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Prova Quadrix - 2018 - CRP - 17ª Região (RN) - Advogado


ID
3424852
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       À noite, no jardim, uma maçã teria caído não em sua cabeça, mas entre ele e a Lua. Ao ver a cena, Newton teria se questionado se a força que puxava a maçã para baixo era a mesma que fazia a Lua girar em torno da Terra.

                                                                       Internet:<http://super.abril.com.br> .


      Quando se fala em dinâmica de corpos, a imagem que vem à cabeça é a clássica e mitológica de Isaac Newton, lendo seu livro sob uma macieira. Repentinamente, uma maçã cai sobre a sua cabeça. Segundo consta, este foi o primeiro passo para o entendimento da gravidade, que atraía a maçã.

                                                                  Internet: <http://www.sofisica.com.br> .


Considerando-se as estruturas sintáticas e os aspectos semânticos da língua portuguesa nos fragmentos de texto acima, é correto afirmar que,

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta: E.

    .

    .

    À noite, no jardim, uma maçã teria caído não em sua cabeça, mas entre ele e a Lua. Ao ver a cena, Newton teria se questionado se a força que puxava a maçã para baixo era a mesma que fazia a Lua girar em torno da Terra.

    Internet:<http://super.abril.com.br> .

    .

    Quando se fala em dinâmica de corpos, a imagem que vem à cabeça é a clássica e mitológica de Isaac Newton, lendo seu livro sob uma macieira. Repentinamente, uma maçã cai sobre a sua cabeça. Segundo consta, este foi o primeiro passo para o entendimento da gravidade, que atraía a maçã.

    Internet: <http://www.sofisica.com.br> .

    .

    Em ambos os casos emprega-se termos que dão à história um caráter de incerteza. Não se sabe ao certo se isso aconteceu de verdade.

    .

    OBS.: alguém comenta o erro da A.

  • LUIS HENRIQUE FORCHESATTO, o erro da alternativa A reside no fato de a assertiva afirmar que o termo "...no jardim..." possui função explicativa, que normalmente é desempenhada por um aposto.

    Perceba que o termo em questão não está explicando outro termo da oração, e sim apenas incluindo uma circunstância de lugar ao período, de forma que é classificado como um adjunto adverbial de lugar, não possuindo função explicativa, mas circunstancial.

  • poh pq são tão dificil portugues pqp

  • o certo não seria aplicar o elemento mesoclítico no verbo teria, já que o verbo está no futuro do pretérito ( ter-se-ia)

  • A) Isolam um adjunto adverbial deslocado de sua posição natural.

    B) no primeiro fragmento, é facultativo o emprego repetido do “se” em “teria se questionado se a força”, visto que a primeira ocorrência pode ser excluída, sem prejuízo gramatical para o texto.

    No primeiro caso= se= reflexivo perceba que dá para trocar por a si mesmo.

    C) Advérbios atraem o pronome..

    São casos de próclise:

    I) Nas orações que contenham uma palavra ou expressão de valor negativo.

    II)  Nas orações em que haja advérbios e pronomes indefinidos, sem que exista pausa.

    III) Nas orações iniciadas por pronomes e advérbios interrogativos.

    IV)Nas orações iniciadas por palavras exclamativas e nas optativas

    ....

    D) no segundo fragmento, o uso do acento indicativo de crase em “vem à cabeça” deve-se à regência do substantivo “imagem” e à presença do artigo feminino, determinando “cabeça”.

    Na verdade, Cai na regra geral: Regra geral, ou seja, verbo rege preposição "a" e a palavra que vem depois admite artigo "a". para termos certeza troque a palavra feminina pela masculina..se latir (aparecer "ao")= crase!

    O sangue subiu à cabeça.

    subiu aos olhos.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • A) no primeiro fragmento, as duas vírgula que isolam “no jardim” foram empregadas para separar termo de caráter explicativo.

    → errada, foram usadas para separa um termo de caráter adverbial, ou uma locução adverbial de lugar.

    B) no primeiro fragmento, é facultativo o emprego repetido do “se” em “teria se questionado se a força”, visto que a primeira ocorrência pode ser excluída, sem prejuízo gramatical para o texto.

    → errada, pois não é facultativo, o primeiro é parte integrante do verbo (questionar no sentido Fazer perguntas a alguém ou a si próprio é pronominal ou bitransitivo), logo causaria incorreção remover o primeiro SE.

    C) no segundo fragmento, caso se colocasse o “se” depois de “fala”, seria mantida a correção gramatical do texto, pois a colocação é, no caso, opcional.

    → errada, Quando se fala, Advérbio ou palavra denotativa antes do verbo é caso de próclise, não cabendo a ênclise.

    D) no segundo fragmento, o uso do acento indicativo de crase em “vem à cabeça” deve-se à regência do substantivo “imagem” e à presença do artigo feminino, determinando “cabeça”.

    → errada, trata-se de uma locução adverbial com núcleo feminino.

    E) em ambos os fragmentos de texto, a referência à queda da maçã sobre a cabeça de Newton é tratada como um fato sem comprovação histórica.

    → correta, basta notar os tempos verbais utilizados no futuro do pretérito que expressa incerteza, surpresa e indignação, sendo utilizado para se referir a algo que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação no passado

  • Achei que era uma questão de sintaxe e não interpretação de texto..

  • socorro

  • Assertiva E

    em ambos os fragmentos de texto, a referência à queda da maçã sobre a cabeça de Newton é tratada como um fato sem comprovação histórica.

  • Essa Quadrix é uma graça... Ou não.

  • vai se lascarrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr. examinador FDP

  • ACERTEI POR ELIMINAÇÃO

  • em português a quadrix é igual ou melhor que o cespe, MAS VCS NÃO ESTÃO PREPARADOS PARA ESSA DISCUSSÃO..kkkkk

  • Segundo consta, este foi o primeiro passo para o entendimento da gravidade, que atraía a maçã.

    |

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    \ | /

    |

    Consta= Flexão do verbo  na: 3ª pessoa do singular do presente do indicativo, 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo

    Não é futuro do pretérito nem subjuntivo para expressar incerteza. O verbo exprime CERTEZA.

    *Segundo consta* Se consta é porque foi constado em algum documento o que implica uma constatação histórica.

  • Miologia! Sem comprovação científica?? É isso?? Dá para acertar por eliminação

  • também achei que era uma questão de sintaxe e não interpretação de texto..em fim PEÇAM A PROFESSORA QUE COMENTE!

  • QC faça comentários de todas as questões!!!!!!


ID
3424864
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Com relação à correspondência oficial, assinale a alternativa correta de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República.

Alternativas
Comentários
  • Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos.

    https://brasilescola.uol.com.br/redacao/coesao.htm

    Concisão

    A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é o

    texto que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras. Não se deve

    de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se deve eliminar

    passagens substanciais do texto com o único objetivo de reduzi-lo em tamanho. Trata-se,

    exclusivamente, de excluir palavras inúteis, redundâncias e passagens que nada acrescentem ao

    que já foi dito.

    Língua Portuguesa | Sidney Martins

    Redação Oficial

  • GABARITO: LETRA A

    Em razão de seu caráter público e de sua finalidade, os atos normativos e os expedientes oficiais requerem o uso do padrão culto do idioma, que acata os preceitos da gramática formal e emprega um léxico compartilhado pelo conjunto dos usuários da língua. O uso do padrão culto é, portanto, imprescindível na redação oficial por estar acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas, regionais; dos modismos vocabulares e das particularidades linguísticas.

    Recomendações:

    a língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra a sua simplicidade;

     o uso do padrão culto não significa empregar a língua de modo rebuscado ou utilizar figuras de linguagem próprias do estilo literário;

     a consulta ao dicionário e à gramática é imperativa na redação de um bom texto.

    FONTE: MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 3ª EDIÇÃO.

  • Esta é uma questão que exige do candidato conhecimento referente aos aspectos gerais da redação oficial, a partir do que determina o Manual de Redação da Presidência da República.

    a) De acordo com tal manual, em razão de seu caráter público e de sua finalidade, os atos normativos e os expedientes oficiais requerem o uso do padrão culto do idioma e, nesse sentido recomenda que a língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra a sua simplicidade. Sendo assim, é possível inferir que esta alternativa está correta.
    b) Para a obtenção de clareza, o manual sugere que não seja utilizado regionalismos e neologismos. Dessa forma, verificamos que esta alternativa está incorreta.
    c) A característica da redação oficial que objetiva transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras é a concisão, não a coesão, conforme afirmação desta alternativa. Assim, inferimos que ela está incorreta.
    d) O manual considera claro o texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. Entretanto, verificamos que no texto apresentado não é possível identificar de qual tema social está sendo tratado, nem tampouco quais/quem são os operadores. Desse modo, não se trata de um texto claro e, portanto, esta alternativa está incorreta.
    e) Referente ao jargão burocrático, o manual esclarece que todo jargão deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada. Portanto, inferimos que esta alternativa está incorreta.

    Gabarito: Letra A

  • GABARITO: A

     

     

    a) A simplicidade da linguagem é acatada nas comunicações que partem dos órgãos públicos federais, desde que não represente pobreza de expressão.

     

    CORRETO:

     

    3.6 Formalidade e padronização
    Recomendações:

    - a língua culta e contra a pobreza de expressão e não contra a sua simplicidade;
    - o uso do padrão culto não significa empregar a língua de modo rebuscado ou utilizar figuras de linguagem proprias do estilo literário;
    - a consulta ao dicionário e à gramática e imperativa na redação de um bom texto.

     

    b) Dada a grande extensão do território brasileiro, são bem-aceitos os regionalismos vocabulares nos atos e expedientes oficiais.

     

    ERRADO:

    3.1 Clareza e precisão
     

    A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial.
    Para a obtenção de clareza, sugere-se:

    a) utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, salvo quando o texto versar sobre assunto técnico, hipótese em que se utilizará nomenclatura própria da área;

    b) usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na ordem direta e evitar intercalações excessivas. Em certas ocasiões, para evitar ambiguidade, sugere-se a adoção da ordem inversa da oração;

    c) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto;

    d) não utilizar regionalismos e neologismos;

    e) pontuar adequadamente o texto;

    f) explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela; e

    g) utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas quando indispensáveis, em razão de serem designações ou expressões de uso já consagrado ou de não terem exata tradução. Nesse caso, grafe-as em itálico.
     

    c) Uma das caraterísticas do texto oficial é ser coeso, ou seja, ser capaz de transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras.

     

    ERRADO:

    3.3 Concisão

    Conciso é o texto que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras.
     

    d) Um novo tema social propõe-se ao reconhecimento da demanda não satisfeita, mediante os mecanismos da participação e o coenvolvimento ativo dos operadores é um exemplo de texto claro e adequado para constar de um documento oficial. 

    ERRADO:

    O texto está truncado e sem coesão.

     

    e) O jargão burocrático deve ter amplo emprego nos atos e expedientes oficiais porque favorece a compreensão das mensagens pelo maior número possível de pessoas.

     

    ERRADO:

    3.6 Formalidade e padronização
     

    É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada.
     

  • Complementando:

    Manual da Presidência da República (2019)

    Pág. 53

    Atenção: 

    Nas formações com o prefixo “co-”, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por “o”:

    Exemplos:

    coobrigação

    coordenar

    coocupante

    cooperar

    cooperação

  • coesão é a boa conexão entre termos

    concisão é saber fazer o uso de poucas palavras para dizer muito.


ID
3424867
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

De acordo com o que dispõe o Código de ética profissional do servidor público civil do Poder Executivo Federal, assinale alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    Das Regras Deontológicas

    III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

    CORRIGINDO AS DEMAIS ALTERNATIVAS:

    Das Regras Deontologicas

    II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

    VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

    I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.

    VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

    DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994.

  • GABARITO: LETRA A

    CAPÍTULO I

    Seção I

    Das Regras Deontológicas

    III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

    FONTE:  DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994.  


ID
3424870
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Segundo o Código de ética profissional do servidor público civil do Poder Executivo Federal, é dever fundamental do servidor público

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D.

    A - INCORRETA

    Dos Principais Deveres do Servidor Público

    XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

    i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

    B - INCORRETA

    Dos Principais Deveres do Servidor Público

    XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

    c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

    C - INCORRETA

    Dos Principais Deveres do Servidor Público

    XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

    m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;

    D - CORRETA

    Dos Principais Deveres do Servidor Público

    XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

    j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;

    E - INCORRETA

    Dos Principais Deveres do Servidor Público

    XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

    s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

    DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994.

  • GABARITO: LETRA D

    Seção II

    Dos Principais Deveres do Servidor Público

    XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

    j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;

    FONTE:  DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994.  


ID
3424873
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

No que tange às diferenças entre a ética e a moral, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Ética é o comportamento individual e refletido de uma pessoa com base em um código de ética ou de conduta que deve ter aplicabilidade geral. É chamado de ética o campo da Filosofia que se dedica a entender e a refletir as ações humanas (ações morais) e a classificá-las enquanto certas ou erradas. Por isso, podemos dizer que ética é uma espécie de “filosofia moral”

    Moral é, por sua vez, o costume ou hábito de um povo, de uma sociedade, ou seja, de determinados povos em tempos determinados. A moral muda constantemente, pois os hábitos sociais são renovados periodicamente e de acordo com o local em que são observados.

    Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/diferenca-entre-etica-moral.htm

    gab. C

  • GABARITO: LETRA C

    Ética é teoria ----------------- Moral é prática

    Ética é o princípio ------------ Moral é conduta 

    Ética é permanente ---------- Moral é temporal

    Ética é universal -------------- Moral é cultura

    Ética é regra ------------------ Moral é conduta da regra

    FONTE: QC

  • A) A ética é influenciada por fatores sociais e históricos, havendo diferenças entre os conceitos éticos de um grupo para outro, enquanto a moral se pauta pela universalidade. ERRADO

    B) A ética, verificada na ação reiterada no tempo e no espaço, é tida como particular. A moral, de cunho filosófico, é tida como universal. ERRADO

    C) Enquanto a ética tem cunho filosófico e está contida na reflexão, a moral está contida na ação. GABARITO

    D) Enquanto a moral, como disciplina filosófica, é especulativa, a ética, seu objeto de estudo, é normativa. ERRADO

    E) Moral é o conhecimento que oferta ao homem critérios para a eleição da melhor conduta, tendo em conta o interesse de toda a comunidade humana. ERRADO

    RESUMO BÁSICO:

    Ética -

    Não é presa a um local;

    Racional;

    "Como os indivíduos devem ser";

    Ethos;

    Teórica (É uma ciência que investiga os valores morais);

    Veio da Grécia;

    Objeto da ética - Moral;

    Atemporal (não muda com o tempo);

    É universal (imutável).

    Moral -

    "Como os indivíduos são";

    Mos/mores;

    Origem Latina;

    Subjetiva;

    Particular;

    É relativa;

    Leva em consideração o tempo e espaço;

    Costumes.

  • Ótima questão para revisão sobre ética e moral!


ID
3424876
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

No exercício de cargo ou função, não é considerado como um comportamento ético do servidor público

Alternativas
Comentários
  • Decreto Nº 1.171/94

    Das Regras Deontológicas

    (...)

    X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

    (...)

    gab. B

  • GABARITO: LETRA B

    CAPÍTULO I

    Seção I

    Das Regras Deontológicas

    X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

    FONTE:  DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994.  

  • infelizmente a grande maioria dos servidores,nunca estudaram ÉTICA.


ID
3424879
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

O exercício da cidadania dá-se com o gozo de direitos e o desempenho de deveres. Considerando essa informação, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Cidadania: a qualidade (o status) de quem é cidadão.

    Exercício da cidadania: é o gozo de direitos e desempenho de deveres pelo cidadão. O exercício da cidadania deve pautar-se por contornos éticos, de modo que o exercício da cidadania deve materializar-se na escolha da melhor conduta, tendo em vista o bem comum, resultando em uma ação moral como expressão do bem. A cidadania exerce-se no campo associativo (da associação civil), pela cooperação de pessoas reunidas no Estado.

    https://www.editorajuspodivm.com.br/cdn/arquivos/e7ee75faff3a164cc6d1b319e9fa06d5.pdf


ID
3424882
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

De acordo com a Lei n.º 5.766/1971, são atribuições dos conselhos regionais de psicologia

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a Lei n.º 5.766/1971, são atribuições dos conselhos regionais de psicologia

    Alternativas

    A

    elaborar e aprovar o Código de ética profissional do psicólogo e orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de psicólogo.= atribuições do Conselho Federal: art. 6º, alínea b e e.

    B

    elaborar e encaminhar a prestação de contas ao tribunal de contas e aprovar as anuidades e demais contribuições a serem pagas pelos psicólogos..= atribuições do Conselho Federal: art. 6º, alínea l e q.

    C

    zelar pela observância do Código de ética profissional, impondo sansões por sua violação, e funcionar como tribunal regional de ética profissional.

    obs: sanção é com "ç" a banca colocou com S.

    D

    elaborar a proposta orçamentária anual a ser apreciada pela assembleia dos delegados regionais dentro dos prazos regimentais e fixar os critérios para a elaboração das propostas orçamentárias regionais.= atribuições do Conselho Federal: art. 6º, alínea p.

    E

    servir de órgão consultivo em matéria de psicologia e publicar, anualmente, o relatório de seus trabalhos e a relação de todos os psicólogos registrados.= atribuições do Conselho Federal: art. 6º, alínea g e i.


ID
3424885
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Consoante dispõe a Resolução CFP n.º 3/2007, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • DA CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO

    ...

    Art. 2º - Os métodos e as técnicas psicológicas utilizados no exercício das funções

    privativas do Psicólogo a que se refere o § 1º do art. 13 da Lei Nº 4.119, de 27 de agosto

    de 1962, são entendidos da seguinte forma:

    I - MÉTODO – conjunto sistemático de procedimentos orientados para fins de produção ou aplicação de conhecimentos; C

    II - TÉCNICA – entende-se como toda atividade específica, coerente com os princípios gerais estabelecidos pelo método;

    III – MÉTODOS PSICOLÓGICOS – conjunto sistemático de procedimentos aplicados à compreensão e intervenção em fenômenos psíquicos nas suas interfaces com os processos biológicos e socioculturais, especialmente aqueles relativos aos aspectos intra e interpessoais;

    IV – DIAGNÓSTICO PSICOLÓGICO - é o processo por meio do qual, por intermédio de Métodos e Técnicas Psicológicas, se analisa e se estuda o comportamento de pessoas, de grupos, de instituições e de comunidades, na sua estrutura e no seu funcionamento, identificando-se as variáveis nele envolvidas; D

    V – ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL - é o processo por meio do qual, por intermédio de Métodos e Técnicas Psicológicas, se investigam os interesses, aptidões e características de personalidade do consultante, visando proporcionar-lhe condições para a escolha de uma profissão; A

    VI – SELEÇÃO PROFISSIONAL - é o processo por meio do qual, por intermédio de Métodos e Técnicas Psicológicas, se objetiva diagnosticar e prognosticar as condições de ajustamento e desempenho da pessoa a um cargo ou atividade profissional, visando a alcançar eficácia organizacional e procurando atender às necessidades

    comunitárias e sociais; B

    VII - ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA - é o processo por meio do qual, por intermédio de Métodos e Técnicas Psicológicas, proporcionam-se condições instrumentais e sociais que facilitem o desenvolvimento da pessoa, do grupo, da

    organização e da comunidade, bem como condições preventivas e de solução de dificuldades, de modo a atingir os objetivos escolares, educacionais, organizacionais e sociais;

    VIII - SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE AJUSTAMENTO - é o processo que propicia condições de auto-realização, de convivência e de desempenho para o indivíduo, o grupo, a instituição e a comunidade, mediante métodos psicológicos preventivos, psicoterápicos e de reabilitação. E


ID
3424888
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

À luz da Lei n.º 8.666/1993, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    (correto) A - Art. 2° As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.

    (incorreto) B - Art. 3° § 14. As preferências definidas neste artigo e nas demais normas de licitação e contratos devem privilegiar o tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei. 

     (incorreto) C -Art. 6°  Para os fins desta Lei, considera-se: II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais;

    (incorreto) D - Art. 9°  Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários: II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;

    (incorreto) E - Art. 22.  São modalidades de licitação: I - concorrência; II - tomada de preços; III - convite; IV - concurso; V - leilão.

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • GABARITO - LETRA "A". OBJETOS DA LICITAÇÃO.

    P.S: LAVEM AS MÃOS : )

  • GABARITO LETRA 'A'

    A as obras e os serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratados com terceiros, sejam necessariamente precedidos de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas na própria Lei n.º 8.666/1993. CORRETA

    Lei n.º 8.666/1993. Art. 2°

    B as normas de licitações e contratos devam privilegiar o tratamento diferenciado e favorecido às microempresas, empresas de capital estrangeiro e empresas de pequeno e médio porte, desde que possuam apenas uma filial. INCORRETA

    Lei n.º 8.666/1993. Art. 3°

    (...)

    § 14As preferências definidas neste artigo e nas demais normas de licitação e contratos devem privilegiar o tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei. 

    C se considere como obra pública toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição; conserto; instalação; montagem; operação; conservação; reparação; adaptação; manutenção; transporte; locação de bens; publicidade; seguro; e trabalhos técnico-profissionais. INCORRETA

    Certo seria SERVIÇO

    Lei n.º 8.666/1993. Art. 6°  Para os fins desta Lei, considera-se:

    (...)

    II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais;

    D deverá o licitante, para concorrer à licitação, participar, direta ou indiretamente, do projeto básico ou executivo, quer seja pessoa física ou jurídica, e, no caso desta última, deverá ainda ter pelo menos quatro anos e meio de atividades exercidas na área. INCORRETA

    Certo seria VEDADO

    Lei n.º 8.666/1993. Art. 9°  Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:

    (...)

    II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;

    E as modalidades de licitação enumeradas na Lei de maneira exaustiva sejam o leilão, a comissão, a concorrência, a tomada de preços, o convite e o concurso. INCORRETA

    Lei n.º 8.666/1993.  Art. 22.  São modalidades de licitação: I - concorrência; II - tomada de preços; III - convite; IV - concurso; V - leilão.

  • as obras e os serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratados com terceiros, sejam necessariamente precedidos de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas na própria Lei n.º 8.666/1993.

    #se não tivesse esse finalzinho das ressalvas.. seria uma omissão que tornaria errada.

    Ficar esperto paras as variações!

  • GABARITO: LETRA A

    Seção I

    Dos Princípios

    Art. 2  As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.

    Parágrafo único.  Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.

    FONTE:  LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993.  

  • Vejamos cada opção, separadamente:

    a) Certo:

    Trata-se de assertiva que reproduz a norma do art. 2º, caput, da Lei 8.666/93, que assim preceitua:

    "Art. 2o  As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei."

    Logo, eis aqui a opção correta.

    b) Errado:

    A presente afirmativa contraria a norma do art. 3º, §14, da Lei 8.666/93:

    "Art. 3º (...)
    § 14.  As preferências definidas neste artigo e nas demais normas de licitação e contratos devem privilegiar o tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei."

    Inexiste, portanto, extensão desta regra às empresas de capital estrangeiro, tampouco às de médio porte, tal como sustentado pela Banca. 

    c) Errado:

    Na verdade, o conceito exposto neste item vem a ser aquele referente a "serviço", consoante art. 6º, II, da Lei 8.666/93:

    "Art. 6o  Para os fins desta Lei, considera-se:

    (...)

    II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais;"

    d) Errado:

    A proposição em exame colide frontalmente com a norma do art. 9º, I, da Lei 8.666/93:

    "Art. 9o  Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:

    I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;"

    e) Errado:

    Inexiste a modalidade de "comissão", tal como equivocadamente aduzido neste item, o que o torna equivocado, portanto. O rol de modalidades previstas na Lei 8.666/93 é aquele contido no art. 22 de tal diploma, in verbis:

    "Art. 22.  São modalidades de licitação:

    I - concorrência;

    II - tomada de preços;

    III - convite;

    IV - concurso;

    V - leilão."


    Gabarito do professor: A

  • Confundido obra e serviço meu filho, não faça isso!!!!

  • Questãozinha pra Não errar KKKKKKKKKKK


ID
3424891
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Conforme o Decreto-Lei n.º 200/1967, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • LETRA B!

    Conforme o Decreto-Lei n.º 200/1967.

    Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

    I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

    II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.              

    III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.             

    III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.             

    IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.             

  • Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

    I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

    ia ou contingência administrativa, podendo tal entidade revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.

    II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.            

    III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.

    IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.

  • Eu errei, OK.

    Mas o art. 37, incisos XIX e XX da no LEI MAIOR (CF88) deixam claro que Sociedade de Economia Mista é AUTORIZADA por lei e NÃO CRIADA POR LEI.

    Eu pensei que as demais normas deviam se conformar com a CF/88 e, no caso, de um Decreto-Lei de 1967, em juízo de recepção, OBVIAMENTE, não poderia vigorar o disposto em seu art. 5º, inciso III.


ID
3424894
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo a Resolução CFP n.º 20/2007, é correto afirmar que

Alternativas

ID
3424897
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a Lei de improbidade administrativa, atentam contra os princípios da Administração Pública as ações ou omissões que violem os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, tais como

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADA: Prejuízo ao erário

    b) CORRETA

    c) ERRADA: Prejuízo ao erário

    d) ERRADA: Prejuízo ao erário

    e) ERRADA: Enriquecimento ilícito

  • GABARITO B

    LEI 8.429/92 - ART 9 - ENRIQUECIMENTO ILÍCITO, ART 10 - PREJUÍZO AO ERÁRIO, ART 11 - ATENTA CONTRA PRINCÍPIOS

    A) ART 10 - V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;

    B) ART 11 - II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

    C) ART 10 - IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;

    D) ART 10 - XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

    E) ART 9 - IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;

  • Dicas sobre o assunto:

    1.Quando se fala em enriquecimento ilícito imagine sempre alguém recebendo alguma vantagem...fique de olho nos verbos:

    receber, Perceber,  utilizar, Adquirir, Aceitar, perceber, Incorporar.

    2.A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA REPUDIA AGENTES FUXIQUEIROS. (Revelar fato= atentar contra a administração).

    3.No caso de prejuízo ao erário imagine um alguém que facilita o ato de outra pessoa... fique de olho nos verbos>

     facilitar , Permitir, doar, permitir, facilitar, realizar, liberar, realizar.

    Pra mim: Enriquecimento Ilícito

    Pra ele: Prejuízo ao Erário .

    Que não seja nem pra ele nem pra mim: Princípios.

    FONTE: colega aqui do QC

  • a) prejuízo ao erário

    b) contra os princípios da adm

    c) prejuízo ao erário

    d) prejuízo ao erário

    e) enriquecimento ilícito

  • GABARITO: LETRA B

    COMPLEMENTANDO:

    ✓ Enriquecimento ilícito:

      ⮩ Conduta dolosa.

      ⮩ Perda da função pública.

      ⮩ Deve perder os bens ilícitos.

      ⮩ Suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos.

      ⮩ Multa de até 3X o valor do acréscimo patrimonial.

      ⮩ Proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 10 anos.

     

    ✓ Prejuízo ao erário:

      ⮩ Conduta dolosa ou culposa.

      ⮩ Perda da função pública.

      ⮩ Pode perder os bens ilícitos.

      ⮩ Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos.

      ⮩ Multa de até 2X o valor do dano.

      ⮩ Proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 5 anos.

     

    ✓ Atentam contra os princípios administração da Administração Pública:

      ⮩ Conduta dolosa.   

      ⮩ Perda da função pública.

      ⮩ Suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos.

      ⮩ Multa de até 100X a remuneração do agente.

      ⮩ Proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 3 anos.

     

    Concessão ou Aplicação Indevida de BFT (Benefício Financeiro ou Tributário) (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016):  

      ⮩ Conduta dolosa (http://www.conjur.com.br/2017-jan-04/lei-cria-tipo-improbidade-administrativa-relacionado-issn).

       ⮩ Perda da função pública.

      ⮩ Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos.

      ⮩ Multa de até 3X o valor do benefício financeiro ou tributário concedido.

    FONTE: Esquema elaborado pelo usuário HeiDePassar

  • GAB B

    ENRIQUECIMENTO ILÍCITO - Eu ganho;

    PREJUÍZO AO ERÁRIO - Facilito para alguém ganhar;

    ATENTAR CONTRA PRINCÍPIOS - Ninguém ganha.

  • A questão requer conhecimento acerca da Lei de Improbidade Administrativa (LIA) – Lei nº 8429/92.

    Lembre-se que a LIA traz rol exemplificativo de condutas que podem ser consideradas atos de improbidade. De forma resumida, são 4 (quatro) as modalidades de atos considerados ímprobos:

    1-Atos de improbidade que importam enriquecimento ilícito do agente (art. 9º, da LIA);

    2-Atos de improbidade que causam dano ao erário público (art. 10, da LIA)

    3-Atos de improbidade que ensejam prejuízo ao erário decorrente de concessão, aplicação ou manutenção indevida de benefício financeiro ou tributário em relação ao ISS - Imposto Sobre Serviços (art. 10-a, da LIA).

    4-Atos de improbidade que atentam contra princípios da administração pública (art. 11, da LIA).

    Como dito, o comando pede exemplo de ato que atenta contra princípios da administração pública. Dito isto, vamos às alternativas.

    Letra A: incorreta. “Permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado” é uma das espécies de atos que causam dano ao erário público (está expresso no art. 10, inciso V, da LIA);

    Letra B: correta. De fato, é o que consta no art. 11, inciso II, da LIA: “II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício”, sendo esta a alternativa correta. Perceba que é a única alternativa que traz uma conduta que atenta contra princípios da administração pública.

    Letra C: incorreta. “Ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento” é uma das espécies de atos que causam dano ao erário público  (art. 10, inciso IX, da LIA);

    Letra D: incorreta. “Permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente” é uma das espécies de atos que causam dano ao erário público (art. 10, inciso XII, da LIA).

    Letra E: incorreta. “Perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza” é uma das espécies de atos que importam enriquecimento Ilícito (art. 10, inciso IX, da LIA).

    Gabarito – Letra B

  • Analisemos cada opção, separadamente:

    a) Errado:

    Em rigor, o ato de improbidade descrito neste item ocasiona prejuízos ao erário, sendo previsto no art. 10, V, da Lei 8.429/92:

    "Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

    (...)

    V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;"

    b) Certo:

    De fato, aqui se insere um dos atos ímprobos violares de princípios da administração pública, conforme art. 11, II, da Lei 8.429/92:

    "Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

    (...)

    II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;"

    c) Errado:

    De novo, o caso em exame é de ato causador de lesão ao erário, na forma do art. 10, IX, da Lei 8.429/92:

    "Art. 10 (...)
    IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;"

    d) Errado:

    Outra vez, a hipótese é de ato que gera danos ao erário, consoante art. 10, XII, da Lei 8.429/92:

    "Art. 10 (...)
    XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;"

    e) Errado:

    Desta vez, cuida-se de ato gerador de enriquecimento ilícito, previsto no art. 9º, IX, da Lei 8.429/92:

    "Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:

    (...)

    IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;"


    Gabarito do professor: B


ID
3424900
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, não é impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou a autoridade que

Alternativas
Comentários
  • Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

    I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;

    II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;

    III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.

    Questão mal formulada como sempre, porque mudaram apenas o grau de parentesco, mas continuaria impedido em situações que envolvam cônjuge e companheiro.


ID
3424903
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A respeito da responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    ALTERNATIVA A - incorreta pois a teoria do risco administrativo não é exclusiva as condutas comissivas, pois também aplica-se as omissivas.

    ALTERNATIVA B - incorreta pois o STJ afirma que a responsabilidade civil do estado no caso em questão é objetiva ,pois é dever do estado prestar vigilância e segurança aos presos sob sua custódia, portanto, afirma que não há necessidade de se inquerir sobre a existência dos meios citados.

    ALTERNATIVA C - incorreta, aplica-se às condutas omissivas a teoria da culpa administrativa.

    ALTERNATIVA D - correta, uma vez que para configurar tal omissão é necessário que a omissão do agente tenha causado objetivamente o dano à vitima, e inexistindo o nexo causal, não configuraria responsabilidade estatal.

    ALTERNATIVA E -De acordo com o STJ, não há tal confusão, diferencia-se a culpa especial da administração (culpa administrativa) da responsabilidade subjetiva dos agentes; § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. STJ/RE/976730 RS 2007/0183280-0

  • Gab: D

    >> Correta, pois em casos de omissão a responsabilidade é subjetiva, o que implica dizer que é necessária a comprovação de culpa para que surja o dever de indenizar, logo, é preciso comprovar o nexo causal.

  • Responsabilidade civil do Estado por:

    => AÇÃO > responsabilidade OBJETIVA = teoria do risco administrativo

    => OMISSÃO > responsabilidade SUBJETIVA = teoria da culpa administrativa

    Obs: excepcionalmente aplica-se a teoria do risco integral, que não admite excludentes, nos casos de:

    - danos nucleares,

    - danos ambientais e

    - ataques terroristas a aeronaves brasileiras.

  • GAB 'D'

    Regra: Teoria do Risco Administrativo - critério OBEJTIVO - ou seja, analisa-se a AÇÃO/OMISSÃO (elementos objetivos) do Estado.

    Excludentes: Culpa exclusiva de terceiros; caso fortuito, força maior e culpa concorrente. Nesta última, o Estado e o terceiro são responsáveis.

    Requisitos: Conduta (objetiva: ação/omissão), nexo e resultado (dano).

    Exceção: Teoria do Culpa Administrativa - critério SUBJETIVO - ou sejam analisa-se o DOLO/CULPA (elementos subjetivos).

    Requisitos: Conduta (subjetiva: DOLO/CULPA), nexo e resultado (dano).

    Teoria do Risco Integral só 'utilizada' em casos excepcionais, ex.: danos ambientais

    Obs. 1: crime praticado por preso, logo após fugir do sistema penitenciário - Responsabilidade por omissão do Estado. Exceção a esta: Princípio da Reserva do Possível x Teoria da Escolha Trágica.

    Obs. 2: agente da segurança pública, fora de serviço, pratica conduta com armamento da instituição - Teoria do Risco Criado - Teoria do Órgão - Teoria da imputação volitiva.

    Audaces Fortuna Juvat

  • Complemento>

    A)  a responsabilidade objetiva do Estado engloba tanto os atos comissivos como os omissivos, desde que demonstrado o nexo causal entre o dano e a omissão específica do Poder Público.

    A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de que as pessoas jurídicas de direito público respondem objetivamente pelos danos que causarem a terceiros tanto por atos comissivos quanto por atos omissivos, desde que demonstrado o nexo causal entre o dano e a omissão do Poder Público. (...)

    STF. 2ª Turma. ARE 897890 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 22/09/2015.

    B)

    Aqui é importante ter em mente o seguinte entendimento:

    (...) sendo inviável a atuação estatal para evitar a morte do preso, é imperioso reconhecer que se rompe o nexo de causalidade entre essa omissão e o dano. Entendimento em sentido contrário implicaria a adoção da teoria do risco integral. Min. Luiz Fux:

    C) A CF, nas condutas estatais omissivas, aceita a teoria do risco integral.

    Em regra= Subjetiva de acordo com STJ.

    E)

    O estado responde objetivamente

    O agente subjetivamente.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Gab. D

    Risco administrativo:

    Responsabilidade objetiva

    Atos comissivos, em geral (omissivos apenas quando houver uma relação de custódia)

    A administração tem obrigação de indenizar a vítima pelo ato danoso e injusto que lhe foi causado, não sendo necessário a vítima provar culpa dos agentes ou falta de serviço. Para que surja a responsabilidade é necessário que a vítima comprove que:

    > Existência de um fato administrativo

    > Existência de um dano

    > Nexo causal entre o fato administrativo e o Dano

    obs. Nessa caso, o agente terá responsabilidade subjetiva (o agente só será condenado a ressarcir a Administração (ou delegatária), regressivamente, se houver dolo ou culpa de sua parte.)

    ...

    ...

    ...

    Culpa administrativa

    Culta pela falta do serviço

    atos comissivos

    Para que incorra a responsabilidade faz-se necessário que a vítima sofra um dano e comprove a falta de serviço.

    Exige, também, a culpa especial da Administração. A falta de serviço caracteriza-se:

    -> pela sua inexistência

    -> pelo seu mau funcionamento ou retardamento

    ...

    ...

    ....

    Risco Integral

    Modalidade extremada da doutrina do risco administrativo.

    A Administração é obrigada a indenizar todo e qualquer dano suportado por terceiros, ainda que resultante de culpa ou dolo da vítima. Não admite excludente da responsabilidade

    -> Dano Nuclear

    -> Dano ambiental

    -> Ataques terroristas

  • Eu n entendi. Na A fala que é exclusivamente por atos comissivos. não está certo? uma vez que atos omissivos é teoria da culpa?
  • Me parece que, por questão de lógica, só se dispensa a comprovação do nexo causal nos casos super excepcionais de aplicação da teoria do risco integral.

    O nexo é elemento indissociável da responsabilidade civil, tanto objetiva quanto subjetiva. Comprovar dolo ou culpa não é o mesmo que comprovar o nexo causal.

  • OMISSÃO ESPECÍFICA ----> RESPONSABILIDADE OBJETIVA

    Estado se encontra na condição de garante e, por omissão, cria situação propícia para a ocorrência do evento em situação em que tenha o dever de agir para impedi-lo.Pressupõe um dever específico do Estado, que o obrigue a agir para impedir o resultado danoso.

    Ex.: morte de detento em rebelião em presídio; suicídio cometido por paciente internado em hospital público, tendo o médico responsável ciência da intenção suicida do paciente e nada feito para evitar; paciente que dá entrada na emergência de hospital público, onde fica internada, não sendo realizados os exames determinados pelo médico, vindo a falecer no dia seguinte; acidente com aluno nas dependências de escola pública

    Nova linha de entendimento do STF quanto a responsabilidade do Estado pela morte de preso RE-841526.

    Desta nova linha de entendimento do STF, pode-se inferir que, de regra, o Estado é objetivamente responsável pela morte de preso, dada a inobservância de seu dever específico de proteção (art. 5º, inciso XLIX, da CF/88).

    Excepcionalmente, contudo, o Estado poderá ser eximido do dever de indenizar se ele conseguir demonstrar que a morte do preso não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de causalidade entre o resultado morte e a omissão estatal.

    Advirta-se que o ônus de provar tal excludente cabe ao Poder Público, já que é presumida sua culpa pelo destino trágico de alguém que estava sob sua total custodia, numa relação delicada e vulnerável de sujeição. Percebe-se que o critério crucial para a se utilizar é a “previsibilidade” do evento danoso pelo Estado, segundo padrões razoáveis esperados.

  • Vejamos cada uma das opções:

    a) Errado:

    Acerca do tema em exame, o STF possui precedente na linha de que a teoria do risco administrativo, de índole objetiva, aplica-se tanto às condutas comissivas quanto às omissivas. A propósito, confira-se:

    "RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR MORTE DE DETENTO. ARTIGOS 5º, XLIX, E 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A responsabilidade civil estatal, segundo a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37, § 6º, subsume-se à teoria do risco administrativo, tanto para as condutas estatais comissivas quanto paras as omissivas, posto rejeitada a teoria do risco integral. 2. A omissão do Estado reclama nexo de causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nos casos em que o Poder Público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir para impedir o resultado danoso. 3. É dever do Estado e direito subjetivo do preso que a execução da pena se dê de forma humanizada, garantindo-se os direitos fundamentais do detento, e o de ter preservada a sua incolumidade física e moral (artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal). 4. O dever constitucional de proteção ao detento somente se considera violado quando possível a atuação estatal no sentido de garantir os seus direitos fundamentais, pressuposto inafastável para a configuração da responsabilidade civil objetiva estatal, na forma do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal. 5. Ad impossibilia nemo tenetur, por isso que nos casos em que não é possível ao Estado agir para evitar a morte do detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), rompe-se o nexo de causalidade, afastando-se a responsabilidade do Poder Público, sob pena de adotar-se contra legem e a opinio doctorum a teoria do risco integral, ao arrepio do texto constitucional. 6. A morte do detento pode ocorrer por várias causas, como, v. g., homicídio, suicídio, acidente ou morte natural, sendo que nem sempre será possível ao Estado evitá-la, por mais que adote as precauções exigíveis. 7. A responsabilidade civil estatal resta conjurada nas hipóteses em que o Poder Público comprova causa impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade da sua omissão com o resultado danoso. 8. Repercussão geral constitucional que assenta a tese de que: em caso de inobservância do seu dever específico de proteção previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o Estado é responsável pela morte do detento. 9. In casu, o tribunal a quo assentou que inocorreu a comprovação do suicídio do detento, nem outra causa capaz de romper o nexo de causalidade da sua omissão com o óbito ocorrido, restando escorreita a decisão impositiva de responsabilidade civil estatal. 10. Recurso extraordinário DESPROVIDO.
    (RE 841.526, rel. Ministro LUIZ FUX, Plenário, 30.03.2016)

    Logo, incorreta esta primeira assertiva.

    b) Errado:

    Em verdade, o entendimento referido nesta alternativa da questão é aquele adotado pelo STF, conforme precedente acima indicado, especialmente à luz do que consta na seguinte passagem, que abaixo reproduzo:

    "4. O dever constitucional de proteção ao detento somente se considera violado quando possível a atuação estatal no sentido de garantir os seus direitos fundamentais, pressuposto inafastável para a configuração da responsabilidade civil objetiva estatal, na forma do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal. 5. Ad impossibilia nemo tenetur, por isso que nos casos em que não é possível ao Estado agir para evitar a morte do detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), rompe-se o nexo de causalidade, afastando-se a responsabilidade do Poder Público(...)"

    c) Errado:

    Novamente, à luz do precedente do STF acima colacionado, percebe-se a rejeição da teoria do risco integral ("posto rejeitada a teoria do risco integral").

    d) Certo:

    A assertiva em exame reproduz, em sua absoluta literalidade, um dos trechos da ementa em tela, de sorte que reflete, com fidelidade, a compreensão jurisprudencial abraçada pelo STF, o que torna acertada a presente opção.

    e) Errado:

    Não há que se estabelecer qualquer "confusão" entre a responsabilidade civil do Estado, de índole objetiva, que prescinde de culpa ou dolo, da responsabilidade subjetiva dos agentes públicos, para a qual é necessário demonstrar comportamento culposo ou doloso, na forma do art. 37, §6º, da CRFB/88, em sua parte final, verbis:

    "§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."


    Gabarito do professor: D

  • alguns comentários estão estritamente equivocados.

    nós temos dois casos de "omissões"

    genéria & específica

    omissão Genérica ---------------> responsabilidade Subjetiva(consoante + consoante)

    omissão Específica -------------> responsabilidade Objetiva(vogal + vogal)

    PARAMENTE-SE!

    insta: @Patlick Aplovado

  • Previsão constitucional da responsabilidade civil do estado 

    Art 37.§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

    Responsabilidade civil do estado 

    Responsabilidade objetiva

    •O dever de indenizar se dará independentemente da comprovação do dolo ou culpa, bastando que fique configurado o nexo causal daquela atividade com o objetivo atingido.

    •Independe de dolo ou culpa

    •Responde por atos lícitos ou ilícitos, comissivos ou omissivos.

    Responsabilidade civil do servidor público 

    Responsabilidade subjetiva

    •O dever de indenizar se dará quando o causador de determinado ato ilícito atingir este resultado em razão do dolo ou da culpa em sua conduta

    Responsabilidade objetiva (adotada)

    Conduta + nexo causal + dano 

    Responsabilidade subjetiva 

    Conduta + nexo causal + dano + dolo ou culpa

    Excludentes (afasta) responsabilidade civil do estado 

    •Culpa exclusiva da vítima 

    A ocorrência do evento danoso decorreu somente por parte da vítima

    Caso fortuito ou força maior 

    Situações imprevisíveis e inevitáveis

    Atenuantes (Diminuição) responsabilidade civil do estado

    •Culpa recíproca ou concorrente 

    O particular e o estado contribui para a ocorrência do evento danoso

    Teorias sobre a responsabilidade civil do estado 

    Teoria do risco administrativo 

    (adotada em regra)

    Responsabilidade objetiva 

    •Admite excludentes e atenuantes de responsabilidade civil do estado 

    Teoria do risco integral 

    Responsabilidade objetiva 

    •Não admite excludentes e atenuantes de responsabilidade civil do estado 

    •Aplicada em danos de acidentes nucleares, danos ambientais e atentado terrorista a bordo de aeronave de matrícula brasileira.

    Teoria da culpa administrativa 

    Responsabilidade subjetiva 

    •Omissão estatal 

    •Ocorre quando o estado é omisso quanto ao seu dever legal

    Evolução sobre a responsabilidade civil do estado 

    Teoria da irresponsabilidade do estado

    •Teoria da responsabilidade civil 

    •Teoria da responsabilidade civil objetiva

    Responsabilidade civil do estado por atos praticado por multidões

    Regra

    •Não responde

    Exceção

    •Responde quando não adota as providências necessárias para evitar o confronto.

    •Fica caracterizado a omissão específica

    Responsabilidade civil do estado por atos nucleares 

    Responsabilidade objetiva

    Responsabilidade civil do estado por atos legislativos 

    Regra

    Não responde

    Exceção

    Lei declarada inconstitucional

    •Lei de efeitos concretos

    •Omissões legislativas

    Responsabilidade civil do estado por atos judiciais 

    Regra

    Não responde

    Exceção

    Erro judiciário

    •Prisão além do tempo fixado

    •Juiz agir com dolo ou fraude

    •Falta objetiva injustificada na prestação jurisdicional

    Empresas pública e sociedade de economia mista 

    Prestadora de serviço público 

    Responsabilidade objetiva 

    Exploradora de atividade econômica 

    Responsabilidade subjetiva

  • Gente, pelo amor de deus, vamos com calma com esses comentários.

    As respostas das alternativas a, b, c e d estão na ementa do julgamento RE 841.526.

    "RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR MORTE DE DETENTO. ARTIGOS 5º, XLIX, E 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A responsabilidade civil estatal, segundo a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37, § 6º, subsume-se à teoria do risco administrativo, tanto para as condutas estatais comissivas quanto paras as omissivas (alternativa A), posto rejeitada a teoria do risco integral (alternativa C). 2. A omissão do Estado reclama nexo de causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nos casos em que o Poder Público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir para impedir o resultado danoso (Alternativa D - Correta!). 3. É dever do Estado e direito subjetivo do preso que a execução da pena se dê de forma humanizada, garantindo-se os direitos fundamentais do detento, e o de ter preservada a sua incolumidade física e moral (artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal). 4. O dever constitucional de proteção ao detento somente se considera violado quando possível a atuação estatal no sentido de garantir os seus direitos fundamentais, pressuposto inafastável para a configuração da responsabilidade civil objetiva estatal, na forma do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal. 5. Ad impossibilia nemo tenetur, por isso que nos casos em que não é possível ao Estado agir para evitar a morte do detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), rompe-se o nexo de causalidade, afastando-se a responsabilidade do Poder Público, sob pena de adotar-se contra legem e a opinio doctorum a teoria do risco integral, ao arrepio do texto constitucional. 6. A morte do detento pode ocorrer por várias causas, como, v. g., homicídio, suicídio, acidente ou morte natural, sendo que nem sempre será possível ao Estado evitá-la, por mais que adote as precauções exigíveis. 7. A responsabilidade civil estatal resta conjurada nas hipóteses em que o Poder Público comprova causa impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade da sua omissão com o resultado danoso. 8. Repercussão geral constitucional que assenta a tese de que: em caso de inobservância do seu dever específico de proteção previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o Estado é responsável pela morte do detento.(...) (RE 841.526, rel. Ministro LUIZ FUX, Plenário, 30.03.2016)

    b) Errado: o entendimento referido nesta alternativa da questão é aquele adotado pelo STF, conforme precedente acima indicado

    e) Errado:

    Não há que se estabelecer qualquer "confusão" entre a responsabilidade civil do Estado, de índole objetiva, que prescinde de culpa ou dolo, da responsabilidade subjetiva dos agentes públicos, para a qual é necessário demonstrar comportamento culposo ou doloso, na forma do art. 37, §6º, da CRFB/88.

  • Letra d.

    a) Errada. A CF de 1988, no art. 37, § 6º, estabelece que:

    • § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

    Na forma do referido artigo, é necessário que se trate de pessoa jurídica de direito público ou de direito privado prestadora de serviços públicos.

    b) Errada. Nesse caso a responsabilidade do Estado é objetiva, devendo apenas demonstrar a conduta, o dano e o nexo causal.

    c) Errada. A teoria do risco integral só é utilizada em algumas poucas hipóteses, como danos nucleares e danos ambientais.

    d) Certa. Entende-se que, quando o Estado é omisso em seu dever legal de agir, deverá reparar o prejuízo causado. Porém, a responsabilidade será na forma subjetiva, uma vez que deverá ser demonstrada a omissão estatal (culpa).

    e) Errada. A responsabilidade civil do Estado é em regra, objetiva, enquanto a responsabilidade de seus agentes é subjetiva em sede de ação regressiva.


ID
3424906
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Para os fins da Lei n.º 8.666/1993, as compras, sempre que possível, deverão

Alternativas
Comentários
  • Art. 15, Lei n. 8.666/93

    a) ERRADA: III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado;

    b) ERRADA: II - ser processadas através de sistema de registro de preços;

    c) CORRETA: I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas;

    d) ERRADA: IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade;

    e) ERRADA: V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública.

  • Nos termos da Lei nº 8.666/83, em seu art. 15, I, verifica-se que o item "C" está correto, vejamos:

    Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:         

    I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas;

    II - ser processadas através de sistema de registro de preços;

    III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado;

    IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade;

    V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública.

    Firmes na luta pessoal, até a aprovação!

    Obs: Mesmo em casa, e em tempos de conturbação, mantenhamos a rotina de estudos, se possível. Quando os editais saírem das suspensões, ou forem publicados novos, estaremos uma passo à frente. Que Deus abençoe a todos nós!

  • Difícil estudar com todo essa turbulência... mantenha o foco.. pois a rotina faz o hábito!

  • GABARITO: LETRA C

    Seção V

    Das Compras

    Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:          

    I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas;

    FONTE:  LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993.  

  • Para o exame da presente questão, há que se aplicar a norma do art. 15 da Lei 8.666/93, que assim preceitua:

    "Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:

    I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas;

    II - ser processadas através de sistema de registro de preços;

    III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado;

    IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade;

    V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública."

    Com apoio neste preceito legal, vejamos as opções:

    a) Errado:

    Assertiva que diverge frontalmente da regra vazada no inciso III, acima ("submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado")

    b) Errado:

    Esta opção viola a norma do inciso II ("ser processadas através de sistema de registro de preços")

    c) Certo:

    Em perfeita conformidade com a regra do inciso I.

    d) Errado:

    A ofensa, desta vez, é em relação ao inciso IV ("ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade")

    e) Errado:

    O equívoco, agora, deriva da violação à norma do inciso V ("balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública").


    Gabarito do professor: C

  • Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:     

    V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública.


ID
3424909
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Acerca da concessão de serviço público, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Tarifa ou preço público não é espécie do gênero tributo.

    São espécies de tributo: impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições especiais e empréstimos compulsórios.

  • Fiquei muito em dúvida na letra A quando diz "prestá-lo em nome próprio" pois na delegação de serviços públicos o Poder público não continua com a titularidade?

  • o   Gabarito: E.

    .

    Há a cobrança de tarifa ou preço público, valor de natureza NÃO tributária.

  • Gab. E

    Tarifa ou preço público não é espécie do gênero tributo. (tarifa é quando o usuário tem a opção de escolher se quer o serviço ou não.

    ex. tarifa de ônibus - a pessoa pode ir de carro ao trabalho, mas prefere ir de ônibus.

    outros exemplos de tarifas:a tarifa de transportes,postal,telefônica,telegráfica,de gás,de fornecimento de água,entre outros mais

    TARI(FA) - (FA)CULTATIVA sua utilização

    ....

    tributo: impostos, taxas , contribuições de melhoria, contribuições especiais e empréstimos compulsórios.

  • Katarina, o poder público continua sim com a titularidade, porém não é requisito prestar o serviço em nome próprio.

  • Qual é o erro da alternativa a?

  • A letra A também está errada, pois na Delegação (concessão, permissão e autorização) o poder público transfere para uma entidade de direito privado a responsabilidade de desempenhar o serviço, e não a sua titularidade.

    Neste caso, a entidade exerce o serviço em nome do Estado, e não em nome próprio.

  • GABARITO LETRA E

    A relação jurídica existente entre a concessionária e o usuário possui natureza tributária.

    Na verdade, o STJ entende que é relação consumerista

  • A questão indicada está relacionada com a concessão de serviço público. 

    A) CERTO, conforme indicado por Di Pietro (2018) a concessão de serviço público "é o contrato administrativo pelo qual a Administração Pública delega a outrem a execução de um serviço público, para que o execute em seu próprio nome, por sua conta e risco, assegurando-lhe a remuneração mediante tarifa paga pelo usuário ou outra forma de remuneração decorrente da exploração do serviço". 
    B) CERTO, segundo Artur César e Souza (2019) o concessionário estabelece duas espécies de relações jurídicas a saber: "uma com o Poder concedente, titular, dentre outros, do ius imperii no atendimento do interesse público, ressalvadas eventuais indenizações legais; (...) outra com os usuários de natureza consumerista". 
    C) CERTO, de acordo com o art. 9º, §2º, da Lei nº 8.987 de 1995. "Art. 9º, § 2º Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro". 
    D) CERTO, tendo em vista que a tarifa é paga pelo usuário. 
    E) ERRADO, uma vez que a relação entre a concessionária e o usuário é de consumidor. 

    Referências:

    DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 31 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018. 
    SOUZA, Artur César. Jurisdição e Competência no Novo CPC. São Paulo: Almedina Brasil, 2019. 

    Gabarito: E
  • Em nome próprio? Não mesmo!

    Na concessão para a iniciativa privada, a titularidade continua com o poder público, delegando apenas a prestação do serviço em si. Sendo assim, o particular presta o serviço em nome do Estado.

    A exceção é na delegação por outorga, onde o Estado cria entidade estatal e transfere a titularidade do serviço para esta (como uma Autarquia).

    Item A também está incorreto. Questão passível de anulação.

    "Segura na Minha mão e vai!"

  • Atenção colegas. A titularidade do serviço público é sempre do Estado, enquanto a titularidade da PRESTAÇÃO do serviço é concedida a um particular, e este o presta sob sua conta e risco, lhe alcançando iclusive a responsabilidade objetiva pelos danos causados aos usuários e terceiros quando, por óbvio, em decorrência da atividade concedida.

    Espero ter ajudado os colegas que estavam com dúvidas. A distinção é titularidade do serviço e titularidade da prestação do serviço.

  • ·      Concessão de Serviço Público: A concessão é o acordo de vontades entre a Administração Pública e um particular, pelo qual a primeira transfere ao segundo a execução de um serviço público, para que este o exerça em seu próprio nome e por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário – sempre deverá haver licitação, na modalidade concorrência.

    →   Estado atribui o exercício de um serviço público a alguém que aceite prestá-lo em nome próprio, por sua conta e risco, nas condições fixadas e alteráveis unilateralmente pelo Poder Público, mas sob garantia contratual de um equilíbrio econômico-financeiro.

    →  Somente para PJ ou consórcio de empresas.

    →  Por prazo determinado.

    →  Formalizada por contrato administrativo.

    →  Não cabe revogação unilateral.

    →  Concessão de obra pública: exemplo do pedágio.

    →  Nos contratos de financiamento, poderão oferecer em garantia os direitos emergentes da concessão, até o limite que não comprometa a operacionalização e a continuidade da prestação do serviço.

    ·      Permissão de serviço público: É o ato pelo qual o Poder Público transfere ao particular a execução de um serviço público, para que este exerça em seu próprio nome, por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário. Tal ato é unilateral, discricionário e precário – somente por licitação (qualquer tipo).

    →  À título precário, sendo possível ser revogado unilateralmente.

    →  Para PF ou PJ.

    →  Formalizada mediante contrato de adesão.

    Tarifa é facultativa - caso da relação concessionária x consumidor

    Letra E

  • A relação jurídica existente entre a concessionária e o usuário possui natureza tributária.

    ERRADO! A relação entre elas é consumerista.


ID
3424912
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Conforme a CF, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A.

    Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.                

    § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.             

  • Declarou desnecessidade ---> fica em disponibilidade

  • o   Gabarito: A.

    .

    Art. 41. §3º. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

  • GABARITO: LETRA A

    Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.                

    § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:            

    I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;            

    II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;            

    III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.               

    § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.                 

    § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.             

    § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

    FONTE: CF 1988

  •                 Inicialmente, é interessante que o candidato saiba que “provimento" é o ato de designar alguém para titularizar cargo público, sendo o mesmo subdivido entre provimento originário (preenchimento de classe inicial de cargo não decorrente de vínculo anterior entre o servidor e a Administração) e provimento derivado (preenchimento de cargo decorrente de vínculo anterior entre o servidor e a Administração).

                   Existem várias formas de provimentos, trazidas especialmente pela Lei nº 8.112/90, tais como, a nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração, recondução.

                 Salienta-se que será feita uma breve abordagem sobre o “aproveitamento", forma de provimento relacionada ao tema principal cobrado na questão.

                      O aproveitamento, além de estar previsto na Lei 8.112/90, também é mencionado no artigo 41, §3º, CF/88, consubstanciando-se no preenchimento de cargo por servidor estável que fora posto em disponibilidade devido à extinção do cargo que ocupava ou declaração de sua desnecessidade.

                      O novo cargo não será o mesmo que o servidor ocupava inicialmente, todavia, deve ser de natureza e complexidade equivalentes, bem como com semelhante grau de responsabilidade e nível de remuneração com o anterior.

                   Assim, analisando especificamente o que é cobrado na questão, a qual pede que seja assinada a opção que contemple o que acontece quando um cargo é extinto ou quando é declarada sua desnecessidade, faz-se necessário fazer uma alusão à literalidade do artigo 41, §3º, CF/88, que estabelece que quando extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

                     Portanto, a única alterativa correta é a letra A, que se encontra em consonância com o que estabelece o artigo 41, §3º, CF/88.

    a) CORRETA – A assertiva traduz perfeitamente o que estabelece o artigo 41, §3º, CF/88.

    b) ERRADO – Não ocorrerá aposentadoria. O servidor ficará em disponibilidade recebendo de forma proporcional ao tempo de serviço, aguardando o adequado aproveitamento em outro cargo.

    c) ERRADO – A exoneração é o desligamento a pedido ou de ofício, sempre com caráter não punitivo. Não aplica-se ao caso, uma vez que o servidor continuará vinculado à Administração, permanecendo em disponibilidade até adequado aproveitamento.

    d) ERRADO – Será inicialmente colocado em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado e posterior aproveitamento em outro cargo.

    e) ERRADO – A recondução, tecnicamente falando, é o retorno do servidor estável ao cargo que dantes titularizava, quer por ter sido inabilitado no estágio probatório, ou por ter sido desalojado pela reintegração daquele cuja vaga ocupou. No caso da questão, o cargo foi extinto ou declarado desnecessário, e, como visto, o que ocorrerá será a colocação do servidor em disponibilidade até posterior aproveitamento.

    GABARITO: LETRA A

  • Fica só de boaaaa!


ID
3424915
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca dos direitos fundamentais segundo a CF, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • A questão quer a alternativa INCORRETA, então é a letra B.

    SÚMULA VINCULANTE 25

    É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito.

  • SUBSISTIR = PERDURAR, EXISTIR

  • Não exitir ACORDO INTENACIONAL de direitos humanos, A Constituição Federal, no art. 5.º, § 3º aduz: os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. oq torna a alternativa também incorreta. questão deveria ser anulada

  • ACREDDITO QUE HA DUAS ALTERANTIVAS INCORRETA. B E D

  • GABARITO LETRA=B

    Esse caráter supralegal do tratado devidamente ratificado e internalizado na ordem jurídica brasileira — porém não submetido ao processo legislativo estipulado pelo art. 5º, § 3º, da  — foi reafirmado pela edição da , segundo a qual “é ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito”. Tal verbete sumular consolidou o entendimento deste Tribunal de que o art. 7º, item 7, da  teria ingressado no sistema jurídico nacional com status supralegal, inferior à , mas superior à legislação interna, a qual não mais produziria qualquer efeito naquilo que conflitasse com a sua disposição de vedar a prisão civil do depositário infiel. Tratados e convenções internacionais com conteúdo de direitos humanos, uma vez ratificados e internalizados, ao mesmo passo em que criam diretamente direitos para os indivíduos, operam a supressão de efeitos de outros atos estatais infraconstitucionais que se contrapõem à sua plena efetivação.

    [, voto do rel. min. Luiz Fux, P, j. 20-8-2015, DJE 18 de 1º-2-2016.

  • Gabarito da Banca 'B'

    B) Apesar de haver previsão na nossa CF/88 de prisão do depositário infiel:

    art.5º,LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; a adoção do tratado de São José da Costa Rica,que possui status supralegal (foi inserido no ordenamento jurídico antes da previsão contida no art.5º,§ 3º da CF),provocou um efeito paralisante no Decreto-Lei 911/1969,o qual regulamenta a prisão do depositário infiel, já que o pacto veda expressamente a prisão:

    “ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar( exceção )”.

    ""O Brasil é signatário da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San Jose da Costa

    Rica), que somente permite a prisão civil por não pagamento de obrigação alimentícia. Segundo o

    STF, esse tratado, por ser de direitos humanos, tem status supralegal, ou seja, está abaixo da

    Constituição e acima de todas as leis na hierarquia das normas. Assim, ele não se sobrepõe à

    Constituição, ou seja, permanece válida a autorização constitucional para que o depositário infiel

    seja preso.

    No entanto, a Convenção Americana de Direitos Humanos, por ter status supralegal, suspendeu

    toda a eficácia da legislação infraconstitucional que regia a prisão do depositário infiel. Segundo o

    STF, o Pacto de San José da Costa Rica produziu um efeito paralisante sobre toda a legislação

    infraconstitucional que determinava a prisão do depositário infiel.

    Dessa forma, não houve revogação do texto constitucional. A Constituição continua autorizando a

    prisão do depositário infiel; no entanto, a legislação infraconstitucional está impedida de ordenar

    essa modalidade de prisão, em razão da Convenção Americana de Direitos Humanos, cuja

    hierarquia é de norma supralegal.""

    Fonte: Aulas Estratégia Concursos.

    D) No meu entendimento,essa assertiva está incompleta,o que prejudica a avaliação do quesito,pois não se sabe qual o rito adotado no TIDH (Tratado Internacional de Direitos Humanos) ?

  • Gab: B

    >> Apesar do que dispõe o artigo 5º, LXVII, CRFB/88 - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; chama-se a atenção para a existência de súmula vinculante em sentido contrário:

    Súmula vinculante 25, STF: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito.

  • Acordo intermacional? A CF só fala em tratado ou convenção internacional de DH.

  • o   Gabarito: B.

    .

    Art. 5º. LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

    .

    A regra é que ninguém pode ser preso por dívidas, e sim apenas nas hipóteses do inciso LXI. Todavia, a Constituição admite a privação de liberdade por dívidas em duas situações: inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e depositário infiel.

    Esse último item, contudo, foi declarado inconstitucional, posto que o Brasil é signatário do Pacto de San José da Costa Rica sobre direitos humanos, que veda a prisão do depositário infiel.

    Ou seja: apesar de ainda constar na CF, não é praticada mais a prisão do depositário infiel.

  • Mesmo a CF trazendo expressamente que o depositário infiel poderá ser preso, não está correto. Pois de acordo com a Sumula vinculante 25, não haverá prisão civil para o depositário infiel. Porém se na questão mencionar de acordo com a constituição, estará correta.

    SÚMULA VINCULANTE 25

    É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito.

  • GABARITO: LETRA B

    Súmula Vinculante 25:

    É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito.

    FONTE: WWW.STF.JUS.BR

  • É ilícita a prisão civil de depositário infiel. Súmula vinculante 25.

  • Entendo que a alternativa B esteja correta, pois, em que pese a existência da súmula vinculante n° 25 e o Pacto do San Jose da Costa Rica vedarem referida espécie de prisão, ainda subsiste, no ordenamento jurídico brasileiro, base legal (CRFB/88) permitindo a prisão. Os dispositivos que vedam não se tratam de base legal stricto sensu, e sim, entendimento jurisprudencial e um tratado de direitos humanos. Já com relação a alternativa A, a falta da expressão "acordo" na CRFB/88 pode levar o candidato ao erro. Banca altamente despreparada, na minha opinião.

  • Acredito que, em relação à alternativa B, a combinação dos termos "subsiste" e "base legal" utilizados em sua redação, é o que faz com que o referido item se torne incorreto. Isso porque a utilização da palavra "Subsiste" traz conotação de conservar a sua força ou ação, perdurar. Já o termo "base legal" é utilizado no sentido de permissivo legal, possibilidade legal. Assim, a alternativa B afirma que, no sistema normativo brasileiro, perdura/conversa o permissivo legal para prisão civil do depositário infiel. Fato que não procede visto o advento da Súmula Vinculante nº 45. Presumo que quiseram gerar dúvidas interpretativas, e geraram!

    Instagram: @brunnaprynce

  • Concordo com a B como errada, mas a letra D não está correta também não, não fala nem em recepção do Tratado, estou errado ?

  • Trata-se de questão acerca dos direitos fundamentais.

    Vamos às alternativas.

    A) Os acordos internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

    CERTO. Conforme o art. 5º, §3º, os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

    B) Subsiste, no sistema normativo brasileiro, base legal para prisão civil do depositário infiel, quer se trate de depósito voluntário (convencional) ou cuide-se de depósito necessário, como o é o depósito judicial.

    ERRADO. Apesar de a Constituição autorizar, o STF entende, com base na Convenção Americana de Direitos Humanos, que não pode mais ocorrer a prisão civil do depositário infiel.

    C) A República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como um de seus fundamentos a dignidade da pessoa humana, instrumento realizador de seu ideário de construção de uma sociedade justa e solidária.

    CERTO. A Constituição elenca entre os fundamentos da República Federativa do Brasil a dignidade da pessoa humana (art. 1º, inciso III).

    D) Os tratados de direitos humanos têm hierarquia superior à lei ordinária, ostentando status normativo supralegal.

    CERTO. Os tratados de direitos humanos aprovados na forma do art. 5º, §3º têm status de emenda constitucional, Já os tratados de direitos humanos que não tenham sido aprovados conforme tal procedimento, segundo o STF, têm status supralegal (entre a lei e a emenda constitucional).

    E) Os direitos à filiação, à identidade genética e à busca pela ancestralidade integram uma parcela significativa dos direitos da personalidade e são elementos indissociáveis do conceito de dignidade da pessoa humana.

    CERTO. Os direitos à filiação, à identidade genética e à busca pela ancestralidade integram uma parcela significativa dos direitos da personalidade e são elementos indissociáveis do conceito de dignidade da pessoa humana, impondo ao Estado o dever de tutelá-los e de salvaguardá-los de forma integral e especial, a fim de que todos, indistintamente, possuam o direito de ter esclarecida a sua verdade biológica.

    GABARITO DO PROFESSOR: Letra B.

  • A letra A está incompleta.

    não seria passível de anulação?????

  • Marque a alternativa incorreta. Eu: tá, blz. No final da questão esqueci, marquei a certa, errei.¯\_(ツ)_/¯
  • SIGNIFICADO:

    subsiste = não ser abolido, suprimido, roubado ou destruído; restar, remanescer, perdurar.


ID
3424918
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com relação aos direitos sociais na CF, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva C

    Muito embora o legislador ordinário tenha uma considerável liberdade de conformação quanto ao conteúdo das elaborações normativas ou relativamente ao modo de organizar a concretização desses direitos, é inegável que os direitos fundamentais sociais sejam dotados de vinculatividade normativo-constitucional.

  • O princípio da isonomia previsto no texto constitucional deve ser aplicado como norma instituidora de garantia ao tratamento isonômico, ou seja, projeta-se, por meio de norma de eficácia limitada, para assegurar a todos, indistintamente, independentemente de raça, cor, sexo, classe social, situação econômica, orientação sexual e convicções políticas e religiosas, igual tratamento perante a lei

    ACREDITO QUE U ERRO DESSA QUESTAO E ELA FALAR ´´eficácia limitada´´. POIS OS PRINCIPIO DA ISONOMIA E DE EFICACIA PLENA. ELA E GARATINDA DE FORMA IMEDIATA. DIFERENTE DA LIMITADA ,QUE Necessitam de regulamentação para produzirem todos os seus efeitos.

  • Art. 5º CF, § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. (eis o erro)

  • a) Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

    (...)

    IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;  

    b) as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

    d) AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO À EDUCAÇÃO. TRANSPORTE ESCOLAR. LIMITES ORÇAMENTÁRIOS. REEXAME CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem reconhecido a possibilidade de o Poder Judiciário determinar, excepcionalmente, em casos de omissão estatal, a implementação de políticas públicas que visem à concretização do direito à educação, assegurado expressamente pela Constituição. Precedentes específicos referentes a transporte escolar. II – Quanto aos limites orçamentários aos quais está vinculado o recorrente, o Poder Público, ressalvada a ocorrência de motivo objetivamente mensurável, não pode se furtar à observância de seus encargos constitucionais. III - Agravo regimental a que se nega provimento.

    RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.( S ) : ESTADO DE SERGIPE PROC.( A / S)(ES ) : PROCURADOR -GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.( A / S ) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE PROC.( A / S)(ES ) : PROCURADOR -GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE 

  • Gab: C

    A) ERRADA: Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;  

    B) ERRADA: Consigo visualizar dois erros nessa alternativa, primeiro que o princípio da isonomia não está expressamente previsto na constituição federal; segundo que, assumindo que a isonomia que a questão trata se refere à "igual" do art. 5º caput da constituição federal, ainda estaria errada, pois conforme dispõe o Art. 5º § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata;

    C) CORRETA:

    D) ERRADA: Os direitos sociais podem ser obstados pelo principio da reserva do possível, entretanto, sempre deverá ser observado o mínimo existencial e a garantia da dignidade da pessoa humana;

    E) ERRADA: Não existe tal limitação. CRFB/88 Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;

  • É só eu que odeia essa banca? Quadrix? Questões horríveis

  • GABARITO: C

     

    RESERVA DO POSSÍVEL: os direitos sociais exigem disponibilidade financeira do Estado, porém, se houver insuficiência, esta deverá ser comprovada.

    É a famosa "desculpinha do Estado". É mais ou menos assim:

    Estadoooo...eu preciso da Saúde!!!!

    Aí vem o Estado e diz: " Saúde não vou te dar agora devido à prioridade na Educação".

    Você não se conforma e fala: "Ok! Mas você deve me garantir o MÍNIMO mesmo sabendo que a Educação é importante. Pode me ajudar?"

     

     

    PRINCÍPIO DO MÍNIMO EXISTENCIAL: Em qualquer caso, deve-se garantir o MÍNIMO existencial, ou seja, assegurar as condições mínimas para que a pessoa possa viver dignamente!!!

     

  • RESERVA DO POSSÍVEL: os direitos sociais exigem disponibilidade financeira do Estado, porém, se houver insuficiência, esta deverá ser comprovada.

    A educação será efetivado mediante a garantia de: IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 anos de idade; 

    As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata;

    Os direitos sociais podem ser obstados pelo principio da reserva do possível, entretanto, sempre deverá ser observado o mínimo existencial e a garantia da dignidade da pessoa humana;

    PRINCÍPIO DO MÍNIMO EXISTENCIAL: Em qualquer caso, deve-se garantir o MÍNIMO existencial, ou seja, assegurar as condições mínimas para que a pessoa possa viver dignamente!!!

  • Fiquei com uma dúvida na alternativa B. Além daqueles erros já listados pela Amanda Coelho, a parte final da assertiva afirma "igual tratamento perante a lei" (igualdade formal). Sabemos que os direitos sociais visam a busca pela igualdade material (2º geração), sendo, desta forma, mais um erro da alternativa.

    Alguém teve o mesmo raciocínio que o meu ou saberia me dizer se está correto esse raciocínio nessa alternativa?

  • Complementando o que a colega Amanda Coelho explanou, vejo um erro técnico na alternativa B.

    O princípio da Isonomia determina que todos são IGUAIS PERANTE A LEI, mas poderá haver TRATAMENTO desigual de acordo com a desigualdade. Portanto, há um erro quando a questão afirma, ao final, "igual tratamento perante a lei".

  • 1) Enunciado da questão

    Exige-se conhecimento acerca dos direitos sociais na Constituição Federal de 1988.

    2) Base constitucional (CF de 1988)

    Art. 5.º. [...].

    § 1º. As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

    Art. 7.º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

    XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;

    Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

    IV) educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade.

    3) Base jurisprudencial (STF)

    EMENTA: CRIANÇA DE ATÉ CINCO ANOS DE IDADE. ATENDIMENTO EM CRECHE. EDUCAÇÃO INFANTIL. DIREITO ASSEGURADO PELO PRÓPRIO TEXTO CONSTITUCIONAL (CF, ART. 208, IV, NA REDAÇÃO DADA PELA EC Nº 53/2006). COMPREENSÃO GLOBAL DO DIREITO CONSTITUCIONAL À EDUCAÇÃO. DEVER JURÍDICO CUJA EXECUÇÃO SE IMPÕE AO PODER PÚBLICO (CF, ART. 211). O PAPEL DO PODER JUDICIÁRIO NA IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PREVISTAS NA CONSTITUIÇÃO E NÃO EFETIVADAS PELO PODER PÚBLICO. A FÓRMULA DA RESERVA DO POSSÍVEL NA PERSPECTIVA DA TEORIA DOS CUSTOS DOS DIREITOS: IMPOSSIBILIDADE DE SUA INVOCAÇÃO PARA LEGITIMAR O INJUSTO INADIMPLEMENTO DE DEVERES ESTATAIS DE PRESTAÇÃO CONSTITUCIONALMENTE IMPOSTOS AO PODER PÚBLICO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO IMPROVIDO.

    1) A educação infantil representa prerrogativa constitucional indisponível, que, deferida às crianças, a estas assegura, para efeito de seu desenvolvimento integral, e como primeira etapa do processo de educação básica, o atendimento em creche e, também, o acesso à pré-escola (CF, art. 208, IV).

    2) Essa prerrogativa jurídica, em consequência, impõe, ao Estado, por efeito da alta significação social de que se reveste a educação infantil, a obrigação constitucional de criar condições objetivas que possibilitem, de maneira concreta, em favor das “crianças até 5 (cinco) anos de idade" (CF, art. 208, IV), o efetivo acesso e atendimento em creches e unidades de pré-escola, sob pena de configurar-se inaceitável omissão governamental, apta a frustrar, injustamente, por inércia, o integral adimplemento, pelo Poder Público, de prestação estatal que lhe impôs o próprio texto da Constituição Federal.

    3) A educação infantil, por qualificar-se como direito fundamental de toda criança, não se expõe, em seu processo de concretização, a avaliações meramente discricionárias da Administração Pública, nem se subordina a razões de puro pragmatismo governamental.

    4) O Distrito Federal – que atuará no ensino fundamental e na educação infantil (CF, art. 211, § 2º, c/c o art. 10, parágrafo único, da Lei nº 9.394/96) não poderá demitir-se do mandato constitucional, juridicamente vinculante, que lhe foi outorgado pelo art. 208, IV, da Lei Fundamental da República, e que representa fator de limitação da discricionariedade político- -administrativa dos entes estatais, cujas opções, tratando-se do atendimento das crianças em creche (CF, art. 208, IV), não podem ser exercidas de modo a comprometer, com apoio em juízo de simples conveniência ou de mera oportunidade, a eficácia desse direito básico de índole social.

    5) Embora inquestionável que resida, primariamente, nos Poderes Legislativo e Executivo, a prerrogativa de formular e de executar políticas públicas, revela-se possível, no entanto, ao Poder Judiciário, ainda que em bases excepcionais, determinar, especialmente nas hipóteses de políticas públicas definidas pela própria Constituição, sejam estas implementadas, sempre que os órgãos estatais competentes, por descumprirem os encargos político-jurídicos que sobre eles incidem em caráter impositivo, vierem a comprometer, com a sua omissão, a eficácia e a integridade de direitos sociais e culturais impregnados de estatura constitucional (STF - RE 1101106/DF, Relator: Min. CELSO DE MELLO, DJ: 09/02/2018, Dje. 19/02/2018).

    4) Exame das assertivas e identificação da resposta

    a) ERRADA. É dever do Estado e direito subjetivo das crianças com idade entre zero e cinco (e não sete) anos o acesso à educação infantil, de forma gratuita, em creche e pré-escola, nos termos do art. 208, inc. IV, da Constituição Federal.

    b) ERRADA. É certo asseverar que “o princípio da isonomia previsto no texto constitucional deve ser aplicado como norma instituidora de garantia ao tratamento isonômico". No entanto, está incorreto dizer que tal norma constitucional projeta-se, por meio de norma de eficácia limitada, posto que, nos termos do art. 5.º, § 1.º, §1.º, as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

    c) CERTA. Muito embora o legislador ordinário tenha uma considerável liberdade de conformação quanto ao conteúdo das elaborações normativas ou relativamente ao modo de organizar a concretização desses direitos, é inegável que os direitos fundamentais sociais sejam dotados de vinculatividade normativo-constitucional. Tudo certo. De fato, indiscutível a liberdade legiferante do legislador, mas, no momento em que vai regulamentar os direitos fundamentais sociais, existe uma espécie de vinculatividade normativo-constitucional a que ele não pode fugir, posto que, quando da elaboração da norma infraconstitucional, o legislador deve dar efetividade ao texto constitucional.

    d) ERRADA. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) acima transcrita, a garantia constitucional de acesso da criança à educação, em atenção ao princípio da dignidade da pessoa humana, não pode ser obstada por razões orçamentárias.

    e) ERRADA. A licença-gestante, com duração de cento e vinte dias, nos termos do art. 7.º, inc. XVIII da CF, não é exclusiva para as mulheres investidas em cargo efetivo, mas um direito social assegurado a todas as trabalhadoras urbanas e rurais.

    Resposta: C.


ID
3424921
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No que se refere às funções essenciais à justiça, assinale a alternativa correta segundo a CF.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E:

    CF/88

    Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas.     (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.     (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    Sobre as outras:

    a) Aos membros do Ministério Público é garantida a vitaliciedade após DOIS anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado.

    b) À Defensoria Pública aplicam-se os princípios da unidade e da indivisibilidade, SENDO SIM dotada de independência funcional como o Ministério Público.

    c) Aos membros do Ministério Público é vedado exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;

    d) não vi erro aqui, alguém viu?

  • O art. 128,§5, I, da CF/88 dispoe sobre as vedações impostas aos membros do MP.

    II - as seguintes vedações:

    a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;

    b) exercer a advocacia;

    c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

    d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;e) exercer atividade político-partidária; 

  • Mariana,na alternativa 'D' diz que é garantida a participação do membro do MP , mas na verdade,na CF/88,veda-se expressamente a participação ,conforme a seguir:

    Art. 128. O Ministério Público abrange:

    § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:

    II - as seguintes vedações:

    c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

    A assertiva dá a entender que a participação em sociedades é a regra,e que,talvez,existam algumas exceções na forma da lei,mas é o contrário.

    D)" Aos membros do Ministério Público é garantido o direito de participar de sociedade comercial, na forma da lei"

  • Obrigada Victor! Comi mosca nessa =)

  • Vitaliciedade não é diferente de estabilidade? Logo, a E também não está errada? Porém, se houver diferença entre membros do MPU e MPE, vitaliciedade e estabilidade, respectivamente, então... Alguém pode me ajudar?

  • Apenas para aprofundar o tema, uma vez que fiquei em dúvida entre as alternativas D e E, mas, como a questão pedida de acordo com a CF, marquei a E.

    Contudo, vale citar que o membro do Ministério Público PODE participar de sociedade comercial, desde que seja na condição de cotista ou acionista. Nesse sentido, são os artigos 44, III, da Lei 8.625/93 e artigo 237, III, da LC 75/93.

    Assim, deve-se ficar atento ao enunciado da questão, tendo em vista que não há vedação absoluta à participação do membro do MP em sociedade comercial.

  • GABARITO: E

    a) ERRADO: Art, 128. I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;

    b) ERRADO: Art. 134. § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.  

    c) ERRADO: Art. 128. §5º II - as seguintes vedações: d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;

    d) ERRADO: Art. 128. §5º II - as seguintes vedações: d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;

    e) CERTO: Art, 132. Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. 

  • Art, 132. Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. 

  • a)  Membros do Ministério Público ++ garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado;

    b) Defensorias Públicas Estaduais asseguradas ++ autonomia funcional e administrativa

    c) Membros do Ministério Público ++ podem exercer uma de magistério;

  • Vale lembrar:

    Vitaliciedade - após 2 anos

    Estabilidade - após 3 anos


ID
3424924
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No que concerne às atribuições e às responsabilidades do presidente da República, assinale a alternativa correta à luz da CF.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva D

    Os atos que atentem contra a CF e, especialmente, contra a probidade na administração, inserem-se entre os crimes de responsabilidade do presidente da República.

  • CF/88

    Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

        I - a existência da União;

        II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;

        III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

        IV - a segurança interna do País;

        V - a probidade na administração;

        VI - a lei orçamentária;

        VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

      Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.

  • Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

    § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:

    I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;

    II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

    § 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo

  • Gabarito: Letra D

    A) Incorreta:art. 86, § 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos a exercício de suas funções

    B) Incorreta art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

    I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; 

    C) Incorreta: Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:

    I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;

    D) Correta: Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: V - a probidade na administração;

    E) Incorreta Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:

  • (...)

    Qual é o papel da Câmara e do Senado no processo de impeachment? A decisão da Câmara autorizando o impeachment vincula o Senado? Se o processo de impeachment for autorizado pela Câmara, o Senado é obrigado a processar e julgar a Presidente?

    ·       O que diz a lei e a doutrina majoritária: SIM.

    ·       O que decidiu o STF: NÃO

    O que diz a lei e a doutrina majoritária: SIM

    ­ Havendo autorização da Câmara dos Deputados, o Senado deverá instaurar o processo. Não cabe ao Senado decidir se abre ou não o processo. Não cabe mais a esta Casa rejeitar a denúncia. Sua função agora será apenas a de processar e julgar, podendo absolver o Presidente, mas desde que ao final do processo.

    ­ A Câmara é o tribunal de pronúncia e o Senado é o tribunal de julgamento.

    ­ Isso está previsto no art. 23, §§ 1º e 5º e arts. 80 e 81, da Lei nº 1.079/50.

    ­ Na doutrina: José Afonso da Silva, Pedro Lenza, Bernardo Gonçalves Fernandes, Juliano Taveira Bernardes.

    O que decidiu o STF: NÃO

    ­ A CF/88 afirma que compete ao Senado, privativamente, “processar e julgar” o Presidente (art. 52, I, da CF/88). Segundo entendeu o STF, esta locução abrange não apenas o julgamento final, mas também a realização de um juízo inicial de instauração ou não do processo, isto é, de recebimento ou não da denúncia autorizada pela Câmara.

    ­ No regime atual, a Câmara não funciona como um “tribunal de pronúncia”, mas apenas implementa ou não uma condição de procedibilidade para que a acusação prossiga no Senado.

    ­ A atuação da Câmara dos Deputados deve ser entendida como parte de um momento pré-processual, isto é, anterior à instauração do processo pelo Senado. Nas palavras do Min. Roberto Barroso: "a Câmara apenas autoriza a instauração do processo: não o instaura por si própria, muito menos determina que o Senado o faça".

    ­ Os arts. 23, §§ 1º e 5º; 80 e 81, da Lei nº 1.079/50 não foram recepcionados por serem incompatíveis com os arts. 51, I; 52, I; e 86, § 1º, II, da CF/1988.

    ­ Votaram neste sentido: Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio e Celso de Mello.

    (...)

    Fonte: Dizer o Direito

  • FALEM O QUE QUISER DA DILMA E DO TEMER, MAS NÃO PODEMOS NEGAR QUE NOS MANDATOS DELES TIVEMOS UMA AULA PRÁTICA DE DIREITO CONSTITUCIONAL - XD

  • Letra A ERRADA - O presidente da República, na vigência de seu mandato, NÃO poderá ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. - imunidade penal relativa temporária.

    Presidente tem foro privilegiado. Só pode ser julgado de duas formas:

    PELO STF: nas infrações penais comuns.

    PELO CONGRESSO NACIONAL: nos crimes de responsabilidade.

    Letra B - ERRADA

    Nas infrações penais comuns (apenas quando tiverem ligação com o exercício do cargo da presidência) compete ao STF processar e julgar originariamente o presidente da República. o Presidente da República, Art. 102, B CF.

    Nos crimes de responsabilidade compete ao congresso nacional

    Letra C - ERRADA Cabe ao Senado (CABE A CÂMARA DOS DEPUTADOS) autorizar ou não a instauração do processo de impeachment contra o presidente da República nos crimes de responsabilidade.

    Letra D - CORRETA Os atos que atentem contra a CF e, especialmente, contra a probidade na administração, inserem-se entre os crimes de responsabilidade do presidente da República.

    Crimes de responsabilidade art. 85 - 7 incisos.

    Letra E - ERRADA O presidente não ficará suspenso de suas funções em casos de infrações penais comuns, ainda que recebida denúncia ou queixa-crime. CORRETO É FICARÁ SUSPENSO..... artigo 86 § 1º CF

    FICA SUSPENSO: nas infrações penais comuns se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF;

    nos crimes de responsabildiade após a instauração do processo pelo Senado Federal

  • Tratando-se sobre os crimes de responsabilidade:

    Na ADPF 378, julgada em 17/12/2015, o STF decidiu que, no Senado, haverá novo juízo de admissibilidade da

    denúncia (por maioria simples). O Senado Federal possui, dessa forma, discricionariedade para decidir pela

    instauração ou não do processo contra o Presidente da República. Em outras palavras, o Senado Federal

    não está vinculado ao juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados.

    Fonte: Estratégia

    Assim, pressuponho que exista duplo gabarito

  • CF artigo 128 § 5º :

      II - as seguintes vedações:

                a)  receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;

                b)  exercer a advocacia;

                c)  participar de sociedade comercial, na forma da lei;

                d)  exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;

                e)  exercer atividade político-partidária;

                f)  receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.

  • Gabarito Letra "D"

    Fundamentação: Art. 85, V da CF/88

    DICA DE CONCURSEIRO: Sintetize o seu estudo.

    DICA PARA ESTUDAR MELHOR AS LEIS:

    - ARTIGO: é a menor unidade da norma;

    - CAPUT: onde está a REGRA.

    - INCISO: é o complemento do Caput ou Parágrafo.

    - ALÍNEA: serve pala explicar inciso (ex.: a, b, c).

    - PARÁGRAFO: traz a exceção, complementação ou explicação do artigo.

    ATENÇÃO! Dê maior atenção ao CAPUT e principalmente aos Parágrafos, pois, como geralmente são as EXCEÇÕES, são os mais cobrados nas questões.  

    DICAS PARA SER APROVADO: você P O D E (BY: JONATAS FERREIRA)

    PODE: PERSISTÊNCIA, ORGANIZAÇÃO, DISCIPLINA; e ESTUDAR CORRETAMENTE.

    E COMO VOCÊ ESTUDA CORRETAMENTE?

    TRAGO A EXPLICAÇÃO DOS 4 PILARES PARA A APROVAÇÃO DO PROFESSOR MICHAEL PROCÓPIO - JUIZ FEDERAL – MG.

    1 – Lei Seca;

    2 – Doutrina;

    3 – Jurisprudência; e

    4 – Questões, muitas Questões (para entender o que mais as bancas têm cobrado)

    ATENÇÃO! Neste último está incluído a resolução de MINI-SIMULADOS, SIMULADOS e PROVAS.  

    OBS.: ABRO UM PARÊNTESE, PARA INCLUIR UM QUINTO PILAR PARA A APROVAÇÃO:

    5 - Resumos e Mapas Mentais (CRIE SEUS RESUMOS E MAPAS MENTAIS, RESOLVA QUESTÕES E OS ALIMENTE).

    FOCO FÉ E FORÇA!

    DELTA ATÉ PASSAR!

     

  • Se você estudar bastante, descobrirá que a alternativa C também está correta. O impeachment só ocorre após o recebimento da denúncia pelo Senado. Não há impeachment pelo simples juízo de admissibilidade feito pela Câmara.


ID
3424927
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Pedro, psicólogo do CRP de Natal, contou a alguém fato de que tinha ciência em razão de seu cargo e que devia permanecer em segredo, o que resultou em dano à Administração Pública.


Com base nesse caso hipotético, a conduta de Pedro poderá ser tipificada como

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B, pessoal.

    Violação de sigilo funcional

    Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

    Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

    § 1 Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:        

    I - permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública;        

    II - se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.        

    § 2 Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem:        

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

  • Assertiva b

    violação de sigilo funcional.

    O dever de sigilo em sentido lato corresponde ao que podemos denominar de dever de discrição ou de reserva, assim considerada a necessária atuação do agente de modo a não compartilhar de forma aleatória e desmedida, para o público em geral ou para servidores desprovidos de atribuições relacionadas, os atos ou fatos da repartição em que exerce suas funções.

  • Cuidado para não confundir estes crimes:

     Violação do segredo profissional

           Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério(padre), ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:

           Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez contos de réis.   

           Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.

    Entende-se por ofício aquelas atividades habituais, consistentes na prestação de serviços

    manuais ou mecânicos, como acontece com as empregadas domésticas, costureiras.

    Profissão diz respeito a toda atividade que, como regra, tenha finalidade de lucro, exercida por quem tenha

    habilitação. Dissemos como regra porque, em algumas situações, mesmo que exercendo um

    trabalho voluntário, aquela determinada atividade somente poderá ser exercida por um

    profissional, como é o caso, por exemplo, dos médicos e advogados.

    Violação de sigilo funcional

    Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

    (Crime funcional)

  • Advocacia administrativa

    Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

  • A) INCORRETA. Advocacia administrativa consiste em patrocinar interesse privado perante a Administração Pública.

    Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:

    Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

     

    B) CORRETA. Este é o crime, se amolda com a descrição do tipo legal contido no art. 325 do CP.

    Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

    Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

     

    C) INCORRETA. Não houve ordem alguma para haver desobediência.

    Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:

    Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

     

    D) INCORRETA. Tráfico de influência é SECO. Solicitar, Exigir, Cobra ou Obter. Não se amolda à conduta descrita no enunciado.

    Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função:

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 

     

    E) INCORRETA. Favorecimento pessoal se tipifica com o auxílio a subtração à ação de autoridade.

    Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:

    Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.

  • Na verdade, Não há o que se cogitar 154 x 325

    1º o crime do art.145 está no capítulo dos crimes contra a violação de sigilo e A ação típica consiste em revelar, sem justa causa, segredo de que o agente teve conhecimento em razão de função, ministério, ofício ou profissão, não sendo necessário que o segredo preexista às relações entre o agente e o interessado em sua conservação, ou que este tenha consciência de sua existência. O fato sigiloso pode, por exemplo, surgir no curso de uma consulta médica, de que o sujeito passivo não seja inteirado.

    2º (Não há presente a figura da esfera administrativa)

    3º No crime do art.325 se o funcionário sabe do segredo não em decorrência de sua função= 154.

    4º a conduta típica do 325:

    A primeira ação incriminada é revelar segredo, ou seja, fazer passar, de qualquer forma (escrita ou verbal), fato da esfera de sigilo da Administração para a do indevido conhecimento de terceiro. A segunda conduta típica é facilitar, de qualquer modo, que terceiro cometa a revelação. 

    Sanches

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Pedro é fofoqueiro!

  • GAB: B

     Violação de sigilo funcional

        

    Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a

    revelação:

  • GAB: B

    Falou ''REVELAR FATOS QUE TENHA CIÊNCIA em razão do cargo'' lembra do fofoqueiro

     Violação de sigilo funcional

       

     Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a

    revelação:

        Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

  • O enunciado da questão narra uma conduta e suas particularidades, determinando seja feita a devida adequação típica em um dos crimes nominados nas alternativas apresentadas. Importante salientar, desde logo, que, como psicólogo do Conselho Regional de Psicologia, Pedro deve ser considerado funcionário público, para fins penais, nos termos do que dispõe o artigo 327 do Código Penal.


    Vamos ao exame de cada uma das proposições.


    A) ERRADA. A conduta narrada não tem correspondência com o crime de advocacia administrativa, previsto no artigo 321 do Código Penal.


    B) CERTA. A conduta narrada se amolda efetivamente ao crime de violação de sigilo funcional, previsto no artigo 325 do Código Penal, valendo salientar que o fato de ter resultado em dano à Administração Pública enseja a aplicação do § 2º do referido dispositivo legal, que comina pena de reclusão, de dois a seis anos, e multa, tratando-se de modalidade qualificada do crime. Ademais, também relevante destacar que se trata de crime próprio, exigindo do agente a condição de funcionário público.


    C) ERRADA. A conduta narrada não tem correspondência com o crime de desobediência, previsto no artigo 330 do Código Penal.


    D) ERRADA. A conduta narrada não tem correspondência com o crime de tráfico de influência, previsto no artigo 332 do Código Penal.


    E) ERRADA. A conduta narrada não tem correspondência com o crime de favorecimento pessoal, previsto no artigo 348 do Código Penal.


    GABARITO: Letra B.

  • Violação de Sigilo Funcional

    É um dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. Consiste em revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação. A pena prevista é de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave. Nas mesmas penas deste artigo incorre quem a) permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; b) se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem, a pena será de reclusão, de dois a seis anos, e multa. Ver artigo 325 do Código Penal.

  • GAB: b

    É um dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. Consiste em revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação.

  • Violação de sigilo funcional com aumento de pena pelo dano à administração pública.


ID
3424930
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Maria, funcionária pública, inseriu, em documento particular, declaração falsa, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.


Com base nessa situação hipotética, a conduta de Maria poderá ser tipificada como

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E, pessoal:

    Falsidade ideológica

    Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

    Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular.   

    Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.

  • Assertiva E

    Com base nessa situação hipotética, a conduta de Maria poderá ser tipificada como

    falsidade ideológica.

  • CP

    Falsificação de documento particular        

    Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro:

    Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

    Falsificação de cartão            

    Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito.          

           Falsidade ideológica

           Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

           Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular.     

           Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.

           

  • Gabarito E

    Falsidade Ideológica x Falsidade Material

    "Ao contrário do que ocorre com os delitos tipificados nos arts. 297 e 298 do Código Penal, que

    preveem uma falsidade de natureza material, a falsidade constante do art. 299 do mesmo diploma

    legal é de cunho ideológico. Isso significa que o documento, em si, é perfeito; a ideia, no entanto,

    nele lançada é que é falsa, razão pela qual o delito de falsidade ideológica também é reconhecido

    doutrinariamente pelas expressões falso ideal, falso intelectual e falso moral."

    Hungria, com precisão, distingue a falsidade material da falsidade ideológica dizendo:

    “Fala-se em falsidade ideológica (ou intelectual), que é modalidade do

    falsum documental, quando à genuinidade formal do documento não

    corresponde a sua veracidade intrínseca. O documento é genuíno ou

    materialmente verdadeiro (isto é, emana realmente da pessoa que nele figura

    como seu autor ou signatário), mas o seu conteúdo intelectual não exprime a

    verdade. Enquanto a falsidade material afeta à autenticidade ou

    inalterabilidade do documento na sua forma extrínseca e conteúdo intrínseco,

    a falsidade ideológica afeta-o tão somente na sua ideação, no pensamento

    que as suas letras encerram."

    Fonte: Direito Penal,Greco,vol.3.

  • - O mais importante dessas questões são os VERBOS, NOTE-SE.

    Maria, funcionária pública, inseriu, em documento particular, declaração falsa, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.

    VERBO INSERIR - vc já elimina a questão B (reconhecer) e D (usar).

    2º - ANALISAR QUAL TIPO DE DOCUMENTO.

    DOCUMENTO PARTICULAR - Já elimina a questão C.

    3º FINALIDADE DA FALSIFICAÇÃO

    Nos outros itens vc já eliminaria a questão "A".

    Mas..

    No caso de falsificação de documento particular SÓ EXIGE DOLO, não se exigindo especial fim de agir.

  • Trata-se de uma questão que exige do candidato um bom conhecimento acerca dos crimes contra a fé pública, expostos no Título X do Código Penal.

    Em primeiro lugar, o aluno deve saber a diferença entre FALSIDADE MATERIAL e FALSIDADE IDEOLÓGICA. Na FALSIDADE MATERIAL temos a falsificação do próprio documento em si, seja ele público ou particular. Na FALSIDADE IDEOLÓGICA temos uma falsificação do conteúdo de um documento verdadeiro.

    A falsidade ideológica também é conhecida como falsidade intelectual, ideal ou moral. Nessa modalidade criminosa o documento é autêntico e verdadeiro nos seus requisitos extrínsecos, sendo que o seu conteúdo é falso, ou seja, as declarações contidas no documento são falsas. Conforme se observa na questão, temos uma funcionária pública inserindo informações falsas em um documento particular verdadeiro, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, sendo que esta conduta se amolda perfeitamente ao artigo 299 do Código Penal, portanto, crime de falsidade ideológica.

    Assim, vejamos as alternativas da questão:

    a) ERRADA. O crime de falsidade de documento particular, que é uma falsificação material, traz a conduta de falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro, conforme artigo 298 do Código Penal, portanto não se amolda ao enunciado da questão, visto que Maria falsificou o conteúdo do documento, e não a sua forma.

    b) ERRADA. O crime de falso reconhecimento de firma está previsto no artigo 300 do Código Penal, trazendo a conduta de reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja, não sendo o caso da questão.

    c) ERRADA. O crime de certidão ou atestado ideologicamente falso, previsto no artigo 301 do Código Penal, traz a conduta de atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem. Nesse crime temos uma falsidade ideológica que recai sobre uma certidão ou atestado, e não sobre um documento. 

    d) ERRADO. O crime de uso de documento falso, do artigo 304 do Código Penal, traz a conduta de usar quaisquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os artigos 297 à 302 do Código Penal. O enunciado da questão traz a conduta de falsificar o documento. Caso alguém tivesse feito uso desse documento falsificado, teríamos o crime do artigo 304, o que não foi o caso, conforme o enunciado da questão.

    e) CORRETA. O crime de falsidade ideológica, exposto no artigo 299 do Código Penal, traz a conduta de omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, sendo que a conduta da autora, narrada na questão, se amolda perfeitamente a esse tipo penal.

    Ainda sobre o crime de falsidade ideológica do artigo 299 do Código Penal, temos alguns entendimentos jurisprudenciais importantes. Para o STJ, a declaração falsa de pobreza para fins processuais não configura o crime de falsidade ideológica (RHC 24.606/RS, 2015). Para o STF, a declaração falsa em petição inicial em processo judicial não configura esse crime (HC 82.605/GO, 2003). Ainda, para o STJ, a inserção de dados falsos no curriculum lattes também não configura o crime, pois o referido curriculum não é um documento eletrônico (RHC 24.606/RS, 2015). Por fim, conforme artigo 130 da Lei de Execuções Penais, declarar falsamente prestação de serviço para fins de remição, configura o crime de falsidade ideológica.

    RESPOSTA DO PROFESSOR: E
  • Trata-se de uma questão que exige do candidato um bom conhecimento acerca dos crimes contra a fé pública, expostos no Título X do Código Penal.

    Em primeiro lugar, o aluno deve saber a diferença entre FALSIDADE MATERIAL e FALSIDADE IDEOLÓGICA. Na FALSIDADE MATERIAL temos a falsificação do próprio documento em si, seja ele público ou particular. Na FALSIDADE IDEOLÓGICA temos uma falsificação do conteúdo de um documento verdadeiro.

    A falsidade ideológica também é conhecida como falsidade intelectual, ideal ou moral. Nessa modalidade criminosa o documento é autêntico e verdadeiro nos seus requisitos extrínsecos, sendo que o seu conteúdo é falso, ou seja, as declarações contidas no documento são falsas. Conforme se observa na questão, temos uma funcionária pública inserindo informações falsas em um documento particular verdadeiro, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, sendo que esta conduta se amolda perfeitamente ao artigo 299 do Código Penal, portanto, crime de falsidade ideológica.

    Assim, vejamos as alternativas da questão:

    a) ERRADA. O crime de falsidade de documento particular, que é uma falsificação material, traz a conduta de falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro, conforme artigo 298 do Código Penal, portanto não se amolda ao enunciado da questão, visto que Maria falsificou o conteúdo do documento, e não a sua forma.

    b) ERRADA. O crime de falso reconhecimento de firma está previsto no artigo 300 do Código Penal, trazendo a conduta de reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja, não sendo o caso da questão.

    c) ERRADA. O crime de certidão ou atestado ideologicamente falso, previsto no artigo 301 do Código Penal, traz a conduta de atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem. Nesse crime temos uma falsidade ideológica que recai sobre uma certidão ou atestado, e não sobre um documento. 

    d) ERRADO. O crime de uso de documento falso, do artigo 304 do Código Penal, traz a conduta de usar quaisquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os artigos 297 à 302 do Código Penal. O enunciado da questão traz a conduta de falsificar o documento. Caso alguém tivesse feito uso desse documento falsificado, teríamos o crime do artigo 304, o que não foi o caso, conforme o enunciado da questão.

    e) CORRETA. O crime de falsidade ideológica, exposto no artigo 299 do Código Penal, traz a conduta de omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, sendo que a conduta da autora, narrada na questão, se amolda perfeitamente a esse tipo penal.

    Ainda sobre o crime de falsidade ideológica do artigo 299 do Código Penal, temos alguns entendimentos jurisprudenciais importantes. Para o STJ, a declaração falsa de pobreza para fins processuais não configura o crime de falsidade ideológica (RHC 24.606/RS, 2015). Para o STF, a declaração falsa em petição inicial em processo judicial não configura esse crime (HC 82.605/GO, 2003). Ainda, para o STJ, a inserção de dados falsos no curriculum lattes também não configura o crime, pois o referido curriculum não é um documento eletrônico (RHC 24.606/RS, 2015). Por fim, conforme artigo 130 da Lei de Execuções Penais, declarar falsamente prestação de serviço para fins de remição, configura o crime de falsidade ideológica.

    RESPOSTA DO PROFESSOR: E
  • Falsidade Ideológica - art. 299 do CP: Atinge o conteúdo do documento, a declaração nele veiculada. Emana de que tem legitimidade para produzir o documento. A observação física do documento, por si, não permite constar o falso. Não há que se falar em exame pericial.

    Ação penal pública incondicionada

    Objeto Jurídico: Fé Pública

    Objeto Material: Documento público ou Particular

    Tentativa: Admissível, exceto na figura "omitir"

    Consumação: Consuma-se com a omissão ou inserção da declaração, independente da ocorrência de prejuízo a alguém.

    Classificação: comum, formal, de forma livre, comissivo nas figuras "inserir" e "fazer inserir"; omissivo na figura "omitir"; instantâneo, Unissubjetivo, plurissubsistente ou unissubsistente.

    Se o agente é funcionário público, e comete crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta-parte.

  • "Documento sem alma" ....Professor Norberto Florindo!!!

  • GABARITO: E

    Falsidade ideológica

    Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

    Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular. 

  • Falsidade ideológica

           Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

           Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular.

     Certidão ou atestado ideologicamente falso

           Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:

           Pena - detenção, de dois meses a um ano.

  • A - ERRADO - FALSIDADE IDEOLÓGICA: VOCÊ TEM PERMISSÃO, DESSE MODO: INSERE OU OMITE.

    E - CORRETO - FALSIDADE MATERIAL: VOCÊ NÃO TEM PERMISSÃO, DESSE MODO: ALTERA OU IMITA.

    .

    .

    .

    GABARITO ''E''

  • A) Falsificação de documento particular

    (Redação dada pela Lei nº 12.737, de 2012)

    Vigência Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro:

    Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------

    B) Falso reconhecimento de firma ou letra

    Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja:

    Pena -reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular

    ____________________________________________________________________

    C) Certidão ou atestado ideologicamente falso

    Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:

    Pena - detenção, de dois meses a um ano

    _____________________________________________________________________

    D) Uso de documento falso

    Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:

    _______________________________________________________________________

    E) Falsidade ideológica

    Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

    Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.


ID
3424933
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Acerca dos princípios do direito do trabalho, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • SÚMULA 212 TST

    DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

    O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.

  • Antes de adentrar ao mérito da questão, mostra-se necessário o estudo dos princípios específicos do direito do trabalho individual. Para tanto, primeiramente, importa destacar o que são princípios jurídicos, sendo esses a origem, a base de sustentação da norma, consiste em uma ideia genérica que pode dar origem a norma, ou mesmo auxiliar na sua interpretação, etc. 
    Para Maurício Godinho Delgado, um dos principais juristas brasileiros no assunto, os “princípios jurídicos são proposições gerais inferidas da cultura e do ordenamento jurídicos que conformam a criação, revelação, interpretação e aplicação do Direito. Os princípios tendem a ostentar um grau de generalidade, abstração e impessoalidade mais acentuado do que as regras jurídicas, considerado, é claro, o âmbito próprio de sua conformação e atuação. Nessa medida, mesmo os princípios especiais de certo ramo jurídico tendem a ostentar, naquele ramo, esse grau mais acentuado de generalidade, abstração e impessoalidade, embora sejam, evidentemente, mais específicos do que os princípios do Direito de caráter e abrangência gerais e, até mesmo, mais específicos do que regras gerais do Direito. Por razões lógicas, repitase, é necessário, nesse enquadramento, considerar o âmbito próprio de conformação e atuação do princípio destacado." (2017)
    Já os princípios especiais do Direito do Trabalho, consistem nas preposições que norteiam e baseiam o ramo justrabalhista e com o desenvolvimento do ramo do direito, maior o número de princípios e conjunto sistemático que determina sua cultura, regra e institutos peculiares. 

    A) A Lei 13.467/2017, conhecida por ter trazido a Reforma Trabalhista, não permitiu que empregados negociassem livremente com seu empregador, mas sim, deu maior relevância aos acordos e convenções coletivas. Nesse sentido, dispõem os Arts. 611-A da CLT e 444, § único da CLT. Não obstante, importa ressaltar que o princípio da proteção informa o direito do trabalho em toda sua estrutura.
    Consoante ao disposto, entende Maurício Godinho Delgado sobre o princípio da proteção: “Informa este princípio que o Direito do Trabalho estrutura em seu interior, com suas regras, institutos, princípios e presunções próprias, uma teia de proteção à parte hipossuficiente na relação empregatícia — o obreiro —, visando retificar (ou atenuar), no plano jurídico, o desequilíbrio inerente ao plano fático do contrato de trabalho". Sendo assim, errada a alternativa em questão.

    B) A alternativa está errada, porque o princípio na função integrativa tem como condão suprir lacunas jurídicas, conforme dispõe o art. 4° da Lei de Introdução ao Código Civil: “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito". Assim, é o Princípio da Norma Mais Favorável é aquele que dispõe que o operador do Direito do Trabalho deve optar pela regra mais favorável ao obreiro e podem ocorrer três situações, sejam elas: no instante de elaboração da regra, no contexto de confronto entre regras concorrentes ou, no contexto de interpretação das regras jurídicas.

    C) No Princípio da Norma Mais Favorável, na fase jurídica prevê que após construída a regra, dada situação de conflito de regras, é permitido eleger como prevalecente, aquela que for mais favorável ao trabalhador, observados certos procedimentos objetivos orientadores, portanto, não poderá o operador jurídico permitir que o uso do princípio da norma mais favorável comprometa o caráter sistemático da ordem jurídica, consequentemente a hierarquia das normas. Portanto, errada a presente alternativa quando afirma que o princípio é absoluto e poderá ser aplicado mesmo quando existirem normas de ordem pública.

    D) Consoante o disposto na Súmula 212 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado, tendo em vista que objetiva seu prolongamento no tempo, logo, a alternativa encontra-se correta.

    E) O Princípio da Primazia da Realidade sobre a Forma, está embasado no Art. 112 do Código Civil Brasileiro, que dispõe que nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem, ou seja, no Direito do Trabalho deve-se pesquisar a prática concreta efetivada ao longo da prestação de serviços e não as previsões contratuais. Assim sendo, errada a alternativa, especialmente quando afirma que o trabalho exercido de fato não se sobrepõe às disposições contratuais escritas.


    Referências:
    DELGADO, Maurício Godinho; Curso de Direito do Trabalho; 16ª Edição; LTR; 2017. Páginas 151, 212 a 224.


    Gabarito do Professor: D
  • SÚMULA 212 TST

    DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

    O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.

  • A) CLT, Art. 444, Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

    B) O princípio na função integrativa serve para suprir lacunas legais, conforme dispõe o artigo 4° da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, in verbis: “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito

    C) Este princípio informa que havendo conflito entre duas ou mais normas vigentes e aplicáveis à mesma situação jurídica, deve-se preferir aquela mais vantajosa ao trabalhador. No Direito do Trabalho, rejeita-se a aplicação da Teoria Normativa Kelseniana, concretizando-se a norma mais favorável ao trabalhador, ainda que se cuide de norma hierarquicamente inferior.

    D) SÚMULA 212 TST -DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 - O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. CORRETA

    E)  O princípio da primazia da realidade significa que, em caso de discordância entre o que ocorre na prática e o que emerge de documentos ou acordos, deve-se dar preferência ao primeiro, isto é, ao que sucede no terreno dos fatos (RODRIGUEZ, Américo Plá. Princípios de Direito do Trabalho; tradução de Wagner D.Giglio. 3ª ed. São Paulo: LTr, 2000.)

  • PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO Os contratos de emprego são a prazo indeterminado, essa é a regra geral, o que significa dizer que a indeterminação contratual é presumida. Os contratos de emprego temporário - prazo determinado- devem ser obrigatoriamente escritos. Outra regra de aplicação do princípio diz respeito ao aviso prévio que deve ser obrigatoriamente escrito. É necessário que seja escrito pois o empregador deverá provar que houve a extinção do contrato. Caso ele não comprove que o vínculo empregatício foi extinto, presume-se contínua a relação de emprego. De acordo com a Súmula 212 do TST: "O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado".

  • A regra geral cinge-se contrato de trabalho a ser desempenhado mediante prazo indeterminado, desde que não haja ajuste temporal expresso. Portanto, a questão proporciona ao candidato interpretação errônea, no sentido de que todas as pactuações concernentes à seara trabalhista vigoram mediante ausência de prazo. Sendo assim, a questão deveria ser anulada!

  • Vai na Fé... resposta correta letra D


ID
3424936
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Conforme as normas contidas na CLT e as súmulas do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre a proteção do trabalho da mulher, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário.                     

    § 1 A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência deste.

  • A.  A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, se ocorrer durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, não garante à empregada gestante a estabilidade provisória, sendo possível a dispensa, sem justa causa, pelo empregador. (Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)

    B. O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade. (Súmula 244 TST: I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).

    C. A garantia de emprego à gestante autoriza sua reintegração ao trabalho, mesmo se já exaurido o período de estabilidade. (Súmula 244 TST: II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade)

    D. Em caso de parto antecipado, a mulher não terá direito aos 120 dias de licença-maternidade. (Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. §3 Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias previstos neste artigo.)

    E. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário, mediante atestado médico, devendo notificar seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28.º dia antes do parto e a ocorrência deste. (Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. §1 A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência deste.)   

    GABARITO: E

  • Gab. E

    Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)

    GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012

    I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).

     II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.

     III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.

     

    Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário

    § 1 A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência deste.

    § 2 Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado médico.

    § 3 Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias previstos neste artigo.                        

     § 4 É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos:

    I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho;                          

    II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares.   

  • Novo entendimento acerca do termo inicial da licença-maternidade em caso de parto prematuro. Neste caso, o início da contagem da licença, inclusive do salário maternidade, será da última alta hospitalar da mãe e/ou filho (o que ocorrer por último). O artigo 392 §2° da CLT, prevê a possibilidade de prorrogação em duas semanas, cada um, o período de repouso, antes e depois do parto, mediante atestado médico. E o §3° assegura que em caso de parto antecipado a mulher terá direito à licença-maternidade de 120 dias. Contudo, a nova interpretação, dada em sede cautelar em ação de controle, refere-se ao termo inicial da licença, em caso de prematuridade do parto.

    O Supremo Tribunal Federal, na Sessão Virtual que se encerrou no dia 2 de abril, referendou, por maioria, a medida cautelar deferida pelo ministro Edson Fachin na ADI 6327, “a fim de conferir interpretação conforme à Constituição ao artigo 392, § 1º, da CLT, assim como ao artigo 71 da Lei nº 8.213/91 e, por arrastamento, ao artigo 93 do seu Regulamento (Decreto nº 3.048/99), e assim assentar (com fundamento no bloco constitucional e convencional de normas protetivas constante das razões sistemáticas antes explicitadas) a necessidade de prorrogar o benefício, bem como considerar como termo inicial da licença-maternidade e do respectivo salário-maternidade a alta hospitalar do recém-nascido e/ou de sua mãe, o que ocorrer por último, quando o período de internação exceder as duas semanas previstas no art. 392, § 2º, da CLT, e no art. 93, § 3º, do Decreto nº 3.048/99” (ADI 6327-MC-Ref, Rel. Min. Edson Fachin, Plenário Virtual de 2 de abril). 

  • ALTERNATIVA A: INCORRETA. A gestante tem direito à estabilidade provisória, ainda que ocorra dentro do período do aviso prévio, seja trabalhado ou indenizado. Sendo assim, só será possível a sua demissão por justa causa.

    Art. 391-A CLT: a confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória.

    ALTERNATIVA B: INCORRETA. É justamente o contrário: o desconhecimento da gravidez não exime o empregador do pagamento a indenização decorrente da estabilidade.

    Súmula 244, I, TST: o desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade.

    Informativo 919 STF: o único requisito exigido para a estabilidade da gestante é de natureza biológica. Exige-se apenas a comprovação de que a gravidez ocorreu antes da dispensa arbitrária, não sendo necessários quaisquer outros requisitos, como o prévio conhecimento do empregador ou da própria gestante. Assim, é possível assegurar a estabilidade à gestante mesmo que, no momento em que ela tenha sido demitida pelo empregador, ele não soubesse da gravidez.

    ALTERNATIVA C: INCORRETA. Vamos imaginar um exemplo prático para entender melhor a assertiva.

    Maria é dispensada sem justa causa no dia 01/01/2019. Logo depois, descobre que está grávida, mas não avisa ao seu empregador imediatamente. Seu filho, José, nasce no dia 01/09/2019. Dessa forma, ela teria direito à estabilidade provisória até o dia 01/02/2020 (5 meses após o parto).

    Situação 1: Maria pede a reintegração até dia 01/02/2020. Nesse caso, ela terá direito à reintegração ao emprego, com todos os salários do período em que não trabalhou.

    Situação 2: Maria pede a reintegração após o dia 01/02/2020. Nesse caso, ela só terá direito aos salários referentes ao período em que teve a garantia provisória do trabalho, sem direito à reintegração.

    Veja a redação da súmula 244, item II, do TST:

    Súmula 244, II, TST: a garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.

    ALTERNATIVA D: INCORRETA. No caso de haver parto antecipado, a gestante também fara jus à licença-maternidade.

    Art. 392, §3 CLT: em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 dias previsto neste artigo.

    ALTERNATIVA E: CORRETA! Literalidade dos artigos 392, caput, e §1 da CLT.

    Art. 392 CLT: a empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário.

    Art. 392, §1, CLT: a empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º dia antes do parto e ocorrência deste.

    GABARITO: E

  • Para responder a presente questão são necessários conhecimentos sobre empregada gestante, inclusive as previsões da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal e Súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST).


    A) A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, conforme disposição do art. 391-A da CLT.


    B) O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade prevista no art. 10, II, "b" do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, conforme disposição da Súmula 244, inciso I do TST.


    C) A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade, conforme disposição da Súmula 244, inciso II do TST.


    D) Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias à licença-maternidade, sem prejuízo do emprego e do salário, conforme disposição do art. 392, § 3º da CLT.


    E) Correto, de acordo com art. 392, caput e § 1º da CLT.


    Gabarito do Professor: E

ID
3424939
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

João presta serviços para uma empresa preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituem como trabalho externo.


Considerando essa situação hipotética e as normas presentes na CLT, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    CLT

    Capítulo II

    DA DURAÇÃO DO TRABALHO

    Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:

    ...

    III - os empregados em regime de teletrabalho.

  • Gab. B

    SEÇÃO II DA JORNADA DE TRABALHO: Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: III - os empregados em regime de teletrabalho.

                   

    Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.

    Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.

    Art. 75-C, § 2  Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual.

  • Embora eu tenha acertado a questão, importante é salientar que o empregado não terá controle de jornada, que diferenciá-se de limitação de jornada. Aliás, por respeito à CF, a jornada, como regra, limitar-se-á a 8h/d e 44/h semanais, o que demonstra o equívoco da assertiva.

  • O legislador de 2017 excluiu o teletrabalho do controle de jornada de trabalho, conforme preceitua o novo inciso III do art. 62, da CLT.

    Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:   (da jornada de trabalho)

    (...)

    III - os empregados em regime de teletrabalho.    

    Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015 /2014. HORAS EXTRAS. TRABALHO EXTERNO. CONTROLE INDIRETO DE JORNADA. Agravo de instrumento a que se dá provimento para determinar o processamento do recurso de revista, em face de haver sido demonstrada possível afronta ao artigo 62 , I , da CLT . RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015 /2014. HORAS EXTRAS. TRABALHO EXTERNO. CONTROLE INDIRETO DE JORNADA. A exceção prevista no artigo 62 , I , da CLT não depende apenas do exercício de trabalho externo, mas também da impossibilidade de controle de horário pelo empregador. No caso, o Tribunal Regional registrou que: o autor trabalhava em home office por opção da ré, que fechou a filial em Curitiba em 2005; os técnicos, que trabalhavam em idêntica condição, recebiam hora extra, quando acionados no plantão; não havia poderes especiais na gerência; a testemunha da ré admitiu a possibilidade de exceder o horário, caso algum cliente ligasse, a existência de folga compensatória, caso atendesse fora do expediente, e as horas trabalhadas a mais eram informadas. Indubitável, portanto, que o empregador exercia o controle indireto sobre os horários cumpridos pelo empregado. Somente quando se revelar inteiramente impossível o controle, estará afastado o direito ao pagamento de horas extraordinárias, em razão da liberdade de dispor do seu próprio tempo, a exemplo do que ocorre, mesmo nesses casos, com o intervalo para refeição, cujo gozo é presumido, diante a autorização legal para dispensa do registro

  • Por isso o teletrabalho é tão bom para os empregadores...

    Eles podem despejar uma montanha de serviço no empregado, e esse que se vire para dar conta de tudo, seja lá o tempo que isso levar.

    Nada de adicional de hora extra.

  • A questão traz um caso concreto de um empregado, João, trabalha sob o regime de teletrabalho, que é aquele realizado preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de ferramentas eletrônicas para a realização do trabalho.

    ALTERNATIVA A: INCORRETA. É possível, sim, caracterizar a relação empregatícia de um empregado remoto, qual seja, aquele que presta serviços de forma preponderante fora da sede da empresa.

    Art. 6º CLT: não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.

    Art. 75-B CLT: considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.

    ALTERNATIVA B: CORRETA! Literalidade do art. 62, III, da CLT. Os teletrabalhadores são excluídos do controle de jornada de 8 horas diárias.

    Art. 62, III, CLT: não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo (duração do trabalho de 8 horas diárias): os empregados em regime de teletrabalho.

    ALTERNATIVA C: INCORRETA.

    Conforme art. 62, III, da CLT, os empregados em regime de teletrabalho não observam a duração diária de 8 horas de trabalho. Dessa forma, não possuem o controle da sua jornada e não fazem jus a horas extraordinárias.

    ALTERNATIVA D: INCORRETA. O empregado poderá, sim, comparecer na sede da empresa para realizar atividades que precisam ser feitas pessoalmente sem que isso implique na descaracterização do teletrabalho.

    Art. 75-B, parágrafo único, CLT: o comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.

    ALTERNATIVA E: INCORRETA. A CLT assegura a alteração do regime de teletrabalho para o presencial, desde que respeitado o requisito temporal de 15 dias para transição, bem como haja aditivo contratual.

    Art. 75-C, §2º, CLT: poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de 15 dias, com correspondente registro em aditivo contratual.

    Sobre a alteração, ela deve preencher os requisitos:

    Do presencial para o teletrabalho: mútuo acordo + registro em aditivo contratual

    • Do teletrabalho para o presencial: prazo de transição mínimo de 15 dias + aditivo contratual (cuidado: nessa alteração não é necessário o mútuo acordo)

    GABARITO: B

  • Vamos analisar as alternativas da questão:

    A) Não é possível caracterizar relação de emprego entre João e a empresa, uma vez que os serviços realizados por João ocorrem preponderantemente fora de suas dependências. 

    A letra "A" está errada porque a relação entre João e a empresa é de teletrabalho conceituado pelo artigo 75 - B da CLT como sendo a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. 

    B) O regime descrito na situação hipotética é o de teletrabalho e, nesse caso, João não tem direito à limitação de jornada de trabalho. 

    A letra "B" está certa porque refletiu o dispositivo legal abaixo: 

    Art. 62 da CLT Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: III - os empregados em regime de teletrabalho.

    C) João possuirá jornada de trabalho de oito horas e consequentemente terá direito a horas extras, intervalos e adicional noturno, independentemente da condição efetiva do empregador de controlar e fiscalizar o trabalho realizado.  

    A letra "C" está errada porque os empregados em regime de teletrabalho não estão submetidos às normas de duração do trabalho do capítulo duração do trabalho da CLT. 
    Observem: 

    Art. 62  da CLT Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:  III - os empregados em regime de teletrabalho.                             
    D) Caso João desempenhe suas atividades no regime de teletrabalho, seu comparecimento às dependências da empresa para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento descaracterizará esse regime. 

    A letra "D" está errada porque de acordo com o parágrafo único do artigo 75 - B da CLT o comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho. 

    E) Se João estiver no regime de teletrabalho, não poderá ser realizada a alteração para o regime presencial por determinação do empregador, mesmo respeitando-se prazos de transição e realizando-se os devidos registros em aditivo contratual. 

    A letra "E" está errada porque de acordo com o parágrafo primeiro do artigo 75 - C da CLT poderá ser realizada  a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.      

    O gabarito é a letra "B".

    Legislação: 

    Art. 75-B da CLT  Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.  Parágrafo único.  O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.           

    Art. 75-C da CLT  A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado.            
    § 1o  Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.                
    § 2o  Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual.   
                   
    Art. 75-D da CLT  As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito. Parágrafo único.  As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração do empregado.            

    Art. 75-E da CLT  O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho.      Parágrafo único.  O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador.               
  • Pessoal,

    Apenas uma observação quanto a alternativa B, dada como correta. Apesar do art. 62, III da CLT prevê o não recebimento de adicionais (hora extra, noturno), o TST tem posicionamento no sentido de que "se houver meio de controle patronal da jornada, é possível reconhecer os adicionais."

    Fonte: http://www.tst.jus.br/teletrabalho


ID
3424942
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

A respeito da competência da Justiça do Trabalho, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • CRFB/88

    Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

            I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

  • Questão sem resposta momentaneamente. Pois, o STF suspendeu a eficácia da parte referentes aos servidores estatutários, por força da liminar proferida na ADIN 3395, suspendendo toda e qualquer interpretação dada ao inciso I, do art. 114 da CRFB. Sendo competente a Justiça Comum.

  • Dispositivos da Constituição da República de 1988, com a redação dada pela Emenda Constitucional 45/04:

    a) Art. 114: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

            I. as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; - CORRETA.

    b) Art. 114: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

    VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

    c) Art. 114 : Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

            I. as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

    EMENTA: INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Competência. Justiça do Trabalho. Incompetência reconhecida. Causas entre o Poder Público e seus servidores estatutários. Ações que não se reputam oriundas de relação de trabalho. Conceito estrito desta relação. Feitos da competência da Justiça Comum. Interpretação do art. 114, inc. I, da CF, introduzido pela EC 45/2004. Precedentes. Liminar deferida para excluir outra interpretação. O disposto no art. 114, I, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária. STF, Tribunal Pleno, ADI 3395 MC/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 05/04/2006, p. DJ 10/11/2006).

    d) Art. 102, I, "O": compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal.

    e) Art. 114 : Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

    III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

  • JUSTIÇA DO TRABALHO PROCESSA E JULGA ::

    Relação de trabalho ++ entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

    Representação sindical ++ entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

    Indenização por dano moral ou patrimonial ++ decorrentes da relação de trabalho

  • Essa banca precisa se informar um pouco sobre a jurisprudência.

    O Plenário do STF referendou liminar na ADI 3395, suspendendo qualquer interpretação dada ao inciso I do artigo 114 da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda Constitucional (EC) 45/2004, que inclua na competência da Justiça do Trabalho a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, de caráter tipicamente jurídico-administrativo. Trata de relação de caráter jurídico-administrativo com o Poder Público, atraindo a competência da Justiça comum.

  • RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO REGRESSIVA ACIDENTÁRIA PROPOSTA PELO INSS. RESSARCIMENTO DE VALORES RELATIVOS AO PAGAMENTO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. ARTIGO 109, INCISO I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. RECURSO DESPROVIDO. DECISÃO [...] sua vez, alterou o artigo 114, inciso VI, para definir como competente a Justiça do Trabalho no julgamento de ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador. Esse entendimento restou consolidado com a publicação da Súmula Vinculante nº 22: ‘A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.’ Contudo, o caso dos autos distingue-se de ambas as exceções referidas. As ações regressivas interpostas pelo Instituto Nacional do Seguro Social em face de empregadores, a fim de ver ressarcidas as despesas suportadas com o pagamento de benefícios previdenciários, causadas por atos ilícitos dos empregadores, devem ser julgadas pela Justiça Federal, porquanto o debate não diz respeito à relação de trabalho, mas à responsabilização civil do empregador, a ensejar a aplicação da regra geral contida no art. 109, I, da Constituição Federal. Verifica-se, portanto, que o acórdão recorrido divergiu do entendimento desta Corte, no sentido de ser competente a Justiça Federal para julgar ações em que a autarquia previdenciária for parte ou tiver interesse na matéria.

  • Para responder a presente questão, são necessários conhecimentos gerais sobre competência prevista na Constituição Federal.

    A) Correta a assertiva que está de acordo com art. 114, inciso I da Constituição Federal.

    B) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho, nos termos do art. 114, inciso VI da Constituição Federal.

    C) Inteligência do art. 114, inciso I da Constituição Federal, compete à Justiça do Trabalho julgar as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da Administração Pública direta e indireta.

    D) Compete ao Superior Tribunal de Justiça os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos, de acordo com art. 105, inciso I, alínea d da Constituição Federal e compete ao Supremo Tribunal Federal os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal, nos termos do art. 102, inciso I, alínea o da Carta Magna.

    E) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores, nos termos do art. 114, inciso III da Constituição Federal.


    Gabarito do Professor: A

  • Infelizmente vários colegas estão desatualizados e culpando a banca. https://www.anamatra.org.br/imprensa/noticias/29616-justica-do-trabalho-e-competente-para-julgar-acoes-envolvendo-servidor-celetista-e-o-poder-publico-decide-stj

    "Em seu voto, o relator, ministro Benedito Gonçalves, ressaltou que somente serão julgados pela Justiça Comum (Estadual ou Federal) aqueles litígios que envolvam servidores estatutários ou de natureza jurídico-administrativa, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da cautelar da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3395."

    A liminar no STF foi para servidores ESTATUTÁRIOS, empregado público NÃO TEM ESTATUTO, ele é regido pela CLT, ele é nomeado para assinar contrato de trabalho e não para tomar posse. O enunciado da banca fez questão de ressaltar esse fato!

    Acompanhem minha trejatória no YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCmXjPwLA68CqC7Zaz-XwCyA

    Abraço!


ID
3424945
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Com relação ao processo do trabalho, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.

    Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.

  • Resposta letra D CLT Art. 857 - A representação para instaurar a instância em dissídio coletivo constitui prerrogativa das associações sindicais, excluídas as hipóteses aludidas no art. 856, quando ocorrer suspensão do trabalho. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 7.321, de 14.2.1945)

    Parágrafo único. Quando não houver sindicato representativo da categoria econômica ou profissional, poderá a representação ser instaurada pelas federações correspondentes e, na falta destas, pelas confederações respectivas, no âmbito de sua representação. (Redação dada pela Lei nº 2.693, de 23.12.1955)

  • Gabarito: Letra D

    Fundamentação :

    Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.  

    Em relação aos erros das outras assertivas, segue abaixo:

    Alternativa A

    Art. 7, XXIX da Constituição Federal - "ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho"

    Alternativa B -

    Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. 

    Alternativa C -

    Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

    Alternativa E -

    Art. 857 - A representação para instaurar a instância em dissídio coletivo constitui prerrogativa das associações sindicais, excluídas as hipóteses aludidas no art. 856, quando ocorrer suspensão do trabalho.    

    Parágrafo único. Quando não houver sindicato representativo da categoria econômica ou profissional, poderá a representação ser instaurada pelas federações correspondentes e, na falta destas, pelas confederações respectivas, no âmbito de sua representação.  

  • A questão exige o conhecimento de diversos dispositivos presentes na Consolidação das Leis do Trabalho.

    Vamos às alternativas:

    ALTERNATIVA A: INCORRETA. O prazo prescricional no processo do trabalho é unificado para trabalhadores urbanos e rurais: 5 anos, até o limite de 2 anos após a extinção contratual.

    Art. 11 CLT: pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em 5 anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho.

    Art. 7, XXIX, CF: ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 5 anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho.

    ALTERNATIVA B: INCORRETA. Os recursos serão, sim, interpostos por simples petição. Entretanto, a regra é o efeito devolutivo.

    Art. 899 CLT: os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste título, permitida a execução provisória até a penhora.

    ALTERNATIVA C: INCORRETA. O não comparecimento à audiência importa em efeitos distintos, a depender da parte:

    • Reclamante ausente: arquivamento da reclamação

    • Reclamado ausente: revelia e confissão quanto à matéria de fato

    Art. 844 CLT: o não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

    ALTERNATIVA D: CORRETA! Literalidade do art. 852-A da CLT.

    Art. 852-A CLT: os dissídios individuais cujo valor não exceda a 40 vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.

    Sobre o procedimento sumaríssimo, aproveito para destacar as principais características que são cobradas de forma recorrente:

    • O critério que enquadra a reclamação no procedimento sumaríssimo é o do valor da causa: até 40 salários mínimos

    • Administração pública direta, autárquica e fundacional estão excluídas do sumaríssimo

    • O pedido deve ser certo ou determinado, indicando o valor da causa, sob pena de arquivamento

    • Não há citação por edital (o autor deve indicar o nome e endereço corretos do reclamado, sob pena de arquivamento)

    • Número de testemunhas: até 2 para cada parte

    • Apreciação da reclamação em até 15 dias do ajuizamento

    • Todas as provas serão produzidas na AIJ, ainda que não requeridas previamente

    • É cabível prova técnica quando a prova do fato exigir ou for legalmente imposta

    ALTERNATIVA E: INCORRETA. Nesses casos, o dissídio coletivo poderá ser instaurado tanto pelas federações como pelas confederações (essa última de forma subsidiária).

    Art. 857, parágrafo único, CLT: quando não houver sindicato representativo da categoria econômica ou profissional, poderá a representação ser instaurada pelas federações correspondentes e, na falta destas, pelas confederações respectivas, no âmbito de sua representação.

    GABARITO: D

  • Para responder a presente questão, são necessários conhecimentos gerais sobre o processo do trabalho, especialmente as disposições legais previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

    A) Inteligência do art. 11 da CLT, a pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.

    B) Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo exceções, de acordo com art. 899, caput da CLT.

    C) O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato, consoante art. 844, caput da CLT.

    D) Em concordância com a disposição do art. 852-A, caput da CLT, os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. Portanto, correta.

    E) Inteligência do art. 857, parágrafo único da CLT, quando não houver sindicato representativo da categoria econômica ou profissional, poderá a representação ser instaurada pelas federações correspondentes e, na falta destas, pelas confederações respectivas, no âmbito de sua representação.


    Gabarito do Professor: D


ID
3424948
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Carlos é autor de determinada ação trabalhista contra uma empresa.


Com base nesse caso hipotético e nas normas contidas na CLT, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Item C: correta: Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação. Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.

    Item D: incorreto: Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.

  • Existem inúmeras notificações que intimam na forma do art. 455 do CPC, logo depende do teor da notificação na prártica.

  • Gabarito: C

    A) Quando se tratar de inquérito, Carlos e a empresa não poderão indicar mais de três testemunhas.

    Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis). 

    B) É faculdade de Carlos e obrigação da empresa a apresentação de um perito.

    Art. 826 - É facultado a cada uma das partes apresentar um perito ou tecnico. 

    C) As testemunhas comparecerão à audiência, independentemente de notificação ou intimação.

    Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.

    D)Como testemunha, a irmã de Carlos poderá prestar compromisso e seu depoimento valerá como prova.

    Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.

    E) O documento em cópia oferecido para prova não poderá ser declarado como autêntico, sob responsabilidade pessoal do advogado de Carlos. 

    Art. 830. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.  

  • Antes de adentrar ao mérito da presente questão, é importante ressaltar que na ausência de normas que regulem o processo trabalhistas, as disposições do Código de Processo Civil lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente, exceto naquilo em que for incompatível, conforme art. 15 do Código de Processo Civil (CPC) e art. 769 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

    Ainda, para responder a presente questão, por tratar de diversos temas dentro do processo do trabalho, é necessário entender cada um dos institutos abordados em cada uma das alternativas, que foi devidamente disposto nos comentários abaixo.

    Carlos é autor de determinada ação trabalhista contra uma empresa. Com base nesse caso hipotético e nas normas contidas na CLT, assinale a alternativa correta.

    A) Quando se tratar de inquérito, Carlos e a empresa não poderão indicar mais de três testemunhas. (ERRADA)

    Primeiramente, importa ressaltar que Carlos não poderia ser o autor da ação de Inquérito para apuração de Falta Grave, pois é a ação movida no âmbito da justiça do trabalho para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, conforme dispõe art. 853 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ainda, nos termos do art. 821 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis). Ou seja, no Inquérito para apuração de Falta Grave o número de testemunhas permitidas é de seis pessoas. Portanto, errada a presente alternativa.

    B) É faculdade de Carlos e obrigação da empresa a apresentação de um perito. (ERRADA)

    Sabe-se que a caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho, nos termos do art. 195 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

    Para analisar a alternativa em comento, é necessário entender a diferença entre perito e assistente técnico. O perito é o profissional que será nomeado pelo juízo, que tem conhecimento especifico sobre o caso, o principal objetivo do perito é municiar o julgador com análise especializada, informações e com a conclusão técnica.

    Já o assistente técnico, igualmente, é profissional com conhecimento técnico, contudo, contratado pelas partes do litígio, se assim quiserem, sendo, portanto, parciais. Nesse sentido, vê-se que o art. 466 §1º do Código de Processo Civil dispõe que os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição.

    Nos termos do art. 465 do Código de Processo Civil, o juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo, devendo as partes dentro do prazo da intimação indicar assistente técnico, se assim desejarem.

    Isto posto, verifica-se que a indicação de perito com conhecimento técnico é função do juiz, de acordo com o objeto da perícia. Por sua vez, as partes podem indicar assistentes técnicos, não sendo obrigação de nenhuma delas, mas sim faculdade. Portanto, errada a presente alternativa.

    C) As testemunhas comparecerão à audiência, independentemente de notificação ou intimação. (CORRETA)

    Nos termos do Capítulo II - DO PROCESSO EM GERAL na Seção IX – DAS PROVAS da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), verifica-se no art. 825 resta determinado que as testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação. Portanto, correta a afirmativa.

    D) Como testemunha, a irmã de Carlos poderá prestar compromisso e seu depoimento valerá como prova. (ERRADA)

    Nos termos do art. 447 do Código de Processo Civil, podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas. Nesse aspecto, são considerados impedidos no §2º, I do referido artigo, o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito.

    Assim, caso a parte não possa obter de outro modo a prova sua irmã poderá ser ouvida pelo juízo como informante, mas não prestará compromisso e seu depoimento não será valorado como se assim fosse, o que será determinado pelo convencimento do juízo. Portanto, incorreta a afirmativa.

    E) O documento em cópia oferecido para prova não poderá ser declarado como autêntico, sob responsabilidade pessoal do advogado de Carlos. (ERRADA)

    Consoante o art. 425, IV do Código de Processo Civil, fazem a mesma prova que os originais as cópias reprográficas de peças do próprio processo judicial declaradas autênticas pelo advogado, sob sua responsabilidade pessoal, se não lhes for impugnada a autenticidade. Portanto, pode ser declarada a autenticidade pelo advogado, assim, incorreta a afirmativa em comento.

    Referências:

    SEUPERITO. Qual a diferença entre o perito e o assistente técnico. Disponível em Site Seuperito.

    Gabarito do Professor: C

  • GABARITO LETRA C - CORRETA

    Fonte: CLT

    A) INCORRETA. Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis). 

    B)INCORRETA. Art. 826 - É facultado a cada uma das partes apresentar um perito ou tecnico. 

    C) CORRETA. Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.

    D) INCORRETA. Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.

    E) INCORRETA. Art. 830. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.  


ID
3424951
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

Tomando-se por base o conceito de seguridade social, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra E

    A) Incorreto: Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:  

    B) Incorreto: Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:  

    C) Incorreto: Trata-se de aplicação do princípio da anterioridade nonagesimal insculpido no Art. 195, § 6º "As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".

    D) Incorreto: Os dependentes são beneficiários dos segurados do regime geral da previdência social, estando previsto no art. 16 da Lei 8.213/91

    E) Correto: Filiação é a relação jurídica que liga uma pessoa natural à União/Previdência Social, bem como ao Instituto Nacional da Seguro Social, que tem condão de inclui-lá no Regime Geral da Previdência Social na condição de segurada, tendo a eficácia de gerar obrigações.

    Inscrição é o ato pelo qual o segurado é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização. (Art. 18, do RPS).

    FONTES: Curso de Direito e Processo Previdenciário, Frederico Amado, Ed.2020/ CF/88/ Lei 8.213/91/ Decreto 3.048/99.

  • Gabarito letra E.

    Complementando. Salvo melhor juízo (não manjo muito de previdenciário), o fundamento para o erro da letra B é o seguinte artigo da CF/88:

    Art. 149. §1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

    Qualquer equívoco peço a gentileza de notificar inbox.

  • O erro da letra D está em dizer que o direito do segurado é personalíssimo, quando não o é. No mais, a assertiva está correta pois os segurados obrigatórios - que são: o empregado, trabalhador avulso, o empregado doméstico, o contribuinte individual e o segurado especial - têm sua filiação compulsória e automática ao exercer uma atividade remunerada, enquanto que os dependentes daqueles, não são filiados obrigatórios, portanto estão fora desta categoria.

  • GABARITO: LETRA E

    A filiação e a inscrição são institutos diferentes no direito previdenciário, e, portanto, podem ocorrer em momentos distintos.

    A filiação é vínculo jurídico entre o segurado e o RGPS, do qual decorrem direitos e obrigações recíprocos. De um lado, o segurado tem o dever de contribuir e o direito à cobertura previdenciária. De outro, o RGPS tem o dever de pagar os benefícios e prestar os serviços previdenciários (quando cumpridos os requisitos legais), e o direito de exigir o pagamento das contribuições previdenciárias.

    A inscrição consiste na formalização da filiação. É por meio da inscrição que o segurado fornece à previdência os dados necessários para sua identificação.

    FONTE: https://www.questoesestrategicas.com.br/resumos/ver/filiacao-e-inscricao

  • Gabarito: E

    Sobre a letra C

    C) De modo a atender ao “princípio da não surpresa”, dando-se tempo aos contribuintes e segurados para adequada preparação financeira, as novas contribuições sociais devem respeitar o princípio da anterioridade, segundo o qual a cobrança somente poderá ser exigida no exercício financeiro seguinte à criação.Errado

    Fundamento:

    EFICÁCIA DA LEI NO TEMPO:

    a) Uma vez em vigor a norma de custeio que disponha sobre criação ou modificação de contribuições sociais, só poderá ser exigida após decorridos noventa dias de sua publicação, não lhes sendo aplicável o disposto do art. 150, III, b, da CF (princípio da anterioridade anual). É a regra do art. 195, § 6º, da CF.

    b) As demais normas de custeio, bem como as relativas á seguridade social, inclusas as relativas às prestações previdenciárias, são eficazes a partir da data em que a própria norma prever sua entrada em vigor, e, na ausência de tal fixação, no prazo estabelecido pela Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro para a vacatio legis, ou seja, 45 dias após sua publicação.

    OBS: A lei previdenciária NÃO pode retroagir para beneficiar o segurado, nem mesmo as de custeio.

  • Para responder a presente questão são necessários conhecimentos gerais sobre seguridade social.


    A) Prevê o art. 195, caput da Constituição que a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta. Incorreta a alternativa.

    B)
    Em regra, compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de acordo com art. 149, caput da Constituição, contudo, o próprio artigo no § 1º excetua a regra, afirmando que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições para custeio.

    C) As contribuições sociais só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, inteligência do art. 195, § 6º da Constituição.

    D) Os dependentes não são excluídos no regime geral de previdência social, inclusive, o rol dos dependentes está elencado no art. 16 da Lei 8.213/1991.

    E) A filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações, sendo que a filiação à previdência social decorre automaticamente do exercício de atividade remunerada para os segurados obrigatórios, inteligência do art. 20, caput e § 1º do Decreto nº 3.048/1999. Em consonância com art. 18, caput do referido Decreto, considera-se inscrição de segurado para os efeitos da previdência social o ato pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS, por meio da comprovação dos dados pessoais.




    Gabarito do Professor: E

  • Baseado na doutrina de Lazzari e Castro, entendo que a alternativa E também não está correta

    "Filiação é o vínculo jurídico que se estabelece ente pessoas que contribuem como segurados para a Previdência Social e esta, vínculo este que do qual decorrem direitos e obrigações."

    [...]

    "Inscrição é o ato pelo qual o segurado e o dependente são cadastrados no Regime Geral de Previdência Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização."

    [...]

    "Na sequência temporal da relação jurídica de seguro social a inscrição é o terceiro momento, seguindo-se ao trabalho e a consequente filiação, ou, pelo menos, sendo contemporâneo a estes, mas nunca anterior."

    LAZZARI, J. B E CASTRO, C. A. P. Manual de Direito Previdenciário. Editora GEN/Forense, ed.23. 2020.

  • Não vejo erro na letra B, pois o §4º, do Art. 195 e o Art. 154, I, deixam bem claro que as contribuições sociais referentes à Seguridade Social são instituídas somente pela UNIÃO.

  • B) Em regra, compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de acordo com art. 149, caput da Constituição, MASno § 1º excetua a regra, afirmando que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições para custeio.


ID
3424954
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Com o objetivo de coagir as empresas a efetuar suas contribuições corretamente, o legislador ordinário instituiu tipos penais, visando àqueles que não cumprem suas obrigações previdenciárias. Com relação aos crimes contra a seguridade social, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva A

    Se o agente que comete a apropriação indébita previdenciária, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, das importâncias ou dos valores, prestando as informações devidas à Previdência Social antes do início da ação fiscal, tem extinta sua punibilidade.

  • Bruno Melo, o crime da alternativa B é sim crime próprio, mas a característica pessoal do autor (de ser funcionário) se comunica ao partícipe, por ser elementar do tipo penal. Esse é outro erro da alternativa C, que diz que o crime é impróprio. Me corrijam caso haja algum erro, por favor.

  • Gabarito A

    A) De acordo com art.168-A (Apropriação indébita previdenciária), § 2:

    "É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal"

    Greco: "São vários os requisitos necessários que dão ensejo à declaração da extinção da punibilidade.

    Inicialmente, o agente deverá declarar, por exemplo, aquilo que efetivamente recolheu dos

    contribuintes e, ato contínuo, confessar que não levou a efeito o repasse das contribuições

    recolhidas à previdência social.

    Em seguida, deverá efetuar o pagamento, tanto do principal quanto dos acessórios, das

    contribuições, importâncias ou valores, prestando todas as informações à previdência social

    relativas a seu débito."

    B) Conforme aponta Greco,o crime de inserção de dados falsos em sistemas de informações pode ser cometido em concurso de pessoas por funcionário autorizado e não autorizado:

    "Crime próprio, somente o funcionário público autorizado pode figurar como sujeito ativo do

    delito de inserção de dados falsos em sistema de informações, tipificado no art. 313-A do Código

    Penal. Note-se, como dissemos, que a lei exige além da qualidade de funcionário público, seja ele

    autorizado, isto é, tenha acesso, por meio de senha ou outro comando, a uma área restrita, não

    aberta a outros funcionários e, tampouco, ao público em geral. Isso não impede, contudo, que o

    funcionário público autorizado atue em concurso com outro funcionário (não autorizado), ou

    mesmo um particular, devendo todos responder pela mesma infração penal, nos termos do art. 29

    do Código Penal."

    C) Greco: "Crime próprio, somente o funcionário público pode ser sujeito ativo do delito de modificação

    ou alteração não autorizada de sistema de informações, tipificado no art. 313-B do Código Penal."

    D) Decisão da Sexta Turma do STJ: "No caso, gerente responsável por sociedade empresarial foi denunciado como incurso no art.  297, § 4º , do  , porque deixou de anotar a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) de empregado durante a vigência do contrato de trabalho. (...) Pondera que o prejuízo foi irrisório devido ao curto período do contrato de trabalho, além de que foi reparado ao cumprir a sentença condenatória trabalhista. Para o Min. Relator, é possível aplicar o princípio da insignificância pelo curto período do contrato (segundo o Juízo Trabalhista, pouco mais de 1 mês), pela mínima lesividade causada ao empregado, devido à condenação do paciente pelo juízo trabalhista, obrigando-o a registrar o empregado.

    Fonte:https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1045497/principio-da-insignificancia-e-carteira-de-trabalho

  • Para complementar as respostas dos colegas, salienta-se o que dispõe o art. 337-A, par. 1º do CP:

    "Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: ,

    Parágrafo 1º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 

    Verifica-se que esse dispositivo prevê também regra de extinção da punibilidade, condicionada, porém, à mera declaração das contribuições sonegadas, dispensando seu efetivo recolhimento. Segundo Rogério Sanches, citando, entre outros, o autor Alberto Silva Franco, "não haveria razão para a diferença, reclamando o mesmo tratamento no caso da infração ao art. 168-A, sob pena de se ofender o princípio constitucional da isonomia. (e da razoabilidade)" ( Manual de direito penal, parte especial, 2016)

  • Para quem quiser aprofundar o tema, segundo a jurisprudência do STF também é possível a extinção da punibilidade a qualquer tempo, desde que seja feito o PAGAMENTO INTEGRAL do valor devido e antes do trânsito em julgado.

    “Em conclusão de julgamento, o Plenário, por maioria, acolheu embargos de declaração e declarou extinta a punibilidade de parlamentar apenado pela prática dos crimes de apropriação indébita previdenciária e de sonegação de contribuição previdenciária (CP, art. 168-A, § 1º, I, e art. 337-A, III, c/c o art. 71, caput, e art. 69). (...) No tocante à assertiva de extinção da punibilidade pelo pagamento do débito tributário, realizado após o julgamento, mas antes da publicação do acórdão condenatório, reportou-se ao art. 69 da Lei 11.941/2009 (Art. 69. Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos no art. 68 quando a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios, que tiverem sido objeto de concessão de parcelamento.) Sublinhou que eventual inconstitucionalidade do preceito estaria pendente de exame pela Corte, nos autos da ADI 4273/DF. Entretanto, haja vista que a eficácia do dispositivo não estaria suspensa, entendeu que o pagamento do tributo, a QUALQUER TEMPO, extinguiria a punibilidade do crime tributário, a teor do que já decidido pelo STF (HC 81929/RJ, DJU de 27.2.2004). Asseverou que, na aludida disposição legal, não haveria qualquer restrição quanto ao momento ideal para realização do pagamento. Não caberia ao intérprete, por isso, impor restrições ao exercício do direito postulado. Incidiria, dessa maneira, o art. 61, caput, do CPP (“Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício”). (...)"

    [STF. Plenário. AP 516 ED/DF, rel. orig. Min. Ayres Britto, red. p/ o acórdão Min. Luiz Fux, julgado em 5/12/2013 (Info 731).] (apud Curso de Direito Penal do Estratégia Concursos)

  • Complemento objetivo..

    A)

    Funciona desta maneira na apropriação indébita previdenciária:

    ☛Extinção da punibilidade:

    ANTES DO INÍCIO DA AÇÃO FISCAL

    espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições

    ☛ Perdão judicial:

    Após o início da ação fiscal

     primário e de bons antecedentes

    antes de oferecida a denúncia efetua o pagamento

    ou

    valor das contribuições devidas igual ou inferior ao da previdência.

  • A

    Apropriação indébita previdenciária

    Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

    § 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.

    B C

    Inserção de dados falsos em sistema de informações

    Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano;

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 

    Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações

    Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente:

    Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.

    Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.

    D

    "Pondera que o prejuízo foi irrisório devido ao curto período do contrato de trabalho, além de que foi reparado ao cumprir a sentença condenatória trabalhista. Para o Min. Relator, é possível aplicar o princípio da insignificância pelo curto período do contrato (segundo o Juízo Trabalhista, pouco mais de 1 mês), pela mínima lesividade causada ao empregado, devido à condenação do paciente pelo juízo trabalhista, obrigando-o a registrar o empregado" STJ, 6º TURMA

    E

    Princípio da consunção

  • Uma diferenciação que as bancas gostam de explorar: Na apropriação indébita previdenciária tem que declarar, confessar e PAGAR antes da ação fiscal para ter a extinção da punibilidade (art-168-A, CP). Na sonegação de contribuição previdenciária NÃO precisa pagar antes da ação fiscal, apenas declarar, confessar e prestar as informações devidas à previdência social antes da ação fiscal para ter a extinção da punibilidade (art. 337-A, CP).

    No mais, os colegas já justificaram.

    Abraço e bons estudos!

  • A extinção da punibilidade em relação a tal delito pode ocorrer em diversas situações específicas (além daquelas previstas para todos os delitos).

    Se o agente se arrepende e resolve a situação, declarando o débito e pagando o que for necessário, ANTES DO INÍCIO DA AÇÃO FISCAL (a atividade desenvolvida pelo Fisco), estará EXTINTA A PUNIBILIDADE, nos termos do §2° do art. 168-A.

    Entretanto, o STF e o STJ entendem que o pagamento, a qualquer tempo (antes do trânsito em julgado) extingue a punibilidade.

    E se o réu adere ao parcelamento do débito? Neste caso, fica SUSPENSA a punibilidade (e também o curso do prazo prescricional). Uma vez quitado o parcelamento, extingue-se a punibilidade.

  • Trata-se de uma questão que exige do candidato conhecimentos sobre o crime de apropriação indébita previdenciária e sobre crimes contra a administração pública relacionados à seguridade social, sendo que o enunciado faz referência aos crimes contra a seguridade social.

    A seguridade social tem previsão constitucional no artigo 194 da CF/88: “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações e iniciativas dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social". Assim, visando proteger a seguridade social, a lei 9.983/00 criou algumas condutas delituosas, como os artigos 168-A, 297, §§3º e 4º, e o 337-A do Código Penal.

    Assim, vejamos as assertivas da questão:

    a) CORRETA. Essa assertiva traz exatamente o que expõe o crime de apropriação indébita previdenciária do artigo 168-A, trazendo a causa de extinção da punibilidade prevista no §2º deste artigo. Portanto, esta é a opção correta.

    b) ERRADA. Essa assertiva traz a conduta de facilitar a inserção de dados falsos em sistema de informação, prevista no artigo 313-A do Código Penal. Porém, a questão afirma que a conduta de facilitar a inserção de dados falsos não está abarcada pelo mencionado tipo penal, o que torna a assertiva equivocada.

    c) ERRADA. Essa assertiva traz o crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informação, previsto no artigo 313-B do Código Penal, afirmando que trata-se de crime material e impróprio, pois exige um resultado e pode ser praticado por qualquer pessoa.

    Em primeiro lugar, todos os crimes exigem resultado, tendo em vista ser um dos elementos do fato típico, portanto, dizer que o crime é material porque exige resultado não está juridicamente correto. O CRIME MATERIAL exige um resultado naturalístico para a sua consumação. Já no CRIME FORMAL, o resultado naturalístico é dispensável, pois com a prática da conduta já ocorre o resultado jurídico.

    Ainda, a assertiva diz que o crime é impróprio porque pode ser cometido por qualquer pessoa, o que também está incorreto. O crime que pode ser cometido por qualquer sujeito ativo é chamado de CRIME COMUM, onde o tipo penal não exige qualquer característica especial por parte do autor, diferente do CRIME PRÓPRIO, onde a própria lei exige uma qualidade especial do sujeito ativo. Por se tratar de crime contra a administração pública praticado por funcionário público, trata-se de CRIME PRÓPRIO. Portanto, esta assertiva está incorreta.

    d) ERRADA. Conforme decisão do STJ no REsp 966.077-GO de 2008, este tribunal já reconheceu a aplicação do princípio da insignificância para a conduta de deixar de registrar o contrato de trabalho na carteira de trabalho, do artigo 297, §4º do Código Penal. O referido tribunal superior, em sua decisão, afirma que “o prejuízo foi irrisório devido ao curto período do contrato de trabalho, além de que foi reparado ao cumprir a sentença condenatória trabalhista". Portanto, esta assertiva está incorreta.

    e) ERRADA. Conforme entendimento do Superior Tribunal de justiça, quando o crime de falso é cometido única e exclusivamente para viabilizar a prática do crime de sonegação de contribuição previdenciária, é por este absorvido, aplicando-se o princípio da consunção (AgRg no AREsp 386863/MG, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Julgado em 06/08/2015, DJE 26/08/2015). Esse entendimento se assemelha ao teor da Súmula 17 do STJ: “Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido". Portanto, esta assertiva está incorreta. 

    Assim, percebe-se que essa questão exige tanto o conhecimento da letra da lei quanto dos julgados dos tribunais superiores. 

    RESPOSTA DO PROFESSOR: LETRA A
  • art.168 Apropriação indébita previdenciária

    É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal"

  • O pagamento integral do débito tributário a qualquer tempo, mesmo após o trânsito em julgado, extingue a punibilidade do agente.

    O parcelamento, se formalizado antes do recebimento da denuncia, suspende a prescrição.

    INF 611 STJ

  • Em se tratando de crimes tributários ou de "colarinho branco", na dúvida, assinale a alternativa mais benéfica ao réu. É só lembrar que rico não vai pra cadeia, e que nossos legisladores governam pra está corja...
  • ☠️ GAB A ☠️

    Art.168-A (Apropriação indébita previdenciária), § 2: "É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal"

  • "a) CORRETA. Essa assertiva traz exatamente o que expõe o crime de apropriação indébita previdenciária do artigo 168-A, trazendo a causa de extinção da punibilidade prevista no §2º deste artigo. Portanto, esta é a opção correta.

    b) ERRADA. Essa assertiva traz a conduta de facilitar a inserção de dados falsos em sistema de informação, prevista no artigo 313-A do Código Penal. Porém, a questão afirma que a conduta de facilitar a inserção de dados falsos não está abarcada pelo mencionado tipo penal, o que torna a assertiva equivocada.

    c) ERRADA. Essa assertiva traz o crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informação, previsto no artigo 313-B do Código Penal, afirmando que trata-se de crime material e impróprio, pois exige um resultado e pode ser praticado por qualquer pessoa.

    Em primeiro lugar, todos os crimes exigem resultado, tendo em vista ser um dos elementos do fato típico, portanto, dizer que o crime é material porque exige resultado não está juridicamente correto. O CRIME MATERIAL exige um resultado naturalístico para a sua consumação. Já no CRIME FORMAL, o resultado naturalístico é dispensável, pois com a prática da conduta já ocorre o resultado jurídico.

    Ainda, a assertiva diz que o crime é impróprio porque pode ser cometido por qualquer pessoa, o que também está incorreto. O crime que pode ser cometido por qualquer sujeito ativo é chamado de CRIME COMUM, onde o tipo penal não exige qualquer característica especial por parte do autor, diferente do CRIME PRÓPRIO, onde a própria lei exige uma qualidade especial do sujeito ativo. Por se tratar de crime contra a administração pública praticado por funcionário público, trata-se de CRIME PRÓPRIO. Portanto, esta assertiva está incorreta.

    d) ERRADA. Conforme decisão do STJ no REsp 966.077-GO de 2008, este tribunal já reconheceu a aplicação do princípio da insignificância para a conduta de deixar de registrar o contrato de trabalho na carteira de trabalho, do artigo 297, §4º do Código Penal. O referido tribunal superior, em sua decisão, afirma que “o prejuízo foi irrisório devido ao curto período do contrato de trabalho, além de que foi reparado ao cumprir a sentença condenatória trabalhista". Portanto, esta assertiva está incorreta.

    e) ERRADA. Conforme entendimento do Superior Tribunal de justiça, quando o crime de falso é cometido única e exclusivamente para viabilizar a prática do crime de sonegação de contribuição previdenciária, é por este absorvido, aplicando-se o princípio da consunção (AgRg no AREsp 386863/MG, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Julgado em 06/08/2015, DJE 26/08/2015). Esse entendimento se assemelha ao teor da Súmula 17 do STJ: “Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido". Portanto, esta assertiva está incorreta. 

    Assim, percebe-se que essa questão exige tanto o conhecimento da letra da lei quanto dos julgados dos tribunais superiores. 

    RESPOSTA DO PROFESSOR: LETRA A"

  • artigo 168-A, parágrafo segundo do CP==="É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, ANTES DO INÍCIO DA AÇÃO FISCAL"

  • Apropriação indébita previdenciária

    art. 168- A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:

    § 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importância ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.

  • Não se aplica o princípio da insignificância para o crime de apropriação indébita previdenciária

    Não é possível a aplicação do princípio da insignificância aos crimes de apropriação indébita previdenciária e de sonegação de contribuição previdenciária, independentemente do valor do ilícito, pois esses tipos penais protegem a própria subsistência da Previdência Social, de modo que é elevado o grau de reprovabilidade da conduta do agente que atenta contra este bem jurídico supraindividual.

    O bem jurídico tutelado pelo delito de apropriação indébita previdenciária é a subsistência financeira da Previdência Social. Logo, não há como afirmar-se que a reprovabilidade da conduta atribuída ao paciente é de grau reduzido, considerando que esta conduta causa prejuízo à arrecadação já deficitária da Previdência Social, configurando nítida lesão a bem jurídico supraindividual.

    O reconhecimento da atipicidade material nesses casos implicaria ignorar esse preocupante quadro.

    STF. 1ª Turma. HC 102550, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 20/09/2011.

    STF. 2ª Turma. RHC 132706 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 21/06/2016.

    STJ. 3ª Seção. AgRg na RvCr 4.881/RJ, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 22/05/2019.


ID
3424957
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

No que se refere a obrigações tributárias e a fato imponível ou gerador, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra de Lei. artigo 113 do Código Tributário

    Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

    § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

    § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

    § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

  • No direito tributário, não interessa a origem da operação.

    CTN 118 A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se (desconsiderando):

    I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos

    contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu

    objeto ou dos seus efeitos;

    II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

    Fonte: Ponto dos Concursos

  • GABARITO -> "C"

    Art. 113, § 3º, CTN: A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

    X.O.X.O,

    Concurseira de Aquário.

  • Gabarito C

    A) A obrigação tributária principal é de natureza não patrimonial, enquanto a obrigação tributária acessória é de natureza patrimonial.

    ⇢ As obrigações patrimoniais são aquelas que podem ser convertidas em dinheiro, como no caso do pagamento do tributo ou cumprimento de um contrato.

    ⇢ Obrigações não patrimoniais são aquelas que nunca serão convertidas em dinheiro pela própria natureza da obrigação.

    B) Os fatos geradores de uma obrigação tributária principal podem ser os previstos em lei e os fatos do cotidiano que gerem dever perante o Estado.

    ⇢ Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

    C) Gabarito A obrigação acessória, pelo simples fato de sua inobservância, torna-se fato gerador de uma obrigação principal, que é relativa à penalidade pecuniária.

    D) O fato gerador de uma obrigação tributária principal não pode gerar, na mesma oportunidade, uma obrigação tributária acessória.

    § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

    E) Para o surgimento de uma obrigação tributária, deve-se levar em conta a validade jurídica dos atos praticados pelo contribuinte, responsável ou terceiro, bem como a natureza de seu objeto e seus efeitos.

    ⇢ Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:

    I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

    II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

  • Sobre a letra E: DINHEIRO NÃO TEM CHEIRO

  • A questão demanda conhecimentos sobre o tema: Obrigação tributária.

     

    Abaixo, iremos justificar todas as assertivas:]

    A) A obrigação tributária principal é de natureza não patrimonial, enquanto a obrigação tributária acessória é de natureza patrimonial.

    Falso, pois mistura os conceitos:

    Art. 113. §1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

    §2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

     

    B) Os fatos geradores de uma obrigação tributária principal podem ser os previstos em lei e os fatos do cotidiano que gerem dever perante o Estado.

    Falso, por negar o art. 114 do CTN:

    Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

     

    C) A obrigação acessória, pelo simples fato de sua inobservância, torna-se fato gerador de uma obrigação principal, que é relativa à penalidade pecuniária.

    Verdadeira, por respeitar o seguinte dispositivo do CTN:

    Art. 113. §3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

    D) O fato gerador de uma obrigação tributária principal não pode gerar, na mesma oportunidade, uma obrigação tributária acessória.

    Falso, por negar o art. 113, §3º do CTN:

    Art. 113. §3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

     

    E) Para o surgimento de uma obrigação tributária, deve-se levar em conta a validade jurídica dos atos praticados pelo contribuinte, responsável ou terceiro, bem como a natureza de seu objeto e seus efeitos.

    Falso, pior desrespeitar o seguinte dispositivo:

    Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:

    I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

    II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

     

    Gabarito do professor: Letra C.

     


ID
3424960
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Acerca de conceito, constituição, suspensão e extinção do crédito tributário, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GAB: B art. 141 CTN

  • Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.

  • Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade SUSPENSA ou EXCLUÍDA, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias.

  • a) Quando o crédito tributário for constituído diretamente pelo sujeito passivo, não será necessária a atuação da autoridade administrativa.

    RESPOSTA: No caso do lançamento efetuado pelo contribuinte, conhecido como lançamento por homologação, deverá o Fisco conferir a apuração, o pagamento e confirmar o ato por meio da homologação.

    Analisar o art. 150 do CTN.

    b) Redação plenamente correta.

    c) Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário estiver expresso em moeda estrangeira, dever-se-á fazer a conversão para a moeda nacional, considerando-se o câmbio do dia do lançamento.

    RESPOSTA: A incorreção na letra C está no fato de a alternativa afirmar que a conversão se dará com base no câmbio do dia do lançamento, todavia a conversão deverá se dar com base na cotação do dia da ocorrência do fato gerador, o qual fez surgir a obrigação tributária (art. 143, CTN). Perceba que até por questão de justiça, o entendimento é mais adequado.

    d) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não poderá ocorrer antes de sua constituição definitiva, visto que é com a constituição do crédito que nasce o direito de exigi-lo.

    RESPOSTA: Creio que a incorreção do item advém do não mencionar que para a constituição definitiva, o que confere a exigibilidade, é imprescindível a notificação do contribuinte acerca do lançamento.

    e) A lei que concede a moratória, forma de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, não poderá ser aplicada à determinada região do território da pessoa jurídica que a expedir ou à determinada classe ou categoria de sujeitos passivos, devendo, portanto, ter seus efeitos estendidos para todos, erga omnes.

    RESPOSTA: Contrário ao que prescreve o art. 152, § único:  "A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos."

    Se tiver curtido o comentário, dê um gostei e me siga no instagram @thiagophilip1 para mais dicas.

  • Sobre a letra D: "A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não poderá ocorrer antes de sua constituição definitiva, visto que é com a constituição do crédito que nasce o direito de exigi-lo"

     O crédito meramente constituído pela ocorrência do fato gerador torna-se exigível pelo lançamento notificado, ou pela decisão administrativa definitiva, e, por fim, o crédito exequível, pela inscrição em dívida ativa, dotado, por conseguinte, de liquidez e certeza.

    Devemos, desta maneira, compreender exigibilidade como “o direito que o credor tem de postular, efetivamente, o objeto da obrigação“, o qual somente exsurge após o cumprimento de todas as providências necessárias para a formalização da dívida com a lavratura do lançamento

    A exequibilidade, portanto, nasce no momento em que a repartição competente extrai do termo de inscrição em dívida ativa a certidão prevista no art. 202,§ Ú do CTN, a qual goza de presunção relativa de liquidez e certeza. Com a referida emissão da certidão, formaliza-se o título executivo extrajudicial (art. 201) surgindo, via de consequência, a exequibilidade ou possibilidade de a Fazenda Pública apresentá-lo em juízo, legitimando a execução fiscal contra o contribuinte inadimplente ou em mora

    De outro lado, há que se ter claro que como todo ato jurídico o crédito fiscal pode sofrer inúmeros efeitos oriundos de outros atos e fatos. Desta forma, o direito tributário brasileiro apresenta hipóteses em que o crédito tributário, em que pese líquido e certo, pode ter sua inscrição em dívida ativa obstada. Tais hipóteses que impedem ou suspendem a exigibilidade do crédito tributário, obstando, por conseguinte, a exequibilidade do referido crédito, encontram-se previstas no art. 151 do Código Tributário Nacional. Fala-se, pois, em suspensão da exigibilidade do crédito tributário como obstáculo à cobrança judicial do mesmo, depois de sua constituição, ou seja, depois do lançamento tributário. Antes do lançamento inexiste crédito tributário, não se podendo, por conseguinte, supor exigibilidade neste sentido, tampouco suspensão desta

    Contudo, frente ao disposto no art. 151 do CTN, a suspensão de exigibilidade do crédito tributário pode ocorrer antes do seu processo de constituição ou durante o processo de constituição, mas antes, porém, de sua constituição definitiva. Nestes casos, o evento opera-se antes mesmo da ocorrência da exigibilidade. Daí que, nestas situações, deveríamos reportar ao termo “impedimento de exigibilidade“, e não, como refere impropriamente o Código, “suspensão de exigibilidade”, posto que antes do lançamento tributário, o que a rigor ocorre, é a suspensão de exigibilidade de um dever jurídico atribuído legalmente ao sujeito passivo da obrigação tributária

    FONTE:

  • d) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não poderá ocorrer antes de sua constituição definitiva, visto que é com a constituição do crédito que nasce o direito de exigi-lo.

    Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.

  • GABARITO -> "B"

    Art. 141, CTN: O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias.

    X.O.X.O,

    Concurseira de Aquário

  • Gabarito B

    A) Quando o crédito tributário for constituído diretamente pelo sujeito passivo, não será necessária a atuação da autoridade administrativa.

    ⇢ A lei indiscutivelmente trata do lançamento, vejá que o fato gerador dá nascimento à obrigação tributária, ao passo que o crédito tributário (direito do Fisco cobrar) surge com o lançamento. Pelo menor caso de lançamento há atuação do Fisco.

    B) Gabarito Uma vez constituído, o crédito tributário somente se modificará, se extinguirá ou terá sua exigibilidade suspensa ou excluída nos casos previstos em lei, fora dos quais não poderá a autoridade administrativa dispensar seu pagamento ou suas garantias, sob pena de responsabilidade funcional.

    ⇢ Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias.

    C) Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário estiver expresso em moeda estrangeira, dever-se-á fazer a conversão para a moeda nacional, considerando-se o câmbio do dia do lançamento.

    ⇢ Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.

    D) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não poderá ocorrer antes de sua constituição definitiva, visto que é com a constituição do crédito que nasce o direito de exigi-lo.

    ⇢ Causas de SUSPENSÃO do crédito (arts. 151 a 155-A): interrompem temporariamente o direito de cobrar o devedor. Exemplos: moratória, medida liminar, tutela antecipada.

    E) A lei que concede a moratória, forma de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, não poderá ser aplicada à determinada região do território da pessoa jurídica que a expedir ou à determinada classe ou categoria de sujeitos passivos, devendo, portanto, ter seus efeitos estendidos para todos, erga omnes.

    ⇢ Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.

  • Alguem para contribuir comma letra d??

  • Ao meu ver, o erro da letra D estar em afirmar que a suspensão da exigibilidade do crédito tributário não poderá ocorrer antes de sua constituição definitiva. Ocorre que a suspensão pode ocorrer antes ou depois da constituição do CT.

    Um exemplo da suspensão antes da constituição, seria o caso de pedir Liminar em Mandado de Segurança, por entender que a cobrança é inconstitucional. Não seria razoável ter que aguardar a autoridade administrativa efetuar o lançamento para só então buscar a sua suspensão.

    “Especificamente em matéria tributária, para que se torne cabível a impetração de mandado de segurança preventivo, não é necessário esteja consumado o fato imponível. Basta que estejam concretizados fatos dos quais logicamente decorra o fato imponível.

    Em síntese e em geral, o mandado de segurança é preventivo quando, já existente ou em vias de surgimento a situação de fato que ensejaria a prática do ato considerado ilegal, tal ato ainda não tenha sido praticado, existindo apenas o justo receio de que venha a ser praticado pela autoridade impetrada. É preventivo porque destinado a evitar lesão ao direito, já existente ou em vias de surgimento, mas pressupõe a existência da situação concreta na qual o impetrante afirma residir ou dela recorrer o seu direito cuja proteção, contra a ameaça de lesão, está a reclamar do Judiciário. (…)

     Mandado de segurança em matéria tributária. 4 ed. São Paulo: Dialética, 2000, p. 231/232.

    Fonte: https://www.rkladvocacia.com/suspensao-da-exigibilidade-do-credito-tributario-pelo-artigo-151-ii-do-codigo-tributario-nacional/

  • Oi, pessoal. Gabarito: Letra "B". Um cuidado com a letra "D", pois a doutrina é DISSONANTE no assunto.

    Vejam que, para parcela dos estudiosos do direito tributário, conforme sintetiza Sabbag (2016, p. 985) "a suspensão da exigibilidade do crédito tributário pode operar​-se antes da constituição desse crédito ou após a sua constituição. Quando a suspensão da exigibilidade opera antes da constituição do crédito, tem​-se uma 'antecipação dos efeitos da suspensão da exigibilidade do crédito tributário'; de outra banda, quando a suspensão da exigibilidade se dá após a constituição do crédito, ocorrem os 'efeitos ulteriores da suspensa exigibilidade do crédito tributário constituído'." Por outro lado, nomes de peso, como Ricardo Lobo Torres, advogam que somente haveria suspensão de um crédito que já houvesse sido lançado. Assim, mesmo presente uma forma de suspensão, a Fazenda Pública poderia efetuar o lançamento, tendo em vista que a suspensão só operaria após a data em que o crédito se tornasse exigível. Sabbag (2016, p. 984) continua explicando a visão: "Para os adeptos desse modo de ver, não há como imaginar a suspensão do crédito tributário despido da precedência da exigibilidade, sem antes ter havido o lançamento, pois este é conditio sine qua daquela. Ainda que subsista causa suspensiva, v.g., uma liminar deferida em mandado de segurança, há via aberta para a feitura do lançamento, uma vez que a suspensão só vai operar, de fato, após a data em que o crédito se tornar exigível."

    Fonte: SABBAG, Eduardo. Manual de direito tributário. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

  • Sobre a letra d):

    O art. 154 menciona o trecho "salvo disposição de lei em contrário", a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.

    E é aí que mora a pegadinha, nada impede que o ente público promulgue uma lei deferindo moratória para créditos ainda não constituidos. Quer um exemplo? Imagine que uma safra tenha sofrido com pragas em determinada estação do ano, perceba que tal safra ainda nem foi colhida, ou seja, nem passou pelo seu processo de mercantilização, não surgindo o fato gerador de um ICMS, nem a constituição pelo lançamento.

    Mesmo assim, o Estado reconhece o prejuízo do produtor e cria uma lei deferindo uma moratória de 2 meses para o pagamento dos tributos. Pronto, temos uma moratória anterior a constituição do crédito tributário.

    Acompanhe minha trajetória de concurseiro no meu canal: https://www.youtube.com/channel/UCmXjPwLA68CqC7Zaz-XwCyA

  • 1) Enunciado da questão

    A questão exige conhecimento sobre constituição do crédito tributário.


    2) Base legal (CTN)

    Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias.

    Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.

    Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.

    Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

    I) moratória;

    Art. 152. [...].

    Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.

    Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.


    3) Exame da questão e identificação da resposta

    a) Errado. Quando o crédito tributário for constituído diretamente pelo sujeito passivo, que ocorre no lançamento por homologação, nos termos do art. 150, caput, do CTN, a autoridade administrativa, ao tomar conhecimento da referida atividade, expressa ou tacitamente a homologará. É digno de registro informar que o fisco, ao constatar ilegalidades ou irregularidades, retificará o lançamento de ofício.

    b) Certo. Uma vez constituído, o crédito tributário somente se modificará, se extinguirá ou terá sua exigibilidade suspensa ou excluída nos casos previstos em lei, fora dos quais não poderá a autoridade administrativa dispensar seu pagamento ou suas garantias, sob pena de responsabilidade funcional, nos termos do art. 141 do CTN.

    c) Errado. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário estiver expresso em moeda estrangeira, dever-se-á fazer a conversão para a moeda nacional, considerando-se o câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação (e não o dia do lançamento), nos termos do art. 143 do CTN.

    d) Errado. Nos termos do art. 154, caput, do CTN, no caso de moratória, salvo disposição de lei em contrário, somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. Dessa forma, é equivocado dizer que “a suspensão da exigibilidade do crédito tributário não poderá ocorrer antes de sua constituição definitiva".

    e) Errado. A lei que concede a moratória, forma de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (CTN, art. 151, inc. I), poderá ser aplicada à determinada região do território da pessoa jurídica que a expedir ou à determinada classe ou categoria de sujeitos passivos, nos termos do art. 152, parágrafo único do CTN.




    Resposta: B.

  • Nunca é tarde para voltar .

    Força e Honra!

  • Nunca é tarde para voltar .

    Força e Honra!

  • Não desanima,, estás proibido de desistir!!!!

  • Sobre a letra D:

    No caso de suspensão de crédito ainda não constituído, a Fazenda não está impossibilitada de constituir o crédito, APENAS NÃO PODERÁ EXIGI-LO, por conseguinte também não poderá estipular prazo para pagamento, tampouco impor penalidade. Isso porque, se o fisco não constituir o crédito no prazo legal este decairá (prazo de decadência para lançamento).

    Fonte: Material Pp Concursos.


ID
3424963
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Dispõe o artigo 1.º do Código Civil que toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Por outro lado, o artigo 2.º assevera que a personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida. Com relação aos conceitos de capacidade e personalidade, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • CC. Art. 2o: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”

    O atributo jurídico da pessoa passa a existir a partir do momento em que o feto sai do ventre da mãe, quer por parto natural, induzido ou artificial, e tenha vida. É a vida que dá a personalidade jurídica da pessoa.

    A lei protege os interesses de um ser humano já concebido (óvulo fecundado), ordenando o respeito pelas expectativas daqueles direitos que esse ser humano virá a adquirir, se chegar a ser pessoa"

  • Correta - A.

    Art. 2: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

    Teoria Natalista: (Sílvio Rodrigues): Para essa teoria a personalidade jurídica somente seria adquirida a partir do nascimento com vida, de maneira que o nascituro não seria considerado pessoa, sendo dotado de mera expectativa de direitos.

    Teoria Concepcionista: (Clóvis Beviláqua, Flávio Tartuce): Finalmente, a teoria Concepcionista sustenta que o nascituro é considerado pessoa plenamente desde a concepção. Vale dizer, já seria dotado de personalidade jurídica plena, inclusive, em determinadas situações, no que toca a direitos materiais ou econômicos.

  • Redação confusa essa da letra "A"

  • Comecei a ler a questão, pensei: que redação horrorosa, deve ser daquela banca, Quadrix. Pois bem, não deu outra!

  • Que redação horrível.

  • Essa questão da Quadrix é igual à questão de promotor 2019 do Cespe (Q 971395).

    Resposta do Cespe: a pessoa passa, a partir do nascimento com vida, a ser sujeito de direitos e de deveres, e a ocorrência desse requisito determina consequências de alta relevância, incluindo aspectos sucessórios.

  • (CORRETA) Alternativa a): A partir do nascimento com vida, o ente passa a ser sujeito de direito e de deveres, tornando-se, porém, requisito inafastável, sendo que sua ocorrência ou não determina consequências da mais alta relevância, inclusive no aspecto sucessório.

    Código Civil: Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

    A partir do nascimento com vida, a pessoa passa a ser sujeito de direito e deveres. A personalidade civil, assim, é inafastável e a sua ocorrência determina consequências da mais alta relevância, inclusive no aspecto sucessório. (acredito que a redação ficaria melhor assim)

    Alternativa b): Sendo transitória a causa da impossibilidade de expressão da vontade, não se pode considerar uma pessoa como relativamente incapaz.

    Código Civil: Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

    Alternativa c): A existência da pessoa natural somente termina com a morte natural ou física.

    Código Civil: Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.

    Alternativa d): Para a individualização da pessoa natural no seio da sociedade e da família, usa-se o prenome e o sobrenome, sendo vedado pela lei a alteração, exceto nos casos em que exponha a pessoa ao ridículo.

    Explicação: A alteração é possível não apenas nos casos em que exponha a pessoa ao ridículo, mas também nos casos de erro de grafia, homônimos, substituição por apelido, mudança de sexo, adoção, entre outros.

    Alternativa e): O atual Código Civil dispõe que os direitos da personalidade possuem as mesmas características dos direitos de ordem patrimonial e, por consequência, possuem conteúdo econômico imediato, podendo-se, ainda, destacá-los da pessoa de seu titular.

    Código Civil: Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. // São direitos extrapatrimoniais.

  • A redação da alternativa "A" induz o candidato a erro, na medida em que a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Portanto, o nascituro já possui alguns direitos da personalidade e também no aspecto sucessório. Nesse contexto, a parte final da alternativa está correta, pois no aspecto sucessório, em que o nascituro pode ser contemplado em testamento, sob condição de ser concebido em até 2 anos da morte do testador.

  • Esse "porém" da letra A deu um nó no cérebro!!

  • Banca horrível, redação horrorosa. Credo!

  • Não consigo extrair nenhuma interpretação da letra A que fale sobre os nascituros...

  • SMJ, não há como se adotar como correta a letra A. Talvez, a menos errada, mas é cediço que o nascituro é sujeito de direitos.

  • A questão é de fácil resolução quando não pensamos em aspectos práticos do ordenamento jurídico, mas quanto à TEORIA NATALISTA, adotada pelo Direito Civil desde 2002. Essa é a regra: nasceu com vida (respirou) tem direitos, não nasceu com vida (não respirou) é considerado natimorto e não entra na linha sucessória.

  • Redação horrorosa! Tive que ler 5 vezes para compreender e ainda assim, só acertei por eliminação.

  • Quadrix sendo Quadrix...

  • A letra A) também está errada.

    Tem de tirar esse OU NÃO.

    Se extraíram de uma questão da CESPE como é mencionado nos comentários, fizeram um recortar e colar com erro...

  • tinha que ser a Quadrix...

  • A fim de encontrarmos a resposta correta, iremos analisar cada uma das alternativas a seguir:

    A) O enunciado da questão faz referência ao Código Civil e a assertiva está em harmonia com o disposto no seu art. 2º. Vejamos: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro".

    Não nos esqueçamos que doutrina e jurisprudência majoritárias adotaram a teoria da concepção, entendendo que a personalidade jurídica se inicia DESDE A CONCEPÇÃO, sendo o nascituro considerado sujeito de direitos (direitos existenciais, como o direito à imagem), muito embora alguns direitos só possam ser exercidos diante do nascimento com vida. É o caso dos direitos patrimoniais.

    Assim, no aspecto sucessório, o direito à herança, por exemplo, fica condicionado ao seu nascimento com vida (FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. Sucessões. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2017. v. 7, p. 131). Correta;

    B) Dispõe o art. 4º, III do CC que “são INCAPAZES, RELATIVAMENTE a certos atos ou à maneira de os exercer: aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade". Incorreta;

    C) De acordo com art. 6º do CC, “a existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva".

    A morte pode ser REAL (art. 6º, 1ª parte do CC) ou PRESUMIDA. A morte presumida pode ser COM ou SEM DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA. A MORTE PRESUMIDA COM DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA OCORRE nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva (art. 6º, 2ª parte do CC). A MORTE PRESUMIDA SEM DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA ocorre nas hipóteses do art. 7º do CC.

    A morte real ocorre diante da cessação das atividades encefálicas, devendo a mesma ser atestada. Nesse sentido, temos o art. 3º da Lei 9.434: “A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina". Incorreta;

    D) Diz o legislador, no art. 16 do CC, que “toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome". O prenome pode ser livremente escolhido, desde que não exponha a pessoa ao ridículo. O sobrenome é o sinal que identifica a procedência da pessoa, sua filiação ou estirpe, decorrendo do apelido de família paterno, materno ou de ambos.

    De acordo com o art. 58 da Lei 6.015 (Lei de Registro Público), “o prenome será definitivo, ADMITINDO-SE, todavia, a SUA SUBSTITUIÇÃO por apelidos públicos notórios".

    “O nome civil, conforme as regras dos artigos 56 e 57 da Lei de Registros Públicos, pode ser alterado: a) no primeiro ano após atingida a maioridade, desde que não prejudique os apelidos de família; ou b) ultrapassado esse prazo, por justo motivo, mediante apreciação judicial e após ouvido o Ministério Público." (REsp 1217166 / MA, Ministro MARCO BUZZI, DJe 24/03/2017).

    No caso de prenome ou sobrenome que exponha a pessoa ao ridículo, a alteração poderá ser requerida a qualquer tempo, perante a Vara de Registros Públicos. No mais, o art. 57 é claro ao dispor que a alteração posterior do nome só é admitida de forma excepcional e motivada, sendo permitida através de sentença do juiz, após audiência do Ministério Público.

    Assim, o Princípio da Imutabilidade do Nome não é absoluto, sendo possível alterar o prenome: “a) quando expuser o titular ao ridículo ou a situação vexatória, bem como se tratando de nome exótico (LRP, art. 55, parágrafo único); b) havendo erro gráfico evidente, caracterizado, e. g., por equívocos de grafia; c) para inclusão ou modificação de apelido público notório, também chamado de hipocorístico (art. 58 e parágrafo único, LRP), ou seja, para o acréscimo de alcunha designativa da pessoa, pela qual se tornou conhecida socialmente, dês que não exista proibição em lei. É o conhecido exemplo baiano Acelino Popó Freitas, além dos também conhecidos acréscimos nos nomes de Xuxa e Pelé. No ponto, convém registrar que o titular pode optar por acrescer ou modificar o seu prenome; d) pela adoção (ECA, art. 47, § 5o, e CC, art. 1.627); e) pelo uso prolongado e constante de nome diverso (é o caso de alguém que ficou conhecido por Márcia, em vez de Mércia, seu nome registral); f) quando ocorrer homonímia depreciativa, gerando embaraços profissionais ou sociais; g) pela tradução, nos casos em que o nome foi grafado em língua estrangeira (é o exemplo do estrangeiro que se naturaliza brasileiro, podendo pleitear a retificação do seu nome, através da adaptação ou tradução)".

    O sobrenome também é passível de alteração, nas seguintes hipótese: “a) pela adoção (ECA, art. 47, § 5o), valendo a lembrança que a legislação permite a alteração, além do sobrenome, também do prenome do adotado. Em relação à mudança de prenome, se o adotado tiver mais de 12 anos de idade, exige-se o seu consentimento. Contando com menos de 12 anos de idade, deve ser ouvido, sempre que possível, mas a sua manifestação não vincula o magistrado; b) pelo casamento, quando é facultado a qualquer dos nubentes acrescer o nome do outro (CC, art. 1.565, § 1º), inclusive podendo ambos modificar o nome, acrescentando o sobrenome de seu consorte; c) pela separação judicial ou pelo divórcio, uma vez que o(s) cônjuge(s) que alterou(alteraram) o seu nome patronímico pelo casamento poderá voltar a utilizar o nome que possuía antes de casar (CC, arts. 1.571, § 2o, e 1.578); d) para a inclusão de sobrenome de ascendente (inclusive abarcando a chamada inclusão de sobrenome avoengo na hipótese de acréscimo do patronímico dos avós), desde que não prejudique o patronímico dos demais ascendentes; e) pela união estável ou pela união homoafetiva; f) pela anulação ou declaração de nulidade do casamento (quando os excônjuges voltam a ter o nome que dispunham antes de casar, exceto se se tratar de casamento putativo e optar o cônjuge de boa-fé por permanecer com o nome de casado)".

    (FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. Parte Geral e LINDB. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2015. v. 1. p. 243-245). Incorreta;

    E) Os direitos da personalidade são inerentes à pessoa e dotados das seguintes características: são direitos inatos, ilimitados e absolutos; são direitos intransmissíveis e indisponíveis; são irrenunciáveis, imprescritíveis, impenhoráveis e inexpropriáveis.

    São dotados de extrapatromonialidade, ou seja, são insuscetíveis de apreciação econômica e isso significa que a honra, a privacidade não comportam avaliação pecuniária; contudo, uma vez violados, independentemente de causar prejuízo material, surge a possibilidade de reparação do dano moral, como forma de compensar o prejuízo imposto à vítima e sancionar o lesante (FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. Parte Geral e LINDB. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2015. v. 1. p. 145).

    Portanto, os direitos da personalidade NÃO POSSUEM as mesmas características dos direitos de ordem patrimonial e NÃO POSSUEM conteúdo econômico imediato, mas, uma vez violados, surge a possibilidade de reparação do dano. Incorreta.




    Resposta: A 
  • Ainda bem que não foi apenas que teve dificuldade em entender a questão por causa da redação!!!

  • Só acertei por eliminação

  • Banca horrível

  • Há uma questão a se discutir: Como como que a partir do nascimento com vida um ente passa a ser sujeito de deveres?

  • quadrix sendo quadrix

  • essa daí eu achei q a A, b e C tavam corretas e marquei a C pq sim kkk

  • q requisito? requisito que nasceu com vida? isso é inafastavel? kkk

  • A) A partir do nascimento com vida, o ente passa a ser sujeito de direito e de deveres, tornando-se, porém, requisito inafastável, sendo que sua ocorrência ou não determina consequências da mais alta relevância, inclusive no aspecto sucessório.

    "a proteção que o código difere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura."

    O nascituro só pode transmitir direitos patrimoniais se nascer com vidaAgora na concepção adquire direitos existenciais.

    Correta

    B) Sendo transitória a causa da impossibilidade de expressão da vontade, não se pode considerar uma pessoa como relativamente incapaz.

    ERRADO: Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

    C) A existência da pessoa natural somente termina com a morte natural ou física.

    ERRADO: Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.

    D) Para a individualização da pessoa natural no seio da sociedade e da família, usa-se o prenome e o sobrenome, sendo vedado pela lei a alteração, exceto nos casos em que exponha a pessoa ao ridículo.

    Errada. A alteração é possível não apenas nos casos em que exponha a pessoa ao ridículo, mas também nos casos de erro de grafia, homônimos, substituição por apelido, mudança de sexo, adoção, entre outros.

    E) O atual Código Civil dispõe que os direitos da personalidade possuem as mesmas características dos direitos de ordem patrimonial e, por consequência, possuem conteúdo econômico imediato, podendo-se, ainda, destacá-los da pessoa de seu titular.

    Características:

    1. Absolutos – oponíveis erga omnes;
    2. Extrapatrimoniais – os direitos da personalidade não tem preço;
    3. Impenhoráveis – só pode penhorar bens patrimoniais, logo não se pode penhorar;
    4. Inatos – inerentes a capacidade humana;
    5. Imprescritíveis (a imprescritibilidade da indenização por tortura. Art. 14 da lei nº 9140/95 e STJ RESP 816.209/RJ). – não há prazo para seu exercício do direito da personalidade, agora violação desses direitos da personalidade gera prazo prescricional de 3 anos para ser ressarcido dos danos morais;

    São dotados de extrapatrimonialidade, ou seja, são insuscetíveis de apreciação econômica e isso significa que a honra, a privacidade não comportam avaliação pecuniária; contudo, uma vez violados, independentemente de causar prejuízo material, surge a possibilidade de reparação do dano moral, como forma de compensar o prejuízo imposto à vítima e sancionar o lesante.

    Portanto, os direitos da personalidade NÃO POSSUEM as mesmas características dos direitos de ordem patrimonial e NÃO POSSUEM conteúdo econômico imediato, mas, uma vez violados, surge a possibilidade de reparação do dano. 

  • A) A partir do nascimento com vida, o ente passa a ser sujeito de direito e de deveres, tornando-se, porém, requisito inafastável, sendo que sua ocorrência ou não determina consequências da mais alta relevância, inclusive no aspecto sucessório.

    (...) sendo que sua ocorrência ou não (nascimento com vida) determina consequências da mais alta relevância, inclusive no aspecto sucessório.

    O nascituro só pode transmitir direitos patrimoniais se nascer com vidaAgora na concepção adquire direitos existenciais.

    A morte culposa do nascituro pode gerar indenização aos pais.

    O natimorto – foi concebido mas não nasceu, logo possui direitos da personalidade, enunciado 1 da jornada de direito civil – "a proteção que o código difere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura."

    Maria Helena Diniz conceitua nascituro como sendo:

  • E) O atual Código Civil dispõe que os direitos da personalidade possuem as mesmas características dos direitos de ordem patrimonial e, por consequência, possuem conteúdo econômico imediato, podendo-se, ainda, destacá-los da pessoa de seu titular.

    Errado - Extrapatrimoniais: não podem ser expressos em valor.

    “caracterizam-se os direitos da personalidade por serem absolutos, indisponíveis relativamente, imprescritíveis e extrapatrimoniais” . Já Edilson Pereira Nobre (2000, p. 191) afirma que os direitos da personalidade  “notabilizam-se por serem: a) de natureza extrapatrimonial, embora o seu maltrato possa implicar reflexos econômicos; b) direitos absolutos, com eficácia erga omnes, pois o seu respeito é imposto a todos (Estado e particulares); c) irrenunciáveis, não podendo o seu titular deles abdicar; d) intransmissíveis, restando innválida a sua cessão a outrem, mediante ato gratuito ou oneroso; e) imprescritíveis, uma vez que o transcurso do tempo, sem o seu uso pelo titular, não lhe acarreta a extinção”.

    Como regra, os direitos da personalidade também são  inatos  ou  originários , ou seja, inerentes à pessoa humana. Excepcionalmente, há direitos da personalidade que são adquiridos, como, por exemplo, os direitos do autor.

    Os Direitos da Personalidade são:

    1. Vitalícios: Acompanham a pessoa durante toda a vida, mas não além da morte. Note que vitalício é diferente de perpétuo.

    2. Absolutos: Significa que são oponíveis contra todos. Cuidado, pois não significa que não tenham limites.

    3. Inatos

    1. Surgem junto ao ser-humano;
    2. Independem do ordenamento jurídico (é um Direito Natural – Jusnaturalistas)

    4. Ilimitados: O rol do Código Civil é exemplificativo.

    5. Extrapatrimoniais: não podem ser expressos em valor.

    6. Imprescritíveis: Significa que não prescrevem.

    7. Intransmissíveis: não podem ser transmitidos em vida ou após a morte.

    8. Irrenunciáveis

    9. Inexpropriáveis: Entretanto, o patrimônio adquirido a partir da cessão da expressão de uso poderá ser expropriado por decisão judicial.

    10. Indisponíveis: O titular não pode dispor (ex. vender seu direito da personalidade). Porém, é possível ceder a expressão de uso (por exemplo, ceder o uso da imagem).

  • ente ?


ID
3424966
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Acerca dos conceitos e das consequências da prescrição e da decadência, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • sobre a letra B:

    Preclusão é a perda da faculdade ou direito processual por não exercício em tempo útil, ou seja, ultrapassado o limite temporal estabelecido para a prática de um ato processual, o qual não poderá ser mais praticado. (natureza processual)

    Perempção é a perda do direito do autor de renovar a propositura da mesma ação. (natureza processual)

    Prescrição é a perda da pretensão de reivindicar o direito por meio de ação judicial cabível (natureza material)

  • Alternativa a): Com base em um critério clássico de distinção, tem-se que a decadência atinge diretamente a ação e, por via oblíqua, faz desaparecer o direito por ela tutelado, enquanto a prescrição, ao contrário, atinge diretamente o direito e, por consequência, extingue a ação.

    Os conceitos estão invertidos.

    (CORRETA) Alternativa b): A prescrição pode ser classificada como aquisitiva e extintiva, uma vez que, em seu conceito, o decurso do tempo, elemento comum às duas espécies, tem influência tanto para se adquirir direitos quanto para extingui-los.

    A prescrição extintiva é a mais conhecida, a que se refere a impossibilidade de se reivindicar um direito pelo decurso do tempo.

    Já a prescrição aquisitiva é o contrário, refere-se à possibilidade de se reivindicar um direito pelo decurso do tempo, como ocorre nas ações de usucapião.

    Alternativa c): A prescrição, a perempção e a preclusão são institutos que geram a perda de direitos ou faculdades, sendo que as duas primeiras são de natureza material e a última, de natureza processual.

    A prescrição tem natureza material, a perempção e a preclusão têm natureza processual.

    Alternativa d): É válida a renúncia à prescrição, desde que expressa, sem prejuízo a terceiros e realizada depois que a prescrição se consumar.

    Código Civil: Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

    Alternativa e): Como regra, os prazos prescricionais são aqueles definidos por lei, contudo, por acordo das partes, estes prazos e, ainda, as causas de interrupção e suspensão podem ser alterados.

    Código Civil: Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.

  • Bem, eu diria que todas estao erradas porque a letra "b" afirma que a prescrição extingue direitos.Porém o que presecreve nao é o direito de ação, e sim a pretensão. Por pretensão entende-se o poder que o ordenamento jurídico confere ao titular do direito violado de, coercitivamente, exigir o cumprimento da obrigação inadimplida

  • Todas estão erradas. A letra B não pode estar certa justamente porque a prescrição não extingue nenhum direito, mas a pretensão.

    Art. 189. CC. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão,a qual se extingue, pela prescrição nos prazos a que aludem os arts 205 e 206.

    A prescrição aquisitiva entendo que não se confere direito algum. Isso porque, no caso da Usucapião o que confere o direito ao usucapiente não é a inação do titular do direito de propriedade, mas sim a AÇÃO DO USUCAPIENTE QUE SE UTILIZA DO BEM COMO SE DONO FOSSE. A inação não gera direto para ninguem, ela apenas obsta o direito. Tanto é verdade que, se um dono de terreno ficar anos e anos sem lhe dar utilidade, mas também ninguém der essa utlilidade, o terreno continará na propriedade do dono relapso, mesmo que passe muito tempo, e depois de sua morte poderá ser passado aos seus herdeiros.

    Então, prescrição aquisitiva não é propriamente prescrição, pois esta é somente a extinção da pretensão de direitos subjetivos.

    Portanto, ao meu entender, todas as questões estão incorretas.

  • GABARITO B

    1.      Atentar ao fato de que existem duas espécies de prescrição:

    a.      Aquisitiva – denominada de usucapião;

    b.     Extintiva – extintora de direitos.

    Porque razão das causas geradoras de interrupção e suspensão da prescrição extintiva também se aplicam às causas da prescrição aquisitiva.

    2.      Institutos similares à prescrição, porém não são de natureza material, mas sim processual:

    a.      Preclusão – consiste na perda de uma faculdade processual, por não ter sido exercida no momento próprio. Impede que se renovem questões já decididas, dentro da mesma ação. Só produz efeitos dentro do mesmo processo em que advém. Diferente das demais hipóteses, não atinge o direito de punir.;

    b.     Perempção – consiste na perda do direito de ação pelo autor contumaz (aquele que deu causa a três arquivamentos sucessivos (art. 486, § 3º, do NCPC).

    Para haver progresso, tem que existir ordem. 

    DEUS SALVE O BRASIL.

    WhatsApp: (061) 99125-8039

    Instagram: CVFVitório

  • A QUADRIX imita a CESPE:

    Olhem essa questão da CESPE, para o concurso de Promotor de Justiça do PIAUÍ de 2019

    Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2019 - MPE-PI - Promotor de Justiça Substituto

    No que se refere a conceitos e consequências da prescrição e da decadência, é correto afirmar que

    A) a decadência atinge diretamente o direito de ação e, assim, faz desaparecer o direito tutelado, ao passo que a prescrição, ao atingir o direito tutelado, tem como consequência a extinção da ação.

    B) a prescrição pode ser classificada como aquisitiva e extintiva, uma vez que o decurso do tempo, elemento comum às duas espécies, tem influência para a aquisição e a extinção de direitos.

    C) a prescrição, a perempção e a preclusão são institutos que geram a perda de direitos, sendo as duas primeiras de natureza material e a última, de natureza processual.

    D) a renúncia à prescrição é válida desde que seja expressa, não cause prejuízos a terceiros e seja realizada depois que a prescrição se consumar.

    E) os prazos prescricionais, em regra, são aqueles definidos por lei; contudo, por acordo das partes, eles podem ser alterados e novas causas de interrupção e suspensão podem ser criadas.

  • Alternativa B

    TIPOS DE PRESCRIÇÃO-

    A)EXTINTIVA: é aquela da parte geral do código civil, tratando-se, assim, da perda da pretensão da reparação daquele determinado direito em razão da inércia do seu titular;

    B)AQUISITIVA: é aquela da parte especial do código civil, no qual após determinado tempo decorrido, a parte adquire determinado direito. Ex.:aquisição por usucapião

  • Sobre a prescrição e decadência no âmbito cível e processual civil deve-se analisar as alternativas e identificar a que está correta:

    A) A assertiva, na verdade, confunde os conceitos.

    Com efeito, o direito civil brasileiro adotou a tese de que a prescrição é justamente a perda do direito de ação relativo a determinado direito, em outras palavras: "(...) o atual Código Civil adotou a tese da prescrição da pretensão. De acordo com o art. 189 do CC, violado um direito, nasce para o seu titular uma pretensão, que pode ser extinta pela prescrição, nos termos dos seus arts. 205 e 206" (TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. Volume único. 4ª ed. Método: São Paulo, 2016, p. 312). 

    Já a decadência não envolve a perda do exercício do direito (que é a prescrição), mas a perda do próprio direito.

    Portanto, está  incorreta.

    B) A afirmativa está correta.

    De fato, o direito civil prevê, em circunstâncias diferentes, dois possíveis resultados ao decurso do tempo: o primeiro deles é a perda do direito de ação ou do próprio direito (prescrição e decadência - tal como explicado acima), e em certas circunstâncias, a aquisição de um direito, que é justamente o caso da usucapião.

    Vale lembrar, a usucapião é uma modalidade de aquisição da propriedade pelo exercício contínuo e prolongado da posse.
    Por essa razão, a usucapião é chamada de prescrição aquisitiva, isto é, diferentemente da prescrição “normal" não se perde um direito pelo decurso do tempo, mas se adquire um direito pelo decurso do tempo.

    C)Todos os institutos citados relacionam se com efeitos legais para determinadas situações. 
    A prescrição, de fato, é um instituto do direito material. Para consolidar isto, basta lembrar que ela está prevista no Código Civil, arts. 189 e seguintes.

    Por sua vez, a perempção e a preclusão estão previstas no Código de Processo Civil, logo, são institutos de direito processual.

    Portanto, a afirmativa está  incorreta.

    D) O art. 191 dispõe que:

    "Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição".

    Ou seja, a renúncia à prescrição pode ser também tácita, e não somente expressa.

    Exemplo de renúncia tácita à prescrição é o pagamento de dívida prescrita.

    Logo, a afirmativa está  incorreta.

    E) Os prazos prescricionais são sempre legais (ou seja, previstos em lei), não podendo ser alterados ou convencionados pelas partes:

    "Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes".

    Assim, observa-se que a assertiva está  incorreta.

    Gabarito do professor: alternativa "B".
  •  Renata Martins e Gustavo Teixeira:

    A alternativa B não afirma, em nenhum momento, que a prescrição extingue direitos.

    A alternativa afirma, ipsis literis, que a prescrição "TEM INFLUÊNCIA tanto para se adquirir direitos quanto para extingui-los".

    Extinguir direitos é uma coisa, ter influência para tal, de maneira indireta ou reflexa, é outra...

    Portanto, penso que a alternativa B esteja inquestionavelmente correta..

  • atualmente eu tenho lido com atenção e quando acho q a alternativa está correta, marco logo. tá dando bem certo, o problema é q na prova real eu acho q nao tenho bolas pra fazer isso ainda kkk

  • Vcs vão me desculpar, mas não dá pra dizer que a B está correta. A prescrição extintiva não extingue direito e nem tem influência na extinção - ou seja, não é causa necessária ou coadjuvante nisso. Questão incorreta e deveria ser anulada - típica coisa de Quadrix.

  • A) Prescrição: ação. Decadência: Direito.

    C) A perempção e a preclusão são de natureza processual.

    D) A renúncia pode ser expressa ou tácita.

    E) Os prazos prescricionais não podem ser alterados por acordo entre as partes.

  • -   a prescrição pode ser classificada como aquisitiva e extintiva, uma vez que o decurso do tempo, elemento comum às duas espécies, tem influência para a aquisição e a extinção de direitos.

    -   A prescrição é aquisitiva quando o decurso do tempo enseja a aquisição de determinado direito, a exemplo da usucapião. Já a prescrição extintiva implica a perda de um direito.

    -  a prescrição é instituto de NATUREZA MATERIAL; todavia, tanto a preclusão (perda de uma faculdade processual), como a perempção (que se configura quando há abandono da causa por 3 (três) vezes ou por inércia do autor, e que, no processo civil, acarreta extinção do processo, sem julgamento de mérito [art. 485, V, CPC/2015]), possuem natureza processual.


ID
3424969
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

No que se refere ao domicílio das pessoas naturais e jurídicas, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO "C" : Art. 73. CC "Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada."

  • Alternativa a): O domicílio da pessoa natural pode ser voluntário, quando escolhido por ela, não podendo coexistir com o necessário, uma vez que este é determinado por lei em razão da condição ou da situação da pessoa.

    Código Civil: Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. (domicílio voluntário)

    Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.

    Não há nenhum dispositivo no CC impedindo que os dois domicílios coexistam.

    Alternativa b): A pessoa jurídica que possuir diversos estabelecimentos deverá eleger um deles como seu domicílio, fazendo constar de seu estatuto ou ato constitutivo.

    Código Civil: Art. 75, IV, § 1  Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.

    (CORRETA) Alternativa c): Caso a pessoa natural não tenha residência habitual, seu domicílio será o local onde for encontrada.

    Código Civil: Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.

    Alternativa d): Os contratantes devem respeitar as normas legais no que se refere ao domicílio, não se admitindo, no direito brasileiro, o domicílio convencional por meio do qual as partes especifiquem onde devem ser exercitadas e cumpridas as obrigações resultantes do contrato.

    Código Civil: Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.

    Alternativa e): Se um agente diplomático que tenha sido citado no estrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar seu domicílio no país, deverá ser demandado no Distrito Federal, uma vez que ali está localizada a capital do País.

    Código Civil: Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.

  • GABARITO C

    Das espécies de domicílio:

    1.      Voluntário:

    a.      Geral ou Comum – escolhido livremente. Admite-se a sua pluralidade (art. 71 do CC);

    b.     Especial – fixado com base em contrato:

                                                                 i.     Foro contratual – art. 78 do CC;

                                                                ii.     De eleição – art. 62 e 63 do NCPC.

    2.      Necessário ou legal:

    a.      Incapaz – será o do seu representante ou assistente;

    b.     Servidor público – será lugar em que exercer permanentemente suas funções;

    c.      Militar – do Exército será onde servir;

    d.     Militar – da Marinha ou da Aeronáutica será a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado;

    e.      Marítimo/marinheiro – será onde o navio estiver matriculado;

    f.       Preso – será o lugar em que cumprir a sentença.

    3.      Ocasional ou residência itinerante – o local onde forem encontradas.

    Para haver progresso, tem que existir ordem. 

    DEUS SALVE O BRASIL.

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  • Gabarito (C). Art. 73, CC. Abraço!
  • A fim de encontrarmos a resposta correta, iremos analisar cada uma das alternativas a seguir:

    A) “O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo" (art. 70 do CC). Trata-se do domicílio voluntário.

    O domicílio necessário/legal tem previsão no art. 76 do CC: “Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.

    Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença".

    O domicílio necessário não exclui o domicílio voluntário, mas é perfeitamente possível que os dois coexistam. Exemplo: você mora em Niterói e passa para o concurso do TJ/RJ. Assim, todos os dias sai de Niterói, que é o seu domicílio voluntário, pega a barca e atravessa a Bahia de Guanabara, rumo ao prédio do Tribunal de Justiça no Rio de Janeiro, que passa a ser seu domicílio legal, por ser servidor público.  Incorreta;

    B) “Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, CADA UM DELES SERÁ CONSIDERADO DOMICÍLIO para os atos nele praticados" (art. 75, § 1º do CC). Assim, admite-se a pluralidade de domicílios da pessoa jurídica, da mesma forma como se admite para a pessoa natural. É o caso, por exemplo, de uma empresa que tenha diversos estabelecimentos. Incorreta;

    C) É o que dispõe o art. 73 do CC: “Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada". Exemplo: circense. Correta; 

    D) Além do domicílio voluntário e do necessário/legal, temos o domicílio contratual/convencional, previsto no art. 78 do CC, em que se estabelece o foro competente para futuras e possíveis demandas, denominando-se de CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO: “Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes". Portanto, admite-se o domicílio convencional. Incorreta;

    E) “O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal OU NO ÚLTIMO PONTO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO ONDE O TEVE" (art. 77 do CC).

    Entendendo melhor o dispositivo: o agente diplomático, ao ser citado no exterior e alegar extraterritorialidade, deverá ser observado o domicílio por ele indicado. Caso não indique, com a finalidade de garantir o direito de ação do demandante, poderá o agente ser demandado no Distrito Federal ou no último lugar onde teve o seu domicílio no território brasileiro. No que toca a extraterritorialidade, trata-se do privilégio de não se submeter a outra jurisdição que não seja a do Brasil, Estado que representa. Incorreta.





    Resposta: C 
  • DÚVIDA SOBRE A LETRA "A".

    QUEM TEM DOMICÍLIO NECESSÁRIO (IMPOSTO POR LEI) PODE ELEGER SEU DOMICÍLIO??

  • Caso a pessoa natural não tenha residência habitual, seu domicílio será o local onde for encontrada.

  • OBS: Capital do Brasil é Brasília e não o DF.


ID
3424972
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Bem, em sentido filosófico, é tudo o que satisfaz uma necessidade humana. Juridicamente falando, o conceito de coisas corresponde ao de bens. Tomando-se por base a classificação dos bens, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Correta "B": Art. 108 CC: "Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País."

  • Alternativa a): São bens fungíveis os bens móveis ou imóveis que possam ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

    Código Civil: Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

    Alternativa b): Os bens podem ser divididos em consumíveis e não consumíveis, sendo certo que estes últimos, embora utilizados, preservem suas qualidades para os fins a que se destinem e, quando sofrerem deterioração, perecendo suas primitivas formas e sua utilidade, serão incluídos no conceito de bens consumíveis.

    Doutrina: Bens consumíveis - são bens móveis, cujo uso importa na destruição imediata da própria coisa (consuntibilidade física), bem como aqueles destinados à alienação (consuntibilidade jurídica) - art. 86 do CC.

    Bens inconsumíveis - são aqueles que proporcionam reiteradas utilizações, permitindo que se retire a sua utilidade, sem deterioração ou destruição imediatada (inconsuntibilidade física), bem como aqueles que são inalienáveis (inconsuntibilidade jurídica). (Tartuce, p. 214, 2018). Não há nenhuma menção acerca da inclusão dos bens não consumíveis na categoria de bens consumíveis após a sua deterioração. Ambos podem ser utilizados, a diferença está no momento da destruição, se imediata ou não.

    Alternativa c): Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei, não se admitindo, por outro lado, que, mediante um negócio jurídico, se estabeleça a indivisibilidade da coisa.

    Código Civil: Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.

    Alternativa d): Ao se tratar dos bens reciprocamente considerados, tem-se que os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico, desde que separados do bem principal.

    Código Civil: Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

    (CORRETA) Alternativa e): Os bens considerados em si mesmos podem ser divididos em móveis e imóveis, sendo que os primeiros são adquiridos pela simples tradição e os segundos dependem de escritura pública e registro em cartório competente, com exceção daqueles cujo valor seja inferior a trinta vezes o maior salário mínimo do País.

    Código Civil: Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição.

    Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código.

    Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.

  • Entendo que a letra "e" está errada. Explico: a exceção daqueles cujo valor seja inferior a trinta vezes o maior salário mínimo refere-se apenas à escritura pública, e não ao registro.

    De acordo com o texto da letra 'e' a exceção comporta tanto a escritura quanto o registro, o que não é verdade.

  • O Livro II da Parte Geral do Código Civil disciplina os  bens, classificando-os de diversas maneiras.

    BENS --> CONSIDERADOS EM SI MESMOS
              --> RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

    BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS --> IMÓVEIS
                                                                        --> MÓVEIS
                                                                        --> FUNGÍVEIS E CONSUMÍVEIS
                                                                       --> DIVISÍVEIS
                                                                       --> SINGULARES E COLETIVOS

    Sobre o assunto, deve-se assinalar a alternativa correta:

    A) Sobre a classificação dos bens em fungíveis, lemos no art. 85 que:

    "Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade".

    Assim, verifica-se que a assertiva está incorreta, pois são somente os bens MÓVEIS, não os imóveis.

    B) O art. 86, por sua vez, explica o que são os bens consumíveis:

    "Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação".

    Observa-se que está equivocado dizer que os bens consumíveis são aqueles em que o uso importa em sua deterioração, mantendo-se suas primitivas formas e sua utilidade, já que o texto legal deixa claro que o uso dos bens consumíveis importa em sua imediata DESTRUIÇÃO, perdendo sua SUBSTÂNCIA.

    Logo, a afirmativa está  incorreta.

    C) Sobre os bens divisíveis, os arts. 87 e 88 assim estabelecem:

    "Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam
    Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes".

    Portanto, a teor do que dispõe o art. 88, conclui-se que a assertiva está  incorreta.

    D) Os arts. 92 a 97 tratam dos bens reciprocamente considerados, onde se aprende o que são os bens principais, acessórios, as pertenças, frutos e benfeitorias.

    Principal é o bem que existe por si;
    Acessório é aquele cuja existência depende do principal;
    Pertenças são bens que não são parte integrante de outro, mas se destinam ao seu melhoramento.

    Pois bem, nos termos do art. 95:

    "Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico".

    Observa-se, então, que a afirmativa está  incorreta.

    E) Como visto acima, os bens considerados em si mesmos podem ser classificados em móveis e imóveis, senão vejamos: 
    "Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente". 
    "Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social". 
    Com efeito, a aquisição da propriedade se dá com a tradição, sendo que a tradição dos bens móveis ocorre com a efetiva entrega do bem, por sua vez, dos bens imóveis, se aperfeiçoa com o registro (art. 1.267 do Código Civil). 
    Conforme dispõe o art. 108: 
    "Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País". 
    Ou seja, observa-se que, com base na disposição do art. 108, a banca considerou esta alternativa como correta. 
    Mas a redação está confusa, pois dá a entender que no caso dos imóveis com valor inferior a trinta salários-mínimos, dispensa-se a escritura pública e o registro, quando na verdade, dispensa-se apenas a escritura pública.
     Em outras palavras, o referido dispositivo (art. 108) apenas dispensa a escritura pública para aperfeiçoamento do negócio jurídico de compra e venda de imóveis inferiores a trinta salário-mínimo (ou seja, eles podem ser feitos por instrumento particular), mas não o registro para ocorrência da tradição. Isto é, no caso de imóveis com valor inferior aos trinta salários-mínimos leva-se a registro o próprio contrato particular de compra e venda, não sendo necessária a escritura. 
    No entanto, ainda que o imóvel seja enquadrado no art. 108, é preciso o registro para a transmissão efetiva da propriedade, tal como exige o art. 1.227. 
    Assim, em razão da a assertiva ser duvidosa, cabendo dupla interpretação, ela deve ser considerada INCORRETA. 

    Gabarito do professor: todas incorretas, não há alternativa correta.
  • Questão IDÊNTICA do CESPE: Q971397

  • Art. 95, CC: Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

  • Oi, pessoal. Gabarito: Letra "E".

    Embora o gabarito dê como incorreta a Letra "A", na visão de Gonçalves, os bens IMÓVEIS podem, sim, ser considerados FUNGÍVEIS.

    Trago um excerto representativo da visão do ilustre jurista (GONÇALVES, 2016, p. 268):

    "A fungibilidade é característica dos bens móveis, como o menciona o referido dispositivo legal. Pode ocorrer, no entanto, que, em certos negócios, a fungibilidade venha a alcançar os imóveis, por exemplo, no ajuste entre sócios de um lotea​mento sobre eventual partilha em caso de desfazimento da sociedade, quando o que se retira receberá certa quantidade de lotes. Enquanto não lavrada a escritura, será ele credor de coisas fungíveis, determinadas apenas pela espécie, qualidade e quantidade."

    Fonte: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil, I: esquematizado®: parte geral: obrigações e contratos. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

    No mesmo sentido de Gonçalves: ROSENVALD, Nelson; FARIAS, Cristiano Chaves de. Curso de direito civil: parte geral e LINDB, volume 1. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2015.

    Em sentido contrário ao de Gonçalves: TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2020.

    Eu quis trazer essas informações para quem usa a obra do Prof. Gonçalves ficar atento.

  • A - ERRADA: não abarca bens imóveis.

    B- ERRADA: bens consumíveis e fungíveis.

    C - ERRADA: pode ser tornar indivisíveis por outro modo.

    D - ERRADA: não precisa estar separado do bem principal.

    E - CORRETA.

  • Não há alternativa correta nesta questão, pois a dispensa de escritura pública não é só para os imóveis de valor inferior a 30 vezes o salário mínimo, mas também para os de valor igual a 30 vezes o salário mínimo, além dos relativos ao sistema financeiro da habitação.

  • Civil Quadrix fez lambança (Q1141655), Cespe foi lá e copiou (Q971397)! *anotado*

    São bens fungíveis os bens móveis ou imóveis que possam ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. CONTROVERTIDO - o mais adequado era o examinador restringir, informar que queria a resposta "de acordo com o CC"!

    Letra de Lei (item errado)CC NÃO menciona imóveis como bens fungíveis

    X

    Doutrina (se divide, pode considerar item certo): alguns autores mencionam imóveis como bens fungíveis

    Trazendo pra cá o comentário que peguei na Q1141655:

    "Embora o gabarito dê como incorreta a Letra "A", na visão de Gonçalves, os bens IMÓVEIS podem, sim, ser considerados FUNGÍVEIS:

    "A fungibilidade é característica dos bens móveis, como o menciona o referido dispositivo legal. Pode ocorrer, no entanto, que, em certos negócios, a fungibilidade venha a alcançar os imóveis, por exemplo, no ajuste entre sócios de um lotea​mento sobre eventual partilha em caso de desfazimento da sociedade, quando o que se retira receberá certa quantidade de lotes. Enquanto não lavrada a escritura, será ele credor de coisas fungíveis, determinadas apenas pela espécie, qualidade e quantidade" (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil, I: esquematizado: parte geral: obrigações e contratos. 6°ed, São Paulo: Saraiva, 2016, p. 268)

    Nesse sentido: ROSENVALD, Nelson; FARIAS, Cristiano Chaves de. Curso de direito civil: parte geral e LINDB, v. 1. 13°ed. São Paulo: Atlas, 2015

    Em sentido contrário: TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2020".

    BOs bens podem ser divididos em consumíveis e não consumíveis, sendo certo que estes últimos, embora utilizados, preservem suas qualidades para os fins a que se destinem e, quando sofrerem deterioração, perecendo suas primitivas formas e sua utilidade, serão incluídos no conceito de bens consumíveis. ERRADO

    COs bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei, não se admitindo, por outro lado, que, mediante um negócio jurídico, se estabeleça a indivisibilidade da coisaERRADO

    DAo se tratar dos bens reciprocamente considerados, tem-se que os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico, desde que separados do bem principal. ERRADO

    Os bens considerados em si mesmos podem ser divididos em móveis e imóveis, sendo que os primeiros são adquiridos pela simples tradição e os segundos dependem de escritura pública e registro em cartório competente, com exceção daqueles cujo valor seja inferior a 30 vezes o maior salário mínimo do País. CERTO

    A lei excepciona a necessidade de registro de imóveis (I) q tenham valor igual ou inferior a 30 SM, e (II) sejam objeto de alienação fiduciária, qualquer q seja o valor.

    Como o item E não restringe "com única exceção", "excepcionando-se exclusivamente", dá, sim, pra entender a letra E como correta!


ID
3424975
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

De acordo com a nova normatização das audiências de mediação e de conciliação, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • As respostas estão no artigo 334 do Código de Processo Civil - CPC.

    Resposta correta Letra D

    § 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.

    Demais letras:

    Letra A

    § 2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.

    Letra B

    § 4º A audiência não será realizada:

    I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;

    II - quando não se admitir a autocomposição.

    § 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.

    Letra C

    § 4º A audiência não será realizada:

    I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;

    II - quando não se admitir a autocomposição.

    Letra E

    § 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.

    § 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.

     

  • Em relação a C, quando se trata de direito indisponível não seria a hipótese de "não se admitir autocomposição"?

    Hipótese em que se dispensa a aud. de conciliação

  • Sobre a diferença entre impossibilidade de autocomposição x direitos que são indisponíveis:

    "Contudo, a indisponibilidade do direito não significa impossibilidade de composição. A autocomposição significa uma possibilidade de voluntariedade relacionada a algum dos elementos de uma relação jurídica[10]. As relações jurídicas são compostas por cinco elementos: sujeito, objeto, fato jurídico, vínculo jurídico e garantia[11]. Isso fica claro em relação a direitos indisponíveis ligados ao Direito Civil, como ocorre com a relação de alimentos em que existe indisponibilidade, mas é possível a composição em relação ao valor da prestação."

    Fonte:

  • Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.

    § 1º O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.

    § 2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.

    § 3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.

    § 4º A audiência não será realizada:

    I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;

    II - quando não se admitir a autocomposição.

    § 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.

    § 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.

    § 7º A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.

    § 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.

    § 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.

    § 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.

    § 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.

    § 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.

  • TOMARA MULTA AMBAS AS PARTES QUE NÃO COMPARECER...

  • A fim de encontrarmos a resposta correta, iremos analisar cada uma das alternativas a seguir:

    Alternativa A) Sobre o tema, dispõe o art. 334, §2º, do CPC/15, que "poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes". Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) É certo que o desinteresse do autor na realização da audiência de conciliação deverá ser manifestado desde logo na petição inicial, o desinteresse do réu, no entanto, deverá ser manifestado mediante petição com dez dias de antecedência da data da audiência, senão vejamos: "Art. 334, §5º, CPC/15. O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência". Afirmativa incorreta.
    Alternativa C) A indisponibilidade do direito não é motivo para que a audiência de conciliação ou de mediação não seja realizada. Segundo a lei processual, essa audiência somente não será realizada em duas hipóteses, dentre as quais a indisponibilidade do direito não se encontra, senão vejamos: "Art. 334, §4º, CPC/15. A audiência não será realizada: I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; II - quando não se admitir a autocomposição". Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) É o que dispõe a lei processual, senão vejamos: "Art. 334, §8º, CPC/15: "O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado". Afirmativa correta.
    Alternativa E) Em sentido diverso, dispõe o art. 334, §10, do CPC/15, que "a parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir". Afirmativa incorreta.

    Gabarito do professor: Letra D.
  • Alternativa A) Sobre o tema, dispõe o art. 334, §2º, do CPC/15, que "poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes". Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) É certo que o desinteresse do autor na realização da audiência de conciliação deverá ser manifestado desde logo na petição inicial, o desinteresse do réu, no entanto, deverá ser manifestado mediante petição com dez dias de antecedência da data da audiência, senão vejamos: "Art. 334, §5º, CPC/15. O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência". Afirmativa incorreta.
    Alternativa C)
    Alternativa D)
    Alternativa E)

    Gabarito do professor: Letra D.

  • Fui na letra C com toda certeza do universo kkkkkkkk, ainda mais que o professor do curso que faço exemplificou os direitos indisponíveis como hipótese em que não haverá audiência de conciliação e mediação.

    Mas entendi que a questão pede "De acordo com a nova normatização das audiências de mediação e de conciliação" e o art. 334, §4º, dispõe que não haverá audiência de conciliação e mediação quando "quando não se admitir a autocomposição"

  • GABARITO D

    Por que o item C é errado?

    Havia ficado na dúvida entre C e D e acabei marcando a errada (quem nunca?), mas fui pesquisar e transcrevo aqui trecho do Manual de Daniel Amorim (8ª edição):

    "Além do desinteresse expresso das partes, a audiência de conciliação ou de mediação não será realizada quando o processo tiver como objeto direito material que não admita autocomposição. O legislador foi extremamente feliz em não confundir direito indisponível com direito que não admita autocomposição, porque mesmo nos processos que versam sobre direito indisponível é cabível a autocomposição. Naturalmente, nesse caso, a a autocomposição não tem como objeto o direito material, mas sim as formas de exercício desse direito, tais como os modos e momentos de cumprimento da obrigação."

    Um exemplo disso é a ação de alimentos.

  • ✔ GABARITO: D.

    ⁂ Complementando: Art. 334.

    A) Por se tratar de ato prévio e isolado, buscando-se, ainda, a celeridade processual, as audiências de conciliação e de mediação deverão ser realizadas e finalizadas em uma única sessão. ⇒ § 2º Poderá haver mais de uma sessão... não podendo exceder 2 meses da data de realização da primeira ...

    B) A audiência de conciliação e de mediação não será realizada quando as partes manifestarem expressamente desinteresse na composição consensual, devendo o autor fazê-lo, desde logo, na petição inicial e o réu, quando de sua intimação para o ato, em certidão lavrada por oficial de justiça. ⇒ § 5º O Autor indica o desinteresse na PI, e o réu faz por petição, apresentada com 10 dias de antecedência.

    C) Nos processos cujo objeto seja direito indisponível, não serão realizadas as audiências de conciliação e(ou) mediação.O direito ser indisponível não quer dizer que não seja possível a autocomposição, portanto não está de acordo com o § 4º.

    D) ✅ O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado como ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa. ⇒até 2% revertido ao Estado ou à União.

    E) Nas audiências de conciliação e mediação, as partes devem-se fazer pessoalmente presentes, não podendo se fazer representar por advogados ou por terceiros, mesmo que com procuração com poderes específicos. ⇒ § 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.

  • GABARITO: D

    a) ERRADO: Art. 334, § 2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.

    b) ERRADO: Art. 334, § 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.

    c) ERRADO: Art. 334, § 4º A audiência não será realizada: I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; II - quando não se admitir a autocomposição.

    d) CERTO: Art. 334, § 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.

    e) ERRADO: Art. 334, § 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos. § 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.

  • De acordo com a nova normatização das audiências de mediação e de conciliação, é correto afirmar que: O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado como ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa.

  • Informação adicional

    Não cabe a aplicação de multa pelo não comparecimento pessoal à audiência de conciliação, por ato atentatório à dignidade da Justiça, quando a parte estiver representada por advogado com poderes específicos para transigir.

    STJ. 4ª Turma. RMS 56.422-MS, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 08/06/2021 (Info 700).

    Fonte: Dizer o Direito

  • GABARITO "D".

    ATENÇÃO, O ITEM "C" ESTÁ ERRADO, POIS DIREITO INDISPONÍVEL NÃO É SINÔNIMO DE DIREITO QUE NÃO PERMITE AUTOCOMPOSIÇÃO.

    O CPC (art. 334, §4º) diz que a audiência de conciliação/mediação somente não será realizada quando ambas as partes manifestarem, expressamente, o desinteresse, ou "quando não se admitir a autocomposição". Nesse sentido, nada diz o Código sobre direitos indisponíveis.

    Nesse sentido, Lei 13.140/2015, que dispõe sobre a Mediação:

    Art. 3º Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que admitam transação.

    § 1º A mediação pode versar sobre todo o conflito ou parte dele.

    § 2º O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público.


ID
3424978
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

A respeito dos conceitos, da forma, do tempo e do lugar dos atos processuais, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Certo - Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.

  • Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.

    Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.

  • A - ERRADA: Sempre que o ato processual tiver uma forma prevista em lei, deverá ser praticado segundo tal formalidade, sob pena de nulidade.

    Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. > Princípio da instrumentalidade das formas.

    B - ERRADA: De comum acordo, o magistrado e as partes poderão fixar calendário para a prática de atos processuais, sendo que este vinculará os acordantes, não se podendo modificar os prazos nele previstos.

    Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso.

    § 1° O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.

    LETRA C - CORRETA: Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa.

    Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.

    D - ERRADA: Segundo entendimento do STJ, todos os atos e termos do processo devem ser redigidos em língua portuguesa, não se admitindo a juntada de documento em língua estrangeira, exceto se acompanhado de versão em língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado.

    Segundo o CPC e não "segundo entendimento do STJ":

    Art. 192. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.

    Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado.

    E - ERRADA: Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade somente produzem seus efeitos quanto à constituição, modificação ou extinção de direitos processuais após competente homologação judicial.

    Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.

    Todos os artigos são do CPC.

    Bons estudos!

  • Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.

  • Quadrix é "tipo" CESPE... PORÉM É UMA FANFARRONA !

  • Revisão:

    Lembrando que essa regra do art. 192 não se aplica ao Processo Penal.

    CPP, art. 236 - os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela autoridade.

  • ART. 191 (CALENDÁRIO PROCESSUAL- NEGOCIAÇÃO)

    § 1° O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.

    LETRA B -> FALSA

  • A fim de encontrarmos a resposta correta, iremos analisar cada uma das alternativas a seguir:

    Alternativa A) Dispõe o art. 277, do CPC/15, que "quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade". Trata-se da positivação do princípio da instrumentalidade das formas, que indica que o ato processual deve ser considerado válido, ainda que não praticado pela forma exigida em lei, se o seu objetivo for alcançado e se não provocar nenhum prejuízo às partes. Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) A lei admite que seja fixado calendário dos atos processuais pelas partes com a participação do juiz, senão vejamos: "Art. 191, CPC/15. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. § 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados. § 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário". Trata-se do que a doutrina denomina de "negócio jurídico processual". Conforme se nota, os prazos acordados poderão ser modificados em casos excepcionais e devidamente justificados. Afirmativa incorreta.
    Alternativa C) A afirmativa faz referência ao art. 190, do CPC/15, que trata da possibilidade de flexibilização do procedimento por convenção das partes: "Art. 190.  Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. Parágrafo único.  De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade". Afirmativa correta.
    Alternativa D) É certo que o documento estrangeiro deve ser traduzido para a língua portuguesa antes de ser juntado aos autos, porém essa é uma exigência da própria lei processual e não da jurisprudência do STJ. É o que dispõe o art. 192, do CPC/15: "Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa. Parágrafo único.  O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado". Afirmativa incorreta.
    Alternativa E) Dispõe o art. 200, caput, do CPC/15, que "os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais", não dependendo, portanto, de homologação judicial. Afirmativa incorreta.

    Gabarito do professor: Letra C.
  • Sobre o erro da letra D:

    O STJ possui julgados no sentido de serem admitidos documentos em espanhol, desde que sejam de fácil compreensão, sem a necessidade de tradução. Ademais, há uma regra de reciprocidade do MERCOSUL que permite que os Poderes Judiciários integrantes aceitem documentos em outras línguas.

    Portanto, nem sempre será necessária a tradução juramentada do documento em língua não portuguesa.

    Por fim, também são admitidas expressões consagradas em latim.

  • GABARITO: C

    a) ERRADO: Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade

    b) ERRADO: Art. 191. § 1° O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.

    c) CERTO: Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.

    d) ERRADO: Art. 192. Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado.

    e) ERRADO: Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.

  • Banquinha covarde: uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia!

  • "A Quadrix é irmã bêbada da Cespe"

    Autor desconhecido

  • Entendo que a D está errada pois não é entendimento do STJ, mas sim, da lei.

  • Alternativa A) Dispõe o art. 277, do CPC/15, que "quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade". Trata-se da positivação do princípio da instrumentalidade das formas, que indica que o ato processual deve ser considerado válido, ainda que não praticado pela forma exigida em lei, se o seu objetivo for alcançado e se não provocar nenhum prejuízo às partes. Afirmativa incorreta.

    Alternativa B) A lei admite que seja fixado calendário dos atos processuais pelas partes com a participação do juiz, senão vejamos: "Art. 191, CPC/15. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. § 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados. § 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário". Trata-se do que a doutrina denomina de "negócio jurídico processual". Conforme se nota, os prazos acordados poderão ser modificados em casos excepcionais e devidamente justificados. Afirmativa incorreta.

    Alternativa C) A afirmativa faz referência ao art. 190, do CPC/15, que trata da possibilidade de flexibilização do procedimento por convenção das partes: "Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade". Afirmativa correta.

    Alternativa D) É certo que o documento estrangeiro deve ser traduzido para a língua portuguesa antes de ser juntado aos autos, porém essa é uma exigência da própria lei processual e não da jurisprudência do STJ. É o que dispõe o art. 192, do CPC/15: "Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa. Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado". Afirmativa incorreta.

    Alternativa E) Dispõe o art. 200, caput, do CPC/15, que "os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais", não dependendo, portanto, de homologação judicial. Afirmativa incorreta.

  • OBS: a letra B não esta errada pelo seu final, isso porque o final é a regra, sendo que a regra é que não se pode mudar os prazos previstos na calendarização, só podendo mudar em casos excepcionais, acredito que o erro seja no termo "este", isso porque, esta falando que o ato processual vinculará as partes e o juiz, esta errado, o que vinculará é as partes é a calendarização.

  • Gabarito: C

    Ao estudar o NCPC vemos muito a palavra autocomposição

    E o que ela significa?

    É a forma de solucionar o conflito pelo consentimento espontâneo de um dos conflitantes em sacrificar o interesse próprio, no todo ou em parte, em favor do interesse alheio. Trata-se, atualmente, de legítimo meio alternativo de pacificação social.

  • Cespe do Paraguai ataca novamente...

  • Esta questão foi cirúrgica

  • Vou chamar QUADRIX de karol com KA

  •   Art. 190 do CPC Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. (LETRA C) CORRETA

    A LETRA D Art. 192 CPC Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.

    Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado. ( NÃO É ENTENDIMENTO DO STJ)

     

  • A respeito dos conceitos, da forma, do tempo e do lugar dos atos processuais, é correto afirmar que: Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa.

  • olha essa banca kkkk


ID
3424981
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Acerca das partes e de seus procuradores, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    CPC, Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;

    CPC, Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.

    __________________

    CPC, Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que: IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais;

    Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material.

    __________________

    Quanto ao erro da alternativa D, creio que seja na seguinte parte: b) Caso a sentença tenha sido proferida com fundamento em desistência, em renúncia ou reconhecimento do pedido, total ou parcialmente, todas as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu, renunciou ou reconheceu (se for renúncia ou reconhecimento parcial, a parte só irá pagar o correspondente do que fora reconhecido ou renunciado, e não totalmente. Se não for isso, desconsiderem essa justificativa).

  • complementando a resposta do colega

    ERRO DA LETRA D

    Art. 90. Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou em reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu, renunciou ou reconheceu.

    § 1º Sendo parcial a desistência, a renúncia ou o reconhecimento, a responsabilidade pelas despesas e pelos honorários será proporcional à parcela reconhecida, à qual se renunciou ou da qual se desistiu.

    ERRO DA LETRA E

    Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.

  • todas erradas. Que banca ruim eh

  • TODAS ERRADAS

    A) LITIGANCIA DE MÁ FÉ É DIFERENTE DE ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA.

    ARTIGO 77

    § 2º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.

    IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;

    VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.

    B) ERRADO.

    Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.

    C) ERRADO.

    Art. 83. O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de residir no país ao longo da tramitação de processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas e dos honorários de advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o pagamento.

    § 1º Não se exigirá a caução de que trata o caput :

    I - quando houver dispensa prevista em acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte;

    II - na execução fundada em título extrajudicial e no cumprimento de sentença;

    III - na reconvenção

    D) ERRADO.

    Art. 90. Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou em reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu, renunciou ou reconheceu.

    NÃO TEM RECONHECIMENTO TOTAL OU PARCIAL, SÓ FALA EM RECONHECIMENTO DO PEDIDO.

    E)ERRADO.

    Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.

    § 1º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação:

    I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens;

  • Pessoal o colega deadputo para justificar o gabarito interpretou o artigo 80/81 cumulado com o 774, vou aqui descordar, o artigo 774 está lá na disposições gerais do processo de execução, ademais pode ser litigante de má fé não só resistindo injustificadamente a ordem judicial, como peticionando e procrastinando feito, então entendo que não cabe, está errada a questão, quem mais comigo?

  • Não há bis in idem, diante do que dispõe a parte final do parágrafo único do art. 774 do CPC, quanto à possibilidade de cumulação de sanções de natureza processual, especialmente considerando que possuem fatos geradores distintos, a primeira (multa por ato atentatório à dignidade da justiça) com vistas a coibir embaraços para a efetivação da decisão jurisdicional; a segunda (multa por litigância de má fé) para coibir a violação ao dever de lealdade e boa fé processual. Apelo não provido. 

    (PJe TRT/SP 0227900-12.2009.5.02.0443 – 18ª T – AP – Rel. Lilian Gonçalves – DeJT 04/07/2018)

  • Acredito que a alternativa "E" erra ao indicar que a ação será proposta por ambos os cônjuges. A outorga marital ou uxória não significa necessariamente a propositura conjunta da ação, formando-se um litisconsórcio ativo. Para "propor a ação", basta a outorga do outro cônjuge, que pode ou não figurar na lide como autor da ação. A situação é diferente quando se refere ao polo passivo, já que ambos os cônjuges serão necessariamente citados nas ações que versem sobre direitos reais imobiliários, e portanto integraram obrigatoriamente a lide no polo passivo.

  • Jurisdição como sinônimo de justiça é para acabar com os pequis de Goiás. Vergonha!

  • cespe do Paraguai ataca novamente...

  • Gab.: A.

    Justificativa, no meu entender: interpretação sistêmica do CPC, notadamente art. 80, IV, CPC, c/c art. 77, CPC. É meio forçado, reconheço, mas as outras alternativas estão flagrantemente erradas. Essa está "menos errada".

  • Informação adicional sobre o item A

    Enunciado do Fórum Permanente de Processualistas Civis - FPPC

    Enunciado n.º 533. (art. 536, §3º; art. 774, IV) Se o executado descumprir ordem judicial, conforme indicado pelo § 3º do art. 536, incidirá a pena por ato atentatório à dignidade da justiça (art. 774, IV), sem prejuízo da sanção por litigância de má-fé. (Grupo: Cumprimento de sentença).

  • QUADRIX, sua abençoada! Vamos ser amigas ainda.

  • Acerca das partes e de seus procuradores, é correto afirmar que: Aquele que opõe resistência injustificada ao andamento do processo é considerado como litigante de má-fé, sendo sua conduta também tipificada como ato atentatório à dignidade da jurisdição e cabendo a cumulação de multas previstas na legislação.

  • Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou em reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu, renunciou ou reconheceu.

    § 1º Sendo parcial a desistência, a renúncia ou o reconhecimento, a responsabilidade pelas despesas e pelos honorários será proporcional à parcela reconhecida, à qual se renunciou ou da qual se desistiu.

    § 2º Havendo transação e nada tendo as partes disposto quanto às despesas, estas serão divididas igualmente.

    § 3º Se a transação ocorrer antes da sentença, as partes ficam dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver.

    § 4º Se o réu reconhecer a procedência do pedido e, simultaneamente, cumprir integralmente a prestação reconhecida, os honorários serão reduzidos pela METADE

  • QUESTÃO POLÊMICA ESSA. JÁ HÁ POLÊMICA SE PODE CUMULAR POIS TEM GENTE QUE FALA QUE É BIS IN IDEM. PIOR AINDA É NA HIPÓTESE DO 774 IV E O 80 IV. POIS NESSE CASO EU ENTENDO QUE NÃO SERIA POSSÍVEL. LOGO, NA CUMULAÇÃO DO ATO E DA LITIGANCIA:

    SE CREDORES DIFERENTES- POSSÍVEL CUMULAR

    MESMO CREDORES- IMPOSSÍVEL

    AO MEU VER ESSA QUESTÃO DEVERIA SER ANULADA, OU JAMAIS POSTA EM UMA PROVA OBJETIVA

  • Conduta analisada: opor resistência injustificada ao andamento do processo. Consiste em criar obstáculos para o andamento do processo. Por vezes esses obstáculos estão mascarados com fundamentos jurídicos, mas o único objetivo é protelar o desfecho do processo.

    Opor resistência injustificada configura litigância de má-fé? Sim, por força do que estabelece expressamente o art.80, IV.

    Opor resistência injustificada configura ato atentatório contra a dignidade e a justiça? A resposta não é tão clara. O art. 77, § 1º, estabelece três formas de configurar o ato atentatório. Entre essas, a que entendo mais adequada é o mandamento de "cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação".

    Assim, opor resistência injustificada, por ter o objetivo de protelar o desfecho do processo, podemos considerar que constitui uma forma de criar embaraços para a efetivação das decisões judiciais.

    É possível que sobre uma única conduta (opor resistência injustificada) haja uma dupla punição?

    O cpc chega a falar expressamente que é possível cumular as multas, mas uma coisa é cumular multas (de condutas diferentes) e outra é tipificar duas vezes a mesma conduta.

    Minha resposta: Não sei (depois de tudo isso).


ID
3424984
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - 17ª Região (RN)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Quanto à tutela provisória, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A alternativa D esta incorreta.

    Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

    § 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

  • Não entendi essa questão.

  • Se o direito é provável e a lesão concernente a não concessão for irreversível, supera-se a irreversibilidade dos efeitos da decisão, constante no §3º do art. 300. (notas de aula, curso ênfase).

  • Erro da letra B)

    Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.

    (...)

    § 2º A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.

  • Banca fulera. Nao tem resposta. Aquela questao tipica que alguem se beneficia. Infelizmente.

  • Questão passível de recurso para alteração de gabarito.

    Gabarito correto seria a letra E.

    CPC/2015 - Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.

    Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observa-se-á o procedimento comum.

    DA REVELIA / CPC/2015- Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.

    A- ERRADA- ART. 311. A tutela de evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo (...)

    B- ERRADA.- Art. 308, § 2º A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.

    C-ERRADA - Art. 296, Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.

    D- ERRADA - Art. 300, § 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

  • Alternativa a): As tutelas provisórias de urgência e de evidência exigem, para seu deferimento em cognição sumária, a probabilidade de existência do direito e do perigo do tempo.

    CPC: Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

    Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

    Resposta: a tutela provisória de urgência necessita da probabilidade de dano ou risco ao resultado útil do processo, mas a tutela de evidência não. Além disso, nunca vi em nenhum lugar a expressão "perigo do tempo".

    Alternativa b): Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor, não se podendo modificar ou aditar a causa de pedir, uma vez que se trata de fundamento daquela.

    CPC: Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.

    § 1º O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.

    § 2º A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.

    Resposta: Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal poderá ser formulado pelo autor no prazo de 30 dias, conjuntamente com o pedido da cautelar, e a causa de pedir poderá ser aditada no momento em que for formulado o pedido principal.

    Alternativa c): Em regra, no caso de suspensão do processo por qualquer causa, a tutela provisória perderá sua eficácia durante esse período.

    CPC: Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.

    Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.

    Resposta: a regra é que durante a suspensão do processo a tutela provisória conservará a sua eficácia, apenas excepcionalmente é que não produzirá efeitos durante a suspensão.

    Alternativa d): A tutela de urgência de natureza antecipada poderá ser concedida mesmo quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

    CPC: § 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

    Resposta: está mais do que óbvio que não será concedida nos casos de irreversibilidade.

    (CONTINUA...)

  • (CONTINUAÇÃO...)

    Alternativa e): Se o réu, quando citado para contestar o pedido da tutela cautelar antecedente, não apresentar resposta, será considerado como revel, não podendo impugnar aqueles fatos quando do pedido principal.

    CPC: Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.

    Resposta: não contestando a cautelar, o réu será considerado revel (os fatos alegados pelo autor serão considerados verdadeiros), não podendo impugnar aqueles fatos quando for contestar o pedido principal.

    Seguindo essa linha de raciocínio, a resposta correta é a letra E.

    Se encontrarem algum erro na minha resposta, avisem-me para que eu possa corrigir.

  • Ao realizar uma questão de concurso deve-se analisar o cargo e o nível de cobrança.

    Posto isso, verifica-se que a pergunta é para as carreiras jurídicas: advogado. Nesse sentido, espera-se a cobrança de doutrina e jurisprudência

    Outra análise que deve ser feita é a que se refere a pergunta e, nesse caso, se refere ao instituto da tutela provisória e não a literalidade do dispositivo legal.

    Enunciado Nº 419 do FPPC: “NÃO É ABSOLUTA A REGRA QUE PROÍBE A TUTELA PROVISÓRIA COM EFEITOS IRREVERSÍVEIS.

    Feitas essas análises, cabe a você identificar se a cobrança é da literalidade ou das interpretações típicas do direito.

    -------

    Portanto, para elucidar a questão, segue parte do artigo do Mateus das Neves Maciel :

    [...]

    Inicialmente importante observar e destacar, que o dispositivo legal é absolutamente claro ao afirmar que não será concedida a medida quando houver o perigo de irreversibilidade dos efeitos, sendo de suma importância colacionar excertos doutrinários acerca do assunto.

    [...]

    Colhe-se da doutrina de Teresa Arruda Alvim Wambier:

    “Primeiramente, é de se indagar qual o significado de irreversibilidade colocada pelo legislador. Trata-se, obviamente, de uma irreversibilidade fática, e não jurídica. Explica-se: a decisão, sob aspecto jurídico, é sempre reversível, bastando para tanto que seja revogada, cessada ou modificada. Não é essa a irreversibilidade que se cogita na norma, mas sim a eventual irreversibilidade das consequências da efetivação da tutela de urgência; essa, sim, deve ser motive de preocupação ao se pensar na concessão, ou não, da medida pleiteada.

    A questão, porém, está longe de poder ser resolvida pela aplicação literal do mencionado dispositivo legal, na medida em que uma interpretação irredutível pode abicar, em determinadas situações, numa negative de tutela jurisdictional com o advent de prejuízos enormes e irreparáveis, com o que obviamente não se pode concordar.

    Justamente por isso, a doutrina e a jurisprudência tem abrandado a aplicação da norma. Há situações em que, mesmo irreversível, a medida há de ser deferida. Imagine-se, por exemplo, um requerimento de autorização para uma transfusão de sangue emergencial a um menor, para salvar-lhe a vida, porque um dos pais, por questões religiosas, opõe-se, ou, ainda, um pedido para liberação de mercadorias perecíveis, retidas na alfândega para exame sanitário que, por greve dos servidores, não é realizada. Nesses e em outras tantas situações, mesmo diante da irreversibilidade, há de ser concedida a tutela de urgência.”(WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Primeiros Comentários ao Novo Código de Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015. Página 501).

    [...]

    Conclui-se ainda que, em alguns casos, o perigo de irreversibilidade da tutela de urgência de natureza antecipada atinge as duas partes, pois, se concedida, o réu provavelmente não receberá o bem tutelado se for o vencedor, mas, se indeferida, importará na provável negação do direito da parte autora.

    [...]

    ------

  • Fórum Permanente de Processualistas Civis 419: "Não e´ absoluta a regra que proíbe tutela provisória com efeitos irreversíveis"

    Se o direito for provável, pode ser concedida msm assim

  • Caros colegas, gostaria da opinião de vocês!!

    Em que pese eu também concorde com a indignação da maioria, referente ao gabarito da questão em ser a alternativa (D); Pois a letra fria da lei no §3º do Art. 300 do CPC ser claro e evidente em: não será concedida.

    Acredito que a banca tenha cobrado o entendimento das Jornadas de Direito Processual Civil do CJF. O Enunciado 40 da Jornada de 2017 diz:

    ENUNCIADO 40. A irreversibilidade dos efeitos da tutela de urgência não impede sua concessão, em se tratando de direito provável, cuja lesão seja irreversível.

    É única solução que entendo ser justificável o gabarito da alternativa. Caso seja isso mesmo, a QUADRIX pegou pesado !!

    Abraços!!

  • O comentário do Giovani Raposeiro ilustrou muito bem o ponto da alternativa D. Buscando complementar sua resposta, a questão da alternativa E é que, em que pese as discussões, visto que não é uma questão totalmente pacífica, é possível ao réu revel intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar. Dessa forma, pode apresentar contestação intempestiva, "o máximo que lhe pode acontecer é a presunção de veracidade dos fatos afirmados pelo autor" (Fredie Didier Jr, Curso de Direito Processual Civil vol. 1, 2017, p. 752.). Além disso, mesmo que sua contestação seja desentranhada dos autos, os documentos, inclusive a procuração, que a acompanha, não será. Então, os documentos presentes podem ser utilizados pelo magistrado ao ponderar sobre o direito alegado pelo autor na inicial.

  • RIDICULO.... eh óbvio que a irreversibilidade poderá ser superada... mas se trata de um entendimento JURISPRUDENCIAL.... querer que esse seja o gabarito qd a questão nada fala eh uma SACANAGEM pq vai contra o texto da LEI.... enfim... não fiz a prova, soh errei aqui mesmo chutando outra que TB sabia que estava certa.... .mas o gabarito da questão tb não podia ser....
  • Alguém sabe se foi anulada?

  • minha duvida foi justamente neste enunciado 40 do CJF, afinal , se no edital estiver que os enunciados devem ser estudados, dancou quem nao se atentou pra isso e tambem ha muito na jurisprudencia casos como da letra D.

  • Resposta "D" correta, em virtude do Enunciado 25 da ENFAM: "A vedação da concessão da tutela de urgência cujos efeitos possam ser irreversíveis (art. 300, parágrafo 3°, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto com base na garantia de acesso à Justiça (art. 5°, XXXV, da CRFB)."

    Ou seja, é possível, em caráter excepcional, mesmo nos casos de irreversibilidade (seja in natura ou in pecunia), a concessão de tutela provisória (teoria do mal menor).

  • cespe do Paraguai ataca novamente

  • Essa questão deveria ser anulada, complicado cobrarem isso quando a lei dispõe de modo contrário.

  • Fui por eliminação e acertei, mas como no enunciado nem sequer há indicação de seguir jurisprudência ou entendimentos fora da legislação, acredito também que é passível de anulação.

  • Quando vejo a banca, já imagino que a questão é mal elaborada!

  • A letra "D" cobrou jurisprudência, à exemplo do Enunciado 419, do FPPC: "Não é absoluta a regra que proíbe tutela provisória com efeitos irreversíveis".

    Exemplo recorrente dessa possibilidade: tutela de urgência que obriga plano de saúde (ou mesmo o SUS) a custear intervenção cirúrgica de alto custo.

    Um vez efetivada a intervenção cirúrgica, a tutela torna-se irreversível.

  • Essa (Quadrix) é uma piada de péssimo gosto !!!!!

  • Quadrix sendo Quadrix.

  • Essa banca realmente é um lixo
  • Prezados, espero com um exemplo explicar a alternativa D.

    A doutrina e a jurisprudência interpretam essa norma (art. 300, §3º) levando em consideração os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

    O juiz estando diante de uma tutela antecipada com perigo de irreversibilidade da situação, deve analisar se o periculum in mora concedido ao autor é mais importante e necessário que o periculum in mora irreversível ao réu.

    Por exemplo: se o autor entra com uma tutela antecipada contra seu plano de saúde, pedindo a realização de uma cirurgia que se não realizada levará a sua morte, o periculum in mora é a vida do autor, e a irreversibilidade será as despesas da cirurgia, será um prejuízo econômico ao plano de saúde (réu), que caso a decisão não seja confirmada, o prejuízo do plano de saúde será reparável, de obrigação do autor.

  • GABARITO: D

    Um tanto quanto contestável, pois a regra é não ser possível concessão de tutela quando houver risco de irreversibilidade. Porém, já vi doutrina e professores buscando a tese de que essa irreversibilidade poderia ser excepcionada por uma possível perdas e danos.

    Enfim, é algo polêmico e, sim, devemos, muitas vezes, buscar a menos errada.

    Abraço, colegas. Bons estudos a todos.

  • Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

    § 1 Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

    § 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

    § 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

    ESSA BANCA É PIADA kkkkk

  • Gabarito D - De acordo com o CPC:

    Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

    § 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

    PORÉM:

    E enunciado 419 do FPPC: Não é absoluta a regra que proíbe a tutela provisória com efeitos irreversíveis.

    Assim como:

    O Enunciado 40 da Jornada de 2017 diz:

    ENUNCIADO 40. A irreversibilidade dos efeitos da tutela de urgência não impede sua concessão, em se tratando de direito provável, cuja lesão seja irreversível.

    Pense que assim como a concessão da tutela pode causar efeitos irreversíveis, a sua não concessão também pode causa-los. Ex antigo porém válido: Transfusão de Sangue em testemunha de Jeová, no qual uma fez feita a transfusão é irreversível, mas a não transfusão também é irreversível, devendo prevalecer o direito à vida.

  • De acordo com a doutrina é possível a concessão da tutela, mesmo em face da irreversibilidade dos efeitos da decisão, graças à aplicação da teoria da irreversibilidade recíproca. No caso concreto, o juíz analisará o que trará mais danos se a concessão ou a não concessão da tutela.

    De acordo com Gonçalves, a solução será o juiz valer-se do princípio da proporcionalidade, determinando a proteção do interesse mais relevante, e afastando o risco mais grave.

  • Gab.: D.

    Análise: o enunciado cobra o instituto da tutela provisória, e não a letra seca da lei ("De acordo com o CPC..."), portanto abarca outras fontes do Direito, como o enunciado 419, FPPC: “Não é absoluta a regra que proíbe a tutela provisória com efeitos irreversíveis”.

    Em minha primeira tentativa, marquei letra E, conforme o art. 307, CPC: "Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias", mas o erro da alternativa está na parte final: "(...) não podendo impugnar aqueles fatos quando do pedido principal", afinal ser considerado revel e não poder impugnar fatos quando do pedido principal são coisas diferentes.

  • Gabarito D. ENUNCIADO 40 DO CJF. A irreversibilidade dos efeitos da tutela de urgência não impede sua concessão, em se tratando de direito provável, cuja lesão seja irreversível.

    Erro da E. Revelia e tutela cautelar. Sendo revel o réu, incide, no que couber, o que escrevemos no comentário aos arts. 344 ss. do CPC/2015. A presunção prevista no art. 344 do CPC/2015 (e as exceções previstas no art. 345 do CPC/2015) diz respeito apenas ao pedido cautelar, e não ao pedido principal. MEDINA, 2015. CPC Comentado.

  • Segundo a doutrina e jurisprudencia, a tutela, mesmo com perigo de irreversibilidade pode sim ser concedida. Exemplo é a necessidade de cirurgia por conta de risco de vida, medida que pode ser deferida pelo juiz que obviamente será irreversível, não dá pra desfazer uma cirurgia. A letra D está correta sim, em que pese a letra da lei, o enunciado não diz "de acordo com o CDC", mas apenas "quanto à tutela provisóvia...", logo, é possível extrair que a banca não pede a letra da lei.

  • O Professor Francisco Saint Clair Neto tem um vídeo muito bom sobre o assunto, ele menciona o art. 489 §2 do CPC e também o enunciado 26 do ENFAM.

    Digita no youtube: Tutelas Provisórias - Prof. Francisco Saint Clair Neto

  • Pesadaaaaa

  • Quadrix é a irma má da Cebraspe

  • Essa banca precisa se decidir, pois em outra questão (Q695606), ela considerou correta a seguinte assertiva:

    "A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão."

    Outra questão também da referida banca (Q679209) considerou errada a assertiva:

    "a tutela de urgência de natureza antecipada pode ser concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, desde que o requerente se responsabilize por eventuais perdas e danos."

    Difícil...

    =/

  • "A tutela de urgência de natureza antecipada poderá ser concedida mesmo quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão."

    Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

    § 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

    ??????????????????????????????????????????????????????????????????????

    Quadrix...

  • Foi advogado quem fez a prova...porque na prática é isso que ocorre...

  • A questão Q1120724 considera a mesma afirmativa contida na assertiva "D" como incorreta.

  • ?

  • Ué...

  • Meu Deus eu não vi que era questão da Quadrix.

  • “O art. 300, § 3º, do CPC/15.

    Majoritária doutrina trata como pressuposto negativo (irreversibilidade), já que a tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

    Constitui impedimento genérico à concessão da tutela antecipada: o objetivo é evitar o estabelecimento de uma situação fática definitiva.

    Há duas questões: A primeira, de ordem formal, consoante o CPC/15, o que se antecipa não é o provimento em si mesmo, mas os efeitos que ele o provimento produz. O provimento é passível de alteração: por decisão posterior do próprio juízo que venha a infirmá-la em decorrência da provisoriedade (CPC/15, art. 296); por recurso interposto à esta decisão.

    A doutrina diferencia a irreversibilidade fática da irreversibilidade jurídica. A irreversibilidade jurídica não pode ocorrer na medida em que esta constitui a decisão definitiva, que somente poderá ser conferida por cognição exauriente na sentença. A irreversibilidade que a lei pretendeu dizer no CPC/15 foi a jurídica, mas não disse sobre a irreversibilidade fática, ou seja, a produção dos efeitos concretos da decisão no mundo prático. Esse é o motivo pelo qual o legislador do CPC/15 optou em estabelecer a irreversibilidade dos efeitos da decisão. A segunda, de ordem material. Imagine-se genérica e abstratamente que todas as decisões irreversíveis (seus efeitos práticos) não sejam antecipadas, o instituto seria reduzido a pouquíssima utilidade prática, pois em boa parte das decisões não há como o magistrado voltar atrás na produção dos efeitos da decisão. Ex: cirurgia de urgência, da transfusão de sangue, do desembaraço aduaneiro para a venda de determinados produtos, ou mesmo da decisão que concede ao pai o direito de levar o filho para o exterior.

    Nestes casos, exige-se a invocação do princípio da proporcionalidade, para afastar a aplicação do art. 300, § 3º, que determina que a tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Ademais, essa regra geral de irreversibilidade tem sido acatada pelos tribunais, em especial pelo STJ. No entanto, e em situações absolutamente excepcionais, deve ceder em face de um bem jurídico de significação maior. Incide aí um necessário juízo de proporcionalidade entre direitos fundamentais que podem vir a ser lesados e o direito (também fundamental) à tutela jurisdicional definitiva concedida após o devido processo legal. Assim, em casos extremos, de perecimento da pretensão do autor ou de dano que só com a antecipação da tutela pode ser evitado, a solução que poderá corretamente vir a ser a adotada é a de resolver-se o assunto até assumindo o risco das perdas e danos.

    Fonte: https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/novo-codigo-de-processo-civil/tutela-provisoria-de-urgencia-antecipada-2013-irreversibilidade

  • provavelmente no edital pedia conhecimento dos enunciados do CJF :

    Enunciado 40: A irreversibilidade dos efeitos da tutela de urgência não impede sua concessão, em se tratando de direito provável, cuja lesão seja irreversível.

  • A alternativa D esta incorreta.

    Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

    § 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

  • Enunciado 40: A irreversibilidade dos efeitos da tutela de urgência não impede sua concessão, em se tratando de direito provável, cuja lesão seja irreversível.