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Prova UPENET/IAUPE - 2010 - SERES-PE - Agente Penitenciário


ID
244432
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Fragmento

Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de
cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros
da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava
de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com
lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma
cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando
audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma - "dama de grandes virtudes
apostólicas, esteio da religião e da moral", dizia o reverendo.
Ótima, a dona Inácia.
(...)
A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão,
fora senhora de escravos - e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o
bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo - essa indecência de negro igual a branco e
qualquer coisinha: a polícia! "Qualquer coisinha": uma mucama assada ao forno porque se
engraçou dela o senhor; uma novena de relho porque disse: "Como é ruim, a sinhá!"...
O 13 de Maio tirou-lhe das mãos o azorrague, mas não lhe tirou da alma a gana.
Conservava Negrinha em casa como remédio para os frenesis. Inocente derivativo:
- Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem fincados!...

LOBATO, Monteiro. Negrinha. In.: Monteiro Lobato; textos escolhidos. Por José Carlos Barbosa
Moreira. Rio de Janeiro, Agir, 1967. p. 74-6.

Após ler o texto I, analise os itens abaixo.

I. O narrador mostra, no texto, um conflito entre o que dona Inácia era e a opinião que dela tinham as pessoas, como o vigário.

II. O texto apresenta uma Dona Inácia mestra na arte de pajear as crianças.

III. O narrador utiliza frases, como "excelente senhora, a patroa", querendo dizer justamente o contrário, pois ela judiava das crianças.

Somente está CORRETO o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Item II - ERRADO

     

    pajear = vigiar, acompanhar, adular, lisonjear >> o autor afirma que Dona Inácia não gosta de crianças.

  • Se você souber o que significa "Pajear" acredito que de para acertar a questão!

    Força!

  • Achava que "Vigário" e "reverendo" eram pessoas distintas. :/


ID
244435
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Fragmento

Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de
cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros
da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava
de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com
lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma
cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando
audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma - "dama de grandes virtudes
apostólicas, esteio da religião e da moral", dizia o reverendo.
Ótima, a dona Inácia.
(...)
A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão,
fora senhora de escravos - e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o
bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo - essa indecência de negro igual a branco e
qualquer coisinha: a polícia! "Qualquer coisinha": uma mucama assada ao forno porque se
engraçou dela o senhor; uma novena de relho porque disse: "Como é ruim, a sinhá!"...
O 13 de Maio tirou-lhe das mãos o azorrague, mas não lhe tirou da alma a gana.
Conservava Negrinha em casa como remédio para os frenesis. Inocente derivativo:
- Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem fincados!...

LOBATO, Monteiro. Negrinha. In.: Monteiro Lobato; textos escolhidos. Por José Carlos Barbosa
Moreira. Rio de Janeiro, Agir, 1967. p. 74-6.

Analise os itens abaixo.

I. Dona Inácia era uma dona de escravos ferozes que não gostava de castigá-los com severidade.

II. A ironia, nesse texto, é um expediente de construção de sentido.

III. A expressão "qualquer coisinha" significa, no texto, ato extremamente violento; afinal a coisinha era assar uma mucama ao forno.

IV. A própria dona Inácia tem uma opinião muito favorável de seus atos, pois, para ela, assar a mucama ao forno era uma coisinha, ou seja, uma bobagem.

Estão CORRETOS

Alternativas
Comentários
  • Item I - ERRADO

     

    Não eram os escravos que eram ferozes, mas, sim, Dona Inácia: "senhora de escravos - e daquelas ferozes".

  • I. Dona Inácia era uma dona de escravos ferozes que não gostava de castigá-los com severidade.


    Outro erro é que ela GOSTAVA de castigar.


ID
244438
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Fragmento

Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de
cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros
da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava
de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com
lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma
cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando
audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma - "dama de grandes virtudes
apostólicas, esteio da religião e da moral", dizia o reverendo.
Ótima, a dona Inácia.
(...)
A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão,
fora senhora de escravos - e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o
bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo - essa indecência de negro igual a branco e
qualquer coisinha: a polícia! "Qualquer coisinha": uma mucama assada ao forno porque se
engraçou dela o senhor; uma novena de relho porque disse: "Como é ruim, a sinhá!"...
O 13 de Maio tirou-lhe das mãos o azorrague, mas não lhe tirou da alma a gana.
Conservava Negrinha em casa como remédio para os frenesis. Inocente derivativo:
- Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem fincados!...

LOBATO, Monteiro. Negrinha. In.: Monteiro Lobato; textos escolhidos. Por José Carlos Barbosa
Moreira. Rio de Janeiro, Agir, 1967. p. 74-6.

Leia o fragmento abaixo, atentando para a expressão destacada.

O 13 de Maio tirou-lhe das mãos o azorrague, mas não lhe tirou da alma a gana. Conservava Negrinha em casa como remédio para os frenesis. Inocente derivativo: - Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem fincados!...

A expressão em destaque pode ser compreendida como derivativo

Alternativas
Comentários
  •   LETRA'' A''

    Está questão é de pura interpretação: vamos pensar juntos:


    Digamos que uma pessoa lhe chamou de inocente derivativo,ou seja,inocente está no sentido  irônico ,enquanto derivativo no seu sentido de sinônimos ,só que neste caso  levado para o sentido mais pejorativo...



    EX.:   Rodrigo  chamou sua amiga de gordinha... 
           Rodrigo  chamou sua amiga de baleia ...


    No caso das frases vemos que, Rodrigo na segunda frase  poderia ser chamada dê (maldoso) ou peverso ao usar um  ''inocente derivativo''...


    BONS ESTUDOS!!!
  • Traduzindo as palavras:

    -> Frenesi = Estado de exautação violenta que põe o indivíduo fora de si.
    -> Azorrague = Formado por várias correias presas num cabo de pau; punição; flagelo
    -> Cocres = Pancadaria na cabeça com o nó dos dedos
    -> Sadio = Que é bom para a saúde
    -> Jocoso = Que provova risos; Engraçado

    Por tanto, o derivativo da frase é Maudoso.

  •  Jocoso = Que provova risos; Engraçado


ID
244441
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Fragmento

Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de
cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros
da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava
de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com
lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma
cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando
audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma - "dama de grandes virtudes
apostólicas, esteio da religião e da moral", dizia o reverendo.
Ótima, a dona Inácia.
(...)
A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão,
fora senhora de escravos - e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o
bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo - essa indecência de negro igual a branco e
qualquer coisinha: a polícia! "Qualquer coisinha": uma mucama assada ao forno porque se
engraçou dela o senhor; uma novena de relho porque disse: "Como é ruim, a sinhá!"...
O 13 de Maio tirou-lhe das mãos o azorrague, mas não lhe tirou da alma a gana.
Conservava Negrinha em casa como remédio para os frenesis. Inocente derivativo:
- Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem fincados!...

LOBATO, Monteiro. Negrinha. In.: Monteiro Lobato; textos escolhidos. Por José Carlos Barbosa
Moreira. Rio de Janeiro, Agir, 1967. p. 74-6.

Em "Sempre escondida, que a patroa não gostava de criança", o vocábulo em destaque é

Alternativas
Comentários
  • Sempre escondida, que (POIS) a patroa não gostava de criança  =>   =

    = > conjunção CAUSAL => Sempre escondida POR CAUSA  QUE a patroa não gostava de criança. resp. letra B

  • por causa que não existe...
  • porque, pois, porquanto, como (= porque),
    que ( = porque)

    Sempre escondida, porque a patroa.....
    letra B
  • na minha opinião:a semântica da oração  tem valor de causa e consequência.

    "Sempre escondida, que ( ja que ) a patroa não gostava de criança.

    A causa pelo qual ela ela está escondia é que a patroa não gosta de criança.

    3F FORÇA,FOCO E FÉ


  • causa: a patroa não gostava de criança

    consequencia: a criança ficava sempre escondida

  • USEI O VISTO QUE


ID
244444
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A compreensão dos enunciados abaixo nos faz ver que a norma da concordância verbal foi respeitada em

Alternativas
Comentários
  • a) Via-se, lá do alto, as pessoas que se dirigiam ao estádio. ERRADA: Viam-se => as pessoas eram vistas

    b) Nesta empresa, precisam-se de vários letricistas.  ERRADA: Precisa-se (quando há preposição, não se usa o verbo no plural), por exemplo, impossível a frase: vários eletricistas são precisados (por causa da preposição)

    c) Percebe-se alguns erros neste trabalho. ERRADA: Percebem-se => alguns erros são percebidos

    d) Destruiu-se infelizmente todas as provas do crime. ERRADA: destruíram-se => As provas do crime foram destruídas

    e) Dão-se aulas de piano. CORRETA: Aulas de piano são dadas.

  • Comentário objetivo:

    Nesse tipo de questão é importante identificar se o "SE" está funcionando como partícula apassivadora ou como índice de indeterminação do sujeito. No primeiro caso, o verbo se flexionará para concordar com o sujeito da oração, já no segundo, ele permanece sempre invariável.

    Para identificar cada caso tenha sempre em mente:

    SE = PARTÍCULA APASSIVADORA
    O verbo que a acompanha deve ser um VTD ou VTDI.
    Deve haver idéia de passividade na oração.

    SE = ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO
    O verbo que a acompanha deve ser um VTI.

    Dado isso, vamos às alternativas:

    a) Via-se VIAM-SE, lá do alto, as pessoas que se dirigiam ao estádio.

    b) Nesta empresa, precisam-se
    PRECISA-SE de vários letricistas.

    c) Percebe-se
    PERCEBEM-SE alguns erros neste trabalho.

    d) Destruiu-se
    DESTRUIRAM-SE infelizmente todas as provas do crime.

    e) Dão-se aulas de piano.
    PERFEITO!
    O verbo dar é VTD (quem dá, dá alguma coisa). Além disso, há idéia de passividade na oração (aulas de piano são dadas). Portanto, o verbo deve flexionar-se (dão-se) para concordar com o sujeito a que se refere (aulas de piano).

  • VTD + Se   e VTDI + Se = Sujeito Paciente   ( PORTANTO , O VERBO TEM QUE VÁRIAR DE ACORDO COM O SEU SUJEITO). . 


    VTI + Se 

    VI + Se 

    VL+ Se

    VTD + O.D. PREPOSICIONADO + Se      ( Quando aparecer assim , todos eles caracterizam partícula indertermjnada , Portando sem sujeito , ( NÃO PRECISA VARIAR COM O SUJEITO DA ORAÇÃO). 

    Deus abençoe a todos ! 

  • a) Via-se (viam-se), lá do alto, as pessoas que se dirigiam ao estádio.

     b) Nesta empresa, precisam-se (precisa-se) de vários letricista; => sempre que o verbo pede preposição, exige-se verbo na 3ª pessoa do singular = PIS - Pronome Indeterminador do Sujeito.

     c) Percebe-se (percebem-se) alguns erros neste trabalho.

     d) Destruiu-se(destruiram-se) infelizmente todas as provas do crime.

     e) Dão-se aulas de piano. ==> O ''se'' é Pronome apassivador.

     

     Gabarito: E

     

    Não se esqueça de fazer sempre uma revisão de: Pronome apassivador e Pronome Indeterminador do sujeito.

    Excelente explicação do Prof alexandre!

  • RUMO A PMPE!! A FARDA É MINHA!

  • Aqui quem fala é adrielly, futura policial militar do estado de Pernambuco ,desejo a todos bons estudos !

  • GABARITO: E

    e) Dão-se aulas de piano. (CORRETO)

    O verbo "dar" é um Verbo Transitivo direto. Logo, a partícula "se", vira uma partícula apassivadora. Sendo assim, "aulas de piano" deixa de ser um Objeto direito (OD) e passa a ser o sujeito. Portanto, o verbo "dar" concorda com "aulas de piano".


ID
244447
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nas alternativas abaixo, a vírgula foi incorretamente empregada, EXCETO EM:

Alternativas
Comentários
  • a) Na verdade, seus amigos, não ajudaram em nada.      Não se separa sujeito e predicado: Seus amigos não ajudaram (sem vírgula)

    b) Entregue esses documentos, ao secretário da escola. Não se separa sujeito e predicado

    c) Durante o jogo, aconteceram brigas e confusões. CORRETA

    d) Felipe, professor do 6º ano vai levar os alunos ao museu. Uma vírgula separa, duas intercalam.  Deveria ter uma vírgula após 'ano'.

    e) Eu realmente, quero muito sua aprovação. Não se separa sujeito e predicado: Eu quero 

  • C) Durante o jogo, aconteceram brigas e confusões.

    obs: quando o adjunto adverbial é deslocado para o início da frase a vírgula é obrigatória.

  • LETRA ( C) - Adjunto adverbial descolado. 

  •  

    c) Durante o jogo, aconteceram brigas e confusões. CORRETA

    Adjunto adverbial descolado= Com Virgula facultativa, por o termo ter até três palavras... e seria obrigatória se o adjunto adverbial tivesse 4 ou + palavras.

  • No caso das alternativas A, B e E, não se separa sujeito de predicado.

    Já na D, temos a presença de um aposto explicativo, sendo necessária a colocação da vírgula. O correto é:

    Felipe, professor do 6º ano, vai levar os alunos ao museu.

    Gabarito: Letra C


ID
244450
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todas as conjunções sublinhadas abaixo são adverbiais causais, EXCETO UMA. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • Além disso que o colega abaixo mencionou, o "como" da alternativa "e" tem função de conjunção conformativa, pois pode ser substituída por "conforme": "Tudo ocorreu conforme eu tinha previsto".

  • Alternativa correta: E

    Como é conjunção subordinativa conformativa. (se o sentido for =conforme)
    ATENÇÃO: Como  também pode ser conjunção subordinativa causal, mas exprimindo causa: "Como estivesse de luto,não nos recebeu"


    São conjunções subordinativas causais as que introduzem orações que exprimem causa: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, já que, uma vez que, desde que. 
  • A conjunção COMO só pode ser de causa quando vem no início do período. O que não quer dizer que todos os "como" que vier no início vai ser de causa, tem que avaliar o contexto.
  • Não entendi pq a letra B está correta. Alguém pode explicar????
  • Ao meu ver a questão B também não é causal. Vejamos:

    A diferença entre as explicativas e as causais reside no fato de que  nas explicativas não há relação causa efeito, e sim uma explicação para uma ordem, solicitação ou conselho. As explicativas  introduzem uma ideia de explicação relacionada normalmente como uma ordem, advertência, sugestão ou solicitação. Há necessidade quase sempre de um verbo no imperativo. ( Gramática para concursos 4° edição).

    Não pretender estudar não é causa para se procurar um trabalho (pode até ser para a sociedade, não para o português).

    Nesse caso, do meu ponto de vista, ocorreu uma justificativa para um conselho(sugestão), e não uma relação causa efeito. Sendo, portanto, explicativa.
  • A)  A criança levou uma surra porque fez muitas travessuras.
        A criança levou uma surra pq? Pq fez muitas travessuras - Causa

    B)  Já que não pretendes estudar, deves procurar um trabalho.
        Deves procurar um trabalho pq? Pq não pretendo estudar - Causa

    C) Como não pagasse as contas, teve os créditos cortados.
    Teve os créditos cortados pq? Pq não pagou a conta.

    D) Como estava doente, não fui à festa.
    Não foi à festa , pq? Pq estava doente.

    E) Tudo ocorreu como eu tinha previsto.
    Eu tinnha previsto pq? ou Tudo ocorreu pq?
    Veja que nesse item não há resposta de causa , por isso não ser conjunção causal.
  • Diogo Rocha,
    pensei que a resposta correta fosse a letra (a)
    Sua explicação foi muito boa!!
  • Meu raciocínio foi idêntico ao do colega Diogo Rocha . Fica facil assim !

    Abraços
  • a) Por que levou uma surra ?
    b) Por que deves procurar trabalho ?
    c) Por que teve os créditos cortados ?
    d) Por que não fui à festa ?

    e) Eu tinha previsto e ocorreu como (conforme) eu previa = conformidade = regra


    Créditos: Prof. Duda Nogueira (Juspodivm)

     

    Gab E

  • tive também o mesmo raciocínio do colega!

     


ID
244456
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na frase "Na esquina avistei o meu carro e o que estava sendo procurado pela polícia", o termo o é classificado como

Alternativas
Comentários
  • Pronome demonstrativo.

    Substituindo:

    "Na esquina avistei o meu carro e AQUELE que estava sendo procurado pela polícia"

    o = aquele = pronome demonstrativo

     

     

     

     

  • gente, por favor, grifem o O que está sendo pedindo, isso cabe recurso fácil!!!!
  • Por favor! Qual "o" querem saber, eu fui em um mas deram a resposta do outro, recurso total nessa questão!
  • Errei a questão porque analisei o primeiro "o"
  • O segundo " o " é pronome relativo, mas e o primeiro?
    Seria artigo? 
  • o primeiro O é artigo, já o segundo O é pronome demonstrativo, dando idéia de aquilo.
  • Nessa questão caberia recurso, pois se o "o" da questão for o segundo, é pronome substantivo, opção que não há em nenhuma das alternativas.

  • o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o QUE e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.

    Por exemplo:

    Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)

    Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.)

    Sendo assim ficaria: Na esquina avistei o meu carro e o que estava sendo procurado pela polícia/ Na esquina avistei o meu carro e AQUELE que estava sendo procurado pela polícia.

    Resposta Correta Letra "C".

    (Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf48.php)

  • "Na esquina avistei o meu carro e AVISTEI TAMBÉM AQUELE CARRO que estava sendo procurado pela polícia" (Pronome Demonstrativo)

     

    Gab C

  • CASO DR

  • Toda vez que puder substituir por ''aquilo'' é Pronome Demonstrativo.

    "Na esquina avistei o meu carro e o que estava sendo procurado pela polícia".

    "Na esquina avistei o meu carro e aquilo que estava sendo procurado pela polícia".

     

    (prof. Alexandre)

  • Sempre que puder substituir o "o(s)" por "aquilo(s)" ele será pronome demonstrativo.


ID
244459
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todas as frases apresentam inadequações de língua portuguesa, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADA - Que horas são?

    b) ERRADA - Já são duas horas.

    c) ERRADA - É meio-dia.

    d) ERRADA - Faz dez anos que moro em Recife.

    e) CERTA

  • Bom pessoal aí temos apenas duas regras básicas de concordância verbal: verbo SER indicando horas e verbo FAZER indicando tempo passado.

    para o verbo SER INDICANDO HORAS:

    o verbo concorda com o numeral das horas, por isso dizemos:

    que horas são
    já são duas horas
    é meio dia
    é meio dia e meia

    para o verbo FAZER indicando tempo transcorrido nunca vai para o plural

    faz dez anos que moro em recife


    Espero ter ajudado, bons estudos

  • para ver se bastante vai para o plural basta substituir  por "muito" se ela não variar fica no singular.

  • kkkkkkkkkkk...... so consigo rir

  • Para de graça né rsrsrs.
  • PMPE 2022

  • GABARITO: E

    e) É meio-dia e meia.

    meio-dia e "Meia" hora


ID
244462
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Uma repartição está dividindo os documentos dos departamentos financeiros e comerciais em caixas, de tal forma que todas as caixas tenham o mesmo número (inteiro) de documentos e que, em cada caixa, haja, apenas, um tipo de documento (ou do departamento comercial ou do departamento financeiro). Se o total de documentos a serem armazenados é de 483 unidades, e o departamento comercial possui 63 documentos a mais que o departamento financeiro, então o menor número de caixas necessário ao armazenamento dos documentos, segundo as especificações anteriores, é de

Alternativas
Comentários
  • Documentos do Departamento Financeiro = X

    Documentos do Departamento Comercial = Y

    Total de Documentos = 483

    Sabe-se que Y = X + 63

    X+Y=483

    X+X+63= 483

    2x= 483 -63

    X= 420/2

    X=210 entao Y=273

    Todas as caixas devem conter o mesmo numero inteiro de documentos:

    entao o menor numero de caixas necessario e: 273/13=21

    210/10= 21

    Resposta: 13 + 10 = 23 (alternativa A)

  • ok, como um departamento tem 63 documentos a mais que o outro e o total é de 483, chegamos facilmente que um tem 273 e o outro 210.

    Assim tiramos o MDC (máximo divisor comum) entre estes dois números para descobrir qual o maior número de documentos poderá ser guardado por caixa, obtendo assim o menor número de caixas para cada departamento.

    Assim, utilizando o método da decomposição em fatores primos e tomando os fatores comuns com menor expoente, temos que o MDC entre 273 e 210 é 21. Ou seja, poderão ser guardados, no máximo, 21 documentos por caixa.

    Desta forma, dividindo o número total de documentos de cada área por 21, obtemos o número de caixas para cada departamento arquivar seus relatórios.

    Temos então que 210/21 = 10  e  273/21 = 13, perfazendo um total de 23 caixas para arquivamento dos 483 documentos.

  • Guilherme vc explicou bem melhor que o professor. Obrigada


ID
244468
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Trabalhando 8 horas diárias, um dado programa de computador, rodando em apenas um computador, consegue processar 43.200 arquivos em um banco de dados. Se forem utilizados 6 computadores, cada um com uma cópia independente do programa, trabalhando 10 horas diárias e supondo que a velocidade individual de processamento se mantenha inalterada e constante e que os programas executem, de forma independente, um do outro, então, o menor número de dias necessários ao processamento de 1.200.000 arquivos será de

Alternativas
Comentários
  • Regra de três composta:

    nº de comp.(Inv.)     Horas/Dia(Inv.)        arquivos(Dir.)       dias(No X sempre Direto)

                  1                              8                           432000                               1

                  6                             10                         1200000                             X

    1/X = 6/1 . 10/8 . 43200/1200000

    X = 3,8 (valor aporximado). Logo, é preciso pelo menos 4 dias (menor número inteiro que pode representar número de dias após 3,8)

  • Realmente trata-se de uma regra de três composta, porém quando o problema define que os computadores trabalharão 10 h ou 8 h por dia, ele já define que o "dia" terá respectivas horas de trabalho. Assim, quando ele pede o número de dias na nova configuração de trabalho, ele quer saber qual a nova produção por dia da nova configuração. Dessa forma, devemos saber quantos documentos esta nova configuração produzirá, através da regra de tres composta e assim estimar a produção para os 1.200.000 documentos:

    horas        unidades de comp.         documentos processados
        8                               1                                           43200
        10                             6                                                x

    sendo tudo diretamente proporcional pois para mais horas e dias produzir-se-á mais documentos,

    Assim: 43200   =        8   x   1
                 ______          ___    __
                        x                10       6

    x= 324000, ou seja, a configuração nova terá capacidade de processar 324000/dia, assim para atingir os 1.200.000, basta dividir:
    1.200.000/324.000 = 3,703 dias ou 3 dias 16 horas 53 min e 20s,

    resposta c, pois são quase 4 dias (mínimo de dias necessários)
     

  • Bom, não sei se usei regra de três composta, fui mais pelo lado da lógica:

    Entendo o funcionamento de 1 computador

    1 computador trabalhando 8 horas por dia processa 43.200
    Então outro computador com igual desempenho trabalha 10 horas processa 54.000

    8 ------- 43.200
    10------ X

    8x = 432.000
    x= 432.000/8 = 54.000

    Então, se um computador trabalhando 10 horas processa 54.000, 6 computadores trabalhando 10 horas processam 324.000 ( 54.000 x 6 =324.000)

    324.000 é o número do trabalho realizado por dia. Logo, basta dividir:

    1.200.000/324.000 =   3,70 dias  

    Portanto, o número mínimo de dias é 4 dias (haja visto que se fosse 3 dias, ainda faltaria parte do serviço)

ID
244471
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Uma pesquisa de opinião envolvendo, apenas, dois candidatos (A e B) determinou que 57% das pessoas eram favoráveis ao candidato A e que 61% eram favoráveis ao candidato B. Sabendose que 23% eram favoráveis tanto ao candidato A quanto ao B, é CORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  •  Candidato A = 57%

    Candidato B = 61%

    A e B = 23%

    Entao somente A = 34% (57-23)

    Somente B = 38% (61-23)

    34+38+23=95

    Entao 5% das pessoas entrevistadas nao sao favoraveis a nenhum dos dois candidatos.

    Alternativa B

  • A = 57%
    B = 61%
    A INTERSEÇÃO B = 23%


    57%+61%-23%=95% ( TOTAL DE PESSOAS FAVORÁVEIS A "A" OU  "B")
     


    SENDO 5% NÃO FAVORÁVEIS A NENHUM DOS CANDIDATOS.

    LETRA B
  • Esse tipo de questão eu gosto de resolver fazendo tabela. Ficaria assim
      

      CANDIDATO A CANDIDATO B
    FAVORAVÉIS AO CANDIDATO             57 %       61 %
    FAVORAVÉIS AOS 2 CANDIDATOS             23 %       23 %
    São favoráveis apenas ao             57%-23%= 34%      61%-23% = 38%

    Conclui-se que 34% candidato A + 38% Candidato B + 23% favoráveis aos 2 = 95%

    Ou seja para completar 100% faltariam 5% o que corresponde a letra B.


ID
244474
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Para ter acesso a um dado setor, um visitante precisa passar por 4 verificações independentes de segurança, dispostas uma após a outra em sequência. A probabilidade de um visitante mal intencionado qualquer passar pela primeira verificação é de 50%; de passar pela segunda verificação é de 12%; de passar pela terceira verificação é de 25% e de passar pela quarta verificação é de 15%. Nessas condições, é CORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A probabilidade de o visitante mal intencionado ter acesso a esse setor é de: 50/100 x 12/100 x 25/100 x 15/100 = 0,00225, ou seja, 0,225%.

    a probabilidade de o visitante mal intencionado ter seu acesso negado a esse setor é de: 100% - 0,225% = 99,775%

  • As quatro verificações são independentes: eventos independentes multiplica-se as probabilidades.

    Probabilidade de acesso:

    1º) 50% = 50/100
    2º) 12% = 12/100
    3º 25% = 25/100
    4º 15% = 15/100

    50/100 * 12/100 * 25/100 * 15/100 = 225000/100000000 = 0,00225 = 0,225%

    0,225 é menor que 1%. Alternativa E
  • Cada vez vai ficando menor.

    50/100 x12/100 x25/100 x 15/100 = 225000/100000000 =  0,00225  transformando em pocentagem passa duas casas para direita.

     0,00225 = 0,225%

    Letra E

  • 50 - 12 =38 - 25 =13 - 15 = - 2% ou seja, menor que 1%. Letra E

  • 50%/100 x 12%100 x 25%/100 x 15%/100 = 0,00225 ( isto é, menos de 1%) Gabarito é letra "E".


ID
244477
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

As tecnologias de informação e comunicação evoluíram rapidamente, nos últimos anos. Hoje, podemos trocar informações entre vários equipamentos eletrônicos, como computadores, notebooks, celulares, dentre outros, utilizando protocolos de redes de computadores entre esses dispositivos. Assinale a alternativa que exemplifica CORRETAMENTE uma tecnologia para troca de informações entre dispositivos eletrônicos móveis, como celulares e notebooks.

Alternativas
Comentários
  • Bluetooth é basicamente uma tecnologia de conexão através de freqüência de rádio de baixo alcance e baixo consumo de energia. O alcance varia dependendo da especificação e pode chegar a até aproximadamente 100 metros.

  • LCD e Plasma são tecnologias de exibição de imagens, sejam em monitores de vídeo, TVs ou dispositivos móveis. O Blu-ray é uma tecnologia de armazenamento de dados com maior densidade do que o DVD ou CD comum. E a fibra ótica, muito usada nas novas redes, é uma conexão física.

    Conforme o colega comentou, o Bluetooth permite alcance de até 100m dependendo da configuração, frequência e antenas instaladas.

  • GABARITO DO FERNANDO NISHIMURA: C

     

    LCD e Plasma são tecnologias de exibição de imagens, sejam em monitores de vídeo, TVs ou dispositivos móveis. O Blu-ray é uma tecnologia de armazenamento de dados com maior densidade do que o DVD ou CD comum. E a fibra ótica, muito usada nas novas redes, é uma conexão física.


    Conforme o colega comentou, o Bluetooth permite alcance de até 100m dependendo da configuração, frequência e antenas instaladas.


ID
244480
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Os softwares que deram popularidade aos computadores pessoais são o processador de textos, a planilha de cálculo eletrônica e o banco de dados. Várias versões desses tipos de programas foram produzidos, como o Microsoft Word, o BROffice Writer, o Microsoft Excel e o BROffice Calc. Esses programas leem e gravam dados em estruturas de arquivos próprios, que são reconhecidos pelo tipo de extensão do arquivo, que faz parte do nome do arquivo. Observe as afirmações a seguir sobre os tipos de extensões desses programas e marque a alternativa que contém a afirmação verdadeira.

Alternativas
Comentários
  • WORD -> DOC

    WRITER -> ODT

    EXCEL -> XLS

    CALC -> ODS

  • No Office de versões 95, 97 e 2000  é impossível abrir DOCX, XLSX, etc. No Office 2002 (XP) e 2003 é possível abrir o arquivo criado pela versão 2007 usando o FileFormatConvert disponível no site da Microsoft - http://www.microsoft.com/downloads/en/details.aspx?familyid=941b3470-3ae9-4aee-8f43-c6bb74cd1466&displaylang=en

    O novo formato DOCX, XLSX, etc, iniciam a partir do Office 2007 e está disponível também no 2010 e Office 365 (cloud computing).

  • a)O tipo de extensão próprio do Microsoft Word é o ODT. = FALSO (A extensão do Word é doc. (até a versão 2003) e docx (versões 2007 e 2010). b) O tipo de extensão próprio do Broffice Calc é o DOC. = FALSO (A extensão do Calc é ODS) c) O tipo de extensão próprio do Broffice Writer é o ODS. = FALSO (A extensão do Writer é ODT) d) O tipo de extensão próprio do Microsoft Excel é o XLS. VERDADEIRO. e) O tipo de extensão próprio do BROffice Calc é o mesmo do Microsoft Word. FALSO
  • Sem enrolação, GABARITO "D".

  • word -> .docx

    excel-> .xls

    powerpoint-> .pptx


ID
244483
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

A Internet é útil não só para intercâmbio de informações mas também é um excelente meio de expor ideias e debatê-las com um grupo específico de participantes. Observe as afirmações sobre grupos de discussão.

I. A troca de mensagens entre os participantes é feita, apenas, através de e-mails.

II. As conversas ou debates entre os participantes acontecem, apenas, em salas de bate-papo.

III. O mediador é um participante que julga qual é a opinião correta.

Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • I. A troca de mensagens entre os participantes é feita, apenas, através de e-mails. ERRADO

    II. As conversas ou debates entre os participantes acontecem, apenas, em salas de bate-papo. ERRADO

    III. O mediador é um participante que julga qual é a opinião correta.ERRADO (EU ACHO QUE É ARBITRO)

  •  

    Os Grupos de Discussão estão dando lugar na internet aos chamados fóruns de Internet, estes apresentam-se mais atrativos graficamente, de fácil leitura, com possibilidade de debate de ideias diretamente a partir do browser sem necessidade de um programa específico para receber e enviar comentários e melhorada organização de assuntos são alguns dos aspetos a favor dos fóruns em detrimento dos Grupos de Discussão. No entanto os melhores Grupos de Discussão subsistem e teimam em continuar a ter milhões de participantes diariamente como é o caso do Google Groups.
    Os tópicos dos grupos de discussão podem ser lidos em programas como o Windows Live Mail, conta de correio eletrônico ou diretamente na Internet na página do Grupo de Discussão.
    Normalmente é necessária a inscrição ou registo num Grupo de Discussão para passar a receber automaticamente as mensagens na caixa de correio.
  • I. A troca de mensagens entre os participantes é feita, apenas, através de e-mails.

    * Não


    II. As conversas ou debates entre os participantes acontecem, apenas, em salas de bate-papo.

    * Também não, existe fórum (exemplo) onde as pessoas podem postar mensagens a respeito do que está sendo digitado a respeito.

    III. O mediador é um participante que julga qual é a opinião correta.

    * A função de um mediador é observar as regras e garantir que as mesmas aconteçam, admitir pessoas, excluir pessoas, etc.
  • Tem k ter disposição pra reescrever as alternativas e no final: Não; Errado.

    Quem responde já saberá disso.

  • A rede mundial de computadores, Internet, oferece vários tipos de serviços e fomenta a comunicação entre as pessoas.
    De forma semelhante à revolução industrial, a revolução digital promovida por ela abriu novas fronteiras para os negócios e troca de culturas.
    O item I está errado, porque a troca de mensagens poderá ser realizada por e-mail, por redes sociais, por comunicadores instantâneos, entre tantas opções.
    O item II está errado, porque as redes sociais e grupos de discussão promovem a troca de mensagens no formato de bate-papo também.
    O item III está errado, porque o moderador, ou mediador, ou administrador, apenas controla a publicação e participação dos usuários, não sendo sua tarefa julgar o que foi postado, mas apenas analisar para verificar se a postagem se encaixa nos propósitos da comunicação.
    Todas estão erradas.
    Gabarito: Letra D.




  • GABARITO DO FERNANDO NISHIMURA:D


    A rede mundial de computadores, Internet, oferece vários tipos de serviços e fomenta a comunicação entre as pessoas.

    De forma semelhante à revolução industrial, a revolução digital promovida por ela abriu novas fronteiras para os negócios e troca de culturas.

    O item I está errado, porque a troca de mensagens poderá ser realizada por e-mail, por redes sociais, por comunicadores instantâneos, entre tantas opções.

    O item II está errado, porque as redes sociais e grupos de discussão promovem a troca de mensagens no formato de bate-papo também.

    O item III está errado, porque o moderador, ou mediador, ou administrador, apenas controla a publicação e participação dos usuários, não sendo sua
    tarefa julgar o que foi postado, mas apenas analisar para verificar se a postagem se encaixa nos propósitos da comunicação.

    Todas estão erradas.


ID
244486
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Os sites de busca foram um dos principais serviços no início da Internet. A finalidade é a de buscar qualquer informação na rede, apresentando os resultados de uma forma organizada e também com a proposta de fazer isso de uma maneira rápida e eficiente. Qual dos sites relacionados nas alternativas NÃO foi criado com essa finalidade?

Alternativas
Comentários
  • É um site de NOTÍCIAS, ENTRETERNIMENTO, ETC., mas não com a função primordial de BUSCA.

  • Questão loteria nada.........é só ir na lógica de qual site não foi criada com essa finalidade. A questão não fala que não é possível fazer busca, ela fala em finalidade.

    Questão mamão com açucar
  • essa questão é para não zerar a prova .rsrsrs...
  • acertei a questao mas confesso
    nao faco a menor ideia do que seja alta vista.
  • Letra B. É tão lógica que meus amigos acima esqueceram de dizer.
  • Alta vista??? nunca ouvi falar. Apesar de acertar pela lógica. :)

  • Os sites de pesquisas, como o Google, permitem que o usuário encontre informações na rede mundial de forma rápida. 
    Os sites indexam a informação disponível na rede, e a partir de palavras chaves, o usuário consegue localizar nos resultados a informação desejada.
    São exemplos de sites de pesquisas, além do Google, o Microsoft Bing, Yahoo, AltaVista, Aonde, Cadê, entre muitos. Vários deles não existem mais... A questão de 2010, continua correta, mas com opções que não são mais válidas.
    O site Globo.com é um portal de notícias, e não é um site de buscas.
    Gabarito: Letra B.



  • GABARITO DO FERNANDO NISHIMURA:B


    Os sites de pesquisas, como o Google, permitem que o usuário encontre informações na rede mundial de forma rápida. 

    Os sites indexam a informação disponível na rede, e a partir de palavras chaves, o usuário consegue localizar nos resultados a informação desejada.

    São exemplos de sites de pesquisas, além do Google, o Microsoft Bing, Yahoo, AltaVista, Aonde, Cadê, entre muitos. Vários deles não existem mais...

    A questão de 2010, continua correta, mas com opções que não são mais válidas.

    O site Globo.com é um portal de notícias, e não é um site de buscas.

  • Questão passiva de anulação:


    AltaVista

    Indústria Internet GêneroMotor de buscaFundação1994Sede Sunnyvale, Califórnia, Estados UnidosProprietário(s)Yahoo!

  •          >> Sitios de busca

    Técnicas de pesquisa comuns

    Pesquisar em redes sociais

    Coloque @ antes de uma palavra para pesquisar em redes sociais. Por exemplo: @twitter.

    _____________

    Pesquisar um preço

    Coloque $ antes de um número. Por exemplo: câmera $400.

     

    __________

    Pesquisar hashtags

    Coloque # antes de uma palavra. Por exemplo: #desafiodogelo

     

    ____________

    Excluir palavras da pesquisa

    Coloque - antes de uma palavra que você queira deixar de fora. Por exemplo, velocidade do jaguar -carro

     

    _________

    Pesquisar uma correspondência exata

    Coloque uma palavra ou frase entre aspas. Por exemplo, "prédio mais alto do mundo".

     

    ________

    Pesquisar caracteres curinga ou palavras desconhecidas

    Coloque um * na palavra ou frase onde você deseja deixar um marcador. Por exemplo, "maior * do mundo".

     

    ________

    Pesquisar dentro de um intervalo de números

    Coloque .. entre dois números. Por exemplo, câmera $50..$100.

    ________

    Combinar pesquisas

    Coloque "OR" entre cada consulta de pesquisa. Por exemplo, maratona OR corrida.

    _______

    Pesquisar um site específico

    Coloque "site:" antes de um site ou domínio. Por exemplo, site:youtube.com ou site:.gov.

    _______

    Pesquisar sites relacionados

    Coloque "related:" antes de um endereço da Web que você já conhece. Por exemplo, related:time.com.

    ________

     

    Ver detalhes sobre um site

    Coloque "info:" antes do endereço do site.

    _______

    Ver a versão em cache do Google de um site

    Coloque "cache:" antes do endereço do site.

    _______

    >> Para pesquisar por "cor" basta ir no site do google (www.google.com.br)  -> Imagens -> Ferramentas e lá aparecerão as opções: Tamanho, COR, Direitos de uso, tipo, tempo e mais ferramentas como todos resultados e tamanho

     

    QUESTÕES >> Q954459 Q954409 Q954408

    __________

    Alguns mecanismos de buscas e pesquisas

     

    1° Filetype => Encontra determinado assunto em determinado formato.

    2° intitle => Procura qualquer palavra/expressão no Título dos sites.

    3° inanchor => Procura qualquer palavra/expressão nos Link's dos sites.

    intext => Procura qualquer palavra/expressão nos textos dos sites.

  • acertei a questão pq tenho certeza de q o site Globo.com passa DESINFORMAÇÃO!


ID
244489
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O Google tem o site de busca mais popular. Observe as afirmações sobre o que pode ser realizado em pesquisa na Internet com ele.

I. Pesquisar em páginas da Web localizadas em uma região ou país.

II. Exibir os resultados da pesquisa com links apenas para um determinado tipo de arquivo, por exemplo, arquivos do tipo PDF.

III. Exibir resultados nos quais meus termos de pesquisa aparecem, apenas, no título da página.

IV. Exibir resultados nos quais meus termos de pesquisa aparecem, apenas, no site ou domínio que eu especificar.

Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Todas as ações descritas são possíveis de se realizar.

  • Para realizar todos os procedimentos citados basta clicar em PESQUISA AVANÇADA ao lado direito da caixa onde digita o assunto que se deseja pesquisar.
  • No http://palazzo.pro.br/busca/IV.htm o Dr. José Palazzo Moreira de Oliveira, Professor da UFRGS, dá excelentes explicações sobre a Busca avançada no Google.

  • QUESTÃO BEM LEGAL... * basta um razoavel conhecimento de informatica e um pouco de convivio ... sem muitos comentario !

  • Os sites de pesquisas, como o Google, permitem que o usuário encontre informações na rede mundial de forma rápida. 
    Os sites indexam a informação disponível na rede, e a partir de palavras chaves, o usuário consegue localizar nos resultados a informação desejada.
    As pesquisas poderão ser restritas a uma região ou país, poderão ser específicas por um tipo de arquivo, poderão estar apenas no título das página, ou ainda em domínios (sites) específicos.
    Gabarito: Letra E.


  • GABARITO DO FERNANDO NISHIMURA: E


    Os sites de pesquisas, como o Google, permitem que o usuário encontre informações na rede mundial de forma rápida. 

    Os sites indexam a informação disponível na rede, e a partir de palavras chaves, o usuário consegue localizar nos resultados a informação desejada.

    As pesquisas poderão ser restritas a uma região ou país, poderão ser específicas por um tipo de arquivo, poderão estar apenas no título das página, ou ainda em domínios (sites) específicos.

  • VEM, GUARDA MUNICIPAL!!

     


ID
244492
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Nos termos da Constituição Federal, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • a) A seguridade social é um instrumento de bem-estar, destinado a reduzir as desigualdades resultantes da falta de recursos financeiros, conduzindo à justiça social. Assim, compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, que se dividem em benefícios e serviços e que conferem direitos relativos à saúde, à previdência, ao meio ambiente e à assistência social. Errada, a questão vem toda certa quando chega no final, se equivoca ao afirmar que a Seguridade Social confere direitos relativos ao Meio Ambiente, isso deixa  a questão errada!

    b) São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. Correta, essa é a letra da Lei.

    c) Na manutenção e no desenvolvimento do ensino, somente a União aplicará recursos provenientes da receita dos impostos.Errada, pois segundo Art. 211 – A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino;

    d) Em razão do princípio da universalidade do atendimento, os benefícios da seguridade social podem ser criados sem a correspondente fonte de custeio total. Errado, pois a criação dessa fonte de custeio é princípio expresso da Seguridade Social.

    e) A Previdência Social é organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação facultativa, observados os critérios que preservam o equilíbrio financeiro e atuarial. Errada, a filiação é obrigatória.

  • a) A seguridade social é um instrumento de bem-estar, destinado a reduzir as desigualdades resultantes da falta de recursos financeiros, conduzindo à justiça social. Assim, compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, que se dividem em benefícios e serviços e que conferem direitos relativos à saúde, à previdência, ao meio ambiente e à assistência social.

    Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

    b) São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. C

    Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

    c) Na manutenção e no desenvolvimento do ensino, somente a União aplicará recursos provenientes da receita dos impostos.

     Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

    § 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

    d) Em razão do princípio da universalidade do atendimento, os benefícios da seguridade social podem ser criados sem a correspondente fonte de custeio total.

    Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

    § 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

    e) A Previdência Social é organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação facultativa, observados os critérios que preservam o equilíbrio financeiro e atuarial.

    Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
  • A legislação especial, estatuto da criança e do adolescente-ECA-, que prevê toda a sistemática relacionada à criança e ao adolescente.

    Bons estudos!!!
  • ALTERNATIVA CORRETA LETRA B.

    Art. 228, da CF. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.
  • A questão aborda tema diversos disciplinados na Constituição Federal. Analisemos cada uma das assertivas:

    Alternativa “a": está incorreta. A Seguridade Social não visa proteger o meio ambiente. Conforme art. 194 – “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social".

    Alternativa “b": está correta. Conforme art. 228 – “São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial".

    Alternativa “c": está incorreta. Conforme art. 211 – “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino".

    Alternativa “d": está incorreta. Conforme art. 195, § 5º - “Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total".

    Alternativa “e": está incorreta. Conforme art. 201 – “A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:  [...]".

    Gabarito do professor: letra b.


  • GABARITO:B


    A questão aborda tema diversos disciplinados na Constituição Federal. Analisemos cada uma das assertivas:


    Alternativa “a": está incorreta. A Seguridade Social não visa proteger o meio ambiente. Conforme art. 194 – “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social".


    Alternativa “b": está correta. Conforme art. 228 – “São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial".


    Alternativa “c": está incorreta. Conforme art. 211 – “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino".


    Alternativa “d": está incorreta. Conforme art. 195, § 5º - “Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total".


    Alternativa “e": está incorreta. Conforme art. 201 – “A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:  [...]".


    FONTE: PROFESSOR DO QC

  • PC-PR 2021

  • A seguridade social é um instrumento de bem-estar, destinado a reduzir as desigualdades resultantes da falta de recursos financeiros, conduzindo à justiça social. Assim, compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, que se dividem em benefícios e serviços e que conferem direitos relativos à saúde, à previdência, ao meio ambiente e à assistência social.

    B) São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

    C) Na manutenção e no desenvolvimento do ensino, somente a União aplicará recursos provenientes da receita dos impostos. Correção: União aplicará 18% enquanto Estados, DF e Municípios aplicarão 25%, tais porcentagens são o mínimo obrigatório.

    D) Em razão do princípio da universalidade do atendimento, os benefícios da seguridade social podem ser criados sem a correspondente fonte de custeio total. Não mesmo. Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

    E) A Previdência Social é organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação facultativa, observados os critérios que preservam o equilíbrio financeiro e atuarial. A filiação é obrigatória.

    Força, pessoal. Nossa vitória tá próxima.

    Josué 1:9


ID
244495
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Analise as perguntas abaixo.

I. A obrigação de permanência em determinada localidade, a busca e apreensão em domicílio, a suspensão da liberdade de reunião, a intervenção em empresas de serviço público são medidas possíveis durante o estado de defesa, mediante decreto do Presidente da República?

II. O Congresso Nacional deverá permanecer funcionando durante o estado de sítio?

III. Caberá a decretação do estado de sítio no caso de resposta à agressão armada estrangeira ?

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  •  

    I. A obrigação de permanência em determinada localidade, a busca e apreensão em domicílio, a suspensão da liberdade de reunião, a intervenção em empresas de serviço público são medidas possíveis durante o estado de defesa, mediante decreto do Presidente da República?  Não, algumas dessas medidas são próprias do Estado de Sítio como por exemplo "a obrigação de permanência em determinada localidade";

    II. O Congresso Nacional deverá permanecer funcionando durante o estado de sítio? Sim, até porque a própria Constituição declara essa obrigação;

    III. Caberá a decretação do estado de sítio no caso de resposta à agressão armada estrangeira ? Sim, só cabe estado de sítio para essa ocasião, nunca caberá estado de defesa devido ao tamanho da crise institucional

  • Constituição Federal / 88Questão "I"

    Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:

    I - obrigação de permanência em localidade determinada;

    II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;

    III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;

    IV - suspensão da liberdade de reunião;

    V - busca e apreensão em domicílio;

    VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; 

     

    Questão "II"

    Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.

    § 3º - O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas.

     

    Questão "III"

    Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:

    I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;

    II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

     

    Bons estudos, que Deus nos abençoe.

  • CORRETA:
    II- CASO O CONGRESSO NACIONAL NÃO ESTIVER FUNCIONANDO CABERÁ AO PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL CONVOCAR EXTRAORDINARIAMENTE O CONGRESSO NACIONAL.
    OBS: ISSO PESSOAL TANTO VALE PARA ESTADO DE DEFESA QUANTO PARA O ESTADO DE SÍTIO OK.

    ESTA CORRETA A LETRA : C
  • Somente alguns direitos e garantias serão suprimidos:
    Para o estado de Defesa:

    O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, NOS TERMOS E LIMITES DA LEI, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
    I - restrições aos direitos de:
    a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
    b) sigilo de correspondência;
    c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
    II - OCUPAÇÃO E USO TEMPORÁRIO DE BENS E SERVIÇOS PÚBLICOS, na hipótese deCALAMIDADE PÚBLICA (só para essa hipótese. para o estado de sítio é intervenção e requisição), respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.

    Para o estado de Sítio:
    ANa vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I (comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa – 30 dias, sujeito a prorrogações de 30), só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
    I - obrigação de permanência em localidade determinada;
    II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
    III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, NA FORMA DA LEI;
    IV - suspensão da liberdade de reunião;
    V - busca e apreensão em domicílio;
    VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
    VII - requisição de bens.
    Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa. 

    reparem que são medidas tomadas só no caso de comoção grave de repercussão nacional e na ineficácia do estado de defesa. para os casos de GUERRA e RESPOSTA A AGRESSÃO ARMADA, não há rol limitativo ou taxativo a princípio, podendo inclusive haver no caso de guerra pena de morte por fuzilamento.
  • A questão aborda a temática relacionada à defesa do Estado e das Instituições Democráticas. Analisemos as assertivas:

    Alternativa I: está incorreta. Na verdade, são medidas possíveis durante o estado de sítio. Conforme art. 139, CF/88, “Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: I - obrigação de permanência em localidade determinada; II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; IV - suspensão da liberdade de reunião; V - busca e apreensão em domicílio; VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; VII - requisição de bens".

    Alternativa II: está correta. Conforme art. 137, §3º “O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas".

    Alternativa III: está correta. Art. 137 – “O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: [...] II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira".

    Portanto, estão corretas as assertivas II e III.

    Gabarito do professor: letra c.


  • GABARITO:C


    A questão aborda a temática relacionada à defesa do Estado e das Instituições Democráticas. Analisemos as assertivas:


    Alternativa I: está incorreta. Na verdade, são medidas possíveis durante o estado de sítio. Conforme art. 139, CF/88, “Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: I - obrigação de permanência em localidade determinada; II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; IV - suspensão da liberdade de reunião; V - busca e apreensão em domicílio; VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; VII - requisição de bens".
     

    Alternativa II: está correta. Conforme art. 137, §3º “O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas".
     

    Alternativa III: está correta. Art. 137 – “O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: [...] II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira".


    Portanto, estão corretas as assertivas II e III.


    FONTE: PROFESSOR DO QC

  • Caramba!! Comentários de 2010... Esses guerreiros já devem ser concursados...


ID
244498
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a alternativa CORRETA em relação aos direitos e às garantias constitucionais.

Alternativas
Comentários
  • Questão anulada porque a alternativa "A" e "E" estão corretas!

  • A letra a não está correta, pois a CF, no art. 20, parágrafo 2, fala em faixa terrestre e não em faixa internacional.
    Acredito que a anulação teve por motivo a ausência de resposta correta, já que a letra e não fala se estava a serviço da República.
  • A) a letra da constituição diz fronteiras territoriais e não internacionais.
    E) diz que a mãe chefiava uma missão Brasil-Japão.

    Então não entendi o porque foi anulada pois para mim somente a E estaria certa
  • Acredito que a E esteja certa, pelo o fato da alínea c do inciso I do art. 12, da CF, que diz: os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;

  • Acredito que foi anulada por não ter resposta correta. A alternativa 'e' está incompleta, pois a criança será brasileira nata "desde que seja registrada em repartição brasileira competente ou venha a residir no Brasil e opte, após atingir a maioridade, pela nacionalidade brasileira". Ou seja, a nacionalidade não ocorrerá automaticamente, como seria o caso se a mãe ou pai estivessem fora do Brasil a serviço do Governo. É necessário que a criança seja registrada em repartição competente, ou que venha a residir no Brasil, e que esta ratifique a nacionalidade após atingida a maioridade. Assim, a questão não apresenta nenhuma alternativa correta.

  • Nika, na alternativa E ele não cita que a criança fora registrada em repartição competente, tampouco que ela estava a serviço do brasil, nem que após maioridade a menina optou pela nacionalidade Brasileira. Para essa alternativa estar correta precisaria citar que a mãe estava a serviço do brasil, não de atividade comercial que é particular. espero ter ajudado. 

  • deve ter sido anulada por terem considerado a "A" e "E" como corretas....contudo eu entendo que por letra "seca" da lei o erro da "A" está na palavra fronteiras "Internacionais" ao invés de "terrestres" conforme §2º do art 20 da CF. Na letra "E" entendi como a serviço do Brasil a "missão Brasil- Japão" por isso acho que está mais correta de acordo com art. 12, inciso I, alínea "b". De qualquer maneira foi anulada.

  • A letra E é complicada, porque na frase diz que a mãe(Brasileira) está em serviço de comércio, no que da a entender que não está a serviço do país!

     

  • Coisas da upe kkk

  • Eu anulo essa questão a partir de agora!

     


ID
244501
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Sobre os Direitos e Garantias Constitucionais, analise os itens abaixo.

I. A Constituição brasileira não admite prisão civil por dívida.

II. Qualquer brasileiro pode usar a ação popular.

III. O direito de petição aos Poderes Públicos é assegurado, constitucionalmente, aos estrangeiros, em defesa dos direitos ou abuso de poder.

O número de itens CORRETOS é:

Alternativas
Comentários
  •  

    Essa questão está desatualizada, a resposta deveria ser a alternativa "B", essa prova não foi realizada em 2010, mas em outubro de 2009;

    I. A Constituição brasileira não admite prisão civil por dívida. Hoje me dia essa alternativa é correta, pois:

    STF Súmula Vinculante nº 25 - PSV 31 - DJe nº 27/2010 - Tribunal Pleno de 16/12/2009 - DJe nº 238, p. 1, em 23/12/2009 - DOU de 23/12/2009, p. 1

    Ilicitude - Prisão Civil de Depositário Infiel - Modalidade do Depósito

    É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.

     

    II. Qualquer brasileiro pode usar a ação popular. Errada, a propositura de ação popular cabe somente aos cidadãos, ou seja quem tem capacidade eleitoral ativa;

     

    III. O direito de petição aos Poderes Públicos é assegurado, constitucionalmente, aos estrangeiros, em defesa dos direitos ou abuso de poder. Correta, o direito de petição é um dos mais democráticos direitos/garantias dos brasileiros e/ou estrangeiros.

  • Questão correta, apenas uma alternativa esta correta , a III, vejamos:

    I -   De acordo com a CF88, ainda permanece a prisão civil por divida. Na prática, de ACORDO COM O STF, hj não se admite. Vamos atentar aos detalhes da pergunta, se fosse de acordo com o STF, ae sim o ítem estaria correto.

    II - ERRADO, é qualquer cidadão, lembre-se que cidadão não é qualquer pessoa.

    III - correto, definido pelo colega abaixo 

  • CORRETO O GABARITO...

    Conforme orientação jurisprudencial do STF e em perfeita sincronia com a Convenção Americana - Pacto de San José da Costa Rica:

    CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (1969)*

    (PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA)

    Artigo 7º - Direito à liberdade pessoal

    7. Ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar.

  • A prisão civil do depositário infiel na visão do Supremo Tribunal Federal

    Recente decisão do Plenário do Supremo Tribunal Federal deixou assente que, desde a ratificação, pelo Brasil, do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (art. 11) e do Pacto de São José da Costa Rica (Convenção Americana sobre Direitos Humanos aprovada no Brasil pelo Decreto Legislativo n. 27, de 25-9-1992, e promulgada pelo Decreto n. 678, de 6-11-1992), não haveria mais base legal para a prisão civil do depositário infiel, prevista no art. 5º, LXVII, mas apenas para a prisão civil decorrente de dívida de alimentos.
     
  • CORRETA: A

    I. A Constituição brasileira não admite prisão civil por dívida.  ERRADA, A CONSTITUIÇÃO EXPRESSAMENTE ADMITE. Em Dezembro de 2009, o STF julgou que não ser cabível a prisão do depositário infiel, pois reconheceu o pacto de San Jose da Costa Rica (assinado pelo Brasil) com status supralegal, e neste pacto proibia-se a prisão por dívida. Desta forma, tornaram-se inaplicáveis as leis que permitiam a prisão do depositário infiel. Por terem se tornado inaplicáveis, elas não possuem mais força para conter a norma constitucional neste ponto. PORTANTOÉ ENTENDIMENTO DO STF, RECENTEMENTE A ESAF PERGUNTOU EXATEMENTE ISSO , SE A CONSTITUIÇAO EXPRESSAMENTE ADMITIA A prisão civil por dívida, E MUITOS CAIRAM, A QUESTÃO ESTAVA E ESTÁ CORRETÍSSIMA.

    II. Qualquer brasileiro pode usar a ação popular. ERRADA. CIDADÃO

    III. O direito de petição aos Poderes Públicos é assegurado, constitucionalmente, aos estrangeiros, em defesa dos direitos ou abuso de poder. CORRETA

  • Olá, pessoal!
     
    A banca manteve a resposta como "A", conforme a divulgação do gabarito oficial definitivo, postado no site.
     
    Bons estudos!
  • III. O direito de petição aos Poderes Públicos é assegurado, constitucionalmente, aos estrangeiros, em defesa dos direitos ou abuso de poder.
    Certo.
    Art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
    a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
    b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

    Através da leitura do inciso XXXIV do art. 5º podemos perceber que TODOS, residentes ou não no Brasil, têm assegurado o seu direito de certidão. Lembrando também que uma das características dos direitos fundamentais é a universalidade, o que significa serem eles atribuídos a todos, independente de credo, cor, sexo, raça, origem ou nacionalidade (apesar de o caput do art. 5º assegurar alguns apenas aos brasileiros e estrangeiros residentes no país).

    Portanto, apenas o item III está correto.

    Bons estudos a todos!

  • Comentando as assertivas:

    I. A Constituição brasileira não admite prisão civil por dívida.
    Errado.
    Art. 5º, LXVII - Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

    Como podemos perceber a regra é NÃO HAVER prisão civil por dívida.
    Existem duas exceções a essa regra: o devedor de pensão alimentícia e o depositário infiel.
    O Pacto de São José da Costa Rica tornou inaplicável a prisão do depositário infiel pela razão de ter o Pacto de São José status de supralegalidade. A Constituição continua prevendo essa hipótese de prisão, porém a jurisprudência não. De qualquer forma ainda teríamos a hipótese da prisão inadimplente de pensão alimentícia, o que continuaria deixando a alternativa errada.

    II. Qualquer brasileiro pode usar a ação popular.
    Errado.
    Art. 5º, LXXIII - qualquer CIDADÃO é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

    Como podemos perceber, a ação popular é um instrumento importantíssimo para o efetivo exercício da cidadania, portanto só pode ser exercida por CIDADÃOS e não por quaisquer brasileiros.
    A cidadania é adquirida com a obtenção da capacidade eleitoral ativa, de forma mais clara, com a efetiva capacidade de votar, e nem todos têm essa capacidade.
  • DÚVIDA!!!

    POR QUE a questão não foi anulada, sendo que a letra C e a E são a mesma coisa!!!
  • Ariana, simplesmente porque houve uma assertiva correta independente de haver essa falha e nenhuma das duas assertivas (C e E) eram corretas.
  • Vejam, o gabarito está correto, independente da época em que foi redigida. O caso cinge-se na análise do inciso LXVII do artigo 5o. não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel. Ou seja, a CF/88 admite a prisão civil por dívida no caso da pensão alimentícia. Nem precisamos entrar no questionamento quanto à dívida do depositário infiel.
    GABARITO CORRETO - somente uma é verdadeira, o item III.
  • Embora Fernandes Marinho esteja correto, que não existe mais prisão civil por dívida mas apenas a do depositário infiel, ainda existe a prisão civil por dívida de pensão alimentícia. Portanto apesar do posicionamento no STF, ele eliminou apenas uma das duas exceções, portanto, a questão está atualizada, ainda... a resposta permanece sendo a alternativa A. Somente ficaria desatualizada se também se elimina-se a prisão por pensão alimentícia.

  • aquestao esta perguntando sobre a constituicao, se estivesse peguntado, de acordo com o STF. ai seria uma prisao inlicita. 

     

  • Gab. A.

    Art. 5º, LXVII - "não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel".

    Bem, ainda existe a prisão decorrente por dívida civil, o STF decidiu pela supralegalidade do Pacto de São José, do qual o Brasil é signatário, que expressamente proíbe a prisão do depositário infiel. A prova do 14º concurso do Ministério Público do Trabalho deu por correta a seguinte assertiva: "O Pacto de São josé da Costa Rica restringe a prisão civil por dívidas ao devedor de alimentos"O STF se socorreu de uma interpretação muito interessante para deixar de aplicar o dispositivo constitucional em face do tratado internacional sobre direitos humanos. Como se sabe, não se pode declarar a inconstitucionalidade de uma norma constitucional originária e nem comporta revogação por outra norma inferior e o STF, de fato, não declarou a inconstitucionalidade, apenas determinou que é a lei civil que regulamenta a norma constitucional, o tema não decorre diretamente da constituição, o constituinte originário apenas autorizou a regulamentação do tema pelo legislador.

    Então, o STF entendeu que o Pacto de São José da Costa Rica é um tratado que versa sobre direitos humanos, portanto de aplicação imediata (§2º, art. 5º, CF) e possui status de norma supralegal se não foi incorporada no ordenamento jurídico nos termos do §3º, art. 5º, da CF. Os tratados internacionais incorporados antes da EC 45/04, são normas dotadas de supralegalidade, estão abaixo da CF e acima das leis, portanto, a proibição da prisão do depositário infiel tornou sem eficácia a disciplina da matéria pelo código civil, estando a norma constitucional apenas sem aplicação, porém intacta.

     

    III.  O direito de petição aos Poderes Públicos é assegurado, constitucionalmente, aos estrangeiros, em defesa dos direitos ou abuso de poder. Errado. O Direito de petição é um desdobramento do exercício da cidadania e do estado democrático de direito. O erro é sutil e reside na ausência de mencionar "residentes no país". De fato o direito de petição é uma garantia de todos, inclusive o STF reconhece a possibilidade deste ser invocado, inclusive, por entes despersonalizados. 

     

    II. A ação popular é uma forma de manifestação da soberania popular (art. 14, CF) e só deve ser manejada pelos cidadãos, ou seja, aqueles que se encontram no pleno exercício dos seus direitos políticos. Portanto, não é qualquer brasileiro, é qualquer cidadão brasileiro.

     

     

  • I - A CF admite a prisão por dívidas no caso do "inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia", que ainda vigora

    II - Ação Popular é somente para CIDADÃO não para qualquer brasileiro.

    III - CERTA!

    O direito de petição aos Poderes Públicos é assegurado, constitucionalmente, aos estrangeiros, em defesa dos direitos ou abuso de poder. 

    Em nenhum momento foi dito que só cabe a estrangeiros e não há necessidade de ser residente, haja vista que o STF já disse que os direitos fundamentais cabem numa amplitude maior que essa. Nada impede que um estrangeiro que tenha interesses no Brasil (empresa, por exemplo), mas não resida aqui, ingresse com uma petição em defesa de algum interesse seu. Qual o problema em teses com isso? nenhum!

    ....mas é uma questão muito mal elaborada!


ID
244504
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Sobre o regime constitucional dos Estados Federados, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • a) Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, licenças e impedimentos. Errada, por causa da expressão "sistema eleitoral" uma asssembleia legislativa não tem competência nenhuma para modificar o sistema eleitoral mesmo que seja de seu Estado;

    b) Os subsídios dos deputados Estaduais serão fixados por lei estadual. Correta, "Art. 27, § 2º – O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa..."

    c) Podem explorar diretamente os serviços locais de gás canalizado. Correta, porém percebam a generalização que essa alternativa fez, só que vale ressaltar um detalhe; o fato da alternativa ter citado apenas a expressão "explorar diretamente" não deixa a questão equivocada, pois segundo a lei:

    Essa exploração ocorrerá OU diretamente OU por meio de concessão;

    d) Incluem-se, entre os bens do Estado, as terras devolutas, não compreendidas entre as da União. Correta, pois:

    Art. 26 – Incluem-se entre os bens dos Estados:

    IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

    e) O limite dos subsídios dos Deputados Estaduais é de 75% dos subsídios dos Deputados Federais. Correta, haja vista que:

     

    § 2º – O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.   Eu particularmente não gosto de dá "Ctrl + C" e "Ctrl + V" na CF/88, mas existem questões que só podem ser decifradas dessa maneira.
  • O erro da alternativa "a" não se resume ao uso da expressão "sistemas"eleitorais". De fato, a Constituição do estado não pode adotar outros sistemas eleitorais distintos daqueles previstos na Constituição Federal ** . Ainda mais, temos que a CF apenas permite que as Assembléias Legistativas disponham sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria. (art. 27, § 3º) No que concerne à inviolabilidades, imunidades, remuneração, licenças e impedimentos, aplicam-se as disposições da Constituição Federal (art. 27, § 1º).


    **Fonte: Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino. Resumo de Direito Constitucional Descomplicado (2009 p. 128)

    Disposições da CF/88:
    Art. 27 (...) § 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.

    (...)


    § 3º - Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
  • § 3º - Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.

  • Constituição Federal:

    Letra a) Art. 27, § 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.

    § 3º - Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.

    Letra b) Art. 27, § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa.

    Letra c) Art. 25, § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

    Letra d) Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

    Letra e) Art, 27, § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

  • Gabarito: A

    Precisaria nem ter estudado muito esse assunto pra acertar a questão. Imagine aí como seria se os próprios deputados estaduais determinassem a sua própria inviolabilidade, imunidades, remuneração, licenças e impedimentos. Seriam Deuses! kkk

  • A questão aborda a temática relacionada ao regime constitucional dos Estados Federados. Analisemos cada uma das alternativas:

    Alternativa “a”: está incorreta. As Assembleias Legislativas não possuem autonomia para dispor sobre sistema eleitoral próprio, pois devem seguir os ditames da Constituição Federal, conforme art. 27, §1º. Nesse sentido:

    Art. 27, §1º, CF/88 - “Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas”.

    Alternativa “b”: está correta. Conforme art. 27, § 2º, CF/88 - “O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I”.

    Alternativa “c”: está correta. Segundo art. 26, § 2º, CF/88 - “Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação”.

    Alternativa “d”: está correta. Conforme art. 26, CF/88, “Incluem-se entre os bens dos Estados: IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União”.

    Alternativa “e”: está correta. Conforme art. 27, § 2º, CF/88 - “O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I”.

    Gabarito do professor: letra a.


  • GABARITO:A

     

    A questão aborda a temática relacionada ao regime constitucional dos Estados Federados. Analisemos cada uma das alternativas:


    Alternativa “a”: está incorreta. As Assembleias Legislativas não possuem autonomia para dispor sobre sistema eleitoral próprio, pois devem seguir os ditames da Constituição Federal, conforme art. 27, §1º. Nesse sentido:


    Art. 27, §1º, CF/88 - “Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema
    eleitoral
    , inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas”.


    Alternativa “b”: está correta. Conforme art. 27, § 2º, CF/88 - “O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I”.

     

    Alternativa “c”: está correta. Segundo art. 26, § 2º, CF/88 - “Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação”.


    Alternativa “d”: está correta. Conforme art. 26, CF/88, “Incluem-se entre os bens dos Estados: IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União”.


    Alternativa “e”: está correta. Conforme art. 27, § 2º, CF/88 - “O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I”.


    FONTE: PROFESSOR DO QC

  • Não entendo o motivo de a letra E não ser a incorreta tendo em vista que a alternativa diz que É de 75% e na lei diz que é de NO MÁXIMO 75%, pra mim questão passível de anulação. Só eu que penso assim?

ID
244507
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O atestado é uma declaração da Administração referente a uma situação de quem tem conhecimento em razão de atividade de seus órgãos. O atestado é classificado como um ato

Alternativas
Comentários
  • Atos Negociais - Aqueles que são de interesse ao mesmo tempo da administração e do particular, sendo concedidos a partir da vontade do particular, desde que haja também, obviamente, o interesse público. Ex: São atos de gestão nos quais a Administração não age de forma imperativa, coercitiva, mas sim permitindo, concedendo o que foi solocitado. São as licenças, autorizações, permissões, admissões, vistos e homologações.

    Atos Ordinatórios - São os que ordenam, organizam o funcionamento interno da administração, assim, não obrigam particulares, mas APENAS os próprios agentes administrativos, em função do poder hierárquico. Ex: São as instruções, circulares, avisos, portarias, ofícios, ordens de serviço e despachos.

    Atos Normativos - São aqueles que dispõem normas administrativas gerais e abstratas, dirigidas a todas as pessoas que se encontrem em determinada situação, visando explicar o conteúdo das leis, em função do poder regulamentar. Ex: São os decretos, regulamentos, resoluções, regimentos, deliberações e instruções normativas.

    Atos punitivos - são aqueles que contêm uma sanção imposta pela lei e aplicada pela Administração, visando punir as infrações administrativas e condutas irregulares de servidores ou de particulares perante a Administração.

  • Gabarito A

    Ato Enunciativo - é aquele em que a administração enuncia, atesta determinada siatuação que já existia, como nas certidões, atestados, e vistos. Uma certidão negativa de tributos apenas atesta a situação de fato de que o contribuinte não é devedor do tributo. Como esses atos apenas reconhecem uma situação preexistente, não criando ou modificando direitos, entendem alguns autores que estes atos não são atos administrativos propriamente ditos, mas simples atos da administração, não tendo efeitos jurídicos.

  •  

    Os atos enunciativos...

    Segundo Di Pietro, aqueles onde " a Administração Pública apenas atesta ou reconhece determinada situação de fato ou de direito".Alguns autores ainda o consideram como "meros atos administrativos, e não como atos administrativos propriamente ditos. Por fim, os atos enunciativos exigem a prática de outro ato administrativo, constitutivo ou declaratório, este, sim, produtor de efeitos jurídicos".

  • A CERTIDÃO TAMBÉM É ATO ENUCIAATIVO
  • Não ha muito o que pensar, alternativa A, faz referencia a parte de especies de Atos = Enunciativo
  • Mnemônico para gravar os enunciativos: C A P A

    C - Certidão
    A - Apostila
    P - Parecer
    A - Atestado


    Bons estudos! Deus abençoe a todos!
  • Classificação dos atos segundo (Hely Lopes Meirelles),

    Normativos são os atos administrativos marcados pela existência concomitante de abstração quanto ao conteúdo e generalidade quanto aos seus destinatários. Incluem-se, nessa moldura, os seguintes atos normativos: a) regimentos (atos normativos internos que, baseados no poder hierárquico, destinam-se a reger órgãos colegiados ou corporações legislativas); b) instruções ministeriais; c) decretos regulamentares; d) instruções normativas.

    Negociais são atos destituídos de imperatividade, eis que seus efeitos são desejados pelo administrado. Exemplos: a) licença; b) autorização; c) admissão; d) permissão; e) nomeação; f) exoneração a pedido 

    Ordinatórios são atos internos que, baseando-se no poder hierárquico, são direcionados aos próprios servidores públicos. Exemplos: circulares, avisos, portarias, instruções, provimentos, ordens de serviço, ofícios e despachos.

    Enunciativos são atos por meio dos quais a Administração atesta ou reconhece uma situação de fato ou de direito. Exemplos: certidões, atestados, informações, pareceres, apostilas (atos enunciativos de uma situação anterior). 

    Punitivos são aqueles que, lastreados no poder disciplinar ou poder de polícia, impõem sanções sobre os servidores e particulares. Atos punitivos externos: multas, interdição de atividade, destruição de coisas. Atos punitivos internos: advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria, etc.
     
    Bons estudos!!!
  • GABARITO ITEM A

     

    ATOS ENUNCIATIVOS

    BIZU: ''CAPA''

    CERTIDÃO

    ATESTADO

    PARECER

    APOSTILA

     

  • ATOS ENUNCIATIVOS


ID
244510
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Analise as afirmações abaixo.

I. Avocar funções é ato correspondente ao poder disciplinar.

II. Conveniência e oportunidade formam o núcleo do poder vinculado.

III. Nos termos da Lei 6123/68, que dispõe sobre o regime jurídico dos funcionários públicos civis do Estado, o funcionário responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular e suas atribuições.

Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Poder Disciplinar - é aquele pelo qual a Administração Pública pode, ou melhor, DEVE apurar as infrações e, conforme o caso, aplicar devidas punições a seus servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina interna da Administração.

    Poder Vinculado   - é aquele que a lei confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização, neste a administração fica "presa" aos dispositivos legais, ele tem de agir conforme a lei exige.

  • I. Avocar funções é ato correspondente ao poder HIERÁRQUICO.

    II. Conveniência e oportunidade formam o núcleo do poder DISCRICIONÁRIO.

    III. Nos termos da Lei 6123/68, que dispõe sobre o regime jurídico dos funcionários públicos civis do Estado, o funcionário responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular e suas atribuições.(nunca li essa Lei, mas tá parecido com a 8.112, e pelos os outros dois itens errados dá pra matar a questão)

  • AVOCAÇÃO - Segundo Maria Sílvia de Pietro - Para o termo "AVOCAR" é atribuído o significado de "chamar" a responsabilidade de um ato administrativo, de modo que o funcionário que tem a prerrogativa de comando conduza o problema a melhor solução.
    Para o termo "DELEGAR" atribui-se o significado de que tem a prerrogativa de comando ou o poder decisões escolha dentre o seu quadro de funcionários ou servidores qual deverá desempenhar uma missão qualquer, por exemplo, o "Delegado de Polícia" delega a um Ivestigador de Polícia uma ivestigação que deva ser realizada, e ao final desta apresentar-lhe os resultados
  • Apenas contribuindo a fim de somar conhecimentos e compartilhá-los entre nós outros, segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, "a doutrina em geral aponta como decorência do poder hierárquico as prerrogativas, exercidas pelo superior sobre seus subordinados, de dar ordens, fiscalizar, controlar, aplicar sanções, delegar competências e avocar competências.".

    Destaco ainda que o poder hierárquico caracteriza-se pela existência da subordinação, e esta existe no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. Não há hierarquia entre diferentes pessoas jurídicas, nem entre os Poderes da República, segundo os mesmos autores.

    Abçs a todos e bons estudos.

    Anderson
  • Gabarito: C

    Lei 6.123/68:
    "Art. 195. Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente."


    Obs: A Lei 6.123/68 instituiu o Regime Jurídico (Estatuto) dos Funcionários Públicos Civis do Estado de PERNAMBUCO.


    Bons estudos!!
  • Corrigindo o colega Renato.
    A Lei 8.112, de 11 de Dezembro de 1990, dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da UNIÃO, das autarquias e das fundações FEDERAIS.
    Bons estudos.

  • Gabarito: LETRA C

     

    I.  ERRADA! Avocar funções é ato correspondente ao poder disciplinar. 

    O ato de avocação deocrre do Poder Hierárquico, não do Poder Disciplinar.



    II.  ERRADA! Conveniência e oportunidade formam o núcleo do poder vinculado.

    Coveniência e oportunidade forma o núvleo do ato discricionário. 



    III. CORRETA! Nos termos da Lei 6123/68, que dispõe sobre o regime jurídico dos funcionários públicos civis do Estado, o funcionário responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular e suas atribuições. 

    Art. 195. Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente.


ID
244513
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Entre as formas de provimento abaixo, assinale a única que é classificada como de provimento originário.

Alternativas
Comentários
  • Provimento originário é o preenchimento de classe inicial de cargo não decorrente de qualquer vínculo anterior entre o servidor e a Administração. A única forma de provimento originário atualmente compatível com a Constituição é a nomeação e, para os cargos efetivos, depende sempre de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos (CF, art. 37, II).

    Provimento derivado é o preenchimento de cargo decorrente de vínculo anterior entre o servidor e a Administração. As formas de provimento derivado compatíveis com a CF/88 e enumeradas no art. 8º da Lei nº 8.112/90 são a promoção, a readaptação, a reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recondução.

  • Nomeação é uma das sete formas de provimento previstas na Lei 8.112/90 (art.8o). É a única forma de provimento originário, sendo as demais derivadas, pois pressupõem um vínculo prévio do servidor com o Poder Público.

  • Provimento é o ato administrativo por meio do qual é preenchido cargo público, com a designação de seu titular.

    Nesse sentido, a Lei n.º 8.112/90 apresenta, em seu art. 8º, as formas de provimento de cargo público, quais sejam:

    (1) nomeação;

    (2) promoção;

    (3) readaptação;

    (4) reversão;

    (5) aproveitamento;

    (6) reintegração; e

    (7) recondução.

    Por sua vez, Provimento originário é o preenchimento de classe inicial de cargo não decorrente de qualquer vínculo anterior entre o servidor e a Administração. Decorre, conforme o teor do artigo 37, II, da Constituição Federal, de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos.O provimento originário se dará por meio de nomeação.

  • A nomeação é a única originária, as demais formas de provimento são derivadas.
    Originária pq independe da situação anterior do servidor.
    Por outro lado o provimento derivado exige a premissa de já ser servidor. 
  • Provimento originário é o preenchimento de classe inicial de cargo não decorrente de qualquer vínculo anterior entre o servidor e a Administração. A única forma de provimento originário atualmente compatível com a Constituição é a nomeação e, para os cargos efetivos, depende sempre de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos (CF, art. 37, II).



    portanto o gabarito é a Letra "B"
  • Existem duas espécies de provimento, que são o provimento originário (aquele em que o preenchimento do cargo dá início a uma relação nova) e o provimento derivado (aquele em que o cargo é preenchido por alguém que já tenha vínculo anterior). Neste contexto, podemos afirmar que a Nomeação é o ato administrativo que materializa o provimento originário. E mais, dentre os institutos existentes no rol do Art. 8.°, o único provimento que se classifica como originário, é a nomeação. Resta equivocada a assertiva.
    GABARITO DEFINITIVO: Letra"B"
  • todo concurseiro sabe essa, a tão sonhada N O M E A Ç Ã O!

  • Nomeação.

    É ato unilateral (não depende de vontade da pessoa nomeada).

    Não gera vínculo entre o servidor e administração

    Provimento originário.

    Bons Estudos!


ID
244516
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Nos termos da Lei Complementar de Nº 106/2007, que dispõe sobre normas disciplinares dos Agentes de Segurança Penitenciária e dá outras providências, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    LEI COMPLEMENTAR Nº 106, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2007

    ART. 11 - A PENA DE DEMISSÃO DO AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA SERÁ APLICADA NOS CASOS DE:

    (...)
    VIII - LESÃO AOS COFRES PÚBLICOS E DILAPIDAÇÃO DO PATRIMÔNIO ESTADUAL.

  • A resposta da questão encontra-se no art. 11, VIII, da LEI COMPLEMENTAR Nº 106, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2007.

    Art. 11. A pena de demissão do Agente de Segurança Penitenciária será aplicada nos casos de:

    .

    .

    .

    VIII – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual;


ID
244519
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Analise as perguntas abaixo.

I. As Autarquias são pessoas jurídicas de direito público que compõem a administração direta?

II. As Empresas Públicas são compostas de capital exclusivamente público ?

III. A criação de Sociedade de Economia Mista depende de lei específica autorizativa?

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

Alternativas

ID
244522
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Analise as seguintes proposições.

I. Embora não seja lei, a medida provisória tem força de lei, e, por essa razão, é possível aumentar-se a pena de um determinado delito pelo uso dessa medida.

II. Em Direito Penal, não se admite a instituição de crimes e a cominação de penas por normas consuetudinárias.

III. Segundo a Constituição Federal, apenas o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas podem ordinariamente legislar em matéria penal, sendo vedado às Câmaras Municipais fazê-lo.

IV. No Direito Penal contemporâneo, é possível a utilização da analogia "in bonam partem".

São CORRETAS

Alternativas
Comentários
  • CORRETO O GABARITO....

    Em matéria de Direito Penal a competência privativa é da União....

  • I - Está incorreta porque medida provisória não pode dispor sobre matéria penal.

    II - Correta, é o princípio da reserva legal (exclusividade da lei penal para criação de delitos e penas).

    III - Incorreta. A União, privativamente, legisla sobre matéria penal. Excepcionalmente, porém, os Estados podem fazê-lo, em matérias específicas, autorizadas por lei complementar (está expressamente disposto no parágrafo único do artigo 22 da CF).

     

    Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

    I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

    (Recurso mnemônico: CAPACETE DE PM)

     

    Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

     
    IV - Correta. É admitido no Direito Penal a analogia "in bonam partem" (a única inclusive, já que é expressamente vedada a analogia "in malam partem", que prejudica o réu).
  • I-Errada: vide inciso I do § 1º do art, 62 da CF
    II-Correta: em virtude do princípio da legalidade, inciso XXXIX do art. 5º da CF
    III-Errada: Somente a União (através do CN) tem competência para legislar sobre Direito Penal (vide inciso I do art. 22 da CF)
    IV-Correta: apenas a analogia in malam partem não é admitida

    Que Deus os abençõe
  • Em relação à assertiva I, errada:
    Constituição Federal -
    Art. 62 - Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

    § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

    I – relativa a:

    ...........................

    b) direito penal, processual penal e processual civil;

  • I - ERRADA. Pois medida provisória não tem competência para tratar de matéria penal.
    II - CORRETA. A lei penal é formal, escrita em um documento e não consuetudinária impondo através de regras costumeiras.
    III - ERRADA. Compete apenas à União legislar em matéria penal.
    IV - CORRETA. "in bonam partem" está relacionado a retroatividade da lei penal, que só poderá retroagir em benefício de réu.

    É isso.
  • Prezados,

    MP é perfeitamente possível no caos de abolitio criminis. É poossível verificar esse entendimento no STF.

    STF - AI 680.361/SC - DJ 9.03.2010
    "Medida provisória: sua inadmissibilidade em matéria penal - extraída pela doutrina consensual - da interpretação sistemática da Constituição -, não compreende a d normas penais benéficas, assim, as que abolem vrimes ou lhes restrigem o alcance, extingam ou abrandem penas ou ampliam os casos de isenção de pena ou de extinção de punibilidade. "

     

  • ALTERNATIVA E.

    I - ERRADA - Expressamente proibido MP tratar de Direito Penal. Cuidado: apesar de não ser possível que medida provisória trate de matéria penal, há ressalva para normas penais benéficas, segundo entendimento do STF.

    II - CORRETA. No Direito Penal brasileiro SOMENTE se admite normas escritas para criação de delitos e/ou majoração de penas.

    III - ERRADA - Legislar sobre Direito Penal é competência privativa da UNIÃO.

    IV - CORRETA. Analogia para beneficiar o réu é perfeitamente admitida. Não se admite a analogia "in malam partem".

  • Quem veio aqui por causa do concurso de Delegado do PE rsrs

  • EU. (Renato Alves)

    BANCA RIDICULA PARA APLICAR O CONCURSO DE DELTA.

  • u tbm só estou aqui por conta da prova de Delta de PE!
    GENTE, essa banca quase não tem prova na área, estou perdida quanto ao estilo da Banca!
    será que existe outra banca parecida para treinarmos???

  • Punk!!!

    Parecida com esta banca ... Só a Vunesp!!!

    Afif...

  • Quem treina pela Cespe, ta preparado até para as Olimpíadas, rsrsrs!

  • Yo también! kkkk. Achei104 questões da UPNETE aqui, contendo o conteúdo programático do DELTA, pelo visto não mudou a elaboração das questões desde que fiz policia militar de Pernambuco em 2009. Pelo que sinto serão 50% da prova a letra seca da lei e 50% de doutrina.

  • Realmente pessoal, não tem muitas questões desta banca, mas manter o foco que vai dar certo!

  • I. Embora não seja lei, a medida provisória tem força de lei, e, por essa razão, é possível aumentar-se a pena de um determinado delito pelo uso dessa medida.

    A afirmativa I está INCORRETA, pois, conforme artigo 62, §1º, alínea "b", primeira parte, da Constituição Federal, é vedada a edição de medidas provisórias sobre direito penal:

    Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    I – relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    III – reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    § 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    § 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    § 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    § 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    § 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    § 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    § 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    § 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

    ___________________________________________________________________________
    II. Em Direito Penal, não se admite a instituição de crimes e a cominação de penas por normas consuetudinárias.

    A afirmativa II está CORRETA. Conforme leciona Cleber Masson, no Direito Penal, o costume nunca pode ser empregado para criar delitos ou aumentar penas. A lei é a única e exclusiva fonte formal imediata.
    ___________________________________________________________________________
    III. Segundo a Constituição Federal, apenas o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas podem ordinariamente legislar em matéria penal, sendo vedado às Câmaras Municipais fazê-lo.

    A afirmativa III está INCORRETA, pois a competência para legislar sobre direito penal é privativa da União (Congresso Nacional), nos termos do artigo 22, inciso I, da Constituição Federal, não podendo nem os Estados (Assembleias Legislativas) nem os Municípios (Câmaras Municipais) legislarem sobre a matéria:

    Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

    I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

    II - desapropriação;

    III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;

    IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;

    V - serviço postal;

    VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;

    VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;

    VIII - comércio exterior e interestadual;

    IX - diretrizes da política nacional de transportes;

    X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;

    XI - trânsito e transporte;

    XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;

    XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;

    XIV - populações indígenas;

    XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;

    XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;

    XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)  (Produção de efeito)

    XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;

    XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;

    XX - sistemas de consórcios e sorteios;

    XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;

    XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;

    XXIII - seguridade social;

    XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;

    XXV - registros públicos;

    XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;

    XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;

    XXIX - propaganda comercial.

    Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

    ___________________________________________________________________________
    IV. No Direito Penal contemporâneo, é possível a utilização da analogia "in bonam partem".

    A alternativa IV está CORRETA. Cleber Masson ensina que a analogia "in bonam partem" é aquela pela qual se aplica ao caso omisso uma lei favorável ao réu, reguladora de caso semelhante. É possível no Direito Penal, exceto no que diz respeito às leis excepcionais, que não admitem analogia, justamente por seu caráter extraordinário.

    Masson dá o seguinte exemplo: imagine uma adolescente de 13 anos de idade vítima de estupro de vulnerável (CP, art. 217-A, "caput", com a redação conferida pela Lei 12.105/2009), crime do qual resultou sua gravidez. Questiona-se: seria possível o aborto? A lei nada diz. Entretanto, o artigo 128, II, do Código Penal autoriza a interrupção da gravidez resultante de estupro (aborto sentimental), sem mencionar o estupro de vulnerável, crime inexistente à época em que foi redigido o artigo 128 do Código Penal. Ora, a situação é semelhante: a gravidez é indesejada, pois originária de um delito contra a dignidade sexual. Ademais, o fundamento da autorização legal do aborto é evitar que a presença do filho traga à mãe recordações de um ato covarde contra ela praticado. Perfeitamente cabível, assim, a analogia.
    ___________________________________________________________________________
    Estando corretas as afirmativas II e IV, deve ser assinalada a alternativa E.

    Fonte: MASSON, Cléber Rogério. Direito Penal esquematizado – Parte Geral. v.1. 7.ed. São Paulo: Método, 2013.

    RESPOSTA: ALTERNATIVA E
  • Direito consuetudinário é o direito que surge dos costumes de uma certa sociedade, não passando por um processo formal de criação de leis, no qual um poder legislativo cria leis, emendas constitucionais, medidas provisórias etc.

  • Isso tudo pra ser agente prisional? A galera ta passando dos limites.

  • Gab. E

    Fui por eliminação. Não fazia ideia do que era Direito consuetudinário .


ID
244525
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Sempre exclui a ilicitude, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa "D" correta.

    A maioria da doutrina entende que se trata de uma causa de exclusão da ilicitude ou consentimento em sentido estrito, esta é a regra, espécie em que o professor Luiz Régis Prado entende como “renúncia à proteção jurídica”. Contudo, quando o dissenso for elementar do tipo, a toda evidência, excluirá a própria tipicidade, constituindo-se em um “acordo”, conforme termo utilizado por Hans-Heinhich Jescheck.

  • Para a exclusão da antijuridicidade o bem tem que ser disponível (como a honra). Caso o bem seja indisponível (como a vida), não existá a eximente.
  • Questão capsiosa!

    o objetivo dessa questão era testar o conhecimento sobre as excludentes!

    o consentimento do ofendido, por si só, nem sempre será uma excludente, vai depender do crime para caracterizar a excludente!
  • Concordo com vc, Kelly. A questão diz SEMPRE, porém nem sempre o consentimento do ofendido exclui a Ilicitude/antijuridicidade.
    Bons estudos!
  • Também concordo, devemos estar atentos à disponibilidade do bem jurídico tutelado.

    Bons estudos.
  • Nem sempre o consentimento do ofendido excluirá a ilicitude:

    O não consentimento da vítima não integra o tipo penal – ex. no caso do estupro, o não consentimento da vítima integra o tipo penal. Assim se a vítima consentir na relação sexual, não haverá o fato típico, sendo causa de excludente de típicidade

    Ademais, o consentimento deve se revestir dos seguintes requisitos:
     
    a) O ofendido tem de ser capaz – é saber o este faz;
    b) O consentimento deve ser válido – o consentimento deve ser livre e consciente;
    c) O bem consentido deve ser disponível
    d) O bem sobre o qual recai o consentimento deve ser um bem próprio – não existe um consentimento do bem de terceiro;
    e) O consentimento deve ser antes ou durante a execução – o consentimento posterior não exclui a ilicitude, mas pode excluir a punibilidade em crimes de ação privada (pode ser renúncia ou perdão do ofendido);
    f) Consentimento deve ser expresso – obs. Tem doutrina reconhecendo o consentimento tácito;
    e) Conhecimento da situação de fato que seja justificante – o agente deve conhecer a situação de consentimento da vítima.
  • Acrescentando um pouco mais sobre o consentimento do ofendido:

    Conceito: significa o ato livre e consciente da vítima (ou do ofendido) capaz em anuir ou concordar de modo inquestionável com a lesão ou perigo de lesão a bem jurídico disponível do qual é o único titular ou agente expressamente autorizado a dispor sobre ele.
    Natureza jurídica: o consentimento do ofendido, a depender da construção do tipo incriminador diante do qual analisado, pode apresentar-se como:
    1.Causa de exclusão da tipicidade. 2. Causa supra-legal de exclusão da ilicitude.
    Requisitos:
    1.Que o bem jurídico sobre o qual incida a conduta lesiva seja passível de disposição pelo seu titular.
    2.Que o ofendido tenha capacidade jurídica para consentir
    3.que o ofendido tenha manifestado seu consentimento de forma livre;
    4.Que o ofendido tenha manifestado seu consentimento de maneira inequívoca, ainda que não expressamente;
    5.Que o consentimento tenha sido dado pela vítima antes ou durante a conduta lesiva;
    6.Que o autor do consentimento seja o titular exclusivo do bem jurídico disponível ou que tenha autorização expressa para dispor sobre o bem jurídico.


  • Ué?

    Mas nem SEMPRE a legítima defesa real exclui a ilicitude!!!

    Ela não vela quando temos uma legítima defesa real contra outra legítima defesa real, pois como todos sabem a agressão tem que ser injusta.


    Letra A - ERRADA

  • Nem sempre, o consentimento do ofendido exclui a ilicitude, algumas vezes ele pode excluir a tipicidade.

    O consentimento do ofendido, a depender da construção do tipo incriminador diante do qual analisado, pode apresentar-se como:


    a) Causa de exclusão da tipicidade: se o tipo penal exige o dissenso da vítima, enquanto um dos requisitos objetivos formais necessários à completude da figura incriminadora, é claro que o válido consentimento do ofendido exclui a tipicidade. Ex.: crimes de violação de domicílio - art. 150 do CP (se alguém permite ou tolera que terceiro ingresse em sua casa, ausente estará a tipicidade da conduta) e estupro - art. 213 do CP (se a mulher consente na relação sexual, inexiste tipicidade);



    b) Causa supra-legal de exclusão da ilicitude: o consentimento do ofendido, fora essas hipóteses em que o dissenso da vítima constitui requisito da figura típica, pode excluir a ilicitude, se praticado em situação justificante. Ex.: aquele que realiza tatuagens no corpo de terceiros pratica conduta típica de lesões corporais (art. 129 do CP), muito embora lícita, se verificado o consentimento do ofendido; aquele que inutiliza coisa de terceiro, ainda que a pedido deste, pratica conduta típica de dano (art. 163 do CP), muito embora lícita, se presente o consentimento da vítima.



    Alguns doutrinadores mencionam a possibilidade de o consentimento do ofendido constituir causa especial de diminuição de pena. A jurisprudência brasileira registra como exemplo disto a eutanásia. Aquele que mata a pedido da vítima e para abreviar o sofrimento desta, teria praticado, segundo a jurisprudência majoritária, homicídio privilegiado (por motivo de relevante valor moral - art. 121, § 1º, CP)[1]. Não haveria, neste caso, exclusão da tipicidade tampouco da ilicitude, uma vez que a vida seria considerada bem indisponível.

  • O estado de necessidade SEMPRE exclui a ILICITUDE?

  • Art 23 CP

  • Analisando as alternativas:

    A) legítima defesa real.

    A alternativa A está INCORRETA, pois a legítima defesa sempre exclui a ilicitude, nos termos do artigo 23, inciso II, do Código Penal:

    Exclusão de ilicitude
    (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    A legítima defesa está definida no artigo 25 do Código Penal:

    Legítima defesa

    Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Sobre a legítima defesa, Cleber Masson leciona que, no que tange ao aspecto subjetivo daquele que se defende, a legítima defesa pode ser:

    (i) Real: é a espécie de legítima defesa em que se encontram todos os requisitos previstos no artigo 25 do Código Penal. Exclui a ilicitude do fato (CP, art. 23, II);

    (ii) Putativa ou imaginária: é aquela em que o agente, por erro, acredita existir uma agressão injusta, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Exemplo dado por Masson: "A" foi jurado de morte por "B". Em determinada noite, em uma rua escura, encontram-se. "B" coloca a mão no bolso, e "A", acreditando que ele iria pegar uma arma, mata-o. Descobre-se, posteriormente, que "B" tinha a intenção de oferecer-lhe um charuto para selar a paz.

    O fato típico praticado permanece revestido de ilicitude, e seus efeitos variam em conformidade com a teoria adotada no tocante às descriminantes putativas.

    (iii) Subjetiva ou excessiva: é aquela em que o agente, por erro de tipo escusável, excede os limites da legítima defesa. É também denominada de excesso acidental. Exemplo dado por Masson: "A", de porte físico avantajado, parte para cima de "B", para agredi-lo. Este, entretanto, consegue acertar um golpe violento, fazendo seu inimigo desmaiar. Não percebe, contudo, que "A" estava inconsciente e, com medo de ser agredido, continua a desferir socos desnecessários. Não responde pelo excesso, em face de sua natureza acidental.
    ___________________________________________________________________________
    B) estado de necessidade.

    A alternativa B está INCORRETA, pois o estado de necessidade sempre exclui a ilicitude, nos termos do artigo 23, inciso I, do Código Penal:

    Exclusão de ilicitude
    (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    ___________________________________________________________________________
    C) estrito cumprimento do dever legal.

    A alternativa C está INCORRETA, pois o estrito cumprimento do dever legal sempre exclui a ilicitude, nos termos do artigo 23, inciso III, primeira parte, do Código Penal:

    Exclusão de ilicitude
    (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
    ___________________________________________________________________________
    E) exercício regular de direito.

    A alternativa E está INCORRETA, pois o exercício regular de direito sempre exclui a ilicitude, nos termos do artigo 23, inciso III, parte final, do Código Penal:

    Exclusão de ilicitude
    (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
    ___________________________________________________________________________
    D) consentimento do ofendido.

    A alternativa D está CORRETA, pois o consentimento do ofendido nem sempre exclui a ilicitude. Conforme leciona Cleber Masson, o consentimento do ofendido como tipo penal permissivo tem aplicabilidade restrita aos delitos em que o único titular do bem ou interesse juridicamente protegido é a pessoa que aquiesce ("acordo" ou "consentimento") e que pode livremente dele dispor.
    De uma maneira geral, estes delitos podem ser incluídos em quatro grupos diversos: (i) delitos contra bens patrimoniais; (ii) delitos contra a integridade física; (iii) delitos contra a honra; e (Iv) delitos contra a liberdade individual.
    Masson prossegue ensinando que, nos crimes contra o patrimônio, por óbvio, somente se aceita a disponibilidade se houver o emprego de violência à pessoa ou grave ameaça durante a execução do delito. E, nos crimes contra a integridade física, nas hipóteses em que a lei condiciona a persecução penal à iniciativa do ofendido ou de quem o represente, seja com o oferecimento de representação, seja com o ajuizamento de queixa-crime.
    Em síntese, de acordo com Masson, é cabível unicamente em relação a bens jurídicos disponíveis. Se indisponível o bem jurídico, há interesse privativo do Estado e o particular dele não pode renunciar.
    Ademais, é correto afirmar que o consentimento do ofendido somente pode afastar a ilicitude nos delitos em que o titular do bem jurídico tutelado pela lei penal é uma pessoa, física ou jurídica. Não tem o condão de excluir o crime quando se protegem bens jurídicos metaindividuais, ou então pertencentes à sociedade ou ao Estado.
    __________________________________________________________________________
    Fonte: MASSON, Cléber Rogério. Direito Penal esquematizado – Parte Geral. v.1. 7.ed. São Paulo: Método, 2013.

    Resposta: ALTERNATIVA D
  • Somente para complementar os comentários do colegas: 

    O consentimento do ofendido quando manifestado durante a pratica do ato ou posterior a ele, segunda a doutrina, pode significar renúncia ou perdão, causas extintivas da punibilidade nos crimes de ação penal privada. 

  • GAB 

    D

  • Ex: crime de aborto provocado por outrem, mas com a autorização da gestante 

  • Questão antiga e que não perde a propriedade em sua aplicação...

    ...Importante ressaltar que o erro só existe porque a questão aponta que sempre será excluída a ilicitude. O Consentimento do Ofendido é pacificamente aceito como Causa de Excludente de Ilicitude, mas há critérios essenciais à sua aplicação:

    1 - O dissentimento não pode ser elementar do tipo penal

    2 - O Ofendido tem que ser CAPAZ

    3 - O Consensimento deve ser válido

    4 - O bem deve ser disponível

    5 - O bem deve ser próprio

    6 - O consentimento deve ser prévio ou simultâneo à lesão

    7 - O consentimento deve ser expresso

    8 - Ciência da situação de fato que autoriza a justificante

     

  • Cuidado! A Doutrina entende que o "consentimento do ofendido" pode, a depender do caso, afastar a ilicitude da conduta, funcionando como causa supralegal (não prevista na lei) de exclusão de ilicitude.

     

     

    Precisa de alguns requisitos:

    --> o consentimento deve ser válido; (prestado por pessoa capaz, mentalmente sã e livre de vícios)

    --> o bem jurídico deve ser próprio e disponível; 

    --> o consentimento deve ser prévio/ concomitante à conduta

     

    Exemplo: José e Paulo faz manobras arriscadas numa moto. Paulo na garupa e José guiando a moto. José perde a direção e causa lesões culposoas em Paulo. Neste caso, não há crime, pois o consentimento de Paulo em relação à conduta arriscada de José afasta a ilicitude da conduta.

     

    Fonte: Estratégia

  • gab:D

    é o seguinte: a palavra "SEMPRE" da alternativa faz com que a mesma seja anulada, pois não é sempre, já que existe causas para que se tornem puniveis, uma delas é o excesso. mas so restava a alternativa D mesmo, já que consentimento não exclui a ilicitude, em hipotese nenhuma.

  • O pessoal faz uma tempestade no copo d´água também em, o que custa colocar apenas o artigo 23° nos comentários:

    Exclusão de ilicitude         

           Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:         

           I - em estado de necessidade;         

           II - em legítima defesa;       

           III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

    NÃO TEM CONSENTIMENTO DO OFENDIDO, PRONTO!!!!!

  • Não cabe = legítima defesa real em face de legítima defesa real.

    Não cabe = consentimento do ofendido, quando:

    • o consentimento partir de pessoa incapaz;
    • o bem jurídico não for próprio e indisponível;
    • o consentimento for posterior à conduta.

    Então, a legítima defesa real não exclui a ilicitude sempre.

    No caso, marque a menos errada por não está prevista no rol do CP.

  • consentimento do ofendido é exclusão de tipicidade e não de ilicitude


ID
244528
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Analise as seguintes proposições.

I. No que pertine à inimputabilidade por menoridade, a Constituição Federal e o Código Penal Brasileiro adotaram o critério biopsicológico, razão pela qual os menores de 18 (dezoito) anos serão sempre inimputáveis.

II. A embriaguez, voluntária ou culposa, não exclui a culpabilidade, devendo o agente ser apenado normalmente.

III. Quanto às medidas de segurança, pode-se dizer que elas são aplicáveis exclusivamente aos inimputáveis por doença mental.

IV. Aquele que pratica crime sob os influxos de uma violenta emoção, decorrente de injusta provocação da vítima, não tem sua culpabilidade excluída.

São CORRETAS

Alternativas
Comentários
  • CORRETO O GABARITO...
    CP,

    Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
            I - a emoção ou a paixão;
           Embriaguez
            II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
          § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
            § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

  • só p confirmar, alguém poderia me dizer se a primeira está errada por motivo de menoridade ser critério só biológico?? ou se só o CP admite tais critérios???
  • A respeito da questão do critério adotado pelo CP tenho o seguinte:

    CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO DE INIMPUTABILIDADE.

    (1) BIOLÓGICO: leva em conta apenas o desenvolvimento mental do acusado, independentemente de ter, ao tempo da conduta, capacidade de entendimento e autodeterminação. Assim, todo louco, quem tenha desenvolvimento mental incompleto ou retardado, é inimputável.

    (2) PSICOLÓGICO: oposto do biológico; considera apenas se o agente, ao tempo da conduta, tinha capacidade de entendimento e autodeterminação, independentemente de sua condição mental.

    (3) BIOPSICOLÓGICO: fusão dos anteriores, considerando inimputável o portador de desenvolvimento mental incompleto ou retardado que, no momento da conduta, não tenha capacidade de entendimento e autodeterminação. Agora, nem todo louco é inimputável: só aquele que, no momento da conduta não saiba o que faz. Em regra, Brasil adotou o biopsicológico; excepcionalmente, biológico.

    Na minha opinião o que a questão afirma na segunda parte está correto - o menor de 18 anos será sempre inimputável, de acordo com o critério biológico. Contudo, não é possível afirmarmos que a CF e o CP adotam para todos os casos o critério biológico, sendo possível o uso do Biopsicológico quando frente a crime cometido por aquele portador de doença mental.

    Bons estudos
  • CORRETO O GABARITO....

    A proposição IV pode induzir o candidato a considerá-la como correta....

    Pois, no crime do artigo 121, é previsto diminuição da pena se houver violenta emoção após injusta provocação da vítima...

    CP,

    Art 121. Matar alguem:
            Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
            Caso de diminuição de pena
            § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
  • GABARITO CORRETO! alternativa "B"

    I. "No que pertine à inimputabilidade por menoridade, a Constituição Federal e o Código Penal Brasileiro adotaram o critério biopsicológico, razão pela qual os menores de 18 (dezoito) anos serão sempre inimputáveis." ERRADO! Em relação a menoridade, o Código Penal adotou o criterio biológico, que analisa apenas a capacidade de entendimento do agente no momento do crime

    II." A embriaguez, voluntária ou culposa, não exclui a culpabilidade, devendo o agente ser apenado normalmente ." CORRETO! Segundo o artigo 28 do CPB, incíso II, apenas a embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior é excludente de culpabilidade, isentando o agente de pena.

    III." Quanto às medidas de segurança, pode-se dizer que elas são aplicáveis exclusivamente aos inimputáveis por doença mental ."ERRADO! As medidas de segurança não são aplicadas exclusivamente aos inimputavéis por doença mental, podendo elas serem aplicadas também aos semi-imputáveis.

    IV. "Aquele que pratica crime sob os influxos de uma violenta emoção, decorrente de injusta provocação da vítima, não tem sua culpabilidade excluída."CORRETO! Essa circustância não exclui a culpabilidade, apenas diminui, servindo como atenuante da pena.Vejam:
                          Art.65: São circustãncias que sempre atenuam a pena:
                                             II-  c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autiridade superior, ou sob a influencia de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima.
      


     
  • Angelo, vc está errado quanto ao item I, sobre menoridade  o critério é biológico e não psicológico.

    Veja,

    Em comentário ao art. 27 do CP, leciona Julio Fabbrini Mirabete que"adotando um critério puramente biológico, de idade do autor do fato, dispõe a lei que os menores de 18 anos são penalmente inimputáveis. Não se leva em conta o desenvolvimento mental do menor que, embora possa ser plenamente capaz de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento, não poderá ser responsabilizado penalmente por suas ações. Trata-se de um caso de presunção absoluta de inimputabilidade, e, embora não se possa negar que um jovem de menor idade tem hoje amplo conhecimento do mundo e condições de discernimento sobre a ilicitude de seus atos, não se admite a prova de que era ele, ao tempo da ação ou omissão, capaz de entendimento e determinação. A regra foi elevada a nível constitucional, prevendo-se expressamente a inimputabilidade dos menores de 18 anos (art. 228 da CF)" (in"Código Penal Interpretado", 4. ed., 2003, p. 251).
    Converge em tal direção o entendimento jurisprudencial:
  • Valeu Nando, já consertei meu erro! Vacilei feio kkkkk.....
  • Exercício para ajudar. Copie e cole os itens abaixo para o Word e em seguida retire o conteúdo dos parêntesis e tente resolver embaralhando-os após estudá-los.
    Bons estudos!
    Excludente de Ilicitude (antijuricidade) (EI), Excludente de Culpabilidade (imputabilidade) (EC) e Excludente de Tipicidade (ET)
    (EI) estado de necessidade;
    (EI) legítima defesa;
    (EI) estrito cumprimento de dever legal;
    (EI) exercício regular de direito.
    (ET) coação física absoluta.
    (ET) aplicação do princípio da insignificância.
    (EC) Erro inevitável sobre a ilicitude do fato.
    (EC) Coação moral irresistível.
    (EC) Obediência à ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico.
    (EC) menoridade (por ausência de imputabilidade)
    (EC) doença mental (por ausência de imputabilidade)
    (EC) desenvolvimento mental retardado ou incompleto (por ausência de imputabilidade)
    (EC) embriaguez completa e acidental(por ausência de imputabilidade)
    (EC) erro de proibição inevitável (por ausência de potencial consciência da ilicitude)
    (EC) coação moral irresistível (por ausência de inexigibilidade de conduta diversa)
    (EC) obediência hierárquica (por ausência de inexigibilidade de conduta diversa)
     
     
     
  • Eu acho que o erro da I é que o CF adotou o critério biológico(art.228) e o CP, o biopsicologico.

    Se eu estiver errado, por favor, corrijam-me.
  • Nosso Código filiou-se ao critério biopsicológico, onde para a pessoa ser considerada inimputável, não basta à doença mental, devendo ainda ao tempo do crime, a pessoa não se encontrar em uma situação de entender e querer.

    Entretanto , há uma exceção a este critério biopsicológico, que é referente aos menores de 18 anos, em que não é necessária à incapacidade de entender ou querer. Pois, o Código, para este caso específico adotou o critério biológico, fixando uma presunção absoluta de inimputabilidade, sem qualquer questionamento sobre a real incapacidade de entender ou querer o fato praticado. Em relação aos demais inimputáveis, prevalece o critério biopsicológico.
  • Quais os critérios de aferição da inimputabilidade?
    a) sistema biológico: leva em conta apenas o desenvolvimento mental do acusado, independentemente se tinha, no momento da conduta, capacidade de entendimento e autodeterminação. Foi adotado, como exceção, no caso dos menores de 18 anos, nos quais o desenvolvimento incompleto presume a incapacidade de entendimento e vontade (CP, art.27). Para este sistema, todo louco é inimputável;
    b) sistema psicológico: é exatamente o oposto do biológico, ou seja, aquilo que interessa ao biológico é o que vai interessar ao psicológico. Considera apenas se o agente, ao tempo da conduta, tinha a capacidade de entendimento e autodeterminação, independente de sua condição mental;
    c) sistema biopsicológico: Considera o desenvolvimento mental do acusado, bem como se, no momento da conduta, o agente tinha capacidade de entendimento e autodeterminação. Foi adotado como regra, conforme se verifica pela leitura do art. 26, caput, do Código Penal: É isento de pena que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado (sistema biológico), era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento (sistema psicológico).
  • A violência tem que ser logo em seguida 

  • Nossa, de onde este povo tira este verbo "pertine"? Este verbo não existe e nunca existirá! Neologismo de quinta do mundo jurídico.

  • Se é neologismo significa que existe, não?

  • Errei pq no item II a questão n diz se a embriaguez culposa é completa ou parcial... aí fica difícil né...

  • I. No que pertine à inimputabilidade por menoridade, a Constituição Federal e o Código Penal Brasileiro adotaram o critério biopsicológico, razão pela qual os menores de 18 (dezoito) anos serão sempre inimputáveis. ERRADO

     

    O CP adotou para os menores de 18 (dezoito) anos o critério BIOLÓGICO

    Regra: biopsicológico

    Exceção: biológico (-18)
     

    III. Quanto às medidas de segurança, pode-se dizer que elas são aplicáveis exclusivamente aos inimputáveis por doença mental. ERRADO

     

    Sistema Vicariante: 

    Pena: Imputáveis

    Medida de Segurança: inimputáveis 

     

    São causas da inimputabilidade: a) doença mental ou desenvolvimento mental incomleto ou retardado; b) menoridade; c) embriaguez completa, decorrente de caso fortuito ou força maior; e d) dependência de substância entorpecente.



     

  • É sabido que as palavras têm força demasiada. Assemelham-se ao pássaro que foge da gaiola, não retornando mais ao local de onde partiu. Há de haver cautela na anunciação dos termos. Nesse passo, tem-se ouvido a expressão “no que pertine...”. Muita calma! Trata-se de menção a verbo inexistente em nosso léxico. Encontram-se, sim, dicionarizados os termos pertinente e pertinência, porém o verbo não foi previsto no plano da lexicalidade. Assim, seu uso deriva da imaginação. Deve-se evitar a forma, substituindo-a por “no que concerne...”, “no que tange...” ou, ainda, “no que se refere...”.


    http://www.cartaforense.com.br/conteudo/colunas/a-imaginacao-e-o-rigor-gramatical/9344

  • ERRO DA III: Quanto às medidas de segurança, pode-se dizer que elas são aplicáveis exclusivamente aos inimputáveis por doença mental. 


    As penas são aplicáveis aos imputáveis e semi-imputáveis; as medidas de segurança são aplicadas aos inimputáveis e, excepcionalmente, aos semi-imputáveis, quando estes necessitarem de especial tratamento curativo.

  • Tem que ir por eliminação. "Sob influxos" é de fu der....


ID
244531
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

"A", Agente Penitenciário, limpava uma arma que legitimamente possuía em sua residência, quando, imprudentemente, acionou um mecanismo que produziu um disparo que veio a atingir a mão de sua empregada doméstica "B", que ficou permanentemente debilitada na sua função prensora. Diante dessa situação, "A" responderá por

Alternativas
Comentários
  • Letra A. Gabarito correto.

    "A" não responderá por posse ou porte ilegal de arma de fogo porque, como já disse o enunciado, ele a possuia legitimamente.

    O delito que ele cometeu foi, portanto, lesão corporal culposa.

    É importante destacar que NÃO existe gradação na lesão corporal culposa. A pessoa pode ficar com poucos hematomas ou mesmo paralítica (para citar um exemplo) que a pena será a de no máximo 1 ano (salvo se houver alguma causa de aumetno de pena).

    O juiz pode, no máximo, fixar uma pena mais alta em razão da gravidade do ferimento. Contudo, não poderá passar de 1 ano, que é a pena prevista.

    É um contrassenso, mas o legislador quis assim.

     

     

     

     

     

     

  • Questão traiçoeira, pois informa que a empregada ficou com debilidade em conseguir fechar a mão e para isso usou o termo “função prensora” para levar o aluno a imaginar tratar-se de lesão corporal grave por debilidade de membro sentido ou função. Questão capciosa!!!

    Fonte: nuceconcursos.com.br

  • Diferentemente do que ocorre com as lesões dolosas, que podem ser leves, graves ou gravíssimas, o Código Penal não fez tal distinção com relação às lesões culposas. Assim, qualquer que seja a intensidade da lesão, responderá o agente apenas por lesão culposa. Na questão, caso a lesão corporal fosse dolosa, seria de natureza grave, de acordo com o art. 129, parágrafo 1º, III ('" se resulta debilidade permanente de membro, sentido ou função.
  • STM - RECURSO CRIMINAL (FO): Rcrimfo 7312 RJ 2005.01.007312-0

    Ementa

    RECURSO CRIMINAL - REJEIÇÃO DE DENÚNCIA. INSUFICIÊNCIA DE INDÍCIOS DE CONDUTA CULPOSA. OBSERVÂNCIA DO DEVER DE CUIDADO OBJETIVO. RISCO PERMITIDO. REQUISITOS DO ARTIGO 77 DO CPPM NÃO PREENCHIDOS. TIPIFICAÇÃO DA CONDUTA. IMPROPRIEDADE.

    4. Incorreção da capitulação realizada pelo MPM. A gradação de lesões corporais em graves e leves só ocorre na modalidade dolosa da conduta.
  • Art. 129 § I - Resulta incapacidade permanente para o trabalho - Lesão gravissíma

    Talvez a banca achando que apenas a lesão na mão ela poderia trabalhar de outra coisa, não ficando permanentemente incapacitada para o trabao,  não configurando assim lesão gravissíma.

    Questão muito ruim pois pelo enunciado não leva a essa conclusão, levando a nós ao erro.

    Triste mas o que mais acontece.
  • Para complementar...
    O agente teria uma causa de aumento de pena, pois é agente penitenciário "se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão".

     

    Lesão corporal culposa

    § 6° Se a lesão é culposa: 

    Pena - detenção, de dois meses a um ano.

    Aumento de pena

    § 7º - Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º.



    Aumento de pena

    § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.

  • CORRETA: LETRA A

    LESÃO CORPORAL DOLOSA, PODE SER: GRAVÍSSIMA, GRAVE E LEVE.
    LESÃO CORPORAL CULPOSA, SÓ É CULPOSA.
  • Questão muito traiçoeira, pois o que ocorreu ae, foi lesão corporal culposa grave.
  • Caro amigo, se nossos colegas acima estão dizendo que nao possuem as qualificações para lesão corporal culposa, voçe ainda insiste em qualificá-la, então meu irmão, mantenha-se no erro. Outro concurseiro agradece rs rs, sem ressentimentos.....
  • Coitado do cara ele nao estava com intensao
  • NÃO EXISTE QUALIFICAÇÃO PARA LESÃO CORPORAL CULPOSA.

    SOMENTE SE ENQUADRA A QUALIFICAÇÃO DE FORMA DOLOSA = LEVE / GRAVE/ GRAVÍSSIMA.

  • Lesão corporal culposa não tem graduação em relação ao seu resultado! É considerada de menor potencial ofensivo.

  • Para complementar.....no art. 88 da lei 9099/95 tem uma remissão que afirma o STF ter declarado em ADIn ser caso de APPúbl incondicionada em hipótese de crime de lesão, pouco importando a extensão da mesma, quando praticado contra a mulher no ambiente doméstico. Quando diz "pouco importando a extensão da mesma" se refere a lesão dolosa pois somente a mesma têm graus de intensidade, já que a culposa não tem esta qualidade dependerá de APPúbl condicionada a representação conforme o caput do art. 88 da lei 9.099/95. Apesar da referida ADIn o STJ considerou como caso de APPúbl condicionada a representação no caso de lesões leves conforme informativo 424 do mesmo tribunal.

  • a) lesão corporal culposa.

  • Lesões corporais dolosas podem ser: LEVE - GRAVE - GRAVÍSSIMA

    Lesões corporais culposas: não existe gradação (Código Penal e CTB)

  • se naum estou enganado só teria qualificação se fosse os dois membros....quando o membro atingido é duplo os dois tem sofrer com a msm lesão.

    neste caso é só LCC.

  • Ao contrário das lesões corporais dolosas, as lesões corporais culposas NÃAAAAAAO existe a gradação.

  • A questão foi bem clara quanto à imprudência, assim, já percebemos que agiu com culpa, sem intenção.

    Quanto ao porte de arma, a questão tbm menciona que legitimamente a possuía.

    Assim, resta uma conduta penal apenas. Letra A.

     

  • Letra A. Gabarito correto.

    "A" não responderá por posse ou porte ilegal de arma de fogo porque, como já disse o enunciado, ele a possuia legitimamente.

    O delito que ele cometeu foi, portanto, lesão corporal culposa.

    É importante destacar que NÃO existe gradação na lesão corporal culposa. A pessoa pode ficar com poucos hematomas ou mesmo paralítica (para citar um exemplo) que a pena será a de no máximo 1 ano (salvo se houver alguma causa de aumetno de pena).

    O juiz pode, no máximo, fixar uma pena mais alta em razão da gravidade do ferimento. Contudo, não poderá passar de 1 ano, que é a pena prevista.

    É um contrassenso, mas o legislador quis assim.

     

    LESÃO CORPORAL DOLOSA, PODE SER: GRAVÍSSIMAGRAVE E LEVE.
    LESÃO CORPORAL CULPOSA, SÓ É CULPOSA.

     

    A questão foi bem clara quanto à imprudência, assim, já percebemos que agiu com culpa, sem intenção.

    Quanto ao porte de arma, a questão tbm menciona que legitimamente a possuía.

  • Ficar atento!

    CULPOSA = CULPOSA!

    NÃO CABE GRADAÇÃO "NUNCA".

  • Muito Obrigado Galera, essa dica de lesão corporal culposa só pode ser culposa foi muito preciosa!!!

  • Não acredito que errei essa questão, deve ser a fome! hahahahaha

  • GABARITO A

     

    A lesão corporal culposa não tem classificação (leve, grave ou gravíssima), somente a dolosa tem!

  • LESÕES CORPORAIS CULPOSAS

    Artigo 129, § 6º - se a lesão é culposa; pena - detenção, de dois meses a um ano.

    O crime de lesões corporais culposas tem a mesma sistemática do crime de homicídio culposo, modificando-se apenas o resultado, já que, nesse caso, a vítima não morre.

    Assim, ao contrário do que ocorre nas dolosas, não há distinção no que tange à gravidade das lesões; o crime será sempre o mesmo (lesões culposas) e a gravidade será levada em consideração por ocasião da fixação da pena-base (artigo 59 do CP).

     

    Fonte: https://carolineramalhodeazevedo.jusbrasil.com.br/artigos/174004062/das-lesoes-corporais

  • Lesão culposa não tem classificação.
  • É SE FOSSE DOLOSA? OUTRA PERGUNTA A PARTIR DESSA

  • lesão corporal culposa não tem classificação

     

  • Lesão corporal culposa não tem classificação.
  • gb a

    pmgoooooo

    2020

  • Não existe classificação (leve, grave e/ou gravíssima) para tal delito.

  • O agente penitenciário não tinha a intenção de lesionar a sua emprega, conforme a questão o incidente ocorreu por imprudência, gerando, assim, lesão corporal culposa. Se o delito ocorresse de forma dolosa, a questão correta seria a letra "C".

  • PMBA!! LÁ VOU EU!!

  • Lesão corporal Culposa não tem gradação de

    LEVE

    GRAVE

    E GREVÍSSIMA. Portanto, gab letra (A)

  • NÃO EXISTE QUALIFICAÇÃO PARA LESÃO CORPORAL CULPOSA.

    SOMENTE SE ENQUADRA A QUALIFICAÇÃO DE FORMA DOLOSA = LEVE / GRAVE/ GRAVÍSSIMA.

    Peguei a resposta do colega Leonardo Anderson de Oliveira Soares do qconcurso!

  • Não existe gradação quando se fala em lesão corporal culposa

  • Não existe lesão corporal culposa leve,grave ou gravíssima.

  • DAS LESÕES CORPORAIS

           Lesão corporal (crime de menor potencial ofensivo)

           Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

           Pena - detenção, de três meses a um ano.

           Lesão corporal de natureza grave

           § 1º Se resulta:

           I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;

           II - perigo de vida;

           III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;

           IV - aceleração de parto:

           Pena - reclusão, de um a cinco anos.

      

      lesão corporal gravíssima

           I - Incapacidade permanente para o trabalho;

           II - enfermidade incurável;

           III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;

           IV - deformidade permanente;

           V - aborto:

           Pena - reclusão, de dois a oito anos.

           Lesão corporal seguida de morte

           § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo:

           Pena - reclusão, de quatro a doze anos.

           Diminuição de pena

           § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

           Substituição da pena

           § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis:

           I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;

           II - se as lesões são recíprocas.

           Lesão corporal culposa (imprudência,negligencia e imperícia)

           § 6° Se a lesão é culposa: 

           Pena - detenção, de dois meses a um ano.

           

          

    lesão corporal leve

    *crime subsidiário

    *que não for grave e nem gravíssima sera lesão corporal leve.

  • Em momento algum citou no enunciado sobre o porte e posse de arma de fogo, Visão!!!

  • Lesão corporal culposa sem gradação. Caberia, ainda, um aumento de pena de um terço pelo fato da inobservância de regra técnica de profissão, uma vez que o autor é agente prisional e manuseou sua arma de fogo de forma imprudente.

  • questão ridícula, não da pra fazer a manutenção em arma de fogo sem fazer as medidas preliminares de segurança


ID
244534
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Com relação aos crimes contra a vida, julgue as seguintes proposições.

I. O Supremo Tribunal Federal inadmite a coexistência de homicídio privilegiado (art. 121, §1º, do CPB) e qualificado (art. 121, §2º, do CPB), pois são antitéticos em sua essência.

II. O agente que, desejando obter uma confissão, constrange a vítima, com o emprego de grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico, em razão do qual ela vem a falecer, pratica crime de tortura qualificada e não, de homicídio qualificado.

III. O crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio (art. 122, do CPB) admite a coautoria e a participação.

IV. O aborto, nos casos de gestação decorrente de violência sexual, somente pode ser realizado por médico e mediante alvará judicial.

São CORRETAS

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra E.
    No caso do aborto proveniente de estupro, com um simples boletim de ocorrência policial, o médico estará legalmente amparado a fazer o procedimento abortivo.

  • CORRETA E.

     

    I. O Supremo Tribunal Federal inadmite a coexistência de homicídio privilegiado (art. 121, §1º, do CPB) e qualificado (art. 121, §2º, do CPB), pois são antitéticos em sua essência. (é  plenamente aceito o hom. privilegiado qualificado, inclusive não enseja crime hediondo)



    IV. O aborto, nos casos de gestação decorrente de violência sexual, somente pode ser realizado por médico e mediante alvará judicial. (basta o medico estar convencido que ocorreu estupro, dispensando autorização judicial)

  • Complementando o comentário dos colegas:

    I - Majoritáriamente a doutrina, por questões de política criminal, posiciona-se favoravelmente à aplicação das minorantes ao homicídio qualificado, desde que as qualificadoras sejam de natureza objetiva( motivo cruel ou surpresa), a fim de que ocorra compatibilidade entre elas.

    ( FONTE: CÓDIGO PENAL COMENTADO, ROGÉRIO GRECO, 2° EDIÇÃO)

  • Resposta letra E

    Resposta letra C

    Homicídio qualificado pela tortura 
    - crime doloso, onde o agente tem a intenção de matar, mas antes de fazê-lo, causa sofrimento desnecessário à vitima, mutilando-a, aplicando choques, aterrorizando-a de qualquer forma.

    Crime de tortura - o agente causa sofrimento físico ou mental, desnecessariamente à vítima, com a finalidade específica de obter uma informação, confissão de um crime, para provocar a omissão de natureza criminosa, ou em razão de discriminação de antureza racial ou religiosa, ou para submeter subordinado seu a castigo ou medida de caráter preventiva.. Ocorre que o excesso culposo dos meios utilizados para torturar, poderá resultar a morte da vítima.

    Assim temos que a torura qualificada pela morte é crime preterdoloso, composto por dolo no antecedente (ato de torturar) e culpa no consequente (resultado morte)
     
  • Alguém poderia dar exemplos de coautoria e participação no caso do artigo 122 do CP?
  • A proposição III esta incorreta, pois não existe COAUTORIA no crime de: INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXILIO ao suicídio...APENAS A PARTICIPAÇÃO! LOGO, a resposta está incorreta!
  • I - INCORRETO: Como os colegas já afirmaram, é possível a coexistência entre homicídio privilegiado e homicídio qualificado, desde que as circunstâncias de cada um não tenham a mesma natureza (objetiva e subjetiva), para não haver contradição lógica. Ex.: uma pessoa pode empregar meio cruel agindo sob violenta emoção; não pode, contudo, agir por motivo de relevante valor social (homicídio privilegiado) e por motivo fútil (homicídio qualificado);

    II - CORRETO: Ocorre, nesse caso, crime preterdoloso ou preterintencional, em que o primeiro é cometido com dolo e o segundo, por culpa; a intenção do agente é direcionada à tortura (que ocorre com dolo), e não ao homicídio (que ocorre por culpa);

    III - CORRETO: Na verdade, pode, sim, haver coautoria e participação no crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. O que o Direito Penal pune não é o suicídio, e sim a participação no suicídio (um delito autônomo, que não se configura no art. 29, parágrafo 1o), a qual pode ser feita por qualquer pessoa (crime comum). Ou seja, aquele que pratica os elementos do tipo (induzimento, instigação ou auxílio) é considerado autor; se mais de um o faz, ocorre coautoria;

    IV - INCORRETO: Basta, nessa exclusão de antijuricidade, o consentimento da gestante ou, se esta é incapaz, do seu representante legal.
  • Caros colegas, 

    Sera possível a participação no crime  de induzimento, instigação ou auxílio ao sucídio (art. 122, CP)? Então seria o caso do agente, que induz, instiga ou auxilia outra pessoa à induzir, instigar, auxiliar terceiro ao sucídio? Desconfio de ser possível a participação nesse crime, mas ainda tem não tenho uma opinião corroborada. Se eu instigo José a auxiliar João a cometer sucídio, esse comportamento é punível? Parece que meu comportamento aqui não faz nascer a idéia em João de cometer sucídio, mas sim o comportamento de José que é determinante. 

    Exorte a dúvida que a dádiva logo será acançada!
  • Apesar de o delito ser a participação em suicídio, esse admite tanto a co-autoria quanto a participação em sentido estrito, ou seja, se determinada pessoa induz outra a suicidar-se, aquele será autor do crime.
    Todavia,
    se duas pessoas, de comum acordo, praticarem essa mesma atividade, serão punidas como co-autores.
    Pode ainda ocorrer que uma pessoa induza outra a instigar uma terceira pessoa a se suicidar-se, o indutor será punido como partícipe e o instigador será o autor do crime de participação em suicídio, pois realizou a conduta típica. (BITENCOURT, 2003, p.119).

    Leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/20082/do-concurso-de-pessoas-nos-crimes-dolosos-contra-a-vida/4?utm_medium=twitter&utm_source=twitterfeed#ixzz2CPwHcqlr
  • Wanderson, Caso a vítima seja menor de 14 anos, seu consentimento será irrelevante, e o crime cometido será o de homicídio.
  • errei essa questão mais ainda não sei se foi o intem III ou o IV que me fez errar, alguem poderia ajudar, pois  os comentários não estão batendo. 
  • Respondendo objetivamente os itens;

    I. O Supremo Tribunal Federal inadmite a coexistência de homicídio privilegiado (art. 121, §1º, do CPB) e qualificado (art. 121, §2º, do CPB), pois são antitéticos em sua essência.  ( Errado, o STF aceita a coexistência entre privilegiado e qualificado, porém quando ocorre perde a sua características de Crime Hediondo.

    II. O agente que, desejando obter uma confissão, constrange a vítima, com o emprego de grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico, em razão do qual ela vem a falecer, pratica crime de tortura qualificada e não, de homicídio qualificado. ( Correto, O dolo do agente não era praticar o tipo objetivo do homicídio (matar alguém) típico do crime de homicídio, portanto não temos o que falar em Homicídio.)


    III. O crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio (art. 122, do CPB) admite a coautoria e a participação. (correto, é aquele que fornece uma arma para que a pessoa se mate ou Ajuda nos preparativos. Porém sem participar do núcleo do tipo( atividades secundárias).

    IV. O aborto, nos casos de gestação decorrente de violência sexual, somente pode ser realizado por médico e mediante alvará judicial. ( questão ERRADA, O erro é encontrado diante da exigência de Alvará judicial, o qual seria necessário, apenas quando presente o aborto legal ( Feto anencéfalo ).


    Espero ter ajudado!

  • ERRO DO ITEM IV: não é necessária, pois a excludente não exige a condenação do responsável pelo crime que deu origem à autorização legal. O importante é o fato e não o autor do fato. Por isso, basta o registro de um boletim de ocorrência e a
    apresentação do documento ao médico, que não necessita nem mesmo da autorização judicial. (Guilherme de Souza Nucci, Código Penal Comentado).

  • Eu tbm só estou aqui por conta da prova de Delta de PE!
    GENTE, essa banca quase não tem prova na área, estou perdida quanto ao estilo da Banca!
    será que existe outra banca parecida para treinarmos???

  • Acertei por eliminação, pois a I e IV são flagrantemente erradas.

     Porém fiquei na dúvida quando a possibilidade de coautoria, pois o crime é definido no CP  como participação em suicídio ( tanto moral quanto material), possível inclusive a participação da participação. Ex : A sabendo da depressão de B, induz C a induzir B a se matar, o que efetivamente ocorre. C responde pelo122 e A por participação no 122.

    Em caso de co-autoria, acho que responde por homicídio.

    Atenção - suicídio não é crime, esse artigo 122 pune a participação em um fato não criminoso.

    Força a todos.

  • Sobre a alternativa IV - A lei não exige que haja condenação prévia do autor da violência sexual, que haja ação penal em curso, autorização judicial, ou, ainda, que exista a instauração de inquérito policial para a apuração do delito (Entendemos que sequer pode ser exigida da vítima a confecção do boletim de ocorrência, até mesmo para se preservar a sua intimidade. Afinal, este foi o espírito da lei ao determinar que eventual ação penal por crime de estupro depende de representação). Basta que o médico forme seu convencimento calcado em indícios razoáveis da ocorrência do crime (O médico, no aborto sentimental, pode alegar um dilema de consciência para deixar de praticar o ato. Não está obrigado a deixar de lado suas convicções pessoais, ao contrário do que ocorre no aborto necessário). Uma vez convencido da existência do crime sexual, poderá realizar a intervenção cirúrgica. Em se tratando de estupro de vulnerável ( artigo 217 -A, para o qual admitimos o aborto, como veremos adiante), é bastante a obtenção de prova da idade da vítima, ou de sua alienação ou debilidade mental.

     

    FONTE: Crimes Contra a Pessoa - Ed. Freitas Bastos, pág. 106.

  • Questão desatualida!!!

    O entendimento, recente, do STF é que pode haver homicídio privilegiado e qualificado ao mesmo tempo. Para tanto, a qualificadora deve ser de natureza objetiva (quanto aos meios de execução), visto que o privilégio tem natureza subjetiva (motivo da execução). Assim, não se admite homicídio privilgiado e qualificado quanto a qualificadora é de natureza subjetiva, por haver incompatibilidade lógica.

     

    Bons estudos!!

     

  • ....

    ITEM III – CORRETO - O professor Cléber Masson ( in Direito penal esquematizado: parte especial – vol. 2. 7ª Ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015. p. 107):

     

     

     

    “A participação em suicídio é crime comum (pode ser praticado por qualquer pessoa); de dano (depende da efetiva lesão ao bem jurídico); comissivo ou omissivo (com divergência doutrinária quanto à omissão); material (exige a produção do resultado naturalístico morte ou lesão corporal de natureza grave); condicionado (não admite tentativa); de forma livre (admite qualquer meio de execução); simples (ofende um único bem jurídico, a vida humana); instantâneo (consuma-se com a morte da vítima ou com a lesão corporal de natureza grave, em momento determinado, sem continuidade no tempo); unissubjetivo, unilateral ou de concurso eventual (cometido por uma só pessoa, mas admite o concurso); e, em regra, plurissubsistente (conduta divisível em diversos atos).”(Grifamos)

     

  • I. O Supremo Tribunal Federal inadmite a coexistência de homicídio privilegiado (art. 121, §1º, do CPB) e qualificado (art. 121, §2º, do CPB), pois são antitéticos em sua essência.

    A alternativa I está INCORRETA. O crime de homicídio está previsto no artigo 121 do Código Penal:

    Homicídio simples

    Art. 121. Matar alguém:

    Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

    Caso de diminuição de pena

    § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

    Homicídio qualificado

    § 2° Se o homicídio é cometido:

    I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

    II - por motivo fútil;

    III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

    IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;

    V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:

    Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

    Feminicídio       (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

    VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

    VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:     (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)

    Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

    § 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

    I - violência doméstica e familiar;      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

    II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

    Homicídio culposo

    § 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)

    Pena - detenção, de um a três anos.

    Aumento de pena

    § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

    § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)

    § 6o  A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.       (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)

    § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

    I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

    II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência;      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

    III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima.      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

    Cleber Masson ensina que a jurisprudência do Supremo Tribunal é assente no sentido da conciliação entre homicídio objetivamente qualificado e, ao mesmo tempo, subjetivamente privilegiado. Tratando-se de circunstância qualificadora de caráter objetivo (meios e modos de execução do crime), seria possível o reconhecimento do privilégio, o qual é sempre de natureza subjetiva. Nesse sentido:

    HABEAS CORPUS. CRIME DE FURTO QUALIFICADO. INCIDÊNCIA DO PRIVILÉGIO DA PRIMARIEDADE E DO PEQUENO VALOR DA COISA SUBTRAÍDA. POSSIBILIDADE. ORDEM CONCEDIDA. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido do reconhecimento da conciliação entre homicídio objetivamente qualificado e ao mesmo tempo subjetivamente privilegiado. Noutro dizer, tratando-se de circunstância qualificadora de caráter objetivo (meios e modos de execução do crime), é possível o reconhecimento do privilégio (sempre de natureza subjetiva). 2. A mesma regra de interpretação é de ser aplicada no caso concreto. Caso em que a qualificadora do rompimento de obstáculo (de natureza nitidamente objetiva - como são todas as qualificadoras do crime de furto) em nada se mostra incompatível com o fato de ser o acusado primário; e a coisa, de pequeno valor. Precedentes da Segunda Turma do STF. 3. Ordem concedida para reconhecer a incidência do privilégio do § 2º do art. 155 do CP e julgar extinta a punibilidade do paciente pela prescrição retroativa.
    (HC 98265, Relator(a):  Min. AYRES BRITTO, Primeira Turma, julgado em 24/03/2010, DJe-086 DIVULG 13-05-2010 PUBLIC 14-05-2010 EMENT VOL-02401-02 PP-00407)
    __________________________________________________________________________
    II. O agente que, desejando obter uma confissão, constrange a vítima, com o emprego de grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico, em razão do qual ela vem a falecer, pratica crime de tortura qualificada e não, de homicídio qualificado.

    A afirmativa II está CORRETA, conforme artigo 1º, inciso I, alínea "a" c/c §3º, parte final, todos da Lei 9.455/1997:

    Art. 1º Constitui crime de tortura:

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

    II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

    Pena - reclusão, de dois a oito anos.

    § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

    § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.

    § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.

    § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:

    I - se o crime é cometido por agente público;

    II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

    III - se o crime é cometido mediante seqüestro.

    § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

    § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

    __________________________________________________________________________
    III. O crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio (art. 122, do CPB) admite a coautoria e a participação.

    A afirmativa III está CORRETA. O crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio está previsto no artigo 122 do Código Penal:

    Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio

    Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:

    Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.

    Parágrafo único - A pena é duplicada:

    Aumento de pena

    I - se o crime é praticado por motivo egoístico;

    II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.

    Cezar Roberto Bitencourt ensina que, se alguém induz outrem a suicidar-se, aquele será autor do crime; se, no entanto, duas pessoas, de comum acordo, praticarem essa mesma atividade, serão coautoras; se, porém, alguém induzir outrem a instigar uma terceira pessoa a suicidar-se, o "indutor" será partícipe (teve uma atividade meramente acessória) e o "instigador" será autor da participação em suicídio, pois realizou a atividade tipificada.
    ____________________________________________________________________________
    IV. O aborto, nos casos de gestação decorrente de violência sexual, somente pode ser realizado por médico e mediante alvará judicial.

    A afirmativa IV está INCORRETA, pois não é necessário o alvará judicial.

    Nos termos do artigo 128, inciso II, do Código Penal, não se pune o aborto praticado por médico se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal:

    Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico:  (Vide ADPF 54)

    Aborto necessário

    I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

    Aborto no caso de gravidez resultante de estupro

    II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

    Cleber Masson ensina que esse aborto  é também chamado de aborto sentimental, humanitário, ético ou piedoso. Depende de três requisitos:

    (1) ser praticado por médico;
    (2) consentimento válido da gestante ou de seu responsável legal, se for incapaz; e
    (3) gravidez resultante de estupro.

    Masson também ensina que é prescindível a condenação e até mesmo a ação penal pelo crime de estupro. Basta ao médico a presença de provas seguras acerca da existência do crime, tais como boletim de ocorrência, declaração da mulher e depoimentos de testemunhas, inquérito policial etc. Em suma, NÃO SE EXIGE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL para a exclusão da ilicitude. Tratando-se de norma favorável ao médico, deve ser interpretada restritivamente. O dispositivo legal não faz essa exigência, razão pela qual as condições do aborto não podem ser aumentadas.

    Se, após o aborto, ficar provado que a gestante apresentou ao médico um boletim de ocorrência com conteúdo falso, o profissional da medicina não responderá por crime algum, pois presente uma descriminante putativa (CP, art. 20, §1º):

    Erro sobre elementos do tipo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Descriminantes putativas (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Erro determinado por terceiro (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Erro sobre a pessoa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    À mulher, por seu turno, serão imputados os crimes de aborto e de comunicação falsa de crime (CP, art. 340):

    Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento

    Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:  (Vide ADPF 54)

    Pena - detenção, de um a três anos.

    Comunicação falsa de crime ou de contravenção Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado:

    Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
    _____________________________________________________________________________
    Estando corretas apenas as afirmativas II e III, deve ser assinalada a alternativa E.

    Fontes: 
    BITENCOURT, Cezar Roberto. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 4ª edição, 2007.

    MASSON, Cléber Rogério. Direito Penal esquematizado – Parte Especial. v.2. 9.ed. São Paulo: Método, 2016.


    RESPOSTA: ALTERNATIVA E
  • essas questões desatualizadas deveriam ser retiradas da plataforma urgente

  • Detalhe: todo homicídio qualificado é hediondo. Entretanto, o qualificado e privilegiado (homicídio hibrido) não.


ID
244537
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

"A" ingressou clandestinamente na residência de "B", com a finalidade de subtrair as joias de sua esposa, conseguindo o seu intento. Acontece que, quando estava saindo do local do crime, foi surpreendido por "B" que lhe opôs resistência. Diante disso, "A" apontou uma arma de fogo para "B", ameaçando-o e viabilizando sua fuga. Sabe-se que "A" não tem porte de arma e que a arma lhe foi emprestada pelo policial civil "C" especificamente para a prática do crime sob comento. Diante disso, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO O GABARITO....

    O Código Penal Brasileiro adotou a Teoria unitária (monista) – proclama que há único crime para autor e partícipe, ou seja, todos respondem pelo mesmo crime.

    Entretanto, como "C" não detinha o controle do fato criminoso, somente responderá na modalidade participativa.

  • CORRETA LETRA C

    "A" entrou clandestinamente na residência de "B" para subtrair joias pertecentes à este. Porém quando "A" saia da residência foi surpreendido por "B" que chegou a ser ameaçado por "A" com uma arma. Até aqui observamos que a entrada clandestina na residência serviu de meio para a prática do delito-fim que é a subtração das joias, podendo caracterizar furto ou roubo. Será roubo, porque foi empregado grave ameaça à "B" logo após a subtração, porém será roubo impróprio devido a posterior prática da violência. Na verdade foi um furto que deu errado, pois se "B" não estivesse aparecido, "A" responderia simplesmente por furto. Portanto, para assegurar a detenção da coisa e sua fuga, empregou grave ameaça à "B", caracterizando o roubo impróprio. (Art. 157, parágrafo 1º CP).
    Já "C", policial civil, possui porte legal de arma e não poderia responsabilizar-se por porte ilegal. Será mero partícipe do delito de roubo impróprio, já que impulsionou a prática do crime emprestando materialmente a arma, não executando dessa forma o núcleo do tipo.

    Observação:. Alguém poderia perguntar se poderia haver Concurso de crimes em relação aos crimes de violação de domícilio e roubo impróprio. Na verdade, o delito de violação de domicílio previsto no Art. 150 do CP serviu, nesse caso, como um meio à prática do roubo e não um fim em si mesmo. Justamente por ser um crime subsidiário.
  • GABARITO: C

    Enquanto no roubo comum a violência é utilizada ANTES ou DURANTE a prática do crime, ou seja, utiliza-se de violência/grave ameaça para que se obtenha o poder sobre o bem jurídico (PATRIMÔNIO ALHEIO), no roubo IMPRÓPRIO, o agente utiliza-se de tal artifício para garantir a posse sobre o bem.

    Lembrando que não se configuram crimes autônomos no caso, tratando-se de, reitero, roubo impróprio.

    Quanto à "C", claramente prestou AUXÍLIO a "A", o agente do crime, sendo, então, partícipe.

    Modalidades de participação: auxílio/instigação/indução

    Lembrando que, pela teoria adotada pelo CP brasileiro, considera-se autor quem pratica o VERBO NUCLEAR do tipo, diferentemente do caso da teoria do domínio do fato, onde autor é todo aquele que tem controle sobre a situação final que se estabelerá.

    Exemplo: A diz a B, seu "capanga", que execute conduta atípica. "A" também é autor (domínio do fato); pela teoria RESTRITIVA, atualmente adotada pelo CP, apenas é autor B, sendo A partícipe. Caso ocorresse concurso de agentes, pelo parágrafo 2º do artigo 157, "aumenta-se a pena de um terço até metade"

    Lembrando, por fim, que o fato atípico da invasão de domicílio ocorrido é absorvida pelo crime de roubo (teoria da consunção), devendo o agente ser responsabilizado apenas pelo segundo.
  • A conduta de "A" é tipificada no crime de roubo impróprio (art.157, paraf.1º,CP), pois ameaçou a vítima para garantir a impunidade ao fugir do local do crime. Por sua vez, "C" responde como participe, pois auxiliou "A" a cometer o crime, pois emprestou a arma para tal fim.

  • Roubo impróprio é aquele onde a violência ou grave ameaça é cometida após a subtração da coisa alheia móvel. Quanto ao policial civil, este responderá por roubo na condição de partícipe (modalidade de auxílio).

  • Responde como participe, pois ao emprestar a arma entrou na esfera de seu conhecimento que além do furto poderia a conduta ser agravada para o roubo.
  • Acertei a questao, porem nao seria furto impróprio?

ID
244540
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Julgue as seguintes proposições.

I. Segundo entendimento predominante do STF, não se admite progressão de regime prisional em crime de tortura.

II. Como efeito automático, a condenação por crime de tortura implica perda do cargo público e na interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

III. A tortura é crime próprio, apenas podendo ser praticada por agentes públicos.

IV. O início do cumprimento da pena por crime previsto na Lei n. 9.455/97 se dá sempre no regime fechado.

Está(ão) CORRETA(S)

Alternativas
Comentários
  • Lei 9455/97.

    A alternativa correta é a B.

    I -(ERRADO) Mesmo aos condenados pelo crime de tortura é garantido o direito à progressão do regime prisional.

    II - (CORRETO) ART. 1°, § 5º  da Lei 9455/97 - A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    III - (ERRADO) - § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: I - se o crime é cometido por agente público. Só é causa de aumento da pena.

    IV - (ERRADO) - Art. 1°, § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos. § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

  • I - Falso. A propria lei de tortura determina que o cumprimento da pena INICIARÁ em regime fechado.

    II- Correta, artigo 2, §5º da lei.

    III- Falso. Todos os paises, seguindo os tratados internacionais rotularam o crime de tortura como próprio. O BRASIL OPTOU POR TRATAR A TORTURA COMO CRIME COMUM. Tortura tratada como crime comum só tem no Brasil, por isso Alberto Silva Franco usa o termo "Jabuticaba".

    IV - Idem item I
  • Ítem I - ERRADA - admite-se sim a progressão do regime nos crimes de tortura, nos termos do art. 1º, §7º da lei 9.455/97. Quando ele afirma ser o início do cumprimento da pena em regime fechado, ele está admitindo a possibilidade de haver progressão do regime.

    Ítem II - CERTA - apesar da perda do cargo não ser efeito automático da condenação nos termos do art. 92 do Código penal, na lei de tortura, ocorre o contrário, sendo efeito automático sim da condenação a perda do cargo, função ou emprego público.

    Ítem III - ERRADA - a Convenção Interamericana diz que o crime de tortura é crime próprio, sendo necessária a condição do sujeito ativo de agente público. Entretanto, no caso da lei 9.455/97, o crime de tortura não exige condição especial do sujeito ativo, podendo, em regra, ser praticado por qualquer pessoa.

    Ítem IV - ERRADA - o início do cumprimento da pena será no regime fechado. Essa é a regra, mas admite-se uma exceção, quando for o caso de tortura por omissão, nos trmos do art. 1º, § 2º, lei 9.455/97, ou seja, aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre em pena de deternção de um a quatro anos.


    Boa Sorte!   

  • Fique sempre  atento a questão do § 2 no caso de quem se omite em face dessas condutas, quando tinha o de ver de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos .
    Logo nesse caso acima não caberia a pena restitiva da liberdade ( inicialmente fechado ) pois e crime punido com detenção.
  • A perda do cargo e interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada são efeitos automáticos da condenação, e só pode ser aplicados após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Esses efeitos são automáticos e decorrem da condenação, não sendo necessária motivação expressa na sentença.
  • Pessoal, deem uma olhada nesse julgado:

    STJ, JC 41.248/DF, SEDTA TURMA, REL. MIN. PAULO MEDINA, J. 27.10.2005, DJ 18.12.2006, P. 519

    "A PERDA DO CARGO, FUNÇÃO OU EMPREGO PÚBLICO, NOS TERMOS DO § 5º DO ART. 1º DA LEI Nº9455/97, NÃO É AUTOMÁTICA, DEPENDENDO DE MOTIVAÇÃO ESPECÍFICA. ORDEM CONCEDIDA PARA ANULAR O ACÓRDÃO GUERREADO, NO QUE CONCERNE À PERDA DO CARGO PÚBLICO, EM FACE DA AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO, MANTENDO-SE, NESSE PARTICULAR, A SENTENÇA".

    No Código Penal, o efeito da condenação não é automático, precisando ser motivado na sentença.

    Contudo, na Lei de Tortura prevalece que, diferentemente do Código Penal, o efeito é automático. Dispensa motivação na sentença. Isso é o que prevalece no STJ. No HC 89752/SP de 12/2010 o STJ manteve o  seu entendimento:
     
    Consoante a iterativa jurisprudência desta Casa de Justiça, a pena acessória de perda do cargo não é efeito automático da condenação – exceção feita ao crime de tortura –, devendo sua imposição ser devidamente justificada, o que não ocorreu no caso presente.”.

    Bons Estudos!!!
     
  • I- É uma posição do STF, porém perdeu a eficácia por causa da perda do objeto, por causa da nova redação sobre os crimes de hediondo, a pena dos crimes hedionos e quiparados decerá ser cumprida INICIALMENTE em regime fechado, com isso, perdeu a eficácia a Súm. 628/ STF;.
    II-correta;
    III-Agente público quando comete é uma qualificadora;
    IV-Sempre não, salvo o Art 1º, parágrafo segundo, dos crimes de tortura.
  • Òtima questão e requer muita cautela na hora de responder,pois na tortura por omissão o agente poderia ser condenado a 5 anos (por exemplo) e dar início no regime semi-aberto.

  • o STF ja declaro a inconstitucionalidade do regime sempre se iniciar como fechado. Pois isso violaria o Principio da individualização da pena. Portanto não há de se falar que o cumprimento da pena sempre se iniciara em regime fechado. 
  • Erro da IV é simples, no caso do cidadão omisso a prisão não se dará em regime fechado.
  • Afirmativa I


    Na lei de tortura afirma que o agente iniciará sua pena em regime fechado, salvo para os casos onde a tortura se dá por omissão.


    Afirmativa II


    Sim a também está correta.


    Afirmativa III

    e

    A convenção internacional ressaltar que o crime de tortura apenas pode ser produzido por funcionário público, no Brasil a tortura pode ser praticada por qualquer pessoa, e se o agente for funcionário público terá sua pena aumentada.


    Afirmativa IV


    Como citado acima, o agente que pratica o crime de tortura por omissão pode responder em regime semi-aberto.



  • Atualizando as respostas, já que maioria dos comentários são bem antigos:


    I. Segundo entendimento predominante do STF, não se admite progressão de regime prisional em crime de tortura. 

    F. Pode haver progressão de regime. Sendo a tortura um crime equiparado ao hediondo, vai seguir os patamares de 2/5 ou 3/5 de cumprimento da pena ,se os crimes foram cometidos após 2007, e de um 1/6 da pena se antes de 2007.

    Súmula 471, STJ: os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no artigo 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional.

     

    II. Como efeito automático, a condenação por crime de tortura implica perda do cargo público e na interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. 
    Verdade.  Artigo 1º, §5º. 


    III. A tortura é crime próprio, apenas podendo ser praticada por agentes públicos. 

    F. De maneira geral, é um crime comum, as ressalvas constam do artigo 1º, I, c, e inciso II.

    IV. O início do cumprimento da pena por crime previsto na Lei n. 9.455/97 se dá sempre no regime fechado.

    Não existe mais obrigatoriedade do regime inicial fechado. Em obediência ao princípio da individualização das penas, o juiz analisará as circusntâncias e fixará o regime cabível. 

  • Jurisprudência recente do STF. 


    HC 123316 / SE - SERGIPE 
    HABEAS CORPUS
    Relator(a):  Min. MARCO AURÉLIO
    Julgamento:  09/06/2015  Órgão Julgador:  Primeira Turma


    Lei de tortura, regime inicial fechado.

    PENA – REGIME DE CUMPRIMENTO – CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS. O regime de cumprimento da pena é fixado a partir do período correspondente e as circunstâncias judiciais. PENA – REGIME DE CUMPRIMENTO – PREVISÃO LEGAL. Se a lei de regência prevê o regime inicial de cumprimento da pena, impõe-se a observância, independente das circunstâncias judiciais.

    Decisão

    Por unanimidade, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, com as ressalvas dos Senhores Ministros Roberto Barroso e Rosa Weber, Presidente, no que tange à extinção do processo sem resolução do mérito. Falou o Dr. Evânio José de Moura Santos, pelos Pacientes. 1ª Turma, 9.6.2015.

  • IV. O início do cumprimento da pena por crime previsto na Lei n. 9.455/97 se dá sempre no regime fechado. 

    § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.( não será sempre) 

    Exceção: § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos. 

  • Gab: B

     

    III) É crime comum, pode ser praticado por qualquer pessoa.

    IV) Nem sempre, no caso de omissão (detenção 1 a 4 anos) o início não se dará em regime fechado.

  • I. Segundo entendimento predominante do STF, não se admite progressão de regime prisional em crime de tortura.

    A afirmativa I está INCORRETA, pois o artigo 2º, §2º, da Lei 8.072/1990 expressamente prevê a progressão de regime prisional em crime de tortura:

    Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:  (Vide Súmula Vinculante)

    I - anistia, graça e indulto;

    II - fiança.       (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)

    § 1o  A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.      (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)

    § 2o  A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente(Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)

    § 3o  Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.       (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)

    § 4o  A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.        (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007)

    ___________________________________________________________________________
    II. Como efeito automático, a condenação por crime de tortura implica perda do cargo público e na interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    A afirmativa II está CORRETA, conforme artigo 1º, §5º, da Lei 9.455/1997:

    Art. 1º Constitui crime de tortura:

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

    II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

    Pena - reclusão, de dois a oito anos.

    § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

    § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.

    § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.

    § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:

    I - se o crime é cometido por agente público;

    II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

    III - se o crime é cometido mediante seqüestro.

    § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

    § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

    ___________________________________________________________________________
    III. A tortura é crime próprio, apenas podendo ser praticada por agentes públicos.

    A alternativa III está INCORRETA. Conforme ensinam José Paulo Baltazar Junior e Victor Eduardo Rios Gonçalves, o crime de tortura não é próprio, vale dizer, pode ser cometido por qualquer pessoa, e não apenas por agentes públicos. A Lei 9.455/1997, em seu artigo 1º, §4º, inciso I, prevê que o crime terá sua pena aumentada de um sexto a um terço, se o delito for cometido por agente público:

    Art. 1º Constitui crime de tortura:

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

    II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

    Pena - reclusão, de dois a oito anos.

    § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

    § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.

    § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.

    § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:

    I - se o crime é cometido por agente público;

    II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

    III - se o crime é cometido mediante seqüestro.

    § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

    § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

    ___________________________________________________________________________
    IV. O início do cumprimento da pena por crime previsto na Lei n. 9.455/97 se dá sempre no regime fechado.

    A afirmativa IV está INCORRETA. Conforme ensinam José Paulo Baltazar Junior e Victor Eduardo Rios Gonçalves, na legislação penal comum, somente é fixado regime inicial fechado quando o réu é condenado, por crime apenado com reclusão, a pena superior a oito anos, ou se for reincidente. Para os crimes hediondos, o tráfico de entorpecentes, o terrorismo e a tortura, o artigo 2º, §1º, da Lei 8.072/1990, todavia, estabelece que o regime inicial a ser fixado pelo juiz na sentença deve ser sempre o fechado, independentemente do montante da pena aplicada e de ser o réu primário ou reincidente. Acontece que o Plenário do STF, em 27/06/2012, declarou, por oito votos contra três, a inconstitucionalidade desse artigo 2º, §1º, da Lei 8.072/1990 por entender que a obrigatoriedade de regime inicial fechado para penas não superiores a 8 anos fere o princípio constitucional da individualização da pena (artigo 5º, XLVI, da Constituição Federal). Assim, mesmo para crimes hediondos, tráfico de drogas, terrorismo e tortura, o regime inicial só poderá ser o fechado (quando a pena fixada na sentença não for maior do que 8 anos), se o acusado for reincidente ou se as circunstâncias do caso concreto indicarem uma gravidade diferenciada daquele crime específico, o que deverá constar expressamente na fundamentação da sentença. Essa decisão ocorreu no julgamento do HC 111.840/ES.
    Desse modo, de acordo com mencionados autores, se o réu primário for condenado a pena não superior a 8 anos, não bastará que o juiz diga que aquele crime é previsto em lei como hediondo para aplicar o regime inicial fechado. Deverá explicar por que aquele crime hediondo ou equiparado reveste-se de especial gravidade. Exs.: porque a quantidade de droga é muito elevada no tráfico; porque o acusado manteve diversas conjunções carnais com a vítima no crime de estupro etc.

    ___________________________________________________________________________
    Logo, estando correta apenas a afirmativa II, deve ser assinalada a alternativa B.

    Fonte: BALTAZAR JR. & GONÇALVES, José Paulo e Victor Eduardo Rios. Legislação Penal Especial Esquematizado, São Paulo: Saraiva, 2ª edição, 2016.

    RESPOSTA: ALTERNATIVA B

  • Excelente Questão ! 

    Força! 

  • Artigo 1º; § 7º da Lei de Tortura (9455/97):

    § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado

  • Macete simples retirado do material do Professor Zouk: o crime de tortura é chamado de crime "jabuticaba". Trata-se de um crime, em regra, COMUM, ou seja, que não demanda uma especialidade do sujeito ativo, salvo exceções constantes na lei. Diz-se "crime jabuticaba" porque nos demais países ao redor do mundo a tortura é crime próprio, inerente à CONDIÇÃO de funcionário público do sujeito ativo. Como jabuticaba (segundo o material do professor, já que eu não entendo dessa área) é uma fruta comum do BRASIL, aqui a tortura é crime jabuticaba, porque não exige, via de regra, condição especial do sujeito ativo e isso só acontece aqui, no nosso País.

  • Gabarito: B

    Obs: O crime de tortura, não é crime próprio no Brasil, mas, em vários outros países do mundo, é considerado crime próprio. É bom ficarmos bem atentos a isso...

  • Leve isso para sua prova: todas as vedações a possibilidade de conversão de penas privativas de liberdade por restritivas de direito, progressão de regime, cumprir ou iniciar, obrigatoriamente, no regime fechado foram declaradas inconstitucionais pelo supremo.Seja em qlq lei infraconstitucional.

  • I. Segundo entendimento predominante do STF, não se admite progressão de regime prisional em crime de tortura.

    *Crimes hediondos e equiparados a hediondos admite liberdade provisoria e progressão de regime.

    II. Como efeito automático, a condenação por crime de tortura implica perda do cargo público e na interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    III. A tortura é crime próprio, apenas podendo ser praticada por agentes públicos.

    Crime de tortura em regra é crime comum,sendo crime próprio a tortura na modalidade castigo.

    IV. O início do cumprimento da pena por crime previsto na Lei n. 9.455/97 se dá sempre no regime fechado.

    § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

    § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.

    Tortura omissiva

    detenção-regime semiaberto ou aberto.

  • Segundo a Jurisprudência do STF e STJ: Não é obrigatório que o condenado por crime de tortura inicie o cumprimento da pena no regime prisional fechado. Dispõe o art. 1º, § 7º, da Lei 9.455/1997 – lei que define os crimes de tortura e dá outras providências – que “O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado”. Entretanto, cumpre ressaltar que o Plenário do STF, ao julgar o HC 111.840-ES (DJe 17.12.2013), afastou a obrigatoriedade do regime inicial fechado para os condenados por crimes hediondos e equiparados, devendo-se observar, para a fixação do regime inicial de cumprimento de pena, o disposto no art. 33 c/c o art. 59, ambos do CP.

  • no caso de tortura impropria é detenção .

    NÃO DESISTA. DEUS NÃO COLOCARIA EM NOSSOS CORAÇÕES UM SONHO QUE NÃO SERIA POSSIVEL SER ALCANÇADO. BOA SORTE

  • Afirmativa I

    Na lei de tortura afirma que o agente iniciará sua pena em regime fechado, salvo para os casos onde a tortura se dá por omissão.

    Afirmativa II

    § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    Afirmativa III

    A convenção internacional ressaltar que o crime de tortura apenas pode ser produzido por funcionário público, no Brasil a tortura pode ser praticada por qualquer pessoa, e se o agente for funcionário público terá sua pena aumentada.

    Afirmativa IV

    O agente que pratica o crime de tortura por omissão pode responder em regime semi-aberto.

    GAB: B

  • previsto na Lei 9455/97 - inicialmente no regime fechado

    segundo o STF - inconstitucional

    Passível de anulação

  • Quanto a alternativa IV:

    STJ tem afirmado em julgados recentes referente ao art. 1, § 7º, lei 9.455/97 que não é obrigatório condenado por crime de tortura iniciar o cumprimento da pena em regime prisional fechado, tal posição decorre de posicionamentos do STF sobre os crimes hediondos.

  • perguntou previsto na Lei 9455/97 , não segundo o STF

  • Apenas uma curiosidade sobre o crime de tortura, que no Brasil é, como regra, crime COMUM, por isso é chamado pela doutrina de CRIME JABUTICABA, pois em outros países, tal crime é tratado como crime próprio, ou seja, tal como a fruta, esse entendimento é nativo do país tupiniquim.

    As exceções encontram-se no inc. II e no § 1º da referida Lei

    inc II "submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo." Segundo prof Ailton Zulk, trata-se de crime bipróprio (suj. ativo e passivo são próprios);

    § 1º "Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal." segundo o prof. Pequeno, trata-se de crime próprio quanto ao agente passivo e comum quanto ao agente ativo.

    Espero ter colaborado um pouco aos estudos de alguém, juntos somos mais fortes!

    BONS ESTUDOS!!!

  • gabarito letra b

    Lei 9455- Art. 1° § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

  • Se você acertou, na verdade errou.

    Quem errou acertou

  • questão fala que SEMPRE se inicia em regime fechado, não é passível de anulação, pois tortura por OMISSÃO não se inicia em regime fechado segundo a lei.

  • A questão menciona a lei e não o entendimento do STF

    IV. O início do cumprimento da pena por crime previsto na Lei n. 9.455/97 se dá sempre no regime fechado.

    Art 1º § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

    Passível de anulação

  • IV. Acontece que o Plenário do STF, em 27/06/2012, declarou, por oito votos contra três, a inconstitucionalidade desse artigo 2º, §1º, da Lei 8.072/1990 por entender que a obrigatoriedade de regime inicial fechado para penas não superiores a 8 anos fere o princípio constitucional da individualização da pena (artigo 5º, XLVI, da Constituição Federal). Assim, mesmo para crimes hediondos, tráfico de drogas, terrorismo e tortura, o regime inicial só poderá ser o fechado (quando a pena fixada na sentença não for maior do que 8 anos), se o acusado for reincidente ou se as circunstâncias do caso concreto indicarem uma gravidade diferenciada daquele crime específico, o que deverá constar expressamente na fundamentação da sentença. Essa decisão ocorreu no julgamento do HC 111.840/ES.

    Desse modo, de acordo com mencionados autores, se o réu primário for condenado a pena não superior a 8 anos, não bastará que o juiz diga que aquele crime é previsto em lei como hediondo para aplicar o regime inicial fechado. Deverá explicar por que aquele crime hediondo ou equiparado reveste-se de especial gravidade. Exs.: porque a quantidade de droga é muito elevada no tráfico; porque o acusado manteve diversas conjunções carnais com a vítima no crime de estupro etc.

  • gab b

    Efeitos da condenação

    § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. (efeitos automático de sentença)

  • O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no dia 27 de junho de 2012, ao julgar o HC n. 111.840/ES, por maioria, declarou incidentalmente a inconstitucionalidade do § 1º, do art. 2.º, da Lei n. 8.072/90, com a redação que lhe foi dada pela Lei n. 11.464/07, afastando, dessa forma, a obrigatoriedade do regime inicial fechado para os condenados por crimes hediondos e equiparados, incluído aqui o crime de tortura.

    Nem tudo que está posto em Lei se aplica em sua literalidade.

    Por isso a importância de responder questões.

    Já respondi muitas questões sobre esse assunto e até agora não vi nenhuma cobrar a literalidade do artigo.

    Bons estudos!

  • Apesar de ser Inconstitucional, segundo a Lei 9455/97 em seu inciso 7 do parágrafo I - iniciará em Regime fechado - cabendo assim recurso

  • quem errou, acertou!! rsrs

  • b

    ERRADO) IV. O início do cumprimento da pena por crime previsto na Lei n. 9.455/97 se dá sempre no regime fechado.

    quem se omite pega só DETENÇÃO de 1 a 4 anos

  • Quanto a perda auTOmática do cargo, somente ocorre nos crimes de:

    • Tortura
    • Organização Criminosa

  • § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

    O § 2º Fala sobre o crime de omissão, então nesse caso o sujeito não iniciará a pena em Regime fechado, sendo assim nem todo crime previsto nessa lei iniciará em regime fechado.

  • O início do cumprimento da pena por crime previsto na Lei n. 9.455/97 se dá sempre no regime fechado.

    Esse sempre deixou a questao errada, pois para o crime de omissao da tortura simples a pena e a detenção de 1 a 4 anos.

    Me corrijam se estiver errado !!

  • SOBRE PERDA DO CARGO:

    Lei Torturaperda automática do cargo, função ou emprego público + interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

     

    Lei Organização Criminosa: o trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena. (neste caso, a perda tbm é automática)

    Lei de abuso de autoridade: perda do cargo CONDICIONADA à REINCIDENCIA e não automática. Inabilitação para cargo publico pelo período de 1 a 5 anos. São efeitos da sentença.

     

    Lei Racismo: efeitos da condenação: a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a 03mesesNão são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença

  • MUDOU HEIN MEU POVO, NÃO TEM MAIS A EXIGENCIA DE COMECAR FECHADO NÃO - STF


ID
244543
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Segue comentário já feito neste site pelo Rafael Tagliari:

    O entendimento da assertiva vai ao encontro do entendimento do STF, porém contra o STJ. Os dois Tribunais divergem ao assunto: No THC 81.057-SP, o STF, manifestou o entendimento de que o porte de arma de fogo sem munição seria atípico, por falta de potencialidade lesiva da arma. A Corte Superior reputou que a arma de fogo sem munição não coloca em risco concreto a vida ou a integridade física de outrem. Já o STJ entende: “O desmuniciamento da arma não conduz à atipicidade da conduta, bastando, como basta, para caracterização do delito, o porte de arma sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.” (STJ – HC 17.561-DF, 6ª T., rel. Hamilton Carvalhido, 28.06.2005). Igualmente HC 49.142-DF, 5ª T., rel. Gilson Dipp, 04.04.2006. CESPE e suas pegadinhas...

  • Absurdo cobrar questao totalmente controversa na doutrina em prova objetiva
    - esse crime é um crime não-transeuntes, daí seria indispensável o exame pericial na arma para comprovação da materialidade delitiva? Não, o STF e o STJ pacificaram entendimento de que não há necessidade de exame pericial para comprovação da materialidade delitiva. Mesmo sem laudo ou haja laudo nulo, há a possibilidade de reconhecimento do crime (nesse sentido: STJ, HC 89.509 de 2008[1]; REsp 953.853/RS de 2008; STF, RHC 91.553 de 2009);
    - no que se refere à arma de fogo desmuniciada e sem condições de pronto municiamento há polêmicas:
    - 1ª Turma do STF ->no HC 91.553/DF julgado em 23 de junho de 2009, considerou-se que arma desmuniciada é crime;
    - 2ª Turma do STF ->no HC 97.811/SP julgado em 09 de junho de 2009, considerou-se que arma desmuniciada não é crime;
    - 5ª Turma do STJ ->no HC 122.221/SP julgado em 5 de maio de 2009 considerou-se que arma desmuniciada é crime;
    - 6ª Turma do STJ ->no HC 110.448/SP julgado em 18 de agosto de 2009, considerou-se que arma desmuniciada não é crime
  • Resumindo,

    Porte de arma sem munição. Porte de arma ineficaz para o disparo ou arma de brinquedo. Porte de munição isoladamente.
    Crime Tipificado no Estatuto do desarmamento. STF. 2011. Entendimento.


     

  • QUESTAO DESATUALIZADA.

    o gabarito preliminar deu b, mas na epoca da prova o certo era E (definitivo). agora o correto é B novamente. Como o Direito é lindo!

    Bom Pessoal, Esse é o ultimo julgado do STF sobre o assunto, crime de perigo abstrato:


    HC 104206 / RS - RIO GRANDE DO SUL
    HABEAS CORPUS
    Relator(a):  Min. CÁRMEN LÚCIA
    Julgamento:  10/08/2010           Órgão Julgador:  Primeira Turma





    Ementa

    EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. JULGADO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ARMA DESMUNICIADA. TIPICIDADE DA CONDUTA. PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA. 1. A decisão do Superior Tribunal de Justiça está em consonância com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 2. O crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é de mera conduta e de perigo abstrato, ou seja, consuma-se independentemente da ocorrência de efetivo prejuízo para a sociedade, e a probabilidade de vir a ocorrer algum dano é presumida pelo tipo penal. Além disso, o objeto jurídico tutelado não é a incolumidade física, mas a segurança pública e a paz social, sendo irrelevante o fato de estar a arma de fogo municiada ou não. Precedentes. 3. Ordem denegada.

    Decisão

    A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos dovoto da Relatora. Unânime. Presidência do Ministro RicardoLewandowski. 1ª Turma, 10.08.2010.
  • É ate de se estranhar tamanha controvérsia sobre a questão, afinal, o art. 12 diz que possuir ou manter sob guarda arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido em desacordo com a lei. Não teria lógica o fato de possuir uma arma de fogo sem munição em desacordo com a lei, o crime não estaria consumado, agora, possuir uma munição sem a arma de fogo em desacordo com a lei o crime estaria consumado? 
  • Pessoal, uma semana antes de qualquer prova, teremos que olhar as jurisprudencias, sobre essas divergências, e são várias, em várias leis, na de drogas, de tortura, nessa... Olhe pense numa bronca!!!
  • Caros Colegas, 

    A QUESTÃO ENCONTRA-SE DESATUALIZADA! 

    Com as alterações promovidas no Código de Processo Penal pela entrada em vigor da Lei das Prisões (em 04 de julho de 2011) houve uma sensível ampliação da fiança por parte da autoridade policial, seja no aspecto quantitativo, seja no qualitativo. 

    Art. 322 do CPP. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.

    Dessa forma, a alternativa B tornou-se errada pois será a autoridade policial, e não a autodidade judiciária responsável por conceder a fiança!

    Exorte a dúvida que a dádiva logo será alcançada!
  • BOM NA MINHA OPINIÃO:
    ESSE TIPO DE PERGUNTA NÃO É ADEQUADA PARA O CONSURSO,
    VEJAMOS:
    1º ESSE CONCURSO É DE NIVÉL MÉDIO, NÃO COMPORTA A O CONCURSO, ESSA PERGUNTA , ELA É  MAIS APROFUNDANTE SERIA PERGUNTA DE NIVÉL SUPERIOR;
    2º UMA QUESTÃO REFERE-SE A OUTRA , OU SEJA PRA MIM, NEHUMA ESTA TOTALMENTE CORRETA, ESTÃO IMCOMPLETAS;
    3º ELA ESTÁ TOTALMENTE DESATUALIZADA.

  • Com todo respeito, ouso divergir do entendimento do colega Vinicius. É certo que o novel artigo 322 do CPP, após a 12.403/2011, prevê que a autoridade policial poderá conceder fiança às infrações cuja pena privativa de liberdade não seja superior a 4 anos. Contudo, a autoridade judiciária mantém sua competência para arbitrar a fiança nesses casos. A questão estaria incorreta se dissesse que "apenas a autoridade judiciária" é quem pode arbitrar fiança no crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.

    No mais, a 1ª T. STF + 5ª T. STJ: arma desmuniciada sempre configura crime, mesmo sem condições de pronto municiamento, porque o crime é de perigo abstrato, presunção absoluta de perigo. STF HC 96.072, j. 2010. 2ª T. STF + 6ª T. STJ: arma desmuniciada e sem condições de pronto municiamento (sem munição próxima para ser colocada na arma) não é crime. Porém, arma desmuniciada, mas em condições de municiamento, configura crime. AgRg no REsp 1.109.654, j. 14/04/2011.

    Agora em julgado de 06/09/2011, a 6ª T. STJ decidiu que arma desmuniciada é fato atípico e pronto. Veja:

    ARMA DESMUNICIADA. USO PERMITDO. ATIPICIDADE.
     
    Conforme o juízo de primeiro grau, a paciente foi presa em flagrante quando trazia consigo uma arma de fogo calibre 22 desmuniciada que, periciada, demonstrou estar apta a realizar disparos. Assim, a Turma, ao prosseguir o julgamento, por maioria, concedeu a ordem com base no art. 386, III, do CPP e absolveu a paciente em relação à acusação que lhe é dirigida por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, por entender que o fato de a arma de fogo estar desmuniciada afasta a tipicidade da conduta, conforme reiterada jurisprudência da Sexta Turma. Precedentes citados do STF: RHC 81.057-SP, DJ 29/4/2005; HC 99.449-MG, DJe 11/2/2010; do STJ: HC 76.998-MS, DJe 22/2/2010, e HC 70.544-RJ, DJe 3/8/2009. HC 124.907-MG, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 6/9/2011.
     
  • Não entendi,pois de acordo com a lei 10826

        Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido

            Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

            Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

            Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente.



    OU SEJA,só sera afiançável..se estiver registrada no nome do agente....


    ALGUÉM PODERIA ME EXPLICAR MELHOR???


    por favor,mande uma msg ao meu perfil com a explicação!!

  • É crime, independentemente, se está municiada ou não. Pouco importanto, também, se o agente dispõe de munição ao seu alcance.
    Trata-se de norma de perigo abstrato.


    E mais, tanto é norma de perigo abstrato, que o STF reafirmou que o crime estará caracterizado mesmo que a arma funcione ou não.


    Síntese da decisão:

    A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, por maioria de votos, no julgamento conjunto de três Habeas Corpus (HCs nºs 102087, 102826 e 103826) impetrados em favor de réus que portavam armas de fogo sem munição, decidiu que o crime previsto no artigo 14 do na Lei 10.826/2003, conhecido como estatuto do desarmamento, abrange inclusive quem porta armamento sem munição.

    De modo que esta decisão reafirmou o posicionamento que já vinha sendo adotado pelo STF, no sentido de que o Estatuto do Desarmamento criminaliza o porte de arma, funcione ela ou não.

    O relator, ministro Celso de Mello, ficou vencido, pois entendeu que as ordens deveriam ser concedidas por inexistir a justa causa para a instauração da persecução penal nesta circunstância. Seu posicionamento levou em consideração princípios como a ofensividade e a lesividade.

    O voto de divergência foi apresentado pelo ministro Gilmar Mendes que havia retomado o julgamento com seu voto-vista e teve seu voto seguido pelos demais ministros integrantes da Segunda Turma. No entender do ministro, o legislador ao editar a norma teve a intenção de responder a um quadro específico de violência, não sendo necessária a discussão referente à possibilidade da arma funcionar ou não.

  • A Segunda Turma do STF, por maioria de votos, no julgamento conjunto de três Habeas Corpus (HCs nºs 102087, 102826 e 103826) impetrados em favor de réus que portavam armas de fogo sem munição, decidiu que o crime previsto no artigo 14 do na Lei 10.826/2003, conhecido como estatuto do desarmamento, abrange inclusive quem porta armamento sem munição. De modo que esta decisão reafirmou o posicionamento que já vinha sendo adotado pelo STF, no sentido de que o Estatuto do Desarmamento criminaliza o porte de arma, funcione ela ou não.

    Para o STJ, no HC 178320, em 28/02/12, prevalece que arma desmuniciada é crime, por se tratar de delito de perigo abstrato.
  • a QUESTÃO TEM QUE FALAR, CONFORME ALEI, O STF, STJ ,DOUTRINA MAJORITÁRIA, HÁ POSIÇÃO E ETC...

    SE NÃO FALAR NADA, VALE O QUE ESTÁ NA LEI SECA....
  • Respeitado os posicionamentos acima, acredito que essa questão está desatualizada:

     
    A Turma, acompanhando recente assentada, quando do julgamento, por maioria, do REsp 1.193.805-SP, manteve o entendimento de que o porte ilegal de arma de fogo é crime de perigo abstrato, cuja consumação se caracteriza pelo simples ato de alguém levar consigo arma de fogo sem autorização ou em desacordo com determinação legal – sendo irrelevante a demonstração de efetivo caráter ofensivo. Isso porque, nos termos do disposto no art. 16, parágrafo único, IV, da Lei n. 10.826/2003, o legislador teve como objetivo proteger a incolumidade pública, transcendendo a mera proteção à incolumidade pessoal, bastando, assim, para a configuração do delito em discussão a probabilidade de dano, e não sua ocorrência. Segundo se observou, a lei antecipa a punição para o ato de portar arma de fogo; é, portanto, um tipo penal preventivo, que busca minimizar o risco de comportamentos que vêm produzindo efeitos danosos à sociedade, na tentativa de garantir aos cidadãos o exercício do direito à segurança e à própria vida. Conclui-se, assim, ser irrelevante aferir a eficácia da arma para a configuração do tipo penal, que é misto-alternativo, em que se consubstanciam, justamente, as condutas que o legislador entendeu por bem prevenir, seja ela o simples porte de munição ou mesmo o porte de arma desmuniciada. Relativamente ao regime inicial de cumprimento da pena, reputou-se mais adequada ao caso a fixação do semiaberto; pois, apesar da reincidência do paciente, a pena-base foi fixada no mínimo legal – três anos – aplicação direta da Súm. n. 269/STJ. HC 211.823-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 22/3/2012.
  •   Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido

            Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

            Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

            Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente. (Vide Adin 3.112-1

  • Selo mamilos para essa questão, muito polêmica!!!
  • segundo adi 3.112 entendimento do ministro ricardo lew.

    A partir das considerações iniciais que

    expendi, e com fundamento nas razões de direito

    que formulei, julgo procedentes, em parte, as

    presentes ações diretas, apenas para declarar a

    inconstitucionalidade dos parágrafos únicos dos

    arts. 14 e 15, os quais vedaram o estabelecimento

    de fiança para os delitos de “

     

    porte ilegal de arma

    de fogo de uso permitido

     

     

    ” e de “disparo de arma de

    fogo

     

     

    ”, e do art. 21, que proibiu a liberdade

    provisória no caso dos crimes de “

     

    posse ou porte

    ilegal de arma de fogo de uso restrito

     

     

    ”, “comércio

    ilegal de arma de fogo

     

     

    ” e “tráfico internacional

  • Arma desmuniciada – configura crime?
    Para a 1ª Turma do STF e para a 5ª Turma do STJ, a arma desmuniciada sempre configura crime, mesmo sem condições de pronto municiamento, porque o crime é de perigo abstrato, presunção absoluta de perigo (HC 96.072, julgado em 2010). Já para a 2ª Turma do STF e para a 6ª Turma do STJ, arma desmuniciada e sem condições de pronto municiamento (ou seja, sem munição próxima para ser colocada na arma), não configura crime; mas a arma desmuniciada em condições de pronto municiamento configura o crime de porte.
    - A posse de munição ou acessório desacompanhada de arma ainda assim é crime.
            - Obs. E se o laudo conclui que a arma é absolutamente ineficaz para disparar, mas ela está municiada? É possível punir pelo porte de munição? Para o STJ, sim, condena-se pelo porte de munição (HC 166.446, julgado em 05/04/11).
            - Se for arma absolutamente inapta para efetuar disparos, é crime impossível; se for arma relativamente inapta para efetuar disparos, é crime.
  • Analisando a alternativa C

     A pegadinha está no verbo consumir:

    c) O crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido não se consome, se a arma estiver desmuniciada.
     
    Consumir:
    v.t. Fazer uso de alguma coisa para subsistência própria: consumir alimentos. / Empregar, usar para funcionar: um carro que consome muita gasolina. / Gastar, despender, extinguir. /

    Desta forma a alternativa está certa:

    O crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido não se extingue, se a arma estiver desmuniciada.
    Continua sendo crime de porte de arma, mesmo que desmuniciada
     
  • comentário da alínea C.
    Conforme comentário citado por falcon na Q99546 que explica perfeitamente a alternativa segue seu comentário postado logo abaixo:
    Arma desmuniciada, para o STF e o STJ, em 2012, É CRIME!! O ENTENDIMENTO, AGORA, É PACÍFICO!
  •  b) Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é afiançável pela Autoridade Judiciária.

    art.16,17 e 18 do estatuto do desarmamento > hoje cabe fiança(ADI 3112), pois o Art.323,I,CPP foi revogado.
  • Andréa, acho que consumir no referido contexto significa exaurir... Na minha ótica não houve pegadinha, apenas o entendimento jurisprudencial que era divergente à época da questão.
  • ENTENDIMENTO ATUAIS:Os crimes previstos nos artigos 12 a 18 do Estatuto,cujos tipos penais não mencionam, em momento algum, como elemento necessário à configuração típica, a prova da efetiva exposição de outrem a risco, sendo denominados, doutrinariamente,
    de crimes de perigo abstrato. Em outras palavras, o Estatutopune, portanto, o perigo, antes que se transforme em dano efetivo. ENTÃO NO CASO DE ARMA DE FOGO DESMONTADA OU DESMUNICIADA HAVERÁ CRIME.

    TODOS OS CRIMES DO ESTAT DESARM SÃO AFIANÇAVEIS, APESAR DA LEI TER PREVISTO INAFIANÇABILIDADE, NELA MESMA HOUVE REMISSÃO A ADIN3.112-1 EM QUE O STF DECLAROU TAIS DISPOSITIVOS INCONSTITUCIONAIS. (ART. 21)

    (NICOLAS MARQUES-PROFº DO CURSINHO GUSTAVO BRÍGIDO DE FORTALEZA)

  • podre


ID
244546
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Considere a seguinte situação:

Policiais militares ingressaram num coletivo que ia do município de Salgueiro para o Município de Arcoverde, ambos no sertão pernambucano, e relataram aos passageiros que haviam recebido informe no sentido de que algum daqueles passageiros estaria transportando significativa quantidade da substância entorpecente de uso proscrito, popularmente conhecida por cocaína. Alguns passageiros, voluntariamente, passaram a exibir suas bagagens. O passageiro "X" exibiu sua bagagem, e os policiais militares constataram que ele trazia consigo duas embalagens de talco, em cujo interior havia 400g (quatrocentos gramas) da droga pesquisada. O passageiro foi preso e autuado em flagrante, na delegacia de polícia local, onde afirmou que não tinha conhecimento de que transportava cocaína, pois pensava que, nas embalagens, havia talco e que sua irmã "Y" teria arrumado as malas.

Diante disso e considerando a teoria finalista da ação, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra A.
    Erro de Tipo é o que incide sobre as elementares ou circunstâncias da figura típica, sobre os pressupostos de fato de uma causa de justificação ou dados secundários da norma penal incriminadora; é o que faz o sujeito supor a ausência de elemento ou circunstância da figura típica incriminadora ou a presença de requisitos da norma permissiva; ex: sujeito dispara um tiro de revólver no que supõe seja uma animal bravio, vindo a matar um homem; o erro de tipo pode ser essencial e acidental.
    O erro de tipo exclui sempre o dolo, seja evitável ou inevitável; como o dolo é elemento do tipo, a sua presença exclui a tipicidade do fato doloso, podendo o sujeito responder por crime culposo, desde que seja típica a modalidade culposa.
    O erro de tipo essencial ocorre quando a falsa percepção impede o sujeito de compreender a natureza criminosa do fato; recai sobre os elementos ou circunstâncias do tipo penal ou sobre os pressupostos de fato de uma excludente da ilicitude; apresenta-se sobe 2 formas:
    a) erro invencível ou escusável (quando não pode ser evitado pela norma diligência);
    b) erro vencível ou inescusável (quando pode ser evitado pela diligência ordinária, resultando de imprudêncuia ou negligência.

  • Ainda que o erro fosse inescusável, não seria punido, pois não há o delito de tráfico culposo. Portanto, excluindo-se o dolo, resta apenas a atipicidade do fato.

  • No ERRO DE TIPO o agente erra por conta propria (erro espontâneo).
    No ERRO DETERMINADO POR TERCEIRO, alguem provoca o erro do agente (erro não espontâne).

    Concluindo: no caso em comento, X não agiu por conta própria, seu erro foi determinado por sua irmã (terceira). Portanto é erro determinado por terceiro do art. 20, §2 do CP e nao erro de tipo.

  • Caros, não vamos esquecer de citar a fonte.
    http://www.centraljuridica.com/doutrina/157/direito_penal/erro_de_tipo.html
  • Erro de Tipoé o que incide sobre as elementares ou circunstâncias da figura típica, sobre os pressupostos de fato de uma causa de justificação ou dados secundários da norma penal incriminadora; é o que faz o sujeito supor a ausência de elemento ou circunstância da figura típica incriminadora ou a presença de requisitos da norma permissiva; ex: sujeito dispara um tiro de revólver no que supõe seja uma animal bravio, vindo a matar um homem; o erro de tipo pode ser essencial e acidental.

    O erro de tipo exclui sempre o dolo, seja evitável ou inevitável; como o dolo é elemento do tipo, a sua presença exclui a tipicidade do fato doloso, podendo o sujeito responder por crime culposo, desde que seja típica a modalidade culposa.

    O erro de tipo essencialocorre quando a falsa percepção impede o sujeito de compreender a natureza criminosa do fato; recai sobre os elementos ou circunstâncias do tipo penal ou sobre os pressupostos de fato de uma excludente da ilicitude; apresenta-se sobe 2 formas:

    a) erro invencível ou escusável (quando não pode ser evitado pela norma diligência);

    b) erro vencível ou inescusável (quando pode ser evitado pela diligência ordinária, resultando de imprudêncuia ou negligência
  • É só seguir a regra. No erro de tipo o agente não sabe que está praticando um ilícito penal. Como fala que ele não sabia que se tratava de cocaína e que fora constatado tal argumentação, então,  ficou fácil. Letra A. Conduta atípica.

  • Tem como escopo demonstrar a evolução das teorias da conduta no ... não poderá o fato ser considerado típico, logo sua conduta será atípica

    ERRO DETERMINADO POR TERCEIRO, alguem provoca o erro do agente (erro não espontâneo)

  • Art 20 CP

  • § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

            Erro determinado por terceiro 

            § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro

  • Então se eu ganho uma passagem para ir passear no paraguai para trazer uma caixa lacrada para um amigo eu seria inocente? Isso não faz muito sentido para mim, ele não sabe, mas deveria saber sei lá...

  • Gabarito A. Erro essencial atuante sobre elemento constitutivo do tipo penal.

    Nesse caso o tipo penal é o artigo 33 da lei 11343 de 2006. Lei de Drogas

    Artigo 33 - Possui vários núcleos, mas citarei o Trazer consigo drogas, transportar, guardar.. enfim,tudo é elementar do tipo penal.

    Caso se tire "drogas" e coloque talco,você gera atipicidade da conduta, por excluir elemento do tipo penal.

    Caracteriza o erro sobre elemento do tipo,excluindo o crime em si.

    FORÇA!

  • Art. 20 - Erro sobre elementos do tipo

    Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.

    Descriminantes putativas

    § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

    Erro determinado por terceiro 

    § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. 

    Erro sobre a pessoa

    § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.

  • Erro do tipo.

  •                                                            Diferença entre erro de tipo e erro de proibição

     

     

    No erro de tipo, disciplinado pelo art. 20 do Código Penal, o sujeito desconhece a situação fática que o cerca, não constatando em sua conduta a presença das elementares de um tipo penal. Exemplo: “A” leva para casa, por engano, um livro de “B”, seu colega de faculdade. Por acreditar que o bem lhe pertencia, desconhecendo a elementar “coisa alheia móvel”, não comete o crime de furto (CP, art. 155). O erro de tipo, escusável ou inescusável, exclui o dolo. Mas, se inescusável, subsiste a punição por crime culposo, se previsto em lei. No erro de proibição o sujeito conhece perfeitamente a situação fática em que se encontra, mas desconhece a ilicitude do seu comportamento. Consequentemente, não afeta o dolo (natural). Quanto aos seus efeitos, o erro de proibição, se escusável, exclui a culpabilidade, diante da ausência da potencial consciência da ilicitude, um dos seus elementos. E, se inescusável, subsiste o crime, e também a culpabilidade, incidindo uma causa de diminuição da pena, de um sexto a um terço (CP, art. 21, caput).

     

     

     

    Direito Penal Masson 2019- Parte Geral (Arts. 1º a 120) Vol. 1, 13ª edição pag. 704

  • Erro de tipo - falsa percepção da realidade

  • em se tratando de erro do tipo devemos observar a situação fática, erro de proibição a situação jurídica

  • em se tratando de erro do tipo devemos observar a situação fática, erro de proibição a situação jurídica

  • se soubesse não fazia , ou seja, transporta a tal entorpecentes ilitico

  • Erro de proibição ou erro sobre a ilicitude do fato galera, pode ser escusável ou inescusável.

    E o que é isso? Um exemplo clássico é o Bob Marley em viagem pro Brasil, não conhecendo a lei brasileira, acende um baseado de maconha sabendo que aquilo é maconha mas não sabendo que no Brasil não podia.

    Vc desculpa o Bob? 

    Se sim, escusável = Isenta de pena (e não o crime!!!), afastando a culpabilidade.

    Se não, inescusável = reduz a pena de 1/6 a 1/3

    Pra cima Sayajins and don't worry about the things, cause every little thing is gonna be alright.


ID
244549
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Questão passível de anulação. Sentido diverso do entendimento do STF, que entende ser material o crime de sonegação fiscal. A propósito:

    HC 97118 / SP - SÃO PAULO 
    HABEAS CORPUS
    Relator(a):  Min. RICARDO LEWANDOWSKI
    Julgamento:  23/03/2010           Órgão Julgador:  Primeira Turma
    EMENTA: PROCESSO PENAL E PENAL. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. DELITO DE NATUREZA MATERIAL. INTELIGÊNCIA DO ART. 1º DA LEI 8.137/90. IMPOSSIBILIDADE DE PROCEDER-SE A QUALQUER ATO DE CUNHO PERSECUTÓRIO PENAL ANTES DA FORMAÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. INTELIGÊNCIA DA DECISÃO PROFERIDA NA ADI 1.571, REL. MIN. GILMAR MENDES. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA DO STF. ENTENDIMENTO JÁ VIGENTE À ÉPOCA DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. E HOJE CONSOLIDADO NA SÚMULA VINCULANTE 24. ORDEM CONCEDIDA. I - Os delitos previstos no art. 1º da Lei 8.137/90 são de naturezamaterial, exigindo, para a sua tipificação, a constituição definitiva do crédito tributário para o desencadeamento da ação penal. II - Carece de justa causa qualquer ato investigatório ou persecutório judicial antes do pronunciamento definitivo da administração fazendária no tocante ao débito fiscal de responsabilidade do contribuinte. III - O entendimento fixado na ADI 1.571 reafirmou a jurisprudência do STF no sentido de que a constituição definitiva do crédito tributário configura condição necessária para o início da persecutio criminis, sendo equivocada a interpretação do julgado em questão pelo primeiro e segundo graus de jurisdição. IV – (...) V - Ordem concedida.

    Sobre mais, dispõe o art. 34 da Lei n.º 9249/95: "Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos na Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e na Lei nº 4.729, de 14 de julho de 1965, quando o agente promover o pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, antes do recebimento da denúncia".



  • GABARITO EQUIVOCADO....

    Realmente assiste razão ao colega, que inclusive colacionou a fundamentação legal para o seu entendimento.
  • Vale ressaltar que o final da questão A  está equivocado uma vez que o art 14 da referida lei foi revogado:

    Art. 14. Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos nos arts. 1° a 3° quando o agente promover o pagamento de tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, antes do recebimento da denúncia. (Artigo revogado pela Lei nº 8.383, de 30.12.1991)

    Assim, a letra B está correta.
  • Glaucia, é entendimento pacífico dos tribunais superiores que o pagamento do tributo a qualquer tempo até a sentença irrecorrível extingue a punibilidade.

    “AÇÃO PENAL. Crime Tributário. Tributo. Pagamento após o recebimento da denúncia. Extinção da punibilidade. Decretação. HC concedido de ofício para tal efeito. Aplicação retroativa do art. 9º da lei federal n.º 10.684/03, cc. art. 5º, XL, da CF, e art. 61 do CPP. O pagamento do tributo, a qualquer tempo, ainda que após o recebimento da denúncia, extingue a punibilidade do crime tributário”. (STF – HC n.º 81.929-0/RJ, Rel. originário Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Rel. Para acórdão Min. CEZAR PELUSO, v.u., DJ 27.02.2004 – grifamos).

     
  • Entendo o posicionamento dos colegas, porém a questão B, não deixa de estar correta.

    As condutas elencadas no artigo 1º, que vimos de comentar, possuem então como elemento subjetivo do tipo o querer ou a assunção do risco de suprimir ou reduzir tributo, respectivamente dolo direto e dolo eventual.

    Este elemento subjetivo do tipo, aliado à ausência de previsão culposa, faz-nos chegar à inarredável conclusão de que os tipos penais da lei são, sem exceção, dolosos. A supressão ou a redução de tributo culposa estaria excluída em face da aplicabilidade subsidiária do Código Penal, que prescreve a excepcionalidade do tipo culposo ao preceituar que Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. Como a única previsão de delito culposo que se tem na Lei 8.137 de 27.12.90 refere-se a alguns tipos relativos aos crimes contra a relação de consumo - art. 7º, parágrafo único - não se cogita, mesmo, da existência da modalidade culposa, em sede de crimes contra a ordem tributária e equiparados de que cuidam os artigos 1º, 2º e 3º da Lei 8.137 de 27.12.90. 

  • extinção da punibilidade pelo pagamento nos delitos contra a ordem tributária está subordinada ao pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais e acessórios, independente de momento processual específico. Importa ressaltar que, consoante o entendimento do Supremo Tribunal Federal, o simples parcelamento da dívida fiscal não tem o condão de extinguir a punibilidade do agente, mas apenas acarretar a suspensão da pretensão punitiva e da prescrição. Portanto, comprovada a quitação da dívida com o Fisco, outrora parcelada ou não, dar-se-á por extinta a punibilidade do agente.
  • Ocorre a suspensão da pretensão punitiva se o agente pagar a dívida "ANTES DO OFERECIMENTO DA DENÚNCIA'' não antes do seu recebimento como diz a questão. Vale macar que o agente pode pedir o parcelamento da dívida que evita a instauração do processo criminal e suspende a Pretensão Punitiva do Estado. Além disso, existe a possibilidade de durante o processo criminal o agente pedir o parcelamento da dívida: PARCELAMENTO ESPECIAL que Suspende o Processo Criminal e a Prescrição.
  • Quanto à extinção de ppunibilidade da questão A, acredito que a questão se refira à Lei 9.249/95 quando diz que:

     Art. 34. Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos na Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e na Lei nº 4.729, de 14 de julho de 1965, quando o agente promover o pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, antes do recebimento da denúncia.

    O crime de sonegação fiscal, no entanto, não é estipulado pela Lei 8.137/90, mas pela Lei 4.729/65.

    Acredito ser este o erro do item.
  • Senhores... O problema da alternativa A não está no final da alternativa, mas sim no início da mesma: Tal crime não é material.

    O STF é pacífico quanto a isso:

    Súmula 24 - não se tipifica crime material contra a ordem tributária, prevista no artigo I - Iv, da lei 8.137, antes do lançamento definitivo do tributo. 

    Desta forma, apenas a opção B é correta!

  • Colegas, vale a pena dar uma olhada no excelente texto do professor Hugo de Brito, falando sobre a extinção da punibilidade nos crimes contra a ordem tributária: http://www.ipclfg.com.br/artigos-de-convidados/a-extincao-da-punibilidade-pelo-pagamento-nos-crimes-tributarios-e-a-lei-12-3822011/

    Fica a dica, pois desde os últimos comentários aqui no site, ocorreram outras revogações legislativas.

    Abraço!
  • Colega Fabrício, não é bem assim.

    O crime de sonegação fiscal (art. 1º, condutas do inciso I ao IV) é material, sim!
    O que isso quer dizer? Que o crime somente será consumado se houver o resultado.
    E qual o resultado esperado desse artigo? A supressão ou redução do tributo ou contribuição social e acessórios.
    Porém, como saber se houve realmente supressão do tributo, ou sua redução? Apenas com o lançamento, quando o valor final devido será esclarecido. 
    Onde é que a SV 24 se insere nisso tudo? O STF tem exigido o esgotamento da via administrativa - o que significa chegar ao lançamento (quando o crédito é constituído) - para que o crime do art. 1º da Lei 8137/90 esteja realmente tipificado, porque "(...) na denúncia por crime contra a ordem tributária, a acusação está obrigada a indicar o tributo reduzido ou suprimido, e seu valor além do meio fraudulento utilizado (...)" (Baltazar Jr, Crimes Federais, 2010, p.451).
    Por isso é que SOMENTE a partir do lançamento definitivo do tributo, estará tipificado o crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV da Lei 8137/90. É isso o que a SV 24/ STF quer, realmente, dizer.

    Leia novamente, e veja se você concorda: 
    SÚMULA VINCULANTE Nº 24
    NÃO SE TIPIFICA CRIME MATERIAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA, PREVISTO NO ART. 1º, INCISOS I A IV, DA LEI Nº 8.137/90, ANTES DO LANÇAMENTO DEFINITIVO DO TRIBUTO.
    <Ou seja, DEPOIS DO LANÇAMENTO DEFINITIVO DO TRIBUTO, TIPIFICA-SE>

    Se falei besteira, por favor, alguém me corrija!!!

    Espero ter ajudado. :)


  • Sobre o erro presente na letra "a".
    A qualquer tempo, antes ou após o recebimento da denúncia, o pagamento do tributo implica na extinção da punibilidade.                                                                                                                                      
    Esse é a interpretação do art. 9, §2º, da lei 10.684/03, e não até o recebimento da denúncia, como afirmado na letra "a". 
    § 2o Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos neste artigo quando a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios.
    Portanto, o erro da assertiva "a" está na parte final de sua redação, que condiciona a extinção da punibilidade ao pagamento do tributo antes do recebimento da denúncia, fato este incorreto, visto que a quitação dos débitos fiscais podem ser realizadas em qualquer momento processual.
  • galerinha, galerinha.. GABARITO CORRETÍSSIMO

    SOBRE O ERRO DA ALTERNATIVA A

    Pegadinha do examinador como de costume. Não está errado porque se afirmou que é crime material. Realmente é crime material e ninguém tem dúvida nisso. Porém, o erro reside em outro momento.

    Está errada apenas porque se utilizou da expressão "desde que". Percebam que a alternativa está condicionando que só ocorrerá extinção da punibilidade nesse caso.

    Todavia, sabemos que além dessa possibilidade de extinção de punibilidade, existem outras (art. 107 do CP - morte do agente, prescrição, decadência, etc). O erro está mais na linguística do que no direito.

    Aliás, aquela vírgula antes do "desde que" nos remete que essa é única hipótese de extinção da punibilidade, o que todos sabem que não é verdade.

    bons estudos.
  • LEI nº 8137/90
           Art. 14. Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos nos arts. 1° a 3° quando o agente promover o pagamento de tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, antes do recebimento da denúncia.  
    (Revogado pela Lei nº 8.383, de 30.12.1991) 


  • Por sua vez, no dia 30 de maio de 2003 foi editada Lei Federal 10.684, que dispôs sobre parcelamento especial de débitos junto à Procuradoria da Fazenda Nacional, Secretaria da Receita Federal e Instituto Nacional do Seguro Social.

    A legislação tratou em seu artigo 9º e parágrafos, sobre as implicações que a adesão ao parcelamento especial traria na esfera penal.

    Reza referido artigo e seus parágrafos que:

    Art 9º: É suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente aos crimes previstos nos arts. 1º e 2º da Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e nos arts. 168A e 337A do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, durante o período em que a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no regime de parcelamento.

    § 1º A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão punitiva.

    § 2º Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos neste artigo quando a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios.”

    Determinou a legislação, então, estar suspensa a pretensão punitiva do Estado enquanto estiver a pessoa jurídica incluída no regime de parcelamento.

    E mais, após o pagamento integral do débito, extinta estará a punibilidade.

    Portanto, assim como acontecia com o Refis, durante o tempo em que a pessoa optante pelo parcelamento estivesse nele incluída, não poderia sofrer qualquer punição, ou mesmo qualquer persecução penal, por estar suspensa a pretensão punitiva do Estado.

    E, após o pagamento integral do débito, teria extinta sua punibilidade, fulminando com qualquer possibilidade de punição por parte do Estado.

    Outrossim, diferentemente do que ocorria no Programa de Recuperação Fiscal, onde a suspensão e a extinção da punibilidade apenas se operavam caso a opção pelo Programa tivesse sido feita antes do recebimento da denúncia, no Parcelamento Especial, este marco temporal foi ignorado, não dispondo a lei sobre qualquer restrição no que diz respeito ao momento da adesão ao parcelamento.

    Com isso, desde que formalizado o parcelamento, independente do momento processual, deveria ser suspensa a pretensão punitiva do Estado e, pago o débito, deveria haver a extinção da punibilidade.

    http://www.conjur.com.br/2013-jan-25/cicero-lana-lei-12382-alterou-extincao-punibilidade-crime-tributario

  • questão classificada errada,não tem nada a ver com a lei de abuso de autoridade, de que adianta o filtro de questões se tem um monte classificada de forma errada

  • A) O crime de sonegação fiscal (Lei nº 8.137/90) é crime material, cuja punibilidade será extinta, desde que haja o pagamento do tributo antes do recebimento da denúncia.

    A alternativa A está INCORRETA. Conforme lecionam José Paulo Baltazar Junior e Victor Eduardo Rios Gonçalves, os crimes do artigo 1º da Lei 8.137/90, com exceção daquele previsto em seu parágrafo único, são materiais e de dano, consumando-se quando todos os elementos do tipo estão reunidos e reconhecidos pela existência de lançamento definitivo, nos termos da Súmula Vinculante nº 24 do STF:

    Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:       (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000)

    I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;

    II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;

    III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável;

    IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;

    V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.

    Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

    Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso V.

    Súmula Vinculante 24 do STF: Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo.

    O erro da alternativa está na parte em que menciona que o pagamento do tributo só seria causa extintitva da punibilidade se for feito antes do recebimento da denúncia. De acordo com o artigo 69 da Lei 11.941/2209, o pagamento integral do débito acarreta a extinção da punibilidade, em qualquer momento da persecução penal, ainda que após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória:

    Art. 69.  Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos no art. 68 quando a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios, que tiverem sido objeto de concessão de parcelamento. 

    Parágrafo único.  Na hipótese de pagamento efetuado pela pessoa física prevista no § 15 do art. 1o desta Lei, a extinção da punibilidade ocorrerá com o pagamento integral dos valores correspondentes à ação penal. 

    De acordo com José Paulo Baltazar Junior e Victor Eduardo Rios Gonçalves, os delitos mencionados no artigo 68 são os seguintes: arts. 1º e 2º da Lei 8.137/90 e arts. 168-A e 337-A do CP:

    Art. 68.  É suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente aos crimes previstos nos arts. 1o e 2º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e nos arts. 168-A e 337-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, limitada a suspensão aos débitos que tiverem sido objeto de concessão de parcelamento, enquanto não forem rescindidos os parcelamentos de que tratam os arts. 1o a 3o desta Lei, observado o disposto no art. 69 desta Lei. 

    Parágrafo único.  A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão punitiva.

    Segundo eles, embora o dispositivo mencione somente a pessoa jurídica, a regra também favorece pessoas físicas.
    ___________________________________________________________________________
    C) Comete crime de corrupção passiva o funcionário público que, na cobrança de tributos devidos, constrange o contribuinte pela utilização de meios vexatórios não autorizados em lei.

    A alternativa C está INCORRETA. Comete o crime de excesso de exação, previsto no artigo 316, §1º, do Código Penal, o funcionário público que, na cobrança de tributos devidos, constrange o contribuinte pela utilização de meios vexatórios não autorizados em lei:

    Concussão

    Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

    Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

    Excesso de exação

    § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:  (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

    Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

    § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

    Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    O crime de corrupção passiva está previsto no artigo 317 do Código Penal e tipifica conduta diversa da descrita na alternativa:

    Corrupção passiva

    Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

    Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

    § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

    § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

    Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

    ___________________________________________________________________________
    D) Funcionário público que, no exercício do seu cargo, recebe valores alusivos ao pagamento de tributos, mas deixa de repassá-los ao erário público, pratica crime de prevaricação.

    A alternativa D está INCORRETA, pois o funcionário público que, no exercício do seu cargo, recebe valores alusivos ao pagamento de tributos, mas deixa de repassá-los ao erário público, não pratica o crime de prevaricação, mas sim o crime previsto no artigo 316, §2º, do Código Penal:

    Concussão

    Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

    Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

    Excesso de exação

    § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:  (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

    Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

    § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

    Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    O crime de prevaricação está previsto no artigo 319 do Código Penal e tipifica conduta diversa da descrita na alternativa:

    Prevaricação

    Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

    Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

    ___________________________________________________________________________
    E) O crime de peculato é classificado como crime formal e unissubjetivo, no qual se admite a co-autoria, mas não se admite a participação.

    A alternativa E está INCORRETA. Cleber Masson ensina que o crime o peculato é crime material (o tipo contém conduta e resultado naturalístico, exigindo este último para sua consumação), e não formal, normalmente unissubjetivo, unilateral ou de concurso eventual (praticado por uma única pessoa, mas admite concurso) e plurrissubjetivo, plurilateral ou de concurso necessário na hipótese do peculato furto em que o funcionário público concorre para a subtração do bem.

    Cleber Masson também leciona que o peculato, em todas as suas modalidades, é crime próprio ou especial, pois somente pode ser praticado por funcionário público, em princípio qualquer que seja o funcionário público, cujo conceito ampliativo encontra-se no artigo 327 do Código Penal:

    Funcionário público

    Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

    § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.      (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

    § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)

    Ainda segundo Masson, a condição de funcionário público é elementar do peculato, razão pela qual comunica-se a todos aqueles que tenham concorrido de qualquer modo para o crime, mesmo em se tratando de pessoas alheias aos quadros públicos. É o que se extrai do artigo 30 do Código Penal:

    Circunstâncias incomunicáveis

    Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Em síntese, somente existe peculado quando um dos responsáveis pelo delito é funcionário público. Contudo, presente uma pessoa dotada desta especial condição, será perfeitamente possível o concurso de pessoas, em qualquer de suas modalidades (coautoria ou participação).

    ____________________________________________________________________________
    B) De acordo com a doutrina e a jurisprudência pátrias, o crime de sonegação está previsto, apenas, na modalidade dolosa, de modo que, se o inadimplemento do crédito tributário decorrer de impossibilidade de fazê-lo, em virtude, por exemplo, de graves dificuldades financeiras que atinjam o contribuinte, não haverá conduta a ser punida criminalmente.

    A alternativa B está CORRETA, conforme podemos extrair da ementa abaixo colacionada:

    PENAL E PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA (ARTIGO 1º, INCISO I, DA LEI Nº 8137/90) E DE SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDÊNCIÁRIA - ARTIGO 337-A, DO CÓDIGO PENAL. SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. MATERIALIDADE DEMONSTRADA. AUSÊNCIA DE PROVA SATISFATÓRIA DA AUTORIA DELITIVA. INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA. OCORRÊNCIA. PROVA TESTEMUNHAL. VALIDADE. DIFICULDADES FINANCEIRAS DEMONSTRADAS. RECURSO IMPROVIDO. 1-Hipótese de absolvição, com espeque no artigo 386, VII, do CPP, das imputações de crimes contra a ordem tributária (Artigo 1º, inciso I, da Lei nº 8137/90) e de sonegação de contribuição previdenciária (CP, Art. 337-A). 2-Sentença que destacou que a prova testemunhal colhida não foi suficiente para se atribuir a autoria do delito ao réu ora apelado. Algumas testemunhas atribuíram ao mesmo o poder de administração de fato da empresa, mas outras informaram que todas as decisões eram tomadas de forma conjunta entre os sócios da empresa, não denunciados. 3-A despeito de efetiva dúvida acerca da autoria delitiva em face do réu apelado, as testemunhas e o réu narraram a situação de grave dificuldade econômica da Casa de Saúde Santa Maria Ltda, em Sergipe (Aracaju), em razão da inadimplência do poder público (constatou-se que a empresa foi obrigada a continuar atendendo a população pelo SUS, por força de ordem judicial, para não se configurar omissão de socorro, mas não recebia, ou recebia em atraso, os valores necessários pelo Estado, ficando inadimplente com fornecedores de medicamentos, alimentação, folha de pagamento de funcionário, água, luz, etc). 4-Ausência de outras provas, por parte da acusação, para comprovar efetivamente a autoria do crime. 5-Ação delitiva que não se revestiu de vontade deliberada de produzir o resultado e assumir o risco de produzi-lo, mas lhes foi imposta pela existência de dificuldades financeiras, o que afasta o argumento de que o réu deu causa à crise da instituição hospitalar, não podendo dela se socorrer, valendo-se da própria descúria. 6-Demonstrada a dificuldade financeira através de consistente prova testemunhal, não resta inviabilizado o alegado na eventual ausência de prova documental. A jurisprudência pátria converge para, suportando a empresa dificuldades econômico-financeiras, excluir a culpabilidade do agente quanto à sonegação fiscal, cuja reparação da lesão ao Fisco será objeto de demanda específica. (Precedente da 4ª Turma desta Corte na Apelação, Apelação Criminal nº 0002782-92.2007.4.05.8201, Desembargadora Federal Margarida Cantarelli, 15/02/2011). 7-Absolvição mantida. 8-Apelação improvida
    (TRF-5 - APR: 20326120104058500, Relator: Desembargador Federal Bruno Teixeira, Data de Julgamento: 22/07/2014, Quarta Turma, Data de Publicação: 24/07/2014)
    ____________________________________________________________________________
    Fontes:

    BALTAZAR JR. & GONÇALVES, José Paulo e Victor Eduardo Rios. Legislação Penal Especial Esquematizado, São Paulo: Saraiva, 2ª edição, 2016.

    MASSON, Cléber Rogério. Direito Penal esquematizado – Parte Especial. v.3. 5.ed. São Paulo: Método, 2015.

    Resposta: ALTERNATIVA B
  • A) INCORRETA. Pois De acordo com o artigo 69 da Lei 11.941/2209, o pagamento integral do débito acarreta a extinção da punibilidade, em qualquer momento da persecução penal, ainda que após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

    B) CORRETA.

    C) INCORRETA. Comete o crime de excesso de exação.

    D) INCORRETA. Comente o crime previsto no artigo 316, §2º, do Código Penal:

    E) INCORRETA. O crime o peculato é crime material, e não formal, normalmente unissubjetivo, unilateral ou de concurso eventual e plurrissubjetivo, plurilateral ou de concurso necessário na hipótese do peculato furto em que o funcionário público concorre para a subtração do bem.


ID
244552
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Com relação ao inquérito policial, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • "A" Errada: "Art. 12.  O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra". Portanto, o IP é dispensável caso o MP tenha em mãos subsídios (justa causa) para oferecer a denúncia.

    "B" Errada: "Art. 17.  A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito". Somente o Juiz, ouvido o MP poderá mandar arquivar os autos do IP.

    "C" Errada: Art. 107.  Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.

    "D" Errada: "O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela."

  • Na verdade, a alternativa D está errada não porque se insere na hipótese da regra geral do CPP (10 preso / 30 solto), mas sim pelo fato de o prazo do inquérito policial se submeter ao estipulado pela lei de crimes hediondos para a prisão temporária, isto é, 30 dias + 30 dias. Esse é um entendimento doutrinário que se destaca.

     Art. 2º         § 4o  A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007)
  • Base legal da alternativa "E": art 51 Lei 11343/2006
  • gbruno87,

    O erro da questão está em dizer que o prazo é de 05 dias (em crimes não hediondos) sendo que é de 10 . Além disso, diz que o prazo começa a contar da decretação da prisão, sendo que começa da execução da prisão, conforme inteligência do art. 10 do CPP.

    Quanto aos crimes hediondos, a questão está certa. O prazo é de 30 dias. Prorrogável, mas de 30 dias. Não há erro na alternativa "d" quanto a isso.

    Abraço
  • Com relação ao inquérito policial, assinale a alternativa CORRETA.

     

     a) O inquérito policial é indispensável na persecução criminal dos crimes de homicídio praticados por grupos de extermínio.  CPP Art 39, § 5º- órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a Denúncia no prazo de 15 (quinze) dias.   b) A autoridade policial não pode mandar arquivar autos de inquérito policial, salvo quando a infração for de menor potencial ofensivo. CPP Art. 17.  A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.   c) Na hipótese de o Delegado de Polícia ser parente em até segundo grau da vítima ou do indiciado, fica ele impedido de presidir o inquérito policial, devendo tal circunstância ser arguida pelas partes ou "ex officio", sob pena de nulidade do procedimento. CPP Art. 107.  Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.  d) A partir da decretação da prisão preventiva nos autos de inquérito policial, o prazo para conclusão das investigações é de 05 (cinco) dias ou 30 (trinta) dias, se a investigação disser respeito a crime hediondo. CPP Art. 10.  O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.   e) Nos crimes de tráfico de entorpecentes, o prazo para conclusão do Inquérito Policial será de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto. Lei de Drogas (Lei 11.343/2006, art. 51): 30 dias, se o indiciado estiver preso, e 90 (noventa) dias, caso esteja solto. 
    Bons Estudos a todos!
     
  • Pedro Silva não concordo com você quando você diz: " Quanto aos crimes hediondos, a questão está certa. O prazo é de 30 dias. Prorrogável, mas de 30 dias. Não há erro na alternativa "d" quanto a isso", pois o prazo de 30 dias prorrogável por mais 30 dias não diz respeito a prisão preventiva, mas apenas a temporária, conforme estabelece o artigo 2º, § 4º, da Lei 8.072/90. Portanto o prazo para prisão preventiva de conclusão do IP é de 10 dias se o indiciado preso e 30 dias se solto independente do crime, artigo 10, CPP.

  • Alternativa correta letra D conforme dispõe a Lei 11.343/2006 sobre tráfico de drogas:

    "Art. 51.  O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto."

  • o prazo de 30 dias, prorrogável por igual período previsto na lei. 8.072/90 (crimes hediondos) é para prisão temporária, não tendo nenhuma relação com o prazo para conclusão do IP, que o que questiona o idem D.

  • PRAZOS PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL:

    1- Regra geral do Código de Processo penal: 10 dias (indiciado preso) e 30 dias (indiciado solto);

    2- Polícia Federal: 15 dias (+15) (indiciado preso) e 30 dias (indiciado solto);

    3- Crimes contra a ordem econômica: 10 dias (preso) e 10 dias (solto);

    4- Lei antitóxicos: 30 dias (+30) (preso) e 90 dias (+90) (solto);

    5- Inquéritos Militares: 20 dias (preso) e 40 dias (+20) (solto);

  • A questão demanda do candidato conhecimento acerca do inquérito policial, disciplinado no CPP. Vejamos cada alternativa isoladamente, iniciando pelas incorretas.

    A alternativa A está incorreta, pois o inquérito policial é dispensável para propositura de ação penal referente a qualquer crime, se o promotor já possuir provas suficientes de autoria e materialidade:

    Art. 46.  O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
    § 1o  Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação

    A alternativa B está incorreta, pois a autoridade policial nunca poderá mandar arquivar o inquérito, sempre dependendo de provimento judicial.

    Art. 17.  A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
    Art. 18.  Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

     A alternativa C está incorreta, pois inexiste previsão legal para que o delegado de polícia se declare suspeito em tal hipótese:

    Art. 107.  Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.

    A alternativa D está incorreta, pois  o inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela (artigo 10).

    A alternativa correta é a de letra E, pois se coaduna com o que dispõe o artigo 51 da Lei 11.343/06

    Art. 51.  O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.

    Gabarito do Professor: E

  • GABARITO:E


    A questão demanda do candidato conhecimento acerca do inquérito policial, disciplinado no CPP. Vejamos cada alternativa isoladamente, iniciando pelas incorretas.


    A alternativa A está incorreta, pois o inquérito policial é dispensável para propositura de ação penal referente a qualquer crime, se o promotor já possuir provas suficientes de autoria e materialidade:


    Art. 46.  O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
    § 1o  Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação


    A alternativa B está incorreta, pois a autoridade policial nunca poderá mandar arquivar o inquérito, sempre dependendo de provimento judicial.


    Art. 17.  A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

    Art. 18.  Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.


     A alternativa C está incorreta, pois inexiste previsão legal para que o delegado de polícia se declare suspeito em tal hipótese:
     

    Art. 107.  Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.


    A alternativa D está incorreta, pois  o inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela (artigo 10).


    A alternativa correta é a de letra E, pois se coaduna com o que dispõe o artigo 51 da Lei 11.343/06


    Art. 51.  O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.


    FONTE: PROFESSOR DO QC

  • Gab E

     

    Prazos:

     

    Delegacia Estadual: 

    10 dias réu preso : Improrrogáveis

    30 dias réu solto: Prorrogáveis 

     

    Delegacia Federal:

    15 dias réu preso: Prorrogáveis por mais 15

    30 dias réu solto: prorrogáveis

     

    Lei de Drogas:

    ​30 dias réu preso: Prorrogáveis por mais 30

    90 dias réu solto: Prorrogáveis por mais 90

     

    Militares:

    ​20 dias réu preso

    40 dias réu solto: Prorrogáveis por mais 20

  •  

     

    PRAZOS PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL:

    1- Regra geral do Código de Processo penal: 10 dias (indiciado preso) e 30 dias (indiciado solto);

    2- Polícia Federal: 15 dias (+15) (indiciado preso) e 30 dias (indiciado solto);

    3- Crimes contra a ordem econômica: 10 dias (preso) e 10 dias (solto);

    4- Lei antitóxicos: 30 dias (+30) (preso) e 90 dias (+90) (solto);

    5- Inquéritos Militares: 20 dias (preso) e 40 dias (+20) (solto);

  • Com relação ao inquérito policial, é correto afirmar que: Nos crimes de tráfico de entorpecentes, o prazo para conclusão do Inquérito Policial será de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.

  • No IP terceiros não poderão se valer de incidentes de suspeição.

    A suspeição é invocada de ofício pela própria autoridade policial.

    Não há prejuízos à ação penal, pois o IP é dispensável (peça meramente informativa).

  • "Disk drogas"... 3030-9090

  • pessoal, aqui vai um bizu que muitos sabem: NÃO EXISTE NULIDADE NO I.P!!!

    isso ajudará em algumas questões.

  • Com relação ao inquérito policial, assinale a alternativa CORRETA.

    Alternativas

    E)Nos crimes de tráfico de entorpecentes, o prazo para conclusão do Inquérito Policial será de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.

    letra de lei: Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.

    Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.


ID
244555
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Julgue as seguintes proposições.

I. Nas ações penais públicas condicionadas, o ofendido poderá retratar-se da representação até o recebimento da denúncia.

II. Nas ações penais privadas, a renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá. Se houver mais de uma vítima, a renúncia de uma delas não prejudicará o direito das demais.

III. Quando o fato narrado na denúncia evidentemente não constituir crime, o juiz deve absolver sumariamente o acusado.

IV. Ao receber os autos de inquérito policial, o Promotor de Justiça deve oferecer denúncia, requerer o arquivamento ou requisitar diligências complementares. Em qualquer caso, deve se manifestar no prazo de 05 (cinco) dias.

Está(ão) CORRETA(S)

Alternativas
Comentários
  • Acredito que os itens II e IV estão corretos. E os outros incorretos. Ou seja, apostaria as minhas fichas na alternativa E. Alguém pode explicar?
  • A alternativa IV também está errada. O erro está ao dizer " Em qualquer caso", em regra, somente no caso do indiciado preso o prazo será de 5 dias, estando ele solto, o prazo será de 15 dias.
  • Na verdade, quando ele fala em 5 dias, acredito estar se referindo ao prazo para que o ofendido torne-se legitimado para ajuizar a ação (subsidiária da pública).
    Mas entendo também que exista ambiguidade no ítem, por isso, devidamente anulada a questão pela banca!
  • Meus caros, em que pese a questão ter sido anulada, eu ficaria com a alternativa "c":

    I - regra geral, é até o oferecimento da denúncia. No caso da Lei 11.340/06 ("Lei Maria da Penha"), será até o recebimento da denúncia, nos termos do artigo 16. ERRADA

    II - incide o princípio da indivisibilidade da ação penal de iniciativa privada. CORRETA.

    III - Nos termos do artigo 397 do CPP, ... "o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: I - (...); II - (...); III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; CORRETA.

    III - 05 dias quando o acusado estiver preso, e 15 dias quando estiver solto. ERRADA.

    Bons estudos.



ID
244558
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa "C" incorreta: " Art. 71.  Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção".

  • (  x  ) C

    O art. 71 do CPP estabelece  que na hipótese de infração continuada ou permanente, praticada em territórios de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela pevenção. Ou seja , aquela que se adiantar  à alguma pratica processual ou extraprocessual sobre o ilicito.

    Espero ter ajudado.
  • Errada a alternativa "C", vide Art. 71 CPP, ou seja, tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições a competência firmar-se-á pela PREVENÇÃO!!
  • Prezados colegas,

    A fim de dividir conhecimento, trago abaixo as súmulas que não se encontram mitigadas e superadas, aplicáveis no caso de Competência em Processo Penal segundo o livro de Súmulas do STF e do STJ, da Editora Podium, 3ª edição, p. 502/503, in verbis:

    SÚMULAS STF

    Súmula 522 – Salvo ocorrência de tráfico para o exterior, quando, então, a competência será da justiça federal, compete à justiça dos estados o processo e julgamento dos crimes relativos a entorpecentes.

    Súmula 521 – O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado.

    Súmula 498 – Compete à justiça dos estados, em ambas as instâncias, o processo e o julgamento dos crimes contra a economia popular.

    Súmula 704 – Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.

    Súmula 703 – A extinção do mandato do prefeito não impede a instauração de processo pela prática dos crimes previstos no art. 1º do decreto-lei 201/1967.

    Súmula 702 – A competência do tribunal de justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.

    Súmula 451 – A competência especial por prerrogativa de função não se estende ao crime cometido após a cessação definitiva do exercício funcional.

     

    SÚMULAS STJ

    Competência por prerrogativa de função

    Súmula: 209 – Compete a justiça estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.

    Súmula: 208 – Compete a justiça federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal.

    Súmula: 164 – O prefeito municipal, apos a extinção do mandato, continua sujeito a processo por crime previsto no art. 1. Do dec. Lei n. 201, de 27/02/67.

    Conflito de competência entre justiça comum e justiça militar

    Súmula: 172 – Compete a justiça comum processar e julgar militar por crime de abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço.

    Súmula: 90 – Compete a justiça estadual militar processar e julgar o policial militar pela pratica  do crime militar, e a comum pela pratica do crime comum simultâneo aquele.

    Súmula: 75 – Compete a justiça comum estadual processar e julgar o policial militar por crime de promover ou facilitar a fuga de preso de estabelecimento penal.

    Súmula: 53 – Compete a justiça comum estadual processar e julgar civil acusado de pratica de crime contra instituições militares estaduais.

    Súmula: 6 – Compete a justiça comum estadual processar e julgar delito decorrente de acidente de transito envolvendo viatura de policia militar, salvo  se autor e vitima forem policiais militares em situação de atividade.

    Conflito de competência entre justiça federal e justiça estadual

    Súmula: 147 – Compete a justiça federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário publico federal, quando relacionados com o exercício da função.

    Súmula: 140 – Compete a justiça comum estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou vitima.

    Súmula: 122 – Compete a justiça federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, ii, "a", do código de processo penal.

    Súmula: 107 – Compete a justiça comum estadual processar e julgar crime de estelionato praticado mediante falsificação das guias de recolhimento das contribuições previdenciárias, quando não ocorrente lesão a autarquia federal.

    Súmula: 104 – Compete a justiça estadual o processo e julgamento dos crimes de falsificação e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino.

    Súmula: 62 – Compete a justiça estadual processar e julgar o crime de falsa anotação na carteira de trabalho e previdência social, atribuído a empresa privada.

    Súmula: 42 – Compete a justiça comum estadual processar e julgar as causas cíveis em que e parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.

    Súmula: 38 – Compete a justiça estadual comum, na vigência da constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da união ou de suas entidades.

    Outros - STJ

    Súmula: 244 – Compete ao foro do local da recusa processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque sem provisão de fundos.

    Súmula: 200 – O juízo federal competente para processar e julgar acusado de crime de uso de passaporte falso e o do lugar onde o delito se consumou.

    Súmula: 165 – Compete a justiça federal processar e julgar crime de falso testemunho cometido no processo trabalhista.

    Súmula: 151 – A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do juízo federal do lugar da apreensão dos bens.

    Súmula: 59 – Não ha conflito de competência se já existe sentença com transito em julgado, proferida por um dos juízos conflitantes.

    Súmula: 48 – Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação de cheque.

    Bons estudos a todos!
  • Deve ser assinalada a alternativa INCORRETA sobre competência.

    A alternativa A está correta, pois contém a regra de competência constante do artigo 72 do CPP:

    Art. 72.  Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.

    A alternativa B está correta, pois está de acordo com o que determina o artigo 78, III do CPP sobre a competência no curso de jurisdições de categorias diversas.

    Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras:
    (...)
    III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação;   

    A alternativa D está correta, pois é competência do STF processar e julgar os seus ministros, nos crimes comuns, conforme dispõe o artigo 86, I do CPP:

    Art. 86.  Ao Supremo Tribunal Federal competirá, privativamente, processar e julgar:
    I - os seus ministros, nos crimes comuns;

    A alternativa E está correta, pois prevalece a competência do tribunal do júri sobre as da jurisdição comum, nos termos do artigo 78, I do CPP:

    Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras:         
    I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri; 

    A alternativa C está incorreta, pois, nessa hipótese, a competência é firmada pela prevenção.

    Art. 71.  Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.

    Gabarito do Professor: C

  • GABARITO:C


    Deve ser assinalada a alternativa INCORRETA sobre competência.


    A alternativa A está correta, pois contém a regra de competência constante do artigo 72 do CPP:


    Art. 72.  Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.


    A alternativa B está correta, pois está de acordo com o que determina o artigo 78, III do CPP sobre a competência no curso de jurisdições de categorias diversas.


    Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras:

    (...)

    III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação;   
     

    A alternativa D está correta, pois é competência do STF processar e julgar os seus ministros, nos crimes comuns, conforme dispõe o artigo 86, I do CPP:
     

    Art. 86.  Ao Supremo Tribunal Federal competirá, privativamente, processar e julgar:

    I - os seus ministros, nos crimes comuns;


    A alternativa E está correta, pois prevalece a competência do tribunal do júri sobre as da jurisdição comum, nos termos do artigo 78, I do CPP:


    Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras:          

    I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri; 


    A alternativa C está incorreta, pois, nessa hipótese, a competência é firmada pela prevenção.


    Art. 71.  Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.

     

    FONTE: PROFESSOR DO QC

  • Súmula 704 – Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.


ID
244561
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Para tornar a alternativa "D" correta deveria estar disposta da seguinte maneira: Quando o autuado for Deputado Estadual, os autos da prisão em flagrante devem ser remetidos, no prazo de 24 (horas), para a Assembleia Legislativa do respectivo Estado, que, pela maioria dos seus membros, deliberará sobre a prisão.

    É o que dispõe o art. 53, § 2° da CF "Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão".

    Sendo assim, pelo princípio da simetria ou paralelismo, aplica-se o disposto aos deputados federais aos deputados estaduais.

  • Por força do o art. 27, § 1º, c/c art. 53 §1º, ambos da CF, os dep. estaduais tema mesma prerrogativa dos membros do Congresso, ou seja só podem ser prsos em flagrante delito porcrime inafiançavel, senão vejamos:

    art. 27 § 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armada


  • Sobre a C:

    Art. 310.  Quando o juiz verificar pelo auto de prisão em flagrante que o agente praticou o fato, nas condições do art. 19, I, II e III, do Código Penal, poderá, depois de ouvir o Ministério Público, conceder ao réu liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, sob pena de revogação.
  • Com relação ao item "C" os  dispositivos corretos são os incisos I,II e III do Art. 23, que tratam das excludentes de ilicitude ou anitjuridicidade.
  • Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. (Redação dada pela Lei nº 9.043, de 9.5.1995)

    Sendo assim, Delegado só analisa a existência das infrações penais e sua autoria. O mérito, se agiu em letítima defesa (art. 23, I, II e III do CP) é o juiz que deverá decidir.
  • A alternativa "C" me parece correta. Pois se não fosse do jeito que está na questão quantos policiais seriam autuados em flagrante delito por agirem em legitima defesa contra criminosos.

    O Delegado deve instaurar um inquérito por portaria para as investigações sob pena de se cometer grave injustiça com aquele que agiu amparado por um exclusão de ilicitude. Se não for dessa forma será ilógico prender alguém que se salvou até que o juiz decida pela soltura.

  • se a alternativa C não estiver certa, teremos muitos policiais presos por homicidios( DEFENDENDO SUA VIDAS E DA SOCIEDADE) e muitos delegados presos por prevaricação( INJUSTAMENTE).

     

  • Acerca das prisões e medidas cautelares, vejamos as alternativas isoladamente, iniciando pelas incorretas.

    A alternativa A está incorreta, pois os crimes cujas penas máximas sejam superiores a quatro anos somente podem ter arbitrada pelo juiz competente para julgar a causa, não sendo tal possibilidade restrita aos Tribunais Superiores.

    Art. 322.  A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.
    Parágrafo único.  Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.          

    A alternativa B está incorreta, pois inexiste regra legal ou entendimento jurisprudencial nesse sentido.  O que existe é a previsão constante no artigo 306 do CPP

    Art. 306.  A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
    § 1o  Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.           
    § 2o  No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.

    A alternativa C está incorreta, pois quem deve avaliar o mérito da conduta do flagranteado é o magistrado, nos termos do artigo 310, parágrafo único do CPP:

    Art. 310.  Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:          
    I - relaxar a prisão ilegal; ou
    II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
    III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
    Parágrafo único.  Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.

    A alternativa E está incorreta, pois os deputados e senadores somente podem ser presos em flagrante de crime inafiançável, conforme dispõe a Constituição.

    Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
    (...)
    § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão

    A alternativa D está correta, pois se encontra em sintonia com o que dispõe o artigo 53, §2º da CRFB/88, observado o princípio da simetria, que impõe a aplicação do que dispõe a CF sobre os deputados federais aos estaduais.

    Gabarito do Professor: D

  •  

    letra C(errada) : O Delegado de Polícia não deve lavrar Auto de Prisão em Flagrante Delito, quando verificar que o autuado praticou a conduta em legítima defesa.

    O delegado não é competente para julgar se o cidadão estava em legitima defesa, cabendo ao juiz. 

  • Gab. D.

    Marquei a letra C mesmo sabendo que ia errar, pois concordo que o delegado de polícia pode e deve analisar a presença de algum fato cometido sob o manto de uma causa de justificação. A justificativa é simples: o delegado de polícia é o primeiro a traçar os contornos jurídicos do fato que lhe é apresentado, não podendo ser uma máquina de prender ou arbitrar fiança. 

    O Delegado de polícia também é garantidor dos direitos individiuais,e isso inclui o direito de uma pessoa não ser presa quando está acobertada pela lei. Se a causa excludente de ilicitude for patente, é totalmente desnecessário submeter a pessoa ao constragimento de uma prisão pré processual, passar por uma audiência de custódia, para só então o juiz determinar a liberdade provisória. 

    Eu admito a liberdade de atuação da autoridade policial, desde que devidamente motivada e dentro da lei, analisando o fato como um todo e não apenas dando um "ciente". A função do delegado vai muito além de prender ou determinar a execução de ordens judiciais ou requisições ministeriais, acima de tudo, é um agente público que deve enxergar o ordenamento jurídico como um todo.

  • Marquei a menos errada que é a letra D, mas concordo que o delegado também pode avaliar excludentes de ilicitude e, até mesmo, princípio da insignificância, desde que guardada a devida prudência, na esteira do que defendem Cleber Masson e André Estefam.

    Conforme a colega Marcelle bem explicou, o delegado de polícia, muito embora o imáginário popular e o senso comum pensem diferentes, também é um garantidor de direitos (não está ali somente para prender), aliás, o primeiro a garanti-los, uma vez que só posteriormente o juiz irá analisar a prisão em flagrante tomando uma das providências do art. 310 do CPP (relaxar a prisão ilegal, convertê-la em preventiva ou conceder liberdade provisória). Além disso, conforme a Lei 12.830/13, em seu art. 2º, § 6º, o indiciamento, que é ato privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, e deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.

  • Percebi que alguns colegas comentam que o Delegado não deve lavrar o APF, diante de situações como a Legítima Defesa. Não é bem assim que deve ser analisado. Diante dessas situações, vai ser lavrado o APF, vai descrever os fatos, juntar os documentos de polícia judiciária necessárias, realizar a oitiva dos polícias que acompanharam o caso, testemunhas, ( se eventualmente existirem), ouvir a vítima e ofendido. No final do procedimento, o Delegado de Polícia fará o seu juízo de valor, vale ressaltar, que o Delegado é o primeiro garantidor da justiça, portanto, se a autoridade, entender que se trata de Legítima Defesa, o mesmo poderá deixar de decretar a prisão em flagrante do suposto autor do delito e remeter os autos a autoridade judiciária. SE O SUPOSTO FATO DELITUOSO, ESTIVER DIANTE DOS REQUISITOS PREVISTOS NO ART 302 DO CPP, É ATRAVÉS DA PEÇA DE APF, que o Delegado deverá remeter ao judiciário. O mesmo não pode simplesmente ser omisso e deixar de oficializar os fatos, por tratar-se do instituto da Legítima Defesa. O que ele pode deixar de fazer é decretar a prisão em flagrante delito.

  • Sobre a prisão de acordo com o CPP, é correto afirmar que: Quando o autuado for Deputado Estadual, os autos devem ser remetidos, no prazo de 24 (horas), para a Assembleia Legislativa do respectivo Estado, que, pela maioria dos seus membros, deliberará sobre a prisão.

  • qual o erro da alternativa "C"?

  • DESISTIR NUNCA SERÁ UMA OPÇÃO.

    Em 26/12/21 às 15:34, você respondeu a opção D. Você acertou!

    Em 09/11/21 às 14:13, você respondeu a opção C. Você errou!


ID
244564
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal

Julgue as seguintes proposições.

I. De acordo com o sistema processual penal brasileiro, um menor de 15 (quinze) anos não pode servir como testemunha nos autos de processo criminal.

II. O exame de corpo de delito é indispensável nos crimes materiais, podendo sua ausência ser suprida pela confissão do acusado.

III. No sistema processual penal brasileiro, vige o princípio da livre apreciação da prova, inexistindo hierarquização entre os diversos meios de prova.

IV. Durante o interrogatório, o acusado não está obrigado a responder às perguntas que lhe forem formuladas. Caso permaneça em silêncio, este comportamento não pode ser interpretado em prejuízo de sua defesa.

Está(ão) CORRETA(S)

Alternativas
Comentários
  • CORRETO O GABARITO....

    CPP,

    Art. 167.  Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

    Art. 208.  Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.

  • Complementando a resposta do colega:

    "Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado." 

    Bons estudos

  • Discordo do gabarito, o acusado é obrigado a responder às perguntas atinentes à sua qualificação. O que ele não é obrigado a responder são as perguntas relacionados com o delito. Para mim, a letra "D" está errada.

  • continuação....

    III. No sistema processual penal brasileiro, vige o princípio da livre apreciação da prova, inexistindo hierarquização entre os diversos meios de prova. CERTA
    art. 182, CPP: “O juiz não fica adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo no todo ou em parte”. Ou seja, o nosso código adotou o sistema liberatório. Por este sistema o juiz pode aceitar ou rejeitar o laudo pericial, inclusive determinando a realização de nova perícia, caso isso seja possível.

    IV. Durante o interrogatório, o acusado não está obrigado a responder às perguntas que lhe forem formuladas. Caso permaneça em silêncio, este comportamento não pode ser interpretado em prejuízo de sua defesa. -CERTA
    PRINCIPIO DA Autodefesa: é feita pelo próprio acusado no processo penal. Ao contrário da defesa técnica, a autodefesa é renunciável, ou seja, o acusado pode abrir mão de se defender no processo, pode ficar calado...
    e tb no art. 5ª II CF- ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
  • I. De acordo com o sistema processual penal brasileiro, um menor de 15 (quinze) anos não pode servir como testemunha nos autos de processo criminal. (ERRADA)
    Art. 208.  Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.

    II. O exame de corpo de delito é indispensável nos crimes materiais, podendo sua ausência ser suprida pela confissão do acusado. ERRADO
     Obrigatoriedade do Exame de Corpo de Delito - É preciso diferenciar os crimes que deixam vestígios dos que os deixam. crimes materiais deixam vestigos, então, (delicta facti permanentis): são as infrações penais que deixam vestígios, em relação às quais o ECD é obrigatório

    estaria CERTA SE: quando desaparecerem os vestígios deixados pela infração penal, a prova testemunhal ou documental poderá suprir a ausência do exame direto. Ele não seria, pois, um exame propriamente dito, mas sim uma prova testemunha ou documental que lhe supre a falta


    continuação esta logo abaixo
  • Concordo com MONALISA PORTUGAL

    Veja as duas fazes do interrogatório:

    Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. 

            § 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais. (

            § 2o Na segunda parte será perguntado sobre:

            I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita; 

            II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois dela; 

            III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta; 

            IV - as provas já apuradas; 

            V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas;


    Já existe doutrina que afirma que mesmo em uma parte da 1° fase ao que diz respeito a VIDA PREGRESSA o réu mesmo assim poderá calar-se ao passo que o resto da primeira faze ele terá de responder!

    Bom estudo!
  • No meu ponto de vista o item III encontra-se errado.

    Para análise do item III é necessário lembrar o conceito dos sistemas avaliativos das provas, mais especificamente quanto ao sistema da prova tarifada. Esse sistema não é de regra adotado, no entanto, como exceção, quando observamos o artigo 158 do CPP vemos que o exame de corpo de delito possui uma hierarquia (valor maior) em relação aos outros meios de provas.

    Logo, conforme exposto acima, em exceção, existe hierarquização entre os meios de provas no CPP.


  • Marquei a alternativa menos incorreta. Pois, salvo me engano, adotou no Brasil o sistema da livre apreciação MOTIVADA, que não  se confunde com o sistema da livre apreciação.

  • Vejamos cada assertiva.

    A assertiva I está incorreta, pois, de acordo com o artigo 208 do CPP, os menores de 14 anos não precisarão prestar o compromisso de dizer a verdade, mas podem servir como testemunhas.

    Art. 208.  Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.

    A assertiva II está incorreta, pois nos crimes que deixam vestígio, ou seja, materiais, o exame de corpo de delito é indispensável, e não pode ser suprido pela confissão do acusado.

    Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

    A assertiva III está correta, pois não existe mais o modelo de prova tarifada, segundo o qual cada prova tinha um valor.

    Art. 155.  O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.        

    A assertiva IV está correta, pois se coaduna com os direitos do acusado, dispostos no artigo 186 do CPP:

    Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas.
    Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa.   

    Gabarito do Professor: D

  • GABARITO:D

     

    Vejamos cada assertiva.


    A assertiva I está incorreta, pois, de acordo com o artigo 208 do CPP, os menores de 14 anos não precisarão prestar o compromisso de dizer a verdade, mas podem servir como testemunhas.


    Art. 208.  Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.


    A assertiva II está incorreta, pois nos crimes que deixam vestígio, ou seja, materiais, o exame de corpo de delito é indispensável, e não pode ser suprido pela confissão do acusado.


    Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.


    A assertiva III está correta, pois não existe mais o modelo de prova tarifada, segundo o qual cada prova tinha um valor. 


    Art. 155.  O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.        


    A assertiva IV está correta, pois se coaduna com os direitos do acusado, dispostos no artigo 186 do CPP:


    Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas.

    Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa.   


    FONTE: PROFESSOR DO QC

  • Apesar de ter acertado a questão, a assertiva IV não pode ser interpretada como correta, pois o interrogatório se divide em duas fases: qualificação (dados pessoais) e os fatos acontecidos. Neste último vigora a garantia fundamental do silêncio, mas na primeira implica ate na prisão até que seja conferida a verdadeira identidade. Em linhas gerais, ele é obrigado a responder sobre sua identoiden civil. Na minha opinião data máxima vênia a questão está errada.


ID
244567
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

Na história dos Direitos Humanos, o momento mais importante ocorreu após a 2ª guerra mundial, quando os países uniram-se, buscando restabelecer a paz mundial. Assim, no dia 10 de dezembro de 1948, durante reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas, foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que, dentre outros tópicos, consagrou, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Na Declaração Universal dos Direitos Humanos se encontram:
    o direito à vida;  
    direito à liberdade de pensamento; 
    consciência e religião;
    direito à segruança pessoal; 
    direito à liberdade (ninguém será mantido em escravidão ou servidão); 
    direito de SER em qualquer lugar reconhecido como pessoal diante da lei;
    direito à julgamento justo;
    direito à remédios efetivos (Habeas Corpus, Habeas Data, Mandado de Segurança, Mandado de Injução);
    direito à ser considerado inocente até a comprovação de sua culpabilidade; 
    direito à ser protegido pela lei contra interferências na vida privada;
    direito à liberdade de locomoção;
    direito à gozar asilo político;
    direito à nacionalidade;
    direito à constituir uma família;
    direito à propriedade;
    direito à liberdade de opinião e expressão;
    direito à liberdade de reunião e associação pacífica;
    direito de tomar parte no governo;
    direito ao serviço público;
    direito à segurança social;
    direito ao trabalho e livre escolha de emprego (condições justas e favoráveis de trabalho e proteção contra o desemprego);
    direito à remuneração justa pelo seu trabalho;
    direito à organizar sindicatos;
    direito à repouso e lazer;
    direito à um padrão vida estável para si e sua família;
    direito à instrução;
    direito à a cuidados e assistências especiais (maternidade e infância);
    direito à participação da vida cultural da comunidade;
    direito à proteção dos interesses morais e materiais de produção de qualquer produção cientifica literária ou artistica da qual seja autor;
    direito à uma ordem social e internacional.
  • salvo engano colegas os direitos ao transporte gratuito e a previdencia social,são garantidos pela cf88 e não pela dudh

  • IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

  • a) a liberdade de pensamento, consciência e religião.
    Artigo XVIII
            Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

    b) o direito à alimentação e habitação.
    Artigo XXV
            1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle.    
            2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.

    c) o direito ao trabalho e à educação.
                                                                    Artigo XXVI
            1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.    
            2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.    
            3. Os pais têm prioridade de direito n escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.
    d) o direito a fazer parte de um governo.
    Artigo XXI
            1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.    
            2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.    
            3. A vontade do povo será a base  da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo  equivalente que assegure a liberdade de voto.
  • Alternativa C: o direito ao trabalho e à educação. (CORRETA).

    Acrescentando o comentário do Rogério em relação ao direito ao trabalho:


    Artigo 23
    I) Todo o homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
    II) Todo o homem, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
    III) Todo o homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como a sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
    IV) Todo o homem tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses.

  • A questão pede a leitura da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A liberdade de pensamento, consciência e religião está prevista no art. XVIII, o direito à alimentação e habitação, para si e sua família, estão previstos no art. XXV, o direito ao trabalho está no art. XXIII, o direito à educação está no art. XXVI e, por fim, o direito de fazer parte de um governo está previsto no art. XXI. 
    A alternativa correta é a letra E, que contém direitos que não estão previstos na Declaração Universal (transporte gratuito e previdência social).
  • Tomara que caia uma questão desta na minha prova.

    GAB letra E

  • GAB: E

    #PMSE

  • Cuidado,A DUDH NÃO PREVÊ NADA SOBRE DIREITO AO TRANSPORTE. 

  • O raciocínio que pode ajudar na resolução é que a DUDH é um diploma genérico e a CF é específica.

    Bons estudos!

  • Não li o enunciado direito e fui seco na A. Assim que o tonto aqui aprende.

  • E

    o direito ao transporte gratuito e à previdência social.

  • [...], EXCETO:


ID
244570
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

"Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele".

Este artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, na legislação pátria é garantido através do princípio da

Alternativas
Comentários
  • CF/88, Art. 5º:

    LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
  • Prezados colegas!

    Acredito que a amplitude da afirmativa faz com que ela se identifique com todas as alternativas dadas.

    Dessa forma, tenho em mente, que seria correta a alternativa que constasse com o devido processo legal, já que é o princípio regente do direito processual brasileiro.

     
  • Concordo com o colega Raphael. 

    Aliás não falou nada em duplo grau de jurisdição, possibilidade de recorrer, tampouco apresentar qualquer tipo de prova em sua defesa e, por outro lado, falou em igualdade, publicidade etc.
  • A questão pede qual princípio da legislação pátria garante o artigo citado da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

    Princípios: ampla defesa e contraditório
    origem na Constituição Federal de 88: artigo 5°, inciso LV que diz: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.

    Por ampla defesa, entende-se o asseguramento que é dado ao réu de trazer para o processo todos os elementos permitidos na lei que possam esclarecer a verdade. O réu ou o acusado também pode omitir-se ou calar-se, se entender necessário. Caso seja comprovado que o réu ou o acusado foi inibido de exercer esse direito por algum mecanismo qualquer, o processo pode ser anulado.    Já o princípio do contraditório é uma conseqüência direta do direito de defesa. Ele garante ao réu ou acusado o direito de se opor aos atos produzidos pela acusação ou de fornecer uma interpretação jurídica diferente daquela feita pelo autor público, ou por uma Comissão Processante. Assim, sempre que uma das partes alegar alguma coisa, deve ser ouvida também a outra, dando a ela a oportunidade de resposta.

    E mais:

    O contraditório e a ampla defesa são direitos dos quais não se pode abrir mão, mesmo frente a pedido formal do réu ou acusado nesse sentido. Ou ele exerce a auto defesa ou nomeia um procurador. E, se por algum motivo a parte ficar desamparada de advogado durante um processo, cabe ao Poder Público, oferecê-la um defensor, nos processos jurídicos, ou um defensor dativo, quando o servidor for réu em processos administrativos. É o que dispõe o artigo 164 da Lei 8.112/90, que institui o Regimento Jurídico do Servidor.

    fonte: http://www.ufmg.br/pfufmg/index.php/pagina-inicial/saiba-direito/201-ampla-defesa-e-contraditorio
  • Neste tipo de questão o único jeito é excluir as mais erradas, pois como outros colegas já mencionaram, o enunciado é bastante amplo

    a) legalidade.
    >> É encontrado no inc. II do art. 5º, que diz que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
    b) igualdade.
    >> "todos são iguais perante a lei", independentemente da riqueza ou prestígio destes.
    d) universalidade.
    >> os serviços devem estar disponíveis a todos
    e) publicidade.
    >> É este mais um vetor da Administração Pública, e diz respeito à obrigação de dar publicidade, levar ao conhecimento de todos os seus atos, contratos ou instrumentos jurídicos como um todo.

    No final a alternativa C é a menos errada.
  • Entendia esse artigo como "princípio do juiz natural".

  • Devido processo legal??

  • O enunciado da questão reproduz o art. X da Declaração Universal dos Direitos Humanos e, no nosso ordenamento, este enunciado foi traduzido pelo princípio da ampla defesa e do contraditório. Legalidade diz respeito ao fato de que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer coisa alguma a não ser em virtude de lei, a igualdade proíbe, como regra geral, distinções entre pessoas ("todos são iguais perante a lei"), a universalidade é uma característica dos direitos humanos, que são direitos reconhecidos a qualquer pessoa e a publicidade é um dos princípios que rege a administração pública. 
    Resposta correta: letra C
  • o cara vê o comentário do professor e percebe que ele entrou na nóia da banca.

     

  • O que é o princípio do contraditório?

    Assim, o princípio do contraditório é um corolário do princípio do devido processo legal, e significa que todo acusado terá o direito de resposta contra a acusação que lhe foi feita, utilizando, para tanto, todos os meios de defesa admitidos em direito.

    "Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele".

    GABARITO: C

  • É melhor fazer por eliminação...

    O que melhor encaixa é o contraditório e ampla defesa.

  • A resposta certa deveria ser: devido processo legal


ID
244573
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

NÃO faz parte dos princípios que regem as relações internacionais na República Federativa do Brasil a(o)

Alternativas
Comentários
  •  

    Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

    I - independência nacional;

    II - prevalência dos direitos humanos;

    III - autodeterminação dos povos;

    IV - não-intervenção;

    V - igualdade entre os Estados;

    VI - defesa da paz;

    VII - solução pacífica dos conflitos;

    VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

    IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

    X - concessão de asilo político.

    Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

  • Trata do Art. 4º que diz:


    A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

    I - independência nacional;

    II - prevalência dos direitos humanos;

    III - autodeterminação dos povos;

    IV - não-intervenção;

    V - igualdade entre os Estados;

    VI - defesa da paz;

    VII - solução pacífica dos conflitos;

    VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

    IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

    X - concessão de asilo político.

  • BIZU!!! Para Princípios da República Federativa Brasileira nas Relações Internacionais

    DE-CO-R-A    P-I-S-C-I-NÃO

     

    DE – Defesa da paz

    CO – Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade

    R – Repúdio ao Terrorismo e ao Racismo

    – Autodeterminação dos povos

     

    – Prevalência dos direitos humanos

    I – Independência nacional

    S – Solução pacífica dos conflitos

    C – Concessão de asilo político

    I – Igualdade entre os Estados

    NÃO – Não intervenção

  • Gabarito letra c).

     

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL

     

     

    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

     

    * MNEMÔNICO PARA OS FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL = "SO CI DI VA PLU"

     

    I - a soberania; ("SO")

     

    II - a cidadania ("CI")

     

    III - a dignidade da pessoa humana; ("DI")

     

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; ("VA")

     

    V - o pluralismo político. ("PLU")

     

     

    Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

     

    * MNEMÔNICO PARA OS OBJETIVOS FUNDAMENTAIS = "CON GARRA ERRA POUCO"

     

    I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; ("CON")

     

    II - garantir o desenvolvimento nacional; ("GARRA")

     

    III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; ("ERRA")

     

    IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. ("POUCO")

     

     

    Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

     

    * MNEMÔNICO PARA OS PRINCÍPIOS NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS = "AINDA NÃO CONPREI RECOS"

     

    I - independência nacional; ("IN")

     

    II - prevalência dos direitos humanos; ("PRE")

     

    III - autodeterminação dos povos;("A")

     

    IV - não-intervenção; ("NÃO")

     

    V - igualdade entre os Estados; ("I")

     

    VI - defesa da paz; ("DA")

     

    VII - solução pacífica dos conflitos; ("S")

     

    VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; ("RE")

     

    IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; ("CO")

     

    X - concessão de asilo político. ("CON")

     

    Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômicapolíticasocial e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

     

    * MNEMÔNICO = "PESC"

     

    = POLÍTICA

     

    E = ECONÔMICA

     

    S = SOCIAL

     

    C = CULTURAL

     

     

     

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  • A questão aborda o tema relacionado aos princípios que regem as relações internacionais na República Federativa do Brasil.

    Conforme art. 4º, CF/88 – “A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político”.

    Portanto, dentre os princípios listados, o que não se enquadra é aquele contido na alternativa “c”, relacionado à concessão de extradição.

    Gabarito do professor: letra c.


  • Concessão de ASILO POLÍTICO. 

  • CONCESSÃO DE ASILO POLÍTICO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • Também é valido dizer visto que já foi cobrado em prova:

    Não há obrigatoriedade na concessão de asilo, pois o Brasil Possui soberania.


    #Nãodesista!

  • Essa questão foi para pegar a galera que decora só a primeira palavra do miniemônico. KKK, quase caio.


ID
244576
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

A Constituição Federal permite a recepção de tratados internacionais que versem sobre direitos humanos, tratados esses, que, uma vez aprovados pelo legislativo, se equiparam às (aos)

Alternativas
Comentários
  • Se a questão não fala qual o quorum de aprovação deste tratado... simplesmente fica meio dificil de responder essa pergunta....
    Creio que é passivel de anulação....
  • Concordo com o Daniel, já que tal resolução da questão não se afigura tão simples.

    Devemos ter em mente que somente os tratados sobre direitos humanos aprovados conforme o quorum estipulado pela CF para as Emendas Constitucionais é que receberão tal tratamento (equivalente às EC's).

    Caso o tratado em questão seja aprovado por quorum diferenciado ao mencionado, terá status de norma supralegal, tal como é o Pacto de San José da Costa Rica.

    Necessário frisar, que tal equiparação à EC somente se tornou possível após a EC 45/04.
  • Que questão mal elaborada. Concordo com vocês!
  • Basta resolvê-la por exclusão.

    Se o item diz tratados internacionais que versem sobre direitos humanos, no mínimo eles terão nível SUPRALEGAL.

    As alternativas A, C, D e E estão em patamar inferior ao Supralegal.

    Portanto, sobra a letra B.

    Abraços.
  • Com certeza anulável, pois se não diz algo específico na questão de concurso significa que é a regra geral. Assim entende-se que a questão disse que foi aprovado pelo legislativo de formal normal, não excepcional como necessita-se para que o tratado seja de equivalencia constitucional.
  • LXXVIII  
    3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)   (Atos aprovados na forma deste parágrafo)

  • Em regra, os tratados internacionais têm força de lei ordinária.

    Mas se forem de direitos humanos e aprovados com quorum de emenda constitucional, que é de 3/5 em cada casa e em dois turnos, terão força de emenda constitucional.

    lembrando ainda que se forem tratados que versam sobre direitos humanos, e que NÃO sejam aprovados com quorum de emenda, serão normas SUPRA LEGAIS, segundo o professor Flávio Martins.
  • Totalmente passível de anulação e mal elaborada, todos os tratados tem que ser aprovados pelo legislativo agora dependendo do rito de aprovação é que se vai dizer se ela é equiparada e emenda ou não.
  • Entendo que a questão está mal formulado, uma vez que não são todos os Tratados Internacionais de Direitos Humanos que são equiparados a Emenda à Constituição, uma vez que depende do quórum de aprovação de cada caso específico. A questão não falou qual foi o quórum ou mesmo se foi antes ou depois da EC 45/04, que inseriu o §3 no art 5 da CFRB/88.
  • A questão é muito mal formulada. Nas condições apresentadas, sem saber se o tratado foi aprovado por 3/5 de ambas as casas do CN em votação dupla, é impossível dizer que o tratado tem status de emenda constitucional. Afinal, qual o status de uma tratado de DH que não logra êxito em ser ser aprovado como EC? Ele terá, como todos os demais, status de norma supralegal.

  • concordo que a questão foi mal formulada. porém, dá para resolvê-la por eliminação. perceba que quando os tratados versarem sobre direitos humanos eles terão divisão em equivalentes a emendas constitucionais ou serão supralegais a depender da forma de aprovação. e apenas tratados que não versem sobre direitos humanos que terão de leis ordinarias federais. desta forma, como a questão fala de direitos humanos e nas alternativas só aparece a equivalência a emenda constitucional marca-se ela por dedução logica. 


  • ????????

     

  • O comentário do ISMAEL está corretíssimo.

    Abraço!

  • QUESTÃO  DE COMANDO INCOMPLETO NÃO DEVERIA PEDIR RESPOSTA CORRETA, SÓ ACHO.

  • De acordo com o art. 5º, §3º da CF/88, "os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais" - assim, a alternativa correta é a letra B
    Muito cuidado: para que o tratado de direitos humanos seja considerado equivalente às emendas constitucionais, é preciso que, além de aprovado pelo legislativo, que esta aprovação seja feita respeitando o quórum qualificado indicado na Constituição. Caso contrário, segundo o entendimento do STF, o tratado de direitos humanos pode ser considerado apenas uma norma infraconstitucional e supralegal (observe que não há esta opção na lista de alternativas, mas o cuidado é sempre necessário).

    Gabarito do professor: Letra B.

  • Os tratados sobre direitos humanos podem ocupar duas posições, quais sejam: supralegalidade e emendas constitucionais. Diante disso e apesar da questão está mal elaborada, só há uma resposta possível, a letra "B"

  • Para se equiparar a uma Emenda Constitucional deve ser aprovada pelo quórum de 2 Turnos por 3 quintos dos votos das respectivas Casas do Congresso. Sem esse quorum os TIDH são normas Supralegais, (abaixo da CF e acima da lei). A UPE é assim, para acertar tem que saber menos.

  • Gab. B discordo de alguns colegas aqui, pessoal lembra que a questão, te falou, "aprovado pelo Legislativo" Então se presume, que passou pelo Congresso Cacional.

    Força no estudo!!!

  • Muitas questões mal formuladas por algumas bancas sobre esse tema. Atenção para não aprender de forma incompleta e errar questões mais adequadas e ajustadas com a matéria.

  • APROVADO NAS 2 CASAS, POR 2 TURNOS E POR 3/5 DOS VOTOS DOS SEUS RESPECTIVOS MEMBROS EQUIVALE = EMENDAS CONSTITUCIONAIS. ART 5 §3°

  • Porque as bancas se complicam tanto em uma questão tão simples? Parece que direitos humanos só tem a parte do rito de aprovação para cair em prova. É muita falta de criatividade!
  • Comprem suas bolas de cristais, pois algumas bancas exigem! Não basta saber, leis, doutrinas e jurisprudências, é preciso adivinhar o que o examinador quer!

  • Se for APENAS Tratado Internacional : Lei Ordinária

    Se for Tratado Internacional sobre Direitos Humanos PODE SER Supralegal ou equiparado a Emenda Constitucional, PORÉM NÃO há a alternativa Supralegal na questão, logo a resposta é Emenda Constitucional!

  • Quando li o enunciando, já me perguntei: como vou saber se não fala se passou pelo rito especial ou não? Porém, ao ler as opções de resposta, vi que dá pra responder por exclusão tranquilamente.

    1° - De cara você exclui a alternativa A, pois o enunciado já diz que é tratado sobre direitos humanos. Lei ordinária fala de outros tipos de tratado.

    2° - Se você domina esse assunto, sabe que restou apenas o status de emenda constitucional e supralegal. Como essa última não tem nas opções, só poderia ser a alternativa B. Esse foi o motivo do examinador não colocar o quórum de votação, pois nesse caso, essa informação não é necessária para encontrar a resposta correta.

    Veja a diferença da natureza jurídica dos tratados internacionais de Direitos Humanos:

    Status de Emenda Constitucional

    Será uma norma constitucional se passar pelo rito especial aprovado:

    Em 2 turnos

    Por 3/5 dos votos

    Nas duas casas legislativas

    Status de norma Supralegal

    Quando não passa pelo rito especial e é aprovado pela maioria simples.

    Fica abaixo das normas constitucionais e acima das leis ordinárias.

    Status de Lei Ordinária

    Tem esse status qualquer outro tratado que não versa sobre direitos humanos.


ID
244579
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SERES-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Ainda referente ao direito de liberdade de locomoção  acrescento ; art 5º - XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
  • Referente a alternativa e: não há menção expressa de tal proteção.

  • Alternativa B

    existe exceção ao direito de locomoção, não é absoluto. Segundo a CF/88

    XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;


    Alternativa C

    Poderá ser declarada a perda da nacionalidade:

    I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;

    II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

    a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; 

    b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; 


    Alternativa D

    A tortura é crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. Não é imprescritível.


    Alternativa E

    Não existe previsão da defesa dos refugiados nos princípios constitucionais dirigidos à relações internacionais do Brasil. Existe a previsão de concessão de asilo polítco.




  • Convenhamos, só HOMEM e da mulher não? Já vi questões abordando apenas o termo homem e estar errada.

  • Apenas "homem"... famosa "incompleta" correta. kkk

  • Deveria ser anulada!


  • Dederia mesmo ser anulada...

  • A tortura é crime inafiançável e INSUSCETÍVEL, e não  imprescritível. Ou seja, a pessoa fica presa até a sentença final do processo. Seria imprescritível se a punição fosse dada em qualquer momento.

  • questão muito confusa

     

  • Homem = Gênero

  • Galera, embora a letra A esteja correta, a questão foi mal elaborada, sendo mais adequado em seu conteúdo o termo "...Direito dos homens" = (Gênero) e não "homem" = (Espécie).

  • A questão aborda a temática geral relacionada aos direitos humanos e aos direitos fundamentais insculpidos na CF/88. Analisemos cada uma das assertivas:

    Alternativa “a”: está correta. Vide, como grande exemplo o fato de a Constituição Federal de 1988 ser a primeira Constituição brasileira na qual recai o princípio da prevalência dos direitos humanos, como princípio fundamental a reger o Estado brasileiro nas relações internacionais.

    Alternativa “b”: está incorreta. Conforme art. 5º, XV – “é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”. Todavia, não há que se falar em direito fundamental absoluto, pois, assim como os demais, a liberdade de locomoção é dotado da característica da relatividade, podendo ceder em prol de outros direitos frente a certo caso em concreto.

    Alternativa “c”: está incorreta. As hipóteses de perda da nacionalidade não se restringem à apontada pela assertiva. Conforme art. 12, § 4º - “Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis”.

    Alternativa “d”: está incorreta. Conforme art. 5º, XLIII – “ a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem”.

    Alternativa “e”: está incorreta. A defesa dos refugiados não está entre os princípios constitucionais dirigidos às relações internacionais do Brasil. Conforme art. 4º, CF/88 - “A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político”.

    Gabarito do professor: letra a.


  • Eita Banca Maravilhosa... 

  • BIZÚ!
    RAÇÃO É IMPRESCRITÍVEL E INAFIANÇÁVEL
    3TH É INAFIANÇAVEL E INSUSCETÍVEL DE GRAÇA INDULTO E ANISTIA

     

    RACISMO
    AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS CONTRA A ORDEM

    TORTURA, TRAFICO DE DROGAS, TERRORISMO, C.HEDIONDOS

    Nenhum crime preenche as tres sanções ao mesmo tempo.

     

  • Em 25/09/2018, às 17:19:52, você respondeu a opção A.Certa!

    Em 19/08/2018, às 20:37:43, você respondeu a opção A.Certa!

  • Só HOMEM? pode ser anulada

  • Direitos do homem; Direitos humanos = mesma coisa.
  • em 12/04/2019 vc respondeu D

  • A questão foi mal elaborada, sendo mais adequado em seu conteúdo o termo "...Direito dos homens"

  • "Direito dos homens". Questão mal formulada >:

  • Deu para entender perfeitamente o termo "Direito dos Homens"... militância aqui??? sério???

  • É de conhecimento geral que direitos do homem é o mesmo que direitos humanos... seguimos

    GAB: A