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Prova NC-UFPR - 2018 - FOZPREV - Procurador Jurídico


ID
5097184
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o seguinte texto:

O novo míssil disparado por Kim Jong-un atingiu uma altitude de 4475 quilômetros e voou por 950 quilômetros. Se fosse lançado numa trajetória menos vertical, teria capacidade de alcançar os Estados Unidos.
No trecho sublinhado, estabelece-se uma relação de:

Alternativas
Comentários
  • Se fosse lançado numa trajetória menos vertical, teria capacidade de alcançar os Estados Unidos.

    O Se é uma conjunção, e pode ser trocado por Caso, que da um ideia de condição!

  • Gabarito B - Condicionalidade

    A conjunção Se, deixa claro a ideia de condição.

  • SE = CONDIÇÃO

  • Conjunções subordinativas CONDICIONAIS: contanto que, a não ser que, amenos que, se, caso, sem que, salvo que, dado que.

  • CFTP e Regra das pontuações.

    Consecutivas: Tanto que, Tão que, Tal que, De forma que, De maneira que…

    Causais: Já que, Visto que, Porque, Como, Na medida que…

    Condicionais: A não ser que, Contanto que, Se, Caso…

    Comparativas: Tanto quanto, Como, Assim também…

    Concessivas: Embora, Ainda que, Apesar de, Malgrado, Conquanto, Mesmo que, Posto que…

    Finais: Para que, Para, A propósito de, A fim de…

    Temporais: Quando, Enquanto, Eis que…

    Proporcionais: À proporção que, À medida que,… quanto mais isso→ mais aquilo…

  • PC-PR 2021

  • Se não fosse da UFPR eu duvidaria.

  • Lembre do SE ... ENTÃO no RL kkkkkk

  • sempre que se encaixar um "caso fosse" é condicional

ID
5097187
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere a seguinte frase:

Para que o projeto ___________ aprovado, __________ preciso __________ a anuência de 75% dos deputados, o que não __________ obter.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima

Alternativas
Comentários
  • sse + ria

  • se gravar as terminações da pra matar a maioria das questões.

  • AVANTE PM-PR!!!

  • Gabarito letra D:pudesse ser – seria – que tivesse – conseguiu.

  • PC-PR 2021

  • Pudesse ser ( pretérito imperfeito do subjuntivo) + Seria ( futuro do pretérito do indicativo)

  • Para resolver questões como essas mais rapidamente o segredo é se atentar aos modos verbais: indicativo (certeza), subjuntivo (hipótese) e imperativo (ordem). Observe:

    A) fosse é que tenha conseguira.

    B) venha a serera que tenhaconseguirá.

    C) seja seria que tivesseconseguiria.

    D) pudesse ser seriaque tivesse conseguiu.

    E) tenha sidoé que venha a ter consegue.

    Observando as frases com as devidas marcações em seus respectivos modos verbais, fica evidente que a única alternativa que apresenta uma sequência congruente dos modos verbais é a alternativa D, pois nela todas as lacunas estão preenchidas com verbos no modo subjuntivo, com exceção da última que é uma conclusão das frases anteriores, portanto, deve estar no indicativo.

  • Gabarito D pudesse ser – seria – que tivesse – conseguiu.

  • GAB: D

    Questão envolvendo correlação verbal. Lembre-se da correlação mais recorrente : Pudesse ( pretérito imperfeito do subjuntivo) + Seria ( futuro do pretérito do indicativo)

    Bons estudos

  • sse + ria

    Ela gosta

  • Para não esquecer

    SSE - RIA

  • Para quem ficou em dúvida entre a "D" e "C".

    o vb "Ser" seja está conjugado no "presente do subjuntivo", logo ele pede futuro do presente.

    Ex: Para que o projeto seja aprovado, será necessário....


ID
5097190
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o seguinte trecho de um texto publicado no jornal El país, em sua edição de 1º/07/2018:


A força que impulsiona cientistas e empresarios a estudarem os asteroides tem muito a ver com nosso instinto de sobrevivencia. E não so pela possibilidade de que um fragmento rochoso devaste a vida na Terra, mas tambem porque esses restos espaciais podem ser uma fonte de abastecimento para quando o planeta azul não for mais um lugar encantador e repleto de recursos. Ou, simplesmente, para quando for rentavel explora-los.

Quantas palavras, nesse trecho, deveriam estar acentuadas, mas não estão?

Alternativas
Comentários
  • A força que impulsiona cientistas e empresários a estudarem os asteroides tem muito a ver com nosso instinto de sobrevivência. E não pela possibilidade de que um fragmento rochoso devaste a vida na Terra, mas também porque esses restos espaciais podem ser uma fonte de abastecimento para quando o planeta azul não for mais um lugar encantador e repleto de recursos. Ou, simplesmente, para quando for rentável explorá-los.

  • "Asteroide", segundo a nova ortografia, não possui mais acento, pois é uma palavra paroxítona. Vejamos o que diz o sobre o assunto:

    2. Depois do Acordo Ortográfico, não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi ói das palavras paroxítonas.

    Exemplos: alcateia, geleia, ideia, plateia, boia, joia, asteroide, heroico.

  • Gabarito C - empresários; sobrevivência; só; mas também; rentável e explorá-los.

  • Marquei letra D, achando que ASTEROIDE tinha acento. Putz

  • Faltou o cara que comenta: "QUESTÃO TÍPICA DA UFPR"

  • eita, morto por um asteroide. marquei 7
  • uma dúvida, o (tem) depois de asteroides, não tinha que ser acentuado ?
  • A força que impulsiona cientistas e empresários a estudarem os asteroides tem muito a ver com nosso instinto de sobrevivência. E não pela possibilidade de que um fragmento rochoso devaste a vida na Terra, mas também porque esses restos espaciais podem ser uma fonte de abastecimento para quando o planeta azul não for mais um lugar encantador e repleto de recursos. Ou, simplesmente, para quando for rentável explorá-los.

  • Verdade Paulo Duarte, o cara já está chato ja

  • A força que impulsiona cientistas e empresários a estudarem os asteroides tem ( têm ) muito a ver com nosso instinto de sobrevivência.

    alguém sabe me dizer por que a forma verbal '' têm '' não caberia nesse quesito ?

    seria por causa do sujeito ser oracional ?

    aceito ajuda !

    obrigado !

  • PÃO PÃO QUEIJO QUEIJO!

  • Creio que a palavra ''tem'' fica no singular por se referir a palavra ''força'' e não a ''cientistas e empresários''.

  • Lembrando a regrinha...paroxitonas com ditongos abertos OI,EI, não mais recebem acento, pois as oxitonas na mesma regra recebem.

    exemplo:plateia = paroxitona

    pastéis = oxitona

    as-te-rOI-des = paroxitona

  • Aos que perguntaram - Curto Circuito e Julio Cezar - a forma verbal "TEM" não é acentuada porque se refere à "FORÇA QUE IMPULSIONA", que está no singular.

  • Empresários - paroxítona - (terminadas em ditongo crescente: IO )

    Sobrevivência - paroxítona - (terminadas em ditongo crescente: IA)

    Só - monossílabo - (terminado em A-E-O)

    Também oxítona - (terminada em EM)

    Rentável paroxítona - (terminada em L)

    Explorá-los - oxítona - (terminadas em ae ou o, seguidas de lolaloslas recebem acento)

    QUALQUER ERRO ME AVISEM.

    PC-PR2021

  • pego pelo asteroide

  • A questão exige conhecimento em acentuação gráfica e quer saber quantas palavras no texto abaixo deveriam receber o acento gráfico. Vejamos:

    "A força que impulsiona cientistas e empresarios a estudarem os asteroides tem muito a ver com nosso instinto de sobrevivencia. E não so pela possibilidade de que um fragmento rochoso devaste a vida na Terra, mas tambem porque esses restos espaciais podem ser uma fonte de abastecimento para quando o planeta azul não for mais um lugar encantador e repleto de recursos. Ou, simplesmente, para quando for rentavel explora-los."

    Após lermos o texto e marcar de vermelho as palavras sem acentuação, iremos apontar o motivo pelo qual deveriam receber o acento. Analisemos:

    Empresários⇢ acentuada por ter a penúltima sílaba mais forte e ter sua terminação em "ditongo crescente", ou seja, entra na regra da paroxítona terminada em ditongo.

    Sobrevivência⇢ acentuada por ter a penúltima sílaba mais forte e ter sua terminação em "ditongo crescente", ou seja, entra na regra da paroxítona terminada em ditongo.

    Só⇢ acentuada por ser uma monossílaba tônica terminada em "O".

    Também⇢ acentuada por ter a última sílaba mais forte e terminar com "EM", ou seja, entra na regra da oxítona terminada com "EM".

    Rentável⇢ acentuada por ter a penúltima sílaba mais forte e ter sua terminação em "L", ou seja, entra na regra da paroxítona terminada em "L"

    Explorá-los⇢ acentuada por ter a última sílaba mais forte e terminar em "A", ou seja, entra na regra da oxítona terminada em "A".

    Portanto, possuem 6 (seis) palavras que deveriam receber o acento.

    Gabarito do monitor: C

  • A força que impulsiona cientistas e empresários a estudarem os asteroides tem muito a ver com nosso instinto de sobrevivência. E não pela possibilidade de que um fragmento rochoso devaste a vida na Terra, mas também porque esses restos espaciais podem ser uma fonte de abastecimento para quando o planeta azul não for mais um lugar encantador e repleto de recursos. Ou, simplesmente, para quando for rentável explorá-los.

    GAB: C

  • empresário = proparoxítona (sufixo ario sempre divide (a-ri-o) 

    só = monossílabo tônico

    rentável = paroxítona final L

    sobrevivência = paroxítona final ditongo não aberto. (se fosse oi, eu, ei, não poderia)

    Também = oxítona final forte (em ou ens devem acentuar. ) 

    explorá-los (acento verbal para receber o objeto direto em ênclise)

    ps.

    paroxítona:

    he roi co (não acentuar o OI - ditongo aberto)

    i-dei-a (não acentuar EI ditongo aberto.) 

    agora: se terminar em ditongo crescente pode acentuar - > so bre vi ven cIA

  • Olha a mentalidade do ser humano, os caras já estão pensando em EXPLORAR outros planetas. Ou seja, ao invés de pensarmos em cuidar do nosso, vamos destruir ele e depois tentar arrumar outro para fazer o mesmo. Que pensamento medíocre! Desculpem o desabafo.

    GABARITO C

  • Comentando para minhas revisões!!!

    As palavras acentuadas remetem às regras de acentuação, vejamos.

    • EMPRESÁRIO: EM - PRE - - RI - O

    Trata-se de uma proparoxítona, ou seja, a silabada tônica é a antepenúltima na divisão de sílabas.

    Nesse sentido, a regra diz que TODAS AS PROPAROXÍTONAS SÃO ACENTUADAS.

    • SOBREVIVÊNCIA: SÓ - BRE - VI - VÊN - CI - A

    Trata-se de proparoxítona, mesma regra que a anterior!

    • : trata-se de monossílaba tônica.

    A regra diz que são acentuadas os MONOSSÍLABOS TÔNICOS TERMINADOS EM A/E/O + s

    • TAMBÉM : TAM - BÉM

    Trata- se de OXÍTONA, ou seja, última sílaba é a tônica.

    Nesse sentido, a regra diz que são acentuadas as OXÍTONAS TERMINADAS EM A/E/O + s | EM, ENS

    • RENTÁVEL : REN - - VEL

    Trata-se de PAROXÍTONA, ou seja, penúltima sílaba é a tônica.

    a regra diz que todas as paroxítonas são acentuadas, exceto as terminadas em a/e/o (+s), em e ens

    também tem a regra que diz que acentuam- se as paroxítonas terminadas em R / L/ N/ X e PS, Ã, ÃO , DITONGO

    SOBRE A PALAVRA ASTEROIDE, IMPORTANTE MENCIONAR QUE TRATA-SE DE UMA PAROXÍTONA, COM A REFORMA ORTOGRÁFICA, ELAS PERDERAM O ACENTO EM DITONGO ABERTO, EX: PLATEIA

    Qualquer erro no comentário, avisar que arrumo.

    Bons estudos!


ID
5097193
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Trocadilho é o emprego de palavras ou expressões de duplo sentido. Assinale a alternativa em que ocorre emprego de trocadilho.

Alternativas
Comentários
  • Trocadilho : substantivo masculino

    1. jogo de palavras que apresentam sons semelhantes ou iguais, mas que possuem significados diferentes, de que resultam equívocos por vezes engraçados; calembur, calemburgo.
    2. uso de expressão que dá margem a diversas interpretações.

  • Não tem como errar essa questão.

  • A verba que os senadores gastam com fretamento de jatinhos cresceu 40% desde 2014. O recordista é Ciro Nogueira (PPPI), que mandou 190.000 reais pelos ares em 2017.

    raça que não vale nada. brigue, defenda-os, enquanto isso, eles mandam seu dinheiro pelos ares, ou para suas próprias cuecas !!

  • Ba dum tss

  • AVANTE PM-PR!!!

  • EU NÃO ACREDITO QUE LI ISSO TUDO ;\

  • Nunca desista do seu sonho! Avante!

    PM-PR 2021

  • Tratando-se da UFPR, deu até medo de marcar essa questão. hahahaha

  • PC-PR 2021

  • Gabarito letra E para quem não possui assinatura

    A verba que os senadores gastam com fretamento de jatinhos cresceu 40% desde 2014. O recordista é Ciro Nogueira (PPPI), que mandou 190.000 reais pelos ares em 2017.

  • um bizu, quando se trata de trocadilho, lembre-se do tiozão do pavê, ele é mestre nisso.
  • Se você deu risada, é porque achou o trocadilho

    Gab: E

  • PP-CR

  • UY-BR 2021

  • A verba que os senadores gastam com fretamento de jatinhos cresceu 40% desde 2014. O recordista é Ciro Nogueira (PPPI), que mandou 190.000 reais pelos ares em 2017.

    gastaram = mandou pelos ares

  • Olha o ministro do Bolsonaro aí, gente. Mandando verba pública "pelos ares" since 2014.

    GABARITO E

  • Trocadilho do Pitilho !


ID
5097196
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa corretamente pontuada.

Alternativas
Comentários
  • B) Ao longo dos anos o estereótipo do homem resfriado, que aparenta sofrer mais do que uma mulher com a infecção ganhou tanta força, que a expressão: “gripe masculina” entrou para os prestigiosos dicionários das universidades inglesas de Cambridge e Oxford.

    Adj. Adverbial grande deslocado "Ao longo dos anos" pede vírgula, além de que a vírgula após "resfriado" quebrou a unidade SVC, deveria ter sido colocada após o termo "infecção".

    C) Ao longo dos anos, o estereótipo do homem resfriado que aparenta sofrer mais do que uma mulher com a infecção, ganhou tanta força que a expressão “gripe masculina” entrou para os prestigiosos dicionários das universidades inglesas, de Cambridge e Oxford.

    Novamente a vírgula quebrou a unidade SVC. Separou "o estereótipo" de "ganhou" seu respectivo verbo.

    D) Ao longo dos anos, o estereótipo do homem resfriado, que aparenta sofrer mais do que uma mulher com a infecção ganhou tanta força que a expressão: “gripe masculina”, entrou para os prestigiosos dicionários das universidades inglesas de Cambridge e Oxford.

    A vírgula quebrou a unidade SVC duas vezes nesse caso, primeiro entre o sujeito "estereótipo" e o verbo " ganhou" e segundo entro "gripe masculina" e "entrou"

    E) Ao longo dos anos o estereótipo do homem resfriado que aparenta sofrer mais do que uma mulher, com a infecção, ganhou tanta força, que a expressão “gripe masculina” entrou para os prestigiosos dicionários das universidades inglesas de Cambridge e Oxford.

    Adj. Adverbial grande deslocado "Ao longo dos anos" pede vírgula

  • adj adv com 3 termou ou mais = vírgula obrigatória.

  • AVANTE PM-PR!!!

  • GABARITO: A

    A) Ao longo dos anos, o estereótipo do homem resfriado, que aparenta sofrer mais do que uma mulher com a infecção, ganhou tanta força que a expressão “gripe masculina” entrou para os prestigiosos dicionários das universidades inglesas de Cambridge e Oxford. CORRETO = única alternativa em que o aposto aparece isolado entre vírgulas.

  • Vou destacar os trechos errôneos, e fazer breve comentário sobre a (B) que se você entender já mata outras, ou seja, não é necessário comentar todas.

    (B) Ao longo dos anos(1)o estereótipo do homem resfriado, que aparenta sofrer mais do que uma mulher com a infecção(2) ganhou....

    (1) - Advérbio de longa extensão deslocado (,) obrigatória.

    (2) - Oração Subordinada ADJETIVA, ou deixa SEM vírgula, ou coloca VÍRGULAS EM PARES, para isola-lás.

    Dica tenta ler a frase sem a oração Adjetiva, você irá perceber que a frase continua fazendo sentido.

    Ao longo dos anos, o estereótipo do homem resfriado ganhou tanta força que a expressão “gripe masculina” entrou para os prestigiosos dicionários das universidades inglesas de Cambridge e Oxford.


ID
5097199
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o seguinte início de um texto retirado revista Galileu (11/2017):

Uma pesquisa comandada pelo neurocientista da Universidade de Cambridge, Taylor W. Schmitz, apontou o GABA, um neurotransmissor inibidor presente nos mamíferos, como fundamental para suprimir pensamentos e memórias indesejáveis.

Numere os parênteses, identificando a ordem das ideias para que o texto apresente lógica textual.

( ) Depois reuniram 24 jovens saudáveis e, enquanto eram monitorados pelo MRS, os colocaram para jogar. Com um controle com dois botões na mão, foram orientados a apertar um ou outro botão de acordo com as cores que apareciam.

( ) Para chegar à conclusão, os pesquisadores utilizaram um equipamento raro e caro, chamado ressonância magnética espectroscópica (ou MRS na sigla em inglês).

( ) O joguinho foi repetido com insistência, até que os participantes já apertassem botões sem nem pensar direito. Foi então que os pesquisadores introduziram um novo desafio: se a luz fosse acompanhada por um som, nenhum botão deveria ser apertado.

( ) As pessoas com maior presença do GABA no hipocampo – a região do cérebro responsável pela memória – foram as que se saíram melhor no teste.

( ) Com ele, além das imagens da atividade do cérebro, é possível identificar também a química que rola dentro da cabeça.

Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta dos parênteses, de cima para baixo. 

Alternativas
Comentários
  • Vem UFPR!

  • Gabarito B -

    "( 1 ) Para chegar à conclusão..." ( pesquisa da Universidade de Cambridge, apontou o GABA, um neurotransmissor inibidor presente nos mamíferos,...)

    "( 2 )  Com ele, além das imagens da atividade do cérebro, ..."  ( ... um equipamento raro e caro, chamado ressonância magnética espectroscópica ... )

    Ao responder esses dois fragmentos você já elimina as demais alternativas, restando apenas a letra B.

  • AVANTE PM-PR!!!

  • Uma dica que está funcionado pra mim é anotar os números, nesse formato

    ( x ) ( y ) ( z ) ( w ) ( S )

    Assim fica mais fácil pra não se perder

  • Nesse tipo de questão, a UFPR nunca coloca o texto original completo. A resposta certa é sempre um texto meio caolho.

  • Ainda bem que nas provas da UFPR não vem nessa formatação porca.

  • Sugestão:

    Reportem essas questões (usando o link "Notificar Erro" ali no lado direito) com texto amontoado, isso dificulta a análise.

  • Que zémaconha é essa que ela tá fumando?

  • galera pra acertar essas questões é uma boa ir eliminando as que não tÊm

    sentido

  • Para chegar à conclusão, os pesquisadores utilizaram um equipamento raro e caro, chamado ressonância magnética espectroscópica (ou MRS na sigla em inglês).

    Depois reuniram 24 jovens saudáveis e, enquanto eram monitorados pelo MRS, os colocaram para jogar. Com um controle com dois botões na mão, foram orientados a apertar um ou outro botão de acordo com as cores que apareciam.

    a questão 2 deve vir antes da 1 só pelo simples fato dá 2 explicar o MRS

  • A questão exige conhecimento de coesão e coerência e quer saber qual a sequência lógica dos termos em consonância com o texto exposto. Analisemos:

    Considere o seguinte início de um texto retirado revista Galileu (11/2017):

    Uma pesquisa comandada pelo neurocientista da Universidade de Cambridge, Taylor W. Schmitz, apontou o GABA, um neurotransmissor inibidor presente nos mamíferos, como fundamental para suprimir pensamentos e memórias indesejáveis.

    (3) Depois reuniram 24 jovens saudáveis e, enquanto eram monitorados pelo MRS, os colocaram para jogar. Com um controle com dois botões na mão, foram orientados a apertar um ou outro botão de acordo com as cores que apareciam.

    Aqui inicia a ação com o equipamento.

    (1) Para chegar à conclusão, os pesquisadores utilizaram um equipamento raro e caro, chamado ressonância magnética espectroscópica (ou MRS na sigla em inglês).

    O termo em sublinhado por mim inicia indicando como foi tirada a conclusão de que “um neurotransmissor inibidor presente nos mamíferos, como fundamental para suprimir pensamentos e memórias indesejáveis.”

    (4) O joguinho foi repetido com insistência, até que os participantes já apertassem botões sem nem pensar direito. Foi então que os pesquisadores introduziram um novo desafio: se a luz fosse acompanhada por um som, nenhum botão deveria ser apertado.

    Após reunirem as pessoas, começou um jogo com elas repetidamente.

    (5 ) As pessoas com maior presença do GABA no hipocampo – a região do cérebro responsável pela memória – foram as que se saíram melhor no teste.

    Por aqui, inicia uma conclusão do que aconteceu com as pessoas após o jogo.

    (2) Com ele, além das imagens da atividade do cérebro, é possível identificar também a química que r.o.l.a dentro da cabeça.

    Ele está se referindo ao “equipamento” trazido pela opção 1.

    Portanto, a sequência ficou assim: 3,1,4,5,2.

    Gabarito do monitor: B


ID
5097202
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na edição de 4 de abril de 2018, a revista Veja publicou entrevista com Marc Prensky, o especialista em educação que criou a expressão “nativos digitais” e “imigrantes digitais” para diferenciar os que já nasceram na era da internet daqueles que tiveram de se adaptar a ela. A seguir, são reproduzidas algumas das perguntas a que ele respondeu. Numere a coluna da direita, relacionando as respostas com as respectivas perguntas.

1. A recente descoberta do uso de informações pessoais capturadas via Facebook para fins eleitorais e divulgação de fake news reacendeu o debate sobre privacidade na rede. Há como preservar pelo menos parte dessa privacidade?
2. O senhor é a favor de eliminar as disciplinas tradicionais do currículo?
3. Ninguém sai batendo porta ou gritando em uma briga virtual. Não há uma perda, em termos de emoção?
4. O Google está tornando a memória dispensável?

( ) Acho que deveriam ser muito reduzidas. A quantidade de coisas que todo mundo precisa armazenar na cabeça é muito pequena. O problema é que escapar do modelo conhecido é um risco, e nem os professores nem os pais são muito abertos a novos experimentos.( ) Não acho. Crianças e adolescentes decoram muita informação à toa. É claro que é importante manter algumas habilidades e conhecimentos, mas, na verdade, são muito poucos os que de fato importam. ( ) A questão é saber com o que vale a pena se preocupar. É mais ou menos como quando a pessoa se muda para uma cidade grande. Ela está ciente de que existem perigos, mas quer muito morar lá, então assume os riscos e toma suas precauções.
( ) Quem diz isso está desprezando a força da literatura, que expressa emoções profundas sem o envolvimento de qualquer tipo de contato físico.

Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • rumo pm pr

  • 1. A recente descoberta do uso de informações pessoais capturadas via Facebook para fins eleitorais e divulgação de fake news reacendeu o debate sobre privacidade na rede. Há como preservar pelo menos parte dessa privacidade? 

    2. O senhor é a favor de eliminar as disciplinas tradicionais do currículo? 

    3. Ninguém sai batendo porta ou gritando em uma briga virtual. Não há uma perda, em termos de emoção? 

    4. O Google está tornando a memória dispensável?

    (2) Acho que deveriam ser muito reduzidas. A quantidade de coisas que todo mundo precisa armazenar na cabeça é muito pequena. O problema é que escapar do modelo conhecido é um risco, e nem os professores nem os pais são muito abertos a novos experimentos. (reduzidas=disciplinas tradicionais)

    (4) Não acho. Crianças e adolescentes decoram muita informação à toa. É claro que é importante manter algumas habilidades e conhecimentos, mas, na verdade, são muito poucos os que de fato importam. (O autor não acha que o google torna a memória dispensável)

    (1) A questão é saber com o que vale a pena se preocupar. É mais ou menos como quando a pessoa se muda para uma cidade grande. Ela está ciente de que existem perigos, mas quer muito morar lá, então assume os riscos e toma suas precauções. ( O autor compara o Facebook com uma cidade grande)

    (3) Quem diz isso está desprezando a força da literatura, que expressa emoções profundas sem o envolvimento de qualquer tipo de contato físico. (Segundo o autor a literatura também causa efeitos nas pessoas, assim como no contato físico)

    Gab.: letra E

  • Gab E

    Quando a UFPR coloca em forma de entrevista é menos pior do que quando só coloca os textos

    .

  • PC-PR 2021

  • enunciado muito coplicado!!

  • Sugestão:

    Reportem essas questões (usando o link "Notificar Erro" ali no lado direito) com texto amontoado, isso dificulta a análise.


ID
5097205
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o seguinte texto:

A EIA calcula que os gases produzidos na China estão ligados ao aumento das emissões observado no relatório da agência em maio. ___________, embora os achados da EIA sejam considerados plausíveis, alguns especialistas acreditam que eles não explicariam, por si só, o atual elevado nível de emissão de gases que tem comprometido a camada de ozônio.

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna acima.

Alternativas
Comentários
  • Conjunções Adversativas : mas, porém, entretanto, contudo, todavia, no entanto, não obstante.

  • A) No entanto = Conjunção Adversativa que expressa OPOSIÇÃO. Outras Conjunções Adversativas: Mas, porém, contudo, NO ENTANTO, todavia, apesar disso...

  • -> Gabarito A.

    Pessoal, questão fácil de ser resolvida. Entendam: todas as alternativas, salvo a letra A, são conectivos ligados à conclusão. Como apenas uma das assertivas representa algo diferente, temos essa como a correta.

    A) No entanto -> Adversativa.

    B) Por isso -> causal ou conclusiva.

    C) Por conseguinte -> conclusiva.

    D) Assim -> conclusiva.

    E) Portanto -> conclusiva.

  • Gabarito A -

    NO ENTANTO - conjunção adversativa.

  • A EIA calcula que os gases produzidos na China estão ligados ao aumento das emissões observado no relatório da agência em maio. embora os achados da EIA sejam considerados plausíveis, NO ENTANTO alguns especialistas acreditam que eles não explicariam, por si só, o atual elevado nível de emissão de gases que tem comprometido a camada de ozônio

    dessa forma fica mais fácil, né ?


ID
5097208
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que a pontuação deixa claro que a amiga de Carlota se chama Juraci.

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA C: Minha amiga – disse Carlota –, a Juraci, está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    OBS: tirei a parte destacado em vermelho rsrsrs...

  • Realmente, não entendi essa questão. Inclusive, marquei a letra "D" , pois para mim é essa a alternativa em que se evidencia que a amiga de Carlota é a Juraci. Pessoal, se alguém puder meexplicar agradeço demais.

  • Pra quem marcou a letra D: Perceba que se juntar as frases, desconsiderando o termo isolado, ficaria sem sentido. Repare:

    Minha amiga! Está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    Mas por que fica sem sentido? Note que na oração, a Carlota não conversa diretamente com a Juraci, e sim com outra pessoa falando sobre a Juraci, que é sua amiga.

    A letra C realmente é o gabarito. Façamos a mesma coisa na oração acima:

    Minha amiga, a Juraci, está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    Perceba que a Juraci é o aposto explicativo, formando uma ideia lógica de sentido.

  • A Juraci (APOSTO)

  • só li o começo e ''esqueci'' o restante da frase, ou melhor, ignorei, por isso errei.

  • Por que não é letra A ?, por favor alguém me explica.

  • PM-PR NA VEIA

  • Nossa que questão fácil.. Rumo a PCPR!
  • Minha amigadisse Carlota –, a Juraci, está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    Qual amiga? a Juraci.

    Nota-se que Carlota enfatiza em dizer que a amiga que citou é a famigerada Juraci. Deste modo, podemos aferir que tal alternativa é a correta.

  • A questão pede a alternativa que deixa claro que a amiga de Carlota se chama Juraci:

    A) Minha amiga - disse Carlota a Juraci - está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    Nesta alternativa, a Carlota está falando algo a Juraci, em nenhum momento Carlota deixa claro que é amiga da Juraci.

    B) Minha amiga disse: “Carlota, a Juraci está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação”.

    Nesta alternativa, uma frase de uma terceira pessoa está sendo citada entre aspas, ainda assim, não tem o que a questão pede.

    C) Minha amiga – disse Carlota –, a Juraci, está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    Esta frase está pedindo o que a questão falou, pois ela deixa claro que a Carlota é amiga da Juraci, a qual está com ótimas ideias para a loja, ou seja, "a Juraci" é aposto do "Minha amiga" no início da frase.

    D“Minha amiga!”, disse Carlota a Juraci, “está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação”.

    Aqui, igual na alternativa A, é uma conversa em que Carlota cita outra pessoa a Juraci.

    E) Minha amiga disse, Carlota: a Juraci está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    Igualmente à alternativa B, outra pessoa é quem está falando, não deixando claro que Carlota é amiga de Juraci.

    Para fazer este tipo de questão, é necessário analisar bem as frases e saber interpretar aquilo que foi pedido, quem tem o hábito de ler, normalmente não sente muitas dificuldades. Não desista!

  • UFPR ama cobrar aposto

  • Existe uma teoria que Deus deixou o Diabo criar uma coisa, estou achando que foi a UFPR

  • Eu amo uma banca de concursos...
  • Questão bisonha! Ou eu estou moscando até agora!!!!!

  • Primeira coisa: se atenha, RESTRITAMENTE, ao que a questão pede.

    Assinale a alternativa em que a pontuação deixa claro que a amiga de Carlota se chama Juraci.

     

    A.   Minha amiga - disse Carlota a Juraci - está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação. – aqui a Carlota está falando com Juraci sobre sua amiga (da Carlota). Juraci não é necessariamente amiga de Carlota, é apenas a ouvinte.

     

    B.    Minha amiga disse: “Carlota, a Juraci está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação”. – aqui é uma fofoca, vc contando a alguém que sua amiga falou isso (não dá pra saber também se a Carlota é amiga de Juraci)

     

    C.    Minha amiga – disse Carlota –, a Juraci, está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação. – um pouco truncado, mas perfeito. “Minha amiga, a Juraci (aposto explicando que a Juraci é de fato amiga)”, e quem disse isso foi Carlota. Logo, Carlota é amiga de Juraci. Ressaltando que isso fica BEM CLARO no texto.

     

    D.   “Minha amiga!”, disse Carlota a Juraci, “está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação”. – aqui em primeiro momento fiquei na dúvida. Mas se vc voltar para o enunciado da questão, tem que marcar a alternativa em que A PONTUAÇÃO DEIXA CLARO QUE A AMIGA DE CARLOTA SE CHAMA JURACI.

     

    Na alternativa: “Minha amiga! (vocativo) Está com ótimas ideias...”

    - aqui concluímos que Carlota é amiga de Juraci, mas isso NÃO FICA CLARO no texto que a amiga de Carlota se chama Juraci, nós é que deduzimos pelo vocativo feito pela Carlota.

    - além disso, há outro erro: segundo PESTANA (pg. 692, A gramática para concursos públicos), as aspas são usadas “antes e depois de citações textuais”, sendo que essa 2ª citação está solta, sem qualquer explicação. Estaríamos inferindo que se trata de uma fala da Carlota para Juraci (e que se trata de oração sem sujeito).

     

    E.    Minha amiga disse, Carlota: a Juraci está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação. – aqui tem erro do uso dos dois pontos. E não tem como concluir que Carlota é amiga de Juraci.

  • gab c!

    O travessão tem várias funções, mas nesse caso ele somente marca o autor da frase do diálogo. (ele marca quem falou). Só Por isso ele ta ai. Por isso tem uma vírgula depois dele. A vírgula que está no comando de deixar ''Juliana' como um aposto.

    Minha amiga – disse Carlota –, a Juraci, está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    portanto:

    Minha amiga, A Juraci, está com ótima ideias. (A juraci = aposto) Entre vírgulas, como todo aposto.

  • UFPR vem pra te mostrar que seu ensino médio foi um lixo.

  • é muita dro-ga na cabeça prum fi du-ma é-gu-a elaborar uma questão dessa!

  • pesado

  • UFPR cobra bastante gramática, quem estava estudando somente CESPE se dá mal aqui

  • pense numa banquinha carniceira [C]✓

ID
5097211
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que é dada mais ênfase à quantidade de eleitores que compareceu às urnas para votar.

Alternativas
Comentários
  • Conjunções adversativas: enfatizam termo posterior à conjunção.

    • "Pedro não é tão atraente, mas sabe entreter uma garota"

    Conjunções concessivas: diminuem e enfatizam após a vírgula

    • "Embora Pedro não seja tão atraente, sabe entreter uma garota"

    Em ambos os casos, "sabe entreter uma garota" está sendo enfatizado, logo o valor semântico se manteve mesmo com conjunções distintas.

    A questão pediu a alternativa em que houve ênfase na "quantidade de eleitores que compareceu as urnas para votar", a única que enfatiza corretamente é a letra D.

    "Embora tenha se desiludido, acreditando que pudesse haver uma mudança significativa, uma grande quantidade de eleitores compareceu às urnas para votar."

  • Gab - D

    Entendo que a questão cobra a diferença entre artigos definidos e indefinidos.

    Artigos definidos determinam os substantivos de forma precisa, indicando que é aquele ser específico e nenhum outro.

    • Eu comprei a mochila roxa que estava na vitrine.
    • Eu encontrei o professor de português do colégio na praia.

    Artigos indefinidos indeterminam os substantivos, referindo-se de forma imprecisa a alguém ou a alguma coisa, havendo a hipótese de serem várias coisas ou seres.

    • Eu comprei uma mochila roxa que estava na vitrine.
    • Eu encontrei um professor de português do colégio na praia.
  • PM-PR NA VEIA...

  • QUESTÃO BIZURADA!!

    AVANTE PM-PR!!!

  • Rumo a PM-PR !!!!

  • PC-PR 2021

  • Comentando para minhas revisões:

    conjunção ADVERSATIVA : coordenação, contraexpectativa, argumento mais forte

    ex: pedro é um bom rapaz, mas não trabalha ( argumento mais forte)

    CONCESSIVA: subordinação, não há contraexpectativa, argumento mais fraco

    ex: Embora não trabalhe ( argumento mais fraco) , é um bom rapaz

    Na questão : Embora tenha se desiludido ( argumento mais fraco), acreditando que pudesse haver uma mudança significativa, uma grande quantidade de eleitores compareceu às urnas para votar ( argumento mais forte, que enfatiza a grande quantidade de eleitores )

  • Em 10/08/21 às 01:42, você respondeu a opção D.

    Você acertou!

    Em 06/06/21 às 17:39, você respondeu a opção C.

    Você errou!

  • Ó azidea da banca, mermao

    Tchurubei tchurubai

  • A ênfase é trazida pela concessão introduzida pelo Embora.

    Difernça entre alternativas B e D:

    B - Embora tenha se desiludido, a grande a quantidade de eleitores que compareceu às urnas para votar acreditava que pudesse haver uma mudança significativa.

    Embora tenha se desiludido, a grande quantidade de eleitores acreditava que pudesse haver mudança significativa. Essa é a expressão enfatizada.

    D - Embora tenha se desiludido, acreditando que pudesse haver uma mudança significativa, uma grande quantidade de eleitores compareceu às urnas para votar.

    Embora tenha se desiludo, uma grade quantidade de eleitores compareceu às urnas para votar. Expresão enfatizada.


ID
5097214
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Recentemente, foi publicado o Decreto nº 9.412, de 18 de junho de 2018, de autoria do Presidente da República. O objetivo do enunciado normativo foi atualizar os valores das modalidades de licitação de que trata o art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, conforme estabelecido em seu art. 1º:

“Art. 1º Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput do art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, ficam atualizados nos seguintes termos:

I. para obras e serviços de engenharia:
a) - na modalidade convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais).
b) - na modalidade tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais).
c) - na modalidade concorrência - acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais).

II. para compras e serviços não incluídos no inciso I:
a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais).
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais).
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais).”

Em relação ao tema, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Lei 8.666/93, "Art. 120.  Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como limite superior a variação geral dos preços do mercado, no período".         

  • gaba A

    Lei 8.666/93

    Art. 120.  Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como limite superior a variação geral dos preços do mercado, no período.

    pertencelemos!         

  • Gabarito: letra A

    A lei nº 8.666/93 prevê expressamente a possibilidade de atualização dos valores fixados nela por meio de decreto do Poder Executivo Federal:

    Lei nº 8.666/93 Art. 120.  Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como limite superior a variação geral dos preços do mercado, no período.            

    ATUALIZAÇÃO DA NOVA LEI DE LICITAÇÕES lei nº 14.133/21

    A nova lei prevê como DEVER do executivo federal a atualização anual dos valores, estabelecendo desde já que o índice a ser utilizado é o IPCA-E.

    Lei nº 14.133/21 Art. 182. O Poder Executivo federal atualizará, a cada dia 1º de janeiro, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) ou por índice que venha a substituí-lo, os valores fixados por esta Lei, os quais serão divulgados no PNCP.

  • Rumo PC PR!

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.666/1993. Vejamos:

    Inicialmente importante fazermos menção a nova lei de licitações – Lei 14.133/2021, sancionada em 01/04/2021. Apesar desta sanção, a Lei nº 8.666/93 ainda terá aplicação por mais dois anos.

    Desta forma, nos primeiros 2 anos teremos a aplicação da lei nº 8.666/93, bem como da lei nº 14.133/21. Os órgãos terão a possibilidade de optar em utilizar a lei nº 8.666/93 ou a lei nº 14.133/21, devendo ser justificada a escolha, sendo vedada a combinação das duas leis.

    Como esta presente questão é anterior à nova lei, a lei que a fundamenta ainda é a Lei 8.666/93. Desta forma:

    “Art. 120, Lei 8.666/93. Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como limite superior a variação geral dos preços do mercado, no período.”

    Desta forma:

    A. CERTO. A Lei 8.666/1993 prevê expressamente a possibilidade de revisão anual dos valores nela fixados pelo Poder Executivo Federal.

    GABARITO: ALTERNATIVA A.


ID
5097217
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Não definido

A Lei Complementar nº 17, de 30 de agosto de 1993, dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos municipais de Foz do Iguaçu. A partir do seu conteúdo, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

1. As licenças especiais a que o servidor tiver direito e não usufruídas serão, por ocasião de exoneração ou aposentadoria, convertidas em pecúnia, com base na remuneração mensal devida.
2. O servidor público municipal que receber diárias para viagens, mas não se afastar da sede, fica obrigado a restituílas integralmente, salvo se a viagem não se realizar por caso fortuito ou força maior.
3. Na cessação do vínculo antes de completar o período aquisitivo de férias, serão pagas férias proporcionais, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetiva prestação de serviço ou fração igual ou superior a 15 (quinze) dias, acrescido do adicional de 1/3 (um terço).
4. O servidor que opera direta e permanentemente com raios X pode fracionar suas férias em dois períodos de quinze dias cada.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
5097220
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Sobre a Lei de Acesso à Informação (Lei Federal nº 12.527/2011), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Na empresa onde eu trabalho, os Admin podem configurar do jeito que quiser. Exemplo: fulano como tem perfil gerencial pode acessar X, Y e Z. Ciclano: só pode acessar pagina interna. Beltrano: pode acessar X, etc...

  • Gabarito: E

  • A) Errada

    Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a:

    I - gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação;

    II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e

    III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso.

    B) Errada - A publicidade é a regra.

    Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes:

    I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;

    c) Errada

    Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.

    § 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes:

    I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;

    II - secreta: 15 (quinze) anos; e

    III - reservada: 5 (cinco) anos.

    d) Errada

    Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no no e no 

    Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:

    I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público;

    II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

    e) Correta

    Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados.

    Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custos previstos no caput todo aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos da 


ID
5097223
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando-se as disposições constitucionais e as constantes na Lei Federal nº 8.429/1992 relativas à improbidade administrativa, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.

    Pena: detenção de seis a dez meses e multa.

  • Qual o erro da A ?

  • Cuidado!

    O terceiro, de acordo com o art. 3º da lei 8.429/92, responderá pelo ato de improbidade, desde que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta

    Há situações distintas. Se o terceiro tinha ciência do ato ímprobo e dele participou ativamente, certamente deve ser punido. A insurgência, por outro lado, diz respeito ao terceiro incluído, na maioria das vezes de forma aleatória, na ação de improbidade tão somente como mero beneficiário do ato ímprobo. Pela lei 8.429/92, basta ser beneficiário direto ou indireto de determinado ato administrativo para incorrer nas penas de suspensão dos direitos políticos, proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, dentre outras.

    Por isonomia, o terceiro igualmente deve ter a sua conduta e o seu elemento subjetivo analisados. Se não houve dolo (e culpa para alguns), ainda que tenha sido beneficiado com o ato, não poderá ser condenado às penas de improbidade administrativa.

     "a responsabilidade do terceiro que induz ou concorre com o agente público na prática da improbidade, ou que dela se beneficia, supõe, quanto aos aspectos subjetivos, a existência de dolo, nas hipóteses dos arts. 9º e 11 da Lei, ou de culpa nas hipóteses do art. 10. Não há, no sistema punitivo, responsabilidade objetiva".

    REsp 827.445/SP

    Acredito que tenha sido esse o cerne da questão.

    Qualquer coisa, manda msg.. Bons estudos!

  • Vejamos cada afirmativa, individualmente:

    a) Errado:

    Inexiste a condição de que o terceiro perceba "benefício próprio", podendo a responsabilidade decorrer do fato de induzir ou concorrer para a prática do ato, ou dele se beneficiar sob qualquer forma direta ou indireta, como se lê do teor do art. 3º da Lei 8.429/92:

    "Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta."

    b) Errado:

    Na realidade, estes efeitos somente se produzem com o trânsito em julgado da sentença condenatória, e não a partir de decisão colegiada. Neste sentido, o teor do art.

    "Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória."

    c) Certo:

    Trata-se de afirmativa condizente com o teor do art. 19 da Lei 8.429/92, in verbis:

    "Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente."

    d) Errado:

    O integral ressarcimento do dano constitui consequência necessária em caso de lesão ao erário, ainda que derive de conduta culposa. Assim, a norma do art. 5º da Lei 8.429/92:

    "Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano."

    e) Errado:

    Cuida-se, sim, de ato de improbidade violador de princípios da administração pública, como se vê do art. 11, IV, da Lei 8.429/92:

    "Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

    (...)

    IV - negar publicidade aos atos oficiais;"


    Gabarito do professor: C
  • A questão exige o conhecimento dos atos de improbidade administrativa, que está intimamente ligada à moralidade no exercício da função administrativa, de forma ampla. Além disso, os atos de improbidade correspondem a uma ação ou omissão, praticada no exercício da função pública, sendo um ilícito de natureza civil e administrativa.

    Vamos às alternativas:

    A - incorreta. A LIA se aplica ao particular, além dos casos em que ele receba algum benefício, seja direto ou indireto, também nos casos em que ele induz ou concorre para a prática do ato ímprobo.

    Art. 3º lei nº 8.429/92: as disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

    B - incorreta. Essas penas se efetivam com a decisão judicial transitada em julgado, e não por decisão colegiada (a decisão se dá por um único juiz).

    Art. 20 lei nº 8.429/92: a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

    C - correta. Art. 19 lei nº 8.429/92: constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.

    D - incorreta. O ressarcimento integral do dano também se dará nos casos de lesão ao patrimônio ocorrida por culpa.

    Art. 5º lei nº 8.429/92: ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

    E - incorreta. Negar publicidade aos atos oficiais configura, sim, um ato de improbidade administrativa (que atenta contra os princípios administrativos - da publicidade, mais especificamente).

    Art. 11, IV, lei nº 8.429/92: constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, e notadamente: negar publicidade aos atos oficiais.

    Gabarito: C

  • Reuel Pinho, acredito que o erro da A seja a expressão “próprio “,que afastaria a natureza pública dos recursos recebidos. É uma pegadinha, smj….

  • C - correta. Art. 19 lei nº 8.429/92: constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.


ID
5097226
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A Lei nº 13.655, de 25 de abril de 2018, incluiu na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro disposições sobre segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do direito público. Acerca das alterações promovidas, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    LETRA A - ERRADA

    Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.

    LETRA B - ERRADA

    Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.

    LETRA C - ERRADA

    Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão. (pode decidir desde que considere as consequências práticas da decisão).

    LETRA D - CERTA

    Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas.

    LETRA E - ERRADA

    Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas.

    FONTE: LINDB

  • Inclui no Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), disposições sobre segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do direito público.

    “  A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas.

  • A fim de encontrarmos a resposta correta, iremos analisar cada uma das alternativas a seguir:

    A) A questão vem abordar as inovações na LINDB, que foram promovidas pela Lei nº 13.655/2018. Para decisão administrativa baseada em conceitos legais indeterminados ou cláusulas gerais, será necessário analisar as suas consequências não apenas para o caso concreto, mas, também, para a sociedade, consagrando-se, desta maneira, o dever de motivação concreta. É neste sentido o art. 20 da LINDB. Vejamos: “Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão". Portanto, é necessário considerar as consequências práticas das decisões administrativas. Incorreta;



    B) A responsabilidade do agente público tem previsão no art. 28 da LINDB: “O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro".  Entenda-se erro grosseiro como culpa grave. Não custa lembrar que o Estado responde de maneira objetiva, ou seja, independente de culpa, diante do particular (art. 37, § 6º da CRFB), sendo assegurada àquele a ação de regresso em face do agente público. Este dispositivo vem dar segurança à atuação dos agentes públicos, em detrimento dos interesses das vítimas e dos prejudicados pelos seus atos. Incorreta;



    C) O art. 20 da LINDB, outrora comentado, dispõe que “nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão". Portanto, não houve tal vedação, mas, apenas, passou-se a exigir que as consequências práticas da decisão fossem consideradas. Incorreta;



    D) A assertiva está em harmonia com o caput do art. 21 da LINDB: “A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas". É incompatível com o Direito decisões que desconsiderem situações juridicamente constituídas e suas possíveis consequências aos envolvidos. Desta forma, o legislador valoriza o consequencialismo. Correta;


    E) De acordo com o caput do art. 30 da LINDB, “as autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas". Assim, não houve tal proibição.

    Cuida-se do caráter vinculativo das decisões, onde os regulamentos, as súmulas administrativas e as respostas a consultas terão caráter vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam.

    TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Lei de Introdução e Parte Geral. 15. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. v. 1.






    Gabarito do Professor: LETRA D


  • GABARITO: D

    a) ERRADO: Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.

    b) ERRADO: Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.

    c) ERRADO: Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.

    d) CERTO: Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas.

    e) ERRADO: Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas.


ID
5097229
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A capacidade legal das pessoas físicas é tema que passou por diversas mudanças com a entrada em vigor do Código Civil de 2002 e, mais recentemente, com as alterações promovidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2018). Levando em consideração o atual regramento do tema, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 

    I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

    II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 

    IV - os pródigos.

    Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. 

  • GABARITO C - INCORRETA

    A- São relativamente incapazes os pródigos e os ébrios habituais.

    Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 

    II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 

    IV - os pródigos.

    _______________________

    B- São capazes os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anos que tenham economia própria.

    Art. 5 A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

    (...)

    V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

    _______________________

    C- São absolutamente incapazes aqueles que por causa transitória não puderem exprimir a sua vontade.

    Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 

    (...)

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

    _______________________

    D- A capacidade dos indígenas não é regulada pelo Código Civil.

    Art. 4 Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.

    _______________________

    E- São relativamente incapazes os viciados em tóxico.

    Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 

    (...)

    II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 

    _______________________

  • Só pra deixar registrado: a Lei 13.146 é de 2015, não 2018....cada banca de concurso que só por Deus!

  • Só é considerado absolutamente incapaz os menores de 16 anos.

  • A fim de encontrarmos a resposta correta, iremos analisar cada uma das alternativas a seguir:

    A) A questão trata das hipóteses de incapacidade, recentemente alterada pela Lei 13.146/2018, que promoveu uma série de mudanças no CC, além de regulamentar a Convenção de Nova York, tratado de direitos humanos o qual o Brasil é signatário. Esta lei, conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, tem como objetivo a inclusão social e a cidadania da pessoa com deficiência. Os pródigos e os ébrios habituais são considerados relativamente incapazes, de acordo com o art. 4º, II. Correta;


    B) A pessoa torna-se absolutamente capaz quando alcança seus 18 anos ou por meio da emancipação, cujas hipóteses estão arroladas nos incisos do § ú do art. 5º do CC.


    Com a emancipação, o menor, relativamente incapaz do art. 4º, inciso I do CC, adquire capacidade de fato (aptidão para exercer direitos e contrair obrigações por si só, sem a necessidade da presença do representante legal), tornando-se absolutamente capaz para os atos da vida civil.

     De acordo com o art. 5º, § único, V do CC, “cessará, para os menores, a incapacidade: pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria". Correta;

     
    C)  Esta era uma das hipóteses de incapacidade absoluta prevista pelo legislador, no inciso III do art. 3º do CC, mas diante das alterações promovidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, o referido inciso foi revogado e, atualmente, há, somente, uma hipótese de incapacidade absoluta, que é a do menor de 16 anos. Vejamos o que diz o art. 3º “São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos". Incorreta;


    D) A capacidade dos indígenas é regulada por legislação especial. É o que se depreende da leitura do art. 4º, § ú: “A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especia
    l". Temos a Lei 6.001/73, conhecida como Estatuto do Índio, que coloca o índio e a sua comunidade sob o regime tutelar, enquanto não integrados à comunhão nacional, devendo a assistência ser exercida pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio). Correta;


    E) Os viciados em tóxico são considerados relativamente incapazes, por força do art. 4º, II. Correta.





    Gabarito do Professor: LETRA C


  • Tem que forçar muito pra considerar a letra B correta

  • Art. 3  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

    Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

    I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

    II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 

    IV - os pródigos.

    Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. 

    Art. 5 A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

    I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

    II - pelo casamento;

    III - pelo exercício de emprego público efetivo;

    IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

    V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

  • Bom recordar que não é qualquer economia própria que autoriza a emancipação do menor de 18 anos. A título de exemplo, se um adolescente de 17 anos recebe um milhão de reais a título de herança, embora tenha economia própria, a doutrina/jurisprudência entendem que ele não será emancipado, pois o CC é claro ao dizer que a economia deve advir de estabelecimento civil, comercial ou relação de emprego.

  • A) São relativamente incapazes os pródigos e os ébrios habituais.

    -» CORRETA: art. 4º, II e IV CC

    B) São capazes os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anos que tenham economia própria.

    -» CORRETA: art. 5º, V CC

    C) São absolutamente incapazes aqueles que por causa transitória não puderem exprimir a sua vontade.

    -» INCORRETO: art. 4º, III CC - relativamente

    D) A capacidade dos indígenas não é regulada pelo Código Civil.

    -» CORRETA: art. 4º, p.ú. CC - A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.

    E) São relativamente incapazes os viciados em tóxico.

    -» CORRETA: art. 4º, II CC

  • Não é o simples fato de ter o menor entre 16 e18 economia própria que o emancipará. a banca não ajuda!

  • Os únicos ABSOLUTAMENTE INCAPAZES são os MENORES DE 16 ANOS.

    Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

    gab. C


ID
5097232
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

“Os defensores da parte geral veem mais vantagens que desvantagens nessa opção. A parte geral cumpre função importante na integração do direito civil, conferindo unidade sistemática ao Código. Também serve como direito subsidiário para os vários ramos do direito privado, por exemplo, no que concerne à capacidade negocial das pessoas e ao seu domicílio” (LÔBO, Paulo. Direito Civil: Parte Geral. 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2018, p. 44). Acerca do domicílio, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • B (gabarito) - Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.

    E - o domicílio necessário do marítimo será onde o navio estiver matriculado. }(vide art. 76, p.ú.)

  • GABARITO B

    Domicílio:

    Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.

    Elemento Objetivo: Residência

    Elemento Subjetivo: Ânimo definitivo

    Logo, domicílio é a ideia de residência somada com a vontade de se estabelecer permanentemente num local determinado.

    ____________________________________________________________

    A- É permitido apenas um domicílio para a pessoa natural.

    Pluralidade de domicílios:

    Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.

    Devemos tomar cuidado com casos de múltiplas residências, pois como o artigo determina, a pessoa natural deve viver alternadamente nas diversas residências. Se, por exemplo, um indivíduo residiu em uma por um tempo, e depois se mudou para outra, a última residência que será seu domicílio natural.

    Para que ambas possam ser consideradas domicílio, a pessoa natural deve viver frequentemente alternando entre suas diversas residências.

    ____________________________________________________________

    B- A pessoa natural desprovida de residência habitual terá como domicílio o lugar onde for encontrada.

    Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.

    ____________________________________________________________

    C- O domicílio do incapaz corresponde ao local de seu nascimento.

    Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.

    Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; (...)

    ____________________________________________________________

    D- A pessoa presa tem como domicílio necessário o local onde transitou em julgado sua condenação penal.

    Art. 76 Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.

    Parágrafo único.. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

    ____________________________________________________________

    E- O domicílio voluntário do marítimo é onde o navio tiver sido fabricado.

    Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.

    Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

    ____________________________________________________________

    Fonte: JusBrasil

  • Tem domicílio necessário a MIS PM

    Marítimo; Incapaz; Servidor Público, Preso e Militar.

    Marítimo = Matriculado (ma-ma)

    incapaz = seu representante

    Servidor = Local serviço (exerce funções)

    Preso = cumpre a sentença

    Militar = onde servir e, em sendo da marinha ou aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado.

    AVANTE!

    O Pulso ainda Pulsa.

  • Percentual quase de Carol Conká

  • B- CORRETA

    Art. 73 - Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.

  • GABARITO: B

    a) ERRADO: Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.

    b) CERTO:  Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.

    c) ERRADO: Art. 76, Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

    d) ERRADO: Art. 76, Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

    e) ERRADO: Art. 76, Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

  • A questão exige conhecimento sobre o domicílio no Código Civil (arts. 70 a 78), devendo ser assinalada a alternativa correta:

     

     

    A) Conforme ensina o art. 70, o “domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo", no entanto, o art. 71 esclarece que, se “a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas". Ou seja, está incorreto afirmar que é permitido apenas um domicílio para a pessoa natural.

     

     

    B) A afirmativa está correta, em consonância com o que dispõe o art. 73: “Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada".

     

     

    C) Na verdade, o domicílio do incapaz é o mesmo de seu representante ou assistente, nos termos do art. 76:

     

     

    “Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.

    Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença".

     

     

    Logo, a assertiva está incorreta.

     

     

    D) Conforme visto na redação do art. 76 (transcrito acima), o domicílio necessário do preso é o local onde ele cumpre a sentença e não o local onde ele foi julgado, portanto, a afirmativa está incorreta.

     

     

    E) Ainda conforme art. 76 acima transcrito, o marítimo tem domicílio necessário, que é onde o navio estiver matriculado, logo, a afirmativa está incorreta.

     

     

    Gabarito do professor: alternativa “B".


ID
5097235
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Recentemente, a cidade de Foz do Iguaçu foi acometida por intensas tempestades que produziram diversos danos em suas construções. Na Avenida Jorge Schimmelpfeng, diversas casas foram avariadas. A casa de Maria precisou ter a janela da sala de jantar com entalhes em nobre madeira “Pau- Brasil”, fabricada no século passado, retirada para conserto e posterior recolocação. Do lado de fora da casa de Bruno percebe-se uma pilha de tijolos aguardando utilização. Na casa de Priscilla, percebe-se uma pilha de materiais provenientes da demolição de sua garagem. Tendo em vista as situações apresentadas e a classificação dos bens no direito civil brasileiro, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

( ) A janela retirada da sala de jantar de Maria é um bem infungível.
( ) Ao ser retirada, a janela da sala de jantar de Maria se tornou um bem móvel.
( ) Os tijolos adquiridos por Bruno e que aguardam utilização são considerados bens imóveis para os efeitos legais.
( ) Os materiais provenientes da demolição da garagem de Priscilla são bens móveis.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    ITEM I - VERDADEIRO: "A janela retirada da sala de jantar de Maria é um bem infungível."

    CC, Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

    ITEM II - FALSO: "Ao ser retirada, a janela da sala de jantar de Maria se tornou um bem móvel."

    CC, Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: [...] II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

    ITEM III - FALSO: "Os tijolos adquiridos por Bruno e que aguardam utilização são considerados bens imóveis para os efeitos legais."

    CC, Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.

    ITEM IV - VERDADEIRO: "Os materiais provenientes da demolição da garagem de Priscilla são bens móveis."

    CC, Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

  • BENS MÓVEIS

    • Os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem

    alteração da substância ou da destinação econômico-social

    • As energias que tenham valor econômico

    • Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes

    • Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações

    • Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados,

    conservam sua qualidade de móveis

    • Os materiais provenientes da demolição de algum prédio

    BENS IMÓVEIS

    • O solo e tudo o que nele se incorporar

    • Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram

    • O direito à sucessão aberta

    • As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem

    removidas para outro local

    • Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem

  • A fim de encontrarmos a alternativa correta, iremos analisar cada uma das assertivas a seguir:

    ( ) A questão exige que o candidato conheça de que maneira se classificam os bens, matéria tratada pelo próprio legislador, no CC. Vejamos. De acordo com o art. 85 do CC, “são fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade". A janela de Maria, por ter entalhes em nobre madeira, fabricada no século passado, não pode ser substituída por outra da mesma espécie, qualidade e quantidade, sendo, por tal razão, considerada um bem infungível. Verdadeira;

     
    ( )  Trata-se de um bem imóvel, já que será recolocada, por força do art. 81, II do CC: “Não perdem o caráter de imóveis: os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem". Falsa;

     
    ( ) Pelo contrário. Aplicaremos, aqui, o art. 84 do CC, que dispõe que “os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio". Falsa


    ( ) Em harmonia com a parte final do art. 84 do CC. Verdadeira.






    Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. 

    D) V – F – F – V.





    Gabarito do Professor: LETRA D

  • GABARITO: D

    VERDADEIRO: Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

    FALSO: Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

    FALSO: Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.

    VERDADEIRO: Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

  • Acertei de primeira a questão, mas depois me trouxe uma reflexão.

    O artigo 81, II do CC dispõe o seguinte:

    "Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

    (...)

    II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem."

    Quanto a fungibilidade, dispõe o seguinte:

    "Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade."

    O enunciado da questão trouxe que a janela de Maria seria "retirada para conserto e posterior recolocação", o que, pela inteligência do art. 81, II manteria sua condição de bem imóvel. O item foi dado como verdadeiro.

    Teria a banca criado uma modalidade de infungibilidade de bem imóvel?

    Qualquer equívoco, me corrijam.

  • (V) A janela retirada da sala de jantar de Maria é um bem infungível. à Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

    (F) Ao ser retirada, a janela da sala de jantar de Maria se tornou um bem móvel. à Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: os materiais provisoriamente separados de um prédio, p/ nele se reempregarem.

    (F) Os tijolos adquiridos por Bruno e que aguardam utilização são considerados bens imóveis p/ os efeitos legais. à Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

    (V) Os materiais provenientes da demolição da garagem de Priscilla são bens móveis. à Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

  •  A classificação de bens imóveis como infungíveis é doutrinária! Há certo consenso na doutrina que o artigo 85 do CC restringe bens fungíveis aos bens móveis, não havendo possibilidade de fungibilidade dos bens imóveis por ausência de previsão legal, por isso nas questões é bem comum aparecer como correto as afirmativas que tratam bens imóveis como infungíveis.


ID
5097238
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Durante o jogo entre as seleções do Brasil e da Costa Rica ocorrido na Copa do Mundo FIFA 2018, Marco Aurélio, torcedor fanático, começou a sentir fortes dores no peito e formigamento em seu braço. Após desmaiar, seu filho, que também assistia ao jogo, o levou imediatamente ao pronto-socorro mais próximo. Chegando ao hospital, foi negado atendimento emergencial a Marco Aurélio pelo fato de ele e de seu filho não disporem de talão de cheque que era exigido como caução. Minutos mais tarde, sua esposa Sabrina chegou ao hospital portando o talão de cheques de Marco Aurélio e ele assinou e entregou uma folha ao atendente do pronto-socorro para ser afinal atendido. Tendo em vista a situação apresentada, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.

  • Onde está a "obrigação excessivamente onerosa" mencionada no artigo 156 do Código Civil? Alguém pode explicar?

  • Em momento algum a questão cita a discrepância no valor da caução assumida.

  • De fato, o Estado de perigo exige o DOLO DE APROVEITAMENTO, ou seja, o conhecimento do estado de perigo somados a obrigação excessivamente onerosa, que não fica bem claro na questão. Particularmente, creio que não há vício no negócio jurídico, mas o crime do art. 135-A (Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial).

    Porém, tendo em vista as alternativas apresentadas a escolha foi por exclusão.

  • Questão deveria ter sido anulada, em momento algum expressou que a obrigação assumida havia sido excessivamente onerosa. Logo, o gabarito, se não nulo, deveria ser a letra A.

  • Questão horrível, em NENHUM MOMENTO SE FALA QUE A OBRIGAÇÃO FOI EXCESSIVAMENTE ONEROSA!!!

  • A obrigação de prestar caução, dada a situação narrada, foi excessivamente onerosa, ou não?

  • A questão não evidenciou a prestação excessiva!

  • Não confundamos: a obrigação assumida foi de GARANTIA, e não de PAGAMENTO. Assim, como é proibido condicionar o atendimento emergencial à prestação de garantia, qualquer que tenha sido o valor do cheque a obrigação assumida foi excessivamente onerosa, até porque inexigível, conforme art. 1º da Resolução Normativa Nº 44/2003 da ANS.

    "Art. 1º Fica vedada, em qualquer situação, a exigência, por parte dos prestadores de serviços contratados, credenciados, cooperados ou referenciados das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde e Seguradoras Especializadas em Saúde, de caução, depósito de qualquer natureza, nota promissória ou quaisquer outros títulos de crédito, no ato ou anteriormente à prestação do serviço."

  • Acertei somente pelo estado de perigo

  • A fim de encontrarmos a resposta correta, iremos analisar cada uma das alternativas a seguir:

    A)  A questão vem tratar dos vícios de consentimento, causa de anulabilidade do negócio jurídico, sujeitos ao prazo decadencial do art. 178 do CC.

    O exercício regular do direito não é um vício de consentimento. Tem previsão no art. 188, I do CC:
    “Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente". Exemplo: a inclusão do nome do devedor no cadastro dos inadimplentes (Serasa e SPC). Incorreta;


    B)  A lesão, vício de consentimento, vem conceituada no art. 157 do CC: “Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta".


    Percebam que o legislador exige dois elementos para a sua configuração: a premente necessidade ou inexperiência (elemento subjetivo) e a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta (elemento objetivo), não sendo necessária a presença do dolo de aproveitamento. Portanto, a parte beneficiada pelo negócio não precisa ter conhecimento da situação de necessidade da outra (Enunciado 150 do CJF). O exemplo dado pela doutrina é do empregador que coloca à disposição de seus empregados mercadorias, no próprio local de trabalho, com preços bem superiores aos praticados no comércio.

     A obrigação assumida por Marco Aurélio não foi manifestamente desproporcional, mas sim excessivamente onerosa, elemento objetivo do estado de necessidade. Incorreta;


    C) Dolo é induzir alguém a erro, tratando-se de um vício de consentimento. 
    Vejamos o que dispõe o art. 145 do CC: “São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa". Estamos diante do dolo essencial, substancial ou principal (dolus causam), em que uma das partes utiliza artifícios maliciosos para levar a outra a praticar um ato que não praticaria normalmente, visando a obter vantagem. Marco Aurélio não foi obrigado a realizar conduta contra a sua vontade para ser atendido. Incorreta;

     
    D) O erro, vício de consentimento, é a falsa noção da realidade, disciplinado nos arts. 138 e seguintes do CC. Para ensejar a anulabilidade do negócio jurídico, o erro deverá ser substancial, de maneira que possa ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias em que o negócio foi celebrado. Exemplo: a pessoa que pensa estar comprando o original de um pintor famoso, pelo alto custo, mas, na verdade, trata-se de uma réplica. O hospital não agiu com erro. Incorreta;


    E) O estado de perigo tem como elemento objetivo a obrigação excessivamente onerosa e, como elemento subjetivo, o perigo que acomete o negociante, pessoa de sua família ou amigo íntimo, sendo de conhecimento do outro negociante. Vejamos o que dispõe o art. 156 do CC: “Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.

    Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias".

    De fato, Marco Aurélio precisou assumir obrigação excessivamente onerosa para poder se salvar, configurando o estado de perigo, vício de consentimento capaz de ensejar a anulabilidade do negócio jurídico.

    Vale a pena ressaltar que a matéria é divergente. Carlo Roberto Gonçalves é um dos autores que entende que o cheque-caução configura hipótese de estado de necessidade; contudo, Flavio Tartuce discorda, não sendo hipótese de anulabilidade, mas configura uma prática ou cláusula abusiva que, por envolver matéria de ordem pública, enseja a nulidade do ato correspondente (art. 51 do CDC). Correta.

    TARTUCE, Flavio.  Direito Civil. Direito das Obrigações e Responsabilidade Civil. 15. ed. São Paulo: Método, 2019. v.1





    Gabarito do Professor: LETRA E


  • GABARITO: E

    Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.

    Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.

  • Questão mais errada que já vi na vida. A mera exigência de fl de cheque não é obrigação excessiva...

  • Acho que o examinador confundiu os conceitos de onerosidade econômica e vital.

    A caução prestada poderia constituir mero adimplemento básico para os procedimentos iniciais, sem ser, necessariamente, onerosa.

    Vamos na mais errada, deixem para discutir após a posse.

  • É excessivamente onerosa, pq tem jurisprudência reconhecendo que é vedado a cobrança de caução nessas situações, independente do valor. Não tem mistério essa questão

  • Entendo que o cerne da questão não está em cobrar caução (nem no valor da caução). Está em exigir caução, quando a pessoa está tendo supostamente um infarto e nem o paciente e nem quem o acompanha possuir cheque no momento. Por isso, fiquei em dúvida se isso se enquadraria no Estado de Perigo. Pra mim, a letra B me pareceu mais adequada para a história narrada.

  • Eu marquei a alternativa B (e errei)

    LESÃO: é a celebração de um negócio jurídico com onerosidade excessiva, mas em razão de INEXPERIÊNCIA (técnica, jurídica, econômica) ou NECESSIDADE (de contratar); observe que aqui NÃO dolo de aproveitamento e nem perigo ou grave dano;

    ESTADO DE PERIGO: aqui ocorre o "dolo de aproveitamento", ou seja, uma pessoa se aproveita de uma situação alheia (sabendo de tal situação), para que então a outra pessoa (ou familiar desta) se salve de algum perigo de morte ou grave dano moral;

    A alternativa "E" fala de obrigação excessivamente onerosa. No conceito de estado de perigo não existe essa condicionante. Na minha opinião, banca confundiu os conceitos.

    Nota: esses conceitos acima eu copiei de algum colega aqui do QC NÃO me recordo o nome, mas, agradeço!

  • GABARITO: Letra E

    ESTADO DE PERIGO: aqui ocorre o "dolo de aproveitamento", ou seja, uma pessoa se aproveita de uma situação alheia (sabendo de tal situação), para que então a outra pessoa (ou familiar desta) se salve de algum perigo de morte ou grave dano moral;

    >> É vício de consentimento dual, que exige para a sua caracterização a premência da pessoa em se salvar, ou a membro de sua família e, de outra banda, a ocorrência de obrigação excessivamente onerosa, aí incluída a imposição de serviços desnecessários, conscientemente fixada pela contraparte da relação negocial.

  • Não precisa ir muito longe pra saber que a situação dele caracteriza estado de perigo. Artigo 156 do Código Civil. gabarito letra E

ID
5097241
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre o contrato de doação, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A (GABARITO) - Art. 564. Não se revogam por ingratidão:

    IV - as feitas para determinado casamento.

    B - Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal.

    não requer anuência mas sim aceitação!

    C - Art. 543. Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação, desde que se trate de doação pura.

    D - Parágrafo único. Não prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro

    E - Art. 556. Não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a liberalidade por ingratidão do donatário.  NULA

  • Gabarito: Letra A

    Disposição Expressa: art. 564, inciso IV, do CC.

    Lembre-se: Doação feita em decorrência do casamento, não pode ser anulada por ingratidão de um dos cônjuges para com o doador, porque a doação se deu em razão do casamento e não da pessoa dos donatários; além disso, a ingratidão é uma espécie de sanção civil - caráter pessoal.

    Pato! Ajuda, tá muito difícil decorar...

    Certo, certo. Quando a questão tratar sobre doações que não se revogam por ingratidão, lembrem-se daquela “Emenda Constitucional do Purê com Casamento” ....

    Como assim?????

    EC PU-RE CON CASAMENTO”

    Encargo Cumprido; Puramente Remuneratória; Cumprimento Obrigação Natural e para determinado casamento.

    Espero que estas informações te ajudem no dia da prova e que você acerte a questão, que com toda certeza terá um número grande de erros.

    AVANTE!

  • GABARITO: A

    a) CERTO: Art. 564. Não se revogam por ingratidão: IV - as feitas para determinado casamento.

    b) ERRADO: Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal.

    c) ERRADO: Art. 543. Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação, desde que se trate de doação pura.

    d) ERRADO: Art. 547, Parágrafo único. Não prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro.

    e) ERRADO: Art. 556. Não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a liberalidade por ingratidão do donatário.

  • Sobre o contrato de doação no Código Civil deve-se assinalar a afirmativa correta.

     

     

    A doação é definida na lei como “o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra" (art. 538 do CC).

     

     

    A) Conforme ensina o art. 555, a doação “pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo”.

     

     

    Assim, o art. 557 complementa elencando quais as doações podem ser revogadas por ingratidão, enquanto o art. 564 traz aquelas que não podem:

     

     

    “Art. 564. Não se revogam por ingratidão:

    I - as doações puramente remuneratórias;

    II - as oneradas com encargo já cumprido;

    III - as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural;

    IV - as feitas para determinado casamento”.

     

     

    Portanto, observa-se que a assertiva está correta.

     

     

    B) Em relação à doação feita ao nascituro, o art. 542 esclarece que:

     

     

    “Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal”.

     

     

    Ou seja, ela depende de aceite do representante legal do nascituro, portanto, a assertiva está incorreta.

     

     

    C) A doação pura (sem ônus, motivação, condição ou encargo) feita a incapaz dispensa aceitação, logo, a afirmativa está incorreta:

     

     

    “Art. 543. Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação, desde que se trate de doação pura”.

     

     

    D) O direito brasileiro não admite cláusula de reversão em favor de terceiro na doação:

     

     

    “Art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário.

    Parágrafo único. Não prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro”.

     

     

    Assim, a assertiva está incorreta.

     

     

    E) Na verdade, não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a doação por ingratidão, logo, a afirmativa está incorreta:

     

     

    “Art. 556. Não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a liberalidade por ingratidão do donatário”.

     

     

    Gabarito do professor: alternativa “A”.


ID
5097244
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Constituição estabelece que a iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos. Contudo, no entendimento do Supremo Tribunal Federal, é de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo o processo legislativo para lei que:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta E

  • Gabarito E.

    Lei estadual que concede "anistia" administrativa a servidores públicos estaduais que interromperam suas atividades – paralisação da prestação de serviços públicos. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que cabe ao chefe do Poder Executivo deflagrar o processo legislativo referente a lei de criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração, bem assim disponha sobre regime jurídico e provimento de cargos dos servidores públicos. Aplica-se aos Estados-membros o disposto no art. 61, § 1º, II, da CB. Precedentes. Inviável o projeto de lei de iniciativa do Poder Legislativo que disponha a propósito servidores públicos – "anistia" administrativa, nesta hipótese – implicando aumento de despesas para o Poder Executivo. (ADI 341, rel. min. Eros Grau, julgamento em 14-4-2010, Plenário, DJE de 11-6-2010.)

  • São inconstitucionais leis estaduais, de iniciativa parlamentar, que disponham sobre o regime jurídico dos servidores públicos (seus direitos e deveres).

    O art. 61, § 1º, II, “c”, da CF/88 prevê que compete ao Chefe do Poder Executivo a iniciativa de lei que trate sobre os direitos e deveres dos servidores públicos. Essa regra também é aplicada no âmbito estadual por força do princípio da simetria.

    O fato de o Governador do Estado sancionar esse projeto de lei não faz com que o vício de iniciativa seja sanado (corrigido A Súmula 5 do STF há muitos anos foi cancelada.

    STF. Plenário. ADI 3627/AP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 6/11/2014 (Info 766).

    Via site Dizer o Direito.

  • O termo processo legislativo, segundo Alexandre de Moraes, pode ser compreendido num duplo sentido: jurídico e sociológico. Juridicamente consiste no conjunto coordenado de disposições que disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes na produção de leis e atos normativos que derivam diretamente da própria constituição, enquanto sociologicamente podemos defini-lo como o conjunto de fatores reais que impulsionam e direcionam os legisladores a exercitarem suas tarefas.


    Desta forma, juridicamente, a CF/88 define uma sequência de atos a serem realizados pelos órgãos legislativos, visando à formação das espécies normativas previstas no art. 59: Emendas Constitucionais, leis complementares e ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções.

    O procedimento de elaboração de uma lei ordinária denomina-se processo legislativo ordinário e apresenta as seguintes fases: fase introdutória, fase constitutiva e fase complementar.


    A fase introdutória relaciona-se à iniciativa de lei, que é faculdade que se atribui a alguém ou a algum órgão para apresentar projetos de lei ao legislativo, podendo ser parlamentar ou extraparlamentar e concorrente ou exclusiva.

    Diz-se iniciativa de lei parlamentar a prerrogativa que a Constituição confere a todos os membros do Congresso Nacional de apresentação de projetos de Lei. A iniciativa extraparlamentar, por sua vez, é aquela conferida ao Chefe do Poder Executivo, aos Tribunais Superiores, ao MP e aos cidadãos.


    A questão versa justamente sobre essa fase introdutória e deve ser assinalada a assertiva que traz uma hipótese em que o STF considerou ser de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo.

    a) ERRADO – Conforme ADI 3.394, de relatoria do Min. Eros Grau, julgado em 02.04.2007, publicado em 15.08.2008, não procede a alegação de que qualquer projeto de lei que crie despesa só poderá ser proposto pelo chefe do Executivo. As hipóteses de limitação da iniciativa parlamentar estão previstas, em numerus clausus, no art. 61 da Constituição do Brasil – matérias relativas ao funcionamento da administração pública, notadamente no que se refere a servidores e órgãos do Poder Executivo. Precedentes.


    b) ERRADO – O caso mais recente envolvendo o tema é o AgR no RE nº 290.549/RJ, em que se discutiu a constitucionalidade da criação de programa de políticas públicas por meio de lei de iniciativa parlamentar. Em decisão monocrática, o Ministro Dias Toffoli negou seguimento ao RE interposto pelo Município do Rio de Janeiro, em que se buscava a declaração de inconstitucionalidade da lei. Para ele, a criação do programa instituído por meio dessa lei apenas tinha por objetivo fomentar a prática de esportes em vias e logradouros públicos, tendo ficado expressamente consignado nesse texto legal que 'a implantação, coordenação e acompanhamento do programa ficará a cargo do órgão competente do Poder Executivo', a quem incumbirá, também, aprovar as vias designadas pelos moradores para a execução do programa.


                Assim, afastou-se, no voto do Relator, a alegação de inconstitucionalidade da lei por vício de iniciativa, já que, ao contrário do afirmado pelo requerente, a lei atacada não cria ou estrutura qualquer órgão da Administração Pública local.

    c) ERRADO – Trata-se de tema discutido na ADI 3458/GO – Goiás, em que restou consignado que a iniciativa legislativa, no que respeita à criação de conta única de depósitos judiciais e extrajudiciais, cabe ao Poder Judiciário. A deflagração do processo legislativo pelo Chefe do Poder Executivo consubstancia afronta ao texto da Constituição do Brasil [artigo 61, § 1º]. Cumpre ao Poder Judiciário a administração e os rendimentos referentes à conta única de depósitos judiciais e extrajudiciais. Atribuir ao Poder Executivo essas funções viola o disposto no artigo 2º da Constituição do Brasil, que afirma a interdependência --- independência e harmonia --- entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.



    d) ERRADO – O tema foi enfrentado no RE 919.366/SP de relatoria da Min. Carmen Lucia, em que restou consignada a ausência de inconstitucionalidade formal em lei municipal que isentava doadores de sangue de pagar taxa de inscrição em concurso público. O STF assentou não padecer de inconstitucionalidade formal a lei resultante de iniciativa parlamentar pela qual se estabelece isenção do pagamento de taxa de inscrição em concurso público.


    e) CORRETO – Em julgamento da ADI 341, de relatoria do Min. Eros Grau, julgado em 14-4-2010, restou consignado que lei estadual que concede "anistia" administrativa a servidores públicos estaduais que interromperam suas atividades – paralisação da prestação de serviços públicos. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que cabe ao chefe do Poder Executivo deflagrar o processo legislativo referente a lei de criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração, bem assim disponha sobre regime jurídico e provimento de cargos dos servidores públicos. Aplica-se aos Estados-membros o disposto no art. 61, § 1º, II, da CB. Precedentes. Inviável o projeto de lei de iniciativa do Poder Legislativo que disponha a propósito servidores públicos – "anistia" administrativa, nesta hipótese – implicando aumento de despesas para o Poder Executivo.




    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA E

  • Obrigado pela ajuda Juliana Martins! sem você não teria conseguido

  • Somente o Chefe do Poder Executivo tem a iniciativa para apresentar projeto de lei que trate de direitos e deveres dos servidores públicos do respectivo ente federativo (art. 61, § 1º, II, "c", CF). Nesse sentido, o STF decidiu que é inconstitucional lei estadual, de origem parlamentar, que concedeu anistia a servidor público punido com sanção disciplinar em razão da participação em movimento grevista. 

  • Lei estadual que concede "anistia" administrativa a servidores públicos estaduais que interromperam suas atividades – paralisação da prestação de serviços públicos.

    A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que cabe ao chefe do Poder Executivo deflagrar o processo legislativo referente a lei de criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração, bem assim disponha sobre regime jurídico e provimento de cargos dos servidores públicos. Aplica-se aos Estados-membros o disposto no art. 61, § 1º, II, da CB. Precedentes. Inviável o projeto de lei de iniciativa do Poder Legislativo que disponha a propósito servidores públicos – "anistia" administrativa, nesta hipótese – implicando aumento de despesas para o Poder Executivo. (ADI 341, rel. min. Eros Grau, julgamento em 14-4-2010, Plenário, DJE de 11-6-2010.)


ID
5097247
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Considere o teor da Súmula Vinculante n.º 43 do Supremo Tribunal Federal:

“É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.”

Segundo o entendimento dos Tribunais Superiores, NÃO viola a exigência de prévio concurso público:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C.

    STF:

    Extinção de empresa pública. Estrutura absorvida pela administração direta. Direito ao aproveitamento que não representa violação da exigência de concurso público. Possibilidade de o empregado anistiado vir a ocupar cargo público oriundo de transformação. A benesse concedida pela Lei 8.878/1994 ficou condicionada à transferência ou absorção da atividade desenvolvida pelo ente extinto por outro órgão da administração pública federal. É possível inferir do acórdão regional que o feixe de competências antes atribuído à Empresa Brasileira de Transportes Urbanos foi conferido ao Ministério dos Transportes. A jurisprudência da Corte já reconheceu que o implemento da exigência prevista na Lei de Anistia constitui direito do empregado/servidor ao aproveitamento. Não há qualquer ofensa à exigência de concurso público na hipótese, uma vez que o recorrente já figurava nos quadros da administração, exercendo emprego que, por força de reforma administrativa, foi convertido em cargo público. O recorrente que mantinha vínculo permanente não foi investido em cargo público com burla da regra do concurso público, mas, sim, aproveitado pela administração por força da conversão de seu vínculo anterior.

    [RE 594.233 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 20-8-2013, 1ª T, DJE de 22-10-2013.]

    Vide ADI 2.335, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. 11-6-2003, P, DJ de 19-12-2003

  • Segundo o STF, a ideia é essa:

    O cara era servidor público de uma empresa pública que foi absorvida, ou seja, ele perdeu seu cargo, porque aquela empresa não existe mais, com isso não ofende a exigência de concurso público, haja visto que o servidor já era concursado, ou seja, já foi aprovado em um concurso público anterior e já é membro da administração pública. tão logo se ele está sendo APROVEITADO, tudo está na conformidade. tanto que temos a lei 8.878/94. essa é a posição do nosso STF e pra mim, estão corretíssimos.

    GAB = C

  • A questão trata de concurso público.

    Segundo o entendimento dos Tribunais Superiores, NÃO viola a exigência de prévio concurso público:

    Todas as alternativas dizem respeito a precedentes julgados pelo STF em matéria de concursos públicos. Veja:

    A) a previsão em edital de reserva de vagas para provimento por acesso, pelo qual se permite que o servidor público passe para cargo vago do nível inicial do segmento de classe imediatamente superior da carreira ocupada, anteriormente à realização de novo concurso público para provimento.

    ERRADO.

    “1. A Lei 10.961/92 do Estado de Minas Gerais autoriza que cargos sujeitos a preenchimento por concurso público sejam providos por “acesso", ficando preferencialmente destinados a categoria de pretendentes que já possui vínculo com a Administração Estadual. Com tal destinação, o instituto do acesso é, portanto, incompatível com o princípio da ampla acessibilidade, preconizado pelo art. 37, II, da Constituição. Seguindo jurisprudência do STF em casos análogos, fica declarada a inconstitucionalidade do art. 27 e seus parágrafos 1º a 5º da Lei 10.961/92 do Estado de Minas Gerais." (ADI 917/MG, rel. min. Teori Zavascki, julgamento em 6/11/2013)

    B) a convalidação da situação do servidor em desvio de função, seja para efetivá-lo no cargo ou para lhe deferir o pagamento da diferença remuneratória correspondente.

    ERRADO.

    “Servidor público: o desvio de função ocorrido em data posterior à Constituição de 1988 não pode dar ensejo ao reenquadramento; no entanto, tem o servidor direito a receber a diferença das remunerações, como indenização, sob pena de enriquecimento sem causa do Estado: precedentes." (AI 594.942 AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 14/11/2006)

    “Viola a CF o enquadramento de servidor, sem concurso público, em cargo diverso daquele de que é titular. Mesmo antes da CF de 1988, o STF tinha entendimento firmado no sentido da impossibilidade de convalidação da situação do servidor em desvio de função, seja para efetivá-lo no cargo ou para lhe deferir o pagamento da diferença remuneratória correspondente. (...) O fato de ocorrer o desvio de função não autoriza o enquadramento do servidor público em cargo diverso daquele em que foi inicialmente investido, mormente quando esses cargos não estão compreendidos em uma mesma carreira." (AR 2.137 AgR, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 19/9/2013)

    C) o aproveitamento de empregado público concursado de empresa pública extinta, cuja estrutura foi absorvida pela administração direta, passando a ocupar cargo público oriundo de transformação.

    CERTO.

    “Extinção de empresa pública. Estrutura absorvida pela administração direta. Direito ao aproveitamento que não representa violação da exigência de concurso público. Possibilidade de o empregado anistiado vir a ocupar cargo público oriundo de transformação. A benesse concedida pela Lei 8.878/1994 ficou condicionada à transferência ou absorção da atividade desenvolvida pelo ente extinto por outro órgão da administração pública federal. É possível inferir do acórdão regional que o feixe de competências antes atribuído à Empresa Brasileira de Transportes Urbanos foi conferido ao Ministério dos Transportes. A jurisprudência da Corte já reconheceu que o implemento da exigência prevista na Lei de Anistia constitui direito do empregado/servidor ao aproveitamento. Não há qualquer ofensa à exigência de concurso público na hipótese, uma vez que o recorrente já figurava nos quadros da administração, exercendo emprego que, por força de reforma administrativa, foi convertido em cargo público. O recorrente que mantinha vínculo permanente não foi investido em cargo público com burla da regra do concurso público, mas, sim, aproveitado pela administração por força da conversão de seu vínculo anterior." (RE 594.233 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 20-8-2013)

    D) a realização de concurso público interno para ingresso em carreira diversa daquela para que fora aprovado em concurso público.

    ERRADO.

    Súmula Vinculante 43/STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

    E) a reinclusão do servidor que se desligou voluntariamente do serviço público.

    ERRADO.

    “1. Não guarda consonância com o texto da Constituição do Brasil o preceito que dispõe sobre a possibilidade de 'reinclusão' do servidor que se desligou voluntariamente do serviço público. O fato de o militar licenciado ser considerado 'adido especial' não autoriza seu retorno à Corporação" (RE 753.639/CE, rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 15/3/2016)

    Gabarito do Professor: letra C.


ID
5097250
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A respeito das espécies normativas previstas no texto constitucional, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Embargos de divergência em agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Acórdão recorrido destoa da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 3. Revogação, pelo art. 56 da Lei 9.430/96, de isenção da COFINS concedida às sociedades civis de profissão legalmente regulamentada pelo art. 6º, II, da Lei Complementar 70/91. Legitimidade 4. Inexistência de relação hierárquica entre lei ordinária e lei complementar. Questão exclusivamente constitucional relacionada à distribuição material entre as espécies legais. Precedentes. 5. A Lei Complementar 70/91 é apenas formalmente complementar, mas materialmente ordinária, com relação aos dispositivos concernentes à contribuição social por ela instituída. ADC 1 - Moreira Alves, RTJ 156/721. 6. Embargos de divergência aos quais se dá provimento.

    (RE 509300 AgR-EDv, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 17/03/2016, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-122 DIVULG 13-06-2016 PUBLIC 14-06-2016)

  • Alguém pode comentar o erro da alternativa "C". É possível a alteração ou revogação de Lei Complementar por Lei Ordinária?

  •  A - O veto presidencial a emenda à Constituição pode ser derrubado apenas por três quintos dos votos dos respectivos membros de cada Casa do Congresso Nacional.

    FALSO. Não há veto ou sanção presidencial na emenda à Constituição. A emenda à Constituição, por resultar do exercício do poder constituinte reformador, é elaborada exclusivamente pelo Congresso Nacional, sem qualquer ingerência do Presidente da República.

    .

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    .

    B - Não há relação hierárquica entre lei ordinária e lei complementar, tratando-se de questão exclusivamente constitucional, relacionada à distribuição material entre as espécies legais.

    CERTO. Inexiste hierarquia entre lei ordinária e lei complementar. A lei complementar é exigida em matérias específicas da constituição e exige um quórum de maioria absoluta para ser aprovada. Por sua vez, a lei ordinária é aprovada por maioria simples, e exigida de modo residual, em casos em que não houver expressa exigência de lei complementar.

    .

    .

    .

    C - A escolha do legislador por tratar determinada matéria por lei complementar afeta o posterior processo legislativo de alteração ou revogação das suas disposições, pois estes também devem ser realizados mediante lei complementar.

    ERRADO. Se não houver exigência constitucional de lei complementar, a matéria pode ser alterada ou revogada por lei ordinária, mesmo que formalmente esteja disposta em uma lei complementar. Ou seja, o que vale é a exigência constitucional. A CF exigiu LC? Usa apenas LC. A CF não exigiu LC? Usa LO, mesmo que no passado tenha sido usado uma LC.

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    D - É vedada a disciplina de matéria de natureza tributária por meio de medida provisória.

    ERRADO. Lembrem que o PR mediante medida provisória mexe em vários impostos e “controla o mercado”. (...) já se acha assentado no STF o entendimento de ser legítima a disciplina de matéria de natureza tributária por meio de medida provisória, instrumento a que a Constituição confere força de lei.

    .

    .

    .

    E - As resoluções e os decretos legislativos, editados para regular matéria de competência privativa de cada Casa Legislativa e de competência exclusiva do Congresso Nacional, respectivamente, estão subordinados hierarquicamente à legislação ordinária.

    ERRADO. As Resoluções e os Decretos Legislativos são espécies normativas com força de Lei Ordinária, previstas no art.59, incisos VI e VII da Constituição Federal. 

  • Gab: B

    A diferença entre LC e lei ordinária, além do quórum, é a matéria.

    Apenas!

  • Erro da letra C:

    Regra - Lei Complementar ser revogada APENAS por Lei Complementar

    Exceção - Uma Lei Complementar que regulou uma matéria de Lei Ordinária, pode ser revogada por Lei Ordinária.

    Compreendem que a LC na verdade era para ser uma LO? Sendo assim, LO revoga LO.

  • Questão extremamente mal feita...o gabarito seria pra ser letra c.

    A alternativa b não apresenta todas as diferenças existentes entre lei complementar e lei ordinaria (só apresenta a diferença material e não a formal do quorum de maioria absoluta da lei complementar) por tanto em tese por estar incompleta não deveria estar correta.

    Ja a alternativa c começa assim: "A escolha do legislador por tratar determinada matéria por lei complementar..." ou seja a alternativa está contemplando apenas as materias reservadas a lei complementar (não está falando da hipótese de lei complementar tratar de materia de lei ordinária, onde é possivel revogação da lei complementar por lei ordinária, mas tão somente das materias reservadas a lei complementar) e nessas materias reguladas por esse tipo de lei não pode haver posterior alteração ou revogação por lei ordinaria. Por isso essa alternativa deveria ser a correta

  • Toda questão que trata a exceção como a regra, fica complicada.

    No mínimo é subjetivo falar em escolha do legislador, não sei se foi uma escolha discricionaria ou não.

  • Correta: B.

    Inexiste hierarquia entre lei ordinária e lei complementar. A lei complementar é exigida em matérias específicas da constituição e exige um quórum de maioria absoluta para ser aprovada. Por sua vez, a lei ordinária é aprovada por maioria simples, e exigida de modo residual, em casos em que não houver expressa exigência de lei complementar.


ID
5097253
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca do regime de competências legislativas concorrentes entre a União e os Estados, considere as afirmativas abaixo:

1. A competência concorrente para legislar sobre previdência social não afasta a necessidade de tratamento uniforme das exceções às regras de aposentadoria dos servidores públicos, sendo necessária a atuação normativa da União para a edição de norma regulamentadora de caráter nacional.
2. Em sua competência para estabelecer normas gerais sobre matéria previdenciária, a União pode atribuir ao Ministério da Previdência e Assistência Social atividades administrativas em órgãos da previdência social dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e estabelecer sanções para a hipótese de descumprimento das normas constantes na norma geral federal.
3. De acordo com o art. 24 da Constituição, a União Federal não dispõe de poderes ilimitados que lhe permitam transpor o âmbito das normas gerais, para, assim, invadir, de modo inconstitucional, a esfera de competência normativa dos Estados-membros, os quais, em existindo normas gerais veiculadas em leis nacionais, não podem ultrapassar os limites da competência meramente suplementar, incidindo em vício de inconstitucionalidade.
4. Nas hipóteses de competência concorrente, a declaração de inconstitucionalidade pelo STF na ação direta pressupõe, para o específico efeito de examinar-se a ocorrência, ou não, de invasão de competência da União Federal, por parte de qualquer Estado-membro, o confronto prévio entre diplomas normativos de caráter infraconstitucional: a legislação nacional de princípios ou de normas gerais e as leis estaduais de aplicação e execução das diretrizes fixadas pela União Federal.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • 3. De acordo com o art. 24 da Constituição, a União Federal não dispõe de poderes ilimitados que lhe permitam transpor o âmbito das normas gerais, para, assim, invadir, de modo inconstitucional, a esfera de competência normativa dos Estados-membros, os quais, em existindo normas gerais veiculadas em leis nacionais, não podem ultrapassar os limites da competência meramente suplementar, incidindo em vício de inconstitucionalidade.

    A união legisla a norma geral (sem especificidades) para que os Estados especifiquem (complemente). Ou seja, não é um poder ilimitado que a união tem de "dizer o que quer" ela tem que legislar de forma geral, ampla, sem especificações, minucias, por isso, é correto dizer que a união não dispoe de poderes ilimitados.

    De outro modo, em regra, os Estados não poderão legislar de forma geral, somente na ausencia de legislação geral da união.

    Pra resumir:

    Competência Complementar – art. 24, § 2º, CRFB; é aquela que depende da prévia existência de Lei Federal.

    Competência Supletiva – art. 24, § 3º, CRFB; é aquela que surge em virtude da inércia da União para estabelecer as normas gerais.

  • 1. A competência concorrente para legislar sobre previdência social não afasta a necessidade de tratamento uniforme das exceções às regras de aposentadoria dos servidores públicos, sendo necessária a atuação normativa da União para a edição de norma regulamentadora de caráter nacional.

    CERTO. A competência concorrente para legislar sobre previdência social não afasta a necessidade de tratamento uniforme das exceções às regras de aposentadoria dos servidores públicos. Necessidade de atuação normativa da União para a edição de norma regulamentadora de caráter nacional. (STF, MI 1832 AgR, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, 2011)

    .

    .

    2. Em sua competência para estabelecer normas gerais sobre matéria previdenciária, a União pode atribuir ao Ministério da Previdência e Assistência Social atividades administrativas em órgãos da previdência social dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e estabelecer sanções para a hipótese de descumprimento das normas constantes na norma geral federal.

    ERRADO. Esta Corte já fixou entendimento no sentido de que a União, ao editar a Lei 9.717/1998, extrapolou os limites de sua competência para estabelecer normas gerais sobre matéria previdenciária, ao atribuir ao Ministério da Previdência e Assistência Social atividades administrativas em órgãos da previdência social dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e estabelecer sanções para a hipótese de descumprimento das normas constantes dessa lei. [RE 815.499 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, 2014]

  • 3. De acordo com o art. 24 da Constituição, a União Federal não dispõe de poderes ilimitados que lhe permitam transpor o âmbito das normas gerais, para, assim, invadir, de modo inconstitucional, a esfera de competência normativa dos Estados-membros, os quais, em existindo normas gerais veiculadas em leis nacionais, não podem ultrapassar os limites da competência meramente suplementar, incidindo em vício de inconstitucionalidade.

    CERTO. Se é certo, de um lado, que, nas hipóteses referidas no art. 24 da Constituição, a União Federal não dispõe de poderes ilimitados que lhe permitam transpor o âmbito das normas gerais, para, assim, invadir, de modo inconstitucional, a esfera de competência normativa dos Estados-membros, não é menos exato, de outro, que o Estado-membro, em existindo normas gerais veiculadas em leis nacionais (como a Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública, consubstanciada na LC 80/1994), não pode ultrapassar os limites da competência meramente suplementar, pois, se tal ocorrer, o diploma legislativo estadual incidirá, diretamente, no vício da inconstitucionalidade. A edição, por determinado Estado-membro, de lei que contrarie, frontalmente, critérios mínimos legitimamente veiculados, em sede de normas gerais, pela União Federal ofende, de modo direto, o texto da Carta Política. [ADI 2.903, rel. min. Celso de Mello, 2008.]

    .

    .

    4. Nas hipóteses de competência concorrente, a declaração de inconstitucionalidade pelo STF na ação direta pressupõe, para o específico efeito de examinar-se a ocorrência, ou não, de invasão de competência da União Federal, por parte de qualquer Estado-membro, o confronto prévio entre diplomas normativos de caráter infraconstitucional: a legislação nacional de princípios ou de normas gerais e as leis estaduais de aplicação e execução das diretrizes fixadas pela União Federal.

    ERRADO. Nas hipóteses de competência concorrente (CF, art. 24), nas quais se estabelece verdadeira situação de condomínio legislativo entre a União Federal e os Estados-membros, daí resultando clara repartição vertical de competências normativas, a jurisprudência do STF firmou-se no sentido de entender incabível a ação direta de inconstitucionalidade, se, para o específico efeito de examinar-se a ocorrência, ou não, de invasão de competência da União Federal, por parte de qualquer Estado-membro, tornar-se necessário o confronto prévio entre diplomas normativos de caráter infraconstitucional: a legislação nacional de princípios ou de normas gerais, de um lado (CF, art. 24, § 1º), e as leis estaduais de aplicação e execução das diretrizes fixadas pela União Federal, de outro (CF, art. 24, § 2º). Precedentes. É que, tratando-se de controle normativo abstrato, a inconstitucionalidade há de transparecer de modo imediato, derivando, o seu reconhecimento, do confronto direto que se faça entre o ato estatal impugnado e o texto da própria Constituição da República. [ADI 2.876, rel. min. Cármen Lúcia, 2009]

  • Gente que questão chata de fazer!

  • A questão exige conhecimento acerca da temática relacionada à organização do estado, em especial no que tange à repartição constitucional de competências. Analisemos as assertivas:

     

    Assertiva I: está correta. Conforme o STF, “Aposentadoria especial de servidor público distrital. Art. 40, § 4º, III, da Constituição da República. (...) A competência concorrente para legislar sobre previdência social não afasta a necessidade de tratamento uniforme das exceções às regras de aposentadoria dos servidores públicos. Necessidade de atuação normativa da União para a edição de norma regulamentadora de caráter nacional”. [MI 1.832 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 24-3-2011, P, DJE de 18-5-2011.] = MI 1.898 AgR, min. Joaquim Barbosa, j. 16-5-2012, P, DJE de 1º-6-2012.

    Assertiva II: está incorreta. Segundo o STF, “Esta Corte já fixou entendimento no sentido de que a União, ao editar a Lei 9.717/1998, extrapolou os limites de sua competência para estabelecer normas gerais sobre matéria previdenciária, ao atribuir ao Ministério da Previdência e Assistência Social atividades administrativas em órgãos da previdência social dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e estabelecer sanções para a hipótese de descumprimento das normas constantes dessa lei”. [RE 815.499 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 9-9-2014, 2ª T, DJE de 18-9-2014.] = ACO 3.134-TP-AgR-segundo, red. p/ o acórdão min. Marco Aurélio, j. 18-12-2018, 1ª T, DJE de 16-8-2019.

     

    Assertiva III: está correta. Segundo o STF, “Se é certo, de um lado, que, nas hipóteses referidas no art. 24 da Constituição, a União Federal não dispõe de poderes ilimitados que lhe permitam transpor o âmbito das normas gerais, para, assim, invadir, de modo inconstitucional, a esfera de competência normativa dos Estados-membros, não é menos exato, de outro, que o Estado-membro, em existindo normas gerais veiculadas em leis nacionais (como a Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública, consubstanciada na LC 80/1994), não pode ultrapassar os limites da competência meramente suplementar, pois, se tal ocorrer, o diploma legislativo estadual incidirá, diretamente, no vício da inconstitucionalidade. A edição, por determinado Estado-membro, de lei que contrarie, frontalmente, critérios mínimos legitimamente veiculados, em sede de normas gerais, pela União Federal ofende, de modo direto, o texto da Carta Política. Precedentes” [ADI 2.903, rel. min. Celso de Mello, j. 1º-12-2005, P, DJE de 19-9-2008.].

     

    Assertiva IV: está incorreta. Conforme o STF, Nas hipóteses de competência concorrente (CF, art. 24), nas quais se estabelece verdadeira situação de condomínio legislativo entre a União Federal e os Estados-membros (HORTA, Raul Machado. Estudos de direito constitucional. Del Rey, 1995. p. 366, item 2), daí resultando clara repartição vertical de competências normativas, a jurisprudência do STF firmou-se no sentido de entender incabível a ação direta de inconstitucionalidade, se, para o específico efeito de examinar-se a ocorrência, ou não, de invasão de competência da União Federal, por parte de qualquer Estado-membro, tornar-se necessário o confronto prévio entre diplomas normativos de caráter infraconstitucional: a legislação nacional de princípios ou de normas gerais, de um lado (CF, art. 24, § 1º), e as leis estaduais de aplicação e execução das diretrizes fixadas pela União Federal, de outro (CF, art. 24, § 2º). Precedentes. É que, tratando-se de controle normativo abstrato, a inconstitucionalidade há de transparecer de modo imediato, derivando o seu reconhecimento do confronto direto que se faça entre o ato estatal impugnado e o texto da própria Constituição da República”. [ADI 2.344 QO, rel. min. Celso de Mello, j. 23-11-2000, P, DJ de 2-8-2002.] = ADI 2.876, rel. min. Cármen Lúcia, j. 21-10-2009, P, DJE de 20-11-2009.

     

    Portanto, somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 

     

    Gabarito do professor: letra b.

  • Já estava ruim quando li a questão, aí fui ler os comentários e parece que piorou kkkkk

    Oremos!

    #PCPR

  • Na UFPR não cai.

  • fizeram salada de frutas, misturam competências e tipos de Controles de Constitucionalidade... Socorro!

ID
5097256
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Segundo Luís Roberto Barroso:

“Uma das grandes descobertas do pensamento moderno foi a Constituição, entendida como lei superior, vinculante até mesmo para o legislador. A supremacia da Constituição se irradia sobre todas as pessoas, públicas ou privadas, submetidas à ordem jurídica nela fundada. Sem embargo, a teoria da inconstitucionalidade foi desenvolvida levando em conta, destacadamente, os atos emanados dos órgãos de poder e, portanto, públicos por natureza.”
(BARROSO, Luís Roberto. Controle de Constitucionalidade no Direito Brasileiro. 7.ed. São Paulo: Saraiva, 2015. p.33)

A respeito da inconstitucionalidade e de seu controle, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

( ) Quanto à natureza do órgão de controle, o controle de constitucionalidade pode ser político, quando há veto pelo Poder Executivo ou rejeição pela Comissão de Constituição e Justiça de um projeto de lei por inconstitucionalidade, ou judicial, pelo qual juízes e/ou tribunais devem optar por aplicar a Constituição em face de uma lei com ela conflitante.
( ) Quanto ao momento de exercício do controle, o controle de constitucionalidade pode ser preventivo, representado no Brasil pela impetração de mandado de segurança contra o processamento de proposta de emenda à Constituição visando a alteração de cláusula pétrea, ou repressivo, realizado pelo Poder Judiciário, Poder Executivo ou Poder Legislativo após a vigência de norma inconstitucional.
( ) Quanto ao órgão judicial que exerce o controle, o controle de constitucionalidade pode ser difuso, quando se permite a todo e qualquer juiz ou tribunal o reconhecimento da inconstitucionalidade de uma norma e, consequentemente, sua não aplicação ao caso concreto levado ao conhecimento da corte, ou concentrado, exercido por um único órgão ou por um número limitado de órgãos criados especificamente para esse fim ou tendo nessa atividade sua função principal.
( ) Quanto à forma ou modo de controle judicial, o controle de constitucionalidade pode ser por via incidental – que se refere à fiscalização constitucional desempenhada por juízes ou tribunais na apreciação de casos concretos submetidos a sua jurisdição, podendo se dar tanto na via difusa quanto na concentrada – ou por via principal – quando a inconstitucionalidade se discute fora de um caso concreto, independentemente de uma disputa entre partes, tendo por objeto a discussão acerca da validade da lei em si.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • GAB; D

    (V)Quanto à natureza do órgão de controle, o controle de constitucionalidade pode ser político, quando há veto pelo Poder Executivo ou rejeição pela Comissão de Constituição e Justiça de um projeto de lei por inconstitucionalidade, ou judicial, pelo qual juízes e/ou tribunais devem optar por aplicar a Constituição em face de uma lei com ela conflitante. 

    (V) Quanto ao momento de exercício do controle, o controle de constitucionalidade pode ser preventivo, representado no Brasil pela impetração de mandado de segurança contra o processamento de proposta de emenda à Constituição visando a alteração de cláusula pétrea, ou repressivo, realizado pelo Poder Judiciário, Poder Executivo ou Poder Legislativo após a vigência de norma inconstitucional. 

    (V ) Quanto ao órgão judicial que exerce o controle, o controle de constitucionalidade pode ser difuso, quando se permite a todo e qualquer juiz ou tribunal o reconhecimento da inconstitucionalidade de uma norma e, consequentemente, sua não aplicação ao caso concreto levado ao conhecimento da corte, ou concentrado, exercido por um único órgão ou por um número limitado de órgãos criados especificamente para esse fim ou tendo nessa atividade sua função principal. 

    (V) Quanto à forma ou modo de controle judicial, o controle de constitucionalidade pode ser por via incidental – que se refere à fiscalização constitucional desempenhada por juízes ou tribunais na apreciação de casos concretos submetidos a sua jurisdição, podendo se dar tanto na via difusa quanto na concentrada – ou por via principal – quando a inconstitucionalidade se discute fora de um caso concreto, independentemente de uma disputa entre partes, tendo por objeto a discussão acerca da validade da lei em si.

  • (V) Quanto à natureza do órgão de controle, o controle de constitucionalidade pode ser político, quando há veto pelo Poder Executivo ou rejeição pela Comissão de Constituição e Justiça de um projeto de lei por inconstitucionalidade, ou judicial, pelo qual juízes e/ou tribunais devem optar por aplicar a Constituição em face de uma lei com ela conflitante.

    Natureza do Órgão: Políticos, Jurídico e Misto

    .

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    (V) Quanto ao momento de exercício do controle, o controle de constitucionalidade pode ser preventivo, representado no Brasil pela impetração de mandado de segurança contra o processamento de proposta de emenda à Constituição visando a alteração de cláusula pétrea, ou repressivo, realizado pelo Poder Judiciário, Poder Executivo ou Poder Legislativo após a vigência de norma inconstitucional.

    Momento: Preventivo e Repressivo

    .

    .

    (V) Quanto ao órgão judicial que exerce o controle, o controle de constitucionalidade pode ser difuso, quando se permite a todo e qualquer juiz ou tribunal o reconhecimento da inconstitucionalidade de uma norma e, consequentemente, sua não aplicação ao caso concreto levado ao conhecimento da corte, ou concentrado, exercido por um único órgão ou por um número limitado de órgãos criados especificamente para esse fim ou tendo nessa atividade sua função principal.

    Número de órgãos: Controle Difuso (pluralidade) e Concentrado ou Reservado (um único órgão)

    .

    .

    (V ) Quanto à forma ou modo de controle judicial, o controle de constitucionalidade pode ser por via incidental – que se refere à fiscalização constitucional desempenhada por juízes ou tribunais na apreciação de casos concretos submetidos a sua jurisdição, podendo se dar tanto na via difusa quanto na concentrada – ou por via principal – quando a inconstitucionalidade se discute fora de um caso concreto, independentemente de uma disputa entre partes, tendo por objeto a discussão acerca da validade da lei em si.

    Finalidade ou objetivo: Concreto ou Incidental (no curso de uma demanda) e Abstrato (desvinculada de qualquer ocorrência fática).

    Gabarito: D

  • Quanto ao momento de exercício do controle, o controle de constitucionalidade pode ser preventivo, representado no Brasil pela impetração de mandado de segurança contra o processamento de proposta de emenda à Constituição visando a alteração de cláusula pétrea, ou repressivo, realizado pelo Poder Judiciário, Poder Executivo ou Poder Legislativo após a vigência de norma inconstitucional.

    A única situação que conheço nesse caso é quando o Executivo deixa de aplicar uma lei por entender que esta seja inconstitucional.

    Sério que a banca considerou essa hipótese excepecionalíssima e polêmica como correta?

  • Alguém pode me explicar uma situação em que acontece um controle de constitucionalidade de maneira incidental pela via concentrada?

  • Ô provinha fdp, seloko

  • Creio ser um dos pontos mais interessantes dessa questão, a possibilidade de CONTROLE CONCENTRADO e CONCRETO..

    Vejamos que afirmar o CONTROLE CONCENTRADO no Brasil impõe reconhecer que ele é levado a efeito ou pelo STF ou por TJ, respectivamente adotando como parâmetro a Constituição Federal ou a Constituição Estadual.

    Normalmente, essas as ações discutidas diretamente nesses órgãos fazem o controle da Lei ou do Ato Normativo em tese, razão pela qual, em regra, são classificadas como CONTROLE ABSTRATO.

    Ocorre que nos casos envolvendo competência originária destes tribunais, é possível que como causa de pedir de uma demanda concreta (exemplo de um HC impetrado em face de uma prisão preventiva decretada pelo STJ), mas não como pedido principal, vislumbre-se uma questão prejudicial relacionada a inconstitucionalidade da Lei aplicada para a situação, razão pela qual teremos a materialização de uma demanda concreta, ensejadora do CONTROLE CONCRETO de constitucionalidade.

    No caso citado, portanto, teremos a presença de um CONTROLE CONCENTRADO (STF) e CONCRETO (pois a inconstitucionalidade aparece na via incidental, não como pedido principal).

  • 1 - V . Quanto à natureza do órgão de controle, o controle de constitucionalidade se divide em judicial ou político. O judicial é realizado por meio de dois sistemas (difuso/concentrado). O político é realizado pelo Poder Legislativo e Poder Executivo.

    2 - V. Quanto ao momento de exercício do controle, o controle de constitucionalidade pode ser preventivo ou repressivo. O preventivo recai sobre projetos de lei ou propostas de emendas à constituição. O repressivo recai sobre leis e emendas promulgadas. Via de regra, o controle preventivo é feito pelo Legislativo e Executivo, e o repressivo pelo Judiciário, contudo, há exceções. Exemplos de controle repressivo político (realizado pelo Legislativo e Executivo) de constitucionalidade são o art. 62, § 5º e § 9º, art. 49, V, art. 52, X, todos da CF, e súmula 473 do STF. Exemplo de controle preventivo judicial é quando um parlamentar federal, estando diante de um processo legislativo que viole a CF, impetra mandado de segurança contra o ato do presidente da casa legislativa, e o referido mandado de segurança é julgado pelo STF (a legitimidade ativa desse mandado de segurança será do deputado federal ou senador).

    3 - V. Quanto ao órgão judicial que exerce o controle, o controle de constitucionalidade pode ser difuso ou concentrado. O difuso é quando é feito por qualquer juiz ou tribunal. O concentrado é aquele que é feito exclusivamente pelo STF.

    4 - V. Quanto à forma ou modo de controle judicial, o controle de constitucionalidade pode ser por via incidental ou por via principal. Na via incidental é feito no caso concreto, normalmente no controle difuso. Na via principal é quando a inconstitucionalidade se discute fora de um caso concreto, independentemente de uma disputa entre partes, possuindo efeito "erga omnes", realizado no controle concentrado.

  • As questões foram retiradas do livro “O controle de Constitucionalidade do Direito Brasileiro” de Luiz Roberto Barroso. 2012., sendo que a resposta da maioria pode ser encontrada no seguinte tópico

    V - MODALIDADES DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE:

    1)     Quanto à natureza do órgão competente: Controle Político ou Judicial;

    2)     Quanto ao momento de exercício do controle: Preventivo ou Repressivo;

    3)     Quanto ao órgão judicial que exerce o controle: Difuso ou Concentrado;

    4)     Quanto à forma ou modo de controle judicial: por via Incidental ou Concentrado

    Vejamos:

     

    ( ) Quanto à natureza do órgão de controle, o controle de constitucionalidade pode ser político, quando há veto pelo Poder Executivo ou rejeição pela Comissão de Constituição e Justiça de um projeto de lei por inconstitucionalidade, ou judicial, pelo qual juízes e/ou tribunais devem optar por aplicar a Constituição em face de uma lei com ela conflitante. (grifo meu).

     

    Pela redação proposta pela banca, a questão enquadrou a rejeição de um projeto de lei pela CCJ como controle de constitucionalidade político, pois foi inserida conjuntamente com o veto pelo Poder Executivo. Para mim a questão estava errada, pois, a meu ver, a CCJ se tratava de órgão eminentemente técnico jurídico e não político, entretanto, ao buscar a resposta no referido livro consta que:

     

    “No Brasil há, igualmente, oportunidade para o controle prévio, de natureza política, desempenhado:

    (i) pelo Poder Legislativo, no âmbito das comissões de constituição e justiça, existentes nas casas legislativas em geral, que se manifestam, usualmente, no início do procedimento legislativo, acerca da constitucionalidade da espécie normativa em tramitação;

    (ii) pelo Poder Executivo, que poderá apor seu veto ao projeto aprovado pela casa legislativa, tendo por fundamento a inconstitucionalidade do ato objeto de deliberação, impedindo, assim, sua conversão em lei (como regra, uma lei nasce com a sanção, isto é, com a anuência do Chefe do Executivo ao projeto aprovado pelo Legislativo).”

     

    E, ainda ...

    "3.2.1. Pronunciamento da Comissão de Constituição e Justiça

    Nos termos do art. 58 da Constituição, o Congresso Nacional e cada uma de suas casas têm comissões permanentes, cujas atribuições vêm previstas no regimento interno ou no ato de sua criação. O modelo se estende aos planos estadual e municipal. Como regra geral, as casas legislativas contemplam, em seus regimentos, a existência de uma Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em cujo elenco de atribuições figura a manifestação acerca das propostas de emenda constitucional e dos projetos de lei apresentados, sob a ótica de sua compatibilidade com o texto constitucional. Trata-se de hipótese de controle preventivo, realizado por órgão de natureza política. O pronun­ciamento da CCJ é passível de revisão pelo plenário da casa legislativa. (grifo meu)

     

     Continua...

  • ... continuação.

    ( ) Quanto ao momento de exercício do controle, o controle de constitucionalidade pode ser preventivo, representado no Brasil pela impetração de mandado de segurança contra o processamento de proposta de emenda à Constituição visando a alteração de cláusula pétrea, ou repressivo, realizado pelo Poder Judiciário, Poder Executivo ou Poder Legislativo após a vigência de norma inconstitucional.

    Conforme consta no livro...

    2.2. Controle repressivo

    Controle repressivo, sucessivo ou a posteriori é aquele realizado quando a lei já está em vigor, e destina-se a paralisar-lhe a eficácia. No direito brasileiro, como regra, esse controle é desempenhado pelo Poder Judiciário, por todos os seus órgãos, através de procedimentos variados, que serão estudados oportunamente. Há alguns mecanismos de atuação repressiva pelo Legislativo (como a possibilidade de sustar atos normativos exorbitantes editados pelo Executivo) e pelo Executivo (como a recusa direta em aplicar norma inconstitucional). Em qualquer caso, havendo controvérsia acerca da interpretação de uma norma constitucional, a última palavra é do Judi­ciário.”

     

    ( ) Quanto ao órgão judicial que exerce o controle, o controle de constitucionalidade pode ser difuso, quando se permite a todo e qualquer juiz ou tribunal o reconhecimento da inconstitucionalidade de uma norma e, consequentemente, sua não aplicação ao caso concreto levado ao conhecimento da corte, ou concentrado, exercido por um único órgão ou por um número limitado de órgãos criados especificamente para esse fim ou tendo nessa atividade sua função principal.

     

    Conceito retirado quase ipsis litteris do tópico V, sub item 3) “Quanto ao órgão judicial que exerce o controle”.

     

    ( ) Quanto à forma ou modo de controle judicial, o controle de constitucionalidade pode ser por via incidental – que se refere à fiscalização constitucional desempenhada por juízes ou tribunais na apreciação de casos concretos submetidos a sua jurisdição, podendo se dar tanto na via difusa quanto na concentrada – ou por via principal – quando a inconstitucionalidade se discute fora de um caso concreto, independentemente de uma disputa entre partes, tendo por objeto a discussão acerca da validade da lei em si.

      

    Já a presente questão, busca fundamento no seguinte trecho que fala em controle incidental concentrado:

    “Não se confundem, conceitualmente, o controle por via incidental — realizado na apreciação de um caso concreto — e o controle difuso — desempenhado por qualquer juiz ou tribunal no exercício regular da jurisdição. No Brasil, no entanto, como regra, eles se superpõem, sendo que desde o início da República o controle incidental é exercido de modo difuso. Somente com a arguição de descumprimento de preceito fundamental, criada pela Lei n. 9.982, de 3 de dezembro de 1999, cujas potencialidades ainda não foram integralmente exploradas, passou-se a admitir uma hipótese de controle incidental concentrado.”

    Espero ter ajudado.

  • Explicação da questão que trata sobre controle de constitucionalidade de maneira incidental pela via concentrada:

    "Parte da doutrina brasileira tem equiparado o controle incidental ao controle difuso, considerando os dois como espécies semelhantes de fiscalização, disposição esta que não encontra qualquer fundamento prático ou teórico. O controle difuso, conforme já dito anteriormente, é aquele que pode ser exercido por qualquer juiz ou tribunal, ao passo que o controle por via de exceção é aquele adstrito a um interesse pessoal e concreto.

    Dessa forma, é possível que haja controle concentrado (exercido por apenas um órgão do Poder Judiciário) e incidental, a exemplo de mandado de segurança impetrado perante o Supremo Tribunal Federal, contra ato da Mesa diretora do Senado Federal e objetivando garantir o direito parlamentar subjetivo a um processo legislativo hígido, nos termos do artigo , inciso , alínea , da  Brasileira."

    By Davi Araújo - Jusbrasil

  • A questão exige conhecimento acerca da temática relacionada ao controle de constitucionalidade, tendo por base a doutrina de Luís Roberto Barroso. Analisemos as assertivas:

     

    Assertiva I: Verdadeira. No Brasil, existem diversas instâncias de controle político da constitucionalidade, tanto no âmbito do Poder Executivo — e.g., o veto de uma lei por inconstitucionalidade — como no do Poder Legislativo — e.g., rejeição de um projeto de lei pela Comissão de Constituição e Justiça da casa legislativa, por inconstitucionalidade. No controle judicial o raciocínio é simples: se a Constituição é a lei suprema, qualquer lei com ela incompatível é nula. Juízes e tribunais, portanto, diante da situação de aplicar a Constituição ou uma lei com ela conflitante, deverão optar pela primeira.

     

    Assertiva II: Verdadeira. Segundo Barroso (2019, p. 68), existe, ainda, uma hipótese de controle prévio de constitucionalidade, em sede judicial, que tem sido admitida no direito brasileiro. O Supremo Tribunal Federal tem conhecido de mandados de segurança, requeridos por parlamentares, contra o simples processamento de propostas de emenda à Constituição cujo conteúdo viole alguma das cláusulas pétreas do art. 60, § 4º. Em mais de um precedente, a Corte reconheceu a possibilidade de fiscalização jurisdicional da constitucionalidade de propostas de emenda à Constituição que veicularem matéria vedada ao poder reformador do Congresso Nacional

     

    Por outro lado, o controle repressivo, sucessivo ou a posteriori é aquele realizado quando a lei já está em vigor, e destina-se a paralisar-lhe a eficácia. No direito brasileiro, como regra, esse controle é desempenhado pelo Poder Judiciário.

     

    Assertiva III: Verdadeira. Segundo Barroso (2019), do ponto de vista subjetivo ou orgânico, o controle judicial de constitucionalidade poderá ser, em primeiro lugar, difuso. Diz-se que o controle é difuso quando se permite a todo e qualquer juiz ou tribunal o reconhecimento da inconstitucionalidade de uma norma e, consequentemente, sua não aplicação ao caso concreto levado ao conhecimento da corte. Por outro lado, no sistema concentrado, o controle de constitucionalidade é exercido por um único órgão ou por um número limitado de órgãos criados especificamente para esse fim ou tendo nessa atividade sua função principal. É o modelo dos tribunais constitucionais europeus, também denominado sistema austríaco. Foi adotado pela primeira vez na Constituição da Áustria, de 1920, e aperfeiçoado por via de emenda, em 1929.

     

    Assertiva IV: Verdadeira. Conforme Barroso (2019, 71) Diz-se controle incidental ou incidenter tantum a fiscalização constitucional desempenhada por juízes e tribunais na apreciação de casos concretos submetidos a sua jurisdição. É o controle exercido quando o pronunciamento acerca da constitucionalidade ou não de uma norma faz parte do itinerário lógico do raciocínio jurídico a ser desenvolvido. Por outro lado, ao contrário do controle incidental, que segue a tradição americana, o controle por via principal é decorrente do modelo instituído na Europa, com os tribunais constitucionais. Trata-se de controle exercido fora de um caso concreto, independente de uma disputa entre partes, tendo por objeto a discussão acerca da validade da lei em si.

     

    Portanto, todas as assertivas estão corretas.

     

    Gabarito do professor: letra d.

     

     

    Referências:

     

    Barroso, L. R. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro. Editora Saraiva, 2019.


ID
5097259
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

A Constituição da República assegura aos servidores públicos regime de previdência de caráter contributivo e solidário. Acerca do custeio do regime próprio de previdência dos servidores públicos, conforme a disciplina estabelecida na Constituição e na legislação de regência, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • ATENÇÃO: CF/88, ART 40, § 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei complementar federal estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de organização, de funcionamento e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre: 

    I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Previdência Social;           

    II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos recursos; 

    III - fiscalização pela União e controle externo e social;  

    IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; 

    V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e para vinculação a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer natureza;

    VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial;  

    VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os princípios relacionados com governança, controle interno e transparência;     

    VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem atribuições relacionadas, direta ou indiretamente, com a gestão do regime;   

    IX - condições para adesão a consórcio público;  

    X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de contribuições ordinárias e extraordinárias.       

    cabe a UNIÂO legislar por meio de LEI COMPLEMENTAR FEDERAL sobre normas gerais para os Regimes PROPRIOS DE PREVIDENCIA de todos os demais entes federativos.

    Por enquanto, a lei 9717/09 está fazendo a função de lei geral da União a respeito dos RPPS, tendo sido recepcionada como Lei Complementar (status de LC)

  • egistre-se que a NOVA EMENDA CONSTITUICIONAL 103/2019, que trouxe a REFORMA DA PREVIDENCIA: estabeleceu mudança no texto da Constituição Federal, mais especificamente no parágrafo 1º do art. 149, para permitir a instituição, pela a União, os Estados, o DF, os Municípios, de contribuição para custeio do regime próprio de Previdência Social, cobradas dos servidores ativos, aposentados e pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da contribuição ou dos proventos de aposentadoria e pensão.

     

    Assim, o que temos atualmente é o STF entendendo que a instituição de alíquotas progressivas para a contribuição previdenciária dos servidores públicos possui efeito confiscatório em decisão que antecede recente reforma da previdência que permite a alíquota progressiva no caso.(parece mais uma reação legislativa (ATIVISMO CONGRESSUAL.

    No caso de reversão jurisprudencial (reação legislativa) proposta por meio de emenda constitucional, a invalidação somente ocorrerá nas restritas hipóteses de violação aos limites previstos no art. 60, e seus §§, da CF/88. Em suma, se o Congresso editar uma emenda constitucional buscando alterar a interpretação dada pelo STF para determinado tema, essa emenda somente poderá ser declarada inconstitucional se ofender uma cláusula pétrea ou o processo legislativo para edição de emendas (FONTE: DOD).

  • ERRO DA LETRA A:

    LEI 9717

    Art. 2  A contribuição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, aos regimes próprios de previdência social a que estejam vinculados seus servidores não poderá ser inferior ao valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao dobro desta contribuição.

  • ERRO DA LETRA A:

    LEI 9717

    Art. 2  A contribuição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, aos regimes próprios de previdência social a que estejam vinculados seus servidores não poderá ser inferior ao valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao dobro desta contribuição.

  • Para responder a presente questão são necessários conhecimentos sobre o regime próprio de previdência dos servidores públicos.

     

    Consoante o art. 40, caput da Constituição Federal, o regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

     

    A) Inteligência do art. 2º da Lei 9.717/1998 não poderá ser inferior ao valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao dobro desta contribuição.

     

    B) No inciso III do art. 1º da Lei 9.717/1998 consta que as contribuições e os recursos vinculados ao Fundo Previdenciário somente poderão ser utilizadas para pagamento de benefícios previdenciários, ressalvadas as despesas administrativas estabelecidas no art. 6º, inciso VIII, da mesma Lei, observado os limites de gastos estabelecidos em parâmetros gerais.

     

    C) A assertiva está de acordo com disposto nos §§ 3º e 4º do art. 40 da Constituição Federal.

     

    D) Consoante o art. 3º da Lei 9.717/1998 as alíquotas de contribuição dos servidores ativos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para os respectivos regimes próprios de previdência social não serão inferiores às dos servidores titulares de cargos efetivos da União, devendo ainda ser observadas, no caso das contribuições sobre os proventos dos inativos e sobre as pensões, as mesmas alíquotas aplicadas às remunerações dos servidores em atividade do respectivo ente estatal.

     

    E) Desde a Emenda Constitucional 41 trata-se de faculdade do ente federativo instituir contribuição em faze aos aposentados e pensionistas do serviço público.

     

    Gabarito do Professor: C

  • Gabarito da professora Ana Luiza Fonseca (QC):

    A) Inteligência do art. 2º da Lei 9.717/1998 não poderá ser inferior ao valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao dobro desta contribuição.

    B) No inciso III do art. 1º da Lei 9.717/1998 consta que as contribuições e os recursos vinculados ao Fundo Previdenciário somente poderão ser utilizadas para pagamento de benefícios previdenciários, ressalvadas as despesas administrativas estabelecidas no art. 6º, inciso VIII, da mesma Lei, observado os limites de gastos estabelecidos em parâmetros gerais.

    C) A assertiva está de acordo com disposto nos §§ 3º e 4º do art. 40 da Constituição Federal.

    D) Consoante o art. 3º da Lei 9.717/1998 as alíquotas de contribuição dos servidores ativos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para os respectivos regimes próprios de previdência social não serão inferiores às dos servidores titulares de cargos efetivos da União, devendo ainda ser observadas, no caso das contribuições sobre os proventos dos inativos e sobre as pensões, as mesmas alíquotas aplicadas às remunerações dos servidores em atividade do respectivo ente estatal.

    E) Desde a Emenda Constitucional 41 trata-se de faculdade do ente federativo instituir contribuição em faze aos aposentados e pensionistas do serviço público.

     

    Gabarito do Professor: C


ID
5097262
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

Considerando as competências da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios concernentes ao regime próprio de previdência de seus servidores, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Salvo disposição em contrário da Constituição Federal, da Emenda Constitucional nº 20/98, da Emenda Constitucional nº 41/2003, e da Emenda Constitucional nº 47/2005, o regime próprio não poderá conceder benefício distinto dos previstos pelo RGPS.

    Os regimes próprios deverão observar também a limitação de concessão de benefício apenas aos dependentes constantes do rol definido para o Regime Geral de Previdência Social, que compreende o cônjuge, o companheiro, a companheira, os filhos, os pais e os irmãos, devendo estabelecer em norma local as condições necessárias para enquadramento e qualificação dos dependentes.

  • Nos autos do /STF, esta Corte manifestou-se no sentido de que, diante do caráter aberto da expressão atividades de risco (art. 40, § 4º, II, da ) e da relativa liberdade de conformação do legislador, somente há omissão inconstitucional quando a periculosidade seja inequivocamente inerente ao ofício. Conclusão que, todavia, não impede a apreciação do direito à aposentadoria especial a tais servidores públicos, se atendidos por eles os requisitos do art. 40, § 4º, inciso III, da , adotando-se, para tanto, na avaliação administrativa, os requisitos do art. 57, da , eleito por esta Corte como regra de simetria aos trabalhadores da rede privada. Entendimento cristalizado na . 4. O julgado rescindendo, aplicando tal entendimento, tão somente assegurou a apreciação, pela autoridade administrativa competente, dos pleitos de aposentadoria especial da categoria, aplicando-se, no que couber, o art. 57, da , sem, contudo, lhes garantir o direito propriamente dito, o que, inclusive, refoge ao âmbito de decisão do mandado de injunção. 5. Agravo regimental não provido.

    [, rel. min. Dias Toffoli, P, j. 30-6-2017, DJE 222 de 29-9-2017.]

  • Adequação de atividade de risco ou de atividade insalubre para fins de concessão de aposentadoria especial a servidor público

    Como já demonstrado na decisão agravada, a concede o direito à aposentadoria especial àqueles que exercem atividades prejudiciais à saúde ou à integridade física (art. 40, § 4º, III, da ). Desse modo, tendo em vista que tais fatores degradantes não se revelam ínsitos à função de guarda municipal, inaplicável ao caso a referida súmula. Além disso, reitero que o Plenário desta Corte, por oportunidade do julgamento dos MIs  e , reconheceu não ter o legislador constitucional contemplado os guardas municipais com o direito à aposentadoria diferenciada, de modo que não se estende à classe o benefício da . Com efeito, o entendimento firmado neste Tribunal é no sentido de que a eventual exposição dos guardas municipais e de outras categorias profissionais a riscos não configura direito subjetivo constitucional à aposentadoria especial.

    [, rel. min. Gilmar Mendes, 2ª T, j. 12-3-2019, DJE 52 de 18-3-2019.]

  • (...) a atividade de agente penitenciário é reconhecida pelo STF como atividade de risco, não atividade insalubre, independentemente da qualificação atribuída ao adicional que lhe é pago pelo órgão ao qual o servidor é vinculado. Nesse contexto, não viola a  o indeferimento da aposentadoria especial requerida pelo reclamante, já que no exercício da atividade de agente penitenciário não está sujeito a condições insalubres, mas, sim, labora em uma atividade de risco inerente, tal como os policiais civis, cuja aposentadoria é regulamentada pela , recepcionada pela , consoante reiterada jurisprudência da Corte.

    [, rel. min. Edson Fachin, dec. monocrática, j. 11-5-2016, DJE 97 de 13-5-2016.]

    Nos termos do  e do , ambos de relatoria para o acórdão do ministro Roberto Barroso, a jurisprudência do STF firmou-se no sentido de que a expressão “atividade de risco”, contida no art. 40, § 4º, II, do , é aberta, de modo que os contornos de sua definição normativa comportam relativa liberdade de conformação por parte do Parlamento, desde que observado o procedimento das leis complementares. Logo, o estado de omissão inconstitucional ficaria restrito à indefinição das atividades em que o risco seja inerente, o que não se depreende da atividade dos oficiais de justiça. 2. A existência de gratificações ou adicionais de periculosidade para determinada categoria não garante o direito à aposentadoria especial, pois os vínculos funcional e previdenciário não se confundem.

    [, rel. min. Edson Fachin, P, j. 7-10-2015, DJE 214 de 27-10-2015.]

  • Chamo atenção à “letra e”, após a Reforma da Previdência.

    § 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar.

    § 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.

    § 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.

    NOTA: Prestígio à autonomia federativa

  • Para responder a presente questão são necessários conhecimentos sobre o regime próprio de previdência dos servidores públicos.

     

    Consoante o art. 40, caput da Constituição Federal, o regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

     

    A) A assertiva está de acordo com art. 40, caput e § 4º da Constituição Federal.

     

    B) Os municípios que não possuem regime próprio instituído, devem adotar para seus servidores o Regime Geral da Previdência Social (RGPS).

     

    C) O art. 37, inc. IX, da Constituição Federal prevê que a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Ocorre que, o art. 40, § 13 da Carta Magna dispõe que o agente público ocupante, exclusivamente, de cargo temporário, é filiado ao Regime Geral de Previdência Social.

     

    D) O regime próprio de previdência social é destinado aos servidores titulares de cargos efetivos. Nesse sentido, aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social, consoante o art. 40, caput e § 13 da Carta Magna.

     

    E) Consoante  art. 40, caput e § 4º da Constituição Federal, é vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º do mesmo artigo.

     

    Gabarito do Professor: A

  • A) A assertiva está de acordo com art. 40, caput e § 4º da Constituição Federal.

    art. 40, caput da Constituição Federal, o regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

     

  • Bom dia se alguém pode mim ajudar com algum material ou me orientar tenho o curso alfacon da PF 2018 da pra estudar por esse curso pra esse concurso??? 8199817-8303

  • Questão desatualizada! Isso porque, após o advento da Emenda Constitucional 103/19, o rol de benefícios dos regimes próprios de previdência social fica limitado às aposentadorias e à pensão por morte. Vejamos:

    Art. 9º Até que entre em vigor lei complementar que discipline o l, aplicam-se aos regimes próprios de previdência social o disposto na , e o disposto neste artigo.

    § 1º O equilíbrio financeiro e atuarial do regime próprio de previdência social deverá ser comprovado por meio de garantia de equivalência, a valor presente, entre o fluxo das receitas estimadas e das despesas projetadas, apuradas atuarialmente, que, juntamente com os bens, direitos e ativos vinculados, comparados às obrigações assumidas, evidenciem a solvência e a liquidez do plano de benefícios.

    § 2º O rol de benefícios dos regimes próprios de previdência social fica limitado às aposentadorias e à pensão por mor

  • Vi o comentário do professor fundamentando a "A" com base na CF, mas acredito que o "copia e cola" tenha sido da 9.717:

    Lei 9.717/98

    Art. 5 Os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal NÃO poderão conceder benefícios distintos dos previstos no Regime Geral de Previdência Social, de que trata a , salvo disposição em contrário da Constituição Federal


ID
5097265
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

João Pedro, servidor público municipal, professor com jornada de 20 (vinte) horas semanais, tendo ingressado no cargo público no ano de 2006, vindo da iniciativa privada, e exercido, no último ano de serviço, cargo em comissão na Secretaria de Educação do mesmo município em que é professor, recebeu, em seu último contracheque antes da passagem voluntária para a inatividade, ocorrida em maio de 2018, as seguintes verbas: i) vencimento básico, ii) adicional por tempo de serviço, iii) indenização por transporte e iv) acréscimo de 20% do valor correspondente ao cargo em comissão. Levando em consideração os dados apresentados, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    A passagem para a inatividade no cargo de professor não impede que o servidor seja novamente nomeado para exercer o cargo em comissão junto à Secretaria Municipal de Educação.

  • Qual erro da B?!?

  • Analisemos as opções:

    a) Errado:

    O valor da aposentadoria não engloba todas as verbas recebidas pelo servidor, quando na ativa, notadamente aquelas que não compõem o salário de contribuição, como as de caráter indenizatório. No exemplo desta questão, o servidor percebia, por exemplo, indenização de transporte e adicional de 20% pelo exercício de cargo em comissão, os quais não são "levados" para a inatividade, a teor do que preceitua o art. 4º, §1º, da Lei 10.887/

    "Art. 4º (...)
    § 1º Entende-se como base de contribuição o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os adicionais de caráter individual ou quaisquer outras vantagens, excluídas:

    (...)

    III - a indenização de transporte;

    (...)

    VIII - a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função comissionada ou gratificada;"

    b) Errado:

    De acordo com o enunciado da questão, a hipótese era de servidor concursado, ocupante de cargo efetivo, mas que, apenas no último ano, ocupante cargo em comissão. Assim sendo, tratava-se de servidor vinculado ao Regime Próprio de Previdência Social - RPPS, e não ao Regime Geral de Peevidência Social - RGPS. Com efeito, apenas os servidores ocupantes exclusivamente de cargos em comissão é que se vinculam ao RGPS, como se vê do teor do art. 40, §13, da CRFB, que ora transcrevo:

    "Art. 40 (...)
    § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social."   

    c) Errado:

    Trata-se aqui de assertiva que diverge frontalmente do teor do art. 71, III, da CRFB, que assim estabelece:

    "Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    (...)

    III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;"

    Refira-se, ainda, que se cuida de norma de reprodução obrigatória nos demais entes federativos, a teor do art. 75 da CRFB.

    d) Errado:

    A presente opção viola diretamente a regra do art. 40, §9º c/c art. 201, §9º, da CRFB, que autorizam, sim, a contagem recíproca do tempo de contribuição em diferentes regimes, próprio e geral, para fins de aposentadoria:

    "Art. 40 (...)
    § 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço correspondente será contado para fins de disponibilidade. 

    "Art. 201 (...)
    § 9º Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes próprios de previdência social, e destes entre si, observada a compensação financeira, de acordo com os critérios estabelecidos em lei."

    e) Certo:

    De fato, o servidor aposentado pode regressar ao serviço público, mediante nomeação para cargo em comissão, o que é expressamente contemplado pelo art. 37, §10, da CRFB:

    "Art. 37 (...)
    § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

    Logo, não apenas poderá ser nomeado para exercer o cargo em comissão, como também a remuneração daí decorrente é acumulável com os proventos de aposentadoria.


    Gabarito do professor: E.
  • Não entendi porque a B não esta correta, mas, segue o jogo

    § 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

  • Acredito que erro da letra B seja em decorrência da redação do item, que aponta no sentido da totalidade de recolhimentos ao RGPS. Salvo melhor juízo, para o cargo de professor, o recolhimento seria para o Regime Próprio, enquanto que as contribuições decorrentes do cargo em comissão seriam vertidas para o Regime Geral.

  • CF/88. ART. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

    Cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração, podendo o professor ser novamente nomeado para exercer o cargo em comissão junto à Secretaria Municipal de Educação.

    Portanto, Gab E

  • Victor, acredito que o erro esteja em afirmar que o envio das contribuições previdenciárias seria para o RGPS. Na verdade seria para RPPS.

  • Em verdade, apenas se exercesse exclusivamente cargo em comissão é que as contribuições previdenciárias de João Pedro deveriam ter sido endereçadas ao RGPS, nos termos da Lei nº 8.213/93:

     

    “Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:                    

     

    I - como empregado:               

     

    (...)

     

    g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais.                  

     

    Como ele é servidor efetivo, mesmo exercendo cargo em comissão, será contribuinte do RPPS.

     


ID
5097268
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com relação à sucessão no tempo das normas que regem a previdência social dos servidores públicos, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

( ) Os servidores abrangidos pela estabilidade excepcional prevista no art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias não podem ser incluídos no regime próprio de previdência social.
( ) Em questões previdenciárias, aplicam-se, na fixação do valor dos proventos, as normas vigentes ao tempo da reunião dos requisitos de passagem para a inatividade.
( ) O servidor que completou o tempo de serviço para usufruir da licença-prêmio em momento anterior à vigência da Emenda Constitucional 20/1998, e não o fez, tem direito a computar em dobro o tempo correspondente à licença para fins de aposentadoria, caso houvesse lei vigente à época prevendo essa contagem de tempo ficto.
( ) O benefício previdenciário da pensão por morte, ainda que o instituidor seja servidor inativo, deve ser regido pela lei vigente à época do óbito.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Os servidores abrangidos pela estabilidade excepcional prevista no art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias não podem ser incluídos no regime próprio de previdência social.

    CERTO. STF. Servidores públicos detentores da estabilidade excepcional do art. 19 do ADCT. Inclusão no regime próprio de previdência social. Impossibilidade. Os servidores abrangidos pela estabilidade excepcional prevista no art. 19 do ADCT não se equiparam aos servidores efetivos, os quais foram aprovados em concurso público. Aqueles possuem somente o direito de permanecer no serviço público nos cargos em que foram admitidos, não tendo direito aos benefícios privativos dos servidores efetivos.

    [ARE 1.069.876 AgR, rel. min. Dias Toffoli, 2017.]

    Em questões previdenciárias, aplicam-se, na fixação do valor dos proventos, as normas vigentes ao tempo da reunião dos requisitos de passagem para a inatividade.

    CERTO. STF. Art. 2º e expressão "8º" do art. 10, ambos da EC 41/2003. Aposentadoria. Tempus regit actum. Regime jurídico. Direito adquirido: não ocorrência. A aposentadoria é direito constitucional que se adquire e se introduz no patrimônio jurídico do interessado no momento de sua formalização pela entidade competente. Em questões previdenciárias, aplicam-se as normas vigentes ao tempo da reunião dos requisitos de passagem para a inatividade. Somente os servidores públicos que preenchiam os requisitos estabelecidos na EC 20/1998, durante a vigência das normas por ela fixadas, poderiam reclamar a aplicação das normas nela contida, com fundamento no art. 3º da EC 41/2003.

    [ADI 3.104, rel. min. Cármen Lúcia, 2007.]

    O servidor que completou o tempo de serviço para usufruir da licença-prêmio em momento anterior à vigência da Emenda Constitucional 20/1998, e não o fez, tem direito a computar em dobro o tempo correspondente à licença para fins de aposentadoria, caso houvesse lei vigente à época prevendo essa contagem de tempo ficto.

    CERTO. STF. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, o servidor que completou o tempo de serviço para usufruir da licença-prêmio em momento anterior à vigência da EC 20/1998, e não o fez, tem direito a computar em dobro o tempo correspondente à licença para fins de aposentadoria.

    [AI 725.444 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, 2012.]

    O benefício previdenciário da pensão por morte, ainda que o instituidor seja servidor inativo, deve ser regido pela lei vigente à época do óbito.

    CERTO. STJ SÚMULA 340. A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do segurado.

    Gabarito B.

  • #PCPR vamos lá!


ID
5097271
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando a disciplina constitucional dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    • A redução de proventos de aposentadoria, quando concedida em desacordo com a lei, não ofende o princípio da irredutibilidade de vencimentos.

    [, rel. min. Cármen Lúcia, j. 7-4-2008, P, DJE de 30-5-2008.]

  • Entendi foi nada.

  • Reduzir proventos em desacordo da lei ?

  • A)    Os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se submetem à regra da aposentadoria compulsória prevista no art. 40, , , da . Este dispositivo atinge apenas os ocupantes de cargo de provimento efetivo. Por conta disso, não existe qualquer idade limite para fins de nomeação a cargo em comissão.

    B)     O Tribunal de Contas do Estado do Paraná consolidou, em decisão proferida em processo de prejulgado, o entendimento de que o 13º salário não integra a base de cálculo dos proventos de aposentadoria dos servidores titulares de cargo efetivo. Interpretação em sentido diverso é inconstitucional.

    C)      É legítimo o pagamento do abono de permanência previsto no art. 40, § 19, da Constituição Federal ao servidor público que opte por permanecer em atividade após o preenchimento dos requisitos para a concessão da aposentadoria voluntária especial (art. 40, § 4º, da Carta Magna).

    D) correta    • A redução de proventos de aposentadoria, quando concedida em desacordo com a lei, não ofende o princípio da irredutibilidade de vencimentos.

    [, rel. min. Cármen Lúcia, j. 7-4-2008, P, DJE de 30-5-2008.]

  • E) APOSENTADORIA: TEMPO FICTO. ... - A Constituição Federal estabelece tempo mínimo para a aposentadoria, não podendo norma infraconstitucional reduzi-lo mediante a fixação de tempo ficto. C.F., art. 40, § 4º e § 10.

  • Essa eu nunca vou esquecer kkkkk foi a decisão mais absurda que eu já vi. É correto afirmar que, mesmo em desacordo com a lei, pode haver redução de proventos de aposentadoria, pois não ofende o princípio da irredutibilidade. Chocado!
  • Aos que estão na dúvida sobre a letra D: pelo que entendi, a aposentadoria concedida em desacordo com a lei pode haver redução de proventos.
  • Vejamos cada assertiva:

    a) Errado:

    A aposentadoria compulsória abrange os servidores ocupantes de cargos efetivos, consoante art. 40, §1º, II, da CRFB:

    "Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

    § 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:

    (...)

    II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; 

    b) Errado:

    A presente opção vai na contramão do entendimento firmado pelo TCE/PR, no bojo do Acórdão 2547/2017, rel Conselheiro Fábio de Souza Camargo, in verbis:

    “Prejulgado. Inclusão do décimo terceiro salário no cômputo da média das remunerações para o cálculo dos proventos de aposentadoria. O décimo terceiro salário não integra a base de cálculo dos proventos de aposentadoria dos servidores titulares de cargo efetivo, sendo inconstitucional interpretação em sentido diverso. Eficácia da decisão. Princípio da segurança jurídica. Efeitos ex nunc."

    c) Errado:

    Esta proposição malfere o art. 40, §19, da CRFB, que ora colaciono:

    "Art. 40 (...)
    § 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória."   

    d) Certo:

    Assertiva que se mostra em perfeita sintonia com a jurisprudência do STF, como se vê do julgado a seguir:

    "A redução de proventos de aposentadoria, quando concedida em desacordo com a lei, não ofende o princípio da irredutibilidade de vencimentos."
    (MS 25.552, rel. min. Cármen Lúcia, j. 7-4-2008, P, DJE de 30-5-2008.]


    e) Errado:

    Por fim, esta afirmativa agride o teor do art. 40, §10, da CRFB:

    "Art. 40 (...)
    § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício."


    Gabarito do professor: D.
  • princípio da irredutibilidade salarial visa garantir que o empregado não tenha o seu salário reduzido pelo empregador, durante todo o período que perdurar o contrato de trabalho.

    Porém o princípio não se enquadra quando o valor da aposentadoria está em descordo com a lei.

  • A Súmula 688 do STF diz o seguinte: É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º salário. É legítima, mas não é obrigatória. Para que incida contribuição previdenciária sobre o 13º, é preciso que haja pagamento de verba semelhante na inatividade, exatamente conforme o art. 201, § 11, da CF. E nesse sentido, a tese fixada pelo STF no RE 593.068: somente devem figurar como base de cálculo da contribuição previdenciária as remunerações/ganhos habituais que tenham “repercussão em benefícios”.

    Vale lembrar que a posição do TC-PR, citada pelo colega, foi anterior ao julgamento do RE 593.068.


ID
5097274
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

A respeito do cumprimento de sentença e da execução, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • LETRA A - ERRADA. Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.

    LETRA B - ERRADA. Regra geral a impugnação será recebida sem efeito suspensivo. Assim, o cumprimento continuará ainda que o devedor impugne. Todavia, em caráter excepcional, a impugnação poderá ser recebida no efeito suspensivo, desde que atendidas quatro condições: a) requerimento expresso do devedor; b) garantia do juízo com penhora, caução ou depósito; c) relevância dos fundamentos da defesa e d) desde que o prosseguimento da execução for manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação (Art. 525).

    LETRA C - ERRADA. Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução.

    LETRA D - ERRADA. Cabe agravo de instrumento contra todas as decisões interlocutórias proferidas na liquidação e no cumprimento de sentença, no processo executivo e na ação de inventário.

    Fundamento: Art. 1.015 (...) Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. STJ. Corte Especial. REsp 1803925-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 01/08/2019 (Info 653).

    LETRA E - CORRETA. Art. 871. Não se procederá à avaliação quando: IV - se tratar de veículos automotores ou de outros bens cujo preço médio de mercado possa ser conhecido por meio de pesquisas realizadas por órgãos oficiais ou de anúncios de venda divulgados em meios de comunicação, caso em que caberá a quem fizer a nomeação o encargo de comprovar a cotação de mercado.

    Qualquer erro, me avisem. Bons estudos!

  • a letra A está errada pq o cumprimento de sentença só se inicia a requerimento do exequente e não de oficio.

  • B- a impugnação ao cumprimento de sentença não tem efeito suspensivo, em regra.

  • ERRO da letra "A" é que o executado é intimado para pagar em 15 (quinze) dias. Caso não seja efetuado o pagamento nesse prazo, o executado terá novos 15 (quinze) dias para impugnar, independe de garantia do juízo ou de nova intimação.

    Vale lembrar que não ocorrendo o pagamento no prazo, será acrescido ao débito multa de 10% + honorários de 10%.

  • Gabarito: Letra E.

    A) ERRADA. No cumprimento de sentença que tenha por objeto quantia certa, o juiz intimará o executado para, em 15 (quinze) dias, pagar, apresentar bens à penhora ou impugnar a pretensão executiva.

    Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.

    Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art.523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.

    B) ERRADA. Em homenagem ao princípio do contraditório, a impugnação ao cumprimento de sentença possui efeito suspensivo, ressalvada a demonstração de urgência pelo exequente. Em regra, os recursos não possuem efeito suspensivo.

    525, §6° ao § 10. - § 6º A apresentação de impugnação não impede a prática dos atos executivos, inclusive os de expropriação, podendo o juiz, a requerimento do executado e desde que garantido o juízo com penhora, caução ou depósito suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, se seus fundamentos forem relevantes e se o prosseguimento da execução for manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação.

    C) ERRADA. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, com prévia oitiva do executado, determinará às instituições financeiras a indisponibilidade de ativos financeiros pertencentes ao devedor até o limite do valor indicado na execução.

    Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução.

    D) ERRADA. As decisões interlocutórias proferidas nos cumprimentos de sentença são irrecorríveis, ressalvadas as que julgam a impugnação do executado.

    Art.1015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.

    E) CORRETA.

    Art. 871. Não se procederá à avaliação quando: IV - se tratar de veículos automotores ou de outros bens cujo preço médio de mercado possa ser conhecido por meio de pesquisas realizadas por órgãos oficiais ou de anúncios de venda divulgados em meios de comunicação, caso em que caberá a quem fizer a nomeação o encargo de comprovar a cotação de mercado.


ID
5097277
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Sobre a Fazenda Pública, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • LETRA A - CERTA. Art. 85, § 7º Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada. GABARITO

    LETRA B - ERRADA. No CPC/73 havia essa previsão. No CPC/15, não há mais essa distinção: Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.

    Obs: Conforme o art. 183, §2º, não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público.

    LETRA C - ERRADA. Quando a legislação processual utiliza-se do termo Fazenda Pública está a referir-se à União, aos Estados, aos Municípios, ao Distrito Federal e às suas respectivas autarquias e fundações de direito público. Não inclui empresa pública e sociedade de economia mista.

    LETRA D - ERRADA. Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: (...) § 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:

    I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;

    II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;

    III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.

    LETRA E - ERRADA. A Fazenda Pública será intimada pessoalmente de todos os processos, seja físico ou eletrônico. Art. 183. § 1º A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.

    Qualquer erro, me avisem. Bons estudos!

  • Vale lembrar:

    Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada.

    São devidos honorários pela Fazenda nas execuções individuais de ações coletivas ainda que não embargadas.

  • A questão trata de temas diversos relacionados à presença da Fazenda Pública no processo, motivo pelo qual deixaremos de fazer um comentário geral e passaremos diretamente para a análise das afirmativas:  

    Alternativa A) É o que prevê o art. 85, §7º, do CPC/15: "Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada". Afirmativa correta.

    Alternativa B) A afirmativa traz uma regra antiga contida no CPC/73. A prerrogativa de prazo concedida à Fazenda Pública pelo CPC/15 é da contagem do prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, senão vejamos: "Art. 183, CPC/15. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal". É preciso lembrar, no entanto, que de acordo com o §2º deste mesmo dispositivo legal, "não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público". Afirmativa incorreta.

    Alternativa C) Diversamente do que se afirma, compõem a denominada Fazenda Pública, para fins processuais, os entes federados, quais sejam, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, além de suas autarquias e fundações públicas. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado e não fazem parte da denominada Fazenda Pública. Afirmativa incorreta.

    Alternativa D) O reexame necessário (ou remessa necessária) é uma condição legal de eficácia definitiva da sentença que impede o seu trânsito em julgado até que seja apreciada pelo tribunal hierarquicamente superior ao juízo em que inicialmente tramita a demanda. Como regra, as sentenças condenatórias proferidas em desfavor do ente público devem ser submetidas à remessa necessárias, mas a lei traz algumas exceções em que essa remessa não ocorrerá, encontrando-se dentre elas a sentença que condena o Município em valor inferior a 500 (quinhentos) salários-mínimos se eles constituirem capitais de Estados ou 100 (cem) salários-mínimos para os demais, senão vejamos: "Art. 496, CPC/15. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. (...) §3º. Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:  I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;  II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;  III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público". Afirmativa incorreta.

    Alternativa E) Diversamente do que se afirma, os advogados públicos detêm a prerrogativa da intimação processual em qualquer tipo de processo, seja ele físico ou eletrônico, não trazendo a lei processual nenhuma regra no sentido de que essa prerrogativa se restrinja a um ou outro (art. 183, §1º, CPC/15). Afirmativa incorreta.  

    Gabarito do professor: Letra A.
  • GABARITO: LETRA "A"

    Sobre o tema...

    O art. 1º-D da Lei nº 9.494/97 preconiza o seguinte:

    Art. 1º-D. Não serão devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas execuções não embargadas.

    Nessa mesma esteira, o CPC/15:

    CPC, ART. 85

    § 7º Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada.

    EXCEÇÃO:

    INFORMATIVO 638 DO STJ

    O art. 85, § 7º, do CPC/2015 não afasta a aplicação do entendimento consolidado na Súmula 345 do STJ, de modo que são devidos honorários advocatícios nos procedimentos individuais de cumprimento de sentença decorrente de ação coletiva, ainda que não impugnados e promovidos em litisconsórcio. STJ. Corte Especial. REsp 1.648.238-RS, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 20/06/2018 (recurso repetitivo) (Info 628).

    Ou seja, essa súmula continua a aplicar-se para as execuções individuais de sentença proferida em ações coletivas. Nelas serão devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública, ainda que esta não tenha apresentado embargos à execução.

    Fonte: Dizer o Direito. Informativo 628 do STJ.

  • GABARITO: LETRA "A"

  • GABARITO "A"

    Sobre a "B":

    "O que importa deixar evidente é que o conceito de Fazenda Pública abrange a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações públicas, sendo certo que as agências executivas ou reguladoras, por ostentarem o matiz de autarquias especiais, integram igualmente o conceito de Fazenda Pública.Também se revestem da natureza de pessoas jurídicas de direito público, integrando, portanto, o conceito de Fazenda Pública, as associações públicas (Código Civil, art. 41, IV), constituídas na forma da Lei 11.107, de 6 de abril de 2005, em razão da formação de consórcio público. [...] Enfim, os consórcios públicos, constituídos sob a forma de associação pública, desfrutam da condição de pessoas jurídicas de direito público, significando dizer que a associação pública integra o conceito de Fazenda Pública. À evidência, estão excluídas do conceito de Fazenda Pública as sociedades de economia mista e as empresas públicas. Embora integrem a Administração Pública indireta, não ostentam natureza de direito público, revestindo-se da condição de pessoas jurídicas de direito privado, a cujo regime estão subordinadas."

    Cunha, Leonardo Carneiro da. A Fazenda Pública em juízo – 15. ed. rev., atual e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2018. Pg. 35

  • Questão com uso de linguagem truncada, "Não+Não" = sim.


ID
5097280
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

- A respeito da jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Letra A - CERTA. Incidem os juros de mora no período compreendido entre a data da realização dos cálculos e a da requisição de pequeno valor (RPV) ou do precatório. STF. Plenário.RE 579431/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 19/4/2017 (repercussão geral) (Info 861). STJ. Corte Especial. EREsp 1150549-RS, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 29/11/2017 (Info 617).

    Obs: cuidado para não confundir com a SV 17: Durante o período previsto no parágrafo 1º (obs: atual § 5º) do artigo 100 da Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos. O período de que trata este RE 579431/RS é anterior à requisição do precatório, ou seja, anterior ao interregno tratado pela SV 17.

    Letra B - ERRADA. Apesar de não previsto expressamente no rol do art. 1.015 do CPC, a decisão interlocutória que acolhe ou rejeita a alegação de incompetência desafia recurso de agravo de instrumento.

    O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação. STJ. Corte Especial. REsp 1.704.520-MT, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 05/12/2018 (recurso repetitivo) (Info 639).

    LETRA C - CERTA. O § 3º do art. 6º da Lei de Ação Popular (Lei nº 4.717/1965), prevê o mecanismo de migração de polos na relação jurídica processual estabelecida com o ajuizamento da Ação Popular e decorrente da postura da pessoa jurídica: Art. 6º, § 3º A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente.

    A Ação Civil Pública e a Ação Popular compõem o chamado microssistema da tutela coletiva, razão pela qual a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça tem admitido a aplicação dessa regra processual às Ações Civis Públicas: "O deslocamento de pessoa jurídica de Direito Público do polo passivo para o ativo na Ação Civil Pública é possível, quando presente o interesse público, a juízo do representante legal ou do dirigente, nos moldes do art. 6º, § 3º, da Lei 4.717/1965, combinado com o art. 17, § 3º, da Lei de Improbidade Administrativa". 

    LETRA D - CERTA - Famosa Súmula 7 do STJ: A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.

    LETRA E - CERTA  (...) I - Consoante o decidido pelo Plenário desta Corte na sessão realizada em 09.03.2016, o regime recursal será determinado pela data da publicação do provimento jurisdicional impugnado. In casu, aplica-se o Código de Processo Civil de 2015. (...) (AgInt no AREsp 1393500/MG, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/06/2019, DJe 26/06/2019).

    Qualquer erro, me avisem. Bons estudos!

  • GABARITO: B

    A) CORRETA.

    STF possui precedente no sentido de ser possível a incidência de juros de mora no período entre a confecção dos cálculos e a expedição do precatório/RPV:

    JUROS DE MORA – FAZENDA PÚBLICA – DÍVIDA – REQUISIÇÃO OU PRECATÓRIO. Incidem juros da mora entre a data da realização dos cálculos e a da requisição ou do precatório. (RE 579431, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 19/04/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-145 DIVULG 29-06-2017 PUBLIC 30-06-2017)

    Importante NÃO confundir com o teor da Súmula Vinculante 17 que prevê que não haverá juros de mora entre o período da expedição do precatório/RPV e o prazo constitucional para pagamento da respectiva ordem de pagamento.

    B. INCORRETA.

    Embora essa hipótese não esteja expressamente prevista no CPC, aplica-se a tese da taxatividade mitigada, haja vista a prejudicialidade ao processo ao se aguardar para discutir a incompetência do juízo apenas em preliminar de apelação. O não cabimento de AI implicaria em possibilitar que um processo tramitasse por longo período em juízo potencialmente incompetente para julgar o feito.

    RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO IMEDIATA DAS NORMAS PROCESSUAIS. TEMPUS REGIT ACTUM. RECURSO CABÍVEL. PUBLICAÇÃO DA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. RECURSO CABÍVEL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA OU EXTENSIVA DO INCISO III DO ART. 1.015 DO CPC/2015. [...]. 5. Apesar de não previsto expressamente no rol do art. 1.015 do CPC/2015, a decisão interlocutória relacionada à definição de competência continua desafiando recurso de agravo de instrumento, por uma interpretação analógica ou extensiva da norma contida no inciso III do art. 1.015 do CPC/2015, já que ambas possuem a mesma ratio -, qual seja, afastar o juízo incompetente para a causa, permitindo que o juízo natural e adequado julgue a demanda. 6. Recurso Especial provido. (RE 1.679.909 - RS. 2017/0109222-3).

    Logo, cabível AI na hipótese.

    C. CORRETA.

    Com base no microssitema da tutela coletiva é possível a aplicação de normas da Lei de Ação Popular às ACP's. Assim, com fulcro no art. 6º, §3º, da Lei 4.717/65, " A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente".

    D. CORRETA.

    Teor da Súmula 7 do STJ: A PRETENSÃO DE SIMPLES REEXAME DE PROVA NÃO ENSEJA RECURSO ESPECIAL.

    E. CORRETA.

    É preciso se ter em mente que a lei que regerá o recurso será a lei vigente ao tempo da decisão que se pretende recorrer (tempus regit actum). Por força do princípio tempus regit actum, ainda que lei nova suprima determinado recurso, existente em legislação anterior, não será afastado o direito à recorribilidade subsistente pela lei anterior, quando o julgamento tiver ocorrido antes da entrada em vigor da lei nova.

  • cabe agravo de instrumento contra decisão interlocutória de primeira instância relacionada à definição de competência.

  • É cabível a interposição de agravo de instrumento contra decisão relacionada à definição de competência, a despeito de não previsto expressamente no rol do art.  do .

    Apesar de não previsto expressamente no rol do art.  do , a decisão interlocutória que acolhe ou rejeita a alegação de incompetência desafia recurso de agravo de instrumento, por uma interpretação analógica ou extensiva da norma contida no inciso  do art.  do , já que ambas possuem a mesma ratio -, qual seja, afastar o juízo incompetente para a causa, permitindo que o juízo natural e adequado julgue a demanda.

    Nesse sentido: STJ. 4ª Turma. , Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 14/11/2017, DJe 01/02/2018

  • Incidem os juros da mora no período compreendido entre a data da realização dos cálculos e a da requisição de pequeno valor (RPV) ou do precatório. STF. Plenário. RE 579431/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 19/4/2017 (Repercussão Geral – Tema 96) (Info 861).

    Não incidem juros de mora no período compreendido entre a data da expedição do precatório e seu efetivo pagamento, desde que realizado no prazo estipulado constitucionalmente.

  • GAB: B

    OUTRAS HIPÓTESES DE CABIMENTO DE AGRAVO DE INTRUMENTO:

    • É CABÍVEL A INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO RELACIONADA À DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIA, A DESPEITO DE NÃO PREVISTO EXPRESSAMENTE NO ROL DO ART. 1.015 DO CPC/2015. (STJ. 4ª Turma. REsp 1.679.909-RS, julgado em 14/11/2017, DJe 01/02/2018)

    • ADMITE-SE A INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO QUANDO VERIFICADA A URGÊNCIA DECORRENTE DA INUTILIDADE DO JULGAMENTO DA QUESTÃO NO RECURSO DE APELAÇÃO. (INFO 636 STJ)

    • CABE AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA A DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE ACOLHE OU AFASTA A ARGUIÇÃO DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. COM O CPC/2015, A POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO DEIXOU DE SER UMA CONDIÇÃO DA AÇÃO E PASSOU SER CLASSIFICADA COMO “QUESTÃO DE MÉRITO”. LOGO, SE UMA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA ACOLHE OU REJEITA A ARGUIÇÃO DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO, TRATA-SE DE DECISÃO QUE VERSA SOBRE O MÉRITO DO PROCESSO, SENDO CABÍVEL A INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO [...] STJ. (INFO 654 - 2019).

ID
5097283
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Levando em consideração os recursos cíveis, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • LETRA A - Errada. Súmula 579-STJ: Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do julgamento dos embargos de declaração, quando inalterado o resultado anterior. 

    O CPC reforça o entendimento do STJ ao trazer a seguinte regra: Art. 1.024 (...) § 5º Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.

    Se tiver alguma dúvida sobre essa alternativa, sugiro ler a explicação do DOD: <https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2016/09/sc3bamula-579-stj.pdf>

    LETRA B - Errada. De fato, com o CPC/2015 o juiz de primeiro grau não realiza mais juízo de admissibilidade do recurso de apelação; será feito no Tribunal.

    Art. 1.010. § 3º Após as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade.

    O erro da alternativa é quando diz que o recurso é interposto diretamente no Tribunal, pois a apelação é interposta no juízo de 1º grau.

    Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá (...).

    LETRA C - Certa. Art. 1.009. § 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. GABARITO

    LETRA D - Errada. Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais (Súmula 203 STJ).

    Isso porque, de acordo com a CF/88, o recurso especial é cabível em face de decisão proferida por TRF ou TJ e Turma Recursal de Juizado Especial não se equipara a eles.

    Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...) III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:

    Obs: Cuidado para não confundir: Conforme súmula 640/STF: É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal.

    LETRA E - Errada. Art. 937. Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021: VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência;

    Qualquer erro, me avisem! Bons estudos :)

  • é interposta no primeiro grau, mas não acontece o juízo de admissibilidade.

  • Juízo de admissibilidade pode ocorrer na primeira instância pelo juízo ‘ad quo’ ou no tribunal /2 instância pelo juízo ad quem. O recurso de apelação ocorre no juízo de 1 grau.
  • Decisões interlocutórias que não cabe agravo de instrumento, poderá ser questionada em recurso de apelação ou nas contrarrazões

    Gabarito: Letra C

  • GABARITO: C

    a) ERRADO: Súmula 579/STJ: Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do julgamento dos embargos de declaração, quando inalterado o resultado anterior.

    b) ERRADO: Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:

    c) CERTO: Art. 1.009, § 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.

    d) ERRADO: Súmula 203/STJ: Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos juizados especiais.

    e) ERRADO: Art. 937. Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021: VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência;

  • A questão em comento versa sobre recursos.

    A resposta está na jurisprudência e na literalidade do CPC.

    Diz o art. 1009, §1º, do CPC:

    “Art. 1.009

    (...) § 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões."

    Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. Não há necessidade de ratificação do recurso especial no caso em tela.

    Diz a Súmula 579 do STJ:

    “Súmula 579/STJ: Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do julgamento dos embargos de declaração, quando inalterado o resultado anterior."

    LETRA B- INCORRETO. A apelação é interposta no primeiro grau. De fato, não há juízo de admissibilidade em primeiro grau, mas a apelação não é interposta diretamente em Tribunal.

    Diz o art. 1010 do CPC:

    “Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:"

    LETRA C- CORRETA. Reproduz, com felicidade, o art. 1009, §1º, do CPC.

    LETRA D- INCORRETA.  Não cabe recurso especial de decisão de Turmas Recursais de Juizados Especiais.

    Diz a Súmula 203 do STJ:

    “Súmula 203: Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos juizados especiais."

    LETRA E- INCORRETA. Cabe, nas hipóteses legais, sustentação oral no agravo de instrumento. Diz o art. 937 do CPC:

    Art. 937. Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021

    (...) VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência.

     GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C.

  • Apelação é dirigida ao juiz de 1º grau, que poderá realizar o juízo de retratação. No entanto, a admissibilidade ocorrerá pelo juízo ad quem.

  • na A não mencionou se o embargo de declaração modificou a decisão anterior, o que prejudica o julgamento objetivo, pois ,caso afirmativo, seria necessário a ratificação.


ID
5097286
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Sobre o regime da defesa do réu, da tutela provisória e da coisa julgada no CPC, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra A - Errada. Não existe mais exceção de incompetência com o CPC/15. A incompetência absoluta ou relativa será alegada como questão preliminar de contestação, lembrando que se o réu não alegar a incompetência relativa em preliminar de contestação, ela será prorrogada.

    Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.

    Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: II - incompetência absoluta e relativa;

    B - Errada - Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.

    Aqui cabe uma observação. A questão pede a resposta conforme o CPC, mas o STJ é tranquilo ao afirmar que a tutela antecipada antecedente somente se torna estável se não houver nenhum tipo de impugnação formulada pela parte contrária, de forma que a mera contestação tem força de impedir a estabilização. (informações completas no informativo 639 do STJ)

    C - Errada - Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.

    No CPC/73 havia previsão de que a sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem prejudicando terceiros (art. 472). Perceba-se que o CPC/15 suprimiu a expressão "não beneficiando terceiros", o que nos permite interpretar que a coisa julgada pode sim beneficiar terceiros.

    D - Certa - Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. GABARITO

    E - Errada. Não há essa vedação pelo Código.

    Segundo o artigo 678, a decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse, determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido. Embora no texto legal não esteja escrito expressamente, a determinação da suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se dará através da concessão de uma liminar. Segundo Daniel Amorim: "Recebida a petição inicial e estando suficientemente provada a posse do embargante, o juiz deferirá os embargos e ordenará liminarmente (tutela de urgência satisfativa) a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos de terceiro preventivo ou expedição de mandado de manutenção ou restituição do bem objeto da apreensão judicial em favor do embargante se a constrição já tiver ocorrido (...)". NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil. Volume único. 10ª. ed. Salvador: JusPodivm, 2018. p. 995.

    Qualquer erro, me avisem. Bons estudos!

  • Essa menina, Thays, parece que está estudando para juíza!!!!!!!!!!

  • Thays, há um entendimento mais recente da 3ª turma do STJ, no ano de 2019, que entende que recurso trata-se tão somente de agravo de instrumento (vide info 658 STJ)

  • O STJ reiterou o entendimento de que apenas com a interposição de agravo de instrumento é possível impedir a estabilização de tutela provisória (Info 658, STJ).

  • Quanto a letra B, o assunto é polêmico na doutrina e na jurisprudência. Em que pese o CPC fale em interposição de recurso o artigo 304 (que seria o agravo de instrumento), o STJ tem julgado de 2018 afirmando ser necessário uma interpretação sistemática e teleológica do instituto, dizendo que a estabilização somente ocorrerá se não houver qualquer tipo de de impugnação pela parte contrária, desse modo a contestação constituiria óbice a estabilização da tutela. Mas em outra oportunidade o mesmo Tribunal decidiu em sentido oposto.
  • Conforme comentário da colega Thays:

    Letra A - Errada. Não existe mais exceção de incompetência com o CPC/15. A incompetência absoluta ou relativa será alegada como questão preliminar de contestação, lembrando que se o réu não alegar a incompetência relativa em preliminar de contestação, ela será prorrogada.

    Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.

    Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: II - incompetência absoluta e relativa;

    B - Errada - Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.

    Aqui cabe uma observação. A questão pede a resposta conforme o CPC, mas o STJ é tranquilo ao afirmar que a tutela antecipada antecedente somente se torna estável se não houver nenhum tipo de impugnação formulada pela parte contrária, de forma que a mera contestação tem força de impedir a estabilização. (informações completas no informativo 639 do STJ)

    C - Errada - Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.

    No CPC/73 havia previsão de que a sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem prejudicando terceiros (art. 472). Perceba-se que o CPC/15 suprimiu a expressão "não beneficiando terceiros", o que nos permite interpretar que a coisa julgada pode sim beneficiar terceiros.

    D - Certa - Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. GABARITO

    E - Errada. Não há essa vedação pelo Código.

    Segundo o artigo 678, a decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse, determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido. Embora no texto legal não esteja escrito expressamente, a determinação da suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se dará através da concessão de uma liminar. Segundo Daniel Amorim: "Recebida a petição inicial e estando suficientemente provada a posse do embargante, o juiz deferirá os embargos e ordenará liminarmente (tutela de urgência satisfativa) a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos de terceiro preventivo ou expedição de mandado de manutenção ou restituição do bem objeto da apreensão judicial em favor do embargante se a constrição já tiver ocorrido (...)". NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil. Volume único. 10ª. ed. Salvador: JusPodivm, 2018. p. 995.


ID
5097289
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

A prefeitura do Município Alpha pretende criar um programa local continuado de distribuição de renda para pessoas em situação de pobreza, mas possui dúvidas relacionadas a aspectos jurídicos da operação.

Sobre a situação hipotética descrita, e à luz das disposições constitucionais e legais de Direito Financeiro, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - LETRA A

    A) Art. 16, LRF. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de:     

    I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes;

    II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.

    B) Ausência de previsão legal.

    C) Art. 18, LRF. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.

    D) Art. 17, LRF. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios.       

    § 2 Para efeito do atendimento do § 1, o ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1 do art. 4, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.    

    E) Segundo o art. 19, LRF, a porcentagem referente ao município é de 60%

  • LETRA C : Não se trata de despesa corrente de pessoal pois não há contraprestação em decorrência de programas assistenciais do governo, sendo, portanto, classificado na categoria de transferência corrente de subvenção social, conforme dispõe art.12, §3º, I c/c art. 16, caput da lei 4.320/64.

    Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:  

    § 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:

    I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;

    (...)

    Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concessão de subvenções sociais visará a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a êsses objetivos, revelar-se mais econômica.

  • Trata-se de uma questão sobre conceitos básicos de Direito Financeiro que constam na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n° 101/00).

    Vamos analisar as alternativas.

    a) CORRETO. Realmente, por se estar diante de ação governamental que acarreta aumento de despesa de caráter continuado, deve a Administração, com vistas à sua criação, providenciar estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes, bem como demonstrar a origem dos recursos para seu custeio. É justamente o que afirma o art. 16 da LRF:

    “Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de:
    I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;
    II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias".

    b) ERRADO. Não há na LRF ou em outra norma qualquer determinação nesse sentido.

    c) ERRADO. O dispêndio de recursos necessário à implementação do programa, referente à transferência de recursos dos cofres públicos à população de baixa renda, NÃO se caracteriza como despesa corrente de pessoal. Percebam que esse dispêndio não consta no rol de despesas de pessoal segundo o art. 18 da LRF:

    “Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência".

    d) ERRADO. Os efeitos financeiros da despesa decorrente da criação do programa poderão ser compensados, nos períodos seguintes, pelo aumento permanente de receita, inclusive mediante majoração de alíquotas de tributos, BEM COMO pela redução permanente de despesa segundo o art. 17 da LRF:

    “Art. 17 § 1º Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.
    § 2º Para efeito do atendimento do § 1º, o ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1º do art. 4º, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa".

    e) ERRADO. Por se tratar de despesa com pessoal, a criação do programa de distribuição de renda não pode acarretar superação do limite de despesas com pessoal de 60% (não é 50%) da receita corrente líquida do Município segundo o art. 19, III, da LRF:

    “Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:
    III - Municípios: 60% (sessenta por cento)".
     

    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA “A".

  • Vale lembrar:

    Para que haja aumento de despesa continuada:

    • estimativa de impacto orçamentário no exercício e nos 2 seguintes
    • compatibilidade com a PPA e LDO
    • demonstrar origem dos recursos
    • demonstrar que não afetará as metas fiscais (com aumente permanente de receita ou redução permanente de despesa)

    Obs. tais requisitos são cumulativos!


ID
5097292
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Nos termos do art. 158, incisos I e IV, da Constituição de 1988, pertencem aos municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra (A) - Art. 158, CF/88

    Parágrafo Único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:

    I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;     (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

    II - até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que dispuser lei estadual, observada, obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos educandos.        (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

    Letra(B) CORRETA - lei complementar 63/1990

    Art. 3º ...

    § 1 O valor adicionado corresponderá, para cada Município:

     I – ao valor das mercadorias saídas, acrescido do valor das prestações de serviços, no seu território, deduzido o valor das mercadorias entradas, em cada ano civil;

    Letra (C) - Tema 653 em que se firmou a seguinte tese: É constitucional a concessão regular de incentivos, benefícios e isenções fiscais relativos ao Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados por parte da União em relação ao Fundo de Participação de Municípios e respectivas quotas devidas às Municipalidades.

    Letra (D) - lei complementar 63/1990

    Art. 1º As parcelas pertencentes aos Municípios do produto da arrecadação de impostos de competência dos Estados e de transferência por estes recebidas, conforme os incisos III e IV do art. 158 e inciso II e § 3º do art. 159, da Constituição Federal, serão creditadas segundo os critérios e prazos previstos nesta Lei Complementar.

    Letra (D) - Há entendimento de que somente o Município-Sede tem direito ao repasse do ICMS oriundo da venda de energia elétrica produzida pela Usina Hidroelétrica. Aos Municípios alagados caberia, tão somente, os royalties.

  • abri o edital e essa lei complementar nem tá no conteúdo programático.


ID
5097295
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Sobre a execução fiscal da dívida ativa, regida pela Lei nº 6.830/80, à luz da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta Correta: Letra E

    ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL DE CRÉDITO NÃO TRIBUTÁRIO. BENS INDICADOS À PENHORA PELO CREDOR. VEÍCULOS ANTIGOS. MAGISTRADO QUE RECUSA A CONSTRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.

    1. Após infrutíferas tentativas de localizar outros bens, manifestando o exequente o propósito de penhorar veículos antigos do executado, não cabe ao magistrado indeferir a constrição, ainda que sob o fundamento de que a potencial iliquidez dos automóveis pudesse conduzir à inutilidade da penhora, pois a execução é realizada no interesse do credor (art. 612 do CPC).

    3. Recurso especial provido.

    (REsp 1523794/RS, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/05/2015, DJe 01/06/2015)

  • Letra (A) -

    TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. NECESSIDADE DE EXPRESSA MENÇÃO, NO MANDADO DE PENHORA, DO PRAZO PARA EMBARGOS.

    1. Cinge-se a controvérsia a saber se há necessidade de expressa menção do prazo legal e do termo inicial para interposição dos Embargos à Execução no mandado de intimação, sob pena de nulidade.

    2. A respeito do tema, a jurisprudência mais recente do Superior Tribunal de Justiça tem se orientado no sentido de que "no processo de execução fiscal, para que seja o devedor efetivamente intimado da penhora, é necessária a sua intimação pessoal, e deve constar, expressamente, como requisito no mandado, a advertência do prazo para o oferecimento dos embargos à execução" (AgRg no REsp 1.085.967/RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, DJe 23/4/9). Demais precedentes: AgRg no AgRg no REsp 1.254.413/CE, Rel.Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, DJe 10/5/2013 ...)

    letra (B) -

    Súmula 558-STJ: Em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser indeferida sob o argumento da falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada.

    Letra (C) -

    Súmula 559-STJ: Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei n. 6.830/1980.

    Letra (D) -

    TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. COMPETÊNCIA MUNICIPAL. VALOR IRRISÓRIO. ARQUIVAMENTO. AUSÊNCIA DE LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA. INTERESSE DE AGIR. 1. "Não incumbe ao Judiciário, mesmo por analogia a leis de outros entes tributantes, decretar, de ofício, a extinção da ação de execução fiscal, ao fundamento de que o valor da cobrança é pequeno ou irrisório, não compensando sequer as despesas da execução, porquanto o crédito tributário regularmente lançado é indisponível (art. 141, do CTN), somente podendo ser remitido à vista de lei expressa do próprio ente tributante (art. 150, § 6º, da CF e art. 172, do CTN)" (REsp 999.639/PR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 6.5.2008, DJe 18.6.2008). 2. Recurso especial provido para determinar o retorno dos autos à instância a quo, a fim de prosseguir na Execução Fiscal. (REsp 1228616/PE. DJe 24/02/2011).

  • Quanto a Letra A, cuidado para não confundir com o seguinte julgado do STJ:

    No caso em que a garantia à execução fiscal tenha sido totalmente dispensada de forma expressa pelo juízo competente — inexistindo, ainda que parcialmente a prestação de qualquer garantia (penhora, fiança, depósito, seguro-garantia) — o prazo para oferecer embargos à execução deverá ter início na data da intimação da decisão que dispensou a apresentação de garantia não havendo a necessidade na intimação dessa dispensa de se informar expressamente o prazo para embargar.

    STJ. 2ª Turma. REsp 1440639-PE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 2/6/2015 (Info 563).

    Bons estudos.

  • Vale lembrar:

    A petição inicial da execução fiscal deve conter:

    • juízo
    • pedido
    • requerimento de citação

    A cautelar fiscal deve conter:

    • juízo
    • qualificação (endereço do requerido se souber)
    • provas pretende produzir
    • requerimento de citação


ID
5097298
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Nos termos do art. 156, III, da Constituição Federal de 1988, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993, compete aos Municípios instituir imposto sobre “serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar”. Em âmbito nacional, o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) é regido pela Lei Complementar nº 116, de 2003.

Sobre o ISSQN, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    A) FALSO. Não incide o ISSQN sobre a atividade de emissão de moeda.

    B) FALSO. Se o resultado se verifica no Brasil, incide ISSQN.

    C) FALSO. O ISSQN considera-se devido na prestação efetiva.

    D) CORRETO. Segundo a LC 116/03:

    Art. 8-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2% (dois por cento). (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)

    § 1 O imposto não será objeto de concessão de isenções, incentivos ou benefícios tributários ou financeiros, inclusive de redução de base de cálculo ou de crédito presumido ou outorgado, ou sob qualquer outra forma que resulte, direta ou indiretamente, em carga tributária menor que a decorrente da aplicação da alíquota mínima estabelecida no caput, exceto para os serviços a que se referem os subitens 7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa a esta Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)

    E segundo a Lei 8.429/92:

    Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)

    E) FALSO. Nesse caso a base de cálculo deve abranger tão somente a receita auferida sobre a diferença entre valor pago pelo titular do plano de saúde e o que é repassado aos profissionais prestadores dos serviços. (STF)

    Se meu comentário estiver equivocado, por favor me avise por mensagem para que eu o corrija e evite assim prejudicar os demais colegas.

  • Apenas complementando.

    "A base de cálculo do ISS incidente sobre as operações decorrentes de contrato de seguro-saúde não abrange o valor bruto entregue à empresa que intermedeia a transação, mas, sim, a comissão, vale dizer: a receita auferida sobre a diferença entre o valor recebido pelo contratante e o que é repassado para os terceiros efetivamente

    prestadores dos serviços (STJ - AgRg no Ag 1288850/ES, Rei. Ministro HAMILTON CARVALHIDO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/10/201 O, DJe 06/12/2010)

  • Gab D

    Deve-se pontuar que a Lei de Improbidade administrativa sofreu diversas alterações por meio da redação dada pela lei nº 14.230 de 2021!

    Não existindo mais, inclusive, o art. 10-A que falava Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário.

    Portanto, CUIDADO!!! Questão encontra-se desatualizada!!!


ID
5097301
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O Município Beta instituiu, por meio de lei complementar, taxa de incêndio, com vistas a remunerar os serviços de segurança pública prestados pelo Corpo de Bombeiros Municipal.

Considerando a situação narrada, bem como as disposições constitucionais e legais aplicáveis às taxas, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    Foi desta forma que entendeu o Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 643.247, firmando a seguinte tese “A segurança pública, presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se, no campo da atividade precípua, pela unidade da Federação, e, porque serviço essencial, tem como a viabilizá-la a arrecadação de impostos, não cabendo ao Município a criação de taxa para tal fim. 

  • A- taxa em análise apresenta vício formal de constitucionalidade, tendo em vista que apenas a lei ordinária pode tratar de matéria reservada à lei complementar, mas não o contrário.

    FALSO. Lei complementar pode tratar de matéria reservada à lei ordinária. "Quem pode mais, pode menos".

    B- A base de cálculo das taxas não pode ter qualquer elemento semelhante a elemento integrante da base de cálculo própria de determinado imposto, ainda que não haja integral identidade entre uma base e outra.

    FALSO. Súmula Vinculante 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.

    C- A segurança pública, presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se no campo da atividade precípua dos Estados e do Distrito Federal, e porque serviço essencial, não cabe ao Município criar taxa para tal fim.

    CERTO. STF. A segurança pública, presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se, no campo da atividade precípua, pela unidade da Federação, e, porque serviço essencial, tem como a viabilizá-la a arrecadação de impostos, não cabendo ao Município a criação de taxa para tal fim. [RE 643.247, voto do rel. min. Marco Aurélio, j. 1º-8-2017, P, DJE de 19-12-2017, Tema 16.]

    CF, art. 144, §5º (...) aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. § 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

    D- A iniciativa legislativa para criação de taxa de polícia administrativa, no Brasil, é exclusiva do Chefe do Poder Executivo.

    FALSO. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: (…) II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

    A taxa pode ser instituída por qualquer um dos entes federativos, e não integra o rol de iniciativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo.

    E Admite-se a criação de taxa de incêndio pelos Estados e pelo Distrito Federal, pela utilização, efetiva ou potencial, dos serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição pelo Corpo de Bombeiros Estadual.

    FALSO. Como dito na alternativa C, a jurisprudência do Supremo considera que o combate a incêndios é serviço público geral e indivisível, a ser viabilizado mediante imposto. O Tribunal também tem entendimento consolidado sobre a impossibilidade de introduzir taxa visando à prevenção e ao combate a incêndios por estados ou municípios.  

  • Eu não sei, mas já errei esse assunto pelo menos umas 6 vezes. Como pode, né ? será que eu tenho alguma necessidade especial ?

  • https://www.conjur.com.br/2020-ago-27/taxa-uso-provavel-servico-bombeiros-inconstitucional

  • O Plenário do Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional uma norma do Estado de Minas Gerais que instituiu cobrança de taxa de segurança pública pela “utilização potencial” do serviço de extinção de incêndio. Por maioria, os ministros julgaram procedente o pedido formulado pela seção mineira da OAB-MG na ADI 4.411.

    Lei que criava taxa por uso provável de serviço dos bombeiros é inconstitucional

    A Lei estadual 14.938/2003 estabelecia como contribuinte da taxa o proprietário, o titular do domínio ou o possuidor, a qualquer título, do bem imóvel. Determinava ainda que pelo menos 50% da receita seria empregada para reequipar o Corpo de Bombeiros do município onde fosse gerada a receita. Na ADI, a OAB-MG argumentava que a criação de taxa para os serviços de segurança pública é inconstitucional.

    Em voto pela procedência do pedido, o relator da ADI, ministro Marco Aurélio, salientou que a jurisprudência do Supremo considera que o combate a incêndios é serviço público geral e indivisível, a ser viabilizado mediante imposto. O Tribunal também tem entendimento consolidado sobre a impossibilidade de introduzir taxa visando à prevenção e ao combate a incêndios por estados ou municípios.

    Segundo o relator, é impróprio que, a pretexto de prevenir sinistro relativo a incêndio, o Estado venha a criar tributo sob o rótulo taxa, “ausente exercício do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à disposição”.