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Prova CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 2


ID
2790523
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que, como colônia de Portugal, o Brasil fazia parte do mercantilismo da Idade Moderna, que tinha no sistema colonial um dos fatores fundamentais do processo de acumulação primitiva da Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII, julgue (C ou E) o item a seguir, acerca das características básicas da produção brasileira no período colonial.


Exercida sob o modelo de latifúndio autossuficiente, a produção gerava excedentes que propiciavam um vigoroso comércio entre as capitanias.

Alternativas
Comentários
  • Ver economia do Brasil Colonial em: http://brasil-colonia.info/economia-colonial.html

  • complementando ...

    A administração das capitanias hereditárias foi entregue a terceiros, os chamados capitães-donatários.Os donatários receberam a terra a partir da Carta de doação. Apesar disso, os donatários não eram donos da terra, ou seja, a terra ainda pertencia ao rei de Portugal. Uma vez possuidores da capitania, os donatários concentravam todo o poder administrativo e jurídico.As dificuldades administrativas prejudicaram bastante o desenvolvimento das capitanias, pois, muitas vezes, era necessária a ajuda de Portugal, e a viagem era longa e demorada. Além disso, os donatários esbarraram em outras dificuldades, como a falta de recursos, a inexperiência administrativa e os conflitos com os indígenas.Das quinze capitanias existentes, somente duas prosperaram rapidamente: São Vicente e Pernambuco

    Fonte : https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-foram-as-capitanias-hereditarias.htm

  • Não se pode inferir que o latifúndio era autossuficiente, pois ele tinha, de fato, grande extensão de terras e utilização de farta mão-de-obra mas a técnica era precária e baixa produtividade.

     

    Nesta época, a necessidade de ocupação efetiva das terras portuguesas e, principalmente, as exigências criadas pela cana-de-açúcar, que, possuindo uma baixa produtivi­dade por unidade territorial de plantio, não dava os lucros esperados; necessariamente, para obtê-los, seu cultivo teve de se dar em larga escala de produção.

  • "O latifúndio dependia do abastecimento de alimentos e manufaturados, além de o comércio entre as capitanias, quando existia, ser inexpressivo, posto que a produção era voltada para a exportação".

    https://blog-static.infra.grancursosonline.com.br/wp-content/uploads/2018/08/29171003/MRE-Coment%C3%A1rio-Hist%C3%B3ria-do-Brasil-Gran-Cursos-Diplomata.pdf

     

  • O latifúndio não era autossuficiente. Entrava no Brasil muitos produtos europeus – principalmente portugueses e ingleses. Também, não havia vigoroso comércio entre as capitanias. As distâncias eram grandes de uma região a outra, não havia métodos de comunicação desenvolvidos e poucas rotas comerciais. A maioria do comércio era feito via Atlântico.


    ERRADO


  • Embora o latifúndio tivesse sim uma estrutura de subsistência paralela (ver Caio Prado Jr em Formação Econômica do Brasil, sobretudo capítulo de atividades acessórias), não podemos nem de longe dizer que era autossuficiente e muito menos que geravam excedentes suficientes para promover comércio entre as capitanias no período. Lembrando que as estradas e as próprias viagens pela costa, embora existissem, eram em condições precárias! (ver Boris Fausto, História do Brasil, capítulo do Brasil Colonial).


    ITEM ERRADO.

  • Durante o período das capitanias, no Brasil Colônia, não havia uma noção de unidade territorial, nem de integração do território. As capitanias, inclusive, costumam ser caracterizadas como um arquipélago. Ou seja, formada por ilhas que não se comunicavam.

    Gabarito: Errado.

  • Mercado interno era ínfimo..

  • (...) "vigoroso comércio entre as capitanias" só no séc. XVIII com a mineração. ERRADO

  • Não existia um ''comércio'' entre as capitanias. TUDO PRODUZIDO AQUI ERA TOTALMENTE DESTINADO PARA PORTUGAL.

  • Durante o período das capitanias, no Brasil Colônia, não havia uma noção de unidade territorial, nem de integração do território. As capitanias, inclusive, costumam ser caracterizadas como um arquipélago. Ou seja, formada por ilhas que não se comunicavam.

    Gabarito: Errado.

  • Não acho que o erro esteja necessariamente em falar em "autossuficiência", porque a estrutura dos engenhos de açúcar tinham justamente este intuito. Acho um pouco preciosista se prender a isso. O principal erro está em falar em vigoroso comércio entre as capitanias: a produção de açúcar era voltada para o mercado externo. Não havia grandes excedentes de gêneros alimentícios, já que, com exceção da canavicultura, a agricultura era de subsistência.

  • Esses estudantes não sabem ser OBJETIVOS. Devem estar estudando para ser professor.

    GAB. ERRADO

    Mercado era apenas EXPORTÇÃO.

  • Talvez a questão quis confundir com a economia feudal, em que a produção era autossuficiente, ou seja, uma produção voltada ao consumo imediato e sem geração de excedentes. De qualquer maneira, o sistema de plantation era voltado ao comércio externo.

  • Não tinha comercio interno.

  • não existiam excedentes, tudo que o BR produzia era exportado para Portugal !

  • COMERCIO INTERNO SÓ DEPOIS DO FIM DO DO PACTO COLONIAL!

    PM AL 2021!!!

  • mercado externo

  • Plantation!

    • Produção para exportação.

    #PM-AL 2021!

  • PARA o mercado externo, e não interno.

  • Mercado interno era para venda de outros produtos, como drogas do sertão.

  • Havia a relação de dependencia entre colônia e metrópole que por sua vez a colônia era totalmente subordinada a metrópole.
  • Autossuficiente era o sistema feudal.

  • MERCADO EXTERNO

  •  Alguns engenhos funcionavam como unidades de produção autossuficientes, pois além de oficinas para reparos de suas instalações, produziam alimentos necessários à sobrevivência de seus moradores.

    Os engenhos eram autossuficientes no que diz respeito aos alimentos, pois no engenho se praticava a agricultura de subsistência.

    O abastecimento de óleo e sal de cozinha era fornecido pelos caixeiros viajantes.


ID
2790526
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que, como colônia de Portugal, o Brasil fazia parte do mercantilismo da Idade Moderna, que tinha no sistema colonial um dos fatores fundamentais do processo de acumulação primitiva da Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII, julgue (C ou E) o item a seguir, acerca das características básicas da produção brasileira no período colonial.


Prevalecia a monocultura agroexportadora, principalmente de açúcar, com predomínio do latifúndio da terra e do trabalho escravo (indígenas e africanos) generalizado.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva CORRETA por três principais motivos:

     

    1) Monocultura Agroexportadora - Açúcar

    2)Latifúndio - sistema de distribuição da propriedade rural (ainda é comum no Brasil)

    3) Trabalho indígena e africano

    Perfeita para memorização de períodos ou para quem está iniciando os estudos em História do Brasil S2 

  • generalizado???

  • ÍNDIOS COMO ESCRAVOS? NAO SERIA SOMENTE OS NEGROS DA ÉPOCA?

  • Jhoneyrval, o trabalho compulsório indígena só foi proibido em meados do século XVIII

  • Em geral não existia índios escravos nas lavouras de café ou Açucar. acho que esta certo apenas pela expressão generalizado.

  • Prevalecia a monocultura agroexportadora, principalmente de açúcar, com predomínio do latifúndio da terra e do trabalho escravo (indígenas e africanos) generalizado.

    A monocultura agroexportadora de açúcar era utilizada para que a produção fosse destinada à Europa, pois, à época, o açúcar era produto altamente caro, sendo, inclusive dote real de princesas. Isso explica o predomínio do latifúndio: o plantio deveria ser desenvolvido em larga escala para relativizar o frete do transporte, realizado, basicamente, por holandeses.

    O trabalho escravo negro e indígena era generalizado. Em um primeiro momento, havia o predomínio da mão de obra indígena, tendo em vista a "facilidade" de apresá-los no território - apesar de a Coroa ter proibido por 04 vezes a escravização de índios -, e o controle metropolitano era precário, pois território colonial era vasto, e a ação conjunta dos jesuítas nessa questão não dava o auxílio necessário. A escravidão negra foi usada em conjunto com a indígena, apesar de ser mais cara, pois o produto era "importado" da África.

    Obs.: peço perdão por tratar pessoas como produtos nessa questão, mas estou remetendo à visão da época. Desculpa.

    CERTO

  • Questao ambigua deveria ser anulada

  • Primeiro: O Brasil ficou ALTAMENTE DEPENDENTE da monocultura do açúcar entre o século XVI e XVII, mesmo que embora houvesse outros gêneros alimentícios, a maior parte da exportação era dependente da cana de açúcar.

    Segundo: NEGROS E ÍNDIOS foram feitos de ESCRAVOS. Inicialmente foram os índios que começaram a trabalhar nos grandes latifúndios, porém, percebendo sua fraca condição física para esse tipo de trabalho,os senhores de engenho começaram a comprar escravos oriundos da África. Daí os índios deslocaram-se para servir aos interesses das aldeias jesuíticas, dos bandeirantes e das grandes famílias para serviços domésticos.

    Para quem ainda resta dúvida sobre a escravidão indígena, recomendo que leia: A História do povo brasileiro de Darcy Ribeiro.

  • Lembrando!!!

    Período Colonial: Açúcar.

    Período Imperial: Café.

    A banca gosta de confundir!

  • Apesar de o trabalho escravo indígena parecer tornar a questão incorreta, o item está correto, já que o trabalho escravo indígena só foi proibido em meados do século XVIII. O trabalho indígena não era tão utilizado porque o comércio do escravo negro era mais lucrativo para a coroa portuguesa, que tinha o monopólio deste comércio.

    Assim, para aprendizado desse período, temos que o Brasil Colônia pode ser caracterizado pelas seguintes características:

    - Monocultura agroexportadora, principalmente de açúcar;

    - Predomínio do latifúndio da terra; e

    - Trabalho escravo (indígenas e africanos) generalizado.

    Gabarito: Correto

  • esse generalizado me pegou.. kkk

  • No periodo do séculos XVI, XVII e XVIII, o que predominava era a Monocultura.

    mas, já no seculo XIX, começou a predominar as Industrias ( Metalurgica)

    Período Colonial: Açúcar.

    Período Imperial: Café.

  • Período$ caci

    Colonial>Açúcar>Café>Imperial:

  • O FAMOSO PLANTATION..

  • Apesar do trabalho escravo indígena parecer tornar a questão incorreta, o item está correto, já que o trabalho escravo indígena só foi proibido em meados do século XVIII. O trabalho indígena não era tão utilizado porque o comércio do escravo negro era mais lucrativo para a coroa portuguesa, que tinha o monopólio deste comércio.

    Assim, para aprendizado desse período, temos que o Brasil Colônia pode ser caracterizado pelas seguintes características:

    - Monocultura agroexportadora, principalmente de açúcar;

    - Predomínio do latifúndio da terra; e

    - Trabalho escravo (indígenas e africanos) generalizado.

    Gabarito: Correto

  • Questão linda tudo certo!

    Características do período colonial:

    Monocultura do açúcar

    Mão de obra escrava e indígena

    Latifúndio

    Plantation

    Mercado externo

    Economia Agroexportadora

  • Plantation!

  • MEEL

    Mononocultura

    Escravidão

    Exportação

    Latifúndios

  • Plantation que é um modelo inglês que deu certo...

  • PMAL 2021

    AQUELE QUE ABITA, NO ESCONDERIJO DO AUTÍSSIMO A SOMBRA DO SENHOR UNIPOTENTE DESCANSARÁ

  • Gabarito errado por estar desatualizado. Com base em Celso Furtado e outros clássicos seria isso mesmo. Mas há algumas décadas historiadores têm demonstrado a importância da pequena propriedade rural na produção de açúcar, a importância da policultura (sobretudo a partir do século XVIII) e do mercado interno. História da Riqueza no Brasil de Jorge Caldeira explica e sintetiza bem isso retomando a pesquisas que começaram na década de 70, passam por Fragoso e Linhares (década de 90 se não me engano) e se completam em 2017 no próprio livro de Caldeira.
  • Generalizado uma Vírgula!

  • mONOCULTURA

    eXPORTAÇÃO

    eSCRAVIDÃO

    lATIFUNDIOS

  • A escravidão indígena foi proibida pela primeira vez por meio de Carta Régia de 1570, a qual instituiu a “Guerra Justa” e a escravidão voluntária.

    Todavia, falhas na Lei e a “vista grossa” das autoridades permitiam que a sujeição dos povos indígenas fosse prática recorrente até fins do século XVII.

    Mesmo assim, ela só vai ser combatida efetivamente a partir de 1757, por meio de um decreto do Marquês de Pombal (1699-1782).


ID
2790529
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que, como colônia de Portugal, o Brasil fazia parte do mercantilismo da Idade Moderna, que tinha no sistema colonial um dos fatores fundamentais do processo de acumulação primitiva da Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII, julgue (C ou E) o item a seguir, acerca das características básicas da produção brasileira no período colonial.


No período em apreço, em que predominava a pluricultura de produtos, a produção aurífera mineira era voltada para a metrópole, e as indústrias básicas, como a metalurgia, empregavam uma pequena parcela de trabalhadores livres.

Alternativas
Comentários
  • Monocultura 

  • Indústria metalúrgica no Brasil colônia ? Creio que esse seja o erro da questão . As poucas manufaturas eram pra consumo interno. Sendo estas,  principalmente, de fiação, calçados e vasilhames. 

  • Predominava-se a monocultura. A exemplo, no litoral brasileiro foi discutido plantar pimenta, mas, para que a colônia exercesse o papel mercantil do Estado português, era necessário investir em um produto com grande aceite no comércio europeu e que fosse produzido com grandes quantidades para exportação para relativizar o frete. Outro erro é a sinalização de uma metalurgia.


    ERRADO

  • O principal erro está em pluricultura de produtos

  • Época do PLANTATION, quando lembrar do plantation, lembre-se de meel.

    M ONOCULTURA

    E XPORTAÇÃO

    E SCRAVIDÃO

    L ATIFÚNDIO

    GAB.: ERRADO

  • Não existia metalurgia no período colonial, a questão comeu cocô nessa.

    A industrialização brasileira começou a aparecer somente no século XIX mesmo que bem precocemente. Mas é no século XX que a industria alavanca.

  • O principal erro desta questão está em dizer que predominava a pluricultura neste período.

    O período colonial brasileiro tem como uma de suas maiores características a monocultura, principalmente da cana-de-açúcar.

    Apontar a metalurgia é outro erro grosseiro da questão.

    Resposta: Errado

  • Metalúrgica no Brasil colonia? haushuas

  • Predominância da monocultura.

    Gabarito : E.

  • Metalúrgica no Brasil colonia?

    ERRADO

    PMAL 2021

  • Parei no Pluricultura...

  • O principal erro desta questão está em dizer que predominava a pluricultura neste período.

    O período colonial brasileiro tem como uma de suas maiores características a monocultura, principalmente da cana-de-açúcar.

    Apontar a metalurgia é outro erro grosseiro da questão.

    Resposta: Errado

  • No período em apreço, em que predominava a pluricultura de produtos, a produção aurífera mineira era voltada para a metrópole, e as indústrias básicas, como a metalurgia, empregavam uma pequena parcela de trabalhadores livres.

    Tudo errado

    Predominavam a monocultura= Produção de uma única espécie agrícola.

    Não existiam indústrias no período colonial, a forma de exploração econômica era de exportação.

  • No período em apreço, em que predominava a pluricultura de produtos, a produção aurífera mineira era voltada para a metrópole, e as indústrias básicas, como a metalurgia, empregavam uma pequena parcela de trabalhadores livres.

  • Pluricultura kkk
  • Monocultura pessoal. E metalurgia a questão extrapolou legal.

    GAB: E

  • joga y joga, segue o jogo #PMAL

  • Vale lembrar que o mercado interno possuia a pecuaria, produção de generos alimenticios para o consumo interno, a criação de gado.

  • MONOCULTURA

    EXPORTAÇÃO

    ESCRAVOS

    LATIFUNDIOS

    PMAL 2021!

  • Pluricultura nem China.

  • o fato da questão falar de trabalhadores livres no brasil colonia, já entregou a questão kkkkkk

  • Monocultura! Cana de açucar.

  • Monocultura- Só plantava cana-de-açúcar.

  • Período colonial quem predominava era o açúcar.
  • Prevalecia a monocultura agroexportadora, principalmente de açúcar, com predomínio do latifúndio da terra e do trabalho escravo (indígenas e africanos) generalizado.


ID
2790532
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que, como colônia de Portugal, o Brasil fazia parte do mercantilismo da Idade Moderna, que tinha no sistema colonial um dos fatores fundamentais do processo de acumulação primitiva da Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII, julgue (C ou E) o item a seguir, acerca das características básicas da produção brasileira no período colonial.


A posse da terra era concedida exclusivamente a proprietários de pequeno e médio porte; predominava o trabalho escravo e a produção manufatureira livre destinava seus produtos à venda por comerciantes portugueses na Europa.

Alternativas
Comentários
  • CUIDADO COM A PALAVRA EXCLUSIVAMENTE. GERALMENTE A QUETÃO ESTÁ ERRADA.

     

    CREIA NO SENHOR JESUS E SERÁ SALVO TU E A TUA CASA.

  • "Exclusivamente a proprietários de pequeno e médio porte."
  • A posse da terra era dada à iniciativa privada, geralmente para a baixa nobreza. Predominava-se a mão de obra escrava, a produção agrícola voltada à exportação e a monocultura.


    ERRADO

  • "A política da metrópole portuguesa consistirá no incentivo à empresa comercial, com base em uns poucos produtos exportáveis em grande escala e assentada na grande propriedade." BORIS FAUSTO, 2015, História do Brasil.


  • ERRADA, realmente a mão de obra era prioritariamente escrava, a produção visava o mercado europeu, porém a afirmativa de que as terras eram distribuídas para pequenos produtores vai de encontro aos fatos históricos, sendo a concentração da alta quantidade de terras nas mãos de poucos um problema que causa até hoje reflexos na sociedade brasileira e teve sua origem no período de colonização!

  • Propriedade EXCLUSIVA para pequenos e médios portes?

    Brincou não é!

    É mais que óbvio que a concentração de renda que existe desde o período colonial é devida as terras serem passadas exclusivamente para as elites, trabalhadores de médio e pequeno porte não possuíam direito às terras.

  • "EXCLUSIVAMENTE".

  • Gab. ERRADO

    Só matei a questão por que falou que adotava a manufatura, Portugal abominou a manufatura nesse período até onde sei.

  • "O Brasil foi dividido em quinze quinhões, por uma série de linhas paralelas ao equador que iam do litoral ao meridiano de Tordesilhas, sendo os quinhões entregues aos chamados capitães-donatários. Eles constituíam um grupo diversificado, no qual havia gente da pequena nobreza, burocratas e comerciantes, tendo em comum suas ligações com a Coroa." Boris Fausto, p. 41.

    Além disso, predominava a plantation e produção voltada para o mercado interno, não havendo exportação.

  • Corrijam-se se estiver errada, mas a posse da terra geralmente era dada para latifundiários, ou seja, grandes proprietários. Além disso, a produção manufatureira era incipiente e voltada a atender sobretudo demandas internas, não direcionada para o mercado externo. Exportavam-se commodities.

  • "exclusivamente a proprietários de pequeno e médio porte" Essa é a forma que deveria ter acontecido, porém vieram a originar os latifúndios voltados a monocultura, excedentes, exportação e maior lucro para a Metrópole.

  • "Manufatureira livre"

    Monocultura ou unicultura.

  • Não seria livre, mas sim permanente.

  • O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.

    Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas.

    Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.

    Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

    Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.

    Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

  • LATIFUNDIÁRIOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS.

  • Manufatura? X

    Colônia: matéria-prima.

    Metrópole: manufaturas

  • o que me fez colocar a questão como errada foi a palavra "exclusivamente"

  • Era concedida a nobres e burgueses. Inclusive, as capitanias foram financiadas por capital privado e tem o desinteresse da Coroa em jogo.


ID
2790535
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A principal autoridade em todos os domínios coloniais portugueses era o rei, que, na administração desses domínios, contava com o auxílio do Conselho Ultramarino e da Mesa de Consciência e Ordens. Tendo em vista que, apesar do auxílio dessas instituições, a organização administrativa do Brasil colonial funcionava de modo precário, julgue (C ou E) o seguinte item, relativos às causas dessa precariedade.


As distâncias, a consequente lentidão das comunicações, e a falta de aparato humano burocrático dificultavam o controle da população e a observância restrita das leis.

Alternativas
Comentários
  • As distâncias, a consequente lentidão das comunicações, e a falta de aparato humano burocrático dificultavam o controle da população e a observância restrita das leis: lembrar que quase não havia rotas entre as capitanias no território, sendo que muitas dessas foram "desbravadas" e consolidadas pela ação bandeirante no decorrer dos séculos. O comércio, por exemplo, era, em sua maioria, realizado pelas rotas marítimas da Costa.


    CERTO.

  • https://3.bp.blogspot.com/-CDhHQMqxFVQ/WjpEgmOZfCI/AAAAAAAAFQE/mzFQzcNB9FQdwl-f5iRMfQj2mTrNUjFigCLcBGAs/s1600/10.1%2B-%2BDonat%25C3%25A1rios.jpg

  • D. Pedro I, nas falas do trono, por repetidas vezes, tencionou o legislativo a providenciar melhores condições jurídicas no Estado brasileiro. O soberano reconhecia a inobservância das leis e, até mesmo, injustiças praticadas por juízes.

  • GABARITO: CERTO

    O processo de formação territorial do Brasil levou séculos para se consolidar, porém desde o período colonial o território brasileiro já era extenso e a infraestrutura administrativa da coroa portuguesa péssima. Havia uma colonização um pouco melhor no litoral e de forma mais precária ainda no interior. A falta de capital humano e a inexistência de rotas terrestres seguras impediam um controle efetivo dos portugueses em grande parte da colônia.

    Uma observação é que o problema da integração territorial não foi sanado nem com a Independência nem com a República, vide a existência e extensão do poder dos coronéis durante a República Velha (1889-1930).

  • Lembrei da Globalização.


ID
2790538
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A principal autoridade em todos os domínios coloniais portugueses era o rei, que, na administração desses domínios, contava com o auxílio do Conselho Ultramarino e da Mesa de Consciência e Ordens. Tendo em vista que, apesar do auxílio dessas instituições, a organização administrativa do Brasil colonial funcionava de modo precário, julgue (C ou E) o seguinte item, relativos às causas dessa precariedade.


Embora fosse consensual e geograficamente constatável, a unidade territorial brasileira aparecia oficialmente visível apenas nos títulos do vice-rei e do príncipe do Brasil.

Alternativas
Comentários
  • A única coisa consensual nessa alternativa é que a banca do Cespe é composta por amadores que deveriam descer do salto alto.

  • Pleno acordo André.
  • ERRADO

    Realmente a CESPE superou as expectativas esse ano de 2018, foram mais de 100 alternativas com o gabarito alterado.

    Essa questão não teve o gabarito alterado, mas analisando esse site (http://www.historia-brasil.com/mapas/atlas-1640.htm), eu deduzi que ela também deveria ser alterada.

    Concordando com o André, quando não houve qualquer consenso, ainda em 1640 Portugal discutia que Tordesilhas cortava o que hoje é o Estado do Uruguai em carta oficial.

    "Sendo Albernaz um cartógrafo oficial, ficamos então sabendo o que Portugal reivindicava como sendo suas terras. Neste Atlas (1640), o litoral do Brasil começa no estuário do Rio da Prata, incluindo o Uruguay, e termina na foz do Rio Amazonas.

    Para Portugal o atual território do Uruguay fazia parte da América Lusitana, desde o início do século 16, e seus mapas oficiais traçavam Tordesilhas passando pelo Rio da Prata".

    Isso prova que até 1640 ainda não havia concesso quanto a unidade territorial brasileira.

    Se isso não for convicente para alterar a questão, eu não sei o que será.

     

    Quanto mais minunciso e rico de detalhes as questões de história que a CESPE quer fazer mas abre espaço para precedentes.

  • Essa questão teve o gabarito alterado para Errado?

  • Não entendi essa questão! Alguém ajuda?

  • O que a banca quis dizer com geograficamente constatável?

  • Será que a expressão utilizada pelo CESPE "geograficamente constatável" remonta àquela cena de filme, quando o navegador tira a luneta e diz: - Terra a vista!!"?

  • A unidade territorial não era uma realidade concreta na maior parte do território, somente sendo associada a uma área delimitada e pertencente a coroa (títulos do vice-rei / príncipe), quando na verdade o que prevalecia era o isolamento e isso era fácil de ser notado à época (consensual e geograficamente constatável).

  • Alguém sabe de que obra bibliográfica a banca tirou essa questão?

  • Esta questão está claramente errada. Não havia como, à época, ser geograficamente constatável, mesmo que constasse apenas nos títulos.

  • Os aplicadores entraram na maquina do tempo e voltaram p o Brasil colonia namoral kkkkkkkkkkkkkkkk

  • Achei que a palavra "apenas" poderia facilmente gerar recurso, já que, com toda certeza, deveriam haver duques, viscondes e marqueses "do Brasil" também, tratando-se de nomenclatura. Fui pesquisar e me surpreendi. Realmente não havia nenhum. Este avaliador andou no limite até do próprio conhecimento, não é à toa que o índice de anulações foi alto. Acho justificável, dado o nível do cargo, mas, fazendo isso, ele acaba gerando uma margem para subjetividade. A palavra "apenas" faz ele ter certeza do fato e isso ele só terá voltando no tempo.

    Para quem se interessar na lista de nobres títulos brasileiros, cá estão:

    Por enquanto, no Brasil colônia, só posso afirmar com certeza que havia um vice-rei e um príncipe do Brasil. Não havia, portanto, rei do Brasil, nem havia, por exemplo, um "visconde do Brasil". Sem uma evidência forte, é difícil contestar o gabarito, mas o avaliador realmente pulou o córrego rsrsrs.

  • O que eu entendi foi: Embora todos concordassem com a existência de uma unidade geográfica chamada "Brasil", essa unidade geográfica só existia com relação ao Vice Rei e o Príncipe do Brasil. Pra todo resto, essa unidade geográfica era um amontoado de núcleos políticos que não se viam como exatamente relacionados, ainda que soubessem existir em conjunto sobre o nome "Brasil". O Brasil só existia aos olhos da corte. Creio que seja este o raciocínio.

  • E os franceses e holandeses não tinham sequer um mapa da terra brasilis ? Muita ingenuidade

  • CESPE do inferno, qual a lógica dessa questão? Meu deus viu...

  • acredito que a questao quis passar que o brasil so era uma unidade territorial em ambitos politicos

  • A gente pensa em mapa e acordos, no entanto, o que a questão está dizendo pra gente é que não havia nenhum título político 'do Brasil' exceto vice-rei e príncipe. É mal formulada, mal escrita, porém está correta.

    Pode deixar em branco sem peso na consciência.

  • Questão tosca. Foi tirada explicitamente de um trecho de Caio Prado Júnior, porém fora de contexto.

  • Respondi sem conseguir interpretar bem a questão.. :/
  • Nem sei porque respondi. Não entendi nada até agora.

  • CERTO, MOTIVO: METAM LIKE NO COMENTÁRIO DA COLEGA: "Max Caulfield". A colocação dela está corretíssima!!!! NÃO DEEM CREDIBILIDADE A ACHISMOS GENTE!!!!
  • Quem errou acertou.

  • Até hoje não comsegui entender essa porcaria

  • Max Caduciforme tá certo.

  • "A nossa unidade, embora existisse na geografia e mesmo no consenso de todos, aparecia oficialmente apenas nos títulos honoríficos do Vice-Rei do Brasil (que assim mesmo era concorrente mais conhecido por Vice-Rei do Rio de Janeiro, onde tinha sua sede), e no do Príncipe do Brasil, que traziam os primogênitos da dinastia de Bragança e herdeiros da coroa." - Caio Prado Jr, Formação do Brasil Contemporâneo

      


ID
2790541
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A principal autoridade em todos os domínios coloniais portugueses era o rei, que, na administração desses domínios, contava com o auxílio do Conselho Ultramarino e da Mesa de Consciência e Ordens. Tendo em vista que, apesar do auxílio dessas instituições, a organização administrativa do Brasil colonial funcionava de modo precário, julgue (C ou E) o seguinte item, relativos às causas dessa precariedade.


O processo administrativo era excessivamente centralizado: todas as decisões de maior ou média envergadura administrativa passavam pelo crivo de Portugal; de tudo se queria saber em Lisboa e por tudo se interessavam o Conselho Ultramarino e a Corte. 

Alternativas
Comentários
  • O processo administrativo era excessivamente centralizado: todas as decisões de maior ou média envergadura administrativa passavam pelo crivo de Portugal; de tudo se queria saber em Lisboa e por tudo se interessavam o Conselho Ultramarino e a Corte: a principal autoridade em todos os domínios coloniais portugueses era o rei, que, na administração desses domínios, contava com o auxílio do Conselho Ultramarino e da Mesa de Consciência e Ordens. O Estado absolutista é o exemplo de concentração de poderes nas mãos do Rei, bem como os monopólios que ele controlava.


    CERTO.


  • O problema de usar figuras de linguagem e generalizações em questões objetivas é que isso induz o candidato a erro.

    Com certeza havia questões que não interessavam à Corte...

    "de tudo se queria saber...", "por tudo se interessavam...", parecem expressões de romance histórico, sinceramente.

    Uma linguagem mais objetiva para uma prova objetiva seria o ideal.

  • "Todas as decisões de maior ou média envergadura administrativa passavam pelo crivo de Portugal": a dificuldade é saber o que exatamente vem a ser "decisões de média envergadura". Com certeza havia decisões urgentes que não poderiam esperar a manifestação de "Portugal". Resta saber se estas decisões são ou não são de "média envergadura".

  • A banca é essa e não adianta ficar reclamando, MAS que tristeza de redação > excessivamente, todas, tudo.

  • Cabe recurso. Tanto pelo que os colegas já apontaram quanto pela própria ordem da questão:

    "Tendo em vista que, apesar do auxílio dessas instituições, a organização administrativa do Brasil colonial funcionava de modo precário, julgue (C ou E) o seguinte item, relativos às causas dessa precariedade."

    O que é afirmado no item constitui "causa dessa precariedade"?

  • Apesar da subjetividade na linguagem utilizada na afirmativa, o comando da questão induzia a considerar a resposta como certa. 

    "A principal autoridade em todos os domínios coloniais portugueses era o rei, que, na administração desses domínios, contava com o auxílio do Conselho Ultramarino e da Mesa de Consciência e Ordens."

  • Até que ponto Portugal estava por dentro de tudo que acontecia na colônia? Tendo em vista as dificuldades na comunicação... Acredito que havia interesse, sim, por parte da Coroa de saber o que se passava no Brasil. Mas isso não se realizava de fato.

  • Eis um dos principais motivos para ter dado tanto errado as Capitanias Hereditárias. Demorava-se mais de 06 meses para a metrópole (Portugal) ter ciência de um fato e mais 06 para instruir a colônia (Brasil).

  • Haaa Xespe ;(
  • Questão um pouco controversa, porém o que importa é saber que apesar do isolamento das capitanias e da demora da comunicação, a coroa Portuguesa queria sim saber de tudo e que, decisões de alta ou média envergadura, precisavam passar pelo crivo.

  • Inicialmente, houve a centrlização, mas já possuiu a descentralização, mas levando em consideração que Portugal queria o absoluto controle, apesar da descentralização, é claro que foi excessivamente centralizado porque tudo tinh que passar pelo crivo de Portugal.

  • de tudo se queria saber em Lisboa e por tudo se interessavam o Conselho Ultramarino e a Corte.

    CORRETO! Mas, na prática não se realizava. Nem tudo chegava até eles!


ID
2790544
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A principal autoridade em todos os domínios coloniais portugueses era o rei, que, na administração desses domínios, contava com o auxílio do Conselho Ultramarino e da Mesa de Consciência e Ordens. Tendo em vista que, apesar do auxílio dessas instituições, a organização administrativa do Brasil colonial funcionava de modo precário, julgue (C ou E) o seguinte item, relativos às causas dessa precariedade.


A Coroa Portuguesa, do início ao fim da colonização, procurou manter o controle total sobre o empreendimento colonial, motivo pelo qual resistiu às investidas da iniciativa privada (ou particular), no sentido de assumir papel exclusivo na exploração econômica da colônia.

Alternativas
Comentários
  • Acredito que o problema seja "do início ao fim"
  • Errado.

     

    O primeiro esforço de colonização, consubstanciado pela criação de capitanias hereditárias, em 1532, constituiu uma iniciativa descentralizadora que buscou cooperar com o setor privado, para por em prática a ocupação, a exploração e a defesa da Colônia. A Carta de Doação e o Foral elencavam os direitos e os deveres dos donatários. Com os insucessos das capitanias – ressalvados os casos de São Vicente, de Pernambuco, e consoante alguns autores, da Baía de Todos os Santos – em 1549, Lisboa criou o Governo-Geral do Brasil, com sede em Salvador. A Tomé de Sousa, o primeiro governador geral, foi atribuída a tarefa de centralizar a organização colonial.

     

    Outro exemplo de expansão colonial não conduzida pelo modelo estatal diz respeito à ação dos jesuítas e dos bandeirantes. É de rigor ressaltar que, à época da Colônia e do Império, os bandeirantes eram denegridos e negligenciados pela historiografia. Capistrano de Abreu e Varnhagen resgataram o papel pioneiro e desbravador dos bandeirantes, assim como o fez Vianna Moog, em Bandeirantes e pioneiros. A Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo, mistificará a figura dos expedicionários paulistas: é nesse momento que serão valorizadas as pinturas de Benedito Calixto retratando, de forma ficcional, o pioneirismo bandeirante.

  • A Coroa Portuguesa, do início ao fim da colonização, procurou manter o controle total sobre o empreendimento colonial, motivo pelo qual resistiu às investidas da iniciativa privada (ou particular), no sentido de assumir papel exclusivo na exploração econômica da colônia: as primeiras tentativas de organização e controle do território foram feitas com a utilização da iniciativa privada, como as Capitanias Hereditárias.

  • Durante a colônia, existiu variações do grau de monopólio da Coroa.

  • Basta lembrar da Abertura dos Portos ás Nações Amigas.

    GAB: ERRADO.

  • Uma palavra que já torna a questão TOTALMENTE ERRADA:

    Capitanias Hereditárias.

    Justamente, no início do período colonial, a Coroa passa para o campo privado a responsabilidade de desenvolvimento da Colônia, com a doação de terras e amplos poderes aos donatários.

  • Item completamente errado. Nos primeiros trinta anos após o descobrimento das terras brasileiras, por exemplo, Portugal praticamente deixou estas terras “abandonadas”, sem demonstrar grande interesse por sua “descoberta”.

    Durante o período colonial, ainda, Portugal deixou a administração das terras brasileiras em mãos de particulares, com a criação das Capitanias Hereditárias.

    Gabarito: Errado.

  • É certo que Portugal não tinha condições de manter um monopólio no Brasil, mas isso não quer dizer que não tenha tentado. É justamente isso que a questão diz: "A Coroa Portuguesa, do início ao fim da colonização, PROCUROU MANTER o controle total sobre o empreendimento colonial...". Acredito que o erro esteja na sentença seguinte, quando afirma que a Coroa RESISTIU às investidas da iniciativa privada (ou particular). isso de fato não aconteceu, bem como alguém pontuou corretamente nos comentários acerca dos capitães donatários.

  • INCORRETA

    EXPLICAÇÃO: as primeiras tentativas de organização e controle do território foram feitas com a utilização da iniciativa privada, como as Capitanias Hereditárias.

  • A exemplo da titularidade holandesa para refinar e comercializar o açúcar.

  • e as capitanias hereditarias era oq

  • Pelo contrário, Portugal investiu no privado para colonizar o Brasil, tendo em vista que não possuiria recursos para tanto,por causa da extensão territorial do Brasil. É claro que, apesar de conceder as terras através das capitanias hereditárias, colocou diversas condições para manter o controle e fiscalização do colônia.

  • Questão errada. Basta olharmos para as capitanias que contaram com largos empréstimos da iniciativa privada holandesa na ordem de 15 % de juros e o monopólio de todas as fases do açúcar, como também dos italianos com juros maiores, 30%, mas sem o monopólio.


ID
2790547
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em novembro de 1807, temendo ser aprisionado pelas tropas de Napoleão Bonaparte, o príncipe regente de Portugal, D. João VI, deixou Lisboa acompanhado de sua família e de boa parte da nobreza da Corte, em direção ao Brasil, onde se estabeleceu até 1821, ano em que regressou à metrópole já como rei. Com relação às diversas consequências, para a colônia, da permanência de D. João VI no Brasil, julgue (C ou E) o item seguinte.


Em 1808, ocorreu a fundação da Escola Médico-Cirúrgica, na Bahia, bem como a fundação da Academia Real Militar e da Academia Real da Marinha, no Rio de Janeiro.

Alternativas
Comentários
  • 1) Não era Escola Médico-Cirúrgica, era Escola Anatômica, Cirúrgica e Médica do Rio de Janeiro (http://mapa.an.gov.br/index.php/dicionario-periodo-colonial/171-escola-anatomica-cirurgica-e-medica-do-rio-de-janeiro)

    2) Não é o meu caso, mas quem fez AMAN sabe que a Academia Real Militar foi criada em 4 de dezembro de 1810 (http://mapa.an.gov.br/index.php/dicionario-periodo-colonial/126-academia-real-militar)

    3) Não era Academia Real da Marinha, era Real Academia dos Guardas-Marinhas, que já existia desde 1782 e veio de Portugal em 1808 (http://mapa.an.gov.br/index.php/menu-de-categorias-2/242-academia-dos-guardas-marinhas)

    Lamentável.

  • ANULADO.

     

    Justificativa do CESPE para alteração do gabarito:

    O julgamento objetivo do item foi prejudicado por haver erro factual nas informações constantes da redação.


ID
2790550
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em novembro de 1807, temendo ser aprisionado pelas tropas de Napoleão Bonaparte, o príncipe regente de Portugal, D. João VI, deixou Lisboa acompanhado de sua família e de boa parte da nobreza da Corte, em direção ao Brasil, onde se estabeleceu até 1821, ano em que regressou à metrópole já como rei. Com relação às diversas consequências, para a colônia, da permanência de D. João VI no Brasil, julgue (C ou E) o item seguinte.


A noção de brasilidade, ou seja, a consciência de ser brasileiro, esteve presente desde cedo na cultura política e na identidade da sociedade brasileira, tendo-se manifestado nas sedições nativistas da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana, ambas de cunho emancipacionistas, e, em fins do período colonial, terminado por ser a base da luta pela independência do Brasil

Alternativas
Comentários
  • Inconfidência mineira e conspiração baiana foram revoltas separatistas.

  • Inconfidência foi base para a República, principalmente na questão da criação da figura de Tiradentes, herói militar para a República da Espada
  • A noção de brasilidade, ou seja, a consciência de ser brasileiro, esteve presente desde cedo na cultura política e na identidade da sociedade brasileira: a noção de brasilidade foi construída no decorrer do século XIX. Antes, as pessoas se sentiam como estrangeiras em território brasileiro, mesmo que aqui nascessem. Assim, obras da literatura como A Viuvinha e Cinco Minutos foram importantes para demonstrar, por meio de narrativas e descrições, como ter modos e como se portar em sociedade.

    Tendo-se manifestado nas sedições nativistas da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana, ambas de cunho emancipacionistas, e, em fins do período colonial, terminado por ser a base da luta pela independência do Brasil: essas duas revoltas emancipacionistas não tiveram repercussão geral na Colônia, mas regional. Por isso, não foram a base da luta de independência do Brasil. A separação do Brasil com Portugal foi fruto de questões políticas, econômicas, sociais e culturais, das quais pode ser destacado o enfraquecimento político de D. Pedro I, as consequências da Revolução do Porto e do medo desencadeado pela não aceitação de volta ao status de Colônia, o receio de haver um haitianismo em território brasileiro e a crise econômica.


    ERRADO.

  • A Rafaela Cristina fez um excelente comentário!!!!!!

  • É mais correto identificar as revoltas como levantes coloniais. Em algumas das revoltas é claro o sentimento antifiscalistas mais do que do que nativistas. O elemento nativista surge de uma interpretação posterior ao período, na histotriografia do séc. XIX, quando houve necessidade de criar junto ao imaginário social a ideia de heróis nacionais libertadores da nação.

    "A razão da resiliência historiográca do nativismo é fácil de ser vericada desde os clássicos Varnhagen e Capistrano de Abreu. Trata-se de buscar, no passado colonial, antecedentes libertários que inventassem uma tradição nacionalista avant la lettre, importante no momento de construção do Estado nacional no Império, mas não só no Império. Também nos primórdios da República o novo regime republicano, necessitadíssimo de legitimidade, iria buscá-la na Inconfidência Mineira e em Tiradentes, que te- riam prenunciado a República cem anos antes.", ALMEIDA, João Daniel; Manual de Históroa do Brasil; FUNAG

  • Inconfidência mineira e conjuração baiana foram revoltas emancipacionistas defendendo o livre comércio e a independência em relação a coroa portuguesa, de nada envolveu consciência de brasilidade, até porque essa consciência não havia sido consolidada nesse período.

    Podemos falar de uma identidade nacional ou melhor a consciência de ser brasileiro lá para os fins dos século XIX e início do século XX. Pois, durante o governo regencial foi criado o instituto geográfico e histórico nacional cuja tarefa primordial era a construção da história da nação. É a partir de narrativas advindas de intelectuais desse institutos e a contribuição dos literários que começa a se consolidar no Brasil algum tipo de identidade nacional, mas que ainda no século XIX era bem precoce, tomando corpo, principalmente, durante a Era Vargas.

    RESPOSTA ERRADO

  • Revoltas nativistas: solucionar problemas locais; mais pontuais; de determinada registro; Revoltas emancipacionistas: mudança de forma de governo: sair da monarquia e instaurar a república no Brasil.
  • Inconfidência mineira e conjuração baiana são levantes separatistas. Ou seja, pregavam a proclamação da república, isso é tanto verdade que o objetivo da Conjuração Baiana era colocar uma República Negra.

    Gabarito : E.

    PMAL 2021

  • COMENTARIOS DO ALUNOS SÃO MELHORES QUE DO PROFESSOR, no video parece que ele viu gabarito antes e só enrolou na pergunta, isso é vergonhoso Qconcursos.

  • Uma observação: Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana não lutaram pela independência do Brasil, mas sim pela de suas respectivas províncias. Até porque não havia a ideia de que todos nós somos uma nação, essa ideia de brasilidade, que só começou a ser construída depois da independência. Tiradentes foi escolhido como herói nacional numa tentativa do governo republicano de consolidar a identidade brasileira, mas a verdade é que ele queria tão somente a independência de Minas Gerais.

  • A noção de brasilidade, ou seja, a consciência de ser brasileiro, esteve presente desde cedo na cultura política e na identidade da sociedade brasileira

    Errado

    O Brasil no período colonial, não tinha ainda aquele amor à pátria, logo a afirmativa está incorreta.

    As revoltas nativistas foram motivadas por descontentamentos em relação a alguns aspectos específicos da exploração colonial, não chegando a propor o rompimento com Portugal.

    EX: Revolta de Beckman (1684)= Revolta nativista

    a Guerra dos Emboabas (1708)= Revolta nativista

    a Guerra dos Mascates (1710) = Revolta nativista

    a Revolta de Filipe dos Santos (1720).= Revolta nativista

    revoltas separatistas, que contestavam amplamente o sistema colonial e propunham o rompimento com a metrópole.

    EX: Inconfidência Mineira= Revolta Separatista

    Conjuração Baiana= Revolta Separatista

  • SEM MUITO MIMIMI ''tendo-se manifestado nas sedições nativistas da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana''

    INCONFIDÊNCIA MINEIRA E CONJURAÇÃO BAIANA, ASSIM COMO REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA FORAM REVOLTAS SEPARATISTAS..

  • GABARITO ERRADO

    REBELIÕES NATIVISTAS

    são rebeliões entre colonos ou em defesa do interesse das elites coloniais.

    • Revolta dos Beckman de 1684;

    • Guerra dos Emboabas entre 1708 e 1709;

    • Revolta de Felipe dos Santos de 1720;

    • Guerra dos Mascates entre 1710 e 1711.

    Sem falar que naquela época não tinha esse patriotismo

  • Cada estado era tido como um país, as pessoas não tinham noção de nacionalidade.

  • Inconfidência Mineira

    Também referida como Conjuração Mineira, foi uma conspiração de natureza separatista que ocorreu na então capitania de Minas Gerais, Estado do Brasil, entre outros motivos, contra a execução da derrama e o domínio português, sendo reprimida pela Coroa portuguesa em 1789.

    Conjuração Baiana

    Também denominada como Revolta dos Alfaiates e recentemente também chamada de Revolta dos Búzios, foi um movimento de caráter emancipacionista, ocorrido no final do século XVIII, na então Capitania da Bahia, na colônia brasileira.

  • separatista

  • Inconfidência mineira e conjuração baiana são levantes separatistas. Ou seja, pregavam a proclamação da república, isso é tanto verdade que o objetivo da Conjuração Baiana era colocar uma República Negra.

  • brasileiro nunca quer ser brasileiro

  • Inconfidência mineira e conspiração baiana foram revoltas separatistas.

  • Ambas eram revoltas separatistas e não passaram da fase de conspiração, sendo assim seria impossível ser a base da luta da independência.

  • Eram revoltas separatistas,as quais visavam a liberdade do seu próprio território e não do Brasil como um todo.

  • A construção da identidade brasileira constituiu-se como um processo histórico, cultural e político desde a Independência, em 1822.


ID
2790553
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em novembro de 1807, temendo ser aprisionado pelas tropas de Napoleão Bonaparte, o príncipe regente de Portugal, D. João VI, deixou Lisboa acompanhado de sua família e de boa parte da nobreza da Corte, em direção ao Brasil, onde se estabeleceu até 1821, ano em que regressou à metrópole já como rei. Com relação às diversas consequências, para a colônia, da permanência de D. João VI no Brasil, julgue (C ou E) o item seguinte.


Elevou-se o status colonial do Brasil em relação a Portugal com a revogação dos atos que proibiam o estabelecimento de indústrias e manufaturas na América portuguesa e com a criação de tribunais semelhantes aos sediados em Lisboa.

Alternativas
Comentários
  • Fato que chamamos de interiorização da Metrópole.
  • Elevou-se o status colonial do Brasil em relação a Portugal com a revogação dos atos que proibiam o estabelecimento de indústrias e manufaturas na América portuguesa: a revogação do Alvará de 1785, que proibia a manufatura no Brasil, visava fomentar a industrialização que tinha dificuldade na competição com produtos ingleses. Junto à abertura dos portos simbolizaram o fim do monopólio metropolitano. A fundação do aparelho de governo e administração política no Brasil era conhecido como a “inversão brasileira”.

    E com a criação de tribunais semelhantes aos sediados em Lisboa: também existia no Brasil tribunais especial para súditos ingleses, que não obedeciam às leis portuguesas (triunfo da diplomacia de Strangford).


    CERTO.

  • Redação horrível. Por que usar um verbo tão tortuoso numa questão fácil?

    e·le·var -

    verbo transitivo

    1. Pôr mais alto.

    2. Fazer subir.

    3. Dar maior altura a.

    4. Levantar, erguer.

    5. Aumentar.

    6. Construir.

    7. Enobrecer.

    8. [Figurado]  Engrandecer.

    verbo pronominal

    9. Subir; estar elevado.

    "elevar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,  [consultado em 12-06-2019].

  • Por conta da transferência da família real e da nobreza portuguesa para o Brasil, houve a elevação do então Estado do Brasil, colônia portuguesa, para a condição de reino unido ao lado de Portugal e Algarve. Este novo status foi assumido oficialmente em 16 de dezembro de 1815, quando passou a ser adotada a designação de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Ou seja, Brasil não era mais uma mera colônia a partir de então, já que sediava a o reino português.

    Gabarito: Certo

  • Assim,errei pq esse elevou imaginei como sendo mais que PORTUGAL. triste rs

  • GAB CERTO

    Por conta da transferência da família real e da nobreza portuguesa para o Brasil, houve a elevação do então Estado do Brasil, colônia portuguesa, para a condição de reino unido ao lado de Portugal e Algarve. Este novo status foi assumido oficialmente em 16 de dezembro de 1815, quando passou a ser adotada a designação de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Ou seja, Brasil não era mais uma mera colônia a partir de então, já que sediava a o reino português.

  • Errei pois confundi o "elevou-se o" com "elevou-se ao", tendo em vista que o Brasil já tinha status de colônia de Portugal.

  • manufaturas no Brasil é o certo
  • Juiz Conservador da Nação Britânica (Decreto de 4 de maio de 1808), como garantia de foro privilegiado para os súditos ingleses, sendo exercido por um juiz brasileiro, mas eleito pelos ingleses residentes no Brasil e aprovado pelo embaixador britânico (foi mantido após a independência brasileira, como parte do tratado de reconhecimento da independência pela Inglaterra, sendo extinto pela Lei de 7 de dezembro de 1831);


ID
2790556
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em novembro de 1807, temendo ser aprisionado pelas tropas de Napoleão Bonaparte, o príncipe regente de Portugal, D. João VI, deixou Lisboa acompanhado de sua família e de boa parte da nobreza da Corte, em direção ao Brasil, onde se estabeleceu até 1821, ano em que regressou à metrópole já como rei. Com relação às diversas consequências, para a colônia, da permanência de D. João VI no Brasil, julgue (C ou E) o item seguinte.


Nesse período, foram criados o Jardim Botânico no Rio de Janeiro — com espécies oriundas da Índia, das Ilhas Maurício e da Guiana Francesa — e o Banco do Brasil.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Entre as mudanças que ocorreram com a vinda da família real para o Brasil, destacam-se as principais:

    - a abertura dos portos às nações amigas em 1808;
    - a criação da Imprensa Régia e a autorização para o funcionamento de tipografias e a publicação de jornais em 1808;
    - a fundação do primeiro Banco do Brasil, em 1808;
    - a criação da Academia Real Militar (1810);
    - a abertura de algumas escolas, entre as quais duas de Medicina – uma na Bahia e outra no Rio de Janeiro;
    - a instalação de uma fábrica de pólvora e de indústrias de ferro em Minas Gerais e em São Paulo;
    - elevação do Estado do Brasil à condição de reino, unido a Portugal e Algarves;
    - a vinda da Missão Artística Francesa em 1816, e a fundação da Academia de Belas Artes;
    - a mudança de denominação das unidades territoriais, que deixaram de se chamar "capitanias" e passaram a denominar-se de "províncias" (1821);
    - a criação da Biblioteca Real (1810), do Jardim Botânico (1811) e do Museu Real (1818), mais tarde Museu Nacional.

     

    Por decreto real de 13 de junho de 1808, o príncipe-regente Dom João (futuro rei D. João VI), em nome de sua mãe incapacitada - a rainha Dona Maria I -, "Manda tomar posse do engenho e terras denominadas da Lagoa Rodrigo de Freitas", para criar naquele espaço o Jardim de Aclimação, com a finalidade de aclimatar as plantas de especiarias oriundas das Índias Orientais: noz-moscada, canela e pimenta-do-reino. No mesmo ano, a 11 de outubro, recebeu o nome de Real Horto,, e no dia seguinte (12 de outubro), o Príncipe-regente assinou um decreto real criando o cargo de feitor para a fazenda da Lagoa. Os primeiros exemplares de plantas que o integraram vieram do Jardim La Pamplemousse, nas ilhas Maurício, pelas mãos de Luiz de Abreu Vieira e Silva, que os ofereceu ao Príncipe-regente. Entre eles encontrava-se a chamada "Palma Mater".

     

    (Wikipédia)

  • Quando a família real veio para a colina Brasil desembarcou com aproximadamente 15 mil portugueses. Com isso o rei percebeu que deveria gerar empregos e formentar o crescimento no Rio de Janeiro, como a construção dos correios, blibioteca, jardim botânico e banco do Brasil.
  • Além de ter dinamizado a economia brasileira, a chegada da família real contribuiu também para a modernização da cidade do Rio de Janeiro, que passou a contar com o Jardim Botânico.

    Gabarito: Certo

  • Criações no Período Joanino:

    Capital império no RJ

    Casa da Moeda

    Banco do Brasil

    Jardim Botânico

    Biblioteca real

    Teatro Real

    Impresso Real

    Academia real de Belas Artes

    Academia Real militar

    Faculdade de Medicina da Bahia- (1 núcleo superior do Brasil)

    Escolas de Medicinas

  • CERTO:

    A Casa da Moeda, Banco do Brasil, a Academia Real Militar e o Jardim Botânico foram algumas das obras públicas do período joanino


ID
2790559
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Getúlio Vargas assumiu a presidência do Brasil na chamada Revolução de 1930. Seu governo foi marcado por fortes transformações econômicas e sociais, bem como por acontecimentos políticos importantes no Brasil e no mundo. A respeito da Era Vargas, julgue (C ou E) o próximo item.


Getúlio Vargas, ao mesmo tempo em que se aliava aos interesses de grupos urbanos, mantinha aproximação com as forças militares. Além disso, ele retomou a política de valorização do café, que havia sido abandonada pelo seu antecessor.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Item bastante polêmico, em função do trecho final: "que havia sido abandonada pelo seu antecessor". Como a assertiva foi mantida como correta, mesmo após recursos, creio tratar-se do presidente Washington Luís. Sendo assim:

     

    O estouro da bolha financeira em Wall Street em outubro de 1929 acarretou uma virulenta fuga de divisas estrangeiras do Brasil, levando à completa drenagem de nossas reservas já no início do ano de 1930. Por adotar o regime do padrão-ouro, por intermédio de caixa de estabilização, o governo Washington Luís se viu impotente diante da força dos eventos (interrupção dos fluxos de capital estrangeiro e brusca queda do preço do café no mercado internacional). Os desdobramentos forçaram o governo revolucionário de Getúlio Vargas a abdicar do regime de câmbio fixo no final de 1930.

     

    Diante dessa situação, Vargas retomou a política de valorização do café que agora ficaria por conta do governo federal e seria mais rígida do que as políticas da República Velha. O governo federal comprou e queimou mais de 30 milhões de sacas de café excedente. Novos plantios foram proibidos, e os salários nas fazendas rebaixados. Portanto, a política de valorização do café, pela queima ou destruição da safra, alterou, ainda que não profundamente, o quadro. A dívida foi postergada: o governo Vargas tomou algumas medidas que contrariavam os interesses dos credores internacionais. Nesse período, Vargas criou o Conselho Nacional do Café, atendendo assim a algumas das reivindicações das oligarquias cafeeiras.

  • "Realizaram-se seguidas e grandes queimas de café, de 1931 até 1943, em um total estimado entre 50 a 70 milhões de sacas, em Santos, e em outros portos, para a valorização do preço do café, o qual tinha caído muito durante a Grande Depressão de 1929. O total de sacas de café queimadas equivalia a 4 anos da produção nacional."

  • Após a Quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, o preço do café (principal produto de exportação do Brasil naquela época) caiu muito. Os cafeicultores do estado de São Paulo pediram ao presidente uma política de valorização do café. Porém, Washington Luís não atendeu esta demanda, tendo como consequência imediata à perda de apoio político de muitos cafeicultores.


    https://www.historiadobrasil.net/brasil_republicano/governo_washington_luis.htm (15/11/2108)

  • Certo!!

    Conforme discutido detalhadamente na playlist “Era Vargas” https://www.youtube.com/watch?v=5KEPPpxJi08&list=PLCqK0roFTizMo_ZHSh0HA7IjBvaxr9Oof, a revolução de 1930 foi apoiada por diferentes grupos políticos, que representavam diferentes projetos de poder, entre eles oligarquias dissidentes, classes médias urbanas, tenentes, alta cúpula das forças armadas, Igreja, etc. Nessa mesma playlist, vídeo nº 12, falamos sobre a política de proteção do café implementada por Vargas em 1931, política que havia sido estadualizada por Arthur Bernardes. Com a Crise, a capacidade dos estados em financiar a compra do excedente ficou comprometida, recorrendo-se ao governo com a proposta de financiamento federal via Banco do Brasil. No entanto, Washington Luís, comprometido com a ortodoxia e a manutenção do padrão ouro, garantidos pela Caixa de estabilização Monetária, negou comprometer o governo federal com a política de proteção do Café.

    Aqui vale uma observação quanto a possível imprecisão entre o enunciado e o gabarito oficial. Essa imprecisão estaria relacionada ao trecho: “que havia sido abandonada pelo seu antecessor”.

    Quem foi o antecessor de Vargas? Washington Luís.

    Ele abandonou a política de proteção do café?

    Se você conhece profundamente o assunto, pode começar a questionar, afirmando, corretamente, que Arthur Bernardes, e não Luís, abandonou a política, ao transferir para os estados a responsabilidade com essa política.

    No entanto, se você pensar na política como um “ente” em crise mortal, incapacitado e moribundo, que, incapaz de sobreviver, busca socorro no governo federal, pode também concluir que, Washington Luís abandonou à própria sorte a política de proteção do café.

    E agora? Como decidir?

    É preciso conhecer o “espírito” da Banca, as intencionalidades por trás do enunciado. Aquilo que numa visão mais geral motivou a formulação da questão. Buscar o erro em detalhe como esse que pode ser subjetivamente interpretado  corresponde a procurar cabelo em ovo.

    Espero ter ajudado,

    Bons estudos professor

    Arão Alves




  • Sim, inclusive criou o Conselho Nacional do Café (CNC).

  • Esse avaliador foi no limite. Complicadíssimo afirmar que Washington Luís ou Arthur Bernardes deixaram o café a própria sorte. Até por que, em 1921, havia ocorrido uma política que é conhecida como 3º convênio de taubaté (o 2º teria ocorrido durante a primeira guerra, com Wenceslau). A partir de 24, inicia-se a política de valorização permanente do café. Isto foi feito dentro do Instituto de Fomento e Economia Agrícola do Estado do Rio de Janeiro (IFEA-RJ), criado em 1926. É incorreto falar que o Brasil não valorizou qualquer política do setor do café entre 1850 e, ao menos, 1945. No livro de Economia Brasileira do Gremaud, é possível achar estas informações, além de muitos materiais de qualidade na internet.

  • 12 Anos queimando café :/
  • Já me revoltei muito com essa assertiva, porém, depois de estudar cautelosamente a República do Café com Leite e especificamente o Governo Washington Luís, dá pra "forçar a barra" e concordar com a posição da banca.

    CRISE DE 29 NO BRASIL

    Malgrado as tentativas de estabilizar a economia nacional, a quebra da bolsa de Nova Iorque, em 24 de outubro, e a consequente crise econômica mundial de 1929 também atingiram a economia brasileira, sobretudo, a transação do principal produto de exportação do país, o café. O setor cafeeiro compreendia 70% dos produtos exportados pelo Brasil, e a queda do preço desse artigo afetou, consideravelmente, a economia nacional. Como de costume, os cafeicultores exigiram do presidente que reduzisse o valor da moeda (na época o mil-réis) para controlar a crise do setor. Essa proposta não foi aceita pelo presidente, assim se rompia o Convenio de Taubaté que amparava, durante mais de duas décadas, o ramo cafeeiro.

  • gabarito: certo, firme na luta você é um vencedor!

ID
2790562
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Getúlio Vargas assumiu a presidência do Brasil na chamada Revolução de 1930. Seu governo foi marcado por fortes transformações econômicas e sociais, bem como por acontecimentos políticos importantes no Brasil e no mundo. A respeito da Era Vargas, julgue (C ou E) o próximo item.


Com a decretação do Estado Novo, em 1937, Getúlio Vargas tomou medidas como a suspensão do pagamento da dívida externa, a diminuição da liberdade de imprensa e a extinção dos partidos políticos. 

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Em 10 de novembro de 1937, através de um golpe de estado, Vargas instituiu o Estado Novo em um pronunciamento em rede de rádio, no qual lançou um Manifesto à nação, no qual dizia que o regime tinha como objetivo "reajustar o organismo político às necessidades econômicas do país".  Após a Constituição de 1937, Vargas consolidou seu poder. O governo implementava a censura à imprensa e a propaganda era coordenada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Os partidos políticos foram extintos em 2 de dezembro de 1937, pelo Decreto-lei nº 37, o qual criticava o sistema político então vigente no Brasil e pregava o "contato direto com as massas". Também em 1937, Getúlio Vargas suspendeu o pagamento dos serviços de todos os empréstimos por três anos.

     

    (Wikipédia).

  • Vale lembrar que é nessa fase que ele é tido como mais voltado aos pobres.

  • Diminuição da liberdade de imprensa: DIP.



  • Estado Novo ('DITADURA')

    Estado Novo foi um regime ditatorial arregimentado por GV, instituído em 10 de novembro de 1937. Desde 3 de novembro de 1930, Vargas governava o país. O primeiro período foi o Governo Provisório (1930-1934) que perdurou até a reconstitucionalização do país. Com a decretação da Constituição de 1034 iniciou-se o Governo Constitucional.. A previsão das eleições presidenciais era para o ano de 1938, e em 1937 iniciaram as campanhas dos candidatos ao cargo. Candidataram-se às eleições o integralista Plínio Salgado, o governador de São Paulo Armando Vieira Sales, e o candidato situacionista José Américo Almeida. Getúlio Vargas não havia se candidatado, pois pretendia dar continuidade ao governo por meio de um golpe de Estado.

    Assim, Getúlio Vargas não apoiou a candidatura de José Américo de Almeida, indicado para sucessão dele, provocando o esvaziamento da campanha eleitoral. Nos Estados de Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul estimulou dissídios regionais para dificultar o pleito eleitoral e prolongar o governo. E desde o início do Governo Constitucional eram promovidas medidas de fortalecimento e centralização do exército nacional, imprescindíveis para o futuro golpe de instauração do Estado Novo.

    PLANO COHEN

    O estímulo do governo ao anticomunismo cresceu desde as Revoltas Comunistas de 1935 e o subterfúgio utilizado para o Golpe de 1937 teve justamente esse mote. Um documento falso chamado Plano Cohen, criado pelo integralista Olympio Mourão Filho, dizia que os comunistas pretendiam promover insurreições no Brasil para tomar o poder. Esse documento foi largamente veiculado na mídia de massas, inclusive no programa radiofônico A Hora do Brasil.

    O Plano Cohen ensejava a decretação do estado de guerra realizado em 2 de outubro de 1937, com a justificativa de que o país sofria a “ameaça comunista”. Evidentemente, essa alegação era falsa, as principais lideranças comunistas ainda estavam presas, e dentre essas Olga Benário e Elisa Berger haviam sido entregues à Gestapo, polícia do regime nazista alemão, em 1936. Em 1937, apenas tinham sido libertados presos políticos sem processo, a maioria deles não possuía ligação com o Partido Comunista ou com o Levante de 1935.

    Fonte:<https://www.infoescola.com/brasil-republicano/estado-novo/>

  • O bixo era brabo. Chegou nos Eua e disse que só iria pagar quando quisesse kkkk

  • “Para enfrentar a crise do balanço de pagamentos, Getúlio suspendeu logo após o golpe o serviço da dívida externa, decretou o monopólio da venda de divisas e impôs um tributo sobre todas as operações cambiais”. História do Brasil, p. 318 (Boris Fausto)
  • tipo assim ,vai cobra a divida do outro presidente nao de mim.

  • "Em novembro de 1937, como conseqüên­cia do golpe que implantou o Estado Novo, decidiu-se suspender unilateralmente o paga­mento do serviço da dívida, apresentando-se como justificativa a impossibilidade de conciliar estes pagamentos com a manuten­ção das importações essenciais ao desenvolvi­mento econômico do país e o reequipamento das forças armadas. Os pagamentos do ser­viço só foram retomados, sob pressão no­te-americana, com a negociação de novo acordo temporário em 1940 que previa, por quatro anos, pagamentos a uma escala equi­valente a 50% da escala de pagamentos do esquema Osvaldo Aranha. Já então os ne­gociadores norte-americanos exerceram seu poder de barganha para corrigir algumas das "distorções" de acordos anteriores que eram consideradas particularmente lesivas aos seus interesses." Fonte: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/divida-externa-2

  • Certo.

    Enquanto ANL, Aliança Nacional Liberal, queria justamente o pagamento dessa dívida, esse movimento era de esquerda.

  • ANL Não era a favor do pagamento de dividas externas, amigo

  • kkkkk acho que Lula se inspirou mt no GV
  • no (estado novo) ditatorial, Vargas "botou pra torar" gabarito correto
  • PMAL 2021

  • Engraçado é que a historia de Vargas e Lula são bem parecidas, os dois considerados "pai dos pobres" e aclamado pelo povo até chegar ao poder. Depois fuderam com tudo!!! Só falta Lula retornar igual a vargas e botar p/ torar . rsrsrs. Obs: Tentando encontrar um presidente que preste para 2022 mas com total certeza que em nenhum daqueles "vagabas" do CN eu não voto.

  • VIVA VARGAS!!

  • O bicho era BRABO mesmo...

  • Certo!

    Estado Novo – 1937 / 1945: características

    + centralização de poder; + intervenção; extinção partidária; autoritarismo; grande apoio popular; consolidação das leis trabalhistas.

    Plano Conhen: objetivou aterrorizar a população e dar início ao Estado Novo

  • dívida externa era impagável, e Vargas decretou sua moratória.


ID
2790565
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Getúlio Vargas assumiu a presidência do Brasil na chamada Revolução de 1930. Seu governo foi marcado por fortes transformações econômicas e sociais, bem como por acontecimentos políticos importantes no Brasil e no mundo. A respeito da Era Vargas, julgue (C ou E) o próximo item.


O movimento de transformação política no Brasil iniciado em 1930 se consolidou definitivamente com a Lei Agamenon, em 1945, que regulamentava a criação das agremiações partidárias.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    O Decreto-Lei nº 7.586, de 28 de maio de 1945, também conhecido como a Lei Agamenon Magalhães, que sem estabelecer expressamente a Justiça Eleitoral, criou, como órgãos dos serviços eleitorais, aqueles mesmos de 1932 – um Tribunal Superior, com sede na capital da República; um Tribunal Regional, na capital de cada estado e no Distrito Federal; juízes eleitorais nas capitais, comarcas, termos e distritos. Assim está estabelecido:

     

    "Art. 109. Tôda associação de, pelo menos, dez mil eleitores, de cinco ou mais circunscrições eleitorais, que tiver adquirido personalidade jurídica nos têrmos do Código Civil, será considerada partido político nacional.

    Art. 110. Os partidos políticos serão registrados no Tribunal Superior e os seus diretórios - órgãos executivos estaduais - nos Tribunais Regionais.

     § 1º Só podem ser admitidos a registro os partidos políticos de âmbito nacional.

     § 2º O pedido de registro será acompanhado de cópia dos estatutos e prova de que foram inscritos no registro civil das pessoas jurídicas, e dêle constará a sua denominação, o programa que se propõe realizar, os seus órgãos representativos, o enderêço da sede principal e seus delegados perante os tribunais."

     

     

    Obs.: (CACD/2014. Questão semelhante: Q391792: A Lei Agamenon Magalhães, de 1945, estabeleceu como condição obrigatória para o registro de qualquer agremiação partidária o seu caráter nacional, normativa que rompeu, de forma definitiva, com a tradição republicana brasileira de estruturar partidos políticos regionais.)

  • LEI AGAMENON

    É como ficou conhecido o Decreto-Lei nº 7.586, de 28 de maio de 1945, que sem estabelecer expressamente a Justiça Eleitoral, criou, como órgãos dos serviços eleitorais, aqueles mesmos de 1932 – um Tribunal Superior, com sede na capital da República; um Tribunal Regional, na capital de cada estado e no Distrito Federal; juízes eleitorais nas capitais, comarcas, termos e distritos. A exemplo do Código de 32, a qualificação se dava por iniciativa do cidadão ou ex officio.

    Quanto à candidatura, esse código inovou, determinando o monopólio dos partidos políticos na indicação dos candidatos mas permitiu a candidatura múltipla, podendo o candidato concorrer simultaneamente para presidente, senador ou deputado federal num mesmo ou mais estados. Getúlio Vargas, por exemplo, nas eleições de 2 de dezembro de 1945, foi eleito senador no Estado do Rio Grande do Sul pelo Partido Social Democrático (PSD) e no Estado de São Paulo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e, ainda, a deputado federal pelos estados da Bahia, Rio de Janeiro, Distrito Federal (antigo estado da Guanabara), São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, sempre pelo mesmo partido, o PTB.

    Fonte: <http://www.tse.jus.br/eleitor/glossario/termos/lei-agamenon>

  • O "definitivamente" me enganou

  • O presidente Getúlio Vargas assina o Decreto-Lei nº 7.586, para regular o alistamento eleitoral e as futuras eleições. É o novo Código Eleitoral do país, que leva o nome do ministro da Justiça, Agamenon Magalhães.

    O ministro Agamenon trabalhara intensamente nos meses anteriores para definir as regras das eleições marcadas para 2 de dezembro e da participação dos partidos que iriam concorrer.

    O decreto definiu que, para obter o registro e assim disputar as eleições, os partidos deveriam ter base nacional, ou seja, obter o apoio de, no mínimo, 10 mil eleitores em cada um de pelo menos cinco estados. Essa medida visava inviabilizar a recriação do quadro partidário anterior ao Estado Novo, sustentado por partidos regionais.

    Os candidatos que ocupassem funções públicas deveriam se afastar delas pelo menos 90 dias antes das eleições — a chamada desincompatibilização —, ou seja, se o próprio Getúlio Vargas resolvesse disputar a Presidência, deveria deixar o palácio do Catete até 3 de setembro de 1945.

    Mais de 35 partidos políticos conseguiram registro provisório, mas, até o final de 1948, apenas 12 permaneceriam oficialmente registrados. Com apoio do governo, foram criadas duas legendas: o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Em oposição a Vargas, surgiu a União Democrática Nacional (UDN).

  • Nunca tinha ouvido falar da Lei "Agamenon"

  • Tanto a explicação do professor quanto a redação da questão parecem-me um tanto confusas. O professor afirma que foi no contexto da "deposição" de Vargas que foi aprovada a Lei Agamenon. Todavia, o referido Decreto-Lei foi decretado por Getúlio Vargas em maio, bem antes de sua renúncia em outubro.

    Fora essa inconsistência, parece-me forçado entender a Lei Agamenon como uma "consolidação" do movimento de 1930. Para mim são processos - e momentos - completamente diferentes. A Revolução de 1930 (um golpe) pôs fim a uma sequência de presidentes eleitos. A Lei Agamenon, que remete à Lei Constitucional 9 de fevereiro de 1945, regula como serão as próximas eleições gerais.

    O professor diz "tirando esse período de 1937 a 1945" como se fosse pouca coisa, mas é a maior parte de todo o período em que GV esteve no poder. Tudo já tinha mudado. Efetivamente tínhamos uma ditadura que, ao meu ver, é uma interrupção - e não uma etapa - do movimento revolucionário de 1930. Pela questão, fica parecendo que tudo foi uma sequência, mas não vejo assim.

  • A Lei Agamenon definiu que os partidos políticos deveriam ser NACIONAIS (mínimo de 10 mil eleitores; pelo menos 5 estados). Isso significou o fim definitivo da lógica dos partidos estaduais, que pautou a política da Primeira República, cuja governabilidade federal era definida nas bases regionais (estaduais) e locais (coroneis); não é à toa que foi o Pacto dos Estados ou dos Governadores que permitiu a estabilização da república, a partir de Campos Salles. Além disso, ao recriar os órgãos eleitorais instituídos pela Rev. de 1930 (Justiça Eleitoral, em especial), a Lei Agamenon rompia a outra base da sustentação da República Oligárquica, que era a "abiogênese do processo eleitoral", na expressão de Renato Lessa, via degola.

  • CERTA:

    O presidente Getúlio Vargas assina o Decreto-Lei nº 7.586, para regular o alistamento eleitoral e as futuras eleições. É o novo Código Eleitoral do país, que leva o nome do ministro da Justiça, Agamenon Magalhães.

    O ministro Agamenon trabalhara intensamente nos meses anteriores para definir as regras das eleições marcadas para 2 de dezembro e da participação dos partidos que iriam concorrer.

    O decreto definiu que, para obter o registro e assim disputar as eleições, os partidos deveriam ter base nacional, ou seja, obter o apoio de, no mínimo, 10 mil eleitores em cada um de pelo menos cinco estados. Essa medida visava inviabilizar a recriação do quadro partidário anterior ao Estado Novo, sustentado por partidos regionais.

    Os candidatos que ocupassem funções públicas deveriam se afastar delas pelo menos 90 dias antes das eleições — a chamada desincompatibilização —, ou seja, se o próprio Getúlio Vargas resolvesse disputar a Presidência, deveria deixar o palácio do Catete até 3 de setembro de 1945.

    Mais de 35 partidos políticos conseguiram registro provisório, mas, até o final de 1948, apenas 12 permaneceriam oficialmente registrados. Com apoio do governo, foram criadas duas legendas: o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Em oposição a Vargas, surgiu a União Democrática Nacional (UDN).

  • Gab: C

    Em 28 de fevereiro de 1945, foi sancionada a permissão para a fundação de partidos políticos, o fim da censura, a libertação dos presos políticos e a convocação de eleições gerais para o final de 1945. Entre os partidos políticos recém-fundados:

    I- Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), criado para que Vargas pudesse controlar os sindicatos.

    II- Partido Social Democrata (PSD), composto por políticos que sempre estiveram ligados a Vargas durante o Estado Novo.

    III- A oposição se organizou na União Democrática Nacional (UDN), a qual defendia um governo liberal, estando ligada às forças políticas tradicionalmente contrárias a Vargas, como multinacionais, latifundiários e determinados setores das Forças Armadas, além de setores da classe média urbana.

    IV- O Partido Comunista Brasileiro conquistou sua legalidade e tinha em Luís Carlos Prestes seu principal comandante.

  • correto! lei Agamenon regulava a criação de partidos políticos. inclusive a UDN (inimiga de vargas) foi criada após essa lei
  • Mais conhecido como Lei Agamenon, o Decreto-Lei nº 7.586, de 28 de maio de 1945, recriou a Justiça Eleitoral no Brasil no fim da vigência do Estado Novo da Era de Getúlio Vargas, regulando em todo o país o alistamento eleitoral e as eleições. 

  • ANTEDEGUEMON!

  • "Se consolidou definitivamente"? Cada uma que até parece duas!!! 

  • Sim, trata-se do movimento de transformação da Revolução de 30, que levou Vargas ao poder, cujo objetivo era o fim do coronelismo da República Velha.

  • A Lei Agamenon Magalhães faz parte dos esforços de Vargas em promover uma abertura democrática sob seu comando. Em maio de 1945 foi promulgada e restabelecendo a Justiça Eleitoral; permitindo a criação de partidos políticos (desde que de caráter nacional), instituindo voto secreto, obrigatório e universal e convocando eleições.

    Não entendi e o que o cespe quis dizer com consolidou o processo de transformação política iniciado em 1930. Entendo que houve em 1945 uma ruptura, tanto que a historiografia divide o período entre 19456 e 1964 como uma nova república, a República Liberal.

    Corrijam-me, se há equívocos.

  • Referências úteis:

    https://www.tse.jus.br/eleitor/glossario/termos/lei-agamenon

    http://memorialdademocracia.com.br/card/lei-agamenon-diz-como-pais-que-estava-sob-uma-ditadura-se-organiza-para-ir-as-urnas


ID
2790568
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Getúlio Vargas assumiu a presidência do Brasil na chamada Revolução de 1930. Seu governo foi marcado por fortes transformações econômicas e sociais, bem como por acontecimentos políticos importantes no Brasil e no mundo. A respeito da Era Vargas, julgue (C ou E) o próximo item.


Em 1950, como candidato eleito pelo Partido Trabalhista Brasileiro, Getúlio Vargas voltou a ocupar o cargo de presidente do Brasil. Seu governo foi marcado por forte apoio dos trabalhadores e suas entidades representativas — sindicatos e federações sindicais. 

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    De fato, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) contava com o apoio dos sindicatos e dos empresários urbanos. Sua ascensão configurou-se pela homogeneidade ideológica em defesa de posições nacionalistas e reformistas, em nítida oposição à UDN. Vargas fundou-o em 1946 e contou, ainda com o respaldo de João Goulart e de Leonel Brizola. (7000 questões comentadas do CESPE).

     

    Em 1951, Getúlio Vargas retornou a presidência da República, dessa vez por meio do voto popular. Vargas se candidatou pelo PTB e recebeu apoio do Partido Social Progressista (PSP), vencendo o pleito de 1950 com 48,7% dos votos. Entretanto, quando assumiu a presidência da República, Vargas se deparou com um operariado que rapidamente se reorganizava e buscava definir seus interesses e agir autonomamente. No transcurso de seu governo, inúmeras greves de trabalhadores e movimentos sociais tendo como motivação básica exigências de aumento salariais e denúncias do alto custo de vida ocorreram por todo o país. (educacao.uol.com.br).

  • Realmente Varguinhas assim que chegou ao poder, tomou ações que aproximaram seu papel político das classes trabalhadoras do país:
    a conquista da jornada de trabalho de oito horas diárias, as férias remuneradas, o descanso semanal obrigatório, a licença para gestantes e a proibição do trabalho para menores de 14 anos. 

     

    Entretanto, não podemos aqui encerrar a relação entre Vargas e os trabalhadores como uma parceria

     

    O oferecimento de todos esses direitos foi seguido de uma contrapartida se chocou com interesses entre os trabalhadores e os donos de indústria.

     

    Ao longo do tempo, o próprio regime varguista perseguiu e prendeu todos os líderes trabalhistas que estavam ligados a qualquer atividade política de esquerda. 

     

    Vários líderes sindicais se transformavam em “pelegos” que elogiavam forçosamente os ditames estabelecidos por Vargas. Em contrapartida, vários trabalhadores se desmobilizaram da defesa de seus interesses para observarem no presidente a figura de um “herói” ou “provedor” suficientemente apto para atender as suas demandas.

     

    Logo, a assertiva se torna ERRADA pelo fato dizer que seu governo ser marcado por forte apoio dos trabalhadores e suas entidades representativas

  • Apesar da forte estratégia populista, A economia ia mal. E o seu pretígio foi gradativamente caindo. Logo não teve nenhum grande apoio popular.

  • Pessoal, cuidado com o comentário do Paranoid Android. Fui verificar a "troca de gabarito no site do CESPE e o gabarito dessa questão, 47, item 4, NÃO mudou.

  • O retorno de Vargas em 1951 ficou marcado pelo Governo Democrático.

  • Para acertar essa questão, não nos esqueçamos de duas coisas:

    1) Vargas reassumiu o cargo, agora de Presidente eleito, no dia 31 de janeiroFUN FACT: o mesmo dia em que todos os Presidentes da República Liberal (Dutra: 31/1/1946; Getúlio: 31/1/1951; Juscelino: 31/1/1956; e Jânio: 31/1/1961), à exceção dos dois vices Café Filho e Jango e interinos, assumiram seus governos; o que, para um período tão turbulento quanto este, não deixa de ser digno de nota (mentira, eu não acho, mas é o tipo de coisa que o TPS cobra) — de 1951, e não 1950, ano de sua eleição; e

    2) Getúlio se viu levado a chamar um jovem e carismático quadro entre os trabalhistas — um João Belchior Goulart — para seu Ministro do Trabalho, devido justamente às tensões que se iam avolumando entre o outrora "Pai dos Pobres" e "Trabalhador do Brasil n° 001" (para desconcerto dos que acham que lugar de pobre na historiografia é só um, e o de otário — fundamento de uma entre as críticas à propriedade do conceito de "Populismo") e a classe trabalhadora que escapava ao seu controle. Em 1954, quando o torniquete apertou, Getúlio se viu forçado a demitir Jango, para agradar às elites, mas elevou o salário mínimo aos 100% que propusera o ex-ministro, para agradar às massas — que choraram, e rasgaram os rostos às próprias unhas, e por todo o país queimaram viaturas e redações de jornais com o seu suicídio, mas que não eram gado. O que é mais do que se pode dizer de muita classe média-alta assalariada em 2020. Havia, claramente, uma relação de troca, e isso se pode dizer, talvez em menor medida, mesmo do 1° Governo Vargas e do fervor dos dias de Queremismo.

    Essas (a coisa 1 e a coisa 2), correspondem, respectivamente, aos dois erros na alternativa na primeira e segunda frases. Em defesa do TPS (mesmo de um fraquinho, como foi esse), é muito frequente, e isso deve ser uma orientação do CESPE que o Iades tendeu e (eu espero) tende a imitar, que as alternativas erradas contenham, pelo menos, dois erros: geralmente, um não muito grosseiro e um outro definitivo, o que em tese facilita a vida do aluno, que só precisa enxergar um. Para quem tem mais tempo de casa, isso geralmente ocorre com um início de leitura meio cabreiro (de uma redação do item, eu presumo, propositadamente dúbia, ou imprecisa) e um ARRÁ de júbilo à leitura da segunda frase — onde costuma estar este erro mais, entre aspas, factual — ao se confirmar o ceticismo (ou cabreirice) de início. Isso é só uma impressão, confirmada por amigos inteligentes, e bons em TPS, mas pessoal. Então, por favor, como a toda dica de estudo para o CACD, tomem-na com cuidado. Mas espero que ajude.

    E um abraço meu ao exímio Luigi Bonafé — se ele vier a ler —, que me ensinou coisas bacanas como questionar "populismo".

  • cacdista que fala bonitinho pra demonstrar que é cacdista <3

  • Não entendi por que o colega ali chamou a República Populista de "República Liberal". Esse nome é oficialmente adotado? E se for, de onde saiu? Getúlio era exatamente o contrário, nacionalista. Até hoje eu só vi as denominações de "República Populista" e "Quarta República".

  • no seu segundo mandato, vargas sofre grandes oposições de trabalhadores devido a crise economica que o pais estava enfrentando na epoca. por ser conhecido como pai dos pobres, pai dos trabalhadores, Sua popularidade nao era mais a mesma.

    outrossim, o jornalista e politico Carlos Lacerda foi um dos principais a causar esse transtorno que Vargas vivia nesse ultimo mandato de sua vida.

  • Acredito que a questão fale sobre o primeiro mandato, e não o segundo, que foi marcado pela crise que o Brasil vivia.

    GAB: E

  • E só lembrar que anteriormente o Varguinhas impedia a greve e controlava os sindicatos... tá aí sua resposta.

  • GABARITO ERRADO

    em 1950 vargas não é mais considerado o pai dos pobres, e sim um ditador.

  • VARGAS CONTROLAVA OS SINDICATOS E IMPEDIA GREVES.

  • Com a eleição de Getúlio Vargas, alguns descontentamentos surgiram; ele tava sem apoio dos trabalhadores, tanto que ele adotou algumas medidas, como: direito à sindicalização, pagamento de hora extra, salário mínimo (100% de aumento). Além disso, ele controlava os sindicatos. :))

  • Errado. Vagas retornou por meio do voto popular.

    Até hoje foi o único presidente eleito por voto direto e indireto.

  • tá passada?!

  • Além das oposições das empresas estrangeiras e grupos petrolíferos contrários à Petrobras, Vargas contou ainda com a oposição de muitos oficiais das Forças Armadas, preocupados com a mobilização popular e com as medidas nacionalista no Brasil. A UDN também foi um dos centros de oposição a Vargas.

    Item errado!

  • Em 1950, como candidato eleito pelo Partido Trabalhista Brasileiro, Getúlio Vargas voltou a ocupar o cargo de presidente do Brasil. Seu governo foi marcado por forte apoio dos trabalhadores e suas entidades representativas — sindicatos e federações sindicais.

    VARIOS ERROS NA QUESTÃO !

  • Em 1950, como candidato eleito pelo Partido Trabalhista Brasileiro, Getúlio Vargas voltou a ocupar o cargo de presidente do Brasil. Seu governo foi marcado por forte apoio dos trabalhadores e suas entidades representativas — sindicatos e federações sindicais.

    ERRADA

    • Esse governo teve como grandes marcas a permanente crise política e a tensão social causada pela crise política e econômica do país. Em razão da grande pressão exercida sobre Getúlio Vargas, ele cometeu suicídio em agosto de 1954.
  • ***(De 1930 a 1945, Vargas só foi eleito indiretamente. Em 1950, ele foi eleito diretamente.)

    1930 - 1934: Governo Provisório - manutenção da polítca externa e centralidade com os EUA.

    1934 - 1937: Governo Constitucional - Equidistância Pragmática (não se trata de pendular, haja vista a simultaneidade da aproximação com EUA e Alemanha) 

    1937; 1939- 1945: Estado Novo - Retorna ao alinhamento com os EUA contra os países do eixo na Segunda Guerra Mundial.

  • Getúlio foi eleito pelo PTB, mas seu governo esteve marcado por greves importantes, como apresentado em:

    "Mas o segundo governo Vargas, transcorrido sob regime democrático, frustrou em boa parte tais expectativas. Foi um período de alta do custo de vida, embora igualmente de liberalização do movimento sindical. Por isso, houve greves, ao contrário dos anos 1930-1940, quando elas chegaram a ser proibidas. A mais importante foi chamada "greve dos 300 mil", e ocorreu em São Paulo. Portanto, a partir do segundo governo Vargas, os trabalhadores se rearticularam, reivindicando aumento de salário e lutando pela expansão dos direitos trabalhistas, aos quais Vargas estava politicamente vinculado".

    Fonte: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas2/artigos/EleVoltou/CidadaniaAnos1950


ID
2790571
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Diversamente de 1930, 1945 e 1955, em 1964 as Forças Armadas não entregaram o poder a um civil. A partir do golpe até 1985, a história republicana assistiria, pela primeira vez, a um longo desfile de presidentes militares, cuja eleição dava-se dentro do círculo do poder militar. Em suma, a sociedade civil não participava do processo.

Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: SENAC, 2008, p. 806 (com adaptações)

Tendo o fragmento de texto apresentado como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, acerca de fatos marcantes da segunda metade do século XX no Brasil.


A União Democrática Nacional (UDN) defendia que o desenvolvimento da indústria brasileira deveria ser capitaneado exclusivamente pela iniciativa privada. Esse partido, em crescente atrito com o governo federal, foi cooptado com a oferta de diversas pastas ministeriais, razão por que passou a apoiar Getúlio Vargas e se recusou a subscrever a proposta de seu impeachment.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    O lema da União Democrática Nacional (UDN) era uma frase apócrifa de Thomas Jefferson "O preço da liberdade é a eterna vigilância" e seu símbolo era uma tocha acesa. O "udenismo" caracterizou-se pela defesa do liberalismo clássico e da moralidade, e pela forte oposição ao populismo. Além disso, algumas de suas bandeiras eram a abertura econômica para o capital estrangeiro e a valorização da educação pública. (Wikipédia).

     

    Na verdade, a UDN tinha por base de apoio as classes médias urbanas, os profissionais liberais e os setores empresariais; era, portanto, favorável a associação com capitais estrangeiros. A exceção a essa lógica comportamental constituiu a campanha "o petróleo é nosso", quando a UDN associou-se ao nacional-desenvolvimentismo para garantir o monopólio da Petrobras. A UDN conglomerava lideranças como as de Carlos Lacerda, de Afonso Arinos e de Raul Fernandes. (7000 questões comentadas do CESPE).

     

  •  A palavra 'EXCLUSIVAMENTE' na maioria das questões estão erradas.

  • União Democrática Nacional (UDN) foi um movimento que teve seu início na época do  (1937 – 1945), tendo contribuído de forma efetiva para o fim desse regime. A UDN também teve atuação destacada no , ao fazer uma contundente oposição. Além do antigetulismo, foram características marcantes da UDN a defesa do  e intervencionismo.

    Embora a frente política que formava a UDN fosse diversificada, era restrita basicamente à elite.

  • 1945 - União Democrática Nacional (UDN)- Foi um partido político brasileiro fundado em 7 de abril de 1945, era opositor às políticas e à figura de Getúlio Vargas e de orientação conservadora. Seu lema era uma frase apócrifa de Thomas Jefferson "O preço da liberdade é a eterna vigilância" e seu símbolo era uma tocha acesa. O udenismo caracterizou-se pela defesa do liberalismo clássico e da moralidade, e pela forte oposição ao populismo. Além disso, algumas de suas bandeiras eram a abertura econômica para o capital estrangeiro e a valorização da educação pública. O partido detinha forte apoio das classes médias urbanas e de alguns setores da elite. Como todos os demais partidos, a UDN foi extinta pelo governo militar que assumiu o poder em 1964, através do Ato Institucional II.

  • UDN- Partido do qual fazia parte a Família Marinho donos das organizações Globo, já naquela época.

    Só para se ter uma edeia das elites neste partido de oposição aos Getulistas.

  • A UDN tinha grande influência política e conseguiu participar do governo Dutra ocupando alguns ministérios. Interessava à UDN colaborar com o governo para tentar reduzir a importância do prestígio de Getúlio Vargas junto à população. 

  • apoiar kkkkkkkkkkkkkkkkk não mesmo

  • ou se apoia a iniciativa privada, ou se apoia GV os dois não casam
  • UDN CRIADA EM 1945 após a lei Agamenon foi inimiga de Vargas até sua morte em 1954. era tipo tom e jerry .kkkk
  • Democracia apoiando Vargas , errado

  • Eles pregaram o queremismo (queremos Vargas no poder) , isso era resultado do medo de que os militares tomassem o poder e implantassem a ditadura militar já em 1945. Tal fato é tanto verdade que em 1954, momento que Getúlio se matou, só eram eleitos os Governos que Vagas já tinham demonstrado afeto e , em consequência, distanciado os militares do poder.

    A questão está errada por causa da razão: a oferta de diversas pastas ministeriais, visto que a razão foi o medo de os militares tomarem o poder.

  • A UDN queria era que Vargas se lascasse. kkkkk

  • A União Democrática Nacional (UDN) defendia que o desenvolvimento da indústria brasileira deveria ser capitaneado exclusivamente pela iniciativa privada. Esse partido, em crescente atrito com o governo federal, foi cooptado com a oferta de diversas pastas ministeriais, razão por que passou a apoiar Getúlio Vargas e se recusou a subscrever a proposta de seu impeachment.

    UDN inimigo de vargas

  • UDN é o Jornal Nacional e Getúlio Vargas é Bolsonaro.

    Liga isso e ver se bate na questão, hahahaha.

  • A União Democrática Nacional (UDN), foi um partido político anti-getulista, privatista e liberal. Atuante entre 1945 e 1964. Tinha como sua base de apoio as antigas elites agrárias da república velha, além das classes médias urbanas. Durante o segundo governo de Vargas, entre 1951 e 1954, formou, no congresso, uma oposição bem articulada conhecida como A Banda de Musica, liderada pelo "marstro" Carlos Lacerda, Jornalista, deputado e opositor ferrenho de Vargas. A UDN disputou as eleições para presidente com os candidatos Eduardo Gomes (1945 e 1950), Joarez Távora (1955), tendo perdido nessas ocasiões. Em 1960 apoiou o candidato do PTN, Jânio Quadros, porém, dada logo no inicio do curto governo de Jânio, passou a oposição.

  • 1- A UDN era antigetulista http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/uniao-democratica-nacional-udn

    2 - Foi um udenista que propôs o impeachment de Getúlio: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/04/160414_autor_impeachment_getulio_vargas_perfil_lgb

    ERRADA


ID
2790574
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Diversamente de 1930, 1945 e 1955, em 1964 as Forças Armadas não entregaram o poder a um civil. A partir do golpe até 1985, a história republicana assistiria, pela primeira vez, a um longo desfile de presidentes militares, cuja eleição dava-se dentro do círculo do poder militar. Em suma, a sociedade civil não participava do processo.

Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: SENAC, 2008, p. 806 (com adaptações)

Tendo o fragmento de texto apresentado como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, acerca de fatos marcantes da segunda metade do século XX no Brasil.



Jânio Quadros implantou uma política econômica de austeridade, mas seu governo foi marcado por medidas polêmicas, como a edição de um decreto que proibia o uso de trajes de banho em concursos de beleza e desfiles.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    O breve governo Jânio Quadros foi – como também seria o de Fernando Collor, três décadas depois – marcado pelas excentricidades do mandatário. Dava frequentes entrevistas falando mal de políticos. Tinha mania de bilhetes, e queria deixar cada ato documentado. Agiu na Presidência da República como se fosse um vereador ou prefeito de cidade pequena. Proibiu a briga de galo. Proibiu que se exibissem “maiôs de duas peças” em concursos de misses televisionados em defesa da família brasileira e outras medidas moralistas e conservadoras (Proibiu o uso do lança-perfume, limitou as corridas de cavalo aos finais de semana, por exemplo.)

     

    No plano econômico buscou implementar um programa de combate à inflação e redução do déficit público herdado do governo JK. Reduziu a concessão de créditos, iniciou uma reforma cambial e congelou o valor do salário mínimo. Era o tipo de medida que agradava a UDN que o apoiara. Medidas ortodoxas que evidenciavam a “responsabilidade” do governo, contrastando com a “irresponsabilidade” do governo JK.

     

    (Prof. João Daniel Lima de Almeida, Manual do Candidato de História do Brasil, Ed. FUNAG, 2013).

  • Jânio iniciou seu governo ocupando-se de assuntos desproporcionais à importância do cargo que
    ocupava, como a proibição do lança-perfume, do biquíni e das brigas de galos. No plano das medidas
    mais sérias, combinou medidas simpáticas à esquerda com medidas simpáticas aos conservadores.
    Acabou desagradando todo mundo. Sua política externa provocou grande repulsa dos conservadores,
    pois foi realizada aproximação com o governo cubano (condecoração de Che Guevara), na tentativa
    de constituir uma política externa independente (via alternativa).

     

    Gab. C

  • Correto. Austeridade é um conjunto de políticas político-econômicas que visam reduzir os déficits orçamentários do governo por meio de cortes de gastos, aumento de impostos ou uma combinação de ambos

  • Austeridade é um conjunto de políticas político-econômicas que visam reduzir os déficits orçamentários do governo por meio de cortes de gastos, aumento de impostos ou uma combinação de ambos.

  • Totalmente verdade

  • SEM TEXTÃO: FOI ISSO MESMO. A POPULAÇÃO, À ÉPOCA DOS FATOS, FICOU PUTASSA COM ELE!

    "PO, PRESIDA, TANTA COISA PRA SE PREOCUPAR E TU VEM SE PREOCUPAR COM TRAJE DE BANHO?"

    "ORA, CIDADÃO, QUEREMOS RECUPERAR A MORAL DO BRASIL."

  • O cara era extremamente conservador.

  • Era um governo conservador
  • Jânio Quadros enfartaria em 2021

  • Sobre o aspecto econômico da assertiva, André Villela destaca que: "Defrontado com os problemas macroeconômicos herdados do governo JK, Jânio (...) tratou de lançar um pacote de medidas de cunho ortodoxo, que incluíam uma forte desvalorização cambial e a unificação do mercado de câmbio (...), A CONTENÇÃO DO GASTO PÚBLICO, uma política monetária contracionista e a redução dos subsídios ainda concedidos à exportação do petróleo e do trigo.

    As medidas foram bem recebidas pelos credores do Brasil e do FMI (...)" - página 40 de : Villela, André, Cap. 2 do Livro Economia Brasileira Contemporânea, autores Giambiagi et al. (2011)


ID
2790577
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Diversamente de 1930, 1945 e 1955, em 1964 as Forças Armadas não entregaram o poder a um civil. A partir do golpe até 1985, a história republicana assistiria, pela primeira vez, a um longo desfile de presidentes militares, cuja eleição dava-se dentro do círculo do poder militar. Em suma, a sociedade civil não participava do processo.

Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: SENAC, 2008, p. 806 (com adaptações)

Tendo o fragmento de texto apresentado como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, acerca de fatos marcantes da segunda metade do século XX no Brasil.


O governo do general Ernesto Geisel foi marcado tanto pela gradual liberalização do regime militar, procurando coibir a prática da tortura, quanto pela continuidade de leis e medidas duras como o AI-5, a Lei Falcão e o denominado Pacote de Abril.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Penúltimo presidente da República do Regime Militar de 1964, Ernesto Geisel assumiu sob a promessa de uma abertura política "lenta, gradual e segura" de modo a atender as reivindicações da Sociedade Civil Organizada sem, contudo, interromper a continuidade do regime. Em seu governo diminuíram as denúncias a respeito da morte, tortura e desaparecimento de presos políticos e também houve enfrentamento com a Linha Dura, grupo contrário às diretrizes do governo.

     

    O Ato Institucional Número Cinco (AI-5) foi utilizado para decretar intervenção federal em Rio Branco em 1975 mediante a recusa dos vereadores do MDB em ratificar o indicado a prefeito e também para cassar o mandato de alguns parlamentares. O AI-5, no entanto, foi progressivamente substituído por "salvaguardas constitucionais".

     

    Na campanha visando as eleições de 1974 os candidatos do MDB fizeram bom uso dos meios de comunicação e impuseram uma derrota avassaladora ao governo ao ficarem com dezesseis das vinte e duas vagas em disputa para o Senado Federal além de ver aumentada a sua bancada na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas. Temendo que tal quadro se repetisse em 1978 o governo sancionou a Lei Falcão que permitia apenas a leitura do currículo dos candidatos quando do horário eleitoral no rádio e na televisão.

     

    Outra medida tomada para impedir um novo revés à ARENA aconteceu na outorga do Pacote de Abril em 8 de abril de 1977 cujo receituário incluia o aumento do mandato presidencial de cinco para seis anos, a criação do senador biônico, a manutenção das eleições indiretas para governador e o aumento da bancada de deputados federais nos estados onde o governo era maioria. Tais medidas geraram críticas da oposição mas garantiram a eleição do general João Figueiredo como sucessor de Ernesto Geisel em 15 de outubro de 1978.

     

    (Wikipedia).

     

  • A afirmação "continuidade de leis e medidas duras como o A.I. 5..." não poderia estar equivocada? Já que Geisel foi o responsável por promulgar a Emenda Constitucional de 78, que revogava não só o A.I. 5, mas também todos os A.I.s contrários à Constituição?

  • Imagino que com as recentes descobertas sobre a atuação direta de Geisel na repressão, essa resposta possa ser reapresentada no ano que vem com resposta diferente.
  • "Ato Institucional nº 5, AI-5, baixado em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Costa e Silva, foi a expressão mais acabada da ditadura militar brasileira (1964-1985). Vigorou até dezembro de 1978 e produziu um elenco de ações arbitrárias de efeitos duradouros. Definiu o momento mais duro do regime, dando poder de exceção aos governantes para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime ou como tal considerados.

    (...)

    foi baixado o AI-5, que autorizava o presidente da República, em caráter excepcional e, portanto, sem apreciação judicial, a: decretar o recesso do Congresso Nacional; intervir nos estados e municípios; cassar mandatos parlamentares; suspender, por dez anos, os direitos políticos de qualquer cidadão; decretar o confisco de bens considerados ilícitos; e suspender a garantia do habeas-corpus. No preâmbulo do ato, dizia-se ser essa uma necessidade para atingir os objetivos da revolução, "com vistas a encontrar os meios indispensáveis para a obra de reconstrução econômica, financeira e moral do país". No mesmo dia foi decretado o recesso do Congresso Nacional por tempo indeterminado - só em outubro de 1969 o Congresso seria reaberto, para referendar a escolha do general Emílio Garrastazu Médici para a Presidência da República."

  • Acertei a questão mas suspeito que seu gabarito está errado. Desatualizado desde antes da realização da prova pois, em 2018, um documento da CIA que veio ao conhecimento público reavivou o debate sobre o papel ambíguo de Geisel na abertura democrática.

  • Concordo com Carollina Sarges, visto que o Geisel foi o responsável pela revogação do AI-5, embora tenha sido no final do seu mandado a questão não deixou margens para essa interpretação, sendo assim podemos afirmar que Geisel não deu continuidade ao AI-5.

  • Ano passado, escrevi um recurso contestando o gabarito com base na revogação do AI-5 e nas novas descobertas relacionadas ao apoio de Geisel à tortura. A banca não aceitou.

  • Por que as bancas gostam de cobrar assuntos polêmicos e ambíguos? com várias teorias, assuntos não concluídos... Isso é pra FERRAR com o candidato mesmo.

  • Não concordo com a resposta dessa pergunta pq ele não deu continuidade al al5
  • O erro, a meu ver, está no fato de que Geisel revogou o AI5 em 1978, portanto, tecnicamente, não se pode dizer que ele deu continuidade ao AI5. É uma questão polêmica, para dizer o mínimo.

  • Ele deu continuidade ao AI-5 durante a maior parte do seu governo, pois o mesmo só foi revogado em 1979, último ano de governo Geisel. Esse é o raciocínio.

  • rapaz parem de ser concurseiros nutela so vejo reclamacao sobre a banca.

  • A política interna de Geisel de "abertura lenta, gradual e segura" foi baseada no pensamento geopolítico de Golbery do Couto e Silva, seu chefe de governo, eminência parda. A ideia era de manter sístoles e diástoles políticas, contendo a oposição (a revogação do AI-5 só entra em vigor no governo Figueiredo, em 1979), e também a "linha-dura", que era contra qualquer abertura. A morte de Herzog, a crise com o Gen. Sylvio Frota e sua demissão são exemplos disso.

  • "O governo do general Ernesto Geisel foi marcado tanto pela gradual liberalização do regime militar, procurando coibir a prática da tortura, quanto pela continuidade de leis e medidas duras como o AI-5, a Lei Falcão e o denominado Pacote de Abril."

    A meu ver, a questão está incorreta. Td bem que ainda vivíamos em um regime militar, mas continuar o AI-5 não era um objetivo de Geisel.

  • No Governo de Geisel ele já estava tentando "diminuir" o caos causado no governo Médici principalmente por conta do AI-5.

  • Questão dúbia. De fato Geisel utilizou o AI - 5, mas também o revogou. Falar em continuidade do AI - 5 deixa assertiva comprometida.

    O examinador poderia ter dado a questão tanto errada como certa, ambos gabaritos seriam justificáveis.

  • Questão muito subjetiva, deveria ser anulada.

  • aff, essas questões são todas muito subjetivas... no meio pro fim da ditadura as medidas começaram a ficar mais brandas... af

  • Mas o Geisel não revogou a AI 5?

  • (C)

    Governo marcado pela "ABERTUDA POLÍTICA LENTA, GRADUAL E SEGURA".

  • Difícil entender a CEBRASPE.

  • Pacote de Abil (1977)

    Tendo como cenário uma derrota eleitoral nas eleições de 78 (que seriam diretas para governador), derrota essa motivada pela crise econômica e a insatisfação gerada pelo excessos autoritarios do regime, Geisel em 1 de abril 1977, por meio do AI-5, fecha o congresso nacional e reforma a Constituição em diversos pontos, entre os quais se destacam:

    • Extensão da Lei Falcão (que permitia ao candidato mostrar apenas foto, curriculo e numero na tv) para as eleições estaduais
    • alteração do critério de numero de deputados por estado, fazendo com que estados menos desenvolvidos aumentassem suas bancadas, favorecendo a ARENA
    • Alteração do quorum para reformas constitucionais de 2/3 para maioria simples (a ARENA ja não possuía maioria absoluta desde as eleições de 76) permitindo.
  • Certo.

    Sobre a dúvida quanto ao AI-5:

    O Governo Geisel vai de 15 de março de 1974 a 15 de março de 1979. O AI-5 é revogado somente em outubro de 1978, com a EC n 11. No entanto, essa emenda só entrou em vigor a partir do 1º de janeiro de 1979.

    Em outubro de 1978, aprovação da EC nº 11:

    Ø Revogação do AI-5, com incorporação à Constituição. A partir dessa data, o Executivo não poderia declarar o Congresso em recesso, cassar mandatos, demitir ou aposentar funcionários a seu critério, privar cidadãos de seus direitos políticos. Habeas corpus restaurado.

    Ø Ao mesmo tempo, a EC nº11 criou ao lado do estado de sítio, as chamadas “salvaguardas”, pelas quais o Poder Executivo poderia decretar estado de emergência e medidas de emergência.

    Ø Essas restrições levaram o MDB a abster-se na votação da emenda.

    Bons estudos!


ID
2790580
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Diversamente de 1930, 1945 e 1955, em 1964 as Forças Armadas não entregaram o poder a um civil. A partir do golpe até 1985, a história republicana assistiria, pela primeira vez, a um longo desfile de presidentes militares, cuja eleição dava-se dentro do círculo do poder militar. Em suma, a sociedade civil não participava do processo.

Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: SENAC, 2008, p. 806 (com adaptações)

Tendo o fragmento de texto apresentado como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, acerca de fatos marcantes da segunda metade do século XX no Brasil.


Mesmo nos anos de relativa democracia, as práticas populistas e as relações autoritárias e violentas foram marcas constantes que retardaram tanto a assunção do conceito de cidadania quanto a prática desta no Brasil. A cidadania substantiva no Estado brasileiro só foi estabelecida a partir de 1985, com a eleição de Tancredo Neves.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    A chapa formada por Tancredo Neves e por José Sarney em 1985 não contou com autêntica consagração popular, visto que foi eleita indiretamente.  Somente com a Constituição de 1988 é que buscou estender os direitos civis, sociais e políticos a todos os cidadãos, incluídas as minorias étnicas, por esse motivo ficou também conhecida como “Constituição Cidadã”. Entretanto, a cidadania substantiva somente foi de fato reestabelecida com as primeiras eleições diretas para Presidente da República, que ocorreram em 1989, quando findava o mandato de José Sarney, que havia sucedido o Presidente Tancredo Neves. Na contenda eleitoral de 1989, enfrentaram-se Fernando Collor de Mello, pelo Partido da Reconstrução Nacional, e Luiz Inácio Lula da Silva, pelo Partido dos Trabalhadores.

    (7000 questões do CESPE - adaptado).

  • Cidania no Brasil, efetivamente, apenas a partir da CF 88

  • O verdadeiro marco da transição entre o período ditatorial e a democracia foi a promulgação da Constituição Federal de 1988, a chamada Constituição Cidadã.

    Foi este documento que restabeleceu a cidadania substantiva no Estado brasileiro, em 1988.

    Gabarito: Errado

  • A cidadania substantiva = Cidadania Formal, foi efetivada em 1988 na CF ;)

  • O verdadeiro marco da transição entre o período ditatorial e a democracia foi a promulgação da Constituição Federal de 1988, a chamada Constituição Cidadã.

    Foi este documento que restabeleceu a cidadania substantiva no Estado brasileiro, em 1988.

    Gabarito: Errado

  • Tancredo Neves chegou ao poder através de eleições INDIRETAS

  • A partir de 88 PM-AL SD ROCHA

  • Tancredo foi eleito indiretamente, ou seja, não por meio do voto da população.

    (ERRADO)

  • se o cara viveu 2 dias como presidente foi muito


ID
2790583
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A consolidação da conquista do território da América Portuguesa foi marcada pelo casuísmo, construído com base nos interesses e forças do reino português e nos desafios e benesses das possessões coloniais. Considerando esse processo, julgue (C ou E) o item seguinte.


Entre 1626 e 1772, a América Portuguesa teve seu território dividido em duas regiões administrativas: as capitanias meridionais formavam o Estado do Brasil, com sede em Salvador e, posteriormente, no Rio de Janeiro: a parte setentrional, por sua vez, constituía o Estado do Maranhão e Grão-Pará até 1751, quando foi substituído pelo Estado do Grão-Pará e Maranhão, e sua sede foi transferida de São Luís para Belém.

Alternativas
Comentários
  • ANULADO.

     

    Gabarito alterado de C para deferido com anulação (justificativa do CESPE): Uma vez que há erros referentes a data e nome utilizados na redação do item, prejudicou‐se seu julgamento objetivo.

     

    --------

     

    De fato, apenas em 1626 houve a efetiva instalação de um governo separado para a "parte setentrional" da América Portuguesa.

     

    Mas o nome dessa unidade administrativa era "Estado do Maranhão". Além disso, o "Estado do Maranhão" (sem "Grão-Pará" no nome) fora criado, formalmente, antes disso, em 1621.

     

    A divisão administrativa iniciada na década de 1620 adota, portanto, nomenclatura diferente da denominação "Estado do Maranhão e Grão-Pará", que o item indica corretamente ter vigorado até 1751. O novo nome foi adotado apenas na década de 1650 (criado em 1654, instalado efetivamente em 1655): a nova nomenclatura aparece pela primeira vez num documento oficial exarado de Lisboa em 14/04/1655 (fonte primária: AHU-Maranhão, D. 363).

     

    É correto, ainda, o trecho do item que afirma ter havido mudança de nomenclatura em 1751, substituindo "Estado do Grão-Pará e Maranhão" por "Estado do Maranhão e Grão-Pará". Ainda que seja um completo absurdo a banca exigir de candidatos e candidatas o conhecimento de uma diferença tão sutil quanto essa.

     

    É controversa, no entanto, a suposta "transferência" da sede de São Luís para Belém: embora a maioria dos governadores daquela unidade administrativa da América Portuguesa tivessem passado a residir em Belém a partir da década de 1750, não houve uma mudança oficial da sede do "Estado do Maranhão e Grão-Pará", ou "Estado do Grão-Pará e Maranhão". A capital oficial do Estado, portanto, continuou sendo a cidade de São Luís. (fonte: LOUREIRO, Antônio José. Síntese da história do Amazonas. Manaus: Imprensa Oficial, 1978.)

     

    Seja como for, atribuir a origem do "Estado do Maranhão e Grão-Pará" ao ano de 1626 é duplamente incorreto: primeiro porque a criação formal dessa divisão administrativa data de 1621, precedendo sua efetiva instalação; e segundo porque a nomenclatura adotada em 1621/26 é apenas "Estado do Maranhão".

     

    Em resumo, segue a cronologia correta (fonte: GOMES, José Eudes. As mílicias d'El Rey: tropas militares e poder no Ceará setecentista. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010. p. 52, nota 85):

    1621: criação do Estado do Maranhão
    1626: instalação efetiva do Estado do Maranhão
    1652: extinção do Estado do Maranhão
    1654: reinstalação com novo nome = Estado do Maranhão e Grão-Pará, com sede em São Luís
    1751: substituição pelo Estado do Grão-Pará e Maranhão, com sede oficial em São Luís, ainda que na prática a maioria dos governadores tenham a partir de então residido em Belém
    1772: divisão em Estado do Maranhão e Piauí (sede em São Luís) e Estado do Grão-Pará e Rio Negro (sede em Belém)

     

    (Prof. Luigi Bonafé)

     


ID
2790586
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A consolidação da conquista do território da América Portuguesa foi marcada pelo casuísmo, construído com base nos interesses e forças do reino português e nos desafios e benesses das possessões coloniais. Considerando esse processo, julgue (C ou E) o item seguinte.


Os conflitos ocorridos na Europa no início do século XVIII, marcadamente a Guerra de Sucessão Espanhola, impulsionaram as discussões diplomáticas entre os reinos ibéricos acerca dos limites de seus domínios na América. Nesse contexto, destacou-se a ação de Alexandre de Gusmão como proponente da cedência da Colônia de Sacramento por Portugal, definida no Tratado de Madri.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Afora o contexto internacional, o argumento do uti possidetis acabou por ser aceito pelos espanhóis por três motivos principais.

     

    O primeiro é que, no Pacífico, a Espanha alegava que sua ocupação se dava fora da zona definida como portuguesa por Tordesilhas (Filipinas), o que não era verdade. Para os espanhóis, Portugal devia abrir mão de qualquer pleito asiático que obrigasse a Espanha a devolver territórios.

     

    O segundo motivo é o Mapa das Cortes. Evidentemente favorável a Portugal, o mapa encomendado por Gusmão minimizava bastante o alcance da ocupação portuguesa além Tordesilhas. O mapa foi feito segundo o máximo de conhecimento cartográfico que se tinha na época, que, como sabemos, ignorava largamente o cálculo correto das longitudes. O embaixador Goes Filho defende Gusmão alegando que os espanhóis também falsificavam cartas para benefício próprio. O fato é que o Mapa das Cortes facilitou enormemente a negociação e foi aceito pelos dois países como base de negociação legítima.

     

    O terceiro motivo foi a concordância de Gusmão, pela primeira vez na história de Portugal, em aceitar como espanholas as duas margens do Prata, cedendo assim a Colônia do Santíssimo Sacramento, (...). Receberia em troca os Sete Povos das Missões, zona de ocupação jesuítica havia décadas e que precisaria ser evacuada.

     

    Pouco mais de uma década depois de assinado, o Tratado de Madri não era mais defendido por ninguém e acusado por muitos, até pelo Marquês de Pombal, novo homem forte da monarquia portuguesa sob o reinado de José I. Morreram seus negociadores e os reis que o assinaram. A permuta de Sacramento pelos Sete Povos não se concluiu. Nenhum dos lados abandonou o que considerava ainda seu e, no caso dos Sete Povos, isso redundou em guerra sangrenta com os jesuítas armando os índios, (...). Madri seria finalmente anulado em 1761 pelo Tratado de El Pardo, durante o período pombalino, já que Sebastião Carvalho e Melo jamais havia concordado com a cessão de Sacramento. Na região do Prata, o conflito se manteria até o século XIX.

     

    (Prof. João Daniel Lima de Almeida, Manual do Candidato de História do Brasil, Ed. FUNAG, 2013).

  • Os conflitos ocorridos na Europa no início do século XVIII, marcadamente a Guerra de Sucessão Espanhola, impulsionaram as discussões diplomáticas entre os reinos ibéricos acerca dos limites de seus domínios na América: a Guerra de Secessão Espanhola causou uma incrível diminuição das relações entre a Espanha e suas colônias na América. A partir de sua queda, a Inglaterra passou a realizar comércio com a América Espanhola (por meio do Asiento) e dominar o comércio mundial, o que viria a ser chamado de Pax Britânica. Dessa forma, Portugal, por meio de Alexandre de Gusmão, defendeu a delimitação entre as fronteiras.


    Nesse contexto, destacou-se a ação de Alexandre de Gusmão como proponente da cedência da Colônia de Sacramento por Portugal, definida no Tratado de Madri: por meio desse tratado ficou definido que seria realizada a permuta entre Sete Povos e Colônia do Sacramento (a resistência jesuítica, porém, inviabilizou a permuta, o que ocasionou a Guerra Guaranítica). Entre outros méritos, Gusmão percebeu que, assim como os espanhóis jamais abdicariam da posse do estuário do Prata, os portugueses consideravam estratégico o estuário do Amazonas. Portugal cedia, portanto, a Colônia do Sacramento e as suas pretensões ao estuário do Prata, e em contrapartida receberia o atual estado do Rio Grande do Sul, partes de Santa Catarina e Paraná (território das missões jesuíticas espanholas), o atual Mato Grosso do Sul, a imensa zona compreendida entre o Alto-Paraguai, o Guaporé e o Madeira de um lado e o Tapajós e Tocantins do outro, regiões estas desabitadas e que não pertenceriam aos portugueses se não fossem as negociações do tratado.

    O princípio do uti possidetis, defendido por Gusmão como critério geral para a negociação, significava, na prática, “quem possui de direito, possui de fato”. E, usando-se desse princípio, bem como do Mapa das Cortes, foi assinado o Tratado.


    CERTO

  • gabarito certo

    O Tratado de Madri, tinha o objetivo de substituir o Tratado de Tordesilhas (1494), estabelecendo assim, novas fronteiras entre as colônias de Portugal e Espanha na América. O acordo foi assinado em 13 de janeiro de 1750 entre os reinos de Portugal e Espanha

    bons estudos

  • o tratado de madri tinha como principal função substituir o tratado de Tordesilhas que já não estava sendo respeitado entre os Portugueses e os Espanhois


ID
2790589
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A consolidação da conquista do território da América Portuguesa foi marcada pelo casuísmo, construído com base nos interesses e forças do reino português e nos desafios e benesses das possessões coloniais. Considerando esse processo, julgue (C ou E) o item seguinte.


A ausência de rotas comerciais internas na América Portuguesa dificultou o controle do território e resultou no isolamento das capitanias, que tratavam quase que exclusivamente com a sede do governo colonial e a metrópole europeia.

Alternativas
Comentários
  • Não se pode dizer que não haviam rotas comerciais internas na América Portuguesa, elas existiam, tanto por terra quando por vias fluviais, ainda que fossem escassas. Destacam-se os bandeirantes com suas bandeiras que muito contribuiram para a expansão do território brasileiro.

  • A ausência de rotas comerciais internas na América Portuguesa dificultou o controle do território e resultou no isolamento das capitanias, que tratavam quase que exclusivamente com a sede do governo colonial e a metrópole europeia.


    A dificuldade do controle do território brasileiro dava-se por sua grande extensão marítima. Portugal não dispunha de uma frota de navios que fiscalizasse toda a costa de sua colônia ultramar. Além disso, não dispunha de contingente de pessoas para ajudar nesses trabalhos. Foi assim que o país dividiu seu território em capitanias: a iniciativa privada foi importante para a implementação da colonização territorial e, por meio dela, tentar proteger e produzir no território, evitando invasões estrangeiras (principalmente a francesa).


    Além disso, havia sim alguma rota de comercio interno entre as capitanias, mas a mais usual era via marítima.


    ERRADO.

  • Na realidade o erro da proposição está em incluir a sede do governo colonial às relações das capitanias. O isolamento era tanto entre elas que Salvador tinha dificuldade de se ligar às outras sedes de capitania. Estas quase que exclusivamente tratavam diretamente com a metrópole europeia.

  • Os três principais centros econômicos, a faixa açucareira, a região mineira e o Maranhão, interligavam-se, se bem que de maneira fluida e imprecisa, através do extenso hinterland pecuário.

    Celso Furtado - Formação Econômica do Brasil

  • Trecho retirado do livro "História do Brasil", de Bóris Fausto. 14 Ed., 2013, paginas 43 e 44:

    "A instituição de um Governo-geral representou um esforço de centralização administrativa, mas isso não significa que o governador-geral detivesse todos os poderes, nem que em seus primeiros tempos pudesse exercer uma atividade muito abrangente. A ligação entre as capitanias era bastante precária, limitando o raio de ação dos governadores. A correspondência dos jesuítas dá claras indicações desse isolamento. Em 1522, escrevendo da Bahia aos irmãos de Coimbra, o padre Francisco Pires queixa-se de só poder tratar de assuntos locais, porque "às vezes passa um ano e não sabemos uns dos outros, por causa dos tempos e dos poucos navios que andam pela costa e às vezes se veem mais cedo navios de Portugal que das capitanias". Um ano depois, metido no sertão de São Vicente, Nóbrega diz praticamente a mesma coisa: "Mais fácil é de vir de Lisboa recado a esta capitania que da Bahia".

  • "Ausência de rotas comerciais internas": charque do sul para área mineradora; comércio de escravos; ouro transportado das minas até o Rio de Janeiro.

  • Faltaram maiores referências a qual período da história colonial da América Portuguesa se está falando. Se consideramos principalmente os séculos XVI e XVII a afirmação está correta, se consideramos o século XVIII está errada.

  • Naquela época, havia rotas comerciais na América Portuguesa.

    GAB: E.

  • Como dito pelo Tulio, o erro da questão não está em dizer que não havia rotas comerciais internas, porque isso é verdade, mas em dizer que as capitanias tratavam com a sede do governo colonial (Salvador), quando tratavam diretamente com Lisboa. Como bem diz o Bóris Fausto, a ligação entre as capitanias era precária, e era mais fácil virem notícias de Lisboa que de Salvador.

  • INCORRETA

    QUESTÃO: A ausência de rotas comerciais internas na América Portuguesa dificultou o controle do território e resultou no isolamento das capitanias, que tratavam quase que exclusivamente com a sede do governo colonial e a metrópole europeia.

    EXPLICAÇÃO: EXISTIA ROTAS COMERCIAIS, MAS O QUE DIFICULTOU FOI A GRANDE EXTENSÃO MARÍTIMA, ONDE NÃO DAVA CONTA DE FISCALIZAR TODA ÁREA

  • Desde o século XVIII, havia rotas comerciais consolidadas na América portuguesa. Jorge Caldeira analisa detalhadamente as interações entre elas, destacando inclusive que elas possuíam dinâmica independente dos ciclos econômicos da Europa. A título de exemplo:

    • Rotas de gado e tropas entre Sul (desde Continente de São Pedro, Santa Catarina e Paraná) em direção às feiras de gado em São Paulo, especialmente Sorocaba.
    • Rotas marítimas para comércio entre os portos de Rio Grande (vendiam velas, navios, charque) e RJ (escravos e manufaturas importadas), Santa Catarina (comércio de óleo de baleia) e RJ (idem), RJ e Salvador (manufaturas e escravos), Recife e São Luís (escravos e manufaturas).
    • Rotas terrestres de gado da civilização do couro (Capistrano de Abreu), ligando desde o Maranhão e Piauí até Ceará (onde, no final do XVIII, se instalam charqueadoras e comércio marítimo em Aracati). Do Ceará, os couros, gado e charque eram escoados por rotas internas pela Paraíba (até Monteiro) e Pernambuco.
    • Rotas terrestres entre interior da Bahia e MG (onde, após a decadência do ouro, a produção de alimentos se expande).

  • Errado. No livro Navegantes, Bandeirantes e Diplomatas, por exemplo, o autor menciona as monções paulistas e monções cuiabanas, rotas de comércio e captura de índios pelo interio da América Portuguesa

  • ERRADO:

    Nesse período, as principais rotas comerciais estavam voltadas no trânsito entre a Ásia (China, Pérsia, Japão e Índia) e as nações mercantilistas européias. Parte desse câmbio de mercadorias era intermediada pelos muçulmanos que, via Mar Mediterrâneo, introduziam as especiarias orientais na Europa.

  • Existiam as monções paulistas e monções cuiabanas, rotas de comércio e captura de índio.


ID
2790592
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A consolidação da conquista do território da América Portuguesa foi marcada pelo casuísmo, construído com base nos interesses e forças do reino português e nos desafios e benesses das possessões coloniais. Considerando esse processo, julgue (C ou E) o item seguinte.


A disputa entre Portugal e França pelo Cabo Norte, atual Amapá, foi resolvida com a assinatura do Tratado de Utrecht, em 1713.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    Com a celebração do Tratado de Tordesilhas, em 1493, o território do atual estado do Amapá estava compreendido entre as terras pertencentes à coroa espanhola. Entretanto, devido às dificuldades logísticas, tanto espanhóis quanto portugueses pouco conseguiram fazer para ocupar a região além da foz do Rio Amazonas, apesar de navegadores de ambas as nações já terem circulado por aquelas terras, para fins de reconhecimento.

     

    Com a União Ibérica, entre 1580 e 1640, o Tratado de Tordesilhas praticamente perde a sua finalidade, que aliás, haja vista a condição de subordinação de Portugal aos interesses espanhóis, nesse período. Ainda assim, documentos portugueses já registram a região como "Cabo do Norte", em 1621.

     

    Entretanto, em 14 de junho de 1637, o rei Felipe IV da Espanha toma providências no sentido de criar a Capitania do Cabo Norte, num momento em que a costa do atual estado do Amapá começa a ser frequentada e ocupada por franceses vindos da região de Caiena, na Guiana, os quais criaram a "Companhia do Cabo Norte", em 1633, a fim de explorar e ocupar a região, onde os produtos mais comercializados com a Europa eram as drogas do sertão, madeiras, óleos essenciais, peixes salgados, carne de peixe-boi e peles.

     

    Após uma série de administrações, a capitania do Cabo Norte é desfeita, retornando seu controle para o domínio da coroa portuguesa, que a anexa à Capitania do Grão-Pará.

     

    A região da capitania continuou sob disputa entre franceses, os quais chamavam a região de "Cabo d’Orange", e portugueses e, após a independência do Brasil, com os brasileiros, apesar do Tratado de Utrecht de 1713, garantir as fronteiras deste país no rio Oiapoque. Somente em 1900, após a defesa diplomática do Barão do Rio Branco perante a Comissão de Arbitragem em Genebra, na Suíça, é que o Brasil tem a posse assegurada na região.

  • Questão que induz o candidato ao erro. De fato, o Tratado de Utrecht entregou a posse do atual Amapá a Portugal, mas a disputa não acabou ali, só sendo resolvida muito depois. Casca de banana.

  • Quando se falar em disputa entre países, nem o satanás resolve. Pode marcar ERRADO ❌ sem medo.
  • 1° TENTATIVATratado de Utrecht de 1713, para garantir as fronteiras deste país no rio Oiapoque. 

    2° TENTATIVA : Defesa diplomática do Barão do Rio Branco em 1900 perante a Comissão de Arbitragem em Genebra, na Suíça, assegurou ao Brasil a posse na região.

  • A vitória de Rio Branco nesse caso é narrada por Synesio Góes Filho em Navegantes, Bandeirantes, Diplomatas p. 351: "Com a segunda vitória, Rio Branco via‑ ‑se, agora, confirmado em sua posição de herói nacional. O “Colosso de Rodes”, na expressão amical e brincalhona de Nabuco: um pé em Palmas, outro no Amapá..."

ID
2790595
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que o processo de independência do Brasil pode ser compreendido como parte das profundas mudanças que marcaram a história ocidental a partir do último quartel do século XVIII, julgue (C ou E) o item que se segue.


A transferência da Corte portuguesa para a América foi proposta em crises anteriores à de 1807. Seus defensores consideravam a fragilidade de Portugal em meio às disputas entre as potências europeias, marcadamente entre França e Inglaterra, e a importância das possessões coloniais para a manutenção da Coroa portuguesa. Entre os proponentes dessa ideia, encontrava-se o padre Antônio Vieira, ainda no século XVII.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

     

    Sobre este aspecto vale transcrever um trecho do artigo de Lúcia Bastos na obra Crise Colonial e Independência (Coleção História do Brasil Nação, Volume 1) em sua página 76:

    "Assim, quando a assinatura do Tratado de Fontainebleau entre França e Espanha, em 27 de outubro de 1807, foi seguida de um ultimato de Napoleão Bonaparte e pela notícia da entrada, em território português, das tropas comandadas por Junot, não chegou a ser surpresa que D. João optasse pela saída há muito aventada por diversos homens públicos: a retirada da corte para a parte americana do Império."

    A dificuldade da questão é o fato de ter citado o Padre Antônio Vieira, cuja vida e influência no governo português é muito anterior à Independência. Porém, para a Diplomacia luso-brasileira ele é de extrema importância, tendo vivido em Salvador durante parte de sua infância e juventude e atuado com destaque na Política Externa Portuguesa no reinado de D. João IV, sendo conselheiro do Rei e viajado por diversas regiões na década de 1640 em missões diplomáticas. Seu conselho para a mudança da corte para o Brasil é sem dúvidas algo não tão explícito em sua biografia, porém deduzível pelas suas ideias e propostas.

  • O plano de transferência da família real e da corte de nobres portugueses para o Brasil, refúgio seguro para a soberania portuguesa quando a resistência militar a um invasor fosse inútil na metrópole, já havia sido anteriormente cogitado:


    - Durante a crise de sucessão de 1580, ante o avanço dos tercios do duque de Alba, D. António I terá sido aconselhado a buscar um refúgio além-Atlântico;

    - No contexto da Restauração da Independência (1640), quando a França abandonou Portugal no Congresso de Münster (1648), o padre António Vieira apontou ideia semelhante a D. João IV, associando-a ao vaticínio da fundação do Quinto Império.

    - Posteriormente, embora sem ameaça militar iminente, o diplomata Luís da Cunha defendeu a ideia de se transferir para o Brasil a sede da monarquia portuguesa.

    - A ideia principiou a ser colocada em prática quando da invasão de Portugal por tropas espanholas, no contexto do chamado Pacto de Família, tendo o marquês de Pombal chegado a ordenar o apresto de uma esquadra que transportaria D. José I, a família real e a corte. À época, Pombal considerava alguns exemplos estrangeiros, como a recomendação de Sébastien Le Prestre de Vauban ao futuro Filipe V de Espanha para que se refugiasse na América, e nomeadamente o precedente da imperatriz Maria Teresa da Áustria que se dispusera a descer o rio Danúbio, caso a sua Corte em Viena viesse a correr perigo.

    - No início do século XIX, no contexto internacional criado pela ascensão do império de Napoleão Bonaparte, a ideia da retirada da família real para o Brasil voltou à tona, tendo sido defendida pelo marquês de Alorna em 30 de maio de 1801 e, novamente, em 16 de agosto de 1803, por D. Rodrigo de Sousa Coutinho.

    - A ideia de uma transferência para o Brasil, ressurgindo como um meio de reforço à segurança nacional, sobretudo em contextos de ameaça iminente à soberania de Portugal, foi apresentada como uma via necessária ao cumprimento de um projecto messiânico, como em António Vieira, ou como um meio para redefinir as relações de forças no "equilíbrio europeu" pós-Vestfália, como o marquês de Alorna, Luís da Cunha e o conde de Linhares.


    https://pt.wikipedia.org/wiki/Transfer%C3%AAncia_da_corte_portuguesa_para_o_Brasil

  • Com a invasão de Portugal por tropas napoleônicas, a sede do reino português se transferiu para o Brasil, que recebeu a família real portuguesa em 1808.

    Ou seja, a ideia de transferência da sede do poder português para o Brasil tinha conotação de segurança nacional, tendo em vista a ameaça iminente à soberania de Portugal.

    Ressalte-se, no entanto, que o plano de transferência da família real e da corte de nobres portugueses para o Brasil já havia sido cogitado anteriormente em vários momentos da História Portuguesa, inclusive no início e durante a ascensão de Napoleão Bonaparte.

    Já na década de 1790, D. Rodrigo de Souza Coutinho, afilhado do Marquês de Pombal, desenvolveu a ideia de transferência da sede do Império para a América, onde estaria a sede do Império Luso-Brasileiro.

    O eixo dinâmico do império português, em termos práticos, já se desenvolvia principalmente no Atlântico Sul. Desta forma, transferir a sede para o Brasil dinamizaria as relações entre a América e a África.

    Especificamente no contexto da ascensão do império de Napoleão Bonaparte, a ideia da retirada da família real para o Brasil foi defendida pelo marquês de Alorna, em 30 de maio de 1801, e em 16 de agosto de 1803, por D. Rodrigo de Sousa Coutinho.

    Gabarito: Certo

  • Que prova difícil da pega. Quando vc acha que vai acertar as questões daí o Rio Branco te devolve pro mundo real.

  • banca lixo .... embora tenha acertado mas acho um absurdo . Só faltou perguntar se o padre cagava também

  • Com a invasão de Portugal por tropas napoleônicas, a sede do reino português se transferiu para o Brasil, que recebeu a família real portuguesa em 1808.

    Ou seja, a ideia de transferência da sede do poder português para o Brasil tinha conotação de segurança nacional, tendo em vista a ameaça iminente à soberania de Portugal.

    Ressalte-se, no entanto, que o plano de transferência da família real e da corte de nobres portugueses para o Brasil já havia sido cogitado anteriormente em vários momentos da História Portuguesa, inclusive no início e durante a ascensão de Napoleão Bonaparte.

    Já na década de 1790, D. Rodrigo de Souza Coutinho, afilhado do Marquês de Pombal, desenvolveu a ideia de transferência da sede do Império para a América, onde estaria a sede do Império Luso-Brasileiro.

    O eixo dinâmico do império português, em termos práticos, já se desenvolvia principalmente no Atlântico Sul. Desta forma, transferir a sede para o Brasil dinamizaria as relações entre a América e a África.

    Especificamente no contexto da ascensão do império de Napoleão Bonaparte, a ideia da retirada da família real para o Brasil foi defendida pelo marquês de Alorna, em 30 de maio de 1801, e em 16 de agosto de 1803, por D. Rodrigo de Sousa Coutinho.

    Gabarito: Certo

    Danuzio Neto | Direção Concursos

  • Tudo certinho, daí colocam o Padre no meio p/ tentar confundir o Aluno... TENSO

  • "No contexto da Restauração da Independência (1640), quando a França abandonou Portugal no Congresso de Münster (1648), o padre António Vieira apontou ideia semelhante [à transferência da corte portuguesa para o Brasil] a D. João IV, associando-a ao vaticínio da fundação do Quinto Império" (colchetes meus)

    Fonte: Wikipedia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Transfer%C3%AAncia_da_corte_portuguesa_para_o_Brasil). Parece até que as bancas se inspiram aqui para fazer questões. Dá pra responder quase tudo de TPS usando só a Wikipedia.

  • O plano de transferência da família real e da corte de nobres portugueses para o Brasil, refúgio seguro para a soberania portuguesa quando a resistência militar a um invasor fosse inútil na metrópole, já havia sido anteriormente cogitado:

    - Durante a crise de sucessão de 1580, ante o avanço dos tercios do duque de Alba, D. António I terá sido aconselhado a buscar um refúgio além-Atlântico;

    - No contexto da Restauração da Independência (1640), quando a França abandonou Portugal no Congresso de Münster (1648), o padre António Vieira apontou ideia semelhante a D. João IV, associando-a ao vaticínio da fundação do Quinto Império.

    - Posteriormente, embora sem ameaça militar iminente, o diplomata Luís da Cunha defendeu a ideia de se transferir para o Brasil a sede da monarquia portuguesa.

    - A ideia principiou a ser colocada em prática quando da invasão de Portugal por tropas espanholas, no contexto do chamado Pacto de Família, tendo o marquês de Pombal chegado a ordenar o apresto de uma esquadra que transportaria D. José I, a família real e a corte. À época, Pombal considerava alguns exemplos estrangeiros, como a recomendação de Sébastien Le Prestre de Vauban ao futuro Filipe V de Espanha para que se refugiasse na América, e nomeadamente o precedente da imperatriz Maria Teresa da Áustria que se dispusera a descer o rio Danúbio, caso a sua Corte em Viena viesse a correr perigo.

    - No início do século XIX, no contexto internacional criado pela ascensão do império de Napoleão Bonaparte, a ideia da retirada da família real para o Brasil voltou à tona, tendo sido defendida pelo marquês de Alorna em 30 de maio de 1801 e, novamente, em 16 de agosto de 1803, por D. Rodrigo de Sousa Coutinho.

    - A ideia de uma transferência para o Brasil, ressurgindo como um meio de reforço à segurança nacional, sobretudo em contextos de ameaça iminente à soberania de Portugal, foi apresentada como uma via necessária ao cumprimento de um projecto messiânico, como em António Vieira, ou como um meio para redefinir as relações de forças no "equilíbrio europeu" pós-Vestfália, como o marquês de Alorna, Luís da Cunha e o conde de Linhares.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Transfer%C3%AAncia_da_corte_portuguesa_para_o_Brasil


ID
2790598
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que o processo de independência do Brasil pode ser compreendido como parte das profundas mudanças que marcaram a história ocidental a partir do último quartel do século XVIII, julgue (C ou E) o item que se segue.


As convenções assinadas no âmbito do Congresso de Viena evidenciaram os esforços da nobreza portuguesa em defender os interesses do reino português em detrimento dos do Brasil. Isso se evidencia na proibição do tráfico de escravos ao norte do Equador, estabelecida no tratado assinado entre Inglaterra e Portugal, em janeiro de 1815.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    Em 1815 o Brasil havia sido elevado a Reino junto à Portugal e as exigências de fim do tráfico dos escravos era totalmente contrária aos interesses de Lisboa, sendo imposta pela Inglaterra. Sobre este assunto Rubens Ricupero é esclarecedor em seu texto no livro Crise Colonial e Independência (1808-1830). Vou citar um trecho um tanto longo (ver páginas 149 à 151), porém importante para a compreensão:

     

    "Esses antecedentes podem ajudar a compreender por que a luta contra o tráfico seria tão encarniçada e se prolongaria por quase meio século. Logo se converteria no mais grave problema internacional do jovem país devido à seriedade dos choques provocados com a Inglaterra e seus sérios desdobramentos internos. Datando do princípio do período que nos ocupa, a questão se estenderia pelo menos por duas décadas mais além de seu término. Dentro dos limites temporais deste estudo, pode ela ser dividida em três fases.

     

    "A primeira se destaca pelas ambíguas estipulações do artigo X do Tratado de Amizade e Aliança de 1810, arrancadas contra a obstinada resistência de d. João. Pelo artigo, prometia o príncipe regente cooperar para a gradual abolição do tráfico em seus domínios. Comprometia-se, desde logo, a não permiti-lo na costa da África não pertencente a Portugal, mas não abria mão dos territórios de Cabinda e Molembo, disputados com a França, nem invalidava os direitos pretendidos pelos lusitanos ao tráfico com Ajudá, no então Daomé, bem como em outras áreas da Costa da Mina ao norte do Equador.

     

    "A errônea interpretação de que o artigo proibia o tráfico ao norte do Equador provocou a captura de navios pertencentes a notórios traficantes da Bahia e Pernambuco, os quais, por outro lado, não deixaram de traficar mesmo com zonas da Costa da Guiné claramente interditadas, como sempre haviam feito no passado. Strangford chegou a temer uma rebelião na Bahia e afirmou num despacho que 'o clamor universal e o descontentamento', resultantes das capturas, eram a única questão na qual tinha visto sentimento tão unânime e generalizado entre portugueses e brasileiros.

     

    "Abre-se a segunda etapa com a assinatura, durante o Congresso de Viena de 1815, de duas convenções: a primeira sobre o pagamento (que demorou a ser efetivado) de indenização inglesa pelas capturas irregulares, e a segunda proibindo o tráfico ao norte do Equador e prometendo fixar data no futuro para sua completa extinção. Em 1817 Castlereagh obteve convenção adicional e artigo separado posterior, consistindo este último no golpe principal da repressão ao fornecer o instrumento chave para a execução do estipulado: a aceitação, em tempos de paz, do direito de visita a navios mercantes suspeitos e de sua detenção e adjudicação perante tribunais mistos.

     

    "(....) No entanto, a parcela mais pesada do preço cobrado pelos britânicos seria o tratado determinando a proibição definitiva e completa do tráfico decorridos três anos da ratificação em Londres (13 de março de 1827)."

     

     

  • Era certamente interesse do Brasil manter a escravidão. Portanto, usar a proibição somente ao norte do Equador como sendo em detrimento do Brasil parece ilógico.

  • Acredito que trata-se do Tratado de Aliança e Amizade de 1810.

  • Em 1815 o Brasil havia sido elevado a Reino junto à Portugal e as exigências de fim do tráfico dos escravos era totalmente contrária aos interesses de Lisboa, sendo imposta pela Inglaterra. Sobre este assunto Rubens Ricupero é esclarecedor em seu texto no livro Crise Colonial e Independência (1808-1830). Vou citar um trecho um tanto longo (ver páginas 149 à 151), porém importante para a compreensão:

     

    "Esses antecedentes podem ajudar a compreender por que a luta contra o tráfico seria tão encarniçada e se prolongaria por quase meio século. Logo se converteria no mais grave problema internacional do jovem país devido à seriedade dos choques provocados com a Inglaterra e seus sérios desdobramentos internos. Datando do princípio do período que nos ocupa, a questão se estenderia pelo menos por duas décadas mais além de seu término. Dentro dos limites temporais deste estudo, pode ela ser dividida em três fases.

     

    "A primeira se destaca pelas ambíguas estipulações do artigo X do Tratado de Amizade e Aliança de 1810, arrancadas contra a obstinada resistência de d. João. Pelo artigo, prometia o príncipe regente cooperar para a gradual abolição do tráfico em seus domínios. Comprometia-se, desde logo, a não permiti-lo na costa da África não pertencente a Portugal, mas não abria mão dos territórios de Cabinda e Molembo, disputados com a França, nem invalidava os direitos pretendidos pelos lusitanos ao tráfico com Ajudá, no então Daomé, bem como em outras áreas da Costa da Mina ao norte do Equador.

     

    "A errônea interpretação de que o artigo proibia o tráfico ao norte do Equador provocou a captura de navios pertencentes a notórios traficantes da Bahia e Pernambuco, os quais, por outro lado, não deixaram de traficar mesmo com zonas da Costa da Guiné claramente interditadas, como sempre haviam feito no passado. Strangford chegou a temer uma rebelião na Bahia e afirmou num despacho que 'o clamor universal e o descontentamento', resultantes das capturas, eram a única questão na qual tinha visto sentimento tão unânime e generalizado entre portugueses e brasileiros.

     

    "Abre-se a segunda etapa com a assinatura, durante o Congresso de Viena de 1815, de duas convenções: a primeira sobre o pagamento (que demorou a ser efetivado) de indenização inglesa pelas capturas irregulares, e a segunda proibindo o tráfico ao norte do Equador e prometendo fixar data no futuro para sua completa extinção. Em 1817 Castlereagh obteve convenção adicional e artigo separado posterior, consistindo este último no golpe principal da repressão ao fornecer o instrumento chave para a execução do estipulado: a aceitação, em tempos de paz, do direito de visita a navios mercantes suspeitos e de sua detenção e adjudicação perante tribunais mistos.

     

    "(....) No entanto, a parcela mais pesada do preço cobrado pelos britânicos seria o tratado determinando a proibição definitiva e completa do tráfico decorridos três anos da ratificação em Londres (13 de março de 1827)."

  • O artigo abaixo conta um pouco da perspectiva de Portugal sobre o Congresso de Viena, destacando que:

    "Com relação a essa matéria, no Tratado celebrado em 22 de janeiro de 1815 com a Grã-Bretanha, a delegação ao Congresso e o governo da Regência, lutando para manter o absurdo da escravidão, consideraram como vitória seu empenho em limitar geograficamente a proibição do tráfego de escravos à costa da África ao norte do Equador. " - retirado da pág. 92 de PEREIRA, Antônio Celso Alves A DIPLOMACIA PORTUGUESA NO CONGRESSO DE VIENA – 1815. R. IHGB, Rio de Janeiro, a. 177(470): 77-96, jan./mar. 2016. In: https://ihgb.org.br/revista-eletronica/artigos-470/item/108309-a-diplomacia-portuguesa-no-congresso-de-viena-1815.html


ID
2790601
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que o processo de independência do Brasil pode ser compreendido como parte das profundas mudanças que marcaram a história ocidental a partir do último quartel do século XVIII, julgue (C ou E) o item que se segue.


O Vintismo pretendia a regeneração e a atualização da tradição política portuguesa, o que se desdobrava na elaboração de uma Constituição. Tendo o movimento eclodido em agosto de 1820, na cidade do Porto, com a rápida adesão de Lisboa, as notícias chegaram primeiramente às províncias do norte do reino do Brasil. O Grão-Pará declarou sua adesão a ele em janeiro de 1821, enquanto a Bahia se manifestou favorável a ele em fevereiro desse mesmo ano.

Alternativas
Comentários
  • CERTO

  • "No dia 22 de outubro de 1820, atracava no porto do Recife, principal vila da província de Pernambuco, o navio inglês Chresterfield, trazendo as recentes notícias sobre uma revolução iniciada na cidade portuguesa do Porto no dia 24 de agosto, a qual havia dado início a um movimento de caráter constitucionalista que exigia, entre outras medidas, a convocação de cortes, o que de certa forma punha em xeque a monarquia absoluta. 


    O processo iniciado na cidade do Porto em 1820 foi resultado de uma espécie de desapontamento quase que generalizado do lusitano diante da situação vexatória com que se viu obrigado a conviver desde as invasões francesas, quando a sede administrativa do reino foi transferida para a América portuguesa, de onde as ordens passaram a vir, além da crise econômica em que se viu mergulhado. Foi um momento em que se falou de liberdade contra o despotismo e de regeneração contra a decadência. Essas seriam as palavras-chave que serviriam para ilustrar o movimento vintista, nome pelo qual ficou conhecido o pensamento político iniciado em 1820.


     Um dos efeitos imediatos da Revolução do Porto no Brasil veio da província do Pará, que em 1o de janeiro de 1821 aderiu ao movimento liberal, sendo seguido pela província da Bahia (10 de fevereiro). "


    Os efeitos da notícia da revolução liberal do Porto na província de Pernambuco e a crise do sistema colonial no

    nordeste do Brasil (1820 -1821)- Flavio José Gomes Cabral 


    http://www.redalyc.org/pdf/833/83301112.pdf



  • O Vintismo pretendia a regeneração e a atualização da tradição política portuguesa, o que se desdobrava na elaboração de uma Constituição: aqui é importante lembrar que a Revolução Liberal do Porto queria retomar a economia que era exercida antes da abertura dos portos de 1808. Dessa forma, ela era dúbia: retrógrada para o Brasil (que iria retornar ao status de colônia) e liberal para Portugal. Também, uma das exigências do Vintismo foi a assinatura de uma Constituição e a volta da família real para Portugal.


    Tendo o movimento eclodido em agosto de 1820, na cidade do Porto, com a rápida adesão de Lisboa, as notícias chegaram primeiramente às províncias do norte do reino do Brasil. O Grão-Pará declarou sua adesão a ele em janeiro de 1821, enquanto a Bahia se manifestou favorável a ele em fevereiro desse mesmo ano: o Norte era favorável à Revolução, pois a região foi muito prejudicada após as medidas joaninas. O Sul, entretanto, seria prejudicado com a volta dos monopólios, ressaltando a questão da venda do charque aos países vizinhos.


    CERTO.

  • Vintismo é a designação genérica dada à situação política que dominou Portugal entre Agosto de 1820 e Abril de 1823, caracterizada pelo radicalismo das soluções liberais e pelo predomínio político das Cortes Constituintes, fortemente influenciadas pela Constituição Espanhola de Cádis.

  • Marcello Otávio N. de C. Basile menciona esse dado no livro História Geral do Brasil (Linhares, Maria Yedda)


ID
2790604
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que o processo de independência do Brasil pode ser compreendido como parte das profundas mudanças que marcaram a história ocidental a partir do último quartel do século XVIII, julgue (C ou E) o item que se segue.


A historiografia recente mostra que a tese da independência do Brasil como movimento pacífico não se sustenta. Embates armados que duraram meses ocorreram em regiões da Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Pará e na Cisplatina. A fragilidade do projeto de independência vencedor em 1822 ficou demonstrada pelos conflitos no período regencial.

Alternativas
Comentários
  • Para assegurar-se de que o item está correto, basta lembrar-se da Revolução Pernambucana de 1817 e de 1824, só essas duas revoltas já seriam suficientes para marcar o item como correto. Mas vale relembrar que a maioria das províncias eram contrárias ao movimento de independência, os irmãos Andrada, José Bonifácio e Martin Francisco, desempenharam papel fundamental no processo de negociação política com as diferentes províncias do império. O apoio começou com o RJ e São Paulo, logo após conseguiram a adesão de Minas Gerais, com essas três províncias conseguiram base para levar a cabo o projeto de independência.


  • A historiografia recente mostra que a tese da independência do Brasil como movimento pacífico não se sustenta. Embates armados que duraram meses ocorreram em regiões da Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Pará e na Cisplatina. A fragilidade do projeto de independência vencedor em 1822 ficou demonstrada pelos conflitos no período regencial.

    Certamente ouvimos falar sobre o pacifismo na independência do Brasil, o que foi desfigurado com a historiografia recente. Houve inúmeras rebeliões contra a separação política entre Brasil e Portugal, principalmente por aqueles que eram acolhidos com obséquios que estavam sendo usufruídos desde o Período Joanino.

  • CORRETO

    A historiografia recente mostra que a tese da independência do Brasil como movimento pacífico não se sustenta. Embates armados que duraram meses ocorreram em regiões da Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Pará e na Cisplatina. A fragilidade do projeto de independência vencedor em 1822 ficou demonstrada pelos conflitos no período regencial.

    É lugar-comum na historiografia brasileira contrastar a relativa facilidade da consolidação da Independência do Brasil com o complicado processo de emancipação da América espanhola. Ressalta-se ainda que, enquanto o Brasil permaneceu unificado, a América espanhola se fragmentou em diversas nações. (FAUSTO,p.124)

    Embora o Brasil tenha se declarado independente de Portugal em 1822, a consolidação do novo Estado nacional não foi um processo fácil, tendo como motivos: 1) a divergência entre os grupos políticos para a organização do Estado - centralização (mais próxima do Antigo Regime, Executivo forte) x descentralização (federação, poderes independentes, liberal); 2) a Confederação do Equador 1824(organização das províncias de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Pará e Piauí em uma forma federativa e republicana) ; 3) fechamento da Constituinte pelo Imperador; 4) outorga da Constituição de 1824, o que deixava mais latente a imposição dos interesses pessoais de D.Pedro I em detrimento dos interesses nacionais; 5) Guerra da Cisplatina, anexação da Banda Oriental como "revanche" pelos conflitos com a Espanha ao longo dos séculos anteriores.

  • O primeiro grande desafio de D. Pedro I como imperador do Brasil foi justamente enfrentar a difícil situação criada por algumas províncias onde as Juntas Governamentais eram dominadas por portugueses que ainda eram fieis a Portugal. Nestas províncias, a separação entre o Brasil e Portugal não era aceita, e estas ainda se declaravam-se fieis às Cortes de Lisboa, não reconhecendo Dom Pedro I como governante.

    A situação, inclusive, fez a historiografia recente desmontar a tese que mostrava a independência do Brasil como movimento pacífico. Por conta do processo de independência, houve embates armados que duraram meses em regiões da Bahia, do Piauí, do Maranhão, do Pará e na Cisplatina. A fragilidade do projeto de independência vencedor em 1822 ficou demonstrada pelos conflitos no período regencial que se desenvolveram após a abdicação de Dom Pedro I.

    Gabarito: Certo

  • Esse trecho compromete essa questão:

    A fragilidade do projeto de independência vencedor em 1822 ficou demonstrada pelos conflitos no período regencial.

    O projeto de independência vencedor em 1822 consistia em uma forma de Estado completamente diferente do modelo adotado durante a Regência. Os conflitos regenciais refletiam justamente os efeitos centrífugos do modelo descentralizador do modelo regencial, espécie de experiência republicana.

    Esse não foi o modelo vencedor em 1822, já que o elemento central no processo de independência foi o papel do Imperador na manutenção da unidade territorial do país, vide as campanhas militares promovidas com o auxílio da marinha britânica com o propósito de assegurar a permanência de províncias recalcitrantes sob o comando do Rio de Janeiro.

    Outro ponto a ressaltar reside na solução encontrada para combater os movimentos separatistas do período regencial, que consistiu no retorno do poder imperial via a maioridade do príncipe D. Pedro, iniciando o Segundo Reinado.

    questão mal formulada, ambígua e com gabarito incorreto.

  • Acho muita forçação de barra associar os conflitos do período regencial à independência, sendo que não foram na mesma época. Fora que, se o projeto de independência fosse mesmo frágil, o Império não teria conseguido sufocar todas as revoltas separatistas (com exceção da Cisplatina) e o Brasil teria se fragmentado. Mas, enfim, fazer o que, né?

  • Questão CERTA

    Revolução Pernambucana de 1817 e de 1824 embasam o fato de a questão está correta!

  • cara eu marquei certo pq a questão deu todo o embasamento, mas se a questão fosse mais seca ae falasse: "A independencia do Brasil foi um movimento paífico". eu maracaria CERTO pq foi assim que eu estudei porr**
  • Cara, e a Cisplatina?


ID
2790607
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

As disputas entre D. Pedro I e a Câmara dos Deputados marcaram o Primeiro Reinado e resultaram na abdicação do imperador. Acerca do Primeiro Reinado e do período da Regência, julgue (C ou E) o item subsequente.


A Constituição de 1824 foi elaborada com base no projeto votado pela Assembleia Constituinte e Legislativa, fechada por D. Pedro I no ano anterior. Seu texto foi enviado para as câmaras municipais das principais cidades do Império, as quais juraram cumpri-la sem contestações.

Alternativas
Comentários
  • A elaboração da constituição do Brasil de 1824 foi um processo desgastante, amplo e muito conturbado. Logo após a proclamação da independência do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, por Dom Pedro I, em 7 de setembro de 1822, ocorreu um conflito entre radicais e conservadoresna assembleia constituinte.

    A assembleia constituinte se reuniu em 3 de maio de 1823, quando o imperador Dom Pedro I deixou claro em seu discurso o que esperava dos conselheiros constituintes. Entre os deputados constituintes, 22 eram parte do clero.[3] Uma parte dos constituintes tinha orientação liberal-democrata: queriam uma monarquiaque delimitasse os poderes do imperador ao de uma figura decorativa.

    D. Pedro I, por outro lado, queria manter o controle político e executivo através do veto, iniciando uma desavença entre os constituintes com diferente ponto de vista.

    D. Pedro I ordenou ao exército a invasão do congresso em 12 de novembro de 1823, prendendo e exilando diversos deputados, esse ato ficou conhecido como "noite da agonia".

    Feito isto, reuniu dez cidadãos de sua inteira confiança, pertencentes ao Partido Português, dentre eles o distinto João Gomes da Silveira Mendonça, marquês de Sabará, os quais, após algumas discussões a portas fechadas, redigiram a primeira constituição do Brasil no dia 25 de março de 1824, sendo escrita pelo arquivista das bibliotecas reais, o sr. Luís Joaquim dos Santos Marrocos.

    questão errada!

    O Imperador fechou o senado e chamou homens de sua confiança para redigir a Carta Maguina,

  • CERTO

    O Conselho de Estado utilizou como base o projeto da Constituinte e assim que terminou, enviou uma cópia da nova Constituição para todas as câmaras municipais. Esperava-se que a Carta servisse como um projeto para uma nova Assembleia Constituinte. Contudo, as câmaras municipais sugeriram ao Imperador ao invés que se adotasse "imediatamente" o projeto como a Constituição brasileira.Em seguida, as câmaras municipais, compostas por vereadores eleitos pelo povo brasileiro como seus representantes, votaram a favor por sua adoção como a Carta Magna do Brasil independente.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1824 - Acessoe em 21-09-2018

  • Os 3 poderes nessa constituição eram de fachada, quem reinava era o poder moderador, ninguém ficou contente com isso.




    PM_ALAGOAS_2018

  • Item INCORRETO.


    A Constituição de 1824 foi elaborada com base no projeto votado pela Assembleia Constituinte e Legislativa, fechada por D. Pedro I no ano anterior. CORRETO


    Seu texto foi enviado para as câmaras municipais das principais cidades do Império, as quais juraram cumpri-la sem contestações. ERRADO. Não ficou jurado de que o texto constitucional iria ser fielmente cumprido, sem contestações. Algumas províncias, destaque para Pernambuco, não estavam satisfeitas com esse poder centralizador de D.Pedro I, o que acabou resultando na Confederação do Equador, posteriormente.


    "A nova Carta foi outorgada em 25 de março de 1824, e embora não diferisse muito da proposta que os deputados haviam discutido antes da dissolução da Assembleia Constituinte, trazia uma diferença fundamental: não emanava da representação da nação, (...) elaborada por um Conselho de Estado, instituído pelo imperador. A forma de governo definia-se como uma monarquia hereditária e constitucional e saía reforçado o caráter unitário do Império, por meio de um executivo forte e centralizado, com a soberania residindo no imperador e na nação (...). Por outro lado, ainda que não tivesse sido submetida à aprovação de uma assembleia, foi em seguida enviada às Câmaras Municipais para ser jurada, como efetivamente foi. Tal atitude, porém, não impediu manifestações nas províncias que se opunham ao centralismo do Rio de Janeiro". (SCHWARCZ, Lilian. HISTÓRIA DO BRASIL NAÇÃO: 1808-2010, Vol.1, p.104, 2014)

  • A constituição não foi votada e sim ortogada.

  • A questão se contradiz, como iria ter votação se a assembleia e legislativa foi fechada no ano anterior?

  • A Constituição de 1824 foi elaborada com base no projeto votado pela Assembleia Constituinte e Legislativa, fechada por D. Pedro I no ano anterior. Seu texto foi enviado para as câmaras municipais das principais cidades do Império, as quais juraram cumpri-la sem contestações.

    TRECHOS CORRETOS:

    • fechada por D. Pedro I no ano anterior: Noite da Agonia (12 de novembro de 1823)
    • foi enviado para as câmaras municipais das principais cidades: foi, de fato, enviada para algumas câmaras municipais. É por essa razão que Sérgio Buarque de Hollanda diz que a constituição foi "semi-outorgada" (embora nenhum autor concorde com isso

    TRECHOS ERRADOS

    • "A Constituição de 1824 teve como base o projeto votado pela Assembleia": não, o projeto era a "CONSTITUIÇÃO DA MANDIOCA", que previa um sistema fundado na soberania da Nação, prevalência do Parlamento, 3 poderes e responsabilidade dos ministros. A Constituição outorgada por Dom Pedro não diferia muito, porque era uma constituição monárquica liberal, no espírito de Cádiz, porém teve elementos muito distintos (Poder Moderador, Senado Vitalício, Conselho de Estado, soberania no imperador).
    • "juraram cumprir sem contestações": a resposta de Pernambuco à Constituição de 1824 foi a Confederação do Equador; algumas juraram, de fato, enquanto outros locais não manifestaram entusiasmo.
  • 1824 foi OUTORGADA!

    PMAL 2021

  • ERRADO:

    Constituição Brasileira de 1824 foi outorgada por Dom Pedro I em 25 de março de 1824. A primeira Carta Magna brasileira garantia a unidade territorial, instituía a divisão do governo em quatro poderes e estabelecia o voto censitário (voto ligado à renda do cidadão).

  • A Constituição de 1824 foi elaborada com base no projeto votado pela Assembleia Constituinte e Legislativa

    TUDO ERRADO

    FOI ORTOGADA

    IMPOSTA GUELA ABAIXO DO POVO

    GABARITO ERRADINHO

  • Claro que houve Contestação : Só Lembrar da CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR 1824 NO ESTADO DE PE.

    JUSTAMENTE CONTRA PEDRO I

  • A questão tava me confundindo todo, mas quando chegou na parte "SEM CONTESTAÇÃO", taquei o dedo no ERRADO ❌.

ID
2790610
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

As disputas entre D. Pedro I e a Câmara dos Deputados marcaram o Primeiro Reinado e resultaram na abdicação do imperador. Acerca do Primeiro Reinado e do período da Regência, julgue (C ou E) o item subsequente.


A política exterior adotada pelo Império no Primeiro Reinado recebeu duras críticas da Câmara dos Deputados. A condução da Guerra Cisplatina, o envolvimento com as questões da sucessão portuguesa e os termos dos tratados de amizade foram retratados na tribuna como fruto do governo pessoal e centralizador de D. Pedro I. 

Alternativas
Comentários
  • Questão CORRETA.

    O Primeiro Reinado foi alvo de críticas da população em geral. Foi um período marcado pelo aumento do poder político do Imperador através da Constituição de 1824, com a instituição do poder moderador, evidenciando o caráter despótico e autoritário de um governo que prometeu ser liberal. Fatos que geraram novas revoltas, insulflaram antigas, e levram à instabilidade o país (recém independente). Em 1825, a derrota na Guerra Cisplatina produziu danos políticos e econômicos. Problemas com importações, baixa arrecadação de impostos, dificuldade na cobrança por causa da extensão territorial, produção agrícola em baixa, causada pela crise internacional, levaram o Brasil a uma queda econômica bastante acentuada.

  • As questões da guerra da Cisplatina: a guerra trouxe inúmeras dívidas para o governo, instabilidade econômica e produziu danos políticas devido a sua derrota.

    Questões sucessórias no trono português: quando o pai de D. Pedro I morre, o filho passa a concentrar seus esforços e sua atenção nas questões sucessórias do trono português, preocupando o pessoal da elite, o ápice chega no momento em que o irmão, D. Miguel aplica um golpe e sucede a rei em Portugal.

    Gabarito: Certo

  • Questão correta.

    A política externa do Primeiro Reinado inicialmente atuou para conseguir o reconhecimento da independência no plano internacional. No entanto, a insistência do Imperador em manter gastos militares em razão da Guerra da Cisplatina, a possibilidade de união dos reinos do Brasil e de Portugal após morte de D. João VI e os grandes déficits gerados em razão dos tratados desiguais acabaram aumentando ainda mais a insatisfação da população, em especial das elites, com a ações tomadas por D. Pedro I. Além disso, a condução da política interna também deixou a desejar, principalmente depois que a Constituição de 1824 foi outorgada, quando o Poder Moderado foi instaurado e o Imperado passou a concentrar uma maior quantidade de poder em suas mãos. Todos esses acontecimentos contribuíram para que boa parte do apoio que D. Pedro possuía ao declarar a independência ficasse contra ele, inversão essa que acabou resultando na sua abdicação em 1831.

  • A política exterior adotada pelo Império no Primeiro Reinado recebeu duras críticas da Câmara dos Deputados. A condução da Guerra Cisplatina, o envolvimento com as questões da sucessão portuguesa e os termos dos tratados de amizade foram retratados na tribuna como fruto do governo pessoal e centralizador de D. Pedro I.

    Certo

    Dom Pedro investiu muito nas questões da política centralizadora com o poder moderador, exclusivo do imperador, envolvendo fatores como: condução da Guerra Cisplatina, o envolvimento com as questões da sucessão portuguesa e os termos dos tratados de amizade

  • Palavras da professora do vídeo:

    A condução da Guerra da Cisplatina (hoje Uruguai) por Dom Pedro I fez com que ele perdesse a província, território altamente estratégico pelo fato de dar acesso a três rios navegáveis (rio Paraná, rio Paraguai e rio Uruguai). No caso da sucessão, morre Dom João VI e Dom Pedro I era herdeiro, ele abdica do trono português para sua filha Maria da Glória (menor de idade) e envia ela para Portugal e envia seu irmão como regente para Portugal, o que não é bem aceito porque sua filha que seria rainha quando chegasse a maior idade. E os termos de tratado de Aliança e Amizade, Comércio e Navegação com a Inglaterra, foram renovados em 1827 que são profundamente desfavoráveis ao Brasil mas favorável a Portugal, portanto, sofre várias críticas como fruto de interesse de Dom Pedro I e do governo personalista e centralizador.


ID
2790613
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

As disputas entre D. Pedro I e a Câmara dos Deputados marcaram o Primeiro Reinado e resultaram na abdicação do imperador. Acerca do Primeiro Reinado e do período da Regência, julgue (C ou E) o item subsequente.


A Regência foi vista pelas elites provinciais como oportunidade de construção de uma monarquia federalista, o que responderia a certas expectativas de autonomia levantadas no momento de sua adesão à independência do Brasil. De fato, a discussão de peças legais que aumentavam a autonomia local teve início em finais no Primeiro Reinado e resultaram na promulgação, por exemplo, do Código Criminal, ainda em 1830, e do Código do Processo Criminal, em 1832.

Alternativas
Comentários
  • A regência foi chamada de "experiência republicana" pois foi um período em que as classes oligarcas tiveram amplo acesso ao controle político do país. Aproveitando-se da pouca idade do príncipe regente, os liberais - ainda não consolidados como partidos políticos - passaram a adotar uma série de medidas que ampliavam os poderes provinciais. Era uma forma de aumentar a autonomia dos latifundiários em detrimento do poder concentralizado do monarca. Além do Código Criminal de 1830 e do Código do Processo Criminal - que deu amplos poderes aos juízes de paz, controlados pelos grandes proprietários de terra - foram aprovados também os Atos Adicionais de 1834, que transformou a regência trina em Una, extinguiu o Conselho de Estado, criou as Assembleias Provinciais e transformou o RJ em município neutro.



  • GAB-C

  • Diante dos avanços alcançados até este momento das Regências, podemos notar que este período foi visto pelas elites provinciais como oportunidade de construção de uma monarquia federalista, o que responderia a certas expectativas de autonomia levantadas no momento de sua adesão à independência do Brasil. Assim como nas Regências, o processo de independência do Brasil representou grandes entraves com algumas províncias que não queriam se submeter ao governo recém-instalado no Rio de Janeiro.

    Sobre os anseios de maior autonomia das províncias, temos que a discussão de peças legais que aumentavam a autonomia local teve início em finais no Primeiro Reinado e resultaram na promulgação, por exemplo, do Código Criminal, em 1830, e do Código do Processo Criminal, em 1832.

    Resposta: Certo


ID
2790616
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

As disputas entre D. Pedro I e a Câmara dos Deputados marcaram o Primeiro Reinado e resultaram na abdicação do imperador. Acerca do Primeiro Reinado e do período da Regência, julgue (C ou E) o item subsequente.


A Cabanagem destacou-se entre os movimentos de contestação à Regência por sua duração (1835 a 1840), a despeito de ter se concentrado em um território muito restrito e com pequena participação popular.

Alternativas
Comentários
  • Movimento social ocorrido na província do Grão-Pará que depôs o governador da província na busca por maior participação política no Império.

     

    Gab. E

  • Questão ERRADA.

    A primeira parte é verdadeira, a Cabanagem ocorreu durante o Périodo Regencial, durou entre 1835 e 1840, todavia, a segunda parte está errada. A província do Grão-Pará compreende os atuais estados de Amazonas, Pará, Amapá, Roraima e Rondônia, portanto, não há como afirmar que trata-se de um território "muito restrito", além de ter sido uma das poucas revoltas do período regencial que congregou várias classes sociais.

  • A primeira parte está certa, aconteceu no período Regencial entre 1835-1840, mas ao contrário do que diz o enunciado teve muita  participação popular, a classe estava insatisfeita com as desigualdades sociais.

    SEDUC-CE 2018.... EM NOME DE JESUS

  • ERRADO

     

     

    A Cabanagem foi uma revolta popular que aconteceu entre os anos de 1835 e 1840 na província do Grão-Pará (região norte do Brasil, atual estado do Pará). Grande parte dos revoltosos eram pessoas pobres que moravam em cabanas nas beiras dos rios da região chamados de cabanos. O objetivo principal era a conquista da independência da província do Grão-Pará. Os cabanos pretendiam obter melhores condições de vida. Já os fazendeiros e comerciantes, que lideraram a revolta, pretendiam obter maior participação nas decisões administrativas e políticas da província.

  • - Cabanagem : 

    -ONDE ? (Pará)  -QUANDO ? (1835 - 1840) 

    -QUEM PARTICIPOU ? Cabanos, homens e mulheres pobres, negros, indígenas e mestiços que viviam em casas semelhantes a cabanas.

    -QUAIS OBJETIVOS ? Acabar com as desigualdades sociais e a exploração, defendiam o fim da escravidão e a distribuição de

    terras para os lavradores. 

    - OBTEVE ÊXITO ? NÃO , pois eram desorganizados e o movimento foi repreendido pelas tropas enviadas pelo governo

  • Ao contrário do que o item afirma, a Cabanagem foi um dos poucos movimentos de contestação à Regência que contou com ampla participação popular.

    Ademais, esta Revolta alcançou ampla área territorial, e se espalhou pelas bacias dos rios Amazonas, Madeira, Tocantins.

    Resposta: Errado

  • uma questão fácil pelo cargo da prova

  • Gabarito: Errado

    Datas são sempre um assunto controverso, entretanto a data apresentada pela questão não configura um problema e por esta razão foi a data que apresentei na parte teórica, afinal, está condizente com o entendimento das bancas examinadoras. Mas deixo a ressalva de que datas devem ser observadas com bastante cuidado. Outro aspecto da questão é quanto à Cabanagem ter se concentrado em um território muito restrito. Isso está incorreto, veja o mapa ao final da questão. Por fim, não foi pequena a participação popular, muito embora tenha começa com pequenos focos populares, foi ganhando corpo e contou com grande participação pupular.

    Portanto, item ERRADO.

  • Como uma guerra que dura CINCO ANOS tem pequena participação popular?

    Imagine, sei lá, 1000 pessoas lutando contra o exército brasileiro. A diferença é assustadora.

    Já mataria a questão só raciocinando.

    Como disse a professora Eulália Ferreira, a do comentário, a cabanagem teve "enorme participação popular".

  • Cabanagem (também conhecida como Guerra dos Cabanos) foi uma revolta popular e social ocorrida durante o Império do Brasil de 1835 a 1840, influenciada pela revolução Francesa, na antiga Província do Grão-Pará (abrangia os atuais estados do Pará, Amazonas, Amapá, Roraima e Rondônia) comandada por: Félix Clemente .

    Revolução Praieira ocorreu de 1848 a 1850 e foi motivada pelas disputas entre os praieiros e os conservadores. Os principais combates travados nessa revolução aconteceram no interior da província de Pernambuco, embora um grande ataque tenha sido liderado por Pedro Ivo contra Recife. Os praieiros saíram derrotados, e os conservadores permaneceram no poder.

    Revolta de Beckman foi uma revolta organizada pelos homens-bons de São Luís, por conta de suas insatisfações com medidas tomadas pela Coroa em questões relacionadas ao comércio local e o trato dos indígenas. Iniciou-se em 1684 e se estendeu até 1685, quando uma esquadra portuguesa conseguiu restabelecer o domínio português sobre a cidade maranhense. Os envolvidos com o movimento foram punidos de diferentes maneiras.

    Conjuração Mineira

    motivo principal da Inconfidência foi a questão da derrama. Tratava-se de uma operação fiscal realizada pela Coroa portuguesa para cobrar os impostos atrasados. O chamado quinto, como o próprio nome já indica, correspondia à cobrança de 20% (1/5) sobre a quantidade de ouro extraído anualmente(RICOS).

    Balaiada, chamada ainda Guerra dos Bem-te-vis, foi a mais longa e numerosa revolta popular ocorrida no Maranhão entre os anos de 1838 e 1841, com início em 13 de dezembro de 1838.()POBRES()

    Surgiu na Bahia, em 1798, um movimento social denominado A Revolta dos Alfaiates (Conjuração Baiana ou Inconfidência Baiana), que tinha como objetivo o rompimento dos laços coloniais com Portugal

    A Revolução Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos ou Decênio Heroico (1835 – 1845), ocorreu no Rio Grande do Sul e foi a mais longa revolta brasileira.

    Durou dez anos e protagonizou batalhas entre Imperialistas, que pregavam a manutenção do Império, e Republicanos, que lutavam pela proclamação da República Rio-Grandense.

    A liderança era da classe dominante gaúcha, formada por fazendeiros de gado, que contavam com o apoio da população rural nas lutas.

    Emboabas, deve-se lembrar que este nome é dado ao grupo de migrantes, portugueses ou não, que envolveu-se em uma disputa pelo direito de exploração das minas na região de Minas Gerais, entre 1707 e 1709. ... Os paulistas atraíram os emboabas para uma armadilha.

  • Galera q tiver estudando para pmal, cbmal e pcal tenho materiais em pdf. Todos esquematizados e com questões tudo atualizado.

    wpp(82) 98205_7012

  • errado:

    Cabanagem, Cabanada ou Guerra dos Cabanos foi uma revolta ocorrida entre 1835 a 1840 na antiga província do Grão-Pará (atualmente Pará, Amazonas, Amapá, Roraima e Rondônia). Esse movimento teve como causa a extrema pobreza pela qual a região passava e o abandono político após a Independência do Brasil.

  • Cabanagem é diferente de CABANADA

    cuidado pessoal

  • Durou 5 anos. Grande participação popular.

  • Cespe ama essa locução A despeito, viu kk

  • Cabanagem (1835 – 1840) A rebelião teve início no ano de 1835 em Belém, então uma cidade de 12 mil habitantes com poucos brancos e maioria de indígenas, escravos e mestiços, após desentendimentos na elite sobre a escolha do novo presidente da província que, então, bem poucos laços tinha com o Rio de Janeiro: foi então proclamada a independência. Belém foi então atacada por uma tropa integrada na maioria por mestiços, índios, negros, dentre os quais destacou-se como líder o cearense Eduardo Angelim, que para aquela província migrara após grande seca, e contava então 21 anos. Chamados de cabanos, os rebelados tinham por objetivos restaurar o Pará ao Brasil, a defesa de D. Pedro II como monarca e o combate aos estrangeiros. Seu saldo dos anos de lutas, em que os legalistas venceram, foi a morte de 20% da população da província, sua desestruturação econômica e a destruição da capital


ID
2790619
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que a questão servil, como denominada por D. Pedro II em sua fala do trono em 1865, foi elemento fulcral na formação da sociedade brasileira, julgue (C ou E) o próximo item, relativo à escravidão no Império brasileiro.


A despeito do longo histórico das pressões inglesas, o tráfico de escravos para o Brasil passou a ser tipificado como ilegal apenas em 1850, quando o contexto interno tornou-se favorável à adoção dessa tipificação.

Alternativas
Comentários
  • Há 2 erros nessa questão: 1. A proibição do tráfico ocorreu em 1831 ( apesar da eficácia da lei ser muito limitada). Eis uma transcrição dela: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei_sn/1824-1899/lei-37659-7-novembro-1831-564776-publicacaooriginal-88704-pl.html 2. Ainda não havia conjuntura interna favorável. Apenas na década de oitenta 90% da força de trabalho já havia sido substituída e mesmo abdicar desses 10% remanescentes custou ao Império sua governabilidade.
  • Apesar do erro inicial (Lei Feijó de 1831 já previa isso), acho que a parte do "contexto interno favorável" pode estar correta.

    Alguns fatores presentes em 1850 cf JMC e discurso de Eusébio de Queiroz em 1852 (p.301-02):

    -Perigo quanto ao desequilíbrio social após grande aumento de importação de escravos após a Lei Aberdeen

    -Grande número de mortes e altas taxas de juros cobradas, transferindo renda dos agricultores para os traficantes

    -Vontade e poder do governo de repreender novas tentativas de tráfico, após seu fortalecimento com medidas centralizadoras de 1840, 1841 e 1850


    Fonte: JMC, Teatro das Sombras. Capítulo 2.

  • Ainda havia o Tráfico Inter-Provincial,que era a venda de escravos do Nordeste para o Rio de Janeiro,por curiosidade Porto de Galinhas,era um porto onde havia venda de escravos,tanto que "galinhas" eram os escravos,diziam tem galinhas no porto,era justamente um código para esse fundamento.

  • LEI BILL ABERDEEN EM 1845

    TORNOU-SE UM GRANDE PROBLEMA PARA OS ESCRAVOCRATAS BR

  • Questão incorreta, somente a parrir de 1850 passou a ser ilegal o tráfico internacional ... Em 1845 foi feita a lei inglesa, contudo, o Brasil não a adotou
  • O único erro na alternativa é a palavra "APENAS", visto que o tráfico de escravos havia sido proibido no ano de 1831, pela lei Feijó, não apenas no ano de 1850;

    Quantidades de escravos que entraram no país:

    -Antes da Lei Eusébio de Queiroz (1849): 54 mil

    -No ano da Lei (1850): 23 mil

    -No ano seguinte(1851): Em torno de 3300

  • A proibição do comércio de escravos não ocorreu a partir do momento em que o contexto interno brasileiro tornou-se favorável para tal, mas sim por conta da pressão internacional, especialmente dos ingleses, que o Brasil passou a sofrer.

    Gabarito: Errado.

  • ERRADO, A PROIBIÇÃO ACONTECEU EM 1831

  •  (...) "contexto interno tornou-se favorável à adoção dessa tipificação." ERRADO

  • Além da Lei Feijó (já aponta um erro na questao), não há contexto interno favorável. O governo brasileiro cedeu por bem o que lhe seria tirado à força. As medidas unilaterais inglesas não recuavam

  • A lei pra inglês ver não foi a Eusébio de Queirós, mas a Lei Feijó de 1831. Porque ela não pegou, e só em 1850 é que o tráfico começou a ser efetivamente combatido, por meio da Eusébio de Queirós. Tá no Boris Fausto.

  • Ocontexto interno não se tornou favorável à adoção dessa tipificação.

    ERRADA

  • Vários comentários errados.

    A Lei de 1850 (Euzébio de Queiroz) NÃO FOI lei para inglês ver. A proibição do tráfico de escravos aconteceu em 1831, com a Lei Feijó, porém esta tornou-se, especialmente após 1834 (com a ascensão do grupo saquarema) em lei para inglês ver. Com o regresso conservador (a partir de 1837), ela se torna definitivamente letra morta.

    A Lei Euzébio surtiu, sim, efeitos imediatos. O número de escravos aportados decresceu continuamente, sendo o último navio registrado em 1856. Consequências da lei foram o aumento do tráfico interprovincial, a liberação de capitais e surto industrial da década, início dos debates sobre a imigração e alteração lógica de uma sociedade escravista (antes, até os escravos tinham escravos) para o uso de mão de obra escrava cada vez mais restrita às plantações de café.

  • O tráfico negreiro para o Brasil foi considerado inválido desde a proteção dos ingleses à Família Real( escolta daquela a esta ) , em 1808, sendo ampliada com a lei Feijó de 1831. No entanto, isso não era cumprido. Por isso, que hoje falamos ´´Lei para inglês ver``, pois, apesar de formado o pacto, nada se cumpriu.

  • ERRADO:

    Promulgada em 7 de novembro de 1831, a primeira lei de proibição do tráfico Atlântico de escravos para o Brasil é origem de uma das expressões mais populares no país, sempre utilizada quando se deseja fazer referência, sobretudo, a dispositivos legais pouco ou nada efetivos: “lei para inglês ver”.

  • A despeito do longo histórico das pressões inglesas, o tráfico de escravos para o Brasil passou a ser tipificado como ilegal apenas em 1850, quando o contexto interno tornou-se favorável à adoção dessa tipificação.

    Outra coisa que poucos sacaram na questão, o contexto interno nunca esteve favorável, aliás, até hoje não está...

  • Promulgada em 7 de novembro de 1831, a primeira lei de proibição do tráfico Atlântico de escravos para o Brasil

    GARARITO ERRADINHO

  • Os ricos iriam aprovar isso em desfavor deles próprios? sei não viu! kkkkkk

ID
2790622
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que a questão servil, como denominada por D. Pedro II em sua fala do trono em 1865, foi elemento fulcral na formação da sociedade brasileira, julgue (C ou E) o próximo item, relativo à escravidão no Império brasileiro.


O projeto da chamada Lei do Ventre Livre foi inicialmente discutido no Conselho de Estado, sob a demanda de D. Pedro II, e aprovado pelo parlamento, sob a ação do Visconde do Rio Branco. Se, por um lado, a lei garantiu aos proprietários a manutenção da mão de obra escrava, por outro, pôs em questão a legitimidade dessa instituição e ampliou as expectativas de liberdade dos cativos.

Alternativas
Comentários
  • questão CORRETA.

    O Governo vinha sendo pressionado pela Inglaterra para tomar providências quanto à escravidão. O projeto é elaborado pelo gabinete do conservador Visconde do Rio Branco, por isso é também conhecida como Lei Rio Branco.  Foi resultado de ampla discussão no parlamento e aprovada na câmara contando com 65 votos favoráveis e 45 contrários.

    Mais do que garantir a liberdade aos filhos de mulheres escravizadas nascidos após 1871, a Lei do Ventre Livre garantia a transição lenta e gradual para a mão-de-obra livre, ampliando a expectativa de liberdade dos cativos, como afirmou a questão.

  • A lei do Ventre Livre nasceu do discurso de Dom Pedro II durante a abertura da sessão legislativa de 1867. Na chamada "Fala do Trono", o monarca pedia aos legisladores que esboçassem projetos que extinguissem a escravidão no Brasil de forma gradual.

    Lei do Ventre Livre ou Lei Rio Branco (Lei nº 2040) é considerada a primeira lei abolicionista do Brasil.

    Foi apresentada pelo senador Visconde do Rio Branco (1819-1880), do Partido Conservador, e sancionada pela Princesa Isabel em 28 de setembro de 1871.

    A lei, entre outras resoluções, concedia liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data.

    Segundo a Lei do Ventre Livre:

    “Art. 1º Os filhos da mulher escrava que nascerem no Império, desde a data desta lei, serão considerados livre.

    Parágrafo 1º Os ditos filhos menores ficarão em poder e sob a autoridade dos senhores de suas mães, os quais terão a obrigação de criá-los até a idade de 8 anos completos.

    Parágrafo 2º Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da mãe terá a opção ou de receber do Estado a indenização de 600 mil-réis ou de utilizar-se dos serviços do menor até a idade de 21 anos completos.”

  • No entanto essa lei só foi um enxuga gelo, visto que, a criança quando nascia vivia com a mãe do nascimento até os oito anos de idade, depois dali tinha que trabalhar para o senhor pra pagar todas as despesas com ele do nascimento até os 8 anos de idade, ou seja, continuava meio que escravo de novo. Só lembrando que essa lei teve foi resultado de bastante influência dos soldados negros que voltaram da guerra do Paraguai, querendo ser valorizados, visto seu grande valor naquela guerra em que voltaram como heróis, pressionaram as camadas na ideia de que queriam libertar também suas famílias, e o governo pra conter esse pensamento dando o ar de direito pensa na criação de uma lei para conter os animos. O que vem mais ou menos um ano depois essa lei do ventre livre.

  • CERTO:

    Lei do Ventre Livre foi promulgada em 28 de setembro de 1871 após ser aprovada no Legislativo brasileiro. Uma das leis abolicionistas decretadas ao longo do século XIX para abolir gradualmente a escravidão no Brasil, ela determinava que os filhos de escravizadas nascidos a partir de 1871 seriam considerados livres.

    Essa lei criou dois cenários para dar liberdade aos filhos de escravas, e um desses cenários previa uma indenização aos senhores de escravos. Além disso, contribuiu para enfraquecer a legitimidade que a escravidão tinha na sociedade brasileira e foi usada pelo movimento abolicionista para combater a escravidão.


ID
2790625
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que a questão servil, como denominada por D. Pedro II em sua fala do trono em 1865, foi elemento fulcral na formação da sociedade brasileira, julgue (C ou E) o próximo item, relativos à escravidão no Império brasileiro.


O movimento abolicionista brasileiro se deu a partir da década de 80 do século XIX e foi marcado pelo isolamento internacional, uma vez que o Brasil era o último país ocidental a manter a escravidão. A base desse movimento no Brasil era a defesa do direito natural à liberdade.

Alternativas
Comentários
  • Questão ERRADA.

    O movimento abolicionista brasileiro é anterior a década de 80 do século XIX. 

    Outros países, antes do Brasil, passaram pelo processo do abolicionismo. Foi a Dinamarca o primeiro país do mundo a abolir a escravidão, em 1792, lei que só entrou em vigor, em 1803.

    No Brasil os movimentos populares de caráter abolicionista começaram no final do século XVIII, mas somente ganham força na metade do século XIX.

    Lei Feijó - 1831

    Lei Eusébio de Queiroz: 1850

    Lei do ventre livre: 1871

    Lei dos sexagenários: 1885

    Lei Áurea: 1888

     

  • Ainda em relação à década de 80 do século XIX, Cuba manteve, durante alguns anos, o regime escravocrata. A abolição lá ocorreu em 1886.

  • Adicionando ao comentário dos colegas, o movimento abolicionista, além de não começar na década de 80, definitivamente não estava isolado. Figuras como Nabuco e Patrocínio estiveram em constante contato com autoridades internacionais - inglesas, americanas, espanholas e outras - como forma de ganhar apoio internacional. Além disso, o direito natural a liberdade não era o principal argumento em favor da abolição.

  • Apesar de ter alcançado o sucesso esperado apenas na década de 80 do século XIX, o movimento abolicionista brasileiro deu os seus primeiros passos na década de 1830.

    Organizado politicamente, porém, esse movimentou começou a atuar de maneira relevante a partir da década de 1870.

    Gabarito: Errado.

  • Em síntese, podemos dizer que os movimentos abolicionistas decorrem de interesses ingleses/econômicos.

  • Íris Cruz,

    acho que o isolamento a que a questão queria se referir não era do movimento abolicionista e sim do Brasil como nação, frente a comunidade internacional, por ser o último país ocidental que mantinha a escravidão, que é o que vem explicado logo após a vírgula (o Thiago Francisco informou que Cuba ainda manteve a escravidão até 1886, mas Cuba não era um país independente naquele momento, estava sob domínio Espanhol).

    Porque é meio lógico que se o Brasil era o último país ocidental a manter a escravidão, haveria apoio de outros países para movimentos abolicionistas aqui. Mas, de fato, a afirmativa ficou mal escrita

    Bons estudos!

  • Adicionando ao comentário dos colegas, o movimento abolicionista, além de não começar na década de 80, definitivamente não estava isolado. Figuras como Nabuco e Patrocínio estiveram em constante contato com autoridades internacionais - inglesas, americanas, espanholas e outras - como forma de ganhar apoio internacional. Além disso, o direito natural a liberdade não era o principal argumento em favor da abolição.

  • O processo abolicionista começou antes da década de 80

    Gab:E

  • O movimento abolicionista brasileiro se deu a partir da década de 80 do século XIX e foi marcado pelo isolamento internacional, uma vez que o Brasil era o último país ocidental a manter a escravidão.{UM DOS ULTIMOS} A base desse movimento no Brasil era a defesa do direito natural à liberdade.

  • A questão se mantém correta até falar que o Brasil era o último país ocidental a manter a escravidão.

    A escravidão ainda perdurou até o século 20 em alguns países do mundo.

  • A PRESSAO DOS INGLESES FOI MUITO FORTE PARA O MOVIMENTO ABOLOCIONISTA

    O BRASIL DEMOROU MUITO A ABOLIR A ESCRAVIDAO

  • ERRADO❌! Vale deixar uma OBS: O Brasil foi o ultimo país do Ocidente a abolir a escravidão. Às vezes as pessoas falam que foi o último das Américas, mas não. De fato, era chamado na época de 'retardão'. .

ID
2790628
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que a questão servil, como denominada por D. Pedro II em sua fala do trono em 1865, foi elemento fulcral na formação da sociedade brasileira, julgue (C ou E) o próximo item, relativo à escravidão no Império brasileiro.


O fortalecimento das ideias racistas foi um dos desdobramentos da ação da denominada Geração de 1870 e influenciou a condução dos debates acerca da escravidão em seus anos finais e, principalmente, sobre a eleição da imigração europeia como caminho preferencial para a formação da mão de obra assalariada pós-abolição.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: CERTO 

    Para os homens que constituíram a chamada Geração de 1870, a questão racial era tema de primeira ordem. A preocupação com o futuro do país e com os atributos dos novos cidadãos era pautada em critérios raciais.

    sobre a eleição da imigração europeia como caminho preferencial para a formação da mão de obra assalariada pós-abolição, a escravidão teria marcado não somente o cativo, mas toda a sociedade brasileira, que não tinha valores voltados para a labuta, para o desenvolvimento industrial e para o investimento nas técnicas de produção. Além da substituição de mão de obra, o imigrante europeu era visto como uma contribuição positiva para a formação de exemplos culturais no processo de integração do negro à sociedade brasileira.

    Fonte: http://revista.uniabeu.edu.br/index.php/RU/article/view/376/pdf_138

     

  • que contibuição massa, laís!

  • A explicação da professora Eulália Ferreira está muito boa!

  • Super concordo!

  • Logo, em resumo (só esquematizei a questão)

    1) O fortalecimento das ideias racistas foi um dos desdobramentos da ação da denominada Geração de 1870 ---> Influenciou a condução dos debates acerca da escravidão em seus anos finais

    2) A eleição da imigração europeia como caminho preferencial para a formação da mão de obra assalariada pós-abolição.

    GABARITO "CERTO"

  • Gabarito Certo.

    Nas palavras de João Ehlert Maia, "Como tratar de forma original um tema tão familiar à imaginação intelectual brasileira como esse, o da famosa "geração 1870"? Como apreender o sentido dessa geração, que abriga nomes tão díspares quanto Joaquim Nabuco, Alberto Salles, Sílvio Romero, Lopes Trovão, entre tantos outros? Como interpretar sociologicamente um conjunto que reúne liberais, republicanos, positivistas e federalistas, todos às voltas com Spencer, Comte e Darwin? Uma alternativa seria seguir o padrão que parece lentamente se impor nas áreas de estudos voltadas para o chamado "pensamento social brasileiro": o tratamento monográfico de autores e obras, recurso que permitiria maior precisão conceitual e interpretativa diante das generalizações esquemáticas. Essa alternativa, que já rendeu excelentes pesquisas e ainda pode render outras, não é a seguida por Ângela Alonso em Idéias em movimento: a geração 1870 na crise do Brasil Império."

    Bruno Gontyjo do Couto diz em seu artigo que "Desde a década de 1850, as bases materiais e simbólicas do Império vinham se desestruturando. No âmago desse período de crises e transformações, uma série de grupos e atores sociais que viviam e incorporavam esse período de diferentes perspectivas, começaram a gestar – direta e indiretamente, consciente e inconscientemente, por meio do cruzamento de práticas e discursos – um novo projeto de país, um novo projeto de sociedade: um projeto de “Civilização” inspirado na realidade que despontava no Velho Mundo. Dentro desse contexto, a chamada geração intelectual de 1870 assume a missão de formular análises e perspectivas sobre o país com o objetivo final de traçar o caminho que constituiria o Brasil como um país civilizado. Em suas análises, descobrem o “problema” da indefinição racial e da falta de integração nacional como obstáculos a serem superados nesse sentido, propondo uma série de projetos de intervenção."

    Nas palavras de Boris Fausto, "a resposta à segunda pergunta tem que ver com a argumentação racista que ganhou a mentalidade dos círculos dirigentes do Império, a partir de autores europeus como Buckle e Gobineau. Eles não desvalorizavam apenas os escravos, ou ex-escravos. Os mestiços nascidos ao longo da colonização portuguesa eram também considerados seres inferiores, e a única salvação para o Brasil consistiria em europeizá-lo o mais depressa possível." Fonte: Boris Fausto - História do Brasil. Edusp, 2015.

  • O crime do art. 1º, §1º, não exige dolo específico. Isso é pacífico na jurisprudência.

    Trata-se, sim, de tortura, e esse é um caso concreto julgado pelo STJ.

  • Exato Norton

  • Exato Norton


ID
2790631
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A história da República brasileira foi marcada por rupturas institucionais. Com relação às crises na República, julgue (C ou E) o seguinte item.


A governabilidade do Brasil durante a chamada República Oligárquica foi alcançada com o que a historiografia convencionou chamar de Política dos Governadores, instituída por Campos Sales. Essa medida tornou possível a articulação entre os interesses das oligarquias estaduais e os do governo federal. O frágil equilíbrio então alcançado teve fim com a crise da década de 20 do século passado, que levou a disputas entre as oligarquias de São Paulo e de Minas Gerais e resultou no início do Governo Vargas em 1930.

Alternativas
Comentários
  • Questão CORRETA.

    Campos Sales inaugurou a política dos Governadores. Tal política propiciou o dominio do país pelos "grandes estados", através da política café com leite, deixando claro o poder das grandes oligarquias paulistas e mineiras, os estados mais populosos da Federação. A articulação entre os interesses das oliarquias estaduais e o Governo Federal  visava manter o controle político. A década de 20 foi marcada por revoltas, greves e outros acontecimentos que levaram a economia à grande fragilidade. A insatisfação de parcelas da população, aliada a fatores como vulnerabilidade do regime oligárquico, grande instabilidade do período, levaram ao fim a política café com leite, com a vitória de Júlio Prestes. Todavia, um golpe de estado não o deixa assumir a presidência e Getúlio Vargas assume a chefia do Governo provisório, em 1930.

  • n entendi isso. a crise da década de 20 do século passado

  • Essa crise da década de 20 por ser entendida também pelo início dos levantes tenentistas. Como por exemplo : os 18 do forte, em 1922.

  • dentre as crises, tivemos revoltas de cunho militar do baixo escalão contra a república oligárquica, denominada tenentismo.

    Somado-se a isso, as crises cafeeiras cujas as ajudas da União sempre foram alvo de críticas por parte dos outros Estados, sobretudo Minas e Rio Grande do Sul.

    Quanto a instituição da política dos governadores, conforme Boris Fausto:

    "Campo Sales concebeu um arranjo conhecido como política dos governadores. Seus objetivos podem ser assim resumidos: reduzir ao máximo as disputas políticas no âmbito de cada estado, prestigiando os grupos mais fortes; Chegar a um acordo básico entre União e Estado; por fim à hostilidade entre executivo e legislativo, domesticando a escolha dos deputados. O governo central sustentaria assim os grupos dominantes nos Estados, enquanto estes apoiariam, em troca, a política do presidente da república.""

  • Correto!

    SP apoiou Julio Prestes e MG apoiou o gaúcho Getúlio Vargas,

    Julio Prestes foi eleito, porém sofreu um golpe e quem assumiu foi Vargas, dando início a Era Vargas com o governo provisório.

  • Getúlio, que governou durante 15 anos sem um mínimo voto direto, um dos caras que mais colocou o Brasil pra frente, apesar dos pesares.

    Correto.

  • Lindo.Questão que merece um CERTO bem marcado!

  • Crise da oligarquia

    Movimentos tenentistas > insatisfeitos, jovens militares se rebelaram; Coluna prestes > movimento político-militar, ligado ao tenentismo. 


ID
2790634
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A história da República brasileira foi marcada por rupturas institucionais. Com relação às crises na República, julgue (C ou E) o seguinte item.


O projeto modernizador implantado na Era Vargas teve resultados modestos. O Brasil continuou a ser um país marcadamente rural e a industrialização promovida foi insuficiente para mudar o perfil do eleitorado. Isso explica a facilidade com que os opositores destituíram Vargas do poder, em 1945, a despeito do apoio dos trabalhadores beneficiados com a Consolidação das Leis do Trabalho.

Alternativas
Comentários
  • Aconteceu justamente o contrário disso.

  • ERRADA


    "Quando se encerrou o segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954), o Brasil havia passado por uma série de mudanças estruturais que ganharam velocidade a partir da década de 1930. Essas mudanças diziam respeito principalmente às bases do desenvolvimento, ao modelo econômico adotado, à ênfase na industrialização orientada pelo Estado, à liberalização política e ao controle social e sindical.


    Nas décadas de 1930 e 1940, fez-se a travessia do mundo rural para o mundo urbano industrial, com profundas repercussões em vários aspectos da vida do país. Uma das mais importantes, do ponto de vista político, foi a emergência do populismo como recurso de poder para autoritários e democratas, e a incorporação ao processo político de toda a população alfabetizada maior de 18 anos. A urbanização cresceu de forma acelerada, facilitando a expansão desordenada das cidades. O Brasil vivia o que se chamava então de um intenso processo de "modernização" política e econômica e sofria todos os impactos, positivos e negativos, daí decorrentes."


    Fonte: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/OBrasilQueVargasDeixou/BasesDesenvolvimento

  • Governo de Vargas ficou conhecido como Brasil URBANO.

  • A questão tem como gabarito ERRADO não pelos motivos que já citaram nos comentários.

    Esta errada primeiro em dizer que houve facilidade na retirada de Vargas do poder e segundo por citar um motivo errado.

    1 - O processo de urbanização do Brasil só se intensificou de forma significativa a partir da década de 50 e na década de 70 a população urbana já era maior que a rural. Resumindo, no final do Estado Novo(1945) ao qual a questão se refere, o Brasil era sim marcadamente rural.

    2 - Os motivos da queda de Getúlio tem relação direta com o apoio dele aos aliados na 2 Guerra Mundial. Isso deu margem a oposição, visto que era contraditório um governo ditatorial lutando contra sistemas ditatoriais(Alemanha, Itália e Japão). Isso gerou descontentamento inclusive no próprio governo onde tinha ministros que apoiavam o nazifascismo.

    3 - A saída de Vargas ocorrera por imposição militar visto que existia o risco de Vargas dar continuidade a ditadura e tinha um apoio popular(QUEREMISMO).

  • "Os deslocamentos de população no Brasil tiveram um período intenso, que foi marcado pelos anos 1960-1980, quando grandes volumes de migrantes se deslocaram do campo para a cidade, delineando um processo de intensificação da urbanização e caracterizando áreas de expulsão ou emigração". Fonte: Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no Brasil - 2011 - IBGE

    Assim, o fenômeno urbano ainda não era uma realidade, como afirmado pela questão. No entanto, como o colega Roger Reis disse acima, a participação do Brasil nas lutas contra o nazifascismo geraram inquietações internas. Somadas à crescente oposição ao Estado Novo condensada na UDN e ao apoio militar, resultaram na forçada renúncia de Vargas.

  • Incrível como tem gente com coragem de contestar a FGV...

  • LEIS TRABAHISTA SÓ VALIA PARA AS CIDADES

  • Questão toda errada, aconteceu o contrário isso sim

    Só lembrar: Vargas pai do pobre e mãe do rico

    GAB: E

  • PMAL 2021

  • Errado! nesse período o Brasil passava por período rural agrário para o urbano industrial.

  • ERRADO

    No período da ERA VARGAS houve avanço no setor industrial, implantação de alguns direitos sociais e o consequente ÊXODO RURAL

  • " teve resultados modestos." o golpe foi tentado já aqui...

    resultados foram importantíssimos

    perfil do eleitorado mudou, principalmente na área urbana beneficiados com a política de vargas (leis trabalhistas) já o campo permanece 99% da mesma forma. acontece um êxodo rural do campo para a cidade em busca de melhores condições de trabalho. Com isso claro que o perfil do eleitorado muda.

    em 1945 vargas não saiu por questões econômicas e sim por uma inadequação entre o que vargas defendia (democracia) e o que ele praticava (ditadura). Vargas tinha apoio popular em 1945 pra ser reeleito com voto popular mas opositores destituíram ele no golpe utilizando essa contradição entre o que vargas defendia e praticava.

  • 1930 -1934 Governo provisório

    1934- 1937 Gov. constitucional

    1937- 1945 Estado Novo

    1946 -1950 Gov. de Eurico

    1950-1954 Varguinhas volta ao poder

  • Ngm disse o principal: Vargas se relacionou politicamente com a burguesia e, com esse grupo, iniciou o processo de industrialização (nacional desenvolvimentismo).

  • parei em "resultados modestos "

    GAB ERRADO!

  • Foi tão fácil destituir o cara que ele precisou se matar para deixar a presidência vaga. kkkkkk

  • êxodo rural = deixando de ser essencialmente rural.

  • GAB.: ERRADO

    O Brasil foi de um país rural e agrário a um país urbano e industrial.

  • Vargas deu início ao desenvolvimento industrial no Brasil.

    Basta lembrar da Usina de Volta Redonda que ele conseguiu, desembolsar o "capital" estrangeiro dos EUA, como acordo ao apoio na 2ª Guerra Mundial.

  • Vargas deu início ao desenvolvimento industrial no Brasil.

  • Vargas deu início ao desenvolvimento industrial no Brasil.

  • Teve até o Queremismo. Os trouxas que queriam Vargas de volta devido ao agrado dele com as Leis Trabalhistas

  • O projeto modernizador implantado na Era Vargas teve resultados modestos. O Brasil continuou a ser um país marcadamente rural e a industrialização promovida foi insuficiente para mudar o perfil do eleitorado. Isso explica a facilidade com que os opositores destituíram Vargas do poder, em 1945, a despeito do apoio dos trabalhadores beneficiados com a Consolidação das Leis do Trabalho.

    • erros

  • A POLITICA DO CAFE , NA ERA VARGAS

    GABARITO ERRADO

  • O BRASIL PASSOU A SER URBANO

  • MODESTO- simples, pouco relevante. Gabarito: ERRADO
  • ERRADO.

    Devido à participação no conflito, Getúlio sofreu uma forte oposição interna. Seus opositores pressionaram o governo e pedia a saída de Vargas, devido a uma contradição: Na política interna Getúlio mantinha no país uma ditadura, mas na política externa apoia e manda brasileiros para lutar pela democracia contra o autoritarismo fascista. Esta contradição levou Vargas a abandonar o poder em 1945.

    FONTE: PDF Estratégia Concursos.

  • Durante o primeiro período de Vargas no poder, entre 1930 - 1945. O brasil experimentou processo expressivo de industrialização. Em especial após a 1937 e definitivamente após as tratativas para entrada do brasil na Segunda Guerra, onde se obteve o capital para financiamento de industria de base no país. São dessa época a CSN (companhia siderúrgica Nacional), a Vale do Rio Doce, a CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) e a FNM (fabrica nacional de motores).


ID
2790637
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A história da República brasileira foi marcada por rupturas institucionais. Com relação às crises na República, julgue (C ou E) o seguinte item.


A Guerra Fria marcou profundamente a política brasileira durante a experiência liberal, entre 1945 e 1964. A aproximação do Brasil com os Estados Unidos da América resultou na ilegalidade do Partido Comunista, alijado das eleições para a formação da Assembleia Constituinte de 1946. 

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    Nas eleições para a constituinte, o PCB teve a maior representatividade da sua história, tendo sido o partido posto na ilegalidade apenas após a promulgação da constituição, já no ano de 1947. 

     

    (Prof. Rômulo Dias)

     

    -----

     

    "(...) Dutra já assume querendo fechá-lo [o Partido Comunista do Brasil - PCB], e houve tentativas para fazer isso durante a Assembleia Constituinte que não prosperaram. Aprova-se um decreto que proíbe partidos que recebessem recursos estrangeiros e o artigo 141 da Constituição proibia agremiações cujas propostas violassem os princípios democráticos. Ao mesmo tempo que a polícia de Dutra inicia uma ofensiva contra os comunistas apreendendo material e os reprimido, como se ilegais fossem. Eram a 4a maior bancada do Congresso, e em São Paulo e Salvador haviam conseguido bancadas estaduais ainda maiores. O Tribunal Superior Eleitoral cassou, em maio de 1947, por três votos à dois, o registro do partido que se tornou novamente ilegal após viver sua fase mais forte no Brasil. Pesou na decisão a entrevista de Luís Carlos Prestes alegando que em uma eventual guerra entre a URSS e o Brasil, lutaria pela URSS. Tinha durado dois anos na legalidade. Seus deputados e o Senador Luís Carlos Prestes ainda resistiram na Câmara, alegando que não representavam o partido, mas o povo que os havia elegido. Não funcionou, meses depois foram cassados também, após a longa “batalha das cassações” que durou de julho à dezembro de 1947. (...)"

     

    (Prof. João Daniel Lima de Almeida, Manual do Candidato de História do Brasil, Ed. FUNAG, 2013, p. 420).

     

     

  • Durante a experiência liberal, de fato, houve uma postura pró-norte americanos, mas somente no início, isto é, com Dutra e Vargas, quando Jânio e Jango assumem o poder, eles saem desse alinhamento e se estabelecem junto aos soviéticos e chineses, tanto é que isso foi um dos motivos para os EUA apoiarem o Brasil na instauração do Regime Militar.

  • ERRADO. A aproximação entre EUA e Brasil não explicam, por si só, a ilegalidade do PCB. Em verdade, o PCB é cassado após entrevista de Prestes falando que lutaria pela URSS em caso de guerra do país contra o Brasil.

    Além disso, após protestos dos soviéticos, Dutra rompe relações com a URSS. Em suma, a ilegalidade do partido e o rompimento com a URSS têm mais de questões internas do que externas. 

  • A ilegalidade do partido comunista não foi causada por pressão estadunidense, mas sim por visões de política interna.

  • Os comentarios aqui mais atrapalham do que ajudam, va direto para a explicacao da professora e nao perca tempo com comentarios que so confundem ainda mais.


ID
2790640
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A história da República brasileira foi marcada por rupturas institucionais. Com relação às crises na República, julgue (C ou E) o seguinte item.


A forte crise política e econômica que assolou o Brasil no início da última década de 60 resultou em ruptura institucional, com a queda do governo de João Goulart e a ascensão dos presidentes militares. A legitimidade destes foi construída a partir da velha fórmula ordem e progresso. Dentro dos esforços de manutenção da aparente normalidade institucional, foi outorgada a Constituição de 1967, que viria a ser alterada pela Emenda Constitucional de 1969. Essa alteração foi bastante pontual e teve por objetivo pequenas adequações da Carta Magna ao estabelecido pelo AI-5. 

Alternativas
Comentários
  • Olha pegadinha: "

     "Essa alteração foi bastante pontual e teve por objetivo pequenas adequações da Carta Magna ao estabelecido pelo AI-5". 

    Ela me pegou também.

    :/ 

    A Emenda ampliou bastante o raio de ação do poder executivo. Incorporou todos os A.Is  editados até então e não apenas o A.I 5. Além disso, na Emenda foi "re-publicada" a CF de 67 e , com suas alterações, abriu-se o precedente para várias novas Emendas além da extrapolação do poder Executivo para além do limite Constitucional. 

     

     

    finthttps://pt.wikipedia.org/wiki/Emenda_Constitucional_n.%C2%BA_1_%C3%A0_Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1967

     

    http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/emenda-constitucional-n-1-1969

     

    http://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1960-1969/emendaconstitucional-1-17-outubro-1969-364989-publicacaooriginal-1-pl.html

     

  • normalidade ?

  • pequenas adequações????

    normalidade...

  • pequenas nao, e sim grandes!!!
  • Tirou a Constituição de 1946 e implantou a Constituição Ditatorial de 1967.

    As medidas tiveram grandes adequações , como: fechamento do Congresso Nacional, fim do Habeas Corpus, dentre outros.

    Gabarito: E.

    PM AL 2021

  • A alteração foi dramática, não pontual, tanto que há constitucionalistas que defendem que a EC de 1969 pode ser considerada uma nova constituição

  • 1967 constituicao foi promulgada

  • mesmo se tratando de um periodo militar, a constituição de 67 foi promulgada.

  • qc: esta na hora de abolir os comentarios de professores em video. nao sei se perceberam, mas ninguem curte!

  • sobre a de 1967...

    O contexto predominante nessa época era o autoritarismo e a política da chamada segurança nacional, que visava combater inimigos internos ao regime, rotulados de subversivos. Instalado em 1964, o regime militar conservou o Congresso Nacional, mas dominava e controlava o Legislativo. Dessa forma, o Executivo encaminhou ao Congresso uma proposta de Constituição que foi aprovada pelos parlamentares e promulgada no dia 24 de janeiro de 1967. 

    Fonte: Agência Senado

    https://www12.senado.leg.br/noticias/glossario-legislativo/constituicoes-brasileiras

  • AI - Pequenos detalhes? kkkkkkkkk

    ERRADÍSSIMA

  • Se você conseguiu identificar "Pequenas adequações" no texto você acertou.

  • Dois erros principais:

    1) A CF/67 foi PROMULGADA, não outorgada, haja vista que fora elaborada pelo Congresso Nacional (já expurgado), transformado em Assembleia Constituinte pelo AI-4;

    2) A Emenda de 69 promoveu transformações profundas.

  • erros

    1924-sa

    ...37=ra

    1891+...34;46;67;88 fed pra

  • Cara, o AI-5 só tomou espaço porque Foi os parlamentares não puniram Marcio Moreira Alves, que disse que o Exército era um “valhacouto de torturadores”. Essa adequação com CF em nada tem a ver com a realidade da época.

  • Esse foi o golpe dentro do golpe.

  • AI5 alterou drasticamente a constituição de 1967.

    PMAL 2021.

  • CF de 67 foi Promulgada !!!!

  • ERRADO.

    Pela emenda constitucional 1 (decretado ainda no governo Médici, conhecida como “Constituição de 1969”), a escolha do Presidente não adviria mais do Congresso Nacional, mas de um Colégio Eleitoral:

    Ø Composto por: parlamentares federais e estaduais.

    Ø O MDB aproveita a ocasião para adensar a contestação e apresentar candidatura:

    ·      Ulysses Guimarães para PR – organizador da Marcha da Família com Deus pela Liberdade que depois migrou para a oposição - e para VP Barbosa Lima Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Imprensa – AIB. Os dois fizeram campanha pública, pregando princípios democráticos.

    ·      Geisel foi o primeiro presidente escolhido pelo Colégio Eleitoral composto de membros do Congresso e delegados das Assembleias Legislativas dos Estados.

    FONTE: Boris Fausto


ID
2790643
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a célebre frase de Karl Clausewitz: “A guerra é a continuação da política por outros meios”, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito da participação brasileira no Teatro da Guerra ao longo de sua história.


D. Pedro I declarou guerra às Províncias Unidas do Rio da Prata após a aceitação da incorporação da Banda Oriental, província da Cisplatina para os brasileiros, pelo congresso argentino, em 1825. As forças dos adversários se equilibravam e a prolongação indefinida do conflito levou à intervenção da Inglaterra. A violência do recrutamento forçado para a guerra, os altos custos financeiros e a desmoralização do império frente a um adversário supostamente mais fraco acirraram a oposição interna ao monarca brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • CERTO


    Em diálogo com o Congresso das Províncias Unidas, os 33 Orientales acordam a possibilidade de incorporação da Banda Oriental à esfera de influência de Buenos Aires o que leva o Brasil a declarar guerra aos argentinos a fim de garantir a manutenção da Província da Cisplatina.


    Professor Rômulo Dias.

  • "O Congresso de Buenos Aires proclama a reintegracão da Banda Oriental ao território argentino (25 out). As Províncias Unidas do Rio da Prata rompem relações com o Império Brasileiro (4 nov), que responde declarando guerra (10 dez) e decretando o bloqueio naval dos portos argentinos (21 dez). Tem início a Guerra da Cisplatina, que irá durar até 1828" (GARCIA. Cronologia das RI do Brasil)
  • "Em 1823, Pedro I recusou o pedido do governo de Buenos Aires para que as tropas brasileiras se retirassem da Banda Oriental, para ser esta incorporada às Províncias Unidas do Rio da Prata. Em 1825, um grupo de revolucionários, liderados por Juan Antonio Lavalleja, vindos de Buenos Aires, desembarcou na Cisplatina, iniciando a luta pela independência do Brasil e logo solicitou a incorporação do território oriental às Províncias Unidas. O Congresso argentino aceitou o pedido e, como consequência, Pedro I declarou guerra a Buenos Aires. O governo de Buenos Aires não era o responsável pela expedição de Lavalleja e não tomou iniciativa para apoiá-la, mas a população da cidade e o Congresso das Províncias Unidas eram entusiastas da guerra. O mesmo não ocorria no Rio de Janeiro e o Império do Brasil não estava preparado para essa guerra, não dispondo as forças brasileiras de coordenação entre suas unidades para enfrentar os revolucionários. Estes, a partir da vitória sobre as forças brasileiras na batalha de Sarandí, em outubro de 1825, passaram a controlar o interior do território oriental. Graças à superioridade naval brasileira, Montevidéu e Sacramento mantiveram-se sob controle do Império (...)"

    http://funag.gov.br/loja/download/1089-O_Brasil_no_Rio_da_Prata.pdf

  • COMO O BRASIL PÔDE DECLARAR GUERRA À ARGENTINA APÓS ACEITAR A POSSE DO ATUAL URUGUAI À MESMA? ELE RECONHECEU A POSSE DA REGIÃO PELA ARGENTINA E MESMO ASSIM DECLAROU GUERRA?

  • O enunciado ficou um pouco confuso
  • Arthur, a aceitação se deu pelo Congresso argentino, não pelo Brasil. O enunciado, de fato, é mal escrito, mas o comentário da Mony elucida perfeitamente.

  • Guerra da Cisplatina: foi um conflito que ocorreu de 1825 até 1828, envolvendo os países Brasil e Argentina. O motivo desta batalha era pelo domínio da Província de Cisplatina, atual Uruguai, uma região que sempre foi cobiçada pelos portugueses e espanhóis. No ano de 1680, Portugal fundou a região Colônia do Sacramento, que foi o primeiro nome dado à região de Cisplatina. Em 1777, o território passou a ser posse da Espanha. Em 1816, a coroa Portuguesa, que estava no Brasil, ocupou novamente a região, nomeando-a como Província da Cisplatina. No ano de 1825, um novo movimento surge em prol da libertação da província. Mas os moradores de Cisplatina se recusam a fazer parte do Brasil, e João Antonio Lavalleja, organiza um movimento para declarar independência da região. A Argentina por interesse no território da Cisplatina, ajuda no movimento, ofertando, força política, armas, alimentos, etc. O Brasil se revoltou declarando guerra à Argentina e aos revoltosos da região de Cisplatina. Foram muitos conflitos entre os combatentes, e com tudo isso muito dinheiro público foi gasto, desequilibrando a economia brasileira. E além de tudo, o Brasil foi vencido na batalha. No ano de 1828, sob interferência da Inglaterra, foi firmado um acordo entre Brasil e Argentina, que foi marcado pela independência da Província da Cisplatina. Com isso, a situação do Brasil se complicou mais, e os brasileiros ficaram mais insatisfeitos com o governo.

    EU TENHO A FORÇA!!!

  • Professor Fábio Costa, quem conhece...sempre gosta. Kkkkkk


ID
2790646
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a célebre frase de Karl Clausewitz: “A guerra é a continuação da política por outros meios”, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito da participação brasileira no Teatro da Guerra ao longo de sua história.


O ano de 1868 foi importante nos rumos da Guerra do Paraguai, quando as tropas aliadas alcançaram importantes feitos no campo de batalha: a passagem de Humaitá e a vitória nas batalhas de Itororó, Avaí e Lomas Valentinas.

Alternativas
Comentários
  • Questão CORRETA.

    1868 foi o ano da Dezembrada. Denominação dada à série de batalhas vencidas pela Tríplice Aliança (Argentina, Brasil, Uruguai) na guerra do Paraguai. 

    -Batalha de Itororó, 6 de dezembro;

    -Batalha de Avaí, 11 de dezembro;

    -Batalha de Lomas Valentinas, 21 a 27 de dezembro;

    -Rendição de Angostura, 30 de dez.

  • GABARITO: CERTO (y)

  • Principais batalhas da Guerra do Paraguai

     

    Batalha do Riachuelo

    Período: 11 de junho de 1865.

    Local: Província de Corrientes (Argentina) às margens do Rio Riachuelo (afluente do rio Paraná).

    Forças envolvidas: 2.970 soldados paraguaios x 2.460 soldados brasileiros

    Vencedor: Tríplice Aliança

     

    Batalha de Estero Bellaco

    Data: 2 de maio de 1866.

    Local: Paraguai

    Forças envolvidas: 6 mil soldados do Paraguai x 5 batalhões de infantaria e uma bateria de artilharia da Tríplice Aliança.

    Vencedor: Tríplice Aliança

     

    Batalha de Tuiuti

    Período: 24 de maio de 1866.

    Local: margens do lago Tuiuti (sul do Paraguai)

    Comandante brasileiro: General Osório

    Forças envolvidas: 23 mil soldados paraguaios x 35 mil soldados aliados

    Vencedor: Tríplice Aliança

     

    Batalha de Abay

    Data: 11 de dezembro de 1868.

    Local: Arroyo Avay (próximo a Assunção no Paraguai)

    Forças envolvidas: 5.600 soldados paraguaios x 18.900 soldados brasileiros.

    Vencedor: Tríplice Aliança

     

    Batalha de Lomas Valentinas ()

    Período: 21 a 27 de dezembro de 1868.

    Local: Itá Ybaté (Paraguai)

    Forças envolvidas: 17.500 soldados paraguaios x 21.140 soldados aliados.

    Vencedor: Tríplice Aliança

     

    Batalha de Cerro Corá

    Período: 1 de março de 1870

    Local: Cerro Corá (Paraguai)

    Forças envolvidas: 250 soldados paraguaios x 4,5 mil soldados aliados.

    Vencedor: Tríplice Aliança

    fonte : suapesquisa

  • A tá! Agora temos que saber o nome das batalhas!? Não demora pediram o nome dos soldados também.

    Engraçado não pedirem a Batalha de Riachuelo:

    A Batalha Naval do Riachuelo, ou simplesmente Batalha do Riachuelo, travou-se a 11 de junho de 1865 às margens do arroio Riachuelo, um afluente do rio Paraná, na província de Corrientes, na Argentina. Essa é considerada pelos historiadores militares como uma das mais importantes batalhas da Guerra do Paraguai. 

  • CERTO. Para além da decoreba, o que aconteceu de marcante em 1868 que influenciou o avanço das tropas aliadas contra o Paraguai? - Caxias recebeu o comando do Exército aliado no lugar de Mitre (14 de janeiro). Em 19 de fevereiro, navios brasileiros forçaram a passagem por Humaitá. Em 22 de fevereiro, Assunção é evacuada. - Impasses na condução da guerra com o Paraguai, entre outros fatores, levam à queda dos liberais e à formação do gabinete conservador. - As forças aliadas somente concluem a tomada da fortaleza de Humaitá em 25 de julho, que havia sido evacuada um pouco antes, em segredo, pelos paraguaios. - Dom Pedro II rejeita proposta de Caxias de negociar a paz sem a deposição de Solano López. - Em dezembro, houve ataque dos aliados a posições paraguaias nas batalhas de Itororó, Avaí e Lomas Valentinas. O exército paraguaio é destruído. Solano López foge para o interior, onde continuará a resistência de guerrilha. Fonte: Cronologia das Relações Internacionais do Brasil. Eugênio Vargas Garcia
  • AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH DESGRAÇAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


ID
2790649
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a célebre frase de Karl Clausewitz: “A guerra é a continuação da política por outros meios”, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito da participação brasileira no Teatro da Guerra ao longo de sua história.


Aliado comercial das principais potências beligerantes, o Brasil declarou neutralidade na Primeira Guerra Mundial e enfrentou represálias impostas pelos ingleses às nações que mantiveram relações comerciais com a Alemanha. O país manteve essa posição até o final do conflito, a despeito da pressão exercida pelo governo dos Estados Unidos da América para o estabelecimento de um bloco americano contrário aos germânicos.

Alternativas
Comentários
  • No início da guerra, apesar de neutro, o Brasil enfrentava uma situação social e econômica complicada. A sua economiaera basicamente fundamentada na exportação de apenas um produto agrícola, o café. Como este não era essencial, suas exportações (e as rendas alfandegárias, a principal fonte de recursos do governo) diminuíram com o conflito. Isto se acentuou mais com o bloqueio alemão e, depois, com a proibição à importação de café feita pela Inglaterra em 1917, que passou a considerar o espaço de carga nos navios necessário para produtos mais vitais, haja vista as grandes perdas causadas pelos afundamentos de navios mercantes pelos alemães.

    As relações entre Brasil e o Império Alemão, outrora extremamente cordiais, foram abaladas pela decisão alemã de autorizar seus submarinos a afundar qualquer navio que entrasse nas zonas de bloqueio. No dia 5 de abril de 1917 o vapor brasileiro Paraná, um dos maiores navios da marinha mercante (4.466 toneladas), carregado de café, navegando de acordo com as exigências feitas a países neutros, foi atacado por um submarino alemão a milhas do cabo Barfleur, na França, e três brasileiros foram mortos.

  • ERRADO.

     

    É fato que o Brasil tem as suas relações com o continente europeu cerceadas pela Grã-Bretanha quando da eclosão da Grande Guerra. No entanto, no ano de 1917, o Brasil posiciona-se ao lado da Tríplice Entente (Reino Unido, França e Império Russo) na Primeira Guerra Mundial, ensaiando, inclusive, uma participação mal-sucedida no teatro de guerra.

     

    (Prof. Rômulo Dias)

     

    -------------

     

    "As controvérsias relativas ao envolvimento brasileiro na guerra europeia seriam o motivo que levaria a queda de Lauro Muller em 1917. Defensor da neutralidade, e invocando a constituição brasileira, o ministro verá sua posição crescentemente fragilizada graças ao peso que a Guerra vai ganhando junto à imprensa e à opinião pública. Se for correta a tese de que a política externa é pouco relevante e discutida pelo conjunto da sociedade brasileira, a política externa nos anos de Guerra certamente é uma exceção e o debate se torna acirrado entre os aliadófilos e germanófilos. O chanceler, descendente de alemães era acusado de favorecer o segundo grupo e passa a ser objeto de críticas de Rui Barbosa, principal defensor da causa aliada. A opinião pública se torna ainda mais favorável aos aliados após o torpedeamento de dois navios (Paraná e Tijuca) no litoral francês por submarinos alemães, levando a ruptura de relações diplomáticas (11 de Abril) e finalmente ao afastamento do ministro (7 de Maio). Em seu lugar o ex-presidente Nilo Peçanha adota postura favorável aos aliados. O torpedeamento do navio Macau serve de estopim para a revogação do decreto de neutralidade e o envolvimento do Brasil no conflito."

     

    (Prof. João Daniel Lima de Almeida, Manual do Candidato de História do Brasil, Ed. FUNAG, 2013, p. 339).

     

  • Errado!
    Brasil participou sim, nãopodemos esquecer da desastrosa Batalha da Toninhas em no Largo de Gibaltrar, onde a marinha do Brasil ataca um cardume de golfinhos achancdo ser um submarino alemão..

  • @Anderson Henrique, boa.

  • Complementando o comentário do colega referente a Batalha das Toninhas:

    Por que a Batalha das Toninhas entrou para a história?

    Foi um caso que ficou no imaginário popular. Fruto do espírito brincalhão do brasileiro. Como eu disse, os navios brasileiros foram para o mar combater os submarinos. No entanto, os navios não tinham estrutura de detecção. Não havia nenhum sonar, nada. Era um vigia que ficava observando. Um dia, esse vigia identificou o que imaginou ser um submarino. Como a tecnologia era precária e o tempo para ação era pequeno, a ordem era atacar e depois ver se algo foi afundado ou não. E assim foi feito. Porém, tratava-se de um cardume de toninhas, um animal semelhante ao golfinho. Foi uma coisa horrível, que fez a Marinha ser muito questionada, mas que era comum para a época. Até a Marinha Real Inglesa, já possuindo toda a tecnologia, cometeu esse erro em 1982, na Guerra das Malvinas. Duas baleias foram confundidas com submarinos argentinos.

    https://guiadoscuriosos.uol.com.br/blog/2016/12/01/o-brasil-na-primeira-guerra-e-o-ataque-a-toninhas-que-entrou-para-a-historia

  • caramba!nunca tinha ouvido falar dessa "Batalha dasToninhas" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • Basil entrou na guerra devido ao afundamento de seus navios mesmo em posição de neutralidade.

  • Mas a cobra fumou! Essa parte vcs não lembram!

  • kkkk, boa essa Andersom Henrique !!!!!

  • "Duas baleias foram confundidas com submarinos argentinos"

    Se não estou enganado até nisso os Hermanos são "Alemães"?

  • Na primeira GM o Brasil participou timidamente enviando suprimentos e médicos.

  • a batalha das toninhas entrou para os anais da história brasileira.

  • o Brasil estava neutro até o momento do ataque que a Alemanha fez contra os navios brasileiros carregado de café.
  • Na primeira Guerra Mundial o Brasil participou apenas enviando suprimentos, médicos e remédios.

  • Em 1917 a Alemanha intensifica a guerra submarina e, após a divulgação do telegrama Zimmermann, os EUA declaram guerra aos Impérios Centrais, convidando os países neutros a fazer o mesmo (6 abril). Alguns dias depois, em função do ataque alemão ao valor mercante Paraná na costa francesa, considerado "ato hostil", o Brasil rompe relações diplomáticas com a Alemanha (11 abril). O ministro do Brasil em Berlim é instruído a retirar-se do país, assim como todos os cônsules brasileiros no Império Alemão. Lauro Müller renuncia ao cargo de ministro das Relações Exteriores (3 maio), e foi substituído pelo ex-presidente Nilo Peçanha. Revogado o decreto de neutralidade brasileira na Grande Guerra (1º junho). Após ser atingido o quarto navio brasileiro, o vapor Macau, o Brasil reconhece o estado de guerra iniciado pelo Império Alemão (26 outubro). A contribuição do Brasil à guerra, além do fornecimento de suprimentos aos Aliados, consistirá no envio de nove aviadores à Grã-Bretanha, uma missão médica à Franca (hospital em Paris) e uma frota atingida de seis navios, a Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), que foi atingida pela gripe espanhola, atrasou-se em Dacar e não chegou a tomar parte nas hostilidades. A partir de 1917, com a entrada na Primeira Guerra Mundial, a diplomacia brasileira inicia um período de projeção rumo à Europa, para além do pan-americanismo tradicional, que será interrompido em 1926 após a retirada do Brasil da Liga das Nações.

    Fonte: Cronologia das relações internacionais do Brasil - Eugênio Vargas Garcia. 3ª Edição: Contraponto, 2017.

    O dia em que o Brasil declarou guerra ao Império Alemão - Envolvimento do país no conflito é pouco conhecido, mas digno de um bom enredo, que começa com o afundamento de navios brasileiros por submarinos alemães e termina com a participação na criação da Liga das Nações: p. dw. com / p / 1Cn2Z

  • Aliado comercial das principais potências beligerantes, o Brasil declarou neutralidade na Primeira Guerra Mundial, posição que foi mantida nos primeiros anos do conflito.

    A partir de 1917, porém, várias embarcações brasileiras são torpedeadas por forças alemãs, o que empurraria o Brasil para a guerra.

    Com a pressão popular contra a Alemanha, o Brasil, em 26 de outubro de 1917, declara guerra à aliança germânica. Antes, porém, o país já tinha retirado o seu status de neutralidade.

    Resposta: Errado

  • Terceira fase da guerra: (1917-1918)

    A marinha alemã atacou o navio Paraná, do Brasil, alegando que o país estaria transportando alimento para as forças inimigas.

    @missaopmal2021

  • Inglaterrs preocupada com a nao entrada do Brasil??? Eles estavam preocupados com a fronteira deles, se bobear n estavam nem lembrando do Brasil. Sem nexo kkkkkk

  • Brasil neutrao cheii de café enviados para os ingleses foram atacados pela Alemanha

    Gab E

    PMAL2021 VIBRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • o Brasil estava neutro até o momento do ataque que a Alemanha fez contra os navios brasileiros carregados de café!

    PMAL 2021!

  • Brasil participou da primeira guerra e matou varias toninhas kkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • Brasil, além de ter enviado café para ingleses, também auxiliou em combates aéreos realizando missões de reconhecimento e na ajuda médica a soldados feridos

  • ERRADO:

    Em guerra, o Brasil enviou para combate em 16 de maio de 1918, uma divisão naval com embarcações do Rio Grande do Sul, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Santa Catarina. O Brasil também auxiliou em combates aéreos realizando missões de reconhecimento e na ajuda médica a soldados feridos.

  • A questão falando da primeira guerra e to vendo varios comentarios falando que o país entrou na guerra após o ataque da Alemanha ás embarcaçoes brasileiras. Ora,isso realmente aconteceu,mas foi na segunda guerra, e não na primeira. Na primeira o Brasil participou apenas enviando suprimentos,médicos,remédios etc...

  • Chanceler Lauro Muller -> assume neutralidade brasileira na I Guerra Mundial.

    Chanceler Nilo Peçanha -> declara guerra à Alemanha em 1917, abrindo mão da neutralidade brasileira no conflito. Isso ocorreu por uma série de motivos, como:

    • opinião pública defendia a entrada do país na guerra, com incentivo de Rui Barbosa e Otávio Bilac;
    • Alemanha utiliza submarinos para afundar navios brasileiros;
    • pressão dos países da Entente Cordiale para a entrada do Brasil na guerra;
    • navios surtos da Alemanha em território brasileiro;
    • Brasil queria aumentar sua relevância no sistema internacional.
  • Complementando... O Brasil foi o único país Sul-americano participante do conflito

  • Dica de ouro. Quando a questao estiver com gabarito comentado, nao perca tempo lendo comentarios dos alunos, pois infelizmente mais confundem do que ajudam. Nao quero desmerecer o esforco da galera, mas muitos comentarios realmente nao tem nada a ver.

  • A participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial se deu em função de uma série de episódios com embarcações brasileiras na Europa. Em abril de 1917, os alemães atacaram o navio Paraná perto do Canal da Mancha. Seis meses depois, o encouraçado Macau foi abatido, novamente pelos alemães. A população brasileira, indignada, exigia respostas das autoridades brasileiras. Na época, o então presidente Venceslau Brás firmou aliança com os países da Tríplice Entente (EUA, Inglaterra e França), em oposição ao grupo da Tríplice Aliança (Império Austro-húngaro, Alemanha e Império Turco-otomano). Sem contar com uma tecnologia bélica expressiva, podemos considerar a participação brasileira na Primeira Guerra bastante tímida. Entre outras ações, o governo do Brasil enviou alguns pilotos de avião, o oferecimento de navios militares e apoio médico. Os brasileiros tiveram participação nos conflitos das tropas da frente ocidental e na região da Jutlândia. O apoio brasileiro teve muito mais presença com o envio de suprimentos agrícolas e matéria-prima procurada pelas nações em conflito. No Brasil, a Primeira Guerra teve implicações significativas em nossa economia. A retração econômica sofrida pelas grandes nações industriais europeias abriu portas para que o parque industrial começasse a se desenvolvesse.

    (VAZ, 2013; SOUSA, 2019).


ID
2790652
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a célebre frase de Karl Clausewitz: “A guerra é a continuação da política por outros meios”, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito da participação brasileira no Teatro da Guerra ao longo de sua história.


Os preparativos para a participação das tropas brasileiras na Segunda Guerra Mundial restringiram-se à formação dos combatentes e aos contratos de fornecimento de material bélico por parte dos Estados Unidos da América.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    "O envolvimento direto do Brasil na Guerra e o envio da Força Expedicionária Brasileira (FEB) é, segundo Gerson Moura, uma outra conquista certamente a última relevante, que o governo Vargas conseguiu junto aos Estados Unidos. Não fazia parte do plano aliado aceitar contribuição direta, na forma de destacamentos humanos dos países latino-americanos, mas Vargas assim insistiu. A logística era insana, o transporte custoso, a comunicação complexa – a língua portuguesa não era falada por nenhum dos países aliados, até a tradução tinha que ser providenciada. Churchill sugeria que fossem enviados enfermeiros, médicos, suporte, mas para Vargas tratava-se de prestígio internacional, essencial às negociações do pós-guerra da qual o Brasil não poderia ser alijado como aliado combatente.
    O elemento mais relevante, contudo, que levava o governo brasileiro a querer participar diretamente do conflito, era, sem dúvida, o reaparelhamento das Forças Armadas. Como aliado não combatente, o país era crescentemente desconsiderado pelo Departamento de Estado como destino para o envio de material bélico, apesar da nossa inclusão no Lend and Lease. Tal desfavorecimento era compreensível dada a necessidade, inequivocamente maior, dos chineses, britânicos, gregos ou russos. O único modo de sair do fim da fila era enviar tropas para Europa, consideração que não escapou ao alto comando."

     

    (Prof. João Daniel Lima de Almeida, Manual do Candidato de História do Brasil, Ed. FUNAG, 2013, p. 399-400).

  • Contra a vontade dos americanos, o governo brasileiro desejava enviar soldados para o conflito. Após acordo com o presidente norte-americano Franklin Roosevelt, Vargas conseguiu a modernização das Forças Armadas Brasileiras e a concessão de empréstimos para construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda/RJ.

    Resposta: Errado

  • "O Centralismo presidencial pôde ser observado na Cúpula de Natal entre Vargas e o presidente Franklin Roosevelt, em 28 de Janeiro de 1943. Sob o pretexto do sigilo necessário por questões de segurança, Vargas viajou acompanhado de apenas dois ajudantes e dispensou a presença de seus ministros das Relações Exteriores dos EUA, Jefferson Caffery, o vice-almirante Jonas Ingram, comandante de Transporte Aéreo, adido naval norte-americano no Rio, Augustin Beauregard, e alguns assessores militares. As autoridades do Rio Grande do Norte só souberam da presença dos presidentes quando os dois iniciaram visita às instalações militares no jipe n.7 do Exército dos EUA. Nessa ocasião foi tirada a foto mais famosa da cúpula, entre sorrisos e conversas descontraídas. Os dois presidentes visitaram a base área de Parnamirim e discutiram a contribuição brasileira ao esforço de guerra. Vargas expressou sua determinação em promover a adesão do Brasil às Nações Unidas e ainda acenou com o eventual envio de tropas aos territórios portugueses de Açores e Madeira. Fez questão de lembrar a Roosevelt, contudo, que o Brasil ia precisar de equipamentos dos EUA para as forças militares brasileiras. Essa expectativa de contar sempre com o auxílio norte-americano estava no cerne da estratégia, como pensava, por exemplo, Oswaldo Aranha, na chefia do Itamaraty desde 1938." Eugênio Vargas Garcia

    *Doutrina Aranha

  • O Brasil recebeu também uma generosa quantia dividida entre as Forças Armadas (salvo engano de 200.000,00 dólares dividido da seguinte forma: 100 mil para o Exército, 50 mil Marinha e 50 mil Aeronáutica) além da criação da Base Naval de Parnamirim-RN.

  • "A COBRA FUMOU TAMBÉM"... UM FILHO BRASILEIRO NÃO FOGE A LUTA...

ID
2790655
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História

Em contraste com sistemas econômicos tradicionais, o capitalismo institucionaliza uma organização da atividade econômica na qual os atores são forçados a se orientar na direção de um futuro aberto e imprevisível. Tal futuro representa duas coisas: promessas de possibilidades ilimitadas para os atores, bem como uma ameaça permanente aos seus status econômicos.

Jens Beckert. Reimaginando a dinâmica capitalista. In: Tempo Social. Revista de Sociologia da USP, v. 29, n.º 1, p. 166.

Considerando o texto precedente como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito da economia ocidental no século XX.


Com o New Deal, as relações entre os sindicatos e o patronado nos Estados Unidos da América (EUA) passaram a ser reguladas pelo National Labor Relations Board, agência criada por Franklin D. Roosevelt. 

Alternativas
Comentários
  • Entre a série de implementações do New Deal, o National Labor Relations Board (NLRB) – ou Conselho Nacional de Relações do Trabalho – foi estabelecido em 1935 como o órgão executivo primário do National Labor Relations Act (NLRA) – ou Lei Nacional de Relações do Trabalho – também conhecido como Wagner Act.

    Segundo a normatização, empregados e sindicatos poderiam atuar em favor de seus próprios direitos. Porém, em razão dos problemas ocorridos em ações coletivas e dos custos das ações judiciais, o NLRB foi estruturado para prestar assistência e subsidiar parte das despesas.

    Assim, o NLRB tinha duas atribuições básicas:

    a) supervisionar processos nos quais os empregados optassem por serem representados por organizações trabalhistas; e

    b) ajuizar violações de direitos.

    Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/National_Labor_Relations_Act_of_1935

  • Mais info sobre as agências criadas: "Como resultado do New Deal, foram criadas nos Estados Unidos dezenas de agências federais (equivalentes às autarquias, no direito administrativo brasileiro), as quais receberam o apelido irônico de alphabet agencies (agências alfabéticas), devido à profusão das siglas com que eram designadas: CCC (Civilian Conservation Corps), TVA (Tennessee Valley Authority), AAA (Agricultural Adjustment Administration), PWA (Public Works Administration), FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation), SEC (Securities and Exchange Commission), CWA (Civil Works Administration), SSB (Social Security Board), WPA (Works Progress Administration), NLRB (National Labor Relations Board)." https://pt.wikipedia.org/wiki/New_Deal#Caracter%C3%ADsticas

  • acertei, mas 3 nomes para a mesma lei. ah vá!...
  • De acordo com o site do NRLB:

    "The NLRB is an independent federal agency enforcing the National Labor Relations Act, which guarantees the right of most private sector employees to organize, to engage in group efforts to improve their wages and working conditions, to determine whether to have unions as their bargaining representative, to engage in collective bargaining, and to refrain from any of these activities. It acts to prevent and remedy unfair labor practices committed by private sector employers and unions. 

    Congress enacted the National Labor Relations Act ("NLRA") in 1935 to protect the rights of employees and employers, to encourage collective bargaining, and to curtail certain private sector labor and management practices, which can harm the general welfare of workers, businesses and the U.S. economy."

    Fonte: https://www.nlrb.gov/about-nlrb/what-we-do/introduction-to-the-nlrb


ID
2790658
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História

Em contraste com sistemas econômicos tradicionais, o capitalismo institucionaliza uma organização da atividade econômica na qual os atores são forçados a se orientar na direção de um futuro aberto e imprevisível. Tal futuro representa duas coisas: promessas de possibilidades ilimitadas para os atores, bem como uma ameaça permanente aos seus status econômicos.

Jens Beckert. Reimaginando a dinâmica capitalista. In: Tempo Social. Revista de Sociologia da USP, v. 29, n.º 1, p. 166.

Considerando o texto precedente como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito da economia ocidental no século XX.


A Convenção de Bretton Woods, que pretendeu evitar nova crise pós-guerra, como a ocorrida nos anos 30 do século XX, teve como principal proponente Maynard Keynes, célebre por suas contribuições na solução da crise norte-americana.

Alternativas
Comentários
  • Duas propostas, basicamente, estavam à mesa: de um lado a dos EUA, representados por seu secretário do Tesouro, Harry Dexter White. Do outro, a britânica, do célebre John Maynard Keynes. Venceu o mais forte, a potência que sairia vitoriosa da Segunda Guerra: o plano de White, que temia restrições ao comércio americano terminado o conflito, em oposição a Lord Keynes, mais intervencionista. O projeto americano previa a criação de uma instituição capaz de evitar mudanças cambiais bruscas nos países provocadas por desvalorizações, o que afetava nações vizinhas.

    Leia mais: https://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/conferencia-de-bretton-woods-decidiu-rumos-do-pos-guerra-criou-fmi-13310362#ixzz5TdB38lk6 
    stest 

  • Gabarito: Errado


ID
2790661
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em contraste com sistemas econômicos tradicionais, o capitalismo institucionaliza uma organização da atividade econômica na qual os atores são forçados a se orientar na direção de um futuro aberto e imprevisível. Tal futuro representa duas coisas: promessas de possibilidades ilimitadas para os atores, bem como uma ameaça permanente aos seus status econômicos.

Jens Beckert. Reimaginando a dinâmica capitalista. In: Tempo Social. Revista de Sociologia da USP, v. 29, n.º 1, p. 166.

Considerando o texto precedente como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito da economia ocidental no século XX.


A articulação entre ciência e indústria foi uma das marcas dos anos dourados do capitalismo, no pós-Segunda Guerra, quando os investimentos em pesquisa tornaram-se parte significativa dos custos de produção e aumentaram o distanciamento entre países ricos e países pobres. 

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Primeira Revolução Industrial: Enquanto várias mudanças ocorriam na vida política, econômica, social e cultural da Inglaterra, as inovações técnicas concretizavam de fato o desenvolvimento do capitalismo industrial. O setor têxtil foi o primeiro beneficiado pelo novo padrão tecnológico que se estabelecia: a lançadeira mecânica (Kay, 1733), as máquinas de fiar (Watt e Paul, 1764; Hargreaves, 1765) e o tear hidráulico (Arkwright, 1768/70) foram determinantes para o incremento da produtividade. A transformação definitiva da lógica produtiva veio quando a energia a vapor, que mais tarde revolucionaria os transportes (navios e locomotivas a vapor), começou a ser utilizada nas fábricas. Assim, a Inglaterra tornou-se o centro do novo sistema econômico e político que nascia. Esse sistema não mais seguia unicamente a lógica territorial que orientava os Estados europeus continentais. A partir de então, a lógica do capital começava a imperar.

     

    A Segunda Revolução Industrial está associada a um novo ciclo gerado pela extensão do sistema fabril a novos campos, à ampliação do papel da ciência na tecnologia, à busca de maiores mercados potenciais, ao aumento das dimensões das empresas e dos salários dos contingentes operários urbanos, à concentração da produção e da propriedade e à crescente competição dos novos países industriais. A nova Revolução Industrial desenvolveu setores como a eletricidade (aplicada à energia, motores e transportes), a química (responsável pelas novas matérias-primas sintéticas) e os motores de explosão, que revolucionariam os transportes e tornaram o petróleo economicamente estratégico (Estados Unidos e Rússia eram seus maiores produtores). A metalurgia constituiu outra marca da nova industrialização, com aço e novos metais (níquel, alumínio, etc.) sendo intensamente utilizados em navios, trens, pontes, construções, armas (inventaram-se a metralhadora, o submarino e o torpedo) e veículos automotores.

     

    A partir da segunda metade do século XX, inicia-se uma nova fase de processos tecnológicos. A Terceira Revolução Industrial (ou Tecnológica) seria integrada por: Integração da ciência à tecnologia e produção; Uso de novas tecnologias na produção e na fabricação de novos produtos a serem consumidos pela sociedade, seja na indústria, agricultura, comércio em serviços do dia-a-dia de forma positiva ou negativa etc.; As novas tecnologias são desenvolvidas por pólos tecnológicos - áreas industriais onde se desenvolvem centros de pesquisas, ligadas as empresas e aos governos onde se criam novas tecnologias para serem usadas no dia-a-dia; As tecnologias estão mais acessíveis aos países ricos e às pessoas que dispõem de melhor renda; As novas tecnologias quando empregadas nas indústrias substituem o trabalho humano por máquinas gerando desemprego; As empresas em geral utilizam novas tecnologias na produção visando baixar custos e aumentar a produtividade.

  • Acho errado quando diz que aumentou distanciamento entre países ricos e pobres.. Muito pelo contrário, é no pos guerra que havera expansao de industria pelo terceiro mundo e investimento para garantir apoio no ramo da guerra fria.
  • Eu aqui estava discordando do gabarito assim como você Bruno Mendes, pensei exatamente da mesma forma. Não satisfeita busquei explicação da digníssima professora Eulália onde pude compreender o que de fato a questão quer.

    Quando a questão fala de ciência e industria e em seguida fala de riqueza e pobreza significa dizer que aqueles que dominam a ciência e produzem tecnologia são grandes investidores de educação em seus países.

    Perceba que países mais pobres são os dependentes, não somos grandes investidores de ciência, industria, tecnologia até mesmo educação, não há investimento desses fatores como nos países ricos fazem.

    Ao meu entendimento, ressalto opinião pessoal, digo que poderia ser isso que a questão se refere quando menciona o tal DISTANCIAMENTO.

    GAB CERTO.

  • ☠️ LUANA #Foco Policial, isso se chama extrapolação.

  • é claro que todo mundo vai errar essa questão, qualquer que seja o tal "distanciamento" ao qual ela se refere; sem falar a globalização, que tem prejudicado, de certa forma, o crescimento econômico dos paises pobres.


ID
2790664
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em contraste com sistemas econômicos tradicionais, o capitalismo institucionaliza uma organização da atividade econômica na qual os atores são forçados a se orientar na direção de um futuro aberto e imprevisível. Tal futuro representa duas coisas: promessas de possibilidades ilimitadas para os atores, bem como uma ameaça permanente aos seus status econômicos.

Jens Beckert. Reimaginando a dinâmica capitalista. In: Tempo Social. Revista de Sociologia da USP, v. 29, n.º 1, p. 166.

Considerando o texto precedente como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito da economia ocidental no século XX.


A adoção de políticas neoliberais por países como a Grã-Bretanha, desde a década de 70 do século passado, foi um dos desdobramentos da crise do fordismo. Paralelamente à diminuição do Estado, os trabalhadores viram sua capacidade de negociação reduzida devido à flexibilização do trabalho e da produção.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    "A eleição da conservadora Thatcher, na Grã-Bretanha, em 1979, dava início à ascensão de uma nova direita na Europa (...).

     

    As ideias neoliberais de economistas como Hayek e de determinados círculos empresariais começaram a ganhar audiência nos anos 1970, quando a crise do modelo econômico do pós-guerra introduziu uma prolongada recessão, que combinava modestos índices de crescimento com inflação elevada. Para eles, a crise seria decorrente dos aumentos salariais e dos gastos sociais do Estado, de modo que a solução seria reduzir o tamanho e as funções do Estado, que deveria concentrar-se, sobretudo na estabilidade monetária. Essa política foi perseguida mediante a limitação da emissão monetária, o aumento da taxa de juros, a redução de impostos para os rendimentos mais elevados, a redução dos gastos sociais, a privatização facilitada das empresas públicas e, last but not the least, a liberalização dos controles financeiros e comerciais internos e externos.


    O neoliberalismo inegavelmente atingiu alguns de seus objetivos-meio: os impostos caíram, a inflação foi drasticamente reduzida, as regulamentações financeiras e comerciais também, o sindicalismo sofreu um acentuado retrocesso, o desemprego tornou-se estrutural, grande parte das empresas públicas foi privatizada e os gastos sociais sofreram acentuada redução. O programa de ajuste neoliberal foi implementado em profundidade nos países anglo-saxões e em algumas nações do Terceiro Mundo.

     

    Contudo, os objetivos-fim tiveram resultados menos favoráveis a retomada de um crescimento estável a taxas elevadas e a eliminação dos déficits governamentais dos países mais importantes não ocorreram."

     

    (VISENTINI, Paulo Fagundes e PEREIRA, Analúcia Danilevicz. Manual do Candidato de História Mundial. Ed. FUNAG, 2012, p. 240 e 253)

  • Meu breve resumo do que a professora do vídeo explicou:

    O toyotismo caracteriza a produção a partir da segunda metade da década de 1970, que permitiu que a produção se tornasse mais rápida e com a mesma quantidade de trabalhadores aptos a atender as necessidades daquele momento rapidamente, porque a fábrica deve mudar sua capacidade produtiva de modo acelerado. Isso começou a ser feito no Japão, com poucos estoques que atendam a um número exato de demanda, que são características do fordismo. O que faz com que se perca a capacidade de negociação, porque há uma menor necessidade de trabalhadores e, uma maior robótica com trabalhadores multitarefa. Com isso, as negociações ficam "livres" sem a intervenção do Estado, fazendo com que o pode de barganha do trabalhador diminua em detrimento a força dos empresários.


ID
2790667
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca do constitucionalismo ibérico na primeira metade do século XIX, julgue (C ou E) o item seguinte. 


O vazio de poder criado pela invasão francesa, pelas abdicações reais e, por fim, pela prisão de Fernando VII deu espaço para debates acerca da soberania e da representação política na Espanha, uma vez que a tradicional relação pessoal entre súdito e rei fora quebrada. Nesse contexto, foi elaborada a Constituição Gaditana, de 1812, que pretendia desmantelar os fundamentos do absolutismo.

Alternativas
Comentários
  • CERTO

    Numa tentativa de satisfazer, pelo menos parcialmente, a tradição de continuidade legal, Napoleão ordenou ao seu general Joaquim Murat, Grão-duque de Berg, que convocasse em Baiona as Cortes Generales de trinta deputados escolhidos entre os notáveis de Espanha para ajudarem a desenhar e a aprovar a base constitucional do novo regime. Porém, no contexto do Levantamento de dois de maio em Madrid e de vários levantamentos em toda a Espanha, só um terço dos notáveis convidados participaram. A 4 de junho de 1808, designou o seu irmão José como rei de Espanha; sendo proclamado rei em Madrid a 25 de julho. As Cortes começaram a reunir-se em Baiona a 15 de junho com o intuito de criar uma constituição, para a qual Napoleão contribuiu largamente; foi promulgada, assim, a 8 de julho, o Estatuto de Baiona.

    Na verdade, a maioria das provisões do Estatuto nunca foram aplicadas. Durante todo o período bonapartista em Espanha, a constituição foi suspensa de facto pelas autoridades militares francesas. A maioria das decisões foram tomadas por Napoleão e pelos seus generais, não pelo rei José. A Espanha controlada por França assistiu a alguns ataques sérios à reforma liberal, mas muitos ignoraram o Estatuto de Baiona.

    Em consequência do Levantamento de dois de maio de 1808, do povo de Madrid contra os franceses, surgiu em numerosas localidades um fenômeno espontâneo de resistência que se agrupou em torno das chamadas Juntas. Estas compreenderam que com a sua união numa estrutura nacional única obteriam maior eficácia, pelo que a 25 de Setembro do mesmo ano foi constituída a Junta Suprema Central Governativa, com sede primeiro em Aranjuez e depois em Sevilha. As suas funções principais eram dirigir a guerra contra a ocupação francesa e preparar a posterior reconstrução do Estado, que se deu a partir da promulgação da Constituição de Cádis (La Pepa ou Constituição Gaditana) no dia 12 de março de 1812. A demora é devido ao desenrolar da Guerra Peninsular. De caráter liberal, o documento preconizava: a soberania popular, afirmando que a soberania reside no povo e não no rei; a legitimidade dinástica de Fernando VII de Espanha como chefe de Estado; a separação de poderes, com a independência e inamovibilidade dos juízes; e a inviolabilidade dos deputados no exercício do seu mandato. O trabalho das Cortes foi árduo e rápido, aprovando um texto constitucional de grande complexidade (são 384 artigos, uma das mais longas Constituições de sempre), num período muito curto.

  • Constituição Gaditana = Constituição de Cádis, também conhecida por Constituição Espanhola de 1812 ou La Pepa,

  • 3 nomes... ah vá
  • 1812, que pretendia desmantelar os fundamentos do absolutismo=.

    La Pepa>Gaditana >Espanhola = Cádis

    =OU

  • A professora fala que o vintismo veio antes da Constituicao Gatidana, mas na interne tudo que eu pesquiso sobre o Vintismo leva ao ano de 1820, enquanto a Constituicao de Cadis eh de 1812....

  • "A Constituição de Cádiz nasceu, assim, do desejo do povo espanhol de manter sua soberania. De não submeter-se, nunca mais, à direção de nenhuma outra autoridade, nem monárquica, nem republicana. Bem o prova o discurso do Conde de Toreno nas Cortes de Cádiz, em 28 de agosto de 1811:.."


ID
2790670
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca do constitucionalismo ibérico na primeira metade do século XIX, julgue (C ou E) o item seguinte. 


A Constituição de Cádiz esteve em vigor por duas décadas, sendo revogada apenas com a vitória do movimento restaurador iniciado na Galícia, que restabeleceu o absolutismo espanhol.

Alternativas
Comentários
  • Oficialmente, a Constituição de Cádis esteve em vigor dois anos, desde o dia sua promulgação, 19 de Março de 1812, dia de São José, daí o cognome de La Pepa que lhe deu o povo andaluz, até 24 de Março de , dia em que foi revogada com o regresso a Espanha do rei Fernando VII. Embora efemeramente, foi restaurada por duas vezes: de 1820 a 1823, durante o chamado Triénio Liberal, e em 1836 - 1837, como norma constitucional transitória durante a elaboração da Constituição de 1837.

  • ERRADO

    "Era 19 de março de 1812. Sendo o dia de São José, os espanhóis a receberam com festas e alegria, sob os gritos de “Viva la Pepa” ‒ equivalente feminino de Pepe, alcunha daqueles que se chamam José. De vida bastante breve (1812-1814), mas fecunda, a Constituição teve, em sua elaboração, a participação de dois grupos ideológicos: liberais e absolutistas. Em 4 de maio de 1814, contudo, Fernando VII, de volta da França, dissolvia, por decreto, as Cortes e derrogava a Constituição, enviando ao exílio os liberais e começando um reinado conhecido por Sexênio Absolutista (1814-1820).

     Em 1o de janeiro de 1820, os militares perpetraram um golpe de Estado (o Pronunciamiento de Riego) em Cabezas de San Juan, durante o qual o comandante Rafael de Riego promulgou outra vez aquela Constituição. Fernando VII teve de aceitá-la e jurá-la, dando início ao Triênio Liberal (1820-1823). Na realidade, a promulgação desse texto constitucional em 1820 ofereceu uma luz de esperança para os liberais radicais e para os democratas de toda a Europa, relegados ou perseguidos devido à política reacionária que a Santa Aliança havia imposto ao velho continente. Assim, a Constituição de 1812 se converteu, durante o Triênio, em um ponto de referência para todo o movimento liberal e nacionalista da Europa e América, sendo um marco decisivo na história do liberalismo ocidental” (SUANZES-CARPEGNA, 2010, p. 246).

     Durante esses três anos, esteve outra vez em vigor a Constituição de 1812. Entretanto, o antes “Deseado” Fernando VII, cujos atos lhe granjearam a fama de “Rey Felón”, traidor e desleal ao povo, conspirava, rompendo suas promessas de fidelidade à Constituição. Recorreu à Santa Aliança (Rússia, Áustria, Prússia e França), que, com a ajuda ainda da Inglaterra, veio em seu auxílio para instalar outra vez um governo absolutista, a Década Ominosa (1823-1833), em que não cabia aquela Carta Constitucional e que durou até o fim de seus dias. Morto Fernando VII, e enquanto se preparava a Constituição posterior, outra vez a “Pepa” tem um curto período de vigência (1836-1837)."

    Trecho extraído de:

    A  Constituição de Cadiz de 1812, HELGA MARIA SABOIA BEZERRA
     

  • Apesar da sua importância, a Constituição de Cádiz vigorou por DOIS ANOS e não por DUAS DÉCADAS. Portanto, a questão está errada.

  • acertei, mas cansado de ter de conhecer sobre países que, depois da independência, têm pouco a ver conosco

ID
2790673
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca do constitucionalismo ibérico na primeira metade do século XIX, julgue (C ou E) o item seguinte. 


Apresentado por seus participantes como um movimento restaurador, o Vintismo tinha o objetivo de restabelecer a tradição política portuguesa por meio da elaboração de um novo pacto político, a ser materializado em uma Constituição.

Alternativas
Comentários
  • O problema está em classificar o Vintismo, movimento liberal, como restaurador, como se pretendesse restaurar o Antigo Regime, a exemplo do que ocorreu em outros países à época. No contexto europeu, os movimentos de restauração eram antiliberais, como o de Restauración na Espanha (Fernando VII) ou Restauration na França (Louis XVIII, Charles X)

     

    Não por acaso, o adjetivo restaurador não ficou associado ao Vintismo, mas sim regenerador. Aliás, a própria questão 50 diz que "O Vintismo pretendia a regeneração e a atualização da tradição política portuguesa".

  • ERRADO.

     

    Justificativa do CESPE para alteração do gabarito preliminar:

    A utilização do termo “restaurador” em vez de regenerador tornou errada a redação do item.

  • tradição política portuguesa é o absolutismo

  • Não consegui compreender, o Vintismo propunha uma monarquia constitucionalista, e a Revolução do Porto também. Quais as diferenças entre ambos movimentos?

  • Vintismo coisa de petista sem noção.


ID
2790676
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca do constitucionalismo ibérico na primeira metade do século XIX, julgue (C ou E) o item seguinte. 


Em Portugal, D. Miguel contava com a simpatia da Santa Aliança e, sob a tutela desta, revogou a Constituição de 1822, jurada por seu pai, D. João VI. Esse país contaria com nova Constituição apenas em 1834, ao final da guerra civil vencida por D. Pedro IV.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO


    "Cinco das seis Constituições portuguesas têm como origem imediata movimentos revolucionários que derrubaram os governos e regimes até então vigentes. A de 1822 é consequência da revolução de 1820, a de 1838 da revolução de 1836, a de 1911 da revolução de 1910, a de 1933 da revolução (ou contra-revoluçâo) de 1926 e a de 1976 da revolução de 1974; e, de igual sorte, o Acto Adicional de 1852 é consequência da revolução de 1851, Ünica excepção: a Carta Constitucional [1826], mas excepção aparente, porque se situa na mesma vertente histórica de 1820."


    Fonte: http://www.fmsoares.pt/aeb/biblioteca/indices_resumos/resumos/007167.htm

  • Em Portugal, D. Miguel contava com a simpatia da Santa Aliança e, sob a tutela desta, revogou a Constituição de 1822, jurada por seu pai, D. João VI. Esse país contaria com nova Constituição apenas em 1834, ao final da guerra civil vencida por D. Pedro IV.


    D. Miguel era conhecido como "o absolutista" e "o tradicionalista" no reino de Portugal. Por seu viés católico e absolutista, agradava a Santa Aliança. A Constituição foi jurada por ele em 1826, momento no qual ele se sujeitou a ser regente por união à sua sobrinha, Maria da Glória.

  • Em qual tópico do conteúdo programado isso se encaixaria?

  • Rayana: 2.6 O Constitucionalismo português e a independência do Brasil

  • Em Portugal, D. Miguel contava com a simpatia da Santa Aliança e, sob a tutela desta, revogou a Constituição de 1822, jurada por seu pai, D. João VI. Esse país contaria com nova Constituição apenas em 1834, ao final da guerra civil vencida por D. Pedro IV.

    – D. Miguel contava sim com a simpatia da Santa Aliança, mas é errado afirmar que ele estava sob tutela desta.

    – Após a morte de D. João VI, D. Pedro IV (D. Pedro I no Brasil) outorgou a Constituição de 1826, a qual – de acordo com o site oficial do Parlamento de Portugal –, "procura um compromisso entre os ideais liberais expressos na anterior Constituição e as prerrogativas reais". Pouco tempo depois, D. Pedro IV abdica em favor de sua filha D. Maria (Maria II de Portugal). A Carta Constitucional de 1826 deixou de vigorar apenas em 1828, quando D. Miguel convocou os Três Estados do Reino, mas voltaria a vigorar por dois breves períodos: de agosto de 1834 (data da saída de D. Miguel do país) até à Revolução de Setembro de 1836 (restaurou a Constituição de 1822 até à aprovação da Constituição de 1838) e de janeiro de 1842 até outubro de 1910. A nova Constituição data de 1838, e não 1834 como afirma a assertiva.

  • Nadine e Rayana, essa questão caiu em História Mundial, e não em HB.

    O tópico "2.6 O Constitucionalismo português e a independência do Brasil" é de HB.

    Também fiquei em dúvida e tive a impressão de que a questão inteira extrapolaria o edital (constitucionalismo ibérico? Constituição Gaditana?).

    Talvez seja em referência às revoluções liberais do século XIX (1820, 1830 e 1848).

  • E a constituição de 1823? Kkk

  • A questão quis confundir o candidato, misturando os acontecimentos paralelos ocorridos em Portugal e no Brasil entre 1820 e 1834.

  • MONARQUIA CONSTITUCIONAL PORTUGUESA (1820 - 1910)2

    • 1820-> Rev. do Porto ou Mov. Vintista: aprovação da CONST. DE 1822
    • 1823 -> Golpe de Villafrancada (Dom Miguel e Carlota Joaquina rasgam a Constituição de 1822).
    • 1826 -> Dom João VI morre, e Dom Miguel assume regência de Dona Maria (sua sobrinha e noiva); ele jura a Carta de 1826 (outorgada).
    • 1828 -> Dom Miguel dá um GOLPE anula a Carta de 1826: volta ABSOLUTISMO.
    • 1828-34: Guerra Civil Portuguesa entre D. Pedro (liberais) e D. Miguel (absolutistas); liberais vencem -> volta da Carta de 1826.
    • 1836: Revolução Setembrista -> liberais c/ adesão dos militares e população civil; deputados redigem a CONST. DE 1838 (semelhante à de 1822; durou pouco tempo).
    • 1842: Golpe de Costa Cabral (volta da Carta de 1826) -> Carta de 1826 fica até 1910.
    • 1820-> Rev. do Porto ou Mov. Vintista: aprovação da CONST. DE 1822
    • 1823 -> Golpe de Villafrancada (Dom Miguel e Carlota Joaquina rasgam a Constituição de 1822).
    • 1826 -> Dom João VI morre, e Dom Miguel assume regência de Dona Maria (sua sobrinha e noiva); ele jura a Carta de 1826 (outorgada).
    • 1828 -> Dom Miguel dá um GOLPE anula a Carta de 1826: volta ABSOLUTISMO.
    • 1828-34: Guerra Civil Portuguesa entre D. Pedro (liberais) e D. Miguel (absolutistas); liberais vencem -> volta da Carta de 1826.
    • 1836: Revolução Setembrista -> liberais c/ adesão dos militares e população civil; deputados redigem a CONST. DE 1838 (semelhante à de 1822; durou pouco tempo).
    • 1842: Golpe de Costa Cabral (volta da Carta de 1826) -> Carta de 1826 fica até 1910.

  • ERRADO

    Frente a uma sucessão de crises, a popularidade de D. Pedro caiu significativamente. Fruto

    do fechamento da Constituinte, em 1823...

    Fonte: PDF Estratégia Concursos.

    PMAL 2021/2022!!!

  • ERRADO

    O fechamento da Constituinte ocorreu em 1823, para que fosse assim outorgada a CF/1824 já com os 4 poderes, EXECUTIVO | LEGISLATIVO | JUDICIARIO E O "MODERADOR"

    BRIOSA/PMAL 2021/2022


ID
2790679
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Até 1880, em cerca de 80% do seu território, a África era governada por seus próprios reis, rainhas, chefes de clãs e de linhagens, em impérios, reinos, comunidades e unidades políticas de porte e natureza variados. No entanto, nos trinta anos seguintes, assistiu-se a uma transmutação extraordinária, para não dizer radical, dessa situação. Em 1914, com exceção da Etiópia e da Libéria, a África inteira estava submetida à dominação de potências europeias e dividida em colônias de dimensões diversas, mas de modo geral, muito mais extensas do que as formações políticas preexistentes e, muitas vezes, com pouca ou nenhuma relação com elas.

Albert Adu Boahen. A África diante do desafio colonial. In: História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935 (editado por Albert Adu Boahen), 2.ª ed. rev. Brasília: UNESCO, 2010, p. 3 (com adaptações)

Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o item que se segue.

O imperialismo estabeleceu novo paradigma de exploração colonial no continente africano, pautado a partir de então pela noção de ocupação efetiva e formalizado pela Conferência de Berlim.

Alternativas
Comentários
  • O colonialismo, que teve como auge os séculos XVI e XVII, ocorreu no "Novo Mundo", isto é, nas Américas, visou garantir o conjunto de práticas econômicas dito Mercantilismo, dos Estados Nacionais europeus, e se valeu do sistema plantation, baseado na mão-de-obra escrava. Para tanto, tornou-se necessária a busca por tal mão-de-obra na África por meio de fornecimento de escravos pelos seus chefes tribais em troca de mercadorias. Posteriormente, no século XIX, com o neocolonialismo e as independências nas Américas, bem como com a segunda revolução industrial, as potências europeias passaram a buscar novos mercados e riquezas, adentrando no continente africano efetivamente.


    Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/imperialismo-ou-neocolonialismo/64552

    https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/neocolonialismo

  • Conferência de Berlim aconteceu entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885 e delimitou regras e acordos durante a ocupação do continente africano pelas potências europeias. Conhecido também como partilha da África, esse evento oficializou o neocolonialismo que resultou na extensa exploração econômica de colônias africanas pelos países europeus.

    Organizado pelo Chanceler do Império AlemãoOtto von Bismarck, o evento contou com a participação de países europeus (AlemanhaÁustria-HungriaBélgicaDinamarcaEspanhaFrançaGrã-BretanhaItáliaNoruegaPaíses BaixosPortugalRússia e Suécia) mas também do Império Otomano e dos Estados Unidos. O objetivo declarado era o de "regulamentar a liberdade do comércio nas bacias do Congo e do Níger, assim como novas ocupações de territórios sobre a costa ocidental da África."

  • Ocupação Efectiva foi um principio adotado aquando da conferencia de Berlim pelas potencias europeias, em que cada potencia colonial deveria demostrar capacidade administrativa e militar para ocupar um determinado território Africano.

  • Há um evidente exagero ao dizer que Conferência de Berlim "formalizou" o imperialismo europeu na África. É desanimador ver a banca adotar uma posição tão simplista.

  • O continente africano teve quase todo o seu território ocupado pelos ingleses, franceses e

    belgas até 1870. Neste contexto surgem dois novos países na Europa. Os países que tiveram suas

    unificações (formações dos estados nacionais) tardias: A Itália e a Alemanha. Ambos já surgiram

    como países industrializados, principalmente a Alemanha. Passaram a exigir territórios coloniais na

    África e forçaram a realização e um acordo de partilha do continente chamado de "Conferencia de Berlim" , que estabeleceu as fronteiras de cada potência no continente e garantindo alguns

    territórios para os alemães e franceses. A partilha do continente foi feita através de fronteiras

    artificiais, que não respeitaram as fronteiras tribais tradicionais, unindo no mesmo território tribos

    inimigas e separando tribos aliadas. A disputa por colônias se tornou tão intensa que jogou os

    países europeus numa tremenda rivalidade que desencadeou a I Guerra Mundial.

  • FOCO DO IMPERIALISMO NO SECULO XIX CONTINENTES (AFRICA E ASIA)

    PARTILHA (CONFERENCIA DE BERLIM) 1884 E 1885.

  • Agora não entendi esse lance de "ocupação efetiva", as potências na maioria dos casos, não exerciam apenas um influência política e econômica na região africana, porque então o termo "ocupação efetiva"?
  • Certo. Ponto.


ID
2790682
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Até 1880, em cerca de 80% do seu território, a África era governada por seus próprios reis, rainhas, chefes de clãs e de linhagens, em impérios, reinos, comunidades e unidades políticas de porte e natureza variados. No entanto, nos trinta anos seguintes, assistiu-se a uma transmutação extraordinária, para não dizer radical, dessa situação. Em 1914, com exceção da Etiópia e da Libéria, a África inteira estava submetida à dominação de potências europeias e dividida em colônias de dimensões diversas, mas de modo geral, muito mais extensas do que as formações políticas preexistentes e, muitas vezes, com pouca ou nenhuma relação com elas.

Albert Adu Boahen. A África diante do desafio colonial. In: História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935 (editado por Albert Adu Boahen), 2.ª ed. rev. Brasília: UNESCO, 2010, p. 3 (com adaptações)

Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o item que se segue.


As conferências de Bandung e de Belgrado foram marcos no movimento dos países não aliados e na formulação do conceito de Terceiro Mundo. As principais preocupações desse bloco de países incluíam a economia, a comunicação e o combate ao racismo e ao neocolonialismo. A despeito de esse bloco apresentar uma alternativa ao mundo bipolarizado, a participação de Cuba levou-o a aproximar-se do campo socialista já na conferência de Belgrado. 

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    "Em abril de 1955 realizou-se em Bandung, Indonésia, uma conferência que reunia 29 países afro-asiáticos defendendo a emancipação total dos territórios ainda dependentes, repudiando os pactos de defesa coletiva patrocinados pelas grandes potências, bem como a Guerra Fria, e enfatizando, ainda, a necessidade de apoio ao desenvolvimento econômico. Apesar de suas limitações e ambiguidades, a Conferência de Bandung marcou a irrupção do Terceiro Mundo no cenário internacional. Ao lado desse evento, a crescente influência dos países neutralistas contribuiu para consolidar essa nova tendência. Em 1961 reuniu-se em Belgrado, Iugoslávia, a I Conferência dos Países Não Alinhados, na qual convergiu a política de Tito pela busca de uma Terceira Via nas relações internacionais, o neutralismo e o afro-asiatismo de Bandung. Entre os 25 membros do novo movimento figuravam Cuba, Iugoslávia e Chipre, ao lado dos afro-asiáticos (o Brasil participou como observador). Os Não Alinhados manifestaram-se contra o domínio das grandes potências e mencionaram a necessidade de uma nova ordem política e econômica mundial. Tito, Nasser, Sukharno, Nerhu e Nkrumah (presidente de Gana) foram as figuras proeminentes na estruturação do não alinhamento." (VISENTINI, Paulo Fagundes e PEREIRA, Analúcia Danilevicz. Manual do Candidato de História Mundial. Ed. FUNAG, 2012, p. 203)

     

    "No entanto, muitos desses países acabaram depois cobiçados por forças políticas e sociais ligadas a cada uma das duas facções da Guerra Fria, a capitalista e a comunista". (Wikipédia).

     

    Portanto, é incorreto afirmar que "a participação de Cuba levou o 'bloco terceiro-mundista' a aproximar-se do campo socialista já na conferência de Belgrado." 

     

  • Além do excelente comentário de Daniel Gonçalves, vale lembrar que a Revolução Cubana aconteceu em 1959, não se iniciou com ideais socialistas, tendo se associado à URSS apenas em 1961, portanto depois da Conferência de Bandung e antes da Conferência de Belgrado.


ID
2790685
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Até 1880, em cerca de 80% do seu território, a África era governada por seus próprios reis, rainhas, chefes de clãs e de linhagens, em impérios, reinos, comunidades e unidades políticas de porte e natureza variados. No entanto, nos trinta anos seguintes, assistiu-se a uma transmutação extraordinária, para não dizer radical, dessa situação. Em 1914, com exceção da Etiópia e da Libéria, a África inteira estava submetida à dominação de potências europeias e dividida em colônias de dimensões diversas, mas de modo geral, muito mais extensas do que as formações políticas preexistentes e, muitas vezes, com pouca ou nenhuma relação com elas.

Albert Adu Boahen. A África diante do desafio colonial. In: História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935 (editado por Albert Adu Boahen), 2.ª ed. rev. Brasília: UNESCO, 2010, p. 3 (com adaptações)

Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o item que se segue.


Na Índia, propostas de modernização e desenvolvimento econômico sustentaram a mobilização popular alcançada por Mohandas Gandhi contra a dominação britânica. O movimento nacionalista, com discurso tradicionalista iniciado por Bal Ganghadar Tilak, passou a ser minimizado em decorrência das divisões religiosas indianas, que opunham muçulmanos a hindus.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    "A Índia britânica conquistou a independência após Londres convencer-se da inutilidade da manutenção do colonialismo direto perante a crescente reação interna e à pressão externa. Entretanto, a política colonial britânica, caracterizada pelo fomento das divisões internas, e as manobras que envolveram o processo de descolonização do subcontinente indiano resultaram na partilha deste e na eclosão de conflitos étnicos e nacionais que ainda persistem. Em 1947 sucederam-se as independências da Birmânia, da Índia e do Paquistão. Confrontos étnico-religiosos e migrações maciças marcaram o difícil nascimento dos dois últimos Estados, que também travaram uma guerra inconclusa pelo controle da Caxemira. (...) 10% da população da Índia eram muçulmanas. Este país, apesar da linha laica do Partido do Congresso (agora liderado por Nehru), manteve o sistema de castas e um atraso social impressionante, apesar do avanço industrial logrado. A estratégia pacifista de Ghandi, visando evitar uma revolução social, legou ao país esta situação."

    (VISENTINI, Paulo Fagundes e PEREIRA, Analúcia Danilevicz. Manual do Candidato de História Mundial. Ed. FUNAG, 2012, p. 203)

     

     

    É incorreto afirmar que "o movimento nacionalista passou a ser minimizado em decorrência das divisões religiosas indianas, que opunham muçulmanos a hindus". Uma vez que a maior parte da população é hindu (80,5% da população), e as divisões ou conflitos sociais são de natureza étnica, originada do sistema de castas.

  • Dois erros:

    1) Não eram as propostas de modernização que sustentavam o movimento popular, mas a luta pela independência e a autodeterminação

    2) Não se enfraqueceu o movimento nacionalista, muito pelo contrário. A divisão com os muçulmanos o acirrou.

    Fonte: Prof. João Daniel

  • O movimento nacionalista, com discurso tradicionalista iniciado por Bal Ganghadas Tilak, foi anterior ao movimento de mobilização popular iniciado por Mohandas Gandhi que defendia o boicote de produtos britânicos e da valorização da tradição hindu. As divisões religiosas que opunham muçulmanos e hindus teve seu ápice quando ocorreu a independência dos dois países em 1947 dando origem a Índia e Paquistão Ocidental e Oriental, que posteriormente virou Bangladesh.


ID
2790688
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Até 1880, em cerca de 80% do seu território, a África era governada por seus próprios reis, rainhas, chefes de clãs e de linhagens, em impérios, reinos, comunidades e unidades políticas de porte e natureza variados. No entanto, nos trinta anos seguintes, assistiu-se a uma transmutação extraordinária, para não dizer radical, dessa situação. Em 1914, com exceção da Etiópia e da Libéria, a África inteira estava submetida à dominação de potências europeias e dividida em colônias de dimensões diversas, mas de modo geral, muito mais extensas do que as formações políticas preexistentes e, muitas vezes, com pouca ou nenhuma relação com elas.

Albert Adu Boahen. A África diante do desafio colonial. In: História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935 (editado por Albert Adu Boahen), 2.ª ed. rev. Brasília: UNESCO, 2010, p. 3 (com adaptações)

Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o item que se segue.


O longo processo de descolonização da África e da Ásia foi fortemente influenciado pelo princípio de autodeterminação dos povos, contido na Carta de Criação da Organização das Nações Unidas (ONU). Em observância à determinação dessa instituição, seus países-membros efetivaram planos de desenvolvimento de autonomia de suas colônias, o que fez da guerra uma exceção na conquista da independência pelos povos colonizados.

Alternativas
Comentários
  • errado "fez da guerra uma exceção na conquista da independência pelos povos colonizados.'

  • ERRADO. Houve muitas guerras.

    "Ao lado do nacionalismo árabe, tanto em sua versão nasserista quanto argelina, o pan-africanismo e a negritude serviram de catalisadores às vanguardas e elites africanas na luta pela independência. (...) O processo de descolonização, no tocante ao conjunto do Terceiro Mundo, seguiu quatro caminhos básicos:

    a) um acordo da metrópole com a elite local para uma independência gradativa (África Tropical);

    b) a exploração de divergências internas como forma de controlar o processo (como na Índia e no Paquistão);

    c) luta fracassada contra guerrilha revolucionária (guerra franco-vietnamita e argelina); e

    d) apoio à facção conservadora durante guerra civil (Filipinas, Vietnã do Sul, Coreia do Sul e China).

    No que diz respeito à África Negra, as potências coloniais se anteciparam ao amadurecimento do protesto independentista e puderam controlar em linhas gerais o movimento de descolonização nos parâmetros do primeiro caso.(...) Em 1960, o 'ano africano', a maioria dos países do continente tornou-se independente da França e da Grã-Bretanha, dentro da linha pacífica, gradual e controlada. Camarões, Congo-Brazaville, Gabão, Tchad, República Centro-Africana, Togo, Costa do Marfim, Daomé (atual Benin), Alto Volta (atual Burkina-Faso), Niger, Nigéria, Senegal, Mali, Madagascar, Somália, Mauritânia e Congo-Leopoldville (atual Zaire). Entre 1961 e 1966 foi a vez de Serra Leoa, Tanzânia, Uganda, Ruanda, Burundi, Quênia, Gâmbia, Botswana e Lesoto. Todos os novos Estados localizavam-se na zona tropical africana, e neles era limitado o número de colonos europeus, o que facilitou a transferência do controle formal dos diversos países à burguesia e à classe média negra".

    Fonte: Paulo G. Visentini e Analucia Danilevicz, Manual do Candidato de História Mundial, FUNAG, 2012 (p. 208-209).

    Atenção: o Zaire atualmente é chamado de República Democrática do Congo

  • O que é importante saber sobre o papel do Brasil no tema da descolonização da África? (Questão discursiva já cobrada em 3 fase)

    • A diplomacia brasileira participou, de maneira ativa, das discussões em foros multilaterais de comércio, bem como em instâncias políticas que assegurassem o princípio da autodeterminação dos povos.
    • O Brasil ingressou no Conselho de Tutela da ONU, que era o órgão responsável pelo tema da descolonização e passou a apoiar os processos de independência afro-asiáticas, especialmente após a formulação da PEI, durante o governo de Jânio Quadros.
    • O Brasil foi o primeiro país a reconhecer o governo do MPLA, em Angola.
    • O país precisava de apoio afro-asiáticos em temas multilaterais, especialmente aqueles relacionados ao comércio internacional.

    Fonte: Guia de Estudos publicado pelo Instituto Rio Branco.

  • Houve guerra sim! Houve conflitos armados e movimentos de guerrilha. Esse fato faz da alternativa ERRADA!

  • wishfull thinking


ID
2790691
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que a Liga das Nações e a ONU foram instituições criadas em meio aos traumas resultantes das duas grandes guerras, julgue (C ou E) o item subsequente, a respeito dos períodos pós-guerras. 


A reivindicação japonesa de incluir no Tratado de Versalhes cláusula de igualdade racial entre as potências foi duramente rechaçada pela Austrália, que possuía rigorosa política de imigração pautada nas teses eugenistas.

Alternativas
Comentários
  • Movimento eugenista é o movimento social baseado nas teorias de eugenia, cujo objetivo é "melhorar" a raça humana.[1] Reivindica melhorar as características genéticas de populações humanas através de mistura seletiva de pessoas, esterilização obrigatória de débeis e futuramente através da engenharia genética.

    A eugenia desempenhou papel significativo na história e na cultura dos Estados Unidos, mesmo antes de sua participação na Segunda Guerra Mundial.[2] O movimento se originou das ideias de determinismo biológico de Sir Francis Galton, no ano de 1880. Galton estudou as classes altas do Reino Unido e concluiu que a sua posição social era devida à sua configuração genética superior.

    A eugenia era praticada nos Estados Unidos anos antes dos programas de eugenia da Alemanha nazista [3] e programas de eugenia americanos foram a fonte de inspiração para muitos dos experimentos e trabalhos da eugenia nazista, como documentou Stefan Kühl. Ele mostrou em sua pesquisa o consenso entre as políticas raciais nazistas e aquelas de eugenistas em outros países, incluindo os Estados Unidos, e salientou que os eugenistas viram as políticas e medidas nazis como a realização de seus objetivos e demandas.

    A eugenia já foi associada a elementos racistas e nativistas e para alguns pensadores não possui fundamentos genéticos científicos. Ela foi uma das características marcantes do século XIX e início do século XX nos Estados Unidos, sendo vista como um método de preservar e melhorar os grupos dominantes da população. Embora haja os que afirmam que o movimento enfraqueceu depois dos experimentos nazistas em seres humanos se tornarem conhecidos, outros negam tal hipótese. Na Inglaterra, a eugenia permanece sendo estudada e o principal centro de eugenia é o Galton Institute, fundado em 1907 com o nome original de Eugenics Education Society.

  • "A participação do Japão na Grande Guerra insere-se na terceira fase da sua ascensão que tem o objetivo claro de ser reconhecido como grande potência. No final da Guerra o Japão chega a Versalhes com três propósitos: a concessão alemã de Shandong, as colónias alemãs no Pacífico a norte do equador e a aceitação de uma cláusula de igualdade racial entre as grandes potências. Destes três foi o último que mais controvérsia e tensão gerou entre os Aliados. Com esta proposta Tóquio adicionava uma nova dimensão à definição de grande potência.

    A maior resistência a esta proposta nipónica veio de Wilson e Lloyd George. Do lado britânico, Londres estava inquieta com a posição regional do Japão que tinha ocupado o vazio deixado pelo Império Russo e tinha fortes reservas em matéria de imigração no âmbito do seu império. A maior contestação veio da Austrália e do seu primeiro-ministro Billy Hughes, cuja política restritiva da imigração, conhecida pela «White Australia» de 1901 chocava frontalmente com o cerne desta proposta japonesa".


    The Great War and the rise of Asia: China and Japan

    Raquel Vaz-Pinto


    http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992014000200008


ID
2790694
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que a Liga das Nações e a ONU foram instituições criadas em meio aos traumas resultantes das duas grandes guerras, julgue (C ou E) o item subsequente, a respeito dos períodos pós-guerras. 


A Liga das Nações foi criada em 1919 e extinta oficialmente em 1946. EUA, França, Grã-Bretanha, Alemanha e Japão foram membros dessa liga até 1939, quando do início da Segunda Guerra Mundial.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO

  • QUE TA ERRADO NÃO PRECISA POR! BASTA DA UM CLICK NO "RESPONDER"

    Liga das Nações foi criada pelo Tratado de Versalhes, em 28 de julho de 1919, ao fim da Primeira Guerra Mundial.Seu principal objetivo era servir de espaço para discussões entre as nações e assim evitar guerras. Sua sede ficava em Genebra, Suíça.

    O órgão principal da Liga das Nações era o Conselho da Liga formado por sete membros. Dele participavam quatro membros permanentes: França, Inglaterra, Itália e Japão. Por outro lado, três países eram eleitos para ocupar os assentos temporários por três anos.

    A princípio, países como Alemanha e Turquia foram proibidos de participar do organismo. No entanto, em 1926, a Alemanha se incorpora à Liga das Nações e a Turquia o faz em 1932.

    Também a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) não entram na Liga num primeiro momento. Em 1934, Stalin decide participar da instituição como um gesto de boa vontade ao Ocidente.

     

  • ERRADO

    A Alemanha entrou tardiamente na Liga, é verdade, mas a questão não afirma que todos estes países participaram desde o começo da Liga. Os erros da questão são os seguintes:

    1) Os EUA não chegaram a participar da Liga das Nações. Apesar desta ter sido criada com base na proposta de paz dos chamados 14 pontos do presidente estadunidense Woodrow Wilson, o Senado daquele país não aprovou o tratado.

    2) França, Grã-Bretanha, Alemanha e Japão não foram todos membros dessa liga até 1939. Com a invasão da Manchúria pelo Japão em 1931 e a consequente represália por parte da Liga, o Japão abandonou a Organização em março de 1933. A Alemanha seguiu caminho parecido quando Hitler, buscando rearmar o país retirou a Alemanha da Liga em outubro de 1933.

    Desta forma, dos países citados, dois saíram da Liga das Nações (também chamada de Sociedade das Nações) ainda em 1933.

  • EUA não fez parte!!!

  • A Liga das Nações foi criada pelo Tratado de Versalhes de 1919, oficialmente iniciou seu funcionamento em 1920. Deixou de existir em 1946.

    EUA - nunca fez parte da Liga

    França - foi membro fundador. A França Vichy se retirou em 1941. Essa retirada não foi reconhecida pela França Livre

    Alemanha - entrou em 1926, se retirou em outubro de 1933

    Japão - foi membro fundador, se retirou em março de 1933

    Reino Unido - foi membro fundador. Não se retirou.

  • PESSOAL PARA DE DAR VOLTA

    RESPOSTAS OBJETIVAS

    PAÍSES QUE FAZIAM PARTE DA ONU e seu Conselho de Segurança:

    EUA, Reino Unido, França, China e Rússia.

    PAREM DE FICAR COPIANDO

  • Desculpe, sr. Luiz!

    Vamos trabalhar para melhor te atender

  • Faidel,

    para alguém que quer ser tão objetivo, é importante aprender a ler bem as questões primeiro. A afirmativa não se refere a ONU, mas sim a Liga das Nações.

  • Começou com quatro membros permanentes: Inglaterra, França, Itália, Japão; e quatro membros não permanentes, que eram eleitos pela Assembleia por um período de três anos.

    Os primeiros membros não permanentes foram Bélgica, Brasil, Grécia e Espanha.


ID
2790697
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que a Liga das Nações e a ONU foram instituições criadas em meio aos traumas resultantes das duas grandes guerras, julgue (C ou E) o item subsequente, a respeito dos períodos pós-guerras. 


A Carta das Nações Unidas, elaborada em conferência realizada em São Francisco, declarava a luta pelos direitos humanos, o respeito à autodeterminação dos povos e a solidariedade universal como princípios básicos da ONU.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo

  • Os princípios que pautam as ações das Nações Unidas são:

    A Organização se baseia no principio da igualdade soberana de todos seus membros;

    Todos os membros se obrigam a cumprir de boa fé os compromissos da Carta;

    Todos deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais;

    Todos deverão abster-se em suas relações internacionais de recorrer à ameaça ou ao emprego da força contra outros Estados;

    Todos deverão dar assistência às Nações Unidas em qualquer medida que a Organização tomar em conformidade com os preceitos da Carta, abstendo-se de prestar auxílio a qualquer Estado contra o qual as Nações Unidas agirem de modo preventivo ou coercitivo;

    Cabe às Nações Unidas fazer com que os Estados que não são membros da Organização ajam de acordo com esses princípios em tudo quanto for necessário à manutenção da paz e da segurança internacionais;

    Nenhum preceito da Carta autoriza as Nações Unidas a intervir em assuntos que são essencialmente da alçada nacional de cada país.

  • Pensei que fosse questões de Direito Administrativo


ID
2790700
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que a Liga das Nações e a ONU foram instituições criadas em meio aos traumas resultantes das duas grandes guerras, julgue (C ou E) o item subsequente, a respeito dos períodos pós-guerras. 


A criação de tribunais militares responsáveis pelo julgamento dos crimes de guerra foi uma das decisões da Conferência de Potsdam. Foram então criados dois tribunais internacionais, um sediado em Nuremberg e outro em Tóquio, no qual se destacou entre as acusações dos réus japoneses a escravização sexual de mulheres, as então chamadas mulheres de conforto.

Alternativas
Comentários
  • Resposta absolutamente medonha, pois estava E no gabarito provisório (resposta correta) e mudaram pra C (totalmente errada).

     

    A questão das mulheres de conforto estava longe de ser um destaque. Aliás, essa é uma das criticas que se faz ao Tribunal de Tóquio, pois é algo que ainda está em aberto. Um google rápido na questão já mostra isso:

     

    This refusal to adequately address past atrocities, primarily committed against women, permeates how women are viewed in Japanese society today. Attempts to deny, justify, or trivialize the pursuit of justice for the “comfort women” who suffered systematic war crimes remain widespread, including labeling survivors as “professional prostitutes” and attacking the validity of the testimonies and other evidence. While this is not a new phenomenon, it is appalling that reporting on the military sexual slavery system should still come with such difficulties. (https://thediplomat.com/2018/06/why-the-comfort-women-issue-still-matters-70-years-later/) 

     

    For a long time following the end of the war, discussing the issue of "comfort women" remained a taboo. And the victims suffered in silence due to the stigma associated with it. Only in the early 1990s did the issue rise to prominence, and since 1992 the survivors have been demonstrating outside the Japanese embassy in Seoul demanding an official apology and financial compensation from Japan. (https://www.dw.com/en/comfort-women-the-wounds-of-their-lives/a-18982702)

     

    Comfort Women: The 1946-1948 Tokyo War Crimes Trials and Historical Blindness (https://scholar.uwindsor.ca/cgi/viewcontent.cgi?article=1045&context=gljuh)

     

    Memory of an Injustice: The “Comfort Women” and the Legacy of the Tokyo Trial (https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/10357823.2013.771770)

     

    Já acompanho esse concurso há muito tempo e nunca vi um gabarito cuja resposta correta (E) foi alterada para incorreta (C), o que mostra o nível de despreparo da nova banca de história de 2018.

  • CERTO.

     

    Justificativa do CESPE para alteração do gabarito preliminar:

    De fato, a partir da Conferência de Potsdam, foram criados os tribunais de guerra de Nuremberg e Tóquio. Os estupros coletivos foram crimes julgados na ocasião.

  • Tribunais de guerras que também podem ser chamados de Tribunais de exceção.

    Os tribunais foram criados pelos vencedores para julgarem os ''vencidos''.

  • Gab: Certo

    Mulheres de conforto ou mulheres de alívio é um termo utilizado para designar mulheres forçadas à  e  nos  militares  durante a .calcula-se que entre 50.000 e 200.000 mulheres tenham sido , mas ainda existem discordâncias sobre os números exatos. Historiadores e pesquisadores têm declarado que a maioria delas provinham da  e , mas mulheres das (incluindo ) e outros territórios ocupados pelo  também foram usadas nos "postos de conforto". 

  • Concordo com o André R., a resposta correta realmente seria E, sem discussão. Pode conferir na obra de Nicola Henry, Adriana Tescari (que é diplomata!), etc.

    Foram julgados estupros coletivos em Tóquio? Sim, mas apenas no caso do saque de Nanquim (em inglês é conhecido como Rape of Nanking). Isso foi um episódio de invasão da cidade, com o estupro em massa das mulheres chinesas ocorrendo no próprio local (assim como a devastação da cidade em si) e não tem NADA a ver com a questão das mulheres de conforto, que foi solenemente IGNORADA no Tribunal de Tóquio. Apenas no Tribunal Militar de Batavia de 1948 é que foram julgados os casos de 35 mulheres holandesas que lá residiam e que foram escravizadas sexualmente. (Já a escravização das mulheres asiáticas não foi julgada em ocasião nenhuma).

    Infelizmente quem acertou a questão inicialmente porque SABIA o conteúdo foi penalizado.


ID
2790703
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A arte de hoje é composta por arte moderna (e, às vezes, até arte clássica) e arte contemporânea. Além do mais, algumas das principais figuras da arte contemporânea já morreram: Yves Klein, por exemplo, e Andy Warhol. A arte contemporânea não pode, portanto, ser reduzida à arte de artistas vivos, já que ela inclui artistas já falecidos e não inclui grande parte da produção artística atual. Arte contemporânea é uma categoria estética de arte, um tipo de gênero artístico, mas em um sentido mais amplo do que aquilo que se costuma chamar de gênero: como categoria artística, a arte contemporânea se encontra no mesmo nível da arte clássica ou moderna, sendo que cada uma possui suas características próprias.


                Nathalie Heinich. Práticas da arte contemporânea: uma abordagem pragmática a um novo paradigma artístico. In: Sociologia e Antropologia. Rio de Janeiro, v. 4, 02:373-90, out./2014, p. 376.

Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, a respeito da arte produzida nos séculos XX e XXI.


A ausência de representação dos indígenas pré-hispânicos foi uma das marcas do Muralismo mexicano. Esse movimento foi patrocinado pelo Estado e buscava aglutinar a modernidade artística europeia, a experiência histórica mexicana e os projetos de futuro para a nação elaborados no período pós-revolucionário.

Alternativas
Comentários
  • In 1921, after the end of the military phase of the Revolution, José Vasconcelos was appointed to head the Secretaría de Educación Pública. At the time, most of the Mexican population was illiterate and the government needed a way to promote the ideals of the Mexican Revolution. It was Vasconcelos’s idea have a government-backed mural program for this purpose. Similar to mural use in the pre Hispanic period and during the colonial period, the purpose of these murals were not simply aesthetic, but social, to promote certain ideals. These ideals or principles were to glorify the Mexican Revolution and the identity of Mexico as a mestizo nation, with the indigenous promoted as well as the Spanish.


    https://en.wikipedia.org/wiki/Mexican_muralism

  • Pelo contrário, os muralistas mexicanos expressaram com orgulho seu passado indígena.

  • Gab: ERRADO

  • Link útil: https://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3190/muralismo

ID
2790706
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A arte de hoje é composta por arte moderna (e, às vezes, até arte clássica) e arte contemporânea. Além do mais, algumas das principais figuras da arte contemporânea já morreram: Yves Klein, por exemplo, e Andy Warhol. A arte contemporânea não pode, portanto, ser reduzida à arte de artistas vivos, já que ela inclui artistas já falecidos e não inclui grande parte da produção artística atual. Arte contemporânea é uma categoria estética de arte, um tipo de gênero artístico, mas em um sentido mais amplo do que aquilo que se costuma chamar de gênero: como categoria artística, a arte contemporânea se encontra no mesmo nível da arte clássica ou moderna, sendo que cada uma possui suas características próprias.


                Nathalie Heinich. Práticas da arte contemporânea: uma abordagem pragmática a um novo paradigma artístico. In: Sociologia e Antropologia. Rio de Janeiro, v. 4, 02:373-90, out./2014, p. 376.

Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, a respeito da arte produzida nos séculos XX e XXI.


As relações entre arte e projetos políticos foram claramente definidas no século XIX e permaneceram no século XX. Nesse sentido, a expansão do Expressionismo Abstrato, no contexto da Guerra Fria, conecta-se à política de expansão cultural norte-americana, que teve na ação do MoMA importante impulsionador, uma vez que os museus estabeleceram-se, ao longo do século XX, como um dos principais definidores do que seria arte.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Expressionismo abstrato foi um movimento artístico com origem nos Estados Unidos, cujo auge foi atingido nas décadas posteriores à Segunda Guerra Mundial. Foi o primeiro movimento especificamente americano a atingir influência mundial, colocando Nova Iorque no centro do mundo artístico (posição previamente exercida por Paris, na França). Por vezes, é chamado de Escola de Nova Iorque. O movimento ganhou este nome por combinar a intensidade emocional do expressionismo alemão com a estética antifigurativa das Escolas abstratas da Europa, como o Futurismo, o Bauhaus e o Cubismo Sintético. O termo foi usado pela primeira vez para designar o movimento americano em 1952 pelo crítico H. Rosenberg. Os pintores mais conhecidos do expressionismo abstrato são Arshile Gorky, Jackson Pollock, Philip Guston, Willem de Kooning, Clyfford Still.

     

    O Museu de Arte Moderna (Museum of Modern Art - New York), mais conhecido como MoMA, é um museu da cidade de Nova Iorque, fundado no ano de 1929 como uma instituição educacional. Atualmente é um dos mais famosos e importantes museus de arte moderna do mundo.

     

    Fonte: Wikipedia.

  • Os museus da Europa , pelo jeito tb. foram todos feitos, ao longo do século XX, POR FAVOR ???????

  • Relações entre arte e projetos políticos foram claramente definidas no século XIX???

    Gostaria de saber a fonte para considerar este trecho da afirmativa correto. Da forma como foi escrito, sem nenhuma exceção, teria que valer para o mundo inteiro para estar correta.

  • quando uma questão detalha muito, 70% de estar certa.

  • claramente definidas? cuma??

  • Pra que estudamos se a banca elege a questao que bem entende como certa ou errada?


ID
2790709
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A arte de hoje é composta por arte moderna (e, às vezes, até arte clássica) e arte contemporânea. Além do mais, algumas das principais figuras da arte contemporânea já morreram: Yves Klein, por exemplo, e Andy Warhol. A arte contemporânea não pode, portanto, ser reduzida à arte de artistas vivos, já que ela inclui artistas já falecidos e não inclui grande parte da produção artística atual. Arte contemporânea é uma categoria estética de arte, um tipo de gênero artístico, mas em um sentido mais amplo do que aquilo que se costuma chamar de gênero: como categoria artística, a arte contemporânea se encontra no mesmo nível da arte clássica ou moderna, sendo que cada uma possui suas características próprias.


                Nathalie Heinich. Práticas da arte contemporânea: uma abordagem pragmática a um novo paradigma artístico. In: Sociologia e Antropologia. Rio de Janeiro, v. 4, 02:373-90, out./2014, p. 376.

Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, a respeito da arte produzida nos séculos XX e XXI.


As intervenções artísticas visuais urbanas têm estado cada vez mais presentes nos grandes centros. Sua difusão retoma discussões sobre o lugar da autoria, o papel político-social das artes, a ocupação dos espaços urbanos e os efeitos da mercantilização da obra artística; Banksy é um dos principais nomes dessa vertente.

Alternativas
Comentários
  • Quando você não sabe a questão, mas já pegou o jeito de banca e sabe o momento exato que ela quer enganar ou não.

    Faça questões até sair sangue, pegue o jeito do cespe e rumo à aprovação.


    PM AL 2018

  • Gabarito: Certo

  • "Banksy é o pseudônimo de um artista pintor de graffiti, pintor de telas, ativista político e diretor de cinema britânico. A sua arte de rua satírica e subversiva combina humor negro e graffiti feito com uma distinta técnica de estêncil. Seus trabalhos de comentários sociais e políticos podem ser encontrados em ruas, muros e pontes de cidades por todo o mundo. O trabalho de Banksy nasceu da cena alternativa de Bristol, e envolveu colaborações com outros artistas e músicos. De acordo com o designer gráfico e autor Tristan Manco, Banksy nasceu em 1974 em Bristol (Inglaterra), onde também foi criado. Filho de um técnico de fotocopiadora, começou como açougueiro mas se envolveu com graffiti durante o grande boom de aerossol em Bristol no fim da década de 1980. Observadores notaram que seu estilo é muito similar a Blek le Rat, que começou a trabalhar com estênceis em 1981 em Paris, e à campanha de graffiti feita pela banda anarco-punk Crass no sistema de metro de Londres no fim da década de 70.Conhecido pelo seu desprezo pelo governo que rotula graffiti como vandalismo, Banksy expõe sua arte em locais públicos como paredes e ruas, e chega a usar objetos para expô-la.

    [...]

    GIRL WITH BALLOON

    Mural criado em 2002 que mostra uma menina com um balão vermelho em forma de coração. Em 5 de outubro de 2018 uma pintura reproduzindo o mural, feita pelo artista em 2006, foi leiloada na Sotheby's, em Londres. A obra foi arrematada por uma mulher, pelo valor de £1 milhão (cerca de R$5 milhões). Em seguida ao arremate, uma sirene tocou e a obra deslizou para fora de sua moldura, se autodestruindo, sendo parcialmente cortada em tiras por um triturador de papeis embutido na moldura. Depois Banksy postou em seu Instagram um vídeo que mostrava como havia instalado um equipamento dentro da moldura, para destruir a obra caso esta fosse a leilão. O artista também postou outro vídeo do momento em que a obra se destruía ante a perplexidade dos presentes, com a frase "The urge to destroy is also a creative urge" ("O desejo de destruir também é um impulso criativo"), atribuída a Picasso".

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Banksy

  • Só errei por causa da palavra mercantilização.

  • sei lá quem é Banksy, mas pelo nome de artista marquei CERTO ✔️

ID
2790712
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A arte de hoje é composta por arte moderna (e, às vezes, até arte clássica) e arte contemporânea. Além do mais, algumas das principais figuras da arte contemporânea já morreram: Yves Klein, por exemplo, e Andy Warhol. A arte contemporânea não pode, portanto, ser reduzida à arte de artistas vivos, já que ela inclui artistas já falecidos e não inclui grande parte da produção artística atual. Arte contemporânea é uma categoria estética de arte, um tipo de gênero artístico, mas em um sentido mais amplo do que aquilo que se costuma chamar de gênero: como categoria artística, a arte contemporânea se encontra no mesmo nível da arte clássica ou moderna, sendo que cada uma possui suas características próprias.


                Nathalie Heinich. Práticas da arte contemporânea: uma abordagem pragmática a um novo paradigma artístico. In: Sociologia e Antropologia. Rio de Janeiro, v. 4, 02:373-90, out./2014, p. 376.

Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, a respeito da arte produzida nos séculos XX e XXI.


A difusão da fotografia foi de pouco impacto na vida artística europeia do período em questão: o forte papel da subjetividade, do autor e do observador, aclamado pelos representantes da vanguarda artística, desqualificava a concretude da imagem fotográfica.

Alternativas
Comentários
  • "Pouco impacto."
  • O impacto da fotografia nas artes em solo europeu obrigou os artistas a se reinventarem. Um exemplo disso é o expressionismo, que em seu jogo de luminosidade e pinceladas pontilhas atribuía uma carga emocional maior a obras como "O grito", de Munch, ícone do movimento.

  • A popularização da fotografia foi o berço do movimento de arte abstrata, que passou a entender que a arte já não era necessariamente uma representação da realidade, já que este papel seria atribuído à fotografia. A arte se dedicaria agora a representar o que há no interior das pessoas, o que a fotografia não seria capaz de registrar.


ID
2790715
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Revolução Industrial teve início no século XVIII e transformou econômica e socialmente boa parte do Ocidente ao longo de suas fases. Tendo essa informação como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir, que dizem respeito ao referido período e aos seus desdobramentos.


O emprego e uso da noção e conceito de mercado, essencial ao capitalismo industrial, foi herdado do mercantilismo. A partir da necessidade de expansão e garantia de mercados, houve a formação de Estados territoriais e de impérios coloniais: o Imperialismo resultou da Revolução Industrial.

Alternativas
Comentários
  • O capitalismo comercial foi a base para o desenvolvimento do capitalismo industrial, ou seja, o conceito de mercado, meio pelo qual é realizada a negociação e a troca comercial, foi herdado do mercantilismo. Os Estados territoriais e impérios coloniais foram formados e delimitados para atender aos monopólios derivados do mercantilismo que, em decorrência da produção e a busca por mercado consumidor e matéria-prima, resultou no imperialismo.


    CERTO

  • "Os indivíduos que se tornariam operários não só comporiam a força de trabalho empregada na produção, mas, também, seriam parte importante do mercado consumidor de produtos manufaturados. Tal ideia de mercado, também essencial para que o capitalismo industrial se estabelecesse definitivamente como sistema econômico, foi uma herança do mercantilismo. A partir da necessidade de expandir e garantir mercados houve a formação de Estados territoriais (dentro dos quais haveria o monopólio, para as companhias nacionais, da venda de produtos de todos os tipos) e de impérios coloniais que, além de consumirem os bens oriundos das metrópoles, eram importantes fornecedores de matérias-primas para essas."

    Fonte: Manual do candidato  

  • Concordo que está certo MAS ate os dois pontos. O Imperialismo antecede a Revolução Industrial (o caso do Brasil por exemplo) então ele não resultou dela. De fato a RI o reforçou mas não foi a causa!

  • É passivel de confusão, já que, a maneira tradicional de significar o Imperialismo, é aquele do século XIX, já posterior a Rev.
  • Importante não confundir Imperialismo (resultante da Revolução Industrial) com Colonialismo (anterior ao Imperialismo e caso da América portuguesa).

  • Imperialismo ou Neocolonialismo - Século XIX

    Conferência de Berlim (1884-85) - divisão da África

    necessidade de obter:

    fontes de matérias-primas 

    - novos mercados consumidores 

  • "A partir da necessidade de expansão e garantia de mercados, houve a formação de Estados territoriais e de impérios coloniais o Imperialismo resultou da Revolução Industrial."

    Redação controversa essa, pois, pelo menos na África, foi quase nulo o impacto do mercado consumidor das novas colônias para a economia industrial.

    "Again this market explanation, though much used at the time as an argument that colonial expansion should be undertaken, is limited in the African case. Africa’s population was small, and the opportunities for marketing industrial goods were slight. But hopes are invariably more potent than reality."

    Fonte: (Mackenzie, John, The Partition of Africa 1880–1900, p. 32).

  • ...o Imperialismo resultou da Revolução Industrial.

    ISSO MESMO. NA 2ª FASE DA REVOLUÇÃO JÁ HAVIA ESTA CARACTERÍSTICA.

    Gab. CERTO.

  • Estudar é doloroso e cansativo. Porém, responder uma questão com total consciência é magnífico.

    Que a cada dia tomemos mais gosto pelo ato de estudar.

  • Revolução Industrial > Corrida imperialista > Mercado consumidor, matéria prima... > VEM GUERRAS POR AÍ.

  • No país havia ainda grande quantidade de capital acumulado durante a fase do mercantilismo, o que permitiu que a burguesia inglesa tivesse recursos financeiros suficientes para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. Ou seja, havia acumulação de capital desde a época da expansão ultramarina. Durante as décadas anteriores, a Inglaterra acumulara capitais por meio do comércio, da pirataria, das guerras e da exploração colonial.

    Resposta: Certo

  • Imperialismo, também chamado de neocolonialismo.

  • Exemplo: relações comerciais entre Brasil e Inglaterra no século XIX fundamentadas na necessidade inglesa de expandir seus negócios saturados na europa para a américa

  • Neocolonialismo para a banca é o conceito que está no HRIC, ou seja, do séc. 19 ligado à expansão imperialista e a Revolução Industrial, portanto, ao capitalismo. 


ID
2790718
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Revolução Industrial teve início no século XVIII e transformou econômica e socialmente boa parte do Ocidente ao longo de suas fases. Tendo essa informação como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir, que dizem respeito ao referido período e aos seus desdobramentos.


Ao mesmo tempo em que serviu como fator de aproximação entre países distintos, a Revolução Industrial ampliou as desigualdades econômicas, sociais e políticas.

Alternativas
Comentários
  • Positivo.

     

  • A Revolução Industrial aproximou os países na medida em que houve, basicamente, a busca por matéria-prima e por mercado consumidor (um dos pilares do imperialismo). Ao mesmo tempo, aumentou as desigualdades entre as classes, uma vez que o capital acumulava-se nas mãos da burguesia e o proletariado nem direitos possuía.


    CERTO.


  • Com o desenvolvimento das tecnologias, comunicação e transporte já se espera que muitos não ia ter o mesmo acesso então começou a aumentar á desigualdade já que o proletariado não tinha direito a quase nada. E a burguesia tinha o capital.

  • se você observar a realidade, temos desigualdade até hoje! ou seja, nem precisa saber da historia da industrialização para conseguir responder essa.

    Bons estudos!

  • Ricos > áreas nobres

    Pobres > áreas precárias

    Infelizmente isso é visto em vários lugares no mundo.

  • É basicamente uma lógica....

    Ao mesmo tempo em que serviu como fator de aproximação entre países distintos, a Revolução Industrial ampliou as desigualdades econômicas, sociais e políticas.

    Revolução Industrial foi o período de grande desenvolvimento tecnológico...


ID
2790721
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Revolução Industrial teve início no século XVIII e transformou econômica e socialmente boa parte do Ocidente ao longo de suas fases. Tendo essa informação como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir, que dizem respeito ao referido período e aos seus desdobramentos.


Os cercamentos ingleses aconteceram com o objetivo de incentivar o excesso de mão de obra necessária às fábricas na Inglaterra. Esse processo foi pacífico e contou com o apoio dos pequenos e médios produtores, pois estes adotaram a lógica comercial vigente e se integraram à cadeia de consumo.

Alternativas
Comentários
  • Gab: ERRADO
    Não foi um processo pacífico e não contou com o apoio dos pequenos e médios produtores. 

  • Os cercamentos eram uma prática na qual a nobreza invadia a terra de pequenos proprietários, forçando-os à migração para as cidades. Foi importante porque causou tanto o aumento do contingente de mão de obra urbana, utilizada nas fábricas, quanto a urbanização.


    ERRADO.

  • Contribuindo:

     

    A política dos cercamentos de terras foi fruto do contexto comercial do século XVIII, na Inglaterra. Consistia na transformação das terras comuns aos senhores e servos, provenientes da antiga relação feudo-vassálica, em pastos para as ovelhas. A lã era, junto com o carvão e o ferro, um dos pilares da expansão comercial inglesa.

     

    Os servos transformam–se em uma nova classe, o proletariado. É porém importante ressaltar, que os servos não apenas migraram para as zonas urbanas, frente a lei dos cercamentos mas também para as colônias inglesas na América.

     

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_dos_Cercamentos_de_Terras

     

     

     

  • Os cercamentos aconteceram com a separação da Igreja católica, já que muitas dessas terras comuns eram da igreja.

    Como consequência, a falta de oportunidades no campo levou a um movimento migratório interno e a um inchaço de centros urbanos.

    Outra consequência foi a venda dessas terras que permitiu a ascensão de uma nova classe social, a Gentry, essa classe era formada por Burgueses que agora possuíam terras como os Nobres e tiveram um grande papel no Parlamento e nas mudanças que levaram ao pioneirismo inglês na Revolução Industrial.

  • Segundo Hobsbawm, "o "Movimento das Cercas" (...) foi conseguida com um mínimo de problemas, embora intermitentemente sofresse a resistência não só dos infelizes camponeses pobres como também da pequena nobreza tradicionalista do interior”.

  • Os cercamentos são anteriores à Rev. Industrial, então, não há esse intuito de redirecionar a mão de obra. Outro fator, é que não foi um processo pacífico.
  • Contexto: terras comunais da Idade Média x ascensão capitalismo. É só dar um Google em um mapa clássico do Edward Burns com o desenho de uma vila feudal típica. Havia a aldeia, Igreja, casa do "senhor" e áreas coletivas para plantio e pastagem.

    O que foi: Quando Henrique VIII rompe com a Igreja Católica, muitas terras passam a ser propriedade do Estado, que passa a vendê-las, criando um "comércio" de terras que não existia antes. Não existia compra e venda de terras e a nobreza estava associada justamente à posse da terra, que só era herdada

    Com esse mercado de terras, surge a chamada "gentry", que não são nobres tradicionais (duques, marqueses, condes), mas sim burgueses que queriam enobrecer e para isso compravam terras. Eles trazem certa racionalidade capitalista para o campo e ampliam a produção de lã, que seria a matéria-prima inicial da Revolução Industrial.

    Carlos I também acelerou esse processe e houve ainda diversos Enclosures Acts nos séculos XVIII e XIX.

    Resistências: Houve centenas de revoltas populares contra isso, como os Diggers durante a Guerra Civil Inglesa, por exemplo.

  • O objetivo dos cercamentos não foi primariamente incentivar o excesso de mão de obra necessária às fábricas na Inglaterra. Os cercamentos tinham como objetivo implementar um uso capitalista da terra, e, consequentemente, levaram ao excesso de mão de obra às indústrias ao expulsar o camponeses das terras em que trabalhavam.

  • Dentre as rebeliões contra os cercamentos, destaca-se a Rebelião de Kett de 1547 e Revolta das Terras Médias de 1607.

  • Neste período houve uma grande DISPONIBILIDADE DE MÃO DE OBRA. Pois, ali estava em ascensão o comércio TÊXTIL. Seguindo o raciocínio, os camponeses cercavam suas áreas para criação de ovelhas () para, a posteriori, se integrar à prática comercial vigente naquele momento, o comércio têxtil.

  • Vários erros nessa questão. Primeiramente houve os cercamentos, a população foi expulsa do campo (nada de consenso entre pequenos e médios produtores) e formou uma massa de pessoas sem alternativas. Isso criou a oferta de mão-de-obra dentro de uma lógica industrial nascente, sem precedentes até então.

  • =Revolução Industrial transformou o mundo após seu desenvolvimento na Inglaterra, principalmente a partir do século XVIII. A expansão urbana e industrial do capitalismo, que teve por base a exploração do trabalho assalariado por proprietários e controladores dos meios de produção, alterou profundamente o cenário de diversos países e retirou boa parte da população do campo.

    No caso da Inglaterra, essa alteração iniciou-se ainda no século XVI, quando as Leis de Cercamentos (Enclosure Acts) foram sendo editadas por sucessivos monarcas ingleses, mas que ganharam maior fôlego a partir de meados do século XVIII. Essa alteração consistiu em uma crescente ação de privatização de terras que eram de uso comum dos camponeses, através do cercamento desses locais realizado por poderosos senhores locais. A paisagem rural inglesa que era caracterizada pelo openfield (o campo aberto, sem vedação) passou a ter sua exploração nos campos fechados.

    As terras comunais(As Terras comunais eram áreas do feudo que possuíam um uso coletivo, como florestas, bosques e pastos. ) inseriam-se em uma tradição econômica de utilização comunitária que remontava à Idade Média, e sua privatização representava a ruptura das relações capitalistas com o antigo mundo feudal. O senhor feudal deixava, assim, de ser o detentor(DEFENDER EM NOME DE ALGUÉM) da posse de terras para se tornar o seu proprietário.

    Os camponeses que utilizavam as terras de forma comunal e dela extraíam madeira, caça e outros produtos viram-se privados dessa fonte de recursos. A incapacidade de produção em seus pequenos lotes de terras obrigou esses camponeses a abandoná-las – sendo então apropriadas pelos grandes proprietários –iam tentar melhores condições de vida nas cidades. Dentre elas, destacavam Bristol, Birmingham, Manchester, Liverpool, Londres e Glasgow, que contavam com inúmeras fábricas. Os camponeses passavam a ser, dessa forma, assalariados nas cidades, contribuindo para a formação da classe operária na Grã-Bretanha.

    As fábricas eram incapazes de utilizar toda a força de trabalho que se concentrava nas cidades, gerando uma imensa massa de pessoas que ficavam desempregadas, o chamado exército industrial de reserva. Para os burgueses donos das fábricas, o excesso de força de trabalho servia para manter baixos os salários. Por outro lado, parte dos desempregados passava a mendigar e a viver de pequenos crimes. Novas leis contra “vagabundagem” foram estabelecidas, resultando em inúmeras prisões, açoites e enforcamentos.

  • Pacífico ou não ? Já sabendo isso já mata a questão

  • Grande parte da população vivia nas terras de uso comum na inglaterra as quais reproduzia as características do feudalismo, mas dava margem para os camponeses uma vez que eles eram atados do sistema de servidão, a tomada dessas terras por meio dos camponeses fez com o cercamento tivesse de importante a saída de uma multidão para uma unica forma de sobrevivência, e com isso vendesse sua força de trabalho

  • nada na história é pacífico.

  • NADA DE PACIFICO, SENHORES

  • objetivo : tirar os camponeses de suas terras e usá-las para criação de ovelhas

    e não foi nada pacífico exemplo disso eram os ludistas ( conhecidos como os quebradores de máquinas )

  • Falou em pacífico já pode marcar Errado hahaha


ID
2790724
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Revolução Industrial teve início no século XVIII e transformou econômica e socialmente boa parte do Ocidente ao longo de suas fases. Tendo essa informação como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir, que dizem respeito ao referido período e aos seus desdobramentos.


Sob o influxo da mudança cultural provocada pelo então incipiente capitalismo, o uso econômico do tempo e o processo de internalização da disciplina passaram a fazer parte da retórica moral de escolas e congregações religiosas na Inglaterra.

Alternativas
Comentários
  • Positivo. 

  • Muitos dos avanços introduzidos pelo capitalismo foram determinados pela precisão do tempo para aumentar a produção. Assim, a utilização de relógios para controlar o tempo de trabalho e ajudar no cálculo da mais-valia fez-se necessário. A retórica moral de escolas e congregações religiosas passaram a utilizar o discurso do ideal frugal da vida frente a nova realidade e, mais adiante, tenta se posicionar sobre a questão social na encíclica rerum novarum.


    CERTO.

  • É nesse periodo que se intensifica o uso do relógio para controlar o tempo de trabalho nas fábricas e o mesmo se torna um objeto importante dentro da sociedade industrial.

  • Problema, "congregações religiosas na Inglaterra." teriam passado a sofrer a influência do tempo por causa do capitalismo, entretanto a evidência da divisão do dia em horas está na própria regra monásticas das ordens citadas, a ver regra monástica de São Bento, e o ofício das horas.

  • Ética protestante e o espírito do Capitalismo.

  • Que questão linda! Tudo a ver com o vídeo que vi ontem do Jones Manoel "Como e por que o Estado é Burguês?".

    Estudar História liberta.

  • Ética protestante encaixa muito bem no espírito do capitalismo, pois privilegia o trabalho material como forma de sucesso. Essa ética permitiu, segundo Weber, o avanço do capitalismo.

  • "Influxo social"? Alguém sabe responder o que a questão quer dizer com isso? eu interpretei como uma lenta mudança social...


ID
2790727
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A cultura política revolucionária não pode ser deduzida das estruturas sociais, dos conflitos sociais ou da identidade social dos revolucionários. As práticas políticas não foram simplesmente a expressão de interesses sociais e econômicos subjacentes. Por meio de sua linguagem, suas imagens e atividades políticas diárias, os revolucionários trabalharam para reconstruir a sociedade e as relações sociais. Procuraram conscientemente romper com o passado francês e estabelecer a base para uma nova comunidade nacional. 

Lynn Hunt. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 33 (com adaptações)

Tendo o fragmento de texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, acerca das revoluções dos séculos XVIII e XIX.


Iniciada em 1789, a Revolução Francesa rompeu com o despotismo e pôs fim ao Antigo Regime, mas não instaurou uma sociedade democrática e igualitária

Alternativas
Comentários
  • A revolução francesa só beneficiou os burgueses.



    PM_ALAGOAS_2018

  • Desculpe, mas falar que a Rev. Francesa beneficiou apenas aos burgueses pode parecer um pouco generalista demais e, de certa maneira, incorreto. Por mais que os girondinos, principalmente os moderados, tenham saído "vitoriosos" após a deposição da Convenção Nacional e instauração do Diretório, foram das camadas mais baixas da sociedade que sentimentos como o nacionalismo começaram a fervilhar com mais força, como da criação da República Jacobina. E não somente dentro da França, como fora, realizando inclusive um trabalho paradoxal. Ou seja, enquanto Napoleão utilizava-se das massas de sua Grand Armée para invadir territórios da Europa, populações começaram a se utilizar deste sentimento nacionalista para rechaçar o avanço napoleônico, como a Guerra Patriótica espanhola, que acabou por depor José Bonaparte. Então, a Rev. Francesa de fato não criou um governo democrático per se, porém não se pode generalizar desta forma, no meu entendimento.

  • A Revolução Francesa rompeu com o despotismo e pôs fim ao Antigo Regime: na Assembleia Nacional, a ideia primeira era de manter uma monarquia constitucional e restringir os poderes do rei. Porém, com a falta de estratégia do monarca para com o terceiro estado, foi instituído um regime a parte do próprio governo. Já com os jacobinos no poder, o rei foi guilhotinado e, assim, findou-se a monarquia francesa.


    Com relação à não instauração de uma sociedade democrática e igualitária, a briga pelo poder envolvia os girondinos, os jacobinos e a planície. Nenhum dos três aplicaram direcionamentos democráticos, mas sim aqueles com o qual poderiam exercer a manutenção do poder. Com o golpe do 18 Brumário, Napoleão ascendeu e deixou de lado muitas das reivindicações revolucionárias. A democracia não foi possível por conta da instauração do Império por Napoleão, momento em que necessitava-se impor a ordem na sociedade francesa.


    CERTO.

  • uma sociedade democrática e igualitária não é percebida ainda nos dias atuais, imagina no período em que se passou a Revolução Francesa.

  • Pôs fim ao Antigo Regime? O que foi a coroação de Luis XVIII pelo Antigo Regime logo após o período napoleônico? A Revolução Francesa não acabou com o Antigo Regime. Ele continuou não só na França, mas em quase toda a Europa.

  • Para responder essa questão pensei no lema da revolução: LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE.

  • Igualdade no século XVIII? Pere aí né...

    A RF/1789 beneficiou os burgueses, e não toda a sociedade.

  • Em 07/12/21 às 11:35, você respondeu a opção C.

    Você acertou!Em 01/12/21 às 23:51, você respondeu a opção C.

    Você acertou!Em 28/11/21 às 00:02, você respondeu a opção C.

    Você acertou!Em 28/11/21 às 00:02, você respondeu a opção E.

    !

    Você errou!Em 18/11/21 às 00:08, você respondeu a opção C.

    Você acertou!Em 01/11/21 às 23:32, você respondeu a opção C.

    Você acertou

  • Um exemplo foi a implantação da Guilhotina, onde depois que Pierre endoidou, utilizou a guilhotina como uma ferramenta de opressão contra aqueles que atentavam contra a Revolução.

  • CERTO.

    É só pensar que até hoje não temos uma sociedade democrática e igualitária. Aprofundando mais um pouco, lembremos que a revolução francesa não tratou da igualdade de direitos entre homens e mulheres.


ID
2790730
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A cultura política revolucionária não pode ser deduzida das estruturas sociais, dos conflitos sociais ou da identidade social dos revolucionários. As práticas políticas não foram simplesmente a expressão de interesses sociais e econômicos subjacentes. Por meio de sua linguagem, suas imagens e atividades políticas diárias, os revolucionários trabalharam para reconstruir a sociedade e as relações sociais. Procuraram conscientemente romper com o passado francês e estabelecer a base para uma nova comunidade nacional. 

Lynn Hunt. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 33 (com adaptações)

Tendo o fragmento de texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, acerca das revoluções dos séculos XVIII e XIX.


Devido ao aprendizado de seus métodos por revolucionários que a sucederam, a Revolução Francesa é considerada a mãe das revoluções políticas ocorridas depois dela.

Alternativas
Comentários
  • A Revolução Francesa, inspirada em ideias iluministas desenvolvidas por diversos autores, como Montesquieu, Rousseau, John Locke e Voltaire, aplicou conceitos que ocasionaram a ruptura de uma era e o início de outra. A idade moderna se inicia pautada na ideia do individualismo, do liberalismo e da busca pelos direitos naturais. A superação do Antigo Regime e seu sistema de monopólios fizeram com que muitas outras revoluções se pautassem na busca por ideais remetidos na França do século XVIII.


    CERTO.

  • CERTO.

    A Revolução Francesa é considerada como um "ponto de partida" para as outras revoluções no continente europeu. Seus ideais revolucionários foram exportados, influenciando inclusive processos de independência na América Latina em decorrência das alterações de governo na península ibérica.

  • Assim como a independência dos EUA foi um modelo para o Brasil ser livre de Portugal.

  • Revolução Francesa é o nome dado ao ciclo revolucionário que aconteceu na França entre 1789 e 1799 que marcou o fim do absolutismo  nesse país. Essa revolução, além de seu caráter burguês, teve uma grande participação popular e atingiu um alto grau de radicalismo, uma vez que a situação do povo francês era precária em virtude da crise que o país enfrentava.

    A Revolução Francesa foi um marco na história da humanidade, porque inaugurou um processo que levou à universalização dos direitos sociais e das liberdades individuais a partir da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa revolução também abriu caminho para a consolidação de um sistema republicano pautado pela representatividade popular, hoje chamado de democracia representativa. A Revolução Francesa só foi possível graças à popularização dos ideais do Iluminismo.

    Insta: @missaopmal

  • Questão correta!

    Revolução Francesa é o nome dado ao ciclo revolucionário que aconteceu na França entre 1789 e 1799 que marcou o fim do  nesse país. Essa revolução, além de seu caráter burguês, teve uma grande participação popular e atingiu um alto grau de radicalismo, uma vez que a situação do povo francês era precária em virtude da crise que o país enfrentava.

    A Revolução Francesa foi um marco na história da humanidade, porque inaugurou um processo que levou à universalização dos direitos sociais e das liberdades individuais a partir da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa revolução também abriu caminho para a consolidação de um sistema republicano pautado pela representatividade popular, hoje chamado de democracia representativa. A Revolução Francesa só foi possível graças à popularização dos ideais do Iluminismo.


ID
2790733
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A cultura política revolucionária não pode ser deduzida das estruturas sociais, dos conflitos sociais ou da identidade social dos revolucionários. As práticas políticas não foram simplesmente a expressão de interesses sociais e econômicos subjacentes. Por meio de sua linguagem, suas imagens e atividades políticas diárias, os revolucionários trabalharam para reconstruir a sociedade e as relações sociais. Procuraram conscientemente romper com o passado francês e estabelecer a base para uma nova comunidade nacional. 

Lynn Hunt. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 33 (com adaptações)

Tendo o fragmento de texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, acerca das revoluções dos séculos XVIII e XIX.


O típico burguês do século XVIII se identificava com a lógica do trabalhador produtivo: mantinha, como categoria social (médicos, professores, altos funcionários régios, comerciantes), proximidades com os pobres que exerciam ofícios mecânicos (artesãos, lavradores etc.), promovendo uma lenta integração da plebe contra os costumes da aristocracia.

Alternativas
Comentários
  • O típico burguês do século XVIII se identificava com a lógica do capital. Não se importava em manter proximidades com pobres e nem integrá-los aos costumes da aristocracia. A plebe, portanto, não era representada no capitalismo industrial, motivo pelo qual houve união de trabalhadores para reivindicar melhores condições de trabalho e participação política em movimentos como o ludismo e o cartismo.


    ERRADO.


  • Uma lenta integração da plebe> por isso a questão tá errada.

    Devia ser uma rápida integração...



    PM AL 2019

  • Nessa época os pobres não valiam nada. GAB ERRADO. PMAL2019

  • GAB: errado

    #PMAL2019

  • gabarito errado

    PMAL #2021

    VIBRA GUERREIRO

  • O burguês queria o afastamento dos mais pobres

  • BURGUES NAO QUERIA CONTATO COM OS POBRES!

    PMAL2020

  • BURGUÊS NÃO COMBINA COM POBRE AÍ.

  • Aristocracia pode ser definido como um grupo constituído por integrantes de camadas sociais com grande poder político e econômico. Esta camada social era típica do período em que a monarquia existiu em grande parte das nações europeias. Portanto, muitos aristocratas faziam parte da nobreza.

    Peble: a classe social mais baixa de um povo.

    #PMALAGOAS.

  • O típico burguês do século XVIII se identificava com a lógica do trabalhador produtivo: mantinha, como categoria social (médicos, professores, altos funcionários régios, comerciantes), proximidades com os pobres que exerciam ofícios mecânicos (artesãos, lavradores etc.), promovendo uma lenta integração da plebe contra os costumes da aristocracia.

    MUITO PELO CONTARIO, OS BURQUESES QUERIAM DISTANCIA DO PESSOAL POBRE.

  • O típico burguês só pensa na acumulação do capital. Integrar a plebe? Só se for para trabalhar cada vez mais e receber cada vez menos.

    #PMAL2021

  • Não entendi a Resposta da Rafaela Vilela. A questão se refere à Revolução Francesa. o cartismo e ludismo ocorreu na Revolução Industrial. Procede?
  • O erro da questao está em “ lenta integração da plebe contra os costumes da aristocracia “. Antes disso está correto. A Burguesia no início da revolução tinha contato com os pobres pois precisava do povão para que a Revolução acontecesse . Mas depois que conseguem o poder eles atendem somente os seus interesses . Ou seja, só usam os pobres
  • Viva o concurso público. Se depender da aristocracia...kkkkkkkkkkkkkkkk


ID
2790736
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A cultura política revolucionária não pode ser deduzida das estruturas sociais, dos conflitos sociais ou da identidade social dos revolucionários. As práticas políticas não foram simplesmente a expressão de interesses sociais e econômicos subjacentes. Por meio de sua linguagem, suas imagens e atividades políticas diárias, os revolucionários trabalharam para reconstruir a sociedade e as relações sociais. Procuraram conscientemente romper com o passado francês e estabelecer a base para uma nova comunidade nacional. 

Lynn Hunt. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 33 (com adaptações)

Tendo o fragmento de texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, acerca das revoluções dos séculos XVIII e XIX.


A reflexão filosófica e política da denominada República das Letras e o cosmopolitismo europeu a ela inerente, por si só, não foram os fatores que conduziram à ação revolucionária: esse papel coube à plebe que, de fato, pôs a teoria em prática.

Alternativas
Comentários
  • A República das Letras era como os letrados se chamavam durante séculos antes da Revolução Francesa. Assim, a reflexão filosófica e política desenvolvida por essa elite letrada, bem como pelo cosmopolitismo europeu a ela inerente só desenvolveram a Revolução com a divulgação das ideias iluministas e com a ação do povo, que foi imprescindível para realizar fatos históricos, como a tomada da Bastilha.


    CERTO

  • Peble: a classe social mais baixa de um povo.

  • Na história, são diversos fatores que influenciam as revoluções, sendo a plebe como ponto de partida.

    PMAl

  • Ideias por si sos nao promovem revolucoes.

  • A plebe era a classe social mais baixa de um povo.


ID
2790739
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A partir de meados do século XIX, muitas nações europeias que se encontravam em processo avançado de industrialização partiram pelo mundo em busca de matéria-prima, novos mercados consumidores de seus produtos e novas regiões para investimento de capitais. Acerca desse contexto histórico, julgue (C ou E) o item que se segue.


No Japão, a Revolução Meiji causou violenta revolta de grupos que defendiam uma política isolacionista. Esse conflito ocasionou o enfraquecimento do xogunato e fortaleceu o regime imperial.

Alternativas
Comentários
  • A Revolução Meiji se originou do movimento de resistência contra a expansão econômica e militar das potências ocidentais, simbolizada pela chegada dos barcos negros no século XV. Desde a Guerra do Ópio, em meio a uma onda de imperialismo na Europa e na América com a Ásia Oriental, o meio escolhido pelo recém formado governo Tokugawa para manter o novo quadro político foi o isolamento. Porém, governo da família Tokugawa não impôs melhorias ao Japão, visto que, sem as rotas comerciais, os avanços tecnológicos mundias não chegaram ao arquipélago. Isso causou um descontentamento por parte da população. Gab; correto RUMO à PM AL 2019!

  • Questão semelhante (Q833839) - CACD 2017:

    Durante o século XIX, o expansionismo europeu sofreu um grande impulso, e a Ásia, a África e a Oceania foram divididos em zonas ocupadas pelos europeus ou sob influência europeia. A respeito desse tema, julgue (C ou E) o seguinte item: Para evitar sucumbir ao domínio europeu, o Japão assinou com os Estados Unidos da América o Tratado de Amizade e Cooperação, em 1853, o que possibilitou a modernização da economia japonesa e a construção de uma Marinha de Guerra, dando início à Revolução Meiji.

    Gabarito: ERRADO. A modernização japonesa, na verdade, ocorreu por motivos internos. Houve uma guerra civil (Guerra Boshin) entre os grupos que apoiavam o xogunato (visão mais conservadora) e os que apoiavam o Imperador Meiji (visão mais progressista).  Fonte: correção CACD 2017 do Clio

  • O xogunato foi enfraquecido na medida em que o Império estabeleceu medidas que modernizavam o país. Os setores ligados ao feudalismo, como a servidão, foram eliminados, além de ser feita a reforma agrária e o aceite em adquirir conhecimento externo para melhorias no país. Houve, sim, isolacionistas, mas era irresponsável se posicionar contrariamente às grandes potências na época, o que poderia eclodir em guerras e dominação. Dessa forma, o imperador se colocou como ente de poder para remediar as trajetórias futuras do Japão.

    CERTO

  • Questão correta! Resumo sobre a revolução Meiji:

    Revolução ou Restauração Meiji designa um período de renovações políticas, religiosas e sociais profundas que ocorreram no Japão entre 1868 e 1900. É também chamado de “Renovação” posto que transformou o Império do Japão num estado-nação moderno, o que resultou no fim do governo teocrático, ditatorial e feudal da Era Xogunato Tokugawa (que começou a partir de 1600) e também dos famosos guerreiros, os Samurais.

    Como consequência da Revolução Meiji, temos um governo democrático, a modernização da estrutura econômica do Japão, a partir da abertura dos portos, que anteriormente estavam fechados para o comércio externo, e o desenvolvimento da urbanização, em detrimento do sistema feudal. Esse processo de renovação foi fundamental para o processo de ocidentalização do Japão considerado atualmente, uma das maiores potências imperialistas do mundo, e a maior do ocidente.

  • Contexto do filme "O último samurai".

  • Link útil: https://www.khanacademy.org/humanities/whp-1750/xcabef9ed3fc7da7b:unit-3-industrialization/xcabef9ed3fc7da7b:3-2-global-industrialization/a/meiji-restoration-beta


ID
2790742
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A partir de meados do século XIX, muitas nações europeias que se encontravam em processo avançado de industrialização partiram pelo mundo em busca de matéria-prima, novos mercados consumidores de seus produtos e novas regiões para investimento de capitais. Acerca desse contexto histórico, julgue (C ou E) o item que se segue.


Em países mais industrializados, como a Inglaterra, as condições dos trabalhadores das fábricas eram muito precárias, com jornadas exaustivas de trabalho, o que resultou no surgimento dos primeiros movimentos trabalhistas — trade unions —, que, entre suas principais reivindicações, almejavam maior participação política por meio do sufrágio universal.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO

    As trade unions foram uma forma de organização dos trabalhadores na Grã-Bretanha do século XVIII e XIX onde a rápida expansão da sociedade industrial estava atraindo para as grandes cidades mulheres, crianças, trabalhadores rurais e imigrantes como força de trabalho para as grandes indústrias. Aos poucos, após constantes repressões às tentativas de reivindicações individuais e de pequenos grupos à melhorias de salários, condições salubres, direito à voto, dentre outras, os trabalhadores começaram a se agrupar visando a criação de uma força trabalhadora para estas reivindicações. Estas organizações foram as antecessoras dos sindicatos.

    Vale ressaltar que a reivindicação pelo sufrágio universal permeou diversos movimentos da época, dentre os quais o Cartismo, que chegou a redigir uma “Carta do Povo”, enviada ao Parlamento visando uma série de reformas.

  • As condições dos trabalhadores na Inglaterra eram precárias, pois, a princípio, não havia direitos que abrangessem essa nova classe. Assim, os operários eram utilizados na produção como forma de engrenagem produtiva (sem direitos, com horários que os levavam a exaustão física e mental, e sem proteção contra o burguês). Com o tempo, foram criados movimentos para reivindicar proteção do trabalhador, as chamadas trade unions, cujo objetivo era aumentar a participação política e representatividade dessa classe junto ao parlamento e, para isso, exigia-se voto universal.


    CERTO

  • Concordo com Rafaela e Arthur

  • Concordo com Eliana

  • Os operários chegaram à conclusão de que a união era fundamental para se contrapor ao poder burguês, então criaram os “trade-unions”, associações formadas pelos operários, mas que possuíam uma evolução muito lenta nas reivindicações que faziam. Porém, evoluíram e formaram os sindicatos, que eram sistemas de organização que defendiam seus direitos, eram os focos de resistência à exploração capitalista. Mas diferente dos sindicatos de hoje, tinham muita dificuldade de atuação.

    A burguesia via um grande perigo nessas associações e os sindicatos eram ameaçados pela violência. Portanto, as reuniões tinham de ser secretas, não havendo sedes sindicais. Mas, aos poucos, foram se organizando e realizando greves e protestos. E os proprietários levavam prejuízo, pois não tinha quem trabalhasse durante as manifestações.

    Em 1824, diante de todo esse crescimento das lutas operárias, a Inglaterra acabou aprovando a primeira lei, que permitiu a organização sindical dos trabalhadores. Depois dessa conquista, o sindicalismo se fortaleceu ainda mais.

    A partir desse momento, começaram a surgir organizações de federações que unificavam várias categorias dos trabalhadores e em 1830 foi fundada a primeira entidade geral dos operários ingleses (que chegou a ter cerca de 100 mil membros).

    Em 1866, ocorreu o primeiro congresso internacional das organizações de trabalhadores de vários países, que representou um grande avanço na unidade dos assalariados, onde surge a fundação da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT).

    Mas a burguesia sempre achava novos meios de interferir e reprimir os sindicatos. A história da legislação trabalhista dependeu de muitas lutas, os operários e sindicatos resistiram à muita pressão para que hoje, todos pudessem ter os direitos trabalhistas.

  • concordo com o Adeilson

  • movimento cartista - movimento operários que distribuía cartas, em busca do Sufrágio Universal.

  • movimento cartista - movimento operários que distribuía cartas, em busca do Sufrágio Universal.

  • Movimentos Operários do Século XIX

    1811 - Ing - Ludismo

    - invasão de diversas fábricas 

    - destruição de máquinas e equipamentos

    - desemprego 

    - péssimas condições de trabalho 

    Perde força com a org dos primeiros sindicatos (trade unions)

    1830 - Ing - Cartismo

    - direitos políticos dos operários

    - sufrágio universal (direito ao voto), voto secreto 

    - melhoria nas condições e jornadas de trabalho

    1838 - carta ao Povo - registrava todas as reivindicações - todas rejeitadas pelo parlamento inglês

    1824 - Trade Unions - parlamento inglês aprovou lei que permitiu a organização sindical dos trabalhadores.

  • raapz... isso ai é o cartismo..

  • Questão correta! Minha contribuição:

    Na verdade, as condições de vida dos trabalhadores eram precárias: eles viviam em bairros afastados das regiões centrais das cidades, suas casas eram insalubres, construídas em ruas escuras e sem pavimentação, eram mal ventiladas, não tinham água e apresentavam péssimas condições sanitárias.

    As indústrias, conforme as casas dos trabalhadores, também não proporcionavam boas condições de trabalho, geralmente eram quentes e úmidas, com pouca ventilação. A alimentação servida para os operários nas fábricas era insuficiente e de péssima qualidade, pobre em nutrientes.

  • Concordo com Adeilson, Eliana e José Carlos

  • O gabarito deveria ser errado, pois isso é cartismo mesmo:

    Cartismo: (1836) era constituído pela “Associação dos Operários”, liderada por Feargus O’Connor e William Lovett. Esse movimento pedia, de forma mais organizada, direitos políticos como o sufrágio universal e secreto, e melhorias trabalhistas como as condições do horário. Dessa forma, redigiram a “Carta do Povo”, a qual foi entregue ao Parlamento.

    Trade Unions: era composta pela união dos trabalhadores que queriam mudanças nas questões que não haviam surtido efeito nos movimentos anteriores.

  • concordo com adeilson, eliana, jose carlos e nathalia.

  • Primeiros movimentos reivindicatórios trabalhistas foram o ludismo e o cartismo, questão um pouco equivocada.

ID
2790745
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A partir de meados do século XIX, muitas nações europeias que se encontravam em processo avançado de industrialização partiram pelo mundo em busca de matéria-prima, novos mercados consumidores de seus produtos e novas regiões para investimento de capitais. Acerca desse contexto histórico, julgue (C ou E) o item que se segue.


A Índia foi o país mais afetado pelo imperialismo britânico, que procurou impor seu domínio militar e cultural de forma muito forte, tendo causado levantes como o dos Sipaios, que, posteriormente, inspiraram Mahatma Gandhi em sua luta pela independência.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO

    A meu ver o erro principal está no fato de que a colonização inglesa deixou marcas mais profundas em lugares como as 13 Colônias (que mais tarde seriam os Estados Unidos) do que na Índia. Na América, a colonização britânica moldou toda uma sociedade, enquanto na Índia a tentativa de imposição do cristianismo e da cultura britânica não conseguiu vencer as tradições milenares e regionais.

    Também é questionável a influência da Revolta dos Cipaios (Rebelião Indiana de 1857), que foi armada e violenta, com milhares de mortos, sobre o movimento liderado por Mahatma Gandhi, que buscou de forma pacífica retirar os grilhões do imperialismo britânico.

  • A Índia foi o país mais afetado pelo imperialismo britânico, que procurou impor seu domínio militar e cultural de forma muito forte, tendo causado levantes como o dos Sipaios, que, posteriormente, inspiraram Mahatma Gandhi em sua luta pela independência.

  • Acredito que o erro esteja na "imposição do domínio militar e cultural inglês muito forte" pois que existia uma concessão grande da Companhia das Índias quanto a territórios pertencentes aos Marajás etc, de modo que havia graus de autonomia administrativa no território indiano em algumas regiões. Inclusive, foi após a revolta dos Sipaios que a Inglaterra eliminou a companhia das índias e instalou um governo mais duro e direto no território indiano.

  • "A Índia foi o país mais afetado pelo imperialismo britânico, que procurou impor seu domínio militar e cultural de forma muito forte, tendo causado levantes como o dos Sipaios, que, posteriormente, inspiraram Mahatma Gandhi em sua luta pela independência."


    A Índia foi mais um país afetado pelo Imperialismo Britânico, que impôs através da formalidade o domínio militar e cultural através da justificativa do Darwinismo Social e do Eurocentrismo. 

  • Em poucas palavras: Gandhi era pacifista.

  • ERRADO

    Por quase cem anos (1757-1858) o imperialismo de livre comércio inglês, através da Companhia das Índias, deteve o monopólio de transação comercial com o subcontinente indiano (Inglaterra comprava produtos da Índia e exportava), porém, com a revolta dos Sipaios (1857-1859) estados indianos se voltam contra a Inglaterra. Em resposta, a Inglaterra cria o Raj Britânico e passa do imperialismo informal para o "indirect rule" (imperialismo formal). A rainha Vitória é coroa rainha das índias e, preocupada em manter a dominação dessa parte do território, se utiliza da elite local para a administração direta da colônia.

  • Apesar de ser difícil marcar questões com superlativos, a Índia claramente foi afetada pelo imperialismo britânico. O domínio militar (defesa) e a política externa eram comandados pelos ingleses, enquanto a cultura e o poder interno foi objeto de acordo com os marajás. O levante dos Sipaios foi uma revolta armada de hindus e muçulmanos, contrários à dominação política do país, é, portanto, equivocado colocá-lo como inspiração para a luta de independência de Mahatma Gandhi, que foi baseada na "paz".

    Errado

  • Revolta dos Sipaios vs. pacifismo de Gandhi

  • No dia 10 de maio de 1857, indianos se rebelaram em Bengala e mataram todos os ocidentais que encontraram, até mulheres e crianças.

    Em seguida marcharam para Déli, encorpando o levante com mais adesões e conseguiram tomar o Forte Vermelho. Ali mataram os britânicos, inclusive suas mulheres.

    Dois meses após, tropas da Companhia cercaram a cidade de Déli. Após semanas de intensos combates, conseguiram retomar a cidade.

    Também a cidade de Kanpur foi tomada pelos Cipaios. Os britânicos se renderam após a promessa de salvo-conduto, mas foram traídos e massacrados cruelmente. As mulheres presas foram executadas de forma cruel com golpes de machado.

    A revolta se deu igualmente em outras localidades, assim como Awadh, Jhansi e Gwalior. Mas os britânicos conseguiram vencer todos, executando na forca os revoltosos.

    Com o controle da Revolta, ocorreu a extinção da Companhia Britânica das Índias Orientais, em 1858. Com isso a Índia passou a ser administrava diretamente pela Coroa Britânica, que instituiu o Vice-rei da Índia.

  • Creio que erro esteja tanto em utilizar a Revolta dos Sipaios/Cipaios como um exemplo de modelo para o ativismo de Mahatma Gandhi, quanto em dizer que a Inglaterra se posicionava militarmente e culturalmente de maneira intensiva sobre a Índia; na realidade ela preferia o "indirect rule". Quem realmente administrava a índia era a Companhia das Índias Orientais e sua violência contra o país era menos militar do que econômica, importando produtos britânicos que destruíam a economia local.

    Ao menos foram por estas razões que marquei como errado.

  • " A Índia foi o país MAIS afetado pelo imperialismo britânico". Se compararmos a Índia com a China ou outros países (...), fica muito difícil de afirmamos, com convicção, de que a Índia foi o país mais afetado!!!!

  • " A Índia foi o país MAIS afetado pelo imperialismo britânico". Se compararmos a Índia com a China ou outros países (...), fica muito difícil de afirmamos, com convicção, de que a Índia foi o país mais afetado!!!!

  • A Revolta dos Cipaios, Sipaios ou Sipais (do híndi shipahi, que significa “soldado”), também conhecida como “Revolta Indiana de 1857”, foi uma insurreição popular armada que se sucedeu na Índia entre os anos de 1857 e 1859.

    Fonte: https://www.todamateria.com.br/revolta-dos-cipaios/

    Bons estudos.

  • Esta afirmação que diz que Ghandi não foi inspirado pela Revolta dos Cipaios por ser pacifista eu acho muito simplista, a revolta pode ter sim o inspirado, porém a maneira que ele lutou foi outra.

  • AFRICA !

  • Questão dúbia, o fato de a Revolta dos Sipaios ter sido violenta, não quer dizer que a mesma não tenha inspirado Gandhi. Ele pode ter justamente pensado na resistência pacífica, influenciado pela Revolta dos Sipaios, procurando outros meios de resistência.

ID
2790748
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A partir de meados do século XIX, muitas nações europeias que se encontravam em processo avançado de industrialização partiram pelo mundo em busca de matéria-prima, novos mercados consumidores de seus produtos e novas regiões para investimento de capitais. Acerca desse contexto histórico, julgue (C ou E) o item que se segue.


Na Europa, o movimento trabalhista desse período, em sentido único, envolveu trabalhadores fabris, industriais e assalariados, deixando de fora artesãos e demais trabalhadores de ofícios manuais tradicionais.

Alternativas
Comentários
  • Os artesãos e demais trabalhadores manuais se revoltavam contra as fábricas por conta da competição vista, muitas vezes, como desleal. Assim, juntavam-se a movimentos como o ludismo, conhecido pela prática da quebra das máquinas, para manifestarem-se contra o sistema nascente da Revolução Industrial. Os movimentos trabalhistas mais conhecidos são o ludismo e o Cartismo.

    Ludismo: (1811) foram revoltas daqueles que eram contra o avanço tecnológico que substituía a força de trabalho do homem pela máquina, além daqueles que visavam minimizar o desemprego, muitas vezes causado por excesso de produção em alguns períodos. A prática ludista consistia, basicamente, na quebra de máquinas.

    Cartismo: (1836) era constituído pela “Associação dos Operários”, liderada por Feargus O’Connor e William Lovett. Esse movimento pedia, de forma mais organizada, direitos políticos como o sufrágio universal e secreto, e melhorias trabalhistas como as condições do horário. Dessa forma, redigiram a “Carta do Povo”, a qual foi entregue ao Parlamento.

    Trade Unions: era composta pela união dos trabalhadores que queriam mudanças nas questões que não haviam surtido efeito nos movimentos anteriores.

    1824: a Inglaterra aprovou uma lei que permitia a organização sindical dos trabalhadores. 1830: fundação da primeira entidade geral dos operários ingleses. 1866: congresso internacional das organizações de trabalhadores de vários países, no qual surge a Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT).


    ERRADO.


  • de forma alguma! Os movimentos operários eram conservadores e na verdade lutavam contra o maquinismo da produção e a favor da manutenção da produção artesã da idade média. O cartismo - por exemplo - nasceu sob a inciativa de um grupo de artesãos londrinos constituintes da London Working’s Men Association, a qual angariaria apoio nacional em 1837, com a petição ao Parlamento pela reforma política.

    ERRADA

  • gespublica.gov.br/sites/default/files/documentos/guia_de_gestao_de_processos_de_governo_0.pdf

  • De forma alguma, as classes menos favorecidas e sem emprego eram os que estavam a frente do movimento, o ludismo.

  • GABARITO : ERRADO

    Os movimentos operários eram conservadores e na verdade lutavam contra o maquinismo da

    produção e a favor da manutenção da produção artesã da idade média. O cartismo - por exemplo -

    nasceu sob a inciativa de um grupo de artesãos londrinos constituintes da London Working’s Men

    Association, a qual angariaria apoio nacional em 1837, com a petição ao Parlamento pela reforma

    política.

    PMAL 2021

  • Arrestes também estão inclusos!


ID
2790751
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Sob o influxo da vitória parisiense, o mês de março de 1848 foi expandindo, como um fio vermelho, ao longo dos dias, a sucessão de insurreições, motins e revoltas populares. Era a primavera dos povos. No começo de 1847, um ano antes de seu início, a Liga dos Justos, organização conspirativa revolucionária, já anunciava a eclosão de uma revolução grandiosa, que provavelmente decidiria, por um século, os destinos da humanidade.

Daniel Aarão Reis. Folha de S.Paulo. Domingo, fev./1998 (com adaptações)

Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, relativo ao panorama histórico mundial do século XIX e às questões políticas e nacionais de então.


As insurreições e os movimentos de independência em países da América do Sul ocorreram a despeito do constante medo de seus dirigentes de que as classes inferiores almejassem e viessem, de fato, a participar das atividades políticas.

Alternativas
Comentários
  • De uma forma bem generalista, havia um medo do haitianismo na América. Dessa forma, um dos muitos motivos que consagraram os processos de independência da América do Sul foi o medo de que essas classes tidas como inferiores ascendessem ao poder em detrimento da elite local.

  • Gabarito: Certo

  • Essa questão é gramaticalmente mal feita. "Medo de seus dirigentes", que dirigentes? Os responsáveis pelas insurreições ou o medo dos "dirigentes do Estado" digamos assim? Como os dirigentes de um insurreição pode ter medo de se ascenderem? Sem dúvidas é uma falta de respeito com as milhares de mortes de brasileiros nessa época, quando se reduz as lutas de tais como uma massa de manobra da elite para manter o status quo.

  • Se a questão tivesse só "movimentos de independência", estaria 100% correta. Agora, dizer que insurreições, mesmo as populares(?) são elitistas, parece destoar dos motivos dessas insurreições como, por exemplo, a Cabanagem e a Revolta dos Malês. Fiquei com medo de marcar certa por causa disso.

  • Está questão é certa, pois foi utilizado o termo: " A DESPEITO" e não "despeito". Logo, se trocarmos o termo "A DESPEITO" por " APESAR DE" a questão estará certa.

  • não sei, eu interpretei que as independências foram feitas somente por inssurreições e movimentos de cunho popular... sendo que em grande medida foi conduzida PELAS elites por medo sim do povo tomar as rédeas...

  • a despeito= independentemente

  • As insurreições e os movimentos de independência em países da América do Sul ocorreram a despeito do constante medo de seus dirigentes de que as classes inferiores almejassem e viessem, de fato, a participar das atividades políticas.

    Certo

    O objetivo das revoltas das classes inferiores eram conseguir sua autonomia política do Estado absolutista.

  • Não entendendi muito bem a questão, mas levei em consideração que, era melhor declarara independência para dar uma falsa liberdade, acalmar os ânimos e manter o poder nas mãos dos governantes ( como foi o caso de D. Pedro I), do que continuar os conflitos e perder o poder para as mãos de oposições.

  • GABARITO: CERTO

    As elites nacionais, desejosas da tomada do poder, temiam que as classes populares participassem dos processos de independência. Havia o medo do haitianismo na América, medo de uma revolta escrava tal qual ocorreu no Haiti, por exemplo. O interesse das novas elites era de se manter no poder com estruturas políticas, sociais e econômicas semelhantes às do período colonial, porém com dirigentes diferentes.

  • Tinham medo de perder o poder!!!

  • Eu sabia que isso havia acontecido no Brasil, mas não na América do Sul toda kkkkk latinos unidos!

  • Redação horrivel.


ID
2790754
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Sob o influxo da vitória parisiense, o mês de março de 1848 foi expandindo, como um fio vermelho, ao longo dos dias, a sucessão de insurreições, motins e revoltas populares. Era a primavera dos povos. No começo de 1847, um ano antes de seu início, a Liga dos Justos, organização conspirativa revolucionária, já anunciava a eclosão de uma revolução grandiosa, que provavelmente decidiria, por um século, os destinos da humanidade.

Daniel Aarão Reis. Folha de S.Paulo. Domingo, fev./1998 (com adaptações)

Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, relativo ao panorama histórico mundial do século XIX e às questões políticas e nacionais de então.


Sob a liderança de Otto Von Bismark, a Liga dos Três Imperadores, que havia sido formada entre Áustria-Hungria, Alemanha e Rússia para coibir as políticas expansionistas da França, tornou-se a base para a formação da Tríplice Entente.

Alternativas
Comentários
  • A Russia não fazia parte dessa aliança.

     

  • ERRADO

    O erro da questão não está na citação à Russia, que fazia parte tanto da Liga dos Três Imperadores quanto da Tríplice Entente. O erro está em trocar Tríplice Aliança por Tríplice Entente.

    O item estaria correto se tivesse a seguinte redação:

    "Sob a liderança de Otto Von Bismark, a Liga dos Três Imperadores, que havia sido formada entre Áustria-Hungria, Alemanha e Rússia para coibir as políticas expansionistas da França, tornou-se a base para a formação da Tríplice Aliança."

    Vale destacar que tanto a Liga dos Três Imperadores (Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Russo) quanto a Tríplice Aliança (Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Reino da Itália) visavam ao isolamento da França pela Alemanha.

    Já a Triplice Entente (França, Reino Unido e Império Russo) foi um movimento contrário, buscando fazer frente a Tríplice Aliança e ao expansionismo alemão, o que em poucos anos delimitaria o cenário para a Primeira Guerra Mundial.

  • TRÍPLICE ALIANÇA. ASSIM ESTARIA CERTA A QUESTÃO

  • ERRADA

     "A evolução do sistema de alianças múltiplas remonta  à  década de 1870 e seu arquiteto inicial foi Bismarck.    Em essência, os objetivos   do   Chanceler   de  Ferro   eram   pacíficos.    A Prússia e os seus aliados alemães tinham saído vitoriosos da guerra com a França e o recem-criado império germânico era o estado mais poderoso do Continente. Almejava Bismarck, acima de tudo, preservar os frutos dessa vitória; nada indica que ele estivesse a planejar novas conquistas.

    Não obstante, perturbava-o o receio de que a França pudesse iniciar uma guerra de desforra. Era pouco provável que tentasse sozinha uma tal coisa, mas podia fazê-lo auxiliada por uma outra potência.

     Consequentemente, Bismarck resolveu isolar a França ligando todos os seus possíveis amigos à Alemanha. Em 1873 conseguiu formar uma aliança simultânea com a Áustria e a Rússia — a chamada Liga dos Três Imperadores. Essa combinação era entretanto de caráter precário.    Desfez-se depois do Congresso de Berlim, em 1878, quando a Rússia acusou a Alemanha e a Áustria de escamotear-lhe os  frutos da guerra que acabava de ter com a Turquia. Extinta a Liga dos Três Imperadores, Bismarck cimentou uma nova aliança, agora muito mais forte, com a Áustria.   

    Em 1882 essa parceria expandiu-se na célebre Tripla Aliança, com a adesão da Itália. Os italianos não aderiram por amor aos alemães ou aos austríacos, mas sim levados pela cólera e pelo medo.   Despeitava-os o fato de ter a França anexado a Tunísia (1881), um território que consideravam como legitimamente seu. Além disso, os políticos italianos ainda andavam às testilhas com a igreja e receavam que os clericais da França subissem ao poder e enviassem um exército francês para defender o papa. Nesse meio tempo foi ressuscitada a Liga dos Três Imperadores. Conquanto durasse apenas seis anos (1881-87), a Alemanha conseguiu manter a amizade com a Rússia até 1890! Destarte, ao cabo de pouco mais de uma década de manobras políticas Bismarck lograra realizar as suas ambições."

     

    A história da civilização ocidental  vol. II, Edward McNall Burns

  • Acho que se a afirmativa terminasse com "..Tríplice Aliança." e o gabarito fosse dado como CERTO, como foi sugerido por alguns colegas, seria uma questão bastante polêmica e que abriria margem para muitos recursos.

    Qualquer candidato que tivesse errado a questão diria que: se de uma liga de 3 países, dois (66,7%) fizeram parte de uma aliança que se formou mais tarde, e um deles (33,3% e justamente o de maior população) acaba participando da aliança adversária a dos outros dois, fica difícil afirmar que a primeira liga foi a base de qualquer uma das duas alianças que se formaram depois. Mesmo que exista concordância de historiadores a este respeito, acho que a matemática ajudaria o candidato que entrasse com recurso neste caso.

  • Von Bismarck morreu em 1898

  • Von Bismarck morreu em 1898

  • Acredito que se estivesse tríplice Aliança ainda seria errada, tendo vista que a Rússia fez parte da tríplice entente, como as três seria base somente para uma das tríplices?


ID
2790757
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Sob o influxo da vitória parisiense, o mês de março de 1848 foi expandindo, como um fio vermelho, ao longo dos dias, a sucessão de insurreições, motins e revoltas populares. Era a primavera dos povos. No começo de 1847, um ano antes de seu início, a Liga dos Justos, organização conspirativa revolucionária, já anunciava a eclosão de uma revolução grandiosa, que provavelmente decidiria, por um século, os destinos da humanidade.

Daniel Aarão Reis. Folha de S.Paulo. Domingo, fev./1998 (com adaptações)

Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, relativo ao panorama histórico mundial do século XIX e às questões políticas e nacionais de então.


Os movimentos e as revoltas liberais do século XIX foram prioritariamente integrados por socialistas e anarquistas que defendiam uma sociedade sem classes sociais e o fim da propriedade privada e da livre concorrência de mercado. 

Alternativas
Comentários
  • Item errado.

    Não se pode dizer que os movimentos e as revoltas liberais foram prioritariamente integrados por socialistas e anarquistas. Eric Hobsbawm em A Era das Revoluções descreve que as principais correntes revolucionárias do século XIX foram as ondas de 1820, 1830 e 1848 e em todas elas a prevalência foi de ideias liberais, sobretudo baseadas no constitucionalismo. Se nos voltarmos um pouco para o movimento socialista pós publicação do Manifesto Comunista de 1848, que tampouco deve ser minimizado, veremos que Marx aponta para o socialismo científico em detrimento do socialismo utópico, aquele, por sua vez, não fala em fim da propriedade privada na primeira fase do movimento, que seria o socialismo para se chegar ao comunismo.

  • Não, eram revoltas liberais

  • As revoltas eram liberais, mas vale lembrar que a primavera dos povos era reacionária a Santa Aliança de 1815, que por sua vez, era um movimento reacionário à revolução francesa de 1789, em 1848, ideologias como o comunismo e anarquismo não haviam ainda sido consolidadas e absorvidas aos levantes subversivos, tal fato que só acontece no começo do século XIX, as revoltas liberais tinham como apoio ideológico o romantismo inspirado em filósofos iluministas como Rousseau, Voltaire e outros.

  • Socialistas apoiando livre concorrência de mercado? Não sabia da questão, mas marquei errado por isso.

  • O liberalismo defendia o ponto de vista da burguesia e com isso o capitalismo.

    • não intervenção do Estado
    • individualismo econômico
    • Liberdade econômica
  • SOCIALISMO ≠ LIBERDADE NÃO COMBINAM....

ID
2790760
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Sob o influxo da vitória parisiense, o mês de março de 1848 foi expandindo, como um fio vermelho, ao longo dos dias, a sucessão de insurreições, motins e revoltas populares. Era a primavera dos povos. No começo de 1847, um ano antes de seu início, a Liga dos Justos, organização conspirativa revolucionária, já anunciava a eclosão de uma revolução grandiosa, que provavelmente decidiria, por um século, os destinos da humanidade.

Daniel Aarão Reis. Folha de S.Paulo. Domingo, fev./1998 (com adaptações)

Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, relativo ao panorama histórico mundial do século XIX e às questões políticas e nacionais de então.


Os nacionalismos do século XIX foram protagonizados pelas classes instruídas e beneficiadas pelo progresso educacional das escolas e universidades, de onde saíram seus grandes defensores. Nesse aspecto, a questão das línguas nacionais foi um dos fatores predominantes das identidades nacionais.

Alternativas
Comentários
  • Tudo que a questão queria realmente saber era se "... A questão das línguas nacionais foi um dos fatores predominantes das identidades nacionais."


    CORRETO.

  • Na formação romântica dos Estados Nacionais, era necessário oficializar um fator de exclusão que já existia desde o começo da civilização humana: o código de comunicação de um povo, que é sinônimo de língua, que é sinônimo de idioma.

  • PMAL21

  • Os nacionalismos tratados pela questão são capitaneados por classes educadas. De fato, em A Era das Revoluções, Hobsbawn, p. 221: "Para sermos precisos, a guarda avançada do nacionalismo de classe média fez sua guerra ao longo da linha que demarcava o progresso educacional de um grande número de "homens novos" em áreas até então ocupadas por uma pequena elite. O progresso das escolas e universidades dava a dimensão do nacionalismo (...)".


ID
2790763
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Segunda Guerra Mundial, na verdade, trouxe soluções, pelo menos por décadas. Os impressionantes problemas sociais e econômicos do capitalismo na Era da Catástrofe aparentemente sumiram. A economia do mundo ocidental entrou em sua Era de Ouro; a democracia política ocidental, apoiada por uma extraordinária melhora na vida material, ficou estável; baniu-se a guerra para o terceiro mundo. Por outro lado, até mesmo a revolução pareceu ter encontrado seu caminho para a frente. Os velhos impérios coloniais desapareceram ou logo estariam destinados a desaparecer.

Eric Hobsbawn. Era dos extremos: o breve século XX. Cia das Letras: São Paulo, 2005, p. 59

Tendo como referência inicial o texto precedente, julgue (C ou E) o seguinte item, relativo às causas e aos desdobramentos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Como causas da Segunda Guerra Mundial, além das intenções imperialistas de Japão, Alemanha e Itália, havia também no contexto uma justificação ideológica da luta contra os comunistas pelos países fascistas.

Alternativas
Comentários
  • CERTO

    O entendimento da banca é o da historiografia oficial: Eric Hobsbawn, Tony Judt, Boris Fausto (dentre tantos outros). Esqueçam o revisionismo esdrúxulo de Olavo de Carvalho. Para qualquer estudo sério, é uma piada sem tamanho.

  • Augusto M não é o entendimento da banca, é o que é a História . Faça um bem a si mesmo, pare de relativizar a história e outros ramos do conhecimento baseado no charlatanismo de um homem cuja a única formação é um curso de astrologia . Isso é um desrespeito a pesquisadores, intelectuais e historiadores sérios, como os que, por exemplo, elaboraram essa prova .



  • Augusto M, te dou um conselho, se você realmente quer aprender História científica, busque estudar as produções acadêmicas do Brasil e do mundo. Há diversos debates acadêmicos sobre os mais diferentes assuntos na academia. Isso é saudável e faz parte da produção científica em qualquer área do conhecimento. No entanto esse debate acadêmico deve passar pelo rigor científico. Posso te afirmar sem dúvida, quanto a questão de o nazismo ser de esquerda, é de um absurdo teórico e metodológico tão grande que, em nehuma parte do mundo a academia considera essa possibilidade. Sério, esqueça essas viagens ácidas desse senhor, que de acadêmico e cientista não tem nada. Te aconselho estudar a produção historiográfica alemã acerca do tema nazismo. A banca pode não ser perfeita, e até mesmo e até mesmo xtrapolar uma possibilidade interpretativa aqui ou ali, mas rigor científico eles tem. abraço sincero e bons estudos!

  • realmente n sei pq alguém precisa responder esse augusto. é típico jogar tudo que deu errado pro lado da esquerda, faz parte do show dessa briga bipolar que não vai acrescentar em nada na construção de um país melhor.

  • "...justificação ideológica da luta contra os comunistas pelos países fascistas." Dos três não era apenas um, a Itália, que era fascista?

  • Engraçado foi que ninguém explicou o erro da questão. Ficou só no viés político. Todo mundo ta doente. Brasil tá precisando de uma benzetacil, e sem xilocaína.

  • Fica a dica aí: estude Olavo de Carvalho e zere as questões de História. ;)

    Aliás, para os desavisados, o erro da questão é que o anticomunismo é ingrediente básico para o nazifascismo. Qualquer leitura básica sobre o tema traz isso.

  • sim, havia essa desculpa da luta contra o comunismo!!!
  • >>EIXO ROBERTO.

  • Certa.

    "Em outubro de 1936 anunciaram a formação do Eixo Roma-Berlim e no ano seguinte Mussolini assinou o Pacto Anti-Comintern, de que já faziam parte a Alemanha e o Japão" - História da Civilização Ocidental, Burns.

    O Pacto, como diz o nome, era contra a expansão comunista, aproximando os países.

  • A União Soviética só entra na guerra quase 2 anos depois dela já ter sido iniciada no fronte ocidental. Eu achei muito mal elaborada a questão.

  • A Inglaterra e a França inicialmente toleraram razoavelmente o sistema nazista de Hitler, pois o nazismo era declaradamente anti-comunista. Inclusive, Hitler perseguiu exacerbadamente (antes e após a eclosão da II Gerra Mundial ) as pessoas que apoiavam o comunismo lá dentro da Alemanha. Porém, a França e a Inglaterra não contavam com o Tratado de não agressão assinado entre Hitler e Stalin.

  • Correto. Uma evidência dessa luta contra o comunismo pelos países do Eixo é que o Japão, que havia entrado em confronto com a União Soviética durante a ocupação asiática, incorporou a aliança com a Itália e a Alemanha, com a assinatura do pacto Antikomintern em 1936, este pacto preconizava a luta contra os comunistas.

  • Os países citados acima são os famosos países do EIXO, os quais tiveram características muito forte:

    • Combate ao comunismo(anticomunismo)
    • Nacionalismo exagerado
    • Partido único
    • Culto ao estado e ao líder

    Entre outros...

  • Só eu entendi que os fascistas queriam acabar com os comunistas? kkkkkkk

  • A questão vai ser dada como certa sempre, mas há controvérsias, pois Hitler e Stalin andaram de mãos dadas boa parte da guerra com seus acordos de não agressão, mas em um belo dia as ideologias irmãs (pelo amor de Deus não venha dizer que fascismo é de direita porque não é, basta olhar as características de partido único, contra democracia, culto ao seu líder, Estado forte, contra a religião entre outras coisas) resolveram que eram inimigas e se separaram


ID
2790766
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Segunda Guerra Mundial, na verdade, trouxe soluções, pelo menos por décadas. Os impressionantes problemas sociais e econômicos do capitalismo na Era da Catástrofe aparentemente sumiram. A economia do mundo ocidental entrou em sua Era de Ouro; a democracia política ocidental, apoiada por uma extraordinária melhora na vida material, ficou estável; baniu-se a guerra para o terceiro mundo. Por outro lado, até mesmo a revolução pareceu ter encontrado seu caminho para a frente. Os velhos impérios coloniais desapareceram ou logo estariam destinados a desaparecer.

Eric Hobsbawn. Era dos extremos: o breve século XX. Cia das Letras: São Paulo, 2005, p. 59

Tendo como referência inicial o texto precedente, julgue (C ou E) o seguinte item, relativo às causas e aos desdobramentos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Para a Itália, a derrota na Primeira Guerra Mundial e a sua instabilidade política na década de 20 foram motivos decisivos para a adoção do fascismo após a crise de 1929.

Alternativas
Comentários
  • Errada, a Itália mudou de lado na primeira guerra 1915 e passou a lutar contra a Alemanha.
  • "Para a Itália, a derrota na Primeira Guerra Mundial e a sua instabilidade política na década de 20 foram motivos decisivos para a adoção do fascismo após a crise de 1929."

    França e Inglaterra oferece propostas à Itália para que ela mudasse de lado, devido as crises da década de 20, Itália muda de lado em 1915  fazendo parte da Tríplice Entente. Por estar ao lado dos países vitoriosos no conflito, a Itália pretendia receber alguns territórios, mas teve suas ambições frustradas, o que causou um grande mal-estar na população, que se sentia traída pela Inglaterra e pela França. Para completar o quadro negativo, a crise socioeconômica se aprofundou no pós-guerra. É nesse contexto que surge o movimento fascista

    Gabarito: Errada.

    O fascismo teve início em 1919, não após a crise de 1929.

    Fontes: 
    https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/fascismo-italiano---contexto-historico-a-crise-italiana-e-o-fascio-de-combate.htm.

  • Itália não perde a guerra. Itália trai!
  • Na realidade a Itália ingressou na I Guerra pelo lado vencedor (1915). Posteriormente, o fascismo começou a dominar seu governo a partir da Marcha sobre Roma, em 1922.


    In the years that led up to World War One, Italy had sided with Germany and Austria-Hungary in the Triple Alliance. In theory, Italy should have joined in the sides of these two nations when war broke out in August 1914. She did not. Italy’s experience in World War One was disastrous and ended with the insult of her ‘reward’ at the Versailles Settlement in 1919.

    What Italy did was wait and see how the war progressed. On April 26th 1915, she came into the war on the side of the Triple Entente – Britain, France and Russia.

    <https://www.historylearningsite.co.uk/modern-world-history-1918-to-1980/italy-1900-to-1939/italy-and-world-war-one/>


    On 22 October 1922, Mussolini attempted a coup d'état which was titled by the Fascist propaganda, the March on Rome, in which took part almost 30,000 fascists. (...) Even though the coup failed in giving power directly to the Fascist Party, it nonetheless resulted in a parallel agreement between Mussolini and King Victor Emmanuel III that made Mussolini the head of the Italian government. On 15 December, the Grand Council of Fascism was founded and it was the supreme organ of the PNF.

    <https://en.wikipedia.org/wiki/National_Fascist_Party>

  • Para a Itália, a derrota na Primeira Guerra Mundial e a sua instabilidade política na década de 20 foram motivos decisivos para a adoção do fascismo após a crise de 1929.


    A Itália era parte da Tríplice Aliança no início da Primeira Guerra Mundial, mas não quis realizar ofensivas por entender que o acordo era defensivo, sendo que quem declarou guerra à Sérvia foi a Áustria-Hungria. Ao entrar na Tríplice Entende, mudando de lado na guerra, a Itália fez parte dos vencedores do conflito.

    O fascismo, entretanto, não se desenvolveu em decorrência da crise de 29, mas como uma reação à Revolução Bolchevique e às ideias liberais-democráticas que ascendiam com o fim da Grande Guerra.


    ERRADA

  • Em 1915, a Itália passou para o lado dos países vencedores.

    Gabarito: E.

    PM AL 2021

  • PESSOAL PARA DE DAR VOLTA, ESCREVEM MUITO. VOCES COPIAM DE OUTROS LUGARES. PARA COM ISSO.

    A resposta certa é:

    A ITÁLIA não aderiu ao Fascismo, este foi consequencia da 1º GM.

    Só responder isso.

    Curto e objetivo. Só isso.

  • Errado

    A Itália, inicialmente, na primeira guerra mundial, fez parte da tríplice aliança, que foi derrotada. Porém, antes de se findar o grande conflito, mudou de lado, para a tríplice entente (FRI - França, Rússia, que também abandonou a guerra, e Inglaterra) por alguns interesses.

  • ERRADO. Existem dois erros na assertiva

    A Itália fez parte da Tríplice Aliança, mas passou para a Tríplice Entente ainda em 1915 com o Tratado de Londres. Ou seja, a Itália ganhou a IGM.

    Além disso, Mussolini chega ao poder em 1922 (ou seja, antes da Crise de 1929):

    1921 - Partido Nacional Fascista

    1922 - Marcha sobre Roma: Rei Vitor Emanuel convida Mussolini para ser o Primeiro Ministro

    1925 a 1939 - Regime Fascista

    Bons estudos!

  • Excelente explicação valew.

  • Itália não perdeu a primeira guerra, mudou de lado no último ano.

  • O erro mesmo da questão está em dizer que o fascismo ascende após a crise de 29, pois não penso ser indiscutivelmente errado falar que a Itália foi derrotada na primeira guerra (embora oficialmente tenha terminado junto ao bloco dos vencedores) e, no pós primeira guerra mundial, não me parece absurdo falar de instabilidade política no país

  • A Itália virou a casaca nos 45 do segundo tempo, e justamente por isso ela não teve benefícios com a vitória da Tríplice Entente.

  • Gabarito : Errado

    No meio da Guerra a Tríplice Entente cantou assim para a Itália:

    Oh Rita, volta desgramada, volta Rita que eu perdoou a facada ..."

    • Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria-Hungria e Itália. ...
    • Tríplice Entente: Inglaterra (ou melhor, Grã-Bretanha), França e Rússia. ..

  • A itália entrou para trípice entente no meio da guerra

  • Para a Itália, a derrota na Primeira Guerra Mundial e a sua instabilidade política na década de 20 foram motivos decisivos para a adoção do fascismo após a crise de 1929.

    A ITÁLIA NÃO PERDEU A PRIMEIRA GUERRA.

  • Será que essa mudança de lado da Itália já não estava prevista pelos aliados finais? Estranho, não me recordo da Itália sendo punida em nenhum momento. Os Aliados finais sempre aceitaram o retorno da Itália sem muita objeção...


ID
2790769
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Segunda Guerra Mundial, na verdade, trouxe soluções, pelo menos por décadas. Os impressionantes problemas sociais e econômicos do capitalismo na Era da Catástrofe aparentemente sumiram. A economia do mundo ocidental entrou em sua Era de Ouro; a democracia política ocidental, apoiada por uma extraordinária melhora na vida material, ficou estável; baniu-se a guerra para o terceiro mundo. Por outro lado, até mesmo a revolução pareceu ter encontrado seu caminho para a frente. Os velhos impérios coloniais desapareceram ou logo estariam destinados a desaparecer.

Eric Hobsbawn. Era dos extremos: o breve século XX. Cia das Letras: São Paulo, 2005, p. 59

Tendo como referência inicial o texto precedente, julgue (C ou E) o seguinte item, relativo às causas e aos desdobramentos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


O sistema Bretton-Woods, que estabilizou o sistema financeiro internacional, contemplou a criação do FMI e do Banco Mundial e a reestruturação do padrão-ouro, que, em 1929, havia entrado em colapso devido à grande depressão econômica ocorrida naquele ano.

Alternativas
Comentários
  • O Acordo de Bretton Woods durou até 15 de agosto de 1971, quando os Estados Unidos, unilateralmente, acabaram com a convertibilidade do dólar em ouro, o que efetivamente levou o sistema de Bretton Woods ao colapso e tornou o dólar uma moeda fiduciária.[1] Essa decisão, referida como choque Nixon (Nixon Shock), criou uma situação em que o dólar americano se tornou moeda de reserva, usada por muitos Estados. Ao mesmo tempo, outras moedas, que até então eram fixas (como a libra esterlina, por exemplo), passaram a ser flutuantes.[2] Wikipédia
  • Com o sistema de Bretton Woods houve o estabelecimento do padrão dólar-ouro.

  • sistema de gestão monetária de Bretton Woods estabeleceu as regras para as relações comerciais e financeiras entre os Estados Unidos , Canadá , Europa Ocidental , Austrália e Japão após o Acordo de Bretton Woods de 1944. O sistema de Bretton Woods foi o primeiro exemplo de uma ordem monetária totalmente negociada destinada a governar as relações monetárias entre estados independentes. As principais características do sistema de Bretton Woods eram uma obrigação de cada país adotar uma política monetária que mantivesse suas taxas de câmbio externas dentro de 1% ao vincular sua moeda ao ouro.e a capacidade do FMI para colmatar desequilíbrios temporários de pagamentos . Além disso, havia a necessidade de abordar a falta de cooperação entre outros países e também evitar a desvalorização competitiva das moedas.

    Preparando-se para reconstruir o sistema econômico internacional enquanto a Segunda Guerra Mundial ainda grassava, 730 delegados de todas as 44 nações aliadas se reuniram no Hotel Mount Washington em Bretton Woods, New Hampshire , Estados Unidos, para a Conferência Monetária e Financeira das Nações Unidas, também conhecida como a Conferência de Bretton Woods . Os delegados deliberaram de 1 a 22 de julho de 1944 e assinaram o acordo de Bretton Woods em seu último dia. Estabelecendo um sistema de regras, instituições e procedimentos para regular o sistema monetário internacional , esses acordos estabeleceram o Fundo Monetário Internacional (FMI) eoBanco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), que hoje faz parte do Grupo do Banco Mundial . Os Estados Unidos, que controlavam dois terços do ouro mundial, insistiram que o sistema de Bretton Woods se baseasse tanto no ouro quanto no dólar americano . Representantes soviéticoscompareceram à conferência, mas depois se recusaram a ratificar os acordos finais, afirmando que as instituições que eles criaram eram "filiais de Wall Street". [3]Essas organizações tornaram-se operacionais em 1945, após um número suficiente de países terem ratificado o acordo.

    Em 15 de agosto de 1971, os Estados Unidos terminaram unilateralmente a conversibilidade do dólar americano em ouro , efetivamente pondo fim ao sistema de Bretton Woods e tornando o dólar uma moeda fiduciária . [4] Esta ação, referida como o choque de Nixon , criou a situação em que o dólar dos EUA se tornou uma moeda de reserva usada por muitos estados. Ao mesmo tempo, muitas moedas fixas (como a libra esterlina ) também se tornaram flutuantes.


    QUESTÃO ERRADA

  • Esse tema é muito importante. Com esse pequena aula o domíinio sobre o assunto traz uma enorme segurança para responder questões como essas: https://www.youtube.com/watch?time_continue=6&v=NCqpP5Gxads

  • padrão dól-ouro

  • De fato o sistema Bretton-Woods estabilizou TEMPORARIAMENTE o sistema financeiro internacional e contemplou a criação do FMI e do Banco Mundial, e a reestruturação do padrão-ouro (dólar emitido com base na reserva de ouro americana, tornando-se o único país obrigado a ter tal reserva). O padrão ouro entrou em colapso durante e após a primeira guerra mundial, devido a emissão de grande quantidade de moeda para sustentar a guerra e para reconstrução das cidades - no pós-guerra -, gerando um surto inflacionário, sentido em todos os países afetados pela guerra, mas principalmente pelos derrotados.

  • ERRADO

    Existem duas observações a se considerar, que remetem a questão ao ERRO.

    1a. O Sitema Bretton Woods não contemplou a criação do Banco Mundial (World Bank) e sim do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD);

    2a. O Padrão-Ouro não entra em colapso devido a Crise de 1929 e sim por causa da Primeira Guerra Mundial.

    Observe o inserto abaixo:

    Em 1914, no entanto, estourou a 1ª Guerra Mundial, e as potências econômicas mandaram às favas o padrão-ouro, pois precisavam emitir dinheiro – independentemente do lastro no metal – para financiar os altos custos do conflito. Daí em diante, as coisas degringolaram. 

    Fonte: https://super.abril.com.br/historia/abandono-do-padrao-ouro/

  • Pra mim essa questão está certa.

    O sistema Bretton Woods de fato contemplou a criação do FMI e do Banco Mundial. Há quem veja polêmica aí, pois teria sido criado o BIRD que depois se tornou Banco Mundial, mas trata-se da mesma instituição e o próprio site do Itamaraty e do Banco Mundial afirmam que o Banco Mundial foi fundado em 1944. (Hoje em dia a expressão "Banco Mundial" se refere ao BIRD + IDA e o "Grupo Banco Mundial" ao BIRD + IDA + ICSID + MIGA + IFC.)

    Também é verdade que o padrão ouro colapsou com a crise de 1929. Depois do colapso anterior, ocorrido com a IGM, alguns países voltaram a adotar o padrão ouro e houve novo colapso com a crise de 1929: "Many other countries followed Britain in returning to the gold standard, leading to a period of relative stability but also deflation. This state of affairs lasted until the Great Depression (1929–1939) forced countries off the gold standard." ( https://en.wikipedia.org/wiki/Gold_standard)

    Por fim, também creio que a adoção do padrão dólar ouro pode ser entendida como uma restruturação do padrão ouro. Padrão ouro pode ter 3 modalidades: gold specie standard (circulação de moedas de ouro); gold bullion standard (circulação de notas que equivalem a determinada quantidade de ouro); e gold exchange standard (países adotam câmbio fixo vinculado a uma moeda estrangeira que adota o padrão ouro). O padrão dólar-ouro é um "gold exchange standard". (en.wikipedia.org/wiki/Gold_standard)

    Se alguém puder apontar algum erro, por favor me mande uma mensagem.

  • Bretton Woods=padrão dóuro

  • padrão tbb colapsou antes de 1929

  • Padrão-ouro tem fim após a Primeira Guerra Mundial e a crise de 1929 ocorre devido a uma quebra na bolsa (crise financeira) que gera a depressão econômica e não o contrário.


ID
2790772
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Segunda Guerra Mundial, na verdade, trouxe soluções, pelo menos por décadas. Os impressionantes problemas sociais e econômicos do capitalismo na Era da Catástrofe aparentemente sumiram. A economia do mundo ocidental entrou em sua Era de Ouro; a democracia política ocidental, apoiada por uma extraordinária melhora na vida material, ficou estável; baniu-se a guerra para o terceiro mundo. Por outro lado, até mesmo a revolução pareceu ter encontrado seu caminho para a frente. Os velhos impérios coloniais desapareceram ou logo estariam destinados a desaparecer.

Eric Hobsbawn. Era dos extremos: o breve século XX. Cia das Letras: São Paulo, 2005, p. 59

Tendo como referência inicial o texto precedente, julgue (C ou E) o seguinte item, relativo às causas e aos desdobramentos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Nas décadas seguintes ao grande conflito, multiplicaram-se as guerras de guerrilha nos países coloniais do chamado terceiro mundo, que enfrentaram pequena resistência de suas antigas potências colonizadoras, que, por sua vez, estavam mais preocupadas com a recuperação interna de seus recursos.

Alternativas
Comentários
  • O erro está em pequena resistência, foi o contrário.




    PM_ALAGOAS_2018

  • A ocorrência de movimentos bélicos por si já determina que a resistência não foi pequena. De fato, houveram casos em que a independência de alguns países foi negociada, mas, por exemplo, a Índia passou quase 100 anos lutando por sua independência (1947) e, na África, houveram uma série de guerras consideráveis:


    While most African states gained independence through negotiation with outgoing European colonial rulers during the late 1950s and 1960s, some experienced wars between stubborn colonial and white settler regimes, and armed African nationalist insurgents. During the 1950s Kenya and Algeria, with British and French settlers respectively, experienced uprisings that led to the metropolitan regimes abandoning settler interests and granting independence in the early 1960s. Insisting that its three African colonies were integral parts of the mother country, fascist Portugal fought African nationalist insurgencies in Angola, Mozambique, and Guinea-Bissau, during the 1960s and early 1970s which led to a military coup in Lisbon in 1974 and a sudden withdrawal from Africa. In white settler ruled Southern Rhodesia (today’s Zimbabwe), South African occupied South West Africa (today’s Namibia), and apartheid South Africa, African nationalists became frustrated with increasingly deadly state repression and abandoned non-violent protest in the 1960s to embark on armed struggles to liberate their countries. Given the Cold War context of the time, the colonial and settler states portrayed themselves as champions of Western civilization and appealed to Britain and the United States for assistance and the exiled African nationalists received support from the Eastern Bloc which required that they adopt revolutionary socialist rhetoric. Newly independent African ruled countries, such as Tanzania and Zambia, were often sympathetic to the armed nationalist movements and allowed them to establish staging areas in their territories which meant that these states were often drawn into the conflicts as well. The sudden withdrawal of Portugal from Africa dramatically changed the balance of power in Southern Africa which led to the negotiated independence of Zimbabwe in 1980. The winding down of the Cold War led to South African withdrawal from Namibia, which gained independence in 1990, and the dismantling of apartheid in South Africa that resulted in that country’s first democratic elections in 1994. Given the number of African countries involved and the international dimensions of most of these conflicts, the relevant literature is vast and contains numerous debates.

    <http://www.oxfordbibliographies.com/view/document/obo-9780199791279/obo-9780199791279-0022.xml>

  • Eu vou me dar ao trabalho de traduzir isso tudo sim, tá, Thiago? Pode deixar.

  •  

    Errado. O processo de descolonização tendeu a seguir quatro desfechos distintos a saber:

    a) um acordo da metrópole com a elite local para uma independência gradativa (África Tropical);

    b) a exploração de divergências internas como forma de controlar o processo (como na Índia e no Paquistão);

    c) luta fracassada contra guerrilha revolucionária (guerra franco-vietnamita e argelina); e

     d) apoio à facção conservadora durante guerra civil (Filipinas, Vietnã do Sul, Coreia do Sul e China).

    Manual do candidato - História geral

  • O erro se encontra aqui:

    "Nas décadas seguintes ao grande conflito, multiplicaram-se as guerras de guerrilha nos países coloniais do chamado terceiro mundo, que enfrentaram pequena resistência de suas antigas potências colonizadoras, que, por sua vez, estavam mais preocupadas com a recuperação interna de seus recursos."

    Podem ser dados exemplos como a sangrenta independência da Argélia, que a França considerava parte da região metropolitana e o Vietnã, também alvo de operações militares da França na tentativa de manter a Indochina Francesa.

  • Muitas resistências.

  • "guerra de guerrilha"

  • A Guerra Fria ficou caracterizada por certa estabilidade, além de padrões previsíveis de confrontos. Os Estados Unidos da América e a União Soviética enfrentavam-se indiretamente por meio de seus satélites e zonas de influência, mas, paradoxalmente, evitavam que conflitos locais fugissem ao controle e alcançassem proporções mundiais. questão

    PMAL 2021


ID
2790775
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Na sociedade atual, não há dúvida alguma que não é absolutamente normal, porque é uma situação forçada, mas na sociedade futura será completamente normal, porque será livre. Mas, mesmo agora, [ela] estava no seu direito; sofria, e isso constitui, por assim dizer, os seus fundos, o seu capital, do qual tinha o pleno direito de dispor. É claro que na sociedade futura não existirá o capital; mas a sua profissão poderá ser designada por outro nome e regulada de maneira racional e normal. Pelo que se refere pessoalmente a Sófia Siemiônovna, nos tempos atuais, eu considero o seu procedimento um enérgico e concreto protesto contra a estrutura da sociedade, e respeito-a profundamente por isso.

Fiódor M. Dostoiévski. Crime e castigo. São Paulo: Martin Claret, 2013, p. 406. Publicação original: 1866 (com adaptações).

Considerando as ideias do fragmento de texto antecedente como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito de significativas transformações sociais e políticas ocorridas ao fim do século XIX e ao longo do século XX.


A Guerra Fria ficou caracterizada por certa estabilidade, além de padrões previsíveis de confrontos. Os Estados Unidos da América e a União Soviética enfrentavam-se indiretamente por meio de seus satélites e zonas de influência, mas, paradoxalmente, evitavam que conflitos locais fugissem ao controle e alcançassem proporções mundiais.

Alternativas
Comentários
  • Astronautas x cosmonautas




    PM_ALAGOAS_2018

  • Gabarito: Certo

  • O canal "Hoje no Mundo Militar", em vários vídeos, explica, resumidamente, esta questão. Interessante também ressaltar que, no que se refere a "padrões previsíveis de confrontos", a União Soviética previsivelmente e diariamente enviava aviões militares em determinadas rotas para testar a resposta Norte Americana, e vice e versa, buscando alguma falha no sistema de defesa.


    https://www.youtube.com/watch?v=Tc9uaOxSS_0

  • "[...] as suas superpotências aceitavam a divisão desigual do mundo, faziam todo esforço para resolver disputas de demarcação sem um choque aberto entre suas Forças Armadas que pudesse levar a uma guerra [...] trabalhavam com base na suposição de que a coexistência pacífica entre elas era possível a longo prazo." (Era dos extremos, p. 180).

  • Adorei essa questão, pena ainda não ter a aba para curtir.

  • NN ouve confrontos sanguentos,tentaram evitar ao máximo isso. PMAL2019

  • famosa briga de menino, só arrodeio e nada de porrada.

  • As duas potências sabiam que um confronto direto entre elas representaria perdas irreparáveis, provavelmente se tivesse acontecido uma guerra entre Eua e Urss, não estaríamos aqui para contar a história, pois com tantas bombas atômicas, o mundo que conhecemos estaria implodido em 6 min. Houve sim muitas batalhas sangrentas, mas não foram diretas. A pior perda americana foi a do Vietnam. Houve a batalha das coreias e varios comflitos pelo oriente médio.

  • Gabarito: CERTO.

  • o gabarito eh tido como certo, olha bem essa parte ´Guerra Fria ficou caracterizada por certa estabilidade, além de padrões previsíveis de confrontos´. Impossivel dizer que houve estabilidade.

  • O segredo desta questão é a palavra: CERTA. Assim, se a questão não tivesse colocado "CERTA ESTABILIDADE", ela estaria irremediavelmente errada!!!!

  • questão mal elaborada. Pensem bem, URSS posicionando mísseis em Cuba estando eles apontados para o EUA, isso pode ser caracterizado como conflito estável? Msm colocando ´´certa estabilidade``, ainda é considerado um termo errado para ser utilizado. Tá ok?

  • Observe que o avaliador teve o cuidado de utilizar a palavra “certa”, denotando que a estabilidade não era absoluta. Como não houve realmente conflito direto entre as duas superpotências nem conflitos em escala mundial, podemos considerar o item como verdadeiro.

    Resposta: Certo

  • correto, os estados unidos e união sovietica evitavam confitos direitos entre eles, todavia influenciavam governos e revolucionarios para que concordassem com as ideologias dos mesmo e as colocassem em prática oque gerou uma seria de conflitos internos em paises como por exemplo coreia do sul vs coreia do norte isso ficou conhecido como guerra por procuração.

  • Nunca houve um confronto aberto entre americanos e soviéticos, sobretudo pela possibilidade de destruição do planeta em larga escala caso houvesse um conflito entre os dois. Apesar dos discursos afiados e da intensa atuação estratégica para manter sua zona de influência, americanos e soviéticos foram cautelosos ao extremo e evitaram um conflito contra o outro.

  • Em inglês, Proxy War. Trata-se do fomento de conflitos indiretos com o país inimigo. Vietnã foi subsidiado pela URSS contra os EUA. Estados Unidos deu apoio e recursos ao Afeganistão contra a URSS. Cuba foi ajudada até o talo pela URSS, bem como as ditaduras sulamericanas foram pelos EUA. Tudo isso foi a guerra fria. Uma guerra indireta.

  • o cão que late mas não morde.
  • O item está correto.

    Após o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945 houve a bipolarização do mundo em dois blocos: um liderado pelos americanos (Sistema Capitalista) e outro pelos soviéticos (URSS / Socialismo). Portanto, o período conhecido como Guerra Fria é a polarização mundial que gerou um conflito político-ideológico entre as duas nações e seus respectivos blocos, cada qual defendendo os seus interesses e a sua ideologia.

    No entanto, a Guerra Fria nunca gerou um conflito armado direto entre Estados Unidos (EUA) e União Soviética (URSS), mas o conflito de interesses entre os dois países resultou em conflitos armados ao redor do mundo e em uma disputa que ocorreu em diversos níveis como a economia, a diplomacia, a tecnologia, corrida armamentista, corrida espacial e busca pela hegemonia. Devido a isso, a época ficou como conhecida “Fria” porque ambos os países nunca se enfrentaram diretamente num conflito bélico.

    O pensador Raymond Aron dizia que: “A Guerra Fria foi um período em que a guerra era improvável, e a paz, impossível”.

    Essa frase reproduz com clareza o episódio histórico, pois, de fato as potências da época eram antagônicas e seguiam propagando suas ideologias e modelos econômicos em busca da hegemonia mundial.

    No entanto, a "Guerra Impossível" é assim vista, porque um confronto direto entre as potências resultaria em uma guerra nuclear, que poderia destruir a própria humanidade.

  • Diria que houveram duas "guerras frias", uma de intensa instabilidade e risco iminente de conflito, e outra, de fato, estável com cada potência influenciando a sua área.


ID
2790778
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Na sociedade atual, não há dúvida alguma que não é absolutamente normal, porque é uma situação forçada, mas na sociedade futura será completamente normal, porque será livre. Mas, mesmo agora, [ela] estava no seu direito; sofria, e isso constitui, por assim dizer, os seus fundos, o seu capital, do qual tinha o pleno direito de dispor. É claro que na sociedade futura não existirá o capital; mas a sua profissão poderá ser designada por outro nome e regulada de maneira racional e normal. Pelo que se refere pessoalmente a Sófia Siemiônovna, nos tempos atuais, eu considero o seu procedimento um enérgico e concreto protesto contra a estrutura da sociedade, e respeito-a profundamente por isso.

Fiódor M. Dostoiévski. Crime e castigo. São Paulo: Martin Claret, 2013, p. 406. Publicação original: 1866 (com adaptações).

Considerando as ideias do fragmento de texto antecedente como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito de significativas transformações sociais e políticas ocorridas ao fim do século XIX e ao longo do século XX.


As mulheres apresentaram-se em maior número no mercado de trabalho na Europa ocidental e nos Estados Unidos da América, tendo alcançado mais igualdade e liberação feminina, algumas décadas antes que o mesmo processo ocorresse na Europa oriental e na União Soviética.


Alternativas
Comentários
  • Após a Revolução Russa de 1917 e durante meados da década de 1920, sob o comando de Vladmir Lênin, a União Soviética instituiu um conjunto de direitos para as mulheres, como a garantia ao aborto legal, divórcio a pedido de qualquer cônjuge, incentivo à igualdade de salários e até paridade em postos de trabalho, ao que tudo isso só foi ocorrer em países do Ocidente, como EUA e da Europa ocidental, nos anos 60 e 70 do século XX com a Revolução sexual, seja por invenções da ciência (pílula contraceptiva) ou decisões judiciais (como o famoso caso Roe vs. Wade, de 1973) .


    Fonte: https://epoca.globo.com/ideias/noticia/2014/05/uniao-sovietica-foi-pioneira-nos-bdireitos-das-mulheresb-afirma-historiadora-americana.html

  • "No mundo socialista, a situação era paradoxal. Praticamente todas as mulheres estavam na força de trabalho assalariada na Europa Oriental - ou pelo menos ela continha quase tantas mulheres quanto homens (90%), uma proporção muito mais alta que em qualquer outra parte. O comunismo como ideologia se empenhara apaixonadamente na igualdade e liberação femininas, em todos os sentidos, incluindo o erótico, apesar da antipatia pessoal de Lenin pela promiscuidade do sexo casual." (Era dos extremos, p. 246).

  • Gabarito: ERRADO.

  • Errado, mas nunca vou concordar com o gabarito dessa questão. Só ler os livros da Sheila Fitzpatrick pra ver que o comunismo, especialmente com Stalin, não foi nada igualitário pras mulheres.


ID
2790781
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Na sociedade atual, não há dúvida alguma que não é absolutamente normal, porque é uma situação forçada, mas na sociedade futura será completamente normal, porque será livre. Mas, mesmo agora, [ela] estava no seu direito; sofria, e isso constitui, por assim dizer, os seus fundos, o seu capital, do qual tinha o pleno direito de dispor. É claro que na sociedade futura não existirá o capital; mas a sua profissão poderá ser designada por outro nome e regulada de maneira racional e normal. Pelo que se refere pessoalmente a Sófia Siemiônovna, nos tempos atuais, eu considero o seu procedimento um enérgico e concreto protesto contra a estrutura da sociedade, e respeito-a profundamente por isso.

Fiódor M. Dostoiévski. Crime e castigo. São Paulo: Martin Claret, 2013, p. 406. Publicação original: 1866 (com adaptações).

Considerando as ideias do fragmento de texto antecedente como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito de significativas transformações sociais e políticas ocorridas ao fim do século XIX e ao longo do século XX.


O blue jeans e o rock and roll se tornaram símbolos e marcas da juventude das minorias urbanas e foram aceitos em todos os países que os toleravam. A exceção era a União Soviética da década de 60, que mantinha sua própria indústria cultural para minorias.

Alternativas
Comentários
  • Creio que o erro da questão esteja no fato de o "blue jeans" e o "rock and roll" serem símbolos de liberdade na União Soviética da década de 60. As fontes são abertas, mas interessantes:


    Soviet people were first exposed to denim when the first jeans reached the USSR in the 1950s. The official beginning of "jeans fever" could be considered to be 1957, when Moscow hosted the World Festival of Youth and Students. From then onward, jeans were perceived not just as clothes but as a symbol of everything that was missing in the USSR, mainly freedom.

    <https://www.rbth.com/arts/2014/09/16/worth_going_to_prison_for_getting_hold_of_jeans_in_the_ussr_39833.html>


    The Beatles sparked the love of rock in the Soviet youth and its popularity spread in the early 1960s. Their impact on fashion was one of the more obvious external signs of their popularity. "Collarless Beatles jackets, known as 'Bitlovka', were assembled from cast-offs; clumsy army boots were refashioned in Beatles style." In addition to their influence in fashion, they also helped drive the expansion of music in the black market. Illicit music albums were created by recording copies onto discarded X-ray emulsion plates. The music itself was acquired either by smuggling copies from the west, or recording it from western radio. The latter became easier and more common after United States president Lydon Johnsonmade international broadcasting a priority in the mid-1960s.

    <https://en.wikipedia.org/wiki/Rock_music_and_the_fall_of_communism>

  • Acertei por dedução. Eu pensei no Oriente Médio com mulheres de calça jeans curtindo um rock and roll. Imagine aí! Onde a lei do Estado é a própria lei da religião. Difícil, né?!


    Agora eu vou pesquisar sobre a calça jeans e o rock and roll no Oriente Médio. kkkkkkkkkk

  • já percebi que GEOPOL vou deixar em branco na PRF... só pode ser sacanagem essas perguntas.... Blue jeans e rock and roll WTF!???

  • Este trecho está no livro "Era dos Extremos" na página 255: "O blue jeans e o rock se tornaram marcas da juventude moderna, das minorias destinadas a tornar-se maiorias, em todo país onde eram oficialmente tolerados e em alguns em que não eram, como na URSS a partir da década de 1960".

  • Gabarito: ERRADO.

  • O erro da questão é falar que a União Soviética da década de 60, que mantinha sua própria indústria cultural para minorias, não era só para minorias era para todos os sovieticos. 

  • Aí você se descabela de estudar Política Internacional pra vir uma pergunta cretininha dessas kakaka

  • GABARITO: ERRADO.

    NÃO ERA SO PARA MINORIAS E SIM PARA TODOS OS SOVIETICOS

    PMAL 2021. VAMOS


ID
2790784
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Na sociedade atual, não há dúvida alguma que não é absolutamente normal, porque é uma situação forçada, mas na sociedade futura será completamente normal, porque será livre. Mas, mesmo agora, [ela] estava no seu direito; sofria, e isso constitui, por assim dizer, os seus fundos, o seu capital, do qual tinha o pleno direito de dispor. É claro que na sociedade futura não existirá o capital; mas a sua profissão poderá ser designada por outro nome e regulada de maneira racional e normal. Pelo que se refere pessoalmente a Sófia Siemiônovna, nos tempos atuais, eu considero o seu procedimento um enérgico e concreto protesto contra a estrutura da sociedade, e respeito-a profundamente por isso.

Fiódor M. Dostoiévski. Crime e castigo. São Paulo: Martin Claret, 2013, p. 406. Publicação original: 1866 (com adaptações).

Considerando as ideias do fragmento de texto antecedente como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito de significativas transformações sociais e políticas ocorridas ao fim do século XIX e ao longo do século XX.


No novo cenário mundial do pós-Guerra Fria, a organização econômica e política mundial do poder estava representada pela separação dos blocos econômicos do NAFTA, dos Tigres Asiáticos, da União Europeia, da Comunidade dos Estados Independentes e do MERCOSUL.

Alternativas
Comentários
  • Questão meio estranha, pois da margem para outra interpretação. Ao dizer que "No novo ... estava representada pela separação dos blocos econômicos do NAFTA, dos Tigres Asiáticos[...]" interpretei que pós-Guerra Fria os referidos blocos se separaram, sendo que o correto seria a sua formação. Sinto que falharam na elaboração da pergunta. Ademais, os Tigres asiático formam um bloco?

  • @felipe leal ,interpretei do mesmo jeito rsrs

  • Os Tigres Asiáticos não são um bloco para a política internacional, mas, como a questão é de história, pode ser que bloco tenha o sentido de conjunto de países, o que valida a questão.

  • Nao concordo com esse gabarito. 

    Tigre Asiático não é um bloco, mas sim uma espécie de grupo, assim como o BRICS.

  • Tigres Asiáticos formam sim um bloco/grupo econômico, mas não uma organização internacional de escopo comercial ou financeiro.

  • Não conhecia esse bloco econômico chamado Tigres Asiáticos! Vida longa e sucesso aos tigres!

  • O gabarito está incorreto.

  • Acredito que a referência aos Tigres Asiáticos como "bloco econômico" pode ser aceitável por tratar-se de uma questão de História Mundial a respeito na nova organização ou distribuição do poder pós-Guerra Fria, que modificou-se profundamente, passando da bipolaridade EUA-URSS para a multipolaridade, conformada justamente pelos grupos citados na questão. Importante observar o tom da questão, que toma Dostoiévski como referência inicial e, em seguida, pede-nos para avaliar as assertivas à luz das transformações sociais e políticas ocorridas no final do séc. XIX e ao longo do séc. XX.

  • Guerra Fria = bipolarização EUA X RUS

    Pós Guerra Fria = multipolaridade NAFTA, ASEAN, UE, MERCOSUL...

  • Gabarito dado pela banca: certo.

  • Há questões em que o CESPE extrapola na incoerência. Começa com um texto e faz a questão fora do tema. Tem que ser pós-doutor em Geopolítica, História, Economia...

    Embola guerra fria com ideias socialistas e blocos econômicos.

    Ao final transforma os Tigres Asiáticos em união aduaneira ou bloco econômico, sei lá o que?

  • Questão sem sentido, a fase inicial do pós-guerra fria foi um período unipolar, com o predomínio dos EUA e, em relação ao cenário multipolar, deve-se falar em Brics, UE, EUA, China, nunca em Tigre Asiáticos, que não são nem um bloco econômico, muito menos um pólo de poder global.

    Por essas e outras que o CESPE precisa ficar constantemente mudando de nome.

  • O gabarito pela banca eh o CORRETO, mas na minha humilde opiniao ta errado,

    Os blocos economicos ficaram nos campos economico e em algumas situacoes na politico.

    O poder no mundo continuou hierarquizado, so mundando com a ascensao da China e a recuperacao da Russia nos anos 2000.

    ,

  • Comunidade dos Estados Independentes: agrupava os egressos da antiga União Soviética e países do Leste Europeu.

  • Tigres Asiáticos ou Quatro Pequenos Dragões da Ásia é a denominação ao bloco econômico formado pela Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura e região administrativa de Hong Kong. O termo foi cunhado em 1980 para definir as zonas onde o dinamismo administrativo no que tange à recuperação local e influência na economia mundial.

    Fonte:

    https://www.todamateria.com.br/tigres-asiaticos/#:~:text=Tigres%20Asi%C3%A1ticos%20ou%20Quatro%20Pequenos,e%20influ%C3%AAncia%20na%20economia%20mundial.

  • gabarito certo:

    A partir da década de 1980, o desenvolvimento das economias asiáticas determinou o surgimento de um bloco econômico que levava o nome de “Tigres Asiáticos”. Sem formar acordos de cooperação formais, esse bloco foi inicialmente formado por Hong Kong, Coreia do Sul, Cingapura e Taiwan. Seguindo o modelo capitalista, essas nações obtiveram rápidos índices de recuperação econômica que ampliaram significativamente seu papel de atuação na economia mundial.

    fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/asiatico.htm

  • Pra mim essa questão foi mal elaborada ou teve ambiguidade.

    Da a entender que apos a guerra fria os citados blocos economicos foram separados, no sentido de fragmentados, quando na verdade foram formados.

    "a organização econômica e política mundial do poder estava representada pela separação dos blocos econômicos"

  • CORRETO.

    A Guerra Fria foi uma corrida armamentista entre os Estados Unidos e a União Soviética, sendo responsável pelo desenvolvimento de novos armamentos para um eventual conflito de consequências mundiais e o desenvolvimento da tecnologia espacial.

    O conflito não implodiu, mas gerou a necessidade de formação de blocos econômicos, devido as necessidades comerciais mundial.

    Devido as barreiras estatais para produtos importados, os blocos econômicos criam melhores condições, permitindo o comércio de maneira benéfica aos signatários.

    Logo, a questão está certa.

  • WATCH MOJO !

  • DESDE QUANDO MERCOSUL É UM BLOCO ECONÔMICO?

    Essa é a típica questão para o candidato não fechar a prova.

    CESPE SENDO CESPE


ID
2790787
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Trecho 1: Caso Cooke versus Forbes. Um dos processos na tecelagem de tapetes de fibra de cacau [Cooke] era imergi-lo em um líquido alvejante e, depois, pendurá-lo para secagem. Vapores de um produtor de sulfato de amônia [Forbes] tinham o efeito de transformar a cor brilhosa do tapete em uma cor escurecida e fosca.

(…) Uma ação foi ajuizada para impedir a manufatura de emitir tais vapores. Os advogados do réu argumentaram que, se o autor “não usasse um líquido alvejante específico, as fibras não seriam afetadas; que seu método de produção era atípico, contrário ao costume do comércio (…)”. O juiz explanou: “parece-me claro que uma pessoa tem o direito de, na sua propriedade, realizar um processo de manufatura em que se usa cloreto de estanho, ou qualquer outro tipo de corante metálico, e que seu vizinho não tem a liberdade para inundar o ambiente com gás que vai interferir na sua manufatura. Se isto pode ser imputado ao seu vizinho, então, compreendo eu, claramente ele terá o direito de vir aqui e pedir ajuda”.


Trecho 2: (…) Com efeito, as propostas de solução do problema da poluição causada pela fumaça, bem como de outros problemas similares, feitas por meio da tributação, se sustenta com dificuldades advindas dos problemas relativos ao cálculo, da diferença entre dano médio e dano marginal e das inter-relações entre os danos causados a diversas propriedades etc.


R. H. COASE. O problema do custo social. In: Journal of Law and Economics. 1960 (traduzido e adaptado).

Com referência ao que é apresentado nos trechos 1 e 2, julgue (C ou E) o item a seguir, acerca da análise de custo-benefício, com base na teoria dos tipos de mercados e de bens.


O problema apresentado no primeiro trecho, que se refere ao julgamento do processo de Cooke contra Forbes, é conhecido como externalidade.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Há certamente uma questão ligada às externalidades citada no texto 1. Basta perceber que a produção de sulfato de amônia em uma empresa transforma a produção de outra empresa (custo social) em menor valor mercado. Desse modo, a produtora de sulfato de amônia, além de seu custo privado de produção, ainda produz um custo social chamado externalidade.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Gabarito: Certo

     

    Em economia, externalidades são os efeitos colaterais de uma decisão sobre aqueles que não participaram dela. Existe uma externalidade quando há consequências para terceiros que não são tomadas em conta por quem toma a decisão.


    Instagram: concursos_em_mapas_mentais

  • Há externalidade negativa quando a ação de uma das partes impõe custos a outra, como é o caso do trecho 1 da questão, já que os vapores de sulfato de amônia de um produtor transformam a cor brilhosa do tapete de outro em uma cor escurecida e fosca, impondo-lhe resultado negativo.

    Gabarito: Certo.


  • Correto!

    É o claro caso de presença de externalidades negativas.

    No caso, o processo de produção de sulfato de amônia pela empresa Forbes gera a emissão de um vapor que afeta a produção de tapetes da fábrica vizinha (Cooke).

    Temos uma externalidade negativa aqui porque o processo de produção da empresa Forbes gera um custo a um terceiro e este custo não está internalizado por quem o causa.

     

    Resposta: C

  • Gabarito: Certo.

    Referência: REZENDE, B.; VERSIANI, F. R., Externalidades, Bens públicos e Recursos Comuns. In: Apostila de Introdução à Economia: Módulo I. IEMONIT. Direitos de propriedade e o teorema de Coase. Pág. 165.

    “A presença de externalidades, uma outra categoria de falha de mercado, também contribui para explicar por que os mercados privados nestas condições são ineficientes para alocar recursos.[...] Externalidades ocorrem quando o consumo e/ou a produção de um determinado bem afeta os consumidores e/ou produtores em outros mercados, e esses impactos não são considerados no preço de mercado do bem em questão. Nota-se que essas externalidades podem ser positivas (benefícios externos) ou negativas (custos externos). Assim, por exemplo, uma empresa de fundição de cobre, ao provocar chuvas ácidas, prejudica a colheita dos agricultores da vizinhança.”


ID
2790790
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Trecho 1: Caso Cooke versus Forbes. Um dos processos na tecelagem de tapetes de fibra de cacau [Cooke] era imergi-lo em um líquido alvejante e, depois, pendurá-lo para secagem. Vapores de um produtor de sulfato de amônia [Forbes] tinham o efeito de transformar a cor brilhosa do tapete em uma cor escurecida e fosca.

(…) Uma ação foi ajuizada para impedir a manufatura de emitir tais vapores. Os advogados do réu argumentaram que, se o autor “não usasse um líquido alvejante específico, as fibras não seriam afetadas; que seu método de produção era atípico, contrário ao costume do comércio (…)”. O juiz explanou: “parece-me claro que uma pessoa tem o direito de, na sua propriedade, realizar um processo de manufatura em que se usa cloreto de estanho, ou qualquer outro tipo de corante metálico, e que seu vizinho não tem a liberdade para inundar o ambiente com gás que vai interferir na sua manufatura. Se isto pode ser imputado ao seu vizinho, então, compreendo eu, claramente ele terá o direito de vir aqui e pedir ajuda”.


Trecho 2: (…) Com efeito, as propostas de solução do problema da poluição causada pela fumaça, bem como de outros problemas similares, feitas por meio da tributação, se sustenta com dificuldades advindas dos problemas relativos ao cálculo, da diferença entre dano médio e dano marginal e das inter-relações entre os danos causados a diversas propriedades etc.


R. H. COASE. O problema do custo social. In: Journal of Law and Economics. 1960 (traduzido e adaptado).

Com referência ao que é apresentado nos trechos 1 e 2, julgue (C ou E) o item a seguir, acerca da análise de custo-benefício, com base na teoria dos tipos de mercados e de bens.


A solução para o problema apresentado no primeiro trecho, de acordo com o teorema de Coase, é a correta atribuição dos direitos de propriedade envolvidos no caso, desde que não haja custos de transação.

Alternativas
Comentários
  • Correta.

    Teorema de Coase. Correta atribuição dos direitos de propriedade pelo estado sem custos de transação = solução para as externalidades.

  • Para Coase (1960), a solução decorreria através de acordos entre as partes atingidas, não onerando de maneira arbitrária a produção ou consumo de nenhuma delas, mantendo o nível ótimo de bem-estar. A sustentação para estas ideias está atrelada a dois pilares principais: os custos de transação e a noção de direitos de propriedade, que permitiriam um controle das externalidades sem o uso de tributação. Para o sucesso de uma firma o valor de produção deve ser maior que o custo da transação, caso contrário causaria o fim de sua atividade. No caso da firma, o custo transação é somado aos custos administrativos para viabilizar a barganha, podendo resultar em altos custos de transação. Em suma, os custos de transação tratam-se das fricções do mundo real, causadas por assimetrias que impedem que negociações ocorram a custo zero ou a um valor muito baixo. Portanto, não concordo com o gabarito: CORRETO, caso algum colega entenda a colocação da banca, por favor aceito orientações.

  • Conforme o Teorema de Coase, no caso de externalidade negativa, com definição dos direitos de propriedade, independente dos resultados, e desde que haja a possibilidade de negociação entre as partes envolvidas, sem custos de transação, a negociação/barganha é o resultado eficiente. A grande contribuição desse Teorema é possibilitar aos agentes cuidarem de seus próprios interesses, decidindo sua situação ótima. Sendo assim, se o direito de propriedade estivesse bem definido, no caso Cooke versus Forbes - primeiro trecho, sem custos de transação, eles poderiam negociar e atingir a máxima eficiência.

    Gabarito: Correto.



  • Perfeito!

    Segundo Coase, na ausência de custos de transação, bastaria definir os direitos de propriedade, que os próprios envolvidos chegarão a uma solução ótima.

    No caso desta questão, bastaria que se definisse se há o direito ou não de emissão daquele gás, que, a partir disso, as empresas negociariam livremente até que chegassem numa situação ótima.

     

    Resposta: C

  • Wiki:

    Teorema de Coase é um resultado teórico do   (, ) em seu trabalho de 1960 "O Problema do Custo Social".

    O enunciado do teorema diz que se existem direitos de propriedade bem definidos (o que permite os agentes trocarem) e não existem , a solução de uma barganha é  independente da alocação inicial de recursos.

    Esse teorema implica que se agentes afetados por  puderem negociar (sem custos de transação) a partir de direitos de propriedade bem definidos (normalmente pelo Estado), poderão negociar e chegar a um acordo em que as perdas de bem-estar das externalidades serão internalizadas. Adicionalmente, considerando-se preferências quase-lineares, pode-se afirmar, com base nesse teorema, que a quantidade eficiente do bem causador da externalidade é independente da distribuição dos direitos de propriedade.

    GABARITO CERTO


ID
2790793
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Trecho 1: Caso Cooke versus Forbes. Um dos processos na tecelagem de tapetes de fibra de cacau [Cooke] era imergi-lo em um líquido alvejante e, depois, pendurá-lo para secagem. Vapores de um produtor de sulfato de amônia [Forbes] tinham o efeito de transformar a cor brilhosa do tapete em uma cor escurecida e fosca.

(…) Uma ação foi ajuizada para impedir a manufatura de emitir tais vapores. Os advogados do réu argumentaram que, se o autor “não usasse um líquido alvejante específico, as fibras não seriam afetadas; que seu método de produção era atípico, contrário ao costume do comércio (…)”. O juiz explanou: “parece-me claro que uma pessoa tem o direito de, na sua propriedade, realizar um processo de manufatura em que se usa cloreto de estanho, ou qualquer outro tipo de corante metálico, e que seu vizinho não tem a liberdade para inundar o ambiente com gás que vai interferir na sua manufatura. Se isto pode ser imputado ao seu vizinho, então, compreendo eu, claramente ele terá o direito de vir aqui e pedir ajuda”.


Trecho 2: (…) Com efeito, as propostas de solução do problema da poluição causada pela fumaça, bem como de outros problemas similares, feitas por meio da tributação, se sustenta com dificuldades advindas dos problemas relativos ao cálculo, da diferença entre dano médio e dano marginal e das inter-relações entre os danos causados a diversas propriedades etc.


R. H. COASE. O problema do custo social. In: Journal of Law and Economics. 1960 (traduzido e adaptado).

Com referência ao que é apresentado nos trechos 1 e 2, julgue (C ou E) o item a seguir, acerca da análise de custo-benefício, com base na teoria dos tipos de mercados e de bens.


O teorema de Coase permite inferir que, eliminados os custos de transação, seria possível Cooke vender para Forbes o seu direito a ter ar limpo, de modo que este pudesse emitir os vapores de sulfato de amônia.

Alternativas
Comentários
  • Os indivíduos ou empresas podem negociar alguma forma de compensação para a produção de externalidade. Nesse contexto, o Teorema de Coase afirma que os agentes econômicos são capazes de resolver os problemas das externalidades desde que não incorram em custos adicionais pela negociação e os direitos de propriedade estejam bem definidos.

  • Conforme o Teorema de Coase, no caso de externalidade negativa com definição dos direitos de propriedade, independentemente dos resultados e desde que haja a possibilidade de negociação entre as partes envolvidas, sem custos de transação, a negociação/barganha é o resultado eficiente. A grande contribuição desse Teorema é possibilitar aos agentes cuidarem de seus próprios interesses, decidindo sua situação ótima. Sendo assim, se o direito de propriedade estivesse bem definido, no caso Cooke versus Forbes - primeiro trecho, sem custos de transação, eles poderiam negociar e atingir a máxima eficiência.

    Gabarito: Correto.


  • contrato entre as partes - o teorema de coase, se for garantido o direito de propriedade e o custo de transação for nulo, o sistema de mercado pode solucionar a questão das externalidades.

    fonte: Giovanni Pacelli

  • É precisamente isso!

    Segundo o Teorema de Coase, bastaria que se definisse se a empresa Cooke tem ou não o direito de ter ar limpo em sua propriedade.

    Reconhecido este direito, então as empresas poderiam negociar até chegar numa situação ótima.

    Isso provavelmente envolveria a Cooke vender para a Forbes de seu direito a ter ar limpo. Nesta situação, a Forbes teria que pagar à Cooke para emitir determinado volume de vapores.

     

    Resposta: C

  • Teorema de Coase é a solução para externalidades privadas e ela só vale se preenchidos 2 requisitos: ausência de custos de transação e direitos de propriedade bem definidos. No texto 1, é claramente definido que as pessoas estão em suas respectivas propriedades, o que torna possível a aplicação do teorema.


ID
2790796
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Trecho 1: Caso Cooke versus Forbes. Um dos processos na tecelagem de tapetes de fibra de cacau [Cooke] era imergi-lo em um líquido alvejante e, depois, pendurá-lo para secagem. Vapores de um produtor de sulfato de amônia [Forbes] tinham o efeito de transformar a cor brilhosa do tapete em uma cor escurecida e fosca.

(…) Uma ação foi ajuizada para impedir a manufatura de emitir tais vapores. Os advogados do réu argumentaram que, se o autor “não usasse um líquido alvejante específico, as fibras não seriam afetadas; que seu método de produção era atípico, contrário ao costume do comércio (…)”. O juiz explanou: “parece-me claro que uma pessoa tem o direito de, na sua propriedade, realizar um processo de manufatura em que se usa cloreto de estanho, ou qualquer outro tipo de corante metálico, e que seu vizinho não tem a liberdade para inundar o ambiente com gás que vai interferir na sua manufatura. Se isto pode ser imputado ao seu vizinho, então, compreendo eu, claramente ele terá o direito de vir aqui e pedir ajuda”.


Trecho 2: (…) Com efeito, as propostas de solução do problema da poluição causada pela fumaça, bem como de outros problemas similares, feitas por meio da tributação, se sustenta com dificuldades advindas dos problemas relativos ao cálculo, da diferença entre dano médio e dano marginal e das inter-relações entre os danos causados a diversas propriedades etc.


R. H. COASE. O problema do custo social. In: Journal of Law and Economics. 1960 (traduzido e adaptado).

Com referência ao que é apresentado nos trechos 1 e 2, julgue (C ou E) o item a seguir, acerca da análise de custo-benefício, com base na teoria dos tipos de mercados e de bens.


No segundo trecho, faz-se referência ao tributo (ou imposto) Tobin.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    A teoria “q de Tobin” se faz no âmbito financeiro. Na verdade, mostra o ponto ideal que viabiliza os investimentos, frente ao custo de capital. Não há referência à dinâmica de externalidades ou custo benefício tratado na questão.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • IMPOSTO DE PIGOU - PRINCÍPIO DO POLUIDOR PAGADOR: visa fazer com que o agente causador da externalidade negativa internalize o custo social da poluição a que deu origem.

  • Para respondermos à questão, precisamos, inicialmente, conceituar o imposto Tobin, que constitui um imposto internacional uniforme, pagável sobre todas as transações à vista que envolvem a conversão de uma moeda em outra, tanto no mercado mobiliário interno quanto nos mercados cambiais, na teoria, desestimularia a especulação ao tornar mais cara a negociação da moeda. O volume dos fluxos desestabilizadores de capital de curto prazo diminuiria, levando a uma estabilidade maior da taxa de câmbio. Diversamente do que trata a questão, de imposto sobre a externalidade negativa gerada, quando existem dificuldades de mensuração.

    Fonte: O imposto Tobin e a estabilidade da taxa de câmbio. Publicado no site: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/fdesenvolvimento/article/viewFile/64056/62065.

    Gabarito: Errado.





  • Errado!

    Ele faz referência ao tributo (ou imposto) de PIGOU!

    O tributo ou imposto de Tobin está relacionado ao mercado financeiro internacional e seria uma proposta de taxação de capitais especulativos. É uma outra parada que não tem nada a ver com o que estamos tratando aqui: externalidades.

     

    Resposta: E

  • Parece que o professor Marcello Bolzan não sabia que a questão se referia ao PIGOU.

  • (ERRADO)

    Imposto de PIGOU

    Piorou, Pagou


ID
2790799
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A partir dos conceitos e das teorias usuais de concorrência perfeita, monopólio e oligopólio, julgue (C ou E) o item que se segue.


O serviço de fornecimento de água e saneamento em uma cidade não constitui monopólio natural, uma vez que a atuação exclusiva da empresa em sua área é definida por lei ou contrato de concessão.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    A existência de monopólio natural não está relacionada à existência ou não de contrato de exclusividade, mas sim, às condições que o mercado apresenta. O saneamento básico, apresenta custo marginal tendendo fortemente a zero, economias de escala em seu mercado, altos custos fixos na prestação de serviço e a necessidade de capturar todos os demandantes para que possa se estruturar. Por isso, é um monopólio natural.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • monopólio natural é uma situação de mercado em que os investimentos necessários são muitos elevados e os custos marginais são muito baixos. Caracterizados também por serem bens exclusivos e com muito pouca ou nenhuma rivalidade.

  • Segundo o livro Economia Micro e Macro, de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, o monopólio puro ou natural existe quando é devido à alta escala de produção, exigindo um elevado montante de investimentos. A empresa monopolista já está estabelecida em grandes dimensões e tem condições de operar com baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer o produto a um preço equivalente à firma monopolista. Em geral, associado a serviços de utilidade pública, como água e esgotos, energia elétrica etc., sendo assim o serviço de fornecimento de água e saneamento constituem monopólio natural, sem a necessidade de lei estabelecida ou contrato de concessão.

    Gabarito: Errado.


  • RESOLUÇÃO:

              Um monopólio natural é um tipo específico de monopólio, no qual temos custos fixos altos, economias de escala e custos marginais próximos de 0.

              O fornecimento de água e saneamento em uma cidade constitui exemplo clássico de monopólio natural, já que os custos fixos são pesadíssimos (o que exige altíssimo investimento inicial) e os custos marginais são muito baixos.

              Outro exemplo que poderia ter sido dado é o das companhias de energia elétrica. Geralmente, este monopólio é fornecido via lei ou contrato de concessão, mas isso não ocorre necessariamente.

              Vale ressaltar que o Estado pode instituir qualquer monopólio, seja ele natural (como o saneamento) ou não.           

              Portanto, dois erros aqui: o primeiro em dizer que o saneamento não é um monopólio natural. O segundo, em vincular a definição de monopólio natural à instituição por lei ou concessão (uma coisa não tem nada a ver com a outra). 

  • Jetro Coutinho e Paulo Ferreira | Direção Concursos

    09/12/2019 às 16:56

    RESOLUÇÃO:

              Um monopólio natural é um tipo específico de monopólio, no qual temos custos fixos altos, economias de escala e custos marginais próximos de 0.

              O fornecimento de água e saneamento em uma cidade constitui exemplo clássico de monopólio natural, já que os custos fixos são pesadíssimos (o que exige altíssimo investimento inicial) e os custos marginais são muito baixos.

              Outro exemplo que poderia ter sido dado é o das companhias de energia elétrica. Geralmente, este monopólio é fornecido via lei ou contrato de concessão, mas isso não ocorre necessariamente.

              Vale ressaltar que o Estado pode instituir qualquer monopólio, seja ele natural (como o saneamento) ou não.          

              Portanto, dois erros aqui: o primeiro em dizer que o saneamento não é um monopólio natural. O segundo, em vincular a definição de monopólio natural à instituição por lei ou concessão (uma coisa não tem nada a ver com a outra). 


ID
2790802
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A partir dos conceitos e das teorias usuais de concorrência perfeita, monopólio e oligopólio, julgue (C ou E) o item que se segue.


Órgãos de defesa da concorrência veem de forma positiva a prática costumeira de venda de produtos a preços abaixo do custo de produção sob um mercado oligopolista, pois isso favorece os consumidores e a competição entre as empresas do setor.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    A prática de preços abaixo do custo, em qualquer mercado, é vista como grave desequilíbrio e altera consideravelmente o bem-estar em um setor. Ao se praticar preços menores do que o custo há o impedimento à entrada de novos ofertantes, reforçando a dinâmica oligopólica. Portanto, não privilegia os ofertantes, reduz o bem-estar para todos e concentra fortemente as ações do mercado em poucas mãos.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Preço predatório é uma conduta que se verifica quando uma firma reduz o preço e venda de seu produto abaixo do seu custos, incorrendo em perdas no curto prazo, objetivando eliminar rivais do mercado ou criar barreiras à entrada de possíveis competidores para, posteriormente, quando os rivais saírem do mercado, elevar os preços novamente, obtendo, assim, ganhos no longo prazo. 

    Essa prática é proibida pelos órgãos de defesa da concorrência.

    Gab: Errado

  • A questão descreve a prática do dumping, na qual uma empresa ou país vende abaixo dos custos de produção, com o objetivo de ganhar mercado, eliminar a concorrência e conquistar maior fatia de mercado. Tal postura é combatida pelos órgãos de defesa da concorrência, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade, que tem como objetivo zelar pela concorrência.

    Gabarito: Errado.


  • ERRADO. Essa prática é atentatória à ordem econômica, e, por isso, é coibida por instituição como o CADE. Um bom exemplo é o dumping, combatido pelos órgãos da OMC. 

  • Errado!

              O oligopolista não vende abaixo do custo de produção porque está pensando no consumidor.

              O que ele está fazendo é tentar puxar para si toda a demanda de curto prazo ainda que incorre em prejuízos com o objetivo de “quebrar” a concorrência.

              Essa prática se chama preços predatórios, ou dumping e é coibida pelos órgãos de defesa da concorrência.

    Resposta: E

  • Produzo um celular por 10 reais, mas vendo ele pra vc por 8.

    Tbm chamada de preço predatório, essa prática atenta contra a concorrência justa, pois busca quebrar as outras empresas de forma desleal, afinal de contas eu estou tendo prejuízos só para q os outros empresários fechem as portas. Acontecendo isso, eu serei o único do ramo e poderei vender meu celular, q produzo por 8 reais, a 800 reais, por exemplo

  • Errado

    Basicamente é o que a Amazon fez quando entrou no Brasil. Há outros motivos, claro, mas contribuiu para a quebra das redes Saraiva, Fnac e Cultura

  • Jetro Coutinho e Paulo Ferreira | Direção Concursos

    09/12/2019 às 16:39

    Errado!

              O oligopolista não vende abaixo do custo de produção porque está pensando no consumidor.

              O que ele está fazendo é tentar puxar para si toda a demanda de curto prazo ainda que incorre em prejuízos com o objetivo de “quebrar” a concorrência.

              Essa prática se chama preços predatórios, ou dumping e é coibida pelos órgãos de defesa da concorrência.

    Resposta: E


ID
2790805
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A partir dos conceitos e das teorias usuais de concorrência perfeita, monopólio e oligopólio, julgue (C ou E) o item que se segue. 


A consequência direta dos pressupostos de produto homogêneo, informação completa e livre entrada e saída de agentes pequenos e numerosos em um mercado de concorrência perfeita é um único preço de equilíbrio por todo o mercado do produto em questão, a menos que haja choques que possam produzir abalos temporários.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Os pressupostos de mercado perfeito (livre trânsito, homogeneidade, simetria de informação e alta rivalidade) produzem efeitos de concorrência intensa e isso faz com que um único agente não possa alterar o preço. Portanto, o preço seria único para todos no mercado. Porém, caso exista um choque no sistema – uma variação climática que afete a produção de cebolas por exemplo – o preço seria modificado para todos os agentes no mercado.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Segundo o livro Economia Micro e Macro, de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, são hipóteses do mercado de concorrência perfeita:

    a) hipótese da atomicidade (mercado atomizado): é um mercado com infinitos vendedores e compradores (como “átomos"), de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço de mercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas e consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de preços dados pelo mercado);

    b) hipótese da homogeneidade (produto homogêneo): todas as firmas oferecem um produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de embalagem e de qualidade nesse mercado;

    c) hipótese da mobilidade de firmas (livre entrada e saída de firmas e compradores no mercado): mercado sem barreiras à entrada e saída, tanto de compradores, como de vendedores;

    d) hipótese da racionalidade: os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem racionalmente (é o chamado Princípio da Racionalidade ou Homo Economicus);

    e) transparência de mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, a qualidade, os custos, as receitas e os lucros dos concorrentes;

    f) hipótese da mobilidade de bens (não existem custos de transporte): existe completa mobilidade de produtos entre regiões, ou seja, não existem custos de transporte;

    g) inexistência de externalidades: como vimos anteriormente, externalidades (ou economias externas) representam influências de fatores externos nos custos das firmas e na satisfação dos consumidores. No modelo de concorrência perfeita, supõe-se que não existam externalidades, ou seja, nenhuma firma influi no custo das demais e nenhum consumidor afeta o consumo dos demais.

    Exatamente o exposto na questão.

    Gabarito: Correto.


  • Reparemos que os pressupostos citados são aqueles que formam um mercado de concorrência perfeita.

       E em concorrência perfeita, à exceção de abalos temporários, as firmas são todas tomadoras de preço, já que as empresas são pequenas o suficiente para não terem qualquer poder de mercado (não conseguem impactar o preço individualmente).

       Além disso, o fato de os produtos serem homogêneos e as informações serem completas faz com que os consumidores deixam completamente o consumo daquele vendedor que aumentar minimamente o preço acima dos concorrentes.

    Resposta: C

  • Reparemos que os pressupostos citados são aqueles que formam um mercado de concorrência perfeita.

    E em concorrência perfeita, à exceção de abalos temporários, as firmas são todas tomadoras de preço, já que as empresas são pequenas o suficiente para não terem qualquer poder de mercado (não conseguem impactar o preço individualmente).

    Além disso, o fato de os produtos serem homogêneos e as informações serem completas faz com que os consumidores deixam completamente o consumo daquele vendedor que aumentar minimamente o preço acima dos concorrentes.

    Resposta: C

  • GAB: CERTO

    Complementando!

    Fonte: Questões do QC / Celso Natale - Estratégia

    # Mercado em concorrência perfeita é chamado de mercado competitivo, e as empresas que atuam nesse mercado são chamadas empresas competitivas

    1 Características: 

    1.1 - Demanda da firma é infinitamente elástica (HORIZONTAL)

    1.2 - Tanto os consumidores quanto as firmas são tomadores de preços.

    Q116801 ⇒ Em uma economia competitiva, todos os consumidores e produtores agem como tomadores de preços e, portanto, suas respectivas funções de demanda e de oferta são infinitamente elásticas.(CERTO)

    Q994513 ⇒ Na concorrência perfeita, a demanda individual da firma é horizontal. (CERTO)

    1.3 - Homogeneidade dos produtos

    Q994512 ⇒ Os bens são homogêneos na concorrência monopolística.(ERRADO)

    1.4 - Liberdade  de entrada e saída

    Q917721 ⇒ Quando o mercado é perfeitamente competitivo, as firmas oferecem um produto homogêneo, são tomadoras de preço no mercado, defrontam-se com demandas perfeitamente elásticas e têm total liberdade para entrar ou sair desse mercado.(CERTO)

    OBS.: Essas características são suficientes para a classificação de um mercado em concorrência perfeita? NÃO! 

    Q460217 ⇒ Em determinado mercado, a existência de grande número de compradores e vendedores, a homogeneidade dos produtos e a existência de informação completa acerca do preço do produto são requisitos insuficientes para a classificação desse mercado como de concorrência perfeita.(CERTO)

    # Consequência de um mercado de concorrência perfeita: ÚNICO PREÇO DE EQUILÍBRIO

    Q930266 ⇒ A consequência direta dos pressupostos de produto homogêneo, informação completa e livre entrada e saída de agentes pequenos e numerosos em um mercado de concorrência perfeita é um único preço de equilíbrio por todo o mercado do produto em questão, a menos que haja choques que possam produzir abalos temporários. (CERTO)

    OBS.: Receita total é linear - Isso decorre do fato de que a firma não consegue influenciar o preço, mas pode aumentar sua quantidade. Como a receita marginal é sempre igual ao preço, a receita total aumenta linearmente.

    Q751398 ⇒ O preço é independente da quantidade de bens produzida por uma empresa e a receita total é linear.(CERTO)

  • Certo

    Vejamos um exemplo simples com mercado de café

    A consequência direta dos pressupostos de produto homogêneo (há pequenas diferenças na qualidade, mas, em geral, café é café)

    informação completa - informações claras e fartas sobre preços das sacas, custos presentes e futuros

    e livre entrada e saída de agentes pequenos e numerosos - quem quiser planta café e só comprar um sítio, fazendo e plantar

    em um mercado de concorrência perfeita é um único preço de equilíbrio por todo o mercado do produto em questão - P de equilíbrio é dado pelo mercado, em março de 2021 está +- R$985 a saca

    , a menos que haja choques que possam produzir abalos temporários: crise de 29 fez preço do café cair a 1/3 do valor

  • Jetro Coutinho e Paulo Ferreira | Direção Concursos

    11/12/2019 às 00:40

    Reparemos que os pressupostos citados são aqueles que formam um mercado de concorrência perfeita.

       E em concorrência perfeita, à exceção de abalos temporários, as firmas são todas tomadoras de preço, já que as empresas são pequenas o suficiente para não terem qualquer poder de mercado (não conseguem impactar o preço individualmente).

       Além disso, o fato de os produtos serem homogêneos e as informações serem completas faz com que os consumidores deixam completamente o consumo daquele vendedor que aumentar minimamente o preço acima dos concorrentes.

    Resposta: C


ID
2790808
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A partir dos conceitos e das teorias usuais de concorrência perfeita, monopólio e oligopólio, julgue (C ou E) o item que se segue. 


Um mercado com apenas dois ofertantes que seja contestável com base nos pressupostos de Baumol tem, apesar do pequeno número e grande tamanho das firmas, eficiência e preço de equilíbrio iguais aos do mercado sob concorrência perfeita.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Um mercado contestável é aquele em que há concentração de ofertantes (oligopólio e monopólio), mas no qual há uma grande e real ameaça externa. Nesse caso, é possível que os custos e os preços tendam ao patamar de mercado perfeito, sem que haja desestabilização do mercado concentrado. Em outras palavras, é um tipo de monopólio ou oligopólio que tende ao preço e custo de equilíbrio perfeito, mas não deixa de ser oligopolizado ou monopolizado. Inclusive, esse é um tipo de monopólio que pode atingir ótimo de Pareto. Lembre-se, apenas por conta de uma ameaça externa.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • A grande contribuição da teoria dos mercados contestáveis é a generalização dos resultados da concorrência perfeita para estruturas concentradas, quando da ausência de "custos irrecuperáveis" para entrada ou saída de um mercado. 

    Custos irrecuperáveis - sunk costs - por ocasião da saída do mercado - se existem custos sunk, os mercados não são contestáveis

  • CERTO

    Teoria usada em desregulamentação e nos movimentos de privatizações;

    Pequeno número de competidores pode não levar ao resultado do monopólio se entrada e saída são livres;

    Tais mercados podem ser desregulamentados;

    Quanto mais a entrada envolver sunk costs (custos irrecuperáveis caso o produtor queira sair do mercado), mais poder de mercado tem a estabelecida: estes mercados devem continuar regulamentados.

    Principal resultado: Estruturas concentradas, com poucas firmas ou mesmo uma só, podem ser muito competitivas quando não existem barreiras à entrada e à saída de novas firmas no mercado

    A competição potencial exercida pelos rivais que possam vir a entrar no mercado exerce papel determinante na conduta dos agentes

    Mercado é dito contestável se as firmas estabelecidas são vulneráveis à entrada do tipo hit and run.

  • Correto!

       Não vale a pena nos aprofundarmos nisso porque cai bem pouco em concursos.

       Apenas grave que um mercado contestável (teoria da Baumol) é aquele em que as firmas, mesmo que poucas e grandes, se comportam como se estivessem em concorrência perfeita.

       Portanto, se essas firmas agem como se estivessem em concorrência perfeita, então elas praticam preço igual a custo marginal, de forma que há eficiência no mercado.

    Resposta: C

  • Certo

    Oligopólios "diferentões":

    A. Competição no oligopólio por quantidade e preço

    A. 1 Oligopólio (ou monopólio) de Baumol: traz a ideia de mercado disputado, ou seja, não há barreira de entrada e há sempre um possível concorrente à espreita. Preços e quantidades convergem para concorrência perfeita em função desse competidor potencial

    Por exemplo: entrada de Nubank e fintechs têm transformado o mercado bancário no Brasil, deixando-o mais competitivo. 

    B. Competição no oligopólio por quantidade

    B.1 Duopólio SIMÉTRICO de Cournot: Firmas têm mesmo poder e produtos homogêneos. Decidem sua quantidade de forma simultânea e há menos incentivo para mudar Q depois (porque pode gerar uma guerra de preços pelo aumento de Q)

    B.2 Duopólio ASSIMÉTRICO de Stackelberg: A empresa dominante decide sua Q antes e as demais precisam tomar suas decisões com base na Q dada da empresa dominante.

    Exemplo: mercado de commodities, tipo petróleo. Aconteceu isso na crise de queda do P do petróleo em 2020. A Arábia Saudita, que extrai o petróleo mais barato, aumento sua Q para tentar ganhar mais e estrangular produtores do petróleo de xisto com o preço baixo

    C. Competição pelo preço

    C.1. Bertrand: competição pelo preço, converge para concorrência perfeita, P = CMG=RMG

  • Jetro Coutinho e Paulo Ferreira | Direção Concursos

    02/04/2020 às 16:03

    Correto!

       Não vale a pena nos aprofundarmos nisso porque cai bem pouco em concursos.

       Apenas grave que um mercado contestável (teoria da Baumol) é aquele em que as firmas, mesmo que poucas e grandes, se comportam como se estivessem em concorrência perfeita.

       Portanto, se essas firmas agem como se estivessem em concorrência perfeita, então elas praticam preço igual a custo marginal, de forma que há eficiência no mercado.

    Resposta: C


ID
2790811
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

 Com a inflação piorando mês a mês, o presidente lançou, no fim de 1962, um plano preparado por Celso Furtado, ministro extraordinário para assuntos de desenvolvimento econômico. O objetivo era conciliar crescimento com reformas sociais e combate à inflação. Segundo Furtado, o desafio era demonstrar, “contra a ortodoxia dos monetaristas, esposada e imposta pelo FMI, que era possível conduzir a economia com relativa estabilidade sem impor-lhe a purga recessiva”. (…)

   [O plano] adotava a visão estruturalista da CEPAL. Enfatizava a substituição de importações como meio de ampliar o processo de industrialização. Furtado acreditava que a crise econômica derivava do modelo de desenvolvimento, mas a solução não estaria no abandono, e sim no “aprofundamento do modelo, ou seja, com a ampliação do mercado interno, através da reforma agrária e de outras políticas voltadas à redistribuição de renda”

M. da Nóbrega. O futuro chegou. São Paulo: Globo, 2005, p. 265 (com adaptações)


Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o item subsecutivo, acerca da história da economia brasileira no período de 1962 a 1967.


Com o lema de fazer avançar a economia 50 anos em 5, o plano descrito no texto foi preparado para ser adotado em um período de cinco anos, a exemplo dos planos quinquenais da União Soviética

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    O texto se refere ao Plano Trienal de Celso Furtado, durante o governo de João Goulart, e não ao Plano de Metas de JK.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Falou em crescer 50 anos em 5 lembrar do JK e do Plano de Metas.

  • O preâmbulo da questão trata de outro Plano Econômico, O Plano Trienal, conforme podemos observar no livro de Economia Brasileira Contemporânea, de Fabio Giambiagi, a decisão de lançar o Plano Trienal teve como pano de fundo a queda da taxa de crescimento da economia em 1962 (para 6,6%, contra 8,6% em 1961), bem como o agravamento do quadro inflacionário (com a inflação, medida pelo IGP, atingindo 6,3%, ou mais de 100% anualizados, em dezembro de 1962). Lançado oficialmente em 30 de dezembro de 1962, seu objetivo mais geral era conciliar crescimento econômico com reformas sociais e o combate à inflação. Nas palavras de Furtado, o Plano Trienal era um desafio, que visava demonstrar “(...) contra a ortodoxia dos monetaristas, esposada e imposta pelo FMI, que era possível conduzir a economia com relativa estabilidade sem impor-lhe a purga recessiva".

    Enquanto o comando da questão trata do Plano de Metas, segundo o livro de Economia Brasileira, de Antônio Corrêa Lacerda, o planejamento estatal começou a ser utilizado amplamente na União Soviética, com o primeiro plano quinquenal de 1929, no momento em que praticamente toda a economia mundial começava a enfrentar os duros anos da Grande Depressão. De 1929 a 1940, enquanto as economias capitalistas sofriam os traumas da Depressão, a participação da produção industrial soviética aumentou de 5%, no total mundial em 1929, para 18%, em 19381. Esses resultados impressionaram políticos e técnicos de vários países e, rapidamente, os termos “plano" e “planejamento" passaram a frequentar os debates mesmo nas economias capitalistas, que não eram centralmente planejadas. Posteriormente, com a divulgação da macroeconomia keynesiana e com a evolução dos modelos de crescimento, típicos da ideologia desenvolvimentista, o planejamento estatal passou a ser uma técnica utilizada intensamente em todo o mundo. Alguns autores, como Galbraith, apontariam, ainda, a crescente importância do planejamento empresarial nas grandes corporações privadas, confirmando a utilidade dessa ferramenta.

    Já no Brasil, essa atividade de planejamento iniciou-se entre 1951 e 1953, ainda no governo Vargas, quando foi constituída a Comissão Mista Brasil—Estados Unidos (CMBEU), com o objetivo de elaborar projetos que seriam financiados pelo Banco de Exportação e Importação dos Estados Unidos (Eximbank) e pelo Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). Posteriormente, em 1953, foi constituído o Grupo Misto BNDE-Cepal que, sem sombra de dúvidas, constituiu a base do Plano de Metas. O trabalho do Grupo Misto seria o de fazer um levantamento exaustivo dos principais pontos de estrangulamento da economia brasileira — sobretudo os setores de transporte, energia e alimentação —, além de identificar áreas industriais com demanda reprimida, que não poderia ser satisfeita com importações dada a escassez estrutural de divisas na economia brasileira. Com base nesse diagnóstico, caberia às comissões propor projetos e planos específicos para a superação dos pontos de estrangulamento, considerando as repercussões e as necessidades criadas pela introdução de novos ramos industriais, como a indústria automobilística.

    O Plano de Metas proposto por JK para o período 1956-1960 continha um conjunto de 31 metas, incluída a meta-síntese: a construção de Brasília. Tratava-se de um ambicioso conjunto de objetivos setoriais que, segundo Lessa, “(…) constituiu a mais sólida decisão consciente em prol da industrialização na história econômica do país (…) e conferia prioridade absoluta à construção dos estágios superiores da pirâmide industrial verticalmente integrada e do capital social básico de apoio a esta estrutura. Daria continuidade ao processo de substituição de importações que se vinha desenrolando nos dois decênios anteriores".

    Consequentemente, como o preâmbulo da questão trata do Plano Trienal e o comando da questão trata do Plano de Metas, usando como referência o plano descrito no texto, a alternativa está errada.

    Gabarito: Errado.


  • RESOLUÇÃO:

    Errado!

    O texto descreve o Plano Trienal, chefiado por Celso Furtado no Governo de João Goulart.

    Era o Plano de Metas, do governo JK, que buscava fazer o Brasil crescer 50 anos em 5. Ele se deu na década

    anterior.

    Resposta: E


ID
2790814
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

 Com a inflação piorando mês a mês, o presidente lançou, no fim de 1962, um plano preparado por Celso Furtado, ministro extraordinário para assuntos de desenvolvimento econômico. O objetivo era conciliar crescimento com reformas sociais e combate à inflação. Segundo Furtado, o desafio era demonstrar, “contra a ortodoxia dos monetaristas, esposada e imposta pelo FMI, que era possível conduzir a economia com relativa estabilidade sem impor-lhe a purga recessiva”. (…)

   [O plano] adotava a visão estruturalista da CEPAL. Enfatizava a substituição de importações como meio de ampliar o processo de industrialização. Furtado acreditava que a crise econômica derivava do modelo de desenvolvimento, mas a solução não estaria no abandono, e sim no “aprofundamento do modelo, ou seja, com a ampliação do mercado interno, através da reforma agrária e de outras políticas voltadas à redistribuição de renda”

M. da Nóbrega. O futuro chegou. São Paulo: Globo, 2005, p. 265 (com adaptações)


Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o item subsecutivo, acerca da história da economia brasileira no período de 1962 a 1967.


Entre as reformas políticas e econômicas adotadas para viabilizar o sucesso do plano, destacam-se a criação do Conselho Monetário Nacional e a do Banco Central, em substituição à SUMOC na função de normatizar e regular o sistema financeiro e executar a política monetária do governo federal.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    O Conselho Monetário Nacional foi criado no mesmo dia em que o BACEN, durante o PAEG em 31 de dezembro de 1964. Portanto, não faz parte do Plano Trienal. É preciso atentar aos papéis desses organismos. O CMN é uma estrutura normativa ao passo que o Bacen é um organismo executor e fiscalizatório da política monetária e do sistema financeiro nacional.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Errada.

    Tanto o CMN quanto o Bacen foram criados no PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo - governo do Castelo Branco) e não no plano trienal do João Goulart.

  • O preâmbulo da questão trata de outro Plano Econômico, o Plano Trienal, conforme podemos observar no livro de Economia Brasileira Contemporânea, de Fabio Giambiagi, a decisão de lançar o Plano Trienal teve como pano de fundo a queda da taxa de crescimento da economia em 1962 (para 6,6%, contra 8,6% em 1961), bem como o agravamento do quadro inflacionário (com a inflação, medida pelo IGP, atingindo 6,3%, ou mais de 100% anualizados, em dezembro de 1962). Lançado oficialmente em 30 de dezembro de 1962, seu objetivo mais geral era conciliar crescimento econômico com reformas sociais e o combate à inflação. Nas palavras de Furtado, o Plano Trienal era um desafio, que visava demonstrar “(...) contra a ortodoxia dos monetaristas, esposada e imposta pelo FMI, que era possível conduzir a economia com relativa estabilidade sem impor-lhe a purga recessiva".

    Enquanto o comando da questão trata das reformas estruturais — do sistema financeiro, da estrutura tributária e do mercado de trabalho, nos anos 1964-67, que criou o Conselho Monetário Nacional (CMN), em substituição à Superintendência da Moeda e do Crédito - Sumoc, com função normativa e reguladora do sistema financeiro e o Banco Central do Brasil (Bacen), como executor das políticas monetária e financeira do governo, em 1964.

    Gabarito: Errado.


  • RESOLUÇÃO:

    Errado!

    Vimos que o texto da questão faz referência ao Plano Trienal, elaborado por Celso Furtado no governo João

    Goulart.

    Ocorre que as grandes reformas no sistema financeiro da época acontecerem um pouco depois, sob outro

    governo e outro plano econômico.

    As criações do Conselho Monetário Nacional e a do Banco Central se deram em 1964, já no primeiro governo

    do Regime Militar, o de Castello Branco.

    Resposta: E


ID
2790817
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

 Com a inflação piorando mês a mês, o presidente lançou, no fim de 1962, um plano preparado por Celso Furtado, ministro extraordinário para assuntos de desenvolvimento econômico. O objetivo era conciliar crescimento com reformas sociais e combate à inflação. Segundo Furtado, o desafio era demonstrar, “contra a ortodoxia dos monetaristas, esposada e imposta pelo FMI, que era possível conduzir a economia com relativa estabilidade sem impor-lhe a purga recessiva”. (…)

   [O plano] adotava a visão estruturalista da CEPAL. Enfatizava a substituição de importações como meio de ampliar o processo de industrialização. Furtado acreditava que a crise econômica derivava do modelo de desenvolvimento, mas a solução não estaria no abandono, e sim no “aprofundamento do modelo, ou seja, com a ampliação do mercado interno, através da reforma agrária e de outras políticas voltadas à redistribuição de renda”

M. da Nóbrega. O futuro chegou. São Paulo: Globo, 2005, p. 265 (com adaptações)


Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o item subsecutivo, acerca da história da economia brasileira no período de 1962 a 1967.


As reformas enumeradas na parte final do texto foram anunciadas pelo presidente, à época, como reformas de base.


Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    As reformas foram anunciadas por João Goulart como parte de um amplo discurso de governo realizado na Central do Brasil, no Rio de Janeiro. A questão não está bem construída, porque é bastante ampla. Os discursos trataram de inúmeros temas dentre eles as reformas de bases econômica e social e da reforma agrária. Foi despertada forte oposição ao governo de Jango na ocasião.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Segundo o livro Economia Brasileira Contemporânea, de Fabio Giambiagi, ao clamor pela aceleração das “reformas de base" (agrária, universitária, do capital estrangeiro) prometidas por Goulart, vindo da esquerda, os setores conservadores reagiam com manifestações de massa, como a Marcha pela Família com Deus pela Liberdade, que reuniu centenas de milhares de pessoas em São Paulo, em sua maioria, de classe média.

    Os objetivos específicos do Plano Trienal eram: (1) garantir taxa de crescimento do PIB de 7% a.a., próximo à média dos anos anteriores; (2) reduzir a taxa de inflação para 25% em 1963, visando alcançar 10% em 1965; (3) garantir um crescimento real dos salários à mesma taxa do aumento da produtividade; (4) realizar a reforma agrária como solução não só para a crise social como para elevar o consumo de diversos ramos industriais; e (5) renegociar a dívida externa para diminuir a pressão de seu serviço sobre o balanço de pagamentos.

    Sendo assim, as reformas enumeradas na parte final do texto, reforma agrária e de outras políticas voltadas à redistribuição de renda, foram anunciadas pelo então presidente João Goulart como reformas de base, definidas no Plano Trienal.

    Gabarito: Correto.


  • RESOLUÇÃO:

    Correto!

    Isso porque as medidas do Plano Trienal visavam atacar problemas estruturais da economia brasileira

    diagnosticas pelo trabalho da CEPAL e sua teoria estruturalista.

    Entre essas medidas, estavam a reforma agrária e um mais forte ataque à concentração de renda.

    João Goulart era um presidente mais à esquerda do espectro político e as chamadas reformas de base

    consistiam basicamente em reformas agrária, universitária e do capital estrangeiro, com objetivos claros de

    distribuição de terra e renda.

    Resposta: E


ID
2790820
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

 Com a inflação piorando mês a mês, o presidente lançou, no fim de 1962, um plano preparado por Celso Furtado, ministro extraordinário para assuntos de desenvolvimento econômico. O objetivo era conciliar crescimento com reformas sociais e combate à inflação. Segundo Furtado, o desafio era demonstrar, “contra a ortodoxia dos monetaristas, esposada e imposta pelo FMI, que era possível conduzir a economia com relativa estabilidade sem impor-lhe a purga recessiva”. (…)

   [O plano] adotava a visão estruturalista da CEPAL. Enfatizava a substituição de importações como meio de ampliar o processo de industrialização. Furtado acreditava que a crise econômica derivava do modelo de desenvolvimento, mas a solução não estaria no abandono, e sim no “aprofundamento do modelo, ou seja, com a ampliação do mercado interno, através da reforma agrária e de outras políticas voltadas à redistribuição de renda”

M. da Nóbrega. O futuro chegou. São Paulo: Globo, 2005, p. 265 (com adaptações)


Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o item subsecutivo, acerca da história da economia brasileira no período de 1962 a 1967.


Para controlar a inflação, que atingia o equivalente a 100% ao ano já no final de 1962, o plano em questão incluía o congelamento dos preços de bens de consumo durante um ano.


Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    O combate à inflação, durante o plano Trienal, não contou com congelamentos de preços. O diagnóstico realizado pela equipe foi de inflação tradicional, ou seja, de demanda. Para estabilizar preços contrações de demanda foram adotadas ao mesmo tempo que que se buscava o aprofundamento do PSI para aumento da oferta e reativação da capacidade ociosa existente desde o Plano de Metas. O objetivo era estancar a demanda no patamar em que estava e fazer a oferta crescer, motivando uma estabilização com crescimento econômico.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • ERRADO

    "A fim de conter a escalada dos preços, propunha-se um conjunto de medidas comumente presentes em planos de estabilização de cunho ortodoxo, a saber: a correção de preços públicos defasados, o realismo cambial, corte de despesas, controle da expansão do crédito ao setor privado e aumento compulsório sobre depósitos à vista". (Economia Brasileira Contemporânea, GIAMBIAGI, 1945-2010, p.42)

  • Errada.

    O Plano Trienal não trouxe congelamento de preços. Ele previa até algumas medidas de controle de crédito, de aumento de compulsório, de alguma contenção de demanda, etc., mas não de congelamento de preços.

    Comentário do Professor Daniel Sousa

  • Segundo o livro Economia Brasileira Contemporânea, a decisão de lançar o Plano Trienal teve como pano de fundo a queda da taxa de crescimento da economia em 1962 (para 6,6%, contra 8,6% em 1961), bem como o agravamento do quadro inflacionário (com a inflação, medida pelo IGP, atingindo 6,3%, ou mais de 100% anualizados, em dezembro de 1962). Lançado oficialmente em 30 de dezembro de 1962, seu objetivo mais geral era conciliar crescimento econômico com reformas sociais e o combate à inflação. Nas palavras de Furtado, o Plano Trienal era um desafio, que visava demonstrar “(...) contra a ortodoxia dos monetaristas, esposada e imposta pelo FMI, que era possível conduzir a economia com relativa estabilidade sem impor-lhe a purga recessiva".

    Diante disso, podemos afirmar que a primeira parte da questão está correta, para controlar a inflação, que atingia o equivalente a 100% ao ano já no final de 1962, todavia o plano em questão NÃO incluía o congelamento dos preços de bens de consumo durante um ano, como exemplo de plano de congelamento de preços, podemos citar o Plano Cruzado, os preços de todos os produtos ficavam congelados, a partir de 28 de fevereiro. Para o controle do congelamento, foi criada a “Tabela da Sunab" (Superintendência Nacional de Abastecimento e Preços), que consistia numa lista de preços a ser respeitada — sob a vigilância da população, designada “fiscal do presidente". As instituições que não respeitassem o tabelamento de preços seriam multadas, através de denúncia pública, como “crime contra a economia popular".

    Fonte: Economia Brasileira Contemporânea, de Fabio Giambiagi.

    Gabarito: Errado.


  • Não havia previsão de congelamento de preços no Plano Trienal.

    Lançado em 30 de dezembro de 1962 (ainda regime parlamentarista) e liderado pelo Min. do Planejamento Celso Furtado, o plano identificava a inflação como de demanda (diagnóstico ortodoxo) e enumerava objetivos de:

    1) manter uma elevada taxa de crescimento do produto; (meta 7%)

    2) reduzir de forma gradual o processo inflacionário -> gradualismo

    3) reduzir o elevado custo social, característico do desenvolvimento brasileiro, melhorando a distribuição de seus benefícios;

    4) intensificar a ação do governo nos campos da educação, pesquisa, tecnologia e saúde pública;

    5) reduzir as desigualdades regionais;

    6) eliminar progressivamente os “entraves institucionais” à continuidade do desenvolvimento (dentre esses “entraves” destacava-se a estrutura agrária); -> ponto mais polêmico, valendo o rompimento oficial do PSD com o governo em 10 de março de 1964, o que permitiu o golpe em 31 de março.

    7) refinanciar a dívida externa; -> não conseguiu

    8) assegurar ao governo uma unidade de comando crescente dentro de sua própria esfera de ação.


ID
2790823
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O Banco Central do Brasil (BCB) teve um longo processo de maturação até a sua criação. Mesmo antes do início do século XX, já se tinha a consciência, no Brasil, da necessidade de se criar um “banco dos bancos” com poderes de emitir papel-moeda com exclusividade, além de exercer o papel de banqueiro do Estado.

História do BC. Banco Central do Brasil
Internet: <www.bcb.gov.br> (com adaptações)

A partir do fragmento de texto precedente, que enumera algumas funções de um banco central, julgue (C ou E) o item a seguir, acerca das funções típicas dos bancos centrais e, em particular, do BCB. 

As funções precípuas do BCB incluem a de banqueiro do governo, que está relacionada, em suas origens, ao direito de emissão do dinheiro brasileiro. Atualmente o BCB ainda é o principal banqueiro do governo, porque detém suas contas mais importantes, participa ativamente do manejo do seu fluxo de fundos e é o depositário e administrador das reservas internacionais do país.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    A questão está terrivelmente mal elaborada. Acaba por confundir a análise do candidato, uma vez que mescla funções do Bacen. Via de regra não há nenhuma incompatibilidade no que foi falado. Realmente, o BC é o banco do governo e o depositário das reservas internacionais.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Segundo o site do Banco do Brasil, o Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, com atribuições predominantemente na vertente macroeconômica, responsabilizando-se pelas políticas monetária e cambial do País.

    Para cumprir sua missão, o Bacen acumula as seguintes funções:

    -formulação, execução e acompanhamento da política monetária;
    -controle das operações de crédito em todas as formas, no âmbito do sistema financeiro;
    -organização, disciplinamento e fiscalização do Sistema Financeiro Nacional, do Sistema de pagamentos Brasileiro e do Sistema Nacional de Habitação e ordenamento do mercado financeiro;
    -emissão de papel-moeda e de moeda metálica e execução dos serviços do meio circulante.
    -formulação, execução e acompanhamento da política cambial e de relações financeiras com o exterior;
    Nesta última função, que possui mais aderência ao comércio exterior, o Banco Central atua na regulação do mercado de câmbio, com a busca constante do equilíbrio do balanço de pagamentos, a administração das reservas cambiais do País e o controle dos movimentos de capitais.

    Gabarito: Correto.


  • Correto!

    O BC foi e ainda é o banqueiro do governo.

    É ele, BC, que emite o real

    Além disso, o dinheiro do Governo fica depositado no Banco Central (conforme art. 164, §4º, que vimos na aula). Adicionalmente, é no BC que ficam as reservas internacionais, pois o Bacen também executa política cambial além da política monetária. 

    Quanto às reservas internacionais, as prerrogativas estão bem claras na lei de criação do Banco Central, a 4595/1964, que trazemos aqui por curiosidade:

    Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do Brasil:

    VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais de Saque e fazer com estas últimas todas e quaisquer operações previstas no Convênio Constitutivo do Fundo Monetário Internacional;

    Resposta: C

  • Eles metem um "ainda" para fazer o candidato suar.

    Nothing is true, everything is permitted.

  • "No Brasil, o Bacen não recebe depósito do governo. Esta função é executada por bancos públicos". (MILTONS, Michelle. Macroeconomia. Ed. Saraiva. p. 117)

    Entendo que a parte do enunciado "o BCB ainda é o principal banqueiro do governo, porque detém suas contas mais importantes" contraria o fragmento do livro acima citado.

    Que acham?

  • Função de banqueiro do governo é guardar dinheiro do governo. Está associada ao fato de o governo ter Conta Única no BACEN (Conta Única do Tesouro Nacional no Banco Central, que está no Passivo Não Monetário do BACEN).

    Já a função de emissor de moeda está relacionada ao fato de que o BC emite moeda brasileira.

    São duas funções diferentes associadas aos fatos diferentes. Questão mal escrita.

    Gabarito correto: E.

    Quando você vai ao banco pra abrir a conta e guardar dinheiro lá, o gerente não vai emitir dinheiro pra você! Ele só vai guardar seu dinheiro. São duas funções diferentes.


ID
2790826
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O Banco Central do Brasil (BCB) teve um longo processo de maturação até a sua criação. Mesmo antes do início do século XX, já se tinha a consciência, no Brasil, da necessidade de se criar um “banco dos bancos” com poderes de emitir papel-moeda com exclusividade, além de exercer o papel de banqueiro do Estado.

História do BC. Banco Central do Brasil
Internet: <www.bcb.gov.br> (com adaptações)

A partir do fragmento de texto precedente, que enumera algumas funções de um banco central, julgue (C ou E) o item a seguir, acerca das funções típicas dos bancos centrais e, em particular, do BCB. 

A estabilidade, a eficiência e o desenvolvimento do sistema financeiro requerem esquemas de normas e procedimentos apropriados e a sua observância. Nesse caso, a supervisão das instituições financeiras cabe tanto ao BCB quanto a organismos independentes, podendo estes últimos exercer a fiscalização de forma exógena ao BCB, pautados em normas próprias de suas áreas de competência

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    O BC é quem tem a responsabilidade de fiscalizar e supervisionar as instituições financeiras. De fato, há outros organismos independentes que exercem essa fiscalização também. Mas, esses mecanismos independentes se ligam especificamente ao mercado bancário, visto que a única estrutura capaz dessa supervisão é o BC.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Imaginem por um instante a bagunça que seria caso isso acontecesse...

  • O Banco Central adota um modelo de supervisão baseado em risco e apoiado em dois pilares: monitoramento e supervisão.

    O monitoramento do SFN é realizado por meio de robusto processo de captura de dados e informações junto às instituições e a outras fontes externas, como as infraestruturas do mercado financeiro (IMFs), produzindo continuamente informações em duas vertentes:

    - macroprudencial, que foca na análise do SFN como um todo, incluindo a interconectividade entre os agentes econômicos. O objetivo é avaliar o risco sistêmico e subsidiar a tomada de decisões para assegurar a estabilidade do sistema

    - microprudencial, que foca no risco de cada instituição individualmente e visa avaliar a solvência e a liquidez de cada uma delas.

    O processo de supervisão, por sua vez, é organizado de acordo com o escopo e o universo de atuação. O escopo da supervisão pode ser:

    -prudencial, com foco na solvência e na liquidez de cada instituição, ou

    -conduta, com foco na adequação do relacionamento das instituições com seus clientes e usuários de produtos e serviços financeiros, e na prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo (PLD/FT).

    Fonte: Site do Banco Central do brasil -  link: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/supervisao

    Sendo assim, cabe ao Banco Central a competência de supervisão do sistema financeiro, inexistindo a possibilidade de organismos independentes exercerem a fiscalização de forma externa.




    Gabarito: Errado.


  • Errado!

    Imagine a “festa” que seria se a supervisão das instituições financeiras coubesse a qualquer organismo independente estes pudessem estabelecer normas próprias. A supervisão das instituições financeiras é competência privativa do Banco Central do Brasil.

    Olhe só alguns incisos do Art. 10 da Lei 4595 de 1964:

    Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do Brasil:

    IX - Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas;

    X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam:

    a) funcionar no País;

    b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior;

    c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;

    d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal, ações Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou mobiliários;

    e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento;

    f) alterar seus estatutos.

    g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.

    XI - Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de administração de instituições financeiras privadas, assim como para o exercício de quaisquer funções em órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que forem expedidas pelo Conselho Monetário Nacional

    Resposta: E

  • Colegas, o Tribunal de Contas não pode fiscalizar tbm?

    Segue trecho de um artigo (O TCU e suas não competências, de Arildo Oliveira): "Os empréstimos e financiamentos concedidos pelos bancos oficiais federais têm basicamente três destinatários: pessoas físicas, empresas privadas e entes governamentais. No controle dessas operações, o TCU restringe-se ao exame da legalidade, da legitimidade e da finalidade da operação, fiscalizando para que ela não resulte prejudicial ao banco e, por consequência, à União. Em síntese, o Tribunal avalia três requisitos: se houve o cumprimento das normas do banco que assegurem a regularidade da operação, se as garantias oferecidas pelo tomador do crédito são suficientes e exigíveis e se os valores financeiros tiveram a finalidade a que se destinam, não aceitando o TCU, por exemplo, que o banco empregue em fim diverso recursos destinados a algum programa social ou ao incentivo de determinada atividade econômica. Uma vez, porém, atendidos esses requisitos na fase de concessão da operação financeira, desaparece a competência do Tribunal para fiscalizar a aplicação dos recursos. Isso porque, a partir do momento em que deixa os cofres do banco oficial, o dinheiro perde a natureza de recurso público federal. Ou se torna privado, quando concedido à pessoa física ou à empresa, ou passa para a jurisdição do respectivo tribunal de contas, quando concedido a estado, distrito federal ou município. Esclarecedor sobre o assunto foi o pronunciamento

    do ministro Valmir Campelo no voto condutor do acórdão 3067/2012-TCU-Plenário: 'Nunca é demais repetir que nessas situações cujo investimento da União se limita aos financiamentos dos bancos públicos federais, cabe ao TCU, apenas, em seus limites constitucionais, avaliar a regularidade das operações de crédito realizadas, o que envolve o exame de finalidade dos recursos e a suficiência das garantias oferecidas'."

  • Lidia D,

    o TCU pode (e deve na verdade) fiscalizar qualquer aplicação de recursos da União ou qualquer ato que resulte em prejuízo ao erário público. Então qualquer banco pelo qual passar dinheiro público, pode acabar sendo fiscalizado.

    Mas note que isto não é uma fiscalização da atividade bancária em si, é apenas uma consequência da atividade de zelar pelo dinheiro público.

  • Mas e quanto a Coaf e CVM?
  • Show Paulo! Existe a regra, mas tem a exceção.


ID
2790829
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O Banco Central do Brasil (BCB) teve um longo processo de maturação até a sua criação. Mesmo antes do início do século XX, já se tinha a consciência, no Brasil, da necessidade de se criar um “banco dos bancos” com poderes de emitir papel-moeda com exclusividade, além de exercer o papel de banqueiro do Estado.

História do BC. Banco Central do Brasil
Internet: <www.bcb.gov.br> (com adaptações)

A partir do fragmento de texto precedente, que enumera algumas funções de um banco central, julgue (C ou E) o item a seguir, acerca das funções típicas dos bancos centrais e, em particular, do BCB. 

Como guardião da moeda, o banco central de um país é a instituição à qual se confia o dever de regular o volume de dinheiro e de crédito da economia. Em que pesem as diferenças entre bancos centrais, essa atribuição geralmente está associada ao objetivo de assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda nacional.


Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Não há grandes problemas com essa questão. De fato, o BC tem a função de regulação de liquidez e ela serve para garantir o poder de compra da moeda.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Funções do Governo:

     

    Função estabilizadora (controlar o mercado: política fiscal e monetária) 

    Função distributiva (distribuição de renda)

    Função Alocativa (provisão de Bens)

     

    A questão trata da função estabilizadora do Estado que - no caso - é exercida pelo BACEN via política monetária.

  • Promover o desenvolvimento equilibrado do país, preservar o poder de compra da moeda

    e manter um sistema financeiro nacional sólido e sustentável.

  • Thiago, alguém avisou para os políticos a respeito da Função distributiva (distribuição de renda)...

  • O objetivo do Banco Central é regular a moeda e o crédito, em níveis compatíveis com a meta inflacionária estabelecida pela autoridade monetária.

    As funções do Banco Central são:

    a) banco emissor: é o responsável e tem o monopólio das emissões de moeda;

    b) banco dos bancos: é o órgão em que os bancos depositam seus fundos e transferem fundos de um banco para outro (pela câmara de compensação de cheques). Além disso, o Banco Central também empresta aos bancos (o chamado redesconto bancário). Não obstante isso, como foi dito anteriormente, atualmente no caso brasileiro essa função é exercida pelos próprios bancos comerciais;

    c) banco do governo: é o canal que o governo tem para implementar a política monetária. Grande parte dos fundos do governo é depositada no Banco Central. De outra parte, quando o governo necessita de recursos, ele normalmente emite títulos (obrigações) e os vende ao público via Banco Central;

    d) banco depositário das reservas internacionais: é o responsável pela defesa da moeda nacional, e da administração do câmbio e das reservas de divisas internacionais do país.

    A principal função do Banco Central é controlar a oferta de moeda. Para tanto, ele dispõe dos seguintes instrumentos de política monetária:

    • emissões;

    • reservas obrigatórias dos bancos comerciais;

    • operações de mercado aberto;

    • política de redescontos; e

    • regulamentação da moeda e do crédito.

    Fonte: livro ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos


  • É isso!

    Ser guardião da moeda é proteger seu valor.

    E proteger seu valor é assegurar a estabilidade do seu poder de compra, ou seja, combater a inflação.

    Se o BC descuidar de sua missão de guardião da moeda, pode perder o controle da inflação.

    Para isso, o BACEN controla a oferta de moeda e a taxa de juros.

    Resposta: C

  • Art. 1º O Banco Central do Brasil tem por objetivo fundamental assegurar a estabilidade de preços.

    Parágrafo único. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental, o Banco Central do Brasil também tem por objetivos zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp179.htm


ID
2790832
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O Banco Central do Brasil (BCB) teve um longo processo de maturação até a sua criação. Mesmo antes do início do século XX, já se tinha a consciência, no Brasil, da necessidade de se criar um “banco dos bancos” com poderes de emitir papel-moeda com exclusividade, além de exercer o papel de banqueiro do Estado.

História do BC. Banco Central do Brasil
Internet: <www.bcb.gov.br> (com adaptações)

A partir do fragmento de texto precedente, que enumera algumas funções de um banco central, julgue (C ou E) o item a seguir, acerca das funções típicas dos bancos centrais e, em particular, do BCB. 

A política monetária influencia a evolução dos meios de pagamento e controla o processo de criação da moeda e do crédito. Na função de executor da política monetária, o BCB, para regular os meios de pagamentos, pode utilizar instrumentos clássicos, como encaixe legal, recolhimentos compulsórios, redesconto, excetuando-se as operações de mercado aberto.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    Para regular e implementar a política monetária, o BACEN utiliza instrumentos clássicos e não clássicos. Clássicos são aqueles que alteram a quantidade de moeda na economia e geram reflexo em juros, como por exemplo, movimentos nos encaixes legais, compulsório, redesconto, emissão de moeda e compra e venda de títulos públicos (ou seja, as operações de mercado aberto). Na intervenção não clássica, o Bacen altera a taxa de juros para provocar expectativas e assim alterar o comportamento dos agentes, sem que haja necessidade de alterar a quantidade de moeda na economia. Portanto, na questão, a palavra “excetuando-se” torna a questão errada.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Errada.

    As operações de mercado aberto podem ser usadas pelo Bacen para regular os meios de pagamentos (compra e venda de títulos públicos). O Bacen faz isso todos os dias e é esse o seu principal instrumento de política monetária.

    Obs.: Meios de pagamento = papel moeda em poder do público + depósitos à vista.

    Comentário do Professor Daniel Sousa

  • M1 = PMPP + DV

    BM = PMPP + R

  • A política monetária é a função que define o sentido mais amplo de um banco central e aquela que, em última instância, articula as demais. A principal função de um banco central consiste em adequar o volume dos meios de pagamento à real capacidade da economia e absorver recursos sem causar desequilíbrios nos preços. Para isso, controla, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, a expansão da moeda e do crédito e a taxa de juros, buscando adequá-los às necessidades do crescimento econômico e da estabilidade dos preços e zelar pela estabilidade da moeda, mantendo seu poder de compra. A influência sobre a evolução dos meios de pagamento implica o controle ou a regulação do crédito, para que os bancos centrais contem com instrumentos tais como as operações de mercado aberto, o recolhimento compulsório e o redesconto.

    O objetivo do Banco Central é regular a moeda e o crédito, em níveis compatíveis com a meta inflacionária estabelecida pela autoridade monetária.

    As funções do Banco Central são:

    a) banco emissor: é o responsável e tem o monopólio das emissões de moeda;

    b) banco dos bancos: é o órgão em que os bancos depositam seus fundos e transferem fundos de um banco para outro (pela câmara de compensação de cheques). Além disso, o Banco Central também empresta aos bancos (o chamado redesconto bancário). Não obstante isso, como foi dito anteriormente, atualmente no caso brasileiro essa função é exercida pelos próprios bancos comerciais;

    c) banco do governo: é o canal que o governo tem para implementar a política monetária. Grande parte dos fundos do governo é depositada no Banco Central. De outra parte, quando o governo necessita de recursos, ele normalmente emite títulos (obrigações) e os vende ao público via Banco Central;

    d) banco depositário das reservas internacionais: é o responsável pela defesa da moeda nacional, e da administração do câmbio e das reservas de divisas internacionais do país.

    A principal função do Banco Central é controlar a oferta de moeda. Para tanto, ele dispõe dos seguintes instrumentos de política monetária:

    • emissões;

    • reservas obrigatórias dos bancos comerciais - compulsórios;

    • operações de mercado aberto;

    • política de redescontos; e

    • regulamentação da moeda e do crédito.

    Sendo assim, como a questão excetuou as operações de mercado aberto, a questão está errada.

    Fonte: livro ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos e https://www.bcb.gov.br/htms/sobre/bcuniversidade/cartilhaBancoCentral.pdf.

    Gabarito: Errado.


  • A questão tava indo muito bem, as operações de mercado aberto estão entre os instrumentos clássicos do Bacen. Ou seja, não podemos excetuá-las coisa nenhuma.

    Aliás, entre os instrumentos de política monetária, as operações de mercado aberto são com certeza os mais utilizados.

    As operações de mercado aberto são as operações de compra (para aumentar a liquidez) e venda (para reduzir a liquidez) de títulos públicos.

    Resposta: E

  • Errado

    Ele pode sim usar as operações de mercado aberto (também chamado de operação de Open Market)

    Operações de Mercado Aberto (Open Market) : Compra e venda de títulos públicos. O BACEN usa muito a taxa SELIC para isso. Se sobe a SELIC os bancos tendem a investir em renda fixa e esfria o mercado.

    Recolhimentos Compulsórios ou encaixe legal: Quando o banco central varia a taxa de reserva compulsória dos bancos. Se ele quer diminuir a quantidade de capital disponível basta exigir que os bancos tenham uma maior taxa de reserva compulsória.

    Redesconto: Preço que o BACEN empresta para os outros bancos

  •  as operações de mercado aberto estão entre os instrumentos clássicos do Bacen.

    GABARITO ERRADO

  • Operações de Mercado Aberto (open market): consistem na compra ou venda de títulos no mercado de títulos. Caso o BC deseje aumentar o montante de moeda na economia, comprará títulos e pagará por eles, criando moeda. Caso a opção seja pela redução do montante de moeda em circulação, venderá títulos, reduzindo assim a quantidade de moeda do sistema.

    Fonte: MILTONS, Michelle. Macroeconomia. Ed. Saraiva. p. 121.

  • Gab. E

    A principal função do Banco Central é controlar a oferta de moeda (meios de pagamento). Para tanto, ele dispõe dos seguintes instrumentos de política monetária:

    • Emissões: Banco Central tem o monopólio das emissões e deve colocar em circulação o volume de notas e moedas metálicas necessárias ao bom desempenho da economia.
    • Reservas obrigatórias dos bancos comerciais: o Banco Central obriga os bancos comerciais a reter uma parcela dos depósitos como depósitos obrigatórios, que não poderão ser utilizados pelos bancos para empréstimos ou outras aplicações.
    • Operações de mercado aberto: Compra ou venda, por parte do Banco Central, de títulos governamentais no mercado de capitais.
    • Política de redescontos: Basicamente empréstimos do BACEN aos bancos comerciais.

    Fonte adaptada: Economia Micro e Macro, de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos; 4º Ed.


ID
2790835
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Tendo em vista que o movimento internacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, particularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento internacional de capitais e seus impactos.


A estrutura do balanço de pagamentos permite compreender o movimento internacional de capitais. Nesse movimento, a conta de serviços registra os pagamentos (e os recebimentos) de serviços da dívida externa (juros) e o serviço do capital de risco (lucros e dividendos), doações e repatriações.


Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    Lucros e Juros estão colocados em “Rendas Primárias”. Já repatriações estão na conta capital. É uma assertiva sobre a disposição do BP.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Na conta de Serviços, são lançados fretes, seguros, turismo e remessas.

  • Repatriações e doações são contabilizados nas Transferências unilaterais e não na conta de serviços.

  • ERRADO


    Transferências unilaterais - donativos.

  • Alguns conceitos:

    Balanço de pagamentos

    É uma conta que registra todas as transações do Brasil com o exterior. Ele se divide em duas partes: transações correntes e conta de capital.

     

    Transações correntes (também conhecida como conta corrente)

    Contabiliza as transações de bens e serviços com o exterior. Entram nessa conta o resultado da balança comercial, o saldo de serviços e rendas e as transferências unilaterais.

     

    Balança comercial

    Diferença entre exportações e importações.

     

    Conta de serviços e rendas

    Inclui gastos e receitas com diversos serviços, como turismo e transporte, além de remessa de lucros, pagamento de juros e remessa ou recebimento de trabalhadores para o exterior.

     

    Transferências unilaterais

    Envio de bens ou dinheiro para consumo.

     

    Conta de capital e financeira

    Contabiliza as transações financeiras entre o Brasil e o resto do mundo.

     

    Conta capital

    Transferências de patrimônio ou cessão de patentes ou marcas.

     

    Conta financeira

    É divida em investimentos diretos (no setor produtivo) e investimento em carteira (aplicações em ações e títulos de renda fixa), tanto dos brasileiros no exterior como dos estrangeiros no Brasil.

     

    Reservas internacionais

    Depósitos em moeda estrangeira mantidos pelo Banco Central.

  • Errada.

    Saldo em transações correntes = balança comercial (BC) + balança de serviços (BS) + conta de renda primária + conta de renda secundária.

    Quando se fala de juros, lucros e dividendos o registro é na conta de renda primária.

    Quando se fala de doações, o registro é na conta de renda secundária.

    Na conta de serviços são registrados fretes, seguros, alugueis de equipamentos, turismo, etc. Registra-se importação e exportação de serviços.

    Comentário do Professor Daniel Sousa.

  • O Balanço de Pagamentos de um país representa o resumo contábil das transações econômicas que esse país faz com o resto do mundo, durante certo período de tempo. Com base nessas informações, é possível avaliar a situação econômica internacional do país.

    No Brasil, o Balanço de Pagamentos é elaborado pelo Banco Central com base nos registros das transações efetuadas entre residentes no país e residentes em outras nações. Na contabilização desses registros, adotamos a regra das partidas dobradas.

    Dentre as contas do Balanço de Pagamentos, podemos citar:

    BALANÇO DE RENDAS

    •         Compreende as remunerações pelos serviços de fatores (trabalho e capital)

    –        Juros: principal item do balanço de serviços no Brasil - refere-se aos serviços da dívida externa (não incluem amortizações).

    –        Juros devidos pelos setores: público e privado.

    •         Lucros e dividendos: referem-se à remessa de lucros de filiais para as matrizes.

    •         Detalhamento da conta de renda de capital é determinado pelo detalhamento da conta financeira.

    BALANÇA DE SERVIÇOS (de não fatores)

    •         Viagens internacionais: turismo e viagens de negócios – pagamentos e recebimentos dos residentes ao exterior e de não-residentes ao país

    •         Serviços governamentais: gastos com embaixadas, consulados, representações no exterior

    •         royalties (pagamentos pelo uso de patentes, tecnologia ou marca estrangeira) e licenças

    •         Pagamentos por serviços de comunicação

    •         Computação e informação

    •         Aluguel de equipamentos

    •         Seguros

    •         Serviços relativos ao comércio de representação e intermediação comercial

    •         Serviços empresariais, profissionais e técnicos (inclui honorários de profissionais liberais, publicidade, participação em exposições

    •         Serviços pessoais, culturais e recreação: shows, eventos esportivos, produção de filmes.

    TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS (OU DONATIVOS) - refere-se a pagamentos sem contrapartida de um país para outro. Existem nesse caso dois elementos principais: a remessas feitas por empregados migrantes para suas famílias no país de origem e doações feitas/por um governo para outro.

    Diante do exposto, podemos concluir que a conta de rendas registra os pagamentos (e os recebimentos) de serviços da dívida externa (juros), bem como os lucros e dividendos, enquanto as doações pertencem as Transferências Unilaterais.

    Fonte: Manual de Macroeconomia da USP – Básico e Intermediário, de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos.

    Gabarito: Errado.


  • RESOLUÇÃO:

              Errado!

              Os valores referentes aos serviços da dívida e do capital de risco são registrados na conta de Renda Primária (e não na conta de serviços).

              Já as doações são registradas na conta de Rendas Secundárias, que antigamente chamávamos de transferências unilaterais.

              Nenhuma das transações citadas pela questão fica na conta de serviços

  • verificar comentário da 27 de Fevereiro de 2019 às 16:15

  • Errado!

       Os valores referentes aos serviços da dívida e do capital de risco são registrados na conta de Renda Primária.

       Já as doações são registradas na conta de Rendas Secundárias, que antigamente chamávamos de transferências unilaterais.

       Nenhuma das transações citadas pela questão fica na conta de serviços

    Resposta: E

  • ERRADO

    Juros, Lucros e Dividendos: Renda Primária;

    Doações e Transferências: Renda Secundária (antiga transferências unilaterais).

    Repatriações: Conta de Capital.

    Questão errada, portanto. Nenhum dos valores citados pela assertiva fica na conta de serviços.

    Serviços: de manufatura; de manutenção e reparo; transportes; viagens; construção; seguros; financeiros; de propriedade intelectual; telecomunicação, computação e informações; aluguel de equipamentos; outros serviços de negócios; culturais, pessoais e recreativos; governamentais.

  • GAB: ERRADO

    Complementando!

    Fonte: Prof. Celso Natale

    Os valores referentes aos pagamentos dos serviços da dívida e do capital de risco são registrados na  conta  de  Renda  Primária.  As  doações,  por  sua  vez,  são  registradas  na  conta  de  Rendas Secundárias

    Isso torna a questão bastante errada.


ID
2790838
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Tendo em vista que o movimento internacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, particularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento internacional de capitais e seus impactos.


Do ponto de vista dos impactos, pode-se considerar que o investimento direto é um tipo de capital de longo prazo, mais resiliente a crises, com efeitos potencialmente positivos sobre uma economia por se tratar de uma das formas de internacionalização da produção, permitindo que um país tenha acesso a tecnologia, bens ou serviços originários de outros países.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Normalmente os investimentos externos diretos têm fixação de longo prazo, com capacidade de geração de empregos e absorção tecnológico. Difere do capital de curto prazo, especulativo.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • RESOLUÇÃO:

              Raciocínio longo para uma assertiva, mas que está certeiro!

              Quanto aos movimentos de capitais autônomos, costuma-se dividir o investimento em dois grupos: o investimento em portfólio (em carteira) e o  investimento direto.

              O investimento em carteira é aquele que abrange negociações de títulos públicos, ações, enfim, são os recursos alocados em “papeis”.

              São investimentos mais voláteis e mais especulativos, uma vez que podem ser facilmente desfeitos.

              O investimento direto é, por outro lado, um tipo de capital mais voltado para o longo prazo porque é o capital "produtivo", ou seja, o capital para aumentar a produção.

              Trata-se do investimento que traz mais benefícios para a economia em que entra porque reflete um interesse duradouro de um agente de uma economia (investidor direto) em uma entidade residente em outra economia (empresa de investimento direto).

              Via de regra, registra-se na conta de investimento direta as transações entre a matriz e as filiais de empresas multinacionais.

              E é por esse motivo que a banca afirma que o investimento direto permite que "que um país tenha acesso à tecnologia, bens ou serviços originários de outros países".

  • Raciocínio longo para uma assertiva, mas que está certeiro!

       Quanto aos movimentos de capitais autônomos, costuma-se dividr o investimento em dois grupos: o investimento direto e o investimento em portfólio (em carteira).

       O investimento em carteiro é aquele que abrange negociações de títulos públicos, ações, enfim, são os recursos alocados em “papeis”.

       São investimentos mais voláteis e mais especulativos, uma vez que podem ser facilmente desfeitos.

       O investimento direto é, por outro lado, um tipo de capital mais voltado para o longo prazo porque é o capital "produtivo".

       Trata-se do investimento que traz mais benefícios para a economia em que entra porque reflete um interesse duradouro de um agente de uma economia (investidor direto) em uma entidade residente em outra economia (empresa de investimento direto).

       Via de regra, registra-se na conta de investimento direta as transações entre a matriz e as filiais de empresas multinacionais.

       E é por esse motivo que a banca afirma que o investimento direto permite que "que um país tenha acesso à tecnologia, bens ou serviços originários de outros países".

    Resposta: C

  • CERTO

    Investimentos Diretos é onde são registrados os chamados capitais de longo prazo, ou seja, investimentos considerados duradouros, definidos como aqueles que representam, para o investidor, detenção de 10% ou mais do poder de voto na companhia.

    Os investimentos diretos podem ser de dois tipos:

    • Participação no capital (equity);

    • Dívida intercompanhia, que inclui as dívidas entre empresas do mesmo grupo econômico.

    Celso Natale, Estratégia

  • GAB: CERTO

    Complementando!

    Fonte: Prof. Celso Natale

    Se um não residente detém mais de 10% do capital votante de uma empresa brasileira, ele tende a ser menos sensível a notícias ruins sobre o país do que seria se tivesse apenas algumas ações. 

    Além  disso,  é  provável  que  a  subsidiária,  filial  ou  matriz  estrangeira  tenha  interesse  de disponibilizar tecnologias, bens ou serviços para a empresa brasileira da qual participa, visando lucros, é claro. 

    Dessa forma, a definição da questão está correta. 

    ===

    TOME NOTA (!)

    Q876090 ⟹ Neste início do ano, a balança comercial de um importante país da América do Sul vem apresentando saldo negativo, o que significa dizer que o desempenho das exportações é inferior ao valor das importações no período. (CERTO)

    • R: A alternativa “a” é nosso gabarito, pois a balança comercial é, por definição, a diferença entre exportações e importações. Para que a balança comercial seja negativa, é preciso que o valor das importações supere o valor das exportações. 

    ===

    (2012/ESAF/RECEITA FEDERAL/Auditor Fiscal) Segundo o sistema de partidas dobradas, o registro de toda transação internacional no balanço de pagamentos é realizado duas vezes, uma vez como crédito e uma vez como débito. (CERTO)

    • R: O Balanço de Pagamentos faz uso do sistema de partidas dobradas, no qual cada lançamento a crédito implica, necessariamente, outro lançamento a débito no mesmo valor

    ===

    (2010/CEBRASPE-CESPE/MPU/Analista) Um superávit em transações correntes implica poupança externa negativa. (CERTO)

    R: Quando um país recebe mais rendas do exterior do que envia, significa que o resto do mundo (o “dono” da poupança externa) está, em relação a esse país, sendo financiado, ou seja, está apresentando despoupança, que é o mesmo que poupança negativa.

    ===

    PRA AJUDAR:

    Q1030385 - Q983504 - Q995120 - Q874401 - Q903943 - Q893331 - Q876090 - Q937496 - Q877811

  • Fala pessoal! Professor Jetro Coutinho na área, para comentar esta questão sobre investimento direto.

    Podemos dividir os investimentos em basicamente dois tipos: o de curto prazo e o de longo prazo.

    O investimento de curto prazo é também considerado "investimento especulativo", visto que seu objetivo é aproveitar alguma oportunidade imediata em um país. Esses recursos não ficam permanentemente no país. Uma vez explorada a oportunidade, os recursos voltam ao país de origem.

    Já o investimento de longo prazo tem um caráter mais permanente, pois fica mais tempo no país. Este é o tipo de investimento que expande a produção e gera mais oportunidades de trabalho, por exemplo. Investimentos de longo prazo, como o investimento direto, geralmente são voltados a permitir que um país consiga produzir internamente bens, tecnologia e serviços originários de outros países.


    Gabarito do Professor: CERTO.

ID
2790841
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Tendo em vista que o movimento internacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, particularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento internacional de capitais e seus impactos.


Embora sejam determinantes expressivos do desempenho econômico dos países, as tendências, flutuações e composição dos fluxos internacionais de capitais têm baixíssimo impacto nas diretrizes ou escolhas de política econômica em uma economia aberta.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    As expectativas, flutuações e dinâmicas dos fluxos econômicos internacionais são fundamentais na determinação das políticas econômicas dos países. Basta ver as atas do Copom. Não há uma única que não dê grande importância às questões externas como determinantes do valor da moeda nacional e internacional.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • ERRADA

    "Flutuações e composição dos fluxos internacionais de capitais têm altíssimo impacto nas diretrizes ou escolhas de política econômica em uma economia aberta.

     

    Se a economia é aberta e há razoáveis mobilidade de capitais e abertura comercial, as tendências e flutuações daqueles afetam muito a economia local e, portanto, impactam significativamente nas diretrizes ou escolhas de política econômica em uma economia.

     

    Se há um grande fluxo de saída de capitais do país, por exemplo isso tende a depreciar a moeda local.

     

    Essa depreciação faz aumentar a competitividade das exportações e torna importações mais caras.

     

    Ou seja, eleva-se a demanda agregada da economia, o que pode ser bom para o crescimento da renda, mas é prejudicial em contexto de pressão inflacionária.

     

    Numa outra análise, a flutuação destes fluxos pode afetar de tal forma a oscilação da taxa de câmbio, que a incerteza gerada pode inibir investimentos.

     

    Ou seja, são diversas as formas que as flutuações e composição dos fluxos internacionais de capitais afetam a economia aberta e a política econômica precisa lidar com isso."

    (PROF. PAULO ROBERTO FERREIRA - TEC CONCURSOS)

     

    Gabarito: ERRADO.

  • RESOLUÇÃO:

              Absolutamente errado!

              As flutuações e a composição dos fluxos internacionais de capitais impactam muito nas diretrizes ou escolhas de política econômica em uma economia aberta.

              Se há um grande fluxo de saída de capitais do país, por exemplo, isso tende a depreciar a taxa de câmbio porque aumenta a demanda por moeda estrangeira.

              E essa depreciação faz aumentar a atratividade das exportações e torna importações mais caras para os residentes.

              Logo, expande demanda agregada pela produção da economia, o que pode ser bom para o crescimento da renda, mas aumenta a pressão inflacionária.

              Outra coisa que pode acontecer é uma grande flutuação de capitais indo e saindo abruptamente, que poderia fazer oscilar muito a taxa de câmbio, o que tende a causar incerteza e inibir investimentos.

     

              A conclusão é que são diversas as formas que as flutuações e composição dos fluxos internacionais de capitais afetam a economia aberta e a política econômica precisa lidar com isso.

  • Absolutamente errado!

       As flutuações e a composição dos fluxos internacionais de capitais impactam muito nas diretrizes ou escolhas de política econômica em uma economia aberta.

       Se há um grande fluxo de saída de capitais do país, por exemplo, isso tende a depreciar a taxa de câmbio porque aumenta a demanda por moeda estrangeira.

       E essa depreciação faz aumentar a atratividade das exportações e torna importações mais caras para os residentes.

       Logo, expande demanda agregada pela produção da economia, o que pode ser bom para o crescimento da renda, mas aumenta a pressão inflacionária.

       Outra coisa que pode acontecer é uma grande flutuação de capitais indo e saindo abruptamente, que poderia fazer oscilar muito a taxa de câmbio, o que tende a causar incerteza e inibir investimentos.

     

       A conclusão é que são diversas as formas que as flutuações e composição dos fluxos internacionais de capitais afetam a economia aberta e a política econômica precisa lidar com isso.

    Resposta: E

  • GABARITO: ERRADO

    Estou apenas iniciando meus estudos de Economia para o CACD, e resolvi essa com conhecimentos de Geografia: em um mundo de constante avanço e consolidação da globalização econômica e financeira, é impensável que os fluxos internacionais e tendências não afetem a formulação de políticas econômicas, ainda mais em economias abertas ao capital de forma ''livre''.

  • Fala pessoal! Professor Jetro Coutinho na área, para comentar esta questão sobre Economia Internacional.

    Ao contrário! Se uma economia é aberta, ela pode receber capitais internacionais que possam ser aplicados no país, o que gera emprego e investimentos para a nação.

    Dessa forma, é importante que o país seja atrativo para investimentos estrangeiros e que consiga oferecer produtos que o restante do mundo está interessado em adquirir. Dessa forma, o país consegue captar essas tendências e flutuações do fluxo internacional de capitais, o que faz com que dinheiro estrangeiro seja aplicado para benefício do país.

    Assim, errado, pois o fluxo de capital possui alto impacto na política econômica de uma economia aberta. Um desses impactos pode ser justamente o de aumentar a oferta de produtos cujo mercado internacional tenha interesse.


    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2790844
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Tendo em vista que o movimento internacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, particularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento internacional de capitais e seus impactos.


Um dos problemas mais preocupantes do movimento internacional de capital ocorre quando a saída dos fluxos se dá repentinamente, pressionando o câmbio e colocando em risco a manutenção da estabilidade financeira. Em países que fizeram a liberalização financeira com implementação de políticas para limitar o excesso de volatilidade, as regulações prudenciais desempenham papel fundamental e preventivo na contenção desses riscos.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    De fato, com a abertura na globalização, os fluxos de capital de intensificaram de forma aberta. Para estabilizar a entrada e a saída de valores e dar maior “acabamento” às reservas a mobilidade de capitais foi e é trabalhada praticamente em todas as economias. Desde a utilização de mecanismos de controles cambiais por valorizações desvalorizações contidas até mecanismos de rigidez não extrema de mobilidade. É aquela coisa: o mundo não é feito de perfeita mobilidade ou imobilidade, mas sim, de alta ou baixa mobilidade. Mesmo em tempos de globalização.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Questão sobre Economia Internacional, mais especificamente tratando do movimento internacional de capitais.

    Vamos analisar por partes:

    "Um dos problemas mais preocupantes do movimento internacional de capital ocorre quando a saída dos fluxos se dá repentinamente, pressionando o câmbio e colocando em risco a manutenção da estabilidade financeira."

    Nada errado nessa afirmação, basicamente trata do que é, convencionalmente, chamado de "ataque especulativo" quando movimentos muito bruscos e intensos de saída de capitais - a maioria especulativo com perspectiva de curto prazo - causam pânico e instabilidade, prejudicando a economia do país e investimentos produtivos que têm perspectiva de médio/longo prazo.

    "Em países que fizeram a liberalização financeira com implementação de políticas para limitar o excesso de volatilidade, as regulações prudenciais desempenham papel fundamental e preventivo na contenção desses riscos."

    Uma forma de afastar ou, pelo menos, minimizar esses ataques especulativos é a regulamentação prudencial do mercado, criando mecanismos de controle para movimentos excepcionais do fluxo de capitais. Ou, ainda, como é feito no Brasil com regulação corretiva, a adoção do regime cambial de flutuação suja (dirty floating), no qual o Banco Central intervém somente quando a volatilidade está, excessivamente, alta, fazendo isso por meio da compra/venda de dólares em grande quantidade para estabilizar a euforia. Nada errado mais uma vez.


    Gabarito do Professor: CERTO.

ID
2790847
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

    Para atender às demandas de infraestrutura dos países recém-saídos da Segunda Guerra Mundial, foram criados o BIRD e seus bancos regionais para financiamentos de longo prazo de apoio a programas e projetos dos países em desenvolvimento. Em que pese o importante papel que essas instituições têm desempenhado desde então, os grandes bancos multilaterais ou regionais ainda são em pequeno número e seus volumes de empréstimos são limitados: o Banco Mundial e seus três bancos regionais emprestaram, em 2015, o montante de US$ 69 bilhões, frente a um déficit global estimado de investimentos para infraestrutura entre US$ 5 trilhões e US$ 7 trilhões anuais, incluindo de US$ 1 trilhão a US$ 1,5 trilhão só para os países em desenvolvimento.

The role of development banks in promoting growth and sustainable development in the south. UNCTAD, 2016 (com adaptações).

A partir do texto precedente, julgue (C ou E) o próximo item, relativo ao papel dos novos bancos regionais e multilaterais no financiamento ao desenvolvimento.



A criação de novos bancos de desenvolvimento em todos os níveis — nacional, regional e internacional —, embora seja importante para atender as demandas de investimento em infraestrutura e desenvolvimento sustentável, não tem sido vista como uma iniciativa promissora devido à oferta inadequada de crédito de curto prazo para investimentos na economia real.

Alternativas
Comentários
  • Oferta inadequada de crédito de longo prazo para investimento.

  • Gabarito: Errado

  • Bancos de desenvolvimento são curto-prazistas

  • Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos governos estaduais, e têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e a longo prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo Estado. As operações passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão ou endosso de cédulas hipotecárias, emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e de Títulos de Desenvolvimento Econômico. As operações ativas são empréstimos e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado. Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima, com sede na capital do Estado que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatória e privativamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Desenvolvimento", seguida do nome do Estado em que tenha sede (Resolução CMN 394, de 1976).

  • Fala pessoal! Tudo beleza? Professor Jetro Coutinho na área, para comentar esta questão sobre bancos de desenvolvimento.

    Ao contrário do que afirma a questão, a criação de bancos de desenvolvimento tem sido muito utilizada pelo mundo, pois existe uma percepção que quanto a existência de bancos de desenvolvimento são capazes de aumentar a oferta de crédito.

    Aqui no Brasil, nós temos, por exemplo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (banco federal) e o bando de desenvolvimento de Minas Gerais (do governo de MG). Em nível regional, existe o Banco Interamericano de Desenvolvimento, criado por vários países do continente americano, e o Novo Banco de Desenvolvimento (criado pelos BRICS: Brasil, Rússia, Índica, China e África do Sul). Em nível mundial, existe o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, que faz parte do Banco Mundial.

    Outras regiões do mundo também apresentam Bancos de Desenvolvimento como o Banco de Desenvolvimento da China e o Banco Africano de Desenvolvimento.

    Ou seja, o mundo percebe os bancos de desenvolvimento como iniciativas promissoras, o contrário do que afirma a questão.


    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • Bancos de Desenvolvimento oferecem crédito de médio e longo prazo.

    "Os Bancos de Desenvolvimento têm como objetivo financiar, através de empréstimos de médio e longo prazo, micro, pequenas e médias empresas para a aquisição de máquinas e equipamentos, capital de giro e financiamento de projetos". https://www.suno.com.br/artigos/bancos-de-desenvolvimento/ Ver também comentário da Camilla Pacheco, que traz definição que está no site do BCB;


ID
2790850
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

    Para atender às demandas de infraestrutura dos países recém-saídos da Segunda Guerra Mundial, foram criados o BIRD e seus bancos regionais para financiamentos de longo prazo de apoio a programas e projetos dos países em desenvolvimento. Em que pese o importante papel que essas instituições têm desempenhado desde então, os grandes bancos multilaterais ou regionais ainda são em pequeno número e seus volumes de empréstimos são limitados: o Banco Mundial e seus três bancos regionais emprestaram, em 2015, o montante de US$ 69 bilhões, frente a um déficit global estimado de investimentos para infraestrutura entre US$ 5 trilhões e US$ 7 trilhões anuais, incluindo de US$ 1 trilhão a US$ 1,5 trilhão só para os países em desenvolvimento.

The role of development banks in promoting growth and sustainable development in the south. UNCTAD, 2016 (com adaptações).

A partir do texto precedente, julgue (C ou E) o próximo item, relativo ao papel dos novos bancos regionais e multilaterais no financiamento ao desenvolvimento.


Existe uma grande lacuna a ser preenchida pelos novos bancos multilaterais de desenvolvimento no atendimento das carências de crédito adequado para infraestrutura e desenvolvimento sustentável. Além disso, devido a divergências entre retornos privados e retornos sociais, escala de capital, altos riscos e tempo de maturação dos projetos, cabe a esses bancos atuar onde o setor privado tem dificuldade de oferecer recursos no nível ótimo para investimento em infraestrutura.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo

  • Certo

    Projetos de infraestrutura são projetos com retornos financeiros difíceis de serem mensuráveis, com ganho sobretudo social e muitas vezes intangível. O porte dos projetos, tempo de execução e tempo de maturação são outros desafios que tornam este tipo de investimento menos atraente para o financiamento privado.

  • Fala pessoal! Professor Jetro Coutinho na área, para comentar esta questão sobre bancos multilaterais.

    Os bancos multilaterais (a exemplo do Banco Interamericano e do Banco Mundial) existem para ajudar países a se financiarem e a promoverem infraestrutura e desenvolvimento sustentável. Muitos deles foram criados no pós-guerra, onde mesmo os países desenvolvidos precisavam de recursos para se reconstruírem após a devastação do conflito armado.

    Ao longo do tempo, os bancos multilaterais se posicionaram como apoiadores de projetos de longo prazo, financiando investimentos cujo retorno demora um tempo considerável. Isso significa que os bancos multilaterais atuam em complementaridade ao setor privado, oferecendo recursos onde os bancos privados não têm interesse ou onde estes não conseguem ofertar num nível adequado.


    Gabarito do Professor: CERTO.

ID
2790853
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

    Para atender às demandas de infraestrutura dos países recém-saídos da Segunda Guerra Mundial, foram criados o BIRD e seus bancos regionais para financiamentos de longo prazo de apoio a programas e projetos dos países em desenvolvimento. Em que pese o importante papel que essas instituições têm desempenhado desde então, os grandes bancos multilaterais ou regionais ainda são em pequeno número e seus volumes de empréstimos são limitados: o Banco Mundial e seus três bancos regionais emprestaram, em 2015, o montante de US$ 69 bilhões, frente a um déficit global estimado de investimentos para infraestrutura entre US$ 5 trilhões e US$ 7 trilhões anuais, incluindo de US$ 1 trilhão a US$ 1,5 trilhão só para os países em desenvolvimento.

The role of development banks in promoting growth and sustainable development in the south. UNCTAD, 2016 (com adaptações).

A partir do texto precedente, julgue (C ou E) o próximo item, relativo ao papel dos novos bancos regionais e multilaterais no financiamento ao desenvolvimento.


O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), estabelecido pelo BRICS, passou a existir como entidade legal em julho de 2015, com um capital autorizado de US$ 100 bilhões e a possibilidade de mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nas economias emergentes e nos países em desenvolvimento. O NDB apresentou, ainda, duas inovações institucionais: igual poder de voto entre seus sócios fundadores e a possibilidade de ofertar empréstimos em moeda local para reduzir riscos aos tomadores, bem como promover os mercados de capitais locais.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    A criação do banco foi acordado pelos líderes do BRICS na Quinta cúpula do BRICS, realizada em Durban, na África do Sul, em 27 de março de 2013. Em 15 de julho de 2014, o primeiro dia da Sexta cúpula do BRICS, realizada em Fortaleza, no Brasil, o grupo de economias emergentes assinou o documento há muito aguardado para criar o Novo Banco de Desenvolvimento de 100 bilhões de dólares e um fundo de moeda de reserva no valor de mais outros 100 bilhões de dólares. Ambos irão contrariar a influência das instituições de crédito. Também foram assinados documentos sobre a cooperação entre as agências de crédito à exportação BRICS e um acordo de cooperação em matéria de inovação. Entre os objetivos do banco está o de fornecer financiamento para projetos de infraestrutura. A instituição também irá prestar assistência aos outros países que sofrem com a volatilidade econômica após o fim da política monetária expansionista dos Estados Unidos.

    (pt.wikipedia.org)

     

    The Agreement on the New Development Bank entered into force in July 2015, with the ratification of all five states that have signed it. The five founding members of the Bank include Brazil, Russia, India, China and South Africa. The New Development Bank has an initial subscribed capital of USD 50 billion and an initial authorized capital of USD 100 billion. The initial subscribed capital is be equally distributed among the founding members.  The NDB has expressed interest in funding projects that conform to high environmental standards, including those in the field of infrastructure, such as energy, railways and highways in the future. At the same time, according to K. V. Kamath, the NDB President, one of the key strategies of the bank will be financing profitable projects (bankable) with return on capital. The NDB wants "to fund projects that are creative and bring benefits to the local people and environment", said Vice President Zhu Xian.

    (en.wikipedia.org)

  • Certo

    O banco possui distribuição idêntica de ações entre seus membros fundadores (Brasil, Russia, China, Índia e África do Sul), cada um com 20% das ações. Isso garante o igual poder de voto dos sócios.


ID
2790856
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

    Para atender às demandas de infraestrutura dos países recém-saídos da Segunda Guerra Mundial, foram criados o BIRD e seus bancos regionais para financiamentos de longo prazo de apoio a programas e projetos dos países em desenvolvimento. Em que pese o importante papel que essas instituições têm desempenhado desde então, os grandes bancos multilaterais ou regionais ainda são em pequeno número e seus volumes de empréstimos são limitados: o Banco Mundial e seus três bancos regionais emprestaram, em 2015, o montante de US$ 69 bilhões, frente a um déficit global estimado de investimentos para infraestrutura entre US$ 5 trilhões e US$ 7 trilhões anuais, incluindo de US$ 1 trilhão a US$ 1,5 trilhão só para os países em desenvolvimento.

The role of development banks in promoting growth and sustainable development in the south. UNCTAD, 2016 (com adaptações).

A partir do texto precedente, julgue (C ou E) o próximo item, relativo ao papel dos novos bancos regionais e multilaterais no financiamento ao desenvolvimento.


O Banco Asiático de Infraestrutura (AIIB), liderado pela China, entrou em operação em janeiro de 2016 com um capital autorizado de US$ 100 bilhões, e já conta com oitenta e sete países-membros. A despeito de ter como missão promover o investimento em infraestrutura e em outros setores produtivos na Ásia, o compromisso com seus objetivos impede que o AIIB atue de forma complementar em cooperação com outras instituições de desenvolvimento multilaterais e bilaterais.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    O Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura é uma instituição financeira internacional proposta pela China. É considerado como uma alternativa ao Banco Mundial. Em 25 de dezembro de 2015, 17 países (Austrália, Áustria, Brunei, China, Coreia do Sul, Geórgia, Alemanha, Jordânia, Luxemburgo, Mongólia, Mianmar, Países Baixos, Nova Zelândia, Noruega, Paquistão, Singapura e Reino Unido) juntos segurando 50,1% dos depósitos iniciais de capital autorizado determinados no instrumento de ratificação do acordo, formalmente se tornando membros fundadores e desencadeado entrada em vigor do acordo. A Rússia aderiu mais tarde, trazendo a quantidade de Capital Autorizado dos membros do banco para 56,8%.

    (pt.wikipedia.org)

     

    The Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB) is a multilateral development bank that aims to support the building of infrastructure in the Asia-Pacific region. The bank currently has 86 member states from around the world. The bank started operation after the agreement entered into force on 25 December 2015, after ratifications were received from 10 member states holding a total number of 50% of the initial subscriptions of the Authorized Capital Stock. The United Nations has addressed the launch of AIIB as having potential for "scaling up financing for sustainable development" and to improve the global economic governance. The starting capital of the bank was $100 billion, equivalent to ​2⁄3 of the capital of the Asian Development Bank and about half that of the World Bank.

    (en.wikipedia.org)

  • ERRADO!

    O Banco Asiático de Infraestrutura (AIIB) tem como um dos seus objetivos a atuação de forma complementar em cooperação com outras instituições de desenvolvimento multilaterais e bilaterais.

    "O Acordo Constitutivo do Banco de Investimentos e Infraestrutura da Ásia – AIIB foi assinado pelo Brasil, juntamente com 49 outros países, em 29 de junho de 2015. Desse modo, o País será considerado um dos membros fundadores do Banco. Todos os membros dos BRICS serão fundadores do AIIB (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), assim como parceiros extrarregionais, como Reino Unido, França, Alemanha, Itália, e Austrália."

    http://www.fazenda.gov.br/assuntos/atuacao-internacional/cooperacao-internacional/banco-asiatico-de-investimentos-em-infraestrutura

    Notícia de 28/01/2019: "O Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1158/18 permite ao Brasil ratificar sua participação como membro-fundador do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII). Com sede em Pequim, na China, o BAII começou a operar em janeiro de 2016 e atualmente conta com 70 membros efetivos e 23 membros em potencial.

    (...)

    De maneira semelhante aos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) – grupo político de cooperação –, o BAII funciona como mecanismo complementar à atuação de outros bancos multilaterais, regionais e nacionais de desenvolvimento, a fim de atender à crescente demanda por investimentos em infraestrutura em economias em desenvolvimento.

    O BAII mantém parceria com outras instituições, como o Banco Mundial, o Banco de Desenvolvimento da Ásia, o Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento e o Banco Europeu de Desenvolvimento.

    Em outubro de 2016, o Brasil manifestou vontade de subscrever ações do capital do banco, mas limitações fiscais do governo o obrigaram a reavaliar a participação brasileira. O número inicial de ações subscritas foi reduzido de 31.810 ações (3,18 bilhões de dólares) para 50 ações (5 milhões de dólares).

    Recentemente, o Brasil informou ao BAII que não poderia concluir o processo de ratificação – que envolve a aprovação do acordo pelo Congresso Nacional – até 31 de dezembro de 2017, data inicialmente acordada. Entretanto, reafirmou a intenção de tornar-se membro-fundador do banco. O Brasil pede a prorrogação do prazo para a ratificação do acordo constitutivo do BAII até 30 de junho de 2019.

    O projeto será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para análise do Plenário. O texto teve origem em mensagem (MSC 103/18) encaminhada pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional".

    https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/ECONOMIA/570808-PROJETO-RATIFICA-PARTICIPACAO-DO-BRASIL-NO-BANCO-ASIATICO-DE-INVESTIMENTO-EM-INFRAESTRUTURA.html

  • Obs.: o TPS/2017 também tratou sobre o AIIB e a resposta à assertiva está correta:

    "A criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB) liderado pela China circunscreve-se a contexto no qual o papel dos bancos de desenvolvimento voltou ao debate, seja por sua atuação anticíclica em momentos de crise, seja pela função que exercem como canalizadores de recursos (públicos e privados) para financiamento de projetos de longo prazo. Nessa direção, os mandatos do NDB e do AIIB vão ao encontro dos compromissos assumidos pelo G20 em 2016 com a Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável."


ID
2790859
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Uma das principais preocupações da análise econômica é com a precificação no mercado. Muitas vezes, ela ocorre de maneira ineficiente e isso acarreta importantes consequências no funcionamento da economia. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir. 


A tendência à deterioração dos termos de troca afetou as economias latino-americanas durante todo o século XIX em seu período agroexportador. Esse foi o motivo pelo qual o Brasil abandonou esse modelo na década de 30 do século XX em prol de uma política industrial que favorecia bens com forte desempenho no mercado internacional.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    Na realidade, o que motivou a indústria foram choques adversos e transbordamentos ao longo das décadas de 30 e 40 do século passado. Além disso, a industrialização se dá de forma fechada no Brasil, por uma estrutura de PSI. Para manter os lucros do café, a maquina pública foi utilizada. O que motivou a mudança do eixo dinâmico foram os choques em essência.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Errado.

    À época, o objetivo brasileiro era o abastecimento do mercado interno, ou seja, não havia preocupação em se estabelecer uma política industrial que favorecia bens com forte desempenho no mercado internacional; a preocupação era com o mercado interno e não com o mercado internacional.

    Comentário feito com base na explicação do professor Daniel Sousa.

    "... a recuperação da economia brasileira, que se manifesta a partir de 1933, não se deve a nenhum fator externo, e sim à política de fomento seguida inconscientemente no país e que era um subproduto da defesa dos interesses cafeeiros".

    Celso Furtado - Formação Econômica do Brasil. 

    Obs.: até então a década de 30, o eixo dinâmico da economia brasileira era o setor externo e a partir desse momento realizou-se o “Deslocamento do Eixo Dinâmico” do setor externo para o setor interno. O Brasil não podia mais ser tão vulnerável aos acontecimentos internacionais, seria o mercado interno que faria o Brasil crescer. 

    lembrar que ao longo dos anos 30 a tendência global era de fechamento. Nessa época o crescimento do PIB dos países era maior que o do comércio. O comércio internacional fechou, inclusive, diminuiu na década de 30. Assim, o Brasil estava alinhado com o resto do mundo nesse ponto. 

    Comentário feito com base na aula do professor Daniel Sousa.

  • Lembrando que o processo de industrialização no Brasil teve influência da crise de 29, pois as exportações de café diminuíram substancialmente e a importação de bens de alto valor agregado se tornou mais difícil, forçando o país a produzir internamente produtos que antes importava, fechando a economia para não se tornar vulnerável a outras crises. Em nada tem a ver com deterioração dos meios de troca.

  • RESOLUÇÃO:

    Muito errado!

    Durante algumas décadas do século XIX e durante as primeiras do século XX, os termos de troca estiveram

    bastante vantajosos para um país de perfil agroexportador.

    Ou seja, a tendência à deterioração dos termos de troca não afetou as economias latino-americanas durante

    todo o século XIX em seu período agroexportador, simplesmente porque não houve esta tendência.

    Esta deterioração ocorreu justamente a partir da crise de 1929 e a Grande Depressão.

    E este foi justamente um grande motivo (propulsor) para que o Brasil abandonasse o modelo agroexportador

    na década de 1930.

    Aliás, especialmente o final do século XIX e o início do século XX foram períodos em que os termos de troca,

    em média, estavam bastante vantajosos para os países agroexportadores.

    Inclusive, este período marcou a famosa "Belle Époque" argentina, quando o país se tornou mundialmente

    famoso por sua riqueza.

    Resposta: E

  • A partir da década de 30 se inicia o processo de substituição de importações. Devido a queda do preço do café e a dificuldade para gerar divisas, os produtos importados ficam muito caros e favorecem a produção industrial nacional.

  • Os preços relativos podem constituir sena subestimativa das rentabilidades relativas. Os cafeicultores paulistas produziam enormes quantidades de café, pelas quais percebiam tão-só um pagamento simbólico representado pelos 2 e 5 mil-réis por saca da quota de sacrifício. O caso dos cotonicultores era bem diferente. O surto algodoeiro foi mais uma prova do fato de os agricultores paulistas serem decididamente motivados pelos lucros. 488 Durante a década de 1930, o Brasil reproduziu, em poucos anos e em menor escala, o que a Colômbia fizera no caso do café. Os cotonicultores eram exatamente os mesmos indivíduos que se dedicaram à cultura do café. Logo, a alegação de que faltou motivação empreendedora é discutível. Tal alegação é uma das bases da escola estruturalista. O fato é que um mercado submetido a contrôles governamentais durante longos anos só pode produzir elementos humanos letárgicos e ineficientes. Logo, foram os contrôles governamentais, e não as deficiências empresariais, a causa da deterioração da vantagem comparativa do Brasil em matéria de produção de café.


ID
2790862
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Uma das principais preocupações da análise econômica é com a precificação no mercado. Muitas vezes, ela ocorre de maneira ineficiente e isso acarreta importantes consequências no funcionamento da economia. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir. 


Quando o módulo da elasticidade preço da demanda de um produto for inferior a um, um aumento no seu preço tenderá a reduzir a receita do monopolista

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    É preciso lembrar que uma elasticidade entre 0 e 1 é baixa. Ou seja, o demandante é resistente ao preço. Desse modo, pagará o lucro exorbitante do monopólio. Não há abandono de consumo nesse mercado. Um demandante menos sensível aos preços sempre promove o lucro do monopolista. Nesse sentido, perceba que a receita tende a aumentar, já que o monopolista pode elevar seu preço e a quantidade demandada cairá minimamente. Essa é a ampliação da receita.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Elasticidade preço da demanda menor que 1, significa que o bem é inelástico.

    Logo, a quantidade não tende a variar com um aumento ou redução de preço.

    Assim, um aumento no preço com uma quantidade "constante" ( ou com pouca variação) tende a aumentar a receita do monopolista.

  • Como a demanda é inelástica (<1), a variação da quantidade demandada será menor do que a variação positiva do preço.

    Com isso, a receita total (P x Q) acaba sendo maior.


  • Vejamos a relação entre Elasticidade preço-demanda e a Receita total das firmas:

    Demanda Elástica (Epd > 1): O preço aumenta, a receita diminui. (inversamente)

    Demanda Inelástica (Epd < 1): o preço aumenta, a receita aumente. (diretamente)

    Demanda Unitária (Epd = 1): A variação do preço é a mesma da variação da receita.

    Ou seja, quando a Epd for inelástica, a receita do monopolista aumentará com um aumento do preço.

    GABARITO: ERRADO

  • Epd < 1 (INELÁSTICA) ==> Aumento Preço, pequena queda Demanda --> Rec. Total AUMENTA (p.ex: bens essenciais = medicamentos, alimentos).

  • Segundo o livro de Economia Micro e Macro, de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos:

    Se Epp for inelástica => | variação percentual quantidade demandada(qd) | < | variação percentual preço (p) |, prepondera o sinal do preço:

    - se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará;

    - se p cair, qd aumentará, e a RT cairá.

    com demanda inelástica, é vantajoso aumentar o preço (ou diminuir a produção), até onde Epp = -1. Embora a quantidade caia, o aumento de preço mais que compensa a queda na quantidade, e a RT aumenta.

    Assim, quando o módulo da elasticidade preço da demanda de um produto for inferior a um, um aumento no seu preço AUMENTARIA a receita do monopolista. Contudo, o monopolista nunca consegue máximo lucro na faixa inelástica da demanda. Isso porque o ponto de máximo lucro ocorre quando RMg = CMg. Como CMg e sempre positivo, a RMg que se iguala ao CMg também é positiva. E a RMg é positiva apenas na faixa elástica da demanda.

    Gabarito: Errado.



  • Se o módulo da elasticidade-preço da demanda é inferior a 1, estamos falando de uma demanda inelástica.

              Para esta demanda, variações no preço geram variações menos do que proporcionais na quantidade demandada. Ou seja, se o preço aumentar 5%, a quantidade demandada cairá, por exemplo, 3%

              Neste caso, elevar o preço aumentará a receita. Como a receita é P.Q, se o Preço aumentar 5%, mas a quantidade demandada só cair 3%, o empresário fica no lucro.

              Mudando o exemplo, se o monopolista aumentar o preço em 10%, por exemplo, como a demanda é inelástica, a quantidade demandada cairá menos que 10%, fazendo aumentar a receita do monopolista.

  • Quando o módulo da elasticidade preço da demanda de um produto for inferior a um, um aumento no seu preço AUMENTARIA a receita do monopolista.

  • Um exemplo ajuda a entender:

    No período 1: Q1 x P1 = R1

    No período 2: Q2 x P2 = R2

    Como a elasticidade é inferior a 1 em módulo, tem-se que a Var P > Var Q.

    Imaginemos um aumento de 10% no preço e uma redução de 5% na quantidade

    P2 = 1,1P1

    Q2 = 0,95Q1

    Logo,

    R2 =1,1P1 x 0,95Q1

    R2 = 1,045 x P1 x Q1

    R2 = 1,045R1

    Portanto R2 > R1

  • (ERRADO)

    Elasticidade preço da demanda de um produto for inferior a um (INELÁSTICO), um aumento no seu preço tenderá a AUMENTAR a receita;

    Ex: O aumento no preço do cigarro (inelástico / "viciados, rsrs"), causará uma redução proporcionalmente insignificante na demanda em vista do seu aumento de preço.

  • Quando a curva da demanda é inelástica, a receita extra pela venda a um preço maior é maior que a receita perdida pela venda de menos unidades.

  • GAB: ERRADO

    Complementando!

    Fonte: Celso Natale - Estratégia 

    Não! Se a EPD é inferior a 1, a demanda é inelástica, e a quantidade demandada diminuirá proporcionalmente menos do que o aumento do preço. Portanto, haverá aumento da receita da empresa.

  • Errado

    Acresce:

    EPD < 1 inelástica (poucos substitutos, peso é baixo no orçamento, pouco tempo para se adaptar)

  • Errado:

    Exemplo simples:

    Preciso de um medicamento X para viver, se eu deixar de tomar eu morro.

    Fabricante aumenta preço, que alternativa eu tenho? Continuo comprando para não morrer e fabricante aumenta receita.

    Parece um exemplo absurdo, mas é a situação da insulina nos Estados Unidos, sem sistema universal de saúde.

    1 dose de insulina lá custa $275

    ""I was spending $2,880 a month just to keep myself alive - that was more than I was making even working 50 hours a week," diz um entrevistado aqui

    https://www.bbc.com/news/world-us-canada-47491964

    em tempo: Brasil oferta insulina gratuitamente pelo SUS

    #defendaosus

  • Mais uma vez a banca desconsidera os bens de GIffen. Não é sempre que a receita diminui. Caso seja um bem de giffen ela podera aumentar...

  • Jetro Coutinho e Paulo Ferreira | Direção Concursos

    09/12/2019 às 16:54

    Se o módulo da elasticidade-preço da demanda é inferior a 1, estamos falando de uma demanda inelástica.

              Para esta demanda, variações no preço geram variações menos do que proporcionais na quantidade demandada. Ou seja, se o preço aumentar 5%, a quantidade demandada cairá, por exemplo, 3%

              Neste caso, elevar o preço aumentará a receita. Como a receita é P.Q, se o Preço aumentar 5%, mas a quantidade demandada só cair 3%, o empresário fica no lucro.

              Mudando o exemplo, se o monopolista aumentar o preço em 10%, por exemplo, como a demanda é inelástica, a quantidade demandada cairá menos que 10%, fazendo aumentar a receita do monopolista.


ID
2790865
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Uma das principais preocupações da análise econômica é com a precificação no mercado. Muitas vezes, ela ocorre de maneira ineficiente e isso acarreta importantes consequências no funcionamento da economia. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir. 


De acordo com a regra de mark-up, quanto mais preço-elástica for a curva de demanda do mercado, maior será o poder de mercado do monopolista.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    O mark-up é o lucro exorbitante (diferença entre preço do monopólio e o Cmg no gráfico). Se a demanda é muito elástica, o monopólio não consegue cobrar um preço muito alto (menor mark-up) em relação ao mercado perfeito. Portanto, menor o poder do monopólio. Assim, de acordo com a regra de mark-up, quanto mais preço-inelástica for a curva de demanda do mercado, maior será o poder de mercado do monopolista.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Quanto menor a elasticidade, maior o poder de monopólio/mark-up. (Mas o monopolista sempre vai atuar no trecho ELÁSTICO da curva de demanda, porque é nessa faixa que ele obtém maiores lucros)

  • Podemos analisar que, quando falamos em elasticidade dizemos que a demanda é sensível as mudanças dos preços e também que podemos ter grandes concorrências, sendo assim, não há espaço para o monopólio.


    Questão: Errada

  • Ressalto que o MARK UP se refere ao mercado monopolista. Nesse mercado a firma somente atua na parte elástica da curva de demanda. No entanto, quanto mais próximo a EPD estiver de UM maior será o poder do monopólio.

    Gabarito: E

  • Segundo o livro de Economia Micro e Macro, de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, o nível de mark-up depende da força dos oligopolistas de impedir a entrada de novas firmas, o que depende do grau de monopólio do setor. Quanto mais alto o poder de monopólio, mais limitado o acesso de novas empresas e, portanto, maior a taxa de mark-up que as empresas oligopolistas podem aferir. Assim, quanto menor for a elasticidade-preço da demanda e, portanto, quanto maior o poder de mercado do monopolista, maior será o mark-up.

    De acordo com a regra de mark-up, quanto MENOS preço-elástica for a curva de demanda do mercado, maior será o poder de mercado do monopolista.

    Gabarito: Errado.



  • Segundo o livro de Economia Micro e Macro, de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, o nível de mark-up depende da força dos oligopolistas de impedir a entrada de novas firmas, o que depende do grau de monopólio do setor. Quanto mais alto o poder de monopólio, mais limitado o acesso de novas empresas e, portanto, maior a taxa de mark-up que as empresas oligopolistas podem aferir. Assim, quanto menor for a elasticidade-preço da demanda e, portanto, quanto maior o poder de mercado do monopolista, maior será o mark-up.

    De acordo com a regra de mark-up, quanto MENOS preço-elástica for a curva de demanda do mercado, maior será o poder de mercado do monopolista.

    Gabarito: Errado.


  • Lembre que podemos definir poder de mercado como a capacidade que a firma tem de cobrar um preço acima do custo marginal.

     Quanto mais elástica for a curva de demanda (mais deitada), menos a firma poderá elevar o preço porque isso a faria perder muitas vendas.

     Portanto, quanto mais inelástica for a demanda, MAIOR será o poder de mercado do monopolista.

  • ERRADO

    Quanto maior a elasticidade preço da demanda,menor será o mark up do monopolista.

  • Quanto menor for a elasticidade-preço da demanda, maior o poder de mercado do monopolista, maior será o mark-up.

  • (ERRADO)

    Vai lá .. aumenta o preço até onde "der na telha". A demanda vai cair e levar junto a receita total. rsrs

  • Mark up = P/Cmg = 1/1 - 1/│Epd│

  • GAB: ERRADO

    Complementando!

    Fonte: Renato - Q526441

    Quanto mais elástica = Menos poder o monopólio tem de fixar o preço do bem acima do seu custo marginal

    Quanto mais inelástica = Mais poder o monopólio tem de fixar o preço do bem acima do seu custo marginal

    =-=-=

    INDO MAIS FUNDO !

    Fonte: Celso Natale - Estratégia

    Essa afirmação contraria a lógica. Se o consumidor for muito reativo a variações no preço, o monopolista não poderá aumentar muito seus preços. 

    Essa conclusão também está implícita no markup do monopolista, que será menor quanto maior for a elasticidade-preço da demanda:

    (p ÷CMg) = 1 ÷ (1 - (1 ÷|E PD |) 

    ↣ EPD em módulo

  • Errado, mas só lembrando de outra questão parecida, mas com gabarito diferente, para não confundir

    "Um monopolista maximiza o lucro na parte elástica da demanda, operando com markup maior do que um" Certo.

  • Jetro Coutinho e Paulo Ferreira | Direção Concursos

    09/12/2019 às 16:58

    Lembre que podemos definir poder de mercado como a capacidade que a firma tem de cobrar um preço acima do custo marginal.

     Quanto mais elástica for a curva de demanda (mais deitada), menos a firma poderá elevar o preço porque isso a faria perder muitas vendas.

     Portanto, quanto mais inelástica for a demanda, MAIOR será o poder de mercado do monopolista.


ID
2790868
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Uma das principais preocupações da análise econômica é com a precificação no mercado. Muitas vezes, ela ocorre de maneira ineficiente e isso acarreta importantes consequências no funcionamento da economia. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.  


Curva de demanda de mercado com módulo da elasticidade preço da demanda inferior a um pode ser indicativa da presença de barreiras à entrada.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Uma elasticidade entre zero e um, indica uma demanda menos sensível a preço. Ou seja, caso o preço aumente ou caia de forma acentuada o consumidor continuará a consumir o bem. Isso fornece maior poder de mercado aos agentes de oferta.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Um bem com demanda inelástica PODE ter como uma das causas dessa inelasticidade a falta de substitutos a esse bem, em decorrência de barreiras a entradas de bens potencialmente substitutos.

  • Determinantes da Entrada:

    Tamanho absoluto de mercado Xc

    Elasticidade-preço da demanda e

    Escala mínima ótima x

    Preços dos fatores de produção, que junto com a tecnologia determina LAC ( e Pc)


    Partindo que PL (Preço Limite do mercado) está associado a uma quantidade XL (onde XL é um nível de produto que impede a entrada de outras firmas), temos formalmente:


    PL = Pc  ( 1 +       x   /        Xc . e)



    e é inversamente proporcional a PL (barreira a entrada), logo e<1 pode ser indicativo de barreiras a entrada.


    fonte: slide de aula IE UFRJ. Estudo da Formação de Preços em Regime de Oligopólio.

  • CERTO


    Pense que a melhor forma de se lançar um produto novo no mercado, via de regra, é lançando-o com um preço abaixo da concorrência para chamar a atenção dos clientes. Porém se nesse mercado o preço da demanda é inelástico, só abaixá-lo não é suficiente, sendo assim temos uma barreira de entrada.

  • Demanda de mercado com baixa elasticidade-preço pode ser um indicativo de poucas alternativas para o consumidor. Ou seja, pouca concorrência entre os produtores, o que é compatível com a existência de barreiras à entrada de novos produtores.

  • CERTO.

    Elasticidade preço da demanda inferior a um = a variação da quantidade demandada é menor que a variação do preço. Um dos motivos para isso pode ser a existência de barreiras à entrada de empresas no mercado, o que faz com que o produtor esteja protegido da concorrência e que o consumidor continue comprando o produto, independentemente de eventual aumento no seu preço.

  • Segundo o livro de Economia Micro e Macro, de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos, elasticidade-preço da demanda é a variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.

    Quando for maior que um (em módulo), o bem tem demanda elástica; quando menor que um (em módulo), o bem tem demanda inelástica; quando igual a um, o bem tem demanda de elasticidade unitária.

    Nas estruturas de mercado de monopólio e oligopólio, as demandas são relativamente inelásticas, visto que os consumidores têm baixo poder de reação a alterações de preços, considerando o número restrito de empresas devido à existência de barreiras à entrada de novas empresas no setor.

    Gabarito: Correto.



  • Note que a banca não está dizendo que “é”, mas que “pode”!

    E pode mesmo!

    Faz sentido: se a elasticidade-preço da demanda é inferior a 1, a demanda é inelástica, ou seja, variações no preço geram variações menos do que proporcionais na quantidade demandada.

    Quanto mais substitutos um bem tiver, mais elástica será sua demanda. O contrário também é verdadeiro: Quanto menos substitutos um bem tiver, mais inelástica será sua demanda.

    Ou seja, quando a demanda for inelástica, isso pode ser um indicativo de que o bem tem menos substitutos. E, se o bem tem poucos substitutos, isso pode ser um indicativo da presença de barreiras à entrada.

    As barreiras a entrada impedem outras empresas de entrarem nesse mercado e ofertar seus bens. Essas barreiras, portanto, podem ser a causa de um bem ter poucos substitutos.

    Portanto, tudo interligado: barreiras à entrada, poucos bens substitutos e demanda inelástica.

  • (CERTO)

    elasticidade preço da demanda entre 0 e 1 ➜ inelástica

    elasticidade preço da demanda 0 ➜ PERFEITAMENTE inelástica

    elasticidade preço da demanda > 1 ➜ elástica

  • Certo

    Exemplo simples

    Consumo de energia é inelástico. Por exemplo, é esperado um aumento da tarifa de energia de 4% em 2021, mas não haverá queda no consumo na mesma proporção, porque as pessoas precisam de energia elétrica para viver, estudar, lavar roupa, tomar banho

    • pode ser indicativa da presença de barreiras à entrada: sim, a energia elétrica é um monopólio natural com barreira de entrada, se eu quiser criar uma segunda Light não posso
  • GAB: CERTO

    Complementando!

    Fonte: Galera do TEC

    Alguns conceitos sobre demanda inelástica:

    Um bem com demanda inelástica PODE ter como uma das causas dessa inelasticidade a falta de substitutos a esse bem, em decorrência de barreiras a entradas de bens potencialmente substitutos.

    Mercado onde há barreiras de entrada tende a ser monopolista, fazendo com que consumidores interessados em determinado bem continuem adquirindo-o, mesmo com elevações crescentes de preço, o que representa uma demanda inelástica (inferior a 1).

    Uma elasticidade entre zero e um, indica uma demanda menos sensível a preço. Ou seja, caso o preço aumente ou caia de forma acentuada o consumidor continuará a consumir o bem. Isso fornece maior poder de mercado aos agentes de oferta.

  • Se um mercado é de difícil acesso para empresas que desejam atuar nele, as empresas já estabelecidas irão se deparar com uma demanda menos elástica – afinal, nesse caso o consumidor terá poucas alternativas.

    Sendo assim, a presença de barreiras de entrada é compatível com uma curva de demanda inelástica em relação ao preço.

    Gabarito: Certo

  • Jetro Coutinho e Paulo Ferreira | Direção Concursos

    09/12/2019 às 16:56

    Note que a banca não está dizendo que “é”, mas que “pode”!

    E pode mesmo!

    Faz sentido: se a elasticidade-preço da demanda é inferior a 1, a demanda é inelástica, ou seja, variações no preço geram variações menos do que proporcionais na quantidade demandada.

    Quanto mais substitutos um bem tiver, mais elástica será sua demanda. O contrário também é verdadeiro: Quanto menos substitutos um bem tiver, mais inelástica será sua demanda.

    Ou seja, quando a demanda for inelástica, isso pode ser um indicativo de que o bem tem menos substitutos. E, se o bem tem poucos substitutos, isso pode ser um indicativo da presença de barreiras à entrada.

    As barreiras a entrada impedem outras empresas de entrarem nesse mercado e ofertar seus bens. Essas barreiras, portanto, podem ser a causa de um bem ter poucos substitutos.

    Portanto, tudo interligado: barreiras à entrada, poucos bens substitutos e demanda inelástica.

  • Demanda inelástica, o consumidor não tem muitas opções. Pode ser uma possibilidade de monopólio sim.


ID
2790871
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O preço que uma pessoa paga por uma coisa nunca pode exceder e raramente se aproxima daquilo que ela estaria disposta a pagar em vez de ficar sem essa coisa — de modo que a satisfação que ela obtém de sua compra geralmente excede àquela que é obtida quando ela desiste dessa compra.


Alfred Marshall. Princípios de economia. Coleção Os Economistas. São Paulo: Abril, v. 1, 1982, p. 123 (com adaptações).

Essa citação de Marshall indica que, por detrás de preços, há, da parte do consumidor, motivações que consideram a satisfação a ser obtida com cada bem na hora da compra. Considerando esse tema, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca da teoria do consumidor.


Caso as preferências do indivíduo sejam representadas por uma função de utilidade linear, é possível que ele escolha não consumir um dos bens.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Uma curva de preferência linear é referente à bens substitutos perfeitos. Nesse sentido, caso a pessoa considere um dos bens, um “mal”, ela pode substituir todas as unidades desse mal por unidades do “bem”. Isso é uma solução de “canto” no gráfico. A escolhe ocorre no ponto de cruzamento da curva de indiferença com o eixo X1 ou com o eixo X2. Portanto, é possível que ela escolha não consumir um dos bens e tenha a mesma utilidade de uma escolha mista.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Certo

    No caso dos Substituto Perfeitos, a Escolha ótima é uma "solução e canto". Nesse caso Um dos bens NÃO é consumido.

    Em um gráfico com q2 nas ordenadas e q1 nas abscissas, com a Utilidade de um Bem substituto perfeito (Utilidade Linear), a escolha ótima recairá na "solução de canto", na qual o bem q1 e consumido e q2 não é consumido, dada a restrição orçamentária.

  • Bizu:

    (Caso dos Bens Substitutos PERFEITOS)

    O a curva de indiferença linear (É uma função afim, ou seja, uma reta decrescente \ ). Assim, o ponto de equilíbrio entra a curva de indiferença e a reta orçamentária, é a chamada SOLUÇÃO DE CANTO. Ou seja, o consumidor vai preterir um consumo das extremidades e das médias como ocorre do modelo tradicional.

    Gabarito: C

  • Segundo o livro de Economia Micro e Macro, de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos, dois bens são substitutos perfeitos quando a taxa marginal de substituição de um bem pelo outro é constante. As curvas de indiferença que descrevem a permuta entre o consumo das mercadaorias se apresentam como linhas retas, nestes casos, o consumidor escolherá o bem mais barato, ou seja, um deles.

    Gabarito: Correto.


  • Correto!

    O caso de curva de indiferença linear refere-se a bens substitutos perfeitos, que, por sua natureza, oferecem igual satisfação ao indivíduo em todos os pontos verticais e horizontais.

  • Não só é possível, como é muito provável!

              Se as preferências do indivíduo são representadas por uma função de utilidade linear é porque temos bens perfeitamente substitutos.

              Sendo esse o caso, o equilíbrio tende a ser uma "solução de canto", ou seja, que o consumidor escolha não consumir um dos bens, como no gráfico abaixo: 

  • Uma curva de preferência linear é referente à bens substitutos perfeitos.

  • (CERTO)

    " \ " substitutos perfeitos

    " L " complementares perfeitos

  • Certo

    Curva de indiferença de dois bens substitutos perfeitos é uma reta.

    Bens substitutos têm curvas de indiferenças retas e paralelas

    Bens complementares têm curvas de indiferença retas e com 90 graus.


ID
2790874
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O preço que uma pessoa paga por uma coisa nunca pode exceder e raramente se aproxima daquilo que ela estaria disposta a pagar em vez de ficar sem essa coisa — de modo que a satisfação que ela obtém de sua compra geralmente excede àquela que é obtida quando ela desiste dessa compra.


Alfred Marshall. Princípios de economia. Coleção Os Economistas. São Paulo: Abril, v. 1, 1982, p. 123 (com adaptações).

Essa citação de Marshall indica que, por detrás de preços, há, da parte do consumidor, motivações que consideram a satisfação a ser obtida com cada bem na hora da compra. Considerando esse tema, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca da teoria do consumidor.


Dependendo do formato da curva de indiferença de um consumidor para dois bens, um deslocamento paralelo de sua restrição orçamentária para cima e para a direita poderá provocar queda no consumo de um dos bens em questão.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Perceba que deslocar a curva de restrição para a direita e para cima, significa dizer que a renda do consumidor aumentou. Sabemos que existem bens que respondem negativamente à renda – os bens inferiores. Logo, se um dos bens for inferior, então, o consumidor irá levar menos dele para casa, quando sua renda aumenta.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • A questão falou sobre o formato da curva de indiferença. Qual formato seria esse para implicar na diminuição do consumo de um dos bens com o aumento da renda?

  • Verlaines, não é a questão do formato em si, mas do tipo de bem. Bens de giffen e inferiores possuem comportamento inverso ao bem normal. Se a cesta do consumidor tiver um bem inferior, então ele pode parar de consumir esse bem e comprar um bem superior (em relação a ele que tenha a mesma função).

  • Verlaines, posso estar enganado, mas acredito que seja uma curva de indiferença com o formato côncavo.

    Sabemos que quando as curvas de indiferença têm formato côncavo quando há especialização de consumo em somente um dos bens.

    Imagine a situação de um consumidor que tem uma renda tão baixa que ele só consome um bem, a partir do momento que sua renda aumenta ele deixa de consumir esse bem (bem inferior) e passa a especializar-se no consumo de outro bem (bem normal).

    OBS: quero deixar claro que esse foi meu raciocínio, não sei se ele está certo.

    GAB: certo.

  • Se houver deslocamento paralelo da curva de restrição orçamentária, significar dizer que a renda do consumidor aumentou, ou, alternativamente, os preços dos bens e serviços que ele deseja adquirir se reduzem. Como existem bens inferiores, ou seja, aumentos de renda implicam em redução no consumo, então, caso um dos bens seja desse tipo, o deslocamento da reta orçamentária para cima e para direita, reduzirá o consumo do bem do tipo inferior.

    Gabarito: Certo.


  • Correto! Sabemos que bens inferiores tem sua quantidade demandada diminuída quando há aumento da renda.

    Item Correto!

  • 1- No final da questão está claro que se tratam dos bens em questão, ou seja, somente dos bens que compõem o gráfico. Portanto, não haveria porque considerar um outro bem, seja normal, inferior ou de luxo, que não sejam esses dois, sejam eles quais forem;

    2- O enunciado também diz "...deslocamento paralelo de sua restrição orçamentária, para cima e para a direita...", logo, não é um deslocamento ao longo da curva, mas sim, da própria curva.

    Assim, se a curva é deslocada para a direita, pelo que entendo, então, invariavelmente haverá aumento das quantidades consumidas dos dois bens. Podem não ser quantidades iguais, mas que elas aumentarão, aumentarão.

    Se o deslocamento fosse ao longo da curva, aí sim caberia a dúvida de se o bem X será mais ou menos consumido (trocado) pelo bem Y. Mas não é esse o caso. O caso é que a renda do consumidor aumentou e isso faz a curva deslocar-se, significando que as quantidades consumidas também aumentam.

    Estou certo?

  • A reta de restrição orçamentária nos diz qual a renda do consumidor que ele pode gastar com os bens consumidos. Se a renda do consumidor aumentar, a reta sofrerá um deslocamento como o do gráfico abaixo: 

    O deslocamento acima é chamado de deslocamento paralelo. Note que um deslocamento paralelo da restrição orçamentária para cima e para a direita pode ser provocada por um aumento da renda do consumidor.

              De forma geral, quando a renda aumenta, o consumidor consome mais dos dois bens. No entanto se um dos dois bens for um bem inferior, o aumento de renda causará uma diminuição do consumo desse bem.

              Portanto, é plenamente possível que um deslocamento paralelo da reta de restrição para cima e para direita cause uma diminuição de consumo. Basta que um dos bens seja um bem inferior. 

  • CERTO.

    A justificativa mais simples é que um dos bens pode ser um bem inferior, e nesse caso o aumento da renda diminuirá o consumo desse bem. A resposta um pouco mais detalhada é que o efeito renda pode agir na direção contrária do efeito substituição.

    Gráfico: shorturl.at/myNX8

  • Acho que muita gente errou (yo también) por entender o "poderá" como uma certeza, o que, de fato, está errado.

    Se há uma possibilidade (caso em que um dos bens é inferior), então a afirmativa está correta.

    Acredito que a maioria dos erros se deram em razão disso. Esperar que prestemos mais atenção nos "poderás" que existem por ai.

    Bons estudo! :)

  • GAB: CERTO

    Complementando!

    Fonte: Celso Natale - Estratégia

    É verdade, e a justificativa mais simples é que um dos bens pode ser um bem inferior, e nesse caso o aumento da renda diminuirá o consumo desse bem. 

    A resposta um pouco mais detalhada é que o efeito renda age na direção contrária do efeito substituição. 

    De todo jeito, a questão está correta. 

  • Gab. C

    Um deslocamento paralelo da linha de orçamento para cima e para a direita pressupõe aumento de renda.

    Sabendo que qualquer cesta de mercado situada para direta e acima da linha de orçamento não pode ser adquirida com a renda disponível, a única opção racional e possível, antes do aumento da renda, seria uma cesta que esteja situada sobre a linha de orçamento. 

    Quando há aumento da renda, a linha de orçamento é deslocada para cima e para a direita. Isso significa que temos a possibilidade de a curva de orçamento tangenciar outra curva que promova mais de Utilidade, digamos U2.

    É agora que a mágica começa. Nessa nova U2, comparativamente à U1, pode conter menos item X e mais itens Y. Por exemplo: U1 (30 vestuário; 20 Alimento) e U2 (20 Vestuário; 40 Alimento). Veja que o item vestuário diminuiu, mas mesmo assim houve aumento de utilidade. 

    Visualização gráfica do exemplo:

    1. Pindyck, Robert S. Microeconomia. 8. ed. p. 84 e 85 (ótima explicação do assunto)
    2. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5268510/mod_resource/content/1/Comportamento_consumidor.pdf
  • A queda de um bem não significa queda total dos bens, acho que a confusão está nisso. A pessoa lê a questão e entende que o consumo geral cai, oq estaria errado. O q a questão quer dizer é que o consumo de um dos produtos pode cair, mas aí o do outro vai aumentar de um jeito que, juntos, a cesta fique maior que antes.


ID
2790877
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O preço que uma pessoa paga por uma coisa nunca pode exceder e raramente se aproxima daquilo que ela estaria disposta a pagar em vez de ficar sem essa coisa — de modo que a satisfação que ela obtém de sua compra geralmente excede àquela que é obtida quando ela desiste dessa compra.


Alfred Marshall. Princípios de economia. Coleção Os Economistas. São Paulo: Abril, v. 1, 1982, p. 123 (com adaptações).

Essa citação de Marshall indica que, por detrás de preços, há, da parte do consumidor, motivações que consideram a satisfação a ser obtida com cada bem na hora da compra. Considerando esse tema, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca da teoria do consumidor.


Se o aumento do preço de um bem deixar o consumo inalterado, esse bem deverá ser um bem normal.

Alternativas
Comentários
  • Se o aumento do preço do bem deixar o consumo inalterado, ele é um bem inelástico.

  • Bem inferior, pois o efeito renda e o efeito substituição anulam-se e não há alteração do consumo.

  • Errado.


    Trata-se de um BEM INFERIOR (bem essencial).

  • Bem Essencial!

  • Pessoal, boa tarde!

    Acredito que não se trata de bem inferior. O bem inferior é um tipo de bem cujo aumento da renda do consumidor gera redução na quantidade demandada. Não é o caso, pois aqui estamos tratando de elasticidade-preço da demanda e não elasticidade-renda. Acredito que se trata de um bem essencial: quanto mais essencial ele for, mais inelástica será sua demanda (relação preço x demanda).

    Exemplo: Insulina. 

    Se eu estiver errada, corrijam-me. Grata!

  • Só podemos falar em bem normal e bem inferior quando puderos analisar a renda. Nessa questão não temos informações sobre renda.

    Logo, eu creio que a resposta seria "bem essencial".

    Material do professor Heber Carvalho: "se o bem for essencial para o consumidor, aumentos de preço irão provocar pouca redução de demanda".

  • Há, basicamente, duas formas de classificar os bens:

    1.Quando a relação diretamente proporcional: aumenta o preço, aumenta a demanda; diminui o preço, diminui a demanda, o bem é de giffen ou inferior. 2.Quando a relação é inversamente proporcional: aumenta o preço, diminui a demanda; diminui o preço, aumenta a demanda, o bem é normal.


    Errado

  • Todo bem de giffen é um bem inferior,

    mas nem todo bem inferior é um bem de giffen.

  • Vou explicar essa questão com a resolução de outra pelo Prof. Heber Carvalho, Estratégia, Aula 02, TCDF 2014, pg 48:

    (CESPE/Unb – Analista – MPE/TO – 2006) – Se a curva de demanda de um bem é vertical, então, este bem deve ser um bem inferior e, portanto, sua elasticidade renda deve ser negativa.

    Resolução:

    Se a curva de demanda é vertical, isto significa que o aumento de preço não gera aumento nem redução de consumo. Ou seja, qualquer que seja o preço praticado, a quantidade consumida ou demandada é a mesma. Assim, podemos entender que o efeito preço é nulo.

    O efeito preço, por sua vez, é dividido em efeito renda e efeito substituição. Como o efeito substituição é sempre negativo e, para um aumento de preço, aponta redução de consumo; então, o efeito renda, para um aumento de preço (=redução de renda), também será negativo, apontando para um aumento no consumo. Os dois efeitos têm que apontar em sentido contrário, para que o efeito resultante (efeito preço) seja nulo. Por isso, temos essa certeza que o efeito renda será negativo. Por sua vez, quando o efeito renda é negativo, o bem é inferior.

    Questão acima descrita certa.

    Questão do QC errada.

  • Em relação ao consumidor, os bens podem ser: normais, inferiores, substitutos, complementares.

    Em relação à renda, os bens podem ser: superiores, normais, inferiores, neutros.

    Bens de Giffen: quantidade demandada aumenta quando os preços sobem. O efeito-renda supera o efeito-substituição. Um exemplo frequente é o consumo de alguns produtos em situações extremas, como o consumo de batatas na Irlanda na crise de abastecimento do século XIX.

    Bens normais pela demanda do consumidor: Sao aqueles para os quais um aumento na renda provoca um aumento na quantidade demandada.

    Bens normais pela elasticidade-renda: A um aumento da renda corresponde um aumento proporcional da demanda (elasticidade-renda maior que zero).

    Questão Errada.

  • Se a demanda permanece inalterada em relação à variação de preços (demanda inelástica), temos um bem necessário.

  • Gabarito: E

    Bens essenciais são um tipo de bem normal cujo a elasticidade renda da demanda se situa entre 0 e 1.

    Fonte: Suno Research em https://www.sunoresearch.com.br/artigos/bem-normal/

  • Bem necessário -> demanda permanece inalterada em relação a variação do preço

    Ex: Sal de cozinha

    Fonte: Meus resumos referente às aulas do Direção concursos

    Não desiste!

  • BEM DE CONSUMO SACIADO

  • Quando relacionamos renda e quantidade demandada, os bens são classificados em:

    Bem normal: aumentos da renda levam ao aumento da demanda do bem.

    Bem inferior: aumentos da renda levam à queda de demanda do bem.

    Bem de consumo saciado ou neutro: se aumentar a renda do consumidor, não aumentará a demanda do bem, por exemplo, bens básico como açúcar, sal, arroz, nesses casos, a variável renda não é significante para explicar o comportamento da demanda

    Quando relacionamos variação de preços e quantidade demandada, os bens são classificados em:

    Elástica: dada uma variação no preço a quantidade demandada varia mais que proporcionalmente, no sentido inverso, coeteris paribus.

    Inelástica: dada uma variação no preço a quantidade demandada varia menos que proporcionalmente, no sentido inverso, coeteris paribus.

    Elasticidade Unitária: A variação no preço e na quantidade demandada em magnitude são iguais, no sentido inverso, coeteris paribus.

    A questão, equivocadamente, misturou os conceitos de bem normal, inferior e de consumo saciado (variações de renda e demanda) com bem elástico, inelástico e de elasticidade unitária.

    Gabarito: Errado.


  • Você vai deixar de tomar remédio pro coração,só por que ele aumentou??

    Óbvio que não,pois ele é um bem essencial para sua saúde.

  • Classificamos um bem como normal ou inferior de acordo com a elasticidade-renda de sua demanda. Ou seja, o bem será normal dependendo da relação da renda com a quantidade demandada.

    Para a relação entre preço e quantidade demandada, temos a Elasticidade-Preço da demanda.

    A questão tentou misturar os dois conceitos e, por isso, está errada.

  • Na verdade, há uma grande probabilidade de o bem ser inferior, já que os efeitos renda e substituição terão sentidos opostos de mesma intensidade.

    Só em 2018, o CESPE perguntou isso 3x, segundo minhas contas aqui. Fiquem ligados.

  • Bens inferiores tem pouco impacto no orçamento por conta de seu preço baixo. Dessa forma, o aumento do seu preço terá pouca influencia na quantidade demandada, pois sua curva é mais inelástica em relação ao preço.

  • Bem normal: aumentos da renda levam ao aumento da demanda do bem.

    Bem inferior: aumentos da renda levam à queda de demanda do bem.

    Bem de consumo saciado ou neutro: se aumentar a renda do consumidor, não aumentará a demanda do bem, por exemplo, bens básico como açúcar, sal, arroz, nesses casos, a variável renda não é significante para explicar o comportamento da demanda

  • Por esta questão nota-se que grande parte dos candidatos em um concurso tem um certo déficit de atenção.

    a afirmativa NÃO FALA EM RENDA, mas quase metade dos comentários justificaram a resposta pela renda (ou citando a renda ou usando a classificação dos bens baseado na renda ou os dois). É verdade que o tipo de bem citado na afirmativa (bem normal), só existe na classificação pela perspectiva da variação de renda, mas se houvesse a mesma classificação pela perspectiva da variação de preço, muita gente poderia se dar mal por utilizar a premissa errada.

    Ainda bem que nesta questão não fazia diferença!

    Tipos de bem pela perspectiva da variação de preço: Bens Comuns; Bens de Griffen; Bens Complementares; Bens Substitutos (Fonte: Manual do Candidato - FUNAG pg 30)

  • Gabarito: Errado.

    Quando relacionamos renda e quantidade demandada, os bens são

    classificados em:

    -Bem normal: aumentos da renda levam ao aumento da demanda do bem.

    -Bem inferior: aumentos da renda levam à queda de demanda do bem.

    -Bem de consumo saciado ou neutro: se aumentar a renda do consumidor, não

    aumentará a demanda do bem, por exemplo, bens básico como açúcar, sal, arroz,

    nesses casos, a variável renda não é significante para explicar o comportamento

    da demanda

    Quando relacionamos variação de preços e quantidade demandada, os bens

    são classificados em:

    -Elástica: dada uma variação no preço a quantidade demandada varia mais que

    proporcionalmente, no sentido inverso, coeteris paribus.

    -Inelástica: dada uma variação no preço a quantidade demandada varia menos

    que proporcionalmente, no sentido inverso, coeteris paribus.

    -Elasticidade Unitária: A variação no preço e na quantidade demandada em

    magnitude são iguais, no sentido inverso, coeteris paribus.

    A questão, equivocadamente, misturou os conceitos de bem normal,

    inferior e de consumo saciado (variações de renda e demanda) com bem elástico,

    inelástico e de elasticidade unitária.

    fonte: QC-gabarito comentado.

  • errado

    Acho que a questão quis confundir elasticidade-preço e elasticidade-renda

    Quando a RENDA aumenta e a quantidade do bem permanece igual, este é um bem saciado, tipo arroz e feijão


ID
2790880
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O preço que uma pessoa paga por uma coisa nunca pode exceder e raramente se aproxima daquilo que ela estaria disposta a pagar em vez de ficar sem essa coisa — de modo que a satisfação que ela obtém de sua compra geralmente excede àquela que é obtida quando ela desiste dessa compra.


Alfred Marshall. Princípios de economia. Coleção Os Economistas. São Paulo: Abril, v. 1, 1982, p. 123 (com adaptações).

Essa citação de Marshall indica que, por detrás de preços, há, da parte do consumidor, motivações que consideram a satisfação a ser obtida com cada bem na hora da compra. Considerando esse tema, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca da teoria do consumidor.


Um aumento no consumo de um bem pode não aumentar o nível de utilidade de um indivíduo.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Se o consumo de um bem for acompanhado do decréscimo do consumo de outro bem, significa que o nível de utilidade ficará sobre a mesma curva de indiferença. Ou seja, para que exista alteração de utilidade, é preciso que haja um salto de uma curva de indiferença para outra. Caso o aumento do consumo de um bem, seja reflexo do deslocamento ao longo da mesma curva de indiferença não haverá mudança no nível de utilidade.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Se o bem for um bem inferior , o aumento no consumo não aumenta o nível de utilidade do individuo.

  • Explicação Técnica

    Essa questão trata-se dos conceitos de UTILIDADE (total) e UTILIDADE MARGINAL (Acréscimo de utilidade para aquisição de um bem adicional). Sabe-se que a utilidade total é aquela que se tem ao ir adquirindo bens, ou seja, soma total do valor da utilidade de cada bem. Assim, sua curva é uma parábola convexa, cujo seu topo (nível máximo de utilidade) ocorre quando a UMG é igual a zero.

    Assim, temos UTILIDADE MAX = UMG = 0

    Logo, após a UMG ser zero, se a pessoa continuar consumindo sua utilidade total começará a declinar.

    Gabarito: C

  • Utilidade é o nível de satisfação que temos ao consumir.

    A utilidade total é a soma das utilidades marginais.

    Quanto maior o consumo, menor o nível de satisfação.

    Chega um ponto em que o nível de satisfação se estabiliza, ou seja, não gera mais satisfação.

    Utilidade marginal são esses acréscimos de satisfação adquiridos com o consumo.

  • Quanto maior é o consumo de um bem, maior será a utilidade total.

    Quanto maior é o consumo de um bem, menor será a utilidade marginal.

    Ou seja, é possível que em determinado consumo a utilidade marginal seja nula.

    GABARITO: CERTO

  • Completando:

    Via de regra todos os produtos têm utilidade marginal positiva. 

    Exceção: Bens Maus – bens cuja utilidade marginal é negativa, ou seja, são bens que diminuem sua utilidade total. Ex.: produtos aos quais o consumidor é alérgico, lixo, entulho, etc. 

    Comentário da aula do Professor Daniel Sousa.

  • (CERTO)

    É só ver a diferença bebendo, em um dia super quente, a primeira cerveja e a trigésima quinta em diante. rsrs

  • Alguns bens são males, ou seja, quantidades menores desse tipo de bem são melhores do que quantidades maiores, nestes casos, aumento do consumo não aumentam o nível de utilidade do indivíduo.

    Gabarito: Correto.


  • Pode, sim! Basta que o bem seja um bem neutro! Se este for o caso, o aumento no consumo do bem neutro não aumenta a utilidade de um indivíduo.

               Lembra do exemplo do Jetro sobre TV aberta e jogos da NBA? É o caso aqui.

              

    Resposta: C

  • Sendo o bem consumido um bem neutro, ele não afetará a satisfação do indivíduo.

  • Alguns bens são males, ou seja, quantidades menores desse tipo de bem são melhores do que quantidades maiores, nestes casos, aumento do consumo não aumentam o nível de utilidade do indivíduo.

  • CERTO.

    Isso pode, de fato, ocorrer em alguns casos:

    - quando o “bem” é um mal,

    - quando ele é neutro,

    - quando o consumo está saciado, ou

    - quando concomitantemente ao aumento do consumo de um bem ocorre redução no consumo de outro.

  • GAB: CERTO

    Complementando!

    Fonte: Celso Natale - Estratégia

    Isso pode, de fato, ocorrer em quatro casos: 

    • Quando o “bem” é um mal;
    • Quando ele é neutro;
    • Quando o consumo está saciado, ou
    • Quando concomitantemente ao aumento do consumo de um bem ocorre redução no consumo de outro.

    Não se sabe quais desses a questão considerou, mas o fato é que é possível aumentar o consumo de um bem sem que aumente a utilidade.