 


    Estão corretas as afirmativas

    C) I e III, apenas.


    Resposta: C 
  • Gabarito

    C) I e III, apenas.

    Sobre a alternativa II. ERRADA

    Pelo princípio da independência absoluta entre as instâncias cível e penal, a decisão proferida pelo juízo criminal não produz qualquer efeito sobre o processo posteriormente instaurado para apurar a responsabilidade civil sobre o mesmo fato.

    Ora, a questão encontra-se equivocada ao afirmar que "não produz qualquer efeito", ao contrário, se eventualmente a parte apenas ingressar na esfera criminal e após a sentença transitar em julgado quiser adentrar na esfera cível a decisão será considerada como titulo executivo judicial.

  • Nunca ouvi falar dessa "teoria dos atos emulativos". Ainda assim, a questão é facílima. A assertiva II está evidentemente errada e, por eliminação, a resposta é a letra "C".

  • Eu não sabia a regra quanto ao item III, mas como o II pecou na generalização, sabendo do I, daria p matar.


ID
2365273
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

“Sérgio, rico empresário, possui diversas propriedades rurais no interior do Mato Grosso do Sul utilizadas para cultivo de soja transgênica. Reside, contudo, em bairro da zona nobre do Estado de São Paulo, de onde administra seus negócios. No fim do ano, em viagem para uma de suas fazendas, constata que um grupo de ruralistas sem-terra invadira sua propriedade alegando se tratar de propriedade improdutiva e pugnando pela desapropriação da área para fins de reforma agrária. Sérgio é informado que os mesmos estavam ocupando o local há, aproximadamente, três meses.” Com base no caso hipotético narrado, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o CPC/2015:

     

    A) ERRADA. A ação deve ser proposta no Mato Grosso do Sul, somente.

    Art. 47, § 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro da situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.

     

    B) ERRADA.

    Art. 554, § 1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública.

     

    C) ERRADA.

    Art. 562. Estando a petição inicial em sua devida forma, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição de mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.

     

    D) CORRETA.

    Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:

    [...]

    III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

    [...]

    Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:

    I - terá vistas dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;

    II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.

     

    Gabarito: alternativa D.

     

    Bons estudos! ;)

  • A informação de que a ocupação irregular tinha apenas três meses é relevante, pois, se tivesse mais de ano e dia, seria aplicável o procedimento comum, e, consequentemente, inviável o deferimento do mandado liminar (sem oitiva dos réus) do art. 562, citado pela Luísa.

     

    NCPC, Art. 558.  Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da Seção II deste Capítulo [Da manutenção e da reintegração de posse] quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na petição inicial.

     

    Parágrafo único.  Passado o prazo referido no caput, será comum o procedimento, não perdendo, contudo, o caráter possessório.

  • GAB D- Art. 178.  O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:

    I - interesse público ou social;

    II - interesse de incapaz;

    III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

     

    Art. 179.  Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:

    I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;

    II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.

  • Complementando a letra D):

    Art. 279.  É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.

    § 1o Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado.

    § 2o A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo.

  • Eu achei até 'simples' entender essa parte das especificidades da competência quanto ao território. Bem, nos direitos reais sobre imóveis como propriedade, servidão, vizinhança, etc; nas ações possessórias imobiliárias é importante, se não necessário, o juiz do foro local requerer diligências, intimar testemunhas, etc. para resolver o mérito da questão. Dessa forma, essas cláusulas de competência absoluta servem para facilitar a ação do Poder Judiciário no que tange ao seu ofício e gastar menos, sem ter que enviar cartas precatórias no decurso de todo o processo para os atos citados acima. Entender o por quê da norma ajuda a raciocinar quando a questão pede!! Um abraço.

  • Questão muito boa.

    Gab D

  • a) ERRADO. AÇÃO POSSESSÓRIA > AÇÃO DE DIREITO REAL IMOBILIÁRIO > FORO DE SITUAÇÃO DA COISA > COMPETÊNCIA ABSOLUTA.

     

    b) ERRADO. ?

     

    c) ERRADO. O JUIZ NÃO PODERÁ DECIDIR EM DESFAVOR DE UMA DAS PARTES SEM PREVIAMENTE OUVÍ-LA. EXCEÇÕES: TUTELA DE URGÊNCIA / TUTELA DE EVIDÊNCIA (1. PROVA DOCUMENTAL + TESE FIRMADA EM JULGAMENTO DE CASOS REPETITIVOS / SV, OU 2. PEDIDO REIPERSECUTÓRIO (ENTREGA DE OBJETO)) / HIPÓTESE DO 701 - DIREITO EVIDENTE - PAGAMENTO / ENTREGA / EXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO.

     

    d) CERTO. INTERVENÇÃO DO MP COMO FISCAL DA ORDEM JURÍDICA EM 30 DIAS: HIPÓTESES > INTERESSE DE INCAPAZ / PÚBLICO / SOCIAL / LITÍGIO TERRA URBANA / RURAL. PRERROGATIVAS > PRODUZIR PROVAS / REQ. MEDIDAS PROCESSUAIS / RECORRER.

  • Letra B)

     

    AÇÃO POSSESSÓRIA

     

    OCUPANTES ENCONTRADOS NO MOMENTO DA CITAÇÃO -> CITADOS PESSOALMENTE

    OCUPANTES NÃO ENCONTRADOS NO MOMENTO DA CITAÇÃO -> CITADOS POR EDITAL

  •  a)  ERRADA 

    Art. 47.  Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.

    § 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.

     

     b)  ERRADA

    Art. 554.  § 1° No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública.

     

     c)  ERRADA

    Art. 562.  Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.

     

     d) Tratando-se de litígio coletivo pela posse de terra rural, O Ministério Público será intimado para, no prazo de trinta dias, intervir como fiscal da ordem jurídica, hipótese em que terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo, bem como poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.  CORRETA

    Art. 178.  O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:

    III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

    Art. 179.  Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:

    I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;

    II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.

  • Alternativa A) Dispõe o art. 47, caput, do CPC/15, que "para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa", e, o §2º do mesmo dispositivo legal que "a ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta". Conforme se nota, Sérgio não poderá optar por propor a ação no foro de seu domicílio, sendo o foro da situação da coisa absolutamente competente para tanto. Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) Regulamentado o rito das ações possessórias, dispõe o art. 554, §1º, do CPC/15, que "no caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública". Conforme se nota, os ocupantes que forem encontrados no local deverão ser citados pessoalmente e não por edital. Afirmativa incorreta.
    Alternativa C) Ao contrário do que se afirma, sobre o rito das ações de manutenção e reintegração de posse, dispõe o art. 562, caput, do CPC/15, que "estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada". Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) É o que se extrai da literalidade dos arts. 178, III, e 179, do CPC/15, senão vejamos: "Art. 178.  O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam: (...) III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana. (...) Art. 179.  Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público: I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo; II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer". Afirmativa correta.

    Gabarito do professor: Letra D.

  • Conquanto seja uma banca pequena, foi uma questão muito bem feita .

  • Letra D

    Art. 554, § 1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública.

    Art. 562. Estando a petição inicial em sua devida forma, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição de mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.

  • Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:

    III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

    Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:

    I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;

    II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.

    GAB-D

  • GABARITO: D

    a) ERRADO: Art. 47, § 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.

    b) ERRADO: § 1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública.

    c) ERRADO: Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.

    d) CERTO: Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam: III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana. Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público: I - terá vistas dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo; II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.


ID
2365276
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

O Novo Código de Processo Civil de 2015 (Lei Federal nº 13.105) prestigia, em diversas passagens, os métodos alternativos de solução de conflitos como forma de entregar aos cidadãos uma prestação jurisdicional mais célere e que melhor atenda os interesses das partes em conflito, buscando-se, com isso, a pacificação social e a maior efetividade das decisões estatais. No que tange às disposições processuais que regem os conciliadores e mediadores judiciais, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o CPC/2015:

     

    A) CORRETA.

    Art. 168. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.

    § 1º O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal.

     

    B) ERRADA.

    Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.

    § 1º A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto pelas partes.

     

    C) ERRADA.

    Art. 167, § 5º Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma do caput, se advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem suas funções.

     

    D) ERRADA.

    Art. 174.  A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios criarão câmaras de mediação e conciliação, com atribuições relacionadas à solução consensual de conflitos no âmbito administrativo, tais como:

    I - dirimir conflitos envolvendo órgãos e entidades da administração pública;

    II - avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos, por meio de conciliação, no âmbito da administração pública;

    III - promover, quando couber, a celebração de termo de ajustamento de conduta.

     

    Gabarito: alternativa A.

     

    Bons estudos! ;)

  • GABARITO: A 

     

    A) CPC | Art. 168. (...) § 1º O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal.

     

    B) CPC | Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada. § 1º A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto pelas partes.

     

    C) CPC | Art. 167. (...) § 5º Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma do caput, se advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem suas funções.

     

    D) CPC | Art. 174.  A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios criarão câmaras de mediação e conciliação, com atribuições relacionadas à solução consensual de conflitos no âmbito administrativo, tais como: I - dirimir conflitos envolvendo órgãos e entidades da administração pública; II - avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos, por meio de conciliação, no âmbito da administração pública; III - promover, quando couber, a celebração de termo de ajustamento de conduta.

  • O caba se encontra numa situação que precisa de socorro e grita: "II ACOID" (princípios da concialiação e mediação - art. 166)

    Independência

    Imparcialidade

    Autonomia do vontade

    Confidencialidade

    Oralidade

    Informalidade

    Decisão informada

  • GAB: A.

    /

    Em relação ao artigo 166, vai abaixo um dica de memorização que vi tempos atrás no QC.

    /

    Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.

    /

    3 INDIOS NA OCA

    INdependência

    INformalidade

    IMparcialidade

    DI Decisão Informada

    os

    Oralidade

    Confidencialidade

    Autonomia da vontade

  • Lembrando que, segundo o art.172, "o conciliador e o mediador ficam impedidos pelo prazo de 1 ANO, contado do término da última audiência em que atuaram, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes". 

  • LETRA A CORRETA 

    NCPC

    Art. 168.  As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.

    § 1o O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal.

  • PONTO POLÊMICO

    As partes poderão escolher o mediador no caso de mediação judicial?

    CPC 2015: SIM

    Veja o que diz o art. 165, § 1º do novo CPC, que só entrará em vigor em março de 2016:

    Art. 168.  As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.

    § 1º O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal.

    Lei 13.140/2015: NÃO

    Confira agora a regra da Lei da Mediação, que entra em vigor no dia 26/12/2015:

    Art. 25. Na mediação judicial, os mediadores não estarão sujeitos à prévia aceitação das partes, observado o disposto no art. 5º desta Lei.

    Pela redação dos dois dispositivos, percebe-se que o CPC 2015 permite que as partes escolham livremente o mediador judicial, dispensando até mesmo que ele esteja previamente cadastrado no Tribunal. A Lei da Mediação, ao contrário, na redação do seu art. 25, impõe o mediador judicial às partes, sendo este designado pelo Tribunal mediante distribuição.

    A doutrina deverá, portanto, resolver esse impasse. Particularmente, apesar de a regra do CPC 2015 ser melhor e mais consentânea com os princípios da mediação, penso que, tecnicamente, deve prevalecer a Lei n.° 13.140/2015 considerando que se trata de lei específica em detrimento ao CPC (que é norma geral), além do fato de que o art. 25 da Lei n.° 13.140/2015 derrogou o § 1º do art. 168 do CPC 2015 ainda durante a vacatio legis. Sobre este ponto, vale ressaltar que é perfeitamente possível que uma lei revogue outra que nem entrou em vigor, ou seja, que ainda está em vacatio legis.

    Fonte: Dizer o Direito

  • As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.

     

    § 1º O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal.

     

     

    De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia, determinar a produção de prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for de menor complexidade.

    § 3o A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz, sobre ponto controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico.

    § 4o Durante a arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica específica na área objeto de seu depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens com o fim de esclarecer os pontos controvertidos da causa.

    Art. 465.  O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

    § 1o Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito:

    I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;

    II - indicar assistente técnico;

    III - apresentar quesitos.

    § 2o Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias:

    I - proposta de honorários;

    II - currículo, com comprovação de especialização;

    III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais.

    § 3o As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no prazo comum de 5 (cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os fins do art. 95.

    § 4o O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

     

    s partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimento, desde que:

    I - sejam plenamente capazes;

    II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.

     

    § 1o As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos para acompanhar a realização da perícia, que se realizará em data e local previamente anunciados.

     

    § 2o O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz.

    § 3o A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito nomeado pelo juiz.

    Art. 472.  O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar suficientes

  • Gianfrancesco Siqueira , anotado seu mnemonico, estou usando ele agora, obrigado (3 indios na oca).

  • Alternativa A) A afirmativa está de acordo com o que prevê a lei processual civil acerca da escolha do mediador ou do conciliador, senão vejamos: "Art. 168, CPC/15.  As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação. § 1o O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal. § 2o Inexistindo acordo quanto à escolha do mediador ou conciliador, haverá distribuição entre aqueles cadastrados no registro do tribunal, observada a respectiva formação". Afirmativa correta.
    Alternativa B) A conciliação e a mediação, ao contrário do que se afirma, não são informadas pelo princípio da publicidade, mas, sim, pelo princípio da confidencialidade, senão vejamos: "Art. 166, CPC/15.  A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada. § 1o A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa deliberação das partes. § 2o Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o mediador, assim como os membros de suas equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação. (...)". Afirmativa incorreta.
    Alternativa C) Ao contrário do que se afirma, determina o art. 167, §5º, do CPC/15: "Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma do caput, se advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem suas funções". Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) Ao contrário do que se afirma, a lei processual admite a utilização dos mecanismos de solução consensual de conflitos, tais como a conciliação e a mediação, também no âmbito administrativo, senão vejamos: "Art. 174.  A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios criarão câmaras de mediação e conciliação, com atribuições relacionadas à solução consensual de conflitos no âmbito administrativo, tais como: I - dirimir conflitos envolvendo órgãos e entidades da administração pública; II - avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos, por meio de conciliação, no âmbito da administração pública; III - promover, quando couber, a celebração de termo de ajustamento de conduta". Afirmativa incorreta.

    Gabarito do professor: Letra A.

  • NÃO CAI NO TJ SP

  • Aviso aos navegantes: em processo civil, nada de perder muito tempo com doutrina, principalmente concurso para tribunais, deve-se devorar a letra de lei. Ponto.
  • Dica que aprendi no QC sobre os princípios da Conciliação e da Mediação.

     

    3 INDIOS : Independência; Imparcialidade; Informalidade; Decisão Informada

    na 

    O C A: Oralidade; Confidencialidade; Autonomia da vontad

     

     

    "... do Senhor vem a vitória..."

  • Art. 168.  As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.

    § 1o O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal.

  • Art. 168.  As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.

    § 1o O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal

     

  • Ainda sobre o mnemônico: 

     

    CAPÍTULO 1 - DA DECISÃO INFORMADA: 

    3 ÍNDIOS NA OCA. 

    ..............................

    Decisão informada; 

    Independência; 

    Imparcialidade; 

    Informalidade; 

    Oralidade;

    Confidencialidade; e 

    Autonomia da vontade. 

  • 2 As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador ou o mediador, ainda que este não esteja cadastrado no tribunal onde tramita o processo. CERTO (As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação. - O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal).

  • A

  • Alternativa A) A afirmativa está de acordo com o que prevê a lei processual civil acerca da escolha do mediador ou do conciliador, senão vejamos: "Art. 168, CPC/15. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação. § 1o O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal. § 2o Inexistindo acordo quanto à escolha do mediador ou conciliador, haverá distribuição entre aqueles cadastrados no registro do tribunal, observada a respectiva formação". Afirmativa correta.

    Alternativa B) A conciliação e a mediação, ao contrário do que se afirma, não são informadas pelo princípio da publicidade, mas, sim, pelo princípio da confidencialidade, senão vejamos: "Art. 166, CPC/15. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada. § 1o A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa deliberação das partes. § 2o Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o mediador, assim como os membros de suas equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação. (...)". Afirmativa incorreta.

    Alternativa C) Ao contrário do que se afirma, determina o art. 167, §5º, do CPC/15: "Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma do caput, se advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem suas funções". Afirmativa incorreta.

    Alternativa D) Ao contrário do que se afirma, a lei processual admite a utilização dos mecanismos de solução consensual de conflitos, tais como a conciliação e a mediação, também no âmbito administrativo, senão vejamos: "Art. 174. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios criarão câmaras de mediação e conciliação, com atribuições relacionadas à solução consensual de conflitos no âmbito administrativo, tais como: I - dirimir conflitos envolvendo órgãos e entidades da administração pública; II - avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos, por meio de conciliação, no âmbito da administração pública; III - promover, quando couber, a celebração de termo de ajustamento de conduta". Afirmativa incorreta.

    Gabarito do professor: Letra A.

  • O Novo Código de Processo Civil de 2015 (Lei Federal nº 13.105) prestigia, em diversas passagens, os métodos alternativos de solução de conflitos como forma de entregar aos cidadãos uma prestação jurisdicional mais célere e que melhor atenda os interesses das partes em conflito, buscando-se, com isso, a pacificação social e a maior efetividade das decisões estatais. No que tange às disposições processuais que regem os conciliadores e mediadores judiciais, é correto afirmar que: As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador ou o mediador, ainda que este não esteja cadastrado no tribunal onde tramita o processo.

  • GABARITO: A

    a) CERTO: Art. 168. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação. § 1º O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal.

    b) ERRADO: Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.

    c) ERRADO: Art. 167, § 5º Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma do caput , se advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem suas funções.

    d) ERRADO: Art. 174. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios criarão câmaras de mediação e conciliação, com atribuições relacionadas à solução consensual de conflitos no âmbito administrativo, tais como: I - dirimir conflitos envolvendo órgãos e entidades da administração pública;


ID
2365279
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

O Novo Código de Processo Civil de 2015 (Lei Federal nº 13.105) assegura alguns poderes ao juiz da causa, mas também impõe ao mesmo a observância de uma série de deveres e responsabilidades. Sobre o tema, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A) Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções, no processo em que seja amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados.  

    Incorreta. Há suspeição, não impedimento.

    Art. 145. Há suspeição do juiz:

    I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;

     

    B) O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 

    Correto.

    Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

     

    C) Com esteio nos princípios da cooperação e da não surpresa, o Código de Processo Civil veda a prolação de quaisquer decisões concessivas de tutela da evidência em desfavor de uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 

    Incorreto

    Art. 311.  A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

    II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

    III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

     

    Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

    Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:  

    II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;

     

    D) Ante a exigência de que todas as decisões sejam fundamentadas, o juiz não mais poderá declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo ou, quando o fizer, deverá necessariamente externar suas razões, sob pena de nulidade do pronunciamento.

    Incorreta

    Art. 145, § 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.

     

    Gabarito letra B

  •  (a) - É caso de SUSPEIÇÃO (art. 145, I, do NCPC). Em apertada síntese, ambos visam garantir a IMPARCIALIDADE, mas, diferem-se porque: um juiz declara-se impedido de julgar determinado processo por critérios objetivos (dica: a prova do impedimento é mais fácil de se produzir, são casos mais graves, a presunção de parcialidade é absoluta, gera nulidade e cabe ação rescisória, é alegável a qualquer tempo e por aí vai...); por outro lado, quando há razões subjetivas que possam comprometer a parcialidade do juiz, ele deve declarar-se suspeito (inclusive, pode alegar foro íntimo... a presunção de parcialidade é relativa... não tem rescisória e deve ser alegada no tempo oportuno, sob pena de preclusão).

     

    "A lei distingue entre impedimento e suspeição porque reconhece a existência de dois níveis de potencial perda de imparcialidade. No impedimento, a participação do juiz é vedada, porque é mais intensa ou mais direta a sua ligação com o processo, havendo um risco maior de perda de parcialidade; na suspeição, conquanto conveniente que ele se afaste, o risco é menor, razão pela qual, ainda que presentes as hipóteses, se nenhuma das partes reclamar e o juiz de ofício não pedir a sua substituição, o processo será por ele julgado, sem que, com isso, se verifiquem nulidades processuais".

     

    (Direito processual civil esquematizado® / Marcus Vinicius Rios Gonçalves ; coordenador Pedro Lenza. – 6. ed. – São Paulo : Saraiva, 2016. – (Coleção esquematizado®)

     

     (b) - Veda-se a "decisão-supresa", em que o juiz se vale de fundamento cognoscível de ofício (ex: prescrição), que não havia sido anteriormente suscitado, sem dar às partes oportunidade de manifestação. É exigência do CONTRADITÓRIO (que se divide em: dar ciência à parte + possibilidade de reação, ou seja, que seus argumentos influam na decisão a ser tomada).

     

    (c) - Não há essa vedação (pegadinha). Em síntese, em casos de urgência, a tutela provisória pode ser deferida em caráter antecedente ou, já no processo principal, em caráter liminar, antes que tenha sido citado o réu. Já em caso de evidência, a tutela não poderá ser antecedente, mas poderá ser liminar, nas hipóteses do art. 311, II e III (I e IV pressupõem que o réu já tenha comparecido aos autos, ou seja, ao menos que tenha sido citado).

     

    (d) - vide justificativa da "a"

  • GABARITO 

     

    ERRADA - Trata-se de hipótese de suspeição - Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções, no processo em que seja amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados.  

     

    CORRETA - Art 10 do NCPC - O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 

     

    ERRADA - Nas hipóteses dos incisos II e III do artigo 311 o juiz poderá decidir liminarmente, são eles: quando as alegações puderam ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de cados repetitivos ou em súmula vinculante e quando se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequeada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa - Com esteio nos princípios da cooperação e da não surpresa, o Código de Processo Civil veda a prolação de quaisquer decisões concessivas de tutela da evidência em desfavor de uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.  

     

    ERRADA - O juiz poderá declarar-se suspeito por motivo de foro intimo sem necessidade de expor suas razões - Ante a exigência de que todas as decisões sejam fundamentadas, o juiz não mais poderá declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo ou, quando o fizer, deverá necessariamente externar suas razões, sob pena de nulidade do pronunciamento. 

  • RESPOSTA: B

     

    NEOPROCESSUALISMO

     

    PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO

     

    DEVER DE CONSULTA

  • b) O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 

  • PRINCIPIO DO CONTRADITÓRIO PRÉVIO


    NCPC Art. 10.  O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

  • PRINCIPIO DA PROIBIÇÃO DA DECISÃO SUPRESA.

    NEOPROCESSUALISMO.

  • Alternativa "A": correta. De acordo com o art. 10, CPC/2015, No juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se mani- festar,· ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de Nas palavras de Zulmar Duarte, unâo há mais espaço para decisões so!ipsistas, por assim dizer, em que as questões ou perspectivas consideradas não restam submetidas ao contraditório prévio das partes. O magistrado não pode se considerar como sujeito isolado na cadeia processual. Seus atos processuais dependem e pressupõem os atos das partes, numa contínua relação dialética, em que a síntese, ainda que superadora, não se separa da tese e da antítese apresentadas"1• 

     

  • Alternativa "B": incorreta. O princípio da boa-fé processual estava disposto no art. 14, CPC/73, mais preci- samente no capítulo que tratava dos deveres das partes e dos procuradores. Apesar da localização topográfica, já se entendia que tal principlo tinha aplicabllidade a todos os que participassem do processo (juiz, partes, advogados, terceiros, da justiça, Ministério Público etc.). O art. 5°, CPC/2015, traduz esse entendimento ao elenca-lo no capítulo relativo às normas fundamentais do processo civil. 

  • Alternativa "C": incorreta. t exatamente o contrário. A primazia do julgamento do mérito (ou princípio da primazia da decisão de mérito) é reforçada por diversos dispositivos do CPC/2015, Exemplos; arts. 4°; 6°; 76; 139, IX; 317; 321; 485, § 7°; 488, 932, parágrafo único; 1.029, § 3°. De acordo com esse princípio "deve o órgáo julgador 

  • priorizar a decisão de mérito, tê-la como objetivo e fazer o possível para que ocorraui. 

  • Alternativa "D": incorreta. A ordem cronológica de julgamento, segundo a redação original da Lei 13.105/2015, dispunha que os juízes e tribunais deve- riam obedecer à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. Tal dever incumbia também ao escrivão e ao chefe de secretaria. Contudo, a Lei 13.256/2016 modificou a redação dos arts. 12 e 153, CPC/2015, e o que era obrigatório passou a ser preferen· cial. 

  • Nota do autor: a visão neoprocessua!ista resta

    evidente no CPC/2015. Enquanto o CPC/73 trazia os prin- cípios de forma esparsa, o legislador moderno, atento ao modelo constitucional de processo civil e ao reconhe- cimento da carga normativa dos princípios, optou por condensá-los no Capítulo J, Título único, Livro I, Parte Geral, arts. 1° ao 12. O princípio do devido processo lega! {art 5°, LIV, CF), por exemplo, sintese de todo o necessário para que a prestação jurisdicional seja justa e adequada, está destacado no art. 1°, CPC/2015. O princípio da razo- ável duraçao do processo (art. 5°, LXXVlll, CF) possui disposiçao expressa no art. 4°, CPC/2015. Ainda, o prin- cípio do contraditório {art. 5°, LV, CF), marcado por urna visão moderna que idealiza o contraditório participativo e valoriza o princípio da cooperação no processo, consa- gra-se na previsão do art. 9°, CPC/2015, ao determinar que o juiz deve intimar as partes antes de decidir até mesmo questões de ordem pública (as chamadas decí- sões de terceira via). Além disso, o princípio da inafasta- bllidade da jurisdição, também conhecido como prin- cípio do acesso à justiça {art. 5°, X'/.J0.J, CF), encontra-se prenunciado no caput do art. 3°, CPC/2015. Em suma, os arts. a 11 elencam uma série de princípios - alguns já dispostos no texto constitucíonal - que traduzem a forma

     

    contemporânea de pensar sobre o processo civil: à luz do texto constitucional. Não é por outra razão que o art. do CPC dispõe que "o processo cívil será ordenado, disçi- plinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da Repú- blica Federativa do Brasll, observando-se as disposições deste Código''.

     

     

  • Alternativa A) Esta corresponde a uma hipótese de suspeição e não de impedimento do juiz, senão vejamos: "Art. 145.  Há suspeição do juiz: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados". Importa lembrar que tanto as hipóteses de impedimento, quanto de suspeição, correspondem a situações em que o juiz tem o dever de abster-se de julgar. São situações de índole pessoal que o afastam da causa para preservar a imparcialidade do julgamento. Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) É o que dispõe expressamente o art. 10 do CPC/15: "Art. 10.  O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício". Afirmativa correta.
    Alternativa C) Ao contrário do que se afirma, nesse caso a regra que veda que o juiz profira decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida é excepcionada pela própria lei processual, senão vejamos: "Art. 9º, CPC/15: "Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único.  O disposto no caput não se aplica: I - à tutela provisória de urgência; II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; III - à decisão prevista no art. 701". A exceção trazida pelo inciso II corresponde a duas hipóteses em que o juiz está autorizado a conceder a tutela da evidência, quais sejam, quando "as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante" e quando "se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa". Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) Em sentido contrário, dispõe o §1º, do art. 145, do CPC/15, que "poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões". Afirmativa incorreta.

    Gabarito do professor: Letra B.

  • GABARITO: B

    a) ERRADO: Art. 145. Há suspeição do juiz: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;

    b) CERTO: Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

    c) ERRADO: Art. 9º, Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III ;

    d) ERRADO: Art. 145, § 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.

  • Alternativa a) c) e d) estão previstos no edital do TJ-SP: 

     

    A)Art. 145.  Há suspeição do juiz:

    I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;

     

     

    C)Art. 311.  A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

    II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

    III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

     

    Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

     

    D)art 145 § 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.

  • Importante atentar que a resposta da Letra B é a regra, e toda regra tem suas exceções.

     

    Não há contraditório prévio, por exemplo:

     

    - na improcedência liminar do pedido, ainda que fundada em prescrição ou decadência. Aqui, cabe ao autor apelar, podendo o juiz se retratar em 5 dias;

     

    - na concessão de tutela de urgência (cautelar ou antecipada);

     

    - na concessão liminar de tutela da evidência (nas hipóteses dos arts. 311, incisos II e III do CPC).

  • A letra B ( GABARITO) consubstancia justamente o PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA DECISÃO SURPRESA / PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA / PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO SUBSTANCIAL ( tudo sinônimo)..

    Fundamentação: arts. 9/10 do NOVO CPC!

  • 01. Sobre os princípios dispostos no novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015), assinale a alter~ nativa correta. a) O CPC/2015 reforça a exigência de contraditório prévio, ainda que se trate de matéria que o juiz deva conhecer sem a necessária provocação dos litigantes. b) O princípio da boa~fé processual é destinado às partes e aos advogados. e} O princípio da primazia do julgamento do mérito não conta com previsão na nova lei processual civil, que se contenta com decisões terminativas. d) O princípio da cronologia é de observância obrigatória tanto para os juízes e tribunais, quanto para o escrivão ou chefe de secretaria. iw·'--'Wlf.'.U4• O Nota do autor: a visão neoprocessua!ista resta evidente no CPC/2015. Enquanto o CPC/73 trazia os princípios de forma esparsa, o legislador moderno, atento ao modelo constitucional de processo civil e ao reconhecimento da carga normativa dos princípios, optou por condensá-los no Capítulo J, Título único, Livro I, Parte Geral, arts. 1° ao 12. O princípio do devido processo lega! {art 5°, LIV, CF), por exemplo, sintese de todo o necessário para que a prestação jurisdicional seja justa e adequada, está destacado no art. 1°, CPC/2015. O princípio da razoável duraçao do processo (art. 5°, LXXVlll, CF) possui disposiçao expressa no art. 4°, CPC/2015. Ainda, o princípio do contraditório {art. 5°, LV, CF), marcado por urna visão moderna que idealiza o contraditório participativo e valoriza o princípio da cooperação no processo, consagra-se na previsão do art. 9°, CPC/2015, ao determinar que o juiz deve intimar as partes antes de decidir até mesmo questões de ordem pública (as chamadas decísões de terceira via). Além disso, o princípio da inafastabllidade da jurisdição, também conhecido como princípio do acesso à justiça {art. 5°, X'/.J0.J, CF), encontra-se prenunciado no caput do art. 3°, CPC/2015. Em suma, os arts. 1° a 11 elencam uma série de princípios - alguns já dispostos no texto constitucíonal - que traduzem a forma

  • contemporânea de pensar sobre o processo civil: à luz do texto constitucional. Não é por outra razão que o art. 1° do CPC dispõe que "o processo cívil será ordenado, disçiplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasll, observando-se as disposições deste Código''. Resposta:"A': Alternativa "A": correta. De acordo com o art. 10, CPC/2015, No juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar,· ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de oficio~ Nas palavras de Zulmar Duarte, unâo há mais espaço para decisões so!ipsistas, por assim dizer, em que as questões ou perspectivas consideradas não restam submetidas ao contraditório prévio das partes. O magistrado não pode se considerar como sujeito isolado na cadeia processual. Seus atos processuais dependem e pressupõem os atos das partes, numa contínua relação dialética, em que a síntese, ainda que superadora, não se separa da tese e da antítese apresentadas" 1 • Alternativa "B": incorreta. O princípio da boa-fé processual estava disposto no art. 14, CPC/73, mais precisamente no capítulo que tratava dos deveres das partes e dos procuradores. Apesar da localização topográfica, já se entendia que tal principlo tinha aplicabllidade a todos os que participassem do processo (juiz, partes, advogados, terceiros, auxiliare~ da justiça, Ministério Público etc.). O art. 5°, CPC/2015, traduz esse entendimento ao elenca-lo no capítulo relativo às normas fundamentais do processo civil. Alternativa "C": incorreta. t exatamente o contrário. A primazia do julgamento do mérito (ou princípio da primazia da decisão de mérito) é reforçada por diversos dispositivos do CPC/2015, Exemplos; arts. 4°; 6°; 76; 139, IX; 317; 321; 485, § 7°; 488, 932, parágrafo único; 1.029, § 3°. De acordo com esse princípio "deve o órgáo julgador

  • priorizar a decisão de mérito, tê-la como objetivo e fazer o possível para que ocorraui. Alternativa "D": incorreta. A ordem cronológica de julgamento, segundo a redação original da Lei 13.105/2015, dispunha que os juízes e tribunais deveriam obedecer à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. Tal dever incumbia também ao escrivão e ao chefe de secretaria. Contudo, a Lei 13.256/2016 modificou a redação dos arts. 12 e 153, CPC/2015, e o que era obrigatório passou a ser preferen· cial.

  • CPC

    Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

  • Dica para maiores de 18

    -----

    Nos SeUSPEItÃO, aconselho p.i.c.a:

    -----

    São casos de seuspeitão (suspeição):

    ACONSELHAR

    P resente

    I nteressado

    C redor ou devedor

    A migo ou inimigo

    -----

    Obs: elaborado com as dicas dos colegas

    -----

    Thiago

  • Vc nao e impedido de ter amigos, mas ha amizades que são suspeitas.

  • GABARITO "B" - PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA DECISÃO SURPRESA / PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA / PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO SUBSTANCIAL.

  • GABARITO: B

     

    Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

  • a) INCORRETA. Juiz que for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados representa uma causa de suspeição:

    Art. 145. Há suspeição do juiz:

    I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;

    b) CORRETA. Perfeito. A alternativa nos apresentou a definição do princípio da vedação de decisão surpresa (ou não surpresa):

    Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

    c) INCORRETA. A tutela da evidência pode ser concedida liminarmente, sem a oitiva prévia da parte contrária:

    Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

    Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 

    II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;

    d) INCORRETA. O juiz poderá declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, não sendo necessário declarar as suas razões.

    Art. 145, § 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.

    Resposta: B

  • Alternativa A) Esta corresponde a uma hipótese de suspeição e não de impedimento do juiz, senão vejamos: "Art. 145. Há suspeição do juiz: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados". Importa lembrar que tanto as hipóteses de impedimento, quanto de suspeição, correspondem a situações em que o juiz tem o dever de abster-se de julgar. São situações de índole pessoal que o afastam da causa para preservar a imparcialidade do julgamento. Afirmativa incorreta.

    Alternativa B) É o que dispõe expressamente o art. 10 do CPC/15: "Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício". Afirmativa correta.

    Alternativa C) Ao contrário do que se afirma, nesse caso a regra que veda que o juiz profira decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida é excepcionada pela própria lei processual, senão vejamos: "Art. 9º, CPC/15: "Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: I - à tutela provisória de urgência; II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; III - à decisão prevista no art. 701". A exceção trazida pelo inciso II corresponde a duas hipóteses em que o juiz está autorizado a conceder a tutela da evidência, quais sejam, quando "as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante" e quando "se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa". Afirmativa incorreta.

    Alternativa D) Em sentido contrário, dispõe o §1º, do art. 145, do CPC/15, que "poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões". Afirmativa incorreta.

    Gabarito do professor: Letra B.

  • O Novo Código de Processo Civil de 2015 (Lei Federal nº 13.105) assegura alguns poderes ao juiz da causa, mas também impõe ao mesmo a observância de uma série de deveres e responsabilidades. Sobre o tema, é correto afirmar que: O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

  • Esse artigo não cai, ele despenca!

  • IV – interessado no julgamento 

    NO PROCESSO CIVIL --> SUSPEIÇÃO (art. 145, IV, CPC)

    NO CPP --> IMPEDIMENTO (art. 252, IV, CPP)

    ______________________________________________

    V – quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo

    NO PROCESSO CIVIL --> IMPEDIMENTO (art. 144, V, CPP)

    NO CPP--> SUSPEIÇÃO (art. 254, VI, CPP)

  • Para quem estuda para o Escrevente do TJ SP

    NO CPP:

    CAUSAS DE IMPEDIMENTO NO PROCESSO PENAL: MAGISTRADO (Art. 252) + MINISTÉRIO PÚBLICO (Art. 258) + JURADOS (Art. 448, §2º)

    Não funcionarão como defensores os parentes do juiz (causa de impedimento) – art. 267 + Art. 252, I

    CAUSAS DE SUSPEIÇÃO NO PROCESSO PENAL: MAGISTRADO (Art. 254) + MINISTÉRIO PÚBLICO (Art. 258) + SERVENTUÁRIOS DA JUSTIÇA/FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA (Art. 274, CPC) + JURADOS (448, §2º) 

    x

    NO CPC:

    CPC. IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO = MAGISTRADO + Membros do Ministério Público + Auxiliares da Justiça + Demais sujeitos imparciais do processo. art. 144 + art. 145 + 148

    CPC. Impedimento e Suspeição não se aplica as testemunhas. art. 144 + art. 145 + art. 148, §4º

    CPC. Impedimento e Suspeição não se aplica aos assistentes técnicos. 

    x

    No DIREITO ADMINISTRATIVO - Estatuto dos Servidores de São Paulo. 

    Artigo 243, IX

    +

    Artigo 244

    +

    Artigo 275

    +

    Artigo 285

    Para quem estuda para o Escrevente do TJ SP

  • Estudo para o Escrevente do TJ SP

    Tabela de Impedimento e Suspeição - Estudo Comparado CPC x CPP (Escrevente do TJ SP)

    https://ibb.co/LkmLLFW

    Estudo para o Escrevente do TJ SP

  • Para o Escrevente do TJ SP

    Dois Gráficos bons sobre o tema Suspeição e Impedimento

    https://ibb.co/kK2hzXM

    https://ibb.co/tbs2W9q

    O melhor jeito de se estudar é fazendo os próprios gráficos e resumos. Porém, como as pessoas não possuem tempo, disponibilizei esses aí que achei para ajudar.

  • EXERCÍCIO SOBRE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO NO CPC

    Q1305463

    Q923061

    Q553608

    Q752322

    Q826528

    Q788424

    Q846046

    Q911448

  • O artigo 9 não cai no TJ SP Escrevente, mas o artigo 311 cai.

    Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

    II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos OU em súmula vinculante; O JUIZ PODERÁ DECIDIR LIMINARMENTE OU SEJA SEM PRÉVIA OITIVA DA PARTE CONTRÁRIA. NÃO PRECISA OUVIR A PATÊ CONTRÁRIA. ART.9, II - NÃO CAI NO TJ SP ESCREVENTE.  

    III - se tratar de pedido reipersecutório Pegadinha ̶c̶o̶l̶o̶c̶a̶r̶ ̶p̶e̶d̶i̶d̶o̶ ̶R̶e̶p̶r̶i̶s̶t̶i̶n̶a̶t̶ó̶r̶i̶o̶. ERRADO fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; O JUIZ PODERÁ DECIDIR LIMINARMENTE OU SEJA SEM PRÉVIA OITIVA DA PARTE CONTRÁRIA. NÃO PRECISA OUVIR APARTE CONTRÁRIA. ART.9, II - NÃO CAI NO TJ SP ESCREVENTE.  

    Repristinatório: fazer vigorar novamente, restaurar

    Reipersecutório: reivindicação de bem ou direito que não se encontra em seu patrimônio

     

    Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

     

    Além da caução não ser necessariamente imposta, admite-se que a tutela provisória seja concedida tanto liminarmente quanto após a citação do réu, conforme estabelece o art. 311, §único, CPC. 

  • Sobre Tutela Provisória

    Para quem tem dificuldade na matéria OU está estudando para o Escrevente TJ SP

    ______________________________________________________________________________

    TUTELA PROVISÓRIA

    • Esquema de Tutela Provisória:

    https://uploaddeimagens.com.br/imagens/q5UYXEQ

    • Exigência de caução (Faculdade):

    https://uploaddeimagens.com.br/imagens/ZwL0PWQ

    • Estabilização:

    https://uploaddeimagens.com.br/imagens/r_f2f6I

    • Fungibilidade:

    https://uploaddeimagens.com.br/imagens/nHWOSQg

    _____________________________________________________________________________

    ALGUMAS DICAS DE TUTELA PROVISÓRIA

    • APLICAÇÃO DA ESTABILIZAÇÃO (Art. 304, caput, CPC):

    - Tutela Antecipada Antecedente

    NÃO APLICAÇÃO DA ESTABILIZAÇÃO (Art. 304, caput, CPC):

    X Tutela Antecipada Incidental

    X Tutela Cautelar (Antecedente/Incidental)

    X Tutela de Evidência

    ________________________________________________________________________________

    • APLICAÇÃO DA FUNGIBILIDADE (Art. 305, §único, CPC)

    Juiz percebe que a cautelar tem natureza antecipada = aplicação da fungibilidade

    Juiz percebe que a antecipada tem natureza de cautelar = aplicação da fungibilidade (vice-versa – não é expresso no texto legal/doutrina)

    CABE:

    √ FUNGIBILIDADE SOMENTE NAS ANTECEDENTES

    √ No caso de Tutela de Evidência há divergência na doutrina, mas pode (não é expresso no texto legal/doutrina).

    NÃO CABE:

    X Tutela Antecipada Incidental

    X Tutela Cautelar Incidental 

    ______________________________________________________________________________________

    • EXIGÊNCIA DA CAUÇÃO REAL OU FIDEJUSSÓRIA (FACULDADE DO JUIZ) – ART. 300, §1º, CPC

     

    CABIMENTO:

    √ TUTELA DE URGÊNCIA (TODAS)

    √ TUTELA DE EVIDÊNCIA (Não tem previsão expressa. É Doutrina) 

    __________________________________________________________________________________________

    Para quem tem dificuldade com os termos, sugiro pegar o Esquema de Tutela Provisória e ir lendo a lei com o gráfico ao lado para compreender a leitura da lei seca.

    ___________________________________________________________________________________________

    Os gráficos são só para ajudar. Seria interessante você tentar fazer os seus próprios gráficos sozinho. É desse jeito que se retém a informação. Estudo ativo.

    ____________________________________________________________________________________________

    Se alguém quiser adicionar, corrigir, comentar fique livre.

  • SUSPEIÇÃO DO JUIZ (ACIRAA)

    • Amigo íntimo ou inimigo
    • Credor ou devedor
    • Interessado no julgamento
    • Receber presentes
    • Aconselhar
    • Atender às despesas


ID
2365282
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Com a entrada em vigor do Novo Código de Processo Civil (Lei Federal nº 13.105 de 2015) foram introduzidas diversas novidades na sistemática processual civil. Ainda que, em sede executiva, tais alterações tenham sido observadas com menor intensidade, podemos observar algumas mudanças operadas com o propósito de imprimir maior rapidez na perseguição do crédito, tornando tão célere quanto possível a satisfação do credor. Em relação ao processo de execução e à fase de cumprimento de sentença, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A) Revela-se incabível a apresentação de impugnação no cumprimento provisório da sentença. 

    Incorreta

    Art. 520, § 1º No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá apresentar impugnação, se quiser, nos termos do art. 525.

     

    B) A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário. 

    Correta

    Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523.

     

    C) O Código de Processo Civil de 2015 permite que o nome do devedor executado seja incluído pelo juiz, a requerimento do exequente, em cadastro de inadimplentes.

    Correta

    Art. 782, § 3º A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do executado em cadastros de inadimplentes.

     

    D) O crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio, configura título executivo extrajudicial.

    Correta

    Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:

    VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;

     

    Gabarito: letra A

  • Cumprimento de Sentença não estava previsto no edital!

  • O enunciado da questão veio com uma conversa mole de que foram feitas alterações para tornar a satisfação do exequente mais rápida, com a finalidade de induzir o candidato a pensar que a impugnação não é mais admitida. Não colou.

     

    Vida longa e próspera, C.H.

  • Igor Miranda, para esse site, se tava ou não previsto no edital é irrelevante. O próposito daqui é resolver questões. Você deve reclamar isso em recurso, junto à banca examinadora. 

  • No PROCESSO DO TRABALHO:

           Art. 883-A. A decisão judicial transitada em julgado somente poderá ser levada a protesto, gerar inscrição do nome do executado em órgãos de proteção ao crédito ou no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT), nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo de 45 dias a contar da citação do executado, se não houver garantia do juízo.       

    No PROCESSO CIVIL

    Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523 (15 dias)

  • CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA (Arts. 520 a 522, CPC):

    *Sempre corre sob a iniciativa e responsabilidade do exequente (Art. 520, I), mediante petição dirigida ao juízo competente (processa-se incidentalmente – Art. 522);

    *Premissas:

    i. Sentença condenatória de pagar quantia;

    ii. Recurso desprovido de efeito suspensivo (somente devolutivo);

    REGRAS (Art. 520, I a IV):

    1. Responsabilidade => exequente; se reformada ou anulada a sentença, ainda que parcialmente, será objetivamente responsável por reparar eventuais danos causados ao executado;

    2. Perda do efeito => o cumprimento provisório fica sem efeito se houver decisão posterior que modifique ou anule sentença, restituindo-se as partes ao estado anterior (status quo ante) e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;

    *Se for anulada ou modificada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução;

    *Restituição ao estado anterior não implica o desfazimento da transferência de posse, alienação de propriedade/direito real já realizada => direito à reparação dos prejuízos causados ao executado (§ 4º);

    3. Exigência de caução (suficiente e idônea, fixada pelo juiz e prestada nos próprios autos):

    - Para levantamento de depósito em dinheiro;

    - Transferência de posse;

    - Alienação de propriedade ou de outro direito real; ou

    - Quando possa causar grave dano ao executado;

    EXCEÇÃO => hipóteses de dispensa de caução (Art. 521):

    i. Quando a possibilidade de alterar a sentença é baixa/probabilidade de improvimento do recurso:

    a) Se pender o agravo em RE/REsp (para destrancar recurso) contra decisão do Presidente do Tribunal que não conhece do RE/REsp (falta de pressupostos de admissibilidade);

    b) Se a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do STF/STJ ou em conformidade com acordão proferido no julgamento de casos repetitivos (entendimento em RE/REsp repetitivos ou IRDR);

    ii. Que o credor esteja em situação que necessite:

    a) Se o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;

    b) Se o credor demonstrar situação de necessidade;

    Obs.: A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação (parágrafo único);

    IMPUGNAÇÃO:

    *O executado pode apresentar impugnação no prazo de 15 dias, nos moldes do Art. 525 (§ 1º);

    *A multa e os honorários de 10% (Art. 523, § 1º) são devidos no cumprimento provisório de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa (§ 3º);

    *Se o executado comparecer tempestivamente e depositar o valor da execução, com a finalidade de isentar-se da multa, o ato não será havido como incompatível com o recurso por ele interposto (§ 3º);

  • A - ERRADO - Revela-se incabível a apresentação de impugnação no cumprimento provisório da sentença.

    Art. 520, § 1º No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá apresentar impugnação, se quiser, nos termos do art. 525 .

    B - CERTO - A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário.

    Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523.

    C - CERTO - O Código de Processo Civil de 2015 permite que o nome do devedor executado seja incluído pelo juiz, a requerimento do exequente, em cadastro de inadimplentes.

    PARTE ESPECIAL

    LIVRO I - DO PROCESSO DE CONHECIMENTO E DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

    TÍTULO II - DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA

    Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.

    PARTE ESPECIAL

    LIVRO II - DO PROCESSO DE EXECUÇÃO

    TÍTULO I - DA EXECUÇÃO EM GERAL

    Art. 782, § 3º A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do executado em cadastros de inadimplentes.

    D - CERTO - O crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio, configura título executivo extrajudicial.

    PARTE ESPECIAL

    LIVRO II - DO PROCESSO DE EXECUÇÃO

    TÍTULO I - DA EXECUÇÃO EM GERAL

    Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:

    VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;

  • As disposições gerais acerca do cumprimento de sentença estão dispostas nos arts. 513 a 519, do CPC/15. Em seguida, a lei processual divide o cumprimento de sentença em espécies, trazendo a regulamentação do relativo a obrigação de pagar nos arts. 520 a 527, a de prestar alimentos nos arts. 528 a 533, a contra a Fazenda Pública nos arts. 534 e 535, e as de fazer, não fazer e entregar coisa nos arts. 536 e 537. Localizada a questão, passamos à análise das alternativas:

    Alternativa A) Ao contrário do que se afirma, a impugnação ao cumprimento de sentença está prevista no art. 525, do CPC/15, dispositivo este que elenca quais as matérias podem ser discutidas nesta fase processual: "I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; II - ilegitimidade de parte; III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; IV - penhora incorreta ou avaliação errônea; V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença". Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) Acerca do tema, dispõe o art. 517, caput, do CPC/15, que "a decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523", dispositivo este que, por sua vez, estabelece o prazo de 15 (quinze) dias para tanto. Cumpre lembrar que "protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida", conforme definido pelo art. 1º, da Lei nº 9.492/97, que regulamenta os serviços concernentes ao protesto de títulos e outros documentos de dívida. Afirmativa correta.
    Alternativa C) De fato, o §3º, do art. 782, do CPC/15, é expresso em afirmar que "a requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do executado em cadastros de inadimplentes". Afirmativa correta.
    Alternativa D) O art. 784, do CPC/15, elenca quais hipóteses são consideradas título executivo extrajudicial, encontrando-se dentre elas, no inciso VIII, o "crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio". Afirmativa correta.

    Gabarito do professor: Letra A.
  • a) INCORRETA. É totalmente cabível a apresentação de impugnação no cumprimento provisório da sentença.

    Art. 520, § 1º No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá apresentar impugnação, se quiser, nos termos do art. 525.

    b) CORRETA. Pode ser protestada a decisão judicial transitada em julgado, após o prazo para pagamento voluntário:

    Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523.

    c) CORRETA. Se houver requerimento da parte executante, o nome do executado poderá ser incluído no cadastro de inadimplentes, por determinação judicial:

    Art. 782, § 3º A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do executado em cadastros de inadimplentes.

    d) CORRETA. Isso mesmo! É título executivo extrajudicial o crédito, documentalmente comprovado, decorrente:

    → de aluguel de imóvel

    → de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio

    Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:

    VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;

    Resposta: A

  • GABARITO: A

    a) ERRADO: Art. 520, § 1º No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá apresentar impugnação, se quiser, nos termos do art. 525 .

    b) CERTO: Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523.

    c) CERTO: Art. 782, § 3º A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do executado em cadastros de inadimplentes.

    d) CERTO: Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;


ID
2365285
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

O preparo recursal consiste no pagamento das despesas relacionadas ao processamento do recurso. Sobre o tema, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A) Prevê o Código de Processo Civil de 2015 que fica dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos. 

    Correta

    Art. 1.007, § 3º É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos.

     

    B) A insuficiência no valor do preparo não implicará a imediata deserção do recurso. Deve o recorrente ser intimado na pessoa de seu advogado para suprir o preparo no prazo de cinco dias.  

    Correta.

    Art. 1.007, § 2º A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.

     

    C) Segundo entendimento adotado pela 2ª Seção do STJ no EAREsp 423.679-SC, o pagamento do preparo recursal pode ser comprovado por intermédio de recibo extraído da Internet, desde que esse meio de constatação de quitação possibilite a aferição da regularidade do recolhimento. 

    Correta

    EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 423.679 - SC (2014/0050157-7)

    1. Admite-se o recolhimento e a comprovação do preparo processual realizados pela Internet, desde que possível, por esse meio, aferir a regularidade do pagamento das custas processuais e do porte de remessa e de retorno.

    2. A guia eletrônica de pagamento via Internet constitui meio idôneo à comprovação do recolhimento do preparo, desde que preenchida com a observância dos requisitos regulamentares, permitindo-se ao interessado a impugnação fundamentada.

     

    D) O indeferimento do benefício da gratuidade de justiça por meio de decisão interlocutória desafia a interposição do recurso de agravo de instrumento, sendo imprescindível que o recorrente demonstre o prévio recolhimento de custas recursais para que tal agravo possa ser analisado pelo relator e submetido a posterior julgamento.  

    Incorreta

    Art. 101.  Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação.

    § 1º O recorrente estará dispensado do recolhimento de custas até decisão do relator sobre a questão, preliminarmente ao julgamento do recurso.

     

    Gabarito letra D

  • Amigos, alguem saberia dizer se esta hipotese do art 101 NCPC se enquadra na hipotese do art 1015, XIII CPC?

  • PREPARO

     

      Ato de interposição do recurso    Comprovar: preparo, inclusive porte de remessa e de retorno    Pena: DESERÇÃO (Abandono do Recurso intereposto) ( Q405779/ Q346767 / Q456573 )

     

      A falta de preparo  NÃO implica a sua NÃO admissão do recurso ( Q788426 )

     

    Dúvida do Relator quanto ao Recolhimento/ Equívoco no preenchimento da guia: Sanar em 5 dias ( Q710779)

     

      Não Pagamento/Sem comprovação: X [̲̅$̲̅(̲̅ιοο̲̅)̲̅$̲̅]   pagamento em DOBRO.  (╥︣)   ( Q659553/ Q798622/ Q825722/ Q835004 / Q848545)

     

      Pagamento Incompleto/Insuficiente: 5 dias para Completar

     

    Parte demonstrar a impossibilidade de efetuar o preparo decisão irrecorrível intimada para pagar em 5 dias ( Q8598 )

     

    ║█║▌║█║▌║▌█║▌║   Meio eletrônicodispensado o pagamento das taxas referentes à remessa e ao retorno do processo já que o processo não 'anda'. (Q795427/ Q764265 )

     

       Independem de Preparo:


    embargos de declaração ( Q840740 / Q795662/ Q27672 )

    agravo em REsp e RExt
    -  embargos infringentes na LEF
    -  recursos do ECA

     

      Dispensados do Preparo:


    - MP ( Q276671 )
    - Administ ração Direta (União, DF, Estados e Municípios)
    -  Autarquias

     

    Obs: Recurso Adesivo deve obedecer as regras do recurso independente quanto à admissibilidade e preparo ( art. 500, PU), todavia essas características dizem respeito à parte processual que recorre adesivamente, portanto não existe extensão do direito à justiça gratuita ao recorrente adesivo. ( Q106952 )

     

    STJ Súmula nº 187: É deserto o recurso interposto para o Superior Tribunal de Justiça, quando o recorrente não recolhe, na origem, a importância das despesas de remessa e retorno dos autos. ( Q307450 )

     

    STJ Súmula nº 484: interposto o recurso após o término do expediente bancário, o prazo para a juntada do comprovante de recolhimento do preparo fica prorrogado para o primeiro dia útil subseqüente. ( Q381217 )

     

    Em Breve: Resumos: https://www.facebook.com/Aprendendo-Direito-108313743161447/

  • Quase marquei a alternativa B tendo em mente que era em dobro.

    A diferença é sutíl: insuficiência > apenas complementa; falta de comprovação > pagamento em dobro.

    Art. 1.007.  No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.

    § 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.

    § 4o O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.

  • A assertiva D era só uma questão de lógica: se o autor requereu AJG na ação e esta foi indeferida, é óbvio que, ao agravar, requereria também o benefício da AJG para o recurso. Do contrário, não teria muito sentido. Daí o erro da questão ao afirmar que OBRIGATORIAMENTE deveria o agravante recolher as custas recursais. 

  • (D) não há lógica, em sede de recurso que ataca o indeferimento de AJ, requerer-se o recolhimento de custas.

  • A única hipótese de multa em dobro, quando falar em preparo, é para COMPROVAÇÃO!

  • O importante agora é memorizar o número dos recursos....

  • Conforme dito no enunciado, o "preparo" convite no pagamento das despesas relacionadas ao processamento do recurso, o que inclui a taxa judiciária e as despesas postais (porte de remessa e retorno dos autos físicos).

    Alternativa A) O art. 1007, §3º, do CPC/15, é expresso em afirmar que "é dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos". Afirmativa correta.
    Alternativa B) É o que dispõe o art. 1007, §2º, do CPC/15: "A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias". Afirmativa correta.
    Alternativa C) De fato, este foi o entendimento a respeito do tema, conforme se verifica na seguinte ementa: "EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. PORTE DE REMESSA E RETORNO. RECOLHIMENTO VIA INTERNET. RECIBO EXTRAÍDO DA INTERNET. POSSIBILIDADE. AMPLA UTILIZAÇÃO DE MEIO ELETRÔNICO NA VIDA MODERNA. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA CONHECIDOS E PROVIDOS. 1. Admite-se o recolhimento e a comprovação do preparo processual realizados pela Internet, desde que possível, por esse meio, aferir a regularidade do pagamento das custas processuais e do porte de remessa e de retorno. 2. A guia eletrônica de pagamento via Internet constitui meio idôneo à comprovação do recolhimento do preparo, desde que preenchida com a observância dos requisitos regulamentares, permitindo-se ao interessado a impugnação fundamentada. 3. Embargos de divergência conhecidos e providos para afastar a deserção" (STJ. EAREsp 423679/SC. Rel. Min. Raul Araujo. DJe 03/08/2015). Afirmativa correta.
    Alternativa D) É certo que o indeferimento do benefício da gratuidade de justiça por meio de decisão interlocutória desafia a interposição do recurso de agravo de instrumento, porém, quando interpuser o recurso com base neste motivo, o recorrente ficará dispensado do recolhimento das custas processuais até que o pedido de gratuidade seja apreciado pelo relator, senão vejamos: "Art. 101, CPC/15. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação. §1º. O recorrente estará dispensado do recolhimento de custas até decisão do relator sobre a questão, preliminarmente ao julgamento do recurso. §2º. Confirmada a denegação ou a revogação da gratuidade, o relator ou o órgão colegiado determinará ao recorrente o recolhimento das custas processuais, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do recurso". Afirmativa incorreta.

    Gabarito do professor: Letra D.
  • a) CORRETA. O recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo fica dispensado em autos eletrônicos.

    Art. 1.007, § 3º É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos.

    b) CORRETA. Antes de declarar a deserção, o recorrente será intimado na pessoa de seu advogado para suprir o preparo insuficiente no prazo de 5 dias.

    Art. 1.007, § 2º A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.

    c) CORRETA. O STJ decidiu que o recibo extraído da Internet que possibilite a aferição da regularidade do recolhimento comprova o pagamento do preparo recursal:

    EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 423.679 - SC (2014/0050157-7)

    1. Admite-se o recolhimento e a comprovação do preparo processual realizados pela Internet, desde que possível, por esse meio, aferir a regularidade do pagamento das custas processuais e do porte de remessa e de retorno.

    2. A guia eletrônica de pagamento via Internet constitui meio idôneo à comprovação do recolhimento do preparo, desde que preenchida com a observância dos requisitos regulamentares, permitindo-se ao interessado a impugnação fundamentada.

    d) INCORRETA. A interposição de agravo de instrumento em face de decisão interlocutória de indeferimento do benefício da gratuidade de justiça DISPENSA O PRÉVIO RECOLHIMENTO DE CUSTAS até decisão do relator sobre a questão:  

    Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação. 

    §1º. O recorrente estará dispensado do recolhimento de custas até decisão do relator sobre a questão, preliminarmente ao julgamento do recurso

    §2º. Confirmada a denegação ou a revogação da gratuidade, o relator ou o órgão colegiado determinará ao recorrente o recolhimento das custas processuais, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do recurso

    Resposta: D


ID
2365288
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Para que um recurso seja conhecido, é indispensável o preenchimento de requisitos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade. Um destes requisitos, aplicável a todo e qualquer recurso, é a tempestividade, ou seja, a necessidade de sua interposição dentro do prazo fixado em lei. Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir.

I. A prorrogação para o dia útil seguinte em razão do encerramento prematuro do expediente forense aplica-se apenas em relação ao dies ad quem (dia do vencimento) do prazo recursal, não se aplicando para o dies a quo (dia do início).

II. A interposição de recurso de embargos de declaração, mesmo antes da publicação da sentença ou do acórdão embargado, é considerada tempestiva, bastando que a parte tome conhecimento do teor da decisão e entenda ter havido omissão, obscuridade, contradição ou erro material.

III. Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.

Estão corretas as afirmativas 

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o CPC/2015:

     

    I) ERRADA. Há prorrogação nos dois casos.

    Art 224, § 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.

     

    II) CORRETA.

    Art. 218, § 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

     

    III) CORRETA.

    Art. 99, § 7º Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para a realização do recolhimento.

     

    Corretas II e III, o gabarito é a alternativa D.

     

    Bons estudos! ;)

  • Artigo 1024 CPC: :§ 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.

  • SUPERAÇÃO DA TESE DO ATO PREMATURO OU DA INTEMPESTIVIDADE ANTE TEMPUS ( em complemento à afirmativa II)

     

    Apesar de o termo inicial do prazo se dar, ao menos em regra, com a intimação das partes, não se pode aceitar a tese criada nos tribunais superiores de ato prematuro, ou de intempestividade ante tempus, especialmente utilizada para não se conhecer de recurso por intempestividade. A tese afirma que o ato processual intempestivo é aquele interposto fora do prazo, o que pode ocorrer depois de finda ou antes de iniciada a sua contagem. Com esse raciocínio, tem-se por intempestivo o ato processual interposto antes da intimação das partes, considerado que o termo inicial para a contagem do prazo ainda não se verificou. E ainda mais extravagante, trata-se de uma intempestividade sanável, porque se a parte que praticou o ato prematuramente o reiterar após sua intimação, o ato processual será considerado tempestivo.

     

    O entendimento é lamentável porque conspira claramente contra os princípios da duração razoável do processo e da cooperação. Apesar de recentemente o Supremo Tribunal Federal ter superado a tese do recurso prematuro intempestivo (Informativo 776/STF, Plenário, AI 703269 AgR-ED-ED-EDv-ED/MG, rel. Min. Luiz Fux, j. 5.3.2015.), a tendência de nossos tribunais na vigência do CPC/1973 era sua aplicação, em mais um triste capítulo do fenômeno conhecido por “jurisprudência defensiva”. Nesse sentido deve ser saudada a previsão do art. 218, § 4º do Novo CPC, que consagra expressamente que o ato praticado antes da intimação da parte é tempestivo, independentemente de reiteração após a intimação.

     

    (Manual de direito processual civil – Volume único / Daniel Amorim Assumpção Neves – 8. ed. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2016).

  • Para que um recurso seja conhecido, é indispensável o preenchimento de requisitos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade. Um destes requisitos, aplicável a todo e qualquer recurso, é a tempestividade, ou seja, a necessidade de sua interposição dentro do prazo fixado em lei. Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir.

     

    I - A prorrogação para o dia útil seguinte em razão do encerramento prematuro do expediente forense aplica-se apenas em relação ao dies ad quem(dia do vencimento) do prazo recursal, não se aplicando para o dies a quo (dia do início).

     

    Afirmativa INCORRETA, nos exatos termos do art. 224, §1º, do CPC: "Art. 224 - Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento. §1º. - Os dias do começo e do vencimento serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica".

     

    II - A interposição de recurso de embargos de declaração, mesmo antes da publicação da sentença ou do acórdão embargado, é considerada tempestiva, bastando que a parte tome conhecimento do teor da decisão e entenda ter havido omissão, obscuridade, contradição ou erro material.

     

    Afirmativa CORRETA, nos exatos termos do art. 218, §4º, do CPC: "Art. 218 - Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. §4º. - Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo".

     

    III - Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.

     

    Afirmativa CORRETA, nos exatos termos do art. 1.024, §5º, do CPC: "art. 1.024 - O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. §5º. - se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação".

     

    Estão corretas as afirmativas 

     

    d) - II e III, apenas.

     

  • II - CORRETA.

    O art. 1024 § 5º irá tratar de outra temática. Realmente a fundamentação legal da alternativa II será art. 218 § 4º do NCPC.

     

    LEMBRANDO: 

    Sobre o Artigo 1024 CPC § 5o, Ex.: se há a interposição de recurso de apelação, antes corre analise de embargos de declaração que é julgado improcedente, ou seja, não há alteração da sentença. Nesse caso, se antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração, foi interposto o recurso de apelação , mesmo assim,  considera-se tempestiva (proposta em momento adequado). Isso quer dizer, não é necessário petição de ratificação.

  • A questão em comento encontra resposta na literalidade do CPC.

    Vamos analisar cada uma das assertivas.

    A assertiva I está falsa.

    Sua redação, especialmente ao retirar a prorrogação para o primeiro dia útil seguinte do dies a quo (dia de início) ofende o art. 224, §1º, do CPC, que assim se posiciona:

    Art 224, § 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.

    A assertiva II está CORRETA, porque reproduz a mentalidade do art. 218, §4º, do CPC:

    Art. 218, (...)

    § 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

     

     

    A assertiva III está CORRETA, até porque reproduz a mentalidade do art. 1024, §5º, do CPC. Senão vejamos:

    Artigo 1024(....)

    § 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.

    Cabe, após tal análise, comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. A assertiva I está incorreta.

    LETRA B-INCORRETA. A assertiva I está incorreta.

    LETRA C- INCORRETA. A assertiva I está incorreta.

    LETRA D- CORRETA. Com efeito, as assertivas II e III estão corretas.


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D

  • Vide arts. 218,§4º e 1.022/1.024 do CPC, apenas o item I está incorreto, pois a prorrogação do prazo para o dia útil seguinte também se aplica ao dies a quo, ou seja, dia de início do prazo.

  • GABARITO: D

    I - ERRADO: Art 224, § 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.

    II - CERTO: Art. 218, § 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

    III - CERTO: Art. 99, § 7º Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para a realização do recolhimento.


ID
2365291
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras é crime, sujeitando o autor do fato à pena de detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente. NÃO incorre nas mesmas penas:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a Lei nº. 9.605/98:

     

    Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras:

    Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.

    Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:

    I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aquicultura de domínio público; (alternativa A)

    II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autorização da autoridade competente; (alternativa C)

    III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica. (alternativa D)

     

    Como a B é a única que não se encontra no rol, o gabarito é a B.

     

    P.S.: me pergunto que raios de conhecimento uma questão dessas avalia, mas fico na dúvida - é a capacidade de chute ou a qualidade da memória de elefante?

     

    Bons estudos! ;)

  • LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998.

    Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras:

    Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.

    Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:

    I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de domínio público;

    II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autorização da autoridade competente;

    III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica.

    Gabarito Letra B!


  • Na verdade, a alternativa incorreta refere-se a outro tipo penal, o do art. 34: Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente:

    Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

    Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:

    I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos;

    II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;

    III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas.

     

     

    Reparem a diferença: art 33: provocar poluição X art. 34: pesca proibida

     

    Quando não há nomem juris fica mais dificil...

  • Acredito que a questão esteja incorreta, pois a alternativa B também incorre nas mesmas penas:detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Questão deveria ser anulada!

  • É lamentável quando uma questão cobra esse tipo de decoreba do candidato. No meu ponto de vista, não mede conhecimento e muito menos raciocínio jurídico. 

  • Fui pela logica.. quala menos "relevante"

  • Acertei através do chute, pois a B parecia a menos "igual" entre as opções.

    @Ray A., bem vinda aos concursos.

  • Eu vejo muita gente reclamar que a questão X é puro decoreba. A questão Y não mede raciocínio jurídico.

    Prefiro não dizer há quantos anos eu faço concurso, mas há muito tempo, para as provas, o que eu menos faço é aprender a matéria ou desenvolver raciocínio jurídico. Meus melhores resultados ocorreram quando eu parei com isso e passei a concentrar meus esforços na memorização. Lembrar o E trocado pelo OU, lembrar do prazo para isso ou para aquilo. Lembrar da pena para aquele crime.

    O raciocínio jurídico eu deselvolvo com a prática.

  • os artigos sao diferentes, mas as penas são as mesmas.... tem examinador que pede pra ser xingado mesmo....

    Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras:

    Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.

    Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:

    I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de domínio público;

    II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autorização da autoridade competente;

    III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica.

    Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente:

    Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

    Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:

    I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos;

    II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;

    III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas.

  • Gabarito B

    Sejamos mais objetivos!

  • EU REALMENTE NÃO ME LEMBRAVA DO ROL..

    ACERTEI PENSANDO ASSIM,, DE TODAS AS ALTERNATIVAS APENAS A B ENVOLVE COMERCIO, LOGO A PENA DEVE SER MAIS GRAVOSA QUE AS OUTRAS.


ID
2365294
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Sobre a aplicação da lei penal, analise as afirmativas a seguir.

I. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

II. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

III. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o Código Penal:

     

    I) CORRETA. É a teoria da ação.

    Art. 4º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

     

    II) CORRETA. É a teoria da ubiquidade.

    Art. 6º Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou a omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

     

    III) CORRETA.

    Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.

     

    Gabarito: alternativa A.

     

    Bons estudos! ;)

  • É só lembrar da LUTA que conseguimos matar as questões sobre as teorias da ação e do lugar do crime:

    Lugar - Ubiquidade
    Tempo - Ação

  • Correta, A

     

    Sobre os itens I e II:

     

    Em relação à aplicação da lei penal no tempo e no espaço, no Código Penal adotaram-se, respectivamente, as teorias da atividade e da ubiquidade.


    Tempo do crime: TEORIA DA ATIVIDADE
    Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

     

    Lugar do crime: TEORIA DA UBIQUIDADE
    Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

  • Complementando...

    Os Prazos Processuais penais seguirão a regra do artigo 798 § 1º do CPP, não se computando o dia do começo, mas incluindo-se o do vencimento.

    Os Prazos Penais são improrrogáveis e na sua contagem o dia do começo é incluído no cálculo (art.10, CP).

    (Manual de D. Penal, Rogério Sanches Cunha).

  • GAB: A

     

    Art. 4º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

    Art. 6º Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou a omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

    Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.

     

  • calendário comum = calendário gregoriano 

    pode aparecer em prova :)

  • gabarito correto; letra A

  • Questão bem decoreba!

  • Sobre a aplicação da lei penal, analise as afirmativas a seguir.

    I. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

    II. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

    III. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.

    Estão corretas as afirmativas  

    a

    I, II e III. 

  • (sem acento no meu pc)

    alguns tem dificuldade de entender quando aplicar a teoria da ubiquidade do codigo penal ou a teoria do resultado co codigo de processo penal.

    sintetizo o que obtive em https://eudesquintino.jusbrasil.com.br/artigos/121823112/lugar-do-crime-teoria-da-ubiquidade-cp-ou-do-resultado-cpp:

    aplica-se a Teoria do Resultado ao crimes em geral, salvo ( ou seja, vai aplicar a teoria do local da infração):

     - homicidio doloso ou culposo,

    - lei 11.101 falencia,

    - lei 9099 JEC 

    - estelionato cheque falsificado = onde aconteceu prejuizo --> se computador vitima for roubado, será local agencia da vitima)

    - crime formal - onde ocorre a conduta do agente.

     

    espero ter ajudado.

  • Sobre a aplicação da lei penal, analise as afirmativas a seguir.

    As três preposições são verdadeiras

     

    I. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

    Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

    TEORIA DA ATIVIDADE

     

    II. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

    Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

    TEORIA DA UBIQUIDADE, que é a junção da teoria do resultado (lugar onde ocorreu o delito) com a da atividade (lugar da ação ou omissão delituosa).

     

    III. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.

    Contagem de prazo

    Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. 

    Diferente das contagens processuais, que não incluem o dia de início no computo, nas contagens penais são incluidos o dia do começo.

     

    DEUS SALVE O BRASIL.

  • A assertiva I coloca, em sua semântica, como se o crime só se considerasse praticado no momento da ação ou omissão, independentemente donde se obteria o resultado. 

    Questão muito fácil que nos confunde

  • Assertativa I - Corresponde ao Tempo do crime - Teoria da Atividade - Art. 4 CP.

    Assertativa II- Corresponde  ao Lugar do Crime  - Teoria da Ubiquidade - Art. 6 CP.

  • CP É LUTA

     

    1 MIN DO DIA JÁ CONTA COMO UMA DIA DE PENA - CONTAGEM PENAL

  • A cespe usa o termo calendário gregoriano, que é o mesmo que calendário comum.

     

    lembrem-se: calendário gregoriano = calendário comum.

  • LUTA
    L ugar
    U biquidade (ação e resultado)

    T empo
    A ção/atividade

  • Essa eu fiquei na dúvida entre o calendário gregoriano e o comum. Enfim, ainda bem que acertei.

  • Bateu uma dúvidazinha pq o art 11 fala que desprezam as frações de dias.... Mas o art 10 é certeiro ali.

  • Gab. A

     

  • Respondendo ao Douglas Derkian, o calendário comum é o calendário gregoriano. 

  • Inclui-se o primeiro dia na contagem de prazo porque assim é mais benéfico ao réu. Já, no Direito Processual Penal não se inclui o primeiro dia na contagem de prazo. 

  • avante! sertão brasil ! 

  • GABARITO A

     

    Complementando os estudos ... 

     

    CÓDIGO PENAL

     

     PARTE GERAL
    TÍTULO I
    DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

     

            Anterioridade da Lei

            Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. 

     

            Lei penal no tempo

            Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 

            Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.  

     

            Lei excepcional ou temporária 

            Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.   

     

            Tempo do crime

            Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

     

            Territorialidade

            Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 

            § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 

            § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.       

     

    Lugar do crime 

            Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

  • Galera, muitos necessitam decorar a diferença do prazo penal do prazo processual penal, aquele inclui o dia do começo e este exclui o dia do começo.

    Não se faz necessário decorar. Basta pensar o seguinte: 

     

    Prazo penal. A CF nos garante a liberdade e uma série de direitos fundamentais, uma vez tolido o direito à liberdade, não importa a hora ou o local, já estará violado o direito constitucionalmente garantido o que não depende de nenhuma ação do indivíduo que é o sujeito passivo. Veja que o Estado é o sujeito ativo e se ele não quer que conte o dia da prisão inteiro por ter efetuado a prisão às 23h55 minutos, é só não efetuar a prisão naquele dia. Portanto a decisão de efetuar a prisão ou não cabe unicamente ao Estado, sem qualquer gerência do particular. Por esta razão o particular não pode ser penalizado postergando-se a contagem do prazo.

     

    Prazo processual  penal. Veja que também é garantido pela CF, dentre outros, o direito a ampla defesa. Agora inverte o raciocínio, imagine que o juiz dá uma decisão e o oficial intime o advogado às 17h55 min, no final do espediente forense. Veja que a liberdade do particular agora depende de uma ação dele(impetrar um recurso, por exemplo), logo ele não pode ser penalizado com a perde de um dia do prazo porque o Estado(na pessoa do oficial de justiça) lhe intimou nos últimos minutos do dia útil de trabalho.

     

     

    Então galera é isso, não precisa ficar decorando um e outro prazo. Basta raciocinar a lógica do porque o prazo penal é imediato e o processual posterga para o dia útil seguinte a contagem do prazo. 

  • errei por ter lido rápido!

  • gb a

    pmgooo

  • gb a

    pmgooo

  • A fim de encontrar a resposta correta, iremos analisar todas as alternativas propostas pela questão:

    Item (I) - Em relação à lei penal no tempo, o nosso Código Penal adotou, em seu artigo 4º, a teoria da atividade, que estabelece que “considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado." Assim, a assertiva contida neste item está correta.
    Item (II) - Em relação ao lugar do crime, o artigo 6º do Código Penal estabelece que "considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado". Aplica-se, portanto, no que tange ao lugar do crime, a teoria da ubiquidade ou mista, ou seja, é considerado o lugar do crime tanto local onde foram praticados os atos executórios como o local onde o resultado se produziu ou deveria ser produzido.
    Item (III) - Nos termos do artigo 10 do Código Penal, nos prazos de natureza penal, "o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo". Sendo assim, a assertiva contida neste item está correta.
    Diante do exame de cada item, verifica-se que os três estão corretos, do que se deduz que a alternativa certa é a constante no item (A).
    Gabarito do professor: (A)
     
  • Falou em tempo do crime, lembre-se da teoria da atividade (tempus regict actum).

    Tempo do crime

    Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

    Falou em lugar do crime, lembre-se da teoria da ubiquidade.

    Lugar do crime

    Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

    O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Ou seja, calendário gregoriano.

  • Galera, há oito semanas, comecei utilizar os MAPAS MENTAIS PARA CARREIRAS POLICIAIS, e o resultado está sendo imediato, pois nosso cérebro tem mais facilidade em associar padrões, figuras e cores.

    Estou mais organizado e compreendendo grandes quantidades de informações;

    Retendo pelo menos 85% de tudo que estudo;

    E realmente aumentou minha capacidade de memorização e concentração;

     Obs.: Alguns mapas mentais estão gratuitos o que já permite entender essa metodologia.

    Super método de aprovação para carreiras policiais, instagram: @veia.policial

    “FAÇA DIFERENTE”

    SEREMOS APROVADOS EM 2021!

  • Errei e ainda não entendi o porquê a II está correta.

    Sobre a aplicação da lei penal, analise as afirmativas a seguir.

    I. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. (Correta)

    II. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

    • Quando a assertiva diz que "considera-se praticado o crime", eu entendo como sendo a ação do agente, ou seja, o tempo que o agente praticou o crime, dessa forma, entendi como se a assertiva estivesse se referindo a teoria da atividade, adotada para o tempo do crime, porém a assertiva traz a teoria da ubiquidade (Lugar do Crime).

    III. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. (Correta)


ID
2365297
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Sobre o tema Inquérito Policial, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Segundo o Código de Processo Penal:

     

    A) Nos crimes de ação penal pública o inquérito policial pode ser iniciado a requerimento do ofendido.  

    Correta.

    Art. 5º  Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:

    II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

     

     

    B) A autoridade policial apenas poderá mandar arquivar autos de inquérito policial quando o fato for atípico ou estiver extinta a punibilidade.

    Incorreta.

    Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

     

    C) Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.  

    Correta.

    Art. 5º, § 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.

     

    D) O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.  

    Correta

    Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

     

    Gabarito letra B

  • Autoridade policial não arquiva 

    Autoridade policial não arquiva 

    Autoridade policial não arquiva 

  • xamás arquivarás

  • As vezes eu lei a questão e não leio ao mesmo tempo. Nessa hora eu erro.

  • A autoridade policial JAMAIS poderá mandar arquivar inquérito policial!

  • Sinceramente eu fico puto quando é pra marcar a Questão INCORRETA  e eu marco a CORRETA... ôooH FALTA DE ATENÇÃO! 

  • Cops aren´t aloowed to do it, my little friends. Remember it for ever. Goodbye

  • Aquela questão facil que voce nao ler que e para marvcar a INCORRETA, IP = nunca e arquivado pelo delegado/policia
  • Gab. B O Delegado Jamais arquiva !!l

    Força!

  • “Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.”

    Delegado não pode arquivar o IP – jamais!
     

  • Nunca, nunca,nunca,nunca,nunca, nunca ...

  • Requerimento é feito pelo Ministério Público

    Arquivamento é feito pelo Juiz

     

    GAB:A

  • Indisponível para o delegado, logo ele NÃO poderá arquivar !

  • O art. 17 do CPP não deixa dúvidas: "a autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito".

     

     

    Resposta: letra B.

     

    Bons estudos! :)

  • Delega não manda arquivar nada.

  • nível melzinho na chupeta.

     
  • DELEGADO NUNCA ARQUIVA I.P!!!

  • A instauração do IP somente poderá ser negada pelo Delegado no caso de atipicidade formal da conduta, por excludente de ilicitude, de culpabilidade ou extintiva da punibilidade.

  • Independentemente do crime DELEGADO NUNCA MANDA ARQUIVAR INQUÉRITO.

  • LETRA B INCORRETA

    CPP

    Art. 17.  A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

  • https://i17santos.jusbrasil.com.br/artigos/759076255/inquerito-policial

  • Letra B

    Autoridade Policial NUNCA poderá arquivar o IP.

  • AUTORIDADE POLICIALLLLLLL NÃOOOOOOOOOOOOOOOOO ARQUIVAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA INQUERITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

  • A notitia criminis, ou seja, a notícia do crime, é o conhecimento da infração pela autoridade policial, que pode ocorrer das seguintes formas:


    1) Espontânea: conhecimento direto pela autoridade policial;


    2) Provocada: conhecimento através da provocação de terceiros;

    2.1) requisição do Ministério Público ou do Juiz;

    2.2) requerimento da vítima;

    2.3) delação de qualquer do povo;

    2.4) representação da vítima;

    2.5) requisição do Ministro da Justiça;


    3) coercitiva: conhecimento através da prisão em flagrante.


    A notitia criminis inqualificada é a conhecida denúncia anônima.


    A) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta, pois uma das formas de início do inquérito policial é através de requerimento do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo, vejamos esta e as demais previstas no artigo 5º, do Código de Processo Penal:


    “Art. 5o  Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:

    I - de ofício;

    II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.”

    B) CORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está incorreta, visto que uma das características do inquérito policial é a indisponibilidade, ou seja, a Autoridade Policial não poderá mandar arquivar os autos do Inquérito Policial.


    C) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta e traz o disposto no artigo 5º, §5º, do Código de Processo Penal.


    D) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta e traz o disposto no artigo 16 do Código de Processo Penal.


    Resposta: B


    DICA: É preciso ter conhecimento da teoria, mas é fundamental ler a lei e TREINAR, por isso, depois de cada exercício vá ao Código e leia onde está prevista a matéria tratada na questão e principalmente os artigos destacados pelo professor.


  • A autoridade policial NAO pode arquivar inquérito que foi instaurado. NUNCA! Pode no máximo, não instaurar! Talvez seja, junto aos prazos, a cobrança mais repetida sobre o tema!

ID
2365300
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Sobre o tema Ação Penal, analise as afirmativas a seguir.

I. Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.

II. A representação será irretratável, depois de recebida a denúncia.

III. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o CPP:

     

    I) CORRETA.

    Art. 24, § 2º Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.

     

    II) ERRADA.

    Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

     

    III) CORRETA.

    Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.

     

    Gabarito: alternativa C.

     

    Bons estudos! ;)

  • Apesar de ser questão "cara-crachá" é mal feita, pois se a representação é irretratável após o oferecimento da denúncia, também o é após o recebimento da denúncia, visto que esta ocorre após aquela.

    Deveria vir no enunciado algo do tipo "De acordo com a literalidade do Código de Processo Penal". Deram mole.

  • Correta, C

     

    Fiquem atentos, pois neste contexto da assertiva, as bancas costumam trocar os termos ''OFERECIDA'' por ''RECEBIDA''.

     

    O correto da opção II seria: CPP Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

  • Gabarito: C

     

    DICA: Para não confundir se a retratação é possível até o recebimento ou oferecimento da denúncia, penso na palavra "RETRÔ" (RETRatação até o Oferecimento da denúncia).

  • Art. 25, CPP.  A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

    Eu costumo pensar: ninguém pode fazer o MP perder tempo e depois mudar de ideia; por isso o limite é o oferecimento (menor).

     

    Art. 16, LMP.  Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.

    Eu costumo pensar: a vítima de violência doméstica precisa de mais tempo para avaliar a situação; por isso o limite é o recebimento (maior).

  • Lamentável darem como errada a alternativa pela troca da palavra "oferecida" por "recebida". Seria possível receber uma denúncia que não foi oferecida? Lógico que não. Assim, a alternativa II está correta, salvo se a questão requerer a literalidade do Código.

  • Momento em que o examinador privilegia mais quem só decorou o artigo do que quem realmente entende como as coisas que o artigo prevê funcionam.

  • aviso aos amigos do TRE-RJ - Consulplan cobrar muita literalidade de lei, para evitar recursos.

  • II. A representação será irretratável, depois de recebida a denúncia.  

    O correto será : 
     

    II. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.


    UMA OBSERVAÇÃO AQUI : 

    Quando questionar sobre Irretratabilidade da Representação, teremos um termo igual o que eu corrigir ... porém no lugar de Denúncia se torna Renúncia

    Bons estudos !

     

  • I. Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.

    II. A representação será irretratável, depois de recebida [OFERECIDA] a denúncia.

    III. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.

  • a cachorra colou o  ll do cespe 

     

  • Fico pensando se o choro do pessoal aqui é capaz de fazer a banca mudar a maneira que fazem as questões,,,

  • I.(CORRETA) 24, § 2º Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.

     

     

    II.(ERRADA) A representação será irretratável, depois de recebida a denúncia. (OFERECIDA) -> (Na minha opinião a afirmativa não deixa de estar correta. Depois de recebida a denúncia, a representação continua irretratável, desde o oferecimento da mesma).

     

     

     

    III.(CORRETA) Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal. -> Isso não significa que o MP não pode pedir a absolvição do acusado, mas apenas que o órgão ministerial deve continuar atuado no processo até sua conclusão.

     

     

    GABARITO LETRA C

  • Gaba: C

     

    Importante ficar bemm esperto qto a este negócio de o MP não poder desistir da ação penal. Dependendo do humor do examinador, das condições de pressão e temperatura, ele pode considerar isto como errado, já que quando acontece a transação penal ou suspensão condicional do processo, de alguma forma há desistência do oferecimento da denúncia.

     

    Espero não estar viajando...rs...se estiver, me avisem!

  • Gabarito: A

     Art. 24 § 2o  Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.         

    Art. 25.  A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

     Art. 42.  O Ministério Público não poderá desistir da ação penal

  • I. Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.

    II. A representação será irretratável, depois de recebida (oferecida) a denúncia.

    III. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.

  • As mesmas pegadinhas de sempre, vide o item II, continuam derrubando uma galera.

    Criem um método, por mais ridículo que seja, que te faça lembrar , e nunca mais vai errar uma questão assim.

  • Att. 25 CPP - Arepresentação será irretratável, depois de oferecida a denuncia. A denuncia será recebida depois de ser oferecida. Logo, passível de anulação.
  • I - CERTO, QUANDO O CRIME É PATRICADO CONTRA PATRIMÔNIO DA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIO ELA SERÁ INCONDICIONADA

    II - ERRADO,  ELA PODE SER RETRATÁVEL.

    III - CERTO,  PRINCIPIO DA INDISPONIBILIDADE - É VEDADO AO MINISTÉRIO PÚBLICO  DESSISTIR DA AÇÃO PENAL AJUIZADA OU DO RECURSO INTERPOSTO.

  • (II) Aí é para f... com o planeta

  • Bom bizu! A Retratação é possível até o OFERECIMENTO DA DENÚNCIA (RETRÔ).

     

  • art. 25 cpp "A representação será irretratável, depois de OFERECIDA a DENÚNCIA."

  • II - A representação será irretratável, depois de recebida a denúncia.

     

    Representação ao MP ( Por Exemplo )  >>> Oferecimento da Denúncia ( Pelo MP ao Juiz) >>> Recebimento da Denúncia. ( Pelo Juiz). 

    ___________________________________  _______________________________________________________________________.

     

    Nesta Ordem, entendo que a RETRATAÇÃO pode ser feita enquanto perdurar a linha preta, até o oferecimento da denúncia, pois que a representação é direcionada ao MP, que após o oferecimento da denúncia, ( linha vermelha), não poderá entender dá retratação do ofendido, seguindo o rito comum. na anternativa questionada, entendo que se a RETRATAÇÃO não supera a linha preta, tão pouco poderá ser admitida na linha vermelha na ilustração acima. 

    Desta forma, entendo que sim, a REPRESENTAÇÃO É IRRETRATÁVEL DEPOIS DE OFERECIDA A DENÚNCIA, DE RECEBIDA A DENÚNCIA, COMO TAMBÉM É APÓS A SENTENÇA, APÓS O TRANSITO EM JULGADO... 

     

     

  • Questão questionável rs'

    A assertiva II afirma que a denúncia será irretratável após o recebimento da denúncia, e isso está correto, visto que o CPP em seu Art. 25 afirma: A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 

    Ora, sendo o recebimento da denúncia consequência do seu oferecimento, essa continua sendo irretratável após o seu recebimento pelo magistrado.

  • A minha opinião. Apesar que a questão está certa, pois é letra de lei, mas acho que essas bancas cometem um grande erro, visto que num tipo de questão dessa, deveriam citar no enunciado que é CONFORME O CPP, pois se analisarmos bem a alternativa II também deveria estar correta, já que o recebimento da denpuncia vem depois do oferecimento, deste modo será irretratável da mesmo forma. Bom só foi um desabafo... muitas vezes temos que além de aprender a matéria conhecer as manias das bancas. Vamo que vamo.

  • Olha... vou te contar viuuu 

     

    se o oferecimento vem antes do recebimento and após o oferecimento não se pode retratar. A gente concluiu o que, BRASIL? 

    Que se após o oferecimento da denúncia não cabe retratação, após o recebimento da denúncia menos ainda.... MELHOREM banca examinadora

  • I. Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.

    II. A representação será irretratável, depois de recebida a denúncia.

    III. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.

     

    GAB: C

    O bizu é apegar-se a letra da lei, fazer o que...

  • I. Verdadeiro. Aplicação do art. 24, §2º do CPP.

     

    II. Falso. Nos termos do artigo 102 do CP, a representação será irretratável depois de oferecida a denúncia. Contudo, não podemos esquecer do excepcional caso da Lei Maria da Penha (que não é objeto da questão, ressalta-se): "nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público" (art. 16 da Lei n. 11.340/06).

     

    III. Verdadeiro. O princípio da indisponibilidade da ação penal pública, previsto no art. 42 do CPP, estabelece que "o Ministério Público não poderá desistir da ação penal".

     

    Estão corretas as afirmativas  I e III.

     

     

    Resposta: letra C.

     

    Bons estudos! :)

  • Cuidado pra não confundir oferecida com recebida, ein galera!!!!

  • Ao negar que a II está correta, a banca afirma ser possível a retratação após o recebimento da denúncia.
  • RETRATAÇÃOOFERECIMENTO DA DENÚNCIA.

    But in the end It doesn't even matter.

  • Apesar de ter acertado, entendendo o que a questão queria, eu não posso deixar de comentar a total falta de lógica na assertiva n°II. Como dito pelo colega, "se a representação é irretratável após o oferecimento da denúncia, também o é após o recebimento da denúncia, visto que esta ocorre após aquela." Como é possível aceitar isso?

  • Especificamente nessa II, se não está de forma LITERAL do CPP, podem marcar como errada. Têm - no mínimo - 10 Questões com essa redação e as bancas considerando-as erradas. 

  • Questão deveria ser feita mais corretamente. Se a representação se torna irretratável com o oferecimento, todos os atos posteriores ela estará irretratável. Recebimento, Contestação, AIJ, Sentença...

    Deveria ser: A representação é retratável até o recebimento da denúncia.

    Assim estaria uma alternativa Incorreta pela Regra do Oferecimento

  • GB C

    PMGO

    A LUTA CONTINUA.

  • GB C

    PMGO

    A LUTA CONTINUA.

  • A representação será irretratável, depois de OFERECIDA a denúncia.

  • Sobre essa I, há algum entendimento sobre inclusão ou não do DF, ou DF é ação pública condicionada à representação?

  • II - A representação será irretratável, depois de recebida a denúncia. ERRADA.

    Após o recebimento da denúncia.

    Cuidado pessoal, esta pegadinha é bem frequente em prova MEMORIZE.

    C - ALTERNATIVA.

    Bons estudos!

  • Art. 25,CPP.  A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

  • GABARITO C.

    Então a representação é retratável, depois de recebida a denúncia?

    Entendo a questão cobrar a literalidade da lei, porém com essa redação considerando a II errada, significa dizer que a representação é retratável após o recebimento da denúncia.

  • LETRA B - DEPOIS DE ´´OFERECIDA`` À DENUNCIA..,

  • Art. 25.  A representação será IRRETRATÁVEL, depois de oferecida a denúncia. 

    GABARITO -> [C]

  • Art. 25.  A representação será IRRETRATÁVEL, depois de oferecida a denúncia. 

    GABARITO -> [C]

  • Acho isso uma sacanagem apois e depois e a msm coisa

  • I. Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. CERTO.

    II. A representação será irretratável, depois de recebida a denúncia. ERRADO.

    A retratação pode acontecer até o OFERECIMENTO da denúncia.

    III. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal. CERTO.

    Vigora para as ações pública os princípios da Obrigatoriedade, Divisibilidade, Indisponibilidade (o MP não pode desistir da ação), Oicialidade (ODIO)

  • A presente questão demanda conhecimentos que giram em torno da temática "ação penal". As fundamentações que levarão para a exclusão das alternativas incorretas e apontamento da alternativa correta estão contidas no título III do Livro I do CPP, que trata sobre ação penal (art. 24 em diante). Assim, analisemos as afirmativas:

    I. Correta. A afirmativa é verdadeira, trata-se de fiel reprodução do §2º do art. 24 do CPP, cujo conteúdo dispõe que, seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. 

    II. Incorreta. A afirmativa é falsa, pois aduz que a representação poderá ser retratada até o momento que antecede o recebimento da denúncia, contrariando o art. 25 do CPP, que dispõe: a representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

    De modo inverso, a representação poderá ser retratada antes do oferecimento da denúncia, e não antes do recebimento, como infere a afirmativa.

    A esse respeito, merece destaque a previsão da Lei 11.340/06 que dispõe de maneira diversa e contraria a regra geral acima apresentada, o que pode ser objeto de pegadinhas.

    Se o crime praticado for contra mulher no âmbito doméstico ou familiar, a representação poderá ser retratada até o momento que antecede o recebimento da denúncia, perante o magistrado, em audiência especial designada para a renúncia. É o que preceitua o art. 16 da Lei 11.340/06:

    Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. 

    III. Correta. A afirmativa é verdadeira, trata-se da fiel reprodução do artigo 42 do CPP, que estabelece o princípio da indisponibilidade da ação penal pública, segundo o qual, "o Ministério Público não poderá desistir da ação penal".

    Portanto, sendo as afirmativas I e III corretas, deve ser assinalada a alternativa C.

    Gabarito do professor: alternativa C.
  • Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

  • A representação será IRRETRATÁVEOOOOO depois de OOOOOOOferecida a denúncia.

    Isso me ajudou a resolver a questão, só desculpem porque não consegui arrumar as cores.

    Bons estudos.


ID
2365303
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Sobre o tema Sujeitos Processuais no Direito Processual Penal, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o CPP:

     

    A) CORRETA.

    Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça, no que lhes for aplicável.

     

    B) CORRETA.

    Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la.

     

    C) ERRADA.

    Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão.

     

    D) CORRETA.

    Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.

    Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada.

     

    Gabarito: alternativa C.

     

    Bons estudos! ;)

  • Para acrescentar, sobre o art. 273 CPP:

     

    Apesar de o CPP dispor que se trata de decisão irrecorrível, doutrina e jurisprudência admitem a impetração de mandado de segurança contra a decisão judicial que viola o direito líquido e certo do ofendido de se habilitar como assistente de acusação. 

    E se ocorrer a indevida exclusão do assistente da acusação durante o curso do processo? Caberá correição parcial para sanar error in procedendo

     

    Renato Brasileiro. CPP comentado

  • Letra C. Nao caberá o recurso,pegadinha. Tem que ficar atento.

  • Gabarito, C

    Complementando:

    com um breve comentário sobre a letra D:
     

    (...) A defesa pode ser subdividida:

    DEFESA TÉCNICA (INDISPONÍVEL): é a defesa promovida por um defensor técnico, bacharel em Direito, sendo ela indisponível, pois, em regra, o acusado não pode se defender sozinho conforme dispõem o art. 263, caput, do CPP.


    Exceção: Se o acusado for advogado, que poderá promover a sua própria defesa.


    Vale a pena destacar que, em havendo ausência do defensor técnico no processo, por falecimento, negligência ou qualquer outro motivo, o Juiz, antes de nomear novo defensor, sempre deverá intimar o acusado para que, no prazo por ele determinado, possa constituir novo defensor.


    AUTO DEFESA (DISPONÍVEL): é a defesa promovida pessoalmente pelo próprio réu, sem assistência de procurador, geralmente durante o seu interrogatório judicial, sendo ela disponível, afinal de contas o acusado pode se calar ou até mesmo mentir, em conformidade com outro princípio constitucional expresso, o direito ao silêncio (art. 5º, inciso LXIII, CF).


    AtençãoA Defesa técnica é sempre obrigatória.


    O STF consagrou a Súmula 523, ao tratar da defesa técnica: “no processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu (nulidade relativa)”.

  • Complementando só mais um pouco o excelente comentário do Patrulheiro Ostensivo:

    Súmula 523, ao tratar da defesa técnica: “no processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu (nulidade relativa)”.

    A parte em destaque é expressada pela máxima pas de nullité sans grief (não há nulidade sem prejuízo).

  • Sobre o assitente de acusação do MP no CPP:

     

    SOMENTE nas ações penais PÚBLICAS (condicionadas ou incondicionadas)

    - É o ofendido ou representante legal  
    - cônjuge, ascendente, descendente ou irmão no caso de falecimento ou ausência.
     - A intervenção poderá ser feita a qualquer momento, até o trânsito em julgado,exceto no inquérito policial e execução penal;
    - Deve haver oitiva prévia do MP, cuja decisão não cabe recurso
    - Atua:
    * Propondo meios de prova (também entra quando ele propõe o assistente técnico)
    * Requerendo perguntas às testemunhas
    * Aditar libelo e articulados
    * Participando do debate oral
    * Arrazoando recursos interpostos pelo MP ou POR ELE PRÓPRIO

     

     


     

  • A) Art. 274. As prescrições sobre SUSPEIÇÃO DOS JUÍZES estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça, no que lhes for aplicável.



    B) Art. 256. A suspeição NÃO PODERÁ SER DECLARADA NEM RECONHECIDA, quando:
    1 -
    A parte injuriar o juiz ou
    2 -
    De propósito der motivo para criá-la.



    C) GABARITO


    D)  Art. 261. NENHUM ACUSADO, ainda que AUSENTE ou FORAGIDO, será processado ou julgado sem defensor.
    Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por
    defensor público ou dativo, será SEMPRE exercida através de manifestação fundamentada.


  • ART 273===>>> COMENTÁRIOS

     

    DO DESPACHO DO MP QUE ADMITIR OU NÃO O ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO NÃO CABERÁ RECURSO DEVENDO ENTRETANTO CONSTAR DOS AUTOS O PEDIDO E A DECISÃO MAS CABE IMPUGNAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA POR SE TRATR DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO NÃO TUTELADO POR HC OU HD

  • Não entendi pq a alternativa "D" está correta, afinal de contas, a defesa por "negativa geral", a meu ver, não convalesce de uma manifestação fundamentada. Alguém poderia explicar?

  • cpp

     Art. 273.  Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão.

  • Letra C - Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão.

  • A - Art. 274 do CPP.

    B - Art. 256 do CPP.

    C - Art. 273 do CPP.

    D - Art. 261, caput e p. único do CPP

  • Art 273, do CPP= "Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso,devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão"

  • GABARITO: C

    Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão.

  •  Do despacho que admitir, ou não, o assistente, NÃO caberá recurso, NUNCA caberá recurso, JAMAIS caberá recurso, NUNQUINHA cabera recurso, NEM A PAU caberá recurso, NEM QUE A VACA TUÇA caberá recurso, NEM QUE A VICA VICA PAU caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão.

  • GABARITO = C

    PM/SC

  • Não Cabe recurso, no entanto cabe mandado de segurança

  •  

    Observações:

    1.          Pode o ofendido, particular, habilitar-se como assistente do Ministério Público em crimes contra a Administração Pública.

    2.          Não se aplicam ao assistente de acusação os impedimentos previstos em lei para o juiz e o órgão do Ministério Público.

    Associações como assistentes de acusação

    CPP

    Art. 530-H. As associações de titulares de direitos de autor e os que lhes são conexos poderão, em seu próprio nome, funcionar como assistente da acusação nos crimes previstos no art. 184 do Código Penal, quando praticado em detrimento de qualquer de seus associados. 

     

    CDC.

     Art. 80. No processo penal atinente aos crimes previstos neste código, bem como a outros crimes e contravenções que envolvam relações de consumo, poderão intervir, como assistentes do Ministério Público, os legitimados indicados no art. 82,inciso III e IV, aos quais também é facultado propor ação penal subsidiária, se a denúncia não for oferecida no prazo legal.

  • Do despacho que admitir, ou não, o assistente da acusação, NÃO caberá recurso, devendo, ENTRETANTO,, constar dos autos o pedido e a decisão.  

  •  

    José é réu em determinado processo criminal instaurado por meio de denúncia do MP, pela suposta prática do crime de lesão corporal seguida de morte, em tese praticado contra Pedro. José foi condenado em primeira instância, estando o processo em fase recursal. Ronaldo, irmão de Pedro, requereu ao Juiz sua habilitação como assistente de acusação, tendo sido indeferido o pedido.

     

    Nesse caso, é correto afirmar que:

     

    Não agiu corretamente o Juiz, de forma que Ronaldo poderá impetrar mandado de segurança caso queira impugnar a decisão, uma vez que NÃO há recurso cabível.

     

    O assistente do Ministério Público somente poderá ser habilitado após o início da ação penal pública e antes do trânsito em julgado.

    A figura do assistente é admitida no processo somente após:

    - o RECEBIMENTO DA DENÚNCIA.

    - ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA.

     

    - Não cabe assistente da acusação no IP.

     

    - Não cabe assistente da acusação no PROCESSO DE EXECUÇÃO PENAL.

     

    -   o assistente da acusação NÃO PODERÁ ADITAR a denúncia formulada pelo MP.

    -     O corréu no mesmo processo não poderá intervir como assistente do MP

     

    -  Não cabe assistente da acusação na Ação Penal Privada

    Obs: somente existe assistente da acusação no caso de ação penal pública (CONDICIONADA ou incondicionada), pois na Ação Penal PRIVADA o ofendido ou seu representante legal atuam como PARTE, visto que são titulares da ação penal.

     

     

    O assistente do Ministério Público só poderá interpor recurso extraordinário nos casos de impronúncia e extinção da punibilidade, ou apelação supletiva, e desde que não se trate de decisão concessiva de habeas corpus.

    – A chamada APELAÇÃO SUBSIDIÁRIA, apresentada pelo ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO, pressupõe, em verdade, a inércia do Ministério Público – TANTO É QUE O PRAZO PARA SUA INTERPOSIÇÃO TEM INÍCIO APENAS QUANDO FINDO O PRAZO DO PARQUET (art. 598, parágrafo único, do CPP).

     

    Súmula 210 STF

    O assistente do Ministério Público pode recorrer, inclusive extraordinariamente, na ação penal, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598 do Cód. de Proc. Penal.

    Súmula 448 STF: O prazo para o assistente recorrer supletivamente começa a correr imediatamente após o transcurso do prazo do MP.

     

    Qual é o prazo para o ofendido (ou sucessores) apelar contra a sentença?

     HABILITADO como assistente: 5 dias (art. 593 do CPP);

    SEM HABILITAÇÃO:  Se ainda NÃO estava habilitado: 15 dias (art. 598, parágrafo único, do CPP).

     

    Obs: o prazo SÓ TEM INÍCIO DEPOIS que o prazo do MP se encerra.

  • Sobre o tema Sujeitos Processuais no Direito Processual Penal, é correto afirmar que: 

    -As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça, no que Ihes for aplicável.

    -A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la.

    -Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada.

  • Simples e Objetivo

    Gabarito Letra C

    DICA DE CONCURSEIRO: Sempre que a questão pedir a INCORRETAcomece da última alternativa.

    Estatisticamente as erradas estão nas últimas alternativas. E via de regra, a alternativa (A) está quase que sempre correta!

    “Quem Não Ler Com Paciência Não Decide Com Precisão” By: Ferreira 2020

    “Tu te tornas eternamente responsálvel pelo saldo da tua conta bancária” By: Ferreira 2020

    FOCO, FORÇA e FÉ!

    DELTA ATÉ PASSAR!

  • A afirmativa requer conhecimento do candidato com relação a matéria referente aos sujeitos processuais.


    O processo pressupõe necessariamente a presença de três sujeitos: 1) o autor (Ministério Público ou o querelante); 2) o réu/acusado e 3) o Juiz, este último imparcial.


    Há ainda os sujeitos acessórios, como os auxiliares da justiça e assistentes da acusação.


    Tenha atenção que a testemunha é a pessoa que não está entre os sujeitos processuais e é chamada a Juízo para declarar sobre os fatos relacionados ao caso, tem o dever de comparecer em Juízo, falar a verdade e informar o endereço ao Juízo dentro de 1 (um) ano.


    A) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta e traz o disposto no artigo 274 do Código de Processo Penal:


    “Art. 274.  As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça, no que Ihes for aplicável."

    B) INCORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está correta e traz o disposto no artigo 256 do Código de Processo Penal:


     “Art. 256.  A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la."


    C) CORRETA (a alternativa): a presente afirmativa está incorreta, visto que da decisão que admitir ou não assistente de acusação NÃO caberá recurso, artigo 273 do Código de Processo Penal. Tenha atenção ao fato de que havendo direito líquido e certo para a habilitação do assistente de acusação, dentro das hipóteses legais, e não cabendo recurso para o indeferimento (artigo 273 do CPP), será hipótese de cabimento de mandado de segurança.

    D) INCORRETA (a alternativa): A primeira parte da presente afirmativa está correta e traz o disposto no artigo 261 do Código de Processo Penal. Da mesma forma, a segunda parte também está correta e traz o disposto no parágrafo único do citado artigo. Aqui tenha atenção ao fato de que o acusado não pode abrir mão da defesa técnica, mas a autodefesa (como depoimento no interrogatório) é facultativa.


    Resposta: C




    DICA: No momento em que estiver estudando as questões faça sempre a leitura da lei e anote as partes que achar mais importantes e que chamarem sua atenção.

  • Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça, no que lhes for aplicável.

     

    Suspeição provocada

    Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la.

     

    Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão.

     

    Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.

    Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada.

     


ID
2365306
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Sobre o tratamento que o Código de Processo Penal dá ao tema Prisão e Medidas Cautelares, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o CPP:

     

    A) CORRETA.

    Art. 282, § 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.

     

    B) ERRADA.

    Art. 282, § 6º A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 319).

     

    C) CORRETA.

    Art. 282, § 5º O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que o justifiquem.

     

    D) CORRETA.

    Art. 282, § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo.

     

    Gabarito: alternativa B.

     

    Bons estudos! ;)

  • CPP

     

    DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA
     

            Art. 282.  As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a:       

     

    I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais;        

    II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado.      

     

    § 1o  As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.       

    § 2o  As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público.        

    § 3o  Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo.      

    § 4o  No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva

    § 5o  O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.    

    § 6o  A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar.

  • Letra B

    A prisão é a exceção no ordenamento jurídico brasileiro, logo, se tiver alguma outra medida diversa da prisão, será esta aplicada.

  • Art. 282.  As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a:       

    § 6o  A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar.

  • questão estúpida.

    seguimos!

  • Esse tipo de questão que faz a nota de corte subir entre 85 e 95% de acertos. Isso que se trata de uma prova de nível superior.

  • Letra B. A prisão prevetiva será decretada comente se não for possível a aplicação das medidas cautelares diversas da prisão.

  • Era só lembrar que a prisão é a "ultima ratio". Logo, se há possibilidade de medida cautelar alternativa, não se aplica a prisão preventiva.

     

    GAB: B

  • GABARITO B

     

    CPP

     

    Art. 282, § 6º A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar.

  • Prisão é a suprema ratio das ultima ratio.

  • LETRA B INCORRETA

    CPP

    ART 282 § 6  A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar 

  • Lembrando sempre que a prisão é sempre a ultima ratio!

    Assim, a medida alternativa somente será utilizada quando cabível a prisão, mas em razão da proporcionalidade, houver outra restrição menos onerosa aplicável ao caso.

  • Assertiva b  INCORRETA

    A prisão preventiva será determinada quando for cabível a sua substituição por outra medida cautelar.

  • Prisão é a suprema ratio das ultima ratio.

    Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a:       

    § 6o  A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar.

    De acordo com o CPP:

     

    A) CORRETA.

    Art. 282, § 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.

     

    B) ERRADA.

    Art. 282, § 6º A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 319).

     

    C) CORRETA.

    Art. 282, § 5º O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que o justifiquem.

     

    D) CORRETA.

    Art. 282, § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo.

     

    Gabarito: alternativa B.

     

  • A presente questão demanda conhecimento sobre prisões e medidas cautelares. No entanto, faz uma abordagem estritamente voltada para a letra de lei. Neste sentido, para a resolução da questão, é necessário apenas a análise do art. 282 do CPP.

    Importa destacar que, na época em que o certame foi realizado, o referido dispositivo legal não continha atualizações oriundas do “Pacote Anticrime" (Lei n.º 13.964/2019), razão pela qual, apresenta-se o artigo com a redação anterior para fins de resolução da questão considerando a cobrança pela literalidade da lei.

    Ainda assim, vale destacar que as recentes alterações legislativas não invalidariam a resposta da questão.

    Art. 282.  As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a:       
    I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais;        
    II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado.      
    § 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.       
    § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público.        
    § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo.      
    § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva
    § 5º O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.    
    § 6º. A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar.

    Analisemos:

    A) Correta. A assertiva consiste na fiel reprodução do Art. 282, §1º do CPP, o qual estabelece que “as medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente". Estando correta, essa alternativa deve ser excluída, pois o comando da questão exige que seja assinalada a assertiva incorreta.

    B) Incorreta. A assertiva infere que a prisão preventiva será determinada quando for cabível a sua substituição por outra medida cautelar, o que contraria o disposto no art. 282, §6º do CPP já que dispõe de forma contrária: “§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art 319)."

    Redação atual do § 6º: A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

    C) Correta. A assertiva encontra respaldo legal por ser a fiel reprodução do art. 282, § 5º do CPP, que dispõe “o juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que o justifiquem". Estando a afirmação correta, a assertiva deve ser desconsiderada.

    Redação atual do § 5º: O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.  (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

    D) Correta. A assertiva consiste na fiel reprodução do art. 282, § 3º do CPP, o qual disciplina que “ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo".

    Redação atual do § 3º: Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 

    Gabarito do professor: alternativa B.
  • Ultima ratio


ID
2365309
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

O juiz, ao proferir sentença condenatória, NÃO:

Alternativas
Comentários
  • art. 386, § único CPP: Na sentença ABSOLUTÓRIA o juiz:

    III- Aplicará medida de segurança, se cabível.

     

    Art. 387 CPP: O juiz ao proferir sentença CONDENATÓRIA:

    I- Mencionará as circunstâncias agravantes e atenuantes definidas no CP, e cuja existência reconhecer;

    II- Mencionará outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicação da pena;

    IV- Fixará um mínimo para a reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido

  • cai na pegadinha.kkkkkkkk

     

  • Quando o Juiz reconhece que é caso aplicação de Medida de Segurança, ocorre a absolvição imprópria. Ele absolve o acusado da prática do crime e aplica a medida de segurança, se cabível. A fundamentação foi devidamente exposta pela colega Vanessa Linard.

  •  a) Aplicará medida de segurança, se cabível. 

    Art. 386. Parágrafo único.  Na sentença absolutória, o juiz: III - aplicará medida de segurança, se cabível.

     

     b) Mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal e cuja existência reconhecer.  

    Art. 387.  O juiz, ao proferir sentença condenatória: I - mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal, e cuja existência reconhecer;

     

     c) Mencionará tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto no Código Penal.  

    Art. 387.  O juiz, ao proferir sentença condenatória:   II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto nos arts. 59 e 60 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; 

     

     d) Fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido. 

    Art. 387.  O juiz, ao proferir sentença condenatória:  IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido;

  • Aplicar medida de segurança é na SENTENÇA ABSOLUTÓRIA IMPRÓRIA.

  • Medida é segurança é sentença absolutória imprópria e não sentença CONDENATÓRIA.

     

    Gabarito A.

  • GABARITO A

     

    Inimputáveis

            Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

    Três são os requisitos presentes neste artigo: biológico (a causa, ou seja, a doença mental), psicológico (o efeito, ou seja, a supressão da capacidade de entendimento ou autodeterminação) e temporal (ocorrência dos requisitos anteriores no exato momento da conduta).

    Assim, o sujeito que praticar algum crime, cumpridos tais requisitos, sera ABSOLVIDO. 
    A este fato da-se o nome de ABSOLVIÇÃO IMPRÓPRIA, pois a ele se aplicará uma medida de segurança, que não se confunde com pena.

    Isso decorre do Sistema Vicariante, pois este permite a aplicação de pena ou de medida de segurança.

     

    CAPÍTULO VIII

    DA INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO

            Art. 149.  Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal.

           

    Acrescenta-se, ainda, que a inimputabilidade por doença mental nao pode acarretar absolvição sumária, somente podendo ser decretada em sede de cognição definitiva, ou seja, somente no julgamento do mérito. É uma forma de ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA IMPRÓPRIA.

     

    Art. 415.  O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:    

    IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.            

    Parágrafo único.  Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva.   

     

    "A razão é óbvia: sendo inimputável o agente (por doença mental, v. g.), há necessidade de que o processo seja regularmente instaurado, com a respectiva produção de prova em juízo e observância de todo o trâmite legal, que culminará ou com a absolvição própria do réu ou com a absolvição imprópria, assim entendida aquela que reconhece que o fato é típico, ilícito, mas não impõe pena, senão medida de segurança." Yordan Moreira Delgado e Werton Magalhães Costa 

     

    DEUS SALVE O BRASIL.

  • e o semi-imputável ... não pode ter sentença condenatória e receber medida de segurança???

  • A galera viaja....Rs. Letra de lei, art. 387 CPP.

  • a) Aplicará medida de segurança, se cabível. 

    Art. 386. Parágrafo único.  Na sentença absolutória, o juiz: III - aplicará medida de segurança, se cabível.

     

     b) Mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal e cuja existência reconhecer.  

    Art. 387.  O juiz, ao proferir sentença condenatória: I - mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal, e cuja existência reconhecer;

     

     c) Mencionará tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto no Código Penal.  

    Art. 387.  O juiz, ao proferir sentença condenatória:   II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto nos arts. 59 e 60 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; 

     

     d) Fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido. 

    Art. 387.  O juiz, ao proferir sentença condenatória:  IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido;

  • ATENÇÃO NO ENUCIADO DA QUESTÃO!!!!!!!!

    SENTENÇA CONDENATÓRIA, LOGO NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE SER APLICADA UMA MEDIDA DE SEGURANÇA.

    MEDIDA DE SEGURANÇA = SENTENÇA ABSOLUTÓRIA IMPRÓPRIA.

    BONS ESTUDOS!!!!

    @estudantemaeconcurseira

  • Effting S., também não está correto o que você diz.

     

    Em regra, ao semi-imputável é aplicada a redução de 1/3 a 2/3 na condenação, mas, sendo o caso, pode a pena ser convertida em MS. Não existe condenação em MS.

  • GABARITO A

     

    CPP, art 386:

    Parágrafo único.  Na sentença absolutória, o juiz:

            I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade;

            II – ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente aplicadas;                

            III - aplicará medida de segurança, se cabível.

  • Pensei como você, Victor Vidal

  • Pegadinha no enunciado,

    a) Aplicará medida de segurança, se cabível. 

    Art. 386. Parágrafo único.  Na sentença absolutória, o juiz: III - aplicará medida de segurança, se cabível.

  • pra quem pensou no caso do semi-imputável ao qual é atribuída medida de segurança, há, em verdade, substituição da pena privativa de liberdade pela medida de segurança; porém a questão cobra a literalidade do art. 386 do CPP

  • Nesse caso, o juiz só aplicaria medida de segurança no caso de sentença absolutória.

  • Art. 387.  O juiz, ao proferir sentença condenatória

    V - atenderá, quanto à aplicação provisória de interdições de direitos e medidas de segurança.

    Alguém poderia me dizer pq a A está errada? Já entendi que a opção A é a copia da letra de lei da sentença absolutória, mas medida de segurança também é mencionada no art 387.

  • Diego Guida, creio que ele mencione "quanto à aplicação da medida de segurança" mas não que o magistrado aplicará esta medida. Acho isso.

  • Pessoal, MEDIDA DE SEGURANÇA está dentro da Sentença Absolutória IMPRÓPRIA!!
  • Juiz pode aplicar medida de segurança em sentença condenatória nos casos de semi-imputabilidade. A sentença não será absolutória imprópria, mas sim condenatória. Não entendi a questão....

  • A questão cobrou conhecimentos acerca da sentença no processo penal.

    A – Correta. Se a sentença for condenatória o juiz aplicará a pena correspondente ao crime e outras medidas, atendendo assim os preceitos do art. 387 do Código de Processo Penal. Dentre as medidas estabelecidas pelo art. 387 do CPP não está prevista a aplicação de medida de segurança, pois isso só ocorrerá quando a sentença for absolutória, conforme o paragrafo único, inc. III do art. 386 do CPP.

    B – Incorreta. De acordo com o art. 387, inc . I do CPP “O juiz, ao proferir sentença condenatória: mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal, e cuja existência reconhecer".

    C – Incorreta. A alternativa está de acordo com o art. 387, inc. II do CPP.

    D – Incorreta. Na sentença condenatória o juiz “fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido" (art. 387, inc. IV, CPP)

    Gabarito, letra A.


ID
2365312
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

“Fulano de tal” foi impronunciado pelo juiz sumariante. Insatisfeito com a decisão, o Ministério Público poderá interpor:

Alternativas
Comentários
  • Segundo o Código de Processo Penal:

     

     Art. 416.  Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação.

     

    Gabarito letra B

  • vogal com vogal

    consoante com consoante

     

    MNEMÔNICO

    Apelação = Impronúncia (ambos começam o nome com vogais)

    RESE = Pronúncia (ambos começam o nome com consoantes)

     

  • Art. 416.  Contra a Sentença de IMPRONÚNCIA ou de ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA caberá APELAÇÃO.     

    GABARITO -> [B]

  • Gente, essa não precisa de mnemônico não.

    Para não esquecer: Apelação cabe de decisão que encerra  o processo, enquanto RESE de decisão não terminativa.

    Pronúncia e Desclassificação: o processo vai continuar, seja no júri ou em outro juízo.

    Impronúncia e Absolvição sumária: acaba o processo. Claro, que enquanto não extinta a punibilidade, pode ser processado se houver prova nova, no caso da impronúncia, mas na prática se encerrou.

    Em regra é assim, pode haver exceções no caso do RESE, mas aí seriam outras hipóteses do art. 581, CPP. quanto a essas 4 situações, não há dúvida!

  • Já enfrentei muitas decorebas sinistrar. Mas confesso que a IBFC + recursos do CPP não é uma dupla boa para nós.

    Adorei a dica : vogal vogal, consoante consoante

    DECORA= PRONUNCIA CABE RESE.

     

     

    GABARITO ''B''

  • Trata-se de Decisão Interlocutória Mista Terminativa. Cabe apelação.

  • PRONÚNCIA - CABE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

     

    IMPRONÚNCIA - CABE APELAÇÃO.

  • Complementando a resposta da Rafaela Queiroz. 

    Como não esquecer:

    Pronúncia - RESE

    Se você for pronunciado pelo tribunal do júri, é melhor começar a rezar. Afinal, significa que o juiz entende que existem indícios suficientes de autoria.. 

    se tivesse começado a rezar antes, seu apelo já teria sido escutado. Poderia ter alcançado uma impronúncia ou até mesmo uma absolvição sumária

  • O tribunal do júri possui um procedimento BIFÁSICO

    na 1a fase, o juiz analisa somente o juízo de admissibilidade ou de prelibação, que poderá advir 4 decisões:

    1) PRONÚNCIA - RESE

    2) IMPRONÚNCIA - APELAÇÃO

    3) DESCLASSIFICAÇÃO - RESE

    4) ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA - APELAÇÃO

    em todos os casos, o mnemônico serve: CONSOANTE - CONSOANTE

                                                                      VOGAL- VOGAL

  • Usava este mnemônico:Se houver PRONÚNCIA, REZE para os jurados absolver, mas se houver IMPRONÚNCIA, APLAUSOS para o juiz.

    Agora irei usar o da colega Aleyda Xavier, mais completo e simples de lembrar!

    Obrigado colega por nos agraciar com esta joia!

    Se alguém tiver um para lembra todos os casos de Rese (581 cpp), ficaria grato, tem tempo que tento criar um.

     

  • Contra a sentença de impronúncia cabe apelação (art. 416 do CPP), que será interposta pela parte sucumbente, no caso o Ministério Público.

     

     

    Resposta: letra B

     

    Bons estudos! :)

  • APELAÇÃO - IMPRONÚNCIA

    RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - PRONÚNCIA

  • Copiando

    Impronuncia = Decisão Interlocutória Mista Terminativa. Cabe apelação

    O tribunal do júri possui um procedimento BIFÁSICO.

    Na 1a fase, o juiz analisa somente o juízo de admissibilidade ou de prelibação, que poderá advir 4 decisões:

    1) PRONÚNCIA - RESE

    2) IMPRONÚNCIA - APELAÇÃO

    3) DESCLASSIFICAÇÃO - RESE

    4) ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA - APELAÇÃO

    em todos os 4 casos, o mnemônico serve:

    CONSOANTE - CONSOANTE

    VOGAL- VOGAL

  • “Fulano de tal” foi impronunciado pelo juiz sumariante. Insatisfeito com a decisão, o Ministério Público poderá interpor:

    B) Apelação.

    CPP Art. 416 - Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação. [Gabarito]

  • Um minemônico que eu aprendi aqui no QC.

    A Apelação ocorre nos casos de CAI:

    Condenação.

    Absolvição.

    Impronúncia.

  • O procedimento do Tribunal do Júri é dividido em duas partes: uma primeira, conhecida como sumário da culpa, que engloba os atos praticados desde o recebimento da denúncia até a pronúncia; e uma segunda, que abrange os atos realizados entre a pronúncia e o julgamento pelo Tribunal do Júri.

    A primeira fase se encerra quando ocorre a pronúncia ou a impronúncia do acusado, ambas possuem natureza jurídica de decisão interlocutória mista de conteúdo terminativo, posto que encerram a primeira fase do processo, sem um julgamento de mérito.

    A decisão de impronúncia trazida no enunciado é cabível quando inexiste prova da materialidade do fato ou não há indícios suficientes de autoria, consoante o art. 414 do CPP:

    Art. 414.  Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.           
    Parágrafo único.  Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova. 

    Contra a decisão de impronúncia é cabível o recurso de apelação, nos termos do art. 416 do CPP:

    Art. 416.  Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação.  

    Ademais, para fins de aprofundamento, destaca-se que o acusado será pronunciado, caso haja indícios suficientes de autoria e prova da materialidade do fato, conforme o art. 413 do CPP. Contra a decisão de pronúncia é cabível Recurso em Sentido Estrito – RESE, nos termos do art. 581, IV do CPP.

    O enunciado pede que seja assinalado qual recurso deve ser interposto pelo Ministério Público da decisão de impronúncia do acusado. Logo, é o gabarito da questão o recurso de apelação, previsto na alternativa “b".

    Gabarito do(a) professor(a): alternativa B.

ID
2365315
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Todas as hipóteses referidas nas alternativas a seguir refletem hipótese de imunidade tributária. Assinale aquela que contemple imunidade subjetiva e autoexecutável (ou incondicional).

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    Primeiramente vejamos os conceitos dados no enunciado:
    imunidade subjetiva: ocorre quando o benefício constitucional leva em consideração as pessoas beneficiadas pela exceção.
    imunidade objetiva : ocorre quando o benefício constitucional leva em consideração os objetos beneficiados pela exceção.

    Imunidade incondicionada: A imunidade gera seus efeitos independentemente de regulamentação, possuindo eficácia plena e aplicabilidade imediata.
    Imunidade condicionada: é a imunidade de eficácia limitada, ficando a sua aplicabilidade e o gozo do benefício a depender da edição de regulamentação infraconstitucional.

    alternativas:

    a) Impedimento de instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. imunidade objetiva e condicionada (tem que para livro, jornal e periódico)
     

    b) Proibição aos Entes da Federação de instituir impostos sobre patrimônio, renda e serviços uns dos outros. imunidade subjetiva e incondicionada
     

    c) Interdição de instituir imposto sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações.imunidade subjetiva e condicionada (o art. 150 IV c traz como requisito o atendimento dos requisitos em lei)
     

    d) Vedação à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios de instituir impostos sobre templos de qualquer culto.  imunidade subjetiva e condicionada. (o espaço tem que ser usado pelo culto. ex: cemitério do culto).

    bons estudos

  • Gabarito: B

     

    Sobre a letra D, segundo Leandro Paulsen (2017, p. 109):

    "Em face da existência ou não de remissão expressa, pela Constituição, às condições ou requisitos estabelecidos por lei, a doutrina também classifica as imunidades em condicionadas e incondicionadas. Cabe observar, porém, que sempre teremos o condicionamento ao menos à preservação do valor que inspira a regra de imunidade

     

    Desse modo, mesmo a imunidade das instituições religiosas — a princípio incondicionada — só se justifica em face da manifestação da religiosidade e das atividades que lhe são inerentes ou correlatas, mantido o sentido finalístico, sob pena de se desvirtuar a garantia constitucional. A invocação do caráter incondicionado de determinada imunidade não se presta, por exemplo, para estendê-la a atividades econômicas, mesmo que os recursos venham a ser aplicados na atividade-fim. Permitir que a imunidade implique desequilíbrios no mercado violaria o princípio da livre iniciativa e concorrência, que pressupõe isonomia tributária."

  • Complicado esse entendimento de ser a imunidade religiosa condicionada. Para mim, apenas a alínea "c" do inciso VI do art. 150 é que prevê as imunidades condicionadas. O material do estratégia reforça o caráter de incondicionalidade da imunidade religiosa. 

    Cabe destacar que o próprio comentário do colega Renato reforça essa ideia, já que a necessidade de utilizar o espaço para celebração de cultos é algo lógico. Diferente são as instituições educacionais que, para gozar da imunidade, deve preencher vários requisitos dispostos no CTN (art. 14). A alternativa "d" estaria também correta. 

     

    Enfim, vejo o item como divergente e passível de discussão.

     

    Se minha ideia for absurda, por favor, corrijam-me. Abraços


ID
2365318
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Havendo litígio sobre o imposto de renda incidente na fonte, relativo à licença-prêmio de funcionário público, a demanda foi proposta junto à vara competente na Justiça Federal. No entanto, o Magistrado determinou a emenda da inicial, com a exclusão da União do polo passivo e a inclusão do Estado-Membro ao qual se vincula o servidor e declinou da competência, alegando ser esta da Justiça Estadual. Com referência à questão da competência para apreciar a lide, pode ser afirmado que o Magistrado:

Alternativas
Comentários
  • A resposta da questão tem por base entendimento do STF:

     

    O Estado-membro é parte legítima para figurar no polo de ação de restituição de imposto de renda, por pertencer a ele o produto da arrecadação do imposto da União sobre a renda e os proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre pagamentos feitos a servidores. [AI 577.516 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 20‑10‑2009, 1ª T, DJE de 20‑11‑2009.]

     

    Gabarito: alternativa C.

     

    P.S.: apesar de ter acertado a questão, não vi tanta diferença entre a redação da alternativa C e da D. Se alguém puder explicar...

     

    Bons estudos! ;)

  • Gabarito Letra C
     

    Súmula 447 STJ: Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores.

    Quanto à repartição da receita :

    Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:

    I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;

    Erro da D: " qualquer controvérsia deve ser dirimida pela Justiça Estadual " deixa a questão errada, o foro estadual é somente nas questões de ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores.

    bons estudos

  • Continuo sem entender a diferença entre as letras "C" e "D". Creio que o problema, talvez, seja o problemático Português dos examinadores da banca CONSULPLAN.

     

    Seja como for, segue minha contribuição quanto ao ponto:

     

    "É relevante registrar que, no entender do Superior Tribunal de Justiça, se o servidor público estadual quiser contestar a própria retenção do Imposto de Renda, alegando isenção ou não incidência, a competência para julgamento será da Justiça Estadual, pois a discussão se dá entre o Estado e o servidor, sendo a União Federal alheia ao litígio (AgRg no Ag 937.798-RS, Rel. Min. Castro Meira, j. 12.08.2008). Nessa linha, o STJ editou a Súmula 447, afirmando que “os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores”. Não obstante, se a discussão for referente à restituição do tributo a ser efetuada como resultado da análise da declaração anual do imposto de renda, a competência para julgamento será, obviamente, da Justiça Federal, tendo em vista a presença da União Federal (responsável pela análise) como parte na ação".

     

    (Direito tributário esquematizado / Ricardo Alexandre. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016).

  • Alternativa C e D pra mim dizem a mesma coisa.

  • Fiquei na dúvida se esse entendimento se aplica, por analogia, se o litígio envolver servidor do Município? é que a súmula fala expressamente estado membro e DF. 

    Alguém saberia responder?

     

    Grata.

  • A diferença entre a letra D e a C está no seguinte: não é porque o Estado-membro efetua os descontos na fonte do IR que ele deverá estar no polo passivo da demanda. O Estado-membro estará no polo passivo, afastando a competência da Justiça Federal, porque o IR retido na fonte pelo Estado-membro será integralmente destinado ao próprio estado. Não é repassado a União. A diferença entre a C e a D é a justificativa para a atual jurisprudência que determinou a competência da Justiça Estadual. 

    Espero ter ajudado. 

     

     

  • Gabarito: C

     "[...] a União não possui legitimidade passiva em demandas promovidas por servidores públicos estaduais com o objetivo de obter isenção ou não incidência de imposto de renda retido na fonte, porquanto, nessas hipóteses, por força do que dispõe o art. 157, I, da Constituição Federal, pertencem aos Estados da Federação o produto da arrecadação desse tributo." (REsp 874759 SE, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/11/2006, DJ 23/11/2006, p. 235)

     A diferença entre as assertivas C e D reside no fato de que enquanto a alternativa C diz respeito à hipótese em comento (pertencer ao Estado-Membro o produto da arrecadação do imposto de renda, sendo competente a Justiça Estadual), a alternativa D generaliza ao dispor que qualquer controvérsia deve ser dirimida pela Justiça Estadual (o que não é verdade, pois será de sua competência as hipóteses previstas no artigo 157, I, da CF, quais sejam, isenção ou não incidência de imposto de renda retido na fonte).

     Bons estudos!

     

  • A dúvida é porque essa pergunta esta catalogada em: Direito Tributário > Repartição das Receitas Tributárias ????

  • Pessoal, entendo que realmente há um equívoco na letra "D". Não é "qualquer controvérsia" sobre a matéria que deve ser dirimida na Justiça Estadual. Embora os Estados sejam parte nas ações em que se pede a restituição de imposto de renda retido na fonte (por exemplo: Estado reteu mais do que deveria, pois fez retenção sobre parcela não tributável), ações essas que deverão ser ajuizadas na Justiça Estadual, quando a controvérsia versar sobre restituições a serem feitas em virtude da análise da declaração anual do imposto de renda, creio que a legitimidade não seja do Estado, mas sim da União. Nesses casos a competência é da justiça federal.

    Nesse sentido: "Não obstante, se a discussão for referente à restituição do tributo a ser efetuada como resultado da análise da declaração anual do imposto de renda, a competência para julgamento será, obviamente, da Justiça Federal, tendo em vista a presença da União Federal (responsável pela análise) como parte na ação" (ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário esquematizado, 10ª ed., 2016).

    Embora os Estados façam a retenção mensal, ao fim do exercício o servidor, ainda assim, deve fazer a sua declaração anual do IR, informando as transações que podem ser abatidas do imposto. Após a União fazer a análise, o contribuinte, geralmente, tem direito a uma restituição, a qual é feita em vários lotes no decorrer do ano posterior. Nesse caso, se a União entender que deve ser restituído um valor X e o servidor entender que o valor seria Y, a União seria parte legítima para essa discussão, já que ela fez a análise da declaração incorretamente.

    Creio que esse seja o erro, me corrijam se eu estiver equivocado.

  • CORRETA LETRA "C"

     

    Segundo o STJ, se o servidor público quiser contestar a própria retenção do IR, alegando isenção ou não incidência, a competência será da JUSTIÇA ESTADUAL. 

     

    Neste sentido: Súmula 447 STJ: Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores.

     

    Agora o ERRO DA LETRA "D" é que se a discussão for referente à restituição do tributo a ser efetuada como resultado da análise da declaração anual do IR, a competência será da JUSTIÇA FEDERAL, tendo em vista a presença da UNIÃO (RESPONSÁVEL PELA ANÁLISE) como parte da ação;

     

    fonte: RICARDO ALEXANDRE, 2017

     

  • Primeira parte- créditos concursanda trf

    Gabarito: C

     .

    "[...] a União não possui legitimidade passiva em demandas promovidas por servidores públicos estaduais com o objetivo de obter isenção ou não incidência de imposto de renda retido na fonte, porquanto, nessas hipóteses, por força do que dispõe o art. 157, I, da Constituição Federal, pertencem aos Estados da Federação o produto da arrecadação desse tributo." (REsp 874759 SE, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/11/2006, DJ 23/11/2006, p. 235)

     .

    A diferença entre as assertivas C e D reside no fato de que enquanto a alternativa C diz respeito à hipótese em comento (pertencer ao Estado-Membro o produto da arrecadação do imposto de renda, sendo competente a Justiça Estadual), a alternativa D generaliza ao dispor que qualquer controvérsia deve ser dirimida pela Justiça Estadual (o que não é verdade, pois será de sua competência as hipóteses previstas no artigo 157, I, da CF, quais sejam, isenção ou não incidência de imposto de renda retido na fonte).

    .

    Segundo a própria consulplan temos:

    A questão é corriqueira e necessitaria, para que fosse assinalada a correta alternativa, dominasse o conteúdo sobre receitas tributárias de cada ente da federação, que compõe o programa da prova. 

    Fonte: Artigo 157,I da Constituição Federal.

     

  • Primeira parte- créditos concursanda trf

    Gabarito: C

     .

    "[...] a União não possui legitimidade passiva em demandas promovidas por servidores públicos estaduais com o objetivo de obter isenção ou não incidência de imposto de renda retido na fonte, porquanto, nessas hipóteses, por força do que dispõe o art. 157, I, da Constituição Federal, pertencem aos Estados da Federação o produto da arrecadação desse tributo." (REsp 874759 SE, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/11/2006, DJ 23/11/2006, p. 235)

     .

    A diferença entre as assertivas C e D reside no fato de que enquanto a alternativa C diz respeito à hipótese em comento (pertencer ao Estado-Membro o produto da arrecadação do imposto de renda, sendo competente a Justiça Estadual), a alternativa D generaliza ao dispor que qualquer controvérsia deve ser dirimida pela Justiça Estadual (o que não é verdade, pois será de sua competência as hipóteses previstas no artigo 157, I, da CF, quais sejam, isenção ou não incidência de imposto de renda retido na fonte).

    .

    Segundo a própria consulplan temos:

    A questão é corriqueira e necessitaria, para que fosse assinalada a correta alternativa, dominasse o conteúdo sobre receitas tributárias de cada ente da federação, que compõe o programa da prova. 

    Fonte: Artigo 157,I da Constituição Federal 

     

     

  • Súmula 447 STJ: Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores.

    por quê? Se o IR do servidor do Estado vai para o Estado, ação que for discutir IR será da Justiça Estadual!


ID
2365321
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

“Determinado contribuinte ingressou com recurso administrativo impugnando o crédito tributário que lhe é exigido pela Fazenda Estadual. Na pendência da apreciação deste recurso, a Fazenda ingressou com execução fiscal do crédito impugnado. O advogado do contribuinte ingressou com exceção (objeção) de pré-executividade em defesa do cliente.” Na situação analisada, é correto afirmar que a exceção de pré-executividade

Alternativas
Comentários
  • Art 151 do CTN -  Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

                              III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;

    Devido à interposição do recurso, o crédito tributário estava com a sua exibilidade suspensa, não podendo a Fazenda promover a execução fiscal.

     

  • Gabarito Letra D

    CTN

    Art 151 -  Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

    III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;

    A suspensão da exigibilidade do crédito tributário na via judicial impede o Fisco de praticar qualquer ato contra o contribuinte visando à cobrança de seu crédito, tais como inscrição em dívida, execução e penhora, mas não impossibilita a Fazenda de proceder à regular constituição do crédito tributário para prevenir a decadência do direito (STJ, REsp 1129450/SP)

    bons estudos

  • LETRA D (CORRETA).

     

    Em suma, em se tratando de processo administrativo fiscal, toda reclamação e todo recurso têm efeito suspensivo, impedindo, até a decisão final do processo, que a Administração Tributária promova contra o sujeito passivo litigante qualquer ato de cobrança, bem como que o inscreva em cadastros de inadimplentes, como é o caso do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (CADIN).

     

    O entendimento é pacífico no âmbito do STF (AC 1.620, julgada em 25 de junho de 2008). A regra tem o efeito de evitar que em matéria tributária seja aplicado o abominável “solve et repete” (pague e depois reclame), cláusula segundo a qual, mesmo discordando de um valor que lhe é cobrado, o suposto devedor deveria promover o pagamento e, posteriormente, contestar a cobrança, pedindo a devolução (repetição).

     

    (Direito tributário esquematizado / Ricardo Alexandre. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016).

  • A - Falso. É aplicável sim, o crédito estava com a exigência suspensa. A Fazenda não podia ignorar a suspensão e ir coagindo o cidadão a pagar. Vislumbro inclusive um excesso de exação, crime do código penal, praticado pelo agente publico.
    B - Falso. Há súmula vinculante, salvo engano a 21.
    C - Falso. A prescrição não corre enquanto o crédito está suspenso.
    D - Certo. Conforme explicado na letra A.

  • GABARITO: D 

     

    A) "A Exceção de Pré-Executividade é uma peça de defesa simples com o intuito de impedir que o executado se submeta aos gravames decorrentes dos atos constritivos de uma execução, principalmente quando esse título executivo estiver eivado de vícios quanto à matérias de ordem pública, tal como a legalidade, prescrição, entre outras (pressupostos processuais, legitimidade e condições da ação executiva), as quais podem ser identificadas e conhecidas de ofício pelo juízo, sem a necessidade de estabelecimento do contraditório, podendo também tratar de questões de mérito, quando houver nesse caso prova pré-constituída das alegações". (Exceção de pré-executividade pode ser usada no novo CPC, Lara Lobo Costa). 

     

    B) Súmula vinculante 28 do STF - É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. 

     

    C) A suspensão da exigibilidade não impossibilita a Fazenda de proceder à regular constituição do crédito tributário para prevenir a DECAÊNCIA do direito. Já no caso da suspenção do crédito por recurso administrativo, não há risco para a fazenda, pois o prazo prescricional estará suspenso.  

     

    D) Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: (...) III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;  

  • LETRA D CORRETA 

    Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário 

    MO DE RE CO PA

    MOratória 

    Depósito

    Recursos

    COncessão de Liminar em MS

    PArcelamento 

  • Hipóteses de suspensão do crédito tributário: MODERE LIMASE TU LIMPAR

     Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

            I - moratória; MO

            II - o depósito do seu montante integral; DE

            III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; RE

            IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. LIMASE

            V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; TU LIM  

              VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)  PAR

     

  • LEMBRETE:

    Súmula 393/STJ: "A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória".

  • vale lembrar Info 697/2021 STJ

    Em sede de exceção de pré-executividade, o juiz pode determinar a complementação das provas, desde que elas sejam preexistentes à objeção.

    De acordo com a jurisprudência consolidada desta Corte, a exceção de pré-executividade tem caráter excepcional, sendo cabível quando atendidos simultaneamente dois requisitos, um de ordem material e outro de ordem formal, a saber:

    (i) a matéria invocada deve ser suscetível de conhecimento de ofício pelo juiz; e

    (ii) é indispensável que a decisão possa ser tomada sem necessidade de dilação probatória.

    Com relação ao requisito formal, é imprescindível que a questão suscitada seja de direito ou diga respeito a fato documentalmente provado. A exigência de que a prova seja pré-constituída tem por escopo evitar embaraços ao regular processamento da execução. Assim, as provas capazes de influenciar no convencimento do julgador devem acompanhar a petição de objeção de nãoexecutividade. No entanto, a intimação do executado para juntar aos autos prova pré-constituída mencionada nas razões ou complementar os documentos já apresentados não configura dilação probatória, de modo que não excede os limites da exceção de pré-executividade


ID
2365324
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

“Edson é oficial de justiça em atividade num Tribunal Regional Federal brasileiro e pretende se inscrever junto ao INSS como segurado facultativo, efetuando os recolhimentos devidos. Assim, no futuro, quando vier a se aposentar, Edson planeja receber uma aposentadoria do Regime Próprio e outra do Regime Geral da Previdência.” Em relação à situação apresentada, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Segundo a Constituição Federal:


    Art. 201, 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.

     

    A título de curiosidade, a Instrução Normativa nº 77/2015 do INSS permite que o segurado de regime próprio que não federal, afastado sem vencimento, contribua como segurado facultativo para o RGPS. Esse conhecimento, todavia, não era exigido pela questão.

     

    Gabarito letra B.

  • Lei 8213/91

    Art.12. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social.

     

     

    Decreto 3048/99

    Art.11. § 2º  É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio.

     

     

     

    Lei 8112/90

         Art.183.§3º Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais.    

     

     

    EDSON É OFICIAL DE JUSTIÇA DO TRF. LOGO, A EXCEÇÃO NÃO É ASSEGURADA A SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS.

     

     

     

     

    GABARITO ''B''

  • LETRA B CORRETA 

    CF/88

    ART 201 § 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.

  • “Edson é oficial de justiça  em atividade num Tribunal Regional Federal brasileiro ( POSSUÍ REGIME PRÓPRIO) e pretende se inscrever junto ao INSS como segurado facultativo, efetuando os recolhimentos devidos. Assim, no futuro, quando vier a se aposentar, Edson planeja receber uma aposentadoria do Regime Próprio e outra do Regime Geral da Previdência.” Em relação à situação apresentada, assinale a alternativa correta. 

     

     a) A pretensão é viável e não há óbice legal, mesmo porque Edson estará recolhendo contribuições distintas. 

     

     b) Inviável o desejo porque Edson é servidor público, de modo que não poderá se filiar como contribuinte facultativo.  

     

     c) A Lei não disciplina a respeito, pois é inviável o recebimento de duas aposentadorias ainda que relativas a regimes distintos. 

     

     d) O plano de Edson é viável, mas ele somente poderá receber do INSS o valor de um salário mínimo a título de aposentadoria por já ser servidor público.  

  • B é o gabarito, mas se consideramos unicamente o que a alternativa diz, não está exatamente correto. Isso porque o que impede a filiação ao RGPS como segurado facultativo é a filiação ao RPPS e não a condição de servidor público. 

  • André, não concordo. Pois só pelo fato de estar em atividade remunerada já o excluí da filiação facultativa.
  • O servidor já é segurado do RPPS, assim não poderá se inscrever como segurado facultativo.

  • Esse Edson qurendo ser espertinho!

  • Constituição Federal:

    Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:

    § 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. 

    § 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano. 

    § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: 

    I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;

    II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.

    § 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

    § 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.

    § 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado.

    Vida à cultura democrática, Monge.

  • Gabarito''B''.

    Art. 201, 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • AnotarnaLei

    Art. 201, 5º É vedada a filiação ao regime geral vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.

    regime próprio exclui possibilidade de filiação ao regime geral, mesmo como segurado facultativo

  • Edson, conforme o enunciado, é um servidor público ocupante de cargo efetivo, devidamente amparado por RPPS. Logo, é automaticamente excluído do RGPS, como se vê do teor do art. 12, da Lei 8.213/91, in verbis: “Art. 12. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social”. No tocante a filiação ao RGPS na qualidade de segurado facultativo, o art. 201, §5º, da Constituição Federal de 1988, veda expressamente, litteris: “§5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência”. Essa vedação também é estampada no art. 11, §2º, do Decreto nº 3.048/99, que ora reproduzo: “§2º É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio”. Essa vedação ocorreu com a Emenda Constitucional nº 20/1998, que promoveu várias alterações constitucionais na previdência social. Como esse assunto foi cobrado em concurso? No concurso do CESPE/CEBRASPE, para Juiz Federal, em 2013 (Q304740), foi considerado incorreto o seguinte enunciado: “É permitida a filiação ao regime geral da previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio previdenciário”. Ante o exposto, inviável o desejo porque Edson é servidor público, de modo que não poderá se filiar como contribuinte facultativo.

    GABARITO: B.

  • Para responder a presente questão, são necessários conhecimentos sobre o a organização da previdência social no Regime Geral de Previdência Social, especialmente a previsão Constitucional sobre.


    Inteligência do art. 205, § 5º da Constituição Federal dispõe que é vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.


    Ainda, o art. 11, § 2º do Decreto 3.048/1999, corrobora no mesmo sentido, afirmando que é vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio.


    Diante do exposto acima, e que Edson é oficial de justiça em atividade num Tribunal Regional Federal, portanto, servidor público da União, que possui regime próprio, é possível afirmar que:


    A) A pretensão é inviável pelo disposto no art. 205, § 5º da Constituição Federal.


    B) Correta, nos termos do art. 205, § 5º da Constituição Federal e art. 11, § 2º do Decreto 3.048/1999.


    C) Há previsão legislativa nesse sentido, conforme arts. 205, § 5º da Constituição Federal e art. 11, § 2º do Decreto 3.048/1999.


    D) O plano é inviável pelo disposto no art. 205, § 5º da Constituição Federal.


    Gabarito do Professor: B

  • GABARITO B

    Edson qual é a dessa sua malandragem!??.. assim era mole kkkk. vai investir em ações que vc ganha mais ;)

    CF Art. 201 § 5º É vedada a filiação regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.


ID
2365327
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

“Maria trabalha como empregada doméstica na casa de Joana, que é gerente comercial numa empresa de pneus. Maria recebe 1 salário mínimo mensal e descobriu que estava grávida. Ao contar a situação para o seu namorado, este imediatamente a abandonou à própria sorte. Maria teve o apoio de Joana durante toda a gravidez, deu à luz e requereu salário maternidade, que lhe foi pago diretamente pela Previdência Social. Após 6 meses do parto, verificando que não tinha estrutura física e emocional para cuidar sozinha de uma criança tão pequena, Maria deu a criança em adoção à Joana.” Diante da situação retratada e da legislação previdenciária em vigor, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    O salário maternidade é devido tanto para mãe biológica como nos casos de adoção. A lei 12.873 retirou a proporcionalidade no caso de guarda judicial para adoção, segundo a lei 8213:

    Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade

    Art. 71-A.  Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias

    bons estudos

  • nos termos do Art. 71-A, §2º da Lei 8.213/91, é possível, excepcionalmente, o pagamento do salário-maternidade à mãe biológica e à mãe adotante.

    Art. 71-A, §2º. Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe biológica e o disposto no art. 71-B, não poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a Regime Próprio de Previdência Social.

     

  • Decreto:3048

    Art. 93-A

    § 1º  O salário-maternidade é devido à segurada independentemente de a mãe biológica ter recebido o mesmo benefício quando do nascimento da criança. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003).

  • Questão pessima! Se já fazia mais de 6 meses do parto Maria pela logica não teria mais direito porque o salário maternidade só é devido 120 dias(4 meses) vc só acerta tendo que ver os erros das outras.

  • Lei de Benefícios. Salário maternidade:

         Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa consistirá numa renda mensal igual a sua remuneração integral. 

           § 1 Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição Federal, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço.   

           § 2 A empresa deverá conservar durante 10 (dez) anos os comprovantes dos pagamentos e os atestados correspondentes para exame pela fiscalização da Previdência Social.  

            § 3 O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à empregada do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, será pago diretamente pela Previdência Social. 

        Art. 73. Assegurado o valor de um salário-mínimo, o salário-maternidade para as demais seguradas, pago diretamente pela Previdência Social, consistirá:  

           I - em um valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição, para a segurada empregada doméstica;  

           II - em um doze avos do valor sobre o qual incidiu sua última contribuição anual, para a segurada especial; 

           III - em um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em um período não superior a quinze meses, para as demais seguradas.

    Vida à cultura democrática, Monge.

  • Quem fez a questão gosta de novela mexicana. Por eliminação dá para ver que as alternativas B, C e D não fazem sentido.

  • Letra A.

    E se houver um conluio do tipo:

    A mãe tem o filho e recebe o salário maternidade, logo depois entrega para a vizinha do lado adotar a qual ganha mais salário maternidade, que por sua vez passa para a vizinha da frente, e por aí vai. Todas receberão o salário maternidade?

  • Respondendo ao Mestre dos Concursos:

    impossível acontecer esse conluio estre várias pessoas para que as mesmas recebam salário maternidade.

    A adoção é um processo demorado e burocrático e de acordo com a lei só receberá o benefício à mãe biológico que apresentar certidão de nascimento da criança ou atestado médico. O mesmo vale para a adotante que deverá apresentar termo de guarda que conste seu nome e que diga que é para fins de adoção.

  • Comentário equivocado da Ana Souza

    Decreto:3048

    Art. 93-A

    § 1º  O salário-maternidade é devido à segurada independentemente de a mãe biológica ter recebido o mesmo benefício quando do nascimento da criança. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003).

  • Questão mal redigida. O correto seria: Maria recebeu e Joana receberá o salário maternidade.

    Como foi redigido dá a entender que Maria irá receber novamente o benefício

  • Para responder a presente questão, são necessários conhecimentos sobre o salário-maternidade.


    Inteligência do art. 71-A, caput da Lei 8.213/1991 ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias.


    Ainda, dispõe o mesmo artigo no § 2º que ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe biológica e a morte da segurada, não poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a Regime Próprio de Previdência Social. A partir disso, é possível analisar as alternativas abaixo.


    A) Correto, tendo em vista a previsão do art. 71-A, caput e §2º da Lei 8.213/1991.


    B) De acordo com art. 71-A, caput da Lei 8.213/1991 é devido o salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias a adotante.


    C) A adotante terá direito ao benefício integralmente, conforme é possível extrair do art. 71-A, caput e §2º da Lei 8.213/1991.


    D) O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste, independentemente da entrega da criança para adoção, conforme art. 71, caput da Lei 8.213/1991, inexistindo dever de restituir o valor a previdência.


    Gabarito do Professor: A

  • Art. 93-A, Dec. 3.048/1999 O salário-maternidade é devido ao segurado ou à segurada da previdência social que adotar ou obtiver guarda judicial, para fins de adoção de criança de até doze anos de idade, pelo período de cento e vinte dias.                      

    § 1º O salário-maternidade é devido ao segurado ou à segurada independentemente de a mãe biológica ter recebido o mesmo benefício quando do nascimento da criança.               

  • O que dá a entender da alternativa A é que as duas vão receber o benefício até acabar

  • Mesmo que Maria tenha recebido o salário maternidade,se Joana adotar a criança,ela também ter a direito a receber o salário maternidade mesmo que a mãe biológica já tenha recebido.


ID
2365330
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

“Jerônimo era contribuinte individual, foi aposentado por invalidez aos 53 anos de idade e, na ocasião, necessitava do auxílio permanente de uma pessoa, daí porque contratou um cuidador. Passados alguns anos, e com o avanço da medicina, Jerônimo se recuperou e conseguiu um emprego.” Diante da situação retratada e da legislação previdenciária em vigor, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  •   a) Lei 8213/1991: Art 45 - O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).

    b) O segurado é obrigado a se submeter apenas às perícias, não à cirurgias ou outros procedimentos invasivos.

    c) Na Lei 8213/1991, não há restrição de idade para a obrigação de se submeter às perícias

    d) Lei 8213/1991: Art. 43 -  A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença, ressalvado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo.

    § 1º Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida:  

    a) ao segurado empregado, a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade ou a partir da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de trinta dias;

    b) ao segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial e facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias. 

    § 2o Durante os primeiros quinze dias de afastamento da atividade por motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário

  • ERRO DA ALTENATIVA "B"

    Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.

    .

    ERRO DA ALTERNATIVA "C"

    (Lei 8.213/91)

    Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.

    § 1º  O aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não tenham retornado à atividade estarão isentos do exame de que trata o caput após completarem sessenta anos de idade.

     

  • GABARITO LETRA A

     

    ERRO DA LETRA E; OS DEMAIS, JÁ FORAM APONTADOS PELOS COLEGAS!

     

    Art. 43. A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença, ressalvado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo.

     ao segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial e facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias.

    ( E NÃO DO 16º DIA COMO AFIRMA A ALTERNATIVA)

     

    FONTE: LEI 8213\91

  • O erro da alternativa C

    Lei 8.213/91

          Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.        (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

    § 1o  O aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não tenham retornado à atividade estarão isentos do exame de que trata o caput deste artigo:      (Redação dada pela lei nº 13.457, de 2017)

    I - após completarem cinquenta e cinco anos ou mais de idade e quando decorridos quinze anos da data da concessão da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a precedeu; ou   (Incluído pela lei nº 13.457, de 2017)

    II - após completarem sessenta anos de idade.  (Incluído pela lei nº 13.457, de 2017)

  • Lei de Benefícios. Aposentadoria por invalidez:

        Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

           § 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.

           § 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.

        Art. 44. A aposentadoria por invalidez, inclusive a decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta Lei. 

           § 1º           (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)

           § 2º Quando o acidentado do trabalho estiver em gozo de auxílio-doença, o valor da aposentadoria por invalidez será igual ao do auxílio-doença se este, por força de reajustamento, for superior ao previsto neste artigo.

           Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).

           Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo:

           a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;

           b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;

           c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão.

    Vida à cultura democrática, Monge.

  • GABARITO: LETRA A

    Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).

    FONTE:  LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991.

  • Para responder a presente questão, são necessários conhecimentos sobre aposentadoria por invalidez.


    A) Inteligência do art. 45 da Lei 8.213/1991, o valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).


    B) Consoante o art. 101 da Lei 8.213/1991, o segurado em gozo de aposentadoria por invalidez estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.


    C) Nos termos do art. 101, § 1º, incisos I e II da Lei 8.213/1991, o aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não tenham retornado à atividade estarão isentos do exame após completarem cinquenta e cinco anos ou mais de idade e quando decorridos quinze anos da data da concessão da aposentadoria por invalidez que a precedeu, ou após completarem sessenta anos de idade.


    D) Conforme o art. 43, caput da Lei 8.213/1991, a aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença, ressalvado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo. Ademais, o art. 44 da referida lei dispõe que a renda mensal da aposentadoria por invalidez é correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício.


    Gabarito do Professor: A

  • A) Enquanto necessitou do auxílio permanente de uma pessoa, Jerônimo poderia requerer um acréscimo de 25% sobre o valor do benefício. (GABARITO)

    B) Jerônimo é obrigado, sob pena de perda do benefício, a se submeter às cirurgias determinadas pelo INSS, mas não à transfusão de sangue. (NA VERDADE É SUSPENSÃO DO BENEFICIO) (TRATAMENTO CIRURGICO E TRANSFUSÃO DE SANGUE SÃO FACULTATIVOS).

    C) O segurado em questão, por ter alcançado cinquenta anos, fica dispensado de realizar perícia a cada dois anos para verificar eventual recuperação. (FICA DISPENSADO: SE TIVER MAIS DE 55 ANOS E APÓS 15 ANOS DA APOSENTADORIA OU AUXILIO DOENÇA QUE A PRECEDEU;

    TIVER 60 ANOS OU

    FOR PORTADOR DE HIV).

    D) A aposentadoria em questão será paga a partir do 16º dia da invalidez e quitada na razão de 100% do salário de benefício até a obtenção do emprego. (COMENTARIOS DOS COLEGAS)

    Fé.


ID
2365333
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Tendo em vista a assinatura do Acordo de Paris em 2016, na 21ª Conferência de Partes, os 195 países que o aprovaram se comprometeram a envidar esforços para que sejam reduzidas as emissões de gases de efeito estufa, no contexto do desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, é possível verificar nessa política, países que atuam em conjunto no controle da poluição, tendo em vista a sua natureza difusa e sem limitação territorial. Sobre o caso, assinale o princípio de direito ambiental relacionado a essa forma de atuação dos países.

Alternativas
Comentários
  • Segundo Romeu Thomé (Manual de Direito Ambiental, 2015), "em Direito Ambiental, tem-se que, pelo princípio da ubiquidade, o bem ambiental é onipresente, de forma que uma agressão ao meio ambiente em determinada localidade é capaz de trazer reflexos negativos a todo o planeta".


    A questão se refere, portanto, ao princípio da ubiquidade

    Gabarito letra B.

  • GABARITO B. 

     

    A questão deixa evidente a ATUAÇÃO GLOBAL (no caso, 195 países reunidos na 21ª Conferência de Partes - Acordo de Paris de 2016) visando a conter a emissão de gases de efeito estufa, além de, explicitamente, reconhecer que há uma TRANSPOSIÇÃO DE LIMITES TERRITORIAIS pelos efeitos da poluição.

     

    Realmente, a ubiquidade é a qualidade do que está em toda a parte, a onipresença, de modo que o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado deverá nortear a atuação dos três Poderes na tomada de suas decisões, a fim de buscar a real efetivação do desenvolvimento sustentável.

     

    Com isso, tem-se o PRINCÍPIO DA UBIQUIDADE, assim definido por CELSO ANTONIO PACHECO FIORILLO:

     

    "Este princípio vem evidenciar que o objeto de proteção do meio ambiente, localizado no epicentro dos direitos humanos, deve ser levado em consideração toda vez que uma política, atuação, legislação sobre qualquer tema, atividade, obra etc. tiver que ser criada e desenvolvida. Isso porque, na medida em que possui como ponto cardeal de tutela constitucional a vida e a qualidade de vida, tudo que se pretende fazer, criar ou desenvolver deve antes passar por uma consulta ambiental, enfim, para saber se há ou não a possibilidade de que o meio ambiente seja degradado.

     

    Em outras linhas, visa a demonstrar qual é o objeto de proteção do meio ambiente, quando tratamos dos direitos humanos, pois toda atividade, legiferante ou política, sobre qualquer tema ou obra deve levar em conta a preservação da vida e, principalmente, da sua qualidade.


    De fato, não há como pensar no meio ambiente dissociado dos demais aspectos da sociedade, de modo que ele exige uma atuação globalizada e solidária, até mesmo porque fenômenos como a poluição e a degradação ambiental não encontram fronteiras e não esbarram em limites territoriais.


    Dessa forma, observa-se que o direito ambiental reclama não apenas que se “pense” em sentido global, mas também que se haja em âmbito local, pois somente assim é que será possível uma atuação sobre a causa de degradação ambiental e não simplesmente sobre seu efeito. De fato, é necessário combater as causas dos danos ambientais, e nunca somente os sintomas, porquanto, evitando-se apenas estes, a conservação dos recursos naturais será incompleta e parcial".


    (Curso de direito ambiental brasileiro / Celso Antonio Pacheco Fiorillo.— 14. ed. rev., ampl. e atual. em face da Rio+20 e do novo “Código” Florestal — São Paulo : Saraiva, 2013).

  • GABARITO : Letra B.

    O meio ambiente é ubíquo, ou seja, está presente em toda parte, tem natureza difusa e sem limitação territorial. Logo, qualquer lesão ocorrida em sua estrutura, independentemente do local onde ocorra, trará reflexos, diretos ou indiretos ao próprio ser humano. Cabe observar ainda que impactos ambientais não encontram fronteiras. Um desastre como o que ocorreu em Mariana pode causar danos ambientais em várias cidades e estados. Não raro, há impactos atingirem até outras Nações. Daí a importância de acordos internacionais na defesa do meio ambiente. Sendo assim, por força do Princípio da Ubiquidade e da Cooperação, a comunidade internacional deverá fazer todo o possível para ajudar os Estados na proteção ambiental.

     

    De acordo com o Princípio da Ubiquidade, o objeto de proteção do meio ambiente, localizado no epicentro dos direitos humanos, deve ser levado em consideração toda vez que uma política, atuação, legislação sobre qualquer tema, atividade, obra tiver que ser criada e desenvolvida.

     

    FONTE : PROF. RONSENVAL JÚNIOR - ESTRATÉGIA CONCURSOS

  • Tenho uma dúvida: não seria o princípio do desenvolvimento sustentável?

  • Complementando os ótimos comentários dos colegas, embora haja essa "solidariedade" internacional, deve-se fazer uma justa distribuição do ônus. Em outras palavras, devem-se cobrar medidas mais enérgicas daqueles países que mais contribuem para o agravamento do efeito estufa, por exemplo. Assim, um país pequeno e "nature friendly" não pode ser penalizado ou onerado da mesma forma que um país gigante e conhecidamente responsável por uma enorme porcentagem de emissão mundial de gases poluentes. 

  • Também conhecido com "transversalidade "

  • Tendo em vista a assinatura do Acordo de Paris em 2016, na 21ª Conferência de Partes, os 195 países que o aprovaram se comprometeram a envidar esforços para que sejam reduzidas as emissões de gases de efeito estufa, no contexto do desenvolvimento sustentável.

    Nesse sentido, é possível verificar nessa política, países que atuam em conjunto no controle da poluição, tendo em vista a sua natureza difusa e sem limitação territorial. Sobre o caso, assinale o princípio de direito ambiental relacionado a essa forma de atuação dos países

    Direito Ambiental Esquematizado

    Outrossim, alguns autores apontam o Princípio da Ubiquidade como informador do Direito Ambiental, a exemplo de CELSO ANTONIO PACHECO FIORILLO (2008, p. 55), para quem “o objeto de proteção do meio ambiente, localizado no epicentro dos direitos humanos, deve ser levado em consideração toda vez que uma política, atuação, legislação sobre qualquer tema, atividade, obra etc. tiver que ser criada e desenvolvida”.

    Realmente, a ubiquidade é a qualidade do que está em toda a parte, a onipresença, de modo que o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado deverá nortear a atuação dos três Poderes na tomada de suas decisões, a fim de buscar a real efetivação do desenvolvimento sustentável.

  •  

    Q886128        Q826962

     

    O princípio da Ubiquidade é aquele segundo o qual as presentes gerações não podem utilizar os recursos ambientais de maneira irracional, de modo a privar as gerações futuras de um ambiente ecologicamente equilibrado.

  • UBIQUIDADE

    .

    Característica do que existe ou está praticamente na maioria dos lugares.

    DIREITO AMBIENTAL: agressão ao meio ambiente em determinada localidade é capaz de trazer reflexos negativos a todo o planeta

    DIREITO PENAL:  local do crime é aquele em que acontece a conduta ou onde o resultado do crime foi produzido

    __

    dicio.com.br

  • Leo, este princípio a q vc se refere eh o da solidariedade intergeracional q em nada se confunde com o da ubiquidade. Cara, seja mais responsável neste ambiente, as pessoas utilizam este espaco p estudar, caso não haja segurança no q pesquisou, não publique.
  • Gabarito: letra B.
    Pra quem ficou na dúvida como eu, aqui vai o conceito do pcp da responsabilidade:

    Princípio da Responsabilidade

    O princípio da responsabilidade faz com que os responsáveis pela degradação ao meio ambiente sejam obrigados a arcar com a responsabilidade e com os custos da reparação ou da compensação pelo dano causado.

    Esse princípio está previsto no § 3º do art. 225 da Constituição Federal, que dispõe que “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”.

    As condutas e atividades que tenham causado determinado dano ambiental, sujeitarão quem as praticou ou foi omisso, no caso de poder evitar o dano, em sanções penais e administrativas. No direito ambiental tais atitudes lesivas são punidas de forma nova, ou seja, são aplicadas concomitantemente, juntas, e ainda sem o prejuízo do dever de indenização civil frente aos danos causados. Assim, determinada ação poderá ensejar punição criminal, administrativa e a obrigação de indenização civil.

    Fonte: https://www.inbs.com.br/6-principios-direito-ambiental-2017/

  • A ubiquidade visa colocar a questão ambiental no epicentro dos direitos humanos, ou seja, todas as decisões, projetos e políticas públicas devem contemplar a questão ambiental ou variável ambiental de maneira simples para que se possa enxergá-la. Declaração do Rio/92 – Princípio 17: “A AVALIAÇÃO do impacto ambiental, como instrumento nacional, será efetuada para as atividades planejadas que possam vir a ter um impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas à decisão de uma autoridade nacional competente”.
    Este princípio efetiva-se através do EPIA/RIMA, onde se faz primeiramente a avaliação ambiental para em seguida realizar a avaliação econômica (posição do STJ).
    Vale ressaltar a diferença entre a EPIA/RIMA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental) e a Avaliação Ambiental Estratégica. A primeira ocorre quando se avalia apenas um empreendimento/projeto. Já a segunda ocorre quando se têm planos, programas e projetos governamentais. A consequência está na diferença do impacto ambiental entre elas.

  • GABARITO B

     

     

    Princípios Ambientais

    a)      Prevenção – trabalha com o risco certo;

    b)      Precaução – há risco incerto ou duvidoso, porém há a necessidade de adotar medidas de precaução para elidir ou reduzir os riscos ambientais. Aqui esta a inversão do ônus da prova, na qual é necessário que ao suposto poluidor demonstrar que sua atividade não é perigosa nem poluidora;

    c)       Desenvolvimento Sustentável – atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de existência digna das gerações futuras;

    d)      Poluidor-Pagador – deve o poluidor responder pelos custos sociais da degradação causada por sua atividade impactante;

    e)      Protetor-Recebedor – obrigação ao poder público de criar benefícios em favor daqueles que protegem o meio ambiente. Exemplo é o PSA (pagamento por serviços ambientais);

    f)       Usuário-Pagador – mesmo que não haja poluição, o usuário deve arcar pela utilização dos recursos naturais. Exemplo é o do uso racional da água;

    g)      Cooperação entre os Povos – cooperação entre as nações, de forma a respeitar os tratados globais;

    h)      Solidariedade Intergeracional – decorre do desenvolvimento sustentável;

    i)        Natureza Pública da Proteção Ambiental – decorre do poder público a proteção do meio ambiente;

    j)        Participação Comunitária – as pessoas têm o direito de participar e de se integrar nas decisões relativas ao meio ambiente;

    k)      Função Socioambiental da propriedade privada – art. 186, II da Carta Magna;

    l)        Informação – decorre do principio da publicidade e da transparência;

    m)    Limite – Decorre da Natureza Pública da Proteção Ambiental. Deve o Estado estabelecer padrões máximos de poluição a fim de manter o equilíbrio ambiental;

    n)      Responsabilidade Comum, Mas Diferenciada – decorre da Cooperação entre os Povos, de forma que aqueles que gerem maior degradação ambiental arquem com mais custos. Decorre do princípio da igualdade material.

    Atentar que a aplicação de um princípio não exclui a aplicação de outros. Princípios são mandamentos de otimização, visam ordenar que algo seja realizado na maior medida possível dentro das possibilidades jurídicas e fáticas existentes.

     

     

    Para haver progresso, tem que existir ordem. 
    DEUS SALVE O BRASIL.
    WhatsApp: (061) 99125-8039
    Instagram: CVFVitório

  • ALTERNATIVA B

     

    A ubiquidade visa colocar a questão ambiental no epicentro dos direitos humanos, ou seja, todas as decisões, projetos e políticas públicas devem contemplar a questão ambiental ou variável ambiental de maneira simples para que se possa enxergá-la.

    Realmente, a ubiquidade é a qualidade do que está em toda a parte, a onipresença, de modo que o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado deverá nortear a atuação dos três Poderes na tomada de suas decisões, a fim de buscar a real efetivação do desenvolvimento sustentável.

    Declaração do Rio/92 – Princípio 17: “A AVALIAÇÃO do impacto ambiental, como instrumento nacional, será efetuada para as atividades planejadas que possam vir a ter um impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas à decisão de uma autoridade nacional competente”.

    Este princípio efetiva-se através do EPIA/RIMA, onde se faz primeiramente a avaliação ambiental para em seguida realizar a avaliação econômica (posição do STJ).

  • Além do principio da ubiquidade, Frederico amado traz o Princípio da Cooperação entre os Povos: As nações precisam cooperar por meio de tratados internacionais a fim de controlar os índices globais de poluição. E nessa cooperação o tema da moda é índice de emissão de gás carbono. A emissão de poluição em uma parte do mundo repercutiria no mundo todo.


  • Entende-se por ubiquidade "o fato de estar ou existir concomitantemente em todos os lugares, pessoas, coisas."

     

    Assim é o meio-ambiente. Por consequência, o dano ambiental pode, igualmente, ser dotado de ubiquidade, podendo atingir um âmbito de abrangência ilimitado ou imensurável.

     

    Por esta razão, é o princípio da ubiquidade que demanda esforços transfronteiriços, envolvendo, inclusive, vários Estados soberanos, como no caso em análise.

     

     

    Resposta: letra B.

     

    Bons estudos! :)

  • Deflui da previsão constitucional a ideia de que o meio ambiente é ubíquo, ou seja, está presente em toda parte. Logo, qualquer lesão ocorrida em sua estrutura, independentemente do local onde ocorra, trará reflexos, diretos ou indiretos ao próprio ser humano.

  • Sobre o Gabarito “B”.

    “Outrossim, alguns autores apontam o princípio da Ubiquidade como informador do Direito Ambiental, a exemplo de CELSO ANTONIO PACHECO FIORILLO, para que o “objeto de proteção do meio ambiente, localizado no epicentro dos direitos humanos, deve ser levado em consideração toda vez que uma política, atuação, legislação sobre qualquer tema, atividade, obra etc. tiver que ser criada e desenvolvida”.

    Realmente, a ubiquidade é a qualidade do que está em toda a parte, a onipresença, de modo que o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado deverá nortear a atuação dos três Poderes na tomada de suas decisões, a fim de buscar a real efetivação”

     

    (AMADO, Frederico. Direito Ambiental. 11 ed. Salvador: Juspodivm, 2020, p. 106).


ID
2365336
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Ambiental

Tendo em vista as constantes queimadas irregulares de mata nativa, para posterior desenvolvimento de pecuária, o Município XYZ pretende criar Unidade de Conservação, promovendo, assim, o uso sustentável do espaço territorial que possui importantes atributos bióticos. Dessa forma, com objetivo de permitir a ocupação humana sem ter que desapropriar a área protegida, assinale a alternativa que corretamente identifica a Unidade de Conservação que o Município XYZ deve criar.

Alternativas
Comentários
  • A Lei nº. 9.985/2000 é que regula a instituição de Unidades de Conservação (UCs). Segundo a mencionada lei, as UCs se subdividem em dois grupos, o de Unidades de Proteção Integral e o de Unidades de Uso Sustentável, tema da questão.

     

    O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto por: a) Estação Ecológica; b) Reserva Biológica; c) Parque Nacional [em estados e municípios é Parque Estadual e Municipal, respectivamente]; d) Monumento Natural; e) Refúgio da Vida Silvestre. Sabendo disso, já se exclui das possibilidades de resposta as alternativas A e B.

     

    Já o grupo das Unidades de Uso Sustentável inclui: a) Área de Proteção Ambiental; b) Área de Relevante Interesse Ecológico; c) Floresta Nacional; d) Reserva Extrativista; e) Reserva de Fauna; f) Reserva de Desenvolvimento Sustentável; g) Reserva Particular do Patrimônio Natural [aprendi um bizu aqui no QC que dizia que as Unidades de Uso Sustentável são as ÁREAS, a FLORESTA e a RESERVA - com exceção da Biológica - e o resto é proteção integral]. Assim, se chega a resposta: alternativa C.

     

    A título de acréscimo, as Áreas de Proteção Permanente têm seu regime de proteção e exploração previstos no Código Florestal (Lei nº. 12.651/2012) e não são consideradas pela legislação ambiental como "Unidade de Conservação".

     

    Bons estudos! ;)

     

     

     

  • Área de Proteção Ambiental (APA)

    Posse e domínio: Público e Privado

    Objetivo: é uma área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

  • Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de conservação[1]:

    I - Área de Proteção Ambiental TERRAS PÚBLICAS OU PRIVADAS;

    Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

    Área dotada de atributos naturais, estéticos e culturais importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas. Geralmente, é uma área extensa, com o objeitvo de proteger a diversidade biológica, ordenar o processo de ocupação humana e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. É constituída por terras públicas e privadas.

     

    [1] § 4o Na criação de Estação Ecológica ou Reserva Biológica não é obrigatória a consulta de que trata o § 2o deste artigo.”

  • RESERVA BIOLÓGICA: é de posse e domínio públicos, impondo-se a desapropriação das propriedades privadas em seus limites (art. 10, § 1º).

    PARQUE NACIONAL: a posse e domínio são públicos (art. 11, § 1º).

    APA: é a UC que poderá ser formada por áreas públicas ou particulares, em geral extensas, com certo grau de ocupação humana, com atributos bióticos, abióticos ou mesmo culturais, visando proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do
    uso dos recursos (artigo 15, §§ 1.º a 5.º).

    APP: De acordo com o artigo 3.º, II, do novo Código Florestal, Área de Preservação Permanente (APP) é a “área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o
    fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”. As áreas descritas no artigo 4.º do novo Código Florestal têm incidência ex lege, pois instituídas diretamente pelo CFlo, em áreas urbanas ou rurais, independentemente da adoção de alguma
    providência de demarcação pela Administração Pública ambiental, tendo a natureza jurídica de limitação de uso ao direito de propriedade, porquanto genéricas, não sendo cabível indenização aos proprietários pelo seu regime jurídico especial restritivo. Por exceção, podem existir hipóteses dentro do citado artigo 4.º, do novo CFlo, que dependam de um ato do Poder Público para delimitar a APP, como ocorre com os reservatórios d’água artificiais.