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Prova FAURGS - 2013 - TJ-RS - Oficial Escrevente


ID
1058830
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 10 e 11 do texto.

Alternativas
Comentários
  • O trás com S, se utiliza quando se trata de posição (frente, trás); o traz com z, se refere ao verbo trazer.

  • Trás: Quando se fala da posição onde você está posicionado (na frente ou atrás(trás)). Traz: Verbo trazer.Vizões não existe. Então a combinação ficou trás/visões.

    Letra b.
  • seguindo as regras de acentuaçao trás e um monossílabo tônico que leva acentos aqueles que termina em a(s) e(s) e o(s)


  • A forma 'TRAZ" é uma dos formas do verbo "TRAZER", significado "transportar, levar (alguém ou algo) em direção a um lugar". "TRAS" (grafado com S) SIGUINIFICA "depois de, após; parte posterior; atrás, detrás".  

  • Trás - indica um lugar.

    Traz - do verbo trazer.

    Visões se escreve com S.

  • Trás recebe acento pela seguinte regra: oxítona terminada em a(s), e(s), o(s), em, ens

  • Trás é um advérbio de lugar

    Traz é a forma verbal conjugada em 3ª pessoa do singular do presente do indicativo, ou na 2ª pessoa do singular do imperativo

  • Descarta o texto nessa hora! Fácil

  • Trás ( vem sempre acompanhado de uma preposição DE ou PARA.) Adverbio de lugar.


ID
1058833
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 19, 38 e 41 do texto.

Alternativas
Comentários
  • Letra D
    Confiamos EM alguma coisa...
    Estar em oposição A alguma coisa...

  • Só consegui encontrar a resposta pela linha 19! Pois toda vez que depois de um pronome relativo - no caso o que com significado de o qual - pedir preposição esta volta e fica na frente do pronome relativo. 

    No caso quem confiam, confia EM, ou seja, Em Quem!!!
  •  é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
    19 rentes pessoas _EM QUEM____ confiamos

    quem confia, confia em alguma coisa, logo necessita-se da preposição em antes do verbo

     mas, se for dizer algo desatinadamente oposto ao que 
    disse antes

    quem está oposto, está oposto à alguma coisa

    Quero ler opiniões que me surpreendam

    quem surpreende, surpreende algo  

    Resposta (D)

  • Ellen blz? de quem foi esse comentário? seu ou dá menininha? rsrs. De qq forma parabéns pelo seu comentário.

  • valeu, Luiz! o comentário foi meu, a menininha é minha filhota Yasmin

  • confiar = VTI com prep. "em" se referindo a pessoas, logo: em quem

    oposto = exige a pre. "a", logo; ao que = àquilo

    surpreender = VTD, logo: que

  • Quem confia, confia Em ...

    dizer algo oposto A(prep) + aquilo (pron dem) que disse antes = àquilo > A(prep) + O(pron dem)= AO + QUE (pro rel)

    Ler opiniões AS QUAIS = QUE (pron rel)

  • Lembrem-se sempre do olhar a regência verbal/nominal ao preencher lacunas, as vezes é difícil de entender o porquê de certas preposições por estarem antepostas aos respectivos verbos!


ID
1058836
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

Considere as afirmações a seguir.

I - Formadores de opinião que defendem pontos de vista contrários aos interesses de sua categoria profissional privilegiam a razão na expressão de suas opiniões.
II - As restrições às biografias não autorizadas consti- tuem uma limitação à liberdade de expressão que se aproxima da censura.
III - A posição de Caetano Veloso e Chico Buarque de Hollanda na polêmica relativa às restrições às biografias não autorizadas é motivada por inte- resses particulares.

Quais expressam ideias presentes no texto?

Alternativas
Comentários
  • Trecho que torna a afirmação I verdadeira: 

    Médicos a favor do Mais
    32 Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo, 
    33 empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se 
    34 concordar ou não com eles, mas ganham um crédito 
    35 adicional de confiança por pensarem com a cabeça e 
    36 não com o bolso ou o coração

    Trecho que torna a afirmativa II verdadeira:

    63 limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna 
    64 impossível publicar qualquer coisa que contrarie o 
    65 interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar, 
    66 é muito parecido com censura


    Trecho que torna a afirmativa III verdadeira:

    O que é 
    60 triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um 
    61 princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a 
    62 interesses restritos ao seu cercadinho

  • O item III está errado. Se estivesse escrito no final do trecho "interesses próprios", aí sim estaria correto. "Interesses particulares" abrange muito além doque o texto dá ideia.

  • Eu discordo da asertiva II, pois ele fala que levado o raciocío da proteção à privacidade ao limite. Veja que primeiro é preciso se levar ao limite o raciocíneo para então ele ser muito parecido com a censura. A proteção à privacidade em si não é parecida com a censura, mas apenas esse raciocíneo em seu limite.


ID
1058839
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

Assinale a alternativa que apresenta conteúdo que se pode depreender da leitura do texto.

Alternativas
Comentários
  • linha 20.... O conceito de formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,  para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez  mais difícil escolher quem vale a pena ouvir

  • GABARITO E - Ao aumento do número de formadores de opinião corresponde um aumento da dificuldade de seleção das opiniões que merecem ser consideradas.

    20 (...) O conceito de

    21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos

    22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,

    23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez

    24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.


ID
1058842
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

Na linha 69, a expressão “apesar de você”, empre- gada no texto entre aspas duplas, é uma citação de um trecho de uma canção de Chico Buarque de Hollanda em que o músico faz uma crítica à ditadura militar no Brasil. No texto em análise, pode-se afirmar que a autora faz essa citação a fim de estabelecer uma analogia entre os censores do regime militar e

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra B

    "Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque 
    58 de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas – 
    59 muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é 
    60 triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um 
    61 princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a 
    62 interesses restritos ao seu cercadinho."

  • O final ficou tão mal escrito que me confundiu!

  • Complementando o comentário da colega abaixo no que tange à interpretação: 

    62 (...) Pois, levado ao 
    63 limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna 
    64 impossível publicar qualquer coisa que contrarie o 
    65 interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar, 
    66 é muito parecido com censura. 
    67 O mais irônico é que justamente esse gesto pode 
    68 vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos 
    69 dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas. 
    70 E serão. 


    Deus é Fiel!


  • 67 O mais irônico é que justamente esse gesto pode
    68 vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
    69 dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
    70 E serão.

     

    A resposta está claramente expressa nas linhas 68 e 69.

  • O final não está mal escrito, ele tem siginificados além da leitura.

    Chico e Caetano possuem uma história de vida voltada contra as arbitrariedades perpetradas na ditadura. Como poetas, queriam expressar sua indignação pela música, mas recebiam muitas censuras. Assim, eles falam sobre a ditadura e sobre a censura em suas músicas de forma muito velada.

    Numa biografia, justamente o que seria escrito sobre eles é que seu maior feito foi a luta contra a censura, MAS haveria de constar que, em luta judicial, brigaram justamente a favor de tudo o que sofreram na ditadura - a censura. A escritora diz que o comportamento deles agora não passará despercebido pelos escritores de suas biografias e que, apesar da luta deles contra a liberdade de expressão hoje, amanhã será outro dia - fazendo uma menção à música de Chico "Apesar de você" . Os intérpretes da música afirmam que Chico queria dizer, no trecho "apesar de você amanhã há de ser outro dia", que "apesar de toda a tortura e todo o caos desse período da ditadura, a democracia chegará". Ou seja, a menção à música demonstra ainda mais a ironia do comportamento dele. Apesar de toda a sua luta, Chico, a democracia chegará e, nesse dia, sua biografia será escrita e toda essa sua luta final a favor da censura quando lhe beneficiava direitos pessoais será retratada com ironia.

     

    Sei que a divagação não cabe aqui, mas é um texto muito inteligente e que trouxe à tona um pouco da história do Brasil.

     

    67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode 
    68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos 
    69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas. 
    70   E serão. 


ID
1058845
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

Ao utilizar a expressão capilaridade das redes sociais (l. 07), a autora refere-se à

Alternativas
Comentários
  • Letra c). Nesse caso, a palavra ''capilaridade'' significa expandir-se, propagar-se. Basta pensarmos em como as ideias nas redes sociais são facilmente transmitidas, para um número cada vez maior de usuários.

    Exemplo prático: ''Capilaridade'' é também a propriedade que a água, por exemplo, tem de entrar em tubos cada vez menores. (Não precisamos saber de física, mas dá pra inferir pelo contexto!) ;)

  • GABARITO C - "capacidade das redes sociais de propagar ideias entre um número expressivo de pessoas."

    06 A arena de debates públicos foi ampliada virtual-

    07 mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.


ID
1058848
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, os sentidos das conjunções Como (l. 14) e porque (l. 42), conforme empregadas nos períodos em que ocorrem no texto.

Alternativas
Comentários
  • Conjunção Causal

    Conjunção que introduz orações e exprime ideia de causa, motivo. As orações assim iniciadas recebem o nome de O. Subordinadas Adverbiais Causais. As principais conjunções e locuções conjuntivas causais são: porque, visto que, já que, uma vez que, como [quando equivale a porque], que, pois, porquanto, visto como, desde que.

    Ex:

    O tambor soa porque é oco. [pq é oco: causa; o tambor soa: efeito]

    Como estivesse de luto, não nos recebeu.

    Desde que é impossível, não insistirei.

  • A conjunção "como" pode ter três valores semanticos: causa, comparaçao e conformidade.

  • Há um erro no comentário da Ludiana

  • !ª) Como nem sempre são evidentes todos os aspectos envolvidos em um debate,..., é comum que fiquemos atentos...
    - A causa de ficarmos atentos é porque nem sempre são evidentes os aspectos do debate.
    - Como, no início de fases, é causal. Equivale a: uma vez que, já que, porque, etc

    Escrevendo de outra forma:
    "É comum que fiquemos atentos, visto que nem sempre são evidentes todos os aspectos envolvidos em um debate."

  • É importante também além de tudo explicar a diferença de CONJUNÇÕES COORDENATIVAS  E SUBORDINATIVAS.

    As conjunções coordenativas não possuem dependência uma da outra.

    Dessa a diferença de saber quando uma conjunção é casual ou explicativa, precisamos ver se as orações dependem uma da outra.

  • Os nexos subordinativos causais introduzem orações subordinadas adverbiais causais. 

    Dica: O nexo causal COMO só pode ser utilizado quando a oração subordinada adverbial causal estiver deslocada.

    " Como nem sempre são evidentes todos os aspectos envolvidos em um debate (...)"

  • Gabarito. B.

    Conjunções Causais => Já que, porque, que, pois que, uma vez que, sendo que, como, visto que, visto como, como etc.

    Conjunções Explicativas => Isto é, por exemplo, a saber , ou seja, pois (antes do verbo), pois bem, ora, na verdade, depois, além disso, com efeito, que, porque etc.

  • é bom lembrar que dependendo do contexto o COMO tem valor conformativo tbm, por isso o ideal é ler o texto e entender o contexto ...a decoreba as vezes pode ser um tiro no pé...:)

  • O "Como" iniciando uma oração estabelece uma relação de causa.

    Fernando Pestana ( Eu vou passar )

  • A conjunção "como" pode expressar ideia de adição, conformidade, comparação e causa. 

    EX: Tanto estudo, como trabalho (valor aditivo)


    EX: Como canta o pai, o filho também canta (valor comparativo)


    EX: Como já havia ensinado, decidiu não falar sobre o assunto (valor causal)


    EX: Como mencionou o professor, devemos estudar (valor conformativo) 


    Obs: A conjunção “como” só será causal se iniciar o período. 

  • como sera causal quando estiver no inicio da frase e for equivalente a já que, visto que.

  • "Como" nesse tipo de construção trás um cenário já estabelecido do qual tiramos a causa para o que vem a seguir.

  • Galera, só acrescentando:

    "como" só será causal se iniciar o período, NO ENTANTO, nem todo nexo "como" que inciar o período é causal, podendo ser também - conforme já dito pelos colegas - comparativo, conformativo, aditivo.


ID
1058851
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

A expressão choque tectônico de ideias (l. 12) contém uma metáfora que remete ao campo da

Alternativas
Comentários
  • Correta letra E.

    O planeta Terra é coberto por uma camada formada por terra e rochas chamada de crosta terrestre ou litosfera. Esta crosta não é lisa e uniforme, mas sim irregular e composta por placas tectônicas. Estas placas não são fixas, pois estão sob o magma (rocha fundida de alta temperatura). Estas placas tectônicas estão em constante movimento, exercendo pressão umas nas outras. Muitos terremotos são ocasionados pela energia liberada pelo choque entre estas placas. Regiões habitadas, que estão situadas nestas áreas, recebem maior impacto destes terremotos.

    Fonte: http://www.suapesquisa.com/geografia/placas_tectonicas.htm

  • Por acaso geologia, estava no edital?

  • Renato, provavelmente não, mas certamente tinha: significados das palavras, ou algo semelhante.

  • Não seria metonímia?

  • essa questão foi anulada.

  • Por que foi anulada?

  • Deve ter sido anulada porque choque tectônico deve haver em outra área além de geologia, pois os campos citados são altamente abrangentes.

  • "Que coisa,não?! "

     

  • Lembrei de placas tectônicas na previsão do tempo...kkkkkk


ID
1058854
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

Considere o trecho a seguir, extraído do texto (l. 22-24).

Hoje há formadores de opinião por todos os lados, para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.

Assinale a alternativa que propõe uma conversão do trecho acima para o passado que esteja de acordo com a norma gramatical e que preserve a perspectiva modal e as relações de ordenamento entre estados e eventos expressas originalmente.

Alternativas
Comentários
  • Verbo haver no sentido de existir fica no singular, já mata a,d,e. Agora,

    Segunda análise, é olhar a correlação verbal dos tempos,a única que esta de acordo com a correlação é a letra c. Pret. Imp. Ind.+Pret.imp.sub. Caso eu teja errado,só corrigir.

  • O verbo haver no sentido de existir, não varia. Dessa forma não vai para o plural. 


    era só isso que você precisava saber para matar essa questão.

    fácil, simples, como tudo na língua portuguesa ! 

  • Não é só no sentido de existir, mas também no de OCORRER! Detalhe: o verbo é impessoal e passa a impessoalidade eventual verbo que o possa acompanhar. ex.: Deve haver bons motivos.

    É impessoal (ou seja, não tem sujeito).

  • Verbos haver e fazer impessoais: O verbo haver(no sentido de existir, ou indicando tempo transcorrido) e o verbo fazer( indicando tempo transcorrido) são impessoais, isto é, não possuem sujeitos . Devem, portanto, ficar na terceira pessoa do singular.

    Exemplos: Havia sérios compromissos.

    Fazia dez anos que ele não vinha a São Paulo.

    Deve haver sérios compromissos.


    OBS: Que, quando um verbo auxiliar se junta a um verbo impessoal, ele também fica no singular.

  • havia - ficará no impessoal!

  • Resposta C: O verbo haver com sentido de existir deve ficar na 3ª pess. do singular, logo o havia está correto e os verbos olhar, ser e valer estão no mesmo tempo verbal, pretérito imperfeito.

  • São três as situações em que o verbo HAVER será um caso especial de concordância verbal: 

    Verbo HAVER no sentido de ACONTECER ou EXISTIR, ou ainda, indicando TEMPO TRANSCORRIDO é um verbo impessoal (sem sujeito), logo, não varia, permanecendo no singular. 

  • Pra quê todo esse enfeite na questão? Pra assustar é? kkkkkk

  • Hahaha eu também fiquei preocupado com o enunciado da questão, mas a resolução dela não se mostrou difícil. Haja coração!

     

    Vida longa e próspera, C.H.

  • Concurseiro Salmista.

    Exatamente essa análise que me faez marcar a B, pois a impessoalidade do verbo haver já elimina três alternativas, deixando a B e a C.
    Porém, o enunciado está no Idicativo, o e "olhasse" da letra D me chamou atenção por estar no subjuntivo.
    Acredito que não tenha compreendido bem o comando da questão.

  • Apenas comlementando o comentário do colega concurseiro salmista.

     

    CORRELAÇÃO VERBAL

    É preciso que haja articulação temporal entre os verbos, que eles se correspondam de maneira a expressar as ideias com lógica.

    Tempos e modos verbais devem, portanto, combinar entre si. 
     

    Exemplo:
     

    Seu eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderia a lição. 

    No caso, o verbo dormir está no pretérito imperfeito do subjuntivo. Sabemos que o subjuntivo expressa dúvida, incerteza, possibilidade, eventualidade. Assim, em que tempo o verbo aprender deve estar, de maneira a garantir que o período tenha lógica? 

    Na frase, aprender é usado no futuro do pretérito (aprenderia), um tempo que expressa, dentre outras ideias, uma afirmação condicionada (que depende de algo), quando esta se refere a fatos que não se realizaram e que, provavelmente, não se realizarão. O período, portanto, está correto, já que a ideia transmitida por dormisse é exatamente a de uma dúvida, a de uma possibilidade que não temos certeza se ocorrerá. 

     

    CORRELAÇÕES VERBAIS CORRETAS

    Presente do indicativo + Presente do subjuntivo: 
    Exijo que você faça o dever. 
     

    Pretérito perfeito do indicativo + Pretérito imperfeito do subjuntivo:
    Exigi que ele fizesse o dever. 
     

    Presente do indicativo + Pretérito perfeito composto do subjuntivo:
    Espero que ele tenha feito o dever. 
     

    Pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do subjuntivo:
    Queria que ele tivesse feito o dever. 
     

    Futuro do subjuntivo + Futuro do presente do indicativo:
    Se você fizer o dever, eu ficarei feliz. 
     

    Pretérito imperfeito do subjuntivo + Futuro do pretérito do indicativo:
    Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas. 
     

    Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + Futuro do pretérito composto do indicativo:
    Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas. 
     

    Futuro do subjuntivo + Futuro do presente do indicativo:
    Quando você fizer o dever, dormirei
     

    Futuro do subjuntivo + Futuro do presente composto do indicativo:
    Quando você fizer o dever, já terei dormido. 


ID
1058857
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

Considere os trechos a seguir, extraídos do texto.

I - Devem ser reabertos os arquivos da ditadura? (l. 03-04)
II - A arena de debates públicos foi ampliada virtualmente ao infinito pela capilaridade das redes sociais. (l. 06-07)
III - Para conquistar o meu respeito, é preciso conseguir construir argumentos que voem além dos interesses de sua categoria. (l. 29-31)
IV - ...pode-se concordar ou não com eles, mas ganham um crédito adicional de confiança por pensarem com a cabeça e não com o bolso ou o coração. (l. 33-36)

Quais deles contêm oração na voz passiva?

Alternativas
Comentários
  • Característica da voz passiva (VERBO SER + PARTICÍPIO)

  • Pensem que a estrutura da voz passiva analítica (aquela que não tem a partícula ''SE'') SEMPRE deve ter um verbo transitivo direto, logo para poder haver voz passiva o verbo obrigatoriamente deverá ser VTD (verb. transit. direto) ou VTDI (verb. transit. direto e indireto).

    Isso porque o OBJETO DIRETO da voz ATIVA será sujeito passivo na VOZ PASSIVA ANALÍTICA.


  • Como fica a transposição para a voz ativa da oração " Devem ser reabertos os arquivos da ditadura?"? Obrigado.

  • Alguém conseguiria explicar teoricamente a opção IV? Não considerei correta, mas não consegui formular a explicação gramatical.

  • Atentar aos verbos (recomenda-se ler a frase com atenção e marca-los) , visto que a voz passiva e ativa são uma categoria do verbo. Estaremos diante de uma voz ATIVA quando o sujeito, teoricamente, pratica a ação verbal. E PASSIVA quando sofre a ação verbal.

    Diante dessa breve explanação, passo a analisar uns dos itens corretos:

    I - "Devem ser ..." a frase possui dois verbos que equivalem a um único verbo, logo estamos diante de uma locução verbal. Quando ocorrer isto, estaremos diante de uma voz passiva analítica.

     

  • Acredito que o caso da opção IV, o verbo PODER está conjugado na forma pronominal reflexa. 

    Os verbos pronominais são os que se conjugam com pronomes átonos integrantes, ou seja, com pronomes que não exercem função sintática e fazem parte intrínseca do verbo. Já os verbos reflexivos são os que se conjugam com pronomes átonos do caso oblíquo, na pessoa idêntica à do sujeito. (Fonte: Português para concursos, Flávia Sarmento)

    A conjugação pode ser vista aqui: <http://www.conjugacao.com.br/verbo-poder/>

  • Explicação da questão IV:


    As bancas costumam dar frases gigantes para tentar confundir o candidato. Deve-se fazer a seguinte construção da frase para facilitar a visualização:

    Pode-se concordar ou não com eles.

    Veja que o sujeito seria COM ELES, pois conforme a famosa perguntinha: Que é que se pode concordar$ COM ELES.

    Mas como o sujeito jamais estará ligado a uma preposição, temos o SUJEITO INDETERMINADO. Por consequência disso o SE será o INDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO, logo não está na voz passiva, eis que, para que isso ocorresse o SE teria que ser PARTÍCULA APASSIVADORA.

    Espero ter elucidado um pouco este item.

  • Costumo reconstruir a frase, de forma a excluir o que não é necessário para a análise e para, assim, facilitar:


    Os arquivos da ditadura devem ser reabertos (pelo Estado)? PASSIVA

    (O Estado) deve reabrir os arquivos da ditadura? ATIVA


    A arena de debates públicos foi ampliada pela capilaridade das redes sociais. PASSIVA

    A capilaridade das redes sociais ampliou a arena de debates públicos. ATIVA


    Portanto, resposta A.

  • Pessoal, boa tarde.

    Apesar das explicações, continuei sem entender porque a I é passiva e a IV não. Alguém pode me ajudar?


    Obrigada!

  • Na alternativa IV, o pronome SE exerce a função sintática de índice de indeterminação do sujeito. Notem que não há sujeito determinado na locução verbal "Pode-se concordar ou não...". A colocação da palavra "Não" veio para confundir o candidato a acreditar que tal palavra fosse o sujeito locução verbal. A palavra "não" está substituindo o verbo concordar na sua forma nominal infinitiva. 


  • Amanda

    Na I, temos a locução "Devem ser reabertos" (voz passiva analítica, ou seja, verbo SER + PARTICÍPIO).

    obs.: reaberto = particípio irregular, sendo assim não termina com ido ou ado.


    Na IV, o verbo concordar é transito indireto (VTI) (quem concorda, concorda com alguma coisa) e na voz passiva não pode haver verbo transitivo indireto (VTI).


    Espero ter ajudado.




  • Item I - Devem ser reabertos os arquivos da ditadura?

    Voz Passiva Analítica:  Devem ser reabertos os arquivos da ditadura?

    Na Ordem Direta da Voz Passiva Analítica: Os arquivos da ditadura devem ser reabertos?

    Voz Passiva Sintética:  Deve-se reabrir os arquivos da ditadura? = É devido reabrir os arquivos da ditadura?

     

    O que é particípio?

    O particípio é a forma nominal que expressará o resultado do fato verbal, ou seja, indicará uma ação já realizada, finalizada. Quando for particípio regular, será identificado por meio das terminações -ado (1ª conjugação) e -ido (2ª e 3ª conjugações); quando for particípio irregular, fenômeno que acontece com alguns verbos, essas terminações não existirão. Veja os exemplos:

     

    Verbos no particípio regular:

    Os verbos no particípio regular serão empregados na voz ativa ao lado dos verbos auxiliares ter e haver. Observe os exemplos:

    Ele tem vivido dias difíceis.

     

    Verbos no particípio irregular:

    Os verbos no particípio irregular serão empregados na voz passiva ao lado dos verbos auxiliares ser e estar. Veja os exemplos:

    O livro foi escrito há dez anos.

    Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/participio.htm

     

    Se eu estiver errada, me corrijam. 

  • Para identificar a voz passiva analítica faça o seguinte:

    1° Identifique o verbo e sua transitividade, é VTD? Se sim então seguimos.

    2° Este verbo está no particípio regular (ido/ado) e tem verbos auxiliares (ter/haver) o antecedendo? Ou está no particípio irregular antecedido dos auxiliares ser/estar? Caso a resposta a uma das perguntas seja sim, confirmamos: trata-se de voz passiva!

     

    Espero ter ajudado!

  • pergunta dificíl de entender!! era para afirmar quais das frases podiam ser transpostas para a voz passiva.

  • Seria Índice de indeterminação do sujeito na IV?


ID
1058860
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

Considere as seguintes afirmações sobre relações de referência estabelecidas no texto.

I - A expressão sua categoria (l. 31) faz referência à qualidade dos argumentos dos envolvidos em um debate.
II - O pronome eles (l. 34) faz referência aos possíveis argumentos em um debate.
III - A expressão esse gesto (l. 67) faz referência ao posicionamento assumido por Chico Buarque de Hollanda e Caetano Veloso em relação às restrições às biografias não autorizadas.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Eu acho que a I esta correta. " De sua categoria" significa que os argumentos podem ser qualificados como : argumentos de interesse da categoria ou argumentos sem interesse da categoria....

    conforme o texto, o autor prefere os argumentos sem interesse das categorias envolvidas. tentem tirar a expressão "de sua categoria" e chegar a essa conclusão de que opiniões o autor prefere. Entao, me parece flagrante que a expressão " de sua categoria" qualifica os argumentos em essas duas espécies: argumentos de interesse das categorias ou sem interesses das categorias

  • A assertiva I extrapola oque foi dito no texto, já que "sua categoria" refere-se à categoria dos "especialistas ( médicos, jornalistas, juristas ...) " e não à qualidade dos argumentos desses envolvidos em um debate. Assertiva "diz mais do que deveria dizer".

     

    Assertiva II está errada porque o pronome "eles" faz referência, apenas, aos especialistas. Mais uma vez extrapola o dito no texto. "Vai além do que o texto aborda".

     

    Assertiva III está correta, pois "esse gesto" faz referência ao posicionamento assumido por Chico Buarque de Hollanda e Caetano Veloso em relação às restrições às biografias não autorizadas, conforme se verifica nos trechos anteriores:

     

     

    " Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas, muitas vezes tiveram, inclusive politicamente."

    "O que é triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a interesses restritos ao seu cercadinho."

    " O mais irônico é que justamente esse gesto pode vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas."

  • Quanto à assertiva I.

    25 Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar 

    26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para 

    27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina, 

    28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do 

    29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso 

    30   conseguir construir argumentos que voem além dos 

    31   interesses de sua categoria

    A moral é entender estritamente o quê a questão quer dizer! E não criar coisas da cabeça.

    A banca quer cobrar elementos de referenciação SUA CATEGORIA ---> Categoria de quem? Ué, de quem entende do riscado.

    Diligitis et Labore.


ID
1058863
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

Considere as seguintes propostas de pontuação.

I - A colocação de duas vírgulas, uma depois de mas (l. 09) e uma depois de espíritos (l. 11).
II - A inserção de uma vírgula depois do travessão da linha 17.
III - A retirada da vírgula depois de porém (l. 21).

Quais seriam gramaticalmente corretas, se incorporadas ao texto?

Alternativas
Comentários
  • Eu nunca vi vírgula depois de travessão "-," , não seria substituir "-" por ",".

  • É correto vírgula pós o travessão. Pois o segundo travessão fecha a oração do primeiro travessão. A vírgula é facultativa.

  • A ASSERTIVA II ESTÁ CORRETA,JÁ QUE ESTÁ SEPARANDO A ORAÇÃO PRINCIPAL DA SUBORDINADA, QUAL COMEÇA NA LINHA 14 COM NEXO "COMO" -VÍRGULA OBRIGATÓRIA,POIS A ORAÇÃO NÃO ESTÁ NA ORDEM NORMAL.

    ASSERTIVA III ESTÁ ERRADA,POIS O NEXO "PORÉM" DEVE PERMANECER ENTRE VÍRGULAS,VISTO QUE ESTÁ DESLOCADO.ELE DEVERIA ESTAR NA LINHA 20 APÓS O PONTO(.).

  • Assertiva II está correta, pois travessão e vírgula tem funções diferentes. O travessão está intercalando uma explicação, e a vírgula delimita um aposto (que está "dentro" da explicação anterior).

    Travessões e vírgulas:

    "... – e como poucas pessoas 
    16 entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da 
    17 Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo
    -,..."

    Se estiver errado me corrijam, é errando que se aprende!

    Abraços!

  • Virgula após travessão.

    "Isso porque, ao contrário do que aconteceu no centro-sul do Brasil - onde o ministro considera que as dificuldades estão 'razoavelmente administradas' com o direcionamento de mais recursos da poupança do Banco do Brasil - a região Centro-Oeste está descapitalizada e não tem tradição de operar com o BB como agente de financiamento."

    É comum as pessoas perguntarem se pode existir uma vírgula depois de um travessão. A resposta é afirmativa, a possibilidade existe. Para compreender isso, observe com atenção o fragmento em epígrafe.

    Para pontuar corretamente um texto, é preciso enxergar as suas partes, a sua organização sintática. No caso em questão, temos, no início, a construção "Isso porque", que anuncia que se vai dizer o motivo de algo mencionado no período anterior. O período anterior é retomado pelo pronome "isso", ao qual se subordina a oração causal. 

    É como se disséssemos "Isso ocorre porque..." e a continuação está em "a região Centro-Oeste está descapitalizada...". 

    A oração causal foi interrompida pela ressalva "ao contrário do que aconteceu no centro-sul do Brasil", que deve ficar entre duas vírgulas exatamente para marcar essa interrupção. 

    Ocorre, entretanto, que essa ressalva também é interrompida pela oração "onde o ministro considera... Banco do Brasil", interrupção essa que é assinalada por dois travessões. Note que, no lugar onde ficaria a vírgula de término da ressalva (depois de "centro-sul do Brasil"), tem início a intercalação da oração adjetiva ("onde o ministro..."). Essa vírgula é deslocada para o ponto em que termina a oração entre travessões, o que faz aparecer um travessão seguido de vírgula. 

    As situações em que essa pontuação aparecerá serão semelhantes a essa. O ideal, entretanto, é tentar formular períodos mais curtos, com menos interrupções.

    Abaixo, a correção da pontuação:

    Isso porque, ao contrário do que aconteceu no centro-sul do Brasil - onde o ministro considera que as dificuldades estão 'razoavelmente administradas' com o direcionamento de mais recursos da poupança do Banco do Brasil -, a região Centro-Oeste está descapitalizada e não tem tradição de operar com o BB como agente de financiamento.

    http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/existe-virgula-depois-do-travessao.jhtm

  • Alguém me explica a assertiva I ?

  • I - Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre um aumento de 20 centavos nas passagens, mas, por  _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama espíritos, há um conflito de _____ de mundo, um  choque tectônico de ideias.

    Na afirmação I até entendi a colocação da vírgula após espíritos, a meu ver para separar a oração coordenada assindética (iniciada em "há um conflito..." ). Mas, após esse "MAS" aí ta osso. Alguma fera do portuga explica isso pra gente!

  • Bom dia pessoal!

    Pelo que entendi, os temos ou conjunções adversativas podem vir isolados por vírgulas de maneira facultativa. Contudo, antes desses termos, quando encontram-se no meio da oração deve-se usar vírgula antes. O que me leva a não entender porque a III está errada pois é exatamente o raciocínio que faz a I estar correta.

    Merece um comentário!

  • III - Não é possível a retirada da vírgula após "porém", pois trata-se de expressão denotativa de explicação, exemplificação, reiteração (exemplos: Ou seja, isto é, quais sejam, como, por exemplo, ou melhor) que deve ser separada por dupla vírgula:

    "A competênciapara efetuar o lançamento tributário é da Fazenda Pública e é uma atividade plenamente vinculada à lei, ou seja, a autoridade fiscal tem o poder-dever de executá-lo."

    No texto: "O conceito de formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos anos.

  • Boa tarde, alguém poderia me explicar a alternativa I, não entendi por que ela está correta. Obrigada!

  • Matheus Lima,

     

    O examinador explicitou a linha (17) em que está o referido travessão.

  • Pelo que eu saiba, o mas não pode ser deslocado, então não entendi porque pode ter vírgula após ele. Não entendi porque a I está correta.

  • Eu entendi a I como correta porque as vírgulas transformaram o trecho em adjunto adverbial deslocado.

    ,MAS, por _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama espíritos, HÁ.... 

  • O mas é a única conjunção adversativa que não pode ser deslocada. Desta forma, o mas só estará entre vírgulas se a virgula posposta for referente ao deslocamento de outro elemento. Assim, quando se coloca vírgula depois do mas e depois de espíritos se tem a seguinte passagem:

     

    ..., mas, por trás de toda polêmica que exalta ânimos e inflama espíritos, há um conflito de visões de mundo, um choque tectônico de ideias.

    A meu ver, "por trás de toda polêmica que exalta ânimos e inflama espíritos." trata-se de adjunto adverbial ORACIONAL deslocado. Dado o seu deslocamento e a extenção do adjunto adverbial as vírgulas estão de acordo.

     

    Realizando a mudança sugerida e colocando o período na ordem direta tem-se:

    ..., mas há um conflito de visões de mundo, um choque tectônico de ideias por trás de toda polêmica que exalta ânimos e inflama espíritos.

     

     

     

     

     

     

  • QUESTÃO 12 – Pontuação. No trecho “Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por trás de toda polêmica que exalta ânimos e inflama espíritos há um conflito de visões de mundo...” (l. 08-11), o segmento “por trás de toda polêmica que exalta ânimos e inflama espíritos” é adjunto adverbial deslocado associado à oração subordinada adjetiva (esta iniciada por “que”) e poderia ficar corretamente isolada por vírgulas. O trecho, com vírgulas, ficaria com a seguinte redação: “Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre um aumento de 20 centavos nas passagens, mas, por trás de toda polêmica que exalta ânimos e inflama espíritos, há um conflito de visões de mundo...” Certa a afirmação I.

    Quanto ao segmento “Como nem sempre são evidentes todos os aspectos envolvidos em um debate – e como poucas pessoas entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo – é comum que fiquemos atentos à maneira como diferentes pessoas...” (l. 14-19), a inserção de vírgula logo após o segundo travessão é correta e indicada, porque o período inicia por oração subordinada causal (começa com “Como...”) deslocada. Correta a afirmação II.

    No trecho “O conceito formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos anos” (l. 20-22), a conjunção coordenativa adversativa “porém” (destacada) está deslocada, devendo permanecer isolada por vírgulas, o que não permite que a vírgula após a conjunção seja suprimida. Errada a afirmação III. RESPOSTA: D. _________________________


ID
1058866
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

Considere as seguintes propostas de alterações.

I - Na linha 53, a substituição de às por a.
II - Na linha 61, a substituição de a, depois de mas, por à.
III - Na linha 68, a substituição de a, antes de ser, por à.

Quais seriam gramaticalmente corretas, se incorporadas ao texto?

Alternativas
Comentários
  • I - Na linha 53, a substituição de às por a. 

    Neste caso pode haver substituição, pois o que houve foi a supressão do artigo referente a palavra biografias, sendo que o "a" remanescente é a preposição exigida pelo verbo "restrições".

    II - Na linha 61, a substituição de a, depois de mas, por à.

    Não há possibilidade de substituição, pois interesses é palavra masculina, fato que condena o uso da crase.

    III - Na linha 68, a substituição de a, antes de ser, por à. 

    Não pode ocorrer a substituição, pois a crase é proibida antes do verbo (neste caso "ser").

  • complementanto a resposta do colega acima (que já está muito bem explicado)

    Na linha 61 além da palavra "interesses" ser masculino, não admite crase quando o "a" estiver no singular e a palavra seguinte no plural.

  • Biografias estar no plural, nao aceita a no singular .

  • Alguém pode comentar melhor a questão sobre o item I estar correto? Obrigada.

  • só complementando o comentário (muito bom) do colega arthur. não haverá crase antes de verbo, mas não é qualquer verbo, é verbo no infinitivo. vl!

  • O item  um pede se é correto  inserir    "a" antes de biografias. GRAMATICALMENTE  sim.

    Agora se a questão solicitar  que seja  mantido  o sentido literal dos períodos originais. O ITEM UM ESTARIA ERRADO.


    às= BIOGRAFIAS ESPECIFICAS JÁ REALIZADAS.


    a= BIOGRAFIAS GENERALIZADAS OU AINDA NÃO REALIZADAS.

  • Só uma correção quanto ao que disse o colega Artur: acredito que a preposição "a" diz respeito à expressão "restrições a" (regência nominal). Não se trata de verbo...

    No mais, ótimos comentários. 


ID
1058869
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

Considere as seguintes propostas de alteração de trechos do texto envolvendo mudança de ordem de palavras.

I - Substituição de muitas vezes tiveram (l. 59) por tiveram muitas vezes.
II - Substituição de emprestaram seu prestígio não a um princípio (l. 60-61) por emprestaram não seu prestígio a um princípio.
III - Substituição de Pois, levado ao limite, o racio- cínio (l. 62-63) por Levado ao limite, pois, o raciocínio.

Quais preservam a correção gramatical e o sentido literal dos períodos originais?

Alternativas
Comentários
  • Queria ter marcado I e III mas como não tinha marquei só a I mesmo. Alguém sabe explicar por que a III está incorreta?

  • O "pois" quando aparece deslocado na oração logo depois de verbo e entre vírgulas é caracterizado como um nexo conclusivo.

    Ex: Apanhou muito; ficou, pois, ferido.

    O "pois" será explicativo quando inciar a oração, aparecer antes do verbo e for antecedido por: 1- hipótese; 2-ordem; 3- pedido; 4- desejo; 5- conselho.

    Ex: Saia daqui, pois quero ficar sozinho (pois equivale a porque)

  • "A conjunção “Pois” está sendo empregada com sentido explicativo. Se a redação for substituída por “Levado ao limite, pois, o raciocínio...”, a conjunção “pois”, deslocada na sugestão, assume a ideia de conclusão, podendo, inclusive, ser substituída por “portanto” e, por consequência, alterando o sentido original do texto. Errada a afirmação III. RESPOSTA: A." Professor Menegotto, Fonte: http://professormenegotto.blogspot.com.br/search?updated-max=2014-01-28T23:01:00-02:00&max-results=7  

  • Quanto ao item II eu entendi estar errado pois na alteração da ideia de que não foi o prestigio que foi emprestado, será que alguém poderia esclarecer se está correto?


    Obrigado.

  • Alternativa II
    A substituição de “emprestaram seu prestígio não a um princípio” por “emprestaram não seu prestígio a um princípio” alteraria o sentido original da ideia, porque o advérbio “não”, no texto original, está modificando o sentido de “um princípio”, enquanto na sugestão o advérbio “não” está a serviço de “seu prestígio”. Embora preserve a correção gramatical, não mantém o sentido original do texto. 

  • Acho que é mais ou menos como a Mariane explicou, mas não sei expressar a regra certinho. Pra entender a mudança de sentido, eu mudei um exemplo com estrutura parecida:

    Emprestei minha caneta não a Maria, mas a Luiz.
    Emprestei não minha caneta a Maria, mas a minha lapiseira a Luiz.

    Suponho que seja por aí.


  • Na alternativa II: No texto original o prestígio é emprestado. Na proposição eles não emprestam o prestígio, por isso muda o sentido.


ID
1058872
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Apesar de você

01       Você é a favor ou contra cortarem árvores para.
02   alargar uma rua? A favor ou contra derrubarem uma
03   casa para construir um edifício? Devem ser reabertos
04   os arquivos da ditadura? Proibidas as máscaras nos
05   protestos? Publicadas biografias não autorizadas?
06       A arena de debates públicos foi ampliada virtual-
07   mente ao infinito pela capilaridade das redes sociais.
08   Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre
09   um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por
10   _____ de toda polêmica que exalta ânimos e inflama
11   espíritos há um conflito de _____ de mundo, um
12   choque tectônico de ideias. Quase nunca é só pelos 20
13   centavos.
14       Como nem sempre são evidentes todos os aspectos
15   envolvidos em um debate – e como poucas pessoas
16   entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da
17   Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo –
18   é comum que fiquemos atentos à maneira como dife-
19   rentes pessoas _____ confiamos se posicionam antes
20   de formarmos a nossa própria opinião. O conceito de
21   formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos
22   anos. Hoje há formadores de opinião por todos os lados,
23   para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez
24   mais difícil escolher quem vale a pena ouvir.
25        Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar
26   atenção em quem entende do riscado: arquitetos para
27   falar de arquitetura, médicos para falar de medicina,
28   juristas para falar de leis. Mas não basta entender do
29   assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso
30   conseguir construir argumentos que voem além dos
31   interesses de sua categoria. Médicos a favor do Mais
32   Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo,
33   empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se
34   concordar ou não com eles, mas ganham um crédito
35   adicional de confiança por pensarem com a cabeça e
36   não com o bolso ou o coração.
37       Quero que o formador de opinião seja coerente,
38   mas, se for dizer algo desatinadamente oposto _____
39   disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque
40   mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência
41   e integridade. Quero ler opiniões _____ me surpreen-
42   dam de vez em quando, porque o pensador indepen-
43   dente não se torna refém de inclinações políticas ou
44   ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas
45   inteligentes esforçando-se para tornar plausível um
46   pensamento torto apenas para justificar uma ideologia
47   ou um interesse particular. Ainda assim, quero o
48   conforto de saber que certas pessoas têm a capacidade
49   de iluminar os caminhos mais tortuosos, invariavel-
50   mente apontando para a trilha do que é justo, honesto,
51   honrado, coerente.
52       A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas.
53   que defende restrições às biografias não autorizadas
54   talvez seja lembrada menos pelo assunto em si do
55   que pelo fato de ter colocado sob fogo cerrado dois
56   dos nomes mais emblemáticos da cultura brasileira.
57   Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque
58   de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas –
59   muitas vezes tiveram, inclusive politicamente. O que é
60   triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um
61   princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a
62   interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado ao
63   limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna
64   impossível publicar qualquer coisa que contrarie o
65   interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar,
66   é muito parecido com censura.
67       O mais irônico é que justamente esse gesto pode
68   vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos
69   dois – quando, “apesar de você”, elas forem escritas.
70   E serão.

Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora, 12 out. 2012, n.º 17581.

Considere as seguintes propostas de substituições de expressões do texto.

I - A substituição das expressões nem sempre (l. 14) e todos os (l. 14), respectivamente, por nunca e alguns dos.
II - A substituição das expressões poucas (l. 15) e todos os (l. 16), respectivamente, por todas as e poucos.
III - A substituição da expressão torna impossível publicar (l. 63-64) por impede a publicação de.

Quais resultariam em alteração do sentido literal dos períodos originais?

Alternativas
Comentários
  • Coloquei "B".

    Achava que não alterar o sentido seria desconfigurar totalmente o período e contrariar idéias.

    Erro meu.

  • Errei porque esse tipo de questão geralmente pede o item que não muda o sentido do texto original. Quando uma questão tá muito fácil, é prudente prestar mais atenção.

  • Alguém pode dizer por que a número III não está correta? Obrigada.

  • Janaína  o item 3 é o único  correto  a questão  pede as que provocam alteração do sentido literal dos períodos originais.

  • "D"

    É do tipo de questão que se  nós estivermos muito cansados,ERRA! Por falta de atenção. 

  • Hei de ser sortuda: cairá uma assim na minha prova! ;) 

  • Todas as provas têm questões fáceis.

    "Não precisa ser fácil, tem que ser possível".

  • A pegadinha e o motivo de alguns errarem é a falta de atenção, marcando a alternativa correta ao invés de marcar a incorreta, ou seja, aquela que causa alteração. Uma casca de banana dessas junto com o cansaço é igual a erro. 

     

    Não se enganem com questões "faceis", fazer uma delas aqui desperto e atento é uma coisa, fazê-las na prova depois de ser atingido pelo cansaço é outra coisa bem diferente! Cuidado...

  • Sinceramente, não acho que o I muda alguma coisa. Olhem só:

    Ordem direta: Todos os aspectos envolvidos em um debate nem sempre são evidentes.

    Ordem direta: Alguns dos aspectos envolvidos em um debate nunca são evidentes.

    Acho que não muda muito o sentido, na minha opinião.


ID
1058875
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 02, 44, 86 e 103.

Alternativas
Comentários
  • linha 2= acredito ser facultativo

    linha 44= não se usa por estar antes de palavra masculina

    linha 86=acredito ser facultativo por estar antes de palavra feminina e estará no plural 

    linha 103=não se usa por estar antes de palavra maculina.

    ficando da seguinte maneira 

    à, a, às, a

  •  Linha 2 = Crase obrigatória, pois o verbo chegar pede complemento com a preposição "A" .. quem chega, chega a algum lugar.

    e como portaria é uma palavra feminina, usa-se, pois, o verbo ! 

    Linha 44= Crase facultativa pois, algo (sua própria consciência) então quer dizer que esse ALGO equivale a pronome possessivo, dessa forma,  a CRASE facultativa, antes de pronomes possessivos ... 

    Linha 86= Não existe crase, quando o "A"  no singular, lógico, seguido de plural, é simplesmente preposição, então não se usa crase, já que a crase é a fusão do "A" artigo e "A" preposição !

    Linha 103= Essa muito fácil, não existe crase diante de palavras masculinas.


    Espero ter ajudado, qualquer duvida, deixem seus comentários que eu respondo assim que puder ! 

    gabarito Letra:

  • Ainda não entendi a explicação da crase da linha 86. Acertei a questao, mas porque pensei ser "as voltas" uma locucao e, por isso, ocorreria a crase. 

    Alguem pode me explicar melhor?

  • A palavra "às voltas" tem crase por se tratar de uma locução que no contexto do texto pode significar confuso:

    Por exemplo: estou confuso com um dilema ou simplesmente: Estou às voltas com um dilema.

    Não tem nada haver de está no plural  ou singular.

  • Algumas locuções que recebem crase:

    Locuções adverbiais: à noite, à vontade, à direita, às pressas, às voltas.

    Locuções prepositivas: à beira de, à custa de, à força de, à sombra de, à moda de.

    Locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que.

  • 1) linha 2 a com com crase

    Chegar e um verbo intransitivo, entretanto, a portaria e uma locucao adverbial feminina e portanto exige crase

    2) linha 44 a sem crase 

    A e uma preposicao exigida pelo adjetivo amarrado que qualifica o sujeito "homem que pratica o.mal" e se liga a ele atraves do verbo de ligacao estar....ja a palavra algo por ser masculina nao adimite o artigo definido a

    3)linha 86 as com crase

    As voltas e uma locucao adverbial feminina e estas sempre sao escritas com crase

    4) linha 144 a sem crase

    a palavra respeito e masculina e nao admite artigo e nem.crase

  • 1) linha 2 a com com crase

    Chegar e um verbo intransitivo, entretanto, a portaria e uma locucao adverbial feminina e portanto exige crase

    2) linha 44 a sem crase 

    A e uma preposicao exigida pelo adjetivo amarrado que qualifica o sujeito "homem que pratica o.mal" e se liga a ele atraves do verbo de ligacao estar....ja a palavra algo por ser masculina nao adimite o artigo definido a

    3)linha 86 as com crase

    As voltas e uma locucao adverbial feminina e estas sempre sao escritas com crase

    4) a palavra respeito e masculina e nao exige crase

  • 1) linha 2 a com com crase

    Chegar e um verbo intransitivo, entretanto, a portaria e uma locucao adverbial feminina e portanto exige crase

    2) linha 44 a sem crase 

    A e uma preposicao exigida pelo adjetivo amarrado que qualifica o sujeito "homem que pratica o.mal" e se liga a ele atraves do verbo de ligacao estar....ja a palavra algo por ser masculina nao adimite o artigo definido a

    3)linha 86 as com crase

    As voltas e uma locucao adverbial feminina e estas sempre sao escritas com crase

    4) a palavra respeito e masculina e nao exige crase

  • 1) linha 2 a com com crase

    Chegar e um verbo intransitivo, entretanto, a portaria e uma locucao adverbial feminina e portanto exige crase

    2) linha 44 a sem crase 

    A e uma preposicao exigida pelo adjetivo amarrado que qualifica o sujeito "homem que pratica o.mal" e se liga a ele atraves do verbo de ligacao estar....ja a palavra algo por ser masculina nao adimite o artigo definido a

    3)linha 86 as com crase

    As voltas e uma locucao adverbial feminina e estas sempre sao escritas com crase

    4) a palavra respeito e masculina e nao exige crase

  • Uma ajudinha a meus amigos "concursandos" (ou concurseiros se preferirem): Ciranda da Crase

    Cara a cara
    não tem crase
    isto é fácil de guardar
    com palavra repetida
    não se deve “crasear”

    Não se deve usar a crase
    em casos especiais
    com palavras masculinas
    ou pronomes pessoais

    Dona, senhora, senhorita
    fazem caso genial
    assanhadas vem e aceitam
    o artigo é fatal

    Nome próprio masculino
    uma crase aceitará
    se com moda ou maneira
    antes eu puder falar

    Casa própria, a do falante
    me rejeita o artigo
    e se isso acontece
    “crasear” eu não consigo

    Se há um complemento
    e é nominal
    é só ter o feminino
    e praticar normal

    Objeto, indireto
    faz um caso decisivo
    se ainda vem trazendo
    qualquer termo feminino

    [rsrsrs]


  • pô, errei de vacilo :(

  • Na verdade na linha 44 "algo" é pronome indefinido e não admite crase!!!

  • Esse vídeo é muito bom e simples, funciona em quase todos os casos. 

     

    https://www.youtube.com/watch?v=l_Erd53-aeU

  • "O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver "

    Respeito é substantivo masculino, logo não aceita crase.

     

    "Chegando ___  portaria" tem crase, logo alternativa A, gg wp.

  • outro detalhe que a palavra voltas é feminina e por isso que pode ter crase

  • A. à – a – às – a

  • GABARITO: LETRA  A

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

     


ID
1058878
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 10, 60, 72 e 110.

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA letra C

    Na Língua Portuguesa, há quatro maneiras diferentes de se grafar o porquê:


    1) Porquê (junto, com acento): É um substantivo, portanto deverá ser usado, quando surgir, antes dele, uma palavra modificadora – artigo (o, os, um, uns), pronome adjetivo (meu, esse, quanto) ou numeral (um, dois, três, quatro). Como é um substantivo, admite plural: porquês. Exemplos:

    — Ninguém sabe o porquê de tanto desdém.
    — Quantos porquês! Pare de fazer-me perguntas.


    2) Por quê (separado, com acento): É a junção da preposição por com o substantivo quê, que só é usado em final de frase. Aliás, sempre que a palavra "que" for usada em final de frase, deverá ser acentuada, independentemente do elemento que surja antes. Exemplos:

    — Você não me telefonou ontem por quê?
    — Nem eu sei por quê.
    — Você está rindo de quê?
    — Você procurou-me para quê?

    Nota 1: A palavra "que" será acentuada, quando estiver antecedida por uma palavra modificadora, ou quando for uma interjeição que designa espanto. Exemplos:

    — Ela tem um quê de mistério.
    — Quê? Ela esteve aqui, e você não me avisou?
    Nota 2: Quando, anteriormente ao "que", surgir a palavra "o", "a", "os" ou "as", teremos pronome demonstrativo (o, a, os, as), com o mesmo valor de "aquele, aquela, aquilo", e pronome relativo (que). No caso de "a que", também pode ser a preposição "a". Exemplos:

    — Não entendi o que você falou = Não entendi aquilo que você falou.
    — Dos concorrentes, o vencedor será o que mais votos obtiver = Dos concorrentes, o vencedor será aquele que mais votos obtiver.
    — A peça a que assisti é maravilhosa. (Esse "a" é preposição)

    3) Por que (separado, sem acento):

    a) É a junção da preposição por com o pronome interrogativo que; significa por que motivo, por qual razão. Exemplos:

    — Por que o professor faltou hoje? = Por qual razão o professor faltou?
    — Não sei por que o professor faltou hoje = Não sei por qual motivo o professor faltou hoje.
    b) É a junção da preposição por com o pronome relativo que; pode ser substituído por pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas quais ou por qual. Exemplos:

    —O aperto por que passei foi terrível = O aperto pelo qual passei foi terrível.
    — A causa por que luto é nobilíssima = A causa pela qual luto é nobilíssima.

    4) Porque (junto, sem acento): É uma conjunção, portanto estará ligando duas orações, indicando causa (= já que), explicação (= pois) ou finalidade (= para que). Exemplos:

    — O espetáculo não ocorreu, porque o cantor estava gripado = O espetáculo não ocorreu já que o cantor estava gripado.
    — Estudem, porque consigam a aprovação = Estudem para que consigam a aprovação.
    — Pare de falar, porque está atrapalhando-me = Pare de falar, pois está atrapalhando-me.

    COMENTARIO DE RAQUEL TRINDADE,ESPERO QUE AJUDE 

    Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/fovest/usodoporque.shtml

  • 1- Porque: é uma conjunção casual ou explicativa e quase sempre pode ser substituída por pois.


    2- Porquê: pode ser substituída por motivo e é substantivado, pois é antecedido por um artigo, pronome ou numeral.


    3- Por quê: Usado sempre em final de frase.


    4- Por que: Usado em início de pergunta e pode ser substituída por "pela qual".

  • Lacuna 10: Usa-se por quê pois além de representar o sentido de motivo ele está no final da frase.

    Lacuna 60: Utiliza-se porquê devido a presença do artigo além da necessidade de ser aplicado para expressar CAUSA OU MOTIVO.

    Lacuna 72: Foi usado o porque pois ele está equivalente ao sentido das expressões: "pois", "uma vez que", "pelo fato".

    Lacuna 110: Mesmo motivo.

  • Na linha 100 o uso do por quê estaria próximo ao uso da vírgula que levaria o acento. Não entendi?

  • linha  10: Por quê : (casa, e eu imaginava _ _ _ _) final de frase, existe uma interrogativa.

    lina  60: Porquê :  (para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma) pode ser substituído pelo o motivo ou a razão.

    linha 72: porque: (moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e) pode ser substituído por visto que ou uma vez que.

    linha 110: porque: (compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-) pode ser substituído por visto que ou uma vez que.

  • Jurava que na linha 110 haveria acento....

  • Obrigada Soraia pelo seu comentário !

  • O Porque (junto sem acento) tem uma dica, ele poderá ser usado quando for possível a sua substituição por:  pois, como ou para que.

    Bons estudos galera! 

  • Alguém pode explicar o porquê de na linha 110 o "porque" não ter sido acentuado?

  • Por que = por qual motivo, razão, pela qual.

    Por quê = junto de pontuações.

    Porque = pois

    Porquê = substantivo

  • linha  10: Por quê : (casa, e eu imaginava _ _ _ _) final de frase, existe uma interrogativa.

    lina  60: Porquê : (para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma) pode ser substituído pelo o motivo ou a razão.

    linha 72: porque: (moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e) pode ser substituído por visto que ou uma vez que.

    linha 110: porque: (compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-) pode ser substituído por visto que ou uma vez que.

  • 1. POR QUE

    Pode significar:

    a) POR QUE RAZÃO 

    ex.1 Por que você viajará? (= por que razão)

    ex.2 Não sei por que ela saiu. (=por que razão)

    b) PELO QUAL / PELOS QUAIS / PELA QUAL / PELAS QUAIS

    ex.1 Esta é a razão por que  lutamos (= pela qual)

     

    2. POR QUÊ

    Também siginifica POR QUE RAZÃO, mas:

    - Aparece no final de frases

    - Encontra pontuação de qualquer tipo (vírgula, ponto e vírgula, dois pontos, exclamação, interrogação)

    ex. Você viajará, por quê?

     

    3. PORQUE 

    = conjunção explicativa ou causal

    ex. Ela não veio porque estava doente.

     

    ATENÇÃO: Também pode aparecer em perguntas, mas apenas quando apresenta uma justificativa, como no segundo caso do exemplo a seguir:

    ex.: Por que (= por que razão) você sairá? PORQUE João chegou?

    Neste exemplo, a segunda pergunta é uma justificativa para sair, logo, o "PORQUE" da pergunta deve permanecer junto e sem acento.

    Outro exemplo que retrata o caso: Porque brigaste com Ana estás triste? (justificativa para estar triste).

     

    4. PORQUÊ

    = substantivo (vem acompanhado de algum determinante - o(s), seu(s), aquele(s), um(ns), este(s).

    ex. Não sei o porquê.

    ex. Seu porquê é este?

  • Não entendi o porquê de na linha 110 o " por quê" não levou acento já que existe uma vírgula após a palavra. 

  • Marcos Silva, a vírgula foi posta em vista da intercalação do adjunto adverbial, o que pode ser retirada facilmente.

  • Marcos Silva, a palavra `porque` da linha 110 equivale a pois, já que,visto que e dessa maneira escreve-se junto e sem acento.

  • O porquê da linha 110, como já explicou Zambeli, também pode ser trocado por "por causa que". 

  • POR QUE: equivale a “pelo qual”, ou quando se pode acrescer as palavras “razão” ou “motivo”, ou seja “por qual motivo”. É o de início de pergunta,  mas essa não é a única hipótese! Irá ocorrer pela Regra do Itaú (que é pronome relativo (a qual) e por é preposição, então se o verbo pedir a preposição, ela volta e fica na frente do pronome relativo).

    POR QUÊequivale também a “por qual motivo”. Sempre estará próximo a um ponto de encerramento (interrogação, ponto final, ponto de exclamação, vírgulas marcando deslocamento). Nem sempre será pergunta, pode ser qualquer ponto.

    PORQUEé uma conjunção, equivale a “pois”. É uma explicação. “Por causa que” (não existe,  mas o porque equivale a essa errônea expressão).Também no caso de pergunta retórica (pergunta já sabendo a resposta). Ex.: Tu não vieste na aula ontem porque ficou em casa dormindo?.

    PORQUÊ: é um substantivo, equivalendo a “razão”, “motivo” e normalmente aparece antecedido de uma palavra determinante (artigo, numeral ou pronome). Ex.¹: Dê-me ao menos um porquê para sua atitude. (uma razão). 

  • Texto bacana!


ID
1058881
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

As palavras abaixo foram retiradas do texto. Assinale a alternativa que contém apenas palavras com dígrafos.

Alternativas
Comentários
  • Questão que não exige muito esforço. Dígrafos: duas letras que significam um fonema. No caso da resposta estamos diante de dígrafos consonantais, ou seja, peSSoa, iídiCHe, QUeria, claríSSimo. 

    A) OXALÁ - ERRADA

    B) QUANDO - ERRADA

    C) FREQUÊNCIA - ERRADA

    D) CERTA

    E) QUASE, OXÁLA - ERRADAS

    Espero ter ajudado.

  • Em palavras como quatro, guaraná e escola, não encontramos dígrafos, porque qu, gu e sc representam dois sons. 

    Nos grupos am, an, em em, im, etc., em palavras como bambu, linda, monte, etc., o m ou o n não são pronunciados, apenas nasalizam a vogal anterior, por isso são considerados dígrafos vocálicos. (Fonte: Português para concursos, Flávia Rita Sarmento)

    Espero ter ajudado!

  • "qu" e "gu" são dígrafos apenas quando acompanhados das vogais "e" e "i".

    portanto a palavra "quando" não tem dígrafo.


  • Gente, que questão ridícula!!
    Têm 3 alternativas corretas: "b", "c" e "d".
    Em "quando" e "frequência" temos dígrafos sim, são dígrafos vocálicos.

  • Não caros amigos...

    Os grupos GU e QU, quando trazem o U pronunciado, não representam

    dígrafos, pois nesse caso G e Q têm um som e U tem outro: aguentar; sagui; tranquilo; aquoso.


  • Entendo que a letra "b" também está correta... a palavra "QUANDO" também tem um dígrafo na nasalização "AN"! A letra "C" realmente está correta também.. vejamos os dígrafos nas palavras: oniSCiENte( dois dígrafos), peSSoa, frequÊNcia, claríSSimo... Por fim, a letra "d" também está correta...

  • A palavra "Quando" não apresenta um dígrafo vocálico "AN" ????

  • Gente, essa questão será anulada pela banca por possuir 3 questões corretas!

  • Questão deve ser anulada, os vocábulos "qu" e "gu" formam dígrafo consonantais. Além dos ss,sc,xc,(...)


  • QU E GU só são dígrafos quando o "u" não for pronunciado, diante das vogais E e I

    ex.:Língua (não é dígrafo)    /   Guia ( é dígrafo) 

  • A questão já  foi anulada !

  • - QUANDO possui dígrafo nasal "AN". A palavra pode confundir, pois o "QU", neste caso, não representa dígrafo oral, já que tanto o Q quanto o U são pronunciados.


    - FREQUÊNCIA apresenta dígrafo nasal "ÊN". Mesma questão da palavra anterior, QU nesta palavra não representa dígrafo, mas ÊN sim. 


    Por isto, tanto as alternativas B, C e D contém apenas palavras com dígrafos. 


    RESSALVO QUE ESTÁ QUESTÃO FOI ANULADA PELA BANCA: http://www.faurgsconcursos.ufrgs.br/2013/TJRS1301/Quest%C3%A3o%20ANULADA%2018%20SEGUNDO%20PARECER%20DO%20TJ.%20doc.pdf

  • Olá, pessoal!

    Acredito que a questão foi anulada por apresentar três opções corretas: B C e D.

    Na letra B, há os seguintes dígrafos:          compromissos ( SS) –          quando ( AN (/k/u/ã/d/o/)     – iídiche ( CH) – acossado (SS)

    Na letra C, há os seguintes dígrafos:         onisciente (sc) - pessoa (ss) - frequência (en) - claríssimo (ss)  

    Na letra D, há os seguintes dígrafos:         pessoa (SS) – iídiche (CH) – queria (QU) – claríssimo (SS)

    *Só para lembrar, na palavra "quando", o dígrafo vocálico "-an" serve para representar a vogal nasal "ã", como em campo.  

    *Fonte: Evanildo Bechara - Moderna Gramática Portuguesa Edição Revista e Ampliada Editora Lucerna 37ª ed. p. 72 e 73


    Bons estudos.


                                       

  • O ERRO ESTÁ NO ENUNCIADO. "As palavras abaixo foram retiradas do texto. Assinale a alternativa que contém apenas palavras com dígrafos." DEVERIAM TER PEDIDO A ALTERNATIVA QUE CONTESSE SOMENTE DÍGRAFOS CONSONANTAIS. 

  • Dígrafo é o agrupamento de duas letras com apenas um fonema.

    Os dígrafos são rr, ss, sc, sç, xc, xs, ch, lh, nh, qu, gu.

    Os encontros qu e gu só serão dígrafos, quando estiverem seguidos de e ou i, sem que o u seja pronunciado.

    Dígrafo Vocálico= É o encontro de uma vogal com m ou n, na mesma sílaba: am, an, em, en, im, in, om, on, um, un. A única função do m e do n é indicar que a vogal é nasal. Não representam, portanto, outro som.

  • oxalá não possui nem digrafo nem encontro consonantal

  • Afinal, a questão foi anulada?


ID
1058884
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

As palavras abaixo foram retiradas do texto. Assinale a alternativa que contém apenas palavras formadas por derivação sufixal.

Alternativas
Comentários
  • a) exaustivAMENTE (pós), INfeliz (pré), hontestIDADE (pós)

    b) pereneMENTE (pós), DESprezo (pré), objetivAMENTE (pós)

    c) DESarmonia (pré), perversIDADE (pós), coletivIDADE (pós)

    d) SUPERego (pré), PRESsupõe (pré), DESconforto (pré)

    e)fundamentAL (pós), excessivAMENTE (pós), pontualIDADE (pós) => resposta!

  • fundament | al

    excess | ivamente

    pont | ualidade


    Letra E

  • A) errado - inFELIZ

    B) errado - desPREZO

    C) errado - desARMONIA

    D) errado - superEGO, presSUPÕE, desCONFORTO

    E) correta

  • Galera, o colega NMS não explicou corretamente o processo de formação de palavras. Só para citar um exemplo:


    Desprezo, na verdade vem do verbo DESPREZAR. Deste modo, o processo de formação de palavras correto é a derivação regressiva, porque houve a supressão do "R" e, consequentemente, a substantivação da palavra, sob analise (O desprezo).


    Força!

  • Discordo do colega Flávio Passos.

    Desprezo é derivação prefixal.

    http://www.dicionarioinformal.com.br/prezo/

    PREZO

    Conjugação do verbo prezar.
    Que possui estima, apreço, afeição, afeto.

    Antônimos:  odiar   desprezar    



    Foco, Força e Fé............E o Acre existe!!! rsrs

  • Concordo com a colega Ana.

  • O colega Flavio Passos está correto. Desprezo vem do verbo desprezar, sendo portanto uma derivação regressiva.

  • GABARITO E. 

    fundamentAL (pós), excessivAMENTE (pós), pontualIDADE (pós)

  • Desprezo não é regressiva!! é prefixal

    v.pron. Sentir vergonha.
    (Etm. des + prezar)

    http://www.dicio.com.br/desprezar/

  • Gab: E.


    Não confundir este “Ex” da palavra excessivamente com o prefixo, pois o “Ex” prefixo significa: anterior, e sempre vem separado da palavra por hífen, por exemplo,: ex-prefeito, ex-governador, ex-marido etc.

    Prefixos que obrigatoriamente vêm separados da palavra por hífen: ex, pré, pró, pós sem, recém, além, aquém, vice.


  • FUNDAMENTAL -->   AL - forma adjetivo de substantivo = em relação a

    EXCESSIVAMENTE --> MENTE - forma advérbio de adjetivo = de modo, de maneira

    PONTUALIDADE --> DADE - forma substantivo de adjetivo = estado, situação ou quantidade


ID
1058887
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

Assinale a afirmativa INCORRETA com relação à análise sintática de frases e orações do texto.

Alternativas
Comentários
  • Achei a explicação da questão no blog Professor Magnoto.


    Funções sintáticas. Quanto à alternativa A, na frase “Meu pai era um obcecado por retidão” (l. 16-17), o segmento “por retidão” é complemento nominal do adjetivo “obcecado”, não agente da passiva. Errada a afirmação. Na opção B, o pronome “o”, destacado no trecho “Para aqueles que cometem o mal em uma escala menor e o confrontam...” (l. 53-54), é objeto direto do verbo “confrontar”, na forma “confrontam”, representando o “mal”. Correta a afirmação. Na alternativa C, o verbo “cair”, na forma “Cai”, tem como sujeito “um dos poucos consolos das pessoas honestas”. Observe-se o trecho: “Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das pessoas honestas” (l. 64-65). Correta a assertiva. Com relação à opção D, o sujeito do verbo “seguir”, na forma do presente do indicativo “seguimos”, destacado no trecho “Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud chamou de superego: seguimos um comportamento moral...” (l. 71-72), tem como sujeito desinencial a primeira pessoa do plural (nós). Correta a afirmativa. No trecho indicado pela opção E, “a retidão que espero inculcar em meus filhos” é sujeito do verbo “haver”. Observe-se o trecho: “a retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser uma vantagem...”. Quem há de ser uma vantagem? “A retidão que espero inculcar em meus filhos”. Correta a assertiva. RESPOSTA: A. 


    FONTE; http://professormenegotto.blogspot.com.br/

  • Vão se ferrar com um texto deste tamanho... ! Pense isso na hora da prova!  Isso não mede inteligência de ninguém!

  • É valido lembrar que o verbo Haver no sentido de EXISTIR e OCORRER é impessoal, não tendo sujeito..assim como o o verbo Fazer no sentido de tempo decorrido...

  • POR RETIDÃO É COMPLEMENTO NOMINAL -COMPLEMENTA SUBSTANTIVO ABSTRATO(OBCECADO) E É INTRODUZIDO PELA PREPOSICÃO "POR"(PODERIA SER POR OUTRAS TAMBÉM),ALÉM DISSO, PRA SER AGENTE DA PASSIVA A FRASE TEM DE ESTAR NA PASSIVA,A QUAL ,A TÍTULO DE MACETE ,DEVERIA TER MAIS DE UM(1) VERBO .

  • Se não gosta de ler, vai procurar outra área, porque como estudante vai ter que ler muito sim. 

  • Agente da passiva é introduzido pelas preposições DE/POR e suas variações. E tornar-se sujeito na voz ativa.

    Exemplo: 

    Os exercícios foram feitos pelos alunos.  -> Agente da passiva 

    Os alunos fizeram os exercícios. ->Sujeito

  • Fui cego na LETRA E ... sujeito do verbo HAVER.

  • Meu pai era um obcecado por retidão. => exerce a função de complemento nominal.

     

    Gabarito: A

     

    Avante, rumo à posse!

  • Apesar de eu gostar de ler, um texto desse tamanho em uma prova para concurso é sacanagem, viu. Além disso, nesse caso, há 3 (três) textos na prova.

  • Cuidar a locução verbal Há de Ser... Caso que o verbo haver é auxiliar e obedece ao principal.


ID
1058890
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

Se a palavra homem (l. 39) estivesse no plural, quantas outras palavras teriam de ser, necessaria- mente, alteradas na frase para fins de concordância?

Alternativas
Comentários
  • O enunciado pediu outras palavras que seriam alteradas:


    Sócrates, via Platão, defende que os[1] homens [este não conta] que
     praticam[2] o mal são[3] os[4] mais infelizes[5] e escravizados[6] de todos,
     pois estão[7] em conflito interno, em desarmonia consigo
    mesmos[8], perenemente acossados[9] e paralisados[10] por 
    medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma 
    existência desprezível, para sempre amarrados[11]___ 
    algo (sua própria consciência!) onisciente que os[12] 
    condena.

  • Consigo mesmos ?  humrum :D kkk

  • a palavra "condena" não deveria ir para o plural?
  • a palavra "condena" não deveria ir para o plural?
  • Caro colega Rui,

    Neste caso, uma boa dica é simplificar e mudar a ordem das palavras:

    - Algo condena os homens.

    - Algo os condena.

    Abraço!

  • Pq "sua própria consciência" n vai ao plural?

  • A QUESTÃO PEDE TODAS AS PALAVRAS QUE IRÃO FLEXIONAR-SE COM O SUBSTANTIVO HOMEM,E NÃO SÓMENTE OS VERBOS.SENDO A PALAVRA HOMEMSUBSTANTIVO E TAMBÉM SUJEITO TODAS AS PALAVRAS QUESE RELACIONAM COM ELE IRÃO SE FLEXIONAR, OU SEJA, OS ADJETIVOS, ARTIGOS,VERBOS, E PRONOMES.

          OS VERBOS CONCORDAM COM HOMEM NA FUNÇÃO DE SUJEITO

         E O ARTIGO,ADJETIVO,PRONOME CONCORDAM COM HOMEM NA FUNÇÃO DE SUBSTANTIVO.


    Sócrates, via Platão, defende que os homens que
    40 praticam o mal são osmais infelizes e escravizadosde todos,
    41 pois estão em conflito interno, em desarmoniaconsigo
    42 mesmos, perenemente acossadose paralisados por
    43 medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
    44 existência desprezível, para sempre amarrados. ___
    45 algo (sua própria consciência!) onisciente que os
    46 condena.

    Corrijam me se eu estiver errado. Por favor!


  • Sócrates,via Platão, defende que oshomens que  praticam o mal são os mais infelizese escravizados detodos, pois estãoem conflito interno, em desarmonia consigo mesmos, perenemente acossados e paralisados por medos, remorsos e apetitesincontroláveis, tendo uma existência desprezível, para sempre amarrados  a algo (sua própria consciência) oniscienteque os condena. 

  • Alguém tem que mostrar ao examinador a diferença entre frase e período!

  • Conflito interno - achei que seria " Conflitos Internos".

    Alguém pode e ajudar? Também interpretei que seriam outras palavras,assim a palavra HOMEM ou o que vinha antes já não contava.Preciso ter mais atenção!! :(

    Obrigada pelos esclarecimentos. :)

    Maria.

  • "condena" não vai para o plural, pois o seu sujeito é "algo". Já o pronome oblíquo "os", irá para o plural pois refere-se a homens, ou seja, algo condena OS HOMENS.

  • A questão não tem alternativa porque:

    FRASE: é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou várias. 

    Ex: Sócrates, via Platão, defende que o homem que pratica o mal é o mais infeliz.

    Resposta: os homens os quais praticam ...são os ... infelizes. (8 palavras).

    PERÍODO: é a frase constituida de uma ou mais orações, formando um todo com sentido completo.

    Ex: Sócrates, [...] que o condena. 

    Mesmo assim, eu respondi, olhando para as alternativas só podia ser "período" e não "frase".

  • Por que "em conflito, em desarmonia" continua no singular e "consigo mesmo" fica "consigo mesmos"?

  • Irei repetir a pergunta que já fizeram. Por que "sua própria consciência" não vai ao plural?

    Se alguém se habilitar a responder...

  • Por que 'sua própria consciência' não foi para o plural?


    DICA: 

    1) Ignore esse trecho e observe que  'algo onisciente' se mantém no singular. 

    2) O que vem após 'algo' é uma explicação, que está entre parênteses.

    3) Mude a ordem para entender melhor: a própria consciência onisciente dos homens é algo que os condena.


    OBS: não sei se as justificativas acima são tecnicamente suficientes, mas para mim não soa adequado transpor a expressão "consciência onisciente" para uma forma plural, pelo próprio significado que carrega.

  • Questão chata. Errei. Concordo com a resposta trazida pelos comentários mais curtidos.

     

    Resposta correta: 12 alterações.

     

    Vida longa e próspera, C.H.

  • Embora eu tenha errado a questão pois passei para o plural, erroneamente, a parte entre parênteses, eu descordo da galera sobre a questão estar mal elaborada.

    Lá no início da alfabetização a gente aprende que a frase termina no ponto final (explicação simplória), portanto, depois de "condena".

  • Só um bagulho, "consigo MESMOS" existe sim senhor... João e Paulo estavam discutindo consigo mesmos. 

     

    E passa-lhe o piru. 

  • Nossa cara, pra que passar de 10, que coisa mais sem noção.

  • Português da Faurgs é soda! Errei por uma, contei 13...  O bendito "onisciente". kkkk

  • Na mosca! que alívio!

  • Sócrates, via Platão, defende que o homem que
    40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
    41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
    42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
    43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
    44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
    45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
    46   condena.

    Total de 12 palavras.

    Gabarito: C

     

    Avante, rumo à posse!!!

  • Sócrates, via Platão, defende que o homem que
    40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
    41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
    42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
    43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
    44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
    45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
    46   condena.

    Total de 12 palavras.

    Gabarito: C

     

  • 39         Sócrates, via Platão, defende que os homens que
    40   praticam o mal são os mais infelizes e escravizados de todos,
    41   pois estão em conflito interno, em desarmonia consigo
    42   mesmos, perenemente acossados e paralisados por 
    43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma 
    44   existência desprezível, para sempre amarrados ___ 
    45   algo (sua própria consciência!) onisciente que os 
    46   condena.

  • Sócrates, via Platão, defende que o homem que pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos, pois está em conflito interno, em desarmonia consigo mesmo, perenemente acossado e paralisado por medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma existência desprezível, para sempre amarrado a algo (sua própria consciência!) onisciente que o condena.

    O homem está amarrado a algo onisciente que o condena.

    Algo onisciente o condena (=condena ele)

    Algo onisciente os condena (=condena eles).

    Temos a tendência de achar que homem é o sujeito do verbo condenar, mas algo onisciente é o sujeito. Por isso, condenar não vai para o plural, mas apenas o objeto direto que se refere ao homem.

    O conceito de frase é qualquer coisa. Em relação a isso, a questão está correta.

    A parte que está entre parênteses é uma intercalação e, dessa forma, não pode sofrer modificação.


ID
1058893
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir, referentes a funções sintáticas de trechos do texto.

( ) A oração se eu estava levando um agasalho (l. 03-04) exerce a função sintática de objeto direto.
( ) A oração que, entre os governantes, viceja um grupo de imorais que roubam com criatividade e desfaçatez (l. 36-38) exerce a função sintática de objeto direto.
( ) A oração que nunca chegaria a ponto de incentivá-los a serem escroques (l. 96-97) exerce a função sintática de objeto indireto.
( ) A oração que existe um dilema entre o ensino da ética e o bom exercício da paternidade (l. 104-105) exerce a função sintática de comple- mento nominal.
( ) A oração que sociedades e culturas mudam (l. 114) exerce a função sintática de objeto direto.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

Alternativas
Comentários
  • Letra A
    A oração que nunca chegaria a ponto de incentivá-los a serem escroques (l. 96-97) exerce a função sintática de objeto indireto. Acho que é complemento nominal, porque completa o sentido de um substantivo abstrato

    A oração que existe um dilema entre o ensino da ética e o bom exercício da paternidade (l. 104-105) exerce a função sintática de complemento nominal. Acredito que seja um adjunto adnominal por caracterizar o "país" na frase.

    Tem um tempão que não estudo gramática. Se eu estiver errado, corrijam-me por favor. :)



  • Segue minhas análises:

    A oração se eu estava levando um agasalho (l. 03-04) exerce a função sintática de objeto direto. (VERDADEIRO)
    Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta, pois completa o sentido do verbo "perguntando" na oração anterior.

    A oração que, entre os governantes, viceja um grupo de imorais que roubam com criatividade e desfaçatez (l. 36-38) exerce a função sintática de objeto direto. (VERDADEIRO)
    Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta, pois completa o sentido do verbo "saber" na oração anterior.

    A oração que nunca chegaria a ponto de incentivá-los a serem escroques (l. 96-97) exerce a função sintática de objeto indireto. (FALSO)
    Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal, pois complementa o sentido do substantivo "certeza" na oração anterior

    A oração que existe um dilema entre o ensino da ética e o bom exercício da paternidade (l. 104-105) exerce a função sintática de complemento nominal. (FALSO)
    Oração Subordinada Adjetiva Restritiva, pois tem função que adjetivo ao substantivo "País", caracterizando o País e restringindo (particularizando) a ação.

    A oração que sociedades e culturas mudam (l. 114) exerce a função sintática de objeto direto. (VERDADEIRO)
    Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta, pois completa o sentido do verbo "acredito" na oração anterior.

  • Tenho uma dúvida em relação à última afirmativa referente ao verbo acreditar:

      "Além disso, porque acredito que sociedades e culturas mudam"

    Por que o verbo acreditar não pode ser classificado como VTI?

     - Quem acredita, acredita em algo. 

    Desde já obrigado.

  • Também fiquei com a mesma dúvida do rodrigo, 


    Acredito em Deus

    Acredito que Deus existe


    Ora o verbo acreditar ora rege com preposição ora rege sem preposição?

    e mais o que antes de Deus exerce qual função?


    Obrigado por quem souber me esclarecer!!!!

  • Sinceramente fiquei em duvida na:  A oração que existe um dilema entre o ensino da ética e o bom exercício da paternidade (l. 104-105) exerce a função sintática de complemento nominal, por que alguns colegas aqui disseram que se tratava de um adjunto adnominal, mas eu acho que na regência da parte (em que existe um dilema...) esse (que) seria no país e a frase ficaria assim: existe no pais um dilema....   acho que a função dele é adjunto adverbial.

  • Comentário acerca da alternativa D

    ...respeito do assunto e de viver em um país em que (no qual) existe um dilema entre o ensino da ética e o bom exercício...

    A função sintática do pronome relativo "que" (retoma o termo "país") é de "adjunto adverbial de lugar" 

    Ordem direta

    Um dilema existe (V.I) no país (adjunto adverbial de lugar)


  • Pra quem, assim como eu, ficou com dúvida na D (complemento nominal x adjunto adnominal) recomendo fortemente esse vídeo, me ajudou bastante:

    https://www.youtube.com/watch?v=tn2LgYf8WAY

     

  • verbo transitivo direto, transitivo indireto e intransitivo

    Crer, admitir como verdadeiro; aceitar como real; convencer-se da existência de alguma coisa: acredito ser possível amar; não acredito na humanidade; era difícil acreditar.

    verbo transitivo indireto

    Ter confiança; confiar: acreditei no gerente e apliquei meu dinheiro.

    Ter grandes chances de acontecer: acredito no título.

    verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo

    Fazer suposições sobre: acredita que ganhará na loteria; acreditam certamente na vitória do Brasil.

    [Por Extensão] Transferir a autoridade para um representante: acreditou o pai para a venda da casa; acreditou o avô como representante para a venda da casa.

    verbo transitivo direto

    Dar credibilidade a; abonar: seu talento acredita as críticas.

    verbo transitivo direto e pronominal

    Ganhar a confiança ou a estima de: o bom caráter acreditou-o; acreditou-se diante da família.

    verbo transitivo direto, bitransitivo e pronominal

    Ser ou estabelecer como credor; colocar uma quantia à disposição.

  • As assertivas I, II e V estão corretas. Vejamos os erros das demais assertivas:

     

    III) trata-se de complemento nominal;

    IV) trata-se de adjunto adnominal;

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: A

  • 1 - Entendo que o trecho "se eu estava levando um agasalho" é um objeto direto oracional, mas não sei se o SE representa uma conjunção integrante ou um pronome apassivador.

    2 - Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao ler o noticiário e saber que, entre os governantes, viceja um grupo de imorais que roubam com criatividade e desfaçatez.

    As quase úlceras me surgem ao ler o noticiário e saber que viceja um grupo de imorais que roubam com criatividade e desfaçatez

    Pelo contexto, é possível encontrar a pessoa a qual os verbos se referem(EU). Fica claro quando observamos os verbos anteriores (detesto, fico, acredito, chego).

  • 1 - Entendo que o trecho "se eu estava levando um agasalho" é um objeto direto oracional, mas não sei se o SE representa uma conjunção integrante ou um pronome apassivador.

    Afinal, qual a função sintática do SE?

    2 - Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao ler o noticiário e saber que, entre os governantes, viceja um grupo de imorais que roubam com criatividade e desfaçatez.

    As quase úlceras me surgem ao ler o noticiário e saber que viceja um grupo de imorais que roubam com criatividade e desfaçatez

    Pelo contexto, é possível encontrar a pessoa a qual os verbos se referem(EU). Fica claro quando observamos os verbos anteriores (detesto, fico, acredito, chego).

    - as quase úlceras surgem

    - eu leio o noticiário

    - eu sei isso

    - um grupo de imorais viceja

    - um grupo de imorais roubam

  • Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao ler o noticiário e saber que, entre os governantes, viceja um grupo de imorais que roubam com criatividade e desfaçatez

    eu fique na dúvida por causa dessa vírgula depois do "que"

    pois parece que separa objeto de sujeito,mas acho que só seria o caso se a virgula estivesse antes do "que"


ID
1058896
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

Considere as seguintes afirmativas acerca de recursos coesivos empregados no texto.

I - O pronome que (l. 33), antes de fazem, introduz uma oração adjetiva explicativa.
II - O pronome que (l. 35) introduz uma oração adje- tiva restritiva.
III - O pronome demonstrativo Esta (l. 88) está sendo usado para se referir a dar a nossos filhos os instrumentos para que naveguem, com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo real (l. 88-91).

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • I  -  Restritiva - Que introduz oração restritiva quando  estiver sem vírgulas. Entre vírgulas será  explicativa. (errada)
    II - Adjetiva restritiva. (certa sem vírgulas)
    III - O pronome demonstrativo Esta  se refere ao que vai ser dito. Essa  ao que foi dito anteriormente.(certa)

  • A meu ver, estaria correta apenas o item III, já que no período "35 Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem..." a expressão 'que me surgem' não restringe o sentido da palavra úlcera, apenas explica a quem elas acometem.

    Assim como a frase do item I não precisou estar entre vírgulas para ser explicativa, o mesmo aconteceria com esse termo.

    P.S: Mais que observar se o termo está entre vírgula ou não, precisamos estar atentos ao sentido!!!

  • Orações Subordinadas Adjetivas: são aquelas que possuem valor de adjetivo, e são introduzidas por pronomes relativos.

    I) ERRADA. Oração Adjetiva Explicativa: estende o significado, exprime o sentido geral do substantivo antecedente, ou seja, explica, nomeia uma qualidade aplicável a todos os substantivos daquela espécie. 

    Dica: oração adjetiva explicativa: vem entre vírgulas.

    II) CERTA. Oração Adjetiva Restritiva: restringe, particulariza, limita a significação do substantivo ou pronome substantivo antecedente. Indica que a informação prestada pela oração não se aplica ao todo, mas tão somente a uma parte do todo. Vem sem virgulas.

    III) CERTA. ESTA - antecipa o referencial 

  • Aplaudindo de pé esse texto!!!

ID
1058899
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

Assinale as afirmativas abaixo com V (verdadeiro) ou F (falso) em relação ao uso da pontuação no texto.

( ) A vírgula da última frase do segundo parágrafo é justificada porque separa duas orações em sequência.
( ) As vírgulas da primeira frase do terceiro parágrafo estão empregadas para isolar um elemento intercalado.
( ) O uso de vírgula depois de mole (l. 33) é facultativo.
( ) As vírgulas da última frase do penúltimo parágrafo são empregadas para enumeração de elementos.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

Alternativas
Comentários
  • l.22 -(F) No Brasil atual, eu me sinto  deslocado. Adjunto adverbial deslocado -> Vírgula obrigatória. (Essa questão de adjunto adverbial de curta ou longa extensão às vezes é subjetiva. Mas a maioria diz que com 3 vocábulos já é de longa extensão e a vírgula é obrigatória).

    l.24 - (V) Até hoje chego pontualmente aos meus compromissos e, na maioria das vezes, fico esperando por interlocutores que se atrasam e nem se desculpam (quinze minutos parece constituir uma “margem de erro” tolerável). -> Adjunto adverbial de longa extensão intercalado -> Vírgula obrigatória..

    33 (F)Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole, que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
    Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole (Que = pronome relativo (Oração subordinada adjetiva restritiva ->(Detesta apenas os que fazem corpo mole)) Sem pontuação.
    que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido. (Que= Pronome relativo (Oração subordinada adjetiva explicativa ->(Todos os colegas do trabalho que fazem corpo mole arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido)).  Pontuação obrigatória.

    99 ->(V) Tolerar algumas mentiras, não me importar com atrasos, não insistir para que não colem na escola, não instruir para que devolvam o troco recebido a mais... (Enumeração de elementos)

  • Caro Marco Antônio,

    Na explicação da III alternativa não seria enumeração de termos sinteticamente iguais(nesse caso orações), dai usa-se virgula obrigatoriamente?

    Eu pensei da seguinte forma:

    [Detesto os colegas de trabalho (Oração Principal)] [que fazem corpo mole (OSARestritiva)] , [que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido (OSARestritiva).]

    É como se ele tivesse enumerando os motivos que o leva a detestar os colegas de trabalho.


  • Danilo, ascho que estás certo. Acredito que a terceira sugestão de alteração, realmente, seja em função de uma coordenação de duas orações subordinadas adjetivas. Não? Restringir ou explicar com a remoção da vírgula, neste caso, pouco importa, pois seria questão de escolha do autor. 

    Como não esta em jogo o fato de alterar o sentido do termo (de restritiva para explicativa ou vice-e-versa) acredito que a vírgula se dá pela coordenação. E neste caso não se pode tirar a vírgula sem as devidas alterações. 

     

    Me corrijam se estiver errado.

     


ID
1058902
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

ssinale a alternativa que apresenta sinônimos contextualmente adequados para as palavras desfaçatez (l. 38), escroques (l. 66) e axiomá- ticos (l. 92), respectivamente.

Alternativas
Comentários
  • Axioma : Na lógica tradicional, um axioma ou postulado é uma sentença ou proposição que não é provada ou demonstrada e é considerada como óbvia ou como um consenso inicial necessário para a construção ou aceitação de uma teoria.Wikipédia
  • Significado de Axiomático

    adj. Relativo aos axiomas; evidente, manifesto; inquestionável, incontestável.
    Lógica Sistema axiomático, forma acabada de uma teoria dedutiva construída a partir de termos primeiros e de proposições primeiras (axiomas), desenvolvida por meio de regras de definição e de demonstração e caracterizada pela simbolização e formalização.

    Sinônimos de Axiomático

    Sinônimo de axiomático: claroevidenteincontestávelinquestionável e intuitivo


    Acho que essa era a que poderia gerar dúvidas.... vamo q vamo!!!!

  • Para quem já estudou processo penal facilita matar a questão pelo "axiomáticos", "lembrando de prova axiomática"

  • GABARITO B

    desfaçatez (l. 38)

    - substantivo feminino

    m.q. descaramento

     escroques (l. 66)

    - substantivo masculino

    aquele que se apodera de bens alheios por meios ardilosos e fraudulentos

    axiomáticos (l. 92)

    -adjetivo

    1 relativo a axioma

    2 que encerra um axioma; evidente, incontestável, inquestionável

    3 relativo a máxima, adágio ou rifão

    Fonte: Dicionário Houaiss


ID
1058905
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

Assinale a alternativa que apresenta uma versão modificada da frase Até hoje acredito quando um prestador de serviço promete entregar o trabalho em uma data, apenas para ficar exasperado pelo seu atraso (l. 28-30), sem alteração de seu significado literal.

Alternativas
Comentários
  • Só desloucou a expressão pondo entre virgulas.

  • Creio que o "até hoje" seja um Adjunto Adverbial, logo, para deslocá-lo precisariamos pô-lo entre vírgulas. Entretanto, tal exigência é questionada por alguns autores que dizem que em Adjuntos Adverbiais pequenos o uso da vírgula é facultativo. Resta saber se o pequeno para você também é pequeno para a banca.


ID
1058908
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

Assinale a afirmativa correta acerca de recursos rela- cionados à coesão e coerência do texto.

Alternativas
Comentários
  • Pronomes Relativos

    São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. 

    Por exemplo: O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.

    O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo que.


  • Pronomes Relativos: representam um ser já expresso (antecedente). No entanto, a principal característica do pronome relativo é servir de vínculo gramatical entre duas orações, estabelecendo uma relação de subordinação

    Dicas: os pronomes relativos:

    * com exceção do pronome cujo, podem ser substituídos por: o qual, a qual, os quais, as quais;

    * vêm sempre após um substantivo ou pronome substantivo;

    * iniciam sempre um oração subordinada adjetiva;

    * desempenham dentro da oração adjetiva uma função sintática;

    Pronome QUE: se refere tanto a coisa quanto a pessoa. 

  • Letra E: 

    Ajudou! Listagem explicativa com as classificações das conjunções subordinativas: http://www.infoescola.com/portugues/conjuncoes-subordinativas/

    Pelo que entendi seria Conjunção Subordinativa Integrante. 

  • Pessoal, aqui vai uma dica do Professor Carlos Zambeli para diferenciar um pronome relativo de uma conjunção integrante: o macete é tentar substituir o "que" por "isso", se a frase fizer sentido é uma conjunção integrante! Agora, tentando substituir e não funcionar, tente trocar para "os quais" / "as quais". Exemplo:

    Os livros que comprei são muito bons. Os livros "isso?" X Não dá. Mas Os livros os quais comprei funciona! Logo é um pronome relativo que retoma LIVROS, exercendo a partir dai a sua função sintática (nesse exemplo, de sujeito).

    O professor disse que não iria tolerar gracinhas! Podemos substituir o "que" por "isso". O professor disse ISSO. Logo, é uma conjunção integrante ela liga uma oração à outra ou uma oração a um termo.

    Bons estudos!

  • gabarito correto letra A


ID
1058911
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

Considere as afirmativas abaixo.

I - A palavra devido (l. 46) está sendo empregada como advérbio.
II - A palavra respeito (l. 46) está sendo empregada como substantivo.
III - A palavra tranquilo (l. 66) pode estar sendo empregada tanto como adjetivo quanto como advérbio.
IV - A palavra troco (l. 101) está sendo empregada como verbo.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • 'Devido' exerce função de adjetivo da palavra 'respeito'?

  • Acredito que advérbio não modifica substantivo, logo a I está errada.

  • adverbio é invariável e estará ligado sempre a verbo, adjetivo ou outro advérbio. Na questão ,a palavra "devido" está ligada ao substantivo  "respeito", sendo assim um adjetivo que o qualifica.

  • Acrescento ao comentário da Renata que Advérbio pode variar quanto a flexão de grau. Alguns flexionam em gênero ou em número.

  • como,a alternativa III estar certa!?Primeiro: se a palavra TRANQUILO estar modificando o verbo DORMIR,ou seja, TRANQUILO é um adverbio.Segundo:e uma palavra nao pode exercer a funçao de duas classes gramaticais ao mesmo tempo que eu saiba!?

  • ..Quem acha que pode tá errada a terceira alternativa.. nela tá escrito a palavra "PODE" .. quer dizer que a pergunta tem a ver com o uso da palavra de forma geral.. e não..nescessariamente o uso da palavra no texto..

  • Esta questão é passível de recurso. Tranquilo jamais "PODE" exercer o papel de ADJETIVO no texto!

  • Existem casos em que utilizamos um adjetivo como forma de adverbio. É o que chamamos de ADJETIVO ADVERBIALIZADO.

    EX: "Ah, mas pelo menos eu durmo  tranquilamente" ( adv. de modo)

    - Ah, mas pelo menos eu durmo tranquilo” ( adjetivo adverbializado que tenta designar modo).


  • vou comentar o item III: vamos usar o fato do adverbio ser invariável a nosso favor : pelo menos nós dormimos 
    'tranquilo'. se o tranquilo variar, estará concordando com o pronome, senão, estará concordando com o verbo. questão bem interessante. 

  • Devido (l.46) é um substantivo, pois está precedido de um artigo. Toda palavra precedida de artigo torna-se substantivo (processo chamado substantivação).

  • A palavra tranquilo tem variação de gênero, número e grau.

    Ex: Eu durmo tranquilo.

          Ela dorme tranquila.

          Eles dormem tranquilos.

    Portanto, tranquilo neste caso é adjetivo, porque adjetivo pode ter essas variações e advérbio não.

    Advérbio não possui variação nenhuma (gênero, número ou grau).


    Seria advérbio se estivesse da seguinte forma:


    Eu durmo tranquilamente.   

    Ela dorme tranquilamente.

    Eles dormem tranquilamente.


    Vejam que neste caso não existe nenhuma variação. 

  • LETRA C

    De acordo com o item I, a palavra DEVIDO está acompanhando o substantivo RESPEITO, definindo-o, caracterizando-o. Os ADVÉRBIOS modificam verbos, adjetivos e/ou outros advérbios, uma vez que lhes transmitem alguma circunstância. Vale lembrar que o advérbio é a classe de palavras INVARIÁVEIS. No texto, a palavra DEVIDO varia para concordar com o substantivo RESPEITO. Portanto, não é um ADVÉRBIO, mas sim um ADJETIVO. Assertiva ERRADA! 

    Segundo o item II, a palavra RESPEITO vem precedida do artigo (O), ainda que esse esteja anteposto ao adjetivo DEVIDO. Ora, os artigos têm o poder de substantivar palavras. Assertiva CORRETA!

    O Item III sugere dupla função da palavra TRANQUILO. Essa palavra pode receber diversas flexões, variando de acordo com o termo que acompanha: tranquila, tranquilos, tranquilas etc. Dessa forma, sua função é adjetiva. Quando acompanhada de um verbo (dormir, no caso do texto), essa palavra é classificada como adjetivo. O mesmo ocorre com o acréscimo do sufixo adverbial MENTE: TRANQUILAMENTE, por exemplo. ASSERTIVA CORRETA!

    Já o item IV sugere que a palavra troco é um VERBO. Ora, aqui, retomo a explicação realizada para o item II. A palavra TROCO está acompanhada de um ARTIGO (o). Os artigos substantivam palavras. Portanto, a palavra troco não está empregada como VERBO, mas sim como SUBSTANTIVO. ASSERTIVA ERRADA!

  • Quando um adjetivo acompanha um verbo ou um adjetivo, ele exerce a função de adverbio.

  • O item 3 é uma pegadinha. No texto, tranquilo só exerce função de advérbio, mas em outras situações pode ser um adjetivo! O advérbio é classificada como invariável, porém, varia em grau. Pode ser comparativo ou superlativo.

  • Concordo Izabela, acertei pois não tinha a alternativa somente a II está correta, mas acho que ficou mal elaborada essa assertiva

    III - A palavra tranquilo (l. 66) pode estar sendo empregada tanto como adjetivo quanto como advérbio. 

    se pode estar sendo empregada é porque refere-se ao contexto apresentado, que seria só advérbio. 


  • Como adjetivo, estaria implícito o verbo de ligação "estar" (durmo "e estou" tranquilo). Como advérbio, estaria, logicamente, caraterizando o MODO da ação de dormir ("tranquilamente). Portanto, a afirmação III está correta.

  • Bastava resolver as alternativas I e II para achar a resposta correta. Tempo de prova é um recurso precioso :)

    Força, Fé e Foco!

  • Segundo o comentário em vídeo do professor, a palavra " DEVIDO" é um substantivo pelo fato de antes dele vir um artigo, mas acredito que o artigo esteja marcando a palavra RESPEITO e não a palavra DEVIDO.


  • O artigo antes de RESPEITO é subentendido.

    A palavra TRANQUILO pode ser lida como um advérbio equivalente (EU DURMO TRANQUILAMENTE ) ou como um adjetivo com o verbo ser subentendido (EU DURMO E ESTOU TRANQUILO).


    Fonte: aula 3 do Andresan

  • O termo "pode estar sendo", além de citar a linha do texto(ali possuindo apenas o contexto de advérbio), deveria anular a questão.

    Na dúvida, responder pela menos errada.

  • Recomendo-lhes lerem o texto e ao final se perguntaram: "Ser ou não ser."


ID
1058914
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

Assinale a alternativa que apresenta ideia que NÃO pode ser depreendida do texto.

Alternativas
Comentários
  • " Sócrates, via Platão, defende que (...) . Com o devido respeito ao filósofo de Atenas, nesse caso acredito que ele foi excessivamente otimista."

    (E trecho posterior)


ID
1058917
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Devo educar meus filhos para serem éticos?

01          Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, saí de casa para
02   a escola numa manhã fria de inverno. Chegando ___
03   portaria, meu pai interfonou, perguntando se eu estava
04   levando um agasalho. Disse que sim. Ele me perguntou
05   qual. “O moletom amarelo”, respondi. Era mentira.
06   Não estava levando agasalho nenhum, mas estava
07   com pressa, não queria me atrasar.
08          Voltei do colégio e fui ao armário procurar o tal
09   moletom. Não estava lá, nem em nenhum lugar da
10   casa, e eu imaginava _ _ _ _. Gelei. À noite, meu pai
11   chegou de cara amarrada. Ao me ver, tirou de sua
12   pasta o moletom e me disse: “Eu não me importo que
13   tu não te agasalhes. Mas, nesta casa, nesta família,
14   ninguém mente. Tá claro?”. Sim, claríssimo. Esse foi
15   apenas um episódio memorável de algo que foi o
16   leitmotiv da minha formação familiar. Meu pai era um
17   obcecado por retidão, palavra, ética, pontualidade,
18   honestidade, código de conduta, escala de valores,
19   menschkeit (firmeza de caráter, decência fundamental,
20   em iídiche) e outros termos que eram repetitiva e
21   exaustivamente martelados na minha cabeça. Deu
22   certo. Quer dizer, não sei. No Brasil atual, eu me sinto
23   deslocado.
24         Até hoje chego pontualmente aos meus compro-
25   missos e, na maioria das vezes, fico esperando por
26   interlocutores que se atrasam e nem se desculpam
27   (quinze minutos parece constituir uma “margem de
28   erro” tolerável). Até hoje acredito quando um prestador
29   de serviço promete entregar o trabalho em uma data,
30   apenas para ficar exasperado pelo seu atraso. Fico
31   revoltado sempre que pego um táxi em uma cidade
32   que não conheço e o motorista tenta me roubar.
33   Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole,
34   que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido.
35   Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao
36   ler o noticiário e saber que, entre os governantes,
37   viceja um grupo de imorais que roubam com criativi-
38   dade e desfaçatez.
39         Sócrates, via Platão, defende que o homem que
40   pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos,
41   pois está em conflito interno, em desarmonia consigo
42   mesmo, perenemente acossado e paralisado por
43   medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma
44   existência desprezível, para sempre amarrado ___
45   algo (sua própria consciência!) onisciente que o
46   condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas,
47   nesse caso acredito que ele foi excessivamente
48   otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais
49   perto da compreensão da perversidade humana ao
50   notar que esse desconforto interior do “pecador”
51   pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a
52   sua consciência, que na verdade não ocorre com a
53   frequência desejada por Sócrates. Para aqueles que
54   cometem o mal em uma escala menor e o confrontam,
55   Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por
56   si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si
57   próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação
58   era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo
59   corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica
60   para os seus atos, algo que justifique o _ _ _ _ de uma
61   determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas
62   não a ele, pelo menos não naquele momento em que
63   está cometendo o seu delito.
64          Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das
65   pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo
66   tranquilo”. Os escroques também! Se eles tivessem
67   dramas de consciência, se travassem um diálogo
68   verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam
69   optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.
70   Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud
71   chamou de superego: seguimos um comportamento
72   moral _ _ _ _ ele nos foi inculcado por nossos pais, e
73   renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.
74          Na minha visão, só existem, assim, dois cenários
75   em que é objetivamente melhor ser ético do que não.
76   O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita
77   que os pecados deste mundo serão punidos no próximo.
78   Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma
79   sociedade ética em que os desvios de comportamento
80   são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções
81   penais, quer na forma de ostracismo social. O que
82   não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse
83   ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é
84   um país sério.
85          Assim é que, criando filhos brasileiros morando no
86   Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema:
87   acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho
88   para a vida. Esta é a nossa responsabilidade: dar a
89   nossos filhos os instrumentos para que naveguem,
90   com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo
91   real. E acredito que a ética e a honestidade são valores
92   axiomáticos. Eis aí o dilema: será que o melhor que
93   poderia fazer para preparar meus filhos para viver no
94   Brasil seria não os aprisionar na cela da consciência,
95   do diálogo consigo mesmos, da preocupação com a
96   integridade? Tenho certeza de que nunca chegaria a
97   ponto de incentivá-los a serem escroques, mas poderia,
98   como pai, simplesmente ser mais omisso quanto a essas
99   questões. Tolerar algumas mentiras, não me importar
100  com atrasos, não insistir para que não colem na escola,
101  não instruir para que devolvam o troco recebido a
102  mais...
103         O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver
104  em um país em que existe um dilema entre o ensino
105  da ética e o bom exercício da paternidade já é causa
106  para tristeza. Em última análise, decidi dar a meus
107  filhos a mesma educação que recebi de meu pai. Não
108  porque ache que eles serão mais felizes assim – pelo
109  contrário –, nem porque acredite que, no fim, o bem
110  compensa. Mas _ _ _ _, em primeiro lugar, não conse-
111  guiria conviver comigo mesmo – e com a memória de
112  meu pai – se criasse meus filhos para serem pessoas
113  do tipo que ele me ensinou a desprezar. Além disso,
114  porque acredito que sociedades e culturas mudam.
115  Muitos dos países hoje desenvolvidos e honestos eram
116  antros de corrupção e sordidez 100 anos atrás. Um
117  dia o Brasil há de seguir o mesmo caminho, e aí a
118  retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser
119  uma vantagem (não um fardo). Oxalá.

Adaptado de: Devo educar meus filhos para serem éticos?
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos
Acessado em 21/10/2013.

Assinale a alternativa que apresenta ideia que pode ser depreendida a partir da leitura do texto.

Alternativas
Comentários
  • 74 Na minha visão, só existem, assim, dois cenários 
    75 em que é objetivamente melhor ser ético do que não
    76 O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita 
    77 que os pecados deste mundo serão punidos no próximo. 
    78 Não é o meu caso. O segundo é se você vive em uma 
    79 sociedade ética em que os desvios de comportamento 
    80 são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções 
    81 penais, quer na forma de ostracismo social. O que 
    82 não é o caso do Brasil. Não se sabe se De Gaulle disse 
    83 ou não a frase, mas ela é verdadeira: o Brasil não é 
    84 um país sério. 

      Acredito que este paragrafo responde a questão.  (alternativa c)


ID
1058920
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com base no artigo 7º da Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa que contém um direito do trabalhador urbano não garantido ao trabalhador doméstico pelo parágrafo único do mesmo artigo, tendo em vista a redação dada pela Emenda Constitucional n.º 72/2013.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa C

    Art. 7º, par. único, CF, com redação alterada pela EC 72/13:

    Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)


    Dos direitos extensivos aos trabalhadores domésticos não se encontra a previsão do inciso V do referido artigo:


    Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

    [...]

    V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;


  • Ainda não há piso para a categoria empregado doméstico

  • Gabarito letra c).

     

    Destaco um mnemônico que me ajudou a memorizar os direitos sociais que os trabalhadores domésticos não possuem. (CF, Art 7°)

     

     

    "PROIBIÇÃO(1) PRA(2) JORNADA(3) INSALUBRE(4) É IGUAL(5) À PIPA(6 E 7) PRO(8) AUTO(9)"

     

     

     

    1 =  XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;

     

     

    2 = XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;

    * O número 2 não é garantido à doméstica pela CF, mas a L.C. 150/2015 garante. Portanto, atenção ao resolver as questões e nos respectivos enunciados.

     

    Fonte: http://rodrigomrcoutinho.jusbrasil.com.br/artigos/195452043/a-lei-complementar-n-150-de-1-de-junho-de-2015-e-os-encargos-decorrentes-do-vinculo-empregaticio-dos-trabalhadores-domesticos

     

     

    3 = XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

     

     

    4 = XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

     

     

    5 = XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso;

     

     

    6 = V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

     

     

    7 = XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

     

     

    8 = XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

    * Destaque para o número 8, pois é o único que o servidor público possui e a doméstica não dentre os direitos sociais (Art. 7°).

     

     

    9 = XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

     

    * RECOMENDO A RESOLUÇÃO DA Q755185 E A Q650336 PARA APRIMORAR OS CONHECIMENTOS SOBRE O ART. 7°.

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/

  • Comentando a questão:

    A) INCORRETA. É assegurado o direito à licença-parternidade (art. 7º, XIX da CF) ao empregado doméstico, conforme art. 7º, parágrafo único da CF.

    B) INCORRETA. É assegurado o direito ao décimo terceiro salário (art. 7º, VIII da CF) ao empregado doméstico, conforme art. 7º, parágrafo único da CF.

    C) CORRETA. A assertiva (art. 7º, V da CF) não constitui direito do empregado doméstico, conforme art. 7º, parágrafo único da CF.

    D) INCORRETA. É assegurado o direito ao repouso semanal remunerdo (art. 7º, XV da CF) ao empregado doméstico, conforme art. 7º, parágrafo único da CF.

    E) INCORRETA.É assegurado o direito à licença maternidade (art. 7º, XVIII da CF) ao empregado doméstico, conforme art. 7º, parágrafo único da CF

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C






  • DIREITOS DO EMPREGADO DOMÉSTICO ELENCADOS NA CF:

    É só lembrar de uma doméstica, torcedora do flamengo, carregando uma Sidra na bandeja (SIDRA FLA).

    S = Salário Mínimo;

    I = Irredutibilidade salarial;

    D = Décimo terceiro salário;

    R = Repouso semanal remunerado;

    A = Aviso prévio;

     

    F = Férias + 1/3;

    L = Licença gestante/paternidade;

    A = Aposentadoria;

  • Direito ao Ponto!

     

    a) CF art. 7º, XIX - É assegurado o direito à licença-parternidade ao empregado doméstico (vide art. 7º, parágrafo único da CF). Errada
    b) CF art. 7º, VIIIÉ assegurado o direito ao décimo terceiro salário ao empregado doméstico (vide art. 7º, parágrafo único da CF). Errada
    c) CF art. 7º, V - "piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;" ainda não constitui direito ao empregado doméstico. Certa
    d) CF art. 7º, XV  - É assegurado o direito ao repouso semanal remunerdo ao empregado doméstico, (vide art. 7º, parágrafo único da CF). Errada
    e) CF art. 7º, XVIII - É assegurado o direito à licença maternidade ao empregado doméstico, (vide art. 7º, parágrafo único da CF). Errada
     

    _______________
    foco força fé

  • → TEM DIREITO :

    → SALÁRIO-MÍNIMO /  →IRREDUTIBILIDADE DO SALÁRIO

    →GARANTIA DO SALÁRIO , NUNCA INFERIOR AO MIN. /    →13 º

    →PROTEÇÃO DO SALÁRIO  / →DURAÇÃO DO TRABALHO > NÃO SUPERIOR A 8 H DIÁRIAS E 44 SEMANAIS.

    →RESPOUSO SEMANAL REMUNERADO /REMUNERAÇÃO DO SERV. EXTRAODINÁRIO

    →   FÉRIAS / LICENÇA À GESTANTE / LICENÇA PATERN. / AVISO PRÉVIO /

    →REDUÇÃO DOS RISCOS INERENTES AO TRABALHO /APOSENTADORIA

    →RECONHECIMENTO DAS CCT E ACT/ PROIBIÇÃO DE DIFERENÇAS DE SALÁRIO

    →PROIBIÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA O PCD

    →PROIBIÇÃO DE TRABALHO NOTU, PERI, INSALU A MENORES DE 18 E DE QUALQUER TRABALHO OS MENORES DE 16 , SALVO O APRENDIZ ( A PARTIR DOS 14 ANOS )

     

     

     

     

     

    NÃO TEM DIREITO : DOMÉSTICO NÃO TEM DIREITO  : 

     

    -PISO SALARIAL 

    -PART. NOS LUCROS E RESULTADOS 

    -JORNADA = 6 HORAS 

    -PROTEÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO DA MULHER

    -ADC DE REMUNERAÇÃO( ATV PENOSAS,INSALUBRES E PERIGOSAS )

    -PROTEÇÃO EM FACE DA AUTOMAÇÃO

    -CRÉDITOS DAS RELAÇÕES DE TRABALHO 

    -IGUALDADE DE DIREITOS ( TRAB. AVULSO = TRAB. VINCULO EMPREGATÍCIO )

    -PROIBIÇÃO DE DISTINÇÃO ( MANUAL , TÉCNICO E INTELECUTAL) 

  • REGRA - O TRABALHADOR DOMÉSTICO TEM OS MESMOS DIREITOS DOS OUTROS:

    CF, art. 7º, parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.  

    EXCEÇÃO - O TRABALHADOR DOMÉSTICO NÃO TEM OS SEGUINTES DIREITOS:

    V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

    XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

    XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

    XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

    XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

    XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

    XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; 

    XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;

    XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

  • REGRA - O TRABALHADOR DOMÉSTICO TEM OS MESMOS DIREITOS DOS OUTROS:

    CF, art. 7º, parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. 

    .

    EXCEÇÃO - O TRABALHADOR DOMÉSTICO NÃO TEM OS SEGUINTES DIREITOS:

    V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

    XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

    XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

    XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

    XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

    XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

    XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; 

    XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;

    XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

    .

    COMENTÁRIOS:

    .

    A - ERRADO - Não é direito do trabalhador doméstico a licença-paternidade, nos termos fixados em lei.

    CF, art. 7º, XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

    B - ERRADO - Não é direito do trabalhador doméstico o décimo terceiro salário com base na remuneração integral.

    CF, art. 7º, VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

    C - CERTO - Não é direito do trabalhador doméstico o piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.

    CF, art. 7º, V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

    D - ERRADO - Não é direito do trabalhador doméstico o repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.

    CF, art. 7º, XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

    E - ERRADO - Não é direito do trabalhador doméstico a licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário.

    CF, art. 7º, XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;

  • C. Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho. correta

    URBANOS E RURAIS (não são assegurados aos domésticos) - ART. 7°

    V piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

    XI participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

    XIV jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

    XX proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei

    XXIII adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

    XXVII proteção em face da automação, na forma da lei;

    XXXII proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;

    XXXIV igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.


ID
1058923
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Conforme os incisos do artigo 37 da Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • ALT. A


    Art. 37, inc.XII  CF - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;


    BONS ESTUDOS

    A LUTA CONTINUA

  • Conforme os incisos do artigo 37 da Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que

    a) os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. 

    CERTA - XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

    b) o prazo de validade do concurso público será de, no mínimo, cinco anos, prorrogável uma vez, por igual período.

    ERRADA - III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

    c) os limites para a acumulação remunerada de cargos públicos aplicam-se somente às autarquias e às fundações.

    ERRADA - XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

    d) os cargos, empregos e funções públicas são inacessíveis aos estrangeiros em qualquer hipótese.

    ERRADA - I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

    e) os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade de excepcional interesse público independem de lei.

    ERRADA - IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;



  • Comentando a questão:

    A) CORRETA. A assertiva está de acordo com art. 37, XII da CF.

    B) INCORRETA. O prazo será de até dois anos, podendo ser prorrogado por igual período, conforme art. 37, III da CF.

    C) INCORRETA. Os limites para a acumulação de cargos se aplicam tanto para a Administração Direta quanto para a Administração Indireta, conforme art. 37, XI e XVI da CF.

    D) INCORRETA. Os estrangeiros podem preencher os cargos públicos em alguns casos, conforme art. 37, I da CF (acontece muito com professores universitários estrangeiros).

    E) INCORRETA. A lei irá estabelecer os casos de contratação por tempo determinado, conforme art. 37, IX da CF.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A













  • Gab: a

    CF/88 - Art. 37 
    XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

  • Creio que cabe aqui apenas uma observação em relação a opção A que é o gabarito da questão, pois devemos estar atentos a diferença entre vencimentos e vencimento (no singular). Se na questão estivesse vencimento no singular estaria errada, pois estaríamos diante do vencimento básico, aquele sem acréscimos de nenhum adicional ou outro tipo de ganho. Já vencimentos no plural vem acrescido de adicionais e outros tipos de ganhos além do vencimento base. Se a questão afirmar que o vencimento do legislativo e judiciário não poderá ultrapassar os do executivo estará errada em partes, pois a lei fala em vencimentos. Supondo que o maior vencimento pago pelo executivo seja de 15 mil mas os vencimentos desse mesmo cargo é de 20 mil, poderá o legislativo e o judiciário pagar de vencimento 18 mil e que os acréscimos junto com o vencimento não ultrapasse os vencimentos do executivo de 20 mil. É perfeitamente legal, uma vez que existe diferença entre vencimentos e vencimento.


    Bons estudos.

  • Notei uma certa semelhança com o CESPE, porque essas questões que envolvem AGU são típicas.

    .

    A - CERTO - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

    Art. 37, XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

    .

    B - ERRADO - o prazo de validade do concurso público será de, no mínimo, cinco anos, prorrogável uma vez, por igual período.

    Art. 37, III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

    .

    C - ERRADO - os limites para a acumulação remunerada de cargos públicos aplicam-se somente às autarquias e às fundações.

    Art. 37, XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; 

    .

    D - ERRADO - os cargos, empregos e funções públicas são inacessíveis aos estrangeiros em qualquer hipótese.

    Art. 37, I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

    .

    E - ERRADO - os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade de excepcional interesse público independem de lei.

    Art. 37, IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

  • A. Aos vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. correta

    Art. 37 

    XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;


ID
1058926
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

À luz do artigo 129 da Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa que contém uma função institu- cional do Ministério Público.

Alternativas
Comentários
  • ALT. B


    Art. 129 CF. São funções institucionais do Ministério Público:


    IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;


    BONS ESTUDOS

    A LUTA CONTINUA


  • Erros:

    Alternativa A: Função da AGU; (art. 131, CF)

    Alternativa B: correta. Devemos nos atentar que o controle de constitucionalidade pode ser exercido de forma difusa ou concentrada. Para o controle difuso (feito incidentalmente nas ações) a legitimidade é aberta, e por isso o MP poder propor. No caso do controle concentrado, a legitimidade do órgão se restringe ao PGR. (art. 103, CF)

    Alternativa C: compete à AGU, art. 131, CF, in fine.

    Alternativa D: a legitimidade concorrente entre a DP é quanto à AÇÃO CIVIL PÚBLICA, mas a ação penal pública é de iniciativa exclusiva do MP, tendo a DP, no máximo, a incumbência da defesa do acusado, caso não constitua defensor, seja necessitado de assistência judiciaria, etc.

    Alternativa E: Exerce o controle EXTERNO da atividade policial (art. 129, VII), surgindo daí o questionamento se o MP seria legitimado para realizar investigação, ou se isto seria ato privativo da policia.

  • As funções institucionais do Ministério Público. 

    Ótimo vídeo! Bons estudos!

    https://www.youtube.com/watch?v=-XiNP4ep0Ck

  • Comentando a questão:

    A) INCORRETA. É vedado ao Ministério Público representar o ente federativo, bem como prestar consultoria ao ente, conforme art. 129, IX da CF.

    B) CORRETA. Conforme art. 129, IV da CF.

    C) INCORRETA. Vida explicação letra "A".

    D) INCORRETA. O titular exclusivo da ação penal é o Ministério Público, conforme art. 129, I da CF.

    E) INCORRETA. O Ministério Público exerce o controle externo da atividade policial, conforme art. 129, VII da CF.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B











  • A Defensoria Pública, no máximo, vai prestar assistência judicial ao necessitado para promover uma ação penal privada. A ação penal pública é privativa do Ministério Público.

     

    Nesse sentido, a Defensoria Pública nunca irá oferecer uma denúncia, mas somente queixa-crime. No próprio caso de ação penal subsidiária da pública, é oferecida uma queixa.

     

    Penso que é isso.

     

    Vida longa e próspera, C.H.

  • A - ERRADO - É função institucional do Ministério Público Representar a União, judicial ou extrajudicialmente.

    Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

    B - CERTO - É função institucional do Ministério Público Promover ações de inconstitucionalidade.

    Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

    IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;

    C - ERRADO - É função institucional do Ministério Público Prestar consultoria e assessoramento jurídico ao Poder Executivo.

    Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

    D - ERRADO - É função institucional do Ministério Público Promover, conjuntamente com a Defensoria, ações penais públicas.

    Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

    I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

    E - ERRADO - É função institucional do Ministério Público Exercer o controle interno da atividade policial.

    Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

    VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;

  • B. Promover ações de inconstitucionalidade. correta


ID
1058929
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

De acordo com o artigo 95 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, assinale a alternativa que contém uma competência do Tribunal de Justiça do RS.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra "e" - art. 95, inciso I, da CE do RS.

  • Querida colega Letícia Mozer, a correta é a letra D, conforme o artigo que citaste.

    P.S.: Gatinha por sinal...rs

  • Art. 95. Ao Tribunal de Justiça, além do que lhe for atribuído nesta Constituição e na lei, compete: 

    I - organizar os serviços auxiliares dos juízos da justiça comum de primeira instância, zelando pelo exercício da atividade correicional respectiva; 

    http://www2.al.rs.gov.br/dal/LinkClick.aspx?fileticket=nbSDRAho1L4%3d&tabid=3683&mid=5358


  • A) Compete ao MP

    B) Prestar POR ESCRITO, no prazo máximo de 30 DIAS. 

    C) Por intermédio do Supremo Tribunal  FEDERAL. 

    D) Correta

    E) Compete ao MP

  • Seção II

    Do Tribunal de Justiça

    Art. 94. O Tribunal de Justiça é composto na forma estabelecida na Constituição Federal e constituído de Desembargadores, cujo número será definido em lei. (Vide Lei n.º 6.929/75)

    Art. 95. Ao Tribunal de Justiça, além do que lhe for atribuído nesta Constituição e na lei, compete:

    I - organizar os serviços auxiliares dos juízos da justiça comum de primeira instância, zelando pelo exercício da atividade correicional respectiva;

    GABA D

     

  • De acordo com o artigo 95 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, assinale a alternativa que contém uma competência do Tribunal de Justiça do RS

    a) Exercer a fiscalização dos estabelecimentos que abrigam idosos, menores, incapazes e pessoas portadoras de deficiências, supervisionando-lhes a assistência (função atribuída ao MP).

    *Art. 111.  Além das funções previstas na Constituição Federal e nas leis, incumbe ainda ao Ministério Público, nos termos de sua lei complementar: I - exercer a fiscalização dos estabelecimentos que abrigam idosos, inválidos, menores, incapazes e pessoas portadoras de deficiências, supervisionando-lhes a assistência;

     

    b) Prestar, oralmente, no prazo máximo de sessenta dias, todas as informações que a Assembleia Legislativa solicitar a respeito da Administração dos Tribunais (máximo de 30 dias).

    * Art. 95.  Ao Tribunal de Justiça, além do que lhe for atribuído nesta Constituição e na lei, compete: XIV - prestar, por escrito, através de seu presidente, no prazo máximo de trinta dias, todas as informações que a Assembléia Legislativa solicitar a respeito da administração dos Tribunais. 

     

    c) Solicitar a intervenção no Estado, por intermédio do Superior Tribunal de Justiça, nos casos previstos na Constituição Federal (por intermédio do STF).

    *Art. 95.  Ao Tribunal de Justiça, além do que lhe for atribuído nesta Constituição e na lei, compete: IX - solicitar a intervenção no Estado, por intermédio do Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos na Constituição Federal;

     

    d) Organizar os serviços auxiliares dos juízos da justiça comum de primeira instância, zelando pelo exercício da atividade correicional respectiva (alternativa correta).

    *Art. 95.  Ao Tribunal de Justiça, além do que lhe for atribuído nesta Constituição e na lei, compete: I - organizar os serviços auxiliares dos juízos da justiça comum de primeira instância, zelando pelo exercício da atividade correicional respectiva;

     

    e) Exercer o controle externo das atividades desenvolvidas nos estabelecimentos prisionais e assistir as famílias atingidas pelo crime (função atribuída ao MP).

    *Art. 111.  Além das funções previstas na Constituição Federal e nas leis, incumbe ainda ao Ministério Público, nos termos de sua lei complementar: II - exercer o controle externo das atividades desenvolvidas nos estabelecimentos prisionais; III - assistir as famílias atingidas pelo crime e defender-lhes os interesses;


ID
1058932
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta afirmação correta a respeito da disciplina das pessoas naturais no Código Civil.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A- Incorreta. Artigo 4o do CC: "São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos".


    Alternativa B- Incorreta. Artigo 4o do CC: "São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido"


    Alternativa C- Incorreta. Artigo 2o do CC: "A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro".


    Alternativa D- Incorreta. Artigo 5o do CC: "A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil".


    Alternativa E- CorretaArtigo 3o do CC: "São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade".

  • A resposta correta é a alternativa E em razão de estar prevista no Artigo 3, III da Lei Substantiva Civil que assim preceitua:

    São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os que, mesmo por causa transitória não puderem exprimir sua vontade.

  • Letra A - ERRADA.

    Código Civil. Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:

    I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

    II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;

    III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

    IV - os pródigos.


    LETRA B - ERRADA. Vide letra A.

    LETRA C - ERRADA.

    Código Civil. Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.


    LETRA D - ERRADA

    Código Civil Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.


    LETRA E - CORRETA.

    Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

    I - os menores de dezesseis anos;

    II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;

    III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.


  • Mapa Mental dos Absolutamente e Relativamente Incapazes

    http://1.bp.blogspot.com/_YXuU0UEVM7I/St4-Lp3-srI/AAAAAAAAAoU/_iux6n2qDa8/s1600-h/Relativamente+e+Absolutamente+Incapazes.jpg

  • Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

    I - os menores de dezesseis anos;

    II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;

    III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.


  • a - errada

    São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer, os maiores de dezesseis e menores de vinte e um anos. (18 anos é o correto)

    b - errada

    São absolutamente incapazes a certos atos os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido. (discernimento reduzido diz respeito aos relativamente incapazes)

    c - errada

    A personalidade civil da pessoa começa desde a concepção, e a lei põe a salvo os direitos do nascituro. (começa com nascimento com vida)

    d - errada

    A menoridade cessa aos dezoito anos incompletos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. (correto é completos)

    e - correta --> Art. 3o, II, do Código Civil

    São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua 

  • Apenas a título de lembrete para aqueles que estão estudando esse tópico. Atentem-se à Lei 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) - Ainda em prazo de vacância (180 dias).


    A referida lei alterou dispositivos do CC/2002, dentre eles o art. 3°, que passará a vigorar com a seguinte redação:

    “Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

    I - (Revogado);

    II - (Revogado);

    III - (Revogado).” (NR)


    Bons estudos a todos


  • Questão desatualizada!

    Atenção para a Lei 13.146/2015 que entrou em vigor a partir de janeiro de 2016!!!!!!

    Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.  (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

    II - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

    III - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

    Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

    I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

    II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;  (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

    IV - os pródigos.

    Parágrafo único.  A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

  • QUESTÃO DESATUALIZADA!


    Vide arts. 3º e 4º do Código Civil com nova redação dada pela Lei 13.146/2015.


    Bons estudos!

  • aff só tem questões desatualizadas!

  • A teoria Concepcionista, adotada pelo STJ pôe a salvo vários direitos do nascituro desde sua concepção, inclusive direitos à imagem e à Danos Morais. Inclusive, há direitos de personalidade assegurados ao natimorto (nome, sepultura, etc...)

    A letra C aparentemente está correta.

  • Não basta só colocar um comentário informando que está desatualizada! Para o bem de todos, utilizem a caixa "notificar erro".

    A união faz a força.

  • Notifiquei o erro da questão, são várias desatualizadas no sítio. QC, ajudem-nos! 

  • A - ERRADO - São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer, os maiores de dezesseis e menores de vinte e um anos.

    Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:                 

    I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

    B - ERRADO - São absolutamente incapazes a certos atos os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido.

    Art. 3 São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.                

    C - ERRADO - A personalidade civil da pessoa começa desde a concepção, e a lei põe a salvo os direitos do nascituro.

    Art. 2 A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

    D - ERRADO - A menoridade cessa aos dezoito anos incompletos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    Art. 5 A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    E - ERRADO - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

    Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:                 

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;               

  • Sem estudar. kk


ID
1058935
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Tendo em vista as disposições do Código Civil a respeito das pessoas jurídicas, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra D é a correta.

    Para aqueles que como eu ficaram em dúvida com a letra C:

    O artigo Art. 50 do CC determina que em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

    Vamo q vamo!!!!


  • correto letra D

    "letra C" No código civil não pode ser determinado de oficio pelo juiz, a banca tentou confundir o candidato pois a prerrogativa de determinar a desconsideração da personalidade jurídica de oficio pelo juiz, só é possível no CDC, contudo o requisito "abuso da personalidade jurídica" não esta previsto no CDC. conforme abaixo.

    Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. CDC

    Apesar de divergências doutrinarias, a FCC segue a letra da lei.

  • Letra A) Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

    Letra B) Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

    I - a União;II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;III - os Municípios;V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.IV - as autarquias, inclusive as associações públicas

    Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

    I - as associações; as sociedades; as fundações.as organizações religiosas, V - os partidos políticos. VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.

    Letra C) Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 

    Letra E) Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos. Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

    Letra D) Gabarito -- >Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

    Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência.




  • A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a celebração do respectivo ato constitutivo --> NÃO COMEÇA COM A CELEBRAÇÃO MAS SIM COM A INSCRIÇÃO DO RESPECTIVO ATO CONSTITUTIVO.

    As autarquias, as fundações e os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público interno --> ERRADO - PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO INTERNO SÃO DIVIDIDAS EM 2 - * ADMINISTRAÇÃO DIRETA (UNIÃO,ESTADOS,DF E MUNICÍPIOS) E * ADMINISTRAÇÃO INDIRETA (FUNDAÇÕES, AUTARQUIAS, EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA) -- PARTIDO POLÍTICO NÃO É PESSOA J. DE DIREITO PÚBLICO, MAS SIM DE DIREITO PARTICULAR.

    Os efeitos de determinadas obrigações podem ser estendidos de ofício, pelo juiz, aos bens particulares dos sócios da pessoa jurídica, em caso de abuso da personalidade jurídica --> ERRADO. A desconsideração da separação entre o patrimônio da pessoa jurídica e o patrimônio particular das pessoas físicas ou outras pessoas jurídicas que a constituíram só é possivel por meio de decisão judicial, que como todas as decisões judiciais, deve respeitar o contraditório e a ampla defesa. Não pode, no Direito Civil o Juiz agir de ofício, ao contrário do que dispõe o Código de Defesa do Consumidor.

    Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina --> CORRETA!!!!  “Artigo 62. Para criar uma fundação, far-lhe-á o seu instituidor, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la”.  (Código Civil)

    As associações são constituídas pela união de pessoas para fins econômicos, mediante direitos e obrigações recíprocos entre os associados --> ERRADO. FINS NÃO ECONÔMICOS.

  • Mapas Mentais - Pessoas Jurídicas

    http://entendeudireito.blogspot.com.br/2012/02/pessoa-juridica.html

  • a) incorreta, segundo art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. b) incorreta, pois são pessoas jurídicas de direito privado segundo art. 44. c) incorreta, segundo art. 50 - em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo , que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa juridica. d) correta.segundo art. 62 do CC. e) incorreta. segundo art. 53 - as associações se constituem para fins NÃO economicos
  • c) De ofício é uma ova!

  • O art. 62 agora tem a seguinte redação:

    Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
    Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
    I – assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
    II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
    III – educação; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
    IV – saúde; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
    V – segurança alimentar e nutricional; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
    VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
    VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
    VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
    IX – atividades religiosas; e (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
    X – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

  • Justificativa da Letra D :

    A desconsideração, em regra, não pode ser realizada de oficio pelo magistrado. Decorre de requerimento da parte ou do MP, quando lhe couber intervir no processo. Existe algumas exceções, em que a desconsideração poderá ser realizada de oficio: 1) na justiça do trabalho, dado o carater social do direito tutelado. 2) no direito do consumidor,pois todas as normas do CDC são de ordem publica e , assim, todos elas podem ser conhecidas de oficio.

  • Acerca das pessoas jurídicas, vejamos cada alternativa isoladamente, iniciando pelas incorretas:

    A alternativa A está incorreta, pois a existência da pessoa jurídica começa com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, conforme dispõe o artigo 45 do Código Civil.

    Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

    A alternativa B está incorreta, pois somente a autarquia é pessoa jurídica de direito público interno, ao passo que as fundações e os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado:

    Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
    (...)
    IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;

    Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
    (...)
    III - as fundações.
    (...)
    V - os partidos políticos.

    A alternativa C está incorreta, pois a tal determinação judicial não pode se dar de ofício, nos termos do artigo 50 do CC.

    Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

    A alternativa E está incorreta, pois as associações são constituídas pela união de pessoas sem finalidade econômica, nos termos do artigo 53 do CC.

    Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.

    A alternativa D está correta, pois se coaduna com o que dispõe o artigo 62 do CC.

    Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

    Gabarito do Professor: D
  • Gostei dessa questão, porque trabalhou com vários conceitos relacionados a Pessoa Jurídica.

     

    Mano, tem um torcedor do ICASA nos comentários. Adoro o Qconcursos, porque reúne os concurseiros de todo o Brasil.

     

    Vida longa e próspera, C.H.

  • CC:

     

    a) Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 

     

    b) Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno
    IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 

     

    Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

    I - as associações;

    II - as sociedades;

    III - as fundações.

    IV - as organizações religiosas;         

    V - os partidos políticos.        

    VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 

     

    c) Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

     

    d) Art. 62.

     

    e) Art. 53. Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

  • A - ERRADO - A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a celebração do respectivo ato constitutivo.

    Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

     

    B - ERRADO - As autarquias, as fundações e os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público interno.

    Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

    I - a União;

    II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

    III - os Municípios;

    IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;         

    V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

     

    C - ERRADO - Os efeitos de determinadas obrigações podem ser estendidos de ofício, pelo juiz, aos bens particulares dos sócios da pessoa jurídica, em caso de abuso da personalidade jurídica.

    Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

     

    D - CERTO - Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina.

    Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

    E - ERRADO - As associações são constituídas pela união de pessoas para fins econômicos, mediante direitos e obrigações recíprocos entre os associados.

    Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.

    Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

     

  • D. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina. correta

  • Gabarito - LETRA D

    Não desista! Lembre-se: "Venci o mundo quando venci a mim mesmo".


ID
1058938
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta afirmação correta a respeito da disciplina dos bens no Código Civil.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito "A"

    e)Constitui universalidade de fato a pluralidade...(quase certa)

  • Para fixar: 

    Correta - letra A - Conforme Código Civil 2002:

    A) Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

    B) Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

    I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

    II - o direito à sucessão aberta.

    Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

    I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;

    II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

    C) Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

    I - as energias que tenham valor econômico;

    II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

    III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

    D) Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

    Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.

    E) Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

    Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.

    Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.


    Não desista! Lembre-se: "Venci o mundo quando venci a mim mesmo".

  • Aulas excelentes sobre a classificação dos bens.

    Bons estudos!

    https://www.youtube.com/watch?v=54qMpjix_co&list=PLoNEEACFf_PRErFZkRK45oK-Wcmf0bdvQ

    https://www.youtube.com/watch?v=qcKkKceccGU



  • a) CORRETA. ART. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente

    b) INCORRETA. ART. 80, I. Consideram-se móveis, para os efeitos legais, os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram.

    c) INCORRETA. ART. 83, III. Consideram-se imóveis, para os efeitos legais, os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

    d) INCORRETA ART. 85. São consumíveis os móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

    e) INCORRETA, ART. 90. Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

  • Corrigindo a Luciane:


    Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

  • Letra (a): Art 79. são bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar naturalmente ou artificialmente.

  • Acerca dos bens, vejamos cada alternativa isoladamente, iniciando pelas incorretas.

    A alternativa B está incorreta, pois os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram são considerados bens imóveis, nos termos do artigo 80, I, do CC.

    Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
    I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

    A alternativa C está incorreta, pois os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens móveis, nos termos do artigo 83, III, do CC.

    Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
    (...)
    III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

    A alternativa D está incorreta, pois “são consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação" (artigo 86). A descrição da alternativa corresponde à definição legal de bens fungíveis.

    A alternativa E está incorreta pois a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária é considerada universalidade de fato, nos termos do artigo 90 do CC.

    Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

    A alternativa A está correta, pois se coaduna com o que dispõe o artigo 79 do CC.

    Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

    Gabarito do Professor: A

  • Não desista! Você irá passar, basta persistir.

  • É sempre bom ficar de olho na distinção: universalidade de fato x universalidade de direito. Elas estão previstas nos arts. 90 e 91 do CC.


    Vida longa e próspera, C.H.

  • CC:

     

    a) Art. 79.

     

    b) Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
    I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
    II - o direito à sucessão aberta.

     

    c) Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
    I - as energias que tenham valor econômico;
    II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
    III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

     

    d) Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

     

    e) Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

  • A - Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

    B - Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

    I - as energias que tenham valor econômico;

    II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

    III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

    C - Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

    I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

    II - o direito à sucessão aberta.

    D - Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. (A assertiva trata dos bens Fungíveis)

    E - Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.


    AVANTE!! OFICIAL DE JUSTIÇA 2019!!!

  • A - CERTO - São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

    Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

     

    B - ERRADO - Consideram-se móveis, para os efeitos legais, os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram.

    Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

    I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

    II - o direito à sucessão aberta.

     

    C - ERRADO - Consideram-se imóveis, para os efeitos legais, os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

    Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

    I - as energias que tenham valor econômico;

    II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

    III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

     

    D - ERRADO - São consumíveis os móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

    Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

    Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.

     

    E - ERRADO - Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

    Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

    Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.

    Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.

     

  • A. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. correta


ID
1058941
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta afirmação correta a respeito da Prescrição no Código Civil.

Alternativas
Comentários
  • Art. 206. Prescreve:

    § 1o Em um ano:

    ...III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;

    ...§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.

    § 3o Em três anos:

    I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;

    ...§ 5o Em cinco anos:

    I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;

    ...III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.

  • Apenas complementando o ótimo comentário do colega.

    O artigo 206, parágrafo 4º do Código Civil cita que:

      Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas

  • Letra C.

     

     a) Prescreve em três anos a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos à percepção de emolumentos, custas e honorários. - Um ano.

     b) Prescreve em cinco anos a pretensão a prestações alimentares, a partir da data dos respectivos vencimentos. - Dois anos.

     c) Prescreve em três anos pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos. - Certo.

     d) Prescreve em três anos a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular. - Cinco anos.

     e) Prescreve em dois anos a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo. - Cinco anos.

  • Acerca dos prazos prescricionais, vejamos as alternativas isoladamente, iniciando pelas incorretas:

    A alternativa A está incorreta, pois tal pretensão prescreve em um ano, nos termos do artigo 206, §1º, III, do CC.

    Art. 206. Prescreve:
    § 1o Em um ano:
    (...)
    III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;

    A alternativa B está incorreta, pois tal pretensão prescreve em dois anos, nos termos do artigo 206, §2º, do CC.

    Art. 206. Prescreve:
    § 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.

    A alternativa D está incorreta, pois tal pretensão prescreve em cinco anos, nos termos do artigo 206, §5º, I, do CC.

    Art. 206. Prescreve:
    § 5o Em cinco anos:
    I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;

    A alternativa E está incorreta, pois tal pretensão prescreve em cinco anos, nos termos do artigo 206, §5º, III, do CC.

    Art. 206. Prescreve:
    § 5o Em cinco anos:
    (...)
    III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.

    A alternativa C está correta, pois contém o prazo prescricional correto da pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos.

    Art. 206. Prescreve:
    § 3o Em três anos:
    I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;

    Gabarito do Professor: C

  • CC:

     

    a) Art. 206. Prescreve:
    § 1º. Em um ano:
    III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;

     

    b) Art. 206. Prescreve:
    § 2º. Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.

     

    c) Art. 206, § 3º, I.

     

    d) Art. 206. Prescreve:
    § 5º. Em cinco anos:
    I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;

     

    e) Art. 206. Prescreve:
    § 5º. Em cinco anos:
    III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.

  • Esquema:

    1 ano:

    I - hoteleiro e "padeiro";

    II - segurado x segurador;

    III - emolumentos, custas e honorários;

    IV - credores x sócios, acionistas ou liquidantes;

    2 anos: ALIMENTOS;

    3 anos:

    I - aluguel;

    II - rendas;

    III - juros, dividendos, prestações acessórias (máx 1 ano);

    IV - enriquecimento sem causa;

    V - reparação civil;

    VI - restituição de lucros e dividentos quando há má-fé;

    VII - contra fundadores, administradores, fiscais ou liquidantes quando da violação de lei ou estatuto;

    VIII - título de crédito

    IX - seguro de responsabilidade civil obrigatório - segurado/terceiro x segurador

    4 anos: tutela

    5 anos

    I - dívidas líquidas (instrumento público ou particular)

    II - honorários dos profissionais liberais, procuradores, curadores, professores;

    III - vencedor em juízo

     

     

     

  • A - Art. 206. Prescreve:

    § 1o Em 1 ano:

    ... III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;

    B - Art. 206. Prescreve:

    ...§ 2 o  Em 2 anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.

    C - Art. 206. Prescreve:

    § 3o Em 3 anos:

    I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;

    D - Art. 206. Prescreve:

    § 5 o  Em 5 anos:

    I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;

    E - Art. 206. Prescreve:

    § 5 o  Em 5 anos:

    III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.


    AVANTE!! OFICIAL DE JUSTIÇA 2019!!!!!

  • Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

    Art. 206.

    §1º PRESCREVE EM 1 ANO:

    # hospedeiro ou fornecedor de víveres

    # segurado contra o segurador, ou deste contra aquele

    # emolumentos, custas e honorários de tabelião

    # emolumentos, custas e honorários de auxiliar da justiça,

    # emolumentos, custas e honorários de servidor do judiciário

    # emolumentos, custas e honorários de árbitro

    # avaliação de perito

    # credor não pago contra o sócio ou acionista e o liquidante

     

    §2º PRESCREVE EM 2 ANOS:

    # alimentos

     

    §3º PRESCREVE EM 3 ANOS:

    # aluguel

    # renda

    # juros anuais e prestações acessórias anuais

    # enriquecimento sem causa;

    # reparação civil;

    # lucros ou dividendos recebidos de má-fé

    # violação da lei ou do estatuto por fundador

    # violação da lei ou do estatuto por administrador ou fiscal

    # violação da lei ou do estatuto por liquidante

    # título de crédito

    # beneficiário contra o segurador

    # terceiro prejudicado em seguro obrigatório

     

    §4º PRESCREVE EM 4 ANOS

    # tutela

     

    §5º PRESCREVE EM 5 ANOS

    # cobrança de dívida

    # honorários de profissional liberal,

    # honorários de procurador judicial

    # honorários de curador

    # honorários de professor

    # vencedor haver do vencido.

     

  • C. Prescreve em três anos pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos. correta

    Art. 206, § 3°, I, CC


ID
1058944
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta afirmação correta a respeito dos bens no Código Civil.

Alternativas
Comentários
  • Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

    Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

    Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

    § 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

    § 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

    § 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

    Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

  • Na minha opinião, a alternativa "b" também está errada, pois leva a crer que somente são considerados benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos realizados pelo proprietário.

    O artigo 97 do Código Civil estabelece que são considerados benfeitorias os melhoramentos realizados também pelo possuidor ou pelo detentor.

  • Parece com a FCC que coloca frase incompleta do art. mas nem por isso torna errada.

  • LEMBRANDO QUE A DESPEITO DA DICÇÃO DO ART. 97 DO CÓDIGO CIVIL CONSIGNAR QUE "NÃO SE CONSIDERAM BENFEITORIAS OS MELHORAMENTOS OU ACRÉSCIMOS SOBREVINDOS AO BEM A SEM A INTERVENÇÃO DO PROPRIETÁRIO, POSSUIDOR OU DETENTOR". APESAR DA INCOMPLETUDE DA ASSERTIVA, A BANCA NÃO É OBRIGADA A REPRODUZIR O FIEL CONTEÚDO DA LEI, POR SER A ALTERNATIVA MAIS CORRETA ENTRE AS DEMAIS A LETRA "B" FOI CONSIDERADA O GABARITO DA QUESTÃO.


    Bons estudos.

  • Essa questão (juntamente com as 18 e 80) foi anulada da prova de oficial escrevente 2013 do RS.

  • QUESTÃO ANULADA

    RESPOSTA A RECURSO

    N.° da Questão: 39

    Dispõe o artigo 97 do Código Civil: "Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor."

    Efetivamente, a alternativa pode levar a conclusão equivocada de que se for feita por possuidor ou detentor não seria considerada benfeitoria, somente pelo proprietário, o que confronta a previsão legal.

    3. Da conclusão Ante o exposto, DEFIRO o recurso


  • na minha opinião, a banca errou em anular essa questão, pois a incompletude da alternativa B não acarreta erro, pois a assertiva expõe uma consideração absolutamente correta, qual seja, a de que não devem ser consideradas benfeitorias os melhoramentos feitos sem a intervenção do proprietário.

    Para isso, vale a regra dos dedos para quem ainda não conhece:

    Eu possuo cinco dedos na minha mão - CORRETO

    Eu possuo três dedos na minha mão - CORRETO

    Eu possuo somente três dedos na minha mão - INCORRETO

  • Desanularam. Resposta correta letra B. Bons estudos. 

  • Anulação completamente desnecessária, os argumentos são totalmente descabidos. 

  • Resposta B. Não sei o motivo da anulação.

  • A - ERRADO - São úteis as benfeitorias que tornem o bem mais agradável ou sejam de elevado valor.

    Art. 96, § 1 São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

    B - ERRADO - Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário.

    Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

    RESPOSTA AO RECURSO DO RAFAEL:

    Dispõe o artigo 97 do Código Civil: "Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor."

    Efetivamente, a alternativa pode levar a conclusão equivocada de que se for feita por possuidor ou detentor não seria considerada benfeitoria, somente pelo proprietário, o que confronta a previsão legal.

    Da conclusão. Ante o exposto, DEFIRO o recurso.

    C - ERRADO - São necessárias as benfeitorias que aumentam ou facilitam o uso do bem.

    Art. 96, § 2 São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

    D - ERRADO - São necessárias as benfeitorias que tornem o bem mais agradável ou sejam de elevado valor.

    Art. 96, § 1 São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

    E - ERRADO - São úteis as benfeitorias que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

    Art. 96, § 3 São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.


ID
1058947
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta atividade que NÃO constitui atribuição do escrivão.

Alternativas
Comentários
  • Correta letra E. Conforme CPC:

    Art. 141 - Incumbe ao escrivão:

    I - redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e mais atos que pertencem ao seu ofício;

    II - executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações, bem como praticando todos os demais atos, que lhe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária;

    III - comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-lo, designar para substituí-lo escrevente juramentado, de preferência datilógrafo ou taquígrafo;

    IV - ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não permitindo que saiam de cartório, exceto:

    a) quando tenham de subir à conclusão do juiz;

    b) com vista aos procuradores, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública;

    c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor;

    d) quando, modificando-se a competência, forem transferidos a outro juízo;

    V - dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo, observado o disposto no Art. 155.

    Força.... a vitória está cada vez mais perto!!!!!

  • Complementando:

    Efetuar avaliações compete ao OFICIAL DE JUSTIÇA. (CPC, 143,V)

  • NCPC:

    Art. 152.Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria:
    I – redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as cartas precatórias e os demais atos que pertençam ao seu ofício;
    II – efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, bem como praticar todos os demais atos que lhe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária;
    III – comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar servidor para substituí-lo;  ?
    IV – manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, não permitindo que saiam do cartório, exceto:
    a) quando tenham de seguir à conclusão do juiz;
    b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao Ministério Público ou à FazendaPública;
    c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao partidor;
    d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da competência;
    V – fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, independentemente de despacho, observadas as disposições referentes ao segredo de justiça;
    VI – praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios.

  • NOVO CPC:

       Art. 152:

       

     a)Redigir, em forma legal, os ofícios, mandados e cartas precatórias. Aceitável.

      

     b)Executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações. Aceitável.

      

     c)Comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar para substituí-lo escrevente juramentado, de preferência datilógrafo ou taquígrafo. Discutível (NOVO =servidor para substituí-lo).

      

     d)Dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo. Discutível (NOVO =observar os segredo de justiça).

       

    e)Efetuar avaliações. Continua sendo Oficial de Justiça.

  •  CONFORME NCPC:

    a) Redigir, em forma legal, os ofícios, mandados e cartas precatórias. (art 152, I) CORRETA

     b) Executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações. (art 154, II) INCORRETA

     c) Comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar para substituí-lo escrevente juramentado, de preferência datilógrafo ou taquígrafo. (art 152, III) CORRETA

     d) Dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo. (art 152, VI) CORRETA

     e) Efetuar avaliações.

  • NCPC.

    a) CERTA, ART. 152.  INCUMBE AO ESCRIVÃO OU AO CHEFE DE SECRETARIA: I - redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as cartas precatórias e os demais atos que pertençam ao seu ofício;

    b) CERTA, ART. 152.  INCUMBE AO ESCRIVÃO OU AO CHEFE DE SECRETARIA: II - efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, bem como praticar todos os demais atos que lhe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária;

    c) CERTA, ART. 152.  INCUMBE AO ESCRIVÃO OU AO CHEFE DE SECRETARIA: III - comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar servidor para substituí-lo;

    d) CERTA, ART. 152.  INCUMBE AO ESCRIVÃO OU AO CHEFE DE SECRETARIA: V - fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, independentemente de despacho, observadas as disposições referentes ao segredo de justiça;

    e) ERRADA, ART. 154.  INCUMBE AO OFICIAL DE JUSTIÇA: V - efetuar avaliações, quando for o caso;

  • D errada. "qualquer ato" e não levou em consideração os atos em segredo. D errada.

  • CABE RECURSO NESSA D

    QUALQUER ATO, TÁ D SACANAGEM

    ***V - fornecer certidão(cópia autêntica) de qualquer ato[citação] ou termo[vista] do processo, INDEPENDENTE DE DESPACHO, observadas as
    disposições referentes ao SEGREDO DE JUSTIÇA;VI - praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios.

     

  • (Questão desatualizada!)

    Há, dentre as atribuições, apenas uma que é tipicamente do Oficial de Justiça: EFETUAR AVALIAÇÕES!

    Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça:

    V - efetuar avaliações, quando for o caso;

    Resposta: E

  • Avaliação seria uma espécie de opinião sobre determinado acontecimento ou ato. (ninguém quer ficar lendo lei seca. É mais fácil entender as palavras do que decorar milhares de artigos...)


ID
1058950
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Considere as afirmações abaixo, concernentes aos atos processuais.

I - Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
II - Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem, imediatamente, a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais.
III - Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, devem ser praticados pelo servidor somente após o despacho judicial.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • I - CORRETO - Conforme art. 154 do CPC - "Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial." 
    II - CORRETO - Conforme art. 158 do CPC - "Art. 158. Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais."
    III - ERRADO - Conforme o art. 162, §4º do CPC - " Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. § 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários." (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

     

    GABARITO - C

  • Sobre a assertiva II: "Os atos processuais, independentemente de quem os pratique, consistem numa espécie de atos jurídicos, qualificados pelo caráter processual da mudança jurídica, a implicar uma constituição, modificação ou substituição no processo. São processuais os atos que têm importância jurídica no tocante à relação processual, ou seja, “os atos que têm por conseqüência imediata a constituição, a conservação, o desenvolvimento, a modificação ou a definição de uma relação processual”. O que caracteriza o ato como processual não é sua prática no processo, mas o seu valor ou a sua repercussão para o processo. Os atos praticados pelas partes podem ser unilaterais ou bilaterais, consoante se depreende da dicção do art. 158 do Código de Processo Civil. São unilaterais os atos da parte que independem da concordância da parte contrária. Já os bilaterais assim se identificam, quando, para serem praticados pela parte, dependem da confluência da manifestação de vontade da parte contrária, a exemplo do que sucede com a transação (CPC, art. 269, III). Os atos das partes, uma vez praticados, produzem efeitos imediatos no processo, gerando a pronta e instante modificação, constituição ou extinção de direitos 

    processuais (CPC, art. 158). O único ato das partes que não produz efeitos imediatos é a desistência da ação, a qual deve ser requerida por advogado que detenha poderes especiais para tanto (CPC, art. 38). Sua eficácia somente se opera depois de homologada por sentença (CPC, art. 158, parágrafo único), que irá extinguir o processo sem julgamento do mérito (CPC, art. 267, VIII).""

    Fonte: http://www.abdpc.org.br/abdpc/artigos/Leonardo%20Jos%C3%A9%20Carneiro%20da%20Cunha%20-%20formatado.pdf

  • Alguém pode me esclarecer uma dúvida? 

    Nem sempre os atos das partes têm efeitos imediatos, a desistência, por exemplo, requer homologação. 

    Não seria uma controvérsia com a afirmativa II? 

  • Quanto ao ítem III: 162, parágrafo quarto: Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a ista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício  pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.

    PERSEVERANÇA...

  • A alternativa II é Art. 158 e conforme o parágrafo único deste artigo diz..... que só produzira efeito depois de homologada por sentença.

    assim como a desistência ...

  • Galera depois de tanto errar cheguei a determinada conclusão: 

    A) Atos meramente ordinatórios: podem ser praticados pelo servidor, independentemente de vontade judicial, devido ao princípio da eficiência. Imagine que loucura seria o judiciário, se todo ato praticado dependesse de despacho judicial. Como exemplo atos praticados de oficio pelo servidor, podemos citar: juntada e vista obrigatória. 

    Espero ter ajudado!!!!!!!

  • Bom dia more...:*****
  • Meu amor!! :*****
  • A II está errada, pois há uma exceção, que é desistência, que por sua vez requer homologação para produzir efeitos.

  • Fagner, a assertiva está perfeitamente correta. A questão não requer exceções o que não caracteriza erro.


    II - Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem, imediatamente, a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais.  


    Um abraço. Bons estudos!

  • III-independente de despacho

    foco TJPE

  • I) art 188 NCPC

    II) art 200 NCPC

    III) art 203, & 4º NPCP

  • De acordo com o NCPC:

    I - Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.

    R=Art. 188.  Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial

    II - Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem, imediatamente, a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais.

    R=Art. 200.  Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.

    III - Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, devem ser praticados pelo servidor somente após o despacho judicial.ERRADA 

    R=§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.

     

  • atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.


ID
1058953
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a afirmativa correta, em relação ao tempo ou lugar dos atos processuais.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra d: art. 175 CPC

    obs: letra e: Os atos processuais realizam-se, DE ORDINÁRIO, na sede do juízo...art. 176 CPC.

  • LETRA A) ART.172, CPC "...das seis às vinte horas."

    LETRA B) ART. 173, I, CPC "Excetuam-se: I) a produção antecipada de provas"

    LETRA C) ART. 174, I, CPC.

    LETRA D) comentado pelo colega.

    LETRA E) ART. 176, CPC "...Porém, todavia, efetuar-se-á em outro lugar..."

    Foco galera!!


  • Para a Justiça, todo domingo é feriado.

  • para a justiça,todos os domingo são feriados

  • A) Art. 172. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.

    B) Art. 173. Durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais. Excetuam-se:

    I - a produção antecipada de provas (art. 846);


    C) Art. 174. Processam-se durante as férias e não se suspendem pela superveniência delas:

    I - os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento;


    D) CERTO - Art. 175. São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei.

    E) Art. 176. Os atos processuais realizam-se de ordinário na sede do juízo. Podem, todavia, efetuar-se em outro lugar, em razão de deferência, de interesse da justiça, ou de obstáculo argüido pelo interessado e acolhido pelo juiz.



  • Complementando ref. a letra C:

    A jurisdição voluntária, também conhecida como jurisdição graciosa ou administrativa, é comumente definida como a administração pública de interesses privados; nela não se cuida da lide, mas de questões de interesse privado que por força da lei devem ter a chancela do Poder Público, tais como: nomeação de tutor ou curador, alienação de bens de incapazes, separação consensual, arrecadação de bens de ausentes etc.

    fonte: http://atualidadesdodireito.com.br/sabrinadourado/2011/11/03/resumao-de-jurisdicao-muito-bom/

    Bons estudos!

  • NOVO CPC ART 212-217: 

    a) Os atos processuais devem ser realizados em dias úteis, das 9 (nove) às 18 (horas) horas. - ERRADA, é de 6 as 20h.

     

     b) Não podem ser praticados, durante as férias forenses e nos feriados, atos processuais para fins de produção antecipada de provas. - ERRADA, podem se prejudicar diligência ou causar grave dano.

     

     c) Os atos de jurisdição voluntária não se processam durante as férias forenses, suspendendo-se pela superveniência delas. - ERRADA, mesma justificativa da letra B.

     

     d) São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei. - CORRETA, porém no novo cpc consideram-se os sábados, domingos, feriados estabelecidos por lei e ainda os dias que não expediente forense.

     

     e) Os atos processuais realizam-se sempre na sede do juízo. - ERRADA, podem ocorrer em outros locais em razões de deferência, natureza do ato, obstáculo arguido pel interessado e o juiz acolheu ou interesse da justiça.

     

  • GABARITO ITEM C

     

    A)ERRADO   Art. 212.  Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.

     

    B)ERRADO   C)CERTO  

    Art. 215.  Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas:

    I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;

    II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;

    III - os processos que a lei determinar.

     

    D) ERRADO   Art. 216.  Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense.

     

     

    E) ERRADO   Art. 217.  Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.

  • De acordo com o NCPC:

     

    a)Os atos processuais devem ser realizados em dias úteis, das 9 (nove) às 18 (horas) horas.ERRADA

    R=Art. 212.  Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.

    § 1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.

     

     b)Não podem ser praticados, durante as férias forenses e nos feriados, atos processuais para fins de produção antecipada de provas.ERRADA

    R=Esta resposta me deixou em dúvida e acredito que hoje com o NCPC ela estaria certa já que pelo antigo código de 73,a produção antecipada de provas era permitida como uma exceção,o que tornava esta questão(em 2014) errada. Hoje em dia,a nova redação diz o seguinte:

    Art. 214  Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se:

    I – os atos previstos no art. 212, § 2o;

    II – a tutela de urgência.

     

     c)Os atos de jurisdição voluntária não se processam durante as férias forenses, suspendendo-se pela superveniência delas.ERRADA

    R=Art. 215.  Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas:

    I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;

    II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;

    III - os processos que a lei determinar.

     

     d)São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei.CERTA

    R=Art. 216.  Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense.

     

     e)Os atos processuais realizam-se sempre na sede do juízo.ERRADA

    R=Art. 217.  Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.

  • Fornecedores é Ativo Não Circulante????

  • CLARO Q NAO

  • CLARO Q NAO

  • kkkkk


ID
1058956
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a afirmativa INCORRETA sobre os prazos processuais.

Alternativas
Comentários
  • e) INCORRETA - Conforme art. 192 do CPC: "Art. 192. Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 24 (vinte e quatro) horas."

  • LETRA A: ART. 178, CPC;

    LETRA B: ART. 183, CPC;

    LETRA C: ART. 184, CPC;

    LETRA D: ART. 186, CPC;

    LETRA E: ART. 192, CPC.

  • Complementando, "lei seca":

    Assertiva "a" (CORRETO) / Art. 178, CPC - O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se interrompendo nos feriados.

    Assertiva "b" (CORRETO) / Art. 183, CPC - Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa. (vide parágrafos primeiro e segundo)

    Assertiva "c" (CORRETO) / Art. 184, CPC - Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. (vide parágrafos primeiro e segundo)

    Assertiva "d" (CORRETO) / Art. 186, CPC - A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor.

    Assertiva "e" (INCORRETO) / Art. 192, CPC - Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 24 (vinte e quatro) horas.

    Bons estudos!

  • Art. 192 do cpc...intim4cõe2 obrigarão o comparecimento depois de decorridas 24 horas.

  • Questão desatualizada de acordo com Novo CPC

    Art 218

    § 2o Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.

     

  • os prazos estabelecidos por lei ou pelo juiz, só em dias úteis.

  • Questão desatualizada de acordo com o NCPC 

     a)O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se interrompendo nos feriados. ERRADO. ART 219 CPC - NA contagem de prazos em dias, estabelecido por lei ou pleo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais. 

     

     e)Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigam a comparecimento depois de decorridas 48 (quarenta e oito) horas. CORRETO, Art 218§ 2o Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) hora

  • De acordo com o NCPC:

     

     a)O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se interrompendo nos feriados. HOJE ESTARIA ERRADA

    Art. 219.  Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.

    Parágrafo único.  O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.

     

    b)Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa. CERTA

    Art. 223.  Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.

     

     c)Salvo disposição em contrário, computam-se os prazos excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. CERTA

    Art. 224.  Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.

     

     d)A parte pode renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor. CERTA

    Art. 225.  A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

     

    e)Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigam a comparecimento depois de decorridas 48 (quarenta e oito) horas. ERRADA

    § 2o Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.


ID
1058959
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Considere as afirmativas abaixo, concernentes à citação.

I - Estão previstos, no Código de Processo Civil, como formas de se promover a citação, o correio, o oficial de justiça, o edital e o meio eletrônico.
II - O comparecimento espontâneo do réu não supre a falta de citação.
III - Somente se ordenada por juiz competente, a citação válida constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA DA QUESTÃO: ALTERNATIVA A

    I - ART. 221. CPC;

    II - ART. 214, § 1º, CPC

    III- ART. 219, CPC;



  • I) Art. 221. A citação far-se-á:

    I - pelo correio;

    II - por oficial de justiça;

    III - por edital.

    IV - por meio eletrônico, conforme regulado em lei própria. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

    II) Art. 214, § 1o O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação. 

    III) Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

  • Que citação faz por meio eletronico?

  • Art 154. §2º Todos os atos e termos do processo podem ser produzidos, transmitidos, armazenados e assinados por meio eletrônico, na forma da lei.

     

  • I) art 246 NCPC

    II) art 239 &1º

    III) art 246 NCPC

  • De acordo com o NCPC:

     

    I - Estão previstos, no Código de Processo Civil, como formas de se promover a citação, o correio, o oficial de justiça, o edital e o meio eletrônico. CERTA

    Art. 246.  A citação será feita:

    I - pelo correio;

    II - por oficial de justiça;

    III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;

    IV - por edital;

    V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei.

    § 1o Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio.

    § 2o O disposto no § 1o aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades da administração indireta.


    II - O comparecimento espontâneo do réu não supre a falta de citação. ERRADA

    Art. 239.  Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.

    § 1o O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.

     

    III - Somente se ordenada por juiz competente, a citação válida constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. ERRADA

    Art. 240.  A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).

    § 1o A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.

  • CITAÇÃO SERÁ FEITA:

    -correio;

    -oficial de justiça;

    -escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;

    -edital;

    -meio eletrônico

     

    OBS: empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para[cit, int]

    EXCEÇÃO:  microempresas e das empresas de pequeno porte

     

  • Se nao ta escrito o escrivão ainda sim ta certo ?!!!!!!!!!!!!-


ID
1058962
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Considere as afirmações abaixo a respeito das nulidades processuais.

I - É nulo o processo quando, intimado, o Ministério Público não acompanha o feito em que devia intervir.
II - Reputam-se de nenhum efeito todos os atos processuais subsequentes ao ato processual anulado, ainda que dele sejam independentes.
III - Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz deve considerar válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Art.244,CPC    

    Art.246,CPC

    Art.248,CPC


  • Artigos citados são do CPC:

    I)  Art. 246. É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.

    II) Art. 248. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes.


    III)  Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, Ihe alcançar a finalidade.

  • Gabarito: LETRA:B 

    Item I - Errado  Art. 246. É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.

    Item II - Errado Art. 248. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes. 

    Item III - Correto . Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. 

  • Apenas para complementar as respostas dos colegas:

    A resposta no enunciado III refere-se ao princípio da Instrumentalidade de Formas (244 CPC).  Para quem quiser saber mais sobre aludido princípio, segue o link abaixo:

    http://ww3.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20100927142336736


  • I) art 279 NCPC

    II) art 281 NCPC

    III) art 277 NCPC

  • De acordo com o NCPC:

     

    I - É nulo o processo quando, intimado, o Ministério Público não acompanha o feito em que devia intervir. ERRADA

    Art. 279.  É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.

    § 1o Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado.

    § 2o A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo.


    II - Reputam-se de nenhum efeito todos os atos processuais subsequentes ao ato processual anulado, ainda que dele sejam independentes. ERRADA

    Art. 281.  Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes.


    III - Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz deve considerar válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. CERTA

    Art. 277.  Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.


ID
1058965
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

O funcionário público que, por indulgência, deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo pratica o crime de

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alternativa "E"

    Condescendência criminosa

    Art. 320, CP - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

    Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

  • Letra A)  Concussão  Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

    Letra B) Peculato  Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio

    Letra C) Corrupção passiva  Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem

    Letra D) Prevaricação   Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

    Letra E) Condescendência criminosa  Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:


  • Mapas mentais dos crimes funcionais.

    http://entendeudireito.blogspot.com.br/2012/08/crimes-funcionais.html

    Bons estudos!


  • PREVARICAÇÃO ou CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA x CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA

    Não se deve confundir o crime de prevaricação com o crime de condescendência criminosa. Na condescendência criminosa  o agente também deixa de fazer algo a que estava obrigado em razão da função, mas o faz por indulgência (sentimento de pena, de comiseração). Nos termos do art. 320 do CP.


    Se o chefe deixa de responsabilizar o subordinado por outro motivo que não seja a indulgência (medo, frouxidão, negligência, pouco caso,

    etc), o crime pode ser o de prevaricação ou o de corrupção passiva privilegiada, a depender do caso.


    É impossível a tentativa no crime de condescendência criminosa, pois se trata de crime omissivo puro.


    Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo




  • A conduta descrita no enunciado, de deixar de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo, por indulgência, pratica o crime de condescendência criminosa, tipificado no artigo 320 do Código Penal:

    Condescendência criminosa
    Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
    Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

    As demais alternativas estão incorretas por ausência de correspondência entre o tipo legal e a conduta descrita no enunciado.

    Gabarito do Professor: E

  • CONDESCENDÊNCIA = INDULGÊNCIA

  • Poderia terminar o estudo desse tópico só com o comentário da Fla. Obrigado

  • indulgência =Clemencia 

    CONDESCENDÊNCIA = INDULGÊNCIA

  • Indulgência = pena/ piedade (Condescendência criminosa)

  • Resposta: ´´Alternativa E´´.

    Condescendência criminosa.

    indulgência =Clemencia 

    CONDESCENDÊNCIA = INDULGÊNCIA

  • E. condescendência criminosa. correta

  • GABARITO: E

    Condescendência criminosa

    Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

    Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

  • Deixar o funcionário público, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

    Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 01 (um) mês, ou multa.


ID
1058968
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Acerca do crime de peculato, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alternativa "E"

    a) o crime de peculato ocorre tanto no caso de apropriação de bem móvel público, quanto de bem móvel particular.

    Art. 312, CP - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

    Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    b) o crime de peculato, refere-se tão somente a bem móvel.

    Art. 312, CP - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

    Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    c) se a reparação do dano é anterior a sentença irrecorrível aí extingue a punibilidade; se tal reparação é após aí sim é caso de reduzir metade da pena imposta.

    Art. 312, CP (...)

    § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

    Pena - detenção, de três meses a um ano.

    § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

    d) quando o autor do crime de peculato for ocupante de cargo em comissão sua pena será aumentada de 1/3 (um terço).

    Art. 327, CP (...)

    § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.

    e) correta, como dito na alternativa é dispensável (= não é necessário) o prévio reconhecimento do ilícito pelo Tribunal de Contas.

  • Mapa mental - Peculato

    http://professormarcomiguel.blogspot.com.br/2012_07_01_archive.html

    Bons estudos!

  • Acerca do crime de peculato, assinale a afirmativa correta. 

  • GABARITO "E".

    A) Consumação:

     O peculato apropriação é crime material ou causal:Na hipótese de bem privado que se encontra sob a guarda da Administração Pública (“peculato malversação”), com sua apropriação pelo funcionário público o Estado estará obrigado a ressarcir o particular pelos prejuízos provocados por um dos seus representantes. Este é o dano patrimonial causado ao erário.

    B) 

    Peculato

      Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

      Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    C)

    Reparação do dano: no peculato doloso não afasta o crime; 

    no peculato culposo acarreta a extinção da punibilidade ou redução da pena. 

    No campo do peculato culposo,se a reparação do dano for anterior ao trânsito em julgado da sentença condenatória, estará caracterizada uma causa extintiva da punibilidade, prevista fora do rol exemplificativo do art. 107 deste Código. 

    D) 

     Funcionário público

      Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

       § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.

    E) CORRETO.

    Peculato e atuação do Tribunal de Contas: Comprovado o peculato em sede de inquérito policial, não é necessário que o Ministério Público aguarde o julgamento das contas pelo Tribunal de Contas para agir. A tomada de contas é dispensável, pois o peculato pode ser demonstrado por qualquer meio de prova. Raciocínio diverso transformaria a tomada de contas de mera formalidade em condição para o exercício da ação penal. 

  • Configuram o crime de peculato as condutas previstas no caput e no parágrafo primeiro do artigo 312 do Código Penal, que assim define: “Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.; § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.”

    Assim, a alternativa (A) está errada. O bem apropriado no crime de peculato pode ser particular, desde que o servidor público o possuísse em razão de sua função ou cargo, valendo-se de facilidade que proporciona a qualidade de funcionário.


    A alternativa (B) está equivocada. Pois apenas a apropriação de bens móveis é suscetível ao enquadramento no tipo penal de peculato, nos termos da lei penal.


     A alternativa (C) está errada. O autor do peculato que reparar o dano até a prolação da sentença ficará isento de pena, porquanto terá sua punibilidade extinta nos termos do parágrafo terceiro do artigo 312 do Código Penal.


    A alternativa (D) está errada. Para a caracterização do crime de peculato, basta haver a subtração de bem, dinheiro e valor, público ou particular, por parte de funcionário público no exercício de sua função ou em razão de sua função. Não é elemento do tipo o prévio reconhecimento da apropriação ilícita pelo Tribunal de Contas.

    Resposta: (E)






  • Peculato culposo

     

            § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

     

            Pena - detenção, de três meses a um ano.

     

            § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

  • Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular.

  • A) Configura-se somente se a apropriação for de bem público.

    Errada porque o bem pode ser público ou particular (art. 312 caput)

    B)Configura-se o peculato quando o funcionário público se apropria ou desvia bem móvel ou imóvel, em proveito próprio ou alheio.

    Errada porque há peculato para bem IMÓVEL

    C)O funcionário público que reparar o dano até a publicação da sentença condenatória terá a sua pena diminuída à metade.

    Errada. Apenas quando for peculato CULPOSO, se a reparação do dano se der ANTES da sentença irrecorrível, extingue a punibilidade.

    Se a sentença está aguardando publicação, ainda caberá recurso e será recorrível. Nesse caso será extinta a punibilidade.

    D)O autor do crime de peculato terá a sua pena aumentada em metade quando for ocupante de cargo em comissão de empresa pública.

    Não é metade, a pena será aumentada em 1/3 (art. 327, §2º)

    E) Correta.

  • Resposta ´´Alternativa E´´.

    Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular.

  • E. Para a sua caracterização, é dispensável o prévio reconhecimento do ilícito pelo Tribunal de Contas - correta

  • PECULATO : BEM MOVÉL  BEM MOVÉL  BEM MOVÉL  BEM MOVÉL  BEM MOVÉL


ID
1058971
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

“A”, delegado de polícia, solicita a “B”, conduzido à delegacia em razão de ter sido flagrado em prática supostamente ilícita, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para não lavrar o auto de prisão em flagrante. “B” não efetua o pagamento, e o auto de prisão em flagrante é lavrado por “A”. Nessa situação hipotética, “A”

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alternativa "C"

    Cuida-se de crime de corrupção passiva (art. 317, CP), uma vez que o delegado SOLICITOU (verbo do tipo no delito de corrupção passiva) ao conduzido pagamento de quantia em dinheiro. O simples fato do delegado ("A") ter solicitado a vantagem indevida ao conduzido ("B") já é suficiente para configurar o crime em questão, uma vez que trata-se de crime formal, que é aquele crime que não necessita de resultado naturalístico. Caso houvesse o pagamento do conduzido ao delegado, haveria apenas o exaurimento do crime. Ocorre que, nessa situação, deveriamos analisar se em consequência dessa vantagem indevida o ato (lavratura do auto de prisão em flagrante) não foi praticado, quando deveria ser. Caso não fosse lavrado o APF, incidiria o § 1º do art. 317 que prevê causa de aumento de 1/3 da pena, ou seja, o § 1º é praticamente uma situação de exaurimento no delito de corrupção passiva (art. 317, CP). 

    Corrupção passiva

    Art. 317, CP - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

    Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

     § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

  • JF, a questão é simplesmente o verbo empregado na questão.
    Exigir - Concussão,

    Solicitar ou Receber - Corrupção Passiva.

  • Mapa Mental - corrupção passiva

    http://blog.mapasequestoes.com.br/wp-content/uploads/2014/02/Corrup%C3%A7%C3%A3o-Passiva-MapasQuest%C3%B5es-para-Concursos-P%C3%BAblicos.png

  • “A”, delegado de polícia, solicita a “B”, conduzido à delegacia em razão de ter sido flagrado em prática supostamente ilícita, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para não lavrar o auto de prisão em flagrante. “B” não efetua o pagamento, e o auto de prisão em flagrante é lavrado por “A”. Nessa situação hipotética, “A” 


    a) Apropriar-se ... Art 312

    b) Retardar ou deixar de praticar ...Art 319

    c) Solicitar ou receber ... Art 317 Correta

    d) Deixar ... Art 320

    e) O simples fato de solicitar já caracteriza o crime de corrupção passiva.

  • Corrupção passiva

     

    Art. 317, CP - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

    Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

     § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

  • A conduta descrita no enunciado é a de solicitar vantagem econômica em razão do exercício de uma função pública.

    Tal conduta é uma das formas de consumação do crime de corrupção passiva, descrito no artigo 317 do CP:

    Corrupção passiva
    Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
    Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
    § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
    § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
    Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

    Para consumação desse crime, basta que o agente solicite a vantagem, sendo indiferente o efetivo recebimento da vantagem.

    Quanto às alternativas A, B e D, não há correspondência entre a conduta descrita e a tipicidade do crime descrito.

    Gabarito do Professor: C

  • Como corrupção passiva é crime FORMAL, basta a solicitação da vantagem indevida para que seja configurado o delito, não sendo necessário o resultado (aquisição da vantagem indevida).

     

    Bons estudos. Confie e ore a Deus.

  • É tão rápido que não da nem para perceber, olha só...

     

                         SolicitouConsumou

     

                           ExigiuConsumou

     

    ...estão tão ligados um com o outro que resolvi nem dar espaço.

     

    É O SIMPLES QUE DÁ CERTO

  • Resposta ´´Alternativa C´´.

    Praticou o crime de corrupção passiva.

  • C. praticou o crime de corrupção passiva.

  • “A”, delegado de polícia, solicita a “B”, conduzido à delegacia em razão de ter sido flagrado em prática supostamente ilícita, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para não lavrar o auto de prisão em flagrante. “B” não efetua o pagamento, e o auto de prisão em flagrante é lavrado por “A”. Nessa situação hipotética, “A”

    praticou o crime de corrupção passiva.

  •    Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

           Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

           § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

           § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

    Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.


ID
1058974
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Considere as afirmativas a seguir, em relação aos crimes praticados por funcionário público contra a Administração.

I - Constitui pressuposto material a anterior posse do dinheiro, do valor ou de qualquer outro bem móvel, público ou particular, em razão do cargo ou função, nos crimes de peculato-apropriação e peculato-desvio, em suas formas dolosas.

II - No crime de corrupção passiva, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

III - Para a consumação do crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações, exige-se a comprovação do efetivo prejuízo à Administração ou a terceiro.

IV - O abandono de função pública de que resulta prejuízo ao patrimônio público não é crime de menor potencial ofensivo.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alternativa "A"

    I - Correta. O dispositivo legal faz expressa menção ao dinheiro, valor (p. ex.: letras de câmbio, apólices, notas promissórias etc.) ou qualquer bem móvel (veículo, computador, celular etc.), de natureza pública ou privada, de que tem o funcionário público a posse em razão do cargo.

    II - Correta. É o que dispões o § 1º do art. 317 do CP, segue:  § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

    III - Errada. Por ser crime formal, para a consumação do crime do art. 313-B do CP, basta basta a pratica do verbo do tipo: modificar ou alterar. Segue: Art, CP - 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. 

    IV - Errada. É crime de menor potencial ofensivo. Segue: Art. 323, CP - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. § 1º - Se do fato resulta prejuízo público: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. § 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira: Pena - detenção, de um a três anos, e multa

    Art. 61, Lei 9.099/95 -  Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.

  • perguntar o "quantum"da pena é muita falta de criatividade..

  •  I  - Constitui pressuposto material a anterior posse do dinheiro, do valor ou de qualquer outro bem móvel, público ou particular, em razão do cargo ou função, nos crimes de peculato-apropriação e peculato-desvio, em suas formas dolosas. 

      É pressuposto do crime de peculato a posse do valor ou do bem móvel que o agente tenha EM RAZÂO DO CARGO, sendo que na ausência dessa facilidade que lhe proporciona o cargo  não há de se falar em peculato,

    II - No crime de corrupção passiva, a pena é aumen- tada de 1/3 (um terço) se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. 

    Correta, pura decoreba de texto de lei.

    III - Para a consumação do crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações, exige-se a comprovação do efetivo prejuízo à Administração ou a terceiro.

    Ora, a consumação do crime se dá pela simples modificação ou alteração, sendo o resultado mero exaurimento.

    IV - O abandono de função pública de que resulta prejuízo ao patrimônio público não é crime de menor potencial ofensivo. 

    Só para lembrar os crimes de menor potencial ofensivo são aqueles que penas máximas de até 2 anos.

    No crime de abandono de cargo e função não chega a isso, vejamos;

    Abandono de função

      Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:

      Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

      § 1º - Se do fato resulta prejuízo público:

      Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

      § 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:

      Pena - detenção, de um a três anos, e multa.



  • Pegadinha das boas.

  • O crime de abandono de função, em regra, é da alçada do Juizado Especial Criminal, exceto se ocorrer em lugar compreendido na faixa de fronteira, uma vez que a pena, nesse caso, será de detenção de de um a três anos, e multa.

  • Tanta coisa pra gravar, impossível o indivíduo saber todas as quantidades de pena do CP e legislação especial. 

  • Abandono de função

            Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:

            Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. --> MENOR POTENCIAL OFENSIVO

            § 1º - Se do fato resulta prejuízo público:

            Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. --> MENOR POTENCIAL OFENSIVO

            § 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:

            Pena - detenção, de um a três anos, e multa. --> não é crime de menor potencial ofensivo, pois a pena em abstrato é superior a um ano. 

  • Analisemos as assertivas constantes do enunciado:

    As figuras do peculato apropriação e do peculato desvio estão descritas no caput do artigo 312 do CP
     
    Peculato

    Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
    Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    Constitui pressuposto desse crime que o agente possua a posse anterior do dinheiro, o que observa da própria redação do tipo legal. Caso não haja a posse anterior, pode ser hipótese de peculato furto, descrito no §1º do artigo 312:

    § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

    Assim, a assertiva I está correta.

    A assertiva II também está correta, uma vez que seu teor se coaduna com o disposto no artigo 317, §1º do CP:

    Corrupção passiva
    Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
    Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
    § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

    A assertiva III está incorreta, pois não é necessário o prejuízo à administração pública para consumação de tal crime:

    Inserção de dados falsos em sistema de informações       

    Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:     
    Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

    A assertiva IV está incorreta, pois o crime de abandono de função é de menor potencial ofensivo, uma vez que sua pena máxima é inferior a 2 (dois) anos:
     
    Abandono de função

    Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
    Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
    § 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
    Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
    § 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
    Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

    Art. 61 da Lei 9.099/95.  Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.

    Gabarito do Professor: A

  • O item IV foi de uma crueldade muito grande. Vou chorar aqui e tentar não errar no dia da prova.

     

    Vida longa e próspera, C.H.

  • Se não decorar as penas dos delitos, nem tenta...

  • A. Apenas I e II.

    Art. 323, CP - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei: 

    Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. 

    § 1º - Se do fato resulta prejuízo público: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 

    § 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira: Pena - detenção, de um a três anos, e multa

    Art. 61, Lei 9.099/95 - Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.

  • ABANDONAR CARGO FORA DOS CASOS PERMITIDOS EM LEI : 15 DIAS A 1 MES , OU MULTA

    RESULTANDO PREJUIZO PUB.:  3 M A 1 ANO + MULTA

     FRONTEIRA: 1 A 3 ANOS + MULTA

    MENOR POTENCIAL OFENSIVO: PENA MAXIMA ATÉ 2 ANOS

     

  • Alternativa A

    I - Constitui pressuposto material a anterior posse do dinheiro, do valor ou de qualquer outro bem móvel, público ou particular, em razão do cargo ou função, nos crimes de peculato-apropriação e peculato-desvio, em suas formas dolosas.  

    • Afirmação correta, já que a modalidade do crime de Peculato que não exige a anterior posse em razão do cargo ou função do funcionário é o Peculato Furto (Art. 313, §1°).

    II - No crime de corrupção passiva, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.  

    • Afirmação correta, nos termos do art. 317, §1°

    III - Para a consumação do crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações, exige-se a comprovação do efetivo prejuízo à Administração ou a terceiro.  

    • Trata-se de um crime formal, não sendo necessário o efetivo prejuízo à Administração ou a terceiro. Consuma-se o crime com o simples ato de modificar ou alterar sistema de informações sem autorização.

    IV - O abandono de função pública de  que resulta prejuízo ao patrimônio público não é crime de menor potencial ofensivo

    • Crimes de menor potencial ofensivo são aqueles cuja pena máxima não ultrapasse 2 anos de privação de liberdade. Sendo assim, o crime em questão é considerado crime de menor potencial ofensivo, tendo em vista a pena prevista no art. 323, §1° (detenção, de 3 meses a 1 ano, e m multa)

ID
1058977
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Funcionário público que, no intuito de vingar-se de seu desafeto, retarda, indevidamente, ato de ofício que deveria praticar responderá por

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alternativa "B"

    Perceba que houve um sentimento pessoal (ou seja, vingar-se de seu desafeto), por parte do funcionário público. Em razão desse sentimento, o intraneus, dolosamente retardou, de modo indevido, ato de ofício, no qual deveria ter praticado. Sem dúvida, ocorreu o delito de prevaricação.

    Prevaricação

    Art. 319, CP - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

    Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

  • Mapa mental prevaricação

    http://deolhoemconcursos.blogspot.com.br/2012/01/mapa-mental-prevaricacao.html

    Bons estudos!


  • Palavra chave é "Vingar-se", ou seja, agiu pela emoção

  • A conduta descrita no enunciado é a de retardar indevidamente ato que deveria praticar de ofício, para satisfazer sentimento pessoal, a qual corresponde ao crime de prevaricação:

    Prevaricação
    Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
    Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

    As demais alternativas estão incorretas, por ausência de correspondência legal entre a conduta e o crime nelas previsto.

    Gabarito do Professor: B

  • O crime de prevaricação (art. 319) é chutar o balde do princípio da impessoalidade na Administração Pública Hehehe

     

    Vida longa e próspera, C.H.

  • vingança = sentimento pessoal, portanto, se trata de prevaricação.

  •  

    VINGAR-SE DE SEU DESAFETO ( = SENTIMENTO PESSOAL) + RETARDAR, INDEVIDAMENTO ATO DE OFICIO= PREVARICAÇÃO.

     Galera, atentem-se para os verbos e, se for o caso, interpretem a questão imaginando o fato. Impossivel errar. 

  • Resposta ´´Alternativa B´´.

    Responderá por prevaricação.

  • B. prevaricação.

    Art. 319, CP - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

    Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

  • VINGANÇA - SENTIMENTO PESSOAL.

  • GABARITO: B

    Prevaricação

    Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

    Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

  • Prevaricação é o crime cometido por um funcionário público que usa o seu cargo e poder para satisfazer interesses pessoais, atrasando ou deixando de praticar as suas funções de ofício.


ID
1058980
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Em relação a citações e intimações, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  •  a) Nos termos da Lei do Juizado Especial Criminal, a citação será por correspondência, com aviso de recebimento pessoal, ou no próprio Juizado, sempre que possível. ERRADA

    Resposta - Lei 9099/95 Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado.


    b) De acordo com a Lei n.º 11.340/2006, a ofendida terá ciência dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, através da intimação do advogado constituído ou do defensor público. ERRADA

    Resposta - A ciência será dada pessoalmente à ofendida através de notificação e sem prejuízo da intimação do advogado/defensor.   Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do defensor público.


    c) É nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal mas não transcreve o inteiro teor da denúncia ou queixa. ERRADA.

    Resposta -Súmula 366 STF: "NÃO É NULA A CITAÇÃO POR EDITAL QUE INDICA O DISPOSITIVO DA LEI PENAL. EMBORA NÃO TRANSCREVA A DENÚNCIA OU QUEIXA, OU NÃO RESUMA OS FATOS EM QUE SE BASEIA."


    d) De acordo com a lei do Juizado Especial Criminal, quando o réu encontrar-se em local incerto ou não sabido, será citado por edital. ERRADA.

    Resposta -  Lei 9099/95 Art. 66. Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei.

    e) Nos termos do Código de Processo Penal, o defensor constituído é intimado por publicação, por intermédio do órgão que dá publicidade aos atos judiciais em cada comarca; a intimação do defensor nomeado é pessoal, assim como pessoal é a intimação do Ministério Público. CERTA.

    Resposta - CPP Art. 370, §1° e §4°.

  • A 'd" diz assim:  

    "d) De acordo com a lei do Juizado Especial Criminal, quando o réu encontrar-se em local incerto ou não sabido, será citado por edital."

    Ora, o amigo disse que estava errada, porque segundo a lei dos JECC´s, ela será enviada para a Justiça comum, neste caso de réu em local incerto e não sabido. Porém, se está em local incerto e não sabido, então é claro que deverá ser citado por edital na Justiça comum. E aí? Não fica confusa? Porque ao final, o resultado será exatamente o mesmo.

    Cuidado amigos, para não serem confundidos!




  • A despeito do comentário do colega Hije, a alternativa "d" está errada mesmo.
    É que, embora os autos sejam encaminhados à Justiça Comum e lá o réu acaba sendo citado por edital, não podemos esquecer que a alternativa pede "De acordo com a lei do Juizado Especial Criminal". Ou seja, a alternativa requer o que se encontra expresso na Lei nº 9.099/95, que determina no art. 66, parágrafo único: "Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei."
    Desse modo, a alternativa está errada porque de acordo com a Lei dos Juizados Especiais os autos serão encaminhados à Justiça Comum e, a partir de então, o processo será regulado pelo CPP, o qual sim prevê a citação por edital.

  • Gabarito: E.

    Não sei se alguém interpretou mal como eu, mas o "defensor nomeado" que a letra "E" se refere é o nomeado pelo juiz, e não pela própria parte. Portanto, realmente a intimação, nesse caso, é pessoal. Se fosse defensor (advogado) nomeado a livre critério pelo próprio réu, a intimação não seria pessoal.

    GUILHERME NUCCI a respeito do art. 370, § 4, do CPP: "Defensor dativo: é o defensor nomeado para patrocinar os interesses dos acusado. Equipara-se ao defensor público, que, também por lei, deve ser intimado pessoalmente dos atos processuais." Código de Processo Penal Comentado, ed. 2009, pág. 680.

  • Se o patrono é constituído pelo réu, aquele é intimado pela imprensa oficial; o advogado nomeado pelo juízo (defensor público e dativo) e o MP serão intimados pessoalmente.


    PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. 1. CÂMARA FORMADA MAJORITARIAMENTE POR JUÍZES DE PRIMEIRO GRAU CONVOCADOS. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL. INOCORRÊNCIA. RESSALVA DO ENTENDIMENTO DA RELATORA. 2. FALTA DE INTIMAÇÃO DO DEFENSOR CONSTITUÍDO PARA O JULGAMENTO DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. INOCORRÊNCIA. REGULAR INTIMAÇÃO PELO DIÁRIO DA JUSTIÇA. MATÉRIA PRECLUSA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. 3. ORDEM DENEGADA.
    1. Os julgamentos de recursos proferidos por Câmara composta, majoritariamente, por juízes de primeiro grau não são nulos, eis que não violam o princípio do juiz natural. Ressalva do entendimento da relatora.
    2. A obrigatoriedade da intimação pessoal do defensor público ou dativo não se estende ao patrono constituído pelo réu, que deve ser comunicado do julgamento da apelação pelo órgão oficial de imprensa.
    Precedente.
    Não há nulidade absoluta pela ausência de intimação do defensor para sessão de julgamento do recurso em sentido estrito, se evidenciada a constituição de advogado particular pelo réu, com regular publicação da pauta de julgamento no Diário da Justiça.
    2. Ordem denegada.
    (HC 174.380/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 01/09/2011, DJe 19/09/2011)

  • Caí na desatenção de pensar que advogado nomeado era a mesma coisa que constituído. Agora eu sei rsrs

  • a) <errada> De acordo, com o artigo 18, I da lei 9099/95: a citação far-se-á por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria.

    b) <errado> Conforme o art. 21 da lei mencionada,  a ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do defensor público.

    c) <errado> No artigo 365 do CPP, indica o que será necessário que conste no edital de citação: e lá, não consta que é necessário transcrever o inteiro teor da denúncia ou queixa.

    d) <errado> Conforme o artigo 18, parágrafo 2 da lei 9099/95, não será possível a citação por edital.

    e) <correta> Sob a luz do artigo 370, nos seus parágrafos 1 e 4 do CPP.


  • Com todo respeito ao Colega Leandro Paiva, penso que a justificativa que ele deu para o erro da letra "A" está equivocada.

    A justificativa do erro é o art. 66 da Lei 9099 (que trata da seara criminal) e não o art. 18 do mesmo diploma legal (que trata da cível).

    Lei 9099/95 Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado.

  • RESPOSTA E 

    Como todo mundo falou, mas ninguém colocou, aí está a minha contribuição:



     Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior.

      § 1o A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado.

      § 2o Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo. 

      § 3o A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude o § 1o

      § 4o A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal. 


  • Quanto à assertiva "a" - ERRADA:


    Segundo Renato Brasileiro (Legislação Criminal Especial Comentada):

    "Nos mesmos moldes do que ocorre no âmbito do CPP, a citaçaõ nos Juizados também deve ser feita pessoalmente pelo menos em regra. (...)

    Não se admite citação pelo correio, nem tampouco citação por e-mail ou telefone. Além disso, segundo disposição expressa da Lei n° 11.419/06 (Art. 6°), que dispõe sobre  a informatização do processo judicial, NÃO se admite a citação eletrônica no âmbito do JECrim".

    Obs1: Não cabe citação por edital, nem Citação por Carta Rogatória.

    Obs2: CABE citação por Carta Precatória e citação por Hora Certa (Enunciado 110, FONAJE).

  • Gabarito:  E

     

    a) Nos termos da Lei do Juizado Especial Criminal, a citação será por correspondência, com aviso de recebimento pessoal, ou no próprio Juizado, sempre que possível. ERRADA

    Resposta - Lei 9099/95 Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado.

     

    b) De acordo com a Lei n.º 11.340/2006, a ofendida terá ciência dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, através da intimação do advogado constituído ou do defensor público. ERRADA

    Resposta - A ciência será dada pessoalmente à ofendida através de notificação e sem prejuízo da intimação do advogado/defensor.   Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do defensor público.

     

    c) É nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal mas não transcreve o inteiro teor da denúncia ou queixa. ERRADA.

    Resposta -Súmula 366 STF: "NÃO É NULA A CITAÇÃO POR EDITAL QUE INDICA O DISPOSITIVO DA LEI PENAL. EMBORA NÃO TRANSCREVA A DENÚNCIA OU QUEIXA, OU NÃO RESUMA OS FATOS EM QUE SE BASEIA."

     

     

    d) De acordo com a lei do Juizado Especial Criminal, quando o réu encontrar-se em local incerto ou não sabido, será citado por edital. ERRADA.

    Resposta -  Lei 9099/95 Art. 66. Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei.

     

    e) Nos termos do Código de Processo Penal, o defensor constituído é intimado por publicação, por intermédio do órgão que dá publicidade aos atos judiciais em cada comarca; a intimação do defensor nomeado é pessoal, assim como pessoal é a intimação do Ministério Público. CERTA. CPP Art. 370, §1° e §4°.

     

    Bons estudos

  • DAS INTIMAÇÕES

            Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)

            § 1o  A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. (Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)

            § 2o  Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)

            § 3o  A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude o § 1o.  (Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)

            § 4o  A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal.  (Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)

            Art. 371.  Será admissível a intimação por despacho na petição em que for requerida, observado o disposto no art. 357.

            Art. 372.  Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará desde logo, na presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos.

  • E) CPP. Art. 370.  § 1o A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente FAR-SE-Á POR PUBLICAÇÃO NO ÓRGÃO INCUMBIDO DA PUBLICIDADE DOS ATOS JUDICIAIS DA COMARCA, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado.   
    4o A INTIMAÇÃO do Ministério Público e do defensor nomeado SERÁ PESSOAL.

     

  • Pra não ter dúvida mais entre defensor nomeado e defensor constituído:

    Defensor nomeADO pelo estADO....

  • CPP​   -   Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será FEITA POR MANDADO CUMPRIDO POR OFICIAL DE JUSTIÇA OU EDITAL.

     

           A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca - DJE -, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. 

     

     

           Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal - AR -, ou por qualquer outro meio idôneo - CABE AQUI INTIMAÇÃO DOS ADVOGADOS E DO ASSISTENTE DE FORMA ELETRÔNICA.

            § 3o  A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude o § 1o

     

            § 4o  A intimação do Ministério Público, DP, e do defensor nomeado (CURADOR ESPECIAL) será pessoal.  

     

            Art. 371.  Será admissível a intimação por despacho na petição em que for requerida, observado o disposto no art. 357.

            Art. 372.  Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará desde logo, na presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos.

  • Acerca do que dispõe a legislação sobre as alternativas, vejamos cada uma, iniciando pelas incorretas.

    A alternativa A está incorreta, uma vez que, nos Juizados Especiais Criminais:

    Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado.

    A alternativa B está incorreta, pois a ofendida será notificada de tais atos, bem como será expedida intimação ao seu advogado constituído ou ao defensor público:

    Art. 21.  A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do defensor público.

    Parágrafo único.  A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor.

    A alternativa C está incorreta, pois são os requisitos do edital para citação, de acordo com o CPP:

    Art. 365.  O edital de citação indicará:

            I - o nome do juiz que a determinar;

            II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem como sua residência e profissão, se constarem do processo;

            III - o fim para que é feita a citação;

            IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer;

            V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se houver, ou da sua afixação.

    A alternativa D está incorreta, pois não se admite citação por edital no âmbito dos Juizados Especiais Criminais. Na hipótese do acusado não ser encontrado, o juiz encaminhará as peças do processo ao juízo comum.

    Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado.

            Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei.

    A alternativa E está correta, pois prevê corretamente as normas de citação e intimação do defensor constituído, do nomeado e do Ministério Público:

    Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior.

            § 1o  A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. 

       § 2o  Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo.               

            § 3o  A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude o § 1o.

            § 4o  A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal.    

    Gabarito do Professor: E

  • GABARITO - - - - - E

  • Súmula 366 STF - Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia.

  • INTIMAÇÃO NO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (370, §§1º e 4º, CPP)

    INTIMAÇÃO - ÓRGÃO

    defensor constituído

    advogado do querelante

    advogado do assistente

    INTIMAÇÃO - PESSOAL

    Ministério Público

    defensor nomeado

    INTIMAÇÃO DA DECISÃO DE PRONÚNCIA (420 CPP)

    INTIMAÇÃO - PESSOAL

    acusado

    defensor nomeado

    Ministério Público;

    INTIMAÇÃO - ÓRGÃO

    defensor constituído

    querelante

    assistente

    INTIMAÇÃO - EDITAL

    acusado solto que não for encontrado.

    INTIMAÇÃO NO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL (67 JECRIM)

    1 - correspondência, com aviso de recebimento pessoal

    2 - por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória

    3 - qualquer meio idôneo de comunicação

  • Alguém, por favor, pode me esclarecer o significado de "sem prejuìzo da intimação"?

  • O erro da alternativa "A" se deve à seguinte redação da Lei 9.099/95:

    Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado.

    Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei.

  • E. Nos termos do Código de Processo Penal, o defensor constituído é intimado por publicação, por intermédio do órgão que dá publicidade aos atos judiciais em cada comarca; a intimação do defensor nomeado é pessoal, assim como pessoal é a intimação do Ministério Público. correta

    Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior.

    § 1° A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado.

    § 2° Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo. 

    § 3° A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude o § 1°. 

    § 4° A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal.

  • Gabarito: E

    Defensor constituído, advogado do Querelante e Assistente- Citacão através de publicação no Órgão incumbido da publicidade.

    Defensor nomeado e MP- Citação pessoal.

    Fundamento: Artigo 370.

  • Defensor nomeado Ministério publico (intimação pessoal)

    Defensor constituído Advogado do querelante e Assistente (publicação no órgão)

  • Em relação a citações e intimações, é correto afirmar que:

    Nos termos do Código de Processo Penal, o defensor constituído é intimado por publicação, por intermédio do órgão que dá publicidade aos atos judiciais em cada comarca; a intimação do defensor nomeado é pessoal, assim como pessoal é a intimação do Ministério Público.


ID
1058983
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Acerca do procedimento comum ordinário, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Art. 396 CPP -  Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado par responde à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias.

    Paragrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.

  • art.403, paragrafo 3, CPP LETRA A



  • A resposta é letra "D", pois depois do

     juiz rejeitar, ele manda citar o réu...

  • Princípio da identidade física do juiz no direito processual penal: 

    “Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. 

    § 2o  O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.” (Redação dada pela Lei 11.719, de 2008).

  • Na letra B,que está incorreta, menciona o comparecimento do acusado ou do defensor constituído , mas a citação por edital feita pelo juiz solicita que somente o acusado deva apresentar resposta da acusação(então o acusado solicita ao seu defensor que faça isto, mas nada disso é mencionado nos artigos de instrução criminal).

    Os artigos citados no parágrafo quarto é nada mais que o começo da aplicação da solução das  diligências do processo.


    DA INSTRUÇÃO CRIMINAL

    ·   Art. 363.  Oprocesso terá completada a sua formação quando realizada a citação doacusado. (Redação dada pelaLei nº 11.719, de 2008).

    · 

    ·   I - (revogado); (Redação dada pelaLei nº 11.719, de 2008).

    ·   II - (revogado). (Redação dada pelaLei nº 11.719, de 2008).

    ·  § 1o  Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citaçãopor edital. (Incluídopela Lei nº 11.719, de 2008).

    ·   § 2o (VETADO)(Incluído pela Lei nº11.719, de 2008).

    ·   § 3o (VETADO)(Incluído pela Lei nº11.719, de 2008).

    ·  § 4o  Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquertempo, o processo observará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código. (Incluídopela Lei nº 11.719, de 2008).


  • d) "Oferecida a denúncia, se o juiz não a rejeitar liminarmente, recebe-la-á e designará dia e hora para a realização do interrogatório, ocasião em que o acusado deverá estar assistido por defensor."

    O juiz designará dia e hora para ser realizada a audiência, que será realizada no prazo máximo de 60 dias. Nessa audiência o juiz ouvirá primeiro o ofendido, depois testemunhas, depois peritos, fará acareações e reconhecimentos de pessoas e coisas, para fazer, por último, o interrogatório do acusado. 

  • a) certa - art. 403, §3ª, CPP. o juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 dias para proferir a sentença.

    b) certa - art.396, §ú, CPP. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal  do acusado ou do defensor constituído.

    c) certa - art. 399, §2º, CPP.O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.

    d) errada - art.399, caput, CPP.Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente.

    e) certa - art.401, caput e §1º,CPP.Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. 

    § 1º. Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas.

  • ERRO D - o juiz designará a intimação do acusado e designará dia e hora para a audiência.

  • Após receber a denúncia, o juiz ordenará a citação do acusado, que deve responder à acusação por escrito, no prazo de 10 dias.

  •  Art. 396.  Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias

  •       Art. 361.  Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo DILATÓRIO de 15 (quinze) dias.

     

            Art. 362.  Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida no Código de Processo Civil. 

            Parágrafo único.  Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo.

     

            Art. 363.  O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado.

      

            § 1o  Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital. 

     

          

            § 4o  Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, o processo observará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código. 

     

            Art. 365.  O edital de citação indicará:

            I - o nome do juiz que a determinar;

            II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem como sua residência e profissão, se constarem do processo;

            III - o fim para que é feita a citação;

            IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer;

            V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se houver, ou da sua afixação.

     

            Parágrafo único.  O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo e será publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial que a tiver feito e a publicação provada por exemplar do jornal ou certidão do escrivão, da qual conste a página do jornal com a data da publicação.

     

            Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.  SE PRESECREVE EM 8 ANOS, SUSPENDE-SE POR 8 ANOS E DEPOIS VOLTA A CORRER O PRAZO

  • A) Art. 403.  § 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 DIAS sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 DIAS para proferir a sentença. 

    B)  Art. 396.  Parágrafo único.  No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.

    C) ---

    D)   Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusadode seu defensordo Ministério Público SE FOR O CASO, do querelante e do assistente. [GABARITO]

    E) Art. 401.  Na instrução poderão ser inquiridas ATÉ 8 testemunhas arroladas pela acusação e 8 pela defesa

  • GABARITO D 

     

     Oferecida a denúncia ou queixa, se o juiz não a rejeitar liminarmente, ordenará a citação o acusado para que ele responda a acusação, por escrito, no prazo de 10 dias. 

     

    Hipóteses de rejeição liminar (4)

     

    (I) inepta

    (II) falta pressuposto processual

    (III) falta condição para o exercício da ação penal 

    (IV) falta justa causa para o exercicio da ação penal 

     

    Hipóteses de abolvição sumária (art. 397) - PCI 

     

    (I) excludente de ilicitude do fato 

    (II) excludente de culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade

    (III) o fato narrado não constitui infração penal 

    (IV) extinta a punibilidade do agente

     

  • A alternativa A está correta, eis que se coaduna com o disposto no artigo 403, §3º do CPP:

    Art. 403.  Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença.      

            § 1o  Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.        

            § 2o  Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa.

            § 3o  O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.    

    A alternativa B está correta, nos termos do artigo 396, parágrafo único:

    Art. 396.  Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.                    

            Parágrafo único.  No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.   

    A alternativa C está correta, uma vez que tal princípio rege o direito processual penal e está positivado no artigo 399, §2º:

    Art. 399.  Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente.

            § 1o  O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação.

            § 2o  O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.  

    A alternativa E está correta, conforme dispõe o artigo 401:

    Art. 401.  Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa.

            § 1o  Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas.

            § 2o  A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Código.           

    A alternativa incorreta e que, portanto, deve ser assinalada, é a de letra D, tendo em vista que, após o recebimento da denúncia, o juiz deve determinar a citação do acusado:

    Art. 396.  Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.     

    Gabarito do Professor: D

  • Sumário e ordinário : juiz recebe denúncia:  rejeita ou não( pressuposto, causa, inepta). Se não rejeita  : citação para acusado responder em dez dias.  Se não responder , nem constituir defesor, será nomeado defensor com 10 dias para vistas.  Se apresentar resposta, o juiz avalia se absolve ou não sumariamente( não for crime, excludentes ilicitude, culpabilidade, exceto inimputabilidade;prescrição). Depois, juiz tem marcar audiência em até 60 dias.Na audiência ouvirá todos, ( O acusado por último, sempre) e  o perito ( a requerimento das partes). Após o debate , ao final, poderão ser solicitadas diligência . Sem diligências ,  de ofício ou requerimento e ,  se for complexo ou pelo número de acusados, concederá 5 dias sucessivos para apresentar alegações finais por escrito, tendo 10 para setenciar.  Caso contrário, as alegações serão orais( 20 min para cada lado, + 10 min a critério do juiz, + 10 min  para defesa, se o assist se manifestar) , devendo proferir setença.  

  • D. Oferecida a denúncia, se o juiz não a rejeitar liminarmente, recebe-la-á e designará dia e hora para a realização do interrogatório, ocasião em que o acusado deverá estar assistido por defensor. INCORRETA

  • Art. 396 CPP: Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).


ID
1058986
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Considerando o procedimento do Tribunal do Júri, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 415.  O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:

      I – provada a inexistência do fato;

      II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; 

      III – o fato não constituir infração penal;

      IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.

      Parágrafo único.  Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva.

    Quando a única tese de defesa for a a inimputabilidade, o juiz, uma vez provada esta, poderá absolver o réu, cominando-lhe a respectiva medida de segurança.

    art. 416. Contra sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá APELAÇÃO.


  • CPP

    Art. 383.  O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. 

  • Letra a -   A pronúncia pressupõe que o juiz se convença da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria: "Art. 413.  O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação"

    Letra b - As agravantes não aparecem na decisão de pronúncia. "art. 413, § 1o  A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena."

    Letra c - "Art. 415, Parágrafo único.  Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva."

    Letra d - "art. 416. Contra sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação". Macete para decorar: contra aquelas decisões que começam com vogal (impronúncia e absolvição), cabe recurso que começa com vogal também (apelação).

    Letra d - "Art. 383.  O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave."

     

  • A opção "E" trata do instituto do "emendatio libelli", que nada mais é do que uma nova definição do juiz, que, após análise dos fatos contidos na peça acusatória, denúncia ou queixa, procede à subsunção ao tipo penal que considere mais correto do que aquele inicialmente imputado pelo MP ou querelante.


  • 415.

    I - provada inexistência do fato.

    II - provado não ser ele o autor ou partícipe do fato.

    III - o fato não constituir infração penal.

    IV - demonstrada causa de isenção de pena ou exclusão de crime.

  • RESPOSTA C

  • GABARITO C 

     

    ERRADA - Deverá absolver sumariamente. São hipóteses de absolvição sumária: (I) inexistência do fato (II) não é autor nem partícipe (III) o fato não constitui infração penal (IV) isenção de pena (V) exclusão de crime - Recebida a denúncia pelo crime de homicídio, o juiz, após regular instrução probatória, caso não se convença da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação do acusado, deverá, considerando o princípio in dubio pro societate, pronunciar o acusado.

     

    ERRADA - A decisão da pronúncia se limitará: (I) indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação (II)  o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado (III) circunstâncias qualificadoras (IV) causas de aumento de pena  - A fundamentação da decisão de pronúncia será limitada à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras, as causas de aumento de pena e as circunstâncias agravantes.

     

    CORRETA - São hipóteses de abolvisão sumária: (I) inexistência do fato (II) não é autor nem partícipe (III) o fato não constitui infração penal (IV) isenção de pena (V) exclusão de crime. Não se aplicam os itens IV e V ao caso de ininputabilidade, salvo quando for a única tese defensiva  O juiz, ao término da primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, poderá absolver o acusado considerando a sua inimputabilidade, desde que esta seja a única tese defensiva.

     

    ERRADA - Contra decisão de impronúncia e absolvição sumária caberá APELAÇÃO. Contra decisão de pronúncia caberá RESE - - O recurso cabível para atacar a sentença de impronúncia é o recurso em sentido estrito.

     

    ERRADA - Poderá dar definição diversa sim. - O juiz não poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação que importe em pena mais grave ao acusado.

  •  

    Juiz não se convenceu da materialidade do fato ou faltou indícios suficientes de autoria ou de participação do acusado, ... FUNDAMENTADAMENTE O IMPRONUNCIARA

     

    O juiz, ao término da primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, poderá absolver o acusado considerando a sua inimputabilidade, desde que esta seja a única tese defensiva.

     

    impronúncia é  APELAÇÃO

    pronuncia é RESE (reza meu filho que vc vai a plenário) Se frufru!!

     

    O juiz PODERÁ dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação AINDA que importe em pena mais grave ao acusado.

  • Acerca da primeira fase do procedimento do tribunal do júri, vejamos o que dispõe o CPP:

    A alternativa A está incorreta, pois em tal hipótese o juiz deve impronunciar o acusado, não podendo ser aplicado o in dúbio pro societate.

    Art. 414.  Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.         

    A alternativa B está incorreta, eis que o juiz não deve declarar as circunstâncias agravantes no momento da pronúncia.

    Art. 413.  O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação.                

            § 1o  A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena.

         A alternativa D está incorreta, pois o recurso cabível em tal hipótese é o de apelação.

    Art. 416.  Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação.      

    A alternativa E está incorreta, pois o juiz possui tal faculdade, denominada emendatio libelli

    Art. 418.  O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito a pena mais grave.     

    A alternativa correta é a de letra C, nos termos do artigo 415, parágrafo único.

    Art. 415.  O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:               

            I – provada a inexistência do fato;

            II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato;

            III – o fato não constituir infração penal;

            IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.

            Parágrafo único.  Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva.

    Gabarito do Professor: C

  • LETRA E - ERRADA

    Código de Processo Penal:

     Art. 418.  O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito a pena mais grave.

  • Prezados, não entndi porque a B está incorreta..

  • @Stéfani Scotta

     

    A alternativa "B" está errada na parte em que inclui "circunstâncias agravantes". No procedimento do Júri, tais agravantes não são incluídas na decisão de Pronúncia, mas sim alegadas nos debates pela Acusação.. assim como Defesa alega eventuais atenuantes. Conforme:

     

    Art. 492.  Em seguida, o presidente proferirá sentença que:
    I – no caso de condenação:
    b) considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas nos debates

     

    Essa questão das agravantes é distinta do que ocorre no Procedimento Comum, em que o Juiz pode considerar agravantes mesmo que o MP não tenha alegado nenhuma. Conforme:

     

    Art. 385.  Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.

     

    Por isso, é preciso ter a atenção de observar se o caso, na questão, é ou não sobre o Júri.

  • Acerca da primeira fase do procedimento do tribunal do júri, vejamos o que dispõe o CPP:


    A alternativa A está incorreta, pois em tal hipótese o juiz deve impronunciar o acusado, não podendo ser aplicado o in dúbio pro societate.


    Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.         


    A alternativa B está incorreta, eis que o juiz não deve declarar as circunstâncias agravantes no momento da pronúncia.


    Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação.                


           § 1o A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena.


         A alternativa D está incorreta, pois o recurso cabível em tal hipótese é o de apelação.


    Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação.      


    A alternativa E está incorreta, pois o juiz possui tal faculdade, denominada emendatio libelli


    Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito a pena mais grave.     


    A alternativa correta é a de letra C, nos termos do artigo 415, parágrafo único.


    Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:               


           I – provada a inexistência do fato;


           II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato;


           III – o fato não constituir infração penal;


           IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.


           Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva.


    *Comentário do professor.

    Gabarito do Professor: C

  • Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação.

    §1. A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena.

  • A) Recebida a denúncia pelo crime de homicídio, o juiz, após regular instrução probatória, caso não se convença da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação do acusado, deverá, considerando o princípio  in dubio pro societate, pronunciar o acusado. 

    O correto seria impronunciar, nos termos do art. 414

    B) A fundamentação da decisão de pronúncia será limitada à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras, as causas de aumento de pena e as circunstâncias agravantes. 

    Art. 413, §1° - A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena.

    C) O juiz, ao término da primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, poderá absolver o acusado considerando a sua inimputabilidade, desde que esta seja a única tese defensiva. 

    Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:

    I – provada a inexistência do fato;

    II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato;

    III – o fato não constituir infração penal;

    IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.

    Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do , salvo quando esta for a única tese defensiva. 

    D) O recurso cabível para atacar a sentença de impronúncia é o recurso em sentido estrito

    Art. 416 - Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação

    E) O juiz não poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação que importe em pena mais grave ao acusado.

    Art. 418 - O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito a pena mais grave

  • Em 20/08/21 às 09:23, você respondeu a opção C.

    Você acertou!

    Em 03/11/17 às 16:00, você respondeu a opção B.

    Você errou!

    Continue a estudar, continue a estudar, continue a estudar, estudar, estudar.

  • Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:

    I – provada a inexistência do fato;

    II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato;

    III – o fato não constituir infração penal;

    IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.

    Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de

    inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 –

    Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva.

    C) ESTA CORRETA .

  • Que questão patética. Pra começar colocam na B uma frase a mais supondo que o candidato seja uma maquina de decorar sem pensar. Por fim, a resposta correta, a C, também apresenta problema pois apenas o caso de doença mental (dentro da inimputabilidade) se enquadra para absorção sendo a tese única da defesa.

  • O Juiz PRONUNCIARÁ quando:  

    - convencido da MATERIALIDADE do fato.

    - INDÍCIOS suficientes de autoria OU participação.

     

    Cabe RESE - 5 dias

     

    Proibido ter na decisão de Pronúncia:

     - Atenuantes

      - Agravantes

     - Causa de diminuição de pena

     - Tese quanto ao concurso de crime

     

    1 Intimação PESSOALMENTE: 

     - Acusado

     - Defensor NOMEADO

     - Ministério Público

     

    2 Intimação POR PUBLICAÇÃO: 

     - Defensor Constituído

     - Querelante

     - Assistente do MP:

    => incluindo o nome do acusado sob pena de nulidade

     

    3 Intimação por EDITAL: acusado SOLTO que NÃO for encontrado.


ID
1058989
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

A primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri (juízo de formação de culpa) deverá ser concluída em até

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alternativa "B"

    Art. 412, CPP - O procedimento será concluído no prazo máximo de 90 (noventa) dias.

  • Na prática damos risada desse dispositivo!

  • 1° fase do tribunal do júri --->90 dias

    ordinário -------->60 dias

    sumário ----------> 30 dias

  • Acerca do prazo para conclusão da primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, dispõe o CPP o seguinte:

    Art. 412.  O procedimento será concluído no prazo máximo de 90 (noventa) dias.

    Gabarito do Professor: B

  • Na época, errei esta... uma questão besteirol dessas me rendeu 13 meses de atraso na nomeação... mas Deus sabe o que faz!

     

    Aos estudos! (essa eu não esqueço até as 90 próximas reencarnações)

  • B. 90 dias. correta

    Art. 412. O procedimento será concluído no prazo máximo de 90 (noventa) dias.

  • AIJ RITO ORDINÁRIO === 60 DIAS

    PRELIMINAR DO JÚRI === 90 DIAS

  • Gabarito: B

    ✏Art. 412. O procedimento será concluído no prazo máximo de 90 ( noventa) dias.

  • 30 DIAS NO SUMÁRIO

    60 DIAS NO ORDINÁRIO

    90 DIAS NA 1º FASE DO TRIBUNAL DO JÚRI

  • Hoje eu tava vendo um tribunal do juri ao vivo que o crime foi em 2008 e só hoje tava sendo a audiência rsrsrs

    as testemunhas já tinham até esquecido os fatos


ID
1058992
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Nos termos da Lei n.º 9.099/1995, que institui os Juizados Especiais Criminais, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • LETRA A ART.89 DA LEI  9099 




  • letra E art.76,parágrafo 4,da Lei 9099

  • Letra c art. 63, da Lei 9099

  • letra b art. 60,parágrafo único da Lei 9099

  • letra D art 75, parágrafo único, da Lei 9099

  • A) ERRADA. Art. 89 da Lei 9099/95. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a UM ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).

    B) CERTA. Art. 60, paragrafo unico, da Lei 9099/95. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis.

    C) ERRADA. Art. 63 da Lei 9099/95. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal.

    D) ERRADA. Art. 75, paragrafo unico, da Lei 9099/95. O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei.

    E) ERRADA. Art. 76, §4º, da Lei 9099/95. Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.

  • O erro da letra A foi mencionar a pena mínima cominada igual ou inferior a 2 anos, afinal, quando se trata de suspensão do processo, a lei fala expressamente em pena mínima igual ou inferior a 1 ano,
    Vejamos:
    Art. 89 da Lei 9099/95:
    Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena

  • A)  Art. 89. Nos crimes em que a PENA MÍNIMA cominada for igual ou inferior a 1 ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por 2 a 4 anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).



    B )Art. 60.  O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência.
     Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis.
     [GABARITO]



    C) Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal.



    D) Art. 75. NÃO obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação verbal, que será reduzida a termo.
    Parágrafo único. O não oferecimento da representação na audiência preliminar NÃO implica decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei.

     


    E) Art. 76 § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que NÃO importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de 5 anos.

  • GABARITO B

     

    ERRADA - A suspensão do processo pelo período de 2 a 4 anos só poderá ser proposta pelo MP em crimes cuja pena seja = ou inferior a 1 ano, abrangidos ou não pela 9.099. Os demais requisitos para a concessão do benefício são: (I) não esteja sendo processado (II) não tenha sido condenado por outro crime (III) não for reincidente em crime doloso (IV) os antecedentes, as circunstancias, a conduta social autorizem a concessão do benefício - Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena. 

     

    CORRETA - Na reunião de processos, perante o juizo comum ou tribunal no juri, decorrentes da aplicação das regras de conexão ( ocorre quando em 2 ou mais açãoes a causa de pedir e os pedidos são iguais) ou continencia ( ocorre quando 2 ou mais ações possuem as mesmas partes e a mesma causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange os demais), observar-se-ao os institutos da transação penal e da composição dos danos civis - A Lei n.º 9.099/1995 prevê, expressamente, a possibilidade de que os institutos da composição civil dos danos e da transação penal sejam oportunizados perante o Tribunal do Júri nos casos em que há conexão entre infração de menor potencial ofensivo e crime doloso contra a vida. 

     

    ERRADA - A compentência do JECrim será determinada pelo local em que praticada a infração penal  - A competência do juizado será determinada pelo domicílio do autor do fato. 

     

    ERRADA - Não implica decadência, podendo o ofendido oferecer dentro do prazo legal. - Nos crimes de ação penal pública condicionada à representação, o não oferecimento da representação em audiência preliminar implica a decadência do direito e a consequente extinção da punibilidade do autor do fato. 

     

    ERRADA - A transação penal NÃO importará reincidencia, não constará da certidão de antecedentes criminais e não terá efeitos civis, cabendo ao interessado propor ação no juizo civel. Será apenas registrada para impedir a concessão do benefício no prazo de 5 anos  - Acolhida pelo Juiz a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Magistrado aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que importará em reincidência e será registrada para impedir nova concessão do mesmo benefício no prazo de 5 (cinco) anos.

  • A alternativa A está incorreta, pois a suspensão condicional do processo somente é admitida em crimes cuja pena mínima seja igual ou inferior a um ano.

      Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena.

    A alternativa C está incorreta, pois tal competência será determinada pelo lugar da prática da infração penal.

        Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal.

    A alternativa D está incorreta, eis que o não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei.

    Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação verbal, que será reduzida a termo.

            Parágrafo único. O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei.

    A alternativa E está incorreta, pois tal hipótese não importará em reincidência do acusado.

       Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.

    (...)

    § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.

    A alternativa B está correta, nos termos do artigo 60, parágrafo único:

      Art. 60.  O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. 

            Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis.

    Gabarito do Professor: B

  • A - ERRADA Art. 89. Caput - Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).

    B -CERTA  Art. 60.   Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis.

    C- ERRADA- Art. 75. Parágrafo único. O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei.

    D - ERRADA Art 76  § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.

  • Gabarito Letra B

    Art. 60. Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis.

  • Errei com convicção.

  • crime doloso contra vida? n sabia...


ID
1058995
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Acerca da Lei Maria da Penha (Lei n.º 11.340/2006), assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra A art 19,parágrafo 1, da Lei  11340


    Letra E art. 23, da Lei 11340



  • Letra C art. 33, da Lei 11340


    letra D art.28, da Lei 11340







  • a) Errada. De acordo com o artigo 19, §1º, da Lei Maria da Penha: "As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado";

    b) Errada. Extrai-se do TJRS: HC 70046495388: "As medidas protetivas devem durar enquanto houver necessidade, não havendo, em conseguinte, prazo legal específico para sua duração. Igualmente, não é por meio do habeas corpus, que está diretamente relacionado ao direito de ir e vir, o meio adequado para se buscar revogar as medidas protetivas. No que diz respeito ao campo probatório, não pode ser aferido em sede de remédio heróico, que não admite dilação probatória. ORDEM DENEGADA";

    c) Errada. Segundo consta no artigo 33 da Lei Maria da Penha: "Enquanto não estruturado os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, observadas as previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela legislação processual pertinente";

    d) Correta, nos moldes do artigo 28 da Lei n. 11.340/06;

    e) Errada. Seção III (Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida) da Lei n. 11.340/06, em seu artigo 23, dispõe que: "Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: (...)". 

  • Acerca do que dispõe a Lei Maria da Penha, vejamos cada alternativa isoladamente, iniciando pelas incorretas:

    A alternativa A está incorreta, pois as medidas protetivas de urgência somente podem ser concedidas a pedido do Ministério Público ou da ofendida, nos termos do artigo 19:

    Art. 19.  As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.

    A alternativa B está incorreta, pois inexiste previsão legal no sentido de que a concessão de medida de urgência está atrelada à representação da vítima contra o agressor.

    A alternativa C está incorreta, pois “enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, observadas as previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela legislação processual pertinente" (artigo 33).


    A alternativa E está incorreta, pois é possível que o juiz decrete medidas protetivas diversas das previstas na Lei Maria da Penha.


    Art. 22.  Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
    I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
    II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
    III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
    a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
    b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;
    c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;
    IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
    V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
    § 1o  As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público.

    A alternativa D está correta, pois contém a literalidade do que dispõe o artigo 28 da Lei Maria da Penha:


    Art. 28.  É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o acesso aos serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede policial e judicial, mediante atendimento específico e humanizado.


    Gabarito do Professor: D

  • A alternativa E ficaria incorreta se afirmasse "na lei MARIA DA PENHA" por que se a tutela não for prevista na lei ele não poderá aplicá-la.

    Mas entra naquela "na lei" diferente de "em lei" ........

    Induz ao erro por que o parágrafo primeiro do artigo 22 diz "...previstas NA LEGISLAÇÃO em vigor..."

  • Resposta C:

    A letra D:

    É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o acesso aos serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede policial e judicial.

    Faltando o ATENDIMENTO ESPECÍFICO E HUMANIZADO.

  • Alternativa D

    A) As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato pelo Juiz, desde que haja prévia manifestação do Ministério Público.

    Art 19, § 1º - As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado.

    B) As medidas protetivas deferidas, em sede de cognição sumária, impõem à vítima o dever de representar criminalmente no prazo decadencial de 6 (seis) meses, sob pena de revogação das medidas.

    Não achei um artigo específico para essa alternativa, somente que não há prazo decadencial, as medidas protetivas devem duram enquanto houver necessidade.

    C) Enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, as Varas Cíveis acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher.

    Art 33 - Se refere as Varas CRIMINAIS e não CÍVEIS.

    D) É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o acesso aos serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede policial e judicial.

    CORRETA

    Art 28 - É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o acesso aos serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede policial e judicial, mediante atendimento específico e humanizado

    E) O Juiz não poderá decretar outras medidas protetivas para a mulher que não estejam previstas na lei.

    Art 23 Poderá o Juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:

    I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento;

    II - determinar a condução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do agressor;

    III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;

    IV - determinar a separação de corpos.

    Qualquer erro, por gentileza, me avise

  • As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato,independentemente de audiência das partes e de manifestação do ministério publico,devendo este ser prontamente comunicado.As medidas protetivas de urgência,como o próprio nome já diz,são urgentes,por isso podem ser concedidas independentemente de audiência das partes e de manifestação do ministério público,devendo este ser prontamente comunicado.

  • Enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, as Varas Cíveis acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher.

    Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, observadas as previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela legislação processual pertinente.

    Parágrafo único. Será garantido o direito de preferência, nas varas criminais, para o processo e o julgamento das causas referidas no caput.

  • Sobre a alternativa B

    A assertiva está MUITO equivocada, pois as medidas protetivas são instrumentos de defesa da mulher e devem perdurar enquanto existirem motivos para sua manutenção e não porque o IP foi arquivado. Seria desvirtuar a natureza cautelar da medida protetiva.

    Nesse sentido:

    A vigência das medidas protetivas da Lei Maria da Penha independe do curso da ação penal, podendo se perenizar mesmo quando o feito é arquivado por desinteresse da ofendida. Elas visam à proteção da mulher, e não a prover a instrução do processo.

    Fonte: https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/noticias/2019/junho/tjdft-decide-medida-protetiva-pode-ser-mantida-mesmo-apos-arquivamento-do-inquerito-policial


ID
1058998
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Considere as afirmações a seguir, tendo em vista as disposições do Código de Organização Judiciária do Estado.

I - Na Comarca da Capital, as funções gratificadas de Depositário Judicial e Avaliador Judicial serão exercidas por servidores judiciais, designados pelo Juiz Diretor do Foro; nas Comarcas do interior do Estado, tais funções serão exercidas, em cada processo, por pessoas nomeadas e compromissadas pelo Juiz do feito, que lhes arbitrará remuneração.

II - As funções gratificadas de Depositário Judicial e de Avaliador Judicial serão exercidas por servidor judicial, designado pelo Presidente do Tribunal de Justiça, sob proposta fundamentada do Juiz de Direito Diretor do Foro; na Comarca de Porto Alegre, haverá uma função gratificada de Deposi- tário Judicial e uma função gratificada de Avaliador Judicial; nas demais Comarcas, haverá uma função gratificada de Depositário-Avaliador Judicial.

III - Em casos excepcionais, tendo em vista a natureza do bem ou direito a ser avaliado, ou do bem a ser depositado, a função de Avaliador ou de Deposi- tário poderá ser exercida por pessoa nomeada e compromissada pelo Juiz do feito, que lhe arbitrará a remuneração.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Dispõe o Código de Organização Judiciária do Estado do RS:

    Art. 102 - As funções gratificadas de Depositário Judicial e de Avaliador Judicial serão exercidas por servidor judicial, designado pelo Presidente do Tribunal de Justiça, sob proposta fundamentada do Juiz de Direito Diretor do Foro.

    § 1º - Na comarca de Porto Alegre, haverá uma função gratificada de Depositário Judicial e uma função gratificada de Avaliador Judicial; nas demais comarcas, haverá uma função gratificada de Depositário-Avaliador Judicial. 

    § 2º - Em casos excepcionais, tendo em vista a natureza do bem ou direito a ser avaliado, ou do bem a ser depositado, a função de Avaliador ou de Depositário poderá ser exercida por pessoa nomeada e compromissada pelo Juiz do feito, que lhe arbitrará a remuneração.

    Portanto, a alternativa correta é a letra E

  • I - Na Comarca da Capital, as funções gratificadas de Depositário Judicial e Avaliador Judicial serão exercidas por servidores judiciais, designados pelo Juiz Diretor do Foro; nas Comarcas do interior do Estado, tais funções serão exercidas, em cada processo, por pessoas nomeadas e compromissadas pelo Juiz do feito, que lhes arbitrará remuneração.

    Erro da alternativa I

    Na Comarca da Capital, as funções gratificadas de Depositário Judicial e Avaliador Judicial serão exercidas por servidores judiciais, designado pelo PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA; nas DEMAIS Comarcas, haverá uma função gratificada de Depositário-Avaliador Judicial, PODERÁ SER pessoa nomeada e compromissada pelo Juiz do feito, que lhes arbitrará remuneração.

    A ALTERNATIVA II E III ESTÃO CORRETAS.

    RESPOSTA LETRA "E"

  • Art. 102 - As funções gratificadas de Depositário Judicial e de Avaliador Judicial serão

    exercidas por servidor judicial, designado pelo Presidente do Tribunal de Justiça, sob proposta

    fundamentada do Juiz de Direito Diretor do Foro.

    § 1º - Na comarca de Porto Alegre, haverá uma função gratificada de Depositário

    Judicial e uma função gratificada de Avaliador Judicial; nas demais comarcas, haverá uma

    função gratificada de Depositário-Avaliador Judicial.

    § 2º - Em casos excepcionais, tendo em vista a natureza do bem ou direito a ser

    avaliado, ou do bem a ser depositado, a função de Avaliador ou de Depositário poderá ser exercida por pessoa nomeada e compromissada pelo Juiz do feito, que lhe arbitrará a

    remuneração. 

  • Sempre quem designa é o Presidente do TJ, sob proposta fundamentada do Juiz Diretor do Foro (resumindo por qual motivo a "I" está incorreta e a "II" correta).


ID
1059001
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Considere as seguintes atividades.

I - Auxiliar o Juiz, inclusive realizando pesquisas de jurisprudência e doutrina.
II - Atuar nas audiências, datilografando os respectivos termos.
III - Datilografar sentenças, decisões e despachos.

Quais são incumbência do oficial escrevente, conforme o Código de Organização Judiciária do Estado?

Alternativas
Comentários
  •  

    Art. 116 - Aos Oficiais Escreventes incumbe:
    I - auxiliar o Juiz, inclusive realizando pesquisas de jurisprudência e doutrina;
    II - substituir o Escrivão, quando designado, desde que não haja Oficial Ajudante ou este
    esteja impedido;
    III - atuar nas audiências, datilografando os respectivos termos;
    IV - datilografar sentenças, decisões e despachos;
    V - exercer outras atribuições compatíveis que lhes forem cometidas pelo Juiz ou pelo
    titular da serventia.
     

  • CNJ - Art. 237 – Aos Oficiais Escreventes incumbe:

    I – Substituir o Escrivão ou o Distribuidor-Contador, desde que não haja Oficial Ajudante ou este esteja impedido, observando-se o disposto nos artigos 222 e 223-D desta Consolidação.

    • Resolução nº 658/2008-COMAG; Provimento nº 01/09-CGJ (altera o Inciso I).

    II – atuar nas audiências, digitando ou datilografando os respectivos termos;

    III – digitar ou datilografar sentenças, decisões e despachos;

    III – digitar, datilografar ou elaborar minutas de sentenças, decisões e despachos;

    • Provimento nº 09/2018-CGJ, art. 1º.

    IV – exercer outras atribuições compatíveis que lhes forem cometidas pelo magistrado ou pelo titular da serventia;

    V – auxiliar no atendimento ao público. 

    Coje - Art. 116 - Aos Oficiais Escreventes incumbe: (Vide Lei n.º 8.353/87)

    I - auxiliar o Juiz, inclusive realizando pesquisas de jurisprudência e doutrina;

    II - substituir o Escrivão, quando designado, desde que não haja Oficial Ajudante ou este esteja impedido;

    III - atuar nas audiências, datilografando os respectivos termos;

    IV - datilografar sentenças, decisões e despachos;

    V - exercer outras atribuições compatíveis que lhes forem cometidas pelo Juiz ou pelo titular da serventia. 

  • Comentários:

    Temos mais uma questão da FAURGS que cobra a literalidade da Lei em relação às atribuições dos servidores judiciais. As funções desempenhadas pelos oficiais escreventes estão previstas no art. 116 do COJE:

    Ø Auxiliar o Juiz, inclusive realizando pesquisas de jurisprudência e doutrina;

    Ø Substituir o Escrivão, quando designado, desde que não haja Oficial Ajudante ou este esteja impedido;

    Ø Atuar nas audiências, datilografando os respectivos termos;

    Ø Datilografar sentenças, decisões e despachos;

    Ø Exercer outras atribuições compatíveis que lhes forem cometidas pelo Juiz ou pelo titular da serventia.

     GABARITO: Alternativa E

  • ATENÇÃO:

    O item III da questão está desatualizado segundo a Lei n.º 15.626/21 que alterou a redação do inciso IV:

    A redação anterior era:

    IV - datilografar sentenças, decisões e despachos; 

    Com a Lei n.º 15.626/21, a redação passou a ser:

    IV - elaborar minutas de apoio à jurisdição;


ID
1059004
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Conforme o Código de Organização Judiciária do Estado, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Artigo 171 do Código de Organização Judiciária do Estado RS

  • Lei 7.536/80
    Art. 171º - As audiências e sessões dos Juízes de primeira instância serão públicas, salvo nos casos previstos em lei ou quando o interesse da Justiça determinar o contrário.

  • Art. 380 CNJ As audiências e sessões serão públicas,salvo nos casos previstos em lei ou quando o interesse da Justiça determinar o contrário.

  • Art. 170 - As sessões, as audiências e o expediente do Tribunal de Justiça regular-se-ão pelo Regimento Interno.

    Art. 171 - As audiências e sessões dos Juízes de primeira instância serão públicas, salvo nos casos previstos em lei ou quando o interesse da Justiça determinar o contrário.

    Art. 172 - As audiências e sessões realizar-se-ão nos edifícios ou locais para este fim destinados, salvo deliberação em contrário, do Juiz competente, por motivo justificado, além dos casos previstos em lei.

    Art. 173 - Nenhum menor de dezoito anos poderá assistir à audiência ou sessão de Juiz ou Tribunal, sem permissão do Magistrado que a presidir. 

  • Comentários:

    A audiência é o ato processual no qual se realiza uma sessão em que o juiz pessoalmente ouve as partes, por si ou por seus advogados e procuradores, defere seus requerimentos, profere sua decisão sobre as questões de fácil e pronta solução e publica suas sentenças. O COJE prevê que “as audiências e sessões dos Juízes de primeira instância serão públicas, salvo nos casos previstos em lei ou quando o interesse da Justiça determinar o contrário” (art. 171). Portanto, em regra, as audiências são públicas (amplamente acessíveis), entretanto, há casos em que a própria Lei ou o interesse da Justiça exigem o sigilo, como nos processos em que seja necessário proteger a intimidade dos envolvidos.

    GABARITO: Alternativa C


ID
1059007
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Conforme a Consolidação Normativa Judicial da Corregedoria-Geral da Justiça, considere as seguintes afirmativas.

I - O expediente forense é improrrogável.
II - Em caso de fechamento extraordinário do Foro, os prazos judiciais fluirão normalmente e não serão restituídos sob qualquer hipótese.
III - Não haverá expediente forense aos sábados, domingos e feriados, exceto para a prática de atos indispensáveis à ressalva de direitos, dependente de autorização judicial.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: alternativa C

    I - O expediente forense é improrrogável. ERRADA 

    "Art. 371, § 1º do CNJ - O Juiz pode determinar a prorrogação do expediente de qualquer Cartório ou Ofício, quando a necessidade do serviço assim o exigir. A determinação de horário exclusivo para serviços internos dependerá de autorização do

    Conselho da Magistratura."


    II - Em caso de fechamento extraordinário do Foro, os prazos judiciais fluirão normalmente e não serão restituídos sob qualquer hipótese.  ERRADA

    "Art. 371, § 2º do CNJ – Excepcionalmente, por motivo de ordem pública, o Juiz poderá determinar o fechamento extraordinário do Foro, justificando a necessidade perante a Corregedoria-Geral da Justiça e assegurando restituição dos prazos aos interessados atingidos.

    III - Não haverá expediente forense aos sábados, domingos e feriados, exceto para a prática de atos indispensáveis à ressalva de direitos, dependente de autorização judicial. CERTA

    "Art. 372 – Não haverá expediente forense aos sábados, domingos e feriados, exceto para a prática de atos indispensáveis à ressalva de direitos, dependentes de autorização judicial."

    Fonte: Consolidação Normativa Judicial (Provimento no 044/09-CGJ)

  • Gabarito LETRA C

    I - Art. 371 – O expediente forense, em todas as Comarcas do Estado, salvo quanto aos Juizados Especiais, que obedecerão também a horário noturno. § 1º – O Juiz pode determinar a prorrogação do expediente de qualquer Cartório ou Ofício, quando a necessidade do serviço assim o exigir. A determinação de horário exclusivo para serviços internos dependerá de autorização do Conselho da Magistratura.

    II - Art. 371 - § 2º – Excepcionalmente, por motivo de ordem pública, o Juiz poderá determinar o fechamento extraordinário do Foro, justificando a necessidade perante a Corregedoria-Geral da Justiça e assegurando restituição dos prazos aos interessados atingidos.

    III - Art. 372 – Não haverá expediente forense aos feriados, exceto para a prática de atos indispensáveis à ressalva de direitos, dependentes de autorização judicial. 

    Lembrando que, no Código de Processo Civil, a redação é diferente

    Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.

    § 1 Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.

    § 2 Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no .

  • Engraçado que, na mesma CNJ, tem o art. 583, que diz o seguinte:

    Art. 583 - Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal. 

    É um copia e cola brabo...

  • Comentário:

    O item I está errado, pois, nos termos do art. 371, §1º da Consolidação Normativa, o Juiz pode determinar a prorrogação do expediente de qualquer Cartório ou Ofício, quando a necessidade do serviço assim o exigir.

    O item II também está errado, pois, por motivo de ordem pública, o Juiz poderá determinar o fechamento extraordinário do Foro, justificando a necessidade perante a Corregedoria-Geral da Justiça e assegurando restituição dos prazos aos interessados atingidos (art. 371, §2º).

    Por fim, o item III está perfeitamente de acordo com o art. 372 da Consolidação.

    GABARITO: Alternativa C

  • Frederico Turela Tatim, o artigo 583 da CNJ foi revogado pelo Provimento nº 029/2018-CGJ, art. 24

    Em relação ao dispositivo do CPC (artigo 212) vale lembrar que o enunciado pede: "Conforme a Consolidação Normativa Judicial da Corregedoria-Geral da Justiça, considere as seguintes afirmativas."

    Portanto, não se aplica a previsão do artigo Art. 212 do CPC, mas sim a letra da lei do artigo 372 da CNJ.


ID
1059010
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Conforme a Consolidação Normativa Judicial da Corregedoria-Geral da Justiça, considere as seguintes afirmativas.

I - Os oficiais ajudantes podem, concomitantemente com o escrivão, distribuidor ou contador judiciário, praticar todos os atos do ofício.
II - Os escrivães, mediante assento regimental, poderão autorizar oficiais escreventes dos cartórios judiciais estatizados a praticar atos com eficácia de fé pública.
III - A concessão de fé regimental será conferida por prazo determinado, não inferior a 3 anos e não su- perior a 5 anos, salvo caso de força maior, situação em que o prazo poderá ser estendido até 8 anos.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    I - Os oficiais ajudantes podem, concomitantemente com o escrivão, distribuidor ou contador judiciário, praticar todos os atos do ofício. CERTA

    "Art. 235 – Os Oficiais Ajudantes podem, concomitantemente com o Escrivão, Distribuidor ou Contador Judiciário, praticar todos os atos do ofício."

    II - Os escrivães, mediante assento regimental, poderão autorizar oficiais escreventes dos cartórios judiciais estatizados a praticar atos com eficácia de fé pública. ERRADA

    "Art. 238 do CNJ – Os Juízes no exercício da Direção do Foro, mediante portaria, poderão autorizar Oficiais Escreventes dos Cartórios judiciais estatizados a praticar atos com eficácia de fé pública."

    III - A concessão de fé regimental será conferida por prazo determinado, não inferior a 3 anos e não superior a 5 anos, salvo caso de força maior, situação em que o prazo poderá ser estendido até 8 anos. ERRADA

    "Art. 241 do CNJ – A concessão será por prazo determinado, não superior a 02 (dois) anos, podendo-se revogá-la a qualquer momento, ou prorrogá-la por idênticos períodos."


  • Apenas corrigindo a colega Flávia, o art. 238 da CNJ possui outra redação:
    Art. 238 - os oficiais escreventes ficam autorizados a praticar atos com eficácia de fé pública, independenteente de termo de compromisso."
    E o art. 241 foi revogado pelo Provimento nº 047/2015-CGJ, art. 2º.

  • DESATUALIZADA

  • Comentário:

    A questão aborda as atribuições dos oficiais ajudantes e oficiais escreventes.

    Os itens I e II correspondem, respectivamente, à transcrição dos artigos 235 e 238 da Consolidação Normativa. Por sua vez, o item III está errado, pois, conforme o parágrafo único do artigo 238, os oficiais de justiça possuem autorização para assinar correspondências e mandados.

    GABARITO: Alternativa D


ID
1059013
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Conforme a Consolidação Normativa Judicial da Corregedoria-Geral da Justiça, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 373, § 2º, da CONSOLIDAÇÃO NORMATIVA JUDICIAL do Estado do Rio Grande do Sul: Os pontos facultativos decretados pela União, Estado ou Município não prejudicarão quaisquer atos da vida forense.

  • Gabarito: C

    a) No período de descanso, que é sagrado, sob nenhuma hipótese juízes e servidores são obrigados a atender partes ou interessados nos processos que tramitam nos ofícios judiciais em que estão lotados. ERRADA

    "Art. 376 do CNJ – Em se tratando de casos de urgência, Juízes e servidores são obrigados a atender as partes a  qualquer hora, ainda que não no prédio do Foro."


    b) No decurso do expediente do Foro, admite-se o livre afastamento dos servidores dos Cartórios ou Ofícios respectivos. ERRADA


    "Art. 375 do CNJ – No decurso do expediente do Foro, não podem os servidores da Justiça, salvo para cumprir diligências, afastar-se dos respectivos Cartórios ou Ofícios, que devem permanecer abertos durante os horários que lhes são prescritos, sujeitando-se os infratores a responsabilidade disciplinar"

    c) Os pontos facultativos decretados pela União, Estado ou Município não prejudicarão quaisquer atos da vida forense. CERTA

    "Art. 373, § 2º do CNJ – Os pontos facultativos decretados pela União, Estado ou Município não prejudicarão quaisquer atos da vida forense."

    d) Os feriados religiosos, em qualquer número e desde que declarados por lei de qualquer dos Municípios que integrem a Comarca, não prejudicarão os atos da vida forense, realizando-se expediente normal nessas datas. ERRADA

    "Art. 373 – São considerados feriados para os serviços judiciários de 1º grau os civis declarados em lei federal (1º

    de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 07 de setembro, 12 de outubro, 15 de novembro e 25 de dezembro), os religiosos

    declarados em lei municipal, em número não superior a quatro, e os forenses declarados na Lei nº 1.408 (terça-feira de

    carnaval, sexta-feira da paixão e 08 de dezembro), e os declarados em Ato do Tribunal de Justiça."


    e) Os Juízes de Direito designarão para atuar no plantão, à sua livre escolha, no uso do poder discricionário que lhes é inerente, apenas os Oficiais Escreventes. ERRADA

    "Art. 377, VI do CNJ - Os Juízes de Direito Diretores dos Foros designarão para atuar no plantão, por escala, sempre que possível mediante critério de revezamento, servidores de todas as categorias funcionais disponíveis na comarca, excluindo-se apenas os auxiliares de serviços gerais, os servidores celetistas e os assessores de magistrados (Resolução nº 954/2013-

    COMAG;"




  • Atualizando o comentário da colega Flávia F. quanto à alternativa "E":

    e) Os Juízes de Direito designarão para atuar no plantão, à sua livre escolha, no uso do poder discricionário que lhes é inerente, apenas os Oficiais Escreventes. ERRADA

    Art. 377, IX - Os Juízes de Direito Diretores do Foro designarão para atuar no plantão, por escala, sempre que possível, mediante critério de revezamento e por meio de Portaria, servidores de todas as categorias funcionais disponíveis na Comarca, excluídos apenas os auxiliares de serviços gerais os servidores celetistas e os assessores de Magistrados (caput, do art. 6º da Resolução n.º 54/92-CM, com redação dada pela Resolução n.º 1173/2017-COMAG); 

     

  • "Art. 376 - Em se tratando de casos de urgência, Juízes e servidores são obrigados a atender as partes a  qualquer hora, ainda que não no prédio do Foro."

    Art. 375 – No decurso do expediente do Foro, não podem os servidores da Justiça, salvo para cumprir diligências, afastar-se dos respectivos Cartórios ou Ofícios, que devem permanecer abertos durante os horários que lhes são prescritos, sujeitando-se os infratores a responsabilidade disciplinar

    Art. 373 – São considerados feriados para os serviços judiciários de 1º grau os civis declarados em lei federal (1º de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 07 de setembro, 12 de outubro, 15 de novembro e 25 de dezembro), os religiosos declarados em lei municipal, em número não superior a quatro, e os forenses declarados na Lei nº 1.408 (terça-feira de carnaval, sexta-feira da paixão e 08 de dezembro), e os declarados em Ato do Tribunal de Justiça.

    Art. 377, IX - Os Juízes de Direito Diretores do Foro designarão para atuar no plantão, por escala, sempre que possível, mediante critério de revezamento e por meio de Portaria, servidores de todas as categorias funcionais disponíveis na Comarca, excluídos apenas os auxiliares de serviços gerais os servidores celetistas e os assessores de Magistrados 

  • feriados para os serviços judiciários de 1º grau os civis declarados em lei federal (1º de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 07 de setembro, 12 de outubro, 15 de novembro e 25 de dezembro), os religiosos declarados em lei municipal, em número não superior a quatro, e os forenses declarados na Lei nº 1.408 (terça-feira de carnaval, sexta-feira da paixão e 08 de dezembro), e os declarados em Ato do Tribunal de Justiça.


ID
1059016
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Conforme a Consolidação Normativa Judicial da Corregedoria-Geral da Justiça, considere as seguintes afirmativas, relativas à distribuição dos feitos.

I - Cada feito será lançado na ordem rigorosa de sua apresentação, podendo ser revelado a quem caberá a distribuição.
II - Além do registro dos feitos no livro respectivo, serão organizados índices alfabéticos, fichário e facultado o uso de fichário ou computador.
III - Os livros dos distribuidores obedecerão aos modelos estabelecidos pela Corregedoria-Geral da Justiça.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito : D

    "Art. 395 do CNJ – Na distribuição, serão observadas as seguintes normas:

    I – cada feito será lançado na ordem rigorosa de sua apresentação, não podendo ser revelado a quem caberá a distribuição;

    II – além do registro dos feitos no livro respectivo, serão organizados índices alfabéticos, fichário e facultado o uso de fichário ou computador;

    III – os livros dos Distribuidores obedecerão aos modelos estabelecidos pela Corregedoria-Geral da Justiça."


  • GABARITO D

    Art. 395 – Na distribuição, serão observadas as seguintes normas:

    I – I – cada feito será lançado na ordem rigorosa de sua apresentação, não podendo ser revelado a quem caberá a distribuição;

    II – II – além do registro dos feitos no livro respectivo, serão organizados índices alfabéticos, fichário e facultado o uso de fichário ou computador;

    III – III – os livros dos Distribuidores obedecerão aos modelos estabelecidos pela Corregedoria-Geral da Justiça. 

    Examinador, literalmente, copiou o artigo na prova.

  • Comentário:

     A questão aborda o que está disposto no artigo 395 da Consolidação Normativa:

    Art. 395 – Na distribuição, serão observadas as seguintes normas:

    I – cada feito será lançado na ordem rigorosa de sua apresentação, não podendo ser revelado a quem caberá a distribuição;

    II – além do registro dos feitos no livro respectivo, serão organizados índices alfabéticos, fichário e facultado o uso de fichário ou computador;

    III – os livros dos Distribuidores obedecerão aos modelos estabelecidos pela Corregedoria-Geral da Justiça.

    Portanto, o item I erra ao afirmar que é possível revelar o responsável pela distribuição. Os demais itens correspondem à transcrição do artigo em destaque.

    GABARITO: Alternativa D


ID
1059019
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Conforme a Consolidação Normativa Judicial da Corregedoria-Geral da Justiça, considere as seguintes afirmativas.

I - Será cancelada a distribuição do feito que, em 10 dias improrrogáveis, não for preparado no cartório em que deu entrada.
II - Serão averbados, na distribuição, todos os casos de extinção do processo, ainda que não ocorra julgamento de mérito.
III - Havendo reconvenção ou intervenção de terceiros, o escrivão, de ofício, mandará proceder à respec- tiva anotação pelo distribuidor.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários

  • I - errada: será cancelada se nao for preparada em 30 dia

     II - certa

    III-  Havendo reconvenção ou intervenção de terceiros, o Juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva


     

    anotação pelo Distribuidor.

     

     

  • Gabarito: B

    I - Será cancelada a distribuição do feito que, em 10 dias improrrogáveis, não for preparado no cartório em que deu entrada. ERRADA


    "Art. 430 do CNJ – Será cancelada a distribuição do feito que, em trinta dias, não for preparado no Cartório em que deu

    entrada."


    II - Serão averbados, na distribuição, todos os casos de extinção do processo, ainda que não ocorra julgamento de mérito. CERTA

    "Art. 432 do CNJ – Serão averbados na Distribuição todos os casos de extinção do processo, ainda que não ocorra julgamento de mérito. No sistema informatizado, a averbação será processada direta e unicamente pelo Cartório da Vara onde tramitou o processo."


    III - Havendo reconvenção ou intervenção de terceiros, o escrivão, de ofício, mandará proceder à respec- tiva anotação pelo distribuidor. ERRADA


    "Art. 431 do CNJ – Havendo reconvenção ou intervenção de terceiros, o Juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva

    anotação pelo Distribuidor."



  • Atualizado:

    Art. 430 - Será cancelada a distribuição do feito ou devolvida a carta precatória ao juízo de origem se a parte, intimada na pessoa de seu advogado, não realizar o pagamento das custas e despesas em 15 (quinze) dias.

    • Provimento 029/2018-CGJ, art. 10.

    Art. 431 – Havendo reconvenção ou intervenção de terceiros, o Juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo Distribuidor.

    • COJE, art. 253, parágrafo único.

    Art. 432 – Serão averbados na Distribuição todos os casos de extinção do processo, ainda que não ocorra julgamento de mérito. No sistema informatizado, a averbação será processada direta e unicamente pelo Cartório da Vara onde tramitou o processo.

    • COJE, art. 168; Provimento nº 15/04-CGJ. 

  • Não há o que se falar em 15 dias como prazo para preparo. CPC aplica-se subsidiariamente às demais normas. Sendo assim, uma vez que a CNJRS é expressa sobre o prazo de 30 dias, é este que deve ser considerado. 

  • Art. 430 - Será cancelada a distribuição do feito ou devolvida a carta precatória ao juízo de origem se a parte, intimada na pessoa de seu advogado, não realizar o pagamento das custas e despesas em 15 (quinze) dias.

    ·   Provimento 029/2018-CGJ, art. 10.

  • I - ERRADA - 15 DIAS ( CNJ ART. - 430) PROVIMENTO 029/2018

    II - CERTA ( CNJ ART. - 432)

    III - Havendo reconvenção ou intervenção de terceiros, o Juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva 

    anotação pelo Distribuidor. ( CNJ ART. - 431)

  • Não confundir:

    art. 431. havendo reconvenção ou intervenção de teceiros, o juiz, de oficio, mandará proceder a respectiva anotação pelo Distribuidor.

    com

    art. 433. o escrivão levará o processo ao Distribuidor para averbação [...] quando em qualquer fase do processo, surgir litisconsórcio de qualquer natureza não previsto ao tempo da distribuição.

  • GABARITO B

    I - Art. 430 - Será cancelada a distribuição do feito ou devolvida a carta precatória ao juízo de origem se a parte, intimada na pessoa de seu advogado, não realizar o pagamento das custas e despesas em 15 (quinze) dias.

    II - Art. 432 – Serão averbados na Distribuição todos os casos de extinção do processo, ainda que não ocorra julgamento de mérito. No sistema informatizado, a averbação será processada direta e unicamente pelo Cartório da Vara onde tramitou o processo.

    III - Art. 431 – Havendo reconvenção ou intervenção de terceiros, o Juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo Distribuidor.


ID
1059022
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Conforme a Consolidação Normativa Judicial da Corregedoria-Geral da Justiça, considere as seguintes afirmativas.

I - No interesse do serviço e a critério do Juiz, alguns processos não estão sujeitos à distribuição.
II - O servidor encarregado da distribuição poderá adotar, dentre outros critérios, o da ordem da apresentação dos feitos.
III - O serviço de computação será adotado na distri- buição no Foro Centralizado e nos Foros Regionais da Comarca de Porto Alegre, bem como nas Comarcas do interior de maior movimento forense.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Consolidação Normativa Judicial da Corregedoria Geral de Justiça (provimento 06/14) - RS: Art. 396 – No Foro Centralizado e nos Foros Regionais da Comarca de Porto Alegre, bem como nas Comarcas do interior de maior movimento forense, será utilizado na distribuição o serviço de computação.


  • Gabarito: C

    I - No interesse do serviço e a critério do Juiz, alguns processos não estão sujeitos à distribuição.ERRADA

    Art. 397 do CNJ  – Todos os processos estão sujeitos à distribuição para a igualdade do serviçoforense entre os Juízes eentre os servidores, bem como para o registro cronológico e sistemáticode todos os feitos ingressados no Foro.”

    II - O servidor encarregado da distribuição poderá adotar, dentre outros critérios, o da ordem da apresentação dos feitos. ERRADA

    “Art. 398 do CNJ  – A classificação dos feitos cíveis e criminais, para fins de distribuição, obedecerá a normas e critériosconstantes desta Consolidação.”


    III - O serviço de computação será adotado na distribuição no Foro Centralizado e nos Foros Regionais da Comarca de Porto Alegre, bem como nas Comarcas do interior de maior movimento forense.CERTA

    “Art. 396 do CNJ – No Foro Centralizado e nos Foros Regionais da Comarca de Porto Alegre, bem como nas Comarcasdo interior de maior movimento forense, será utilizado na distribuição o serviço de computação.”


  • Art. 395 – Na distribuição, serão observadas as seguintes normas: I – cada feito será lançado na ordem rigorosa de sua apresentação, não podendo ser revelado a quem caberá a distribuição; II – além do registro dos feitos no livro respectivo, serão organizados índices alfabéticos, fichário e facultado o uso de fichário ou computador; III – os livros dos Distribuidores obedecerão aos modelos estabelecidos pela Corregedoria-Geral da Justiça.

    Art. 396 do CNJ – No Foro Centralizado e nos Foros Regionais da Comarca de Porto Alegre, bem como nas Comarcasdo interior de maior movimento forense, será utilizado na distribuição o serviço de computação.

  • A resposta da II está incorreta por não ser uma faculdade do servidor da distribuição, mas sim uma norma rigorosa a ser respeitada.


ID
1059025
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Conforme a Consolidação Normativa Judicial da Corregedoria-Geral da Justiça, considere as seguintes afirmativas.

I - Quando o primeiro volume dos autos atingir 300 (trezentas) folhas, será obrigatoriamente iniciado o segundo, e assim sucessivamente, ainda que se faça necessário separar alguma peça juntada.
II - Quaisquer documentos e/ou papéis entregues em Cartório receberão data da entrega ou registro no Protocolo Geral.
III - O escrivão ou o funcionário encarregado abrirá toda a correspondência dirigida ao Juiz.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    I - Quando o primeiro volume dos autos atingir 300 (trezentas) folhas, será obrigatoriamente iniciado o segundo, e assim sucessivamente, ainda que se faça necessário separar alguma peça juntada. ERRADA

    "Art. 561 do CNJ – Quando o primeiro volume dos autos atingir 200 (duzentas) folhas, será iniciado o segundo, e assim sucessivamente, com certidão ou termo respectivo.

    Parágrafo único – Excepcionalmente, visando evitar separação de peça juntada, poderá o volume exceder ou não

    alcançar o número de folhas referido neste artigo."

    II - Quaisquer documentos e/ou papéis entregues em Cartório receberão data da entrega ou registro no Protocolo Geral. CERTA

    "Art. 562 do CNJ – Quaisquer documentos e/ou papéis entregues em Cartório receberão data da entrega ou registro no

    Protocolo Geral."

    III - O escrivão ou o funcionário encarregado abrirá toda a correspondência dirigida ao Juiz. ERRADA

    "Art. 562, Parágrafo único do CNJ – O Escrivão ou funcionário encarregado abrirá a correspondência dirigida ao juízo, desde que não haja ressalva de reserva, ou equivalente."

  • COMENTÁRIOS:

    A questão trata da organização dos autos. Como já estudamos, para facilitar o manuseio e organização dos processos, a Consolidação Normativa informa que, em regra, os volumes deverão ter 200 folhas (art. 561).

    Já em relação à entrega de correspondências no Cartório, o seu recebimento será feito pelo escrivão ou funcionário designado, que realizará o devido registro/protocolo. Ressaltamos que as correspondências com informação de “RESERVA” ou equivalente não poderão ser livremente abertas pelo recebedor (art. 562).

    GABARITO: Alternativa B


ID
1059028
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Conforme a Consolidação Normativa Judicial da Corregedoria-Geral da Justiça, assinale a alternativa que NÃO contém ato facultado ao estagiário de advocacia regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    "Art. 565 do CNJ – O estagiário, regularmente inscrito na OAB, tem os mesmos direitos reconhecidos aos bacharéis inscritos

    como advogados, exceto quanto aos atos privativos a estes. Assim, lhes é facultado:

    a) ter vista ou retirar, para os prazos legais, os autos dos processos judiciais ou administrativos, salvo quando se tratar de prazo comum, quando poderá ter vista em Cartório;

    b) tratando-se de ação sob o amparo de segredo de justiça, é necessária a procuração."


  • Apenas pensando lógicamente dariamos um chute certeiro, ora, se o estagiário não podesse nem ter a vista como poderia ele retirar? Logo se a A ou a C estivessem erradas necessáriamente a B e a D também estariam. E se posso ver porque não retirar? Logo a alternativa 'E' seria a mais intuitiva. 

  • Usando apenas a lógica matamos esta questão. Alternativa E.

  • COMENTÁRIOS:

    Essa foi fácil. Se utilizarmos o bom senso, chegamos à conclusão de que o estagiário não pode “produzir” atos isoladamente. Logo, é ilógico imaginar um estagiário firmando isoladamente uma petição inicial.

    Sobre os atos realizados pelos estagiários, a Consolidação prevê:

    Art. 565 – O estagiário, regularmente inscrito na OAB, tem os mesmos direitos reconhecidos aos bacharéis ins-critos como advogados, exceto quanto aos atos privativos a estes. Assim, lhes é facultado:

    a) ter vista ou retirar, para os prazos legais, os autos dos processos judiciais ou administrativos, salvo quando se tratar de prazo comum, quando poderá ter vista em Cartório;

    b) tratando-se de ação sob o amparo de segredo de justiça, é necessária a procuração.

    GABARITO: Alternativa E


ID
1059031
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Conforme a Consolidação Normativa Judicial da Corregedoria-Geral da Justiça, considere as seguintes afirmativas.

I - Os processos judiciais ou administrativos em que figure, como parte ou interessado, pessoa com idade igual ou superior a sessenta anos ou portador de doença grave prevista no inciso IV do artigo 69-A da Lei n.º 9.784, de 29 de janeiro de 1999, incluído pela Lei n.º 12.008 de 29 de julho de 2009, terão prioridade na tramitação em todas as diligências e atos a eles pertinentes.
II - Terão prioridade, na tramitação, os processos administrativos em que figure, como parte ou interessado, pessoa portadora de deficiência física ou mental.
III - É assegurado às pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos o atendimento preferencial imediato no âmbito dos Cartórios Judiciais, incluin- do-se os adjuntos e da Distribuição e Contadoria.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    I. "Art. 662 do CNJ – Os processos judiciais ou administrativos em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a sessenta anos ou portador de doença grave prevista no inciso IV do artigo 69-A da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, incluído pela Lei nº 12.008 de 29 de julho de 2009, terão prioridade na tramitação em todas as diligências e atos a eles pertinentes."

    II. "Art. 662, Parágrafo único do CNJ – Também terão prioridade na tramitação os processos administrativos em que figure como parte ou interessado pessoa portadora de deficiência física ou mental."

    III. "Art. 664-A do CNJ – É assegurado às pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos o atendimento preferencial imediato no âmbito dos Cartórios Judiciais, incluindo-se os adjuntos e da Distribuição e Contadoria."


  • Lembrando que processos com tramitação preferencial (parte com + de 60 anos, doença grave ou deficiência), será aposta uma tarja VERDE - art. 666 da CNJ.


ID
1059034
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Conforme a Consolidação Normativa Judicial da Corregedoria-Geral da Justiça, considere as seguintes afirmativas.

I - A distribuição, registro e autuação de precatórias recebidas para cumprimento independerá de despacho.
II - As precatórias citatórias e intimatórias, após a autuação, poderão servir como mandados e serão cumpridas independentemente de despacho do juízo deprecado.
III - Cumpridas positivamente, as precatórias serão devolvidas, independentemente de despacho, com a competente baixa.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    I - A distribuição, registro e autuação de precatórias recebidas para cumprimento independerá de despacho. CERTA

    "Art. 764 – A distribuição, registro e autuação de precatórias recebidas para cumprimento independerá  de despacho."

    II - As precatórias citatórias e intimatórias, após a autuação, poderão servir como mandados e serão cumpridas independentemente de despacho do juízo deprecado. ERRADA

    "Art. 764, alinha a - as precatórias citatórias e intimatórias poderão servir como mandados e serão cumpridas independentemente de despacho do juízo deprecado, dispensada, neste caso, a autuação."

    III - Cumpridas positivamente, as precatórias serão devolvidas, independentemente de despacho, com a competente baixa. CERTA

    "Art. 764, alinha c - cumpridas positivamente, devolver independentemente de despacho, com a competente baixa."

  • Gabarito LETRA D

    I - Art. 764 – A distribuição, registro e autuação de precatórias recebidas para cumprimento independerá de despacho

    II - Art. 764 a) as precatórias citatórias e intimatórias poderão servir como mandados e serão cumpridas independentemente de despacho do juízo deprecado, dispensada, neste caso, a autuação. 

    III - Art. 764 c) cumpridas positivamente, devolver independentemente de despacho, com a competente baixa. 


ID
1059037
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Conforme a Consolidação Normativa Judicial da Corregedoria-Geral da Justiça, considere as seguintes afirmativas.

I - O acesso gratuito ao Juizado Especial implica a isenção integral do pagamento das despesas e das custas processuais e não comporta exceções.
II - É recomendável que os acordos com pagamentos parcelados, devidamente homologados, sejam cumpridos pela parte diretamente na conta bancária do beneficiado, na sua residência ou escritório, ou ainda de seu advogado, evitando-se, tanto quanto possível, o Cartório Judicial.
III - Ocorrendo depósitos judiciais, os valores serão levantados sem maiores formalidades pelo Escrivão, que os disponibilizará, por cheque nominal e mediante recibo, ao advogado da parte, desde que munido de procuração.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários

  • I -  nao implica isenção integral.

    II - correta.

    III - há formalidades - por meio de alvará

  • Gabarito: B

    I. "Art. 901 do CNJ – O acesso gratuito ao Juizado Especial não significa isenção ao pagamento das despesas e custas processuais, comportando exceções, previstas na legislação especial, devendo os atos processuais ser necessariamente cotados."

    II. "Art. 902 do CNJ – É recomendável que os acordos com pagamentos parcelados, devidamente homologados, sejam cumpridos pela parte diretamente na conta bancária do beneficiado, na sua residência ou escritório, ou ainda de seu advogado, evitando-se, tanto quanto possível, o Cartório Judicial. (...)"

    III. "(...) Em ocorrendo depósitos judiciais, os mesmos deverão ser em conta bancária judicial, com levantamento dos valores exclusivamente através de alvará judicial ao beneficiado ou ao seu advogado, desde que esse tenha procuração com poderes especiais para este fim."


  • Gabarito LETRA B

    Segundo a Consolidação Normativa Judicial.

    I - Art. 901 – O acesso gratuito ao Juizado Especial não significa isenção ao pagamento das despesas e custas processuais, comportando exceções, previstas na legislação especial, devendo os atos processuais ser necessariamente cotados

    II e III - Art. 902 – É recomendável que os acordos com pagamentos parcelados, devidamente homologados, sejam cumpridos pela parte diretamente na conta bancária do beneficiado, na sua residência ou escritório, ou ainda de seu advogado, evitando-se, tanto quanto possível, o Cartório Judicial. Em ocorrendo depósitos judiciais, os mesmos deverão ser em conta bancária judicial, com levantamento dos valores exclusivamente através de alvará judicial ao beneficiado ou ao seu advogado, desde que esse tenha procuração com poderes especiais para este fim. 


ID
1059046
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta um dos dados presentes em um certificado digital.

Alternativas
Comentários
  • De forma geral, os dados básicos que compõem um
    certificado digital são:
    - versão e numero de serie do certificado;
    - dados que identificam a AC que emitiu o certificado;
    - dados que identificam o dono do certificado (para quem ele foi emitido);
    - chave publica do dono do certificado;
    - validade do certificado (quando foi emitido e ate quando ´e valido);
    - assinatura digital da AC emissora e dados para verificação da assinatura.


    Segurança da informação: DICA : Estudar pela Cartilha de Segurança para internet (CGI)

  • A) ERRADA - Chave privada o único e a conhece é o titular.

    B) ERRADA - Não existe chave única, mas sim chave pública ou privada.

    C) ERRADA - Chave privada o único e a conhece é o titular.

    D) ERRADA - A chave pública só será conhecida SE o emissor publicá-la.

    E) CORRETA


  • "Atualmente existem dois tipos de criptografia: a simétrica e a de chave pública. A criptografia simétrica realiza a cifragem e a decifragem de uma informação através de algoritmos que utilizam a mesma chave, garantindo sigilo na transmissão e armazenamento de dados. Como a mesma chave deve ser utilizada na cifragem e na decifragem, a chave deve ser compartilhada entre quem cifra e quem decifra os dados. O processo de compartilhar uma chave é conhecido como troca de chaves. A troca de chaves deve ser feita de forma segura, uma vez que todos que conhecem a chave podem decifrar a informação cifrada ou mesmo reproduzir uma informação cifrada.

    Os algoritmos de chave pública operam com duas chaves distintas: chave privada e chave pública. Essas chaves são geradas simultaneamente e são relacionadas entre si, o que possibilita que a operação executada por uma seja revertida pela outra. A chave privada deve ser mantida em sigilo e protegida por quem gerou as chaves. A chave pública é disponibilizada e tornada acessível a qualquer indivíduo que deseje se comunicar com o proprietário da chave privada correspondente".

  • Na forma geral, os dados básicos que compõem um certificado digital são:

    -Versão e número de série do certificado;

    -Dados que identificam a AC que emitiu o certificado;

    -Dados que identificam o dono do certificado (para quem ele foi emitido);

    -Chave pública do dono do certificado;

    -Validade do certificado (quando foi emitido e até quando é válido)

    -Assinatura digital da AC emissora e dados para verificação da assinatura.

    A chave privada do dono do certificado nunca compõe o certificado. Afinal qualquer pessoa pode ter acesso as informações do certificado digital.

    Logo se a chave privada ficar disponível para qualquer pessoa, a mesma deixaria de ser privada e não poderíamos verificar autenticidade.

  •  por que a Letra D está errada? Porque o emissor do certificado é a Autoridade Certificadora e a chave pública de criptografia da Autoridade Certificadora não fica armazenada no Certificado Digital. (Letra E). 


ID
1059049
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Considere as afirmativas abaixo, em relação ao Microsoft Outlook Web App do Exchange Server 2010.

I - O Outlook Web App permite que a caixa de correio eletrônico do usuário possa ser acessada a partir de um navegador de Internet.
II - Para utilizar o Outlook Web App, é necessário ter instalada, na máquina do usuário, a lista de conta- tos do Outlook 2010.
III - No envio de uma mensagem, só é possível colocar um único destinatário nas linhas Para e Cc.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • O Office 365 inclui o Outlook Web App, para que você possa acessar seu email sempre que estiver online, mesmo longe do escritório ou usando seu celular ou tablet. Para ter acesso ao Outlook Web App, entre no Office 365 e, na parte superior da página, clique em Outlook, Calendário ou Pessoas.

    No Outlook Web App, você pode:

    • Enviar e receber email
    • Criar compromissos e lembretes
    • Adicionar informações de reunião do Lync a um convite de reunião
    • Configurar o Outlook ou outros programas de email para acessar seus emails, calendários e contatos do Office 365
    • Importar emails e contatos das suas contas antigas

    Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/office365-suite-help/comecar-a-usar-o-outlook-web-app-para-email-e-calendarios-HA103105767.aspx


    Assim, tornam-se faltas as alternativas II e III, pois não é necessário a instalação da lista de contatos, já que você pode importar esses dados das suas contas e é claro, há a possibilidade do usuário inserir diversos e-mails no "Para:" e "Cc:".

    Resposta letra A.

  • Não entendi a I: 


     O Outlook Web App permite que a caixa de correio eletrônico do usuário possa ser acessada a partir de um navegador de Internet. 


    Pelo que me consta voce acessa o Outlook Web App por um programinha específico e não via browsers. Corrijam-me se estou equivocado.

  • Existem dois tipos de Outlooks (Correio Eletrônico da Microsoft)

    1) Outlook Web app ou apenas Outlook

    2) Outlook Express 


    O outlook 1) não precisa ser instalado no computador, precisando apenas de um browser (navegador de internet) para o acesso a conta da Microsoft, podendo ser visualizada a conta do usuário de qualquer computador. Basta digitar na barra de endereços do browser, o Webmail do correio eletrônico, depois efetuar o login. Para quem usa computador compartilhado este outlook oferece mais privacidade, pois só pode ser acessado tendo conexão com a internet. 

    O Outlook 2) precisa de um software específico, sendo salvo e instalado no computador do usuário. Não oferece privacidade, pois pode ser acessado mesmo quando não se tem conexão com a internet. Então qualquer pessoa que consulte o computador e que abrir o outlook poderá consultar a caixa de entrada, enviados, rascunhos, etc. pois tudo é salvo no computador. Este outlook pode ter email apagados, ou mesmo trocados de pastas, entre outras coisas. Essas atividades feitas offline são sincronizadas quando o usuário estabelece uma conexão com a internet. 

    Sobre a Questão

    I) Correto, como descrito acima!

    II) Errado, Este outlook não precisa da lista de contatos salva no computador. A lista é salva na conta do usuário de webmail.

    III) É possível colocar vários destinatários, no Cc: todos os endereços de email (contidos no Cc) serão visualizados por todos que receberem a mensagem/mail. Já se forem no Cco: todos os endereços de email (contidos no Cco) serão ocultos. 


    Cc = Com cópia (carbon copy)

    Cco = Com cópia oculta (Blind carbon copy)


    (Um  Webmail  é  um  serviço  de  gerenciamento  de  e-mails  que  utiliza  um navegador web como interface, ao invés de um cliente de e-mail.)

    Gabarito: Item A

    Aulas da Professora Patrícia Quintão, Sobre Correio Eletrônico. Muito boas!


    Bons Estudos! 

  • Guarienti Oldoni, eu acho que você está confundindo com o Outlook Express. =) Esse sim, só necessita do programinha que será instalado no computador. Daí quando o PC estabelece uma conexão com a internet, ele faz o download dos e-mails/mensagens e salva no seu PC.

  • A. Apenas I.

    I - O Outlook Web App permite que a caixa de correio eletrônico do usuário possa ser acessada a partir de um navegador de Internet.


ID
1059052
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Considerando a instalação padrão do mouse para destros, o que acontece ao clicar com o botão direito do mouse no ícone de um programa na barra de tarefas do Windows 7?

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    Visualização da lista de atalhos de itens recentes do programa.

  • Eu sou ambidestra e levei uns minutos para entender a questão. 



  • Interessante essa função, principalmente se utilizada com o bloco de notas.

  • Na hora coloquei o mouse no meu lado esquerdo, lado canhoto. Mas é o destro, que seria o da maioria dos users.
    Aí fiquei pensando, no atalho de um programa irá abrir a janelinha com propriedades, copiar, recortar... mas barra de tarefas se referiu a barra do iniciar.
    Realmente exibe o atalho do programa, fixar/desafixar e tem a lista dos recentes.

    LETRA C

  • LISTA DE ATALHOS = são atalhos de programas ou aplicações abertas recentemente ou fixadas. ela se encontra na barra de tarefas (ao clicar com o botão direito do mouse) ou no menu iniciar (ao clicar na seta próxima do programa).

    OBS. 1: clicando e arrastando os ícones, é possível também fixar documentos e sites individuais nas listas de atalhos. 

    OBS. 2: caso o usuário não clique na lista de atalho, apenas posicione o mouse em um ícone de programa na barra de tarefas, é possível visualizar dinamicamente as miniaturas dos conteúdos das janelas, inclusive, é possível pausar vídeos e músicas nessas miniaturas. Ao mover o mouse para a miniatura, o usuário exerga a janela em tela cheia. Ao clicar na janela, ela abrirá. 

  • C. Visualização da lista de atalhos de itens recentes do programa.

  • Também chamada de lista de saltos.


ID
1059058
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No pacote LibreOffice, os aplicativos Calc e Writer, gravam seus arquivos com uma extensão default própria, que pode ser alterada a qualquer tempo. Assinale a alternativa que apresenta as extensões originais da instalação padrão para o Calc e o Writer, respectivamente.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta letra A.

    Por padrão o Libre Office Calc grava os seus arquivos no formato .ods e o Libre Office Writer grava os seus arquivos no formato .odt.

  • Errei essa questão por pura falta de atenção na hora da prova. Depois queria morrer. Errar besteiras: drama da vida de concurseiro!

  • Eu gravei assim...

    ods o S é de planilha (em inglês spreadsheet) do Calc

    odt o T é de texto do Writer

    Bons estudos!

  • GABARITO A

     

            ODT = WRITER (T de texto);

     

            ODS = CALC (S de soma - spreedshet);

     

            ODP = IMPRESS (P de PRESENTATION = apresentação)

  • A. ods e odt


ID
1059064
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Assinale a afirmativa correta em relação às bibliotecas do Windows 7.

Alternativas
Comentários
  • Fala Carvalhão, uma excelente questão para "colocar em mesa".
    Alternativa (a) errada - A biblioteca consiste em uma única pasta dentro da qual nenhuma pasta pode ser criada, somente o diretório de biblioteca. Entretanto, uma pasta é simplesmente um contêiner para armazenar arquivos, uma Biblioteca não contém arquivos. Na verdade, uma Biblioteca fornece uma única exibição agregada de várias pastas e de seu conteúdo;
    Alternativa (b) errada - Quando se salva um arquivo dentro da pasta biblioteca pode salvar dentro das subpastas - Documentos - Imagens - Músicas - Videos;
    Alternativa (c) errada - A alternativa já começou errado em dizer que os arquivos do Cd ou DVD encontram-se na biblioteca, sendo que, os mesmos são armazenados dentro do respectivo diretório (CD e DVD);
    Alternativa (d) Certa
    Alternativa (e) Errada - Quando você remove um local de pasta de uma Biblioteca, remove somente a exibição da Biblioteca aquela pasta. Remover um local de pasta de uma Biblioteca não exclui a pasta nem seus arquivos.


    Motivação e perseverança!
  • Errei na prova tbm :/ Como eu ia saber  numero exato de pastas... Que provinha essa .

  • Opção CORRETA, letra "D".

    Mas foi a "pérola" da semana nas questões de informática. De onde o cara tirou essa?!

    Todavia, tem fundamento. Fui pesquisar e apresento o resultado abaixo.


    Trabalhando com Bibliotecas

    Nas versões anteriores do Windows, o gerenciamento de arquivos significava organizá-los em pastas e subpastas diferentes. Nesta versão do Windows, você pode usar também bibliotecas para organizar e acessar arquivos, independentemente de onde eles estejam armazenados.

    Uma biblioteca reúne arquivos de diferentes locais e os exibe em uma única coleção, sem os mover de onde estão armazenados.

    Seguem algumas ações que podem ser executadas com bibliotecas:

    Criar uma nova biblioteca. Existem quatro bibliotecas padrão (Documentos, Músicas, Imagens e Vídeos), mas você pode criar novas bibliotecas para outras coleções.

    Organizar itens por pasta, data e outras propriedades. Os itens em uma biblioteca podem ser organizados de diferentes maneiras, usando o menu Organizar por, localizado no painel de bibliotecas (acima da lista de arquivos) de qualquer biblioteca aberta. Por exemplo, você pode organizar sua biblioteca de músicas por artista para encontrar rapidamente uma música de um determinado artista.

    Incluir ou remover uma pasta. As bibliotecas reúnem conteúdo a partir das pastas incluídas ou dos locais de bibliotecas.

    Alterar o local de salvamento padrão. O local de salvamento padrão determina onde um item é armazenado quando é copiado, movido ou salvo na biblioteca.

    Fonte: http://windows.microsoft.com/pt-br/windows7/working-with-libraries


    Para criar uma biblioteca no Windows 7

    Abra o Windows Explorer. Caso a pasta de bibliotecas não esteja aberta, clique no item Bibliotecas no painel de navegação à esquerda.

    Na barra superior, clique em Nova biblioteca.

    Um novo item é adicionado na pasta atual. Nomeie-o como desejar. Em nosso exemplo, a biblioteca se chamará “Baboo”.

    Selecione a biblioteca recém-criada, acesse o menu Organizar e escolha Propriedades.

    Clique no botão Incluir uma pasta e localize as pastas que você deseja incluir na bilbioteca. Há um limite de 50 pastas por biblioteca (nossa opção D). Para excluir um item, selecione-o e clique em Remover.

    Uma outra maneira de adicionar uma pasta na biblioteca é clicar com o botão direito do mouse sobre ela, expandir o item Incluir na biblioteca e selecionar a biblioteca a ser usada.

    Uma das pastas da biblioteca deve ser definida como local de salvamento padrão. Como uma biblioteca é a união de várias pastas, o sistema precisa saber onde um arquivo deve ser armazenado quando o usuário arrastá-lo sobre o ícone da biblioteca.

    Normalmente a primeira pasta adicionada costuma ser definida como local padrão. Para mudar isso, selecione a pasta que deseja tornar padrão e clique no botão Definir local de salvamento. Um “check box” aparecerá ao lado da pasta definida como padrão.

    No Windows 7 não há opção para definir um local de salvamento público.

    O próximo passo é determinar que tipo de arquivo será armazenado na biblioteca. Para isso utilize a opção Otimizar esta biblioteca para.

    Essa opção adapta o modo de exibição da pasta de acordo com o conteúdo escolhido. Por exemplo, se a biblioteca for otimizada para imagens ou vídeos, os itens da pasta serão exibidos como miniaturas. Se for otimizada para músicas, informações como artista, álbum e título são incluídas. Observe as bibliotecas que já vem com o Windows para ter uma ideia de como essas opções funcionam na prática.

    Diferentemente do Windows 8, não há opção para alterar o ícone da biblioteca. Mas é possível fazer isso com a ajuda de ferramentas de terceiros

    Por fim, para exibir ou ocultar a biblioteca no painel lateral do Windows Explorer, marque ou desmarque a opção Mostrar no painel de navegação.

    Ao clicar em OK as configurações serão aplicadas.

    Fonte: http://www.baboo.com.br/windows/como-criar-uma-biblioteca-no-windows/



  • ALGUEM PODE ME DIZER COMO COLOCAR IMAGENS NO COMENTARIO...DESDE JÁ GRATO..ABRAÇO

  • Eu consegui criar pastas dentro de bibliotecas... Logo não entendi o erro da A

  • Quero parabenizar nosso amigo Juliano Marques que fez esse excelente comentário !!!  São de pessoas assim que o QC precisa !!! Valeu mesmo, eu que nao havia ainda visto este assunto nem precisei pesquisar mais , seu comentário foi completo , isto poupa tempo do concurseiro ... Obrigado !!!

  • Miguel Neto, tanto tempo depois não sei se ainda precisas, mas acredito que o erro da letra A esteja em dizer que biblioteca é pasta. Biblioteca não é pasta e, sim, uma "coleção de itens".