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Prova FUNCAB - 2015 - PC-AC - Perito Criminal - Análises de Sistemas


ID
1728772
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Analise as afirmativas seguintes, relativas à Lei de Drogas.

1. O condenado por tráfico ilícito de droga será obrigado a iniciar o cumprimento da pena privativa de liberdade em regime fechado.

2. A progressão de regime no caso de apenado reincidente por tráfico de droga dar-se-á após o cumprimento de 3/5 (três quintos) da pena.

3. O agente que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, à pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem, fica sujeito à prestação de serviços comunitários ou ao comparecimento a programa ou curso educativo.

4. O agente que transportar, para consumo pessoal, drogas em desacordo com determinação legal poderá ser submetido à pena de prisão simples.

Está correto somente o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • essa questão foi anulada

  • Alguem tem a justificativa...

  • 1- Inconstitucional, princípio da individualização da pena.
    2- Certo
    3- Não existe essa previsão de pena.
    4- usuário não é preso por apenas ser consumidor sem concurso com um crime de tráfico.

    sem alternativa..

  • Existe previsão legal do intem 3.

    Art. 33, § 3º, lei 11.343/2006.

     

    Art. 33.  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: ( ...)

    § 3o  Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:

    Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.

     

    Art. 28.  Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

    I - advertência sobre os efeitos das drogas;

    II - prestação de serviços à comunidade;

    III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

  • GABARITO: A (questão anulada)

     

    O Plenário do STF, no dia 27/06/2012 decidiu que o § 1º do art. 2º da Lei n.° 8.072/90, com a redação dada pela Lei n.° 11.464/2007, ao impor o regime inicial fechado, é INCONSTITUCIONAL. (HC111.840/ES)

     

    O regime inicial nas condenações por crimes hediondos ou equiparados (ex: tráfico de drogas) não tem que ser obrigatoriamente o fechado, podendo ser o regime semiaberto ou aberto, desde que presentes os requisitos do art. 33, § 2º, alíneas b e c, do Código Penal. Assim, será possível, por exemplo, que o juiz condene o réu por tráfico de drogas a uma pena de 6 anos de reclusão e fixe o regime inicial semiaberto.

     

     

    http://www.dizerodireito.com.br/2012/06/e-inconstitucional-lei-obrigar-que-o.html

  • 1) INCORRETO - tema já pacificado tanto no STF como no STJ. Admite-se a conversão em PRD, por prestígio ao princípio da individualização da pena. Nesse sentido, ver a Resolução 5 de 2012 do Senado Federal (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm).

    A jurisprudência se manifestou no sentido de declarar incidentalmente inconstitucional a expressão "vedada a conversão em penas restritivas de direito", conforme se pode verificar abaixo:

    Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substituição de Pena Privativa de Liberdade por Restritiva de Direitos - 1

    O Tribunal iniciou julgamento de habeas corpus, afetado ao Pleno pela 1ª Turma, em que condenado à pena de 1 ano e 8 meses de reclusão pela prática do crime de tráfico ilícito de entorpecentes (Lei 11.343/2006, art. 33, § 4º) questiona a constitucionalidade da vedação abstrata da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos disposta no art. 44 da citada Lei de Drogas (“Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.”). Sustenta a impetração que a proibição, no caso de tráfico de entorpecentes, da substituição pretendida ofende as garantias da individualização da pena (CF, art. 5º, XLVI), bem como aquelas constantes dos incisos XXXV e LIV do mesmo preceito constitucional — v. Informativo 560.

    2) INCORRETO por desatualização - A Lei 13.964/2019 (Pacote Anticrime). Art. 4º A Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:  

    VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado;   

    3) CORRETO - Tráfico de Drogas na modalidade mesmo gravosa com detenção de seis meses a um ano, sem prejuízo das penas do Art. 28 da mesma Lei.

    Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

    I - advertência sobre os efeitos das drogas;

    II - prestação de serviços à comunidade;

    III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

     

    4) INCORRETO - Considerando o delito de Consumo Próprio do Art. 28 é punido apenas com “advertência”, “prestação de serviços à comunidade” ou “medida educativa” no máximo de cinco meses e na reincidência dez meses, ou, seja, sanções menos graves e nas quais não há qualquer possibilidade de conversão em pena privativa de liberdade pelo descumprimento que ensejaria admoestação verbal e multa.

  • 1) INCORRETO - tema já pacificado tanto no STF como no STJ. Admite-se a conversão em PRD, por prestígio ao princípio da individualização da pena. Nesse sentido, ver a Resolução 5 de 2012 do Senado Federal (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm).

    A jurisprudência se manifestou no sentido de declarar incidentalmente inconstitucional a expressão "vedada a conversão em penas restritivas de direito", conforme se pode verificar abaixo:

    Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substituição de Pena Privativa de Liberdade por Restritiva de Direitos - 1

    O Tribunal iniciou julgamento de habeas corpus, afetado ao Pleno pela 1ª Turma, em que condenado à pena de 1 ano e 8 meses de reclusão pela prática do crime de tráfico ilícito de entorpecentes (Lei 11.343/2006, art. 33, § 4º) questiona a constitucionalidade da vedação abstrata da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos disposta no art. 44 da citada Lei de Drogas (“Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.”). Sustenta a impetração que a proibição, no caso de tráfico de entorpecentes, da substituição pretendida ofende as garantias da individualização da pena (CF, art. 5º, XLVI), bem como aquelas constantes dos incisos XXXV e LIV do mesmo preceito constitucional — v. Informativo 560.

    2) INCORRETO por desatualização - A Lei 13.964/2019 (Pacote Anticrime). Art. 4º A Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:  

    VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado;   

    3) CORRETO - Tráfico de Drogas na modalidade mesmo gravosa com detenção de seis meses a um ano, sem prejuízo das penas do Art. 28 da mesma Lei.

    Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

    I - advertência sobre os efeitos das drogas;

    II - prestação de serviços à comunidade;

    III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

     

    4) INCORRETO - Considerando o delito de Consumo Próprio do Art. 28 é punido apenas com “advertência”, “prestação de serviços à comunidade” ou “medida educativa” no máximo de cinco meses e na reincidência dez meses, ou, seja, sanções menos graves e nas quais não há qualquer possibilidade de conversão em pena privativa de liberdade pelo descumprimento que ensejaria admoestação verbal e multa.


ID
1949497
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

Sobre o texto leia as afirmativas a seguir.

I. A pontuação dá ao conto uma característica de lentidão, detalhamento com intenção de prender a atenção do leitor sobre o que se conta.

II. O narrador acumula duas funções: contador de estórias e a de comentarista que analisa as situações, filosofa sobre o assunto, trazendo o leitor para o presente, o tempo da enunciação.

III. A abordagem do nome da personagem pouco acrescenta na compreensão do texto.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • I. A pontuação dá ao conto uma característica de lentidão, detalhamento com intenção de prender a atenção do leitor sobre o que se conta.( Correto )

    Percebe-se, que a pontuação quer pormenorizar o enredo. Quer chamar a atenção, detalhando o conto,   

    II. O narrador acumula duas funções: contador de estórias e a de comentarista que analisa as situações, filosofa sobre o assunto, trazendo o leitor para o presente, o tempo da enunciação. ( Correto )

    Entendi, como sendo comentário do narrador, entre outros, o seguinte trecho: " Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios." 

    III. A abordagem do nome da personagem pouco acrescenta na compreensão do texto. (  Errado ) 

    " Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.    E pôs-se a fábula em ata. "

  • GABARITO =E

    FOI INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

    PM/SC

    DEUS PERMITIRÁ


ID
1949500
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

Em relação à personagem feminina apresentada no início do conto com uma indefinição de nome Livíria, Rivília ou Irlívia e no final com um único nome, Vilíria, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
1949503
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

A reviravolta na trama é antecipada pela instância narrante, que prenuncia a tragédia, mostrada no seguinte fragmento do texto:

Alternativas
Comentários
  • Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro...


ID
1949506
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

A comparação do amor com a nau tangida à vela e a vento sugere, simultânea e respectivamente, uma relação:

Alternativas
Comentários
  • nau tangida à vela e a vento sugere

    Nau - designação genérica que até o sXV se aplicava a navios de grande porte.

    --> a vela era tangida como o vento sugere - à deriva

  • Texto horrível, sem pé nem cabeça!


ID
1949509
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

“Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.” Esse segmento final do terceiro parágrafo poderia ser reescrito, mantendo-se o seu sentido original, da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: alternativa E

     

    Conjunções Adversativas: indicam essencialmente uma ideia de adversidade, oposição, contraste; também ressalva, quebra de expectativa, compensação, restrição; elas realçam o conteúdo da oração que introduzem. As principais são: mas, não obstante, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto

     

    "Estude muito, mova-se, realize o impossível!"


ID
1949512
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

Na frase, “Até que deu-se o desmastreio.” há, de acordo com a norma culta, um problema de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Alternativa: E

     

    Há um problema de colocação pronominal inadequada. O pronome relativo antes do verbo é um caso atrativo de próclise. Portanto, nunca use ênclise após um pronome relativo.

     

    (Forma correta) Até que se deu o desmastreio.

     

    "Estude mais, e alcançará seu objetivo"

  • Isaias de Cha Grande -PE.

  • LETRA E

    O pronome relativo que atrai o pronome obliquo se

  • Pronome relativo "que" atraí o "se",caso de próclise.

  • essa é facil,procura o que esta estranho na frase, o (SE) que é pronome, agora é so marcar o pronome hahaha

  • GABARITO: LETRA E

    ACRESCENTANDO:

    Próclise (antes do verbo): A pessoa não se feriu.

    Ênclise (depois do verbo): A pessoa feriu-se.

    Mesóclise (no meio do verbo): A pessoa ferir-se-á.


     

    Próclise é a colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo (PRO = antes)

    Palavras que atraem o pronome (obrigam próclise):

    -Palavras de sentido negativo: Você NEM se preocupou.

    -Advérbios: AQUI se lava roupa.

    -Pronomes indefinidos: ALGUÉM me telefonou.

    -Pronomes interrogativos: QUE me falta acontecer?

    -Pronomes relativos: A pessoa QUE te falou isso.

    -Pronomes demonstrativos neutros: ISSO o comoveu demais.

    -Conjunções subordinativas: Chamava pelos nomes, CONFORME se lembrava.

     

    **NÃO SE INICIA FRASE COM PRÓCLISE!!!  “Me dê uma carona” = tá errado!!!

     

    Mesóclise, embora não seja muito usual, somente ocorre com os verbos conjugados no futuro do presente e do pretérito. É a colocação do pronome oblíquo átono no "meio" da palavra. (MESO = meio)

     Comemorar-se-ia o aniversário se todos estivessem presentes.

    Planejar-se-ão todos os gastos referentes a este ano. 


    Ênclise tem incidência nos seguintes casos: 

    - Em frase iniciada por verbo, desde que não esteja no futuro:

    Vou dizer-lhe que estou muito feliz.

    Pretendeu-se desvendar todo aquele mistério. 

    - Nas orações reduzidas de infinitivo:

    Convém contar-lhe tudo sobre o acontecido. 

    - Nas orações reduzidas de gerúndio:

    O diretor apareceu avisando-lhe sobre o início das avaliações. 

    - Nas frases imperativas afirmativas:

    Senhor, atenda-me, por favor!

    FONTE: QC


ID
1949515
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

Em “Diz-se, também, QUE a ferira, leviano modo.”, o componente destacado é um(a):

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra E.

     

    Conjunções Integrantes: introduzem orações subordinadas substantivas; conectam uma oração incompleta a uma oração que, por sua vez, vai completá-la; um antigo e válido bizu nos diz que se conseguirmos substituir uma oração iniciada por uma das integrantes (que ou se) por isto/isso tais conectivos  serão conjunções subordinativas integrantes.

     

    Diz-se, também, QUE.... Diz-se, também, ISSO....

     

    "Estude muito, mova-se, realize o impossível!"

  • GABARITO: LETRA E

    Conjunções integrantes são conjunções subordinativas que introduzem orações substantivas, ou seja, orações que atuam como um substantivo na frase, desempenhando funções de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicado nominal e aposto.

    Conjunções integrantes: que, se.

    Exemplos de frases com conjunções integrantes

    -Espero que você chegue rápido.

    -Quero muito que este dia chegue logo!

    -É importante que você compareça na audiência.

    -Não sei se ele já chegou ao Brasil.

    -Quero saber se o projeto foi autorizado.

    FONTE: NORMACULTA.COM.BR

  • "também" esta ai só pra atrapalhar... :(


ID
1949518
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

A frase “Suas lágrimas corriam atrás dela”, como efeito expressivo, mostra o(a):

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D

     

    Para responder essa questão, o candidato deveria ter conhecimento de ESTILÍSTICA, que é a parte da gramática que trata das 

    estratégias artísticas/ criativas usadas na língua (principalmente as figuras de linguagem).

     

    PROSOPOPÉIA (PERSONIFICAÇÃO) É a atribuição de características humanas a seres não humanos. Dizer que a personificação é a atribuição de características de seres animados a seres inanimados é uma definição ruim, pois quando, numa história, um animal fala, ele não é um ser “inanimado”, afinal todo animal tem vida e, portanto, é um ser “animado”.

     

    Na frase “Suas lágrimas corriam atrás dela” veja que lágrimas não é um ser humano e está sendo atribuída a característica de correr a ela.

  • Gabarito letra D

     

    A questão tá bem mais para personificação - Lágrimas que correm (correr ação humana- personificação da lágrima), do que ao exagero. Exagerar seria por exemplo dizer Chorou durante dias, Chorou rios de lágrimas... ai sim vejo exagero, pois ninguém chora durante dias nem menos rios....

  • Tenta dar vida à um objeto ou coisa, causa um efeito de personificação!

  • Alguém já viu uma lágrima correndo por aí??

    A característica de correr é atrelada ao ser humano, quando se coloca essa característica em um ser inanimado (lágrima) se dá o nome de personificação ou prosopopéia.

    PMSC.

  • Gabarito : D.

    “Suas lágrimas corriam atrás dela”

    Personificação ou Prosopopeia = consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais, sentimentos ou ações próprias dos seres humanos

    Bons Estudos !!!

  • GABARITO: LETRA D

    Prosopopeia (Personificação):
    Atribuição de características humanas a seres não humanos. Dizer que a personificação é a atribuição de características de seres animados a seres inanimados é uma definição ruim, pois quando, numa história, um animal fala, ele não é um ser “inanimado”, afinal todo animal tem vida e, portanto, é um ser “animado”.
    - “A Bomba atômica é triste, Coisa mais triste não há / Quando cai, cai sem vontade.” (Vinícius de Moraes)
    - A  Amazônia chora devido ao desmatamento.

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.


ID
1949521
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

“De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão.”

A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise as afirmativas a seguir.

I. A palavra A é pronome adjetivo pessoal oblíquo e assume a função de objeto direto da primeira oração.

II. A preposição DE, em “De amor”, possui valor semântico de causa.

III. OU, dentro da oração a que pertence, é conjunção subordinativa condicional.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Comentários
  • I. A palavra A é pronome adjetivo pessoal oblíquo e assume a função de objeto direto da primeira oração.

    R: Errado. O pronome oblíquo (a) é considerado pronome substantivo, pois tem função de substituir o termo.

    II. A preposição DE, em “De amor”, possui valor semântico de causa.

    R: Certo. Possui valor de causa.

    III. OU, dentro da oração a que pertence, é conjunção subordinativa condicional.

    R: Errado. Tem função de alternativa.


ID
1949524
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

Sobre as formas destacadas e numeradas nos segmentos “Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: (1)TRAÍDO e (2)TRAIDORA.7 “mediante (3) REVÓLVER.”, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • PEsada. Gabarito C.

    Hiato
    Ocorre hiato quando há o encontro de duas vogais, que acabam ficando em sílabas separadas (V – V), porque só pode haver uma vogal por sílaba.
    Ex.: sa-í-da, ra-i-nha, ba-ús, ca-ís-te, tu-cu-mã-í, su-cu-u-ba, ru-im, jú-ni-or...
    Cuidado!!!
    1) Em palavras com a sequência V+SV+V, como praia, meio, joio, ocorre um falso hiato, vulgarmente falando. Isso ocorre porque prai-a, por exemplo, apresenta semivogal (i) separada de vogal (a). Na realidade, o que ocorre é um fenômeno chamado glide, isto é, cada uma das palavras acima apresenta dois ditongos, pois a semivogal (i) se prolonga até a sílaba seguinte: (prai-ia, mei-io...). Nunca vi isso em prova de concurso, mas... nunca se sabe...
    2) As palavras rio, cio, mia, tia, dia não são monossilábicas! São dissilábicas, pois apresentam hiato!

  • Olá Ranger

    Ra- i-nha não leva acento por emitir vogal  nasal por causa nh.

  • Hiato quer dizer separação. No caso da regrinha do hiato, sempre que, ao separar sílabas, ocorrer obrigatória e consequentemente, a separação de vogais (mais exemplos: Ca-í-que, mo-í-do, pu-í-do), e, em que, como se vê, sempre que a vogal que " ficar sozinha", formando uma sílaba, for a vogal "i" ou a vogal "u", tais vogais, devem ser acentuadas. Outros exemplos: "Ta -í"; "Ca-í"; "Ta-tu-í"; "cu-ri-ó" I ou U tônicos, formando hiatos, sozinhos em sílaba ( ou acompanhados por S) ( sucedidos por NH, não acentua) . EX: sa- ú- de / re-í-zes / ra-i-NHa

    PAROXÍTONAS:AEOM Não se acentuam as terminadas em A, E, O e M. Imagem Casa Sede Foro Traidora

  • GABARITO: LETRA C

    Regra de Acentuação para os Hiatos Tônicos (I e U)

    Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.

    Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...

    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.

  • Sobre as formas destacadas e numeradas nos segmentos “Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: (1)TRAÍDO e (2)TRAIDORA.7 “mediante (3) REVÓLVER.”, é correto afirmar que:

    TRAÍDO- TRA-Í-DO(TRISSÍLABA. ACENTUADO PELA REGRA DE HIATO, ONDE OCORRER HIATO DAS LETRAS I E U, LOGO AS MESMAS DEVERÃO SER ACENTUADAS)

    TRAIDORA- TRAI-DO-RA ( TRISSÍLABA. SENDO A PENÚLTIMA, SÍLABA TÔNICA. LOGO PAROXÍTONA E NÃO SERÁ ACENTUADA PORQUE TERMINA EM A)

    REVÓVER- RE- VÓL-VER(TRISSÍLABA. SENDO A PENÚLTIMA SÍLABA TÔNICA. LOGO PAROXÍTONA E RECEBE ACENTO POR TERMINAR EM R - LETRA PERTENCENTE A FÁMILIA RUMUNSONXÃO (R- UM-UNS-X-ÃO)

  • Em 14/08/21 às 19:55, você respondeu a opção C. Você acertou!

    Em 11/05/19 às 21:01, você respondeu a opção D. Você errou!

  • PMSC


ID
1949527
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

Sobre o valor semântico da preposição destacada em “Porque o marido se fazia notório, na valentia COM ciúme”, pode-se afirmar corretamente que, no contexto produzido:

Alternativas
Comentários
  • “Porque o marido se fazia notório, na valentia COM ciúme” 

    Basta reescrevermos " na valentia de modo ciumento"

  • ou perguntar como o marido estava ? qual o modo

  • Exemplo: Vou fazer um churrasco COM lenha sábado

    Com dá a ideia de churrasco o churrasco ser feito através da lenha, ou seja, COM.


ID
1949530
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

Na estruturação do texto, a função dos dois-pontos no primeiro parágrafo é:

Alternativas
Comentários
  • Regras para o uso de dois pontos

    1) Antes de uma citação - Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:  

     

    2) Antes de um aposto - Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite.  

     

    3) Antes de uma explicação ou esclarecimento - Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a rotina de sempre.  

     

    4) Em frases de estilo direto - Maria perguntou: – Por que você não toma uma decisão? 


ID
1949533
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

De acordo com os estudos de regência verbal e com o padrão culto da língua, o verbo em “Dependiam eles de milagre.” é:

Alternativas
Comentários
  • Transitivo Indireto
    O verbo transitivo indireto é aquele que contextualmente exige um complemento com preposição obrigatória (objeto indireto).
    – Concordo com você, realmente tenho de acreditar em Deus, pois aqueles que lhe desobedecem sofrem graves consequências. (Concorda-se com algo/alguém/Acredita-se em algo/alguém/Desobedece-se a alguém/algo)
    Obs.: Muitos transitivos indiretos aceitam o lhe como complemento, mas outros não, como aludir, anuir, assistir (=ver), atentar, investir, recorrer etc. Falo melhor sobre isso no capítulo Termos Acessórios da Oração, em Funções Sintáticas dos Pronomes Oblíquos Átonos (veja o lhe).
    Transitivo Direto e Indireto
    Também chamado de bitransitivo, o verbo transitivo direto e indireto exige dois complementos, um sem preposição (objeto direto) e outro com preposição (objeto indireto).
    – A comissão parlamentar comunicou o problema a todos. (Comunica-se algo a alguém)
    – Comprei uma blusa para mim. (Compra-se algo para alguém)

    – Minha mãe só conseguiu me dar à luz depois de muito esforço. (me é objeto direto e à luz, objeto indireto)

    Gabarito A.

    Pestana (2012)

  • Quem depende, depende DE alguma coisa.

    Dependiam eles de milagre.

          (VTI)                  (OI)


ID
1949536
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

O “ Ou: os temp os se seguem e PARAFRASEIAM-SE.” poderia ser explicado com o seguinte adágio popular:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra b

     

    Parafrasear é escrever a mesma coisas de um texto sem alteração das ideias originais, ou seja repetir o que foi dito com suas próprias palavras . 

  • Paráfrase é um recurso de interpretação textual que consiste na reformulação de um texto, trocando as palavras e expressões originais, mas mantendo a ideia central da informação.

  • Exemplo de paráfrase:

    > Estou aqui no shopping esperando você;

    > Aqui no shopping estou te aguardando;

    Ou seja, é falar a mesma coisa mas com palavras diferentes.


ID
1949539
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

“O tempo é ENGENHOSO.”/ “Sempre vem imprevisível o ABOMINOSO?” Sobre os vocábulos destacados, leia as afirmativas.

I. No contexto, o sufixo -oso, nas duas palavras, tem o sentido de “cheio de”.

II. Engenhoso é predicativo do sujeito.

III. Os dois vocábulos pertencem à mesma classe gramatical.

Está correto apenas o que se afirma em: 

Alternativas
Comentários
  • Significado de Abominoso adjetivo.Que se deve abominar; que é detestável; que provoca repulsa; execrável: crime abominoso.

    engenhoso.adjetivo 1.dotado de engenho, talento; que demonstra engenho, habilidade; criativo, inventivo, destro.2.bem-feito; confeccionado com arte.

    III tambem está correto.

  • O tempo é ENGENHOSO.

    SUJEITO :o tempo

    VERBO : de ligação - ser

    PREDICATIVO DO SUJEITO : engenhoso - qualidade do sujeito. ( classe gramatical : Adjetivo) 

     

     

    GABARITO "A"

  • Acredito que a classe gramatical da palavra engenho seja substantivo, pois a Morfologia estuda a palavra de forma isolada.

    Porém,o ítem III dá a entender que a banca que saber a classe gramatical das palavras engenhoso e abominoso,e não o radical da palavra engenho, pelo menos eu entendi assim. Agora o sufixo -oso- forma um adjetivo, e os vocábulos dentro do contexo da pergunta são adjetivos. sendo assim, o ítem III está correto também. Então os três ítens estão corretos, logo não tem gabarito.

    Graça e Paz

  • O artigo definido "O" antecedente ao adetivo abominoso, mudou a classe gramatical do mesmo, substantivando-o. Desta forma, engenhoso é adjetivo e abominoso, substantivo.

  • Colocando 2º frase na ordem direta descobre-se o substantivo. A 1º frase pelo verbo de ligação descobre o predicativo do sujeito.

  • Errei a questão por não saber que o sufixo pode indicar algo.

    O item I está correto

    Sufixo OSO significa algo em abundância, cheio de

    Por isso, que a letra correta é a A e não C como pensei

    O item II está correto

    Trata-se de um predicativo do sujeito, pois engenhoso está caracterizando o tempo e está se ligando a ele por meio de um verbo de ligação

    O item III está errado

    Pois apesar de os 2 serem adjetivos, originalmente neste caso, o segundo mudou de classe gramatical quando foi substantivado pelo artigo O.

  • Que piada funlixo...

  • RAPAZ ESSA ERRARIA UMA 10 VEZES SEGUIDAS!

  • I. No contexto, o sufixo -oso, nas duas palavras, tem o sentido de “cheio de”. CORRETO

    II. Engenhoso é predicativo do sujeito. CORRETO (A MAIS FÁCIL DE SE PERCEBER CORRETA, VC PODE COMEÇAR A ELIMINAR A PARTIR DESTA CERTEZA.)

    III. Os dois vocábulos pertencem à mesma classe gramatical. ERRADO, ABOMINOSO sofreu derivação imprópria por conta do determinante anteposto.

    ________________

    Parem de chororô infundado, nem sempre as bancas erram, aliás, elas erram na minoria das vezes, como é de se esperar, tudo bem que às vezes o erro é tão desgraçado que causa revolta, mas não foi esse o caso desta questão.


ID
1949542
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado resulta de derivação parassintética.

Alternativas
Comentários
  • (Gabarito B) - Pestana (2012) = Parassintética (Circunfixação) = A derivação parassintética ocorre quando há acréscimo simultâneo de prefixo e de sufixo a uma palavra primitiva (substantivo ou adjetivo). Como diz Margarida Basílio (no excelente texto Teoria Lexical), “nem todas as palavras que apresentam prefixo e sufixo em sua formação devem ser consideradas como de formação parassintética”.
    Normalmente a parassíntese forma verbos (1). Há, entretanto, alguns nomes adjetivos (2) formados por derivação parassintética. Veja:
    1) envelhecer (en + velho + ecer), aterrar (a + terra + ar), abençoar (a + bênção + ar), amanhecer (a + manhã + ecer), apedrejar (a + pedra + ejar), esfoliar (es + fólio + ar), embarcar (em + barco + ar), emagrecer (e + magro + ecer), amamentar (a + mama + entar), desterrar (des + terra + ar), emudecer (e + mudo + ecer), apadrinhar (a + padrinho + ar) etc.

  • Dica: Parassintética prefixo + radical + sufixo ; tirando o prefixo ou o sufixo e destruir a palavra, será então parassintética.

     

  • GABARITO B

     

     

    Pessoal, atenção para a derivação prefixal e sufixal, da pra confundir muito com a parassintética. A primeira continua existindo caso se retire o prefixo ou sufixo do radical. Já a segunda (parassintética) não existe sem seu radical ou sufixal, ela "morre". Vamos lá:

     


    * Derivação prefixal e sufixal

    Consiste na formação de uma nova palavra a partir do acréscimo simultâneo de um prefixo e de um sufixo ao radical.


    ex.:

    desigualdade  --> desigual / igual / igualdade
    infelizmente  --> infeliz / feliz / felizmente
    desvalorização  --> desvalor / valor / valorização

     


    * Derivação parassintética

    Consiste também no acréscimo de um prefixo e um sufixo ao radical, de modo a fazer com que a palavra não exista apenas com um ou com o outro. Representa um processo que dá origem principalmente a verbos, obtidos a partir de substantivos e adjetivos.

     

    ex.:

    abençoar – bênção
    amanhecer - manhã
    amaldiçoar – maldição
    enrijecer – rijo
    enlouquecer – louco
    entristecer – triste

     

     

    bons estudos

     

  • PM PB BORAH


ID
1949545
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

“Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar - e qualquer causa se irrefuta.” Sobre as formas verbais desse segmento do texto, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • manifestado
    A A A A
    (ma.ni.fes.ta.do)
    a.
    1. Que se manifestou; que se tornou manifesto ou público
    [F.: Part. de manifestar.]

     

    Fonte: Auelete 

    Gabarito E

  • Por que a B está errada ??

  • Rafael Tizo, está errada pois tem sujeito na oração.

  • Rafael,

    qualquer causa é refutada;

  • ALGUÉM PODERIA COMENTAR TODA A QUESTÂO? POR GENTILEZA!!!

    FAÇA DOS SEUS SONHOS O OXIGÊNIO PARA A SUA VIDA DE SUCESSO.

  • Gosta de um gabarito E a banca Funcab.

  • ALTERNATIVA E COMO CORRETA;

    A)A forma verbal TENDO está no particípio passado.(ERRADO ESTÁ NO GERÚNDIO E NÃO NO PARTICÍPIO)

    B)A forma verbal SE IRREFUTA exemplifica o que se denomina sujeito inexistente. (ERRADO, O QUE É QUE SE IRREFUTA? QUALQUER CAUSA - SUJEITO )

    C)A frase "Celebrava-a, ufanático" está na voz passiva e sua forma ativa correspondente é “Era celebrada”.(ERRADO)

    D)A forma verbal HAJA não tem sujeito expresso e equivale a “Existiam." (ERRADO, NÃO SE EQUIVALE A "EXISTIAM" - ACREDITO QUE POSSA SER EXISTA...NO PRESENTE) - ME CORRIJAM SE ESTIVER ERRADA!!

    E) CORRETO

  • Osss pmsc

  • a) A forma verbal TENDO está no particípio passado

    ERRADA, GERÚNDIO - TENDO / PARTICÍPIO PASSADO - TIDO

    b)A forma verbal SE IRREFUTA exemplifica o que se denomina sujeito inexistente.

    ERRADA, se irrefuta tem sujeito e é "qualquer coisa" OBS: verbos sem sujeito -

    c) A frase "Celebrava-a, ufanático" está na voz passiva e sua forma ativa correspondente é “Era celebrada”.

    ERRADA, ele fez uma troca "CELEBRAVA-A, UFANÁTICO" ele (Jó Joaquim) celebrava ela (voz ativa) --> ela era celebrada por ele (voz passiva analítica)

    d) A forma verbal HAJA não tem sujeito expresso e equivale a “Existiam."

    ERRADA, "o absoluto mar"é sujeito, então teria que ser "existia" e não "existiam"

  • RUMO À PMSC 2019

  • A) A forma verbal TENDO está no particípio passado. - ERRADA

    A forma verbal em questão não está no particípio e sim no gerúndio.

    B) A forma verbal SE IRREFUTA exemplifica o que se denomina sujeito inexistente. - ERRADA

     "[...]qualquer causa se irrefuta" Neste caso, o sujeito do verbo "irrefuta" é "qualquer causa" e a partícula "se" assume a função de pronome reflexivo.

    C) A frase "Celebrava-a, ufanático" está na voz passiva e sua forma ativa correspondente é “Era celebrada”. - ERRADA

    Na verdade, a frase não tem sujeito passivo, pois o verbo em questão trata-se de um verbo transitivo direto. O complemento verbal é o pronome demonstrativo "a" que remete à mulher cuja personagem principal era apaixonado.

    D) A forma verbal HAJA não tem sujeito expresso e equivale a “Existiam." - ERRADA

    Nesta questão não tenho certeza da explicação correta para o gabarito, mas creio que o erro é afirmar que a forma verbal equivale a "existiam".

    E) A flexão da forma destacada em "com convicção MANIFESTA.” corresponde à manifestada. - CORRETA

  • e) Correta, "com convicção MANIFESTA" corresponde à "com convicção manifestada", pois ambos estão no passado se referindo a algo já realizado.

  • gab :E

    Celebrava-a com convicção manifesta.

    É A MESMA COISA QUE:

    manifestada com convicção era celebrada.

    a ordem quem decide é você! tanto faz colocar o "feijão sobre o arroz ou sob o arroz".

    rumo à vitoria meus vikings!!


ID
1949548
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

"-Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja.”

A comparação feita confere ao fragmento um caráter:

Alternativas
Comentários
  • Na comparação (ou símile) sempre há um conectivo ou uma expressão estabelecendo a relação de comparação:

    Ex. Ela é gorda como uma vaca.

    Sendo assim, a alternativa correta é a letra A) comparativo.

    Fonte: Fernando Pestana. 2013

     

    “Fracassos guardo todos, com eles construirei a minha vitória”

     

  • Coisa de louco a comparação comparar alguma coisa...

  •  a)

    comparativo, 

  • GABARITO A

     

    Na comparação o conectivo é explícito. Já na metáfora, esse conectivo fica implícito.

  • A resposta estava no enunciado!

  • como na maioria das vezes, vai ser comparação

  • Na comparação (ou símile) ocorre, como o nome indica, a comparação entre elementos que apresentam uma característica em comum. São utilizados conectivo comparativo (como, feito, tal qual, que nem, igual a,…).

    “Meu coração tombou na vida/tal qual uma estrela ferida/pela flecha de um caçador.” (Cecília Meireles)

    “A Via Láctea se desenrolava/Como um jorro de lágrimas ardentes.” (Olavo Bilac)

    FONTE: https://www.normaculta.com.br/

  • GABARITO: LETRA  A

    ACRESCENTANDO:

    Aliteração ⇝ Repetição de consoantes.

    Anacoluto ⇝ É a mudança repentina na estrutura da frase.

    Anáfora ⇝ Repetição de palavras em vários períodos ou orações.

    Antítese ⇝ Ideias contrárias. Aproximação sentidos opostos, com a função expressiva de

    enfatizar contrastes, diferenças.

    Antonomásia ⇝ Consiste em designar uma pessoa ou lugar por um atributo pelo qual é

    conhecido.

    Apóstrofe ⇝ Consiste no uso do vocativo com função emotiva.

    Assíndeto ⇝ A omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.

    Assonância ⇝ Repetição de encontro vocálicos.

    Catacrese ⇝ Desdobramento da Metáfora. Emprega um termo figurado como nome de certo

    objeto, pela ausência de termo específico.

    Comparação ⇝ Compara duas ou mais coisas.

    Conotação ⇝ Sentido figurado.

    Denotação ⇝ Sentido de dicionário.

    Elipse ⇝ Omissão.

    Eufemismo ⇝ Emprego de uma expressão mais leve.

    Gradação/ Clímax ⇝ Sequência de ideias. Crescentes ou decrescente.

    Hipérbato ⇝ Inversão sintática.

    Hipérbole ⇝ Exagero em uma ideia/sentença.

    Ironia ⇝ Afirmação ao contrário.

    Lítotes ⇝ Consiste em dizer algo por meio de sua negação.

    Metáfora ⇝ Palavras usadas não em seu sentido original, mas no sentido figurado.

    Metonímia ⇝ Substituição por aproximação.

    Neologismo ⇝ Criação de novas palavras.

    Onomatopeias ⇝ Representação gráfica de ruídos ou sons.

    Paradoxo ⇝ Elementos que se fundem e ao mesmo tempo se excluem.

    Paralelismo ⇝ Repetição de palavras ou estruturas sintáticas que se correspondem quanto ao

    sentido.

    Paronomásia ⇝ Palavras com sons parecidos.

    Perífrase ou circunlóquio ⇝ Substituição de uma ou mais palavras por outra expressão.

    Personificação/ Prosopopeia ⇝ Atribuição de sentimentos e ações próprias dos seres

    humanos a seres irracionais.

    Pleonasmo ⇝ Reforço de ideia.

    Polissíndeto ⇝ O uso repetido de conectivos.

    Silepse ⇝ Concordância da ideia e não do termo utilizado na frase e possui alguns tipos. Pode

    discordar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (sujeito na

    terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural.

    Símile ⇝ É semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos.

    Aproximação por semelhança.

    Sinédoque ⇝ Substituição do todo pela parte.

    Sinestesia ⇝ Quando há expressão de sensações percebidas por diferentes sentidos. Uma sensação visual que evoca um som, uma sensação auditiva que evoca uma sensação tátil, uma sensação olfativa que evoca um sabor, etc.

    Zeugma ⇝ Omissão de uma palavra que já foi usada antes.

    FONTE: RITA SILVA QC

  • Comparação com conectivo implícito = metáfora. Comparação com conectivo explícito = Comparação. Bizu conectivos: Tantão assim de talco
  • conjunções de comparação !


ID
1949551
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

Sobre o valor semântico da palavra destacada em “Era INFINITAMENTE maio.”, pode-se afirmar corretamente que:

Alternativas
Comentários
  •  Com a leitura do texto e com a observação na passagem da frase, dá para inferir que era um amor proibido e que vivera de forma atemporal, no trecho - Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor -. Observa-se que o amor fora vivido sem marca temporal de forma a aproveitar todos os momentos a tratar de uma eternidade.

  • GABARITO LETRA C


ID
1949554
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

A classificação da oração destacada no fragmento “O real e válido, na árvore, é a reta QUE VAI PARA CIMA.” é oração subordinada:

Alternativas
Comentários
  • oração subordinada adjetiva RESTRITIVA , vem desacompanhada de vírgulase oração subordinada adjetiva EXPLICATIVA... vem sempre depois de vírgulas e muda o sentido da frase.

  •  b)adjetiva restritiva.

    a reta QUE VAI PARA CIMA  oração subordinada adjetiva restritiva

    a reta, QUE VAI PARA CIMA, (...)  oração subordinada adjetiva explicativa

  • expliCativa = COM VÍRGULA

    reStritiva = SEM VÍRGULA

  • Por que que não é "Substantiva predicativa"?

    Vi em outra questão que a O.S.S. Predicativa vem sempre depois do verbo "ser".

    “O real e válido, na árvore, é a reta QUE VAI PARA CIMA.” 

    Ex: A impressão é de que não fui bem na prova. -> O.S.S. Predicativa


ID
1949557
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O debate sobre a reforma política alcança diferentes setores da sociedade. No ano de 2015, a Câmara dos Deputados aprovou um texto referente à reforma política. Assinale a alternativa que apresenta uma das principais medidas aprovadas na Câmara Federal.

Alternativas
Comentários
  • Não apenas os Governadores, mas também os Prefeitos e o Presidente da República.


ID
1949560
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Em 2015, uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos ganhou as manchetes do mundo todo e, provavelmente, irá influenciar diferentes países pelo mundo. A referida decisão histórica da Suprema Corte dos EUA foi:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa: c) legalizou a união civil entre pessoas do mesmo sexo.

    Bons estudos!


ID
1949563
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

A crise dos refugiados no mundo vem chocando grande parte do planeta. Muitos países promovem políticas emergenciais, enquanto alguns se omitem de qualquer ajuda. Entre os países a seguir, o que, em 2015, mais vem recebendo solicitações de refugiados sírios, em números absolutos, é:

Alternativas
Comentários
  • LETRA: C

    http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150904_graficos_imigracao_europa_rm


ID
1949566
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

A questão energética é amplamente debatida no mundo e no Brasil. A busca por diversificações das fontes está sempre presente nos discursos e planejamentos. Assinale a alternativa que indica a fonte de energia renovável que mais cresceu na participação da matriz energética do Brasil, no primeiro semestre de 2015.

Alternativas
Comentários
  • Energia renovável é aquela que vem de recursos naturais que são naturalmente reabastecidos, como sol, vento, chuva, marés e energia geotérmica. É importante notar que nem todo recurso natural é renovável, por exemplo, o urânio, carvão e petróleo são retirados da natureza, porém existem em quantidade limitada.

    Gás natural - não renovável

    Carvão mineral - não renovável

    Eólica - renovável (resposta)

    Nuclear - não renovável

    Solar - renovável (mas não é expressiva, no país)

  • Lembrar da Dilma: Podemos estocar vento.


ID
1949569
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

A Age International, uma ONG do Reino Unido, fundada e mantida por idosos, elabora, anualmente, um ranking dos melhores e piores países para se envelhecer. O intuito do índice é o de contribuir com as agências de saúde apresentando dados para projetos necessários a melhoria da qualidade de vida da população com mais de 60 anos, que por volta de 2030 poderá ser maior que a população de crianças. Sobre o último ranking divulgado pode-se afirmar que: 

Alternativas
Comentários
  • Alternativa: a) apesar das temperaturas baixas Suíça e a Suécia figuram entre os melhores.

    Bons estudos!


ID
1949572
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Nos últimos meses, o Brasil vem passando por intensos debates sobre a situação econômica. Apesar do período de significativa instabilidade, alguns fatores ocorrem sistematicamente em um mesmo sentido. Entre os acontecimentos da política econômica brasileira a seguir, assinale o que vem ocorrendo sistematicamente nos últimos meses.

Alternativas
Comentários
  • Muito bom! Obrigado pela explicação.

    Um exemplo que pode ser usado é esse comentário do Leonardo Gomes Barbosa logo abaixo. Suponha que a polícia judiciária tivesse um documento impresso contendo o comentário do Leonardo e que houvesse investigação para determinar se foi ele mesmo o autor do texto. Feita a apreensão do notebook (ou da impressora) do Leonardo em um mandado de busca, a perícia poderia redigir esse mesmo texto utilizando o notebook apreendido e comparar a escrita obtida com a do documento. Assim se a escrita obtida na perícia apresentasse os mesmos erros de escrita que o documento, estaria constatado que o texto foi redigido ou impresso daquele notebook.

    **Exemplo com base nas aulas do prof. Juliano (Japonês).


ID
1949575
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Nos últimos anos, o debate sobre a crise hídrica ganhou força na sociedade brasileira. Nos últimos meses a crise hídrica se agravou, principalmente nos estados da região Sudeste, resultando em medidas emergenciais. Entre as alternativas a seguir, assinale a que apresenta uma das principais causas da atual crise hídrica no Sudeste do país.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa: a) Diminuição das médias pluviométricas na região.

    Bons estudos!

  • Pluvial é água da chuva

    Fluvial é água do Rio


ID
1949578
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) é o principal meio para conseguir uma vaga nas universidades federais do Brasil. Contudo, pouco a pouco, algumas instituições de ensino superior estrangeiras firmam convênios para que alguns estudantes brasileiros consigam vagas por meio do Enem. Entre os países a seguir, o que possui a maior quantidade de instituições de ensino superior que utiliza o Enem como forma de ingresso para os estudantes brasileiros é:

Alternativas
Comentários
  • Atualmente são 26 as instituições de ensino superior de Portugal que aceitam a nota do Enem para ingresso em seus cursos. Este crescente número de instituições é acompanhado pelo mesmo interesse dos estudantes brasileiros em estudar em terras lusitanas. 31 de agosto de 2017.


ID
1949581
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Deflagrada em 2014 pela Polícia Federal, a Operação Lava Jato, investiga um grande esquema de desvio de dinheiro envolvendo algumas das grandes empresas brasileiras. Entre as empresas a seguir, a que está no centro das investigações da referida operação é:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa: d) Petrobras.

    Bons estudos!


ID
1949584
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Em uma região como a Amazônia, a grande extensão territorial dificulta a fiscalização ambiental, sendo necessária a utilização de tecnologias cada vez mais avançadas. Entre as tecnologias a seguir a que apresenta melhores resultados na fiscalização de extensas áreas é:

Alternativas
Comentários
  • e) Imagens de Satélites


ID
1949587
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

A ética pode ser definida como:

Alternativas
Comentários
  • Letra (d)

     

    Só corrigindo o enunciado da questão é A ética e não Aética.

     

    a) incorreto; valores não são passados de forma genética.

    b) incorreto; apesar de boa vontade no ser um dos princípios que deves nortear o comportamento ético do servidor, este princípio não é uma definição de ética.

    c) Incorreto; a conduta ética do servidor extrapola os limites do seu ambiente de trabalho, como diz o próprio Código de Ética do Servidor Público Federal: “A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.

     

    d) correto; é uma das formas de definir a ética.

     

    e) Incorreto.
     

  • essa alternativa parece com o conceito que a gente lê nos livros de Filosofia, podem prestar atenção!

    GAB: D


ID
1949590
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

De acordo com Decreto n° 1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal), assinale a alternativa correta com relação aos deveres do servidor público.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C 

     

    Lei 1.171

    XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

    f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;

     

     

    Sobre a letra (e) 

    p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;

  • PEGADINHA DO MALANDRO....KKKKKK

  • a) XV - É vedado ao servidor público; e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister;


    b) São deveres fundamentais do servidor público: i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;


    c) XIV - São deveres fundamentais do servidor público: f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;


    d) XV - É vedado ao servidor público; c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;


    e) XIV - São deveres fundamentais do servidor público: p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;


  • Gabarito C.

    Ter consciência que seu trabalho é regido por princípios morais que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos.

    e) XIV - São deveres fundamentais do servidor público: p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;

    É dever do servidor público resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos que visem obter vantagens, favorecimento ou benesses em função do seu cargo.


ID
1949593
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Com relação à ética no setor público, e de acordo com os termos do Decreto n° 1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B 

     

    Lei 1.171 

     

    a) IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.

     

    b) VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

     

    c) III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

     

    d) VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

     

    e) II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

     

  • GABARITO B.

    d) VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

     

    e) II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.


  • A publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

    Salvo os casos de:

    segurança nacional

    investigações policiais 

    ou interesse

    superior do Estado e da

    Administração Pública


ID
1949596
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Com relação ao regime disciplinar dos servidores públicos, e de acordo com os termos da Lei n° 8.112/1990, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D 

     

    Lei 8.112 

     

    (a) Art. 135.  A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

    (b) Art. 122.  A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

    (c) Súmula 19 STF:  É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no mesmo processo em que se fundou a primeira.

    (d) Art. 117.  Ao servidor é proibido: XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

    (e) Art. 130.  A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

  • GABARITO: LETRA D

    Das Proibições

    Art. 117.  Ao servidor é proibido:

    XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

    FONTE:  LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.  

  • Gab D

    Na letra E- suspensão não pode ultrapassar os 90 dias


ID
1949599
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Sobre o tema da improbidade administrativa, e de acordo com a Lei n° 8.429/1992, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B 

     

     

    Lei 8.429

    (a) Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

     

    (b)  Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

     

    (c) Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

     

    (d)  Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

     

    (e) Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

  • letra b

    Frustrar licitação = lesão ao erário

    Frustar concurso público = feriu os princípios

    Enriquecimento ilícito = dolo

    Dano ao erário = dolo ou culpa

    Ferir os princípios = dolo

  • Não importa se você quebrou o computador da repartição sem querer, vai pagar integralmente do mesmo jeito.

    GAB: B


ID
1949602
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Com relação aos atos de improbidade administrativa, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C 

     

    Lei 8.429

    (a) Enriquecimento Ilícito --> Dolo

    Prejuízo ao arário --> Dolo ou Culpa 

    Contra os princípios da Administração Pública --> Dolo 

     

    (b) Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente

     

    (c) Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei

     

    (d) Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições

     

    (e) Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei: XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.  

  • letra c

    Frustrar licitação = lesão ao erário

    Frustar concurso público = feriu os princípios

    Enriquecimento ilícito = dolo

    Dano ao erário = dolo ou culpa

    Ferir os princípios = dolo

  • GABARITO: LETRA C

    Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:

    FONTE:  LEI Nº 8.429, DE 02 DE JUNHO DE 1992.

  • Achei que a B também estava correta....


ID
1949605
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Acerca dos assuntos disciplinados pela Lei n° 8.249/1992, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Questão Anulada pela banca! 

     

     

    Vide questão Q567385 

     

     


ID
1949608
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Sobre o tema das penalidades previstas na Lei n°8.112/1990, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • a) CORRETO - Lei.8112/90. Art. 128. Na aplicação das penalidades, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

     

     

    b) CORRETO - O servidor público detentor de cargo efetivo que seja demitido por lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional não pode mais retornar ao serviço público.

     

    Lei.8.112/90. Art.137. Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI  

     

    ( Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional)

     

     

    c) CORRETO -  Lei 8.112/90. Art. 135. A destituição (e não destruição) de cargo em comissão, exercido por não ocupante de cargo efetivo, será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

     

     

    d) ERRADO - A cassação de aposentadoria não constitui penalidade disciplinar a que está sujeito o servidor público.

    Lei.8112/90. Art. 127. São penalidades disciplinares:
    I – advertência;
    II – suspensão;
    III – demissão;
    IV – cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
    V – destituição de cargo em comissão;
    VI – destituição de função comissionada.

     

     

    e) CORRETO - Lei 8.112/90. Art. 130. § 2º. Quando houver conveniência para p serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecerem serviço.

     

     

                                                 

                                                              "Os que semeiam em lágrimas, ceifarão com alegria"- SL.126.5

  • Essa "destruição" na letra C te induz a dúvida...

    Logicamente a D é o gabarito, pois a Cassação de aposentadoria é uma das formas de penalidade disciplinar.

  • GABARITO: LETRA D

    Das Penalidades

    Art. 127.  São penalidades disciplinares:

    I - advertência;

    II - suspensão;

    III - demissão;

    IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

    V - destituição de cargo em comissão;

    VI - destituição de função comissionada.

    FONTE:  LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.  

  • Marque a incorreta, a incorreta...

  • Não sabia que no Brasil havia penas de caráter perpétuo como consta na alternativa B

  • A questão está desatualizada, pois o item 'b' trata do P.U do art. 137 da Lei 8.112, no tocante a esse dispositivo o STF declarou sua inconstitucionalidade, pois trata-se de pena de caráter perpétuo, o que é vedado pela constituição em seu art. 5°, inciso XLVII, alínea ‘b’.


ID
1949611
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Assinale a alternativa INCORRETA no que diz respeito aos atos de improbidade administrativa.

Alternativas
Comentários
  • E)  ART. 1º     -    PAR. ÚNICO     -      LEI 8429/92


ID
1949614
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação às responsabilidades do servidores públicos, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C 

     

    Lei 8.112 

     

    (a)  Art. 123.  A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

    (b) Art. 125.  As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

    (c) Art. 125.  As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

    (d) Art. 122.  A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

    (e) Art. 126.  A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

  • Em relação à alternativa C:

    Civis é igual a Cíveis???

  • o comentário do Einstein dos concursos, deixa tudo claro, excluindo qualquer possibilidade de comentários de outros estudantes.


ID
1949617
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Acerca do exame de corpo de delito previsto no Código de Processo Penal, assinale a assertiva correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Alternativa C

     

    A) Art. 159.  O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.

     

    B) Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

     

    C) Art. 159 § 2o  Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.

     

    D) Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

     

    E) Art. 159 § 1o  Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

     

    Fonte: CPP

  • Pessoal; cuidado:

    Quando a infração DEIXAR VESTIGIOS, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

    E, caso tenha DESAPARECIDO OS VESTÍGIOS, o exame não pode ser realizado, contudo a prova testemunhal poderá suprir a falta daquele.
     

     

     

  •  a) O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por dois peritos oficiais, portadores de diploma de curso superior. (APENAS 1)

     b) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, podendo supri-lo a confissão do acusado. (INDEPENDENTEMENTE DA CONFISSÃO DO ACUSADO)

     c) Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenharem o encargo. (gabarito)

     d) Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal não suprirá a falta. (SUPRIRÁ SIM)

     e) Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 03 (três) pessoas idôneas. (DUAS PESSOAS IDÔNEAS)

    gabarito letra B.

  • Gab: C

    Perito não oficial: é a pessoa comum do povo convocada a atuar como perito. O perito não oficial é também conhecido como juramentado (ausência de compromisso = mera irregularidade – segundo a jurisprudência), afinal, assumirá compromisso na nomeação.

    Já o perito oficial assume o compromisso no momento em que é empossado.

  • a) Errado, um oficial ou 2 não oficiais, ambos com ensino superior e conhecimento na área;

    b) Errado, essa perdeu a graça já. Confissão não supre nada;

    c) Certo.

    d) Errado, prova testemunhal = prova indireta, supre exame pericial;

    e) Errado, 02 pessoas com ensino superior e conhecimento na área.

  • Confissão do acusado

    *Não pode suprir o exame de corpo de delito

    Prova testemunhal

    *Pode suprir o exame de corpo de delito

  • A presente questão aborda temática relacionada a prova pericial e exige conhecimento especificamente quanto ao exame de corpo de delito.

    Inicialmente, destaca-se que o Código de Processo Penal exige o exame de corpo de delito nos crimes que deixam vestígios (art. 158 do CPP). O referido exame pode ser direto, quando realizado diretamente sobre a pessoa ou objeto da ação delitiva, ou indireto, quando for baseado no depoimento das testemunhas em razão do desaparecimento dos vestígios (art. 167 do CPP). Importa destacar que a confissão do acusado não suprime a obrigatoriedade do exame.

    Feita esta pequena apresentação introdutória do tema, vamos à analise das assertivas.

    A) Incorreta. Depreende a assertiva que o exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por dois peritos oficiais, portadores de diploma de curso superior. No entanto, diversamente dispõe o art. 159 do CPP.

    Art. 159.  O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.

    Assim, como regra geral, temos que o exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por um único perito oficial; a norma processual não exige dois peritos como infere a assertiva. Além do mais, o §1º do art. 159 do CPP faz uma reserva:

    Art. 159, §1º. Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

    Em suma, se houver perito oficial, apenas um profissional é suficiente para realização da perícia. Na falta deste, exige-se que o exame pericial seja realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior. 
    Compensa aqui destacar que a expressão “preferencialmente na área específica" apresenta uma flexibilização para que as duas pessoas idôneas possam atuar neste ofício ainda que sejam portadoras de diploma de curso superior em área diversa, posto que, a diplomação em área específica é uma preferência, e não uma obrigatoriedade.

    B) Incorreta. A assertiva infere que, quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, podendo supri-lo a confissão do acusado. Ocorre que o art. 158 do CPP estabelece o inverso.

    Art. 158 do CPP. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

    C) Correta. A assertiva aduz que os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenharem o encargo. Trata-se da fiel reprodução do §2º do art. 159 do CPP.
    Art. 159, § 2o do CPP. Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.
    Convém mencionar, apenas a título de complemento, que o perito oficial presta compromisso quando é empossado no cargo.

    D) Incorreta. A assertiva aduz que a prova testemunhal não suprirá a falta exame de corpo de delito quando houver desaparecido os vestígios, o que vai na contramão do que estabelece o art. 167 do CPP.

    Art. 167.  Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

    E) Incorreta. A assertiva infere que, na falta de perito oficial, o exame será realizado por três pessoas idôneas, no entanto, conforme referido no comentário da assertiva A, na falta do perito oficial, o exame será realizada por duas pessoas idôneas. Necessário ainda que tais pessoas possuam diploma de curso superior, conforme estabelece o art. 159, §1º do CPP.

    Art. 159, §1º. Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
    Gabarito do Professor: alternativa C.
  • Exame do corpo de delito e perícias em geral: O exame de corpo de delito, nas infrações penais que deixam vestígios, sempre deverá ser realizado por UM e apenas UM peritO oficiaL... Ainda hoje insistem nessa pegadinha batida Nas infrações penais que deixam vestígios, o laudo pericial NÃO VINCULA O JUIZ. Lembrar sempre do livre convencimento MOTIVADO. NENHUMA PROVA É ANALISADA ISOLADAMENTE !! Assistente técnico do investigado: NÃO É PERITO! Atua após admissão pelo juiz, só na fase processual. Na ausência de perito oficial, o exame de corpo de delito poderá ser feito por DUAS PESSOAS IDÔNEAS, exigindo-se diploma superior. Exceção: laudo de constatação da Lei de drogas: uma única pessoa idônea, mesmo sem diploma. Aspectos da confissão: Lembre-se sempre que um pai pode confessar um crime para livrar um filho. Portanto: A confissão deve ser apurada mediante a compatibilidade ou concordância com as demais provas do processo. A confissão PENAL é retratável E divisível O silêncio do acusado JAMAIS importará em confissão, presunção de verdade dos fatos, ou elemento negativo para a formação do convencimento do juiz. Nemo tenetur se detegere.

ID
1949620
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Acerca das perícias em geral previstas na legislação processual penal, assinale a assertiva correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Alternativa C

     

    A) Art. 162, § único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.

     

    B) Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.

     

    C)  Art. 165.  Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.

     

    D) Art. 162.  A autópsia será feita pelo menos 6 horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.

     

    E) Art.159, § 1o  Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

     

    Fonte: CPP

  • Por que a Alternativa "E" está errada?

  • Creio que a alternativa E contenha erro dizendo que haverá obrigatoriamente a presença de 2 peritos, e CPP diz que: § 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
  • Rodrigo Silva, o gabarito é letra A. Acredito que só tenha errado na digitação. As explicações estão corretas. Obrigada pela contribuição!

  • Gabarito letra "A"

    b) errada, os cadaveres sempre serão fotografados na posição em que forem encontrados.

    c) errada, errada porque diz que os peritos sempre juntarão, porém a lei fala que "quando possível" juntarão.

    d) errada, pois a autópsia (necrópsia) deve ser realizada após seis horas.

    e) errada, não é obrigatória a perícia complexa ser realizada por mais de um perito, a alternativa não especificou se serão peritos de ciências diferentes, para perícias de diferentes áreas.

    Assim, a única alternativa que corresponde com a literalidade da primeira parte do art. 162, parágrafo único é a alternativa A.

     

     
  • GABARITO A

     

    CPP

    Art. 159.  O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.   

     

       § 7o  Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.                  (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

  • CPP - Decreto Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de 1941

    Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.


    Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.

  • Letra de lei...

    a) Certíssimo.

    b) Errado, serão fotografados da maneira que forem encontrados;

    c) Errado, os peritos PODERÃO instruir seus esclarecimentos com fotografias e desenhos elucidativos;

    d) Errado, pelo menos 6 horas após a morte;

    e) Errado, obrigatoriamente NÃO! é facultativo a atuação de mais de um perito e um assistente técnico.

    PMSC.

  •  Art. 165.  Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.

  • Assertiva A

    Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados

    Obs

    Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

  • Lembre-se: Mesmo nos casos de morte violenta em que há infração penal para apurar, será possível o simples exame externo do cadáver, quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante. Interpretação do art. 162, § único do CPP.

    Art. 162, § únicoNos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.

  • A presente questão demanda conhecimento acerca de aspectos relativos à realização de perícias em geral e faz uma abordagem voltada para a literalidade da lei. Analisemos as assertivas.

    A) Correta. A assertiva conclui que, nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver quando não houver infração penal que apurar, o que encontra amparo no art. 162, parágrafo único do CPP.

    Art. 162, parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.

    B) Incorreta. Infere a assertiva que os cadáveres são sempre fotografados na posição de decúbito dorsal, no entanto, a regra do art. 164 do CPP é que sejam fotografados na posição em que forem encontrados.

    Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.

    C) Incorreta. A assertiva aduz que, para apresentar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, sempre juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos. A assertiva se mostra equivocada ao mencionar que sempre serão juntados ao exame provas, esquemas ou desenhos, quando o art. 165 do CPP estabelece essa junta quando possível.

    Art. 165.  Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.

    D) Incorreta. Dispõe a assertiva que a autópsia será feita pelo menos cinco horas depois do óbito, contudo, o art. 162 determina que se aguarde ao menos o período de 6 horas entre o óbito e a realização da autopsia.

    Art. 162.  A autópsia será feita pelo menos 6 horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.

    E) Incorreta. A assertiva infere que, tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, obrigatoriamente será designada a atuação de mais de um perito oficia. Todavia, o art. 159, §7º do CPP não faz referida imposição, apenas apresenta como possibilidade a designação de mais um perito oficial, ou ainda, a indicação de assistente pela parte. Trata-se de uma faculdade, não uma obrigatoriedade.

    Art. 159, § 7o. Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

    Gabarito do professor: alternativa A.
  • Art. 162. A autópsia será feita pelo menos 6 horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.

    Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.

    Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.         

    Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.

  • Referente à alternativa E. ART 159. parágrafo 7. "Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, PODER-SE-Á DESIGNAR atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico." Portanto, alternativa errada.
  • examinadorzim de boxta


ID
1949623
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O respectivo sinal de balística resulta da impregnação de grãos de pólvora incombusta que alcançam o corpo e se incrustam na pele, orientando a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. Trata-se do sinal de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Alternativa C

     

    Os efeitos PRIMÁRIOS do tiro compreendem:



    Orla de enxugo ou orla de alimpadura: produzidas pelos resíduos existentes no cano da arma (pólvora, ferrugem, partículas) deixados ao atravessar a pele ou as vestes, ficando sob forma de um halo em volta do orifício de entrada.


    Orla de escoriação: delicada área, localizada em torno do ferimento de entrada, em que a epiderme é arrancada pelo atrito do projétil quando penetra deixando exposto a derme. Vermelha e brilhante quando recente e vermelha escura quando após algumas horas.


    Orla equimotica ou de contusão: produzida pelo impacto do projétil sobre o corpo, se comportando como instrumento contundente.
    Ponto de impacto = zona de enxugo (na epiderme – deposição da pólvora);

    Ponto de passagem = zona de contusão (na derme);

    Área de hemorragia = auréola equimótica (não é vestígio obrigatório).

     

     

    Efeitos SECUNDÁRIO do tiro: Se relacionam com a ação ou o deposito na alma do cano de produtos residuais da combustão dos explosivos, iniciador e propelente, bem como de corpúsculos metálicos proveniente da abrasão do ou dos projéteis. São importantes para determinar a distância entre a boca de fogo do cano da arma e do alvo, e eventualmente a direção do cano da arma com relação a vítima. O efeito secundário é tudo o que esta relacionado ao tiro. Tudo resultante do disparo do tiro, zona de chama, zona de esfumaçamento (deposito da fuligem), zona de tatuagem.


    Zona de chamuscamento: produzida pelos gases superaquecidos resultantes da combustão e se forma nos tiros encostados e até distâncias de 15 cm nos revólveres.Queima os pêlos e a pele da vítima.


    Zona de esfumaçamento: constítuida por grânulos de fuligem resultantes da combustão, sendo superficial e se depositando apenas sobre a pele, ao redor do orifício de entrada e sendo facilmente removida por lavagem.


    Zona de tatuagem: composta de partículas de carvão (pólvora combusta) e de grânulos de pólvora incombusta, dispersas em torno do orifício de entrada.

     

    Fonte: https://criminalisticabiomed.wordpress.com/2015/05/25/ferida-por-arma-de-fogo/

  • Pra facilitar:

    ORLAS: EFEITOS PRIMÁRIOS DO TIRO:

     ORLA DE ENXUGO/

    DE ESCORIAÇÃO- FICA NA EPIDERME - ANEL DE FISCH (CONTUSÃO)/

    ORLA EQUIMÓTICA.

    ZONAS: EFEITOS SECUNDÁRIOS DO TIRO:

    ZONA DE ESFUMAÇAMENTO

    ZONA DE TATUAGEM - DETERMINA A POSIÇÃO DA VÍTIMA/ SUSPEITO NO MOMENTO DO TIRO

    ZONA DE CHAMUSCAMENTO

     

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia forense.
    Atenção à palavra-chave que o enunciado traz: pólvora incombusta. Geralmente, quando falamos de pólvora incombusta (que não entrou em combustão), o exercício quer saber da zona de tatuagem. Caso o termo seja "pólvora combusta", provavelmente a resposta será zona de esfumaçamento.


    A) ERRADO. O halo de enxugo ou orla de Chavigny é explicado pela passagem do projétil através dos tecidos, atritando e contundindo, limpando neles suas impurezas. Tem esse nome porque é como se o projetil se enxugasse, se limpasse na derme.

    B) ERRADO. A zona ou orla de esfumaçamento, ou zona de tisnado é decorrente do depósito deixado pela fuligem que circunscreve a ferida de entrada, formado pelos resíduos finos e impalpáveis da pólvora combusta. É também chamada de zona de falsa tatuagem, pois, lavando-se, ela desaparece. 

    C) CERTO. O halo ou zona de tatuagem é mais ou menos arredondado nos tiros perpendiculares, ou em forma de crescente, nos oblíquos. Essa tatuagem varia de cor, forma, extensão e intensidade conforme a pólvora. É resultante da impregnação de grãos de pólvora incombustos que alcançam o corpo. Pela análise desse halo, a perícia pode determinar a distância exata do tiro, usando-se a mesma arma e a mesma munição em vários tiros de prova, até alcançar um halo de mesmo diâmetro que o original. A zona de tatuagem é de difícil remoção, não sai com limpeza comum, podendo até ser indelével. 

    D) ERRADO. A zona de queimadura, também chamada de zona de chama ou zona de chamuscamento, tem como responsável a ação superaquecida dos gases que atingem e queimam o alvo. Nas regiões cobertas de pelos, há um verdadeiro chamuscamento mostrando-os crestados, entortilhados e quebradiços.

    E) ERRADO. A orla de escoriação ou de contusão, nos ferimentos por PAF, deve-se ao arrancamento da epiderme motivado pelo movimento rotatório do projétil antes de penetrar no corpo. Apresenta-se, portanto, como uma orla escoriada ou desepitelizada em redor do ponto de impacto na pele. É uma área pequena, milimétrica, que circunda o orifício de entrada, e corresponde à escoriação da epiderme produzida pelo impacto do projetil, que inicialmente tem ação contundente. 

    Gabarito do professor: Alternativa C.


ID
1949626
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Sobre o Sinal de Schusskanol, no estudo da Balística forense, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • a) GABARITO - SINAL DE SCHUSSKANOL -  é o esfumaçamento encontrado no túnel do tiro diante de tiros de cano encostado ou a curta distância.

    b) "BURACO DE FECHADURA" -  ocorre nos ossos da calvária, quando o projétil tem incidência tangencial.

     c)SINAL DE HOFFMAN - BOCA DE MINA - se trata de ferida de entrada de projétil de arma de fogo quando diante de tiro com cano encostado quando há superfície óssea no local do disparo.

     d) SINAL DE BENASSI - diz respeito à tatuagem escura que fica impregnada no osso (mancha escura), em decorrência de disparo com cano encostado.

  • E a e é ferida em sedenho
  • SINAL DE "SFUMAÇOL" SCHUSSKANOL

    letra A

  • SINAL DE SCHUSSKANOL - representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelos projétil entres as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio (esfumaçamento do tunel do tiro).

    https://robertomacedosilva.jusbrasil.com.br/artigos/334031402/medicina-legal

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia forense, especificamente sobre os sinais encontrados em ferimentos por projetil de arma de fogo (PAF).

    A) CERTO. O sinal de Schusskanol representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil entre as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio.

    B) ERRADO. A alternativa se refere ao chamado "buraco de fechadura", nos ossos da calvária, quando o projétil tem incidência tangencial, porém com um mínimo de inclinação suficiente para penetrar na cavidade craniana. Assim, de início o projétil atinge tangencialmente o crânio, depois sua ponta começa a levantar um fragmento do osso e em seguida se verifica a sua penetração na cavidade craniana.

    C) ERRADO. A alternativa diz respeito aos tiros encostados, cujos ferimentos com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann.

    D) ERRADO. A alternativa se refere ao chamado sinal de Benassi. Nos tiros dados no crânio, costelas e escápulas, principalmente quando a arma está sobre a pele, pode-se encontrar um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada. Como este sinal é constituído por um halo de fuligem de contorno suave sobre a superfície externa do crânio, precisamente sobre o periósteo (membrana fibrosa que reveste os ossos) e não uma zona de tatuagem por impregnação da pólvora não combusta, pode apresentar-se borrado ou desaparecer com a lavagem. Sua tendência é desparecer, isto quando as partes moles que cobrem aqueles ossos forem afetados pela putrefação cadavérica e o crânio ficar esqueletizado. 

    E) ERRADO. Trata-se da ferida em sedenho. Nos casos em que o projetil incide modo muito oblíquo, a orla de escoriação tem forma de faixa extensa com a mesma direção do projetil.  O trajeto subcutâneo pode ser de extensão variada, dependendo da região anatômica, e é chamado de ferida em sedenho. 

    Gabarito do professor: Alternativa A.


ID
1949629
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Nos disparos de projéteis de arma de fogo em que resulta em orifício de entrada com a forma irregular, denteada ou com entalhes, pela ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos, bem como bordas evertidas e presença do Sinal de Werkgartner. A definição refere-se a uma espécie de tiro:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Alternativa E

     

    Sinal de Werkgaertner:

    O Professor Genival Veloso de França (1995, p.377) enfatiza que “Os tirosencostados ainda permitem deixar impresso o desenho da “boca” e da alça de mira na pele através de um halo de tatuagem e esfumaçamento conhecido como sinal de Werkgaertner .” 

     

    É a lesão de queimadura, produzida pelo cano da arma ainda quente, ao ponto de imprimir na pele da vítima a marca circular do cano e, em alguns casos, marcas de outras características de que a arma dispõe, como por exemplo da massa de mira, guia da mola real, parte frontal da armação nas pistolas, visto que o esfumaçamento,dependendo do tipo e das características do propelente usado, pode não ser bem notado pelo Perito. Ressalte-se que o meio de produção deste sinal é diferente daquele que produz a zona de chama, ou seja, esta é produzida pela chama proveniente da alta temperatura dos gases quando de sua expansão, ao passo que o sinal de Werkgartner é fruto do contato da pele com o cano (da arma) aquecido.

     

    Fonte: Professor Genival Veloso de França

  • Comentário: Energias de Ordem Mecânica -->  Noções de balística forense

    Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.

    Gaba: Letra C.

  • Foi possível chegar ao gabarito por exclusão, todavia, acredito que o enunciado não está integralmente correto, explico. 

     

    O enunciado nos trás a informação de orifício de entrada com a forma irregular, denteada ou com entalhes, pela ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos, bem como bordas evertidas. Até aqui tudo correto quanto ao tiro encostado e a boca de mina de Hoffmann. Ela se dá em tiros encostado onde há superfiecie ossea por baixo (ex: tiro encontado na testa). 

     

    O erro na minha opnião se da ao falar do sinal de Werkgartner em um mesmo contexto onde há o sinal da boca de mina de Hoffmann, o local do tiro faz um tremendo estrago, a pele "estoura" pela ação dos gases dispersados no momento do disparo, não seria possível estar presente a marca de queimadura produzida pela boca do cano da arma. Depois pesquisem para ver da lesão da boca de mina e ficará mais claro o que falei. 

     

    Caso eu tenha falado algo equivocado por favor me avisem para que eu possa estar corrigindo. Bons estudos.

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia forense.

    Os ferimentos de entrada nos tiros encostados com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann.

    Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento. Nesses casos, em tiros encostados nas partes moles, sem plano ósseo adjacente, a pele recua, mas não se rompe, como no couro cabeludo, por exemplo, pois não há tanta resistência dos planos adjacentes. 

    Veja que há uma inconsistência no enunciado, pois embora ambos os sinais possam ser encontrados nos tiros encostados, ocorrerá um ou outro, e não ambos ao mesmo tempo. Mas é possível chegar ao gabarito da mesma forma, pois tais sinais não aparecem nas outras distâncias de disparo.

    A) ERRADO. Estes ferimentos podem mostrar: forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, bordas invertidas, halo de enxugo, halo ou zona de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de compressão de gases. Não apresentam os sinais apresentados na alternativa.

    B) ERRADO. Quase encostado é a curta distância, então também não apresenta tais sinais.

    C) ERRADO. Apenas os tiros encostados podem apresentar a câmara de mina de Hoffman e o sinal de Werkgaertner.

    D) ERRADO. Os ferimentos de entrada de bala, nos tiros a distância, têm as seguintes características: diâmetro menor que o do projétil, forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, halo de enxugo, aréola equimótica e bordas reviradas para dentro (invertida). Diz-se que uma lesão tem as características das produzidas por tiro a distância quando ela não apresenta os efeitos secundários do tiro, e por isso não se pode padronizar essa ou aquela distância. Não apresentam câmara de mina de Hoffman nem o sinal de Werkgaertner.

    E) CERTO. Conforme explicado acima.

    Gabarito do professor: Alternativa E.

  • A) ERRADO. Estes ferimentos podem mostrar: forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, bordas invertidas, halo de enxugo, halo ou zona de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de compressão de gases. Não apresentam os sinais apresentados na alternativa.

    B) ERRADO. Quase encostado é a curta distância, então também não apresenta tais sinais.

    C) ERRADO. Apenas os tiros encostados podem apresentar a câmara de mina de Hoffman e o sinal de Werkgaertner.

    D) ERRADO. Os ferimentos de entrada de bala, nos tiros a distância, têm as seguintes características: diâmetro menor que o do projétil, forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, halo de enxugo, aréola equimótica e bordas reviradas para dentro (invertida). Diz-se que uma lesão tem as características das produzidas por tiro a distância quando ela não apresenta os efeitos secundários do tiro, e por isso não se pode padronizar essa ou aquela distância. Não apresentam câmara de mina de Hoffman nem o sinal de Werkgaertner.

    E) CERTO. Conforme explicado acima.

    FONTE; Professor do QC

    Gabarito do professor: Alternativa E.

  • Não tem erro justamente pelo fato da questão ter pedido pra encontrar a ERRADA.


ID
1949632
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

No estudo da balística forense, trata-se de ferida de entrada de projétil de arma de fogo quando, diante de tiro com cano encostado, há superfície óssea no local do disparo. Tal sinal diz respeito à:

Alternativas
Comentários
  • SINAL DE HOFFMANN - "Também compreendido como 'Boca de mina ou Câmara de mina'. Está localizado entre a pele e o osso. É causado pela forte expansão dos gases oriundos da queima da pólvora, que atingem o osso e retornam bruscamente, causando a ruptura do tecido epitelial. A lesão costuma possuir a forma estrelada."

     

    Wilson Luiz Palermo Ferreira - MEDICINA LEGAL - Sinopses para Concursos 

     

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia, mais especificamente sobre os efeitos do tiro em disparos de arma de fogo.

    A) ERRADO. O tipo de ferimento de entrada em formato de “buraco de fechadura", nos ossos da calvária, ocorre quando o projétil tem incidência tangencial, porém com um mínimo de inclinação suficiente para penetrar na cavidade craniana. Assim, de início o projétil atinge tangencialmente o crânio, depois sua ponta começa a levantar um fragmento do osso e em seguida se verifica a sua penetração na cavidade craniana

    B) CERTO. Os ferimentos provenientes de tiro encostado, com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann. A expressão melhor seria golpe de mina. Na redondeza do ferimento, nota-se crepitação gasosa da tela subcutânea proveniente da infiltração dos gases.

    C) ERRADO. Em lesões produzidas por múltiplos projéteis, o grupamento dos orifícios produzidos pelos balins é chamado de rosa de tiro. 

    D) ERRADO. O halo de enxugo ou orla de Chavigny é explicado pela passagem do projétil através dos tecidos, atritando e contundindo, limpando neles suas impurezas. É concêntrico, nos tiros perpendiculares, ou em meia-lua, nos oblíquos. A tonalidade depende das substâncias que o projétil levava consigo ao penetrar no alvo. Em geral, é escura. Não aparece nos tiros encostados.

    E) ERRADO. A aréola equimótica é representada por uma zona superficial e relativamente difusa, decorrente da sufusão hemorrágica oriunda da ruptura de pequenos vasos localizados nas vizinhanças do ferimento. Esta aréola é vista bem próximo à periferia do ferimento de entrada, de tonalidade violácea, podendo, todavia, estar encoberta por outros elementos. Aparece em tiros a curta distância e à distância.

    Gabarito do professor: Alternativa B.


ID
1949635
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca das fases de putrefação, no estudo da Tanatologia, quando há a presença da mancha verde de Brouardel a partir das primeiras 24h após a morte, pode-se afirmar que se está diante da fase:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Alternativa E

     

    PROCESSOS TRANSFORMATIVOS DO CADÁVER - DESTRUTIVOS

    AUTÓLISE - Anóxia celular > baixa do PH > rotura da membrana celular.


    FASE LATENTE – Alterações apenas no citoplasma da célula.


    FASE NECRÓTICA – Há comprometimento do núcleo com seu desaparecimento.


    PUTREFAÇÃO > Período das manchas. Início 18 a 24h – duração 7 a 12 dias.
    Período gasoso. Início 2 a 7 dias – duração 7 a 30 dias.
    Coliquativo. Duração de 1 mês a 2 anos.
    Esqueletização. Duração 1 a 3 anos.


    PUTREFAÇÃO - MANCHA VERDE > início de 18 a 24 horas, se estende a todo corpo em 3 a 5 dias

     

    Fonte: http://tudolevaapericia.blogspot.com.br/2010/05/medicina-legal-tanatologia-forense.html

  • questão mal formulada. sinal de Brouardel não tem coloração verde! calma vou explicar...

    Sinal de Brouardel  está no período enfisematoso localizada na região intra-abdominal (aparece nos períodos de 3 a 5 dias). já a coloração ou cromática aparede uma mancha verde em decorrência dos gases de putrefação na parte ilíaca direita, verde porque se mistura hemoglobina com gás sulfídrico. Então, o avaliador misturou as coisas mancha verde com sinal do tal de Brou... mesmo assim, dá para acertar a questão com o tempo dado,24 a 36 horas aparece a coloração verde na ilíaca abdominal. 

  • É a Alternativa A, veja que a mesma Banca em outras duas provas faz a mesma pergunta e da como certa a resposta : enfiseimatosa ou de gaseificação.

    Veja : Q567405 , Q576238

  • O exercício misturou, o correto é o seguinte:

    Mancha verde (após 24h) => fase cromática, que é exatamente a fase das manchas

    Circulação póstuma de Brouardel (36 a 48h) => fase enfisematosa

    Sinal de Brouardel => equimoses retrofaríngeas, sinal presente nos enforcados

     

  • Realmente achei estranho, pois na fase cromatica ou de colocaraçao é que aparece as manchas verdes abdominais.. a famosa fase das manchas segundo Genival Franca.

    No caso deste sinal  Brouardel, inicia na fase de enfisema ou gasosa ne? Depois da mancha verde, durando  de 36 a 48 horas.

    Erros me avisem .. peguei tem pouco tempo a materia!

  • As fases da putrefação consistem em: COL-GA-COLI-ES

    1º) COL- COLORAÇÃO- ocorre entre as primeiras 24 horas. Inicia-se com a mancha verde abdominal. Se você só soubesse isso, já acertaria a questão. Esse prazo de 24 horas é bastante cobrado. Essa fase, inicia-se com uma MANCHA VERDE ABDOMINAL, mais especificamente, na região do ceco, na fossa ilíaca DIREITA. Neste local, forma-se a MANCHA VERDE ABDOMINAL.

    2º) GA-GASOSA- ou FASE ENFISEMATOSA. Com a ação dos gases no interior do corpo, como muitas vezes os gases não conseguem sair, há a formação de um conteúdo podre. Ocorre a chamada CIRCULAÇÃO PÓSTUMA DE BROUARDEL (ocorre porque gases da putrefação se espalham no interior dos vasos sanguíneos, que ficam parecendo "terias de aranha").

    3º) COLI- COLIQUATIVA- quando ocorre a dissolução pútrida do cadáver. Sua duração varia de meses a anos, podendo ocorrer em todo o cadáver ou apenas em parte dele. Inicia-se com 3 (três) semanas da morte.

    4º) ES- ESQUELETIZAÇÃO- fase em que há a perda dos tecidos moles, em que há o aparecimento dos músculos, vísceras e ossos. Seu período pode durar de meses a anos.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A


ID
1949638
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O fenômeno da saponificação ou adipocera consiste no(a):

Alternativas
Comentários
  • Saponificação é um processo transformativo que aparece sempre após um estágio regularmente avançado de putrefação. O cadáver adquire uma consistencia untosa, mole, como sabão ou cera, tonalidade amarelo-escura, exalando odor de queijo rançoso. A tinge parte do cadaver, raramento atingindo o cadáver inteiro.

    Favorece a saponificação:

    obesidade

    ambiente pouco arejado

    ambiente quente

    ambiente umido

    terrenos argilosos

    baixa oxigenação

     

     

    BONS ESTUDOS!

     

  • Mas a SAPONIFICAÇÃO é um fenômeno conservativo, então ela não aparece após um estágio avançado de putrefação como afirma o colega. A questão afirma na alternativa E) ......."fazendo cessar o processo de putrefação". Por favor corijam-me se eu estiver errada.

  • Proliferação ;)

  • GABARITO E

     

    Na saponificação ou adipocera o cadáver conserva as suas feições, a pele é pouco alterada e os tecidos moles transformam-se em glicerinas e ácidos gordos, que ao combinarem-se com uma substância alcalina originam sabões.

    Os órgãos internos tornam-se indistinguíveis, transformam-se numa massa pastosa. Este processo leva à diminuição do Ph que inibe o crescimento da flora bacteriana levando assim à preservação do cadáver.

     

    O processo ocorre devido a:

     

    Condições intrínsecas ao cadáver: Obesidade

    Condições extrínsecas ao cadáver: Local húmido ou semilíquido (em que a água fluí) ; Solos argilosos, que retêm a água e transformam o terreno em redor da cova num tanque de conservação.

  • GABARITO E

    Saponificação ou Adipocera

    Trata-se de um processo tardio que parece de algumas condições importantes de solo.Saponificação acontece em áreas gordurosas do corpo e ocorre em decorrência de processo tardio de putrefação, diferentemente da mumificação.

    Nos casos de saponificação a putrefação irá começar, as bactérias irão se proliferar e com isso destruir as gorduras do corpo e chegarão a um estágio em que ocorrerá a formação de ácidos graxos (tipo de gordura).

    Por sua vez o ácido graxo irá reagir com substâncias minerais da argila encontradas no solo e formar uma substância que parece sabão ou cera - por isso o nome de saponificação ou adipocera.

    Condição ambiental: solos argilosos (com pouco ar), úmidos – os ácidos graxos reagem com os minerais da argila do solo formando cera.

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em tanatologia forense.

    A) ERRADO. Trata-se da técnica de plastinação, um método de preservação de espécimes biológicos, deixando-os o mais próximo de sua aparência em vida. O Método é um processo pelo qual os espécimes são impregnados com um polímero.

    B) ERRADO. Trata-se do fenômeno da corificação, que é um fenômeno transformativo conservador muito raro, sendo encontrado em cadáveres que foram acolhidos em urnas metálicas fechadas hermeticamente, principalmente de zinco. Por isso, o corpo é preservado da decomposição, em face da inibição dos fatores transformativos. 

    C) ERRADO. Trata-se do fenômeno da mumificação, em que são necessárias condições ambientais que garantam a desidratação rápida, de modo a impedir a ação microbiana responsável pela putrefação. O cadáver, ficando exposto ao ar, em regiões de clima quente e seco, perde água rapidamente, sofrendo acentuado dessecamento. Precisa de rápida e acentuada desidratação para que ocorra. 

    D) ERRADO. Trata-se do fenômeno da calcificação, que é um fenômeno transformativo conservador que se caracteriza pela petrificação ou calcificação do corpo. Ocorre mais frequentemente nos fetos mortos e retidos na cavidade uterina, constituindo-se nos chamados litopédios

    E) CERTO. A saponificação é um fenômeno transformativo conservador, que se caracteriza pela transformação do cadáver em substância de consistência untuosa, mole e quebradiça, de tonalidade amarelo-escura, dando uma aparência de cera ou sabor. Surge depois de um estado mais ou menos avançado de putrefação quando certas enzimas bacterianas hidrolisam as gorduras neutras, dando origem aos ácidos graxos, os quais em contato com elementos minerais da argila se transformam em ésteres.

    Gabarito do professor: Alternativa E.

  • ??: fenômeno conservador de substituição do tecido corporal por resina sintética (acrílico), sem risco de putrefação e contaminação e facilitando o estudo anatômico.

    Corificação: fenômeno encontrado em cadáveres inumados em urnas metálicas (principalmente zinco) fechadas hermeticamente.

    Mumificação: fenômenos conservador que ocorre em ambiente muito arejado, seco e quente com acentuada perda de líquidos (severa desidratação).

    Calcificação: fenômeno conservador que mumifica o feto morto diante da ausência de líquido amniótico, ocasionando a calcificação do feto.

    Saponificação: transformação em virtude da gordura do cadáver em contato com metais do ambiente, formando uma cera, espécie de sabão, impedindo a ploriferação de bactérias e fazendo cessar o processo de putrefação.


ID
1949641
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca dos tipos de morte, assinale a assertiva correta.

Alternativas
Comentários
  • A morte pode ser natural, violenta (homicídio, suicídio ou acidente), ou indeterminada.

  • Questão correta: alternativa A
  • Resposta Correta: A

     

    Compreendem-se, em Medicina Legal, sob o nome de morte súbita, os casos onde a morte sobrevem mais ou menos rapidamente, em alguns segundos, algumas horas, ou mesmo dias, mas de modo imprevisto, atingido, sem causa aparente um indivíduo até então de boa saúde ou que não apresentava se não ligeiros distúrbios ou que, pelo menos, assim parecia às pessoas que o circundavam.

     

    Morte Natural: É aquela que sobrevem como conseqüência de um processo esperado e previsível. Por exemplo, nos casos de envelhecimento natural, com esgotamento progressivo das funções orgânicas. Em outros casos, o óbito é um corolário de um a doença interna, aguda ou crônica, a qual pode ter acontecido e transcorrido sem intervenção ou uso de qualquer fator externo ou exógeno.

     

    Morte Violenta: É aquela que tem como causa determinante a ação abrupta e intensa, ou continuada e persistente de um agente biológico, físico ou químico sobre o organismo. Ex.: Homicídio, suicídio ou acidente.

     

    Obs.: Na questão, a letra C está errada pelo final, onde diz que é de causa interna.

     

     

  • a)

    A morte súbita é aquela imprevista, que sobrevém instantaneamente e sem causa manifesta, atingindo pessoas em aparente estado de boa saúde (CORRETA).

     b)

    A morte súbita é aquela imprevista, que sobrevém instantaneamente e sem causa manifesta, atingindo pessoas com estado de saúde delicado (ERRO).

     c)

    A morte violenta é aquela que tem como causa determinante a ação abrupta e intensa, física ou química, sobre o organismo, de causa interna (ERRO).

     d)

    A causa médica (ERRO) da morte se divide em natural ou violenta

     e)

    A morte natural é a que resulta da alteração orgânica ou perturbação funcional provocada por agentes naturais, de causa externa (ERRO).

  • GABARITO A

     

    a) A morte súbita é aquela imprevista, que sobrevém instantaneamente e sem causa manifesta, atingindo pessoas em aparente estado de boa saúde.

     

     b) A morte súbita é aquela imprevista, que sobrevém instantaneamente e sem causa manifesta, atingindo pessoas com estado de saúde delicado.

    A morte súbita é aquela imprevista, que sobrevém instantaneamente e sem causa manifesta, atingindo pessoas em aparente estado de boa saúde.

     

     c) A morte violenta é aquela que tem como causa determinante a ação abrupta e intensa, física ou química, sobre o organismo, de causa interna.

    A morte violenta é aquela que tem como causa determinante a ação abrupta e intensa, física ou química, sobre o organismo, no qual interveio a força externa como causa desencadeante.

     

     d) A causa da morte se divide em natural ou violenta. 

    A causa médica da morte se divide em natural, violenta e suspeita.

     

     e) A morte natural é a que resulta da alteração orgânica ou perturbação funcional provocada por agentes naturais, de causa externa.

    A morte natural é a que resulta da alteração orgânica ou perturbação funcional provocada por agentes naturais, de causa interna, sem intervenção ou uso de qualquer fator externo ou exógeno.

     

     

  • Apenas um apontamento no cometário da colega Debora, o item D eu acredito que esteja errado em dizer que a causa médica se divide em natural ou violenta. O correto é que a causa jurídica se divide em natural ou violenta, lembrando que violenta se subdivide-se em suicidio, acidente ou crime. 

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em tanatologia médico-legal.

    A) CERTO. A morte súbita ocorre de forma inesperada e brusca, em um indivíduo de aparente bom estado de saúde, sempre de causa interna ou patológica, sem portanto qualquer influência externa ou violenta. 

    B) ERRADO. A morte súbita é aquela imprevista, que sobrevém instantaneamente e sem causa manifesta, atingindo pessoas com estado de saúde aparentemente normal.

    C) ERRADO. A morte violenta é aquela que tem como causa determinante a ação abrupta e intensa, física ou química, sobre o organismo, de causa externa, e não interna.

    D) ERRADO. A causa jurídica (e não médica) da morte se divide em suicídio, homicídio ou acidente. 

    E) ERRADO. A morte natural é a que resulta da alteração orgânica ou perturbação funcional provocada por agentes naturais, de causa interna, e não externa.

    Gabarito do professor: Alternativa A.

  • Gab. A

    MORTE SÚBITA/INSTANTÂNEA/IMEDIATA:

    Há entre seu início e fim apenas alguns minutos, não dando tempo para uma atendimento mais efetivo

  • medida cautelar é realizada pela comissão. medidas provisórias pela corte. regulamento


ID
1949644
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Criminalística
Assuntos

De acordo com o sistema dactiloscópico de Vucetich, assinale a assertiva correta.

Alternativas
Comentários
  • As quatro formas fundamentais, para fins de classificação datiloscópica de Vucetich se designam pelas letras (V, E, I, A) dado pelo meneumônico VEIA quando se encontram no polegar, e por números (de 1 a 4), quando se encontram em qualquer um dos outros dedos:

                Verticilo (V ou 4)   - 2 deltas

    Presilha E xterna (E ou 3)   - delta à esquerda

    Presilhanterna (I ou 2)      - 1 delta à direita)

                Arco (A ou 1)          - adéltico (sem deltas)

  • Arco : é o datilograma, geralmente adéltico, formado por linhas que atravessam o campo digital, apresentando em sua trajetória formas mais ou menos paralelas e abauladas ou alterações características. É representado pela letra A para os polegares e número 1 para os demais dedos.

     

    Presilha interna : é o datilograma com um delta à direita do observador, apresentando linhas que, partindo da esquerda, curvam-se e voltam ou tendem a voltar ao lado de origem, formando laçadas. É representado pela letra I para os polegares e o número 2 para os demais dedos.

     

    Presilha externa : é o datilograma com um delta à esquerda do observador, apresentando linhas que, partido da direita, curvam-se e voltam ou tendem a voltar ao lado de origem, formando laçadas. É representado pela letra E para os polegares e o número 3 para os demais dedos.

     

    Verticilo: é o datilograma com um delta à direita e outro à esquerda do observador, tendo pelo menos uma linha livre e curva à frente de cada delta. É representado pela letra V para os polegares e o número 4 para os demais dedos.

     

    Arquivamento

    No sistema de Vucetich, o arquivamento é do tipo decadactilar, ou seja, são utilizadas as impressões dos dez dedos das mãos do indivíduo para a classificação e arquivamento.

     

    Fonte: http://www.papiloscopia.com.br/classifica.html

  • “A presença de um, dois ou nenhum delta em uma impressão digital estabelece os quatro tipos fundamentais do Sistema Dactiloscópico de Vucetich:

    a) Verticilo. Presença de dois deltas e um núcleo central
    b) Presilha externa. Presença de um delta à esquerda do observador e de um núcleo voltado em sentido contrário ao delta
    c) Presilha interna. Presença de um delta à direita do observador e de um núcleo voltado à esquerda d) Arco. Ausência de deltas e apenas os sistemas de linhas basilares e marginais. Não tem núcleo FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p.210

    Bizu:

    -presilha I nterna- delta à d I r e I t a

    - presilha E xterna- delta à E squerda

    -verticilo- presença de 2 deltas e um núcleo central

    - arco- A de “ausência”.

    No sistema de Vucetich, o arquivamento é do tipo decadactilar, isto é, utiliza-se as impressões dos 10 (dez) dedos das mãos de uma pessoa no processo de classificação.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B

  • V (polegar) verticílio - possui dois deltas. Número 4 para os demais dedos

    E (polegar) Presilha Externa (E de esquerda. Delta à esquerda) Número 3 para os demais dedos

    I (polegar) Presilha Interna (Delta à dIreIta) Número 2 para os demais dedos

    A (polegar) Arco (Adético. Não possui delta) Número 1 para os demais dedos

  • Sobre a E:

    A parte central do datilograma chama-se núcleo.

    Os triângulos mencionados na assertiva são os deltas.

  • a) Na presilha interna é formado um delta à direita.

    b) CORRETA.

    c) Na presilha externa é formado delta à esquerda.

    d) Está incorreta, pois o sistema é decadactilar, utilizando-se os 10 dedos das mãos, estando a mão direita representada pelo (numerador/série) e a esquerda no (denominador/secção) da fórmula datiloscópica.

    e) Tudo nesta alternativa está equivocado.


ID
1949647
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com base no texto constitucional vigente, qual dos seguintes cargos poderá ser exercido por um brasileiro naturalizado?

Alternativas
Comentários
  • Olá pessoal (GABARITO = LETRA C)    

    ---------------------------------------------------------

    CF 88, Art. 12, § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

     

    I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

    II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

    III - de Presidente do Senado Federal;

    IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

    V - da carreira diplomática;

    VI - de oficial das Forças Armadas.

    VII - de Ministro de Estado da Defesa

    ---------------------------------------------------------

    MACETE = MP3.COM

     

    Ministro do STF

    Presidente da republica e Vice

    Presidente da câmara dos deputados

    Presidente do senado

    Carreira Diplomaticas

    Oficial das Forças Armadas

    Ministro do Estado de Defesa

    ---------------------------------------------------------

    Fé em Deus, não desista.

  • Cargos privativos de brasileiros natos MP3.COM
    Ministro do STF
    Presidente da republica e Vice
    Presidente da câmara dos deputados
    Presidente do senado
    Carreira Diplomaticas
    Oficial das Forças Armadas
    Ministro do Estado de Defesa

  • O que seria "ministrada" ?rs

  •  

    Cargos privativos de brasileiros natos  
    Ministro do STF
    Presidente da republica e Vice
    Presidente da câmara dos deputados
    Presidente do senado
    Carreira Diplomaticas
    Oficial das Forças Armadas
    Ministro do Estado de Defesa

  • GABARITO: LETRA C

    DA NACIONALIDADE

    Art. 12. § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

    I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

    II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

    III - de Presidente do Senado Federal;

    IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

    V - da carreira diplomática;

    VI - de oficial das Forças Armadas.

    VII - de Ministro de Estado da Defesa.

    FONTE: CF 1988

  • Conhecimento exigido do candidato:

    Artigo 12, § 3º, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: "São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa".

    Informação complementar:

    As principais diferenças entre brasileiros natos e naturalizados são as seguintes: a) há cargos que podem ser exercidos apenas por brasileiros natos (artigo 12, § 3º, da CRFB/88); b) apenas brasileiros natos podem integrar como cidadãos o Conselho da República (artigo 89, VII, da CRFB/88); c) somente brasileiros natos e brasileiros naturalizados há mais de dez anos podem ser proprietários de empresa jornalística e de radiodifusão sonora (artigo 222 da CRFB/88); d) brasileiro naturalizado pode perder sua nacionalidade por sentença judicial se comprovado que praticou atividade nociva ao interesse nacional (art. 12, § 4º, da CRFB/88); e) brasileiro nato não será extraditado, mas o naturalizado poderá ser extraditado por crime comum praticado antes da naturalização ou se comprovado, a qualquer tempo, o envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins (art. 5º, LI, da CRFB/88).

    Análise das alternativas:

    Alternativa A - Incorreta. O cargo de Vice-presidente da República é privativo de brasileiro nato.

    Alternativa B - Incorreta. O cargo de Presidente da Câmara dos Deputados é privativo de brasileiro nato.

    Alternativa C - CORRETA! O cargo de Ministro da Justiça não é privativo de brasileiro nato, de modo que pode ser ocupado por brasileiro naturalizado.

    Alternativa D - Incorreta. O cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal é privativo de brasileiro nato.

    Alternativa E - Incorreta. O cargo de Oficial das Forças Armadas é privativo de brasileiro nato.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa C.

  • Rodrigo Felinto Ibarra Epitácio Maia (Santiago, 12 de junho de 1970) é um político brasileiro, nascido no Chile)....

    Ele usou a exceção concedida pela Carta Magna:

    Art. 12 São brasileiros Natos:

    C. os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

    BONS ESTUDOS!!!

  • O MINISTRO DA JUSTIÇA FAZ PARTE DO CONSELHO DA REPÚBLICA PREVISTO NO ART.89 DA CF, E OS MEMBROS DESSE CONSELHO DEVEM SER BRASILEIROS NATOS, LOGO O MINISTRO DA JUSTIÇA TEM QUE SER BRASILEIRO NATO!

    MAS FAZER OQ NÉ, ENGOLIR O CHORO E SEGUIR EM FRENTE.

  • o tal do MP3.COM


ID
1949650
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

De acordo com a Constituição Federal, os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às:

Alternativas
Comentários
  • Olá pessoal (GABARITO = LETRA C)

    ---------------------------------------------------------

    CF 88, Art. 5º, § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

    ---------------------------------------------------------

    Fé em Deus, não desista.

  • Gabarito: Letra C

     

    Os tratados sobre direitos humanos podem ter “status” de emenda constitucional, desde que aprovados obedecendo ao rito próprio dessa espécie normativa. Assim, necessitam ser aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros. Essa previsão está no art. 5º, § 3º da CF/88

  • Acrescentando:

     

    Os tratados de direitos humanos aprovados antes da emenda 45 tem caráter supralegal (Pacto de São José da Costa Rica - ver súmula vinculante 25). Qualquer outros tratados que tratem de matéria diferente de direitos humanos tem natureza de lei ordinária.

     

    Fonte: Curso Mege (www.mege.com.br) - Material para Turma de MP.

  • *Complementando os excelentes comentários dos colegas Qconcurseiros


    Caso um Tratado de DIREITOS HUMANOS não seja aprovado conforme o rito das emendas constitucionais, terá status de norma SUPRALEGAL. (posição do STF)

  • Questão recorrente

  • GABARITO: LETRA C

    DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 

    FONTE: CF 1988

  • Em suma, os tratados internacionais aprovados, ratificados e devidamente promulgados pelo Brasil possuem hierarquia legal, isto é, equivalem à legislação ordinária. Entretanto, quando tais convenções versam sobre direito humanos, são conferidas a elas prerrogativas especiais que permitem situá-las hierarquicamente acima das leis ordinárias e abaixo da Constituição (supralegalidade), como é o caso de esmagadora maioria dos documentos internacionais ratificados pelo Brasil, podendo chegar até mesmo a serem equiparadas a emendas constitucionais, desde que aprovadas pelo Congresso Nacional nos moldes do art. 5º, § 3º, da Lei Fundamental, como ocorreu com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e o seu Protocolo Facultativo, exemplo de tratado com status constitucional.

  • A questão exige conhecimento acerca de processos legislativos especiais. Vejamos as alternativas comentadas a seguir, lembrando que a questão pede a alternativa Correta:

    a) Incorreta. A lei ordinária é hierarquicamente inferior à emenda constitucional e em sua elaboração passa por procedimento diferente do previsto no enunciado. (art. 47, CF)

    “Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.”

    b) Incorreta. Caso o tratado internacional não seja promulgado nos termos do art. 5°, §3°, CF, será considerado lei com status supralegal. A lei com status supralegal fica, hierarquicamente, abaixo da Constituição Federal e acima da legislação ordinária.

    c) Correta. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos aprovados, em cada casa do Congresso Nacional, em 02 turnos, com 3/5 dos votos, serão equivalentes a emendas constitucionais (art. 5°, §3°, CF)

    “Art. 5º. [...] § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.” 

    d)  Incorreta. As medidas provisórias, além de limitações quanto ao conteúdo (matéria) em sua edição trata-se de prerrogativa do Presidente da República (art. 62, caput, CF). 

    “Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. [...]”   

    e) Incorreta. A lei complementar é hierarquicamente inferior à emenda constitucional e em sua elaboração passa por procedimento diferente do previsto no enunciado. (art. 69, CF)

    “Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.”

    GABARITO DA MONITORA: LETRA “C”

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre tratados internacionais sobre direitos humanos.

    A– Incorreta - Não é o que dispõe a Constituição sobre o tema, vide alternativa C.

    B– Incorreta - Não é o que dispõe a Constituição sobre o tema, vide alternativa C. Obs.: os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que não forem aprovados pelo quórum previsto no art. 5º terão status supralegal.

    C- Correta - É o que dispõe o art. 5º, § 3º, da CRFB/88. "Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais".

    D- Incorreta - Não é o que dispõe a Constituição sobre o tema, vide alternativa C.

    E- Incorreta - Não é o que dispõe a Constituição sobre o tema, vide alternativa C.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa C.

  • GABARITO C

    As EMENDAS CONSTITUCIONAIS serão aprovadas em cada uma das casas do congresso nacional em dois turnos de votação e pelo quórum de votação de 3/5.

    Bons estudos!!!!


ID
1949653
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O art. 5º, XII, da Constituição Federal estabelece que “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal”. A última parte do dispositivo transcrito, que permite a redução do alcance da norma constitucional pela atividade do legislador infraconstitucional, corresponde à classificação doutrinária de norma constitucional de eficácia: 

Alternativas
Comentários
  • Olá pessoal (GABARITO = LETRA C)

    ---------------------------------------------------------

    Normas constitucionais de eficácia limitada - São aquelas que não produzem a plenitude de seus efeitos, dependendo da integração da lei (lei integradora).Não contêm os elementos necessários para sua executoriedade, assim enquanto não forem complementadas pelo legislador a sua aplicabilidade é mediata, mas depois de complementadas tornam-se de eficácia plena. 

     

    APLICABILIDADE INDIRETA, MEDIATA E REDUZIDA.

    Norma de eficácia limitada  -  lei pode AMPLIAR o texto Constitucinal

    ---------------------------------------------------------
    Normas constitucionais de eficácia plena - São aquelas que produzem a plenitude dos seus efeitos, independentemente de complementação por norma infraconstitucional. São revestidas de todos elementos necessários à sua executoriedade, tornando possível sua aplicação de maneira direta, imediata e integral.

     

    APLICABILIDADE DIRETA, IMEDIATA E INTEGRAL

    ---------------------------------------------------------
    Normas constitucionais de eficácia contida - São aquelas que produzem a plenitude dos seus efeitos, mas pode ter o seu alcance restringido. Também têm aplicabilidade direta, imediata e integral, mas o seu alcance poderá ser reduzido em razão da existência na própria norma de uma cláusula expressa de redutibilidade ou em razão dos princípios da proporcionalidade e razoabilidade. Enquanto não materializado o fator de restrição, a norma tem eficácia plena.

     

    APLICABILIDADE DIRETA, IMEDIATA, MAS NÃO INTEGRAL.

    Norma de eficácia contida  -  lei pode CONTER  o texto  Constitucional

    ---------------------------------------------------------

    Fé em Deus, não desista.

  • letra   (c) 

     

    Normas de eficácia limitada de princípio institutivo

    São normas constitucionais de princípio institutivo aquelas através das quais o legislador constituinte traça esquemas gerais de estruturação e atribuições de órgãos, entidades ou institutos, para que o legislador ordinário os estruture em definitivo, mediante lei.

    Para ilustrar temos os artigos 18, § 2o; 22, parágrafo único; 25, § 3o; 33; 37, inciso XI etc.
     

     


    Normas de eficácia limitada de princípio programático

    São as normas constitucionais que implementam política de governo a ser seguido pelo legislador ordinário, ou seja, traçam diretrizes e fins colimados pelo Estado na consecução dos fins sociais, como o previsto nos artigos 196; 205; 215; 218, caput etc.

    EDUCAÇÃO, SAÚDE. 

    Geralmente são os direitos sociais.

     

     

     

    " Se tem um sonho...,treine sua mente para defendê-lo "

  • Gabarito letra C

     

    PLENA ********************************     CONTIDA            ********************************      LIMITADA

     

    Aplicabilidade DIRETA                                            DIRETA                                                                                        INDIRETA

    IMEDIATA                                                             IMEDIATA                                                                                     MEDIATA

    INTEGRAL                                                            NÃO INTEGRAL                                                                            REDUZIDA

  • Contida, segundo a denominação dada por José Afonso da Silva, mas que deveria se chamar contível.

  • Compartilhando DICA de uma colega que achei muito interessante:

    Não há norma de eficácia LIMITADA dentro do Art. 5°

    Eliminando, fica apenas a de eficácia PLENA e CONTIDA 

    Para diferenciar ambas, basta verificar se há na letra da lei, expressões como:

    Nos termos... Segundo... De acordo com... (Expressões que remetem a algum outro termo) - São de EFICÁCIA CONTIDA 

    As demais, PLENAS 

  • Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais

    Eficácia é aptidão para produzir efeitos jurídicos,classifica-se em eficácia plena, contida e limitada.

    Plena: Imediata, pois produz efeitos essenciais desde a sua criação. Direta: Não depende de lei regulamentadora. Integral: Não se admite restrição por atos do Poder Público. Ex: Art. 37 caput; 230 §2º CF

    Contida: Imediata, desde o momento de sua criação, produz seus efeitos essenciais. Direta: Não depende de lei regulamentadora. Não integral: Admite restrições por atos do Poder Público posterior (Lei). Ex: Aprovação no exame da OAB.

    Limitada: Mediata, ou seja, não produz imediatamente seus efeitos essenciais. Indireta: Depende de uma lei regulamentadora.


  • Na forma da lei, nos termos da lei = EFICÁCIA CONTIDA (restringe)

  • @Chris Oliveira, comentário equivocado. vide art. 5,XXXII,CF/88 é uma norma de eficácia limitada, ou seja, não se pode afirmar que no artigo 5 da CF/88 não consta norma de eficácia limitada.

    Obs: o STJ e o STF declararam ilícitas todas as interceptações feitas antes

    da lei 9.296/96, com o fundamento de que o artigo 5º, inciso XII é norma

    constitucional de eficácia limitada, dependente de legislação

    infraconstitucional para ter aplicabilidade.(não confundir com o enunciado da questão).

  • eficácia contida, isto é, de aplicabilidade direta, imediata, porém não integral, ou seja, a lei infraconstitucional poderá restringir sua eficácia em determinadas hipóteses.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a opção correta. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca da classificação das normas constitucionais. Vejamos:

    Normas de eficácia plena: apresentam aplicabilidade direta, imediata e integral, não dependendo de legislação posterior para sua inteira operatividade, ou seja, independem da intermediação do legislador, desta forma, seus efeitos essenciais (sua eficácia positiva e negativa) ocorrem desde sua entrada em vigor. Não admitem restrições infraconstitucionais, mas é possível a sua regulamentação. Um exemplo é aquela encontrada na CF, art. 145, §º 2.

    Normas de eficácia limitada ou reduzida: apenas manifestam a plenitude dos efeitos jurídicos objetivados pelo legislador constituinte após a interferência do legislador ordinário através da produção de atos normativos previstos ou requeridos pela Constituição Federal. Sua aplicabilidade é indireta, mediata e reduzida. No entanto, embora a eficácia positiva não seja sempre presente, a eficácia negativa sempre acontecerá, no sentido de não recepcionar a legislação anterior incompatível e de proibir a edição de normas em sentido oposto as duas determinações. Um exemplo é aquela encontrada na CF, art. 25, §3º.

    Normas de eficácia limitada definidoras de princípio institutivo ou organizador: através delas o legislador constituinte define esquemas gerais de estruturação e atribuição de entidades, órgãos ou institutos, para que o legislador ordinário possa, então, os estruturar definitivamente, através da lei. Ocorre, por exemplo, quando a Constituição define regras gerais de estruturação da administração pública como um todo, porém, estas mesmas regras deverão ser detalhadas em norma infraconstitucional posterior. Um exemplo é aquela encontrada na CF, art. 33º.

    Normas de eficácia limitada definidoras de princípios programáticos: tais normas estabelecem uma finalidade e/ou um princípio, mas sem obrigar o legislador a atuar de determinada forma, o que se requer é uma política capaz de satisfazer determinados fins. Um exemplo é aquela encontrada na CF, art. 6º.

    Normas de eficácia contida: apresentam aplicabilidade direta, imediata, mas possivelmente não integral. Elas são aptas a regular os interesses relativos ao seu conteúdo desde sua entrada em vigor, ou seja, não dependem da atuação do Poder Legislativo, no entanto, pode ocorrer a atuação legislativa no sentido de reduzir sua abrangência. Apresentam eficácia positiva e negativa. Porém, caso não haja a elaboração da norma regulamentadora restritiva, a sua aplicabilidade será integral, como se fossem normas de eficácia plena passíveis de restrição. Um exemplo é aquela encontrada na CF, art. 5º, XII.

    Agora vejamos cada uma das alternativas:

    A. ERRADO. Norma de eficácia contida.

    B. ERRADO. Norma de eficácia contida.

    C. CERTO. Norma de eficácia contida.

    C. ERRADO. Norma de eficácia contida.

    D. ERRADO. Norma de eficácia contida.

    Alternativa C.

    Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional.

  • GABARITO: C

    Lembrar que as normas constitucionais que cacerem de regulamentação ordinária para sua aplicabilidade são as normas de eficacia contida.

    Ex: a CF diz que o civilmente identificado não será identificado criminalmente, SALVO, casos espeficios regulamentados em lei especifica.Ou seja, a regulamentação pela CF até existe, porém pode ter seu efeito mitigado por lei ordinária.


ID
1949656
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Sobre os direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Olá pessoal (GABARITO = LETRA A)

    ---------------------------------------------------------

    a) CERTO.

    CF 88, Art. 5º , VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

    ---------------------------------------------------------

    b) ERRADO. 

    CF 88, Art. 5º , LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

    ---------------------------------------------------------

    c) ERRADO.

    CF 88, Art. 5º, XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado (Não há a exceção de agremiações sindicais);

    ---------------------------------------------------------

    d) ERRADO.

    CF 88, Art. 5º, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;  

    ---------------------------------------------------------

    e) ERRADO

    CF 88, Art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

     

    ---------------------------------------------------------

    Fé em Deus, não desista.

  • 50 vezes a messsma questão

  • Gabarito letra A

     

    Com as devidas correções:

     

     a) Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. CERTINHA 

     

     b) O preso TEM direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial.

     

     c) Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado,NÃO TEM SALVO.

     

     d) É livre a manifestação do pensamento, sendo VEDADO o anonimato.

     

     e) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, CASO HAJA  dano.

  • Sobre os direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal, assinale a alternativa correta.

    A) Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. ( Art. 5º, VIII)

    B) O preso não tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial. (Nota de culpa em até 24h)

    C) Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado, salvo no caso das agremiações sindicais.

    D) É livre a manifestação do pensamento, sendo permitido inclusive o anonimato.

    E) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, independentemente da existência de dano.

  • GB A

    PMGO

  • GABARITO A

    A) CERTO.

    CF 88, Art. 5º , VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

    B) ERRADO. 

    CF 88, Art. 5º , LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

    C) ERRADO.

    CF 88, Art. 5º, XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado (Não há a exceção de agremiações sindicais);

    D) ERRADO.

    CF 88, Art. 5º, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;  

    E) ERRADO

    CF 88, Art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

    Repassando o comentário do colega Hallyson TRT, simples e produtivo!!!

  • A questão exige conhecimento acerca dos direitos/garantias fundamentais assegurados na Constituição Federal. Assim, vejamos as alternativas comentadas:

    a) CORRETO. Há a possibilidade de privação de direitos caso se invoque a crença religiosa ou convicção filosófica/política para se eximir de obrigação legal e houver recusa a cumprir prestação alternativa. (art. 5º, VIII, CF):

    Art. 5º. [...] VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

    b) INCORRETO. É DIREITO constitucionalmente assegurado ao preso a IDENTIFICAÇÃO do responsável pelo interrogatório policial, senão vejamos, art. 5º, LXIV, CF:

    Art. 5º. [...] LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

    c) INCORRETO. O direito de associar-se é LIVRE e NINGUÉM é OBRIGADO a associar-se OU a PERMANECER ASSOCIADO. (art. 5º, XX, XVII, CF):

    Art. 5º. [...] XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; [...] 

    XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; [...]

    d) INCORRETO. A manifestação de pensamento é livre, mas NÃO PODE SER ANÔNIMA. (art. 5º, IV, CF):

    Art. 5º. [...]  IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

    e) INCORRETO. Apenas quando HOUVER DANO estará assegurada indenização ulterior ao proprietário, art. 5º, XXV, CF:

    Art. 5º. [...] XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

    GABARITO: LETRA “A”

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre direitos e garantias fundamentais.

    A– Correta - É o que dispõe o art. 5º, VIII, da CRFB/88: "ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei".

    B– Incorreta - A Constituição assegura o referido direito. Art. 5º, LXIV, CRFB/88: "o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial".

    C- Incorreta - A Constituição não faz nenhuma ressalva à disposição. Art. 5º, XX, CRFB/88: "ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado".

    D- Incorreta - A Constituição veda o anonimato. Art. 5º, IV, CRFB/88: "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato".

    E- Incorreta - Só há indenização se tiver ocorrido dano. Art. 5º, XXV, CRFB/88: "no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa A.


ID
1949659
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A alternativa que enumera corretamente quatro direitos sociais previstos expressamente na Constituição Federal vigente é:

Alternativas
Comentários
  • Olá pessoal (GABARITO = LETRA E)

    ---------------------------------------------------------

    CF 88, Art. 6º

    São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.  

    ---------------------------------------------------------

     

    MACETE =  DILMAS SEM PTT"

     

    D Desamparados
     Infância
    L Lazer
    M Moradia
    A Alimentação
    S Segurança
    S Saúde
    E Educação
    M Maternidade

    P Previdência Social
    T Trabalho
    T Transporte

    ---------------------------------------------------------

    Fé em Deus, não desista.

  • Será que esta questão cabe recurso ? 
    propriedade não seria sinônimo de moradia ? 
    uma peganha ...

  • Gabarito: Letra E! Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015)

     

    Mnemônico: EDU MORA LA - SAÚ TRABALHA ALÍ  - ASSIS PRO SEG PRESO no Transporte.

     

    EDUcação, MORAdia, LAzer - 

    SAÚde - TRABALHO, ALImentação -

    ASSIStência aos desampardos, PROteção à maternidade e à infância, SEGurança, PREvidência SOcial, transporte.

  • Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

     

    “ 3P TT SEM SALA”.

  • Gabarito letra e).

     

    Art. 6º (DIREITOS SOCIAIS GENÊRICOS): São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015)

     

    Mnemônico: "PS TTEMOS LAZER ALIMENTAÇÃO DEMAIS"

     

    PS = PREVIDÊNCIA SOCIAL

     

    T = TRANSPORTE (E.C.90/2015)

     

    T = TRABALHO

     

    E = EDUCAÇÃO

     

    MO = MORADIA

     

    S = SAÚDE

     

    LAZER

     

    ALIMENTAÇÃO

     

    DE = ASSISTÊNCIA AOS DESAMPARADOS

     

    MA = MATERNIDADE

     

    I = INFÂNCIA

     

    S = SEGURANÇA (ÚNICO QUE ESTÁ EXPRESSO NO CAPUT DO ART. 5° E DO ART. 6°)

     

    * RECOMENDO A RESOLUÇÃO DA Q23062 PARA APROFUNDAR OS CONHECIMENTOS SOBRE DIREITOS SOCIAIS.

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/

  • LETRA

  • Gab E

    " EDU MORA LÁ , SAÚ TRABALHA ALI , ASSIS PRO SEGUE TRANSPORT ANDO PRE SOS. "

  • Paz, vida, felicidade... kkkkk (bem que poderia ser, mas esses direitos serão adquiridos quando passarmos no concurso de nossos sonhos. Amém!)

  • GABARITO: LETRA E

    DOS DIREITOS SOCIAIS

    Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 

    FONTE: CF 1988

  • propriedade : art.5 - caput

    moradia: art. 6

    segurança do art. 5 - caput refere-se à ideia de garantia individual.

    segurança do art. 6 - refere-se ao sentido de segurança publica.

    Força e honra !

  • Conforme preceitua o art. 6º, CF/88, são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Nesse sentido, podemos assinalar a letra ‘c’ como correta.

    Gabarito: E

  • Manuela D'Avila ficou feliz com a homenagem à PEC da Felicidade QUE E TAMANHA RELEVÂNCIA NÃO TRAMITOU MAIS kkkkk.

  • Mnemônico:

    EDU MORA LA

    SAÚ TRABALHA ALI

    ASSIS PRO SEG PRESO

    no Transporte.

  • A questão exige conhecimento acerca dos direitos sociais, nos termos do art. 6º da Constituição Federal. Assim, vejamos o que este dispõe:

    Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.            

    Vejamos as alternativas comentadas, lembrando que a questão pede a CORRETA:

    a) ERRADA. Educação, seguridade social e saúde constam como direitos sociais, nos termos do art. 6º da Constituição Federal. Felicidade NÃO é um direito social

    b) ERRADA. Alimentação, trabalho e moradia constam como direitos sociais, nos termos do art. 6º da Constituição Federal. Propriedade NÃO é direito social, é um direito FUNDAMENTAL (art. 5º, XXII, CF).

    c) ERRADA. Alimentação e lazer constam como direitos sociais, nos termos do art. 6º da Constituição Federal.  Propriedade NÃO é direito social, é um direito FUNDAMENTAL (art. 5º, XXII, CF). Paz NÃO é um direito social.

    d) ERRADA. Educação e segurança constam como direitos sociais, nos termos do art. 6º da Constituição Federal. Felicidade NÃO é um direito social. Direito à vida NÃO é um direito SOCIAL e sim um direito FUNDAMENTAL (art. 5º, caput, CF). 

    e) CORRETA. Alimentação, trabalho, lazer e moradia constam como direitos sociais, nos termos do art. 6º da Constituição Federal.

    GABARITO: LETRA “E”

  • GABARITO LETRA "E"

    CRFB/88: Art. 6º - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

    "A persistência é o caminho do êxito". -Charles Chaplin

  • < > GABARITO: E

    • PARA AJUDAR A FIXAR

    OUTRA AJUDA A RESPONDER


ID
1949662
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Nei Santos, jovem de família conservadora, toma conhecimento de que sua noiva Ana Silva, com quem está prestes a casar, se encontra no segundo mês de gravidez. Preocupado em não decepcionar seus familiares, Nei faz de tudo para convencer Ana a realizar o aborto. Para tanto, orienta-a a procurar uma conhecida clínica clandestina situada próximo a sua residência. O procedimento abortivo realizado pelo cirurgião Carlos Quintão, provoca em Ana uma lesão leve (pequena escoriação), em face de seu comportamento negligente. Indique o(s) crime(s) praticado(s) por Nei, Ana e Carlos, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    Penal  - Nei(art 124), Ana(art 124) e Carlos(art 126).

    Lembrando que o crime de lesão corporal leve de Carlos é absorvido(Princípio da Consunção) pelo de aborto, logo impunível,

    Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:  (Vide ADPF 54)

            Pena - detenção, de um a três anos.

     Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:  (Vide ADPF 54)

            Pena - reclusão, de um a quatro anos.

    Processual Penal

    3 crimes de ação penal pública (vide gabarito da questão).

    1 crime de ação penal privada, digo lesão corporal leve, nesta ação é necessária a representação da querelante.

  • Alguém me ajuda o que a ADPF 54 mudou o entendimento dos art. 124 e 126 CP?

  • Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento (Ligado ao consentimento da mulher: como por exemplo a amiga, os pais, o namorado)

      Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: (Vide ADPF 54)

      Pena - detenção, de um a três anos.


    Aborto provocado por terceiro (Conduta ligada a ação de terceiro como por exemplo: enfermeira)

    Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: (Vide ADPF 54)

      Pena - reclusão, de um a quatro anos.

      Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência


    * Se a gestante sofre lesão corporal de natureza LEVE, o agente responde somente pelo aborto simples, ficando absorvidas as lesões.Forma qualificada

      Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas   causas, lhe sobrevém a morte.

     

    ******* Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54)

      Aborto necessário

      I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

      Aborto no caso de gravidez resultante de estupro

      II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

     

     

     

    " Se tem um sonho...,treine sua mente para protegê-lo "

  • José Fernandez, no acórdão da ADPF 54, o STF decidiu que não é crime interromper a gravidez em caso de anencefalia do feto.

     

    Portanto, o STF declarou inconstitucional a interpretação segundo a qual a interrupção de gravidez de feto anencéfalo é conduta tipificada nos art. 124, 126, 128, I e II do CP.

  • Complementando a resposta do colega, a ADPF 54 traz hipótese de exclusão da tipicidade material das condutas dos arts. 124 e 126 do CPB, no tocante à interrupção da gravidez de feto anencéfalo. 

  • Como ninguém comentou sobre o concurso de agentes entre Nei e Ana, onde Art.30 "Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime."

    Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque.

    Além de o caso concreto ser uma exceção ao monismo adotado pelo direito penal brasileiro.

  • e) consentimento para o aborto, consentimento para o aborto e aborto provocado por terceiro.

     

    Existe aborto provocado por terceiro com o consentimento da gestante e sem o consentimento da gestante e a ooção não explica isso! deixando uma margem para dúvidas e pegadinhas.

  • Exceção da teoria pluralista a teoria monista: embora seja a mesma prática delituosa, respondem por tipos penais distintos. 

    Pessoa que consente pelo Art. 124

    Médico que provoca pelo Art. 126 

  • O consentimento afasta o crime de lesão corporal de natureza leve, mas caso vinhesse a acontecer lesões graves, gravíssimas ou morte o consentimento não seria relevante. 

  • ATENCAO! 

    Em recente julgado, a primeira turma do STF entendeu que interromper gestação até 3º mês não é crime. Em síntese, o voto do relator Ministro Barroso, explana que a proibição ao aborto é clara no Código Penal brasileiro, mas deve ser relativizada pelo contexto social e pelas nuances de cada caso. 

  • Ricardo  Oliveira, a decisão do STF não gerou efeito "erga omnes", ou seja, a decisão proferida gerou efeito apenas entre as partes. Além do mais a decisão partiu de uma das camaras da casa, isto é, não foi decisão do pleno.

     

    Todavia, não se pode negar que aquela decisão foi um grande passo para a descriminalização do aborto, tema que por sinal ainda será muito debatido, não somente no judiciário como todo, mas também pela sociedade.

     

  • O noivo será partícipe do crime do artigo 124, porque seu comportamento  é atrelado ao comportamento da gestante que consentiu no aborto que vai ser praticado por Carlos de acordo com o art. 126.
     

  • em caso do médico ter gerado uma lesão corporal grave ou gravissima ai o caso seria diferente do dito acima!

  • Aborto provocado por terceiro com o consentimento da gestante - art. 126

  • Respectivamente, art. 124 (2ª parte), art. 124 (2ª parte) e art. 126, do CP.

    GAB:E.

  • Gabarito E

    Conhecimentos exigidos para responder a questão:

    1° ) O crime de Consentimento para o Aborto (atr.124, segunda parte) é crime de Mão Própria, não aceita coautoria, porém aceita participação, o que ocorreu com o noivo, pois ele não poderia dar o consentimento para o aborto, mas fez nascer a ideia(participação). Desta forma, não provocou o aborto (art.125), ele consentiu, isso por foça do imperativo do Art. 30 CP - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime".

    2° ) Caso no exaurimento do aborto resultar lesão corporal leve, será pós fato impunível, respondendo apenas pelo crime do art. 126 do CP (provocar aborto com consentimento), tendo em vista que o art. 127, CP, define que o aumento(1/3) de pena ocorrerá se houver lesão corporal grave. Cabe destacar que a doutrina e jurisprudência admitem a aplicação do aumento de pena no caso de lesão corporal gravíssima.

    Qualquer erro, por favor , corrigir!

    #Deusnocomandosempre

  • Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:

    Este e o artigo o qual a grávida se encaixa, juntamente com o Nei, em concurso de pessoas. Ela autora e ele participe.

    e o médico, também em concuso de pessoas com os 2, porem aplicando-se a teoria pluralista, respondera pelo 126

     Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:

           Pena - reclusão, de um a quatro anos.

  • então o caso da lesão foi só para confundir nessa questão :(

  • Se, durante o aborto, ocorre lesão leve, esse crime é absorvido pelo princípio da consunção. Caso gere lesão grave/gravíssima, teremos o aumento de 1/3, e caso gere a morte, a pena aplicada em dobro.

  • Que redação TERRÍVEL das alternativas, eu sabia a resposta e não achava nas alternativas o que se encaixasse, a título de complementação: "Um rapaz convence a sua namorada a abortar. Encaminha-se com ela a uma clínica clandestina, onde um médico e uma enfermeira realizam o aborto. 

    A gestante praticou o crime do art. 124 (que é um crime próprio) 

    O médico praticou o crime do art. 126 

    Quanto ao namorado, ele é partícipe do crime da gestante. Qualquer pessoa (amigo, pai, namorado, etc) que induza, instigue ou presta auxílio (convencendo, dando diheiro, etc), se enquadrará como partícipe do crime da gestante (art. 124 c/c art. 29) - naturalmente com uma pena menor. 

    Do mesmo modo, a enfermeira (ou uma recepcionista, uma secretária, etc) será partícipe do crime do médico (art. 126 c/c art. 29) - naturalmente com uma pena menor. Observe que se a enfermeira ou qualquer outra pessoa participou dos atos executórios, ela deixará de ser partícipe e se tornará co-autora."

  • Eu juro que nem sei como acertei essa questão. Obrigado GranCursos

  • Indique o(s) crime(s) praticado(s) por Nei, Ana e Carlos, respectivamente: consentimento para o aborto, consentimento para o aborto e aborto provocado por terceiro. desde quando Nei consente aborto da namorada.

  • Teoria Monista:

    Nei - Partícipe no consentimento.

    Ana - Consentiu.

    Carlos - Provocou o aborto, com o consentimento da Ana.

    Se fosse lesão grave = +1/3

    Se morte = x2.

    Em todos os casos há consunção.

  • Para responder à questão, faz-se necessária a análise da situação fática descrita no enunciado e o cotejo com as alternativas constantes dos seus itens a fim de se verificar qual delas corresponde aos delitos praticados por cada um dos sujeitos mencionados no caso. 

    O quadro revelado no enunciado da questão, demonstra que o seu ponto fulcral é a realização de aborto consentido, conduta que, em razão de se tratar de uma exceção dualista à teoria monista, prevalente em nosso ordenamento jurídico-penal, encontra-se tipificada em dois artigos distintos, quais sejam: o artigo 124 e o artigo 125, ambos do Código Penal, senão vejamos:
    "Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento

    Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque

    Pena - detenção, de um a três anos.

    Aborto provocado por terceiro

    (...)

    Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:

    Pena - reclusão, de um a quatro anos.

    Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência."

    Ana, com efeito, incidirá nas penas do artigo 124 do Código Penal, segunda parte, na medida em que consentiu para que o cirurgião Carlos Quintão procedesse ao aborto do feto em seu ventre. 

    O cirurgião Calos Quintão, por seu turno, responderá pelo crime tipificado no artigo 126 do Código Penal, porquanto provocou o aborto consentido em Ana.

    Nei Santos, noivo de Ana, responderá, por força do artigo 29 do Código Penal, pelo mesmo crime de Ana, uma vez que a induziu e a auxiliou a praticar o aborto, agindo, portanto, em concurso de pessoa, mais especificamente como partícipe.


    Diante dessas considerações, verifica-se que a alternativa (E) é a verdadeira.

    Gabarito do professor: (E)
  • Para quem está se perguntando o porquê do médico não responder por Lesão Corporal Leve junto com aborto praticado por terceiro, é porquanto o delito de Lesão Corporal Leve é absolvido pelo crime de aborto provocado por terceiro, vez que a conduta mais grave absolve a ação menos grave no Direito Penal.

    Avante, guerreiros!!

  • Acrescentando:

    As Formas majoradas ( lesão grave / Morte )

    São preterdolosas . Caso sejam dolosas , haverá concurso formal impróprio ou imperfeito.

  • pensei qu1e o erro fosse do QC, mas é da banca mesmo? N foi anulada essa questao?

  • quem reclamou para questão ser anulada acho que não está estudando direito rsrsrsr

  • Indique os crimes praticados por Nei, Ana e Carlos, respectivamente:

    NEI: TRATA-SE DA EXCEÇÃO À TEORIA MONISTA, TEORIA A QUAL OS COMPARSAS DEVEM RESPONDER PELO MESMO CRIME.

    .

    .

    ANA: ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE OU COM SEU CONSENTIMENTO

    AQUI O CRIME DE ABORTO É UM CRIME DE MÃO PRÓPRIA, OU SEJA, CRIME QUE SÓ PODE SER COMETIDO DIRETAMENTE PELA PESSOA.

    .

    .

    CARLOS: ABORTO PRATICADO POR TERCEIRO COM O CONSENTIMENTO DA GESTANTE. COM RELAÇÃO À LESÃO DE NATUREZA LEVE, FICARÁ ABSOLVIDA EM RAZÃO DO ABORTO.

    .

    .

    .

    .

    GABARITO ''E''

  • Nei é partícipe do crime de consentimento para o aborto (art. 124) porque induziu (fez nascer a ideia) Ana a realizar o aborto.

    Ana responde pelo crime de consentimento para o aborto (art. 124).

    O médico responde pelo crime de aborto com consentimento (art. 126), e a lesão leve é absorvida pelo aborto. Só qualifica se for lesão grave ou morte.

    Porém, se fosse Nei quem tivesse ido procurar a clínica clandestina em vez de Ana, ele responderia como partícipe no crime de aborto com consentimento (art. 126).

    Portanto, gabarito letra E.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

     


ID
1949665
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Sandra, jovem de dezessete anos de idade, inabilitada para conduzir veículo automotor, com a devida autorização de seu genitor senhor Getúlio D. Za Tento, saiu para passear com o veículo de propriedade do pai e dirigindo em alta velocidade atropelou Maria das Dores, causando-lhe lesões corporais gravíssimas as quais causaram a morte da vítima. Acerca da situação hipotética proposta, é correto afirmar à luz do Código Penal, que Getúlio responderá por:

Alternativas
Comentários
  • CRIME COMISSIVO POR OMISSÃO

     

    Nos crimes comissivos por omissão, o tipo penal incriminador descreve uma conduta positiva, é
    dizer, uma ação. O sujeito, no entanto, responde pelo crime porque estava juridicamente obrigado a
    impedir a ocorrência do resultado e, mesmo podendo fazê -lo, omitiu -se.

     

    Para que alguém responda por um crime comissivo por omissão, é necessário que, nos termos do
    art. 13, § 2º, do CP, tenha o dever jurídico de evitar o resultado.

     

    As hipóteses em que há o citado dever jurídico são as seguintes:

     

    ■ Dever legal ou imposição legal: quando o agente tiver, por lei, obrigação de proteção, cuidado
    e vigilância (ex.: mãe com relação aos filhos; diretor do presídio no tocante aos presos).


    ■ Dever de garantidor ou “garante”: quando o agente, de qualquer forma, assumiu a
    responsabilidade de impedir o resultado (não apenas contratualmente). É o caso do médico
    plantonista; do guia de alpinistas; do salva -vidas, com relação aos banhistas; da babá, para com a
    criança.


    ■ Ingerência na norma: quando o agente criou, com seu comportamento anterior, o risco da
    ocorrência do resultado (ex.: o nadador exímio que convida para a travessia de um rio pessoa que
    não sabe nadar torna -se obrigado a evitar seu afogamento; a pessoa que joga um cigarro aceso em
    matagal obriga -se a evitar eventual incêndio).

     

     

     

    " Se tem um sonho...,treine sua mente para protegê-lo "

  • Só para enriquecer o conteúdo trazido pelo colega:

    Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança. Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

    Para a configuração desse crime não é exigida a demonstração de perigo concreto de dano. Isso porque, no referido artigo, não há previsão, quanto ao resultado, de qualquer dano no mundo concreto, bastando a mera entrega do veículo a pessoa que se sabe inabilitada, para a consumação do tipo penal. Trata-se, portanto, de crime de perigo abstrato. STJ. 3ª Seção. REsp 1.485.830-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 11/3/2015

  • Não errem como eu!

     

    LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE = PRETERDOLOSO

     

  • PROCESSUAL PENAL. APELAÇAO CRIMINAL. HOMICÍDIO CULPOSO NA DIREÇAO DE VEÍCULO AUTOMOTOR. CONCURSO DE AGENTES. REPONSABILIDADE PENAL DO PAI. CO-AUTORIA. VIOLAÇAO DO DEVER DE CUIDADO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1. A doutrina e a jurisprudência brasileiras são unânimes em admitir a possibilidade de coautoria em crimes culposos, no entanto, rechaça a possibilidade de participação. 2. A ocorrência de crime de trânsito cometido por menor inabilitado para direção de veículo automotor é previsível, pois o menor de 18 anos de idade não tem capacidade e maturidade suficiente para dirigir um veículo automotor, que pode transformar-se em uma verdadeira arma na mão daquele que não saiba conduzí-lo, sem a devida perícia. 3. Aquele que viola dever de cuidado, possibilitando que menor assuma o controle de veículo automotor, deve ser co-responsabilizado por eventual crime de trânsito que este cometa. 4. Recurso conhecido e provido. (TJ-PI - ACR: 201100010071170 PI, Relator: Des. Sebastião Ribeiro Martins, Data de Julgamento: 08/05/2012,  2a. Câmara Especializada Criminal)

  • O homicídio na direção de veículo automotor, em regra, só é admitido na modalidade culposa. Vejamos:

     

     

     

    "Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:

    Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor."

     

    Na jurisprudência e na doutrina, esse é um tema longe de ser pacífico, tendo em vista que há casos em que a pessoa age mais com dolo eventual (prevê o resultado, mas não liga se o mesmo acontecer) do que com culpa consciente (prevê o resultado, mas acredita sinceramente que o mesmo não vá ocorrer), como prevê o artigo acima exposto.

    Porém, esse não é um tema pra ser tratado em questões objetivas, sendo assim, da análise do caso em tela, a jovem praticou um homicídio culposo na direção de veículo automotor.

     

    A jurisprudência entende que não há participação em crime culposo, mas tão somente coautoria. Por isso que o pai da jovem responderá por homicídio culposo, na modalidade omissão imprópria, em coautoria com sua filha, como os colegas acertadamente disseram.

     

    Bons estudos!

     

    _______________________________________________________________________________________________

     

    PROCESSUAL PENAL. APELAÇAO CRIMINAL. HOMICÍDIO CULPOSO NA DIREÇAO DE VEÍCULO AUTOMOTOR. CONCURSO DE AGENTES. REPONSABILIDADE PENAL DO PAI. CO-AUTORIA. VIOLAÇAO DO DEVER DE CUIDADO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1. A doutrina e a jurisprudência brasileiras são unânimes em admitir a possibilidade de coautoria em crimes culposos, no entanto, rechaça a possibilidade de participação. 2. A ocorrência de crime de trânsito cometido por menor inabilitado para direção de veículo automotor é previsível, pois o menor de 18 anos de idade não tem capacidade e maturidade suficiente para dirigir um veículo automotor, que pode transformar-se em uma verdadeira arma na mão daquele que não saiba conduzí-lo, sem a devida perícia. 3. Aquele que viola dever de cuidado, possibilitando que menor assuma o controle de veículo automotor, deve ser co-responsabilizado por eventual crime de trânsito que este cometa. 4. Recurso conhecido e provido. (TJ-PI - ACR: 201100010071170 PI, Relator: Des. Sebastião Ribeiro Martins, Data de Julgamento: 08/05/2012,  2a. Câmara Especializada Criminal).

  • GABARITO - LETRA D

     

    PROCESSUAL PENAL. APELAÇAO CRIMINAL. HOMICÍDIO CULPOSO NA DIREÇAO DE VEÍCULO AUTOMOTOR. CONCURSO DE AGENTES. REPONSABILIDADE PENAL DO PAI. CO-AUTORIA. VIOLAÇAO DO DEVER DE CUIDADO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1. A doutrina e a jurisprudência brasileiras são unânimes em admitir a possibilidade de coautoria em crimes culposos, no entanto, rechaça a possibilidade de participação. 2. A ocorrência de crime de trânsito cometido por menor inabilitado para direção de veículo automotor é previsível, pois o menor de 18 anos de idade não tem capacidade e maturidade suficiente para dirigir um veículo automotor, que pode transformar-se em uma verdadeira arma na mão daquele que não saiba conduzí-lo, sem a devida perícia. 3. Aquele que viola dever de cuidado, possibilitando que menor assuma o controle de veículo automotor, deve ser co-responsabilizado por eventual crime de trânsito que este cometa. 4. Recurso conhecido e provido. (TJ-PI - ACR: 201100010071170 PI, Relator: Des. Sebastião Ribeiro Martins, Data de Julgamento: 08/05/2012,  2a. Câmara Especializada Criminal)

     

    DISCPLINA, DISCIPLINA, DISCIPLINA.

  • omissão imprópria!

    O pai tem a responsabilidade sobre a filha!!

  • GETULIO DESATENTO!

     

  • Essa questão me pareceu mais coautoria em homicídio com dolo eventual, pois presume-se que o pai sabia que a filha não tinha a maioridade necessária para conduzir o veículo, porém a deixou conduzi-lo, ou seja, não queria o resultado, mas assumiu o risco.

  • JP. tive esse mesmo raciocínio!

  • PMSC

  • QUESTÃO MOLEZA

    Primeiramente elimina todas as alternativas que contém dolo.

    sobra duas alternativa, pelo comando da questão percebe a omissão, logo

    letra = D

    PM/SC

    DEUS PERMITIRÁ

  • Todo comentário o cara lança "questão moleza"; "eu e a CESPE já somos amigos" kkkk Piada !

  • diz que a questão é moleza e comenta errado kkkkkkkkk Ueslei, desce de onde tu acha que ta kkkkkkkkkkkkkkkkk

  • Boa noite pessoal.

    Não seria Dolo Eventual ?

  • Ele Era o agente garantidor, tinha o dever de evitar o resultado

  • Lembrando que a omissão IMPROPRIA- garantidores===pode ser dolosa ou culposa!!

  • LETRA D

  • Se a questão é moleza, então você deve ir estudar português. Não sabe nem concordância.

  • STJ já decidiu que nesse caso é apenas crime de trânsito, não se imputa homicídio a quem entregou o carro.

  • Não poderia ser doloso, pois o dolo eventual configura-se quando o agente imagina a ocorrência e nada se importa; o pai, ao permitir q a filha inabilitada conduzisse o veículo, com certeza não imaginou q a filha iria atropelar alguém (aqui, portanto, configura-se a culpa inconsciente, havia previsibilidade objetiva, então responde pelo crime culposo) e, por estar na posição de garantidor, é comissivo por omissão, culpa imprópria; o mesmo discurso faz-se p aquele q dirige depois de beber; não imagina a eventual ocorrência, por isso q responde por crime culposo, embora já tipificado no CTB com sua relativa reprimenda (alias, senão seria dureza mesmo alguém beber, atropelar e matar e responder com detenção de 1 a 3 anos, isto é pelo homicídio culposo tipificado no CP)

  • A questão é complexa e adota posicionamento bastante controverso em doutrina. Pela posição adotada pela banca, ao empresar o carro, Getúlio realizou conduta que criou o risco do resultado futuro, incidindo na norma de extensão causal da tipicidade penal presente no artigo 13, § 2º, “c" do CP, tornando-se, pois, garante da não ocorrência do resultado. 

     

    (art. 13) § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: 

    (...)

    c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.

     

    Quanto à tipicidade subjetiva, o ato de emprestar o carro a pessoa inabilitada acarretou em inobservância de dever de cuidado (imprudência) e, por isso, há tipicidade culposa. O STJ já decidiu neste sentido, afirmando haver culpa concorrente quando o pai emprestou o carro a filho inabilitado (Resp 69.975/SC).

    No entanto, há quem defenda que o dolo eventual não está automaticamente afastado nestas hipóteses e há precedente neste sentido quando o condutor ao qual o proprietário cedeu a direção está embriagado (HC 196.292).

    Contudo, parte da doutrina não concorda com ambos os apontamentos. A uma porque ao garantidor deve haver o poder físico e imediato de evitar o resultado enquanto este acontece, o que Getúlio claramente não possuía, uma vez que, ao emprestar o carro, não possui mais qualquer agência sobre o desenvolvimento causal do homicídio, sendo responsabilizável apenas pelo crime do art. 310 do CP. Contudo, poderíamos ainda pensar que o ato de emprestar o carro foi uma conduta comissiva culposa que contribuiu para a morte de forma previsível, o que permitiria a imputação independentemente da regra tangente à responsabilidade do garantidor (BITENCOURT, 2020, p. 333), o que faria da alternativa C o gabarito correto.

    Pelo exposto, acreditamos que a questão deveria ter sido anulada, uma vez que, ao depender do entendimento adotado, várias alternativas podem estar corretas.

    Não obstante, analisemos as alternativas. 

    A- Incorreta – Não houve vontade de produzir o resultado e nem assunção do risco de produzi-lo (com as ressalvas anotadas acima).

     

    B- Incorreta- Não houve vontade de produzir o resultado e nem assunção do risco de produzi-lo (com as ressalvas anotadas acima).

     

    C- Incorreta- A responsabilidade é tipificada por omissão imprópria, embora haja ressalvas já descritas acima..

            

    D- Correta- Aplica-se o artigo 13, § 2º, “c" do CP conforme precedente do STJ.  

     

    E- incorreta- Lesão corporal seguida de morte é crime preterdoloso e a questão narra um resultado obtido a título de culpa (com as ressalvas feitas acima).

     
    Gabarito do professor: D.
    BITENCOURT, Cezar Roberto.  Tratado de direito penal parte geral. Volume 1. 26. Ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020. 
  • 1- O pai responde pela menor, há um dever de cuidado. Omissão imprópria.

    2- Houve dolo? Não. Então é homicídio culposo.

    Poderia ser lesão corporal seguida de morte se a jovem tivesse agido com dolo de lesionar, com a morte sendo causada por culpa (preterdoloso), mas não foi o caso da questão.

  • Pra mim tipicamente é dolo indireto, culposo numa situação dessas nem fudend*

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

     


ID
1949668
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Ângelo Asdrúbal, reconhecido mundialmente como notável lutador de boxe, já tendo sido campeão brasileiro e vice-campeão mundial na categoria de pesos médios ligeiros, em uma luta com Custódio na busca pela indicação para disputa do cinturão de campeão, obedecendo rigorosamente às regras do esporte lhe desfere diversos socos, os quais vêm a causar lesões gravíssimas em seu adversário (Custódio), ocasionando a morte. Analisando o caso proposto, pode-se afirmar que Ângelo:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alternativa "C"

    Ângelo Asdrúbal não poderia ser responsabilizado pela morte de Custódio, em razão das lesões gravíssimas que ocasionaram a morte. Isso, porque, em que pese o fato ser típico (lesão corporal seguida de morte), não é ilícito, considerando que Ângelo estaria amparado pela excludente de ilicitude do exercício regular de direito, já que obedecia rigorosamente às regras da competição e do esporte.

    Art. 23, CP - Não há crime quando o agente pratica o fato: 

    I - em estado de necessidade;

    II - em legítima defesa;

    III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

  • O fato típico decorrente da realização de um esporte, desde que respeitadas as regras regulamentares emanadas de associações legalmente constituídas e autorizadas a emitir provisões internas, configura exercício regular de direito, afastando a ilicitude, porque o esporte é uma atividade que o Estado não somente permite, mas incentiva a sua prática.

     

    Todavia, se o fato típico cometido pelo agente resultar da violação das regras esportivas, notadamente por ultrapassar seus limites, o excesso implicará na responsabilidade pelo crime, doloso ou culposo.

     

    Fonte: Cleber Masson

  • Excluem a ilicitude....

    EXERCICIO REGULAR DE DIREITO

    - violência inerente a prática esportiva

    - atividade médica, desde que com consentimento

     

    ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL

    - atividade policial quando realiza uma prisão.

     

     

     

    GABARITO "D"

  • Gabarito verdadeiro --> letra C

  • A prática de determinados esportes pode gerar lesão corporal a até a morte.

    (...)

    Destacamos, no entanto, que não são justificáveis todas as ofensas corporais cometidas nas práticas desportivas. Há 03 categorias:

    a) lado-a-lado: não há disputa física entre os atletas (ex; corrida);

    b) uns contra os outros com possibilidade de lesão: o objetivo não é atingir a integridade física do adversário, mas pode ser q isso ocorra (ex: futebol, basquete);

    c) uns contra os outros: propósito e objetivo de lesão e, em certos casos, a morte (ex: boxe e outras formas de luta).

    Na terceira, a esfera de tolerância é muito maior, justificando-se mesmo as lesões de maior seriedade, pois inseridas no rol de condutas admitidas e sem as quais a modalidade esportiva não ocorreria.

     

    Fonte: Rogério Sanches (2016, pg. 272)

  • Teoria do risco permitido

    Aquilo que se causa no contexto de um risco permitido (autorizado, razoável) não é juridicamente desaprovado, logo, não é juridicamente imputável ao agente. Na lesão esportiva, por exemplo, dentro das regras do esporte, há a causação de um resultado, mas isso não pode ser objetivamente imputado ao agente, porque se trata de risco permitido

  • Assim também ocorre nos jogos de futebol, nos demais esportes, certo? 

  • Lucas PRF  Certo! desde que esteja dentro das regras do jogo. caso haja uma conduta desviante ai nao terá essa excludente.

  • GABARITO C

     

    A excludente de ilicitude pelo exercício regular de direito é destinada ao particular, a exemplo das lesões corporais cometidas por lutadores em uma competição de artes marciais ou, até mesmo, as lesões decorrentes de um jogo de futebol.

     

    Já a excludente de ilicitude pelo estrito cumprimento de dever legal é destinada, em regra, a funcionários públicos, o policial, por exemplo, que ao perseguir o criminoso o aplica uma queda ou uma rasteira, causando-lhe lesões corporais, no intuito de conte-lo. Porém, o excesso é punível.

  • Exercício regular do direito: a atividade desenvolvida no exercício regular de direito é autorizada por lei, tornando lícito um fato típico. 

  • Diferença entre Exercício regular de direito X Estrito cumprimento de dever legal

    Enquanto o Exercício regular de direito GERALMENTE (alguns doutrinadores entendem que há casos específicos) é praticado por servidor público, o estrito cumprimento de dever legal é praticado por cidadão comum.

    Ambas as descriminantes possuem um embasamento legal que autorizam sua realização. Só complementar que pra teoria da tipicidade conglobante, essas duas descriminantes teriam como consequência a atipicidade do crime.

  • Grande Asdrúbal, vai parar no UFC.

  • Asdúbral tem a mão pesada viu, crlho ! letra c

  • A prática de determinadas atividades esportivas pode resultar em lesões corporais, e, excepcionalmente, até mesmo na morte de seus praticantes. É o que ocorre em vários esportes, tais como futebol, boxe, artes marciais etc. O fato típico decorrente da realização de um esporte, desde que respeitadas as regras regulamentares emanadas de associações legalmente constituídas e autorizadas a emitir provisões internas, configura exercício regular de direito, afastando a ilicitude, porque o esporte é uma atividade que o Estado não somente permite, mas incentiva a sua prática. Todavia, se o fato típico cometido pelo agente resultar da violação das regras esportivas, notadamente por ultrapassar seus limites, o excesso implicará na responsabilidade pelo crime, doloso ou culposo. Exemplo: o jogador de futebol que, depois de sofrer uma falta do adversário, passa a agredi-lo com inúmeros socos e pontapés, matando-o, deve suportar ação penal por homicídio doloso.

     

     

    Direito Penal Masson 2019 - Parte Geral (Arts. 1º a 120) Vol. 1, 13ª edição pag. 628

  • GABARITO: C

    Na prática desportiva há consentimento prévio, a pessoa deve estar ciente dos riscos do esporte que pratica. Portanto, afasta a ilicitude, desde que haja limites, pois a agressão deve se dar dentro das regras do esporte. Na questão diz "obedecendo rigorosamente às regras do esporte lhe desfere diversos socos", sendo assim, ele não será responsabilizado por ter agido em exercício regular de direito, está dentro da lei, o que torna lícito um fato típico. A alternativa B está errada, visto que estrito cumprimento de dever legal é destinado aos funcionários públicos.

  • " obedecendo rigorosamente às regras do esporte " ---> Exercício regular de direito.

  • exercício regular de um DIREITO - Jab e DIRETO

  • A fim de responder à questão, há de se fazer uma análise acerca da situação hipotética descrita e a verificação das alternativas, de modo a ver qual delas se aplica ao caso demonstrado no enunciado. 
    A situação descrita retrata a violência esportiva e as suas consequências na esfera jurídico-penal. O caso da luta de boxe é emblemático, uma vez que o objetivo de cada um dos adversários é primordialmente o de lesionar o seu oponente de modo a tirar-lhe as condições físicas de permanecer no embate.
    Não obstante, esse comportamento não só é tolerado como, inclusive, é incentivado em nosso meio social, estando, com efeito, em consonância com o nosso ordenamento jurídico.
    Nesta perspectiva, havendo observância estrita às regras do esporte, os participantes estão albergados por uma excludente de ilicitude:  a do exercício regular do direito, prevista no artigo 123, III, do Código Penal. Assim, as lesões, e até mesmo a morte, acidentais provocadas no oponente e, no caso do boxe, mesmo as intencionais, desde que não infligidas desbordando as regras estritamente estipuladas para a competição, não podem ser consideradas ilícitas, sendo seus agentes acobertados pela justificante mencionada.


    Ante essas considerações, extrai-se que a alternativa verdadeira é a constante do item (C).
    Gabarito do professor: (C) 

  • GAB: C

    Boxe é uma atividade/prática autorizada por lei, lícito.

  • gravei assim >> POLICIAL DEVER LEGAL >>

    POLICIAL É LEGAL >.<


ID
1949674
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Observa-se nas leis temporárias que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra E

     

    A lei temporária é aquela que permanece vigente durante um determinado período de tempo, como por exemplo a lei que criou diversas condutas criminosas para proteger a propriedade material e imaterial da FIFA, ou seja, é uma lei que tem o período de vigência pré-determinado pelo legislador.

     

    "Estude muito, mova-se, realize o impossível!"

  • QUESTÃO REPETIDA

  • Eu acredito que a alternativa A está correta. Porque se houver retroatividade benigna nunca alguém sera condenado por crime cometido na vigência de lei temporária.
  • Lei penal temporária é aquela que tem a sua vigência predeterminada no tempo.

    Lei penal excepcional, por outro lado, é a que se verifica quando a sua duração está relacionada a situações de anormalidade.

     

    Essas leis são autorrevogáveis. Por esse motivo, são classificadas como leis intermitentes.

    Se não bastasse, possuem ultratividade, pois se aplicam ao fato praticado durante sua vigência, embora decorrido o período de sua duração (temporária) ou cessadas as circunstâncias que a determinaram (excepcional).

     

     

    Fonte: Cleber Masson

     

     

    Obs.: Concordo com o colega. Ao meu ver, a letra "a" não está errada, porém há uma assertiva mais correta.

  • Eu acredito que a alternativa A está correta. Porque se houver retroatividade benigna nunca alguém sera condenado por crime cometido na vigência de lei temporária.  " Douglas Silvano "... concordo com vc

  • correto tambem a acertiva A uma vez que crimes cometidos na vigencia de lei temporaria ou execepcional cessadas as circustancias que a determinaram deve ser aplicado ao fato praticado durante a sua vigencia não sendo possivel uso de lei diversa a esse tempo; Caso isso ocorra seria desnecessaria a lei tendo em vista a sua impunidade passada sua vigencia.

  • Pessoal, Penso que deveríamos indicar a questão para o comentário do professor; pois ao meu ver, a alternativa 'A' também está correta.

  • Nessa não há mais correta. As duas estão completamente corretas.

  • Em um primeiro momento também pensei que a alternativa A pudesse estar correta e que a questao teria duas respostas, mas vamos a alguns esclarecimentos:

     

    Uma lei temporaria tende a ter vigencia, obviamente, por um determinado tempo, nao tendo vigencia indeterminada (como a maioria das leis). Muito bem, imaginemos que exista uma lei temporaria A que descriminaliza o crime de injuria. Passado-se algum tempo, essa lei chega ao seu termo fina e o crime de injuria, que havia sido abolido do sistema penal, volta a ser crime. Ocorre que, as pessoas que cometeram injuria na vigencia da lei temporaria A nao podem ser penalizadas por tal fato, retroagindo beneficamente, assim, a lei temporaria A a data de sua vigencia. Portanto, meu amigos, dizer que as leis temporarias nao adotam a regra da retroatividade benigna é, no minimo, temerário, pois há situacoes onde poderá ocorrer tal instituto.

  • Essa questão deveria ter sido anulada pois a A está correta. 

  • Quanto a letra A: Quando  lei posterior revogar expressamente a lei excepcional ou temporaría, creio que será caso de retroatividade benéfica.

    Segundo Sanches: As leis temporárias e excepcionais não se sujeitam aos efeitos da abolitio criminis (salvo se houver lei expressa com esse fim). pg111 

  • Quanto a polêmica da alternativa ''a'' via de regra não adota a teoria da retroatividade benigna, exceto se outra norma temporária vier posteriormente e ser mais benéfica ao réu. 

  • Essa questão deveria ter sido anulada, pois a letra d gera ambiguidade.

    ''D - possuem a característica da retroatividade, sempre para beneficiar o réu.''

     

    Sentido 1 - lei temporaria sempre gera retroatividade , quando seus efeitos são mais beneficos em relaçao a lei anterior.

     

    Sentido 2 - lei posterior a lei temporaria nem sempre tem efeito retroativo , ainda que seja mais benefico , pois se fosse assim era so o reu esperar a lei mais nova para pegar uma pena mais branda, ou ser inocentado.

     

    Observem que a assertiva não deixa claro qual das duas hipoteses ela esta se referindo.

     

    Ai fica dificil...

     

  • As Leis temporárias são aquelas que possuem sua vigência previamente fixada pelo legislador.

    Contudo a alternativa "A" também está correta, pois as leis temporárias não adotam o princípio da retroatividade benigna são, em verdade, ultrativas aplicam-se a fatos praticados durante a sua vigência ainda que na data do julgamento não estejam mais em vigor. 

    Por mais absurdo que considere a questão o examinador, apesar de não deixar claro no enuciado, queria a alternativa que se aplicasse apenas as leis temporárias haja visto que as leis temporárias e as leis excepcionais não adotam o princípio da retroativada da lei mais benigna.

  • Leis Excepcionais e Temporárias (Autorrevogáveis ou Intermitentes) - art. 3 do CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a vigência (são ultra-ativas).


    Estas leis são criadas exatamente para conter uma onda maior de criminalidade decorrente de determinados eventos imprevisíveis ou extraordinários. Assim, geralmente determinam sanções mais severas que as normalmente aplicadas a determinados crimes. Dessa forma, aplicar o princípio da retroatividade da lei mais benéfica nestes casos retiraria a função das leis excepcionais ou temporárias.


    Conceitos de Lei Temporária e Excepcional:
    - Lei Temporária - São aquelas que possuem vigência previamente fixada pelo legislador. Este determina que a lei terá vigência até certa data.
    - Lei Excepcional - São aquelas promulgadas em casos de calamidade pública, guerras, revoluções, cataclismos, epidemias etc. Vigem enquanto durar a situação de calamidade.


    - Ressalta-se que se lei posterior instituir o Abolitio Criminis dos fatos regulados pela lei excepcional ou temporária poderia se falar em não aplicar a lei excepcional ou temporária. Entretanto, prevalece o entendimento de que tais leis são exceção ao princípio da irretroatividade da lei prejudicial.

     

    Fonte: Direito Penal - Material de Apoio - Curso Mege (www.mege.com.br)

  • Gabarito: Letra E!

     

     A lei temporária (ou temporária em sentido estrito) é aquela instituída por um prazo determinado, ou seja, é a lei que criminaliza determinada conduta, porém pre­-fixando no seu texto lapso temporal para a sua vigência. É o caso da Lei 12.663/12, que criou inúmeros crimes que buscam proteger o patrimônio material e imaterial da FIFA, infrações penais com tempo certo de vigência (até 31 de dezembro de 2014) . 

     

    As leis temporária e excepcional são autorrevogáveis, daí porque chamadas também de leis intermitentes. Esta característica significa dizer que as leis temporária e excepcional se consideram revogadas assim que encerrado o prazo fixado (lei temporária) ou cessada a situação de anormalidade (lei excepcional). 

     

    Por serem ultra-ativas, alcançam os fatos praticados durante a sua vigência, ainda que as circunstâncias de prazo (lei temporária) e de emergência (lei excepcional) tenham se esvaído, uma vez que essas condições são elementos temporais do próprio fato típico. Observe-se que, por serem (em regra) de curta duração, se não tivessem a característica da ultra-atividade, perderiam sua força intimidativa. Em outras palavras, podemos afirmar que as leis temporárias e excepcionais não se sujeitam aos efeitos da abolitio criminis (salvo se houver lei expressa com esse fim).

     

    Fonte: Rogério Sanches - Manual de Direito Penal (2015).

  • LEIS EXCEPCIONAIS:  as que vigem durante situações de emergência.

    LEIS TEMPORÁRIAS: são aquelas  cuja vigência vem previamente fixada pelo legislador.

    Alternativa: E

     

     

  • ALTERNATIVA 'A':

    O art. 3º não viola o princípio da irretroatividade da lei prejudicial. Não existe sucessão de leis penais. Não existe tipo versando sobre o mesmo fato sucedendo lei anterior. Não existe lei para retroagir.

    A lei temporária pode retroagir para beneficiar o réu. Se, durante a vigência de uma lei temporária, sobrevier outra temporária que regule os mesmos fatos (a mesma situação anômala que deu origem à primeira) e seja mais benéfica, haverá retroatividade.

  • Concordo que a Alternativa "E" esteja correta mas porque a Alternativa "A" está errada?

  • É meio idiota mas nunca me esqueço:

     

    Lei excepcional se aplica em circunstância excepcional (cessa sua vigência com a interrupção da excepcionalidade. Ex: Situação de guerra).

    Lei temporária tem tempo (pré-definido).

     

    Abraço e bons estudos.

  • gente que copia e cola o texto de lei acha que sabe alguma coisa

  • Verdade, saber a letra da lei é sempre bom, mas temos que raciocinar também.

  • Gabarito: E;
    ___________________________________________________

    ___________________________________________________

    a) não adotam a regra da retroatividade benigna.

    b) sua vigência depende da excepcionalidade que a gerou. ==> LEI EXCEPCIONAL

    c) não são ultra-ativas nem retroativas.

    d) possuem a característica da retroatividade, sempre para beneficiar o réu.

    e) sua vigência é previamente fixada pelo legislador.

  • Creio que deveria ser anulada...

  • Não entendo o motivo da confusão em relação à alternativa A; ora, a lei temporária regula algo q está fora do parâmetro normalmente aceito e vige apenas por determinado período; se a conduta prevista na lei temporária é de se considerar extraordinária, dificilmente haverá, anteriormente a ela, uma conduta similar para q ela possa retroagir, portanto a afirmativa é verdadeira. 

  • Gabarito letra E


    Vejamos,


    Lei excepcional ou temporária

    Art. 3º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração

    ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado

    durante sua vigência. (Redação dada pela Lei n. 7.209/84



    A lei excepcional é a feita para vigorar em períodos anormais, como guerra, calamidades etc. Sua duração coincide com a do período (dura enquanto durar a guerra, a calamidade etc.). A lei temporária é a feita para vigorar em um período de tempo previamente fixado pelo legislador. Traz em seu bojo a data de cessação de sua vigência. É uma lei que desde a sua entrada em vigor está marcada para morrer.


  • Gente, me tira uma dúvida: em caso de lei temporária, a lei pode retroagir para beneficiar o réu?

     

  • Mari delta , pode sim . No caso de uma nova lei temporária mais benéfica ela retroage e atinge fatos ao tempo da lei temporária anterior
  • E correta, porém A tbm!

  • LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA NÃO TEM RETROATIVIDADE

    STF: RE 768.494 19.09.2013 LUIZ FUX



    Questão passível de anulação.


    A, E corretas

  • Gab: E

    PM-BA 2019

  • Vejo aqui duas questões corretas, A e E

    Porém vai na regra da mais certa..

  • e) sua vigência é previamente fixada pelo legislador.

    GB/E

    PMGO

  • Há a possibilidade da retroatividade, desde que a nova lei benigna aconteça durante a temporariedade ou excepcionalidade.

    Ex: Lei A obriga ao recolhimento domiciliar a partir das 19 h. Agente é encontrado na rua após as 20 h . Durante a excepcionalidade é revogada a lei A e vigora a lei B que obriga ao recolhimento domiciliar a partir das 21 h. Nesse caso é possível a retroatividade benigna.

  • por acaso adota a regra da retroatividade benigna? nun entendi tal questão?

  • a A tá correta, afffffffffffffffffffffff

  • aquele velho rol de questões sem noção

  • GABARITO = E

    O LEGISLADOR VAI COLOCAR O PRAZO DE DURAÇÃO EX: PESCA

    PF/PC

    DEUS PERMITIRÁ

  • GB E

    PMGOO

  • PESSOAL FIQUEM ATENTOS:

    "A lei temporária pode retroagir para beneficiar o réu. Desde que, durante a vigência de uma lei temporária, sobrevier outra temporária que regule os mesmos fatos (a mesma situação anômala que deu origem à primeira) e seja mais benéfica, haverá retroatividade."

    O SENHOR Proverá!!! " Lutem e lutem novamente, até que cordeiros virem leões"...

  • Acredito que a alternativa "A" está incompleta. Vejamos:

    Como os colegas apontaram nos casos de lei temporária e lei excepcional não vigora a retroatividade da lei posterior mais benéfica do art. 2º CP. Pois, não teríamos eficácia intimidatória preventiva de tais leis se não fosse aplicada tal exceção.

    Pode ser que no caso não haja duas leis em conflitos no tempo, assim, se elas versam sobre matérias distintas com dados específicos, é questão de tipicidade e não de direito intertemporal.

    CONTUDO, se houver sucessão de leis excepcionais ou temporárias que versam sobre o mesmo assunto o problema passa, agora sim, a ser sobre o direito intertemporal, sendo inegável a aplicação da lei mais benéfica.

    Espero ter ajudado. Bons estudos.

  • Diferença entre as leis TEMPORÁRIAS E EXCEPCIONAIS.

    De acordo com o art. 3º do CP, a lei excepcional ou temporária embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que as determinaram, aplicas-se ao fato praticado ao fato praticado durante sua vigência.

    Leis temporárias são as que possuem vigência previamente fixada pelo legislador.

    Leis excepcionais são as que vigem durante situações de emergência. ( toque de recolher, p.ex.)

  • A alternativa "a" não estaria correta tb?

  • Leis temporárias sua vigência é previamente fixada pelo legislador.

    *Tem data pra nascer e morrer.

    *A lei temporária tem um prazo de duração determinada pelo legislador.

    *Possui ultratividade penal

  • Leis excepcionais são aquelas durante situações de emergência,ou seja,casos excepcionais.

    *Possui ultratividade penal

    *aplica-se ao fato praticado durante vigência.

    *Não possui um prazo fixado pelo legislador,tem vigência durante toda situação de excepcionalidade,ou seja,enquanto durar a situação de emergência.

  • a) ERRADA - A lei temporária pode retroagir se durante a sua vigência surgir nova lei temporária que aborde o mesmo assunto, e seja esta mais benéfica ao réu;

    b) ERRADA - A lei temporária tem um tempo de vigência previamente fixado, sendo que a lei que depende a excepcionalidade que a gerou é a lei excepcional;

    c) ERRADA - Como ja dito, a lei temporária pode retroagir para beneficiar o réu se durante a sua vigência surgir nova lei temporária que aborde o mesmo assunto, e seja esta mais benéfica ao réu;

    d) ERRADA - A lei temporária não aceita que leis posteriores, mesmo que mais benéficas, possam retroagir ao período de vigência daquela lei;

    e) CERTA - A vigência da lei temporária é previamente fixada, por exemplo leis decorrentes da época de eleição, em regra se revogam logo após o dia da eleição.

  • Pra mim não faz sentido, pois se fosse promulgada uma lei temporária com uma pena específica proibindo a circulação em ambientes públicos sem o uso de máscaras durante o período mais crítico da pandemia de COVID-19, e posteriormente fosse promulgada uma lei temporária com uma pena menor quando a pandemia estivesse em seus momentos finais, aquelas pessoas que desobedeceram a lei no momento que ela mais precisa ser observada serão beneficiadas por uma lei posterior mais benéfica???

    De acordo com a alternativa A da questão, a função da lei temporária seria simplesmente ineficaz e contraditória a sua principal finalidade.

    Questão que patentemente deveria ser anulada.

  • Cara odeio fazer questões assim, e outra vou migrar para o estratégia lá tem todas as questões comentadas pelo professor, aqui só tem discussão.

  • A letra A também está correta, pois a norma penal excepcional e a temporária se aprega ao fato e o acompanha até o fim do processo.

  • Essas o professor não comenta kkk

  • A questão tem como tema as leis penais temporárias, as quais se encontram reguladas no artigo 3º do Código Penal. As leis penais, em regra, entram em vigor e duram prazo indeterminado. Elas têm vigência até que surja outra lei que a revogue expressamente ou que trate completamente da matéria nela tratada, revogando-a tacitamente. Excepcionalmente, podem existir leis temporárias, que tem existência estabelecida para um determinado prazo, bem como podem existir as leis excepcionais, que se prestam a regular situações transitórias e especiais.


    Vamos ao exame de cada uma das proposições sobre o tema, objetivando identificar a que está correta.


    A) Incorreta. Esta assertiva precisa ser bem compreendida, para não se confundirem as hipóteses: novatio legis in mellius e abolitio criminis. As leis temporárias têm ultratividade, não se configurando a abolitio criminis quando do término do prazo de sua duração. Assim, mesmo que a lei temporária que descreve uma conduta criminosa não mais esteja vigente, aqueles que praticaram a conduta durante a vigência da lei responderão pelo crime, não podendo se beneficiar do instituto do abolitio criminis, que é uma causa de extinção da punibilidade. Quando a assertiva menciona “retroatividade benigna" quer se referir, ao que parece, à novatio legis in mellius, que é benéfica ao réu de um processo ou mesmo a um condenado, e que tem aplicação retroativa por determinação do parágrafo único do artigo 2º do Código Penal. Na hipótese da novatio legis in mellius, dá-se o surgimento de uma nova lei que traga benefícios a um réu que responde a um processo criminal ou a um condenado, no que tange à sua pena, ao regime de cumprimento dela ou a benefícios que evitem o cárcere. Em princípio, mesmo em se tratando de uma lei temporária, ou seja, de uma lei que tem um prazo determinado de vigência, poderia se admitir que uma lei posterior também de natureza temporária, em sendo melhor para réu/condenado, e abordando a mesma matéria, possa ter aplicação retroativa em relação aos crimes previstos na primeira. Neste contexto, se poderia admitir a retroatividade benigna de uma lei temporária. É uma situação teórica para a qual não temos orientações jurisprudenciais, mas, partindo da compreensão de que esta não é a resposta correta, é o raciocínio que pode ser feito para justificar este gabarito.


    B) Incorreta. A lei temporária não pode ser confundida com a lei excepcional. A primeira tem um prazo determinado de duração, enquanto a segunda dura em função de determinadas circunstâncias que ensejaram a sua edição. É, portanto, a vigência da lei excepcional que depende da excepcionalidade que a gerou, e não a da lei temporária, porque esta tem prazo determinado de duração.


    C) Incorreta. A lei temporária tem ultratividade, justamente porque ela tem aplicação aos crimes praticados durante a sua vigência, mesmo que o julgamento venha a acontecer quando a lei não mais esteja em vigor. Ela não é, porém, retroativa, em função do princípio da irretroatividade da lei penal, previsto no inciso XL do artigo 5º da Constituição da República.


    D) Incorreta. Como já afirmado, a lei temporária não tem a característica da retroatividade, até porque é própria da sua natureza a aplicação dela dentro de um determinado período.


    E) Correta. Não há dúvidas de que esta alternativa é a correta, ou pelo menos é a melhor resposta, uma vez que a lei temporária se caracteriza justamente pela imposição do legislador de um prazo para a sua duração.


    Gabarito do Professor: Letra E


    OBS.: A aplicação da lei penal no tempo é um tema extremamente relevante para o Direito Penal, mas que, nesta questão, foi abordado de maneira confusa, especialmente no que tange à alternativa “A". De qualquer forma, uma vez que não se pode contar com a anulação de questões mal elaboradas, deve-se buscar sempre a melhor resposta.

  • Lei temporária -> Tem tempo fixado (ex.: lei geral da copa do mundo)

    Lei excepcional -> Não há termo. Vigora enquanto durar a excepcionalidade.

    Obs.: acompanho os colegas e tb acho que a letra A está correta. Lei temporária e excepcional não retroage para beneficiar.

  • Lei temporária e Lei excepcional são espécies do gênero Lei intermitente. Na lei temporária, há uma vigência pre estabelecida. Na lei excepcional, está irá vigorar durante o estado excepcional que motivou sua criação.
  • GABARITO: LETRA E

    A polêmica entre A

    A) Incorreta. Esta assertiva precisa ser bem compreendida, para não se confundirem as hipóteses: novatio legis in mellius e abolitio criminis. As leis temporárias têm ultratividade, não se configurando a abolitio criminis quando do término do prazo de sua duração. Assim, mesmo que a lei temporária que descreve uma conduta criminosa não mais esteja vigente, aqueles que praticaram a conduta durante a vigência da lei responderão pelo crime, não podendo se beneficiar do instituto do abolitio criminis, que é uma causa de extinção da punibilidade. Quando a assertiva menciona “retroatividade benigna" quer se referir, ao que parece, à novatio legis in mellius, que é benéfica ao réu de um processo ou mesmo a um condenado, e que tem aplicação retroativa por determinação do parágrafo único do artigo 2º do Código Penal. Na hipótese da novatio legis in mellius, dá-se o surgimento de uma nova lei que traga benefícios a um réu que responde a um processo criminal ou a um condenado, no que tange à sua pena, ao regime de cumprimento dela ou a benefícios que evitem o cárcere. Em princípio, mesmo em se tratando de uma lei temporária, ou seja, de uma lei que tem um prazo determinado de vigência, poderia se admitir que uma lei posterior também de natureza temporária, em sendo melhor para réu/condenado, e abordando a mesma matéria, possa ter aplicação retroativa em relação aos crimes previstos na primeira. Neste contexto, se poderia admitir a retroatividade benigna de uma lei temporária. É uma situação teórica para a qual não temos orientações jurisprudenciais, mas, partindo da compreensão de que esta não é a resposta correta, é o raciocínio que pode ser feito para justificar este gabarito.

    Resumindo pode haver retroatividade através de uma nova lei temporária que beneficie o réu

    fonte: Professor QC.

  • As Leis penais temporárias irão prever seu prazo de vigência indicando o dia do início e o seu final.

    As Lei penais excepcionais indicaram sua vigência a circunstância excepcional que as deu ensejo


ID
1949677
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

No inquérito policial, a testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que souber e lhe for perguntado, contudo, quem poderá eximir-se da obrigação de depor é o:

Alternativas
Comentários
  • LETRA A  (CORRETA)

    .

    Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

    .

    Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo:

    o ascendente;

    o descendente, o afim em linha reta;

    o cônjuge ainda que desquitado;

     o irmão;

    o pai; 

    a mãe;

    o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

  • Artigo 208 do Decreto Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de 1941

    Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.

  • Os ascendentes, descentes, afins, irmãos e  o cônjuge são DISPENSADOS do testemunho, mas caso sejam imprescindíveis irão testemunhar, sendo que neste caso sem prestar o compromisso. Por outro, existem pessoas que são obrigadas a depor, mas delas não se exige o compromisso, são os menores de 14 anos, os doentes mentais. Por fim, existem algumas pessoas que são PROIBIDAS de depor em razão da função, cargo ou ofício, salvo se desobrigadas pela parte interessada (é o caso do padre, do tabelião, do médico, do advogado etc).

     

    Ops: Veja que a LEI não dispensou do depoimento os familiares da VÍTIMA, assim, caso calem ou neguem a verdade, cometerão crime de falso testemunho.

     

            Art. 207.  São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

     

            Art. 208.  Não se deferirá o compromisso (testemunha imprópria) a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.

     

    EM RESUMO:

     

    Regra - todos devem testemunhar

     

    FAMÍLIA DO ACUSADO - Não se exigi o depoimento deles, mas se o depoimento for imprescindível, este será exigido, no entanto, sem firmar o compromisso de dizer a verdade.

     

    MENORES DE 14 ANOS E DOENTES MENTAIS - Devem testemunhar, no entanto, nem firmam compromisso de dizer a verdade.

     

    PESSOAS QUE DEVEM GUARDAR SEGREDO EM RAZÃO DA PROFISSÃO: São PROIBIDAS de testemunhar, salvo se desobrigadas.

     

    Família da vítima e amigos do acusado - devem tetesmunhar.

  • Essa questão parece piada de boteco !!!! kkk

  • A questão pode ser resolvida por exclusão, pois a única alternativa que trata de parentesco é a letra A. 

  • Mas se os profissionais podem vir a depor, caso dispensadas pelo acusado, e os parentes podem ser obrigados a depor, caso seja indispensável, ambos, então, nos termos da questão, "poderá eximir-se da obrigação de depor "

  • Gabarito: A

    Resumindo:

    Quem for testemunha é OBRIGADO a depor, exceto o CADI (Cônjuge (ainda que desquitado), Ascendente, Descendente, Irmão (ou afim em linha reta), mas atenção: se não for possível de outro modo, obter as informações, essas pessoas também serão OBRIGADAS a depor, sem prestar, no entanto, compromisso (art. 208 cc 203 CPP).
    Não são obrigadas, são PROIBIDAS de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, SALVO SE, desobrigadas pela parte interessada, QUISEREM dar o seu testemunho.

  • Mas onde a FUNCAB encontrou  fundamento jurídico para obrigação da Testemunha depor na fase pré-processual?  Se a testemunha não comparecer à delegacia, caberá então condução coercitiva? 

  • São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

  • Poderão recusar-se a testemunhar o CADI  (art. 206 CPP)

     

    C onjuge

    A scendente

    D escendente

    I rmão

     

    Bons estudos galera

     

     

  •         Art. 206.  A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

            Art. 207.  São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

         

     

    PARA O CADI(ADOTIVO)  = É FACULTADO 

    PARAS FUNÇÕES DE MINISTÉRIOS = É VEDADO, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

     

    Observação: Mesmo estando situado no 207, o ADVOGADO É SEMPRE PROBIDO, INDEPENDENTE DE ANUÊNCIA DO SEU CLIENTE OU EX-CLIENTE.

     

  • Quem pode RECUSAR testemunha em juízo:

     

    CADI; filho adotivo. Exceção: quando não for possível de outro modo obter a prova do fato e suas circunstâncias;

     

    Quem está PROIBIDO de depor:

     

    Aquele que em função de função, magistério, ofício ou profissão devam guardar segredo. Exceção: quando desobrigadas pela parte interessada e quiserem testemunhar.

     

     

     

    Obs: falou em proibição, lembre-se da profissão, porque estão ligadas ao exercício do trabalho do depoente, ficará mais fácil decorar assim. Logo, proibição = profissão

     

     

     

     

    Abraço e bons estudos.

  • dessa eu não sabia.. :[

  • Padre da igreja foi um máximo kkkkkkkkkkkkkk

  • GABARITO: A

    Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

  • FDPs, Desobrigados Vs Proibidos....

  • sabe-se que em todas as alternativas um personagem tem alguma restrição quanto ao depoimento.

    sabe-se também que essa banca é totalmente confusa.

    Testemunha é quem presenciou os fatos? (sim)

    ainda que fosse intimado a depor, ele não poderia ser testemunha, pois não presenciou. \m/

  • GABARITO: A

    CPP Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

  • Assertiva A

    Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

  • CADI - CÔNJUGE, ASCENDENTES, DESCENDENTES, IRMÃOS + PAIS E FILHOS ADOTIVOS e AFIM EM LINHA RETA.

    GABARITO A.

  • Pegadinha do malandro!

  • Art. 206.  A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias. (faculdade em depor) CADI

    Art. 207.  São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. (proibidas de depor)

  • Alternativo, "A".

    Eximi-se: irmão do indicado, que toma conhecimento do fato através de outra pessoa.

    Não se exime e sim é proibido o advogado contratado pelo indiciado para realizar sua defesa.

  • Gabarito : A

    Os parentes do acusado são dispensados de depor, mas podem ser obrigados caso seja ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO, nesse caso não prestarão o compromisso de dizer a verdade.

  • Questão exigindo atenção na interpretação de texto da alternativa A, que se refere a relação de parentesco: ascendente, descendente, o afim em linha reta, o cônjuge/companheiro(ainda que desquitado), o Irmão, pai/mãe, filho adotivo do acusado, (dispensados de depor, poderá eximir-se de depor), e da alternativa D, que se refere aos que são proibidos de depor em razão da função, ministério, ofício ou profissão, na qual se enquadra o PADRE.

    • TABELIÃO, ADVOGADO, MÉDICO, PADRE (PESSOAS QUE EM RAZÃO DA FUNÇÃO, MINISTÉRIO, OFÍCIO OU PROFISSÃO DEVAM GUARDAR SEGREDO = SAO PROIBIDAS DE PEPOR.
    • ASCENDENTE, DESCENTENDE, O AFIM EM LINHA RETA, CONJUGE, IRMAO, PAI, MAE, FILHO ADOTIVO = ESTES PODEM RECUSAR/EXIMIR-SE DE DEPOR.
  • A questão cobrou conhecimentos acerca da prova testemunhal.

    Guerreiro (a)s, vamos à luta!

    Questão simples a respeito da prova testemunhal.

    É importante o candidato ter em mente que “Toda pessoa poderá ser testemunha" (art. 202 do Código de Processo Penal). Contudo, as pessoas que em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo são proibidas de depor, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho, conforme a regra do art. 207 do CPP.

    Além das pessoas que são proibidas de depor, poderão eximir-se de prestarem depoimento o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias, conforme o art. 206 do CPP.

    Importante!

    Vejam que há pessoas que são proibidas de depor (art. 207, CPP) e outras que podem eximir-se dessa obrigação (art. 206, CPP).

    Assim, a alternativa correta é a letra A, as demais alternativas referem-se a pessoas que são proibidas de depor conforme a regra do art. 207, CPP.

    Gabarito, letra A.

  • LEIAM O ART.206 DO CPP.

  • EM REGRA → TODOS DEVEM DEPOR e PRESTAR COMPROMISSO

    CADI → NÃO É OBRIGADO a depor; salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias → nesse caso NÃO SE EXIGE COMPROMISSO

    SÃO PROIBIDOS → Os que por FUNÇÃO(...) devem GUARDAR SEGREDO. Salvo quando QUISEREM+DESOBRIGADAS pela parte interessada.

    DEVEM TESTEMUNHAR, MAS SEM COMPROMISSO → DOENTES MENTAIS E MENORES DE 14

    *CADI: Conjugê, Ascendente, Descendente e Irmãos.


ID
1949680
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

No processo penal, relativamente ao perito, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADO - § 2o  Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)

     

    c) ERRADO -   § 1o  Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)

     

    d) CERTO - 

    § 5o  Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)  I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com  antecedência  mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

    § 7o  Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindível à prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva de quem deva comparecer. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)

  • De fato a letra D está correta, mas não é a única, haja vista a letra C também está, pois diz que o perito nomeado poderá, em casos especiais, atuar sozinho. Pode-se citar como exemplo de perito nomeado atuando sozinho a hipótese do §º 1º do art. 50 da lei de drogas:

     

    § 1o  Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.

     

    Como se vê, este é um caso especial em que o exame pericial, no caso o laudo provisório da natureza e quantidade da droga, poderá ser feito por uma ÚNICA PESSOA.

     

    Como a questão não restringiu a resposta ao Código Penal, acho que deveria ser anulada.

  • Questão recorrente.

  • Em relação a alternativa "A", o perito oficial não está obrigado a prestação de compromisso no processo, ele ja fez isso qdo tomou posse do cargo. Então, perito oficial, presta compromisso uma única vez quando toma posse. O perito nomeado sim, tem esta obrigação de prestar compromisso toda vez.

  • *Tem colegas que fundamentam a questão com dispositivos que não tem nada a ver com a assertiva. É interessante ter mais cautela antes de fundamentar as questões. 

    Quanto à alternativa D "in fine"
    CPP 
    [...]
    Art. 278.  No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução.

  • ME ATRAPALHEI COM A LETRA A

  • a) está obrigado à prestação de compromisso, sendo perito oficial ou nomeado.  [SOMENTE O NOMEADO PRESTA COMPROMISSO]

  • sobre o item B


    "deve, quando em atividade na companhia de outro, chegar a um consenso acerca do objeto bem como das conclusões do trabalho, não sendo possível apresentar laudo divergente em separado."


    Art. 180.  Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.

  • GABARITO: D

    Art. 278.  No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução.

  • No processo penal, relativamente ao perito, é correto afirmar que: Pode ser determinada a sua oitiva em audiência ou mesmo sua condução coercitiva.

  • A alternativa C traz uma possibilidade de dúvida ao candidato, uma vez que é possível na Lei 11.343/06, a atuação de um único perito nomeado, quando na falta de perito oficial.

    Se trata no caso do exame preliminar da droga apreendida, vejamos:

    Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas.

    § 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.

    Logo, é possível a atuação de um único perito nomeado, nos casos do exame preliminar na lei drogas.

  • Os peritos, juntamente com os intérpretes, são auxiliares eventuais da justiça para casos que exijam conhecimentos especializados. Existe o mesmo dever de veracidade das testemunhas. Ademais, são aplicáveis a eles, além das hipóteses de suspeição do juiz (art. 280 do CPP), mais três impedimentos, previstos no art. 279 do CPP.

    Art. 279.  Não poderão ser peritos:
    I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Código Penal;
    II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia;
    III - os analfabetos e os menores de 21 anos.

    Os arts. 275 a 281 do CPP dispõem sobre os peritos e intérpretes.

    Feita essa breve introdução, passemos às assertivas, devendo ser assinalada aquela considerada correta:

    A) está obrigado à prestação de compromisso, sendo perito oficial ou nomeado.

    Incorreta. No caso, só quem está obrigado a prestação de compromisso é o perito não oficial, nos termos do §2° do art. 159 do CPP, posto que o perito oficial presta compromisso uma única vez, por ocasião da posse no cargo público.

    Art. 159.  O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. 
    (...)
    § 2o  Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.

    B) deve, quando em atividade na companhia de outro, chegar a um consenso acerca do objeto bem como das conclusões do trabalho, não sendo possível apresentar laudo divergente em separado.

    Incorreta. É possível, na atividade de um perito na companhia de outro, haver divergência entre eles, podendo ser apresentados laudos separados, nos termos do art. 180 do CPP:

    Art. 180.  Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.

    C) o perito nomeado poderá, em casos especiais, atuar sozinho

    Incorreta. Não havendo perito oficial, o exame deve ser realizado por duas pessoas idôneas. Dessa forma, o perito nomeado não atuará sozinho, nos termos do §1° do art. 159 do CPP:

    Art. 159.  (...)
    § 1o  Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

    D) pode ser determinada a sua oitiva em audiência ou mesmo sua condução coercitiva.

    Correta. A assertiva está em consonância com o art. 278 do CPP:

    Art. 278.  No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução.

    E) não pode ser considerado impedido e nem suspeito

    Incorreta. Aos peritos são aplicáveis, além das hipóteses de suspeição do juiz (art. 280 do CPP), mais três impedimentos, previstos no art. 279 do CPP:

    Art. 279.  Não poderão ser peritos:
    I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Código Penal;
    II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia;
    III - os analfabetos e os menores de 21 anos.

    Gabarito do(a) professor(a): alternativa D.


ID
1949683
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Com base na Lei n° 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra E

     

    Art. 27.  Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e familiar deverá estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no art. 19 desta Lei.

     

    Art. 19.  As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.

     

    Fonte: Lei n° 11.340/2006 (Lei Maria da Penha)

  • ERRADA - A competência para o processo e julgamento dos delitos decorrentes de violência doméstica é determinada exclusivamente pelo domicílio ou pela residência da ofendida por economia processual e objetivando facilitar a prática dos atos processuais. 

     

    ART. 15 - I, II e III. 

    Art. 15.  É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:

    I - do seu domicílio ou de sua residência;

    II - do lugar do fato em que se baseou a demanda;

    III - do domicílio do agressor.

     

    ERRADA - Para concessão de medida protetiva de urgência prevista na Lei Maria da Penha, o juiz deverá colher prévia manifestação do Ministério Público, sob pena de nulidade absoluta do ato. 

     

    Não é necessário prévia manifestação do MP. 

    Art. 19 

    § 1o  As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado.

     

    ERRADA - Após registrar a ocorrência de violência doméstica e familiar em uma Unidade de Polícia Judiciária e, em consequência, ter sido instaurado inquérito policial, a vítima, desejando impedir o prosseguimento da investigação criminal, deve manifestar expressamente o seu desejo de renúncia diretamente à autoridade policial. - à AUTORIDADE JUDICIÁRIA 

     

    Art. 16.  Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.

     

    ERRADA - Na hipótese da prática de violência doméstica contra a mulher, somente a autoridade judiciária poderá autorizar o encaminhamento da ofendida ao Instituto Médico Legal, para realização do regular exame de corpo de delito.

     

    CORRETA - LETRA E - Já comentada pelo colega. 

     

    Bons estudos. 

  • Lei 11.340/2006. Art. 27.  Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e familiar deverá estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no art. 19 desta Lei.

    Art. 19.  As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.

    § 1o  As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado.

    § 2o As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados.

    § 3o Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público.

  • Acrescentando conhecimento:

    E) A Autoridade Policial não pode representar pela decretação de medidas protetivas de urgência.

  • O colega Charlisom Marques se equivocou na explicação da alternativa "A", pois da interpretação do artigo 15 da Lei 11.340: essa opção, entretanto, diz respeito apenas no que se refere aos processos cíveis, ou seja, às medidas protetivas, ações indenizatórias, etc.

     

    Ou seja, há facultatividade, mas não quanto à competência do julgamento dos delitos.

  • a) [e] i) seu domicílio ou sua residência ii) lugar do fato em que se baseou a demanda iii) domicílio do agressor 
    b) [e] nada disso...ele pode meter o martelo na mesa, conceder a medida protetiva sem escutar ninguém. A única coisa é que o capa preta deverá comunicar o MP 
    c) [e] autoridade judicial (juiz) 
    d) [e] eita porra.....autoridade policial (delegado) 
    e) [c]

  • Observações importantes sobre a Lei Maria da Penha:

     

    1. NÃO há prazo de 24h na Lei Maria da Penha, pois lá os prazos são de 48h OU há o termo PRAZO LEGAL, os quais são determinados pelas autoridades (juiz, MP, delegado);

    2. Sum. 536, STJ: Não se aplica à Lei Maria da penha as normas tutelares despenalizadoras da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, nem sursis processual ou transação penal;

    3. NOVO!! Sum. 600, STJ: Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei 11.340/2006, Lei Maria da Penha, não se exige a coabitação entre autor e vítima. (ATENÇÃO, o convívio em algum momento é necessário!)

    4. NOVO!! Sum. 589-STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas.

    5. NOVO!! SUM. 588-STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

    6. Informativo 804 STF: Não é possível a substituição de PPL por PRD ao condenado pela prática do crime de lesão corporal praticado em ambiente doméstico;

    7. A única hipótese em que o advogado NÃO será necessário em todos os atos processuais, é nas MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA, pois nesse caso, é uma FACULDADE do juiz! (Arts. 27 e 19)

    8. ATENÇÃO!!! DESCUMPRIR as medidas de urgências impostas pelo juiz passou a ser crime (Art. 24-A). Antigamente, não configurava o delito de constrangimento ilegal, somente prisão preventiva, no entanto, agora há previsão legal criminalizando tal conduta. A prisão preventiva continua a ser APLICÁVEL;

    9. NÃO se aplica a escusa absolutória do art. 181, I CP (furto em desfavor do cônjuge na constância do casamento), pois seria o caso de analogia in malam partem, na medida em que a LMP só resguarda o patrimônio da mulher, o que afronta o P. isonomia.

    10. A manutenção do vínculo trabalhista pode ser deferida pelo por até 6 MESES;

    11. De acordo com a Súmula 542, STJ, falou em agressão FÍSICA a ação é pública INCONDICIONADA;

    12. Em relações homoafetivas, aplica-se a Lei Maria da Penha se a agredida/vítima for MULHER;

    13. "onde se lê crimes, leia-se, em verdade, infração penal, o que permite abranger a contravenção penal. Ilustrando, se vias de fato (art. 21, Lei de Contravenções Penais) forem cometidas contra a mulher, no âmbito doméstico, cuida-se de contravenção penal não sujeita à Lei 9.099/95, pois esse é o escopo da Lei 11.340/2006."(Nucci, 2014);

    14. O sujeito ativo pode ser homem ou mulher, desde que o sujeito passivo seja MULHER. (Art. 5º, parágrafo único);

    15. LFG e Renato Brasileiro entendem que NÃO se aplica Maria da Penha à Travestis ou transexuais. Berenice Dias entende que SIM, se aplica;

    16. As formas de violência contra a mulher NÃO contém rol taxativo;

     

     

     

    Erros, me mandem msg inbox.

     

     

     

    Abraço e bons estudos.

  • Excelente comentário, Yuri boiba, mas o ítem 9 deve ser corrigido:

    9 APLICAM-SE  as escusas absolutórias para os crimes patrimoniais em que a vítima seja mulher em situação de violência doméstica e familiar.

  • GABARITO E

     

    MARIA DA PENHA

     

    Finalidade: Coibir/prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, no âmbito:

     

     I- DA UNIDADE DOMÉSTICA E FAMILIAR;

    II- DA FAMÍLIA

    III- DE QUALQUER RELAÇÃO ÍNTIMA DE AFETO (pode ser namorado ou ex-namorado, e independe de coabitação – não precisa ter morado ou morar juntos).

     

    A violência é baseada no gênero – na condição de mulher, e pode se dar das seguintes formas:

     

                     Violência FÍSICA (agressão)

                    Violência MORAL (calunia, injuria e difamação)

                    Violência PSICOLOGICA (exemplo: dano emocional, seguir a mulher, controlar suas ações etc.).

                    Violência PATRIMONIAL (ex.: quebrar um celular.)

                    Violência SEXUAL

     

     

    Obs.: Independe de orientação sexual (a orientação sexual da mulher não pode servir de parâmetro para determinar se ela sofreu ou não violência domestica e familiar. Ou seja, uma mulher pode ser vítima de outra mulher no âmbito de aplicação da lei Maria da Penha).

     

  • -> A competência quem escolhe é a vítima, podendo ser do juizado do domicílio da vítima, do infrator ou de onde ocorreu a conduta.

    -> Concessão de medida protetiva é dada pelo Juiz, após remessa de expediente apartado, que é remetida por delegado de polícia, após registro da ocorrência, em até 48h, não sendo necessária a presença de advogado.

    -> A renúncia da ofendida, no caso da Lei 11.340, se dá perante ao Juiz, em audiência para essa finalidade, antes do recebimento da denúncia.

    -> Quem realiza o encaminhamento ao IML ou exames periciais é a autoridade policial (delegado), e não o Juiz.

    -> Por si só responde a questão.

  • Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e fa m ilia r deverá estar acom panhada de advogado, contudo, poderá, excepcionalmente, sem assistência de advogado, pedir ao juiz a concessão de medida protetiva de urgência.O pedido da ofendida de medida protetiva de urgência não precisa de advogado.Em regra todos os atos processuais a ofendida devera esta acompanhada de advogado,exceto no caso de pedido de medida protetiva de urgência. DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

    Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e familiar deverá estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no art. 19 desta Lei. Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.

  • A competência para o processo e julgamento dos delitos decorrentes de violência doméstica é determinada exclusivamente pelo domicílio ou pela residência da ofendida por economia processual e objetivando facilitar a prática dos atos processuais. Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:

    I - do seu domicílio ou de sua residência;

    II - do lugar do fato em que se baseou a demanda;

    III - do domicílio do agressor.

  • A questão cobrou conhecimentos acerca da lei n° 11.340/2006 – Lei Maria da Penha.

    A – Incorreta. De acordo com a lei Maria da Penha “Ao processo, ao julgamento e à execução das causas cíveis e criminais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas dos Códigos de Processo Penal e Processo Civil e da legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso" (art. 13). Assim, a competência para o processo e julgamento dos delitos decorrentes de violência doméstica seguirá a regra do art. 69 do Código de Processo Penal:

    Art. 69.  Determinará a competência jurisdicional:

    I - o lugar da infração:

    II - o domicílio ou residência do réu;

    III - a natureza da infração;

    IV - a distribuição;

    V - a conexão ou continência;

    VI - a prevenção;

    VII - a prerrogativa de função.

    Atenção: Quando tratar-se de delitos a competência será definida pelas regras acima, mas quando tratar-se de causas civis a regra é estabelecida pelo art. 15 da lei Maria da Penha:

    Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:

    I - do seu domicílio ou de sua residência;

    II - do lugar do fato em que se baseou a demanda;

    III - do domicílio do agressor.

    B – Incorreta. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado, conforme art. 19, § 1° da Lei Maria da Penha.

    C – Incorreta. Conforme o art. 16 da Lei Maria da Penha “Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público".

    D – Incorreta. A Autoridade policial é quem tem o dever de encaminhar ofendida ao Instituto Médico Legal, para realização do regular exame de corpo de delito.

    E – Correta. A alternativa transcreve o art. 27 da Lei Maria da Penha, vejam: “Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e familiar deverá estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no art. 19 desta Lei". O art. 19 da lei Maria da Penha autoriza o requerimento de medidas protetivas por parte da vítima sem necessitar de advogado.

    Gabarito, letra E.

ID
1949686
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Em termos de prisão temporária, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Art. 2ª, §4º da Lei 7960/89

  • A -  Art. 2 § 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial.

    B -  Art. 2 § 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva.

    C - Art. 2ª, §4º Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.

    D - Art. 1° Caberá prisão temporária:
    I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

    E -  Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos.
     

  • a) a autoridade policial possui atribuição para realizar a prisão temporária mesmo antes da expedição do mandado judicial, bastando que tenha sido instaurado o regular inquérito policial →  ERRADA (erro: a prisão temporária só poderá ser expedida depois da expedição do mandado judicial).

                              Art. 2 § 5°, L. 7960:  A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial.

    b) Extinta a prisão temporária, o indiciado só poderá ser colocado em liberdade por meio de Alvará de Soltura, expedido pelo juiz.→  ERRADA (erro: Pode ser posto em liberdade imediatamente, após os 5 dias).

                              Art. 2 § 7°, L. 7960:   Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva.

    c) após decretada a prisão temporária, será expedido mandado de prisão em duas vias, uma das quais deverá ser entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.→  CORRETA (literalidade = "ipsis litteris")

                              Art. 2ª, §4º, L. 7960: Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.

    d) poderá ser decretada no curso do inquérito policial bem como do processo penal, a fim de assegurara aplicação da lei penal.→  ERRADA (importante: o erro é que para decretar no curso do inquérito não é necessário assegurar a aplicação da lei, mas  que o fundamento seja para proteger as investigações)

                              Art.1°, L. 7960: Caberá prisão temporária: I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

     e) os presos temporários, a critério da autoridade policial, poderão permanecer separados dos demais detentos→  ERRADA (erro:  não há possibilidade de permanecer, mas é uma obrigatoriedade)

                              Art. 3°, L. 7960: Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos.

  • Nobres, 

     

    Lembrem também, temporária não cabe no curso do PROCESSO, somente no curso das INVESTIGAÇÕES!

     

    Nas duas fases da persecução penal o que cabe é a PRISÃO PREVENTIVA!

     

    Tudo isso, SMJ!

     

    Avante!

  • ERRO DA "e"

     

    Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos.

  • a) a autoridade policial possui atribuição para realizar a prisão temporária mesmo antes da expedição do mandado judicial, bastando que tenha sido instaurado o regular inquérito policial.

     

    b) Extinta a prisão temporária, o indiciado só poderá ser colocado em liberdade por meio de Alvará de Soltura, expedido pelo juiz.

     

    c) após decretada a prisão temporária, será expedido mandado de prisão em duas vias, uma das quais deverá ser entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.

     

    d) poderá ser decretada no curso do inquérito policial bem como do processo penal, a fim de assegurara aplicação da lei penal.

     

    e) os presos temporários, a critério da autoridade policial, poderão permanecer separados dos demais detentos.

  • Obsevações importantes sobre a Lei de Prisão Temporária (L 7.960/89):

     

    1. Nunca será decretada de OFÍCIO (CUIDADO!! Na preventiva é possível DESDE QUE no curso da ação);

    2. O prazo nos crimes hediondos é diferente30 dias prorrogáveis uma única vez por igual período em casos de extrema e comprovada necessidade;

    3. Só pode ser aplicada na fase INQUISITIVA;

    4. Após o prazo de duração (5d + 5d a título de prorrogação), NÃO há necessidade de alvará de soltura, a liberdade do preso será feita automaticamente pela autoridade policial;

    5. Na prisão temporária, os presos SEMPRE são colocados em alas separadas dos demais;

    6. SÓ O JUIZ DECRETA (após REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL ou REQUERIMENTO DO MP);

    7. Os requisitos da prisão temporária são CUMULATIVOS (a banca pode colocar a conjunção "ou" na descrição deles, mas está errado);

    9. Conforme o STJ, a prisão temporária não pode ser mantida após o recebimento da denúncia pelo juiz; 

    8. ROL TAXATIVO. MNEMÔNICO (peguei de um colega chamado Lucas PRF): 

    TCC HoRSe GAE 5. 


    Tráfico de Drogas
    Crimes contra o sistema financeiro
    Crimes previstos na lei de terrorismo
    Homicídio
    Roubo
    Sequestro ou cárcere privado
    Genocídio
    Associação criminosa
    Extorsão
    Extorsão mediante sequestro
    Estupro
    Envenenamento com resultado morte
    Epidemia com resultado morte 

     

     

     

     

     

     

     

    Abraço e bons estudos.

  • A prisão temporária só cabe durante a investigação criminal... Como ela somente pode ser executada depois da expedição de mandado judicial??? Entendi nada.

    Isso não seria depois das investigações??

  • Vão direto ao comentário do Leandro Kaiser.

  • LETRA C CORRETA

    LEI 7.960

    Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

    § 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.

    § 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento.

    § 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado, determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito.

    § 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.

  • Art. 2º - LEI Nº 7.960, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989 (prisão temporária)

    § 4º Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.

    GABARITO C

  • Importante se atentar para as mudanças legislativas na Lei nº 7.960/89, incluído pela Lei nº 13.869 de 2019:

    Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

    § 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o período de duração da prisão temporária estabelecido no  caput   deste artigo, bem como o dia em que o preso deverá ser libertado.

    § 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva. 

    § 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo de prisão temporária.

    Gostei

    (0)

    Respostas

    (0)

  • Artigo 2º, parágrafo quarto da lei 7.960==="decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e SERVIRÁ COMO NOTA DE CULPA"

  • Decretação

    A prisão temporária e prisão preventiva não pode ser decretada de ofício pelo juiz devendo ser provocada pelo ministério público ou por representação da autoridade policial.

    A prisão temporária diferentemente da prisão preventiva que pode ser decretada tanto na fase de investigação como no processo somente pode ser decretada na fase de investigação.(inquérito policial)

    A prisão temporária diferentemente da prisão preventiva só pode ser decretada nos crimes previamente já estabelecidos no rol taxativo do artigo 1 da lei que trata da prisão temporária e em qualquer crime hediondo ou equiparado a hediondo.

    Nenhum crime contra a administração pública cabe prisão temporária.

    Os presos temporários (provisórios) ficam obrigatoriamente separados dos demais condenados por sentença transitada em julgado.

    A prisão em flagrante, prisão preventiva e a prisão temporária tem natureza jurídica cautelar

    (A prisão em flagrante possui divergência na doutrina quanto a sua natureza)

    A doutrina e jurisprudência entendem que para o cabimento da prisão temporária, é necessário a cumulação dos requisitos do inciso (I ou II) + III.

    Prazos

    A prisão temporária diferentemente da prisão preventiva possui prazo de duração determinado sendo de :

    Crimes comuns

    5 dias prorrogável por mais 5 dias em caso de extrema e comprovada necessidade.

    Crimes hediondos e equiparados 

    30 dias prorrogável por mais 30 dias em caso de extrema e comprovada necessidade.

  • A) A prisão tempóraria só pode ser efetivada APÓS expedição de mandato judicial.

    B) A Prisão temporária é a unica que tem "comando implícito de soltura", não havendo necessidade de Alvará de Soltura, pois a mesma já tem a determinação do período de prisão.

    C) Gabarito

    D) Prisão Temporária é "prisão de investigação", ou seja, cabível SOMENTE no curso do IP (ou antes dele).

    E) Os presos temporários, OBRIGATORIAMENTE, devem ficar separados dos demais.

    #PC2021


ID
1949689
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Em relação ao tema provas, analise as assertivas seguintes.

1. Com relação ao exame de corpo de delito, serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.

2. Caso fique convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado.

3. Quando a infração deixar vestígios, será realizado o exame de corpo de delito, direto ou indireto, podendo supri-lo a confissão do acusado.

4. O inquérito policial é dispensável para propositura da ação penal, podendo supri-lo as peças de informações ou a representação.

5. Caso o laudo pericial contenha omissões, obscuridades, contradições ou não respeite as formalidades em sua confecção, o juiz deverá rejeitá-lo por tratar-se de prova ilegítima.

Assinale a opção que contém a sequência de respostas corretas.

Alternativas
Comentários
  • Essa questão dava para marcar "com pouco conhecimento". Tentarei ser rápido e objetivo, vamos lá!

     

    Caso analisemos o item 3 mataríamos mais da metade da questão, pois poderíamos eliminar "de cara" as letras: A,C e D.

     

    O item 3 está errado, porque é a cópia do artigo 158 CPP: Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, NÃO PODENDO SUPRÍ-LO A CONFISSÃO DO ACUSADO. 

     

    Percebe-se então que nos restam apenas as letras  E e B, e nota-se, que nelas as alternativas 2 e 4 estão corretas querendo ela (a banca) que decidamos entre a alternativa 1 e 5, sendo a questão 1 cópia do artigo 159 §3°: Serão facultadas ao ministério público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante, e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistentes técnicos.

     

    Desculpem-me se não fui tão claro, mas foi assim que resolvi.

     

  • No item E o correto é:

    Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo. (CPP).

  • Erros nos itens 3 e 5. De acodo com CPP.

    Item 3, art artigo 158.

    Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

    Item 5, artigo 181 e 182.

     Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.

     Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.

     

  • SEM DIZER - Hôôô mas que fácil, resolvi de olho fechado *_*.

    Gabarito letra "E"

    (1) - Com relação ao exame de corpo de delito, serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. (LETRA DA LEI; Art 159-§3 CPP)

    (2) - Caso fique convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado. (LETRA DA LEI; Art 414 CPP)

    (3) - Quando a infração deixar vestígios, será realizado o exame de corpo de delito, direto ou indireto, podendo (NÃO PODENDO) supri-lo a confissão do acusado. (PEQUENA ALTERAÇÃO NO TEXTO DE LEI. Art 158 CPP).

    (4) - O inquérito policial é dispensável para propositura da ação penal, podendo supri-lo as peças de informações ou a representação. (É UMA DAS CARACTERÍSTICAS DO IP. lembram? - Inquisitório, oficioso, indisponível,discricionário na sua condução, escrito.

    (5) - Caso o laudo pericial contenha omissões, obscuridades, contradições ou não respeite as formalidades em sua confecção, o juiz deverá rejeitá-lo ( a autoridade mandara suprir a formalidade complementar ou esclarecer o laudo) por tratar-se de prova ilegítima. (LETRA DA LEI; Art 181.)

    Bons estudos..! e lembrem que AQUI É O LUGAR DE ERRAR..!

  • Quanto a 5, o juiz mandará se possível esclarecer as obscuridades.

  • Confissão do acusado

    *Não pode suprir o exame de corpo de delito

    Prova testemunhal

    *Pode suprir o exame de corpo de delito

  • A presente questão visa verificar o conhecimento do candidato no que tange a matéria de provas, prevista no Título VII do Código de Processo Penal.

     

    A prova visa a retratar fatos e a dinâmica destes, ocorridos no passado, é uma reconstrução histórica que servirá para o convencimento do magistrado.

     

    Os exames periciais são aqueles realizados por pessoa que tenha conhecimento técnico e científico sobre determinada área.

     

    Assim sendo, quando o juiz para decidir depender de conhecimento técnico em determinada área, será realizado o exame pericial, quando o perito for oficial será necessário apenas um, mas na falta de perito oficial o exame será realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior.

     

    O Ministério Público, o assistente de acusação, o ofendido, o querelante e o acusado, poderão indicar assistente técnico, que é o perito de confiança das partes e do qual não se exige que atue com imparcialidade, os quais atuarão após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais.

     

    O exame de corpo de delito pode ser DIRETO, quando realizado sobre o próprio corpo de delito (vestígios deixados pelo crime) ou INDIRETO, quando é realizado através de outros dados e vestígios que não o corpo de delito, como o realizado através da ficha médica de atendimento do paciente, pode ser realizado a qualquer dia e a qualquer hora e no caso de haverem desaparecidos os vestígios a prova testemunhal poderá suprir a falta.

     

    Outra matéria que é importante destacar é o interrogatório, que além de um meio de prova é uma forma de exercício da autodefesa.

     

    O interrogatório é um ato a) personalíssimo; b) espontâneo; c) oral; d) individual (artigo 191 do CPP – “Havendo mais de um acusado, serão interrogados separadamente"); e) bifásico (artigo 187 do CPP - O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos); f) público (artigo 5º, LX e 93, IX, da CF – “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem" / “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;"); g) pode ser realizado a qualquer momento antes do trânsito em julgado (artigo 196 do CPP – “A todo tempo o juiz poderá proceder a novo interrogatório de ofício ou a pedido fundamentado de qualquer das partes.").

     

     

    1 - CORRETA: O Ministério Público, o assistente de acusação, o ofendido, o querelante e o acusado poderão formular quesitos e indicar assistente técnico, artigo 159, §3º, do Código de Processo Penal:

    “Art. 159.  O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.         

    (...)

    § 3o  Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico."

    2 - CORRETA: A presente afirmativa está correta e traz o disposto no artigo 413 do Código de Processo Penal (procedimento relativo aos processos de competência do Tribunal do Júri):

     

    “Art. 413.  O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação."

    3 – INCORRETA: A confissão do acusado não supre o exame de corpo de delito, artigo 158 do Código de Processo Penal:

     

    Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado."




    4 – CORRETA: uma das características do inquérito policial é a dispensabilidade, podendo ocorrer a promoção da ação penal desde que a denúncia esteja minimamente consubstanciada nos elementos exigidos em lei.





    5 – INCORRETA: No caso de o laudo pericial conter obscuridades, contradições ou não respeitar as formalidades para sua confecção, o juiz mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo, também poderá determinar a realização de novo exame por outros peritos, se assim julgar conveniente, artigo 181, caput e parágrafo único, do Código de Processo Penal.





    Resposta: E

                                                                        

    DICA: Tenha atenção que o Juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte, artigo 182 do Código de Processo Penal.






ID
1949692
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

Considerando sistemas operacionais e processos concorrentes, um possível estado de um processo é o de:

Alternativas
Comentários
  • Segundo Silberchartz - 5 estados

     

    Novo: O processo está sendo criado.

     

    Em execução: Instruções estão sendo executadas.

     

    Em espera: o processo está esperando que algum evento ocorra (como a conclusão de uma operação de I/O ou o recebimento de um sinal).

     

    Pronto: o processo está esperando ser atribuído a um processador.

     

    Concluído:  O processo terminou sua execução.

     

     

     

     

     

     

     

    Segundo Tanenbaum – 3 Estados

     

     

     

     

     

     

    Executando – Realmente utilizando a CPU nesse instante.

     

     

     

     

    Pronto – Executável;  temporariamente parado para permitir que outro processo execute.

     

     

     

     

    Bloqueado – incapaz de executar até que algum evento aconteça.

     

     

     

     

     

     

    Marquei a letra D) Apto.O mais próximo de acordo com os dois autores citados acima.

     

     

     

  • d-

    ready - processo espera o escalonamento do SO o pegar para executar no CPU. Tu é o proximo da fila e so esta esperando a pessoa que chama dizer que é tua vez.

  • Apto = Pronto.

    .

    .

    .

    .

    At.te


ID
1949695
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

Considere um disco rígido que possui as seguintes características:

• gira a 3600 rpm (rotações por minuto);

• possui um bloco de 16 KB;

• tem um tempo médio de acesso a blocos de 25 ms (milissegundos);

• taxa de transferência de blocos do disco é de 4 MBps (Megabytes por segundo).

Nesse cenário, o seu seektime, em milissegundos, é de:

Alternativas

ID
1949698
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

Um sistema operacional utiliza o algoritmo de escalonamento de processos no qual os processos menores terão prioridade na execução. Esse tipo de algoritmo de escalonamento é conhecido pelo acrônimo:

Alternativas
Comentários
  • O que é SJF?

    SJF - SHORTEST-JOB-FIRST

    ·      Não-preemptivo em sua concepção original.

     

    ·      Seleciona o processo em estado de ponto que tiver o menor tempo de processador ainda por executar.

     

    ·      Tempo de processador estimado com base em análises estáticas de execuções passadas.

     

    Fonte: Maia - Sistemas Operacionais

  • Gabarito C

    Shortest Job First (SJF, em português trabalho mais curto primeiro), ou Shortest Job Next (SJN, em português trabalho mais curto em seguida), ou ainda Shortest Process Next (SPN, em português processo mais curto em seguida) é uma política de escalonamento que seleciona para ser executado o processo com o menor tempo de execução.SJF é um algoritmo não-preemptivo. Shortest Remaining Time é uma variação preemptiva de SJF.

    O escalonamento SJF é vantajoso por sua simplicidade e também porque minimiza o tempo médio que cada processo leva desde quando ele é criado até o fim de sua execução, incluindo aqui o tempo de espera entre o momento em que ele é criado e o momento em que é selecionado para executar. No entanto, essa estratégia pode levar a inanição de processos com longos tempos de execução caso processos curtos sejam continuamente adicionados ao escalonador. Highest Response Ratio Next é um algoritmo similar que resolve este problema ao levar em conta o envelhecimento dos processos.

    Uma outra desvantagem do SJF é a necessidade de saber previamente os tempos para execução dos processo. Embora seja impossível prever os tempos de maneira exata, existem diversos métodos que podem ser usados para estimá-los, tais como média ponderada ou uso dos tempos de execução anteriores para processos semelhantes.

    Vamos na fé !

     

    "Retroceder Nunca Render-se Jamais !"
    Força e Fé !
    Fortuna Audaces Sequitur !


ID
1949701
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

Em multiprogramação, a técnica conhecida como spooling tem por objetivo:

Alternativas
Comentários
  • O que spooling tem a ver com multiprogramação?

  • GAB: B

    O Spooling ou simplesmente Spool (do acrônimo Simultaneous Peripheral Operations On-line) refere-se a um processo de transferência de dados colocando-os em uma área de trabalho temporária onde outro programa pode acessá-lo para processá-lo em um tempo futuro.

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Spooling

  • A técnica de spooling foi introduzida nos anos 50 com o processamento batch e hoje é utilizada na maioria dos sistemas operacionais. Naquela época, os programas eram submetidos um a um para o processamento, e como a velocidade de operação dos dispositivos de E/S, é muito lenta, a CPU ficava ociosa esperando o carregamento de um programa e dados para a memória, ou esperando pelo término de uma impressão. A solução foi armazenar os vários programas e seus dados, também chamados de jobs, em uma fita magnética e, em seguida, submetê-los a processamento. Dessa forma, a CPU poderia processar os jobs, diminuindo o tempo de execução dos jobs e o tempo de transição entre eles. Da mesma forma, em vez de um job gravar suas saídas na impressora, poderia direcioná-las para uma fita, que depois seria impressa integralmente. Essa forma de processamento é chamado de spooling.

     

    Fonte: http://www.rodrigoeiras.eti.br/wp-content/uploads/2013/06/Introducao-aos-Sistemas-Operacionais.pdf

     

  •  

    spooling e job sao 2 conceitos que tipicos da 3° geracao - 1966-1980-, a qual introduziu multiprogramação. Spooling represenou substituicao de unidades de fita por discos. o oque facilitou envio de jobs de modo aleatorio. Em processamento, job, tarefa e processos sao a mesma coisa a grosso modo

  • Com o spooling, por exemplo, um programa pode estar sendo executado enquanto a E/S ocorre para outros processos. Em alguns sistemas, ele é controlado por um processo daemon do sistema, já em outros é controlado por um thread no kernel.

    (Sistemas Operacionais com Java, Silberschatz)

    At.te

    Foco na missão!

  • Em multiprogramação, a técnica conhecida como spooling tem por objetivo:

    gravar um arquivo para impressão em uma região de disco antes de efetivamente imprimi-lo.


ID
1949704
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

Em sistemas operacionais, uma das condições necessárias para a ocorrência de deadlocks seria:

Alternativas
Comentários
  • Uma das 4 situações em que ocorrem Deadlock, analogia com uma escada.

     

    Espera Circular: Deve existir um encadeamento circular de dois ou mais processos; cada um deles encontra-se à espera de um recurso que está sendo usado pelo membro seguinte dessa cadeia (monopoliza o recurso – ocupa um degrau e se recusa a retroceder). 

  • Gabarito D

    Deadlock (interbloqueio, blocagem, impasse), no contexto de sistemas operacionais (SO), refere-se a uma situação em que ocorre um impasse, e dois ou mais processos ficam impedidos de continuar suas execuções - ou seja, ficam bloqueados, esperando uns pelos outros.Trata-se de um problema bastante estudado em sistemas operacionais e banco de dados, pois é inerente à própria natureza desses sistemas.

    deadlock ocorre com um conjunto de processos e recursos não-preemptíveis, onde um ou mais processos desse conjunto está aguardando a liberação de um recurso por um outro processo, o qual, por sua vez, aguarda a liberação de outro recurso alocado ou dependente do primeiro processo.

    A definição textual de deadlock por ser muito abstrata, é mais difícil de se compreender do que a representação por grafos, que será resumida mais adiante. No entanto, algumas observações são pertinentes:

    deadlock pode ocorrer mesmo que haja somente um processo no SO, considerando que este processo utilize múltiplos threads e que tais threads requisitem os recursos alocados a outros threads no mesmo processo;

    deadlock independe da quantidade de recursos disponíveis no sistema;

    Normalmente o deadlock ocorre com recursos, tais como dispositivos, arquivos, memória etc. Apesar de a CPU também ser um recurso para o SO, em geral é um recurso facilmente preemptível, pois existem os escalonadores para compartilhar o processador entre os diversos processos, quando trata-se de um ambiente multitarefa.

    Erros de deadlock podem ocorrer em bancos de dados. Suponha que uma empresa tenha vários vendedores e vários pontos de venda ou caixas. O vendedor A vendeu 1 martelo e 1 furadeira. O sistema, então, solicita o travamento do registro da tabela "ESTOQUE", que contém o total de martelos em estoque e, em seguida, solicita o travamento do registro que contém o total de furadeiras em estoque. De posse da exclusividade de acesso aos dois registros, ele lê a quantidade de martelos, subtrai 1 e escreve de novo no registro; o mesmo ocorre com relação ao registro de furadeiras. Observe, no entanto, que existem diversos caixas operando simultaneamente, de forma que, se algum outro caixa, naquele exato instante, estiver vendendo uma furadeira, ele ficará aguardando a liberação do registro das furadeiras para depois alterá-lo. Note que ele só altera os registros depois que for dada exclusividade para ele de TODOS os recursos que ele precisa, ou seja, de todos os registros. Suponha agora que, em outro caixa, foram vendidos 1 furadeira e 1 martelo e que o outro caixa solicitou o travamento do registro com a quantidade de furadeiras e agora quer o acesso ao de martelos; no entanto o registro de martelos está travado para o primeiro caixa. Nenhum deles devolve o recurso (registro) sobre o qual tem exclusividade e também não consegue acesso ao outro registro que falta para terminar a operação. Isto é um deadlock.

     

     

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ID
1949707
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

O processador Intel Core 3 trouxe uma novidade frente ao seu antecessor, que é a implementação de uma tecnologia que duplica o número de núcleos que o processador realmente tem. Assim, esse modelo, que vem com dois núcleos físicos, aparenta, para o sistema operacional, possuir quatro deles, permitindo que um mesmo processador físico realize duas tarefas distintas. Essa técnica é denominada:

Alternativas
Comentários
  • Segundo o professor Celson Jr.(Estratégia Concursos),"A Tecnologia Intel Hyper-Threading permite simular uma quantia maior de núcleos. Essa tecnologia serve para que um núcleo consiga realizar duas atividades ao mesmo tempo, daí o motivo pelo qual a tecnologia, supostamente, faz os núcleos dobrarem em quantidade."

  • d-

    Htperthreading é registrado por Intel. Thread é uma unidade do processo, possuindo mesma área dele e sem PCB (process control block).tem tb mesmo contexto de software de 1 processo. lembrando q contexto de software é limites, recursos, arquivos abertos e prioridades.

  • Gabarito D

    Hyper-Threading (oficialmente chamada Hyper-Threading Technology ou HT Technology, e abreviada como HTT ou HT), em português hiperprocessamento, é uma tecnologia proprietária da Intel usada para computação paralela em processadores x86. Essa tecnologia faz com que cada núcleo do processador possa executar mais de um thread de uma única vez, tornando o sistema mais rápido quando se usam vários programas ao mesmo tempo. Foi primeiramente empregada no processador Pentium 4 de núcleo Northwood, de 32 bit. Apesar do foco da tecnologia Hyper-Threading ser os processadores para servidores de rede, os processadores da série Intel® Core2™ (Extreme Edition) e Intel® Core™ (i3 e i7) usufruem dessa tecnologia proporcionando até 12 núcleos totais (i7 4960x). Essa técnica foi criada para oferecer maior eficiência na utilização dos recursos de execução do processador. Segundo a Intel, a Hyper-Threading oferece um aumento de desempenho de até 30% dependendo da configuração do sistema.

    A simulação do segundo processador é feito utilizando partes não aproveitadas do processador na previsão de desvio do pipeline. Estas partes são conhecidas como bolhas do pipeline e não teriam nenhuma utilidade, desperdiçando ciclos. Simulando dois processadores lógicos em um único processador físico, cada processador lógico recebe seu próprio controlador de interrupção programável (EPIC) e um conjunto de registradores. Os outros recursos do processador físico como cache de memória, unidade lógica e aritmética, barramentos, são compartilhados entre os processadores lógicos, parecendo assim um sistema com dois processadores.

    Os aplicativos que mais se beneficiam do HT, de uma forma geral, são os aplicativos de compressão de áudio e vídeo, compactação e descompactação de arquivos, aplicativos de renderização 3D e alguns jogos. Os ganhos são mais expressivos em ambientes multitarefa.

    Um efeito colateral do Hyper-Threading é o aumento do consumo de energia e, consequentemente, a dissipação térmica do processador em 6 a 8%. É comum que a temperatura do processador suba 5 ou 6 graus Celsius, o que pode prejudicar a estabilidade do sistema, caso a ventilação dentro do gabinete não seja boa e o processador já esteja trabalhando próximo do limite. Os aplicativos que costumam apresentar perdas mais frequentes de desempenho são sobretudo os aplicativos do dia a dia, como navegadores, editores de texto e planilhas.

     

     

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  • Vulgo "HT", Já existiu pentiun 4 HT. lá por 2006 se não me engano. Não foi o core i3 que trouxe essa novidade.

    Letra: D.


ID
1949710
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

Se um processador possui frequência de 3.5 GFIz, o intervalo de tempo entre dois pulsos consecutivos de seu relógio, em nanossegundos, é (considerando aproximação para 2 casas decimais) de:

Alternativas
Comentários
  • Basta encontrar o período e multiplicar pelo numero de ciclos de clock.

    O periodo é o inverso da frequencia.

    (1/3.5 GHz) x 1 ciclo = 0,285 ns.

    Aproximando 0.29 ns


ID
1949713
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

Considere um sistema computacional que possui instalados 4GB de memória principal. Sabendo-se que sua célula de memória apresenta 64 bits (o mesmo tamanho da palavra), o tamanho mínimo de barramento de endereços desse sistema é:

Alternativas
Comentários
  • Fazendo o cálculo em BYTES:

    4 Gbytes = 2^32

    64bits=8bytes ou 2^3

    dividindo os dois: 32-3=29

     

  • Pq subtrai 3?

  • Luiz silva, subtrai 32-3 pois é uma regra matemática de exponenciação. "Divisão de mesma base, subtrai os expoentes" e "Multiplicação de mesma base, soma os expoentes"


ID
1949716
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

Um computador com arquitetura RISC possui como característica:

Alternativas
Comentários
  • d)possuir instruções de tamanho fixo e alinhadas com a palavra do computador, o que facilita a sua busca (fetch cycle).

    RISC (reduced instruction set computing) tem instruções de tamanho fixo (32-bit) com encoding simplificado para facilitar fetch & decode. A base do RISC é executar menos instruções por ciclo, tornando clock rate mais eficiente

  • Não se pode generalizar que as instruções RISC possuem 32-bits de tamanho. Isso depende se a arquitetura do processador é de 8, 16 ou 32 bits e da instrução em si.


ID
1949719
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

Se um processador possui um código de operação de 6 bits, o número máximo de instruções diferentes que podem existir é de:

Alternativas
Comentários
  • Só fazer a conta:

    2^6 = 64 instruções máximas


ID
1949722
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

Um administrador de um sistema com MS Windows Server 2008 deseja promover um servidor para agir como controlador de domínio. Por questões técnicas, a opção buscada foi promover o servidor utilizando um backup do diretório a partir de outro controlador de domínio. O que deve ser feito para se criar a mídia de instalação é:

Alternativas
Comentários
  • https://social.technet.microsoft.com/wiki/pt-br/contents/articles/13492.active-directory-instalar-controlador-de-dominio-a-partir-da-midia.aspx

  • Do link do colega abaixo: 

     

    Para criar a mídia, acesse o prompt de comando em um controlador de domínio gravável (versão mínima Windows Server 2008) e execute a ferramenta Ntdsutil.exe. Posteriormente insira o comando activate instance ntds e na sequência digite ifm .


ID
1949725
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

Em uma rede gerenciada pelo sistema MS Windows Server 2008, o controlador de domínio possui duas interfaces de rede, cada qual ligada a diferentes sub-redes. Uma dessas sub-redes tem quatro roteadores conectados a ela, sendo que cada roteador fornece acesso a outras sub-redes. Para que o administrador dessa rede faça o controlador de domínio identificar automaticamente os roteadores e determinar quais sub-redes estão disponíveis usando cada roteador, ele deve ativar o:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    Ótimo artigo sobre isso:

     

    https://networklessons.com/cisco/ccna-routing-switching-icnd1-100-105/rip-passive-interface/

     

     

    "Retroceder Nunca Render-se Jamais !"
    Força e Fé !
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  • esse procedimento é interessante, mas nunca fiz na prática.


    https://docs.microsoft.com/en-us/previous-versions/windows/it-pro/windows-server-2008-R2-and-2008/dd469737(v=ws.11)


ID
1949728
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

Um usuário comum do Linux deseja obter privilégios de super-usuário em uma máquina Linux, para executar tarefas específicas dentro do sistema de maneira segura e controlável. O comando que permite isso é o:

Alternativas
Comentários
  •  

    sudo –s

    Permitir colocar o terminal no modo superusuário solicitando a senha do root.

     

    Nota: O argumento -s é só para enriquecer mesmo o comentário, pois, já vi esse comando sendo cobrado por essa banca.

  • Gabarito E

    O comando sudo do sistema operacional Unix permite a usuários comuns obter privilégios de outro usuário, em geral o super usuário, para executar tarefas específicas dentro do sistema de maneira segura e controlável pelo administrador. O nome é uma forma abreviada de se referir a substitute user do (fazer substituição do usuário) ou super user do (fazer como super usuário).

    Um super usuário precisa definir no arquivo /etc/sudoers quais usuários podem executar sudo, em quais computadores podem fazê-lo e quais comandos podem executar através dele. Por ser uma tarefa delicada em termos de segurança a edição direta deste arquivo não é recomendada. Para isso foi criada a ferramenta denominada visudo que invoca um editor para uma cópia do arquivo /etc/sudoers e em seguida verifica o conteúdo do arquivo antes de substituir a configuração atual.

    Um usuário que esteja inscrito no /etc/sudoers pode invocar o comando da seguinte forma:

    sudo [-u usuário] comando

    Onde comando é o comando que deseja executar. A opção -u usuário serve para especificar qual usuário deve ser utilizado para executar o comando, se omitida sudo considera o usuário root.

    Antes do comando ser executado, sudo confirma a identidade do usuário pedindo sua própria senha. Se o usuário tem permissão garantida na configuração, o comando é executado como super usuário e retorna. A linha de comando continua sendo a do usuário que executou sudo e não a do super usuário.

    Caso sudo seja executado de forma não permitida pela configuração, um registro da ocorrência é feito no arquivo /var/log/auth.log.

     

     

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  • Gabarito: E

    sudo=> Executa tarefas administrativa ( root)

    Bons Estudos!


ID
1949731
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Um administrador de uma rede Linux executou o comando: dig ac.gov.br. Nesse caso, esse comando permite:

Alternativas
Comentários
  • Falou em dig falou em DNS guardem isso somente!

  • DIG no Linux é o "NSLOOKUP" do Windows.

     

    https://wiki.mandic.com.br/atendimento/utilidades/ajuda/comando-dig

     

    Gabarito: a)

  • Gabarito A

    DIG (Domain Information Groper) é um utilitário que serve para realizarmos pesquisas de DNS. Ele funciona enviando consultas aos servidores e mostrando as respostas devolvidas por eles. Só a título de curiosidade, muitas ferramentas do IP-OK usam de diversas maneiras este aplicativo.

    O ISC  (Internet Systems Consortium), é o grupo responsável pelo seu desenvolvimento, assim como é responsável pelo desenvolvimento do BIND – um dos servidores de DNS mais populares e mais usados no mundo. A título de curiosidade, no CentOS, por exemplo, ele é empacotado no dns-utils, que também traz outros utilitários bem conhecidos como o nslookup, host, etc.

    Apesar de haver bastante material sobre estes temas (dnsdig, etc), este artigo servirá como base para outros que virão em seguida, onde esse conhecimento será essencial. Esta primeira parte dá uma introdução ao comando. Já a parte 2 abordará mais profundamente cada uma das partes da resposta, seções, flags, etc.

     

     

     

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ID
1949734
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

O comando do ambiente Linux que serve para ler cada arquivo de dados em seus argumentos, ou a entrada padrão, se nenhum argumento for fornecido, e emitir CRC de soma de verificação e contagem de bytes do arquivo é o:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    comando CRC Linux cksum é usado para verificar o arquivo estão corretos. Certifique-se o processo de transferência de arquivos de um sistema para outro sistema não está danificado.

    CRC verificação é um modo de depuração, o método padrão de calibração especificado pelo CCITT, pelo menos detectável 99,998% dos bugs conhecidos.

    Especifique o arquivo pela instrução "cksum" Após a verificação, o comando retorna o resultado de seleção para o usuário para verificar se o arquivo está correto. Se o nome do arquivo ou especificar qualquer nome do arquivo é "-", a instrução "cksum" lê os dados do dispositivo de entrada padrão.

    gramática

    cksum [--help][--version][文件...]

    parâmetros:

    --help: ajuda online.

    --version: exibição de informações de versão.

    Arquivo ...: Você precisa verificar o caminho do arquivo

     

     

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  • Em sistemas operacionais do tipo Unix, o comando cksum calcula uma verificação de redundância cíclica ( CRC ) e contagem de bytes para cada arquivo de entrada e grava-o na saída padrão .

    Fonte:

  • cksum: Imprimir o conteúdo da soma de verificação e do byte


ID
1949737
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

No MS Windows 7, o banco de dados de todas as informações, utilizadas para controle e configuração do sistema operacional, são acessadas na ferramenta denominada:

Alternativas
Comentários
  • "O registro é na verdade um banco de dados do sistema que armazena todas as configurações dos aplicativos que instalamos. Sempre que trocamos um papel de parede, instalamos um reprodutor de vídeo ou trocamos o nosso navegador padrão de internet, efetuamos modificações nesse banco de dados para que o Windows as salve e saiba como queremos que ele funcione."

     

    Fonte: https://canaltech.com.br/windows/o-que-e-e-como-funciona-o-registro-do-windows/

     

  • Gabarito B

    Registro do Windows (regedit.exe) é um banco de dados do Microsoft Windows. Ele concentra todas as configurações do sistema e aos aplicativos executados nele de modo a tornar sua administração mais fácil. Todas as configurações alteráveis no Painel de Controle, associações das extensões de arquivos e configuração de hardware são armazenadas nesse banco de dados.

    Ele surgiu para unir em um único local todos os arquivos INI, utilizados para armazenar as configurações de cada programa como acontecia no Windows 3.11 e anteriores. Como ficavam espalhados pelos diretórios no disco, eram de difícil administração.

    Há estruturas semelhantes em outros sistemas operacionais. No Linux e outros sistemas da família Unix, existe no sistema de arquivos o diretório /etc/ que concentra boa parte dos arquivos de configuração utilizados pelo sistema operacional e suas ferramentas. As configurações de cada usuário são restritas ao seu próprio subdiretório a partir de /home/, via de regra, em arquivos individuais ou diretórios ocultos pela convenção POSIX de iniciar seus nomes com um ponto. As configurações de sistema e usuários são completamente separadas e complementares. Podem ser copiadas e transferidas sem as dificuldades inerentes ao Registro, o que facilita cópias de back-up incremental.

    O Registro do Sistema, assim como outros consoles de gestão do Windows (secpol, gpedit.msc, msconfig) não tem acesso pelo Menu Iniciar, Todos os Programas. Para carregá-lo é necessário digitar "regedit" na opção "Executar" do Menu Iniciar.

    O Registro de Sistema se encontra na opção "Executar" do Menus Iniciar. É necessário digitar "regedit" para carregá-lo. O Registro de Sistema, assim como outros consoles de gestão do Windows (secpol, gpedit.msc, msconfing) não tem acesso pelo Menu Iniciar.

     

     

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  • LETRA B.

     

    Para conferir digite no menu executar: REGEDIT, vai aparecer uma tela com essas CHAVES:

    – HKEY_LOCAL_MACHINE
    – HKEY_USERS
    – HKEY_CLASSES_ROOT
    – HKEY_CURRENT_CONFIG
    – HKEY_CURRENT_USER

     

    Essa tela contém os registros do windows, como afirmado na questão.


ID
1949740
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

Uma característica da organização de pastas e arquivos no MS Windows 7 é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO (D).

    No Windows arquivos, subpastas e pastas nos mesmos níveis não podem ter o mesmo nome.


ID
1949743
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Segurança da Informação
Assuntos

Um tipo de ameaça que é detectável de forma direta por sistemas de detecção de intrusão (IDS em inglês) éa(o):

Alternativas
Comentários
  • O sistema de deteção de instruções (IDS) -  é um elemento importante na defesa de uma rede de computadores porque permite detectar - Varreduras de portas na camada de transporte

     

    Fonte: Prova Analista Judiciário - Análise de Sistemas banca : IESES

  • IDS também pode detectar keylogger. Através da assinatura do software


ID
1949746
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

O modo básico do padrão criptográfico WPA, para redes wireless, que trabalha com um serviço de autenticação terceirizado e que é utilizado para aplicações que exijam alta segurança é o:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    Remote Authentication Dial In User Service (RADIUS) é um protocolo de rede que fornece gerenciamento centralizado de Autenticação, Autorização e Contabilização (Accounting em inglês) para usuários que conectam-se a e utilizam um serviço de rede. O RADIUS foi desenvolvido pela Livingston Enterprises Ic. em 1991 como um protocolo de autenticação e contabilização de servidor de acesso, sendo mais tarde introduzido como padrão do Internet Engineering Task Force (IETF).

    Por causa do amplo apoio e da forte presença do protocolo RADIUS, ele é muito usado por ISP's nas empresas no gerenciamento de acesso a internet ou intranet, e também é integrado a serviços de e-mail. Algumas dessas redes podem incorporar o protocolo em suas implementações. Como por exemplo modens, DSL, ponto de acesso wireless, VPN's, servidores WEB e etc.

    RADIUS é um protocolo do tipo cliente/servidor que roda como um protocolo da camada de aplicação, usa como apoio o protocolo de transferência UDP. Tanto Servidores de Acesso Remoto(RAS), como servidores de Redes Virtuais Privadas(VPNs) e Servidores de Acesso a Rede(NAS), e todos os gateways que controlam o acesso a rede possuem um componente cliente do protocolo RADIUS que se comunica com o servidor RADIUS. Este servidor normalmente é um processo de background rodando no UNIX ou Microsoft Windows server.

    O servidor RADIUS possui três funções básicas:

    autenticação de usuários ou dispositivos antes da concessão de acesso a rede.

    autorização de outros usuários ou dispositivos a usar determinados serviços providos pela rede.

    para informar sobre o uso de outros serviços.

     

    O protocolo RADIUS é resumidamente, um serviço baseado em UDP de pergunta e resposta. As requisições e respostas seguem uma padrão de tabelas (variável=valor).

     

     

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ID
1949749
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

Em uma rede gerenciada através do MS Windows Server 2008, o administrador da rede precisa operar modificações e exclusões em contas de usuários que foram demitidos, de modo a fortalecer a segurança de acesso à rede. O comando do MS Windows Server 2008 adequado para essa situação é o:

Alternativas
Comentários
  • Ldifde

    Cria, modifica e exclui objetos de diretório. Você também pode usar o ldifde para estender o esquema, exportar informações de grupo e usuário do Active Directory para outros aplicativos ou serviços e preencher o serviços de domínio Active Directory (AD DS) com dados de outros serviços de diretório.

    Ldifde é uma ferramenta de linha de comando incluída no Windows Server 2008. Está disponível se você tiver a função de servidor de Lightweight Directory Services (AD LDS) AD DS ou no Active Directory instalada. Para usar o ldifde, execute o comando ldifde de um prompt de comando elevado. Para abrir um prompt de comando elevado, clique em Iniciar, clique com o botão direito Prompt de comandoe clique em Executar como administrador.

    Fonte: https://technet.microsoft.com/pt-br/library/cc731033%28v=ws.10%29.aspx

  • LDIFDE -> Lightweight Data Interchange Format, Data Exchange


ID
1949752
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

Um desenvolvedor de sistemas, utilizando a UML para descrever um software, precisa usar um diagrama que apresente pedaços do software, divididos em agrupamentos lógicos, mostrando as dependências entre eles, de modo que, se apresente a arquitetura do software apontando o agrupamento de suas classes. Esse diagrama é denominado, na UML, de diagrama de:

Alternativas
Comentários
  • O Diagrama de pacotes, ou diagrama de módulos, definido pela UML, descreve os pacotes ou pedaços do sistema divididos em agrupamentos lógicos mostrando as dependências entre eles.

    Este diagrama é muito utilizado para ilustrar a arquitetura de um sistema mostrando o agrupamento de suas classes.

    Um pacote representa um grupo de classes (ou outros elementos).

    Os pacotes se relacionam com outros pacotes através de uma relação de dependência.

     

    Wiki

  • Associe agrupamentos lógicos a Diagrama de Pacotes.

  • Gabarito B

    Em muitos casos um único diagrama de classes pode ser exageradamente grande para representar todo o sistema. Assim é conveniente utilizar um elemento para organizar os modelos. Para isto utiliza-se o diagrama de pacotes. Um diagrama de pacotes pode ser utilizado em qualquer fase do processo de modelagem.

    O diagrama de pacotes abaixo é uma proposta para a Virtual LTDA. Um diagrama de pacotes é composto de pacotes e relacionamentos entre pacotes. O critério para definir os pacotes é subjetivo e depende da visão e das necessidades do projetista. Este deve definir uma certa semântica e colocar os elementos similares e que tendem a serem modificados em conjunto num mesmo pacote. Como se vê na figura abaixo, pode-se usar os pacotes para mostrar a arquitetura do sistema.

     

     

    "Retroceder Nunca Render-se Jamais !"
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  • Um pacote é uma construção de agrupamento que permite pegar qualquer construção na UML e agrupar seus elementos em unidades de nível mais alto. Seu uso mais comum é o agrupamento de classes. Esses diagramas representam um mecanismo de agrupamento em tempo de compilação. Organiza os elementos da modelagem em grupos. Alta coesão e baixo acoplamento.


ID
1949755
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Um administrador de rede está operando a gerência de uma rede através do SNMPv1. Ele necessita de uma PDU que trate de sinalizar a ocorrência de algum evento do subsistema gerenciado. Para esse caso, ele deve usara PDU:

Alternativas
Comentários
  • TRAP: Permite que o agente notifique a estação de gerenciamento sobre eventos significativos.

     

     

    Fonte: Forouzan

  • Gabarito C

    Comandos

    GetRequest

    O comando GetRequest é uma requisição do gerente ao agente para que o valor de uma variável ou uma lista de variáveis seja retornado. As variáveis-alvo são especificadas no campo Enlace de variáveis. O agente então retorna a requisição com uma mensagem do tipo Response, com os valores correntes das variáveis requisitadas.

    SetRequest

    Este comando define um novo valor de uma variável ou de uma lista de variáveis. Novamente, uma resposta do tipo Response chega ao gerente com os valores correntes das variáveis em questão.

    GetNextRequest

    Um comando do gerente para solicitar variáveis disponíveis. Quando um comando deste tipo é recebido pelo agente, a resposta Response ao gerente incrementa o OID do objeto, expondo o valor da variável seguinte. Dessa forma, o MIB completo de um agente pode ser recuperado iterativamente se GetNextRequest for emitido com OID=0.

    GetBulkRequest

    Este comando é uma versão otimizada de GetNextRequest. Introduzido na SNMPv2, é um comando de múltiplas chamadas de GetNextRequest.

    Response

    Este termo não indica propriamente um comando, e sim uma mensagem de resposta contendo valores de variáveis como resposta a uma solicitação ou confirmação de uma mudança pelo gerente.

    Trap

    Dispositivos gerenciados podem enviar notificações SNMP para seus gerentes quando certos eventos ocorrem. Um exemplo de notificação importante que um SNM deve receber seria de uma falha em algum dos roteadores. Trap é exatamente um dos dois tipos de notificação que o SNMP suporta. O envio de uma mensagem Trap permite que um agente notifique o sistema de gerenciamento para a ocorrência de qualquer evento relevante em qualquer instante de tempo.

    No entanto, não há qualquer confirmação por parte do gerente do recebimento da Trap.

    InformRequest

    Um gerente SNMP que recebe uma notificação InformRequest retorna ao agente emissor uma Response reconhecendo o recebimento de sua notificação.

     

     

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  • Ibsen "Perito" - COPY AND PASTE sem colocar a fonte.

     

    Por favor, coloque a fonte. Esta prática permite outras pessoas irem até lá e consultarem mais detalhes...

     

    Abraços!!!!

  • c-

    In SNMP, a trap is a type of PDU used to report an alert or other asynchronous event about a managed subsystem.

    https://en.wikipedia.org/wiki/Simple_Network_Management_Protocol


ID
1949761
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Banco de Dados
Assuntos

Considere as tabelas a seguir.

perito (cod_perito, nome, localizacao), prova (cod_prova, tipo, descricao), ocorrencia (cod_ocorrencia, data, tipo, cod_perito, cod_prova) Nas quais perito.cod_perito, prova.cod_prova e ocorrência.cod_ocorrencia são as chaves primárias de suas tabelas e ocorrência.cod_perito e ocorrência.cod_prova são chaves estrangeiras associadas às tabelas perito e prova, respectivamente. A consulta que devolve as provas que não estão associadas nas ocorrências a nenhum perito é a:

Alternativas
Comentários
  • Existe uma fórmula nessas questões que é possível eliminar pelo próprio enunciado:

    EXISTS + EXISTS = "...pelo menos um..." no enunciado;

    NOT EXISTS + EXISTS = "...não...nenhum..." no enunciado;

    EXISTS + NOT EXISTS = "...não estão em todos..." no enunciado;

    NOT EXISTS + NOT EXISTS = "...estão em todos..." no enunciado.

    O enunciado determina o "A consulta que devolve as provas que NÃO estão associadas nas ocorrências a NENHUM perito é a" que pode ser construído com o NOT EXISTS + EXISTS; então a "A" é a única possível!


ID
1949764
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Um programador da linguagem C++ utilizou o modificador friend em uma função que está fora de um escopo de uma classe. Isso significa que essa função tem permissão para acessar os membros da classe que sejam somente:

Alternativas
Comentários
  • FRIEND não é membro da classe, mas tem premissão para usar e acessar todos os metodos das classes, ou seja, public, private e protected


ID
1949767
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Em uma nova linguagem de programação, um comando é definido como uma sequência de cinco palavras quaisquer, de tal forma que cada palavra deve conter pelo menos cinco letras, sendo que não mais do que duas podem ser vogais; uma palavra não pode iniciar com as letras c, q ou z; deve-se observar a sequência de cinco letras formadas pela primeira letra de cada uma das cinco palavras, pois essas letras devem ser consecutivas na ordem alfabética, conforme abcdefghijklmnopqrstuvwxyz, sem pulos. Um exemplo de comando válido nessa linguagem é: 

Alternativas

ID
1949770
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Em uma rede com protocolo TCP/IP, a máscara de sub-rede associada ao endereço 10.10.100.100/20 é:

Alternativas
Comentários
  • /20 significa que há 20 números 1 na máscara os outros 12, para completar os 4 Bytes, serão compostos por 0: 11111111.11111111.11110000.00000000

    Feito isso transforma para decimal: 255.255.240.0

    Resposta: letra A

  • Gabarito A

    /20 = 11111111.11111111.11110000.00000000

    No caso temos: 255.255.240.0

    Pois:

    1    .    1    .    1    .   1    .   1    .    1    .    1    .   1

    128     64        32      16      8         4          2          0

     

    Vamos na fé !

     

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ID
1949773
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Acamada OSI/ISO, responsável por controlar o fluxo, fazendo com que os pacotes recebidos fora de ordem sejam ordenados corretamente, é a de:

Alternativas
Comentários
  • Camada transporte:

    camada transporte. Ele é responsável pelo estabelecimento da comunicação fim-a-fim (entre aplicativos) presentes nos hosts envolvidos durante uma transmissão.

     

    O TCP transmite pacotes em grupos.

     

     

    Em uma transmissão que empregue o TCP, quando um segmento é perdido na rede ou descartado pelo destino na conferência do checksum, nenhuma confirmação de recebimento é enviada de volta à origem, e a falta dessa confirmação faz com que o transmissor descubra que ocorreu um problema na transmissão desse segmento.

     

     

    Não realiza tarefas da camada de enlace

  • Gabarito C

    camada de transporte, tanto no Modelo OSI quanto no Modelo TCP/IP, é a camada responsável pela transferência eficiente, confiável e econômica dos dados entre a máquina de origem e a máquina de destino, independente do tipo, topologia ou configuração das redes físicas existentes entre elas, garantindo ainda que os dados cheguem sem erros e na seqüência correta.[1][2]

    A camada de transporte é uma camada fim-a-fim, isto é, uma entidade (hardware/software) desta camada só se comunica com a sua entidade semelhante do host destinatário. A camada de transporte provê mecanismos que possibilitam a troca de dados fim-a-fim, ou seja, a camada de transporte não se comunica com máquinas intermediárias na rede, como pode ocorrer com as camadas inferiores.

    Esta camada reúne os protocolos que realizam as funções de transporte de dados fim-a-fim, ou seja, considerando apenas a origem e o destino da comunicação, sem se preocupar com os elementos intermediários. A camada de transporte possui dois protocolos que são o UDP (User Datagram Protocol) e TCP (Transmission Control Protocol).

    O protocolo UDP realiza apenas a multiplexação para que várias aplicações possam acessar o sistema de comunicação de forma coerente.

    O protocolo TCP realiza, além da multiplexação, uma série de funções para tornar a comunicação entre origem e destino mais confiável. São responsabilidades do protocolo TCP: o controle de fluxo, o controle de erro, a sequenciação e a multiplexação de mensagens.

    A camada de transporte oferece para o nível de aplicação um conjunto de funções e procedimentos para acesso ao sistema de comunicação de modo a permitir a criação e a utilização de aplicações de forma independente da implementação. Desta forma, as interfaces socket ou TLI (ambiente Unix) e Winsock (ambiente Windows) fornecem um conjunto de funções-padrão para permitir que as aplicações possam ser desenvolvidas independentemente do sistema operacional no qual rodarão.

    A camada de Transporte fica entre as camadas de nível de aplicação (camadas 5 a 7) e as de nível físico (camadas de 1 a 3). As camadas de 1 a 3 estão preocupadas com a maneira com que os dados serão transmitidos pela rede. Já as camadas de 5 a 7 estão preocupados com os dados contidos nos pacotes de dados, enviando ou entregando para a aplicação responsável por eles. A camada 4, Transporte, faz a ligação entre esses dois grupos.

     

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ID
1949776
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Uma empresa contratou um serviço de Frame-Relay. Três parâmetros que devem ser definidos no contrato para esse serviço são:

Alternativas
Comentários
  • Em redes Frame Relay é possível a transferência de dados acima da taxa de transferência contratada. Isso é possível porque redes Frame Relay operam em modo estatístico, isto é, assume que nem todos os clientes estarão transmitindo dados ao mesmo tempo.
    Quando a rede está operando acima da taxa contratada, dizemos que ela está operando em modo de rajada (burst).
    Na realidade, quando um serviço Frame Relay é contratado, três parâmetros são definidos no contrato:
    + CIR (Commited Information Rate): é a taxa de transferência contratada.
    + Bc: é o tamanho da rajada, isto é, a quantidade máxima de bytes que a rede vai aceitar deste cliente durante um determinado período de tempo (T). Temos que T = Bc/CIR.
    + Be: excesso de rajada. É uma quantidade adicional de dados que a rede tentará transmitir durante um período de tempo T em adição ao parâmetro Bc.

    FONTE: Redes de Computadores, Por Gabriel Torres


ID
1949779
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

A técnica de comutação por pacotes com ligação é aquela na qual:

Alternativas
Comentários
  • A comutação por pacotes pode ser:
     

    Com ligação (circuito virtual): é estabelecido um caminho virtual fixo (sem parâmetros fixos, como na comutação de circuitos) e todos os pacotes seguirão por esse caminho. Uma grande vantagem é que oferece a garantia de entrega dos pacotes, e de uma forma ordenada. Ex: ATM (comutação de células), Frame Relay e X.25;


    Sem ligação (datagrama): os pacotes são encaminhados independentemente, oferecendo flexibilidade e robustez superiores, já que a rede pode reajustar-se mediante a quebra de um link de transmissão de dados. É necessário enviar-se sempre o endereço de origem. Ex: endereço IP.


    Características: Usam os recursos de forma livre, a medida que for necessário, sem reserva prévia;

    Utilizam a largura de banda total disponível para transferir os pacotes (otimização da largura de banda);

    Quando a demanda é maior que os recursos oferecidos há congestionamento com uma geração de fila, podendo haver falha e perda de pacote;

    Baixa latência;


     

    Fonte: www.diegomacedo.com.br/comutacao-de-circuitos-pacotes-e-celulas/

  • RESPOSTA "D"

  • Na comutação de pacotes utilizando circuitos virtuais todos os pacotes viajam por um mesmo trajeto.


ID
1949782
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Uma empresa precisa comprar equipamentos que estejam ajustados ao padrão IEEE 802.3, para uso de partrançado. Um padrão adequado a essa requisição é o 802.3:

Alternativas
Comentários
  • 802.3ab define cabeamento de par trançado. Este padrão físico é chamado " 1000BASE - T . " A norma anterior gigabit Ethernet, 802.3z, fibra óptica especificada para o meio físico. O uso de fio de cobre feito 802.3ab mais popular, uma vez que utiliza o cabeamento mais em operação nas organizações de hoje. Velocidades mais altas no cabo de tecnologia inferior é conseguido através de um sistema de codificação mais eficiente. 

    FONTE: https://goo.gl/JYZxfi

  • O padrão 802.aq especifica redes 10GBASE-LRM para enlaces de até 220m com fibra multimodo e velocidades de 10Gbps

     

    https://standards.ieee.org/findstds/standard/802.3aq-2006.html

  • a) 802.3aq - 10GBASE-LRM 10 Gbit/s (1,250 MB/s) Ethernet usando Fibra multimodo

    b) 802.3d - FOIRL (Link de fibra ótica entre repetidores)

    c) 802.3b - 10BROAD36

    d) 802.3ab - 1000BASE-T Gbit/s Ethernet sobre cabo par trançado a 1 Gbit/s (125 MB/s)

    e) 802.3a - 10BASE2 10 Mbit/s (1.25 MB/s) Coaxial fino (thinnet ou cheapernet)

     

     

    Gab. D


ID
1949785
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Uma empresa precisa comprar um equipamento para ser usado com tecnologia de redes de longa distância com base em X.25 para operar em modo síncrono. Nesse caso, o equipamento deve ser compatível com o padrão:

Alternativas
Comentários
  • As redes X.25 usam a técnica de comutação de pacotes com circuitos virtuais, definem 3 níveis: “Physical Level”, “Link Access Level” e “Packet Level”. O nível físico especifica uma interface DTE/DCE idêntica à das redes X.21 (Redes de comutação de circuitos). Esta interface funciona em modo sincrono com um total de 7 ligações electricas e conectores de 15 pinos.

     

    Gab. A

     

    FONTE: https://www.dei.isep.ipp.pt/~andre/doc/x25.html

     


ID
1949788
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Dentro de rede de computadores, o modelo de implantação de QoS, com alto índice de granularidade, que trabalha com fluxos ou reservas individuais e que também é usado para garantir transmissões de sons e imagens sem interrupção é o:

Alternativas
Comentários
  • IntServ

     

    Em redes de computadores, o IntServ ou serviços integrados é um modelo que visa garantir a qualidade de serviço (QoS) em redes. IntServ pode por exemplo ser utilizado para possibilitar a transmissão de vídeo e som sem interrupções.

     

    É um sistema de grande granularidade, muitas vezes contrastado com os serviços diferenciados, um modelo de pouca granularidade.

     

    Basicamente, a idéia por detrás do IntServ é que qualquer router no sistema suporte IntServ, e que qualquer aplicação que exija um determinado nível de garantias seja responsável por fazer reservas individuais. A "Especificação do fluxo" (Flow Specs) descreve em que consistem as reservas, enquanto que "RSVP" é o mecanismo responsável por fazê-las.

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/IntServ

  • Gabarito B

    Diffserv

    DiffServ ou serviços diferenciados é um método utilizado na tentativa de conseguir qualidade de serviço em grandes redes, como a Internet.

    O método DiffServ opera sobre grandes volumes de dados em oposição a fluxos ou reservas individuais. Isto implica em uma negociação para todos os pacotes de, por exemplo, um ISP ou uma universidade. Os acordos resultantes destas negociações são designados de "acordos de nível de serviço" (Service Level Agreements), e envolvem geralmente um valor por parte das operadoras de telecomunicações. Estes acordos especificam que classes de tráfego serão servidas, que garantias são necessárias para cada classe, e qual o volume de dados para cada classe.

    Uma "nuvem DiffServ" é um grupo de routers DiffServ. Para os pacotes entrarem numa nuvem DiffServ terão que ser previamente classificados pelo emissor. O emissor preenche o campo de "tipo de serviço" (TOS, de Type of Service, posteriormente designado de DiffServ Code Point ou DSCP) no cabeçalho IP consoante a classe dos dados; as melhores classes são identificadas com os números menores (a escala varia de 0 a 15, contudo deve-se evitar o uso do 0).

    Assim que o pacote entra na nuvem DiffServ, as políticas são aplicadas pelo receptor. Se o tráfego ultrapassar o estabelecido no service level agreement, podem ser cobradas taxas ao emissor, consoante os detalhes do contrato. Dentro da nuvem, basta a cada um dos routers dar prioridade máxima aos pacotes com o menor valor no campo Type Of Service, o que é simples de implementar. Pode estabelecer-se também uma política que descarte (drop) os pacotes com base na frequência de drop caso o router se encontre sem espaço no buffer.

     

    Intserver

    Em redes de computadores, o IntServ ou serviços integrados é um modelo que visa garantir a qualidade de serviço (QoS) em redes. IntServ pode por exemplo ser utilizado para possibilitar a transmissão de vídeo e som sem interrupções.

    É um sistema de grande granularidade, muitas vezes contrastado com os serviços diferenciados, um modelo de pouca granularidade.

    Basicamente, a idéia por detrás do IntServ é que qualquer router no sistema suporte IntServ, e que qualquer aplicação que exija um determinado nível de garantias seja responsável por fazer reservas individuais. A "Especificação do fluxo" (Flow Specs) descreve em que consistem as reservas, enquanto que "RSVP" é o mecanismo responsável por fazê-las.

     

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  • Palavra chave

    IntServ: QoS baseado em FLUXO (foi o que a questão mencionou... letra B)

    DiffServ: QoS baseado em CLASSES de Serviço.


ID
1949791
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um periférico utilizado exclusivamente como entrada em sistemas computacionais é o(a):

Alternativas
Comentários
  • Letra A.

    O teclado é um periférico exclusivamente para entrada de dados.

    O scanner também, mas o teclado é sem dúvida, o mais usado. A impressora é um periférico de saída. XGA é uma especificação de vídeo. HDMI também.

  • Poxa, deveria ser anulada. O scanner também é um periférico de entrada de dados...

  • a questão é tão besta, mais tão besta,  que eu pensei tres vezes antes de marcar. rsrs....

  • Deveria ser anulada, pois tanto o teclado quando to scaner são exclusivamente de entrada...

    Pelo menos eu nunca ví um teclado e um scaner como dispositivo misto!

  • Questão anulada corretamente !

    tanto teclado como scanner são dispositivos de entrada.

     

    Vamos na fé !

     

     

     

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